terça-feira, novembro 14, 2006

Novo Reforço

Depois de muita negociação, desde a altura das Assembleias Gerais do nosso Clube, o blog assegurou mais um reforço para a sua equipa: Champ92.
Bem-vindo Gillete, dá-lhe com força!!!

386 comentários:

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Anónimo disse...

Quem é vc RD criatura peçonhenta, que se atreve a vir em um espaço público e mandar alguém calar a boca??? Aqui são brasileiros e brasileiras, no livre exercício constitucional da manifestação e, principalmente no de alertar as pessoas desavisadas,homens e mulheres, de vosso doentio e pernicioso comportamento. Fala em amor, amor vc? Quem não tem sequer amor próprio, amor e respeito à Deus, não tem o DIREITO sequer de pronunciar esta palavra. XÔ desdentado, XÔ imbecil, XÔ criatura peçonhenta, se esconda, suma de nosso solo brasileiro. Aqui não há espaço para pessoas de sua laia. Falei e disse rsrsrsrsrs

Anónimo disse...

SR RAUL DOS SANTOS DINIZ,
SE ESTAS LIVRE E PODENDO RESPONDER ESTE BLOG, CUMPRA COM OS COMPROMISSOS ASSUMIDOS EN NOME DE DEUS..REEMBOLSE OS EMPRESTIMOS SOLICITADOS QUE SUPRIRAM SUA CONTA,JA QUE SUA AMASIA SOLANGE RIBEIRO, QUE SE AUTOTITULA SUA ESPOSA, A MAIS DE UM ANO... REC9OONHECE AS SUAS TRAMOIAS..DEBE SER SUA CUMPLICE POIS ALGUEM QUE MEREÇA RESPEITO NAO SE COLOCARIA COMO MULHER A DIVIDIR O SEU GRANDE AMOR COM OUTRAS E OUTRAS.. AMOR É ANTE TUDO RESPEITO....SE PODE RESPONDER NESTA JANELA PODE RESPONDER PELOS SEUS COMPROMISSOS..lembre apenas que confiança defraudada em nome de DEUS.. um dia sera cobrado pelo mesmo DEUS....FAÇA A GENTILEZA DE SE PRONUNCIAR SOBRE COMO E QUANDO VOCE VAI REEMBOLSAR O QUE DEVES!!!!!!

Anónimo disse...

Quem é vc RD, para mandar alguém calar a boca? Aqui o único a ter uma bocarra é vc RD, vc verme desprezível não tem moral para mandar nada e em ninguém. Saiba que em nosso solo brasileiro, vc está abaixo do "fio ofó" do cachorro, nós não te queremos sequer como tapete, pois é mais sujo que pau de galinheiro!!! Cai fora figura peçonhenta, se mande daqui, de preferência deste planeta! Vc não tem sequer amor próprio, portanto não tem propriedade para falar em amor, pois nem a Deus vc respeitou. O que é seu está guardado, pode ter certeza disto, pois a Justiça dos homens pode tardar, mas vem e, a de DEUS esta é infalível e CERTA!!!

Anónimo disse...

oi, alguem sabe do paradeiro do raul???? será que ele ainda ta preso ou ja saiu????

Anónimo disse...

Não canso de ler este blog, a cada dia ta pegando mais fogo. alguem sabe mais informações??????estou aqui no aguardo

Anónimo disse...

Não canso de ler este blog, a cada dia ta pegando mais fogo. alguem sabe mais informações??????estou aqui no aguardo

Anónimo disse...

CADA VEZ QUE TE AGRAVIE!!!! LA RESPUESTA A RAUL...
Cada vez que alguien te agravie,

siempre será tu elección,

entrar con él en el barro…

¡o elevar tu vibración…!



Si te ¨tiran la pelota¨

con un gesto hostil y amargo…

¡simplemente hechate a un lado

y hacé que pase de largo…!



¡No devuelvas el envío…!

¡Sólo dejalo pasar…!

¡Porque ese nunca fue el juego

que te ha gustado jugar…! PUES JUGAR ES JUGAR CON LUZ!!!1 NO OBSCURIDAD.. SIEMPRE AMIGO,LEAL..LA LEALTAD QUE NO TIENES A NADIE,DEBES ESTAR A PAGAR!!!!!



Y si el teléfono suena…

¡dejalo sin atender…!

¿Adónde está acaso escrito

que tenés que responder…?



¡Elevate limpiamente

sobre cualquier agresión,

y dejá que la respuesta

provenga del corazón…!



Él sabe como tratar

a los ¨pequeños tiranos¨:

en una mano, paciencia…

¡y perdón en la otra mano…!



Desde ese espacio divino

en el que nada te afecta,

tu reacción cálida y sabia…

¡siempre será la correcta…!

con los ejemplos como tu, se apreende a ser!!!!!!!

Y cuando ya no te inquieten

ni el agravio…ni el halago…

¡habrás tomado las riendas

de tu destino de maga!!!!!GRACIAS A LA VIDA.. PUES HAZ LIMPIADO EL CAMINO!!!
Zu

Anónimo disse...

22/08/2008 Determinada a diligência EM 18/8/2008, (...) DEFIRO A DILIGÊNCIA REQUERIDA. OFICIE-SE AO MINISTRO DE ESTADO DA JUSTIÇA, PARA QUE SOLICITE, POR INTERMÉDIO DO MINISTRO DAS RELAÇÕES EXTERIORES, AO GOVERNO DE PORTUGAL, A JUNTADA DAS CÓPIAS AUTENTICADAS DAS NORMAS PENAIS CONCERNENTES À SUSPENSÃO E INTERRUPÇÃO DA PRESCRIÇÃO; DO INTEIRO TEOR DA NOVA DENÚNCIA APRESENTADA PELO MINISTÉRIO PÚBLICO PORTUGUÊS EM 23 DE ABRIL DE 2007 E DE QUAISQUER OUTROS ATOS POSTERIORES EVENTUALMENTE PRATICADOS, E DO DECRETO-LEI Nº 244/98, QUE CUIDA DO INSTITUTO DA EXPULSÃO. INTIME-SE.

Pelo que se depreende deste despacho datado de 22/08 nos autos da extradição, a expulsão caminha a passos largos e logo teremos notícias a respeito!!! E ele que se dizia livre heim???

Anónimo disse...

SAR POSSA
BUSCAR NA www.stf.org.br processos n0 1035 EXTRADIÇÃO 1035 E SE TEM O ACOMPANHAMENTO PROCESSUAL DO RAUL SANTOS DINIZ.ELE JA FOI BANIDO DE PORTUGAL POR DEZ ANOS E POR AQUI O CAMINHO SERA O MESMO PELO ANDAR DA CARRUAGEM DO DIGNO SENHOR RD

Anónimo disse...

é... parece que as portas se fecharam mesmo.... parece que esta etapa acabou.... findou.....

Anónimo disse...

Quem mente rouba!!! e este dito senhor Raul..so pregou mentirAs..Rouba a verdade e a a
justiça!!!!No lugar onde esta vendo os dias Passar.. elegeu o seu caminho..para a saida dos fundos!!!!!

Anónimo disse...

Vas a partir…! ¡Vas a partir un día…!,

y no intento ser trágico o sombrío…,

simplemente pretendo, amigo mío,

sacudir tu indolencia y tu apatía.



¡Vas a partir…! De mármol o granito

hay una tumba aún no levantada...,

y al lado de esa fosa aún no cavada,

¡hay una lápida con tu nombre escrito…!



¡Vas a partir…! Y no importa la hora…,

si faltan cinco años…, o cincuenta….

¡que la Señora que lleva la cuenta,

llega sin prisa…, pero sin demora…!



¡Vas a partir…! ¡¿Lo entiendes, compañero…?!

¡Sólo somos criaturas de un instante…!

Y en tu lista de cosas importantes,

¡ojalá que el amor esté primero…!



¡Vas a partir…! ¡Pero ahora estás vivo!,

y si acaso te sirve de consuelo,

cuando te vayas por detrás del velo,

¡sólo ese amor podrás llevar contigo…!



¡Vas a partir…!, cargando únicamente

el cariño que a tu paso fuiste dando…,

esa ternura que has ido desgranando…,

y tu candor en el trato con la gente…



¡Vas a partir…! ¡Por eso es que te pido

que no te guardes ni una sola caricia…!

¡Que seas como una luz que beneficia

al triste…, al solitario…, al deprimido…!



¡Y entonces tu partida será buena…,

porque habrá sido buena tu venida…!

Te darás un abrazo con la vida…,

¡¡¡y marcharás con las maletas llenas…!!!

Namaste!!!!!















































--------------------------------------------------------------------------------

.
__,_._,___


--

Anónimo disse...

Dai seu Raul? como tens passado?Anda esquecido´por cá..estranho tantas agulhadas e agora silencio.

Anónimo disse...

Ya no juegues más el juego

de inventar siempre batallas…!

Lo que ves mal en el otro…,

¡es en vos en donde se halla…!



¡Ya no juegues más el juego

de que cambie el que está al lado…!

Cuando seas vos el que cambie…

¡lo vas a encontrar cambiado…!



¡Ya no juegues más el juego

de vivir manipulando…!

Que lo que siembres ahora…

¡lo vivirás cosechando…!



¡Ya no juegues más el juego

de que el otro te complete…!

Solucionar tus carencias

¡es a vos a quien compete…!



¡Ya no juegues más el juego

de la víctima falaz…!

Que tu dicha no depende

de lo que hagan los demás…



¡Ya no juegues más el juego

de ponerte en triunfador…!

Que siempre que gana el ego…

¡el que pierde es el amor…!



(Y cuando en ti se abra paso

la canción del desapego,

¡verás que ya no te nace

nunca más jugar el juego…!)





Zu

Anónimo disse...

QUE SILENCIO....SERÁ QUE NOSSO AMIGO RAUL JA ESTA LIVRE???????OU JA ARRUMOU OUTRA PESSOA PARA SER A PROXIMA VITIMA?

Anónimo disse...

Tolerância Perigosa



"... deixemos todo embaraço, e o pecado que tão de perto nos
rodeia" (Hebreus 12:1)


Dr. J. Wilbur Chapman, costumava contar a respeito de um
pastor metodista que frequentemente pregava sobre o pecado.
Ele não media palavras, mas e definia pecado como "aquela
coisa abominável que Deus odeia". Um líder em sua
congregação veio a ele em uma ocasião e tentou persuadi-lo a
parar de usar aquele tipo de palavra. Disse ele: "Nós
gostaríamos que você não falasse muito claramente sobre
pecado. Isso afugenta os nossos jovens. Chame-o de qualquer
outra coisa, como "erro", "engano" ou coisa parecida". "Eu
entendo o que você quer dizer", observou o pastor, e
caminhando para sua escrivaninha, pegou uma pequena garrafa.
"Esta garrafa", ele disse, "contém estricnina. Você verá que
a etiqueta vermelha aqui diz -- Veneno . Você seria capaz de
sugerir que eu mude a etiqueta passando a dizer --
alcalóide? Quanto mais inocente for o nome, mais perigosa
será a dose."


Até que ponto estamos banalizando ou tolerando o pecado que
procura nos afastar da presença de Deus? Temos sido
rigorosos contra ele ou o tratamos com indiferença, como se
já fizesse parte de nossa vida diária? Quando não o tratamos
com o rigor que deve ser tratado, ele se aproxima de
mansinho, vai tomando lugar em nossas ações e logo estará
completamente alojado e dirigindo cada um de nossos passos.


Mesmo que a princípio pareça inofensivo, vai corroendo nossa
paz, ferindo nossa espiritualidade, destruindo nosso
relacionamento com o Senhor e matando pouco a pouco nossa
vida vitoriosa diante de Deus. Ele é um veneno mortal e se
não o expulsarmos a tempo, destruirá nossos sonhos e nos
impedirá de receber as bênçãos que o Senhor tem nos
preparado.


Não existe pecado pequeno e pecado grande. Pecado é pecado e
deve ser tratado como tal. Resistindo a ele nós estaremos
sempre próximos do Senhor e gozando de uma vida plena de
felicidade.


*****

Anónimo disse...

DECISÃO: Trata-se de habeas corpus, com pedido de liminar, impetrado, em causa própria, por RAUL DOS SANTOS DINIZ, contra o Relator da Extradição n° 1035 no Supremo Tribunal Federal.
A petição inicial pede, in fine, ao Ministro Relator da Extradição n° 1035, que conceda a liberdade ao paciente (fls. 05).
É o relatório.
Decido.
O writ não pode ser conhecido.
Não foi narrado o ato coator eventualmente praticado pelo Ministro Relator da Extradição n° 1035 – excesso de prazo, indeferimento do pedido de liberdade, etc.
Ademais, como se nota às fls. 05, o pedido é dirigido exatamente à autoridade que, na capa dos autos, consta como coatora.
Assim, não conheço do writ e determino o encaminhamento de cópia da inicial ao eminente Ministro CARLOS ALBERTO MENEZES DIREITO, para as providências cabíveis.
Publique-se. Arquive-se.


Brasília, 27 de agosto de 2008.

Anónimo disse...

“¡Claro que amo a la gente…!” –siempre decía-,

cuando verificaba, prolijamente,

si cada vez que daba…, recibía…:

¡para él todo era un trueque, simplemente!



“¡Claro que amo a la gente…!” –manifestaba-,

mientras iba orquestando, sin miramientos,

el juego de poder que más gozaba:

¡el de manipular los sentimientos!



“¡Claro que amo a la gente…!” –se repetía-,

aunque no reparaba más que en sí mismo…,

y pensar sólo en él, …día tras día,

¡era a la vez su Credo…y su catecismo…!



“¡Claro que amo a la gente…!” –se confortaba-,

pero andaba, a su modo, cerrando puertas…

porque exigía del otro lo que él no daba…

¡y sus promesas eran como hojas muertas…!



“¡Claro que amo a la gente…!” –seguía diciendo-,

aunque nunca regaba las flores nuevas…

que de a poco, sin agua…iban muriendo…

¡ya sin más esperanzas de que un día llueva…!



“¡Claro que amo a la gente…!” –balbuceaba-,

sin llegar minimamente a comprender,

que al Amor…¡ni siquiera lo rozaba…!,

…porque amar…, ¡es un estado de ser…!



Y aunque nunca sintió esa algarabía…,

ni abrió su corazón sinceramente…,

aún en su soledad, …se repetía…:

¡claro que amo a la gente…!



si.. desde donde te encuentres debes estar a reflexionar!!!!Esto fue escrito para tu alma!!!!!!que seas despierto por tus pesadillas!!! RD!!!!!

Anónimo disse...

Cuando sientas que tu mundo se desploma…

Cuando creas que todo se derrumba…

Cuando pienses que ya no hay soluciones…

¡y sólo el eco del temor retumba…!,



…intentá cambiar tus ojos, compañero…,

y contemplalo, a lo que te acontezca,

como un obsequio que te hace tu alma…

¡un regalo de luz para que crezcas…!



¡Que los problemas ya no son problemas

cuando se toman como desafíos…!:

¡son Instructores sabios que aparecen

disfrazados de escollos y desvíos…!



¡Celebralo a ese drama allí en tu vida…!:

¡es sólo una ilusión…, un espejismo…!

¡nada puede realmente lastimarte…

a no ser que el que te hiera…seas tú mismo…!



¡Aplaudilo a tu infortunio, amigo mío…!

¡Brindá con él, adentro de tu mente…!

¡Agradecele por su buen servicio…

y dejalo marcharse amablemente…!



¡Y él se irá…sin siquiera perturbarte,

porque sos intocable…sos eterno…!

Sos lo Divino…que ya late en lo Humano…

¡como la primavera late en el invierno…!!!

Anónimo disse...

10/10/2008 Petição AVULSA Nº 143409/2008 , EM 9/10/2008: RAUL DOS SANTOS DINIZ REQUER CONCESSÃO DE LIBERDADE PROVISÓRIA.

10/10/2008 Reiterado pedido de informações Ofício nº 7089/R, ao
como podem ver o sr raul dos santos diniz ainda permanece preso nas dependenciasd da Policia federal VEJAM STF/

Anónimo disse...

15/10/2008 Certidão CERTIFICO E DOU FÉ QUE RETIFIQUEI A AUTUAÇÃO DESTES AUTOS PARA FAZER CONSTAR COMO ADVOGADO DO EXTRADITANDO O DR. ANDRÉ RODRIGUES DE OLIVEIRA.

15/10/2008 Juntada PET. Nº 145310/2008 .

15/10/2008 Juntada PET. Nº 143409/2008 .

15/10/2008 Despacho EM 14/10/2008.Petições 143409/2008 ; 145310/2008 .Junte-se.

14/10/2008 Petição Nº 145310/2008 : RAUL DOS SANTOS DINIZ - PRESTA INFORMAÇÕES, REQUER SEJA CONCEDIDA LIBERDADE PROVISÓRIA EM FAVOR DO EXTRADITANDO E INDICA NOMES PARA INTIMAÇÕES.

VEJAM, O SR RAUL AINDA SE ENCONTRA EM TERRITORIO BRASILEIRO,PRECISAMENTE NAS DEPENDENCIAS DA POLICIA FEDERAL , CONTINUA A AMARGAR OS CUIDADOS DA JUSTIÇA BRASILEIRA..ISTO E O QUE DIZ O MOVIMENTO NO STF

Anónimo disse...

28/10/2008 Conclusos ao(à) Relator(a) COM 3 VOLUMES E 1 APENSO.

24/10/2008 Manifestação da PGR COM PARECER PELO INDEFERIMENTO DO PEDIDO DE LIBERDADE PROVISÓRIA.

17/10/2008 Vista à PGR COM 3 VOLUMES E 1 APENSO.

17/10/2008 Despacho AO MP PARA QUE FALE SOBRE O PEDIDO DE LIBERDADE PROVISÓRIA (FL. 655).

17/10/2008 Juntada PET. Nº 146021/2008.

17/10/2008 Despacho NA PET. Nº 146021/2008: JUNTE-SE.

16/10/2008 Petição AVULSA Nº 146021/2008, EM 15/10/2008: AVISO Nº 1631-MJ, DO MINISTRO DE ESTADO DA JUSTIÇA, EM ATENÇÃO AO OFÍCIO Nº 5413/R.

16/10/2008 Conclusos ao(à) Relator(a) COM TRÊS VOLUMES E UM APENSO.

15/10/2008 Certidão CERTIFICO E DOU FÉ QUE RETIFIQUEI A AUTUAÇÃO DESTES AUTOS PARA FAZER CONSTAR COMO ADVOGADO DO EXTRADITANDO O DR. ANDRÉ RODRIGUES DE OLIVEIRA.

15/10/2008 Juntada PET. Nº 145310/2008.

15/10/2008 Juntada PET. Nº 143409/2008.

15/10/2008 Despacho EM 14/10/2008.Petições 143409/2008;145310/2008.Junte-se.

14/10/2008 Petição Nº 145310/2008: RAUL DOS SANTOS DINIZ - PRESTA INFORMAÇÕES, REQUER SEJA CONCEDIDA LIBERDADE PROVISÓRIA EM FAVOR DO EXTRADITANDO E INDICA NOMES PARA INTIMAÇÕES.

10/10/2008 Petição AVULSA Nº 143409/2008, EM 9/10/2008: RAUL DOS SANTOS DINIZ REQUER CONCESSÃO DE LIBERDADE PROVISÓRIA.

10/10/2008 Reiterado pedido de informações Ofício nº 7089/R, ao Ministro de Estado da Justiça, reiterando Ofício nº 5413/R, de 26/8/2008.

08/10/2008 Despacho EM 7/10/2008.Reitere-se o ofício de fl.629.

06/10/2008 Conclusos ao(à) Relator(a) COM 3 VOLUMES E

Anónimo disse...

Para não dizer que não foram alertados, rogo para que todos e todas, que de alguma forma possuem algum vínculo com este extraditando, leiam a ISTO É do último dia 29 - matéria PSICOPATAS!!! É como se estivessem fazendo a descrição deste "verme" que se diz chamar RD.

Anónimo disse...

TRABALHEI PARA ESSE TAL RAUL DINIZ E NÃO PAGOU. ELE TINHA UMA REVISTA CHAMADA PHOENIX, QUE CIRCULOU POR UNS 6 MESES E DEIXOU UM RASTRO DE FALCATRUAS E DÍVIDAS POR VÁRIOS ESTADOS DO BRASIL. NÃO PAGOU A GRÁFICA, AS DISTRIBUIDORAS, ENGANOU ANUNCIANTES, COLOCOU PESSOAS DE SUA CONFIANÇA COMO SÓCIOS LARANJAS... É UM ESTELIONATÁRIO PROFISSIONALÍSSIMO.

Anónimo disse...

Creio que este cafageste é cego analfabeto, pois a justiça diz com data de 5-11-08 improcedente o pedido de liberdade provisória. Deus não tarda nem falaha seu calhorda, o unico aqui a andar em temor é você que é mais sujo que pau de galinheiro.

http://www.stf.jus.br/portal/processo/verProcessoAndamento.asp?numero=1035&classe=Ext&origem=AP&recurso=0&tipoJulgamento=M

Anónimo disse...

DECISÃO
Vistos.
Extradição instrutória e executória formalizada pelo Governo de Portugal, com base no Artigo II do Tratado de extradição celebrado entre os Estados português e brasileiro, do nacional angolano RAUL DOS SANTOS DINIZ, para que cumpra naquele país o restante da pena a ele imposta pela 2ª Secção da 1ª Vara Criminal de Lisboa (Processo nº 355/99.8TDLSB) e responda ao processo instaurado por diversos delitos (Processo nº 10/04.9AILSB), conforme Nota Verbal nº 39/2006 (fls. 4 a 243).
Em 14/10/08, pela petição de fls. 647 a 656, o extraditando formulou pedido de liberdade provisória, alegando, em síntese, que a prisão para fins de extradição deve obedecer aos princípios da dignidade da pessoa humana, da proporcionalidade e aos subprincípios da adequação e da necessidade. Assevera, para tanto, que o País Requerente, embora provocado por 4 vezes, não cumpriu as exigências complementares solicitadas.
Alega, ainda, que está preso em regime similar ao fechado, mesmo já tendo cumprido, no território português, mais de 1/3 da pena imposta pela Justiça daquele País (8 anos e 6 meses).
Em manifestação ao pedido, o Ministério Público Federal, pelo parecer da ilustre Subprocuradora-Geral da República, Dra. Cláudia Sampaio Marques, aprovado pelo ilustre Procurador-Geral da República, Dr. Antônio Fernando Barros e Silva de Souza, pronunciou-se pelo indeferimento do pedido (fls. 661/662).
Decido.
Após o interrogatório do extraditando e a apresentação de defesa escrita, determinei vista dos autos ao Ministério Público Federal para manifestação.
Aquele ilustre Parquet Federal, com fundamento no art. 85, § 2º, da Lei nº 6.815/80, converteu o julgamento em diligência e requereu “a juntada das cópias autenti¬cadas das normas penais concernentes à suspensão e interrupção da prescrição; do inteiro teor da nova denúncia apresentada pelo Ministério Público português em 23 de abril de 2007 e de quaisquer outros atos posteriores eventualmente praticados, e do Decreto-lei nº 244/98, que cuida do instituto da expulsão” (fls. 621 a 623).
Pela decisão de 18/8/08, deferi o pedido e determinei a expedição do ofício respectivo (fl. 625 a 627).
Em 3/10/08, a Secretaria desta Corte certificou que as informações solicitadas pelo Ofício nº 5413/R (cópia a fl. 629) não foram recebidas (fl. 631). Determinei, então, a reiteração do ofício.
O Ministério da Justiça, através do Aviso nº 1631-MJ, de 15/10/08, informou que, “segundo informação do Ministério das Relações Exteriores, a Embaixada de Portugal foi formalmente cientificada, no dia 11 de setembro de 2008, das exigências requeridas por essa Egrégia Corte...” (fl. 659).
Incidem na espécie as normas do artigo XIV do Tratado de Extradição celebrado entre o Brasil e a República Portuguesa e do art. 85, § 3º, da Lei nº 6.815/80, que estabelecem, em outras palavras, o prazo de 60 dias para o cumprimento das diligências requeridas, a contar da data em que o Ministério das Relações Exteriores notificou à Missão Diplomática do Estado requerente.
Tendo a Embaixada de Portugal sido notificada em 11/9/08 (Aviso de fl. 659), não há como afirmar a inércia do Estado requerente, enquanto não transcorrido o prazo estipulado.
Foi nesse sentido o parecer do Ministério Público Federal:

“5. O Ministério de Estado da Justiça, por meio do Aviso nº 1.631, informou que a Embaixada de Portugal foi formalmente notificada sobre as diligências requeridas em 11 de setembro (fls. 659).
6. Desse modo, verifica-se que ainda está em curso o prazo de 60 (sessenta) dias previsto no art. 85, § 3º, da Lei nº 6.815/80, e no art. XIV, do Tratado bilateral específico.
7. É prematura, portanto, a afirmativa de que o Estado requerente é inerte, não se encontrando caracterizado, até o momento, qualquer constrangimento ilegal à liberdade do extraditando” (fl. 661/662).


Ressaltou, ainda, a ilustre Subprocuradora-Geral da República, Dra. Cláudia Sampaio Marques:

“8. Ademais, cumpre ressaltar que a prisão preventiva é condição de procedibilidade do processo de extradição e tem como objetivo possibilitar a eficácia da medida de entrega ao Estado requerente, não se confundindo, por conseguinte, com a prisão preventiva regulada pelo CPP [EXT – ED 928. Rel. Min. Cezar Peluso. DJ 25.5.2007; HC 90.070/GO. Rel. Min. Eros Grau, DJ 30.3.2007; HC 86.095/PE. Rel. Min. Carlos Velloso. DJ 2.12.2005; EXT 827. Rel. Min. Ilmar Galvão. DJ 1º.8.2003].
9. Dessarte, veda-se a admissão de modalidades substitutivas do regime prisional fechado, salvo em situações de comprovada excepcionalidade [HC 71.172/RJ. Rel. Min. Celso de Mello. DJ 25.3.94; HC 86.095/PE. Rel. Min. Carlos Velloso. DJ 2.12.2005], o que não é o caso sob exame.
10. Inclusive, a respeito do tema, essa Corte já decidiu pela legitimidade constitucional do art. 84, parágrafo único, da Lei nº 6.815/80, e da prisão preventiva para extradição [HC 71.172/RJ. Rel. Min. Celso de Mello. DJ 25.3.94; HC 86.095/PE. Rel. Min. Carlos Velloso. DJ 2.12.2005]” (fl. 662).


Ante o exposto, e nos termos do parecer do Ministério Público Federal, indefiro o pedido de liberdade provisória.

Intime-se.

Brasília, 31 de outubro de 2008.

Ministro MENEZES DIREITO
Relator

Anónimo disse...

E PASSA O TEMPO E AINDA ESTAS FECHADO ATRAS DAS GRADES O MUITO REPEITOSO PASTOR RAUL DOS SANTOS DINIZ??????

Anónimo disse...

19/11/2008 Publicação, DJE DJE nº 220, divulgado em 18/11/2008 Despacho


18/11/2008 Petição Nº 161517/2008, EM 14/11/2008: MANIFESTAÇÃO DE RAUL DOS SANTOS DINIZ PRESTA ESCLARECIMENTOS E REQUER PROVIDÊNCIAS.

14/11/2008 Conclusos ao(à) Relator(a) COM TRÊS VOLUMES E UM APENSO

14/11/2008 Informações recebidas, Ofício nº PETIÇÃO Nº 160733/2008.

14/11/2008 Lançamento indevido 14/11/2008 - Certidão

14/11/2008 Certidão

14/11/2008 Despacho EM 12/11/2008: (...) CERTIFIQUE A SECRETARIA QUANTO AO CUMPRIMENTO, OU NÃO, DAS DILIGÊNCIAS REQUISITADAS AO ESTADO REQUERENTE ATRAVÉS DO OFÍCIO Nº 5.413/R (...) PUBLIQUE-SE.

Anónimo disse...

DECISÃO
Vistos.
O extraditando, por seu advogado, requer o indeferimento monocrático do pedido de extradição, em razão do não-cumprimento, pelo Estado requerente, das diligências requeridas pelo Ministério Público Federal (fls. 672 a 679).
Certifique a secretaria quanto ao cumprimento, ou não, das diligências requisitadas ao Estado requerente através do Ofício nº 5.413/R, de 26/8/08 (fl. 629).
Publique-se.

Brasília, 12 de novembro de 2008.

Ministro MENEZES DIREITO
Relator

Anónimo disse...

DECISÃO isto9 en 19/11...CONTINUA PRESO NAO SENHOR RAUL DOS SANTOS DINIZ!!!!!!!

Vistos.
O extraditando, por seu advogado, requer o indeferimento monocrático do pedido de extradição, em razão do não-cumprimento, pelo Estado requerente, das diligências requeridas pelo Ministério Público Federal (fls. 672 a 679).
Certifique a secretaria quanto ao cumprimento, ou não, das diligências requisitadas ao Estado requerente através do Ofício nº 5.413/R, de 26/8/08 (fl. 629).
Publique-se.

Brasília, 12 de novembro de 2008.

Ministro MENEZES DIREITO
Relator

Anónimo disse...

«Raul dos Santos Diniz capturado», 24 Horas, 25 Novembro 2008

Raul dos Santos Diniz, o homem que dizia ser irmão do Presidente angolano José Eduardo dos Santos, está preso no Brasil, para onde fugiu há 7 anos, tornando-se pastor evangélico. Agora espera na cadeia a extradição para Portugal por crimes de falsificação e burlas em solo luso, apurou o 24 Horas.
Segundo informações recolhidas pelo nosso jornal, Raul usava o nome de José Eduardo dos Santos para enganar empresários em Portugal.
Actualmente com 55 anos, o angolado Raul Diniz, foi preso em Abril pela Polícia Militar, em Araranguá, no Sul do estado de Santa Catarina, e entregue à Polícia Federal em Florianópolis. Na altura da sua detenção estava a chegar a casa ao volante de um jipe Grand Cherokee, preto, com matrícula do Rio de Janeiro.
Desde então que aguarda extradição para Portugal, tendo visto há dias negada a liberdade provisória pelo Supremo Tribunal Federal brasileiro, de acordo com o despacho que o 24 Horas teve acesso.

Guerra na PJ

Em Portugal, Raul dos Santos Diniz tornou-se mediático no final do verão de 2000, quando fez estoirar uma guerra na PJ.
Contra ele pendia um mandado internacional de captura, emitido por Luanda, via Interpol, que o então director da Direcção Central do Combate à Corrupção, Fraudes e Infracções Económico-Financeiras da PJ, o procurador Rosário Teixeira, ignorou, invocando "aguardar melhor esclarecimentos".
O angolano era procurado por falsificação e burla em negócios de diamantes de três milhões de dólares, mas em Portugal também tinha crimes pendentes.
A bronca estoirou quando a procuradora Cândida Vilar, do DIAP, questionou Vítor Chaves de Almeida, então director da Interpol em Lisboa, sobre o destino do foragido Raul dos Santos Diniz.
A situação acabou por ser resolvida pelo coordenador superior, entretanto aposentado, Sousa Martins - ex-director em Faro e na altura à frente da Área Económica na Polícia Judiciária de Lisboa - que acabou por prender efectivamente Raul dos Santos Diniz em casa, na Rua Bernardo Santareno, em Santarém.
O angolano esteve dois anos em prisão preventiva mas acabou por ser libertado e fugiu para o Brasil.
O escândalo, na altura, foi tão grande que Luís Bonina, então director nacional da Polícia Judiciária mandou instaurar um inquérito interno, cujas conclusões nunca foram conhecidas.

Texto Valdemar Pinheiro: valdemar.pinheiro@24horas.com.pt
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Que sarilhada!!!

Anónimo disse...

E Agora RD???? ainda vais andar a metir e aplicar golpes, até os advogados já te abandonaram, pois até a eles tu enganastes, pois nadas tens, a não ser o dentes de protese feita em pés de escadas de floripa...kkkk
e a Sra Solange? vai fazer o q de agora em diante? cuidado pra não ficar na prisão também, pois estás a ser conivente com os crim es deste dito cujo.....

Anónimo disse...

EXTRADIÇÃO Nr. 1035 Andamentos "Petições"
7627/2009 02/02/2009 SEÇÃO DE PROCESSOS DIVERSOS DO PLENÁRIO 05/02/2009 ANDRÉ RODRIGUES DE OLIVEIRA E OUTRO - APRESENTA RENÚNCIA AOS PODERES OUTORGADOS E REQUER JUNTADA DE DOCUMENTOS.

Anónimo disse...

Giuseppe Englaro, pai de Eluana, a italiana que morreu na segunda-feira passada por desidratação, recusou uma grande soma de dinheiro de um conhecido fotógrafo italiano que queria retratar a filha em estado de coma, disse neste sábado o neurologista que atendia a mulher desde 1996, Carlo Defanti.

O neurologista, que participou hoje de uma conferência sobre eutanásia, disse que Englaro respeitou a vontade da filha, que, antes do acidente, tinha pedido que, se lhe ocorresse qualquer coisa irreversível, apresentasse sua imagem de quando estava em boas condições.

Antes de sofrer o acidente de trânsito, em 1992, Eluana viveu o coma de um amigo, Alessandro, o que causou forte impacto na italiana e a levou a fazer o pai prometer que não a deixasse viver em estado vegetativo, disse o próprio Giuseppe Englaro.

Defanti, que dissera que Eluana poderia viver de dez a 12 dias depois da suspensão da alimentação e da hidratação, disse que, como médico, tinha que reprovar esta afirmação.

"Não se pode sobreviver após três ou quatro dias sem líquido e, em particular, água em um corpo. Sabemos bem que, quando há um terremoto, após quatro dias é difícil encontrar sobreviventes".

Defanti ressaltou que Eluana "não falava, não se comunicava com o exterior" e que, após vários exames, "nos deparamos com uma moça que tinha perdido a consciência", porque estava com o córtex cerebral prejudicado.

Eluana foi enterrada na quinta-feira passada no túmulo da família na localidade de Paluzza, em Udine, após um funeral que não contou com a presença dos pais.

Anónimo disse...

Os bombeiros combatem neste sábado os incêndios na Austrália favorecidos pelo bom tempo, enquanto os deslocados encotram em seu retorno casas derruídas, carros queimados nas ruas e destruição.

Depois de sete dias desde que começaram os incêndios no Estado de Victoria, a lista de mortos chega a 181, os desaparecidos somam 50, os edifícios destruídos totalizam 1,834 mil e o terreno arrasado, principalmente florestas, ocupa uma área de 4,13 mil quilômetros quadrados.

As equipes de bombeiros, formadas por 4 mil profissionais de Victoria, de outras partes da Austrália e de países amigos, combateram hoje 12 focos fora de controle e nenhum representava uma ameaça direta para a população.

O subdiretor do Serviço de Bombeiros, Geoff Conway, disse que este tempo favorável, que se prolongará durante o domingo, permite consolidar as linhas de contenção e avançar na extinção das chamas.

Cinzas apareceram arrastadas por ventos do nordeste sobre Melbourne, onde habitam 3,8 milhões de pessoas, e as autoridades alertaram aos cidadãos do risco para a saúde de idosos, crianças e pessoas com problemas respiratórios.

O número de pessoas deslocadas - a Cruz Vermelha chegou a receber 7 mil - começou a cair com a abertura de algumas localidades atingidas.

Os incêndios, alguns criminosos, começaram em 7 de fevereiro, quando a região sul da Austrália estava há duas semanas sob uma onda de calor sem precedentes.

Na sexta-feira passada, a polícia acusou uma pessoa de ter provocado o incêndio que atingiu a localidade de Churchill e matou 21 pessoas.

Anónimo disse...

A primeira chuva em seis dias reduziu a ameaça de incêndios no Estado de Victoria, ao sul da Austrália. As autoridades, porém, advertiram que ainda existem 12 focos, mas que nenhum deles ameaça áreas povoadas.

Mais de quatro mil bombeiros, mil provenientes de outras partes do país e de outras nações, trabalham contra o fogo. Cerca de 600 veículos e 28 helicópteros e pequenos aviões estão sendo usados.


Eles conseguiram construir linhas de contenção para evitar os incêndios de Yarra e Maroondah se juntassem. Também foram controlados os incêndios abertos de Yea e Murrindindi, que ameaçavam as comunidades de Connellys Creek, Crystal Creek, Scrubby Creek e Native Dog Creek.

O número de mortos chegou a 181, mas as autoridades acreditam que as vítimas devem passar de 200, já que ainda há muitos desaparecidos.

Anónimo disse...

Aqui nesta coluna, na semana passada, tive a oportunidade de comentar sobre a recente visita do professor brasileiro Pedrinho Guareschi à Austrália. Não dei, porém, os fatos, pois semana passada o assunto era outro.

Hoje, porém, vamos a eles.

No último dia 4 de fevereiro, aconteceu o Seminário "Paulo Freire: Education and Liberation", organizado pelo centro de estudos latino-americanos da Universidade Nacional da Austrália, ou ANU, como é mais conhecida por aqui.

A ANU, para quem não sabe, está entre as 20 melhores universidades do mundo! E tem sede aqui em Camberra, capital da Austrália.

Na abertura do evento, o professor John Minns, diretor do centro latino-americano, ao dar boas-vindas ao público presente, lembrou ser aquele o primeiro seminário exclusivamente dedicado a Paulo Freire na Austrália.

Em seguida, convidou Pedrinho Guareschi, palestrante principal do Seminário, a fazer sua apresentação.

A plateia pode então conhecer, pelas palavras de Pedrinho, um pouco da obra e da vida de Freire, esse brasileiro de fé e valor, que sempre acreditou na educação, sobretudo dos menos favorecidos, analfabetos, como força libertadora.

Como não podia deixar de ser, os conceitos e ideias revolucionários de Paulo Freire, expostos com clareza por Pedrinho, despertaram o interesse e a curiosidade de plateia. A qual, deve-se notar, era na maioria de estudantes, mas de várias nacionalidades, sobretudo australianos e asiáticos.

Na continuação do programa do seminário, que se estendeu por dois dias, outros professores fizeram palestras sobre temas ligados à obra de Paulo Freire.

Interessante, por exemplo, saber que a professora Anne Hickling-Hudson, jamaicana que mora na Austrália há muitos anos (é professora da ANU), conheceu e trabalhou com Freire num workshop educacional durante a revolução na Ilha de Granada, em 1980, antes da invasão dos Estados Unidos...

Ou, então, a palestra da Professora Gerda Roelvink, da Nova Zelândia, que participou do Fórum Social de Porto Alegre em 2005. E essa participação transformou-se em tema de doutorado.

No dia 10, terça-feira passada, o padre Pedrinho Guareschi voltou a falar ao público australiano em grande auditório localizado no belíssimo campus da ANU. Desta vez, sobre a Teologia da Libertação.

Depois da palestra, John Minns mostrou o filme mexicano "O Crime do Padre Amaro", no qual um dos personagens é um padre católico praticante da Teologia da Libertação.

Mais uma vez, foi grande o intersse da platéia, que pode aprender e conhecer um pouco como se desenvolveu aquele importante movimento católico na América Latina.

Fica, assim, ao Pedrinho, bem como a outros brasileiros estudiosos e de bom coração que saem pelo mundo a divulgar aspectos importantes da cultura brasileira, o respeito e a homenagem desta coluna. E... aquele abraço!

Anónimo disse...

Amanda Kitts perdeu o braço esquerdo em um acidente de automóvel acontecido três anos atrás, mas hoje em dia ela joga futebol americano com seu filho de 12 anos de idade, troca fraldas e abraça as crianças nas três creches Kiddie Cottage que opera em Knoxville, Tennessee. Kitts, 40 anos, faz tudo isso com a ajuda de um novo tipo de braço artificial que se movimenta com mais facilidade do que outros aparelhos e que ela pode controlar utilizando apenas seus pensamentos.

"Eu sou capaz de mexer a mão, o pulso e o cotovelo ao mesmo tempo", diz. "Você pensa e os músculos se movem em seguida".

A recuperação que ela conseguiu resulta de um novo procedimento que vem atraindo crescente atenção porque permite que pessoas movam braços protéticos de forma mais automática do que faziam no passado, simplesmente utilizando nervos reaproveitados em seus cérebros.

A técnica, conhecida como "renervação muscular dirigida", envolve utilizar os nervos que restam depois da amputação de um braço e conectá-los a outro músculo do corpo, em geral no peito. Eletrodos são instalados sobre os músculos do peito, e operam como se fossem antenas. Quando a pessoa deseja mover o braço, o cérebro envia sinais que primeiro resultam em contração dos músculos do peito, os quais enviam um sinal ao braço protético, instruindo-se a se movimentar. O processo não requer mais esforços consciente do que a pessoa teria de exercitar caso ainda tivesse seu braço natural.

Na terça-feira, pesquisadores reportaram em estudo publicado pela versão online do Journal of the American Medical Association que haviam levado a técnica ainda mais à frente, tornando possível a execução de 10 movimentos de mão, pulso e cotovelo diferentes, o que representa uma substancial melhora com relação ao típico repertório protético, que em geral envolve apenas dobrar o cotovelo, girar o pulso e abrir a mão.

"Os novos métodos tiveram impacto dramático em nosso campo de trabalho", disse Stuart Harshbarger, engenheiro biomédico na Universidade Johns Hopkins e diretor do programa de pesquisa sobre próteses, financiado pelas forças armadas, que inclui o trabalho com essa técnica. "O método já está em uso por médicos e cirurgiões comuns em todo o país. A capacidade de controlar um membro protético bastante robusto que ele confere surpreendeu a todos pela qualidade".

Tipicamente, uma pessoa que tenha um braço protético só é capaz de executar alguns poucos movimentos, e muitas vezes com tamanha lentidão que isso só permite a ela atividades limitadas.

Há um motor separado para cada movimento, diz Gerald Loeb, professor de engenharia biomédica na Universidade do Sul da Califórnia, "e esses motores precisam ser controlados de maneira explícita", usualmente por um esforço consciente da pessoa para contrair músculos nas costas ou no bíceps.

"Essencialmente, até agora os pacientes controlavam apenas um motor de cada vez", diz Loeb, "e precisavam pensar cuidadosamente sobre que motor desejavam controlar e como fazê-lo operar, em lugar de simplesmente pensarem em mover o braço e poderem fazê-lo sem delongas".

Antes que Kitts passasse pelo procedimento de renervação, em outubro de 2007, por exemplo, ela precisava movimentar os músculos de suas costas de determinada maneira para fazer com que seu pulso girasse, e flexionar seu bíceps e tríceps para fazer com que o cotovelo se movesse para cima e para baixo. "Era muito trabalho", ela conta. "E não me ajudava muito".

O procedimento de renervação é parte de uma recente explosão de idéias novas e técnicas inovadoras que estão sendo exploradas enquanto os cientistas se esforçam por ajudar as pessoas a compensar melhor a perda de membros ou problemas de paralisia. O esforço vem sendo alimentado pelo aumento no número de amputações causado por diabetes e por ferimentos sofridos pelos militares, e ao mesmo tempo pelos avanços na tecnologia médica.

Os braços se tornaram um dos focos essenciais desse tipo de trabalho. A ciência há muito vem obtendo sucessos no desenvolvimento de próteses de perna, mas é muito mais difícil imitar a complexidade e a destreza das mãos e dos braços.

Os esforços em curso incluem o desenvolvimento de projetos de pele e braços mais sensíveis e mais flexíveis, e o uso de dispositivos acionados por controles sem fio implantado nos braços protéticos, que permitiriam movimentos mais naturais.

Os pesquisadores também vêm usando sensores implantados nos cérebros de cobaias para permitir que dois macacos controlem um braço mecânico, e um teste com um homem paralítico permitiu, com esse método, que ele movimentasse um cursor em uma tela de computador.

Alguns desses métodos, caso venham a ser aperfeiçoados plenamente e consigam aprovação das autoridades regulatórias da saúde, podem no futuro se tornar mais viáveis para os pacientes de amputações.

E embora a técnica da renervação não requeira aprovação das autoridades regulatórias porque é executada por meios cirúrgicos e emprega aparelhos já existentes, ela apresenta limitações que até mesmo seus criadores reconhecem, entre as quais o fato de que não se pode utilizá-la para todos os pacientes, o seu alto custo e o prazo de meses requerido para que os nervos reconectados cresçam e se tornem efetivos.

Ainda assim, os especialistas dizem que é o mais avançado sistema em uso hoje para pacientes reais que permite que o sistema nervoso controle diretamente o movimento de um braço artificial.

Desde sua introdução por Todd Kuiken, médico fisioterapeuta e engenheiro biomédico do Instituto de Reabilitação de Chicago, o método foi empregado em cerca de 30 pacientes nos Estados Unidos, Canadá e Europa, entre os quais oito soldados feridos no Iraque e no Afeganistão.

Muitos dos pacientes, entre os quais o primeiro, Jesse Sullivan, um operário do setor elétrico no Tennessee que perdeu os dois braços quando foi eletrocutado por um cabo, conseguem não apenas manipular seus braços protéticos mas sentir a presença das mãos que já não têm quando alguém toca em seus peitos.

Sullivan, 62 anos, e Kitts, estavam entre os cinco pacientes que participaram do estudo reportado na terça-feira. Em companhia de cinco outras pessoas que não passaram por amputações, eles receberam os eletrodos e foram instruídos a usar pensamentos para fazer com que um braço virtual na tela reproduzisse 10 movimentos diferentes, entre os quais três formas diferentes de aperto de mão.

Os pacientes apresentaram desempenho bastante respeitável, apenas um pouco mais lento e menos preciso do que os dos participantes que não tinham amputações.

"As velocidades de movimento que encontramos em nossos pacientes foram realmente encorajadoras", disse Kuiken. "Eles conseguiram completar a tarefa. É claro que não foram tão competentes quanto as pessoas dotadas de plena capacidade física, mas foram bons o bastante".

Um braço virtual foi usado porque a maioria das próteses existentes não era capaz de acomodar todos aqueles movimentos, no momento da pesquisa, ainda que Sullivan, Kitts e uma terceira paciente, Claudia Mitchell, tenham experimentado dois novos protótipos mais versáteis de braços artificiais, executando tarefas complexas com bolas de tênis e outros objetos.

O trabalho de renervação em soldados apresenta outros desafios, diz Kuiken, porque os ferimentos militares muitas vezes "causam danos muitos extensos" a nervos, músculos ou ossos.

Daniel Acosta, 25 anos, um aviador ferido pela detonação de uma bomba em uma estrada do Iraque em 2005, passou pelo procedimento no ano passado e diz que seu braço esquerdo protético agora se movimenta "muito mais rápido" e de maneira muito mais natural.

"A diferença é que agora não preciso mais pensar para mover o braço", ele diz. "Ele simplesmente se mexe".

Ainda assim, Acosta, de San Antonio, diz que "o processo foi bastante longo" e que os eletrodos precisam ser ajustados para receber os sinais à medida que os nervos crescem ou mudam de posição.

E embora elogiem o método, os especialistas afirmam que a ciência das próteses de braço ainda tem muito por avançar.

"Trata-se de uma parte crucial, mas ainda assim apenas uma parte, das muitas coisas que compreendem a função normal de um braço", disse Loeb, que escreveu um editorial que acompanha o artigo no Journal of the American Medical Association.

"No momento estamos a meio do caminho entre o braço de 'Dr. Fantástico', que fazia involuntariamente a saudação nazista, e o braço de Luke Skywalker em 'Guerra nas Estrelas', que funciona sem nenhum problema assim que é conectado. Creio que precisaremos ainda de muitos anos para conectar todas as peças necessárias a produzir um braço capaz de funcionar normalmente".

Anónimo disse...

A Espanha disse neste sábado que está preparando uma reclamação oficial contra a decisão da Venezuela de expulsar um membro do Parlamento Europeu que criticou o conselho eleitoral venezuelano.
Luis Herrero, membro do partido conservador espanhol PP, foi deportado na sexta-feira depois que o Conselho Nacional Eleitoral (CNE) o acusou de questionar a imparcialidade da instituição antes de um referendo que pode permitir ao presidente Hugo Chávez permanecer no cargo indefinidamente.

Herrero estava na Venezuela como observador do referendo. Ele acusou Chávez de ter "comportamentos típicos de um ditador" por pedir a contenção de manifestações da oposição.

O governo da Espanha convocou um encontro com o embaixador da Venezuela em Madri para expressar a desaprovação sobre a expulsão de Herrero, disse um representante do Ministério das Relações Exteriores espanhol.

As relações da Venezuela com a Espanha tiveram seu ponto crítico em 2007, quando Chávez ameaçou rever acordos diplomáticos e comerciais depois de ouvir um "cala a boca" do rei espanhol Juan Carlos durante uma cúpula.

A fenda foi oficialmente reparada em 2008, com uma visita oficial de Chávez à Espanha, onde ele cumprimentou o rei e discutiu acordos para investimento no setor petroquímico com o primeiro-ministro José Luis Rodriguez Zapatero.

Anónimo disse...

A polícia do Zimbábue anunciou neste sábado que acusa de traição Roy Bennett, dirigente do até agora opositor Movimento para a Mudança Democrática (MDC), detido na sexta-feira, em Harare, poucas horas antes da cerimônia de posse dos membros do novo gabinete.

"A Polícia nos informou que vão apresentar acusações de traição", disse à agência EFE o advogado de defesa de Bennett, Trust Maanda.

"Tentam relacionar Roy com o caso de Mike Hitschmann, que foi detido em 2006 em relação à descoberta de um carregamento de armas, apesar de que Hitschmann não tenha sido declarado culpado das acusações de traição apresentadas contra ele, mas de um crime menor de descumprimento de leis", disse Maanda.

O político opositor, designado por seu partido como vice-ministro de Agricultura no Governo de união nacional, esteve no exílio na vizinha África do Sul desde 2006 e retornou ao Zimbábue há duas semanas.

Segundo a Polícia, que deteve Bennett ontem no aeroporto de Harare quando pretendia ir à África do Sul para visitar sua família, as armas apreendidas em 2006 seriam utilizadas em um golpe de Estado para derrubar o presidente do Zimbábue, Robert Mugabe.

Depois da detenção, Bennet foi levado a Mutar, onde vários simpatizantes do MDC se concentraram em frente à delegacia na qual estava detido, diante do que a Polícia respondeu com tiros para o alto para dispersar os manifestantes.

Anónimo disse...

Austrália: 14 mil se candidatam a 'emprego dos sonhos'

A secretaria de Turismo de Queensland, na Austrália, informou que até esta segunda-feira já recebeu cerca de 14 mil inscrições para o "o melhor emprego do mundo". O Estado australiano promove pela internet seleção para vaga de "zelador" da ilha Hamilton, por seis meses com um salário de R$ 40 mil.

Muitos candidatos tiveram problemas durante a inscrição por conta dos acessos simultâneos ao site. A secretaria aconselha enviar os vídeos de 60s explicando porque deve ser escolhido em horários alternativos do dia, além de recomendar tamanho em torno de 40MB.

As inscrições começaram em 12 de janeiro e vão até o próximo dia 22 e podem ser feitas pelo site www.islandreefjob.com. O governo australiano escolherá 50 candidatos para a próxima fase da seleção, que terá votos do público para eleger um dos 11 finalistas.

A última fase terá entrevistas e desafios físicos, no próprio local de trabalho: as ilhas da Grande Barreira Coralina - o maior recife de coral do mundo. A secretaria de Turismo anunciará o vencedor no dia 6 de maio.

Anónimo disse...

Mercado elogia governo na crise, mas pede maior queda no juro

Peter Fussy
Direto de São Paulo

Desde as primeiras medidas anunciadas para combater os efeitos da crise, o governo brasileiro avisou que a estratégia não contemplaria um pacote. Seriam doses pontuais, de acordo com a necessidade da economia diante do agravamento das turbulências. Da primeira liberação dos depósitos compulsórios em setembro até a ampliação do seguro-desemprego na última quarta-feira, o governo passou por redução de impostos, ampliação de crédito e incentivos à exportação. Quase 150 dias após a primeira medida, o Terra conversou com líderes do setor público e privado, representantes dos trabalhadores, acadêmicos e com o próprio governo para saber quais destas ações foram mais eficazes, quais foram mais ineficientes e o que mais pode ser feito pelo Estado brasileiro contra a crise.

Os maiores elogios foram direcionados à atitude de reduzir o Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) para a indústria automobilística, anunciada em dezembro e que fez com que os emplacamentos de carros novos subissem 1,9% no primeiro mês do ano em relação a dezembro de 2008. Já as maiores críticas foram para a lentidão no corte da taxa básica de juro do País.

Para o presidente do conselho administrativo do Grupo Pão de Açúcar, Abílio Diniz, o Estado não é responsável pela crise e mesmo assim está agindo "com extrema serenidade e muito acerto". "O governo está atento, fazendo a sua parte. É preciso coragem de baixar firmemente a taxa de juros. É uma arma que temos a nosso favor, já que não há clima para inflação, nem possibilidade de danos para a macroeconomia", afirmou Diniz.

Na última reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), em janeiro, a taxa Selic foi reduzida em um ponto percentual, de 13,75% para 12,75% ao ano. Porém, o professor de economia da Universidade de Brasília (UnB) José Luiz Oreiro lembra que este corte representa uma redução de apenas 0,25 ponto percentual com relação à taxa de setembro do ano passado, quando a crise se agravou.

"Pouco antes da eclosão da crise, o Banco Central aumentou a taxa em 0,75 ponto. Foram cinco meses de demora para reduzir em termos líquidos apenas 0,25 ponto", afirmou o economista, que também sugeriu redução do intervalo de cerca de 90 dias entre as reuniões do Copom e o corte de pelo menos um 1 ponto percentual em cada reunião.

Mesmo com o corte de janeiro, a taxa de juros real continua sendo a maior do mundo, lembrou o secretário-geral da Força Sindical, João Carlos Gonçalves, o Juruna. "A redução da taxa de juro ainda é pequena, porque ela continua uma das mais altas do mundo. Falta ousadia para baixar os juros e ajudar o cidadão. A permanência da taxa de juro alta é negativa para o País em meio a crise", afirmou Juruna.

Embora aprove as ações do governo, o senador Aloízio Mercadante (PT-SP) também acredita que o patamar da Selic está muito alto. "Sempre fomos os primeiros a entrar em qualquer crise, o que não aconteceu agora. A taxa Selic ainda é muito alta, mas o governo têm tomado medidas acertadas, como o aumento do salário mínimo, mesmo com um cenário de crise. Isso ajuda a movimentar o consumo. O governo está se esforçando para manter os investimentos e o crescimento", disse.

Tributos
De acordo com o economista Fabio Pina, da Fecomercio-SP, as ações mais positivas estão relacionadas à redução de tributos para alguns segmentos, como a indústria automobilística, que recuperou parte da queda nas vendas em janeiro com a isenção do IPI para carros 1.0 l e o corte para demais motorizações. A medida vale até o final de março.

"Essas medidas não só reduziram o preço, mas anteciparam o consumo daqueles que iriam comprar no futuro, dando um prêmio por conta da insegurança. Mexe diretamente com o principal problema que é a confiança do consumidor", afirmou. Juruna destacou que um bom ritmo de vendas é garantia de emprego. "É importante porque cada emprego na montadora significa 19 na cadeia produtiva", comentou o representante da Força Sindical.

Também em dezembro, o governo decidiu cortar pela metade a alíquota do Imposto de Renda para contribuintes que ganham entre R$ 1.434 e R$ 2.150 mensais. "O salário aumentava e a tabela não se modificava. As pessoas ganhavam mais e pagavam mais impostos", apontou Juruna. Outra redução de tributos do governo foi com relação ao Imposto sobre Operações Financeiras (IOF), que caiu de 3% ao ano para 1,5%.

Crédito
Na segunda metade de 2008, o colapso de bancos nos Estados Unidos por conta da crise do subprime provocou uma forte restrição de crédito no mundo inteiro. Uma das primeiras medidas anticrise do governo teve como objetivo restabelecer a oferta, com mudanças no recolhimento dos depósitos compulsórios por parte dos bancos. Segundo o presidente do Banco Central, Henrique Meirelles, as diversas modificações liberaram US$ 99,2 bilhões aos bancos até o final de janeiro.

Além disso, o governo concedeu R$ 36 bilhões das reservas internacionais para empresas brasileiras com dívidas no exterior e uma medida provisória autorizou o Banco do Brasil e a Caixa Econômica Federal a comprar carteiras de crédito de bancos privados. Para o diretor do Departamento de Pesquisas e Estudos Econômicos da Fiesp, Paulo Francini, estas medidas foram essenciais para combater os efeitos da crise.

"A crise se desenvolve no mundo em torno do tema crédito. E o crédito reduziu-se barbaridade no mundo. Então o governo lança mão de compulsório, lança mão de reservas, de medidas que permitem aos bancos comprar carteiras de bancos. Você vai tomando várias medidas para atender às demandas e o epicentro disso é crédito", afirmou.

No entanto, Oreiro, da UnB, adverte que a liberação dos compulsórios seria mais eficiente acompanhada de redução mais agressiva da taxa básica de juro. "Uma parte do crédito voltou, depois da forte retração em outubro e novembro. O que deveria ter sido feito junto à liberação do compulsório era uma redução mais drástica da taxa de juro. Sem isso, os bancos pegam as reservas e acabam comprando títulos públicos", explicou o economista.

Na opinião de Pina, as ações de distribuição de crédito via redução do compulsório e a disposição de capital de giro para empresas foram tomadas sem um cuidado maior na operação e não tiveram muito efeito. "O BNDES tem linhas que ficam paradas quase todo o ano, agora é pior ainda. Existem os recursos, mas as empresas e os bancos estão desconfiados. É preciso fazer com que os bancos tenham interesse em emprestar", afirmou o economista da Fecomercio-SP.

Futuro
Mesmo com todas essas medidas, a crise financeira ainda gera incertezas nos setores produtivos do País. Nos últimos meses, o medo do desemprego fez os consumidores adiarem compras. Por sua vez, a queda nas vendas pode obrigar as indústrias a cortarem a produção e demitir funcionários. Contra isso, empresários sugerem redução de jornada e de salários.

"Isto está previsto em lei. A Fiesp simplesmente manteve conversações com entidades sindicais quanto à aplicação daquilo que já está previsto em lei", afirmou Francini.

Segundo a ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff, uma das medidas que assegura um nível de emprego é a manutenção de investimentos no Programa de Aceleração do Crescimento (PAC). "Estamos esperando que a dificuldade ocorra em janeiro, fevereiro e março. Estamos certos que vamos manter o nível de investimento. É isso que funciona, é isso que significa investimento público. Ele funciona como um colchão. Por isso, nós colocamos R$ 100 bilhões no BNDES e a Petrobras ampliou o seu investimento em R$ 120 bilhões", afirmou.

Na mesma linha, Pina explica que a antecipação de gastos do governo substitui parte da demanda retraída do setor privado. "Ele dá o seguinte recado: não vou estourar as contas públicas, mas concentrar em um momento em que a demanda privada está pequena. Mas o governo não tem fôlego suficiente para fazer o papel de toda demanda", ressaltou. O economista da Fecomercio lembrou que a entidade já pleiteou junto ao governo isenções para transferência de imóveis e de automóveis, além de retirar o IPVA para veículos novos.

Já Oreiro foca suas propostas na capitalização do Banco do Brasil e da Caixa Econômica Federal pelo Tesouro para atender a demanda de crédito para capital de giro e reduzir o spread. "Aumentando o empréstimo e reduzindo as taxas, os dois vão forçar os bancos privados a acompanhar o movimento, até para não perderem participação no mercado", explicou o economista da UnB.

Até o Carnaval, o governou prometeu detalhar um pacote de incentivos para a construção de até um milhão de casas populares, direcionado a famílias com renda de até dez salários mínimos. "Estamos atentos a tudo o que está acontecendo e novas medidas serão tomadas caso haja uma avaliação de que sejam necessárias", disse o ministro da Fazenda, Guido Mantega, na última sexta-feira.

Anónimo disse...

Ex-ministro critica extensão do seguro-desemprego

Atualizada às 09h03

O ex-ministro do Trabalho Almir Pazzianotto criticou a decisão do governo federal de conceder o seguro-desemprego estendido a apenas alguns setores. "É certamente odioso e provavelmente inconstitucional", disse Pazzianotto, de acordo com o jornal O Estado de S. Paulo.

Na última qurta, dia do anúncio da medida, centrais sindicais elogiaram a atitude do governo. A Força Sindical divulgou nota dizendo que "o aumento ajudará a aquecer parte da economia, já que irá gerar mais consumo, produção e conseqüentemente, a criação de novos postos de trabalho". A União Geral dos Trabalhadores (UGT) afirmou que a medida "contribuirá para minimizar o drama dos trabalhadores que perderem seu emprego por conta da crise".

O ex-ministro, que instituiu o seguro-desemprego no País no governo de José Sarney, destacou a necessidade de as centrais sindicais se manifestarem contra a determinação. Para ele, as mudanças devem ser aplicadas a todas as categorias profissionais e a distinção é contrária ao artigo 3º da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT).

Pazzianotto atribui a medida a um possível temor do governo de que a crise econômica seja longa e não haja dinheiro para atender a todas as necessidades. Ainda assim, ele se mostra contrário ao método de concessão. "O seguro-desemprego ajuda a sanar necessidades básicas. Estendê-lo é paliativo, não a solução", disse ao jornal.

De acordo com o presidente do Conselho Deliberativo do Fundo de Amparo ao Trabalhador (Codefat) e conselheiro da Força Sindical, Luiz Fernando Emediato, a determinação já estava prevista na lei 8.900/94, que trata do seguro-desemprego.

O presidente da Comissão de Trabalho da Câmara, Pedro Fernandes (PTB-MA) vai além na crítica à concessão do seguro para apenas alguns setores. Ele acredita que a ampliação do benefício estimula o desemprego.

Quintino Severo, secretário geral da Central Única dos Trabalhadores (CUT), lembra que a ampliação do benefício sem critério e identificação pode incentivar demissões em outros setores.

Anónimo disse...

Empresas
TAM faz promoção para destinos internacionais

A companhia aérea TAM anunciou nesta sexta-feira tarifas promocionais para trechos internacionais. Os preços valem para bilhetes comprados entre 6h deste sábado e 23h59 deste domingo e são válidos para classe econômica. As tarifas, para ida e volta, serão vendidas a partir de US$ 99, mais taxas.

Segundo a aérea, a promoção vale para viagens feitas no período de 14 de fevereiro a 18 de junho de 2009. Para destinos na América do Sul, a permanência mínima é de dois dias; para bilhetes com destino nos Estados Unidos, cinco dias; e Europa, sete dias. A permanência máxima para as passagens para América do Sul e EUA é de dois meses e para Europa, três meses.

Entre os exemplos de tarifas promocionais, a TAM oferece São Paulo-Lima por US$ 99. Bilhetes para a rota São Paulo-Santiago serão vendidos a partir de US$ 199 e São Paulo-Nova York, US$ 799.

A emissão dos bilhetes deve ser feita obrigatoriamente no ato da reserva, obedecendo às regras estipuladas pela companhia. A compra está sujeita à disponibilidade de assentos nas classes tarifárias determinadas, trechos, horários e datas. A TAM afirmou que também há tarifas promocionais para a classe executiva.

Mais informações podem ser encontradas no site promocional (www.ofertastam.com.br), no site da empresa (www.tam.com.br) ou pelos telefones 4002-5700 ou 0800 5705700.

Anónimo disse...

Empresas
Consultoria negocia compra do parque temático Hopi Hari

A consultoria especializada em reestruturação de empresas Íntegra Associados informou nesta sexta-feira ter um acordo para comprar o parque de diversões Hopi Hari, localizado no interior de São Paulo. A empresa estaria disposta a investir R$ 10 milhões no parque, que tem dívida estimada em R$ 800 milhões. As informações são da edição deste sábado do jornal Folha de S. Paulo.

De acordo com o jornal, a transação ainda depende da negociação entre o Hopi Hari e seus credores, o que já estaria em andamento.

A consultoria paulista já atuou junto à Parmalat, durante 30 meses, quando reorganizou a gestão da empresa italiana.

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Empresas
Disney de Tóquio contratará mais 2 mil apesar da crise


A Oriental Land, o operador da Disneylândia Tóquio e DisneySea, organizou neste domingo entrevistas para contratar cerca de 2 mil trabalhadores em tempo parcial, em um momento de grandes demissões deste tipo de empregados no Japão.

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O operador deste parque temático, situado em Urayasu, na província de Chiba (leste de Tóquio), está em pleno processo de seleção de empregados para 20 tipos de postos trabalhistas diferentes.

Segundo a companhia, citada pela agência local de notícias Kyodo, o parque contratará novos trabalhadores para as atrações, para os restaurantes e guardas de segurança entre outros. Os novos contratados começarão a trabalhar a partir de fevereiro.

O processo de seleção acontece em um momento em que a maioria das grandes companhias japonesas começaram a se ver obrigadas a despedir uma elevada percentagem de seus trabalhadores temporários e a tempo parcial.

Algumas inclusive anunciaram demissões de seus trabalhadores fixos, uma medida muito pouco comum nas companhias japonesas, perante os efeitos piores que o esperado pela crise econômica global.

Cerca de uma centena de pessoas esperavam desde a primeira hora desta manhã a abertura do centro de conferências Tokyo International Forum, onde as entrevistas estão sendo feitas, para ser os primeiros a solicitar os postos de trabalho.


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Economia Internacional
Senado dos EUA aprova plano de estímulo à economia

O Senado dos Estados Unidos aprovou com 60 votos a favor e 38 contra o plano de estímulo à economia de US$ 787 bilhões na madrugada deste sábado. Agora, ele segue para sanção ou veto do presidente Barack Obama, que espera colocar a lei em prática até o dia 16 de fevereiro.

O plano prevê a criação de três milhões de empregos, inclui cortes de impostos às famílias, fundos para programas sociais e obras públicas, além de ajuda aos governos estaduais, estudantes e desempregados.

A cláusula Buy American - que exige o uso de ferro, aço e produtos manufaturados dos Estados Unidos em obras realizadas com recursos do pacote - ficou de lado. Segundo o texto definitivo, a cláusula será aplicada sem violar as normas do comércio internacional.

Ontem à tarde, a Câmara de Representantes (deputados) havia aprovado, por 246 votos a favor e 183 contra, a versão final do plano. Todos os republicanos foram contrários ao pacote.

Pelo acordo de quarta-feira entre Câmara e Senado, em vez de custar US$ 819 bilhões, como queriam os deputados, ou US$ 838 bilhões como pretendiam os senadores, o pacote ficou em cerca de US$ 787 bilhões, com 65% desse total destinado a gastos do governo federal e 35%, a créditos tributários.

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Economia nacional
Na era Lula, aposentadoria sobe 54% menos que salário mínimo

Thatiane Faria
Especial para o Terra
Direto de São Paulo

Os índices de reajustes concedidos pelo governo em 2009 para aposentados e pensionistas e para o salário mínimo repetiram uma diferença que, só durante o governo de Luiz Inácio Lula da Silva, já chega a 54%. Enquanto o mínimo foi majorado em 12% este ano, as pensões e aposentadorias tiveram aumento de 5,92%. Aposentados que têm o benefício do governo como única fonte de renda reclamam que perdem poder de compra e que sua cesta de compras é composta por itens que aumentam mais em relação à inflação oficial.

Um exemplo prático pode ser entendido a partir da comparação entre um aposentado que ganhava R$ 600 em janeiro de 2003. Na época, o benefício era três vezes, ou 200%, maior que o valor do mínimo em vigência, que era de R$ 200. Aplicando-se os índices de reajuste para aposentadorias e para o mínimo durante os últimos seis anos, o mesmo aposentado estaria recebendo hoje R$ 938,47, comparado a um salário mínimo de R$ 465. A diferença entre os dois valores caiu para pouco mais de 100%.

Enquanto o índice acumulado de reajuste para a aposentadoria durante o governo Lula foi de 60%, para o salário mínimo está em 132%.

O diretor do Sindicato Nacional dos Aposentados, João Inocentini, reclama que os valores dos benefícios para aposentadorias não mantêm o poder de compra do grupo, principalmente dos aposentados que recebem menos que dez salários mínimos.

Nem mesmo o fato de o índice de reajuste das aposentadorias ter ficado acima da inflação acumulada no mesmo período (o IPCA entre janeiro de 2003 e janeiro de 2009 foi de 39,7%) serve de argumento, segundo os aposentados.

"Os idosos, principalmente, têm gastos além das contas gerais como gás, telefone e aluguel. Para eles o custo com remédios, e outros itens da área saúde costuma ser maior", afirmou Inocentini.

O presidente do sindicato afirmou que o grupo realiza um estudo com 100 itens de necessidade de um idoso para comparar o aumento dos produtos com o índice de reajuste do benefício recebido pelos aposentados.

"Daqui dois meses vamos abrir um processo na Justiça e levar essa pesquisa como prova. Segundo a lei, o governo é obrigado a manter o poder de compra com a aposentadoria", disse Inocentini.

Alternativas
O consultor financeiro Cláudio Boriola diz que os aposentados, especialmente nesse momento de crise econômica, devem evitar compras parceladas, pesquisar preços, negociar e fazer bom planejamento financeiro.

Segundo Boriola, alguns aposentados ganham um valor mensal muitas vezes insuficiente para o pagamento das contas e acabam pedindo crédito ou realizando pagamentos a prazo e são obrigados a pagar juros altos.

Na opinião do consultor, pagar uma previdência privada é uma alternativa indicada para quem ainda trabalha, considerando a característica de perda de poder de compra da aposentadoria.

"Na prática, infelizmente os valores encontram-se em um patamar que está deteriorando o poder de aquisição da população brasileira", completou Boriola.

De acordo com o diretor da Confederação Brasileira de Aposentados e Pensionistas (Cobap), Vicente Fernandes Barbosa, representantes dos aposentados tentarão um encontro com o presidente da Câmara, deputado Michel Temer (PMDB-SP), para discutir projetos que minimizem a perda dos aposentados

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Previdência
Previdência prorroga isenção de tarifas no benefício

O atual sistema de pagamento aos 26 milhões de aposentados e pensionistas do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) será mantido até o final deste ano. O acordo, que permite realizar a operação sem nenhum custo aos beneficiários, foi renovado nesta sexta-feira, entre o governo federal e 21 instituições financeiras.

Por meio desse acordo, vigente desde setembro de 2007, nem os segurados, nem os bancos e nem o governo arcam com o pagamento de tarifas, conforme explicou o ministro da Previdência Social, José Pimentel. A prorrogação vale até dezembro, data máxima para que a Previdência defina as regras para um novo contrato.

Ao assinar o termo de renovação, na sede da Federação Brasileira dos Bancos (Febraban), o ministro disse que a intenção do governo é mudar o atual modelo de gestão visando a reduzir os custos dessas operações em torno da folha mensal, que atinge R$ 15,8 bilhões. No entanto, qualquer alteração, conforme explicou, passará antes por audiências públicas a serem realizadas a partir do segundo semestre deste ano, atendendo a determinação do Tribunal de Contas da União (TCU).

De acordo com Pimentel, com um redesenho do mecanismo de repasse dos recursos aos bancos em torno da folha de pagamento dos segurados o que se busca é um aumento da participação de instituições financeiras. Ele informou que, desde 2007, cada benefício custa em média R$ 1,07 ao governo. "Quanto mais instituições financeiras estiverem prestando serviços à sociedade, maior é a competitividade, a agilidade no atendimento", justificou.

O ministro observou, ainda, que, para permitir uma redução para algo em torno de meia hora no tempo de atendimento para a concessão dos direitos previdenciários, o governo investiu R$ 280 milhões.

Questionado sobre o descontentamento dos segurados que ganham acima de um salário mínimo terem obtido apenas a correção com base na variação do Índice de Preços ao Consumidor (INPC) , ficando abaixo do reajuste dado a quem recebe apenas o mínimo, Pimentel argumentou que o governo seguiu o que determina a lei e descartou a possibilidade de uma revisão

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Empresas
Caterpillar oferece aposentadoria antecipada a 2 mil


A companhia americana Caterpillar ofereceu a cerca de dois mil funcionários incentivos para que se aposentem de forma voluntária antes do previsto, pela perspectiva de uma queda "significativa" da atividade industrial, informou nesta quarta-feira a empresa.

A iniciativa, destinada aos trabalhadores de diversas fábricas em Illinois, Colorado, Tennessee e Pensilvânia, se soma aos cortes de empregos anunciados em janeiro, explicou em comunicado de imprensa.

A empresa, a maior fabricante mundial de maquinaria pesada para a construção e a mineração, acrescentou que, "em função das condições de negócio, podem ser necessárias mais reduções de elenco voluntárias e involuntárias à medida que o ano avança".

O vice-presidente da companhia, Sid Banwart, explicou que a empresa prevê "demissões significativas em todas as regiões geográficas e na maioria dos setores devido às dificuldades da economia mundial".

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Comércio
Comércio exterior da OCDE caiu no 3º trimestre de 2008


As exportações e as importações dos países da Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Econômico (OCDE) caíram 1,6% e 0,2%, respectivamente, no terceiro trimestre de 2008, em relação aos três meses anteriores.

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Trata-se da primeira queda destas atividades desde o terceiro trimestre de 2006, segundo o último relatório trimestral sobre fluxos comerciais divulgado pela OCDE.

As exportações e as importações em dólares dos 30 Estados-membros caíram 15,6% e 17%, respectivamente, na comparação anualizada.

Por sua vez, o comércio dos sete países mais ricos do mundo (G7) teve um pequeno crescimento no terceiro trimestre de 2008 com uma queda das exportações de mercadorias de 0,2% em relação ao trimestre anterior e um aumento de 0,4% das importações.

Em termos anualizados, as importações do G7 caíram 1,4% entre julho e setembro do ano passado, seu primeiro retrocesso desde o terceiro trimestre de 2006, enquanto as exportações aumentaram 1,9%, seu crescimento mais baixo no mesmo tempo.

Por países, a Alemanha aumentou suas importações em 3,4% - valor mais alto do G7 -, enquanto suas exportações caíram 2,9% do segundo para o terceiro trimestre de 2008.

Pelo contrário, as exportações americanas aumentaram 1,8% entre julho e setembro de 2008, enquanto as importações caíram 0,7% em relação ao trimestre anterior. No Japão, tanto as importações quanto as exportações caíram em torno de 1% no mesmo período.

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Economia Nacional
Lula: juros de crédito consignado a aposentados são altos

Atualizada às 17h29

O presidente Luis Inácio Lula da Silva afirmou nesta terça-feira, em São Paulo, que está lutando para reduzir as taxas de juros cobradas de aposentados em crédito consignado. A Previdência Social estabelece uma taxa máxima de 2,5% para empréstimo e de 3,5% para cartão. Para Lula, os valores são altos.

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"Acho que o juro que os aposentados estão pagando hoje com o crédito consignado é alto para o padrão brasileiro", disse o presidente durante a cerimônia de comemoração dos 86 anos do INSS.

A Previdência anunciou nesta terça-feira que aposentados e trabalhadoras com licença-maternidade poderão receber seus benefícios em 30 minutos. De acordo com Lula, em junho, a aposentadoria do trabalhador rural também será conseguida em meia hora.

Além disso, o presidente anunciou que, também em junho, os trabalhadores que alcançarem o direito à aposentadoria passarão a receber em suas casas um comunicado da Previdência informando o fato e o valor do salário que têm direito a receber. "É um comprometimento público que estou fazendo com os companheiros da Previdência Social", disse.

"Estamos retribuindo ao contribuinte da Previdência Social aquilo que é a cidadania que ele tem direito", afirmou Lula. "Se para cobrar nós somos tão precisos, para devolver o dinheiro, temos que chegar próximo à perfeição", completou.

Anónimo disse...

Economia Nacional
Salário maternidade sairá em 30 minutos, diz ministro

Toda trabalhadora autônoma que tiver contribuído pelo menos 10 meses com o Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) - ou as que possuírem carteira assinada - poderão receber em 30 minutos o salário maternidade a partir desta terça-feira. Da mesma forma, as mulheres com 30 anos de contribuição e os homens com 35 anos também terão direito ao benefício de forma mais rápida. A informação é do ministro da Previdência Social, José Pimentel.

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Para requerer o salário maternidade, é preciso que as autônomas levem a carteira de identidade e o carnê de contribuição. As demais trabalhadoras devem apresentar a identificação e a carteira de trabalho. Desde o início do mês, a nova forma de análise para a concessão de benefícios foi adotada para a aposentadoria por idade do trabalhador urbano e agora foi estendida para o salário maternidade e por tempo de contribuição.

O ministro disse que a qualificação do serviço da previdência social é o reconhecimento do direito dos trabalhadores e da afirmação da cidadania.

"Até pouco tempo na cabeça do cidadão o serviço devia ser de péssima qualidade. Agora não, nós modificamos toda a legislação no mês de dezembro numa ação conjunta do Congresso Nacional com o governo federal. Estamos implantando e concedendo os benefícios em até 30 minutos", afirmou.

O ministro destacou que para conseguir se aposentar ou ter acesso à licença maternidade em 30 minutos, em primeiro lugar, é necessário que o cidadão esteja vinculado à Previdência, o que inclui 65% da população acima de 16 anos de idade.

"Depois bastar marcar pelo sistema 135 o dia e a hora do atendimento e levar a documentação. Se todos os dados necessários estiverem corretos o contribuinte será atendido em até 30 minutos, como vem sendo feito com as aposentadorias por idade desde o dia cinco de janeiro", explicou.

Pimentel disse ainda que em 90% das agências da previdência social o atendimento é marcado em até 48 horas. Nos grandes centros, entretanto existe um volume maior o que torna mais lento o processo.

"Estamos criando mais 715 agências até 2010, em todo o território nacional, para descentralizar o atendimento. Em 2008, atendemos 295 mil benefícios e aposentadorias por idade. Temos 4 mil pessoas por dia procurando e se aposentando por idade no território nacional. Este serviço será agilizado", concluiu.

Anónimo disse...

Giuseppe Englaro, pai de Eluana, a italiana que morreu na segunda-feira passada por desidratação, recusou uma grande soma de dinheiro de um conhecido fotógrafo italiano que queria retratar a filha em estado de coma, disse neste sábado o neurologista que atendia a mulher desde 1996, Carlo Defanti.

O neurologista, que participou hoje de uma conferência sobre eutanásia, disse que Englaro respeitou a vontade da filha, que, antes do acidente, tinha pedido que, se lhe ocorresse qualquer coisa irreversível, apresentasse sua imagem de quando estava em boas condições.

Antes de sofrer o acidente de trânsito, em 1992, Eluana viveu o coma de um amigo, Alessandro, o que causou forte impacto na italiana e a levou a fazer o pai prometer que não a deixasse viver em estado vegetativo, disse o próprio Giuseppe Englaro.

Defanti, que dissera que Eluana poderia viver de dez a 12 dias depois da suspensão da alimentação e da hidratação, disse que, como médico, tinha que reprovar esta afirmação.

"Não se pode sobreviver após três ou quatro dias sem líquido e, em particular, água em um corpo. Sabemos bem que, quando há um terremoto, após quatro dias é difícil encontrar sobreviventes".

Defanti ressaltou que Eluana "não falava, não se comunicava com o exterior" e que, após vários exames, "nos deparamos com uma moça que tinha perdido a consciência", porque estava com o córtex cerebral prejudicado.

Eluana foi enterrada na quinta-feira passada no túmulo da família na localidade de Paluzza, em Udine, após um funeral que não contou com a presença dos pais.

16:53
Anónimo disse...
Os bombeiros combatem neste sábado os incêndios na Austrália favorecidos pelo bom tempo, enquanto os deslocados encotram em seu retorno casas derruídas, carros queimados nas ruas e destruição.

Depois de sete dias desde que começaram os incêndios no Estado de Victoria, a lista de mortos chega a 181, os desaparecidos somam 50, os edifícios destruídos totalizam 1,834 mil e o terreno arrasado, principalmente florestas, ocupa uma área de 4,13 mil quilômetros quadrados.

As equipes de bombeiros, formadas por 4 mil profissionais de Victoria, de outras partes da Austrália e de países amigos, combateram hoje 12 focos fora de controle e nenhum representava uma ameaça direta para a população.

O subdiretor do Serviço de Bombeiros, Geoff Conway, disse que este tempo favorável, que se prolongará durante o domingo, permite consolidar as linhas de contenção e avançar na extinção das chamas.

Cinzas apareceram arrastadas por ventos do nordeste sobre Melbourne, onde habitam 3,8 milhões de pessoas, e as autoridades alertaram aos cidadãos do risco para a saúde de idosos, crianças e pessoas com problemas respiratórios.

O número de pessoas deslocadas - a Cruz Vermelha chegou a receber 7 mil - começou a cair com a abertura de algumas localidades atingidas.

Os incêndios, alguns criminosos, começaram em 7 de fevereiro, quando a região sul da Austrália estava há duas semanas sob uma onda de calor sem precedentes.

Na sexta-feira passada, a polícia acusou uma pessoa de ter provocado o incêndio que atingiu a localidade de Churchill e matou 21 pessoas.

16:55
Anónimo disse...
A primeira chuva em seis dias reduziu a ameaça de incêndios no Estado de Victoria, ao sul da Austrália. As autoridades, porém, advertiram que ainda existem 12 focos, mas que nenhum deles ameaça áreas povoadas.

Mais de quatro mil bombeiros, mil provenientes de outras partes do país e de outras nações, trabalham contra o fogo. Cerca de 600 veículos e 28 helicópteros e pequenos aviões estão sendo usados.


Eles conseguiram construir linhas de contenção para evitar os incêndios de Yarra e Maroondah se juntassem. Também foram controlados os incêndios abertos de Yea e Murrindindi, que ameaçavam as comunidades de Connellys Creek, Crystal Creek, Scrubby Creek e Native Dog Creek.

O número de mortos chegou a 181, mas as autoridades acreditam que as vítimas devem passar de 200, já que ainda há muitos desaparecidos.

16:55
Anónimo disse...
Aqui nesta coluna, na semana passada, tive a oportunidade de comentar sobre a recente visita do professor brasileiro Pedrinho Guareschi à Austrália. Não dei, porém, os fatos, pois semana passada o assunto era outro.

Hoje, porém, vamos a eles.

No último dia 4 de fevereiro, aconteceu o Seminário "Paulo Freire: Education and Liberation", organizado pelo centro de estudos latino-americanos da Universidade Nacional da Austrália, ou ANU, como é mais conhecida por aqui.

A ANU, para quem não sabe, está entre as 20 melhores universidades do mundo! E tem sede aqui em Camberra, capital da Austrália.

Na abertura do evento, o professor John Minns, diretor do centro latino-americano, ao dar boas-vindas ao público presente, lembrou ser aquele o primeiro seminário exclusivamente dedicado a Paulo Freire na Austrália.

Em seguida, convidou Pedrinho Guareschi, palestrante principal do Seminário, a fazer sua apresentação.

A plateia pode então conhecer, pelas palavras de Pedrinho, um pouco da obra e da vida de Freire, esse brasileiro de fé e valor, que sempre acreditou na educação, sobretudo dos menos favorecidos, analfabetos, como força libertadora.

Como não podia deixar de ser, os conceitos e ideias revolucionários de Paulo Freire, expostos com clareza por Pedrinho, despertaram o interesse e a curiosidade de plateia. A qual, deve-se notar, era na maioria de estudantes, mas de várias nacionalidades, sobretudo australianos e asiáticos.

Na continuação do programa do seminário, que se estendeu por dois dias, outros professores fizeram palestras sobre temas ligados à obra de Paulo Freire.

Interessante, por exemplo, saber que a professora Anne Hickling-Hudson, jamaicana que mora na Austrália há muitos anos (é professora da ANU), conheceu e trabalhou com Freire num workshop educacional durante a revolução na Ilha de Granada, em 1980, antes da invasão dos Estados Unidos...

Ou, então, a palestra da Professora Gerda Roelvink, da Nova Zelândia, que participou do Fórum Social de Porto Alegre em 2005. E essa participação transformou-se em tema de doutorado.

No dia 10, terça-feira passada, o padre Pedrinho Guareschi voltou a falar ao público australiano em grande auditório localizado no belíssimo campus da ANU. Desta vez, sobre a Teologia da Libertação.

Depois da palestra, John Minns mostrou o filme mexicano "O Crime do Padre Amaro", no qual um dos personagens é um padre católico praticante da Teologia da Libertação.

Mais uma vez, foi grande o intersse da platéia, que pode aprender e conhecer um pouco como se desenvolveu aquele importante movimento católico na América Latina.

Fica, assim, ao Pedrinho, bem como a outros brasileiros estudiosos e de bom coração que saem pelo mundo a divulgar aspectos importantes da cultura brasileira, o respeito e a homenagem desta coluna. E... aquele abraço!

16:57
Anónimo disse...
Amanda Kitts perdeu o braço esquerdo em um acidente de automóvel acontecido três anos atrás, mas hoje em dia ela joga futebol americano com seu filho de 12 anos de idade, troca fraldas e abraça as crianças nas três creches Kiddie Cottage que opera em Knoxville, Tennessee. Kitts, 40 anos, faz tudo isso com a ajuda de um novo tipo de braço artificial que se movimenta com mais facilidade do que outros aparelhos e que ela pode controlar utilizando apenas seus pensamentos.

"Eu sou capaz de mexer a mão, o pulso e o cotovelo ao mesmo tempo", diz. "Você pensa e os músculos se movem em seguida".

A recuperação que ela conseguiu resulta de um novo procedimento que vem atraindo crescente atenção porque permite que pessoas movam braços protéticos de forma mais automática do que faziam no passado, simplesmente utilizando nervos reaproveitados em seus cérebros.

A técnica, conhecida como "renervação muscular dirigida", envolve utilizar os nervos que restam depois da amputação de um braço e conectá-los a outro músculo do corpo, em geral no peito. Eletrodos são instalados sobre os músculos do peito, e operam como se fossem antenas. Quando a pessoa deseja mover o braço, o cérebro envia sinais que primeiro resultam em contração dos músculos do peito, os quais enviam um sinal ao braço protético, instruindo-se a se movimentar. O processo não requer mais esforços consciente do que a pessoa teria de exercitar caso ainda tivesse seu braço natural.

Na terça-feira, pesquisadores reportaram em estudo publicado pela versão online do Journal of the American Medical Association que haviam levado a técnica ainda mais à frente, tornando possível a execução de 10 movimentos de mão, pulso e cotovelo diferentes, o que representa uma substancial melhora com relação ao típico repertório protético, que em geral envolve apenas dobrar o cotovelo, girar o pulso e abrir a mão.

"Os novos métodos tiveram impacto dramático em nosso campo de trabalho", disse Stuart Harshbarger, engenheiro biomédico na Universidade Johns Hopkins e diretor do programa de pesquisa sobre próteses, financiado pelas forças armadas, que inclui o trabalho com essa técnica. "O método já está em uso por médicos e cirurgiões comuns em todo o país. A capacidade de controlar um membro protético bastante robusto que ele confere surpreendeu a todos pela qualidade".

Tipicamente, uma pessoa que tenha um braço protético só é capaz de executar alguns poucos movimentos, e muitas vezes com tamanha lentidão que isso só permite a ela atividades limitadas.

Há um motor separado para cada movimento, diz Gerald Loeb, professor de engenharia biomédica na Universidade do Sul da Califórnia, "e esses motores precisam ser controlados de maneira explícita", usualmente por um esforço consciente da pessoa para contrair músculos nas costas ou no bíceps.

"Essencialmente, até agora os pacientes controlavam apenas um motor de cada vez", diz Loeb, "e precisavam pensar cuidadosamente sobre que motor desejavam controlar e como fazê-lo operar, em lugar de simplesmente pensarem em mover o braço e poderem fazê-lo sem delongas".

Antes que Kitts passasse pelo procedimento de renervação, em outubro de 2007, por exemplo, ela precisava movimentar os músculos de suas costas de determinada maneira para fazer com que seu pulso girasse, e flexionar seu bíceps e tríceps para fazer com que o cotovelo se movesse para cima e para baixo. "Era muito trabalho", ela conta. "E não me ajudava muito".

O procedimento de renervação é parte de uma recente explosão de idéias novas e técnicas inovadoras que estão sendo exploradas enquanto os cientistas se esforçam por ajudar as pessoas a compensar melhor a perda de membros ou problemas de paralisia. O esforço vem sendo alimentado pelo aumento no número de amputações causado por diabetes e por ferimentos sofridos pelos militares, e ao mesmo tempo pelos avanços na tecnologia médica.

Os braços se tornaram um dos focos essenciais desse tipo de trabalho. A ciência há muito vem obtendo sucessos no desenvolvimento de próteses de perna, mas é muito mais difícil imitar a complexidade e a destreza das mãos e dos braços.

Os esforços em curso incluem o desenvolvimento de projetos de pele e braços mais sensíveis e mais flexíveis, e o uso de dispositivos acionados por controles sem fio implantado nos braços protéticos, que permitiriam movimentos mais naturais.

Os pesquisadores também vêm usando sensores implantados nos cérebros de cobaias para permitir que dois macacos controlem um braço mecânico, e um teste com um homem paralítico permitiu, com esse método, que ele movimentasse um cursor em uma tela de computador.

Alguns desses métodos, caso venham a ser aperfeiçoados plenamente e consigam aprovação das autoridades regulatórias da saúde, podem no futuro se tornar mais viáveis para os pacientes de amputações.

E embora a técnica da renervação não requeira aprovação das autoridades regulatórias porque é executada por meios cirúrgicos e emprega aparelhos já existentes, ela apresenta limitações que até mesmo seus criadores reconhecem, entre as quais o fato de que não se pode utilizá-la para todos os pacientes, o seu alto custo e o prazo de meses requerido para que os nervos reconectados cresçam e se tornem efetivos.

Ainda assim, os especialistas dizem que é o mais avançado sistema em uso hoje para pacientes reais que permite que o sistema nervoso controle diretamente o movimento de um braço artificial.

Desde sua introdução por Todd Kuiken, médico fisioterapeuta e engenheiro biomédico do Instituto de Reabilitação de Chicago, o método foi empregado em cerca de 30 pacientes nos Estados Unidos, Canadá e Europa, entre os quais oito soldados feridos no Iraque e no Afeganistão.

Muitos dos pacientes, entre os quais o primeiro, Jesse Sullivan, um operário do setor elétrico no Tennessee que perdeu os dois braços quando foi eletrocutado por um cabo, conseguem não apenas manipular seus braços protéticos mas sentir a presença das mãos que já não têm quando alguém toca em seus peitos.

Sullivan, 62 anos, e Kitts, estavam entre os cinco pacientes que participaram do estudo reportado na terça-feira. Em companhia de cinco outras pessoas que não passaram por amputações, eles receberam os eletrodos e foram instruídos a usar pensamentos para fazer com que um braço virtual na tela reproduzisse 10 movimentos diferentes, entre os quais três formas diferentes de aperto de mão.

Os pacientes apresentaram desempenho bastante respeitável, apenas um pouco mais lento e menos preciso do que os dos participantes que não tinham amputações.

"As velocidades de movimento que encontramos em nossos pacientes foram realmente encorajadoras", disse Kuiken. "Eles conseguiram completar a tarefa. É claro que não foram tão competentes quanto as pessoas dotadas de plena capacidade física, mas foram bons o bastante".

Um braço virtual foi usado porque a maioria das próteses existentes não era capaz de acomodar todos aqueles movimentos, no momento da pesquisa, ainda que Sullivan, Kitts e uma terceira paciente, Claudia Mitchell, tenham experimentado dois novos protótipos mais versáteis de braços artificiais, executando tarefas complexas com bolas de tênis e outros objetos.

O trabalho de renervação em soldados apresenta outros desafios, diz Kuiken, porque os ferimentos militares muitas vezes "causam danos muitos extensos" a nervos, músculos ou ossos.

Daniel Acosta, 25 anos, um aviador ferido pela detonação de uma bomba em uma estrada do Iraque em 2005, passou pelo procedimento no ano passado e diz que seu braço esquerdo protético agora se movimenta "muito mais rápido" e de maneira muito mais natural.

"A diferença é que agora não preciso mais pensar para mover o braço", ele diz. "Ele simplesmente se mexe".

Ainda assim, Acosta, de San Antonio, diz que "o processo foi bastante longo" e que os eletrodos precisam ser ajustados para receber os sinais à medida que os nervos crescem ou mudam de posição.

E embora elogiem o método, os especialistas afirmam que a ciência das próteses de braço ainda tem muito por avançar.

"Trata-se de uma parte crucial, mas ainda assim apenas uma parte, das muitas coisas que compreendem a função normal de um braço", disse Loeb, que escreveu um editorial que acompanha o artigo no Journal of the American Medical Association.

"No momento estamos a meio do caminho entre o braço de 'Dr. Fantástico', que fazia involuntariamente a saudação nazista, e o braço de Luke Skywalker em 'Guerra nas Estrelas', que funciona sem nenhum problema assim que é conectado. Creio que precisaremos ainda de muitos anos para conectar todas as peças necessárias a produzir um braço capaz de funcionar normalmente".

17:04
Anónimo disse...
A Espanha disse neste sábado que está preparando uma reclamação oficial contra a decisão da Venezuela de expulsar um membro do Parlamento Europeu que criticou o conselho eleitoral venezuelano.
Luis Herrero, membro do partido conservador espanhol PP, foi deportado na sexta-feira depois que o Conselho Nacional Eleitoral (CNE) o acusou de questionar a imparcialidade da instituição antes de um referendo que pode permitir ao presidente Hugo Chávez permanecer no cargo indefinidamente.

Herrero estava na Venezuela como observador do referendo. Ele acusou Chávez de ter "comportamentos típicos de um ditador" por pedir a contenção de manifestações da oposição.

O governo da Espanha convocou um encontro com o embaixador da Venezuela em Madri para expressar a desaprovação sobre a expulsão de Herrero, disse um representante do Ministério das Relações Exteriores espanhol.

As relações da Venezuela com a Espanha tiveram seu ponto crítico em 2007, quando Chávez ameaçou rever acordos diplomáticos e comerciais depois de ouvir um "cala a boca" do rei espanhol Juan Carlos durante uma cúpula.

A fenda foi oficialmente reparada em 2008, com uma visita oficial de Chávez à Espanha, onde ele cumprimentou o rei e discutiu acordos para investimento no setor petroquímico com o primeiro-ministro José Luis Rodriguez Zapatero.

17:06
Anónimo disse...
A polícia do Zimbábue anunciou neste sábado que acusa de traição Roy Bennett, dirigente do até agora opositor Movimento para a Mudança Democrática (MDC), detido na sexta-feira, em Harare, poucas horas antes da cerimônia de posse dos membros do novo gabinete.

"A Polícia nos informou que vão apresentar acusações de traição", disse à agência EFE o advogado de defesa de Bennett, Trust Maanda.

"Tentam relacionar Roy com o caso de Mike Hitschmann, que foi detido em 2006 em relação à descoberta de um carregamento de armas, apesar de que Hitschmann não tenha sido declarado culpado das acusações de traição apresentadas contra ele, mas de um crime menor de descumprimento de leis", disse Maanda.

O político opositor, designado por seu partido como vice-ministro de Agricultura no Governo de união nacional, esteve no exílio na vizinha África do Sul desde 2006 e retornou ao Zimbábue há duas semanas.

Segundo a Polícia, que deteve Bennett ontem no aeroporto de Harare quando pretendia ir à África do Sul para visitar sua família, as armas apreendidas em 2006 seriam utilizadas em um golpe de Estado para derrubar o presidente do Zimbábue, Robert Mugabe.

Depois da detenção, Bennet foi levado a Mutar, onde vários simpatizantes do MDC se concentraram em frente à delegacia na qual estava detido, diante do que a Polícia respondeu com tiros para o alto para dispersar os manifestantes.

17:07
Anónimo disse...
Austrália: 14 mil se candidatam a 'emprego dos sonhos'

A secretaria de Turismo de Queensland, na Austrália, informou que até esta segunda-feira já recebeu cerca de 14 mil inscrições para o "o melhor emprego do mundo". O Estado australiano promove pela internet seleção para vaga de "zelador" da ilha Hamilton, por seis meses com um salário de R$ 40 mil.

Muitos candidatos tiveram problemas durante a inscrição por conta dos acessos simultâneos ao site. A secretaria aconselha enviar os vídeos de 60s explicando porque deve ser escolhido em horários alternativos do dia, além de recomendar tamanho em torno de 40MB.

As inscrições começaram em 12 de janeiro e vão até o próximo dia 22 e podem ser feitas pelo site www.islandreefjob.com. O governo australiano escolherá 50 candidatos para a próxima fase da seleção, que terá votos do público para eleger um dos 11 finalistas.

A última fase terá entrevistas e desafios físicos, no próprio local de trabalho: as ilhas da Grande Barreira Coralina - o maior recife de coral do mundo. A secretaria de Turismo anunciará o vencedor no dia 6 de maio.

17:09
Anónimo disse...
Mercado elogia governo na crise, mas pede maior queda no juro

Peter Fussy
Direto de São Paulo

Desde as primeiras medidas anunciadas para combater os efeitos da crise, o governo brasileiro avisou que a estratégia não contemplaria um pacote. Seriam doses pontuais, de acordo com a necessidade da economia diante do agravamento das turbulências. Da primeira liberação dos depósitos compulsórios em setembro até a ampliação do seguro-desemprego na última quarta-feira, o governo passou por redução de impostos, ampliação de crédito e incentivos à exportação. Quase 150 dias após a primeira medida, o Terra conversou com líderes do setor público e privado, representantes dos trabalhadores, acadêmicos e com o próprio governo para saber quais destas ações foram mais eficazes, quais foram mais ineficientes e o que mais pode ser feito pelo Estado brasileiro contra a crise.

Os maiores elogios foram direcionados à atitude de reduzir o Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) para a indústria automobilística, anunciada em dezembro e que fez com que os emplacamentos de carros novos subissem 1,9% no primeiro mês do ano em relação a dezembro de 2008. Já as maiores críticas foram para a lentidão no corte da taxa básica de juro do País.

Para o presidente do conselho administrativo do Grupo Pão de Açúcar, Abílio Diniz, o Estado não é responsável pela crise e mesmo assim está agindo "com extrema serenidade e muito acerto". "O governo está atento, fazendo a sua parte. É preciso coragem de baixar firmemente a taxa de juros. É uma arma que temos a nosso favor, já que não há clima para inflação, nem possibilidade de danos para a macroeconomia", afirmou Diniz.

Na última reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), em janeiro, a taxa Selic foi reduzida em um ponto percentual, de 13,75% para 12,75% ao ano. Porém, o professor de economia da Universidade de Brasília (UnB) José Luiz Oreiro lembra que este corte representa uma redução de apenas 0,25 ponto percentual com relação à taxa de setembro do ano passado, quando a crise se agravou.

"Pouco antes da eclosão da crise, o Banco Central aumentou a taxa em 0,75 ponto. Foram cinco meses de demora para reduzir em termos líquidos apenas 0,25 ponto", afirmou o economista, que também sugeriu redução do intervalo de cerca de 90 dias entre as reuniões do Copom e o corte de pelo menos um 1 ponto percentual em cada reunião.

Mesmo com o corte de janeiro, a taxa de juros real continua sendo a maior do mundo, lembrou o secretário-geral da Força Sindical, João Carlos Gonçalves, o Juruna. "A redução da taxa de juro ainda é pequena, porque ela continua uma das mais altas do mundo. Falta ousadia para baixar os juros e ajudar o cidadão. A permanência da taxa de juro alta é negativa para o País em meio a crise", afirmou Juruna.

Embora aprove as ações do governo, o senador Aloízio Mercadante (PT-SP) também acredita que o patamar da Selic está muito alto. "Sempre fomos os primeiros a entrar em qualquer crise, o que não aconteceu agora. A taxa Selic ainda é muito alta, mas o governo têm tomado medidas acertadas, como o aumento do salário mínimo, mesmo com um cenário de crise. Isso ajuda a movimentar o consumo. O governo está se esforçando para manter os investimentos e o crescimento", disse.

Tributos
De acordo com o economista Fabio Pina, da Fecomercio-SP, as ações mais positivas estão relacionadas à redução de tributos para alguns segmentos, como a indústria automobilística, que recuperou parte da queda nas vendas em janeiro com a isenção do IPI para carros 1.0 l e o corte para demais motorizações. A medida vale até o final de março.

"Essas medidas não só reduziram o preço, mas anteciparam o consumo daqueles que iriam comprar no futuro, dando um prêmio por conta da insegurança. Mexe diretamente com o principal problema que é a confiança do consumidor", afirmou. Juruna destacou que um bom ritmo de vendas é garantia de emprego. "É importante porque cada emprego na montadora significa 19 na cadeia produtiva", comentou o representante da Força Sindical.

Também em dezembro, o governo decidiu cortar pela metade a alíquota do Imposto de Renda para contribuintes que ganham entre R$ 1.434 e R$ 2.150 mensais. "O salário aumentava e a tabela não se modificava. As pessoas ganhavam mais e pagavam mais impostos", apontou Juruna. Outra redução de tributos do governo foi com relação ao Imposto sobre Operações Financeiras (IOF), que caiu de 3% ao ano para 1,5%.

Crédito
Na segunda metade de 2008, o colapso de bancos nos Estados Unidos por conta da crise do subprime provocou uma forte restrição de crédito no mundo inteiro. Uma das primeiras medidas anticrise do governo teve como objetivo restabelecer a oferta, com mudanças no recolhimento dos depósitos compulsórios por parte dos bancos. Segundo o presidente do Banco Central, Henrique Meirelles, as diversas modificações liberaram US$ 99,2 bilhões aos bancos até o final de janeiro.

Além disso, o governo concedeu R$ 36 bilhões das reservas internacionais para empresas brasileiras com dívidas no exterior e uma medida provisória autorizou o Banco do Brasil e a Caixa Econômica Federal a comprar carteiras de crédito de bancos privados. Para o diretor do Departamento de Pesquisas e Estudos Econômicos da Fiesp, Paulo Francini, estas medidas foram essenciais para combater os efeitos da crise.

"A crise se desenvolve no mundo em torno do tema crédito. E o crédito reduziu-se barbaridade no mundo. Então o governo lança mão de compulsório, lança mão de reservas, de medidas que permitem aos bancos comprar carteiras de bancos. Você vai tomando várias medidas para atender às demandas e o epicentro disso é crédito", afirmou.

No entanto, Oreiro, da UnB, adverte que a liberação dos compulsórios seria mais eficiente acompanhada de redução mais agressiva da taxa básica de juro. "Uma parte do crédito voltou, depois da forte retração em outubro e novembro. O que deveria ter sido feito junto à liberação do compulsório era uma redução mais drástica da taxa de juro. Sem isso, os bancos pegam as reservas e acabam comprando títulos públicos", explicou o economista.

Na opinião de Pina, as ações de distribuição de crédito via redução do compulsório e a disposição de capital de giro para empresas foram tomadas sem um cuidado maior na operação e não tiveram muito efeito. "O BNDES tem linhas que ficam paradas quase todo o ano, agora é pior ainda. Existem os recursos, mas as empresas e os bancos estão desconfiados. É preciso fazer com que os bancos tenham interesse em emprestar", afirmou o economista da Fecomercio-SP.

Futuro
Mesmo com todas essas medidas, a crise financeira ainda gera incertezas nos setores produtivos do País. Nos últimos meses, o medo do desemprego fez os consumidores adiarem compras. Por sua vez, a queda nas vendas pode obrigar as indústrias a cortarem a produção e demitir funcionários. Contra isso, empresários sugerem redução de jornada e de salários.

"Isto está previsto em lei. A Fiesp simplesmente manteve conversações com entidades sindicais quanto à aplicação daquilo que já está previsto em lei", afirmou Francini.

Segundo a ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff, uma das medidas que assegura um nível de emprego é a manutenção de investimentos no Programa de Aceleração do Crescimento (PAC). "Estamos esperando que a dificuldade ocorra em janeiro, fevereiro e março. Estamos certos que vamos manter o nível de investimento. É isso que funciona, é isso que significa investimento público. Ele funciona como um colchão. Por isso, nós colocamos R$ 100 bilhões no BNDES e a Petrobras ampliou o seu investimento em R$ 120 bilhões", afirmou.

Na mesma linha, Pina explica que a antecipação de gastos do governo substitui parte da demanda retraída do setor privado. "Ele dá o seguinte recado: não vou estourar as contas públicas, mas concentrar em um momento em que a demanda privada está pequena. Mas o governo não tem fôlego suficiente para fazer o papel de toda demanda", ressaltou. O economista da Fecomercio lembrou que a entidade já pleiteou junto ao governo isenções para transferência de imóveis e de automóveis, além de retirar o IPVA para veículos novos.

Já Oreiro foca suas propostas na capitalização do Banco do Brasil e da Caixa Econômica Federal pelo Tesouro para atender a demanda de crédito para capital de giro e reduzir o spread. "Aumentando o empréstimo e reduzindo as taxas, os dois vão forçar os bancos privados a acompanhar o movimento, até para não perderem participação no mercado", explicou o economista da UnB.

Até o Carnaval, o governou prometeu detalhar um pacote de incentivos para a construção de até um milhão de casas populares, direcionado a famílias com renda de até dez salários mínimos. "Estamos atentos a tudo o que está acontecendo e novas medidas serão tomadas caso haja uma avaliação de que sejam necessárias", disse o ministro da Fazenda, Guido Mantega, na última sexta-feira.

17:11
Anónimo disse...
Ex-ministro critica extensão do seguro-desemprego

Atualizada às 09h03

O ex-ministro do Trabalho Almir Pazzianotto criticou a decisão do governo federal de conceder o seguro-desemprego estendido a apenas alguns setores. "É certamente odioso e provavelmente inconstitucional", disse Pazzianotto, de acordo com o jornal O Estado de S. Paulo.

Na última qurta, dia do anúncio da medida, centrais sindicais elogiaram a atitude do governo. A Força Sindical divulgou nota dizendo que "o aumento ajudará a aquecer parte da economia, já que irá gerar mais consumo, produção e conseqüentemente, a criação de novos postos de trabalho". A União Geral dos Trabalhadores (UGT) afirmou que a medida "contribuirá para minimizar o drama dos trabalhadores que perderem seu emprego por conta da crise".

O ex-ministro, que instituiu o seguro-desemprego no País no governo de José Sarney, destacou a necessidade de as centrais sindicais se manifestarem contra a determinação. Para ele, as mudanças devem ser aplicadas a todas as categorias profissionais e a distinção é contrária ao artigo 3º da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT).

Pazzianotto atribui a medida a um possível temor do governo de que a crise econômica seja longa e não haja dinheiro para atender a todas as necessidades. Ainda assim, ele se mostra contrário ao método de concessão. "O seguro-desemprego ajuda a sanar necessidades básicas. Estendê-lo é paliativo, não a solução", disse ao jornal.

De acordo com o presidente do Conselho Deliberativo do Fundo de Amparo ao Trabalhador (Codefat) e conselheiro da Força Sindical, Luiz Fernando Emediato, a determinação já estava prevista na lei 8.900/94, que trata do seguro-desemprego.

O presidente da Comissão de Trabalho da Câmara, Pedro Fernandes (PTB-MA) vai além na crítica à concessão do seguro para apenas alguns setores. Ele acredita que a ampliação do benefício estimula o desemprego.

Quintino Severo, secretário geral da Central Única dos Trabalhadores (CUT), lembra que a ampliação do benefício sem critério e identificação pode incentivar demissões em outros setores.

17:13
Anónimo disse...
Empresas
TAM faz promoção para destinos internacionais

A companhia aérea TAM anunciou nesta sexta-feira tarifas promocionais para trechos internacionais. Os preços valem para bilhetes comprados entre 6h deste sábado e 23h59 deste domingo e são válidos para classe econômica. As tarifas, para ida e volta, serão vendidas a partir de US$ 99, mais taxas.

Segundo a aérea, a promoção vale para viagens feitas no período de 14 de fevereiro a 18 de junho de 2009. Para destinos na América do Sul, a permanência mínima é de dois dias; para bilhetes com destino nos Estados Unidos, cinco dias; e Europa, sete dias. A permanência máxima para as passagens para América do Sul e EUA é de dois meses e para Europa, três meses.

Entre os exemplos de tarifas promocionais, a TAM oferece São Paulo-Lima por US$ 99. Bilhetes para a rota São Paulo-Santiago serão vendidos a partir de US$ 199 e São Paulo-Nova York, US$ 799.

A emissão dos bilhetes deve ser feita obrigatoriamente no ato da reserva, obedecendo às regras estipuladas pela companhia. A compra está sujeita à disponibilidade de assentos nas classes tarifárias determinadas, trechos, horários e datas. A TAM afirmou que também há tarifas promocionais para a classe executiva.

Mais informações podem ser encontradas no site promocional (www.ofertastam.com.br), no site da empresa (www.tam.com.br) ou pelos telefones 4002-5700 ou 0800 5705700.

17:13
Anónimo disse...
Empresas
Consultoria negocia compra do parque temático Hopi Hari

A consultoria especializada em reestruturação de empresas Íntegra Associados informou nesta sexta-feira ter um acordo para comprar o parque de diversões Hopi Hari, localizado no interior de São Paulo. A empresa estaria disposta a investir R$ 10 milhões no parque, que tem dívida estimada em R$ 800 milhões. As informações são da edição deste sábado do jornal Folha de S. Paulo.

De acordo com o jornal, a transação ainda depende da negociação entre o Hopi Hari e seus credores, o que já estaria em andamento.

A consultoria paulista já atuou junto à Parmalat, durante 30 meses, quando reorganizou a gestão da empresa italiana.

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17:14
Anónimo disse...
Empresas
Disney de Tóquio contratará mais 2 mil apesar da crise


A Oriental Land, o operador da Disneylândia Tóquio e DisneySea, organizou neste domingo entrevistas para contratar cerca de 2 mil trabalhadores em tempo parcial, em um momento de grandes demissões deste tipo de empregados no Japão.

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O operador deste parque temático, situado em Urayasu, na província de Chiba (leste de Tóquio), está em pleno processo de seleção de empregados para 20 tipos de postos trabalhistas diferentes.

Segundo a companhia, citada pela agência local de notícias Kyodo, o parque contratará novos trabalhadores para as atrações, para os restaurantes e guardas de segurança entre outros. Os novos contratados começarão a trabalhar a partir de fevereiro.

O processo de seleção acontece em um momento em que a maioria das grandes companhias japonesas começaram a se ver obrigadas a despedir uma elevada percentagem de seus trabalhadores temporários e a tempo parcial.

Algumas inclusive anunciaram demissões de seus trabalhadores fixos, uma medida muito pouco comum nas companhias japonesas, perante os efeitos piores que o esperado pela crise econômica global.

Cerca de uma centena de pessoas esperavam desde a primeira hora desta manhã a abertura do centro de conferências Tokyo International Forum, onde as entrevistas estão sendo feitas, para ser os primeiros a solicitar os postos de trabalho.


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17:15
Anónimo disse...
Economia Internacional
Senado dos EUA aprova plano de estímulo à economia

O Senado dos Estados Unidos aprovou com 60 votos a favor e 38 contra o plano de estímulo à economia de US$ 787 bilhões na madrugada deste sábado. Agora, ele segue para sanção ou veto do presidente Barack Obama, que espera colocar a lei em prática até o dia 16 de fevereiro.

O plano prevê a criação de três milhões de empregos, inclui cortes de impostos às famílias, fundos para programas sociais e obras públicas, além de ajuda aos governos estaduais, estudantes e desempregados.

A cláusula Buy American - que exige o uso de ferro, aço e produtos manufaturados dos Estados Unidos em obras realizadas com recursos do pacote - ficou de lado. Segundo o texto definitivo, a cláusula será aplicada sem violar as normas do comércio internacional.

Ontem à tarde, a Câmara de Representantes (deputados) havia aprovado, por 246 votos a favor e 183 contra, a versão final do plano. Todos os republicanos foram contrários ao pacote.

Pelo acordo de quarta-feira entre Câmara e Senado, em vez de custar US$ 819 bilhões, como queriam os deputados, ou US$ 838 bilhões como pretendiam os senadores, o pacote ficou em cerca de US$ 787 bilhões, com 65% desse total destinado a gastos do governo federal e 35%, a créditos tributários.

17:16
Anónimo disse...
Economia nacional
Na era Lula, aposentadoria sobe 54% menos que salário mínimo

Thatiane Faria
Especial para o Terra
Direto de São Paulo

Os índices de reajustes concedidos pelo governo em 2009 para aposentados e pensionistas e para o salário mínimo repetiram uma diferença que, só durante o governo de Luiz Inácio Lula da Silva, já chega a 54%. Enquanto o mínimo foi majorado em 12% este ano, as pensões e aposentadorias tiveram aumento de 5,92%. Aposentados que têm o benefício do governo como única fonte de renda reclamam que perdem poder de compra e que sua cesta de compras é composta por itens que aumentam mais em relação à inflação oficial.

Um exemplo prático pode ser entendido a partir da comparação entre um aposentado que ganhava R$ 600 em janeiro de 2003. Na época, o benefício era três vezes, ou 200%, maior que o valor do mínimo em vigência, que era de R$ 200. Aplicando-se os índices de reajuste para aposentadorias e para o mínimo durante os últimos seis anos, o mesmo aposentado estaria recebendo hoje R$ 938,47, comparado a um salário mínimo de R$ 465. A diferença entre os dois valores caiu para pouco mais de 100%.

Enquanto o índice acumulado de reajuste para a aposentadoria durante o governo Lula foi de 60%, para o salário mínimo está em 132%.

O diretor do Sindicato Nacional dos Aposentados, João Inocentini, reclama que os valores dos benefícios para aposentadorias não mantêm o poder de compra do grupo, principalmente dos aposentados que recebem menos que dez salários mínimos.

Nem mesmo o fato de o índice de reajuste das aposentadorias ter ficado acima da inflação acumulada no mesmo período (o IPCA entre janeiro de 2003 e janeiro de 2009 foi de 39,7%) serve de argumento, segundo os aposentados.

"Os idosos, principalmente, têm gastos além das contas gerais como gás, telefone e aluguel. Para eles o custo com remédios, e outros itens da área saúde costuma ser maior", afirmou Inocentini.

O presidente do sindicato afirmou que o grupo realiza um estudo com 100 itens de necessidade de um idoso para comparar o aumento dos produtos com o índice de reajuste do benefício recebido pelos aposentados.

"Daqui dois meses vamos abrir um processo na Justiça e levar essa pesquisa como prova. Segundo a lei, o governo é obrigado a manter o poder de compra com a aposentadoria", disse Inocentini.

Alternativas
O consultor financeiro Cláudio Boriola diz que os aposentados, especialmente nesse momento de crise econômica, devem evitar compras parceladas, pesquisar preços, negociar e fazer bom planejamento financeiro.

Segundo Boriola, alguns aposentados ganham um valor mensal muitas vezes insuficiente para o pagamento das contas e acabam pedindo crédito ou realizando pagamentos a prazo e são obrigados a pagar juros altos.

Na opinião do consultor, pagar uma previdência privada é uma alternativa indicada para quem ainda trabalha, considerando a característica de perda de poder de compra da aposentadoria.

"Na prática, infelizmente os valores encontram-se em um patamar que está deteriorando o poder de aquisição da população brasileira", completou Boriola.

De acordo com o diretor da Confederação Brasileira de Aposentados e Pensionistas (Cobap), Vicente Fernandes Barbosa, representantes dos aposentados tentarão um encontro com o presidente da Câmara, deputado Michel Temer (PMDB-SP), para discutir projetos que minimizem a perda dos aposentados

17:17
Anónimo disse...
Previdência
Previdência prorroga isenção de tarifas no benefício

O atual sistema de pagamento aos 26 milhões de aposentados e pensionistas do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) será mantido até o final deste ano. O acordo, que permite realizar a operação sem nenhum custo aos beneficiários, foi renovado nesta sexta-feira, entre o governo federal e 21 instituições financeiras.

Por meio desse acordo, vigente desde setembro de 2007, nem os segurados, nem os bancos e nem o governo arcam com o pagamento de tarifas, conforme explicou o ministro da Previdência Social, José Pimentel. A prorrogação vale até dezembro, data máxima para que a Previdência defina as regras para um novo contrato.

Ao assinar o termo de renovação, na sede da Federação Brasileira dos Bancos (Febraban), o ministro disse que a intenção do governo é mudar o atual modelo de gestão visando a reduzir os custos dessas operações em torno da folha mensal, que atinge R$ 15,8 bilhões. No entanto, qualquer alteração, conforme explicou, passará antes por audiências públicas a serem realizadas a partir do segundo semestre deste ano, atendendo a determinação do Tribunal de Contas da União (TCU).

De acordo com Pimentel, com um redesenho do mecanismo de repasse dos recursos aos bancos em torno da folha de pagamento dos segurados o que se busca é um aumento da participação de instituições financeiras. Ele informou que, desde 2007, cada benefício custa em média R$ 1,07 ao governo. "Quanto mais instituições financeiras estiverem prestando serviços à sociedade, maior é a competitividade, a agilidade no atendimento", justificou.

O ministro observou, ainda, que, para permitir uma redução para algo em torno de meia hora no tempo de atendimento para a concessão dos direitos previdenciários, o governo investiu R$ 280 milhões.

Questionado sobre o descontentamento dos segurados que ganham acima de um salário mínimo terem obtido apenas a correção com base na variação do Índice de Preços ao Consumidor (INPC) , ficando abaixo do reajuste dado a quem recebe apenas o mínimo, Pimentel argumentou que o governo seguiu o que determina a lei e descartou a possibilidade de uma revisão

17:17
Anónimo disse...
Empresas
Caterpillar oferece aposentadoria antecipada a 2 mil


A companhia americana Caterpillar ofereceu a cerca de dois mil funcionários incentivos para que se aposentem de forma voluntária antes do previsto, pela perspectiva de uma queda "significativa" da atividade industrial, informou nesta quarta-feira a empresa.

A iniciativa, destinada aos trabalhadores de diversas fábricas em Illinois, Colorado, Tennessee e Pensilvânia, se soma aos cortes de empregos anunciados em janeiro, explicou em comunicado de imprensa.

A empresa, a maior fabricante mundial de maquinaria pesada para a construção e a mineração, acrescentou que, "em função das condições de negócio, podem ser necessárias mais reduções de elenco voluntárias e involuntárias à medida que o ano avança".

O vice-presidente da companhia, Sid Banwart, explicou que a empresa prevê "demissões significativas em todas as regiões geográficas e na maioria dos setores devido às dificuldades da economia mundial".

17:18
Anónimo disse...
Comércio
Comércio exterior da OCDE caiu no 3º trimestre de 2008


As exportações e as importações dos países da Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Econômico (OCDE) caíram 1,6% e 0,2%, respectivamente, no terceiro trimestre de 2008, em relação aos três meses anteriores.

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Trata-se da primeira queda destas atividades desde o terceiro trimestre de 2006, segundo o último relatório trimestral sobre fluxos comerciais divulgado pela OCDE.

As exportações e as importações em dólares dos 30 Estados-membros caíram 15,6% e 17%, respectivamente, na comparação anualizada.

Por sua vez, o comércio dos sete países mais ricos do mundo (G7) teve um pequeno crescimento no terceiro trimestre de 2008 com uma queda das exportações de mercadorias de 0,2% em relação ao trimestre anterior e um aumento de 0,4% das importações.

Em termos anualizados, as importações do G7 caíram 1,4% entre julho e setembro do ano passado, seu primeiro retrocesso desde o terceiro trimestre de 2006, enquanto as exportações aumentaram 1,9%, seu crescimento mais baixo no mesmo tempo.

Por países, a Alemanha aumentou suas importações em 3,4% - valor mais alto do G7 -, enquanto suas exportações caíram 2,9% do segundo para o terceiro trimestre de 2008.

Pelo contrário, as exportações americanas aumentaram 1,8% entre julho e setembro de 2008, enquanto as importações caíram 0,7% em relação ao trimestre anterior. No Japão, tanto as importações quanto as exportações caíram em torno de 1% no mesmo período.

17:19
Anónimo disse...
Economia Nacional
Lula: juros de crédito consignado a aposentados são altos

Atualizada às 17h29

O presidente Luis Inácio Lula da Silva afirmou nesta terça-feira, em São Paulo, que está lutando para reduzir as taxas de juros cobradas de aposentados em crédito consignado. A Previdência Social estabelece uma taxa máxima de 2,5% para empréstimo e de 3,5% para cartão. Para Lula, os valores são altos.

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"Acho que o juro que os aposentados estão pagando hoje com o crédito consignado é alto para o padrão brasileiro", disse o presidente durante a cerimônia de comemoração dos 86 anos do INSS.

A Previdência anunciou nesta terça-feira que aposentados e trabalhadoras com licença-maternidade poderão receber seus benefícios em 30 minutos. De acordo com Lula, em junho, a aposentadoria do trabalhador rural também será conseguida em meia hora.

Além disso, o presidente anunciou que, também em junho, os trabalhadores que alcançarem o direito à aposentadoria passarão a receber em suas casas um comunicado da Previdência informando o fato e o valor do salário que têm direito a receber. "É um comprometimento público que estou fazendo com os companheiros da Previdência Social", disse.

"Estamos retribuindo ao contribuinte da Previdência Social aquilo que é a cidadania que ele tem direito", afirmou Lula. "Se para cobrar nós somos tão precisos, para devolver o dinheiro, temos que chegar próximo à perfeição", completou.

17:20
Anónimo disse...
Economia Nacional
Salário maternidade sairá em 30 minutos, diz ministro

Toda trabalhadora autônoma que tiver contribuído pelo menos 10 meses com o Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) - ou as que possuírem carteira assinada - poderão receber em 30 minutos o salário maternidade a partir desta terça-feira. Da mesma forma, as mulheres com 30 anos de contribuição e os homens com 35 anos também terão direito ao benefício de forma mais rápida. A informação é do ministro da Previdência Social, José Pimentel.

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Para requerer o salário maternidade, é preciso que as autônomas levem a carteira de identidade e o carnê de contribuição. As demais trabalhadoras devem apresentar a identificação e a carteira de trabalho. Desde o início do mês, a nova forma de análise para a concessão de benefícios foi adotada para a aposentadoria por idade do trabalhador urbano e agora foi estendida para o salário maternidade e por tempo de contribuição.

O ministro disse que a qualificação do serviço da previdência social é o reconhecimento do direito dos trabalhadores e da afirmação da cidadania.

"Até pouco tempo na cabeça do cidadão o serviço devia ser de péssima qualidade. Agora não, nós modificamos toda a legislação no mês de dezembro numa ação conjunta do Congresso Nacional com o governo federal. Estamos implantando e concedendo os benefícios em até 30 minutos", afirmou.

O ministro destacou que para conseguir se aposentar ou ter acesso à licença maternidade em 30 minutos, em primeiro lugar, é necessário que o cidadão esteja vinculado à Previdência, o que inclui 65% da população acima de 16 anos de idade.

"Depois bastar marcar pelo sistema 135 o dia e a hora do atendimento e levar a documentação. Se todos os dados necessários estiverem corretos o contribuinte será atendido em até 30 minutos, como vem sendo feito com as aposentadorias por idade desde o dia cinco de janeiro", explicou.

Pimentel disse ainda que em 90% das agências da previdência social o atendimento é marcado em até 48 horas. Nos grandes centros, entretanto existe um volume maior o que torna mais lento o processo.

"Estamos criando mais 715 agências até 2010, em todo o território nacional, para descentralizar o atendimento. Em 2008, atendemos 295 mil benefícios e aposentadorias por idade. Temos 4 mil pessoas por dia procurando e se aposentando por idade no território nacional. Este serviço será agilizado", concluiu.

Anónimo disse...

Giuseppe Englaro, pai de Eluana, a italiana que morreu na segunda-feira passada por desidratação, recusou uma grande soma de dinheiro de um conhecido fotógrafo italiano que queria retratar a filha em estado de coma, disse neste sábado o neurologista que atendia a mulher desde 1996, Carlo Defanti.

O neurologista, que participou hoje de uma conferência sobre eutanásia, disse que Englaro respeitou a vontade da filha, que, antes do acidente, tinha pedido que, se lhe ocorresse qualquer coisa irreversível, apresentasse sua imagem de quando estava em boas condições.

Antes de sofrer o acidente de trânsito, em 1992, Eluana viveu o coma de um amigo, Alessandro, o que causou forte impacto na italiana e a levou a fazer o pai prometer que não a deixasse viver em estado vegetativo, disse o próprio Giuseppe Englaro.

Defanti, que dissera que Eluana poderia viver de dez a 12 dias depois da suspensão da alimentação e da hidratação, disse que, como médico, tinha que reprovar esta afirmação.

"Não se pode sobreviver após três ou quatro dias sem líquido e, em particular, água em um corpo. Sabemos bem que, quando há um terremoto, após quatro dias é difícil encontrar sobreviventes".

Defanti ressaltou que Eluana "não falava, não se comunicava com o exterior" e que, após vários exames, "nos deparamos com uma moça que tinha perdido a consciência", porque estava com o córtex cerebral prejudicado.

Eluana foi enterrada na quinta-feira passada no túmulo da família na localidade de Paluzza, em Udine, após um funeral que não contou com a presença dos pais.

16:53
Anónimo disse...
Os bombeiros combatem neste sábado os incêndios na Austrália favorecidos pelo bom tempo, enquanto os deslocados encotram em seu retorno casas derruídas, carros queimados nas ruas e destruição.

Depois de sete dias desde que começaram os incêndios no Estado de Victoria, a lista de mortos chega a 181, os desaparecidos somam 50, os edifícios destruídos totalizam 1,834 mil e o terreno arrasado, principalmente florestas, ocupa uma área de 4,13 mil quilômetros quadrados.

As equipes de bombeiros, formadas por 4 mil profissionais de Victoria, de outras partes da Austrália e de países amigos, combateram hoje 12 focos fora de controle e nenhum representava uma ameaça direta para a população.

O subdiretor do Serviço de Bombeiros, Geoff Conway, disse que este tempo favorável, que se prolongará durante o domingo, permite consolidar as linhas de contenção e avançar na extinção das chamas.

Cinzas apareceram arrastadas por ventos do nordeste sobre Melbourne, onde habitam 3,8 milhões de pessoas, e as autoridades alertaram aos cidadãos do risco para a saúde de idosos, crianças e pessoas com problemas respiratórios.

O número de pessoas deslocadas - a Cruz Vermelha chegou a receber 7 mil - começou a cair com a abertura de algumas localidades atingidas.

Os incêndios, alguns criminosos, começaram em 7 de fevereiro, quando a região sul da Austrália estava há duas semanas sob uma onda de calor sem precedentes.

Na sexta-feira passada, a polícia acusou uma pessoa de ter provocado o incêndio que atingiu a localidade de Churchill e matou 21 pessoas.

16:55
Anónimo disse...
A primeira chuva em seis dias reduziu a ameaça de incêndios no Estado de Victoria, ao sul da Austrália. As autoridades, porém, advertiram que ainda existem 12 focos, mas que nenhum deles ameaça áreas povoadas.

Mais de quatro mil bombeiros, mil provenientes de outras partes do país e de outras nações, trabalham contra o fogo. Cerca de 600 veículos e 28 helicópteros e pequenos aviões estão sendo usados.


Eles conseguiram construir linhas de contenção para evitar os incêndios de Yarra e Maroondah se juntassem. Também foram controlados os incêndios abertos de Yea e Murrindindi, que ameaçavam as comunidades de Connellys Creek, Crystal Creek, Scrubby Creek e Native Dog Creek.

O número de mortos chegou a 181, mas as autoridades acreditam que as vítimas devem passar de 200, já que ainda há muitos desaparecidos.

16:55
Anónimo disse...
Aqui nesta coluna, na semana passada, tive a oportunidade de comentar sobre a recente visita do professor brasileiro Pedrinho Guareschi à Austrália. Não dei, porém, os fatos, pois semana passada o assunto era outro.

Hoje, porém, vamos a eles.

No último dia 4 de fevereiro, aconteceu o Seminário "Paulo Freire: Education and Liberation", organizado pelo centro de estudos latino-americanos da Universidade Nacional da Austrália, ou ANU, como é mais conhecida por aqui.

A ANU, para quem não sabe, está entre as 20 melhores universidades do mundo! E tem sede aqui em Camberra, capital da Austrália.

Na abertura do evento, o professor John Minns, diretor do centro latino-americano, ao dar boas-vindas ao público presente, lembrou ser aquele o primeiro seminário exclusivamente dedicado a Paulo Freire na Austrália.

Em seguida, convidou Pedrinho Guareschi, palestrante principal do Seminário, a fazer sua apresentação.

A plateia pode então conhecer, pelas palavras de Pedrinho, um pouco da obra e da vida de Freire, esse brasileiro de fé e valor, que sempre acreditou na educação, sobretudo dos menos favorecidos, analfabetos, como força libertadora.

Como não podia deixar de ser, os conceitos e ideias revolucionários de Paulo Freire, expostos com clareza por Pedrinho, despertaram o interesse e a curiosidade de plateia. A qual, deve-se notar, era na maioria de estudantes, mas de várias nacionalidades, sobretudo australianos e asiáticos.

Na continuação do programa do seminário, que se estendeu por dois dias, outros professores fizeram palestras sobre temas ligados à obra de Paulo Freire.

Interessante, por exemplo, saber que a professora Anne Hickling-Hudson, jamaicana que mora na Austrália há muitos anos (é professora da ANU), conheceu e trabalhou com Freire num workshop educacional durante a revolução na Ilha de Granada, em 1980, antes da invasão dos Estados Unidos...

Ou, então, a palestra da Professora Gerda Roelvink, da Nova Zelândia, que participou do Fórum Social de Porto Alegre em 2005. E essa participação transformou-se em tema de doutorado.

No dia 10, terça-feira passada, o padre Pedrinho Guareschi voltou a falar ao público australiano em grande auditório localizado no belíssimo campus da ANU. Desta vez, sobre a Teologia da Libertação.

Depois da palestra, John Minns mostrou o filme mexicano "O Crime do Padre Amaro", no qual um dos personagens é um padre católico praticante da Teologia da Libertação.

Mais uma vez, foi grande o intersse da platéia, que pode aprender e conhecer um pouco como se desenvolveu aquele importante movimento católico na América Latina.

Fica, assim, ao Pedrinho, bem como a outros brasileiros estudiosos e de bom coração que saem pelo mundo a divulgar aspectos importantes da cultura brasileira, o respeito e a homenagem desta coluna. E... aquele abraço!

16:57
Anónimo disse...
Amanda Kitts perdeu o braço esquerdo em um acidente de automóvel acontecido três anos atrás, mas hoje em dia ela joga futebol americano com seu filho de 12 anos de idade, troca fraldas e abraça as crianças nas três creches Kiddie Cottage que opera em Knoxville, Tennessee. Kitts, 40 anos, faz tudo isso com a ajuda de um novo tipo de braço artificial que se movimenta com mais facilidade do que outros aparelhos e que ela pode controlar utilizando apenas seus pensamentos.

"Eu sou capaz de mexer a mão, o pulso e o cotovelo ao mesmo tempo", diz. "Você pensa e os músculos se movem em seguida".

A recuperação que ela conseguiu resulta de um novo procedimento que vem atraindo crescente atenção porque permite que pessoas movam braços protéticos de forma mais automática do que faziam no passado, simplesmente utilizando nervos reaproveitados em seus cérebros.

A técnica, conhecida como "renervação muscular dirigida", envolve utilizar os nervos que restam depois da amputação de um braço e conectá-los a outro músculo do corpo, em geral no peito. Eletrodos são instalados sobre os músculos do peito, e operam como se fossem antenas. Quando a pessoa deseja mover o braço, o cérebro envia sinais que primeiro resultam em contração dos músculos do peito, os quais enviam um sinal ao braço protético, instruindo-se a se movimentar. O processo não requer mais esforços consciente do que a pessoa teria de exercitar caso ainda tivesse seu braço natural.

Na terça-feira, pesquisadores reportaram em estudo publicado pela versão online do Journal of the American Medical Association que haviam levado a técnica ainda mais à frente, tornando possível a execução de 10 movimentos de mão, pulso e cotovelo diferentes, o que representa uma substancial melhora com relação ao típico repertório protético, que em geral envolve apenas dobrar o cotovelo, girar o pulso e abrir a mão.

"Os novos métodos tiveram impacto dramático em nosso campo de trabalho", disse Stuart Harshbarger, engenheiro biomédico na Universidade Johns Hopkins e diretor do programa de pesquisa sobre próteses, financiado pelas forças armadas, que inclui o trabalho com essa técnica. "O método já está em uso por médicos e cirurgiões comuns em todo o país. A capacidade de controlar um membro protético bastante robusto que ele confere surpreendeu a todos pela qualidade".

Tipicamente, uma pessoa que tenha um braço protético só é capaz de executar alguns poucos movimentos, e muitas vezes com tamanha lentidão que isso só permite a ela atividades limitadas.

Há um motor separado para cada movimento, diz Gerald Loeb, professor de engenharia biomédica na Universidade do Sul da Califórnia, "e esses motores precisam ser controlados de maneira explícita", usualmente por um esforço consciente da pessoa para contrair músculos nas costas ou no bíceps.

"Essencialmente, até agora os pacientes controlavam apenas um motor de cada vez", diz Loeb, "e precisavam pensar cuidadosamente sobre que motor desejavam controlar e como fazê-lo operar, em lugar de simplesmente pensarem em mover o braço e poderem fazê-lo sem delongas".

Antes que Kitts passasse pelo procedimento de renervação, em outubro de 2007, por exemplo, ela precisava movimentar os músculos de suas costas de determinada maneira para fazer com que seu pulso girasse, e flexionar seu bíceps e tríceps para fazer com que o cotovelo se movesse para cima e para baixo. "Era muito trabalho", ela conta. "E não me ajudava muito".

O procedimento de renervação é parte de uma recente explosão de idéias novas e técnicas inovadoras que estão sendo exploradas enquanto os cientistas se esforçam por ajudar as pessoas a compensar melhor a perda de membros ou problemas de paralisia. O esforço vem sendo alimentado pelo aumento no número de amputações causado por diabetes e por ferimentos sofridos pelos militares, e ao mesmo tempo pelos avanços na tecnologia médica.

Os braços se tornaram um dos focos essenciais desse tipo de trabalho. A ciência há muito vem obtendo sucessos no desenvolvimento de próteses de perna, mas é muito mais difícil imitar a complexidade e a destreza das mãos e dos braços.

Os esforços em curso incluem o desenvolvimento de projetos de pele e braços mais sensíveis e mais flexíveis, e o uso de dispositivos acionados por controles sem fio implantado nos braços protéticos, que permitiriam movimentos mais naturais.

Os pesquisadores também vêm usando sensores implantados nos cérebros de cobaias para permitir que dois macacos controlem um braço mecânico, e um teste com um homem paralítico permitiu, com esse método, que ele movimentasse um cursor em uma tela de computador.

Alguns desses métodos, caso venham a ser aperfeiçoados plenamente e consigam aprovação das autoridades regulatórias da saúde, podem no futuro se tornar mais viáveis para os pacientes de amputações.

E embora a técnica da renervação não requeira aprovação das autoridades regulatórias porque é executada por meios cirúrgicos e emprega aparelhos já existentes, ela apresenta limitações que até mesmo seus criadores reconhecem, entre as quais o fato de que não se pode utilizá-la para todos os pacientes, o seu alto custo e o prazo de meses requerido para que os nervos reconectados cresçam e se tornem efetivos.

Ainda assim, os especialistas dizem que é o mais avançado sistema em uso hoje para pacientes reais que permite que o sistema nervoso controle diretamente o movimento de um braço artificial.

Desde sua introdução por Todd Kuiken, médico fisioterapeuta e engenheiro biomédico do Instituto de Reabilitação de Chicago, o método foi empregado em cerca de 30 pacientes nos Estados Unidos, Canadá e Europa, entre os quais oito soldados feridos no Iraque e no Afeganistão.

Muitos dos pacientes, entre os quais o primeiro, Jesse Sullivan, um operário do setor elétrico no Tennessee que perdeu os dois braços quando foi eletrocutado por um cabo, conseguem não apenas manipular seus braços protéticos mas sentir a presença das mãos que já não têm quando alguém toca em seus peitos.

Sullivan, 62 anos, e Kitts, estavam entre os cinco pacientes que participaram do estudo reportado na terça-feira. Em companhia de cinco outras pessoas que não passaram por amputações, eles receberam os eletrodos e foram instruídos a usar pensamentos para fazer com que um braço virtual na tela reproduzisse 10 movimentos diferentes, entre os quais três formas diferentes de aperto de mão.

Os pacientes apresentaram desempenho bastante respeitável, apenas um pouco mais lento e menos preciso do que os dos participantes que não tinham amputações.

"As velocidades de movimento que encontramos em nossos pacientes foram realmente encorajadoras", disse Kuiken. "Eles conseguiram completar a tarefa. É claro que não foram tão competentes quanto as pessoas dotadas de plena capacidade física, mas foram bons o bastante".

Um braço virtual foi usado porque a maioria das próteses existentes não era capaz de acomodar todos aqueles movimentos, no momento da pesquisa, ainda que Sullivan, Kitts e uma terceira paciente, Claudia Mitchell, tenham experimentado dois novos protótipos mais versáteis de braços artificiais, executando tarefas complexas com bolas de tênis e outros objetos.

O trabalho de renervação em soldados apresenta outros desafios, diz Kuiken, porque os ferimentos militares muitas vezes "causam danos muitos extensos" a nervos, músculos ou ossos.

Daniel Acosta, 25 anos, um aviador ferido pela detonação de uma bomba em uma estrada do Iraque em 2005, passou pelo procedimento no ano passado e diz que seu braço esquerdo protético agora se movimenta "muito mais rápido" e de maneira muito mais natural.

"A diferença é que agora não preciso mais pensar para mover o braço", ele diz. "Ele simplesmente se mexe".

Ainda assim, Acosta, de San Antonio, diz que "o processo foi bastante longo" e que os eletrodos precisam ser ajustados para receber os sinais à medida que os nervos crescem ou mudam de posição.

E embora elogiem o método, os especialistas afirmam que a ciência das próteses de braço ainda tem muito por avançar.

"Trata-se de uma parte crucial, mas ainda assim apenas uma parte, das muitas coisas que compreendem a função normal de um braço", disse Loeb, que escreveu um editorial que acompanha o artigo no Journal of the American Medical Association.

"No momento estamos a meio do caminho entre o braço de 'Dr. Fantástico', que fazia involuntariamente a saudação nazista, e o braço de Luke Skywalker em 'Guerra nas Estrelas', que funciona sem nenhum problema assim que é conectado. Creio que precisaremos ainda de muitos anos para conectar todas as peças necessárias a produzir um braço capaz de funcionar normalmente".

17:04
Anónimo disse...
A Espanha disse neste sábado que está preparando uma reclamação oficial contra a decisão da Venezuela de expulsar um membro do Parlamento Europeu que criticou o conselho eleitoral venezuelano.
Luis Herrero, membro do partido conservador espanhol PP, foi deportado na sexta-feira depois que o Conselho Nacional Eleitoral (CNE) o acusou de questionar a imparcialidade da instituição antes de um referendo que pode permitir ao presidente Hugo Chávez permanecer no cargo indefinidamente.

Herrero estava na Venezuela como observador do referendo. Ele acusou Chávez de ter "comportamentos típicos de um ditador" por pedir a contenção de manifestações da oposição.

O governo da Espanha convocou um encontro com o embaixador da Venezuela em Madri para expressar a desaprovação sobre a expulsão de Herrero, disse um representante do Ministério das Relações Exteriores espanhol.

As relações da Venezuela com a Espanha tiveram seu ponto crítico em 2007, quando Chávez ameaçou rever acordos diplomáticos e comerciais depois de ouvir um "cala a boca" do rei espanhol Juan Carlos durante uma cúpula.

A fenda foi oficialmente reparada em 2008, com uma visita oficial de Chávez à Espanha, onde ele cumprimentou o rei e discutiu acordos para investimento no setor petroquímico com o primeiro-ministro José Luis Rodriguez Zapatero.

17:06
Anónimo disse...
A polícia do Zimbábue anunciou neste sábado que acusa de traição Roy Bennett, dirigente do até agora opositor Movimento para a Mudança Democrática (MDC), detido na sexta-feira, em Harare, poucas horas antes da cerimônia de posse dos membros do novo gabinete.

"A Polícia nos informou que vão apresentar acusações de traição", disse à agência EFE o advogado de defesa de Bennett, Trust Maanda.

"Tentam relacionar Roy com o caso de Mike Hitschmann, que foi detido em 2006 em relação à descoberta de um carregamento de armas, apesar de que Hitschmann não tenha sido declarado culpado das acusações de traição apresentadas contra ele, mas de um crime menor de descumprimento de leis", disse Maanda.

O político opositor, designado por seu partido como vice-ministro de Agricultura no Governo de união nacional, esteve no exílio na vizinha África do Sul desde 2006 e retornou ao Zimbábue há duas semanas.

Segundo a Polícia, que deteve Bennett ontem no aeroporto de Harare quando pretendia ir à África do Sul para visitar sua família, as armas apreendidas em 2006 seriam utilizadas em um golpe de Estado para derrubar o presidente do Zimbábue, Robert Mugabe.

Depois da detenção, Bennet foi levado a Mutar, onde vários simpatizantes do MDC se concentraram em frente à delegacia na qual estava detido, diante do que a Polícia respondeu com tiros para o alto para dispersar os manifestantes.

17:07
Anónimo disse...
Austrália: 14 mil se candidatam a 'emprego dos sonhos'

A secretaria de Turismo de Queensland, na Austrália, informou que até esta segunda-feira já recebeu cerca de 14 mil inscrições para o "o melhor emprego do mundo". O Estado australiano promove pela internet seleção para vaga de "zelador" da ilha Hamilton, por seis meses com um salário de R$ 40 mil.

Muitos candidatos tiveram problemas durante a inscrição por conta dos acessos simultâneos ao site. A secretaria aconselha enviar os vídeos de 60s explicando porque deve ser escolhido em horários alternativos do dia, além de recomendar tamanho em torno de 40MB.

As inscrições começaram em 12 de janeiro e vão até o próximo dia 22 e podem ser feitas pelo site www.islandreefjob.com. O governo australiano escolherá 50 candidatos para a próxima fase da seleção, que terá votos do público para eleger um dos 11 finalistas.

A última fase terá entrevistas e desafios físicos, no próprio local de trabalho: as ilhas da Grande Barreira Coralina - o maior recife de coral do mundo. A secretaria de Turismo anunciará o vencedor no dia 6 de maio.

17:09
Anónimo disse...
Mercado elogia governo na crise, mas pede maior queda no juro

Peter Fussy
Direto de São Paulo

Desde as primeiras medidas anunciadas para combater os efeitos da crise, o governo brasileiro avisou que a estratégia não contemplaria um pacote. Seriam doses pontuais, de acordo com a necessidade da economia diante do agravamento das turbulências. Da primeira liberação dos depósitos compulsórios em setembro até a ampliação do seguro-desemprego na última quarta-feira, o governo passou por redução de impostos, ampliação de crédito e incentivos à exportação. Quase 150 dias após a primeira medida, o Terra conversou com líderes do setor público e privado, representantes dos trabalhadores, acadêmicos e com o próprio governo para saber quais destas ações foram mais eficazes, quais foram mais ineficientes e o que mais pode ser feito pelo Estado brasileiro contra a crise.

Os maiores elogios foram direcionados à atitude de reduzir o Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) para a indústria automobilística, anunciada em dezembro e que fez com que os emplacamentos de carros novos subissem 1,9% no primeiro mês do ano em relação a dezembro de 2008. Já as maiores críticas foram para a lentidão no corte da taxa básica de juro do País.

Para o presidente do conselho administrativo do Grupo Pão de Açúcar, Abílio Diniz, o Estado não é responsável pela crise e mesmo assim está agindo "com extrema serenidade e muito acerto". "O governo está atento, fazendo a sua parte. É preciso coragem de baixar firmemente a taxa de juros. É uma arma que temos a nosso favor, já que não há clima para inflação, nem possibilidade de danos para a macroeconomia", afirmou Diniz.

Na última reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), em janeiro, a taxa Selic foi reduzida em um ponto percentual, de 13,75% para 12,75% ao ano. Porém, o professor de economia da Universidade de Brasília (UnB) José Luiz Oreiro lembra que este corte representa uma redução de apenas 0,25 ponto percentual com relação à taxa de setembro do ano passado, quando a crise se agravou.

"Pouco antes da eclosão da crise, o Banco Central aumentou a taxa em 0,75 ponto. Foram cinco meses de demora para reduzir em termos líquidos apenas 0,25 ponto", afirmou o economista, que também sugeriu redução do intervalo de cerca de 90 dias entre as reuniões do Copom e o corte de pelo menos um 1 ponto percentual em cada reunião.

Mesmo com o corte de janeiro, a taxa de juros real continua sendo a maior do mundo, lembrou o secretário-geral da Força Sindical, João Carlos Gonçalves, o Juruna. "A redução da taxa de juro ainda é pequena, porque ela continua uma das mais altas do mundo. Falta ousadia para baixar os juros e ajudar o cidadão. A permanência da taxa de juro alta é negativa para o País em meio a crise", afirmou Juruna.

Embora aprove as ações do governo, o senador Aloízio Mercadante (PT-SP) também acredita que o patamar da Selic está muito alto. "Sempre fomos os primeiros a entrar em qualquer crise, o que não aconteceu agora. A taxa Selic ainda é muito alta, mas o governo têm tomado medidas acertadas, como o aumento do salário mínimo, mesmo com um cenário de crise. Isso ajuda a movimentar o consumo. O governo está se esforçando para manter os investimentos e o crescimento", disse.

Tributos
De acordo com o economista Fabio Pina, da Fecomercio-SP, as ações mais positivas estão relacionadas à redução de tributos para alguns segmentos, como a indústria automobilística, que recuperou parte da queda nas vendas em janeiro com a isenção do IPI para carros 1.0 l e o corte para demais motorizações. A medida vale até o final de março.

"Essas medidas não só reduziram o preço, mas anteciparam o consumo daqueles que iriam comprar no futuro, dando um prêmio por conta da insegurança. Mexe diretamente com o principal problema que é a confiança do consumidor", afirmou. Juruna destacou que um bom ritmo de vendas é garantia de emprego. "É importante porque cada emprego na montadora significa 19 na cadeia produtiva", comentou o representante da Força Sindical.

Também em dezembro, o governo decidiu cortar pela metade a alíquota do Imposto de Renda para contribuintes que ganham entre R$ 1.434 e R$ 2.150 mensais. "O salário aumentava e a tabela não se modificava. As pessoas ganhavam mais e pagavam mais impostos", apontou Juruna. Outra redução de tributos do governo foi com relação ao Imposto sobre Operações Financeiras (IOF), que caiu de 3% ao ano para 1,5%.

Crédito
Na segunda metade de 2008, o colapso de bancos nos Estados Unidos por conta da crise do subprime provocou uma forte restrição de crédito no mundo inteiro. Uma das primeiras medidas anticrise do governo teve como objetivo restabelecer a oferta, com mudanças no recolhimento dos depósitos compulsórios por parte dos bancos. Segundo o presidente do Banco Central, Henrique Meirelles, as diversas modificações liberaram US$ 99,2 bilhões aos bancos até o final de janeiro.

Além disso, o governo concedeu R$ 36 bilhões das reservas internacionais para empresas brasileiras com dívidas no exterior e uma medida provisória autorizou o Banco do Brasil e a Caixa Econômica Federal a comprar carteiras de crédito de bancos privados. Para o diretor do Departamento de Pesquisas e Estudos Econômicos da Fiesp, Paulo Francini, estas medidas foram essenciais para combater os efeitos da crise.

"A crise se desenvolve no mundo em torno do tema crédito. E o crédito reduziu-se barbaridade no mundo. Então o governo lança mão de compulsório, lança mão de reservas, de medidas que permitem aos bancos comprar carteiras de bancos. Você vai tomando várias medidas para atender às demandas e o epicentro disso é crédito", afirmou.

No entanto, Oreiro, da UnB, adverte que a liberação dos compulsórios seria mais eficiente acompanhada de redução mais agressiva da taxa básica de juro. "Uma parte do crédito voltou, depois da forte retração em outubro e novembro. O que deveria ter sido feito junto à liberação do compulsório era uma redução mais drástica da taxa de juro. Sem isso, os bancos pegam as reservas e acabam comprando títulos públicos", explicou o economista.

Na opinião de Pina, as ações de distribuição de crédito via redução do compulsório e a disposição de capital de giro para empresas foram tomadas sem um cuidado maior na operação e não tiveram muito efeito. "O BNDES tem linhas que ficam paradas quase todo o ano, agora é pior ainda. Existem os recursos, mas as empresas e os bancos estão desconfiados. É preciso fazer com que os bancos tenham interesse em emprestar", afirmou o economista da Fecomercio-SP.

Futuro
Mesmo com todas essas medidas, a crise financeira ainda gera incertezas nos setores produtivos do País. Nos últimos meses, o medo do desemprego fez os consumidores adiarem compras. Por sua vez, a queda nas vendas pode obrigar as indústrias a cortarem a produção e demitir funcionários. Contra isso, empresários sugerem redução de jornada e de salários.

"Isto está previsto em lei. A Fiesp simplesmente manteve conversações com entidades sindicais quanto à aplicação daquilo que já está previsto em lei", afirmou Francini.

Segundo a ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff, uma das medidas que assegura um nível de emprego é a manutenção de investimentos no Programa de Aceleração do Crescimento (PAC). "Estamos esperando que a dificuldade ocorra em janeiro, fevereiro e março. Estamos certos que vamos manter o nível de investimento. É isso que funciona, é isso que significa investimento público. Ele funciona como um colchão. Por isso, nós colocamos R$ 100 bilhões no BNDES e a Petrobras ampliou o seu investimento em R$ 120 bilhões", afirmou.

Na mesma linha, Pina explica que a antecipação de gastos do governo substitui parte da demanda retraída do setor privado. "Ele dá o seguinte recado: não vou estourar as contas públicas, mas concentrar em um momento em que a demanda privada está pequena. Mas o governo não tem fôlego suficiente para fazer o papel de toda demanda", ressaltou. O economista da Fecomercio lembrou que a entidade já pleiteou junto ao governo isenções para transferência de imóveis e de automóveis, além de retirar o IPVA para veículos novos.

Já Oreiro foca suas propostas na capitalização do Banco do Brasil e da Caixa Econômica Federal pelo Tesouro para atender a demanda de crédito para capital de giro e reduzir o spread. "Aumentando o empréstimo e reduzindo as taxas, os dois vão forçar os bancos privados a acompanhar o movimento, até para não perderem participação no mercado", explicou o economista da UnB.

Até o Carnaval, o governou prometeu detalhar um pacote de incentivos para a construção de até um milhão de casas populares, direcionado a famílias com renda de até dez salários mínimos. "Estamos atentos a tudo o que está acontecendo e novas medidas serão tomadas caso haja uma avaliação de que sejam necessárias", disse o ministro da Fazenda, Guido Mantega, na última sexta-feira.

17:11
Anónimo disse...
Ex-ministro critica extensão do seguro-desemprego

Atualizada às 09h03

O ex-ministro do Trabalho Almir Pazzianotto criticou a decisão do governo federal de conceder o seguro-desemprego estendido a apenas alguns setores. "É certamente odioso e provavelmente inconstitucional", disse Pazzianotto, de acordo com o jornal O Estado de S. Paulo.

Na última qurta, dia do anúncio da medida, centrais sindicais elogiaram a atitude do governo. A Força Sindical divulgou nota dizendo que "o aumento ajudará a aquecer parte da economia, já que irá gerar mais consumo, produção e conseqüentemente, a criação de novos postos de trabalho". A União Geral dos Trabalhadores (UGT) afirmou que a medida "contribuirá para minimizar o drama dos trabalhadores que perderem seu emprego por conta da crise".

O ex-ministro, que instituiu o seguro-desemprego no País no governo de José Sarney, destacou a necessidade de as centrais sindicais se manifestarem contra a determinação. Para ele, as mudanças devem ser aplicadas a todas as categorias profissionais e a distinção é contrária ao artigo 3º da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT).

Pazzianotto atribui a medida a um possível temor do governo de que a crise econômica seja longa e não haja dinheiro para atender a todas as necessidades. Ainda assim, ele se mostra contrário ao método de concessão. "O seguro-desemprego ajuda a sanar necessidades básicas. Estendê-lo é paliativo, não a solução", disse ao jornal.

De acordo com o presidente do Conselho Deliberativo do Fundo de Amparo ao Trabalhador (Codefat) e conselheiro da Força Sindical, Luiz Fernando Emediato, a determinação já estava prevista na lei 8.900/94, que trata do seguro-desemprego.

O presidente da Comissão de Trabalho da Câmara, Pedro Fernandes (PTB-MA) vai além na crítica à concessão do seguro para apenas alguns setores. Ele acredita que a ampliação do benefício estimula o desemprego.

Quintino Severo, secretário geral da Central Única dos Trabalhadores (CUT), lembra que a ampliação do benefício sem critério e identificação pode incentivar demissões em outros setores.

17:13
Anónimo disse...
Empresas
TAM faz promoção para destinos internacionais

A companhia aérea TAM anunciou nesta sexta-feira tarifas promocionais para trechos internacionais. Os preços valem para bilhetes comprados entre 6h deste sábado e 23h59 deste domingo e são válidos para classe econômica. As tarifas, para ida e volta, serão vendidas a partir de US$ 99, mais taxas.

Segundo a aérea, a promoção vale para viagens feitas no período de 14 de fevereiro a 18 de junho de 2009. Para destinos na América do Sul, a permanência mínima é de dois dias; para bilhetes com destino nos Estados Unidos, cinco dias; e Europa, sete dias. A permanência máxima para as passagens para América do Sul e EUA é de dois meses e para Europa, três meses.

Entre os exemplos de tarifas promocionais, a TAM oferece São Paulo-Lima por US$ 99. Bilhetes para a rota São Paulo-Santiago serão vendidos a partir de US$ 199 e São Paulo-Nova York, US$ 799.

A emissão dos bilhetes deve ser feita obrigatoriamente no ato da reserva, obedecendo às regras estipuladas pela companhia. A compra está sujeita à disponibilidade de assentos nas classes tarifárias determinadas, trechos, horários e datas. A TAM afirmou que também há tarifas promocionais para a classe executiva.

Mais informações podem ser encontradas no site promocional (www.ofertastam.com.br), no site da empresa (www.tam.com.br) ou pelos telefones 4002-5700 ou 0800 5705700.

17:13
Anónimo disse...
Empresas
Consultoria negocia compra do parque temático Hopi Hari

A consultoria especializada em reestruturação de empresas Íntegra Associados informou nesta sexta-feira ter um acordo para comprar o parque de diversões Hopi Hari, localizado no interior de São Paulo. A empresa estaria disposta a investir R$ 10 milhões no parque, que tem dívida estimada em R$ 800 milhões. As informações são da edição deste sábado do jornal Folha de S. Paulo.

De acordo com o jornal, a transação ainda depende da negociação entre o Hopi Hari e seus credores, o que já estaria em andamento.

A consultoria paulista já atuou junto à Parmalat, durante 30 meses, quando reorganizou a gestão da empresa italiana.

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17:14
Anónimo disse...
Empresas
Disney de Tóquio contratará mais 2 mil apesar da crise


A Oriental Land, o operador da Disneylândia Tóquio e DisneySea, organizou neste domingo entrevistas para contratar cerca de 2 mil trabalhadores em tempo parcial, em um momento de grandes demissões deste tipo de empregados no Japão.

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O operador deste parque temático, situado em Urayasu, na província de Chiba (leste de Tóquio), está em pleno processo de seleção de empregados para 20 tipos de postos trabalhistas diferentes.

Segundo a companhia, citada pela agência local de notícias Kyodo, o parque contratará novos trabalhadores para as atrações, para os restaurantes e guardas de segurança entre outros. Os novos contratados começarão a trabalhar a partir de fevereiro.

O processo de seleção acontece em um momento em que a maioria das grandes companhias japonesas começaram a se ver obrigadas a despedir uma elevada percentagem de seus trabalhadores temporários e a tempo parcial.

Algumas inclusive anunciaram demissões de seus trabalhadores fixos, uma medida muito pouco comum nas companhias japonesas, perante os efeitos piores que o esperado pela crise econômica global.

Cerca de uma centena de pessoas esperavam desde a primeira hora desta manhã a abertura do centro de conferências Tokyo International Forum, onde as entrevistas estão sendo feitas, para ser os primeiros a solicitar os postos de trabalho.


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17:15
Anónimo disse...
Economia Internacional
Senado dos EUA aprova plano de estímulo à economia

O Senado dos Estados Unidos aprovou com 60 votos a favor e 38 contra o plano de estímulo à economia de US$ 787 bilhões na madrugada deste sábado. Agora, ele segue para sanção ou veto do presidente Barack Obama, que espera colocar a lei em prática até o dia 16 de fevereiro.

O plano prevê a criação de três milhões de empregos, inclui cortes de impostos às famílias, fundos para programas sociais e obras públicas, além de ajuda aos governos estaduais, estudantes e desempregados.

A cláusula Buy American - que exige o uso de ferro, aço e produtos manufaturados dos Estados Unidos em obras realizadas com recursos do pacote - ficou de lado. Segundo o texto definitivo, a cláusula será aplicada sem violar as normas do comércio internacional.

Ontem à tarde, a Câmara de Representantes (deputados) havia aprovado, por 246 votos a favor e 183 contra, a versão final do plano. Todos os republicanos foram contrários ao pacote.

Pelo acordo de quarta-feira entre Câmara e Senado, em vez de custar US$ 819 bilhões, como queriam os deputados, ou US$ 838 bilhões como pretendiam os senadores, o pacote ficou em cerca de US$ 787 bilhões, com 65% desse total destinado a gastos do governo federal e 35%, a créditos tributários.

17:16
Anónimo disse...
Economia nacional
Na era Lula, aposentadoria sobe 54% menos que salário mínimo

Thatiane Faria
Especial para o Terra
Direto de São Paulo

Os índices de reajustes concedidos pelo governo em 2009 para aposentados e pensionistas e para o salário mínimo repetiram uma diferença que, só durante o governo de Luiz Inácio Lula da Silva, já chega a 54%. Enquanto o mínimo foi majorado em 12% este ano, as pensões e aposentadorias tiveram aumento de 5,92%. Aposentados que têm o benefício do governo como única fonte de renda reclamam que perdem poder de compra e que sua cesta de compras é composta por itens que aumentam mais em relação à inflação oficial.

Um exemplo prático pode ser entendido a partir da comparação entre um aposentado que ganhava R$ 600 em janeiro de 2003. Na época, o benefício era três vezes, ou 200%, maior que o valor do mínimo em vigência, que era de R$ 200. Aplicando-se os índices de reajuste para aposentadorias e para o mínimo durante os últimos seis anos, o mesmo aposentado estaria recebendo hoje R$ 938,47, comparado a um salário mínimo de R$ 465. A diferença entre os dois valores caiu para pouco mais de 100%.

Enquanto o índice acumulado de reajuste para a aposentadoria durante o governo Lula foi de 60%, para o salário mínimo está em 132%.

O diretor do Sindicato Nacional dos Aposentados, João Inocentini, reclama que os valores dos benefícios para aposentadorias não mantêm o poder de compra do grupo, principalmente dos aposentados que recebem menos que dez salários mínimos.

Nem mesmo o fato de o índice de reajuste das aposentadorias ter ficado acima da inflação acumulada no mesmo período (o IPCA entre janeiro de 2003 e janeiro de 2009 foi de 39,7%) serve de argumento, segundo os aposentados.

"Os idosos, principalmente, têm gastos além das contas gerais como gás, telefone e aluguel. Para eles o custo com remédios, e outros itens da área saúde costuma ser maior", afirmou Inocentini.

O presidente do sindicato afirmou que o grupo realiza um estudo com 100 itens de necessidade de um idoso para comparar o aumento dos produtos com o índice de reajuste do benefício recebido pelos aposentados.

"Daqui dois meses vamos abrir um processo na Justiça e levar essa pesquisa como prova. Segundo a lei, o governo é obrigado a manter o poder de compra com a aposentadoria", disse Inocentini.

Alternativas
O consultor financeiro Cláudio Boriola diz que os aposentados, especialmente nesse momento de crise econômica, devem evitar compras parceladas, pesquisar preços, negociar e fazer bom planejamento financeiro.

Segundo Boriola, alguns aposentados ganham um valor mensal muitas vezes insuficiente para o pagamento das contas e acabam pedindo crédito ou realizando pagamentos a prazo e são obrigados a pagar juros altos.

Na opinião do consultor, pagar uma previdência privada é uma alternativa indicada para quem ainda trabalha, considerando a característica de perda de poder de compra da aposentadoria.

"Na prática, infelizmente os valores encontram-se em um patamar que está deteriorando o poder de aquisição da população brasileira", completou Boriola.

De acordo com o diretor da Confederação Brasileira de Aposentados e Pensionistas (Cobap), Vicente Fernandes Barbosa, representantes dos aposentados tentarão um encontro com o presidente da Câmara, deputado Michel Temer (PMDB-SP), para discutir projetos que minimizem a perda dos aposentados

17:17
Anónimo disse...
Previdência
Previdência prorroga isenção de tarifas no benefício

O atual sistema de pagamento aos 26 milhões de aposentados e pensionistas do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) será mantido até o final deste ano. O acordo, que permite realizar a operação sem nenhum custo aos beneficiários, foi renovado nesta sexta-feira, entre o governo federal e 21 instituições financeiras.

Por meio desse acordo, vigente desde setembro de 2007, nem os segurados, nem os bancos e nem o governo arcam com o pagamento de tarifas, conforme explicou o ministro da Previdência Social, José Pimentel. A prorrogação vale até dezembro, data máxima para que a Previdência defina as regras para um novo contrato.

Ao assinar o termo de renovação, na sede da Federação Brasileira dos Bancos (Febraban), o ministro disse que a intenção do governo é mudar o atual modelo de gestão visando a reduzir os custos dessas operações em torno da folha mensal, que atinge R$ 15,8 bilhões. No entanto, qualquer alteração, conforme explicou, passará antes por audiências públicas a serem realizadas a partir do segundo semestre deste ano, atendendo a determinação do Tribunal de Contas da União (TCU).

De acordo com Pimentel, com um redesenho do mecanismo de repasse dos recursos aos bancos em torno da folha de pagamento dos segurados o que se busca é um aumento da participação de instituições financeiras. Ele informou que, desde 2007, cada benefício custa em média R$ 1,07 ao governo. "Quanto mais instituições financeiras estiverem prestando serviços à sociedade, maior é a competitividade, a agilidade no atendimento", justificou.

O ministro observou, ainda, que, para permitir uma redução para algo em torno de meia hora no tempo de atendimento para a concessão dos direitos previdenciários, o governo investiu R$ 280 milhões.

Questionado sobre o descontentamento dos segurados que ganham acima de um salário mínimo terem obtido apenas a correção com base na variação do Índice de Preços ao Consumidor (INPC) , ficando abaixo do reajuste dado a quem recebe apenas o mínimo, Pimentel argumentou que o governo seguiu o que determina a lei e descartou a possibilidade de uma revisão

17:17
Anónimo disse...
Empresas
Caterpillar oferece aposentadoria antecipada a 2 mil


A companhia americana Caterpillar ofereceu a cerca de dois mil funcionários incentivos para que se aposentem de forma voluntária antes do previsto, pela perspectiva de uma queda "significativa" da atividade industrial, informou nesta quarta-feira a empresa.

A iniciativa, destinada aos trabalhadores de diversas fábricas em Illinois, Colorado, Tennessee e Pensilvânia, se soma aos cortes de empregos anunciados em janeiro, explicou em comunicado de imprensa.

A empresa, a maior fabricante mundial de maquinaria pesada para a construção e a mineração, acrescentou que, "em função das condições de negócio, podem ser necessárias mais reduções de elenco voluntárias e involuntárias à medida que o ano avança".

O vice-presidente da companhia, Sid Banwart, explicou que a empresa prevê "demissões significativas em todas as regiões geográficas e na maioria dos setores devido às dificuldades da economia mundial".

17:18
Anónimo disse...
Comércio
Comércio exterior da OCDE caiu no 3º trimestre de 2008


As exportações e as importações dos países da Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Econômico (OCDE) caíram 1,6% e 0,2%, respectivamente, no terceiro trimestre de 2008, em relação aos três meses anteriores.

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Trata-se da primeira queda destas atividades desde o terceiro trimestre de 2006, segundo o último relatório trimestral sobre fluxos comerciais divulgado pela OCDE.

As exportações e as importações em dólares dos 30 Estados-membros caíram 15,6% e 17%, respectivamente, na comparação anualizada.

Por sua vez, o comércio dos sete países mais ricos do mundo (G7) teve um pequeno crescimento no terceiro trimestre de 2008 com uma queda das exportações de mercadorias de 0,2% em relação ao trimestre anterior e um aumento de 0,4% das importações.

Em termos anualizados, as importações do G7 caíram 1,4% entre julho e setembro do ano passado, seu primeiro retrocesso desde o terceiro trimestre de 2006, enquanto as exportações aumentaram 1,9%, seu crescimento mais baixo no mesmo tempo.

Por países, a Alemanha aumentou suas importações em 3,4% - valor mais alto do G7 -, enquanto suas exportações caíram 2,9% do segundo para o terceiro trimestre de 2008.

Pelo contrário, as exportações americanas aumentaram 1,8% entre julho e setembro de 2008, enquanto as importações caíram 0,7% em relação ao trimestre anterior. No Japão, tanto as importações quanto as exportações caíram em torno de 1% no mesmo período.

17:19
Anónimo disse...
Economia Nacional
Lula: juros de crédito consignado a aposentados são altos

Atualizada às 17h29

O presidente Luis Inácio Lula da Silva afirmou nesta terça-feira, em São Paulo, que está lutando para reduzir as taxas de juros cobradas de aposentados em crédito consignado. A Previdência Social estabelece uma taxa máxima de 2,5% para empréstimo e de 3,5% para cartão. Para Lula, os valores são altos.

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"Acho que o juro que os aposentados estão pagando hoje com o crédito consignado é alto para o padrão brasileiro", disse o presidente durante a cerimônia de comemoração dos 86 anos do INSS.

A Previdência anunciou nesta terça-feira que aposentados e trabalhadoras com licença-maternidade poderão receber seus benefícios em 30 minutos. De acordo com Lula, em junho, a aposentadoria do trabalhador rural também será conseguida em meia hora.

Além disso, o presidente anunciou que, também em junho, os trabalhadores que alcançarem o direito à aposentadoria passarão a receber em suas casas um comunicado da Previdência informando o fato e o valor do salário que têm direito a receber. "É um comprometimento público que estou fazendo com os companheiros da Previdência Social", disse.

"Estamos retribuindo ao contribuinte da Previdência Social aquilo que é a cidadania que ele tem direito", afirmou Lula. "Se para cobrar nós somos tão precisos, para devolver o dinheiro, temos que chegar próximo à perfeição", completou.

17:20
Anónimo disse...
Economia Nacional
Salário maternidade sairá em 30 minutos, diz ministro

Toda trabalhadora autônoma que tiver contribuído pelo menos 10 meses com o Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) - ou as que possuírem carteira assinada - poderão receber em 30 minutos o salário maternidade a partir desta terça-feira. Da mesma forma, as mulheres com 30 anos de contribuição e os homens com 35 anos também terão direito ao benefício de forma mais rápida. A informação é do ministro da Previdência Social, José Pimentel.

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Para requerer o salário maternidade, é preciso que as autônomas levem a carteira de identidade e o carnê de contribuição. As demais trabalhadoras devem apresentar a identificação e a carteira de trabalho. Desde o início do mês, a nova forma de análise para a concessão de benefícios foi adotada para a aposentadoria por idade do trabalhador urbano e agora foi estendida para o salário maternidade e por tempo de contribuição.

O ministro disse que a qualificação do serviço da previdência social é o reconhecimento do direito dos trabalhadores e da afirmação da cidadania.

"Até pouco tempo na cabeça do cidadão o serviço devia ser de péssima qualidade. Agora não, nós modificamos toda a legislação no mês de dezembro numa ação conjunta do Congresso Nacional com o governo federal. Estamos implantando e concedendo os benefícios em até 30 minutos", afirmou.

O ministro destacou que para conseguir se aposentar ou ter acesso à licença maternidade em 30 minutos, em primeiro lugar, é necessário que o cidadão esteja vinculado à Previdência, o que inclui 65% da população acima de 16 anos de idade.

"Depois bastar marcar pelo sistema 135 o dia e a hora do atendimento e levar a documentação. Se todos os dados necessários estiverem corretos o contribuinte será atendido em até 30 minutos, como vem sendo feito com as aposentadorias por idade desde o dia cinco de janeiro", explicou.

Pimentel disse ainda que em 90% das agências da previdência social o atendimento é marcado em até 48 horas. Nos grandes centros, entretanto existe um volume maior o que torna mais lento o processo.

"Estamos criando mais 715 agências até 2010, em todo o território nacional, para descentralizar o atendimento. Em 2008, atendemos 295 mil benefícios e aposentadorias por idade. Temos 4 mil pessoas por dia procurando e se aposentando por idade no território nacional. Este serviço será agilizado", concluiu.

Anónimo disse...

Giuseppe Englaro, pai de Eluana, a italiana que morreu na segunda-feira passada por desidratação, recusou uma grande soma de dinheiro de um conhecido fotógrafo italiano que queria retratar a filha em estado de coma, disse neste sábado o neurologista que atendia a mulher desde 1996, Carlo Defanti.

O neurologista, que participou hoje de uma conferência sobre eutanásia, disse que Englaro respeitou a vontade da filha, que, antes do acidente, tinha pedido que, se lhe ocorresse qualquer coisa irreversível, apresentasse sua imagem de quando estava em boas condições.

Antes de sofrer o acidente de trânsito, em 1992, Eluana viveu o coma de um amigo, Alessandro, o que causou forte impacto na italiana e a levou a fazer o pai prometer que não a deixasse viver em estado vegetativo, disse o próprio Giuseppe Englaro.

Defanti, que dissera que Eluana poderia viver de dez a 12 dias depois da suspensão da alimentação e da hidratação, disse que, como médico, tinha que reprovar esta afirmação.

"Não se pode sobreviver após três ou quatro dias sem líquido e, em particular, água em um corpo. Sabemos bem que, quando há um terremoto, após quatro dias é difícil encontrar sobreviventes".

Defanti ressaltou que Eluana "não falava, não se comunicava com o exterior" e que, após vários exames, "nos deparamos com uma moça que tinha perdido a consciência", porque estava com o córtex cerebral prejudicado.

Eluana foi enterrada na quinta-feira passada no túmulo da família na localidade de Paluzza, em Udine, após um funeral que não contou com a presença dos pais.

16:53
Anónimo disse...
Os bombeiros combatem neste sábado os incêndios na Austrália favorecidos pelo bom tempo, enquanto os deslocados encotram em seu retorno casas derruídas, carros queimados nas ruas e destruição.

Depois de sete dias desde que começaram os incêndios no Estado de Victoria, a lista de mortos chega a 181, os desaparecidos somam 50, os edifícios destruídos totalizam 1,834 mil e o terreno arrasado, principalmente florestas, ocupa uma área de 4,13 mil quilômetros quadrados.

As equipes de bombeiros, formadas por 4 mil profissionais de Victoria, de outras partes da Austrália e de países amigos, combateram hoje 12 focos fora de controle e nenhum representava uma ameaça direta para a população.

O subdiretor do Serviço de Bombeiros, Geoff Conway, disse que este tempo favorável, que se prolongará durante o domingo, permite consolidar as linhas de contenção e avançar na extinção das chamas.

Cinzas apareceram arrastadas por ventos do nordeste sobre Melbourne, onde habitam 3,8 milhões de pessoas, e as autoridades alertaram aos cidadãos do risco para a saúde de idosos, crianças e pessoas com problemas respiratórios.

O número de pessoas deslocadas - a Cruz Vermelha chegou a receber 7 mil - começou a cair com a abertura de algumas localidades atingidas.

Os incêndios, alguns criminosos, começaram em 7 de fevereiro, quando a região sul da Austrália estava há duas semanas sob uma onda de calor sem precedentes.

Na sexta-feira passada, a polícia acusou uma pessoa de ter provocado o incêndio que atingiu a localidade de Churchill e matou 21 pessoas.

16:55
Anónimo disse...
A primeira chuva em seis dias reduziu a ameaça de incêndios no Estado de Victoria, ao sul da Austrália. As autoridades, porém, advertiram que ainda existem 12 focos, mas que nenhum deles ameaça áreas povoadas.

Mais de quatro mil bombeiros, mil provenientes de outras partes do país e de outras nações, trabalham contra o fogo. Cerca de 600 veículos e 28 helicópteros e pequenos aviões estão sendo usados.


Eles conseguiram construir linhas de contenção para evitar os incêndios de Yarra e Maroondah se juntassem. Também foram controlados os incêndios abertos de Yea e Murrindindi, que ameaçavam as comunidades de Connellys Creek, Crystal Creek, Scrubby Creek e Native Dog Creek.

O número de mortos chegou a 181, mas as autoridades acreditam que as vítimas devem passar de 200, já que ainda há muitos desaparecidos.

16:55
Anónimo disse...
Aqui nesta coluna, na semana passada, tive a oportunidade de comentar sobre a recente visita do professor brasileiro Pedrinho Guareschi à Austrália. Não dei, porém, os fatos, pois semana passada o assunto era outro.

Hoje, porém, vamos a eles.

No último dia 4 de fevereiro, aconteceu o Seminário "Paulo Freire: Education and Liberation", organizado pelo centro de estudos latino-americanos da Universidade Nacional da Austrália, ou ANU, como é mais conhecida por aqui.

A ANU, para quem não sabe, está entre as 20 melhores universidades do mundo! E tem sede aqui em Camberra, capital da Austrália.

Na abertura do evento, o professor John Minns, diretor do centro latino-americano, ao dar boas-vindas ao público presente, lembrou ser aquele o primeiro seminário exclusivamente dedicado a Paulo Freire na Austrália.

Em seguida, convidou Pedrinho Guareschi, palestrante principal do Seminário, a fazer sua apresentação.

A plateia pode então conhecer, pelas palavras de Pedrinho, um pouco da obra e da vida de Freire, esse brasileiro de fé e valor, que sempre acreditou na educação, sobretudo dos menos favorecidos, analfabetos, como força libertadora.

Como não podia deixar de ser, os conceitos e ideias revolucionários de Paulo Freire, expostos com clareza por Pedrinho, despertaram o interesse e a curiosidade de plateia. A qual, deve-se notar, era na maioria de estudantes, mas de várias nacionalidades, sobretudo australianos e asiáticos.

Na continuação do programa do seminário, que se estendeu por dois dias, outros professores fizeram palestras sobre temas ligados à obra de Paulo Freire.

Interessante, por exemplo, saber que a professora Anne Hickling-Hudson, jamaicana que mora na Austrália há muitos anos (é professora da ANU), conheceu e trabalhou com Freire num workshop educacional durante a revolução na Ilha de Granada, em 1980, antes da invasão dos Estados Unidos...

Ou, então, a palestra da Professora Gerda Roelvink, da Nova Zelândia, que participou do Fórum Social de Porto Alegre em 2005. E essa participação transformou-se em tema de doutorado.

No dia 10, terça-feira passada, o padre Pedrinho Guareschi voltou a falar ao público australiano em grande auditório localizado no belíssimo campus da ANU. Desta vez, sobre a Teologia da Libertação.

Depois da palestra, John Minns mostrou o filme mexicano "O Crime do Padre Amaro", no qual um dos personagens é um padre católico praticante da Teologia da Libertação.

Mais uma vez, foi grande o intersse da platéia, que pode aprender e conhecer um pouco como se desenvolveu aquele importante movimento católico na América Latina.

Fica, assim, ao Pedrinho, bem como a outros brasileiros estudiosos e de bom coração que saem pelo mundo a divulgar aspectos importantes da cultura brasileira, o respeito e a homenagem desta coluna. E... aquele abraço!

16:57
Anónimo disse...
Amanda Kitts perdeu o braço esquerdo em um acidente de automóvel acontecido três anos atrás, mas hoje em dia ela joga futebol americano com seu filho de 12 anos de idade, troca fraldas e abraça as crianças nas três creches Kiddie Cottage que opera em Knoxville, Tennessee. Kitts, 40 anos, faz tudo isso com a ajuda de um novo tipo de braço artificial que se movimenta com mais facilidade do que outros aparelhos e que ela pode controlar utilizando apenas seus pensamentos.

"Eu sou capaz de mexer a mão, o pulso e o cotovelo ao mesmo tempo", diz. "Você pensa e os músculos se movem em seguida".

A recuperação que ela conseguiu resulta de um novo procedimento que vem atraindo crescente atenção porque permite que pessoas movam braços protéticos de forma mais automática do que faziam no passado, simplesmente utilizando nervos reaproveitados em seus cérebros.

A técnica, conhecida como "renervação muscular dirigida", envolve utilizar os nervos que restam depois da amputação de um braço e conectá-los a outro músculo do corpo, em geral no peito. Eletrodos são instalados sobre os músculos do peito, e operam como se fossem antenas. Quando a pessoa deseja mover o braço, o cérebro envia sinais que primeiro resultam em contração dos músculos do peito, os quais enviam um sinal ao braço protético, instruindo-se a se movimentar. O processo não requer mais esforços consciente do que a pessoa teria de exercitar caso ainda tivesse seu braço natural.

Na terça-feira, pesquisadores reportaram em estudo publicado pela versão online do Journal of the American Medical Association que haviam levado a técnica ainda mais à frente, tornando possível a execução de 10 movimentos de mão, pulso e cotovelo diferentes, o que representa uma substancial melhora com relação ao típico repertório protético, que em geral envolve apenas dobrar o cotovelo, girar o pulso e abrir a mão.

"Os novos métodos tiveram impacto dramático em nosso campo de trabalho", disse Stuart Harshbarger, engenheiro biomédico na Universidade Johns Hopkins e diretor do programa de pesquisa sobre próteses, financiado pelas forças armadas, que inclui o trabalho com essa técnica. "O método já está em uso por médicos e cirurgiões comuns em todo o país. A capacidade de controlar um membro protético bastante robusto que ele confere surpreendeu a todos pela qualidade".

Tipicamente, uma pessoa que tenha um braço protético só é capaz de executar alguns poucos movimentos, e muitas vezes com tamanha lentidão que isso só permite a ela atividades limitadas.

Há um motor separado para cada movimento, diz Gerald Loeb, professor de engenharia biomédica na Universidade do Sul da Califórnia, "e esses motores precisam ser controlados de maneira explícita", usualmente por um esforço consciente da pessoa para contrair músculos nas costas ou no bíceps.

"Essencialmente, até agora os pacientes controlavam apenas um motor de cada vez", diz Loeb, "e precisavam pensar cuidadosamente sobre que motor desejavam controlar e como fazê-lo operar, em lugar de simplesmente pensarem em mover o braço e poderem fazê-lo sem delongas".

Antes que Kitts passasse pelo procedimento de renervação, em outubro de 2007, por exemplo, ela precisava movimentar os músculos de suas costas de determinada maneira para fazer com que seu pulso girasse, e flexionar seu bíceps e tríceps para fazer com que o cotovelo se movesse para cima e para baixo. "Era muito trabalho", ela conta. "E não me ajudava muito".

O procedimento de renervação é parte de uma recente explosão de idéias novas e técnicas inovadoras que estão sendo exploradas enquanto os cientistas se esforçam por ajudar as pessoas a compensar melhor a perda de membros ou problemas de paralisia. O esforço vem sendo alimentado pelo aumento no número de amputações causado por diabetes e por ferimentos sofridos pelos militares, e ao mesmo tempo pelos avanços na tecnologia médica.

Os braços se tornaram um dos focos essenciais desse tipo de trabalho. A ciência há muito vem obtendo sucessos no desenvolvimento de próteses de perna, mas é muito mais difícil imitar a complexidade e a destreza das mãos e dos braços.

Os esforços em curso incluem o desenvolvimento de projetos de pele e braços mais sensíveis e mais flexíveis, e o uso de dispositivos acionados por controles sem fio implantado nos braços protéticos, que permitiriam movimentos mais naturais.

Os pesquisadores também vêm usando sensores implantados nos cérebros de cobaias para permitir que dois macacos controlem um braço mecânico, e um teste com um homem paralítico permitiu, com esse método, que ele movimentasse um cursor em uma tela de computador.

Alguns desses métodos, caso venham a ser aperfeiçoados plenamente e consigam aprovação das autoridades regulatórias da saúde, podem no futuro se tornar mais viáveis para os pacientes de amputações.

E embora a técnica da renervação não requeira aprovação das autoridades regulatórias porque é executada por meios cirúrgicos e emprega aparelhos já existentes, ela apresenta limitações que até mesmo seus criadores reconhecem, entre as quais o fato de que não se pode utilizá-la para todos os pacientes, o seu alto custo e o prazo de meses requerido para que os nervos reconectados cresçam e se tornem efetivos.

Ainda assim, os especialistas dizem que é o mais avançado sistema em uso hoje para pacientes reais que permite que o sistema nervoso controle diretamente o movimento de um braço artificial.

Desde sua introdução por Todd Kuiken, médico fisioterapeuta e engenheiro biomédico do Instituto de Reabilitação de Chicago, o método foi empregado em cerca de 30 pacientes nos Estados Unidos, Canadá e Europa, entre os quais oito soldados feridos no Iraque e no Afeganistão.

Muitos dos pacientes, entre os quais o primeiro, Jesse Sullivan, um operário do setor elétrico no Tennessee que perdeu os dois braços quando foi eletrocutado por um cabo, conseguem não apenas manipular seus braços protéticos mas sentir a presença das mãos que já não têm quando alguém toca em seus peitos.

Sullivan, 62 anos, e Kitts, estavam entre os cinco pacientes que participaram do estudo reportado na terça-feira. Em companhia de cinco outras pessoas que não passaram por amputações, eles receberam os eletrodos e foram instruídos a usar pensamentos para fazer com que um braço virtual na tela reproduzisse 10 movimentos diferentes, entre os quais três formas diferentes de aperto de mão.

Os pacientes apresentaram desempenho bastante respeitável, apenas um pouco mais lento e menos preciso do que os dos participantes que não tinham amputações.

"As velocidades de movimento que encontramos em nossos pacientes foram realmente encorajadoras", disse Kuiken. "Eles conseguiram completar a tarefa. É claro que não foram tão competentes quanto as pessoas dotadas de plena capacidade física, mas foram bons o bastante".

Um braço virtual foi usado porque a maioria das próteses existentes não era capaz de acomodar todos aqueles movimentos, no momento da pesquisa, ainda que Sullivan, Kitts e uma terceira paciente, Claudia Mitchell, tenham experimentado dois novos protótipos mais versáteis de braços artificiais, executando tarefas complexas com bolas de tênis e outros objetos.

O trabalho de renervação em soldados apresenta outros desafios, diz Kuiken, porque os ferimentos militares muitas vezes "causam danos muitos extensos" a nervos, músculos ou ossos.

Daniel Acosta, 25 anos, um aviador ferido pela detonação de uma bomba em uma estrada do Iraque em 2005, passou pelo procedimento no ano passado e diz que seu braço esquerdo protético agora se movimenta "muito mais rápido" e de maneira muito mais natural.

"A diferença é que agora não preciso mais pensar para mover o braço", ele diz. "Ele simplesmente se mexe".

Ainda assim, Acosta, de San Antonio, diz que "o processo foi bastante longo" e que os eletrodos precisam ser ajustados para receber os sinais à medida que os nervos crescem ou mudam de posição.

E embora elogiem o método, os especialistas afirmam que a ciência das próteses de braço ainda tem muito por avançar.

"Trata-se de uma parte crucial, mas ainda assim apenas uma parte, das muitas coisas que compreendem a função normal de um braço", disse Loeb, que escreveu um editorial que acompanha o artigo no Journal of the American Medical Association.

"No momento estamos a meio do caminho entre o braço de 'Dr. Fantástico', que fazia involuntariamente a saudação nazista, e o braço de Luke Skywalker em 'Guerra nas Estrelas', que funciona sem nenhum problema assim que é conectado. Creio que precisaremos ainda de muitos anos para conectar todas as peças necessárias a produzir um braço capaz de funcionar normalmente".

17:04
Anónimo disse...
A Espanha disse neste sábado que está preparando uma reclamação oficial contra a decisão da Venezuela de expulsar um membro do Parlamento Europeu que criticou o conselho eleitoral venezuelano.
Luis Herrero, membro do partido conservador espanhol PP, foi deportado na sexta-feira depois que o Conselho Nacional Eleitoral (CNE) o acusou de questionar a imparcialidade da instituição antes de um referendo que pode permitir ao presidente Hugo Chávez permanecer no cargo indefinidamente.

Herrero estava na Venezuela como observador do referendo. Ele acusou Chávez de ter "comportamentos típicos de um ditador" por pedir a contenção de manifestações da oposição.

O governo da Espanha convocou um encontro com o embaixador da Venezuela em Madri para expressar a desaprovação sobre a expulsão de Herrero, disse um representante do Ministério das Relações Exteriores espanhol.

As relações da Venezuela com a Espanha tiveram seu ponto crítico em 2007, quando Chávez ameaçou rever acordos diplomáticos e comerciais depois de ouvir um "cala a boca" do rei espanhol Juan Carlos durante uma cúpula.

A fenda foi oficialmente reparada em 2008, com uma visita oficial de Chávez à Espanha, onde ele cumprimentou o rei e discutiu acordos para investimento no setor petroquímico com o primeiro-ministro José Luis Rodriguez Zapatero.

17:06
Anónimo disse...
A polícia do Zimbábue anunciou neste sábado que acusa de traição Roy Bennett, dirigente do até agora opositor Movimento para a Mudança Democrática (MDC), detido na sexta-feira, em Harare, poucas horas antes da cerimônia de posse dos membros do novo gabinete.

"A Polícia nos informou que vão apresentar acusações de traição", disse à agência EFE o advogado de defesa de Bennett, Trust Maanda.

"Tentam relacionar Roy com o caso de Mike Hitschmann, que foi detido em 2006 em relação à descoberta de um carregamento de armas, apesar de que Hitschmann não tenha sido declarado culpado das acusações de traição apresentadas contra ele, mas de um crime menor de descumprimento de leis", disse Maanda.

O político opositor, designado por seu partido como vice-ministro de Agricultura no Governo de união nacional, esteve no exílio na vizinha África do Sul desde 2006 e retornou ao Zimbábue há duas semanas.

Segundo a Polícia, que deteve Bennett ontem no aeroporto de Harare quando pretendia ir à África do Sul para visitar sua família, as armas apreendidas em 2006 seriam utilizadas em um golpe de Estado para derrubar o presidente do Zimbábue, Robert Mugabe.

Depois da detenção, Bennet foi levado a Mutar, onde vários simpatizantes do MDC se concentraram em frente à delegacia na qual estava detido, diante do que a Polícia respondeu com tiros para o alto para dispersar os manifestantes.

17:07
Anónimo disse...
Austrália: 14 mil se candidatam a 'emprego dos sonhos'

A secretaria de Turismo de Queensland, na Austrália, informou que até esta segunda-feira já recebeu cerca de 14 mil inscrições para o "o melhor emprego do mundo". O Estado australiano promove pela internet seleção para vaga de "zelador" da ilha Hamilton, por seis meses com um salário de R$ 40 mil.

Muitos candidatos tiveram problemas durante a inscrição por conta dos acessos simultâneos ao site. A secretaria aconselha enviar os vídeos de 60s explicando porque deve ser escolhido em horários alternativos do dia, além de recomendar tamanho em torno de 40MB.

As inscrições começaram em 12 de janeiro e vão até o próximo dia 22 e podem ser feitas pelo site www.islandreefjob.com. O governo australiano escolherá 50 candidatos para a próxima fase da seleção, que terá votos do público para eleger um dos 11 finalistas.

A última fase terá entrevistas e desafios físicos, no próprio local de trabalho: as ilhas da Grande Barreira Coralina - o maior recife de coral do mundo. A secretaria de Turismo anunciará o vencedor no dia 6 de maio.

17:09
Anónimo disse...
Mercado elogia governo na crise, mas pede maior queda no juro

Peter Fussy
Direto de São Paulo

Desde as primeiras medidas anunciadas para combater os efeitos da crise, o governo brasileiro avisou que a estratégia não contemplaria um pacote. Seriam doses pontuais, de acordo com a necessidade da economia diante do agravamento das turbulências. Da primeira liberação dos depósitos compulsórios em setembro até a ampliação do seguro-desemprego na última quarta-feira, o governo passou por redução de impostos, ampliação de crédito e incentivos à exportação. Quase 150 dias após a primeira medida, o Terra conversou com líderes do setor público e privado, representantes dos trabalhadores, acadêmicos e com o próprio governo para saber quais destas ações foram mais eficazes, quais foram mais ineficientes e o que mais pode ser feito pelo Estado brasileiro contra a crise.

Os maiores elogios foram direcionados à atitude de reduzir o Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) para a indústria automobilística, anunciada em dezembro e que fez com que os emplacamentos de carros novos subissem 1,9% no primeiro mês do ano em relação a dezembro de 2008. Já as maiores críticas foram para a lentidão no corte da taxa básica de juro do País.

Para o presidente do conselho administrativo do Grupo Pão de Açúcar, Abílio Diniz, o Estado não é responsável pela crise e mesmo assim está agindo "com extrema serenidade e muito acerto". "O governo está atento, fazendo a sua parte. É preciso coragem de baixar firmemente a taxa de juros. É uma arma que temos a nosso favor, já que não há clima para inflação, nem possibilidade de danos para a macroeconomia", afirmou Diniz.

Na última reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), em janeiro, a taxa Selic foi reduzida em um ponto percentual, de 13,75% para 12,75% ao ano. Porém, o professor de economia da Universidade de Brasília (UnB) José Luiz Oreiro lembra que este corte representa uma redução de apenas 0,25 ponto percentual com relação à taxa de setembro do ano passado, quando a crise se agravou.

"Pouco antes da eclosão da crise, o Banco Central aumentou a taxa em 0,75 ponto. Foram cinco meses de demora para reduzir em termos líquidos apenas 0,25 ponto", afirmou o economista, que também sugeriu redução do intervalo de cerca de 90 dias entre as reuniões do Copom e o corte de pelo menos um 1 ponto percentual em cada reunião.

Mesmo com o corte de janeiro, a taxa de juros real continua sendo a maior do mundo, lembrou o secretário-geral da Força Sindical, João Carlos Gonçalves, o Juruna. "A redução da taxa de juro ainda é pequena, porque ela continua uma das mais altas do mundo. Falta ousadia para baixar os juros e ajudar o cidadão. A permanência da taxa de juro alta é negativa para o País em meio a crise", afirmou Juruna.

Embora aprove as ações do governo, o senador Aloízio Mercadante (PT-SP) também acredita que o patamar da Selic está muito alto. "Sempre fomos os primeiros a entrar em qualquer crise, o que não aconteceu agora. A taxa Selic ainda é muito alta, mas o governo têm tomado medidas acertadas, como o aumento do salário mínimo, mesmo com um cenário de crise. Isso ajuda a movimentar o consumo. O governo está se esforçando para manter os investimentos e o crescimento", disse.

Tributos
De acordo com o economista Fabio Pina, da Fecomercio-SP, as ações mais positivas estão relacionadas à redução de tributos para alguns segmentos, como a indústria automobilística, que recuperou parte da queda nas vendas em janeiro com a isenção do IPI para carros 1.0 l e o corte para demais motorizações. A medida vale até o final de março.

"Essas medidas não só reduziram o preço, mas anteciparam o consumo daqueles que iriam comprar no futuro, dando um prêmio por conta da insegurança. Mexe diretamente com o principal problema que é a confiança do consumidor", afirmou. Juruna destacou que um bom ritmo de vendas é garantia de emprego. "É importante porque cada emprego na montadora significa 19 na cadeia produtiva", comentou o representante da Força Sindical.

Também em dezembro, o governo decidiu cortar pela metade a alíquota do Imposto de Renda para contribuintes que ganham entre R$ 1.434 e R$ 2.150 mensais. "O salário aumentava e a tabela não se modificava. As pessoas ganhavam mais e pagavam mais impostos", apontou Juruna. Outra redução de tributos do governo foi com relação ao Imposto sobre Operações Financeiras (IOF), que caiu de 3% ao ano para 1,5%.

Crédito
Na segunda metade de 2008, o colapso de bancos nos Estados Unidos por conta da crise do subprime provocou uma forte restrição de crédito no mundo inteiro. Uma das primeiras medidas anticrise do governo teve como objetivo restabelecer a oferta, com mudanças no recolhimento dos depósitos compulsórios por parte dos bancos. Segundo o presidente do Banco Central, Henrique Meirelles, as diversas modificações liberaram US$ 99,2 bilhões aos bancos até o final de janeiro.

Além disso, o governo concedeu R$ 36 bilhões das reservas internacionais para empresas brasileiras com dívidas no exterior e uma medida provisória autorizou o Banco do Brasil e a Caixa Econômica Federal a comprar carteiras de crédito de bancos privados. Para o diretor do Departamento de Pesquisas e Estudos Econômicos da Fiesp, Paulo Francini, estas medidas foram essenciais para combater os efeitos da crise.

"A crise se desenvolve no mundo em torno do tema crédito. E o crédito reduziu-se barbaridade no mundo. Então o governo lança mão de compulsório, lança mão de reservas, de medidas que permitem aos bancos comprar carteiras de bancos. Você vai tomando várias medidas para atender às demandas e o epicentro disso é crédito", afirmou.

No entanto, Oreiro, da UnB, adverte que a liberação dos compulsórios seria mais eficiente acompanhada de redução mais agressiva da taxa básica de juro. "Uma parte do crédito voltou, depois da forte retração em outubro e novembro. O que deveria ter sido feito junto à liberação do compulsório era uma redução mais drástica da taxa de juro. Sem isso, os bancos pegam as reservas e acabam comprando títulos públicos", explicou o economista.

Na opinião de Pina, as ações de distribuição de crédito via redução do compulsório e a disposição de capital de giro para empresas foram tomadas sem um cuidado maior na operação e não tiveram muito efeito. "O BNDES tem linhas que ficam paradas quase todo o ano, agora é pior ainda. Existem os recursos, mas as empresas e os bancos estão desconfiados. É preciso fazer com que os bancos tenham interesse em emprestar", afirmou o economista da Fecomercio-SP.

Futuro
Mesmo com todas essas medidas, a crise financeira ainda gera incertezas nos setores produtivos do País. Nos últimos meses, o medo do desemprego fez os consumidores adiarem compras. Por sua vez, a queda nas vendas pode obrigar as indústrias a cortarem a produção e demitir funcionários. Contra isso, empresários sugerem redução de jornada e de salários.

"Isto está previsto em lei. A Fiesp simplesmente manteve conversações com entidades sindicais quanto à aplicação daquilo que já está previsto em lei", afirmou Francini.

Segundo a ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff, uma das medidas que assegura um nível de emprego é a manutenção de investimentos no Programa de Aceleração do Crescimento (PAC). "Estamos esperando que a dificuldade ocorra em janeiro, fevereiro e março. Estamos certos que vamos manter o nível de investimento. É isso que funciona, é isso que significa investimento público. Ele funciona como um colchão. Por isso, nós colocamos R$ 100 bilhões no BNDES e a Petrobras ampliou o seu investimento em R$ 120 bilhões", afirmou.

Na mesma linha, Pina explica que a antecipação de gastos do governo substitui parte da demanda retraída do setor privado. "Ele dá o seguinte recado: não vou estourar as contas públicas, mas concentrar em um momento em que a demanda privada está pequena. Mas o governo não tem fôlego suficiente para fazer o papel de toda demanda", ressaltou. O economista da Fecomercio lembrou que a entidade já pleiteou junto ao governo isenções para transferência de imóveis e de automóveis, além de retirar o IPVA para veículos novos.

Já Oreiro foca suas propostas na capitalização do Banco do Brasil e da Caixa Econômica Federal pelo Tesouro para atender a demanda de crédito para capital de giro e reduzir o spread. "Aumentando o empréstimo e reduzindo as taxas, os dois vão forçar os bancos privados a acompanhar o movimento, até para não perderem participação no mercado", explicou o economista da UnB.

Até o Carnaval, o governou prometeu detalhar um pacote de incentivos para a construção de até um milhão de casas populares, direcionado a famílias com renda de até dez salários mínimos. "Estamos atentos a tudo o que está acontecendo e novas medidas serão tomadas caso haja uma avaliação de que sejam necessárias", disse o ministro da Fazenda, Guido Mantega, na última sexta-feira.

17:11
Anónimo disse...
Ex-ministro critica extensão do seguro-desemprego

Atualizada às 09h03

O ex-ministro do Trabalho Almir Pazzianotto criticou a decisão do governo federal de conceder o seguro-desemprego estendido a apenas alguns setores. "É certamente odioso e provavelmente inconstitucional", disse Pazzianotto, de acordo com o jornal O Estado de S. Paulo.

Na última qurta, dia do anúncio da medida, centrais sindicais elogiaram a atitude do governo. A Força Sindical divulgou nota dizendo que "o aumento ajudará a aquecer parte da economia, já que irá gerar mais consumo, produção e conseqüentemente, a criação de novos postos de trabalho". A União Geral dos Trabalhadores (UGT) afirmou que a medida "contribuirá para minimizar o drama dos trabalhadores que perderem seu emprego por conta da crise".

O ex-ministro, que instituiu o seguro-desemprego no País no governo de José Sarney, destacou a necessidade de as centrais sindicais se manifestarem contra a determinação. Para ele, as mudanças devem ser aplicadas a todas as categorias profissionais e a distinção é contrária ao artigo 3º da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT).

Pazzianotto atribui a medida a um possível temor do governo de que a crise econômica seja longa e não haja dinheiro para atender a todas as necessidades. Ainda assim, ele se mostra contrário ao método de concessão. "O seguro-desemprego ajuda a sanar necessidades básicas. Estendê-lo é paliativo, não a solução", disse ao jornal.

De acordo com o presidente do Conselho Deliberativo do Fundo de Amparo ao Trabalhador (Codefat) e conselheiro da Força Sindical, Luiz Fernando Emediato, a determinação já estava prevista na lei 8.900/94, que trata do seguro-desemprego.

O presidente da Comissão de Trabalho da Câmara, Pedro Fernandes (PTB-MA) vai além na crítica à concessão do seguro para apenas alguns setores. Ele acredita que a ampliação do benefício estimula o desemprego.

Quintino Severo, secretário geral da Central Única dos Trabalhadores (CUT), lembra que a ampliação do benefício sem critério e identificação pode incentivar demissões em outros setores.

17:13
Anónimo disse...
Empresas
TAM faz promoção para destinos internacionais

A companhia aérea TAM anunciou nesta sexta-feira tarifas promocionais para trechos internacionais. Os preços valem para bilhetes comprados entre 6h deste sábado e 23h59 deste domingo e são válidos para classe econômica. As tarifas, para ida e volta, serão vendidas a partir de US$ 99, mais taxas.

Segundo a aérea, a promoção vale para viagens feitas no período de 14 de fevereiro a 18 de junho de 2009. Para destinos na América do Sul, a permanência mínima é de dois dias; para bilhetes com destino nos Estados Unidos, cinco dias; e Europa, sete dias. A permanência máxima para as passagens para América do Sul e EUA é de dois meses e para Europa, três meses.

Entre os exemplos de tarifas promocionais, a TAM oferece São Paulo-Lima por US$ 99. Bilhetes para a rota São Paulo-Santiago serão vendidos a partir de US$ 199 e São Paulo-Nova York, US$ 799.

A emissão dos bilhetes deve ser feita obrigatoriamente no ato da reserva, obedecendo às regras estipuladas pela companhia. A compra está sujeita à disponibilidade de assentos nas classes tarifárias determinadas, trechos, horários e datas. A TAM afirmou que também há tarifas promocionais para a classe executiva.

Mais informações podem ser encontradas no site promocional (www.ofertastam.com.br), no site da empresa (www.tam.com.br) ou pelos telefones 4002-5700 ou 0800 5705700.

17:13
Anónimo disse...
Empresas
Consultoria negocia compra do parque temático Hopi Hari

A consultoria especializada em reestruturação de empresas Íntegra Associados informou nesta sexta-feira ter um acordo para comprar o parque de diversões Hopi Hari, localizado no interior de São Paulo. A empresa estaria disposta a investir R$ 10 milhões no parque, que tem dívida estimada em R$ 800 milhões. As informações são da edição deste sábado do jornal Folha de S. Paulo.

De acordo com o jornal, a transação ainda depende da negociação entre o Hopi Hari e seus credores, o que já estaria em andamento.

A consultoria paulista já atuou junto à Parmalat, durante 30 meses, quando reorganizou a gestão da empresa italiana.

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17:14
Anónimo disse...
Empresas
Disney de Tóquio contratará mais 2 mil apesar da crise


A Oriental Land, o operador da Disneylândia Tóquio e DisneySea, organizou neste domingo entrevistas para contratar cerca de 2 mil trabalhadores em tempo parcial, em um momento de grandes demissões deste tipo de empregados no Japão.

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O operador deste parque temático, situado em Urayasu, na província de Chiba (leste de Tóquio), está em pleno processo de seleção de empregados para 20 tipos de postos trabalhistas diferentes.

Segundo a companhia, citada pela agência local de notícias Kyodo, o parque contratará novos trabalhadores para as atrações, para os restaurantes e guardas de segurança entre outros. Os novos contratados começarão a trabalhar a partir de fevereiro.

O processo de seleção acontece em um momento em que a maioria das grandes companhias japonesas começaram a se ver obrigadas a despedir uma elevada percentagem de seus trabalhadores temporários e a tempo parcial.

Algumas inclusive anunciaram demissões de seus trabalhadores fixos, uma medida muito pouco comum nas companhias japonesas, perante os efeitos piores que o esperado pela crise econômica global.

Cerca de uma centena de pessoas esperavam desde a primeira hora desta manhã a abertura do centro de conferências Tokyo International Forum, onde as entrevistas estão sendo feitas, para ser os primeiros a solicitar os postos de trabalho.


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17:15
Anónimo disse...
Economia Internacional
Senado dos EUA aprova plano de estímulo à economia

O Senado dos Estados Unidos aprovou com 60 votos a favor e 38 contra o plano de estímulo à economia de US$ 787 bilhões na madrugada deste sábado. Agora, ele segue para sanção ou veto do presidente Barack Obama, que espera colocar a lei em prática até o dia 16 de fevereiro.

O plano prevê a criação de três milhões de empregos, inclui cortes de impostos às famílias, fundos para programas sociais e obras públicas, além de ajuda aos governos estaduais, estudantes e desempregados.

A cláusula Buy American - que exige o uso de ferro, aço e produtos manufaturados dos Estados Unidos em obras realizadas com recursos do pacote - ficou de lado. Segundo o texto definitivo, a cláusula será aplicada sem violar as normas do comércio internacional.

Ontem à tarde, a Câmara de Representantes (deputados) havia aprovado, por 246 votos a favor e 183 contra, a versão final do plano. Todos os republicanos foram contrários ao pacote.

Pelo acordo de quarta-feira entre Câmara e Senado, em vez de custar US$ 819 bilhões, como queriam os deputados, ou US$ 838 bilhões como pretendiam os senadores, o pacote ficou em cerca de US$ 787 bilhões, com 65% desse total destinado a gastos do governo federal e 35%, a créditos tributários.

17:16
Anónimo disse...
Economia nacional
Na era Lula, aposentadoria sobe 54% menos que salário mínimo

Thatiane Faria
Especial para o Terra
Direto de São Paulo

Os índices de reajustes concedidos pelo governo em 2009 para aposentados e pensionistas e para o salário mínimo repetiram uma diferença que, só durante o governo de Luiz Inácio Lula da Silva, já chega a 54%. Enquanto o mínimo foi majorado em 12% este ano, as pensões e aposentadorias tiveram aumento de 5,92%. Aposentados que têm o benefício do governo como única fonte de renda reclamam que perdem poder de compra e que sua cesta de compras é composta por itens que aumentam mais em relação à inflação oficial.

Um exemplo prático pode ser entendido a partir da comparação entre um aposentado que ganhava R$ 600 em janeiro de 2003. Na época, o benefício era três vezes, ou 200%, maior que o valor do mínimo em vigência, que era de R$ 200. Aplicando-se os índices de reajuste para aposentadorias e para o mínimo durante os últimos seis anos, o mesmo aposentado estaria recebendo hoje R$ 938,47, comparado a um salário mínimo de R$ 465. A diferença entre os dois valores caiu para pouco mais de 100%.

Enquanto o índice acumulado de reajuste para a aposentadoria durante o governo Lula foi de 60%, para o salário mínimo está em 132%.

O diretor do Sindicato Nacional dos Aposentados, João Inocentini, reclama que os valores dos benefícios para aposentadorias não mantêm o poder de compra do grupo, principalmente dos aposentados que recebem menos que dez salários mínimos.

Nem mesmo o fato de o índice de reajuste das aposentadorias ter ficado acima da inflação acumulada no mesmo período (o IPCA entre janeiro de 2003 e janeiro de 2009 foi de 39,7%) serve de argumento, segundo os aposentados.

"Os idosos, principalmente, têm gastos além das contas gerais como gás, telefone e aluguel. Para eles o custo com remédios, e outros itens da área saúde costuma ser maior", afirmou Inocentini.

O presidente do sindicato afirmou que o grupo realiza um estudo com 100 itens de necessidade de um idoso para comparar o aumento dos produtos com o índice de reajuste do benefício recebido pelos aposentados.

"Daqui dois meses vamos abrir um processo na Justiça e levar essa pesquisa como prova. Segundo a lei, o governo é obrigado a manter o poder de compra com a aposentadoria", disse Inocentini.

Alternativas
O consultor financeiro Cláudio Boriola diz que os aposentados, especialmente nesse momento de crise econômica, devem evitar compras parceladas, pesquisar preços, negociar e fazer bom planejamento financeiro.

Segundo Boriola, alguns aposentados ganham um valor mensal muitas vezes insuficiente para o pagamento das contas e acabam pedindo crédito ou realizando pagamentos a prazo e são obrigados a pagar juros altos.

Na opinião do consultor, pagar uma previdência privada é uma alternativa indicada para quem ainda trabalha, considerando a característica de perda de poder de compra da aposentadoria.

"Na prática, infelizmente os valores encontram-se em um patamar que está deteriorando o poder de aquisição da população brasileira", completou Boriola.

De acordo com o diretor da Confederação Brasileira de Aposentados e Pensionistas (Cobap), Vicente Fernandes Barbosa, representantes dos aposentados tentarão um encontro com o presidente da Câmara, deputado Michel Temer (PMDB-SP), para discutir projetos que minimizem a perda dos aposentados

17:17
Anónimo disse...
Previdência
Previdência prorroga isenção de tarifas no benefício

O atual sistema de pagamento aos 26 milhões de aposentados e pensionistas do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) será mantido até o final deste ano. O acordo, que permite realizar a operação sem nenhum custo aos beneficiários, foi renovado nesta sexta-feira, entre o governo federal e 21 instituições financeiras.

Por meio desse acordo, vigente desde setembro de 2007, nem os segurados, nem os bancos e nem o governo arcam com o pagamento de tarifas, conforme explicou o ministro da Previdência Social, José Pimentel. A prorrogação vale até dezembro, data máxima para que a Previdência defina as regras para um novo contrato.

Ao assinar o termo de renovação, na sede da Federação Brasileira dos Bancos (Febraban), o ministro disse que a intenção do governo é mudar o atual modelo de gestão visando a reduzir os custos dessas operações em torno da folha mensal, que atinge R$ 15,8 bilhões. No entanto, qualquer alteração, conforme explicou, passará antes por audiências públicas a serem realizadas a partir do segundo semestre deste ano, atendendo a determinação do Tribunal de Contas da União (TCU).

De acordo com Pimentel, com um redesenho do mecanismo de repasse dos recursos aos bancos em torno da folha de pagamento dos segurados o que se busca é um aumento da participação de instituições financeiras. Ele informou que, desde 2007, cada benefício custa em média R$ 1,07 ao governo. "Quanto mais instituições financeiras estiverem prestando serviços à sociedade, maior é a competitividade, a agilidade no atendimento", justificou.

O ministro observou, ainda, que, para permitir uma redução para algo em torno de meia hora no tempo de atendimento para a concessão dos direitos previdenciários, o governo investiu R$ 280 milhões.

Questionado sobre o descontentamento dos segurados que ganham acima de um salário mínimo terem obtido apenas a correção com base na variação do Índice de Preços ao Consumidor (INPC) , ficando abaixo do reajuste dado a quem recebe apenas o mínimo, Pimentel argumentou que o governo seguiu o que determina a lei e descartou a possibilidade de uma revisão

17:17
Anónimo disse...
Empresas
Caterpillar oferece aposentadoria antecipada a 2 mil


A companhia americana Caterpillar ofereceu a cerca de dois mil funcionários incentivos para que se aposentem de forma voluntária antes do previsto, pela perspectiva de uma queda "significativa" da atividade industrial, informou nesta quarta-feira a empresa.

A iniciativa, destinada aos trabalhadores de diversas fábricas em Illinois, Colorado, Tennessee e Pensilvânia, se soma aos cortes de empregos anunciados em janeiro, explicou em comunicado de imprensa.

A empresa, a maior fabricante mundial de maquinaria pesada para a construção e a mineração, acrescentou que, "em função das condições de negócio, podem ser necessárias mais reduções de elenco voluntárias e involuntárias à medida que o ano avança".

O vice-presidente da companhia, Sid Banwart, explicou que a empresa prevê "demissões significativas em todas as regiões geográficas e na maioria dos setores devido às dificuldades da economia mundial".

17:18
Anónimo disse...
Comércio
Comércio exterior da OCDE caiu no 3º trimestre de 2008


As exportações e as importações dos países da Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Econômico (OCDE) caíram 1,6% e 0,2%, respectivamente, no terceiro trimestre de 2008, em relação aos três meses anteriores.

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Trata-se da primeira queda destas atividades desde o terceiro trimestre de 2006, segundo o último relatório trimestral sobre fluxos comerciais divulgado pela OCDE.

As exportações e as importações em dólares dos 30 Estados-membros caíram 15,6% e 17%, respectivamente, na comparação anualizada.

Por sua vez, o comércio dos sete países mais ricos do mundo (G7) teve um pequeno crescimento no terceiro trimestre de 2008 com uma queda das exportações de mercadorias de 0,2% em relação ao trimestre anterior e um aumento de 0,4% das importações.

Em termos anualizados, as importações do G7 caíram 1,4% entre julho e setembro do ano passado, seu primeiro retrocesso desde o terceiro trimestre de 2006, enquanto as exportações aumentaram 1,9%, seu crescimento mais baixo no mesmo tempo.

Por países, a Alemanha aumentou suas importações em 3,4% - valor mais alto do G7 -, enquanto suas exportações caíram 2,9% do segundo para o terceiro trimestre de 2008.

Pelo contrário, as exportações americanas aumentaram 1,8% entre julho e setembro de 2008, enquanto as importações caíram 0,7% em relação ao trimestre anterior. No Japão, tanto as importações quanto as exportações caíram em torno de 1% no mesmo período.

17:19
Anónimo disse...
Economia Nacional
Lula: juros de crédito consignado a aposentados são altos

Atualizada às 17h29

O presidente Luis Inácio Lula da Silva afirmou nesta terça-feira, em São Paulo, que está lutando para reduzir as taxas de juros cobradas de aposentados em crédito consignado. A Previdência Social estabelece uma taxa máxima de 2,5% para empréstimo e de 3,5% para cartão. Para Lula, os valores são altos.

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"Acho que o juro que os aposentados estão pagando hoje com o crédito consignado é alto para o padrão brasileiro", disse o presidente durante a cerimônia de comemoração dos 86 anos do INSS.

A Previdência anunciou nesta terça-feira que aposentados e trabalhadoras com licença-maternidade poderão receber seus benefícios em 30 minutos. De acordo com Lula, em junho, a aposentadoria do trabalhador rural também será conseguida em meia hora.

Além disso, o presidente anunciou que, também em junho, os trabalhadores que alcançarem o direito à aposentadoria passarão a receber em suas casas um comunicado da Previdência informando o fato e o valor do salário que têm direito a receber. "É um comprometimento público que estou fazendo com os companheiros da Previdência Social", disse.

"Estamos retribuindo ao contribuinte da Previdência Social aquilo que é a cidadania que ele tem direito", afirmou Lula. "Se para cobrar nós somos tão precisos, para devolver o dinheiro, temos que chegar próximo à perfeição", completou.

17:20
Anónimo disse...
Economia Nacional
Salário maternidade sairá em 30 minutos, diz ministro

Toda trabalhadora autônoma que tiver contribuído pelo menos 10 meses com o Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) - ou as que possuírem carteira assinada - poderão receber em 30 minutos o salário maternidade a partir desta terça-feira. Da mesma forma, as mulheres com 30 anos de contribuição e os homens com 35 anos também terão direito ao benefício de forma mais rápida. A informação é do ministro da Previdência Social, José Pimentel.

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Para requerer o salário maternidade, é preciso que as autônomas levem a carteira de identidade e o carnê de contribuição. As demais trabalhadoras devem apresentar a identificação e a carteira de trabalho. Desde o início do mês, a nova forma de análise para a concessão de benefícios foi adotada para a aposentadoria por idade do trabalhador urbano e agora foi estendida para o salário maternidade e por tempo de contribuição.

O ministro disse que a qualificação do serviço da previdência social é o reconhecimento do direito dos trabalhadores e da afirmação da cidadania.

"Até pouco tempo na cabeça do cidadão o serviço devia ser de péssima qualidade. Agora não, nós modificamos toda a legislação no mês de dezembro numa ação conjunta do Congresso Nacional com o governo federal. Estamos implantando e concedendo os benefícios em até 30 minutos", afirmou.

O ministro destacou que para conseguir se aposentar ou ter acesso à licença maternidade em 30 minutos, em primeiro lugar, é necessário que o cidadão esteja vinculado à Previdência, o que inclui 65% da população acima de 16 anos de idade.

"Depois bastar marcar pelo sistema 135 o dia e a hora do atendimento e levar a documentação. Se todos os dados necessários estiverem corretos o contribuinte será atendido em até 30 minutos, como vem sendo feito com as aposentadorias por idade desde o dia cinco de janeiro", explicou.

Pimentel disse ainda que em 90% das agências da previdência social o atendimento é marcado em até 48 horas. Nos grandes centros, entretanto existe um volume maior o que torna mais lento o processo.

"Estamos criando mais 715 agências até 2010, em todo o território nacional, para descentralizar o atendimento. Em 2008, atendemos 295 mil benefícios e aposentadorias por idade. Temos 4 mil pessoas por dia procurando e se aposentando por idade no território nacional. Este serviço será agilizado", concluiu.

Anónimo disse...

Giuseppe Englaro, pai de Eluana, a italiana que morreu na segunda-feira passada por desidratação, recusou uma grande soma de dinheiro de um conhecido fotógrafo italiano que queria retratar a filha em estado de coma, disse neste sábado o neurologista que atendia a mulher desde 1996, Carlo Defanti.

O neurologista, que participou hoje de uma conferência sobre eutanásia, disse que Englaro respeitou a vontade da filha, que, antes do acidente, tinha pedido que, se lhe ocorresse qualquer coisa irreversível, apresentasse sua imagem de quando estava em boas condições.

Antes de sofrer o acidente de trânsito, em 1992, Eluana viveu o coma de um amigo, Alessandro, o que causou forte impacto na italiana e a levou a fazer o pai prometer que não a deixasse viver em estado vegetativo, disse o próprio Giuseppe Englaro.

Defanti, que dissera que Eluana poderia viver de dez a 12 dias depois da suspensão da alimentação e da hidratação, disse que, como médico, tinha que reprovar esta afirmação.

"Não se pode sobreviver após três ou quatro dias sem líquido e, em particular, água em um corpo. Sabemos bem que, quando há um terremoto, após quatro dias é difícil encontrar sobreviventes".

Defanti ressaltou que Eluana "não falava, não se comunicava com o exterior" e que, após vários exames, "nos deparamos com uma moça que tinha perdido a consciência", porque estava com o córtex cerebral prejudicado.

Eluana foi enterrada na quinta-feira passada no túmulo da família na localidade de Paluzza, em Udine, após um funeral que não contou com a presença dos pais.

16:53
Anónimo disse...
Os bombeiros combatem neste sábado os incêndios na Austrália favorecidos pelo bom tempo, enquanto os deslocados encotram em seu retorno casas derruídas, carros queimados nas ruas e destruição.

Depois de sete dias desde que começaram os incêndios no Estado de Victoria, a lista de mortos chega a 181, os desaparecidos somam 50, os edifícios destruídos totalizam 1,834 mil e o terreno arrasado, principalmente florestas, ocupa uma área de 4,13 mil quilômetros quadrados.

As equipes de bombeiros, formadas por 4 mil profissionais de Victoria, de outras partes da Austrália e de países amigos, combateram hoje 12 focos fora de controle e nenhum representava uma ameaça direta para a população.

O subdiretor do Serviço de Bombeiros, Geoff Conway, disse que este tempo favorável, que se prolongará durante o domingo, permite consolidar as linhas de contenção e avançar na extinção das chamas.

Cinzas apareceram arrastadas por ventos do nordeste sobre Melbourne, onde habitam 3,8 milhões de pessoas, e as autoridades alertaram aos cidadãos do risco para a saúde de idosos, crianças e pessoas com problemas respiratórios.

O número de pessoas deslocadas - a Cruz Vermelha chegou a receber 7 mil - começou a cair com a abertura de algumas localidades atingidas.

Os incêndios, alguns criminosos, começaram em 7 de fevereiro, quando a região sul da Austrália estava há duas semanas sob uma onda de calor sem precedentes.

Na sexta-feira passada, a polícia acusou uma pessoa de ter provocado o incêndio que atingiu a localidade de Churchill e matou 21 pessoas.

16:55
Anónimo disse...
A primeira chuva em seis dias reduziu a ameaça de incêndios no Estado de Victoria, ao sul da Austrália. As autoridades, porém, advertiram que ainda existem 12 focos, mas que nenhum deles ameaça áreas povoadas.

Mais de quatro mil bombeiros, mil provenientes de outras partes do país e de outras nações, trabalham contra o fogo. Cerca de 600 veículos e 28 helicópteros e pequenos aviões estão sendo usados.


Eles conseguiram construir linhas de contenção para evitar os incêndios de Yarra e Maroondah se juntassem. Também foram controlados os incêndios abertos de Yea e Murrindindi, que ameaçavam as comunidades de Connellys Creek, Crystal Creek, Scrubby Creek e Native Dog Creek.

O número de mortos chegou a 181, mas as autoridades acreditam que as vítimas devem passar de 200, já que ainda há muitos desaparecidos.

16:55
Anónimo disse...
Aqui nesta coluna, na semana passada, tive a oportunidade de comentar sobre a recente visita do professor brasileiro Pedrinho Guareschi à Austrália. Não dei, porém, os fatos, pois semana passada o assunto era outro.

Hoje, porém, vamos a eles.

No último dia 4 de fevereiro, aconteceu o Seminário "Paulo Freire: Education and Liberation", organizado pelo centro de estudos latino-americanos da Universidade Nacional da Austrália, ou ANU, como é mais conhecida por aqui.

A ANU, para quem não sabe, está entre as 20 melhores universidades do mundo! E tem sede aqui em Camberra, capital da Austrália.

Na abertura do evento, o professor John Minns, diretor do centro latino-americano, ao dar boas-vindas ao público presente, lembrou ser aquele o primeiro seminário exclusivamente dedicado a Paulo Freire na Austrália.

Em seguida, convidou Pedrinho Guareschi, palestrante principal do Seminário, a fazer sua apresentação.

A plateia pode então conhecer, pelas palavras de Pedrinho, um pouco da obra e da vida de Freire, esse brasileiro de fé e valor, que sempre acreditou na educação, sobretudo dos menos favorecidos, analfabetos, como força libertadora.

Como não podia deixar de ser, os conceitos e ideias revolucionários de Paulo Freire, expostos com clareza por Pedrinho, despertaram o interesse e a curiosidade de plateia. A qual, deve-se notar, era na maioria de estudantes, mas de várias nacionalidades, sobretudo australianos e asiáticos.

Na continuação do programa do seminário, que se estendeu por dois dias, outros professores fizeram palestras sobre temas ligados à obra de Paulo Freire.

Interessante, por exemplo, saber que a professora Anne Hickling-Hudson, jamaicana que mora na Austrália há muitos anos (é professora da ANU), conheceu e trabalhou com Freire num workshop educacional durante a revolução na Ilha de Granada, em 1980, antes da invasão dos Estados Unidos...

Ou, então, a palestra da Professora Gerda Roelvink, da Nova Zelândia, que participou do Fórum Social de Porto Alegre em 2005. E essa participação transformou-se em tema de doutorado.

No dia 10, terça-feira passada, o padre Pedrinho Guareschi voltou a falar ao público australiano em grande auditório localizado no belíssimo campus da ANU. Desta vez, sobre a Teologia da Libertação.

Depois da palestra, John Minns mostrou o filme mexicano "O Crime do Padre Amaro", no qual um dos personagens é um padre católico praticante da Teologia da Libertação.

Mais uma vez, foi grande o intersse da platéia, que pode aprender e conhecer um pouco como se desenvolveu aquele importante movimento católico na América Latina.

Fica, assim, ao Pedrinho, bem como a outros brasileiros estudiosos e de bom coração que saem pelo mundo a divulgar aspectos importantes da cultura brasileira, o respeito e a homenagem desta coluna. E... aquele abraço!

16:57
Anónimo disse...
Amanda Kitts perdeu o braço esquerdo em um acidente de automóvel acontecido três anos atrás, mas hoje em dia ela joga futebol americano com seu filho de 12 anos de idade, troca fraldas e abraça as crianças nas três creches Kiddie Cottage que opera em Knoxville, Tennessee. Kitts, 40 anos, faz tudo isso com a ajuda de um novo tipo de braço artificial que se movimenta com mais facilidade do que outros aparelhos e que ela pode controlar utilizando apenas seus pensamentos.

"Eu sou capaz de mexer a mão, o pulso e o cotovelo ao mesmo tempo", diz. "Você pensa e os músculos se movem em seguida".

A recuperação que ela conseguiu resulta de um novo procedimento que vem atraindo crescente atenção porque permite que pessoas movam braços protéticos de forma mais automática do que faziam no passado, simplesmente utilizando nervos reaproveitados em seus cérebros.

A técnica, conhecida como "renervação muscular dirigida", envolve utilizar os nervos que restam depois da amputação de um braço e conectá-los a outro músculo do corpo, em geral no peito. Eletrodos são instalados sobre os músculos do peito, e operam como se fossem antenas. Quando a pessoa deseja mover o braço, o cérebro envia sinais que primeiro resultam em contração dos músculos do peito, os quais enviam um sinal ao braço protético, instruindo-se a se movimentar. O processo não requer mais esforços consciente do que a pessoa teria de exercitar caso ainda tivesse seu braço natural.

Na terça-feira, pesquisadores reportaram em estudo publicado pela versão online do Journal of the American Medical Association que haviam levado a técnica ainda mais à frente, tornando possível a execução de 10 movimentos de mão, pulso e cotovelo diferentes, o que representa uma substancial melhora com relação ao típico repertório protético, que em geral envolve apenas dobrar o cotovelo, girar o pulso e abrir a mão.

"Os novos métodos tiveram impacto dramático em nosso campo de trabalho", disse Stuart Harshbarger, engenheiro biomédico na Universidade Johns Hopkins e diretor do programa de pesquisa sobre próteses, financiado pelas forças armadas, que inclui o trabalho com essa técnica. "O método já está em uso por médicos e cirurgiões comuns em todo o país. A capacidade de controlar um membro protético bastante robusto que ele confere surpreendeu a todos pela qualidade".

Tipicamente, uma pessoa que tenha um braço protético só é capaz de executar alguns poucos movimentos, e muitas vezes com tamanha lentidão que isso só permite a ela atividades limitadas.

Há um motor separado para cada movimento, diz Gerald Loeb, professor de engenharia biomédica na Universidade do Sul da Califórnia, "e esses motores precisam ser controlados de maneira explícita", usualmente por um esforço consciente da pessoa para contrair músculos nas costas ou no bíceps.

"Essencialmente, até agora os pacientes controlavam apenas um motor de cada vez", diz Loeb, "e precisavam pensar cuidadosamente sobre que motor desejavam controlar e como fazê-lo operar, em lugar de simplesmente pensarem em mover o braço e poderem fazê-lo sem delongas".

Antes que Kitts passasse pelo procedimento de renervação, em outubro de 2007, por exemplo, ela precisava movimentar os músculos de suas costas de determinada maneira para fazer com que seu pulso girasse, e flexionar seu bíceps e tríceps para fazer com que o cotovelo se movesse para cima e para baixo. "Era muito trabalho", ela conta. "E não me ajudava muito".

O procedimento de renervação é parte de uma recente explosão de idéias novas e técnicas inovadoras que estão sendo exploradas enquanto os cientistas se esforçam por ajudar as pessoas a compensar melhor a perda de membros ou problemas de paralisia. O esforço vem sendo alimentado pelo aumento no número de amputações causado por diabetes e por ferimentos sofridos pelos militares, e ao mesmo tempo pelos avanços na tecnologia médica.

Os braços se tornaram um dos focos essenciais desse tipo de trabalho. A ciência há muito vem obtendo sucessos no desenvolvimento de próteses de perna, mas é muito mais difícil imitar a complexidade e a destreza das mãos e dos braços.

Os esforços em curso incluem o desenvolvimento de projetos de pele e braços mais sensíveis e mais flexíveis, e o uso de dispositivos acionados por controles sem fio implantado nos braços protéticos, que permitiriam movimentos mais naturais.

Os pesquisadores também vêm usando sensores implantados nos cérebros de cobaias para permitir que dois macacos controlem um braço mecânico, e um teste com um homem paralítico permitiu, com esse método, que ele movimentasse um cursor em uma tela de computador.

Alguns desses métodos, caso venham a ser aperfeiçoados plenamente e consigam aprovação das autoridades regulatórias da saúde, podem no futuro se tornar mais viáveis para os pacientes de amputações.

E embora a técnica da renervação não requeira aprovação das autoridades regulatórias porque é executada por meios cirúrgicos e emprega aparelhos já existentes, ela apresenta limitações que até mesmo seus criadores reconhecem, entre as quais o fato de que não se pode utilizá-la para todos os pacientes, o seu alto custo e o prazo de meses requerido para que os nervos reconectados cresçam e se tornem efetivos.

Ainda assim, os especialistas dizem que é o mais avançado sistema em uso hoje para pacientes reais que permite que o sistema nervoso controle diretamente o movimento de um braço artificial.

Desde sua introdução por Todd Kuiken, médico fisioterapeuta e engenheiro biomédico do Instituto de Reabilitação de Chicago, o método foi empregado em cerca de 30 pacientes nos Estados Unidos, Canadá e Europa, entre os quais oito soldados feridos no Iraque e no Afeganistão.

Muitos dos pacientes, entre os quais o primeiro, Jesse Sullivan, um operário do setor elétrico no Tennessee que perdeu os dois braços quando foi eletrocutado por um cabo, conseguem não apenas manipular seus braços protéticos mas sentir a presença das mãos que já não têm quando alguém toca em seus peitos.

Sullivan, 62 anos, e Kitts, estavam entre os cinco pacientes que participaram do estudo reportado na terça-feira. Em companhia de cinco outras pessoas que não passaram por amputações, eles receberam os eletrodos e foram instruídos a usar pensamentos para fazer com que um braço virtual na tela reproduzisse 10 movimentos diferentes, entre os quais três formas diferentes de aperto de mão.

Os pacientes apresentaram desempenho bastante respeitável, apenas um pouco mais lento e menos preciso do que os dos participantes que não tinham amputações.

"As velocidades de movimento que encontramos em nossos pacientes foram realmente encorajadoras", disse Kuiken. "Eles conseguiram completar a tarefa. É claro que não foram tão competentes quanto as pessoas dotadas de plena capacidade física, mas foram bons o bastante".

Um braço virtual foi usado porque a maioria das próteses existentes não era capaz de acomodar todos aqueles movimentos, no momento da pesquisa, ainda que Sullivan, Kitts e uma terceira paciente, Claudia Mitchell, tenham experimentado dois novos protótipos mais versáteis de braços artificiais, executando tarefas complexas com bolas de tênis e outros objetos.

O trabalho de renervação em soldados apresenta outros desafios, diz Kuiken, porque os ferimentos militares muitas vezes "causam danos muitos extensos" a nervos, músculos ou ossos.

Daniel Acosta, 25 anos, um aviador ferido pela detonação de uma bomba em uma estrada do Iraque em 2005, passou pelo procedimento no ano passado e diz que seu braço esquerdo protético agora se movimenta "muito mais rápido" e de maneira muito mais natural.

"A diferença é que agora não preciso mais pensar para mover o braço", ele diz. "Ele simplesmente se mexe".

Ainda assim, Acosta, de San Antonio, diz que "o processo foi bastante longo" e que os eletrodos precisam ser ajustados para receber os sinais à medida que os nervos crescem ou mudam de posição.

E embora elogiem o método, os especialistas afirmam que a ciência das próteses de braço ainda tem muito por avançar.

"Trata-se de uma parte crucial, mas ainda assim apenas uma parte, das muitas coisas que compreendem a função normal de um braço", disse Loeb, que escreveu um editorial que acompanha o artigo no Journal of the American Medical Association.

"No momento estamos a meio do caminho entre o braço de 'Dr. Fantástico', que fazia involuntariamente a saudação nazista, e o braço de Luke Skywalker em 'Guerra nas Estrelas', que funciona sem nenhum problema assim que é conectado. Creio que precisaremos ainda de muitos anos para conectar todas as peças necessárias a produzir um braço capaz de funcionar normalmente".

17:04
Anónimo disse...
A Espanha disse neste sábado que está preparando uma reclamação oficial contra a decisão da Venezuela de expulsar um membro do Parlamento Europeu que criticou o conselho eleitoral venezuelano.
Luis Herrero, membro do partido conservador espanhol PP, foi deportado na sexta-feira depois que o Conselho Nacional Eleitoral (CNE) o acusou de questionar a imparcialidade da instituição antes de um referendo que pode permitir ao presidente Hugo Chávez permanecer no cargo indefinidamente.

Herrero estava na Venezuela como observador do referendo. Ele acusou Chávez de ter "comportamentos típicos de um ditador" por pedir a contenção de manifestações da oposição.

O governo da Espanha convocou um encontro com o embaixador da Venezuela em Madri para expressar a desaprovação sobre a expulsão de Herrero, disse um representante do Ministério das Relações Exteriores espanhol.

As relações da Venezuela com a Espanha tiveram seu ponto crítico em 2007, quando Chávez ameaçou rever acordos diplomáticos e comerciais depois de ouvir um "cala a boca" do rei espanhol Juan Carlos durante uma cúpula.

A fenda foi oficialmente reparada em 2008, com uma visita oficial de Chávez à Espanha, onde ele cumprimentou o rei e discutiu acordos para investimento no setor petroquímico com o primeiro-ministro José Luis Rodriguez Zapatero.

17:06
Anónimo disse...
A polícia do Zimbábue anunciou neste sábado que acusa de traição Roy Bennett, dirigente do até agora opositor Movimento para a Mudança Democrática (MDC), detido na sexta-feira, em Harare, poucas horas antes da cerimônia de posse dos membros do novo gabinete.

"A Polícia nos informou que vão apresentar acusações de traição", disse à agência EFE o advogado de defesa de Bennett, Trust Maanda.

"Tentam relacionar Roy com o caso de Mike Hitschmann, que foi detido em 2006 em relação à descoberta de um carregamento de armas, apesar de que Hitschmann não tenha sido declarado culpado das acusações de traição apresentadas contra ele, mas de um crime menor de descumprimento de leis", disse Maanda.

O político opositor, designado por seu partido como vice-ministro de Agricultura no Governo de união nacional, esteve no exílio na vizinha África do Sul desde 2006 e retornou ao Zimbábue há duas semanas.

Segundo a Polícia, que deteve Bennett ontem no aeroporto de Harare quando pretendia ir à África do Sul para visitar sua família, as armas apreendidas em 2006 seriam utilizadas em um golpe de Estado para derrubar o presidente do Zimbábue, Robert Mugabe.

Depois da detenção, Bennet foi levado a Mutar, onde vários simpatizantes do MDC se concentraram em frente à delegacia na qual estava detido, diante do que a Polícia respondeu com tiros para o alto para dispersar os manifestantes.

17:07
Anónimo disse...
Austrália: 14 mil se candidatam a 'emprego dos sonhos'

A secretaria de Turismo de Queensland, na Austrália, informou que até esta segunda-feira já recebeu cerca de 14 mil inscrições para o "o melhor emprego do mundo". O Estado australiano promove pela internet seleção para vaga de "zelador" da ilha Hamilton, por seis meses com um salário de R$ 40 mil.

Muitos candidatos tiveram problemas durante a inscrição por conta dos acessos simultâneos ao site. A secretaria aconselha enviar os vídeos de 60s explicando porque deve ser escolhido em horários alternativos do dia, além de recomendar tamanho em torno de 40MB.

As inscrições começaram em 12 de janeiro e vão até o próximo dia 22 e podem ser feitas pelo site www.islandreefjob.com. O governo australiano escolherá 50 candidatos para a próxima fase da seleção, que terá votos do público para eleger um dos 11 finalistas.

A última fase terá entrevistas e desafios físicos, no próprio local de trabalho: as ilhas da Grande Barreira Coralina - o maior recife de coral do mundo. A secretaria de Turismo anunciará o vencedor no dia 6 de maio.

17:09
Anónimo disse...
Mercado elogia governo na crise, mas pede maior queda no juro

Peter Fussy
Direto de São Paulo

Desde as primeiras medidas anunciadas para combater os efeitos da crise, o governo brasileiro avisou que a estratégia não contemplaria um pacote. Seriam doses pontuais, de acordo com a necessidade da economia diante do agravamento das turbulências. Da primeira liberação dos depósitos compulsórios em setembro até a ampliação do seguro-desemprego na última quarta-feira, o governo passou por redução de impostos, ampliação de crédito e incentivos à exportação. Quase 150 dias após a primeira medida, o Terra conversou com líderes do setor público e privado, representantes dos trabalhadores, acadêmicos e com o próprio governo para saber quais destas ações foram mais eficazes, quais foram mais ineficientes e o que mais pode ser feito pelo Estado brasileiro contra a crise.

Os maiores elogios foram direcionados à atitude de reduzir o Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) para a indústria automobilística, anunciada em dezembro e que fez com que os emplacamentos de carros novos subissem 1,9% no primeiro mês do ano em relação a dezembro de 2008. Já as maiores críticas foram para a lentidão no corte da taxa básica de juro do País.

Para o presidente do conselho administrativo do Grupo Pão de Açúcar, Abílio Diniz, o Estado não é responsável pela crise e mesmo assim está agindo "com extrema serenidade e muito acerto". "O governo está atento, fazendo a sua parte. É preciso coragem de baixar firmemente a taxa de juros. É uma arma que temos a nosso favor, já que não há clima para inflação, nem possibilidade de danos para a macroeconomia", afirmou Diniz.

Na última reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), em janeiro, a taxa Selic foi reduzida em um ponto percentual, de 13,75% para 12,75% ao ano. Porém, o professor de economia da Universidade de Brasília (UnB) José Luiz Oreiro lembra que este corte representa uma redução de apenas 0,25 ponto percentual com relação à taxa de setembro do ano passado, quando a crise se agravou.

"Pouco antes da eclosão da crise, o Banco Central aumentou a taxa em 0,75 ponto. Foram cinco meses de demora para reduzir em termos líquidos apenas 0,25 ponto", afirmou o economista, que também sugeriu redução do intervalo de cerca de 90 dias entre as reuniões do Copom e o corte de pelo menos um 1 ponto percentual em cada reunião.

Mesmo com o corte de janeiro, a taxa de juros real continua sendo a maior do mundo, lembrou o secretário-geral da Força Sindical, João Carlos Gonçalves, o Juruna. "A redução da taxa de juro ainda é pequena, porque ela continua uma das mais altas do mundo. Falta ousadia para baixar os juros e ajudar o cidadão. A permanência da taxa de juro alta é negativa para o País em meio a crise", afirmou Juruna.

Embora aprove as ações do governo, o senador Aloízio Mercadante (PT-SP) também acredita que o patamar da Selic está muito alto. "Sempre fomos os primeiros a entrar em qualquer crise, o que não aconteceu agora. A taxa Selic ainda é muito alta, mas o governo têm tomado medidas acertadas, como o aumento do salário mínimo, mesmo com um cenário de crise. Isso ajuda a movimentar o consumo. O governo está se esforçando para manter os investimentos e o crescimento", disse.

Tributos
De acordo com o economista Fabio Pina, da Fecomercio-SP, as ações mais positivas estão relacionadas à redução de tributos para alguns segmentos, como a indústria automobilística, que recuperou parte da queda nas vendas em janeiro com a isenção do IPI para carros 1.0 l e o corte para demais motorizações. A medida vale até o final de março.

"Essas medidas não só reduziram o preço, mas anteciparam o consumo daqueles que iriam comprar no futuro, dando um prêmio por conta da insegurança. Mexe diretamente com o principal problema que é a confiança do consumidor", afirmou. Juruna destacou que um bom ritmo de vendas é garantia de emprego. "É importante porque cada emprego na montadora significa 19 na cadeia produtiva", comentou o representante da Força Sindical.

Também em dezembro, o governo decidiu cortar pela metade a alíquota do Imposto de Renda para contribuintes que ganham entre R$ 1.434 e R$ 2.150 mensais. "O salário aumentava e a tabela não se modificava. As pessoas ganhavam mais e pagavam mais impostos", apontou Juruna. Outra redução de tributos do governo foi com relação ao Imposto sobre Operações Financeiras (IOF), que caiu de 3% ao ano para 1,5%.

Crédito
Na segunda metade de 2008, o colapso de bancos nos Estados Unidos por conta da crise do subprime provocou uma forte restrição de crédito no mundo inteiro. Uma das primeiras medidas anticrise do governo teve como objetivo restabelecer a oferta, com mudanças no recolhimento dos depósitos compulsórios por parte dos bancos. Segundo o presidente do Banco Central, Henrique Meirelles, as diversas modificações liberaram US$ 99,2 bilhões aos bancos até o final de janeiro.

Além disso, o governo concedeu R$ 36 bilhões das reservas internacionais para empresas brasileiras com dívidas no exterior e uma medida provisória autorizou o Banco do Brasil e a Caixa Econômica Federal a comprar carteiras de crédito de bancos privados. Para o diretor do Departamento de Pesquisas e Estudos Econômicos da Fiesp, Paulo Francini, estas medidas foram essenciais para combater os efeitos da crise.

"A crise se desenvolve no mundo em torno do tema crédito. E o crédito reduziu-se barbaridade no mundo. Então o governo lança mão de compulsório, lança mão de reservas, de medidas que permitem aos bancos comprar carteiras de bancos. Você vai tomando várias medidas para atender às demandas e o epicentro disso é crédito", afirmou.

No entanto, Oreiro, da UnB, adverte que a liberação dos compulsórios seria mais eficiente acompanhada de redução mais agressiva da taxa básica de juro. "Uma parte do crédito voltou, depois da forte retração em outubro e novembro. O que deveria ter sido feito junto à liberação do compulsório era uma redução mais drástica da taxa de juro. Sem isso, os bancos pegam as reservas e acabam comprando títulos públicos", explicou o economista.

Na opinião de Pina, as ações de distribuição de crédito via redução do compulsório e a disposição de capital de giro para empresas foram tomadas sem um cuidado maior na operação e não tiveram muito efeito. "O BNDES tem linhas que ficam paradas quase todo o ano, agora é pior ainda. Existem os recursos, mas as empresas e os bancos estão desconfiados. É preciso fazer com que os bancos tenham interesse em emprestar", afirmou o economista da Fecomercio-SP.

Futuro
Mesmo com todas essas medidas, a crise financeira ainda gera incertezas nos setores produtivos do País. Nos últimos meses, o medo do desemprego fez os consumidores adiarem compras. Por sua vez, a queda nas vendas pode obrigar as indústrias a cortarem a produção e demitir funcionários. Contra isso, empresários sugerem redução de jornada e de salários.

"Isto está previsto em lei. A Fiesp simplesmente manteve conversações com entidades sindicais quanto à aplicação daquilo que já está previsto em lei", afirmou Francini.

Segundo a ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff, uma das medidas que assegura um nível de emprego é a manutenção de investimentos no Programa de Aceleração do Crescimento (PAC). "Estamos esperando que a dificuldade ocorra em janeiro, fevereiro e março. Estamos certos que vamos manter o nível de investimento. É isso que funciona, é isso que significa investimento público. Ele funciona como um colchão. Por isso, nós colocamos R$ 100 bilhões no BNDES e a Petrobras ampliou o seu investimento em R$ 120 bilhões", afirmou.

Na mesma linha, Pina explica que a antecipação de gastos do governo substitui parte da demanda retraída do setor privado. "Ele dá o seguinte recado: não vou estourar as contas públicas, mas concentrar em um momento em que a demanda privada está pequena. Mas o governo não tem fôlego suficiente para fazer o papel de toda demanda", ressaltou. O economista da Fecomercio lembrou que a entidade já pleiteou junto ao governo isenções para transferência de imóveis e de automóveis, além de retirar o IPVA para veículos novos.

Já Oreiro foca suas propostas na capitalização do Banco do Brasil e da Caixa Econômica Federal pelo Tesouro para atender a demanda de crédito para capital de giro e reduzir o spread. "Aumentando o empréstimo e reduzindo as taxas, os dois vão forçar os bancos privados a acompanhar o movimento, até para não perderem participação no mercado", explicou o economista da UnB.

Até o Carnaval, o governou prometeu detalhar um pacote de incentivos para a construção de até um milhão de casas populares, direcionado a famílias com renda de até dez salários mínimos. "Estamos atentos a tudo o que está acontecendo e novas medidas serão tomadas caso haja uma avaliação de que sejam necessárias", disse o ministro da Fazenda, Guido Mantega, na última sexta-feira.

17:11
Anónimo disse...
Ex-ministro critica extensão do seguro-desemprego

Atualizada às 09h03

O ex-ministro do Trabalho Almir Pazzianotto criticou a decisão do governo federal de conceder o seguro-desemprego estendido a apenas alguns setores. "É certamente odioso e provavelmente inconstitucional", disse Pazzianotto, de acordo com o jornal O Estado de S. Paulo.

Na última qurta, dia do anúncio da medida, centrais sindicais elogiaram a atitude do governo. A Força Sindical divulgou nota dizendo que "o aumento ajudará a aquecer parte da economia, já que irá gerar mais consumo, produção e conseqüentemente, a criação de novos postos de trabalho". A União Geral dos Trabalhadores (UGT) afirmou que a medida "contribuirá para minimizar o drama dos trabalhadores que perderem seu emprego por conta da crise".

O ex-ministro, que instituiu o seguro-desemprego no País no governo de José Sarney, destacou a necessidade de as centrais sindicais se manifestarem contra a determinação. Para ele, as mudanças devem ser aplicadas a todas as categorias profissionais e a distinção é contrária ao artigo 3º da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT).

Pazzianotto atribui a medida a um possível temor do governo de que a crise econômica seja longa e não haja dinheiro para atender a todas as necessidades. Ainda assim, ele se mostra contrário ao método de concessão. "O seguro-desemprego ajuda a sanar necessidades básicas. Estendê-lo é paliativo, não a solução", disse ao jornal.

De acordo com o presidente do Conselho Deliberativo do Fundo de Amparo ao Trabalhador (Codefat) e conselheiro da Força Sindical, Luiz Fernando Emediato, a determinação já estava prevista na lei 8.900/94, que trata do seguro-desemprego.

O presidente da Comissão de Trabalho da Câmara, Pedro Fernandes (PTB-MA) vai além na crítica à concessão do seguro para apenas alguns setores. Ele acredita que a ampliação do benefício estimula o desemprego.

Quintino Severo, secretário geral da Central Única dos Trabalhadores (CUT), lembra que a ampliação do benefício sem critério e identificação pode incentivar demissões em outros setores.

17:13
Anónimo disse...
Empresas
TAM faz promoção para destinos internacionais

A companhia aérea TAM anunciou nesta sexta-feira tarifas promocionais para trechos internacionais. Os preços valem para bilhetes comprados entre 6h deste sábado e 23h59 deste domingo e são válidos para classe econômica. As tarifas, para ida e volta, serão vendidas a partir de US$ 99, mais taxas.

Segundo a aérea, a promoção vale para viagens feitas no período de 14 de fevereiro a 18 de junho de 2009. Para destinos na América do Sul, a permanência mínima é de dois dias; para bilhetes com destino nos Estados Unidos, cinco dias; e Europa, sete dias. A permanência máxima para as passagens para América do Sul e EUA é de dois meses e para Europa, três meses.

Entre os exemplos de tarifas promocionais, a TAM oferece São Paulo-Lima por US$ 99. Bilhetes para a rota São Paulo-Santiago serão vendidos a partir de US$ 199 e São Paulo-Nova York, US$ 799.

A emissão dos bilhetes deve ser feita obrigatoriamente no ato da reserva, obedecendo às regras estipuladas pela companhia. A compra está sujeita à disponibilidade de assentos nas classes tarifárias determinadas, trechos, horários e datas. A TAM afirmou que também há tarifas promocionais para a classe executiva.

Mais informações podem ser encontradas no site promocional (www.ofertastam.com.br), no site da empresa (www.tam.com.br) ou pelos telefones 4002-5700 ou 0800 5705700.

17:13
Anónimo disse...
Empresas
Consultoria negocia compra do parque temático Hopi Hari

A consultoria especializada em reestruturação de empresas Íntegra Associados informou nesta sexta-feira ter um acordo para comprar o parque de diversões Hopi Hari, localizado no interior de São Paulo. A empresa estaria disposta a investir R$ 10 milhões no parque, que tem dívida estimada em R$ 800 milhões. As informações são da edição deste sábado do jornal Folha de S. Paulo.

De acordo com o jornal, a transação ainda depende da negociação entre o Hopi Hari e seus credores, o que já estaria em andamento.

A consultoria paulista já atuou junto à Parmalat, durante 30 meses, quando reorganizou a gestão da empresa italiana.

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17:14
Anónimo disse...
Empresas
Disney de Tóquio contratará mais 2 mil apesar da crise


A Oriental Land, o operador da Disneylândia Tóquio e DisneySea, organizou neste domingo entrevistas para contratar cerca de 2 mil trabalhadores em tempo parcial, em um momento de grandes demissões deste tipo de empregados no Japão.

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O operador deste parque temático, situado em Urayasu, na província de Chiba (leste de Tóquio), está em pleno processo de seleção de empregados para 20 tipos de postos trabalhistas diferentes.

Segundo a companhia, citada pela agência local de notícias Kyodo, o parque contratará novos trabalhadores para as atrações, para os restaurantes e guardas de segurança entre outros. Os novos contratados começarão a trabalhar a partir de fevereiro.

O processo de seleção acontece em um momento em que a maioria das grandes companhias japonesas começaram a se ver obrigadas a despedir uma elevada percentagem de seus trabalhadores temporários e a tempo parcial.

Algumas inclusive anunciaram demissões de seus trabalhadores fixos, uma medida muito pouco comum nas companhias japonesas, perante os efeitos piores que o esperado pela crise econômica global.

Cerca de uma centena de pessoas esperavam desde a primeira hora desta manhã a abertura do centro de conferências Tokyo International Forum, onde as entrevistas estão sendo feitas, para ser os primeiros a solicitar os postos de trabalho.


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17:15
Anónimo disse...
Economia Internacional
Senado dos EUA aprova plano de estímulo à economia

O Senado dos Estados Unidos aprovou com 60 votos a favor e 38 contra o plano de estímulo à economia de US$ 787 bilhões na madrugada deste sábado. Agora, ele segue para sanção ou veto do presidente Barack Obama, que espera colocar a lei em prática até o dia 16 de fevereiro.

O plano prevê a criação de três milhões de empregos, inclui cortes de impostos às famílias, fundos para programas sociais e obras públicas, além de ajuda aos governos estaduais, estudantes e desempregados.

A cláusula Buy American - que exige o uso de ferro, aço e produtos manufaturados dos Estados Unidos em obras realizadas com recursos do pacote - ficou de lado. Segundo o texto definitivo, a cláusula será aplicada sem violar as normas do comércio internacional.

Ontem à tarde, a Câmara de Representantes (deputados) havia aprovado, por 246 votos a favor e 183 contra, a versão final do plano. Todos os republicanos foram contrários ao pacote.

Pelo acordo de quarta-feira entre Câmara e Senado, em vez de custar US$ 819 bilhões, como queriam os deputados, ou US$ 838 bilhões como pretendiam os senadores, o pacote ficou em cerca de US$ 787 bilhões, com 65% desse total destinado a gastos do governo federal e 35%, a créditos tributários.

17:16
Anónimo disse...
Economia nacional
Na era Lula, aposentadoria sobe 54% menos que salário mínimo

Thatiane Faria
Especial para o Terra
Direto de São Paulo

Os índices de reajustes concedidos pelo governo em 2009 para aposentados e pensionistas e para o salário mínimo repetiram uma diferença que, só durante o governo de Luiz Inácio Lula da Silva, já chega a 54%. Enquanto o mínimo foi majorado em 12% este ano, as pensões e aposentadorias tiveram aumento de 5,92%. Aposentados que têm o benefício do governo como única fonte de renda reclamam que perdem poder de compra e que sua cesta de compras é composta por itens que aumentam mais em relação à inflação oficial.

Um exemplo prático pode ser entendido a partir da comparação entre um aposentado que ganhava R$ 600 em janeiro de 2003. Na época, o benefício era três vezes, ou 200%, maior que o valor do mínimo em vigência, que era de R$ 200. Aplicando-se os índices de reajuste para aposentadorias e para o mínimo durante os últimos seis anos, o mesmo aposentado estaria recebendo hoje R$ 938,47, comparado a um salário mínimo de R$ 465. A diferença entre os dois valores caiu para pouco mais de 100%.

Enquanto o índice acumulado de reajuste para a aposentadoria durante o governo Lula foi de 60%, para o salário mínimo está em 132%.

O diretor do Sindicato Nacional dos Aposentados, João Inocentini, reclama que os valores dos benefícios para aposentadorias não mantêm o poder de compra do grupo, principalmente dos aposentados que recebem menos que dez salários mínimos.

Nem mesmo o fato de o índice de reajuste das aposentadorias ter ficado acima da inflação acumulada no mesmo período (o IPCA entre janeiro de 2003 e janeiro de 2009 foi de 39,7%) serve de argumento, segundo os aposentados.

"Os idosos, principalmente, têm gastos além das contas gerais como gás, telefone e aluguel. Para eles o custo com remédios, e outros itens da área saúde costuma ser maior", afirmou Inocentini.

O presidente do sindicato afirmou que o grupo realiza um estudo com 100 itens de necessidade de um idoso para comparar o aumento dos produtos com o índice de reajuste do benefício recebido pelos aposentados.

"Daqui dois meses vamos abrir um processo na Justiça e levar essa pesquisa como prova. Segundo a lei, o governo é obrigado a manter o poder de compra com a aposentadoria", disse Inocentini.

Alternativas
O consultor financeiro Cláudio Boriola diz que os aposentados, especialmente nesse momento de crise econômica, devem evitar compras parceladas, pesquisar preços, negociar e fazer bom planejamento financeiro.

Segundo Boriola, alguns aposentados ganham um valor mensal muitas vezes insuficiente para o pagamento das contas e acabam pedindo crédito ou realizando pagamentos a prazo e são obrigados a pagar juros altos.

Na opinião do consultor, pagar uma previdência privada é uma alternativa indicada para quem ainda trabalha, considerando a característica de perda de poder de compra da aposentadoria.

"Na prática, infelizmente os valores encontram-se em um patamar que está deteriorando o poder de aquisição da população brasileira", completou Boriola.

De acordo com o diretor da Confederação Brasileira de Aposentados e Pensionistas (Cobap), Vicente Fernandes Barbosa, representantes dos aposentados tentarão um encontro com o presidente da Câmara, deputado Michel Temer (PMDB-SP), para discutir projetos que minimizem a perda dos aposentados

17:17
Anónimo disse...
Previdência
Previdência prorroga isenção de tarifas no benefício

O atual sistema de pagamento aos 26 milhões de aposentados e pensionistas do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) será mantido até o final deste ano. O acordo, que permite realizar a operação sem nenhum custo aos beneficiários, foi renovado nesta sexta-feira, entre o governo federal e 21 instituições financeiras.

Por meio desse acordo, vigente desde setembro de 2007, nem os segurados, nem os bancos e nem o governo arcam com o pagamento de tarifas, conforme explicou o ministro da Previdência Social, José Pimentel. A prorrogação vale até dezembro, data máxima para que a Previdência defina as regras para um novo contrato.

Ao assinar o termo de renovação, na sede da Federação Brasileira dos Bancos (Febraban), o ministro disse que a intenção do governo é mudar o atual modelo de gestão visando a reduzir os custos dessas operações em torno da folha mensal, que atinge R$ 15,8 bilhões. No entanto, qualquer alteração, conforme explicou, passará antes por audiências públicas a serem realizadas a partir do segundo semestre deste ano, atendendo a determinação do Tribunal de Contas da União (TCU).

De acordo com Pimentel, com um redesenho do mecanismo de repasse dos recursos aos bancos em torno da folha de pagamento dos segurados o que se busca é um aumento da participação de instituições financeiras. Ele informou que, desde 2007, cada benefício custa em média R$ 1,07 ao governo. "Quanto mais instituições financeiras estiverem prestando serviços à sociedade, maior é a competitividade, a agilidade no atendimento", justificou.

O ministro observou, ainda, que, para permitir uma redução para algo em torno de meia hora no tempo de atendimento para a concessão dos direitos previdenciários, o governo investiu R$ 280 milhões.

Questionado sobre o descontentamento dos segurados que ganham acima de um salário mínimo terem obtido apenas a correção com base na variação do Índice de Preços ao Consumidor (INPC) , ficando abaixo do reajuste dado a quem recebe apenas o mínimo, Pimentel argumentou que o governo seguiu o que determina a lei e descartou a possibilidade de uma revisão

17:17
Anónimo disse...
Empresas
Caterpillar oferece aposentadoria antecipada a 2 mil


A companhia americana Caterpillar ofereceu a cerca de dois mil funcionários incentivos para que se aposentem de forma voluntária antes do previsto, pela perspectiva de uma queda "significativa" da atividade industrial, informou nesta quarta-feira a empresa.

A iniciativa, destinada aos trabalhadores de diversas fábricas em Illinois, Colorado, Tennessee e Pensilvânia, se soma aos cortes de empregos anunciados em janeiro, explicou em comunicado de imprensa.

A empresa, a maior fabricante mundial de maquinaria pesada para a construção e a mineração, acrescentou que, "em função das condições de negócio, podem ser necessárias mais reduções de elenco voluntárias e involuntárias à medida que o ano avança".

O vice-presidente da companhia, Sid Banwart, explicou que a empresa prevê "demissões significativas em todas as regiões geográficas e na maioria dos setores devido às dificuldades da economia mundial".

17:18
Anónimo disse...
Comércio
Comércio exterior da OCDE caiu no 3º trimestre de 2008


As exportações e as importações dos países da Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Econômico (OCDE) caíram 1,6% e 0,2%, respectivamente, no terceiro trimestre de 2008, em relação aos três meses anteriores.

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Trata-se da primeira queda destas atividades desde o terceiro trimestre de 2006, segundo o último relatório trimestral sobre fluxos comerciais divulgado pela OCDE.

As exportações e as importações em dólares dos 30 Estados-membros caíram 15,6% e 17%, respectivamente, na comparação anualizada.

Por sua vez, o comércio dos sete países mais ricos do mundo (G7) teve um pequeno crescimento no terceiro trimestre de 2008 com uma queda das exportações de mercadorias de 0,2% em relação ao trimestre anterior e um aumento de 0,4% das importações.

Em termos anualizados, as importações do G7 caíram 1,4% entre julho e setembro do ano passado, seu primeiro retrocesso desde o terceiro trimestre de 2006, enquanto as exportações aumentaram 1,9%, seu crescimento mais baixo no mesmo tempo.

Por países, a Alemanha aumentou suas importações em 3,4% - valor mais alto do G7 -, enquanto suas exportações caíram 2,9% do segundo para o terceiro trimestre de 2008.

Pelo contrário, as exportações americanas aumentaram 1,8% entre julho e setembro de 2008, enquanto as importações caíram 0,7% em relação ao trimestre anterior. No Japão, tanto as importações quanto as exportações caíram em torno de 1% no mesmo período.

17:19
Anónimo disse...
Economia Nacional
Lula: juros de crédito consignado a aposentados são altos

Atualizada às 17h29

O presidente Luis Inácio Lula da Silva afirmou nesta terça-feira, em São Paulo, que está lutando para reduzir as taxas de juros cobradas de aposentados em crédito consignado. A Previdência Social estabelece uma taxa máxima de 2,5% para empréstimo e de 3,5% para cartão. Para Lula, os valores são altos.

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"Acho que o juro que os aposentados estão pagando hoje com o crédito consignado é alto para o padrão brasileiro", disse o presidente durante a cerimônia de comemoração dos 86 anos do INSS.

A Previdência anunciou nesta terça-feira que aposentados e trabalhadoras com licença-maternidade poderão receber seus benefícios em 30 minutos. De acordo com Lula, em junho, a aposentadoria do trabalhador rural também será conseguida em meia hora.

Além disso, o presidente anunciou que, também em junho, os trabalhadores que alcançarem o direito à aposentadoria passarão a receber em suas casas um comunicado da Previdência informando o fato e o valor do salário que têm direito a receber. "É um comprometimento público que estou fazendo com os companheiros da Previdência Social", disse.

"Estamos retribuindo ao contribuinte da Previdência Social aquilo que é a cidadania que ele tem direito", afirmou Lula. "Se para cobrar nós somos tão precisos, para devolver o dinheiro, temos que chegar próximo à perfeição", completou.

17:20
Anónimo disse...
Economia Nacional
Salário maternidade sairá em 30 minutos, diz ministro

Toda trabalhadora autônoma que tiver contribuído pelo menos 10 meses com o Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) - ou as que possuírem carteira assinada - poderão receber em 30 minutos o salário maternidade a partir desta terça-feira. Da mesma forma, as mulheres com 30 anos de contribuição e os homens com 35 anos também terão direito ao benefício de forma mais rápida. A informação é do ministro da Previdência Social, José Pimentel.

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Para requerer o salário maternidade, é preciso que as autônomas levem a carteira de identidade e o carnê de contribuição. As demais trabalhadoras devem apresentar a identificação e a carteira de trabalho. Desde o início do mês, a nova forma de análise para a concessão de benefícios foi adotada para a aposentadoria por idade do trabalhador urbano e agora foi estendida para o salário maternidade e por tempo de contribuição.

O ministro disse que a qualificação do serviço da previdência social é o reconhecimento do direito dos trabalhadores e da afirmação da cidadania.

"Até pouco tempo na cabeça do cidadão o serviço devia ser de péssima qualidade. Agora não, nós modificamos toda a legislação no mês de dezembro numa ação conjunta do Congresso Nacional com o governo federal. Estamos implantando e concedendo os benefícios em até 30 minutos", afirmou.

O ministro destacou que para conseguir se aposentar ou ter acesso à licença maternidade em 30 minutos, em primeiro lugar, é necessário que o cidadão esteja vinculado à Previdência, o que inclui 65% da população acima de 16 anos de idade.

"Depois bastar marcar pelo sistema 135 o dia e a hora do atendimento e levar a documentação. Se todos os dados necessários estiverem corretos o contribuinte será atendido em até 30 minutos, como vem sendo feito com as aposentadorias por idade desde o dia cinco de janeiro", explicou.

Pimentel disse ainda que em 90% das agências da previdência social o atendimento é marcado em até 48 horas. Nos grandes centros, entretanto existe um volume maior o que torna mais lento o processo.

"Estamos criando mais 715 agências até 2010, em todo o território nacional, para descentralizar o atendimento. Em 2008, atendemos 295 mil benefícios e aposentadorias por idade. Temos 4 mil pessoas por dia procurando e se aposentando por idade no território nacional. Este serviço será agilizado", concluiu.

Anónimo disse...

Giuseppe Englaro, pai de Eluana, a italiana que morreu na segunda-feira passada por desidratação, recusou uma grande soma de dinheiro de um conhecido fotógrafo italiano que queria retratar a filha em estado de coma, disse neste sábado o neurologista que atendia a mulher desde 1996, Carlo Defanti.

O neurologista, que participou hoje de uma conferência sobre eutanásia, disse que Englaro respeitou a vontade da filha, que, antes do acidente, tinha pedido que, se lhe ocorresse qualquer coisa irreversível, apresentasse sua imagem de quando estava em boas condições.

Antes de sofrer o acidente de trânsito, em 1992, Eluana viveu o coma de um amigo, Alessandro, o que causou forte impacto na italiana e a levou a fazer o pai prometer que não a deixasse viver em estado vegetativo, disse o próprio Giuseppe Englaro.

Defanti, que dissera que Eluana poderia viver de dez a 12 dias depois da suspensão da alimentação e da hidratação, disse que, como médico, tinha que reprovar esta afirmação.

"Não se pode sobreviver após três ou quatro dias sem líquido e, em particular, água em um corpo. Sabemos bem que, quando há um terremoto, após quatro dias é difícil encontrar sobreviventes".

Defanti ressaltou que Eluana "não falava, não se comunicava com o exterior" e que, após vários exames, "nos deparamos com uma moça que tinha perdido a consciência", porque estava com o córtex cerebral prejudicado.

Eluana foi enterrada na quinta-feira passada no túmulo da família na localidade de Paluzza, em Udine, após um funeral que não contou com a presença dos pais.

16:53
Anónimo disse...
Os bombeiros combatem neste sábado os incêndios na Austrália favorecidos pelo bom tempo, enquanto os deslocados encotram em seu retorno casas derruídas, carros queimados nas ruas e destruição.

Depois de sete dias desde que começaram os incêndios no Estado de Victoria, a lista de mortos chega a 181, os desaparecidos somam 50, os edifícios destruídos totalizam 1,834 mil e o terreno arrasado, principalmente florestas, ocupa uma área de 4,13 mil quilômetros quadrados.

As equipes de bombeiros, formadas por 4 mil profissionais de Victoria, de outras partes da Austrália e de países amigos, combateram hoje 12 focos fora de controle e nenhum representava uma ameaça direta para a população.

O subdiretor do Serviço de Bombeiros, Geoff Conway, disse que este tempo favorável, que se prolongará durante o domingo, permite consolidar as linhas de contenção e avançar na extinção das chamas.

Cinzas apareceram arrastadas por ventos do nordeste sobre Melbourne, onde habitam 3,8 milhões de pessoas, e as autoridades alertaram aos cidadãos do risco para a saúde de idosos, crianças e pessoas com problemas respiratórios.

O número de pessoas deslocadas - a Cruz Vermelha chegou a receber 7 mil - começou a cair com a abertura de algumas localidades atingidas.

Os incêndios, alguns criminosos, começaram em 7 de fevereiro, quando a região sul da Austrália estava há duas semanas sob uma onda de calor sem precedentes.

Na sexta-feira passada, a polícia acusou uma pessoa de ter provocado o incêndio que atingiu a localidade de Churchill e matou 21 pessoas.

16:55
Anónimo disse...
A primeira chuva em seis dias reduziu a ameaça de incêndios no Estado de Victoria, ao sul da Austrália. As autoridades, porém, advertiram que ainda existem 12 focos, mas que nenhum deles ameaça áreas povoadas.

Mais de quatro mil bombeiros, mil provenientes de outras partes do país e de outras nações, trabalham contra o fogo. Cerca de 600 veículos e 28 helicópteros e pequenos aviões estão sendo usados.


Eles conseguiram construir linhas de contenção para evitar os incêndios de Yarra e Maroondah se juntassem. Também foram controlados os incêndios abertos de Yea e Murrindindi, que ameaçavam as comunidades de Connellys Creek, Crystal Creek, Scrubby Creek e Native Dog Creek.

O número de mortos chegou a 181, mas as autoridades acreditam que as vítimas devem passar de 200, já que ainda há muitos desaparecidos.

16:55
Anónimo disse...
Aqui nesta coluna, na semana passada, tive a oportunidade de comentar sobre a recente visita do professor brasileiro Pedrinho Guareschi à Austrália. Não dei, porém, os fatos, pois semana passada o assunto era outro.

Hoje, porém, vamos a eles.

No último dia 4 de fevereiro, aconteceu o Seminário "Paulo Freire: Education and Liberation", organizado pelo centro de estudos latino-americanos da Universidade Nacional da Austrália, ou ANU, como é mais conhecida por aqui.

A ANU, para quem não sabe, está entre as 20 melhores universidades do mundo! E tem sede aqui em Camberra, capital da Austrália.

Na abertura do evento, o professor John Minns, diretor do centro latino-americano, ao dar boas-vindas ao público presente, lembrou ser aquele o primeiro seminário exclusivamente dedicado a Paulo Freire na Austrália.

Em seguida, convidou Pedrinho Guareschi, palestrante principal do Seminário, a fazer sua apresentação.

A plateia pode então conhecer, pelas palavras de Pedrinho, um pouco da obra e da vida de Freire, esse brasileiro de fé e valor, que sempre acreditou na educação, sobretudo dos menos favorecidos, analfabetos, como força libertadora.

Como não podia deixar de ser, os conceitos e ideias revolucionários de Paulo Freire, expostos com clareza por Pedrinho, despertaram o interesse e a curiosidade de plateia. A qual, deve-se notar, era na maioria de estudantes, mas de várias nacionalidades, sobretudo australianos e asiáticos.

Na continuação do programa do seminário, que se estendeu por dois dias, outros professores fizeram palestras sobre temas ligados à obra de Paulo Freire.

Interessante, por exemplo, saber que a professora Anne Hickling-Hudson, jamaicana que mora na Austrália há muitos anos (é professora da ANU), conheceu e trabalhou com Freire num workshop educacional durante a revolução na Ilha de Granada, em 1980, antes da invasão dos Estados Unidos...

Ou, então, a palestra da Professora Gerda Roelvink, da Nova Zelândia, que participou do Fórum Social de Porto Alegre em 2005. E essa participação transformou-se em tema de doutorado.

No dia 10, terça-feira passada, o padre Pedrinho Guareschi voltou a falar ao público australiano em grande auditório localizado no belíssimo campus da ANU. Desta vez, sobre a Teologia da Libertação.

Depois da palestra, John Minns mostrou o filme mexicano "O Crime do Padre Amaro", no qual um dos personagens é um padre católico praticante da Teologia da Libertação.

Mais uma vez, foi grande o intersse da platéia, que pode aprender e conhecer um pouco como se desenvolveu aquele importante movimento católico na América Latina.

Fica, assim, ao Pedrinho, bem como a outros brasileiros estudiosos e de bom coração que saem pelo mundo a divulgar aspectos importantes da cultura brasileira, o respeito e a homenagem desta coluna. E... aquele abraço!

16:57
Anónimo disse...
Amanda Kitts perdeu o braço esquerdo em um acidente de automóvel acontecido três anos atrás, mas hoje em dia ela joga futebol americano com seu filho de 12 anos de idade, troca fraldas e abraça as crianças nas três creches Kiddie Cottage que opera em Knoxville, Tennessee. Kitts, 40 anos, faz tudo isso com a ajuda de um novo tipo de braço artificial que se movimenta com mais facilidade do que outros aparelhos e que ela pode controlar utilizando apenas seus pensamentos.

"Eu sou capaz de mexer a mão, o pulso e o cotovelo ao mesmo tempo", diz. "Você pensa e os músculos se movem em seguida".

A recuperação que ela conseguiu resulta de um novo procedimento que vem atraindo crescente atenção porque permite que pessoas movam braços protéticos de forma mais automática do que faziam no passado, simplesmente utilizando nervos reaproveitados em seus cérebros.

A técnica, conhecida como "renervação muscular dirigida", envolve utilizar os nervos que restam depois da amputação de um braço e conectá-los a outro músculo do corpo, em geral no peito. Eletrodos são instalados sobre os músculos do peito, e operam como se fossem antenas. Quando a pessoa deseja mover o braço, o cérebro envia sinais que primeiro resultam em contração dos músculos do peito, os quais enviam um sinal ao braço protético, instruindo-se a se movimentar. O processo não requer mais esforços consciente do que a pessoa teria de exercitar caso ainda tivesse seu braço natural.

Na terça-feira, pesquisadores reportaram em estudo publicado pela versão online do Journal of the American Medical Association que haviam levado a técnica ainda mais à frente, tornando possível a execução de 10 movimentos de mão, pulso e cotovelo diferentes, o que representa uma substancial melhora com relação ao típico repertório protético, que em geral envolve apenas dobrar o cotovelo, girar o pulso e abrir a mão.

"Os novos métodos tiveram impacto dramático em nosso campo de trabalho", disse Stuart Harshbarger, engenheiro biomédico na Universidade Johns Hopkins e diretor do programa de pesquisa sobre próteses, financiado pelas forças armadas, que inclui o trabalho com essa técnica. "O método já está em uso por médicos e cirurgiões comuns em todo o país. A capacidade de controlar um membro protético bastante robusto que ele confere surpreendeu a todos pela qualidade".

Tipicamente, uma pessoa que tenha um braço protético só é capaz de executar alguns poucos movimentos, e muitas vezes com tamanha lentidão que isso só permite a ela atividades limitadas.

Há um motor separado para cada movimento, diz Gerald Loeb, professor de engenharia biomédica na Universidade do Sul da Califórnia, "e esses motores precisam ser controlados de maneira explícita", usualmente por um esforço consciente da pessoa para contrair músculos nas costas ou no bíceps.

"Essencialmente, até agora os pacientes controlavam apenas um motor de cada vez", diz Loeb, "e precisavam pensar cuidadosamente sobre que motor desejavam controlar e como fazê-lo operar, em lugar de simplesmente pensarem em mover o braço e poderem fazê-lo sem delongas".

Antes que Kitts passasse pelo procedimento de renervação, em outubro de 2007, por exemplo, ela precisava movimentar os músculos de suas costas de determinada maneira para fazer com que seu pulso girasse, e flexionar seu bíceps e tríceps para fazer com que o cotovelo se movesse para cima e para baixo. "Era muito trabalho", ela conta. "E não me ajudava muito".

O procedimento de renervação é parte de uma recente explosão de idéias novas e técnicas inovadoras que estão sendo exploradas enquanto os cientistas se esforçam por ajudar as pessoas a compensar melhor a perda de membros ou problemas de paralisia. O esforço vem sendo alimentado pelo aumento no número de amputações causado por diabetes e por ferimentos sofridos pelos militares, e ao mesmo tempo pelos avanços na tecnologia médica.

Os braços se tornaram um dos focos essenciais desse tipo de trabalho. A ciência há muito vem obtendo sucessos no desenvolvimento de próteses de perna, mas é muito mais difícil imitar a complexidade e a destreza das mãos e dos braços.

Os esforços em curso incluem o desenvolvimento de projetos de pele e braços mais sensíveis e mais flexíveis, e o uso de dispositivos acionados por controles sem fio implantado nos braços protéticos, que permitiriam movimentos mais naturais.

Os pesquisadores também vêm usando sensores implantados nos cérebros de cobaias para permitir que dois macacos controlem um braço mecânico, e um teste com um homem paralítico permitiu, com esse método, que ele movimentasse um cursor em uma tela de computador.

Alguns desses métodos, caso venham a ser aperfeiçoados plenamente e consigam aprovação das autoridades regulatórias da saúde, podem no futuro se tornar mais viáveis para os pacientes de amputações.

E embora a técnica da renervação não requeira aprovação das autoridades regulatórias porque é executada por meios cirúrgicos e emprega aparelhos já existentes, ela apresenta limitações que até mesmo seus criadores reconhecem, entre as quais o fato de que não se pode utilizá-la para todos os pacientes, o seu alto custo e o prazo de meses requerido para que os nervos reconectados cresçam e se tornem efetivos.

Ainda assim, os especialistas dizem que é o mais avançado sistema em uso hoje para pacientes reais que permite que o sistema nervoso controle diretamente o movimento de um braço artificial.

Desde sua introdução por Todd Kuiken, médico fisioterapeuta e engenheiro biomédico do Instituto de Reabilitação de Chicago, o método foi empregado em cerca de 30 pacientes nos Estados Unidos, Canadá e Europa, entre os quais oito soldados feridos no Iraque e no Afeganistão.

Muitos dos pacientes, entre os quais o primeiro, Jesse Sullivan, um operário do setor elétrico no Tennessee que perdeu os dois braços quando foi eletrocutado por um cabo, conseguem não apenas manipular seus braços protéticos mas sentir a presença das mãos que já não têm quando alguém toca em seus peitos.

Sullivan, 62 anos, e Kitts, estavam entre os cinco pacientes que participaram do estudo reportado na terça-feira. Em companhia de cinco outras pessoas que não passaram por amputações, eles receberam os eletrodos e foram instruídos a usar pensamentos para fazer com que um braço virtual na tela reproduzisse 10 movimentos diferentes, entre os quais três formas diferentes de aperto de mão.

Os pacientes apresentaram desempenho bastante respeitável, apenas um pouco mais lento e menos preciso do que os dos participantes que não tinham amputações.

"As velocidades de movimento que encontramos em nossos pacientes foram realmente encorajadoras", disse Kuiken. "Eles conseguiram completar a tarefa. É claro que não foram tão competentes quanto as pessoas dotadas de plena capacidade física, mas foram bons o bastante".

Um braço virtual foi usado porque a maioria das próteses existentes não era capaz de acomodar todos aqueles movimentos, no momento da pesquisa, ainda que Sullivan, Kitts e uma terceira paciente, Claudia Mitchell, tenham experimentado dois novos protótipos mais versáteis de braços artificiais, executando tarefas complexas com bolas de tênis e outros objetos.

O trabalho de renervação em soldados apresenta outros desafios, diz Kuiken, porque os ferimentos militares muitas vezes "causam danos muitos extensos" a nervos, músculos ou ossos.

Daniel Acosta, 25 anos, um aviador ferido pela detonação de uma bomba em uma estrada do Iraque em 2005, passou pelo procedimento no ano passado e diz que seu braço esquerdo protético agora se movimenta "muito mais rápido" e de maneira muito mais natural.

"A diferença é que agora não preciso mais pensar para mover o braço", ele diz. "Ele simplesmente se mexe".

Ainda assim, Acosta, de San Antonio, diz que "o processo foi bastante longo" e que os eletrodos precisam ser ajustados para receber os sinais à medida que os nervos crescem ou mudam de posição.

E embora elogiem o método, os especialistas afirmam que a ciência das próteses de braço ainda tem muito por avançar.

"Trata-se de uma parte crucial, mas ainda assim apenas uma parte, das muitas coisas que compreendem a função normal de um braço", disse Loeb, que escreveu um editorial que acompanha o artigo no Journal of the American Medical Association.

"No momento estamos a meio do caminho entre o braço de 'Dr. Fantástico', que fazia involuntariamente a saudação nazista, e o braço de Luke Skywalker em 'Guerra nas Estrelas', que funciona sem nenhum problema assim que é conectado. Creio que precisaremos ainda de muitos anos para conectar todas as peças necessárias a produzir um braço capaz de funcionar normalmente".

17:04
Anónimo disse...
A Espanha disse neste sábado que está preparando uma reclamação oficial contra a decisão da Venezuela de expulsar um membro do Parlamento Europeu que criticou o conselho eleitoral venezuelano.
Luis Herrero, membro do partido conservador espanhol PP, foi deportado na sexta-feira depois que o Conselho Nacional Eleitoral (CNE) o acusou de questionar a imparcialidade da instituição antes de um referendo que pode permitir ao presidente Hugo Chávez permanecer no cargo indefinidamente.

Herrero estava na Venezuela como observador do referendo. Ele acusou Chávez de ter "comportamentos típicos de um ditador" por pedir a contenção de manifestações da oposição.

O governo da Espanha convocou um encontro com o embaixador da Venezuela em Madri para expressar a desaprovação sobre a expulsão de Herrero, disse um representante do Ministério das Relações Exteriores espanhol.

As relações da Venezuela com a Espanha tiveram seu ponto crítico em 2007, quando Chávez ameaçou rever acordos diplomáticos e comerciais depois de ouvir um "cala a boca" do rei espanhol Juan Carlos durante uma cúpula.

A fenda foi oficialmente reparada em 2008, com uma visita oficial de Chávez à Espanha, onde ele cumprimentou o rei e discutiu acordos para investimento no setor petroquímico com o primeiro-ministro José Luis Rodriguez Zapatero.

17:06
Anónimo disse...
A polícia do Zimbábue anunciou neste sábado que acusa de traição Roy Bennett, dirigente do até agora opositor Movimento para a Mudança Democrática (MDC), detido na sexta-feira, em Harare, poucas horas antes da cerimônia de posse dos membros do novo gabinete.

"A Polícia nos informou que vão apresentar acusações de traição", disse à agência EFE o advogado de defesa de Bennett, Trust Maanda.

"Tentam relacionar Roy com o caso de Mike Hitschmann, que foi detido em 2006 em relação à descoberta de um carregamento de armas, apesar de que Hitschmann não tenha sido declarado culpado das acusações de traição apresentadas contra ele, mas de um crime menor de descumprimento de leis", disse Maanda.

O político opositor, designado por seu partido como vice-ministro de Agricultura no Governo de união nacional, esteve no exílio na vizinha África do Sul desde 2006 e retornou ao Zimbábue há duas semanas.

Segundo a Polícia, que deteve Bennett ontem no aeroporto de Harare quando pretendia ir à África do Sul para visitar sua família, as armas apreendidas em 2006 seriam utilizadas em um golpe de Estado para derrubar o presidente do Zimbábue, Robert Mugabe.

Depois da detenção, Bennet foi levado a Mutar, onde vários simpatizantes do MDC se concentraram em frente à delegacia na qual estava detido, diante do que a Polícia respondeu com tiros para o alto para dispersar os manifestantes.

17:07
Anónimo disse...
Austrália: 14 mil se candidatam a 'emprego dos sonhos'

A secretaria de Turismo de Queensland, na Austrália, informou que até esta segunda-feira já recebeu cerca de 14 mil inscrições para o "o melhor emprego do mundo". O Estado australiano promove pela internet seleção para vaga de "zelador" da ilha Hamilton, por seis meses com um salário de R$ 40 mil.

Muitos candidatos tiveram problemas durante a inscrição por conta dos acessos simultâneos ao site. A secretaria aconselha enviar os vídeos de 60s explicando porque deve ser escolhido em horários alternativos do dia, além de recomendar tamanho em torno de 40MB.

As inscrições começaram em 12 de janeiro e vão até o próximo dia 22 e podem ser feitas pelo site www.islandreefjob.com. O governo australiano escolherá 50 candidatos para a próxima fase da seleção, que terá votos do público para eleger um dos 11 finalistas.

A última fase terá entrevistas e desafios físicos, no próprio local de trabalho: as ilhas da Grande Barreira Coralina - o maior recife de coral do mundo. A secretaria de Turismo anunciará o vencedor no dia 6 de maio.

17:09
Anónimo disse...
Mercado elogia governo na crise, mas pede maior queda no juro

Peter Fussy
Direto de São Paulo

Desde as primeiras medidas anunciadas para combater os efeitos da crise, o governo brasileiro avisou que a estratégia não contemplaria um pacote. Seriam doses pontuais, de acordo com a necessidade da economia diante do agravamento das turbulências. Da primeira liberação dos depósitos compulsórios em setembro até a ampliação do seguro-desemprego na última quarta-feira, o governo passou por redução de impostos, ampliação de crédito e incentivos à exportação. Quase 150 dias após a primeira medida, o Terra conversou com líderes do setor público e privado, representantes dos trabalhadores, acadêmicos e com o próprio governo para saber quais destas ações foram mais eficazes, quais foram mais ineficientes e o que mais pode ser feito pelo Estado brasileiro contra a crise.

Os maiores elogios foram direcionados à atitude de reduzir o Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) para a indústria automobilística, anunciada em dezembro e que fez com que os emplacamentos de carros novos subissem 1,9% no primeiro mês do ano em relação a dezembro de 2008. Já as maiores críticas foram para a lentidão no corte da taxa básica de juro do País.

Para o presidente do conselho administrativo do Grupo Pão de Açúcar, Abílio Diniz, o Estado não é responsável pela crise e mesmo assim está agindo "com extrema serenidade e muito acerto". "O governo está atento, fazendo a sua parte. É preciso coragem de baixar firmemente a taxa de juros. É uma arma que temos a nosso favor, já que não há clima para inflação, nem possibilidade de danos para a macroeconomia", afirmou Diniz.

Na última reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), em janeiro, a taxa Selic foi reduzida em um ponto percentual, de 13,75% para 12,75% ao ano. Porém, o professor de economia da Universidade de Brasília (UnB) José Luiz Oreiro lembra que este corte representa uma redução de apenas 0,25 ponto percentual com relação à taxa de setembro do ano passado, quando a crise se agravou.

"Pouco antes da eclosão da crise, o Banco Central aumentou a taxa em 0,75 ponto. Foram cinco meses de demora para reduzir em termos líquidos apenas 0,25 ponto", afirmou o economista, que também sugeriu redução do intervalo de cerca de 90 dias entre as reuniões do Copom e o corte de pelo menos um 1 ponto percentual em cada reunião.

Mesmo com o corte de janeiro, a taxa de juros real continua sendo a maior do mundo, lembrou o secretário-geral da Força Sindical, João Carlos Gonçalves, o Juruna. "A redução da taxa de juro ainda é pequena, porque ela continua uma das mais altas do mundo. Falta ousadia para baixar os juros e ajudar o cidadão. A permanência da taxa de juro alta é negativa para o País em meio a crise", afirmou Juruna.

Embora aprove as ações do governo, o senador Aloízio Mercadante (PT-SP) também acredita que o patamar da Selic está muito alto. "Sempre fomos os primeiros a entrar em qualquer crise, o que não aconteceu agora. A taxa Selic ainda é muito alta, mas o governo têm tomado medidas acertadas, como o aumento do salário mínimo, mesmo com um cenário de crise. Isso ajuda a movimentar o consumo. O governo está se esforçando para manter os investimentos e o crescimento", disse.

Tributos
De acordo com o economista Fabio Pina, da Fecomercio-SP, as ações mais positivas estão relacionadas à redução de tributos para alguns segmentos, como a indústria automobilística, que recuperou parte da queda nas vendas em janeiro com a isenção do IPI para carros 1.0 l e o corte para demais motorizações. A medida vale até o final de março.

"Essas medidas não só reduziram o preço, mas anteciparam o consumo daqueles que iriam comprar no futuro, dando um prêmio por conta da insegurança. Mexe diretamente com o principal problema que é a confiança do consumidor", afirmou. Juruna destacou que um bom ritmo de vendas é garantia de emprego. "É importante porque cada emprego na montadora significa 19 na cadeia produtiva", comentou o representante da Força Sindical.

Também em dezembro, o governo decidiu cortar pela metade a alíquota do Imposto de Renda para contribuintes que ganham entre R$ 1.434 e R$ 2.150 mensais. "O salário aumentava e a tabela não se modificava. As pessoas ganhavam mais e pagavam mais impostos", apontou Juruna. Outra redução de tributos do governo foi com relação ao Imposto sobre Operações Financeiras (IOF), que caiu de 3% ao ano para 1,5%.

Crédito
Na segunda metade de 2008, o colapso de bancos nos Estados Unidos por conta da crise do subprime provocou uma forte restrição de crédito no mundo inteiro. Uma das primeiras medidas anticrise do governo teve como objetivo restabelecer a oferta, com mudanças no recolhimento dos depósitos compulsórios por parte dos bancos. Segundo o presidente do Banco Central, Henrique Meirelles, as diversas modificações liberaram US$ 99,2 bilhões aos bancos até o final de janeiro.

Além disso, o governo concedeu R$ 36 bilhões das reservas internacionais para empresas brasileiras com dívidas no exterior e uma medida provisória autorizou o Banco do Brasil e a Caixa Econômica Federal a comprar carteiras de crédito de bancos privados. Para o diretor do Departamento de Pesquisas e Estudos Econômicos da Fiesp, Paulo Francini, estas medidas foram essenciais para combater os efeitos da crise.

"A crise se desenvolve no mundo em torno do tema crédito. E o crédito reduziu-se barbaridade no mundo. Então o governo lança mão de compulsório, lança mão de reservas, de medidas que permitem aos bancos comprar carteiras de bancos. Você vai tomando várias medidas para atender às demandas e o epicentro disso é crédito", afirmou.

No entanto, Oreiro, da UnB, adverte que a liberação dos compulsórios seria mais eficiente acompanhada de redução mais agressiva da taxa básica de juro. "Uma parte do crédito voltou, depois da forte retração em outubro e novembro. O que deveria ter sido feito junto à liberação do compulsório era uma redução mais drástica da taxa de juro. Sem isso, os bancos pegam as reservas e acabam comprando títulos públicos", explicou o economista.

Na opinião de Pina, as ações de distribuição de crédito via redução do compulsório e a disposição de capital de giro para empresas foram tomadas sem um cuidado maior na operação e não tiveram muito efeito. "O BNDES tem linhas que ficam paradas quase todo o ano, agora é pior ainda. Existem os recursos, mas as empresas e os bancos estão desconfiados. É preciso fazer com que os bancos tenham interesse em emprestar", afirmou o economista da Fecomercio-SP.

Futuro
Mesmo com todas essas medidas, a crise financeira ainda gera incertezas nos setores produtivos do País. Nos últimos meses, o medo do desemprego fez os consumidores adiarem compras. Por sua vez, a queda nas vendas pode obrigar as indústrias a cortarem a produção e demitir funcionários. Contra isso, empresários sugerem redução de jornada e de salários.

"Isto está previsto em lei. A Fiesp simplesmente manteve conversações com entidades sindicais quanto à aplicação daquilo que já está previsto em lei", afirmou Francini.

Segundo a ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff, uma das medidas que assegura um nível de emprego é a manutenção de investimentos no Programa de Aceleração do Crescimento (PAC). "Estamos esperando que a dificuldade ocorra em janeiro, fevereiro e março. Estamos certos que vamos manter o nível de investimento. É isso que funciona, é isso que significa investimento público. Ele funciona como um colchão. Por isso, nós colocamos R$ 100 bilhões no BNDES e a Petrobras ampliou o seu investimento em R$ 120 bilhões", afirmou.

Na mesma linha, Pina explica que a antecipação de gastos do governo substitui parte da demanda retraída do setor privado. "Ele dá o seguinte recado: não vou estourar as contas públicas, mas concentrar em um momento em que a demanda privada está pequena. Mas o governo não tem fôlego suficiente para fazer o papel de toda demanda", ressaltou. O economista da Fecomercio lembrou que a entidade já pleiteou junto ao governo isenções para transferência de imóveis e de automóveis, além de retirar o IPVA para veículos novos.

Já Oreiro foca suas propostas na capitalização do Banco do Brasil e da Caixa Econômica Federal pelo Tesouro para atender a demanda de crédito para capital de giro e reduzir o spread. "Aumentando o empréstimo e reduzindo as taxas, os dois vão forçar os bancos privados a acompanhar o movimento, até para não perderem participação no mercado", explicou o economista da UnB.

Até o Carnaval, o governou prometeu detalhar um pacote de incentivos para a construção de até um milhão de casas populares, direcionado a famílias com renda de até dez salários mínimos. "Estamos atentos a tudo o que está acontecendo e novas medidas serão tomadas caso haja uma avaliação de que sejam necessárias", disse o ministro da Fazenda, Guido Mantega, na última sexta-feira.

17:11
Anónimo disse...
Ex-ministro critica extensão do seguro-desemprego

Atualizada às 09h03

O ex-ministro do Trabalho Almir Pazzianotto criticou a decisão do governo federal de conceder o seguro-desemprego estendido a apenas alguns setores. "É certamente odioso e provavelmente inconstitucional", disse Pazzianotto, de acordo com o jornal O Estado de S. Paulo.

Na última qurta, dia do anúncio da medida, centrais sindicais elogiaram a atitude do governo. A Força Sindical divulgou nota dizendo que "o aumento ajudará a aquecer parte da economia, já que irá gerar mais consumo, produção e conseqüentemente, a criação de novos postos de trabalho". A União Geral dos Trabalhadores (UGT) afirmou que a medida "contribuirá para minimizar o drama dos trabalhadores que perderem seu emprego por conta da crise".

O ex-ministro, que instituiu o seguro-desemprego no País no governo de José Sarney, destacou a necessidade de as centrais sindicais se manifestarem contra a determinação. Para ele, as mudanças devem ser aplicadas a todas as categorias profissionais e a distinção é contrária ao artigo 3º da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT).

Pazzianotto atribui a medida a um possível temor do governo de que a crise econômica seja longa e não haja dinheiro para atender a todas as necessidades. Ainda assim, ele se mostra contrário ao método de concessão. "O seguro-desemprego ajuda a sanar necessidades básicas. Estendê-lo é paliativo, não a solução", disse ao jornal.

De acordo com o presidente do Conselho Deliberativo do Fundo de Amparo ao Trabalhador (Codefat) e conselheiro da Força Sindical, Luiz Fernando Emediato, a determinação já estava prevista na lei 8.900/94, que trata do seguro-desemprego.

O presidente da Comissão de Trabalho da Câmara, Pedro Fernandes (PTB-MA) vai além na crítica à concessão do seguro para apenas alguns setores. Ele acredita que a ampliação do benefício estimula o desemprego.

Quintino Severo, secretário geral da Central Única dos Trabalhadores (CUT), lembra que a ampliação do benefício sem critério e identificação pode incentivar demissões em outros setores.

17:13
Anónimo disse...
Empresas
TAM faz promoção para destinos internacionais

A companhia aérea TAM anunciou nesta sexta-feira tarifas promocionais para trechos internacionais. Os preços valem para bilhetes comprados entre 6h deste sábado e 23h59 deste domingo e são válidos para classe econômica. As tarifas, para ida e volta, serão vendidas a partir de US$ 99, mais taxas.

Segundo a aérea, a promoção vale para viagens feitas no período de 14 de fevereiro a 18 de junho de 2009. Para destinos na América do Sul, a permanência mínima é de dois dias; para bilhetes com destino nos Estados Unidos, cinco dias; e Europa, sete dias. A permanência máxima para as passagens para América do Sul e EUA é de dois meses e para Europa, três meses.

Entre os exemplos de tarifas promocionais, a TAM oferece São Paulo-Lima por US$ 99. Bilhetes para a rota São Paulo-Santiago serão vendidos a partir de US$ 199 e São Paulo-Nova York, US$ 799.

A emissão dos bilhetes deve ser feita obrigatoriamente no ato da reserva, obedecendo às regras estipuladas pela companhia. A compra está sujeita à disponibilidade de assentos nas classes tarifárias determinadas, trechos, horários e datas. A TAM afirmou que também há tarifas promocionais para a classe executiva.

Mais informações podem ser encontradas no site promocional (www.ofertastam.com.br), no site da empresa (www.tam.com.br) ou pelos telefones 4002-5700 ou 0800 5705700.

17:13
Anónimo disse...
Empresas
Consultoria negocia compra do parque temático Hopi Hari

A consultoria especializada em reestruturação de empresas Íntegra Associados informou nesta sexta-feira ter um acordo para comprar o parque de diversões Hopi Hari, localizado no interior de São Paulo. A empresa estaria disposta a investir R$ 10 milhões no parque, que tem dívida estimada em R$ 800 milhões. As informações são da edição deste sábado do jornal Folha de S. Paulo.

De acordo com o jornal, a transação ainda depende da negociação entre o Hopi Hari e seus credores, o que já estaria em andamento.

A consultoria paulista já atuou junto à Parmalat, durante 30 meses, quando reorganizou a gestão da empresa italiana.

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17:14
Anónimo disse...
Empresas
Disney de Tóquio contratará mais 2 mil apesar da crise


A Oriental Land, o operador da Disneylândia Tóquio e DisneySea, organizou neste domingo entrevistas para contratar cerca de 2 mil trabalhadores em tempo parcial, em um momento de grandes demissões deste tipo de empregados no Japão.

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O operador deste parque temático, situado em Urayasu, na província de Chiba (leste de Tóquio), está em pleno processo de seleção de empregados para 20 tipos de postos trabalhistas diferentes.

Segundo a companhia, citada pela agência local de notícias Kyodo, o parque contratará novos trabalhadores para as atrações, para os restaurantes e guardas de segurança entre outros. Os novos contratados começarão a trabalhar a partir de fevereiro.

O processo de seleção acontece em um momento em que a maioria das grandes companhias japonesas começaram a se ver obrigadas a despedir uma elevada percentagem de seus trabalhadores temporários e a tempo parcial.

Algumas inclusive anunciaram demissões de seus trabalhadores fixos, uma medida muito pouco comum nas companhias japonesas, perante os efeitos piores que o esperado pela crise econômica global.

Cerca de uma centena de pessoas esperavam desde a primeira hora desta manhã a abertura do centro de conferências Tokyo International Forum, onde as entrevistas estão sendo feitas, para ser os primeiros a solicitar os postos de trabalho.


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17:15
Anónimo disse...
Economia Internacional
Senado dos EUA aprova plano de estímulo à economia

O Senado dos Estados Unidos aprovou com 60 votos a favor e 38 contra o plano de estímulo à economia de US$ 787 bilhões na madrugada deste sábado. Agora, ele segue para sanção ou veto do presidente Barack Obama, que espera colocar a lei em prática até o dia 16 de fevereiro.

O plano prevê a criação de três milhões de empregos, inclui cortes de impostos às famílias, fundos para programas sociais e obras públicas, além de ajuda aos governos estaduais, estudantes e desempregados.

A cláusula Buy American - que exige o uso de ferro, aço e produtos manufaturados dos Estados Unidos em obras realizadas com recursos do pacote - ficou de lado. Segundo o texto definitivo, a cláusula será aplicada sem violar as normas do comércio internacional.

Ontem à tarde, a Câmara de Representantes (deputados) havia aprovado, por 246 votos a favor e 183 contra, a versão final do plano. Todos os republicanos foram contrários ao pacote.

Pelo acordo de quarta-feira entre Câmara e Senado, em vez de custar US$ 819 bilhões, como queriam os deputados, ou US$ 838 bilhões como pretendiam os senadores, o pacote ficou em cerca de US$ 787 bilhões, com 65% desse total destinado a gastos do governo federal e 35%, a créditos tributários.

17:16
Anónimo disse...
Economia nacional
Na era Lula, aposentadoria sobe 54% menos que salário mínimo

Thatiane Faria
Especial para o Terra
Direto de São Paulo

Os índices de reajustes concedidos pelo governo em 2009 para aposentados e pensionistas e para o salário mínimo repetiram uma diferença que, só durante o governo de Luiz Inácio Lula da Silva, já chega a 54%. Enquanto o mínimo foi majorado em 12% este ano, as pensões e aposentadorias tiveram aumento de 5,92%. Aposentados que têm o benefício do governo como única fonte de renda reclamam que perdem poder de compra e que sua cesta de compras é composta por itens que aumentam mais em relação à inflação oficial.

Um exemplo prático pode ser entendido a partir da comparação entre um aposentado que ganhava R$ 600 em janeiro de 2003. Na época, o benefício era três vezes, ou 200%, maior que o valor do mínimo em vigência, que era de R$ 200. Aplicando-se os índices de reajuste para aposentadorias e para o mínimo durante os últimos seis anos, o mesmo aposentado estaria recebendo hoje R$ 938,47, comparado a um salário mínimo de R$ 465. A diferença entre os dois valores caiu para pouco mais de 100%.

Enquanto o índice acumulado de reajuste para a aposentadoria durante o governo Lula foi de 60%, para o salário mínimo está em 132%.

O diretor do Sindicato Nacional dos Aposentados, João Inocentini, reclama que os valores dos benefícios para aposentadorias não mantêm o poder de compra do grupo, principalmente dos aposentados que recebem menos que dez salários mínimos.

Nem mesmo o fato de o índice de reajuste das aposentadorias ter ficado acima da inflação acumulada no mesmo período (o IPCA entre janeiro de 2003 e janeiro de 2009 foi de 39,7%) serve de argumento, segundo os aposentados.

"Os idosos, principalmente, têm gastos além das contas gerais como gás, telefone e aluguel. Para eles o custo com remédios, e outros itens da área saúde costuma ser maior", afirmou Inocentini.

O presidente do sindicato afirmou que o grupo realiza um estudo com 100 itens de necessidade de um idoso para comparar o aumento dos produtos com o índice de reajuste do benefício recebido pelos aposentados.

"Daqui dois meses vamos abrir um processo na Justiça e levar essa pesquisa como prova. Segundo a lei, o governo é obrigado a manter o poder de compra com a aposentadoria", disse Inocentini.

Alternativas
O consultor financeiro Cláudio Boriola diz que os aposentados, especialmente nesse momento de crise econômica, devem evitar compras parceladas, pesquisar preços, negociar e fazer bom planejamento financeiro.

Segundo Boriola, alguns aposentados ganham um valor mensal muitas vezes insuficiente para o pagamento das contas e acabam pedindo crédito ou realizando pagamentos a prazo e são obrigados a pagar juros altos.

Na opinião do consultor, pagar uma previdência privada é uma alternativa indicada para quem ainda trabalha, considerando a característica de perda de poder de compra da aposentadoria.

"Na prática, infelizmente os valores encontram-se em um patamar que está deteriorando o poder de aquisição da população brasileira", completou Boriola.

De acordo com o diretor da Confederação Brasileira de Aposentados e Pensionistas (Cobap), Vicente Fernandes Barbosa, representantes dos aposentados tentarão um encontro com o presidente da Câmara, deputado Michel Temer (PMDB-SP), para discutir projetos que minimizem a perda dos aposentados

17:17
Anónimo disse...
Previdência
Previdência prorroga isenção de tarifas no benefício

O atual sistema de pagamento aos 26 milhões de aposentados e pensionistas do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) será mantido até o final deste ano. O acordo, que permite realizar a operação sem nenhum custo aos beneficiários, foi renovado nesta sexta-feira, entre o governo federal e 21 instituições financeiras.

Por meio desse acordo, vigente desde setembro de 2007, nem os segurados, nem os bancos e nem o governo arcam com o pagamento de tarifas, conforme explicou o ministro da Previdência Social, José Pimentel. A prorrogação vale até dezembro, data máxima para que a Previdência defina as regras para um novo contrato.

Ao assinar o termo de renovação, na sede da Federação Brasileira dos Bancos (Febraban), o ministro disse que a intenção do governo é mudar o atual modelo de gestão visando a reduzir os custos dessas operações em torno da folha mensal, que atinge R$ 15,8 bilhões. No entanto, qualquer alteração, conforme explicou, passará antes por audiências públicas a serem realizadas a partir do segundo semestre deste ano, atendendo a determinação do Tribunal de Contas da União (TCU).

De acordo com Pimentel, com um redesenho do mecanismo de repasse dos recursos aos bancos em torno da folha de pagamento dos segurados o que se busca é um aumento da participação de instituições financeiras. Ele informou que, desde 2007, cada benefício custa em média R$ 1,07 ao governo. "Quanto mais instituições financeiras estiverem prestando serviços à sociedade, maior é a competitividade, a agilidade no atendimento", justificou.

O ministro observou, ainda, que, para permitir uma redução para algo em torno de meia hora no tempo de atendimento para a concessão dos direitos previdenciários, o governo investiu R$ 280 milhões.

Questionado sobre o descontentamento dos segurados que ganham acima de um salário mínimo terem obtido apenas a correção com base na variação do Índice de Preços ao Consumidor (INPC) , ficando abaixo do reajuste dado a quem recebe apenas o mínimo, Pimentel argumentou que o governo seguiu o que determina a lei e descartou a possibilidade de uma revisão

17:17
Anónimo disse...
Empresas
Caterpillar oferece aposentadoria antecipada a 2 mil


A companhia americana Caterpillar ofereceu a cerca de dois mil funcionários incentivos para que se aposentem de forma voluntária antes do previsto, pela perspectiva de uma queda "significativa" da atividade industrial, informou nesta quarta-feira a empresa.

A iniciativa, destinada aos trabalhadores de diversas fábricas em Illinois, Colorado, Tennessee e Pensilvânia, se soma aos cortes de empregos anunciados em janeiro, explicou em comunicado de imprensa.

A empresa, a maior fabricante mundial de maquinaria pesada para a construção e a mineração, acrescentou que, "em função das condições de negócio, podem ser necessárias mais reduções de elenco voluntárias e involuntárias à medida que o ano avança".

O vice-presidente da companhia, Sid Banwart, explicou que a empresa prevê "demissões significativas em todas as regiões geográficas e na maioria dos setores devido às dificuldades da economia mundial".

17:18
Anónimo disse...
Comércio
Comércio exterior da OCDE caiu no 3º trimestre de 2008


As exportações e as importações dos países da Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Econômico (OCDE) caíram 1,6% e 0,2%, respectivamente, no terceiro trimestre de 2008, em relação aos três meses anteriores.

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Trata-se da primeira queda destas atividades desde o terceiro trimestre de 2006, segundo o último relatório trimestral sobre fluxos comerciais divulgado pela OCDE.

As exportações e as importações em dólares dos 30 Estados-membros caíram 15,6% e 17%, respectivamente, na comparação anualizada.

Por sua vez, o comércio dos sete países mais ricos do mundo (G7) teve um pequeno crescimento no terceiro trimestre de 2008 com uma queda das exportações de mercadorias de 0,2% em relação ao trimestre anterior e um aumento de 0,4% das importações.

Em termos anualizados, as importações do G7 caíram 1,4% entre julho e setembro do ano passado, seu primeiro retrocesso desde o terceiro trimestre de 2006, enquanto as exportações aumentaram 1,9%, seu crescimento mais baixo no mesmo tempo.

Por países, a Alemanha aumentou suas importações em 3,4% - valor mais alto do G7 -, enquanto suas exportações caíram 2,9% do segundo para o terceiro trimestre de 2008.

Pelo contrário, as exportações americanas aumentaram 1,8% entre julho e setembro de 2008, enquanto as importações caíram 0,7% em relação ao trimestre anterior. No Japão, tanto as importações quanto as exportações caíram em torno de 1% no mesmo período.

17:19
Anónimo disse...
Economia Nacional
Lula: juros de crédito consignado a aposentados são altos

Atualizada às 17h29

O presidente Luis Inácio Lula da Silva afirmou nesta terça-feira, em São Paulo, que está lutando para reduzir as taxas de juros cobradas de aposentados em crédito consignado. A Previdência Social estabelece uma taxa máxima de 2,5% para empréstimo e de 3,5% para cartão. Para Lula, os valores são altos.

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"Acho que o juro que os aposentados estão pagando hoje com o crédito consignado é alto para o padrão brasileiro", disse o presidente durante a cerimônia de comemoração dos 86 anos do INSS.

A Previdência anunciou nesta terça-feira que aposentados e trabalhadoras com licença-maternidade poderão receber seus benefícios em 30 minutos. De acordo com Lula, em junho, a aposentadoria do trabalhador rural também será conseguida em meia hora.

Além disso, o presidente anunciou que, também em junho, os trabalhadores que alcançarem o direito à aposentadoria passarão a receber em suas casas um comunicado da Previdência informando o fato e o valor do salário que têm direito a receber. "É um comprometimento público que estou fazendo com os companheiros da Previdência Social", disse.

"Estamos retribuindo ao contribuinte da Previdência Social aquilo que é a cidadania que ele tem direito", afirmou Lula. "Se para cobrar nós somos tão precisos, para devolver o dinheiro, temos que chegar próximo à perfeição", completou.

17:20
Anónimo disse...
Economia Nacional
Salário maternidade sairá em 30 minutos, diz ministro

Toda trabalhadora autônoma que tiver contribuído pelo menos 10 meses com o Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) - ou as que possuírem carteira assinada - poderão receber em 30 minutos o salário maternidade a partir desta terça-feira. Da mesma forma, as mulheres com 30 anos de contribuição e os homens com 35 anos também terão direito ao benefício de forma mais rápida. A informação é do ministro da Previdência Social, José Pimentel.

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Para requerer o salário maternidade, é preciso que as autônomas levem a carteira de identidade e o carnê de contribuição. As demais trabalhadoras devem apresentar a identificação e a carteira de trabalho. Desde o início do mês, a nova forma de análise para a concessão de benefícios foi adotada para a aposentadoria por idade do trabalhador urbano e agora foi estendida para o salário maternidade e por tempo de contribuição.

O ministro disse que a qualificação do serviço da previdência social é o reconhecimento do direito dos trabalhadores e da afirmação da cidadania.

"Até pouco tempo na cabeça do cidadão o serviço devia ser de péssima qualidade. Agora não, nós modificamos toda a legislação no mês de dezembro numa ação conjunta do Congresso Nacional com o governo federal. Estamos implantando e concedendo os benefícios em até 30 minutos", afirmou.

O ministro destacou que para conseguir se aposentar ou ter acesso à licença maternidade em 30 minutos, em primeiro lugar, é necessário que o cidadão esteja vinculado à Previdência, o que inclui 65% da população acima de 16 anos de idade.

"Depois bastar marcar pelo sistema 135 o dia e a hora do atendimento e levar a documentação. Se todos os dados necessários estiverem corretos o contribuinte será atendido em até 30 minutos, como vem sendo feito com as aposentadorias por idade desde o dia cinco de janeiro", explicou.

Pimentel disse ainda que em 90% das agências da previdência social o atendimento é marcado em até 48 horas. Nos grandes centros, entretanto existe um volume maior o que torna mais lento o processo.

"Estamos criando mais 715 agências até 2010, em todo o território nacional, para descentralizar o atendimento. Em 2008, atendemos 295 mil benefícios e aposentadorias por idade. Temos 4 mil pessoas por dia procurando e se aposentando por idade no território nacional. Este serviço será agilizado", concluiu.

Anónimo disse...

Giuseppe Englaro, pai de Eluana, a italiana que morreu na segunda-feira passada por desidratação, recusou uma grande soma de dinheiro de um conhecido fotógrafo italiano que queria retratar a filha em estado de coma, disse neste sábado o neurologista que atendia a mulher desde 1996, Carlo Defanti.

O neurologista, que participou hoje de uma conferência sobre eutanásia, disse que Englaro respeitou a vontade da filha, que, antes do acidente, tinha pedido que, se lhe ocorresse qualquer coisa irreversível, apresentasse sua imagem de quando estava em boas condições.

Antes de sofrer o acidente de trânsito, em 1992, Eluana viveu o coma de um amigo, Alessandro, o que causou forte impacto na italiana e a levou a fazer o pai prometer que não a deixasse viver em estado vegetativo, disse o próprio Giuseppe Englaro.

Defanti, que dissera que Eluana poderia viver de dez a 12 dias depois da suspensão da alimentação e da hidratação, disse que, como médico, tinha que reprovar esta afirmação.

"Não se pode sobreviver após três ou quatro dias sem líquido e, em particular, água em um corpo. Sabemos bem que, quando há um terremoto, após quatro dias é difícil encontrar sobreviventes".

Defanti ressaltou que Eluana "não falava, não se comunicava com o exterior" e que, após vários exames, "nos deparamos com uma moça que tinha perdido a consciência", porque estava com o córtex cerebral prejudicado.

Eluana foi enterrada na quinta-feira passada no túmulo da família na localidade de Paluzza, em Udine, após um funeral que não contou com a presença dos pais.

16:53
Anónimo disse...
Os bombeiros combatem neste sábado os incêndios na Austrália favorecidos pelo bom tempo, enquanto os deslocados encotram em seu retorno casas derruídas, carros queimados nas ruas e destruição.

Depois de sete dias desde que começaram os incêndios no Estado de Victoria, a lista de mortos chega a 181, os desaparecidos somam 50, os edifícios destruídos totalizam 1,834 mil e o terreno arrasado, principalmente florestas, ocupa uma área de 4,13 mil quilômetros quadrados.

As equipes de bombeiros, formadas por 4 mil profissionais de Victoria, de outras partes da Austrália e de países amigos, combateram hoje 12 focos fora de controle e nenhum representava uma ameaça direta para a população.

O subdiretor do Serviço de Bombeiros, Geoff Conway, disse que este tempo favorável, que se prolongará durante o domingo, permite consolidar as linhas de contenção e avançar na extinção das chamas.

Cinzas apareceram arrastadas por ventos do nordeste sobre Melbourne, onde habitam 3,8 milhões de pessoas, e as autoridades alertaram aos cidadãos do risco para a saúde de idosos, crianças e pessoas com problemas respiratórios.

O número de pessoas deslocadas - a Cruz Vermelha chegou a receber 7 mil - começou a cair com a abertura de algumas localidades atingidas.

Os incêndios, alguns criminosos, começaram em 7 de fevereiro, quando a região sul da Austrália estava há duas semanas sob uma onda de calor sem precedentes.

Na sexta-feira passada, a polícia acusou uma pessoa de ter provocado o incêndio que atingiu a localidade de Churchill e matou 21 pessoas.

16:55
Anónimo disse...
A primeira chuva em seis dias reduziu a ameaça de incêndios no Estado de Victoria, ao sul da Austrália. As autoridades, porém, advertiram que ainda existem 12 focos, mas que nenhum deles ameaça áreas povoadas.

Mais de quatro mil bombeiros, mil provenientes de outras partes do país e de outras nações, trabalham contra o fogo. Cerca de 600 veículos e 28 helicópteros e pequenos aviões estão sendo usados.


Eles conseguiram construir linhas de contenção para evitar os incêndios de Yarra e Maroondah se juntassem. Também foram controlados os incêndios abertos de Yea e Murrindindi, que ameaçavam as comunidades de Connellys Creek, Crystal Creek, Scrubby Creek e Native Dog Creek.

O número de mortos chegou a 181, mas as autoridades acreditam que as vítimas devem passar de 200, já que ainda há muitos desaparecidos.

16:55
Anónimo disse...
Aqui nesta coluna, na semana passada, tive a oportunidade de comentar sobre a recente visita do professor brasileiro Pedrinho Guareschi à Austrália. Não dei, porém, os fatos, pois semana passada o assunto era outro.

Hoje, porém, vamos a eles.

No último dia 4 de fevereiro, aconteceu o Seminário "Paulo Freire: Education and Liberation", organizado pelo centro de estudos latino-americanos da Universidade Nacional da Austrália, ou ANU, como é mais conhecida por aqui.

A ANU, para quem não sabe, está entre as 20 melhores universidades do mundo! E tem sede aqui em Camberra, capital da Austrália.

Na abertura do evento, o professor John Minns, diretor do centro latino-americano, ao dar boas-vindas ao público presente, lembrou ser aquele o primeiro seminário exclusivamente dedicado a Paulo Freire na Austrália.

Em seguida, convidou Pedrinho Guareschi, palestrante principal do Seminário, a fazer sua apresentação.

A plateia pode então conhecer, pelas palavras de Pedrinho, um pouco da obra e da vida de Freire, esse brasileiro de fé e valor, que sempre acreditou na educação, sobretudo dos menos favorecidos, analfabetos, como força libertadora.

Como não podia deixar de ser, os conceitos e ideias revolucionários de Paulo Freire, expostos com clareza por Pedrinho, despertaram o interesse e a curiosidade de plateia. A qual, deve-se notar, era na maioria de estudantes, mas de várias nacionalidades, sobretudo australianos e asiáticos.

Na continuação do programa do seminário, que se estendeu por dois dias, outros professores fizeram palestras sobre temas ligados à obra de Paulo Freire.

Interessante, por exemplo, saber que a professora Anne Hickling-Hudson, jamaicana que mora na Austrália há muitos anos (é professora da ANU), conheceu e trabalhou com Freire num workshop educacional durante a revolução na Ilha de Granada, em 1980, antes da invasão dos Estados Unidos...

Ou, então, a palestra da Professora Gerda Roelvink, da Nova Zelândia, que participou do Fórum Social de Porto Alegre em 2005. E essa participação transformou-se em tema de doutorado.

No dia 10, terça-feira passada, o padre Pedrinho Guareschi voltou a falar ao público australiano em grande auditório localizado no belíssimo campus da ANU. Desta vez, sobre a Teologia da Libertação.

Depois da palestra, John Minns mostrou o filme mexicano "O Crime do Padre Amaro", no qual um dos personagens é um padre católico praticante da Teologia da Libertação.

Mais uma vez, foi grande o intersse da platéia, que pode aprender e conhecer um pouco como se desenvolveu aquele importante movimento católico na América Latina.

Fica, assim, ao Pedrinho, bem como a outros brasileiros estudiosos e de bom coração que saem pelo mundo a divulgar aspectos importantes da cultura brasileira, o respeito e a homenagem desta coluna. E... aquele abraço!

16:57
Anónimo disse...
Amanda Kitts perdeu o braço esquerdo em um acidente de automóvel acontecido três anos atrás, mas hoje em dia ela joga futebol americano com seu filho de 12 anos de idade, troca fraldas e abraça as crianças nas três creches Kiddie Cottage que opera em Knoxville, Tennessee. Kitts, 40 anos, faz tudo isso com a ajuda de um novo tipo de braço artificial que se movimenta com mais facilidade do que outros aparelhos e que ela pode controlar utilizando apenas seus pensamentos.

"Eu sou capaz de mexer a mão, o pulso e o cotovelo ao mesmo tempo", diz. "Você pensa e os músculos se movem em seguida".

A recuperação que ela conseguiu resulta de um novo procedimento que vem atraindo crescente atenção porque permite que pessoas movam braços protéticos de forma mais automática do que faziam no passado, simplesmente utilizando nervos reaproveitados em seus cérebros.

A técnica, conhecida como "renervação muscular dirigida", envolve utilizar os nervos que restam depois da amputação de um braço e conectá-los a outro músculo do corpo, em geral no peito. Eletrodos são instalados sobre os músculos do peito, e operam como se fossem antenas. Quando a pessoa deseja mover o braço, o cérebro envia sinais que primeiro resultam em contração dos músculos do peito, os quais enviam um sinal ao braço protético, instruindo-se a se movimentar. O processo não requer mais esforços consciente do que a pessoa teria de exercitar caso ainda tivesse seu braço natural.

Na terça-feira, pesquisadores reportaram em estudo publicado pela versão online do Journal of the American Medical Association que haviam levado a técnica ainda mais à frente, tornando possível a execução de 10 movimentos de mão, pulso e cotovelo diferentes, o que representa uma substancial melhora com relação ao típico repertório protético, que em geral envolve apenas dobrar o cotovelo, girar o pulso e abrir a mão.

"Os novos métodos tiveram impacto dramático em nosso campo de trabalho", disse Stuart Harshbarger, engenheiro biomédico na Universidade Johns Hopkins e diretor do programa de pesquisa sobre próteses, financiado pelas forças armadas, que inclui o trabalho com essa técnica. "O método já está em uso por médicos e cirurgiões comuns em todo o país. A capacidade de controlar um membro protético bastante robusto que ele confere surpreendeu a todos pela qualidade".

Tipicamente, uma pessoa que tenha um braço protético só é capaz de executar alguns poucos movimentos, e muitas vezes com tamanha lentidão que isso só permite a ela atividades limitadas.

Há um motor separado para cada movimento, diz Gerald Loeb, professor de engenharia biomédica na Universidade do Sul da Califórnia, "e esses motores precisam ser controlados de maneira explícita", usualmente por um esforço consciente da pessoa para contrair músculos nas costas ou no bíceps.

"Essencialmente, até agora os pacientes controlavam apenas um motor de cada vez", diz Loeb, "e precisavam pensar cuidadosamente sobre que motor desejavam controlar e como fazê-lo operar, em lugar de simplesmente pensarem em mover o braço e poderem fazê-lo sem delongas".

Antes que Kitts passasse pelo procedimento de renervação, em outubro de 2007, por exemplo, ela precisava movimentar os músculos de suas costas de determinada maneira para fazer com que seu pulso girasse, e flexionar seu bíceps e tríceps para fazer com que o cotovelo se movesse para cima e para baixo. "Era muito trabalho", ela conta. "E não me ajudava muito".

O procedimento de renervação é parte de uma recente explosão de idéias novas e técnicas inovadoras que estão sendo exploradas enquanto os cientistas se esforçam por ajudar as pessoas a compensar melhor a perda de membros ou problemas de paralisia. O esforço vem sendo alimentado pelo aumento no número de amputações causado por diabetes e por ferimentos sofridos pelos militares, e ao mesmo tempo pelos avanços na tecnologia médica.

Os braços se tornaram um dos focos essenciais desse tipo de trabalho. A ciência há muito vem obtendo sucessos no desenvolvimento de próteses de perna, mas é muito mais difícil imitar a complexidade e a destreza das mãos e dos braços.

Os esforços em curso incluem o desenvolvimento de projetos de pele e braços mais sensíveis e mais flexíveis, e o uso de dispositivos acionados por controles sem fio implantado nos braços protéticos, que permitiriam movimentos mais naturais.

Os pesquisadores também vêm usando sensores implantados nos cérebros de cobaias para permitir que dois macacos controlem um braço mecânico, e um teste com um homem paralítico permitiu, com esse método, que ele movimentasse um cursor em uma tela de computador.

Alguns desses métodos, caso venham a ser aperfeiçoados plenamente e consigam aprovação das autoridades regulatórias da saúde, podem no futuro se tornar mais viáveis para os pacientes de amputações.

E embora a técnica da renervação não requeira aprovação das autoridades regulatórias porque é executada por meios cirúrgicos e emprega aparelhos já existentes, ela apresenta limitações que até mesmo seus criadores reconhecem, entre as quais o fato de que não se pode utilizá-la para todos os pacientes, o seu alto custo e o prazo de meses requerido para que os nervos reconectados cresçam e se tornem efetivos.

Ainda assim, os especialistas dizem que é o mais avançado sistema em uso hoje para pacientes reais que permite que o sistema nervoso controle diretamente o movimento de um braço artificial.

Desde sua introdução por Todd Kuiken, médico fisioterapeuta e engenheiro biomédico do Instituto de Reabilitação de Chicago, o método foi empregado em cerca de 30 pacientes nos Estados Unidos, Canadá e Europa, entre os quais oito soldados feridos no Iraque e no Afeganistão.

Muitos dos pacientes, entre os quais o primeiro, Jesse Sullivan, um operário do setor elétrico no Tennessee que perdeu os dois braços quando foi eletrocutado por um cabo, conseguem não apenas manipular seus braços protéticos mas sentir a presença das mãos que já não têm quando alguém toca em seus peitos.

Sullivan, 62 anos, e Kitts, estavam entre os cinco pacientes que participaram do estudo reportado na terça-feira. Em companhia de cinco outras pessoas que não passaram por amputações, eles receberam os eletrodos e foram instruídos a usar pensamentos para fazer com que um braço virtual na tela reproduzisse 10 movimentos diferentes, entre os quais três formas diferentes de aperto de mão.

Os pacientes apresentaram desempenho bastante respeitável, apenas um pouco mais lento e menos preciso do que os dos participantes que não tinham amputações.

"As velocidades de movimento que encontramos em nossos pacientes foram realmente encorajadoras", disse Kuiken. "Eles conseguiram completar a tarefa. É claro que não foram tão competentes quanto as pessoas dotadas de plena capacidade física, mas foram bons o bastante".

Um braço virtual foi usado porque a maioria das próteses existentes não era capaz de acomodar todos aqueles movimentos, no momento da pesquisa, ainda que Sullivan, Kitts e uma terceira paciente, Claudia Mitchell, tenham experimentado dois novos protótipos mais versáteis de braços artificiais, executando tarefas complexas com bolas de tênis e outros objetos.

O trabalho de renervação em soldados apresenta outros desafios, diz Kuiken, porque os ferimentos militares muitas vezes "causam danos muitos extensos" a nervos, músculos ou ossos.

Daniel Acosta, 25 anos, um aviador ferido pela detonação de uma bomba em uma estrada do Iraque em 2005, passou pelo procedimento no ano passado e diz que seu braço esquerdo protético agora se movimenta "muito mais rápido" e de maneira muito mais natural.

"A diferença é que agora não preciso mais pensar para mover o braço", ele diz. "Ele simplesmente se mexe".

Ainda assim, Acosta, de San Antonio, diz que "o processo foi bastante longo" e que os eletrodos precisam ser ajustados para receber os sinais à medida que os nervos crescem ou mudam de posição.

E embora elogiem o método, os especialistas afirmam que a ciência das próteses de braço ainda tem muito por avançar.

"Trata-se de uma parte crucial, mas ainda assim apenas uma parte, das muitas coisas que compreendem a função normal de um braço", disse Loeb, que escreveu um editorial que acompanha o artigo no Journal of the American Medical Association.

"No momento estamos a meio do caminho entre o braço de 'Dr. Fantástico', que fazia involuntariamente a saudação nazista, e o braço de Luke Skywalker em 'Guerra nas Estrelas', que funciona sem nenhum problema assim que é conectado. Creio que precisaremos ainda de muitos anos para conectar todas as peças necessárias a produzir um braço capaz de funcionar normalmente".

17:04
Anónimo disse...
A Espanha disse neste sábado que está preparando uma reclamação oficial contra a decisão da Venezuela de expulsar um membro do Parlamento Europeu que criticou o conselho eleitoral venezuelano.
Luis Herrero, membro do partido conservador espanhol PP, foi deportado na sexta-feira depois que o Conselho Nacional Eleitoral (CNE) o acusou de questionar a imparcialidade da instituição antes de um referendo que pode permitir ao presidente Hugo Chávez permanecer no cargo indefinidamente.

Herrero estava na Venezuela como observador do referendo. Ele acusou Chávez de ter "comportamentos típicos de um ditador" por pedir a contenção de manifestações da oposição.

O governo da Espanha convocou um encontro com o embaixador da Venezuela em Madri para expressar a desaprovação sobre a expulsão de Herrero, disse um representante do Ministério das Relações Exteriores espanhol.

As relações da Venezuela com a Espanha tiveram seu ponto crítico em 2007, quando Chávez ameaçou rever acordos diplomáticos e comerciais depois de ouvir um "cala a boca" do rei espanhol Juan Carlos durante uma cúpula.

A fenda foi oficialmente reparada em 2008, com uma visita oficial de Chávez à Espanha, onde ele cumprimentou o rei e discutiu acordos para investimento no setor petroquímico com o primeiro-ministro José Luis Rodriguez Zapatero.

17:06
Anónimo disse...
A polícia do Zimbábue anunciou neste sábado que acusa de traição Roy Bennett, dirigente do até agora opositor Movimento para a Mudança Democrática (MDC), detido na sexta-feira, em Harare, poucas horas antes da cerimônia de posse dos membros do novo gabinete.

"A Polícia nos informou que vão apresentar acusações de traição", disse à agência EFE o advogado de defesa de Bennett, Trust Maanda.

"Tentam relacionar Roy com o caso de Mike Hitschmann, que foi detido em 2006 em relação à descoberta de um carregamento de armas, apesar de que Hitschmann não tenha sido declarado culpado das acusações de traição apresentadas contra ele, mas de um crime menor de descumprimento de leis", disse Maanda.

O político opositor, designado por seu partido como vice-ministro de Agricultura no Governo de união nacional, esteve no exílio na vizinha África do Sul desde 2006 e retornou ao Zimbábue há duas semanas.

Segundo a Polícia, que deteve Bennett ontem no aeroporto de Harare quando pretendia ir à África do Sul para visitar sua família, as armas apreendidas em 2006 seriam utilizadas em um golpe de Estado para derrubar o presidente do Zimbábue, Robert Mugabe.

Depois da detenção, Bennet foi levado a Mutar, onde vários simpatizantes do MDC se concentraram em frente à delegacia na qual estava detido, diante do que a Polícia respondeu com tiros para o alto para dispersar os manifestantes.

17:07
Anónimo disse...
Austrália: 14 mil se candidatam a 'emprego dos sonhos'

A secretaria de Turismo de Queensland, na Austrália, informou que até esta segunda-feira já recebeu cerca de 14 mil inscrições para o "o melhor emprego do mundo". O Estado australiano promove pela internet seleção para vaga de "zelador" da ilha Hamilton, por seis meses com um salário de R$ 40 mil.

Muitos candidatos tiveram problemas durante a inscrição por conta dos acessos simultâneos ao site. A secretaria aconselha enviar os vídeos de 60s explicando porque deve ser escolhido em horários alternativos do dia, além de recomendar tamanho em torno de 40MB.

As inscrições começaram em 12 de janeiro e vão até o próximo dia 22 e podem ser feitas pelo site www.islandreefjob.com. O governo australiano escolherá 50 candidatos para a próxima fase da seleção, que terá votos do público para eleger um dos 11 finalistas.

A última fase terá entrevistas e desafios físicos, no próprio local de trabalho: as ilhas da Grande Barreira Coralina - o maior recife de coral do mundo. A secretaria de Turismo anunciará o vencedor no dia 6 de maio.

17:09
Anónimo disse...
Mercado elogia governo na crise, mas pede maior queda no juro

Peter Fussy
Direto de São Paulo

Desde as primeiras medidas anunciadas para combater os efeitos da crise, o governo brasileiro avisou que a estratégia não contemplaria um pacote. Seriam doses pontuais, de acordo com a necessidade da economia diante do agravamento das turbulências. Da primeira liberação dos depósitos compulsórios em setembro até a ampliação do seguro-desemprego na última quarta-feira, o governo passou por redução de impostos, ampliação de crédito e incentivos à exportação. Quase 150 dias após a primeira medida, o Terra conversou com líderes do setor público e privado, representantes dos trabalhadores, acadêmicos e com o próprio governo para saber quais destas ações foram mais eficazes, quais foram mais ineficientes e o que mais pode ser feito pelo Estado brasileiro contra a crise.

Os maiores elogios foram direcionados à atitude de reduzir o Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) para a indústria automobilística, anunciada em dezembro e que fez com que os emplacamentos de carros novos subissem 1,9% no primeiro mês do ano em relação a dezembro de 2008. Já as maiores críticas foram para a lentidão no corte da taxa básica de juro do País.

Para o presidente do conselho administrativo do Grupo Pão de Açúcar, Abílio Diniz, o Estado não é responsável pela crise e mesmo assim está agindo "com extrema serenidade e muito acerto". "O governo está atento, fazendo a sua parte. É preciso coragem de baixar firmemente a taxa de juros. É uma arma que temos a nosso favor, já que não há clima para inflação, nem possibilidade de danos para a macroeconomia", afirmou Diniz.

Na última reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), em janeiro, a taxa Selic foi reduzida em um ponto percentual, de 13,75% para 12,75% ao ano. Porém, o professor de economia da Universidade de Brasília (UnB) José Luiz Oreiro lembra que este corte representa uma redução de apenas 0,25 ponto percentual com relação à taxa de setembro do ano passado, quando a crise se agravou.

"Pouco antes da eclosão da crise, o Banco Central aumentou a taxa em 0,75 ponto. Foram cinco meses de demora para reduzir em termos líquidos apenas 0,25 ponto", afirmou o economista, que também sugeriu redução do intervalo de cerca de 90 dias entre as reuniões do Copom e o corte de pelo menos um 1 ponto percentual em cada reunião.

Mesmo com o corte de janeiro, a taxa de juros real continua sendo a maior do mundo, lembrou o secretário-geral da Força Sindical, João Carlos Gonçalves, o Juruna. "A redução da taxa de juro ainda é pequena, porque ela continua uma das mais altas do mundo. Falta ousadia para baixar os juros e ajudar o cidadão. A permanência da taxa de juro alta é negativa para o País em meio a crise", afirmou Juruna.

Embora aprove as ações do governo, o senador Aloízio Mercadante (PT-SP) também acredita que o patamar da Selic está muito alto. "Sempre fomos os primeiros a entrar em qualquer crise, o que não aconteceu agora. A taxa Selic ainda é muito alta, mas o governo têm tomado medidas acertadas, como o aumento do salário mínimo, mesmo com um cenário de crise. Isso ajuda a movimentar o consumo. O governo está se esforçando para manter os investimentos e o crescimento", disse.

Tributos
De acordo com o economista Fabio Pina, da Fecomercio-SP, as ações mais positivas estão relacionadas à redução de tributos para alguns segmentos, como a indústria automobilística, que recuperou parte da queda nas vendas em janeiro com a isenção do IPI para carros 1.0 l e o corte para demais motorizações. A medida vale até o final de março.

"Essas medidas não só reduziram o preço, mas anteciparam o consumo daqueles que iriam comprar no futuro, dando um prêmio por conta da insegurança. Mexe diretamente com o principal problema que é a confiança do consumidor", afirmou. Juruna destacou que um bom ritmo de vendas é garantia de emprego. "É importante porque cada emprego na montadora significa 19 na cadeia produtiva", comentou o representante da Força Sindical.

Também em dezembro, o governo decidiu cortar pela metade a alíquota do Imposto de Renda para contribuintes que ganham entre R$ 1.434 e R$ 2.150 mensais. "O salário aumentava e a tabela não se modificava. As pessoas ganhavam mais e pagavam mais impostos", apontou Juruna. Outra redução de tributos do governo foi com relação ao Imposto sobre Operações Financeiras (IOF), que caiu de 3% ao ano para 1,5%.

Crédito
Na segunda metade de 2008, o colapso de bancos nos Estados Unidos por conta da crise do subprime provocou uma forte restrição de crédito no mundo inteiro. Uma das primeiras medidas anticrise do governo teve como objetivo restabelecer a oferta, com mudanças no recolhimento dos depósitos compulsórios por parte dos bancos. Segundo o presidente do Banco Central, Henrique Meirelles, as diversas modificações liberaram US$ 99,2 bilhões aos bancos até o final de janeiro.

Além disso, o governo concedeu R$ 36 bilhões das reservas internacionais para empresas brasileiras com dívidas no exterior e uma medida provisória autorizou o Banco do Brasil e a Caixa Econômica Federal a comprar carteiras de crédito de bancos privados. Para o diretor do Departamento de Pesquisas e Estudos Econômicos da Fiesp, Paulo Francini, estas medidas foram essenciais para combater os efeitos da crise.

"A crise se desenvolve no mundo em torno do tema crédito. E o crédito reduziu-se barbaridade no mundo. Então o governo lança mão de compulsório, lança mão de reservas, de medidas que permitem aos bancos comprar carteiras de bancos. Você vai tomando várias medidas para atender às demandas e o epicentro disso é crédito", afirmou.

No entanto, Oreiro, da UnB, adverte que a liberação dos compulsórios seria mais eficiente acompanhada de redução mais agressiva da taxa básica de juro. "Uma parte do crédito voltou, depois da forte retração em outubro e novembro. O que deveria ter sido feito junto à liberação do compulsório era uma redução mais drástica da taxa de juro. Sem isso, os bancos pegam as reservas e acabam comprando títulos públicos", explicou o economista.

Na opinião de Pina, as ações de distribuição de crédito via redução do compulsório e a disposição de capital de giro para empresas foram tomadas sem um cuidado maior na operação e não tiveram muito efeito. "O BNDES tem linhas que ficam paradas quase todo o ano, agora é pior ainda. Existem os recursos, mas as empresas e os bancos estão desconfiados. É preciso fazer com que os bancos tenham interesse em emprestar", afirmou o economista da Fecomercio-SP.

Futuro
Mesmo com todas essas medidas, a crise financeira ainda gera incertezas nos setores produtivos do País. Nos últimos meses, o medo do desemprego fez os consumidores adiarem compras. Por sua vez, a queda nas vendas pode obrigar as indústrias a cortarem a produção e demitir funcionários. Contra isso, empresários sugerem redução de jornada e de salários.

"Isto está previsto em lei. A Fiesp simplesmente manteve conversações com entidades sindicais quanto à aplicação daquilo que já está previsto em lei", afirmou Francini.

Segundo a ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff, uma das medidas que assegura um nível de emprego é a manutenção de investimentos no Programa de Aceleração do Crescimento (PAC). "Estamos esperando que a dificuldade ocorra em janeiro, fevereiro e março. Estamos certos que vamos manter o nível de investimento. É isso que funciona, é isso que significa investimento público. Ele funciona como um colchão. Por isso, nós colocamos R$ 100 bilhões no BNDES e a Petrobras ampliou o seu investimento em R$ 120 bilhões", afirmou.

Na mesma linha, Pina explica que a antecipação de gastos do governo substitui parte da demanda retraída do setor privado. "Ele dá o seguinte recado: não vou estourar as contas públicas, mas concentrar em um momento em que a demanda privada está pequena. Mas o governo não tem fôlego suficiente para fazer o papel de toda demanda", ressaltou. O economista da Fecomercio lembrou que a entidade já pleiteou junto ao governo isenções para transferência de imóveis e de automóveis, além de retirar o IPVA para veículos novos.

Já Oreiro foca suas propostas na capitalização do Banco do Brasil e da Caixa Econômica Federal pelo Tesouro para atender a demanda de crédito para capital de giro e reduzir o spread. "Aumentando o empréstimo e reduzindo as taxas, os dois vão forçar os bancos privados a acompanhar o movimento, até para não perderem participação no mercado", explicou o economista da UnB.

Até o Carnaval, o governou prometeu detalhar um pacote de incentivos para a construção de até um milhão de casas populares, direcionado a famílias com renda de até dez salários mínimos. "Estamos atentos a tudo o que está acontecendo e novas medidas serão tomadas caso haja uma avaliação de que sejam necessárias", disse o ministro da Fazenda, Guido Mantega, na última sexta-feira.

17:11
Anónimo disse...
Ex-ministro critica extensão do seguro-desemprego

Atualizada às 09h03

O ex-ministro do Trabalho Almir Pazzianotto criticou a decisão do governo federal de conceder o seguro-desemprego estendido a apenas alguns setores. "É certamente odioso e provavelmente inconstitucional", disse Pazzianotto, de acordo com o jornal O Estado de S. Paulo.

Na última qurta, dia do anúncio da medida, centrais sindicais elogiaram a atitude do governo. A Força Sindical divulgou nota dizendo que "o aumento ajudará a aquecer parte da economia, já que irá gerar mais consumo, produção e conseqüentemente, a criação de novos postos de trabalho". A União Geral dos Trabalhadores (UGT) afirmou que a medida "contribuirá para minimizar o drama dos trabalhadores que perderem seu emprego por conta da crise".

O ex-ministro, que instituiu o seguro-desemprego no País no governo de José Sarney, destacou a necessidade de as centrais sindicais se manifestarem contra a determinação. Para ele, as mudanças devem ser aplicadas a todas as categorias profissionais e a distinção é contrária ao artigo 3º da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT).

Pazzianotto atribui a medida a um possível temor do governo de que a crise econômica seja longa e não haja dinheiro para atender a todas as necessidades. Ainda assim, ele se mostra contrário ao método de concessão. "O seguro-desemprego ajuda a sanar necessidades básicas. Estendê-lo é paliativo, não a solução", disse ao jornal.

De acordo com o presidente do Conselho Deliberativo do Fundo de Amparo ao Trabalhador (Codefat) e conselheiro da Força Sindical, Luiz Fernando Emediato, a determinação já estava prevista na lei 8.900/94, que trata do seguro-desemprego.

O presidente da Comissão de Trabalho da Câmara, Pedro Fernandes (PTB-MA) vai além na crítica à concessão do seguro para apenas alguns setores. Ele acredita que a ampliação do benefício estimula o desemprego.

Quintino Severo, secretário geral da Central Única dos Trabalhadores (CUT), lembra que a ampliação do benefício sem critério e identificação pode incentivar demissões em outros setores.

17:13
Anónimo disse...
Empresas
TAM faz promoção para destinos internacionais

A companhia aérea TAM anunciou nesta sexta-feira tarifas promocionais para trechos internacionais. Os preços valem para bilhetes comprados entre 6h deste sábado e 23h59 deste domingo e são válidos para classe econômica. As tarifas, para ida e volta, serão vendidas a partir de US$ 99, mais taxas.

Segundo a aérea, a promoção vale para viagens feitas no período de 14 de fevereiro a 18 de junho de 2009. Para destinos na América do Sul, a permanência mínima é de dois dias; para bilhetes com destino nos Estados Unidos, cinco dias; e Europa, sete dias. A permanência máxima para as passagens para América do Sul e EUA é de dois meses e para Europa, três meses.

Entre os exemplos de tarifas promocionais, a TAM oferece São Paulo-Lima por US$ 99. Bilhetes para a rota São Paulo-Santiago serão vendidos a partir de US$ 199 e São Paulo-Nova York, US$ 799.

A emissão dos bilhetes deve ser feita obrigatoriamente no ato da reserva, obedecendo às regras estipuladas pela companhia. A compra está sujeita à disponibilidade de assentos nas classes tarifárias determinadas, trechos, horários e datas. A TAM afirmou que também há tarifas promocionais para a classe executiva.

Mais informações podem ser encontradas no site promocional (www.ofertastam.com.br), no site da empresa (www.tam.com.br) ou pelos telefones 4002-5700 ou 0800 5705700.

17:13
Anónimo disse...
Empresas
Consultoria negocia compra do parque temático Hopi Hari

A consultoria especializada em reestruturação de empresas Íntegra Associados informou nesta sexta-feira ter um acordo para comprar o parque de diversões Hopi Hari, localizado no interior de São Paulo. A empresa estaria disposta a investir R$ 10 milhões no parque, que tem dívida estimada em R$ 800 milhões. As informações são da edição deste sábado do jornal Folha de S. Paulo.

De acordo com o jornal, a transação ainda depende da negociação entre o Hopi Hari e seus credores, o que já estaria em andamento.

A consultoria paulista já atuou junto à Parmalat, durante 30 meses, quando reorganizou a gestão da empresa italiana.

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17:14
Anónimo disse...
Empresas
Disney de Tóquio contratará mais 2 mil apesar da crise


A Oriental Land, o operador da Disneylândia Tóquio e DisneySea, organizou neste domingo entrevistas para contratar cerca de 2 mil trabalhadores em tempo parcial, em um momento de grandes demissões deste tipo de empregados no Japão.

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O operador deste parque temático, situado em Urayasu, na província de Chiba (leste de Tóquio), está em pleno processo de seleção de empregados para 20 tipos de postos trabalhistas diferentes.

Segundo a companhia, citada pela agência local de notícias Kyodo, o parque contratará novos trabalhadores para as atrações, para os restaurantes e guardas de segurança entre outros. Os novos contratados começarão a trabalhar a partir de fevereiro.

O processo de seleção acontece em um momento em que a maioria das grandes companhias japonesas começaram a se ver obrigadas a despedir uma elevada percentagem de seus trabalhadores temporários e a tempo parcial.

Algumas inclusive anunciaram demissões de seus trabalhadores fixos, uma medida muito pouco comum nas companhias japonesas, perante os efeitos piores que o esperado pela crise econômica global.

Cerca de uma centena de pessoas esperavam desde a primeira hora desta manhã a abertura do centro de conferências Tokyo International Forum, onde as entrevistas estão sendo feitas, para ser os primeiros a solicitar os postos de trabalho.


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17:15
Anónimo disse...
Economia Internacional
Senado dos EUA aprova plano de estímulo à economia

O Senado dos Estados Unidos aprovou com 60 votos a favor e 38 contra o plano de estímulo à economia de US$ 787 bilhões na madrugada deste sábado. Agora, ele segue para sanção ou veto do presidente Barack Obama, que espera colocar a lei em prática até o dia 16 de fevereiro.

O plano prevê a criação de três milhões de empregos, inclui cortes de impostos às famílias, fundos para programas sociais e obras públicas, além de ajuda aos governos estaduais, estudantes e desempregados.

A cláusula Buy American - que exige o uso de ferro, aço e produtos manufaturados dos Estados Unidos em obras realizadas com recursos do pacote - ficou de lado. Segundo o texto definitivo, a cláusula será aplicada sem violar as normas do comércio internacional.

Ontem à tarde, a Câmara de Representantes (deputados) havia aprovado, por 246 votos a favor e 183 contra, a versão final do plano. Todos os republicanos foram contrários ao pacote.

Pelo acordo de quarta-feira entre Câmara e Senado, em vez de custar US$ 819 bilhões, como queriam os deputados, ou US$ 838 bilhões como pretendiam os senadores, o pacote ficou em cerca de US$ 787 bilhões, com 65% desse total destinado a gastos do governo federal e 35%, a créditos tributários.

17:16
Anónimo disse...
Economia nacional
Na era Lula, aposentadoria sobe 54% menos que salário mínimo

Thatiane Faria
Especial para o Terra
Direto de São Paulo

Os índices de reajustes concedidos pelo governo em 2009 para aposentados e pensionistas e para o salário mínimo repetiram uma diferença que, só durante o governo de Luiz Inácio Lula da Silva, já chega a 54%. Enquanto o mínimo foi majorado em 12% este ano, as pensões e aposentadorias tiveram aumento de 5,92%. Aposentados que têm o benefício do governo como única fonte de renda reclamam que perdem poder de compra e que sua cesta de compras é composta por itens que aumentam mais em relação à inflação oficial.

Um exemplo prático pode ser entendido a partir da comparação entre um aposentado que ganhava R$ 600 em janeiro de 2003. Na época, o benefício era três vezes, ou 200%, maior que o valor do mínimo em vigência, que era de R$ 200. Aplicando-se os índices de reajuste para aposentadorias e para o mínimo durante os últimos seis anos, o mesmo aposentado estaria recebendo hoje R$ 938,47, comparado a um salário mínimo de R$ 465. A diferença entre os dois valores caiu para pouco mais de 100%.

Enquanto o índice acumulado de reajuste para a aposentadoria durante o governo Lula foi de 60%, para o salário mínimo está em 132%.

O diretor do Sindicato Nacional dos Aposentados, João Inocentini, reclama que os valores dos benefícios para aposentadorias não mantêm o poder de compra do grupo, principalmente dos aposentados que recebem menos que dez salários mínimos.

Nem mesmo o fato de o índice de reajuste das aposentadorias ter ficado acima da inflação acumulada no mesmo período (o IPCA entre janeiro de 2003 e janeiro de 2009 foi de 39,7%) serve de argumento, segundo os aposentados.

"Os idosos, principalmente, têm gastos além das contas gerais como gás, telefone e aluguel. Para eles o custo com remédios, e outros itens da área saúde costuma ser maior", afirmou Inocentini.

O presidente do sindicato afirmou que o grupo realiza um estudo com 100 itens de necessidade de um idoso para comparar o aumento dos produtos com o índice de reajuste do benefício recebido pelos aposentados.

"Daqui dois meses vamos abrir um processo na Justiça e levar essa pesquisa como prova. Segundo a lei, o governo é obrigado a manter o poder de compra com a aposentadoria", disse Inocentini.

Alternativas
O consultor financeiro Cláudio Boriola diz que os aposentados, especialmente nesse momento de crise econômica, devem evitar compras parceladas, pesquisar preços, negociar e fazer bom planejamento financeiro.

Segundo Boriola, alguns aposentados ganham um valor mensal muitas vezes insuficiente para o pagamento das contas e acabam pedindo crédito ou realizando pagamentos a prazo e são obrigados a pagar juros altos.

Na opinião do consultor, pagar uma previdência privada é uma alternativa indicada para quem ainda trabalha, considerando a característica de perda de poder de compra da aposentadoria.

"Na prática, infelizmente os valores encontram-se em um patamar que está deteriorando o poder de aquisição da população brasileira", completou Boriola.

De acordo com o diretor da Confederação Brasileira de Aposentados e Pensionistas (Cobap), Vicente Fernandes Barbosa, representantes dos aposentados tentarão um encontro com o presidente da Câmara, deputado Michel Temer (PMDB-SP), para discutir projetos que minimizem a perda dos aposentados

17:17
Anónimo disse...
Previdência
Previdência prorroga isenção de tarifas no benefício

O atual sistema de pagamento aos 26 milhões de aposentados e pensionistas do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) será mantido até o final deste ano. O acordo, que permite realizar a operação sem nenhum custo aos beneficiários, foi renovado nesta sexta-feira, entre o governo federal e 21 instituições financeiras.

Por meio desse acordo, vigente desde setembro de 2007, nem os segurados, nem os bancos e nem o governo arcam com o pagamento de tarifas, conforme explicou o ministro da Previdência Social, José Pimentel. A prorrogação vale até dezembro, data máxima para que a Previdência defina as regras para um novo contrato.

Ao assinar o termo de renovação, na sede da Federação Brasileira dos Bancos (Febraban), o ministro disse que a intenção do governo é mudar o atual modelo de gestão visando a reduzir os custos dessas operações em torno da folha mensal, que atinge R$ 15,8 bilhões. No entanto, qualquer alteração, conforme explicou, passará antes por audiências públicas a serem realizadas a partir do segundo semestre deste ano, atendendo a determinação do Tribunal de Contas da União (TCU).

De acordo com Pimentel, com um redesenho do mecanismo de repasse dos recursos aos bancos em torno da folha de pagamento dos segurados o que se busca é um aumento da participação de instituições financeiras. Ele informou que, desde 2007, cada benefício custa em média R$ 1,07 ao governo. "Quanto mais instituições financeiras estiverem prestando serviços à sociedade, maior é a competitividade, a agilidade no atendimento", justificou.

O ministro observou, ainda, que, para permitir uma redução para algo em torno de meia hora no tempo de atendimento para a concessão dos direitos previdenciários, o governo investiu R$ 280 milhões.

Questionado sobre o descontentamento dos segurados que ganham acima de um salário mínimo terem obtido apenas a correção com base na variação do Índice de Preços ao Consumidor (INPC) , ficando abaixo do reajuste dado a quem recebe apenas o mínimo, Pimentel argumentou que o governo seguiu o que determina a lei e descartou a possibilidade de uma revisão

17:17
Anónimo disse...
Empresas
Caterpillar oferece aposentadoria antecipada a 2 mil


A companhia americana Caterpillar ofereceu a cerca de dois mil funcionários incentivos para que se aposentem de forma voluntária antes do previsto, pela perspectiva de uma queda "significativa" da atividade industrial, informou nesta quarta-feira a empresa.

A iniciativa, destinada aos trabalhadores de diversas fábricas em Illinois, Colorado, Tennessee e Pensilvânia, se soma aos cortes de empregos anunciados em janeiro, explicou em comunicado de imprensa.

A empresa, a maior fabricante mundial de maquinaria pesada para a construção e a mineração, acrescentou que, "em função das condições de negócio, podem ser necessárias mais reduções de elenco voluntárias e involuntárias à medida que o ano avança".

O vice-presidente da companhia, Sid Banwart, explicou que a empresa prevê "demissões significativas em todas as regiões geográficas e na maioria dos setores devido às dificuldades da economia mundial".

17:18
Anónimo disse...
Comércio
Comércio exterior da OCDE caiu no 3º trimestre de 2008


As exportações e as importações dos países da Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Econômico (OCDE) caíram 1,6% e 0,2%, respectivamente, no terceiro trimestre de 2008, em relação aos três meses anteriores.

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Trata-se da primeira queda destas atividades desde o terceiro trimestre de 2006, segundo o último relatório trimestral sobre fluxos comerciais divulgado pela OCDE.

As exportações e as importações em dólares dos 30 Estados-membros caíram 15,6% e 17%, respectivamente, na comparação anualizada.

Por sua vez, o comércio dos sete países mais ricos do mundo (G7) teve um pequeno crescimento no terceiro trimestre de 2008 com uma queda das exportações de mercadorias de 0,2% em relação ao trimestre anterior e um aumento de 0,4% das importações.

Em termos anualizados, as importações do G7 caíram 1,4% entre julho e setembro do ano passado, seu primeiro retrocesso desde o terceiro trimestre de 2006, enquanto as exportações aumentaram 1,9%, seu crescimento mais baixo no mesmo tempo.

Por países, a Alemanha aumentou suas importações em 3,4% - valor mais alto do G7 -, enquanto suas exportações caíram 2,9% do segundo para o terceiro trimestre de 2008.

Pelo contrário, as exportações americanas aumentaram 1,8% entre julho e setembro de 2008, enquanto as importações caíram 0,7% em relação ao trimestre anterior. No Japão, tanto as importações quanto as exportações caíram em torno de 1% no mesmo período.

17:19
Anónimo disse...
Economia Nacional
Lula: juros de crédito consignado a aposentados são altos

Atualizada às 17h29

O presidente Luis Inácio Lula da Silva afirmou nesta terça-feira, em São Paulo, que está lutando para reduzir as taxas de juros cobradas de aposentados em crédito consignado. A Previdência Social estabelece uma taxa máxima de 2,5% para empréstimo e de 3,5% para cartão. Para Lula, os valores são altos.

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"Acho que o juro que os aposentados estão pagando hoje com o crédito consignado é alto para o padrão brasileiro", disse o presidente durante a cerimônia de comemoração dos 86 anos do INSS.

A Previdência anunciou nesta terça-feira que aposentados e trabalhadoras com licença-maternidade poderão receber seus benefícios em 30 minutos. De acordo com Lula, em junho, a aposentadoria do trabalhador rural também será conseguida em meia hora.

Além disso, o presidente anunciou que, também em junho, os trabalhadores que alcançarem o direito à aposentadoria passarão a receber em suas casas um comunicado da Previdência informando o fato e o valor do salário que têm direito a receber. "É um comprometimento público que estou fazendo com os companheiros da Previdência Social", disse.

"Estamos retribuindo ao contribuinte da Previdência Social aquilo que é a cidadania que ele tem direito", afirmou Lula. "Se para cobrar nós somos tão precisos, para devolver o dinheiro, temos que chegar próximo à perfeição", completou.

17:20
Anónimo disse...
Economia Nacional
Salário maternidade sairá em 30 minutos, diz ministro

Toda trabalhadora autônoma que tiver contribuído pelo menos 10 meses com o Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) - ou as que possuírem carteira assinada - poderão receber em 30 minutos o salário maternidade a partir desta terça-feira. Da mesma forma, as mulheres com 30 anos de contribuição e os homens com 35 anos também terão direito ao benefício de forma mais rápida. A informação é do ministro da Previdência Social, José Pimentel.

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Para requerer o salário maternidade, é preciso que as autônomas levem a carteira de identidade e o carnê de contribuição. As demais trabalhadoras devem apresentar a identificação e a carteira de trabalho. Desde o início do mês, a nova forma de análise para a concessão de benefícios foi adotada para a aposentadoria por idade do trabalhador urbano e agora foi estendida para o salário maternidade e por tempo de contribuição.

O ministro disse que a qualificação do serviço da previdência social é o reconhecimento do direito dos trabalhadores e da afirmação da cidadania.

"Até pouco tempo na cabeça do cidadão o serviço devia ser de péssima qualidade. Agora não, nós modificamos toda a legislação no mês de dezembro numa ação conjunta do Congresso Nacional com o governo federal. Estamos implantando e concedendo os benefícios em até 30 minutos", afirmou.

O ministro destacou que para conseguir se aposentar ou ter acesso à licença maternidade em 30 minutos, em primeiro lugar, é necessário que o cidadão esteja vinculado à Previdência, o que inclui 65% da população acima de 16 anos de idade.

"Depois bastar marcar pelo sistema 135 o dia e a hora do atendimento e levar a documentação. Se todos os dados necessários estiverem corretos o contribuinte será atendido em até 30 minutos, como vem sendo feito com as aposentadorias por idade desde o dia cinco de janeiro", explicou.

Pimentel disse ainda que em 90% das agências da previdência social o atendimento é marcado em até 48 horas. Nos grandes centros, entretanto existe um volume maior o que torna mais lento o processo.

"Estamos criando mais 715 agências até 2010, em todo o território nacional, para descentralizar o atendimento. Em 2008, atendemos 295 mil benefícios e aposentadorias por idade. Temos 4 mil pessoas por dia procurando e se aposentando por idade no território nacional. Este serviço será agilizado", concluiu.

Anónimo disse...

Giuseppe Englaro, pai de Eluana, a italiana que morreu na segunda-feira passada por desidratação, recusou uma grande soma de dinheiro de um conhecido fotógrafo italiano que queria retratar a filha em estado de coma, disse neste sábado o neurologista que atendia a mulher desde 1996, Carlo Defanti.

O neurologista, que participou hoje de uma conferência sobre eutanásia, disse que Englaro respeitou a vontade da filha, que, antes do acidente, tinha pedido que, se lhe ocorresse qualquer coisa irreversível, apresentasse sua imagem de quando estava em boas condições.

Antes de sofrer o acidente de trânsito, em 1992, Eluana viveu o coma de um amigo, Alessandro, o que causou forte impacto na italiana e a levou a fazer o pai prometer que não a deixasse viver em estado vegetativo, disse o próprio Giuseppe Englaro.

Defanti, que dissera que Eluana poderia viver de dez a 12 dias depois da suspensão da alimentação e da hidratação, disse que, como médico, tinha que reprovar esta afirmação.

"Não se pode sobreviver após três ou quatro dias sem líquido e, em particular, água em um corpo. Sabemos bem que, quando há um terremoto, após quatro dias é difícil encontrar sobreviventes".

Defanti ressaltou que Eluana "não falava, não se comunicava com o exterior" e que, após vários exames, "nos deparamos com uma moça que tinha perdido a consciência", porque estava com o córtex cerebral prejudicado.

Eluana foi enterrada na quinta-feira passada no túmulo da família na localidade de Paluzza, em Udine, após um funeral que não contou com a presença dos pais.

16:53
Anónimo disse...
Os bombeiros combatem neste sábado os incêndios na Austrália favorecidos pelo bom tempo, enquanto os deslocados encotram em seu retorno casas derruídas, carros queimados nas ruas e destruição.

Depois de sete dias desde que começaram os incêndios no Estado de Victoria, a lista de mortos chega a 181, os desaparecidos somam 50, os edifícios destruídos totalizam 1,834 mil e o terreno arrasado, principalmente florestas, ocupa uma área de 4,13 mil quilômetros quadrados.

As equipes de bombeiros, formadas por 4 mil profissionais de Victoria, de outras partes da Austrália e de países amigos, combateram hoje 12 focos fora de controle e nenhum representava uma ameaça direta para a população.

O subdiretor do Serviço de Bombeiros, Geoff Conway, disse que este tempo favorável, que se prolongará durante o domingo, permite consolidar as linhas de contenção e avançar na extinção das chamas.

Cinzas apareceram arrastadas por ventos do nordeste sobre Melbourne, onde habitam 3,8 milhões de pessoas, e as autoridades alertaram aos cidadãos do risco para a saúde de idosos, crianças e pessoas com problemas respiratórios.

O número de pessoas deslocadas - a Cruz Vermelha chegou a receber 7 mil - começou a cair com a abertura de algumas localidades atingidas.

Os incêndios, alguns criminosos, começaram em 7 de fevereiro, quando a região sul da Austrália estava há duas semanas sob uma onda de calor sem precedentes.

Na sexta-feira passada, a polícia acusou uma pessoa de ter provocado o incêndio que atingiu a localidade de Churchill e matou 21 pessoas.

16:55
Anónimo disse...
A primeira chuva em seis dias reduziu a ameaça de incêndios no Estado de Victoria, ao sul da Austrália. As autoridades, porém, advertiram que ainda existem 12 focos, mas que nenhum deles ameaça áreas povoadas.

Mais de quatro mil bombeiros, mil provenientes de outras partes do país e de outras nações, trabalham contra o fogo. Cerca de 600 veículos e 28 helicópteros e pequenos aviões estão sendo usados.


Eles conseguiram construir linhas de contenção para evitar os incêndios de Yarra e Maroondah se juntassem. Também foram controlados os incêndios abertos de Yea e Murrindindi, que ameaçavam as comunidades de Connellys Creek, Crystal Creek, Scrubby Creek e Native Dog Creek.

O número de mortos chegou a 181, mas as autoridades acreditam que as vítimas devem passar de 200, já que ainda há muitos desaparecidos.

16:55
Anónimo disse...
Aqui nesta coluna, na semana passada, tive a oportunidade de comentar sobre a recente visita do professor brasileiro Pedrinho Guareschi à Austrália. Não dei, porém, os fatos, pois semana passada o assunto era outro.

Hoje, porém, vamos a eles.

No último dia 4 de fevereiro, aconteceu o Seminário "Paulo Freire: Education and Liberation", organizado pelo centro de estudos latino-americanos da Universidade Nacional da Austrália, ou ANU, como é mais conhecida por aqui.

A ANU, para quem não sabe, está entre as 20 melhores universidades do mundo! E tem sede aqui em Camberra, capital da Austrália.

Na abertura do evento, o professor John Minns, diretor do centro latino-americano, ao dar boas-vindas ao público presente, lembrou ser aquele o primeiro seminário exclusivamente dedicado a Paulo Freire na Austrália.

Em seguida, convidou Pedrinho Guareschi, palestrante principal do Seminário, a fazer sua apresentação.

A plateia pode então conhecer, pelas palavras de Pedrinho, um pouco da obra e da vida de Freire, esse brasileiro de fé e valor, que sempre acreditou na educação, sobretudo dos menos favorecidos, analfabetos, como força libertadora.

Como não podia deixar de ser, os conceitos e ideias revolucionários de Paulo Freire, expostos com clareza por Pedrinho, despertaram o interesse e a curiosidade de plateia. A qual, deve-se notar, era na maioria de estudantes, mas de várias nacionalidades, sobretudo australianos e asiáticos.

Na continuação do programa do seminário, que se estendeu por dois dias, outros professores fizeram palestras sobre temas ligados à obra de Paulo Freire.

Interessante, por exemplo, saber que a professora Anne Hickling-Hudson, jamaicana que mora na Austrália há muitos anos (é professora da ANU), conheceu e trabalhou com Freire num workshop educacional durante a revolução na Ilha de Granada, em 1980, antes da invasão dos Estados Unidos...

Ou, então, a palestra da Professora Gerda Roelvink, da Nova Zelândia, que participou do Fórum Social de Porto Alegre em 2005. E essa participação transformou-se em tema de doutorado.

No dia 10, terça-feira passada, o padre Pedrinho Guareschi voltou a falar ao público australiano em grande auditório localizado no belíssimo campus da ANU. Desta vez, sobre a Teologia da Libertação.

Depois da palestra, John Minns mostrou o filme mexicano "O Crime do Padre Amaro", no qual um dos personagens é um padre católico praticante da Teologia da Libertação.

Mais uma vez, foi grande o intersse da platéia, que pode aprender e conhecer um pouco como se desenvolveu aquele importante movimento católico na América Latina.

Fica, assim, ao Pedrinho, bem como a outros brasileiros estudiosos e de bom coração que saem pelo mundo a divulgar aspectos importantes da cultura brasileira, o respeito e a homenagem desta coluna. E... aquele abraço!

16:57
Anónimo disse...
Amanda Kitts perdeu o braço esquerdo em um acidente de automóvel acontecido três anos atrás, mas hoje em dia ela joga futebol americano com seu filho de 12 anos de idade, troca fraldas e abraça as crianças nas três creches Kiddie Cottage que opera em Knoxville, Tennessee. Kitts, 40 anos, faz tudo isso com a ajuda de um novo tipo de braço artificial que se movimenta com mais facilidade do que outros aparelhos e que ela pode controlar utilizando apenas seus pensamentos.

"Eu sou capaz de mexer a mão, o pulso e o cotovelo ao mesmo tempo", diz. "Você pensa e os músculos se movem em seguida".

A recuperação que ela conseguiu resulta de um novo procedimento que vem atraindo crescente atenção porque permite que pessoas movam braços protéticos de forma mais automática do que faziam no passado, simplesmente utilizando nervos reaproveitados em seus cérebros.

A técnica, conhecida como "renervação muscular dirigida", envolve utilizar os nervos que restam depois da amputação de um braço e conectá-los a outro músculo do corpo, em geral no peito. Eletrodos são instalados sobre os músculos do peito, e operam como se fossem antenas. Quando a pessoa deseja mover o braço, o cérebro envia sinais que primeiro resultam em contração dos músculos do peito, os quais enviam um sinal ao braço protético, instruindo-se a se movimentar. O processo não requer mais esforços consciente do que a pessoa teria de exercitar caso ainda tivesse seu braço natural.

Na terça-feira, pesquisadores reportaram em estudo publicado pela versão online do Journal of the American Medical Association que haviam levado a técnica ainda mais à frente, tornando possível a execução de 10 movimentos de mão, pulso e cotovelo diferentes, o que representa uma substancial melhora com relação ao típico repertório protético, que em geral envolve apenas dobrar o cotovelo, girar o pulso e abrir a mão.

"Os novos métodos tiveram impacto dramático em nosso campo de trabalho", disse Stuart Harshbarger, engenheiro biomédico na Universidade Johns Hopkins e diretor do programa de pesquisa sobre próteses, financiado pelas forças armadas, que inclui o trabalho com essa técnica. "O método já está em uso por médicos e cirurgiões comuns em todo o país. A capacidade de controlar um membro protético bastante robusto que ele confere surpreendeu a todos pela qualidade".

Tipicamente, uma pessoa que tenha um braço protético só é capaz de executar alguns poucos movimentos, e muitas vezes com tamanha lentidão que isso só permite a ela atividades limitadas.

Há um motor separado para cada movimento, diz Gerald Loeb, professor de engenharia biomédica na Universidade do Sul da Califórnia, "e esses motores precisam ser controlados de maneira explícita", usualmente por um esforço consciente da pessoa para contrair músculos nas costas ou no bíceps.

"Essencialmente, até agora os pacientes controlavam apenas um motor de cada vez", diz Loeb, "e precisavam pensar cuidadosamente sobre que motor desejavam controlar e como fazê-lo operar, em lugar de simplesmente pensarem em mover o braço e poderem fazê-lo sem delongas".

Antes que Kitts passasse pelo procedimento de renervação, em outubro de 2007, por exemplo, ela precisava movimentar os músculos de suas costas de determinada maneira para fazer com que seu pulso girasse, e flexionar seu bíceps e tríceps para fazer com que o cotovelo se movesse para cima e para baixo. "Era muito trabalho", ela conta. "E não me ajudava muito".

O procedimento de renervação é parte de uma recente explosão de idéias novas e técnicas inovadoras que estão sendo exploradas enquanto os cientistas se esforçam por ajudar as pessoas a compensar melhor a perda de membros ou problemas de paralisia. O esforço vem sendo alimentado pelo aumento no número de amputações causado por diabetes e por ferimentos sofridos pelos militares, e ao mesmo tempo pelos avanços na tecnologia médica.

Os braços se tornaram um dos focos essenciais desse tipo de trabalho. A ciência há muito vem obtendo sucessos no desenvolvimento de próteses de perna, mas é muito mais difícil imitar a complexidade e a destreza das mãos e dos braços.

Os esforços em curso incluem o desenvolvimento de projetos de pele e braços mais sensíveis e mais flexíveis, e o uso de dispositivos acionados por controles sem fio implantado nos braços protéticos, que permitiriam movimentos mais naturais.

Os pesquisadores também vêm usando sensores implantados nos cérebros de cobaias para permitir que dois macacos controlem um braço mecânico, e um teste com um homem paralítico permitiu, com esse método, que ele movimentasse um cursor em uma tela de computador.

Alguns desses métodos, caso venham a ser aperfeiçoados plenamente e consigam aprovação das autoridades regulatórias da saúde, podem no futuro se tornar mais viáveis para os pacientes de amputações.

E embora a técnica da renervação não requeira aprovação das autoridades regulatórias porque é executada por meios cirúrgicos e emprega aparelhos já existentes, ela apresenta limitações que até mesmo seus criadores reconhecem, entre as quais o fato de que não se pode utilizá-la para todos os pacientes, o seu alto custo e o prazo de meses requerido para que os nervos reconectados cresçam e se tornem efetivos.

Ainda assim, os especialistas dizem que é o mais avançado sistema em uso hoje para pacientes reais que permite que o sistema nervoso controle diretamente o movimento de um braço artificial.

Desde sua introdução por Todd Kuiken, médico fisioterapeuta e engenheiro biomédico do Instituto de Reabilitação de Chicago, o método foi empregado em cerca de 30 pacientes nos Estados Unidos, Canadá e Europa, entre os quais oito soldados feridos no Iraque e no Afeganistão.

Muitos dos pacientes, entre os quais o primeiro, Jesse Sullivan, um operário do setor elétrico no Tennessee que perdeu os dois braços quando foi eletrocutado por um cabo, conseguem não apenas manipular seus braços protéticos mas sentir a presença das mãos que já não têm quando alguém toca em seus peitos.

Sullivan, 62 anos, e Kitts, estavam entre os cinco pacientes que participaram do estudo reportado na terça-feira. Em companhia de cinco outras pessoas que não passaram por amputações, eles receberam os eletrodos e foram instruídos a usar pensamentos para fazer com que um braço virtual na tela reproduzisse 10 movimentos diferentes, entre os quais três formas diferentes de aperto de mão.

Os pacientes apresentaram desempenho bastante respeitável, apenas um pouco mais lento e menos preciso do que os dos participantes que não tinham amputações.

"As velocidades de movimento que encontramos em nossos pacientes foram realmente encorajadoras", disse Kuiken. "Eles conseguiram completar a tarefa. É claro que não foram tão competentes quanto as pessoas dotadas de plena capacidade física, mas foram bons o bastante".

Um braço virtual foi usado porque a maioria das próteses existentes não era capaz de acomodar todos aqueles movimentos, no momento da pesquisa, ainda que Sullivan, Kitts e uma terceira paciente, Claudia Mitchell, tenham experimentado dois novos protótipos mais versáteis de braços artificiais, executando tarefas complexas com bolas de tênis e outros objetos.

O trabalho de renervação em soldados apresenta outros desafios, diz Kuiken, porque os ferimentos militares muitas vezes "causam danos muitos extensos" a nervos, músculos ou ossos.

Daniel Acosta, 25 anos, um aviador ferido pela detonação de uma bomba em uma estrada do Iraque em 2005, passou pelo procedimento no ano passado e diz que seu braço esquerdo protético agora se movimenta "muito mais rápido" e de maneira muito mais natural.

"A diferença é que agora não preciso mais pensar para mover o braço", ele diz. "Ele simplesmente se mexe".

Ainda assim, Acosta, de San Antonio, diz que "o processo foi bastante longo" e que os eletrodos precisam ser ajustados para receber os sinais à medida que os nervos crescem ou mudam de posição.

E embora elogiem o método, os especialistas afirmam que a ciência das próteses de braço ainda tem muito por avançar.

"Trata-se de uma parte crucial, mas ainda assim apenas uma parte, das muitas coisas que compreendem a função normal de um braço", disse Loeb, que escreveu um editorial que acompanha o artigo no Journal of the American Medical Association.

"No momento estamos a meio do caminho entre o braço de 'Dr. Fantástico', que fazia involuntariamente a saudação nazista, e o braço de Luke Skywalker em 'Guerra nas Estrelas', que funciona sem nenhum problema assim que é conectado. Creio que precisaremos ainda de muitos anos para conectar todas as peças necessárias a produzir um braço capaz de funcionar normalmente".

17:04
Anónimo disse...
A Espanha disse neste sábado que está preparando uma reclamação oficial contra a decisão da Venezuela de expulsar um membro do Parlamento Europeu que criticou o conselho eleitoral venezuelano.
Luis Herrero, membro do partido conservador espanhol PP, foi deportado na sexta-feira depois que o Conselho Nacional Eleitoral (CNE) o acusou de questionar a imparcialidade da instituição antes de um referendo que pode permitir ao presidente Hugo Chávez permanecer no cargo indefinidamente.

Herrero estava na Venezuela como observador do referendo. Ele acusou Chávez de ter "comportamentos típicos de um ditador" por pedir a contenção de manifestações da oposição.

O governo da Espanha convocou um encontro com o embaixador da Venezuela em Madri para expressar a desaprovação sobre a expulsão de Herrero, disse um representante do Ministério das Relações Exteriores espanhol.

As relações da Venezuela com a Espanha tiveram seu ponto crítico em 2007, quando Chávez ameaçou rever acordos diplomáticos e comerciais depois de ouvir um "cala a boca" do rei espanhol Juan Carlos durante uma cúpula.

A fenda foi oficialmente reparada em 2008, com uma visita oficial de Chávez à Espanha, onde ele cumprimentou o rei e discutiu acordos para investimento no setor petroquímico com o primeiro-ministro José Luis Rodriguez Zapatero.

17:06
Anónimo disse...
A polícia do Zimbábue anunciou neste sábado que acusa de traição Roy Bennett, dirigente do até agora opositor Movimento para a Mudança Democrática (MDC), detido na sexta-feira, em Harare, poucas horas antes da cerimônia de posse dos membros do novo gabinete.

"A Polícia nos informou que vão apresentar acusações de traição", disse à agência EFE o advogado de defesa de Bennett, Trust Maanda.

"Tentam relacionar Roy com o caso de Mike Hitschmann, que foi detido em 2006 em relação à descoberta de um carregamento de armas, apesar de que Hitschmann não tenha sido declarado culpado das acusações de traição apresentadas contra ele, mas de um crime menor de descumprimento de leis", disse Maanda.

O político opositor, designado por seu partido como vice-ministro de Agricultura no Governo de união nacional, esteve no exílio na vizinha África do Sul desde 2006 e retornou ao Zimbábue há duas semanas.

Segundo a Polícia, que deteve Bennett ontem no aeroporto de Harare quando pretendia ir à África do Sul para visitar sua família, as armas apreendidas em 2006 seriam utilizadas em um golpe de Estado para derrubar o presidente do Zimbábue, Robert Mugabe.

Depois da detenção, Bennet foi levado a Mutar, onde vários simpatizantes do MDC se concentraram em frente à delegacia na qual estava detido, diante do que a Polícia respondeu com tiros para o alto para dispersar os manifestantes.

17:07
Anónimo disse...
Austrália: 14 mil se candidatam a 'emprego dos sonhos'

A secretaria de Turismo de Queensland, na Austrália, informou que até esta segunda-feira já recebeu cerca de 14 mil inscrições para o "o melhor emprego do mundo". O Estado australiano promove pela internet seleção para vaga de "zelador" da ilha Hamilton, por seis meses com um salário de R$ 40 mil.

Muitos candidatos tiveram problemas durante a inscrição por conta dos acessos simultâneos ao site. A secretaria aconselha enviar os vídeos de 60s explicando porque deve ser escolhido em horários alternativos do dia, além de recomendar tamanho em torno de 40MB.

As inscrições começaram em 12 de janeiro e vão até o próximo dia 22 e podem ser feitas pelo site www.islandreefjob.com. O governo australiano escolherá 50 candidatos para a próxima fase da seleção, que terá votos do público para eleger um dos 11 finalistas.

A última fase terá entrevistas e desafios físicos, no próprio local de trabalho: as ilhas da Grande Barreira Coralina - o maior recife de coral do mundo. A secretaria de Turismo anunciará o vencedor no dia 6 de maio.

17:09
Anónimo disse...
Mercado elogia governo na crise, mas pede maior queda no juro

Peter Fussy
Direto de São Paulo

Desde as primeiras medidas anunciadas para combater os efeitos da crise, o governo brasileiro avisou que a estratégia não contemplaria um pacote. Seriam doses pontuais, de acordo com a necessidade da economia diante do agravamento das turbulências. Da primeira liberação dos depósitos compulsórios em setembro até a ampliação do seguro-desemprego na última quarta-feira, o governo passou por redução de impostos, ampliação de crédito e incentivos à exportação. Quase 150 dias após a primeira medida, o Terra conversou com líderes do setor público e privado, representantes dos trabalhadores, acadêmicos e com o próprio governo para saber quais destas ações foram mais eficazes, quais foram mais ineficientes e o que mais pode ser feito pelo Estado brasileiro contra a crise.

Os maiores elogios foram direcionados à atitude de reduzir o Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) para a indústria automobilística, anunciada em dezembro e que fez com que os emplacamentos de carros novos subissem 1,9% no primeiro mês do ano em relação a dezembro de 2008. Já as maiores críticas foram para a lentidão no corte da taxa básica de juro do País.

Para o presidente do conselho administrativo do Grupo Pão de Açúcar, Abílio Diniz, o Estado não é responsável pela crise e mesmo assim está agindo "com extrema serenidade e muito acerto". "O governo está atento, fazendo a sua parte. É preciso coragem de baixar firmemente a taxa de juros. É uma arma que temos a nosso favor, já que não há clima para inflação, nem possibilidade de danos para a macroeconomia", afirmou Diniz.

Na última reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), em janeiro, a taxa Selic foi reduzida em um ponto percentual, de 13,75% para 12,75% ao ano. Porém, o professor de economia da Universidade de Brasília (UnB) José Luiz Oreiro lembra que este corte representa uma redução de apenas 0,25 ponto percentual com relação à taxa de setembro do ano passado, quando a crise se agravou.

"Pouco antes da eclosão da crise, o Banco Central aumentou a taxa em 0,75 ponto. Foram cinco meses de demora para reduzir em termos líquidos apenas 0,25 ponto", afirmou o economista, que também sugeriu redução do intervalo de cerca de 90 dias entre as reuniões do Copom e o corte de pelo menos um 1 ponto percentual em cada reunião.

Mesmo com o corte de janeiro, a taxa de juros real continua sendo a maior do mundo, lembrou o secretário-geral da Força Sindical, João Carlos Gonçalves, o Juruna. "A redução da taxa de juro ainda é pequena, porque ela continua uma das mais altas do mundo. Falta ousadia para baixar os juros e ajudar o cidadão. A permanência da taxa de juro alta é negativa para o País em meio a crise", afirmou Juruna.

Embora aprove as ações do governo, o senador Aloízio Mercadante (PT-SP) também acredita que o patamar da Selic está muito alto. "Sempre fomos os primeiros a entrar em qualquer crise, o que não aconteceu agora. A taxa Selic ainda é muito alta, mas o governo têm tomado medidas acertadas, como o aumento do salário mínimo, mesmo com um cenário de crise. Isso ajuda a movimentar o consumo. O governo está se esforçando para manter os investimentos e o crescimento", disse.

Tributos
De acordo com o economista Fabio Pina, da Fecomercio-SP, as ações mais positivas estão relacionadas à redução de tributos para alguns segmentos, como a indústria automobilística, que recuperou parte da queda nas vendas em janeiro com a isenção do IPI para carros 1.0 l e o corte para demais motorizações. A medida vale até o final de março.

"Essas medidas não só reduziram o preço, mas anteciparam o consumo daqueles que iriam comprar no futuro, dando um prêmio por conta da insegurança. Mexe diretamente com o principal problema que é a confiança do consumidor", afirmou. Juruna destacou que um bom ritmo de vendas é garantia de emprego. "É importante porque cada emprego na montadora significa 19 na cadeia produtiva", comentou o representante da Força Sindical.

Também em dezembro, o governo decidiu cortar pela metade a alíquota do Imposto de Renda para contribuintes que ganham entre R$ 1.434 e R$ 2.150 mensais. "O salário aumentava e a tabela não se modificava. As pessoas ganhavam mais e pagavam mais impostos", apontou Juruna. Outra redução de tributos do governo foi com relação ao Imposto sobre Operações Financeiras (IOF), que caiu de 3% ao ano para 1,5%.

Crédito
Na segunda metade de 2008, o colapso de bancos nos Estados Unidos por conta da crise do subprime provocou uma forte restrição de crédito no mundo inteiro. Uma das primeiras medidas anticrise do governo teve como objetivo restabelecer a oferta, com mudanças no recolhimento dos depósitos compulsórios por parte dos bancos. Segundo o presidente do Banco Central, Henrique Meirelles, as diversas modificações liberaram US$ 99,2 bilhões aos bancos até o final de janeiro.

Além disso, o governo concedeu R$ 36 bilhões das reservas internacionais para empresas brasileiras com dívidas no exterior e uma medida provisória autorizou o Banco do Brasil e a Caixa Econômica Federal a comprar carteiras de crédito de bancos privados. Para o diretor do Departamento de Pesquisas e Estudos Econômicos da Fiesp, Paulo Francini, estas medidas foram essenciais para combater os efeitos da crise.

"A crise se desenvolve no mundo em torno do tema crédito. E o crédito reduziu-se barbaridade no mundo. Então o governo lança mão de compulsório, lança mão de reservas, de medidas que permitem aos bancos comprar carteiras de bancos. Você vai tomando várias medidas para atender às demandas e o epicentro disso é crédito", afirmou.

No entanto, Oreiro, da UnB, adverte que a liberação dos compulsórios seria mais eficiente acompanhada de redução mais agressiva da taxa básica de juro. "Uma parte do crédito voltou, depois da forte retração em outubro e novembro. O que deveria ter sido feito junto à liberação do compulsório era uma redução mais drástica da taxa de juro. Sem isso, os bancos pegam as reservas e acabam comprando títulos públicos", explicou o economista.

Na opinião de Pina, as ações de distribuição de crédito via redução do compulsório e a disposição de capital de giro para empresas foram tomadas sem um cuidado maior na operação e não tiveram muito efeito. "O BNDES tem linhas que ficam paradas quase todo o ano, agora é pior ainda. Existem os recursos, mas as empresas e os bancos estão desconfiados. É preciso fazer com que os bancos tenham interesse em emprestar", afirmou o economista da Fecomercio-SP.

Futuro
Mesmo com todas essas medidas, a crise financeira ainda gera incertezas nos setores produtivos do País. Nos últimos meses, o medo do desemprego fez os consumidores adiarem compras. Por sua vez, a queda nas vendas pode obrigar as indústrias a cortarem a produção e demitir funcionários. Contra isso, empresários sugerem redução de jornada e de salários.

"Isto está previsto em lei. A Fiesp simplesmente manteve conversações com entidades sindicais quanto à aplicação daquilo que já está previsto em lei", afirmou Francini.

Segundo a ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff, uma das medidas que assegura um nível de emprego é a manutenção de investimentos no Programa de Aceleração do Crescimento (PAC). "Estamos esperando que a dificuldade ocorra em janeiro, fevereiro e março. Estamos certos que vamos manter o nível de investimento. É isso que funciona, é isso que significa investimento público. Ele funciona como um colchão. Por isso, nós colocamos R$ 100 bilhões no BNDES e a Petrobras ampliou o seu investimento em R$ 120 bilhões", afirmou.

Na mesma linha, Pina explica que a antecipação de gastos do governo substitui parte da demanda retraída do setor privado. "Ele dá o seguinte recado: não vou estourar as contas públicas, mas concentrar em um momento em que a demanda privada está pequena. Mas o governo não tem fôlego suficiente para fazer o papel de toda demanda", ressaltou. O economista da Fecomercio lembrou que a entidade já pleiteou junto ao governo isenções para transferência de imóveis e de automóveis, além de retirar o IPVA para veículos novos.

Já Oreiro foca suas propostas na capitalização do Banco do Brasil e da Caixa Econômica Federal pelo Tesouro para atender a demanda de crédito para capital de giro e reduzir o spread. "Aumentando o empréstimo e reduzindo as taxas, os dois vão forçar os bancos privados a acompanhar o movimento, até para não perderem participação no mercado", explicou o economista da UnB.

Até o Carnaval, o governou prometeu detalhar um pacote de incentivos para a construção de até um milhão de casas populares, direcionado a famílias com renda de até dez salários mínimos. "Estamos atentos a tudo o que está acontecendo e novas medidas serão tomadas caso haja uma avaliação de que sejam necessárias", disse o ministro da Fazenda, Guido Mantega, na última sexta-feira.

17:11
Anónimo disse...
Ex-ministro critica extensão do seguro-desemprego

Atualizada às 09h03

O ex-ministro do Trabalho Almir Pazzianotto criticou a decisão do governo federal de conceder o seguro-desemprego estendido a apenas alguns setores. "É certamente odioso e provavelmente inconstitucional", disse Pazzianotto, de acordo com o jornal O Estado de S. Paulo.

Na última qurta, dia do anúncio da medida, centrais sindicais elogiaram a atitude do governo. A Força Sindical divulgou nota dizendo que "o aumento ajudará a aquecer parte da economia, já que irá gerar mais consumo, produção e conseqüentemente, a criação de novos postos de trabalho". A União Geral dos Trabalhadores (UGT) afirmou que a medida "contribuirá para minimizar o drama dos trabalhadores que perderem seu emprego por conta da crise".

O ex-ministro, que instituiu o seguro-desemprego no País no governo de José Sarney, destacou a necessidade de as centrais sindicais se manifestarem contra a determinação. Para ele, as mudanças devem ser aplicadas a todas as categorias profissionais e a distinção é contrária ao artigo 3º da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT).

Pazzianotto atribui a medida a um possível temor do governo de que a crise econômica seja longa e não haja dinheiro para atender a todas as necessidades. Ainda assim, ele se mostra contrário ao método de concessão. "O seguro-desemprego ajuda a sanar necessidades básicas. Estendê-lo é paliativo, não a solução", disse ao jornal.

De acordo com o presidente do Conselho Deliberativo do Fundo de Amparo ao Trabalhador (Codefat) e conselheiro da Força Sindical, Luiz Fernando Emediato, a determinação já estava prevista na lei 8.900/94, que trata do seguro-desemprego.

O presidente da Comissão de Trabalho da Câmara, Pedro Fernandes (PTB-MA) vai além na crítica à concessão do seguro para apenas alguns setores. Ele acredita que a ampliação do benefício estimula o desemprego.

Quintino Severo, secretário geral da Central Única dos Trabalhadores (CUT), lembra que a ampliação do benefício sem critério e identificação pode incentivar demissões em outros setores.

17:13
Anónimo disse...
Empresas
TAM faz promoção para destinos internacionais

A companhia aérea TAM anunciou nesta sexta-feira tarifas promocionais para trechos internacionais. Os preços valem para bilhetes comprados entre 6h deste sábado e 23h59 deste domingo e são válidos para classe econômica. As tarifas, para ida e volta, serão vendidas a partir de US$ 99, mais taxas.

Segundo a aérea, a promoção vale para viagens feitas no período de 14 de fevereiro a 18 de junho de 2009. Para destinos na América do Sul, a permanência mínima é de dois dias; para bilhetes com destino nos Estados Unidos, cinco dias; e Europa, sete dias. A permanência máxima para as passagens para América do Sul e EUA é de dois meses e para Europa, três meses.

Entre os exemplos de tarifas promocionais, a TAM oferece São Paulo-Lima por US$ 99. Bilhetes para a rota São Paulo-Santiago serão vendidos a partir de US$ 199 e São Paulo-Nova York, US$ 799.

A emissão dos bilhetes deve ser feita obrigatoriamente no ato da reserva, obedecendo às regras estipuladas pela companhia. A compra está sujeita à disponibilidade de assentos nas classes tarifárias determinadas, trechos, horários e datas. A TAM afirmou que também há tarifas promocionais para a classe executiva.

Mais informações podem ser encontradas no site promocional (www.ofertastam.com.br), no site da empresa (www.tam.com.br) ou pelos telefones 4002-5700 ou 0800 5705700.

17:13
Anónimo disse...
Empresas
Consultoria negocia compra do parque temático Hopi Hari

A consultoria especializada em reestruturação de empresas Íntegra Associados informou nesta sexta-feira ter um acordo para comprar o parque de diversões Hopi Hari, localizado no interior de São Paulo. A empresa estaria disposta a investir R$ 10 milhões no parque, que tem dívida estimada em R$ 800 milhões. As informações são da edição deste sábado do jornal Folha de S. Paulo.

De acordo com o jornal, a transação ainda depende da negociação entre o Hopi Hari e seus credores, o que já estaria em andamento.

A consultoria paulista já atuou junto à Parmalat, durante 30 meses, quando reorganizou a gestão da empresa italiana.

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17:14
Anónimo disse...
Empresas
Disney de Tóquio contratará mais 2 mil apesar da crise


A Oriental Land, o operador da Disneylândia Tóquio e DisneySea, organizou neste domingo entrevistas para contratar cerca de 2 mil trabalhadores em tempo parcial, em um momento de grandes demissões deste tipo de empregados no Japão.

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O operador deste parque temático, situado em Urayasu, na província de Chiba (leste de Tóquio), está em pleno processo de seleção de empregados para 20 tipos de postos trabalhistas diferentes.

Segundo a companhia, citada pela agência local de notícias Kyodo, o parque contratará novos trabalhadores para as atrações, para os restaurantes e guardas de segurança entre outros. Os novos contratados começarão a trabalhar a partir de fevereiro.

O processo de seleção acontece em um momento em que a maioria das grandes companhias japonesas começaram a se ver obrigadas a despedir uma elevada percentagem de seus trabalhadores temporários e a tempo parcial.

Algumas inclusive anunciaram demissões de seus trabalhadores fixos, uma medida muito pouco comum nas companhias japonesas, perante os efeitos piores que o esperado pela crise econômica global.

Cerca de uma centena de pessoas esperavam desde a primeira hora desta manhã a abertura do centro de conferências Tokyo International Forum, onde as entrevistas estão sendo feitas, para ser os primeiros a solicitar os postos de trabalho.


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17:15
Anónimo disse...
Economia Internacional
Senado dos EUA aprova plano de estímulo à economia

O Senado dos Estados Unidos aprovou com 60 votos a favor e 38 contra o plano de estímulo à economia de US$ 787 bilhões na madrugada deste sábado. Agora, ele segue para sanção ou veto do presidente Barack Obama, que espera colocar a lei em prática até o dia 16 de fevereiro.

O plano prevê a criação de três milhões de empregos, inclui cortes de impostos às famílias, fundos para programas sociais e obras públicas, além de ajuda aos governos estaduais, estudantes e desempregados.

A cláusula Buy American - que exige o uso de ferro, aço e produtos manufaturados dos Estados Unidos em obras realizadas com recursos do pacote - ficou de lado. Segundo o texto definitivo, a cláusula será aplicada sem violar as normas do comércio internacional.

Ontem à tarde, a Câmara de Representantes (deputados) havia aprovado, por 246 votos a favor e 183 contra, a versão final do plano. Todos os republicanos foram contrários ao pacote.

Pelo acordo de quarta-feira entre Câmara e Senado, em vez de custar US$ 819 bilhões, como queriam os deputados, ou US$ 838 bilhões como pretendiam os senadores, o pacote ficou em cerca de US$ 787 bilhões, com 65% desse total destinado a gastos do governo federal e 35%, a créditos tributários.

17:16
Anónimo disse...
Economia nacional
Na era Lula, aposentadoria sobe 54% menos que salário mínimo

Thatiane Faria
Especial para o Terra
Direto de São Paulo

Os índices de reajustes concedidos pelo governo em 2009 para aposentados e pensionistas e para o salário mínimo repetiram uma diferença que, só durante o governo de Luiz Inácio Lula da Silva, já chega a 54%. Enquanto o mínimo foi majorado em 12% este ano, as pensões e aposentadorias tiveram aumento de 5,92%. Aposentados que têm o benefício do governo como única fonte de renda reclamam que perdem poder de compra e que sua cesta de compras é composta por itens que aumentam mais em relação à inflação oficial.

Um exemplo prático pode ser entendido a partir da comparação entre um aposentado que ganhava R$ 600 em janeiro de 2003. Na época, o benefício era três vezes, ou 200%, maior que o valor do mínimo em vigência, que era de R$ 200. Aplicando-se os índices de reajuste para aposentadorias e para o mínimo durante os últimos seis anos, o mesmo aposentado estaria recebendo hoje R$ 938,47, comparado a um salário mínimo de R$ 465. A diferença entre os dois valores caiu para pouco mais de 100%.

Enquanto o índice acumulado de reajuste para a aposentadoria durante o governo Lula foi de 60%, para o salário mínimo está em 132%.

O diretor do Sindicato Nacional dos Aposentados, João Inocentini, reclama que os valores dos benefícios para aposentadorias não mantêm o poder de compra do grupo, principalmente dos aposentados que recebem menos que dez salários mínimos.

Nem mesmo o fato de o índice de reajuste das aposentadorias ter ficado acima da inflação acumulada no mesmo período (o IPCA entre janeiro de 2003 e janeiro de 2009 foi de 39,7%) serve de argumento, segundo os aposentados.

"Os idosos, principalmente, têm gastos além das contas gerais como gás, telefone e aluguel. Para eles o custo com remédios, e outros itens da área saúde costuma ser maior", afirmou Inocentini.

O presidente do sindicato afirmou que o grupo realiza um estudo com 100 itens de necessidade de um idoso para comparar o aumento dos produtos com o índice de reajuste do benefício recebido pelos aposentados.

"Daqui dois meses vamos abrir um processo na Justiça e levar essa pesquisa como prova. Segundo a lei, o governo é obrigado a manter o poder de compra com a aposentadoria", disse Inocentini.

Alternativas
O consultor financeiro Cláudio Boriola diz que os aposentados, especialmente nesse momento de crise econômica, devem evitar compras parceladas, pesquisar preços, negociar e fazer bom planejamento financeiro.

Segundo Boriola, alguns aposentados ganham um valor mensal muitas vezes insuficiente para o pagamento das contas e acabam pedindo crédito ou realizando pagamentos a prazo e são obrigados a pagar juros altos.

Na opinião do consultor, pagar uma previdência privada é uma alternativa indicada para quem ainda trabalha, considerando a característica de perda de poder de compra da aposentadoria.

"Na prática, infelizmente os valores encontram-se em um patamar que está deteriorando o poder de aquisição da população brasileira", completou Boriola.

De acordo com o diretor da Confederação Brasileira de Aposentados e Pensionistas (Cobap), Vicente Fernandes Barbosa, representantes dos aposentados tentarão um encontro com o presidente da Câmara, deputado Michel Temer (PMDB-SP), para discutir projetos que minimizem a perda dos aposentados

17:17
Anónimo disse...
Previdência
Previdência prorroga isenção de tarifas no benefício

O atual sistema de pagamento aos 26 milhões de aposentados e pensionistas do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) será mantido até o final deste ano. O acordo, que permite realizar a operação sem nenhum custo aos beneficiários, foi renovado nesta sexta-feira, entre o governo federal e 21 instituições financeiras.

Por meio desse acordo, vigente desde setembro de 2007, nem os segurados, nem os bancos e nem o governo arcam com o pagamento de tarifas, conforme explicou o ministro da Previdência Social, José Pimentel. A prorrogação vale até dezembro, data máxima para que a Previdência defina as regras para um novo contrato.

Ao assinar o termo de renovação, na sede da Federação Brasileira dos Bancos (Febraban), o ministro disse que a intenção do governo é mudar o atual modelo de gestão visando a reduzir os custos dessas operações em torno da folha mensal, que atinge R$ 15,8 bilhões. No entanto, qualquer alteração, conforme explicou, passará antes por audiências públicas a serem realizadas a partir do segundo semestre deste ano, atendendo a determinação do Tribunal de Contas da União (TCU).

De acordo com Pimentel, com um redesenho do mecanismo de repasse dos recursos aos bancos em torno da folha de pagamento dos segurados o que se busca é um aumento da participação de instituições financeiras. Ele informou que, desde 2007, cada benefício custa em média R$ 1,07 ao governo. "Quanto mais instituições financeiras estiverem prestando serviços à sociedade, maior é a competitividade, a agilidade no atendimento", justificou.

O ministro observou, ainda, que, para permitir uma redução para algo em torno de meia hora no tempo de atendimento para a concessão dos direitos previdenciários, o governo investiu R$ 280 milhões.

Questionado sobre o descontentamento dos segurados que ganham acima de um salário mínimo terem obtido apenas a correção com base na variação do Índice de Preços ao Consumidor (INPC) , ficando abaixo do reajuste dado a quem recebe apenas o mínimo, Pimentel argumentou que o governo seguiu o que determina a lei e descartou a possibilidade de uma revisão

17:17
Anónimo disse...
Empresas
Caterpillar oferece aposentadoria antecipada a 2 mil


A companhia americana Caterpillar ofereceu a cerca de dois mil funcionários incentivos para que se aposentem de forma voluntária antes do previsto, pela perspectiva de uma queda "significativa" da atividade industrial, informou nesta quarta-feira a empresa.

A iniciativa, destinada aos trabalhadores de diversas fábricas em Illinois, Colorado, Tennessee e Pensilvânia, se soma aos cortes de empregos anunciados em janeiro, explicou em comunicado de imprensa.

A empresa, a maior fabricante mundial de maquinaria pesada para a construção e a mineração, acrescentou que, "em função das condições de negócio, podem ser necessárias mais reduções de elenco voluntárias e involuntárias à medida que o ano avança".

O vice-presidente da companhia, Sid Banwart, explicou que a empresa prevê "demissões significativas em todas as regiões geográficas e na maioria dos setores devido às dificuldades da economia mundial".

17:18
Anónimo disse...
Comércio
Comércio exterior da OCDE caiu no 3º trimestre de 2008


As exportações e as importações dos países da Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Econômico (OCDE) caíram 1,6% e 0,2%, respectivamente, no terceiro trimestre de 2008, em relação aos três meses anteriores.

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Trata-se da primeira queda destas atividades desde o terceiro trimestre de 2006, segundo o último relatório trimestral sobre fluxos comerciais divulgado pela OCDE.

As exportações e as importações em dólares dos 30 Estados-membros caíram 15,6% e 17%, respectivamente, na comparação anualizada.

Por sua vez, o comércio dos sete países mais ricos do mundo (G7) teve um pequeno crescimento no terceiro trimestre de 2008 com uma queda das exportações de mercadorias de 0,2% em relação ao trimestre anterior e um aumento de 0,4% das importações.

Em termos anualizados, as importações do G7 caíram 1,4% entre julho e setembro do ano passado, seu primeiro retrocesso desde o terceiro trimestre de 2006, enquanto as exportações aumentaram 1,9%, seu crescimento mais baixo no mesmo tempo.

Por países, a Alemanha aumentou suas importações em 3,4% - valor mais alto do G7 -, enquanto suas exportações caíram 2,9% do segundo para o terceiro trimestre de 2008.

Pelo contrário, as exportações americanas aumentaram 1,8% entre julho e setembro de 2008, enquanto as importações caíram 0,7% em relação ao trimestre anterior. No Japão, tanto as importações quanto as exportações caíram em torno de 1% no mesmo período.

17:19
Anónimo disse...
Economia Nacional
Lula: juros de crédito consignado a aposentados são altos

Atualizada às 17h29

O presidente Luis Inácio Lula da Silva afirmou nesta terça-feira, em São Paulo, que está lutando para reduzir as taxas de juros cobradas de aposentados em crédito consignado. A Previdência Social estabelece uma taxa máxima de 2,5% para empréstimo e de 3,5% para cartão. Para Lula, os valores são altos.

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"Acho que o juro que os aposentados estão pagando hoje com o crédito consignado é alto para o padrão brasileiro", disse o presidente durante a cerimônia de comemoração dos 86 anos do INSS.

A Previdência anunciou nesta terça-feira que aposentados e trabalhadoras com licença-maternidade poderão receber seus benefícios em 30 minutos. De acordo com Lula, em junho, a aposentadoria do trabalhador rural também será conseguida em meia hora.

Além disso, o presidente anunciou que, também em junho, os trabalhadores que alcançarem o direito à aposentadoria passarão a receber em suas casas um comunicado da Previdência informando o fato e o valor do salário que têm direito a receber. "É um comprometimento público que estou fazendo com os companheiros da Previdência Social", disse.

"Estamos retribuindo ao contribuinte da Previdência Social aquilo que é a cidadania que ele tem direito", afirmou Lula. "Se para cobrar nós somos tão precisos, para devolver o dinheiro, temos que chegar próximo à perfeição", completou.

17:20
Anónimo disse...
Economia Nacional
Salário maternidade sairá em 30 minutos, diz ministro

Toda trabalhadora autônoma que tiver contribuído pelo menos 10 meses com o Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) - ou as que possuírem carteira assinada - poderão receber em 30 minutos o salário maternidade a partir desta terça-feira. Da mesma forma, as mulheres com 30 anos de contribuição e os homens com 35 anos também terão direito ao benefício de forma mais rápida. A informação é do ministro da Previdência Social, José Pimentel.

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Para requerer o salário maternidade, é preciso que as autônomas levem a carteira de identidade e o carnê de contribuição. As demais trabalhadoras devem apresentar a identificação e a carteira de trabalho. Desde o início do mês, a nova forma de análise para a concessão de benefícios foi adotada para a aposentadoria por idade do trabalhador urbano e agora foi estendida para o salário maternidade e por tempo de contribuição.

O ministro disse que a qualificação do serviço da previdência social é o reconhecimento do direito dos trabalhadores e da afirmação da cidadania.

"Até pouco tempo na cabeça do cidadão o serviço devia ser de péssima qualidade. Agora não, nós modificamos toda a legislação no mês de dezembro numa ação conjunta do Congresso Nacional com o governo federal. Estamos implantando e concedendo os benefícios em até 30 minutos", afirmou.

O ministro destacou que para conseguir se aposentar ou ter acesso à licença maternidade em 30 minutos, em primeiro lugar, é necessário que o cidadão esteja vinculado à Previdência, o que inclui 65% da população acima de 16 anos de idade.

"Depois bastar marcar pelo sistema 135 o dia e a hora do atendimento e levar a documentação. Se todos os dados necessários estiverem corretos o contribuinte será atendido em até 30 minutos, como vem sendo feito com as aposentadorias por idade desde o dia cinco de janeiro", explicou.

Pimentel disse ainda que em 90% das agências da previdência social o atendimento é marcado em até 48 horas. Nos grandes centros, entretanto existe um volume maior o que torna mais lento o processo.

"Estamos criando mais 715 agências até 2010, em todo o território nacional, para descentralizar o atendimento. Em 2008, atendemos 295 mil benefícios e aposentadorias por idade. Temos 4 mil pessoas por dia procurando e se aposentando por idade no território nacional. Este serviço será agilizado", concluiu.

Anónimo disse...

Giuseppe Englaro, pai de Eluana, a italiana que morreu na segunda-feira passada por desidratação, recusou uma grande soma de dinheiro de um conhecido fotógrafo italiano que queria retratar a filha em estado de coma, disse neste sábado o neurologista que atendia a mulher desde 1996, Carlo Defanti.

O neurologista, que participou hoje de uma conferência sobre eutanásia, disse que Englaro respeitou a vontade da filha, que, antes do acidente, tinha pedido que, se lhe ocorresse qualquer coisa irreversível, apresentasse sua imagem de quando estava em boas condições.

Antes de sofrer o acidente de trânsito, em 1992, Eluana viveu o coma de um amigo, Alessandro, o que causou forte impacto na italiana e a levou a fazer o pai prometer que não a deixasse viver em estado vegetativo, disse o próprio Giuseppe Englaro.

Defanti, que dissera que Eluana poderia viver de dez a 12 dias depois da suspensão da alimentação e da hidratação, disse que, como médico, tinha que reprovar esta afirmação.

"Não se pode sobreviver após três ou quatro dias sem líquido e, em particular, água em um corpo. Sabemos bem que, quando há um terremoto, após quatro dias é difícil encontrar sobreviventes".

Defanti ressaltou que Eluana "não falava, não se comunicava com o exterior" e que, após vários exames, "nos deparamos com uma moça que tinha perdido a consciência", porque estava com o córtex cerebral prejudicado.

Eluana foi enterrada na quinta-feira passada no túmulo da família na localidade de Paluzza, em Udine, após um funeral que não contou com a presença dos pais.

16:53
Anónimo disse...
Os bombeiros combatem neste sábado os incêndios na Austrália favorecidos pelo bom tempo, enquanto os deslocados encotram em seu retorno casas derruídas, carros queimados nas ruas e destruição.

Depois de sete dias desde que começaram os incêndios no Estado de Victoria, a lista de mortos chega a 181, os desaparecidos somam 50, os edifícios destruídos totalizam 1,834 mil e o terreno arrasado, principalmente florestas, ocupa uma área de 4,13 mil quilômetros quadrados.

As equipes de bombeiros, formadas por 4 mil profissionais de Victoria, de outras partes da Austrália e de países amigos, combateram hoje 12 focos fora de controle e nenhum representava uma ameaça direta para a população.

O subdiretor do Serviço de Bombeiros, Geoff Conway, disse que este tempo favorável, que se prolongará durante o domingo, permite consolidar as linhas de contenção e avançar na extinção das chamas.

Cinzas apareceram arrastadas por ventos do nordeste sobre Melbourne, onde habitam 3,8 milhões de pessoas, e as autoridades alertaram aos cidadãos do risco para a saúde de idosos, crianças e pessoas com problemas respiratórios.

O número de pessoas deslocadas - a Cruz Vermelha chegou a receber 7 mil - começou a cair com a abertura de algumas localidades atingidas.

Os incêndios, alguns criminosos, começaram em 7 de fevereiro, quando a região sul da Austrália estava há duas semanas sob uma onda de calor sem precedentes.

Na sexta-feira passada, a polícia acusou uma pessoa de ter provocado o incêndio que atingiu a localidade de Churchill e matou 21 pessoas.

16:55
Anónimo disse...
A primeira chuva em seis dias reduziu a ameaça de incêndios no Estado de Victoria, ao sul da Austrália. As autoridades, porém, advertiram que ainda existem 12 focos, mas que nenhum deles ameaça áreas povoadas.

Mais de quatro mil bombeiros, mil provenientes de outras partes do país e de outras nações, trabalham contra o fogo. Cerca de 600 veículos e 28 helicópteros e pequenos aviões estão sendo usados.


Eles conseguiram construir linhas de contenção para evitar os incêndios de Yarra e Maroondah se juntassem. Também foram controlados os incêndios abertos de Yea e Murrindindi, que ameaçavam as comunidades de Connellys Creek, Crystal Creek, Scrubby Creek e Native Dog Creek.

O número de mortos chegou a 181, mas as autoridades acreditam que as vítimas devem passar de 200, já que ainda há muitos desaparecidos.

16:55
Anónimo disse...
Aqui nesta coluna, na semana passada, tive a oportunidade de comentar sobre a recente visita do professor brasileiro Pedrinho Guareschi à Austrália. Não dei, porém, os fatos, pois semana passada o assunto era outro.

Hoje, porém, vamos a eles.

No último dia 4 de fevereiro, aconteceu o Seminário "Paulo Freire: Education and Liberation", organizado pelo centro de estudos latino-americanos da Universidade Nacional da Austrália, ou ANU, como é mais conhecida por aqui.

A ANU, para quem não sabe, está entre as 20 melhores universidades do mundo! E tem sede aqui em Camberra, capital da Austrália.

Na abertura do evento, o professor John Minns, diretor do centro latino-americano, ao dar boas-vindas ao público presente, lembrou ser aquele o primeiro seminário exclusivamente dedicado a Paulo Freire na Austrália.

Em seguida, convidou Pedrinho Guareschi, palestrante principal do Seminário, a fazer sua apresentação.

A plateia pode então conhecer, pelas palavras de Pedrinho, um pouco da obra e da vida de Freire, esse brasileiro de fé e valor, que sempre acreditou na educação, sobretudo dos menos favorecidos, analfabetos, como força libertadora.

Como não podia deixar de ser, os conceitos e ideias revolucionários de Paulo Freire, expostos com clareza por Pedrinho, despertaram o interesse e a curiosidade de plateia. A qual, deve-se notar, era na maioria de estudantes, mas de várias nacionalidades, sobretudo australianos e asiáticos.

Na continuação do programa do seminário, que se estendeu por dois dias, outros professores fizeram palestras sobre temas ligados à obra de Paulo Freire.

Interessante, por exemplo, saber que a professora Anne Hickling-Hudson, jamaicana que mora na Austrália há muitos anos (é professora da ANU), conheceu e trabalhou com Freire num workshop educacional durante a revolução na Ilha de Granada, em 1980, antes da invasão dos Estados Unidos...

Ou, então, a palestra da Professora Gerda Roelvink, da Nova Zelândia, que participou do Fórum Social de Porto Alegre em 2005. E essa participação transformou-se em tema de doutorado.

No dia 10, terça-feira passada, o padre Pedrinho Guareschi voltou a falar ao público australiano em grande auditório localizado no belíssimo campus da ANU. Desta vez, sobre a Teologia da Libertação.

Depois da palestra, John Minns mostrou o filme mexicano "O Crime do Padre Amaro", no qual um dos personagens é um padre católico praticante da Teologia da Libertação.

Mais uma vez, foi grande o intersse da platéia, que pode aprender e conhecer um pouco como se desenvolveu aquele importante movimento católico na América Latina.

Fica, assim, ao Pedrinho, bem como a outros brasileiros estudiosos e de bom coração que saem pelo mundo a divulgar aspectos importantes da cultura brasileira, o respeito e a homenagem desta coluna. E... aquele abraço!

16:57
Anónimo disse...
Amanda Kitts perdeu o braço esquerdo em um acidente de automóvel acontecido três anos atrás, mas hoje em dia ela joga futebol americano com seu filho de 12 anos de idade, troca fraldas e abraça as crianças nas três creches Kiddie Cottage que opera em Knoxville, Tennessee. Kitts, 40 anos, faz tudo isso com a ajuda de um novo tipo de braço artificial que se movimenta com mais facilidade do que outros aparelhos e que ela pode controlar utilizando apenas seus pensamentos.

"Eu sou capaz de mexer a mão, o pulso e o cotovelo ao mesmo tempo", diz. "Você pensa e os músculos se movem em seguida".

A recuperação que ela conseguiu resulta de um novo procedimento que vem atraindo crescente atenção porque permite que pessoas movam braços protéticos de forma mais automática do que faziam no passado, simplesmente utilizando nervos reaproveitados em seus cérebros.

A técnica, conhecida como "renervação muscular dirigida", envolve utilizar os nervos que restam depois da amputação de um braço e conectá-los a outro músculo do corpo, em geral no peito. Eletrodos são instalados sobre os músculos do peito, e operam como se fossem antenas. Quando a pessoa deseja mover o braço, o cérebro envia sinais que primeiro resultam em contração dos músculos do peito, os quais enviam um sinal ao braço protético, instruindo-se a se movimentar. O processo não requer mais esforços consciente do que a pessoa teria de exercitar caso ainda tivesse seu braço natural.

Na terça-feira, pesquisadores reportaram em estudo publicado pela versão online do Journal of the American Medical Association que haviam levado a técnica ainda mais à frente, tornando possível a execução de 10 movimentos de mão, pulso e cotovelo diferentes, o que representa uma substancial melhora com relação ao típico repertório protético, que em geral envolve apenas dobrar o cotovelo, girar o pulso e abrir a mão.

"Os novos métodos tiveram impacto dramático em nosso campo de trabalho", disse Stuart Harshbarger, engenheiro biomédico na Universidade Johns Hopkins e diretor do programa de pesquisa sobre próteses, financiado pelas forças armadas, que inclui o trabalho com essa técnica. "O método já está em uso por médicos e cirurgiões comuns em todo o país. A capacidade de controlar um membro protético bastante robusto que ele confere surpreendeu a todos pela qualidade".

Tipicamente, uma pessoa que tenha um braço protético só é capaz de executar alguns poucos movimentos, e muitas vezes com tamanha lentidão que isso só permite a ela atividades limitadas.

Há um motor separado para cada movimento, diz Gerald Loeb, professor de engenharia biomédica na Universidade do Sul da Califórnia, "e esses motores precisam ser controlados de maneira explícita", usualmente por um esforço consciente da pessoa para contrair músculos nas costas ou no bíceps.

"Essencialmente, até agora os pacientes controlavam apenas um motor de cada vez", diz Loeb, "e precisavam pensar cuidadosamente sobre que motor desejavam controlar e como fazê-lo operar, em lugar de simplesmente pensarem em mover o braço e poderem fazê-lo sem delongas".

Antes que Kitts passasse pelo procedimento de renervação, em outubro de 2007, por exemplo, ela precisava movimentar os músculos de suas costas de determinada maneira para fazer com que seu pulso girasse, e flexionar seu bíceps e tríceps para fazer com que o cotovelo se movesse para cima e para baixo. "Era muito trabalho", ela conta. "E não me ajudava muito".

O procedimento de renervação é parte de uma recente explosão de idéias novas e técnicas inovadoras que estão sendo exploradas enquanto os cientistas se esforçam por ajudar as pessoas a compensar melhor a perda de membros ou problemas de paralisia. O esforço vem sendo alimentado pelo aumento no número de amputações causado por diabetes e por ferimentos sofridos pelos militares, e ao mesmo tempo pelos avanços na tecnologia médica.

Os braços se tornaram um dos focos essenciais desse tipo de trabalho. A ciência há muito vem obtendo sucessos no desenvolvimento de próteses de perna, mas é muito mais difícil imitar a complexidade e a destreza das mãos e dos braços.

Os esforços em curso incluem o desenvolvimento de projetos de pele e braços mais sensíveis e mais flexíveis, e o uso de dispositivos acionados por controles sem fio implantado nos braços protéticos, que permitiriam movimentos mais naturais.

Os pesquisadores também vêm usando sensores implantados nos cérebros de cobaias para permitir que dois macacos controlem um braço mecânico, e um teste com um homem paralítico permitiu, com esse método, que ele movimentasse um cursor em uma tela de computador.

Alguns desses métodos, caso venham a ser aperfeiçoados plenamente e consigam aprovação das autoridades regulatórias da saúde, podem no futuro se tornar mais viáveis para os pacientes de amputações.

E embora a técnica da renervação não requeira aprovação das autoridades regulatórias porque é executada por meios cirúrgicos e emprega aparelhos já existentes, ela apresenta limitações que até mesmo seus criadores reconhecem, entre as quais o fato de que não se pode utilizá-la para todos os pacientes, o seu alto custo e o prazo de meses requerido para que os nervos reconectados cresçam e se tornem efetivos.

Ainda assim, os especialistas dizem que é o mais avançado sistema em uso hoje para pacientes reais que permite que o sistema nervoso controle diretamente o movimento de um braço artificial.

Desde sua introdução por Todd Kuiken, médico fisioterapeuta e engenheiro biomédico do Instituto de Reabilitação de Chicago, o método foi empregado em cerca de 30 pacientes nos Estados Unidos, Canadá e Europa, entre os quais oito soldados feridos no Iraque e no Afeganistão.

Muitos dos pacientes, entre os quais o primeiro, Jesse Sullivan, um operário do setor elétrico no Tennessee que perdeu os dois braços quando foi eletrocutado por um cabo, conseguem não apenas manipular seus braços protéticos mas sentir a presença das mãos que já não têm quando alguém toca em seus peitos.

Sullivan, 62 anos, e Kitts, estavam entre os cinco pacientes que participaram do estudo reportado na terça-feira. Em companhia de cinco outras pessoas que não passaram por amputações, eles receberam os eletrodos e foram instruídos a usar pensamentos para fazer com que um braço virtual na tela reproduzisse 10 movimentos diferentes, entre os quais três formas diferentes de aperto de mão.

Os pacientes apresentaram desempenho bastante respeitável, apenas um pouco mais lento e menos preciso do que os dos participantes que não tinham amputações.

"As velocidades de movimento que encontramos em nossos pacientes foram realmente encorajadoras", disse Kuiken. "Eles conseguiram completar a tarefa. É claro que não foram tão competentes quanto as pessoas dotadas de plena capacidade física, mas foram bons o bastante".

Um braço virtual foi usado porque a maioria das próteses existentes não era capaz de acomodar todos aqueles movimentos, no momento da pesquisa, ainda que Sullivan, Kitts e uma terceira paciente, Claudia Mitchell, tenham experimentado dois novos protótipos mais versáteis de braços artificiais, executando tarefas complexas com bolas de tênis e outros objetos.

O trabalho de renervação em soldados apresenta outros desafios, diz Kuiken, porque os ferimentos militares muitas vezes "causam danos muitos extensos" a nervos, músculos ou ossos.

Daniel Acosta, 25 anos, um aviador ferido pela detonação de uma bomba em uma estrada do Iraque em 2005, passou pelo procedimento no ano passado e diz que seu braço esquerdo protético agora se movimenta "muito mais rápido" e de maneira muito mais natural.

"A diferença é que agora não preciso mais pensar para mover o braço", ele diz. "Ele simplesmente se mexe".

Ainda assim, Acosta, de San Antonio, diz que "o processo foi bastante longo" e que os eletrodos precisam ser ajustados para receber os sinais à medida que os nervos crescem ou mudam de posição.

E embora elogiem o método, os especialistas afirmam que a ciência das próteses de braço ainda tem muito por avançar.

"Trata-se de uma parte crucial, mas ainda assim apenas uma parte, das muitas coisas que compreendem a função normal de um braço", disse Loeb, que escreveu um editorial que acompanha o artigo no Journal of the American Medical Association.

"No momento estamos a meio do caminho entre o braço de 'Dr. Fantástico', que fazia involuntariamente a saudação nazista, e o braço de Luke Skywalker em 'Guerra nas Estrelas', que funciona sem nenhum problema assim que é conectado. Creio que precisaremos ainda de muitos anos para conectar todas as peças necessárias a produzir um braço capaz de funcionar normalmente".

17:04
Anónimo disse...
A Espanha disse neste sábado que está preparando uma reclamação oficial contra a decisão da Venezuela de expulsar um membro do Parlamento Europeu que criticou o conselho eleitoral venezuelano.
Luis Herrero, membro do partido conservador espanhol PP, foi deportado na sexta-feira depois que o Conselho Nacional Eleitoral (CNE) o acusou de questionar a imparcialidade da instituição antes de um referendo que pode permitir ao presidente Hugo Chávez permanecer no cargo indefinidamente.

Herrero estava na Venezuela como observador do referendo. Ele acusou Chávez de ter "comportamentos típicos de um ditador" por pedir a contenção de manifestações da oposição.

O governo da Espanha convocou um encontro com o embaixador da Venezuela em Madri para expressar a desaprovação sobre a expulsão de Herrero, disse um representante do Ministério das Relações Exteriores espanhol.

As relações da Venezuela com a Espanha tiveram seu ponto crítico em 2007, quando Chávez ameaçou rever acordos diplomáticos e comerciais depois de ouvir um "cala a boca" do rei espanhol Juan Carlos durante uma cúpula.

A fenda foi oficialmente reparada em 2008, com uma visita oficial de Chávez à Espanha, onde ele cumprimentou o rei e discutiu acordos para investimento no setor petroquímico com o primeiro-ministro José Luis Rodriguez Zapatero.

17:06
Anónimo disse...
A polícia do Zimbábue anunciou neste sábado que acusa de traição Roy Bennett, dirigente do até agora opositor Movimento para a Mudança Democrática (MDC), detido na sexta-feira, em Harare, poucas horas antes da cerimônia de posse dos membros do novo gabinete.

"A Polícia nos informou que vão apresentar acusações de traição", disse à agência EFE o advogado de defesa de Bennett, Trust Maanda.

"Tentam relacionar Roy com o caso de Mike Hitschmann, que foi detido em 2006 em relação à descoberta de um carregamento de armas, apesar de que Hitschmann não tenha sido declarado culpado das acusações de traição apresentadas contra ele, mas de um crime menor de descumprimento de leis", disse Maanda.

O político opositor, designado por seu partido como vice-ministro de Agricultura no Governo de união nacional, esteve no exílio na vizinha África do Sul desde 2006 e retornou ao Zimbábue há duas semanas.

Segundo a Polícia, que deteve Bennett ontem no aeroporto de Harare quando pretendia ir à África do Sul para visitar sua família, as armas apreendidas em 2006 seriam utilizadas em um golpe de Estado para derrubar o presidente do Zimbábue, Robert Mugabe.

Depois da detenção, Bennet foi levado a Mutar, onde vários simpatizantes do MDC se concentraram em frente à delegacia na qual estava detido, diante do que a Polícia respondeu com tiros para o alto para dispersar os manifestantes.

17:07
Anónimo disse...
Austrália: 14 mil se candidatam a 'emprego dos sonhos'

A secretaria de Turismo de Queensland, na Austrália, informou que até esta segunda-feira já recebeu cerca de 14 mil inscrições para o "o melhor emprego do mundo". O Estado australiano promove pela internet seleção para vaga de "zelador" da ilha Hamilton, por seis meses com um salário de R$ 40 mil.

Muitos candidatos tiveram problemas durante a inscrição por conta dos acessos simultâneos ao site. A secretaria aconselha enviar os vídeos de 60s explicando porque deve ser escolhido em horários alternativos do dia, além de recomendar tamanho em torno de 40MB.

As inscrições começaram em 12 de janeiro e vão até o próximo dia 22 e podem ser feitas pelo site www.islandreefjob.com. O governo australiano escolherá 50 candidatos para a próxima fase da seleção, que terá votos do público para eleger um dos 11 finalistas.

A última fase terá entrevistas e desafios físicos, no próprio local de trabalho: as ilhas da Grande Barreira Coralina - o maior recife de coral do mundo. A secretaria de Turismo anunciará o vencedor no dia 6 de maio.

17:09
Anónimo disse...
Mercado elogia governo na crise, mas pede maior queda no juro

Peter Fussy
Direto de São Paulo

Desde as primeiras medidas anunciadas para combater os efeitos da crise, o governo brasileiro avisou que a estratégia não contemplaria um pacote. Seriam doses pontuais, de acordo com a necessidade da economia diante do agravamento das turbulências. Da primeira liberação dos depósitos compulsórios em setembro até a ampliação do seguro-desemprego na última quarta-feira, o governo passou por redução de impostos, ampliação de crédito e incentivos à exportação. Quase 150 dias após a primeira medida, o Terra conversou com líderes do setor público e privado, representantes dos trabalhadores, acadêmicos e com o próprio governo para saber quais destas ações foram mais eficazes, quais foram mais ineficientes e o que mais pode ser feito pelo Estado brasileiro contra a crise.

Os maiores elogios foram direcionados à atitude de reduzir o Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) para a indústria automobilística, anunciada em dezembro e que fez com que os emplacamentos de carros novos subissem 1,9% no primeiro mês do ano em relação a dezembro de 2008. Já as maiores críticas foram para a lentidão no corte da taxa básica de juro do País.

Para o presidente do conselho administrativo do Grupo Pão de Açúcar, Abílio Diniz, o Estado não é responsável pela crise e mesmo assim está agindo "com extrema serenidade e muito acerto". "O governo está atento, fazendo a sua parte. É preciso coragem de baixar firmemente a taxa de juros. É uma arma que temos a nosso favor, já que não há clima para inflação, nem possibilidade de danos para a macroeconomia", afirmou Diniz.

Na última reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), em janeiro, a taxa Selic foi reduzida em um ponto percentual, de 13,75% para 12,75% ao ano. Porém, o professor de economia da Universidade de Brasília (UnB) José Luiz Oreiro lembra que este corte representa uma redução de apenas 0,25 ponto percentual com relação à taxa de setembro do ano passado, quando a crise se agravou.

"Pouco antes da eclosão da crise, o Banco Central aumentou a taxa em 0,75 ponto. Foram cinco meses de demora para reduzir em termos líquidos apenas 0,25 ponto", afirmou o economista, que também sugeriu redução do intervalo de cerca de 90 dias entre as reuniões do Copom e o corte de pelo menos um 1 ponto percentual em cada reunião.

Mesmo com o corte de janeiro, a taxa de juros real continua sendo a maior do mundo, lembrou o secretário-geral da Força Sindical, João Carlos Gonçalves, o Juruna. "A redução da taxa de juro ainda é pequena, porque ela continua uma das mais altas do mundo. Falta ousadia para baixar os juros e ajudar o cidadão. A permanência da taxa de juro alta é negativa para o País em meio a crise", afirmou Juruna.

Embora aprove as ações do governo, o senador Aloízio Mercadante (PT-SP) também acredita que o patamar da Selic está muito alto. "Sempre fomos os primeiros a entrar em qualquer crise, o que não aconteceu agora. A taxa Selic ainda é muito alta, mas o governo têm tomado medidas acertadas, como o aumento do salário mínimo, mesmo com um cenário de crise. Isso ajuda a movimentar o consumo. O governo está se esforçando para manter os investimentos e o crescimento", disse.

Tributos
De acordo com o economista Fabio Pina, da Fecomercio-SP, as ações mais positivas estão relacionadas à redução de tributos para alguns segmentos, como a indústria automobilística, que recuperou parte da queda nas vendas em janeiro com a isenção do IPI para carros 1.0 l e o corte para demais motorizações. A medida vale até o final de março.

"Essas medidas não só reduziram o preço, mas anteciparam o consumo daqueles que iriam comprar no futuro, dando um prêmio por conta da insegurança. Mexe diretamente com o principal problema que é a confiança do consumidor", afirmou. Juruna destacou que um bom ritmo de vendas é garantia de emprego. "É importante porque cada emprego na montadora significa 19 na cadeia produtiva", comentou o representante da Força Sindical.

Também em dezembro, o governo decidiu cortar pela metade a alíquota do Imposto de Renda para contribuintes que ganham entre R$ 1.434 e R$ 2.150 mensais. "O salário aumentava e a tabela não se modificava. As pessoas ganhavam mais e pagavam mais impostos", apontou Juruna. Outra redução de tributos do governo foi com relação ao Imposto sobre Operações Financeiras (IOF), que caiu de 3% ao ano para 1,5%.

Crédito
Na segunda metade de 2008, o colapso de bancos nos Estados Unidos por conta da crise do subprime provocou uma forte restrição de crédito no mundo inteiro. Uma das primeiras medidas anticrise do governo teve como objetivo restabelecer a oferta, com mudanças no recolhimento dos depósitos compulsórios por parte dos bancos. Segundo o presidente do Banco Central, Henrique Meirelles, as diversas modificações liberaram US$ 99,2 bilhões aos bancos até o final de janeiro.

Além disso, o governo concedeu R$ 36 bilhões das reservas internacionais para empresas brasileiras com dívidas no exterior e uma medida provisória autorizou o Banco do Brasil e a Caixa Econômica Federal a comprar carteiras de crédito de bancos privados. Para o diretor do Departamento de Pesquisas e Estudos Econômicos da Fiesp, Paulo Francini, estas medidas foram essenciais para combater os efeitos da crise.

"A crise se desenvolve no mundo em torno do tema crédito. E o crédito reduziu-se barbaridade no mundo. Então o governo lança mão de compulsório, lança mão de reservas, de medidas que permitem aos bancos comprar carteiras de bancos. Você vai tomando várias medidas para atender às demandas e o epicentro disso é crédito", afirmou.

No entanto, Oreiro, da UnB, adverte que a liberação dos compulsórios seria mais eficiente acompanhada de redução mais agressiva da taxa básica de juro. "Uma parte do crédito voltou, depois da forte retração em outubro e novembro. O que deveria ter sido feito junto à liberação do compulsório era uma redução mais drástica da taxa de juro. Sem isso, os bancos pegam as reservas e acabam comprando títulos públicos", explicou o economista.

Na opinião de Pina, as ações de distribuição de crédito via redução do compulsório e a disposição de capital de giro para empresas foram tomadas sem um cuidado maior na operação e não tiveram muito efeito. "O BNDES tem linhas que ficam paradas quase todo o ano, agora é pior ainda. Existem os recursos, mas as empresas e os bancos estão desconfiados. É preciso fazer com que os bancos tenham interesse em emprestar", afirmou o economista da Fecomercio-SP.

Futuro
Mesmo com todas essas medidas, a crise financeira ainda gera incertezas nos setores produtivos do País. Nos últimos meses, o medo do desemprego fez os consumidores adiarem compras. Por sua vez, a queda nas vendas pode obrigar as indústrias a cortarem a produção e demitir funcionários. Contra isso, empresários sugerem redução de jornada e de salários.

"Isto está previsto em lei. A Fiesp simplesmente manteve conversações com entidades sindicais quanto à aplicação daquilo que já está previsto em lei", afirmou Francini.

Segundo a ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff, uma das medidas que assegura um nível de emprego é a manutenção de investimentos no Programa de Aceleração do Crescimento (PAC). "Estamos esperando que a dificuldade ocorra em janeiro, fevereiro e março. Estamos certos que vamos manter o nível de investimento. É isso que funciona, é isso que significa investimento público. Ele funciona como um colchão. Por isso, nós colocamos R$ 100 bilhões no BNDES e a Petrobras ampliou o seu investimento em R$ 120 bilhões", afirmou.

Na mesma linha, Pina explica que a antecipação de gastos do governo substitui parte da demanda retraída do setor privado. "Ele dá o seguinte recado: não vou estourar as contas públicas, mas concentrar em um momento em que a demanda privada está pequena. Mas o governo não tem fôlego suficiente para fazer o papel de toda demanda", ressaltou. O economista da Fecomercio lembrou que a entidade já pleiteou junto ao governo isenções para transferência de imóveis e de automóveis, além de retirar o IPVA para veículos novos.

Já Oreiro foca suas propostas na capitalização do Banco do Brasil e da Caixa Econômica Federal pelo Tesouro para atender a demanda de crédito para capital de giro e reduzir o spread. "Aumentando o empréstimo e reduzindo as taxas, os dois vão forçar os bancos privados a acompanhar o movimento, até para não perderem participação no mercado", explicou o economista da UnB.

Até o Carnaval, o governou prometeu detalhar um pacote de incentivos para a construção de até um milhão de casas populares, direcionado a famílias com renda de até dez salários mínimos. "Estamos atentos a tudo o que está acontecendo e novas medidas serão tomadas caso haja uma avaliação de que sejam necessárias", disse o ministro da Fazenda, Guido Mantega, na última sexta-feira.

17:11
Anónimo disse...
Ex-ministro critica extensão do seguro-desemprego

Atualizada às 09h03

O ex-ministro do Trabalho Almir Pazzianotto criticou a decisão do governo federal de conceder o seguro-desemprego estendido a apenas alguns setores. "É certamente odioso e provavelmente inconstitucional", disse Pazzianotto, de acordo com o jornal O Estado de S. Paulo.

Na última qurta, dia do anúncio da medida, centrais sindicais elogiaram a atitude do governo. A Força Sindical divulgou nota dizendo que "o aumento ajudará a aquecer parte da economia, já que irá gerar mais consumo, produção e conseqüentemente, a criação de novos postos de trabalho". A União Geral dos Trabalhadores (UGT) afirmou que a medida "contribuirá para minimizar o drama dos trabalhadores que perderem seu emprego por conta da crise".

O ex-ministro, que instituiu o seguro-desemprego no País no governo de José Sarney, destacou a necessidade de as centrais sindicais se manifestarem contra a determinação. Para ele, as mudanças devem ser aplicadas a todas as categorias profissionais e a distinção é contrária ao artigo 3º da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT).

Pazzianotto atribui a medida a um possível temor do governo de que a crise econômica seja longa e não haja dinheiro para atender a todas as necessidades. Ainda assim, ele se mostra contrário ao método de concessão. "O seguro-desemprego ajuda a sanar necessidades básicas. Estendê-lo é paliativo, não a solução", disse ao jornal.

De acordo com o presidente do Conselho Deliberativo do Fundo de Amparo ao Trabalhador (Codefat) e conselheiro da Força Sindical, Luiz Fernando Emediato, a determinação já estava prevista na lei 8.900/94, que trata do seguro-desemprego.

O presidente da Comissão de Trabalho da Câmara, Pedro Fernandes (PTB-MA) vai além na crítica à concessão do seguro para apenas alguns setores. Ele acredita que a ampliação do benefício estimula o desemprego.

Quintino Severo, secretário geral da Central Única dos Trabalhadores (CUT), lembra que a ampliação do benefício sem critério e identificação pode incentivar demissões em outros setores.

17:13
Anónimo disse...
Empresas
TAM faz promoção para destinos internacionais

A companhia aérea TAM anunciou nesta sexta-feira tarifas promocionais para trechos internacionais. Os preços valem para bilhetes comprados entre 6h deste sábado e 23h59 deste domingo e são válidos para classe econômica. As tarifas, para ida e volta, serão vendidas a partir de US$ 99, mais taxas.

Segundo a aérea, a promoção vale para viagens feitas no período de 14 de fevereiro a 18 de junho de 2009. Para destinos na América do Sul, a permanência mínima é de dois dias; para bilhetes com destino nos Estados Unidos, cinco dias; e Europa, sete dias. A permanência máxima para as passagens para América do Sul e EUA é de dois meses e para Europa, três meses.

Entre os exemplos de tarifas promocionais, a TAM oferece São Paulo-Lima por US$ 99. Bilhetes para a rota São Paulo-Santiago serão vendidos a partir de US$ 199 e São Paulo-Nova York, US$ 799.

A emissão dos bilhetes deve ser feita obrigatoriamente no ato da reserva, obedecendo às regras estipuladas pela companhia. A compra está sujeita à disponibilidade de assentos nas classes tarifárias determinadas, trechos, horários e datas. A TAM afirmou que também há tarifas promocionais para a classe executiva.

Mais informações podem ser encontradas no site promocional (www.ofertastam.com.br), no site da empresa (www.tam.com.br) ou pelos telefones 4002-5700 ou 0800 5705700.

17:13
Anónimo disse...
Empresas
Consultoria negocia compra do parque temático Hopi Hari

A consultoria especializada em reestruturação de empresas Íntegra Associados informou nesta sexta-feira ter um acordo para comprar o parque de diversões Hopi Hari, localizado no interior de São Paulo. A empresa estaria disposta a investir R$ 10 milhões no parque, que tem dívida estimada em R$ 800 milhões. As informações são da edição deste sábado do jornal Folha de S. Paulo.

De acordo com o jornal, a transação ainda depende da negociação entre o Hopi Hari e seus credores, o que já estaria em andamento.

A consultoria paulista já atuou junto à Parmalat, durante 30 meses, quando reorganizou a gestão da empresa italiana.

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17:14
Anónimo disse...
Empresas
Disney de Tóquio contratará mais 2 mil apesar da crise


A Oriental Land, o operador da Disneylândia Tóquio e DisneySea, organizou neste domingo entrevistas para contratar cerca de 2 mil trabalhadores em tempo parcial, em um momento de grandes demissões deste tipo de empregados no Japão.

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O operador deste parque temático, situado em Urayasu, na província de Chiba (leste de Tóquio), está em pleno processo de seleção de empregados para 20 tipos de postos trabalhistas diferentes.

Segundo a companhia, citada pela agência local de notícias Kyodo, o parque contratará novos trabalhadores para as atrações, para os restaurantes e guardas de segurança entre outros. Os novos contratados começarão a trabalhar a partir de fevereiro.

O processo de seleção acontece em um momento em que a maioria das grandes companhias japonesas começaram a se ver obrigadas a despedir uma elevada percentagem de seus trabalhadores temporários e a tempo parcial.

Algumas inclusive anunciaram demissões de seus trabalhadores fixos, uma medida muito pouco comum nas companhias japonesas, perante os efeitos piores que o esperado pela crise econômica global.

Cerca de uma centena de pessoas esperavam desde a primeira hora desta manhã a abertura do centro de conferências Tokyo International Forum, onde as entrevistas estão sendo feitas, para ser os primeiros a solicitar os postos de trabalho.


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17:15
Anónimo disse...
Economia Internacional
Senado dos EUA aprova plano de estímulo à economia

O Senado dos Estados Unidos aprovou com 60 votos a favor e 38 contra o plano de estímulo à economia de US$ 787 bilhões na madrugada deste sábado. Agora, ele segue para sanção ou veto do presidente Barack Obama, que espera colocar a lei em prática até o dia 16 de fevereiro.

O plano prevê a criação de três milhões de empregos, inclui cortes de impostos às famílias, fundos para programas sociais e obras públicas, além de ajuda aos governos estaduais, estudantes e desempregados.

A cláusula Buy American - que exige o uso de ferro, aço e produtos manufaturados dos Estados Unidos em obras realizadas com recursos do pacote - ficou de lado. Segundo o texto definitivo, a cláusula será aplicada sem violar as normas do comércio internacional.

Ontem à tarde, a Câmara de Representantes (deputados) havia aprovado, por 246 votos a favor e 183 contra, a versão final do plano. Todos os republicanos foram contrários ao pacote.

Pelo acordo de quarta-feira entre Câmara e Senado, em vez de custar US$ 819 bilhões, como queriam os deputados, ou US$ 838 bilhões como pretendiam os senadores, o pacote ficou em cerca de US$ 787 bilhões, com 65% desse total destinado a gastos do governo federal e 35%, a créditos tributários.

17:16
Anónimo disse...
Economia nacional
Na era Lula, aposentadoria sobe 54% menos que salário mínimo

Thatiane Faria
Especial para o Terra
Direto de São Paulo

Os índices de reajustes concedidos pelo governo em 2009 para aposentados e pensionistas e para o salário mínimo repetiram uma diferença que, só durante o governo de Luiz Inácio Lula da Silva, já chega a 54%. Enquanto o mínimo foi majorado em 12% este ano, as pensões e aposentadorias tiveram aumento de 5,92%. Aposentados que têm o benefício do governo como única fonte de renda reclamam que perdem poder de compra e que sua cesta de compras é composta por itens que aumentam mais em relação à inflação oficial.

Um exemplo prático pode ser entendido a partir da comparação entre um aposentado que ganhava R$ 600 em janeiro de 2003. Na época, o benefício era três vezes, ou 200%, maior que o valor do mínimo em vigência, que era de R$ 200. Aplicando-se os índices de reajuste para aposentadorias e para o mínimo durante os últimos seis anos, o mesmo aposentado estaria recebendo hoje R$ 938,47, comparado a um salário mínimo de R$ 465. A diferença entre os dois valores caiu para pouco mais de 100%.

Enquanto o índice acumulado de reajuste para a aposentadoria durante o governo Lula foi de 60%, para o salário mínimo está em 132%.

O diretor do Sindicato Nacional dos Aposentados, João Inocentini, reclama que os valores dos benefícios para aposentadorias não mantêm o poder de compra do grupo, principalmente dos aposentados que recebem menos que dez salários mínimos.

Nem mesmo o fato de o índice de reajuste das aposentadorias ter ficado acima da inflação acumulada no mesmo período (o IPCA entre janeiro de 2003 e janeiro de 2009 foi de 39,7%) serve de argumento, segundo os aposentados.

"Os idosos, principalmente, têm gastos além das contas gerais como gás, telefone e aluguel. Para eles o custo com remédios, e outros itens da área saúde costuma ser maior", afirmou Inocentini.

O presidente do sindicato afirmou que o grupo realiza um estudo com 100 itens de necessidade de um idoso para comparar o aumento dos produtos com o índice de reajuste do benefício recebido pelos aposentados.

"Daqui dois meses vamos abrir um processo na Justiça e levar essa pesquisa como prova. Segundo a lei, o governo é obrigado a manter o poder de compra com a aposentadoria", disse Inocentini.

Alternativas
O consultor financeiro Cláudio Boriola diz que os aposentados, especialmente nesse momento de crise econômica, devem evitar compras parceladas, pesquisar preços, negociar e fazer bom planejamento financeiro.

Segundo Boriola, alguns aposentados ganham um valor mensal muitas vezes insuficiente para o pagamento das contas e acabam pedindo crédito ou realizando pagamentos a prazo e são obrigados a pagar juros altos.

Na opinião do consultor, pagar uma previdência privada é uma alternativa indicada para quem ainda trabalha, considerando a característica de perda de poder de compra da aposentadoria.

"Na prática, infelizmente os valores encontram-se em um patamar que está deteriorando o poder de aquisição da população brasileira", completou Boriola.

De acordo com o diretor da Confederação Brasileira de Aposentados e Pensionistas (Cobap), Vicente Fernandes Barbosa, representantes dos aposentados tentarão um encontro com o presidente da Câmara, deputado Michel Temer (PMDB-SP), para discutir projetos que minimizem a perda dos aposentados

17:17
Anónimo disse...
Previdência
Previdência prorroga isenção de tarifas no benefício

O atual sistema de pagamento aos 26 milhões de aposentados e pensionistas do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) será mantido até o final deste ano. O acordo, que permite realizar a operação sem nenhum custo aos beneficiários, foi renovado nesta sexta-feira, entre o governo federal e 21 instituições financeiras.

Por meio desse acordo, vigente desde setembro de 2007, nem os segurados, nem os bancos e nem o governo arcam com o pagamento de tarifas, conforme explicou o ministro da Previdência Social, José Pimentel. A prorrogação vale até dezembro, data máxima para que a Previdência defina as regras para um novo contrato.

Ao assinar o termo de renovação, na sede da Federação Brasileira dos Bancos (Febraban), o ministro disse que a intenção do governo é mudar o atual modelo de gestão visando a reduzir os custos dessas operações em torno da folha mensal, que atinge R$ 15,8 bilhões. No entanto, qualquer alteração, conforme explicou, passará antes por audiências públicas a serem realizadas a partir do segundo semestre deste ano, atendendo a determinação do Tribunal de Contas da União (TCU).

De acordo com Pimentel, com um redesenho do mecanismo de repasse dos recursos aos bancos em torno da folha de pagamento dos segurados o que se busca é um aumento da participação de instituições financeiras. Ele informou que, desde 2007, cada benefício custa em média R$ 1,07 ao governo. "Quanto mais instituições financeiras estiverem prestando serviços à sociedade, maior é a competitividade, a agilidade no atendimento", justificou.

O ministro observou, ainda, que, para permitir uma redução para algo em torno de meia hora no tempo de atendimento para a concessão dos direitos previdenciários, o governo investiu R$ 280 milhões.

Questionado sobre o descontentamento dos segurados que ganham acima de um salário mínimo terem obtido apenas a correção com base na variação do Índice de Preços ao Consumidor (INPC) , ficando abaixo do reajuste dado a quem recebe apenas o mínimo, Pimentel argumentou que o governo seguiu o que determina a lei e descartou a possibilidade de uma revisão

17:17
Anónimo disse...
Empresas
Caterpillar oferece aposentadoria antecipada a 2 mil


A companhia americana Caterpillar ofereceu a cerca de dois mil funcionários incentivos para que se aposentem de forma voluntária antes do previsto, pela perspectiva de uma queda "significativa" da atividade industrial, informou nesta quarta-feira a empresa.

A iniciativa, destinada aos trabalhadores de diversas fábricas em Illinois, Colorado, Tennessee e Pensilvânia, se soma aos cortes de empregos anunciados em janeiro, explicou em comunicado de imprensa.

A empresa, a maior fabricante mundial de maquinaria pesada para a construção e a mineração, acrescentou que, "em função das condições de negócio, podem ser necessárias mais reduções de elenco voluntárias e involuntárias à medida que o ano avança".

O vice-presidente da companhia, Sid Banwart, explicou que a empresa prevê "demissões significativas em todas as regiões geográficas e na maioria dos setores devido às dificuldades da economia mundial".

17:18
Anónimo disse...
Comércio
Comércio exterior da OCDE caiu no 3º trimestre de 2008


As exportações e as importações dos países da Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Econômico (OCDE) caíram 1,6% e 0,2%, respectivamente, no terceiro trimestre de 2008, em relação aos três meses anteriores.

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Trata-se da primeira queda destas atividades desde o terceiro trimestre de 2006, segundo o último relatório trimestral sobre fluxos comerciais divulgado pela OCDE.

As exportações e as importações em dólares dos 30 Estados-membros caíram 15,6% e 17%, respectivamente, na comparação anualizada.

Por sua vez, o comércio dos sete países mais ricos do mundo (G7) teve um pequeno crescimento no terceiro trimestre de 2008 com uma queda das exportações de mercadorias de 0,2% em relação ao trimestre anterior e um aumento de 0,4% das importações.

Em termos anualizados, as importações do G7 caíram 1,4% entre julho e setembro do ano passado, seu primeiro retrocesso desde o terceiro trimestre de 2006, enquanto as exportações aumentaram 1,9%, seu crescimento mais baixo no mesmo tempo.

Por países, a Alemanha aumentou suas importações em 3,4% - valor mais alto do G7 -, enquanto suas exportações caíram 2,9% do segundo para o terceiro trimestre de 2008.

Pelo contrário, as exportações americanas aumentaram 1,8% entre julho e setembro de 2008, enquanto as importações caíram 0,7% em relação ao trimestre anterior. No Japão, tanto as importações quanto as exportações caíram em torno de 1% no mesmo período.

17:19
Anónimo disse...
Economia Nacional
Lula: juros de crédito consignado a aposentados são altos

Atualizada às 17h29

O presidente Luis Inácio Lula da Silva afirmou nesta terça-feira, em São Paulo, que está lutando para reduzir as taxas de juros cobradas de aposentados em crédito consignado. A Previdência Social estabelece uma taxa máxima de 2,5% para empréstimo e de 3,5% para cartão. Para Lula, os valores são altos.

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"Acho que o juro que os aposentados estão pagando hoje com o crédito consignado é alto para o padrão brasileiro", disse o presidente durante a cerimônia de comemoração dos 86 anos do INSS.

A Previdência anunciou nesta terça-feira que aposentados e trabalhadoras com licença-maternidade poderão receber seus benefícios em 30 minutos. De acordo com Lula, em junho, a aposentadoria do trabalhador rural também será conseguida em meia hora.

Além disso, o presidente anunciou que, também em junho, os trabalhadores que alcançarem o direito à aposentadoria passarão a receber em suas casas um comunicado da Previdência informando o fato e o valor do salário que têm direito a receber. "É um comprometimento público que estou fazendo com os companheiros da Previdência Social", disse.

"Estamos retribuindo ao contribuinte da Previdência Social aquilo que é a cidadania que ele tem direito", afirmou Lula. "Se para cobrar nós somos tão precisos, para devolver o dinheiro, temos que chegar próximo à perfeição", completou.

17:20
Anónimo disse...
Economia Nacional
Salário maternidade sairá em 30 minutos, diz ministro

Toda trabalhadora autônoma que tiver contribuído pelo menos 10 meses com o Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) - ou as que possuírem carteira assinada - poderão receber em 30 minutos o salário maternidade a partir desta terça-feira. Da mesma forma, as mulheres com 30 anos de contribuição e os homens com 35 anos também terão direito ao benefício de forma mais rápida. A informação é do ministro da Previdência Social, José Pimentel.

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Para requerer o salário maternidade, é preciso que as autônomas levem a carteira de identidade e o carnê de contribuição. As demais trabalhadoras devem apresentar a identificação e a carteira de trabalho. Desde o início do mês, a nova forma de análise para a concessão de benefícios foi adotada para a aposentadoria por idade do trabalhador urbano e agora foi estendida para o salário maternidade e por tempo de contribuição.

O ministro disse que a qualificação do serviço da previdência social é o reconhecimento do direito dos trabalhadores e da afirmação da cidadania.

"Até pouco tempo na cabeça do cidadão o serviço devia ser de péssima qualidade. Agora não, nós modificamos toda a legislação no mês de dezembro numa ação conjunta do Congresso Nacional com o governo federal. Estamos implantando e concedendo os benefícios em até 30 minutos", afirmou.

O ministro destacou que para conseguir se aposentar ou ter acesso à licença maternidade em 30 minutos, em primeiro lugar, é necessário que o cidadão esteja vinculado à Previdência, o que inclui 65% da população acima de 16 anos de idade.

"Depois bastar marcar pelo sistema 135 o dia e a hora do atendimento e levar a documentação. Se todos os dados necessários estiverem corretos o contribuinte será atendido em até 30 minutos, como vem sendo feito com as aposentadorias por idade desde o dia cinco de janeiro", explicou.

Pimentel disse ainda que em 90% das agências da previdência social o atendimento é marcado em até 48 horas. Nos grandes centros, entretanto existe um volume maior o que torna mais lento o processo.

"Estamos criando mais 715 agências até 2010, em todo o território nacional, para descentralizar o atendimento. Em 2008, atendemos 295 mil benefícios e aposentadorias por idade. Temos 4 mil pessoas por dia procurando e se aposentando por idade no território nacional. Este serviço será agilizado", concluiu.

Anónimo disse...

Giuseppe Englaro, pai de Eluana, a italiana que morreu na segunda-feira passada por desidratação, recusou uma grande soma de dinheiro de um conhecido fotógrafo italiano que queria retratar a filha em estado de coma, disse neste sábado o neurologista que atendia a mulher desde 1996, Carlo Defanti.

O neurologista, que participou hoje de uma conferência sobre eutanásia, disse que Englaro respeitou a vontade da filha, que, antes do acidente, tinha pedido que, se lhe ocorresse qualquer coisa irreversível, apresentasse sua imagem de quando estava em boas condições.

Antes de sofrer o acidente de trânsito, em 1992, Eluana viveu o coma de um amigo, Alessandro, o que causou forte impacto na italiana e a levou a fazer o pai prometer que não a deixasse viver em estado vegetativo, disse o próprio Giuseppe Englaro.

Defanti, que dissera que Eluana poderia viver de dez a 12 dias depois da suspensão da alimentação e da hidratação, disse que, como médico, tinha que reprovar esta afirmação.

"Não se pode sobreviver após três ou quatro dias sem líquido e, em particular, água em um corpo. Sabemos bem que, quando há um terremoto, após quatro dias é difícil encontrar sobreviventes".

Defanti ressaltou que Eluana "não falava, não se comunicava com o exterior" e que, após vários exames, "nos deparamos com uma moça que tinha perdido a consciência", porque estava com o córtex cerebral prejudicado.

Eluana foi enterrada na quinta-feira passada no túmulo da família na localidade de Paluzza, em Udine, após um funeral que não contou com a presença dos pais.

16:53
Anónimo disse...
Os bombeiros combatem neste sábado os incêndios na Austrália favorecidos pelo bom tempo, enquanto os deslocados encotram em seu retorno casas derruídas, carros queimados nas ruas e destruição.

Depois de sete dias desde que começaram os incêndios no Estado de Victoria, a lista de mortos chega a 181, os desaparecidos somam 50, os edifícios destruídos totalizam 1,834 mil e o terreno arrasado, principalmente florestas, ocupa uma área de 4,13 mil quilômetros quadrados.

As equipes de bombeiros, formadas por 4 mil profissionais de Victoria, de outras partes da Austrália e de países amigos, combateram hoje 12 focos fora de controle e nenhum representava uma ameaça direta para a população.

O subdiretor do Serviço de Bombeiros, Geoff Conway, disse que este tempo favorável, que se prolongará durante o domingo, permite consolidar as linhas de contenção e avançar na extinção das chamas.

Cinzas apareceram arrastadas por ventos do nordeste sobre Melbourne, onde habitam 3,8 milhões de pessoas, e as autoridades alertaram aos cidadãos do risco para a saúde de idosos, crianças e pessoas com problemas respiratórios.

O número de pessoas deslocadas - a Cruz Vermelha chegou a receber 7 mil - começou a cair com a abertura de algumas localidades atingidas.

Os incêndios, alguns criminosos, começaram em 7 de fevereiro, quando a região sul da Austrália estava há duas semanas sob uma onda de calor sem precedentes.

Na sexta-feira passada, a polícia acusou uma pessoa de ter provocado o incêndio que atingiu a localidade de Churchill e matou 21 pessoas.

16:55
Anónimo disse...
A primeira chuva em seis dias reduziu a ameaça de incêndios no Estado de Victoria, ao sul da Austrália. As autoridades, porém, advertiram que ainda existem 12 focos, mas que nenhum deles ameaça áreas povoadas.

Mais de quatro mil bombeiros, mil provenientes de outras partes do país e de outras nações, trabalham contra o fogo. Cerca de 600 veículos e 28 helicópteros e pequenos aviões estão sendo usados.


Eles conseguiram construir linhas de contenção para evitar os incêndios de Yarra e Maroondah se juntassem. Também foram controlados os incêndios abertos de Yea e Murrindindi, que ameaçavam as comunidades de Connellys Creek, Crystal Creek, Scrubby Creek e Native Dog Creek.

O número de mortos chegou a 181, mas as autoridades acreditam que as vítimas devem passar de 200, já que ainda há muitos desaparecidos.

16:55
Anónimo disse...
Aqui nesta coluna, na semana passada, tive a oportunidade de comentar sobre a recente visita do professor brasileiro Pedrinho Guareschi à Austrália. Não dei, porém, os fatos, pois semana passada o assunto era outro.

Hoje, porém, vamos a eles.

No último dia 4 de fevereiro, aconteceu o Seminário "Paulo Freire: Education and Liberation", organizado pelo centro de estudos latino-americanos da Universidade Nacional da Austrália, ou ANU, como é mais conhecida por aqui.

A ANU, para quem não sabe, está entre as 20 melhores universidades do mundo! E tem sede aqui em Camberra, capital da Austrália.

Na abertura do evento, o professor John Minns, diretor do centro latino-americano, ao dar boas-vindas ao público presente, lembrou ser aquele o primeiro seminário exclusivamente dedicado a Paulo Freire na Austrália.

Em seguida, convidou Pedrinho Guareschi, palestrante principal do Seminário, a fazer sua apresentação.

A plateia pode então conhecer, pelas palavras de Pedrinho, um pouco da obra e da vida de Freire, esse brasileiro de fé e valor, que sempre acreditou na educação, sobretudo dos menos favorecidos, analfabetos, como força libertadora.

Como não podia deixar de ser, os conceitos e ideias revolucionários de Paulo Freire, expostos com clareza por Pedrinho, despertaram o interesse e a curiosidade de plateia. A qual, deve-se notar, era na maioria de estudantes, mas de várias nacionalidades, sobretudo australianos e asiáticos.

Na continuação do programa do seminário, que se estendeu por dois dias, outros professores fizeram palestras sobre temas ligados à obra de Paulo Freire.

Interessante, por exemplo, saber que a professora Anne Hickling-Hudson, jamaicana que mora na Austrália há muitos anos (é professora da ANU), conheceu e trabalhou com Freire num workshop educacional durante a revolução na Ilha de Granada, em 1980, antes da invasão dos Estados Unidos...

Ou, então, a palestra da Professora Gerda Roelvink, da Nova Zelândia, que participou do Fórum Social de Porto Alegre em 2005. E essa participação transformou-se em tema de doutorado.

No dia 10, terça-feira passada, o padre Pedrinho Guareschi voltou a falar ao público australiano em grande auditório localizado no belíssimo campus da ANU. Desta vez, sobre a Teologia da Libertação.

Depois da palestra, John Minns mostrou o filme mexicano "O Crime do Padre Amaro", no qual um dos personagens é um padre católico praticante da Teologia da Libertação.

Mais uma vez, foi grande o intersse da platéia, que pode aprender e conhecer um pouco como se desenvolveu aquele importante movimento católico na América Latina.

Fica, assim, ao Pedrinho, bem como a outros brasileiros estudiosos e de bom coração que saem pelo mundo a divulgar aspectos importantes da cultura brasileira, o respeito e a homenagem desta coluna. E... aquele abraço!

16:57
Anónimo disse...
Amanda Kitts perdeu o braço esquerdo em um acidente de automóvel acontecido três anos atrás, mas hoje em dia ela joga futebol americano com seu filho de 12 anos de idade, troca fraldas e abraça as crianças nas três creches Kiddie Cottage que opera em Knoxville, Tennessee. Kitts, 40 anos, faz tudo isso com a ajuda de um novo tipo de braço artificial que se movimenta com mais facilidade do que outros aparelhos e que ela pode controlar utilizando apenas seus pensamentos.

"Eu sou capaz de mexer a mão, o pulso e o cotovelo ao mesmo tempo", diz. "Você pensa e os músculos se movem em seguida".

A recuperação que ela conseguiu resulta de um novo procedimento que vem atraindo crescente atenção porque permite que pessoas movam braços protéticos de forma mais automática do que faziam no passado, simplesmente utilizando nervos reaproveitados em seus cérebros.

A técnica, conhecida como "renervação muscular dirigida", envolve utilizar os nervos que restam depois da amputação de um braço e conectá-los a outro músculo do corpo, em geral no peito. Eletrodos são instalados sobre os músculos do peito, e operam como se fossem antenas. Quando a pessoa deseja mover o braço, o cérebro envia sinais que primeiro resultam em contração dos músculos do peito, os quais enviam um sinal ao braço protético, instruindo-se a se movimentar. O processo não requer mais esforços consciente do que a pessoa teria de exercitar caso ainda tivesse seu braço natural.

Na terça-feira, pesquisadores reportaram em estudo publicado pela versão online do Journal of the American Medical Association que haviam levado a técnica ainda mais à frente, tornando possível a execução de 10 movimentos de mão, pulso e cotovelo diferentes, o que representa uma substancial melhora com relação ao típico repertório protético, que em geral envolve apenas dobrar o cotovelo, girar o pulso e abrir a mão.

"Os novos métodos tiveram impacto dramático em nosso campo de trabalho", disse Stuart Harshbarger, engenheiro biomédico na Universidade Johns Hopkins e diretor do programa de pesquisa sobre próteses, financiado pelas forças armadas, que inclui o trabalho com essa técnica. "O método já está em uso por médicos e cirurgiões comuns em todo o país. A capacidade de controlar um membro protético bastante robusto que ele confere surpreendeu a todos pela qualidade".

Tipicamente, uma pessoa que tenha um braço protético só é capaz de executar alguns poucos movimentos, e muitas vezes com tamanha lentidão que isso só permite a ela atividades limitadas.

Há um motor separado para cada movimento, diz Gerald Loeb, professor de engenharia biomédica na Universidade do Sul da Califórnia, "e esses motores precisam ser controlados de maneira explícita", usualmente por um esforço consciente da pessoa para contrair músculos nas costas ou no bíceps.

"Essencialmente, até agora os pacientes controlavam apenas um motor de cada vez", diz Loeb, "e precisavam pensar cuidadosamente sobre que motor desejavam controlar e como fazê-lo operar, em lugar de simplesmente pensarem em mover o braço e poderem fazê-lo sem delongas".

Antes que Kitts passasse pelo procedimento de renervação, em outubro de 2007, por exemplo, ela precisava movimentar os músculos de suas costas de determinada maneira para fazer com que seu pulso girasse, e flexionar seu bíceps e tríceps para fazer com que o cotovelo se movesse para cima e para baixo. "Era muito trabalho", ela conta. "E não me ajudava muito".

O procedimento de renervação é parte de uma recente explosão de idéias novas e técnicas inovadoras que estão sendo exploradas enquanto os cientistas se esforçam por ajudar as pessoas a compensar melhor a perda de membros ou problemas de paralisia. O esforço vem sendo alimentado pelo aumento no número de amputações causado por diabetes e por ferimentos sofridos pelos militares, e ao mesmo tempo pelos avanços na tecnologia médica.

Os braços se tornaram um dos focos essenciais desse tipo de trabalho. A ciência há muito vem obtendo sucessos no desenvolvimento de próteses de perna, mas é muito mais difícil imitar a complexidade e a destreza das mãos e dos braços.

Os esforços em curso incluem o desenvolvimento de projetos de pele e braços mais sensíveis e mais flexíveis, e o uso de dispositivos acionados por controles sem fio implantado nos braços protéticos, que permitiriam movimentos mais naturais.

Os pesquisadores também vêm usando sensores implantados nos cérebros de cobaias para permitir que dois macacos controlem um braço mecânico, e um teste com um homem paralítico permitiu, com esse método, que ele movimentasse um cursor em uma tela de computador.

Alguns desses métodos, caso venham a ser aperfeiçoados plenamente e consigam aprovação das autoridades regulatórias da saúde, podem no futuro se tornar mais viáveis para os pacientes de amputações.

E embora a técnica da renervação não requeira aprovação das autoridades regulatórias porque é executada por meios cirúrgicos e emprega aparelhos já existentes, ela apresenta limitações que até mesmo seus criadores reconhecem, entre as quais o fato de que não se pode utilizá-la para todos os pacientes, o seu alto custo e o prazo de meses requerido para que os nervos reconectados cresçam e se tornem efetivos.

Ainda assim, os especialistas dizem que é o mais avançado sistema em uso hoje para pacientes reais que permite que o sistema nervoso controle diretamente o movimento de um braço artificial.

Desde sua introdução por Todd Kuiken, médico fisioterapeuta e engenheiro biomédico do Instituto de Reabilitação de Chicago, o método foi empregado em cerca de 30 pacientes nos Estados Unidos, Canadá e Europa, entre os quais oito soldados feridos no Iraque e no Afeganistão.

Muitos dos pacientes, entre os quais o primeiro, Jesse Sullivan, um operário do setor elétrico no Tennessee que perdeu os dois braços quando foi eletrocutado por um cabo, conseguem não apenas manipular seus braços protéticos mas sentir a presença das mãos que já não têm quando alguém toca em seus peitos.

Sullivan, 62 anos, e Kitts, estavam entre os cinco pacientes que participaram do estudo reportado na terça-feira. Em companhia de cinco outras pessoas que não passaram por amputações, eles receberam os eletrodos e foram instruídos a usar pensamentos para fazer com que um braço virtual na tela reproduzisse 10 movimentos diferentes, entre os quais três formas diferentes de aperto de mão.

Os pacientes apresentaram desempenho bastante respeitável, apenas um pouco mais lento e menos preciso do que os dos participantes que não tinham amputações.

"As velocidades de movimento que encontramos em nossos pacientes foram realmente encorajadoras", disse Kuiken. "Eles conseguiram completar a tarefa. É claro que não foram tão competentes quanto as pessoas dotadas de plena capacidade física, mas foram bons o bastante".

Um braço virtual foi usado porque a maioria das próteses existentes não era capaz de acomodar todos aqueles movimentos, no momento da pesquisa, ainda que Sullivan, Kitts e uma terceira paciente, Claudia Mitchell, tenham experimentado dois novos protótipos mais versáteis de braços artificiais, executando tarefas complexas com bolas de tênis e outros objetos.

O trabalho de renervação em soldados apresenta outros desafios, diz Kuiken, porque os ferimentos militares muitas vezes "causam danos muitos extensos" a nervos, músculos ou ossos.

Daniel Acosta, 25 anos, um aviador ferido pela detonação de uma bomba em uma estrada do Iraque em 2005, passou pelo procedimento no ano passado e diz que seu braço esquerdo protético agora se movimenta "muito mais rápido" e de maneira muito mais natural.

"A diferença é que agora não preciso mais pensar para mover o braço", ele diz. "Ele simplesmente se mexe".

Ainda assim, Acosta, de San Antonio, diz que "o processo foi bastante longo" e que os eletrodos precisam ser ajustados para receber os sinais à medida que os nervos crescem ou mudam de posição.

E embora elogiem o método, os especialistas afirmam que a ciência das próteses de braço ainda tem muito por avançar.

"Trata-se de uma parte crucial, mas ainda assim apenas uma parte, das muitas coisas que compreendem a função normal de um braço", disse Loeb, que escreveu um editorial que acompanha o artigo no Journal of the American Medical Association.

"No momento estamos a meio do caminho entre o braço de 'Dr. Fantástico', que fazia involuntariamente a saudação nazista, e o braço de Luke Skywalker em 'Guerra nas Estrelas', que funciona sem nenhum problema assim que é conectado. Creio que precisaremos ainda de muitos anos para conectar todas as peças necessárias a produzir um braço capaz de funcionar normalmente".

17:04
Anónimo disse...
A Espanha disse neste sábado que está preparando uma reclamação oficial contra a decisão da Venezuela de expulsar um membro do Parlamento Europeu que criticou o conselho eleitoral venezuelano.
Luis Herrero, membro do partido conservador espanhol PP, foi deportado na sexta-feira depois que o Conselho Nacional Eleitoral (CNE) o acusou de questionar a imparcialidade da instituição antes de um referendo que pode permitir ao presidente Hugo Chávez permanecer no cargo indefinidamente.

Herrero estava na Venezuela como observador do referendo. Ele acusou Chávez de ter "comportamentos típicos de um ditador" por pedir a contenção de manifestações da oposição.

O governo da Espanha convocou um encontro com o embaixador da Venezuela em Madri para expressar a desaprovação sobre a expulsão de Herrero, disse um representante do Ministério das Relações Exteriores espanhol.

As relações da Venezuela com a Espanha tiveram seu ponto crítico em 2007, quando Chávez ameaçou rever acordos diplomáticos e comerciais depois de ouvir um "cala a boca" do rei espanhol Juan Carlos durante uma cúpula.

A fenda foi oficialmente reparada em 2008, com uma visita oficial de Chávez à Espanha, onde ele cumprimentou o rei e discutiu acordos para investimento no setor petroquímico com o primeiro-ministro José Luis Rodriguez Zapatero.

17:06
Anónimo disse...
A polícia do Zimbábue anunciou neste sábado que acusa de traição Roy Bennett, dirigente do até agora opositor Movimento para a Mudança Democrática (MDC), detido na sexta-feira, em Harare, poucas horas antes da cerimônia de posse dos membros do novo gabinete.

"A Polícia nos informou que vão apresentar acusações de traição", disse à agência EFE o advogado de defesa de Bennett, Trust Maanda.

"Tentam relacionar Roy com o caso de Mike Hitschmann, que foi detido em 2006 em relação à descoberta de um carregamento de armas, apesar de que Hitschmann não tenha sido declarado culpado das acusações de traição apresentadas contra ele, mas de um crime menor de descumprimento de leis", disse Maanda.

O político opositor, designado por seu partido como vice-ministro de Agricultura no Governo de união nacional, esteve no exílio na vizinha África do Sul desde 2006 e retornou ao Zimbábue há duas semanas.

Segundo a Polícia, que deteve Bennett ontem no aeroporto de Harare quando pretendia ir à África do Sul para visitar sua família, as armas apreendidas em 2006 seriam utilizadas em um golpe de Estado para derrubar o presidente do Zimbábue, Robert Mugabe.

Depois da detenção, Bennet foi levado a Mutar, onde vários simpatizantes do MDC se concentraram em frente à delegacia na qual estava detido, diante do que a Polícia respondeu com tiros para o alto para dispersar os manifestantes.

17:07
Anónimo disse...
Austrália: 14 mil se candidatam a 'emprego dos sonhos'

A secretaria de Turismo de Queensland, na Austrália, informou que até esta segunda-feira já recebeu cerca de 14 mil inscrições para o "o melhor emprego do mundo". O Estado australiano promove pela internet seleção para vaga de "zelador" da ilha Hamilton, por seis meses com um salário de R$ 40 mil.

Muitos candidatos tiveram problemas durante a inscrição por conta dos acessos simultâneos ao site. A secretaria aconselha enviar os vídeos de 60s explicando porque deve ser escolhido em horários alternativos do dia, além de recomendar tamanho em torno de 40MB.

As inscrições começaram em 12 de janeiro e vão até o próximo dia 22 e podem ser feitas pelo site www.islandreefjob.com. O governo australiano escolherá 50 candidatos para a próxima fase da seleção, que terá votos do público para eleger um dos 11 finalistas.

A última fase terá entrevistas e desafios físicos, no próprio local de trabalho: as ilhas da Grande Barreira Coralina - o maior recife de coral do mundo. A secretaria de Turismo anunciará o vencedor no dia 6 de maio.

17:09
Anónimo disse...
Mercado elogia governo na crise, mas pede maior queda no juro

Peter Fussy
Direto de São Paulo

Desde as primeiras medidas anunciadas para combater os efeitos da crise, o governo brasileiro avisou que a estratégia não contemplaria um pacote. Seriam doses pontuais, de acordo com a necessidade da economia diante do agravamento das turbulências. Da primeira liberação dos depósitos compulsórios em setembro até a ampliação do seguro-desemprego na última quarta-feira, o governo passou por redução de impostos, ampliação de crédito e incentivos à exportação. Quase 150 dias após a primeira medida, o Terra conversou com líderes do setor público e privado, representantes dos trabalhadores, acadêmicos e com o próprio governo para saber quais destas ações foram mais eficazes, quais foram mais ineficientes e o que mais pode ser feito pelo Estado brasileiro contra a crise.

Os maiores elogios foram direcionados à atitude de reduzir o Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) para a indústria automobilística, anunciada em dezembro e que fez com que os emplacamentos de carros novos subissem 1,9% no primeiro mês do ano em relação a dezembro de 2008. Já as maiores críticas foram para a lentidão no corte da taxa básica de juro do País.

Para o presidente do conselho administrativo do Grupo Pão de Açúcar, Abílio Diniz, o Estado não é responsável pela crise e mesmo assim está agindo "com extrema serenidade e muito acerto". "O governo está atento, fazendo a sua parte. É preciso coragem de baixar firmemente a taxa de juros. É uma arma que temos a nosso favor, já que não há clima para inflação, nem possibilidade de danos para a macroeconomia", afirmou Diniz.

Na última reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), em janeiro, a taxa Selic foi reduzida em um ponto percentual, de 13,75% para 12,75% ao ano. Porém, o professor de economia da Universidade de Brasília (UnB) José Luiz Oreiro lembra que este corte representa uma redução de apenas 0,25 ponto percentual com relação à taxa de setembro do ano passado, quando a crise se agravou.

"Pouco antes da eclosão da crise, o Banco Central aumentou a taxa em 0,75 ponto. Foram cinco meses de demora para reduzir em termos líquidos apenas 0,25 ponto", afirmou o economista, que também sugeriu redução do intervalo de cerca de 90 dias entre as reuniões do Copom e o corte de pelo menos um 1 ponto percentual em cada reunião.

Mesmo com o corte de janeiro, a taxa de juros real continua sendo a maior do mundo, lembrou o secretário-geral da Força Sindical, João Carlos Gonçalves, o Juruna. "A redução da taxa de juro ainda é pequena, porque ela continua uma das mais altas do mundo. Falta ousadia para baixar os juros e ajudar o cidadão. A permanência da taxa de juro alta é negativa para o País em meio a crise", afirmou Juruna.

Embora aprove as ações do governo, o senador Aloízio Mercadante (PT-SP) também acredita que o patamar da Selic está muito alto. "Sempre fomos os primeiros a entrar em qualquer crise, o que não aconteceu agora. A taxa Selic ainda é muito alta, mas o governo têm tomado medidas acertadas, como o aumento do salário mínimo, mesmo com um cenário de crise. Isso ajuda a movimentar o consumo. O governo está se esforçando para manter os investimentos e o crescimento", disse.

Tributos
De acordo com o economista Fabio Pina, da Fecomercio-SP, as ações mais positivas estão relacionadas à redução de tributos para alguns segmentos, como a indústria automobilística, que recuperou parte da queda nas vendas em janeiro com a isenção do IPI para carros 1.0 l e o corte para demais motorizações. A medida vale até o final de março.

"Essas medidas não só reduziram o preço, mas anteciparam o consumo daqueles que iriam comprar no futuro, dando um prêmio por conta da insegurança. Mexe diretamente com o principal problema que é a confiança do consumidor", afirmou. Juruna destacou que um bom ritmo de vendas é garantia de emprego. "É importante porque cada emprego na montadora significa 19 na cadeia produtiva", comentou o representante da Força Sindical.

Também em dezembro, o governo decidiu cortar pela metade a alíquota do Imposto de Renda para contribuintes que ganham entre R$ 1.434 e R$ 2.150 mensais. "O salário aumentava e a tabela não se modificava. As pessoas ganhavam mais e pagavam mais impostos", apontou Juruna. Outra redução de tributos do governo foi com relação ao Imposto sobre Operações Financeiras (IOF), que caiu de 3% ao ano para 1,5%.

Crédito
Na segunda metade de 2008, o colapso de bancos nos Estados Unidos por conta da crise do subprime provocou uma forte restrição de crédito no mundo inteiro. Uma das primeiras medidas anticrise do governo teve como objetivo restabelecer a oferta, com mudanças no recolhimento dos depósitos compulsórios por parte dos bancos. Segundo o presidente do Banco Central, Henrique Meirelles, as diversas modificações liberaram US$ 99,2 bilhões aos bancos até o final de janeiro.

Além disso, o governo concedeu R$ 36 bilhões das reservas internacionais para empresas brasileiras com dívidas no exterior e uma medida provisória autorizou o Banco do Brasil e a Caixa Econômica Federal a comprar carteiras de crédito de bancos privados. Para o diretor do Departamento de Pesquisas e Estudos Econômicos da Fiesp, Paulo Francini, estas medidas foram essenciais para combater os efeitos da crise.

"A crise se desenvolve no mundo em torno do tema crédito. E o crédito reduziu-se barbaridade no mundo. Então o governo lança mão de compulsório, lança mão de reservas, de medidas que permitem aos bancos comprar carteiras de bancos. Você vai tomando várias medidas para atender às demandas e o epicentro disso é crédito", afirmou.

No entanto, Oreiro, da UnB, adverte que a liberação dos compulsórios seria mais eficiente acompanhada de redução mais agressiva da taxa básica de juro. "Uma parte do crédito voltou, depois da forte retração em outubro e novembro. O que deveria ter sido feito junto à liberação do compulsório era uma redução mais drástica da taxa de juro. Sem isso, os bancos pegam as reservas e acabam comprando títulos públicos", explicou o economista.

Na opinião de Pina, as ações de distribuição de crédito via redução do compulsório e a disposição de capital de giro para empresas foram tomadas sem um cuidado maior na operação e não tiveram muito efeito. "O BNDES tem linhas que ficam paradas quase todo o ano, agora é pior ainda. Existem os recursos, mas as empresas e os bancos estão desconfiados. É preciso fazer com que os bancos tenham interesse em emprestar", afirmou o economista da Fecomercio-SP.

Futuro
Mesmo com todas essas medidas, a crise financeira ainda gera incertezas nos setores produtivos do País. Nos últimos meses, o medo do desemprego fez os consumidores adiarem compras. Por sua vez, a queda nas vendas pode obrigar as indústrias a cortarem a produção e demitir funcionários. Contra isso, empresários sugerem redução de jornada e de salários.

"Isto está previsto em lei. A Fiesp simplesmente manteve conversações com entidades sindicais quanto à aplicação daquilo que já está previsto em lei", afirmou Francini.

Segundo a ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff, uma das medidas que assegura um nível de emprego é a manutenção de investimentos no Programa de Aceleração do Crescimento (PAC). "Estamos esperando que a dificuldade ocorra em janeiro, fevereiro e março. Estamos certos que vamos manter o nível de investimento. É isso que funciona, é isso que significa investimento público. Ele funciona como um colchão. Por isso, nós colocamos R$ 100 bilhões no BNDES e a Petrobras ampliou o seu investimento em R$ 120 bilhões", afirmou.

Na mesma linha, Pina explica que a antecipação de gastos do governo substitui parte da demanda retraída do setor privado. "Ele dá o seguinte recado: não vou estourar as contas públicas, mas concentrar em um momento em que a demanda privada está pequena. Mas o governo não tem fôlego suficiente para fazer o papel de toda demanda", ressaltou. O economista da Fecomercio lembrou que a entidade já pleiteou junto ao governo isenções para transferência de imóveis e de automóveis, além de retirar o IPVA para veículos novos.

Já Oreiro foca suas propostas na capitalização do Banco do Brasil e da Caixa Econômica Federal pelo Tesouro para atender a demanda de crédito para capital de giro e reduzir o spread. "Aumentando o empréstimo e reduzindo as taxas, os dois vão forçar os bancos privados a acompanhar o movimento, até para não perderem participação no mercado", explicou o economista da UnB.

Até o Carnaval, o governou prometeu detalhar um pacote de incentivos para a construção de até um milhão de casas populares, direcionado a famílias com renda de até dez salários mínimos. "Estamos atentos a tudo o que está acontecendo e novas medidas serão tomadas caso haja uma avaliação de que sejam necessárias", disse o ministro da Fazenda, Guido Mantega, na última sexta-feira.

17:11
Anónimo disse...
Ex-ministro critica extensão do seguro-desemprego

Atualizada às 09h03

O ex-ministro do Trabalho Almir Pazzianotto criticou a decisão do governo federal de conceder o seguro-desemprego estendido a apenas alguns setores. "É certamente odioso e provavelmente inconstitucional", disse Pazzianotto, de acordo com o jornal O Estado de S. Paulo.

Na última qurta, dia do anúncio da medida, centrais sindicais elogiaram a atitude do governo. A Força Sindical divulgou nota dizendo que "o aumento ajudará a aquecer parte da economia, já que irá gerar mais consumo, produção e conseqüentemente, a criação de novos postos de trabalho". A União Geral dos Trabalhadores (UGT) afirmou que a medida "contribuirá para minimizar o drama dos trabalhadores que perderem seu emprego por conta da crise".

O ex-ministro, que instituiu o seguro-desemprego no País no governo de José Sarney, destacou a necessidade de as centrais sindicais se manifestarem contra a determinação. Para ele, as mudanças devem ser aplicadas a todas as categorias profissionais e a distinção é contrária ao artigo 3º da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT).

Pazzianotto atribui a medida a um possível temor do governo de que a crise econômica seja longa e não haja dinheiro para atender a todas as necessidades. Ainda assim, ele se mostra contrário ao método de concessão. "O seguro-desemprego ajuda a sanar necessidades básicas. Estendê-lo é paliativo, não a solução", disse ao jornal.

De acordo com o presidente do Conselho Deliberativo do Fundo de Amparo ao Trabalhador (Codefat) e conselheiro da Força Sindical, Luiz Fernando Emediato, a determinação já estava prevista na lei 8.900/94, que trata do seguro-desemprego.

O presidente da Comissão de Trabalho da Câmara, Pedro Fernandes (PTB-MA) vai além na crítica à concessão do seguro para apenas alguns setores. Ele acredita que a ampliação do benefício estimula o desemprego.

Quintino Severo, secretário geral da Central Única dos Trabalhadores (CUT), lembra que a ampliação do benefício sem critério e identificação pode incentivar demissões em outros setores.

17:13
Anónimo disse...
Empresas
TAM faz promoção para destinos internacionais

A companhia aérea TAM anunciou nesta sexta-feira tarifas promocionais para trechos internacionais. Os preços valem para bilhetes comprados entre 6h deste sábado e 23h59 deste domingo e são válidos para classe econômica. As tarifas, para ida e volta, serão vendidas a partir de US$ 99, mais taxas.

Segundo a aérea, a promoção vale para viagens feitas no período de 14 de fevereiro a 18 de junho de 2009. Para destinos na América do Sul, a permanência mínima é de dois dias; para bilhetes com destino nos Estados Unidos, cinco dias; e Europa, sete dias. A permanência máxima para as passagens para América do Sul e EUA é de dois meses e para Europa, três meses.

Entre os exemplos de tarifas promocionais, a TAM oferece São Paulo-Lima por US$ 99. Bilhetes para a rota São Paulo-Santiago serão vendidos a partir de US$ 199 e São Paulo-Nova York, US$ 799.

A emissão dos bilhetes deve ser feita obrigatoriamente no ato da reserva, obedecendo às regras estipuladas pela companhia. A compra está sujeita à disponibilidade de assentos nas classes tarifárias determinadas, trechos, horários e datas. A TAM afirmou que também há tarifas promocionais para a classe executiva.

Mais informações podem ser encontradas no site promocional (www.ofertastam.com.br), no site da empresa (www.tam.com.br) ou pelos telefones 4002-5700 ou 0800 5705700.

17:13
Anónimo disse...
Empresas
Consultoria negocia compra do parque temático Hopi Hari

A consultoria especializada em reestruturação de empresas Íntegra Associados informou nesta sexta-feira ter um acordo para comprar o parque de diversões Hopi Hari, localizado no interior de São Paulo. A empresa estaria disposta a investir R$ 10 milhões no parque, que tem dívida estimada em R$ 800 milhões. As informações são da edição deste sábado do jornal Folha de S. Paulo.

De acordo com o jornal, a transação ainda depende da negociação entre o Hopi Hari e seus credores, o que já estaria em andamento.

A consultoria paulista já atuou junto à Parmalat, durante 30 meses, quando reorganizou a gestão da empresa italiana.

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17:14
Anónimo disse...
Empresas
Disney de Tóquio contratará mais 2 mil apesar da crise


A Oriental Land, o operador da Disneylândia Tóquio e DisneySea, organizou neste domingo entrevistas para contratar cerca de 2 mil trabalhadores em tempo parcial, em um momento de grandes demissões deste tipo de empregados no Japão.

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O operador deste parque temático, situado em Urayasu, na província de Chiba (leste de Tóquio), está em pleno processo de seleção de empregados para 20 tipos de postos trabalhistas diferentes.

Segundo a companhia, citada pela agência local de notícias Kyodo, o parque contratará novos trabalhadores para as atrações, para os restaurantes e guardas de segurança entre outros. Os novos contratados começarão a trabalhar a partir de fevereiro.

O processo de seleção acontece em um momento em que a maioria das grandes companhias japonesas começaram a se ver obrigadas a despedir uma elevada percentagem de seus trabalhadores temporários e a tempo parcial.

Algumas inclusive anunciaram demissões de seus trabalhadores fixos, uma medida muito pouco comum nas companhias japonesas, perante os efeitos piores que o esperado pela crise econômica global.

Cerca de uma centena de pessoas esperavam desde a primeira hora desta manhã a abertura do centro de conferências Tokyo International Forum, onde as entrevistas estão sendo feitas, para ser os primeiros a solicitar os postos de trabalho.


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17:15
Anónimo disse...
Economia Internacional
Senado dos EUA aprova plano de estímulo à economia

O Senado dos Estados Unidos aprovou com 60 votos a favor e 38 contra o plano de estímulo à economia de US$ 787 bilhões na madrugada deste sábado. Agora, ele segue para sanção ou veto do presidente Barack Obama, que espera colocar a lei em prática até o dia 16 de fevereiro.

O plano prevê a criação de três milhões de empregos, inclui cortes de impostos às famílias, fundos para programas sociais e obras públicas, além de ajuda aos governos estaduais, estudantes e desempregados.

A cláusula Buy American - que exige o uso de ferro, aço e produtos manufaturados dos Estados Unidos em obras realizadas com recursos do pacote - ficou de lado. Segundo o texto definitivo, a cláusula será aplicada sem violar as normas do comércio internacional.

Ontem à tarde, a Câmara de Representantes (deputados) havia aprovado, por 246 votos a favor e 183 contra, a versão final do plano. Todos os republicanos foram contrários ao pacote.

Pelo acordo de quarta-feira entre Câmara e Senado, em vez de custar US$ 819 bilhões, como queriam os deputados, ou US$ 838 bilhões como pretendiam os senadores, o pacote ficou em cerca de US$ 787 bilhões, com 65% desse total destinado a gastos do governo federal e 35%, a créditos tributários.

17:16
Anónimo disse...
Economia nacional
Na era Lula, aposentadoria sobe 54% menos que salário mínimo

Thatiane Faria
Especial para o Terra
Direto de São Paulo

Os índices de reajustes concedidos pelo governo em 2009 para aposentados e pensionistas e para o salário mínimo repetiram uma diferença que, só durante o governo de Luiz Inácio Lula da Silva, já chega a 54%. Enquanto o mínimo foi majorado em 12% este ano, as pensões e aposentadorias tiveram aumento de 5,92%. Aposentados que têm o benefício do governo como única fonte de renda reclamam que perdem poder de compra e que sua cesta de compras é composta por itens que aumentam mais em relação à inflação oficial.

Um exemplo prático pode ser entendido a partir da comparação entre um aposentado que ganhava R$ 600 em janeiro de 2003. Na época, o benefício era três vezes, ou 200%, maior que o valor do mínimo em vigência, que era de R$ 200. Aplicando-se os índices de reajuste para aposentadorias e para o mínimo durante os últimos seis anos, o mesmo aposentado estaria recebendo hoje R$ 938,47, comparado a um salário mínimo de R$ 465. A diferença entre os dois valores caiu para pouco mais de 100%.

Enquanto o índice acumulado de reajuste para a aposentadoria durante o governo Lula foi de 60%, para o salário mínimo está em 132%.

O diretor do Sindicato Nacional dos Aposentados, João Inocentini, reclama que os valores dos benefícios para aposentadorias não mantêm o poder de compra do grupo, principalmente dos aposentados que recebem menos que dez salários mínimos.

Nem mesmo o fato de o índice de reajuste das aposentadorias ter ficado acima da inflação acumulada no mesmo período (o IPCA entre janeiro de 2003 e janeiro de 2009 foi de 39,7%) serve de argumento, segundo os aposentados.

"Os idosos, principalmente, têm gastos além das contas gerais como gás, telefone e aluguel. Para eles o custo com remédios, e outros itens da área saúde costuma ser maior", afirmou Inocentini.

O presidente do sindicato afirmou que o grupo realiza um estudo com 100 itens de necessidade de um idoso para comparar o aumento dos produtos com o índice de reajuste do benefício recebido pelos aposentados.

"Daqui dois meses vamos abrir um processo na Justiça e levar essa pesquisa como prova. Segundo a lei, o governo é obrigado a manter o poder de compra com a aposentadoria", disse Inocentini.

Alternativas
O consultor financeiro Cláudio Boriola diz que os aposentados, especialmente nesse momento de crise econômica, devem evitar compras parceladas, pesquisar preços, negociar e fazer bom planejamento financeiro.

Segundo Boriola, alguns aposentados ganham um valor mensal muitas vezes insuficiente para o pagamento das contas e acabam pedindo crédito ou realizando pagamentos a prazo e são obrigados a pagar juros altos.

Na opinião do consultor, pagar uma previdência privada é uma alternativa indicada para quem ainda trabalha, considerando a característica de perda de poder de compra da aposentadoria.

"Na prática, infelizmente os valores encontram-se em um patamar que está deteriorando o poder de aquisição da população brasileira", completou Boriola.

De acordo com o diretor da Confederação Brasileira de Aposentados e Pensionistas (Cobap), Vicente Fernandes Barbosa, representantes dos aposentados tentarão um encontro com o presidente da Câmara, deputado Michel Temer (PMDB-SP), para discutir projetos que minimizem a perda dos aposentados

17:17
Anónimo disse...
Previdência
Previdência prorroga isenção de tarifas no benefício

O atual sistema de pagamento aos 26 milhões de aposentados e pensionistas do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) será mantido até o final deste ano. O acordo, que permite realizar a operação sem nenhum custo aos beneficiários, foi renovado nesta sexta-feira, entre o governo federal e 21 instituições financeiras.

Por meio desse acordo, vigente desde setembro de 2007, nem os segurados, nem os bancos e nem o governo arcam com o pagamento de tarifas, conforme explicou o ministro da Previdência Social, José Pimentel. A prorrogação vale até dezembro, data máxima para que a Previdência defina as regras para um novo contrato.

Ao assinar o termo de renovação, na sede da Federação Brasileira dos Bancos (Febraban), o ministro disse que a intenção do governo é mudar o atual modelo de gestão visando a reduzir os custos dessas operações em torno da folha mensal, que atinge R$ 15,8 bilhões. No entanto, qualquer alteração, conforme explicou, passará antes por audiências públicas a serem realizadas a partir do segundo semestre deste ano, atendendo a determinação do Tribunal de Contas da União (TCU).

De acordo com Pimentel, com um redesenho do mecanismo de repasse dos recursos aos bancos em torno da folha de pagamento dos segurados o que se busca é um aumento da participação de instituições financeiras. Ele informou que, desde 2007, cada benefício custa em média R$ 1,07 ao governo. "Quanto mais instituições financeiras estiverem prestando serviços à sociedade, maior é a competitividade, a agilidade no atendimento", justificou.

O ministro observou, ainda, que, para permitir uma redução para algo em torno de meia hora no tempo de atendimento para a concessão dos direitos previdenciários, o governo investiu R$ 280 milhões.

Questionado sobre o descontentamento dos segurados que ganham acima de um salário mínimo terem obtido apenas a correção com base na variação do Índice de Preços ao Consumidor (INPC) , ficando abaixo do reajuste dado a quem recebe apenas o mínimo, Pimentel argumentou que o governo seguiu o que determina a lei e descartou a possibilidade de uma revisão

17:17
Anónimo disse...
Empresas
Caterpillar oferece aposentadoria antecipada a 2 mil


A companhia americana Caterpillar ofereceu a cerca de dois mil funcionários incentivos para que se aposentem de forma voluntária antes do previsto, pela perspectiva de uma queda "significativa" da atividade industrial, informou nesta quarta-feira a empresa.

A iniciativa, destinada aos trabalhadores de diversas fábricas em Illinois, Colorado, Tennessee e Pensilvânia, se soma aos cortes de empregos anunciados em janeiro, explicou em comunicado de imprensa.

A empresa, a maior fabricante mundial de maquinaria pesada para a construção e a mineração, acrescentou que, "em função das condições de negócio, podem ser necessárias mais reduções de elenco voluntárias e involuntárias à medida que o ano avança".

O vice-presidente da companhia, Sid Banwart, explicou que a empresa prevê "demissões significativas em todas as regiões geográficas e na maioria dos setores devido às dificuldades da economia mundial".

17:18
Anónimo disse...
Comércio
Comércio exterior da OCDE caiu no 3º trimestre de 2008


As exportações e as importações dos países da Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Econômico (OCDE) caíram 1,6% e 0,2%, respectivamente, no terceiro trimestre de 2008, em relação aos três meses anteriores.

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Trata-se da primeira queda destas atividades desde o terceiro trimestre de 2006, segundo o último relatório trimestral sobre fluxos comerciais divulgado pela OCDE.

As exportações e as importações em dólares dos 30 Estados-membros caíram 15,6% e 17%, respectivamente, na comparação anualizada.

Por sua vez, o comércio dos sete países mais ricos do mundo (G7) teve um pequeno crescimento no terceiro trimestre de 2008 com uma queda das exportações de mercadorias de 0,2% em relação ao trimestre anterior e um aumento de 0,4% das importações.

Em termos anualizados, as importações do G7 caíram 1,4% entre julho e setembro do ano passado, seu primeiro retrocesso desde o terceiro trimestre de 2006, enquanto as exportações aumentaram 1,9%, seu crescimento mais baixo no mesmo tempo.

Por países, a Alemanha aumentou suas importações em 3,4% - valor mais alto do G7 -, enquanto suas exportações caíram 2,9% do segundo para o terceiro trimestre de 2008.

Pelo contrário, as exportações americanas aumentaram 1,8% entre julho e setembro de 2008, enquanto as importações caíram 0,7% em relação ao trimestre anterior. No Japão, tanto as importações quanto as exportações caíram em torno de 1% no mesmo período.

17:19
Anónimo disse...
Economia Nacional
Lula: juros de crédito consignado a aposentados são altos

Atualizada às 17h29

O presidente Luis Inácio Lula da Silva afirmou nesta terça-feira, em São Paulo, que está lutando para reduzir as taxas de juros cobradas de aposentados em crédito consignado. A Previdência Social estabelece uma taxa máxima de 2,5% para empréstimo e de 3,5% para cartão. Para Lula, os valores são altos.

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"Acho que o juro que os aposentados estão pagando hoje com o crédito consignado é alto para o padrão brasileiro", disse o presidente durante a cerimônia de comemoração dos 86 anos do INSS.

A Previdência anunciou nesta terça-feira que aposentados e trabalhadoras com licença-maternidade poderão receber seus benefícios em 30 minutos. De acordo com Lula, em junho, a aposentadoria do trabalhador rural também será conseguida em meia hora.

Além disso, o presidente anunciou que, também em junho, os trabalhadores que alcançarem o direito à aposentadoria passarão a receber em suas casas um comunicado da Previdência informando o fato e o valor do salário que têm direito a receber. "É um comprometimento público que estou fazendo com os companheiros da Previdência Social", disse.

"Estamos retribuindo ao contribuinte da Previdência Social aquilo que é a cidadania que ele tem direito", afirmou Lula. "Se para cobrar nós somos tão precisos, para devolver o dinheiro, temos que chegar próximo à perfeição", completou.

17:20
Anónimo disse...
Economia Nacional
Salário maternidade sairá em 30 minutos, diz ministro

Toda trabalhadora autônoma que tiver contribuído pelo menos 10 meses com o Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) - ou as que possuírem carteira assinada - poderão receber em 30 minutos o salário maternidade a partir desta terça-feira. Da mesma forma, as mulheres com 30 anos de contribuição e os homens com 35 anos também terão direito ao benefício de forma mais rápida. A informação é do ministro da Previdência Social, José Pimentel.

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Para requerer o salário maternidade, é preciso que as autônomas levem a carteira de identidade e o carnê de contribuição. As demais trabalhadoras devem apresentar a identificação e a carteira de trabalho. Desde o início do mês, a nova forma de análise para a concessão de benefícios foi adotada para a aposentadoria por idade do trabalhador urbano e agora foi estendida para o salário maternidade e por tempo de contribuição.

O ministro disse que a qualificação do serviço da previdência social é o reconhecimento do direito dos trabalhadores e da afirmação da cidadania.

"Até pouco tempo na cabeça do cidadão o serviço devia ser de péssima qualidade. Agora não, nós modificamos toda a legislação no mês de dezembro numa ação conjunta do Congresso Nacional com o governo federal. Estamos implantando e concedendo os benefícios em até 30 minutos", afirmou.

O ministro destacou que para conseguir se aposentar ou ter acesso à licença maternidade em 30 minutos, em primeiro lugar, é necessário que o cidadão esteja vinculado à Previdência, o que inclui 65% da população acima de 16 anos de idade.

"Depois bastar marcar pelo sistema 135 o dia e a hora do atendimento e levar a documentação. Se todos os dados necessários estiverem corretos o contribuinte será atendido em até 30 minutos, como vem sendo feito com as aposentadorias por idade desde o dia cinco de janeiro", explicou.

Pimentel disse ainda que em 90% das agências da previdência social o atendimento é marcado em até 48 horas. Nos grandes centros, entretanto existe um volume maior o que torna mais lento o processo.

"Estamos criando mais 715 agências até 2010, em todo o território nacional, para descentralizar o atendimento. Em 2008, atendemos 295 mil benefícios e aposentadorias por idade. Temos 4 mil pessoas por dia procurando e se aposentando por idade no território nacional. Este serviço será agilizado", concluiu.

Anónimo disse...

Giuseppe Englaro, pai de Eluana, a italiana que morreu na segunda-feira passada por desidratação, recusou uma grande soma de dinheiro de um conhecido fotógrafo italiano que queria retratar a filha em estado de coma, disse neste sábado o neurologista que atendia a mulher desde 1996, Carlo Defanti.

O neurologista, que participou hoje de uma conferência sobre eutanásia, disse que Englaro respeitou a vontade da filha, que, antes do acidente, tinha pedido que, se lhe ocorresse qualquer coisa irreversível, apresentasse sua imagem de quando estava em boas condições.

Antes de sofrer o acidente de trânsito, em 1992, Eluana viveu o coma de um amigo, Alessandro, o que causou forte impacto na italiana e a levou a fazer o pai prometer que não a deixasse viver em estado vegetativo, disse o próprio Giuseppe Englaro.

Defanti, que dissera que Eluana poderia viver de dez a 12 dias depois da suspensão da alimentação e da hidratação, disse que, como médico, tinha que reprovar esta afirmação.

"Não se pode sobreviver após três ou quatro dias sem líquido e, em particular, água em um corpo. Sabemos bem que, quando há um terremoto, após quatro dias é difícil encontrar sobreviventes".

Defanti ressaltou que Eluana "não falava, não se comunicava com o exterior" e que, após vários exames, "nos deparamos com uma moça que tinha perdido a consciência", porque estava com o córtex cerebral prejudicado.

Eluana foi enterrada na quinta-feira passada no túmulo da família na localidade de Paluzza, em Udine, após um funeral que não contou com a presença dos pais.

16:53
Anónimo disse...
Os bombeiros combatem neste sábado os incêndios na Austrália favorecidos pelo bom tempo, enquanto os deslocados encotram em seu retorno casas derruídas, carros queimados nas ruas e destruição.

Depois de sete dias desde que começaram os incêndios no Estado de Victoria, a lista de mortos chega a 181, os desaparecidos somam 50, os edifícios destruídos totalizam 1,834 mil e o terreno arrasado, principalmente florestas, ocupa uma área de 4,13 mil quilômetros quadrados.

As equipes de bombeiros, formadas por 4 mil profissionais de Victoria, de outras partes da Austrália e de países amigos, combateram hoje 12 focos fora de controle e nenhum representava uma ameaça direta para a população.

O subdiretor do Serviço de Bombeiros, Geoff Conway, disse que este tempo favorável, que se prolongará durante o domingo, permite consolidar as linhas de contenção e avançar na extinção das chamas.

Cinzas apareceram arrastadas por ventos do nordeste sobre Melbourne, onde habitam 3,8 milhões de pessoas, e as autoridades alertaram aos cidadãos do risco para a saúde de idosos, crianças e pessoas com problemas respiratórios.

O número de pessoas deslocadas - a Cruz Vermelha chegou a receber 7 mil - começou a cair com a abertura de algumas localidades atingidas.

Os incêndios, alguns criminosos, começaram em 7 de fevereiro, quando a região sul da Austrália estava há duas semanas sob uma onda de calor sem precedentes.

Na sexta-feira passada, a polícia acusou uma pessoa de ter provocado o incêndio que atingiu a localidade de Churchill e matou 21 pessoas.

16:55
Anónimo disse...
A primeira chuva em seis dias reduziu a ameaça de incêndios no Estado de Victoria, ao sul da Austrália. As autoridades, porém, advertiram que ainda existem 12 focos, mas que nenhum deles ameaça áreas povoadas.

Mais de quatro mil bombeiros, mil provenientes de outras partes do país e de outras nações, trabalham contra o fogo. Cerca de 600 veículos e 28 helicópteros e pequenos aviões estão sendo usados.


Eles conseguiram construir linhas de contenção para evitar os incêndios de Yarra e Maroondah se juntassem. Também foram controlados os incêndios abertos de Yea e Murrindindi, que ameaçavam as comunidades de Connellys Creek, Crystal Creek, Scrubby Creek e Native Dog Creek.

O número de mortos chegou a 181, mas as autoridades acreditam que as vítimas devem passar de 200, já que ainda há muitos desaparecidos.

16:55
Anónimo disse...
Aqui nesta coluna, na semana passada, tive a oportunidade de comentar sobre a recente visita do professor brasileiro Pedrinho Guareschi à Austrália. Não dei, porém, os fatos, pois semana passada o assunto era outro.

Hoje, porém, vamos a eles.

No último dia 4 de fevereiro, aconteceu o Seminário "Paulo Freire: Education and Liberation", organizado pelo centro de estudos latino-americanos da Universidade Nacional da Austrália, ou ANU, como é mais conhecida por aqui.

A ANU, para quem não sabe, está entre as 20 melhores universidades do mundo! E tem sede aqui em Camberra, capital da Austrália.

Na abertura do evento, o professor John Minns, diretor do centro latino-americano, ao dar boas-vindas ao público presente, lembrou ser aquele o primeiro seminário exclusivamente dedicado a Paulo Freire na Austrália.

Em seguida, convidou Pedrinho Guareschi, palestrante principal do Seminário, a fazer sua apresentação.

A plateia pode então conhecer, pelas palavras de Pedrinho, um pouco da obra e da vida de Freire, esse brasileiro de fé e valor, que sempre acreditou na educação, sobretudo dos menos favorecidos, analfabetos, como força libertadora.

Como não podia deixar de ser, os conceitos e ideias revolucionários de Paulo Freire, expostos com clareza por Pedrinho, despertaram o interesse e a curiosidade de plateia. A qual, deve-se notar, era na maioria de estudantes, mas de várias nacionalidades, sobretudo australianos e asiáticos.

Na continuação do programa do seminário, que se estendeu por dois dias, outros professores fizeram palestras sobre temas ligados à obra de Paulo Freire.

Interessante, por exemplo, saber que a professora Anne Hickling-Hudson, jamaicana que mora na Austrália há muitos anos (é professora da ANU), conheceu e trabalhou com Freire num workshop educacional durante a revolução na Ilha de Granada, em 1980, antes da invasão dos Estados Unidos...

Ou, então, a palestra da Professora Gerda Roelvink, da Nova Zelândia, que participou do Fórum Social de Porto Alegre em 2005. E essa participação transformou-se em tema de doutorado.

No dia 10, terça-feira passada, o padre Pedrinho Guareschi voltou a falar ao público australiano em grande auditório localizado no belíssimo campus da ANU. Desta vez, sobre a Teologia da Libertação.

Depois da palestra, John Minns mostrou o filme mexicano "O Crime do Padre Amaro", no qual um dos personagens é um padre católico praticante da Teologia da Libertação.

Mais uma vez, foi grande o intersse da platéia, que pode aprender e conhecer um pouco como se desenvolveu aquele importante movimento católico na América Latina.

Fica, assim, ao Pedrinho, bem como a outros brasileiros estudiosos e de bom coração que saem pelo mundo a divulgar aspectos importantes da cultura brasileira, o respeito e a homenagem desta coluna. E... aquele abraço!

16:57
Anónimo disse...
Amanda Kitts perdeu o braço esquerdo em um acidente de automóvel acontecido três anos atrás, mas hoje em dia ela joga futebol americano com seu filho de 12 anos de idade, troca fraldas e abraça as crianças nas três creches Kiddie Cottage que opera em Knoxville, Tennessee. Kitts, 40 anos, faz tudo isso com a ajuda de um novo tipo de braço artificial que se movimenta com mais facilidade do que outros aparelhos e que ela pode controlar utilizando apenas seus pensamentos.

"Eu sou capaz de mexer a mão, o pulso e o cotovelo ao mesmo tempo", diz. "Você pensa e os músculos se movem em seguida".

A recuperação que ela conseguiu resulta de um novo procedimento que vem atraindo crescente atenção porque permite que pessoas movam braços protéticos de forma mais automática do que faziam no passado, simplesmente utilizando nervos reaproveitados em seus cérebros.

A técnica, conhecida como "renervação muscular dirigida", envolve utilizar os nervos que restam depois da amputação de um braço e conectá-los a outro músculo do corpo, em geral no peito. Eletrodos são instalados sobre os músculos do peito, e operam como se fossem antenas. Quando a pessoa deseja mover o braço, o cérebro envia sinais que primeiro resultam em contração dos músculos do peito, os quais enviam um sinal ao braço protético, instruindo-se a se movimentar. O processo não requer mais esforços consciente do que a pessoa teria de exercitar caso ainda tivesse seu braço natural.

Na terça-feira, pesquisadores reportaram em estudo publicado pela versão online do Journal of the American Medical Association que haviam levado a técnica ainda mais à frente, tornando possível a execução de 10 movimentos de mão, pulso e cotovelo diferentes, o que representa uma substancial melhora com relação ao típico repertório protético, que em geral envolve apenas dobrar o cotovelo, girar o pulso e abrir a mão.

"Os novos métodos tiveram impacto dramático em nosso campo de trabalho", disse Stuart Harshbarger, engenheiro biomédico na Universidade Johns Hopkins e diretor do programa de pesquisa sobre próteses, financiado pelas forças armadas, que inclui o trabalho com essa técnica. "O método já está em uso por médicos e cirurgiões comuns em todo o país. A capacidade de controlar um membro protético bastante robusto que ele confere surpreendeu a todos pela qualidade".

Tipicamente, uma pessoa que tenha um braço protético só é capaz de executar alguns poucos movimentos, e muitas vezes com tamanha lentidão que isso só permite a ela atividades limitadas.

Há um motor separado para cada movimento, diz Gerald Loeb, professor de engenharia biomédica na Universidade do Sul da Califórnia, "e esses motores precisam ser controlados de maneira explícita", usualmente por um esforço consciente da pessoa para contrair músculos nas costas ou no bíceps.

"Essencialmente, até agora os pacientes controlavam apenas um motor de cada vez", diz Loeb, "e precisavam pensar cuidadosamente sobre que motor desejavam controlar e como fazê-lo operar, em lugar de simplesmente pensarem em mover o braço e poderem fazê-lo sem delongas".

Antes que Kitts passasse pelo procedimento de renervação, em outubro de 2007, por exemplo, ela precisava movimentar os músculos de suas costas de determinada maneira para fazer com que seu pulso girasse, e flexionar seu bíceps e tríceps para fazer com que o cotovelo se movesse para cima e para baixo. "Era muito trabalho", ela conta. "E não me ajudava muito".

O procedimento de renervação é parte de uma recente explosão de idéias novas e técnicas inovadoras que estão sendo exploradas enquanto os cientistas se esforçam por ajudar as pessoas a compensar melhor a perda de membros ou problemas de paralisia. O esforço vem sendo alimentado pelo aumento no número de amputações causado por diabetes e por ferimentos sofridos pelos militares, e ao mesmo tempo pelos avanços na tecnologia médica.

Os braços se tornaram um dos focos essenciais desse tipo de trabalho. A ciência há muito vem obtendo sucessos no desenvolvimento de próteses de perna, mas é muito mais difícil imitar a complexidade e a destreza das mãos e dos braços.

Os esforços em curso incluem o desenvolvimento de projetos de pele e braços mais sensíveis e mais flexíveis, e o uso de dispositivos acionados por controles sem fio implantado nos braços protéticos, que permitiriam movimentos mais naturais.

Os pesquisadores também vêm usando sensores implantados nos cérebros de cobaias para permitir que dois macacos controlem um braço mecânico, e um teste com um homem paralítico permitiu, com esse método, que ele movimentasse um cursor em uma tela de computador.

Alguns desses métodos, caso venham a ser aperfeiçoados plenamente e consigam aprovação das autoridades regulatórias da saúde, podem no futuro se tornar mais viáveis para os pacientes de amputações.

E embora a técnica da renervação não requeira aprovação das autoridades regulatórias porque é executada por meios cirúrgicos e emprega aparelhos já existentes, ela apresenta limitações que até mesmo seus criadores reconhecem, entre as quais o fato de que não se pode utilizá-la para todos os pacientes, o seu alto custo e o prazo de meses requerido para que os nervos reconectados cresçam e se tornem efetivos.

Ainda assim, os especialistas dizem que é o mais avançado sistema em uso hoje para pacientes reais que permite que o sistema nervoso controle diretamente o movimento de um braço artificial.

Desde sua introdução por Todd Kuiken, médico fisioterapeuta e engenheiro biomédico do Instituto de Reabilitação de Chicago, o método foi empregado em cerca de 30 pacientes nos Estados Unidos, Canadá e Europa, entre os quais oito soldados feridos no Iraque e no Afeganistão.

Muitos dos pacientes, entre os quais o primeiro, Jesse Sullivan, um operário do setor elétrico no Tennessee que perdeu os dois braços quando foi eletrocutado por um cabo, conseguem não apenas manipular seus braços protéticos mas sentir a presença das mãos que já não têm quando alguém toca em seus peitos.

Sullivan, 62 anos, e Kitts, estavam entre os cinco pacientes que participaram do estudo reportado na terça-feira. Em companhia de cinco outras pessoas que não passaram por amputações, eles receberam os eletrodos e foram instruídos a usar pensamentos para fazer com que um braço virtual na tela reproduzisse 10 movimentos diferentes, entre os quais três formas diferentes de aperto de mão.

Os pacientes apresentaram desempenho bastante respeitável, apenas um pouco mais lento e menos preciso do que os dos participantes que não tinham amputações.

"As velocidades de movimento que encontramos em nossos pacientes foram realmente encorajadoras", disse Kuiken. "Eles conseguiram completar a tarefa. É claro que não foram tão competentes quanto as pessoas dotadas de plena capacidade física, mas foram bons o bastante".

Um braço virtual foi usado porque a maioria das próteses existentes não era capaz de acomodar todos aqueles movimentos, no momento da pesquisa, ainda que Sullivan, Kitts e uma terceira paciente, Claudia Mitchell, tenham experimentado dois novos protótipos mais versáteis de braços artificiais, executando tarefas complexas com bolas de tênis e outros objetos.

O trabalho de renervação em soldados apresenta outros desafios, diz Kuiken, porque os ferimentos militares muitas vezes "causam danos muitos extensos" a nervos, músculos ou ossos.

Daniel Acosta, 25 anos, um aviador ferido pela detonação de uma bomba em uma estrada do Iraque em 2005, passou pelo procedimento no ano passado e diz que seu braço esquerdo protético agora se movimenta "muito mais rápido" e de maneira muito mais natural.

"A diferença é que agora não preciso mais pensar para mover o braço", ele diz. "Ele simplesmente se mexe".

Ainda assim, Acosta, de San Antonio, diz que "o processo foi bastante longo" e que os eletrodos precisam ser ajustados para receber os sinais à medida que os nervos crescem ou mudam de posição.

E embora elogiem o método, os especialistas afirmam que a ciência das próteses de braço ainda tem muito por avançar.

"Trata-se de uma parte crucial, mas ainda assim apenas uma parte, das muitas coisas que compreendem a função normal de um braço", disse Loeb, que escreveu um editorial que acompanha o artigo no Journal of the American Medical Association.

"No momento estamos a meio do caminho entre o braço de 'Dr. Fantástico', que fazia involuntariamente a saudação nazista, e o braço de Luke Skywalker em 'Guerra nas Estrelas', que funciona sem nenhum problema assim que é conectado. Creio que precisaremos ainda de muitos anos para conectar todas as peças necessárias a produzir um braço capaz de funcionar normalmente".

17:04
Anónimo disse...
A Espanha disse neste sábado que está preparando uma reclamação oficial contra a decisão da Venezuela de expulsar um membro do Parlamento Europeu que criticou o conselho eleitoral venezuelano.
Luis Herrero, membro do partido conservador espanhol PP, foi deportado na sexta-feira depois que o Conselho Nacional Eleitoral (CNE) o acusou de questionar a imparcialidade da instituição antes de um referendo que pode permitir ao presidente Hugo Chávez permanecer no cargo indefinidamente.

Herrero estava na Venezuela como observador do referendo. Ele acusou Chávez de ter "comportamentos típicos de um ditador" por pedir a contenção de manifestações da oposição.

O governo da Espanha convocou um encontro com o embaixador da Venezuela em Madri para expressar a desaprovação sobre a expulsão de Herrero, disse um representante do Ministério das Relações Exteriores espanhol.

As relações da Venezuela com a Espanha tiveram seu ponto crítico em 2007, quando Chávez ameaçou rever acordos diplomáticos e comerciais depois de ouvir um "cala a boca" do rei espanhol Juan Carlos durante uma cúpula.

A fenda foi oficialmente reparada em 2008, com uma visita oficial de Chávez à Espanha, onde ele cumprimentou o rei e discutiu acordos para investimento no setor petroquímico com o primeiro-ministro José Luis Rodriguez Zapatero.

17:06
Anónimo disse...
A polícia do Zimbábue anunciou neste sábado que acusa de traição Roy Bennett, dirigente do até agora opositor Movimento para a Mudança Democrática (MDC), detido na sexta-feira, em Harare, poucas horas antes da cerimônia de posse dos membros do novo gabinete.

"A Polícia nos informou que vão apresentar acusações de traição", disse à agência EFE o advogado de defesa de Bennett, Trust Maanda.

"Tentam relacionar Roy com o caso de Mike Hitschmann, que foi detido em 2006 em relação à descoberta de um carregamento de armas, apesar de que Hitschmann não tenha sido declarado culpado das acusações de traição apresentadas contra ele, mas de um crime menor de descumprimento de leis", disse Maanda.

O político opositor, designado por seu partido como vice-ministro de Agricultura no Governo de união nacional, esteve no exílio na vizinha África do Sul desde 2006 e retornou ao Zimbábue há duas semanas.

Segundo a Polícia, que deteve Bennett ontem no aeroporto de Harare quando pretendia ir à África do Sul para visitar sua família, as armas apreendidas em 2006 seriam utilizadas em um golpe de Estado para derrubar o presidente do Zimbábue, Robert Mugabe.

Depois da detenção, Bennet foi levado a Mutar, onde vários simpatizantes do MDC se concentraram em frente à delegacia na qual estava detido, diante do que a Polícia respondeu com tiros para o alto para dispersar os manifestantes.

17:07
Anónimo disse...
Austrália: 14 mil se candidatam a 'emprego dos sonhos'

A secretaria de Turismo de Queensland, na Austrália, informou que até esta segunda-feira já recebeu cerca de 14 mil inscrições para o "o melhor emprego do mundo". O Estado australiano promove pela internet seleção para vaga de "zelador" da ilha Hamilton, por seis meses com um salário de R$ 40 mil.

Muitos candidatos tiveram problemas durante a inscrição por conta dos acessos simultâneos ao site. A secretaria aconselha enviar os vídeos de 60s explicando porque deve ser escolhido em horários alternativos do dia, além de recomendar tamanho em torno de 40MB.

As inscrições começaram em 12 de janeiro e vão até o próximo dia 22 e podem ser feitas pelo site www.islandreefjob.com. O governo australiano escolherá 50 candidatos para a próxima fase da seleção, que terá votos do público para eleger um dos 11 finalistas.

A última fase terá entrevistas e desafios físicos, no próprio local de trabalho: as ilhas da Grande Barreira Coralina - o maior recife de coral do mundo. A secretaria de Turismo anunciará o vencedor no dia 6 de maio.

17:09
Anónimo disse...
Mercado elogia governo na crise, mas pede maior queda no juro

Peter Fussy
Direto de São Paulo

Desde as primeiras medidas anunciadas para combater os efeitos da crise, o governo brasileiro avisou que a estratégia não contemplaria um pacote. Seriam doses pontuais, de acordo com a necessidade da economia diante do agravamento das turbulências. Da primeira liberação dos depósitos compulsórios em setembro até a ampliação do seguro-desemprego na última quarta-feira, o governo passou por redução de impostos, ampliação de crédito e incentivos à exportação. Quase 150 dias após a primeira medida, o Terra conversou com líderes do setor público e privado, representantes dos trabalhadores, acadêmicos e com o próprio governo para saber quais destas ações foram mais eficazes, quais foram mais ineficientes e o que mais pode ser feito pelo Estado brasileiro contra a crise.

Os maiores elogios foram direcionados à atitude de reduzir o Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) para a indústria automobilística, anunciada em dezembro e que fez com que os emplacamentos de carros novos subissem 1,9% no primeiro mês do ano em relação a dezembro de 2008. Já as maiores críticas foram para a lentidão no corte da taxa básica de juro do País.

Para o presidente do conselho administrativo do Grupo Pão de Açúcar, Abílio Diniz, o Estado não é responsável pela crise e mesmo assim está agindo "com extrema serenidade e muito acerto". "O governo está atento, fazendo a sua parte. É preciso coragem de baixar firmemente a taxa de juros. É uma arma que temos a nosso favor, já que não há clima para inflação, nem possibilidade de danos para a macroeconomia", afirmou Diniz.

Na última reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), em janeiro, a taxa Selic foi reduzida em um ponto percentual, de 13,75% para 12,75% ao ano. Porém, o professor de economia da Universidade de Brasília (UnB) José Luiz Oreiro lembra que este corte representa uma redução de apenas 0,25 ponto percentual com relação à taxa de setembro do ano passado, quando a crise se agravou.

"Pouco antes da eclosão da crise, o Banco Central aumentou a taxa em 0,75 ponto. Foram cinco meses de demora para reduzir em termos líquidos apenas 0,25 ponto", afirmou o economista, que também sugeriu redução do intervalo de cerca de 90 dias entre as reuniões do Copom e o corte de pelo menos um 1 ponto percentual em cada reunião.

Mesmo com o corte de janeiro, a taxa de juros real continua sendo a maior do mundo, lembrou o secretário-geral da Força Sindical, João Carlos Gonçalves, o Juruna. "A redução da taxa de juro ainda é pequena, porque ela continua uma das mais altas do mundo. Falta ousadia para baixar os juros e ajudar o cidadão. A permanência da taxa de juro alta é negativa para o País em meio a crise", afirmou Juruna.

Embora aprove as ações do governo, o senador Aloízio Mercadante (PT-SP) também acredita que o patamar da Selic está muito alto. "Sempre fomos os primeiros a entrar em qualquer crise, o que não aconteceu agora. A taxa Selic ainda é muito alta, mas o governo têm tomado medidas acertadas, como o aumento do salário mínimo, mesmo com um cenário de crise. Isso ajuda a movimentar o consumo. O governo está se esforçando para manter os investimentos e o crescimento", disse.

Tributos
De acordo com o economista Fabio Pina, da Fecomercio-SP, as ações mais positivas estão relacionadas à redução de tributos para alguns segmentos, como a indústria automobilística, que recuperou parte da queda nas vendas em janeiro com a isenção do IPI para carros 1.0 l e o corte para demais motorizações. A medida vale até o final de março.

"Essas medidas não só reduziram o preço, mas anteciparam o consumo daqueles que iriam comprar no futuro, dando um prêmio por conta da insegurança. Mexe diretamente com o principal problema que é a confiança do consumidor", afirmou. Juruna destacou que um bom ritmo de vendas é garantia de emprego. "É importante porque cada emprego na montadora significa 19 na cadeia produtiva", comentou o representante da Força Sindical.

Também em dezembro, o governo decidiu cortar pela metade a alíquota do Imposto de Renda para contribuintes que ganham entre R$ 1.434 e R$ 2.150 mensais. "O salário aumentava e a tabela não se modificava. As pessoas ganhavam mais e pagavam mais impostos", apontou Juruna. Outra redução de tributos do governo foi com relação ao Imposto sobre Operações Financeiras (IOF), que caiu de 3% ao ano para 1,5%.

Crédito
Na segunda metade de 2008, o colapso de bancos nos Estados Unidos por conta da crise do subprime provocou uma forte restrição de crédito no mundo inteiro. Uma das primeiras medidas anticrise do governo teve como objetivo restabelecer a oferta, com mudanças no recolhimento dos depósitos compulsórios por parte dos bancos. Segundo o presidente do Banco Central, Henrique Meirelles, as diversas modificações liberaram US$ 99,2 bilhões aos bancos até o final de janeiro.

Além disso, o governo concedeu R$ 36 bilhões das reservas internacionais para empresas brasileiras com dívidas no exterior e uma medida provisória autorizou o Banco do Brasil e a Caixa Econômica Federal a comprar carteiras de crédito de bancos privados. Para o diretor do Departamento de Pesquisas e Estudos Econômicos da Fiesp, Paulo Francini, estas medidas foram essenciais para combater os efeitos da crise.

"A crise se desenvolve no mundo em torno do tema crédito. E o crédito reduziu-se barbaridade no mundo. Então o governo lança mão de compulsório, lança mão de reservas, de medidas que permitem aos bancos comprar carteiras de bancos. Você vai tomando várias medidas para atender às demandas e o epicentro disso é crédito", afirmou.

No entanto, Oreiro, da UnB, adverte que a liberação dos compulsórios seria mais eficiente acompanhada de redução mais agressiva da taxa básica de juro. "Uma parte do crédito voltou, depois da forte retração em outubro e novembro. O que deveria ter sido feito junto à liberação do compulsório era uma redução mais drástica da taxa de juro. Sem isso, os bancos pegam as reservas e acabam comprando títulos públicos", explicou o economista.

Na opinião de Pina, as ações de distribuição de crédito via redução do compulsório e a disposição de capital de giro para empresas foram tomadas sem um cuidado maior na operação e não tiveram muito efeito. "O BNDES tem linhas que ficam paradas quase todo o ano, agora é pior ainda. Existem os recursos, mas as empresas e os bancos estão desconfiados. É preciso fazer com que os bancos tenham interesse em emprestar", afirmou o economista da Fecomercio-SP.

Futuro
Mesmo com todas essas medidas, a crise financeira ainda gera incertezas nos setores produtivos do País. Nos últimos meses, o medo do desemprego fez os consumidores adiarem compras. Por sua vez, a queda nas vendas pode obrigar as indústrias a cortarem a produção e demitir funcionários. Contra isso, empresários sugerem redução de jornada e de salários.

"Isto está previsto em lei. A Fiesp simplesmente manteve conversações com entidades sindicais quanto à aplicação daquilo que já está previsto em lei", afirmou Francini.

Segundo a ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff, uma das medidas que assegura um nível de emprego é a manutenção de investimentos no Programa de Aceleração do Crescimento (PAC). "Estamos esperando que a dificuldade ocorra em janeiro, fevereiro e março. Estamos certos que vamos manter o nível de investimento. É isso que funciona, é isso que significa investimento público. Ele funciona como um colchão. Por isso, nós colocamos R$ 100 bilhões no BNDES e a Petrobras ampliou o seu investimento em R$ 120 bilhões", afirmou.

Na mesma linha, Pina explica que a antecipação de gastos do governo substitui parte da demanda retraída do setor privado. "Ele dá o seguinte recado: não vou estourar as contas públicas, mas concentrar em um momento em que a demanda privada está pequena. Mas o governo não tem fôlego suficiente para fazer o papel de toda demanda", ressaltou. O economista da Fecomercio lembrou que a entidade já pleiteou junto ao governo isenções para transferência de imóveis e de automóveis, além de retirar o IPVA para veículos novos.

Já Oreiro foca suas propostas na capitalização do Banco do Brasil e da Caixa Econômica Federal pelo Tesouro para atender a demanda de crédito para capital de giro e reduzir o spread. "Aumentando o empréstimo e reduzindo as taxas, os dois vão forçar os bancos privados a acompanhar o movimento, até para não perderem participação no mercado", explicou o economista da UnB.

Até o Carnaval, o governou prometeu detalhar um pacote de incentivos para a construção de até um milhão de casas populares, direcionado a famílias com renda de até dez salários mínimos. "Estamos atentos a tudo o que está acontecendo e novas medidas serão tomadas caso haja uma avaliação de que sejam necessárias", disse o ministro da Fazenda, Guido Mantega, na última sexta-feira.

17:11
Anónimo disse...
Ex-ministro critica extensão do seguro-desemprego

Atualizada às 09h03

O ex-ministro do Trabalho Almir Pazzianotto criticou a decisão do governo federal de conceder o seguro-desemprego estendido a apenas alguns setores. "É certamente odioso e provavelmente inconstitucional", disse Pazzianotto, de acordo com o jornal O Estado de S. Paulo.

Na última qurta, dia do anúncio da medida, centrais sindicais elogiaram a atitude do governo. A Força Sindical divulgou nota dizendo que "o aumento ajudará a aquecer parte da economia, já que irá gerar mais consumo, produção e conseqüentemente, a criação de novos postos de trabalho". A União Geral dos Trabalhadores (UGT) afirmou que a medida "contribuirá para minimizar o drama dos trabalhadores que perderem seu emprego por conta da crise".

O ex-ministro, que instituiu o seguro-desemprego no País no governo de José Sarney, destacou a necessidade de as centrais sindicais se manifestarem contra a determinação. Para ele, as mudanças devem ser aplicadas a todas as categorias profissionais e a distinção é contrária ao artigo 3º da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT).

Pazzianotto atribui a medida a um possível temor do governo de que a crise econômica seja longa e não haja dinheiro para atender a todas as necessidades. Ainda assim, ele se mostra contrário ao método de concessão. "O seguro-desemprego ajuda a sanar necessidades básicas. Estendê-lo é paliativo, não a solução", disse ao jornal.

De acordo com o presidente do Conselho Deliberativo do Fundo de Amparo ao Trabalhador (Codefat) e conselheiro da Força Sindical, Luiz Fernando Emediato, a determinação já estava prevista na lei 8.900/94, que trata do seguro-desemprego.

O presidente da Comissão de Trabalho da Câmara, Pedro Fernandes (PTB-MA) vai além na crítica à concessão do seguro para apenas alguns setores. Ele acredita que a ampliação do benefício estimula o desemprego.

Quintino Severo, secretário geral da Central Única dos Trabalhadores (CUT), lembra que a ampliação do benefício sem critério e identificação pode incentivar demissões em outros setores.

17:13
Anónimo disse...
Empresas
TAM faz promoção para destinos internacionais

A companhia aérea TAM anunciou nesta sexta-feira tarifas promocionais para trechos internacionais. Os preços valem para bilhetes comprados entre 6h deste sábado e 23h59 deste domingo e são válidos para classe econômica. As tarifas, para ida e volta, serão vendidas a partir de US$ 99, mais taxas.

Segundo a aérea, a promoção vale para viagens feitas no período de 14 de fevereiro a 18 de junho de 2009. Para destinos na América do Sul, a permanência mínima é de dois dias; para bilhetes com destino nos Estados Unidos, cinco dias; e Europa, sete dias. A permanência máxima para as passagens para América do Sul e EUA é de dois meses e para Europa, três meses.

Entre os exemplos de tarifas promocionais, a TAM oferece São Paulo-Lima por US$ 99. Bilhetes para a rota São Paulo-Santiago serão vendidos a partir de US$ 199 e São Paulo-Nova York, US$ 799.

A emissão dos bilhetes deve ser feita obrigatoriamente no ato da reserva, obedecendo às regras estipuladas pela companhia. A compra está sujeita à disponibilidade de assentos nas classes tarifárias determinadas, trechos, horários e datas. A TAM afirmou que também há tarifas promocionais para a classe executiva.

Mais informações podem ser encontradas no site promocional (www.ofertastam.com.br), no site da empresa (www.tam.com.br) ou pelos telefones 4002-5700 ou 0800 5705700.

17:13
Anónimo disse...
Empresas
Consultoria negocia compra do parque temático Hopi Hari

A consultoria especializada em reestruturação de empresas Íntegra Associados informou nesta sexta-feira ter um acordo para comprar o parque de diversões Hopi Hari, localizado no interior de São Paulo. A empresa estaria disposta a investir R$ 10 milhões no parque, que tem dívida estimada em R$ 800 milhões. As informações são da edição deste sábado do jornal Folha de S. Paulo.

De acordo com o jornal, a transação ainda depende da negociação entre o Hopi Hari e seus credores, o que já estaria em andamento.

A consultoria paulista já atuou junto à Parmalat, durante 30 meses, quando reorganizou a gestão da empresa italiana.

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17:14
Anónimo disse...
Empresas
Disney de Tóquio contratará mais 2 mil apesar da crise


A Oriental Land, o operador da Disneylândia Tóquio e DisneySea, organizou neste domingo entrevistas para contratar cerca de 2 mil trabalhadores em tempo parcial, em um momento de grandes demissões deste tipo de empregados no Japão.

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O operador deste parque temático, situado em Urayasu, na província de Chiba (leste de Tóquio), está em pleno processo de seleção de empregados para 20 tipos de postos trabalhistas diferentes.

Segundo a companhia, citada pela agência local de notícias Kyodo, o parque contratará novos trabalhadores para as atrações, para os restaurantes e guardas de segurança entre outros. Os novos contratados começarão a trabalhar a partir de fevereiro.

O processo de seleção acontece em um momento em que a maioria das grandes companhias japonesas começaram a se ver obrigadas a despedir uma elevada percentagem de seus trabalhadores temporários e a tempo parcial.

Algumas inclusive anunciaram demissões de seus trabalhadores fixos, uma medida muito pouco comum nas companhias japonesas, perante os efeitos piores que o esperado pela crise econômica global.

Cerca de uma centena de pessoas esperavam desde a primeira hora desta manhã a abertura do centro de conferências Tokyo International Forum, onde as entrevistas estão sendo feitas, para ser os primeiros a solicitar os postos de trabalho.


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17:15
Anónimo disse...
Economia Internacional
Senado dos EUA aprova plano de estímulo à economia

O Senado dos Estados Unidos aprovou com 60 votos a favor e 38 contra o plano de estímulo à economia de US$ 787 bilhões na madrugada deste sábado. Agora, ele segue para sanção ou veto do presidente Barack Obama, que espera colocar a lei em prática até o dia 16 de fevereiro.

O plano prevê a criação de três milhões de empregos, inclui cortes de impostos às famílias, fundos para programas sociais e obras públicas, além de ajuda aos governos estaduais, estudantes e desempregados.

A cláusula Buy American - que exige o uso de ferro, aço e produtos manufaturados dos Estados Unidos em obras realizadas com recursos do pacote - ficou de lado. Segundo o texto definitivo, a cláusula será aplicada sem violar as normas do comércio internacional.

Ontem à tarde, a Câmara de Representantes (deputados) havia aprovado, por 246 votos a favor e 183 contra, a versão final do plano. Todos os republicanos foram contrários ao pacote.

Pelo acordo de quarta-feira entre Câmara e Senado, em vez de custar US$ 819 bilhões, como queriam os deputados, ou US$ 838 bilhões como pretendiam os senadores, o pacote ficou em cerca de US$ 787 bilhões, com 65% desse total destinado a gastos do governo federal e 35%, a créditos tributários.

17:16
Anónimo disse...
Economia nacional
Na era Lula, aposentadoria sobe 54% menos que salário mínimo

Thatiane Faria
Especial para o Terra
Direto de São Paulo

Os índices de reajustes concedidos pelo governo em 2009 para aposentados e pensionistas e para o salário mínimo repetiram uma diferença que, só durante o governo de Luiz Inácio Lula da Silva, já chega a 54%. Enquanto o mínimo foi majorado em 12% este ano, as pensões e aposentadorias tiveram aumento de 5,92%. Aposentados que têm o benefício do governo como única fonte de renda reclamam que perdem poder de compra e que sua cesta de compras é composta por itens que aumentam mais em relação à inflação oficial.

Um exemplo prático pode ser entendido a partir da comparação entre um aposentado que ganhava R$ 600 em janeiro de 2003. Na época, o benefício era três vezes, ou 200%, maior que o valor do mínimo em vigência, que era de R$ 200. Aplicando-se os índices de reajuste para aposentadorias e para o mínimo durante os últimos seis anos, o mesmo aposentado estaria recebendo hoje R$ 938,47, comparado a um salário mínimo de R$ 465. A diferença entre os dois valores caiu para pouco mais de 100%.

Enquanto o índice acumulado de reajuste para a aposentadoria durante o governo Lula foi de 60%, para o salário mínimo está em 132%.

O diretor do Sindicato Nacional dos Aposentados, João Inocentini, reclama que os valores dos benefícios para aposentadorias não mantêm o poder de compra do grupo, principalmente dos aposentados que recebem menos que dez salários mínimos.

Nem mesmo o fato de o índice de reajuste das aposentadorias ter ficado acima da inflação acumulada no mesmo período (o IPCA entre janeiro de 2003 e janeiro de 2009 foi de 39,7%) serve de argumento, segundo os aposentados.

"Os idosos, principalmente, têm gastos além das contas gerais como gás, telefone e aluguel. Para eles o custo com remédios, e outros itens da área saúde costuma ser maior", afirmou Inocentini.

O presidente do sindicato afirmou que o grupo realiza um estudo com 100 itens de necessidade de um idoso para comparar o aumento dos produtos com o índice de reajuste do benefício recebido pelos aposentados.

"Daqui dois meses vamos abrir um processo na Justiça e levar essa pesquisa como prova. Segundo a lei, o governo é obrigado a manter o poder de compra com a aposentadoria", disse Inocentini.

Alternativas
O consultor financeiro Cláudio Boriola diz que os aposentados, especialmente nesse momento de crise econômica, devem evitar compras parceladas, pesquisar preços, negociar e fazer bom planejamento financeiro.

Segundo Boriola, alguns aposentados ganham um valor mensal muitas vezes insuficiente para o pagamento das contas e acabam pedindo crédito ou realizando pagamentos a prazo e são obrigados a pagar juros altos.

Na opinião do consultor, pagar uma previdência privada é uma alternativa indicada para quem ainda trabalha, considerando a característica de perda de poder de compra da aposentadoria.

"Na prática, infelizmente os valores encontram-se em um patamar que está deteriorando o poder de aquisição da população brasileira", completou Boriola.

De acordo com o diretor da Confederação Brasileira de Aposentados e Pensionistas (Cobap), Vicente Fernandes Barbosa, representantes dos aposentados tentarão um encontro com o presidente da Câmara, deputado Michel Temer (PMDB-SP), para discutir projetos que minimizem a perda dos aposentados

17:17
Anónimo disse...
Previdência
Previdência prorroga isenção de tarifas no benefício

O atual sistema de pagamento aos 26 milhões de aposentados e pensionistas do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) será mantido até o final deste ano. O acordo, que permite realizar a operação sem nenhum custo aos beneficiários, foi renovado nesta sexta-feira, entre o governo federal e 21 instituições financeiras.

Por meio desse acordo, vigente desde setembro de 2007, nem os segurados, nem os bancos e nem o governo arcam com o pagamento de tarifas, conforme explicou o ministro da Previdência Social, José Pimentel. A prorrogação vale até dezembro, data máxima para que a Previdência defina as regras para um novo contrato.

Ao assinar o termo de renovação, na sede da Federação Brasileira dos Bancos (Febraban), o ministro disse que a intenção do governo é mudar o atual modelo de gestão visando a reduzir os custos dessas operações em torno da folha mensal, que atinge R$ 15,8 bilhões. No entanto, qualquer alteração, conforme explicou, passará antes por audiências públicas a serem realizadas a partir do segundo semestre deste ano, atendendo a determinação do Tribunal de Contas da União (TCU).

De acordo com Pimentel, com um redesenho do mecanismo de repasse dos recursos aos bancos em torno da folha de pagamento dos segurados o que se busca é um aumento da participação de instituições financeiras. Ele informou que, desde 2007, cada benefício custa em média R$ 1,07 ao governo. "Quanto mais instituições financeiras estiverem prestando serviços à sociedade, maior é a competitividade, a agilidade no atendimento", justificou.

O ministro observou, ainda, que, para permitir uma redução para algo em torno de meia hora no tempo de atendimento para a concessão dos direitos previdenciários, o governo investiu R$ 280 milhões.

Questionado sobre o descontentamento dos segurados que ganham acima de um salário mínimo terem obtido apenas a correção com base na variação do Índice de Preços ao Consumidor (INPC) , ficando abaixo do reajuste dado a quem recebe apenas o mínimo, Pimentel argumentou que o governo seguiu o que determina a lei e descartou a possibilidade de uma revisão

17:17
Anónimo disse...
Empresas
Caterpillar oferece aposentadoria antecipada a 2 mil


A companhia americana Caterpillar ofereceu a cerca de dois mil funcionários incentivos para que se aposentem de forma voluntária antes do previsto, pela perspectiva de uma queda "significativa" da atividade industrial, informou nesta quarta-feira a empresa.

A iniciativa, destinada aos trabalhadores de diversas fábricas em Illinois, Colorado, Tennessee e Pensilvânia, se soma aos cortes de empregos anunciados em janeiro, explicou em comunicado de imprensa.

A empresa, a maior fabricante mundial de maquinaria pesada para a construção e a mineração, acrescentou que, "em função das condições de negócio, podem ser necessárias mais reduções de elenco voluntárias e involuntárias à medida que o ano avança".

O vice-presidente da companhia, Sid Banwart, explicou que a empresa prevê "demissões significativas em todas as regiões geográficas e na maioria dos setores devido às dificuldades da economia mundial".

17:18
Anónimo disse...
Comércio
Comércio exterior da OCDE caiu no 3º trimestre de 2008


As exportações e as importações dos países da Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Econômico (OCDE) caíram 1,6% e 0,2%, respectivamente, no terceiro trimestre de 2008, em relação aos três meses anteriores.

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Trata-se da primeira queda destas atividades desde o terceiro trimestre de 2006, segundo o último relatório trimestral sobre fluxos comerciais divulgado pela OCDE.

As exportações e as importações em dólares dos 30 Estados-membros caíram 15,6% e 17%, respectivamente, na comparação anualizada.

Por sua vez, o comércio dos sete países mais ricos do mundo (G7) teve um pequeno crescimento no terceiro trimestre de 2008 com uma queda das exportações de mercadorias de 0,2% em relação ao trimestre anterior e um aumento de 0,4% das importações.

Em termos anualizados, as importações do G7 caíram 1,4% entre julho e setembro do ano passado, seu primeiro retrocesso desde o terceiro trimestre de 2006, enquanto as exportações aumentaram 1,9%, seu crescimento mais baixo no mesmo tempo.

Por países, a Alemanha aumentou suas importações em 3,4% - valor mais alto do G7 -, enquanto suas exportações caíram 2,9% do segundo para o terceiro trimestre de 2008.

Pelo contrário, as exportações americanas aumentaram 1,8% entre julho e setembro de 2008, enquanto as importações caíram 0,7% em relação ao trimestre anterior. No Japão, tanto as importações quanto as exportações caíram em torno de 1% no mesmo período.

17:19
Anónimo disse...
Economia Nacional
Lula: juros de crédito consignado a aposentados são altos

Atualizada às 17h29

O presidente Luis Inácio Lula da Silva afirmou nesta terça-feira, em São Paulo, que está lutando para reduzir as taxas de juros cobradas de aposentados em crédito consignado. A Previdência Social estabelece uma taxa máxima de 2,5% para empréstimo e de 3,5% para cartão. Para Lula, os valores são altos.

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"Acho que o juro que os aposentados estão pagando hoje com o crédito consignado é alto para o padrão brasileiro", disse o presidente durante a cerimônia de comemoração dos 86 anos do INSS.

A Previdência anunciou nesta terça-feira que aposentados e trabalhadoras com licença-maternidade poderão receber seus benefícios em 30 minutos. De acordo com Lula, em junho, a aposentadoria do trabalhador rural também será conseguida em meia hora.

Além disso, o presidente anunciou que, também em junho, os trabalhadores que alcançarem o direito à aposentadoria passarão a receber em suas casas um comunicado da Previdência informando o fato e o valor do salário que têm direito a receber. "É um comprometimento público que estou fazendo com os companheiros da Previdência Social", disse.

"Estamos retribuindo ao contribuinte da Previdência Social aquilo que é a cidadania que ele tem direito", afirmou Lula. "Se para cobrar nós somos tão precisos, para devolver o dinheiro, temos que chegar próximo à perfeição", completou.

17:20
Anónimo disse...
Economia Nacional
Salário maternidade sairá em 30 minutos, diz ministro

Toda trabalhadora autônoma que tiver contribuído pelo menos 10 meses com o Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) - ou as que possuírem carteira assinada - poderão receber em 30 minutos o salário maternidade a partir desta terça-feira. Da mesma forma, as mulheres com 30 anos de contribuição e os homens com 35 anos também terão direito ao benefício de forma mais rápida. A informação é do ministro da Previdência Social, José Pimentel.

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Para requerer o salário maternidade, é preciso que as autônomas levem a carteira de identidade e o carnê de contribuição. As demais trabalhadoras devem apresentar a identificação e a carteira de trabalho. Desde o início do mês, a nova forma de análise para a concessão de benefícios foi adotada para a aposentadoria por idade do trabalhador urbano e agora foi estendida para o salário maternidade e por tempo de contribuição.

O ministro disse que a qualificação do serviço da previdência social é o reconhecimento do direito dos trabalhadores e da afirmação da cidadania.

"Até pouco tempo na cabeça do cidadão o serviço devia ser de péssima qualidade. Agora não, nós modificamos toda a legislação no mês de dezembro numa ação conjunta do Congresso Nacional com o governo federal. Estamos implantando e concedendo os benefícios em até 30 minutos", afirmou.

O ministro destacou que para conseguir se aposentar ou ter acesso à licença maternidade em 30 minutos, em primeiro lugar, é necessário que o cidadão esteja vinculado à Previdência, o que inclui 65% da população acima de 16 anos de idade.

"Depois bastar marcar pelo sistema 135 o dia e a hora do atendimento e levar a documentação. Se todos os dados necessários estiverem corretos o contribuinte será atendido em até 30 minutos, como vem sendo feito com as aposentadorias por idade desde o dia cinco de janeiro", explicou.

Pimentel disse ainda que em 90% das agências da previdência social o atendimento é marcado em até 48 horas. Nos grandes centros, entretanto existe um volume maior o que torna mais lento o processo.

"Estamos criando mais 715 agências até 2010, em todo o território nacional, para descentralizar o atendimento. Em 2008, atendemos 295 mil benefícios e aposentadorias por idade. Temos 4 mil pessoas por dia procurando e se aposentando por idade no território nacional. Este serviço será agilizado", concluiu.

Anónimo disse...

Giuseppe Englaro, pai de Eluana, a italiana que morreu na segunda-feira passada por desidratação, recusou uma grande soma de dinheiro de um conhecido fotógrafo italiano que queria retratar a filha em estado de coma, disse neste sábado o neurologista que atendia a mulher desde 1996, Carlo Defanti.

O neurologista, que participou hoje de uma conferência sobre eutanásia, disse que Englaro respeitou a vontade da filha, que, antes do acidente, tinha pedido que, se lhe ocorresse qualquer coisa irreversível, apresentasse sua imagem de quando estava em boas condições.

Antes de sofrer o acidente de trânsito, em 1992, Eluana viveu o coma de um amigo, Alessandro, o que causou forte impacto na italiana e a levou a fazer o pai prometer que não a deixasse viver em estado vegetativo, disse o próprio Giuseppe Englaro.

Defanti, que dissera que Eluana poderia viver de dez a 12 dias depois da suspensão da alimentação e da hidratação, disse que, como médico, tinha que reprovar esta afirmação.

"Não se pode sobreviver após três ou quatro dias sem líquido e, em particular, água em um corpo. Sabemos bem que, quando há um terremoto, após quatro dias é difícil encontrar sobreviventes".

Defanti ressaltou que Eluana "não falava, não se comunicava com o exterior" e que, após vários exames, "nos deparamos com uma moça que tinha perdido a consciência", porque estava com o córtex cerebral prejudicado.

Eluana foi enterrada na quinta-feira passada no túmulo da família na localidade de Paluzza, em Udine, após um funeral que não contou com a presença dos pais.

16:53
Anónimo disse...
Os bombeiros combatem neste sábado os incêndios na Austrália favorecidos pelo bom tempo, enquanto os deslocados encotram em seu retorno casas derruídas, carros queimados nas ruas e destruição.

Depois de sete dias desde que começaram os incêndios no Estado de Victoria, a lista de mortos chega a 181, os desaparecidos somam 50, os edifícios destruídos totalizam 1,834 mil e o terreno arrasado, principalmente florestas, ocupa uma área de 4,13 mil quilômetros quadrados.

As equipes de bombeiros, formadas por 4 mil profissionais de Victoria, de outras partes da Austrália e de países amigos, combateram hoje 12 focos fora de controle e nenhum representava uma ameaça direta para a população.

O subdiretor do Serviço de Bombeiros, Geoff Conway, disse que este tempo favorável, que se prolongará durante o domingo, permite consolidar as linhas de contenção e avançar na extinção das chamas.

Cinzas apareceram arrastadas por ventos do nordeste sobre Melbourne, onde habitam 3,8 milhões de pessoas, e as autoridades alertaram aos cidadãos do risco para a saúde de idosos, crianças e pessoas com problemas respiratórios.

O número de pessoas deslocadas - a Cruz Vermelha chegou a receber 7 mil - começou a cair com a abertura de algumas localidades atingidas.

Os incêndios, alguns criminosos, começaram em 7 de fevereiro, quando a região sul da Austrália estava há duas semanas sob uma onda de calor sem precedentes.

Na sexta-feira passada, a polícia acusou uma pessoa de ter provocado o incêndio que atingiu a localidade de Churchill e matou 21 pessoas.

16:55
Anónimo disse...
A primeira chuva em seis dias reduziu a ameaça de incêndios no Estado de Victoria, ao sul da Austrália. As autoridades, porém, advertiram que ainda existem 12 focos, mas que nenhum deles ameaça áreas povoadas.

Mais de quatro mil bombeiros, mil provenientes de outras partes do país e de outras nações, trabalham contra o fogo. Cerca de 600 veículos e 28 helicópteros e pequenos aviões estão sendo usados.


Eles conseguiram construir linhas de contenção para evitar os incêndios de Yarra e Maroondah se juntassem. Também foram controlados os incêndios abertos de Yea e Murrindindi, que ameaçavam as comunidades de Connellys Creek, Crystal Creek, Scrubby Creek e Native Dog Creek.

O número de mortos chegou a 181, mas as autoridades acreditam que as vítimas devem passar de 200, já que ainda há muitos desaparecidos.

16:55
Anónimo disse...
Aqui nesta coluna, na semana passada, tive a oportunidade de comentar sobre a recente visita do professor brasileiro Pedrinho Guareschi à Austrália. Não dei, porém, os fatos, pois semana passada o assunto era outro.

Hoje, porém, vamos a eles.

No último dia 4 de fevereiro, aconteceu o Seminário "Paulo Freire: Education and Liberation", organizado pelo centro de estudos latino-americanos da Universidade Nacional da Austrália, ou ANU, como é mais conhecida por aqui.

A ANU, para quem não sabe, está entre as 20 melhores universidades do mundo! E tem sede aqui em Camberra, capital da Austrália.

Na abertura do evento, o professor John Minns, diretor do centro latino-americano, ao dar boas-vindas ao público presente, lembrou ser aquele o primeiro seminário exclusivamente dedicado a Paulo Freire na Austrália.

Em seguida, convidou Pedrinho Guareschi, palestrante principal do Seminário, a fazer sua apresentação.

A plateia pode então conhecer, pelas palavras de Pedrinho, um pouco da obra e da vida de Freire, esse brasileiro de fé e valor, que sempre acreditou na educação, sobretudo dos menos favorecidos, analfabetos, como força libertadora.

Como não podia deixar de ser, os conceitos e ideias revolucionários de Paulo Freire, expostos com clareza por Pedrinho, despertaram o interesse e a curiosidade de plateia. A qual, deve-se notar, era na maioria de estudantes, mas de várias nacionalidades, sobretudo australianos e asiáticos.

Na continuação do programa do seminário, que se estendeu por dois dias, outros professores fizeram palestras sobre temas ligados à obra de Paulo Freire.

Interessante, por exemplo, saber que a professora Anne Hickling-Hudson, jamaicana que mora na Austrália há muitos anos (é professora da ANU), conheceu e trabalhou com Freire num workshop educacional durante a revolução na Ilha de Granada, em 1980, antes da invasão dos Estados Unidos...

Ou, então, a palestra da Professora Gerda Roelvink, da Nova Zelândia, que participou do Fórum Social de Porto Alegre em 2005. E essa participação transformou-se em tema de doutorado.

No dia 10, terça-feira passada, o padre Pedrinho Guareschi voltou a falar ao público australiano em grande auditório localizado no belíssimo campus da ANU. Desta vez, sobre a Teologia da Libertação.

Depois da palestra, John Minns mostrou o filme mexicano "O Crime do Padre Amaro", no qual um dos personagens é um padre católico praticante da Teologia da Libertação.

Mais uma vez, foi grande o intersse da platéia, que pode aprender e conhecer um pouco como se desenvolveu aquele importante movimento católico na América Latina.

Fica, assim, ao Pedrinho, bem como a outros brasileiros estudiosos e de bom coração que saem pelo mundo a divulgar aspectos importantes da cultura brasileira, o respeito e a homenagem desta coluna. E... aquele abraço!

16:57
Anónimo disse...
Amanda Kitts perdeu o braço esquerdo em um acidente de automóvel acontecido três anos atrás, mas hoje em dia ela joga futebol americano com seu filho de 12 anos de idade, troca fraldas e abraça as crianças nas três creches Kiddie Cottage que opera em Knoxville, Tennessee. Kitts, 40 anos, faz tudo isso com a ajuda de um novo tipo de braço artificial que se movimenta com mais facilidade do que outros aparelhos e que ela pode controlar utilizando apenas seus pensamentos.

"Eu sou capaz de mexer a mão, o pulso e o cotovelo ao mesmo tempo", diz. "Você pensa e os músculos se movem em seguida".

A recuperação que ela conseguiu resulta de um novo procedimento que vem atraindo crescente atenção porque permite que pessoas movam braços protéticos de forma mais automática do que faziam no passado, simplesmente utilizando nervos reaproveitados em seus cérebros.

A técnica, conhecida como "renervação muscular dirigida", envolve utilizar os nervos que restam depois da amputação de um braço e conectá-los a outro músculo do corpo, em geral no peito. Eletrodos são instalados sobre os músculos do peito, e operam como se fossem antenas. Quando a pessoa deseja mover o braço, o cérebro envia sinais que primeiro resultam em contração dos músculos do peito, os quais enviam um sinal ao braço protético, instruindo-se a se movimentar. O processo não requer mais esforços consciente do que a pessoa teria de exercitar caso ainda tivesse seu braço natural.

Na terça-feira, pesquisadores reportaram em estudo publicado pela versão online do Journal of the American Medical Association que haviam levado a técnica ainda mais à frente, tornando possível a execução de 10 movimentos de mão, pulso e cotovelo diferentes, o que representa uma substancial melhora com relação ao típico repertório protético, que em geral envolve apenas dobrar o cotovelo, girar o pulso e abrir a mão.

"Os novos métodos tiveram impacto dramático em nosso campo de trabalho", disse Stuart Harshbarger, engenheiro biomédico na Universidade Johns Hopkins e diretor do programa de pesquisa sobre próteses, financiado pelas forças armadas, que inclui o trabalho com essa técnica. "O método já está em uso por médicos e cirurgiões comuns em todo o país. A capacidade de controlar um membro protético bastante robusto que ele confere surpreendeu a todos pela qualidade".

Tipicamente, uma pessoa que tenha um braço protético só é capaz de executar alguns poucos movimentos, e muitas vezes com tamanha lentidão que isso só permite a ela atividades limitadas.

Há um motor separado para cada movimento, diz Gerald Loeb, professor de engenharia biomédica na Universidade do Sul da Califórnia, "e esses motores precisam ser controlados de maneira explícita", usualmente por um esforço consciente da pessoa para contrair músculos nas costas ou no bíceps.

"Essencialmente, até agora os pacientes controlavam apenas um motor de cada vez", diz Loeb, "e precisavam pensar cuidadosamente sobre que motor desejavam controlar e como fazê-lo operar, em lugar de simplesmente pensarem em mover o braço e poderem fazê-lo sem delongas".

Antes que Kitts passasse pelo procedimento de renervação, em outubro de 2007, por exemplo, ela precisava movimentar os músculos de suas costas de determinada maneira para fazer com que seu pulso girasse, e flexionar seu bíceps e tríceps para fazer com que o cotovelo se movesse para cima e para baixo. "Era muito trabalho", ela conta. "E não me ajudava muito".

O procedimento de renervação é parte de uma recente explosão de idéias novas e técnicas inovadoras que estão sendo exploradas enquanto os cientistas se esforçam por ajudar as pessoas a compensar melhor a perda de membros ou problemas de paralisia. O esforço vem sendo alimentado pelo aumento no número de amputações causado por diabetes e por ferimentos sofridos pelos militares, e ao mesmo tempo pelos avanços na tecnologia médica.

Os braços se tornaram um dos focos essenciais desse tipo de trabalho. A ciência há muito vem obtendo sucessos no desenvolvimento de próteses de perna, mas é muito mais difícil imitar a complexidade e a destreza das mãos e dos braços.

Os esforços em curso incluem o desenvolvimento de projetos de pele e braços mais sensíveis e mais flexíveis, e o uso de dispositivos acionados por controles sem fio implantado nos braços protéticos, que permitiriam movimentos mais naturais.

Os pesquisadores também vêm usando sensores implantados nos cérebros de cobaias para permitir que dois macacos controlem um braço mecânico, e um teste com um homem paralítico permitiu, com esse método, que ele movimentasse um cursor em uma tela de computador.

Alguns desses métodos, caso venham a ser aperfeiçoados plenamente e consigam aprovação das autoridades regulatórias da saúde, podem no futuro se tornar mais viáveis para os pacientes de amputações.

E embora a técnica da renervação não requeira aprovação das autoridades regulatórias porque é executada por meios cirúrgicos e emprega aparelhos já existentes, ela apresenta limitações que até mesmo seus criadores reconhecem, entre as quais o fato de que não se pode utilizá-la para todos os pacientes, o seu alto custo e o prazo de meses requerido para que os nervos reconectados cresçam e se tornem efetivos.

Ainda assim, os especialistas dizem que é o mais avançado sistema em uso hoje para pacientes reais que permite que o sistema nervoso controle diretamente o movimento de um braço artificial.

Desde sua introdução por Todd Kuiken, médico fisioterapeuta e engenheiro biomédico do Instituto de Reabilitação de Chicago, o método foi empregado em cerca de 30 pacientes nos Estados Unidos, Canadá e Europa, entre os quais oito soldados feridos no Iraque e no Afeganistão.

Muitos dos pacientes, entre os quais o primeiro, Jesse Sullivan, um operário do setor elétrico no Tennessee que perdeu os dois braços quando foi eletrocutado por um cabo, conseguem não apenas manipular seus braços protéticos mas sentir a presença das mãos que já não têm quando alguém toca em seus peitos.

Sullivan, 62 anos, e Kitts, estavam entre os cinco pacientes que participaram do estudo reportado na terça-feira. Em companhia de cinco outras pessoas que não passaram por amputações, eles receberam os eletrodos e foram instruídos a usar pensamentos para fazer com que um braço virtual na tela reproduzisse 10 movimentos diferentes, entre os quais três formas diferentes de aperto de mão.

Os pacientes apresentaram desempenho bastante respeitável, apenas um pouco mais lento e menos preciso do que os dos participantes que não tinham amputações.

"As velocidades de movimento que encontramos em nossos pacientes foram realmente encorajadoras", disse Kuiken. "Eles conseguiram completar a tarefa. É claro que não foram tão competentes quanto as pessoas dotadas de plena capacidade física, mas foram bons o bastante".

Um braço virtual foi usado porque a maioria das próteses existentes não era capaz de acomodar todos aqueles movimentos, no momento da pesquisa, ainda que Sullivan, Kitts e uma terceira paciente, Claudia Mitchell, tenham experimentado dois novos protótipos mais versáteis de braços artificiais, executando tarefas complexas com bolas de tênis e outros objetos.

O trabalho de renervação em soldados apresenta outros desafios, diz Kuiken, porque os ferimentos militares muitas vezes "causam danos muitos extensos" a nervos, músculos ou ossos.

Daniel Acosta, 25 anos, um aviador ferido pela detonação de uma bomba em uma estrada do Iraque em 2005, passou pelo procedimento no ano passado e diz que seu braço esquerdo protético agora se movimenta "muito mais rápido" e de maneira muito mais natural.

"A diferença é que agora não preciso mais pensar para mover o braço", ele diz. "Ele simplesmente se mexe".

Ainda assim, Acosta, de San Antonio, diz que "o processo foi bastante longo" e que os eletrodos precisam ser ajustados para receber os sinais à medida que os nervos crescem ou mudam de posição.

E embora elogiem o método, os especialistas afirmam que a ciência das próteses de braço ainda tem muito por avançar.

"Trata-se de uma parte crucial, mas ainda assim apenas uma parte, das muitas coisas que compreendem a função normal de um braço", disse Loeb, que escreveu um editorial que acompanha o artigo no Journal of the American Medical Association.

"No momento estamos a meio do caminho entre o braço de 'Dr. Fantástico', que fazia involuntariamente a saudação nazista, e o braço de Luke Skywalker em 'Guerra nas Estrelas', que funciona sem nenhum problema assim que é conectado. Creio que precisaremos ainda de muitos anos para conectar todas as peças necessárias a produzir um braço capaz de funcionar normalmente".

17:04
Anónimo disse...
A Espanha disse neste sábado que está preparando uma reclamação oficial contra a decisão da Venezuela de expulsar um membro do Parlamento Europeu que criticou o conselho eleitoral venezuelano.
Luis Herrero, membro do partido conservador espanhol PP, foi deportado na sexta-feira depois que o Conselho Nacional Eleitoral (CNE) o acusou de questionar a imparcialidade da instituição antes de um referendo que pode permitir ao presidente Hugo Chávez permanecer no cargo indefinidamente.

Herrero estava na Venezuela como observador do referendo. Ele acusou Chávez de ter "comportamentos típicos de um ditador" por pedir a contenção de manifestações da oposição.

O governo da Espanha convocou um encontro com o embaixador da Venezuela em Madri para expressar a desaprovação sobre a expulsão de Herrero, disse um representante do Ministério das Relações Exteriores espanhol.

As relações da Venezuela com a Espanha tiveram seu ponto crítico em 2007, quando Chávez ameaçou rever acordos diplomáticos e comerciais depois de ouvir um "cala a boca" do rei espanhol Juan Carlos durante uma cúpula.

A fenda foi oficialmente reparada em 2008, com uma visita oficial de Chávez à Espanha, onde ele cumprimentou o rei e discutiu acordos para investimento no setor petroquímico com o primeiro-ministro José Luis Rodriguez Zapatero.

17:06
Anónimo disse...
A polícia do Zimbábue anunciou neste sábado que acusa de traição Roy Bennett, dirigente do até agora opositor Movimento para a Mudança Democrática (MDC), detido na sexta-feira, em Harare, poucas horas antes da cerimônia de posse dos membros do novo gabinete.

"A Polícia nos informou que vão apresentar acusações de traição", disse à agência EFE o advogado de defesa de Bennett, Trust Maanda.

"Tentam relacionar Roy com o caso de Mike Hitschmann, que foi detido em 2006 em relação à descoberta de um carregamento de armas, apesar de que Hitschmann não tenha sido declarado culpado das acusações de traição apresentadas contra ele, mas de um crime menor de descumprimento de leis", disse Maanda.

O político opositor, designado por seu partido como vice-ministro de Agricultura no Governo de união nacional, esteve no exílio na vizinha África do Sul desde 2006 e retornou ao Zimbábue há duas semanas.

Segundo a Polícia, que deteve Bennett ontem no aeroporto de Harare quando pretendia ir à África do Sul para visitar sua família, as armas apreendidas em 2006 seriam utilizadas em um golpe de Estado para derrubar o presidente do Zimbábue, Robert Mugabe.

Depois da detenção, Bennet foi levado a Mutar, onde vários simpatizantes do MDC se concentraram em frente à delegacia na qual estava detido, diante do que a Polícia respondeu com tiros para o alto para dispersar os manifestantes.

17:07
Anónimo disse...
Austrália: 14 mil se candidatam a 'emprego dos sonhos'

A secretaria de Turismo de Queensland, na Austrália, informou que até esta segunda-feira já recebeu cerca de 14 mil inscrições para o "o melhor emprego do mundo". O Estado australiano promove pela internet seleção para vaga de "zelador" da ilha Hamilton, por seis meses com um salário de R$ 40 mil.

Muitos candidatos tiveram problemas durante a inscrição por conta dos acessos simultâneos ao site. A secretaria aconselha enviar os vídeos de 60s explicando porque deve ser escolhido em horários alternativos do dia, além de recomendar tamanho em torno de 40MB.

As inscrições começaram em 12 de janeiro e vão até o próximo dia 22 e podem ser feitas pelo site www.islandreefjob.com. O governo australiano escolherá 50 candidatos para a próxima fase da seleção, que terá votos do público para eleger um dos 11 finalistas.

A última fase terá entrevistas e desafios físicos, no próprio local de trabalho: as ilhas da Grande Barreira Coralina - o maior recife de coral do mundo. A secretaria de Turismo anunciará o vencedor no dia 6 de maio.

17:09
Anónimo disse...
Mercado elogia governo na crise, mas pede maior queda no juro

Peter Fussy
Direto de São Paulo

Desde as primeiras medidas anunciadas para combater os efeitos da crise, o governo brasileiro avisou que a estratégia não contemplaria um pacote. Seriam doses pontuais, de acordo com a necessidade da economia diante do agravamento das turbulências. Da primeira liberação dos depósitos compulsórios em setembro até a ampliação do seguro-desemprego na última quarta-feira, o governo passou por redução de impostos, ampliação de crédito e incentivos à exportação. Quase 150 dias após a primeira medida, o Terra conversou com líderes do setor público e privado, representantes dos trabalhadores, acadêmicos e com o próprio governo para saber quais destas ações foram mais eficazes, quais foram mais ineficientes e o que mais pode ser feito pelo Estado brasileiro contra a crise.

Os maiores elogios foram direcionados à atitude de reduzir o Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) para a indústria automobilística, anunciada em dezembro e que fez com que os emplacamentos de carros novos subissem 1,9% no primeiro mês do ano em relação a dezembro de 2008. Já as maiores críticas foram para a lentidão no corte da taxa básica de juro do País.

Para o presidente do conselho administrativo do Grupo Pão de Açúcar, Abílio Diniz, o Estado não é responsável pela crise e mesmo assim está agindo "com extrema serenidade e muito acerto". "O governo está atento, fazendo a sua parte. É preciso coragem de baixar firmemente a taxa de juros. É uma arma que temos a nosso favor, já que não há clima para inflação, nem possibilidade de danos para a macroeconomia", afirmou Diniz.

Na última reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), em janeiro, a taxa Selic foi reduzida em um ponto percentual, de 13,75% para 12,75% ao ano. Porém, o professor de economia da Universidade de Brasília (UnB) José Luiz Oreiro lembra que este corte representa uma redução de apenas 0,25 ponto percentual com relação à taxa de setembro do ano passado, quando a crise se agravou.

"Pouco antes da eclosão da crise, o Banco Central aumentou a taxa em 0,75 ponto. Foram cinco meses de demora para reduzir em termos líquidos apenas 0,25 ponto", afirmou o economista, que também sugeriu redução do intervalo de cerca de 90 dias entre as reuniões do Copom e o corte de pelo menos um 1 ponto percentual em cada reunião.

Mesmo com o corte de janeiro, a taxa de juros real continua sendo a maior do mundo, lembrou o secretário-geral da Força Sindical, João Carlos Gonçalves, o Juruna. "A redução da taxa de juro ainda é pequena, porque ela continua uma das mais altas do mundo. Falta ousadia para baixar os juros e ajudar o cidadão. A permanência da taxa de juro alta é negativa para o País em meio a crise", afirmou Juruna.

Embora aprove as ações do governo, o senador Aloízio Mercadante (PT-SP) também acredita que o patamar da Selic está muito alto. "Sempre fomos os primeiros a entrar em qualquer crise, o que não aconteceu agora. A taxa Selic ainda é muito alta, mas o governo têm tomado medidas acertadas, como o aumento do salário mínimo, mesmo com um cenário de crise. Isso ajuda a movimentar o consumo. O governo está se esforçando para manter os investimentos e o crescimento", disse.

Tributos
De acordo com o economista Fabio Pina, da Fecomercio-SP, as ações mais positivas estão relacionadas à redução de tributos para alguns segmentos, como a indústria automobilística, que recuperou parte da queda nas vendas em janeiro com a isenção do IPI para carros 1.0 l e o corte para demais motorizações. A medida vale até o final de março.

"Essas medidas não só reduziram o preço, mas anteciparam o consumo daqueles que iriam comprar no futuro, dando um prêmio por conta da insegurança. Mexe diretamente com o principal problema que é a confiança do consumidor", afirmou. Juruna destacou que um bom ritmo de vendas é garantia de emprego. "É importante porque cada emprego na montadora significa 19 na cadeia produtiva", comentou o representante da Força Sindical.

Também em dezembro, o governo decidiu cortar pela metade a alíquota do Imposto de Renda para contribuintes que ganham entre R$ 1.434 e R$ 2.150 mensais. "O salário aumentava e a tabela não se modificava. As pessoas ganhavam mais e pagavam mais impostos", apontou Juruna. Outra redução de tributos do governo foi com relação ao Imposto sobre Operações Financeiras (IOF), que caiu de 3% ao ano para 1,5%.

Crédito
Na segunda metade de 2008, o colapso de bancos nos Estados Unidos por conta da crise do subprime provocou uma forte restrição de crédito no mundo inteiro. Uma das primeiras medidas anticrise do governo teve como objetivo restabelecer a oferta, com mudanças no recolhimento dos depósitos compulsórios por parte dos bancos. Segundo o presidente do Banco Central, Henrique Meirelles, as diversas modificações liberaram US$ 99,2 bilhões aos bancos até o final de janeiro.

Além disso, o governo concedeu R$ 36 bilhões das reservas internacionais para empresas brasileiras com dívidas no exterior e uma medida provisória autorizou o Banco do Brasil e a Caixa Econômica Federal a comprar carteiras de crédito de bancos privados. Para o diretor do Departamento de Pesquisas e Estudos Econômicos da Fiesp, Paulo Francini, estas medidas foram essenciais para combater os efeitos da crise.

"A crise se desenvolve no mundo em torno do tema crédito. E o crédito reduziu-se barbaridade no mundo. Então o governo lança mão de compulsório, lança mão de reservas, de medidas que permitem aos bancos comprar carteiras de bancos. Você vai tomando várias medidas para atender às demandas e o epicentro disso é crédito", afirmou.

No entanto, Oreiro, da UnB, adverte que a liberação dos compulsórios seria mais eficiente acompanhada de redução mais agressiva da taxa básica de juro. "Uma parte do crédito voltou, depois da forte retração em outubro e novembro. O que deveria ter sido feito junto à liberação do compulsório era uma redução mais drástica da taxa de juro. Sem isso, os bancos pegam as reservas e acabam comprando títulos públicos", explicou o economista.

Na opinião de Pina, as ações de distribuição de crédito via redução do compulsório e a disposição de capital de giro para empresas foram tomadas sem um cuidado maior na operação e não tiveram muito efeito. "O BNDES tem linhas que ficam paradas quase todo o ano, agora é pior ainda. Existem os recursos, mas as empresas e os bancos estão desconfiados. É preciso fazer com que os bancos tenham interesse em emprestar", afirmou o economista da Fecomercio-SP.

Futuro
Mesmo com todas essas medidas, a crise financeira ainda gera incertezas nos setores produtivos do País. Nos últimos meses, o medo do desemprego fez os consumidores adiarem compras. Por sua vez, a queda nas vendas pode obrigar as indústrias a cortarem a produção e demitir funcionários. Contra isso, empresários sugerem redução de jornada e de salários.

"Isto está previsto em lei. A Fiesp simplesmente manteve conversações com entidades sindicais quanto à aplicação daquilo que já está previsto em lei", afirmou Francini.

Segundo a ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff, uma das medidas que assegura um nível de emprego é a manutenção de investimentos no Programa de Aceleração do Crescimento (PAC). "Estamos esperando que a dificuldade ocorra em janeiro, fevereiro e março. Estamos certos que vamos manter o nível de investimento. É isso que funciona, é isso que significa investimento público. Ele funciona como um colchão. Por isso, nós colocamos R$ 100 bilhões no BNDES e a Petrobras ampliou o seu investimento em R$ 120 bilhões", afirmou.

Na mesma linha, Pina explica que a antecipação de gastos do governo substitui parte da demanda retraída do setor privado. "Ele dá o seguinte recado: não vou estourar as contas públicas, mas concentrar em um momento em que a demanda privada está pequena. Mas o governo não tem fôlego suficiente para fazer o papel de toda demanda", ressaltou. O economista da Fecomercio lembrou que a entidade já pleiteou junto ao governo isenções para transferência de imóveis e de automóveis, além de retirar o IPVA para veículos novos.

Já Oreiro foca suas propostas na capitalização do Banco do Brasil e da Caixa Econômica Federal pelo Tesouro para atender a demanda de crédito para capital de giro e reduzir o spread. "Aumentando o empréstimo e reduzindo as taxas, os dois vão forçar os bancos privados a acompanhar o movimento, até para não perderem participação no mercado", explicou o economista da UnB.

Até o Carnaval, o governou prometeu detalhar um pacote de incentivos para a construção de até um milhão de casas populares, direcionado a famílias com renda de até dez salários mínimos. "Estamos atentos a tudo o que está acontecendo e novas medidas serão tomadas caso haja uma avaliação de que sejam necessárias", disse o ministro da Fazenda, Guido Mantega, na última sexta-feira.

17:11
Anónimo disse...
Ex-ministro critica extensão do seguro-desemprego

Atualizada às 09h03

O ex-ministro do Trabalho Almir Pazzianotto criticou a decisão do governo federal de conceder o seguro-desemprego estendido a apenas alguns setores. "É certamente odioso e provavelmente inconstitucional", disse Pazzianotto, de acordo com o jornal O Estado de S. Paulo.

Na última qurta, dia do anúncio da medida, centrais sindicais elogiaram a atitude do governo. A Força Sindical divulgou nota dizendo que "o aumento ajudará a aquecer parte da economia, já que irá gerar mais consumo, produção e conseqüentemente, a criação de novos postos de trabalho". A União Geral dos Trabalhadores (UGT) afirmou que a medida "contribuirá para minimizar o drama dos trabalhadores que perderem seu emprego por conta da crise".

O ex-ministro, que instituiu o seguro-desemprego no País no governo de José Sarney, destacou a necessidade de as centrais sindicais se manifestarem contra a determinação. Para ele, as mudanças devem ser aplicadas a todas as categorias profissionais e a distinção é contrária ao artigo 3º da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT).

Pazzianotto atribui a medida a um possível temor do governo de que a crise econômica seja longa e não haja dinheiro para atender a todas as necessidades. Ainda assim, ele se mostra contrário ao método de concessão. "O seguro-desemprego ajuda a sanar necessidades básicas. Estendê-lo é paliativo, não a solução", disse ao jornal.

De acordo com o presidente do Conselho Deliberativo do Fundo de Amparo ao Trabalhador (Codefat) e conselheiro da Força Sindical, Luiz Fernando Emediato, a determinação já estava prevista na lei 8.900/94, que trata do seguro-desemprego.

O presidente da Comissão de Trabalho da Câmara, Pedro Fernandes (PTB-MA) vai além na crítica à concessão do seguro para apenas alguns setores. Ele acredita que a ampliação do benefício estimula o desemprego.

Quintino Severo, secretário geral da Central Única dos Trabalhadores (CUT), lembra que a ampliação do benefício sem critério e identificação pode incentivar demissões em outros setores.

17:13
Anónimo disse...
Empresas
TAM faz promoção para destinos internacionais

A companhia aérea TAM anunciou nesta sexta-feira tarifas promocionais para trechos internacionais. Os preços valem para bilhetes comprados entre 6h deste sábado e 23h59 deste domingo e são válidos para classe econômica. As tarifas, para ida e volta, serão vendidas a partir de US$ 99, mais taxas.

Segundo a aérea, a promoção vale para viagens feitas no período de 14 de fevereiro a 18 de junho de 2009. Para destinos na América do Sul, a permanência mínima é de dois dias; para bilhetes com destino nos Estados Unidos, cinco dias; e Europa, sete dias. A permanência máxima para as passagens para América do Sul e EUA é de dois meses e para Europa, três meses.

Entre os exemplos de tarifas promocionais, a TAM oferece São Paulo-Lima por US$ 99. Bilhetes para a rota São Paulo-Santiago serão vendidos a partir de US$ 199 e São Paulo-Nova York, US$ 799.

A emissão dos bilhetes deve ser feita obrigatoriamente no ato da reserva, obedecendo às regras estipuladas pela companhia. A compra está sujeita à disponibilidade de assentos nas classes tarifárias determinadas, trechos, horários e datas. A TAM afirmou que também há tarifas promocionais para a classe executiva.

Mais informações podem ser encontradas no site promocional (www.ofertastam.com.br), no site da empresa (www.tam.com.br) ou pelos telefones 4002-5700 ou 0800 5705700.

17:13
Anónimo disse...
Empresas
Consultoria negocia compra do parque temático Hopi Hari

A consultoria especializada em reestruturação de empresas Íntegra Associados informou nesta sexta-feira ter um acordo para comprar o parque de diversões Hopi Hari, localizado no interior de São Paulo. A empresa estaria disposta a investir R$ 10 milhões no parque, que tem dívida estimada em R$ 800 milhões. As informações são da edição deste sábado do jornal Folha de S. Paulo.

De acordo com o jornal, a transação ainda depende da negociação entre o Hopi Hari e seus credores, o que já estaria em andamento.

A consultoria paulista já atuou junto à Parmalat, durante 30 meses, quando reorganizou a gestão da empresa italiana.

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17:14
Anónimo disse...
Empresas
Disney de Tóquio contratará mais 2 mil apesar da crise


A Oriental Land, o operador da Disneylândia Tóquio e DisneySea, organizou neste domingo entrevistas para contratar cerca de 2 mil trabalhadores em tempo parcial, em um momento de grandes demissões deste tipo de empregados no Japão.

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O operador deste parque temático, situado em Urayasu, na província de Chiba (leste de Tóquio), está em pleno processo de seleção de empregados para 20 tipos de postos trabalhistas diferentes.

Segundo a companhia, citada pela agência local de notícias Kyodo, o parque contratará novos trabalhadores para as atrações, para os restaurantes e guardas de segurança entre outros. Os novos contratados começarão a trabalhar a partir de fevereiro.

O processo de seleção acontece em um momento em que a maioria das grandes companhias japonesas começaram a se ver obrigadas a despedir uma elevada percentagem de seus trabalhadores temporários e a tempo parcial.

Algumas inclusive anunciaram demissões de seus trabalhadores fixos, uma medida muito pouco comum nas companhias japonesas, perante os efeitos piores que o esperado pela crise econômica global.

Cerca de uma centena de pessoas esperavam desde a primeira hora desta manhã a abertura do centro de conferências Tokyo International Forum, onde as entrevistas estão sendo feitas, para ser os primeiros a solicitar os postos de trabalho.


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17:15
Anónimo disse...
Economia Internacional
Senado dos EUA aprova plano de estímulo à economia

O Senado dos Estados Unidos aprovou com 60 votos a favor e 38 contra o plano de estímulo à economia de US$ 787 bilhões na madrugada deste sábado. Agora, ele segue para sanção ou veto do presidente Barack Obama, que espera colocar a lei em prática até o dia 16 de fevereiro.

O plano prevê a criação de três milhões de empregos, inclui cortes de impostos às famílias, fundos para programas sociais e obras públicas, além de ajuda aos governos estaduais, estudantes e desempregados.

A cláusula Buy American - que exige o uso de ferro, aço e produtos manufaturados dos Estados Unidos em obras realizadas com recursos do pacote - ficou de lado. Segundo o texto definitivo, a cláusula será aplicada sem violar as normas do comércio internacional.

Ontem à tarde, a Câmara de Representantes (deputados) havia aprovado, por 246 votos a favor e 183 contra, a versão final do plano. Todos os republicanos foram contrários ao pacote.

Pelo acordo de quarta-feira entre Câmara e Senado, em vez de custar US$ 819 bilhões, como queriam os deputados, ou US$ 838 bilhões como pretendiam os senadores, o pacote ficou em cerca de US$ 787 bilhões, com 65% desse total destinado a gastos do governo federal e 35%, a créditos tributários.

17:16
Anónimo disse...
Economia nacional
Na era Lula, aposentadoria sobe 54% menos que salário mínimo

Thatiane Faria
Especial para o Terra
Direto de São Paulo

Os índices de reajustes concedidos pelo governo em 2009 para aposentados e pensionistas e para o salário mínimo repetiram uma diferença que, só durante o governo de Luiz Inácio Lula da Silva, já chega a 54%. Enquanto o mínimo foi majorado em 12% este ano, as pensões e aposentadorias tiveram aumento de 5,92%. Aposentados que têm o benefício do governo como única fonte de renda reclamam que perdem poder de compra e que sua cesta de compras é composta por itens que aumentam mais em relação à inflação oficial.

Um exemplo prático pode ser entendido a partir da comparação entre um aposentado que ganhava R$ 600 em janeiro de 2003. Na época, o benefício era três vezes, ou 200%, maior que o valor do mínimo em vigência, que era de R$ 200. Aplicando-se os índices de reajuste para aposentadorias e para o mínimo durante os últimos seis anos, o mesmo aposentado estaria recebendo hoje R$ 938,47, comparado a um salário mínimo de R$ 465. A diferença entre os dois valores caiu para pouco mais de 100%.

Enquanto o índice acumulado de reajuste para a aposentadoria durante o governo Lula foi de 60%, para o salário mínimo está em 132%.

O diretor do Sindicato Nacional dos Aposentados, João Inocentini, reclama que os valores dos benefícios para aposentadorias não mantêm o poder de compra do grupo, principalmente dos aposentados que recebem menos que dez salários mínimos.

Nem mesmo o fato de o índice de reajuste das aposentadorias ter ficado acima da inflação acumulada no mesmo período (o IPCA entre janeiro de 2003 e janeiro de 2009 foi de 39,7%) serve de argumento, segundo os aposentados.

"Os idosos, principalmente, têm gastos além das contas gerais como gás, telefone e aluguel. Para eles o custo com remédios, e outros itens da área saúde costuma ser maior", afirmou Inocentini.

O presidente do sindicato afirmou que o grupo realiza um estudo com 100 itens de necessidade de um idoso para comparar o aumento dos produtos com o índice de reajuste do benefício recebido pelos aposentados.

"Daqui dois meses vamos abrir um processo na Justiça e levar essa pesquisa como prova. Segundo a lei, o governo é obrigado a manter o poder de compra com a aposentadoria", disse Inocentini.

Alternativas
O consultor financeiro Cláudio Boriola diz que os aposentados, especialmente nesse momento de crise econômica, devem evitar compras parceladas, pesquisar preços, negociar e fazer bom planejamento financeiro.

Segundo Boriola, alguns aposentados ganham um valor mensal muitas vezes insuficiente para o pagamento das contas e acabam pedindo crédito ou realizando pagamentos a prazo e são obrigados a pagar juros altos.

Na opinião do consultor, pagar uma previdência privada é uma alternativa indicada para quem ainda trabalha, considerando a característica de perda de poder de compra da aposentadoria.

"Na prática, infelizmente os valores encontram-se em um patamar que está deteriorando o poder de aquisição da população brasileira", completou Boriola.

De acordo com o diretor da Confederação Brasileira de Aposentados e Pensionistas (Cobap), Vicente Fernandes Barbosa, representantes dos aposentados tentarão um encontro com o presidente da Câmara, deputado Michel Temer (PMDB-SP), para discutir projetos que minimizem a perda dos aposentados

17:17
Anónimo disse...
Previdência
Previdência prorroga isenção de tarifas no benefício

O atual sistema de pagamento aos 26 milhões de aposentados e pensionistas do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) será mantido até o final deste ano. O acordo, que permite realizar a operação sem nenhum custo aos beneficiários, foi renovado nesta sexta-feira, entre o governo federal e 21 instituições financeiras.

Por meio desse acordo, vigente desde setembro de 2007, nem os segurados, nem os bancos e nem o governo arcam com o pagamento de tarifas, conforme explicou o ministro da Previdência Social, José Pimentel. A prorrogação vale até dezembro, data máxima para que a Previdência defina as regras para um novo contrato.

Ao assinar o termo de renovação, na sede da Federação Brasileira dos Bancos (Febraban), o ministro disse que a intenção do governo é mudar o atual modelo de gestão visando a reduzir os custos dessas operações em torno da folha mensal, que atinge R$ 15,8 bilhões. No entanto, qualquer alteração, conforme explicou, passará antes por audiências públicas a serem realizadas a partir do segundo semestre deste ano, atendendo a determinação do Tribunal de Contas da União (TCU).

De acordo com Pimentel, com um redesenho do mecanismo de repasse dos recursos aos bancos em torno da folha de pagamento dos segurados o que se busca é um aumento da participação de instituições financeiras. Ele informou que, desde 2007, cada benefício custa em média R$ 1,07 ao governo. "Quanto mais instituições financeiras estiverem prestando serviços à sociedade, maior é a competitividade, a agilidade no atendimento", justificou.

O ministro observou, ainda, que, para permitir uma redução para algo em torno de meia hora no tempo de atendimento para a concessão dos direitos previdenciários, o governo investiu R$ 280 milhões.

Questionado sobre o descontentamento dos segurados que ganham acima de um salário mínimo terem obtido apenas a correção com base na variação do Índice de Preços ao Consumidor (INPC) , ficando abaixo do reajuste dado a quem recebe apenas o mínimo, Pimentel argumentou que o governo seguiu o que determina a lei e descartou a possibilidade de uma revisão

17:17
Anónimo disse...
Empresas
Caterpillar oferece aposentadoria antecipada a 2 mil


A companhia americana Caterpillar ofereceu a cerca de dois mil funcionários incentivos para que se aposentem de forma voluntária antes do previsto, pela perspectiva de uma queda "significativa" da atividade industrial, informou nesta quarta-feira a empresa.

A iniciativa, destinada aos trabalhadores de diversas fábricas em Illinois, Colorado, Tennessee e Pensilvânia, se soma aos cortes de empregos anunciados em janeiro, explicou em comunicado de imprensa.

A empresa, a maior fabricante mundial de maquinaria pesada para a construção e a mineração, acrescentou que, "em função das condições de negócio, podem ser necessárias mais reduções de elenco voluntárias e involuntárias à medida que o ano avança".

O vice-presidente da companhia, Sid Banwart, explicou que a empresa prevê "demissões significativas em todas as regiões geográficas e na maioria dos setores devido às dificuldades da economia mundial".

17:18
Anónimo disse...
Comércio
Comércio exterior da OCDE caiu no 3º trimestre de 2008


As exportações e as importações dos países da Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Econômico (OCDE) caíram 1,6% e 0,2%, respectivamente, no terceiro trimestre de 2008, em relação aos três meses anteriores.

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Trata-se da primeira queda destas atividades desde o terceiro trimestre de 2006, segundo o último relatório trimestral sobre fluxos comerciais divulgado pela OCDE.

As exportações e as importações em dólares dos 30 Estados-membros caíram 15,6% e 17%, respectivamente, na comparação anualizada.

Por sua vez, o comércio dos sete países mais ricos do mundo (G7) teve um pequeno crescimento no terceiro trimestre de 2008 com uma queda das exportações de mercadorias de 0,2% em relação ao trimestre anterior e um aumento de 0,4% das importações.

Em termos anualizados, as importações do G7 caíram 1,4% entre julho e setembro do ano passado, seu primeiro retrocesso desde o terceiro trimestre de 2006, enquanto as exportações aumentaram 1,9%, seu crescimento mais baixo no mesmo tempo.

Por países, a Alemanha aumentou suas importações em 3,4% - valor mais alto do G7 -, enquanto suas exportações caíram 2,9% do segundo para o terceiro trimestre de 2008.

Pelo contrário, as exportações americanas aumentaram 1,8% entre julho e setembro de 2008, enquanto as importações caíram 0,7% em relação ao trimestre anterior. No Japão, tanto as importações quanto as exportações caíram em torno de 1% no mesmo período.

17:19
Anónimo disse...
Economia Nacional
Lula: juros de crédito consignado a aposentados são altos

Atualizada às 17h29

O presidente Luis Inácio Lula da Silva afirmou nesta terça-feira, em São Paulo, que está lutando para reduzir as taxas de juros cobradas de aposentados em crédito consignado. A Previdência Social estabelece uma taxa máxima de 2,5% para empréstimo e de 3,5% para cartão. Para Lula, os valores são altos.

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"Acho que o juro que os aposentados estão pagando hoje com o crédito consignado é alto para o padrão brasileiro", disse o presidente durante a cerimônia de comemoração dos 86 anos do INSS.

A Previdência anunciou nesta terça-feira que aposentados e trabalhadoras com licença-maternidade poderão receber seus benefícios em 30 minutos. De acordo com Lula, em junho, a aposentadoria do trabalhador rural também será conseguida em meia hora.

Além disso, o presidente anunciou que, também em junho, os trabalhadores que alcançarem o direito à aposentadoria passarão a receber em suas casas um comunicado da Previdência informando o fato e o valor do salário que têm direito a receber. "É um comprometimento público que estou fazendo com os companheiros da Previdência Social", disse.

"Estamos retribuindo ao contribuinte da Previdência Social aquilo que é a cidadania que ele tem direito", afirmou Lula. "Se para cobrar nós somos tão precisos, para devolver o dinheiro, temos que chegar próximo à perfeição", completou.

17:20
Anónimo disse...
Economia Nacional
Salário maternidade sairá em 30 minutos, diz ministro

Toda trabalhadora autônoma que tiver contribuído pelo menos 10 meses com o Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) - ou as que possuírem carteira assinada - poderão receber em 30 minutos o salário maternidade a partir desta terça-feira. Da mesma forma, as mulheres com 30 anos de contribuição e os homens com 35 anos também terão direito ao benefício de forma mais rápida. A informação é do ministro da Previdência Social, José Pimentel.

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Para requerer o salário maternidade, é preciso que as autônomas levem a carteira de identidade e o carnê de contribuição. As demais trabalhadoras devem apresentar a identificação e a carteira de trabalho. Desde o início do mês, a nova forma de análise para a concessão de benefícios foi adotada para a aposentadoria por idade do trabalhador urbano e agora foi estendida para o salário maternidade e por tempo de contribuição.

O ministro disse que a qualificação do serviço da previdência social é o reconhecimento do direito dos trabalhadores e da afirmação da cidadania.

"Até pouco tempo na cabeça do cidadão o serviço devia ser de péssima qualidade. Agora não, nós modificamos toda a legislação no mês de dezembro numa ação conjunta do Congresso Nacional com o governo federal. Estamos implantando e concedendo os benefícios em até 30 minutos", afirmou.

O ministro destacou que para conseguir se aposentar ou ter acesso à licença maternidade em 30 minutos, em primeiro lugar, é necessário que o cidadão esteja vinculado à Previdência, o que inclui 65% da população acima de 16 anos de idade.

"Depois bastar marcar pelo sistema 135 o dia e a hora do atendimento e levar a documentação. Se todos os dados necessários estiverem corretos o contribuinte será atendido em até 30 minutos, como vem sendo feito com as aposentadorias por idade desde o dia cinco de janeiro", explicou.

Pimentel disse ainda que em 90% das agências da previdência social o atendimento é marcado em até 48 horas. Nos grandes centros, entretanto existe um volume maior o que torna mais lento o processo.

"Estamos criando mais 715 agências até 2010, em todo o território nacional, para descentralizar o atendimento. Em 2008, atendemos 295 mil benefícios e aposentadorias por idade. Temos 4 mil pessoas por dia procurando e se aposentando por idade no território nacional. Este serviço será agilizado", concluiu.

Anónimo disse...

Giuseppe Englaro, pai de Eluana, a italiana que morreu na segunda-feira passada por desidratação, recusou uma grande soma de dinheiro de um conhecido fotógrafo italiano que queria retratar a filha em estado de coma, disse neste sábado o neurologista que atendia a mulher desde 1996, Carlo Defanti.

O neurologista, que participou hoje de uma conferência sobre eutanásia, disse que Englaro respeitou a vontade da filha, que, antes do acidente, tinha pedido que, se lhe ocorresse qualquer coisa irreversível, apresentasse sua imagem de quando estava em boas condições.

Antes de sofrer o acidente de trânsito, em 1992, Eluana viveu o coma de um amigo, Alessandro, o que causou forte impacto na italiana e a levou a fazer o pai prometer que não a deixasse viver em estado vegetativo, disse o próprio Giuseppe Englaro.

Defanti, que dissera que Eluana poderia viver de dez a 12 dias depois da suspensão da alimentação e da hidratação, disse que, como médico, tinha que reprovar esta afirmação.

"Não se pode sobreviver após três ou quatro dias sem líquido e, em particular, água em um corpo. Sabemos bem que, quando há um terremoto, após quatro dias é difícil encontrar sobreviventes".

Defanti ressaltou que Eluana "não falava, não se comunicava com o exterior" e que, após vários exames, "nos deparamos com uma moça que tinha perdido a consciência", porque estava com o córtex cerebral prejudicado.

Eluana foi enterrada na quinta-feira passada no túmulo da família na localidade de Paluzza, em Udine, após um funeral que não contou com a presença dos pais.

16:53
Anónimo disse...
Os bombeiros combatem neste sábado os incêndios na Austrália favorecidos pelo bom tempo, enquanto os deslocados encotram em seu retorno casas derruídas, carros queimados nas ruas e destruição.

Depois de sete dias desde que começaram os incêndios no Estado de Victoria, a lista de mortos chega a 181, os desaparecidos somam 50, os edifícios destruídos totalizam 1,834 mil e o terreno arrasado, principalmente florestas, ocupa uma área de 4,13 mil quilômetros quadrados.

As equipes de bombeiros, formadas por 4 mil profissionais de Victoria, de outras partes da Austrália e de países amigos, combateram hoje 12 focos fora de controle e nenhum representava uma ameaça direta para a população.

O subdiretor do Serviço de Bombeiros, Geoff Conway, disse que este tempo favorável, que se prolongará durante o domingo, permite consolidar as linhas de contenção e avançar na extinção das chamas.

Cinzas apareceram arrastadas por ventos do nordeste sobre Melbourne, onde habitam 3,8 milhões de pessoas, e as autoridades alertaram aos cidadãos do risco para a saúde de idosos, crianças e pessoas com problemas respiratórios.

O número de pessoas deslocadas - a Cruz Vermelha chegou a receber 7 mil - começou a cair com a abertura de algumas localidades atingidas.

Os incêndios, alguns criminosos, começaram em 7 de fevereiro, quando a região sul da Austrália estava há duas semanas sob uma onda de calor sem precedentes.

Na sexta-feira passada, a polícia acusou uma pessoa de ter provocado o incêndio que atingiu a localidade de Churchill e matou 21 pessoas.

16:55
Anónimo disse...
A primeira chuva em seis dias reduziu a ameaça de incêndios no Estado de Victoria, ao sul da Austrália. As autoridades, porém, advertiram que ainda existem 12 focos, mas que nenhum deles ameaça áreas povoadas.

Mais de quatro mil bombeiros, mil provenientes de outras partes do país e de outras nações, trabalham contra o fogo. Cerca de 600 veículos e 28 helicópteros e pequenos aviões estão sendo usados.


Eles conseguiram construir linhas de contenção para evitar os incêndios de Yarra e Maroondah se juntassem. Também foram controlados os incêndios abertos de Yea e Murrindindi, que ameaçavam as comunidades de Connellys Creek, Crystal Creek, Scrubby Creek e Native Dog Creek.

O número de mortos chegou a 181, mas as autoridades acreditam que as vítimas devem passar de 200, já que ainda há muitos desaparecidos.

16:55
Anónimo disse...
Aqui nesta coluna, na semana passada, tive a oportunidade de comentar sobre a recente visita do professor brasileiro Pedrinho Guareschi à Austrália. Não dei, porém, os fatos, pois semana passada o assunto era outro.

Hoje, porém, vamos a eles.

No último dia 4 de fevereiro, aconteceu o Seminário "Paulo Freire: Education and Liberation", organizado pelo centro de estudos latino-americanos da Universidade Nacional da Austrália, ou ANU, como é mais conhecida por aqui.

A ANU, para quem não sabe, está entre as 20 melhores universidades do mundo! E tem sede aqui em Camberra, capital da Austrália.

Na abertura do evento, o professor John Minns, diretor do centro latino-americano, ao dar boas-vindas ao público presente, lembrou ser aquele o primeiro seminário exclusivamente dedicado a Paulo Freire na Austrália.

Em seguida, convidou Pedrinho Guareschi, palestrante principal do Seminário, a fazer sua apresentação.

A plateia pode então conhecer, pelas palavras de Pedrinho, um pouco da obra e da vida de Freire, esse brasileiro de fé e valor, que sempre acreditou na educação, sobretudo dos menos favorecidos, analfabetos, como força libertadora.

Como não podia deixar de ser, os conceitos e ideias revolucionários de Paulo Freire, expostos com clareza por Pedrinho, despertaram o interesse e a curiosidade de plateia. A qual, deve-se notar, era na maioria de estudantes, mas de várias nacionalidades, sobretudo australianos e asiáticos.

Na continuação do programa do seminário, que se estendeu por dois dias, outros professores fizeram palestras sobre temas ligados à obra de Paulo Freire.

Interessante, por exemplo, saber que a professora Anne Hickling-Hudson, jamaicana que mora na Austrália há muitos anos (é professora da ANU), conheceu e trabalhou com Freire num workshop educacional durante a revolução na Ilha de Granada, em 1980, antes da invasão dos Estados Unidos...

Ou, então, a palestra da Professora Gerda Roelvink, da Nova Zelândia, que participou do Fórum Social de Porto Alegre em 2005. E essa participação transformou-se em tema de doutorado.

No dia 10, terça-feira passada, o padre Pedrinho Guareschi voltou a falar ao público australiano em grande auditório localizado no belíssimo campus da ANU. Desta vez, sobre a Teologia da Libertação.

Depois da palestra, John Minns mostrou o filme mexicano "O Crime do Padre Amaro", no qual um dos personagens é um padre católico praticante da Teologia da Libertação.

Mais uma vez, foi grande o intersse da platéia, que pode aprender e conhecer um pouco como se desenvolveu aquele importante movimento católico na América Latina.

Fica, assim, ao Pedrinho, bem como a outros brasileiros estudiosos e de bom coração que saem pelo mundo a divulgar aspectos importantes da cultura brasileira, o respeito e a homenagem desta coluna. E... aquele abraço!

16:57
Anónimo disse...
Amanda Kitts perdeu o braço esquerdo em um acidente de automóvel acontecido três anos atrás, mas hoje em dia ela joga futebol americano com seu filho de 12 anos de idade, troca fraldas e abraça as crianças nas três creches Kiddie Cottage que opera em Knoxville, Tennessee. Kitts, 40 anos, faz tudo isso com a ajuda de um novo tipo de braço artificial que se movimenta com mais facilidade do que outros aparelhos e que ela pode controlar utilizando apenas seus pensamentos.

"Eu sou capaz de mexer a mão, o pulso e o cotovelo ao mesmo tempo", diz. "Você pensa e os músculos se movem em seguida".

A recuperação que ela conseguiu resulta de um novo procedimento que vem atraindo crescente atenção porque permite que pessoas movam braços protéticos de forma mais automática do que faziam no passado, simplesmente utilizando nervos reaproveitados em seus cérebros.

A técnica, conhecida como "renervação muscular dirigida", envolve utilizar os nervos que restam depois da amputação de um braço e conectá-los a outro músculo do corpo, em geral no peito. Eletrodos são instalados sobre os músculos do peito, e operam como se fossem antenas. Quando a pessoa deseja mover o braço, o cérebro envia sinais que primeiro resultam em contração dos músculos do peito, os quais enviam um sinal ao braço protético, instruindo-se a se movimentar. O processo não requer mais esforços consciente do que a pessoa teria de exercitar caso ainda tivesse seu braço natural.

Na terça-feira, pesquisadores reportaram em estudo publicado pela versão online do Journal of the American Medical Association que haviam levado a técnica ainda mais à frente, tornando possível a execução de 10 movimentos de mão, pulso e cotovelo diferentes, o que representa uma substancial melhora com relação ao típico repertório protético, que em geral envolve apenas dobrar o cotovelo, girar o pulso e abrir a mão.

"Os novos métodos tiveram impacto dramático em nosso campo de trabalho", disse Stuart Harshbarger, engenheiro biomédico na Universidade Johns Hopkins e diretor do programa de pesquisa sobre próteses, financiado pelas forças armadas, que inclui o trabalho com essa técnica. "O método já está em uso por médicos e cirurgiões comuns em todo o país. A capacidade de controlar um membro protético bastante robusto que ele confere surpreendeu a todos pela qualidade".

Tipicamente, uma pessoa que tenha um braço protético só é capaz de executar alguns poucos movimentos, e muitas vezes com tamanha lentidão que isso só permite a ela atividades limitadas.

Há um motor separado para cada movimento, diz Gerald Loeb, professor de engenharia biomédica na Universidade do Sul da Califórnia, "e esses motores precisam ser controlados de maneira explícita", usualmente por um esforço consciente da pessoa para contrair músculos nas costas ou no bíceps.

"Essencialmente, até agora os pacientes controlavam apenas um motor de cada vez", diz Loeb, "e precisavam pensar cuidadosamente sobre que motor desejavam controlar e como fazê-lo operar, em lugar de simplesmente pensarem em mover o braço e poderem fazê-lo sem delongas".

Antes que Kitts passasse pelo procedimento de renervação, em outubro de 2007, por exemplo, ela precisava movimentar os músculos de suas costas de determinada maneira para fazer com que seu pulso girasse, e flexionar seu bíceps e tríceps para fazer com que o cotovelo se movesse para cima e para baixo. "Era muito trabalho", ela conta. "E não me ajudava muito".

O procedimento de renervação é parte de uma recente explosão de idéias novas e técnicas inovadoras que estão sendo exploradas enquanto os cientistas se esforçam por ajudar as pessoas a compensar melhor a perda de membros ou problemas de paralisia. O esforço vem sendo alimentado pelo aumento no número de amputações causado por diabetes e por ferimentos sofridos pelos militares, e ao mesmo tempo pelos avanços na tecnologia médica.

Os braços se tornaram um dos focos essenciais desse tipo de trabalho. A ciência há muito vem obtendo sucessos no desenvolvimento de próteses de perna, mas é muito mais difícil imitar a complexidade e a destreza das mãos e dos braços.

Os esforços em curso incluem o desenvolvimento de projetos de pele e braços mais sensíveis e mais flexíveis, e o uso de dispositivos acionados por controles sem fio implantado nos braços protéticos, que permitiriam movimentos mais naturais.

Os pesquisadores também vêm usando sensores implantados nos cérebros de cobaias para permitir que dois macacos controlem um braço mecânico, e um teste com um homem paralítico permitiu, com esse método, que ele movimentasse um cursor em uma tela de computador.

Alguns desses métodos, caso venham a ser aperfeiçoados plenamente e consigam aprovação das autoridades regulatórias da saúde, podem no futuro se tornar mais viáveis para os pacientes de amputações.

E embora a técnica da renervação não requeira aprovação das autoridades regulatórias porque é executada por meios cirúrgicos e emprega aparelhos já existentes, ela apresenta limitações que até mesmo seus criadores reconhecem, entre as quais o fato de que não se pode utilizá-la para todos os pacientes, o seu alto custo e o prazo de meses requerido para que os nervos reconectados cresçam e se tornem efetivos.

Ainda assim, os especialistas dizem que é o mais avançado sistema em uso hoje para pacientes reais que permite que o sistema nervoso controle diretamente o movimento de um braço artificial.

Desde sua introdução por Todd Kuiken, médico fisioterapeuta e engenheiro biomédico do Instituto de Reabilitação de Chicago, o método foi empregado em cerca de 30 pacientes nos Estados Unidos, Canadá e Europa, entre os quais oito soldados feridos no Iraque e no Afeganistão.

Muitos dos pacientes, entre os quais o primeiro, Jesse Sullivan, um operário do setor elétrico no Tennessee que perdeu os dois braços quando foi eletrocutado por um cabo, conseguem não apenas manipular seus braços protéticos mas sentir a presença das mãos que já não têm quando alguém toca em seus peitos.

Sullivan, 62 anos, e Kitts, estavam entre os cinco pacientes que participaram do estudo reportado na terça-feira. Em companhia de cinco outras pessoas que não passaram por amputações, eles receberam os eletrodos e foram instruídos a usar pensamentos para fazer com que um braço virtual na tela reproduzisse 10 movimentos diferentes, entre os quais três formas diferentes de aperto de mão.

Os pacientes apresentaram desempenho bastante respeitável, apenas um pouco mais lento e menos preciso do que os dos participantes que não tinham amputações.

"As velocidades de movimento que encontramos em nossos pacientes foram realmente encorajadoras", disse Kuiken. "Eles conseguiram completar a tarefa. É claro que não foram tão competentes quanto as pessoas dotadas de plena capacidade física, mas foram bons o bastante".

Um braço virtual foi usado porque a maioria das próteses existentes não era capaz de acomodar todos aqueles movimentos, no momento da pesquisa, ainda que Sullivan, Kitts e uma terceira paciente, Claudia Mitchell, tenham experimentado dois novos protótipos mais versáteis de braços artificiais, executando tarefas complexas com bolas de tênis e outros objetos.

O trabalho de renervação em soldados apresenta outros desafios, diz Kuiken, porque os ferimentos militares muitas vezes "causam danos muitos extensos" a nervos, músculos ou ossos.

Daniel Acosta, 25 anos, um aviador ferido pela detonação de uma bomba em uma estrada do Iraque em 2005, passou pelo procedimento no ano passado e diz que seu braço esquerdo protético agora se movimenta "muito mais rápido" e de maneira muito mais natural.

"A diferença é que agora não preciso mais pensar para mover o braço", ele diz. "Ele simplesmente se mexe".

Ainda assim, Acosta, de San Antonio, diz que "o processo foi bastante longo" e que os eletrodos precisam ser ajustados para receber os sinais à medida que os nervos crescem ou mudam de posição.

E embora elogiem o método, os especialistas afirmam que a ciência das próteses de braço ainda tem muito por avançar.

"Trata-se de uma parte crucial, mas ainda assim apenas uma parte, das muitas coisas que compreendem a função normal de um braço", disse Loeb, que escreveu um editorial que acompanha o artigo no Journal of the American Medical Association.

"No momento estamos a meio do caminho entre o braço de 'Dr. Fantástico', que fazia involuntariamente a saudação nazista, e o braço de Luke Skywalker em 'Guerra nas Estrelas', que funciona sem nenhum problema assim que é conectado. Creio que precisaremos ainda de muitos anos para conectar todas as peças necessárias a produzir um braço capaz de funcionar normalmente".

17:04
Anónimo disse...
A Espanha disse neste sábado que está preparando uma reclamação oficial contra a decisão da Venezuela de expulsar um membro do Parlamento Europeu que criticou o conselho eleitoral venezuelano.
Luis Herrero, membro do partido conservador espanhol PP, foi deportado na sexta-feira depois que o Conselho Nacional Eleitoral (CNE) o acusou de questionar a imparcialidade da instituição antes de um referendo que pode permitir ao presidente Hugo Chávez permanecer no cargo indefinidamente.

Herrero estava na Venezuela como observador do referendo. Ele acusou Chávez de ter "comportamentos típicos de um ditador" por pedir a contenção de manifestações da oposição.

O governo da Espanha convocou um encontro com o embaixador da Venezuela em Madri para expressar a desaprovação sobre a expulsão de Herrero, disse um representante do Ministério das Relações Exteriores espanhol.

As relações da Venezuela com a Espanha tiveram seu ponto crítico em 2007, quando Chávez ameaçou rever acordos diplomáticos e comerciais depois de ouvir um "cala a boca" do rei espanhol Juan Carlos durante uma cúpula.

A fenda foi oficialmente reparada em 2008, com uma visita oficial de Chávez à Espanha, onde ele cumprimentou o rei e discutiu acordos para investimento no setor petroquímico com o primeiro-ministro José Luis Rodriguez Zapatero.

17:06
Anónimo disse...
A polícia do Zimbábue anunciou neste sábado que acusa de traição Roy Bennett, dirigente do até agora opositor Movimento para a Mudança Democrática (MDC), detido na sexta-feira, em Harare, poucas horas antes da cerimônia de posse dos membros do novo gabinete.

"A Polícia nos informou que vão apresentar acusações de traição", disse à agência EFE o advogado de defesa de Bennett, Trust Maanda.

"Tentam relacionar Roy com o caso de Mike Hitschmann, que foi detido em 2006 em relação à descoberta de um carregamento de armas, apesar de que Hitschmann não tenha sido declarado culpado das acusações de traição apresentadas contra ele, mas de um crime menor de descumprimento de leis", disse Maanda.

O político opositor, designado por seu partido como vice-ministro de Agricultura no Governo de união nacional, esteve no exílio na vizinha África do Sul desde 2006 e retornou ao Zimbábue há duas semanas.

Segundo a Polícia, que deteve Bennett ontem no aeroporto de Harare quando pretendia ir à África do Sul para visitar sua família, as armas apreendidas em 2006 seriam utilizadas em um golpe de Estado para derrubar o presidente do Zimbábue, Robert Mugabe.

Depois da detenção, Bennet foi levado a Mutar, onde vários simpatizantes do MDC se concentraram em frente à delegacia na qual estava detido, diante do que a Polícia respondeu com tiros para o alto para dispersar os manifestantes.

17:07
Anónimo disse...
Austrália: 14 mil se candidatam a 'emprego dos sonhos'

A secretaria de Turismo de Queensland, na Austrália, informou que até esta segunda-feira já recebeu cerca de 14 mil inscrições para o "o melhor emprego do mundo". O Estado australiano promove pela internet seleção para vaga de "zelador" da ilha Hamilton, por seis meses com um salário de R$ 40 mil.

Muitos candidatos tiveram problemas durante a inscrição por conta dos acessos simultâneos ao site. A secretaria aconselha enviar os vídeos de 60s explicando porque deve ser escolhido em horários alternativos do dia, além de recomendar tamanho em torno de 40MB.

As inscrições começaram em 12 de janeiro e vão até o próximo dia 22 e podem ser feitas pelo site www.islandreefjob.com. O governo australiano escolherá 50 candidatos para a próxima fase da seleção, que terá votos do público para eleger um dos 11 finalistas.

A última fase terá entrevistas e desafios físicos, no próprio local de trabalho: as ilhas da Grande Barreira Coralina - o maior recife de coral do mundo. A secretaria de Turismo anunciará o vencedor no dia 6 de maio.

17:09
Anónimo disse...
Mercado elogia governo na crise, mas pede maior queda no juro

Peter Fussy
Direto de São Paulo

Desde as primeiras medidas anunciadas para combater os efeitos da crise, o governo brasileiro avisou que a estratégia não contemplaria um pacote. Seriam doses pontuais, de acordo com a necessidade da economia diante do agravamento das turbulências. Da primeira liberação dos depósitos compulsórios em setembro até a ampliação do seguro-desemprego na última quarta-feira, o governo passou por redução de impostos, ampliação de crédito e incentivos à exportação. Quase 150 dias após a primeira medida, o Terra conversou com líderes do setor público e privado, representantes dos trabalhadores, acadêmicos e com o próprio governo para saber quais destas ações foram mais eficazes, quais foram mais ineficientes e o que mais pode ser feito pelo Estado brasileiro contra a crise.

Os maiores elogios foram direcionados à atitude de reduzir o Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) para a indústria automobilística, anunciada em dezembro e que fez com que os emplacamentos de carros novos subissem 1,9% no primeiro mês do ano em relação a dezembro de 2008. Já as maiores críticas foram para a lentidão no corte da taxa básica de juro do País.

Para o presidente do conselho administrativo do Grupo Pão de Açúcar, Abílio Diniz, o Estado não é responsável pela crise e mesmo assim está agindo "com extrema serenidade e muito acerto". "O governo está atento, fazendo a sua parte. É preciso coragem de baixar firmemente a taxa de juros. É uma arma que temos a nosso favor, já que não há clima para inflação, nem possibilidade de danos para a macroeconomia", afirmou Diniz.

Na última reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), em janeiro, a taxa Selic foi reduzida em um ponto percentual, de 13,75% para 12,75% ao ano. Porém, o professor de economia da Universidade de Brasília (UnB) José Luiz Oreiro lembra que este corte representa uma redução de apenas 0,25 ponto percentual com relação à taxa de setembro do ano passado, quando a crise se agravou.

"Pouco antes da eclosão da crise, o Banco Central aumentou a taxa em 0,75 ponto. Foram cinco meses de demora para reduzir em termos líquidos apenas 0,25 ponto", afirmou o economista, que também sugeriu redução do intervalo de cerca de 90 dias entre as reuniões do Copom e o corte de pelo menos um 1 ponto percentual em cada reunião.

Mesmo com o corte de janeiro, a taxa de juros real continua sendo a maior do mundo, lembrou o secretário-geral da Força Sindical, João Carlos Gonçalves, o Juruna. "A redução da taxa de juro ainda é pequena, porque ela continua uma das mais altas do mundo. Falta ousadia para baixar os juros e ajudar o cidadão. A permanência da taxa de juro alta é negativa para o País em meio a crise", afirmou Juruna.

Embora aprove as ações do governo, o senador Aloízio Mercadante (PT-SP) também acredita que o patamar da Selic está muito alto. "Sempre fomos os primeiros a entrar em qualquer crise, o que não aconteceu agora. A taxa Selic ainda é muito alta, mas o governo têm tomado medidas acertadas, como o aumento do salário mínimo, mesmo com um cenário de crise. Isso ajuda a movimentar o consumo. O governo está se esforçando para manter os investimentos e o crescimento", disse.

Tributos
De acordo com o economista Fabio Pina, da Fecomercio-SP, as ações mais positivas estão relacionadas à redução de tributos para alguns segmentos, como a indústria automobilística, que recuperou parte da queda nas vendas em janeiro com a isenção do IPI para carros 1.0 l e o corte para demais motorizações. A medida vale até o final de março.

"Essas medidas não só reduziram o preço, mas anteciparam o consumo daqueles que iriam comprar no futuro, dando um prêmio por conta da insegurança. Mexe diretamente com o principal problema que é a confiança do consumidor", afirmou. Juruna destacou que um bom ritmo de vendas é garantia de emprego. "É importante porque cada emprego na montadora significa 19 na cadeia produtiva", comentou o representante da Força Sindical.

Também em dezembro, o governo decidiu cortar pela metade a alíquota do Imposto de Renda para contribuintes que ganham entre R$ 1.434 e R$ 2.150 mensais. "O salário aumentava e a tabela não se modificava. As pessoas ganhavam mais e pagavam mais impostos", apontou Juruna. Outra redução de tributos do governo foi com relação ao Imposto sobre Operações Financeiras (IOF), que caiu de 3% ao ano para 1,5%.

Crédito
Na segunda metade de 2008, o colapso de bancos nos Estados Unidos por conta da crise do subprime provocou uma forte restrição de crédito no mundo inteiro. Uma das primeiras medidas anticrise do governo teve como objetivo restabelecer a oferta, com mudanças no recolhimento dos depósitos compulsórios por parte dos bancos. Segundo o presidente do Banco Central, Henrique Meirelles, as diversas modificações liberaram US$ 99,2 bilhões aos bancos até o final de janeiro.

Além disso, o governo concedeu R$ 36 bilhões das reservas internacionais para empresas brasileiras com dívidas no exterior e uma medida provisória autorizou o Banco do Brasil e a Caixa Econômica Federal a comprar carteiras de crédito de bancos privados. Para o diretor do Departamento de Pesquisas e Estudos Econômicos da Fiesp, Paulo Francini, estas medidas foram essenciais para combater os efeitos da crise.

"A crise se desenvolve no mundo em torno do tema crédito. E o crédito reduziu-se barbaridade no mundo. Então o governo lança mão de compulsório, lança mão de reservas, de medidas que permitem aos bancos comprar carteiras de bancos. Você vai tomando várias medidas para atender às demandas e o epicentro disso é crédito", afirmou.

No entanto, Oreiro, da UnB, adverte que a liberação dos compulsórios seria mais eficiente acompanhada de redução mais agressiva da taxa básica de juro. "Uma parte do crédito voltou, depois da forte retração em outubro e novembro. O que deveria ter sido feito junto à liberação do compulsório era uma redução mais drástica da taxa de juro. Sem isso, os bancos pegam as reservas e acabam comprando títulos públicos", explicou o economista.

Na opinião de Pina, as ações de distribuição de crédito via redução do compulsório e a disposição de capital de giro para empresas foram tomadas sem um cuidado maior na operação e não tiveram muito efeito. "O BNDES tem linhas que ficam paradas quase todo o ano, agora é pior ainda. Existem os recursos, mas as empresas e os bancos estão desconfiados. É preciso fazer com que os bancos tenham interesse em emprestar", afirmou o economista da Fecomercio-SP.

Futuro
Mesmo com todas essas medidas, a crise financeira ainda gera incertezas nos setores produtivos do País. Nos últimos meses, o medo do desemprego fez os consumidores adiarem compras. Por sua vez, a queda nas vendas pode obrigar as indústrias a cortarem a produção e demitir funcionários. Contra isso, empresários sugerem redução de jornada e de salários.

"Isto está previsto em lei. A Fiesp simplesmente manteve conversações com entidades sindicais quanto à aplicação daquilo que já está previsto em lei", afirmou Francini.

Segundo a ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff, uma das medidas que assegura um nível de emprego é a manutenção de investimentos no Programa de Aceleração do Crescimento (PAC). "Estamos esperando que a dificuldade ocorra em janeiro, fevereiro e março. Estamos certos que vamos manter o nível de investimento. É isso que funciona, é isso que significa investimento público. Ele funciona como um colchão. Por isso, nós colocamos R$ 100 bilhões no BNDES e a Petrobras ampliou o seu investimento em R$ 120 bilhões", afirmou.

Na mesma linha, Pina explica que a antecipação de gastos do governo substitui parte da demanda retraída do setor privado. "Ele dá o seguinte recado: não vou estourar as contas públicas, mas concentrar em um momento em que a demanda privada está pequena. Mas o governo não tem fôlego suficiente para fazer o papel de toda demanda", ressaltou. O economista da Fecomercio lembrou que a entidade já pleiteou junto ao governo isenções para transferência de imóveis e de automóveis, além de retirar o IPVA para veículos novos.

Já Oreiro foca suas propostas na capitalização do Banco do Brasil e da Caixa Econômica Federal pelo Tesouro para atender a demanda de crédito para capital de giro e reduzir o spread. "Aumentando o empréstimo e reduzindo as taxas, os dois vão forçar os bancos privados a acompanhar o movimento, até para não perderem participação no mercado", explicou o economista da UnB.

Até o Carnaval, o governou prometeu detalhar um pacote de incentivos para a construção de até um milhão de casas populares, direcionado a famílias com renda de até dez salários mínimos. "Estamos atentos a tudo o que está acontecendo e novas medidas serão tomadas caso haja uma avaliação de que sejam necessárias", disse o ministro da Fazenda, Guido Mantega, na última sexta-feira.

17:11
Anónimo disse...
Ex-ministro critica extensão do seguro-desemprego

Atualizada às 09h03

O ex-ministro do Trabalho Almir Pazzianotto criticou a decisão do governo federal de conceder o seguro-desemprego estendido a apenas alguns setores. "É certamente odioso e provavelmente inconstitucional", disse Pazzianotto, de acordo com o jornal O Estado de S. Paulo.

Na última qurta, dia do anúncio da medida, centrais sindicais elogiaram a atitude do governo. A Força Sindical divulgou nota dizendo que "o aumento ajudará a aquecer parte da economia, já que irá gerar mais consumo, produção e conseqüentemente, a criação de novos postos de trabalho". A União Geral dos Trabalhadores (UGT) afirmou que a medida "contribuirá para minimizar o drama dos trabalhadores que perderem seu emprego por conta da crise".

O ex-ministro, que instituiu o seguro-desemprego no País no governo de José Sarney, destacou a necessidade de as centrais sindicais se manifestarem contra a determinação. Para ele, as mudanças devem ser aplicadas a todas as categorias profissionais e a distinção é contrária ao artigo 3º da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT).

Pazzianotto atribui a medida a um possível temor do governo de que a crise econômica seja longa e não haja dinheiro para atender a todas as necessidades. Ainda assim, ele se mostra contrário ao método de concessão. "O seguro-desemprego ajuda a sanar necessidades básicas. Estendê-lo é paliativo, não a solução", disse ao jornal.

De acordo com o presidente do Conselho Deliberativo do Fundo de Amparo ao Trabalhador (Codefat) e conselheiro da Força Sindical, Luiz Fernando Emediato, a determinação já estava prevista na lei 8.900/94, que trata do seguro-desemprego.

O presidente da Comissão de Trabalho da Câmara, Pedro Fernandes (PTB-MA) vai além na crítica à concessão do seguro para apenas alguns setores. Ele acredita que a ampliação do benefício estimula o desemprego.

Quintino Severo, secretário geral da Central Única dos Trabalhadores (CUT), lembra que a ampliação do benefício sem critério e identificação pode incentivar demissões em outros setores.

17:13
Anónimo disse...
Empresas
TAM faz promoção para destinos internacionais

A companhia aérea TAM anunciou nesta sexta-feira tarifas promocionais para trechos internacionais. Os preços valem para bilhetes comprados entre 6h deste sábado e 23h59 deste domingo e são válidos para classe econômica. As tarifas, para ida e volta, serão vendidas a partir de US$ 99, mais taxas.

Segundo a aérea, a promoção vale para viagens feitas no período de 14 de fevereiro a 18 de junho de 2009. Para destinos na América do Sul, a permanência mínima é de dois dias; para bilhetes com destino nos Estados Unidos, cinco dias; e Europa, sete dias. A permanência máxima para as passagens para América do Sul e EUA é de dois meses e para Europa, três meses.

Entre os exemplos de tarifas promocionais, a TAM oferece São Paulo-Lima por US$ 99. Bilhetes para a rota São Paulo-Santiago serão vendidos a partir de US$ 199 e São Paulo-Nova York, US$ 799.

A emissão dos bilhetes deve ser feita obrigatoriamente no ato da reserva, obedecendo às regras estipuladas pela companhia. A compra está sujeita à disponibilidade de assentos nas classes tarifárias determinadas, trechos, horários e datas. A TAM afirmou que também há tarifas promocionais para a classe executiva.

Mais informações podem ser encontradas no site promocional (www.ofertastam.com.br), no site da empresa (www.tam.com.br) ou pelos telefones 4002-5700 ou 0800 5705700.

17:13
Anónimo disse...
Empresas
Consultoria negocia compra do parque temático Hopi Hari

A consultoria especializada em reestruturação de empresas Íntegra Associados informou nesta sexta-feira ter um acordo para comprar o parque de diversões Hopi Hari, localizado no interior de São Paulo. A empresa estaria disposta a investir R$ 10 milhões no parque, que tem dívida estimada em R$ 800 milhões. As informações são da edição deste sábado do jornal Folha de S. Paulo.

De acordo com o jornal, a transação ainda depende da negociação entre o Hopi Hari e seus credores, o que já estaria em andamento.

A consultoria paulista já atuou junto à Parmalat, durante 30 meses, quando reorganizou a gestão da empresa italiana.

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17:14
Anónimo disse...
Empresas
Disney de Tóquio contratará mais 2 mil apesar da crise


A Oriental Land, o operador da Disneylândia Tóquio e DisneySea, organizou neste domingo entrevistas para contratar cerca de 2 mil trabalhadores em tempo parcial, em um momento de grandes demissões deste tipo de empregados no Japão.

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O operador deste parque temático, situado em Urayasu, na província de Chiba (leste de Tóquio), está em pleno processo de seleção de empregados para 20 tipos de postos trabalhistas diferentes.

Segundo a companhia, citada pela agência local de notícias Kyodo, o parque contratará novos trabalhadores para as atrações, para os restaurantes e guardas de segurança entre outros. Os novos contratados começarão a trabalhar a partir de fevereiro.

O processo de seleção acontece em um momento em que a maioria das grandes companhias japonesas começaram a se ver obrigadas a despedir uma elevada percentagem de seus trabalhadores temporários e a tempo parcial.

Algumas inclusive anunciaram demissões de seus trabalhadores fixos, uma medida muito pouco comum nas companhias japonesas, perante os efeitos piores que o esperado pela crise econômica global.

Cerca de uma centena de pessoas esperavam desde a primeira hora desta manhã a abertura do centro de conferências Tokyo International Forum, onde as entrevistas estão sendo feitas, para ser os primeiros a solicitar os postos de trabalho.


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17:15
Anónimo disse...
Economia Internacional
Senado dos EUA aprova plano de estímulo à economia

O Senado dos Estados Unidos aprovou com 60 votos a favor e 38 contra o plano de estímulo à economia de US$ 787 bilhões na madrugada deste sábado. Agora, ele segue para sanção ou veto do presidente Barack Obama, que espera colocar a lei em prática até o dia 16 de fevereiro.

O plano prevê a criação de três milhões de empregos, inclui cortes de impostos às famílias, fundos para programas sociais e obras públicas, além de ajuda aos governos estaduais, estudantes e desempregados.

A cláusula Buy American - que exige o uso de ferro, aço e produtos manufaturados dos Estados Unidos em obras realizadas com recursos do pacote - ficou de lado. Segundo o texto definitivo, a cláusula será aplicada sem violar as normas do comércio internacional.

Ontem à tarde, a Câmara de Representantes (deputados) havia aprovado, por 246 votos a favor e 183 contra, a versão final do plano. Todos os republicanos foram contrários ao pacote.

Pelo acordo de quarta-feira entre Câmara e Senado, em vez de custar US$ 819 bilhões, como queriam os deputados, ou US$ 838 bilhões como pretendiam os senadores, o pacote ficou em cerca de US$ 787 bilhões, com 65% desse total destinado a gastos do governo federal e 35%, a créditos tributários.

17:16
Anónimo disse...
Economia nacional
Na era Lula, aposentadoria sobe 54% menos que salário mínimo

Thatiane Faria
Especial para o Terra
Direto de São Paulo

Os índices de reajustes concedidos pelo governo em 2009 para aposentados e pensionistas e para o salário mínimo repetiram uma diferença que, só durante o governo de Luiz Inácio Lula da Silva, já chega a 54%. Enquanto o mínimo foi majorado em 12% este ano, as pensões e aposentadorias tiveram aumento de 5,92%. Aposentados que têm o benefício do governo como única fonte de renda reclamam que perdem poder de compra e que sua cesta de compras é composta por itens que aumentam mais em relação à inflação oficial.

Um exemplo prático pode ser entendido a partir da comparação entre um aposentado que ganhava R$ 600 em janeiro de 2003. Na época, o benefício era três vezes, ou 200%, maior que o valor do mínimo em vigência, que era de R$ 200. Aplicando-se os índices de reajuste para aposentadorias e para o mínimo durante os últimos seis anos, o mesmo aposentado estaria recebendo hoje R$ 938,47, comparado a um salário mínimo de R$ 465. A diferença entre os dois valores caiu para pouco mais de 100%.

Enquanto o índice acumulado de reajuste para a aposentadoria durante o governo Lula foi de 60%, para o salário mínimo está em 132%.

O diretor do Sindicato Nacional dos Aposentados, João Inocentini, reclama que os valores dos benefícios para aposentadorias não mantêm o poder de compra do grupo, principalmente dos aposentados que recebem menos que dez salários mínimos.

Nem mesmo o fato de o índice de reajuste das aposentadorias ter ficado acima da inflação acumulada no mesmo período (o IPCA entre janeiro de 2003 e janeiro de 2009 foi de 39,7%) serve de argumento, segundo os aposentados.

"Os idosos, principalmente, têm gastos além das contas gerais como gás, telefone e aluguel. Para eles o custo com remédios, e outros itens da área saúde costuma ser maior", afirmou Inocentini.

O presidente do sindicato afirmou que o grupo realiza um estudo com 100 itens de necessidade de um idoso para comparar o aumento dos produtos com o índice de reajuste do benefício recebido pelos aposentados.

"Daqui dois meses vamos abrir um processo na Justiça e levar essa pesquisa como prova. Segundo a lei, o governo é obrigado a manter o poder de compra com a aposentadoria", disse Inocentini.

Alternativas
O consultor financeiro Cláudio Boriola diz que os aposentados, especialmente nesse momento de crise econômica, devem evitar compras parceladas, pesquisar preços, negociar e fazer bom planejamento financeiro.

Segundo Boriola, alguns aposentados ganham um valor mensal muitas vezes insuficiente para o pagamento das contas e acabam pedindo crédito ou realizando pagamentos a prazo e são obrigados a pagar juros altos.

Na opinião do consultor, pagar uma previdência privada é uma alternativa indicada para quem ainda trabalha, considerando a característica de perda de poder de compra da aposentadoria.

"Na prática, infelizmente os valores encontram-se em um patamar que está deteriorando o poder de aquisição da população brasileira", completou Boriola.

De acordo com o diretor da Confederação Brasileira de Aposentados e Pensionistas (Cobap), Vicente Fernandes Barbosa, representantes dos aposentados tentarão um encontro com o presidente da Câmara, deputado Michel Temer (PMDB-SP), para discutir projetos que minimizem a perda dos aposentados

17:17
Anónimo disse...
Previdência
Previdência prorroga isenção de tarifas no benefício

O atual sistema de pagamento aos 26 milhões de aposentados e pensionistas do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) será mantido até o final deste ano. O acordo, que permite realizar a operação sem nenhum custo aos beneficiários, foi renovado nesta sexta-feira, entre o governo federal e 21 instituições financeiras.

Por meio desse acordo, vigente desde setembro de 2007, nem os segurados, nem os bancos e nem o governo arcam com o pagamento de tarifas, conforme explicou o ministro da Previdência Social, José Pimentel. A prorrogação vale até dezembro, data máxima para que a Previdência defina as regras para um novo contrato.

Ao assinar o termo de renovação, na sede da Federação Brasileira dos Bancos (Febraban), o ministro disse que a intenção do governo é mudar o atual modelo de gestão visando a reduzir os custos dessas operações em torno da folha mensal, que atinge R$ 15,8 bilhões. No entanto, qualquer alteração, conforme explicou, passará antes por audiências públicas a serem realizadas a partir do segundo semestre deste ano, atendendo a determinação do Tribunal de Contas da União (TCU).

De acordo com Pimentel, com um redesenho do mecanismo de repasse dos recursos aos bancos em torno da folha de pagamento dos segurados o que se busca é um aumento da participação de instituições financeiras. Ele informou que, desde 2007, cada benefício custa em média R$ 1,07 ao governo. "Quanto mais instituições financeiras estiverem prestando serviços à sociedade, maior é a competitividade, a agilidade no atendimento", justificou.

O ministro observou, ainda, que, para permitir uma redução para algo em torno de meia hora no tempo de atendimento para a concessão dos direitos previdenciários, o governo investiu R$ 280 milhões.

Questionado sobre o descontentamento dos segurados que ganham acima de um salário mínimo terem obtido apenas a correção com base na variação do Índice de Preços ao Consumidor (INPC) , ficando abaixo do reajuste dado a quem recebe apenas o mínimo, Pimentel argumentou que o governo seguiu o que determina a lei e descartou a possibilidade de uma revisão

17:17
Anónimo disse...
Empresas
Caterpillar oferece aposentadoria antecipada a 2 mil


A companhia americana Caterpillar ofereceu a cerca de dois mil funcionários incentivos para que se aposentem de forma voluntária antes do previsto, pela perspectiva de uma queda "significativa" da atividade industrial, informou nesta quarta-feira a empresa.

A iniciativa, destinada aos trabalhadores de diversas fábricas em Illinois, Colorado, Tennessee e Pensilvânia, se soma aos cortes de empregos anunciados em janeiro, explicou em comunicado de imprensa.

A empresa, a maior fabricante mundial de maquinaria pesada para a construção e a mineração, acrescentou que, "em função das condições de negócio, podem ser necessárias mais reduções de elenco voluntárias e involuntárias à medida que o ano avança".

O vice-presidente da companhia, Sid Banwart, explicou que a empresa prevê "demissões significativas em todas as regiões geográficas e na maioria dos setores devido às dificuldades da economia mundial".

17:18
Anónimo disse...
Comércio
Comércio exterior da OCDE caiu no 3º trimestre de 2008


As exportações e as importações dos países da Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Econômico (OCDE) caíram 1,6% e 0,2%, respectivamente, no terceiro trimestre de 2008, em relação aos três meses anteriores.

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Trata-se da primeira queda destas atividades desde o terceiro trimestre de 2006, segundo o último relatório trimestral sobre fluxos comerciais divulgado pela OCDE.

As exportações e as importações em dólares dos 30 Estados-membros caíram 15,6% e 17%, respectivamente, na comparação anualizada.

Por sua vez, o comércio dos sete países mais ricos do mundo (G7) teve um pequeno crescimento no terceiro trimestre de 2008 com uma queda das exportações de mercadorias de 0,2% em relação ao trimestre anterior e um aumento de 0,4% das importações.

Em termos anualizados, as importações do G7 caíram 1,4% entre julho e setembro do ano passado, seu primeiro retrocesso desde o terceiro trimestre de 2006, enquanto as exportações aumentaram 1,9%, seu crescimento mais baixo no mesmo tempo.

Por países, a Alemanha aumentou suas importações em 3,4% - valor mais alto do G7 -, enquanto suas exportações caíram 2,9% do segundo para o terceiro trimestre de 2008.

Pelo contrário, as exportações americanas aumentaram 1,8% entre julho e setembro de 2008, enquanto as importações caíram 0,7% em relação ao trimestre anterior. No Japão, tanto as importações quanto as exportações caíram em torno de 1% no mesmo período.

17:19
Anónimo disse...
Economia Nacional
Lula: juros de crédito consignado a aposentados são altos

Atualizada às 17h29

O presidente Luis Inácio Lula da Silva afirmou nesta terça-feira, em São Paulo, que está lutando para reduzir as taxas de juros cobradas de aposentados em crédito consignado. A Previdência Social estabelece uma taxa máxima de 2,5% para empréstimo e de 3,5% para cartão. Para Lula, os valores são altos.

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"Acho que o juro que os aposentados estão pagando hoje com o crédito consignado é alto para o padrão brasileiro", disse o presidente durante a cerimônia de comemoração dos 86 anos do INSS.

A Previdência anunciou nesta terça-feira que aposentados e trabalhadoras com licença-maternidade poderão receber seus benefícios em 30 minutos. De acordo com Lula, em junho, a aposentadoria do trabalhador rural também será conseguida em meia hora.

Além disso, o presidente anunciou que, também em junho, os trabalhadores que alcançarem o direito à aposentadoria passarão a receber em suas casas um comunicado da Previdência informando o fato e o valor do salário que têm direito a receber. "É um comprometimento público que estou fazendo com os companheiros da Previdência Social", disse.

"Estamos retribuindo ao contribuinte da Previdência Social aquilo que é a cidadania que ele tem direito", afirmou Lula. "Se para cobrar nós somos tão precisos, para devolver o dinheiro, temos que chegar próximo à perfeição", completou.

17:20
Anónimo disse...
Economia Nacional
Salário maternidade sairá em 30 minutos, diz ministro

Toda trabalhadora autônoma que tiver contribuído pelo menos 10 meses com o Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) - ou as que possuírem carteira assinada - poderão receber em 30 minutos o salário maternidade a partir desta terça-feira. Da mesma forma, as mulheres com 30 anos de contribuição e os homens com 35 anos também terão direito ao benefício de forma mais rápida. A informação é do ministro da Previdência Social, José Pimentel.

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Para requerer o salário maternidade, é preciso que as autônomas levem a carteira de identidade e o carnê de contribuição. As demais trabalhadoras devem apresentar a identificação e a carteira de trabalho. Desde o início do mês, a nova forma de análise para a concessão de benefícios foi adotada para a aposentadoria por idade do trabalhador urbano e agora foi estendida para o salário maternidade e por tempo de contribuição.

O ministro disse que a qualificação do serviço da previdência social é o reconhecimento do direito dos trabalhadores e da afirmação da cidadania.

"Até pouco tempo na cabeça do cidadão o serviço devia ser de péssima qualidade. Agora não, nós modificamos toda a legislação no mês de dezembro numa ação conjunta do Congresso Nacional com o governo federal. Estamos implantando e concedendo os benefícios em até 30 minutos", afirmou.

O ministro destacou que para conseguir se aposentar ou ter acesso à licença maternidade em 30 minutos, em primeiro lugar, é necessário que o cidadão esteja vinculado à Previdência, o que inclui 65% da população acima de 16 anos de idade.

"Depois bastar marcar pelo sistema 135 o dia e a hora do atendimento e levar a documentação. Se todos os dados necessários estiverem corretos o contribuinte será atendido em até 30 minutos, como vem sendo feito com as aposentadorias por idade desde o dia cinco de janeiro", explicou.

Pimentel disse ainda que em 90% das agências da previdência social o atendimento é marcado em até 48 horas. Nos grandes centros, entretanto existe um volume maior o que torna mais lento o processo.

"Estamos criando mais 715 agências até 2010, em todo o território nacional, para descentralizar o atendimento. Em 2008, atendemos 295 mil benefícios e aposentadorias por idade. Temos 4 mil pessoas por dia procurando e se aposentando por idade no território nacional. Este serviço será agilizado", concluiu.

Anónimo disse...

Giuseppe Englaro, pai de Eluana, a italiana que morreu na segunda-feira passada por desidratação, recusou uma grande soma de dinheiro de um conhecido fotógrafo italiano que queria retratar a filha em estado de coma, disse neste sábado o neurologista que atendia a mulher desde 1996, Carlo Defanti.

O neurologista, que participou hoje de uma conferência sobre eutanásia, disse que Englaro respeitou a vontade da filha, que, antes do acidente, tinha pedido que, se lhe ocorresse qualquer coisa irreversível, apresentasse sua imagem de quando estava em boas condições.

Antes de sofrer o acidente de trânsito, em 1992, Eluana viveu o coma de um amigo, Alessandro, o que causou forte impacto na italiana e a levou a fazer o pai prometer que não a deixasse viver em estado vegetativo, disse o próprio Giuseppe Englaro.

Defanti, que dissera que Eluana poderia viver de dez a 12 dias depois da suspensão da alimentação e da hidratação, disse que, como médico, tinha que reprovar esta afirmação.

"Não se pode sobreviver após três ou quatro dias sem líquido e, em particular, água em um corpo. Sabemos bem que, quando há um terremoto, após quatro dias é difícil encontrar sobreviventes".

Defanti ressaltou que Eluana "não falava, não se comunicava com o exterior" e que, após vários exames, "nos deparamos com uma moça que tinha perdido a consciência", porque estava com o córtex cerebral prejudicado.

Eluana foi enterrada na quinta-feira passada no túmulo da família na localidade de Paluzza, em Udine, após um funeral que não contou com a presença dos pais.

16:53
Anónimo disse...
Os bombeiros combatem neste sábado os incêndios na Austrália favorecidos pelo bom tempo, enquanto os deslocados encotram em seu retorno casas derruídas, carros queimados nas ruas e destruição.

Depois de sete dias desde que começaram os incêndios no Estado de Victoria, a lista de mortos chega a 181, os desaparecidos somam 50, os edifícios destruídos totalizam 1,834 mil e o terreno arrasado, principalmente florestas, ocupa uma área de 4,13 mil quilômetros quadrados.

As equipes de bombeiros, formadas por 4 mil profissionais de Victoria, de outras partes da Austrália e de países amigos, combateram hoje 12 focos fora de controle e nenhum representava uma ameaça direta para a população.

O subdiretor do Serviço de Bombeiros, Geoff Conway, disse que este tempo favorável, que se prolongará durante o domingo, permite consolidar as linhas de contenção e avançar na extinção das chamas.

Cinzas apareceram arrastadas por ventos do nordeste sobre Melbourne, onde habitam 3,8 milhões de pessoas, e as autoridades alertaram aos cidadãos do risco para a saúde de idosos, crianças e pessoas com problemas respiratórios.

O número de pessoas deslocadas - a Cruz Vermelha chegou a receber 7 mil - começou a cair com a abertura de algumas localidades atingidas.

Os incêndios, alguns criminosos, começaram em 7 de fevereiro, quando a região sul da Austrália estava há duas semanas sob uma onda de calor sem precedentes.

Na sexta-feira passada, a polícia acusou uma pessoa de ter provocado o incêndio que atingiu a localidade de Churchill e matou 21 pessoas.

16:55
Anónimo disse...
A primeira chuva em seis dias reduziu a ameaça de incêndios no Estado de Victoria, ao sul da Austrália. As autoridades, porém, advertiram que ainda existem 12 focos, mas que nenhum deles ameaça áreas povoadas.

Mais de quatro mil bombeiros, mil provenientes de outras partes do país e de outras nações, trabalham contra o fogo. Cerca de 600 veículos e 28 helicópteros e pequenos aviões estão sendo usados.


Eles conseguiram construir linhas de contenção para evitar os incêndios de Yarra e Maroondah se juntassem. Também foram controlados os incêndios abertos de Yea e Murrindindi, que ameaçavam as comunidades de Connellys Creek, Crystal Creek, Scrubby Creek e Native Dog Creek.

O número de mortos chegou a 181, mas as autoridades acreditam que as vítimas devem passar de 200, já que ainda há muitos desaparecidos.

16:55
Anónimo disse...
Aqui nesta coluna, na semana passada, tive a oportunidade de comentar sobre a recente visita do professor brasileiro Pedrinho Guareschi à Austrália. Não dei, porém, os fatos, pois semana passada o assunto era outro.

Hoje, porém, vamos a eles.

No último dia 4 de fevereiro, aconteceu o Seminário "Paulo Freire: Education and Liberation", organizado pelo centro de estudos latino-americanos da Universidade Nacional da Austrália, ou ANU, como é mais conhecida por aqui.

A ANU, para quem não sabe, está entre as 20 melhores universidades do mundo! E tem sede aqui em Camberra, capital da Austrália.

Na abertura do evento, o professor John Minns, diretor do centro latino-americano, ao dar boas-vindas ao público presente, lembrou ser aquele o primeiro seminário exclusivamente dedicado a Paulo Freire na Austrália.

Em seguida, convidou Pedrinho Guareschi, palestrante principal do Seminário, a fazer sua apresentação.

A plateia pode então conhecer, pelas palavras de Pedrinho, um pouco da obra e da vida de Freire, esse brasileiro de fé e valor, que sempre acreditou na educação, sobretudo dos menos favorecidos, analfabetos, como força libertadora.

Como não podia deixar de ser, os conceitos e ideias revolucionários de Paulo Freire, expostos com clareza por Pedrinho, despertaram o interesse e a curiosidade de plateia. A qual, deve-se notar, era na maioria de estudantes, mas de várias nacionalidades, sobretudo australianos e asiáticos.

Na continuação do programa do seminário, que se estendeu por dois dias, outros professores fizeram palestras sobre temas ligados à obra de Paulo Freire.

Interessante, por exemplo, saber que a professora Anne Hickling-Hudson, jamaicana que mora na Austrália há muitos anos (é professora da ANU), conheceu e trabalhou com Freire num workshop educacional durante a revolução na Ilha de Granada, em 1980, antes da invasão dos Estados Unidos...

Ou, então, a palestra da Professora Gerda Roelvink, da Nova Zelândia, que participou do Fórum Social de Porto Alegre em 2005. E essa participação transformou-se em tema de doutorado.

No dia 10, terça-feira passada, o padre Pedrinho Guareschi voltou a falar ao público australiano em grande auditório localizado no belíssimo campus da ANU. Desta vez, sobre a Teologia da Libertação.

Depois da palestra, John Minns mostrou o filme mexicano "O Crime do Padre Amaro", no qual um dos personagens é um padre católico praticante da Teologia da Libertação.

Mais uma vez, foi grande o intersse da platéia, que pode aprender e conhecer um pouco como se desenvolveu aquele importante movimento católico na América Latina.

Fica, assim, ao Pedrinho, bem como a outros brasileiros estudiosos e de bom coração que saem pelo mundo a divulgar aspectos importantes da cultura brasileira, o respeito e a homenagem desta coluna. E... aquele abraço!

16:57
Anónimo disse...
Amanda Kitts perdeu o braço esquerdo em um acidente de automóvel acontecido três anos atrás, mas hoje em dia ela joga futebol americano com seu filho de 12 anos de idade, troca fraldas e abraça as crianças nas três creches Kiddie Cottage que opera em Knoxville, Tennessee. Kitts, 40 anos, faz tudo isso com a ajuda de um novo tipo de braço artificial que se movimenta com mais facilidade do que outros aparelhos e que ela pode controlar utilizando apenas seus pensamentos.

"Eu sou capaz de mexer a mão, o pulso e o cotovelo ao mesmo tempo", diz. "Você pensa e os músculos se movem em seguida".

A recuperação que ela conseguiu resulta de um novo procedimento que vem atraindo crescente atenção porque permite que pessoas movam braços protéticos de forma mais automática do que faziam no passado, simplesmente utilizando nervos reaproveitados em seus cérebros.

A técnica, conhecida como "renervação muscular dirigida", envolve utilizar os nervos que restam depois da amputação de um braço e conectá-los a outro músculo do corpo, em geral no peito. Eletrodos são instalados sobre os músculos do peito, e operam como se fossem antenas. Quando a pessoa deseja mover o braço, o cérebro envia sinais que primeiro resultam em contração dos músculos do peito, os quais enviam um sinal ao braço protético, instruindo-se a se movimentar. O processo não requer mais esforços consciente do que a pessoa teria de exercitar caso ainda tivesse seu braço natural.

Na terça-feira, pesquisadores reportaram em estudo publicado pela versão online do Journal of the American Medical Association que haviam levado a técnica ainda mais à frente, tornando possível a execução de 10 movimentos de mão, pulso e cotovelo diferentes, o que representa uma substancial melhora com relação ao típico repertório protético, que em geral envolve apenas dobrar o cotovelo, girar o pulso e abrir a mão.

"Os novos métodos tiveram impacto dramático em nosso campo de trabalho", disse Stuart Harshbarger, engenheiro biomédico na Universidade Johns Hopkins e diretor do programa de pesquisa sobre próteses, financiado pelas forças armadas, que inclui o trabalho com essa técnica. "O método já está em uso por médicos e cirurgiões comuns em todo o país. A capacidade de controlar um membro protético bastante robusto que ele confere surpreendeu a todos pela qualidade".

Tipicamente, uma pessoa que tenha um braço protético só é capaz de executar alguns poucos movimentos, e muitas vezes com tamanha lentidão que isso só permite a ela atividades limitadas.

Há um motor separado para cada movimento, diz Gerald Loeb, professor de engenharia biomédica na Universidade do Sul da Califórnia, "e esses motores precisam ser controlados de maneira explícita", usualmente por um esforço consciente da pessoa para contrair músculos nas costas ou no bíceps.

"Essencialmente, até agora os pacientes controlavam apenas um motor de cada vez", diz Loeb, "e precisavam pensar cuidadosamente sobre que motor desejavam controlar e como fazê-lo operar, em lugar de simplesmente pensarem em mover o braço e poderem fazê-lo sem delongas".

Antes que Kitts passasse pelo procedimento de renervação, em outubro de 2007, por exemplo, ela precisava movimentar os músculos de suas costas de determinada maneira para fazer com que seu pulso girasse, e flexionar seu bíceps e tríceps para fazer com que o cotovelo se movesse para cima e para baixo. "Era muito trabalho", ela conta. "E não me ajudava muito".

O procedimento de renervação é parte de uma recente explosão de idéias novas e técnicas inovadoras que estão sendo exploradas enquanto os cientistas se esforçam por ajudar as pessoas a compensar melhor a perda de membros ou problemas de paralisia. O esforço vem sendo alimentado pelo aumento no número de amputações causado por diabetes e por ferimentos sofridos pelos militares, e ao mesmo tempo pelos avanços na tecnologia médica.

Os braços se tornaram um dos focos essenciais desse tipo de trabalho. A ciência há muito vem obtendo sucessos no desenvolvimento de próteses de perna, mas é muito mais difícil imitar a complexidade e a destreza das mãos e dos braços.

Os esforços em curso incluem o desenvolvimento de projetos de pele e braços mais sensíveis e mais flexíveis, e o uso de dispositivos acionados por controles sem fio implantado nos braços protéticos, que permitiriam movimentos mais naturais.

Os pesquisadores também vêm usando sensores implantados nos cérebros de cobaias para permitir que dois macacos controlem um braço mecânico, e um teste com um homem paralítico permitiu, com esse método, que ele movimentasse um cursor em uma tela de computador.

Alguns desses métodos, caso venham a ser aperfeiçoados plenamente e consigam aprovação das autoridades regulatórias da saúde, podem no futuro se tornar mais viáveis para os pacientes de amputações.

E embora a técnica da renervação não requeira aprovação das autoridades regulatórias porque é executada por meios cirúrgicos e emprega aparelhos já existentes, ela apresenta limitações que até mesmo seus criadores reconhecem, entre as quais o fato de que não se pode utilizá-la para todos os pacientes, o seu alto custo e o prazo de meses requerido para que os nervos reconectados cresçam e se tornem efetivos.

Ainda assim, os especialistas dizem que é o mais avançado sistema em uso hoje para pacientes reais que permite que o sistema nervoso controle diretamente o movimento de um braço artificial.

Desde sua introdução por Todd Kuiken, médico fisioterapeuta e engenheiro biomédico do Instituto de Reabilitação de Chicago, o método foi empregado em cerca de 30 pacientes nos Estados Unidos, Canadá e Europa, entre os quais oito soldados feridos no Iraque e no Afeganistão.

Muitos dos pacientes, entre os quais o primeiro, Jesse Sullivan, um operário do setor elétrico no Tennessee que perdeu os dois braços quando foi eletrocutado por um cabo, conseguem não apenas manipular seus braços protéticos mas sentir a presença das mãos que já não têm quando alguém toca em seus peitos.

Sullivan, 62 anos, e Kitts, estavam entre os cinco pacientes que participaram do estudo reportado na terça-feira. Em companhia de cinco outras pessoas que não passaram por amputações, eles receberam os eletrodos e foram instruídos a usar pensamentos para fazer com que um braço virtual na tela reproduzisse 10 movimentos diferentes, entre os quais três formas diferentes de aperto de mão.

Os pacientes apresentaram desempenho bastante respeitável, apenas um pouco mais lento e menos preciso do que os dos participantes que não tinham amputações.

"As velocidades de movimento que encontramos em nossos pacientes foram realmente encorajadoras", disse Kuiken. "Eles conseguiram completar a tarefa. É claro que não foram tão competentes quanto as pessoas dotadas de plena capacidade física, mas foram bons o bastante".

Um braço virtual foi usado porque a maioria das próteses existentes não era capaz de acomodar todos aqueles movimentos, no momento da pesquisa, ainda que Sullivan, Kitts e uma terceira paciente, Claudia Mitchell, tenham experimentado dois novos protótipos mais versáteis de braços artificiais, executando tarefas complexas com bolas de tênis e outros objetos.

O trabalho de renervação em soldados apresenta outros desafios, diz Kuiken, porque os ferimentos militares muitas vezes "causam danos muitos extensos" a nervos, músculos ou ossos.

Daniel Acosta, 25 anos, um aviador ferido pela detonação de uma bomba em uma estrada do Iraque em 2005, passou pelo procedimento no ano passado e diz que seu braço esquerdo protético agora se movimenta "muito mais rápido" e de maneira muito mais natural.

"A diferença é que agora não preciso mais pensar para mover o braço", ele diz. "Ele simplesmente se mexe".

Ainda assim, Acosta, de San Antonio, diz que "o processo foi bastante longo" e que os eletrodos precisam ser ajustados para receber os sinais à medida que os nervos crescem ou mudam de posição.

E embora elogiem o método, os especialistas afirmam que a ciência das próteses de braço ainda tem muito por avançar.

"Trata-se de uma parte crucial, mas ainda assim apenas uma parte, das muitas coisas que compreendem a função normal de um braço", disse Loeb, que escreveu um editorial que acompanha o artigo no Journal of the American Medical Association.

"No momento estamos a meio do caminho entre o braço de 'Dr. Fantástico', que fazia involuntariamente a saudação nazista, e o braço de Luke Skywalker em 'Guerra nas Estrelas', que funciona sem nenhum problema assim que é conectado. Creio que precisaremos ainda de muitos anos para conectar todas as peças necessárias a produzir um braço capaz de funcionar normalmente".

17:04
Anónimo disse...
A Espanha disse neste sábado que está preparando uma reclamação oficial contra a decisão da Venezuela de expulsar um membro do Parlamento Europeu que criticou o conselho eleitoral venezuelano.
Luis Herrero, membro do partido conservador espanhol PP, foi deportado na sexta-feira depois que o Conselho Nacional Eleitoral (CNE) o acusou de questionar a imparcialidade da instituição antes de um referendo que pode permitir ao presidente Hugo Chávez permanecer no cargo indefinidamente.

Herrero estava na Venezuela como observador do referendo. Ele acusou Chávez de ter "comportamentos típicos de um ditador" por pedir a contenção de manifestações da oposição.

O governo da Espanha convocou um encontro com o embaixador da Venezuela em Madri para expressar a desaprovação sobre a expulsão de Herrero, disse um representante do Ministério das Relações Exteriores espanhol.

As relações da Venezuela com a Espanha tiveram seu ponto crítico em 2007, quando Chávez ameaçou rever acordos diplomáticos e comerciais depois de ouvir um "cala a boca" do rei espanhol Juan Carlos durante uma cúpula.

A fenda foi oficialmente reparada em 2008, com uma visita oficial de Chávez à Espanha, onde ele cumprimentou o rei e discutiu acordos para investimento no setor petroquímico com o primeiro-ministro José Luis Rodriguez Zapatero.

17:06
Anónimo disse...
A polícia do Zimbábue anunciou neste sábado que acusa de traição Roy Bennett, dirigente do até agora opositor Movimento para a Mudança Democrática (MDC), detido na sexta-feira, em Harare, poucas horas antes da cerimônia de posse dos membros do novo gabinete.

"A Polícia nos informou que vão apresentar acusações de traição", disse à agência EFE o advogado de defesa de Bennett, Trust Maanda.

"Tentam relacionar Roy com o caso de Mike Hitschmann, que foi detido em 2006 em relação à descoberta de um carregamento de armas, apesar de que Hitschmann não tenha sido declarado culpado das acusações de traição apresentadas contra ele, mas de um crime menor de descumprimento de leis", disse Maanda.

O político opositor, designado por seu partido como vice-ministro de Agricultura no Governo de união nacional, esteve no exílio na vizinha África do Sul desde 2006 e retornou ao Zimbábue há duas semanas.

Segundo a Polícia, que deteve Bennett ontem no aeroporto de Harare quando pretendia ir à África do Sul para visitar sua família, as armas apreendidas em 2006 seriam utilizadas em um golpe de Estado para derrubar o presidente do Zimbábue, Robert Mugabe.

Depois da detenção, Bennet foi levado a Mutar, onde vários simpatizantes do MDC se concentraram em frente à delegacia na qual estava detido, diante do que a Polícia respondeu com tiros para o alto para dispersar os manifestantes.

17:07
Anónimo disse...
Austrália: 14 mil se candidatam a 'emprego dos sonhos'

A secretaria de Turismo de Queensland, na Austrália, informou que até esta segunda-feira já recebeu cerca de 14 mil inscrições para o "o melhor emprego do mundo". O Estado australiano promove pela internet seleção para vaga de "zelador" da ilha Hamilton, por seis meses com um salário de R$ 40 mil.

Muitos candidatos tiveram problemas durante a inscrição por conta dos acessos simultâneos ao site. A secretaria aconselha enviar os vídeos de 60s explicando porque deve ser escolhido em horários alternativos do dia, além de recomendar tamanho em torno de 40MB.

As inscrições começaram em 12 de janeiro e vão até o próximo dia 22 e podem ser feitas pelo site www.islandreefjob.com. O governo australiano escolherá 50 candidatos para a próxima fase da seleção, que terá votos do público para eleger um dos 11 finalistas.

A última fase terá entrevistas e desafios físicos, no próprio local de trabalho: as ilhas da Grande Barreira Coralina - o maior recife de coral do mundo. A secretaria de Turismo anunciará o vencedor no dia 6 de maio.

17:09
Anónimo disse...
Mercado elogia governo na crise, mas pede maior queda no juro

Peter Fussy
Direto de São Paulo

Desde as primeiras medidas anunciadas para combater os efeitos da crise, o governo brasileiro avisou que a estratégia não contemplaria um pacote. Seriam doses pontuais, de acordo com a necessidade da economia diante do agravamento das turbulências. Da primeira liberação dos depósitos compulsórios em setembro até a ampliação do seguro-desemprego na última quarta-feira, o governo passou por redução de impostos, ampliação de crédito e incentivos à exportação. Quase 150 dias após a primeira medida, o Terra conversou com líderes do setor público e privado, representantes dos trabalhadores, acadêmicos e com o próprio governo para saber quais destas ações foram mais eficazes, quais foram mais ineficientes e o que mais pode ser feito pelo Estado brasileiro contra a crise.

Os maiores elogios foram direcionados à atitude de reduzir o Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) para a indústria automobilística, anunciada em dezembro e que fez com que os emplacamentos de carros novos subissem 1,9% no primeiro mês do ano em relação a dezembro de 2008. Já as maiores críticas foram para a lentidão no corte da taxa básica de juro do País.

Para o presidente do conselho administrativo do Grupo Pão de Açúcar, Abílio Diniz, o Estado não é responsável pela crise e mesmo assim está agindo "com extrema serenidade e muito acerto". "O governo está atento, fazendo a sua parte. É preciso coragem de baixar firmemente a taxa de juros. É uma arma que temos a nosso favor, já que não há clima para inflação, nem possibilidade de danos para a macroeconomia", afirmou Diniz.

Na última reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), em janeiro, a taxa Selic foi reduzida em um ponto percentual, de 13,75% para 12,75% ao ano. Porém, o professor de economia da Universidade de Brasília (UnB) José Luiz Oreiro lembra que este corte representa uma redução de apenas 0,25 ponto percentual com relação à taxa de setembro do ano passado, quando a crise se agravou.

"Pouco antes da eclosão da crise, o Banco Central aumentou a taxa em 0,75 ponto. Foram cinco meses de demora para reduzir em termos líquidos apenas 0,25 ponto", afirmou o economista, que também sugeriu redução do intervalo de cerca de 90 dias entre as reuniões do Copom e o corte de pelo menos um 1 ponto percentual em cada reunião.

Mesmo com o corte de janeiro, a taxa de juros real continua sendo a maior do mundo, lembrou o secretário-geral da Força Sindical, João Carlos Gonçalves, o Juruna. "A redução da taxa de juro ainda é pequena, porque ela continua uma das mais altas do mundo. Falta ousadia para baixar os juros e ajudar o cidadão. A permanência da taxa de juro alta é negativa para o País em meio a crise", afirmou Juruna.

Embora aprove as ações do governo, o senador Aloízio Mercadante (PT-SP) também acredita que o patamar da Selic está muito alto. "Sempre fomos os primeiros a entrar em qualquer crise, o que não aconteceu agora. A taxa Selic ainda é muito alta, mas o governo têm tomado medidas acertadas, como o aumento do salário mínimo, mesmo com um cenário de crise. Isso ajuda a movimentar o consumo. O governo está se esforçando para manter os investimentos e o crescimento", disse.

Tributos
De acordo com o economista Fabio Pina, da Fecomercio-SP, as ações mais positivas estão relacionadas à redução de tributos para alguns segmentos, como a indústria automobilística, que recuperou parte da queda nas vendas em janeiro com a isenção do IPI para carros 1.0 l e o corte para demais motorizações. A medida vale até o final de março.

"Essas medidas não só reduziram o preço, mas anteciparam o consumo daqueles que iriam comprar no futuro, dando um prêmio por conta da insegurança. Mexe diretamente com o principal problema que é a confiança do consumidor", afirmou. Juruna destacou que um bom ritmo de vendas é garantia de emprego. "É importante porque cada emprego na montadora significa 19 na cadeia produtiva", comentou o representante da Força Sindical.

Também em dezembro, o governo decidiu cortar pela metade a alíquota do Imposto de Renda para contribuintes que ganham entre R$ 1.434 e R$ 2.150 mensais. "O salário aumentava e a tabela não se modificava. As pessoas ganhavam mais e pagavam mais impostos", apontou Juruna. Outra redução de tributos do governo foi com relação ao Imposto sobre Operações Financeiras (IOF), que caiu de 3% ao ano para 1,5%.

Crédito
Na segunda metade de 2008, o colapso de bancos nos Estados Unidos por conta da crise do subprime provocou uma forte restrição de crédito no mundo inteiro. Uma das primeiras medidas anticrise do governo teve como objetivo restabelecer a oferta, com mudanças no recolhimento dos depósitos compulsórios por parte dos bancos. Segundo o presidente do Banco Central, Henrique Meirelles, as diversas modificações liberaram US$ 99,2 bilhões aos bancos até o final de janeiro.

Além disso, o governo concedeu R$ 36 bilhões das reservas internacionais para empresas brasileiras com dívidas no exterior e uma medida provisória autorizou o Banco do Brasil e a Caixa Econômica Federal a comprar carteiras de crédito de bancos privados. Para o diretor do Departamento de Pesquisas e Estudos Econômicos da Fiesp, Paulo Francini, estas medidas foram essenciais para combater os efeitos da crise.

"A crise se desenvolve no mundo em torno do tema crédito. E o crédito reduziu-se barbaridade no mundo. Então o governo lança mão de compulsório, lança mão de reservas, de medidas que permitem aos bancos comprar carteiras de bancos. Você vai tomando várias medidas para atender às demandas e o epicentro disso é crédito", afirmou.

No entanto, Oreiro, da UnB, adverte que a liberação dos compulsórios seria mais eficiente acompanhada de redução mais agressiva da taxa básica de juro. "Uma parte do crédito voltou, depois da forte retração em outubro e novembro. O que deveria ter sido feito junto à liberação do compulsório era uma redução mais drástica da taxa de juro. Sem isso, os bancos pegam as reservas e acabam comprando títulos públicos", explicou o economista.

Na opinião de Pina, as ações de distribuição de crédito via redução do compulsório e a disposição de capital de giro para empresas foram tomadas sem um cuidado maior na operação e não tiveram muito efeito. "O BNDES tem linhas que ficam paradas quase todo o ano, agora é pior ainda. Existem os recursos, mas as empresas e os bancos estão desconfiados. É preciso fazer com que os bancos tenham interesse em emprestar", afirmou o economista da Fecomercio-SP.

Futuro
Mesmo com todas essas medidas, a crise financeira ainda gera incertezas nos setores produtivos do País. Nos últimos meses, o medo do desemprego fez os consumidores adiarem compras. Por sua vez, a queda nas vendas pode obrigar as indústrias a cortarem a produção e demitir funcionários. Contra isso, empresários sugerem redução de jornada e de salários.

"Isto está previsto em lei. A Fiesp simplesmente manteve conversações com entidades sindicais quanto à aplicação daquilo que já está previsto em lei", afirmou Francini.

Segundo a ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff, uma das medidas que assegura um nível de emprego é a manutenção de investimentos no Programa de Aceleração do Crescimento (PAC). "Estamos esperando que a dificuldade ocorra em janeiro, fevereiro e março. Estamos certos que vamos manter o nível de investimento. É isso que funciona, é isso que significa investimento público. Ele funciona como um colchão. Por isso, nós colocamos R$ 100 bilhões no BNDES e a Petrobras ampliou o seu investimento em R$ 120 bilhões", afirmou.

Na mesma linha, Pina explica que a antecipação de gastos do governo substitui parte da demanda retraída do setor privado. "Ele dá o seguinte recado: não vou estourar as contas públicas, mas concentrar em um momento em que a demanda privada está pequena. Mas o governo não tem fôlego suficiente para fazer o papel de toda demanda", ressaltou. O economista da Fecomercio lembrou que a entidade já pleiteou junto ao governo isenções para transferência de imóveis e de automóveis, além de retirar o IPVA para veículos novos.

Já Oreiro foca suas propostas na capitalização do Banco do Brasil e da Caixa Econômica Federal pelo Tesouro para atender a demanda de crédito para capital de giro e reduzir o spread. "Aumentando o empréstimo e reduzindo as taxas, os dois vão forçar os bancos privados a acompanhar o movimento, até para não perderem participação no mercado", explicou o economista da UnB.

Até o Carnaval, o governou prometeu detalhar um pacote de incentivos para a construção de até um milhão de casas populares, direcionado a famílias com renda de até dez salários mínimos. "Estamos atentos a tudo o que está acontecendo e novas medidas serão tomadas caso haja uma avaliação de que sejam necessárias", disse o ministro da Fazenda, Guido Mantega, na última sexta-feira.

17:11
Anónimo disse...
Ex-ministro critica extensão do seguro-desemprego

Atualizada às 09h03

O ex-ministro do Trabalho Almir Pazzianotto criticou a decisão do governo federal de conceder o seguro-desemprego estendido a apenas alguns setores. "É certamente odioso e provavelmente inconstitucional", disse Pazzianotto, de acordo com o jornal O Estado de S. Paulo.

Na última qurta, dia do anúncio da medida, centrais sindicais elogiaram a atitude do governo. A Força Sindical divulgou nota dizendo que "o aumento ajudará a aquecer parte da economia, já que irá gerar mais consumo, produção e conseqüentemente, a criação de novos postos de trabalho". A União Geral dos Trabalhadores (UGT) afirmou que a medida "contribuirá para minimizar o drama dos trabalhadores que perderem seu emprego por conta da crise".

O ex-ministro, que instituiu o seguro-desemprego no País no governo de José Sarney, destacou a necessidade de as centrais sindicais se manifestarem contra a determinação. Para ele, as mudanças devem ser aplicadas a todas as categorias profissionais e a distinção é contrária ao artigo 3º da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT).

Pazzianotto atribui a medida a um possível temor do governo de que a crise econômica seja longa e não haja dinheiro para atender a todas as necessidades. Ainda assim, ele se mostra contrário ao método de concessão. "O seguro-desemprego ajuda a sanar necessidades básicas. Estendê-lo é paliativo, não a solução", disse ao jornal.

De acordo com o presidente do Conselho Deliberativo do Fundo de Amparo ao Trabalhador (Codefat) e conselheiro da Força Sindical, Luiz Fernando Emediato, a determinação já estava prevista na lei 8.900/94, que trata do seguro-desemprego.

O presidente da Comissão de Trabalho da Câmara, Pedro Fernandes (PTB-MA) vai além na crítica à concessão do seguro para apenas alguns setores. Ele acredita que a ampliação do benefício estimula o desemprego.

Quintino Severo, secretário geral da Central Única dos Trabalhadores (CUT), lembra que a ampliação do benefício sem critério e identificação pode incentivar demissões em outros setores.

17:13
Anónimo disse...
Empresas
TAM faz promoção para destinos internacionais

A companhia aérea TAM anunciou nesta sexta-feira tarifas promocionais para trechos internacionais. Os preços valem para bilhetes comprados entre 6h deste sábado e 23h59 deste domingo e são válidos para classe econômica. As tarifas, para ida e volta, serão vendidas a partir de US$ 99, mais taxas.

Segundo a aérea, a promoção vale para viagens feitas no período de 14 de fevereiro a 18 de junho de 2009. Para destinos na América do Sul, a permanência mínima é de dois dias; para bilhetes com destino nos Estados Unidos, cinco dias; e Europa, sete dias. A permanência máxima para as passagens para América do Sul e EUA é de dois meses e para Europa, três meses.

Entre os exemplos de tarifas promocionais, a TAM oferece São Paulo-Lima por US$ 99. Bilhetes para a rota São Paulo-Santiago serão vendidos a partir de US$ 199 e São Paulo-Nova York, US$ 799.

A emissão dos bilhetes deve ser feita obrigatoriamente no ato da reserva, obedecendo às regras estipuladas pela companhia. A compra está sujeita à disponibilidade de assentos nas classes tarifárias determinadas, trechos, horários e datas. A TAM afirmou que também há tarifas promocionais para a classe executiva.

Mais informações podem ser encontradas no site promocional (www.ofertastam.com.br), no site da empresa (www.tam.com.br) ou pelos telefones 4002-5700 ou 0800 5705700.

17:13
Anónimo disse...
Empresas
Consultoria negocia compra do parque temático Hopi Hari

A consultoria especializada em reestruturação de empresas Íntegra Associados informou nesta sexta-feira ter um acordo para comprar o parque de diversões Hopi Hari, localizado no interior de São Paulo. A empresa estaria disposta a investir R$ 10 milhões no parque, que tem dívida estimada em R$ 800 milhões. As informações são da edição deste sábado do jornal Folha de S. Paulo.

De acordo com o jornal, a transação ainda depende da negociação entre o Hopi Hari e seus credores, o que já estaria em andamento.

A consultoria paulista já atuou junto à Parmalat, durante 30 meses, quando reorganizou a gestão da empresa italiana.

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17:14
Anónimo disse...
Empresas
Disney de Tóquio contratará mais 2 mil apesar da crise


A Oriental Land, o operador da Disneylândia Tóquio e DisneySea, organizou neste domingo entrevistas para contratar cerca de 2 mil trabalhadores em tempo parcial, em um momento de grandes demissões deste tipo de empregados no Japão.

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O operador deste parque temático, situado em Urayasu, na província de Chiba (leste de Tóquio), está em pleno processo de seleção de empregados para 20 tipos de postos trabalhistas diferentes.

Segundo a companhia, citada pela agência local de notícias Kyodo, o parque contratará novos trabalhadores para as atrações, para os restaurantes e guardas de segurança entre outros. Os novos contratados começarão a trabalhar a partir de fevereiro.

O processo de seleção acontece em um momento em que a maioria das grandes companhias japonesas começaram a se ver obrigadas a despedir uma elevada percentagem de seus trabalhadores temporários e a tempo parcial.

Algumas inclusive anunciaram demissões de seus trabalhadores fixos, uma medida muito pouco comum nas companhias japonesas, perante os efeitos piores que o esperado pela crise econômica global.

Cerca de uma centena de pessoas esperavam desde a primeira hora desta manhã a abertura do centro de conferências Tokyo International Forum, onde as entrevistas estão sendo feitas, para ser os primeiros a solicitar os postos de trabalho.


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17:15
Anónimo disse...
Economia Internacional
Senado dos EUA aprova plano de estímulo à economia

O Senado dos Estados Unidos aprovou com 60 votos a favor e 38 contra o plano de estímulo à economia de US$ 787 bilhões na madrugada deste sábado. Agora, ele segue para sanção ou veto do presidente Barack Obama, que espera colocar a lei em prática até o dia 16 de fevereiro.

O plano prevê a criação de três milhões de empregos, inclui cortes de impostos às famílias, fundos para programas sociais e obras públicas, além de ajuda aos governos estaduais, estudantes e desempregados.

A cláusula Buy American - que exige o uso de ferro, aço e produtos manufaturados dos Estados Unidos em obras realizadas com recursos do pacote - ficou de lado. Segundo o texto definitivo, a cláusula será aplicada sem violar as normas do comércio internacional.

Ontem à tarde, a Câmara de Representantes (deputados) havia aprovado, por 246 votos a favor e 183 contra, a versão final do plano. Todos os republicanos foram contrários ao pacote.

Pelo acordo de quarta-feira entre Câmara e Senado, em vez de custar US$ 819 bilhões, como queriam os deputados, ou US$ 838 bilhões como pretendiam os senadores, o pacote ficou em cerca de US$ 787 bilhões, com 65% desse total destinado a gastos do governo federal e 35%, a créditos tributários.

17:16
Anónimo disse...
Economia nacional
Na era Lula, aposentadoria sobe 54% menos que salário mínimo

Thatiane Faria
Especial para o Terra
Direto de São Paulo

Os índices de reajustes concedidos pelo governo em 2009 para aposentados e pensionistas e para o salário mínimo repetiram uma diferença que, só durante o governo de Luiz Inácio Lula da Silva, já chega a 54%. Enquanto o mínimo foi majorado em 12% este ano, as pensões e aposentadorias tiveram aumento de 5,92%. Aposentados que têm o benefício do governo como única fonte de renda reclamam que perdem poder de compra e que sua cesta de compras é composta por itens que aumentam mais em relação à inflação oficial.

Um exemplo prático pode ser entendido a partir da comparação entre um aposentado que ganhava R$ 600 em janeiro de 2003. Na época, o benefício era três vezes, ou 200%, maior que o valor do mínimo em vigência, que era de R$ 200. Aplicando-se os índices de reajuste para aposentadorias e para o mínimo durante os últimos seis anos, o mesmo aposentado estaria recebendo hoje R$ 938,47, comparado a um salário mínimo de R$ 465. A diferença entre os dois valores caiu para pouco mais de 100%.

Enquanto o índice acumulado de reajuste para a aposentadoria durante o governo Lula foi de 60%, para o salário mínimo está em 132%.

O diretor do Sindicato Nacional dos Aposentados, João Inocentini, reclama que os valores dos benefícios para aposentadorias não mantêm o poder de compra do grupo, principalmente dos aposentados que recebem menos que dez salários mínimos.

Nem mesmo o fato de o índice de reajuste das aposentadorias ter ficado acima da inflação acumulada no mesmo período (o IPCA entre janeiro de 2003 e janeiro de 2009 foi de 39,7%) serve de argumento, segundo os aposentados.

"Os idosos, principalmente, têm gastos além das contas gerais como gás, telefone e aluguel. Para eles o custo com remédios, e outros itens da área saúde costuma ser maior", afirmou Inocentini.

O presidente do sindicato afirmou que o grupo realiza um estudo com 100 itens de necessidade de um idoso para comparar o aumento dos produtos com o índice de reajuste do benefício recebido pelos aposentados.

"Daqui dois meses vamos abrir um processo na Justiça e levar essa pesquisa como prova. Segundo a lei, o governo é obrigado a manter o poder de compra com a aposentadoria", disse Inocentini.

Alternativas
O consultor financeiro Cláudio Boriola diz que os aposentados, especialmente nesse momento de crise econômica, devem evitar compras parceladas, pesquisar preços, negociar e fazer bom planejamento financeiro.

Segundo Boriola, alguns aposentados ganham um valor mensal muitas vezes insuficiente para o pagamento das contas e acabam pedindo crédito ou realizando pagamentos a prazo e são obrigados a pagar juros altos.

Na opinião do consultor, pagar uma previdência privada é uma alternativa indicada para quem ainda trabalha, considerando a característica de perda de poder de compra da aposentadoria.

"Na prática, infelizmente os valores encontram-se em um patamar que está deteriorando o poder de aquisição da população brasileira", completou Boriola.

De acordo com o diretor da Confederação Brasileira de Aposentados e Pensionistas (Cobap), Vicente Fernandes Barbosa, representantes dos aposentados tentarão um encontro com o presidente da Câmara, deputado Michel Temer (PMDB-SP), para discutir projetos que minimizem a perda dos aposentados

17:17
Anónimo disse...
Previdência
Previdência prorroga isenção de tarifas no benefício

O atual sistema de pagamento aos 26 milhões de aposentados e pensionistas do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) será mantido até o final deste ano. O acordo, que permite realizar a operação sem nenhum custo aos beneficiários, foi renovado nesta sexta-feira, entre o governo federal e 21 instituições financeiras.

Por meio desse acordo, vigente desde setembro de 2007, nem os segurados, nem os bancos e nem o governo arcam com o pagamento de tarifas, conforme explicou o ministro da Previdência Social, José Pimentel. A prorrogação vale até dezembro, data máxima para que a Previdência defina as regras para um novo contrato.

Ao assinar o termo de renovação, na sede da Federação Brasileira dos Bancos (Febraban), o ministro disse que a intenção do governo é mudar o atual modelo de gestão visando a reduzir os custos dessas operações em torno da folha mensal, que atinge R$ 15,8 bilhões. No entanto, qualquer alteração, conforme explicou, passará antes por audiências públicas a serem realizadas a partir do segundo semestre deste ano, atendendo a determinação do Tribunal de Contas da União (TCU).

De acordo com Pimentel, com um redesenho do mecanismo de repasse dos recursos aos bancos em torno da folha de pagamento dos segurados o que se busca é um aumento da participação de instituições financeiras. Ele informou que, desde 2007, cada benefício custa em média R$ 1,07 ao governo. "Quanto mais instituições financeiras estiverem prestando serviços à sociedade, maior é a competitividade, a agilidade no atendimento", justificou.

O ministro observou, ainda, que, para permitir uma redução para algo em torno de meia hora no tempo de atendimento para a concessão dos direitos previdenciários, o governo investiu R$ 280 milhões.

Questionado sobre o descontentamento dos segurados que ganham acima de um salário mínimo terem obtido apenas a correção com base na variação do Índice de Preços ao Consumidor (INPC) , ficando abaixo do reajuste dado a quem recebe apenas o mínimo, Pimentel argumentou que o governo seguiu o que determina a lei e descartou a possibilidade de uma revisão

17:17
Anónimo disse...
Empresas
Caterpillar oferece aposentadoria antecipada a 2 mil


A companhia americana Caterpillar ofereceu a cerca de dois mil funcionários incentivos para que se aposentem de forma voluntária antes do previsto, pela perspectiva de uma queda "significativa" da atividade industrial, informou nesta quarta-feira a empresa.

A iniciativa, destinada aos trabalhadores de diversas fábricas em Illinois, Colorado, Tennessee e Pensilvânia, se soma aos cortes de empregos anunciados em janeiro, explicou em comunicado de imprensa.

A empresa, a maior fabricante mundial de maquinaria pesada para a construção e a mineração, acrescentou que, "em função das condições de negócio, podem ser necessárias mais reduções de elenco voluntárias e involuntárias à medida que o ano avança".

O vice-presidente da companhia, Sid Banwart, explicou que a empresa prevê "demissões significativas em todas as regiões geográficas e na maioria dos setores devido às dificuldades da economia mundial".

17:18
Anónimo disse...
Comércio
Comércio exterior da OCDE caiu no 3º trimestre de 2008


As exportações e as importações dos países da Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Econômico (OCDE) caíram 1,6% e 0,2%, respectivamente, no terceiro trimestre de 2008, em relação aos três meses anteriores.

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Trata-se da primeira queda destas atividades desde o terceiro trimestre de 2006, segundo o último relatório trimestral sobre fluxos comerciais divulgado pela OCDE.

As exportações e as importações em dólares dos 30 Estados-membros caíram 15,6% e 17%, respectivamente, na comparação anualizada.

Por sua vez, o comércio dos sete países mais ricos do mundo (G7) teve um pequeno crescimento no terceiro trimestre de 2008 com uma queda das exportações de mercadorias de 0,2% em relação ao trimestre anterior e um aumento de 0,4% das importações.

Em termos anualizados, as importações do G7 caíram 1,4% entre julho e setembro do ano passado, seu primeiro retrocesso desde o terceiro trimestre de 2006, enquanto as exportações aumentaram 1,9%, seu crescimento mais baixo no mesmo tempo.

Por países, a Alemanha aumentou suas importações em 3,4% - valor mais alto do G7 -, enquanto suas exportações caíram 2,9% do segundo para o terceiro trimestre de 2008.

Pelo contrário, as exportações americanas aumentaram 1,8% entre julho e setembro de 2008, enquanto as importações caíram 0,7% em relação ao trimestre anterior. No Japão, tanto as importações quanto as exportações caíram em torno de 1% no mesmo período.

17:19
Anónimo disse...
Economia Nacional
Lula: juros de crédito consignado a aposentados são altos

Atualizada às 17h29

O presidente Luis Inácio Lula da Silva afirmou nesta terça-feira, em São Paulo, que está lutando para reduzir as taxas de juros cobradas de aposentados em crédito consignado. A Previdência Social estabelece uma taxa máxima de 2,5% para empréstimo e de 3,5% para cartão. Para Lula, os valores são altos.

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"Acho que o juro que os aposentados estão pagando hoje com o crédito consignado é alto para o padrão brasileiro", disse o presidente durante a cerimônia de comemoração dos 86 anos do INSS.

A Previdência anunciou nesta terça-feira que aposentados e trabalhadoras com licença-maternidade poderão receber seus benefícios em 30 minutos. De acordo com Lula, em junho, a aposentadoria do trabalhador rural também será conseguida em meia hora.

Além disso, o presidente anunciou que, também em junho, os trabalhadores que alcançarem o direito à aposentadoria passarão a receber em suas casas um comunicado da Previdência informando o fato e o valor do salário que têm direito a receber. "É um comprometimento público que estou fazendo com os companheiros da Previdência Social", disse.

"Estamos retribuindo ao contribuinte da Previdência Social aquilo que é a cidadania que ele tem direito", afirmou Lula. "Se para cobrar nós somos tão precisos, para devolver o dinheiro, temos que chegar próximo à perfeição", completou.

17:20
Anónimo disse...
Economia Nacional
Salário maternidade sairá em 30 minutos, diz ministro

Toda trabalhadora autônoma que tiver contribuído pelo menos 10 meses com o Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) - ou as que possuírem carteira assinada - poderão receber em 30 minutos o salário maternidade a partir desta terça-feira. Da mesma forma, as mulheres com 30 anos de contribuição e os homens com 35 anos também terão direito ao benefício de forma mais rápida. A informação é do ministro da Previdência Social, José Pimentel.

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Para requerer o salário maternidade, é preciso que as autônomas levem a carteira de identidade e o carnê de contribuição. As demais trabalhadoras devem apresentar a identificação e a carteira de trabalho. Desde o início do mês, a nova forma de análise para a concessão de benefícios foi adotada para a aposentadoria por idade do trabalhador urbano e agora foi estendida para o salário maternidade e por tempo de contribuição.

O ministro disse que a qualificação do serviço da previdência social é o reconhecimento do direito dos trabalhadores e da afirmação da cidadania.

"Até pouco tempo na cabeça do cidadão o serviço devia ser de péssima qualidade. Agora não, nós modificamos toda a legislação no mês de dezembro numa ação conjunta do Congresso Nacional com o governo federal. Estamos implantando e concedendo os benefícios em até 30 minutos", afirmou.

O ministro destacou que para conseguir se aposentar ou ter acesso à licença maternidade em 30 minutos, em primeiro lugar, é necessário que o cidadão esteja vinculado à Previdência, o que inclui 65% da população acima de 16 anos de idade.

"Depois bastar marcar pelo sistema 135 o dia e a hora do atendimento e levar a documentação. Se todos os dados necessários estiverem corretos o contribuinte será atendido em até 30 minutos, como vem sendo feito com as aposentadorias por idade desde o dia cinco de janeiro", explicou.

Pimentel disse ainda que em 90% das agências da previdência social o atendimento é marcado em até 48 horas. Nos grandes centros, entretanto existe um volume maior o que torna mais lento o processo.

"Estamos criando mais 715 agências até 2010, em todo o território nacional, para descentralizar o atendimento. Em 2008, atendemos 295 mil benefícios e aposentadorias por idade. Temos 4 mil pessoas por dia procurando e se aposentando por idade no território nacional. Este serviço será agilizado", concluiu.

Anónimo disse...

Giuseppe Englaro, pai de Eluana, a italiana que morreu na segunda-feira passada por desidratação, recusou uma grande soma de dinheiro de um conhecido fotógrafo italiano que queria retratar a filha em estado de coma, disse neste sábado o neurologista que atendia a mulher desde 1996, Carlo Defanti.

O neurologista, que participou hoje de uma conferência sobre eutanásia, disse que Englaro respeitou a vontade da filha, que, antes do acidente, tinha pedido que, se lhe ocorresse qualquer coisa irreversível, apresentasse sua imagem de quando estava em boas condições.

Antes de sofrer o acidente de trânsito, em 1992, Eluana viveu o coma de um amigo, Alessandro, o que causou forte impacto na italiana e a levou a fazer o pai prometer que não a deixasse viver em estado vegetativo, disse o próprio Giuseppe Englaro.

Defanti, que dissera que Eluana poderia viver de dez a 12 dias depois da suspensão da alimentação e da hidratação, disse que, como médico, tinha que reprovar esta afirmação.

"Não se pode sobreviver após três ou quatro dias sem líquido e, em particular, água em um corpo. Sabemos bem que, quando há um terremoto, após quatro dias é difícil encontrar sobreviventes".

Defanti ressaltou que Eluana "não falava, não se comunicava com o exterior" e que, após vários exames, "nos deparamos com uma moça que tinha perdido a consciência", porque estava com o córtex cerebral prejudicado.

Eluana foi enterrada na quinta-feira passada no túmulo da família na localidade de Paluzza, em Udine, após um funeral que não contou com a presença dos pais.

16:53
Anónimo disse...
Os bombeiros combatem neste sábado os incêndios na Austrália favorecidos pelo bom tempo, enquanto os deslocados encotram em seu retorno casas derruídas, carros queimados nas ruas e destruição.

Depois de sete dias desde que começaram os incêndios no Estado de Victoria, a lista de mortos chega a 181, os desaparecidos somam 50, os edifícios destruídos totalizam 1,834 mil e o terreno arrasado, principalmente florestas, ocupa uma área de 4,13 mil quilômetros quadrados.

As equipes de bombeiros, formadas por 4 mil profissionais de Victoria, de outras partes da Austrália e de países amigos, combateram hoje 12 focos fora de controle e nenhum representava uma ameaça direta para a população.

O subdiretor do Serviço de Bombeiros, Geoff Conway, disse que este tempo favorável, que se prolongará durante o domingo, permite consolidar as linhas de contenção e avançar na extinção das chamas.

Cinzas apareceram arrastadas por ventos do nordeste sobre Melbourne, onde habitam 3,8 milhões de pessoas, e as autoridades alertaram aos cidadãos do risco para a saúde de idosos, crianças e pessoas com problemas respiratórios.

O número de pessoas deslocadas - a Cruz Vermelha chegou a receber 7 mil - começou a cair com a abertura de algumas localidades atingidas.

Os incêndios, alguns criminosos, começaram em 7 de fevereiro, quando a região sul da Austrália estava há duas semanas sob uma onda de calor sem precedentes.

Na sexta-feira passada, a polícia acusou uma pessoa de ter provocado o incêndio que atingiu a localidade de Churchill e matou 21 pessoas.

16:55
Anónimo disse...
A primeira chuva em seis dias reduziu a ameaça de incêndios no Estado de Victoria, ao sul da Austrália. As autoridades, porém, advertiram que ainda existem 12 focos, mas que nenhum deles ameaça áreas povoadas.

Mais de quatro mil bombeiros, mil provenientes de outras partes do país e de outras nações, trabalham contra o fogo. Cerca de 600 veículos e 28 helicópteros e pequenos aviões estão sendo usados.


Eles conseguiram construir linhas de contenção para evitar os incêndios de Yarra e Maroondah se juntassem. Também foram controlados os incêndios abertos de Yea e Murrindindi, que ameaçavam as comunidades de Connellys Creek, Crystal Creek, Scrubby Creek e Native Dog Creek.

O número de mortos chegou a 181, mas as autoridades acreditam que as vítimas devem passar de 200, já que ainda há muitos desaparecidos.

16:55
Anónimo disse...
Aqui nesta coluna, na semana passada, tive a oportunidade de comentar sobre a recente visita do professor brasileiro Pedrinho Guareschi à Austrália. Não dei, porém, os fatos, pois semana passada o assunto era outro.

Hoje, porém, vamos a eles.

No último dia 4 de fevereiro, aconteceu o Seminário "Paulo Freire: Education and Liberation", organizado pelo centro de estudos latino-americanos da Universidade Nacional da Austrália, ou ANU, como é mais conhecida por aqui.

A ANU, para quem não sabe, está entre as 20 melhores universidades do mundo! E tem sede aqui em Camberra, capital da Austrália.

Na abertura do evento, o professor John Minns, diretor do centro latino-americano, ao dar boas-vindas ao público presente, lembrou ser aquele o primeiro seminário exclusivamente dedicado a Paulo Freire na Austrália.

Em seguida, convidou Pedrinho Guareschi, palestrante principal do Seminário, a fazer sua apresentação.

A plateia pode então conhecer, pelas palavras de Pedrinho, um pouco da obra e da vida de Freire, esse brasileiro de fé e valor, que sempre acreditou na educação, sobretudo dos menos favorecidos, analfabetos, como força libertadora.

Como não podia deixar de ser, os conceitos e ideias revolucionários de Paulo Freire, expostos com clareza por Pedrinho, despertaram o interesse e a curiosidade de plateia. A qual, deve-se notar, era na maioria de estudantes, mas de várias nacionalidades, sobretudo australianos e asiáticos.

Na continuação do programa do seminário, que se estendeu por dois dias, outros professores fizeram palestras sobre temas ligados à obra de Paulo Freire.

Interessante, por exemplo, saber que a professora Anne Hickling-Hudson, jamaicana que mora na Austrália há muitos anos (é professora da ANU), conheceu e trabalhou com Freire num workshop educacional durante a revolução na Ilha de Granada, em 1980, antes da invasão dos Estados Unidos...

Ou, então, a palestra da Professora Gerda Roelvink, da Nova Zelândia, que participou do Fórum Social de Porto Alegre em 2005. E essa participação transformou-se em tema de doutorado.

No dia 10, terça-feira passada, o padre Pedrinho Guareschi voltou a falar ao público australiano em grande auditório localizado no belíssimo campus da ANU. Desta vez, sobre a Teologia da Libertação.

Depois da palestra, John Minns mostrou o filme mexicano "O Crime do Padre Amaro", no qual um dos personagens é um padre católico praticante da Teologia da Libertação.

Mais uma vez, foi grande o intersse da platéia, que pode aprender e conhecer um pouco como se desenvolveu aquele importante movimento católico na América Latina.

Fica, assim, ao Pedrinho, bem como a outros brasileiros estudiosos e de bom coração que saem pelo mundo a divulgar aspectos importantes da cultura brasileira, o respeito e a homenagem desta coluna. E... aquele abraço!

16:57
Anónimo disse...
Amanda Kitts perdeu o braço esquerdo em um acidente de automóvel acontecido três anos atrás, mas hoje em dia ela joga futebol americano com seu filho de 12 anos de idade, troca fraldas e abraça as crianças nas três creches Kiddie Cottage que opera em Knoxville, Tennessee. Kitts, 40 anos, faz tudo isso com a ajuda de um novo tipo de braço artificial que se movimenta com mais facilidade do que outros aparelhos e que ela pode controlar utilizando apenas seus pensamentos.

"Eu sou capaz de mexer a mão, o pulso e o cotovelo ao mesmo tempo", diz. "Você pensa e os músculos se movem em seguida".

A recuperação que ela conseguiu resulta de um novo procedimento que vem atraindo crescente atenção porque permite que pessoas movam braços protéticos de forma mais automática do que faziam no passado, simplesmente utilizando nervos reaproveitados em seus cérebros.

A técnica, conhecida como "renervação muscular dirigida", envolve utilizar os nervos que restam depois da amputação de um braço e conectá-los a outro músculo do corpo, em geral no peito. Eletrodos são instalados sobre os músculos do peito, e operam como se fossem antenas. Quando a pessoa deseja mover o braço, o cérebro envia sinais que primeiro resultam em contração dos músculos do peito, os quais enviam um sinal ao braço protético, instruindo-se a se movimentar. O processo não requer mais esforços consciente do que a pessoa teria de exercitar caso ainda tivesse seu braço natural.

Na terça-feira, pesquisadores reportaram em estudo publicado pela versão online do Journal of the American Medical Association que haviam levado a técnica ainda mais à frente, tornando possível a execução de 10 movimentos de mão, pulso e cotovelo diferentes, o que representa uma substancial melhora com relação ao típico repertório protético, que em geral envolve apenas dobrar o cotovelo, girar o pulso e abrir a mão.

"Os novos métodos tiveram impacto dramático em nosso campo de trabalho", disse Stuart Harshbarger, engenheiro biomédico na Universidade Johns Hopkins e diretor do programa de pesquisa sobre próteses, financiado pelas forças armadas, que inclui o trabalho com essa técnica. "O método já está em uso por médicos e cirurgiões comuns em todo o país. A capacidade de controlar um membro protético bastante robusto que ele confere surpreendeu a todos pela qualidade".

Tipicamente, uma pessoa que tenha um braço protético só é capaz de executar alguns poucos movimentos, e muitas vezes com tamanha lentidão que isso só permite a ela atividades limitadas.

Há um motor separado para cada movimento, diz Gerald Loeb, professor de engenharia biomédica na Universidade do Sul da Califórnia, "e esses motores precisam ser controlados de maneira explícita", usualmente por um esforço consciente da pessoa para contrair músculos nas costas ou no bíceps.

"Essencialmente, até agora os pacientes controlavam apenas um motor de cada vez", diz Loeb, "e precisavam pensar cuidadosamente sobre que motor desejavam controlar e como fazê-lo operar, em lugar de simplesmente pensarem em mover o braço e poderem fazê-lo sem delongas".

Antes que Kitts passasse pelo procedimento de renervação, em outubro de 2007, por exemplo, ela precisava movimentar os músculos de suas costas de determinada maneira para fazer com que seu pulso girasse, e flexionar seu bíceps e tríceps para fazer com que o cotovelo se movesse para cima e para baixo. "Era muito trabalho", ela conta. "E não me ajudava muito".

O procedimento de renervação é parte de uma recente explosão de idéias novas e técnicas inovadoras que estão sendo exploradas enquanto os cientistas se esforçam por ajudar as pessoas a compensar melhor a perda de membros ou problemas de paralisia. O esforço vem sendo alimentado pelo aumento no número de amputações causado por diabetes e por ferimentos sofridos pelos militares, e ao mesmo tempo pelos avanços na tecnologia médica.

Os braços se tornaram um dos focos essenciais desse tipo de trabalho. A ciência há muito vem obtendo sucessos no desenvolvimento de próteses de perna, mas é muito mais difícil imitar a complexidade e a destreza das mãos e dos braços.

Os esforços em curso incluem o desenvolvimento de projetos de pele e braços mais sensíveis e mais flexíveis, e o uso de dispositivos acionados por controles sem fio implantado nos braços protéticos, que permitiriam movimentos mais naturais.

Os pesquisadores também vêm usando sensores implantados nos cérebros de cobaias para permitir que dois macacos controlem um braço mecânico, e um teste com um homem paralítico permitiu, com esse método, que ele movimentasse um cursor em uma tela de computador.

Alguns desses métodos, caso venham a ser aperfeiçoados plenamente e consigam aprovação das autoridades regulatórias da saúde, podem no futuro se tornar mais viáveis para os pacientes de amputações.

E embora a técnica da renervação não requeira aprovação das autoridades regulatórias porque é executada por meios cirúrgicos e emprega aparelhos já existentes, ela apresenta limitações que até mesmo seus criadores reconhecem, entre as quais o fato de que não se pode utilizá-la para todos os pacientes, o seu alto custo e o prazo de meses requerido para que os nervos reconectados cresçam e se tornem efetivos.

Ainda assim, os especialistas dizem que é o mais avançado sistema em uso hoje para pacientes reais que permite que o sistema nervoso controle diretamente o movimento de um braço artificial.

Desde sua introdução por Todd Kuiken, médico fisioterapeuta e engenheiro biomédico do Instituto de Reabilitação de Chicago, o método foi empregado em cerca de 30 pacientes nos Estados Unidos, Canadá e Europa, entre os quais oito soldados feridos no Iraque e no Afeganistão.

Muitos dos pacientes, entre os quais o primeiro, Jesse Sullivan, um operário do setor elétrico no Tennessee que perdeu os dois braços quando foi eletrocutado por um cabo, conseguem não apenas manipular seus braços protéticos mas sentir a presença das mãos que já não têm quando alguém toca em seus peitos.

Sullivan, 62 anos, e Kitts, estavam entre os cinco pacientes que participaram do estudo reportado na terça-feira. Em companhia de cinco outras pessoas que não passaram por amputações, eles receberam os eletrodos e foram instruídos a usar pensamentos para fazer com que um braço virtual na tela reproduzisse 10 movimentos diferentes, entre os quais três formas diferentes de aperto de mão.

Os pacientes apresentaram desempenho bastante respeitável, apenas um pouco mais lento e menos preciso do que os dos participantes que não tinham amputações.

"As velocidades de movimento que encontramos em nossos pacientes foram realmente encorajadoras", disse Kuiken. "Eles conseguiram completar a tarefa. É claro que não foram tão competentes quanto as pessoas dotadas de plena capacidade física, mas foram bons o bastante".

Um braço virtual foi usado porque a maioria das próteses existentes não era capaz de acomodar todos aqueles movimentos, no momento da pesquisa, ainda que Sullivan, Kitts e uma terceira paciente, Claudia Mitchell, tenham experimentado dois novos protótipos mais versáteis de braços artificiais, executando tarefas complexas com bolas de tênis e outros objetos.

O trabalho de renervação em soldados apresenta outros desafios, diz Kuiken, porque os ferimentos militares muitas vezes "causam danos muitos extensos" a nervos, músculos ou ossos.

Daniel Acosta, 25 anos, um aviador ferido pela detonação de uma bomba em uma estrada do Iraque em 2005, passou pelo procedimento no ano passado e diz que seu braço esquerdo protético agora se movimenta "muito mais rápido" e de maneira muito mais natural.

"A diferença é que agora não preciso mais pensar para mover o braço", ele diz. "Ele simplesmente se mexe".

Ainda assim, Acosta, de San Antonio, diz que "o processo foi bastante longo" e que os eletrodos precisam ser ajustados para receber os sinais à medida que os nervos crescem ou mudam de posição.

E embora elogiem o método, os especialistas afirmam que a ciência das próteses de braço ainda tem muito por avançar.

"Trata-se de uma parte crucial, mas ainda assim apenas uma parte, das muitas coisas que compreendem a função normal de um braço", disse Loeb, que escreveu um editorial que acompanha o artigo no Journal of the American Medical Association.

"No momento estamos a meio do caminho entre o braço de 'Dr. Fantástico', que fazia involuntariamente a saudação nazista, e o braço de Luke Skywalker em 'Guerra nas Estrelas', que funciona sem nenhum problema assim que é conectado. Creio que precisaremos ainda de muitos anos para conectar todas as peças necessárias a produzir um braço capaz de funcionar normalmente".

17:04
Anónimo disse...
A Espanha disse neste sábado que está preparando uma reclamação oficial contra a decisão da Venezuela de expulsar um membro do Parlamento Europeu que criticou o conselho eleitoral venezuelano.
Luis Herrero, membro do partido conservador espanhol PP, foi deportado na sexta-feira depois que o Conselho Nacional Eleitoral (CNE) o acusou de questionar a imparcialidade da instituição antes de um referendo que pode permitir ao presidente Hugo Chávez permanecer no cargo indefinidamente.

Herrero estava na Venezuela como observador do referendo. Ele acusou Chávez de ter "comportamentos típicos de um ditador" por pedir a contenção de manifestações da oposição.

O governo da Espanha convocou um encontro com o embaixador da Venezuela em Madri para expressar a desaprovação sobre a expulsão de Herrero, disse um representante do Ministério das Relações Exteriores espanhol.

As relações da Venezuela com a Espanha tiveram seu ponto crítico em 2007, quando Chávez ameaçou rever acordos diplomáticos e comerciais depois de ouvir um "cala a boca" do rei espanhol Juan Carlos durante uma cúpula.

A fenda foi oficialmente reparada em 2008, com uma visita oficial de Chávez à Espanha, onde ele cumprimentou o rei e discutiu acordos para investimento no setor petroquímico com o primeiro-ministro José Luis Rodriguez Zapatero.

17:06
Anónimo disse...
A polícia do Zimbábue anunciou neste sábado que acusa de traição Roy Bennett, dirigente do até agora opositor Movimento para a Mudança Democrática (MDC), detido na sexta-feira, em Harare, poucas horas antes da cerimônia de posse dos membros do novo gabinete.

"A Polícia nos informou que vão apresentar acusações de traição", disse à agência EFE o advogado de defesa de Bennett, Trust Maanda.

"Tentam relacionar Roy com o caso de Mike Hitschmann, que foi detido em 2006 em relação à descoberta de um carregamento de armas, apesar de que Hitschmann não tenha sido declarado culpado das acusações de traição apresentadas contra ele, mas de um crime menor de descumprimento de leis", disse Maanda.

O político opositor, designado por seu partido como vice-ministro de Agricultura no Governo de união nacional, esteve no exílio na vizinha África do Sul desde 2006 e retornou ao Zimbábue há duas semanas.

Segundo a Polícia, que deteve Bennett ontem no aeroporto de Harare quando pretendia ir à África do Sul para visitar sua família, as armas apreendidas em 2006 seriam utilizadas em um golpe de Estado para derrubar o presidente do Zimbábue, Robert Mugabe.

Depois da detenção, Bennet foi levado a Mutar, onde vários simpatizantes do MDC se concentraram em frente à delegacia na qual estava detido, diante do que a Polícia respondeu com tiros para o alto para dispersar os manifestantes.

17:07
Anónimo disse...
Austrália: 14 mil se candidatam a 'emprego dos sonhos'

A secretaria de Turismo de Queensland, na Austrália, informou que até esta segunda-feira já recebeu cerca de 14 mil inscrições para o "o melhor emprego do mundo". O Estado australiano promove pela internet seleção para vaga de "zelador" da ilha Hamilton, por seis meses com um salário de R$ 40 mil.

Muitos candidatos tiveram problemas durante a inscrição por conta dos acessos simultâneos ao site. A secretaria aconselha enviar os vídeos de 60s explicando porque deve ser escolhido em horários alternativos do dia, além de recomendar tamanho em torno de 40MB.

As inscrições começaram em 12 de janeiro e vão até o próximo dia 22 e podem ser feitas pelo site www.islandreefjob.com. O governo australiano escolherá 50 candidatos para a próxima fase da seleção, que terá votos do público para eleger um dos 11 finalistas.

A última fase terá entrevistas e desafios físicos, no próprio local de trabalho: as ilhas da Grande Barreira Coralina - o maior recife de coral do mundo. A secretaria de Turismo anunciará o vencedor no dia 6 de maio.

17:09
Anónimo disse...
Mercado elogia governo na crise, mas pede maior queda no juro

Peter Fussy
Direto de São Paulo

Desde as primeiras medidas anunciadas para combater os efeitos da crise, o governo brasileiro avisou que a estratégia não contemplaria um pacote. Seriam doses pontuais, de acordo com a necessidade da economia diante do agravamento das turbulências. Da primeira liberação dos depósitos compulsórios em setembro até a ampliação do seguro-desemprego na última quarta-feira, o governo passou por redução de impostos, ampliação de crédito e incentivos à exportação. Quase 150 dias após a primeira medida, o Terra conversou com líderes do setor público e privado, representantes dos trabalhadores, acadêmicos e com o próprio governo para saber quais destas ações foram mais eficazes, quais foram mais ineficientes e o que mais pode ser feito pelo Estado brasileiro contra a crise.

Os maiores elogios foram direcionados à atitude de reduzir o Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) para a indústria automobilística, anunciada em dezembro e que fez com que os emplacamentos de carros novos subissem 1,9% no primeiro mês do ano em relação a dezembro de 2008. Já as maiores críticas foram para a lentidão no corte da taxa básica de juro do País.

Para o presidente do conselho administrativo do Grupo Pão de Açúcar, Abílio Diniz, o Estado não é responsável pela crise e mesmo assim está agindo "com extrema serenidade e muito acerto". "O governo está atento, fazendo a sua parte. É preciso coragem de baixar firmemente a taxa de juros. É uma arma que temos a nosso favor, já que não há clima para inflação, nem possibilidade de danos para a macroeconomia", afirmou Diniz.

Na última reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), em janeiro, a taxa Selic foi reduzida em um ponto percentual, de 13,75% para 12,75% ao ano. Porém, o professor de economia da Universidade de Brasília (UnB) José Luiz Oreiro lembra que este corte representa uma redução de apenas 0,25 ponto percentual com relação à taxa de setembro do ano passado, quando a crise se agravou.

"Pouco antes da eclosão da crise, o Banco Central aumentou a taxa em 0,75 ponto. Foram cinco meses de demora para reduzir em termos líquidos apenas 0,25 ponto", afirmou o economista, que também sugeriu redução do intervalo de cerca de 90 dias entre as reuniões do Copom e o corte de pelo menos um 1 ponto percentual em cada reunião.

Mesmo com o corte de janeiro, a taxa de juros real continua sendo a maior do mundo, lembrou o secretário-geral da Força Sindical, João Carlos Gonçalves, o Juruna. "A redução da taxa de juro ainda é pequena, porque ela continua uma das mais altas do mundo. Falta ousadia para baixar os juros e ajudar o cidadão. A permanência da taxa de juro alta é negativa para o País em meio a crise", afirmou Juruna.

Embora aprove as ações do governo, o senador Aloízio Mercadante (PT-SP) também acredita que o patamar da Selic está muito alto. "Sempre fomos os primeiros a entrar em qualquer crise, o que não aconteceu agora. A taxa Selic ainda é muito alta, mas o governo têm tomado medidas acertadas, como o aumento do salário mínimo, mesmo com um cenário de crise. Isso ajuda a movimentar o consumo. O governo está se esforçando para manter os investimentos e o crescimento", disse.

Tributos
De acordo com o economista Fabio Pina, da Fecomercio-SP, as ações mais positivas estão relacionadas à redução de tributos para alguns segmentos, como a indústria automobilística, que recuperou parte da queda nas vendas em janeiro com a isenção do IPI para carros 1.0 l e o corte para demais motorizações. A medida vale até o final de março.

"Essas medidas não só reduziram o preço, mas anteciparam o consumo daqueles que iriam comprar no futuro, dando um prêmio por conta da insegurança. Mexe diretamente com o principal problema que é a confiança do consumidor", afirmou. Juruna destacou que um bom ritmo de vendas é garantia de emprego. "É importante porque cada emprego na montadora significa 19 na cadeia produtiva", comentou o representante da Força Sindical.

Também em dezembro, o governo decidiu cortar pela metade a alíquota do Imposto de Renda para contribuintes que ganham entre R$ 1.434 e R$ 2.150 mensais. "O salário aumentava e a tabela não se modificava. As pessoas ganhavam mais e pagavam mais impostos", apontou Juruna. Outra redução de tributos do governo foi com relação ao Imposto sobre Operações Financeiras (IOF), que caiu de 3% ao ano para 1,5%.

Crédito
Na segunda metade de 2008, o colapso de bancos nos Estados Unidos por conta da crise do subprime provocou uma forte restrição de crédito no mundo inteiro. Uma das primeiras medidas anticrise do governo teve como objetivo restabelecer a oferta, com mudanças no recolhimento dos depósitos compulsórios por parte dos bancos. Segundo o presidente do Banco Central, Henrique Meirelles, as diversas modificações liberaram US$ 99,2 bilhões aos bancos até o final de janeiro.

Além disso, o governo concedeu R$ 36 bilhões das reservas internacionais para empresas brasileiras com dívidas no exterior e uma medida provisória autorizou o Banco do Brasil e a Caixa Econômica Federal a comprar carteiras de crédito de bancos privados. Para o diretor do Departamento de Pesquisas e Estudos Econômicos da Fiesp, Paulo Francini, estas medidas foram essenciais para combater os efeitos da crise.

"A crise se desenvolve no mundo em torno do tema crédito. E o crédito reduziu-se barbaridade no mundo. Então o governo lança mão de compulsório, lança mão de reservas, de medidas que permitem aos bancos comprar carteiras de bancos. Você vai tomando várias medidas para atender às demandas e o epicentro disso é crédito", afirmou.

No entanto, Oreiro, da UnB, adverte que a liberação dos compulsórios seria mais eficiente acompanhada de redução mais agressiva da taxa básica de juro. "Uma parte do crédito voltou, depois da forte retração em outubro e novembro. O que deveria ter sido feito junto à liberação do compulsório era uma redução mais drástica da taxa de juro. Sem isso, os bancos pegam as reservas e acabam comprando títulos públicos", explicou o economista.

Na opinião de Pina, as ações de distribuição de crédito via redução do compulsório e a disposição de capital de giro para empresas foram tomadas sem um cuidado maior na operação e não tiveram muito efeito. "O BNDES tem linhas que ficam paradas quase todo o ano, agora é pior ainda. Existem os recursos, mas as empresas e os bancos estão desconfiados. É preciso fazer com que os bancos tenham interesse em emprestar", afirmou o economista da Fecomercio-SP.

Futuro
Mesmo com todas essas medidas, a crise financeira ainda gera incertezas nos setores produtivos do País. Nos últimos meses, o medo do desemprego fez os consumidores adiarem compras. Por sua vez, a queda nas vendas pode obrigar as indústrias a cortarem a produção e demitir funcionários. Contra isso, empresários sugerem redução de jornada e de salários.

"Isto está previsto em lei. A Fiesp simplesmente manteve conversações com entidades sindicais quanto à aplicação daquilo que já está previsto em lei", afirmou Francini.

Segundo a ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff, uma das medidas que assegura um nível de emprego é a manutenção de investimentos no Programa de Aceleração do Crescimento (PAC). "Estamos esperando que a dificuldade ocorra em janeiro, fevereiro e março. Estamos certos que vamos manter o nível de investimento. É isso que funciona, é isso que significa investimento público. Ele funciona como um colchão. Por isso, nós colocamos R$ 100 bilhões no BNDES e a Petrobras ampliou o seu investimento em R$ 120 bilhões", afirmou.

Na mesma linha, Pina explica que a antecipação de gastos do governo substitui parte da demanda retraída do setor privado. "Ele dá o seguinte recado: não vou estourar as contas públicas, mas concentrar em um momento em que a demanda privada está pequena. Mas o governo não tem fôlego suficiente para fazer o papel de toda demanda", ressaltou. O economista da Fecomercio lembrou que a entidade já pleiteou junto ao governo isenções para transferência de imóveis e de automóveis, além de retirar o IPVA para veículos novos.

Já Oreiro foca suas propostas na capitalização do Banco do Brasil e da Caixa Econômica Federal pelo Tesouro para atender a demanda de crédito para capital de giro e reduzir o spread. "Aumentando o empréstimo e reduzindo as taxas, os dois vão forçar os bancos privados a acompanhar o movimento, até para não perderem participação no mercado", explicou o economista da UnB.

Até o Carnaval, o governou prometeu detalhar um pacote de incentivos para a construção de até um milhão de casas populares, direcionado a famílias com renda de até dez salários mínimos. "Estamos atentos a tudo o que está acontecendo e novas medidas serão tomadas caso haja uma avaliação de que sejam necessárias", disse o ministro da Fazenda, Guido Mantega, na última sexta-feira.

17:11
Anónimo disse...
Ex-ministro critica extensão do seguro-desemprego

Atualizada às 09h03

O ex-ministro do Trabalho Almir Pazzianotto criticou a decisão do governo federal de conceder o seguro-desemprego estendido a apenas alguns setores. "É certamente odioso e provavelmente inconstitucional", disse Pazzianotto, de acordo com o jornal O Estado de S. Paulo.

Na última qurta, dia do anúncio da medida, centrais sindicais elogiaram a atitude do governo. A Força Sindical divulgou nota dizendo que "o aumento ajudará a aquecer parte da economia, já que irá gerar mais consumo, produção e conseqüentemente, a criação de novos postos de trabalho". A União Geral dos Trabalhadores (UGT) afirmou que a medida "contribuirá para minimizar o drama dos trabalhadores que perderem seu emprego por conta da crise".

O ex-ministro, que instituiu o seguro-desemprego no País no governo de José Sarney, destacou a necessidade de as centrais sindicais se manifestarem contra a determinação. Para ele, as mudanças devem ser aplicadas a todas as categorias profissionais e a distinção é contrária ao artigo 3º da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT).

Pazzianotto atribui a medida a um possível temor do governo de que a crise econômica seja longa e não haja dinheiro para atender a todas as necessidades. Ainda assim, ele se mostra contrário ao método de concessão. "O seguro-desemprego ajuda a sanar necessidades básicas. Estendê-lo é paliativo, não a solução", disse ao jornal.

De acordo com o presidente do Conselho Deliberativo do Fundo de Amparo ao Trabalhador (Codefat) e conselheiro da Força Sindical, Luiz Fernando Emediato, a determinação já estava prevista na lei 8.900/94, que trata do seguro-desemprego.

O presidente da Comissão de Trabalho da Câmara, Pedro Fernandes (PTB-MA) vai além na crítica à concessão do seguro para apenas alguns setores. Ele acredita que a ampliação do benefício estimula o desemprego.

Quintino Severo, secretário geral da Central Única dos Trabalhadores (CUT), lembra que a ampliação do benefício sem critério e identificação pode incentivar demissões em outros setores.

17:13
Anónimo disse...
Empresas
TAM faz promoção para destinos internacionais

A companhia aérea TAM anunciou nesta sexta-feira tarifas promocionais para trechos internacionais. Os preços valem para bilhetes comprados entre 6h deste sábado e 23h59 deste domingo e são válidos para classe econômica. As tarifas, para ida e volta, serão vendidas a partir de US$ 99, mais taxas.

Segundo a aérea, a promoção vale para viagens feitas no período de 14 de fevereiro a 18 de junho de 2009. Para destinos na América do Sul, a permanência mínima é de dois dias; para bilhetes com destino nos Estados Unidos, cinco dias; e Europa, sete dias. A permanência máxima para as passagens para América do Sul e EUA é de dois meses e para Europa, três meses.

Entre os exemplos de tarifas promocionais, a TAM oferece São Paulo-Lima por US$ 99. Bilhetes para a rota São Paulo-Santiago serão vendidos a partir de US$ 199 e São Paulo-Nova York, US$ 799.

A emissão dos bilhetes deve ser feita obrigatoriamente no ato da reserva, obedecendo às regras estipuladas pela companhia. A compra está sujeita à disponibilidade de assentos nas classes tarifárias determinadas, trechos, horários e datas. A TAM afirmou que também há tarifas promocionais para a classe executiva.

Mais informações podem ser encontradas no site promocional (www.ofertastam.com.br), no site da empresa (www.tam.com.br) ou pelos telefones 4002-5700 ou 0800 5705700.

17:13
Anónimo disse...
Empresas
Consultoria negocia compra do parque temático Hopi Hari

A consultoria especializada em reestruturação de empresas Íntegra Associados informou nesta sexta-feira ter um acordo para comprar o parque de diversões Hopi Hari, localizado no interior de São Paulo. A empresa estaria disposta a investir R$ 10 milhões no parque, que tem dívida estimada em R$ 800 milhões. As informações são da edição deste sábado do jornal Folha de S. Paulo.

De acordo com o jornal, a transação ainda depende da negociação entre o Hopi Hari e seus credores, o que já estaria em andamento.

A consultoria paulista já atuou junto à Parmalat, durante 30 meses, quando reorganizou a gestão da empresa italiana.

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17:14
Anónimo disse...
Empresas
Disney de Tóquio contratará mais 2 mil apesar da crise


A Oriental Land, o operador da Disneylândia Tóquio e DisneySea, organizou neste domingo entrevistas para contratar cerca de 2 mil trabalhadores em tempo parcial, em um momento de grandes demissões deste tipo de empregados no Japão.

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O operador deste parque temático, situado em Urayasu, na província de Chiba (leste de Tóquio), está em pleno processo de seleção de empregados para 20 tipos de postos trabalhistas diferentes.

Segundo a companhia, citada pela agência local de notícias Kyodo, o parque contratará novos trabalhadores para as atrações, para os restaurantes e guardas de segurança entre outros. Os novos contratados começarão a trabalhar a partir de fevereiro.

O processo de seleção acontece em um momento em que a maioria das grandes companhias japonesas começaram a se ver obrigadas a despedir uma elevada percentagem de seus trabalhadores temporários e a tempo parcial.

Algumas inclusive anunciaram demissões de seus trabalhadores fixos, uma medida muito pouco comum nas companhias japonesas, perante os efeitos piores que o esperado pela crise econômica global.

Cerca de uma centena de pessoas esperavam desde a primeira hora desta manhã a abertura do centro de conferências Tokyo International Forum, onde as entrevistas estão sendo feitas, para ser os primeiros a solicitar os postos de trabalho.


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17:15
Anónimo disse...
Economia Internacional
Senado dos EUA aprova plano de estímulo à economia

O Senado dos Estados Unidos aprovou com 60 votos a favor e 38 contra o plano de estímulo à economia de US$ 787 bilhões na madrugada deste sábado. Agora, ele segue para sanção ou veto do presidente Barack Obama, que espera colocar a lei em prática até o dia 16 de fevereiro.

O plano prevê a criação de três milhões de empregos, inclui cortes de impostos às famílias, fundos para programas sociais e obras públicas, além de ajuda aos governos estaduais, estudantes e desempregados.

A cláusula Buy American - que exige o uso de ferro, aço e produtos manufaturados dos Estados Unidos em obras realizadas com recursos do pacote - ficou de lado. Segundo o texto definitivo, a cláusula será aplicada sem violar as normas do comércio internacional.

Ontem à tarde, a Câmara de Representantes (deputados) havia aprovado, por 246 votos a favor e 183 contra, a versão final do plano. Todos os republicanos foram contrários ao pacote.

Pelo acordo de quarta-feira entre Câmara e Senado, em vez de custar US$ 819 bilhões, como queriam os deputados, ou US$ 838 bilhões como pretendiam os senadores, o pacote ficou em cerca de US$ 787 bilhões, com 65% desse total destinado a gastos do governo federal e 35%, a créditos tributários.

17:16
Anónimo disse...
Economia nacional
Na era Lula, aposentadoria sobe 54% menos que salário mínimo

Thatiane Faria
Especial para o Terra
Direto de São Paulo

Os índices de reajustes concedidos pelo governo em 2009 para aposentados e pensionistas e para o salário mínimo repetiram uma diferença que, só durante o governo de Luiz Inácio Lula da Silva, já chega a 54%. Enquanto o mínimo foi majorado em 12% este ano, as pensões e aposentadorias tiveram aumento de 5,92%. Aposentados que têm o benefício do governo como única fonte de renda reclamam que perdem poder de compra e que sua cesta de compras é composta por itens que aumentam mais em relação à inflação oficial.

Um exemplo prático pode ser entendido a partir da comparação entre um aposentado que ganhava R$ 600 em janeiro de 2003. Na época, o benefício era três vezes, ou 200%, maior que o valor do mínimo em vigência, que era de R$ 200. Aplicando-se os índices de reajuste para aposentadorias e para o mínimo durante os últimos seis anos, o mesmo aposentado estaria recebendo hoje R$ 938,47, comparado a um salário mínimo de R$ 465. A diferença entre os dois valores caiu para pouco mais de 100%.

Enquanto o índice acumulado de reajuste para a aposentadoria durante o governo Lula foi de 60%, para o salário mínimo está em 132%.

O diretor do Sindicato Nacional dos Aposentados, João Inocentini, reclama que os valores dos benefícios para aposentadorias não mantêm o poder de compra do grupo, principalmente dos aposentados que recebem menos que dez salários mínimos.

Nem mesmo o fato de o índice de reajuste das aposentadorias ter ficado acima da inflação acumulada no mesmo período (o IPCA entre janeiro de 2003 e janeiro de 2009 foi de 39,7%) serve de argumento, segundo os aposentados.

"Os idosos, principalmente, têm gastos além das contas gerais como gás, telefone e aluguel. Para eles o custo com remédios, e outros itens da área saúde costuma ser maior", afirmou Inocentini.

O presidente do sindicato afirmou que o grupo realiza um estudo com 100 itens de necessidade de um idoso para comparar o aumento dos produtos com o índice de reajuste do benefício recebido pelos aposentados.

"Daqui dois meses vamos abrir um processo na Justiça e levar essa pesquisa como prova. Segundo a lei, o governo é obrigado a manter o poder de compra com a aposentadoria", disse Inocentini.

Alternativas
O consultor financeiro Cláudio Boriola diz que os aposentados, especialmente nesse momento de crise econômica, devem evitar compras parceladas, pesquisar preços, negociar e fazer bom planejamento financeiro.

Segundo Boriola, alguns aposentados ganham um valor mensal muitas vezes insuficiente para o pagamento das contas e acabam pedindo crédito ou realizando pagamentos a prazo e são obrigados a pagar juros altos.

Na opinião do consultor, pagar uma previdência privada é uma alternativa indicada para quem ainda trabalha, considerando a característica de perda de poder de compra da aposentadoria.

"Na prática, infelizmente os valores encontram-se em um patamar que está deteriorando o poder de aquisição da população brasileira", completou Boriola.

De acordo com o diretor da Confederação Brasileira de Aposentados e Pensionistas (Cobap), Vicente Fernandes Barbosa, representantes dos aposentados tentarão um encontro com o presidente da Câmara, deputado Michel Temer (PMDB-SP), para discutir projetos que minimizem a perda dos aposentados

17:17
Anónimo disse...
Previdência
Previdência prorroga isenção de tarifas no benefício

O atual sistema de pagamento aos 26 milhões de aposentados e pensionistas do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) será mantido até o final deste ano. O acordo, que permite realizar a operação sem nenhum custo aos beneficiários, foi renovado nesta sexta-feira, entre o governo federal e 21 instituições financeiras.

Por meio desse acordo, vigente desde setembro de 2007, nem os segurados, nem os bancos e nem o governo arcam com o pagamento de tarifas, conforme explicou o ministro da Previdência Social, José Pimentel. A prorrogação vale até dezembro, data máxima para que a Previdência defina as regras para um novo contrato.

Ao assinar o termo de renovação, na sede da Federação Brasileira dos Bancos (Febraban), o ministro disse que a intenção do governo é mudar o atual modelo de gestão visando a reduzir os custos dessas operações em torno da folha mensal, que atinge R$ 15,8 bilhões. No entanto, qualquer alteração, conforme explicou, passará antes por audiências públicas a serem realizadas a partir do segundo semestre deste ano, atendendo a determinação do Tribunal de Contas da União (TCU).

De acordo com Pimentel, com um redesenho do mecanismo de repasse dos recursos aos bancos em torno da folha de pagamento dos segurados o que se busca é um aumento da participação de instituições financeiras. Ele informou que, desde 2007, cada benefício custa em média R$ 1,07 ao governo. "Quanto mais instituições financeiras estiverem prestando serviços à sociedade, maior é a competitividade, a agilidade no atendimento", justificou.

O ministro observou, ainda, que, para permitir uma redução para algo em torno de meia hora no tempo de atendimento para a concessão dos direitos previdenciários, o governo investiu R$ 280 milhões.

Questionado sobre o descontentamento dos segurados que ganham acima de um salário mínimo terem obtido apenas a correção com base na variação do Índice de Preços ao Consumidor (INPC) , ficando abaixo do reajuste dado a quem recebe apenas o mínimo, Pimentel argumentou que o governo seguiu o que determina a lei e descartou a possibilidade de uma revisão

17:17
Anónimo disse...
Empresas
Caterpillar oferece aposentadoria antecipada a 2 mil


A companhia americana Caterpillar ofereceu a cerca de dois mil funcionários incentivos para que se aposentem de forma voluntária antes do previsto, pela perspectiva de uma queda "significativa" da atividade industrial, informou nesta quarta-feira a empresa.

A iniciativa, destinada aos trabalhadores de diversas fábricas em Illinois, Colorado, Tennessee e Pensilvânia, se soma aos cortes de empregos anunciados em janeiro, explicou em comunicado de imprensa.

A empresa, a maior fabricante mundial de maquinaria pesada para a construção e a mineração, acrescentou que, "em função das condições de negócio, podem ser necessárias mais reduções de elenco voluntárias e involuntárias à medida que o ano avança".

O vice-presidente da companhia, Sid Banwart, explicou que a empresa prevê "demissões significativas em todas as regiões geográficas e na maioria dos setores devido às dificuldades da economia mundial".

17:18
Anónimo disse...
Comércio
Comércio exterior da OCDE caiu no 3º trimestre de 2008


As exportações e as importações dos países da Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Econômico (OCDE) caíram 1,6% e 0,2%, respectivamente, no terceiro trimestre de 2008, em relação aos três meses anteriores.

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Trata-se da primeira queda destas atividades desde o terceiro trimestre de 2006, segundo o último relatório trimestral sobre fluxos comerciais divulgado pela OCDE.

As exportações e as importações em dólares dos 30 Estados-membros caíram 15,6% e 17%, respectivamente, na comparação anualizada.

Por sua vez, o comércio dos sete países mais ricos do mundo (G7) teve um pequeno crescimento no terceiro trimestre de 2008 com uma queda das exportações de mercadorias de 0,2% em relação ao trimestre anterior e um aumento de 0,4% das importações.

Em termos anualizados, as importações do G7 caíram 1,4% entre julho e setembro do ano passado, seu primeiro retrocesso desde o terceiro trimestre de 2006, enquanto as exportações aumentaram 1,9%, seu crescimento mais baixo no mesmo tempo.

Por países, a Alemanha aumentou suas importações em 3,4% - valor mais alto do G7 -, enquanto suas exportações caíram 2,9% do segundo para o terceiro trimestre de 2008.

Pelo contrário, as exportações americanas aumentaram 1,8% entre julho e setembro de 2008, enquanto as importações caíram 0,7% em relação ao trimestre anterior. No Japão, tanto as importações quanto as exportações caíram em torno de 1% no mesmo período.

17:19
Anónimo disse...
Economia Nacional
Lula: juros de crédito consignado a aposentados são altos

Atualizada às 17h29

O presidente Luis Inácio Lula da Silva afirmou nesta terça-feira, em São Paulo, que está lutando para reduzir as taxas de juros cobradas de aposentados em crédito consignado. A Previdência Social estabelece uma taxa máxima de 2,5% para empréstimo e de 3,5% para cartão. Para Lula, os valores são altos.

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"Acho que o juro que os aposentados estão pagando hoje com o crédito consignado é alto para o padrão brasileiro", disse o presidente durante a cerimônia de comemoração dos 86 anos do INSS.

A Previdência anunciou nesta terça-feira que aposentados e trabalhadoras com licença-maternidade poderão receber seus benefícios em 30 minutos. De acordo com Lula, em junho, a aposentadoria do trabalhador rural também será conseguida em meia hora.

Além disso, o presidente anunciou que, também em junho, os trabalhadores que alcançarem o direito à aposentadoria passarão a receber em suas casas um comunicado da Previdência informando o fato e o valor do salário que têm direito a receber. "É um comprometimento público que estou fazendo com os companheiros da Previdência Social", disse.

"Estamos retribuindo ao contribuinte da Previdência Social aquilo que é a cidadania que ele tem direito", afirmou Lula. "Se para cobrar nós somos tão precisos, para devolver o dinheiro, temos que chegar próximo à perfeição", completou.

17:20
Anónimo disse...
Economia Nacional
Salário maternidade sairá em 30 minutos, diz ministro

Toda trabalhadora autônoma que tiver contribuído pelo menos 10 meses com o Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) - ou as que possuírem carteira assinada - poderão receber em 30 minutos o salário maternidade a partir desta terça-feira. Da mesma forma, as mulheres com 30 anos de contribuição e os homens com 35 anos também terão direito ao benefício de forma mais rápida. A informação é do ministro da Previdência Social, José Pimentel.

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Para requerer o salário maternidade, é preciso que as autônomas levem a carteira de identidade e o carnê de contribuição. As demais trabalhadoras devem apresentar a identificação e a carteira de trabalho. Desde o início do mês, a nova forma de análise para a concessão de benefícios foi adotada para a aposentadoria por idade do trabalhador urbano e agora foi estendida para o salário maternidade e por tempo de contribuição.

O ministro disse que a qualificação do serviço da previdência social é o reconhecimento do direito dos trabalhadores e da afirmação da cidadania.

"Até pouco tempo na cabeça do cidadão o serviço devia ser de péssima qualidade. Agora não, nós modificamos toda a legislação no mês de dezembro numa ação conjunta do Congresso Nacional com o governo federal. Estamos implantando e concedendo os benefícios em até 30 minutos", afirmou.

O ministro destacou que para conseguir se aposentar ou ter acesso à licença maternidade em 30 minutos, em primeiro lugar, é necessário que o cidadão esteja vinculado à Previdência, o que inclui 65% da população acima de 16 anos de idade.

"Depois bastar marcar pelo sistema 135 o dia e a hora do atendimento e levar a documentação. Se todos os dados necessários estiverem corretos o contribuinte será atendido em até 30 minutos, como vem sendo feito com as aposentadorias por idade desde o dia cinco de janeiro", explicou.

Pimentel disse ainda que em 90% das agências da previdência social o atendimento é marcado em até 48 horas. Nos grandes centros, entretanto existe um volume maior o que torna mais lento o processo.

"Estamos criando mais 715 agências até 2010, em todo o território nacional, para descentralizar o atendimento. Em 2008, atendemos 295 mil benefícios e aposentadorias por idade. Temos 4 mil pessoas por dia procurando e se aposentando por idade no território nacional. Este serviço será agilizado", concluiu.

Anónimo disse...

Giuseppe Englaro, pai de Eluana, a italiana que morreu na segunda-feira passada por desidratação, recusou uma grande soma de dinheiro de um conhecido fotógrafo italiano que queria retratar a filha em estado de coma, disse neste sábado o neurologista que atendia a mulher desde 1996, Carlo Defanti.

O neurologista, que participou hoje de uma conferência sobre eutanásia, disse que Englaro respeitou a vontade da filha, que, antes do acidente, tinha pedido que, se lhe ocorresse qualquer coisa irreversível, apresentasse sua imagem de quando estava em boas condições.

Antes de sofrer o acidente de trânsito, em 1992, Eluana viveu o coma de um amigo, Alessandro, o que causou forte impacto na italiana e a levou a fazer o pai prometer que não a deixasse viver em estado vegetativo, disse o próprio Giuseppe Englaro.

Defanti, que dissera que Eluana poderia viver de dez a 12 dias depois da suspensão da alimentação e da hidratação, disse que, como médico, tinha que reprovar esta afirmação.

"Não se pode sobreviver após três ou quatro dias sem líquido e, em particular, água em um corpo. Sabemos bem que, quando há um terremoto, após quatro dias é difícil encontrar sobreviventes".

Defanti ressaltou que Eluana "não falava, não se comunicava com o exterior" e que, após vários exames, "nos deparamos com uma moça que tinha perdido a consciência", porque estava com o córtex cerebral prejudicado.

Eluana foi enterrada na quinta-feira passada no túmulo da família na localidade de Paluzza, em Udine, após um funeral que não contou com a presença dos pais.

16:53
Anónimo disse...
Os bombeiros combatem neste sábado os incêndios na Austrália favorecidos pelo bom tempo, enquanto os deslocados encotram em seu retorno casas derruídas, carros queimados nas ruas e destruição.

Depois de sete dias desde que começaram os incêndios no Estado de Victoria, a lista de mortos chega a 181, os desaparecidos somam 50, os edifícios destruídos totalizam 1,834 mil e o terreno arrasado, principalmente florestas, ocupa uma área de 4,13 mil quilômetros quadrados.

As equipes de bombeiros, formadas por 4 mil profissionais de Victoria, de outras partes da Austrália e de países amigos, combateram hoje 12 focos fora de controle e nenhum representava uma ameaça direta para a população.

O subdiretor do Serviço de Bombeiros, Geoff Conway, disse que este tempo favorável, que se prolongará durante o domingo, permite consolidar as linhas de contenção e avançar na extinção das chamas.

Cinzas apareceram arrastadas por ventos do nordeste sobre Melbourne, onde habitam 3,8 milhões de pessoas, e as autoridades alertaram aos cidadãos do risco para a saúde de idosos, crianças e pessoas com problemas respiratórios.

O número de pessoas deslocadas - a Cruz Vermelha chegou a receber 7 mil - começou a cair com a abertura de algumas localidades atingidas.

Os incêndios, alguns criminosos, começaram em 7 de fevereiro, quando a região sul da Austrália estava há duas semanas sob uma onda de calor sem precedentes.

Na sexta-feira passada, a polícia acusou uma pessoa de ter provocado o incêndio que atingiu a localidade de Churchill e matou 21 pessoas.

16:55
Anónimo disse...
A primeira chuva em seis dias reduziu a ameaça de incêndios no Estado de Victoria, ao sul da Austrália. As autoridades, porém, advertiram que ainda existem 12 focos, mas que nenhum deles ameaça áreas povoadas.

Mais de quatro mil bombeiros, mil provenientes de outras partes do país e de outras nações, trabalham contra o fogo. Cerca de 600 veículos e 28 helicópteros e pequenos aviões estão sendo usados.


Eles conseguiram construir linhas de contenção para evitar os incêndios de Yarra e Maroondah se juntassem. Também foram controlados os incêndios abertos de Yea e Murrindindi, que ameaçavam as comunidades de Connellys Creek, Crystal Creek, Scrubby Creek e Native Dog Creek.

O número de mortos chegou a 181, mas as autoridades acreditam que as vítimas devem passar de 200, já que ainda há muitos desaparecidos.

16:55
Anónimo disse...
Aqui nesta coluna, na semana passada, tive a oportunidade de comentar sobre a recente visita do professor brasileiro Pedrinho Guareschi à Austrália. Não dei, porém, os fatos, pois semana passada o assunto era outro.

Hoje, porém, vamos a eles.

No último dia 4 de fevereiro, aconteceu o Seminário "Paulo Freire: Education and Liberation", organizado pelo centro de estudos latino-americanos da Universidade Nacional da Austrália, ou ANU, como é mais conhecida por aqui.

A ANU, para quem não sabe, está entre as 20 melhores universidades do mundo! E tem sede aqui em Camberra, capital da Austrália.

Na abertura do evento, o professor John Minns, diretor do centro latino-americano, ao dar boas-vindas ao público presente, lembrou ser aquele o primeiro seminário exclusivamente dedicado a Paulo Freire na Austrália.

Em seguida, convidou Pedrinho Guareschi, palestrante principal do Seminário, a fazer sua apresentação.

A plateia pode então conhecer, pelas palavras de Pedrinho, um pouco da obra e da vida de Freire, esse brasileiro de fé e valor, que sempre acreditou na educação, sobretudo dos menos favorecidos, analfabetos, como força libertadora.

Como não podia deixar de ser, os conceitos e ideias revolucionários de Paulo Freire, expostos com clareza por Pedrinho, despertaram o interesse e a curiosidade de plateia. A qual, deve-se notar, era na maioria de estudantes, mas de várias nacionalidades, sobretudo australianos e asiáticos.

Na continuação do programa do seminário, que se estendeu por dois dias, outros professores fizeram palestras sobre temas ligados à obra de Paulo Freire.

Interessante, por exemplo, saber que a professora Anne Hickling-Hudson, jamaicana que mora na Austrália há muitos anos (é professora da ANU), conheceu e trabalhou com Freire num workshop educacional durante a revolução na Ilha de Granada, em 1980, antes da invasão dos Estados Unidos...

Ou, então, a palestra da Professora Gerda Roelvink, da Nova Zelândia, que participou do Fórum Social de Porto Alegre em 2005. E essa participação transformou-se em tema de doutorado.

No dia 10, terça-feira passada, o padre Pedrinho Guareschi voltou a falar ao público australiano em grande auditório localizado no belíssimo campus da ANU. Desta vez, sobre a Teologia da Libertação.

Depois da palestra, John Minns mostrou o filme mexicano "O Crime do Padre Amaro", no qual um dos personagens é um padre católico praticante da Teologia da Libertação.

Mais uma vez, foi grande o intersse da platéia, que pode aprender e conhecer um pouco como se desenvolveu aquele importante movimento católico na América Latina.

Fica, assim, ao Pedrinho, bem como a outros brasileiros estudiosos e de bom coração que saem pelo mundo a divulgar aspectos importantes da cultura brasileira, o respeito e a homenagem desta coluna. E... aquele abraço!

16:57
Anónimo disse...
Amanda Kitts perdeu o braço esquerdo em um acidente de automóvel acontecido três anos atrás, mas hoje em dia ela joga futebol americano com seu filho de 12 anos de idade, troca fraldas e abraça as crianças nas três creches Kiddie Cottage que opera em Knoxville, Tennessee. Kitts, 40 anos, faz tudo isso com a ajuda de um novo tipo de braço artificial que se movimenta com mais facilidade do que outros aparelhos e que ela pode controlar utilizando apenas seus pensamentos.

"Eu sou capaz de mexer a mão, o pulso e o cotovelo ao mesmo tempo", diz. "Você pensa e os músculos se movem em seguida".

A recuperação que ela conseguiu resulta de um novo procedimento que vem atraindo crescente atenção porque permite que pessoas movam braços protéticos de forma mais automática do que faziam no passado, simplesmente utilizando nervos reaproveitados em seus cérebros.

A técnica, conhecida como "renervação muscular dirigida", envolve utilizar os nervos que restam depois da amputação de um braço e conectá-los a outro músculo do corpo, em geral no peito. Eletrodos são instalados sobre os músculos do peito, e operam como se fossem antenas. Quando a pessoa deseja mover o braço, o cérebro envia sinais que primeiro resultam em contração dos músculos do peito, os quais enviam um sinal ao braço protético, instruindo-se a se movimentar. O processo não requer mais esforços consciente do que a pessoa teria de exercitar caso ainda tivesse seu braço natural.

Na terça-feira, pesquisadores reportaram em estudo publicado pela versão online do Journal of the American Medical Association que haviam levado a técnica ainda mais à frente, tornando possível a execução de 10 movimentos de mão, pulso e cotovelo diferentes, o que representa uma substancial melhora com relação ao típico repertório protético, que em geral envolve apenas dobrar o cotovelo, girar o pulso e abrir a mão.

"Os novos métodos tiveram impacto dramático em nosso campo de trabalho", disse Stuart Harshbarger, engenheiro biomédico na Universidade Johns Hopkins e diretor do programa de pesquisa sobre próteses, financiado pelas forças armadas, que inclui o trabalho com essa técnica. "O método já está em uso por médicos e cirurgiões comuns em todo o país. A capacidade de controlar um membro protético bastante robusto que ele confere surpreendeu a todos pela qualidade".

Tipicamente, uma pessoa que tenha um braço protético só é capaz de executar alguns poucos movimentos, e muitas vezes com tamanha lentidão que isso só permite a ela atividades limitadas.

Há um motor separado para cada movimento, diz Gerald Loeb, professor de engenharia biomédica na Universidade do Sul da Califórnia, "e esses motores precisam ser controlados de maneira explícita", usualmente por um esforço consciente da pessoa para contrair músculos nas costas ou no bíceps.

"Essencialmente, até agora os pacientes controlavam apenas um motor de cada vez", diz Loeb, "e precisavam pensar cuidadosamente sobre que motor desejavam controlar e como fazê-lo operar, em lugar de simplesmente pensarem em mover o braço e poderem fazê-lo sem delongas".

Antes que Kitts passasse pelo procedimento de renervação, em outubro de 2007, por exemplo, ela precisava movimentar os músculos de suas costas de determinada maneira para fazer com que seu pulso girasse, e flexionar seu bíceps e tríceps para fazer com que o cotovelo se movesse para cima e para baixo. "Era muito trabalho", ela conta. "E não me ajudava muito".

O procedimento de renervação é parte de uma recente explosão de idéias novas e técnicas inovadoras que estão sendo exploradas enquanto os cientistas se esforçam por ajudar as pessoas a compensar melhor a perda de membros ou problemas de paralisia. O esforço vem sendo alimentado pelo aumento no número de amputações causado por diabetes e por ferimentos sofridos pelos militares, e ao mesmo tempo pelos avanços na tecnologia médica.

Os braços se tornaram um dos focos essenciais desse tipo de trabalho. A ciência há muito vem obtendo sucessos no desenvolvimento de próteses de perna, mas é muito mais difícil imitar a complexidade e a destreza das mãos e dos braços.

Os esforços em curso incluem o desenvolvimento de projetos de pele e braços mais sensíveis e mais flexíveis, e o uso de dispositivos acionados por controles sem fio implantado nos braços protéticos, que permitiriam movimentos mais naturais.

Os pesquisadores também vêm usando sensores implantados nos cérebros de cobaias para permitir que dois macacos controlem um braço mecânico, e um teste com um homem paralítico permitiu, com esse método, que ele movimentasse um cursor em uma tela de computador.

Alguns desses métodos, caso venham a ser aperfeiçoados plenamente e consigam aprovação das autoridades regulatórias da saúde, podem no futuro se tornar mais viáveis para os pacientes de amputações.

E embora a técnica da renervação não requeira aprovação das autoridades regulatórias porque é executada por meios cirúrgicos e emprega aparelhos já existentes, ela apresenta limitações que até mesmo seus criadores reconhecem, entre as quais o fato de que não se pode utilizá-la para todos os pacientes, o seu alto custo e o prazo de meses requerido para que os nervos reconectados cresçam e se tornem efetivos.

Ainda assim, os especialistas dizem que é o mais avançado sistema em uso hoje para pacientes reais que permite que o sistema nervoso controle diretamente o movimento de um braço artificial.

Desde sua introdução por Todd Kuiken, médico fisioterapeuta e engenheiro biomédico do Instituto de Reabilitação de Chicago, o método foi empregado em cerca de 30 pacientes nos Estados Unidos, Canadá e Europa, entre os quais oito soldados feridos no Iraque e no Afeganistão.

Muitos dos pacientes, entre os quais o primeiro, Jesse Sullivan, um operário do setor elétrico no Tennessee que perdeu os dois braços quando foi eletrocutado por um cabo, conseguem não apenas manipular seus braços protéticos mas sentir a presença das mãos que já não têm quando alguém toca em seus peitos.

Sullivan, 62 anos, e Kitts, estavam entre os cinco pacientes que participaram do estudo reportado na terça-feira. Em companhia de cinco outras pessoas que não passaram por amputações, eles receberam os eletrodos e foram instruídos a usar pensamentos para fazer com que um braço virtual na tela reproduzisse 10 movimentos diferentes, entre os quais três formas diferentes de aperto de mão.

Os pacientes apresentaram desempenho bastante respeitável, apenas um pouco mais lento e menos preciso do que os dos participantes que não tinham amputações.

"As velocidades de movimento que encontramos em nossos pacientes foram realmente encorajadoras", disse Kuiken. "Eles conseguiram completar a tarefa. É claro que não foram tão competentes quanto as pessoas dotadas de plena capacidade física, mas foram bons o bastante".

Um braço virtual foi usado porque a maioria das próteses existentes não era capaz de acomodar todos aqueles movimentos, no momento da pesquisa, ainda que Sullivan, Kitts e uma terceira paciente, Claudia Mitchell, tenham experimentado dois novos protótipos mais versáteis de braços artificiais, executando tarefas complexas com bolas de tênis e outros objetos.

O trabalho de renervação em soldados apresenta outros desafios, diz Kuiken, porque os ferimentos militares muitas vezes "causam danos muitos extensos" a nervos, músculos ou ossos.

Daniel Acosta, 25 anos, um aviador ferido pela detonação de uma bomba em uma estrada do Iraque em 2005, passou pelo procedimento no ano passado e diz que seu braço esquerdo protético agora se movimenta "muito mais rápido" e de maneira muito mais natural.

"A diferença é que agora não preciso mais pensar para mover o braço", ele diz. "Ele simplesmente se mexe".

Ainda assim, Acosta, de San Antonio, diz que "o processo foi bastante longo" e que os eletrodos precisam ser ajustados para receber os sinais à medida que os nervos crescem ou mudam de posição.

E embora elogiem o método, os especialistas afirmam que a ciência das próteses de braço ainda tem muito por avançar.

"Trata-se de uma parte crucial, mas ainda assim apenas uma parte, das muitas coisas que compreendem a função normal de um braço", disse Loeb, que escreveu um editorial que acompanha o artigo no Journal of the American Medical Association.

"No momento estamos a meio do caminho entre o braço de 'Dr. Fantástico', que fazia involuntariamente a saudação nazista, e o braço de Luke Skywalker em 'Guerra nas Estrelas', que funciona sem nenhum problema assim que é conectado. Creio que precisaremos ainda de muitos anos para conectar todas as peças necessárias a produzir um braço capaz de funcionar normalmente".

17:04
Anónimo disse...
A Espanha disse neste sábado que está preparando uma reclamação oficial contra a decisão da Venezuela de expulsar um membro do Parlamento Europeu que criticou o conselho eleitoral venezuelano.
Luis Herrero, membro do partido conservador espanhol PP, foi deportado na sexta-feira depois que o Conselho Nacional Eleitoral (CNE) o acusou de questionar a imparcialidade da instituição antes de um referendo que pode permitir ao presidente Hugo Chávez permanecer no cargo indefinidamente.

Herrero estava na Venezuela como observador do referendo. Ele acusou Chávez de ter "comportamentos típicos de um ditador" por pedir a contenção de manifestações da oposição.

O governo da Espanha convocou um encontro com o embaixador da Venezuela em Madri para expressar a desaprovação sobre a expulsão de Herrero, disse um representante do Ministério das Relações Exteriores espanhol.

As relações da Venezuela com a Espanha tiveram seu ponto crítico em 2007, quando Chávez ameaçou rever acordos diplomáticos e comerciais depois de ouvir um "cala a boca" do rei espanhol Juan Carlos durante uma cúpula.

A fenda foi oficialmente reparada em 2008, com uma visita oficial de Chávez à Espanha, onde ele cumprimentou o rei e discutiu acordos para investimento no setor petroquímico com o primeiro-ministro José Luis Rodriguez Zapatero.

17:06
Anónimo disse...
A polícia do Zimbábue anunciou neste sábado que acusa de traição Roy Bennett, dirigente do até agora opositor Movimento para a Mudança Democrática (MDC), detido na sexta-feira, em Harare, poucas horas antes da cerimônia de posse dos membros do novo gabinete.

"A Polícia nos informou que vão apresentar acusações de traição", disse à agência EFE o advogado de defesa de Bennett, Trust Maanda.

"Tentam relacionar Roy com o caso de Mike Hitschmann, que foi detido em 2006 em relação à descoberta de um carregamento de armas, apesar de que Hitschmann não tenha sido declarado culpado das acusações de traição apresentadas contra ele, mas de um crime menor de descumprimento de leis", disse Maanda.

O político opositor, designado por seu partido como vice-ministro de Agricultura no Governo de união nacional, esteve no exílio na vizinha África do Sul desde 2006 e retornou ao Zimbábue há duas semanas.

Segundo a Polícia, que deteve Bennett ontem no aeroporto de Harare quando pretendia ir à África do Sul para visitar sua família, as armas apreendidas em 2006 seriam utilizadas em um golpe de Estado para derrubar o presidente do Zimbábue, Robert Mugabe.

Depois da detenção, Bennet foi levado a Mutar, onde vários simpatizantes do MDC se concentraram em frente à delegacia na qual estava detido, diante do que a Polícia respondeu com tiros para o alto para dispersar os manifestantes.

17:07
Anónimo disse...
Austrália: 14 mil se candidatam a 'emprego dos sonhos'

A secretaria de Turismo de Queensland, na Austrália, informou que até esta segunda-feira já recebeu cerca de 14 mil inscrições para o "o melhor emprego do mundo". O Estado australiano promove pela internet seleção para vaga de "zelador" da ilha Hamilton, por seis meses com um salário de R$ 40 mil.

Muitos candidatos tiveram problemas durante a inscrição por conta dos acessos simultâneos ao site. A secretaria aconselha enviar os vídeos de 60s explicando porque deve ser escolhido em horários alternativos do dia, além de recomendar tamanho em torno de 40MB.

As inscrições começaram em 12 de janeiro e vão até o próximo dia 22 e podem ser feitas pelo site www.islandreefjob.com. O governo australiano escolherá 50 candidatos para a próxima fase da seleção, que terá votos do público para eleger um dos 11 finalistas.

A última fase terá entrevistas e desafios físicos, no próprio local de trabalho: as ilhas da Grande Barreira Coralina - o maior recife de coral do mundo. A secretaria de Turismo anunciará o vencedor no dia 6 de maio.

17:09
Anónimo disse...
Mercado elogia governo na crise, mas pede maior queda no juro

Peter Fussy
Direto de São Paulo

Desde as primeiras medidas anunciadas para combater os efeitos da crise, o governo brasileiro avisou que a estratégia não contemplaria um pacote. Seriam doses pontuais, de acordo com a necessidade da economia diante do agravamento das turbulências. Da primeira liberação dos depósitos compulsórios em setembro até a ampliação do seguro-desemprego na última quarta-feira, o governo passou por redução de impostos, ampliação de crédito e incentivos à exportação. Quase 150 dias após a primeira medida, o Terra conversou com líderes do setor público e privado, representantes dos trabalhadores, acadêmicos e com o próprio governo para saber quais destas ações foram mais eficazes, quais foram mais ineficientes e o que mais pode ser feito pelo Estado brasileiro contra a crise.

Os maiores elogios foram direcionados à atitude de reduzir o Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) para a indústria automobilística, anunciada em dezembro e que fez com que os emplacamentos de carros novos subissem 1,9% no primeiro mês do ano em relação a dezembro de 2008. Já as maiores críticas foram para a lentidão no corte da taxa básica de juro do País.

Para o presidente do conselho administrativo do Grupo Pão de Açúcar, Abílio Diniz, o Estado não é responsável pela crise e mesmo assim está agindo "com extrema serenidade e muito acerto". "O governo está atento, fazendo a sua parte. É preciso coragem de baixar firmemente a taxa de juros. É uma arma que temos a nosso favor, já que não há clima para inflação, nem possibilidade de danos para a macroeconomia", afirmou Diniz.

Na última reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), em janeiro, a taxa Selic foi reduzida em um ponto percentual, de 13,75% para 12,75% ao ano. Porém, o professor de economia da Universidade de Brasília (UnB) José Luiz Oreiro lembra que este corte representa uma redução de apenas 0,25 ponto percentual com relação à taxa de setembro do ano passado, quando a crise se agravou.

"Pouco antes da eclosão da crise, o Banco Central aumentou a taxa em 0,75 ponto. Foram cinco meses de demora para reduzir em termos líquidos apenas 0,25 ponto", afirmou o economista, que também sugeriu redução do intervalo de cerca de 90 dias entre as reuniões do Copom e o corte de pelo menos um 1 ponto percentual em cada reunião.

Mesmo com o corte de janeiro, a taxa de juros real continua sendo a maior do mundo, lembrou o secretário-geral da Força Sindical, João Carlos Gonçalves, o Juruna. "A redução da taxa de juro ainda é pequena, porque ela continua uma das mais altas do mundo. Falta ousadia para baixar os juros e ajudar o cidadão. A permanência da taxa de juro alta é negativa para o País em meio a crise", afirmou Juruna.

Embora aprove as ações do governo, o senador Aloízio Mercadante (PT-SP) também acredita que o patamar da Selic está muito alto. "Sempre fomos os primeiros a entrar em qualquer crise, o que não aconteceu agora. A taxa Selic ainda é muito alta, mas o governo têm tomado medidas acertadas, como o aumento do salário mínimo, mesmo com um cenário de crise. Isso ajuda a movimentar o consumo. O governo está se esforçando para manter os investimentos e o crescimento", disse.

Tributos
De acordo com o economista Fabio Pina, da Fecomercio-SP, as ações mais positivas estão relacionadas à redução de tributos para alguns segmentos, como a indústria automobilística, que recuperou parte da queda nas vendas em janeiro com a isenção do IPI para carros 1.0 l e o corte para demais motorizações. A medida vale até o final de março.

"Essas medidas não só reduziram o preço, mas anteciparam o consumo daqueles que iriam comprar no futuro, dando um prêmio por conta da insegurança. Mexe diretamente com o principal problema que é a confiança do consumidor", afirmou. Juruna destacou que um bom ritmo de vendas é garantia de emprego. "É importante porque cada emprego na montadora significa 19 na cadeia produtiva", comentou o representante da Força Sindical.

Também em dezembro, o governo decidiu cortar pela metade a alíquota do Imposto de Renda para contribuintes que ganham entre R$ 1.434 e R$ 2.150 mensais. "O salário aumentava e a tabela não se modificava. As pessoas ganhavam mais e pagavam mais impostos", apontou Juruna. Outra redução de tributos do governo foi com relação ao Imposto sobre Operações Financeiras (IOF), que caiu de 3% ao ano para 1,5%.

Crédito
Na segunda metade de 2008, o colapso de bancos nos Estados Unidos por conta da crise do subprime provocou uma forte restrição de crédito no mundo inteiro. Uma das primeiras medidas anticrise do governo teve como objetivo restabelecer a oferta, com mudanças no recolhimento dos depósitos compulsórios por parte dos bancos. Segundo o presidente do Banco Central, Henrique Meirelles, as diversas modificações liberaram US$ 99,2 bilhões aos bancos até o final de janeiro.

Além disso, o governo concedeu R$ 36 bilhões das reservas internacionais para empresas brasileiras com dívidas no exterior e uma medida provisória autorizou o Banco do Brasil e a Caixa Econômica Federal a comprar carteiras de crédito de bancos privados. Para o diretor do Departamento de Pesquisas e Estudos Econômicos da Fiesp, Paulo Francini, estas medidas foram essenciais para combater os efeitos da crise.

"A crise se desenvolve no mundo em torno do tema crédito. E o crédito reduziu-se barbaridade no mundo. Então o governo lança mão de compulsório, lança mão de reservas, de medidas que permitem aos bancos comprar carteiras de bancos. Você vai tomando várias medidas para atender às demandas e o epicentro disso é crédito", afirmou.

No entanto, Oreiro, da UnB, adverte que a liberação dos compulsórios seria mais eficiente acompanhada de redução mais agressiva da taxa básica de juro. "Uma parte do crédito voltou, depois da forte retração em outubro e novembro. O que deveria ter sido feito junto à liberação do compulsório era uma redução mais drástica da taxa de juro. Sem isso, os bancos pegam as reservas e acabam comprando títulos públicos", explicou o economista.

Na opinião de Pina, as ações de distribuição de crédito via redução do compulsório e a disposição de capital de giro para empresas foram tomadas sem um cuidado maior na operação e não tiveram muito efeito. "O BNDES tem linhas que ficam paradas quase todo o ano, agora é pior ainda. Existem os recursos, mas as empresas e os bancos estão desconfiados. É preciso fazer com que os bancos tenham interesse em emprestar", afirmou o economista da Fecomercio-SP.

Futuro
Mesmo com todas essas medidas, a crise financeira ainda gera incertezas nos setores produtivos do País. Nos últimos meses, o medo do desemprego fez os consumidores adiarem compras. Por sua vez, a queda nas vendas pode obrigar as indústrias a cortarem a produção e demitir funcionários. Contra isso, empresários sugerem redução de jornada e de salários.

"Isto está previsto em lei. A Fiesp simplesmente manteve conversações com entidades sindicais quanto à aplicação daquilo que já está previsto em lei", afirmou Francini.

Segundo a ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff, uma das medidas que assegura um nível de emprego é a manutenção de investimentos no Programa de Aceleração do Crescimento (PAC). "Estamos esperando que a dificuldade ocorra em janeiro, fevereiro e março. Estamos certos que vamos manter o nível de investimento. É isso que funciona, é isso que significa investimento público. Ele funciona como um colchão. Por isso, nós colocamos R$ 100 bilhões no BNDES e a Petrobras ampliou o seu investimento em R$ 120 bilhões", afirmou.

Na mesma linha, Pina explica que a antecipação de gastos do governo substitui parte da demanda retraída do setor privado. "Ele dá o seguinte recado: não vou estourar as contas públicas, mas concentrar em um momento em que a demanda privada está pequena. Mas o governo não tem fôlego suficiente para fazer o papel de toda demanda", ressaltou. O economista da Fecomercio lembrou que a entidade já pleiteou junto ao governo isenções para transferência de imóveis e de automóveis, além de retirar o IPVA para veículos novos.

Já Oreiro foca suas propostas na capitalização do Banco do Brasil e da Caixa Econômica Federal pelo Tesouro para atender a demanda de crédito para capital de giro e reduzir o spread. "Aumentando o empréstimo e reduzindo as taxas, os dois vão forçar os bancos privados a acompanhar o movimento, até para não perderem participação no mercado", explicou o economista da UnB.

Até o Carnaval, o governou prometeu detalhar um pacote de incentivos para a construção de até um milhão de casas populares, direcionado a famílias com renda de até dez salários mínimos. "Estamos atentos a tudo o que está acontecendo e novas medidas serão tomadas caso haja uma avaliação de que sejam necessárias", disse o ministro da Fazenda, Guido Mantega, na última sexta-feira.

17:11
Anónimo disse...
Ex-ministro critica extensão do seguro-desemprego

Atualizada às 09h03

O ex-ministro do Trabalho Almir Pazzianotto criticou a decisão do governo federal de conceder o seguro-desemprego estendido a apenas alguns setores. "É certamente odioso e provavelmente inconstitucional", disse Pazzianotto, de acordo com o jornal O Estado de S. Paulo.

Na última qurta, dia do anúncio da medida, centrais sindicais elogiaram a atitude do governo. A Força Sindical divulgou nota dizendo que "o aumento ajudará a aquecer parte da economia, já que irá gerar mais consumo, produção e conseqüentemente, a criação de novos postos de trabalho". A União Geral dos Trabalhadores (UGT) afirmou que a medida "contribuirá para minimizar o drama dos trabalhadores que perderem seu emprego por conta da crise".

O ex-ministro, que instituiu o seguro-desemprego no País no governo de José Sarney, destacou a necessidade de as centrais sindicais se manifestarem contra a determinação. Para ele, as mudanças devem ser aplicadas a todas as categorias profissionais e a distinção é contrária ao artigo 3º da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT).

Pazzianotto atribui a medida a um possível temor do governo de que a crise econômica seja longa e não haja dinheiro para atender a todas as necessidades. Ainda assim, ele se mostra contrário ao método de concessão. "O seguro-desemprego ajuda a sanar necessidades básicas. Estendê-lo é paliativo, não a solução", disse ao jornal.

De acordo com o presidente do Conselho Deliberativo do Fundo de Amparo ao Trabalhador (Codefat) e conselheiro da Força Sindical, Luiz Fernando Emediato, a determinação já estava prevista na lei 8.900/94, que trata do seguro-desemprego.

O presidente da Comissão de Trabalho da Câmara, Pedro Fernandes (PTB-MA) vai além na crítica à concessão do seguro para apenas alguns setores. Ele acredita que a ampliação do benefício estimula o desemprego.

Quintino Severo, secretário geral da Central Única dos Trabalhadores (CUT), lembra que a ampliação do benefício sem critério e identificação pode incentivar demissões em outros setores.

17:13
Anónimo disse...
Empresas
TAM faz promoção para destinos internacionais

A companhia aérea TAM anunciou nesta sexta-feira tarifas promocionais para trechos internacionais. Os preços valem para bilhetes comprados entre 6h deste sábado e 23h59 deste domingo e são válidos para classe econômica. As tarifas, para ida e volta, serão vendidas a partir de US$ 99, mais taxas.

Segundo a aérea, a promoção vale para viagens feitas no período de 14 de fevereiro a 18 de junho de 2009. Para destinos na América do Sul, a permanência mínima é de dois dias; para bilhetes com destino nos Estados Unidos, cinco dias; e Europa, sete dias. A permanência máxima para as passagens para América do Sul e EUA é de dois meses e para Europa, três meses.

Entre os exemplos de tarifas promocionais, a TAM oferece São Paulo-Lima por US$ 99. Bilhetes para a rota São Paulo-Santiago serão vendidos a partir de US$ 199 e São Paulo-Nova York, US$ 799.

A emissão dos bilhetes deve ser feita obrigatoriamente no ato da reserva, obedecendo às regras estipuladas pela companhia. A compra está sujeita à disponibilidade de assentos nas classes tarifárias determinadas, trechos, horários e datas. A TAM afirmou que também há tarifas promocionais para a classe executiva.

Mais informações podem ser encontradas no site promocional (www.ofertastam.com.br), no site da empresa (www.tam.com.br) ou pelos telefones 4002-5700 ou 0800 5705700.

17:13
Anónimo disse...
Empresas
Consultoria negocia compra do parque temático Hopi Hari

A consultoria especializada em reestruturação de empresas Íntegra Associados informou nesta sexta-feira ter um acordo para comprar o parque de diversões Hopi Hari, localizado no interior de São Paulo. A empresa estaria disposta a investir R$ 10 milhões no parque, que tem dívida estimada em R$ 800 milhões. As informações são da edição deste sábado do jornal Folha de S. Paulo.

De acordo com o jornal, a transação ainda depende da negociação entre o Hopi Hari e seus credores, o que já estaria em andamento.

A consultoria paulista já atuou junto à Parmalat, durante 30 meses, quando reorganizou a gestão da empresa italiana.

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17:14
Anónimo disse...
Empresas
Disney de Tóquio contratará mais 2 mil apesar da crise


A Oriental Land, o operador da Disneylândia Tóquio e DisneySea, organizou neste domingo entrevistas para contratar cerca de 2 mil trabalhadores em tempo parcial, em um momento de grandes demissões deste tipo de empregados no Japão.

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O operador deste parque temático, situado em Urayasu, na província de Chiba (leste de Tóquio), está em pleno processo de seleção de empregados para 20 tipos de postos trabalhistas diferentes.

Segundo a companhia, citada pela agência local de notícias Kyodo, o parque contratará novos trabalhadores para as atrações, para os restaurantes e guardas de segurança entre outros. Os novos contratados começarão a trabalhar a partir de fevereiro.

O processo de seleção acontece em um momento em que a maioria das grandes companhias japonesas começaram a se ver obrigadas a despedir uma elevada percentagem de seus trabalhadores temporários e a tempo parcial.

Algumas inclusive anunciaram demissões de seus trabalhadores fixos, uma medida muito pouco comum nas companhias japonesas, perante os efeitos piores que o esperado pela crise econômica global.

Cerca de uma centena de pessoas esperavam desde a primeira hora desta manhã a abertura do centro de conferências Tokyo International Forum, onde as entrevistas estão sendo feitas, para ser os primeiros a solicitar os postos de trabalho.


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17:15
Anónimo disse...
Economia Internacional
Senado dos EUA aprova plano de estímulo à economia

O Senado dos Estados Unidos aprovou com 60 votos a favor e 38 contra o plano de estímulo à economia de US$ 787 bilhões na madrugada deste sábado. Agora, ele segue para sanção ou veto do presidente Barack Obama, que espera colocar a lei em prática até o dia 16 de fevereiro.

O plano prevê a criação de três milhões de empregos, inclui cortes de impostos às famílias, fundos para programas sociais e obras públicas, além de ajuda aos governos estaduais, estudantes e desempregados.

A cláusula Buy American - que exige o uso de ferro, aço e produtos manufaturados dos Estados Unidos em obras realizadas com recursos do pacote - ficou de lado. Segundo o texto definitivo, a cláusula será aplicada sem violar as normas do comércio internacional.

Ontem à tarde, a Câmara de Representantes (deputados) havia aprovado, por 246 votos a favor e 183 contra, a versão final do plano. Todos os republicanos foram contrários ao pacote.

Pelo acordo de quarta-feira entre Câmara e Senado, em vez de custar US$ 819 bilhões, como queriam os deputados, ou US$ 838 bilhões como pretendiam os senadores, o pacote ficou em cerca de US$ 787 bilhões, com 65% desse total destinado a gastos do governo federal e 35%, a créditos tributários.

17:16
Anónimo disse...
Economia nacional
Na era Lula, aposentadoria sobe 54% menos que salário mínimo

Thatiane Faria
Especial para o Terra
Direto de São Paulo

Os índices de reajustes concedidos pelo governo em 2009 para aposentados e pensionistas e para o salário mínimo repetiram uma diferença que, só durante o governo de Luiz Inácio Lula da Silva, já chega a 54%. Enquanto o mínimo foi majorado em 12% este ano, as pensões e aposentadorias tiveram aumento de 5,92%. Aposentados que têm o benefício do governo como única fonte de renda reclamam que perdem poder de compra e que sua cesta de compras é composta por itens que aumentam mais em relação à inflação oficial.

Um exemplo prático pode ser entendido a partir da comparação entre um aposentado que ganhava R$ 600 em janeiro de 2003. Na época, o benefício era três vezes, ou 200%, maior que o valor do mínimo em vigência, que era de R$ 200. Aplicando-se os índices de reajuste para aposentadorias e para o mínimo durante os últimos seis anos, o mesmo aposentado estaria recebendo hoje R$ 938,47, comparado a um salário mínimo de R$ 465. A diferença entre os dois valores caiu para pouco mais de 100%.

Enquanto o índice acumulado de reajuste para a aposentadoria durante o governo Lula foi de 60%, para o salário mínimo está em 132%.

O diretor do Sindicato Nacional dos Aposentados, João Inocentini, reclama que os valores dos benefícios para aposentadorias não mantêm o poder de compra do grupo, principalmente dos aposentados que recebem menos que dez salários mínimos.

Nem mesmo o fato de o índice de reajuste das aposentadorias ter ficado acima da inflação acumulada no mesmo período (o IPCA entre janeiro de 2003 e janeiro de 2009 foi de 39,7%) serve de argumento, segundo os aposentados.

"Os idosos, principalmente, têm gastos além das contas gerais como gás, telefone e aluguel. Para eles o custo com remédios, e outros itens da área saúde costuma ser maior", afirmou Inocentini.

O presidente do sindicato afirmou que o grupo realiza um estudo com 100 itens de necessidade de um idoso para comparar o aumento dos produtos com o índice de reajuste do benefício recebido pelos aposentados.

"Daqui dois meses vamos abrir um processo na Justiça e levar essa pesquisa como prova. Segundo a lei, o governo é obrigado a manter o poder de compra com a aposentadoria", disse Inocentini.

Alternativas
O consultor financeiro Cláudio Boriola diz que os aposentados, especialmente nesse momento de crise econômica, devem evitar compras parceladas, pesquisar preços, negociar e fazer bom planejamento financeiro.

Segundo Boriola, alguns aposentados ganham um valor mensal muitas vezes insuficiente para o pagamento das contas e acabam pedindo crédito ou realizando pagamentos a prazo e são obrigados a pagar juros altos.

Na opinião do consultor, pagar uma previdência privada é uma alternativa indicada para quem ainda trabalha, considerando a característica de perda de poder de compra da aposentadoria.

"Na prática, infelizmente os valores encontram-se em um patamar que está deteriorando o poder de aquisição da população brasileira", completou Boriola.

De acordo com o diretor da Confederação Brasileira de Aposentados e Pensionistas (Cobap), Vicente Fernandes Barbosa, representantes dos aposentados tentarão um encontro com o presidente da Câmara, deputado Michel Temer (PMDB-SP), para discutir projetos que minimizem a perda dos aposentados

17:17
Anónimo disse...
Previdência
Previdência prorroga isenção de tarifas no benefício

O atual sistema de pagamento aos 26 milhões de aposentados e pensionistas do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) será mantido até o final deste ano. O acordo, que permite realizar a operação sem nenhum custo aos beneficiários, foi renovado nesta sexta-feira, entre o governo federal e 21 instituições financeiras.

Por meio desse acordo, vigente desde setembro de 2007, nem os segurados, nem os bancos e nem o governo arcam com o pagamento de tarifas, conforme explicou o ministro da Previdência Social, José Pimentel. A prorrogação vale até dezembro, data máxima para que a Previdência defina as regras para um novo contrato.

Ao assinar o termo de renovação, na sede da Federação Brasileira dos Bancos (Febraban), o ministro disse que a intenção do governo é mudar o atual modelo de gestão visando a reduzir os custos dessas operações em torno da folha mensal, que atinge R$ 15,8 bilhões. No entanto, qualquer alteração, conforme explicou, passará antes por audiências públicas a serem realizadas a partir do segundo semestre deste ano, atendendo a determinação do Tribunal de Contas da União (TCU).

De acordo com Pimentel, com um redesenho do mecanismo de repasse dos recursos aos bancos em torno da folha de pagamento dos segurados o que se busca é um aumento da participação de instituições financeiras. Ele informou que, desde 2007, cada benefício custa em média R$ 1,07 ao governo. "Quanto mais instituições financeiras estiverem prestando serviços à sociedade, maior é a competitividade, a agilidade no atendimento", justificou.

O ministro observou, ainda, que, para permitir uma redução para algo em torno de meia hora no tempo de atendimento para a concessão dos direitos previdenciários, o governo investiu R$ 280 milhões.

Questionado sobre o descontentamento dos segurados que ganham acima de um salário mínimo terem obtido apenas a correção com base na variação do Índice de Preços ao Consumidor (INPC) , ficando abaixo do reajuste dado a quem recebe apenas o mínimo, Pimentel argumentou que o governo seguiu o que determina a lei e descartou a possibilidade de uma revisão

17:17
Anónimo disse...
Empresas
Caterpillar oferece aposentadoria antecipada a 2 mil


A companhia americana Caterpillar ofereceu a cerca de dois mil funcionários incentivos para que se aposentem de forma voluntária antes do previsto, pela perspectiva de uma queda "significativa" da atividade industrial, informou nesta quarta-feira a empresa.

A iniciativa, destinada aos trabalhadores de diversas fábricas em Illinois, Colorado, Tennessee e Pensilvânia, se soma aos cortes de empregos anunciados em janeiro, explicou em comunicado de imprensa.

A empresa, a maior fabricante mundial de maquinaria pesada para a construção e a mineração, acrescentou que, "em função das condições de negócio, podem ser necessárias mais reduções de elenco voluntárias e involuntárias à medida que o ano avança".

O vice-presidente da companhia, Sid Banwart, explicou que a empresa prevê "demissões significativas em todas as regiões geográficas e na maioria dos setores devido às dificuldades da economia mundial".

17:18
Anónimo disse...
Comércio
Comércio exterior da OCDE caiu no 3º trimestre de 2008


As exportações e as importações dos países da Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Econômico (OCDE) caíram 1,6% e 0,2%, respectivamente, no terceiro trimestre de 2008, em relação aos três meses anteriores.

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Trata-se da primeira queda destas atividades desde o terceiro trimestre de 2006, segundo o último relatório trimestral sobre fluxos comerciais divulgado pela OCDE.

As exportações e as importações em dólares dos 30 Estados-membros caíram 15,6% e 17%, respectivamente, na comparação anualizada.

Por sua vez, o comércio dos sete países mais ricos do mundo (G7) teve um pequeno crescimento no terceiro trimestre de 2008 com uma queda das exportações de mercadorias de 0,2% em relação ao trimestre anterior e um aumento de 0,4% das importações.

Em termos anualizados, as importações do G7 caíram 1,4% entre julho e setembro do ano passado, seu primeiro retrocesso desde o terceiro trimestre de 2006, enquanto as exportações aumentaram 1,9%, seu crescimento mais baixo no mesmo tempo.

Por países, a Alemanha aumentou suas importações em 3,4% - valor mais alto do G7 -, enquanto suas exportações caíram 2,9% do segundo para o terceiro trimestre de 2008.

Pelo contrário, as exportações americanas aumentaram 1,8% entre julho e setembro de 2008, enquanto as importações caíram 0,7% em relação ao trimestre anterior. No Japão, tanto as importações quanto as exportações caíram em torno de 1% no mesmo período.

17:19
Anónimo disse...
Economia Nacional
Lula: juros de crédito consignado a aposentados são altos

Atualizada às 17h29

O presidente Luis Inácio Lula da Silva afirmou nesta terça-feira, em São Paulo, que está lutando para reduzir as taxas de juros cobradas de aposentados em crédito consignado. A Previdência Social estabelece uma taxa máxima de 2,5% para empréstimo e de 3,5% para cartão. Para Lula, os valores são altos.

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"Acho que o juro que os aposentados estão pagando hoje com o crédito consignado é alto para o padrão brasileiro", disse o presidente durante a cerimônia de comemoração dos 86 anos do INSS.

A Previdência anunciou nesta terça-feira que aposentados e trabalhadoras com licença-maternidade poderão receber seus benefícios em 30 minutos. De acordo com Lula, em junho, a aposentadoria do trabalhador rural também será conseguida em meia hora.

Além disso, o presidente anunciou que, também em junho, os trabalhadores que alcançarem o direito à aposentadoria passarão a receber em suas casas um comunicado da Previdência informando o fato e o valor do salário que têm direito a receber. "É um comprometimento público que estou fazendo com os companheiros da Previdência Social", disse.

"Estamos retribuindo ao contribuinte da Previdência Social aquilo que é a cidadania que ele tem direito", afirmou Lula. "Se para cobrar nós somos tão precisos, para devolver o dinheiro, temos que chegar próximo à perfeição", completou.

17:20
Anónimo disse...
Economia Nacional
Salário maternidade sairá em 30 minutos, diz ministro

Toda trabalhadora autônoma que tiver contribuído pelo menos 10 meses com o Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) - ou as que possuírem carteira assinada - poderão receber em 30 minutos o salário maternidade a partir desta terça-feira. Da mesma forma, as mulheres com 30 anos de contribuição e os homens com 35 anos também terão direito ao benefício de forma mais rápida. A informação é do ministro da Previdência Social, José Pimentel.

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Para requerer o salário maternidade, é preciso que as autônomas levem a carteira de identidade e o carnê de contribuição. As demais trabalhadoras devem apresentar a identificação e a carteira de trabalho. Desde o início do mês, a nova forma de análise para a concessão de benefícios foi adotada para a aposentadoria por idade do trabalhador urbano e agora foi estendida para o salário maternidade e por tempo de contribuição.

O ministro disse que a qualificação do serviço da previdência social é o reconhecimento do direito dos trabalhadores e da afirmação da cidadania.

"Até pouco tempo na cabeça do cidadão o serviço devia ser de péssima qualidade. Agora não, nós modificamos toda a legislação no mês de dezembro numa ação conjunta do Congresso Nacional com o governo federal. Estamos implantando e concedendo os benefícios em até 30 minutos", afirmou.

O ministro destacou que para conseguir se aposentar ou ter acesso à licença maternidade em 30 minutos, em primeiro lugar, é necessário que o cidadão esteja vinculado à Previdência, o que inclui 65% da população acima de 16 anos de idade.

"Depois bastar marcar pelo sistema 135 o dia e a hora do atendimento e levar a documentação. Se todos os dados necessários estiverem corretos o contribuinte será atendido em até 30 minutos, como vem sendo feito com as aposentadorias por idade desde o dia cinco de janeiro", explicou.

Pimentel disse ainda que em 90% das agências da previdência social o atendimento é marcado em até 48 horas. Nos grandes centros, entretanto existe um volume maior o que torna mais lento o processo.

"Estamos criando mais 715 agências até 2010, em todo o território nacional, para descentralizar o atendimento. Em 2008, atendemos 295 mil benefícios e aposentadorias por idade. Temos 4 mil pessoas por dia procurando e se aposentando por idade no território nacional. Este serviço será agilizado", concluiu.

Anónimo disse...

Os bombeiros combatem neste sábado os incêndios na Austrália favorecidos pelo bom tempo, enquanto os deslocados encotram em seu retorno casas derruídas, carros queimados nas ruas e destruição.

Depois de sete dias desde que começaram os incêndios no Estado de Victoria, a lista de mortos chega a 181, os desaparecidos somam 50, os edifícios destruídos totalizam 1,834 mil e o terreno arrasado, principalmente florestas, ocupa uma área de 4,13 mil quilômetros quadrados.

As equipes de bombeiros, formadas por 4 mil profissionais de Victoria, de outras partes da Austrália e de países amigos, combateram hoje 12 focos fora de controle e nenhum representava uma ameaça direta para a população.

O subdiretor do Serviço de Bombeiros, Geoff Conway, disse que este tempo favorável, que se prolongará durante o domingo, permite consolidar as linhas de contenção e avançar na extinção das chamas.

Cinzas apareceram arrastadas por ventos do nordeste sobre Melbourne, onde habitam 3,8 milhões de pessoas, e as autoridades alertaram aos cidadãos do risco para a saúde de idosos, crianças e pessoas com problemas respiratórios.

O número de pessoas deslocadas - a Cruz Vermelha chegou a receber 7 mil - começou a cair com a abertura de algumas localidades atingidas.

Os incêndios, alguns criminosos, começaram em 7 de fevereiro, quando a região sul da Austrália estava há duas semanas sob uma onda de calor sem precedentes.

Na sexta-feira passada, a polícia acusou uma pessoa de ter provocado o incêndio que atingiu a localidade de Churchill e matou 21 pessoas.

16:55
Anónimo disse...
A primeira chuva em seis dias reduziu a ameaça de incêndios no Estado de Victoria, ao sul da Austrália. As autoridades, porém, advertiram que ainda existem 12 focos, mas que nenhum deles ameaça áreas povoadas.

Mais de quatro mil bombeiros, mil provenientes de outras partes do país e de outras nações, trabalham contra o fogo. Cerca de 600 veículos e 28 helicópteros e pequenos aviões estão sendo usados.


Eles conseguiram construir linhas de contenção para evitar os incêndios de Yarra e Maroondah se juntassem. Também foram controlados os incêndios abertos de Yea e Murrindindi, que ameaçavam as comunidades de Connellys Creek, Crystal Creek, Scrubby Creek e Native Dog Creek.

O número de mortos chegou a 181, mas as autoridades acreditam que as vítimas devem passar de 200, já que ainda há muitos desaparecidos.

16:55
Anónimo disse...
Aqui nesta coluna, na semana passada, tive a oportunidade de comentar sobre a recente visita do professor brasileiro Pedrinho Guareschi à Austrália. Não dei, porém, os fatos, pois semana passada o assunto era outro.

Hoje, porém, vamos a eles.

No último dia 4 de fevereiro, aconteceu o Seminário "Paulo Freire: Education and Liberation", organizado pelo centro de estudos latino-americanos da Universidade Nacional da Austrália, ou ANU, como é mais conhecida por aqui.

A ANU, para quem não sabe, está entre as 20 melhores universidades do mundo! E tem sede aqui em Camberra, capital da Austrália.

Na abertura do evento, o professor John Minns, diretor do centro latino-americano, ao dar boas-vindas ao público presente, lembrou ser aquele o primeiro seminário exclusivamente dedicado a Paulo Freire na Austrália.

Em seguida, convidou Pedrinho Guareschi, palestrante principal do Seminário, a fazer sua apresentação.

A plateia pode então conhecer, pelas palavras de Pedrinho, um pouco da obra e da vida de Freire, esse brasileiro de fé e valor, que sempre acreditou na educação, sobretudo dos menos favorecidos, analfabetos, como força libertadora.

Como não podia deixar de ser, os conceitos e ideias revolucionários de Paulo Freire, expostos com clareza por Pedrinho, despertaram o interesse e a curiosidade de plateia. A qual, deve-se notar, era na maioria de estudantes, mas de várias nacionalidades, sobretudo australianos e asiáticos.

Na continuação do programa do seminário, que se estendeu por dois dias, outros professores fizeram palestras sobre temas ligados à obra de Paulo Freire.

Interessante, por exemplo, saber que a professora Anne Hickling-Hudson, jamaicana que mora na Austrália há muitos anos (é professora da ANU), conheceu e trabalhou com Freire num workshop educacional durante a revolução na Ilha de Granada, em 1980, antes da invasão dos Estados Unidos...

Ou, então, a palestra da Professora Gerda Roelvink, da Nova Zelândia, que participou do Fórum Social de Porto Alegre em 2005. E essa participação transformou-se em tema de doutorado.

No dia 10, terça-feira passada, o padre Pedrinho Guareschi voltou a falar ao público australiano em grande auditório localizado no belíssimo campus da ANU. Desta vez, sobre a Teologia da Libertação.

Depois da palestra, John Minns mostrou o filme mexicano "O Crime do Padre Amaro", no qual um dos personagens é um padre católico praticante da Teologia da Libertação.

Mais uma vez, foi grande o intersse da platéia, que pode aprender e conhecer um pouco como se desenvolveu aquele importante movimento católico na América Latina.

Fica, assim, ao Pedrinho, bem como a outros brasileiros estudiosos e de bom coração que saem pelo mundo a divulgar aspectos importantes da cultura brasileira, o respeito e a homenagem desta coluna. E... aquele abraço!

16:57
Anónimo disse...
Amanda Kitts perdeu o braço esquerdo em um acidente de automóvel acontecido três anos atrás, mas hoje em dia ela joga futebol americano com seu filho de 12 anos de idade, troca fraldas e abraça as crianças nas três creches Kiddie Cottage que opera em Knoxville, Tennessee. Kitts, 40 anos, faz tudo isso com a ajuda de um novo tipo de braço artificial que se movimenta com mais facilidade do que outros aparelhos e que ela pode controlar utilizando apenas seus pensamentos.

"Eu sou capaz de mexer a mão, o pulso e o cotovelo ao mesmo tempo", diz. "Você pensa e os músculos se movem em seguida".

A recuperação que ela conseguiu resulta de um novo procedimento que vem atraindo crescente atenção porque permite que pessoas movam braços protéticos de forma mais automática do que faziam no passado, simplesmente utilizando nervos reaproveitados em seus cérebros.

A técnica, conhecida como "renervação muscular dirigida", envolve utilizar os nervos que restam depois da amputação de um braço e conectá-los a outro músculo do corpo, em geral no peito. Eletrodos são instalados sobre os músculos do peito, e operam como se fossem antenas. Quando a pessoa deseja mover o braço, o cérebro envia sinais que primeiro resultam em contração dos músculos do peito, os quais enviam um sinal ao braço protético, instruindo-se a se movimentar. O processo não requer mais esforços consciente do que a pessoa teria de exercitar caso ainda tivesse seu braço natural.

Na terça-feira, pesquisadores reportaram em estudo publicado pela versão online do Journal of the American Medical Association que haviam levado a técnica ainda mais à frente, tornando possível a execução de 10 movimentos de mão, pulso e cotovelo diferentes, o que representa uma substancial melhora com relação ao típico repertório protético, que em geral envolve apenas dobrar o cotovelo, girar o pulso e abrir a mão.

"Os novos métodos tiveram impacto dramático em nosso campo de trabalho", disse Stuart Harshbarger, engenheiro biomédico na Universidade Johns Hopkins e diretor do programa de pesquisa sobre próteses, financiado pelas forças armadas, que inclui o trabalho com essa técnica. "O método já está em uso por médicos e cirurgiões comuns em todo o país. A capacidade de controlar um membro protético bastante robusto que ele confere surpreendeu a todos pela qualidade".

Tipicamente, uma pessoa que tenha um braço protético só é capaz de executar alguns poucos movimentos, e muitas vezes com tamanha lentidão que isso só permite a ela atividades limitadas.

Há um motor separado para cada movimento, diz Gerald Loeb, professor de engenharia biomédica na Universidade do Sul da Califórnia, "e esses motores precisam ser controlados de maneira explícita", usualmente por um esforço consciente da pessoa para contrair músculos nas costas ou no bíceps.

"Essencialmente, até agora os pacientes controlavam apenas um motor de cada vez", diz Loeb, "e precisavam pensar cuidadosamente sobre que motor desejavam controlar e como fazê-lo operar, em lugar de simplesmente pensarem em mover o braço e poderem fazê-lo sem delongas".

Antes que Kitts passasse pelo procedimento de renervação, em outubro de 2007, por exemplo, ela precisava movimentar os músculos de suas costas de determinada maneira para fazer com que seu pulso girasse, e flexionar seu bíceps e tríceps para fazer com que o cotovelo se movesse para cima e para baixo. "Era muito trabalho", ela conta. "E não me ajudava muito".

O procedimento de renervação é parte de uma recente explosão de idéias novas e técnicas inovadoras que estão sendo exploradas enquanto os cientistas se esforçam por ajudar as pessoas a compensar melhor a perda de membros ou problemas de paralisia. O esforço vem sendo alimentado pelo aumento no número de amputações causado por diabetes e por ferimentos sofridos pelos militares, e ao mesmo tempo pelos avanços na tecnologia médica.

Os braços se tornaram um dos focos essenciais desse tipo de trabalho. A ciência há muito vem obtendo sucessos no desenvolvimento de próteses de perna, mas é muito mais difícil imitar a complexidade e a destreza das mãos e dos braços.

Os esforços em curso incluem o desenvolvimento de projetos de pele e braços mais sensíveis e mais flexíveis, e o uso de dispositivos acionados por controles sem fio implantado nos braços protéticos, que permitiriam movimentos mais naturais.

Os pesquisadores também vêm usando sensores implantados nos cérebros de cobaias para permitir que dois macacos controlem um braço mecânico, e um teste com um homem paralítico permitiu, com esse método, que ele movimentasse um cursor em uma tela de computador.

Alguns desses métodos, caso venham a ser aperfeiçoados plenamente e consigam aprovação das autoridades regulatórias da saúde, podem no futuro se tornar mais viáveis para os pacientes de amputações.

E embora a técnica da renervação não requeira aprovação das autoridades regulatórias porque é executada por meios cirúrgicos e emprega aparelhos já existentes, ela apresenta limitações que até mesmo seus criadores reconhecem, entre as quais o fato de que não se pode utilizá-la para todos os pacientes, o seu alto custo e o prazo de meses requerido para que os nervos reconectados cresçam e se tornem efetivos.

Ainda assim, os especialistas dizem que é o mais avançado sistema em uso hoje para pacientes reais que permite que o sistema nervoso controle diretamente o movimento de um braço artificial.

Desde sua introdução por Todd Kuiken, médico fisioterapeuta e engenheiro biomédico do Instituto de Reabilitação de Chicago, o método foi empregado em cerca de 30 pacientes nos Estados Unidos, Canadá e Europa, entre os quais oito soldados feridos no Iraque e no Afeganistão.

Muitos dos pacientes, entre os quais o primeiro, Jesse Sullivan, um operário do setor elétrico no Tennessee que perdeu os dois braços quando foi eletrocutado por um cabo, conseguem não apenas manipular seus braços protéticos mas sentir a presença das mãos que já não têm quando alguém toca em seus peitos.

Sullivan, 62 anos, e Kitts, estavam entre os cinco pacientes que participaram do estudo reportado na terça-feira. Em companhia de cinco outras pessoas que não passaram por amputações, eles receberam os eletrodos e foram instruídos a usar pensamentos para fazer com que um braço virtual na tela reproduzisse 10 movimentos diferentes, entre os quais três formas diferentes de aperto de mão.

Os pacientes apresentaram desempenho bastante respeitável, apenas um pouco mais lento e menos preciso do que os dos participantes que não tinham amputações.

"As velocidades de movimento que encontramos em nossos pacientes foram realmente encorajadoras", disse Kuiken. "Eles conseguiram completar a tarefa. É claro que não foram tão competentes quanto as pessoas dotadas de plena capacidade física, mas foram bons o bastante".

Um braço virtual foi usado porque a maioria das próteses existentes não era capaz de acomodar todos aqueles movimentos, no momento da pesquisa, ainda que Sullivan, Kitts e uma terceira paciente, Claudia Mitchell, tenham experimentado dois novos protótipos mais versáteis de braços artificiais, executando tarefas complexas com bolas de tênis e outros objetos.

O trabalho de renervação em soldados apresenta outros desafios, diz Kuiken, porque os ferimentos militares muitas vezes "causam danos muitos extensos" a nervos, músculos ou ossos.

Daniel Acosta, 25 anos, um aviador ferido pela detonação de uma bomba em uma estrada do Iraque em 2005, passou pelo procedimento no ano passado e diz que seu braço esquerdo protético agora se movimenta "muito mais rápido" e de maneira muito mais natural.

"A diferença é que agora não preciso mais pensar para mover o braço", ele diz. "Ele simplesmente se mexe".

Ainda assim, Acosta, de San Antonio, diz que "o processo foi bastante longo" e que os eletrodos precisam ser ajustados para receber os sinais à medida que os nervos crescem ou mudam de posição.

E embora elogiem o método, os especialistas afirmam que a ciência das próteses de braço ainda tem muito por avançar.

"Trata-se de uma parte crucial, mas ainda assim apenas uma parte, das muitas coisas que compreendem a função normal de um braço", disse Loeb, que escreveu um editorial que acompanha o artigo no Journal of the American Medical Association.

"No momento estamos a meio do caminho entre o braço de 'Dr. Fantástico', que fazia involuntariamente a saudação nazista, e o braço de Luke Skywalker em 'Guerra nas Estrelas', que funciona sem nenhum problema assim que é conectado. Creio que precisaremos ainda de muitos anos para conectar todas as peças necessárias a produzir um braço capaz de funcionar normalmente".

17:04
Anónimo disse...
A Espanha disse neste sábado que está preparando uma reclamação oficial contra a decisão da Venezuela de expulsar um membro do Parlamento Europeu que criticou o conselho eleitoral venezuelano.
Luis Herrero, membro do partido conservador espanhol PP, foi deportado na sexta-feira depois que o Conselho Nacional Eleitoral (CNE) o acusou de questionar a imparcialidade da instituição antes de um referendo que pode permitir ao presidente Hugo Chávez permanecer no cargo indefinidamente.

Herrero estava na Venezuela como observador do referendo. Ele acusou Chávez de ter "comportamentos típicos de um ditador" por pedir a contenção de manifestações da oposição.

O governo da Espanha convocou um encontro com o embaixador da Venezuela em Madri para expressar a desaprovação sobre a expulsão de Herrero, disse um representante do Ministério das Relações Exteriores espanhol.

As relações da Venezuela com a Espanha tiveram seu ponto crítico em 2007, quando Chávez ameaçou rever acordos diplomáticos e comerciais depois de ouvir um "cala a boca" do rei espanhol Juan Carlos durante uma cúpula.

A fenda foi oficialmente reparada em 2008, com uma visita oficial de Chávez à Espanha, onde ele cumprimentou o rei e discutiu acordos para investimento no setor petroquímico com o primeiro-ministro José Luis Rodriguez Zapatero.

17:06
Anónimo disse...
A polícia do Zimbábue anunciou neste sábado que acusa de traição Roy Bennett, dirigente do até agora opositor Movimento para a Mudança Democrática (MDC), detido na sexta-feira, em Harare, poucas horas antes da cerimônia de posse dos membros do novo gabinete.

"A Polícia nos informou que vão apresentar acusações de traição", disse à agência EFE o advogado de defesa de Bennett, Trust Maanda.

"Tentam relacionar Roy com o caso de Mike Hitschmann, que foi detido em 2006 em relação à descoberta de um carregamento de armas, apesar de que Hitschmann não tenha sido declarado culpado das acusações de traição apresentadas contra ele, mas de um crime menor de descumprimento de leis", disse Maanda.

O político opositor, designado por seu partido como vice-ministro de Agricultura no Governo de união nacional, esteve no exílio na vizinha África do Sul desde 2006 e retornou ao Zimbábue há duas semanas.

Segundo a Polícia, que deteve Bennett ontem no aeroporto de Harare quando pretendia ir à África do Sul para visitar sua família, as armas apreendidas em 2006 seriam utilizadas em um golpe de Estado para derrubar o presidente do Zimbábue, Robert Mugabe.

Depois da detenção, Bennet foi levado a Mutar, onde vários simpatizantes do MDC se concentraram em frente à delegacia na qual estava detido, diante do que a Polícia respondeu com tiros para o alto para dispersar os manifestantes.

17:07
Anónimo disse...
Austrália: 14 mil se candidatam a 'emprego dos sonhos'

A secretaria de Turismo de Queensland, na Austrália, informou que até esta segunda-feira já recebeu cerca de 14 mil inscrições para o "o melhor emprego do mundo". O Estado australiano promove pela internet seleção para vaga de "zelador" da ilha Hamilton, por seis meses com um salário de R$ 40 mil.

Muitos candidatos tiveram problemas durante a inscrição por conta dos acessos simultâneos ao site. A secretaria aconselha enviar os vídeos de 60s explicando porque deve ser escolhido em horários alternativos do dia, além de recomendar tamanho em torno de 40MB.

As inscrições começaram em 12 de janeiro e vão até o próximo dia 22 e podem ser feitas pelo site www.islandreefjob.com. O governo australiano escolherá 50 candidatos para a próxima fase da seleção, que terá votos do público para eleger um dos 11 finalistas.

A última fase terá entrevistas e desafios físicos, no próprio local de trabalho: as ilhas da Grande Barreira Coralina - o maior recife de coral do mundo. A secretaria de Turismo anunciará o vencedor no dia 6 de maio.

17:09
Anónimo disse...
Mercado elogia governo na crise, mas pede maior queda no juro

Peter Fussy
Direto de São Paulo

Desde as primeiras medidas anunciadas para combater os efeitos da crise, o governo brasileiro avisou que a estratégia não contemplaria um pacote. Seriam doses pontuais, de acordo com a necessidade da economia diante do agravamento das turbulências. Da primeira liberação dos depósitos compulsórios em setembro até a ampliação do seguro-desemprego na última quarta-feira, o governo passou por redução de impostos, ampliação de crédito e incentivos à exportação. Quase 150 dias após a primeira medida, o Terra conversou com líderes do setor público e privado, representantes dos trabalhadores, acadêmicos e com o próprio governo para saber quais destas ações foram mais eficazes, quais foram mais ineficientes e o que mais pode ser feito pelo Estado brasileiro contra a crise.

Os maiores elogios foram direcionados à atitude de reduzir o Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) para a indústria automobilística, anunciada em dezembro e que fez com que os emplacamentos de carros novos subissem 1,9% no primeiro mês do ano em relação a dezembro de 2008. Já as maiores críticas foram para a lentidão no corte da taxa básica de juro do País.

Para o presidente do conselho administrativo do Grupo Pão de Açúcar, Abílio Diniz, o Estado não é responsável pela crise e mesmo assim está agindo "com extrema serenidade e muito acerto". "O governo está atento, fazendo a sua parte. É preciso coragem de baixar firmemente a taxa de juros. É uma arma que temos a nosso favor, já que não há clima para inflação, nem possibilidade de danos para a macroeconomia", afirmou Diniz.

Na última reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), em janeiro, a taxa Selic foi reduzida em um ponto percentual, de 13,75% para 12,75% ao ano. Porém, o professor de economia da Universidade de Brasília (UnB) José Luiz Oreiro lembra que este corte representa uma redução de apenas 0,25 ponto percentual com relação à taxa de setembro do ano passado, quando a crise se agravou.

"Pouco antes da eclosão da crise, o Banco Central aumentou a taxa em 0,75 ponto. Foram cinco meses de demora para reduzir em termos líquidos apenas 0,25 ponto", afirmou o economista, que também sugeriu redução do intervalo de cerca de 90 dias entre as reuniões do Copom e o corte de pelo menos um 1 ponto percentual em cada reunião.

Mesmo com o corte de janeiro, a taxa de juros real continua sendo a maior do mundo, lembrou o secretário-geral da Força Sindical, João Carlos Gonçalves, o Juruna. "A redução da taxa de juro ainda é pequena, porque ela continua uma das mais altas do mundo. Falta ousadia para baixar os juros e ajudar o cidadão. A permanência da taxa de juro alta é negativa para o País em meio a crise", afirmou Juruna.

Embora aprove as ações do governo, o senador Aloízio Mercadante (PT-SP) também acredita que o patamar da Selic está muito alto. "Sempre fomos os primeiros a entrar em qualquer crise, o que não aconteceu agora. A taxa Selic ainda é muito alta, mas o governo têm tomado medidas acertadas, como o aumento do salário mínimo, mesmo com um cenário de crise. Isso ajuda a movimentar o consumo. O governo está se esforçando para manter os investimentos e o crescimento", disse.

Tributos
De acordo com o economista Fabio Pina, da Fecomercio-SP, as ações mais positivas estão relacionadas à redução de tributos para alguns segmentos, como a indústria automobilística, que recuperou parte da queda nas vendas em janeiro com a isenção do IPI para carros 1.0 l e o corte para demais motorizações. A medida vale até o final de março.

"Essas medidas não só reduziram o preço, mas anteciparam o consumo daqueles que iriam comprar no futuro, dando um prêmio por conta da insegurança. Mexe diretamente com o principal problema que é a confiança do consumidor", afirmou. Juruna destacou que um bom ritmo de vendas é garantia de emprego. "É importante porque cada emprego na montadora significa 19 na cadeia produtiva", comentou o representante da Força Sindical.

Também em dezembro, o governo decidiu cortar pela metade a alíquota do Imposto de Renda para contribuintes que ganham entre R$ 1.434 e R$ 2.150 mensais. "O salário aumentava e a tabela não se modificava. As pessoas ganhavam mais e pagavam mais impostos", apontou Juruna. Outra redução de tributos do governo foi com relação ao Imposto sobre Operações Financeiras (IOF), que caiu de 3% ao ano para 1,5%.

Crédito
Na segunda metade de 2008, o colapso de bancos nos Estados Unidos por conta da crise do subprime provocou uma forte restrição de crédito no mundo inteiro. Uma das primeiras medidas anticrise do governo teve como objetivo restabelecer a oferta, com mudanças no recolhimento dos depósitos compulsórios por parte dos bancos. Segundo o presidente do Banco Central, Henrique Meirelles, as diversas modificações liberaram US$ 99,2 bilhões aos bancos até o final de janeiro.

Além disso, o governo concedeu R$ 36 bilhões das reservas internacionais para empresas brasileiras com dívidas no exterior e uma medida provisória autorizou o Banco do Brasil e a Caixa Econômica Federal a comprar carteiras de crédito de bancos privados. Para o diretor do Departamento de Pesquisas e Estudos Econômicos da Fiesp, Paulo Francini, estas medidas foram essenciais para combater os efeitos da crise.

"A crise se desenvolve no mundo em torno do tema crédito. E o crédito reduziu-se barbaridade no mundo. Então o governo lança mão de compulsório, lança mão de reservas, de medidas que permitem aos bancos comprar carteiras de bancos. Você vai tomando várias medidas para atender às demandas e o epicentro disso é crédito", afirmou.

No entanto, Oreiro, da UnB, adverte que a liberação dos compulsórios seria mais eficiente acompanhada de redução mais agressiva da taxa básica de juro. "Uma parte do crédito voltou, depois da forte retração em outubro e novembro. O que deveria ter sido feito junto à liberação do compulsório era uma redução mais drástica da taxa de juro. Sem isso, os bancos pegam as reservas e acabam comprando títulos públicos", explicou o economista.

Na opinião de Pina, as ações de distribuição de crédito via redução do compulsório e a disposição de capital de giro para empresas foram tomadas sem um cuidado maior na operação e não tiveram muito efeito. "O BNDES tem linhas que ficam paradas quase todo o ano, agora é pior ainda. Existem os recursos, mas as empresas e os bancos estão desconfiados. É preciso fazer com que os bancos tenham interesse em emprestar", afirmou o economista da Fecomercio-SP.

Futuro
Mesmo com todas essas medidas, a crise financeira ainda gera incertezas nos setores produtivos do País. Nos últimos meses, o medo do desemprego fez os consumidores adiarem compras. Por sua vez, a queda nas vendas pode obrigar as indústrias a cortarem a produção e demitir funcionários. Contra isso, empresários sugerem redução de jornada e de salários.

"Isto está previsto em lei. A Fiesp simplesmente manteve conversações com entidades sindicais quanto à aplicação daquilo que já está previsto em lei", afirmou Francini.

Segundo a ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff, uma das medidas que assegura um nível de emprego é a manutenção de investimentos no Programa de Aceleração do Crescimento (PAC). "Estamos esperando que a dificuldade ocorra em janeiro, fevereiro e março. Estamos certos que vamos manter o nível de investimento. É isso que funciona, é isso que significa investimento público. Ele funciona como um colchão. Por isso, nós colocamos R$ 100 bilhões no BNDES e a Petrobras ampliou o seu investimento em R$ 120 bilhões", afirmou.

Na mesma linha, Pina explica que a antecipação de gastos do governo substitui parte da demanda retraída do setor privado. "Ele dá o seguinte recado: não vou estourar as contas públicas, mas concentrar em um momento em que a demanda privada está pequena. Mas o governo não tem fôlego suficiente para fazer o papel de toda demanda", ressaltou. O economista da Fecomercio lembrou que a entidade já pleiteou junto ao governo isenções para transferência de imóveis e de automóveis, além de retirar o IPVA para veículos novos.

Já Oreiro foca suas propostas na capitalização do Banco do Brasil e da Caixa Econômica Federal pelo Tesouro para atender a demanda de crédito para capital de giro e reduzir o spread. "Aumentando o empréstimo e reduzindo as taxas, os dois vão forçar os bancos privados a acompanhar o movimento, até para não perderem participação no mercado", explicou o economista da UnB.

Até o Carnaval, o governou prometeu detalhar um pacote de incentivos para a construção de até um milhão de casas populares, direcionado a famílias com renda de até dez salários mínimos. "Estamos atentos a tudo o que está acontecendo e novas medidas serão tomadas caso haja uma avaliação de que sejam necessárias", disse o ministro da Fazenda, Guido Mantega, na última sexta-feira.

17:11
Anónimo disse...
Ex-ministro critica extensão do seguro-desemprego

Atualizada às 09h03

O ex-ministro do Trabalho Almir Pazzianotto criticou a decisão do governo federal de conceder o seguro-desemprego estendido a apenas alguns setores. "É certamente odioso e provavelmente inconstitucional", disse Pazzianotto, de acordo com o jornal O Estado de S. Paulo.

Na última qurta, dia do anúncio da medida, centrais sindicais elogiaram a atitude do governo. A Força Sindical divulgou nota dizendo que "o aumento ajudará a aquecer parte da economia, já que irá gerar mais consumo, produção e conseqüentemente, a criação de novos postos de trabalho". A União Geral dos Trabalhadores (UGT) afirmou que a medida "contribuirá para minimizar o drama dos trabalhadores que perderem seu emprego por conta da crise".

O ex-ministro, que instituiu o seguro-desemprego no País no governo de José Sarney, destacou a necessidade de as centrais sindicais se manifestarem contra a determinação. Para ele, as mudanças devem ser aplicadas a todas as categorias profissionais e a distinção é contrária ao artigo 3º da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT).

Pazzianotto atribui a medida a um possível temor do governo de que a crise econômica seja longa e não haja dinheiro para atender a todas as necessidades. Ainda assim, ele se mostra contrário ao método de concessão. "O seguro-desemprego ajuda a sanar necessidades básicas. Estendê-lo é paliativo, não a solução", disse ao jornal.

De acordo com o presidente do Conselho Deliberativo do Fundo de Amparo ao Trabalhador (Codefat) e conselheiro da Força Sindical, Luiz Fernando Emediato, a determinação já estava prevista na lei 8.900/94, que trata do seguro-desemprego.

O presidente da Comissão de Trabalho da Câmara, Pedro Fernandes (PTB-MA) vai além na crítica à concessão do seguro para apenas alguns setores. Ele acredita que a ampliação do benefício estimula o desemprego.

Quintino Severo, secretário geral da Central Única dos Trabalhadores (CUT), lembra que a ampliação do benefício sem critério e identificação pode incentivar demissões em outros setores.

17:13
Anónimo disse...
Empresas
TAM faz promoção para destinos internacionais

A companhia aérea TAM anunciou nesta sexta-feira tarifas promocionais para trechos internacionais. Os preços valem para bilhetes comprados entre 6h deste sábado e 23h59 deste domingo e são válidos para classe econômica. As tarifas, para ida e volta, serão vendidas a partir de US$ 99, mais taxas.

Segundo a aérea, a promoção vale para viagens feitas no período de 14 de fevereiro a 18 de junho de 2009. Para destinos na América do Sul, a permanência mínima é de dois dias; para bilhetes com destino nos Estados Unidos, cinco dias; e Europa, sete dias. A permanência máxima para as passagens para América do Sul e EUA é de dois meses e para Europa, três meses.

Entre os exemplos de tarifas promocionais, a TAM oferece São Paulo-Lima por US$ 99. Bilhetes para a rota São Paulo-Santiago serão vendidos a partir de US$ 199 e São Paulo-Nova York, US$ 799.

A emissão dos bilhetes deve ser feita obrigatoriamente no ato da reserva, obedecendo às regras estipuladas pela companhia. A compra está sujeita à disponibilidade de assentos nas classes tarifárias determinadas, trechos, horários e datas. A TAM afirmou que também há tarifas promocionais para a classe executiva.

Mais informações podem ser encontradas no site promocional (www.ofertastam.com.br), no site da empresa (www.tam.com.br) ou pelos telefones 4002-5700 ou 0800 5705700.

17:13
Anónimo disse...
Empresas
Consultoria negocia compra do parque temático Hopi Hari

A consultoria especializada em reestruturação de empresas Íntegra Associados informou nesta sexta-feira ter um acordo para comprar o parque de diversões Hopi Hari, localizado no interior de São Paulo. A empresa estaria disposta a investir R$ 10 milhões no parque, que tem dívida estimada em R$ 800 milhões. As informações são da edição deste sábado do jornal Folha de S. Paulo.

De acordo com o jornal, a transação ainda depende da negociação entre o Hopi Hari e seus credores, o que já estaria em andamento.

A consultoria paulista já atuou junto à Parmalat, durante 30 meses, quando reorganizou a gestão da empresa italiana.

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17:14
Anónimo disse...
Empresas
Disney de Tóquio contratará mais 2 mil apesar da crise


A Oriental Land, o operador da Disneylândia Tóquio e DisneySea, organizou neste domingo entrevistas para contratar cerca de 2 mil trabalhadores em tempo parcial, em um momento de grandes demissões deste tipo de empregados no Japão.

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O operador deste parque temático, situado em Urayasu, na província de Chiba (leste de Tóquio), está em pleno processo de seleção de empregados para 20 tipos de postos trabalhistas diferentes.

Segundo a companhia, citada pela agência local de notícias Kyodo, o parque contratará novos trabalhadores para as atrações, para os restaurantes e guardas de segurança entre outros. Os novos contratados começarão a trabalhar a partir de fevereiro.

O processo de seleção acontece em um momento em que a maioria das grandes companhias japonesas começaram a se ver obrigadas a despedir uma elevada percentagem de seus trabalhadores temporários e a tempo parcial.

Algumas inclusive anunciaram demissões de seus trabalhadores fixos, uma medida muito pouco comum nas companhias japonesas, perante os efeitos piores que o esperado pela crise econômica global.

Cerca de uma centena de pessoas esperavam desde a primeira hora desta manhã a abertura do centro de conferências Tokyo International Forum, onde as entrevistas estão sendo feitas, para ser os primeiros a solicitar os postos de trabalho.


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17:15
Anónimo disse...
Economia Internacional
Senado dos EUA aprova plano de estímulo à economia

O Senado dos Estados Unidos aprovou com 60 votos a favor e 38 contra o plano de estímulo à economia de US$ 787 bilhões na madrugada deste sábado. Agora, ele segue para sanção ou veto do presidente Barack Obama, que espera colocar a lei em prática até o dia 16 de fevereiro.

O plano prevê a criação de três milhões de empregos, inclui cortes de impostos às famílias, fundos para programas sociais e obras públicas, além de ajuda aos governos estaduais, estudantes e desempregados.

A cláusula Buy American - que exige o uso de ferro, aço e produtos manufaturados dos Estados Unidos em obras realizadas com recursos do pacote - ficou de lado. Segundo o texto definitivo, a cláusula será aplicada sem violar as normas do comércio internacional.

Ontem à tarde, a Câmara de Representantes (deputados) havia aprovado, por 246 votos a favor e 183 contra, a versão final do plano. Todos os republicanos foram contrários ao pacote.

Pelo acordo de quarta-feira entre Câmara e Senado, em vez de custar US$ 819 bilhões, como queriam os deputados, ou US$ 838 bilhões como pretendiam os senadores, o pacote ficou em cerca de US$ 787 bilhões, com 65% desse total destinado a gastos do governo federal e 35%, a créditos tributários.

17:16
Anónimo disse...
Economia nacional
Na era Lula, aposentadoria sobe 54% menos que salário mínimo

Thatiane Faria
Especial para o Terra
Direto de São Paulo

Os índices de reajustes concedidos pelo governo em 2009 para aposentados e pensionistas e para o salário mínimo repetiram uma diferença que, só durante o governo de Luiz Inácio Lula da Silva, já chega a 54%. Enquanto o mínimo foi majorado em 12% este ano, as pensões e aposentadorias tiveram aumento de 5,92%. Aposentados que têm o benefício do governo como única fonte de renda reclamam que perdem poder de compra e que sua cesta de compras é composta por itens que aumentam mais em relação à inflação oficial.

Um exemplo prático pode ser entendido a partir da comparação entre um aposentado que ganhava R$ 600 em janeiro de 2003. Na época, o benefício era três vezes, ou 200%, maior que o valor do mínimo em vigência, que era de R$ 200. Aplicando-se os índices de reajuste para aposentadorias e para o mínimo durante os últimos seis anos, o mesmo aposentado estaria recebendo hoje R$ 938,47, comparado a um salário mínimo de R$ 465. A diferença entre os dois valores caiu para pouco mais de 100%.

Enquanto o índice acumulado de reajuste para a aposentadoria durante o governo Lula foi de 60%, para o salário mínimo está em 132%.

O diretor do Sindicato Nacional dos Aposentados, João Inocentini, reclama que os valores dos benefícios para aposentadorias não mantêm o poder de compra do grupo, principalmente dos aposentados que recebem menos que dez salários mínimos.

Nem mesmo o fato de o índice de reajuste das aposentadorias ter ficado acima da inflação acumulada no mesmo período (o IPCA entre janeiro de 2003 e janeiro de 2009 foi de 39,7%) serve de argumento, segundo os aposentados.

"Os idosos, principalmente, têm gastos além das contas gerais como gás, telefone e aluguel. Para eles o custo com remédios, e outros itens da área saúde costuma ser maior", afirmou Inocentini.

O presidente do sindicato afirmou que o grupo realiza um estudo com 100 itens de necessidade de um idoso para comparar o aumento dos produtos com o índice de reajuste do benefício recebido pelos aposentados.

"Daqui dois meses vamos abrir um processo na Justiça e levar essa pesquisa como prova. Segundo a lei, o governo é obrigado a manter o poder de compra com a aposentadoria", disse Inocentini.

Alternativas
O consultor financeiro Cláudio Boriola diz que os aposentados, especialmente nesse momento de crise econômica, devem evitar compras parceladas, pesquisar preços, negociar e fazer bom planejamento financeiro.

Segundo Boriola, alguns aposentados ganham um valor mensal muitas vezes insuficiente para o pagamento das contas e acabam pedindo crédito ou realizando pagamentos a prazo e são obrigados a pagar juros altos.

Na opinião do consultor, pagar uma previdência privada é uma alternativa indicada para quem ainda trabalha, considerando a característica de perda de poder de compra da aposentadoria.

"Na prática, infelizmente os valores encontram-se em um patamar que está deteriorando o poder de aquisição da população brasileira", completou Boriola.

De acordo com o diretor da Confederação Brasileira de Aposentados e Pensionistas (Cobap), Vicente Fernandes Barbosa, representantes dos aposentados tentarão um encontro com o presidente da Câmara, deputado Michel Temer (PMDB-SP), para discutir projetos que minimizem a perda dos aposentados

17:17
Anónimo disse...
Previdência
Previdência prorroga isenção de tarifas no benefício

O atual sistema de pagamento aos 26 milhões de aposentados e pensionistas do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) será mantido até o final deste ano. O acordo, que permite realizar a operação sem nenhum custo aos beneficiários, foi renovado nesta sexta-feira, entre o governo federal e 21 instituições financeiras.

Por meio desse acordo, vigente desde setembro de 2007, nem os segurados, nem os bancos e nem o governo arcam com o pagamento de tarifas, conforme explicou o ministro da Previdência Social, José Pimentel. A prorrogação vale até dezembro, data máxima para que a Previdência defina as regras para um novo contrato.

Ao assinar o termo de renovação, na sede da Federação Brasileira dos Bancos (Febraban), o ministro disse que a intenção do governo é mudar o atual modelo de gestão visando a reduzir os custos dessas operações em torno da folha mensal, que atinge R$ 15,8 bilhões. No entanto, qualquer alteração, conforme explicou, passará antes por audiências públicas a serem realizadas a partir do segundo semestre deste ano, atendendo a determinação do Tribunal de Contas da União (TCU).

De acordo com Pimentel, com um redesenho do mecanismo de repasse dos recursos aos bancos em torno da folha de pagamento dos segurados o que se busca é um aumento da participação de instituições financeiras. Ele informou que, desde 2007, cada benefício custa em média R$ 1,07 ao governo. "Quanto mais instituições financeiras estiverem prestando serviços à sociedade, maior é a competitividade, a agilidade no atendimento", justificou.

O ministro observou, ainda, que, para permitir uma redução para algo em torno de meia hora no tempo de atendimento para a concessão dos direitos previdenciários, o governo investiu R$ 280 milhões.

Questionado sobre o descontentamento dos segurados que ganham acima de um salário mínimo terem obtido apenas a correção com base na variação do Índice de Preços ao Consumidor (INPC) , ficando abaixo do reajuste dado a quem recebe apenas o mínimo, Pimentel argumentou que o governo seguiu o que determina a lei e descartou a possibilidade de uma revisão

17:17
Anónimo disse...
Empresas
Caterpillar oferece aposentadoria antecipada a 2 mil


A companhia americana Caterpillar ofereceu a cerca de dois mil funcionários incentivos para que se aposentem de forma voluntária antes do previsto, pela perspectiva de uma queda "significativa" da atividade industrial, informou nesta quarta-feira a empresa.

A iniciativa, destinada aos trabalhadores de diversas fábricas em Illinois, Colorado, Tennessee e Pensilvânia, se soma aos cortes de empregos anunciados em janeiro, explicou em comunicado de imprensa.

A empresa, a maior fabricante mundial de maquinaria pesada para a construção e a mineração, acrescentou que, "em função das condições de negócio, podem ser necessárias mais reduções de elenco voluntárias e involuntárias à medida que o ano avança".

O vice-presidente da companhia, Sid Banwart, explicou que a empresa prevê "demissões significativas em todas as regiões geográficas e na maioria dos setores devido às dificuldades da economia mundial".

17:18
Anónimo disse...
Comércio
Comércio exterior da OCDE caiu no 3º trimestre de 2008


As exportações e as importações dos países da Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Econômico (OCDE) caíram 1,6% e 0,2%, respectivamente, no terceiro trimestre de 2008, em relação aos três meses anteriores.

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Trata-se da primeira queda destas atividades desde o terceiro trimestre de 2006, segundo o último relatório trimestral sobre fluxos comerciais divulgado pela OCDE.

As exportações e as importações em dólares dos 30 Estados-membros caíram 15,6% e 17%, respectivamente, na comparação anualizada.

Por sua vez, o comércio dos sete países mais ricos do mundo (G7) teve um pequeno crescimento no terceiro trimestre de 2008 com uma queda das exportações de mercadorias de 0,2% em relação ao trimestre anterior e um aumento de 0,4% das importações.

Em termos anualizados, as importações do G7 caíram 1,4% entre julho e setembro do ano passado, seu primeiro retrocesso desde o terceiro trimestre de 2006, enquanto as exportações aumentaram 1,9%, seu crescimento mais baixo no mesmo tempo.

Por países, a Alemanha aumentou suas importações em 3,4% - valor mais alto do G7 -, enquanto suas exportações caíram 2,9% do segundo para o terceiro trimestre de 2008.

Pelo contrário, as exportações americanas aumentaram 1,8% entre julho e setembro de 2008, enquanto as importações caíram 0,7% em relação ao trimestre anterior. No Japão, tanto as importações quanto as exportações caíram em torno de 1% no mesmo período.

17:19
Anónimo disse...
Economia Nacional
Lula: juros de crédito consignado a aposentados são altos

Atualizada às 17h29

O presidente Luis Inácio Lula da Silva afirmou nesta terça-feira, em São Paulo, que está lutando para reduzir as taxas de juros cobradas de aposentados em crédito consignado. A Previdência Social estabelece uma taxa máxima de 2,5% para empréstimo e de 3,5% para cartão. Para Lula, os valores são altos.

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"Acho que o juro que os aposentados estão pagando hoje com o crédito consignado é alto para o padrão brasileiro", disse o presidente durante a cerimônia de comemoração dos 86 anos do INSS.

A Previdência anunciou nesta terça-feira que aposentados e trabalhadoras com licença-maternidade poderão receber seus benefícios em 30 minutos. De acordo com Lula, em junho, a aposentadoria do trabalhador rural também será conseguida em meia hora.

Além disso, o presidente anunciou que, também em junho, os trabalhadores que alcançarem o direito à aposentadoria passarão a receber em suas casas um comunicado da Previdência informando o fato e o valor do salário que têm direito a receber. "É um comprometimento público que estou fazendo com os companheiros da Previdência Social", disse.

"Estamos retribuindo ao contribuinte da Previdência Social aquilo que é a cidadania que ele tem direito", afirmou Lula. "Se para cobrar nós somos tão precisos, para devolver o dinheiro, temos que chegar próximo à perfeição", completou.

17:20
Anónimo disse...
Economia Nacional
Salário maternidade sairá em 30 minutos, diz ministro

Toda trabalhadora autônoma que tiver contribuído pelo menos 10 meses com o Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) - ou as que possuírem carteira assinada - poderão receber em 30 minutos o salário maternidade a partir desta terça-feira. Da mesma forma, as mulheres com 30 anos de contribuição e os homens com 35 anos também terão direito ao benefício de forma mais rápida. A informação é do ministro da Previdência Social, José Pimentel.

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Para requerer o salário maternidade, é preciso que as autônomas levem a carteira de identidade e o carnê de contribuição. As demais trabalhadoras devem apresentar a identificação e a carteira de trabalho. Desde o início do mês, a nova forma de análise para a concessão de benefícios foi adotada para a aposentadoria por idade do trabalhador urbano e agora foi estendida para o salário maternidade e por tempo de contribuição.

O ministro disse que a qualificação do serviço da previdência social é o reconhecimento do direito dos trabalhadores e da afirmação da cidadania.

"Até pouco tempo na cabeça do cidadão o serviço devia ser de péssima qualidade. Agora não, nós modificamos toda a legislação no mês de dezembro numa ação conjunta do Congresso Nacional com o governo federal. Estamos implantando e concedendo os benefícios em até 30 minutos", afirmou.

O ministro destacou que para conseguir se aposentar ou ter acesso à licença maternidade em 30 minutos, em primeiro lugar, é necessário que o cidadão esteja vinculado à Previdência, o que inclui 65% da população acima de 16 anos de idade.

"Depois bastar marcar pelo sistema 135 o dia e a hora do atendimento e levar a documentação. Se todos os dados necessários estiverem corretos o contribuinte será atendido em até 30 minutos, como vem sendo feito com as aposentadorias por idade desde o dia cinco de janeiro", explicou.

Pimentel disse ainda que em 90% das agências da previdência social o atendimento é marcado em até 48 horas. Nos grandes centros, entretanto existe um volume maior o que torna mais lento o processo.

"Estamos criando mais 715 agências até 2010, em todo o território nacional, para descentralizar o atendimento. Em 2008, atendemos 295 mil benefícios e aposentadorias por idade. Temos 4 mil pessoas por dia procurando e se aposentando por idade no território nacional. Este serviço será agilizado", concluiu.

17:21
Anónimo disse...
Giuseppe Englaro, pai de Eluana, a italiana que morreu na segunda-feira passada por desidratação, recusou uma grande soma de dinheiro de um conhecido fotógrafo italiano que queria retratar a filha em estado de coma, disse neste sábado o neurologista que atendia a mulher desde 1996, Carlo Defanti.

O neurologista, que participou hoje de uma conferência sobre eutanásia, disse que Englaro respeitou a vontade da filha, que, antes do acidente, tinha pedido que, se lhe ocorresse qualquer coisa irreversível, apresentasse sua imagem de quando estava em boas condições.

Antes de sofrer o acidente de trânsito, em 1992, Eluana viveu o coma de um amigo, Alessandro, o que causou forte impacto na italiana e a levou a fazer o pai prometer que não a deixasse viver em estado vegetativo, disse o próprio Giuseppe Englaro.

Defanti, que dissera que Eluana poderia viver de dez a 12 dias depois da suspensão da alimentação e da hidratação, disse que, como médico, tinha que reprovar esta afirmação.

"Não se pode sobreviver após três ou quatro dias sem líquido e, em particular, água em um corpo. Sabemos bem que, quando há um terremoto, após quatro dias é difícil encontrar sobreviventes".

Defanti ressaltou que Eluana "não falava, não se comunicava com o exterior" e que, após vários exames, "nos deparamos com uma moça que tinha perdido a consciência", porque estava com o córtex cerebral prejudicado.

Eluana foi enterrada na quinta-feira passada no túmulo da família na localidade de Paluzza, em Udine, após um funeral que não contou com a presença dos pais.

16:53
Anónimo disse...
Os bombeiros combatem neste sábado os incêndios na Austrália favorecidos pelo bom tempo, enquanto os deslocados encotram em seu retorno casas derruídas, carros queimados nas ruas e destruição.

Depois de sete dias desde que começaram os incêndios no Estado de Victoria, a lista de mortos chega a 181, os desaparecidos somam 50, os edifícios destruídos totalizam 1,834 mil e o terreno arrasado, principalmente florestas, ocupa uma área de 4,13 mil quilômetros quadrados.

As equipes de bombeiros, formadas por 4 mil profissionais de Victoria, de outras partes da Austrália e de países amigos, combateram hoje 12 focos fora de controle e nenhum representava uma ameaça direta para a população.

O subdiretor do Serviço de Bombeiros, Geoff Conway, disse que este tempo favorável, que se prolongará durante o domingo, permite consolidar as linhas de contenção e avançar na extinção das chamas.

Cinzas apareceram arrastadas por ventos do nordeste sobre Melbourne, onde habitam 3,8 milhões de pessoas, e as autoridades alertaram aos cidadãos do risco para a saúde de idosos, crianças e pessoas com problemas respiratórios.

O número de pessoas deslocadas - a Cruz Vermelha chegou a receber 7 mil - começou a cair com a abertura de algumas localidades atingidas.

Os incêndios, alguns criminosos, começaram em 7 de fevereiro, quando a região sul da Austrália estava há duas semanas sob uma onda de calor sem precedentes.

Na sexta-feira passada, a polícia acusou uma pessoa de ter provocado o incêndio que atingiu a localidade de Churchill e matou 21 pessoas.

16:55
Anónimo disse...
A primeira chuva em seis dias reduziu a ameaça de incêndios no Estado de Victoria, ao sul da Austrália. As autoridades, porém, advertiram que ainda existem 12 focos, mas que nenhum deles ameaça áreas povoadas.

Mais de quatro mil bombeiros, mil provenientes de outras partes do país e de outras nações, trabalham contra o fogo. Cerca de 600 veículos e 28 helicópteros e pequenos aviões estão sendo usados.


Eles conseguiram construir linhas de contenção para evitar os incêndios de Yarra e Maroondah se juntassem. Também foram controlados os incêndios abertos de Yea e Murrindindi, que ameaçavam as comunidades de Connellys Creek, Crystal Creek, Scrubby Creek e Native Dog Creek.

O número de mortos chegou a 181, mas as autoridades acreditam que as vítimas devem passar de 200, já que ainda há muitos desaparecidos.

16:55
Anónimo disse...
Aqui nesta coluna, na semana passada, tive a oportunidade de comentar sobre a recente visita do professor brasileiro Pedrinho Guareschi à Austrália. Não dei, porém, os fatos, pois semana passada o assunto era outro.

Hoje, porém, vamos a eles.

No último dia 4 de fevereiro, aconteceu o Seminário "Paulo Freire: Education and Liberation", organizado pelo centro de estudos latino-americanos da Universidade Nacional da Austrália, ou ANU, como é mais conhecida por aqui.

A ANU, para quem não sabe, está entre as 20 melhores universidades do mundo! E tem sede aqui em Camberra, capital da Austrália.

Na abertura do evento, o professor John Minns, diretor do centro latino-americano, ao dar boas-vindas ao público presente, lembrou ser aquele o primeiro seminário exclusivamente dedicado a Paulo Freire na Austrália.

Em seguida, convidou Pedrinho Guareschi, palestrante principal do Seminário, a fazer sua apresentação.

A plateia pode então conhecer, pelas palavras de Pedrinho, um pouco da obra e da vida de Freire, esse brasileiro de fé e valor, que sempre acreditou na educação, sobretudo dos menos favorecidos, analfabetos, como força libertadora.

Como não podia deixar de ser, os conceitos e ideias revolucionários de Paulo Freire, expostos com clareza por Pedrinho, despertaram o interesse e a curiosidade de plateia. A qual, deve-se notar, era na maioria de estudantes, mas de várias nacionalidades, sobretudo australianos e asiáticos.

Na continuação do programa do seminário, que se estendeu por dois dias, outros professores fizeram palestras sobre temas ligados à obra de Paulo Freire.

Interessante, por exemplo, saber que a professora Anne Hickling-Hudson, jamaicana que mora na Austrália há muitos anos (é professora da ANU), conheceu e trabalhou com Freire num workshop educacional durante a revolução na Ilha de Granada, em 1980, antes da invasão dos Estados Unidos...

Ou, então, a palestra da Professora Gerda Roelvink, da Nova Zelândia, que participou do Fórum Social de Porto Alegre em 2005. E essa participação transformou-se em tema de doutorado.

No dia 10, terça-feira passada, o padre Pedrinho Guareschi voltou a falar ao público australiano em grande auditório localizado no belíssimo campus da ANU. Desta vez, sobre a Teologia da Libertação.

Depois da palestra, John Minns mostrou o filme mexicano "O Crime do Padre Amaro", no qual um dos personagens é um padre católico praticante da Teologia da Libertação.

Mais uma vez, foi grande o intersse da platéia, que pode aprender e conhecer um pouco como se desenvolveu aquele importante movimento católico na América Latina.

Fica, assim, ao Pedrinho, bem como a outros brasileiros estudiosos e de bom coração que saem pelo mundo a divulgar aspectos importantes da cultura brasileira, o respeito e a homenagem desta coluna. E... aquele abraço!

16:57
Anónimo disse...
Amanda Kitts perdeu o braço esquerdo em um acidente de automóvel acontecido três anos atrás, mas hoje em dia ela joga futebol americano com seu filho de 12 anos de idade, troca fraldas e abraça as crianças nas três creches Kiddie Cottage que opera em Knoxville, Tennessee. Kitts, 40 anos, faz tudo isso com a ajuda de um novo tipo de braço artificial que se movimenta com mais facilidade do que outros aparelhos e que ela pode controlar utilizando apenas seus pensamentos.

"Eu sou capaz de mexer a mão, o pulso e o cotovelo ao mesmo tempo", diz. "Você pensa e os músculos se movem em seguida".

A recuperação que ela conseguiu resulta de um novo procedimento que vem atraindo crescente atenção porque permite que pessoas movam braços protéticos de forma mais automática do que faziam no passado, simplesmente utilizando nervos reaproveitados em seus cérebros.

A técnica, conhecida como "renervação muscular dirigida", envolve utilizar os nervos que restam depois da amputação de um braço e conectá-los a outro músculo do corpo, em geral no peito. Eletrodos são instalados sobre os músculos do peito, e operam como se fossem antenas. Quando a pessoa deseja mover o braço, o cérebro envia sinais que primeiro resultam em contração dos músculos do peito, os quais enviam um sinal ao braço protético, instruindo-se a se movimentar. O processo não requer mais esforços consciente do que a pessoa teria de exercitar caso ainda tivesse seu braço natural.

Na terça-feira, pesquisadores reportaram em estudo publicado pela versão online do Journal of the American Medical Association que haviam levado a técnica ainda mais à frente, tornando possível a execução de 10 movimentos de mão, pulso e cotovelo diferentes, o que representa uma substancial melhora com relação ao típico repertório protético, que em geral envolve apenas dobrar o cotovelo, girar o pulso e abrir a mão.

"Os novos métodos tiveram impacto dramático em nosso campo de trabalho", disse Stuart Harshbarger, engenheiro biomédico na Universidade Johns Hopkins e diretor do programa de pesquisa sobre próteses, financiado pelas forças armadas, que inclui o trabalho com essa técnica. "O método já está em uso por médicos e cirurgiões comuns em todo o país. A capacidade de controlar um membro protético bastante robusto que ele confere surpreendeu a todos pela qualidade".

Tipicamente, uma pessoa que tenha um braço protético só é capaz de executar alguns poucos movimentos, e muitas vezes com tamanha lentidão que isso só permite a ela atividades limitadas.

Há um motor separado para cada movimento, diz Gerald Loeb, professor de engenharia biomédica na Universidade do Sul da Califórnia, "e esses motores precisam ser controlados de maneira explícita", usualmente por um esforço consciente da pessoa para contrair músculos nas costas ou no bíceps.

"Essencialmente, até agora os pacientes controlavam apenas um motor de cada vez", diz Loeb, "e precisavam pensar cuidadosamente sobre que motor desejavam controlar e como fazê-lo operar, em lugar de simplesmente pensarem em mover o braço e poderem fazê-lo sem delongas".

Antes que Kitts passasse pelo procedimento de renervação, em outubro de 2007, por exemplo, ela precisava movimentar os músculos de suas costas de determinada maneira para fazer com que seu pulso girasse, e flexionar seu bíceps e tríceps para fazer com que o cotovelo se movesse para cima e para baixo. "Era muito trabalho", ela conta. "E não me ajudava muito".

O procedimento de renervação é parte de uma recente explosão de idéias novas e técnicas inovadoras que estão sendo exploradas enquanto os cientistas se esforçam por ajudar as pessoas a compensar melhor a perda de membros ou problemas de paralisia. O esforço vem sendo alimentado pelo aumento no número de amputações causado por diabetes e por ferimentos sofridos pelos militares, e ao mesmo tempo pelos avanços na tecnologia médica.

Os braços se tornaram um dos focos essenciais desse tipo de trabalho. A ciência há muito vem obtendo sucessos no desenvolvimento de próteses de perna, mas é muito mais difícil imitar a complexidade e a destreza das mãos e dos braços.

Os esforços em curso incluem o desenvolvimento de projetos de pele e braços mais sensíveis e mais flexíveis, e o uso de dispositivos acionados por controles sem fio implantado nos braços protéticos, que permitiriam movimentos mais naturais.

Os pesquisadores também vêm usando sensores implantados nos cérebros de cobaias para permitir que dois macacos controlem um braço mecânico, e um teste com um homem paralítico permitiu, com esse método, que ele movimentasse um cursor em uma tela de computador.

Alguns desses métodos, caso venham a ser aperfeiçoados plenamente e consigam aprovação das autoridades regulatórias da saúde, podem no futuro se tornar mais viáveis para os pacientes de amputações.

E embora a técnica da renervação não requeira aprovação das autoridades regulatórias porque é executada por meios cirúrgicos e emprega aparelhos já existentes, ela apresenta limitações que até mesmo seus criadores reconhecem, entre as quais o fato de que não se pode utilizá-la para todos os pacientes, o seu alto custo e o prazo de meses requerido para que os nervos reconectados cresçam e se tornem efetivos.

Ainda assim, os especialistas dizem que é o mais avançado sistema em uso hoje para pacientes reais que permite que o sistema nervoso controle diretamente o movimento de um braço artificial.

Desde sua introdução por Todd Kuiken, médico fisioterapeuta e engenheiro biomédico do Instituto de Reabilitação de Chicago, o método foi empregado em cerca de 30 pacientes nos Estados Unidos, Canadá e Europa, entre os quais oito soldados feridos no Iraque e no Afeganistão.

Muitos dos pacientes, entre os quais o primeiro, Jesse Sullivan, um operário do setor elétrico no Tennessee que perdeu os dois braços quando foi eletrocutado por um cabo, conseguem não apenas manipular seus braços protéticos mas sentir a presença das mãos que já não têm quando alguém toca em seus peitos.

Sullivan, 62 anos, e Kitts, estavam entre os cinco pacientes que participaram do estudo reportado na terça-feira. Em companhia de cinco outras pessoas que não passaram por amputações, eles receberam os eletrodos e foram instruídos a usar pensamentos para fazer com que um braço virtual na tela reproduzisse 10 movimentos diferentes, entre os quais três formas diferentes de aperto de mão.

Os pacientes apresentaram desempenho bastante respeitável, apenas um pouco mais lento e menos preciso do que os dos participantes que não tinham amputações.

"As velocidades de movimento que encontramos em nossos pacientes foram realmente encorajadoras", disse Kuiken. "Eles conseguiram completar a tarefa. É claro que não foram tão competentes quanto as pessoas dotadas de plena capacidade física, mas foram bons o bastante".

Um braço virtual foi usado porque a maioria das próteses existentes não era capaz de acomodar todos aqueles movimentos, no momento da pesquisa, ainda que Sullivan, Kitts e uma terceira paciente, Claudia Mitchell, tenham experimentado dois novos protótipos mais versáteis de braços artificiais, executando tarefas complexas com bolas de tênis e outros objetos.

O trabalho de renervação em soldados apresenta outros desafios, diz Kuiken, porque os ferimentos militares muitas vezes "causam danos muitos extensos" a nervos, músculos ou ossos.

Daniel Acosta, 25 anos, um aviador ferido pela detonação de uma bomba em uma estrada do Iraque em 2005, passou pelo procedimento no ano passado e diz que seu braço esquerdo protético agora se movimenta "muito mais rápido" e de maneira muito mais natural.

"A diferença é que agora não preciso mais pensar para mover o braço", ele diz. "Ele simplesmente se mexe".

Ainda assim, Acosta, de San Antonio, diz que "o processo foi bastante longo" e que os eletrodos precisam ser ajustados para receber os sinais à medida que os nervos crescem ou mudam de posição.

E embora elogiem o método, os especialistas afirmam que a ciência das próteses de braço ainda tem muito por avançar.

"Trata-se de uma parte crucial, mas ainda assim apenas uma parte, das muitas coisas que compreendem a função normal de um braço", disse Loeb, que escreveu um editorial que acompanha o artigo no Journal of the American Medical Association.

"No momento estamos a meio do caminho entre o braço de 'Dr. Fantástico', que fazia involuntariamente a saudação nazista, e o braço de Luke Skywalker em 'Guerra nas Estrelas', que funciona sem nenhum problema assim que é conectado. Creio que precisaremos ainda de muitos anos para conectar todas as peças necessárias a produzir um braço capaz de funcionar normalmente".

17:04
Anónimo disse...
A Espanha disse neste sábado que está preparando uma reclamação oficial contra a decisão da Venezuela de expulsar um membro do Parlamento Europeu que criticou o conselho eleitoral venezuelano.
Luis Herrero, membro do partido conservador espanhol PP, foi deportado na sexta-feira depois que o Conselho Nacional Eleitoral (CNE) o acusou de questionar a imparcialidade da instituição antes de um referendo que pode permitir ao presidente Hugo Chávez permanecer no cargo indefinidamente.

Herrero estava na Venezuela como observador do referendo. Ele acusou Chávez de ter "comportamentos típicos de um ditador" por pedir a contenção de manifestações da oposição.

O governo da Espanha convocou um encontro com o embaixador da Venezuela em Madri para expressar a desaprovação sobre a expulsão de Herrero, disse um representante do Ministério das Relações Exteriores espanhol.

As relações da Venezuela com a Espanha tiveram seu ponto crítico em 2007, quando Chávez ameaçou rever acordos diplomáticos e comerciais depois de ouvir um "cala a boca" do rei espanhol Juan Carlos durante uma cúpula.

A fenda foi oficialmente reparada em 2008, com uma visita oficial de Chávez à Espanha, onde ele cumprimentou o rei e discutiu acordos para investimento no setor petroquímico com o primeiro-ministro José Luis Rodriguez Zapatero.

17:06
Anónimo disse...
A polícia do Zimbábue anunciou neste sábado que acusa de traição Roy Bennett, dirigente do até agora opositor Movimento para a Mudança Democrática (MDC), detido na sexta-feira, em Harare, poucas horas antes da cerimônia de posse dos membros do novo gabinete.

"A Polícia nos informou que vão apresentar acusações de traição", disse à agência EFE o advogado de defesa de Bennett, Trust Maanda.

"Tentam relacionar Roy com o caso de Mike Hitschmann, que foi detido em 2006 em relação à descoberta de um carregamento de armas, apesar de que Hitschmann não tenha sido declarado culpado das acusações de traição apresentadas contra ele, mas de um crime menor de descumprimento de leis", disse Maanda.

O político opositor, designado por seu partido como vice-ministro de Agricultura no Governo de união nacional, esteve no exílio na vizinha África do Sul desde 2006 e retornou ao Zimbábue há duas semanas.

Segundo a Polícia, que deteve Bennett ontem no aeroporto de Harare quando pretendia ir à África do Sul para visitar sua família, as armas apreendidas em 2006 seriam utilizadas em um golpe de Estado para derrubar o presidente do Zimbábue, Robert Mugabe.

Depois da detenção, Bennet foi levado a Mutar, onde vários simpatizantes do MDC se concentraram em frente à delegacia na qual estava detido, diante do que a Polícia respondeu com tiros para o alto para dispersar os manifestantes.

17:07
Anónimo disse...
Austrália: 14 mil se candidatam a 'emprego dos sonhos'

A secretaria de Turismo de Queensland, na Austrália, informou que até esta segunda-feira já recebeu cerca de 14 mil inscrições para o "o melhor emprego do mundo". O Estado australiano promove pela internet seleção para vaga de "zelador" da ilha Hamilton, por seis meses com um salário de R$ 40 mil.

Muitos candidatos tiveram problemas durante a inscrição por conta dos acessos simultâneos ao site. A secretaria aconselha enviar os vídeos de 60s explicando porque deve ser escolhido em horários alternativos do dia, além de recomendar tamanho em torno de 40MB.

As inscrições começaram em 12 de janeiro e vão até o próximo dia 22 e podem ser feitas pelo site www.islandreefjob.com. O governo australiano escolherá 50 candidatos para a próxima fase da seleção, que terá votos do público para eleger um dos 11 finalistas.

A última fase terá entrevistas e desafios físicos, no próprio local de trabalho: as ilhas da Grande Barreira Coralina - o maior recife de coral do mundo. A secretaria de Turismo anunciará o vencedor no dia 6 de maio.

17:09
Anónimo disse...
Mercado elogia governo na crise, mas pede maior queda no juro

Peter Fussy
Direto de São Paulo

Desde as primeiras medidas anunciadas para combater os efeitos da crise, o governo brasileiro avisou que a estratégia não contemplaria um pacote. Seriam doses pontuais, de acordo com a necessidade da economia diante do agravamento das turbulências. Da primeira liberação dos depósitos compulsórios em setembro até a ampliação do seguro-desemprego na última quarta-feira, o governo passou por redução de impostos, ampliação de crédito e incentivos à exportação. Quase 150 dias após a primeira medida, o Terra conversou com líderes do setor público e privado, representantes dos trabalhadores, acadêmicos e com o próprio governo para saber quais destas ações foram mais eficazes, quais foram mais ineficientes e o que mais pode ser feito pelo Estado brasileiro contra a crise.

Os maiores elogios foram direcionados à atitude de reduzir o Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) para a indústria automobilística, anunciada em dezembro e que fez com que os emplacamentos de carros novos subissem 1,9% no primeiro mês do ano em relação a dezembro de 2008. Já as maiores críticas foram para a lentidão no corte da taxa básica de juro do País.

Para o presidente do conselho administrativo do Grupo Pão de Açúcar, Abílio Diniz, o Estado não é responsável pela crise e mesmo assim está agindo "com extrema serenidade e muito acerto". "O governo está atento, fazendo a sua parte. É preciso coragem de baixar firmemente a taxa de juros. É uma arma que temos a nosso favor, já que não há clima para inflação, nem possibilidade de danos para a macroeconomia", afirmou Diniz.

Na última reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), em janeiro, a taxa Selic foi reduzida em um ponto percentual, de 13,75% para 12,75% ao ano. Porém, o professor de economia da Universidade de Brasília (UnB) José Luiz Oreiro lembra que este corte representa uma redução de apenas 0,25 ponto percentual com relação à taxa de setembro do ano passado, quando a crise se agravou.

"Pouco antes da eclosão da crise, o Banco Central aumentou a taxa em 0,75 ponto. Foram cinco meses de demora para reduzir em termos líquidos apenas 0,25 ponto", afirmou o economista, que também sugeriu redução do intervalo de cerca de 90 dias entre as reuniões do Copom e o corte de pelo menos um 1 ponto percentual em cada reunião.

Mesmo com o corte de janeiro, a taxa de juros real continua sendo a maior do mundo, lembrou o secretário-geral da Força Sindical, João Carlos Gonçalves, o Juruna. "A redução da taxa de juro ainda é pequena, porque ela continua uma das mais altas do mundo. Falta ousadia para baixar os juros e ajudar o cidadão. A permanência da taxa de juro alta é negativa para o País em meio a crise", afirmou Juruna.

Embora aprove as ações do governo, o senador Aloízio Mercadante (PT-SP) também acredita que o patamar da Selic está muito alto. "Sempre fomos os primeiros a entrar em qualquer crise, o que não aconteceu agora. A taxa Selic ainda é muito alta, mas o governo têm tomado medidas acertadas, como o aumento do salário mínimo, mesmo com um cenário de crise. Isso ajuda a movimentar o consumo. O governo está se esforçando para manter os investimentos e o crescimento", disse.

Tributos
De acordo com o economista Fabio Pina, da Fecomercio-SP, as ações mais positivas estão relacionadas à redução de tributos para alguns segmentos, como a indústria automobilística, que recuperou parte da queda nas vendas em janeiro com a isenção do IPI para carros 1.0 l e o corte para demais motorizações. A medida vale até o final de março.

"Essas medidas não só reduziram o preço, mas anteciparam o consumo daqueles que iriam comprar no futuro, dando um prêmio por conta da insegurança. Mexe diretamente com o principal problema que é a confiança do consumidor", afirmou. Juruna destacou que um bom ritmo de vendas é garantia de emprego. "É importante porque cada emprego na montadora significa 19 na cadeia produtiva", comentou o representante da Força Sindical.

Também em dezembro, o governo decidiu cortar pela metade a alíquota do Imposto de Renda para contribuintes que ganham entre R$ 1.434 e R$ 2.150 mensais. "O salário aumentava e a tabela não se modificava. As pessoas ganhavam mais e pagavam mais impostos", apontou Juruna. Outra redução de tributos do governo foi com relação ao Imposto sobre Operações Financeiras (IOF), que caiu de 3% ao ano para 1,5%.

Crédito
Na segunda metade de 2008, o colapso de bancos nos Estados Unidos por conta da crise do subprime provocou uma forte restrição de crédito no mundo inteiro. Uma das primeiras medidas anticrise do governo teve como objetivo restabelecer a oferta, com mudanças no recolhimento dos depósitos compulsórios por parte dos bancos. Segundo o presidente do Banco Central, Henrique Meirelles, as diversas modificações liberaram US$ 99,2 bilhões aos bancos até o final de janeiro.

Além disso, o governo concedeu R$ 36 bilhões das reservas internacionais para empresas brasileiras com dívidas no exterior e uma medida provisória autorizou o Banco do Brasil e a Caixa Econômica Federal a comprar carteiras de crédito de bancos privados. Para o diretor do Departamento de Pesquisas e Estudos Econômicos da Fiesp, Paulo Francini, estas medidas foram essenciais para combater os efeitos da crise.

"A crise se desenvolve no mundo em torno do tema crédito. E o crédito reduziu-se barbaridade no mundo. Então o governo lança mão de compulsório, lança mão de reservas, de medidas que permitem aos bancos comprar carteiras de bancos. Você vai tomando várias medidas para atender às demandas e o epicentro disso é crédito", afirmou.

No entanto, Oreiro, da UnB, adverte que a liberação dos compulsórios seria mais eficiente acompanhada de redução mais agressiva da taxa básica de juro. "Uma parte do crédito voltou, depois da forte retração em outubro e novembro. O que deveria ter sido feito junto à liberação do compulsório era uma redução mais drástica da taxa de juro. Sem isso, os bancos pegam as reservas e acabam comprando títulos públicos", explicou o economista.

Na opinião de Pina, as ações de distribuição de crédito via redução do compulsório e a disposição de capital de giro para empresas foram tomadas sem um cuidado maior na operação e não tiveram muito efeito. "O BNDES tem linhas que ficam paradas quase todo o ano, agora é pior ainda. Existem os recursos, mas as empresas e os bancos estão desconfiados. É preciso fazer com que os bancos tenham interesse em emprestar", afirmou o economista da Fecomercio-SP.

Futuro
Mesmo com todas essas medidas, a crise financeira ainda gera incertezas nos setores produtivos do País. Nos últimos meses, o medo do desemprego fez os consumidores adiarem compras. Por sua vez, a queda nas vendas pode obrigar as indústrias a cortarem a produção e demitir funcionários. Contra isso, empresários sugerem redução de jornada e de salários.

"Isto está previsto em lei. A Fiesp simplesmente manteve conversações com entidades sindicais quanto à aplicação daquilo que já está previsto em lei", afirmou Francini.

Segundo a ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff, uma das medidas que assegura um nível de emprego é a manutenção de investimentos no Programa de Aceleração do Crescimento (PAC). "Estamos esperando que a dificuldade ocorra em janeiro, fevereiro e março. Estamos certos que vamos manter o nível de investimento. É isso que funciona, é isso que significa investimento público. Ele funciona como um colchão. Por isso, nós colocamos R$ 100 bilhões no BNDES e a Petrobras ampliou o seu investimento em R$ 120 bilhões", afirmou.

Na mesma linha, Pina explica que a antecipação de gastos do governo substitui parte da demanda retraída do setor privado. "Ele dá o seguinte recado: não vou estourar as contas públicas, mas concentrar em um momento em que a demanda privada está pequena. Mas o governo não tem fôlego suficiente para fazer o papel de toda demanda", ressaltou. O economista da Fecomercio lembrou que a entidade já pleiteou junto ao governo isenções para transferência de imóveis e de automóveis, além de retirar o IPVA para veículos novos.

Já Oreiro foca suas propostas na capitalização do Banco do Brasil e da Caixa Econômica Federal pelo Tesouro para atender a demanda de crédito para capital de giro e reduzir o spread. "Aumentando o empréstimo e reduzindo as taxas, os dois vão forçar os bancos privados a acompanhar o movimento, até para não perderem participação no mercado", explicou o economista da UnB.

Até o Carnaval, o governou prometeu detalhar um pacote de incentivos para a construção de até um milhão de casas populares, direcionado a famílias com renda de até dez salários mínimos. "Estamos atentos a tudo o que está acontecendo e novas medidas serão tomadas caso haja uma avaliação de que sejam necessárias", disse o ministro da Fazenda, Guido Mantega, na última sexta-feira.

17:11
Anónimo disse...
Ex-ministro critica extensão do seguro-desemprego

Atualizada às 09h03

O ex-ministro do Trabalho Almir Pazzianotto criticou a decisão do governo federal de conceder o seguro-desemprego estendido a apenas alguns setores. "É certamente odioso e provavelmente inconstitucional", disse Pazzianotto, de acordo com o jornal O Estado de S. Paulo.

Na última qurta, dia do anúncio da medida, centrais sindicais elogiaram a atitude do governo. A Força Sindical divulgou nota dizendo que "o aumento ajudará a aquecer parte da economia, já que irá gerar mais consumo, produção e conseqüentemente, a criação de novos postos de trabalho". A União Geral dos Trabalhadores (UGT) afirmou que a medida "contribuirá para minimizar o drama dos trabalhadores que perderem seu emprego por conta da crise".

O ex-ministro, que instituiu o seguro-desemprego no País no governo de José Sarney, destacou a necessidade de as centrais sindicais se manifestarem contra a determinação. Para ele, as mudanças devem ser aplicadas a todas as categorias profissionais e a distinção é contrária ao artigo 3º da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT).

Pazzianotto atribui a medida a um possível temor do governo de que a crise econômica seja longa e não haja dinheiro para atender a todas as necessidades. Ainda assim, ele se mostra contrário ao método de concessão. "O seguro-desemprego ajuda a sanar necessidades básicas. Estendê-lo é paliativo, não a solução", disse ao jornal.

De acordo com o presidente do Conselho Deliberativo do Fundo de Amparo ao Trabalhador (Codefat) e conselheiro da Força Sindical, Luiz Fernando Emediato, a determinação já estava prevista na lei 8.900/94, que trata do seguro-desemprego.

O presidente da Comissão de Trabalho da Câmara, Pedro Fernandes (PTB-MA) vai além na crítica à concessão do seguro para apenas alguns setores. Ele acredita que a ampliação do benefício estimula o desemprego.

Quintino Severo, secretário geral da Central Única dos Trabalhadores (CUT), lembra que a ampliação do benefício sem critério e identificação pode incentivar demissões em outros setores.

17:13
Anónimo disse...
Empresas
TAM faz promoção para destinos internacionais

A companhia aérea TAM anunciou nesta sexta-feira tarifas promocionais para trechos internacionais. Os preços valem para bilhetes comprados entre 6h deste sábado e 23h59 deste domingo e são válidos para classe econômica. As tarifas, para ida e volta, serão vendidas a partir de US$ 99, mais taxas.

Segundo a aérea, a promoção vale para viagens feitas no período de 14 de fevereiro a 18 de junho de 2009. Para destinos na América do Sul, a permanência mínima é de dois dias; para bilhetes com destino nos Estados Unidos, cinco dias; e Europa, sete dias. A permanência máxima para as passagens para América do Sul e EUA é de dois meses e para Europa, três meses.

Entre os exemplos de tarifas promocionais, a TAM oferece São Paulo-Lima por US$ 99. Bilhetes para a rota São Paulo-Santiago serão vendidos a partir de US$ 199 e São Paulo-Nova York, US$ 799.

A emissão dos bilhetes deve ser feita obrigatoriamente no ato da reserva, obedecendo às regras estipuladas pela companhia. A compra está sujeita à disponibilidade de assentos nas classes tarifárias determinadas, trechos, horários e datas. A TAM afirmou que também há tarifas promocionais para a classe executiva.

Mais informações podem ser encontradas no site promocional (www.ofertastam.com.br), no site da empresa (www.tam.com.br) ou pelos telefones 4002-5700 ou 0800 5705700.

17:13
Anónimo disse...
Empresas
Consultoria negocia compra do parque temático Hopi Hari

A consultoria especializada em reestruturação de empresas Íntegra Associados informou nesta sexta-feira ter um acordo para comprar o parque de diversões Hopi Hari, localizado no interior de São Paulo. A empresa estaria disposta a investir R$ 10 milhões no parque, que tem dívida estimada em R$ 800 milhões. As informações são da edição deste sábado do jornal Folha de S. Paulo.

De acordo com o jornal, a transação ainda depende da negociação entre o Hopi Hari e seus credores, o que já estaria em andamento.

A consultoria paulista já atuou junto à Parmalat, durante 30 meses, quando reorganizou a gestão da empresa italiana.

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17:14
Anónimo disse...
Empresas
Disney de Tóquio contratará mais 2 mil apesar da crise


A Oriental Land, o operador da Disneylândia Tóquio e DisneySea, organizou neste domingo entrevistas para contratar cerca de 2 mil trabalhadores em tempo parcial, em um momento de grandes demissões deste tipo de empregados no Japão.

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O operador deste parque temático, situado em Urayasu, na província de Chiba (leste de Tóquio), está em pleno processo de seleção de empregados para 20 tipos de postos trabalhistas diferentes.

Segundo a companhia, citada pela agência local de notícias Kyodo, o parque contratará novos trabalhadores para as atrações, para os restaurantes e guardas de segurança entre outros. Os novos contratados começarão a trabalhar a partir de fevereiro.

O processo de seleção acontece em um momento em que a maioria das grandes companhias japonesas começaram a se ver obrigadas a despedir uma elevada percentagem de seus trabalhadores temporários e a tempo parcial.

Algumas inclusive anunciaram demissões de seus trabalhadores fixos, uma medida muito pouco comum nas companhias japonesas, perante os efeitos piores que o esperado pela crise econômica global.

Cerca de uma centena de pessoas esperavam desde a primeira hora desta manhã a abertura do centro de conferências Tokyo International Forum, onde as entrevistas estão sendo feitas, para ser os primeiros a solicitar os postos de trabalho.


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17:15
Anónimo disse...
Economia Internacional
Senado dos EUA aprova plano de estímulo à economia

O Senado dos Estados Unidos aprovou com 60 votos a favor e 38 contra o plano de estímulo à economia de US$ 787 bilhões na madrugada deste sábado. Agora, ele segue para sanção ou veto do presidente Barack Obama, que espera colocar a lei em prática até o dia 16 de fevereiro.

O plano prevê a criação de três milhões de empregos, inclui cortes de impostos às famílias, fundos para programas sociais e obras públicas, além de ajuda aos governos estaduais, estudantes e desempregados.

A cláusula Buy American - que exige o uso de ferro, aço e produtos manufaturados dos Estados Unidos em obras realizadas com recursos do pacote - ficou de lado. Segundo o texto definitivo, a cláusula será aplicada sem violar as normas do comércio internacional.

Ontem à tarde, a Câmara de Representantes (deputados) havia aprovado, por 246 votos a favor e 183 contra, a versão final do plano. Todos os republicanos foram contrários ao pacote.

Pelo acordo de quarta-feira entre Câmara e Senado, em vez de custar US$ 819 bilhões, como queriam os deputados, ou US$ 838 bilhões como pretendiam os senadores, o pacote ficou em cerca de US$ 787 bilhões, com 65% desse total destinado a gastos do governo federal e 35%, a créditos tributários.

17:16
Anónimo disse...
Economia nacional
Na era Lula, aposentadoria sobe 54% menos que salário mínimo

Thatiane Faria
Especial para o Terra
Direto de São Paulo

Os índices de reajustes concedidos pelo governo em 2009 para aposentados e pensionistas e para o salário mínimo repetiram uma diferença que, só durante o governo de Luiz Inácio Lula da Silva, já chega a 54%. Enquanto o mínimo foi majorado em 12% este ano, as pensões e aposentadorias tiveram aumento de 5,92%. Aposentados que têm o benefício do governo como única fonte de renda reclamam que perdem poder de compra e que sua cesta de compras é composta por itens que aumentam mais em relação à inflação oficial.

Um exemplo prático pode ser entendido a partir da comparação entre um aposentado que ganhava R$ 600 em janeiro de 2003. Na época, o benefício era três vezes, ou 200%, maior que o valor do mínimo em vigência, que era de R$ 200. Aplicando-se os índices de reajuste para aposentadorias e para o mínimo durante os últimos seis anos, o mesmo aposentado estaria recebendo hoje R$ 938,47, comparado a um salário mínimo de R$ 465. A diferença entre os dois valores caiu para pouco mais de 100%.

Enquanto o índice acumulado de reajuste para a aposentadoria durante o governo Lula foi de 60%, para o salário mínimo está em 132%.

O diretor do Sindicato Nacional dos Aposentados, João Inocentini, reclama que os valores dos benefícios para aposentadorias não mantêm o poder de compra do grupo, principalmente dos aposentados que recebem menos que dez salários mínimos.

Nem mesmo o fato de o índice de reajuste das aposentadorias ter ficado acima da inflação acumulada no mesmo período (o IPCA entre janeiro de 2003 e janeiro de 2009 foi de 39,7%) serve de argumento, segundo os aposentados.

"Os idosos, principalmente, têm gastos além das contas gerais como gás, telefone e aluguel. Para eles o custo com remédios, e outros itens da área saúde costuma ser maior", afirmou Inocentini.

O presidente do sindicato afirmou que o grupo realiza um estudo com 100 itens de necessidade de um idoso para comparar o aumento dos produtos com o índice de reajuste do benefício recebido pelos aposentados.

"Daqui dois meses vamos abrir um processo na Justiça e levar essa pesquisa como prova. Segundo a lei, o governo é obrigado a manter o poder de compra com a aposentadoria", disse Inocentini.

Alternativas
O consultor financeiro Cláudio Boriola diz que os aposentados, especialmente nesse momento de crise econômica, devem evitar compras parceladas, pesquisar preços, negociar e fazer bom planejamento financeiro.

Segundo Boriola, alguns aposentados ganham um valor mensal muitas vezes insuficiente para o pagamento das contas e acabam pedindo crédito ou realizando pagamentos a prazo e são obrigados a pagar juros altos.

Na opinião do consultor, pagar uma previdência privada é uma alternativa indicada para quem ainda trabalha, considerando a característica de perda de poder de compra da aposentadoria.

"Na prática, infelizmente os valores encontram-se em um patamar que está deteriorando o poder de aquisição da população brasileira", completou Boriola.

De acordo com o diretor da Confederação Brasileira de Aposentados e Pensionistas (Cobap), Vicente Fernandes Barbosa, representantes dos aposentados tentarão um encontro com o presidente da Câmara, deputado Michel Temer (PMDB-SP), para discutir projetos que minimizem a perda dos aposentados

17:17
Anónimo disse...
Previdência
Previdência prorroga isenção de tarifas no benefício

O atual sistema de pagamento aos 26 milhões de aposentados e pensionistas do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) será mantido até o final deste ano. O acordo, que permite realizar a operação sem nenhum custo aos beneficiários, foi renovado nesta sexta-feira, entre o governo federal e 21 instituições financeiras.

Por meio desse acordo, vigente desde setembro de 2007, nem os segurados, nem os bancos e nem o governo arcam com o pagamento de tarifas, conforme explicou o ministro da Previdência Social, José Pimentel. A prorrogação vale até dezembro, data máxima para que a Previdência defina as regras para um novo contrato.

Ao assinar o termo de renovação, na sede da Federação Brasileira dos Bancos (Febraban), o ministro disse que a intenção do governo é mudar o atual modelo de gestão visando a reduzir os custos dessas operações em torno da folha mensal, que atinge R$ 15,8 bilhões. No entanto, qualquer alteração, conforme explicou, passará antes por audiências públicas a serem realizadas a partir do segundo semestre deste ano, atendendo a determinação do Tribunal de Contas da União (TCU).

De acordo com Pimentel, com um redesenho do mecanismo de repasse dos recursos aos bancos em torno da folha de pagamento dos segurados o que se busca é um aumento da participação de instituições financeiras. Ele informou que, desde 2007, cada benefício custa em média R$ 1,07 ao governo. "Quanto mais instituições financeiras estiverem prestando serviços à sociedade, maior é a competitividade, a agilidade no atendimento", justificou.

O ministro observou, ainda, que, para permitir uma redução para algo em torno de meia hora no tempo de atendimento para a concessão dos direitos previdenciários, o governo investiu R$ 280 milhões.

Questionado sobre o descontentamento dos segurados que ganham acima de um salário mínimo terem obtido apenas a correção com base na variação do Índice de Preços ao Consumidor (INPC) , ficando abaixo do reajuste dado a quem recebe apenas o mínimo, Pimentel argumentou que o governo seguiu o que determina a lei e descartou a possibilidade de uma revisão

17:17
Anónimo disse...
Empresas
Caterpillar oferece aposentadoria antecipada a 2 mil


A companhia americana Caterpillar ofereceu a cerca de dois mil funcionários incentivos para que se aposentem de forma voluntária antes do previsto, pela perspectiva de uma queda "significativa" da atividade industrial, informou nesta quarta-feira a empresa.

A iniciativa, destinada aos trabalhadores de diversas fábricas em Illinois, Colorado, Tennessee e Pensilvânia, se soma aos cortes de empregos anunciados em janeiro, explicou em comunicado de imprensa.

A empresa, a maior fabricante mundial de maquinaria pesada para a construção e a mineração, acrescentou que, "em função das condições de negócio, podem ser necessárias mais reduções de elenco voluntárias e involuntárias à medida que o ano avança".

O vice-presidente da companhia, Sid Banwart, explicou que a empresa prevê "demissões significativas em todas as regiões geográficas e na maioria dos setores devido às dificuldades da economia mundial".

17:18
Anónimo disse...
Comércio
Comércio exterior da OCDE caiu no 3º trimestre de 2008


As exportações e as importações dos países da Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Econômico (OCDE) caíram 1,6% e 0,2%, respectivamente, no terceiro trimestre de 2008, em relação aos três meses anteriores.

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Trata-se da primeira queda destas atividades desde o terceiro trimestre de 2006, segundo o último relatório trimestral sobre fluxos comerciais divulgado pela OCDE.

As exportações e as importações em dólares dos 30 Estados-membros caíram 15,6% e 17%, respectivamente, na comparação anualizada.

Por sua vez, o comércio dos sete países mais ricos do mundo (G7) teve um pequeno crescimento no terceiro trimestre de 2008 com uma queda das exportações de mercadorias de 0,2% em relação ao trimestre anterior e um aumento de 0,4% das importações.

Em termos anualizados, as importações do G7 caíram 1,4% entre julho e setembro do ano passado, seu primeiro retrocesso desde o terceiro trimestre de 2006, enquanto as exportações aumentaram 1,9%, seu crescimento mais baixo no mesmo tempo.

Por países, a Alemanha aumentou suas importações em 3,4% - valor mais alto do G7 -, enquanto suas exportações caíram 2,9% do segundo para o terceiro trimestre de 2008.

Pelo contrário, as exportações americanas aumentaram 1,8% entre julho e setembro de 2008, enquanto as importações caíram 0,7% em relação ao trimestre anterior. No Japão, tanto as importações quanto as exportações caíram em torno de 1% no mesmo período.

17:19
Anónimo disse...
Economia Nacional
Lula: juros de crédito consignado a aposentados são altos

Atualizada às 17h29

O presidente Luis Inácio Lula da Silva afirmou nesta terça-feira, em São Paulo, que está lutando para reduzir as taxas de juros cobradas de aposentados em crédito consignado. A Previdência Social estabelece uma taxa máxima de 2,5% para empréstimo e de 3,5% para cartão. Para Lula, os valores são altos.

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"Acho que o juro que os aposentados estão pagando hoje com o crédito consignado é alto para o padrão brasileiro", disse o presidente durante a cerimônia de comemoração dos 86 anos do INSS.

A Previdência anunciou nesta terça-feira que aposentados e trabalhadoras com licença-maternidade poderão receber seus benefícios em 30 minutos. De acordo com Lula, em junho, a aposentadoria do trabalhador rural também será conseguida em meia hora.

Além disso, o presidente anunciou que, também em junho, os trabalhadores que alcançarem o direito à aposentadoria passarão a receber em suas casas um comunicado da Previdência informando o fato e o valor do salário que têm direito a receber. "É um comprometimento público que estou fazendo com os companheiros da Previdência Social", disse.

"Estamos retribuindo ao contribuinte da Previdência Social aquilo que é a cidadania que ele tem direito", afirmou Lula. "Se para cobrar nós somos tão precisos, para devolver o dinheiro, temos que chegar próximo à perfeição", completou.

17:20
Anónimo disse...
Economia Nacional
Salário maternidade sairá em 30 minutos, diz ministro

Toda trabalhadora autônoma que tiver contribuído pelo menos 10 meses com o Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) - ou as que possuírem carteira assinada - poderão receber em 30 minutos o salário maternidade a partir desta terça-feira. Da mesma forma, as mulheres com 30 anos de contribuição e os homens com 35 anos também terão direito ao benefício de forma mais rápida. A informação é do ministro da Previdência Social, José Pimentel.

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Para requerer o salário maternidade, é preciso que as autônomas levem a carteira de identidade e o carnê de contribuição. As demais trabalhadoras devem apresentar a identificação e a carteira de trabalho. Desde o início do mês, a nova forma de análise para a concessão de benefícios foi adotada para a aposentadoria por idade do trabalhador urbano e agora foi estendida para o salário maternidade e por tempo de contribuição.

O ministro disse que a qualificação do serviço da previdência social é o reconhecimento do direito dos trabalhadores e da afirmação da cidadania.

"Até pouco tempo na cabeça do cidadão o serviço devia ser de péssima qualidade. Agora não, nós modificamos toda a legislação no mês de dezembro numa ação conjunta do Congresso Nacional com o governo federal. Estamos implantando e concedendo os benefícios em até 30 minutos", afirmou.

O ministro destacou que para conseguir se aposentar ou ter acesso à licença maternidade em 30 minutos, em primeiro lugar, é necessário que o cidadão esteja vinculado à Previdência, o que inclui 65% da população acima de 16 anos de idade.

"Depois bastar marcar pelo sistema 135 o dia e a hora do atendimento e levar a documentação. Se todos os dados necessários estiverem corretos o contribuinte será atendido em até 30 minutos, como vem sendo feito com as aposentadorias por idade desde o dia cinco de janeiro", explicou.

Pimentel disse ainda que em 90% das agências da previdência social o atendimento é marcado em até 48 horas. Nos grandes centros, entretanto existe um volume maior o que torna mais lento o processo.

"Estamos criando mais 715 agências até 2010, em todo o território nacional, para descentralizar o atendimento. Em 2008, atendemos 295 mil benefícios e aposentadorias por idade. Temos 4 mil pessoas por dia procurando e se aposentando por idade no território nacional. Este serviço será agilizado", concluiu.

17:25
Anónimo disse...
Giuseppe Englaro, pai de Eluana, a italiana que morreu na segunda-feira passada por desidratação, recusou uma grande soma de dinheiro de um conhecido fotógrafo italiano que queria retratar a filha em estado de coma, disse neste sábado o neurologista que atendia a mulher desde 1996, Carlo Defanti.

O neurologista, que participou hoje de uma conferência sobre eutanásia, disse que Englaro respeitou a vontade da filha, que, antes do acidente, tinha pedido que, se lhe ocorresse qualquer coisa irreversível, apresentasse sua imagem de quando estava em boas condições.

Antes de sofrer o acidente de trânsito, em 1992, Eluana viveu o coma de um amigo, Alessandro, o que causou forte impacto na italiana e a levou a fazer o pai prometer que não a deixasse viver em estado vegetativo, disse o próprio Giuseppe Englaro.

Defanti, que dissera que Eluana poderia viver de dez a 12 dias depois da suspensão da alimentação e da hidratação, disse que, como médico, tinha que reprovar esta afirmação.

"Não se pode sobreviver após três ou quatro dias sem líquido e, em particular, água em um corpo. Sabemos bem que, quando há um terremoto, após quatro dias é difícil encontrar sobreviventes".

Defanti ressaltou que Eluana "não falava, não se comunicava com o exterior" e que, após vários exames, "nos deparamos com uma moça que tinha perdido a consciência", porque estava com o córtex cerebral prejudicado.

Eluana foi enterrada na quinta-feira passada no túmulo da família na localidade de Paluzza, em Udine, após um funeral que não contou com a presença dos pais.

16:53
Anónimo disse...
Os bombeiros combatem neste sábado os incêndios na Austrália favorecidos pelo bom tempo, enquanto os deslocados encotram em seu retorno casas derruídas, carros queimados nas ruas e destruição.

Depois de sete dias desde que começaram os incêndios no Estado de Victoria, a lista de mortos chega a 181, os desaparecidos somam 50, os edifícios destruídos totalizam 1,834 mil e o terreno arrasado, principalmente florestas, ocupa uma área de 4,13 mil quilômetros quadrados.

As equipes de bombeiros, formadas por 4 mil profissionais de Victoria, de outras partes da Austrália e de países amigos, combateram hoje 12 focos fora de controle e nenhum representava uma ameaça direta para a população.

O subdiretor do Serviço de Bombeiros, Geoff Conway, disse que este tempo favorável, que se prolongará durante o domingo, permite consolidar as linhas de contenção e avançar na extinção das chamas.

Cinzas apareceram arrastadas por ventos do nordeste sobre Melbourne, onde habitam 3,8 milhões de pessoas, e as autoridades alertaram aos cidadãos do risco para a saúde de idosos, crianças e pessoas com problemas respiratórios.

O número de pessoas deslocadas - a Cruz Vermelha chegou a receber 7 mil - começou a cair com a abertura de algumas localidades atingidas.

Os incêndios, alguns criminosos, começaram em 7 de fevereiro, quando a região sul da Austrália estava há duas semanas sob uma onda de calor sem precedentes.

Na sexta-feira passada, a polícia acusou uma pessoa de ter provocado o incêndio que atingiu a localidade de Churchill e matou 21 pessoas.

16:55
Anónimo disse...
A primeira chuva em seis dias reduziu a ameaça de incêndios no Estado de Victoria, ao sul da Austrália. As autoridades, porém, advertiram que ainda existem 12 focos, mas que nenhum deles ameaça áreas povoadas.

Mais de quatro mil bombeiros, mil provenientes de outras partes do país e de outras nações, trabalham contra o fogo. Cerca de 600 veículos e 28 helicópteros e pequenos aviões estão sendo usados.


Eles conseguiram construir linhas de contenção para evitar os incêndios de Yarra e Maroondah se juntassem. Também foram controlados os incêndios abertos de Yea e Murrindindi, que ameaçavam as comunidades de Connellys Creek, Crystal Creek, Scrubby Creek e Native Dog Creek.

O número de mortos chegou a 181, mas as autoridades acreditam que as vítimas devem passar de 200, já que ainda há muitos desaparecidos.

16:55
Anónimo disse...
Aqui nesta coluna, na semana passada, tive a oportunidade de comentar sobre a recente visita do professor brasileiro Pedrinho Guareschi à Austrália. Não dei, porém, os fatos, pois semana passada o assunto era outro.

Hoje, porém, vamos a eles.

No último dia 4 de fevereiro, aconteceu o Seminário "Paulo Freire: Education and Liberation", organizado pelo centro de estudos latino-americanos da Universidade Nacional da Austrália, ou ANU, como é mais conhecida por aqui.

A ANU, para quem não sabe, está entre as 20 melhores universidades do mundo! E tem sede aqui em Camberra, capital da Austrália.

Na abertura do evento, o professor John Minns, diretor do centro latino-americano, ao dar boas-vindas ao público presente, lembrou ser aquele o primeiro seminário exclusivamente dedicado a Paulo Freire na Austrália.

Em seguida, convidou Pedrinho Guareschi, palestrante principal do Seminário, a fazer sua apresentação.

A plateia pode então conhecer, pelas palavras de Pedrinho, um pouco da obra e da vida de Freire, esse brasileiro de fé e valor, que sempre acreditou na educação, sobretudo dos menos favorecidos, analfabetos, como força libertadora.

Como não podia deixar de ser, os conceitos e ideias revolucionários de Paulo Freire, expostos com clareza por Pedrinho, despertaram o interesse e a curiosidade de plateia. A qual, deve-se notar, era na maioria de estudantes, mas de várias nacionalidades, sobretudo australianos e asiáticos.

Na continuação do programa do seminário, que se estendeu por dois dias, outros professores fizeram palestras sobre temas ligados à obra de Paulo Freire.

Interessante, por exemplo, saber que a professora Anne Hickling-Hudson, jamaicana que mora na Austrália há muitos anos (é professora da ANU), conheceu e trabalhou com Freire num workshop educacional durante a revolução na Ilha de Granada, em 1980, antes da invasão dos Estados Unidos...

Ou, então, a palestra da Professora Gerda Roelvink, da Nova Zelândia, que participou do Fórum Social de Porto Alegre em 2005. E essa participação transformou-se em tema de doutorado.

No dia 10, terça-feira passada, o padre Pedrinho Guareschi voltou a falar ao público australiano em grande auditório localizado no belíssimo campus da ANU. Desta vez, sobre a Teologia da Libertação.

Depois da palestra, John Minns mostrou o filme mexicano "O Crime do Padre Amaro", no qual um dos personagens é um padre católico praticante da Teologia da Libertação.

Mais uma vez, foi grande o intersse da platéia, que pode aprender e conhecer um pouco como se desenvolveu aquele importante movimento católico na América Latina.

Fica, assim, ao Pedrinho, bem como a outros brasileiros estudiosos e de bom coração que saem pelo mundo a divulgar aspectos importantes da cultura brasileira, o respeito e a homenagem desta coluna. E... aquele abraço!

16:57
Anónimo disse...
Amanda Kitts perdeu o braço esquerdo em um acidente de automóvel acontecido três anos atrás, mas hoje em dia ela joga futebol americano com seu filho de 12 anos de idade, troca fraldas e abraça as crianças nas três creches Kiddie Cottage que opera em Knoxville, Tennessee. Kitts, 40 anos, faz tudo isso com a ajuda de um novo tipo de braço artificial que se movimenta com mais facilidade do que outros aparelhos e que ela pode controlar utilizando apenas seus pensamentos.

"Eu sou capaz de mexer a mão, o pulso e o cotovelo ao mesmo tempo", diz. "Você pensa e os músculos se movem em seguida".

A recuperação que ela conseguiu resulta de um novo procedimento que vem atraindo crescente atenção porque permite que pessoas movam braços protéticos de forma mais automática do que faziam no passado, simplesmente utilizando nervos reaproveitados em seus cérebros.

A técnica, conhecida como "renervação muscular dirigida", envolve utilizar os nervos que restam depois da amputação de um braço e conectá-los a outro músculo do corpo, em geral no peito. Eletrodos são instalados sobre os músculos do peito, e operam como se fossem antenas. Quando a pessoa deseja mover o braço, o cérebro envia sinais que primeiro resultam em contração dos músculos do peito, os quais enviam um sinal ao braço protético, instruindo-se a se movimentar. O processo não requer mais esforços consciente do que a pessoa teria de exercitar caso ainda tivesse seu braço natural.

Na terça-feira, pesquisadores reportaram em estudo publicado pela versão online do Journal of the American Medical Association que haviam levado a técnica ainda mais à frente, tornando possível a execução de 10 movimentos de mão, pulso e cotovelo diferentes, o que representa uma substancial melhora com relação ao típico repertório protético, que em geral envolve apenas dobrar o cotovelo, girar o pulso e abrir a mão.

"Os novos métodos tiveram impacto dramático em nosso campo de trabalho", disse Stuart Harshbarger, engenheiro biomédico na Universidade Johns Hopkins e diretor do programa de pesquisa sobre próteses, financiado pelas forças armadas, que inclui o trabalho com essa técnica. "O método já está em uso por médicos e cirurgiões comuns em todo o país. A capacidade de controlar um membro protético bastante robusto que ele confere surpreendeu a todos pela qualidade".

Tipicamente, uma pessoa que tenha um braço protético só é capaz de executar alguns poucos movimentos, e muitas vezes com tamanha lentidão que isso só permite a ela atividades limitadas.

Há um motor separado para cada movimento, diz Gerald Loeb, professor de engenharia biomédica na Universidade do Sul da Califórnia, "e esses motores precisam ser controlados de maneira explícita", usualmente por um esforço consciente da pessoa para contrair músculos nas costas ou no bíceps.

"Essencialmente, até agora os pacientes controlavam apenas um motor de cada vez", diz Loeb, "e precisavam pensar cuidadosamente sobre que motor desejavam controlar e como fazê-lo operar, em lugar de simplesmente pensarem em mover o braço e poderem fazê-lo sem delongas".

Antes que Kitts passasse pelo procedimento de renervação, em outubro de 2007, por exemplo, ela precisava movimentar os músculos de suas costas de determinada maneira para fazer com que seu pulso girasse, e flexionar seu bíceps e tríceps para fazer com que o cotovelo se movesse para cima e para baixo. "Era muito trabalho", ela conta. "E não me ajudava muito".

O procedimento de renervação é parte de uma recente explosão de idéias novas e técnicas inovadoras que estão sendo exploradas enquanto os cientistas se esforçam por ajudar as pessoas a compensar melhor a perda de membros ou problemas de paralisia. O esforço vem sendo alimentado pelo aumento no número de amputações causado por diabetes e por ferimentos sofridos pelos militares, e ao mesmo tempo pelos avanços na tecnologia médica.

Os braços se tornaram um dos focos essenciais desse tipo de trabalho. A ciência há muito vem obtendo sucessos no desenvolvimento de próteses de perna, mas é muito mais difícil imitar a complexidade e a destreza das mãos e dos braços.

Os esforços em curso incluem o desenvolvimento de projetos de pele e braços mais sensíveis e mais flexíveis, e o uso de dispositivos acionados por controles sem fio implantado nos braços protéticos, que permitiriam movimentos mais naturais.

Os pesquisadores também vêm usando sensores implantados nos cérebros de cobaias para permitir que dois macacos controlem um braço mecânico, e um teste com um homem paralítico permitiu, com esse método, que ele movimentasse um cursor em uma tela de computador.

Alguns desses métodos, caso venham a ser aperfeiçoados plenamente e consigam aprovação das autoridades regulatórias da saúde, podem no futuro se tornar mais viáveis para os pacientes de amputações.

E embora a técnica da renervação não requeira aprovação das autoridades regulatórias porque é executada por meios cirúrgicos e emprega aparelhos já existentes, ela apresenta limitações que até mesmo seus criadores reconhecem, entre as quais o fato de que não se pode utilizá-la para todos os pacientes, o seu alto custo e o prazo de meses requerido para que os nervos reconectados cresçam e se tornem efetivos.

Ainda assim, os especialistas dizem que é o mais avançado sistema em uso hoje para pacientes reais que permite que o sistema nervoso controle diretamente o movimento de um braço artificial.

Desde sua introdução por Todd Kuiken, médico fisioterapeuta e engenheiro biomédico do Instituto de Reabilitação de Chicago, o método foi empregado em cerca de 30 pacientes nos Estados Unidos, Canadá e Europa, entre os quais oito soldados feridos no Iraque e no Afeganistão.

Muitos dos pacientes, entre os quais o primeiro, Jesse Sullivan, um operário do setor elétrico no Tennessee que perdeu os dois braços quando foi eletrocutado por um cabo, conseguem não apenas manipular seus braços protéticos mas sentir a presença das mãos que já não têm quando alguém toca em seus peitos.

Sullivan, 62 anos, e Kitts, estavam entre os cinco pacientes que participaram do estudo reportado na terça-feira. Em companhia de cinco outras pessoas que não passaram por amputações, eles receberam os eletrodos e foram instruídos a usar pensamentos para fazer com que um braço virtual na tela reproduzisse 10 movimentos diferentes, entre os quais três formas diferentes de aperto de mão.

Os pacientes apresentaram desempenho bastante respeitável, apenas um pouco mais lento e menos preciso do que os dos participantes que não tinham amputações.

"As velocidades de movimento que encontramos em nossos pacientes foram realmente encorajadoras", disse Kuiken. "Eles conseguiram completar a tarefa. É claro que não foram tão competentes quanto as pessoas dotadas de plena capacidade física, mas foram bons o bastante".

Um braço virtual foi usado porque a maioria das próteses existentes não era capaz de acomodar todos aqueles movimentos, no momento da pesquisa, ainda que Sullivan, Kitts e uma terceira paciente, Claudia Mitchell, tenham experimentado dois novos protótipos mais versáteis de braços artificiais, executando tarefas complexas com bolas de tênis e outros objetos.

O trabalho de renervação em soldados apresenta outros desafios, diz Kuiken, porque os ferimentos militares muitas vezes "causam danos muitos extensos" a nervos, músculos ou ossos.

Daniel Acosta, 25 anos, um aviador ferido pela detonação de uma bomba em uma estrada do Iraque em 2005, passou pelo procedimento no ano passado e diz que seu braço esquerdo protético agora se movimenta "muito mais rápido" e de maneira muito mais natural.

"A diferença é que agora não preciso mais pensar para mover o braço", ele diz. "Ele simplesmente se mexe".

Ainda assim, Acosta, de San Antonio, diz que "o processo foi bastante longo" e que os eletrodos precisam ser ajustados para receber os sinais à medida que os nervos crescem ou mudam de posição.

E embora elogiem o método, os especialistas afirmam que a ciência das próteses de braço ainda tem muito por avançar.

"Trata-se de uma parte crucial, mas ainda assim apenas uma parte, das muitas coisas que compreendem a função normal de um braço", disse Loeb, que escreveu um editorial que acompanha o artigo no Journal of the American Medical Association.

"No momento estamos a meio do caminho entre o braço de 'Dr. Fantástico', que fazia involuntariamente a saudação nazista, e o braço de Luke Skywalker em 'Guerra nas Estrelas', que funciona sem nenhum problema assim que é conectado. Creio que precisaremos ainda de muitos anos para conectar todas as peças necessárias a produzir um braço capaz de funcionar normalmente".

17:04
Anónimo disse...
A Espanha disse neste sábado que está preparando uma reclamação oficial contra a decisão da Venezuela de expulsar um membro do Parlamento Europeu que criticou o conselho eleitoral venezuelano.
Luis Herrero, membro do partido conservador espanhol PP, foi deportado na sexta-feira depois que o Conselho Nacional Eleitoral (CNE) o acusou de questionar a imparcialidade da instituição antes de um referendo que pode permitir ao presidente Hugo Chávez permanecer no cargo indefinidamente.

Herrero estava na Venezuela como observador do referendo. Ele acusou Chávez de ter "comportamentos típicos de um ditador" por pedir a contenção de manifestações da oposição.

O governo da Espanha convocou um encontro com o embaixador da Venezuela em Madri para expressar a desaprovação sobre a expulsão de Herrero, disse um representante do Ministério das Relações Exteriores espanhol.

As relações da Venezuela com a Espanha tiveram seu ponto crítico em 2007, quando Chávez ameaçou rever acordos diplomáticos e comerciais depois de ouvir um "cala a boca" do rei espanhol Juan Carlos durante uma cúpula.

A fenda foi oficialmente reparada em 2008, com uma visita oficial de Chávez à Espanha, onde ele cumprimentou o rei e discutiu acordos para investimento no setor petroquímico com o primeiro-ministro José Luis Rodriguez Zapatero.

17:06
Anónimo disse...
A polícia do Zimbábue anunciou neste sábado que acusa de traição Roy Bennett, dirigente do até agora opositor Movimento para a Mudança Democrática (MDC), detido na sexta-feira, em Harare, poucas horas antes da cerimônia de posse dos membros do novo gabinete.

"A Polícia nos informou que vão apresentar acusações de traição", disse à agência EFE o advogado de defesa de Bennett, Trust Maanda.

"Tentam relacionar Roy com o caso de Mike Hitschmann, que foi detido em 2006 em relação à descoberta de um carregamento de armas, apesar de que Hitschmann não tenha sido declarado culpado das acusações de traição apresentadas contra ele, mas de um crime menor de descumprimento de leis", disse Maanda.

O político opositor, designado por seu partido como vice-ministro de Agricultura no Governo de união nacional, esteve no exílio na vizinha África do Sul desde 2006 e retornou ao Zimbábue há duas semanas.

Segundo a Polícia, que deteve Bennett ontem no aeroporto de Harare quando pretendia ir à África do Sul para visitar sua família, as armas apreendidas em 2006 seriam utilizadas em um golpe de Estado para derrubar o presidente do Zimbábue, Robert Mugabe.

Depois da detenção, Bennet foi levado a Mutar, onde vários simpatizantes do MDC se concentraram em frente à delegacia na qual estava detido, diante do que a Polícia respondeu com tiros para o alto para dispersar os manifestantes.

17:07
Anónimo disse...
Austrália: 14 mil se candidatam a 'emprego dos sonhos'

A secretaria de Turismo de Queensland, na Austrália, informou que até esta segunda-feira já recebeu cerca de 14 mil inscrições para o "o melhor emprego do mundo". O Estado australiano promove pela internet seleção para vaga de "zelador" da ilha Hamilton, por seis meses com um salário de R$ 40 mil.

Muitos candidatos tiveram problemas durante a inscrição por conta dos acessos simultâneos ao site. A secretaria aconselha enviar os vídeos de 60s explicando porque deve ser escolhido em horários alternativos do dia, além de recomendar tamanho em torno de 40MB.

As inscrições começaram em 12 de janeiro e vão até o próximo dia 22 e podem ser feitas pelo site www.islandreefjob.com. O governo australiano escolherá 50 candidatos para a próxima fase da seleção, que terá votos do público para eleger um dos 11 finalistas.

A última fase terá entrevistas e desafios físicos, no próprio local de trabalho: as ilhas da Grande Barreira Coralina - o maior recife de coral do mundo. A secretaria de Turismo anunciará o vencedor no dia 6 de maio.

17:09
Anónimo disse...
Mercado elogia governo na crise, mas pede maior queda no juro

Peter Fussy
Direto de São Paulo

Desde as primeiras medidas anunciadas para combater os efeitos da crise, o governo brasileiro avisou que a estratégia não contemplaria um pacote. Seriam doses pontuais, de acordo com a necessidade da economia diante do agravamento das turbulências. Da primeira liberação dos depósitos compulsórios em setembro até a ampliação do seguro-desemprego na última quarta-feira, o governo passou por redução de impostos, ampliação de crédito e incentivos à exportação. Quase 150 dias após a primeira medida, o Terra conversou com líderes do setor público e privado, representantes dos trabalhadores, acadêmicos e com o próprio governo para saber quais destas ações foram mais eficazes, quais foram mais ineficientes e o que mais pode ser feito pelo Estado brasileiro contra a crise.

Os maiores elogios foram direcionados à atitude de reduzir o Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) para a indústria automobilística, anunciada em dezembro e que fez com que os emplacamentos de carros novos subissem 1,9% no primeiro mês do ano em relação a dezembro de 2008. Já as maiores críticas foram para a lentidão no corte da taxa básica de juro do País.

Para o presidente do conselho administrativo do Grupo Pão de Açúcar, Abílio Diniz, o Estado não é responsável pela crise e mesmo assim está agindo "com extrema serenidade e muito acerto". "O governo está atento, fazendo a sua parte. É preciso coragem de baixar firmemente a taxa de juros. É uma arma que temos a nosso favor, já que não há clima para inflação, nem possibilidade de danos para a macroeconomia", afirmou Diniz.

Na última reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), em janeiro, a taxa Selic foi reduzida em um ponto percentual, de 13,75% para 12,75% ao ano. Porém, o professor de economia da Universidade de Brasília (UnB) José Luiz Oreiro lembra que este corte representa uma redução de apenas 0,25 ponto percentual com relação à taxa de setembro do ano passado, quando a crise se agravou.

"Pouco antes da eclosão da crise, o Banco Central aumentou a taxa em 0,75 ponto. Foram cinco meses de demora para reduzir em termos líquidos apenas 0,25 ponto", afirmou o economista, que também sugeriu redução do intervalo de cerca de 90 dias entre as reuniões do Copom e o corte de pelo menos um 1 ponto percentual em cada reunião.

Mesmo com o corte de janeiro, a taxa de juros real continua sendo a maior do mundo, lembrou o secretário-geral da Força Sindical, João Carlos Gonçalves, o Juruna. "A redução da taxa de juro ainda é pequena, porque ela continua uma das mais altas do mundo. Falta ousadia para baixar os juros e ajudar o cidadão. A permanência da taxa de juro alta é negativa para o País em meio a crise", afirmou Juruna.

Embora aprove as ações do governo, o senador Aloízio Mercadante (PT-SP) também acredita que o patamar da Selic está muito alto. "Sempre fomos os primeiros a entrar em qualquer crise, o que não aconteceu agora. A taxa Selic ainda é muito alta, mas o governo têm tomado medidas acertadas, como o aumento do salário mínimo, mesmo com um cenário de crise. Isso ajuda a movimentar o consumo. O governo está se esforçando para manter os investimentos e o crescimento", disse.

Tributos
De acordo com o economista Fabio Pina, da Fecomercio-SP, as ações mais positivas estão relacionadas à redução de tributos para alguns segmentos, como a indústria automobilística, que recuperou parte da queda nas vendas em janeiro com a isenção do IPI para carros 1.0 l e o corte para demais motorizações. A medida vale até o final de março.

"Essas medidas não só reduziram o preço, mas anteciparam o consumo daqueles que iriam comprar no futuro, dando um prêmio por conta da insegurança. Mexe diretamente com o principal problema que é a confiança do consumidor", afirmou. Juruna destacou que um bom ritmo de vendas é garantia de emprego. "É importante porque cada emprego na montadora significa 19 na cadeia produtiva", comentou o representante da Força Sindical.

Também em dezembro, o governo decidiu cortar pela metade a alíquota do Imposto de Renda para contribuintes que ganham entre R$ 1.434 e R$ 2.150 mensais. "O salário aumentava e a tabela não se modificava. As pessoas ganhavam mais e pagavam mais impostos", apontou Juruna. Outra redução de tributos do governo foi com relação ao Imposto sobre Operações Financeiras (IOF), que caiu de 3% ao ano para 1,5%.

Crédito
Na segunda metade de 2008, o colapso de bancos nos Estados Unidos por conta da crise do subprime provocou uma forte restrição de crédito no mundo inteiro. Uma das primeiras medidas anticrise do governo teve como objetivo restabelecer a oferta, com mudanças no recolhimento dos depósitos compulsórios por parte dos bancos. Segundo o presidente do Banco Central, Henrique Meirelles, as diversas modificações liberaram US$ 99,2 bilhões aos bancos até o final de janeiro.

Além disso, o governo concedeu R$ 36 bilhões das reservas internacionais para empresas brasileiras com dívidas no exterior e uma medida provisória autorizou o Banco do Brasil e a Caixa Econômica Federal a comprar carteiras de crédito de bancos privados. Para o diretor do Departamento de Pesquisas e Estudos Econômicos da Fiesp, Paulo Francini, estas medidas foram essenciais para combater os efeitos da crise.

"A crise se desenvolve no mundo em torno do tema crédito. E o crédito reduziu-se barbaridade no mundo. Então o governo lança mão de compulsório, lança mão de reservas, de medidas que permitem aos bancos comprar carteiras de bancos. Você vai tomando várias medidas para atender às demandas e o epicentro disso é crédito", afirmou.

No entanto, Oreiro, da UnB, adverte que a liberação dos compulsórios seria mais eficiente acompanhada de redução mais agressiva da taxa básica de juro. "Uma parte do crédito voltou, depois da forte retração em outubro e novembro. O que deveria ter sido feito junto à liberação do compulsório era uma redução mais drástica da taxa de juro. Sem isso, os bancos pegam as reservas e acabam comprando títulos públicos", explicou o economista.

Na opinião de Pina, as ações de distribuição de crédito via redução do compulsório e a disposição de capital de giro para empresas foram tomadas sem um cuidado maior na operação e não tiveram muito efeito. "O BNDES tem linhas que ficam paradas quase todo o ano, agora é pior ainda. Existem os recursos, mas as empresas e os bancos estão desconfiados. É preciso fazer com que os bancos tenham interesse em emprestar", afirmou o economista da Fecomercio-SP.

Futuro
Mesmo com todas essas medidas, a crise financeira ainda gera incertezas nos setores produtivos do País. Nos últimos meses, o medo do desemprego fez os consumidores adiarem compras. Por sua vez, a queda nas vendas pode obrigar as indústrias a cortarem a produção e demitir funcionários. Contra isso, empresários sugerem redução de jornada e de salários.

"Isto está previsto em lei. A Fiesp simplesmente manteve conversações com entidades sindicais quanto à aplicação daquilo que já está previsto em lei", afirmou Francini.

Segundo a ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff, uma das medidas que assegura um nível de emprego é a manutenção de investimentos no Programa de Aceleração do Crescimento (PAC). "Estamos esperando que a dificuldade ocorra em janeiro, fevereiro e março. Estamos certos que vamos manter o nível de investimento. É isso que funciona, é isso que significa investimento público. Ele funciona como um colchão. Por isso, nós colocamos R$ 100 bilhões no BNDES e a Petrobras ampliou o seu investimento em R$ 120 bilhões", afirmou.

Na mesma linha, Pina explica que a antecipação de gastos do governo substitui parte da demanda retraída do setor privado. "Ele dá o seguinte recado: não vou estourar as contas públicas, mas concentrar em um momento em que a demanda privada está pequena. Mas o governo não tem fôlego suficiente para fazer o papel de toda demanda", ressaltou. O economista da Fecomercio lembrou que a entidade já pleiteou junto ao governo isenções para transferência de imóveis e de automóveis, além de retirar o IPVA para veículos novos.

Já Oreiro foca suas propostas na capitalização do Banco do Brasil e da Caixa Econômica Federal pelo Tesouro para atender a demanda de crédito para capital de giro e reduzir o spread. "Aumentando o empréstimo e reduzindo as taxas, os dois vão forçar os bancos privados a acompanhar o movimento, até para não perderem participação no mercado", explicou o economista da UnB.

Até o Carnaval, o governou prometeu detalhar um pacote de incentivos para a construção de até um milhão de casas populares, direcionado a famílias com renda de até dez salários mínimos. "Estamos atentos a tudo o que está acontecendo e novas medidas serão tomadas caso haja uma avaliação de que sejam necessárias", disse o ministro da Fazenda, Guido Mantega, na última sexta-feira.

17:11
Anónimo disse...
Ex-ministro critica extensão do seguro-desemprego

Atualizada às 09h03

O ex-ministro do Trabalho Almir Pazzianotto criticou a decisão do governo federal de conceder o seguro-desemprego estendido a apenas alguns setores. "É certamente odioso e provavelmente inconstitucional", disse Pazzianotto, de acordo com o jornal O Estado de S. Paulo.

Na última qurta, dia do anúncio da medida, centrais sindicais elogiaram a atitude do governo. A Força Sindical divulgou nota dizendo que "o aumento ajudará a aquecer parte da economia, já que irá gerar mais consumo, produção e conseqüentemente, a criação de novos postos de trabalho". A União Geral dos Trabalhadores (UGT) afirmou que a medida "contribuirá para minimizar o drama dos trabalhadores que perderem seu emprego por conta da crise".

O ex-ministro, que instituiu o seguro-desemprego no País no governo de José Sarney, destacou a necessidade de as centrais sindicais se manifestarem contra a determinação. Para ele, as mudanças devem ser aplicadas a todas as categorias profissionais e a distinção é contrária ao artigo 3º da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT).

Pazzianotto atribui a medida a um possível temor do governo de que a crise econômica seja longa e não haja dinheiro para atender a todas as necessidades. Ainda assim, ele se mostra contrário ao método de concessão. "O seguro-desemprego ajuda a sanar necessidades básicas. Estendê-lo é paliativo, não a solução", disse ao jornal.

De acordo com o presidente do Conselho Deliberativo do Fundo de Amparo ao Trabalhador (Codefat) e conselheiro da Força Sindical, Luiz Fernando Emediato, a determinação já estava prevista na lei 8.900/94, que trata do seguro-desemprego.

O presidente da Comissão de Trabalho da Câmara, Pedro Fernandes (PTB-MA) vai além na crítica à concessão do seguro para apenas alguns setores. Ele acredita que a ampliação do benefício estimula o desemprego.

Quintino Severo, secretário geral da Central Única dos Trabalhadores (CUT), lembra que a ampliação do benefício sem critério e identificação pode incentivar demissões em outros setores.

17:13
Anónimo disse...
Empresas
TAM faz promoção para destinos internacionais

A companhia aérea TAM anunciou nesta sexta-feira tarifas promocionais para trechos internacionais. Os preços valem para bilhetes comprados entre 6h deste sábado e 23h59 deste domingo e são válidos para classe econômica. As tarifas, para ida e volta, serão vendidas a partir de US$ 99, mais taxas.

Segundo a aérea, a promoção vale para viagens feitas no período de 14 de fevereiro a 18 de junho de 2009. Para destinos na América do Sul, a permanência mínima é de dois dias; para bilhetes com destino nos Estados Unidos, cinco dias; e Europa, sete dias. A permanência máxima para as passagens para América do Sul e EUA é de dois meses e para Europa, três meses.

Entre os exemplos de tarifas promocionais, a TAM oferece São Paulo-Lima por US$ 99. Bilhetes para a rota São Paulo-Santiago serão vendidos a partir de US$ 199 e São Paulo-Nova York, US$ 799.

A emissão dos bilhetes deve ser feita obrigatoriamente no ato da reserva, obedecendo às regras estipuladas pela companhia. A compra está sujeita à disponibilidade de assentos nas classes tarifárias determinadas, trechos, horários e datas. A TAM afirmou que também há tarifas promocionais para a classe executiva.

Mais informações podem ser encontradas no site promocional (www.ofertastam.com.br), no site da empresa (www.tam.com.br) ou pelos telefones 4002-5700 ou 0800 5705700.

17:13
Anónimo disse...
Empresas
Consultoria negocia compra do parque temático Hopi Hari

A consultoria especializada em reestruturação de empresas Íntegra Associados informou nesta sexta-feira ter um acordo para comprar o parque de diversões Hopi Hari, localizado no interior de São Paulo. A empresa estaria disposta a investir R$ 10 milhões no parque, que tem dívida estimada em R$ 800 milhões. As informações são da edição deste sábado do jornal Folha de S. Paulo.

De acordo com o jornal, a transação ainda depende da negociação entre o Hopi Hari e seus credores, o que já estaria em andamento.

A consultoria paulista já atuou junto à Parmalat, durante 30 meses, quando reorganizou a gestão da empresa italiana.

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17:14
Anónimo disse...
Empresas
Disney de Tóquio contratará mais 2 mil apesar da crise


A Oriental Land, o operador da Disneylândia Tóquio e DisneySea, organizou neste domingo entrevistas para contratar cerca de 2 mil trabalhadores em tempo parcial, em um momento de grandes demissões deste tipo de empregados no Japão.

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O operador deste parque temático, situado em Urayasu, na província de Chiba (leste de Tóquio), está em pleno processo de seleção de empregados para 20 tipos de postos trabalhistas diferentes.

Segundo a companhia, citada pela agência local de notícias Kyodo, o parque contratará novos trabalhadores para as atrações, para os restaurantes e guardas de segurança entre outros. Os novos contratados começarão a trabalhar a partir de fevereiro.

O processo de seleção acontece em um momento em que a maioria das grandes companhias japonesas começaram a se ver obrigadas a despedir uma elevada percentagem de seus trabalhadores temporários e a tempo parcial.

Algumas inclusive anunciaram demissões de seus trabalhadores fixos, uma medida muito pouco comum nas companhias japonesas, perante os efeitos piores que o esperado pela crise econômica global.

Cerca de uma centena de pessoas esperavam desde a primeira hora desta manhã a abertura do centro de conferências Tokyo International Forum, onde as entrevistas estão sendo feitas, para ser os primeiros a solicitar os postos de trabalho.


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17:15
Anónimo disse...
Economia Internacional
Senado dos EUA aprova plano de estímulo à economia

O Senado dos Estados Unidos aprovou com 60 votos a favor e 38 contra o plano de estímulo à economia de US$ 787 bilhões na madrugada deste sábado. Agora, ele segue para sanção ou veto do presidente Barack Obama, que espera colocar a lei em prática até o dia 16 de fevereiro.

O plano prevê a criação de três milhões de empregos, inclui cortes de impostos às famílias, fundos para programas sociais e obras públicas, além de ajuda aos governos estaduais, estudantes e desempregados.

A cláusula Buy American - que exige o uso de ferro, aço e produtos manufaturados dos Estados Unidos em obras realizadas com recursos do pacote - ficou de lado. Segundo o texto definitivo, a cláusula será aplicada sem violar as normas do comércio internacional.

Ontem à tarde, a Câmara de Representantes (deputados) havia aprovado, por 246 votos a favor e 183 contra, a versão final do plano. Todos os republicanos foram contrários ao pacote.

Pelo acordo de quarta-feira entre Câmara e Senado, em vez de custar US$ 819 bilhões, como queriam os deputados, ou US$ 838 bilhões como pretendiam os senadores, o pacote ficou em cerca de US$ 787 bilhões, com 65% desse total destinado a gastos do governo federal e 35%, a créditos tributários.

17:16
Anónimo disse...
Economia nacional
Na era Lula, aposentadoria sobe 54% menos que salário mínimo

Thatiane Faria
Especial para o Terra
Direto de São Paulo

Os índices de reajustes concedidos pelo governo em 2009 para aposentados e pensionistas e para o salário mínimo repetiram uma diferença que, só durante o governo de Luiz Inácio Lula da Silva, já chega a 54%. Enquanto o mínimo foi majorado em 12% este ano, as pensões e aposentadorias tiveram aumento de 5,92%. Aposentados que têm o benefício do governo como única fonte de renda reclamam que perdem poder de compra e que sua cesta de compras é composta por itens que aumentam mais em relação à inflação oficial.

Um exemplo prático pode ser entendido a partir da comparação entre um aposentado que ganhava R$ 600 em janeiro de 2003. Na época, o benefício era três vezes, ou 200%, maior que o valor do mínimo em vigência, que era de R$ 200. Aplicando-se os índices de reajuste para aposentadorias e para o mínimo durante os últimos seis anos, o mesmo aposentado estaria recebendo hoje R$ 938,47, comparado a um salário mínimo de R$ 465. A diferença entre os dois valores caiu para pouco mais de 100%.

Enquanto o índice acumulado de reajuste para a aposentadoria durante o governo Lula foi de 60%, para o salário mínimo está em 132%.

O diretor do Sindicato Nacional dos Aposentados, João Inocentini, reclama que os valores dos benefícios para aposentadorias não mantêm o poder de compra do grupo, principalmente dos aposentados que recebem menos que dez salários mínimos.

Nem mesmo o fato de o índice de reajuste das aposentadorias ter ficado acima da inflação acumulada no mesmo período (o IPCA entre janeiro de 2003 e janeiro de 2009 foi de 39,7%) serve de argumento, segundo os aposentados.

"Os idosos, principalmente, têm gastos além das contas gerais como gás, telefone e aluguel. Para eles o custo com remédios, e outros itens da área saúde costuma ser maior", afirmou Inocentini.

O presidente do sindicato afirmou que o grupo realiza um estudo com 100 itens de necessidade de um idoso para comparar o aumento dos produtos com o índice de reajuste do benefício recebido pelos aposentados.

"Daqui dois meses vamos abrir um processo na Justiça e levar essa pesquisa como prova. Segundo a lei, o governo é obrigado a manter o poder de compra com a aposentadoria", disse Inocentini.

Alternativas
O consultor financeiro Cláudio Boriola diz que os aposentados, especialmente nesse momento de crise econômica, devem evitar compras parceladas, pesquisar preços, negociar e fazer bom planejamento financeiro.

Segundo Boriola, alguns aposentados ganham um valor mensal muitas vezes insuficiente para o pagamento das contas e acabam pedindo crédito ou realizando pagamentos a prazo e são obrigados a pagar juros altos.

Na opinião do consultor, pagar uma previdência privada é uma alternativa indicada para quem ainda trabalha, considerando a característica de perda de poder de compra da aposentadoria.

"Na prática, infelizmente os valores encontram-se em um patamar que está deteriorando o poder de aquisição da população brasileira", completou Boriola.

De acordo com o diretor da Confederação Brasileira de Aposentados e Pensionistas (Cobap), Vicente Fernandes Barbosa, representantes dos aposentados tentarão um encontro com o presidente da Câmara, deputado Michel Temer (PMDB-SP), para discutir projetos que minimizem a perda dos aposentados

17:17
Anónimo disse...
Previdência
Previdência prorroga isenção de tarifas no benefício

O atual sistema de pagamento aos 26 milhões de aposentados e pensionistas do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) será mantido até o final deste ano. O acordo, que permite realizar a operação sem nenhum custo aos beneficiários, foi renovado nesta sexta-feira, entre o governo federal e 21 instituições financeiras.

Por meio desse acordo, vigente desde setembro de 2007, nem os segurados, nem os bancos e nem o governo arcam com o pagamento de tarifas, conforme explicou o ministro da Previdência Social, José Pimentel. A prorrogação vale até dezembro, data máxima para que a Previdência defina as regras para um novo contrato.

Ao assinar o termo de renovação, na sede da Federação Brasileira dos Bancos (Febraban), o ministro disse que a intenção do governo é mudar o atual modelo de gestão visando a reduzir os custos dessas operações em torno da folha mensal, que atinge R$ 15,8 bilhões. No entanto, qualquer alteração, conforme explicou, passará antes por audiências públicas a serem realizadas a partir do segundo semestre deste ano, atendendo a determinação do Tribunal de Contas da União (TCU).

De acordo com Pimentel, com um redesenho do mecanismo de repasse dos recursos aos bancos em torno da folha de pagamento dos segurados o que se busca é um aumento da participação de instituições financeiras. Ele informou que, desde 2007, cada benefício custa em média R$ 1,07 ao governo. "Quanto mais instituições financeiras estiverem prestando serviços à sociedade, maior é a competitividade, a agilidade no atendimento", justificou.

O ministro observou, ainda, que, para permitir uma redução para algo em torno de meia hora no tempo de atendimento para a concessão dos direitos previdenciários, o governo investiu R$ 280 milhões.

Questionado sobre o descontentamento dos segurados que ganham acima de um salário mínimo terem obtido apenas a correção com base na variação do Índice de Preços ao Consumidor (INPC) , ficando abaixo do reajuste dado a quem recebe apenas o mínimo, Pimentel argumentou que o governo seguiu o que determina a lei e descartou a possibilidade de uma revisão

17:17
Anónimo disse...
Empresas
Caterpillar oferece aposentadoria antecipada a 2 mil


A companhia americana Caterpillar ofereceu a cerca de dois mil funcionários incentivos para que se aposentem de forma voluntária antes do previsto, pela perspectiva de uma queda "significativa" da atividade industrial, informou nesta quarta-feira a empresa.

A iniciativa, destinada aos trabalhadores de diversas fábricas em Illinois, Colorado, Tennessee e Pensilvânia, se soma aos cortes de empregos anunciados em janeiro, explicou em comunicado de imprensa.

A empresa, a maior fabricante mundial de maquinaria pesada para a construção e a mineração, acrescentou que, "em função das condições de negócio, podem ser necessárias mais reduções de elenco voluntárias e involuntárias à medida que o ano avança".

O vice-presidente da companhia, Sid Banwart, explicou que a empresa prevê "demissões significativas em todas as regiões geográficas e na maioria dos setores devido às dificuldades da economia mundial".

17:18
Anónimo disse...
Comércio
Comércio exterior da OCDE caiu no 3º trimestre de 2008


As exportações e as importações dos países da Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Econômico (OCDE) caíram 1,6% e 0,2%, respectivamente, no terceiro trimestre de 2008, em relação aos três meses anteriores.

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Trata-se da primeira queda destas atividades desde o terceiro trimestre de 2006, segundo o último relatório trimestral sobre fluxos comerciais divulgado pela OCDE.

As exportações e as importações em dólares dos 30 Estados-membros caíram 15,6% e 17%, respectivamente, na comparação anualizada.

Por sua vez, o comércio dos sete países mais ricos do mundo (G7) teve um pequeno crescimento no terceiro trimestre de 2008 com uma queda das exportações de mercadorias de 0,2% em relação ao trimestre anterior e um aumento de 0,4% das importações.

Em termos anualizados, as importações do G7 caíram 1,4% entre julho e setembro do ano passado, seu primeiro retrocesso desde o terceiro trimestre de 2006, enquanto as exportações aumentaram 1,9%, seu crescimento mais baixo no mesmo tempo.

Por países, a Alemanha aumentou suas importações em 3,4% - valor mais alto do G7 -, enquanto suas exportações caíram 2,9% do segundo para o terceiro trimestre de 2008.

Pelo contrário, as exportações americanas aumentaram 1,8% entre julho e setembro de 2008, enquanto as importações caíram 0,7% em relação ao trimestre anterior. No Japão, tanto as importações quanto as exportações caíram em torno de 1% no mesmo período.

17:19
Anónimo disse...
Economia Nacional
Lula: juros de crédito consignado a aposentados são altos

Atualizada às 17h29

O presidente Luis Inácio Lula da Silva afirmou nesta terça-feira, em São Paulo, que está lutando para reduzir as taxas de juros cobradas de aposentados em crédito consignado. A Previdência Social estabelece uma taxa máxima de 2,5% para empréstimo e de 3,5% para cartão. Para Lula, os valores são altos.

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"Acho que o juro que os aposentados estão pagando hoje com o crédito consignado é alto para o padrão brasileiro", disse o presidente durante a cerimônia de comemoração dos 86 anos do INSS.

A Previdência anunciou nesta terça-feira que aposentados e trabalhadoras com licença-maternidade poderão receber seus benefícios em 30 minutos. De acordo com Lula, em junho, a aposentadoria do trabalhador rural também será conseguida em meia hora.

Além disso, o presidente anunciou que, também em junho, os trabalhadores que alcançarem o direito à aposentadoria passarão a receber em suas casas um comunicado da Previdência informando o fato e o valor do salário que têm direito a receber. "É um comprometimento público que estou fazendo com os companheiros da Previdência Social", disse.

"Estamos retribuindo ao contribuinte da Previdência Social aquilo que é a cidadania que ele tem direito", afirmou Lula. "Se para cobrar nós somos tão precisos, para devolver o dinheiro, temos que chegar próximo à perfeição", completou.

17:20
Anónimo disse...
Economia Nacional
Salário maternidade sairá em 30 minutos, diz ministro

Toda trabalhadora autônoma que tiver contribuído pelo menos 10 meses com o Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) - ou as que possuírem carteira assinada - poderão receber em 30 minutos o salário maternidade a partir desta terça-feira. Da mesma forma, as mulheres com 30 anos de contribuição e os homens com 35 anos também terão direito ao benefício de forma mais rápida. A informação é do ministro da Previdência Social, José Pimentel.

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Para requerer o salário maternidade, é preciso que as autônomas levem a carteira de identidade e o carnê de contribuição. As demais trabalhadoras devem apresentar a identificação e a carteira de trabalho. Desde o início do mês, a nova forma de análise para a concessão de benefícios foi adotada para a aposentadoria por idade do trabalhador urbano e agora foi estendida para o salário maternidade e por tempo de contribuição.

O ministro disse que a qualificação do serviço da previdência social é o reconhecimento do direito dos trabalhadores e da afirmação da cidadania.

"Até pouco tempo na cabeça do cidadão o serviço devia ser de péssima qualidade. Agora não, nós modificamos toda a legislação no mês de dezembro numa ação conjunta do Congresso Nacional com o governo federal. Estamos implantando e concedendo os benefícios em até 30 minutos", afirmou.

O ministro destacou que para conseguir se aposentar ou ter acesso à licença maternidade em 30 minutos, em primeiro lugar, é necessário que o cidadão esteja vinculado à Previdência, o que inclui 65% da população acima de 16 anos de idade.

"Depois bastar marcar pelo sistema 135 o dia e a hora do atendimento e levar a documentação. Se todos os dados necessários estiverem corretos o contribuinte será atendido em até 30 minutos, como vem sendo feito com as aposentadorias por idade desde o dia cinco de janeiro", explicou.

Pimentel disse ainda que em 90% das agências da previdência social o atendimento é marcado em até 48 horas. Nos grandes centros, entretanto existe um volume maior o que torna mais lento o processo.

"Estamos criando mais 715 agências até 2010, em todo o território nacional, para descentralizar o atendimento. Em 2008, atendemos 295 mil benefícios e aposentadorias por idade. Temos 4 mil pessoas por dia procurando e se aposentando por idade no território nacional. Este serviço será agilizado", concluiu.

17:25
Anónimo disse...
Giuseppe Englaro, pai de Eluana, a italiana que morreu na segunda-feira passada por desidratação, recusou uma grande soma de dinheiro de um conhecido fotógrafo italiano que queria retratar a filha em estado de coma, disse neste sábado o neurologista que atendia a mulher desde 1996, Carlo Defanti.

O neurologista, que participou hoje de uma conferência sobre eutanásia, disse que Englaro respeitou a vontade da filha, que, antes do acidente, tinha pedido que, se lhe ocorresse qualquer coisa irreversível, apresentasse sua imagem de quando estava em boas condições.

Antes de sofrer o acidente de trânsito, em 1992, Eluana viveu o coma de um amigo, Alessandro, o que causou forte impacto na italiana e a levou a fazer o pai prometer que não a deixasse viver em estado vegetativo, disse o próprio Giuseppe Englaro.

Defanti, que dissera que Eluana poderia viver de dez a 12 dias depois da suspensão da alimentação e da hidratação, disse que, como médico, tinha que reprovar esta afirmação.

"Não se pode sobreviver após três ou quatro dias sem líquido e, em particular, água em um corpo. Sabemos bem que, quando há um terremoto, após quatro dias é difícil encontrar sobreviventes".

Defanti ressaltou que Eluana "não falava, não se comunicava com o exterior" e que, após vários exames, "nos deparamos com uma moça que tinha perdido a consciência", porque estava com o córtex cerebral prejudicado.

Eluana foi enterrada na quinta-feira passada no túmulo da família na localidade de Paluzza, em Udine, após um funeral que não contou com a presença dos pais.

16:53
Anónimo disse...
Os bombeiros combatem neste sábado os incêndios na Austrália favorecidos pelo bom tempo, enquanto os deslocados encotram em seu retorno casas derruídas, carros queimados nas ruas e destruição.

Depois de sete dias desde que começaram os incêndios no Estado de Victoria, a lista de mortos chega a 181, os desaparecidos somam 50, os edifícios destruídos totalizam 1,834 mil e o terreno arrasado, principalmente florestas, ocupa uma área de 4,13 mil quilômetros quadrados.

As equipes de bombeiros, formadas por 4 mil profissionais de Victoria, de outras partes da Austrália e de países amigos, combateram hoje 12 focos fora de controle e nenhum representava uma ameaça direta para a população.

O subdiretor do Serviço de Bombeiros, Geoff Conway, disse que este tempo favorável, que se prolongará durante o domingo, permite consolidar as linhas de contenção e avançar na extinção das chamas.

Cinzas apareceram arrastadas por ventos do nordeste sobre Melbourne, onde habitam 3,8 milhões de pessoas, e as autoridades alertaram aos cidadãos do risco para a saúde de idosos, crianças e pessoas com problemas respiratórios.

O número de pessoas deslocadas - a Cruz Vermelha chegou a receber 7 mil - começou a cair com a abertura de algumas localidades atingidas.

Os incêndios, alguns criminosos, começaram em 7 de fevereiro, quando a região sul da Austrália estava há duas semanas sob uma onda de calor sem precedentes.

Na sexta-feira passada, a polícia acusou uma pessoa de ter provocado o incêndio que atingiu a localidade de Churchill e matou 21 pessoas.

16:55
Anónimo disse...
A primeira chuva em seis dias reduziu a ameaça de incêndios no Estado de Victoria, ao sul da Austrália. As autoridades, porém, advertiram que ainda existem 12 focos, mas que nenhum deles ameaça áreas povoadas.

Mais de quatro mil bombeiros, mil provenientes de outras partes do país e de outras nações, trabalham contra o fogo. Cerca de 600 veículos e 28 helicópteros e pequenos aviões estão sendo usados.


Eles conseguiram construir linhas de contenção para evitar os incêndios de Yarra e Maroondah se juntassem. Também foram controlados os incêndios abertos de Yea e Murrindindi, que ameaçavam as comunidades de Connellys Creek, Crystal Creek, Scrubby Creek e Native Dog Creek.

O número de mortos chegou a 181, mas as autoridades acreditam que as vítimas devem passar de 200, já que ainda há muitos desaparecidos.

16:55
Anónimo disse...
Aqui nesta coluna, na semana passada, tive a oportunidade de comentar sobre a recente visita do professor brasileiro Pedrinho Guareschi à Austrália. Não dei, porém, os fatos, pois semana passada o assunto era outro.

Hoje, porém, vamos a eles.

No último dia 4 de fevereiro, aconteceu o Seminário "Paulo Freire: Education and Liberation", organizado pelo centro de estudos latino-americanos da Universidade Nacional da Austrália, ou ANU, como é mais conhecida por aqui.

A ANU, para quem não sabe, está entre as 20 melhores universidades do mundo! E tem sede aqui em Camberra, capital da Austrália.

Na abertura do evento, o professor John Minns, diretor do centro latino-americano, ao dar boas-vindas ao público presente, lembrou ser aquele o primeiro seminário exclusivamente dedicado a Paulo Freire na Austrália.

Em seguida, convidou Pedrinho Guareschi, palestrante principal do Seminário, a fazer sua apresentação.

A plateia pode então conhecer, pelas palavras de Pedrinho, um pouco da obra e da vida de Freire, esse brasileiro de fé e valor, que sempre acreditou na educação, sobretudo dos menos favorecidos, analfabetos, como força libertadora.

Como não podia deixar de ser, os conceitos e ideias revolucionários de Paulo Freire, expostos com clareza por Pedrinho, despertaram o interesse e a curiosidade de plateia. A qual, deve-se notar, era na maioria de estudantes, mas de várias nacionalidades, sobretudo australianos e asiáticos.

Na continuação do programa do seminário, que se estendeu por dois dias, outros professores fizeram palestras sobre temas ligados à obra de Paulo Freire.

Interessante, por exemplo, saber que a professora Anne Hickling-Hudson, jamaicana que mora na Austrália há muitos anos (é professora da ANU), conheceu e trabalhou com Freire num workshop educacional durante a revolução na Ilha de Granada, em 1980, antes da invasão dos Estados Unidos...

Ou, então, a palestra da Professora Gerda Roelvink, da Nova Zelândia, que participou do Fórum Social de Porto Alegre em 2005. E essa participação transformou-se em tema de doutorado.

No dia 10, terça-feira passada, o padre Pedrinho Guareschi voltou a falar ao público australiano em grande auditório localizado no belíssimo campus da ANU. Desta vez, sobre a Teologia da Libertação.

Depois da palestra, John Minns mostrou o filme mexicano "O Crime do Padre Amaro", no qual um dos personagens é um padre católico praticante da Teologia da Libertação.

Mais uma vez, foi grande o intersse da platéia, que pode aprender e conhecer um pouco como se desenvolveu aquele importante movimento católico na América Latina.

Fica, assim, ao Pedrinho, bem como a outros brasileiros estudiosos e de bom coração que saem pelo mundo a divulgar aspectos importantes da cultura brasileira, o respeito e a homenagem desta coluna. E... aquele abraço!

16:57
Anónimo disse...
Amanda Kitts perdeu o braço esquerdo em um acidente de automóvel acontecido três anos atrás, mas hoje em dia ela joga futebol americano com seu filho de 12 anos de idade, troca fraldas e abraça as crianças nas três creches Kiddie Cottage que opera em Knoxville, Tennessee. Kitts, 40 anos, faz tudo isso com a ajuda de um novo tipo de braço artificial que se movimenta com mais facilidade do que outros aparelhos e que ela pode controlar utilizando apenas seus pensamentos.

"Eu sou capaz de mexer a mão, o pulso e o cotovelo ao mesmo tempo", diz. "Você pensa e os músculos se movem em seguida".

A recuperação que ela conseguiu resulta de um novo procedimento que vem atraindo crescente atenção porque permite que pessoas movam braços protéticos de forma mais automática do que faziam no passado, simplesmente utilizando nervos reaproveitados em seus cérebros.

A técnica, conhecida como "renervação muscular dirigida", envolve utilizar os nervos que restam depois da amputação de um braço e conectá-los a outro músculo do corpo, em geral no peito. Eletrodos são instalados sobre os músculos do peito, e operam como se fossem antenas. Quando a pessoa deseja mover o braço, o cérebro envia sinais que primeiro resultam em contração dos músculos do peito, os quais enviam um sinal ao braço protético, instruindo-se a se movimentar. O processo não requer mais esforços consciente do que a pessoa teria de exercitar caso ainda tivesse seu braço natural.

Na terça-feira, pesquisadores reportaram em estudo publicado pela versão online do Journal of the American Medical Association que haviam levado a técnica ainda mais à frente, tornando possível a execução de 10 movimentos de mão, pulso e cotovelo diferentes, o que representa uma substancial melhora com relação ao típico repertório protético, que em geral envolve apenas dobrar o cotovelo, girar o pulso e abrir a mão.

"Os novos métodos tiveram impacto dramático em nosso campo de trabalho", disse Stuart Harshbarger, engenheiro biomédico na Universidade Johns Hopkins e diretor do programa de pesquisa sobre próteses, financiado pelas forças armadas, que inclui o trabalho com essa técnica. "O método já está em uso por médicos e cirurgiões comuns em todo o país. A capacidade de controlar um membro protético bastante robusto que ele confere surpreendeu a todos pela qualidade".

Tipicamente, uma pessoa que tenha um braço protético só é capaz de executar alguns poucos movimentos, e muitas vezes com tamanha lentidão que isso só permite a ela atividades limitadas.

Há um motor separado para cada movimento, diz Gerald Loeb, professor de engenharia biomédica na Universidade do Sul da Califórnia, "e esses motores precisam ser controlados de maneira explícita", usualmente por um esforço consciente da pessoa para contrair músculos nas costas ou no bíceps.

"Essencialmente, até agora os pacientes controlavam apenas um motor de cada vez", diz Loeb, "e precisavam pensar cuidadosamente sobre que motor desejavam controlar e como fazê-lo operar, em lugar de simplesmente pensarem em mover o braço e poderem fazê-lo sem delongas".

Antes que Kitts passasse pelo procedimento de renervação, em outubro de 2007, por exemplo, ela precisava movimentar os músculos de suas costas de determinada maneira para fazer com que seu pulso girasse, e flexionar seu bíceps e tríceps para fazer com que o cotovelo se movesse para cima e para baixo. "Era muito trabalho", ela conta. "E não me ajudava muito".

O procedimento de renervação é parte de uma recente explosão de idéias novas e técnicas inovadoras que estão sendo exploradas enquanto os cientistas se esforçam por ajudar as pessoas a compensar melhor a perda de membros ou problemas de paralisia. O esforço vem sendo alimentado pelo aumento no número de amputações causado por diabetes e por ferimentos sofridos pelos militares, e ao mesmo tempo pelos avanços na tecnologia médica.

Os braços se tornaram um dos focos essenciais desse tipo de trabalho. A ciência há muito vem obtendo sucessos no desenvolvimento de próteses de perna, mas é muito mais difícil imitar a complexidade e a destreza das mãos e dos braços.

Os esforços em curso incluem o desenvolvimento de projetos de pele e braços mais sensíveis e mais flexíveis, e o uso de dispositivos acionados por controles sem fio implantado nos braços protéticos, que permitiriam movimentos mais naturais.

Os pesquisadores também vêm usando sensores implantados nos cérebros de cobaias para permitir que dois macacos controlem um braço mecânico, e um teste com um homem paralítico permitiu, com esse método, que ele movimentasse um cursor em uma tela de computador.

Alguns desses métodos, caso venham a ser aperfeiçoados plenamente e consigam aprovação das autoridades regulatórias da saúde, podem no futuro se tornar mais viáveis para os pacientes de amputações.

E embora a técnica da renervação não requeira aprovação das autoridades regulatórias porque é executada por meios cirúrgicos e emprega aparelhos já existentes, ela apresenta limitações que até mesmo seus criadores reconhecem, entre as quais o fato de que não se pode utilizá-la para todos os pacientes, o seu alto custo e o prazo de meses requerido para que os nervos reconectados cresçam e se tornem efetivos.

Ainda assim, os especialistas dizem que é o mais avançado sistema em uso hoje para pacientes reais que permite que o sistema nervoso controle diretamente o movimento de um braço artificial.

Desde sua introdução por Todd Kuiken, médico fisioterapeuta e engenheiro biomédico do Instituto de Reabilitação de Chicago, o método foi empregado em cerca de 30 pacientes nos Estados Unidos, Canadá e Europa, entre os quais oito soldados feridos no Iraque e no Afeganistão.

Muitos dos pacientes, entre os quais o primeiro, Jesse Sullivan, um operário do setor elétrico no Tennessee que perdeu os dois braços quando foi eletrocutado por um cabo, conseguem não apenas manipular seus braços protéticos mas sentir a presença das mãos que já não têm quando alguém toca em seus peitos.

Sullivan, 62 anos, e Kitts, estavam entre os cinco pacientes que participaram do estudo reportado na terça-feira. Em companhia de cinco outras pessoas que não passaram por amputações, eles receberam os eletrodos e foram instruídos a usar pensamentos para fazer com que um braço virtual na tela reproduzisse 10 movimentos diferentes, entre os quais três formas diferentes de aperto de mão.

Os pacientes apresentaram desempenho bastante respeitável, apenas um pouco mais lento e menos preciso do que os dos participantes que não tinham amputações.

"As velocidades de movimento que encontramos em nossos pacientes foram realmente encorajadoras", disse Kuiken. "Eles conseguiram completar a tarefa. É claro que não foram tão competentes quanto as pessoas dotadas de plena capacidade física, mas foram bons o bastante".

Um braço virtual foi usado porque a maioria das próteses existentes não era capaz de acomodar todos aqueles movimentos, no momento da pesquisa, ainda que Sullivan, Kitts e uma terceira paciente, Claudia Mitchell, tenham experimentado dois novos protótipos mais versáteis de braços artificiais, executando tarefas complexas com bolas de tênis e outros objetos.

O trabalho de renervação em soldados apresenta outros desafios, diz Kuiken, porque os ferimentos militares muitas vezes "causam danos muitos extensos" a nervos, músculos ou ossos.

Daniel Acosta, 25 anos, um aviador ferido pela detonação de uma bomba em uma estrada do Iraque em 2005, passou pelo procedimento no ano passado e diz que seu braço esquerdo protético agora se movimenta "muito mais rápido" e de maneira muito mais natural.

"A diferença é que agora não preciso mais pensar para mover o braço", ele diz. "Ele simplesmente se mexe".

Ainda assim, Acosta, de San Antonio, diz que "o processo foi bastante longo" e que os eletrodos precisam ser ajustados para receber os sinais à medida que os nervos crescem ou mudam de posição.

E embora elogiem o método, os especialistas afirmam que a ciência das próteses de braço ainda tem muito por avançar.

"Trata-se de uma parte crucial, mas ainda assim apenas uma parte, das muitas coisas que compreendem a função normal de um braço", disse Loeb, que escreveu um editorial que acompanha o artigo no Journal of the American Medical Association.

"No momento estamos a meio do caminho entre o braço de 'Dr. Fantástico', que fazia involuntariamente a saudação nazista, e o braço de Luke Skywalker em 'Guerra nas Estrelas', que funciona sem nenhum problema assim que é conectado. Creio que precisaremos ainda de muitos anos para conectar todas as peças necessárias a produzir um braço capaz de funcionar normalmente".

17:04
Anónimo disse...
A Espanha disse neste sábado que está preparando uma reclamação oficial contra a decisão da Venezuela de expulsar um membro do Parlamento Europeu que criticou o conselho eleitoral venezuelano.
Luis Herrero, membro do partido conservador espanhol PP, foi deportado na sexta-feira depois que o Conselho Nacional Eleitoral (CNE) o acusou de questionar a imparcialidade da instituição antes de um referendo que pode permitir ao presidente Hugo Chávez permanecer no cargo indefinidamente.

Herrero estava na Venezuela como observador do referendo. Ele acusou Chávez de ter "comportamentos típicos de um ditador" por pedir a contenção de manifestações da oposição.

O governo da Espanha convocou um encontro com o embaixador da Venezuela em Madri para expressar a desaprovação sobre a expulsão de Herrero, disse um representante do Ministério das Relações Exteriores espanhol.

As relações da Venezuela com a Espanha tiveram seu ponto crítico em 2007, quando Chávez ameaçou rever acordos diplomáticos e comerciais depois de ouvir um "cala a boca" do rei espanhol Juan Carlos durante uma cúpula.

A fenda foi oficialmente reparada em 2008, com uma visita oficial de Chávez à Espanha, onde ele cumprimentou o rei e discutiu acordos para investimento no setor petroquímico com o primeiro-ministro José Luis Rodriguez Zapatero.

17:06
Anónimo disse...
A polícia do Zimbábue anunciou neste sábado que acusa de traição Roy Bennett, dirigente do até agora opositor Movimento para a Mudança Democrática (MDC), detido na sexta-feira, em Harare, poucas horas antes da cerimônia de posse dos membros do novo gabinete.

"A Polícia nos informou que vão apresentar acusações de traição", disse à agência EFE o advogado de defesa de Bennett, Trust Maanda.

"Tentam relacionar Roy com o caso de Mike Hitschmann, que foi detido em 2006 em relação à descoberta de um carregamento de armas, apesar de que Hitschmann não tenha sido declarado culpado das acusações de traição apresentadas contra ele, mas de um crime menor de descumprimento de leis", disse Maanda.

O político opositor, designado por seu partido como vice-ministro de Agricultura no Governo de união nacional, esteve no exílio na vizinha África do Sul desde 2006 e retornou ao Zimbábue há duas semanas.

Segundo a Polícia, que deteve Bennett ontem no aeroporto de Harare quando pretendia ir à África do Sul para visitar sua família, as armas apreendidas em 2006 seriam utilizadas em um golpe de Estado para derrubar o presidente do Zimbábue, Robert Mugabe.

Depois da detenção, Bennet foi levado a Mutar, onde vários simpatizantes do MDC se concentraram em frente à delegacia na qual estava detido, diante do que a Polícia respondeu com tiros para o alto para dispersar os manifestantes.

17:07
Anónimo disse...
Austrália: 14 mil se candidatam a 'emprego dos sonhos'

A secretaria de Turismo de Queensland, na Austrália, informou que até esta segunda-feira já recebeu cerca de 14 mil inscrições para o "o melhor emprego do mundo". O Estado australiano promove pela internet seleção para vaga de "zelador" da ilha Hamilton, por seis meses com um salário de R$ 40 mil.

Muitos candidatos tiveram problemas durante a inscrição por conta dos acessos simultâneos ao site. A secretaria aconselha enviar os vídeos de 60s explicando porque deve ser escolhido em horários alternativos do dia, além de recomendar tamanho em torno de 40MB.

As inscrições começaram em 12 de janeiro e vão até o próximo dia 22 e podem ser feitas pelo site www.islandreefjob.com. O governo australiano escolherá 50 candidatos para a próxima fase da seleção, que terá votos do público para eleger um dos 11 finalistas.

A última fase terá entrevistas e desafios físicos, no próprio local de trabalho: as ilhas da Grande Barreira Coralina - o maior recife de coral do mundo. A secretaria de Turismo anunciará o vencedor no dia 6 de maio.

17:09
Anónimo disse...
Mercado elogia governo na crise, mas pede maior queda no juro

Peter Fussy
Direto de São Paulo

Desde as primeiras medidas anunciadas para combater os efeitos da crise, o governo brasileiro avisou que a estratégia não contemplaria um pacote. Seriam doses pontuais, de acordo com a necessidade da economia diante do agravamento das turbulências. Da primeira liberação dos depósitos compulsórios em setembro até a ampliação do seguro-desemprego na última quarta-feira, o governo passou por redução de impostos, ampliação de crédito e incentivos à exportação. Quase 150 dias após a primeira medida, o Terra conversou com líderes do setor público e privado, representantes dos trabalhadores, acadêmicos e com o próprio governo para saber quais destas ações foram mais eficazes, quais foram mais ineficientes e o que mais pode ser feito pelo Estado brasileiro contra a crise.

Os maiores elogios foram direcionados à atitude de reduzir o Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) para a indústria automobilística, anunciada em dezembro e que fez com que os emplacamentos de carros novos subissem 1,9% no primeiro mês do ano em relação a dezembro de 2008. Já as maiores críticas foram para a lentidão no corte da taxa básica de juro do País.

Para o presidente do conselho administrativo do Grupo Pão de Açúcar, Abílio Diniz, o Estado não é responsável pela crise e mesmo assim está agindo "com extrema serenidade e muito acerto". "O governo está atento, fazendo a sua parte. É preciso coragem de baixar firmemente a taxa de juros. É uma arma que temos a nosso favor, já que não há clima para inflação, nem possibilidade de danos para a macroeconomia", afirmou Diniz.

Na última reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), em janeiro, a taxa Selic foi reduzida em um ponto percentual, de 13,75% para 12,75% ao ano. Porém, o professor de economia da Universidade de Brasília (UnB) José Luiz Oreiro lembra que este corte representa uma redução de apenas 0,25 ponto percentual com relação à taxa de setembro do ano passado, quando a crise se agravou.

"Pouco antes da eclosão da crise, o Banco Central aumentou a taxa em 0,75 ponto. Foram cinco meses de demora para reduzir em termos líquidos apenas 0,25 ponto", afirmou o economista, que também sugeriu redução do intervalo de cerca de 90 dias entre as reuniões do Copom e o corte de pelo menos um 1 ponto percentual em cada reunião.

Mesmo com o corte de janeiro, a taxa de juros real continua sendo a maior do mundo, lembrou o secretário-geral da Força Sindical, João Carlos Gonçalves, o Juruna. "A redução da taxa de juro ainda é pequena, porque ela continua uma das mais altas do mundo. Falta ousadia para baixar os juros e ajudar o cidadão. A permanência da taxa de juro alta é negativa para o País em meio a crise", afirmou Juruna.

Embora aprove as ações do governo, o senador Aloízio Mercadante (PT-SP) também acredita que o patamar da Selic está muito alto. "Sempre fomos os primeiros a entrar em qualquer crise, o que não aconteceu agora. A taxa Selic ainda é muito alta, mas o governo têm tomado medidas acertadas, como o aumento do salário mínimo, mesmo com um cenário de crise. Isso ajuda a movimentar o consumo. O governo está se esforçando para manter os investimentos e o crescimento", disse.

Tributos
De acordo com o economista Fabio Pina, da Fecomercio-SP, as ações mais positivas estão relacionadas à redução de tributos para alguns segmentos, como a indústria automobilística, que recuperou parte da queda nas vendas em janeiro com a isenção do IPI para carros 1.0 l e o corte para demais motorizações. A medida vale até o final de março.

"Essas medidas não só reduziram o preço, mas anteciparam o consumo daqueles que iriam comprar no futuro, dando um prêmio por conta da insegurança. Mexe diretamente com o principal problema que é a confiança do consumidor", afirmou. Juruna destacou que um bom ritmo de vendas é garantia de emprego. "É importante porque cada emprego na montadora significa 19 na cadeia produtiva", comentou o representante da Força Sindical.

Também em dezembro, o governo decidiu cortar pela metade a alíquota do Imposto de Renda para contribuintes que ganham entre R$ 1.434 e R$ 2.150 mensais. "O salário aumentava e a tabela não se modificava. As pessoas ganhavam mais e pagavam mais impostos", apontou Juruna. Outra redução de tributos do governo foi com relação ao Imposto sobre Operações Financeiras (IOF), que caiu de 3% ao ano para 1,5%.

Crédito
Na segunda metade de 2008, o colapso de bancos nos Estados Unidos por conta da crise do subprime provocou uma forte restrição de crédito no mundo inteiro. Uma das primeiras medidas anticrise do governo teve como objetivo restabelecer a oferta, com mudanças no recolhimento dos depósitos compulsórios por parte dos bancos. Segundo o presidente do Banco Central, Henrique Meirelles, as diversas modificações liberaram US$ 99,2 bilhões aos bancos até o final de janeiro.

Além disso, o governo concedeu R$ 36 bilhões das reservas internacionais para empresas brasileiras com dívidas no exterior e uma medida provisória autorizou o Banco do Brasil e a Caixa Econômica Federal a comprar carteiras de crédito de bancos privados. Para o diretor do Departamento de Pesquisas e Estudos Econômicos da Fiesp, Paulo Francini, estas medidas foram essenciais para combater os efeitos da crise.

"A crise se desenvolve no mundo em torno do tema crédito. E o crédito reduziu-se barbaridade no mundo. Então o governo lança mão de compulsório, lança mão de reservas, de medidas que permitem aos bancos comprar carteiras de bancos. Você vai tomando várias medidas para atender às demandas e o epicentro disso é crédito", afirmou.

No entanto, Oreiro, da UnB, adverte que a liberação dos compulsórios seria mais eficiente acompanhada de redução mais agressiva da taxa básica de juro. "Uma parte do crédito voltou, depois da forte retração em outubro e novembro. O que deveria ter sido feito junto à liberação do compulsório era uma redução mais drástica da taxa de juro. Sem isso, os bancos pegam as reservas e acabam comprando títulos públicos", explicou o economista.

Na opinião de Pina, as ações de distribuição de crédito via redução do compulsório e a disposição de capital de giro para empresas foram tomadas sem um cuidado maior na operação e não tiveram muito efeito. "O BNDES tem linhas que ficam paradas quase todo o ano, agora é pior ainda. Existem os recursos, mas as empresas e os bancos estão desconfiados. É preciso fazer com que os bancos tenham interesse em emprestar", afirmou o economista da Fecomercio-SP.

Futuro
Mesmo com todas essas medidas, a crise financeira ainda gera incertezas nos setores produtivos do País. Nos últimos meses, o medo do desemprego fez os consumidores adiarem compras. Por sua vez, a queda nas vendas pode obrigar as indústrias a cortarem a produção e demitir funcionários. Contra isso, empresários sugerem redução de jornada e de salários.

"Isto está previsto em lei. A Fiesp simplesmente manteve conversações com entidades sindicais quanto à aplicação daquilo que já está previsto em lei", afirmou Francini.

Segundo a ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff, uma das medidas que assegura um nível de emprego é a manutenção de investimentos no Programa de Aceleração do Crescimento (PAC). "Estamos esperando que a dificuldade ocorra em janeiro, fevereiro e março. Estamos certos que vamos manter o nível de investimento. É isso que funciona, é isso que significa investimento público. Ele funciona como um colchão. Por isso, nós colocamos R$ 100 bilhões no BNDES e a Petrobras ampliou o seu investimento em R$ 120 bilhões", afirmou.

Na mesma linha, Pina explica que a antecipação de gastos do governo substitui parte da demanda retraída do setor privado. "Ele dá o seguinte recado: não vou estourar as contas públicas, mas concentrar em um momento em que a demanda privada está pequena. Mas o governo não tem fôlego suficiente para fazer o papel de toda demanda", ressaltou. O economista da Fecomercio lembrou que a entidade já pleiteou junto ao governo isenções para transferência de imóveis e de automóveis, além de retirar o IPVA para veículos novos.

Já Oreiro foca suas propostas na capitalização do Banco do Brasil e da Caixa Econômica Federal pelo Tesouro para atender a demanda de crédito para capital de giro e reduzir o spread. "Aumentando o empréstimo e reduzindo as taxas, os dois vão forçar os bancos privados a acompanhar o movimento, até para não perderem participação no mercado", explicou o economista da UnB.

Até o Carnaval, o governou prometeu detalhar um pacote de incentivos para a construção de até um milhão de casas populares, direcionado a famílias com renda de até dez salários mínimos. "Estamos atentos a tudo o que está acontecendo e novas medidas serão tomadas caso haja uma avaliação de que sejam necessárias", disse o ministro da Fazenda, Guido Mantega, na última sexta-feira.

17:11
Anónimo disse...
Ex-ministro critica extensão do seguro-desemprego

Atualizada às 09h03

O ex-ministro do Trabalho Almir Pazzianotto criticou a decisão do governo federal de conceder o seguro-desemprego estendido a apenas alguns setores. "É certamente odioso e provavelmente inconstitucional", disse Pazzianotto, de acordo com o jornal O Estado de S. Paulo.

Na última qurta, dia do anúncio da medida, centrais sindicais elogiaram a atitude do governo. A Força Sindical divulgou nota dizendo que "o aumento ajudará a aquecer parte da economia, já que irá gerar mais consumo, produção e conseqüentemente, a criação de novos postos de trabalho". A União Geral dos Trabalhadores (UGT) afirmou que a medida "contribuirá para minimizar o drama dos trabalhadores que perderem seu emprego por conta da crise".

O ex-ministro, que instituiu o seguro-desemprego no País no governo de José Sarney, destacou a necessidade de as centrais sindicais se manifestarem contra a determinação. Para ele, as mudanças devem ser aplicadas a todas as categorias profissionais e a distinção é contrária ao artigo 3º da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT).

Pazzianotto atribui a medida a um possível temor do governo de que a crise econômica seja longa e não haja dinheiro para atender a todas as necessidades. Ainda assim, ele se mostra contrário ao método de concessão. "O seguro-desemprego ajuda a sanar necessidades básicas. Estendê-lo é paliativo, não a solução", disse ao jornal.

De acordo com o presidente do Conselho Deliberativo do Fundo de Amparo ao Trabalhador (Codefat) e conselheiro da Força Sindical, Luiz Fernando Emediato, a determinação já estava prevista na lei 8.900/94, que trata do seguro-desemprego.

O presidente da Comissão de Trabalho da Câmara, Pedro Fernandes (PTB-MA) vai além na crítica à concessão do seguro para apenas alguns setores. Ele acredita que a ampliação do benefício estimula o desemprego.

Quintino Severo, secretário geral da Central Única dos Trabalhadores (CUT), lembra que a ampliação do benefício sem critério e identificação pode incentivar demissões em outros setores.

17:13
Anónimo disse...
Empresas
TAM faz promoção para destinos internacionais

A companhia aérea TAM anunciou nesta sexta-feira tarifas promocionais para trechos internacionais. Os preços valem para bilhetes comprados entre 6h deste sábado e 23h59 deste domingo e são válidos para classe econômica. As tarifas, para ida e volta, serão vendidas a partir de US$ 99, mais taxas.

Segundo a aérea, a promoção vale para viagens feitas no período de 14 de fevereiro a 18 de junho de 2009. Para destinos na América do Sul, a permanência mínima é de dois dias; para bilhetes com destino nos Estados Unidos, cinco dias; e Europa, sete dias. A permanência máxima para as passagens para América do Sul e EUA é de dois meses e para Europa, três meses.

Entre os exemplos de tarifas promocionais, a TAM oferece São Paulo-Lima por US$ 99. Bilhetes para a rota São Paulo-Santiago serão vendidos a partir de US$ 199 e São Paulo-Nova York, US$ 799.

A emissão dos bilhetes deve ser feita obrigatoriamente no ato da reserva, obedecendo às regras estipuladas pela companhia. A compra está sujeita à disponibilidade de assentos nas classes tarifárias determinadas, trechos, horários e datas. A TAM afirmou que também há tarifas promocionais para a classe executiva.

Mais informações podem ser encontradas no site promocional (www.ofertastam.com.br), no site da empresa (www.tam.com.br) ou pelos telefones 4002-5700 ou 0800 5705700.

17:13
Anónimo disse...
Empresas
Consultoria negocia compra do parque temático Hopi Hari

A consultoria especializada em reestruturação de empresas Íntegra Associados informou nesta sexta-feira ter um acordo para comprar o parque de diversões Hopi Hari, localizado no interior de São Paulo. A empresa estaria disposta a investir R$ 10 milhões no parque, que tem dívida estimada em R$ 800 milhões. As informações são da edição deste sábado do jornal Folha de S. Paulo.

De acordo com o jornal, a transação ainda depende da negociação entre o Hopi Hari e seus credores, o que já estaria em andamento.

A consultoria paulista já atuou junto à Parmalat, durante 30 meses, quando reorganizou a gestão da empresa italiana.

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17:14
Anónimo disse...
Empresas
Disney de Tóquio contratará mais 2 mil apesar da crise


A Oriental Land, o operador da Disneylândia Tóquio e DisneySea, organizou neste domingo entrevistas para contratar cerca de 2 mil trabalhadores em tempo parcial, em um momento de grandes demissões deste tipo de empregados no Japão.

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O operador deste parque temático, situado em Urayasu, na província de Chiba (leste de Tóquio), está em pleno processo de seleção de empregados para 20 tipos de postos trabalhistas diferentes.

Segundo a companhia, citada pela agência local de notícias Kyodo, o parque contratará novos trabalhadores para as atrações, para os restaurantes e guardas de segurança entre outros. Os novos contratados começarão a trabalhar a partir de fevereiro.

O processo de seleção acontece em um momento em que a maioria das grandes companhias japonesas começaram a se ver obrigadas a despedir uma elevada percentagem de seus trabalhadores temporários e a tempo parcial.

Algumas inclusive anunciaram demissões de seus trabalhadores fixos, uma medida muito pouco comum nas companhias japonesas, perante os efeitos piores que o esperado pela crise econômica global.

Cerca de uma centena de pessoas esperavam desde a primeira hora desta manhã a abertura do centro de conferências Tokyo International Forum, onde as entrevistas estão sendo feitas, para ser os primeiros a solicitar os postos de trabalho.


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17:15
Anónimo disse...
Economia Internacional
Senado dos EUA aprova plano de estímulo à economia

O Senado dos Estados Unidos aprovou com 60 votos a favor e 38 contra o plano de estímulo à economia de US$ 787 bilhões na madrugada deste sábado. Agora, ele segue para sanção ou veto do presidente Barack Obama, que espera colocar a lei em prática até o dia 16 de fevereiro.

O plano prevê a criação de três milhões de empregos, inclui cortes de impostos às famílias, fundos para programas sociais e obras públicas, além de ajuda aos governos estaduais, estudantes e desempregados.

A cláusula Buy American - que exige o uso de ferro, aço e produtos manufaturados dos Estados Unidos em obras realizadas com recursos do pacote - ficou de lado. Segundo o texto definitivo, a cláusula será aplicada sem violar as normas do comércio internacional.

Ontem à tarde, a Câmara de Representantes (deputados) havia aprovado, por 246 votos a favor e 183 contra, a versão final do plano. Todos os republicanos foram contrários ao pacote.

Pelo acordo de quarta-feira entre Câmara e Senado, em vez de custar US$ 819 bilhões, como queriam os deputados, ou US$ 838 bilhões como pretendiam os senadores, o pacote ficou em cerca de US$ 787 bilhões, com 65% desse total destinado a gastos do governo federal e 35%, a créditos tributários.

17:16
Anónimo disse...
Economia nacional
Na era Lula, aposentadoria sobe 54% menos que salário mínimo

Thatiane Faria
Especial para o Terra
Direto de São Paulo

Os índices de reajustes concedidos pelo governo em 2009 para aposentados e pensionistas e para o salário mínimo repetiram uma diferença que, só durante o governo de Luiz Inácio Lula da Silva, já chega a 54%. Enquanto o mínimo foi majorado em 12% este ano, as pensões e aposentadorias tiveram aumento de 5,92%. Aposentados que têm o benefício do governo como única fonte de renda reclamam que perdem poder de compra e que sua cesta de compras é composta por itens que aumentam mais em relação à inflação oficial.

Um exemplo prático pode ser entendido a partir da comparação entre um aposentado que ganhava R$ 600 em janeiro de 2003. Na época, o benefício era três vezes, ou 200%, maior que o valor do mínimo em vigência, que era de R$ 200. Aplicando-se os índices de reajuste para aposentadorias e para o mínimo durante os últimos seis anos, o mesmo aposentado estaria recebendo hoje R$ 938,47, comparado a um salário mínimo de R$ 465. A diferença entre os dois valores caiu para pouco mais de 100%.

Enquanto o índice acumulado de reajuste para a aposentadoria durante o governo Lula foi de 60%, para o salário mínimo está em 132%.

O diretor do Sindicato Nacional dos Aposentados, João Inocentini, reclama que os valores dos benefícios para aposentadorias não mantêm o poder de compra do grupo, principalmente dos aposentados que recebem menos que dez salários mínimos.

Nem mesmo o fato de o índice de reajuste das aposentadorias ter ficado acima da inflação acumulada no mesmo período (o IPCA entre janeiro de 2003 e janeiro de 2009 foi de 39,7%) serve de argumento, segundo os aposentados.

"Os idosos, principalmente, têm gastos além das contas gerais como gás, telefone e aluguel. Para eles o custo com remédios, e outros itens da área saúde costuma ser maior", afirmou Inocentini.

O presidente do sindicato afirmou que o grupo realiza um estudo com 100 itens de necessidade de um idoso para comparar o aumento dos produtos com o índice de reajuste do benefício recebido pelos aposentados.

"Daqui dois meses vamos abrir um processo na Justiça e levar essa pesquisa como prova. Segundo a lei, o governo é obrigado a manter o poder de compra com a aposentadoria", disse Inocentini.

Alternativas
O consultor financeiro Cláudio Boriola diz que os aposentados, especialmente nesse momento de crise econômica, devem evitar compras parceladas, pesquisar preços, negociar e fazer bom planejamento financeiro.

Segundo Boriola, alguns aposentados ganham um valor mensal muitas vezes insuficiente para o pagamento das contas e acabam pedindo crédito ou realizando pagamentos a prazo e são obrigados a pagar juros altos.

Na opinião do consultor, pagar uma previdência privada é uma alternativa indicada para quem ainda trabalha, considerando a característica de perda de poder de compra da aposentadoria.

"Na prática, infelizmente os valores encontram-se em um patamar que está deteriorando o poder de aquisição da população brasileira", completou Boriola.

De acordo com o diretor da Confederação Brasileira de Aposentados e Pensionistas (Cobap), Vicente Fernandes Barbosa, representantes dos aposentados tentarão um encontro com o presidente da Câmara, deputado Michel Temer (PMDB-SP), para discutir projetos que minimizem a perda dos aposentados

17:17
Anónimo disse...
Previdência
Previdência prorroga isenção de tarifas no benefício

O atual sistema de pagamento aos 26 milhões de aposentados e pensionistas do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) será mantido até o final deste ano. O acordo, que permite realizar a operação sem nenhum custo aos beneficiários, foi renovado nesta sexta-feira, entre o governo federal e 21 instituições financeiras.

Por meio desse acordo, vigente desde setembro de 2007, nem os segurados, nem os bancos e nem o governo arcam com o pagamento de tarifas, conforme explicou o ministro da Previdência Social, José Pimentel. A prorrogação vale até dezembro, data máxima para que a Previdência defina as regras para um novo contrato.

Ao assinar o termo de renovação, na sede da Federação Brasileira dos Bancos (Febraban), o ministro disse que a intenção do governo é mudar o atual modelo de gestão visando a reduzir os custos dessas operações em torno da folha mensal, que atinge R$ 15,8 bilhões. No entanto, qualquer alteração, conforme explicou, passará antes por audiências públicas a serem realizadas a partir do segundo semestre deste ano, atendendo a determinação do Tribunal de Contas da União (TCU).

De acordo com Pimentel, com um redesenho do mecanismo de repasse dos recursos aos bancos em torno da folha de pagamento dos segurados o que se busca é um aumento da participação de instituições financeiras. Ele informou que, desde 2007, cada benefício custa em média R$ 1,07 ao governo. "Quanto mais instituições financeiras estiverem prestando serviços à sociedade, maior é a competitividade, a agilidade no atendimento", justificou.

O ministro observou, ainda, que, para permitir uma redução para algo em torno de meia hora no tempo de atendimento para a concessão dos direitos previdenciários, o governo investiu R$ 280 milhões.

Questionado sobre o descontentamento dos segurados que ganham acima de um salário mínimo terem obtido apenas a correção com base na variação do Índice de Preços ao Consumidor (INPC) , ficando abaixo do reajuste dado a quem recebe apenas o mínimo, Pimentel argumentou que o governo seguiu o que determina a lei e descartou a possibilidade de uma revisão

17:17
Anónimo disse...
Empresas
Caterpillar oferece aposentadoria antecipada a 2 mil


A companhia americana Caterpillar ofereceu a cerca de dois mil funcionários incentivos para que se aposentem de forma voluntária antes do previsto, pela perspectiva de uma queda "significativa" da atividade industrial, informou nesta quarta-feira a empresa.

A iniciativa, destinada aos trabalhadores de diversas fábricas em Illinois, Colorado, Tennessee e Pensilvânia, se soma aos cortes de empregos anunciados em janeiro, explicou em comunicado de imprensa.

A empresa, a maior fabricante mundial de maquinaria pesada para a construção e a mineração, acrescentou que, "em função das condições de negócio, podem ser necessárias mais reduções de elenco voluntárias e involuntárias à medida que o ano avança".

O vice-presidente da companhia, Sid Banwart, explicou que a empresa prevê "demissões significativas em todas as regiões geográficas e na maioria dos setores devido às dificuldades da economia mundial".

17:18
Anónimo disse...
Comércio
Comércio exterior da OCDE caiu no 3º trimestre de 2008


As exportações e as importações dos países da Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Econômico (OCDE) caíram 1,6% e 0,2%, respectivamente, no terceiro trimestre de 2008, em relação aos três meses anteriores.

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Trata-se da primeira queda destas atividades desde o terceiro trimestre de 2006, segundo o último relatório trimestral sobre fluxos comerciais divulgado pela OCDE.

As exportações e as importações em dólares dos 30 Estados-membros caíram 15,6% e 17%, respectivamente, na comparação anualizada.

Por sua vez, o comércio dos sete países mais ricos do mundo (G7) teve um pequeno crescimento no terceiro trimestre de 2008 com uma queda das exportações de mercadorias de 0,2% em relação ao trimestre anterior e um aumento de 0,4% das importações.

Em termos anualizados, as importações do G7 caíram 1,4% entre julho e setembro do ano passado, seu primeiro retrocesso desde o terceiro trimestre de 2006, enquanto as exportações aumentaram 1,9%, seu crescimento mais baixo no mesmo tempo.

Por países, a Alemanha aumentou suas importações em 3,4% - valor mais alto do G7 -, enquanto suas exportações caíram 2,9% do segundo para o terceiro trimestre de 2008.

Pelo contrário, as exportações americanas aumentaram 1,8% entre julho e setembro de 2008, enquanto as importações caíram 0,7% em relação ao trimestre anterior. No Japão, tanto as importações quanto as exportações caíram em torno de 1% no mesmo período.

17:19
Anónimo disse...
Economia Nacional
Lula: juros de crédito consignado a aposentados são altos

Atualizada às 17h29

O presidente Luis Inácio Lula da Silva afirmou nesta terça-feira, em São Paulo, que está lutando para reduzir as taxas de juros cobradas de aposentados em crédito consignado. A Previdência Social estabelece uma taxa máxima de 2,5% para empréstimo e de 3,5% para cartão. Para Lula, os valores são altos.

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"Acho que o juro que os aposentados estão pagando hoje com o crédito consignado é alto para o padrão brasileiro", disse o presidente durante a cerimônia de comemoração dos 86 anos do INSS.

A Previdência anunciou nesta terça-feira que aposentados e trabalhadoras com licença-maternidade poderão receber seus benefícios em 30 minutos. De acordo com Lula, em junho, a aposentadoria do trabalhador rural também será conseguida em meia hora.

Além disso, o presidente anunciou que, também em junho, os trabalhadores que alcançarem o direito à aposentadoria passarão a receber em suas casas um comunicado da Previdência informando o fato e o valor do salário que têm direito a receber. "É um comprometimento público que estou fazendo com os companheiros da Previdência Social", disse.

"Estamos retribuindo ao contribuinte da Previdência Social aquilo que é a cidadania que ele tem direito", afirmou Lula. "Se para cobrar nós somos tão precisos, para devolver o dinheiro, temos que chegar próximo à perfeição", completou.

17:20
Anónimo disse...
Economia Nacional
Salário maternidade sairá em 30 minutos, diz ministro

Toda trabalhadora autônoma que tiver contribuído pelo menos 10 meses com o Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) - ou as que possuírem carteira assinada - poderão receber em 30 minutos o salário maternidade a partir desta terça-feira. Da mesma forma, as mulheres com 30 anos de contribuição e os homens com 35 anos também terão direito ao benefício de forma mais rápida. A informação é do ministro da Previdência Social, José Pimentel.

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Para requerer o salário maternidade, é preciso que as autônomas levem a carteira de identidade e o carnê de contribuição. As demais trabalhadoras devem apresentar a identificação e a carteira de trabalho. Desde o início do mês, a nova forma de análise para a concessão de benefícios foi adotada para a aposentadoria por idade do trabalhador urbano e agora foi estendida para o salário maternidade e por tempo de contribuição.

O ministro disse que a qualificação do serviço da previdência social é o reconhecimento do direito dos trabalhadores e da afirmação da cidadania.

"Até pouco tempo na cabeça do cidadão o serviço devia ser de péssima qualidade. Agora não, nós modificamos toda a legislação no mês de dezembro numa ação conjunta do Congresso Nacional com o governo federal. Estamos implantando e concedendo os benefícios em até 30 minutos", afirmou.

O ministro destacou que para conseguir se aposentar ou ter acesso à licença maternidade em 30 minutos, em primeiro lugar, é necessário que o cidadão esteja vinculado à Previdência, o que inclui 65% da população acima de 16 anos de idade.

"Depois bastar marcar pelo sistema 135 o dia e a hora do atendimento e levar a documentação. Se todos os dados necessários estiverem corretos o contribuinte será atendido em até 30 minutos, como vem sendo feito com as aposentadorias por idade desde o dia cinco de janeiro", explicou.

Pimentel disse ainda que em 90% das agências da previdência social o atendimento é marcado em até 48 horas. Nos grandes centros, entretanto existe um volume maior o que torna mais lento o processo.

"Estamos criando mais 715 agências até 2010, em todo o território nacional, para descentralizar o atendimento. Em 2008, atendemos 295 mil benefícios e aposentadorias por idade. Temos 4 mil pessoas por dia procurando e se aposentando por idade no território nacional. Este serviço será agilizado", concluiu.

17:25
Anónimo disse...
Giuseppe Englaro, pai de Eluana, a italiana que morreu na segunda-feira passada por desidratação, recusou uma grande soma de dinheiro de um conhecido fotógrafo italiano que queria retratar a filha em estado de coma, disse neste sábado o neurologista que atendia a mulher desde 1996, Carlo Defanti.

O neurologista, que participou hoje de uma conferência sobre eutanásia, disse que Englaro respeitou a vontade da filha, que, antes do acidente, tinha pedido que, se lhe ocorresse qualquer coisa irreversível, apresentasse sua imagem de quando estava em boas condições.

Antes de sofrer o acidente de trânsito, em 1992, Eluana viveu o coma de um amigo, Alessandro, o que causou forte impacto na italiana e a levou a fazer o pai prometer que não a deixasse viver em estado vegetativo, disse o próprio Giuseppe Englaro.

Defanti, que dissera que Eluana poderia viver de dez a 12 dias depois da suspensão da alimentação e da hidratação, disse que, como médico, tinha que reprovar esta afirmação.

"Não se pode sobreviver após três ou quatro dias sem líquido e, em particular, água em um corpo. Sabemos bem que, quando há um terremoto, após quatro dias é difícil encontrar sobreviventes".

Defanti ressaltou que Eluana "não falava, não se comunicava com o exterior" e que, após vários exames, "nos deparamos com uma moça que tinha perdido a consciência", porque estava com o córtex cerebral prejudicado.

Eluana foi enterrada na quinta-feira passada no túmulo da família na localidade de Paluzza, em Udine, após um funeral que não contou com a presença dos pais.

16:53
Anónimo disse...
Os bombeiros combatem neste sábado os incêndios na Austrália favorecidos pelo bom tempo, enquanto os deslocados encotram em seu retorno casas derruídas, carros queimados nas ruas e destruição.

Depois de sete dias desde que começaram os incêndios no Estado de Victoria, a lista de mortos chega a 181, os desaparecidos somam 50, os edifícios destruídos totalizam 1,834 mil e o terreno arrasado, principalmente florestas, ocupa uma área de 4,13 mil quilômetros quadrados.

As equipes de bombeiros, formadas por 4 mil profissionais de Victoria, de outras partes da Austrália e de países amigos, combateram hoje 12 focos fora de controle e nenhum representava uma ameaça direta para a população.

O subdiretor do Serviço de Bombeiros, Geoff Conway, disse que este tempo favorável, que se prolongará durante o domingo, permite consolidar as linhas de contenção e avançar na extinção das chamas.

Cinzas apareceram arrastadas por ventos do nordeste sobre Melbourne, onde habitam 3,8 milhões de pessoas, e as autoridades alertaram aos cidadãos do risco para a saúde de idosos, crianças e pessoas com problemas respiratórios.

O número de pessoas deslocadas - a Cruz Vermelha chegou a receber 7 mil - começou a cair com a abertura de algumas localidades atingidas.

Os incêndios, alguns criminosos, começaram em 7 de fevereiro, quando a região sul da Austrália estava há duas semanas sob uma onda de calor sem precedentes.

Na sexta-feira passada, a polícia acusou uma pessoa de ter provocado o incêndio que atingiu a localidade de Churchill e matou 21 pessoas.

16:55
Anónimo disse...
A primeira chuva em seis dias reduziu a ameaça de incêndios no Estado de Victoria, ao sul da Austrália. As autoridades, porém, advertiram que ainda existem 12 focos, mas que nenhum deles ameaça áreas povoadas.

Mais de quatro mil bombeiros, mil provenientes de outras partes do país e de outras nações, trabalham contra o fogo. Cerca de 600 veículos e 28 helicópteros e pequenos aviões estão sendo usados.


Eles conseguiram construir linhas de contenção para evitar os incêndios de Yarra e Maroondah se juntassem. Também foram controlados os incêndios abertos de Yea e Murrindindi, que ameaçavam as comunidades de Connellys Creek, Crystal Creek, Scrubby Creek e Native Dog Creek.

O número de mortos chegou a 181, mas as autoridades acreditam que as vítimas devem passar de 200, já que ainda há muitos desaparecidos.

16:55
Anónimo disse...
Aqui nesta coluna, na semana passada, tive a oportunidade de comentar sobre a recente visita do professor brasileiro Pedrinho Guareschi à Austrália. Não dei, porém, os fatos, pois semana passada o assunto era outro.

Hoje, porém, vamos a eles.

No último dia 4 de fevereiro, aconteceu o Seminário "Paulo Freire: Education and Liberation", organizado pelo centro de estudos latino-americanos da Universidade Nacional da Austrália, ou ANU, como é mais conhecida por aqui.

A ANU, para quem não sabe, está entre as 20 melhores universidades do mundo! E tem sede aqui em Camberra, capital da Austrália.

Na abertura do evento, o professor John Minns, diretor do centro latino-americano, ao dar boas-vindas ao público presente, lembrou ser aquele o primeiro seminário exclusivamente dedicado a Paulo Freire na Austrália.

Em seguida, convidou Pedrinho Guareschi, palestrante principal do Seminário, a fazer sua apresentação.

A plateia pode então conhecer, pelas palavras de Pedrinho, um pouco da obra e da vida de Freire, esse brasileiro de fé e valor, que sempre acreditou na educação, sobretudo dos menos favorecidos, analfabetos, como força libertadora.

Como não podia deixar de ser, os conceitos e ideias revolucionários de Paulo Freire, expostos com clareza por Pedrinho, despertaram o interesse e a curiosidade de plateia. A qual, deve-se notar, era na maioria de estudantes, mas de várias nacionalidades, sobretudo australianos e asiáticos.

Na continuação do programa do seminário, que se estendeu por dois dias, outros professores fizeram palestras sobre temas ligados à obra de Paulo Freire.

Interessante, por exemplo, saber que a professora Anne Hickling-Hudson, jamaicana que mora na Austrália há muitos anos (é professora da ANU), conheceu e trabalhou com Freire num workshop educacional durante a revolução na Ilha de Granada, em 1980, antes da invasão dos Estados Unidos...

Ou, então, a palestra da Professora Gerda Roelvink, da Nova Zelândia, que participou do Fórum Social de Porto Alegre em 2005. E essa participação transformou-se em tema de doutorado.

No dia 10, terça-feira passada, o padre Pedrinho Guareschi voltou a falar ao público australiano em grande auditório localizado no belíssimo campus da ANU. Desta vez, sobre a Teologia da Libertação.

Depois da palestra, John Minns mostrou o filme mexicano "O Crime do Padre Amaro", no qual um dos personagens é um padre católico praticante da Teologia da Libertação.

Mais uma vez, foi grande o intersse da platéia, que pode aprender e conhecer um pouco como se desenvolveu aquele importante movimento católico na América Latina.

Fica, assim, ao Pedrinho, bem como a outros brasileiros estudiosos e de bom coração que saem pelo mundo a divulgar aspectos importantes da cultura brasileira, o respeito e a homenagem desta coluna. E... aquele abraço!

16:57
Anónimo disse...
Amanda Kitts perdeu o braço esquerdo em um acidente de automóvel acontecido três anos atrás, mas hoje em dia ela joga futebol americano com seu filho de 12 anos de idade, troca fraldas e abraça as crianças nas três creches Kiddie Cottage que opera em Knoxville, Tennessee. Kitts, 40 anos, faz tudo isso com a ajuda de um novo tipo de braço artificial que se movimenta com mais facilidade do que outros aparelhos e que ela pode controlar utilizando apenas seus pensamentos.

"Eu sou capaz de mexer a mão, o pulso e o cotovelo ao mesmo tempo", diz. "Você pensa e os músculos se movem em seguida".

A recuperação que ela conseguiu resulta de um novo procedimento que vem atraindo crescente atenção porque permite que pessoas movam braços protéticos de forma mais automática do que faziam no passado, simplesmente utilizando nervos reaproveitados em seus cérebros.

A técnica, conhecida como "renervação muscular dirigida", envolve utilizar os nervos que restam depois da amputação de um braço e conectá-los a outro músculo do corpo, em geral no peito. Eletrodos são instalados sobre os músculos do peito, e operam como se fossem antenas. Quando a pessoa deseja mover o braço, o cérebro envia sinais que primeiro resultam em contração dos músculos do peito, os quais enviam um sinal ao braço protético, instruindo-se a se movimentar. O processo não requer mais esforços consciente do que a pessoa teria de exercitar caso ainda tivesse seu braço natural.

Na terça-feira, pesquisadores reportaram em estudo publicado pela versão online do Journal of the American Medical Association que haviam levado a técnica ainda mais à frente, tornando possível a execução de 10 movimentos de mão, pulso e cotovelo diferentes, o que representa uma substancial melhora com relação ao típico repertório protético, que em geral envolve apenas dobrar o cotovelo, girar o pulso e abrir a mão.

"Os novos métodos tiveram impacto dramático em nosso campo de trabalho", disse Stuart Harshbarger, engenheiro biomédico na Universidade Johns Hopkins e diretor do programa de pesquisa sobre próteses, financiado pelas forças armadas, que inclui o trabalho com essa técnica. "O método já está em uso por médicos e cirurgiões comuns em todo o país. A capacidade de controlar um membro protético bastante robusto que ele confere surpreendeu a todos pela qualidade".

Tipicamente, uma pessoa que tenha um braço protético só é capaz de executar alguns poucos movimentos, e muitas vezes com tamanha lentidão que isso só permite a ela atividades limitadas.

Há um motor separado para cada movimento, diz Gerald Loeb, professor de engenharia biomédica na Universidade do Sul da Califórnia, "e esses motores precisam ser controlados de maneira explícita", usualmente por um esforço consciente da pessoa para contrair músculos nas costas ou no bíceps.

"Essencialmente, até agora os pacientes controlavam apenas um motor de cada vez", diz Loeb, "e precisavam pensar cuidadosamente sobre que motor desejavam controlar e como fazê-lo operar, em lugar de simplesmente pensarem em mover o braço e poderem fazê-lo sem delongas".

Antes que Kitts passasse pelo procedimento de renervação, em outubro de 2007, por exemplo, ela precisava movimentar os músculos de suas costas de determinada maneira para fazer com que seu pulso girasse, e flexionar seu bíceps e tríceps para fazer com que o cotovelo se movesse para cima e para baixo. "Era muito trabalho", ela conta. "E não me ajudava muito".

O procedimento de renervação é parte de uma recente explosão de idéias novas e técnicas inovadoras que estão sendo exploradas enquanto os cientistas se esforçam por ajudar as pessoas a compensar melhor a perda de membros ou problemas de paralisia. O esforço vem sendo alimentado pelo aumento no número de amputações causado por diabetes e por ferimentos sofridos pelos militares, e ao mesmo tempo pelos avanços na tecnologia médica.

Os braços se tornaram um dos focos essenciais desse tipo de trabalho. A ciência há muito vem obtendo sucessos no desenvolvimento de próteses de perna, mas é muito mais difícil imitar a complexidade e a destreza das mãos e dos braços.

Os esforços em curso incluem o desenvolvimento de projetos de pele e braços mais sensíveis e mais flexíveis, e o uso de dispositivos acionados por controles sem fio implantado nos braços protéticos, que permitiriam movimentos mais naturais.

Os pesquisadores também vêm usando sensores implantados nos cérebros de cobaias para permitir que dois macacos controlem um braço mecânico, e um teste com um homem paralítico permitiu, com esse método, que ele movimentasse um cursor em uma tela de computador.

Alguns desses métodos, caso venham a ser aperfeiçoados plenamente e consigam aprovação das autoridades regulatórias da saúde, podem no futuro se tornar mais viáveis para os pacientes de amputações.

E embora a técnica da renervação não requeira aprovação das autoridades regulatórias porque é executada por meios cirúrgicos e emprega aparelhos já existentes, ela apresenta limitações que até mesmo seus criadores reconhecem, entre as quais o fato de que não se pode utilizá-la para todos os pacientes, o seu alto custo e o prazo de meses requerido para que os nervos reconectados cresçam e se tornem efetivos.

Ainda assim, os especialistas dizem que é o mais avançado sistema em uso hoje para pacientes reais que permite que o sistema nervoso controle diretamente o movimento de um braço artificial.

Desde sua introdução por Todd Kuiken, médico fisioterapeuta e engenheiro biomédico do Instituto de Reabilitação de Chicago, o método foi empregado em cerca de 30 pacientes nos Estados Unidos, Canadá e Europa, entre os quais oito soldados feridos no Iraque e no Afeganistão.

Muitos dos pacientes, entre os quais o primeiro, Jesse Sullivan, um operário do setor elétrico no Tennessee que perdeu os dois braços quando foi eletrocutado por um cabo, conseguem não apenas manipular seus braços protéticos mas sentir a presença das mãos que já não têm quando alguém toca em seus peitos.

Sullivan, 62 anos, e Kitts, estavam entre os cinco pacientes que participaram do estudo reportado na terça-feira. Em companhia de cinco outras pessoas que não passaram por amputações, eles receberam os eletrodos e foram instruídos a usar pensamentos para fazer com que um braço virtual na tela reproduzisse 10 movimentos diferentes, entre os quais três formas diferentes de aperto de mão.

Os pacientes apresentaram desempenho bastante respeitável, apenas um pouco mais lento e menos preciso do que os dos participantes que não tinham amputações.

"As velocidades de movimento que encontramos em nossos pacientes foram realmente encorajadoras", disse Kuiken. "Eles conseguiram completar a tarefa. É claro que não foram tão competentes quanto as pessoas dotadas de plena capacidade física, mas foram bons o bastante".

Um braço virtual foi usado porque a maioria das próteses existentes não era capaz de acomodar todos aqueles movimentos, no momento da pesquisa, ainda que Sullivan, Kitts e uma terceira paciente, Claudia Mitchell, tenham experimentado dois novos protótipos mais versáteis de braços artificiais, executando tarefas complexas com bolas de tênis e outros objetos.

O trabalho de renervação em soldados apresenta outros desafios, diz Kuiken, porque os ferimentos militares muitas vezes "causam danos muitos extensos" a nervos, músculos ou ossos.

Daniel Acosta, 25 anos, um aviador ferido pela detonação de uma bomba em uma estrada do Iraque em 2005, passou pelo procedimento no ano passado e diz que seu braço esquerdo protético agora se movimenta "muito mais rápido" e de maneira muito mais natural.

"A diferença é que agora não preciso mais pensar para mover o braço", ele diz. "Ele simplesmente se mexe".

Ainda assim, Acosta, de San Antonio, diz que "o processo foi bastante longo" e que os eletrodos precisam ser ajustados para receber os sinais à medida que os nervos crescem ou mudam de posição.

E embora elogiem o método, os especialistas afirmam que a ciência das próteses de braço ainda tem muito por avançar.

"Trata-se de uma parte crucial, mas ainda assim apenas uma parte, das muitas coisas que compreendem a função normal de um braço", disse Loeb, que escreveu um editorial que acompanha o artigo no Journal of the American Medical Association.

"No momento estamos a meio do caminho entre o braço de 'Dr. Fantástico', que fazia involuntariamente a saudação nazista, e o braço de Luke Skywalker em 'Guerra nas Estrelas', que funciona sem nenhum problema assim que é conectado. Creio que precisaremos ainda de muitos anos para conectar todas as peças necessárias a produzir um braço capaz de funcionar normalmente".

17:04
Anónimo disse...
A Espanha disse neste sábado que está preparando uma reclamação oficial contra a decisão da Venezuela de expulsar um membro do Parlamento Europeu que criticou o conselho eleitoral venezuelano.
Luis Herrero, membro do partido conservador espanhol PP, foi deportado na sexta-feira depois que o Conselho Nacional Eleitoral (CNE) o acusou de questionar a imparcialidade da instituição antes de um referendo que pode permitir ao presidente Hugo Chávez permanecer no cargo indefinidamente.

Herrero estava na Venezuela como observador do referendo. Ele acusou Chávez de ter "comportamentos típicos de um ditador" por pedir a contenção de manifestações da oposição.

O governo da Espanha convocou um encontro com o embaixador da Venezuela em Madri para expressar a desaprovação sobre a expulsão de Herrero, disse um representante do Ministério das Relações Exteriores espanhol.

As relações da Venezuela com a Espanha tiveram seu ponto crítico em 2007, quando Chávez ameaçou rever acordos diplomáticos e comerciais depois de ouvir um "cala a boca" do rei espanhol Juan Carlos durante uma cúpula.

A fenda foi oficialmente reparada em 2008, com uma visita oficial de Chávez à Espanha, onde ele cumprimentou o rei e discutiu acordos para investimento no setor petroquímico com o primeiro-ministro José Luis Rodriguez Zapatero.

17:06
Anónimo disse...
A polícia do Zimbábue anunciou neste sábado que acusa de traição Roy Bennett, dirigente do até agora opositor Movimento para a Mudança Democrática (MDC), detido na sexta-feira, em Harare, poucas horas antes da cerimônia de posse dos membros do novo gabinete.

"A Polícia nos informou que vão apresentar acusações de traição", disse à agência EFE o advogado de defesa de Bennett, Trust Maanda.

"Tentam relacionar Roy com o caso de Mike Hitschmann, que foi detido em 2006 em relação à descoberta de um carregamento de armas, apesar de que Hitschmann não tenha sido declarado culpado das acusações de traição apresentadas contra ele, mas de um crime menor de descumprimento de leis", disse Maanda.

O político opositor, designado por seu partido como vice-ministro de Agricultura no Governo de união nacional, esteve no exílio na vizinha África do Sul desde 2006 e retornou ao Zimbábue há duas semanas.

Segundo a Polícia, que deteve Bennett ontem no aeroporto de Harare quando pretendia ir à África do Sul para visitar sua família, as armas apreendidas em 2006 seriam utilizadas em um golpe de Estado para derrubar o presidente do Zimbábue, Robert Mugabe.

Depois da detenção, Bennet foi levado a Mutar, onde vários simpatizantes do MDC se concentraram em frente à delegacia na qual estava detido, diante do que a Polícia respondeu com tiros para o alto para dispersar os manifestantes.

17:07
Anónimo disse...
Austrália: 14 mil se candidatam a 'emprego dos sonhos'

A secretaria de Turismo de Queensland, na Austrália, informou que até esta segunda-feira já recebeu cerca de 14 mil inscrições para o "o melhor emprego do mundo". O Estado australiano promove pela internet seleção para vaga de "zelador" da ilha Hamilton, por seis meses com um salário de R$ 40 mil.

Muitos candidatos tiveram problemas durante a inscrição por conta dos acessos simultâneos ao site. A secretaria aconselha enviar os vídeos de 60s explicando porque deve ser escolhido em horários alternativos do dia, além de recomendar tamanho em torno de 40MB.

As inscrições começaram em 12 de janeiro e vão até o próximo dia 22 e podem ser feitas pelo site www.islandreefjob.com. O governo australiano escolherá 50 candidatos para a próxima fase da seleção, que terá votos do público para eleger um dos 11 finalistas.

A última fase terá entrevistas e desafios físicos, no próprio local de trabalho: as ilhas da Grande Barreira Coralina - o maior recife de coral do mundo. A secretaria de Turismo anunciará o vencedor no dia 6 de maio.

17:09
Anónimo disse...
Mercado elogia governo na crise, mas pede maior queda no juro

Peter Fussy
Direto de São Paulo

Desde as primeiras medidas anunciadas para combater os efeitos da crise, o governo brasileiro avisou que a estratégia não contemplaria um pacote. Seriam doses pontuais, de acordo com a necessidade da economia diante do agravamento das turbulências. Da primeira liberação dos depósitos compulsórios em setembro até a ampliação do seguro-desemprego na última quarta-feira, o governo passou por redução de impostos, ampliação de crédito e incentivos à exportação. Quase 150 dias após a primeira medida, o Terra conversou com líderes do setor público e privado, representantes dos trabalhadores, acadêmicos e com o próprio governo para saber quais destas ações foram mais eficazes, quais foram mais ineficientes e o que mais pode ser feito pelo Estado brasileiro contra a crise.

Os maiores elogios foram direcionados à atitude de reduzir o Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) para a indústria automobilística, anunciada em dezembro e que fez com que os emplacamentos de carros novos subissem 1,9% no primeiro mês do ano em relação a dezembro de 2008. Já as maiores críticas foram para a lentidão no corte da taxa básica de juro do País.

Para o presidente do conselho administrativo do Grupo Pão de Açúcar, Abílio Diniz, o Estado não é responsável pela crise e mesmo assim está agindo "com extrema serenidade e muito acerto". "O governo está atento, fazendo a sua parte. É preciso coragem de baixar firmemente a taxa de juros. É uma arma que temos a nosso favor, já que não há clima para inflação, nem possibilidade de danos para a macroeconomia", afirmou Diniz.

Na última reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), em janeiro, a taxa Selic foi reduzida em um ponto percentual, de 13,75% para 12,75% ao ano. Porém, o professor de economia da Universidade de Brasília (UnB) José Luiz Oreiro lembra que este corte representa uma redução de apenas 0,25 ponto percentual com relação à taxa de setembro do ano passado, quando a crise se agravou.

"Pouco antes da eclosão da crise, o Banco Central aumentou a taxa em 0,75 ponto. Foram cinco meses de demora para reduzir em termos líquidos apenas 0,25 ponto", afirmou o economista, que também sugeriu redução do intervalo de cerca de 90 dias entre as reuniões do Copom e o corte de pelo menos um 1 ponto percentual em cada reunião.

Mesmo com o corte de janeiro, a taxa de juros real continua sendo a maior do mundo, lembrou o secretário-geral da Força Sindical, João Carlos Gonçalves, o Juruna. "A redução da taxa de juro ainda é pequena, porque ela continua uma das mais altas do mundo. Falta ousadia para baixar os juros e ajudar o cidadão. A permanência da taxa de juro alta é negativa para o País em meio a crise", afirmou Juruna.

Embora aprove as ações do governo, o senador Aloízio Mercadante (PT-SP) também acredita que o patamar da Selic está muito alto. "Sempre fomos os primeiros a entrar em qualquer crise, o que não aconteceu agora. A taxa Selic ainda é muito alta, mas o governo têm tomado medidas acertadas, como o aumento do salário mínimo, mesmo com um cenário de crise. Isso ajuda a movimentar o consumo. O governo está se esforçando para manter os investimentos e o crescimento", disse.

Tributos
De acordo com o economista Fabio Pina, da Fecomercio-SP, as ações mais positivas estão relacionadas à redução de tributos para alguns segmentos, como a indústria automobilística, que recuperou parte da queda nas vendas em janeiro com a isenção do IPI para carros 1.0 l e o corte para demais motorizações. A medida vale até o final de março.

"Essas medidas não só reduziram o preço, mas anteciparam o consumo daqueles que iriam comprar no futuro, dando um prêmio por conta da insegurança. Mexe diretamente com o principal problema que é a confiança do consumidor", afirmou. Juruna destacou que um bom ritmo de vendas é garantia de emprego. "É importante porque cada emprego na montadora significa 19 na cadeia produtiva", comentou o representante da Força Sindical.

Também em dezembro, o governo decidiu cortar pela metade a alíquota do Imposto de Renda para contribuintes que ganham entre R$ 1.434 e R$ 2.150 mensais. "O salário aumentava e a tabela não se modificava. As pessoas ganhavam mais e pagavam mais impostos", apontou Juruna. Outra redução de tributos do governo foi com relação ao Imposto sobre Operações Financeiras (IOF), que caiu de 3% ao ano para 1,5%.

Crédito
Na segunda metade de 2008, o colapso de bancos nos Estados Unidos por conta da crise do subprime provocou uma forte restrição de crédito no mundo inteiro. Uma das primeiras medidas anticrise do governo teve como objetivo restabelecer a oferta, com mudanças no recolhimento dos depósitos compulsórios por parte dos bancos. Segundo o presidente do Banco Central, Henrique Meirelles, as diversas modificações liberaram US$ 99,2 bilhões aos bancos até o final de janeiro.

Além disso, o governo concedeu R$ 36 bilhões das reservas internacionais para empresas brasileiras com dívidas no exterior e uma medida provisória autorizou o Banco do Brasil e a Caixa Econômica Federal a comprar carteiras de crédito de bancos privados. Para o diretor do Departamento de Pesquisas e Estudos Econômicos da Fiesp, Paulo Francini, estas medidas foram essenciais para combater os efeitos da crise.

"A crise se desenvolve no mundo em torno do tema crédito. E o crédito reduziu-se barbaridade no mundo. Então o governo lança mão de compulsório, lança mão de reservas, de medidas que permitem aos bancos comprar carteiras de bancos. Você vai tomando várias medidas para atender às demandas e o epicentro disso é crédito", afirmou.

No entanto, Oreiro, da UnB, adverte que a liberação dos compulsórios seria mais eficiente acompanhada de redução mais agressiva da taxa básica de juro. "Uma parte do crédito voltou, depois da forte retração em outubro e novembro. O que deveria ter sido feito junto à liberação do compulsório era uma redução mais drástica da taxa de juro. Sem isso, os bancos pegam as reservas e acabam comprando títulos públicos", explicou o economista.

Na opinião de Pina, as ações de distribuição de crédito via redução do compulsório e a disposição de capital de giro para empresas foram tomadas sem um cuidado maior na operação e não tiveram muito efeito. "O BNDES tem linhas que ficam paradas quase todo o ano, agora é pior ainda. Existem os recursos, mas as empresas e os bancos estão desconfiados. É preciso fazer com que os bancos tenham interesse em emprestar", afirmou o economista da Fecomercio-SP.

Futuro
Mesmo com todas essas medidas, a crise financeira ainda gera incertezas nos setores produtivos do País. Nos últimos meses, o medo do desemprego fez os consumidores adiarem compras. Por sua vez, a queda nas vendas pode obrigar as indústrias a cortarem a produção e demitir funcionários. Contra isso, empresários sugerem redução de jornada e de salários.

"Isto está previsto em lei. A Fiesp simplesmente manteve conversações com entidades sindicais quanto à aplicação daquilo que já está previsto em lei", afirmou Francini.

Segundo a ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff, uma das medidas que assegura um nível de emprego é a manutenção de investimentos no Programa de Aceleração do Crescimento (PAC). "Estamos esperando que a dificuldade ocorra em janeiro, fevereiro e março. Estamos certos que vamos manter o nível de investimento. É isso que funciona, é isso que significa investimento público. Ele funciona como um colchão. Por isso, nós colocamos R$ 100 bilhões no BNDES e a Petrobras ampliou o seu investimento em R$ 120 bilhões", afirmou.

Na mesma linha, Pina explica que a antecipação de gastos do governo substitui parte da demanda retraída do setor privado. "Ele dá o seguinte recado: não vou estourar as contas públicas, mas concentrar em um momento em que a demanda privada está pequena. Mas o governo não tem fôlego suficiente para fazer o papel de toda demanda", ressaltou. O economista da Fecomercio lembrou que a entidade já pleiteou junto ao governo isenções para transferência de imóveis e de automóveis, além de retirar o IPVA para veículos novos.

Já Oreiro foca suas propostas na capitalização do Banco do Brasil e da Caixa Econômica Federal pelo Tesouro para atender a demanda de crédito para capital de giro e reduzir o spread. "Aumentando o empréstimo e reduzindo as taxas, os dois vão forçar os bancos privados a acompanhar o movimento, até para não perderem participação no mercado", explicou o economista da UnB.

Até o Carnaval, o governou prometeu detalhar um pacote de incentivos para a construção de até um milhão de casas populares, direcionado a famílias com renda de até dez salários mínimos. "Estamos atentos a tudo o que está acontecendo e novas medidas serão tomadas caso haja uma avaliação de que sejam necessárias", disse o ministro da Fazenda, Guido Mantega, na última sexta-feira.

17:11
Anónimo disse...
Ex-ministro critica extensão do seguro-desemprego

Atualizada às 09h03

O ex-ministro do Trabalho Almir Pazzianotto criticou a decisão do governo federal de conceder o seguro-desemprego estendido a apenas alguns setores. "É certamente odioso e provavelmente inconstitucional", disse Pazzianotto, de acordo com o jornal O Estado de S. Paulo.

Na última qurta, dia do anúncio da medida, centrais sindicais elogiaram a atitude do governo. A Força Sindical divulgou nota dizendo que "o aumento ajudará a aquecer parte da economia, já que irá gerar mais consumo, produção e conseqüentemente, a criação de novos postos de trabalho". A União Geral dos Trabalhadores (UGT) afirmou que a medida "contribuirá para minimizar o drama dos trabalhadores que perderem seu emprego por conta da crise".

O ex-ministro, que instituiu o seguro-desemprego no País no governo de José Sarney, destacou a necessidade de as centrais sindicais se manifestarem contra a determinação. Para ele, as mudanças devem ser aplicadas a todas as categorias profissionais e a distinção é contrária ao artigo 3º da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT).

Pazzianotto atribui a medida a um possível temor do governo de que a crise econômica seja longa e não haja dinheiro para atender a todas as necessidades. Ainda assim, ele se mostra contrário ao método de concessão. "O seguro-desemprego ajuda a sanar necessidades básicas. Estendê-lo é paliativo, não a solução", disse ao jornal.

De acordo com o presidente do Conselho Deliberativo do Fundo de Amparo ao Trabalhador (Codefat) e conselheiro da Força Sindical, Luiz Fernando Emediato, a determinação já estava prevista na lei 8.900/94, que trata do seguro-desemprego.

O presidente da Comissão de Trabalho da Câmara, Pedro Fernandes (PTB-MA) vai além na crítica à concessão do seguro para apenas alguns setores. Ele acredita que a ampliação do benefício estimula o desemprego.

Quintino Severo, secretário geral da Central Única dos Trabalhadores (CUT), lembra que a ampliação do benefício sem critério e identificação pode incentivar demissões em outros setores.

17:13
Anónimo disse...
Empresas
TAM faz promoção para destinos internacionais

A companhia aérea TAM anunciou nesta sexta-feira tarifas promocionais para trechos internacionais. Os preços valem para bilhetes comprados entre 6h deste sábado e 23h59 deste domingo e são válidos para classe econômica. As tarifas, para ida e volta, serão vendidas a partir de US$ 99, mais taxas.

Segundo a aérea, a promoção vale para viagens feitas no período de 14 de fevereiro a 18 de junho de 2009. Para destinos na América do Sul, a permanência mínima é de dois dias; para bilhetes com destino nos Estados Unidos, cinco dias; e Europa, sete dias. A permanência máxima para as passagens para América do Sul e EUA é de dois meses e para Europa, três meses.

Entre os exemplos de tarifas promocionais, a TAM oferece São Paulo-Lima por US$ 99. Bilhetes para a rota São Paulo-Santiago serão vendidos a partir de US$ 199 e São Paulo-Nova York, US$ 799.

A emissão dos bilhetes deve ser feita obrigatoriamente no ato da reserva, obedecendo às regras estipuladas pela companhia. A compra está sujeita à disponibilidade de assentos nas classes tarifárias determinadas, trechos, horários e datas. A TAM afirmou que também há tarifas promocionais para a classe executiva.

Mais informações podem ser encontradas no site promocional (www.ofertastam.com.br), no site da empresa (www.tam.com.br) ou pelos telefones 4002-5700 ou 0800 5705700.

17:13
Anónimo disse...
Empresas
Consultoria negocia compra do parque temático Hopi Hari

A consultoria especializada em reestruturação de empresas Íntegra Associados informou nesta sexta-feira ter um acordo para comprar o parque de diversões Hopi Hari, localizado no interior de São Paulo. A empresa estaria disposta a investir R$ 10 milhões no parque, que tem dívida estimada em R$ 800 milhões. As informações são da edição deste sábado do jornal Folha de S. Paulo.

De acordo com o jornal, a transação ainda depende da negociação entre o Hopi Hari e seus credores, o que já estaria em andamento.

A consultoria paulista já atuou junto à Parmalat, durante 30 meses, quando reorganizou a gestão da empresa italiana.

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17:14
Anónimo disse...
Empresas
Disney de Tóquio contratará mais 2 mil apesar da crise


A Oriental Land, o operador da Disneylândia Tóquio e DisneySea, organizou neste domingo entrevistas para contratar cerca de 2 mil trabalhadores em tempo parcial, em um momento de grandes demissões deste tipo de empregados no Japão.

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O operador deste parque temático, situado em Urayasu, na província de Chiba (leste de Tóquio), está em pleno processo de seleção de empregados para 20 tipos de postos trabalhistas diferentes.

Segundo a companhia, citada pela agência local de notícias Kyodo, o parque contratará novos trabalhadores para as atrações, para os restaurantes e guardas de segurança entre outros. Os novos contratados começarão a trabalhar a partir de fevereiro.

O processo de seleção acontece em um momento em que a maioria das grandes companhias japonesas começaram a se ver obrigadas a despedir uma elevada percentagem de seus trabalhadores temporários e a tempo parcial.

Algumas inclusive anunciaram demissões de seus trabalhadores fixos, uma medida muito pouco comum nas companhias japonesas, perante os efeitos piores que o esperado pela crise econômica global.

Cerca de uma centena de pessoas esperavam desde a primeira hora desta manhã a abertura do centro de conferências Tokyo International Forum, onde as entrevistas estão sendo feitas, para ser os primeiros a solicitar os postos de trabalho.


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17:15
Anónimo disse...
Economia Internacional
Senado dos EUA aprova plano de estímulo à economia

O Senado dos Estados Unidos aprovou com 60 votos a favor e 38 contra o plano de estímulo à economia de US$ 787 bilhões na madrugada deste sábado. Agora, ele segue para sanção ou veto do presidente Barack Obama, que espera colocar a lei em prática até o dia 16 de fevereiro.

O plano prevê a criação de três milhões de empregos, inclui cortes de impostos às famílias, fundos para programas sociais e obras públicas, além de ajuda aos governos estaduais, estudantes e desempregados.

A cláusula Buy American - que exige o uso de ferro, aço e produtos manufaturados dos Estados Unidos em obras realizadas com recursos do pacote - ficou de lado. Segundo o texto definitivo, a cláusula será aplicada sem violar as normas do comércio internacional.

Ontem à tarde, a Câmara de Representantes (deputados) havia aprovado, por 246 votos a favor e 183 contra, a versão final do plano. Todos os republicanos foram contrários ao pacote.

Pelo acordo de quarta-feira entre Câmara e Senado, em vez de custar US$ 819 bilhões, como queriam os deputados, ou US$ 838 bilhões como pretendiam os senadores, o pacote ficou em cerca de US$ 787 bilhões, com 65% desse total destinado a gastos do governo federal e 35%, a créditos tributários.

17:16
Anónimo disse...
Economia nacional
Na era Lula, aposentadoria sobe 54% menos que salário mínimo

Thatiane Faria
Especial para o Terra
Direto de São Paulo

Os índices de reajustes concedidos pelo governo em 2009 para aposentados e pensionistas e para o salário mínimo repetiram uma diferença que, só durante o governo de Luiz Inácio Lula da Silva, já chega a 54%. Enquanto o mínimo foi majorado em 12% este ano, as pensões e aposentadorias tiveram aumento de 5,92%. Aposentados que têm o benefício do governo como única fonte de renda reclamam que perdem poder de compra e que sua cesta de compras é composta por itens que aumentam mais em relação à inflação oficial.

Um exemplo prático pode ser entendido a partir da comparação entre um aposentado que ganhava R$ 600 em janeiro de 2003. Na época, o benefício era três vezes, ou 200%, maior que o valor do mínimo em vigência, que era de R$ 200. Aplicando-se os índices de reajuste para aposentadorias e para o mínimo durante os últimos seis anos, o mesmo aposentado estaria recebendo hoje R$ 938,47, comparado a um salário mínimo de R$ 465. A diferença entre os dois valores caiu para pouco mais de 100%.

Enquanto o índice acumulado de reajuste para a aposentadoria durante o governo Lula foi de 60%, para o salário mínimo está em 132%.

O diretor do Sindicato Nacional dos Aposentados, João Inocentini, reclama que os valores dos benefícios para aposentadorias não mantêm o poder de compra do grupo, principalmente dos aposentados que recebem menos que dez salários mínimos.

Nem mesmo o fato de o índice de reajuste das aposentadorias ter ficado acima da inflação acumulada no mesmo período (o IPCA entre janeiro de 2003 e janeiro de 2009 foi de 39,7%) serve de argumento, segundo os aposentados.

"Os idosos, principalmente, têm gastos além das contas gerais como gás, telefone e aluguel. Para eles o custo com remédios, e outros itens da área saúde costuma ser maior", afirmou Inocentini.

O presidente do sindicato afirmou que o grupo realiza um estudo com 100 itens de necessidade de um idoso para comparar o aumento dos produtos com o índice de reajuste do benefício recebido pelos aposentados.

"Daqui dois meses vamos abrir um processo na Justiça e levar essa pesquisa como prova. Segundo a lei, o governo é obrigado a manter o poder de compra com a aposentadoria", disse Inocentini.

Alternativas
O consultor financeiro Cláudio Boriola diz que os aposentados, especialmente nesse momento de crise econômica, devem evitar compras parceladas, pesquisar preços, negociar e fazer bom planejamento financeiro.

Segundo Boriola, alguns aposentados ganham um valor mensal muitas vezes insuficiente para o pagamento das contas e acabam pedindo crédito ou realizando pagamentos a prazo e são obrigados a pagar juros altos.

Na opinião do consultor, pagar uma previdência privada é uma alternativa indicada para quem ainda trabalha, considerando a característica de perda de poder de compra da aposentadoria.

"Na prática, infelizmente os valores encontram-se em um patamar que está deteriorando o poder de aquisição da população brasileira", completou Boriola.

De acordo com o diretor da Confederação Brasileira de Aposentados e Pensionistas (Cobap), Vicente Fernandes Barbosa, representantes dos aposentados tentarão um encontro com o presidente da Câmara, deputado Michel Temer (PMDB-SP), para discutir projetos que minimizem a perda dos aposentados

17:17
Anónimo disse...
Previdência
Previdência prorroga isenção de tarifas no benefício

O atual sistema de pagamento aos 26 milhões de aposentados e pensionistas do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) será mantido até o final deste ano. O acordo, que permite realizar a operação sem nenhum custo aos beneficiários, foi renovado nesta sexta-feira, entre o governo federal e 21 instituições financeiras.

Por meio desse acordo, vigente desde setembro de 2007, nem os segurados, nem os bancos e nem o governo arcam com o pagamento de tarifas, conforme explicou o ministro da Previdência Social, José Pimentel. A prorrogação vale até dezembro, data máxima para que a Previdência defina as regras para um novo contrato.

Ao assinar o termo de renovação, na sede da Federação Brasileira dos Bancos (Febraban), o ministro disse que a intenção do governo é mudar o atual modelo de gestão visando a reduzir os custos dessas operações em torno da folha mensal, que atinge R$ 15,8 bilhões. No entanto, qualquer alteração, conforme explicou, passará antes por audiências públicas a serem realizadas a partir do segundo semestre deste ano, atendendo a determinação do Tribunal de Contas da União (TCU).

De acordo com Pimentel, com um redesenho do mecanismo de repasse dos recursos aos bancos em torno da folha de pagamento dos segurados o que se busca é um aumento da participação de instituições financeiras. Ele informou que, desde 2007, cada benefício custa em média R$ 1,07 ao governo. "Quanto mais instituições financeiras estiverem prestando serviços à sociedade, maior é a competitividade, a agilidade no atendimento", justificou.

O ministro observou, ainda, que, para permitir uma redução para algo em torno de meia hora no tempo de atendimento para a concessão dos direitos previdenciários, o governo investiu R$ 280 milhões.

Questionado sobre o descontentamento dos segurados que ganham acima de um salário mínimo terem obtido apenas a correção com base na variação do Índice de Preços ao Consumidor (INPC) , ficando abaixo do reajuste dado a quem recebe apenas o mínimo, Pimentel argumentou que o governo seguiu o que determina a lei e descartou a possibilidade de uma revisão

17:17
Anónimo disse...
Empresas
Caterpillar oferece aposentadoria antecipada a 2 mil


A companhia americana Caterpillar ofereceu a cerca de dois mil funcionários incentivos para que se aposentem de forma voluntária antes do previsto, pela perspectiva de uma queda "significativa" da atividade industrial, informou nesta quarta-feira a empresa.

A iniciativa, destinada aos trabalhadores de diversas fábricas em Illinois, Colorado, Tennessee e Pensilvânia, se soma aos cortes de empregos anunciados em janeiro, explicou em comunicado de imprensa.

A empresa, a maior fabricante mundial de maquinaria pesada para a construção e a mineração, acrescentou que, "em função das condições de negócio, podem ser necessárias mais reduções de elenco voluntárias e involuntárias à medida que o ano avança".

O vice-presidente da companhia, Sid Banwart, explicou que a empresa prevê "demissões significativas em todas as regiões geográficas e na maioria dos setores devido às dificuldades da economia mundial".

17:18
Anónimo disse...
Comércio
Comércio exterior da OCDE caiu no 3º trimestre de 2008


As exportações e as importações dos países da Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Econômico (OCDE) caíram 1,6% e 0,2%, respectivamente, no terceiro trimestre de 2008, em relação aos três meses anteriores.

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Trata-se da primeira queda destas atividades desde o terceiro trimestre de 2006, segundo o último relatório trimestral sobre fluxos comerciais divulgado pela OCDE.

As exportações e as importações em dólares dos 30 Estados-membros caíram 15,6% e 17%, respectivamente, na comparação anualizada.

Por sua vez, o comércio dos sete países mais ricos do mundo (G7) teve um pequeno crescimento no terceiro trimestre de 2008 com uma queda das exportações de mercadorias de 0,2% em relação ao trimestre anterior e um aumento de 0,4% das importações.

Em termos anualizados, as importações do G7 caíram 1,4% entre julho e setembro do ano passado, seu primeiro retrocesso desde o terceiro trimestre de 2006, enquanto as exportações aumentaram 1,9%, seu crescimento mais baixo no mesmo tempo.

Por países, a Alemanha aumentou suas importações em 3,4% - valor mais alto do G7 -, enquanto suas exportações caíram 2,9% do segundo para o terceiro trimestre de 2008.

Pelo contrário, as exportações americanas aumentaram 1,8% entre julho e setembro de 2008, enquanto as importações caíram 0,7% em relação ao trimestre anterior. No Japão, tanto as importações quanto as exportações caíram em torno de 1% no mesmo período.

17:19
Anónimo disse...
Economia Nacional
Lula: juros de crédito consignado a aposentados são altos

Atualizada às 17h29

O presidente Luis Inácio Lula da Silva afirmou nesta terça-feira, em São Paulo, que está lutando para reduzir as taxas de juros cobradas de aposentados em crédito consignado. A Previdência Social estabelece uma taxa máxima de 2,5% para empréstimo e de 3,5% para cartão. Para Lula, os valores são altos.

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"Acho que o juro que os aposentados estão pagando hoje com o crédito consignado é alto para o padrão brasileiro", disse o presidente durante a cerimônia de comemoração dos 86 anos do INSS.

A Previdência anunciou nesta terça-feira que aposentados e trabalhadoras com licença-maternidade poderão receber seus benefícios em 30 minutos. De acordo com Lula, em junho, a aposentadoria do trabalhador rural também será conseguida em meia hora.

Além disso, o presidente anunciou que, também em junho, os trabalhadores que alcançarem o direito à aposentadoria passarão a receber em suas casas um comunicado da Previdência informando o fato e o valor do salário que têm direito a receber. "É um comprometimento público que estou fazendo com os companheiros da Previdência Social", disse.

"Estamos retribuindo ao contribuinte da Previdência Social aquilo que é a cidadania que ele tem direito", afirmou Lula. "Se para cobrar nós somos tão precisos, para devolver o dinheiro, temos que chegar próximo à perfeição", completou.

17:20
Anónimo disse...
Economia Nacional
Salário maternidade sairá em 30 minutos, diz ministro

Toda trabalhadora autônoma que tiver contribuído pelo menos 10 meses com o Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) - ou as que possuírem carteira assinada - poderão receber em 30 minutos o salário maternidade a partir desta terça-feira. Da mesma forma, as mulheres com 30 anos de contribuição e os homens com 35 anos também terão direito ao benefício de forma mais rápida. A informação é do ministro da Previdência Social, José Pimentel.

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Para requerer o salário maternidade, é preciso que as autônomas levem a carteira de identidade e o carnê de contribuição. As demais trabalhadoras devem apresentar a identificação e a carteira de trabalho. Desde o início do mês, a nova forma de análise para a concessão de benefícios foi adotada para a aposentadoria por idade do trabalhador urbano e agora foi estendida para o salário maternidade e por tempo de contribuição.

O ministro disse que a qualificação do serviço da previdência social é o reconhecimento do direito dos trabalhadores e da afirmação da cidadania.

"Até pouco tempo na cabeça do cidadão o serviço devia ser de péssima qualidade. Agora não, nós modificamos toda a legislação no mês de dezembro numa ação conjunta do Congresso Nacional com o governo federal. Estamos implantando e concedendo os benefícios em até 30 minutos", afirmou.

O ministro destacou que para conseguir se aposentar ou ter acesso à licença maternidade em 30 minutos, em primeiro lugar, é necessário que o cidadão esteja vinculado à Previdência, o que inclui 65% da população acima de 16 anos de idade.

"Depois bastar marcar pelo sistema 135 o dia e a hora do atendimento e levar a documentação. Se todos os dados necessários estiverem corretos o contribuinte será atendido em até 30 minutos, como vem sendo feito com as aposentadorias por idade desde o dia cinco de janeiro", explicou.

Pimentel disse ainda que em 90% das agências da previdência social o atendimento é marcado em até 48 horas. Nos grandes centros, entretanto existe um volume maior o que torna mais lento o processo.

"Estamos criando mais 715 agências até 2010, em todo o território nacional, para descentralizar o atendimento. Em 2008, atendemos 295 mil benefícios e aposentadorias por idade. Temos 4 mil pessoas por dia procurando e se aposentando por idade no território nacional. Este serviço será agilizado", concluiu.

17:26
Anónimo disse...
Giuseppe Englaro, pai de Eluana, a italiana que morreu na segunda-feira passada por desidratação, recusou uma grande soma de dinheiro de um conhecido fotógrafo italiano que queria retratar a filha em estado de coma, disse neste sábado o neurologista que atendia a mulher desde 1996, Carlo Defanti.

O neurologista, que participou hoje de uma conferência sobre eutanásia, disse que Englaro respeitou a vontade da filha, que, antes do acidente, tinha pedido que, se lhe ocorresse qualquer coisa irreversível, apresentasse sua imagem de quando estava em boas condições.

Antes de sofrer o acidente de trânsito, em 1992, Eluana viveu o coma de um amigo, Alessandro, o que causou forte impacto na italiana e a levou a fazer o pai prometer que não a deixasse viver em estado vegetativo, disse o próprio Giuseppe Englaro.

Defanti, que dissera que Eluana poderia viver de dez a 12 dias depois da suspensão da alimentação e da hidratação, disse que, como médico, tinha que reprovar esta afirmação.

"Não se pode sobreviver após três ou quatro dias sem líquido e, em particular, água em um corpo. Sabemos bem que, quando há um terremoto, após quatro dias é difícil encontrar sobreviventes".

Defanti ressaltou que Eluana "não falava, não se comunicava com o exterior" e que, após vários exames, "nos deparamos com uma moça que tinha perdido a consciência", porque estava com o córtex cerebral prejudicado.

Eluana foi enterrada na quinta-feira passada no túmulo da família na localidade de Paluzza, em Udine, após um funeral que não contou com a presença dos pais.

16:53
Anónimo disse...
Os bombeiros combatem neste sábado os incêndios na Austrália favorecidos pelo bom tempo, enquanto os deslocados encotram em seu retorno casas derruídas, carros queimados nas ruas e destruição.

Depois de sete dias desde que começaram os incêndios no Estado de Victoria, a lista de mortos chega a 181, os desaparecidos somam 50, os edifícios destruídos totalizam 1,834 mil e o terreno arrasado, principalmente florestas, ocupa uma área de 4,13 mil quilômetros quadrados.

As equipes de bombeiros, formadas por 4 mil profissionais de Victoria, de outras partes da Austrália e de países amigos, combateram hoje 12 focos fora de controle e nenhum representava uma ameaça direta para a população.

O subdiretor do Serviço de Bombeiros, Geoff Conway, disse que este tempo favorável, que se prolongará durante o domingo, permite consolidar as linhas de contenção e avançar na extinção das chamas.

Cinzas apareceram arrastadas por ventos do nordeste sobre Melbourne, onde habitam 3,8 milhões de pessoas, e as autoridades alertaram aos cidadãos do risco para a saúde de idosos, crianças e pessoas com problemas respiratórios.

O número de pessoas deslocadas - a Cruz Vermelha chegou a receber 7 mil - começou a cair com a abertura de algumas localidades atingidas.

Os incêndios, alguns criminosos, começaram em 7 de fevereiro, quando a região sul da Austrália estava há duas semanas sob uma onda de calor sem precedentes.

Na sexta-feira passada, a polícia acusou uma pessoa de ter provocado o incêndio que atingiu a localidade de Churchill e matou 21 pessoas.

16:55
Anónimo disse...
A primeira chuva em seis dias reduziu a ameaça de incêndios no Estado de Victoria, ao sul da Austrália. As autoridades, porém, advertiram que ainda existem 12 focos, mas que nenhum deles ameaça áreas povoadas.

Mais de quatro mil bombeiros, mil provenientes de outras partes do país e de outras nações, trabalham contra o fogo. Cerca de 600 veículos e 28 helicópteros e pequenos aviões estão sendo usados.


Eles conseguiram construir linhas de contenção para evitar os incêndios de Yarra e Maroondah se juntassem. Também foram controlados os incêndios abertos de Yea e Murrindindi, que ameaçavam as comunidades de Connellys Creek, Crystal Creek, Scrubby Creek e Native Dog Creek.

O número de mortos chegou a 181, mas as autoridades acreditam que as vítimas devem passar de 200, já que ainda há muitos desaparecidos.

16:55
Anónimo disse...
Aqui nesta coluna, na semana passada, tive a oportunidade de comentar sobre a recente visita do professor brasileiro Pedrinho Guareschi à Austrália. Não dei, porém, os fatos, pois semana passada o assunto era outro.

Hoje, porém, vamos a eles.

No último dia 4 de fevereiro, aconteceu o Seminário "Paulo Freire: Education and Liberation", organizado pelo centro de estudos latino-americanos da Universidade Nacional da Austrália, ou ANU, como é mais conhecida por aqui.

A ANU, para quem não sabe, está entre as 20 melhores universidades do mundo! E tem sede aqui em Camberra, capital da Austrália.

Na abertura do evento, o professor John Minns, diretor do centro latino-americano, ao dar boas-vindas ao público presente, lembrou ser aquele o primeiro seminário exclusivamente dedicado a Paulo Freire na Austrália.

Em seguida, convidou Pedrinho Guareschi, palestrante principal do Seminário, a fazer sua apresentação.

A plateia pode então conhecer, pelas palavras de Pedrinho, um pouco da obra e da vida de Freire, esse brasileiro de fé e valor, que sempre acreditou na educação, sobretudo dos menos favorecidos, analfabetos, como força libertadora.

Como não podia deixar de ser, os conceitos e ideias revolucionários de Paulo Freire, expostos com clareza por Pedrinho, despertaram o interesse e a curiosidade de plateia. A qual, deve-se notar, era na maioria de estudantes, mas de várias nacionalidades, sobretudo australianos e asiáticos.

Na continuação do programa do seminário, que se estendeu por dois dias, outros professores fizeram palestras sobre temas ligados à obra de Paulo Freire.

Interessante, por exemplo, saber que a professora Anne Hickling-Hudson, jamaicana que mora na Austrália há muitos anos (é professora da ANU), conheceu e trabalhou com Freire num workshop educacional durante a revolução na Ilha de Granada, em 1980, antes da invasão dos Estados Unidos...

Ou, então, a palestra da Professora Gerda Roelvink, da Nova Zelândia, que participou do Fórum Social de Porto Alegre em 2005. E essa participação transformou-se em tema de doutorado.

No dia 10, terça-feira passada, o padre Pedrinho Guareschi voltou a falar ao público australiano em grande auditório localizado no belíssimo campus da ANU. Desta vez, sobre a Teologia da Libertação.

Depois da palestra, John Minns mostrou o filme mexicano "O Crime do Padre Amaro", no qual um dos personagens é um padre católico praticante da Teologia da Libertação.

Mais uma vez, foi grande o intersse da platéia, que pode aprender e conhecer um pouco como se desenvolveu aquele importante movimento católico na América Latina.

Fica, assim, ao Pedrinho, bem como a outros brasileiros estudiosos e de bom coração que saem pelo mundo a divulgar aspectos importantes da cultura brasileira, o respeito e a homenagem desta coluna. E... aquele abraço!

16:57
Anónimo disse...
Amanda Kitts perdeu o braço esquerdo em um acidente de automóvel acontecido três anos atrás, mas hoje em dia ela joga futebol americano com seu filho de 12 anos de idade, troca fraldas e abraça as crianças nas três creches Kiddie Cottage que opera em Knoxville, Tennessee. Kitts, 40 anos, faz tudo isso com a ajuda de um novo tipo de braço artificial que se movimenta com mais facilidade do que outros aparelhos e que ela pode controlar utilizando apenas seus pensamentos.

"Eu sou capaz de mexer a mão, o pulso e o cotovelo ao mesmo tempo", diz. "Você pensa e os músculos se movem em seguida".

A recuperação que ela conseguiu resulta de um novo procedimento que vem atraindo crescente atenção porque permite que pessoas movam braços protéticos de forma mais automática do que faziam no passado, simplesmente utilizando nervos reaproveitados em seus cérebros.

A técnica, conhecida como "renervação muscular dirigida", envolve utilizar os nervos que restam depois da amputação de um braço e conectá-los a outro músculo do corpo, em geral no peito. Eletrodos são instalados sobre os músculos do peito, e operam como se fossem antenas. Quando a pessoa deseja mover o braço, o cérebro envia sinais que primeiro resultam em contração dos músculos do peito, os quais enviam um sinal ao braço protético, instruindo-se a se movimentar. O processo não requer mais esforços consciente do que a pessoa teria de exercitar caso ainda tivesse seu braço natural.

Na terça-feira, pesquisadores reportaram em estudo publicado pela versão online do Journal of the American Medical Association que haviam levado a técnica ainda mais à frente, tornando possível a execução de 10 movimentos de mão, pulso e cotovelo diferentes, o que representa uma substancial melhora com relação ao típico repertório protético, que em geral envolve apenas dobrar o cotovelo, girar o pulso e abrir a mão.

"Os novos métodos tiveram impacto dramático em nosso campo de trabalho", disse Stuart Harshbarger, engenheiro biomédico na Universidade Johns Hopkins e diretor do programa de pesquisa sobre próteses, financiado pelas forças armadas, que inclui o trabalho com essa técnica. "O método já está em uso por médicos e cirurgiões comuns em todo o país. A capacidade de controlar um membro protético bastante robusto que ele confere surpreendeu a todos pela qualidade".

Tipicamente, uma pessoa que tenha um braço protético só é capaz de executar alguns poucos movimentos, e muitas vezes com tamanha lentidão que isso só permite a ela atividades limitadas.

Há um motor separado para cada movimento, diz Gerald Loeb, professor de engenharia biomédica na Universidade do Sul da Califórnia, "e esses motores precisam ser controlados de maneira explícita", usualmente por um esforço consciente da pessoa para contrair músculos nas costas ou no bíceps.

"Essencialmente, até agora os pacientes controlavam apenas um motor de cada vez", diz Loeb, "e precisavam pensar cuidadosamente sobre que motor desejavam controlar e como fazê-lo operar, em lugar de simplesmente pensarem em mover o braço e poderem fazê-lo sem delongas".

Antes que Kitts passasse pelo procedimento de renervação, em outubro de 2007, por exemplo, ela precisava movimentar os músculos de suas costas de determinada maneira para fazer com que seu pulso girasse, e flexionar seu bíceps e tríceps para fazer com que o cotovelo se movesse para cima e para baixo. "Era muito trabalho", ela conta. "E não me ajudava muito".

O procedimento de renervação é parte de uma recente explosão de idéias novas e técnicas inovadoras que estão sendo exploradas enquanto os cientistas se esforçam por ajudar as pessoas a compensar melhor a perda de membros ou problemas de paralisia. O esforço vem sendo alimentado pelo aumento no número de amputações causado por diabetes e por ferimentos sofridos pelos militares, e ao mesmo tempo pelos avanços na tecnologia médica.

Os braços se tornaram um dos focos essenciais desse tipo de trabalho. A ciência há muito vem obtendo sucessos no desenvolvimento de próteses de perna, mas é muito mais difícil imitar a complexidade e a destreza das mãos e dos braços.

Os esforços em curso incluem o desenvolvimento de projetos de pele e braços mais sensíveis e mais flexíveis, e o uso de dispositivos acionados por controles sem fio implantado nos braços protéticos, que permitiriam movimentos mais naturais.

Os pesquisadores também vêm usando sensores implantados nos cérebros de cobaias para permitir que dois macacos controlem um braço mecânico, e um teste com um homem paralítico permitiu, com esse método, que ele movimentasse um cursor em uma tela de computador.

Alguns desses métodos, caso venham a ser aperfeiçoados plenamente e consigam aprovação das autoridades regulatórias da saúde, podem no futuro se tornar mais viáveis para os pacientes de amputações.

E embora a técnica da renervação não requeira aprovação das autoridades regulatórias porque é executada por meios cirúrgicos e emprega aparelhos já existentes, ela apresenta limitações que até mesmo seus criadores reconhecem, entre as quais o fato de que não se pode utilizá-la para todos os pacientes, o seu alto custo e o prazo de meses requerido para que os nervos reconectados cresçam e se tornem efetivos.

Ainda assim, os especialistas dizem que é o mais avançado sistema em uso hoje para pacientes reais que permite que o sistema nervoso controle diretamente o movimento de um braço artificial.

Desde sua introdução por Todd Kuiken, médico fisioterapeuta e engenheiro biomédico do Instituto de Reabilitação de Chicago, o método foi empregado em cerca de 30 pacientes nos Estados Unidos, Canadá e Europa, entre os quais oito soldados feridos no Iraque e no Afeganistão.

Muitos dos pacientes, entre os quais o primeiro, Jesse Sullivan, um operário do setor elétrico no Tennessee que perdeu os dois braços quando foi eletrocutado por um cabo, conseguem não apenas manipular seus braços protéticos mas sentir a presença das mãos que já não têm quando alguém toca em seus peitos.

Sullivan, 62 anos, e Kitts, estavam entre os cinco pacientes que participaram do estudo reportado na terça-feira. Em companhia de cinco outras pessoas que não passaram por amputações, eles receberam os eletrodos e foram instruídos a usar pensamentos para fazer com que um braço virtual na tela reproduzisse 10 movimentos diferentes, entre os quais três formas diferentes de aperto de mão.

Os pacientes apresentaram desempenho bastante respeitável, apenas um pouco mais lento e menos preciso do que os dos participantes que não tinham amputações.

"As velocidades de movimento que encontramos em nossos pacientes foram realmente encorajadoras", disse Kuiken. "Eles conseguiram completar a tarefa. É claro que não foram tão competentes quanto as pessoas dotadas de plena capacidade física, mas foram bons o bastante".

Um braço virtual foi usado porque a maioria das próteses existentes não era capaz de acomodar todos aqueles movimentos, no momento da pesquisa, ainda que Sullivan, Kitts e uma terceira paciente, Claudia Mitchell, tenham experimentado dois novos protótipos mais versáteis de braços artificiais, executando tarefas complexas com bolas de tênis e outros objetos.

O trabalho de renervação em soldados apresenta outros desafios, diz Kuiken, porque os ferimentos militares muitas vezes "causam danos muitos extensos" a nervos, músculos ou ossos.

Daniel Acosta, 25 anos, um aviador ferido pela detonação de uma bomba em uma estrada do Iraque em 2005, passou pelo procedimento no ano passado e diz que seu braço esquerdo protético agora se movimenta "muito mais rápido" e de maneira muito mais natural.

"A diferença é que agora não preciso mais pensar para mover o braço", ele diz. "Ele simplesmente se mexe".

Ainda assim, Acosta, de San Antonio, diz que "o processo foi bastante longo" e que os eletrodos precisam ser ajustados para receber os sinais à medida que os nervos crescem ou mudam de posição.

E embora elogiem o método, os especialistas afirmam que a ciência das próteses de braço ainda tem muito por avançar.

"Trata-se de uma parte crucial, mas ainda assim apenas uma parte, das muitas coisas que compreendem a função normal de um braço", disse Loeb, que escreveu um editorial que acompanha o artigo no Journal of the American Medical Association.

"No momento estamos a meio do caminho entre o braço de 'Dr. Fantástico', que fazia involuntariamente a saudação nazista, e o braço de Luke Skywalker em 'Guerra nas Estrelas', que funciona sem nenhum problema assim que é conectado. Creio que precisaremos ainda de muitos anos para conectar todas as peças necessárias a produzir um braço capaz de funcionar normalmente".

17:04
Anónimo disse...
A Espanha disse neste sábado que está preparando uma reclamação oficial contra a decisão da Venezuela de expulsar um membro do Parlamento Europeu que criticou o conselho eleitoral venezuelano.
Luis Herrero, membro do partido conservador espanhol PP, foi deportado na sexta-feira depois que o Conselho Nacional Eleitoral (CNE) o acusou de questionar a imparcialidade da instituição antes de um referendo que pode permitir ao presidente Hugo Chávez permanecer no cargo indefinidamente.

Herrero estava na Venezuela como observador do referendo. Ele acusou Chávez de ter "comportamentos típicos de um ditador" por pedir a contenção de manifestações da oposição.

O governo da Espanha convocou um encontro com o embaixador da Venezuela em Madri para expressar a desaprovação sobre a expulsão de Herrero, disse um representante do Ministério das Relações Exteriores espanhol.

As relações da Venezuela com a Espanha tiveram seu ponto crítico em 2007, quando Chávez ameaçou rever acordos diplomáticos e comerciais depois de ouvir um "cala a boca" do rei espanhol Juan Carlos durante uma cúpula.

A fenda foi oficialmente reparada em 2008, com uma visita oficial de Chávez à Espanha, onde ele cumprimentou o rei e discutiu acordos para investimento no setor petroquímico com o primeiro-ministro José Luis Rodriguez Zapatero.

17:06
Anónimo disse...
A polícia do Zimbábue anunciou neste sábado que acusa de traição Roy Bennett, dirigente do até agora opositor Movimento para a Mudança Democrática (MDC), detido na sexta-feira, em Harare, poucas horas antes da cerimônia de posse dos membros do novo gabinete.

"A Polícia nos informou que vão apresentar acusações de traição", disse à agência EFE o advogado de defesa de Bennett, Trust Maanda.

"Tentam relacionar Roy com o caso de Mike Hitschmann, que foi detido em 2006 em relação à descoberta de um carregamento de armas, apesar de que Hitschmann não tenha sido declarado culpado das acusações de traição apresentadas contra ele, mas de um crime menor de descumprimento de leis", disse Maanda.

O político opositor, designado por seu partido como vice-ministro de Agricultura no Governo de união nacional, esteve no exílio na vizinha África do Sul desde 2006 e retornou ao Zimbábue há duas semanas.

Segundo a Polícia, que deteve Bennett ontem no aeroporto de Harare quando pretendia ir à África do Sul para visitar sua família, as armas apreendidas em 2006 seriam utilizadas em um golpe de Estado para derrubar o presidente do Zimbábue, Robert Mugabe.

Depois da detenção, Bennet foi levado a Mutar, onde vários simpatizantes do MDC se concentraram em frente à delegacia na qual estava detido, diante do que a Polícia respondeu com tiros para o alto para dispersar os manifestantes.

17:07
Anónimo disse...
Austrália: 14 mil se candidatam a 'emprego dos sonhos'

A secretaria de Turismo de Queensland, na Austrália, informou que até esta segunda-feira já recebeu cerca de 14 mil inscrições para o "o melhor emprego do mundo". O Estado australiano promove pela internet seleção para vaga de "zelador" da ilha Hamilton, por seis meses com um salário de R$ 40 mil.

Muitos candidatos tiveram problemas durante a inscrição por conta dos acessos simultâneos ao site. A secretaria aconselha enviar os vídeos de 60s explicando porque deve ser escolhido em horários alternativos do dia, além de recomendar tamanho em torno de 40MB.

As inscrições começaram em 12 de janeiro e vão até o próximo dia 22 e podem ser feitas pelo site www.islandreefjob.com. O governo australiano escolherá 50 candidatos para a próxima fase da seleção, que terá votos do público para eleger um dos 11 finalistas.

A última fase terá entrevistas e desafios físicos, no próprio local de trabalho: as ilhas da Grande Barreira Coralina - o maior recife de coral do mundo. A secretaria de Turismo anunciará o vencedor no dia 6 de maio.

17:09
Anónimo disse...
Mercado elogia governo na crise, mas pede maior queda no juro

Peter Fussy
Direto de São Paulo

Desde as primeiras medidas anunciadas para combater os efeitos da crise, o governo brasileiro avisou que a estratégia não contemplaria um pacote. Seriam doses pontuais, de acordo com a necessidade da economia diante do agravamento das turbulências. Da primeira liberação dos depósitos compulsórios em setembro até a ampliação do seguro-desemprego na última quarta-feira, o governo passou por redução de impostos, ampliação de crédito e incentivos à exportação. Quase 150 dias após a primeira medida, o Terra conversou com líderes do setor público e privado, representantes dos trabalhadores, acadêmicos e com o próprio governo para saber quais destas ações foram mais eficazes, quais foram mais ineficientes e o que mais pode ser feito pelo Estado brasileiro contra a crise.

Os maiores elogios foram direcionados à atitude de reduzir o Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) para a indústria automobilística, anunciada em dezembro e que fez com que os emplacamentos de carros novos subissem 1,9% no primeiro mês do ano em relação a dezembro de 2008. Já as maiores críticas foram para a lentidão no corte da taxa básica de juro do País.

Para o presidente do conselho administrativo do Grupo Pão de Açúcar, Abílio Diniz, o Estado não é responsável pela crise e mesmo assim está agindo "com extrema serenidade e muito acerto". "O governo está atento, fazendo a sua parte. É preciso coragem de baixar firmemente a taxa de juros. É uma arma que temos a nosso favor, já que não há clima para inflação, nem possibilidade de danos para a macroeconomia", afirmou Diniz.

Na última reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), em janeiro, a taxa Selic foi reduzida em um ponto percentual, de 13,75% para 12,75% ao ano. Porém, o professor de economia da Universidade de Brasília (UnB) José Luiz Oreiro lembra que este corte representa uma redução de apenas 0,25 ponto percentual com relação à taxa de setembro do ano passado, quando a crise se agravou.

"Pouco antes da eclosão da crise, o Banco Central aumentou a taxa em 0,75 ponto. Foram cinco meses de demora para reduzir em termos líquidos apenas 0,25 ponto", afirmou o economista, que também sugeriu redução do intervalo de cerca de 90 dias entre as reuniões do Copom e o corte de pelo menos um 1 ponto percentual em cada reunião.

Mesmo com o corte de janeiro, a taxa de juros real continua sendo a maior do mundo, lembrou o secretário-geral da Força Sindical, João Carlos Gonçalves, o Juruna. "A redução da taxa de juro ainda é pequena, porque ela continua uma das mais altas do mundo. Falta ousadia para baixar os juros e ajudar o cidadão. A permanência da taxa de juro alta é negativa para o País em meio a crise", afirmou Juruna.

Embora aprove as ações do governo, o senador Aloízio Mercadante (PT-SP) também acredita que o patamar da Selic está muito alto. "Sempre fomos os primeiros a entrar em qualquer crise, o que não aconteceu agora. A taxa Selic ainda é muito alta, mas o governo têm tomado medidas acertadas, como o aumento do salário mínimo, mesmo com um cenário de crise. Isso ajuda a movimentar o consumo. O governo está se esforçando para manter os investimentos e o crescimento", disse.

Tributos
De acordo com o economista Fabio Pina, da Fecomercio-SP, as ações mais positivas estão relacionadas à redução de tributos para alguns segmentos, como a indústria automobilística, que recuperou parte da queda nas vendas em janeiro com a isenção do IPI para carros 1.0 l e o corte para demais motorizações. A medida vale até o final de março.

"Essas medidas não só reduziram o preço, mas anteciparam o consumo daqueles que iriam comprar no futuro, dando um prêmio por conta da insegurança. Mexe diretamente com o principal problema que é a confiança do consumidor", afirmou. Juruna destacou que um bom ritmo de vendas é garantia de emprego. "É importante porque cada emprego na montadora significa 19 na cadeia produtiva", comentou o representante da Força Sindical.

Também em dezembro, o governo decidiu cortar pela metade a alíquota do Imposto de Renda para contribuintes que ganham entre R$ 1.434 e R$ 2.150 mensais. "O salário aumentava e a tabela não se modificava. As pessoas ganhavam mais e pagavam mais impostos", apontou Juruna. Outra redução de tributos do governo foi com relação ao Imposto sobre Operações Financeiras (IOF), que caiu de 3% ao ano para 1,5%.

Crédito
Na segunda metade de 2008, o colapso de bancos nos Estados Unidos por conta da crise do subprime provocou uma forte restrição de crédito no mundo inteiro. Uma das primeiras medidas anticrise do governo teve como objetivo restabelecer a oferta, com mudanças no recolhimento dos depósitos compulsórios por parte dos bancos. Segundo o presidente do Banco Central, Henrique Meirelles, as diversas modificações liberaram US$ 99,2 bilhões aos bancos até o final de janeiro.

Além disso, o governo concedeu R$ 36 bilhões das reservas internacionais para empresas brasileiras com dívidas no exterior e uma medida provisória autorizou o Banco do Brasil e a Caixa Econômica Federal a comprar carteiras de crédito de bancos privados. Para o diretor do Departamento de Pesquisas e Estudos Econômicos da Fiesp, Paulo Francini, estas medidas foram essenciais para combater os efeitos da crise.

"A crise se desenvolve no mundo em torno do tema crédito. E o crédito reduziu-se barbaridade no mundo. Então o governo lança mão de compulsório, lança mão de reservas, de medidas que permitem aos bancos comprar carteiras de bancos. Você vai tomando várias medidas para atender às demandas e o epicentro disso é crédito", afirmou.

No entanto, Oreiro, da UnB, adverte que a liberação dos compulsórios seria mais eficiente acompanhada de redução mais agressiva da taxa básica de juro. "Uma parte do crédito voltou, depois da forte retração em outubro e novembro. O que deveria ter sido feito junto à liberação do compulsório era uma redução mais drástica da taxa de juro. Sem isso, os bancos pegam as reservas e acabam comprando títulos públicos", explicou o economista.

Na opinião de Pina, as ações de distribuição de crédito via redução do compulsório e a disposição de capital de giro para empresas foram tomadas sem um cuidado maior na operação e não tiveram muito efeito. "O BNDES tem linhas que ficam paradas quase todo o ano, agora é pior ainda. Existem os recursos, mas as empresas e os bancos estão desconfiados. É preciso fazer com que os bancos tenham interesse em emprestar", afirmou o economista da Fecomercio-SP.

Futuro
Mesmo com todas essas medidas, a crise financeira ainda gera incertezas nos setores produtivos do País. Nos últimos meses, o medo do desemprego fez os consumidores adiarem compras. Por sua vez, a queda nas vendas pode obrigar as indústrias a cortarem a produção e demitir funcionários. Contra isso, empresários sugerem redução de jornada e de salários.

"Isto está previsto em lei. A Fiesp simplesmente manteve conversações com entidades sindicais quanto à aplicação daquilo que já está previsto em lei", afirmou Francini.

Segundo a ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff, uma das medidas que assegura um nível de emprego é a manutenção de investimentos no Programa de Aceleração do Crescimento (PAC). "Estamos esperando que a dificuldade ocorra em janeiro, fevereiro e março. Estamos certos que vamos manter o nível de investimento. É isso que funciona, é isso que significa investimento público. Ele funciona como um colchão. Por isso, nós colocamos R$ 100 bilhões no BNDES e a Petrobras ampliou o seu investimento em R$ 120 bilhões", afirmou.

Na mesma linha, Pina explica que a antecipação de gastos do governo substitui parte da demanda retraída do setor privado. "Ele dá o seguinte recado: não vou estourar as contas públicas, mas concentrar em um momento em que a demanda privada está pequena. Mas o governo não tem fôlego suficiente para fazer o papel de toda demanda", ressaltou. O economista da Fecomercio lembrou que a entidade já pleiteou junto ao governo isenções para transferência de imóveis e de automóveis, além de retirar o IPVA para veículos novos.

Já Oreiro foca suas propostas na capitalização do Banco do Brasil e da Caixa Econômica Federal pelo Tesouro para atender a demanda de crédito para capital de giro e reduzir o spread. "Aumentando o empréstimo e reduzindo as taxas, os dois vão forçar os bancos privados a acompanhar o movimento, até para não perderem participação no mercado", explicou o economista da UnB.

Até o Carnaval, o governou prometeu detalhar um pacote de incentivos para a construção de até um milhão de casas populares, direcionado a famílias com renda de até dez salários mínimos. "Estamos atentos a tudo o que está acontecendo e novas medidas serão tomadas caso haja uma avaliação de que sejam necessárias", disse o ministro da Fazenda, Guido Mantega, na última sexta-feira.

17:11
Anónimo disse...
Ex-ministro critica extensão do seguro-desemprego

Atualizada às 09h03

O ex-ministro do Trabalho Almir Pazzianotto criticou a decisão do governo federal de conceder o seguro-desemprego estendido a apenas alguns setores. "É certamente odioso e provavelmente inconstitucional", disse Pazzianotto, de acordo com o jornal O Estado de S. Paulo.

Na última qurta, dia do anúncio da medida, centrais sindicais elogiaram a atitude do governo. A Força Sindical divulgou nota dizendo que "o aumento ajudará a aquecer parte da economia, já que irá gerar mais consumo, produção e conseqüentemente, a criação de novos postos de trabalho". A União Geral dos Trabalhadores (UGT) afirmou que a medida "contribuirá para minimizar o drama dos trabalhadores que perderem seu emprego por conta da crise".

O ex-ministro, que instituiu o seguro-desemprego no País no governo de José Sarney, destacou a necessidade de as centrais sindicais se manifestarem contra a determinação. Para ele, as mudanças devem ser aplicadas a todas as categorias profissionais e a distinção é contrária ao artigo 3º da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT).

Pazzianotto atribui a medida a um possível temor do governo de que a crise econômica seja longa e não haja dinheiro para atender a todas as necessidades. Ainda assim, ele se mostra contrário ao método de concessão. "O seguro-desemprego ajuda a sanar necessidades básicas. Estendê-lo é paliativo, não a solução", disse ao jornal.

De acordo com o presidente do Conselho Deliberativo do Fundo de Amparo ao Trabalhador (Codefat) e conselheiro da Força Sindical, Luiz Fernando Emediato, a determinação já estava prevista na lei 8.900/94, que trata do seguro-desemprego.

O presidente da Comissão de Trabalho da Câmara, Pedro Fernandes (PTB-MA) vai além na crítica à concessão do seguro para apenas alguns setores. Ele acredita que a ampliação do benefício estimula o desemprego.

Quintino Severo, secretário geral da Central Única dos Trabalhadores (CUT), lembra que a ampliação do benefício sem critério e identificação pode incentivar demissões em outros setores.

17:13
Anónimo disse...
Empresas
TAM faz promoção para destinos internacionais

A companhia aérea TAM anunciou nesta sexta-feira tarifas promocionais para trechos internacionais. Os preços valem para bilhetes comprados entre 6h deste sábado e 23h59 deste domingo e são válidos para classe econômica. As tarifas, para ida e volta, serão vendidas a partir de US$ 99, mais taxas.

Segundo a aérea, a promoção vale para viagens feitas no período de 14 de fevereiro a 18 de junho de 2009. Para destinos na América do Sul, a permanência mínima é de dois dias; para bilhetes com destino nos Estados Unidos, cinco dias; e Europa, sete dias. A permanência máxima para as passagens para América do Sul e EUA é de dois meses e para Europa, três meses.

Entre os exemplos de tarifas promocionais, a TAM oferece São Paulo-Lima por US$ 99. Bilhetes para a rota São Paulo-Santiago serão vendidos a partir de US$ 199 e São Paulo-Nova York, US$ 799.

A emissão dos bilhetes deve ser feita obrigatoriamente no ato da reserva, obedecendo às regras estipuladas pela companhia. A compra está sujeita à disponibilidade de assentos nas classes tarifárias determinadas, trechos, horários e datas. A TAM afirmou que também há tarifas promocionais para a classe executiva.

Mais informações podem ser encontradas no site promocional (www.ofertastam.com.br), no site da empresa (www.tam.com.br) ou pelos telefones 4002-5700 ou 0800 5705700.

17:13
Anónimo disse...
Empresas
Consultoria negocia compra do parque temático Hopi Hari

A consultoria especializada em reestruturação de empresas Íntegra Associados informou nesta sexta-feira ter um acordo para comprar o parque de diversões Hopi Hari, localizado no interior de São Paulo. A empresa estaria disposta a investir R$ 10 milhões no parque, que tem dívida estimada em R$ 800 milhões. As informações são da edição deste sábado do jornal Folha de S. Paulo.

De acordo com o jornal, a transação ainda depende da negociação entre o Hopi Hari e seus credores, o que já estaria em andamento.

A consultoria paulista já atuou junto à Parmalat, durante 30 meses, quando reorganizou a gestão da empresa italiana.

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17:14
Anónimo disse...
Empresas
Disney de Tóquio contratará mais 2 mil apesar da crise


A Oriental Land, o operador da Disneylândia Tóquio e DisneySea, organizou neste domingo entrevistas para contratar cerca de 2 mil trabalhadores em tempo parcial, em um momento de grandes demissões deste tipo de empregados no Japão.

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O operador deste parque temático, situado em Urayasu, na província de Chiba (leste de Tóquio), está em pleno processo de seleção de empregados para 20 tipos de postos trabalhistas diferentes.

Segundo a companhia, citada pela agência local de notícias Kyodo, o parque contratará novos trabalhadores para as atrações, para os restaurantes e guardas de segurança entre outros. Os novos contratados começarão a trabalhar a partir de fevereiro.

O processo de seleção acontece em um momento em que a maioria das grandes companhias japonesas começaram a se ver obrigadas a despedir uma elevada percentagem de seus trabalhadores temporários e a tempo parcial.

Algumas inclusive anunciaram demissões de seus trabalhadores fixos, uma medida muito pouco comum nas companhias japonesas, perante os efeitos piores que o esperado pela crise econômica global.

Cerca de uma centena de pessoas esperavam desde a primeira hora desta manhã a abertura do centro de conferências Tokyo International Forum, onde as entrevistas estão sendo feitas, para ser os primeiros a solicitar os postos de trabalho.


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17:15
Anónimo disse...
Economia Internacional
Senado dos EUA aprova plano de estímulo à economia

O Senado dos Estados Unidos aprovou com 60 votos a favor e 38 contra o plano de estímulo à economia de US$ 787 bilhões na madrugada deste sábado. Agora, ele segue para sanção ou veto do presidente Barack Obama, que espera colocar a lei em prática até o dia 16 de fevereiro.

O plano prevê a criação de três milhões de empregos, inclui cortes de impostos às famílias, fundos para programas sociais e obras públicas, além de ajuda aos governos estaduais, estudantes e desempregados.

A cláusula Buy American - que exige o uso de ferro, aço e produtos manufaturados dos Estados Unidos em obras realizadas com recursos do pacote - ficou de lado. Segundo o texto definitivo, a cláusula será aplicada sem violar as normas do comércio internacional.

Ontem à tarde, a Câmara de Representantes (deputados) havia aprovado, por 246 votos a favor e 183 contra, a versão final do plano. Todos os republicanos foram contrários ao pacote.

Pelo acordo de quarta-feira entre Câmara e Senado, em vez de custar US$ 819 bilhões, como queriam os deputados, ou US$ 838 bilhões como pretendiam os senadores, o pacote ficou em cerca de US$ 787 bilhões, com 65% desse total destinado a gastos do governo federal e 35%, a créditos tributários.

17:16
Anónimo disse...
Economia nacional
Na era Lula, aposentadoria sobe 54% menos que salário mínimo

Thatiane Faria
Especial para o Terra
Direto de São Paulo

Os índices de reajustes concedidos pelo governo em 2009 para aposentados e pensionistas e para o salário mínimo repetiram uma diferença que, só durante o governo de Luiz Inácio Lula da Silva, já chega a 54%. Enquanto o mínimo foi majorado em 12% este ano, as pensões e aposentadorias tiveram aumento de 5,92%. Aposentados que têm o benefício do governo como única fonte de renda reclamam que perdem poder de compra e que sua cesta de compras é composta por itens que aumentam mais em relação à inflação oficial.

Um exemplo prático pode ser entendido a partir da comparação entre um aposentado que ganhava R$ 600 em janeiro de 2003. Na época, o benefício era três vezes, ou 200%, maior que o valor do mínimo em vigência, que era de R$ 200. Aplicando-se os índices de reajuste para aposentadorias e para o mínimo durante os últimos seis anos, o mesmo aposentado estaria recebendo hoje R$ 938,47, comparado a um salário mínimo de R$ 465. A diferença entre os dois valores caiu para pouco mais de 100%.

Enquanto o índice acumulado de reajuste para a aposentadoria durante o governo Lula foi de 60%, para o salário mínimo está em 132%.

O diretor do Sindicato Nacional dos Aposentados, João Inocentini, reclama que os valores dos benefícios para aposentadorias não mantêm o poder de compra do grupo, principalmente dos aposentados que recebem menos que dez salários mínimos.

Nem mesmo o fato de o índice de reajuste das aposentadorias ter ficado acima da inflação acumulada no mesmo período (o IPCA entre janeiro de 2003 e janeiro de 2009 foi de 39,7%) serve de argumento, segundo os aposentados.

"Os idosos, principalmente, têm gastos além das contas gerais como gás, telefone e aluguel. Para eles o custo com remédios, e outros itens da área saúde costuma ser maior", afirmou Inocentini.

O presidente do sindicato afirmou que o grupo realiza um estudo com 100 itens de necessidade de um idoso para comparar o aumento dos produtos com o índice de reajuste do benefício recebido pelos aposentados.

"Daqui dois meses vamos abrir um processo na Justiça e levar essa pesquisa como prova. Segundo a lei, o governo é obrigado a manter o poder de compra com a aposentadoria", disse Inocentini.

Alternativas
O consultor financeiro Cláudio Boriola diz que os aposentados, especialmente nesse momento de crise econômica, devem evitar compras parceladas, pesquisar preços, negociar e fazer bom planejamento financeiro.

Segundo Boriola, alguns aposentados ganham um valor mensal muitas vezes insuficiente para o pagamento das contas e acabam pedindo crédito ou realizando pagamentos a prazo e são obrigados a pagar juros altos.

Na opinião do consultor, pagar uma previdência privada é uma alternativa indicada para quem ainda trabalha, considerando a característica de perda de poder de compra da aposentadoria.

"Na prática, infelizmente os valores encontram-se em um patamar que está deteriorando o poder de aquisição da população brasileira", completou Boriola.

De acordo com o diretor da Confederação Brasileira de Aposentados e Pensionistas (Cobap), Vicente Fernandes Barbosa, representantes dos aposentados tentarão um encontro com o presidente da Câmara, deputado Michel Temer (PMDB-SP), para discutir projetos que minimizem a perda dos aposentados

17:17
Anónimo disse...
Previdência
Previdência prorroga isenção de tarifas no benefício

O atual sistema de pagamento aos 26 milhões de aposentados e pensionistas do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) será mantido até o final deste ano. O acordo, que permite realizar a operação sem nenhum custo aos beneficiários, foi renovado nesta sexta-feira, entre o governo federal e 21 instituições financeiras.

Por meio desse acordo, vigente desde setembro de 2007, nem os segurados, nem os bancos e nem o governo arcam com o pagamento de tarifas, conforme explicou o ministro da Previdência Social, José Pimentel. A prorrogação vale até dezembro, data máxima para que a Previdência defina as regras para um novo contrato.

Ao assinar o termo de renovação, na sede da Federação Brasileira dos Bancos (Febraban), o ministro disse que a intenção do governo é mudar o atual modelo de gestão visando a reduzir os custos dessas operações em torno da folha mensal, que atinge R$ 15,8 bilhões. No entanto, qualquer alteração, conforme explicou, passará antes por audiências públicas a serem realizadas a partir do segundo semestre deste ano, atendendo a determinação do Tribunal de Contas da União (TCU).

De acordo com Pimentel, com um redesenho do mecanismo de repasse dos recursos aos bancos em torno da folha de pagamento dos segurados o que se busca é um aumento da participação de instituições financeiras. Ele informou que, desde 2007, cada benefício custa em média R$ 1,07 ao governo. "Quanto mais instituições financeiras estiverem prestando serviços à sociedade, maior é a competitividade, a agilidade no atendimento", justificou.

O ministro observou, ainda, que, para permitir uma redução para algo em torno de meia hora no tempo de atendimento para a concessão dos direitos previdenciários, o governo investiu R$ 280 milhões.

Questionado sobre o descontentamento dos segurados que ganham acima de um salário mínimo terem obtido apenas a correção com base na variação do Índice de Preços ao Consumidor (INPC) , ficando abaixo do reajuste dado a quem recebe apenas o mínimo, Pimentel argumentou que o governo seguiu o que determina a lei e descartou a possibilidade de uma revisão

17:17
Anónimo disse...
Empresas
Caterpillar oferece aposentadoria antecipada a 2 mil


A companhia americana Caterpillar ofereceu a cerca de dois mil funcionários incentivos para que se aposentem de forma voluntária antes do previsto, pela perspectiva de uma queda "significativa" da atividade industrial, informou nesta quarta-feira a empresa.

A iniciativa, destinada aos trabalhadores de diversas fábricas em Illinois, Colorado, Tennessee e Pensilvânia, se soma aos cortes de empregos anunciados em janeiro, explicou em comunicado de imprensa.

A empresa, a maior fabricante mundial de maquinaria pesada para a construção e a mineração, acrescentou que, "em função das condições de negócio, podem ser necessárias mais reduções de elenco voluntárias e involuntárias à medida que o ano avança".

O vice-presidente da companhia, Sid Banwart, explicou que a empresa prevê "demissões significativas em todas as regiões geográficas e na maioria dos setores devido às dificuldades da economia mundial".

17:18
Anónimo disse...
Comércio
Comércio exterior da OCDE caiu no 3º trimestre de 2008


As exportações e as importações dos países da Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Econômico (OCDE) caíram 1,6% e 0,2%, respectivamente, no terceiro trimestre de 2008, em relação aos três meses anteriores.

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Trata-se da primeira queda destas atividades desde o terceiro trimestre de 2006, segundo o último relatório trimestral sobre fluxos comerciais divulgado pela OCDE.

As exportações e as importações em dólares dos 30 Estados-membros caíram 15,6% e 17%, respectivamente, na comparação anualizada.

Por sua vez, o comércio dos sete países mais ricos do mundo (G7) teve um pequeno crescimento no terceiro trimestre de 2008 com uma queda das exportações de mercadorias de 0,2% em relação ao trimestre anterior e um aumento de 0,4% das importações.

Em termos anualizados, as importações do G7 caíram 1,4% entre julho e setembro do ano passado, seu primeiro retrocesso desde o terceiro trimestre de 2006, enquanto as exportações aumentaram 1,9%, seu crescimento mais baixo no mesmo tempo.

Por países, a Alemanha aumentou suas importações em 3,4% - valor mais alto do G7 -, enquanto suas exportações caíram 2,9% do segundo para o terceiro trimestre de 2008.

Pelo contrário, as exportações americanas aumentaram 1,8% entre julho e setembro de 2008, enquanto as importações caíram 0,7% em relação ao trimestre anterior. No Japão, tanto as importações quanto as exportações caíram em torno de 1% no mesmo período.

17:19
Anónimo disse...
Economia Nacional
Lula: juros de crédito consignado a aposentados são altos

Atualizada às 17h29

O presidente Luis Inácio Lula da Silva afirmou nesta terça-feira, em São Paulo, que está lutando para reduzir as taxas de juros cobradas de aposentados em crédito consignado. A Previdência Social estabelece uma taxa máxima de 2,5% para empréstimo e de 3,5% para cartão. Para Lula, os valores são altos.

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"Acho que o juro que os aposentados estão pagando hoje com o crédito consignado é alto para o padrão brasileiro", disse o presidente durante a cerimônia de comemoração dos 86 anos do INSS.

A Previdência anunciou nesta terça-feira que aposentados e trabalhadoras com licença-maternidade poderão receber seus benefícios em 30 minutos. De acordo com Lula, em junho, a aposentadoria do trabalhador rural também será conseguida em meia hora.

Além disso, o presidente anunciou que, também em junho, os trabalhadores que alcançarem o direito à aposentadoria passarão a receber em suas casas um comunicado da Previdência informando o fato e o valor do salário que têm direito a receber. "É um comprometimento público que estou fazendo com os companheiros da Previdência Social", disse.

"Estamos retribuindo ao contribuinte da Previdência Social aquilo que é a cidadania que ele tem direito", afirmou Lula. "Se para cobrar nós somos tão precisos, para devolver o dinheiro, temos que chegar próximo à perfeição", completou.

17:20
Anónimo disse...
Economia Nacional
Salário maternidade sairá em 30 minutos, diz ministro

Toda trabalhadora autônoma que tiver contribuído pelo menos 10 meses com o Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) - ou as que possuírem carteira assinada - poderão receber em 30 minutos o salário maternidade a partir desta terça-feira. Da mesma forma, as mulheres com 30 anos de contribuição e os homens com 35 anos também terão direito ao benefício de forma mais rápida. A informação é do ministro da Previdência Social, José Pimentel.

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Para requerer o salário maternidade, é preciso que as autônomas levem a carteira de identidade e o carnê de contribuição. As demais trabalhadoras devem apresentar a identificação e a carteira de trabalho. Desde o início do mês, a nova forma de análise para a concessão de benefícios foi adotada para a aposentadoria por idade do trabalhador urbano e agora foi estendida para o salário maternidade e por tempo de contribuição.

O ministro disse que a qualificação do serviço da previdência social é o reconhecimento do direito dos trabalhadores e da afirmação da cidadania.

"Até pouco tempo na cabeça do cidadão o serviço devia ser de péssima qualidade. Agora não, nós modificamos toda a legislação no mês de dezembro numa ação conjunta do Congresso Nacional com o governo federal. Estamos implantando e concedendo os benefícios em até 30 minutos", afirmou.

O ministro destacou que para conseguir se aposentar ou ter acesso à licença maternidade em 30 minutos, em primeiro lugar, é necessário que o cidadão esteja vinculado à Previdência, o que inclui 65% da população acima de 16 anos de idade.

"Depois bastar marcar pelo sistema 135 o dia e a hora do atendimento e levar a documentação. Se todos os dados necessários estiverem corretos o contribuinte será atendido em até 30 minutos, como vem sendo feito com as aposentadorias por idade desde o dia cinco de janeiro", explicou.

Pimentel disse ainda que em 90% das agências da previdência social o atendimento é marcado em até 48 horas. Nos grandes centros, entretanto existe um volume maior o que torna mais lento o processo.

"Estamos criando mais 715 agências até 2010, em todo o território nacional, para descentralizar o atendimento. Em 2008, atendemos 295 mil benefícios e aposentadorias por idade. Temos 4 mil pessoas por dia procurando e se aposentando por idade no território nacional. Este serviço será agilizado", concluiu.

17:26
Anónimo disse...
Giuseppe Englaro, pai de Eluana, a italiana que morreu na segunda-feira passada por desidratação, recusou uma grande soma de dinheiro de um conhecido fotógrafo italiano que queria retratar a filha em estado de coma, disse neste sábado o neurologista que atendia a mulher desde 1996, Carlo Defanti.

O neurologista, que participou hoje de uma conferência sobre eutanásia, disse que Englaro respeitou a vontade da filha, que, antes do acidente, tinha pedido que, se lhe ocorresse qualquer coisa irreversível, apresentasse sua imagem de quando estava em boas condições.

Antes de sofrer o acidente de trânsito, em 1992, Eluana viveu o coma de um amigo, Alessandro, o que causou forte impacto na italiana e a levou a fazer o pai prometer que não a deixasse viver em estado vegetativo, disse o próprio Giuseppe Englaro.

Defanti, que dissera que Eluana poderia viver de dez a 12 dias depois da suspensão da alimentação e da hidratação, disse que, como médico, tinha que reprovar esta afirmação.

"Não se pode sobreviver após três ou quatro dias sem líquido e, em particular, água em um corpo. Sabemos bem que, quando há um terremoto, após quatro dias é difícil encontrar sobreviventes".

Defanti ressaltou que Eluana "não falava, não se comunicava com o exterior" e que, após vários exames, "nos deparamos com uma moça que tinha perdido a consciência", porque estava com o córtex cerebral prejudicado.

Eluana foi enterrada na quinta-feira passada no túmulo da família na localidade de Paluzza, em Udine, após um funeral que não contou com a presença dos pais.

16:53
Anónimo disse...
Os bombeiros combatem neste sábado os incêndios na Austrália favorecidos pelo bom tempo, enquanto os deslocados encotram em seu retorno casas derruídas, carros queimados nas ruas e destruição.

Depois de sete dias desde que começaram os incêndios no Estado de Victoria, a lista de mortos chega a 181, os desaparecidos somam 50, os edifícios destruídos totalizam 1,834 mil e o terreno arrasado, principalmente florestas, ocupa uma área de 4,13 mil quilômetros quadrados.

As equipes de bombeiros, formadas por 4 mil profissionais de Victoria, de outras partes da Austrália e de países amigos, combateram hoje 12 focos fora de controle e nenhum representava uma ameaça direta para a população.

O subdiretor do Serviço de Bombeiros, Geoff Conway, disse que este tempo favorável, que se prolongará durante o domingo, permite consolidar as linhas de contenção e avançar na extinção das chamas.

Cinzas apareceram arrastadas por ventos do nordeste sobre Melbourne, onde habitam 3,8 milhões de pessoas, e as autoridades alertaram aos cidadãos do risco para a saúde de idosos, crianças e pessoas com problemas respiratórios.

O número de pessoas deslocadas - a Cruz Vermelha chegou a receber 7 mil - começou a cair com a abertura de algumas localidades atingidas.

Os incêndios, alguns criminosos, começaram em 7 de fevereiro, quando a região sul da Austrália estava há duas semanas sob uma onda de calor sem precedentes.

Na sexta-feira passada, a polícia acusou uma pessoa de ter provocado o incêndio que atingiu a localidade de Churchill e matou 21 pessoas.

16:55
Anónimo disse...
A primeira chuva em seis dias reduziu a ameaça de incêndios no Estado de Victoria, ao sul da Austrália. As autoridades, porém, advertiram que ainda existem 12 focos, mas que nenhum deles ameaça áreas povoadas.

Mais de quatro mil bombeiros, mil provenientes de outras partes do país e de outras nações, trabalham contra o fogo. Cerca de 600 veículos e 28 helicópteros e pequenos aviões estão sendo usados.


Eles conseguiram construir linhas de contenção para evitar os incêndios de Yarra e Maroondah se juntassem. Também foram controlados os incêndios abertos de Yea e Murrindindi, que ameaçavam as comunidades de Connellys Creek, Crystal Creek, Scrubby Creek e Native Dog Creek.

O número de mortos chegou a 181, mas as autoridades acreditam que as vítimas devem passar de 200, já que ainda há muitos desaparecidos.

16:55
Anónimo disse...
Aqui nesta coluna, na semana passada, tive a oportunidade de comentar sobre a recente visita do professor brasileiro Pedrinho Guareschi à Austrália. Não dei, porém, os fatos, pois semana passada o assunto era outro.

Hoje, porém, vamos a eles.

No último dia 4 de fevereiro, aconteceu o Seminário "Paulo Freire: Education and Liberation", organizado pelo centro de estudos latino-americanos da Universidade Nacional da Austrália, ou ANU, como é mais conhecida por aqui.

A ANU, para quem não sabe, está entre as 20 melhores universidades do mundo! E tem sede aqui em Camberra, capital da Austrália.

Na abertura do evento, o professor John Minns, diretor do centro latino-americano, ao dar boas-vindas ao público presente, lembrou ser aquele o primeiro seminário exclusivamente dedicado a Paulo Freire na Austrália.

Em seguida, convidou Pedrinho Guareschi, palestrante principal do Seminário, a fazer sua apresentação.

A plateia pode então conhecer, pelas palavras de Pedrinho, um pouco da obra e da vida de Freire, esse brasileiro de fé e valor, que sempre acreditou na educação, sobretudo dos menos favorecidos, analfabetos, como força libertadora.

Como não podia deixar de ser, os conceitos e ideias revolucionários de Paulo Freire, expostos com clareza por Pedrinho, despertaram o interesse e a curiosidade de plateia. A qual, deve-se notar, era na maioria de estudantes, mas de várias nacionalidades, sobretudo australianos e asiáticos.

Na continuação do programa do seminário, que se estendeu por dois dias, outros professores fizeram palestras sobre temas ligados à obra de Paulo Freire.

Interessante, por exemplo, saber que a professora Anne Hickling-Hudson, jamaicana que mora na Austrália há muitos anos (é professora da ANU), conheceu e trabalhou com Freire num workshop educacional durante a revolução na Ilha de Granada, em 1980, antes da invasão dos Estados Unidos...

Ou, então, a palestra da Professora Gerda Roelvink, da Nova Zelândia, que participou do Fórum Social de Porto Alegre em 2005. E essa participação transformou-se em tema de doutorado.

No dia 10, terça-feira passada, o padre Pedrinho Guareschi voltou a falar ao público australiano em grande auditório localizado no belíssimo campus da ANU. Desta vez, sobre a Teologia da Libertação.

Depois da palestra, John Minns mostrou o filme mexicano "O Crime do Padre Amaro", no qual um dos personagens é um padre católico praticante da Teologia da Libertação.

Mais uma vez, foi grande o intersse da platéia, que pode aprender e conhecer um pouco como se desenvolveu aquele importante movimento católico na América Latina.

Fica, assim, ao Pedrinho, bem como a outros brasileiros estudiosos e de bom coração que saem pelo mundo a divulgar aspectos importantes da cultura brasileira, o respeito e a homenagem desta coluna. E... aquele abraço!

16:57
Anónimo disse...
Amanda Kitts perdeu o braço esquerdo em um acidente de automóvel acontecido três anos atrás, mas hoje em dia ela joga futebol americano com seu filho de 12 anos de idade, troca fraldas e abraça as crianças nas três creches Kiddie Cottage que opera em Knoxville, Tennessee. Kitts, 40 anos, faz tudo isso com a ajuda de um novo tipo de braço artificial que se movimenta com mais facilidade do que outros aparelhos e que ela pode controlar utilizando apenas seus pensamentos.

"Eu sou capaz de mexer a mão, o pulso e o cotovelo ao mesmo tempo", diz. "Você pensa e os músculos se movem em seguida".

A recuperação que ela conseguiu resulta de um novo procedimento que vem atraindo crescente atenção porque permite que pessoas movam braços protéticos de forma mais automática do que faziam no passado, simplesmente utilizando nervos reaproveitados em seus cérebros.

A técnica, conhecida como "renervação muscular dirigida", envolve utilizar os nervos que restam depois da amputação de um braço e conectá-los a outro músculo do corpo, em geral no peito. Eletrodos são instalados sobre os músculos do peito, e operam como se fossem antenas. Quando a pessoa deseja mover o braço, o cérebro envia sinais que primeiro resultam em contração dos músculos do peito, os quais enviam um sinal ao braço protético, instruindo-se a se movimentar. O processo não requer mais esforços consciente do que a pessoa teria de exercitar caso ainda tivesse seu braço natural.

Na terça-feira, pesquisadores reportaram em estudo publicado pela versão online do Journal of the American Medical Association que haviam levado a técnica ainda mais à frente, tornando possível a execução de 10 movimentos de mão, pulso e cotovelo diferentes, o que representa uma substancial melhora com relação ao típico repertório protético, que em geral envolve apenas dobrar o cotovelo, girar o pulso e abrir a mão.

"Os novos métodos tiveram impacto dramático em nosso campo de trabalho", disse Stuart Harshbarger, engenheiro biomédico na Universidade Johns Hopkins e diretor do programa de pesquisa sobre próteses, financiado pelas forças armadas, que inclui o trabalho com essa técnica. "O método já está em uso por médicos e cirurgiões comuns em todo o país. A capacidade de controlar um membro protético bastante robusto que ele confere surpreendeu a todos pela qualidade".

Tipicamente, uma pessoa que tenha um braço protético só é capaz de executar alguns poucos movimentos, e muitas vezes com tamanha lentidão que isso só permite a ela atividades limitadas.

Há um motor separado para cada movimento, diz Gerald Loeb, professor de engenharia biomédica na Universidade do Sul da Califórnia, "e esses motores precisam ser controlados de maneira explícita", usualmente por um esforço consciente da pessoa para contrair músculos nas costas ou no bíceps.

"Essencialmente, até agora os pacientes controlavam apenas um motor de cada vez", diz Loeb, "e precisavam pensar cuidadosamente sobre que motor desejavam controlar e como fazê-lo operar, em lugar de simplesmente pensarem em mover o braço e poderem fazê-lo sem delongas".

Antes que Kitts passasse pelo procedimento de renervação, em outubro de 2007, por exemplo, ela precisava movimentar os músculos de suas costas de determinada maneira para fazer com que seu pulso girasse, e flexionar seu bíceps e tríceps para fazer com que o cotovelo se movesse para cima e para baixo. "Era muito trabalho", ela conta. "E não me ajudava muito".

O procedimento de renervação é parte de uma recente explosão de idéias novas e técnicas inovadoras que estão sendo exploradas enquanto os cientistas se esforçam por ajudar as pessoas a compensar melhor a perda de membros ou problemas de paralisia. O esforço vem sendo alimentado pelo aumento no número de amputações causado por diabetes e por ferimentos sofridos pelos militares, e ao mesmo tempo pelos avanços na tecnologia médica.

Os braços se tornaram um dos focos essenciais desse tipo de trabalho. A ciência há muito vem obtendo sucessos no desenvolvimento de próteses de perna, mas é muito mais difícil imitar a complexidade e a destreza das mãos e dos braços.

Os esforços em curso incluem o desenvolvimento de projetos de pele e braços mais sensíveis e mais flexíveis, e o uso de dispositivos acionados por controles sem fio implantado nos braços protéticos, que permitiriam movimentos mais naturais.

Os pesquisadores também vêm usando sensores implantados nos cérebros de cobaias para permitir que dois macacos controlem um braço mecânico, e um teste com um homem paralítico permitiu, com esse método, que ele movimentasse um cursor em uma tela de computador.

Alguns desses métodos, caso venham a ser aperfeiçoados plenamente e consigam aprovação das autoridades regulatórias da saúde, podem no futuro se tornar mais viáveis para os pacientes de amputações.

E embora a técnica da renervação não requeira aprovação das autoridades regulatórias porque é executada por meios cirúrgicos e emprega aparelhos já existentes, ela apresenta limitações que até mesmo seus criadores reconhecem, entre as quais o fato de que não se pode utilizá-la para todos os pacientes, o seu alto custo e o prazo de meses requerido para que os nervos reconectados cresçam e se tornem efetivos.

Ainda assim, os especialistas dizem que é o mais avançado sistema em uso hoje para pacientes reais que permite que o sistema nervoso controle diretamente o movimento de um braço artificial.

Desde sua introdução por Todd Kuiken, médico fisioterapeuta e engenheiro biomédico do Instituto de Reabilitação de Chicago, o método foi empregado em cerca de 30 pacientes nos Estados Unidos, Canadá e Europa, entre os quais oito soldados feridos no Iraque e no Afeganistão.

Muitos dos pacientes, entre os quais o primeiro, Jesse Sullivan, um operário do setor elétrico no Tennessee que perdeu os dois braços quando foi eletrocutado por um cabo, conseguem não apenas manipular seus braços protéticos mas sentir a presença das mãos que já não têm quando alguém toca em seus peitos.

Sullivan, 62 anos, e Kitts, estavam entre os cinco pacientes que participaram do estudo reportado na terça-feira. Em companhia de cinco outras pessoas que não passaram por amputações, eles receberam os eletrodos e foram instruídos a usar pensamentos para fazer com que um braço virtual na tela reproduzisse 10 movimentos diferentes, entre os quais três formas diferentes de aperto de mão.

Os pacientes apresentaram desempenho bastante respeitável, apenas um pouco mais lento e menos preciso do que os dos participantes que não tinham amputações.

"As velocidades de movimento que encontramos em nossos pacientes foram realmente encorajadoras", disse Kuiken. "Eles conseguiram completar a tarefa. É claro que não foram tão competentes quanto as pessoas dotadas de plena capacidade física, mas foram bons o bastante".

Um braço virtual foi usado porque a maioria das próteses existentes não era capaz de acomodar todos aqueles movimentos, no momento da pesquisa, ainda que Sullivan, Kitts e uma terceira paciente, Claudia Mitchell, tenham experimentado dois novos protótipos mais versáteis de braços artificiais, executando tarefas complexas com bolas de tênis e outros objetos.

O trabalho de renervação em soldados apresenta outros desafios, diz Kuiken, porque os ferimentos militares muitas vezes "causam danos muitos extensos" a nervos, músculos ou ossos.

Daniel Acosta, 25 anos, um aviador ferido pela detonação de uma bomba em uma estrada do Iraque em 2005, passou pelo procedimento no ano passado e diz que seu braço esquerdo protético agora se movimenta "muito mais rápido" e de maneira muito mais natural.

"A diferença é que agora não preciso mais pensar para mover o braço", ele diz. "Ele simplesmente se mexe".

Ainda assim, Acosta, de San Antonio, diz que "o processo foi bastante longo" e que os eletrodos precisam ser ajustados para receber os sinais à medida que os nervos crescem ou mudam de posição.

E embora elogiem o método, os especialistas afirmam que a ciência das próteses de braço ainda tem muito por avançar.

"Trata-se de uma parte crucial, mas ainda assim apenas uma parte, das muitas coisas que compreendem a função normal de um braço", disse Loeb, que escreveu um editorial que acompanha o artigo no Journal of the American Medical Association.

"No momento estamos a meio do caminho entre o braço de 'Dr. Fantástico', que fazia involuntariamente a saudação nazista, e o braço de Luke Skywalker em 'Guerra nas Estrelas', que funciona sem nenhum problema assim que é conectado. Creio que precisaremos ainda de muitos anos para conectar todas as peças necessárias a produzir um braço capaz de funcionar normalmente".

17:04
Anónimo disse...
A Espanha disse neste sábado que está preparando uma reclamação oficial contra a decisão da Venezuela de expulsar um membro do Parlamento Europeu que criticou o conselho eleitoral venezuelano.
Luis Herrero, membro do partido conservador espanhol PP, foi deportado na sexta-feira depois que o Conselho Nacional Eleitoral (CNE) o acusou de questionar a imparcialidade da instituição antes de um referendo que pode permitir ao presidente Hugo Chávez permanecer no cargo indefinidamente.

Herrero estava na Venezuela como observador do referendo. Ele acusou Chávez de ter "comportamentos típicos de um ditador" por pedir a contenção de manifestações da oposição.

O governo da Espanha convocou um encontro com o embaixador da Venezuela em Madri para expressar a desaprovação sobre a expulsão de Herrero, disse um representante do Ministério das Relações Exteriores espanhol.

As relações da Venezuela com a Espanha tiveram seu ponto crítico em 2007, quando Chávez ameaçou rever acordos diplomáticos e comerciais depois de ouvir um "cala a boca" do rei espanhol Juan Carlos durante uma cúpula.

A fenda foi oficialmente reparada em 2008, com uma visita oficial de Chávez à Espanha, onde ele cumprimentou o rei e discutiu acordos para investimento no setor petroquímico com o primeiro-ministro José Luis Rodriguez Zapatero.

17:06
Anónimo disse...
A polícia do Zimbábue anunciou neste sábado que acusa de traição Roy Bennett, dirigente do até agora opositor Movimento para a Mudança Democrática (MDC), detido na sexta-feira, em Harare, poucas horas antes da cerimônia de posse dos membros do novo gabinete.

"A Polícia nos informou que vão apresentar acusações de traição", disse à agência EFE o advogado de defesa de Bennett, Trust Maanda.

"Tentam relacionar Roy com o caso de Mike Hitschmann, que foi detido em 2006 em relação à descoberta de um carregamento de armas, apesar de que Hitschmann não tenha sido declarado culpado das acusações de traição apresentadas contra ele, mas de um crime menor de descumprimento de leis", disse Maanda.

O político opositor, designado por seu partido como vice-ministro de Agricultura no Governo de união nacional, esteve no exílio na vizinha África do Sul desde 2006 e retornou ao Zimbábue há duas semanas.

Segundo a Polícia, que deteve Bennett ontem no aeroporto de Harare quando pretendia ir à África do Sul para visitar sua família, as armas apreendidas em 2006 seriam utilizadas em um golpe de Estado para derrubar o presidente do Zimbábue, Robert Mugabe.

Depois da detenção, Bennet foi levado a Mutar, onde vários simpatizantes do MDC se concentraram em frente à delegacia na qual estava detido, diante do que a Polícia respondeu com tiros para o alto para dispersar os manifestantes.

17:07
Anónimo disse...
Austrália: 14 mil se candidatam a 'emprego dos sonhos'

A secretaria de Turismo de Queensland, na Austrália, informou que até esta segunda-feira já recebeu cerca de 14 mil inscrições para o "o melhor emprego do mundo". O Estado australiano promove pela internet seleção para vaga de "zelador" da ilha Hamilton, por seis meses com um salário de R$ 40 mil.

Muitos candidatos tiveram problemas durante a inscrição por conta dos acessos simultâneos ao site. A secretaria aconselha enviar os vídeos de 60s explicando porque deve ser escolhido em horários alternativos do dia, além de recomendar tamanho em torno de 40MB.

As inscrições começaram em 12 de janeiro e vão até o próximo dia 22 e podem ser feitas pelo site www.islandreefjob.com. O governo australiano escolherá 50 candidatos para a próxima fase da seleção, que terá votos do público para eleger um dos 11 finalistas.

A última fase terá entrevistas e desafios físicos, no próprio local de trabalho: as ilhas da Grande Barreira Coralina - o maior recife de coral do mundo. A secretaria de Turismo anunciará o vencedor no dia 6 de maio.

17:09
Anónimo disse...
Mercado elogia governo na crise, mas pede maior queda no juro

Peter Fussy
Direto de São Paulo

Desde as primeiras medidas anunciadas para combater os efeitos da crise, o governo brasileiro avisou que a estratégia não contemplaria um pacote. Seriam doses pontuais, de acordo com a necessidade da economia diante do agravamento das turbulências. Da primeira liberação dos depósitos compulsórios em setembro até a ampliação do seguro-desemprego na última quarta-feira, o governo passou por redução de impostos, ampliação de crédito e incentivos à exportação. Quase 150 dias após a primeira medida, o Terra conversou com líderes do setor público e privado, representantes dos trabalhadores, acadêmicos e com o próprio governo para saber quais destas ações foram mais eficazes, quais foram mais ineficientes e o que mais pode ser feito pelo Estado brasileiro contra a crise.

Os maiores elogios foram direcionados à atitude de reduzir o Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) para a indústria automobilística, anunciada em dezembro e que fez com que os emplacamentos de carros novos subissem 1,9% no primeiro mês do ano em relação a dezembro de 2008. Já as maiores críticas foram para a lentidão no corte da taxa básica de juro do País.

Para o presidente do conselho administrativo do Grupo Pão de Açúcar, Abílio Diniz, o Estado não é responsável pela crise e mesmo assim está agindo "com extrema serenidade e muito acerto". "O governo está atento, fazendo a sua parte. É preciso coragem de baixar firmemente a taxa de juros. É uma arma que temos a nosso favor, já que não há clima para inflação, nem possibilidade de danos para a macroeconomia", afirmou Diniz.

Na última reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), em janeiro, a taxa Selic foi reduzida em um ponto percentual, de 13,75% para 12,75% ao ano. Porém, o professor de economia da Universidade de Brasília (UnB) José Luiz Oreiro lembra que este corte representa uma redução de apenas 0,25 ponto percentual com relação à taxa de setembro do ano passado, quando a crise se agravou.

"Pouco antes da eclosão da crise, o Banco Central aumentou a taxa em 0,75 ponto. Foram cinco meses de demora para reduzir em termos líquidos apenas 0,25 ponto", afirmou o economista, que também sugeriu redução do intervalo de cerca de 90 dias entre as reuniões do Copom e o corte de pelo menos um 1 ponto percentual em cada reunião.

Mesmo com o corte de janeiro, a taxa de juros real continua sendo a maior do mundo, lembrou o secretário-geral da Força Sindical, João Carlos Gonçalves, o Juruna. "A redução da taxa de juro ainda é pequena, porque ela continua uma das mais altas do mundo. Falta ousadia para baixar os juros e ajudar o cidadão. A permanência da taxa de juro alta é negativa para o País em meio a crise", afirmou Juruna.

Embora aprove as ações do governo, o senador Aloízio Mercadante (PT-SP) também acredita que o patamar da Selic está muito alto. "Sempre fomos os primeiros a entrar em qualquer crise, o que não aconteceu agora. A taxa Selic ainda é muito alta, mas o governo têm tomado medidas acertadas, como o aumento do salário mínimo, mesmo com um cenário de crise. Isso ajuda a movimentar o consumo. O governo está se esforçando para manter os investimentos e o crescimento", disse.

Tributos
De acordo com o economista Fabio Pina, da Fecomercio-SP, as ações mais positivas estão relacionadas à redução de tributos para alguns segmentos, como a indústria automobilística, que recuperou parte da queda nas vendas em janeiro com a isenção do IPI para carros 1.0 l e o corte para demais motorizações. A medida vale até o final de março.

"Essas medidas não só reduziram o preço, mas anteciparam o consumo daqueles que iriam comprar no futuro, dando um prêmio por conta da insegurança. Mexe diretamente com o principal problema que é a confiança do consumidor", afirmou. Juruna destacou que um bom ritmo de vendas é garantia de emprego. "É importante porque cada emprego na montadora significa 19 na cadeia produtiva", comentou o representante da Força Sindical.

Também em dezembro, o governo decidiu cortar pela metade a alíquota do Imposto de Renda para contribuintes que ganham entre R$ 1.434 e R$ 2.150 mensais. "O salário aumentava e a tabela não se modificava. As pessoas ganhavam mais e pagavam mais impostos", apontou Juruna. Outra redução de tributos do governo foi com relação ao Imposto sobre Operações Financeiras (IOF), que caiu de 3% ao ano para 1,5%.

Crédito
Na segunda metade de 2008, o colapso de bancos nos Estados Unidos por conta da crise do subprime provocou uma forte restrição de crédito no mundo inteiro. Uma das primeiras medidas anticrise do governo teve como objetivo restabelecer a oferta, com mudanças no recolhimento dos depósitos compulsórios por parte dos bancos. Segundo o presidente do Banco Central, Henrique Meirelles, as diversas modificações liberaram US$ 99,2 bilhões aos bancos até o final de janeiro.

Além disso, o governo concedeu R$ 36 bilhões das reservas internacionais para empresas brasileiras com dívidas no exterior e uma medida provisória autorizou o Banco do Brasil e a Caixa Econômica Federal a comprar carteiras de crédito de bancos privados. Para o diretor do Departamento de Pesquisas e Estudos Econômicos da Fiesp, Paulo Francini, estas medidas foram essenciais para combater os efeitos da crise.

"A crise se desenvolve no mundo em torno do tema crédito. E o crédito reduziu-se barbaridade no mundo. Então o governo lança mão de compulsório, lança mão de reservas, de medidas que permitem aos bancos comprar carteiras de bancos. Você vai tomando várias medidas para atender às demandas e o epicentro disso é crédito", afirmou.

No entanto, Oreiro, da UnB, adverte que a liberação dos compulsórios seria mais eficiente acompanhada de redução mais agressiva da taxa básica de juro. "Uma parte do crédito voltou, depois da forte retração em outubro e novembro. O que deveria ter sido feito junto à liberação do compulsório era uma redução mais drástica da taxa de juro. Sem isso, os bancos pegam as reservas e acabam comprando títulos públicos", explicou o economista.

Na opinião de Pina, as ações de distribuição de crédito via redução do compulsório e a disposição de capital de giro para empresas foram tomadas sem um cuidado maior na operação e não tiveram muito efeito. "O BNDES tem linhas que ficam paradas quase todo o ano, agora é pior ainda. Existem os recursos, mas as empresas e os bancos estão desconfiados. É preciso fazer com que os bancos tenham interesse em emprestar", afirmou o economista da Fecomercio-SP.

Futuro
Mesmo com todas essas medidas, a crise financeira ainda gera incertezas nos setores produtivos do País. Nos últimos meses, o medo do desemprego fez os consumidores adiarem compras. Por sua vez, a queda nas vendas pode obrigar as indústrias a cortarem a produção e demitir funcionários. Contra isso, empresários sugerem redução de jornada e de salários.

"Isto está previsto em lei. A Fiesp simplesmente manteve conversações com entidades sindicais quanto à aplicação daquilo que já está previsto em lei", afirmou Francini.

Segundo a ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff, uma das medidas que assegura um nível de emprego é a manutenção de investimentos no Programa de Aceleração do Crescimento (PAC). "Estamos esperando que a dificuldade ocorra em janeiro, fevereiro e março. Estamos certos que vamos manter o nível de investimento. É isso que funciona, é isso que significa investimento público. Ele funciona como um colchão. Por isso, nós colocamos R$ 100 bilhões no BNDES e a Petrobras ampliou o seu investimento em R$ 120 bilhões", afirmou.

Na mesma linha, Pina explica que a antecipação de gastos do governo substitui parte da demanda retraída do setor privado. "Ele dá o seguinte recado: não vou estourar as contas públicas, mas concentrar em um momento em que a demanda privada está pequena. Mas o governo não tem fôlego suficiente para fazer o papel de toda demanda", ressaltou. O economista da Fecomercio lembrou que a entidade já pleiteou junto ao governo isenções para transferência de imóveis e de automóveis, além de retirar o IPVA para veículos novos.

Já Oreiro foca suas propostas na capitalização do Banco do Brasil e da Caixa Econômica Federal pelo Tesouro para atender a demanda de crédito para capital de giro e reduzir o spread. "Aumentando o empréstimo e reduzindo as taxas, os dois vão forçar os bancos privados a acompanhar o movimento, até para não perderem participação no mercado", explicou o economista da UnB.

Até o Carnaval, o governou prometeu detalhar um pacote de incentivos para a construção de até um milhão de casas populares, direcionado a famílias com renda de até dez salários mínimos. "Estamos atentos a tudo o que está acontecendo e novas medidas serão tomadas caso haja uma avaliação de que sejam necessárias", disse o ministro da Fazenda, Guido Mantega, na última sexta-feira.

17:11
Anónimo disse...
Ex-ministro critica extensão do seguro-desemprego

Atualizada às 09h03

O ex-ministro do Trabalho Almir Pazzianotto criticou a decisão do governo federal de conceder o seguro-desemprego estendido a apenas alguns setores. "É certamente odioso e provavelmente inconstitucional", disse Pazzianotto, de acordo com o jornal O Estado de S. Paulo.

Na última qurta, dia do anúncio da medida, centrais sindicais elogiaram a atitude do governo. A Força Sindical divulgou nota dizendo que "o aumento ajudará a aquecer parte da economia, já que irá gerar mais consumo, produção e conseqüentemente, a criação de novos postos de trabalho". A União Geral dos Trabalhadores (UGT) afirmou que a medida "contribuirá para minimizar o drama dos trabalhadores que perderem seu emprego por conta da crise".

O ex-ministro, que instituiu o seguro-desemprego no País no governo de José Sarney, destacou a necessidade de as centrais sindicais se manifestarem contra a determinação. Para ele, as mudanças devem ser aplicadas a todas as categorias profissionais e a distinção é contrária ao artigo 3º da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT).

Pazzianotto atribui a medida a um possível temor do governo de que a crise econômica seja longa e não haja dinheiro para atender a todas as necessidades. Ainda assim, ele se mostra contrário ao método de concessão. "O seguro-desemprego ajuda a sanar necessidades básicas. Estendê-lo é paliativo, não a solução", disse ao jornal.

De acordo com o presidente do Conselho Deliberativo do Fundo de Amparo ao Trabalhador (Codefat) e conselheiro da Força Sindical, Luiz Fernando Emediato, a determinação já estava prevista na lei 8.900/94, que trata do seguro-desemprego.

O presidente da Comissão de Trabalho da Câmara, Pedro Fernandes (PTB-MA) vai além na crítica à concessão do seguro para apenas alguns setores. Ele acredita que a ampliação do benefício estimula o desemprego.

Quintino Severo, secretário geral da Central Única dos Trabalhadores (CUT), lembra que a ampliação do benefício sem critério e identificação pode incentivar demissões em outros setores.

17:13
Anónimo disse...
Empresas
TAM faz promoção para destinos internacionais

A companhia aérea TAM anunciou nesta sexta-feira tarifas promocionais para trechos internacionais. Os preços valem para bilhetes comprados entre 6h deste sábado e 23h59 deste domingo e são válidos para classe econômica. As tarifas, para ida e volta, serão vendidas a partir de US$ 99, mais taxas.

Segundo a aérea, a promoção vale para viagens feitas no período de 14 de fevereiro a 18 de junho de 2009. Para destinos na América do Sul, a permanência mínima é de dois dias; para bilhetes com destino nos Estados Unidos, cinco dias; e Europa, sete dias. A permanência máxima para as passagens para América do Sul e EUA é de dois meses e para Europa, três meses.

Entre os exemplos de tarifas promocionais, a TAM oferece São Paulo-Lima por US$ 99. Bilhetes para a rota São Paulo-Santiago serão vendidos a partir de US$ 199 e São Paulo-Nova York, US$ 799.

A emissão dos bilhetes deve ser feita obrigatoriamente no ato da reserva, obedecendo às regras estipuladas pela companhia. A compra está sujeita à disponibilidade de assentos nas classes tarifárias determinadas, trechos, horários e datas. A TAM afirmou que também há tarifas promocionais para a classe executiva.

Mais informações podem ser encontradas no site promocional (www.ofertastam.com.br), no site da empresa (www.tam.com.br) ou pelos telefones 4002-5700 ou 0800 5705700.

17:13
Anónimo disse...
Empresas
Consultoria negocia compra do parque temático Hopi Hari

A consultoria especializada em reestruturação de empresas Íntegra Associados informou nesta sexta-feira ter um acordo para comprar o parque de diversões Hopi Hari, localizado no interior de São Paulo. A empresa estaria disposta a investir R$ 10 milhões no parque, que tem dívida estimada em R$ 800 milhões. As informações são da edição deste sábado do jornal Folha de S. Paulo.

De acordo com o jornal, a transação ainda depende da negociação entre o Hopi Hari e seus credores, o que já estaria em andamento.

A consultoria paulista já atuou junto à Parmalat, durante 30 meses, quando reorganizou a gestão da empresa italiana.

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17:14
Anónimo disse...
Empresas
Disney de Tóquio contratará mais 2 mil apesar da crise


A Oriental Land, o operador da Disneylândia Tóquio e DisneySea, organizou neste domingo entrevistas para contratar cerca de 2 mil trabalhadores em tempo parcial, em um momento de grandes demissões deste tipo de empregados no Japão.

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O operador deste parque temático, situado em Urayasu, na província de Chiba (leste de Tóquio), está em pleno processo de seleção de empregados para 20 tipos de postos trabalhistas diferentes.

Segundo a companhia, citada pela agência local de notícias Kyodo, o parque contratará novos trabalhadores para as atrações, para os restaurantes e guardas de segurança entre outros. Os novos contratados começarão a trabalhar a partir de fevereiro.

O processo de seleção acontece em um momento em que a maioria das grandes companhias japonesas começaram a se ver obrigadas a despedir uma elevada percentagem de seus trabalhadores temporários e a tempo parcial.

Algumas inclusive anunciaram demissões de seus trabalhadores fixos, uma medida muito pouco comum nas companhias japonesas, perante os efeitos piores que o esperado pela crise econômica global.

Cerca de uma centena de pessoas esperavam desde a primeira hora desta manhã a abertura do centro de conferências Tokyo International Forum, onde as entrevistas estão sendo feitas, para ser os primeiros a solicitar os postos de trabalho.


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17:15
Anónimo disse...
Economia Internacional
Senado dos EUA aprova plano de estímulo à economia

O Senado dos Estados Unidos aprovou com 60 votos a favor e 38 contra o plano de estímulo à economia de US$ 787 bilhões na madrugada deste sábado. Agora, ele segue para sanção ou veto do presidente Barack Obama, que espera colocar a lei em prática até o dia 16 de fevereiro.

O plano prevê a criação de três milhões de empregos, inclui cortes de impostos às famílias, fundos para programas sociais e obras públicas, além de ajuda aos governos estaduais, estudantes e desempregados.

A cláusula Buy American - que exige o uso de ferro, aço e produtos manufaturados dos Estados Unidos em obras realizadas com recursos do pacote - ficou de lado. Segundo o texto definitivo, a cláusula será aplicada sem violar as normas do comércio internacional.

Ontem à tarde, a Câmara de Representantes (deputados) havia aprovado, por 246 votos a favor e 183 contra, a versão final do plano. Todos os republicanos foram contrários ao pacote.

Pelo acordo de quarta-feira entre Câmara e Senado, em vez de custar US$ 819 bilhões, como queriam os deputados, ou US$ 838 bilhões como pretendiam os senadores, o pacote ficou em cerca de US$ 787 bilhões, com 65% desse total destinado a gastos do governo federal e 35%, a créditos tributários.

17:16
Anónimo disse...
Economia nacional
Na era Lula, aposentadoria sobe 54% menos que salário mínimo

Thatiane Faria
Especial para o Terra
Direto de São Paulo

Os índices de reajustes concedidos pelo governo em 2009 para aposentados e pensionistas e para o salário mínimo repetiram uma diferença que, só durante o governo de Luiz Inácio Lula da Silva, já chega a 54%. Enquanto o mínimo foi majorado em 12% este ano, as pensões e aposentadorias tiveram aumento de 5,92%. Aposentados que têm o benefício do governo como única fonte de renda reclamam que perdem poder de compra e que sua cesta de compras é composta por itens que aumentam mais em relação à inflação oficial.

Um exemplo prático pode ser entendido a partir da comparação entre um aposentado que ganhava R$ 600 em janeiro de 2003. Na época, o benefício era três vezes, ou 200%, maior que o valor do mínimo em vigência, que era de R$ 200. Aplicando-se os índices de reajuste para aposentadorias e para o mínimo durante os últimos seis anos, o mesmo aposentado estaria recebendo hoje R$ 938,47, comparado a um salário mínimo de R$ 465. A diferença entre os dois valores caiu para pouco mais de 100%.

Enquanto o índice acumulado de reajuste para a aposentadoria durante o governo Lula foi de 60%, para o salário mínimo está em 132%.

O diretor do Sindicato Nacional dos Aposentados, João Inocentini, reclama que os valores dos benefícios para aposentadorias não mantêm o poder de compra do grupo, principalmente dos aposentados que recebem menos que dez salários mínimos.

Nem mesmo o fato de o índice de reajuste das aposentadorias ter ficado acima da inflação acumulada no mesmo período (o IPCA entre janeiro de 2003 e janeiro de 2009 foi de 39,7%) serve de argumento, segundo os aposentados.

"Os idosos, principalmente, têm gastos além das contas gerais como gás, telefone e aluguel. Para eles o custo com remédios, e outros itens da área saúde costuma ser maior", afirmou Inocentini.

O presidente do sindicato afirmou que o grupo realiza um estudo com 100 itens de necessidade de um idoso para comparar o aumento dos produtos com o índice de reajuste do benefício recebido pelos aposentados.

"Daqui dois meses vamos abrir um processo na Justiça e levar essa pesquisa como prova. Segundo a lei, o governo é obrigado a manter o poder de compra com a aposentadoria", disse Inocentini.

Alternativas
O consultor financeiro Cláudio Boriola diz que os aposentados, especialmente nesse momento de crise econômica, devem evitar compras parceladas, pesquisar preços, negociar e fazer bom planejamento financeiro.

Segundo Boriola, alguns aposentados ganham um valor mensal muitas vezes insuficiente para o pagamento das contas e acabam pedindo crédito ou realizando pagamentos a prazo e são obrigados a pagar juros altos.

Na opinião do consultor, pagar uma previdência privada é uma alternativa indicada para quem ainda trabalha, considerando a característica de perda de poder de compra da aposentadoria.

"Na prática, infelizmente os valores encontram-se em um patamar que está deteriorando o poder de aquisição da população brasileira", completou Boriola.

De acordo com o diretor da Confederação Brasileira de Aposentados e Pensionistas (Cobap), Vicente Fernandes Barbosa, representantes dos aposentados tentarão um encontro com o presidente da Câmara, deputado Michel Temer (PMDB-SP), para discutir projetos que minimizem a perda dos aposentados

17:17
Anónimo disse...
Previdência
Previdência prorroga isenção de tarifas no benefício

O atual sistema de pagamento aos 26 milhões de aposentados e pensionistas do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) será mantido até o final deste ano. O acordo, que permite realizar a operação sem nenhum custo aos beneficiários, foi renovado nesta sexta-feira, entre o governo federal e 21 instituições financeiras.

Por meio desse acordo, vigente desde setembro de 2007, nem os segurados, nem os bancos e nem o governo arcam com o pagamento de tarifas, conforme explicou o ministro da Previdência Social, José Pimentel. A prorrogação vale até dezembro, data máxima para que a Previdência defina as regras para um novo contrato.

Ao assinar o termo de renovação, na sede da Federação Brasileira dos Bancos (Febraban), o ministro disse que a intenção do governo é mudar o atual modelo de gestão visando a reduzir os custos dessas operações em torno da folha mensal, que atinge R$ 15,8 bilhões. No entanto, qualquer alteração, conforme explicou, passará antes por audiências públicas a serem realizadas a partir do segundo semestre deste ano, atendendo a determinação do Tribunal de Contas da União (TCU).

De acordo com Pimentel, com um redesenho do mecanismo de repasse dos recursos aos bancos em torno da folha de pagamento dos segurados o que se busca é um aumento da participação de instituições financeiras. Ele informou que, desde 2007, cada benefício custa em média R$ 1,07 ao governo. "Quanto mais instituições financeiras estiverem prestando serviços à sociedade, maior é a competitividade, a agilidade no atendimento", justificou.

O ministro observou, ainda, que, para permitir uma redução para algo em torno de meia hora no tempo de atendimento para a concessão dos direitos previdenciários, o governo investiu R$ 280 milhões.

Questionado sobre o descontentamento dos segurados que ganham acima de um salário mínimo terem obtido apenas a correção com base na variação do Índice de Preços ao Consumidor (INPC) , ficando abaixo do reajuste dado a quem recebe apenas o mínimo, Pimentel argumentou que o governo seguiu o que determina a lei e descartou a possibilidade de uma revisão

17:17
Anónimo disse...
Empresas
Caterpillar oferece aposentadoria antecipada a 2 mil


A companhia americana Caterpillar ofereceu a cerca de dois mil funcionários incentivos para que se aposentem de forma voluntária antes do previsto, pela perspectiva de uma queda "significativa" da atividade industrial, informou nesta quarta-feira a empresa.

A iniciativa, destinada aos trabalhadores de diversas fábricas em Illinois, Colorado, Tennessee e Pensilvânia, se soma aos cortes de empregos anunciados em janeiro, explicou em comunicado de imprensa.

A empresa, a maior fabricante mundial de maquinaria pesada para a construção e a mineração, acrescentou que, "em função das condições de negócio, podem ser necessárias mais reduções de elenco voluntárias e involuntárias à medida que o ano avança".

O vice-presidente da companhia, Sid Banwart, explicou que a empresa prevê "demissões significativas em todas as regiões geográficas e na maioria dos setores devido às dificuldades da economia mundial".

17:18
Anónimo disse...
Comércio
Comércio exterior da OCDE caiu no 3º trimestre de 2008


As exportações e as importações dos países da Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Econômico (OCDE) caíram 1,6% e 0,2%, respectivamente, no terceiro trimestre de 2008, em relação aos três meses anteriores.

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Trata-se da primeira queda destas atividades desde o terceiro trimestre de 2006, segundo o último relatório trimestral sobre fluxos comerciais divulgado pela OCDE.

As exportações e as importações em dólares dos 30 Estados-membros caíram 15,6% e 17%, respectivamente, na comparação anualizada.

Por sua vez, o comércio dos sete países mais ricos do mundo (G7) teve um pequeno crescimento no terceiro trimestre de 2008 com uma queda das exportações de mercadorias de 0,2% em relação ao trimestre anterior e um aumento de 0,4% das importações.

Em termos anualizados, as importações do G7 caíram 1,4% entre julho e setembro do ano passado, seu primeiro retrocesso desde o terceiro trimestre de 2006, enquanto as exportações aumentaram 1,9%, seu crescimento mais baixo no mesmo tempo.

Por países, a Alemanha aumentou suas importações em 3,4% - valor mais alto do G7 -, enquanto suas exportações caíram 2,9% do segundo para o terceiro trimestre de 2008.

Pelo contrário, as exportações americanas aumentaram 1,8% entre julho e setembro de 2008, enquanto as importações caíram 0,7% em relação ao trimestre anterior. No Japão, tanto as importações quanto as exportações caíram em torno de 1% no mesmo período.

17:19
Anónimo disse...
Economia Nacional
Lula: juros de crédito consignado a aposentados são altos

Atualizada às 17h29

O presidente Luis Inácio Lula da Silva afirmou nesta terça-feira, em São Paulo, que está lutando para reduzir as taxas de juros cobradas de aposentados em crédito consignado. A Previdência Social estabelece uma taxa máxima de 2,5% para empréstimo e de 3,5% para cartão. Para Lula, os valores são altos.

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"Acho que o juro que os aposentados estão pagando hoje com o crédito consignado é alto para o padrão brasileiro", disse o presidente durante a cerimônia de comemoração dos 86 anos do INSS.

A Previdência anunciou nesta terça-feira que aposentados e trabalhadoras com licença-maternidade poderão receber seus benefícios em 30 minutos. De acordo com Lula, em junho, a aposentadoria do trabalhador rural também será conseguida em meia hora.

Além disso, o presidente anunciou que, também em junho, os trabalhadores que alcançarem o direito à aposentadoria passarão a receber em suas casas um comunicado da Previdência informando o fato e o valor do salário que têm direito a receber. "É um comprometimento público que estou fazendo com os companheiros da Previdência Social", disse.

"Estamos retribuindo ao contribuinte da Previdência Social aquilo que é a cidadania que ele tem direito", afirmou Lula. "Se para cobrar nós somos tão precisos, para devolver o dinheiro, temos que chegar próximo à perfeição", completou.

17:20
Anónimo disse...
Economia Nacional
Salário maternidade sairá em 30 minutos, diz ministro

Toda trabalhadora autônoma que tiver contribuído pelo menos 10 meses com o Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) - ou as que possuírem carteira assinada - poderão receber em 30 minutos o salário maternidade a partir desta terça-feira. Da mesma forma, as mulheres com 30 anos de contribuição e os homens com 35 anos também terão direito ao benefício de forma mais rápida. A informação é do ministro da Previdência Social, José Pimentel.

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Para requerer o salário maternidade, é preciso que as autônomas levem a carteira de identidade e o carnê de contribuição. As demais trabalhadoras devem apresentar a identificação e a carteira de trabalho. Desde o início do mês, a nova forma de análise para a concessão de benefícios foi adotada para a aposentadoria por idade do trabalhador urbano e agora foi estendida para o salário maternidade e por tempo de contribuição.

O ministro disse que a qualificação do serviço da previdência social é o reconhecimento do direito dos trabalhadores e da afirmação da cidadania.

"Até pouco tempo na cabeça do cidadão o serviço devia ser de péssima qualidade. Agora não, nós modificamos toda a legislação no mês de dezembro numa ação conjunta do Congresso Nacional com o governo federal. Estamos implantando e concedendo os benefícios em até 30 minutos", afirmou.

O ministro destacou que para conseguir se aposentar ou ter acesso à licença maternidade em 30 minutos, em primeiro lugar, é necessário que o cidadão esteja vinculado à Previdência, o que inclui 65% da população acima de 16 anos de idade.

"Depois bastar marcar pelo sistema 135 o dia e a hora do atendimento e levar a documentação. Se todos os dados necessários estiverem corretos o contribuinte será atendido em até 30 minutos, como vem sendo feito com as aposentadorias por idade desde o dia cinco de janeiro", explicou.

Pimentel disse ainda que em 90% das agências da previdência social o atendimento é marcado em até 48 horas. Nos grandes centros, entretanto existe um volume maior o que torna mais lento o processo.

"Estamos criando mais 715 agências até 2010, em todo o território nacional, para descentralizar o atendimento. Em 2008, atendemos 295 mil benefícios e aposentadorias por idade. Temos 4 mil pessoas por dia procurando e se aposentando por idade no território nacional. Este serviço será agilizado", concluiu.

17:26
Anónimo disse...
Giuseppe Englaro, pai de Eluana, a italiana que morreu na segunda-feira passada por desidratação, recusou uma grande soma de dinheiro de um conhecido fotógrafo italiano que queria retratar a filha em estado de coma, disse neste sábado o neurologista que atendia a mulher desde 1996, Carlo Defanti.

O neurologista, que participou hoje de uma conferência sobre eutanásia, disse que Englaro respeitou a vontade da filha, que, antes do acidente, tinha pedido que, se lhe ocorresse qualquer coisa irreversível, apresentasse sua imagem de quando estava em boas condições.

Antes de sofrer o acidente de trânsito, em 1992, Eluana viveu o coma de um amigo, Alessandro, o que causou forte impacto na italiana e a levou a fazer o pai prometer que não a deixasse viver em estado vegetativo, disse o próprio Giuseppe Englaro.

Defanti, que dissera que Eluana poderia viver de dez a 12 dias depois da suspensão da alimentação e da hidratação, disse que, como médico, tinha que reprovar esta afirmação.

"Não se pode sobreviver após três ou quatro dias sem líquido e, em particular, água em um corpo. Sabemos bem que, quando há um terremoto, após quatro dias é difícil encontrar sobreviventes".

Defanti ressaltou que Eluana "não falava, não se comunicava com o exterior" e que, após vários exames, "nos deparamos com uma moça que tinha perdido a consciência", porque estava com o córtex cerebral prejudicado.

Eluana foi enterrada na quinta-feira passada no túmulo da família na localidade de Paluzza, em Udine, após um funeral que não contou com a presença dos pais.

16:53
Anónimo disse...
Os bombeiros combatem neste sábado os incêndios na Austrália favorecidos pelo bom tempo, enquanto os deslocados encotram em seu retorno casas derruídas, carros queimados nas ruas e destruição.

Depois de sete dias desde que começaram os incêndios no Estado de Victoria, a lista de mortos chega a 181, os desaparecidos somam 50, os edifícios destruídos totalizam 1,834 mil e o terreno arrasado, principalmente florestas, ocupa uma área de 4,13 mil quilômetros quadrados.

As equipes de bombeiros, formadas por 4 mil profissionais de Victoria, de outras partes da Austrália e de países amigos, combateram hoje 12 focos fora de controle e nenhum representava uma ameaça direta para a população.

O subdiretor do Serviço de Bombeiros, Geoff Conway, disse que este tempo favorável, que se prolongará durante o domingo, permite consolidar as linhas de contenção e avançar na extinção das chamas.

Cinzas apareceram arrastadas por ventos do nordeste sobre Melbourne, onde habitam 3,8 milhões de pessoas, e as autoridades alertaram aos cidadãos do risco para a saúde de idosos, crianças e pessoas com problemas respiratórios.

O número de pessoas deslocadas - a Cruz Vermelha chegou a receber 7 mil - começou a cair com a abertura de algumas localidades atingidas.

Os incêndios, alguns criminosos, começaram em 7 de fevereiro, quando a região sul da Austrália estava há duas semanas sob uma onda de calor sem precedentes.

Na sexta-feira passada, a polícia acusou uma pessoa de ter provocado o incêndio que atingiu a localidade de Churchill e matou 21 pessoas.

16:55
Anónimo disse...
A primeira chuva em seis dias reduziu a ameaça de incêndios no Estado de Victoria, ao sul da Austrália. As autoridades, porém, advertiram que ainda existem 12 focos, mas que nenhum deles ameaça áreas povoadas.

Mais de quatro mil bombeiros, mil provenientes de outras partes do país e de outras nações, trabalham contra o fogo. Cerca de 600 veículos e 28 helicópteros e pequenos aviões estão sendo usados.


Eles conseguiram construir linhas de contenção para evitar os incêndios de Yarra e Maroondah se juntassem. Também foram controlados os incêndios abertos de Yea e Murrindindi, que ameaçavam as comunidades de Connellys Creek, Crystal Creek, Scrubby Creek e Native Dog Creek.

O número de mortos chegou a 181, mas as autoridades acreditam que as vítimas devem passar de 200, já que ainda há muitos desaparecidos.

16:55
Anónimo disse...
Aqui nesta coluna, na semana passada, tive a oportunidade de comentar sobre a recente visita do professor brasileiro Pedrinho Guareschi à Austrália. Não dei, porém, os fatos, pois semana passada o assunto era outro.

Hoje, porém, vamos a eles.

No último dia 4 de fevereiro, aconteceu o Seminário "Paulo Freire: Education and Liberation", organizado pelo centro de estudos latino-americanos da Universidade Nacional da Austrália, ou ANU, como é mais conhecida por aqui.

A ANU, para quem não sabe, está entre as 20 melhores universidades do mundo! E tem sede aqui em Camberra, capital da Austrália.

Na abertura do evento, o professor John Minns, diretor do centro latino-americano, ao dar boas-vindas ao público presente, lembrou ser aquele o primeiro seminário exclusivamente dedicado a Paulo Freire na Austrália.

Em seguida, convidou Pedrinho Guareschi, palestrante principal do Seminário, a fazer sua apresentação.

A plateia pode então conhecer, pelas palavras de Pedrinho, um pouco da obra e da vida de Freire, esse brasileiro de fé e valor, que sempre acreditou na educação, sobretudo dos menos favorecidos, analfabetos, como força libertadora.

Como não podia deixar de ser, os conceitos e ideias revolucionários de Paulo Freire, expostos com clareza por Pedrinho, despertaram o interesse e a curiosidade de plateia. A qual, deve-se notar, era na maioria de estudantes, mas de várias nacionalidades, sobretudo australianos e asiáticos.

Na continuação do programa do seminário, que se estendeu por dois dias, outros professores fizeram palestras sobre temas ligados à obra de Paulo Freire.

Interessante, por exemplo, saber que a professora Anne Hickling-Hudson, jamaicana que mora na Austrália há muitos anos (é professora da ANU), conheceu e trabalhou com Freire num workshop educacional durante a revolução na Ilha de Granada, em 1980, antes da invasão dos Estados Unidos...

Ou, então, a palestra da Professora Gerda Roelvink, da Nova Zelândia, que participou do Fórum Social de Porto Alegre em 2005. E essa participação transformou-se em tema de doutorado.

No dia 10, terça-feira passada, o padre Pedrinho Guareschi voltou a falar ao público australiano em grande auditório localizado no belíssimo campus da ANU. Desta vez, sobre a Teologia da Libertação.

Depois da palestra, John Minns mostrou o filme mexicano "O Crime do Padre Amaro", no qual um dos personagens é um padre católico praticante da Teologia da Libertação.

Mais uma vez, foi grande o intersse da platéia, que pode aprender e conhecer um pouco como se desenvolveu aquele importante movimento católico na América Latina.

Fica, assim, ao Pedrinho, bem como a outros brasileiros estudiosos e de bom coração que saem pelo mundo a divulgar aspectos importantes da cultura brasileira, o respeito e a homenagem desta coluna. E... aquele abraço!

16:57
Anónimo disse...
Amanda Kitts perdeu o braço esquerdo em um acidente de automóvel acontecido três anos atrás, mas hoje em dia ela joga futebol americano com seu filho de 12 anos de idade, troca fraldas e abraça as crianças nas três creches Kiddie Cottage que opera em Knoxville, Tennessee. Kitts, 40 anos, faz tudo isso com a ajuda de um novo tipo de braço artificial que se movimenta com mais facilidade do que outros aparelhos e que ela pode controlar utilizando apenas seus pensamentos.

"Eu sou capaz de mexer a mão, o pulso e o cotovelo ao mesmo tempo", diz. "Você pensa e os músculos se movem em seguida".

A recuperação que ela conseguiu resulta de um novo procedimento que vem atraindo crescente atenção porque permite que pessoas movam braços protéticos de forma mais automática do que faziam no passado, simplesmente utilizando nervos reaproveitados em seus cérebros.

A técnica, conhecida como "renervação muscular dirigida", envolve utilizar os nervos que restam depois da amputação de um braço e conectá-los a outro músculo do corpo, em geral no peito. Eletrodos são instalados sobre os músculos do peito, e operam como se fossem antenas. Quando a pessoa deseja mover o braço, o cérebro envia sinais que primeiro resultam em contração dos músculos do peito, os quais enviam um sinal ao braço protético, instruindo-se a se movimentar. O processo não requer mais esforços consciente do que a pessoa teria de exercitar caso ainda tivesse seu braço natural.

Na terça-feira, pesquisadores reportaram em estudo publicado pela versão online do Journal of the American Medical Association que haviam levado a técnica ainda mais à frente, tornando possível a execução de 10 movimentos de mão, pulso e cotovelo diferentes, o que representa uma substancial melhora com relação ao típico repertório protético, que em geral envolve apenas dobrar o cotovelo, girar o pulso e abrir a mão.

"Os novos métodos tiveram impacto dramático em nosso campo de trabalho", disse Stuart Harshbarger, engenheiro biomédico na Universidade Johns Hopkins e diretor do programa de pesquisa sobre próteses, financiado pelas forças armadas, que inclui o trabalho com essa técnica. "O método já está em uso por médicos e cirurgiões comuns em todo o país. A capacidade de controlar um membro protético bastante robusto que ele confere surpreendeu a todos pela qualidade".

Tipicamente, uma pessoa que tenha um braço protético só é capaz de executar alguns poucos movimentos, e muitas vezes com tamanha lentidão que isso só permite a ela atividades limitadas.

Há um motor separado para cada movimento, diz Gerald Loeb, professor de engenharia biomédica na Universidade do Sul da Califórnia, "e esses motores precisam ser controlados de maneira explícita", usualmente por um esforço consciente da pessoa para contrair músculos nas costas ou no bíceps.

"Essencialmente, até agora os pacientes controlavam apenas um motor de cada vez", diz Loeb, "e precisavam pensar cuidadosamente sobre que motor desejavam controlar e como fazê-lo operar, em lugar de simplesmente pensarem em mover o braço e poderem fazê-lo sem delongas".

Antes que Kitts passasse pelo procedimento de renervação, em outubro de 2007, por exemplo, ela precisava movimentar os músculos de suas costas de determinada maneira para fazer com que seu pulso girasse, e flexionar seu bíceps e tríceps para fazer com que o cotovelo se movesse para cima e para baixo. "Era muito trabalho", ela conta. "E não me ajudava muito".

O procedimento de renervação é parte de uma recente explosão de idéias novas e técnicas inovadoras que estão sendo exploradas enquanto os cientistas se esforçam por ajudar as pessoas a compensar melhor a perda de membros ou problemas de paralisia. O esforço vem sendo alimentado pelo aumento no número de amputações causado por diabetes e por ferimentos sofridos pelos militares, e ao mesmo tempo pelos avanços na tecnologia médica.

Os braços se tornaram um dos focos essenciais desse tipo de trabalho. A ciência há muito vem obtendo sucessos no desenvolvimento de próteses de perna, mas é muito mais difícil imitar a complexidade e a destreza das mãos e dos braços.

Os esforços em curso incluem o desenvolvimento de projetos de pele e braços mais sensíveis e mais flexíveis, e o uso de dispositivos acionados por controles sem fio implantado nos braços protéticos, que permitiriam movimentos mais naturais.

Os pesquisadores também vêm usando sensores implantados nos cérebros de cobaias para permitir que dois macacos controlem um braço mecânico, e um teste com um homem paralítico permitiu, com esse método, que ele movimentasse um cursor em uma tela de computador.

Alguns desses métodos, caso venham a ser aperfeiçoados plenamente e consigam aprovação das autoridades regulatórias da saúde, podem no futuro se tornar mais viáveis para os pacientes de amputações.

E embora a técnica da renervação não requeira aprovação das autoridades regulatórias porque é executada por meios cirúrgicos e emprega aparelhos já existentes, ela apresenta limitações que até mesmo seus criadores reconhecem, entre as quais o fato de que não se pode utilizá-la para todos os pacientes, o seu alto custo e o prazo de meses requerido para que os nervos reconectados cresçam e se tornem efetivos.

Ainda assim, os especialistas dizem que é o mais avançado sistema em uso hoje para pacientes reais que permite que o sistema nervoso controle diretamente o movimento de um braço artificial.

Desde sua introdução por Todd Kuiken, médico fisioterapeuta e engenheiro biomédico do Instituto de Reabilitação de Chicago, o método foi empregado em cerca de 30 pacientes nos Estados Unidos, Canadá e Europa, entre os quais oito soldados feridos no Iraque e no Afeganistão.

Muitos dos pacientes, entre os quais o primeiro, Jesse Sullivan, um operário do setor elétrico no Tennessee que perdeu os dois braços quando foi eletrocutado por um cabo, conseguem não apenas manipular seus braços protéticos mas sentir a presença das mãos que já não têm quando alguém toca em seus peitos.

Sullivan, 62 anos, e Kitts, estavam entre os cinco pacientes que participaram do estudo reportado na terça-feira. Em companhia de cinco outras pessoas que não passaram por amputações, eles receberam os eletrodos e foram instruídos a usar pensamentos para fazer com que um braço virtual na tela reproduzisse 10 movimentos diferentes, entre os quais três formas diferentes de aperto de mão.

Os pacientes apresentaram desempenho bastante respeitável, apenas um pouco mais lento e menos preciso do que os dos participantes que não tinham amputações.

"As velocidades de movimento que encontramos em nossos pacientes foram realmente encorajadoras", disse Kuiken. "Eles conseguiram completar a tarefa. É claro que não foram tão competentes quanto as pessoas dotadas de plena capacidade física, mas foram bons o bastante".

Um braço virtual foi usado porque a maioria das próteses existentes não era capaz de acomodar todos aqueles movimentos, no momento da pesquisa, ainda que Sullivan, Kitts e uma terceira paciente, Claudia Mitchell, tenham experimentado dois novos protótipos mais versáteis de braços artificiais, executando tarefas complexas com bolas de tênis e outros objetos.

O trabalho de renervação em soldados apresenta outros desafios, diz Kuiken, porque os ferimentos militares muitas vezes "causam danos muitos extensos" a nervos, músculos ou ossos.

Daniel Acosta, 25 anos, um aviador ferido pela detonação de uma bomba em uma estrada do Iraque em 2005, passou pelo procedimento no ano passado e diz que seu braço esquerdo protético agora se movimenta "muito mais rápido" e de maneira muito mais natural.

"A diferença é que agora não preciso mais pensar para mover o braço", ele diz. "Ele simplesmente se mexe".

Ainda assim, Acosta, de San Antonio, diz que "o processo foi bastante longo" e que os eletrodos precisam ser ajustados para receber os sinais à medida que os nervos crescem ou mudam de posição.

E embora elogiem o método, os especialistas afirmam que a ciência das próteses de braço ainda tem muito por avançar.

"Trata-se de uma parte crucial, mas ainda assim apenas uma parte, das muitas coisas que compreendem a função normal de um braço", disse Loeb, que escreveu um editorial que acompanha o artigo no Journal of the American Medical Association.

"No momento estamos a meio do caminho entre o braço de 'Dr. Fantástico', que fazia involuntariamente a saudação nazista, e o braço de Luke Skywalker em 'Guerra nas Estrelas', que funciona sem nenhum problema assim que é conectado. Creio que precisaremos ainda de muitos anos para conectar todas as peças necessárias a produzir um braço capaz de funcionar normalmente".

17:04
Anónimo disse...
A Espanha disse neste sábado que está preparando uma reclamação oficial contra a decisão da Venezuela de expulsar um membro do Parlamento Europeu que criticou o conselho eleitoral venezuelano.
Luis Herrero, membro do partido conservador espanhol PP, foi deportado na sexta-feira depois que o Conselho Nacional Eleitoral (CNE) o acusou de questionar a imparcialidade da instituição antes de um referendo que pode permitir ao presidente Hugo Chávez permanecer no cargo indefinidamente.

Herrero estava na Venezuela como observador do referendo. Ele acusou Chávez de ter "comportamentos típicos de um ditador" por pedir a contenção de manifestações da oposição.

O governo da Espanha convocou um encontro com o embaixador da Venezuela em Madri para expressar a desaprovação sobre a expulsão de Herrero, disse um representante do Ministério das Relações Exteriores espanhol.

As relações da Venezuela com a Espanha tiveram seu ponto crítico em 2007, quando Chávez ameaçou rever acordos diplomáticos e comerciais depois de ouvir um "cala a boca" do rei espanhol Juan Carlos durante uma cúpula.

A fenda foi oficialmente reparada em 2008, com uma visita oficial de Chávez à Espanha, onde ele cumprimentou o rei e discutiu acordos para investimento no setor petroquímico com o primeiro-ministro José Luis Rodriguez Zapatero.

17:06
Anónimo disse...
A polícia do Zimbábue anunciou neste sábado que acusa de traição Roy Bennett, dirigente do até agora opositor Movimento para a Mudança Democrática (MDC), detido na sexta-feira, em Harare, poucas horas antes da cerimônia de posse dos membros do novo gabinete.

"A Polícia nos informou que vão apresentar acusações de traição", disse à agência EFE o advogado de defesa de Bennett, Trust Maanda.

"Tentam relacionar Roy com o caso de Mike Hitschmann, que foi detido em 2006 em relação à descoberta de um carregamento de armas, apesar de que Hitschmann não tenha sido declarado culpado das acusações de traição apresentadas contra ele, mas de um crime menor de descumprimento de leis", disse Maanda.

O político opositor, designado por seu partido como vice-ministro de Agricultura no Governo de união nacional, esteve no exílio na vizinha África do Sul desde 2006 e retornou ao Zimbábue há duas semanas.

Segundo a Polícia, que deteve Bennett ontem no aeroporto de Harare quando pretendia ir à África do Sul para visitar sua família, as armas apreendidas em 2006 seriam utilizadas em um golpe de Estado para derrubar o presidente do Zimbábue, Robert Mugabe.

Depois da detenção, Bennet foi levado a Mutar, onde vários simpatizantes do MDC se concentraram em frente à delegacia na qual estava detido, diante do que a Polícia respondeu com tiros para o alto para dispersar os manifestantes.

17:07
Anónimo disse...
Austrália: 14 mil se candidatam a 'emprego dos sonhos'

A secretaria de Turismo de Queensland, na Austrália, informou que até esta segunda-feira já recebeu cerca de 14 mil inscrições para o "o melhor emprego do mundo". O Estado australiano promove pela internet seleção para vaga de "zelador" da ilha Hamilton, por seis meses com um salário de R$ 40 mil.

Muitos candidatos tiveram problemas durante a inscrição por conta dos acessos simultâneos ao site. A secretaria aconselha enviar os vídeos de 60s explicando porque deve ser escolhido em horários alternativos do dia, além de recomendar tamanho em torno de 40MB.

As inscrições começaram em 12 de janeiro e vão até o próximo dia 22 e podem ser feitas pelo site www.islandreefjob.com. O governo australiano escolherá 50 candidatos para a próxima fase da seleção, que terá votos do público para eleger um dos 11 finalistas.

A última fase terá entrevistas e desafios físicos, no próprio local de trabalho: as ilhas da Grande Barreira Coralina - o maior recife de coral do mundo. A secretaria de Turismo anunciará o vencedor no dia 6 de maio.

17:09
Anónimo disse...
Mercado elogia governo na crise, mas pede maior queda no juro

Peter Fussy
Direto de São Paulo

Desde as primeiras medidas anunciadas para combater os efeitos da crise, o governo brasileiro avisou que a estratégia não contemplaria um pacote. Seriam doses pontuais, de acordo com a necessidade da economia diante do agravamento das turbulências. Da primeira liberação dos depósitos compulsórios em setembro até a ampliação do seguro-desemprego na última quarta-feira, o governo passou por redução de impostos, ampliação de crédito e incentivos à exportação. Quase 150 dias após a primeira medida, o Terra conversou com líderes do setor público e privado, representantes dos trabalhadores, acadêmicos e com o próprio governo para saber quais destas ações foram mais eficazes, quais foram mais ineficientes e o que mais pode ser feito pelo Estado brasileiro contra a crise.

Os maiores elogios foram direcionados à atitude de reduzir o Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) para a indústria automobilística, anunciada em dezembro e que fez com que os emplacamentos de carros novos subissem 1,9% no primeiro mês do ano em relação a dezembro de 2008. Já as maiores críticas foram para a lentidão no corte da taxa básica de juro do País.

Para o presidente do conselho administrativo do Grupo Pão de Açúcar, Abílio Diniz, o Estado não é responsável pela crise e mesmo assim está agindo "com extrema serenidade e muito acerto". "O governo está atento, fazendo a sua parte. É preciso coragem de baixar firmemente a taxa de juros. É uma arma que temos a nosso favor, já que não há clima para inflação, nem possibilidade de danos para a macroeconomia", afirmou Diniz.

Na última reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), em janeiro, a taxa Selic foi reduzida em um ponto percentual, de 13,75% para 12,75% ao ano. Porém, o professor de economia da Universidade de Brasília (UnB) José Luiz Oreiro lembra que este corte representa uma redução de apenas 0,25 ponto percentual com relação à taxa de setembro do ano passado, quando a crise se agravou.

"Pouco antes da eclosão da crise, o Banco Central aumentou a taxa em 0,75 ponto. Foram cinco meses de demora para reduzir em termos líquidos apenas 0,25 ponto", afirmou o economista, que também sugeriu redução do intervalo de cerca de 90 dias entre as reuniões do Copom e o corte de pelo menos um 1 ponto percentual em cada reunião.

Mesmo com o corte de janeiro, a taxa de juros real continua sendo a maior do mundo, lembrou o secretário-geral da Força Sindical, João Carlos Gonçalves, o Juruna. "A redução da taxa de juro ainda é pequena, porque ela continua uma das mais altas do mundo. Falta ousadia para baixar os juros e ajudar o cidadão. A permanência da taxa de juro alta é negativa para o País em meio a crise", afirmou Juruna.

Embora aprove as ações do governo, o senador Aloízio Mercadante (PT-SP) também acredita que o patamar da Selic está muito alto. "Sempre fomos os primeiros a entrar em qualquer crise, o que não aconteceu agora. A taxa Selic ainda é muito alta, mas o governo têm tomado medidas acertadas, como o aumento do salário mínimo, mesmo com um cenário de crise. Isso ajuda a movimentar o consumo. O governo está se esforçando para manter os investimentos e o crescimento", disse.

Tributos
De acordo com o economista Fabio Pina, da Fecomercio-SP, as ações mais positivas estão relacionadas à redução de tributos para alguns segmentos, como a indústria automobilística, que recuperou parte da queda nas vendas em janeiro com a isenção do IPI para carros 1.0 l e o corte para demais motorizações. A medida vale até o final de março.

"Essas medidas não só reduziram o preço, mas anteciparam o consumo daqueles que iriam comprar no futuro, dando um prêmio por conta da insegurança. Mexe diretamente com o principal problema que é a confiança do consumidor", afirmou. Juruna destacou que um bom ritmo de vendas é garantia de emprego. "É importante porque cada emprego na montadora significa 19 na cadeia produtiva", comentou o representante da Força Sindical.

Também em dezembro, o governo decidiu cortar pela metade a alíquota do Imposto de Renda para contribuintes que ganham entre R$ 1.434 e R$ 2.150 mensais. "O salário aumentava e a tabela não se modificava. As pessoas ganhavam mais e pagavam mais impostos", apontou Juruna. Outra redução de tributos do governo foi com relação ao Imposto sobre Operações Financeiras (IOF), que caiu de 3% ao ano para 1,5%.

Crédito
Na segunda metade de 2008, o colapso de bancos nos Estados Unidos por conta da crise do subprime provocou uma forte restrição de crédito no mundo inteiro. Uma das primeiras medidas anticrise do governo teve como objetivo restabelecer a oferta, com mudanças no recolhimento dos depósitos compulsórios por parte dos bancos. Segundo o presidente do Banco Central, Henrique Meirelles, as diversas modificações liberaram US$ 99,2 bilhões aos bancos até o final de janeiro.

Além disso, o governo concedeu R$ 36 bilhões das reservas internacionais para empresas brasileiras com dívidas no exterior e uma medida provisória autorizou o Banco do Brasil e a Caixa Econômica Federal a comprar carteiras de crédito de bancos privados. Para o diretor do Departamento de Pesquisas e Estudos Econômicos da Fiesp, Paulo Francini, estas medidas foram essenciais para combater os efeitos da crise.

"A crise se desenvolve no mundo em torno do tema crédito. E o crédito reduziu-se barbaridade no mundo. Então o governo lança mão de compulsório, lança mão de reservas, de medidas que permitem aos bancos comprar carteiras de bancos. Você vai tomando várias medidas para atender às demandas e o epicentro disso é crédito", afirmou.

No entanto, Oreiro, da UnB, adverte que a liberação dos compulsórios seria mais eficiente acompanhada de redução mais agressiva da taxa básica de juro. "Uma parte do crédito voltou, depois da forte retração em outubro e novembro. O que deveria ter sido feito junto à liberação do compulsório era uma redução mais drástica da taxa de juro. Sem isso, os bancos pegam as reservas e acabam comprando títulos públicos", explicou o economista.

Na opinião de Pina, as ações de distribuição de crédito via redução do compulsório e a disposição de capital de giro para empresas foram tomadas sem um cuidado maior na operação e não tiveram muito efeito. "O BNDES tem linhas que ficam paradas quase todo o ano, agora é pior ainda. Existem os recursos, mas as empresas e os bancos estão desconfiados. É preciso fazer com que os bancos tenham interesse em emprestar", afirmou o economista da Fecomercio-SP.

Futuro
Mesmo com todas essas medidas, a crise financeira ainda gera incertezas nos setores produtivos do País. Nos últimos meses, o medo do desemprego fez os consumidores adiarem compras. Por sua vez, a queda nas vendas pode obrigar as indústrias a cortarem a produção e demitir funcionários. Contra isso, empresários sugerem redução de jornada e de salários.

"Isto está previsto em lei. A Fiesp simplesmente manteve conversações com entidades sindicais quanto à aplicação daquilo que já está previsto em lei", afirmou Francini.

Segundo a ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff, uma das medidas que assegura um nível de emprego é a manutenção de investimentos no Programa de Aceleração do Crescimento (PAC). "Estamos esperando que a dificuldade ocorra em janeiro, fevereiro e março. Estamos certos que vamos manter o nível de investimento. É isso que funciona, é isso que significa investimento público. Ele funciona como um colchão. Por isso, nós colocamos R$ 100 bilhões no BNDES e a Petrobras ampliou o seu investimento em R$ 120 bilhões", afirmou.

Na mesma linha, Pina explica que a antecipação de gastos do governo substitui parte da demanda retraída do setor privado. "Ele dá o seguinte recado: não vou estourar as contas públicas, mas concentrar em um momento em que a demanda privada está pequena. Mas o governo não tem fôlego suficiente para fazer o papel de toda demanda", ressaltou. O economista da Fecomercio lembrou que a entidade já pleiteou junto ao governo isenções para transferência de imóveis e de automóveis, além de retirar o IPVA para veículos novos.

Já Oreiro foca suas propostas na capitalização do Banco do Brasil e da Caixa Econômica Federal pelo Tesouro para atender a demanda de crédito para capital de giro e reduzir o spread. "Aumentando o empréstimo e reduzindo as taxas, os dois vão forçar os bancos privados a acompanhar o movimento, até para não perderem participação no mercado", explicou o economista da UnB.

Até o Carnaval, o governou prometeu detalhar um pacote de incentivos para a construção de até um milhão de casas populares, direcionado a famílias com renda de até dez salários mínimos. "Estamos atentos a tudo o que está acontecendo e novas medidas serão tomadas caso haja uma avaliação de que sejam necessárias", disse o ministro da Fazenda, Guido Mantega, na última sexta-feira.

17:11
Anónimo disse...
Ex-ministro critica extensão do seguro-desemprego

Atualizada às 09h03

O ex-ministro do Trabalho Almir Pazzianotto criticou a decisão do governo federal de conceder o seguro-desemprego estendido a apenas alguns setores. "É certamente odioso e provavelmente inconstitucional", disse Pazzianotto, de acordo com o jornal O Estado de S. Paulo.

Na última qurta, dia do anúncio da medida, centrais sindicais elogiaram a atitude do governo. A Força Sindical divulgou nota dizendo que "o aumento ajudará a aquecer parte da economia, já que irá gerar mais consumo, produção e conseqüentemente, a criação de novos postos de trabalho". A União Geral dos Trabalhadores (UGT) afirmou que a medida "contribuirá para minimizar o drama dos trabalhadores que perderem seu emprego por conta da crise".

O ex-ministro, que instituiu o seguro-desemprego no País no governo de José Sarney, destacou a necessidade de as centrais sindicais se manifestarem contra a determinação. Para ele, as mudanças devem ser aplicadas a todas as categorias profissionais e a distinção é contrária ao artigo 3º da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT).

Pazzianotto atribui a medida a um possível temor do governo de que a crise econômica seja longa e não haja dinheiro para atender a todas as necessidades. Ainda assim, ele se mostra contrário ao método de concessão. "O seguro-desemprego ajuda a sanar necessidades básicas. Estendê-lo é paliativo, não a solução", disse ao jornal.

De acordo com o presidente do Conselho Deliberativo do Fundo de Amparo ao Trabalhador (Codefat) e conselheiro da Força Sindical, Luiz Fernando Emediato, a determinação já estava prevista na lei 8.900/94, que trata do seguro-desemprego.

O presidente da Comissão de Trabalho da Câmara, Pedro Fernandes (PTB-MA) vai além na crítica à concessão do seguro para apenas alguns setores. Ele acredita que a ampliação do benefício estimula o desemprego.

Quintino Severo, secretário geral da Central Única dos Trabalhadores (CUT), lembra que a ampliação do benefício sem critério e identificação pode incentivar demissões em outros setores.

17:13
Anónimo disse...
Empresas
TAM faz promoção para destinos internacionais

A companhia aérea TAM anunciou nesta sexta-feira tarifas promocionais para trechos internacionais. Os preços valem para bilhetes comprados entre 6h deste sábado e 23h59 deste domingo e são válidos para classe econômica. As tarifas, para ida e volta, serão vendidas a partir de US$ 99, mais taxas.

Segundo a aérea, a promoção vale para viagens feitas no período de 14 de fevereiro a 18 de junho de 2009. Para destinos na América do Sul, a permanência mínima é de dois dias; para bilhetes com destino nos Estados Unidos, cinco dias; e Europa, sete dias. A permanência máxima para as passagens para América do Sul e EUA é de dois meses e para Europa, três meses.

Entre os exemplos de tarifas promocionais, a TAM oferece São Paulo-Lima por US$ 99. Bilhetes para a rota São Paulo-Santiago serão vendidos a partir de US$ 199 e São Paulo-Nova York, US$ 799.

A emissão dos bilhetes deve ser feita obrigatoriamente no ato da reserva, obedecendo às regras estipuladas pela companhia. A compra está sujeita à disponibilidade de assentos nas classes tarifárias determinadas, trechos, horários e datas. A TAM afirmou que também há tarifas promocionais para a classe executiva.

Mais informações podem ser encontradas no site promocional (www.ofertastam.com.br), no site da empresa (www.tam.com.br) ou pelos telefones 4002-5700 ou 0800 5705700.

17:13
Anónimo disse...
Empresas
Consultoria negocia compra do parque temático Hopi Hari

A consultoria especializada em reestruturação de empresas Íntegra Associados informou nesta sexta-feira ter um acordo para comprar o parque de diversões Hopi Hari, localizado no interior de São Paulo. A empresa estaria disposta a investir R$ 10 milhões no parque, que tem dívida estimada em R$ 800 milhões. As informações são da edição deste sábado do jornal Folha de S. Paulo.

De acordo com o jornal, a transação ainda depende da negociação entre o Hopi Hari e seus credores, o que já estaria em andamento.

A consultoria paulista já atuou junto à Parmalat, durante 30 meses, quando reorganizou a gestão da empresa italiana.

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17:14
Anónimo disse...
Empresas
Disney de Tóquio contratará mais 2 mil apesar da crise


A Oriental Land, o operador da Disneylândia Tóquio e DisneySea, organizou neste domingo entrevistas para contratar cerca de 2 mil trabalhadores em tempo parcial, em um momento de grandes demissões deste tipo de empregados no Japão.

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O operador deste parque temático, situado em Urayasu, na província de Chiba (leste de Tóquio), está em pleno processo de seleção de empregados para 20 tipos de postos trabalhistas diferentes.

Segundo a companhia, citada pela agência local de notícias Kyodo, o parque contratará novos trabalhadores para as atrações, para os restaurantes e guardas de segurança entre outros. Os novos contratados começarão a trabalhar a partir de fevereiro.

O processo de seleção acontece em um momento em que a maioria das grandes companhias japonesas começaram a se ver obrigadas a despedir uma elevada percentagem de seus trabalhadores temporários e a tempo parcial.

Algumas inclusive anunciaram demissões de seus trabalhadores fixos, uma medida muito pouco comum nas companhias japonesas, perante os efeitos piores que o esperado pela crise econômica global.

Cerca de uma centena de pessoas esperavam desde a primeira hora desta manhã a abertura do centro de conferências Tokyo International Forum, onde as entrevistas estão sendo feitas, para ser os primeiros a solicitar os postos de trabalho.


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17:15
Anónimo disse...
Economia Internacional
Senado dos EUA aprova plano de estímulo à economia

O Senado dos Estados Unidos aprovou com 60 votos a favor e 38 contra o plano de estímulo à economia de US$ 787 bilhões na madrugada deste sábado. Agora, ele segue para sanção ou veto do presidente Barack Obama, que espera colocar a lei em prática até o dia 16 de fevereiro.

O plano prevê a criação de três milhões de empregos, inclui cortes de impostos às famílias, fundos para programas sociais e obras públicas, além de ajuda aos governos estaduais, estudantes e desempregados.

A cláusula Buy American - que exige o uso de ferro, aço e produtos manufaturados dos Estados Unidos em obras realizadas com recursos do pacote - ficou de lado. Segundo o texto definitivo, a cláusula será aplicada sem violar as normas do comércio internacional.

Ontem à tarde, a Câmara de Representantes (deputados) havia aprovado, por 246 votos a favor e 183 contra, a versão final do plano. Todos os republicanos foram contrários ao pacote.

Pelo acordo de quarta-feira entre Câmara e Senado, em vez de custar US$ 819 bilhões, como queriam os deputados, ou US$ 838 bilhões como pretendiam os senadores, o pacote ficou em cerca de US$ 787 bilhões, com 65% desse total destinado a gastos do governo federal e 35%, a créditos tributários.

17:16
Anónimo disse...
Economia nacional
Na era Lula, aposentadoria sobe 54% menos que salário mínimo

Thatiane Faria
Especial para o Terra
Direto de São Paulo

Os índices de reajustes concedidos pelo governo em 2009 para aposentados e pensionistas e para o salário mínimo repetiram uma diferença que, só durante o governo de Luiz Inácio Lula da Silva, já chega a 54%. Enquanto o mínimo foi majorado em 12% este ano, as pensões e aposentadorias tiveram aumento de 5,92%. Aposentados que têm o benefício do governo como única fonte de renda reclamam que perdem poder de compra e que sua cesta de compras é composta por itens que aumentam mais em relação à inflação oficial.

Um exemplo prático pode ser entendido a partir da comparação entre um aposentado que ganhava R$ 600 em janeiro de 2003. Na época, o benefício era três vezes, ou 200%, maior que o valor do mínimo em vigência, que era de R$ 200. Aplicando-se os índices de reajuste para aposentadorias e para o mínimo durante os últimos seis anos, o mesmo aposentado estaria recebendo hoje R$ 938,47, comparado a um salário mínimo de R$ 465. A diferença entre os dois valores caiu para pouco mais de 100%.

Enquanto o índice acumulado de reajuste para a aposentadoria durante o governo Lula foi de 60%, para o salário mínimo está em 132%.

O diretor do Sindicato Nacional dos Aposentados, João Inocentini, reclama que os valores dos benefícios para aposentadorias não mantêm o poder de compra do grupo, principalmente dos aposentados que recebem menos que dez salários mínimos.

Nem mesmo o fato de o índice de reajuste das aposentadorias ter ficado acima da inflação acumulada no mesmo período (o IPCA entre janeiro de 2003 e janeiro de 2009 foi de 39,7%) serve de argumento, segundo os aposentados.

"Os idosos, principalmente, têm gastos além das contas gerais como gás, telefone e aluguel. Para eles o custo com remédios, e outros itens da área saúde costuma ser maior", afirmou Inocentini.

O presidente do sindicato afirmou que o grupo realiza um estudo com 100 itens de necessidade de um idoso para comparar o aumento dos produtos com o índice de reajuste do benefício recebido pelos aposentados.

"Daqui dois meses vamos abrir um processo na Justiça e levar essa pesquisa como prova. Segundo a lei, o governo é obrigado a manter o poder de compra com a aposentadoria", disse Inocentini.

Alternativas
O consultor financeiro Cláudio Boriola diz que os aposentados, especialmente nesse momento de crise econômica, devem evitar compras parceladas, pesquisar preços, negociar e fazer bom planejamento financeiro.

Segundo Boriola, alguns aposentados ganham um valor mensal muitas vezes insuficiente para o pagamento das contas e acabam pedindo crédito ou realizando pagamentos a prazo e são obrigados a pagar juros altos.

Na opinião do consultor, pagar uma previdência privada é uma alternativa indicada para quem ainda trabalha, considerando a característica de perda de poder de compra da aposentadoria.

"Na prática, infelizmente os valores encontram-se em um patamar que está deteriorando o poder de aquisição da população brasileira", completou Boriola.

De acordo com o diretor da Confederação Brasileira de Aposentados e Pensionistas (Cobap), Vicente Fernandes Barbosa, representantes dos aposentados tentarão um encontro com o presidente da Câmara, deputado Michel Temer (PMDB-SP), para discutir projetos que minimizem a perda dos aposentados

17:17
Anónimo disse...
Previdência
Previdência prorroga isenção de tarifas no benefício

O atual sistema de pagamento aos 26 milhões de aposentados e pensionistas do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) será mantido até o final deste ano. O acordo, que permite realizar a operação sem nenhum custo aos beneficiários, foi renovado nesta sexta-feira, entre o governo federal e 21 instituições financeiras.

Por meio desse acordo, vigente desde setembro de 2007, nem os segurados, nem os bancos e nem o governo arcam com o pagamento de tarifas, conforme explicou o ministro da Previdência Social, José Pimentel. A prorrogação vale até dezembro, data máxima para que a Previdência defina as regras para um novo contrato.

Ao assinar o termo de renovação, na sede da Federação Brasileira dos Bancos (Febraban), o ministro disse que a intenção do governo é mudar o atual modelo de gestão visando a reduzir os custos dessas operações em torno da folha mensal, que atinge R$ 15,8 bilhões. No entanto, qualquer alteração, conforme explicou, passará antes por audiências públicas a serem realizadas a partir do segundo semestre deste ano, atendendo a determinação do Tribunal de Contas da União (TCU).

De acordo com Pimentel, com um redesenho do mecanismo de repasse dos recursos aos bancos em torno da folha de pagamento dos segurados o que se busca é um aumento da participação de instituições financeiras. Ele informou que, desde 2007, cada benefício custa em média R$ 1,07 ao governo. "Quanto mais instituições financeiras estiverem prestando serviços à sociedade, maior é a competitividade, a agilidade no atendimento", justificou.

O ministro observou, ainda, que, para permitir uma redução para algo em torno de meia hora no tempo de atendimento para a concessão dos direitos previdenciários, o governo investiu R$ 280 milhões.

Questionado sobre o descontentamento dos segurados que ganham acima de um salário mínimo terem obtido apenas a correção com base na variação do Índice de Preços ao Consumidor (INPC) , ficando abaixo do reajuste dado a quem recebe apenas o mínimo, Pimentel argumentou que o governo seguiu o que determina a lei e descartou a possibilidade de uma revisão

17:17
Anónimo disse...
Empresas
Caterpillar oferece aposentadoria antecipada a 2 mil


A companhia americana Caterpillar ofereceu a cerca de dois mil funcionários incentivos para que se aposentem de forma voluntária antes do previsto, pela perspectiva de uma queda "significativa" da atividade industrial, informou nesta quarta-feira a empresa.

A iniciativa, destinada aos trabalhadores de diversas fábricas em Illinois, Colorado, Tennessee e Pensilvânia, se soma aos cortes de empregos anunciados em janeiro, explicou em comunicado de imprensa.

A empresa, a maior fabricante mundial de maquinaria pesada para a construção e a mineração, acrescentou que, "em função das condições de negócio, podem ser necessárias mais reduções de elenco voluntárias e involuntárias à medida que o ano avança".

O vice-presidente da companhia, Sid Banwart, explicou que a empresa prevê "demissões significativas em todas as regiões geográficas e na maioria dos setores devido às dificuldades da economia mundial".

17:18
Anónimo disse...
Comércio
Comércio exterior da OCDE caiu no 3º trimestre de 2008


As exportações e as importações dos países da Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Econômico (OCDE) caíram 1,6% e 0,2%, respectivamente, no terceiro trimestre de 2008, em relação aos três meses anteriores.

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Trata-se da primeira queda destas atividades desde o terceiro trimestre de 2006, segundo o último relatório trimestral sobre fluxos comerciais divulgado pela OCDE.

As exportações e as importações em dólares dos 30 Estados-membros caíram 15,6% e 17%, respectivamente, na comparação anualizada.

Por sua vez, o comércio dos sete países mais ricos do mundo (G7) teve um pequeno crescimento no terceiro trimestre de 2008 com uma queda das exportações de mercadorias de 0,2% em relação ao trimestre anterior e um aumento de 0,4% das importações.

Em termos anualizados, as importações do G7 caíram 1,4% entre julho e setembro do ano passado, seu primeiro retrocesso desde o terceiro trimestre de 2006, enquanto as exportações aumentaram 1,9%, seu crescimento mais baixo no mesmo tempo.

Por países, a Alemanha aumentou suas importações em 3,4% - valor mais alto do G7 -, enquanto suas exportações caíram 2,9% do segundo para o terceiro trimestre de 2008.

Pelo contrário, as exportações americanas aumentaram 1,8% entre julho e setembro de 2008, enquanto as importações caíram 0,7% em relação ao trimestre anterior. No Japão, tanto as importações quanto as exportações caíram em torno de 1% no mesmo período.

17:19
Anónimo disse...
Economia Nacional
Lula: juros de crédito consignado a aposentados são altos

Atualizada às 17h29

O presidente Luis Inácio Lula da Silva afirmou nesta terça-feira, em São Paulo, que está lutando para reduzir as taxas de juros cobradas de aposentados em crédito consignado. A Previdência Social estabelece uma taxa máxima de 2,5% para empréstimo e de 3,5% para cartão. Para Lula, os valores são altos.

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"Acho que o juro que os aposentados estão pagando hoje com o crédito consignado é alto para o padrão brasileiro", disse o presidente durante a cerimônia de comemoração dos 86 anos do INSS.

A Previdência anunciou nesta terça-feira que aposentados e trabalhadoras com licença-maternidade poderão receber seus benefícios em 30 minutos. De acordo com Lula, em junho, a aposentadoria do trabalhador rural também será conseguida em meia hora.

Além disso, o presidente anunciou que, também em junho, os trabalhadores que alcançarem o direito à aposentadoria passarão a receber em suas casas um comunicado da Previdência informando o fato e o valor do salário que têm direito a receber. "É um comprometimento público que estou fazendo com os companheiros da Previdência Social", disse.

"Estamos retribuindo ao contribuinte da Previdência Social aquilo que é a cidadania que ele tem direito", afirmou Lula. "Se para cobrar nós somos tão precisos, para devolver o dinheiro, temos que chegar próximo à perfeição", completou.

17:20
Anónimo disse...
Economia Nacional
Salário maternidade sairá em 30 minutos, diz ministro

Toda trabalhadora autônoma que tiver contribuído pelo menos 10 meses com o Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) - ou as que possuírem carteira assinada - poderão receber em 30 minutos o salário maternidade a partir desta terça-feira. Da mesma forma, as mulheres com 30 anos de contribuição e os homens com 35 anos também terão direito ao benefício de forma mais rápida. A informação é do ministro da Previdência Social, José Pimentel.

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Para requerer o salário maternidade, é preciso que as autônomas levem a carteira de identidade e o carnê de contribuição. As demais trabalhadoras devem apresentar a identificação e a carteira de trabalho. Desde o início do mês, a nova forma de análise para a concessão de benefícios foi adotada para a aposentadoria por idade do trabalhador urbano e agora foi estendida para o salário maternidade e por tempo de contribuição.

O ministro disse que a qualificação do serviço da previdência social é o reconhecimento do direito dos trabalhadores e da afirmação da cidadania.

"Até pouco tempo na cabeça do cidadão o serviço devia ser de péssima qualidade. Agora não, nós modificamos toda a legislação no mês de dezembro numa ação conjunta do Congresso Nacional com o governo federal. Estamos implantando e concedendo os benefícios em até 30 minutos", afirmou.

O ministro destacou que para conseguir se aposentar ou ter acesso à licença maternidade em 30 minutos, em primeiro lugar, é necessário que o cidadão esteja vinculado à Previdência, o que inclui 65% da população acima de 16 anos de idade.

"Depois bastar marcar pelo sistema 135 o dia e a hora do atendimento e levar a documentação. Se todos os dados necessários estiverem corretos o contribuinte será atendido em até 30 minutos, como vem sendo feito com as aposentadorias por idade desde o dia cinco de janeiro", explicou.

Pimentel disse ainda que em 90% das agências da previdência social o atendimento é marcado em até 48 horas. Nos grandes centros, entretanto existe um volume maior o que torna mais lento o processo.

"Estamos criando mais 715 agências até 2010, em todo o território nacional, para descentralizar o atendimento. Em 2008, atendemos 295 mil benefícios e aposentadorias por idade. Temos 4 mil pessoas por dia procurando e se aposentando por idade no território nacional. Este serviço será agilizado", concluiu.

17:26
Anónimo disse...
Giuseppe Englaro, pai de Eluana, a italiana que morreu na segunda-feira passada por desidratação, recusou uma grande soma de dinheiro de um conhecido fotógrafo italiano que queria retratar a filha em estado de coma, disse neste sábado o neurologista que atendia a mulher desde 1996, Carlo Defanti.

O neurologista, que participou hoje de uma conferência sobre eutanásia, disse que Englaro respeitou a vontade da filha, que, antes do acidente, tinha pedido que, se lhe ocorresse qualquer coisa irreversível, apresentasse sua imagem de quando estava em boas condições.

Antes de sofrer o acidente de trânsito, em 1992, Eluana viveu o coma de um amigo, Alessandro, o que causou forte impacto na italiana e a levou a fazer o pai prometer que não a deixasse viver em estado vegetativo, disse o próprio Giuseppe Englaro.

Defanti, que dissera que Eluana poderia viver de dez a 12 dias depois da suspensão da alimentação e da hidratação, disse que, como médico, tinha que reprovar esta afirmação.

"Não se pode sobreviver após três ou quatro dias sem líquido e, em particular, água em um corpo. Sabemos bem que, quando há um terremoto, após quatro dias é difícil encontrar sobreviventes".

Defanti ressaltou que Eluana "não falava, não se comunicava com o exterior" e que, após vários exames, "nos deparamos com uma moça que tinha perdido a consciência", porque estava com o córtex cerebral prejudicado.

Eluana foi enterrada na quinta-feira passada no túmulo da família na localidade de Paluzza, em Udine, após um funeral que não contou com a presença dos pais.

16:53
Anónimo disse...
Os bombeiros combatem neste sábado os incêndios na Austrália favorecidos pelo bom tempo, enquanto os deslocados encotram em seu retorno casas derruídas, carros queimados nas ruas e destruição.

Depois de sete dias desde que começaram os incêndios no Estado de Victoria, a lista de mortos chega a 181, os desaparecidos somam 50, os edifícios destruídos totalizam 1,834 mil e o terreno arrasado, principalmente florestas, ocupa uma área de 4,13 mil quilômetros quadrados.

As equipes de bombeiros, formadas por 4 mil profissionais de Victoria, de outras partes da Austrália e de países amigos, combateram hoje 12 focos fora de controle e nenhum representava uma ameaça direta para a população.

O subdiretor do Serviço de Bombeiros, Geoff Conway, disse que este tempo favorável, que se prolongará durante o domingo, permite consolidar as linhas de contenção e avançar na extinção das chamas.

Cinzas apareceram arrastadas por ventos do nordeste sobre Melbourne, onde habitam 3,8 milhões de pessoas, e as autoridades alertaram aos cidadãos do risco para a saúde de idosos, crianças e pessoas com problemas respiratórios.

O número de pessoas deslocadas - a Cruz Vermelha chegou a receber 7 mil - começou a cair com a abertura de algumas localidades atingidas.

Os incêndios, alguns criminosos, começaram em 7 de fevereiro, quando a região sul da Austrália estava há duas semanas sob uma onda de calor sem precedentes.

Na sexta-feira passada, a polícia acusou uma pessoa de ter provocado o incêndio que atingiu a localidade de Churchill e matou 21 pessoas.

16:55
Anónimo disse...
A primeira chuva em seis dias reduziu a ameaça de incêndios no Estado de Victoria, ao sul da Austrália. As autoridades, porém, advertiram que ainda existem 12 focos, mas que nenhum deles ameaça áreas povoadas.

Mais de quatro mil bombeiros, mil provenientes de outras partes do país e de outras nações, trabalham contra o fogo. Cerca de 600 veículos e 28 helicópteros e pequenos aviões estão sendo usados.


Eles conseguiram construir linhas de contenção para evitar os incêndios de Yarra e Maroondah se juntassem. Também foram controlados os incêndios abertos de Yea e Murrindindi, que ameaçavam as comunidades de Connellys Creek, Crystal Creek, Scrubby Creek e Native Dog Creek.

O número de mortos chegou a 181, mas as autoridades acreditam que as vítimas devem passar de 200, já que ainda há muitos desaparecidos.

16:55
Anónimo disse...
Aqui nesta coluna, na semana passada, tive a oportunidade de comentar sobre a recente visita do professor brasileiro Pedrinho Guareschi à Austrália. Não dei, porém, os fatos, pois semana passada o assunto era outro.

Hoje, porém, vamos a eles.

No último dia 4 de fevereiro, aconteceu o Seminário "Paulo Freire: Education and Liberation", organizado pelo centro de estudos latino-americanos da Universidade Nacional da Austrália, ou ANU, como é mais conhecida por aqui.

A ANU, para quem não sabe, está entre as 20 melhores universidades do mundo! E tem sede aqui em Camberra, capital da Austrália.

Na abertura do evento, o professor John Minns, diretor do centro latino-americano, ao dar boas-vindas ao público presente, lembrou ser aquele o primeiro seminário exclusivamente dedicado a Paulo Freire na Austrália.

Em seguida, convidou Pedrinho Guareschi, palestrante principal do Seminário, a fazer sua apresentação.

A plateia pode então conhecer, pelas palavras de Pedrinho, um pouco da obra e da vida de Freire, esse brasileiro de fé e valor, que sempre acreditou na educação, sobretudo dos menos favorecidos, analfabetos, como força libertadora.

Como não podia deixar de ser, os conceitos e ideias revolucionários de Paulo Freire, expostos com clareza por Pedrinho, despertaram o interesse e a curiosidade de plateia. A qual, deve-se notar, era na maioria de estudantes, mas de várias nacionalidades, sobretudo australianos e asiáticos.

Na continuação do programa do seminário, que se estendeu por dois dias, outros professores fizeram palestras sobre temas ligados à obra de Paulo Freire.

Interessante, por exemplo, saber que a professora Anne Hickling-Hudson, jamaicana que mora na Austrália há muitos anos (é professora da ANU), conheceu e trabalhou com Freire num workshop educacional durante a revolução na Ilha de Granada, em 1980, antes da invasão dos Estados Unidos...

Ou, então, a palestra da Professora Gerda Roelvink, da Nova Zelândia, que participou do Fórum Social de Porto Alegre em 2005. E essa participação transformou-se em tema de doutorado.

No dia 10, terça-feira passada, o padre Pedrinho Guareschi voltou a falar ao público australiano em grande auditório localizado no belíssimo campus da ANU. Desta vez, sobre a Teologia da Libertação.

Depois da palestra, John Minns mostrou o filme mexicano "O Crime do Padre Amaro", no qual um dos personagens é um padre católico praticante da Teologia da Libertação.

Mais uma vez, foi grande o intersse da platéia, que pode aprender e conhecer um pouco como se desenvolveu aquele importante movimento católico na América Latina.

Fica, assim, ao Pedrinho, bem como a outros brasileiros estudiosos e de bom coração que saem pelo mundo a divulgar aspectos importantes da cultura brasileira, o respeito e a homenagem desta coluna. E... aquele abraço!

16:57
Anónimo disse...
Amanda Kitts perdeu o braço esquerdo em um acidente de automóvel acontecido três anos atrás, mas hoje em dia ela joga futebol americano com seu filho de 12 anos de idade, troca fraldas e abraça as crianças nas três creches Kiddie Cottage que opera em Knoxville, Tennessee. Kitts, 40 anos, faz tudo isso com a ajuda de um novo tipo de braço artificial que se movimenta com mais facilidade do que outros aparelhos e que ela pode controlar utilizando apenas seus pensamentos.

"Eu sou capaz de mexer a mão, o pulso e o cotovelo ao mesmo tempo", diz. "Você pensa e os músculos se movem em seguida".

A recuperação que ela conseguiu resulta de um novo procedimento que vem atraindo crescente atenção porque permite que pessoas movam braços protéticos de forma mais automática do que faziam no passado, simplesmente utilizando nervos reaproveitados em seus cérebros.

A técnica, conhecida como "renervação muscular dirigida", envolve utilizar os nervos que restam depois da amputação de um braço e conectá-los a outro músculo do corpo, em geral no peito. Eletrodos são instalados sobre os músculos do peito, e operam como se fossem antenas. Quando a pessoa deseja mover o braço, o cérebro envia sinais que primeiro resultam em contração dos músculos do peito, os quais enviam um sinal ao braço protético, instruindo-se a se movimentar. O processo não requer mais esforços consciente do que a pessoa teria de exercitar caso ainda tivesse seu braço natural.

Na terça-feira, pesquisadores reportaram em estudo publicado pela versão online do Journal of the American Medical Association que haviam levado a técnica ainda mais à frente, tornando possível a execução de 10 movimentos de mão, pulso e cotovelo diferentes, o que representa uma substancial melhora com relação ao típico repertório protético, que em geral envolve apenas dobrar o cotovelo, girar o pulso e abrir a mão.

"Os novos métodos tiveram impacto dramático em nosso campo de trabalho", disse Stuart Harshbarger, engenheiro biomédico na Universidade Johns Hopkins e diretor do programa de pesquisa sobre próteses, financiado pelas forças armadas, que inclui o trabalho com essa técnica. "O método já está em uso por médicos e cirurgiões comuns em todo o país. A capacidade de controlar um membro protético bastante robusto que ele confere surpreendeu a todos pela qualidade".

Tipicamente, uma pessoa que tenha um braço protético só é capaz de executar alguns poucos movimentos, e muitas vezes com tamanha lentidão que isso só permite a ela atividades limitadas.

Há um motor separado para cada movimento, diz Gerald Loeb, professor de engenharia biomédica na Universidade do Sul da Califórnia, "e esses motores precisam ser controlados de maneira explícita", usualmente por um esforço consciente da pessoa para contrair músculos nas costas ou no bíceps.

"Essencialmente, até agora os pacientes controlavam apenas um motor de cada vez", diz Loeb, "e precisavam pensar cuidadosamente sobre que motor desejavam controlar e como fazê-lo operar, em lugar de simplesmente pensarem em mover o braço e poderem fazê-lo sem delongas".

Antes que Kitts passasse pelo procedimento de renervação, em outubro de 2007, por exemplo, ela precisava movimentar os músculos de suas costas de determinada maneira para fazer com que seu pulso girasse, e flexionar seu bíceps e tríceps para fazer com que o cotovelo se movesse para cima e para baixo. "Era muito trabalho", ela conta. "E não me ajudava muito".

O procedimento de renervação é parte de uma recente explosão de idéias novas e técnicas inovadoras que estão sendo exploradas enquanto os cientistas se esforçam por ajudar as pessoas a compensar melhor a perda de membros ou problemas de paralisia. O esforço vem sendo alimentado pelo aumento no número de amputações causado por diabetes e por ferimentos sofridos pelos militares, e ao mesmo tempo pelos avanços na tecnologia médica.

Os braços se tornaram um dos focos essenciais desse tipo de trabalho. A ciência há muito vem obtendo sucessos no desenvolvimento de próteses de perna, mas é muito mais difícil imitar a complexidade e a destreza das mãos e dos braços.

Os esforços em curso incluem o desenvolvimento de projetos de pele e braços mais sensíveis e mais flexíveis, e o uso de dispositivos acionados por controles sem fio implantado nos braços protéticos, que permitiriam movimentos mais naturais.

Os pesquisadores também vêm usando sensores implantados nos cérebros de cobaias para permitir que dois macacos controlem um braço mecânico, e um teste com um homem paralítico permitiu, com esse método, que ele movimentasse um cursor em uma tela de computador.

Alguns desses métodos, caso venham a ser aperfeiçoados plenamente e consigam aprovação das autoridades regulatórias da saúde, podem no futuro se tornar mais viáveis para os pacientes de amputações.

E embora a técnica da renervação não requeira aprovação das autoridades regulatórias porque é executada por meios cirúrgicos e emprega aparelhos já existentes, ela apresenta limitações que até mesmo seus criadores reconhecem, entre as quais o fato de que não se pode utilizá-la para todos os pacientes, o seu alto custo e o prazo de meses requerido para que os nervos reconectados cresçam e se tornem efetivos.

Ainda assim, os especialistas dizem que é o mais avançado sistema em uso hoje para pacientes reais que permite que o sistema nervoso controle diretamente o movimento de um braço artificial.

Desde sua introdução por Todd Kuiken, médico fisioterapeuta e engenheiro biomédico do Instituto de Reabilitação de Chicago, o método foi empregado em cerca de 30 pacientes nos Estados Unidos, Canadá e Europa, entre os quais oito soldados feridos no Iraque e no Afeganistão.

Muitos dos pacientes, entre os quais o primeiro, Jesse Sullivan, um operário do setor elétrico no Tennessee que perdeu os dois braços quando foi eletrocutado por um cabo, conseguem não apenas manipular seus braços protéticos mas sentir a presença das mãos que já não têm quando alguém toca em seus peitos.

Sullivan, 62 anos, e Kitts, estavam entre os cinco pacientes que participaram do estudo reportado na terça-feira. Em companhia de cinco outras pessoas que não passaram por amputações, eles receberam os eletrodos e foram instruídos a usar pensamentos para fazer com que um braço virtual na tela reproduzisse 10 movimentos diferentes, entre os quais três formas diferentes de aperto de mão.

Os pacientes apresentaram desempenho bastante respeitável, apenas um pouco mais lento e menos preciso do que os dos participantes que não tinham amputações.

"As velocidades de movimento que encontramos em nossos pacientes foram realmente encorajadoras", disse Kuiken. "Eles conseguiram completar a tarefa. É claro que não foram tão competentes quanto as pessoas dotadas de plena capacidade física, mas foram bons o bastante".

Um braço virtual foi usado porque a maioria das próteses existentes não era capaz de acomodar todos aqueles movimentos, no momento da pesquisa, ainda que Sullivan, Kitts e uma terceira paciente, Claudia Mitchell, tenham experimentado dois novos protótipos mais versáteis de braços artificiais, executando tarefas complexas com bolas de tênis e outros objetos.

O trabalho de renervação em soldados apresenta outros desafios, diz Kuiken, porque os ferimentos militares muitas vezes "causam danos muitos extensos" a nervos, músculos ou ossos.

Daniel Acosta, 25 anos, um aviador ferido pela detonação de uma bomba em uma estrada do Iraque em 2005, passou pelo procedimento no ano passado e diz que seu braço esquerdo protético agora se movimenta "muito mais rápido" e de maneira muito mais natural.

"A diferença é que agora não preciso mais pensar para mover o braço", ele diz. "Ele simplesmente se mexe".

Ainda assim, Acosta, de San Antonio, diz que "o processo foi bastante longo" e que os eletrodos precisam ser ajustados para receber os sinais à medida que os nervos crescem ou mudam de posição.

E embora elogiem o método, os especialistas afirmam que a ciência das próteses de braço ainda tem muito por avançar.

"Trata-se de uma parte crucial, mas ainda assim apenas uma parte, das muitas coisas que compreendem a função normal de um braço", disse Loeb, que escreveu um editorial que acompanha o artigo no Journal of the American Medical Association.

"No momento estamos a meio do caminho entre o braço de 'Dr. Fantástico', que fazia involuntariamente a saudação nazista, e o braço de Luke Skywalker em 'Guerra nas Estrelas', que funciona sem nenhum problema assim que é conectado. Creio que precisaremos ainda de muitos anos para conectar todas as peças necessárias a produzir um braço capaz de funcionar normalmente".

17:04
Anónimo disse...
A Espanha disse neste sábado que está preparando uma reclamação oficial contra a decisão da Venezuela de expulsar um membro do Parlamento Europeu que criticou o conselho eleitoral venezuelano.
Luis Herrero, membro do partido conservador espanhol PP, foi deportado na sexta-feira depois que o Conselho Nacional Eleitoral (CNE) o acusou de questionar a imparcialidade da instituição antes de um referendo que pode permitir ao presidente Hugo Chávez permanecer no cargo indefinidamente.

Herrero estava na Venezuela como observador do referendo. Ele acusou Chávez de ter "comportamentos típicos de um ditador" por pedir a contenção de manifestações da oposição.

O governo da Espanha convocou um encontro com o embaixador da Venezuela em Madri para expressar a desaprovação sobre a expulsão de Herrero, disse um representante do Ministério das Relações Exteriores espanhol.

As relações da Venezuela com a Espanha tiveram seu ponto crítico em 2007, quando Chávez ameaçou rever acordos diplomáticos e comerciais depois de ouvir um "cala a boca" do rei espanhol Juan Carlos durante uma cúpula.

A fenda foi oficialmente reparada em 2008, com uma visita oficial de Chávez à Espanha, onde ele cumprimentou o rei e discutiu acordos para investimento no setor petroquímico com o primeiro-ministro José Luis Rodriguez Zapatero.

17:06
Anónimo disse...
A polícia do Zimbábue anunciou neste sábado que acusa de traição Roy Bennett, dirigente do até agora opositor Movimento para a Mudança Democrática (MDC), detido na sexta-feira, em Harare, poucas horas antes da cerimônia de posse dos membros do novo gabinete.

"A Polícia nos informou que vão apresentar acusações de traição", disse à agência EFE o advogado de defesa de Bennett, Trust Maanda.

"Tentam relacionar Roy com o caso de Mike Hitschmann, que foi detido em 2006 em relação à descoberta de um carregamento de armas, apesar de que Hitschmann não tenha sido declarado culpado das acusações de traição apresentadas contra ele, mas de um crime menor de descumprimento de leis", disse Maanda.

O político opositor, designado por seu partido como vice-ministro de Agricultura no Governo de união nacional, esteve no exílio na vizinha África do Sul desde 2006 e retornou ao Zimbábue há duas semanas.

Segundo a Polícia, que deteve Bennett ontem no aeroporto de Harare quando pretendia ir à África do Sul para visitar sua família, as armas apreendidas em 2006 seriam utilizadas em um golpe de Estado para derrubar o presidente do Zimbábue, Robert Mugabe.

Depois da detenção, Bennet foi levado a Mutar, onde vários simpatizantes do MDC se concentraram em frente à delegacia na qual estava detido, diante do que a Polícia respondeu com tiros para o alto para dispersar os manifestantes.

17:07
Anónimo disse...
Austrália: 14 mil se candidatam a 'emprego dos sonhos'

A secretaria de Turismo de Queensland, na Austrália, informou que até esta segunda-feira já recebeu cerca de 14 mil inscrições para o "o melhor emprego do mundo". O Estado australiano promove pela internet seleção para vaga de "zelador" da ilha Hamilton, por seis meses com um salário de R$ 40 mil.

Muitos candidatos tiveram problemas durante a inscrição por conta dos acessos simultâneos ao site. A secretaria aconselha enviar os vídeos de 60s explicando porque deve ser escolhido em horários alternativos do dia, além de recomendar tamanho em torno de 40MB.

As inscrições começaram em 12 de janeiro e vão até o próximo dia 22 e podem ser feitas pelo site www.islandreefjob.com. O governo australiano escolherá 50 candidatos para a próxima fase da seleção, que terá votos do público para eleger um dos 11 finalistas.

A última fase terá entrevistas e desafios físicos, no próprio local de trabalho: as ilhas da Grande Barreira Coralina - o maior recife de coral do mundo. A secretaria de Turismo anunciará o vencedor no dia 6 de maio.

17:09
Anónimo disse...
Mercado elogia governo na crise, mas pede maior queda no juro

Peter Fussy
Direto de São Paulo

Desde as primeiras medidas anunciadas para combater os efeitos da crise, o governo brasileiro avisou que a estratégia não contemplaria um pacote. Seriam doses pontuais, de acordo com a necessidade da economia diante do agravamento das turbulências. Da primeira liberação dos depósitos compulsórios em setembro até a ampliação do seguro-desemprego na última quarta-feira, o governo passou por redução de impostos, ampliação de crédito e incentivos à exportação. Quase 150 dias após a primeira medida, o Terra conversou com líderes do setor público e privado, representantes dos trabalhadores, acadêmicos e com o próprio governo para saber quais destas ações foram mais eficazes, quais foram mais ineficientes e o que mais pode ser feito pelo Estado brasileiro contra a crise.

Os maiores elogios foram direcionados à atitude de reduzir o Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) para a indústria automobilística, anunciada em dezembro e que fez com que os emplacamentos de carros novos subissem 1,9% no primeiro mês do ano em relação a dezembro de 2008. Já as maiores críticas foram para a lentidão no corte da taxa básica de juro do País.

Para o presidente do conselho administrativo do Grupo Pão de Açúcar, Abílio Diniz, o Estado não é responsável pela crise e mesmo assim está agindo "com extrema serenidade e muito acerto". "O governo está atento, fazendo a sua parte. É preciso coragem de baixar firmemente a taxa de juros. É uma arma que temos a nosso favor, já que não há clima para inflação, nem possibilidade de danos para a macroeconomia", afirmou Diniz.

Na última reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), em janeiro, a taxa Selic foi reduzida em um ponto percentual, de 13,75% para 12,75% ao ano. Porém, o professor de economia da Universidade de Brasília (UnB) José Luiz Oreiro lembra que este corte representa uma redução de apenas 0,25 ponto percentual com relação à taxa de setembro do ano passado, quando a crise se agravou.

"Pouco antes da eclosão da crise, o Banco Central aumentou a taxa em 0,75 ponto. Foram cinco meses de demora para reduzir em termos líquidos apenas 0,25 ponto", afirmou o economista, que também sugeriu redução do intervalo de cerca de 90 dias entre as reuniões do Copom e o corte de pelo menos um 1 ponto percentual em cada reunião.

Mesmo com o corte de janeiro, a taxa de juros real continua sendo a maior do mundo, lembrou o secretário-geral da Força Sindical, João Carlos Gonçalves, o Juruna. "A redução da taxa de juro ainda é pequena, porque ela continua uma das mais altas do mundo. Falta ousadia para baixar os juros e ajudar o cidadão. A permanência da taxa de juro alta é negativa para o País em meio a crise", afirmou Juruna.

Embora aprove as ações do governo, o senador Aloízio Mercadante (PT-SP) também acredita que o patamar da Selic está muito alto. "Sempre fomos os primeiros a entrar em qualquer crise, o que não aconteceu agora. A taxa Selic ainda é muito alta, mas o governo têm tomado medidas acertadas, como o aumento do salário mínimo, mesmo com um cenário de crise. Isso ajuda a movimentar o consumo. O governo está se esforçando para manter os investimentos e o crescimento", disse.

Tributos
De acordo com o economista Fabio Pina, da Fecomercio-SP, as ações mais positivas estão relacionadas à redução de tributos para alguns segmentos, como a indústria automobilística, que recuperou parte da queda nas vendas em janeiro com a isenção do IPI para carros 1.0 l e o corte para demais motorizações. A medida vale até o final de março.

"Essas medidas não só reduziram o preço, mas anteciparam o consumo daqueles que iriam comprar no futuro, dando um prêmio por conta da insegurança. Mexe diretamente com o principal problema que é a confiança do consumidor", afirmou. Juruna destacou que um bom ritmo de vendas é garantia de emprego. "É importante porque cada emprego na montadora significa 19 na cadeia produtiva", comentou o representante da Força Sindical.

Também em dezembro, o governo decidiu cortar pela metade a alíquota do Imposto de Renda para contribuintes que ganham entre R$ 1.434 e R$ 2.150 mensais. "O salário aumentava e a tabela não se modificava. As pessoas ganhavam mais e pagavam mais impostos", apontou Juruna. Outra redução de tributos do governo foi com relação ao Imposto sobre Operações Financeiras (IOF), que caiu de 3% ao ano para 1,5%.

Crédito
Na segunda metade de 2008, o colapso de bancos nos Estados Unidos por conta da crise do subprime provocou uma forte restrição de crédito no mundo inteiro. Uma das primeiras medidas anticrise do governo teve como objetivo restabelecer a oferta, com mudanças no recolhimento dos depósitos compulsórios por parte dos bancos. Segundo o presidente do Banco Central, Henrique Meirelles, as diversas modificações liberaram US$ 99,2 bilhões aos bancos até o final de janeiro.

Além disso, o governo concedeu R$ 36 bilhões das reservas internacionais para empresas brasileiras com dívidas no exterior e uma medida provisória autorizou o Banco do Brasil e a Caixa Econômica Federal a comprar carteiras de crédito de bancos privados. Para o diretor do Departamento de Pesquisas e Estudos Econômicos da Fiesp, Paulo Francini, estas medidas foram essenciais para combater os efeitos da crise.

"A crise se desenvolve no mundo em torno do tema crédito. E o crédito reduziu-se barbaridade no mundo. Então o governo lança mão de compulsório, lança mão de reservas, de medidas que permitem aos bancos comprar carteiras de bancos. Você vai tomando várias medidas para atender às demandas e o epicentro disso é crédito", afirmou.

No entanto, Oreiro, da UnB, adverte que a liberação dos compulsórios seria mais eficiente acompanhada de redução mais agressiva da taxa básica de juro. "Uma parte do crédito voltou, depois da forte retração em outubro e novembro. O que deveria ter sido feito junto à liberação do compulsório era uma redução mais drástica da taxa de juro. Sem isso, os bancos pegam as reservas e acabam comprando títulos públicos", explicou o economista.

Na opinião de Pina, as ações de distribuição de crédito via redução do compulsório e a disposição de capital de giro para empresas foram tomadas sem um cuidado maior na operação e não tiveram muito efeito. "O BNDES tem linhas que ficam paradas quase todo o ano, agora é pior ainda. Existem os recursos, mas as empresas e os bancos estão desconfiados. É preciso fazer com que os bancos tenham interesse em emprestar", afirmou o economista da Fecomercio-SP.

Futuro
Mesmo com todas essas medidas, a crise financeira ainda gera incertezas nos setores produtivos do País. Nos últimos meses, o medo do desemprego fez os consumidores adiarem compras. Por sua vez, a queda nas vendas pode obrigar as indústrias a cortarem a produção e demitir funcionários. Contra isso, empresários sugerem redução de jornada e de salários.

"Isto está previsto em lei. A Fiesp simplesmente manteve conversações com entidades sindicais quanto à aplicação daquilo que já está previsto em lei", afirmou Francini.

Segundo a ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff, uma das medidas que assegura um nível de emprego é a manutenção de investimentos no Programa de Aceleração do Crescimento (PAC). "Estamos esperando que a dificuldade ocorra em janeiro, fevereiro e março. Estamos certos que vamos manter o nível de investimento. É isso que funciona, é isso que significa investimento público. Ele funciona como um colchão. Por isso, nós colocamos R$ 100 bilhões no BNDES e a Petrobras ampliou o seu investimento em R$ 120 bilhões", afirmou.

Na mesma linha, Pina explica que a antecipação de gastos do governo substitui parte da demanda retraída do setor privado. "Ele dá o seguinte recado: não vou estourar as contas públicas, mas concentrar em um momento em que a demanda privada está pequena. Mas o governo não tem fôlego suficiente para fazer o papel de toda demanda", ressaltou. O economista da Fecomercio lembrou que a entidade já pleiteou junto ao governo isenções para transferência de imóveis e de automóveis, além de retirar o IPVA para veículos novos.

Já Oreiro foca suas propostas na capitalização do Banco do Brasil e da Caixa Econômica Federal pelo Tesouro para atender a demanda de crédito para capital de giro e reduzir o spread. "Aumentando o empréstimo e reduzindo as taxas, os dois vão forçar os bancos privados a acompanhar o movimento, até para não perderem participação no mercado", explicou o economista da UnB.

Até o Carnaval, o governou prometeu detalhar um pacote de incentivos para a construção de até um milhão de casas populares, direcionado a famílias com renda de até dez salários mínimos. "Estamos atentos a tudo o que está acontecendo e novas medidas serão tomadas caso haja uma avaliação de que sejam necessárias", disse o ministro da Fazenda, Guido Mantega, na última sexta-feira.

17:11
Anónimo disse...
Ex-ministro critica extensão do seguro-desemprego

Atualizada às 09h03

O ex-ministro do Trabalho Almir Pazzianotto criticou a decisão do governo federal de conceder o seguro-desemprego estendido a apenas alguns setores. "É certamente odioso e provavelmente inconstitucional", disse Pazzianotto, de acordo com o jornal O Estado de S. Paulo.

Na última qurta, dia do anúncio da medida, centrais sindicais elogiaram a atitude do governo. A Força Sindical divulgou nota dizendo que "o aumento ajudará a aquecer parte da economia, já que irá gerar mais consumo, produção e conseqüentemente, a criação de novos postos de trabalho". A União Geral dos Trabalhadores (UGT) afirmou que a medida "contribuirá para minimizar o drama dos trabalhadores que perderem seu emprego por conta da crise".

O ex-ministro, que instituiu o seguro-desemprego no País no governo de José Sarney, destacou a necessidade de as centrais sindicais se manifestarem contra a determinação. Para ele, as mudanças devem ser aplicadas a todas as categorias profissionais e a distinção é contrária ao artigo 3º da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT).

Pazzianotto atribui a medida a um possível temor do governo de que a crise econômica seja longa e não haja dinheiro para atender a todas as necessidades. Ainda assim, ele se mostra contrário ao método de concessão. "O seguro-desemprego ajuda a sanar necessidades básicas. Estendê-lo é paliativo, não a solução", disse ao jornal.

De acordo com o presidente do Conselho Deliberativo do Fundo de Amparo ao Trabalhador (Codefat) e conselheiro da Força Sindical, Luiz Fernando Emediato, a determinação já estava prevista na lei 8.900/94, que trata do seguro-desemprego.

O presidente da Comissão de Trabalho da Câmara, Pedro Fernandes (PTB-MA) vai além na crítica à concessão do seguro para apenas alguns setores. Ele acredita que a ampliação do benefício estimula o desemprego.

Quintino Severo, secretário geral da Central Única dos Trabalhadores (CUT), lembra que a ampliação do benefício sem critério e identificação pode incentivar demissões em outros setores.

17:13
Anónimo disse...
Empresas
TAM faz promoção para destinos internacionais

A companhia aérea TAM anunciou nesta sexta-feira tarifas promocionais para trechos internacionais. Os preços valem para bilhetes comprados entre 6h deste sábado e 23h59 deste domingo e são válidos para classe econômica. As tarifas, para ida e volta, serão vendidas a partir de US$ 99, mais taxas.

Segundo a aérea, a promoção vale para viagens feitas no período de 14 de fevereiro a 18 de junho de 2009. Para destinos na América do Sul, a permanência mínima é de dois dias; para bilhetes com destino nos Estados Unidos, cinco dias; e Europa, sete dias. A permanência máxima para as passagens para América do Sul e EUA é de dois meses e para Europa, três meses.

Entre os exemplos de tarifas promocionais, a TAM oferece São Paulo-Lima por US$ 99. Bilhetes para a rota São Paulo-Santiago serão vendidos a partir de US$ 199 e São Paulo-Nova York, US$ 799.

A emissão dos bilhetes deve ser feita obrigatoriamente no ato da reserva, obedecendo às regras estipuladas pela companhia. A compra está sujeita à disponibilidade de assentos nas classes tarifárias determinadas, trechos, horários e datas. A TAM afirmou que também há tarifas promocionais para a classe executiva.

Mais informações podem ser encontradas no site promocional (www.ofertastam.com.br), no site da empresa (www.tam.com.br) ou pelos telefones 4002-5700 ou 0800 5705700.

17:13
Anónimo disse...
Empresas
Consultoria negocia compra do parque temático Hopi Hari

A consultoria especializada em reestruturação de empresas Íntegra Associados informou nesta sexta-feira ter um acordo para comprar o parque de diversões Hopi Hari, localizado no interior de São Paulo. A empresa estaria disposta a investir R$ 10 milhões no parque, que tem dívida estimada em R$ 800 milhões. As informações são da edição deste sábado do jornal Folha de S. Paulo.

De acordo com o jornal, a transação ainda depende da negociação entre o Hopi Hari e seus credores, o que já estaria em andamento.

A consultoria paulista já atuou junto à Parmalat, durante 30 meses, quando reorganizou a gestão da empresa italiana.

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17:14
Anónimo disse...
Empresas
Disney de Tóquio contratará mais 2 mil apesar da crise


A Oriental Land, o operador da Disneylândia Tóquio e DisneySea, organizou neste domingo entrevistas para contratar cerca de 2 mil trabalhadores em tempo parcial, em um momento de grandes demissões deste tipo de empregados no Japão.

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O operador deste parque temático, situado em Urayasu, na província de Chiba (leste de Tóquio), está em pleno processo de seleção de empregados para 20 tipos de postos trabalhistas diferentes.

Segundo a companhia, citada pela agência local de notícias Kyodo, o parque contratará novos trabalhadores para as atrações, para os restaurantes e guardas de segurança entre outros. Os novos contratados começarão a trabalhar a partir de fevereiro.

O processo de seleção acontece em um momento em que a maioria das grandes companhias japonesas começaram a se ver obrigadas a despedir uma elevada percentagem de seus trabalhadores temporários e a tempo parcial.

Algumas inclusive anunciaram demissões de seus trabalhadores fixos, uma medida muito pouco comum nas companhias japonesas, perante os efeitos piores que o esperado pela crise econômica global.

Cerca de uma centena de pessoas esperavam desde a primeira hora desta manhã a abertura do centro de conferências Tokyo International Forum, onde as entrevistas estão sendo feitas, para ser os primeiros a solicitar os postos de trabalho.


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17:15
Anónimo disse...
Economia Internacional
Senado dos EUA aprova plano de estímulo à economia

O Senado dos Estados Unidos aprovou com 60 votos a favor e 38 contra o plano de estímulo à economia de US$ 787 bilhões na madrugada deste sábado. Agora, ele segue para sanção ou veto do presidente Barack Obama, que espera colocar a lei em prática até o dia 16 de fevereiro.

O plano prevê a criação de três milhões de empregos, inclui cortes de impostos às famílias, fundos para programas sociais e obras públicas, além de ajuda aos governos estaduais, estudantes e desempregados.

A cláusula Buy American - que exige o uso de ferro, aço e produtos manufaturados dos Estados Unidos em obras realizadas com recursos do pacote - ficou de lado. Segundo o texto definitivo, a cláusula será aplicada sem violar as normas do comércio internacional.

Ontem à tarde, a Câmara de Representantes (deputados) havia aprovado, por 246 votos a favor e 183 contra, a versão final do plano. Todos os republicanos foram contrários ao pacote.

Pelo acordo de quarta-feira entre Câmara e Senado, em vez de custar US$ 819 bilhões, como queriam os deputados, ou US$ 838 bilhões como pretendiam os senadores, o pacote ficou em cerca de US$ 787 bilhões, com 65% desse total destinado a gastos do governo federal e 35%, a créditos tributários.

17:16
Anónimo disse...
Economia nacional
Na era Lula, aposentadoria sobe 54% menos que salário mínimo

Thatiane Faria
Especial para o Terra
Direto de São Paulo

Os índices de reajustes concedidos pelo governo em 2009 para aposentados e pensionistas e para o salário mínimo repetiram uma diferença que, só durante o governo de Luiz Inácio Lula da Silva, já chega a 54%. Enquanto o mínimo foi majorado em 12% este ano, as pensões e aposentadorias tiveram aumento de 5,92%. Aposentados que têm o benefício do governo como única fonte de renda reclamam que perdem poder de compra e que sua cesta de compras é composta por itens que aumentam mais em relação à inflação oficial.

Um exemplo prático pode ser entendido a partir da comparação entre um aposentado que ganhava R$ 600 em janeiro de 2003. Na época, o benefício era três vezes, ou 200%, maior que o valor do mínimo em vigência, que era de R$ 200. Aplicando-se os índices de reajuste para aposentadorias e para o mínimo durante os últimos seis anos, o mesmo aposentado estaria recebendo hoje R$ 938,47, comparado a um salário mínimo de R$ 465. A diferença entre os dois valores caiu para pouco mais de 100%.

Enquanto o índice acumulado de reajuste para a aposentadoria durante o governo Lula foi de 60%, para o salário mínimo está em 132%.

O diretor do Sindicato Nacional dos Aposentados, João Inocentini, reclama que os valores dos benefícios para aposentadorias não mantêm o poder de compra do grupo, principalmente dos aposentados que recebem menos que dez salários mínimos.

Nem mesmo o fato de o índice de reajuste das aposentadorias ter ficado acima da inflação acumulada no mesmo período (o IPCA entre janeiro de 2003 e janeiro de 2009 foi de 39,7%) serve de argumento, segundo os aposentados.

"Os idosos, principalmente, têm gastos além das contas gerais como gás, telefone e aluguel. Para eles o custo com remédios, e outros itens da área saúde costuma ser maior", afirmou Inocentini.

O presidente do sindicato afirmou que o grupo realiza um estudo com 100 itens de necessidade de um idoso para comparar o aumento dos produtos com o índice de reajuste do benefício recebido pelos aposentados.

"Daqui dois meses vamos abrir um processo na Justiça e levar essa pesquisa como prova. Segundo a lei, o governo é obrigado a manter o poder de compra com a aposentadoria", disse Inocentini.

Alternativas
O consultor financeiro Cláudio Boriola diz que os aposentados, especialmente nesse momento de crise econômica, devem evitar compras parceladas, pesquisar preços, negociar e fazer bom planejamento financeiro.

Segundo Boriola, alguns aposentados ganham um valor mensal muitas vezes insuficiente para o pagamento das contas e acabam pedindo crédito ou realizando pagamentos a prazo e são obrigados a pagar juros altos.

Na opinião do consultor, pagar uma previdência privada é uma alternativa indicada para quem ainda trabalha, considerando a característica de perda de poder de compra da aposentadoria.

"Na prática, infelizmente os valores encontram-se em um patamar que está deteriorando o poder de aquisição da população brasileira", completou Boriola.

De acordo com o diretor da Confederação Brasileira de Aposentados e Pensionistas (Cobap), Vicente Fernandes Barbosa, representantes dos aposentados tentarão um encontro com o presidente da Câmara, deputado Michel Temer (PMDB-SP), para discutir projetos que minimizem a perda dos aposentados

17:17
Anónimo disse...
Previdência
Previdência prorroga isenção de tarifas no benefício

O atual sistema de pagamento aos 26 milhões de aposentados e pensionistas do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) será mantido até o final deste ano. O acordo, que permite realizar a operação sem nenhum custo aos beneficiários, foi renovado nesta sexta-feira, entre o governo federal e 21 instituições financeiras.

Por meio desse acordo, vigente desde setembro de 2007, nem os segurados, nem os bancos e nem o governo arcam com o pagamento de tarifas, conforme explicou o ministro da Previdência Social, José Pimentel. A prorrogação vale até dezembro, data máxima para que a Previdência defina as regras para um novo contrato.

Ao assinar o termo de renovação, na sede da Federação Brasileira dos Bancos (Febraban), o ministro disse que a intenção do governo é mudar o atual modelo de gestão visando a reduzir os custos dessas operações em torno da folha mensal, que atinge R$ 15,8 bilhões. No entanto, qualquer alteração, conforme explicou, passará antes por audiências públicas a serem realizadas a partir do segundo semestre deste ano, atendendo a determinação do Tribunal de Contas da União (TCU).

De acordo com Pimentel, com um redesenho do mecanismo de repasse dos recursos aos bancos em torno da folha de pagamento dos segurados o que se busca é um aumento da participação de instituições financeiras. Ele informou que, desde 2007, cada benefício custa em média R$ 1,07 ao governo. "Quanto mais instituições financeiras estiverem prestando serviços à sociedade, maior é a competitividade, a agilidade no atendimento", justificou.

O ministro observou, ainda, que, para permitir uma redução para algo em torno de meia hora no tempo de atendimento para a concessão dos direitos previdenciários, o governo investiu R$ 280 milhões.

Questionado sobre o descontentamento dos segurados que ganham acima de um salário mínimo terem obtido apenas a correção com base na variação do Índice de Preços ao Consumidor (INPC) , ficando abaixo do reajuste dado a quem recebe apenas o mínimo, Pimentel argumentou que o governo seguiu o que determina a lei e descartou a possibilidade de uma revisão

17:17
Anónimo disse...
Empresas
Caterpillar oferece aposentadoria antecipada a 2 mil


A companhia americana Caterpillar ofereceu a cerca de dois mil funcionários incentivos para que se aposentem de forma voluntária antes do previsto, pela perspectiva de uma queda "significativa" da atividade industrial, informou nesta quarta-feira a empresa.

A iniciativa, destinada aos trabalhadores de diversas fábricas em Illinois, Colorado, Tennessee e Pensilvânia, se soma aos cortes de empregos anunciados em janeiro, explicou em comunicado de imprensa.

A empresa, a maior fabricante mundial de maquinaria pesada para a construção e a mineração, acrescentou que, "em função das condições de negócio, podem ser necessárias mais reduções de elenco voluntárias e involuntárias à medida que o ano avança".

O vice-presidente da companhia, Sid Banwart, explicou que a empresa prevê "demissões significativas em todas as regiões geográficas e na maioria dos setores devido às dificuldades da economia mundial".

17:18
Anónimo disse...
Comércio
Comércio exterior da OCDE caiu no 3º trimestre de 2008


As exportações e as importações dos países da Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Econômico (OCDE) caíram 1,6% e 0,2%, respectivamente, no terceiro trimestre de 2008, em relação aos três meses anteriores.

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Trata-se da primeira queda destas atividades desde o terceiro trimestre de 2006, segundo o último relatório trimestral sobre fluxos comerciais divulgado pela OCDE.

As exportações e as importações em dólares dos 30 Estados-membros caíram 15,6% e 17%, respectivamente, na comparação anualizada.

Por sua vez, o comércio dos sete países mais ricos do mundo (G7) teve um pequeno crescimento no terceiro trimestre de 2008 com uma queda das exportações de mercadorias de 0,2% em relação ao trimestre anterior e um aumento de 0,4% das importações.

Em termos anualizados, as importações do G7 caíram 1,4% entre julho e setembro do ano passado, seu primeiro retrocesso desde o terceiro trimestre de 2006, enquanto as exportações aumentaram 1,9%, seu crescimento mais baixo no mesmo tempo.

Por países, a Alemanha aumentou suas importações em 3,4% - valor mais alto do G7 -, enquanto suas exportações caíram 2,9% do segundo para o terceiro trimestre de 2008.

Pelo contrário, as exportações americanas aumentaram 1,8% entre julho e setembro de 2008, enquanto as importações caíram 0,7% em relação ao trimestre anterior. No Japão, tanto as importações quanto as exportações caíram em torno de 1% no mesmo período.

17:19
Anónimo disse...
Economia Nacional
Lula: juros de crédito consignado a aposentados são altos

Atualizada às 17h29

O presidente Luis Inácio Lula da Silva afirmou nesta terça-feira, em São Paulo, que está lutando para reduzir as taxas de juros cobradas de aposentados em crédito consignado. A Previdência Social estabelece uma taxa máxima de 2,5% para empréstimo e de 3,5% para cartão. Para Lula, os valores são altos.

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"Acho que o juro que os aposentados estão pagando hoje com o crédito consignado é alto para o padrão brasileiro", disse o presidente durante a cerimônia de comemoração dos 86 anos do INSS.

A Previdência anunciou nesta terça-feira que aposentados e trabalhadoras com licença-maternidade poderão receber seus benefícios em 30 minutos. De acordo com Lula, em junho, a aposentadoria do trabalhador rural também será conseguida em meia hora.

Além disso, o presidente anunciou que, também em junho, os trabalhadores que alcançarem o direito à aposentadoria passarão a receber em suas casas um comunicado da Previdência informando o fato e o valor do salário que têm direito a receber. "É um comprometimento público que estou fazendo com os companheiros da Previdência Social", disse.

"Estamos retribuindo ao contribuinte da Previdência Social aquilo que é a cidadania que ele tem direito", afirmou Lula. "Se para cobrar nós somos tão precisos, para devolver o dinheiro, temos que chegar próximo à perfeição", completou.

17:20
Anónimo disse...
Economia Nacional
Salário maternidade sairá em 30 minutos, diz ministro

Toda trabalhadora autônoma que tiver contribuído pelo menos 10 meses com o Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) - ou as que possuírem carteira assinada - poderão receber em 30 minutos o salário maternidade a partir desta terça-feira. Da mesma forma, as mulheres com 30 anos de contribuição e os homens com 35 anos também terão direito ao benefício de forma mais rápida. A informação é do ministro da Previdência Social, José Pimentel.

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Para requerer o salário maternidade, é preciso que as autônomas levem a carteira de identidade e o carnê de contribuição. As demais trabalhadoras devem apresentar a identificação e a carteira de trabalho. Desde o início do mês, a nova forma de análise para a concessão de benefícios foi adotada para a aposentadoria por idade do trabalhador urbano e agora foi estendida para o salário maternidade e por tempo de contribuição.

O ministro disse que a qualificação do serviço da previdência social é o reconhecimento do direito dos trabalhadores e da afirmação da cidadania.

"Até pouco tempo na cabeça do cidadão o serviço devia ser de péssima qualidade. Agora não, nós modificamos toda a legislação no mês de dezembro numa ação conjunta do Congresso Nacional com o governo federal. Estamos implantando e concedendo os benefícios em até 30 minutos", afirmou.

O ministro destacou que para conseguir se aposentar ou ter acesso à licença maternidade em 30 minutos, em primeiro lugar, é necessário que o cidadão esteja vinculado à Previdência, o que inclui 65% da população acima de 16 anos de idade.

"Depois bastar marcar pelo sistema 135 o dia e a hora do atendimento e levar a documentação. Se todos os dados necessários estiverem corretos o contribuinte será atendido em até 30 minutos, como vem sendo feito com as aposentadorias por idade desde o dia cinco de janeiro", explicou.

Pimentel disse ainda que em 90% das agências da previdência social o atendimento é marcado em até 48 horas. Nos grandes centros, entretanto existe um volume maior o que torna mais lento o processo.

"Estamos criando mais 715 agências até 2010, em todo o território nacional, para descentralizar o atendimento. Em 2008, atendemos 295 mil benefícios e aposentadorias por idade. Temos 4 mil pessoas por dia procurando e se aposentando por idade no território nacional. Este serviço será agilizado", concluiu.

17:27
Anónimo disse...
Giuseppe Englaro, pai de Eluana, a italiana que morreu na segunda-feira passada por desidratação, recusou uma grande soma de dinheiro de um conhecido fotógrafo italiano que queria retratar a filha em estado de coma, disse neste sábado o neurologista que atendia a mulher desde 1996, Carlo Defanti.

O neurologista, que participou hoje de uma conferência sobre eutanásia, disse que Englaro respeitou a vontade da filha, que, antes do acidente, tinha pedido que, se lhe ocorresse qualquer coisa irreversível, apresentasse sua imagem de quando estava em boas condições.

Antes de sofrer o acidente de trânsito, em 1992, Eluana viveu o coma de um amigo, Alessandro, o que causou forte impacto na italiana e a levou a fazer o pai prometer que não a deixasse viver em estado vegetativo, disse o próprio Giuseppe Englaro.

Defanti, que dissera que Eluana poderia viver de dez a 12 dias depois da suspensão da alimentação e da hidratação, disse que, como médico, tinha que reprovar esta afirmação.

"Não se pode sobreviver após três ou quatro dias sem líquido e, em particular, água em um corpo. Sabemos bem que, quando há um terremoto, após quatro dias é difícil encontrar sobreviventes".

Defanti ressaltou que Eluana "não falava, não se comunicava com o exterior" e que, após vários exames, "nos deparamos com uma moça que tinha perdido a consciência", porque estava com o córtex cerebral prejudicado.

Eluana foi enterrada na quinta-feira passada no túmulo da família na localidade de Paluzza, em Udine, após um funeral que não contou com a presença dos pais.

16:53
Anónimo disse...
Os bombeiros combatem neste sábado os incêndios na Austrália favorecidos pelo bom tempo, enquanto os deslocados encotram em seu retorno casas derruídas, carros queimados nas ruas e destruição.

Depois de sete dias desde que começaram os incêndios no Estado de Victoria, a lista de mortos chega a 181, os desaparecidos somam 50, os edifícios destruídos totalizam 1,834 mil e o terreno arrasado, principalmente florestas, ocupa uma área de 4,13 mil quilômetros quadrados.

As equipes de bombeiros, formadas por 4 mil profissionais de Victoria, de outras partes da Austrália e de países amigos, combateram hoje 12 focos fora de controle e nenhum representava uma ameaça direta para a população.

O subdiretor do Serviço de Bombeiros, Geoff Conway, disse que este tempo favorável, que se prolongará durante o domingo, permite consolidar as linhas de contenção e avançar na extinção das chamas.

Cinzas apareceram arrastadas por ventos do nordeste sobre Melbourne, onde habitam 3,8 milhões de pessoas, e as autoridades alertaram aos cidadãos do risco para a saúde de idosos, crianças e pessoas com problemas respiratórios.

O número de pessoas deslocadas - a Cruz Vermelha chegou a receber 7 mil - começou a cair com a abertura de algumas localidades atingidas.

Os incêndios, alguns criminosos, começaram em 7 de fevereiro, quando a região sul da Austrália estava há duas semanas sob uma onda de calor sem precedentes.

Na sexta-feira passada, a polícia acusou uma pessoa de ter provocado o incêndio que atingiu a localidade de Churchill e matou 21 pessoas.

16:55
Anónimo disse...
A primeira chuva em seis dias reduziu a ameaça de incêndios no Estado de Victoria, ao sul da Austrália. As autoridades, porém, advertiram que ainda existem 12 focos, mas que nenhum deles ameaça áreas povoadas.

Mais de quatro mil bombeiros, mil provenientes de outras partes do país e de outras nações, trabalham contra o fogo. Cerca de 600 veículos e 28 helicópteros e pequenos aviões estão sendo usados.


Eles conseguiram construir linhas de contenção para evitar os incêndios de Yarra e Maroondah se juntassem. Também foram controlados os incêndios abertos de Yea e Murrindindi, que ameaçavam as comunidades de Connellys Creek, Crystal Creek, Scrubby Creek e Native Dog Creek.

O número de mortos chegou a 181, mas as autoridades acreditam que as vítimas devem passar de 200, já que ainda há muitos desaparecidos.

16:55
Anónimo disse...
Aqui nesta coluna, na semana passada, tive a oportunidade de comentar sobre a recente visita do professor brasileiro Pedrinho Guareschi à Austrália. Não dei, porém, os fatos, pois semana passada o assunto era outro.

Hoje, porém, vamos a eles.

No último dia 4 de fevereiro, aconteceu o Seminário "Paulo Freire: Education and Liberation", organizado pelo centro de estudos latino-americanos da Universidade Nacional da Austrália, ou ANU, como é mais conhecida por aqui.

A ANU, para quem não sabe, está entre as 20 melhores universidades do mundo! E tem sede aqui em Camberra, capital da Austrália.

Na abertura do evento, o professor John Minns, diretor do centro latino-americano, ao dar boas-vindas ao público presente, lembrou ser aquele o primeiro seminário exclusivamente dedicado a Paulo Freire na Austrália.

Em seguida, convidou Pedrinho Guareschi, palestrante principal do Seminário, a fazer sua apresentação.

A plateia pode então conhecer, pelas palavras de Pedrinho, um pouco da obra e da vida de Freire, esse brasileiro de fé e valor, que sempre acreditou na educação, sobretudo dos menos favorecidos, analfabetos, como força libertadora.

Como não podia deixar de ser, os conceitos e ideias revolucionários de Paulo Freire, expostos com clareza por Pedrinho, despertaram o interesse e a curiosidade de plateia. A qual, deve-se notar, era na maioria de estudantes, mas de várias nacionalidades, sobretudo australianos e asiáticos.

Na continuação do programa do seminário, que se estendeu por dois dias, outros professores fizeram palestras sobre temas ligados à obra de Paulo Freire.

Interessante, por exemplo, saber que a professora Anne Hickling-Hudson, jamaicana que mora na Austrália há muitos anos (é professora da ANU), conheceu e trabalhou com Freire num workshop educacional durante a revolução na Ilha de Granada, em 1980, antes da invasão dos Estados Unidos...

Ou, então, a palestra da Professora Gerda Roelvink, da Nova Zelândia, que participou do Fórum Social de Porto Alegre em 2005. E essa participação transformou-se em tema de doutorado.

No dia 10, terça-feira passada, o padre Pedrinho Guareschi voltou a falar ao público australiano em grande auditório localizado no belíssimo campus da ANU. Desta vez, sobre a Teologia da Libertação.

Depois da palestra, John Minns mostrou o filme mexicano "O Crime do Padre Amaro", no qual um dos personagens é um padre católico praticante da Teologia da Libertação.

Mais uma vez, foi grande o intersse da platéia, que pode aprender e conhecer um pouco como se desenvolveu aquele importante movimento católico na América Latina.

Fica, assim, ao Pedrinho, bem como a outros brasileiros estudiosos e de bom coração que saem pelo mundo a divulgar aspectos importantes da cultura brasileira, o respeito e a homenagem desta coluna. E... aquele abraço!

16:57
Anónimo disse...
Amanda Kitts perdeu o braço esquerdo em um acidente de automóvel acontecido três anos atrás, mas hoje em dia ela joga futebol americano com seu filho de 12 anos de idade, troca fraldas e abraça as crianças nas três creches Kiddie Cottage que opera em Knoxville, Tennessee. Kitts, 40 anos, faz tudo isso com a ajuda de um novo tipo de braço artificial que se movimenta com mais facilidade do que outros aparelhos e que ela pode controlar utilizando apenas seus pensamentos.

"Eu sou capaz de mexer a mão, o pulso e o cotovelo ao mesmo tempo", diz. "Você pensa e os músculos se movem em seguida".

A recuperação que ela conseguiu resulta de um novo procedimento que vem atraindo crescente atenção porque permite que pessoas movam braços protéticos de forma mais automática do que faziam no passado, simplesmente utilizando nervos reaproveitados em seus cérebros.

A técnica, conhecida como "renervação muscular dirigida", envolve utilizar os nervos que restam depois da amputação de um braço e conectá-los a outro músculo do corpo, em geral no peito. Eletrodos são instalados sobre os músculos do peito, e operam como se fossem antenas. Quando a pessoa deseja mover o braço, o cérebro envia sinais que primeiro resultam em contração dos músculos do peito, os quais enviam um sinal ao braço protético, instruindo-se a se movimentar. O processo não requer mais esforços consciente do que a pessoa teria de exercitar caso ainda tivesse seu braço natural.

Na terça-feira, pesquisadores reportaram em estudo publicado pela versão online do Journal of the American Medical Association que haviam levado a técnica ainda mais à frente, tornando possível a execução de 10 movimentos de mão, pulso e cotovelo diferentes, o que representa uma substancial melhora com relação ao típico repertório protético, que em geral envolve apenas dobrar o cotovelo, girar o pulso e abrir a mão.

"Os novos métodos tiveram impacto dramático em nosso campo de trabalho", disse Stuart Harshbarger, engenheiro biomédico na Universidade Johns Hopkins e diretor do programa de pesquisa sobre próteses, financiado pelas forças armadas, que inclui o trabalho com essa técnica. "O método já está em uso por médicos e cirurgiões comuns em todo o país. A capacidade de controlar um membro protético bastante robusto que ele confere surpreendeu a todos pela qualidade".

Tipicamente, uma pessoa que tenha um braço protético só é capaz de executar alguns poucos movimentos, e muitas vezes com tamanha lentidão que isso só permite a ela atividades limitadas.

Há um motor separado para cada movimento, diz Gerald Loeb, professor de engenharia biomédica na Universidade do Sul da Califórnia, "e esses motores precisam ser controlados de maneira explícita", usualmente por um esforço consciente da pessoa para contrair músculos nas costas ou no bíceps.

"Essencialmente, até agora os pacientes controlavam apenas um motor de cada vez", diz Loeb, "e precisavam pensar cuidadosamente sobre que motor desejavam controlar e como fazê-lo operar, em lugar de simplesmente pensarem em mover o braço e poderem fazê-lo sem delongas".

Antes que Kitts passasse pelo procedimento de renervação, em outubro de 2007, por exemplo, ela precisava movimentar os músculos de suas costas de determinada maneira para fazer com que seu pulso girasse, e flexionar seu bíceps e tríceps para fazer com que o cotovelo se movesse para cima e para baixo. "Era muito trabalho", ela conta. "E não me ajudava muito".

O procedimento de renervação é parte de uma recente explosão de idéias novas e técnicas inovadoras que estão sendo exploradas enquanto os cientistas se esforçam por ajudar as pessoas a compensar melhor a perda de membros ou problemas de paralisia. O esforço vem sendo alimentado pelo aumento no número de amputações causado por diabetes e por ferimentos sofridos pelos militares, e ao mesmo tempo pelos avanços na tecnologia médica.

Os braços se tornaram um dos focos essenciais desse tipo de trabalho. A ciência há muito vem obtendo sucessos no desenvolvimento de próteses de perna, mas é muito mais difícil imitar a complexidade e a destreza das mãos e dos braços.

Os esforços em curso incluem o desenvolvimento de projetos de pele e braços mais sensíveis e mais flexíveis, e o uso de dispositivos acionados por controles sem fio implantado nos braços protéticos, que permitiriam movimentos mais naturais.

Os pesquisadores também vêm usando sensores implantados nos cérebros de cobaias para permitir que dois macacos controlem um braço mecânico, e um teste com um homem paralítico permitiu, com esse método, que ele movimentasse um cursor em uma tela de computador.

Alguns desses métodos, caso venham a ser aperfeiçoados plenamente e consigam aprovação das autoridades regulatórias da saúde, podem no futuro se tornar mais viáveis para os pacientes de amputações.

E embora a técnica da renervação não requeira aprovação das autoridades regulatórias porque é executada por meios cirúrgicos e emprega aparelhos já existentes, ela apresenta limitações que até mesmo seus criadores reconhecem, entre as quais o fato de que não se pode utilizá-la para todos os pacientes, o seu alto custo e o prazo de meses requerido para que os nervos reconectados cresçam e se tornem efetivos.

Ainda assim, os especialistas dizem que é o mais avançado sistema em uso hoje para pacientes reais que permite que o sistema nervoso controle diretamente o movimento de um braço artificial.

Desde sua introdução por Todd Kuiken, médico fisioterapeuta e engenheiro biomédico do Instituto de Reabilitação de Chicago, o método foi empregado em cerca de 30 pacientes nos Estados Unidos, Canadá e Europa, entre os quais oito soldados feridos no Iraque e no Afeganistão.

Muitos dos pacientes, entre os quais o primeiro, Jesse Sullivan, um operário do setor elétrico no Tennessee que perdeu os dois braços quando foi eletrocutado por um cabo, conseguem não apenas manipular seus braços protéticos mas sentir a presença das mãos que já não têm quando alguém toca em seus peitos.

Sullivan, 62 anos, e Kitts, estavam entre os cinco pacientes que participaram do estudo reportado na terça-feira. Em companhia de cinco outras pessoas que não passaram por amputações, eles receberam os eletrodos e foram instruídos a usar pensamentos para fazer com que um braço virtual na tela reproduzisse 10 movimentos diferentes, entre os quais três formas diferentes de aperto de mão.

Os pacientes apresentaram desempenho bastante respeitável, apenas um pouco mais lento e menos preciso do que os dos participantes que não tinham amputações.

"As velocidades de movimento que encontramos em nossos pacientes foram realmente encorajadoras", disse Kuiken. "Eles conseguiram completar a tarefa. É claro que não foram tão competentes quanto as pessoas dotadas de plena capacidade física, mas foram bons o bastante".

Um braço virtual foi usado porque a maioria das próteses existentes não era capaz de acomodar todos aqueles movimentos, no momento da pesquisa, ainda que Sullivan, Kitts e uma terceira paciente, Claudia Mitchell, tenham experimentado dois novos protótipos mais versáteis de braços artificiais, executando tarefas complexas com bolas de tênis e outros objetos.

O trabalho de renervação em soldados apresenta outros desafios, diz Kuiken, porque os ferimentos militares muitas vezes "causam danos muitos extensos" a nervos, músculos ou ossos.

Daniel Acosta, 25 anos, um aviador ferido pela detonação de uma bomba em uma estrada do Iraque em 2005, passou pelo procedimento no ano passado e diz que seu braço esquerdo protético agora se movimenta "muito mais rápido" e de maneira muito mais natural.

"A diferença é que agora não preciso mais pensar para mover o braço", ele diz. "Ele simplesmente se mexe".

Ainda assim, Acosta, de San Antonio, diz que "o processo foi bastante longo" e que os eletrodos precisam ser ajustados para receber os sinais à medida que os nervos crescem ou mudam de posição.

E embora elogiem o método, os especialistas afirmam que a ciência das próteses de braço ainda tem muito por avançar.

"Trata-se de uma parte crucial, mas ainda assim apenas uma parte, das muitas coisas que compreendem a função normal de um braço", disse Loeb, que escreveu um editorial que acompanha o artigo no Journal of the American Medical Association.

"No momento estamos a meio do caminho entre o braço de 'Dr. Fantástico', que fazia involuntariamente a saudação nazista, e o braço de Luke Skywalker em 'Guerra nas Estrelas', que funciona sem nenhum problema assim que é conectado. Creio que precisaremos ainda de muitos anos para conectar todas as peças necessárias a produzir um braço capaz de funcionar normalmente".

17:04
Anónimo disse...
A Espanha disse neste sábado que está preparando uma reclamação oficial contra a decisão da Venezuela de expulsar um membro do Parlamento Europeu que criticou o conselho eleitoral venezuelano.
Luis Herrero, membro do partido conservador espanhol PP, foi deportado na sexta-feira depois que o Conselho Nacional Eleitoral (CNE) o acusou de questionar a imparcialidade da instituição antes de um referendo que pode permitir ao presidente Hugo Chávez permanecer no cargo indefinidamente.

Herrero estava na Venezuela como observador do referendo. Ele acusou Chávez de ter "comportamentos típicos de um ditador" por pedir a contenção de manifestações da oposição.

O governo da Espanha convocou um encontro com o embaixador da Venezuela em Madri para expressar a desaprovação sobre a expulsão de Herrero, disse um representante do Ministério das Relações Exteriores espanhol.

As relações da Venezuela com a Espanha tiveram seu ponto crítico em 2007, quando Chávez ameaçou rever acordos diplomáticos e comerciais depois de ouvir um "cala a boca" do rei espanhol Juan Carlos durante uma cúpula.

A fenda foi oficialmente reparada em 2008, com uma visita oficial de Chávez à Espanha, onde ele cumprimentou o rei e discutiu acordos para investimento no setor petroquímico com o primeiro-ministro José Luis Rodriguez Zapatero.

17:06
Anónimo disse...
A polícia do Zimbábue anunciou neste sábado que acusa de traição Roy Bennett, dirigente do até agora opositor Movimento para a Mudança Democrática (MDC), detido na sexta-feira, em Harare, poucas horas antes da cerimônia de posse dos membros do novo gabinete.

"A Polícia nos informou que vão apresentar acusações de traição", disse à agência EFE o advogado de defesa de Bennett, Trust Maanda.

"Tentam relacionar Roy com o caso de Mike Hitschmann, que foi detido em 2006 em relação à descoberta de um carregamento de armas, apesar de que Hitschmann não tenha sido declarado culpado das acusações de traição apresentadas contra ele, mas de um crime menor de descumprimento de leis", disse Maanda.

O político opositor, designado por seu partido como vice-ministro de Agricultura no Governo de união nacional, esteve no exílio na vizinha África do Sul desde 2006 e retornou ao Zimbábue há duas semanas.

Segundo a Polícia, que deteve Bennett ontem no aeroporto de Harare quando pretendia ir à África do Sul para visitar sua família, as armas apreendidas em 2006 seriam utilizadas em um golpe de Estado para derrubar o presidente do Zimbábue, Robert Mugabe.

Depois da detenção, Bennet foi levado a Mutar, onde vários simpatizantes do MDC se concentraram em frente à delegacia na qual estava detido, diante do que a Polícia respondeu com tiros para o alto para dispersar os manifestantes.

17:07
Anónimo disse...
Austrália: 14 mil se candidatam a 'emprego dos sonhos'

A secretaria de Turismo de Queensland, na Austrália, informou que até esta segunda-feira já recebeu cerca de 14 mil inscrições para o "o melhor emprego do mundo". O Estado australiano promove pela internet seleção para vaga de "zelador" da ilha Hamilton, por seis meses com um salário de R$ 40 mil.

Muitos candidatos tiveram problemas durante a inscrição por conta dos acessos simultâneos ao site. A secretaria aconselha enviar os vídeos de 60s explicando porque deve ser escolhido em horários alternativos do dia, além de recomendar tamanho em torno de 40MB.

As inscrições começaram em 12 de janeiro e vão até o próximo dia 22 e podem ser feitas pelo site www.islandreefjob.com. O governo australiano escolherá 50 candidatos para a próxima fase da seleção, que terá votos do público para eleger um dos 11 finalistas.

A última fase terá entrevistas e desafios físicos, no próprio local de trabalho: as ilhas da Grande Barreira Coralina - o maior recife de coral do mundo. A secretaria de Turismo anunciará o vencedor no dia 6 de maio.

17:09
Anónimo disse...
Mercado elogia governo na crise, mas pede maior queda no juro

Peter Fussy
Direto de São Paulo

Desde as primeiras medidas anunciadas para combater os efeitos da crise, o governo brasileiro avisou que a estratégia não contemplaria um pacote. Seriam doses pontuais, de acordo com a necessidade da economia diante do agravamento das turbulências. Da primeira liberação dos depósitos compulsórios em setembro até a ampliação do seguro-desemprego na última quarta-feira, o governo passou por redução de impostos, ampliação de crédito e incentivos à exportação. Quase 150 dias após a primeira medida, o Terra conversou com líderes do setor público e privado, representantes dos trabalhadores, acadêmicos e com o próprio governo para saber quais destas ações foram mais eficazes, quais foram mais ineficientes e o que mais pode ser feito pelo Estado brasileiro contra a crise.

Os maiores elogios foram direcionados à atitude de reduzir o Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) para a indústria automobilística, anunciada em dezembro e que fez com que os emplacamentos de carros novos subissem 1,9% no primeiro mês do ano em relação a dezembro de 2008. Já as maiores críticas foram para a lentidão no corte da taxa básica de juro do País.

Para o presidente do conselho administrativo do Grupo Pão de Açúcar, Abílio Diniz, o Estado não é responsável pela crise e mesmo assim está agindo "com extrema serenidade e muito acerto". "O governo está atento, fazendo a sua parte. É preciso coragem de baixar firmemente a taxa de juros. É uma arma que temos a nosso favor, já que não há clima para inflação, nem possibilidade de danos para a macroeconomia", afirmou Diniz.

Na última reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), em janeiro, a taxa Selic foi reduzida em um ponto percentual, de 13,75% para 12,75% ao ano. Porém, o professor de economia da Universidade de Brasília (UnB) José Luiz Oreiro lembra que este corte representa uma redução de apenas 0,25 ponto percentual com relação à taxa de setembro do ano passado, quando a crise se agravou.

"Pouco antes da eclosão da crise, o Banco Central aumentou a taxa em 0,75 ponto. Foram cinco meses de demora para reduzir em termos líquidos apenas 0,25 ponto", afirmou o economista, que também sugeriu redução do intervalo de cerca de 90 dias entre as reuniões do Copom e o corte de pelo menos um 1 ponto percentual em cada reunião.

Mesmo com o corte de janeiro, a taxa de juros real continua sendo a maior do mundo, lembrou o secretário-geral da Força Sindical, João Carlos Gonçalves, o Juruna. "A redução da taxa de juro ainda é pequena, porque ela continua uma das mais altas do mundo. Falta ousadia para baixar os juros e ajudar o cidadão. A permanência da taxa de juro alta é negativa para o País em meio a crise", afirmou Juruna.

Embora aprove as ações do governo, o senador Aloízio Mercadante (PT-SP) também acredita que o patamar da Selic está muito alto. "Sempre fomos os primeiros a entrar em qualquer crise, o que não aconteceu agora. A taxa Selic ainda é muito alta, mas o governo têm tomado medidas acertadas, como o aumento do salário mínimo, mesmo com um cenário de crise. Isso ajuda a movimentar o consumo. O governo está se esforçando para manter os investimentos e o crescimento", disse.

Tributos
De acordo com o economista Fabio Pina, da Fecomercio-SP, as ações mais positivas estão relacionadas à redução de tributos para alguns segmentos, como a indústria automobilística, que recuperou parte da queda nas vendas em janeiro com a isenção do IPI para carros 1.0 l e o corte para demais motorizações. A medida vale até o final de março.

"Essas medidas não só reduziram o preço, mas anteciparam o consumo daqueles que iriam comprar no futuro, dando um prêmio por conta da insegurança. Mexe diretamente com o principal problema que é a confiança do consumidor", afirmou. Juruna destacou que um bom ritmo de vendas é garantia de emprego. "É importante porque cada emprego na montadora significa 19 na cadeia produtiva", comentou o representante da Força Sindical.

Também em dezembro, o governo decidiu cortar pela metade a alíquota do Imposto de Renda para contribuintes que ganham entre R$ 1.434 e R$ 2.150 mensais. "O salário aumentava e a tabela não se modificava. As pessoas ganhavam mais e pagavam mais impostos", apontou Juruna. Outra redução de tributos do governo foi com relação ao Imposto sobre Operações Financeiras (IOF), que caiu de 3% ao ano para 1,5%.

Crédito
Na segunda metade de 2008, o colapso de bancos nos Estados Unidos por conta da crise do subprime provocou uma forte restrição de crédito no mundo inteiro. Uma das primeiras medidas anticrise do governo teve como objetivo restabelecer a oferta, com mudanças no recolhimento dos depósitos compulsórios por parte dos bancos. Segundo o presidente do Banco Central, Henrique Meirelles, as diversas modificações liberaram US$ 99,2 bilhões aos bancos até o final de janeiro.

Além disso, o governo concedeu R$ 36 bilhões das reservas internacionais para empresas brasileiras com dívidas no exterior e uma medida provisória autorizou o Banco do Brasil e a Caixa Econômica Federal a comprar carteiras de crédito de bancos privados. Para o diretor do Departamento de Pesquisas e Estudos Econômicos da Fiesp, Paulo Francini, estas medidas foram essenciais para combater os efeitos da crise.

"A crise se desenvolve no mundo em torno do tema crédito. E o crédito reduziu-se barbaridade no mundo. Então o governo lança mão de compulsório, lança mão de reservas, de medidas que permitem aos bancos comprar carteiras de bancos. Você vai tomando várias medidas para atender às demandas e o epicentro disso é crédito", afirmou.

No entanto, Oreiro, da UnB, adverte que a liberação dos compulsórios seria mais eficiente acompanhada de redução mais agressiva da taxa básica de juro. "Uma parte do crédito voltou, depois da forte retração em outubro e novembro. O que deveria ter sido feito junto à liberação do compulsório era uma redução mais drástica da taxa de juro. Sem isso, os bancos pegam as reservas e acabam comprando títulos públicos", explicou o economista.

Na opinião de Pina, as ações de distribuição de crédito via redução do compulsório e a disposição de capital de giro para empresas foram tomadas sem um cuidado maior na operação e não tiveram muito efeito. "O BNDES tem linhas que ficam paradas quase todo o ano, agora é pior ainda. Existem os recursos, mas as empresas e os bancos estão desconfiados. É preciso fazer com que os bancos tenham interesse em emprestar", afirmou o economista da Fecomercio-SP.

Futuro
Mesmo com todas essas medidas, a crise financeira ainda gera incertezas nos setores produtivos do País. Nos últimos meses, o medo do desemprego fez os consumidores adiarem compras. Por sua vez, a queda nas vendas pode obrigar as indústrias a cortarem a produção e demitir funcionários. Contra isso, empresários sugerem redução de jornada e de salários.

"Isto está previsto em lei. A Fiesp simplesmente manteve conversações com entidades sindicais quanto à aplicação daquilo que já está previsto em lei", afirmou Francini.

Segundo a ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff, uma das medidas que assegura um nível de emprego é a manutenção de investimentos no Programa de Aceleração do Crescimento (PAC). "Estamos esperando que a dificuldade ocorra em janeiro, fevereiro e março. Estamos certos que vamos manter o nível de investimento. É isso que funciona, é isso que significa investimento público. Ele funciona como um colchão. Por isso, nós colocamos R$ 100 bilhões no BNDES e a Petrobras ampliou o seu investimento em R$ 120 bilhões", afirmou.

Na mesma linha, Pina explica que a antecipação de gastos do governo substitui parte da demanda retraída do setor privado. "Ele dá o seguinte recado: não vou estourar as contas públicas, mas concentrar em um momento em que a demanda privada está pequena. Mas o governo não tem fôlego suficiente para fazer o papel de toda demanda", ressaltou. O economista da Fecomercio lembrou que a entidade já pleiteou junto ao governo isenções para transferência de imóveis e de automóveis, além de retirar o IPVA para veículos novos.

Já Oreiro foca suas propostas na capitalização do Banco do Brasil e da Caixa Econômica Federal pelo Tesouro para atender a demanda de crédito para capital de giro e reduzir o spread. "Aumentando o empréstimo e reduzindo as taxas, os dois vão forçar os bancos privados a acompanhar o movimento, até para não perderem participação no mercado", explicou o economista da UnB.

Até o Carnaval, o governou prometeu detalhar um pacote de incentivos para a construção de até um milhão de casas populares, direcionado a famílias com renda de até dez salários mínimos. "Estamos atentos a tudo o que está acontecendo e novas medidas serão tomadas caso haja uma avaliação de que sejam necessárias", disse o ministro da Fazenda, Guido Mantega, na última sexta-feira.

17:11
Anónimo disse...
Ex-ministro critica extensão do seguro-desemprego

Atualizada às 09h03

O ex-ministro do Trabalho Almir Pazzianotto criticou a decisão do governo federal de conceder o seguro-desemprego estendido a apenas alguns setores. "É certamente odioso e provavelmente inconstitucional", disse Pazzianotto, de acordo com o jornal O Estado de S. Paulo.

Na última qurta, dia do anúncio da medida, centrais sindicais elogiaram a atitude do governo. A Força Sindical divulgou nota dizendo que "o aumento ajudará a aquecer parte da economia, já que irá gerar mais consumo, produção e conseqüentemente, a criação de novos postos de trabalho". A União Geral dos Trabalhadores (UGT) afirmou que a medida "contribuirá para minimizar o drama dos trabalhadores que perderem seu emprego por conta da crise".

O ex-ministro, que instituiu o seguro-desemprego no País no governo de José Sarney, destacou a necessidade de as centrais sindicais se manifestarem contra a determinação. Para ele, as mudanças devem ser aplicadas a todas as categorias profissionais e a distinção é contrária ao artigo 3º da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT).

Pazzianotto atribui a medida a um possível temor do governo de que a crise econômica seja longa e não haja dinheiro para atender a todas as necessidades. Ainda assim, ele se mostra contrário ao método de concessão. "O seguro-desemprego ajuda a sanar necessidades básicas. Estendê-lo é paliativo, não a solução", disse ao jornal.

De acordo com o presidente do Conselho Deliberativo do Fundo de Amparo ao Trabalhador (Codefat) e conselheiro da Força Sindical, Luiz Fernando Emediato, a determinação já estava prevista na lei 8.900/94, que trata do seguro-desemprego.

O presidente da Comissão de Trabalho da Câmara, Pedro Fernandes (PTB-MA) vai além na crítica à concessão do seguro para apenas alguns setores. Ele acredita que a ampliação do benefício estimula o desemprego.

Quintino Severo, secretário geral da Central Única dos Trabalhadores (CUT), lembra que a ampliação do benefício sem critério e identificação pode incentivar demissões em outros setores.

17:13
Anónimo disse...
Empresas
TAM faz promoção para destinos internacionais

A companhia aérea TAM anunciou nesta sexta-feira tarifas promocionais para trechos internacionais. Os preços valem para bilhetes comprados entre 6h deste sábado e 23h59 deste domingo e são válidos para classe econômica. As tarifas, para ida e volta, serão vendidas a partir de US$ 99, mais taxas.

Segundo a aérea, a promoção vale para viagens feitas no período de 14 de fevereiro a 18 de junho de 2009. Para destinos na América do Sul, a permanência mínima é de dois dias; para bilhetes com destino nos Estados Unidos, cinco dias; e Europa, sete dias. A permanência máxima para as passagens para América do Sul e EUA é de dois meses e para Europa, três meses.

Entre os exemplos de tarifas promocionais, a TAM oferece São Paulo-Lima por US$ 99. Bilhetes para a rota São Paulo-Santiago serão vendidos a partir de US$ 199 e São Paulo-Nova York, US$ 799.

A emissão dos bilhetes deve ser feita obrigatoriamente no ato da reserva, obedecendo às regras estipuladas pela companhia. A compra está sujeita à disponibilidade de assentos nas classes tarifárias determinadas, trechos, horários e datas. A TAM afirmou que também há tarifas promocionais para a classe executiva.

Mais informações podem ser encontradas no site promocional (www.ofertastam.com.br), no site da empresa (www.tam.com.br) ou pelos telefones 4002-5700 ou 0800 5705700.

17:13
Anónimo disse...
Empresas
Consultoria negocia compra do parque temático Hopi Hari

A consultoria especializada em reestruturação de empresas Íntegra Associados informou nesta sexta-feira ter um acordo para comprar o parque de diversões Hopi Hari, localizado no interior de São Paulo. A empresa estaria disposta a investir R$ 10 milhões no parque, que tem dívida estimada em R$ 800 milhões. As informações são da edição deste sábado do jornal Folha de S. Paulo.

De acordo com o jornal, a transação ainda depende da negociação entre o Hopi Hari e seus credores, o que já estaria em andamento.

A consultoria paulista já atuou junto à Parmalat, durante 30 meses, quando reorganizou a gestão da empresa italiana.

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17:14
Anónimo disse...
Empresas
Disney de Tóquio contratará mais 2 mil apesar da crise


A Oriental Land, o operador da Disneylândia Tóquio e DisneySea, organizou neste domingo entrevistas para contratar cerca de 2 mil trabalhadores em tempo parcial, em um momento de grandes demissões deste tipo de empregados no Japão.

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O operador deste parque temático, situado em Urayasu, na província de Chiba (leste de Tóquio), está em pleno processo de seleção de empregados para 20 tipos de postos trabalhistas diferentes.

Segundo a companhia, citada pela agência local de notícias Kyodo, o parque contratará novos trabalhadores para as atrações, para os restaurantes e guardas de segurança entre outros. Os novos contratados começarão a trabalhar a partir de fevereiro.

O processo de seleção acontece em um momento em que a maioria das grandes companhias japonesas começaram a se ver obrigadas a despedir uma elevada percentagem de seus trabalhadores temporários e a tempo parcial.

Algumas inclusive anunciaram demissões de seus trabalhadores fixos, uma medida muito pouco comum nas companhias japonesas, perante os efeitos piores que o esperado pela crise econômica global.

Cerca de uma centena de pessoas esperavam desde a primeira hora desta manhã a abertura do centro de conferências Tokyo International Forum, onde as entrevistas estão sendo feitas, para ser os primeiros a solicitar os postos de trabalho.


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17:15
Anónimo disse...
Economia Internacional
Senado dos EUA aprova plano de estímulo à economia

O Senado dos Estados Unidos aprovou com 60 votos a favor e 38 contra o plano de estímulo à economia de US$ 787 bilhões na madrugada deste sábado. Agora, ele segue para sanção ou veto do presidente Barack Obama, que espera colocar a lei em prática até o dia 16 de fevereiro.

O plano prevê a criação de três milhões de empregos, inclui cortes de impostos às famílias, fundos para programas sociais e obras públicas, além de ajuda aos governos estaduais, estudantes e desempregados.

A cláusula Buy American - que exige o uso de ferro, aço e produtos manufaturados dos Estados Unidos em obras realizadas com recursos do pacote - ficou de lado. Segundo o texto definitivo, a cláusula será aplicada sem violar as normas do comércio internacional.

Ontem à tarde, a Câmara de Representantes (deputados) havia aprovado, por 246 votos a favor e 183 contra, a versão final do plano. Todos os republicanos foram contrários ao pacote.

Pelo acordo de quarta-feira entre Câmara e Senado, em vez de custar US$ 819 bilhões, como queriam os deputados, ou US$ 838 bilhões como pretendiam os senadores, o pacote ficou em cerca de US$ 787 bilhões, com 65% desse total destinado a gastos do governo federal e 35%, a créditos tributários.

17:16
Anónimo disse...
Economia nacional
Na era Lula, aposentadoria sobe 54% menos que salário mínimo

Thatiane Faria
Especial para o Terra
Direto de São Paulo

Os índices de reajustes concedidos pelo governo em 2009 para aposentados e pensionistas e para o salário mínimo repetiram uma diferença que, só durante o governo de Luiz Inácio Lula da Silva, já chega a 54%. Enquanto o mínimo foi majorado em 12% este ano, as pensões e aposentadorias tiveram aumento de 5,92%. Aposentados que têm o benefício do governo como única fonte de renda reclamam que perdem poder de compra e que sua cesta de compras é composta por itens que aumentam mais em relação à inflação oficial.

Um exemplo prático pode ser entendido a partir da comparação entre um aposentado que ganhava R$ 600 em janeiro de 2003. Na época, o benefício era três vezes, ou 200%, maior que o valor do mínimo em vigência, que era de R$ 200. Aplicando-se os índices de reajuste para aposentadorias e para o mínimo durante os últimos seis anos, o mesmo aposentado estaria recebendo hoje R$ 938,47, comparado a um salário mínimo de R$ 465. A diferença entre os dois valores caiu para pouco mais de 100%.

Enquanto o índice acumulado de reajuste para a aposentadoria durante o governo Lula foi de 60%, para o salário mínimo está em 132%.

O diretor do Sindicato Nacional dos Aposentados, João Inocentini, reclama que os valores dos benefícios para aposentadorias não mantêm o poder de compra do grupo, principalmente dos aposentados que recebem menos que dez salários mínimos.

Nem mesmo o fato de o índice de reajuste das aposentadorias ter ficado acima da inflação acumulada no mesmo período (o IPCA entre janeiro de 2003 e janeiro de 2009 foi de 39,7%) serve de argumento, segundo os aposentados.

"Os idosos, principalmente, têm gastos além das contas gerais como gás, telefone e aluguel. Para eles o custo com remédios, e outros itens da área saúde costuma ser maior", afirmou Inocentini.

O presidente do sindicato afirmou que o grupo realiza um estudo com 100 itens de necessidade de um idoso para comparar o aumento dos produtos com o índice de reajuste do benefício recebido pelos aposentados.

"Daqui dois meses vamos abrir um processo na Justiça e levar essa pesquisa como prova. Segundo a lei, o governo é obrigado a manter o poder de compra com a aposentadoria", disse Inocentini.

Alternativas
O consultor financeiro Cláudio Boriola diz que os aposentados, especialmente nesse momento de crise econômica, devem evitar compras parceladas, pesquisar preços, negociar e fazer bom planejamento financeiro.

Segundo Boriola, alguns aposentados ganham um valor mensal muitas vezes insuficiente para o pagamento das contas e acabam pedindo crédito ou realizando pagamentos a prazo e são obrigados a pagar juros altos.

Na opinião do consultor, pagar uma previdência privada é uma alternativa indicada para quem ainda trabalha, considerando a característica de perda de poder de compra da aposentadoria.

"Na prática, infelizmente os valores encontram-se em um patamar que está deteriorando o poder de aquisição da população brasileira", completou Boriola.

De acordo com o diretor da Confederação Brasileira de Aposentados e Pensionistas (Cobap), Vicente Fernandes Barbosa, representantes dos aposentados tentarão um encontro com o presidente da Câmara, deputado Michel Temer (PMDB-SP), para discutir projetos que minimizem a perda dos aposentados

17:17
Anónimo disse...
Previdência
Previdência prorroga isenção de tarifas no benefício

O atual sistema de pagamento aos 26 milhões de aposentados e pensionistas do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) será mantido até o final deste ano. O acordo, que permite realizar a operação sem nenhum custo aos beneficiários, foi renovado nesta sexta-feira, entre o governo federal e 21 instituições financeiras.

Por meio desse acordo, vigente desde setembro de 2007, nem os segurados, nem os bancos e nem o governo arcam com o pagamento de tarifas, conforme explicou o ministro da Previdência Social, José Pimentel. A prorrogação vale até dezembro, data máxima para que a Previdência defina as regras para um novo contrato.

Ao assinar o termo de renovação, na sede da Federação Brasileira dos Bancos (Febraban), o ministro disse que a intenção do governo é mudar o atual modelo de gestão visando a reduzir os custos dessas operações em torno da folha mensal, que atinge R$ 15,8 bilhões. No entanto, qualquer alteração, conforme explicou, passará antes por audiências públicas a serem realizadas a partir do segundo semestre deste ano, atendendo a determinação do Tribunal de Contas da União (TCU).

De acordo com Pimentel, com um redesenho do mecanismo de repasse dos recursos aos bancos em torno da folha de pagamento dos segurados o que se busca é um aumento da participação de instituições financeiras. Ele informou que, desde 2007, cada benefício custa em média R$ 1,07 ao governo. "Quanto mais instituições financeiras estiverem prestando serviços à sociedade, maior é a competitividade, a agilidade no atendimento", justificou.

O ministro observou, ainda, que, para permitir uma redução para algo em torno de meia hora no tempo de atendimento para a concessão dos direitos previdenciários, o governo investiu R$ 280 milhões.

Questionado sobre o descontentamento dos segurados que ganham acima de um salário mínimo terem obtido apenas a correção com base na variação do Índice de Preços ao Consumidor (INPC) , ficando abaixo do reajuste dado a quem recebe apenas o mínimo, Pimentel argumentou que o governo seguiu o que determina a lei e descartou a possibilidade de uma revisão

17:17
Anónimo disse...
Empresas
Caterpillar oferece aposentadoria antecipada a 2 mil


A companhia americana Caterpillar ofereceu a cerca de dois mil funcionários incentivos para que se aposentem de forma voluntária antes do previsto, pela perspectiva de uma queda "significativa" da atividade industrial, informou nesta quarta-feira a empresa.

A iniciativa, destinada aos trabalhadores de diversas fábricas em Illinois, Colorado, Tennessee e Pensilvânia, se soma aos cortes de empregos anunciados em janeiro, explicou em comunicado de imprensa.

A empresa, a maior fabricante mundial de maquinaria pesada para a construção e a mineração, acrescentou que, "em função das condições de negócio, podem ser necessárias mais reduções de elenco voluntárias e involuntárias à medida que o ano avança".

O vice-presidente da companhia, Sid Banwart, explicou que a empresa prevê "demissões significativas em todas as regiões geográficas e na maioria dos setores devido às dificuldades da economia mundial".

17:18
Anónimo disse...
Comércio
Comércio exterior da OCDE caiu no 3º trimestre de 2008


As exportações e as importações dos países da Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Econômico (OCDE) caíram 1,6% e 0,2%, respectivamente, no terceiro trimestre de 2008, em relação aos três meses anteriores.

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Trata-se da primeira queda destas atividades desde o terceiro trimestre de 2006, segundo o último relatório trimestral sobre fluxos comerciais divulgado pela OCDE.

As exportações e as importações em dólares dos 30 Estados-membros caíram 15,6% e 17%, respectivamente, na comparação anualizada.

Por sua vez, o comércio dos sete países mais ricos do mundo (G7) teve um pequeno crescimento no terceiro trimestre de 2008 com uma queda das exportações de mercadorias de 0,2% em relação ao trimestre anterior e um aumento de 0,4% das importações.

Em termos anualizados, as importações do G7 caíram 1,4% entre julho e setembro do ano passado, seu primeiro retrocesso desde o terceiro trimestre de 2006, enquanto as exportações aumentaram 1,9%, seu crescimento mais baixo no mesmo tempo.

Por países, a Alemanha aumentou suas importações em 3,4% - valor mais alto do G7 -, enquanto suas exportações caíram 2,9% do segundo para o terceiro trimestre de 2008.

Pelo contrário, as exportações americanas aumentaram 1,8% entre julho e setembro de 2008, enquanto as importações caíram 0,7% em relação ao trimestre anterior. No Japão, tanto as importações quanto as exportações caíram em torno de 1% no mesmo período.

17:19
Anónimo disse...
Economia Nacional
Lula: juros de crédito consignado a aposentados são altos

Atualizada às 17h29

O presidente Luis Inácio Lula da Silva afirmou nesta terça-feira, em São Paulo, que está lutando para reduzir as taxas de juros cobradas de aposentados em crédito consignado. A Previdência Social estabelece uma taxa máxima de 2,5% para empréstimo e de 3,5% para cartão. Para Lula, os valores são altos.

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"Acho que o juro que os aposentados estão pagando hoje com o crédito consignado é alto para o padrão brasileiro", disse o presidente durante a cerimônia de comemoração dos 86 anos do INSS.

A Previdência anunciou nesta terça-feira que aposentados e trabalhadoras com licença-maternidade poderão receber seus benefícios em 30 minutos. De acordo com Lula, em junho, a aposentadoria do trabalhador rural também será conseguida em meia hora.

Além disso, o presidente anunciou que, também em junho, os trabalhadores que alcançarem o direito à aposentadoria passarão a receber em suas casas um comunicado da Previdência informando o fato e o valor do salário que têm direito a receber. "É um comprometimento público que estou fazendo com os companheiros da Previdência Social", disse.

"Estamos retribuindo ao contribuinte da Previdência Social aquilo que é a cidadania que ele tem direito", afirmou Lula. "Se para cobrar nós somos tão precisos, para devolver o dinheiro, temos que chegar próximo à perfeição", completou.

17:20
Anónimo disse...
Economia Nacional
Salário maternidade sairá em 30 minutos, diz ministro

Toda trabalhadora autônoma que tiver contribuído pelo menos 10 meses com o Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) - ou as que possuírem carteira assinada - poderão receber em 30 minutos o salário maternidade a partir desta terça-feira. Da mesma forma, as mulheres com 30 anos de contribuição e os homens com 35 anos também terão direito ao benefício de forma mais rápida. A informação é do ministro da Previdência Social, José Pimentel.

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Para requerer o salário maternidade, é preciso que as autônomas levem a carteira de identidade e o carnê de contribuição. As demais trabalhadoras devem apresentar a identificação e a carteira de trabalho. Desde o início do mês, a nova forma de análise para a concessão de benefícios foi adotada para a aposentadoria por idade do trabalhador urbano e agora foi estendida para o salário maternidade e por tempo de contribuição.

O ministro disse que a qualificação do serviço da previdência social é o reconhecimento do direito dos trabalhadores e da afirmação da cidadania.

"Até pouco tempo na cabeça do cidadão o serviço devia ser de péssima qualidade. Agora não, nós modificamos toda a legislação no mês de dezembro numa ação conjunta do Congresso Nacional com o governo federal. Estamos implantando e concedendo os benefícios em até 30 minutos", afirmou.

O ministro destacou que para conseguir se aposentar ou ter acesso à licença maternidade em 30 minutos, em primeiro lugar, é necessário que o cidadão esteja vinculado à Previdência, o que inclui 65% da população acima de 16 anos de idade.

"Depois bastar marcar pelo sistema 135 o dia e a hora do atendimento e levar a documentação. Se todos os dados necessários estiverem corretos o contribuinte será atendido em até 30 minutos, como vem sendo feito com as aposentadorias por idade desde o dia cinco de janeiro", explicou.

Pimentel disse ainda que em 90% das agências da previdência social o atendimento é marcado em até 48 horas. Nos grandes centros, entretanto existe um volume maior o que torna mais lento o processo.

"Estamos criando mais 715 agências até 2010, em todo o território nacional, para descentralizar o atendimento. Em 2008, atendemos 295 mil benefícios e aposentadorias por idade. Temos 4 mil pessoas por dia procurando e se aposentando por idade no território nacional. Este serviço será agilizado", concluiu.

17:27
Anónimo disse...
Giuseppe Englaro, pai de Eluana, a italiana que morreu na segunda-feira passada por desidratação, recusou uma grande soma de dinheiro de um conhecido fotógrafo italiano que queria retratar a filha em estado de coma, disse neste sábado o neurologista que atendia a mulher desde 1996, Carlo Defanti.

O neurologista, que participou hoje de uma conferência sobre eutanásia, disse que Englaro respeitou a vontade da filha, que, antes do acidente, tinha pedido que, se lhe ocorresse qualquer coisa irreversível, apresentasse sua imagem de quando estava em boas condições.

Antes de sofrer o acidente de trânsito, em 1992, Eluana viveu o coma de um amigo, Alessandro, o que causou forte impacto na italiana e a levou a fazer o pai prometer que não a deixasse viver em estado vegetativo, disse o próprio Giuseppe Englaro.

Defanti, que dissera que Eluana poderia viver de dez a 12 dias depois da suspensão da alimentação e da hidratação, disse que, como médico, tinha que reprovar esta afirmação.

"Não se pode sobreviver após três ou quatro dias sem líquido e, em particular, água em um corpo. Sabemos bem que, quando há um terremoto, após quatro dias é difícil encontrar sobreviventes".

Defanti ressaltou que Eluana "não falava, não se comunicava com o exterior" e que, após vários exames, "nos deparamos com uma moça que tinha perdido a consciência", porque estava com o córtex cerebral prejudicado.

Eluana foi enterrada na quinta-feira passada no túmulo da família na localidade de Paluzza, em Udine, após um funeral que não contou com a presença dos pais.

16:53
Anónimo disse...
Os bombeiros combatem neste sábado os incêndios na Austrália favorecidos pelo bom tempo, enquanto os deslocados encotram em seu retorno casas derruídas, carros queimados nas ruas e destruição.

Depois de sete dias desde que começaram os incêndios no Estado de Victoria, a lista de mortos chega a 181, os desaparecidos somam 50, os edifícios destruídos totalizam 1,834 mil e o terreno arrasado, principalmente florestas, ocupa uma área de 4,13 mil quilômetros quadrados.

As equipes de bombeiros, formadas por 4 mil profissionais de Victoria, de outras partes da Austrália e de países amigos, combateram hoje 12 focos fora de controle e nenhum representava uma ameaça direta para a população.

O subdiretor do Serviço de Bombeiros, Geoff Conway, disse que este tempo favorável, que se prolongará durante o domingo, permite consolidar as linhas de contenção e avançar na extinção das chamas.

Cinzas apareceram arrastadas por ventos do nordeste sobre Melbourne, onde habitam 3,8 milhões de pessoas, e as autoridades alertaram aos cidadãos do risco para a saúde de idosos, crianças e pessoas com problemas respiratórios.

O número de pessoas deslocadas - a Cruz Vermelha chegou a receber 7 mil - começou a cair com a abertura de algumas localidades atingidas.

Os incêndios, alguns criminosos, começaram em 7 de fevereiro, quando a região sul da Austrália estava há duas semanas sob uma onda de calor sem precedentes.

Na sexta-feira passada, a polícia acusou uma pessoa de ter provocado o incêndio que atingiu a localidade de Churchill e matou 21 pessoas.

16:55
Anónimo disse...
A primeira chuva em seis dias reduziu a ameaça de incêndios no Estado de Victoria, ao sul da Austrália. As autoridades, porém, advertiram que ainda existem 12 focos, mas que nenhum deles ameaça áreas povoadas.

Mais de quatro mil bombeiros, mil provenientes de outras partes do país e de outras nações, trabalham contra o fogo. Cerca de 600 veículos e 28 helicópteros e pequenos aviões estão sendo usados.


Eles conseguiram construir linhas de contenção para evitar os incêndios de Yarra e Maroondah se juntassem. Também foram controlados os incêndios abertos de Yea e Murrindindi, que ameaçavam as comunidades de Connellys Creek, Crystal Creek, Scrubby Creek e Native Dog Creek.

O número de mortos chegou a 181, mas as autoridades acreditam que as vítimas devem passar de 200, já que ainda há muitos desaparecidos.

16:55
Anónimo disse...
Aqui nesta coluna, na semana passada, tive a oportunidade de comentar sobre a recente visita do professor brasileiro Pedrinho Guareschi à Austrália. Não dei, porém, os fatos, pois semana passada o assunto era outro.

Hoje, porém, vamos a eles.

No último dia 4 de fevereiro, aconteceu o Seminário "Paulo Freire: Education and Liberation", organizado pelo centro de estudos latino-americanos da Universidade Nacional da Austrália, ou ANU, como é mais conhecida por aqui.

A ANU, para quem não sabe, está entre as 20 melhores universidades do mundo! E tem sede aqui em Camberra, capital da Austrália.

Na abertura do evento, o professor John Minns, diretor do centro latino-americano, ao dar boas-vindas ao público presente, lembrou ser aquele o primeiro seminário exclusivamente dedicado a Paulo Freire na Austrália.

Em seguida, convidou Pedrinho Guareschi, palestrante principal do Seminário, a fazer sua apresentação.

A plateia pode então conhecer, pelas palavras de Pedrinho, um pouco da obra e da vida de Freire, esse brasileiro de fé e valor, que sempre acreditou na educação, sobretudo dos menos favorecidos, analfabetos, como força libertadora.

Como não podia deixar de ser, os conceitos e ideias revolucionários de Paulo Freire, expostos com clareza por Pedrinho, despertaram o interesse e a curiosidade de plateia. A qual, deve-se notar, era na maioria de estudantes, mas de várias nacionalidades, sobretudo australianos e asiáticos.

Na continuação do programa do seminário, que se estendeu por dois dias, outros professores fizeram palestras sobre temas ligados à obra de Paulo Freire.

Interessante, por exemplo, saber que a professora Anne Hickling-Hudson, jamaicana que mora na Austrália há muitos anos (é professora da ANU), conheceu e trabalhou com Freire num workshop educacional durante a revolução na Ilha de Granada, em 1980, antes da invasão dos Estados Unidos...

Ou, então, a palestra da Professora Gerda Roelvink, da Nova Zelândia, que participou do Fórum Social de Porto Alegre em 2005. E essa participação transformou-se em tema de doutorado.

No dia 10, terça-feira passada, o padre Pedrinho Guareschi voltou a falar ao público australiano em grande auditório localizado no belíssimo campus da ANU. Desta vez, sobre a Teologia da Libertação.

Depois da palestra, John Minns mostrou o filme mexicano "O Crime do Padre Amaro", no qual um dos personagens é um padre católico praticante da Teologia da Libertação.

Mais uma vez, foi grande o intersse da platéia, que pode aprender e conhecer um pouco como se desenvolveu aquele importante movimento católico na América Latina.

Fica, assim, ao Pedrinho, bem como a outros brasileiros estudiosos e de bom coração que saem pelo mundo a divulgar aspectos importantes da cultura brasileira, o respeito e a homenagem desta coluna. E... aquele abraço!

16:57
Anónimo disse...
Amanda Kitts perdeu o braço esquerdo em um acidente de automóvel acontecido três anos atrás, mas hoje em dia ela joga futebol americano com seu filho de 12 anos de idade, troca fraldas e abraça as crianças nas três creches Kiddie Cottage que opera em Knoxville, Tennessee. Kitts, 40 anos, faz tudo isso com a ajuda de um novo tipo de braço artificial que se movimenta com mais facilidade do que outros aparelhos e que ela pode controlar utilizando apenas seus pensamentos.

"Eu sou capaz de mexer a mão, o pulso e o cotovelo ao mesmo tempo", diz. "Você pensa e os músculos se movem em seguida".

A recuperação que ela conseguiu resulta de um novo procedimento que vem atraindo crescente atenção porque permite que pessoas movam braços protéticos de forma mais automática do que faziam no passado, simplesmente utilizando nervos reaproveitados em seus cérebros.

A técnica, conhecida como "renervação muscular dirigida", envolve utilizar os nervos que restam depois da amputação de um braço e conectá-los a outro músculo do corpo, em geral no peito. Eletrodos são instalados sobre os músculos do peito, e operam como se fossem antenas. Quando a pessoa deseja mover o braço, o cérebro envia sinais que primeiro resultam em contração dos músculos do peito, os quais enviam um sinal ao braço protético, instruindo-se a se movimentar. O processo não requer mais esforços consciente do que a pessoa teria de exercitar caso ainda tivesse seu braço natural.

Na terça-feira, pesquisadores reportaram em estudo publicado pela versão online do Journal of the American Medical Association que haviam levado a técnica ainda mais à frente, tornando possível a execução de 10 movimentos de mão, pulso e cotovelo diferentes, o que representa uma substancial melhora com relação ao típico repertório protético, que em geral envolve apenas dobrar o cotovelo, girar o pulso e abrir a mão.

"Os novos métodos tiveram impacto dramático em nosso campo de trabalho", disse Stuart Harshbarger, engenheiro biomédico na Universidade Johns Hopkins e diretor do programa de pesquisa sobre próteses, financiado pelas forças armadas, que inclui o trabalho com essa técnica. "O método já está em uso por médicos e cirurgiões comuns em todo o país. A capacidade de controlar um membro protético bastante robusto que ele confere surpreendeu a todos pela qualidade".

Tipicamente, uma pessoa que tenha um braço protético só é capaz de executar alguns poucos movimentos, e muitas vezes com tamanha lentidão que isso só permite a ela atividades limitadas.

Há um motor separado para cada movimento, diz Gerald Loeb, professor de engenharia biomédica na Universidade do Sul da Califórnia, "e esses motores precisam ser controlados de maneira explícita", usualmente por um esforço consciente da pessoa para contrair músculos nas costas ou no bíceps.

"Essencialmente, até agora os pacientes controlavam apenas um motor de cada vez", diz Loeb, "e precisavam pensar cuidadosamente sobre que motor desejavam controlar e como fazê-lo operar, em lugar de simplesmente pensarem em mover o braço e poderem fazê-lo sem delongas".

Antes que Kitts passasse pelo procedimento de renervação, em outubro de 2007, por exemplo, ela precisava movimentar os músculos de suas costas de determinada maneira para fazer com que seu pulso girasse, e flexionar seu bíceps e tríceps para fazer com que o cotovelo se movesse para cima e para baixo. "Era muito trabalho", ela conta. "E não me ajudava muito".

O procedimento de renervação é parte de uma recente explosão de idéias novas e técnicas inovadoras que estão sendo exploradas enquanto os cientistas se esforçam por ajudar as pessoas a compensar melhor a perda de membros ou problemas de paralisia. O esforço vem sendo alimentado pelo aumento no número de amputações causado por diabetes e por ferimentos sofridos pelos militares, e ao mesmo tempo pelos avanços na tecnologia médica.

Os braços se tornaram um dos focos essenciais desse tipo de trabalho. A ciência há muito vem obtendo sucessos no desenvolvimento de próteses de perna, mas é muito mais difícil imitar a complexidade e a destreza das mãos e dos braços.

Os esforços em curso incluem o desenvolvimento de projetos de pele e braços mais sensíveis e mais flexíveis, e o uso de dispositivos acionados por controles sem fio implantado nos braços protéticos, que permitiriam movimentos mais naturais.

Os pesquisadores também vêm usando sensores implantados nos cérebros de cobaias para permitir que dois macacos controlem um braço mecânico, e um teste com um homem paralítico permitiu, com esse método, que ele movimentasse um cursor em uma tela de computador.

Alguns desses métodos, caso venham a ser aperfeiçoados plenamente e consigam aprovação das autoridades regulatórias da saúde, podem no futuro se tornar mais viáveis para os pacientes de amputações.

E embora a técnica da renervação não requeira aprovação das autoridades regulatórias porque é executada por meios cirúrgicos e emprega aparelhos já existentes, ela apresenta limitações que até mesmo seus criadores reconhecem, entre as quais o fato de que não se pode utilizá-la para todos os pacientes, o seu alto custo e o prazo de meses requerido para que os nervos reconectados cresçam e se tornem efetivos.

Ainda assim, os especialistas dizem que é o mais avançado sistema em uso hoje para pacientes reais que permite que o sistema nervoso controle diretamente o movimento de um braço artificial.

Desde sua introdução por Todd Kuiken, médico fisioterapeuta e engenheiro biomédico do Instituto de Reabilitação de Chicago, o método foi empregado em cerca de 30 pacientes nos Estados Unidos, Canadá e Europa, entre os quais oito soldados feridos no Iraque e no Afeganistão.

Muitos dos pacientes, entre os quais o primeiro, Jesse Sullivan, um operário do setor elétrico no Tennessee que perdeu os dois braços quando foi eletrocutado por um cabo, conseguem não apenas manipular seus braços protéticos mas sentir a presença das mãos que já não têm quando alguém toca em seus peitos.

Sullivan, 62 anos, e Kitts, estavam entre os cinco pacientes que participaram do estudo reportado na terça-feira. Em companhia de cinco outras pessoas que não passaram por amputações, eles receberam os eletrodos e foram instruídos a usar pensamentos para fazer com que um braço virtual na tela reproduzisse 10 movimentos diferentes, entre os quais três formas diferentes de aperto de mão.

Os pacientes apresentaram desempenho bastante respeitável, apenas um pouco mais lento e menos preciso do que os dos participantes que não tinham amputações.

"As velocidades de movimento que encontramos em nossos pacientes foram realmente encorajadoras", disse Kuiken. "Eles conseguiram completar a tarefa. É claro que não foram tão competentes quanto as pessoas dotadas de plena capacidade física, mas foram bons o bastante".

Um braço virtual foi usado porque a maioria das próteses existentes não era capaz de acomodar todos aqueles movimentos, no momento da pesquisa, ainda que Sullivan, Kitts e uma terceira paciente, Claudia Mitchell, tenham experimentado dois novos protótipos mais versáteis de braços artificiais, executando tarefas complexas com bolas de tênis e outros objetos.

O trabalho de renervação em soldados apresenta outros desafios, diz Kuiken, porque os ferimentos militares muitas vezes "causam danos muitos extensos" a nervos, músculos ou ossos.

Daniel Acosta, 25 anos, um aviador ferido pela detonação de uma bomba em uma estrada do Iraque em 2005, passou pelo procedimento no ano passado e diz que seu braço esquerdo protético agora se movimenta "muito mais rápido" e de maneira muito mais natural.

"A diferença é que agora não preciso mais pensar para mover o braço", ele diz. "Ele simplesmente se mexe".

Ainda assim, Acosta, de San Antonio, diz que "o processo foi bastante longo" e que os eletrodos precisam ser ajustados para receber os sinais à medida que os nervos crescem ou mudam de posição.

E embora elogiem o método, os especialistas afirmam que a ciência das próteses de braço ainda tem muito por avançar.

"Trata-se de uma parte crucial, mas ainda assim apenas uma parte, das muitas coisas que compreendem a função normal de um braço", disse Loeb, que escreveu um editorial que acompanha o artigo no Journal of the American Medical Association.

"No momento estamos a meio do caminho entre o braço de 'Dr. Fantástico', que fazia involuntariamente a saudação nazista, e o braço de Luke Skywalker em 'Guerra nas Estrelas', que funciona sem nenhum problema assim que é conectado. Creio que precisaremos ainda de muitos anos para conectar todas as peças necessárias a produzir um braço capaz de funcionar normalmente".

17:04
Anónimo disse...
A Espanha disse neste sábado que está preparando uma reclamação oficial contra a decisão da Venezuela de expulsar um membro do Parlamento Europeu que criticou o conselho eleitoral venezuelano.
Luis Herrero, membro do partido conservador espanhol PP, foi deportado na sexta-feira depois que o Conselho Nacional Eleitoral (CNE) o acusou de questionar a imparcialidade da instituição antes de um referendo que pode permitir ao presidente Hugo Chávez permanecer no cargo indefinidamente.

Herrero estava na Venezuela como observador do referendo. Ele acusou Chávez de ter "comportamentos típicos de um ditador" por pedir a contenção de manifestações da oposição.

O governo da Espanha convocou um encontro com o embaixador da Venezuela em Madri para expressar a desaprovação sobre a expulsão de Herrero, disse um representante do Ministério das Relações Exteriores espanhol.

As relações da Venezuela com a Espanha tiveram seu ponto crítico em 2007, quando Chávez ameaçou rever acordos diplomáticos e comerciais depois de ouvir um "cala a boca" do rei espanhol Juan Carlos durante uma cúpula.

A fenda foi oficialmente reparada em 2008, com uma visita oficial de Chávez à Espanha, onde ele cumprimentou o rei e discutiu acordos para investimento no setor petroquímico com o primeiro-ministro José Luis Rodriguez Zapatero.

17:06
Anónimo disse...
A polícia do Zimbábue anunciou neste sábado que acusa de traição Roy Bennett, dirigente do até agora opositor Movimento para a Mudança Democrática (MDC), detido na sexta-feira, em Harare, poucas horas antes da cerimônia de posse dos membros do novo gabinete.

"A Polícia nos informou que vão apresentar acusações de traição", disse à agência EFE o advogado de defesa de Bennett, Trust Maanda.

"Tentam relacionar Roy com o caso de Mike Hitschmann, que foi detido em 2006 em relação à descoberta de um carregamento de armas, apesar de que Hitschmann não tenha sido declarado culpado das acusações de traição apresentadas contra ele, mas de um crime menor de descumprimento de leis", disse Maanda.

O político opositor, designado por seu partido como vice-ministro de Agricultura no Governo de união nacional, esteve no exílio na vizinha África do Sul desde 2006 e retornou ao Zimbábue há duas semanas.

Segundo a Polícia, que deteve Bennett ontem no aeroporto de Harare quando pretendia ir à África do Sul para visitar sua família, as armas apreendidas em 2006 seriam utilizadas em um golpe de Estado para derrubar o presidente do Zimbábue, Robert Mugabe.

Depois da detenção, Bennet foi levado a Mutar, onde vários simpatizantes do MDC se concentraram em frente à delegacia na qual estava detido, diante do que a Polícia respondeu com tiros para o alto para dispersar os manifestantes.

17:07
Anónimo disse...
Austrália: 14 mil se candidatam a 'emprego dos sonhos'

A secretaria de Turismo de Queensland, na Austrália, informou que até esta segunda-feira já recebeu cerca de 14 mil inscrições para o "o melhor emprego do mundo". O Estado australiano promove pela internet seleção para vaga de "zelador" da ilha Hamilton, por seis meses com um salário de R$ 40 mil.

Muitos candidatos tiveram problemas durante a inscrição por conta dos acessos simultâneos ao site. A secretaria aconselha enviar os vídeos de 60s explicando porque deve ser escolhido em horários alternativos do dia, além de recomendar tamanho em torno de 40MB.

As inscrições começaram em 12 de janeiro e vão até o próximo dia 22 e podem ser feitas pelo site www.islandreefjob.com. O governo australiano escolherá 50 candidatos para a próxima fase da seleção, que terá votos do público para eleger um dos 11 finalistas.

A última fase terá entrevistas e desafios físicos, no próprio local de trabalho: as ilhas da Grande Barreira Coralina - o maior recife de coral do mundo. A secretaria de Turismo anunciará o vencedor no dia 6 de maio.

17:09
Anónimo disse...
Mercado elogia governo na crise, mas pede maior queda no juro

Peter Fussy
Direto de São Paulo

Desde as primeiras medidas anunciadas para combater os efeitos da crise, o governo brasileiro avisou que a estratégia não contemplaria um pacote. Seriam doses pontuais, de acordo com a necessidade da economia diante do agravamento das turbulências. Da primeira liberação dos depósitos compulsórios em setembro até a ampliação do seguro-desemprego na última quarta-feira, o governo passou por redução de impostos, ampliação de crédito e incentivos à exportação. Quase 150 dias após a primeira medida, o Terra conversou com líderes do setor público e privado, representantes dos trabalhadores, acadêmicos e com o próprio governo para saber quais destas ações foram mais eficazes, quais foram mais ineficientes e o que mais pode ser feito pelo Estado brasileiro contra a crise.

Os maiores elogios foram direcionados à atitude de reduzir o Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) para a indústria automobilística, anunciada em dezembro e que fez com que os emplacamentos de carros novos subissem 1,9% no primeiro mês do ano em relação a dezembro de 2008. Já as maiores críticas foram para a lentidão no corte da taxa básica de juro do País.

Para o presidente do conselho administrativo do Grupo Pão de Açúcar, Abílio Diniz, o Estado não é responsável pela crise e mesmo assim está agindo "com extrema serenidade e muito acerto". "O governo está atento, fazendo a sua parte. É preciso coragem de baixar firmemente a taxa de juros. É uma arma que temos a nosso favor, já que não há clima para inflação, nem possibilidade de danos para a macroeconomia", afirmou Diniz.

Na última reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), em janeiro, a taxa Selic foi reduzida em um ponto percentual, de 13,75% para 12,75% ao ano. Porém, o professor de economia da Universidade de Brasília (UnB) José Luiz Oreiro lembra que este corte representa uma redução de apenas 0,25 ponto percentual com relação à taxa de setembro do ano passado, quando a crise se agravou.

"Pouco antes da eclosão da crise, o Banco Central aumentou a taxa em 0,75 ponto. Foram cinco meses de demora para reduzir em termos líquidos apenas 0,25 ponto", afirmou o economista, que também sugeriu redução do intervalo de cerca de 90 dias entre as reuniões do Copom e o corte de pelo menos um 1 ponto percentual em cada reunião.

Mesmo com o corte de janeiro, a taxa de juros real continua sendo a maior do mundo, lembrou o secretário-geral da Força Sindical, João Carlos Gonçalves, o Juruna. "A redução da taxa de juro ainda é pequena, porque ela continua uma das mais altas do mundo. Falta ousadia para baixar os juros e ajudar o cidadão. A permanência da taxa de juro alta é negativa para o País em meio a crise", afirmou Juruna.

Embora aprove as ações do governo, o senador Aloízio Mercadante (PT-SP) também acredita que o patamar da Selic está muito alto. "Sempre fomos os primeiros a entrar em qualquer crise, o que não aconteceu agora. A taxa Selic ainda é muito alta, mas o governo têm tomado medidas acertadas, como o aumento do salário mínimo, mesmo com um cenário de crise. Isso ajuda a movimentar o consumo. O governo está se esforçando para manter os investimentos e o crescimento", disse.

Tributos
De acordo com o economista Fabio Pina, da Fecomercio-SP, as ações mais positivas estão relacionadas à redução de tributos para alguns segmentos, como a indústria automobilística, que recuperou parte da queda nas vendas em janeiro com a isenção do IPI para carros 1.0 l e o corte para demais motorizações. A medida vale até o final de março.

"Essas medidas não só reduziram o preço, mas anteciparam o consumo daqueles que iriam comprar no futuro, dando um prêmio por conta da insegurança. Mexe diretamente com o principal problema que é a confiança do consumidor", afirmou. Juruna destacou que um bom ritmo de vendas é garantia de emprego. "É importante porque cada emprego na montadora significa 19 na cadeia produtiva", comentou o representante da Força Sindical.

Também em dezembro, o governo decidiu cortar pela metade a alíquota do Imposto de Renda para contribuintes que ganham entre R$ 1.434 e R$ 2.150 mensais. "O salário aumentava e a tabela não se modificava. As pessoas ganhavam mais e pagavam mais impostos", apontou Juruna. Outra redução de tributos do governo foi com relação ao Imposto sobre Operações Financeiras (IOF), que caiu de 3% ao ano para 1,5%.

Crédito
Na segunda metade de 2008, o colapso de bancos nos Estados Unidos por conta da crise do subprime provocou uma forte restrição de crédito no mundo inteiro. Uma das primeiras medidas anticrise do governo teve como objetivo restabelecer a oferta, com mudanças no recolhimento dos depósitos compulsórios por parte dos bancos. Segundo o presidente do Banco Central, Henrique Meirelles, as diversas modificações liberaram US$ 99,2 bilhões aos bancos até o final de janeiro.

Além disso, o governo concedeu R$ 36 bilhões das reservas internacionais para empresas brasileiras com dívidas no exterior e uma medida provisória autorizou o Banco do Brasil e a Caixa Econômica Federal a comprar carteiras de crédito de bancos privados. Para o diretor do Departamento de Pesquisas e Estudos Econômicos da Fiesp, Paulo Francini, estas medidas foram essenciais para combater os efeitos da crise.

"A crise se desenvolve no mundo em torno do tema crédito. E o crédito reduziu-se barbaridade no mundo. Então o governo lança mão de compulsório, lança mão de reservas, de medidas que permitem aos bancos comprar carteiras de bancos. Você vai tomando várias medidas para atender às demandas e o epicentro disso é crédito", afirmou.

No entanto, Oreiro, da UnB, adverte que a liberação dos compulsórios seria mais eficiente acompanhada de redução mais agressiva da taxa básica de juro. "Uma parte do crédito voltou, depois da forte retração em outubro e novembro. O que deveria ter sido feito junto à liberação do compulsório era uma redução mais drástica da taxa de juro. Sem isso, os bancos pegam as reservas e acabam comprando títulos públicos", explicou o economista.

Na opinião de Pina, as ações de distribuição de crédito via redução do compulsório e a disposição de capital de giro para empresas foram tomadas sem um cuidado maior na operação e não tiveram muito efeito. "O BNDES tem linhas que ficam paradas quase todo o ano, agora é pior ainda. Existem os recursos, mas as empresas e os bancos estão desconfiados. É preciso fazer com que os bancos tenham interesse em emprestar", afirmou o economista da Fecomercio-SP.

Futuro
Mesmo com todas essas medidas, a crise financeira ainda gera incertezas nos setores produtivos do País. Nos últimos meses, o medo do desemprego fez os consumidores adiarem compras. Por sua vez, a queda nas vendas pode obrigar as indústrias a cortarem a produção e demitir funcionários. Contra isso, empresários sugerem redução de jornada e de salários.

"Isto está previsto em lei. A Fiesp simplesmente manteve conversações com entidades sindicais quanto à aplicação daquilo que já está previsto em lei", afirmou Francini.

Segundo a ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff, uma das medidas que assegura um nível de emprego é a manutenção de investimentos no Programa de Aceleração do Crescimento (PAC). "Estamos esperando que a dificuldade ocorra em janeiro, fevereiro e março. Estamos certos que vamos manter o nível de investimento. É isso que funciona, é isso que significa investimento público. Ele funciona como um colchão. Por isso, nós colocamos R$ 100 bilhões no BNDES e a Petrobras ampliou o seu investimento em R$ 120 bilhões", afirmou.

Na mesma linha, Pina explica que a antecipação de gastos do governo substitui parte da demanda retraída do setor privado. "Ele dá o seguinte recado: não vou estourar as contas públicas, mas concentrar em um momento em que a demanda privada está pequena. Mas o governo não tem fôlego suficiente para fazer o papel de toda demanda", ressaltou. O economista da Fecomercio lembrou que a entidade já pleiteou junto ao governo isenções para transferência de imóveis e de automóveis, além de retirar o IPVA para veículos novos.

Já Oreiro foca suas propostas na capitalização do Banco do Brasil e da Caixa Econômica Federal pelo Tesouro para atender a demanda de crédito para capital de giro e reduzir o spread. "Aumentando o empréstimo e reduzindo as taxas, os dois vão forçar os bancos privados a acompanhar o movimento, até para não perderem participação no mercado", explicou o economista da UnB.

Até o Carnaval, o governou prometeu detalhar um pacote de incentivos para a construção de até um milhão de casas populares, direcionado a famílias com renda de até dez salários mínimos. "Estamos atentos a tudo o que está acontecendo e novas medidas serão tomadas caso haja uma avaliação de que sejam necessárias", disse o ministro da Fazenda, Guido Mantega, na última sexta-feira.

17:11
Anónimo disse...
Ex-ministro critica extensão do seguro-desemprego

Atualizada às 09h03

O ex-ministro do Trabalho Almir Pazzianotto criticou a decisão do governo federal de conceder o seguro-desemprego estendido a apenas alguns setores. "É certamente odioso e provavelmente inconstitucional", disse Pazzianotto, de acordo com o jornal O Estado de S. Paulo.

Na última qurta, dia do anúncio da medida, centrais sindicais elogiaram a atitude do governo. A Força Sindical divulgou nota dizendo que "o aumento ajudará a aquecer parte da economia, já que irá gerar mais consumo, produção e conseqüentemente, a criação de novos postos de trabalho". A União Geral dos Trabalhadores (UGT) afirmou que a medida "contribuirá para minimizar o drama dos trabalhadores que perderem seu emprego por conta da crise".

O ex-ministro, que instituiu o seguro-desemprego no País no governo de José Sarney, destacou a necessidade de as centrais sindicais se manifestarem contra a determinação. Para ele, as mudanças devem ser aplicadas a todas as categorias profissionais e a distinção é contrária ao artigo 3º da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT).

Pazzianotto atribui a medida a um possível temor do governo de que a crise econômica seja longa e não haja dinheiro para atender a todas as necessidades. Ainda assim, ele se mostra contrário ao método de concessão. "O seguro-desemprego ajuda a sanar necessidades básicas. Estendê-lo é paliativo, não a solução", disse ao jornal.

De acordo com o presidente do Conselho Deliberativo do Fundo de Amparo ao Trabalhador (Codefat) e conselheiro da Força Sindical, Luiz Fernando Emediato, a determinação já estava prevista na lei 8.900/94, que trata do seguro-desemprego.

O presidente da Comissão de Trabalho da Câmara, Pedro Fernandes (PTB-MA) vai além na crítica à concessão do seguro para apenas alguns setores. Ele acredita que a ampliação do benefício estimula o desemprego.

Quintino Severo, secretário geral da Central Única dos Trabalhadores (CUT), lembra que a ampliação do benefício sem critério e identificação pode incentivar demissões em outros setores.

17:13
Anónimo disse...
Empresas
TAM faz promoção para destinos internacionais

A companhia aérea TAM anunciou nesta sexta-feira tarifas promocionais para trechos internacionais. Os preços valem para bilhetes comprados entre 6h deste sábado e 23h59 deste domingo e são válidos para classe econômica. As tarifas, para ida e volta, serão vendidas a partir de US$ 99, mais taxas.

Segundo a aérea, a promoção vale para viagens feitas no período de 14 de fevereiro a 18 de junho de 2009. Para destinos na América do Sul, a permanência mínima é de dois dias; para bilhetes com destino nos Estados Unidos, cinco dias; e Europa, sete dias. A permanência máxima para as passagens para América do Sul e EUA é de dois meses e para Europa, três meses.

Entre os exemplos de tarifas promocionais, a TAM oferece São Paulo-Lima por US$ 99. Bilhetes para a rota São Paulo-Santiago serão vendidos a partir de US$ 199 e São Paulo-Nova York, US$ 799.

A emissão dos bilhetes deve ser feita obrigatoriamente no ato da reserva, obedecendo às regras estipuladas pela companhia. A compra está sujeita à disponibilidade de assentos nas classes tarifárias determinadas, trechos, horários e datas. A TAM afirmou que também há tarifas promocionais para a classe executiva.

Mais informações podem ser encontradas no site promocional (www.ofertastam.com.br), no site da empresa (www.tam.com.br) ou pelos telefones 4002-5700 ou 0800 5705700.

17:13
Anónimo disse...
Empresas
Consultoria negocia compra do parque temático Hopi Hari

A consultoria especializada em reestruturação de empresas Íntegra Associados informou nesta sexta-feira ter um acordo para comprar o parque de diversões Hopi Hari, localizado no interior de São Paulo. A empresa estaria disposta a investir R$ 10 milhões no parque, que tem dívida estimada em R$ 800 milhões. As informações são da edição deste sábado do jornal Folha de S. Paulo.

De acordo com o jornal, a transação ainda depende da negociação entre o Hopi Hari e seus credores, o que já estaria em andamento.

A consultoria paulista já atuou junto à Parmalat, durante 30 meses, quando reorganizou a gestão da empresa italiana.

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17:14
Anónimo disse...
Empresas
Disney de Tóquio contratará mais 2 mil apesar da crise


A Oriental Land, o operador da Disneylândia Tóquio e DisneySea, organizou neste domingo entrevistas para contratar cerca de 2 mil trabalhadores em tempo parcial, em um momento de grandes demissões deste tipo de empregados no Japão.

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O operador deste parque temático, situado em Urayasu, na província de Chiba (leste de Tóquio), está em pleno processo de seleção de empregados para 20 tipos de postos trabalhistas diferentes.

Segundo a companhia, citada pela agência local de notícias Kyodo, o parque contratará novos trabalhadores para as atrações, para os restaurantes e guardas de segurança entre outros. Os novos contratados começarão a trabalhar a partir de fevereiro.

O processo de seleção acontece em um momento em que a maioria das grandes companhias japonesas começaram a se ver obrigadas a despedir uma elevada percentagem de seus trabalhadores temporários e a tempo parcial.

Algumas inclusive anunciaram demissões de seus trabalhadores fixos, uma medida muito pouco comum nas companhias japonesas, perante os efeitos piores que o esperado pela crise econômica global.

Cerca de uma centena de pessoas esperavam desde a primeira hora desta manhã a abertura do centro de conferências Tokyo International Forum, onde as entrevistas estão sendo feitas, para ser os primeiros a solicitar os postos de trabalho.


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17:15
Anónimo disse...
Economia Internacional
Senado dos EUA aprova plano de estímulo à economia

O Senado dos Estados Unidos aprovou com 60 votos a favor e 38 contra o plano de estímulo à economia de US$ 787 bilhões na madrugada deste sábado. Agora, ele segue para sanção ou veto do presidente Barack Obama, que espera colocar a lei em prática até o dia 16 de fevereiro.

O plano prevê a criação de três milhões de empregos, inclui cortes de impostos às famílias, fundos para programas sociais e obras públicas, além de ajuda aos governos estaduais, estudantes e desempregados.

A cláusula Buy American - que exige o uso de ferro, aço e produtos manufaturados dos Estados Unidos em obras realizadas com recursos do pacote - ficou de lado. Segundo o texto definitivo, a cláusula será aplicada sem violar as normas do comércio internacional.

Ontem à tarde, a Câmara de Representantes (deputados) havia aprovado, por 246 votos a favor e 183 contra, a versão final do plano. Todos os republicanos foram contrários ao pacote.

Pelo acordo de quarta-feira entre Câmara e Senado, em vez de custar US$ 819 bilhões, como queriam os deputados, ou US$ 838 bilhões como pretendiam os senadores, o pacote ficou em cerca de US$ 787 bilhões, com 65% desse total destinado a gastos do governo federal e 35%, a créditos tributários.

17:16
Anónimo disse...
Economia nacional
Na era Lula, aposentadoria sobe 54% menos que salário mínimo

Thatiane Faria
Especial para o Terra
Direto de São Paulo

Os índices de reajustes concedidos pelo governo em 2009 para aposentados e pensionistas e para o salário mínimo repetiram uma diferença que, só durante o governo de Luiz Inácio Lula da Silva, já chega a 54%. Enquanto o mínimo foi majorado em 12% este ano, as pensões e aposentadorias tiveram aumento de 5,92%. Aposentados que têm o benefício do governo como única fonte de renda reclamam que perdem poder de compra e que sua cesta de compras é composta por itens que aumentam mais em relação à inflação oficial.

Um exemplo prático pode ser entendido a partir da comparação entre um aposentado que ganhava R$ 600 em janeiro de 2003. Na época, o benefício era três vezes, ou 200%, maior que o valor do mínimo em vigência, que era de R$ 200. Aplicando-se os índices de reajuste para aposentadorias e para o mínimo durante os últimos seis anos, o mesmo aposentado estaria recebendo hoje R$ 938,47, comparado a um salário mínimo de R$ 465. A diferença entre os dois valores caiu para pouco mais de 100%.

Enquanto o índice acumulado de reajuste para a aposentadoria durante o governo Lula foi de 60%, para o salário mínimo está em 132%.

O diretor do Sindicato Nacional dos Aposentados, João Inocentini, reclama que os valores dos benefícios para aposentadorias não mantêm o poder de compra do grupo, principalmente dos aposentados que recebem menos que dez salários mínimos.

Nem mesmo o fato de o índice de reajuste das aposentadorias ter ficado acima da inflação acumulada no mesmo período (o IPCA entre janeiro de 2003 e janeiro de 2009 foi de 39,7%) serve de argumento, segundo os aposentados.

"Os idosos, principalmente, têm gastos além das contas gerais como gás, telefone e aluguel. Para eles o custo com remédios, e outros itens da área saúde costuma ser maior", afirmou Inocentini.

O presidente do sindicato afirmou que o grupo realiza um estudo com 100 itens de necessidade de um idoso para comparar o aumento dos produtos com o índice de reajuste do benefício recebido pelos aposentados.

"Daqui dois meses vamos abrir um processo na Justiça e levar essa pesquisa como prova. Segundo a lei, o governo é obrigado a manter o poder de compra com a aposentadoria", disse Inocentini.

Alternativas
O consultor financeiro Cláudio Boriola diz que os aposentados, especialmente nesse momento de crise econômica, devem evitar compras parceladas, pesquisar preços, negociar e fazer bom planejamento financeiro.

Segundo Boriola, alguns aposentados ganham um valor mensal muitas vezes insuficiente para o pagamento das contas e acabam pedindo crédito ou realizando pagamentos a prazo e são obrigados a pagar juros altos.

Na opinião do consultor, pagar uma previdência privada é uma alternativa indicada para quem ainda trabalha, considerando a característica de perda de poder de compra da aposentadoria.

"Na prática, infelizmente os valores encontram-se em um patamar que está deteriorando o poder de aquisição da população brasileira", completou Boriola.

De acordo com o diretor da Confederação Brasileira de Aposentados e Pensionistas (Cobap), Vicente Fernandes Barbosa, representantes dos aposentados tentarão um encontro com o presidente da Câmara, deputado Michel Temer (PMDB-SP), para discutir projetos que minimizem a perda dos aposentados

17:17
Anónimo disse...
Previdência
Previdência prorroga isenção de tarifas no benefício

O atual sistema de pagamento aos 26 milhões de aposentados e pensionistas do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) será mantido até o final deste ano. O acordo, que permite realizar a operação sem nenhum custo aos beneficiários, foi renovado nesta sexta-feira, entre o governo federal e 21 instituições financeiras.

Por meio desse acordo, vigente desde setembro de 2007, nem os segurados, nem os bancos e nem o governo arcam com o pagamento de tarifas, conforme explicou o ministro da Previdência Social, José Pimentel. A prorrogação vale até dezembro, data máxima para que a Previdência defina as regras para um novo contrato.

Ao assinar o termo de renovação, na sede da Federação Brasileira dos Bancos (Febraban), o ministro disse que a intenção do governo é mudar o atual modelo de gestão visando a reduzir os custos dessas operações em torno da folha mensal, que atinge R$ 15,8 bilhões. No entanto, qualquer alteração, conforme explicou, passará antes por audiências públicas a serem realizadas a partir do segundo semestre deste ano, atendendo a determinação do Tribunal de Contas da União (TCU).

De acordo com Pimentel, com um redesenho do mecanismo de repasse dos recursos aos bancos em torno da folha de pagamento dos segurados o que se busca é um aumento da participação de instituições financeiras. Ele informou que, desde 2007, cada benefício custa em média R$ 1,07 ao governo. "Quanto mais instituições financeiras estiverem prestando serviços à sociedade, maior é a competitividade, a agilidade no atendimento", justificou.

O ministro observou, ainda, que, para permitir uma redução para algo em torno de meia hora no tempo de atendimento para a concessão dos direitos previdenciários, o governo investiu R$ 280 milhões.

Questionado sobre o descontentamento dos segurados que ganham acima de um salário mínimo terem obtido apenas a correção com base na variação do Índice de Preços ao Consumidor (INPC) , ficando abaixo do reajuste dado a quem recebe apenas o mínimo, Pimentel argumentou que o governo seguiu o que determina a lei e descartou a possibilidade de uma revisão

17:17
Anónimo disse...
Empresas
Caterpillar oferece aposentadoria antecipada a 2 mil


A companhia americana Caterpillar ofereceu a cerca de dois mil funcionários incentivos para que se aposentem de forma voluntária antes do previsto, pela perspectiva de uma queda "significativa" da atividade industrial, informou nesta quarta-feira a empresa.

A iniciativa, destinada aos trabalhadores de diversas fábricas em Illinois, Colorado, Tennessee e Pensilvânia, se soma aos cortes de empregos anunciados em janeiro, explicou em comunicado de imprensa.

A empresa, a maior fabricante mundial de maquinaria pesada para a construção e a mineração, acrescentou que, "em função das condições de negócio, podem ser necessárias mais reduções de elenco voluntárias e involuntárias à medida que o ano avança".

O vice-presidente da companhia, Sid Banwart, explicou que a empresa prevê "demissões significativas em todas as regiões geográficas e na maioria dos setores devido às dificuldades da economia mundial".

17:18
Anónimo disse...
Comércio
Comércio exterior da OCDE caiu no 3º trimestre de 2008


As exportações e as importações dos países da Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Econômico (OCDE) caíram 1,6% e 0,2%, respectivamente, no terceiro trimestre de 2008, em relação aos três meses anteriores.

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Trata-se da primeira queda destas atividades desde o terceiro trimestre de 2006, segundo o último relatório trimestral sobre fluxos comerciais divulgado pela OCDE.

As exportações e as importações em dólares dos 30 Estados-membros caíram 15,6% e 17%, respectivamente, na comparação anualizada.

Por sua vez, o comércio dos sete países mais ricos do mundo (G7) teve um pequeno crescimento no terceiro trimestre de 2008 com uma queda das exportações de mercadorias de 0,2% em relação ao trimestre anterior e um aumento de 0,4% das importações.

Em termos anualizados, as importações do G7 caíram 1,4% entre julho e setembro do ano passado, seu primeiro retrocesso desde o terceiro trimestre de 2006, enquanto as exportações aumentaram 1,9%, seu crescimento mais baixo no mesmo tempo.

Por países, a Alemanha aumentou suas importações em 3,4% - valor mais alto do G7 -, enquanto suas exportações caíram 2,9% do segundo para o terceiro trimestre de 2008.

Pelo contrário, as exportações americanas aumentaram 1,8% entre julho e setembro de 2008, enquanto as importações caíram 0,7% em relação ao trimestre anterior. No Japão, tanto as importações quanto as exportações caíram em torno de 1% no mesmo período.

17:19
Anónimo disse...
Economia Nacional
Lula: juros de crédito consignado a aposentados são altos

Atualizada às 17h29

O presidente Luis Inácio Lula da Silva afirmou nesta terça-feira, em São Paulo, que está lutando para reduzir as taxas de juros cobradas de aposentados em crédito consignado. A Previdência Social estabelece uma taxa máxima de 2,5% para empréstimo e de 3,5% para cartão. Para Lula, os valores são altos.

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"Acho que o juro que os aposentados estão pagando hoje com o crédito consignado é alto para o padrão brasileiro", disse o presidente durante a cerimônia de comemoração dos 86 anos do INSS.

A Previdência anunciou nesta terça-feira que aposentados e trabalhadoras com licença-maternidade poderão receber seus benefícios em 30 minutos. De acordo com Lula, em junho, a aposentadoria do trabalhador rural também será conseguida em meia hora.

Além disso, o presidente anunciou que, também em junho, os trabalhadores que alcançarem o direito à aposentadoria passarão a receber em suas casas um comunicado da Previdência informando o fato e o valor do salário que têm direito a receber. "É um comprometimento público que estou fazendo com os companheiros da Previdência Social", disse.

"Estamos retribuindo ao contribuinte da Previdência Social aquilo que é a cidadania que ele tem direito", afirmou Lula. "Se para cobrar nós somos tão precisos, para devolver o dinheiro, temos que chegar próximo à perfeição", completou.

17:20
Anónimo disse...
Economia Nacional
Salário maternidade sairá em 30 minutos, diz ministro

Toda trabalhadora autônoma que tiver contribuído pelo menos 10 meses com o Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) - ou as que possuírem carteira assinada - poderão receber em 30 minutos o salário maternidade a partir desta terça-feira. Da mesma forma, as mulheres com 30 anos de contribuição e os homens com 35 anos também terão direito ao benefício de forma mais rápida. A informação é do ministro da Previdência Social, José Pimentel.

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Para requerer o salário maternidade, é preciso que as autônomas levem a carteira de identidade e o carnê de contribuição. As demais trabalhadoras devem apresentar a identificação e a carteira de trabalho. Desde o início do mês, a nova forma de análise para a concessão de benefícios foi adotada para a aposentadoria por idade do trabalhador urbano e agora foi estendida para o salário maternidade e por tempo de contribuição.

O ministro disse que a qualificação do serviço da previdência social é o reconhecimento do direito dos trabalhadores e da afirmação da cidadania.

"Até pouco tempo na cabeça do cidadão o serviço devia ser de péssima qualidade. Agora não, nós modificamos toda a legislação no mês de dezembro numa ação conjunta do Congresso Nacional com o governo federal. Estamos implantando e concedendo os benefícios em até 30 minutos", afirmou.

O ministro destacou que para conseguir se aposentar ou ter acesso à licença maternidade em 30 minutos, em primeiro lugar, é necessário que o cidadão esteja vinculado à Previdência, o que inclui 65% da população acima de 16 anos de idade.

"Depois bastar marcar pelo sistema 135 o dia e a hora do atendimento e levar a documentação. Se todos os dados necessários estiverem corretos o contribuinte será atendido em até 30 minutos, como vem sendo feito com as aposentadorias por idade desde o dia cinco de janeiro", explicou.

Pimentel disse ainda que em 90% das agências da previdência social o atendimento é marcado em até 48 horas. Nos grandes centros, entretanto existe um volume maior o que torna mais lento o processo.

"Estamos criando mais 715 agências até 2010, em todo o território nacional, para descentralizar o atendimento. Em 2008, atendemos 295 mil benefícios e aposentadorias por idade. Temos 4 mil pessoas por dia procurando e se aposentando por idade no território nacional. Este serviço será agilizado", concluiu.

17:27
Anónimo disse...
Giuseppe Englaro, pai de Eluana, a italiana que morreu na segunda-feira passada por desidratação, recusou uma grande soma de dinheiro de um conhecido fotógrafo italiano que queria retratar a filha em estado de coma, disse neste sábado o neurologista que atendia a mulher desde 1996, Carlo Defanti.

O neurologista, que participou hoje de uma conferência sobre eutanásia, disse que Englaro respeitou a vontade da filha, que, antes do acidente, tinha pedido que, se lhe ocorresse qualquer coisa irreversível, apresentasse sua imagem de quando estava em boas condições.

Antes de sofrer o acidente de trânsito, em 1992, Eluana viveu o coma de um amigo, Alessandro, o que causou forte impacto na italiana e a levou a fazer o pai prometer que não a deixasse viver em estado vegetativo, disse o próprio Giuseppe Englaro.

Defanti, que dissera que Eluana poderia viver de dez a 12 dias depois da suspensão da alimentação e da hidratação, disse que, como médico, tinha que reprovar esta afirmação.

"Não se pode sobreviver após três ou quatro dias sem líquido e, em particular, água em um corpo. Sabemos bem que, quando há um terremoto, após quatro dias é difícil encontrar sobreviventes".

Defanti ressaltou que Eluana "não falava, não se comunicava com o exterior" e que, após vários exames, "nos deparamos com uma moça que tinha perdido a consciência", porque estava com o córtex cerebral prejudicado.

Eluana foi enterrada na quinta-feira passada no túmulo da família na localidade de Paluzza, em Udine, após um funeral que não contou com a presença dos pais.

16:53
Anónimo disse...
Os bombeiros combatem neste sábado os incêndios na Austrália favorecidos pelo bom tempo, enquanto os deslocados encotram em seu retorno casas derruídas, carros queimados nas ruas e destruição.

Depois de sete dias desde que começaram os incêndios no Estado de Victoria, a lista de mortos chega a 181, os desaparecidos somam 50, os edifícios destruídos totalizam 1,834 mil e o terreno arrasado, principalmente florestas, ocupa uma área de 4,13 mil quilômetros quadrados.

As equipes de bombeiros, formadas por 4 mil profissionais de Victoria, de outras partes da Austrália e de países amigos, combateram hoje 12 focos fora de controle e nenhum representava uma ameaça direta para a população.

O subdiretor do Serviço de Bombeiros, Geoff Conway, disse que este tempo favorável, que se prolongará durante o domingo, permite consolidar as linhas de contenção e avançar na extinção das chamas.

Cinzas apareceram arrastadas por ventos do nordeste sobre Melbourne, onde habitam 3,8 milhões de pessoas, e as autoridades alertaram aos cidadãos do risco para a saúde de idosos, crianças e pessoas com problemas respiratórios.

O número de pessoas deslocadas - a Cruz Vermelha chegou a receber 7 mil - começou a cair com a abertura de algumas localidades atingidas.

Os incêndios, alguns criminosos, começaram em 7 de fevereiro, quando a região sul da Austrália estava há duas semanas sob uma onda de calor sem precedentes.

Na sexta-feira passada, a polícia acusou uma pessoa de ter provocado o incêndio que atingiu a localidade de Churchill e matou 21 pessoas.

16:55
Anónimo disse...
A primeira chuva em seis dias reduziu a ameaça de incêndios no Estado de Victoria, ao sul da Austrália. As autoridades, porém, advertiram que ainda existem 12 focos, mas que nenhum deles ameaça áreas povoadas.

Mais de quatro mil bombeiros, mil provenientes de outras partes do país e de outras nações, trabalham contra o fogo. Cerca de 600 veículos e 28 helicópteros e pequenos aviões estão sendo usados.


Eles conseguiram construir linhas de contenção para evitar os incêndios de Yarra e Maroondah se juntassem. Também foram controlados os incêndios abertos de Yea e Murrindindi, que ameaçavam as comunidades de Connellys Creek, Crystal Creek, Scrubby Creek e Native Dog Creek.

O número de mortos chegou a 181, mas as autoridades acreditam que as vítimas devem passar de 200, já que ainda há muitos desaparecidos.

16:55
Anónimo disse...
Aqui nesta coluna, na semana passada, tive a oportunidade de comentar sobre a recente visita do professor brasileiro Pedrinho Guareschi à Austrália. Não dei, porém, os fatos, pois semana passada o assunto era outro.

Hoje, porém, vamos a eles.

No último dia 4 de fevereiro, aconteceu o Seminário "Paulo Freire: Education and Liberation", organizado pelo centro de estudos latino-americanos da Universidade Nacional da Austrália, ou ANU, como é mais conhecida por aqui.

A ANU, para quem não sabe, está entre as 20 melhores universidades do mundo! E tem sede aqui em Camberra, capital da Austrália.

Na abertura do evento, o professor John Minns, diretor do centro latino-americano, ao dar boas-vindas ao público presente, lembrou ser aquele o primeiro seminário exclusivamente dedicado a Paulo Freire na Austrália.

Em seguida, convidou Pedrinho Guareschi, palestrante principal do Seminário, a fazer sua apresentação.

A plateia pode então conhecer, pelas palavras de Pedrinho, um pouco da obra e da vida de Freire, esse brasileiro de fé e valor, que sempre acreditou na educação, sobretudo dos menos favorecidos, analfabetos, como força libertadora.

Como não podia deixar de ser, os conceitos e ideias revolucionários de Paulo Freire, expostos com clareza por Pedrinho, despertaram o interesse e a curiosidade de plateia. A qual, deve-se notar, era na maioria de estudantes, mas de várias nacionalidades, sobretudo australianos e asiáticos.

Na continuação do programa do seminário, que se estendeu por dois dias, outros professores fizeram palestras sobre temas ligados à obra de Paulo Freire.

Interessante, por exemplo, saber que a professora Anne Hickling-Hudson, jamaicana que mora na Austrália há muitos anos (é professora da ANU), conheceu e trabalhou com Freire num workshop educacional durante a revolução na Ilha de Granada, em 1980, antes da invasão dos Estados Unidos...

Ou, então, a palestra da Professora Gerda Roelvink, da Nova Zelândia, que participou do Fórum Social de Porto Alegre em 2005. E essa participação transformou-se em tema de doutorado.

No dia 10, terça-feira passada, o padre Pedrinho Guareschi voltou a falar ao público australiano em grande auditório localizado no belíssimo campus da ANU. Desta vez, sobre a Teologia da Libertação.

Depois da palestra, John Minns mostrou o filme mexicano "O Crime do Padre Amaro", no qual um dos personagens é um padre católico praticante da Teologia da Libertação.

Mais uma vez, foi grande o intersse da platéia, que pode aprender e conhecer um pouco como se desenvolveu aquele importante movimento católico na América Latina.

Fica, assim, ao Pedrinho, bem como a outros brasileiros estudiosos e de bom coração que saem pelo mundo a divulgar aspectos importantes da cultura brasileira, o respeito e a homenagem desta coluna. E... aquele abraço!

16:57
Anónimo disse...
Amanda Kitts perdeu o braço esquerdo em um acidente de automóvel acontecido três anos atrás, mas hoje em dia ela joga futebol americano com seu filho de 12 anos de idade, troca fraldas e abraça as crianças nas três creches Kiddie Cottage que opera em Knoxville, Tennessee. Kitts, 40 anos, faz tudo isso com a ajuda de um novo tipo de braço artificial que se movimenta com mais facilidade do que outros aparelhos e que ela pode controlar utilizando apenas seus pensamentos.

"Eu sou capaz de mexer a mão, o pulso e o cotovelo ao mesmo tempo", diz. "Você pensa e os músculos se movem em seguida".

A recuperação que ela conseguiu resulta de um novo procedimento que vem atraindo crescente atenção porque permite que pessoas movam braços protéticos de forma mais automática do que faziam no passado, simplesmente utilizando nervos reaproveitados em seus cérebros.

A técnica, conhecida como "renervação muscular dirigida", envolve utilizar os nervos que restam depois da amputação de um braço e conectá-los a outro músculo do corpo, em geral no peito. Eletrodos são instalados sobre os músculos do peito, e operam como se fossem antenas. Quando a pessoa deseja mover o braço, o cérebro envia sinais que primeiro resultam em contração dos músculos do peito, os quais enviam um sinal ao braço protético, instruindo-se a se movimentar. O processo não requer mais esforços consciente do que a pessoa teria de exercitar caso ainda tivesse seu braço natural.

Na terça-feira, pesquisadores reportaram em estudo publicado pela versão online do Journal of the American Medical Association que haviam levado a técnica ainda mais à frente, tornando possível a execução de 10 movimentos de mão, pulso e cotovelo diferentes, o que representa uma substancial melhora com relação ao típico repertório protético, que em geral envolve apenas dobrar o cotovelo, girar o pulso e abrir a mão.

"Os novos métodos tiveram impacto dramático em nosso campo de trabalho", disse Stuart Harshbarger, engenheiro biomédico na Universidade Johns Hopkins e diretor do programa de pesquisa sobre próteses, financiado pelas forças armadas, que inclui o trabalho com essa técnica. "O método já está em uso por médicos e cirurgiões comuns em todo o país. A capacidade de controlar um membro protético bastante robusto que ele confere surpreendeu a todos pela qualidade".

Tipicamente, uma pessoa que tenha um braço protético só é capaz de executar alguns poucos movimentos, e muitas vezes com tamanha lentidão que isso só permite a ela atividades limitadas.

Há um motor separado para cada movimento, diz Gerald Loeb, professor de engenharia biomédica na Universidade do Sul da Califórnia, "e esses motores precisam ser controlados de maneira explícita", usualmente por um esforço consciente da pessoa para contrair músculos nas costas ou no bíceps.

"Essencialmente, até agora os pacientes controlavam apenas um motor de cada vez", diz Loeb, "e precisavam pensar cuidadosamente sobre que motor desejavam controlar e como fazê-lo operar, em lugar de simplesmente pensarem em mover o braço e poderem fazê-lo sem delongas".

Antes que Kitts passasse pelo procedimento de renervação, em outubro de 2007, por exemplo, ela precisava movimentar os músculos de suas costas de determinada maneira para fazer com que seu pulso girasse, e flexionar seu bíceps e tríceps para fazer com que o cotovelo se movesse para cima e para baixo. "Era muito trabalho", ela conta. "E não me ajudava muito".

O procedimento de renervação é parte de uma recente explosão de idéias novas e técnicas inovadoras que estão sendo exploradas enquanto os cientistas se esforçam por ajudar as pessoas a compensar melhor a perda de membros ou problemas de paralisia. O esforço vem sendo alimentado pelo aumento no número de amputações causado por diabetes e por ferimentos sofridos pelos militares, e ao mesmo tempo pelos avanços na tecnologia médica.

Os braços se tornaram um dos focos essenciais desse tipo de trabalho. A ciência há muito vem obtendo sucessos no desenvolvimento de próteses de perna, mas é muito mais difícil imitar a complexidade e a destreza das mãos e dos braços.

Os esforços em curso incluem o desenvolvimento de projetos de pele e braços mais sensíveis e mais flexíveis, e o uso de dispositivos acionados por controles sem fio implantado nos braços protéticos, que permitiriam movimentos mais naturais.

Os pesquisadores também vêm usando sensores implantados nos cérebros de cobaias para permitir que dois macacos controlem um braço mecânico, e um teste com um homem paralítico permitiu, com esse método, que ele movimentasse um cursor em uma tela de computador.

Alguns desses métodos, caso venham a ser aperfeiçoados plenamente e consigam aprovação das autoridades regulatórias da saúde, podem no futuro se tornar mais viáveis para os pacientes de amputações.

E embora a técnica da renervação não requeira aprovação das autoridades regulatórias porque é executada por meios cirúrgicos e emprega aparelhos já existentes, ela apresenta limitações que até mesmo seus criadores reconhecem, entre as quais o fato de que não se pode utilizá-la para todos os pacientes, o seu alto custo e o prazo de meses requerido para que os nervos reconectados cresçam e se tornem efetivos.

Ainda assim, os especialistas dizem que é o mais avançado sistema em uso hoje para pacientes reais que permite que o sistema nervoso controle diretamente o movimento de um braço artificial.

Desde sua introdução por Todd Kuiken, médico fisioterapeuta e engenheiro biomédico do Instituto de Reabilitação de Chicago, o método foi empregado em cerca de 30 pacientes nos Estados Unidos, Canadá e Europa, entre os quais oito soldados feridos no Iraque e no Afeganistão.

Muitos dos pacientes, entre os quais o primeiro, Jesse Sullivan, um operário do setor elétrico no Tennessee que perdeu os dois braços quando foi eletrocutado por um cabo, conseguem não apenas manipular seus braços protéticos mas sentir a presença das mãos que já não têm quando alguém toca em seus peitos.

Sullivan, 62 anos, e Kitts, estavam entre os cinco pacientes que participaram do estudo reportado na terça-feira. Em companhia de cinco outras pessoas que não passaram por amputações, eles receberam os eletrodos e foram instruídos a usar pensamentos para fazer com que um braço virtual na tela reproduzisse 10 movimentos diferentes, entre os quais três formas diferentes de aperto de mão.

Os pacientes apresentaram desempenho bastante respeitável, apenas um pouco mais lento e menos preciso do que os dos participantes que não tinham amputações.

"As velocidades de movimento que encontramos em nossos pacientes foram realmente encorajadoras", disse Kuiken. "Eles conseguiram completar a tarefa. É claro que não foram tão competentes quanto as pessoas dotadas de plena capacidade física, mas foram bons o bastante".

Um braço virtual foi usado porque a maioria das próteses existentes não era capaz de acomodar todos aqueles movimentos, no momento da pesquisa, ainda que Sullivan, Kitts e uma terceira paciente, Claudia Mitchell, tenham experimentado dois novos protótipos mais versáteis de braços artificiais, executando tarefas complexas com bolas de tênis e outros objetos.

O trabalho de renervação em soldados apresenta outros desafios, diz Kuiken, porque os ferimentos militares muitas vezes "causam danos muitos extensos" a nervos, músculos ou ossos.

Daniel Acosta, 25 anos, um aviador ferido pela detonação de uma bomba em uma estrada do Iraque em 2005, passou pelo procedimento no ano passado e diz que seu braço esquerdo protético agora se movimenta "muito mais rápido" e de maneira muito mais natural.

"A diferença é que agora não preciso mais pensar para mover o braço", ele diz. "Ele simplesmente se mexe".

Ainda assim, Acosta, de San Antonio, diz que "o processo foi bastante longo" e que os eletrodos precisam ser ajustados para receber os sinais à medida que os nervos crescem ou mudam de posição.

E embora elogiem o método, os especialistas afirmam que a ciência das próteses de braço ainda tem muito por avançar.

"Trata-se de uma parte crucial, mas ainda assim apenas uma parte, das muitas coisas que compreendem a função normal de um braço", disse Loeb, que escreveu um editorial que acompanha o artigo no Journal of the American Medical Association.

"No momento estamos a meio do caminho entre o braço de 'Dr. Fantástico', que fazia involuntariamente a saudação nazista, e o braço de Luke Skywalker em 'Guerra nas Estrelas', que funciona sem nenhum problema assim que é conectado. Creio que precisaremos ainda de muitos anos para conectar todas as peças necessárias a produzir um braço capaz de funcionar normalmente".

17:04
Anónimo disse...
A Espanha disse neste sábado que está preparando uma reclamação oficial contra a decisão da Venezuela de expulsar um membro do Parlamento Europeu que criticou o conselho eleitoral venezuelano.
Luis Herrero, membro do partido conservador espanhol PP, foi deportado na sexta-feira depois que o Conselho Nacional Eleitoral (CNE) o acusou de questionar a imparcialidade da instituição antes de um referendo que pode permitir ao presidente Hugo Chávez permanecer no cargo indefinidamente.

Herrero estava na Venezuela como observador do referendo. Ele acusou Chávez de ter "comportamentos típicos de um ditador" por pedir a contenção de manifestações da oposição.

O governo da Espanha convocou um encontro com o embaixador da Venezuela em Madri para expressar a desaprovação sobre a expulsão de Herrero, disse um representante do Ministério das Relações Exteriores espanhol.

As relações da Venezuela com a Espanha tiveram seu ponto crítico em 2007, quando Chávez ameaçou rever acordos diplomáticos e comerciais depois de ouvir um "cala a boca" do rei espanhol Juan Carlos durante uma cúpula.

A fenda foi oficialmente reparada em 2008, com uma visita oficial de Chávez à Espanha, onde ele cumprimentou o rei e discutiu acordos para investimento no setor petroquímico com o primeiro-ministro José Luis Rodriguez Zapatero.

17:06
Anónimo disse...
A polícia do Zimbábue anunciou neste sábado que acusa de traição Roy Bennett, dirigente do até agora opositor Movimento para a Mudança Democrática (MDC), detido na sexta-feira, em Harare, poucas horas antes da cerimônia de posse dos membros do novo gabinete.

"A Polícia nos informou que vão apresentar acusações de traição", disse à agência EFE o advogado de defesa de Bennett, Trust Maanda.

"Tentam relacionar Roy com o caso de Mike Hitschmann, que foi detido em 2006 em relação à descoberta de um carregamento de armas, apesar de que Hitschmann não tenha sido declarado culpado das acusações de traição apresentadas contra ele, mas de um crime menor de descumprimento de leis", disse Maanda.

O político opositor, designado por seu partido como vice-ministro de Agricultura no Governo de união nacional, esteve no exílio na vizinha África do Sul desde 2006 e retornou ao Zimbábue há duas semanas.

Segundo a Polícia, que deteve Bennett ontem no aeroporto de Harare quando pretendia ir à África do Sul para visitar sua família, as armas apreendidas em 2006 seriam utilizadas em um golpe de Estado para derrubar o presidente do Zimbábue, Robert Mugabe.

Depois da detenção, Bennet foi levado a Mutar, onde vários simpatizantes do MDC se concentraram em frente à delegacia na qual estava detido, diante do que a Polícia respondeu com tiros para o alto para dispersar os manifestantes.

17:07
Anónimo disse...
Austrália: 14 mil se candidatam a 'emprego dos sonhos'

A secretaria de Turismo de Queensland, na Austrália, informou que até esta segunda-feira já recebeu cerca de 14 mil inscrições para o "o melhor emprego do mundo". O Estado australiano promove pela internet seleção para vaga de "zelador" da ilha Hamilton, por seis meses com um salário de R$ 40 mil.

Muitos candidatos tiveram problemas durante a inscrição por conta dos acessos simultâneos ao site. A secretaria aconselha enviar os vídeos de 60s explicando porque deve ser escolhido em horários alternativos do dia, além de recomendar tamanho em torno de 40MB.

As inscrições começaram em 12 de janeiro e vão até o próximo dia 22 e podem ser feitas pelo site www.islandreefjob.com. O governo australiano escolherá 50 candidatos para a próxima fase da seleção, que terá votos do público para eleger um dos 11 finalistas.

A última fase terá entrevistas e desafios físicos, no próprio local de trabalho: as ilhas da Grande Barreira Coralina - o maior recife de coral do mundo. A secretaria de Turismo anunciará o vencedor no dia 6 de maio.

17:09
Anónimo disse...
Mercado elogia governo na crise, mas pede maior queda no juro

Peter Fussy
Direto de São Paulo

Desde as primeiras medidas anunciadas para combater os efeitos da crise, o governo brasileiro avisou que a estratégia não contemplaria um pacote. Seriam doses pontuais, de acordo com a necessidade da economia diante do agravamento das turbulências. Da primeira liberação dos depósitos compulsórios em setembro até a ampliação do seguro-desemprego na última quarta-feira, o governo passou por redução de impostos, ampliação de crédito e incentivos à exportação. Quase 150 dias após a primeira medida, o Terra conversou com líderes do setor público e privado, representantes dos trabalhadores, acadêmicos e com o próprio governo para saber quais destas ações foram mais eficazes, quais foram mais ineficientes e o que mais pode ser feito pelo Estado brasileiro contra a crise.

Os maiores elogios foram direcionados à atitude de reduzir o Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) para a indústria automobilística, anunciada em dezembro e que fez com que os emplacamentos de carros novos subissem 1,9% no primeiro mês do ano em relação a dezembro de 2008. Já as maiores críticas foram para a lentidão no corte da taxa básica de juro do País.

Para o presidente do conselho administrativo do Grupo Pão de Açúcar, Abílio Diniz, o Estado não é responsável pela crise e mesmo assim está agindo "com extrema serenidade e muito acerto". "O governo está atento, fazendo a sua parte. É preciso coragem de baixar firmemente a taxa de juros. É uma arma que temos a nosso favor, já que não há clima para inflação, nem possibilidade de danos para a macroeconomia", afirmou Diniz.

Na última reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), em janeiro, a taxa Selic foi reduzida em um ponto percentual, de 13,75% para 12,75% ao ano. Porém, o professor de economia da Universidade de Brasília (UnB) José Luiz Oreiro lembra que este corte representa uma redução de apenas 0,25 ponto percentual com relação à taxa de setembro do ano passado, quando a crise se agravou.

"Pouco antes da eclosão da crise, o Banco Central aumentou a taxa em 0,75 ponto. Foram cinco meses de demora para reduzir em termos líquidos apenas 0,25 ponto", afirmou o economista, que também sugeriu redução do intervalo de cerca de 90 dias entre as reuniões do Copom e o corte de pelo menos um 1 ponto percentual em cada reunião.

Mesmo com o corte de janeiro, a taxa de juros real continua sendo a maior do mundo, lembrou o secretário-geral da Força Sindical, João Carlos Gonçalves, o Juruna. "A redução da taxa de juro ainda é pequena, porque ela continua uma das mais altas do mundo. Falta ousadia para baixar os juros e ajudar o cidadão. A permanência da taxa de juro alta é negativa para o País em meio a crise", afirmou Juruna.

Embora aprove as ações do governo, o senador Aloízio Mercadante (PT-SP) também acredita que o patamar da Selic está muito alto. "Sempre fomos os primeiros a entrar em qualquer crise, o que não aconteceu agora. A taxa Selic ainda é muito alta, mas o governo têm tomado medidas acertadas, como o aumento do salário mínimo, mesmo com um cenário de crise. Isso ajuda a movimentar o consumo. O governo está se esforçando para manter os investimentos e o crescimento", disse.

Tributos
De acordo com o economista Fabio Pina, da Fecomercio-SP, as ações mais positivas estão relacionadas à redução de tributos para alguns segmentos, como a indústria automobilística, que recuperou parte da queda nas vendas em janeiro com a isenção do IPI para carros 1.0 l e o corte para demais motorizações. A medida vale até o final de março.

"Essas medidas não só reduziram o preço, mas anteciparam o consumo daqueles que iriam comprar no futuro, dando um prêmio por conta da insegurança. Mexe diretamente com o principal problema que é a confiança do consumidor", afirmou. Juruna destacou que um bom ritmo de vendas é garantia de emprego. "É importante porque cada emprego na montadora significa 19 na cadeia produtiva", comentou o representante da Força Sindical.

Também em dezembro, o governo decidiu cortar pela metade a alíquota do Imposto de Renda para contribuintes que ganham entre R$ 1.434 e R$ 2.150 mensais. "O salário aumentava e a tabela não se modificava. As pessoas ganhavam mais e pagavam mais impostos", apontou Juruna. Outra redução de tributos do governo foi com relação ao Imposto sobre Operações Financeiras (IOF), que caiu de 3% ao ano para 1,5%.

Crédito
Na segunda metade de 2008, o colapso de bancos nos Estados Unidos por conta da crise do subprime provocou uma forte restrição de crédito no mundo inteiro. Uma das primeiras medidas anticrise do governo teve como objetivo restabelecer a oferta, com mudanças no recolhimento dos depósitos compulsórios por parte dos bancos. Segundo o presidente do Banco Central, Henrique Meirelles, as diversas modificações liberaram US$ 99,2 bilhões aos bancos até o final de janeiro.

Além disso, o governo concedeu R$ 36 bilhões das reservas internacionais para empresas brasileiras com dívidas no exterior e uma medida provisória autorizou o Banco do Brasil e a Caixa Econômica Federal a comprar carteiras de crédito de bancos privados. Para o diretor do Departamento de Pesquisas e Estudos Econômicos da Fiesp, Paulo Francini, estas medidas foram essenciais para combater os efeitos da crise.

"A crise se desenvolve no mundo em torno do tema crédito. E o crédito reduziu-se barbaridade no mundo. Então o governo lança mão de compulsório, lança mão de reservas, de medidas que permitem aos bancos comprar carteiras de bancos. Você vai tomando várias medidas para atender às demandas e o epicentro disso é crédito", afirmou.

No entanto, Oreiro, da UnB, adverte que a liberação dos compulsórios seria mais eficiente acompanhada de redução mais agressiva da taxa básica de juro. "Uma parte do crédito voltou, depois da forte retração em outubro e novembro. O que deveria ter sido feito junto à liberação do compulsório era uma redução mais drástica da taxa de juro. Sem isso, os bancos pegam as reservas e acabam comprando títulos públicos", explicou o economista.

Na opinião de Pina, as ações de distribuição de crédito via redução do compulsório e a disposição de capital de giro para empresas foram tomadas sem um cuidado maior na operação e não tiveram muito efeito. "O BNDES tem linhas que ficam paradas quase todo o ano, agora é pior ainda. Existem os recursos, mas as empresas e os bancos estão desconfiados. É preciso fazer com que os bancos tenham interesse em emprestar", afirmou o economista da Fecomercio-SP.

Futuro
Mesmo com todas essas medidas, a crise financeira ainda gera incertezas nos setores produtivos do País. Nos últimos meses, o medo do desemprego fez os consumidores adiarem compras. Por sua vez, a queda nas vendas pode obrigar as indústrias a cortarem a produção e demitir funcionários. Contra isso, empresários sugerem redução de jornada e de salários.

"Isto está previsto em lei. A Fiesp simplesmente manteve conversações com entidades sindicais quanto à aplicação daquilo que já está previsto em lei", afirmou Francini.

Segundo a ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff, uma das medidas que assegura um nível de emprego é a manutenção de investimentos no Programa de Aceleração do Crescimento (PAC). "Estamos esperando que a dificuldade ocorra em janeiro, fevereiro e março. Estamos certos que vamos manter o nível de investimento. É isso que funciona, é isso que significa investimento público. Ele funciona como um colchão. Por isso, nós colocamos R$ 100 bilhões no BNDES e a Petrobras ampliou o seu investimento em R$ 120 bilhões", afirmou.

Na mesma linha, Pina explica que a antecipação de gastos do governo substitui parte da demanda retraída do setor privado. "Ele dá o seguinte recado: não vou estourar as contas públicas, mas concentrar em um momento em que a demanda privada está pequena. Mas o governo não tem fôlego suficiente para fazer o papel de toda demanda", ressaltou. O economista da Fecomercio lembrou que a entidade já pleiteou junto ao governo isenções para transferência de imóveis e de automóveis, além de retirar o IPVA para veículos novos.

Já Oreiro foca suas propostas na capitalização do Banco do Brasil e da Caixa Econômica Federal pelo Tesouro para atender a demanda de crédito para capital de giro e reduzir o spread. "Aumentando o empréstimo e reduzindo as taxas, os dois vão forçar os bancos privados a acompanhar o movimento, até para não perderem participação no mercado", explicou o economista da UnB.

Até o Carnaval, o governou prometeu detalhar um pacote de incentivos para a construção de até um milhão de casas populares, direcionado a famílias com renda de até dez salários mínimos. "Estamos atentos a tudo o que está acontecendo e novas medidas serão tomadas caso haja uma avaliação de que sejam necessárias", disse o ministro da Fazenda, Guido Mantega, na última sexta-feira.

17:11
Anónimo disse...
Ex-ministro critica extensão do seguro-desemprego

Atualizada às 09h03

O ex-ministro do Trabalho Almir Pazzianotto criticou a decisão do governo federal de conceder o seguro-desemprego estendido a apenas alguns setores. "É certamente odioso e provavelmente inconstitucional", disse Pazzianotto, de acordo com o jornal O Estado de S. Paulo.

Na última qurta, dia do anúncio da medida, centrais sindicais elogiaram a atitude do governo. A Força Sindical divulgou nota dizendo que "o aumento ajudará a aquecer parte da economia, já que irá gerar mais consumo, produção e conseqüentemente, a criação de novos postos de trabalho". A União Geral dos Trabalhadores (UGT) afirmou que a medida "contribuirá para minimizar o drama dos trabalhadores que perderem seu emprego por conta da crise".

O ex-ministro, que instituiu o seguro-desemprego no País no governo de José Sarney, destacou a necessidade de as centrais sindicais se manifestarem contra a determinação. Para ele, as mudanças devem ser aplicadas a todas as categorias profissionais e a distinção é contrária ao artigo 3º da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT).

Pazzianotto atribui a medida a um possível temor do governo de que a crise econômica seja longa e não haja dinheiro para atender a todas as necessidades. Ainda assim, ele se mostra contrário ao método de concessão. "O seguro-desemprego ajuda a sanar necessidades básicas. Estendê-lo é paliativo, não a solução", disse ao jornal.

De acordo com o presidente do Conselho Deliberativo do Fundo de Amparo ao Trabalhador (Codefat) e conselheiro da Força Sindical, Luiz Fernando Emediato, a determinação já estava prevista na lei 8.900/94, que trata do seguro-desemprego.

O presidente da Comissão de Trabalho da Câmara, Pedro Fernandes (PTB-MA) vai além na crítica à concessão do seguro para apenas alguns setores. Ele acredita que a ampliação do benefício estimula o desemprego.

Quintino Severo, secretário geral da Central Única dos Trabalhadores (CUT), lembra que a ampliação do benefício sem critério e identificação pode incentivar demissões em outros setores.

17:13
Anónimo disse...
Empresas
TAM faz promoção para destinos internacionais

A companhia aérea TAM anunciou nesta sexta-feira tarifas promocionais para trechos internacionais. Os preços valem para bilhetes comprados entre 6h deste sábado e 23h59 deste domingo e são válidos para classe econômica. As tarifas, para ida e volta, serão vendidas a partir de US$ 99, mais taxas.

Segundo a aérea, a promoção vale para viagens feitas no período de 14 de fevereiro a 18 de junho de 2009. Para destinos na América do Sul, a permanência mínima é de dois dias; para bilhetes com destino nos Estados Unidos, cinco dias; e Europa, sete dias. A permanência máxima para as passagens para América do Sul e EUA é de dois meses e para Europa, três meses.

Entre os exemplos de tarifas promocionais, a TAM oferece São Paulo-Lima por US$ 99. Bilhetes para a rota São Paulo-Santiago serão vendidos a partir de US$ 199 e São Paulo-Nova York, US$ 799.

A emissão dos bilhetes deve ser feita obrigatoriamente no ato da reserva, obedecendo às regras estipuladas pela companhia. A compra está sujeita à disponibilidade de assentos nas classes tarifárias determinadas, trechos, horários e datas. A TAM afirmou que também há tarifas promocionais para a classe executiva.

Mais informações podem ser encontradas no site promocional (www.ofertastam.com.br), no site da empresa (www.tam.com.br) ou pelos telefones 4002-5700 ou 0800 5705700.

17:13
Anónimo disse...
Empresas
Consultoria negocia compra do parque temático Hopi Hari

A consultoria especializada em reestruturação de empresas Íntegra Associados informou nesta sexta-feira ter um acordo para comprar o parque de diversões Hopi Hari, localizado no interior de São Paulo. A empresa estaria disposta a investir R$ 10 milhões no parque, que tem dívida estimada em R$ 800 milhões. As informações são da edição deste sábado do jornal Folha de S. Paulo.

De acordo com o jornal, a transação ainda depende da negociação entre o Hopi Hari e seus credores, o que já estaria em andamento.

A consultoria paulista já atuou junto à Parmalat, durante 30 meses, quando reorganizou a gestão da empresa italiana.

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17:14
Anónimo disse...
Empresas
Disney de Tóquio contratará mais 2 mil apesar da crise


A Oriental Land, o operador da Disneylândia Tóquio e DisneySea, organizou neste domingo entrevistas para contratar cerca de 2 mil trabalhadores em tempo parcial, em um momento de grandes demissões deste tipo de empregados no Japão.

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O operador deste parque temático, situado em Urayasu, na província de Chiba (leste de Tóquio), está em pleno processo de seleção de empregados para 20 tipos de postos trabalhistas diferentes.

Segundo a companhia, citada pela agência local de notícias Kyodo, o parque contratará novos trabalhadores para as atrações, para os restaurantes e guardas de segurança entre outros. Os novos contratados começarão a trabalhar a partir de fevereiro.

O processo de seleção acontece em um momento em que a maioria das grandes companhias japonesas começaram a se ver obrigadas a despedir uma elevada percentagem de seus trabalhadores temporários e a tempo parcial.

Algumas inclusive anunciaram demissões de seus trabalhadores fixos, uma medida muito pouco comum nas companhias japonesas, perante os efeitos piores que o esperado pela crise econômica global.

Cerca de uma centena de pessoas esperavam desde a primeira hora desta manhã a abertura do centro de conferências Tokyo International Forum, onde as entrevistas estão sendo feitas, para ser os primeiros a solicitar os postos de trabalho.


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17:15
Anónimo disse...
Economia Internacional
Senado dos EUA aprova plano de estímulo à economia

O Senado dos Estados Unidos aprovou com 60 votos a favor e 38 contra o plano de estímulo à economia de US$ 787 bilhões na madrugada deste sábado. Agora, ele segue para sanção ou veto do presidente Barack Obama, que espera colocar a lei em prática até o dia 16 de fevereiro.

O plano prevê a criação de três milhões de empregos, inclui cortes de impostos às famílias, fundos para programas sociais e obras públicas, além de ajuda aos governos estaduais, estudantes e desempregados.

A cláusula Buy American - que exige o uso de ferro, aço e produtos manufaturados dos Estados Unidos em obras realizadas com recursos do pacote - ficou de lado. Segundo o texto definitivo, a cláusula será aplicada sem violar as normas do comércio internacional.

Ontem à tarde, a Câmara de Representantes (deputados) havia aprovado, por 246 votos a favor e 183 contra, a versão final do plano. Todos os republicanos foram contrários ao pacote.

Pelo acordo de quarta-feira entre Câmara e Senado, em vez de custar US$ 819 bilhões, como queriam os deputados, ou US$ 838 bilhões como pretendiam os senadores, o pacote ficou em cerca de US$ 787 bilhões, com 65% desse total destinado a gastos do governo federal e 35%, a créditos tributários.

17:16
Anónimo disse...
Economia nacional
Na era Lula, aposentadoria sobe 54% menos que salário mínimo

Thatiane Faria
Especial para o Terra
Direto de São Paulo

Os índices de reajustes concedidos pelo governo em 2009 para aposentados e pensionistas e para o salário mínimo repetiram uma diferença que, só durante o governo de Luiz Inácio Lula da Silva, já chega a 54%. Enquanto o mínimo foi majorado em 12% este ano, as pensões e aposentadorias tiveram aumento de 5,92%. Aposentados que têm o benefício do governo como única fonte de renda reclamam que perdem poder de compra e que sua cesta de compras é composta por itens que aumentam mais em relação à inflação oficial.

Um exemplo prático pode ser entendido a partir da comparação entre um aposentado que ganhava R$ 600 em janeiro de 2003. Na época, o benefício era três vezes, ou 200%, maior que o valor do mínimo em vigência, que era de R$ 200. Aplicando-se os índices de reajuste para aposentadorias e para o mínimo durante os últimos seis anos, o mesmo aposentado estaria recebendo hoje R$ 938,47, comparado a um salário mínimo de R$ 465. A diferença entre os dois valores caiu para pouco mais de 100%.

Enquanto o índice acumulado de reajuste para a aposentadoria durante o governo Lula foi de 60%, para o salário mínimo está em 132%.

O diretor do Sindicato Nacional dos Aposentados, João Inocentini, reclama que os valores dos benefícios para aposentadorias não mantêm o poder de compra do grupo, principalmente dos aposentados que recebem menos que dez salários mínimos.

Nem mesmo o fato de o índice de reajuste das aposentadorias ter ficado acima da inflação acumulada no mesmo período (o IPCA entre janeiro de 2003 e janeiro de 2009 foi de 39,7%) serve de argumento, segundo os aposentados.

"Os idosos, principalmente, têm gastos além das contas gerais como gás, telefone e aluguel. Para eles o custo com remédios, e outros itens da área saúde costuma ser maior", afirmou Inocentini.

O presidente do sindicato afirmou que o grupo realiza um estudo com 100 itens de necessidade de um idoso para comparar o aumento dos produtos com o índice de reajuste do benefício recebido pelos aposentados.

"Daqui dois meses vamos abrir um processo na Justiça e levar essa pesquisa como prova. Segundo a lei, o governo é obrigado a manter o poder de compra com a aposentadoria", disse Inocentini.

Alternativas
O consultor financeiro Cláudio Boriola diz que os aposentados, especialmente nesse momento de crise econômica, devem evitar compras parceladas, pesquisar preços, negociar e fazer bom planejamento financeiro.

Segundo Boriola, alguns aposentados ganham um valor mensal muitas vezes insuficiente para o pagamento das contas e acabam pedindo crédito ou realizando pagamentos a prazo e são obrigados a pagar juros altos.

Na opinião do consultor, pagar uma previdência privada é uma alternativa indicada para quem ainda trabalha, considerando a característica de perda de poder de compra da aposentadoria.

"Na prática, infelizmente os valores encontram-se em um patamar que está deteriorando o poder de aquisição da população brasileira", completou Boriola.

De acordo com o diretor da Confederação Brasileira de Aposentados e Pensionistas (Cobap), Vicente Fernandes Barbosa, representantes dos aposentados tentarão um encontro com o presidente da Câmara, deputado Michel Temer (PMDB-SP), para discutir projetos que minimizem a perda dos aposentados

17:17
Anónimo disse...
Previdência
Previdência prorroga isenção de tarifas no benefício

O atual sistema de pagamento aos 26 milhões de aposentados e pensionistas do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) será mantido até o final deste ano. O acordo, que permite realizar a operação sem nenhum custo aos beneficiários, foi renovado nesta sexta-feira, entre o governo federal e 21 instituições financeiras.

Por meio desse acordo, vigente desde setembro de 2007, nem os segurados, nem os bancos e nem o governo arcam com o pagamento de tarifas, conforme explicou o ministro da Previdência Social, José Pimentel. A prorrogação vale até dezembro, data máxima para que a Previdência defina as regras para um novo contrato.

Ao assinar o termo de renovação, na sede da Federação Brasileira dos Bancos (Febraban), o ministro disse que a intenção do governo é mudar o atual modelo de gestão visando a reduzir os custos dessas operações em torno da folha mensal, que atinge R$ 15,8 bilhões. No entanto, qualquer alteração, conforme explicou, passará antes por audiências públicas a serem realizadas a partir do segundo semestre deste ano, atendendo a determinação do Tribunal de Contas da União (TCU).

De acordo com Pimentel, com um redesenho do mecanismo de repasse dos recursos aos bancos em torno da folha de pagamento dos segurados o que se busca é um aumento da participação de instituições financeiras. Ele informou que, desde 2007, cada benefício custa em média R$ 1,07 ao governo. "Quanto mais instituições financeiras estiverem prestando serviços à sociedade, maior é a competitividade, a agilidade no atendimento", justificou.

O ministro observou, ainda, que, para permitir uma redução para algo em torno de meia hora no tempo de atendimento para a concessão dos direitos previdenciários, o governo investiu R$ 280 milhões.

Questionado sobre o descontentamento dos segurados que ganham acima de um salário mínimo terem obtido apenas a correção com base na variação do Índice de Preços ao Consumidor (INPC) , ficando abaixo do reajuste dado a quem recebe apenas o mínimo, Pimentel argumentou que o governo seguiu o que determina a lei e descartou a possibilidade de uma revisão

17:17
Anónimo disse...
Empresas
Caterpillar oferece aposentadoria antecipada a 2 mil


A companhia americana Caterpillar ofereceu a cerca de dois mil funcionários incentivos para que se aposentem de forma voluntária antes do previsto, pela perspectiva de uma queda "significativa" da atividade industrial, informou nesta quarta-feira a empresa.

A iniciativa, destinada aos trabalhadores de diversas fábricas em Illinois, Colorado, Tennessee e Pensilvânia, se soma aos cortes de empregos anunciados em janeiro, explicou em comunicado de imprensa.

A empresa, a maior fabricante mundial de maquinaria pesada para a construção e a mineração, acrescentou que, "em função das condições de negócio, podem ser necessárias mais reduções de elenco voluntárias e involuntárias à medida que o ano avança".

O vice-presidente da companhia, Sid Banwart, explicou que a empresa prevê "demissões significativas em todas as regiões geográficas e na maioria dos setores devido às dificuldades da economia mundial".

17:18
Anónimo disse...
Comércio
Comércio exterior da OCDE caiu no 3º trimestre de 2008


As exportações e as importações dos países da Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Econômico (OCDE) caíram 1,6% e 0,2%, respectivamente, no terceiro trimestre de 2008, em relação aos três meses anteriores.

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Trata-se da primeira queda destas atividades desde o terceiro trimestre de 2006, segundo o último relatório trimestral sobre fluxos comerciais divulgado pela OCDE.

As exportações e as importações em dólares dos 30 Estados-membros caíram 15,6% e 17%, respectivamente, na comparação anualizada.

Por sua vez, o comércio dos sete países mais ricos do mundo (G7) teve um pequeno crescimento no terceiro trimestre de 2008 com uma queda das exportações de mercadorias de 0,2% em relação ao trimestre anterior e um aumento de 0,4% das importações.

Em termos anualizados, as importações do G7 caíram 1,4% entre julho e setembro do ano passado, seu primeiro retrocesso desde o terceiro trimestre de 2006, enquanto as exportações aumentaram 1,9%, seu crescimento mais baixo no mesmo tempo.

Por países, a Alemanha aumentou suas importações em 3,4% - valor mais alto do G7 -, enquanto suas exportações caíram 2,9% do segundo para o terceiro trimestre de 2008.

Pelo contrário, as exportações americanas aumentaram 1,8% entre julho e setembro de 2008, enquanto as importações caíram 0,7% em relação ao trimestre anterior. No Japão, tanto as importações quanto as exportações caíram em torno de 1% no mesmo período.

17:19
Anónimo disse...
Economia Nacional
Lula: juros de crédito consignado a aposentados são altos

Atualizada às 17h29

O presidente Luis Inácio Lula da Silva afirmou nesta terça-feira, em São Paulo, que está lutando para reduzir as taxas de juros cobradas de aposentados em crédito consignado. A Previdência Social estabelece uma taxa máxima de 2,5% para empréstimo e de 3,5% para cartão. Para Lula, os valores são altos.

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"Acho que o juro que os aposentados estão pagando hoje com o crédito consignado é alto para o padrão brasileiro", disse o presidente durante a cerimônia de comemoração dos 86 anos do INSS.

A Previdência anunciou nesta terça-feira que aposentados e trabalhadoras com licença-maternidade poderão receber seus benefícios em 30 minutos. De acordo com Lula, em junho, a aposentadoria do trabalhador rural também será conseguida em meia hora.

Além disso, o presidente anunciou que, também em junho, os trabalhadores que alcançarem o direito à aposentadoria passarão a receber em suas casas um comunicado da Previdência informando o fato e o valor do salário que têm direito a receber. "É um comprometimento público que estou fazendo com os companheiros da Previdência Social", disse.

"Estamos retribuindo ao contribuinte da Previdência Social aquilo que é a cidadania que ele tem direito", afirmou Lula. "Se para cobrar nós somos tão precisos, para devolver o dinheiro, temos que chegar próximo à perfeição", completou.

17:20
Anónimo disse...
Economia Nacional
Salário maternidade sairá em 30 minutos, diz ministro

Toda trabalhadora autônoma que tiver contribuído pelo menos 10 meses com o Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) - ou as que possuírem carteira assinada - poderão receber em 30 minutos o salário maternidade a partir desta terça-feira. Da mesma forma, as mulheres com 30 anos de contribuição e os homens com 35 anos também terão direito ao benefício de forma mais rápida. A informação é do ministro da Previdência Social, José Pimentel.

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Para requerer o salário maternidade, é preciso que as autônomas levem a carteira de identidade e o carnê de contribuição. As demais trabalhadoras devem apresentar a identificação e a carteira de trabalho. Desde o início do mês, a nova forma de análise para a concessão de benefícios foi adotada para a aposentadoria por idade do trabalhador urbano e agora foi estendida para o salário maternidade e por tempo de contribuição.

O ministro disse que a qualificação do serviço da previdência social é o reconhecimento do direito dos trabalhadores e da afirmação da cidadania.

"Até pouco tempo na cabeça do cidadão o serviço devia ser de péssima qualidade. Agora não, nós modificamos toda a legislação no mês de dezembro numa ação conjunta do Congresso Nacional com o governo federal. Estamos implantando e concedendo os benefícios em até 30 minutos", afirmou.

O ministro destacou que para conseguir se aposentar ou ter acesso à licença maternidade em 30 minutos, em primeiro lugar, é necessário que o cidadão esteja vinculado à Previdência, o que inclui 65% da população acima de 16 anos de idade.

"Depois bastar marcar pelo sistema 135 o dia e a hora do atendimento e levar a documentação. Se todos os dados necessários estiverem corretos o contribuinte será atendido em até 30 minutos, como vem sendo feito com as aposentadorias por idade desde o dia cinco de janeiro", explicou.

Pimentel disse ainda que em 90% das agências da previdência social o atendimento é marcado em até 48 horas. Nos grandes centros, entretanto existe um volume maior o que torna mais lento o processo.

"Estamos criando mais 715 agências até 2010, em todo o território nacional, para descentralizar o atendimento. Em 2008, atendemos 295 mil benefícios e aposentadorias por idade. Temos 4 mil pessoas por dia procurando e se aposentando por idade no território nacional. Este serviço será agilizado", concluiu.

17:27
Anónimo disse...
Giuseppe Englaro, pai de Eluana, a italiana que morreu na segunda-feira passada por desidratação, recusou uma grande soma de dinheiro de um conhecido fotógrafo italiano que queria retratar a filha em estado de coma, disse neste sábado o neurologista que atendia a mulher desde 1996, Carlo Defanti.

O neurologista, que participou hoje de uma conferência sobre eutanásia, disse que Englaro respeitou a vontade da filha, que, antes do acidente, tinha pedido que, se lhe ocorresse qualquer coisa irreversível, apresentasse sua imagem de quando estava em boas condições.

Antes de sofrer o acidente de trânsito, em 1992, Eluana viveu o coma de um amigo, Alessandro, o que causou forte impacto na italiana e a levou a fazer o pai prometer que não a deixasse viver em estado vegetativo, disse o próprio Giuseppe Englaro.

Defanti, que dissera que Eluana poderia viver de dez a 12 dias depois da suspensão da alimentação e da hidratação, disse que, como médico, tinha que reprovar esta afirmação.

"Não se pode sobreviver após três ou quatro dias sem líquido e, em particular, água em um corpo. Sabemos bem que, quando há um terremoto, após quatro dias é difícil encontrar sobreviventes".

Defanti ressaltou que Eluana "não falava, não se comunicava com o exterior" e que, após vários exames, "nos deparamos com uma moça que tinha perdido a consciência", porque estava com o córtex cerebral prejudicado.

Eluana foi enterrada na quinta-feira passada no túmulo da família na localidade de Paluzza, em Udine, após um funeral que não contou com a presença dos pais.

16:53
Anónimo disse...
Os bombeiros combatem neste sábado os incêndios na Austrália favorecidos pelo bom tempo, enquanto os deslocados encotram em seu retorno casas derruídas, carros queimados nas ruas e destruição.

Depois de sete dias desde que começaram os incêndios no Estado de Victoria, a lista de mortos chega a 181, os desaparecidos somam 50, os edifícios destruídos totalizam 1,834 mil e o terreno arrasado, principalmente florestas, ocupa uma área de 4,13 mil quilômetros quadrados.

As equipes de bombeiros, formadas por 4 mil profissionais de Victoria, de outras partes da Austrália e de países amigos, combateram hoje 12 focos fora de controle e nenhum representava uma ameaça direta para a população.

O subdiretor do Serviço de Bombeiros, Geoff Conway, disse que este tempo favorável, que se prolongará durante o domingo, permite consolidar as linhas de contenção e avançar na extinção das chamas.

Cinzas apareceram arrastadas por ventos do nordeste sobre Melbourne, onde habitam 3,8 milhões de pessoas, e as autoridades alertaram aos cidadãos do risco para a saúde de idosos, crianças e pessoas com problemas respiratórios.

O número de pessoas deslocadas - a Cruz Vermelha chegou a receber 7 mil - começou a cair com a abertura de algumas localidades atingidas.

Os incêndios, alguns criminosos, começaram em 7 de fevereiro, quando a região sul da Austrália estava há duas semanas sob uma onda de calor sem precedentes.

Na sexta-feira passada, a polícia acusou uma pessoa de ter provocado o incêndio que atingiu a localidade de Churchill e matou 21 pessoas.

16:55
Anónimo disse...
A primeira chuva em seis dias reduziu a ameaça de incêndios no Estado de Victoria, ao sul da Austrália. As autoridades, porém, advertiram que ainda existem 12 focos, mas que nenhum deles ameaça áreas povoadas.

Mais de quatro mil bombeiros, mil provenientes de outras partes do país e de outras nações, trabalham contra o fogo. Cerca de 600 veículos e 28 helicópteros e pequenos aviões estão sendo usados.


Eles conseguiram construir linhas de contenção para evitar os incêndios de Yarra e Maroondah se juntassem. Também foram controlados os incêndios abertos de Yea e Murrindindi, que ameaçavam as comunidades de Connellys Creek, Crystal Creek, Scrubby Creek e Native Dog Creek.

O número de mortos chegou a 181, mas as autoridades acreditam que as vítimas devem passar de 200, já que ainda há muitos desaparecidos.

16:55
Anónimo disse...
Aqui nesta coluna, na semana passada, tive a oportunidade de comentar sobre a recente visita do professor brasileiro Pedrinho Guareschi à Austrália. Não dei, porém, os fatos, pois semana passada o assunto era outro.

Hoje, porém, vamos a eles.

No último dia 4 de fevereiro, aconteceu o Seminário "Paulo Freire: Education and Liberation", organizado pelo centro de estudos latino-americanos da Universidade Nacional da Austrália, ou ANU, como é mais conhecida por aqui.

A ANU, para quem não sabe, está entre as 20 melhores universidades do mundo! E tem sede aqui em Camberra, capital da Austrália.

Na abertura do evento, o professor John Minns, diretor do centro latino-americano, ao dar boas-vindas ao público presente, lembrou ser aquele o primeiro seminário exclusivamente dedicado a Paulo Freire na Austrália.

Em seguida, convidou Pedrinho Guareschi, palestrante principal do Seminário, a fazer sua apresentação.

A plateia pode então conhecer, pelas palavras de Pedrinho, um pouco da obra e da vida de Freire, esse brasileiro de fé e valor, que sempre acreditou na educação, sobretudo dos menos favorecidos, analfabetos, como força libertadora.

Como não podia deixar de ser, os conceitos e ideias revolucionários de Paulo Freire, expostos com clareza por Pedrinho, despertaram o interesse e a curiosidade de plateia. A qual, deve-se notar, era na maioria de estudantes, mas de várias nacionalidades, sobretudo australianos e asiáticos.

Na continuação do programa do seminário, que se estendeu por dois dias, outros professores fizeram palestras sobre temas ligados à obra de Paulo Freire.

Interessante, por exemplo, saber que a professora Anne Hickling-Hudson, jamaicana que mora na Austrália há muitos anos (é professora da ANU), conheceu e trabalhou com Freire num workshop educacional durante a revolução na Ilha de Granada, em 1980, antes da invasão dos Estados Unidos...

Ou, então, a palestra da Professora Gerda Roelvink, da Nova Zelândia, que participou do Fórum Social de Porto Alegre em 2005. E essa participação transformou-se em tema de doutorado.

No dia 10, terça-feira passada, o padre Pedrinho Guareschi voltou a falar ao público australiano em grande auditório localizado no belíssimo campus da ANU. Desta vez, sobre a Teologia da Libertação.

Depois da palestra, John Minns mostrou o filme mexicano "O Crime do Padre Amaro", no qual um dos personagens é um padre católico praticante da Teologia da Libertação.

Mais uma vez, foi grande o intersse da platéia, que pode aprender e conhecer um pouco como se desenvolveu aquele importante movimento católico na América Latina.

Fica, assim, ao Pedrinho, bem como a outros brasileiros estudiosos e de bom coração que saem pelo mundo a divulgar aspectos importantes da cultura brasileira, o respeito e a homenagem desta coluna. E... aquele abraço!

16:57
Anónimo disse...
Amanda Kitts perdeu o braço esquerdo em um acidente de automóvel acontecido três anos atrás, mas hoje em dia ela joga futebol americano com seu filho de 12 anos de idade, troca fraldas e abraça as crianças nas três creches Kiddie Cottage que opera em Knoxville, Tennessee. Kitts, 40 anos, faz tudo isso com a ajuda de um novo tipo de braço artificial que se movimenta com mais facilidade do que outros aparelhos e que ela pode controlar utilizando apenas seus pensamentos.

"Eu sou capaz de mexer a mão, o pulso e o cotovelo ao mesmo tempo", diz. "Você pensa e os músculos se movem em seguida".

A recuperação que ela conseguiu resulta de um novo procedimento que vem atraindo crescente atenção porque permite que pessoas movam braços protéticos de forma mais automática do que faziam no passado, simplesmente utilizando nervos reaproveitados em seus cérebros.

A técnica, conhecida como "renervação muscular dirigida", envolve utilizar os nervos que restam depois da amputação de um braço e conectá-los a outro músculo do corpo, em geral no peito. Eletrodos são instalados sobre os músculos do peito, e operam como se fossem antenas. Quando a pessoa deseja mover o braço, o cérebro envia sinais que primeiro resultam em contração dos músculos do peito, os quais enviam um sinal ao braço protético, instruindo-se a se movimentar. O processo não requer mais esforços consciente do que a pessoa teria de exercitar caso ainda tivesse seu braço natural.

Na terça-feira, pesquisadores reportaram em estudo publicado pela versão online do Journal of the American Medical Association que haviam levado a técnica ainda mais à frente, tornando possível a execução de 10 movimentos de mão, pulso e cotovelo diferentes, o que representa uma substancial melhora com relação ao típico repertório protético, que em geral envolve apenas dobrar o cotovelo, girar o pulso e abrir a mão.

"Os novos métodos tiveram impacto dramático em nosso campo de trabalho", disse Stuart Harshbarger, engenheiro biomédico na Universidade Johns Hopkins e diretor do programa de pesquisa sobre próteses, financiado pelas forças armadas, que inclui o trabalho com essa técnica. "O método já está em uso por médicos e cirurgiões comuns em todo o país. A capacidade de controlar um membro protético bastante robusto que ele confere surpreendeu a todos pela qualidade".

Tipicamente, uma pessoa que tenha um braço protético só é capaz de executar alguns poucos movimentos, e muitas vezes com tamanha lentidão que isso só permite a ela atividades limitadas.

Há um motor separado para cada movimento, diz Gerald Loeb, professor de engenharia biomédica na Universidade do Sul da Califórnia, "e esses motores precisam ser controlados de maneira explícita", usualmente por um esforço consciente da pessoa para contrair músculos nas costas ou no bíceps.

"Essencialmente, até agora os pacientes controlavam apenas um motor de cada vez", diz Loeb, "e precisavam pensar cuidadosamente sobre que motor desejavam controlar e como fazê-lo operar, em lugar de simplesmente pensarem em mover o braço e poderem fazê-lo sem delongas".

Antes que Kitts passasse pelo procedimento de renervação, em outubro de 2007, por exemplo, ela precisava movimentar os músculos de suas costas de determinada maneira para fazer com que seu pulso girasse, e flexionar seu bíceps e tríceps para fazer com que o cotovelo se movesse para cima e para baixo. "Era muito trabalho", ela conta. "E não me ajudava muito".

O procedimento de renervação é parte de uma recente explosão de idéias novas e técnicas inovadoras que estão sendo exploradas enquanto os cientistas se esforçam por ajudar as pessoas a compensar melhor a perda de membros ou problemas de paralisia. O esforço vem sendo alimentado pelo aumento no número de amputações causado por diabetes e por ferimentos sofridos pelos militares, e ao mesmo tempo pelos avanços na tecnologia médica.

Os braços se tornaram um dos focos essenciais desse tipo de trabalho. A ciência há muito vem obtendo sucessos no desenvolvimento de próteses de perna, mas é muito mais difícil imitar a complexidade e a destreza das mãos e dos braços.

Os esforços em curso incluem o desenvolvimento de projetos de pele e braços mais sensíveis e mais flexíveis, e o uso de dispositivos acionados por controles sem fio implantado nos braços protéticos, que permitiriam movimentos mais naturais.

Os pesquisadores também vêm usando sensores implantados nos cérebros de cobaias para permitir que dois macacos controlem um braço mecânico, e um teste com um homem paralítico permitiu, com esse método, que ele movimentasse um cursor em uma tela de computador.

Alguns desses métodos, caso venham a ser aperfeiçoados plenamente e consigam aprovação das autoridades regulatórias da saúde, podem no futuro se tornar mais viáveis para os pacientes de amputações.

E embora a técnica da renervação não requeira aprovação das autoridades regulatórias porque é executada por meios cirúrgicos e emprega aparelhos já existentes, ela apresenta limitações que até mesmo seus criadores reconhecem, entre as quais o fato de que não se pode utilizá-la para todos os pacientes, o seu alto custo e o prazo de meses requerido para que os nervos reconectados cresçam e se tornem efetivos.

Ainda assim, os especialistas dizem que é o mais avançado sistema em uso hoje para pacientes reais que permite que o sistema nervoso controle diretamente o movimento de um braço artificial.

Desde sua introdução por Todd Kuiken, médico fisioterapeuta e engenheiro biomédico do Instituto de Reabilitação de Chicago, o método foi empregado em cerca de 30 pacientes nos Estados Unidos, Canadá e Europa, entre os quais oito soldados feridos no Iraque e no Afeganistão.

Muitos dos pacientes, entre os quais o primeiro, Jesse Sullivan, um operário do setor elétrico no Tennessee que perdeu os dois braços quando foi eletrocutado por um cabo, conseguem não apenas manipular seus braços protéticos mas sentir a presença das mãos que já não têm quando alguém toca em seus peitos.

Sullivan, 62 anos, e Kitts, estavam entre os cinco pacientes que participaram do estudo reportado na terça-feira. Em companhia de cinco outras pessoas que não passaram por amputações, eles receberam os eletrodos e foram instruídos a usar pensamentos para fazer com que um braço virtual na tela reproduzisse 10 movimentos diferentes, entre os quais três formas diferentes de aperto de mão.

Os pacientes apresentaram desempenho bastante respeitável, apenas um pouco mais lento e menos preciso do que os dos participantes que não tinham amputações.

"As velocidades de movimento que encontramos em nossos pacientes foram realmente encorajadoras", disse Kuiken. "Eles conseguiram completar a tarefa. É claro que não foram tão competentes quanto as pessoas dotadas de plena capacidade física, mas foram bons o bastante".

Um braço virtual foi usado porque a maioria das próteses existentes não era capaz de acomodar todos aqueles movimentos, no momento da pesquisa, ainda que Sullivan, Kitts e uma terceira paciente, Claudia Mitchell, tenham experimentado dois novos protótipos mais versáteis de braços artificiais, executando tarefas complexas com bolas de tênis e outros objetos.

O trabalho de renervação em soldados apresenta outros desafios, diz Kuiken, porque os ferimentos militares muitas vezes "causam danos muitos extensos" a nervos, músculos ou ossos.

Daniel Acosta, 25 anos, um aviador ferido pela detonação de uma bomba em uma estrada do Iraque em 2005, passou pelo procedimento no ano passado e diz que seu braço esquerdo protético agora se movimenta "muito mais rápido" e de maneira muito mais natural.

"A diferença é que agora não preciso mais pensar para mover o braço", ele diz. "Ele simplesmente se mexe".

Ainda assim, Acosta, de San Antonio, diz que "o processo foi bastante longo" e que os eletrodos precisam ser ajustados para receber os sinais à medida que os nervos crescem ou mudam de posição.

E embora elogiem o método, os especialistas afirmam que a ciência das próteses de braço ainda tem muito por avançar.

"Trata-se de uma parte crucial, mas ainda assim apenas uma parte, das muitas coisas que compreendem a função normal de um braço", disse Loeb, que escreveu um editorial que acompanha o artigo no Journal of the American Medical Association.

"No momento estamos a meio do caminho entre o braço de 'Dr. Fantástico', que fazia involuntariamente a saudação nazista, e o braço de Luke Skywalker em 'Guerra nas Estrelas', que funciona sem nenhum problema assim que é conectado. Creio que precisaremos ainda de muitos anos para conectar todas as peças necessárias a produzir um braço capaz de funcionar normalmente".

17:04
Anónimo disse...
A Espanha disse neste sábado que está preparando uma reclamação oficial contra a decisão da Venezuela de expulsar um membro do Parlamento Europeu que criticou o conselho eleitoral venezuelano.
Luis Herrero, membro do partido conservador espanhol PP, foi deportado na sexta-feira depois que o Conselho Nacional Eleitoral (CNE) o acusou de questionar a imparcialidade da instituição antes de um referendo que pode permitir ao presidente Hugo Chávez permanecer no cargo indefinidamente.

Herrero estava na Venezuela como observador do referendo. Ele acusou Chávez de ter "comportamentos típicos de um ditador" por pedir a contenção de manifestações da oposição.

O governo da Espanha convocou um encontro com o embaixador da Venezuela em Madri para expressar a desaprovação sobre a expulsão de Herrero, disse um representante do Ministério das Relações Exteriores espanhol.

As relações da Venezuela com a Espanha tiveram seu ponto crítico em 2007, quando Chávez ameaçou rever acordos diplomáticos e comerciais depois de ouvir um "cala a boca" do rei espanhol Juan Carlos durante uma cúpula.

A fenda foi oficialmente reparada em 2008, com uma visita oficial de Chávez à Espanha, onde ele cumprimentou o rei e discutiu acordos para investimento no setor petroquímico com o primeiro-ministro José Luis Rodriguez Zapatero.

17:06
Anónimo disse...
A polícia do Zimbábue anunciou neste sábado que acusa de traição Roy Bennett, dirigente do até agora opositor Movimento para a Mudança Democrática (MDC), detido na sexta-feira, em Harare, poucas horas antes da cerimônia de posse dos membros do novo gabinete.

"A Polícia nos informou que vão apresentar acusações de traição", disse à agência EFE o advogado de defesa de Bennett, Trust Maanda.

"Tentam relacionar Roy com o caso de Mike Hitschmann, que foi detido em 2006 em relação à descoberta de um carregamento de armas, apesar de que Hitschmann não tenha sido declarado culpado das acusações de traição apresentadas contra ele, mas de um crime menor de descumprimento de leis", disse Maanda.

O político opositor, designado por seu partido como vice-ministro de Agricultura no Governo de união nacional, esteve no exílio na vizinha África do Sul desde 2006 e retornou ao Zimbábue há duas semanas.

Segundo a Polícia, que deteve Bennett ontem no aeroporto de Harare quando pretendia ir à África do Sul para visitar sua família, as armas apreendidas em 2006 seriam utilizadas em um golpe de Estado para derrubar o presidente do Zimbábue, Robert Mugabe.

Depois da detenção, Bennet foi levado a Mutar, onde vários simpatizantes do MDC se concentraram em frente à delegacia na qual estava detido, diante do que a Polícia respondeu com tiros para o alto para dispersar os manifestantes.

17:07
Anónimo disse...
Austrália: 14 mil se candidatam a 'emprego dos sonhos'

A secretaria de Turismo de Queensland, na Austrália, informou que até esta segunda-feira já recebeu cerca de 14 mil inscrições para o "o melhor emprego do mundo". O Estado australiano promove pela internet seleção para vaga de "zelador" da ilha Hamilton, por seis meses com um salário de R$ 40 mil.

Muitos candidatos tiveram problemas durante a inscrição por conta dos acessos simultâneos ao site. A secretaria aconselha enviar os vídeos de 60s explicando porque deve ser escolhido em horários alternativos do dia, além de recomendar tamanho em torno de 40MB.

As inscrições começaram em 12 de janeiro e vão até o próximo dia 22 e podem ser feitas pelo site www.islandreefjob.com. O governo australiano escolherá 50 candidatos para a próxima fase da seleção, que terá votos do público para eleger um dos 11 finalistas.

A última fase terá entrevistas e desafios físicos, no próprio local de trabalho: as ilhas da Grande Barreira Coralina - o maior recife de coral do mundo. A secretaria de Turismo anunciará o vencedor no dia 6 de maio.

17:09
Anónimo disse...
Mercado elogia governo na crise, mas pede maior queda no juro

Peter Fussy
Direto de São Paulo

Desde as primeiras medidas anunciadas para combater os efeitos da crise, o governo brasileiro avisou que a estratégia não contemplaria um pacote. Seriam doses pontuais, de acordo com a necessidade da economia diante do agravamento das turbulências. Da primeira liberação dos depósitos compulsórios em setembro até a ampliação do seguro-desemprego na última quarta-feira, o governo passou por redução de impostos, ampliação de crédito e incentivos à exportação. Quase 150 dias após a primeira medida, o Terra conversou com líderes do setor público e privado, representantes dos trabalhadores, acadêmicos e com o próprio governo para saber quais destas ações foram mais eficazes, quais foram mais ineficientes e o que mais pode ser feito pelo Estado brasileiro contra a crise.

Os maiores elogios foram direcionados à atitude de reduzir o Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) para a indústria automobilística, anunciada em dezembro e que fez com que os emplacamentos de carros novos subissem 1,9% no primeiro mês do ano em relação a dezembro de 2008. Já as maiores críticas foram para a lentidão no corte da taxa básica de juro do País.

Para o presidente do conselho administrativo do Grupo Pão de Açúcar, Abílio Diniz, o Estado não é responsável pela crise e mesmo assim está agindo "com extrema serenidade e muito acerto". "O governo está atento, fazendo a sua parte. É preciso coragem de baixar firmemente a taxa de juros. É uma arma que temos a nosso favor, já que não há clima para inflação, nem possibilidade de danos para a macroeconomia", afirmou Diniz.

Na última reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), em janeiro, a taxa Selic foi reduzida em um ponto percentual, de 13,75% para 12,75% ao ano. Porém, o professor de economia da Universidade de Brasília (UnB) José Luiz Oreiro lembra que este corte representa uma redução de apenas 0,25 ponto percentual com relação à taxa de setembro do ano passado, quando a crise se agravou.

"Pouco antes da eclosão da crise, o Banco Central aumentou a taxa em 0,75 ponto. Foram cinco meses de demora para reduzir em termos líquidos apenas 0,25 ponto", afirmou o economista, que também sugeriu redução do intervalo de cerca de 90 dias entre as reuniões do Copom e o corte de pelo menos um 1 ponto percentual em cada reunião.

Mesmo com o corte de janeiro, a taxa de juros real continua sendo a maior do mundo, lembrou o secretário-geral da Força Sindical, João Carlos Gonçalves, o Juruna. "A redução da taxa de juro ainda é pequena, porque ela continua uma das mais altas do mundo. Falta ousadia para baixar os juros e ajudar o cidadão. A permanência da taxa de juro alta é negativa para o País em meio a crise", afirmou Juruna.

Embora aprove as ações do governo, o senador Aloízio Mercadante (PT-SP) também acredita que o patamar da Selic está muito alto. "Sempre fomos os primeiros a entrar em qualquer crise, o que não aconteceu agora. A taxa Selic ainda é muito alta, mas o governo têm tomado medidas acertadas, como o aumento do salário mínimo, mesmo com um cenário de crise. Isso ajuda a movimentar o consumo. O governo está se esforçando para manter os investimentos e o crescimento", disse.

Tributos
De acordo com o economista Fabio Pina, da Fecomercio-SP, as ações mais positivas estão relacionadas à redução de tributos para alguns segmentos, como a indústria automobilística, que recuperou parte da queda nas vendas em janeiro com a isenção do IPI para carros 1.0 l e o corte para demais motorizações. A medida vale até o final de março.

"Essas medidas não só reduziram o preço, mas anteciparam o consumo daqueles que iriam comprar no futuro, dando um prêmio por conta da insegurança. Mexe diretamente com o principal problema que é a confiança do consumidor", afirmou. Juruna destacou que um bom ritmo de vendas é garantia de emprego. "É importante porque cada emprego na montadora significa 19 na cadeia produtiva", comentou o representante da Força Sindical.

Também em dezembro, o governo decidiu cortar pela metade a alíquota do Imposto de Renda para contribuintes que ganham entre R$ 1.434 e R$ 2.150 mensais. "O salário aumentava e a tabela não se modificava. As pessoas ganhavam mais e pagavam mais impostos", apontou Juruna. Outra redução de tributos do governo foi com relação ao Imposto sobre Operações Financeiras (IOF), que caiu de 3% ao ano para 1,5%.

Crédito
Na segunda metade de 2008, o colapso de bancos nos Estados Unidos por conta da crise do subprime provocou uma forte restrição de crédito no mundo inteiro. Uma das primeiras medidas anticrise do governo teve como objetivo restabelecer a oferta, com mudanças no recolhimento dos depósitos compulsórios por parte dos bancos. Segundo o presidente do Banco Central, Henrique Meirelles, as diversas modificações liberaram US$ 99,2 bilhões aos bancos até o final de janeiro.

Além disso, o governo concedeu R$ 36 bilhões das reservas internacionais para empresas brasileiras com dívidas no exterior e uma medida provisória autorizou o Banco do Brasil e a Caixa Econômica Federal a comprar carteiras de crédito de bancos privados. Para o diretor do Departamento de Pesquisas e Estudos Econômicos da Fiesp, Paulo Francini, estas medidas foram essenciais para combater os efeitos da crise.

"A crise se desenvolve no mundo em torno do tema crédito. E o crédito reduziu-se barbaridade no mundo. Então o governo lança mão de compulsório, lança mão de reservas, de medidas que permitem aos bancos comprar carteiras de bancos. Você vai tomando várias medidas para atender às demandas e o epicentro disso é crédito", afirmou.

No entanto, Oreiro, da UnB, adverte que a liberação dos compulsórios seria mais eficiente acompanhada de redução mais agressiva da taxa básica de juro. "Uma parte do crédito voltou, depois da forte retração em outubro e novembro. O que deveria ter sido feito junto à liberação do compulsório era uma redução mais drástica da taxa de juro. Sem isso, os bancos pegam as reservas e acabam comprando títulos públicos", explicou o economista.

Na opinião de Pina, as ações de distribuição de crédito via redução do compulsório e a disposição de capital de giro para empresas foram tomadas sem um cuidado maior na operação e não tiveram muito efeito. "O BNDES tem linhas que ficam paradas quase todo o ano, agora é pior ainda. Existem os recursos, mas as empresas e os bancos estão desconfiados. É preciso fazer com que os bancos tenham interesse em emprestar", afirmou o economista da Fecomercio-SP.

Futuro
Mesmo com todas essas medidas, a crise financeira ainda gera incertezas nos setores produtivos do País. Nos últimos meses, o medo do desemprego fez os consumidores adiarem compras. Por sua vez, a queda nas vendas pode obrigar as indústrias a cortarem a produção e demitir funcionários. Contra isso, empresários sugerem redução de jornada e de salários.

"Isto está previsto em lei. A Fiesp simplesmente manteve conversações com entidades sindicais quanto à aplicação daquilo que já está previsto em lei", afirmou Francini.

Segundo a ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff, uma das medidas que assegura um nível de emprego é a manutenção de investimentos no Programa de Aceleração do Crescimento (PAC). "Estamos esperando que a dificuldade ocorra em janeiro, fevereiro e março. Estamos certos que vamos manter o nível de investimento. É isso que funciona, é isso que significa investimento público. Ele funciona como um colchão. Por isso, nós colocamos R$ 100 bilhões no BNDES e a Petrobras ampliou o seu investimento em R$ 120 bilhões", afirmou.

Na mesma linha, Pina explica que a antecipação de gastos do governo substitui parte da demanda retraída do setor privado. "Ele dá o seguinte recado: não vou estourar as contas públicas, mas concentrar em um momento em que a demanda privada está pequena. Mas o governo não tem fôlego suficiente para fazer o papel de toda demanda", ressaltou. O economista da Fecomercio lembrou que a entidade já pleiteou junto ao governo isenções para transferência de imóveis e de automóveis, além de retirar o IPVA para veículos novos.

Já Oreiro foca suas propostas na capitalização do Banco do Brasil e da Caixa Econômica Federal pelo Tesouro para atender a demanda de crédito para capital de giro e reduzir o spread. "Aumentando o empréstimo e reduzindo as taxas, os dois vão forçar os bancos privados a acompanhar o movimento, até para não perderem participação no mercado", explicou o economista da UnB.

Até o Carnaval, o governou prometeu detalhar um pacote de incentivos para a construção de até um milhão de casas populares, direcionado a famílias com renda de até dez salários mínimos. "Estamos atentos a tudo o que está acontecendo e novas medidas serão tomadas caso haja uma avaliação de que sejam necessárias", disse o ministro da Fazenda, Guido Mantega, na última sexta-feira.

17:11
Anónimo disse...
Ex-ministro critica extensão do seguro-desemprego

Atualizada às 09h03

O ex-ministro do Trabalho Almir Pazzianotto criticou a decisão do governo federal de conceder o seguro-desemprego estendido a apenas alguns setores. "É certamente odioso e provavelmente inconstitucional", disse Pazzianotto, de acordo com o jornal O Estado de S. Paulo.

Na última qurta, dia do anúncio da medida, centrais sindicais elogiaram a atitude do governo. A Força Sindical divulgou nota dizendo que "o aumento ajudará a aquecer parte da economia, já que irá gerar mais consumo, produção e conseqüentemente, a criação de novos postos de trabalho". A União Geral dos Trabalhadores (UGT) afirmou que a medida "contribuirá para minimizar o drama dos trabalhadores que perderem seu emprego por conta da crise".

O ex-ministro, que instituiu o seguro-desemprego no País no governo de José Sarney, destacou a necessidade de as centrais sindicais se manifestarem contra a determinação. Para ele, as mudanças devem ser aplicadas a todas as categorias profissionais e a distinção é contrária ao artigo 3º da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT).

Pazzianotto atribui a medida a um possível temor do governo de que a crise econômica seja longa e não haja dinheiro para atender a todas as necessidades. Ainda assim, ele se mostra contrário ao método de concessão. "O seguro-desemprego ajuda a sanar necessidades básicas. Estendê-lo é paliativo, não a solução", disse ao jornal.

De acordo com o presidente do Conselho Deliberativo do Fundo de Amparo ao Trabalhador (Codefat) e conselheiro da Força Sindical, Luiz Fernando Emediato, a determinação já estava prevista na lei 8.900/94, que trata do seguro-desemprego.

O presidente da Comissão de Trabalho da Câmara, Pedro Fernandes (PTB-MA) vai além na crítica à concessão do seguro para apenas alguns setores. Ele acredita que a ampliação do benefício estimula o desemprego.

Quintino Severo, secretário geral da Central Única dos Trabalhadores (CUT), lembra que a ampliação do benefício sem critério e identificação pode incentivar demissões em outros setores.

17:13
Anónimo disse...
Empresas
TAM faz promoção para destinos internacionais

A companhia aérea TAM anunciou nesta sexta-feira tarifas promocionais para trechos internacionais. Os preços valem para bilhetes comprados entre 6h deste sábado e 23h59 deste domingo e são válidos para classe econômica. As tarifas, para ida e volta, serão vendidas a partir de US$ 99, mais taxas.

Segundo a aérea, a promoção vale para viagens feitas no período de 14 de fevereiro a 18 de junho de 2009. Para destinos na América do Sul, a permanência mínima é de dois dias; para bilhetes com destino nos Estados Unidos, cinco dias; e Europa, sete dias. A permanência máxima para as passagens para América do Sul e EUA é de dois meses e para Europa, três meses.

Entre os exemplos de tarifas promocionais, a TAM oferece São Paulo-Lima por US$ 99. Bilhetes para a rota São Paulo-Santiago serão vendidos a partir de US$ 199 e São Paulo-Nova York, US$ 799.

A emissão dos bilhetes deve ser feita obrigatoriamente no ato da reserva, obedecendo às regras estipuladas pela companhia. A compra está sujeita à disponibilidade de assentos nas classes tarifárias determinadas, trechos, horários e datas. A TAM afirmou que também há tarifas promocionais para a classe executiva.

Mais informações podem ser encontradas no site promocional (www.ofertastam.com.br), no site da empresa (www.tam.com.br) ou pelos telefones 4002-5700 ou 0800 5705700.

17:13
Anónimo disse...
Empresas
Consultoria negocia compra do parque temático Hopi Hari

A consultoria especializada em reestruturação de empresas Íntegra Associados informou nesta sexta-feira ter um acordo para comprar o parque de diversões Hopi Hari, localizado no interior de São Paulo. A empresa estaria disposta a investir R$ 10 milhões no parque, que tem dívida estimada em R$ 800 milhões. As informações são da edição deste sábado do jornal Folha de S. Paulo.

De acordo com o jornal, a transação ainda depende da negociação entre o Hopi Hari e seus credores, o que já estaria em andamento.

A consultoria paulista já atuou junto à Parmalat, durante 30 meses, quando reorganizou a gestão da empresa italiana.

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17:14
Anónimo disse...
Empresas
Disney de Tóquio contratará mais 2 mil apesar da crise


A Oriental Land, o operador da Disneylândia Tóquio e DisneySea, organizou neste domingo entrevistas para contratar cerca de 2 mil trabalhadores em tempo parcial, em um momento de grandes demissões deste tipo de empregados no Japão.

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O operador deste parque temático, situado em Urayasu, na província de Chiba (leste de Tóquio), está em pleno processo de seleção de empregados para 20 tipos de postos trabalhistas diferentes.

Segundo a companhia, citada pela agência local de notícias Kyodo, o parque contratará novos trabalhadores para as atrações, para os restaurantes e guardas de segurança entre outros. Os novos contratados começarão a trabalhar a partir de fevereiro.

O processo de seleção acontece em um momento em que a maioria das grandes companhias japonesas começaram a se ver obrigadas a despedir uma elevada percentagem de seus trabalhadores temporários e a tempo parcial.

Algumas inclusive anunciaram demissões de seus trabalhadores fixos, uma medida muito pouco comum nas companhias japonesas, perante os efeitos piores que o esperado pela crise econômica global.

Cerca de uma centena de pessoas esperavam desde a primeira hora desta manhã a abertura do centro de conferências Tokyo International Forum, onde as entrevistas estão sendo feitas, para ser os primeiros a solicitar os postos de trabalho.


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17:15
Anónimo disse...
Economia Internacional
Senado dos EUA aprova plano de estímulo à economia

O Senado dos Estados Unidos aprovou com 60 votos a favor e 38 contra o plano de estímulo à economia de US$ 787 bilhões na madrugada deste sábado. Agora, ele segue para sanção ou veto do presidente Barack Obama, que espera colocar a lei em prática até o dia 16 de fevereiro.

O plano prevê a criação de três milhões de empregos, inclui cortes de impostos às famílias, fundos para programas sociais e obras públicas, além de ajuda aos governos estaduais, estudantes e desempregados.

A cláusula Buy American - que exige o uso de ferro, aço e produtos manufaturados dos Estados Unidos em obras realizadas com recursos do pacote - ficou de lado. Segundo o texto definitivo, a cláusula será aplicada sem violar as normas do comércio internacional.

Ontem à tarde, a Câmara de Representantes (deputados) havia aprovado, por 246 votos a favor e 183 contra, a versão final do plano. Todos os republicanos foram contrários ao pacote.

Pelo acordo de quarta-feira entre Câmara e Senado, em vez de custar US$ 819 bilhões, como queriam os deputados, ou US$ 838 bilhões como pretendiam os senadores, o pacote ficou em cerca de US$ 787 bilhões, com 65% desse total destinado a gastos do governo federal e 35%, a créditos tributários.

17:16
Anónimo disse...
Economia nacional
Na era Lula, aposentadoria sobe 54% menos que salário mínimo

Thatiane Faria
Especial para o Terra
Direto de São Paulo

Os índices de reajustes concedidos pelo governo em 2009 para aposentados e pensionistas e para o salário mínimo repetiram uma diferença que, só durante o governo de Luiz Inácio Lula da Silva, já chega a 54%. Enquanto o mínimo foi majorado em 12% este ano, as pensões e aposentadorias tiveram aumento de 5,92%. Aposentados que têm o benefício do governo como única fonte de renda reclamam que perdem poder de compra e que sua cesta de compras é composta por itens que aumentam mais em relação à inflação oficial.

Um exemplo prático pode ser entendido a partir da comparação entre um aposentado que ganhava R$ 600 em janeiro de 2003. Na época, o benefício era três vezes, ou 200%, maior que o valor do mínimo em vigência, que era de R$ 200. Aplicando-se os índices de reajuste para aposentadorias e para o mínimo durante os últimos seis anos, o mesmo aposentado estaria recebendo hoje R$ 938,47, comparado a um salário mínimo de R$ 465. A diferença entre os dois valores caiu para pouco mais de 100%.

Enquanto o índice acumulado de reajuste para a aposentadoria durante o governo Lula foi de 60%, para o salário mínimo está em 132%.

O diretor do Sindicato Nacional dos Aposentados, João Inocentini, reclama que os valores dos benefícios para aposentadorias não mantêm o poder de compra do grupo, principalmente dos aposentados que recebem menos que dez salários mínimos.

Nem mesmo o fato de o índice de reajuste das aposentadorias ter ficado acima da inflação acumulada no mesmo período (o IPCA entre janeiro de 2003 e janeiro de 2009 foi de 39,7%) serve de argumento, segundo os aposentados.

"Os idosos, principalmente, têm gastos além das contas gerais como gás, telefone e aluguel. Para eles o custo com remédios, e outros itens da área saúde costuma ser maior", afirmou Inocentini.

O presidente do sindicato afirmou que o grupo realiza um estudo com 100 itens de necessidade de um idoso para comparar o aumento dos produtos com o índice de reajuste do benefício recebido pelos aposentados.

"Daqui dois meses vamos abrir um processo na Justiça e levar essa pesquisa como prova. Segundo a lei, o governo é obrigado a manter o poder de compra com a aposentadoria", disse Inocentini.

Alternativas
O consultor financeiro Cláudio Boriola diz que os aposentados, especialmente nesse momento de crise econômica, devem evitar compras parceladas, pesquisar preços, negociar e fazer bom planejamento financeiro.

Segundo Boriola, alguns aposentados ganham um valor mensal muitas vezes insuficiente para o pagamento das contas e acabam pedindo crédito ou realizando pagamentos a prazo e são obrigados a pagar juros altos.

Na opinião do consultor, pagar uma previdência privada é uma alternativa indicada para quem ainda trabalha, considerando a característica de perda de poder de compra da aposentadoria.

"Na prática, infelizmente os valores encontram-se em um patamar que está deteriorando o poder de aquisição da população brasileira", completou Boriola.

De acordo com o diretor da Confederação Brasileira de Aposentados e Pensionistas (Cobap), Vicente Fernandes Barbosa, representantes dos aposentados tentarão um encontro com o presidente da Câmara, deputado Michel Temer (PMDB-SP), para discutir projetos que minimizem a perda dos aposentados

17:17
Anónimo disse...
Previdência
Previdência prorroga isenção de tarifas no benefício

O atual sistema de pagamento aos 26 milhões de aposentados e pensionistas do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) será mantido até o final deste ano. O acordo, que permite realizar a operação sem nenhum custo aos beneficiários, foi renovado nesta sexta-feira, entre o governo federal e 21 instituições financeiras.

Por meio desse acordo, vigente desde setembro de 2007, nem os segurados, nem os bancos e nem o governo arcam com o pagamento de tarifas, conforme explicou o ministro da Previdência Social, José Pimentel. A prorrogação vale até dezembro, data máxima para que a Previdência defina as regras para um novo contrato.

Ao assinar o termo de renovação, na sede da Federação Brasileira dos Bancos (Febraban), o ministro disse que a intenção do governo é mudar o atual modelo de gestão visando a reduzir os custos dessas operações em torno da folha mensal, que atinge R$ 15,8 bilhões. No entanto, qualquer alteração, conforme explicou, passará antes por audiências públicas a serem realizadas a partir do segundo semestre deste ano, atendendo a determinação do Tribunal de Contas da União (TCU).

De acordo com Pimentel, com um redesenho do mecanismo de repasse dos recursos aos bancos em torno da folha de pagamento dos segurados o que se busca é um aumento da participação de instituições financeiras. Ele informou que, desde 2007, cada benefício custa em média R$ 1,07 ao governo. "Quanto mais instituições financeiras estiverem prestando serviços à sociedade, maior é a competitividade, a agilidade no atendimento", justificou.

O ministro observou, ainda, que, para permitir uma redução para algo em torno de meia hora no tempo de atendimento para a concessão dos direitos previdenciários, o governo investiu R$ 280 milhões.

Questionado sobre o descontentamento dos segurados que ganham acima de um salário mínimo terem obtido apenas a correção com base na variação do Índice de Preços ao Consumidor (INPC) , ficando abaixo do reajuste dado a quem recebe apenas o mínimo, Pimentel argumentou que o governo seguiu o que determina a lei e descartou a possibilidade de uma revisão

17:17
Anónimo disse...
Empresas
Caterpillar oferece aposentadoria antecipada a 2 mil


A companhia americana Caterpillar ofereceu a cerca de dois mil funcionários incentivos para que se aposentem de forma voluntária antes do previsto, pela perspectiva de uma queda "significativa" da atividade industrial, informou nesta quarta-feira a empresa.

A iniciativa, destinada aos trabalhadores de diversas fábricas em Illinois, Colorado, Tennessee e Pensilvânia, se soma aos cortes de empregos anunciados em janeiro, explicou em comunicado de imprensa.

A empresa, a maior fabricante mundial de maquinaria pesada para a construção e a mineração, acrescentou que, "em função das condições de negócio, podem ser necessárias mais reduções de elenco voluntárias e involuntárias à medida que o ano avança".

O vice-presidente da companhia, Sid Banwart, explicou que a empresa prevê "demissões significativas em todas as regiões geográficas e na maioria dos setores devido às dificuldades da economia mundial".

17:18
Anónimo disse...
Comércio
Comércio exterior da OCDE caiu no 3º trimestre de 2008


As exportações e as importações dos países da Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Econômico (OCDE) caíram 1,6% e 0,2%, respectivamente, no terceiro trimestre de 2008, em relação aos três meses anteriores.

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Trata-se da primeira queda destas atividades desde o terceiro trimestre de 2006, segundo o último relatório trimestral sobre fluxos comerciais divulgado pela OCDE.

As exportações e as importações em dólares dos 30 Estados-membros caíram 15,6% e 17%, respectivamente, na comparação anualizada.

Por sua vez, o comércio dos sete países mais ricos do mundo (G7) teve um pequeno crescimento no terceiro trimestre de 2008 com uma queda das exportações de mercadorias de 0,2% em relação ao trimestre anterior e um aumento de 0,4% das importações.

Em termos anualizados, as importações do G7 caíram 1,4% entre julho e setembro do ano passado, seu primeiro retrocesso desde o terceiro trimestre de 2006, enquanto as exportações aumentaram 1,9%, seu crescimento mais baixo no mesmo tempo.

Por países, a Alemanha aumentou suas importações em 3,4% - valor mais alto do G7 -, enquanto suas exportações caíram 2,9% do segundo para o terceiro trimestre de 2008.

Pelo contrário, as exportações americanas aumentaram 1,8% entre julho e setembro de 2008, enquanto as importações caíram 0,7% em relação ao trimestre anterior. No Japão, tanto as importações quanto as exportações caíram em torno de 1% no mesmo período.

17:19
Anónimo disse...
Economia Nacional
Lula: juros de crédito consignado a aposentados são altos

Atualizada às 17h29

O presidente Luis Inácio Lula da Silva afirmou nesta terça-feira, em São Paulo, que está lutando para reduzir as taxas de juros cobradas de aposentados em crédito consignado. A Previdência Social estabelece uma taxa máxima de 2,5% para empréstimo e de 3,5% para cartão. Para Lula, os valores são altos.

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"Acho que o juro que os aposentados estão pagando hoje com o crédito consignado é alto para o padrão brasileiro", disse o presidente durante a cerimônia de comemoração dos 86 anos do INSS.

A Previdência anunciou nesta terça-feira que aposentados e trabalhadoras com licença-maternidade poderão receber seus benefícios em 30 minutos. De acordo com Lula, em junho, a aposentadoria do trabalhador rural também será conseguida em meia hora.

Além disso, o presidente anunciou que, também em junho, os trabalhadores que alcançarem o direito à aposentadoria passarão a receber em suas casas um comunicado da Previdência informando o fato e o valor do salário que têm direito a receber. "É um comprometimento público que estou fazendo com os companheiros da Previdência Social", disse.

"Estamos retribuindo ao contribuinte da Previdência Social aquilo que é a cidadania que ele tem direito", afirmou Lula. "Se para cobrar nós somos tão precisos, para devolver o dinheiro, temos que chegar próximo à perfeição", completou.

17:20
Anónimo disse...
Economia Nacional
Salário maternidade sairá em 30 minutos, diz ministro

Toda trabalhadora autônoma que tiver contribuído pelo menos 10 meses com o Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) - ou as que possuírem carteira assinada - poderão receber em 30 minutos o salário maternidade a partir desta terça-feira. Da mesma forma, as mulheres com 30 anos de contribuição e os homens com 35 anos também terão direito ao benefício de forma mais rápida. A informação é do ministro da Previdência Social, José Pimentel.

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Para requerer o salário maternidade, é preciso que as autônomas levem a carteira de identidade e o carnê de contribuição. As demais trabalhadoras devem apresentar a identificação e a carteira de trabalho. Desde o início do mês, a nova forma de análise para a concessão de benefícios foi adotada para a aposentadoria por idade do trabalhador urbano e agora foi estendida para o salário maternidade e por tempo de contribuição.

O ministro disse que a qualificação do serviço da previdência social é o reconhecimento do direito dos trabalhadores e da afirmação da cidadania.

"Até pouco tempo na cabeça do cidadão o serviço devia ser de péssima qualidade. Agora não, nós modificamos toda a legislação no mês de dezembro numa ação conjunta do Congresso Nacional com o governo federal. Estamos implantando e concedendo os benefícios em até 30 minutos", afirmou.

O ministro destacou que para conseguir se aposentar ou ter acesso à licença maternidade em 30 minutos, em primeiro lugar, é necessário que o cidadão esteja vinculado à Previdência, o que inclui 65% da população acima de 16 anos de idade.

"Depois bastar marcar pelo sistema 135 o dia e a hora do atendimento e levar a documentação. Se todos os dados necessários estiverem corretos o contribuinte será atendido em até 30 minutos, como vem sendo feito com as aposentadorias por idade desde o dia cinco de janeiro", explicou.

Pimentel disse ainda que em 90% das agências da previdência social o atendimento é marcado em até 48 horas. Nos grandes centros, entretanto existe um volume maior o que torna mais lento o processo.

"Estamos criando mais 715 agências até 2010, em todo o território nacional, para descentralizar o atendimento. Em 2008, atendemos 295 mil benefícios e aposentadorias por idade. Temos 4 mil pessoas por dia procurando e se aposentando por idade no território nacional. Este serviço será agilizado", concluiu.

17:28
Anónimo disse...
Giuseppe Englaro, pai de Eluana, a italiana que morreu na segunda-feira passada por desidratação, recusou uma grande soma de dinheiro de um conhecido fotógrafo italiano que queria retratar a filha em estado de coma, disse neste sábado o neurologista que atendia a mulher desde 1996, Carlo Defanti.

O neurologista, que participou hoje de uma conferência sobre eutanásia, disse que Englaro respeitou a vontade da filha, que, antes do acidente, tinha pedido que, se lhe ocorresse qualquer coisa irreversível, apresentasse sua imagem de quando estava em boas condições.

Antes de sofrer o acidente de trânsito, em 1992, Eluana viveu o coma de um amigo, Alessandro, o que causou forte impacto na italiana e a levou a fazer o pai prometer que não a deixasse viver em estado vegetativo, disse o próprio Giuseppe Englaro.

Defanti, que dissera que Eluana poderia viver de dez a 12 dias depois da suspensão da alimentação e da hidratação, disse que, como médico, tinha que reprovar esta afirmação.

"Não se pode sobreviver após três ou quatro dias sem líquido e, em particular, água em um corpo. Sabemos bem que, quando há um terremoto, após quatro dias é difícil encontrar sobreviventes".

Defanti ressaltou que Eluana "não falava, não se comunicava com o exterior" e que, após vários exames, "nos deparamos com uma moça que tinha perdido a consciência", porque estava com o córtex cerebral prejudicado.

Eluana foi enterrada na quinta-feira passada no túmulo da família na localidade de Paluzza, em Udine, após um funeral que não contou com a presença dos pais.

16:53
Anónimo disse...
Os bombeiros combatem neste sábado os incêndios na Austrália favorecidos pelo bom tempo, enquanto os deslocados encotram em seu retorno casas derruídas, carros queimados nas ruas e destruição.

Depois de sete dias desde que começaram os incêndios no Estado de Victoria, a lista de mortos chega a 181, os desaparecidos somam 50, os edifícios destruídos totalizam 1,834 mil e o terreno arrasado, principalmente florestas, ocupa uma área de 4,13 mil quilômetros quadrados.

As equipes de bombeiros, formadas por 4 mil profissionais de Victoria, de outras partes da Austrália e de países amigos, combateram hoje 12 focos fora de controle e nenhum representava uma ameaça direta para a população.

O subdiretor do Serviço de Bombeiros, Geoff Conway, disse que este tempo favorável, que se prolongará durante o domingo, permite consolidar as linhas de contenção e avançar na extinção das chamas.

Cinzas apareceram arrastadas por ventos do nordeste sobre Melbourne, onde habitam 3,8 milhões de pessoas, e as autoridades alertaram aos cidadãos do risco para a saúde de idosos, crianças e pessoas com problemas respiratórios.

O número de pessoas deslocadas - a Cruz Vermelha chegou a receber 7 mil - começou a cair com a abertura de algumas localidades atingidas.

Os incêndios, alguns criminosos, começaram em 7 de fevereiro, quando a região sul da Austrália estava há duas semanas sob uma onda de calor sem precedentes.

Na sexta-feira passada, a polícia acusou uma pessoa de ter provocado o incêndio que atingiu a localidade de Churchill e matou 21 pessoas.

16:55
Anónimo disse...
A primeira chuva em seis dias reduziu a ameaça de incêndios no Estado de Victoria, ao sul da Austrália. As autoridades, porém, advertiram que ainda existem 12 focos, mas que nenhum deles ameaça áreas povoadas.

Mais de quatro mil bombeiros, mil provenientes de outras partes do país e de outras nações, trabalham contra o fogo. Cerca de 600 veículos e 28 helicópteros e pequenos aviões estão sendo usados.


Eles conseguiram construir linhas de contenção para evitar os incêndios de Yarra e Maroondah se juntassem. Também foram controlados os incêndios abertos de Yea e Murrindindi, que ameaçavam as comunidades de Connellys Creek, Crystal Creek, Scrubby Creek e Native Dog Creek.

O número de mortos chegou a 181, mas as autoridades acreditam que as vítimas devem passar de 200, já que ainda há muitos desaparecidos.

16:55
Anónimo disse...
Aqui nesta coluna, na semana passada, tive a oportunidade de comentar sobre a recente visita do professor brasileiro Pedrinho Guareschi à Austrália. Não dei, porém, os fatos, pois semana passada o assunto era outro.

Hoje, porém, vamos a eles.

No último dia 4 de fevereiro, aconteceu o Seminário "Paulo Freire: Education and Liberation", organizado pelo centro de estudos latino-americanos da Universidade Nacional da Austrália, ou ANU, como é mais conhecida por aqui.

A ANU, para quem não sabe, está entre as 20 melhores universidades do mundo! E tem sede aqui em Camberra, capital da Austrália.

Na abertura do evento, o professor John Minns, diretor do centro latino-americano, ao dar boas-vindas ao público presente, lembrou ser aquele o primeiro seminário exclusivamente dedicado a Paulo Freire na Austrália.

Em seguida, convidou Pedrinho Guareschi, palestrante principal do Seminário, a fazer sua apresentação.

A plateia pode então conhecer, pelas palavras de Pedrinho, um pouco da obra e da vida de Freire, esse brasileiro de fé e valor, que sempre acreditou na educação, sobretudo dos menos favorecidos, analfabetos, como força libertadora.

Como não podia deixar de ser, os conceitos e ideias revolucionários de Paulo Freire, expostos com clareza por Pedrinho, despertaram o interesse e a curiosidade de plateia. A qual, deve-se notar, era na maioria de estudantes, mas de várias nacionalidades, sobretudo australianos e asiáticos.

Na continuação do programa do seminário, que se estendeu por dois dias, outros professores fizeram palestras sobre temas ligados à obra de Paulo Freire.

Interessante, por exemplo, saber que a professora Anne Hickling-Hudson, jamaicana que mora na Austrália há muitos anos (é professora da ANU), conheceu e trabalhou com Freire num workshop educacional durante a revolução na Ilha de Granada, em 1980, antes da invasão dos Estados Unidos...

Ou, então, a palestra da Professora Gerda Roelvink, da Nova Zelândia, que participou do Fórum Social de Porto Alegre em 2005. E essa participação transformou-se em tema de doutorado.

No dia 10, terça-feira passada, o padre Pedrinho Guareschi voltou a falar ao público australiano em grande auditório localizado no belíssimo campus da ANU. Desta vez, sobre a Teologia da Libertação.

Depois da palestra, John Minns mostrou o filme mexicano "O Crime do Padre Amaro", no qual um dos personagens é um padre católico praticante da Teologia da Libertação.

Mais uma vez, foi grande o intersse da platéia, que pode aprender e conhecer um pouco como se desenvolveu aquele importante movimento católico na América Latina.

Fica, assim, ao Pedrinho, bem como a outros brasileiros estudiosos e de bom coração que saem pelo mundo a divulgar aspectos importantes da cultura brasileira, o respeito e a homenagem desta coluna. E... aquele abraço!

16:57
Anónimo disse...
Amanda Kitts perdeu o braço esquerdo em um acidente de automóvel acontecido três anos atrás, mas hoje em dia ela joga futebol americano com seu filho de 12 anos de idade, troca fraldas e abraça as crianças nas três creches Kiddie Cottage que opera em Knoxville, Tennessee. Kitts, 40 anos, faz tudo isso com a ajuda de um novo tipo de braço artificial que se movimenta com mais facilidade do que outros aparelhos e que ela pode controlar utilizando apenas seus pensamentos.

"Eu sou capaz de mexer a mão, o pulso e o cotovelo ao mesmo tempo", diz. "Você pensa e os músculos se movem em seguida".

A recuperação que ela conseguiu resulta de um novo procedimento que vem atraindo crescente atenção porque permite que pessoas movam braços protéticos de forma mais automática do que faziam no passado, simplesmente utilizando nervos reaproveitados em seus cérebros.

A técnica, conhecida como "renervação muscular dirigida", envolve utilizar os nervos que restam depois da amputação de um braço e conectá-los a outro músculo do corpo, em geral no peito. Eletrodos são instalados sobre os músculos do peito, e operam como se fossem antenas. Quando a pessoa deseja mover o braço, o cérebro envia sinais que primeiro resultam em contração dos músculos do peito, os quais enviam um sinal ao braço protético, instruindo-se a se movimentar. O processo não requer mais esforços consciente do que a pessoa teria de exercitar caso ainda tivesse seu braço natural.

Na terça-feira, pesquisadores reportaram em estudo publicado pela versão online do Journal of the American Medical Association que haviam levado a técnica ainda mais à frente, tornando possível a execução de 10 movimentos de mão, pulso e cotovelo diferentes, o que representa uma substancial melhora com relação ao típico repertório protético, que em geral envolve apenas dobrar o cotovelo, girar o pulso e abrir a mão.

"Os novos métodos tiveram impacto dramático em nosso campo de trabalho", disse Stuart Harshbarger, engenheiro biomédico na Universidade Johns Hopkins e diretor do programa de pesquisa sobre próteses, financiado pelas forças armadas, que inclui o trabalho com essa técnica. "O método já está em uso por médicos e cirurgiões comuns em todo o país. A capacidade de controlar um membro protético bastante robusto que ele confere surpreendeu a todos pela qualidade".

Tipicamente, uma pessoa que tenha um braço protético só é capaz de executar alguns poucos movimentos, e muitas vezes com tamanha lentidão que isso só permite a ela atividades limitadas.

Há um motor separado para cada movimento, diz Gerald Loeb, professor de engenharia biomédica na Universidade do Sul da Califórnia, "e esses motores precisam ser controlados de maneira explícita", usualmente por um esforço consciente da pessoa para contrair músculos nas costas ou no bíceps.

"Essencialmente, até agora os pacientes controlavam apenas um motor de cada vez", diz Loeb, "e precisavam pensar cuidadosamente sobre que motor desejavam controlar e como fazê-lo operar, em lugar de simplesmente pensarem em mover o braço e poderem fazê-lo sem delongas".

Antes que Kitts passasse pelo procedimento de renervação, em outubro de 2007, por exemplo, ela precisava movimentar os músculos de suas costas de determinada maneira para fazer com que seu pulso girasse, e flexionar seu bíceps e tríceps para fazer com que o cotovelo se movesse para cima e para baixo. "Era muito trabalho", ela conta. "E não me ajudava muito".

O procedimento de renervação é parte de uma recente explosão de idéias novas e técnicas inovadoras que estão sendo exploradas enquanto os cientistas se esforçam por ajudar as pessoas a compensar melhor a perda de membros ou problemas de paralisia. O esforço vem sendo alimentado pelo aumento no número de amputações causado por diabetes e por ferimentos sofridos pelos militares, e ao mesmo tempo pelos avanços na tecnologia médica.

Os braços se tornaram um dos focos essenciais desse tipo de trabalho. A ciência há muito vem obtendo sucessos no desenvolvimento de próteses de perna, mas é muito mais difícil imitar a complexidade e a destreza das mãos e dos braços.

Os esforços em curso incluem o desenvolvimento de projetos de pele e braços mais sensíveis e mais flexíveis, e o uso de dispositivos acionados por controles sem fio implantado nos braços protéticos, que permitiriam movimentos mais naturais.

Os pesquisadores também vêm usando sensores implantados nos cérebros de cobaias para permitir que dois macacos controlem um braço mecânico, e um teste com um homem paralítico permitiu, com esse método, que ele movimentasse um cursor em uma tela de computador.

Alguns desses métodos, caso venham a ser aperfeiçoados plenamente e consigam aprovação das autoridades regulatórias da saúde, podem no futuro se tornar mais viáveis para os pacientes de amputações.

E embora a técnica da renervação não requeira aprovação das autoridades regulatórias porque é executada por meios cirúrgicos e emprega aparelhos já existentes, ela apresenta limitações que até mesmo seus criadores reconhecem, entre as quais o fato de que não se pode utilizá-la para todos os pacientes, o seu alto custo e o prazo de meses requerido para que os nervos reconectados cresçam e se tornem efetivos.

Ainda assim, os especialistas dizem que é o mais avançado sistema em uso hoje para pacientes reais que permite que o sistema nervoso controle diretamente o movimento de um braço artificial.

Desde sua introdução por Todd Kuiken, médico fisioterapeuta e engenheiro biomédico do Instituto de Reabilitação de Chicago, o método foi empregado em cerca de 30 pacientes nos Estados Unidos, Canadá e Europa, entre os quais oito soldados feridos no Iraque e no Afeganistão.

Muitos dos pacientes, entre os quais o primeiro, Jesse Sullivan, um operário do setor elétrico no Tennessee que perdeu os dois braços quando foi eletrocutado por um cabo, conseguem não apenas manipular seus braços protéticos mas sentir a presença das mãos que já não têm quando alguém toca em seus peitos.

Sullivan, 62 anos, e Kitts, estavam entre os cinco pacientes que participaram do estudo reportado na terça-feira. Em companhia de cinco outras pessoas que não passaram por amputações, eles receberam os eletrodos e foram instruídos a usar pensamentos para fazer com que um braço virtual na tela reproduzisse 10 movimentos diferentes, entre os quais três formas diferentes de aperto de mão.

Os pacientes apresentaram desempenho bastante respeitável, apenas um pouco mais lento e menos preciso do que os dos participantes que não tinham amputações.

"As velocidades de movimento que encontramos em nossos pacientes foram realmente encorajadoras", disse Kuiken. "Eles conseguiram completar a tarefa. É claro que não foram tão competentes quanto as pessoas dotadas de plena capacidade física, mas foram bons o bastante".

Um braço virtual foi usado porque a maioria das próteses existentes não era capaz de acomodar todos aqueles movimentos, no momento da pesquisa, ainda que Sullivan, Kitts e uma terceira paciente, Claudia Mitchell, tenham experimentado dois novos protótipos mais versáteis de braços artificiais, executando tarefas complexas com bolas de tênis e outros objetos.

O trabalho de renervação em soldados apresenta outros desafios, diz Kuiken, porque os ferimentos militares muitas vezes "causam danos muitos extensos" a nervos, músculos ou ossos.

Daniel Acosta, 25 anos, um aviador ferido pela detonação de uma bomba em uma estrada do Iraque em 2005, passou pelo procedimento no ano passado e diz que seu braço esquerdo protético agora se movimenta "muito mais rápido" e de maneira muito mais natural.

"A diferença é que agora não preciso mais pensar para mover o braço", ele diz. "Ele simplesmente se mexe".

Ainda assim, Acosta, de San Antonio, diz que "o processo foi bastante longo" e que os eletrodos precisam ser ajustados para receber os sinais à medida que os nervos crescem ou mudam de posição.

E embora elogiem o método, os especialistas afirmam que a ciência das próteses de braço ainda tem muito por avançar.

"Trata-se de uma parte crucial, mas ainda assim apenas uma parte, das muitas coisas que compreendem a função normal de um braço", disse Loeb, que escreveu um editorial que acompanha o artigo no Journal of the American Medical Association.

"No momento estamos a meio do caminho entre o braço de 'Dr. Fantástico', que fazia involuntariamente a saudação nazista, e o braço de Luke Skywalker em 'Guerra nas Estrelas', que funciona sem nenhum problema assim que é conectado. Creio que precisaremos ainda de muitos anos para conectar todas as peças necessárias a produzir um braço capaz de funcionar normalmente".

17:04
Anónimo disse...
A Espanha disse neste sábado que está preparando uma reclamação oficial contra a decisão da Venezuela de expulsar um membro do Parlamento Europeu que criticou o conselho eleitoral venezuelano.
Luis Herrero, membro do partido conservador espanhol PP, foi deportado na sexta-feira depois que o Conselho Nacional Eleitoral (CNE) o acusou de questionar a imparcialidade da instituição antes de um referendo que pode permitir ao presidente Hugo Chávez permanecer no cargo indefinidamente.

Herrero estava na Venezuela como observador do referendo. Ele acusou Chávez de ter "comportamentos típicos de um ditador" por pedir a contenção de manifestações da oposição.

O governo da Espanha convocou um encontro com o embaixador da Venezuela em Madri para expressar a desaprovação sobre a expulsão de Herrero, disse um representante do Ministério das Relações Exteriores espanhol.

As relações da Venezuela com a Espanha tiveram seu ponto crítico em 2007, quando Chávez ameaçou rever acordos diplomáticos e comerciais depois de ouvir um "cala a boca" do rei espanhol Juan Carlos durante uma cúpula.

A fenda foi oficialmente reparada em 2008, com uma visita oficial de Chávez à Espanha, onde ele cumprimentou o rei e discutiu acordos para investimento no setor petroquímico com o primeiro-ministro José Luis Rodriguez Zapatero.

17:06
Anónimo disse...
A polícia do Zimbábue anunciou neste sábado que acusa de traição Roy Bennett, dirigente do até agora opositor Movimento para a Mudança Democrática (MDC), detido na sexta-feira, em Harare, poucas horas antes da cerimônia de posse dos membros do novo gabinete.

"A Polícia nos informou que vão apresentar acusações de traição", disse à agência EFE o advogado de defesa de Bennett, Trust Maanda.

"Tentam relacionar Roy com o caso de Mike Hitschmann, que foi detido em 2006 em relação à descoberta de um carregamento de armas, apesar de que Hitschmann não tenha sido declarado culpado das acusações de traição apresentadas contra ele, mas de um crime menor de descumprimento de leis", disse Maanda.

O político opositor, designado por seu partido como vice-ministro de Agricultura no Governo de união nacional, esteve no exílio na vizinha África do Sul desde 2006 e retornou ao Zimbábue há duas semanas.

Segundo a Polícia, que deteve Bennett ontem no aeroporto de Harare quando pretendia ir à África do Sul para visitar sua família, as armas apreendidas em 2006 seriam utilizadas em um golpe de Estado para derrubar o presidente do Zimbábue, Robert Mugabe.

Depois da detenção, Bennet foi levado a Mutar, onde vários simpatizantes do MDC se concentraram em frente à delegacia na qual estava detido, diante do que a Polícia respondeu com tiros para o alto para dispersar os manifestantes.

17:07
Anónimo disse...
Austrália: 14 mil se candidatam a 'emprego dos sonhos'

A secretaria de Turismo de Queensland, na Austrália, informou que até esta segunda-feira já recebeu cerca de 14 mil inscrições para o "o melhor emprego do mundo". O Estado australiano promove pela internet seleção para vaga de "zelador" da ilha Hamilton, por seis meses com um salário de R$ 40 mil.

Muitos candidatos tiveram problemas durante a inscrição por conta dos acessos simultâneos ao site. A secretaria aconselha enviar os vídeos de 60s explicando porque deve ser escolhido em horários alternativos do dia, além de recomendar tamanho em torno de 40MB.

As inscrições começaram em 12 de janeiro e vão até o próximo dia 22 e podem ser feitas pelo site www.islandreefjob.com. O governo australiano escolherá 50 candidatos para a próxima fase da seleção, que terá votos do público para eleger um dos 11 finalistas.

A última fase terá entrevistas e desafios físicos, no próprio local de trabalho: as ilhas da Grande Barreira Coralina - o maior recife de coral do mundo. A secretaria de Turismo anunciará o vencedor no dia 6 de maio.

17:09
Anónimo disse...
Mercado elogia governo na crise, mas pede maior queda no juro

Peter Fussy
Direto de São Paulo

Desde as primeiras medidas anunciadas para combater os efeitos da crise, o governo brasileiro avisou que a estratégia não contemplaria um pacote. Seriam doses pontuais, de acordo com a necessidade da economia diante do agravamento das turbulências. Da primeira liberação dos depósitos compulsórios em setembro até a ampliação do seguro-desemprego na última quarta-feira, o governo passou por redução de impostos, ampliação de crédito e incentivos à exportação. Quase 150 dias após a primeira medida, o Terra conversou com líderes do setor público e privado, representantes dos trabalhadores, acadêmicos e com o próprio governo para saber quais destas ações foram mais eficazes, quais foram mais ineficientes e o que mais pode ser feito pelo Estado brasileiro contra a crise.

Os maiores elogios foram direcionados à atitude de reduzir o Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) para a indústria automobilística, anunciada em dezembro e que fez com que os emplacamentos de carros novos subissem 1,9% no primeiro mês do ano em relação a dezembro de 2008. Já as maiores críticas foram para a lentidão no corte da taxa básica de juro do País.

Para o presidente do conselho administrativo do Grupo Pão de Açúcar, Abílio Diniz, o Estado não é responsável pela crise e mesmo assim está agindo "com extrema serenidade e muito acerto". "O governo está atento, fazendo a sua parte. É preciso coragem de baixar firmemente a taxa de juros. É uma arma que temos a nosso favor, já que não há clima para inflação, nem possibilidade de danos para a macroeconomia", afirmou Diniz.

Na última reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), em janeiro, a taxa Selic foi reduzida em um ponto percentual, de 13,75% para 12,75% ao ano. Porém, o professor de economia da Universidade de Brasília (UnB) José Luiz Oreiro lembra que este corte representa uma redução de apenas 0,25 ponto percentual com relação à taxa de setembro do ano passado, quando a crise se agravou.

"Pouco antes da eclosão da crise, o Banco Central aumentou a taxa em 0,75 ponto. Foram cinco meses de demora para reduzir em termos líquidos apenas 0,25 ponto", afirmou o economista, que também sugeriu redução do intervalo de cerca de 90 dias entre as reuniões do Copom e o corte de pelo menos um 1 ponto percentual em cada reunião.

Mesmo com o corte de janeiro, a taxa de juros real continua sendo a maior do mundo, lembrou o secretário-geral da Força Sindical, João Carlos Gonçalves, o Juruna. "A redução da taxa de juro ainda é pequena, porque ela continua uma das mais altas do mundo. Falta ousadia para baixar os juros e ajudar o cidadão. A permanência da taxa de juro alta é negativa para o País em meio a crise", afirmou Juruna.

Embora aprove as ações do governo, o senador Aloízio Mercadante (PT-SP) também acredita que o patamar da Selic está muito alto. "Sempre fomos os primeiros a entrar em qualquer crise, o que não aconteceu agora. A taxa Selic ainda é muito alta, mas o governo têm tomado medidas acertadas, como o aumento do salário mínimo, mesmo com um cenário de crise. Isso ajuda a movimentar o consumo. O governo está se esforçando para manter os investimentos e o crescimento", disse.

Tributos
De acordo com o economista Fabio Pina, da Fecomercio-SP, as ações mais positivas estão relacionadas à redução de tributos para alguns segmentos, como a indústria automobilística, que recuperou parte da queda nas vendas em janeiro com a isenção do IPI para carros 1.0 l e o corte para demais motorizações. A medida vale até o final de março.

"Essas medidas não só reduziram o preço, mas anteciparam o consumo daqueles que iriam comprar no futuro, dando um prêmio por conta da insegurança. Mexe diretamente com o principal problema que é a confiança do consumidor", afirmou. Juruna destacou que um bom ritmo de vendas é garantia de emprego. "É importante porque cada emprego na montadora significa 19 na cadeia produtiva", comentou o representante da Força Sindical.

Também em dezembro, o governo decidiu cortar pela metade a alíquota do Imposto de Renda para contribuintes que ganham entre R$ 1.434 e R$ 2.150 mensais. "O salário aumentava e a tabela não se modificava. As pessoas ganhavam mais e pagavam mais impostos", apontou Juruna. Outra redução de tributos do governo foi com relação ao Imposto sobre Operações Financeiras (IOF), que caiu de 3% ao ano para 1,5%.

Crédito
Na segunda metade de 2008, o colapso de bancos nos Estados Unidos por conta da crise do subprime provocou uma forte restrição de crédito no mundo inteiro. Uma das primeiras medidas anticrise do governo teve como objetivo restabelecer a oferta, com mudanças no recolhimento dos depósitos compulsórios por parte dos bancos. Segundo o presidente do Banco Central, Henrique Meirelles, as diversas modificações liberaram US$ 99,2 bilhões aos bancos até o final de janeiro.

Além disso, o governo concedeu R$ 36 bilhões das reservas internacionais para empresas brasileiras com dívidas no exterior e uma medida provisória autorizou o Banco do Brasil e a Caixa Econômica Federal a comprar carteiras de crédito de bancos privados. Para o diretor do Departamento de Pesquisas e Estudos Econômicos da Fiesp, Paulo Francini, estas medidas foram essenciais para combater os efeitos da crise.

"A crise se desenvolve no mundo em torno do tema crédito. E o crédito reduziu-se barbaridade no mundo. Então o governo lança mão de compulsório, lança mão de reservas, de medidas que permitem aos bancos comprar carteiras de bancos. Você vai tomando várias medidas para atender às demandas e o epicentro disso é crédito", afirmou.

No entanto, Oreiro, da UnB, adverte que a liberação dos compulsórios seria mais eficiente acompanhada de redução mais agressiva da taxa básica de juro. "Uma parte do crédito voltou, depois da forte retração em outubro e novembro. O que deveria ter sido feito junto à liberação do compulsório era uma redução mais drástica da taxa de juro. Sem isso, os bancos pegam as reservas e acabam comprando títulos públicos", explicou o economista.

Na opinião de Pina, as ações de distribuição de crédito via redução do compulsório e a disposição de capital de giro para empresas foram tomadas sem um cuidado maior na operação e não tiveram muito efeito. "O BNDES tem linhas que ficam paradas quase todo o ano, agora é pior ainda. Existem os recursos, mas as empresas e os bancos estão desconfiados. É preciso fazer com que os bancos tenham interesse em emprestar", afirmou o economista da Fecomercio-SP.

Futuro
Mesmo com todas essas medidas, a crise financeira ainda gera incertezas nos setores produtivos do País. Nos últimos meses, o medo do desemprego fez os consumidores adiarem compras. Por sua vez, a queda nas vendas pode obrigar as indústrias a cortarem a produção e demitir funcionários. Contra isso, empresários sugerem redução de jornada e de salários.

"Isto está previsto em lei. A Fiesp simplesmente manteve conversações com entidades sindicais quanto à aplicação daquilo que já está previsto em lei", afirmou Francini.

Segundo a ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff, uma das medidas que assegura um nível de emprego é a manutenção de investimentos no Programa de Aceleração do Crescimento (PAC). "Estamos esperando que a dificuldade ocorra em janeiro, fevereiro e março. Estamos certos que vamos manter o nível de investimento. É isso que funciona, é isso que significa investimento público. Ele funciona como um colchão. Por isso, nós colocamos R$ 100 bilhões no BNDES e a Petrobras ampliou o seu investimento em R$ 120 bilhões", afirmou.

Na mesma linha, Pina explica que a antecipação de gastos do governo substitui parte da demanda retraída do setor privado. "Ele dá o seguinte recado: não vou estourar as contas públicas, mas concentrar em um momento em que a demanda privada está pequena. Mas o governo não tem fôlego suficiente para fazer o papel de toda demanda", ressaltou. O economista da Fecomercio lembrou que a entidade já pleiteou junto ao governo isenções para transferência de imóveis e de automóveis, além de retirar o IPVA para veículos novos.

Já Oreiro foca suas propostas na capitalização do Banco do Brasil e da Caixa Econômica Federal pelo Tesouro para atender a demanda de crédito para capital de giro e reduzir o spread. "Aumentando o empréstimo e reduzindo as taxas, os dois vão forçar os bancos privados a acompanhar o movimento, até para não perderem participação no mercado", explicou o economista da UnB.

Até o Carnaval, o governou prometeu detalhar um pacote de incentivos para a construção de até um milhão de casas populares, direcionado a famílias com renda de até dez salários mínimos. "Estamos atentos a tudo o que está acontecendo e novas medidas serão tomadas caso haja uma avaliação de que sejam necessárias", disse o ministro da Fazenda, Guido Mantega, na última sexta-feira.

17:11
Anónimo disse...
Ex-ministro critica extensão do seguro-desemprego

Atualizada às 09h03

O ex-ministro do Trabalho Almir Pazzianotto criticou a decisão do governo federal de conceder o seguro-desemprego estendido a apenas alguns setores. "É certamente odioso e provavelmente inconstitucional", disse Pazzianotto, de acordo com o jornal O Estado de S. Paulo.

Na última qurta, dia do anúncio da medida, centrais sindicais elogiaram a atitude do governo. A Força Sindical divulgou nota dizendo que "o aumento ajudará a aquecer parte da economia, já que irá gerar mais consumo, produção e conseqüentemente, a criação de novos postos de trabalho". A União Geral dos Trabalhadores (UGT) afirmou que a medida "contribuirá para minimizar o drama dos trabalhadores que perderem seu emprego por conta da crise".

O ex-ministro, que instituiu o seguro-desemprego no País no governo de José Sarney, destacou a necessidade de as centrais sindicais se manifestarem contra a determinação. Para ele, as mudanças devem ser aplicadas a todas as categorias profissionais e a distinção é contrária ao artigo 3º da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT).

Pazzianotto atribui a medida a um possível temor do governo de que a crise econômica seja longa e não haja dinheiro para atender a todas as necessidades. Ainda assim, ele se mostra contrário ao método de concessão. "O seguro-desemprego ajuda a sanar necessidades básicas. Estendê-lo é paliativo, não a solução", disse ao jornal.

De acordo com o presidente do Conselho Deliberativo do Fundo de Amparo ao Trabalhador (Codefat) e conselheiro da Força Sindical, Luiz Fernando Emediato, a determinação já estava prevista na lei 8.900/94, que trata do seguro-desemprego.

O presidente da Comissão de Trabalho da Câmara, Pedro Fernandes (PTB-MA) vai além na crítica à concessão do seguro para apenas alguns setores. Ele acredita que a ampliação do benefício estimula o desemprego.

Quintino Severo, secretário geral da Central Única dos Trabalhadores (CUT), lembra que a ampliação do benefício sem critério e identificação pode incentivar demissões em outros setores.

17:13
Anónimo disse...
Empresas
TAM faz promoção para destinos internacionais

A companhia aérea TAM anunciou nesta sexta-feira tarifas promocionais para trechos internacionais. Os preços valem para bilhetes comprados entre 6h deste sábado e 23h59 deste domingo e são válidos para classe econômica. As tarifas, para ida e volta, serão vendidas a partir de US$ 99, mais taxas.

Segundo a aérea, a promoção vale para viagens feitas no período de 14 de fevereiro a 18 de junho de 2009. Para destinos na América do Sul, a permanência mínima é de dois dias; para bilhetes com destino nos Estados Unidos, cinco dias; e Europa, sete dias. A permanência máxima para as passagens para América do Sul e EUA é de dois meses e para Europa, três meses.

Entre os exemplos de tarifas promocionais, a TAM oferece São Paulo-Lima por US$ 99. Bilhetes para a rota São Paulo-Santiago serão vendidos a partir de US$ 199 e São Paulo-Nova York, US$ 799.

A emissão dos bilhetes deve ser feita obrigatoriamente no ato da reserva, obedecendo às regras estipuladas pela companhia. A compra está sujeita à disponibilidade de assentos nas classes tarifárias determinadas, trechos, horários e datas. A TAM afirmou que também há tarifas promocionais para a classe executiva.

Mais informações podem ser encontradas no site promocional (www.ofertastam.com.br), no site da empresa (www.tam.com.br) ou pelos telefones 4002-5700 ou 0800 5705700.

17:13
Anónimo disse...
Empresas
Consultoria negocia compra do parque temático Hopi Hari

A consultoria especializada em reestruturação de empresas Íntegra Associados informou nesta sexta-feira ter um acordo para comprar o parque de diversões Hopi Hari, localizado no interior de São Paulo. A empresa estaria disposta a investir R$ 10 milhões no parque, que tem dívida estimada em R$ 800 milhões. As informações são da edição deste sábado do jornal Folha de S. Paulo.

De acordo com o jornal, a transação ainda depende da negociação entre o Hopi Hari e seus credores, o que já estaria em andamento.

A consultoria paulista já atuou junto à Parmalat, durante 30 meses, quando reorganizou a gestão da empresa italiana.

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17:14
Anónimo disse...
Empresas
Disney de Tóquio contratará mais 2 mil apesar da crise


A Oriental Land, o operador da Disneylândia Tóquio e DisneySea, organizou neste domingo entrevistas para contratar cerca de 2 mil trabalhadores em tempo parcial, em um momento de grandes demissões deste tipo de empregados no Japão.

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O operador deste parque temático, situado em Urayasu, na província de Chiba (leste de Tóquio), está em pleno processo de seleção de empregados para 20 tipos de postos trabalhistas diferentes.

Segundo a companhia, citada pela agência local de notícias Kyodo, o parque contratará novos trabalhadores para as atrações, para os restaurantes e guardas de segurança entre outros. Os novos contratados começarão a trabalhar a partir de fevereiro.

O processo de seleção acontece em um momento em que a maioria das grandes companhias japonesas começaram a se ver obrigadas a despedir uma elevada percentagem de seus trabalhadores temporários e a tempo parcial.

Algumas inclusive anunciaram demissões de seus trabalhadores fixos, uma medida muito pouco comum nas companhias japonesas, perante os efeitos piores que o esperado pela crise econômica global.

Cerca de uma centena de pessoas esperavam desde a primeira hora desta manhã a abertura do centro de conferências Tokyo International Forum, onde as entrevistas estão sendo feitas, para ser os primeiros a solicitar os postos de trabalho.


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17:15
Anónimo disse...
Economia Internacional
Senado dos EUA aprova plano de estímulo à economia

O Senado dos Estados Unidos aprovou com 60 votos a favor e 38 contra o plano de estímulo à economia de US$ 787 bilhões na madrugada deste sábado. Agora, ele segue para sanção ou veto do presidente Barack Obama, que espera colocar a lei em prática até o dia 16 de fevereiro.

O plano prevê a criação de três milhões de empregos, inclui cortes de impostos às famílias, fundos para programas sociais e obras públicas, além de ajuda aos governos estaduais, estudantes e desempregados.

A cláusula Buy American - que exige o uso de ferro, aço e produtos manufaturados dos Estados Unidos em obras realizadas com recursos do pacote - ficou de lado. Segundo o texto definitivo, a cláusula será aplicada sem violar as normas do comércio internacional.

Ontem à tarde, a Câmara de Representantes (deputados) havia aprovado, por 246 votos a favor e 183 contra, a versão final do plano. Todos os republicanos foram contrários ao pacote.

Pelo acordo de quarta-feira entre Câmara e Senado, em vez de custar US$ 819 bilhões, como queriam os deputados, ou US$ 838 bilhões como pretendiam os senadores, o pacote ficou em cerca de US$ 787 bilhões, com 65% desse total destinado a gastos do governo federal e 35%, a créditos tributários.

17:16
Anónimo disse...
Economia nacional
Na era Lula, aposentadoria sobe 54% menos que salário mínimo

Thatiane Faria
Especial para o Terra
Direto de São Paulo

Os índices de reajustes concedidos pelo governo em 2009 para aposentados e pensionistas e para o salário mínimo repetiram uma diferença que, só durante o governo de Luiz Inácio Lula da Silva, já chega a 54%. Enquanto o mínimo foi majorado em 12% este ano, as pensões e aposentadorias tiveram aumento de 5,92%. Aposentados que têm o benefício do governo como única fonte de renda reclamam que perdem poder de compra e que sua cesta de compras é composta por itens que aumentam mais em relação à inflação oficial.

Um exemplo prático pode ser entendido a partir da comparação entre um aposentado que ganhava R$ 600 em janeiro de 2003. Na época, o benefício era três vezes, ou 200%, maior que o valor do mínimo em vigência, que era de R$ 200. Aplicando-se os índices de reajuste para aposentadorias e para o mínimo durante os últimos seis anos, o mesmo aposentado estaria recebendo hoje R$ 938,47, comparado a um salário mínimo de R$ 465. A diferença entre os dois valores caiu para pouco mais de 100%.

Enquanto o índice acumulado de reajuste para a aposentadoria durante o governo Lula foi de 60%, para o salário mínimo está em 132%.

O diretor do Sindicato Nacional dos Aposentados, João Inocentini, reclama que os valores dos benefícios para aposentadorias não mantêm o poder de compra do grupo, principalmente dos aposentados que recebem menos que dez salários mínimos.

Nem mesmo o fato de o índice de reajuste das aposentadorias ter ficado acima da inflação acumulada no mesmo período (o IPCA entre janeiro de 2003 e janeiro de 2009 foi de 39,7%) serve de argumento, segundo os aposentados.

"Os idosos, principalmente, têm gastos além das contas gerais como gás, telefone e aluguel. Para eles o custo com remédios, e outros itens da área saúde costuma ser maior", afirmou Inocentini.

O presidente do sindicato afirmou que o grupo realiza um estudo com 100 itens de necessidade de um idoso para comparar o aumento dos produtos com o índice de reajuste do benefício recebido pelos aposentados.

"Daqui dois meses vamos abrir um processo na Justiça e levar essa pesquisa como prova. Segundo a lei, o governo é obrigado a manter o poder de compra com a aposentadoria", disse Inocentini.

Alternativas
O consultor financeiro Cláudio Boriola diz que os aposentados, especialmente nesse momento de crise econômica, devem evitar compras parceladas, pesquisar preços, negociar e fazer bom planejamento financeiro.

Segundo Boriola, alguns aposentados ganham um valor mensal muitas vezes insuficiente para o pagamento das contas e acabam pedindo crédito ou realizando pagamentos a prazo e são obrigados a pagar juros altos.

Na opinião do consultor, pagar uma previdência privada é uma alternativa indicada para quem ainda trabalha, considerando a característica de perda de poder de compra da aposentadoria.

"Na prática, infelizmente os valores encontram-se em um patamar que está deteriorando o poder de aquisição da população brasileira", completou Boriola.

De acordo com o diretor da Confederação Brasileira de Aposentados e Pensionistas (Cobap), Vicente Fernandes Barbosa, representantes dos aposentados tentarão um encontro com o presidente da Câmara, deputado Michel Temer (PMDB-SP), para discutir projetos que minimizem a perda dos aposentados

17:17
Anónimo disse...
Previdência
Previdência prorroga isenção de tarifas no benefício

O atual sistema de pagamento aos 26 milhões de aposentados e pensionistas do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) será mantido até o final deste ano. O acordo, que permite realizar a operação sem nenhum custo aos beneficiários, foi renovado nesta sexta-feira, entre o governo federal e 21 instituições financeiras.

Por meio desse acordo, vigente desde setembro de 2007, nem os segurados, nem os bancos e nem o governo arcam com o pagamento de tarifas, conforme explicou o ministro da Previdência Social, José Pimentel. A prorrogação vale até dezembro, data máxima para que a Previdência defina as regras para um novo contrato.

Ao assinar o termo de renovação, na sede da Federação Brasileira dos Bancos (Febraban), o ministro disse que a intenção do governo é mudar o atual modelo de gestão visando a reduzir os custos dessas operações em torno da folha mensal, que atinge R$ 15,8 bilhões. No entanto, qualquer alteração, conforme explicou, passará antes por audiências públicas a serem realizadas a partir do segundo semestre deste ano, atendendo a determinação do Tribunal de Contas da União (TCU).

De acordo com Pimentel, com um redesenho do mecanismo de repasse dos recursos aos bancos em torno da folha de pagamento dos segurados o que se busca é um aumento da participação de instituições financeiras. Ele informou que, desde 2007, cada benefício custa em média R$ 1,07 ao governo. "Quanto mais instituições financeiras estiverem prestando serviços à sociedade, maior é a competitividade, a agilidade no atendimento", justificou.

O ministro observou, ainda, que, para permitir uma redução para algo em torno de meia hora no tempo de atendimento para a concessão dos direitos previdenciários, o governo investiu R$ 280 milhões.

Questionado sobre o descontentamento dos segurados que ganham acima de um salário mínimo terem obtido apenas a correção com base na variação do Índice de Preços ao Consumidor (INPC) , ficando abaixo do reajuste dado a quem recebe apenas o mínimo, Pimentel argumentou que o governo seguiu o que determina a lei e descartou a possibilidade de uma revisão

17:17
Anónimo disse...
Empresas
Caterpillar oferece aposentadoria antecipada a 2 mil


A companhia americana Caterpillar ofereceu a cerca de dois mil funcionários incentivos para que se aposentem de forma voluntária antes do previsto, pela perspectiva de uma queda "significativa" da atividade industrial, informou nesta quarta-feira a empresa.

A iniciativa, destinada aos trabalhadores de diversas fábricas em Illinois, Colorado, Tennessee e Pensilvânia, se soma aos cortes de empregos anunciados em janeiro, explicou em comunicado de imprensa.

A empresa, a maior fabricante mundial de maquinaria pesada para a construção e a mineração, acrescentou que, "em função das condições de negócio, podem ser necessárias mais reduções de elenco voluntárias e involuntárias à medida que o ano avança".

O vice-presidente da companhia, Sid Banwart, explicou que a empresa prevê "demissões significativas em todas as regiões geográficas e na maioria dos setores devido às dificuldades da economia mundial".

17:18
Anónimo disse...
Comércio
Comércio exterior da OCDE caiu no 3º trimestre de 2008


As exportações e as importações dos países da Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Econômico (OCDE) caíram 1,6% e 0,2%, respectivamente, no terceiro trimestre de 2008, em relação aos três meses anteriores.

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Trata-se da primeira queda destas atividades desde o terceiro trimestre de 2006, segundo o último relatório trimestral sobre fluxos comerciais divulgado pela OCDE.

As exportações e as importações em dólares dos 30 Estados-membros caíram 15,6% e 17%, respectivamente, na comparação anualizada.

Por sua vez, o comércio dos sete países mais ricos do mundo (G7) teve um pequeno crescimento no terceiro trimestre de 2008 com uma queda das exportações de mercadorias de 0,2% em relação ao trimestre anterior e um aumento de 0,4% das importações.

Em termos anualizados, as importações do G7 caíram 1,4% entre julho e setembro do ano passado, seu primeiro retrocesso desde o terceiro trimestre de 2006, enquanto as exportações aumentaram 1,9%, seu crescimento mais baixo no mesmo tempo.

Por países, a Alemanha aumentou suas importações em 3,4% - valor mais alto do G7 -, enquanto suas exportações caíram 2,9% do segundo para o terceiro trimestre de 2008.

Pelo contrário, as exportações americanas aumentaram 1,8% entre julho e setembro de 2008, enquanto as importações caíram 0,7% em relação ao trimestre anterior. No Japão, tanto as importações quanto as exportações caíram em torno de 1% no mesmo período.

17:19
Anónimo disse...
Economia Nacional
Lula: juros de crédito consignado a aposentados são altos

Atualizada às 17h29

O presidente Luis Inácio Lula da Silva afirmou nesta terça-feira, em São Paulo, que está lutando para reduzir as taxas de juros cobradas de aposentados em crédito consignado. A Previdência Social estabelece uma taxa máxima de 2,5% para empréstimo e de 3,5% para cartão. Para Lula, os valores são altos.

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"Acho que o juro que os aposentados estão pagando hoje com o crédito consignado é alto para o padrão brasileiro", disse o presidente durante a cerimônia de comemoração dos 86 anos do INSS.

A Previdência anunciou nesta terça-feira que aposentados e trabalhadoras com licença-maternidade poderão receber seus benefícios em 30 minutos. De acordo com Lula, em junho, a aposentadoria do trabalhador rural também será conseguida em meia hora.

Além disso, o presidente anunciou que, também em junho, os trabalhadores que alcançarem o direito à aposentadoria passarão a receber em suas casas um comunicado da Previdência informando o fato e o valor do salário que têm direito a receber. "É um comprometimento público que estou fazendo com os companheiros da Previdência Social", disse.

"Estamos retribuindo ao contribuinte da Previdência Social aquilo que é a cidadania que ele tem direito", afirmou Lula. "Se para cobrar nós somos tão precisos, para devolver o dinheiro, temos que chegar próximo à perfeição", completou.

17:20
Anónimo disse...
Economia Nacional
Salário maternidade sairá em 30 minutos, diz ministro

Toda trabalhadora autônoma que tiver contribuído pelo menos 10 meses com o Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) - ou as que possuírem carteira assinada - poderão receber em 30 minutos o salário maternidade a partir desta terça-feira. Da mesma forma, as mulheres com 30 anos de contribuição e os homens com 35 anos também terão direito ao benefício de forma mais rápida. A informação é do ministro da Previdência Social, José Pimentel.

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Para requerer o salário maternidade, é preciso que as autônomas levem a carteira de identidade e o carnê de contribuição. As demais trabalhadoras devem apresentar a identificação e a carteira de trabalho. Desde o início do mês, a nova forma de análise para a concessão de benefícios foi adotada para a aposentadoria por idade do trabalhador urbano e agora foi estendida para o salário maternidade e por tempo de contribuição.

O ministro disse que a qualificação do serviço da previdência social é o reconhecimento do direito dos trabalhadores e da afirmação da cidadania.

"Até pouco tempo na cabeça do cidadão o serviço devia ser de péssima qualidade. Agora não, nós modificamos toda a legislação no mês de dezembro numa ação conjunta do Congresso Nacional com o governo federal. Estamos implantando e concedendo os benefícios em até 30 minutos", afirmou.

O ministro destacou que para conseguir se aposentar ou ter acesso à licença maternidade em 30 minutos, em primeiro lugar, é necessário que o cidadão esteja vinculado à Previdência, o que inclui 65% da população acima de 16 anos de idade.

"Depois bastar marcar pelo sistema 135 o dia e a hora do atendimento e levar a documentação. Se todos os dados necessários estiverem corretos o contribuinte será atendido em até 30 minutos, como vem sendo feito com as aposentadorias por idade desde o dia cinco de janeiro", explicou.

Pimentel disse ainda que em 90% das agências da previdência social o atendimento é marcado em até 48 horas. Nos grandes centros, entretanto existe um volume maior o que torna mais lento o processo.

"Estamos criando mais 715 agências até 2010, em todo o território nacional, para descentralizar o atendimento. Em 2008, atendemos 295 mil benefícios e aposentadorias por idade. Temos 4 mil pessoas por dia procurando e se aposentando por idade no território nacional. Este serviço será agilizado", concluiu.

17:28
Anónimo disse...
Giuseppe Englaro, pai de Eluana, a italiana que morreu na segunda-feira passada por desidratação, recusou uma grande soma de dinheiro de um conhecido fotógrafo italiano que queria retratar a filha em estado de coma, disse neste sábado o neurologista que atendia a mulher desde 1996, Carlo Defanti.

O neurologista, que participou hoje de uma conferência sobre eutanásia, disse que Englaro respeitou a vontade da filha, que, antes do acidente, tinha pedido que, se lhe ocorresse qualquer coisa irreversível, apresentasse sua imagem de quando estava em boas condições.

Antes de sofrer o acidente de trânsito, em 1992, Eluana viveu o coma de um amigo, Alessandro, o que causou forte impacto na italiana e a levou a fazer o pai prometer que não a deixasse viver em estado vegetativo, disse o próprio Giuseppe Englaro.

Defanti, que dissera que Eluana poderia viver de dez a 12 dias depois da suspensão da alimentação e da hidratação, disse que, como médico, tinha que reprovar esta afirmação.

"Não se pode sobreviver após três ou quatro dias sem líquido e, em particular, água em um corpo. Sabemos bem que, quando há um terremoto, após quatro dias é difícil encontrar sobreviventes".

Defanti ressaltou que Eluana "não falava, não se comunicava com o exterior" e que, após vários exames, "nos deparamos com uma moça que tinha perdido a consciência", porque estava com o córtex cerebral prejudicado.

Eluana foi enterrada na quinta-feira passada no túmulo da família na localidade de Paluzza, em Udine, após um funeral que não contou com a presença dos pais.

16:53
Anónimo disse...
Os bombeiros combatem neste sábado os incêndios na Austrália favorecidos pelo bom tempo, enquanto os deslocados encotram em seu retorno casas derruídas, carros queimados nas ruas e destruição.

Depois de sete dias desde que começaram os incêndios no Estado de Victoria, a lista de mortos chega a 181, os desaparecidos somam 50, os edifícios destruídos totalizam 1,834 mil e o terreno arrasado, principalmente florestas, ocupa uma área de 4,13 mil quilômetros quadrados.

As equipes de bombeiros, formadas por 4 mil profissionais de Victoria, de outras partes da Austrália e de países amigos, combateram hoje 12 focos fora de controle e nenhum representava uma ameaça direta para a população.

O subdiretor do Serviço de Bombeiros, Geoff Conway, disse que este tempo favorável, que se prolongará durante o domingo, permite consolidar as linhas de contenção e avançar na extinção das chamas.

Cinzas apareceram arrastadas por ventos do nordeste sobre Melbourne, onde habitam 3,8 milhões de pessoas, e as autoridades alertaram aos cidadãos do risco para a saúde de idosos, crianças e pessoas com problemas respiratórios.

O número de pessoas deslocadas - a Cruz Vermelha chegou a receber 7 mil - começou a cair com a abertura de algumas localidades atingidas.

Os incêndios, alguns criminosos, começaram em 7 de fevereiro, quando a região sul da Austrália estava há duas semanas sob uma onda de calor sem precedentes.

Na sexta-feira passada, a polícia acusou uma pessoa de ter provocado o incêndio que atingiu a localidade de Churchill e matou 21 pessoas.

16:55
Anónimo disse...
A primeira chuva em seis dias reduziu a ameaça de incêndios no Estado de Victoria, ao sul da Austrália. As autoridades, porém, advertiram que ainda existem 12 focos, mas que nenhum deles ameaça áreas povoadas.

Mais de quatro mil bombeiros, mil provenientes de outras partes do país e de outras nações, trabalham contra o fogo. Cerca de 600 veículos e 28 helicópteros e pequenos aviões estão sendo usados.


Eles conseguiram construir linhas de contenção para evitar os incêndios de Yarra e Maroondah se juntassem. Também foram controlados os incêndios abertos de Yea e Murrindindi, que ameaçavam as comunidades de Connellys Creek, Crystal Creek, Scrubby Creek e Native Dog Creek.

O número de mortos chegou a 181, mas as autoridades acreditam que as vítimas devem passar de 200, já que ainda há muitos desaparecidos.

16:55
Anónimo disse...
Aqui nesta coluna, na semana passada, tive a oportunidade de comentar sobre a recente visita do professor brasileiro Pedrinho Guareschi à Austrália. Não dei, porém, os fatos, pois semana passada o assunto era outro.

Hoje, porém, vamos a eles.

No último dia 4 de fevereiro, aconteceu o Seminário "Paulo Freire: Education and Liberation", organizado pelo centro de estudos latino-americanos da Universidade Nacional da Austrália, ou ANU, como é mais conhecida por aqui.

A ANU, para quem não sabe, está entre as 20 melhores universidades do mundo! E tem sede aqui em Camberra, capital da Austrália.

Na abertura do evento, o professor John Minns, diretor do centro latino-americano, ao dar boas-vindas ao público presente, lembrou ser aquele o primeiro seminário exclusivamente dedicado a Paulo Freire na Austrália.

Em seguida, convidou Pedrinho Guareschi, palestrante principal do Seminário, a fazer sua apresentação.

A plateia pode então conhecer, pelas palavras de Pedrinho, um pouco da obra e da vida de Freire, esse brasileiro de fé e valor, que sempre acreditou na educação, sobretudo dos menos favorecidos, analfabetos, como força libertadora.

Como não podia deixar de ser, os conceitos e ideias revolucionários de Paulo Freire, expostos com clareza por Pedrinho, despertaram o interesse e a curiosidade de plateia. A qual, deve-se notar, era na maioria de estudantes, mas de várias nacionalidades, sobretudo australianos e asiáticos.

Na continuação do programa do seminário, que se estendeu por dois dias, outros professores fizeram palestras sobre temas ligados à obra de Paulo Freire.

Interessante, por exemplo, saber que a professora Anne Hickling-Hudson, jamaicana que mora na Austrália há muitos anos (é professora da ANU), conheceu e trabalhou com Freire num workshop educacional durante a revolução na Ilha de Granada, em 1980, antes da invasão dos Estados Unidos...

Ou, então, a palestra da Professora Gerda Roelvink, da Nova Zelândia, que participou do Fórum Social de Porto Alegre em 2005. E essa participação transformou-se em tema de doutorado.

No dia 10, terça-feira passada, o padre Pedrinho Guareschi voltou a falar ao público australiano em grande auditório localizado no belíssimo campus da ANU. Desta vez, sobre a Teologia da Libertação.

Depois da palestra, John Minns mostrou o filme mexicano "O Crime do Padre Amaro", no qual um dos personagens é um padre católico praticante da Teologia da Libertação.

Mais uma vez, foi grande o intersse da platéia, que pode aprender e conhecer um pouco como se desenvolveu aquele importante movimento católico na América Latina.

Fica, assim, ao Pedrinho, bem como a outros brasileiros estudiosos e de bom coração que saem pelo mundo a divulgar aspectos importantes da cultura brasileira, o respeito e a homenagem desta coluna. E... aquele abraço!

16:57
Anónimo disse...
Amanda Kitts perdeu o braço esquerdo em um acidente de automóvel acontecido três anos atrás, mas hoje em dia ela joga futebol americano com seu filho de 12 anos de idade, troca fraldas e abraça as crianças nas três creches Kiddie Cottage que opera em Knoxville, Tennessee. Kitts, 40 anos, faz tudo isso com a ajuda de um novo tipo de braço artificial que se movimenta com mais facilidade do que outros aparelhos e que ela pode controlar utilizando apenas seus pensamentos.

"Eu sou capaz de mexer a mão, o pulso e o cotovelo ao mesmo tempo", diz. "Você pensa e os músculos se movem em seguida".

A recuperação que ela conseguiu resulta de um novo procedimento que vem atraindo crescente atenção porque permite que pessoas movam braços protéticos de forma mais automática do que faziam no passado, simplesmente utilizando nervos reaproveitados em seus cérebros.

A técnica, conhecida como "renervação muscular dirigida", envolve utilizar os nervos que restam depois da amputação de um braço e conectá-los a outro músculo do corpo, em geral no peito. Eletrodos são instalados sobre os músculos do peito, e operam como se fossem antenas. Quando a pessoa deseja mover o braço, o cérebro envia sinais que primeiro resultam em contração dos músculos do peito, os quais enviam um sinal ao braço protético, instruindo-se a se movimentar. O processo não requer mais esforços consciente do que a pessoa teria de exercitar caso ainda tivesse seu braço natural.

Na terça-feira, pesquisadores reportaram em estudo publicado pela versão online do Journal of the American Medical Association que haviam levado a técnica ainda mais à frente, tornando possível a execução de 10 movimentos de mão, pulso e cotovelo diferentes, o que representa uma substancial melhora com relação ao típico repertório protético, que em geral envolve apenas dobrar o cotovelo, girar o pulso e abrir a mão.

"Os novos métodos tiveram impacto dramático em nosso campo de trabalho", disse Stuart Harshbarger, engenheiro biomédico na Universidade Johns Hopkins e diretor do programa de pesquisa sobre próteses, financiado pelas forças armadas, que inclui o trabalho com essa técnica. "O método já está em uso por médicos e cirurgiões comuns em todo o país. A capacidade de controlar um membro protético bastante robusto que ele confere surpreendeu a todos pela qualidade".

Tipicamente, uma pessoa que tenha um braço protético só é capaz de executar alguns poucos movimentos, e muitas vezes com tamanha lentidão que isso só permite a ela atividades limitadas.

Há um motor separado para cada movimento, diz Gerald Loeb, professor de engenharia biomédica na Universidade do Sul da Califórnia, "e esses motores precisam ser controlados de maneira explícita", usualmente por um esforço consciente da pessoa para contrair músculos nas costas ou no bíceps.

"Essencialmente, até agora os pacientes controlavam apenas um motor de cada vez", diz Loeb, "e precisavam pensar cuidadosamente sobre que motor desejavam controlar e como fazê-lo operar, em lugar de simplesmente pensarem em mover o braço e poderem fazê-lo sem delongas".

Antes que Kitts passasse pelo procedimento de renervação, em outubro de 2007, por exemplo, ela precisava movimentar os músculos de suas costas de determinada maneira para fazer com que seu pulso girasse, e flexionar seu bíceps e tríceps para fazer com que o cotovelo se movesse para cima e para baixo. "Era muito trabalho", ela conta. "E não me ajudava muito".

O procedimento de renervação é parte de uma recente explosão de idéias novas e técnicas inovadoras que estão sendo exploradas enquanto os cientistas se esforçam por ajudar as pessoas a compensar melhor a perda de membros ou problemas de paralisia. O esforço vem sendo alimentado pelo aumento no número de amputações causado por diabetes e por ferimentos sofridos pelos militares, e ao mesmo tempo pelos avanços na tecnologia médica.

Os braços se tornaram um dos focos essenciais desse tipo de trabalho. A ciência há muito vem obtendo sucessos no desenvolvimento de próteses de perna, mas é muito mais difícil imitar a complexidade e a destreza das mãos e dos braços.

Os esforços em curso incluem o desenvolvimento de projetos de pele e braços mais sensíveis e mais flexíveis, e o uso de dispositivos acionados por controles sem fio implantado nos braços protéticos, que permitiriam movimentos mais naturais.

Os pesquisadores também vêm usando sensores implantados nos cérebros de cobaias para permitir que dois macacos controlem um braço mecânico, e um teste com um homem paralítico permitiu, com esse método, que ele movimentasse um cursor em uma tela de computador.

Alguns desses métodos, caso venham a ser aperfeiçoados plenamente e consigam aprovação das autoridades regulatórias da saúde, podem no futuro se tornar mais viáveis para os pacientes de amputações.

E embora a técnica da renervação não requeira aprovação das autoridades regulatórias porque é executada por meios cirúrgicos e emprega aparelhos já existentes, ela apresenta limitações que até mesmo seus criadores reconhecem, entre as quais o fato de que não se pode utilizá-la para todos os pacientes, o seu alto custo e o prazo de meses requerido para que os nervos reconectados cresçam e se tornem efetivos.

Ainda assim, os especialistas dizem que é o mais avançado sistema em uso hoje para pacientes reais que permite que o sistema nervoso controle diretamente o movimento de um braço artificial.

Desde sua introdução por Todd Kuiken, médico fisioterapeuta e engenheiro biomédico do Instituto de Reabilitação de Chicago, o método foi empregado em cerca de 30 pacientes nos Estados Unidos, Canadá e Europa, entre os quais oito soldados feridos no Iraque e no Afeganistão.

Muitos dos pacientes, entre os quais o primeiro, Jesse Sullivan, um operário do setor elétrico no Tennessee que perdeu os dois braços quando foi eletrocutado por um cabo, conseguem não apenas manipular seus braços protéticos mas sentir a presença das mãos que já não têm quando alguém toca em seus peitos.

Sullivan, 62 anos, e Kitts, estavam entre os cinco pacientes que participaram do estudo reportado na terça-feira. Em companhia de cinco outras pessoas que não passaram por amputações, eles receberam os eletrodos e foram instruídos a usar pensamentos para fazer com que um braço virtual na tela reproduzisse 10 movimentos diferentes, entre os quais três formas diferentes de aperto de mão.

Os pacientes apresentaram desempenho bastante respeitável, apenas um pouco mais lento e menos preciso do que os dos participantes que não tinham amputações.

"As velocidades de movimento que encontramos em nossos pacientes foram realmente encorajadoras", disse Kuiken. "Eles conseguiram completar a tarefa. É claro que não foram tão competentes quanto as pessoas dotadas de plena capacidade física, mas foram bons o bastante".

Um braço virtual foi usado porque a maioria das próteses existentes não era capaz de acomodar todos aqueles movimentos, no momento da pesquisa, ainda que Sullivan, Kitts e uma terceira paciente, Claudia Mitchell, tenham experimentado dois novos protótipos mais versáteis de braços artificiais, executando tarefas complexas com bolas de tênis e outros objetos.

O trabalho de renervação em soldados apresenta outros desafios, diz Kuiken, porque os ferimentos militares muitas vezes "causam danos muitos extensos" a nervos, músculos ou ossos.

Daniel Acosta, 25 anos, um aviador ferido pela detonação de uma bomba em uma estrada do Iraque em 2005, passou pelo procedimento no ano passado e diz que seu braço esquerdo protético agora se movimenta "muito mais rápido" e de maneira muito mais natural.

"A diferença é que agora não preciso mais pensar para mover o braço", ele diz. "Ele simplesmente se mexe".

Ainda assim, Acosta, de San Antonio, diz que "o processo foi bastante longo" e que os eletrodos precisam ser ajustados para receber os sinais à medida que os nervos crescem ou mudam de posição.

E embora elogiem o método, os especialistas afirmam que a ciência das próteses de braço ainda tem muito por avançar.

"Trata-se de uma parte crucial, mas ainda assim apenas uma parte, das muitas coisas que compreendem a função normal de um braço", disse Loeb, que escreveu um editorial que acompanha o artigo no Journal of the American Medical Association.

"No momento estamos a meio do caminho entre o braço de 'Dr. Fantástico', que fazia involuntariamente a saudação nazista, e o braço de Luke Skywalker em 'Guerra nas Estrelas', que funciona sem nenhum problema assim que é conectado. Creio que precisaremos ainda de muitos anos para conectar todas as peças necessárias a produzir um braço capaz de funcionar normalmente".

17:04
Anónimo disse...
A Espanha disse neste sábado que está preparando uma reclamação oficial contra a decisão da Venezuela de expulsar um membro do Parlamento Europeu que criticou o conselho eleitoral venezuelano.
Luis Herrero, membro do partido conservador espanhol PP, foi deportado na sexta-feira depois que o Conselho Nacional Eleitoral (CNE) o acusou de questionar a imparcialidade da instituição antes de um referendo que pode permitir ao presidente Hugo Chávez permanecer no cargo indefinidamente.

Herrero estava na Venezuela como observador do referendo. Ele acusou Chávez de ter "comportamentos típicos de um ditador" por pedir a contenção de manifestações da oposição.

O governo da Espanha convocou um encontro com o embaixador da Venezuela em Madri para expressar a desaprovação sobre a expulsão de Herrero, disse um representante do Ministério das Relações Exteriores espanhol.

As relações da Venezuela com a Espanha tiveram seu ponto crítico em 2007, quando Chávez ameaçou rever acordos diplomáticos e comerciais depois de ouvir um "cala a boca" do rei espanhol Juan Carlos durante uma cúpula.

A fenda foi oficialmente reparada em 2008, com uma visita oficial de Chávez à Espanha, onde ele cumprimentou o rei e discutiu acordos para investimento no setor petroquímico com o primeiro-ministro José Luis Rodriguez Zapatero.

17:06
Anónimo disse...
A polícia do Zimbábue anunciou neste sábado que acusa de traição Roy Bennett, dirigente do até agora opositor Movimento para a Mudança Democrática (MDC), detido na sexta-feira, em Harare, poucas horas antes da cerimônia de posse dos membros do novo gabinete.

"A Polícia nos informou que vão apresentar acusações de traição", disse à agência EFE o advogado de defesa de Bennett, Trust Maanda.

"Tentam relacionar Roy com o caso de Mike Hitschmann, que foi detido em 2006 em relação à descoberta de um carregamento de armas, apesar de que Hitschmann não tenha sido declarado culpado das acusações de traição apresentadas contra ele, mas de um crime menor de descumprimento de leis", disse Maanda.

O político opositor, designado por seu partido como vice-ministro de Agricultura no Governo de união nacional, esteve no exílio na vizinha África do Sul desde 2006 e retornou ao Zimbábue há duas semanas.

Segundo a Polícia, que deteve Bennett ontem no aeroporto de Harare quando pretendia ir à África do Sul para visitar sua família, as armas apreendidas em 2006 seriam utilizadas em um golpe de Estado para derrubar o presidente do Zimbábue, Robert Mugabe.

Depois da detenção, Bennet foi levado a Mutar, onde vários simpatizantes do MDC se concentraram em frente à delegacia na qual estava detido, diante do que a Polícia respondeu com tiros para o alto para dispersar os manifestantes.

17:07
Anónimo disse...
Austrália: 14 mil se candidatam a 'emprego dos sonhos'

A secretaria de Turismo de Queensland, na Austrália, informou que até esta segunda-feira já recebeu cerca de 14 mil inscrições para o "o melhor emprego do mundo". O Estado australiano promove pela internet seleção para vaga de "zelador" da ilha Hamilton, por seis meses com um salário de R$ 40 mil.

Muitos candidatos tiveram problemas durante a inscrição por conta dos acessos simultâneos ao site. A secretaria aconselha enviar os vídeos de 60s explicando porque deve ser escolhido em horários alternativos do dia, além de recomendar tamanho em torno de 40MB.

As inscrições começaram em 12 de janeiro e vão até o próximo dia 22 e podem ser feitas pelo site www.islandreefjob.com. O governo australiano escolherá 50 candidatos para a próxima fase da seleção, que terá votos do público para eleger um dos 11 finalistas.

A última fase terá entrevistas e desafios físicos, no próprio local de trabalho: as ilhas da Grande Barreira Coralina - o maior recife de coral do mundo. A secretaria de Turismo anunciará o vencedor no dia 6 de maio.

17:09
Anónimo disse...
Mercado elogia governo na crise, mas pede maior queda no juro

Peter Fussy
Direto de São Paulo

Desde as primeiras medidas anunciadas para combater os efeitos da crise, o governo brasileiro avisou que a estratégia não contemplaria um pacote. Seriam doses pontuais, de acordo com a necessidade da economia diante do agravamento das turbulências. Da primeira liberação dos depósitos compulsórios em setembro até a ampliação do seguro-desemprego na última quarta-feira, o governo passou por redução de impostos, ampliação de crédito e incentivos à exportação. Quase 150 dias após a primeira medida, o Terra conversou com líderes do setor público e privado, representantes dos trabalhadores, acadêmicos e com o próprio governo para saber quais destas ações foram mais eficazes, quais foram mais ineficientes e o que mais pode ser feito pelo Estado brasileiro contra a crise.

Os maiores elogios foram direcionados à atitude de reduzir o Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) para a indústria automobilística, anunciada em dezembro e que fez com que os emplacamentos de carros novos subissem 1,9% no primeiro mês do ano em relação a dezembro de 2008. Já as maiores críticas foram para a lentidão no corte da taxa básica de juro do País.

Para o presidente do conselho administrativo do Grupo Pão de Açúcar, Abílio Diniz, o Estado não é responsável pela crise e mesmo assim está agindo "com extrema serenidade e muito acerto". "O governo está atento, fazendo a sua parte. É preciso coragem de baixar firmemente a taxa de juros. É uma arma que temos a nosso favor, já que não há clima para inflação, nem possibilidade de danos para a macroeconomia", afirmou Diniz.

Na última reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), em janeiro, a taxa Selic foi reduzida em um ponto percentual, de 13,75% para 12,75% ao ano. Porém, o professor de economia da Universidade de Brasília (UnB) José Luiz Oreiro lembra que este corte representa uma redução de apenas 0,25 ponto percentual com relação à taxa de setembro do ano passado, quando a crise se agravou.

"Pouco antes da eclosão da crise, o Banco Central aumentou a taxa em 0,75 ponto. Foram cinco meses de demora para reduzir em termos líquidos apenas 0,25 ponto", afirmou o economista, que também sugeriu redução do intervalo de cerca de 90 dias entre as reuniões do Copom e o corte de pelo menos um 1 ponto percentual em cada reunião.

Mesmo com o corte de janeiro, a taxa de juros real continua sendo a maior do mundo, lembrou o secretário-geral da Força Sindical, João Carlos Gonçalves, o Juruna. "A redução da taxa de juro ainda é pequena, porque ela continua uma das mais altas do mundo. Falta ousadia para baixar os juros e ajudar o cidadão. A permanência da taxa de juro alta é negativa para o País em meio a crise", afirmou Juruna.

Embora aprove as ações do governo, o senador Aloízio Mercadante (PT-SP) também acredita que o patamar da Selic está muito alto. "Sempre fomos os primeiros a entrar em qualquer crise, o que não aconteceu agora. A taxa Selic ainda é muito alta, mas o governo têm tomado medidas acertadas, como o aumento do salário mínimo, mesmo com um cenário de crise. Isso ajuda a movimentar o consumo. O governo está se esforçando para manter os investimentos e o crescimento", disse.

Tributos
De acordo com o economista Fabio Pina, da Fecomercio-SP, as ações mais positivas estão relacionadas à redução de tributos para alguns segmentos, como a indústria automobilística, que recuperou parte da queda nas vendas em janeiro com a isenção do IPI para carros 1.0 l e o corte para demais motorizações. A medida vale até o final de março.

"Essas medidas não só reduziram o preço, mas anteciparam o consumo daqueles que iriam comprar no futuro, dando um prêmio por conta da insegurança. Mexe diretamente com o principal problema que é a confiança do consumidor", afirmou. Juruna destacou que um bom ritmo de vendas é garantia de emprego. "É importante porque cada emprego na montadora significa 19 na cadeia produtiva", comentou o representante da Força Sindical.

Também em dezembro, o governo decidiu cortar pela metade a alíquota do Imposto de Renda para contribuintes que ganham entre R$ 1.434 e R$ 2.150 mensais. "O salário aumentava e a tabela não se modificava. As pessoas ganhavam mais e pagavam mais impostos", apontou Juruna. Outra redução de tributos do governo foi com relação ao Imposto sobre Operações Financeiras (IOF), que caiu de 3% ao ano para 1,5%.

Crédito
Na segunda metade de 2008, o colapso de bancos nos Estados Unidos por conta da crise do subprime provocou uma forte restrição de crédito no mundo inteiro. Uma das primeiras medidas anticrise do governo teve como objetivo restabelecer a oferta, com mudanças no recolhimento dos depósitos compulsórios por parte dos bancos. Segundo o presidente do Banco Central, Henrique Meirelles, as diversas modificações liberaram US$ 99,2 bilhões aos bancos até o final de janeiro.

Além disso, o governo concedeu R$ 36 bilhões das reservas internacionais para empresas brasileiras com dívidas no exterior e uma medida provisória autorizou o Banco do Brasil e a Caixa Econômica Federal a comprar carteiras de crédito de bancos privados. Para o diretor do Departamento de Pesquisas e Estudos Econômicos da Fiesp, Paulo Francini, estas medidas foram essenciais para combater os efeitos da crise.

"A crise se desenvolve no mundo em torno do tema crédito. E o crédito reduziu-se barbaridade no mundo. Então o governo lança mão de compulsório, lança mão de reservas, de medidas que permitem aos bancos comprar carteiras de bancos. Você vai tomando várias medidas para atender às demandas e o epicentro disso é crédito", afirmou.

No entanto, Oreiro, da UnB, adverte que a liberação dos compulsórios seria mais eficiente acompanhada de redução mais agressiva da taxa básica de juro. "Uma parte do crédito voltou, depois da forte retração em outubro e novembro. O que deveria ter sido feito junto à liberação do compulsório era uma redução mais drástica da taxa de juro. Sem isso, os bancos pegam as reservas e acabam comprando títulos públicos", explicou o economista.

Na opinião de Pina, as ações de distribuição de crédito via redução do compulsório e a disposição de capital de giro para empresas foram tomadas sem um cuidado maior na operação e não tiveram muito efeito. "O BNDES tem linhas que ficam paradas quase todo o ano, agora é pior ainda. Existem os recursos, mas as empresas e os bancos estão desconfiados. É preciso fazer com que os bancos tenham interesse em emprestar", afirmou o economista da Fecomercio-SP.

Futuro
Mesmo com todas essas medidas, a crise financeira ainda gera incertezas nos setores produtivos do País. Nos últimos meses, o medo do desemprego fez os consumidores adiarem compras. Por sua vez, a queda nas vendas pode obrigar as indústrias a cortarem a produção e demitir funcionários. Contra isso, empresários sugerem redução de jornada e de salários.

"Isto está previsto em lei. A Fiesp simplesmente manteve conversações com entidades sindicais quanto à aplicação daquilo que já está previsto em lei", afirmou Francini.

Segundo a ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff, uma das medidas que assegura um nível de emprego é a manutenção de investimentos no Programa de Aceleração do Crescimento (PAC). "Estamos esperando que a dificuldade ocorra em janeiro, fevereiro e março. Estamos certos que vamos manter o nível de investimento. É isso que funciona, é isso que significa investimento público. Ele funciona como um colchão. Por isso, nós colocamos R$ 100 bilhões no BNDES e a Petrobras ampliou o seu investimento em R$ 120 bilhões", afirmou.

Na mesma linha, Pina explica que a antecipação de gastos do governo substitui parte da demanda retraída do setor privado. "Ele dá o seguinte recado: não vou estourar as contas públicas, mas concentrar em um momento em que a demanda privada está pequena. Mas o governo não tem fôlego suficiente para fazer o papel de toda demanda", ressaltou. O economista da Fecomercio lembrou que a entidade já pleiteou junto ao governo isenções para transferência de imóveis e de automóveis, além de retirar o IPVA para veículos novos.

Já Oreiro foca suas propostas na capitalização do Banco do Brasil e da Caixa Econômica Federal pelo Tesouro para atender a demanda de crédito para capital de giro e reduzir o spread. "Aumentando o empréstimo e reduzindo as taxas, os dois vão forçar os bancos privados a acompanhar o movimento, até para não perderem participação no mercado", explicou o economista da UnB.

Até o Carnaval, o governou prometeu detalhar um pacote de incentivos para a construção de até um milhão de casas populares, direcionado a famílias com renda de até dez salários mínimos. "Estamos atentos a tudo o que está acontecendo e novas medidas serão tomadas caso haja uma avaliação de que sejam necessárias", disse o ministro da Fazenda, Guido Mantega, na última sexta-feira.

17:11
Anónimo disse...
Ex-ministro critica extensão do seguro-desemprego

Atualizada às 09h03

O ex-ministro do Trabalho Almir Pazzianotto criticou a decisão do governo federal de conceder o seguro-desemprego estendido a apenas alguns setores. "É certamente odioso e provavelmente inconstitucional", disse Pazzianotto, de acordo com o jornal O Estado de S. Paulo.

Na última qurta, dia do anúncio da medida, centrais sindicais elogiaram a atitude do governo. A Força Sindical divulgou nota dizendo que "o aumento ajudará a aquecer parte da economia, já que irá gerar mais consumo, produção e conseqüentemente, a criação de novos postos de trabalho". A União Geral dos Trabalhadores (UGT) afirmou que a medida "contribuirá para minimizar o drama dos trabalhadores que perderem seu emprego por conta da crise".

O ex-ministro, que instituiu o seguro-desemprego no País no governo de José Sarney, destacou a necessidade de as centrais sindicais se manifestarem contra a determinação. Para ele, as mudanças devem ser aplicadas a todas as categorias profissionais e a distinção é contrária ao artigo 3º da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT).

Pazzianotto atribui a medida a um possível temor do governo de que a crise econômica seja longa e não haja dinheiro para atender a todas as necessidades. Ainda assim, ele se mostra contrário ao método de concessão. "O seguro-desemprego ajuda a sanar necessidades básicas. Estendê-lo é paliativo, não a solução", disse ao jornal.

De acordo com o presidente do Conselho Deliberativo do Fundo de Amparo ao Trabalhador (Codefat) e conselheiro da Força Sindical, Luiz Fernando Emediato, a determinação já estava prevista na lei 8.900/94, que trata do seguro-desemprego.

O presidente da Comissão de Trabalho da Câmara, Pedro Fernandes (PTB-MA) vai além na crítica à concessão do seguro para apenas alguns setores. Ele acredita que a ampliação do benefício estimula o desemprego.

Quintino Severo, secretário geral da Central Única dos Trabalhadores (CUT), lembra que a ampliação do benefício sem critério e identificação pode incentivar demissões em outros setores.

17:13
Anónimo disse...
Empresas
TAM faz promoção para destinos internacionais

A companhia aérea TAM anunciou nesta sexta-feira tarifas promocionais para trechos internacionais. Os preços valem para bilhetes comprados entre 6h deste sábado e 23h59 deste domingo e são válidos para classe econômica. As tarifas, para ida e volta, serão vendidas a partir de US$ 99, mais taxas.

Segundo a aérea, a promoção vale para viagens feitas no período de 14 de fevereiro a 18 de junho de 2009. Para destinos na América do Sul, a permanência mínima é de dois dias; para bilhetes com destino nos Estados Unidos, cinco dias; e Europa, sete dias. A permanência máxima para as passagens para América do Sul e EUA é de dois meses e para Europa, três meses.

Entre os exemplos de tarifas promocionais, a TAM oferece São Paulo-Lima por US$ 99. Bilhetes para a rota São Paulo-Santiago serão vendidos a partir de US$ 199 e São Paulo-Nova York, US$ 799.

A emissão dos bilhetes deve ser feita obrigatoriamente no ato da reserva, obedecendo às regras estipuladas pela companhia. A compra está sujeita à disponibilidade de assentos nas classes tarifárias determinadas, trechos, horários e datas. A TAM afirmou que também há tarifas promocionais para a classe executiva.

Mais informações podem ser encontradas no site promocional (www.ofertastam.com.br), no site da empresa (www.tam.com.br) ou pelos telefones 4002-5700 ou 0800 5705700.

17:13
Anónimo disse...
Empresas
Consultoria negocia compra do parque temático Hopi Hari

A consultoria especializada em reestruturação de empresas Íntegra Associados informou nesta sexta-feira ter um acordo para comprar o parque de diversões Hopi Hari, localizado no interior de São Paulo. A empresa estaria disposta a investir R$ 10 milhões no parque, que tem dívida estimada em R$ 800 milhões. As informações são da edição deste sábado do jornal Folha de S. Paulo.

De acordo com o jornal, a transação ainda depende da negociação entre o Hopi Hari e seus credores, o que já estaria em andamento.

A consultoria paulista já atuou junto à Parmalat, durante 30 meses, quando reorganizou a gestão da empresa italiana.

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17:14
Anónimo disse...
Empresas
Disney de Tóquio contratará mais 2 mil apesar da crise


A Oriental Land, o operador da Disneylândia Tóquio e DisneySea, organizou neste domingo entrevistas para contratar cerca de 2 mil trabalhadores em tempo parcial, em um momento de grandes demissões deste tipo de empregados no Japão.

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O operador deste parque temático, situado em Urayasu, na província de Chiba (leste de Tóquio), está em pleno processo de seleção de empregados para 20 tipos de postos trabalhistas diferentes.

Segundo a companhia, citada pela agência local de notícias Kyodo, o parque contratará novos trabalhadores para as atrações, para os restaurantes e guardas de segurança entre outros. Os novos contratados começarão a trabalhar a partir de fevereiro.

O processo de seleção acontece em um momento em que a maioria das grandes companhias japonesas começaram a se ver obrigadas a despedir uma elevada percentagem de seus trabalhadores temporários e a tempo parcial.

Algumas inclusive anunciaram demissões de seus trabalhadores fixos, uma medida muito pouco comum nas companhias japonesas, perante os efeitos piores que o esperado pela crise econômica global.

Cerca de uma centena de pessoas esperavam desde a primeira hora desta manhã a abertura do centro de conferências Tokyo International Forum, onde as entrevistas estão sendo feitas, para ser os primeiros a solicitar os postos de trabalho.


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17:15
Anónimo disse...
Economia Internacional
Senado dos EUA aprova plano de estímulo à economia

O Senado dos Estados Unidos aprovou com 60 votos a favor e 38 contra o plano de estímulo à economia de US$ 787 bilhões na madrugada deste sábado. Agora, ele segue para sanção ou veto do presidente Barack Obama, que espera colocar a lei em prática até o dia 16 de fevereiro.

O plano prevê a criação de três milhões de empregos, inclui cortes de impostos às famílias, fundos para programas sociais e obras públicas, além de ajuda aos governos estaduais, estudantes e desempregados.

A cláusula Buy American - que exige o uso de ferro, aço e produtos manufaturados dos Estados Unidos em obras realizadas com recursos do pacote - ficou de lado. Segundo o texto definitivo, a cláusula será aplicada sem violar as normas do comércio internacional.

Ontem à tarde, a Câmara de Representantes (deputados) havia aprovado, por 246 votos a favor e 183 contra, a versão final do plano. Todos os republicanos foram contrários ao pacote.

Pelo acordo de quarta-feira entre Câmara e Senado, em vez de custar US$ 819 bilhões, como queriam os deputados, ou US$ 838 bilhões como pretendiam os senadores, o pacote ficou em cerca de US$ 787 bilhões, com 65% desse total destinado a gastos do governo federal e 35%, a créditos tributários.

17:16
Anónimo disse...
Economia nacional
Na era Lula, aposentadoria sobe 54% menos que salário mínimo

Thatiane Faria
Especial para o Terra
Direto de São Paulo

Os índices de reajustes concedidos pelo governo em 2009 para aposentados e pensionistas e para o salário mínimo repetiram uma diferença que, só durante o governo de Luiz Inácio Lula da Silva, já chega a 54%. Enquanto o mínimo foi majorado em 12% este ano, as pensões e aposentadorias tiveram aumento de 5,92%. Aposentados que têm o benefício do governo como única fonte de renda reclamam que perdem poder de compra e que sua cesta de compras é composta por itens que aumentam mais em relação à inflação oficial.

Um exemplo prático pode ser entendido a partir da comparação entre um aposentado que ganhava R$ 600 em janeiro de 2003. Na época, o benefício era três vezes, ou 200%, maior que o valor do mínimo em vigência, que era de R$ 200. Aplicando-se os índices de reajuste para aposentadorias e para o mínimo durante os últimos seis anos, o mesmo aposentado estaria recebendo hoje R$ 938,47, comparado a um salário mínimo de R$ 465. A diferença entre os dois valores caiu para pouco mais de 100%.

Enquanto o índice acumulado de reajuste para a aposentadoria durante o governo Lula foi de 60%, para o salário mínimo está em 132%.

O diretor do Sindicato Nacional dos Aposentados, João Inocentini, reclama que os valores dos benefícios para aposentadorias não mantêm o poder de compra do grupo, principalmente dos aposentados que recebem menos que dez salários mínimos.

Nem mesmo o fato de o índice de reajuste das aposentadorias ter ficado acima da inflação acumulada no mesmo período (o IPCA entre janeiro de 2003 e janeiro de 2009 foi de 39,7%) serve de argumento, segundo os aposentados.

"Os idosos, principalmente, têm gastos além das contas gerais como gás, telefone e aluguel. Para eles o custo com remédios, e outros itens da área saúde costuma ser maior", afirmou Inocentini.

O presidente do sindicato afirmou que o grupo realiza um estudo com 100 itens de necessidade de um idoso para comparar o aumento dos produtos com o índice de reajuste do benefício recebido pelos aposentados.

"Daqui dois meses vamos abrir um processo na Justiça e levar essa pesquisa como prova. Segundo a lei, o governo é obrigado a manter o poder de compra com a aposentadoria", disse Inocentini.

Alternativas
O consultor financeiro Cláudio Boriola diz que os aposentados, especialmente nesse momento de crise econômica, devem evitar compras parceladas, pesquisar preços, negociar e fazer bom planejamento financeiro.

Segundo Boriola, alguns aposentados ganham um valor mensal muitas vezes insuficiente para o pagamento das contas e acabam pedindo crédito ou realizando pagamentos a prazo e são obrigados a pagar juros altos.

Na opinião do consultor, pagar uma previdência privada é uma alternativa indicada para quem ainda trabalha, considerando a característica de perda de poder de compra da aposentadoria.

"Na prática, infelizmente os valores encontram-se em um patamar que está deteriorando o poder de aquisição da população brasileira", completou Boriola.

De acordo com o diretor da Confederação Brasileira de Aposentados e Pensionistas (Cobap), Vicente Fernandes Barbosa, representantes dos aposentados tentarão um encontro com o presidente da Câmara, deputado Michel Temer (PMDB-SP), para discutir projetos que minimizem a perda dos aposentados

17:17
Anónimo disse...
Previdência
Previdência prorroga isenção de tarifas no benefício

O atual sistema de pagamento aos 26 milhões de aposentados e pensionistas do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) será mantido até o final deste ano. O acordo, que permite realizar a operação sem nenhum custo aos beneficiários, foi renovado nesta sexta-feira, entre o governo federal e 21 instituições financeiras.

Por meio desse acordo, vigente desde setembro de 2007, nem os segurados, nem os bancos e nem o governo arcam com o pagamento de tarifas, conforme explicou o ministro da Previdência Social, José Pimentel. A prorrogação vale até dezembro, data máxima para que a Previdência defina as regras para um novo contrato.

Ao assinar o termo de renovação, na sede da Federação Brasileira dos Bancos (Febraban), o ministro disse que a intenção do governo é mudar o atual modelo de gestão visando a reduzir os custos dessas operações em torno da folha mensal, que atinge R$ 15,8 bilhões. No entanto, qualquer alteração, conforme explicou, passará antes por audiências públicas a serem realizadas a partir do segundo semestre deste ano, atendendo a determinação do Tribunal de Contas da União (TCU).

De acordo com Pimentel, com um redesenho do mecanismo de repasse dos recursos aos bancos em torno da folha de pagamento dos segurados o que se busca é um aumento da participação de instituições financeiras. Ele informou que, desde 2007, cada benefício custa em média R$ 1,07 ao governo. "Quanto mais instituições financeiras estiverem prestando serviços à sociedade, maior é a competitividade, a agilidade no atendimento", justificou.

O ministro observou, ainda, que, para permitir uma redução para algo em torno de meia hora no tempo de atendimento para a concessão dos direitos previdenciários, o governo investiu R$ 280 milhões.

Questionado sobre o descontentamento dos segurados que ganham acima de um salário mínimo terem obtido apenas a correção com base na variação do Índice de Preços ao Consumidor (INPC) , ficando abaixo do reajuste dado a quem recebe apenas o mínimo, Pimentel argumentou que o governo seguiu o que determina a lei e descartou a possibilidade de uma revisão

17:17
Anónimo disse...
Empresas
Caterpillar oferece aposentadoria antecipada a 2 mil


A companhia americana Caterpillar ofereceu a cerca de dois mil funcionários incentivos para que se aposentem de forma voluntária antes do previsto, pela perspectiva de uma queda "significativa" da atividade industrial, informou nesta quarta-feira a empresa.

A iniciativa, destinada aos trabalhadores de diversas fábricas em Illinois, Colorado, Tennessee e Pensilvânia, se soma aos cortes de empregos anunciados em janeiro, explicou em comunicado de imprensa.

A empresa, a maior fabricante mundial de maquinaria pesada para a construção e a mineração, acrescentou que, "em função das condições de negócio, podem ser necessárias mais reduções de elenco voluntárias e involuntárias à medida que o ano avança".

O vice-presidente da companhia, Sid Banwart, explicou que a empresa prevê "demissões significativas em todas as regiões geográficas e na maioria dos setores devido às dificuldades da economia mundial".

17:18
Anónimo disse...
Comércio
Comércio exterior da OCDE caiu no 3º trimestre de 2008


As exportações e as importações dos países da Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Econômico (OCDE) caíram 1,6% e 0,2%, respectivamente, no terceiro trimestre de 2008, em relação aos três meses anteriores.

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Trata-se da primeira queda destas atividades desde o terceiro trimestre de 2006, segundo o último relatório trimestral sobre fluxos comerciais divulgado pela OCDE.

As exportações e as importações em dólares dos 30 Estados-membros caíram 15,6% e 17%, respectivamente, na comparação anualizada.

Por sua vez, o comércio dos sete países mais ricos do mundo (G7) teve um pequeno crescimento no terceiro trimestre de 2008 com uma queda das exportações de mercadorias de 0,2% em relação ao trimestre anterior e um aumento de 0,4% das importações.

Em termos anualizados, as importações do G7 caíram 1,4% entre julho e setembro do ano passado, seu primeiro retrocesso desde o terceiro trimestre de 2006, enquanto as exportações aumentaram 1,9%, seu crescimento mais baixo no mesmo tempo.

Por países, a Alemanha aumentou suas importações em 3,4% - valor mais alto do G7 -, enquanto suas exportações caíram 2,9% do segundo para o terceiro trimestre de 2008.

Pelo contrário, as exportações americanas aumentaram 1,8% entre julho e setembro de 2008, enquanto as importações caíram 0,7% em relação ao trimestre anterior. No Japão, tanto as importações quanto as exportações caíram em torno de 1% no mesmo período.

17:19
Anónimo disse...
Economia Nacional
Lula: juros de crédito consignado a aposentados são altos

Atualizada às 17h29

O presidente Luis Inácio Lula da Silva afirmou nesta terça-feira, em São Paulo, que está lutando para reduzir as taxas de juros cobradas de aposentados em crédito consignado. A Previdência Social estabelece uma taxa máxima de 2,5% para empréstimo e de 3,5% para cartão. Para Lula, os valores são altos.

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"Acho que o juro que os aposentados estão pagando hoje com o crédito consignado é alto para o padrão brasileiro", disse o presidente durante a cerimônia de comemoração dos 86 anos do INSS.

A Previdência anunciou nesta terça-feira que aposentados e trabalhadoras com licença-maternidade poderão receber seus benefícios em 30 minutos. De acordo com Lula, em junho, a aposentadoria do trabalhador rural também será conseguida em meia hora.

Além disso, o presidente anunciou que, também em junho, os trabalhadores que alcançarem o direito à aposentadoria passarão a receber em suas casas um comunicado da Previdência informando o fato e o valor do salário que têm direito a receber. "É um comprometimento público que estou fazendo com os companheiros da Previdência Social", disse.

"Estamos retribuindo ao contribuinte da Previdência Social aquilo que é a cidadania que ele tem direito", afirmou Lula. "Se para cobrar nós somos tão precisos, para devolver o dinheiro, temos que chegar próximo à perfeição", completou.

17:20
Anónimo disse...
Economia Nacional
Salário maternidade sairá em 30 minutos, diz ministro

Toda trabalhadora autônoma que tiver contribuído pelo menos 10 meses com o Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) - ou as que possuírem carteira assinada - poderão receber em 30 minutos o salário maternidade a partir desta terça-feira. Da mesma forma, as mulheres com 30 anos de contribuição e os homens com 35 anos também terão direito ao benefício de forma mais rápida. A informação é do ministro da Previdência Social, José Pimentel.

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Para requerer o salário maternidade, é preciso que as autônomas levem a carteira de identidade e o carnê de contribuição. As demais trabalhadoras devem apresentar a identificação e a carteira de trabalho. Desde o início do mês, a nova forma de análise para a concessão de benefícios foi adotada para a aposentadoria por idade do trabalhador urbano e agora foi estendida para o salário maternidade e por tempo de contribuição.

O ministro disse que a qualificação do serviço da previdência social é o reconhecimento do direito dos trabalhadores e da afirmação da cidadania.

"Até pouco tempo na cabeça do cidadão o serviço devia ser de péssima qualidade. Agora não, nós modificamos toda a legislação no mês de dezembro numa ação conjunta do Congresso Nacional com o governo federal. Estamos implantando e concedendo os benefícios em até 30 minutos", afirmou.

O ministro destacou que para conseguir se aposentar ou ter acesso à licença maternidade em 30 minutos, em primeiro lugar, é necessário que o cidadão esteja vinculado à Previdência, o que inclui 65% da população acima de 16 anos de idade.

"Depois bastar marcar pelo sistema 135 o dia e a hora do atendimento e levar a documentação. Se todos os dados necessários estiverem corretos o contribuinte será atendido em até 30 minutos, como vem sendo feito com as aposentadorias por idade desde o dia cinco de janeiro", explicou.

Pimentel disse ainda que em 90% das agências da previdência social o atendimento é marcado em até 48 horas. Nos grandes centros, entretanto existe um volume maior o que torna mais lento o processo.

"Estamos criando mais 715 agências até 2010, em todo o território nacional, para descentralizar o atendimento. Em 2008, atendemos 295 mil benefícios e aposentadorias por idade. Temos 4 mil pessoas por dia procurando e se aposentando por idade no território nacional. Este serviço será agilizado", concluiu.

17:28
Anónimo disse...
Giuseppe Englaro, pai de Eluana, a italiana que morreu na segunda-feira passada por desidratação, recusou uma grande soma de dinheiro de um conhecido fotógrafo italiano que queria retratar a filha em estado de coma, disse neste sábado o neurologista que atendia a mulher desde 1996, Carlo Defanti.

O neurologista, que participou hoje de uma conferência sobre eutanásia, disse que Englaro respeitou a vontade da filha, que, antes do acidente, tinha pedido que, se lhe ocorresse qualquer coisa irreversível, apresentasse sua imagem de quando estava em boas condições.

Antes de sofrer o acidente de trânsito, em 1992, Eluana viveu o coma de um amigo, Alessandro, o que causou forte impacto na italiana e a levou a fazer o pai prometer que não a deixasse viver em estado vegetativo, disse o próprio Giuseppe Englaro.

Defanti, que dissera que Eluana poderia viver de dez a 12 dias depois da suspensão da alimentação e da hidratação, disse que, como médico, tinha que reprovar esta afirmação.

"Não se pode sobreviver após três ou quatro dias sem líquido e, em particular, água em um corpo. Sabemos bem que, quando há um terremoto, após quatro dias é difícil encontrar sobreviventes".

Defanti ressaltou que Eluana "não falava, não se comunicava com o exterior" e que, após vários exames, "nos deparamos com uma moça que tinha perdido a consciência", porque estava com o córtex cerebral prejudicado.

Eluana foi enterrada na quinta-feira passada no túmulo da família na localidade de Paluzza, em Udine, após um funeral que não contou com a presença dos pais.

16:53
Anónimo disse...
Os bombeiros combatem neste sábado os incêndios na Austrália favorecidos pelo bom tempo, enquanto os deslocados encotram em seu retorno casas derruídas, carros queimados nas ruas e destruição.

Depois de sete dias desde que começaram os incêndios no Estado de Victoria, a lista de mortos chega a 181, os desaparecidos somam 50, os edifícios destruídos totalizam 1,834 mil e o terreno arrasado, principalmente florestas, ocupa uma área de 4,13 mil quilômetros quadrados.

As equipes de bombeiros, formadas por 4 mil profissionais de Victoria, de outras partes da Austrália e de países amigos, combateram hoje 12 focos fora de controle e nenhum representava uma ameaça direta para a população.

O subdiretor do Serviço de Bombeiros, Geoff Conway, disse que este tempo favorável, que se prolongará durante o domingo, permite consolidar as linhas de contenção e avançar na extinção das chamas.

Cinzas apareceram arrastadas por ventos do nordeste sobre Melbourne, onde habitam 3,8 milhões de pessoas, e as autoridades alertaram aos cidadãos do risco para a saúde de idosos, crianças e pessoas com problemas respiratórios.

O número de pessoas deslocadas - a Cruz Vermelha chegou a receber 7 mil - começou a cair com a abertura de algumas localidades atingidas.

Os incêndios, alguns criminosos, começaram em 7 de fevereiro, quando a região sul da Austrália estava há duas semanas sob uma onda de calor sem precedentes.

Na sexta-feira passada, a polícia acusou uma pessoa de ter provocado o incêndio que atingiu a localidade de Churchill e matou 21 pessoas.

16:55
Anónimo disse...
A primeira chuva em seis dias reduziu a ameaça de incêndios no Estado de Victoria, ao sul da Austrália. As autoridades, porém, advertiram que ainda existem 12 focos, mas que nenhum deles ameaça áreas povoadas.

Mais de quatro mil bombeiros, mil provenientes de outras partes do país e de outras nações, trabalham contra o fogo. Cerca de 600 veículos e 28 helicópteros e pequenos aviões estão sendo usados.


Eles conseguiram construir linhas de contenção para evitar os incêndios de Yarra e Maroondah se juntassem. Também foram controlados os incêndios abertos de Yea e Murrindindi, que ameaçavam as comunidades de Connellys Creek, Crystal Creek, Scrubby Creek e Native Dog Creek.

O número de mortos chegou a 181, mas as autoridades acreditam que as vítimas devem passar de 200, já que ainda há muitos desaparecidos.

16:55
Anónimo disse...
Aqui nesta coluna, na semana passada, tive a oportunidade de comentar sobre a recente visita do professor brasileiro Pedrinho Guareschi à Austrália. Não dei, porém, os fatos, pois semana passada o assunto era outro.

Hoje, porém, vamos a eles.

No último dia 4 de fevereiro, aconteceu o Seminário "Paulo Freire: Education and Liberation", organizado pelo centro de estudos latino-americanos da Universidade Nacional da Austrália, ou ANU, como é mais conhecida por aqui.

A ANU, para quem não sabe, está entre as 20 melhores universidades do mundo! E tem sede aqui em Camberra, capital da Austrália.

Na abertura do evento, o professor John Minns, diretor do centro latino-americano, ao dar boas-vindas ao público presente, lembrou ser aquele o primeiro seminário exclusivamente dedicado a Paulo Freire na Austrália.

Em seguida, convidou Pedrinho Guareschi, palestrante principal do Seminário, a fazer sua apresentação.

A plateia pode então conhecer, pelas palavras de Pedrinho, um pouco da obra e da vida de Freire, esse brasileiro de fé e valor, que sempre acreditou na educação, sobretudo dos menos favorecidos, analfabetos, como força libertadora.

Como não podia deixar de ser, os conceitos e ideias revolucionários de Paulo Freire, expostos com clareza por Pedrinho, despertaram o interesse e a curiosidade de plateia. A qual, deve-se notar, era na maioria de estudantes, mas de várias nacionalidades, sobretudo australianos e asiáticos.

Na continuação do programa do seminário, que se estendeu por dois dias, outros professores fizeram palestras sobre temas ligados à obra de Paulo Freire.

Interessante, por exemplo, saber que a professora Anne Hickling-Hudson, jamaicana que mora na Austrália há muitos anos (é professora da ANU), conheceu e trabalhou com Freire num workshop educacional durante a revolução na Ilha de Granada, em 1980, antes da invasão dos Estados Unidos...

Ou, então, a palestra da Professora Gerda Roelvink, da Nova Zelândia, que participou do Fórum Social de Porto Alegre em 2005. E essa participação transformou-se em tema de doutorado.

No dia 10, terça-feira passada, o padre Pedrinho Guareschi voltou a falar ao público australiano em grande auditório localizado no belíssimo campus da ANU. Desta vez, sobre a Teologia da Libertação.

Depois da palestra, John Minns mostrou o filme mexicano "O Crime do Padre Amaro", no qual um dos personagens é um padre católico praticante da Teologia da Libertação.

Mais uma vez, foi grande o intersse da platéia, que pode aprender e conhecer um pouco como se desenvolveu aquele importante movimento católico na América Latina.

Fica, assim, ao Pedrinho, bem como a outros brasileiros estudiosos e de bom coração que saem pelo mundo a divulgar aspectos importantes da cultura brasileira, o respeito e a homenagem desta coluna. E... aquele abraço!

16:57
Anónimo disse...
Amanda Kitts perdeu o braço esquerdo em um acidente de automóvel acontecido três anos atrás, mas hoje em dia ela joga futebol americano com seu filho de 12 anos de idade, troca fraldas e abraça as crianças nas três creches Kiddie Cottage que opera em Knoxville, Tennessee. Kitts, 40 anos, faz tudo isso com a ajuda de um novo tipo de braço artificial que se movimenta com mais facilidade do que outros aparelhos e que ela pode controlar utilizando apenas seus pensamentos.

"Eu sou capaz de mexer a mão, o pulso e o cotovelo ao mesmo tempo", diz. "Você pensa e os músculos se movem em seguida".

A recuperação que ela conseguiu resulta de um novo procedimento que vem atraindo crescente atenção porque permite que pessoas movam braços protéticos de forma mais automática do que faziam no passado, simplesmente utilizando nervos reaproveitados em seus cérebros.

A técnica, conhecida como "renervação muscular dirigida", envolve utilizar os nervos que restam depois da amputação de um braço e conectá-los a outro músculo do corpo, em geral no peito. Eletrodos são instalados sobre os músculos do peito, e operam como se fossem antenas. Quando a pessoa deseja mover o braço, o cérebro envia sinais que primeiro resultam em contração dos músculos do peito, os quais enviam um sinal ao braço protético, instruindo-se a se movimentar. O processo não requer mais esforços consciente do que a pessoa teria de exercitar caso ainda tivesse seu braço natural.

Na terça-feira, pesquisadores reportaram em estudo publicado pela versão online do Journal of the American Medical Association que haviam levado a técnica ainda mais à frente, tornando possível a execução de 10 movimentos de mão, pulso e cotovelo diferentes, o que representa uma substancial melhora com relação ao típico repertório protético, que em geral envolve apenas dobrar o cotovelo, girar o pulso e abrir a mão.

"Os novos métodos tiveram impacto dramático em nosso campo de trabalho", disse Stuart Harshbarger, engenheiro biomédico na Universidade Johns Hopkins e diretor do programa de pesquisa sobre próteses, financiado pelas forças armadas, que inclui o trabalho com essa técnica. "O método já está em uso por médicos e cirurgiões comuns em todo o país. A capacidade de controlar um membro protético bastante robusto que ele confere surpreendeu a todos pela qualidade".

Tipicamente, uma pessoa que tenha um braço protético só é capaz de executar alguns poucos movimentos, e muitas vezes com tamanha lentidão que isso só permite a ela atividades limitadas.

Há um motor separado para cada movimento, diz Gerald Loeb, professor de engenharia biomédica na Universidade do Sul da Califórnia, "e esses motores precisam ser controlados de maneira explícita", usualmente por um esforço consciente da pessoa para contrair músculos nas costas ou no bíceps.

"Essencialmente, até agora os pacientes controlavam apenas um motor de cada vez", diz Loeb, "e precisavam pensar cuidadosamente sobre que motor desejavam controlar e como fazê-lo operar, em lugar de simplesmente pensarem em mover o braço e poderem fazê-lo sem delongas".

Antes que Kitts passasse pelo procedimento de renervação, em outubro de 2007, por exemplo, ela precisava movimentar os músculos de suas costas de determinada maneira para fazer com que seu pulso girasse, e flexionar seu bíceps e tríceps para fazer com que o cotovelo se movesse para cima e para baixo. "Era muito trabalho", ela conta. "E não me ajudava muito".

O procedimento de renervação é parte de uma recente explosão de idéias novas e técnicas inovadoras que estão sendo exploradas enquanto os cientistas se esforçam por ajudar as pessoas a compensar melhor a perda de membros ou problemas de paralisia. O esforço vem sendo alimentado pelo aumento no número de amputações causado por diabetes e por ferimentos sofridos pelos militares, e ao mesmo tempo pelos avanços na tecnologia médica.

Os braços se tornaram um dos focos essenciais desse tipo de trabalho. A ciência há muito vem obtendo sucessos no desenvolvimento de próteses de perna, mas é muito mais difícil imitar a complexidade e a destreza das mãos e dos braços.

Os esforços em curso incluem o desenvolvimento de projetos de pele e braços mais sensíveis e mais flexíveis, e o uso de dispositivos acionados por controles sem fio implantado nos braços protéticos, que permitiriam movimentos mais naturais.

Os pesquisadores também vêm usando sensores implantados nos cérebros de cobaias para permitir que dois macacos controlem um braço mecânico, e um teste com um homem paralítico permitiu, com esse método, que ele movimentasse um cursor em uma tela de computador.

Alguns desses métodos, caso venham a ser aperfeiçoados plenamente e consigam aprovação das autoridades regulatórias da saúde, podem no futuro se tornar mais viáveis para os pacientes de amputações.

E embora a técnica da renervação não requeira aprovação das autoridades regulatórias porque é executada por meios cirúrgicos e emprega aparelhos já existentes, ela apresenta limitações que até mesmo seus criadores reconhecem, entre as quais o fato de que não se pode utilizá-la para todos os pacientes, o seu alto custo e o prazo de meses requerido para que os nervos reconectados cresçam e se tornem efetivos.

Ainda assim, os especialistas dizem que é o mais avançado sistema em uso hoje para pacientes reais que permite que o sistema nervoso controle diretamente o movimento de um braço artificial.

Desde sua introdução por Todd Kuiken, médico fisioterapeuta e engenheiro biomédico do Instituto de Reabilitação de Chicago, o método foi empregado em cerca de 30 pacientes nos Estados Unidos, Canadá e Europa, entre os quais oito soldados feridos no Iraque e no Afeganistão.

Muitos dos pacientes, entre os quais o primeiro, Jesse Sullivan, um operário do setor elétrico no Tennessee que perdeu os dois braços quando foi eletrocutado por um cabo, conseguem não apenas manipular seus braços protéticos mas sentir a presença das mãos que já não têm quando alguém toca em seus peitos.

Sullivan, 62 anos, e Kitts, estavam entre os cinco pacientes que participaram do estudo reportado na terça-feira. Em companhia de cinco outras pessoas que não passaram por amputações, eles receberam os eletrodos e foram instruídos a usar pensamentos para fazer com que um braço virtual na tela reproduzisse 10 movimentos diferentes, entre os quais três formas diferentes de aperto de mão.

Os pacientes apresentaram desempenho bastante respeitável, apenas um pouco mais lento e menos preciso do que os dos participantes que não tinham amputações.

"As velocidades de movimento que encontramos em nossos pacientes foram realmente encorajadoras", disse Kuiken. "Eles conseguiram completar a tarefa. É claro que não foram tão competentes quanto as pessoas dotadas de plena capacidade física, mas foram bons o bastante".

Um braço virtual foi usado porque a maioria das próteses existentes não era capaz de acomodar todos aqueles movimentos, no momento da pesquisa, ainda que Sullivan, Kitts e uma terceira paciente, Claudia Mitchell, tenham experimentado dois novos protótipos mais versáteis de braços artificiais, executando tarefas complexas com bolas de tênis e outros objetos.

O trabalho de renervação em soldados apresenta outros desafios, diz Kuiken, porque os ferimentos militares muitas vezes "causam danos muitos extensos" a nervos, músculos ou ossos.

Daniel Acosta, 25 anos, um aviador ferido pela detonação de uma bomba em uma estrada do Iraque em 2005, passou pelo procedimento no ano passado e diz que seu braço esquerdo protético agora se movimenta "muito mais rápido" e de maneira muito mais natural.

"A diferença é que agora não preciso mais pensar para mover o braço", ele diz. "Ele simplesmente se mexe".

Ainda assim, Acosta, de San Antonio, diz que "o processo foi bastante longo" e que os eletrodos precisam ser ajustados para receber os sinais à medida que os nervos crescem ou mudam de posição.

E embora elogiem o método, os especialistas afirmam que a ciência das próteses de braço ainda tem muito por avançar.

"Trata-se de uma parte crucial, mas ainda assim apenas uma parte, das muitas coisas que compreendem a função normal de um braço", disse Loeb, que escreveu um editorial que acompanha o artigo no Journal of the American Medical Association.

"No momento estamos a meio do caminho entre o braço de 'Dr. Fantástico', que fazia involuntariamente a saudação nazista, e o braço de Luke Skywalker em 'Guerra nas Estrelas', que funciona sem nenhum problema assim que é conectado. Creio que precisaremos ainda de muitos anos para conectar todas as peças necessárias a produzir um braço capaz de funcionar normalmente".

17:04
Anónimo disse...
A Espanha disse neste sábado que está preparando uma reclamação oficial contra a decisão da Venezuela de expulsar um membro do Parlamento Europeu que criticou o conselho eleitoral venezuelano.
Luis Herrero, membro do partido conservador espanhol PP, foi deportado na sexta-feira depois que o Conselho Nacional Eleitoral (CNE) o acusou de questionar a imparcialidade da instituição antes de um referendo que pode permitir ao presidente Hugo Chávez permanecer no cargo indefinidamente.

Herrero estava na Venezuela como observador do referendo. Ele acusou Chávez de ter "comportamentos típicos de um ditador" por pedir a contenção de manifestações da oposição.

O governo da Espanha convocou um encontro com o embaixador da Venezuela em Madri para expressar a desaprovação sobre a expulsão de Herrero, disse um representante do Ministério das Relações Exteriores espanhol.

As relações da Venezuela com a Espanha tiveram seu ponto crítico em 2007, quando Chávez ameaçou rever acordos diplomáticos e comerciais depois de ouvir um "cala a boca" do rei espanhol Juan Carlos durante uma cúpula.

A fenda foi oficialmente reparada em 2008, com uma visita oficial de Chávez à Espanha, onde ele cumprimentou o rei e discutiu acordos para investimento no setor petroquímico com o primeiro-ministro José Luis Rodriguez Zapatero.

17:06
Anónimo disse...
A polícia do Zimbábue anunciou neste sábado que acusa de traição Roy Bennett, dirigente do até agora opositor Movimento para a Mudança Democrática (MDC), detido na sexta-feira, em Harare, poucas horas antes da cerimônia de posse dos membros do novo gabinete.

"A Polícia nos informou que vão apresentar acusações de traição", disse à agência EFE o advogado de defesa de Bennett, Trust Maanda.

"Tentam relacionar Roy com o caso de Mike Hitschmann, que foi detido em 2006 em relação à descoberta de um carregamento de armas, apesar de que Hitschmann não tenha sido declarado culpado das acusações de traição apresentadas contra ele, mas de um crime menor de descumprimento de leis", disse Maanda.

O político opositor, designado por seu partido como vice-ministro de Agricultura no Governo de união nacional, esteve no exílio na vizinha África do Sul desde 2006 e retornou ao Zimbábue há duas semanas.

Segundo a Polícia, que deteve Bennett ontem no aeroporto de Harare quando pretendia ir à África do Sul para visitar sua família, as armas apreendidas em 2006 seriam utilizadas em um golpe de Estado para derrubar o presidente do Zimbábue, Robert Mugabe.

Depois da detenção, Bennet foi levado a Mutar, onde vários simpatizantes do MDC se concentraram em frente à delegacia na qual estava detido, diante do que a Polícia respondeu com tiros para o alto para dispersar os manifestantes.

17:07
Anónimo disse...
Austrália: 14 mil se candidatam a 'emprego dos sonhos'

A secretaria de Turismo de Queensland, na Austrália, informou que até esta segunda-feira já recebeu cerca de 14 mil inscrições para o "o melhor emprego do mundo". O Estado australiano promove pela internet seleção para vaga de "zelador" da ilha Hamilton, por seis meses com um salário de R$ 40 mil.

Muitos candidatos tiveram problemas durante a inscrição por conta dos acessos simultâneos ao site. A secretaria aconselha enviar os vídeos de 60s explicando porque deve ser escolhido em horários alternativos do dia, além de recomendar tamanho em torno de 40MB.

As inscrições começaram em 12 de janeiro e vão até o próximo dia 22 e podem ser feitas pelo site www.islandreefjob.com. O governo australiano escolherá 50 candidatos para a próxima fase da seleção, que terá votos do público para eleger um dos 11 finalistas.

A última fase terá entrevistas e desafios físicos, no próprio local de trabalho: as ilhas da Grande Barreira Coralina - o maior recife de coral do mundo. A secretaria de Turismo anunciará o vencedor no dia 6 de maio.

17:09
Anónimo disse...
Mercado elogia governo na crise, mas pede maior queda no juro

Peter Fussy
Direto de São Paulo

Desde as primeiras medidas anunciadas para combater os efeitos da crise, o governo brasileiro avisou que a estratégia não contemplaria um pacote. Seriam doses pontuais, de acordo com a necessidade da economia diante do agravamento das turbulências. Da primeira liberação dos depósitos compulsórios em setembro até a ampliação do seguro-desemprego na última quarta-feira, o governo passou por redução de impostos, ampliação de crédito e incentivos à exportação. Quase 150 dias após a primeira medida, o Terra conversou com líderes do setor público e privado, representantes dos trabalhadores, acadêmicos e com o próprio governo para saber quais destas ações foram mais eficazes, quais foram mais ineficientes e o que mais pode ser feito pelo Estado brasileiro contra a crise.

Os maiores elogios foram direcionados à atitude de reduzir o Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) para a indústria automobilística, anunciada em dezembro e que fez com que os emplacamentos de carros novos subissem 1,9% no primeiro mês do ano em relação a dezembro de 2008. Já as maiores críticas foram para a lentidão no corte da taxa básica de juro do País.

Para o presidente do conselho administrativo do Grupo Pão de Açúcar, Abílio Diniz, o Estado não é responsável pela crise e mesmo assim está agindo "com extrema serenidade e muito acerto". "O governo está atento, fazendo a sua parte. É preciso coragem de baixar firmemente a taxa de juros. É uma arma que temos a nosso favor, já que não há clima para inflação, nem possibilidade de danos para a macroeconomia", afirmou Diniz.

Na última reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), em janeiro, a taxa Selic foi reduzida em um ponto percentual, de 13,75% para 12,75% ao ano. Porém, o professor de economia da Universidade de Brasília (UnB) José Luiz Oreiro lembra que este corte representa uma redução de apenas 0,25 ponto percentual com relação à taxa de setembro do ano passado, quando a crise se agravou.

"Pouco antes da eclosão da crise, o Banco Central aumentou a taxa em 0,75 ponto. Foram cinco meses de demora para reduzir em termos líquidos apenas 0,25 ponto", afirmou o economista, que também sugeriu redução do intervalo de cerca de 90 dias entre as reuniões do Copom e o corte de pelo menos um 1 ponto percentual em cada reunião.

Mesmo com o corte de janeiro, a taxa de juros real continua sendo a maior do mundo, lembrou o secretário-geral da Força Sindical, João Carlos Gonçalves, o Juruna. "A redução da taxa de juro ainda é pequena, porque ela continua uma das mais altas do mundo. Falta ousadia para baixar os juros e ajudar o cidadão. A permanência da taxa de juro alta é negativa para o País em meio a crise", afirmou Juruna.

Embora aprove as ações do governo, o senador Aloízio Mercadante (PT-SP) também acredita que o patamar da Selic está muito alto. "Sempre fomos os primeiros a entrar em qualquer crise, o que não aconteceu agora. A taxa Selic ainda é muito alta, mas o governo têm tomado medidas acertadas, como o aumento do salário mínimo, mesmo com um cenário de crise. Isso ajuda a movimentar o consumo. O governo está se esforçando para manter os investimentos e o crescimento", disse.

Tributos
De acordo com o economista Fabio Pina, da Fecomercio-SP, as ações mais positivas estão relacionadas à redução de tributos para alguns segmentos, como a indústria automobilística, que recuperou parte da queda nas vendas em janeiro com a isenção do IPI para carros 1.0 l e o corte para demais motorizações. A medida vale até o final de março.

"Essas medidas não só reduziram o preço, mas anteciparam o consumo daqueles que iriam comprar no futuro, dando um prêmio por conta da insegurança. Mexe diretamente com o principal problema que é a confiança do consumidor", afirmou. Juruna destacou que um bom ritmo de vendas é garantia de emprego. "É importante porque cada emprego na montadora significa 19 na cadeia produtiva", comentou o representante da Força Sindical.

Também em dezembro, o governo decidiu cortar pela metade a alíquota do Imposto de Renda para contribuintes que ganham entre R$ 1.434 e R$ 2.150 mensais. "O salário aumentava e a tabela não se modificava. As pessoas ganhavam mais e pagavam mais impostos", apontou Juruna. Outra redução de tributos do governo foi com relação ao Imposto sobre Operações Financeiras (IOF), que caiu de 3% ao ano para 1,5%.

Crédito
Na segunda metade de 2008, o colapso de bancos nos Estados Unidos por conta da crise do subprime provocou uma forte restrição de crédito no mundo inteiro. Uma das primeiras medidas anticrise do governo teve como objetivo restabelecer a oferta, com mudanças no recolhimento dos depósitos compulsórios por parte dos bancos. Segundo o presidente do Banco Central, Henrique Meirelles, as diversas modificações liberaram US$ 99,2 bilhões aos bancos até o final de janeiro.

Além disso, o governo concedeu R$ 36 bilhões das reservas internacionais para empresas brasileiras com dívidas no exterior e uma medida provisória autorizou o Banco do Brasil e a Caixa Econômica Federal a comprar carteiras de crédito de bancos privados. Para o diretor do Departamento de Pesquisas e Estudos Econômicos da Fiesp, Paulo Francini, estas medidas foram essenciais para combater os efeitos da crise.

"A crise se desenvolve no mundo em torno do tema crédito. E o crédito reduziu-se barbaridade no mundo. Então o governo lança mão de compulsório, lança mão de reservas, de medidas que permitem aos bancos comprar carteiras de bancos. Você vai tomando várias medidas para atender às demandas e o epicentro disso é crédito", afirmou.

No entanto, Oreiro, da UnB, adverte que a liberação dos compulsórios seria mais eficiente acompanhada de redução mais agressiva da taxa básica de juro. "Uma parte do crédito voltou, depois da forte retração em outubro e novembro. O que deveria ter sido feito junto à liberação do compulsório era uma redução mais drástica da taxa de juro. Sem isso, os bancos pegam as reservas e acabam comprando títulos públicos", explicou o economista.

Na opinião de Pina, as ações de distribuição de crédito via redução do compulsório e a disposição de capital de giro para empresas foram tomadas sem um cuidado maior na operação e não tiveram muito efeito. "O BNDES tem linhas que ficam paradas quase todo o ano, agora é pior ainda. Existem os recursos, mas as empresas e os bancos estão desconfiados. É preciso fazer com que os bancos tenham interesse em emprestar", afirmou o economista da Fecomercio-SP.

Futuro
Mesmo com todas essas medidas, a crise financeira ainda gera incertezas nos setores produtivos do País. Nos últimos meses, o medo do desemprego fez os consumidores adiarem compras. Por sua vez, a queda nas vendas pode obrigar as indústrias a cortarem a produção e demitir funcionários. Contra isso, empresários sugerem redução de jornada e de salários.

"Isto está previsto em lei. A Fiesp simplesmente manteve conversações com entidades sindicais quanto à aplicação daquilo que já está previsto em lei", afirmou Francini.

Segundo a ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff, uma das medidas que assegura um nível de emprego é a manutenção de investimentos no Programa de Aceleração do Crescimento (PAC). "Estamos esperando que a dificuldade ocorra em janeiro, fevereiro e março. Estamos certos que vamos manter o nível de investimento. É isso que funciona, é isso que significa investimento público. Ele funciona como um colchão. Por isso, nós colocamos R$ 100 bilhões no BNDES e a Petrobras ampliou o seu investimento em R$ 120 bilhões", afirmou.

Na mesma linha, Pina explica que a antecipação de gastos do governo substitui parte da demanda retraída do setor privado. "Ele dá o seguinte recado: não vou estourar as contas públicas, mas concentrar em um momento em que a demanda privada está pequena. Mas o governo não tem fôlego suficiente para fazer o papel de toda demanda", ressaltou. O economista da Fecomercio lembrou que a entidade já pleiteou junto ao governo isenções para transferência de imóveis e de automóveis, além de retirar o IPVA para veículos novos.

Já Oreiro foca suas propostas na capitalização do Banco do Brasil e da Caixa Econômica Federal pelo Tesouro para atender a demanda de crédito para capital de giro e reduzir o spread. "Aumentando o empréstimo e reduzindo as taxas, os dois vão forçar os bancos privados a acompanhar o movimento, até para não perderem participação no mercado", explicou o economista da UnB.

Até o Carnaval, o governou prometeu detalhar um pacote de incentivos para a construção de até um milhão de casas populares, direcionado a famílias com renda de até dez salários mínimos. "Estamos atentos a tudo o que está acontecendo e novas medidas serão tomadas caso haja uma avaliação de que sejam necessárias", disse o ministro da Fazenda, Guido Mantega, na última sexta-feira.

17:11
Anónimo disse...
Ex-ministro critica extensão do seguro-desemprego

Atualizada às 09h03

O ex-ministro do Trabalho Almir Pazzianotto criticou a decisão do governo federal de conceder o seguro-desemprego estendido a apenas alguns setores. "É certamente odioso e provavelmente inconstitucional", disse Pazzianotto, de acordo com o jornal O Estado de S. Paulo.

Na última qurta, dia do anúncio da medida, centrais sindicais elogiaram a atitude do governo. A Força Sindical divulgou nota dizendo que "o aumento ajudará a aquecer parte da economia, já que irá gerar mais consumo, produção e conseqüentemente, a criação de novos postos de trabalho". A União Geral dos Trabalhadores (UGT) afirmou que a medida "contribuirá para minimizar o drama dos trabalhadores que perderem seu emprego por conta da crise".

O ex-ministro, que instituiu o seguro-desemprego no País no governo de José Sarney, destacou a necessidade de as centrais sindicais se manifestarem contra a determinação. Para ele, as mudanças devem ser aplicadas a todas as categorias profissionais e a distinção é contrária ao artigo 3º da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT).

Pazzianotto atribui a medida a um possível temor do governo de que a crise econômica seja longa e não haja dinheiro para atender a todas as necessidades. Ainda assim, ele se mostra contrário ao método de concessão. "O seguro-desemprego ajuda a sanar necessidades básicas. Estendê-lo é paliativo, não a solução", disse ao jornal.

De acordo com o presidente do Conselho Deliberativo do Fundo de Amparo ao Trabalhador (Codefat) e conselheiro da Força Sindical, Luiz Fernando Emediato, a determinação já estava prevista na lei 8.900/94, que trata do seguro-desemprego.

O presidente da Comissão de Trabalho da Câmara, Pedro Fernandes (PTB-MA) vai além na crítica à concessão do seguro para apenas alguns setores. Ele acredita que a ampliação do benefício estimula o desemprego.

Quintino Severo, secretário geral da Central Única dos Trabalhadores (CUT), lembra que a ampliação do benefício sem critério e identificação pode incentivar demissões em outros setores.

17:13
Anónimo disse...
Empresas
TAM faz promoção para destinos internacionais

A companhia aérea TAM anunciou nesta sexta-feira tarifas promocionais para trechos internacionais. Os preços valem para bilhetes comprados entre 6h deste sábado e 23h59 deste domingo e são válidos para classe econômica. As tarifas, para ida e volta, serão vendidas a partir de US$ 99, mais taxas.

Segundo a aérea, a promoção vale para viagens feitas no período de 14 de fevereiro a 18 de junho de 2009. Para destinos na América do Sul, a permanência mínima é de dois dias; para bilhetes com destino nos Estados Unidos, cinco dias; e Europa, sete dias. A permanência máxima para as passagens para América do Sul e EUA é de dois meses e para Europa, três meses.

Entre os exemplos de tarifas promocionais, a TAM oferece São Paulo-Lima por US$ 99. Bilhetes para a rota São Paulo-Santiago serão vendidos a partir de US$ 199 e São Paulo-Nova York, US$ 799.

A emissão dos bilhetes deve ser feita obrigatoriamente no ato da reserva, obedecendo às regras estipuladas pela companhia. A compra está sujeita à disponibilidade de assentos nas classes tarifárias determinadas, trechos, horários e datas. A TAM afirmou que também há tarifas promocionais para a classe executiva.

Mais informações podem ser encontradas no site promocional (www.ofertastam.com.br), no site da empresa (www.tam.com.br) ou pelos telefones 4002-5700 ou 0800 5705700.

17:13
Anónimo disse...
Empresas
Consultoria negocia compra do parque temático Hopi Hari

A consultoria especializada em reestruturação de empresas Íntegra Associados informou nesta sexta-feira ter um acordo para comprar o parque de diversões Hopi Hari, localizado no interior de São Paulo. A empresa estaria disposta a investir R$ 10 milhões no parque, que tem dívida estimada em R$ 800 milhões. As informações são da edição deste sábado do jornal Folha de S. Paulo.

De acordo com o jornal, a transação ainda depende da negociação entre o Hopi Hari e seus credores, o que já estaria em andamento.

A consultoria paulista já atuou junto à Parmalat, durante 30 meses, quando reorganizou a gestão da empresa italiana.

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17:14
Anónimo disse...
Empresas
Disney de Tóquio contratará mais 2 mil apesar da crise


A Oriental Land, o operador da Disneylândia Tóquio e DisneySea, organizou neste domingo entrevistas para contratar cerca de 2 mil trabalhadores em tempo parcial, em um momento de grandes demissões deste tipo de empregados no Japão.

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O operador deste parque temático, situado em Urayasu, na província de Chiba (leste de Tóquio), está em pleno processo de seleção de empregados para 20 tipos de postos trabalhistas diferentes.

Segundo a companhia, citada pela agência local de notícias Kyodo, o parque contratará novos trabalhadores para as atrações, para os restaurantes e guardas de segurança entre outros. Os novos contratados começarão a trabalhar a partir de fevereiro.

O processo de seleção acontece em um momento em que a maioria das grandes companhias japonesas começaram a se ver obrigadas a despedir uma elevada percentagem de seus trabalhadores temporários e a tempo parcial.

Algumas inclusive anunciaram demissões de seus trabalhadores fixos, uma medida muito pouco comum nas companhias japonesas, perante os efeitos piores que o esperado pela crise econômica global.

Cerca de uma centena de pessoas esperavam desde a primeira hora desta manhã a abertura do centro de conferências Tokyo International Forum, onde as entrevistas estão sendo feitas, para ser os primeiros a solicitar os postos de trabalho.


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17:15
Anónimo disse...
Economia Internacional
Senado dos EUA aprova plano de estímulo à economia

O Senado dos Estados Unidos aprovou com 60 votos a favor e 38 contra o plano de estímulo à economia de US$ 787 bilhões na madrugada deste sábado. Agora, ele segue para sanção ou veto do presidente Barack Obama, que espera colocar a lei em prática até o dia 16 de fevereiro.

O plano prevê a criação de três milhões de empregos, inclui cortes de impostos às famílias, fundos para programas sociais e obras públicas, além de ajuda aos governos estaduais, estudantes e desempregados.

A cláusula Buy American - que exige o uso de ferro, aço e produtos manufaturados dos Estados Unidos em obras realizadas com recursos do pacote - ficou de lado. Segundo o texto definitivo, a cláusula será aplicada sem violar as normas do comércio internacional.

Ontem à tarde, a Câmara de Representantes (deputados) havia aprovado, por 246 votos a favor e 183 contra, a versão final do plano. Todos os republicanos foram contrários ao pacote.

Pelo acordo de quarta-feira entre Câmara e Senado, em vez de custar US$ 819 bilhões, como queriam os deputados, ou US$ 838 bilhões como pretendiam os senadores, o pacote ficou em cerca de US$ 787 bilhões, com 65% desse total destinado a gastos do governo federal e 35%, a créditos tributários.

17:16
Anónimo disse...
Economia nacional
Na era Lula, aposentadoria sobe 54% menos que salário mínimo

Thatiane Faria
Especial para o Terra
Direto de São Paulo

Os índices de reajustes concedidos pelo governo em 2009 para aposentados e pensionistas e para o salário mínimo repetiram uma diferença que, só durante o governo de Luiz Inácio Lula da Silva, já chega a 54%. Enquanto o mínimo foi majorado em 12% este ano, as pensões e aposentadorias tiveram aumento de 5,92%. Aposentados que têm o benefício do governo como única fonte de renda reclamam que perdem poder de compra e que sua cesta de compras é composta por itens que aumentam mais em relação à inflação oficial.

Um exemplo prático pode ser entendido a partir da comparação entre um aposentado que ganhava R$ 600 em janeiro de 2003. Na época, o benefício era três vezes, ou 200%, maior que o valor do mínimo em vigência, que era de R$ 200. Aplicando-se os índices de reajuste para aposentadorias e para o mínimo durante os últimos seis anos, o mesmo aposentado estaria recebendo hoje R$ 938,47, comparado a um salário mínimo de R$ 465. A diferença entre os dois valores caiu para pouco mais de 100%.

Enquanto o índice acumulado de reajuste para a aposentadoria durante o governo Lula foi de 60%, para o salário mínimo está em 132%.

O diretor do Sindicato Nacional dos Aposentados, João Inocentini, reclama que os valores dos benefícios para aposentadorias não mantêm o poder de compra do grupo, principalmente dos aposentados que recebem menos que dez salários mínimos.

Nem mesmo o fato de o índice de reajuste das aposentadorias ter ficado acima da inflação acumulada no mesmo período (o IPCA entre janeiro de 2003 e janeiro de 2009 foi de 39,7%) serve de argumento, segundo os aposentados.

"Os idosos, principalmente, têm gastos além das contas gerais como gás, telefone e aluguel. Para eles o custo com remédios, e outros itens da área saúde costuma ser maior", afirmou Inocentini.

O presidente do sindicato afirmou que o grupo realiza um estudo com 100 itens de necessidade de um idoso para comparar o aumento dos produtos com o índice de reajuste do benefício recebido pelos aposentados.

"Daqui dois meses vamos abrir um processo na Justiça e levar essa pesquisa como prova. Segundo a lei, o governo é obrigado a manter o poder de compra com a aposentadoria", disse Inocentini.

Alternativas
O consultor financeiro Cláudio Boriola diz que os aposentados, especialmente nesse momento de crise econômica, devem evitar compras parceladas, pesquisar preços, negociar e fazer bom planejamento financeiro.

Segundo Boriola, alguns aposentados ganham um valor mensal muitas vezes insuficiente para o pagamento das contas e acabam pedindo crédito ou realizando pagamentos a prazo e são obrigados a pagar juros altos.

Na opinião do consultor, pagar uma previdência privada é uma alternativa indicada para quem ainda trabalha, considerando a característica de perda de poder de compra da aposentadoria.

"Na prática, infelizmente os valores encontram-se em um patamar que está deteriorando o poder de aquisição da população brasileira", completou Boriola.

De acordo com o diretor da Confederação Brasileira de Aposentados e Pensionistas (Cobap), Vicente Fernandes Barbosa, representantes dos aposentados tentarão um encontro com o presidente da Câmara, deputado Michel Temer (PMDB-SP), para discutir projetos que minimizem a perda dos aposentados

17:17
Anónimo disse...
Previdência
Previdência prorroga isenção de tarifas no benefício

O atual sistema de pagamento aos 26 milhões de aposentados e pensionistas do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) será mantido até o final deste ano. O acordo, que permite realizar a operação sem nenhum custo aos beneficiários, foi renovado nesta sexta-feira, entre o governo federal e 21 instituições financeiras.

Por meio desse acordo, vigente desde setembro de 2007, nem os segurados, nem os bancos e nem o governo arcam com o pagamento de tarifas, conforme explicou o ministro da Previdência Social, José Pimentel. A prorrogação vale até dezembro, data máxima para que a Previdência defina as regras para um novo contrato.

Ao assinar o termo de renovação, na sede da Federação Brasileira dos Bancos (Febraban), o ministro disse que a intenção do governo é mudar o atual modelo de gestão visando a reduzir os custos dessas operações em torno da folha mensal, que atinge R$ 15,8 bilhões. No entanto, qualquer alteração, conforme explicou, passará antes por audiências públicas a serem realizadas a partir do segundo semestre deste ano, atendendo a determinação do Tribunal de Contas da União (TCU).

De acordo com Pimentel, com um redesenho do mecanismo de repasse dos recursos aos bancos em torno da folha de pagamento dos segurados o que se busca é um aumento da participação de instituições financeiras. Ele informou que, desde 2007, cada benefício custa em média R$ 1,07 ao governo. "Quanto mais instituições financeiras estiverem prestando serviços à sociedade, maior é a competitividade, a agilidade no atendimento", justificou.

O ministro observou, ainda, que, para permitir uma redução para algo em torno de meia hora no tempo de atendimento para a concessão dos direitos previdenciários, o governo investiu R$ 280 milhões.

Questionado sobre o descontentamento dos segurados que ganham acima de um salário mínimo terem obtido apenas a correção com base na variação do Índice de Preços ao Consumidor (INPC) , ficando abaixo do reajuste dado a quem recebe apenas o mínimo, Pimentel argumentou que o governo seguiu o que determina a lei e descartou a possibilidade de uma revisão

17:17
Anónimo disse...
Empresas
Caterpillar oferece aposentadoria antecipada a 2 mil


A companhia americana Caterpillar ofereceu a cerca de dois mil funcionários incentivos para que se aposentem de forma voluntária antes do previsto, pela perspectiva de uma queda "significativa" da atividade industrial, informou nesta quarta-feira a empresa.

A iniciativa, destinada aos trabalhadores de diversas fábricas em Illinois, Colorado, Tennessee e Pensilvânia, se soma aos cortes de empregos anunciados em janeiro, explicou em comunicado de imprensa.

A empresa, a maior fabricante mundial de maquinaria pesada para a construção e a mineração, acrescentou que, "em função das condições de negócio, podem ser necessárias mais reduções de elenco voluntárias e involuntárias à medida que o ano avança".

O vice-presidente da companhia, Sid Banwart, explicou que a empresa prevê "demissões significativas em todas as regiões geográficas e na maioria dos setores devido às dificuldades da economia mundial".

17:18
Anónimo disse...
Comércio
Comércio exterior da OCDE caiu no 3º trimestre de 2008


As exportações e as importações dos países da Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Econômico (OCDE) caíram 1,6% e 0,2%, respectivamente, no terceiro trimestre de 2008, em relação aos três meses anteriores.

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Trata-se da primeira queda destas atividades desde o terceiro trimestre de 2006, segundo o último relatório trimestral sobre fluxos comerciais divulgado pela OCDE.

As exportações e as importações em dólares dos 30 Estados-membros caíram 15,6% e 17%, respectivamente, na comparação anualizada.

Por sua vez, o comércio dos sete países mais ricos do mundo (G7) teve um pequeno crescimento no terceiro trimestre de 2008 com uma queda das exportações de mercadorias de 0,2% em relação ao trimestre anterior e um aumento de 0,4% das importações.

Em termos anualizados, as importações do G7 caíram 1,4% entre julho e setembro do ano passado, seu primeiro retrocesso desde o terceiro trimestre de 2006, enquanto as exportações aumentaram 1,9%, seu crescimento mais baixo no mesmo tempo.

Por países, a Alemanha aumentou suas importações em 3,4% - valor mais alto do G7 -, enquanto suas exportações caíram 2,9% do segundo para o terceiro trimestre de 2008.

Pelo contrário, as exportações americanas aumentaram 1,8% entre julho e setembro de 2008, enquanto as importações caíram 0,7% em relação ao trimestre anterior. No Japão, tanto as importações quanto as exportações caíram em torno de 1% no mesmo período.

17:19
Anónimo disse...
Economia Nacional
Lula: juros de crédito consignado a aposentados são altos

Atualizada às 17h29

O presidente Luis Inácio Lula da Silva afirmou nesta terça-feira, em São Paulo, que está lutando para reduzir as taxas de juros cobradas de aposentados em crédito consignado. A Previdência Social estabelece uma taxa máxima de 2,5% para empréstimo e de 3,5% para cartão. Para Lula, os valores são altos.

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"Acho que o juro que os aposentados estão pagando hoje com o crédito consignado é alto para o padrão brasileiro", disse o presidente durante a cerimônia de comemoração dos 86 anos do INSS.

A Previdência anunciou nesta terça-feira que aposentados e trabalhadoras com licença-maternidade poderão receber seus benefícios em 30 minutos. De acordo com Lula, em junho, a aposentadoria do trabalhador rural também será conseguida em meia hora.

Além disso, o presidente anunciou que, também em junho, os trabalhadores que alcançarem o direito à aposentadoria passarão a receber em suas casas um comunicado da Previdência informando o fato e o valor do salário que têm direito a receber. "É um comprometimento público que estou fazendo com os companheiros da Previdência Social", disse.

"Estamos retribuindo ao contribuinte da Previdência Social aquilo que é a cidadania que ele tem direito", afirmou Lula. "Se para cobrar nós somos tão precisos, para devolver o dinheiro, temos que chegar próximo à perfeição", completou.

17:20
Anónimo disse...
Economia Nacional
Salário maternidade sairá em 30 minutos, diz ministro

Toda trabalhadora autônoma que tiver contribuído pelo menos 10 meses com o Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) - ou as que possuírem carteira assinada - poderão receber em 30 minutos o salário maternidade a partir desta terça-feira. Da mesma forma, as mulheres com 30 anos de contribuição e os homens com 35 anos também terão direito ao benefício de forma mais rápida. A informação é do ministro da Previdência Social, José Pimentel.

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Para requerer o salário maternidade, é preciso que as autônomas levem a carteira de identidade e o carnê de contribuição. As demais trabalhadoras devem apresentar a identificação e a carteira de trabalho. Desde o início do mês, a nova forma de análise para a concessão de benefícios foi adotada para a aposentadoria por idade do trabalhador urbano e agora foi estendida para o salário maternidade e por tempo de contribuição.

O ministro disse que a qualificação do serviço da previdência social é o reconhecimento do direito dos trabalhadores e da afirmação da cidadania.

"Até pouco tempo na cabeça do cidadão o serviço devia ser de péssima qualidade. Agora não, nós modificamos toda a legislação no mês de dezembro numa ação conjunta do Congresso Nacional com o governo federal. Estamos implantando e concedendo os benefícios em até 30 minutos", afirmou.

O ministro destacou que para conseguir se aposentar ou ter acesso à licença maternidade em 30 minutos, em primeiro lugar, é necessário que o cidadão esteja vinculado à Previdência, o que inclui 65% da população acima de 16 anos de idade.

"Depois bastar marcar pelo sistema 135 o dia e a hora do atendimento e levar a documentação. Se todos os dados necessários estiverem corretos o contribuinte será atendido em até 30 minutos, como vem sendo feito com as aposentadorias por idade desde o dia cinco de janeiro", explicou.

Pimentel disse ainda que em 90% das agências da previdência social o atendimento é marcado em até 48 horas. Nos grandes centros, entretanto existe um volume maior o que torna mais lento o processo.

"Estamos criando mais 715 agências até 2010, em todo o território nacional, para descentralizar o atendimento. Em 2008, atendemos 295 mil benefícios e aposentadorias por idade. Temos 4 mil pessoas por dia procurando e se aposentando por idade no território nacional

Anónimo disse...

Os bombeiros combatem neste sábado os incêndios na Austrália favorecidos pelo bom tempo, enquanto os deslocados encotram em seu retorno casas derruídas, carros queimados nas ruas e destruição.

Depois de sete dias desde que começaram os incêndios no Estado de Victoria, a lista de mortos chega a 181, os desaparecidos somam 50, os edifícios destruídos totalizam 1,834 mil e o terreno arrasado, principalmente florestas, ocupa uma área de 4,13 mil quilômetros quadrados.

As equipes de bombeiros, formadas por 4 mil profissionais de Victoria, de outras partes da Austrália e de países amigos, combateram hoje 12 focos fora de controle e nenhum representava uma ameaça direta para a população.

O subdiretor do Serviço de Bombeiros, Geoff Conway, disse que este tempo favorável, que se prolongará durante o domingo, permite consolidar as linhas de contenção e avançar na extinção das chamas.

Cinzas apareceram arrastadas por ventos do nordeste sobre Melbourne, onde habitam 3,8 milhões de pessoas, e as autoridades alertaram aos cidadãos do risco para a saúde de idosos, crianças e pessoas com problemas respiratórios.

O número de pessoas deslocadas - a Cruz Vermelha chegou a receber 7 mil - começou a cair com a abertura de algumas localidades atingidas.

Os incêndios, alguns criminosos, começaram em 7 de fevereiro, quando a região sul da Austrália estava há duas semanas sob uma onda de calor sem precedentes.

Na sexta-feira passada, a polícia acusou uma pessoa de ter provocado o incêndio que atingiu a localidade de Churchill e matou 21 pessoas.

16:55
Anónimo disse...
A primeira chuva em seis dias reduziu a ameaça de incêndios no Estado de Victoria, ao sul da Austrália. As autoridades, porém, advertiram que ainda existem 12 focos, mas que nenhum deles ameaça áreas povoadas.

Mais de quatro mil bombeiros, mil provenientes de outras partes do país e de outras nações, trabalham contra o fogo. Cerca de 600 veículos e 28 helicópteros e pequenos aviões estão sendo usados.


Eles conseguiram construir linhas de contenção para evitar os incêndios de Yarra e Maroondah se juntassem. Também foram controlados os incêndios abertos de Yea e Murrindindi, que ameaçavam as comunidades de Connellys Creek, Crystal Creek, Scrubby Creek e Native Dog Creek.

O número de mortos chegou a 181, mas as autoridades acreditam que as vítimas devem passar de 200, já que ainda há muitos desaparecidos.

16:55
Anónimo disse...
Aqui nesta coluna, na semana passada, tive a oportunidade de comentar sobre a recente visita do professor brasileiro Pedrinho Guareschi à Austrália. Não dei, porém, os fatos, pois semana passada o assunto era outro.

Hoje, porém, vamos a eles.

No último dia 4 de fevereiro, aconteceu o Seminário "Paulo Freire: Education and Liberation", organizado pelo centro de estudos latino-americanos da Universidade Nacional da Austrália, ou ANU, como é mais conhecida por aqui.

A ANU, para quem não sabe, está entre as 20 melhores universidades do mundo! E tem sede aqui em Camberra, capital da Austrália.

Na abertura do evento, o professor John Minns, diretor do centro latino-americano, ao dar boas-vindas ao público presente, lembrou ser aquele o primeiro seminário exclusivamente dedicado a Paulo Freire na Austrália.

Em seguida, convidou Pedrinho Guareschi, palestrante principal do Seminário, a fazer sua apresentação.

A plateia pode então conhecer, pelas palavras de Pedrinho, um pouco da obra e da vida de Freire, esse brasileiro de fé e valor, que sempre acreditou na educação, sobretudo dos menos favorecidos, analfabetos, como força libertadora.

Como não podia deixar de ser, os conceitos e ideias revolucionários de Paulo Freire, expostos com clareza por Pedrinho, despertaram o interesse e a curiosidade de plateia. A qual, deve-se notar, era na maioria de estudantes, mas de várias nacionalidades, sobretudo australianos e asiáticos.

Na continuação do programa do seminário, que se estendeu por dois dias, outros professores fizeram palestras sobre temas ligados à obra de Paulo Freire.

Interessante, por exemplo, saber que a professora Anne Hickling-Hudson, jamaicana que mora na Austrália há muitos anos (é professora da ANU), conheceu e trabalhou com Freire num workshop educacional durante a revolução na Ilha de Granada, em 1980, antes da invasão dos Estados Unidos...

Ou, então, a palestra da Professora Gerda Roelvink, da Nova Zelândia, que participou do Fórum Social de Porto Alegre em 2005. E essa participação transformou-se em tema de doutorado.

No dia 10, terça-feira passada, o padre Pedrinho Guareschi voltou a falar ao público australiano em grande auditório localizado no belíssimo campus da ANU. Desta vez, sobre a Teologia da Libertação.

Depois da palestra, John Minns mostrou o filme mexicano "O Crime do Padre Amaro", no qual um dos personagens é um padre católico praticante da Teologia da Libertação.

Mais uma vez, foi grande o intersse da platéia, que pode aprender e conhecer um pouco como se desenvolveu aquele importante movimento católico na América Latina.

Fica, assim, ao Pedrinho, bem como a outros brasileiros estudiosos e de bom coração que saem pelo mundo a divulgar aspectos importantes da cultura brasileira, o respeito e a homenagem desta coluna. E... aquele abraço!

16:57
Anónimo disse...
Amanda Kitts perdeu o braço esquerdo em um acidente de automóvel acontecido três anos atrás, mas hoje em dia ela joga futebol americano com seu filho de 12 anos de idade, troca fraldas e abraça as crianças nas três creches Kiddie Cottage que opera em Knoxville, Tennessee. Kitts, 40 anos, faz tudo isso com a ajuda de um novo tipo de braço artificial que se movimenta com mais facilidade do que outros aparelhos e que ela pode controlar utilizando apenas seus pensamentos.

"Eu sou capaz de mexer a mão, o pulso e o cotovelo ao mesmo tempo", diz. "Você pensa e os músculos se movem em seguida".

A recuperação que ela conseguiu resulta de um novo procedimento que vem atraindo crescente atenção porque permite que pessoas movam braços protéticos de forma mais automática do que faziam no passado, simplesmente utilizando nervos reaproveitados em seus cérebros.

A técnica, conhecida como "renervação muscular dirigida", envolve utilizar os nervos que restam depois da amputação de um braço e conectá-los a outro músculo do corpo, em geral no peito. Eletrodos são instalados sobre os músculos do peito, e operam como se fossem antenas. Quando a pessoa deseja mover o braço, o cérebro envia sinais que primeiro resultam em contração dos músculos do peito, os quais enviam um sinal ao braço protético, instruindo-se a se movimentar. O processo não requer mais esforços consciente do que a pessoa teria de exercitar caso ainda tivesse seu braço natural.

Na terça-feira, pesquisadores reportaram em estudo publicado pela versão online do Journal of the American Medical Association que haviam levado a técnica ainda mais à frente, tornando possível a execução de 10 movimentos de mão, pulso e cotovelo diferentes, o que representa uma substancial melhora com relação ao típico repertório protético, que em geral envolve apenas dobrar o cotovelo, girar o pulso e abrir a mão.

"Os novos métodos tiveram impacto dramático em nosso campo de trabalho", disse Stuart Harshbarger, engenheiro biomédico na Universidade Johns Hopkins e diretor do programa de pesquisa sobre próteses, financiado pelas forças armadas, que inclui o trabalho com essa técnica. "O método já está em uso por médicos e cirurgiões comuns em todo o país. A capacidade de controlar um membro protético bastante robusto que ele confere surpreendeu a todos pela qualidade".

Tipicamente, uma pessoa que tenha um braço protético só é capaz de executar alguns poucos movimentos, e muitas vezes com tamanha lentidão que isso só permite a ela atividades limitadas.

Há um motor separado para cada movimento, diz Gerald Loeb, professor de engenharia biomédica na Universidade do Sul da Califórnia, "e esses motores precisam ser controlados de maneira explícita", usualmente por um esforço consciente da pessoa para contrair músculos nas costas ou no bíceps.

"Essencialmente, até agora os pacientes controlavam apenas um motor de cada vez", diz Loeb, "e precisavam pensar cuidadosamente sobre que motor desejavam controlar e como fazê-lo operar, em lugar de simplesmente pensarem em mover o braço e poderem fazê-lo sem delongas".

Antes que Kitts passasse pelo procedimento de renervação, em outubro de 2007, por exemplo, ela precisava movimentar os músculos de suas costas de determinada maneira para fazer com que seu pulso girasse, e flexionar seu bíceps e tríceps para fazer com que o cotovelo se movesse para cima e para baixo. "Era muito trabalho", ela conta. "E não me ajudava muito".

O procedimento de renervação é parte de uma recente explosão de idéias novas e técnicas inovadoras que estão sendo exploradas enquanto os cientistas se esforçam por ajudar as pessoas a compensar melhor a perda de membros ou problemas de paralisia. O esforço vem sendo alimentado pelo aumento no número de amputações causado por diabetes e por ferimentos sofridos pelos militares, e ao mesmo tempo pelos avanços na tecnologia médica.

Os braços se tornaram um dos focos essenciais desse tipo de trabalho. A ciência há muito vem obtendo sucessos no desenvolvimento de próteses de perna, mas é muito mais difícil imitar a complexidade e a destreza das mãos e dos braços.

Os esforços em curso incluem o desenvolvimento de projetos de pele e braços mais sensíveis e mais flexíveis, e o uso de dispositivos acionados por controles sem fio implantado nos braços protéticos, que permitiriam movimentos mais naturais.

Os pesquisadores também vêm usando sensores implantados nos cérebros de cobaias para permitir que dois macacos controlem um braço mecânico, e um teste com um homem paralítico permitiu, com esse método, que ele movimentasse um cursor em uma tela de computador.

Alguns desses métodos, caso venham a ser aperfeiçoados plenamente e consigam aprovação das autoridades regulatórias da saúde, podem no futuro se tornar mais viáveis para os pacientes de amputações.

E embora a técnica da renervação não requeira aprovação das autoridades regulatórias porque é executada por meios cirúrgicos e emprega aparelhos já existentes, ela apresenta limitações que até mesmo seus criadores reconhecem, entre as quais o fato de que não se pode utilizá-la para todos os pacientes, o seu alto custo e o prazo de meses requerido para que os nervos reconectados cresçam e se tornem efetivos.

Ainda assim, os especialistas dizem que é o mais avançado sistema em uso hoje para pacientes reais que permite que o sistema nervoso controle diretamente o movimento de um braço artificial.

Desde sua introdução por Todd Kuiken, médico fisioterapeuta e engenheiro biomédico do Instituto de Reabilitação de Chicago, o método foi empregado em cerca de 30 pacientes nos Estados Unidos, Canadá e Europa, entre os quais oito soldados feridos no Iraque e no Afeganistão.

Muitos dos pacientes, entre os quais o primeiro, Jesse Sullivan, um operário do setor elétrico no Tennessee que perdeu os dois braços quando foi eletrocutado por um cabo, conseguem não apenas manipular seus braços protéticos mas sentir a presença das mãos que já não têm quando alguém toca em seus peitos.

Sullivan, 62 anos, e Kitts, estavam entre os cinco pacientes que participaram do estudo reportado na terça-feira. Em companhia de cinco outras pessoas que não passaram por amputações, eles receberam os eletrodos e foram instruídos a usar pensamentos para fazer com que um braço virtual na tela reproduzisse 10 movimentos diferentes, entre os quais três formas diferentes de aperto de mão.

Os pacientes apresentaram desempenho bastante respeitável, apenas um pouco mais lento e menos preciso do que os dos participantes que não tinham amputações.

"As velocidades de movimento que encontramos em nossos pacientes foram realmente encorajadoras", disse Kuiken. "Eles conseguiram completar a tarefa. É claro que não foram tão competentes quanto as pessoas dotadas de plena capacidade física, mas foram bons o bastante".

Um braço virtual foi usado porque a maioria das próteses existentes não era capaz de acomodar todos aqueles movimentos, no momento da pesquisa, ainda que Sullivan, Kitts e uma terceira paciente, Claudia Mitchell, tenham experimentado dois novos protótipos mais versáteis de braços artificiais, executando tarefas complexas com bolas de tênis e outros objetos.

O trabalho de renervação em soldados apresenta outros desafios, diz Kuiken, porque os ferimentos militares muitas vezes "causam danos muitos extensos" a nervos, músculos ou ossos.

Daniel Acosta, 25 anos, um aviador ferido pela detonação de uma bomba em uma estrada do Iraque em 2005, passou pelo procedimento no ano passado e diz que seu braço esquerdo protético agora se movimenta "muito mais rápido" e de maneira muito mais natural.

"A diferença é que agora não preciso mais pensar para mover o braço", ele diz. "Ele simplesmente se mexe".

Ainda assim, Acosta, de San Antonio, diz que "o processo foi bastante longo" e que os eletrodos precisam ser ajustados para receber os sinais à medida que os nervos crescem ou mudam de posição.

E embora elogiem o método, os especialistas afirmam que a ciência das próteses de braço ainda tem muito por avançar.

"Trata-se de uma parte crucial, mas ainda assim apenas uma parte, das muitas coisas que compreendem a função normal de um braço", disse Loeb, que escreveu um editorial que acompanha o artigo no Journal of the American Medical Association.

"No momento estamos a meio do caminho entre o braço de 'Dr. Fantástico', que fazia involuntariamente a saudação nazista, e o braço de Luke Skywalker em 'Guerra nas Estrelas', que funciona sem nenhum problema assim que é conectado. Creio que precisaremos ainda de muitos anos para conectar todas as peças necessárias a produzir um braço capaz de funcionar normalmente".

17:04
Anónimo disse...
A Espanha disse neste sábado que está preparando uma reclamação oficial contra a decisão da Venezuela de expulsar um membro do Parlamento Europeu que criticou o conselho eleitoral venezuelano.
Luis Herrero, membro do partido conservador espanhol PP, foi deportado na sexta-feira depois que o Conselho Nacional Eleitoral (CNE) o acusou de questionar a imparcialidade da instituição antes de um referendo que pode permitir ao presidente Hugo Chávez permanecer no cargo indefinidamente.

Herrero estava na Venezuela como observador do referendo. Ele acusou Chávez de ter "comportamentos típicos de um ditador" por pedir a contenção de manifestações da oposição.

O governo da Espanha convocou um encontro com o embaixador da Venezuela em Madri para expressar a desaprovação sobre a expulsão de Herrero, disse um representante do Ministério das Relações Exteriores espanhol.

As relações da Venezuela com a Espanha tiveram seu ponto crítico em 2007, quando Chávez ameaçou rever acordos diplomáticos e comerciais depois de ouvir um "cala a boca" do rei espanhol Juan Carlos durante uma cúpula.

A fenda foi oficialmente reparada em 2008, com uma visita oficial de Chávez à Espanha, onde ele cumprimentou o rei e discutiu acordos para investimento no setor petroquímico com o primeiro-ministro José Luis Rodriguez Zapatero.

17:06
Anónimo disse...
A polícia do Zimbábue anunciou neste sábado que acusa de traição Roy Bennett, dirigente do até agora opositor Movimento para a Mudança Democrática (MDC), detido na sexta-feira, em Harare, poucas horas antes da cerimônia de posse dos membros do novo gabinete.

"A Polícia nos informou que vão apresentar acusações de traição", disse à agência EFE o advogado de defesa de Bennett, Trust Maanda.

"Tentam relacionar Roy com o caso de Mike Hitschmann, que foi detido em 2006 em relação à descoberta de um carregamento de armas, apesar de que Hitschmann não tenha sido declarado culpado das acusações de traição apresentadas contra ele, mas de um crime menor de descumprimento de leis", disse Maanda.

O político opositor, designado por seu partido como vice-ministro de Agricultura no Governo de união nacional, esteve no exílio na vizinha África do Sul desde 2006 e retornou ao Zimbábue há duas semanas.

Segundo a Polícia, que deteve Bennett ontem no aeroporto de Harare quando pretendia ir à África do Sul para visitar sua família, as armas apreendidas em 2006 seriam utilizadas em um golpe de Estado para derrubar o presidente do Zimbábue, Robert Mugabe.

Depois da detenção, Bennet foi levado a Mutar, onde vários simpatizantes do MDC se concentraram em frente à delegacia na qual estava detido, diante do que a Polícia respondeu com tiros para o alto para dispersar os manifestantes.

17:07
Anónimo disse...
Austrália: 14 mil se candidatam a 'emprego dos sonhos'

A secretaria de Turismo de Queensland, na Austrália, informou que até esta segunda-feira já recebeu cerca de 14 mil inscrições para o "o melhor emprego do mundo". O Estado australiano promove pela internet seleção para vaga de "zelador" da ilha Hamilton, por seis meses com um salário de R$ 40 mil.

Muitos candidatos tiveram problemas durante a inscrição por conta dos acessos simultâneos ao site. A secretaria aconselha enviar os vídeos de 60s explicando porque deve ser escolhido em horários alternativos do dia, além de recomendar tamanho em torno de 40MB.

As inscrições começaram em 12 de janeiro e vão até o próximo dia 22 e podem ser feitas pelo site www.islandreefjob.com. O governo australiano escolherá 50 candidatos para a próxima fase da seleção, que terá votos do público para eleger um dos 11 finalistas.

A última fase terá entrevistas e desafios físicos, no próprio local de trabalho: as ilhas da Grande Barreira Coralina - o maior recife de coral do mundo. A secretaria de Turismo anunciará o vencedor no dia 6 de maio.

17:09
Anónimo disse...
Mercado elogia governo na crise, mas pede maior queda no juro

Peter Fussy
Direto de São Paulo

Desde as primeiras medidas anunciadas para combater os efeitos da crise, o governo brasileiro avisou que a estratégia não contemplaria um pacote. Seriam doses pontuais, de acordo com a necessidade da economia diante do agravamento das turbulências. Da primeira liberação dos depósitos compulsórios em setembro até a ampliação do seguro-desemprego na última quarta-feira, o governo passou por redução de impostos, ampliação de crédito e incentivos à exportação. Quase 150 dias após a primeira medida, o Terra conversou com líderes do setor público e privado, representantes dos trabalhadores, acadêmicos e com o próprio governo para saber quais destas ações foram mais eficazes, quais foram mais ineficientes e o que mais pode ser feito pelo Estado brasileiro contra a crise.

Os maiores elogios foram direcionados à atitude de reduzir o Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) para a indústria automobilística, anunciada em dezembro e que fez com que os emplacamentos de carros novos subissem 1,9% no primeiro mês do ano em relação a dezembro de 2008. Já as maiores críticas foram para a lentidão no corte da taxa básica de juro do País.

Para o presidente do conselho administrativo do Grupo Pão de Açúcar, Abílio Diniz, o Estado não é responsável pela crise e mesmo assim está agindo "com extrema serenidade e muito acerto". "O governo está atento, fazendo a sua parte. É preciso coragem de baixar firmemente a taxa de juros. É uma arma que temos a nosso favor, já que não há clima para inflação, nem possibilidade de danos para a macroeconomia", afirmou Diniz.

Na última reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), em janeiro, a taxa Selic foi reduzida em um ponto percentual, de 13,75% para 12,75% ao ano. Porém, o professor de economia da Universidade de Brasília (UnB) José Luiz Oreiro lembra que este corte representa uma redução de apenas 0,25 ponto percentual com relação à taxa de setembro do ano passado, quando a crise se agravou.

"Pouco antes da eclosão da crise, o Banco Central aumentou a taxa em 0,75 ponto. Foram cinco meses de demora para reduzir em termos líquidos apenas 0,25 ponto", afirmou o economista, que também sugeriu redução do intervalo de cerca de 90 dias entre as reuniões do Copom e o corte de pelo menos um 1 ponto percentual em cada reunião.

Mesmo com o corte de janeiro, a taxa de juros real continua sendo a maior do mundo, lembrou o secretário-geral da Força Sindical, João Carlos Gonçalves, o Juruna. "A redução da taxa de juro ainda é pequena, porque ela continua uma das mais altas do mundo. Falta ousadia para baixar os juros e ajudar o cidadão. A permanência da taxa de juro alta é negativa para o País em meio a crise", afirmou Juruna.

Embora aprove as ações do governo, o senador Aloízio Mercadante (PT-SP) também acredita que o patamar da Selic está muito alto. "Sempre fomos os primeiros a entrar em qualquer crise, o que não aconteceu agora. A taxa Selic ainda é muito alta, mas o governo têm tomado medidas acertadas, como o aumento do salário mínimo, mesmo com um cenário de crise. Isso ajuda a movimentar o consumo. O governo está se esforçando para manter os investimentos e o crescimento", disse.

Tributos
De acordo com o economista Fabio Pina, da Fecomercio-SP, as ações mais positivas estão relacionadas à redução de tributos para alguns segmentos, como a indústria automobilística, que recuperou parte da queda nas vendas em janeiro com a isenção do IPI para carros 1.0 l e o corte para demais motorizações. A medida vale até o final de março.

"Essas medidas não só reduziram o preço, mas anteciparam o consumo daqueles que iriam comprar no futuro, dando um prêmio por conta da insegurança. Mexe diretamente com o principal problema que é a confiança do consumidor", afirmou. Juruna destacou que um bom ritmo de vendas é garantia de emprego. "É importante porque cada emprego na montadora significa 19 na cadeia produtiva", comentou o representante da Força Sindical.

Também em dezembro, o governo decidiu cortar pela metade a alíquota do Imposto de Renda para contribuintes que ganham entre R$ 1.434 e R$ 2.150 mensais. "O salário aumentava e a tabela não se modificava. As pessoas ganhavam mais e pagavam mais impostos", apontou Juruna. Outra redução de tributos do governo foi com relação ao Imposto sobre Operações Financeiras (IOF), que caiu de 3% ao ano para 1,5%.

Crédito
Na segunda metade de 2008, o colapso de bancos nos Estados Unidos por conta da crise do subprime provocou uma forte restrição de crédito no mundo inteiro. Uma das primeiras medidas anticrise do governo teve como objetivo restabelecer a oferta, com mudanças no recolhimento dos depósitos compulsórios por parte dos bancos. Segundo o presidente do Banco Central, Henrique Meirelles, as diversas modificações liberaram US$ 99,2 bilhões aos bancos até o final de janeiro.

Além disso, o governo concedeu R$ 36 bilhões das reservas internacionais para empresas brasileiras com dívidas no exterior e uma medida provisória autorizou o Banco do Brasil e a Caixa Econômica Federal a comprar carteiras de crédito de bancos privados. Para o diretor do Departamento de Pesquisas e Estudos Econômicos da Fiesp, Paulo Francini, estas medidas foram essenciais para combater os efeitos da crise.

"A crise se desenvolve no mundo em torno do tema crédito. E o crédito reduziu-se barbaridade no mundo. Então o governo lança mão de compulsório, lança mão de reservas, de medidas que permitem aos bancos comprar carteiras de bancos. Você vai tomando várias medidas para atender às demandas e o epicentro disso é crédito", afirmou.

No entanto, Oreiro, da UnB, adverte que a liberação dos compulsórios seria mais eficiente acompanhada de redução mais agressiva da taxa básica de juro. "Uma parte do crédito voltou, depois da forte retração em outubro e novembro. O que deveria ter sido feito junto à liberação do compulsório era uma redução mais drástica da taxa de juro. Sem isso, os bancos pegam as reservas e acabam comprando títulos públicos", explicou o economista.

Na opinião de Pina, as ações de distribuição de crédito via redução do compulsório e a disposição de capital de giro para empresas foram tomadas sem um cuidado maior na operação e não tiveram muito efeito. "O BNDES tem linhas que ficam paradas quase todo o ano, agora é pior ainda. Existem os recursos, mas as empresas e os bancos estão desconfiados. É preciso fazer com que os bancos tenham interesse em emprestar", afirmou o economista da Fecomercio-SP.

Futuro
Mesmo com todas essas medidas, a crise financeira ainda gera incertezas nos setores produtivos do País. Nos últimos meses, o medo do desemprego fez os consumidores adiarem compras. Por sua vez, a queda nas vendas pode obrigar as indústrias a cortarem a produção e demitir funcionários. Contra isso, empresários sugerem redução de jornada e de salários.

"Isto está previsto em lei. A Fiesp simplesmente manteve conversações com entidades sindicais quanto à aplicação daquilo que já está previsto em lei", afirmou Francini.

Segundo a ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff, uma das medidas que assegura um nível de emprego é a manutenção de investimentos no Programa de Aceleração do Crescimento (PAC). "Estamos esperando que a dificuldade ocorra em janeiro, fevereiro e março. Estamos certos que vamos manter o nível de investimento. É isso que funciona, é isso que significa investimento público. Ele funciona como um colchão. Por isso, nós colocamos R$ 100 bilhões no BNDES e a Petrobras ampliou o seu investimento em R$ 120 bilhões", afirmou.

Na mesma linha, Pina explica que a antecipação de gastos do governo substitui parte da demanda retraída do setor privado. "Ele dá o seguinte recado: não vou estourar as contas públicas, mas concentrar em um momento em que a demanda privada está pequena. Mas o governo não tem fôlego suficiente para fazer o papel de toda demanda", ressaltou. O economista da Fecomercio lembrou que a entidade já pleiteou junto ao governo isenções para transferência de imóveis e de automóveis, além de retirar o IPVA para veículos novos.

Já Oreiro foca suas propostas na capitalização do Banco do Brasil e da Caixa Econômica Federal pelo Tesouro para atender a demanda de crédito para capital de giro e reduzir o spread. "Aumentando o empréstimo e reduzindo as taxas, os dois vão forçar os bancos privados a acompanhar o movimento, até para não perderem participação no mercado", explicou o economista da UnB.

Até o Carnaval, o governou prometeu detalhar um pacote de incentivos para a construção de até um milhão de casas populares, direcionado a famílias com renda de até dez salários mínimos. "Estamos atentos a tudo o que está acontecendo e novas medidas serão tomadas caso haja uma avaliação de que sejam necessárias", disse o ministro da Fazenda, Guido Mantega, na última sexta-feira.

17:11
Anónimo disse...
Ex-ministro critica extensão do seguro-desemprego

Atualizada às 09h03

O ex-ministro do Trabalho Almir Pazzianotto criticou a decisão do governo federal de conceder o seguro-desemprego estendido a apenas alguns setores. "É certamente odioso e provavelmente inconstitucional", disse Pazzianotto, de acordo com o jornal O Estado de S. Paulo.

Na última qurta, dia do anúncio da medida, centrais sindicais elogiaram a atitude do governo. A Força Sindical divulgou nota dizendo que "o aumento ajudará a aquecer parte da economia, já que irá gerar mais consumo, produção e conseqüentemente, a criação de novos postos de trabalho". A União Geral dos Trabalhadores (UGT) afirmou que a medida "contribuirá para minimizar o drama dos trabalhadores que perderem seu emprego por conta da crise".

O ex-ministro, que instituiu o seguro-desemprego no País no governo de José Sarney, destacou a necessidade de as centrais sindicais se manifestarem contra a determinação. Para ele, as mudanças devem ser aplicadas a todas as categorias profissionais e a distinção é contrária ao artigo 3º da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT).

Pazzianotto atribui a medida a um possível temor do governo de que a crise econômica seja longa e não haja dinheiro para atender a todas as necessidades. Ainda assim, ele se mostra contrário ao método de concessão. "O seguro-desemprego ajuda a sanar necessidades básicas. Estendê-lo é paliativo, não a solução", disse ao jornal.

De acordo com o presidente do Conselho Deliberativo do Fundo de Amparo ao Trabalhador (Codefat) e conselheiro da Força Sindical, Luiz Fernando Emediato, a determinação já estava prevista na lei 8.900/94, que trata do seguro-desemprego.

O presidente da Comissão de Trabalho da Câmara, Pedro Fernandes (PTB-MA) vai além na crítica à concessão do seguro para apenas alguns setores. Ele acredita que a ampliação do benefício estimula o desemprego.

Quintino Severo, secretário geral da Central Única dos Trabalhadores (CUT), lembra que a ampliação do benefício sem critério e identificação pode incentivar demissões em outros setores.

17:13
Anónimo disse...
Empresas
TAM faz promoção para destinos internacionais

A companhia aérea TAM anunciou nesta sexta-feira tarifas promocionais para trechos internacionais. Os preços valem para bilhetes comprados entre 6h deste sábado e 23h59 deste domingo e são válidos para classe econômica. As tarifas, para ida e volta, serão vendidas a partir de US$ 99, mais taxas.

Segundo a aérea, a promoção vale para viagens feitas no período de 14 de fevereiro a 18 de junho de 2009. Para destinos na América do Sul, a permanência mínima é de dois dias; para bilhetes com destino nos Estados Unidos, cinco dias; e Europa, sete dias. A permanência máxima para as passagens para América do Sul e EUA é de dois meses e para Europa, três meses.

Entre os exemplos de tarifas promocionais, a TAM oferece São Paulo-Lima por US$ 99. Bilhetes para a rota São Paulo-Santiago serão vendidos a partir de US$ 199 e São Paulo-Nova York, US$ 799.

A emissão dos bilhetes deve ser feita obrigatoriamente no ato da reserva, obedecendo às regras estipuladas pela companhia. A compra está sujeita à disponibilidade de assentos nas classes tarifárias determinadas, trechos, horários e datas. A TAM afirmou que também há tarifas promocionais para a classe executiva.

Mais informações podem ser encontradas no site promocional (www.ofertastam.com.br), no site da empresa (www.tam.com.br) ou pelos telefones 4002-5700 ou 0800 5705700.

17:13
Anónimo disse...
Empresas
Consultoria negocia compra do parque temático Hopi Hari

A consultoria especializada em reestruturação de empresas Íntegra Associados informou nesta sexta-feira ter um acordo para comprar o parque de diversões Hopi Hari, localizado no interior de São Paulo. A empresa estaria disposta a investir R$ 10 milhões no parque, que tem dívida estimada em R$ 800 milhões. As informações são da edição deste sábado do jornal Folha de S. Paulo.

De acordo com o jornal, a transação ainda depende da negociação entre o Hopi Hari e seus credores, o que já estaria em andamento.

A consultoria paulista já atuou junto à Parmalat, durante 30 meses, quando reorganizou a gestão da empresa italiana.

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17:14
Anónimo disse...
Empresas
Disney de Tóquio contratará mais 2 mil apesar da crise


A Oriental Land, o operador da Disneylândia Tóquio e DisneySea, organizou neste domingo entrevistas para contratar cerca de 2 mil trabalhadores em tempo parcial, em um momento de grandes demissões deste tipo de empregados no Japão.

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O operador deste parque temático, situado em Urayasu, na província de Chiba (leste de Tóquio), está em pleno processo de seleção de empregados para 20 tipos de postos trabalhistas diferentes.

Segundo a companhia, citada pela agência local de notícias Kyodo, o parque contratará novos trabalhadores para as atrações, para os restaurantes e guardas de segurança entre outros. Os novos contratados começarão a trabalhar a partir de fevereiro.

O processo de seleção acontece em um momento em que a maioria das grandes companhias japonesas começaram a se ver obrigadas a despedir uma elevada percentagem de seus trabalhadores temporários e a tempo parcial.

Algumas inclusive anunciaram demissões de seus trabalhadores fixos, uma medida muito pouco comum nas companhias japonesas, perante os efeitos piores que o esperado pela crise econômica global.

Cerca de uma centena de pessoas esperavam desde a primeira hora desta manhã a abertura do centro de conferências Tokyo International Forum, onde as entrevistas estão sendo feitas, para ser os primeiros a solicitar os postos de trabalho.


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17:15
Anónimo disse...
Economia Internacional
Senado dos EUA aprova plano de estímulo à economia

O Senado dos Estados Unidos aprovou com 60 votos a favor e 38 contra o plano de estímulo à economia de US$ 787 bilhões na madrugada deste sábado. Agora, ele segue para sanção ou veto do presidente Barack Obama, que espera colocar a lei em prática até o dia 16 de fevereiro.

O plano prevê a criação de três milhões de empregos, inclui cortes de impostos às famílias, fundos para programas sociais e obras públicas, além de ajuda aos governos estaduais, estudantes e desempregados.

A cláusula Buy American - que exige o uso de ferro, aço e produtos manufaturados dos Estados Unidos em obras realizadas com recursos do pacote - ficou de lado. Segundo o texto definitivo, a cláusula será aplicada sem violar as normas do comércio internacional.

Ontem à tarde, a Câmara de Representantes (deputados) havia aprovado, por 246 votos a favor e 183 contra, a versão final do plano. Todos os republicanos foram contrários ao pacote.

Pelo acordo de quarta-feira entre Câmara e Senado, em vez de custar US$ 819 bilhões, como queriam os deputados, ou US$ 838 bilhões como pretendiam os senadores, o pacote ficou em cerca de US$ 787 bilhões, com 65% desse total destinado a gastos do governo federal e 35%, a créditos tributários.

17:16
Anónimo disse...
Economia nacional
Na era Lula, aposentadoria sobe 54% menos que salário mínimo

Thatiane Faria
Especial para o Terra
Direto de São Paulo

Os índices de reajustes concedidos pelo governo em 2009 para aposentados e pensionistas e para o salário mínimo repetiram uma diferença que, só durante o governo de Luiz Inácio Lula da Silva, já chega a 54%. Enquanto o mínimo foi majorado em 12% este ano, as pensões e aposentadorias tiveram aumento de 5,92%. Aposentados que têm o benefício do governo como única fonte de renda reclamam que perdem poder de compra e que sua cesta de compras é composta por itens que aumentam mais em relação à inflação oficial.

Um exemplo prático pode ser entendido a partir da comparação entre um aposentado que ganhava R$ 600 em janeiro de 2003. Na época, o benefício era três vezes, ou 200%, maior que o valor do mínimo em vigência, que era de R$ 200. Aplicando-se os índices de reajuste para aposentadorias e para o mínimo durante os últimos seis anos, o mesmo aposentado estaria recebendo hoje R$ 938,47, comparado a um salário mínimo de R$ 465. A diferença entre os dois valores caiu para pouco mais de 100%.

Enquanto o índice acumulado de reajuste para a aposentadoria durante o governo Lula foi de 60%, para o salário mínimo está em 132%.

O diretor do Sindicato Nacional dos Aposentados, João Inocentini, reclama que os valores dos benefícios para aposentadorias não mantêm o poder de compra do grupo, principalmente dos aposentados que recebem menos que dez salários mínimos.

Nem mesmo o fato de o índice de reajuste das aposentadorias ter ficado acima da inflação acumulada no mesmo período (o IPCA entre janeiro de 2003 e janeiro de 2009 foi de 39,7%) serve de argumento, segundo os aposentados.

"Os idosos, principalmente, têm gastos além das contas gerais como gás, telefone e aluguel. Para eles o custo com remédios, e outros itens da área saúde costuma ser maior", afirmou Inocentini.

O presidente do sindicato afirmou que o grupo realiza um estudo com 100 itens de necessidade de um idoso para comparar o aumento dos produtos com o índice de reajuste do benefício recebido pelos aposentados.

"Daqui dois meses vamos abrir um processo na Justiça e levar essa pesquisa como prova. Segundo a lei, o governo é obrigado a manter o poder de compra com a aposentadoria", disse Inocentini.

Alternativas
O consultor financeiro Cláudio Boriola diz que os aposentados, especialmente nesse momento de crise econômica, devem evitar compras parceladas, pesquisar preços, negociar e fazer bom planejamento financeiro.

Segundo Boriola, alguns aposentados ganham um valor mensal muitas vezes insuficiente para o pagamento das contas e acabam pedindo crédito ou realizando pagamentos a prazo e são obrigados a pagar juros altos.

Na opinião do consultor, pagar uma previdência privada é uma alternativa indicada para quem ainda trabalha, considerando a característica de perda de poder de compra da aposentadoria.

"Na prática, infelizmente os valores encontram-se em um patamar que está deteriorando o poder de aquisição da população brasileira", completou Boriola.

De acordo com o diretor da Confederação Brasileira de Aposentados e Pensionistas (Cobap), Vicente Fernandes Barbosa, representantes dos aposentados tentarão um encontro com o presidente da Câmara, deputado Michel Temer (PMDB-SP), para discutir projetos que minimizem a perda dos aposentados

17:17
Anónimo disse...
Previdência
Previdência prorroga isenção de tarifas no benefício

O atual sistema de pagamento aos 26 milhões de aposentados e pensionistas do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) será mantido até o final deste ano. O acordo, que permite realizar a operação sem nenhum custo aos beneficiários, foi renovado nesta sexta-feira, entre o governo federal e 21 instituições financeiras.

Por meio desse acordo, vigente desde setembro de 2007, nem os segurados, nem os bancos e nem o governo arcam com o pagamento de tarifas, conforme explicou o ministro da Previdência Social, José Pimentel. A prorrogação vale até dezembro, data máxima para que a Previdência defina as regras para um novo contrato.

Ao assinar o termo de renovação, na sede da Federação Brasileira dos Bancos (Febraban), o ministro disse que a intenção do governo é mudar o atual modelo de gestão visando a reduzir os custos dessas operações em torno da folha mensal, que atinge R$ 15,8 bilhões. No entanto, qualquer alteração, conforme explicou, passará antes por audiências públicas a serem realizadas a partir do segundo semestre deste ano, atendendo a determinação do Tribunal de Contas da União (TCU).

De acordo com Pimentel, com um redesenho do mecanismo de repasse dos recursos aos bancos em torno da folha de pagamento dos segurados o que se busca é um aumento da participação de instituições financeiras. Ele informou que, desde 2007, cada benefício custa em média R$ 1,07 ao governo. "Quanto mais instituições financeiras estiverem prestando serviços à sociedade, maior é a competitividade, a agilidade no atendimento", justificou.

O ministro observou, ainda, que, para permitir uma redução para algo em torno de meia hora no tempo de atendimento para a concessão dos direitos previdenciários, o governo investiu R$ 280 milhões.

Questionado sobre o descontentamento dos segurados que ganham acima de um salário mínimo terem obtido apenas a correção com base na variação do Índice de Preços ao Consumidor (INPC) , ficando abaixo do reajuste dado a quem recebe apenas o mínimo, Pimentel argumentou que o governo seguiu o que determina a lei e descartou a possibilidade de uma revisão

17:17
Anónimo disse...
Empresas
Caterpillar oferece aposentadoria antecipada a 2 mil


A companhia americana Caterpillar ofereceu a cerca de dois mil funcionários incentivos para que se aposentem de forma voluntária antes do previsto, pela perspectiva de uma queda "significativa" da atividade industrial, informou nesta quarta-feira a empresa.

A iniciativa, destinada aos trabalhadores de diversas fábricas em Illinois, Colorado, Tennessee e Pensilvânia, se soma aos cortes de empregos anunciados em janeiro, explicou em comunicado de imprensa.

A empresa, a maior fabricante mundial de maquinaria pesada para a construção e a mineração, acrescentou que, "em função das condições de negócio, podem ser necessárias mais reduções de elenco voluntárias e involuntárias à medida que o ano avança".

O vice-presidente da companhia, Sid Banwart, explicou que a empresa prevê "demissões significativas em todas as regiões geográficas e na maioria dos setores devido às dificuldades da economia mundial".

17:18
Anónimo disse...
Comércio
Comércio exterior da OCDE caiu no 3º trimestre de 2008


As exportações e as importações dos países da Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Econômico (OCDE) caíram 1,6% e 0,2%, respectivamente, no terceiro trimestre de 2008, em relação aos três meses anteriores.

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Trata-se da primeira queda destas atividades desde o terceiro trimestre de 2006, segundo o último relatório trimestral sobre fluxos comerciais divulgado pela OCDE.

As exportações e as importações em dólares dos 30 Estados-membros caíram 15,6% e 17%, respectivamente, na comparação anualizada.

Por sua vez, o comércio dos sete países mais ricos do mundo (G7) teve um pequeno crescimento no terceiro trimestre de 2008 com uma queda das exportações de mercadorias de 0,2% em relação ao trimestre anterior e um aumento de 0,4% das importações.

Em termos anualizados, as importações do G7 caíram 1,4% entre julho e setembro do ano passado, seu primeiro retrocesso desde o terceiro trimestre de 2006, enquanto as exportações aumentaram 1,9%, seu crescimento mais baixo no mesmo tempo.

Por países, a Alemanha aumentou suas importações em 3,4% - valor mais alto do G7 -, enquanto suas exportações caíram 2,9% do segundo para o terceiro trimestre de 2008.

Pelo contrário, as exportações americanas aumentaram 1,8% entre julho e setembro de 2008, enquanto as importações caíram 0,7% em relação ao trimestre anterior. No Japão, tanto as importações quanto as exportações caíram em torno de 1% no mesmo período.

17:19
Anónimo disse...
Economia Nacional
Lula: juros de crédito consignado a aposentados são altos

Atualizada às 17h29

O presidente Luis Inácio Lula da Silva afirmou nesta terça-feira, em São Paulo, que está lutando para reduzir as taxas de juros cobradas de aposentados em crédito consignado. A Previdência Social estabelece uma taxa máxima de 2,5% para empréstimo e de 3,5% para cartão. Para Lula, os valores são altos.

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"Acho que o juro que os aposentados estão pagando hoje com o crédito consignado é alto para o padrão brasileiro", disse o presidente durante a cerimônia de comemoração dos 86 anos do INSS.

A Previdência anunciou nesta terça-feira que aposentados e trabalhadoras com licença-maternidade poderão receber seus benefícios em 30 minutos. De acordo com Lula, em junho, a aposentadoria do trabalhador rural também será conseguida em meia hora.

Além disso, o presidente anunciou que, também em junho, os trabalhadores que alcançarem o direito à aposentadoria passarão a receber em suas casas um comunicado da Previdência informando o fato e o valor do salário que têm direito a receber. "É um comprometimento público que estou fazendo com os companheiros da Previdência Social", disse.

"Estamos retribuindo ao contribuinte da Previdência Social aquilo que é a cidadania que ele tem direito", afirmou Lula. "Se para cobrar nós somos tão precisos, para devolver o dinheiro, temos que chegar próximo à perfeição", completou.

17:20
Anónimo disse...
Economia Nacional
Salário maternidade sairá em 30 minutos, diz ministro

Toda trabalhadora autônoma que tiver contribuído pelo menos 10 meses com o Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) - ou as que possuírem carteira assinada - poderão receber em 30 minutos o salário maternidade a partir desta terça-feira. Da mesma forma, as mulheres com 30 anos de contribuição e os homens com 35 anos também terão direito ao benefício de forma mais rápida. A informação é do ministro da Previdência Social, José Pimentel.

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Para requerer o salário maternidade, é preciso que as autônomas levem a carteira de identidade e o carnê de contribuição. As demais trabalhadoras devem apresentar a identificação e a carteira de trabalho. Desde o início do mês, a nova forma de análise para a concessão de benefícios foi adotada para a aposentadoria por idade do trabalhador urbano e agora foi estendida para o salário maternidade e por tempo de contribuição.

O ministro disse que a qualificação do serviço da previdência social é o reconhecimento do direito dos trabalhadores e da afirmação da cidadania.

"Até pouco tempo na cabeça do cidadão o serviço devia ser de péssima qualidade. Agora não, nós modificamos toda a legislação no mês de dezembro numa ação conjunta do Congresso Nacional com o governo federal. Estamos implantando e concedendo os benefícios em até 30 minutos", afirmou.

O ministro destacou que para conseguir se aposentar ou ter acesso à licença maternidade em 30 minutos, em primeiro lugar, é necessário que o cidadão esteja vinculado à Previdência, o que inclui 65% da população acima de 16 anos de idade.

"Depois bastar marcar pelo sistema 135 o dia e a hora do atendimento e levar a documentação. Se todos os dados necessários estiverem corretos o contribuinte será atendido em até 30 minutos, como vem sendo feito com as aposentadorias por idade desde o dia cinco de janeiro", explicou.

Pimentel disse ainda que em 90% das agências da previdência social o atendimento é marcado em até 48 horas. Nos grandes centros, entretanto existe um volume maior o que torna mais lento o processo.

"Estamos criando mais 715 agências até 2010, em todo o território nacional, para descentralizar o atendimento. Em 2008, atendemos 295 mil benefícios e aposentadorias por idade. Temos 4 mil pessoas por dia procurando e se aposentando por idade no território nacional. Este serviço será agilizado", concluiu.

17:21
Anónimo disse...
Giuseppe Englaro, pai de Eluana, a italiana que morreu na segunda-feira passada por desidratação, recusou uma grande soma de dinheiro de um conhecido fotógrafo italiano que queria retratar a filha em estado de coma, disse neste sábado o neurologista que atendia a mulher desde 1996, Carlo Defanti.

O neurologista, que participou hoje de uma conferência sobre eutanásia, disse que Englaro respeitou a vontade da filha, que, antes do acidente, tinha pedido que, se lhe ocorresse qualquer coisa irreversível, apresentasse sua imagem de quando estava em boas condições.

Antes de sofrer o acidente de trânsito, em 1992, Eluana viveu o coma de um amigo, Alessandro, o que causou forte impacto na italiana e a levou a fazer o pai prometer que não a deixasse viver em estado vegetativo, disse o próprio Giuseppe Englaro.

Defanti, que dissera que Eluana poderia viver de dez a 12 dias depois da suspensão da alimentação e da hidratação, disse que, como médico, tinha que reprovar esta afirmação.

"Não se pode sobreviver após três ou quatro dias sem líquido e, em particular, água em um corpo. Sabemos bem que, quando há um terremoto, após quatro dias é difícil encontrar sobreviventes".

Defanti ressaltou que Eluana "não falava, não se comunicava com o exterior" e que, após vários exames, "nos deparamos com uma moça que tinha perdido a consciência", porque estava com o córtex cerebral prejudicado.

Eluana foi enterrada na quinta-feira passada no túmulo da família na localidade de Paluzza, em Udine, após um funeral que não contou com a presença dos pais.

16:53
Anónimo disse...
Os bombeiros combatem neste sábado os incêndios na Austrália favorecidos pelo bom tempo, enquanto os deslocados encotram em seu retorno casas derruídas, carros queimados nas ruas e destruição.

Depois de sete dias desde que começaram os incêndios no Estado de Victoria, a lista de mortos chega a 181, os desaparecidos somam 50, os edifícios destruídos totalizam 1,834 mil e o terreno arrasado, principalmente florestas, ocupa uma área de 4,13 mil quilômetros quadrados.

As equipes de bombeiros, formadas por 4 mil profissionais de Victoria, de outras partes da Austrália e de países amigos, combateram hoje 12 focos fora de controle e nenhum representava uma ameaça direta para a população.

O subdiretor do Serviço de Bombeiros, Geoff Conway, disse que este tempo favorável, que se prolongará durante o domingo, permite consolidar as linhas de contenção e avançar na extinção das chamas.

Cinzas apareceram arrastadas por ventos do nordeste sobre Melbourne, onde habitam 3,8 milhões de pessoas, e as autoridades alertaram aos cidadãos do risco para a saúde de idosos, crianças e pessoas com problemas respiratórios.

O número de pessoas deslocadas - a Cruz Vermelha chegou a receber 7 mil - começou a cair com a abertura de algumas localidades atingidas.

Os incêndios, alguns criminosos, começaram em 7 de fevereiro, quando a região sul da Austrália estava há duas semanas sob uma onda de calor sem precedentes.

Na sexta-feira passada, a polícia acusou uma pessoa de ter provocado o incêndio que atingiu a localidade de Churchill e matou 21 pessoas.

16:55
Anónimo disse...
A primeira chuva em seis dias reduziu a ameaça de incêndios no Estado de Victoria, ao sul da Austrália. As autoridades, porém, advertiram que ainda existem 12 focos, mas que nenhum deles ameaça áreas povoadas.

Mais de quatro mil bombeiros, mil provenientes de outras partes do país e de outras nações, trabalham contra o fogo. Cerca de 600 veículos e 28 helicópteros e pequenos aviões estão sendo usados.


Eles conseguiram construir linhas de contenção para evitar os incêndios de Yarra e Maroondah se juntassem. Também foram controlados os incêndios abertos de Yea e Murrindindi, que ameaçavam as comunidades de Connellys Creek, Crystal Creek, Scrubby Creek e Native Dog Creek.

O número de mortos chegou a 181, mas as autoridades acreditam que as vítimas devem passar de 200, já que ainda há muitos desaparecidos.

16:55
Anónimo disse...
Aqui nesta coluna, na semana passada, tive a oportunidade de comentar sobre a recente visita do professor brasileiro Pedrinho Guareschi à Austrália. Não dei, porém, os fatos, pois semana passada o assunto era outro.

Hoje, porém, vamos a eles.

No último dia 4 de fevereiro, aconteceu o Seminário "Paulo Freire: Education and Liberation", organizado pelo centro de estudos latino-americanos da Universidade Nacional da Austrália, ou ANU, como é mais conhecida por aqui.

A ANU, para quem não sabe, está entre as 20 melhores universidades do mundo! E tem sede aqui em Camberra, capital da Austrália.

Na abertura do evento, o professor John Minns, diretor do centro latino-americano, ao dar boas-vindas ao público presente, lembrou ser aquele o primeiro seminário exclusivamente dedicado a Paulo Freire na Austrália.

Em seguida, convidou Pedrinho Guareschi, palestrante principal do Seminário, a fazer sua apresentação.

A plateia pode então conhecer, pelas palavras de Pedrinho, um pouco da obra e da vida de Freire, esse brasileiro de fé e valor, que sempre acreditou na educação, sobretudo dos menos favorecidos, analfabetos, como força libertadora.

Como não podia deixar de ser, os conceitos e ideias revolucionários de Paulo Freire, expostos com clareza por Pedrinho, despertaram o interesse e a curiosidade de plateia. A qual, deve-se notar, era na maioria de estudantes, mas de várias nacionalidades, sobretudo australianos e asiáticos.

Na continuação do programa do seminário, que se estendeu por dois dias, outros professores fizeram palestras sobre temas ligados à obra de Paulo Freire.

Interessante, por exemplo, saber que a professora Anne Hickling-Hudson, jamaicana que mora na Austrália há muitos anos (é professora da ANU), conheceu e trabalhou com Freire num workshop educacional durante a revolução na Ilha de Granada, em 1980, antes da invasão dos Estados Unidos...

Ou, então, a palestra da Professora Gerda Roelvink, da Nova Zelândia, que participou do Fórum Social de Porto Alegre em 2005. E essa participação transformou-se em tema de doutorado.

No dia 10, terça-feira passada, o padre Pedrinho Guareschi voltou a falar ao público australiano em grande auditório localizado no belíssimo campus da ANU. Desta vez, sobre a Teologia da Libertação.

Depois da palestra, John Minns mostrou o filme mexicano "O Crime do Padre Amaro", no qual um dos personagens é um padre católico praticante da Teologia da Libertação.

Mais uma vez, foi grande o intersse da platéia, que pode aprender e conhecer um pouco como se desenvolveu aquele importante movimento católico na América Latina.

Fica, assim, ao Pedrinho, bem como a outros brasileiros estudiosos e de bom coração que saem pelo mundo a divulgar aspectos importantes da cultura brasileira, o respeito e a homenagem desta coluna. E... aquele abraço!

16:57
Anónimo disse...
Amanda Kitts perdeu o braço esquerdo em um acidente de automóvel acontecido três anos atrás, mas hoje em dia ela joga futebol americano com seu filho de 12 anos de idade, troca fraldas e abraça as crianças nas três creches Kiddie Cottage que opera em Knoxville, Tennessee. Kitts, 40 anos, faz tudo isso com a ajuda de um novo tipo de braço artificial que se movimenta com mais facilidade do que outros aparelhos e que ela pode controlar utilizando apenas seus pensamentos.

"Eu sou capaz de mexer a mão, o pulso e o cotovelo ao mesmo tempo", diz. "Você pensa e os músculos se movem em seguida".

A recuperação que ela conseguiu resulta de um novo procedimento que vem atraindo crescente atenção porque permite que pessoas movam braços protéticos de forma mais automática do que faziam no passado, simplesmente utilizando nervos reaproveitados em seus cérebros.

A técnica, conhecida como "renervação muscular dirigida", envolve utilizar os nervos que restam depois da amputação de um braço e conectá-los a outro músculo do corpo, em geral no peito. Eletrodos são instalados sobre os músculos do peito, e operam como se fossem antenas. Quando a pessoa deseja mover o braço, o cérebro envia sinais que primeiro resultam em contração dos músculos do peito, os quais enviam um sinal ao braço protético, instruindo-se a se movimentar. O processo não requer mais esforços consciente do que a pessoa teria de exercitar caso ainda tivesse seu braço natural.

Na terça-feira, pesquisadores reportaram em estudo publicado pela versão online do Journal of the American Medical Association que haviam levado a técnica ainda mais à frente, tornando possível a execução de 10 movimentos de mão, pulso e cotovelo diferentes, o que representa uma substancial melhora com relação ao típico repertório protético, que em geral envolve apenas dobrar o cotovelo, girar o pulso e abrir a mão.

"Os novos métodos tiveram impacto dramático em nosso campo de trabalho", disse Stuart Harshbarger, engenheiro biomédico na Universidade Johns Hopkins e diretor do programa de pesquisa sobre próteses, financiado pelas forças armadas, que inclui o trabalho com essa técnica. "O método já está em uso por médicos e cirurgiões comuns em todo o país. A capacidade de controlar um membro protético bastante robusto que ele confere surpreendeu a todos pela qualidade".

Tipicamente, uma pessoa que tenha um braço protético só é capaz de executar alguns poucos movimentos, e muitas vezes com tamanha lentidão que isso só permite a ela atividades limitadas.

Há um motor separado para cada movimento, diz Gerald Loeb, professor de engenharia biomédica na Universidade do Sul da Califórnia, "e esses motores precisam ser controlados de maneira explícita", usualmente por um esforço consciente da pessoa para contrair músculos nas costas ou no bíceps.

"Essencialmente, até agora os pacientes controlavam apenas um motor de cada vez", diz Loeb, "e precisavam pensar cuidadosamente sobre que motor desejavam controlar e como fazê-lo operar, em lugar de simplesmente pensarem em mover o braço e poderem fazê-lo sem delongas".

Antes que Kitts passasse pelo procedimento de renervação, em outubro de 2007, por exemplo, ela precisava movimentar os músculos de suas costas de determinada maneira para fazer com que seu pulso girasse, e flexionar seu bíceps e tríceps para fazer com que o cotovelo se movesse para cima e para baixo. "Era muito trabalho", ela conta. "E não me ajudava muito".

O procedimento de renervação é parte de uma recente explosão de idéias novas e técnicas inovadoras que estão sendo exploradas enquanto os cientistas se esforçam por ajudar as pessoas a compensar melhor a perda de membros ou problemas de paralisia. O esforço vem sendo alimentado pelo aumento no número de amputações causado por diabetes e por ferimentos sofridos pelos militares, e ao mesmo tempo pelos avanços na tecnologia médica.

Os braços se tornaram um dos focos essenciais desse tipo de trabalho. A ciência há muito vem obtendo sucessos no desenvolvimento de próteses de perna, mas é muito mais difícil imitar a complexidade e a destreza das mãos e dos braços.

Os esforços em curso incluem o desenvolvimento de projetos de pele e braços mais sensíveis e mais flexíveis, e o uso de dispositivos acionados por controles sem fio implantado nos braços protéticos, que permitiriam movimentos mais naturais.

Os pesquisadores também vêm usando sensores implantados nos cérebros de cobaias para permitir que dois macacos controlem um braço mecânico, e um teste com um homem paralítico permitiu, com esse método, que ele movimentasse um cursor em uma tela de computador.

Alguns desses métodos, caso venham a ser aperfeiçoados plenamente e consigam aprovação das autoridades regulatórias da saúde, podem no futuro se tornar mais viáveis para os pacientes de amputações.

E embora a técnica da renervação não requeira aprovação das autoridades regulatórias porque é executada por meios cirúrgicos e emprega aparelhos já existentes, ela apresenta limitações que até mesmo seus criadores reconhecem, entre as quais o fato de que não se pode utilizá-la para todos os pacientes, o seu alto custo e o prazo de meses requerido para que os nervos reconectados cresçam e se tornem efetivos.

Ainda assim, os especialistas dizem que é o mais avançado sistema em uso hoje para pacientes reais que permite que o sistema nervoso controle diretamente o movimento de um braço artificial.

Desde sua introdução por Todd Kuiken, médico fisioterapeuta e engenheiro biomédico do Instituto de Reabilitação de Chicago, o método foi empregado em cerca de 30 pacientes nos Estados Unidos, Canadá e Europa, entre os quais oito soldados feridos no Iraque e no Afeganistão.

Muitos dos pacientes, entre os quais o primeiro, Jesse Sullivan, um operário do setor elétrico no Tennessee que perdeu os dois braços quando foi eletrocutado por um cabo, conseguem não apenas manipular seus braços protéticos mas sentir a presença das mãos que já não têm quando alguém toca em seus peitos.

Sullivan, 62 anos, e Kitts, estavam entre os cinco pacientes que participaram do estudo reportado na terça-feira. Em companhia de cinco outras pessoas que não passaram por amputações, eles receberam os eletrodos e foram instruídos a usar pensamentos para fazer com que um braço virtual na tela reproduzisse 10 movimentos diferentes, entre os quais três formas diferentes de aperto de mão.

Os pacientes apresentaram desempenho bastante respeitável, apenas um pouco mais lento e menos preciso do que os dos participantes que não tinham amputações.

"As velocidades de movimento que encontramos em nossos pacientes foram realmente encorajadoras", disse Kuiken. "Eles conseguiram completar a tarefa. É claro que não foram tão competentes quanto as pessoas dotadas de plena capacidade física, mas foram bons o bastante".

Um braço virtual foi usado porque a maioria das próteses existentes não era capaz de acomodar todos aqueles movimentos, no momento da pesquisa, ainda que Sullivan, Kitts e uma terceira paciente, Claudia Mitchell, tenham experimentado dois novos protótipos mais versáteis de braços artificiais, executando tarefas complexas com bolas de tênis e outros objetos.

O trabalho de renervação em soldados apresenta outros desafios, diz Kuiken, porque os ferimentos militares muitas vezes "causam danos muitos extensos" a nervos, músculos ou ossos.

Daniel Acosta, 25 anos, um aviador ferido pela detonação de uma bomba em uma estrada do Iraque em 2005, passou pelo procedimento no ano passado e diz que seu braço esquerdo protético agora se movimenta "muito mais rápido" e de maneira muito mais natural.

"A diferença é que agora não preciso mais pensar para mover o braço", ele diz. "Ele simplesmente se mexe".

Ainda assim, Acosta, de San Antonio, diz que "o processo foi bastante longo" e que os eletrodos precisam ser ajustados para receber os sinais à medida que os nervos crescem ou mudam de posição.

E embora elogiem o método, os especialistas afirmam que a ciência das próteses de braço ainda tem muito por avançar.

"Trata-se de uma parte crucial, mas ainda assim apenas uma parte, das muitas coisas que compreendem a função normal de um braço", disse Loeb, que escreveu um editorial que acompanha o artigo no Journal of the American Medical Association.

"No momento estamos a meio do caminho entre o braço de 'Dr. Fantástico', que fazia involuntariamente a saudação nazista, e o braço de Luke Skywalker em 'Guerra nas Estrelas', que funciona sem nenhum problema assim que é conectado. Creio que precisaremos ainda de muitos anos para conectar todas as peças necessárias a produzir um braço capaz de funcionar normalmente".

17:04
Anónimo disse...
A Espanha disse neste sábado que está preparando uma reclamação oficial contra a decisão da Venezuela de expulsar um membro do Parlamento Europeu que criticou o conselho eleitoral venezuelano.
Luis Herrero, membro do partido conservador espanhol PP, foi deportado na sexta-feira depois que o Conselho Nacional Eleitoral (CNE) o acusou de questionar a imparcialidade da instituição antes de um referendo que pode permitir ao presidente Hugo Chávez permanecer no cargo indefinidamente.

Herrero estava na Venezuela como observador do referendo. Ele acusou Chávez de ter "comportamentos típicos de um ditador" por pedir a contenção de manifestações da oposição.

O governo da Espanha convocou um encontro com o embaixador da Venezuela em Madri para expressar a desaprovação sobre a expulsão de Herrero, disse um representante do Ministério das Relações Exteriores espanhol.

As relações da Venezuela com a Espanha tiveram seu ponto crítico em 2007, quando Chávez ameaçou rever acordos diplomáticos e comerciais depois de ouvir um "cala a boca" do rei espanhol Juan Carlos durante uma cúpula.

A fenda foi oficialmente reparada em 2008, com uma visita oficial de Chávez à Espanha, onde ele cumprimentou o rei e discutiu acordos para investimento no setor petroquímico com o primeiro-ministro José Luis Rodriguez Zapatero.

17:06
Anónimo disse...
A polícia do Zimbábue anunciou neste sábado que acusa de traição Roy Bennett, dirigente do até agora opositor Movimento para a Mudança Democrática (MDC), detido na sexta-feira, em Harare, poucas horas antes da cerimônia de posse dos membros do novo gabinete.

"A Polícia nos informou que vão apresentar acusações de traição", disse à agência EFE o advogado de defesa de Bennett, Trust Maanda.

"Tentam relacionar Roy com o caso de Mike Hitschmann, que foi detido em 2006 em relação à descoberta de um carregamento de armas, apesar de que Hitschmann não tenha sido declarado culpado das acusações de traição apresentadas contra ele, mas de um crime menor de descumprimento de leis", disse Maanda.

O político opositor, designado por seu partido como vice-ministro de Agricultura no Governo de união nacional, esteve no exílio na vizinha África do Sul desde 2006 e retornou ao Zimbábue há duas semanas.

Segundo a Polícia, que deteve Bennett ontem no aeroporto de Harare quando pretendia ir à África do Sul para visitar sua família, as armas apreendidas em 2006 seriam utilizadas em um golpe de Estado para derrubar o presidente do Zimbábue, Robert Mugabe.

Depois da detenção, Bennet foi levado a Mutar, onde vários simpatizantes do MDC se concentraram em frente à delegacia na qual estava detido, diante do que a Polícia respondeu com tiros para o alto para dispersar os manifestantes.

17:07
Anónimo disse...
Austrália: 14 mil se candidatam a 'emprego dos sonhos'

A secretaria de Turismo de Queensland, na Austrália, informou que até esta segunda-feira já recebeu cerca de 14 mil inscrições para o "o melhor emprego do mundo". O Estado australiano promove pela internet seleção para vaga de "zelador" da ilha Hamilton, por seis meses com um salário de R$ 40 mil.

Muitos candidatos tiveram problemas durante a inscrição por conta dos acessos simultâneos ao site. A secretaria aconselha enviar os vídeos de 60s explicando porque deve ser escolhido em horários alternativos do dia, além de recomendar tamanho em torno de 40MB.

As inscrições começaram em 12 de janeiro e vão até o próximo dia 22 e podem ser feitas pelo site www.islandreefjob.com. O governo australiano escolherá 50 candidatos para a próxima fase da seleção, que terá votos do público para eleger um dos 11 finalistas.

A última fase terá entrevistas e desafios físicos, no próprio local de trabalho: as ilhas da Grande Barreira Coralina - o maior recife de coral do mundo. A secretaria de Turismo anunciará o vencedor no dia 6 de maio.

17:09
Anónimo disse...
Mercado elogia governo na crise, mas pede maior queda no juro

Peter Fussy
Direto de São Paulo

Desde as primeiras medidas anunciadas para combater os efeitos da crise, o governo brasileiro avisou que a estratégia não contemplaria um pacote. Seriam doses pontuais, de acordo com a necessidade da economia diante do agravamento das turbulências. Da primeira liberação dos depósitos compulsórios em setembro até a ampliação do seguro-desemprego na última quarta-feira, o governo passou por redução de impostos, ampliação de crédito e incentivos à exportação. Quase 150 dias após a primeira medida, o Terra conversou com líderes do setor público e privado, representantes dos trabalhadores, acadêmicos e com o próprio governo para saber quais destas ações foram mais eficazes, quais foram mais ineficientes e o que mais pode ser feito pelo Estado brasileiro contra a crise.

Os maiores elogios foram direcionados à atitude de reduzir o Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) para a indústria automobilística, anunciada em dezembro e que fez com que os emplacamentos de carros novos subissem 1,9% no primeiro mês do ano em relação a dezembro de 2008. Já as maiores críticas foram para a lentidão no corte da taxa básica de juro do País.

Para o presidente do conselho administrativo do Grupo Pão de Açúcar, Abílio Diniz, o Estado não é responsável pela crise e mesmo assim está agindo "com extrema serenidade e muito acerto". "O governo está atento, fazendo a sua parte. É preciso coragem de baixar firmemente a taxa de juros. É uma arma que temos a nosso favor, já que não há clima para inflação, nem possibilidade de danos para a macroeconomia", afirmou Diniz.

Na última reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), em janeiro, a taxa Selic foi reduzida em um ponto percentual, de 13,75% para 12,75% ao ano. Porém, o professor de economia da Universidade de Brasília (UnB) José Luiz Oreiro lembra que este corte representa uma redução de apenas 0,25 ponto percentual com relação à taxa de setembro do ano passado, quando a crise se agravou.

"Pouco antes da eclosão da crise, o Banco Central aumentou a taxa em 0,75 ponto. Foram cinco meses de demora para reduzir em termos líquidos apenas 0,25 ponto", afirmou o economista, que também sugeriu redução do intervalo de cerca de 90 dias entre as reuniões do Copom e o corte de pelo menos um 1 ponto percentual em cada reunião.

Mesmo com o corte de janeiro, a taxa de juros real continua sendo a maior do mundo, lembrou o secretário-geral da Força Sindical, João Carlos Gonçalves, o Juruna. "A redução da taxa de juro ainda é pequena, porque ela continua uma das mais altas do mundo. Falta ousadia para baixar os juros e ajudar o cidadão. A permanência da taxa de juro alta é negativa para o País em meio a crise", afirmou Juruna.

Embora aprove as ações do governo, o senador Aloízio Mercadante (PT-SP) também acredita que o patamar da Selic está muito alto. "Sempre fomos os primeiros a entrar em qualquer crise, o que não aconteceu agora. A taxa Selic ainda é muito alta, mas o governo têm tomado medidas acertadas, como o aumento do salário mínimo, mesmo com um cenário de crise. Isso ajuda a movimentar o consumo. O governo está se esforçando para manter os investimentos e o crescimento", disse.

Tributos
De acordo com o economista Fabio Pina, da Fecomercio-SP, as ações mais positivas estão relacionadas à redução de tributos para alguns segmentos, como a indústria automobilística, que recuperou parte da queda nas vendas em janeiro com a isenção do IPI para carros 1.0 l e o corte para demais motorizações. A medida vale até o final de março.

"Essas medidas não só reduziram o preço, mas anteciparam o consumo daqueles que iriam comprar no futuro, dando um prêmio por conta da insegurança. Mexe diretamente com o principal problema que é a confiança do consumidor", afirmou. Juruna destacou que um bom ritmo de vendas é garantia de emprego. "É importante porque cada emprego na montadora significa 19 na cadeia produtiva", comentou o representante da Força Sindical.

Também em dezembro, o governo decidiu cortar pela metade a alíquota do Imposto de Renda para contribuintes que ganham entre R$ 1.434 e R$ 2.150 mensais. "O salário aumentava e a tabela não se modificava. As pessoas ganhavam mais e pagavam mais impostos", apontou Juruna. Outra redução de tributos do governo foi com relação ao Imposto sobre Operações Financeiras (IOF), que caiu de 3% ao ano para 1,5%.

Crédito
Na segunda metade de 2008, o colapso de bancos nos Estados Unidos por conta da crise do subprime provocou uma forte restrição de crédito no mundo inteiro. Uma das primeiras medidas anticrise do governo teve como objetivo restabelecer a oferta, com mudanças no recolhimento dos depósitos compulsórios por parte dos bancos. Segundo o presidente do Banco Central, Henrique Meirelles, as diversas modificações liberaram US$ 99,2 bilhões aos bancos até o final de janeiro.

Além disso, o governo concedeu R$ 36 bilhões das reservas internacionais para empresas brasileiras com dívidas no exterior e uma medida provisória autorizou o Banco do Brasil e a Caixa Econômica Federal a comprar carteiras de crédito de bancos privados. Para o diretor do Departamento de Pesquisas e Estudos Econômicos da Fiesp, Paulo Francini, estas medidas foram essenciais para combater os efeitos da crise.

"A crise se desenvolve no mundo em torno do tema crédito. E o crédito reduziu-se barbaridade no mundo. Então o governo lança mão de compulsório, lança mão de reservas, de medidas que permitem aos bancos comprar carteiras de bancos. Você vai tomando várias medidas para atender às demandas e o epicentro disso é crédito", afirmou.

No entanto, Oreiro, da UnB, adverte que a liberação dos compulsórios seria mais eficiente acompanhada de redução mais agressiva da taxa básica de juro. "Uma parte do crédito voltou, depois da forte retração em outubro e novembro. O que deveria ter sido feito junto à liberação do compulsório era uma redução mais drástica da taxa de juro. Sem isso, os bancos pegam as reservas e acabam comprando títulos públicos", explicou o economista.

Na opinião de Pina, as ações de distribuição de crédito via redução do compulsório e a disposição de capital de giro para empresas foram tomadas sem um cuidado maior na operação e não tiveram muito efeito. "O BNDES tem linhas que ficam paradas quase todo o ano, agora é pior ainda. Existem os recursos, mas as empresas e os bancos estão desconfiados. É preciso fazer com que os bancos tenham interesse em emprestar", afirmou o economista da Fecomercio-SP.

Futuro
Mesmo com todas essas medidas, a crise financeira ainda gera incertezas nos setores produtivos do País. Nos últimos meses, o medo do desemprego fez os consumidores adiarem compras. Por sua vez, a queda nas vendas pode obrigar as indústrias a cortarem a produção e demitir funcionários. Contra isso, empresários sugerem redução de jornada e de salários.

"Isto está previsto em lei. A Fiesp simplesmente manteve conversações com entidades sindicais quanto à aplicação daquilo que já está previsto em lei", afirmou Francini.

Segundo a ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff, uma das medidas que assegura um nível de emprego é a manutenção de investimentos no Programa de Aceleração do Crescimento (PAC). "Estamos esperando que a dificuldade ocorra em janeiro, fevereiro e março. Estamos certos que vamos manter o nível de investimento. É isso que funciona, é isso que significa investimento público. Ele funciona como um colchão. Por isso, nós colocamos R$ 100 bilhões no BNDES e a Petrobras ampliou o seu investimento em R$ 120 bilhões", afirmou.

Na mesma linha, Pina explica que a antecipação de gastos do governo substitui parte da demanda retraída do setor privado. "Ele dá o seguinte recado: não vou estourar as contas públicas, mas concentrar em um momento em que a demanda privada está pequena. Mas o governo não tem fôlego suficiente para fazer o papel de toda demanda", ressaltou. O economista da Fecomercio lembrou que a entidade já pleiteou junto ao governo isenções para transferência de imóveis e de automóveis, além de retirar o IPVA para veículos novos.

Já Oreiro foca suas propostas na capitalização do Banco do Brasil e da Caixa Econômica Federal pelo Tesouro para atender a demanda de crédito para capital de giro e reduzir o spread. "Aumentando o empréstimo e reduzindo as taxas, os dois vão forçar os bancos privados a acompanhar o movimento, até para não perderem participação no mercado", explicou o economista da UnB.

Até o Carnaval, o governou prometeu detalhar um pacote de incentivos para a construção de até um milhão de casas populares, direcionado a famílias com renda de até dez salários mínimos. "Estamos atentos a tudo o que está acontecendo e novas medidas serão tomadas caso haja uma avaliação de que sejam necessárias", disse o ministro da Fazenda, Guido Mantega, na última sexta-feira.

17:11
Anónimo disse...
Ex-ministro critica extensão do seguro-desemprego

Atualizada às 09h03

O ex-ministro do Trabalho Almir Pazzianotto criticou a decisão do governo federal de conceder o seguro-desemprego estendido a apenas alguns setores. "É certamente odioso e provavelmente inconstitucional", disse Pazzianotto, de acordo com o jornal O Estado de S. Paulo.

Na última qurta, dia do anúncio da medida, centrais sindicais elogiaram a atitude do governo. A Força Sindical divulgou nota dizendo que "o aumento ajudará a aquecer parte da economia, já que irá gerar mais consumo, produção e conseqüentemente, a criação de novos postos de trabalho". A União Geral dos Trabalhadores (UGT) afirmou que a medida "contribuirá para minimizar o drama dos trabalhadores que perderem seu emprego por conta da crise".

O ex-ministro, que instituiu o seguro-desemprego no País no governo de José Sarney, destacou a necessidade de as centrais sindicais se manifestarem contra a determinação. Para ele, as mudanças devem ser aplicadas a todas as categorias profissionais e a distinção é contrária ao artigo 3º da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT).

Pazzianotto atribui a medida a um possível temor do governo de que a crise econômica seja longa e não haja dinheiro para atender a todas as necessidades. Ainda assim, ele se mostra contrário ao método de concessão. "O seguro-desemprego ajuda a sanar necessidades básicas. Estendê-lo é paliativo, não a solução", disse ao jornal.

De acordo com o presidente do Conselho Deliberativo do Fundo de Amparo ao Trabalhador (Codefat) e conselheiro da Força Sindical, Luiz Fernando Emediato, a determinação já estava prevista na lei 8.900/94, que trata do seguro-desemprego.

O presidente da Comissão de Trabalho da Câmara, Pedro Fernandes (PTB-MA) vai além na crítica à concessão do seguro para apenas alguns setores. Ele acredita que a ampliação do benefício estimula o desemprego.

Quintino Severo, secretário geral da Central Única dos Trabalhadores (CUT), lembra que a ampliação do benefício sem critério e identificação pode incentivar demissões em outros setores.

17:13
Anónimo disse...
Empresas
TAM faz promoção para destinos internacionais

A companhia aérea TAM anunciou nesta sexta-feira tarifas promocionais para trechos internacionais. Os preços valem para bilhetes comprados entre 6h deste sábado e 23h59 deste domingo e são válidos para classe econômica. As tarifas, para ida e volta, serão vendidas a partir de US$ 99, mais taxas.

Segundo a aérea, a promoção vale para viagens feitas no período de 14 de fevereiro a 18 de junho de 2009. Para destinos na América do Sul, a permanência mínima é de dois dias; para bilhetes com destino nos Estados Unidos, cinco dias; e Europa, sete dias. A permanência máxima para as passagens para América do Sul e EUA é de dois meses e para Europa, três meses.

Entre os exemplos de tarifas promocionais, a TAM oferece São Paulo-Lima por US$ 99. Bilhetes para a rota São Paulo-Santiago serão vendidos a partir de US$ 199 e São Paulo-Nova York, US$ 799.

A emissão dos bilhetes deve ser feita obrigatoriamente no ato da reserva, obedecendo às regras estipuladas pela companhia. A compra está sujeita à disponibilidade de assentos nas classes tarifárias determinadas, trechos, horários e datas. A TAM afirmou que também há tarifas promocionais para a classe executiva.

Mais informações podem ser encontradas no site promocional (www.ofertastam.com.br), no site da empresa (www.tam.com.br) ou pelos telefones 4002-5700 ou 0800 5705700.

17:13
Anónimo disse...
Empresas
Consultoria negocia compra do parque temático Hopi Hari

A consultoria especializada em reestruturação de empresas Íntegra Associados informou nesta sexta-feira ter um acordo para comprar o parque de diversões Hopi Hari, localizado no interior de São Paulo. A empresa estaria disposta a investir R$ 10 milhões no parque, que tem dívida estimada em R$ 800 milhões. As informações são da edição deste sábado do jornal Folha de S. Paulo.

De acordo com o jornal, a transação ainda depende da negociação entre o Hopi Hari e seus credores, o que já estaria em andamento.

A consultoria paulista já atuou junto à Parmalat, durante 30 meses, quando reorganizou a gestão da empresa italiana.

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17:14
Anónimo disse...
Empresas
Disney de Tóquio contratará mais 2 mil apesar da crise


A Oriental Land, o operador da Disneylândia Tóquio e DisneySea, organizou neste domingo entrevistas para contratar cerca de 2 mil trabalhadores em tempo parcial, em um momento de grandes demissões deste tipo de empregados no Japão.

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O operador deste parque temático, situado em Urayasu, na província de Chiba (leste de Tóquio), está em pleno processo de seleção de empregados para 20 tipos de postos trabalhistas diferentes.

Segundo a companhia, citada pela agência local de notícias Kyodo, o parque contratará novos trabalhadores para as atrações, para os restaurantes e guardas de segurança entre outros. Os novos contratados começarão a trabalhar a partir de fevereiro.

O processo de seleção acontece em um momento em que a maioria das grandes companhias japonesas começaram a se ver obrigadas a despedir uma elevada percentagem de seus trabalhadores temporários e a tempo parcial.

Algumas inclusive anunciaram demissões de seus trabalhadores fixos, uma medida muito pouco comum nas companhias japonesas, perante os efeitos piores que o esperado pela crise econômica global.

Cerca de uma centena de pessoas esperavam desde a primeira hora desta manhã a abertura do centro de conferências Tokyo International Forum, onde as entrevistas estão sendo feitas, para ser os primeiros a solicitar os postos de trabalho.


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17:15
Anónimo disse...
Economia Internacional
Senado dos EUA aprova plano de estímulo à economia

O Senado dos Estados Unidos aprovou com 60 votos a favor e 38 contra o plano de estímulo à economia de US$ 787 bilhões na madrugada deste sábado. Agora, ele segue para sanção ou veto do presidente Barack Obama, que espera colocar a lei em prática até o dia 16 de fevereiro.

O plano prevê a criação de três milhões de empregos, inclui cortes de impostos às famílias, fundos para programas sociais e obras públicas, além de ajuda aos governos estaduais, estudantes e desempregados.

A cláusula Buy American - que exige o uso de ferro, aço e produtos manufaturados dos Estados Unidos em obras realizadas com recursos do pacote - ficou de lado. Segundo o texto definitivo, a cláusula será aplicada sem violar as normas do comércio internacional.

Ontem à tarde, a Câmara de Representantes (deputados) havia aprovado, por 246 votos a favor e 183 contra, a versão final do plano. Todos os republicanos foram contrários ao pacote.

Pelo acordo de quarta-feira entre Câmara e Senado, em vez de custar US$ 819 bilhões, como queriam os deputados, ou US$ 838 bilhões como pretendiam os senadores, o pacote ficou em cerca de US$ 787 bilhões, com 65% desse total destinado a gastos do governo federal e 35%, a créditos tributários.

17:16
Anónimo disse...
Economia nacional
Na era Lula, aposentadoria sobe 54% menos que salário mínimo

Thatiane Faria
Especial para o Terra
Direto de São Paulo

Os índices de reajustes concedidos pelo governo em 2009 para aposentados e pensionistas e para o salário mínimo repetiram uma diferença que, só durante o governo de Luiz Inácio Lula da Silva, já chega a 54%. Enquanto o mínimo foi majorado em 12% este ano, as pensões e aposentadorias tiveram aumento de 5,92%. Aposentados que têm o benefício do governo como única fonte de renda reclamam que perdem poder de compra e que sua cesta de compras é composta por itens que aumentam mais em relação à inflação oficial.

Um exemplo prático pode ser entendido a partir da comparação entre um aposentado que ganhava R$ 600 em janeiro de 2003. Na época, o benefício era três vezes, ou 200%, maior que o valor do mínimo em vigência, que era de R$ 200. Aplicando-se os índices de reajuste para aposentadorias e para o mínimo durante os últimos seis anos, o mesmo aposentado estaria recebendo hoje R$ 938,47, comparado a um salário mínimo de R$ 465. A diferença entre os dois valores caiu para pouco mais de 100%.

Enquanto o índice acumulado de reajuste para a aposentadoria durante o governo Lula foi de 60%, para o salário mínimo está em 132%.

O diretor do Sindicato Nacional dos Aposentados, João Inocentini, reclama que os valores dos benefícios para aposentadorias não mantêm o poder de compra do grupo, principalmente dos aposentados que recebem menos que dez salários mínimos.

Nem mesmo o fato de o índice de reajuste das aposentadorias ter ficado acima da inflação acumulada no mesmo período (o IPCA entre janeiro de 2003 e janeiro de 2009 foi de 39,7%) serve de argumento, segundo os aposentados.

"Os idosos, principalmente, têm gastos além das contas gerais como gás, telefone e aluguel. Para eles o custo com remédios, e outros itens da área saúde costuma ser maior", afirmou Inocentini.

O presidente do sindicato afirmou que o grupo realiza um estudo com 100 itens de necessidade de um idoso para comparar o aumento dos produtos com o índice de reajuste do benefício recebido pelos aposentados.

"Daqui dois meses vamos abrir um processo na Justiça e levar essa pesquisa como prova. Segundo a lei, o governo é obrigado a manter o poder de compra com a aposentadoria", disse Inocentini.

Alternativas
O consultor financeiro Cláudio Boriola diz que os aposentados, especialmente nesse momento de crise econômica, devem evitar compras parceladas, pesquisar preços, negociar e fazer bom planejamento financeiro.

Segundo Boriola, alguns aposentados ganham um valor mensal muitas vezes insuficiente para o pagamento das contas e acabam pedindo crédito ou realizando pagamentos a prazo e são obrigados a pagar juros altos.

Na opinião do consultor, pagar uma previdência privada é uma alternativa indicada para quem ainda trabalha, considerando a característica de perda de poder de compra da aposentadoria.

"Na prática, infelizmente os valores encontram-se em um patamar que está deteriorando o poder de aquisição da população brasileira", completou Boriola.

De acordo com o diretor da Confederação Brasileira de Aposentados e Pensionistas (Cobap), Vicente Fernandes Barbosa, representantes dos aposentados tentarão um encontro com o presidente da Câmara, deputado Michel Temer (PMDB-SP), para discutir projetos que minimizem a perda dos aposentados

17:17
Anónimo disse...
Previdência
Previdência prorroga isenção de tarifas no benefício

O atual sistema de pagamento aos 26 milhões de aposentados e pensionistas do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) será mantido até o final deste ano. O acordo, que permite realizar a operação sem nenhum custo aos beneficiários, foi renovado nesta sexta-feira, entre o governo federal e 21 instituições financeiras.

Por meio desse acordo, vigente desde setembro de 2007, nem os segurados, nem os bancos e nem o governo arcam com o pagamento de tarifas, conforme explicou o ministro da Previdência Social, José Pimentel. A prorrogação vale até dezembro, data máxima para que a Previdência defina as regras para um novo contrato.

Ao assinar o termo de renovação, na sede da Federação Brasileira dos Bancos (Febraban), o ministro disse que a intenção do governo é mudar o atual modelo de gestão visando a reduzir os custos dessas operações em torno da folha mensal, que atinge R$ 15,8 bilhões. No entanto, qualquer alteração, conforme explicou, passará antes por audiências públicas a serem realizadas a partir do segundo semestre deste ano, atendendo a determinação do Tribunal de Contas da União (TCU).

De acordo com Pimentel, com um redesenho do mecanismo de repasse dos recursos aos bancos em torno da folha de pagamento dos segurados o que se busca é um aumento da participação de instituições financeiras. Ele informou que, desde 2007, cada benefício custa em média R$ 1,07 ao governo. "Quanto mais instituições financeiras estiverem prestando serviços à sociedade, maior é a competitividade, a agilidade no atendimento", justificou.

O ministro observou, ainda, que, para permitir uma redução para algo em torno de meia hora no tempo de atendimento para a concessão dos direitos previdenciários, o governo investiu R$ 280 milhões.

Questionado sobre o descontentamento dos segurados que ganham acima de um salário mínimo terem obtido apenas a correção com base na variação do Índice de Preços ao Consumidor (INPC) , ficando abaixo do reajuste dado a quem recebe apenas o mínimo, Pimentel argumentou que o governo seguiu o que determina a lei e descartou a possibilidade de uma revisão

17:17
Anónimo disse...
Empresas
Caterpillar oferece aposentadoria antecipada a 2 mil


A companhia americana Caterpillar ofereceu a cerca de dois mil funcionários incentivos para que se aposentem de forma voluntária antes do previsto, pela perspectiva de uma queda "significativa" da atividade industrial, informou nesta quarta-feira a empresa.

A iniciativa, destinada aos trabalhadores de diversas fábricas em Illinois, Colorado, Tennessee e Pensilvânia, se soma aos cortes de empregos anunciados em janeiro, explicou em comunicado de imprensa.

A empresa, a maior fabricante mundial de maquinaria pesada para a construção e a mineração, acrescentou que, "em função das condições de negócio, podem ser necessárias mais reduções de elenco voluntárias e involuntárias à medida que o ano avança".

O vice-presidente da companhia, Sid Banwart, explicou que a empresa prevê "demissões significativas em todas as regiões geográficas e na maioria dos setores devido às dificuldades da economia mundial".

17:18
Anónimo disse...
Comércio
Comércio exterior da OCDE caiu no 3º trimestre de 2008


As exportações e as importações dos países da Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Econômico (OCDE) caíram 1,6% e 0,2%, respectivamente, no terceiro trimestre de 2008, em relação aos três meses anteriores.

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Trata-se da primeira queda destas atividades desde o terceiro trimestre de 2006, segundo o último relatório trimestral sobre fluxos comerciais divulgado pela OCDE.

As exportações e as importações em dólares dos 30 Estados-membros caíram 15,6% e 17%, respectivamente, na comparação anualizada.

Por sua vez, o comércio dos sete países mais ricos do mundo (G7) teve um pequeno crescimento no terceiro trimestre de 2008 com uma queda das exportações de mercadorias de 0,2% em relação ao trimestre anterior e um aumento de 0,4% das importações.

Em termos anualizados, as importações do G7 caíram 1,4% entre julho e setembro do ano passado, seu primeiro retrocesso desde o terceiro trimestre de 2006, enquanto as exportações aumentaram 1,9%, seu crescimento mais baixo no mesmo tempo.

Por países, a Alemanha aumentou suas importações em 3,4% - valor mais alto do G7 -, enquanto suas exportações caíram 2,9% do segundo para o terceiro trimestre de 2008.

Pelo contrário, as exportações americanas aumentaram 1,8% entre julho e setembro de 2008, enquanto as importações caíram 0,7% em relação ao trimestre anterior. No Japão, tanto as importações quanto as exportações caíram em torno de 1% no mesmo período.

17:19
Anónimo disse...
Economia Nacional
Lula: juros de crédito consignado a aposentados são altos

Atualizada às 17h29

O presidente Luis Inácio Lula da Silva afirmou nesta terça-feira, em São Paulo, que está lutando para reduzir as taxas de juros cobradas de aposentados em crédito consignado. A Previdência Social estabelece uma taxa máxima de 2,5% para empréstimo e de 3,5% para cartão. Para Lula, os valores são altos.

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"Acho que o juro que os aposentados estão pagando hoje com o crédito consignado é alto para o padrão brasileiro", disse o presidente durante a cerimônia de comemoração dos 86 anos do INSS.

A Previdência anunciou nesta terça-feira que aposentados e trabalhadoras com licença-maternidade poderão receber seus benefícios em 30 minutos. De acordo com Lula, em junho, a aposentadoria do trabalhador rural também será conseguida em meia hora.

Além disso, o presidente anunciou que, também em junho, os trabalhadores que alcançarem o direito à aposentadoria passarão a receber em suas casas um comunicado da Previdência informando o fato e o valor do salário que têm direito a receber. "É um comprometimento público que estou fazendo com os companheiros da Previdência Social", disse.

"Estamos retribuindo ao contribuinte da Previdência Social aquilo que é a cidadania que ele tem direito", afirmou Lula. "Se para cobrar nós somos tão precisos, para devolver o dinheiro, temos que chegar próximo à perfeição", completou.

17:20
Anónimo disse...
Economia Nacional
Salário maternidade sairá em 30 minutos, diz ministro

Toda trabalhadora autônoma que tiver contribuído pelo menos 10 meses com o Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) - ou as que possuírem carteira assinada - poderão receber em 30 minutos o salário maternidade a partir desta terça-feira. Da mesma forma, as mulheres com 30 anos de contribuição e os homens com 35 anos também terão direito ao benefício de forma mais rápida. A informação é do ministro da Previdência Social, José Pimentel.

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Para requerer o salário maternidade, é preciso que as autônomas levem a carteira de identidade e o carnê de contribuição. As demais trabalhadoras devem apresentar a identificação e a carteira de trabalho. Desde o início do mês, a nova forma de análise para a concessão de benefícios foi adotada para a aposentadoria por idade do trabalhador urbano e agora foi estendida para o salário maternidade e por tempo de contribuição.

O ministro disse que a qualificação do serviço da previdência social é o reconhecimento do direito dos trabalhadores e da afirmação da cidadania.

"Até pouco tempo na cabeça do cidadão o serviço devia ser de péssima qualidade. Agora não, nós modificamos toda a legislação no mês de dezembro numa ação conjunta do Congresso Nacional com o governo federal. Estamos implantando e concedendo os benefícios em até 30 minutos", afirmou.

O ministro destacou que para conseguir se aposentar ou ter acesso à licença maternidade em 30 minutos, em primeiro lugar, é necessário que o cidadão esteja vinculado à Previdência, o que inclui 65% da população acima de 16 anos de idade.

"Depois bastar marcar pelo sistema 135 o dia e a hora do atendimento e levar a documentação. Se todos os dados necessários estiverem corretos o contribuinte será atendido em até 30 minutos, como vem sendo feito com as aposentadorias por idade desde o dia cinco de janeiro", explicou.

Pimentel disse ainda que em 90% das agências da previdência social o atendimento é marcado em até 48 horas. Nos grandes centros, entretanto existe um volume maior o que torna mais lento o processo.

"Estamos criando mais 715 agências até 2010, em todo o território nacional, para descentralizar o atendimento. Em 2008, atendemos 295 mil benefícios e aposentadorias por idade. Temos 4 mil pessoas por dia procurando e se aposentando por idade no território nacional. Este serviço será agilizado", concluiu.

17:25
Anónimo disse...
Giuseppe Englaro, pai de Eluana, a italiana que morreu na segunda-feira passada por desidratação, recusou uma grande soma de dinheiro de um conhecido fotógrafo italiano que queria retratar a filha em estado de coma, disse neste sábado o neurologista que atendia a mulher desde 1996, Carlo Defanti.

O neurologista, que participou hoje de uma conferência sobre eutanásia, disse que Englaro respeitou a vontade da filha, que, antes do acidente, tinha pedido que, se lhe ocorresse qualquer coisa irreversível, apresentasse sua imagem de quando estava em boas condições.

Antes de sofrer o acidente de trânsito, em 1992, Eluana viveu o coma de um amigo, Alessandro, o que causou forte impacto na italiana e a levou a fazer o pai prometer que não a deixasse viver em estado vegetativo, disse o próprio Giuseppe Englaro.

Defanti, que dissera que Eluana poderia viver de dez a 12 dias depois da suspensão da alimentação e da hidratação, disse que, como médico, tinha que reprovar esta afirmação.

"Não se pode sobreviver após três ou quatro dias sem líquido e, em particular, água em um corpo. Sabemos bem que, quando há um terremoto, após quatro dias é difícil encontrar sobreviventes".

Defanti ressaltou que Eluana "não falava, não se comunicava com o exterior" e que, após vários exames, "nos deparamos com uma moça que tinha perdido a consciência", porque estava com o córtex cerebral prejudicado.

Eluana foi enterrada na quinta-feira passada no túmulo da família na localidade de Paluzza, em Udine, após um funeral que não contou com a presença dos pais.

16:53
Anónimo disse...
Os bombeiros combatem neste sábado os incêndios na Austrália favorecidos pelo bom tempo, enquanto os deslocados encotram em seu retorno casas derruídas, carros queimados nas ruas e destruição.

Depois de sete dias desde que começaram os incêndios no Estado de Victoria, a lista de mortos chega a 181, os desaparecidos somam 50, os edifícios destruídos totalizam 1,834 mil e o terreno arrasado, principalmente florestas, ocupa uma área de 4,13 mil quilômetros quadrados.

As equipes de bombeiros, formadas por 4 mil profissionais de Victoria, de outras partes da Austrália e de países amigos, combateram hoje 12 focos fora de controle e nenhum representava uma ameaça direta para a população.

O subdiretor do Serviço de Bombeiros, Geoff Conway, disse que este tempo favorável, que se prolongará durante o domingo, permite consolidar as linhas de contenção e avançar na extinção das chamas.

Cinzas apareceram arrastadas por ventos do nordeste sobre Melbourne, onde habitam 3,8 milhões de pessoas, e as autoridades alertaram aos cidadãos do risco para a saúde de idosos, crianças e pessoas com problemas respiratórios.

O número de pessoas deslocadas - a Cruz Vermelha chegou a receber 7 mil - começou a cair com a abertura de algumas localidades atingidas.

Os incêndios, alguns criminosos, começaram em 7 de fevereiro, quando a região sul da Austrália estava há duas semanas sob uma onda de calor sem precedentes.

Na sexta-feira passada, a polícia acusou uma pessoa de ter provocado o incêndio que atingiu a localidade de Churchill e matou 21 pessoas.

16:55
Anónimo disse...
A primeira chuva em seis dias reduziu a ameaça de incêndios no Estado de Victoria, ao sul da Austrália. As autoridades, porém, advertiram que ainda existem 12 focos, mas que nenhum deles ameaça áreas povoadas.

Mais de quatro mil bombeiros, mil provenientes de outras partes do país e de outras nações, trabalham contra o fogo. Cerca de 600 veículos e 28 helicópteros e pequenos aviões estão sendo usados.


Eles conseguiram construir linhas de contenção para evitar os incêndios de Yarra e Maroondah se juntassem. Também foram controlados os incêndios abertos de Yea e Murrindindi, que ameaçavam as comunidades de Connellys Creek, Crystal Creek, Scrubby Creek e Native Dog Creek.

O número de mortos chegou a 181, mas as autoridades acreditam que as vítimas devem passar de 200, já que ainda há muitos desaparecidos.

16:55
Anónimo disse...
Aqui nesta coluna, na semana passada, tive a oportunidade de comentar sobre a recente visita do professor brasileiro Pedrinho Guareschi à Austrália. Não dei, porém, os fatos, pois semana passada o assunto era outro.

Hoje, porém, vamos a eles.

No último dia 4 de fevereiro, aconteceu o Seminário "Paulo Freire: Education and Liberation", organizado pelo centro de estudos latino-americanos da Universidade Nacional da Austrália, ou ANU, como é mais conhecida por aqui.

A ANU, para quem não sabe, está entre as 20 melhores universidades do mundo! E tem sede aqui em Camberra, capital da Austrália.

Na abertura do evento, o professor John Minns, diretor do centro latino-americano, ao dar boas-vindas ao público presente, lembrou ser aquele o primeiro seminário exclusivamente dedicado a Paulo Freire na Austrália.

Em seguida, convidou Pedrinho Guareschi, palestrante principal do Seminário, a fazer sua apresentação.

A plateia pode então conhecer, pelas palavras de Pedrinho, um pouco da obra e da vida de Freire, esse brasileiro de fé e valor, que sempre acreditou na educação, sobretudo dos menos favorecidos, analfabetos, como força libertadora.

Como não podia deixar de ser, os conceitos e ideias revolucionários de Paulo Freire, expostos com clareza por Pedrinho, despertaram o interesse e a curiosidade de plateia. A qual, deve-se notar, era na maioria de estudantes, mas de várias nacionalidades, sobretudo australianos e asiáticos.

Na continuação do programa do seminário, que se estendeu por dois dias, outros professores fizeram palestras sobre temas ligados à obra de Paulo Freire.

Interessante, por exemplo, saber que a professora Anne Hickling-Hudson, jamaicana que mora na Austrália há muitos anos (é professora da ANU), conheceu e trabalhou com Freire num workshop educacional durante a revolução na Ilha de Granada, em 1980, antes da invasão dos Estados Unidos...

Ou, então, a palestra da Professora Gerda Roelvink, da Nova Zelândia, que participou do Fórum Social de Porto Alegre em 2005. E essa participação transformou-se em tema de doutorado.

No dia 10, terça-feira passada, o padre Pedrinho Guareschi voltou a falar ao público australiano em grande auditório localizado no belíssimo campus da ANU. Desta vez, sobre a Teologia da Libertação.

Depois da palestra, John Minns mostrou o filme mexicano "O Crime do Padre Amaro", no qual um dos personagens é um padre católico praticante da Teologia da Libertação.

Mais uma vez, foi grande o intersse da platéia, que pode aprender e conhecer um pouco como se desenvolveu aquele importante movimento católico na América Latina.

Fica, assim, ao Pedrinho, bem como a outros brasileiros estudiosos e de bom coração que saem pelo mundo a divulgar aspectos importantes da cultura brasileira, o respeito e a homenagem desta coluna. E... aquele abraço!

16:57
Anónimo disse...
Amanda Kitts perdeu o braço esquerdo em um acidente de automóvel acontecido três anos atrás, mas hoje em dia ela joga futebol americano com seu filho de 12 anos de idade, troca fraldas e abraça as crianças nas três creches Kiddie Cottage que opera em Knoxville, Tennessee. Kitts, 40 anos, faz tudo isso com a ajuda de um novo tipo de braço artificial que se movimenta com mais facilidade do que outros aparelhos e que ela pode controlar utilizando apenas seus pensamentos.

"Eu sou capaz de mexer a mão, o pulso e o cotovelo ao mesmo tempo", diz. "Você pensa e os músculos se movem em seguida".

A recuperação que ela conseguiu resulta de um novo procedimento que vem atraindo crescente atenção porque permite que pessoas movam braços protéticos de forma mais automática do que faziam no passado, simplesmente utilizando nervos reaproveitados em seus cérebros.

A técnica, conhecida como "renervação muscular dirigida", envolve utilizar os nervos que restam depois da amputação de um braço e conectá-los a outro músculo do corpo, em geral no peito. Eletrodos são instalados sobre os músculos do peito, e operam como se fossem antenas. Quando a pessoa deseja mover o braço, o cérebro envia sinais que primeiro resultam em contração dos músculos do peito, os quais enviam um sinal ao braço protético, instruindo-se a se movimentar. O processo não requer mais esforços consciente do que a pessoa teria de exercitar caso ainda tivesse seu braço natural.

Na terça-feira, pesquisadores reportaram em estudo publicado pela versão online do Journal of the American Medical Association que haviam levado a técnica ainda mais à frente, tornando possível a execução de 10 movimentos de mão, pulso e cotovelo diferentes, o que representa uma substancial melhora com relação ao típico repertório protético, que em geral envolve apenas dobrar o cotovelo, girar o pulso e abrir a mão.

"Os novos métodos tiveram impacto dramático em nosso campo de trabalho", disse Stuart Harshbarger, engenheiro biomédico na Universidade Johns Hopkins e diretor do programa de pesquisa sobre próteses, financiado pelas forças armadas, que inclui o trabalho com essa técnica. "O método já está em uso por médicos e cirurgiões comuns em todo o país. A capacidade de controlar um membro protético bastante robusto que ele confere surpreendeu a todos pela qualidade".

Tipicamente, uma pessoa que tenha um braço protético só é capaz de executar alguns poucos movimentos, e muitas vezes com tamanha lentidão que isso só permite a ela atividades limitadas.

Há um motor separado para cada movimento, diz Gerald Loeb, professor de engenharia biomédica na Universidade do Sul da Califórnia, "e esses motores precisam ser controlados de maneira explícita", usualmente por um esforço consciente da pessoa para contrair músculos nas costas ou no bíceps.

"Essencialmente, até agora os pacientes controlavam apenas um motor de cada vez", diz Loeb, "e precisavam pensar cuidadosamente sobre que motor desejavam controlar e como fazê-lo operar, em lugar de simplesmente pensarem em mover o braço e poderem fazê-lo sem delongas".

Antes que Kitts passasse pelo procedimento de renervação, em outubro de 2007, por exemplo, ela precisava movimentar os músculos de suas costas de determinada maneira para fazer com que seu pulso girasse, e flexionar seu bíceps e tríceps para fazer com que o cotovelo se movesse para cima e para baixo. "Era muito trabalho", ela conta. "E não me ajudava muito".

O procedimento de renervação é parte de uma recente explosão de idéias novas e técnicas inovadoras que estão sendo exploradas enquanto os cientistas se esforçam por ajudar as pessoas a compensar melhor a perda de membros ou problemas de paralisia. O esforço vem sendo alimentado pelo aumento no número de amputações causado por diabetes e por ferimentos sofridos pelos militares, e ao mesmo tempo pelos avanços na tecnologia médica.

Os braços se tornaram um dos focos essenciais desse tipo de trabalho. A ciência há muito vem obtendo sucessos no desenvolvimento de próteses de perna, mas é muito mais difícil imitar a complexidade e a destreza das mãos e dos braços.

Os esforços em curso incluem o desenvolvimento de projetos de pele e braços mais sensíveis e mais flexíveis, e o uso de dispositivos acionados por controles sem fio implantado nos braços protéticos, que permitiriam movimentos mais naturais.

Os pesquisadores também vêm usando sensores implantados nos cérebros de cobaias para permitir que dois macacos controlem um braço mecânico, e um teste com um homem paralítico permitiu, com esse método, que ele movimentasse um cursor em uma tela de computador.

Alguns desses métodos, caso venham a ser aperfeiçoados plenamente e consigam aprovação das autoridades regulatórias da saúde, podem no futuro se tornar mais viáveis para os pacientes de amputações.

E embora a técnica da renervação não requeira aprovação das autoridades regulatórias porque é executada por meios cirúrgicos e emprega aparelhos já existentes, ela apresenta limitações que até mesmo seus criadores reconhecem, entre as quais o fato de que não se pode utilizá-la para todos os pacientes, o seu alto custo e o prazo de meses requerido para que os nervos reconectados cresçam e se tornem efetivos.

Ainda assim, os especialistas dizem que é o mais avançado sistema em uso hoje para pacientes reais que permite que o sistema nervoso controle diretamente o movimento de um braço artificial.

Desde sua introdução por Todd Kuiken, médico fisioterapeuta e engenheiro biomédico do Instituto de Reabilitação de Chicago, o método foi empregado em cerca de 30 pacientes nos Estados Unidos, Canadá e Europa, entre os quais oito soldados feridos no Iraque e no Afeganistão.

Muitos dos pacientes, entre os quais o primeiro, Jesse Sullivan, um operário do setor elétrico no Tennessee que perdeu os dois braços quando foi eletrocutado por um cabo, conseguem não apenas manipular seus braços protéticos mas sentir a presença das mãos que já não têm quando alguém toca em seus peitos.

Sullivan, 62 anos, e Kitts, estavam entre os cinco pacientes que participaram do estudo reportado na terça-feira. Em companhia de cinco outras pessoas que não passaram por amputações, eles receberam os eletrodos e foram instruídos a usar pensamentos para fazer com que um braço virtual na tela reproduzisse 10 movimentos diferentes, entre os quais três formas diferentes de aperto de mão.

Os pacientes apresentaram desempenho bastante respeitável, apenas um pouco mais lento e menos preciso do que os dos participantes que não tinham amputações.

"As velocidades de movimento que encontramos em nossos pacientes foram realmente encorajadoras", disse Kuiken. "Eles conseguiram completar a tarefa. É claro que não foram tão competentes quanto as pessoas dotadas de plena capacidade física, mas foram bons o bastante".

Um braço virtual foi usado porque a maioria das próteses existentes não era capaz de acomodar todos aqueles movimentos, no momento da pesquisa, ainda que Sullivan, Kitts e uma terceira paciente, Claudia Mitchell, tenham experimentado dois novos protótipos mais versáteis de braços artificiais, executando tarefas complexas com bolas de tênis e outros objetos.

O trabalho de renervação em soldados apresenta outros desafios, diz Kuiken, porque os ferimentos militares muitas vezes "causam danos muitos extensos" a nervos, músculos ou ossos.

Daniel Acosta, 25 anos, um aviador ferido pela detonação de uma bomba em uma estrada do Iraque em 2005, passou pelo procedimento no ano passado e diz que seu braço esquerdo protético agora se movimenta "muito mais rápido" e de maneira muito mais natural.

"A diferença é que agora não preciso mais pensar para mover o braço", ele diz. "Ele simplesmente se mexe".

Ainda assim, Acosta, de San Antonio, diz que "o processo foi bastante longo" e que os eletrodos precisam ser ajustados para receber os sinais à medida que os nervos crescem ou mudam de posição.

E embora elogiem o método, os especialistas afirmam que a ciência das próteses de braço ainda tem muito por avançar.

"Trata-se de uma parte crucial, mas ainda assim apenas uma parte, das muitas coisas que compreendem a função normal de um braço", disse Loeb, que escreveu um editorial que acompanha o artigo no Journal of the American Medical Association.

"No momento estamos a meio do caminho entre o braço de 'Dr. Fantástico', que fazia involuntariamente a saudação nazista, e o braço de Luke Skywalker em 'Guerra nas Estrelas', que funciona sem nenhum problema assim que é conectado. Creio que precisaremos ainda de muitos anos para conectar todas as peças necessárias a produzir um braço capaz de funcionar normalmente".

17:04
Anónimo disse...
A Espanha disse neste sábado que está preparando uma reclamação oficial contra a decisão da Venezuela de expulsar um membro do Parlamento Europeu que criticou o conselho eleitoral venezuelano.
Luis Herrero, membro do partido conservador espanhol PP, foi deportado na sexta-feira depois que o Conselho Nacional Eleitoral (CNE) o acusou de questionar a imparcialidade da instituição antes de um referendo que pode permitir ao presidente Hugo Chávez permanecer no cargo indefinidamente.

Herrero estava na Venezuela como observador do referendo. Ele acusou Chávez de ter "comportamentos típicos de um ditador" por pedir a contenção de manifestações da oposição.

O governo da Espanha convocou um encontro com o embaixador da Venezuela em Madri para expressar a desaprovação sobre a expulsão de Herrero, disse um representante do Ministério das Relações Exteriores espanhol.

As relações da Venezuela com a Espanha tiveram seu ponto crítico em 2007, quando Chávez ameaçou rever acordos diplomáticos e comerciais depois de ouvir um "cala a boca" do rei espanhol Juan Carlos durante uma cúpula.

A fenda foi oficialmente reparada em 2008, com uma visita oficial de Chávez à Espanha, onde ele cumprimentou o rei e discutiu acordos para investimento no setor petroquímico com o primeiro-ministro José Luis Rodriguez Zapatero.

17:06
Anónimo disse...
A polícia do Zimbábue anunciou neste sábado que acusa de traição Roy Bennett, dirigente do até agora opositor Movimento para a Mudança Democrática (MDC), detido na sexta-feira, em Harare, poucas horas antes da cerimônia de posse dos membros do novo gabinete.

"A Polícia nos informou que vão apresentar acusações de traição", disse à agência EFE o advogado de defesa de Bennett, Trust Maanda.

"Tentam relacionar Roy com o caso de Mike Hitschmann, que foi detido em 2006 em relação à descoberta de um carregamento de armas, apesar de que Hitschmann não tenha sido declarado culpado das acusações de traição apresentadas contra ele, mas de um crime menor de descumprimento de leis", disse Maanda.

O político opositor, designado por seu partido como vice-ministro de Agricultura no Governo de união nacional, esteve no exílio na vizinha África do Sul desde 2006 e retornou ao Zimbábue há duas semanas.

Segundo a Polícia, que deteve Bennett ontem no aeroporto de Harare quando pretendia ir à África do Sul para visitar sua família, as armas apreendidas em 2006 seriam utilizadas em um golpe de Estado para derrubar o presidente do Zimbábue, Robert Mugabe.

Depois da detenção, Bennet foi levado a Mutar, onde vários simpatizantes do MDC se concentraram em frente à delegacia na qual estava detido, diante do que a Polícia respondeu com tiros para o alto para dispersar os manifestantes.

17:07
Anónimo disse...
Austrália: 14 mil se candidatam a 'emprego dos sonhos'

A secretaria de Turismo de Queensland, na Austrália, informou que até esta segunda-feira já recebeu cerca de 14 mil inscrições para o "o melhor emprego do mundo". O Estado australiano promove pela internet seleção para vaga de "zelador" da ilha Hamilton, por seis meses com um salário de R$ 40 mil.

Muitos candidatos tiveram problemas durante a inscrição por conta dos acessos simultâneos ao site. A secretaria aconselha enviar os vídeos de 60s explicando porque deve ser escolhido em horários alternativos do dia, além de recomendar tamanho em torno de 40MB.

As inscrições começaram em 12 de janeiro e vão até o próximo dia 22 e podem ser feitas pelo site www.islandreefjob.com. O governo australiano escolherá 50 candidatos para a próxima fase da seleção, que terá votos do público para eleger um dos 11 finalistas.

A última fase terá entrevistas e desafios físicos, no próprio local de trabalho: as ilhas da Grande Barreira Coralina - o maior recife de coral do mundo. A secretaria de Turismo anunciará o vencedor no dia 6 de maio.

17:09
Anónimo disse...
Mercado elogia governo na crise, mas pede maior queda no juro

Peter Fussy
Direto de São Paulo

Desde as primeiras medidas anunciadas para combater os efeitos da crise, o governo brasileiro avisou que a estratégia não contemplaria um pacote. Seriam doses pontuais, de acordo com a necessidade da economia diante do agravamento das turbulências. Da primeira liberação dos depósitos compulsórios em setembro até a ampliação do seguro-desemprego na última quarta-feira, o governo passou por redução de impostos, ampliação de crédito e incentivos à exportação. Quase 150 dias após a primeira medida, o Terra conversou com líderes do setor público e privado, representantes dos trabalhadores, acadêmicos e com o próprio governo para saber quais destas ações foram mais eficazes, quais foram mais ineficientes e o que mais pode ser feito pelo Estado brasileiro contra a crise.

Os maiores elogios foram direcionados à atitude de reduzir o Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) para a indústria automobilística, anunciada em dezembro e que fez com que os emplacamentos de carros novos subissem 1,9% no primeiro mês do ano em relação a dezembro de 2008. Já as maiores críticas foram para a lentidão no corte da taxa básica de juro do País.

Para o presidente do conselho administrativo do Grupo Pão de Açúcar, Abílio Diniz, o Estado não é responsável pela crise e mesmo assim está agindo "com extrema serenidade e muito acerto". "O governo está atento, fazendo a sua parte. É preciso coragem de baixar firmemente a taxa de juros. É uma arma que temos a nosso favor, já que não há clima para inflação, nem possibilidade de danos para a macroeconomia", afirmou Diniz.

Na última reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), em janeiro, a taxa Selic foi reduzida em um ponto percentual, de 13,75% para 12,75% ao ano. Porém, o professor de economia da Universidade de Brasília (UnB) José Luiz Oreiro lembra que este corte representa uma redução de apenas 0,25 ponto percentual com relação à taxa de setembro do ano passado, quando a crise se agravou.

"Pouco antes da eclosão da crise, o Banco Central aumentou a taxa em 0,75 ponto. Foram cinco meses de demora para reduzir em termos líquidos apenas 0,25 ponto", afirmou o economista, que também sugeriu redução do intervalo de cerca de 90 dias entre as reuniões do Copom e o corte de pelo menos um 1 ponto percentual em cada reunião.

Mesmo com o corte de janeiro, a taxa de juros real continua sendo a maior do mundo, lembrou o secretário-geral da Força Sindical, João Carlos Gonçalves, o Juruna. "A redução da taxa de juro ainda é pequena, porque ela continua uma das mais altas do mundo. Falta ousadia para baixar os juros e ajudar o cidadão. A permanência da taxa de juro alta é negativa para o País em meio a crise", afirmou Juruna.

Embora aprove as ações do governo, o senador Aloízio Mercadante (PT-SP) também acredita que o patamar da Selic está muito alto. "Sempre fomos os primeiros a entrar em qualquer crise, o que não aconteceu agora. A taxa Selic ainda é muito alta, mas o governo têm tomado medidas acertadas, como o aumento do salário mínimo, mesmo com um cenário de crise. Isso ajuda a movimentar o consumo. O governo está se esforçando para manter os investimentos e o crescimento", disse.

Tributos
De acordo com o economista Fabio Pina, da Fecomercio-SP, as ações mais positivas estão relacionadas à redução de tributos para alguns segmentos, como a indústria automobilística, que recuperou parte da queda nas vendas em janeiro com a isenção do IPI para carros 1.0 l e o corte para demais motorizações. A medida vale até o final de março.

"Essas medidas não só reduziram o preço, mas anteciparam o consumo daqueles que iriam comprar no futuro, dando um prêmio por conta da insegurança. Mexe diretamente com o principal problema que é a confiança do consumidor", afirmou. Juruna destacou que um bom ritmo de vendas é garantia de emprego. "É importante porque cada emprego na montadora significa 19 na cadeia produtiva", comentou o representante da Força Sindical.

Também em dezembro, o governo decidiu cortar pela metade a alíquota do Imposto de Renda para contribuintes que ganham entre R$ 1.434 e R$ 2.150 mensais. "O salário aumentava e a tabela não se modificava. As pessoas ganhavam mais e pagavam mais impostos", apontou Juruna. Outra redução de tributos do governo foi com relação ao Imposto sobre Operações Financeiras (IOF), que caiu de 3% ao ano para 1,5%.

Crédito
Na segunda metade de 2008, o colapso de bancos nos Estados Unidos por conta da crise do subprime provocou uma forte restrição de crédito no mundo inteiro. Uma das primeiras medidas anticrise do governo teve como objetivo restabelecer a oferta, com mudanças no recolhimento dos depósitos compulsórios por parte dos bancos. Segundo o presidente do Banco Central, Henrique Meirelles, as diversas modificações liberaram US$ 99,2 bilhões aos bancos até o final de janeiro.

Além disso, o governo concedeu R$ 36 bilhões das reservas internacionais para empresas brasileiras com dívidas no exterior e uma medida provisória autorizou o Banco do Brasil e a Caixa Econômica Federal a comprar carteiras de crédito de bancos privados. Para o diretor do Departamento de Pesquisas e Estudos Econômicos da Fiesp, Paulo Francini, estas medidas foram essenciais para combater os efeitos da crise.

"A crise se desenvolve no mundo em torno do tema crédito. E o crédito reduziu-se barbaridade no mundo. Então o governo lança mão de compulsório, lança mão de reservas, de medidas que permitem aos bancos comprar carteiras de bancos. Você vai tomando várias medidas para atender às demandas e o epicentro disso é crédito", afirmou.

No entanto, Oreiro, da UnB, adverte que a liberação dos compulsórios seria mais eficiente acompanhada de redução mais agressiva da taxa básica de juro. "Uma parte do crédito voltou, depois da forte retração em outubro e novembro. O que deveria ter sido feito junto à liberação do compulsório era uma redução mais drástica da taxa de juro. Sem isso, os bancos pegam as reservas e acabam comprando títulos públicos", explicou o economista.

Na opinião de Pina, as ações de distribuição de crédito via redução do compulsório e a disposição de capital de giro para empresas foram tomadas sem um cuidado maior na operação e não tiveram muito efeito. "O BNDES tem linhas que ficam paradas quase todo o ano, agora é pior ainda. Existem os recursos, mas as empresas e os bancos estão desconfiados. É preciso fazer com que os bancos tenham interesse em emprestar", afirmou o economista da Fecomercio-SP.

Futuro
Mesmo com todas essas medidas, a crise financeira ainda gera incertezas nos setores produtivos do País. Nos últimos meses, o medo do desemprego fez os consumidores adiarem compras. Por sua vez, a queda nas vendas pode obrigar as indústrias a cortarem a produção e demitir funcionários. Contra isso, empresários sugerem redução de jornada e de salários.

"Isto está previsto em lei. A Fiesp simplesmente manteve conversações com entidades sindicais quanto à aplicação daquilo que já está previsto em lei", afirmou Francini.

Segundo a ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff, uma das medidas que assegura um nível de emprego é a manutenção de investimentos no Programa de Aceleração do Crescimento (PAC). "Estamos esperando que a dificuldade ocorra em janeiro, fevereiro e março. Estamos certos que vamos manter o nível de investimento. É isso que funciona, é isso que significa investimento público. Ele funciona como um colchão. Por isso, nós colocamos R$ 100 bilhões no BNDES e a Petrobras ampliou o seu investimento em R$ 120 bilhões", afirmou.

Na mesma linha, Pina explica que a antecipação de gastos do governo substitui parte da demanda retraída do setor privado. "Ele dá o seguinte recado: não vou estourar as contas públicas, mas concentrar em um momento em que a demanda privada está pequena. Mas o governo não tem fôlego suficiente para fazer o papel de toda demanda", ressaltou. O economista da Fecomercio lembrou que a entidade já pleiteou junto ao governo isenções para transferência de imóveis e de automóveis, além de retirar o IPVA para veículos novos.

Já Oreiro foca suas propostas na capitalização do Banco do Brasil e da Caixa Econômica Federal pelo Tesouro para atender a demanda de crédito para capital de giro e reduzir o spread. "Aumentando o empréstimo e reduzindo as taxas, os dois vão forçar os bancos privados a acompanhar o movimento, até para não perderem participação no mercado", explicou o economista da UnB.

Até o Carnaval, o governou prometeu detalhar um pacote de incentivos para a construção de até um milhão de casas populares, direcionado a famílias com renda de até dez salários mínimos. "Estamos atentos a tudo o que está acontecendo e novas medidas serão tomadas caso haja uma avaliação de que sejam necessárias", disse o ministro da Fazenda, Guido Mantega, na última sexta-feira.

17:11
Anónimo disse...
Ex-ministro critica extensão do seguro-desemprego

Atualizada às 09h03

O ex-ministro do Trabalho Almir Pazzianotto criticou a decisão do governo federal de conceder o seguro-desemprego estendido a apenas alguns setores. "É certamente odioso e provavelmente inconstitucional", disse Pazzianotto, de acordo com o jornal O Estado de S. Paulo.

Na última qurta, dia do anúncio da medida, centrais sindicais elogiaram a atitude do governo. A Força Sindical divulgou nota dizendo que "o aumento ajudará a aquecer parte da economia, já que irá gerar mais consumo, produção e conseqüentemente, a criação de novos postos de trabalho". A União Geral dos Trabalhadores (UGT) afirmou que a medida "contribuirá para minimizar o drama dos trabalhadores que perderem seu emprego por conta da crise".

O ex-ministro, que instituiu o seguro-desemprego no País no governo de José Sarney, destacou a necessidade de as centrais sindicais se manifestarem contra a determinação. Para ele, as mudanças devem ser aplicadas a todas as categorias profissionais e a distinção é contrária ao artigo 3º da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT).

Pazzianotto atribui a medida a um possível temor do governo de que a crise econômica seja longa e não haja dinheiro para atender a todas as necessidades. Ainda assim, ele se mostra contrário ao método de concessão. "O seguro-desemprego ajuda a sanar necessidades básicas. Estendê-lo é paliativo, não a solução", disse ao jornal.

De acordo com o presidente do Conselho Deliberativo do Fundo de Amparo ao Trabalhador (Codefat) e conselheiro da Força Sindical, Luiz Fernando Emediato, a determinação já estava prevista na lei 8.900/94, que trata do seguro-desemprego.

O presidente da Comissão de Trabalho da Câmara, Pedro Fernandes (PTB-MA) vai além na crítica à concessão do seguro para apenas alguns setores. Ele acredita que a ampliação do benefício estimula o desemprego.

Quintino Severo, secretário geral da Central Única dos Trabalhadores (CUT), lembra que a ampliação do benefício sem critério e identificação pode incentivar demissões em outros setores.

17:13
Anónimo disse...
Empresas
TAM faz promoção para destinos internacionais

A companhia aérea TAM anunciou nesta sexta-feira tarifas promocionais para trechos internacionais. Os preços valem para bilhetes comprados entre 6h deste sábado e 23h59 deste domingo e são válidos para classe econômica. As tarifas, para ida e volta, serão vendidas a partir de US$ 99, mais taxas.

Segundo a aérea, a promoção vale para viagens feitas no período de 14 de fevereiro a 18 de junho de 2009. Para destinos na América do Sul, a permanência mínima é de dois dias; para bilhetes com destino nos Estados Unidos, cinco dias; e Europa, sete dias. A permanência máxima para as passagens para América do Sul e EUA é de dois meses e para Europa, três meses.

Entre os exemplos de tarifas promocionais, a TAM oferece São Paulo-Lima por US$ 99. Bilhetes para a rota São Paulo-Santiago serão vendidos a partir de US$ 199 e São Paulo-Nova York, US$ 799.

A emissão dos bilhetes deve ser feita obrigatoriamente no ato da reserva, obedecendo às regras estipuladas pela companhia. A compra está sujeita à disponibilidade de assentos nas classes tarifárias determinadas, trechos, horários e datas. A TAM afirmou que também há tarifas promocionais para a classe executiva.

Mais informações podem ser encontradas no site promocional (www.ofertastam.com.br), no site da empresa (www.tam.com.br) ou pelos telefones 4002-5700 ou 0800 5705700.

17:13
Anónimo disse...
Empresas
Consultoria negocia compra do parque temático Hopi Hari

A consultoria especializada em reestruturação de empresas Íntegra Associados informou nesta sexta-feira ter um acordo para comprar o parque de diversões Hopi Hari, localizado no interior de São Paulo. A empresa estaria disposta a investir R$ 10 milhões no parque, que tem dívida estimada em R$ 800 milhões. As informações são da edição deste sábado do jornal Folha de S. Paulo.

De acordo com o jornal, a transação ainda depende da negociação entre o Hopi Hari e seus credores, o que já estaria em andamento.

A consultoria paulista já atuou junto à Parmalat, durante 30 meses, quando reorganizou a gestão da empresa italiana.

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17:14
Anónimo disse...
Empresas
Disney de Tóquio contratará mais 2 mil apesar da crise


A Oriental Land, o operador da Disneylândia Tóquio e DisneySea, organizou neste domingo entrevistas para contratar cerca de 2 mil trabalhadores em tempo parcial, em um momento de grandes demissões deste tipo de empregados no Japão.

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O operador deste parque temático, situado em Urayasu, na província de Chiba (leste de Tóquio), está em pleno processo de seleção de empregados para 20 tipos de postos trabalhistas diferentes.

Segundo a companhia, citada pela agência local de notícias Kyodo, o parque contratará novos trabalhadores para as atrações, para os restaurantes e guardas de segurança entre outros. Os novos contratados começarão a trabalhar a partir de fevereiro.

O processo de seleção acontece em um momento em que a maioria das grandes companhias japonesas começaram a se ver obrigadas a despedir uma elevada percentagem de seus trabalhadores temporários e a tempo parcial.

Algumas inclusive anunciaram demissões de seus trabalhadores fixos, uma medida muito pouco comum nas companhias japonesas, perante os efeitos piores que o esperado pela crise econômica global.

Cerca de uma centena de pessoas esperavam desde a primeira hora desta manhã a abertura do centro de conferências Tokyo International Forum, onde as entrevistas estão sendo feitas, para ser os primeiros a solicitar os postos de trabalho.


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17:15
Anónimo disse...
Economia Internacional
Senado dos EUA aprova plano de estímulo à economia

O Senado dos Estados Unidos aprovou com 60 votos a favor e 38 contra o plano de estímulo à economia de US$ 787 bilhões na madrugada deste sábado. Agora, ele segue para sanção ou veto do presidente Barack Obama, que espera colocar a lei em prática até o dia 16 de fevereiro.

O plano prevê a criação de três milhões de empregos, inclui cortes de impostos às famílias, fundos para programas sociais e obras públicas, além de ajuda aos governos estaduais, estudantes e desempregados.

A cláusula Buy American - que exige o uso de ferro, aço e produtos manufaturados dos Estados Unidos em obras realizadas com recursos do pacote - ficou de lado. Segundo o texto definitivo, a cláusula será aplicada sem violar as normas do comércio internacional.

Ontem à tarde, a Câmara de Representantes (deputados) havia aprovado, por 246 votos a favor e 183 contra, a versão final do plano. Todos os republicanos foram contrários ao pacote.

Pelo acordo de quarta-feira entre Câmara e Senado, em vez de custar US$ 819 bilhões, como queriam os deputados, ou US$ 838 bilhões como pretendiam os senadores, o pacote ficou em cerca de US$ 787 bilhões, com 65% desse total destinado a gastos do governo federal e 35%, a créditos tributários.

17:16
Anónimo disse...
Economia nacional
Na era Lula, aposentadoria sobe 54% menos que salário mínimo

Thatiane Faria
Especial para o Terra
Direto de São Paulo

Os índices de reajustes concedidos pelo governo em 2009 para aposentados e pensionistas e para o salário mínimo repetiram uma diferença que, só durante o governo de Luiz Inácio Lula da Silva, já chega a 54%. Enquanto o mínimo foi majorado em 12% este ano, as pensões e aposentadorias tiveram aumento de 5,92%. Aposentados que têm o benefício do governo como única fonte de renda reclamam que perdem poder de compra e que sua cesta de compras é composta por itens que aumentam mais em relação à inflação oficial.

Um exemplo prático pode ser entendido a partir da comparação entre um aposentado que ganhava R$ 600 em janeiro de 2003. Na época, o benefício era três vezes, ou 200%, maior que o valor do mínimo em vigência, que era de R$ 200. Aplicando-se os índices de reajuste para aposentadorias e para o mínimo durante os últimos seis anos, o mesmo aposentado estaria recebendo hoje R$ 938,47, comparado a um salário mínimo de R$ 465. A diferença entre os dois valores caiu para pouco mais de 100%.

Enquanto o índice acumulado de reajuste para a aposentadoria durante o governo Lula foi de 60%, para o salário mínimo está em 132%.

O diretor do Sindicato Nacional dos Aposentados, João Inocentini, reclama que os valores dos benefícios para aposentadorias não mantêm o poder de compra do grupo, principalmente dos aposentados que recebem menos que dez salários mínimos.

Nem mesmo o fato de o índice de reajuste das aposentadorias ter ficado acima da inflação acumulada no mesmo período (o IPCA entre janeiro de 2003 e janeiro de 2009 foi de 39,7%) serve de argumento, segundo os aposentados.

"Os idosos, principalmente, têm gastos além das contas gerais como gás, telefone e aluguel. Para eles o custo com remédios, e outros itens da área saúde costuma ser maior", afirmou Inocentini.

O presidente do sindicato afirmou que o grupo realiza um estudo com 100 itens de necessidade de um idoso para comparar o aumento dos produtos com o índice de reajuste do benefício recebido pelos aposentados.

"Daqui dois meses vamos abrir um processo na Justiça e levar essa pesquisa como prova. Segundo a lei, o governo é obrigado a manter o poder de compra com a aposentadoria", disse Inocentini.

Alternativas
O consultor financeiro Cláudio Boriola diz que os aposentados, especialmente nesse momento de crise econômica, devem evitar compras parceladas, pesquisar preços, negociar e fazer bom planejamento financeiro.

Segundo Boriola, alguns aposentados ganham um valor mensal muitas vezes insuficiente para o pagamento das contas e acabam pedindo crédito ou realizando pagamentos a prazo e são obrigados a pagar juros altos.

Na opinião do consultor, pagar uma previdência privada é uma alternativa indicada para quem ainda trabalha, considerando a característica de perda de poder de compra da aposentadoria.

"Na prática, infelizmente os valores encontram-se em um patamar que está deteriorando o poder de aquisição da população brasileira", completou Boriola.

De acordo com o diretor da Confederação Brasileira de Aposentados e Pensionistas (Cobap), Vicente Fernandes Barbosa, representantes dos aposentados tentarão um encontro com o presidente da Câmara, deputado Michel Temer (PMDB-SP), para discutir projetos que minimizem a perda dos aposentados

17:17
Anónimo disse...
Previdência
Previdência prorroga isenção de tarifas no benefício

O atual sistema de pagamento aos 26 milhões de aposentados e pensionistas do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) será mantido até o final deste ano. O acordo, que permite realizar a operação sem nenhum custo aos beneficiários, foi renovado nesta sexta-feira, entre o governo federal e 21 instituições financeiras.

Por meio desse acordo, vigente desde setembro de 2007, nem os segurados, nem os bancos e nem o governo arcam com o pagamento de tarifas, conforme explicou o ministro da Previdência Social, José Pimentel. A prorrogação vale até dezembro, data máxima para que a Previdência defina as regras para um novo contrato.

Ao assinar o termo de renovação, na sede da Federação Brasileira dos Bancos (Febraban), o ministro disse que a intenção do governo é mudar o atual modelo de gestão visando a reduzir os custos dessas operações em torno da folha mensal, que atinge R$ 15,8 bilhões. No entanto, qualquer alteração, conforme explicou, passará antes por audiências públicas a serem realizadas a partir do segundo semestre deste ano, atendendo a determinação do Tribunal de Contas da União (TCU).

De acordo com Pimentel, com um redesenho do mecanismo de repasse dos recursos aos bancos em torno da folha de pagamento dos segurados o que se busca é um aumento da participação de instituições financeiras. Ele informou que, desde 2007, cada benefício custa em média R$ 1,07 ao governo. "Quanto mais instituições financeiras estiverem prestando serviços à sociedade, maior é a competitividade, a agilidade no atendimento", justificou.

O ministro observou, ainda, que, para permitir uma redução para algo em torno de meia hora no tempo de atendimento para a concessão dos direitos previdenciários, o governo investiu R$ 280 milhões.

Questionado sobre o descontentamento dos segurados que ganham acima de um salário mínimo terem obtido apenas a correção com base na variação do Índice de Preços ao Consumidor (INPC) , ficando abaixo do reajuste dado a quem recebe apenas o mínimo, Pimentel argumentou que o governo seguiu o que determina a lei e descartou a possibilidade de uma revisão

17:17
Anónimo disse...
Empresas
Caterpillar oferece aposentadoria antecipada a 2 mil


A companhia americana Caterpillar ofereceu a cerca de dois mil funcionários incentivos para que se aposentem de forma voluntária antes do previsto, pela perspectiva de uma queda "significativa" da atividade industrial, informou nesta quarta-feira a empresa.

A iniciativa, destinada aos trabalhadores de diversas fábricas em Illinois, Colorado, Tennessee e Pensilvânia, se soma aos cortes de empregos anunciados em janeiro, explicou em comunicado de imprensa.

A empresa, a maior fabricante mundial de maquinaria pesada para a construção e a mineração, acrescentou que, "em função das condições de negócio, podem ser necessárias mais reduções de elenco voluntárias e involuntárias à medida que o ano avança".

O vice-presidente da companhia, Sid Banwart, explicou que a empresa prevê "demissões significativas em todas as regiões geográficas e na maioria dos setores devido às dificuldades da economia mundial".

17:18
Anónimo disse...
Comércio
Comércio exterior da OCDE caiu no 3º trimestre de 2008


As exportações e as importações dos países da Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Econômico (OCDE) caíram 1,6% e 0,2%, respectivamente, no terceiro trimestre de 2008, em relação aos três meses anteriores.

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Trata-se da primeira queda destas atividades desde o terceiro trimestre de 2006, segundo o último relatório trimestral sobre fluxos comerciais divulgado pela OCDE.

As exportações e as importações em dólares dos 30 Estados-membros caíram 15,6% e 17%, respectivamente, na comparação anualizada.

Por sua vez, o comércio dos sete países mais ricos do mundo (G7) teve um pequeno crescimento no terceiro trimestre de 2008 com uma queda das exportações de mercadorias de 0,2% em relação ao trimestre anterior e um aumento de 0,4% das importações.

Em termos anualizados, as importações do G7 caíram 1,4% entre julho e setembro do ano passado, seu primeiro retrocesso desde o terceiro trimestre de 2006, enquanto as exportações aumentaram 1,9%, seu crescimento mais baixo no mesmo tempo.

Por países, a Alemanha aumentou suas importações em 3,4% - valor mais alto do G7 -, enquanto suas exportações caíram 2,9% do segundo para o terceiro trimestre de 2008.

Pelo contrário, as exportações americanas aumentaram 1,8% entre julho e setembro de 2008, enquanto as importações caíram 0,7% em relação ao trimestre anterior. No Japão, tanto as importações quanto as exportações caíram em torno de 1% no mesmo período.

17:19
Anónimo disse...
Economia Nacional
Lula: juros de crédito consignado a aposentados são altos

Atualizada às 17h29

O presidente Luis Inácio Lula da Silva afirmou nesta terça-feira, em São Paulo, que está lutando para reduzir as taxas de juros cobradas de aposentados em crédito consignado. A Previdência Social estabelece uma taxa máxima de 2,5% para empréstimo e de 3,5% para cartão. Para Lula, os valores são altos.

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"Acho que o juro que os aposentados estão pagando hoje com o crédito consignado é alto para o padrão brasileiro", disse o presidente durante a cerimônia de comemoração dos 86 anos do INSS.

A Previdência anunciou nesta terça-feira que aposentados e trabalhadoras com licença-maternidade poderão receber seus benefícios em 30 minutos. De acordo com Lula, em junho, a aposentadoria do trabalhador rural também será conseguida em meia hora.

Além disso, o presidente anunciou que, também em junho, os trabalhadores que alcançarem o direito à aposentadoria passarão a receber em suas casas um comunicado da Previdência informando o fato e o valor do salário que têm direito a receber. "É um comprometimento público que estou fazendo com os companheiros da Previdência Social", disse.

"Estamos retribuindo ao contribuinte da Previdência Social aquilo que é a cidadania que ele tem direito", afirmou Lula. "Se para cobrar nós somos tão precisos, para devolver o dinheiro, temos que chegar próximo à perfeição", completou.

17:20
Anónimo disse...
Economia Nacional
Salário maternidade sairá em 30 minutos, diz ministro

Toda trabalhadora autônoma que tiver contribuído pelo menos 10 meses com o Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) - ou as que possuírem carteira assinada - poderão receber em 30 minutos o salário maternidade a partir desta terça-feira. Da mesma forma, as mulheres com 30 anos de contribuição e os homens com 35 anos também terão direito ao benefício de forma mais rápida. A informação é do ministro da Previdência Social, José Pimentel.

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Para requerer o salário maternidade, é preciso que as autônomas levem a carteira de identidade e o carnê de contribuição. As demais trabalhadoras devem apresentar a identificação e a carteira de trabalho. Desde o início do mês, a nova forma de análise para a concessão de benefícios foi adotada para a aposentadoria por idade do trabalhador urbano e agora foi estendida para o salário maternidade e por tempo de contribuição.

O ministro disse que a qualificação do serviço da previdência social é o reconhecimento do direito dos trabalhadores e da afirmação da cidadania.

"Até pouco tempo na cabeça do cidadão o serviço devia ser de péssima qualidade. Agora não, nós modificamos toda a legislação no mês de dezembro numa ação conjunta do Congresso Nacional com o governo federal. Estamos implantando e concedendo os benefícios em até 30 minutos", afirmou.

O ministro destacou que para conseguir se aposentar ou ter acesso à licença maternidade em 30 minutos, em primeiro lugar, é necessário que o cidadão esteja vinculado à Previdência, o que inclui 65% da população acima de 16 anos de idade.

"Depois bastar marcar pelo sistema 135 o dia e a hora do atendimento e levar a documentação. Se todos os dados necessários estiverem corretos o contribuinte será atendido em até 30 minutos, como vem sendo feito com as aposentadorias por idade desde o dia cinco de janeiro", explicou.

Pimentel disse ainda que em 90% das agências da previdência social o atendimento é marcado em até 48 horas. Nos grandes centros, entretanto existe um volume maior o que torna mais lento o processo.

"Estamos criando mais 715 agências até 2010, em todo o território nacional, para descentralizar o atendimento. Em 2008, atendemos 295 mil benefícios e aposentadorias por idade. Temos 4 mil pessoas por dia procurando e se aposentando por idade no território nacional. Este serviço será agilizado", concluiu.

17:25
Anónimo disse...
Giuseppe Englaro, pai de Eluana, a italiana que morreu na segunda-feira passada por desidratação, recusou uma grande soma de dinheiro de um conhecido fotógrafo italiano que queria retratar a filha em estado de coma, disse neste sábado o neurologista que atendia a mulher desde 1996, Carlo Defanti.

O neurologista, que participou hoje de uma conferência sobre eutanásia, disse que Englaro respeitou a vontade da filha, que, antes do acidente, tinha pedido que, se lhe ocorresse qualquer coisa irreversível, apresentasse sua imagem de quando estava em boas condições.

Antes de sofrer o acidente de trânsito, em 1992, Eluana viveu o coma de um amigo, Alessandro, o que causou forte impacto na italiana e a levou a fazer o pai prometer que não a deixasse viver em estado vegetativo, disse o próprio Giuseppe Englaro.

Defanti, que dissera que Eluana poderia viver de dez a 12 dias depois da suspensão da alimentação e da hidratação, disse que, como médico, tinha que reprovar esta afirmação.

"Não se pode sobreviver após três ou quatro dias sem líquido e, em particular, água em um corpo. Sabemos bem que, quando há um terremoto, após quatro dias é difícil encontrar sobreviventes".

Defanti ressaltou que Eluana "não falava, não se comunicava com o exterior" e que, após vários exames, "nos deparamos com uma moça que tinha perdido a consciência", porque estava com o córtex cerebral prejudicado.

Eluana foi enterrada na quinta-feira passada no túmulo da família na localidade de Paluzza, em Udine, após um funeral que não contou com a presença dos pais.

16:53
Anónimo disse...
Os bombeiros combatem neste sábado os incêndios na Austrália favorecidos pelo bom tempo, enquanto os deslocados encotram em seu retorno casas derruídas, carros queimados nas ruas e destruição.

Depois de sete dias desde que começaram os incêndios no Estado de Victoria, a lista de mortos chega a 181, os desaparecidos somam 50, os edifícios destruídos totalizam 1,834 mil e o terreno arrasado, principalmente florestas, ocupa uma área de 4,13 mil quilômetros quadrados.

As equipes de bombeiros, formadas por 4 mil profissionais de Victoria, de outras partes da Austrália e de países amigos, combateram hoje 12 focos fora de controle e nenhum representava uma ameaça direta para a população.

O subdiretor do Serviço de Bombeiros, Geoff Conway, disse que este tempo favorável, que se prolongará durante o domingo, permite consolidar as linhas de contenção e avançar na extinção das chamas.

Cinzas apareceram arrastadas por ventos do nordeste sobre Melbourne, onde habitam 3,8 milhões de pessoas, e as autoridades alertaram aos cidadãos do risco para a saúde de idosos, crianças e pessoas com problemas respiratórios.

O número de pessoas deslocadas - a Cruz Vermelha chegou a receber 7 mil - começou a cair com a abertura de algumas localidades atingidas.

Os incêndios, alguns criminosos, começaram em 7 de fevereiro, quando a região sul da Austrália estava há duas semanas sob uma onda de calor sem precedentes.

Na sexta-feira passada, a polícia acusou uma pessoa de ter provocado o incêndio que atingiu a localidade de Churchill e matou 21 pessoas.

16:55
Anónimo disse...
A primeira chuva em seis dias reduziu a ameaça de incêndios no Estado de Victoria, ao sul da Austrália. As autoridades, porém, advertiram que ainda existem 12 focos, mas que nenhum deles ameaça áreas povoadas.

Mais de quatro mil bombeiros, mil provenientes de outras partes do país e de outras nações, trabalham contra o fogo. Cerca de 600 veículos e 28 helicópteros e pequenos aviões estão sendo usados.


Eles conseguiram construir linhas de contenção para evitar os incêndios de Yarra e Maroondah se juntassem. Também foram controlados os incêndios abertos de Yea e Murrindindi, que ameaçavam as comunidades de Connellys Creek, Crystal Creek, Scrubby Creek e Native Dog Creek.

O número de mortos chegou a 181, mas as autoridades acreditam que as vítimas devem passar de 200, já que ainda há muitos desaparecidos.

16:55
Anónimo disse...
Aqui nesta coluna, na semana passada, tive a oportunidade de comentar sobre a recente visita do professor brasileiro Pedrinho Guareschi à Austrália. Não dei, porém, os fatos, pois semana passada o assunto era outro.

Hoje, porém, vamos a eles.

No último dia 4 de fevereiro, aconteceu o Seminário "Paulo Freire: Education and Liberation", organizado pelo centro de estudos latino-americanos da Universidade Nacional da Austrália, ou ANU, como é mais conhecida por aqui.

A ANU, para quem não sabe, está entre as 20 melhores universidades do mundo! E tem sede aqui em Camberra, capital da Austrália.

Na abertura do evento, o professor John Minns, diretor do centro latino-americano, ao dar boas-vindas ao público presente, lembrou ser aquele o primeiro seminário exclusivamente dedicado a Paulo Freire na Austrália.

Em seguida, convidou Pedrinho Guareschi, palestrante principal do Seminário, a fazer sua apresentação.

A plateia pode então conhecer, pelas palavras de Pedrinho, um pouco da obra e da vida de Freire, esse brasileiro de fé e valor, que sempre acreditou na educação, sobretudo dos menos favorecidos, analfabetos, como força libertadora.

Como não podia deixar de ser, os conceitos e ideias revolucionários de Paulo Freire, expostos com clareza por Pedrinho, despertaram o interesse e a curiosidade de plateia. A qual, deve-se notar, era na maioria de estudantes, mas de várias nacionalidades, sobretudo australianos e asiáticos.

Na continuação do programa do seminário, que se estendeu por dois dias, outros professores fizeram palestras sobre temas ligados à obra de Paulo Freire.

Interessante, por exemplo, saber que a professora Anne Hickling-Hudson, jamaicana que mora na Austrália há muitos anos (é professora da ANU), conheceu e trabalhou com Freire num workshop educacional durante a revolução na Ilha de Granada, em 1980, antes da invasão dos Estados Unidos...

Ou, então, a palestra da Professora Gerda Roelvink, da Nova Zelândia, que participou do Fórum Social de Porto Alegre em 2005. E essa participação transformou-se em tema de doutorado.

No dia 10, terça-feira passada, o padre Pedrinho Guareschi voltou a falar ao público australiano em grande auditório localizado no belíssimo campus da ANU. Desta vez, sobre a Teologia da Libertação.

Depois da palestra, John Minns mostrou o filme mexicano "O Crime do Padre Amaro", no qual um dos personagens é um padre católico praticante da Teologia da Libertação.

Mais uma vez, foi grande o intersse da platéia, que pode aprender e conhecer um pouco como se desenvolveu aquele importante movimento católico na América Latina.

Fica, assim, ao Pedrinho, bem como a outros brasileiros estudiosos e de bom coração que saem pelo mundo a divulgar aspectos importantes da cultura brasileira, o respeito e a homenagem desta coluna. E... aquele abraço!

16:57
Anónimo disse...
Amanda Kitts perdeu o braço esquerdo em um acidente de automóvel acontecido três anos atrás, mas hoje em dia ela joga futebol americano com seu filho de 12 anos de idade, troca fraldas e abraça as crianças nas três creches Kiddie Cottage que opera em Knoxville, Tennessee. Kitts, 40 anos, faz tudo isso com a ajuda de um novo tipo de braço artificial que se movimenta com mais facilidade do que outros aparelhos e que ela pode controlar utilizando apenas seus pensamentos.

"Eu sou capaz de mexer a mão, o pulso e o cotovelo ao mesmo tempo", diz. "Você pensa e os músculos se movem em seguida".

A recuperação que ela conseguiu resulta de um novo procedimento que vem atraindo crescente atenção porque permite que pessoas movam braços protéticos de forma mais automática do que faziam no passado, simplesmente utilizando nervos reaproveitados em seus cérebros.

A técnica, conhecida como "renervação muscular dirigida", envolve utilizar os nervos que restam depois da amputação de um braço e conectá-los a outro músculo do corpo, em geral no peito. Eletrodos são instalados sobre os músculos do peito, e operam como se fossem antenas. Quando a pessoa deseja mover o braço, o cérebro envia sinais que primeiro resultam em contração dos músculos do peito, os quais enviam um sinal ao braço protético, instruindo-se a se movimentar. O processo não requer mais esforços consciente do que a pessoa teria de exercitar caso ainda tivesse seu braço natural.

Na terça-feira, pesquisadores reportaram em estudo publicado pela versão online do Journal of the American Medical Association que haviam levado a técnica ainda mais à frente, tornando possível a execução de 10 movimentos de mão, pulso e cotovelo diferentes, o que representa uma substancial melhora com relação ao típico repertório protético, que em geral envolve apenas dobrar o cotovelo, girar o pulso e abrir a mão.

"Os novos métodos tiveram impacto dramático em nosso campo de trabalho", disse Stuart Harshbarger, engenheiro biomédico na Universidade Johns Hopkins e diretor do programa de pesquisa sobre próteses, financiado pelas forças armadas, que inclui o trabalho com essa técnica. "O método já está em uso por médicos e cirurgiões comuns em todo o país. A capacidade de controlar um membro protético bastante robusto que ele confere surpreendeu a todos pela qualidade".

Tipicamente, uma pessoa que tenha um braço protético só é capaz de executar alguns poucos movimentos, e muitas vezes com tamanha lentidão que isso só permite a ela atividades limitadas.

Há um motor separado para cada movimento, diz Gerald Loeb, professor de engenharia biomédica na Universidade do Sul da Califórnia, "e esses motores precisam ser controlados de maneira explícita", usualmente por um esforço consciente da pessoa para contrair músculos nas costas ou no bíceps.

"Essencialmente, até agora os pacientes controlavam apenas um motor de cada vez", diz Loeb, "e precisavam pensar cuidadosamente sobre que motor desejavam controlar e como fazê-lo operar, em lugar de simplesmente pensarem em mover o braço e poderem fazê-lo sem delongas".

Antes que Kitts passasse pelo procedimento de renervação, em outubro de 2007, por exemplo, ela precisava movimentar os músculos de suas costas de determinada maneira para fazer com que seu pulso girasse, e flexionar seu bíceps e tríceps para fazer com que o cotovelo se movesse para cima e para baixo. "Era muito trabalho", ela conta. "E não me ajudava muito".

O procedimento de renervação é parte de uma recente explosão de idéias novas e técnicas inovadoras que estão sendo exploradas enquanto os cientistas se esforçam por ajudar as pessoas a compensar melhor a perda de membros ou problemas de paralisia. O esforço vem sendo alimentado pelo aumento no número de amputações causado por diabetes e por ferimentos sofridos pelos militares, e ao mesmo tempo pelos avanços na tecnologia médica.

Os braços se tornaram um dos focos essenciais desse tipo de trabalho. A ciência há muito vem obtendo sucessos no desenvolvimento de próteses de perna, mas é muito mais difícil imitar a complexidade e a destreza das mãos e dos braços.

Os esforços em curso incluem o desenvolvimento de projetos de pele e braços mais sensíveis e mais flexíveis, e o uso de dispositivos acionados por controles sem fio implantado nos braços protéticos, que permitiriam movimentos mais naturais.

Os pesquisadores também vêm usando sensores implantados nos cérebros de cobaias para permitir que dois macacos controlem um braço mecânico, e um teste com um homem paralítico permitiu, com esse método, que ele movimentasse um cursor em uma tela de computador.

Alguns desses métodos, caso venham a ser aperfeiçoados plenamente e consigam aprovação das autoridades regulatórias da saúde, podem no futuro se tornar mais viáveis para os pacientes de amputações.

E embora a técnica da renervação não requeira aprovação das autoridades regulatórias porque é executada por meios cirúrgicos e emprega aparelhos já existentes, ela apresenta limitações que até mesmo seus criadores reconhecem, entre as quais o fato de que não se pode utilizá-la para todos os pacientes, o seu alto custo e o prazo de meses requerido para que os nervos reconectados cresçam e se tornem efetivos.

Ainda assim, os especialistas dizem que é o mais avançado sistema em uso hoje para pacientes reais que permite que o sistema nervoso controle diretamente o movimento de um braço artificial.

Desde sua introdução por Todd Kuiken, médico fisioterapeuta e engenheiro biomédico do Instituto de Reabilitação de Chicago, o método foi empregado em cerca de 30 pacientes nos Estados Unidos, Canadá e Europa, entre os quais oito soldados feridos no Iraque e no Afeganistão.

Muitos dos pacientes, entre os quais o primeiro, Jesse Sullivan, um operário do setor elétrico no Tennessee que perdeu os dois braços quando foi eletrocutado por um cabo, conseguem não apenas manipular seus braços protéticos mas sentir a presença das mãos que já não têm quando alguém toca em seus peitos.

Sullivan, 62 anos, e Kitts, estavam entre os cinco pacientes que participaram do estudo reportado na terça-feira. Em companhia de cinco outras pessoas que não passaram por amputações, eles receberam os eletrodos e foram instruídos a usar pensamentos para fazer com que um braço virtual na tela reproduzisse 10 movimentos diferentes, entre os quais três formas diferentes de aperto de mão.

Os pacientes apresentaram desempenho bastante respeitável, apenas um pouco mais lento e menos preciso do que os dos participantes que não tinham amputações.

"As velocidades de movimento que encontramos em nossos pacientes foram realmente encorajadoras", disse Kuiken. "Eles conseguiram completar a tarefa. É claro que não foram tão competentes quanto as pessoas dotadas de plena capacidade física, mas foram bons o bastante".

Um braço virtual foi usado porque a maioria das próteses existentes não era capaz de acomodar todos aqueles movimentos, no momento da pesquisa, ainda que Sullivan, Kitts e uma terceira paciente, Claudia Mitchell, tenham experimentado dois novos protótipos mais versáteis de braços artificiais, executando tarefas complexas com bolas de tênis e outros objetos.

O trabalho de renervação em soldados apresenta outros desafios, diz Kuiken, porque os ferimentos militares muitas vezes "causam danos muitos extensos" a nervos, músculos ou ossos.

Daniel Acosta, 25 anos, um aviador ferido pela detonação de uma bomba em uma estrada do Iraque em 2005, passou pelo procedimento no ano passado e diz que seu braço esquerdo protético agora se movimenta "muito mais rápido" e de maneira muito mais natural.

"A diferença é que agora não preciso mais pensar para mover o braço", ele diz. "Ele simplesmente se mexe".

Ainda assim, Acosta, de San Antonio, diz que "o processo foi bastante longo" e que os eletrodos precisam ser ajustados para receber os sinais à medida que os nervos crescem ou mudam de posição.

E embora elogiem o método, os especialistas afirmam que a ciência das próteses de braço ainda tem muito por avançar.

"Trata-se de uma parte crucial, mas ainda assim apenas uma parte, das muitas coisas que compreendem a função normal de um braço", disse Loeb, que escreveu um editorial que acompanha o artigo no Journal of the American Medical Association.

"No momento estamos a meio do caminho entre o braço de 'Dr. Fantástico', que fazia involuntariamente a saudação nazista, e o braço de Luke Skywalker em 'Guerra nas Estrelas', que funciona sem nenhum problema assim que é conectado. Creio que precisaremos ainda de muitos anos para conectar todas as peças necessárias a produzir um braço capaz de funcionar normalmente".

17:04
Anónimo disse...
A Espanha disse neste sábado que está preparando uma reclamação oficial contra a decisão da Venezuela de expulsar um membro do Parlamento Europeu que criticou o conselho eleitoral venezuelano.
Luis Herrero, membro do partido conservador espanhol PP, foi deportado na sexta-feira depois que o Conselho Nacional Eleitoral (CNE) o acusou de questionar a imparcialidade da instituição antes de um referendo que pode permitir ao presidente Hugo Chávez permanecer no cargo indefinidamente.

Herrero estava na Venezuela como observador do referendo. Ele acusou Chávez de ter "comportamentos típicos de um ditador" por pedir a contenção de manifestações da oposição.

O governo da Espanha convocou um encontro com o embaixador da Venezuela em Madri para expressar a desaprovação sobre a expulsão de Herrero, disse um representante do Ministério das Relações Exteriores espanhol.

As relações da Venezuela com a Espanha tiveram seu ponto crítico em 2007, quando Chávez ameaçou rever acordos diplomáticos e comerciais depois de ouvir um "cala a boca" do rei espanhol Juan Carlos durante uma cúpula.

A fenda foi oficialmente reparada em 2008, com uma visita oficial de Chávez à Espanha, onde ele cumprimentou o rei e discutiu acordos para investimento no setor petroquímico com o primeiro-ministro José Luis Rodriguez Zapatero.

17:06
Anónimo disse...
A polícia do Zimbábue anunciou neste sábado que acusa de traição Roy Bennett, dirigente do até agora opositor Movimento para a Mudança Democrática (MDC), detido na sexta-feira, em Harare, poucas horas antes da cerimônia de posse dos membros do novo gabinete.

"A Polícia nos informou que vão apresentar acusações de traição", disse à agência EFE o advogado de defesa de Bennett, Trust Maanda.

"Tentam relacionar Roy com o caso de Mike Hitschmann, que foi detido em 2006 em relação à descoberta de um carregamento de armas, apesar de que Hitschmann não tenha sido declarado culpado das acusações de traição apresentadas contra ele, mas de um crime menor de descumprimento de leis", disse Maanda.

O político opositor, designado por seu partido como vice-ministro de Agricultura no Governo de união nacional, esteve no exílio na vizinha África do Sul desde 2006 e retornou ao Zimbábue há duas semanas.

Segundo a Polícia, que deteve Bennett ontem no aeroporto de Harare quando pretendia ir à África do Sul para visitar sua família, as armas apreendidas em 2006 seriam utilizadas em um golpe de Estado para derrubar o presidente do Zimbábue, Robert Mugabe.

Depois da detenção, Bennet foi levado a Mutar, onde vários simpatizantes do MDC se concentraram em frente à delegacia na qual estava detido, diante do que a Polícia respondeu com tiros para o alto para dispersar os manifestantes.

17:07
Anónimo disse...
Austrália: 14 mil se candidatam a 'emprego dos sonhos'

A secretaria de Turismo de Queensland, na Austrália, informou que até esta segunda-feira já recebeu cerca de 14 mil inscrições para o "o melhor emprego do mundo". O Estado australiano promove pela internet seleção para vaga de "zelador" da ilha Hamilton, por seis meses com um salário de R$ 40 mil.

Muitos candidatos tiveram problemas durante a inscrição por conta dos acessos simultâneos ao site. A secretaria aconselha enviar os vídeos de 60s explicando porque deve ser escolhido em horários alternativos do dia, além de recomendar tamanho em torno de 40MB.

As inscrições começaram em 12 de janeiro e vão até o próximo dia 22 e podem ser feitas pelo site www.islandreefjob.com. O governo australiano escolherá 50 candidatos para a próxima fase da seleção, que terá votos do público para eleger um dos 11 finalistas.

A última fase terá entrevistas e desafios físicos, no próprio local de trabalho: as ilhas da Grande Barreira Coralina - o maior recife de coral do mundo. A secretaria de Turismo anunciará o vencedor no dia 6 de maio.

17:09
Anónimo disse...
Mercado elogia governo na crise, mas pede maior queda no juro

Peter Fussy
Direto de São Paulo

Desde as primeiras medidas anunciadas para combater os efeitos da crise, o governo brasileiro avisou que a estratégia não contemplaria um pacote. Seriam doses pontuais, de acordo com a necessidade da economia diante do agravamento das turbulências. Da primeira liberação dos depósitos compulsórios em setembro até a ampliação do seguro-desemprego na última quarta-feira, o governo passou por redução de impostos, ampliação de crédito e incentivos à exportação. Quase 150 dias após a primeira medida, o Terra conversou com líderes do setor público e privado, representantes dos trabalhadores, acadêmicos e com o próprio governo para saber quais destas ações foram mais eficazes, quais foram mais ineficientes e o que mais pode ser feito pelo Estado brasileiro contra a crise.

Os maiores elogios foram direcionados à atitude de reduzir o Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) para a indústria automobilística, anunciada em dezembro e que fez com que os emplacamentos de carros novos subissem 1,9% no primeiro mês do ano em relação a dezembro de 2008. Já as maiores críticas foram para a lentidão no corte da taxa básica de juro do País.

Para o presidente do conselho administrativo do Grupo Pão de Açúcar, Abílio Diniz, o Estado não é responsável pela crise e mesmo assim está agindo "com extrema serenidade e muito acerto". "O governo está atento, fazendo a sua parte. É preciso coragem de baixar firmemente a taxa de juros. É uma arma que temos a nosso favor, já que não há clima para inflação, nem possibilidade de danos para a macroeconomia", afirmou Diniz.

Na última reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), em janeiro, a taxa Selic foi reduzida em um ponto percentual, de 13,75% para 12,75% ao ano. Porém, o professor de economia da Universidade de Brasília (UnB) José Luiz Oreiro lembra que este corte representa uma redução de apenas 0,25 ponto percentual com relação à taxa de setembro do ano passado, quando a crise se agravou.

"Pouco antes da eclosão da crise, o Banco Central aumentou a taxa em 0,75 ponto. Foram cinco meses de demora para reduzir em termos líquidos apenas 0,25 ponto", afirmou o economista, que também sugeriu redução do intervalo de cerca de 90 dias entre as reuniões do Copom e o corte de pelo menos um 1 ponto percentual em cada reunião.

Mesmo com o corte de janeiro, a taxa de juros real continua sendo a maior do mundo, lembrou o secretário-geral da Força Sindical, João Carlos Gonçalves, o Juruna. "A redução da taxa de juro ainda é pequena, porque ela continua uma das mais altas do mundo. Falta ousadia para baixar os juros e ajudar o cidadão. A permanência da taxa de juro alta é negativa para o País em meio a crise", afirmou Juruna.

Embora aprove as ações do governo, o senador Aloízio Mercadante (PT-SP) também acredita que o patamar da Selic está muito alto. "Sempre fomos os primeiros a entrar em qualquer crise, o que não aconteceu agora. A taxa Selic ainda é muito alta, mas o governo têm tomado medidas acertadas, como o aumento do salário mínimo, mesmo com um cenário de crise. Isso ajuda a movimentar o consumo. O governo está se esforçando para manter os investimentos e o crescimento", disse.

Tributos
De acordo com o economista Fabio Pina, da Fecomercio-SP, as ações mais positivas estão relacionadas à redução de tributos para alguns segmentos, como a indústria automobilística, que recuperou parte da queda nas vendas em janeiro com a isenção do IPI para carros 1.0 l e o corte para demais motorizações. A medida vale até o final de março.

"Essas medidas não só reduziram o preço, mas anteciparam o consumo daqueles que iriam comprar no futuro, dando um prêmio por conta da insegurança. Mexe diretamente com o principal problema que é a confiança do consumidor", afirmou. Juruna destacou que um bom ritmo de vendas é garantia de emprego. "É importante porque cada emprego na montadora significa 19 na cadeia produtiva", comentou o representante da Força Sindical.

Também em dezembro, o governo decidiu cortar pela metade a alíquota do Imposto de Renda para contribuintes que ganham entre R$ 1.434 e R$ 2.150 mensais. "O salário aumentava e a tabela não se modificava. As pessoas ganhavam mais e pagavam mais impostos", apontou Juruna. Outra redução de tributos do governo foi com relação ao Imposto sobre Operações Financeiras (IOF), que caiu de 3% ao ano para 1,5%.

Crédito
Na segunda metade de 2008, o colapso de bancos nos Estados Unidos por conta da crise do subprime provocou uma forte restrição de crédito no mundo inteiro. Uma das primeiras medidas anticrise do governo teve como objetivo restabelecer a oferta, com mudanças no recolhimento dos depósitos compulsórios por parte dos bancos. Segundo o presidente do Banco Central, Henrique Meirelles, as diversas modificações liberaram US$ 99,2 bilhões aos bancos até o final de janeiro.

Além disso, o governo concedeu R$ 36 bilhões das reservas internacionais para empresas brasileiras com dívidas no exterior e uma medida provisória autorizou o Banco do Brasil e a Caixa Econômica Federal a comprar carteiras de crédito de bancos privados. Para o diretor do Departamento de Pesquisas e Estudos Econômicos da Fiesp, Paulo Francini, estas medidas foram essenciais para combater os efeitos da crise.

"A crise se desenvolve no mundo em torno do tema crédito. E o crédito reduziu-se barbaridade no mundo. Então o governo lança mão de compulsório, lança mão de reservas, de medidas que permitem aos bancos comprar carteiras de bancos. Você vai tomando várias medidas para atender às demandas e o epicentro disso é crédito", afirmou.

No entanto, Oreiro, da UnB, adverte que a liberação dos compulsórios seria mais eficiente acompanhada de redução mais agressiva da taxa básica de juro. "Uma parte do crédito voltou, depois da forte retração em outubro e novembro. O que deveria ter sido feito junto à liberação do compulsório era uma redução mais drástica da taxa de juro. Sem isso, os bancos pegam as reservas e acabam comprando títulos públicos", explicou o economista.

Na opinião de Pina, as ações de distribuição de crédito via redução do compulsório e a disposição de capital de giro para empresas foram tomadas sem um cuidado maior na operação e não tiveram muito efeito. "O BNDES tem linhas que ficam paradas quase todo o ano, agora é pior ainda. Existem os recursos, mas as empresas e os bancos estão desconfiados. É preciso fazer com que os bancos tenham interesse em emprestar", afirmou o economista da Fecomercio-SP.

Futuro
Mesmo com todas essas medidas, a crise financeira ainda gera incertezas nos setores produtivos do País. Nos últimos meses, o medo do desemprego fez os consumidores adiarem compras. Por sua vez, a queda nas vendas pode obrigar as indústrias a cortarem a produção e demitir funcionários. Contra isso, empresários sugerem redução de jornada e de salários.

"Isto está previsto em lei. A Fiesp simplesmente manteve conversações com entidades sindicais quanto à aplicação daquilo que já está previsto em lei", afirmou Francini.

Segundo a ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff, uma das medidas que assegura um nível de emprego é a manutenção de investimentos no Programa de Aceleração do Crescimento (PAC). "Estamos esperando que a dificuldade ocorra em janeiro, fevereiro e março. Estamos certos que vamos manter o nível de investimento. É isso que funciona, é isso que significa investimento público. Ele funciona como um colchão. Por isso, nós colocamos R$ 100 bilhões no BNDES e a Petrobras ampliou o seu investimento em R$ 120 bilhões", afirmou.

Na mesma linha, Pina explica que a antecipação de gastos do governo substitui parte da demanda retraída do setor privado. "Ele dá o seguinte recado: não vou estourar as contas públicas, mas concentrar em um momento em que a demanda privada está pequena. Mas o governo não tem fôlego suficiente para fazer o papel de toda demanda", ressaltou. O economista da Fecomercio lembrou que a entidade já pleiteou junto ao governo isenções para transferência de imóveis e de automóveis, além de retirar o IPVA para veículos novos.

Já Oreiro foca suas propostas na capitalização do Banco do Brasil e da Caixa Econômica Federal pelo Tesouro para atender a demanda de crédito para capital de giro e reduzir o spread. "Aumentando o empréstimo e reduzindo as taxas, os dois vão forçar os bancos privados a acompanhar o movimento, até para não perderem participação no mercado", explicou o economista da UnB.

Até o Carnaval, o governou prometeu detalhar um pacote de incentivos para a construção de até um milhão de casas populares, direcionado a famílias com renda de até dez salários mínimos. "Estamos atentos a tudo o que está acontecendo e novas medidas serão tomadas caso haja uma avaliação de que sejam necessárias", disse o ministro da Fazenda, Guido Mantega, na última sexta-feira.

17:11
Anónimo disse...
Ex-ministro critica extensão do seguro-desemprego

Atualizada às 09h03

O ex-ministro do Trabalho Almir Pazzianotto criticou a decisão do governo federal de conceder o seguro-desemprego estendido a apenas alguns setores. "É certamente odioso e provavelmente inconstitucional", disse Pazzianotto, de acordo com o jornal O Estado de S. Paulo.

Na última qurta, dia do anúncio da medida, centrais sindicais elogiaram a atitude do governo. A Força Sindical divulgou nota dizendo que "o aumento ajudará a aquecer parte da economia, já que irá gerar mais consumo, produção e conseqüentemente, a criação de novos postos de trabalho". A União Geral dos Trabalhadores (UGT) afirmou que a medida "contribuirá para minimizar o drama dos trabalhadores que perderem seu emprego por conta da crise".

O ex-ministro, que instituiu o seguro-desemprego no País no governo de José Sarney, destacou a necessidade de as centrais sindicais se manifestarem contra a determinação. Para ele, as mudanças devem ser aplicadas a todas as categorias profissionais e a distinção é contrária ao artigo 3º da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT).

Pazzianotto atribui a medida a um possível temor do governo de que a crise econômica seja longa e não haja dinheiro para atender a todas as necessidades. Ainda assim, ele se mostra contrário ao método de concessão. "O seguro-desemprego ajuda a sanar necessidades básicas. Estendê-lo é paliativo, não a solução", disse ao jornal.

De acordo com o presidente do Conselho Deliberativo do Fundo de Amparo ao Trabalhador (Codefat) e conselheiro da Força Sindical, Luiz Fernando Emediato, a determinação já estava prevista na lei 8.900/94, que trata do seguro-desemprego.

O presidente da Comissão de Trabalho da Câmara, Pedro Fernandes (PTB-MA) vai além na crítica à concessão do seguro para apenas alguns setores. Ele acredita que a ampliação do benefício estimula o desemprego.

Quintino Severo, secretário geral da Central Única dos Trabalhadores (CUT), lembra que a ampliação do benefício sem critério e identificação pode incentivar demissões em outros setores.

17:13
Anónimo disse...
Empresas
TAM faz promoção para destinos internacionais

A companhia aérea TAM anunciou nesta sexta-feira tarifas promocionais para trechos internacionais. Os preços valem para bilhetes comprados entre 6h deste sábado e 23h59 deste domingo e são válidos para classe econômica. As tarifas, para ida e volta, serão vendidas a partir de US$ 99, mais taxas.

Segundo a aérea, a promoção vale para viagens feitas no período de 14 de fevereiro a 18 de junho de 2009. Para destinos na América do Sul, a permanência mínima é de dois dias; para bilhetes com destino nos Estados Unidos, cinco dias; e Europa, sete dias. A permanência máxima para as passagens para América do Sul e EUA é de dois meses e para Europa, três meses.

Entre os exemplos de tarifas promocionais, a TAM oferece São Paulo-Lima por US$ 99. Bilhetes para a rota São Paulo-Santiago serão vendidos a partir de US$ 199 e São Paulo-Nova York, US$ 799.

A emissão dos bilhetes deve ser feita obrigatoriamente no ato da reserva, obedecendo às regras estipuladas pela companhia. A compra está sujeita à disponibilidade de assentos nas classes tarifárias determinadas, trechos, horários e datas. A TAM afirmou que também há tarifas promocionais para a classe executiva.

Mais informações podem ser encontradas no site promocional (www.ofertastam.com.br), no site da empresa (www.tam.com.br) ou pelos telefones 4002-5700 ou 0800 5705700.

17:13
Anónimo disse...
Empresas
Consultoria negocia compra do parque temático Hopi Hari

A consultoria especializada em reestruturação de empresas Íntegra Associados informou nesta sexta-feira ter um acordo para comprar o parque de diversões Hopi Hari, localizado no interior de São Paulo. A empresa estaria disposta a investir R$ 10 milhões no parque, que tem dívida estimada em R$ 800 milhões. As informações são da edição deste sábado do jornal Folha de S. Paulo.

De acordo com o jornal, a transação ainda depende da negociação entre o Hopi Hari e seus credores, o que já estaria em andamento.

A consultoria paulista já atuou junto à Parmalat, durante 30 meses, quando reorganizou a gestão da empresa italiana.

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17:14
Anónimo disse...
Empresas
Disney de Tóquio contratará mais 2 mil apesar da crise


A Oriental Land, o operador da Disneylândia Tóquio e DisneySea, organizou neste domingo entrevistas para contratar cerca de 2 mil trabalhadores em tempo parcial, em um momento de grandes demissões deste tipo de empregados no Japão.

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O operador deste parque temático, situado em Urayasu, na província de Chiba (leste de Tóquio), está em pleno processo de seleção de empregados para 20 tipos de postos trabalhistas diferentes.

Segundo a companhia, citada pela agência local de notícias Kyodo, o parque contratará novos trabalhadores para as atrações, para os restaurantes e guardas de segurança entre outros. Os novos contratados começarão a trabalhar a partir de fevereiro.

O processo de seleção acontece em um momento em que a maioria das grandes companhias japonesas começaram a se ver obrigadas a despedir uma elevada percentagem de seus trabalhadores temporários e a tempo parcial.

Algumas inclusive anunciaram demissões de seus trabalhadores fixos, uma medida muito pouco comum nas companhias japonesas, perante os efeitos piores que o esperado pela crise econômica global.

Cerca de uma centena de pessoas esperavam desde a primeira hora desta manhã a abertura do centro de conferências Tokyo International Forum, onde as entrevistas estão sendo feitas, para ser os primeiros a solicitar os postos de trabalho.


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17:15
Anónimo disse...
Economia Internacional
Senado dos EUA aprova plano de estímulo à economia

O Senado dos Estados Unidos aprovou com 60 votos a favor e 38 contra o plano de estímulo à economia de US$ 787 bilhões na madrugada deste sábado. Agora, ele segue para sanção ou veto do presidente Barack Obama, que espera colocar a lei em prática até o dia 16 de fevereiro.

O plano prevê a criação de três milhões de empregos, inclui cortes de impostos às famílias, fundos para programas sociais e obras públicas, além de ajuda aos governos estaduais, estudantes e desempregados.

A cláusula Buy American - que exige o uso de ferro, aço e produtos manufaturados dos Estados Unidos em obras realizadas com recursos do pacote - ficou de lado. Segundo o texto definitivo, a cláusula será aplicada sem violar as normas do comércio internacional.

Ontem à tarde, a Câmara de Representantes (deputados) havia aprovado, por 246 votos a favor e 183 contra, a versão final do plano. Todos os republicanos foram contrários ao pacote.

Pelo acordo de quarta-feira entre Câmara e Senado, em vez de custar US$ 819 bilhões, como queriam os deputados, ou US$ 838 bilhões como pretendiam os senadores, o pacote ficou em cerca de US$ 787 bilhões, com 65% desse total destinado a gastos do governo federal e 35%, a créditos tributários.

17:16
Anónimo disse...
Economia nacional
Na era Lula, aposentadoria sobe 54% menos que salário mínimo

Thatiane Faria
Especial para o Terra
Direto de São Paulo

Os índices de reajustes concedidos pelo governo em 2009 para aposentados e pensionistas e para o salário mínimo repetiram uma diferença que, só durante o governo de Luiz Inácio Lula da Silva, já chega a 54%. Enquanto o mínimo foi majorado em 12% este ano, as pensões e aposentadorias tiveram aumento de 5,92%. Aposentados que têm o benefício do governo como única fonte de renda reclamam que perdem poder de compra e que sua cesta de compras é composta por itens que aumentam mais em relação à inflação oficial.

Um exemplo prático pode ser entendido a partir da comparação entre um aposentado que ganhava R$ 600 em janeiro de 2003. Na época, o benefício era três vezes, ou 200%, maior que o valor do mínimo em vigência, que era de R$ 200. Aplicando-se os índices de reajuste para aposentadorias e para o mínimo durante os últimos seis anos, o mesmo aposentado estaria recebendo hoje R$ 938,47, comparado a um salário mínimo de R$ 465. A diferença entre os dois valores caiu para pouco mais de 100%.

Enquanto o índice acumulado de reajuste para a aposentadoria durante o governo Lula foi de 60%, para o salário mínimo está em 132%.

O diretor do Sindicato Nacional dos Aposentados, João Inocentini, reclama que os valores dos benefícios para aposentadorias não mantêm o poder de compra do grupo, principalmente dos aposentados que recebem menos que dez salários mínimos.

Nem mesmo o fato de o índice de reajuste das aposentadorias ter ficado acima da inflação acumulada no mesmo período (o IPCA entre janeiro de 2003 e janeiro de 2009 foi de 39,7%) serve de argumento, segundo os aposentados.

"Os idosos, principalmente, têm gastos além das contas gerais como gás, telefone e aluguel. Para eles o custo com remédios, e outros itens da área saúde costuma ser maior", afirmou Inocentini.

O presidente do sindicato afirmou que o grupo realiza um estudo com 100 itens de necessidade de um idoso para comparar o aumento dos produtos com o índice de reajuste do benefício recebido pelos aposentados.

"Daqui dois meses vamos abrir um processo na Justiça e levar essa pesquisa como prova. Segundo a lei, o governo é obrigado a manter o poder de compra com a aposentadoria", disse Inocentini.

Alternativas
O consultor financeiro Cláudio Boriola diz que os aposentados, especialmente nesse momento de crise econômica, devem evitar compras parceladas, pesquisar preços, negociar e fazer bom planejamento financeiro.

Segundo Boriola, alguns aposentados ganham um valor mensal muitas vezes insuficiente para o pagamento das contas e acabam pedindo crédito ou realizando pagamentos a prazo e são obrigados a pagar juros altos.

Na opinião do consultor, pagar uma previdência privada é uma alternativa indicada para quem ainda trabalha, considerando a característica de perda de poder de compra da aposentadoria.

"Na prática, infelizmente os valores encontram-se em um patamar que está deteriorando o poder de aquisição da população brasileira", completou Boriola.

De acordo com o diretor da Confederação Brasileira de Aposentados e Pensionistas (Cobap), Vicente Fernandes Barbosa, representantes dos aposentados tentarão um encontro com o presidente da Câmara, deputado Michel Temer (PMDB-SP), para discutir projetos que minimizem a perda dos aposentados

17:17
Anónimo disse...
Previdência
Previdência prorroga isenção de tarifas no benefício

O atual sistema de pagamento aos 26 milhões de aposentados e pensionistas do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) será mantido até o final deste ano. O acordo, que permite realizar a operação sem nenhum custo aos beneficiários, foi renovado nesta sexta-feira, entre o governo federal e 21 instituições financeiras.

Por meio desse acordo, vigente desde setembro de 2007, nem os segurados, nem os bancos e nem o governo arcam com o pagamento de tarifas, conforme explicou o ministro da Previdência Social, José Pimentel. A prorrogação vale até dezembro, data máxima para que a Previdência defina as regras para um novo contrato.

Ao assinar o termo de renovação, na sede da Federação Brasileira dos Bancos (Febraban), o ministro disse que a intenção do governo é mudar o atual modelo de gestão visando a reduzir os custos dessas operações em torno da folha mensal, que atinge R$ 15,8 bilhões. No entanto, qualquer alteração, conforme explicou, passará antes por audiências públicas a serem realizadas a partir do segundo semestre deste ano, atendendo a determinação do Tribunal de Contas da União (TCU).

De acordo com Pimentel, com um redesenho do mecanismo de repasse dos recursos aos bancos em torno da folha de pagamento dos segurados o que se busca é um aumento da participação de instituições financeiras. Ele informou que, desde 2007, cada benefício custa em média R$ 1,07 ao governo. "Quanto mais instituições financeiras estiverem prestando serviços à sociedade, maior é a competitividade, a agilidade no atendimento", justificou.

O ministro observou, ainda, que, para permitir uma redução para algo em torno de meia hora no tempo de atendimento para a concessão dos direitos previdenciários, o governo investiu R$ 280 milhões.

Questionado sobre o descontentamento dos segurados que ganham acima de um salário mínimo terem obtido apenas a correção com base na variação do Índice de Preços ao Consumidor (INPC) , ficando abaixo do reajuste dado a quem recebe apenas o mínimo, Pimentel argumentou que o governo seguiu o que determina a lei e descartou a possibilidade de uma revisão

17:17
Anónimo disse...
Empresas
Caterpillar oferece aposentadoria antecipada a 2 mil


A companhia americana Caterpillar ofereceu a cerca de dois mil funcionários incentivos para que se aposentem de forma voluntária antes do previsto, pela perspectiva de uma queda "significativa" da atividade industrial, informou nesta quarta-feira a empresa.

A iniciativa, destinada aos trabalhadores de diversas fábricas em Illinois, Colorado, Tennessee e Pensilvânia, se soma aos cortes de empregos anunciados em janeiro, explicou em comunicado de imprensa.

A empresa, a maior fabricante mundial de maquinaria pesada para a construção e a mineração, acrescentou que, "em função das condições de negócio, podem ser necessárias mais reduções de elenco voluntárias e involuntárias à medida que o ano avança".

O vice-presidente da companhia, Sid Banwart, explicou que a empresa prevê "demissões significativas em todas as regiões geográficas e na maioria dos setores devido às dificuldades da economia mundial".

17:18
Anónimo disse...
Comércio
Comércio exterior da OCDE caiu no 3º trimestre de 2008


As exportações e as importações dos países da Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Econômico (OCDE) caíram 1,6% e 0,2%, respectivamente, no terceiro trimestre de 2008, em relação aos três meses anteriores.

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Trata-se da primeira queda destas atividades desde o terceiro trimestre de 2006, segundo o último relatório trimestral sobre fluxos comerciais divulgado pela OCDE.

As exportações e as importações em dólares dos 30 Estados-membros caíram 15,6% e 17%, respectivamente, na comparação anualizada.

Por sua vez, o comércio dos sete países mais ricos do mundo (G7) teve um pequeno crescimento no terceiro trimestre de 2008 com uma queda das exportações de mercadorias de 0,2% em relação ao trimestre anterior e um aumento de 0,4% das importações.

Em termos anualizados, as importações do G7 caíram 1,4% entre julho e setembro do ano passado, seu primeiro retrocesso desde o terceiro trimestre de 2006, enquanto as exportações aumentaram 1,9%, seu crescimento mais baixo no mesmo tempo.

Por países, a Alemanha aumentou suas importações em 3,4% - valor mais alto do G7 -, enquanto suas exportações caíram 2,9% do segundo para o terceiro trimestre de 2008.

Pelo contrário, as exportações americanas aumentaram 1,8% entre julho e setembro de 2008, enquanto as importações caíram 0,7% em relação ao trimestre anterior. No Japão, tanto as importações quanto as exportações caíram em torno de 1% no mesmo período.

17:19
Anónimo disse...
Economia Nacional
Lula: juros de crédito consignado a aposentados são altos

Atualizada às 17h29

O presidente Luis Inácio Lula da Silva afirmou nesta terça-feira, em São Paulo, que está lutando para reduzir as taxas de juros cobradas de aposentados em crédito consignado. A Previdência Social estabelece uma taxa máxima de 2,5% para empréstimo e de 3,5% para cartão. Para Lula, os valores são altos.

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"Acho que o juro que os aposentados estão pagando hoje com o crédito consignado é alto para o padrão brasileiro", disse o presidente durante a cerimônia de comemoração dos 86 anos do INSS.

A Previdência anunciou nesta terça-feira que aposentados e trabalhadoras com licença-maternidade poderão receber seus benefícios em 30 minutos. De acordo com Lula, em junho, a aposentadoria do trabalhador rural também será conseguida em meia hora.

Além disso, o presidente anunciou que, também em junho, os trabalhadores que alcançarem o direito à aposentadoria passarão a receber em suas casas um comunicado da Previdência informando o fato e o valor do salário que têm direito a receber. "É um comprometimento público que estou fazendo com os companheiros da Previdência Social", disse.

"Estamos retribuindo ao contribuinte da Previdência Social aquilo que é a cidadania que ele tem direito", afirmou Lula. "Se para cobrar nós somos tão precisos, para devolver o dinheiro, temos que chegar próximo à perfeição", completou.

17:20
Anónimo disse...
Economia Nacional
Salário maternidade sairá em 30 minutos, diz ministro

Toda trabalhadora autônoma que tiver contribuído pelo menos 10 meses com o Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) - ou as que possuírem carteira assinada - poderão receber em 30 minutos o salário maternidade a partir desta terça-feira. Da mesma forma, as mulheres com 30 anos de contribuição e os homens com 35 anos também terão direito ao benefício de forma mais rápida. A informação é do ministro da Previdência Social, José Pimentel.

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Para requerer o salário maternidade, é preciso que as autônomas levem a carteira de identidade e o carnê de contribuição. As demais trabalhadoras devem apresentar a identificação e a carteira de trabalho. Desde o início do mês, a nova forma de análise para a concessão de benefícios foi adotada para a aposentadoria por idade do trabalhador urbano e agora foi estendida para o salário maternidade e por tempo de contribuição.

O ministro disse que a qualificação do serviço da previdência social é o reconhecimento do direito dos trabalhadores e da afirmação da cidadania.

"Até pouco tempo na cabeça do cidadão o serviço devia ser de péssima qualidade. Agora não, nós modificamos toda a legislação no mês de dezembro numa ação conjunta do Congresso Nacional com o governo federal. Estamos implantando e concedendo os benefícios em até 30 minutos", afirmou.

O ministro destacou que para conseguir se aposentar ou ter acesso à licença maternidade em 30 minutos, em primeiro lugar, é necessário que o cidadão esteja vinculado à Previdência, o que inclui 65% da população acima de 16 anos de idade.

"Depois bastar marcar pelo sistema 135 o dia e a hora do atendimento e levar a documentação. Se todos os dados necessários estiverem corretos o contribuinte será atendido em até 30 minutos, como vem sendo feito com as aposentadorias por idade desde o dia cinco de janeiro", explicou.

Pimentel disse ainda que em 90% das agências da previdência social o atendimento é marcado em até 48 horas. Nos grandes centros, entretanto existe um volume maior o que torna mais lento o processo.

"Estamos criando mais 715 agências até 2010, em todo o território nacional, para descentralizar o atendimento. Em 2008, atendemos 295 mil benefícios e aposentadorias por idade. Temos 4 mil pessoas por dia procurando e se aposentando por idade no território nacional. Este serviço será agilizado", concluiu.

17:25
Anónimo disse...
Giuseppe Englaro, pai de Eluana, a italiana que morreu na segunda-feira passada por desidratação, recusou uma grande soma de dinheiro de um conhecido fotógrafo italiano que queria retratar a filha em estado de coma, disse neste sábado o neurologista que atendia a mulher desde 1996, Carlo Defanti.

O neurologista, que participou hoje de uma conferência sobre eutanásia, disse que Englaro respeitou a vontade da filha, que, antes do acidente, tinha pedido que, se lhe ocorresse qualquer coisa irreversível, apresentasse sua imagem de quando estava em boas condições.

Antes de sofrer o acidente de trânsito, em 1992, Eluana viveu o coma de um amigo, Alessandro, o que causou forte impacto na italiana e a levou a fazer o pai prometer que não a deixasse viver em estado vegetativo, disse o próprio Giuseppe Englaro.

Defanti, que dissera que Eluana poderia viver de dez a 12 dias depois da suspensão da alimentação e da hidratação, disse que, como médico, tinha que reprovar esta afirmação.

"Não se pode sobreviver após três ou quatro dias sem líquido e, em particular, água em um corpo. Sabemos bem que, quando há um terremoto, após quatro dias é difícil encontrar sobreviventes".

Defanti ressaltou que Eluana "não falava, não se comunicava com o exterior" e que, após vários exames, "nos deparamos com uma moça que tinha perdido a consciência", porque estava com o córtex cerebral prejudicado.

Eluana foi enterrada na quinta-feira passada no túmulo da família na localidade de Paluzza, em Udine, após um funeral que não contou com a presença dos pais.

16:53
Anónimo disse...
Os bombeiros combatem neste sábado os incêndios na Austrália favorecidos pelo bom tempo, enquanto os deslocados encotram em seu retorno casas derruídas, carros queimados nas ruas e destruição.

Depois de sete dias desde que começaram os incêndios no Estado de Victoria, a lista de mortos chega a 181, os desaparecidos somam 50, os edifícios destruídos totalizam 1,834 mil e o terreno arrasado, principalmente florestas, ocupa uma área de 4,13 mil quilômetros quadrados.

As equipes de bombeiros, formadas por 4 mil profissionais de Victoria, de outras partes da Austrália e de países amigos, combateram hoje 12 focos fora de controle e nenhum representava uma ameaça direta para a população.

O subdiretor do Serviço de Bombeiros, Geoff Conway, disse que este tempo favorável, que se prolongará durante o domingo, permite consolidar as linhas de contenção e avançar na extinção das chamas.

Cinzas apareceram arrastadas por ventos do nordeste sobre Melbourne, onde habitam 3,8 milhões de pessoas, e as autoridades alertaram aos cidadãos do risco para a saúde de idosos, crianças e pessoas com problemas respiratórios.

O número de pessoas deslocadas - a Cruz Vermelha chegou a receber 7 mil - começou a cair com a abertura de algumas localidades atingidas.

Os incêndios, alguns criminosos, começaram em 7 de fevereiro, quando a região sul da Austrália estava há duas semanas sob uma onda de calor sem precedentes.

Na sexta-feira passada, a polícia acusou uma pessoa de ter provocado o incêndio que atingiu a localidade de Churchill e matou 21 pessoas.

16:55
Anónimo disse...
A primeira chuva em seis dias reduziu a ameaça de incêndios no Estado de Victoria, ao sul da Austrália. As autoridades, porém, advertiram que ainda existem 12 focos, mas que nenhum deles ameaça áreas povoadas.

Mais de quatro mil bombeiros, mil provenientes de outras partes do país e de outras nações, trabalham contra o fogo. Cerca de 600 veículos e 28 helicópteros e pequenos aviões estão sendo usados.


Eles conseguiram construir linhas de contenção para evitar os incêndios de Yarra e Maroondah se juntassem. Também foram controlados os incêndios abertos de Yea e Murrindindi, que ameaçavam as comunidades de Connellys Creek, Crystal Creek, Scrubby Creek e Native Dog Creek.

O número de mortos chegou a 181, mas as autoridades acreditam que as vítimas devem passar de 200, já que ainda há muitos desaparecidos.

16:55
Anónimo disse...
Aqui nesta coluna, na semana passada, tive a oportunidade de comentar sobre a recente visita do professor brasileiro Pedrinho Guareschi à Austrália. Não dei, porém, os fatos, pois semana passada o assunto era outro.

Hoje, porém, vamos a eles.

No último dia 4 de fevereiro, aconteceu o Seminário "Paulo Freire: Education and Liberation", organizado pelo centro de estudos latino-americanos da Universidade Nacional da Austrália, ou ANU, como é mais conhecida por aqui.

A ANU, para quem não sabe, está entre as 20 melhores universidades do mundo! E tem sede aqui em Camberra, capital da Austrália.

Na abertura do evento, o professor John Minns, diretor do centro latino-americano, ao dar boas-vindas ao público presente, lembrou ser aquele o primeiro seminário exclusivamente dedicado a Paulo Freire na Austrália.

Em seguida, convidou Pedrinho Guareschi, palestrante principal do Seminário, a fazer sua apresentação.

A plateia pode então conhecer, pelas palavras de Pedrinho, um pouco da obra e da vida de Freire, esse brasileiro de fé e valor, que sempre acreditou na educação, sobretudo dos menos favorecidos, analfabetos, como força libertadora.

Como não podia deixar de ser, os conceitos e ideias revolucionários de Paulo Freire, expostos com clareza por Pedrinho, despertaram o interesse e a curiosidade de plateia. A qual, deve-se notar, era na maioria de estudantes, mas de várias nacionalidades, sobretudo australianos e asiáticos.

Na continuação do programa do seminário, que se estendeu por dois dias, outros professores fizeram palestras sobre temas ligados à obra de Paulo Freire.

Interessante, por exemplo, saber que a professora Anne Hickling-Hudson, jamaicana que mora na Austrália há muitos anos (é professora da ANU), conheceu e trabalhou com Freire num workshop educacional durante a revolução na Ilha de Granada, em 1980, antes da invasão dos Estados Unidos...

Ou, então, a palestra da Professora Gerda Roelvink, da Nova Zelândia, que participou do Fórum Social de Porto Alegre em 2005. E essa participação transformou-se em tema de doutorado.

No dia 10, terça-feira passada, o padre Pedrinho Guareschi voltou a falar ao público australiano em grande auditório localizado no belíssimo campus da ANU. Desta vez, sobre a Teologia da Libertação.

Depois da palestra, John Minns mostrou o filme mexicano "O Crime do Padre Amaro", no qual um dos personagens é um padre católico praticante da Teologia da Libertação.

Mais uma vez, foi grande o intersse da platéia, que pode aprender e conhecer um pouco como se desenvolveu aquele importante movimento católico na América Latina.

Fica, assim, ao Pedrinho, bem como a outros brasileiros estudiosos e de bom coração que saem pelo mundo a divulgar aspectos importantes da cultura brasileira, o respeito e a homenagem desta coluna. E... aquele abraço!

16:57
Anónimo disse...
Amanda Kitts perdeu o braço esquerdo em um acidente de automóvel acontecido três anos atrás, mas hoje em dia ela joga futebol americano com seu filho de 12 anos de idade, troca fraldas e abraça as crianças nas três creches Kiddie Cottage que opera em Knoxville, Tennessee. Kitts, 40 anos, faz tudo isso com a ajuda de um novo tipo de braço artificial que se movimenta com mais facilidade do que outros aparelhos e que ela pode controlar utilizando apenas seus pensamentos.

"Eu sou capaz de mexer a mão, o pulso e o cotovelo ao mesmo tempo", diz. "Você pensa e os músculos se movem em seguida".

A recuperação que ela conseguiu resulta de um novo procedimento que vem atraindo crescente atenção porque permite que pessoas movam braços protéticos de forma mais automática do que faziam no passado, simplesmente utilizando nervos reaproveitados em seus cérebros.

A técnica, conhecida como "renervação muscular dirigida", envolve utilizar os nervos que restam depois da amputação de um braço e conectá-los a outro músculo do corpo, em geral no peito. Eletrodos são instalados sobre os músculos do peito, e operam como se fossem antenas. Quando a pessoa deseja mover o braço, o cérebro envia sinais que primeiro resultam em contração dos músculos do peito, os quais enviam um sinal ao braço protético, instruindo-se a se movimentar. O processo não requer mais esforços consciente do que a pessoa teria de exercitar caso ainda tivesse seu braço natural.

Na terça-feira, pesquisadores reportaram em estudo publicado pela versão online do Journal of the American Medical Association que haviam levado a técnica ainda mais à frente, tornando possível a execução de 10 movimentos de mão, pulso e cotovelo diferentes, o que representa uma substancial melhora com relação ao típico repertório protético, que em geral envolve apenas dobrar o cotovelo, girar o pulso e abrir a mão.

"Os novos métodos tiveram impacto dramático em nosso campo de trabalho", disse Stuart Harshbarger, engenheiro biomédico na Universidade Johns Hopkins e diretor do programa de pesquisa sobre próteses, financiado pelas forças armadas, que inclui o trabalho com essa técnica. "O método já está em uso por médicos e cirurgiões comuns em todo o país. A capacidade de controlar um membro protético bastante robusto que ele confere surpreendeu a todos pela qualidade".

Tipicamente, uma pessoa que tenha um braço protético só é capaz de executar alguns poucos movimentos, e muitas vezes com tamanha lentidão que isso só permite a ela atividades limitadas.

Há um motor separado para cada movimento, diz Gerald Loeb, professor de engenharia biomédica na Universidade do Sul da Califórnia, "e esses motores precisam ser controlados de maneira explícita", usualmente por um esforço consciente da pessoa para contrair músculos nas costas ou no bíceps.

"Essencialmente, até agora os pacientes controlavam apenas um motor de cada vez", diz Loeb, "e precisavam pensar cuidadosamente sobre que motor desejavam controlar e como fazê-lo operar, em lugar de simplesmente pensarem em mover o braço e poderem fazê-lo sem delongas".

Antes que Kitts passasse pelo procedimento de renervação, em outubro de 2007, por exemplo, ela precisava movimentar os músculos de suas costas de determinada maneira para fazer com que seu pulso girasse, e flexionar seu bíceps e tríceps para fazer com que o cotovelo se movesse para cima e para baixo. "Era muito trabalho", ela conta. "E não me ajudava muito".

O procedimento de renervação é parte de uma recente explosão de idéias novas e técnicas inovadoras que estão sendo exploradas enquanto os cientistas se esforçam por ajudar as pessoas a compensar melhor a perda de membros ou problemas de paralisia. O esforço vem sendo alimentado pelo aumento no número de amputações causado por diabetes e por ferimentos sofridos pelos militares, e ao mesmo tempo pelos avanços na tecnologia médica.

Os braços se tornaram um dos focos essenciais desse tipo de trabalho. A ciência há muito vem obtendo sucessos no desenvolvimento de próteses de perna, mas é muito mais difícil imitar a complexidade e a destreza das mãos e dos braços.

Os esforços em curso incluem o desenvolvimento de projetos de pele e braços mais sensíveis e mais flexíveis, e o uso de dispositivos acionados por controles sem fio implantado nos braços protéticos, que permitiriam movimentos mais naturais.

Os pesquisadores também vêm usando sensores implantados nos cérebros de cobaias para permitir que dois macacos controlem um braço mecânico, e um teste com um homem paralítico permitiu, com esse método, que ele movimentasse um cursor em uma tela de computador.

Alguns desses métodos, caso venham a ser aperfeiçoados plenamente e consigam aprovação das autoridades regulatórias da saúde, podem no futuro se tornar mais viáveis para os pacientes de amputações.

E embora a técnica da renervação não requeira aprovação das autoridades regulatórias porque é executada por meios cirúrgicos e emprega aparelhos já existentes, ela apresenta limitações que até mesmo seus criadores reconhecem, entre as quais o fato de que não se pode utilizá-la para todos os pacientes, o seu alto custo e o prazo de meses requerido para que os nervos reconectados cresçam e se tornem efetivos.

Ainda assim, os especialistas dizem que é o mais avançado sistema em uso hoje para pacientes reais que permite que o sistema nervoso controle diretamente o movimento de um braço artificial.

Desde sua introdução por Todd Kuiken, médico fisioterapeuta e engenheiro biomédico do Instituto de Reabilitação de Chicago, o método foi empregado em cerca de 30 pacientes nos Estados Unidos, Canadá e Europa, entre os quais oito soldados feridos no Iraque e no Afeganistão.

Muitos dos pacientes, entre os quais o primeiro, Jesse Sullivan, um operário do setor elétrico no Tennessee que perdeu os dois braços quando foi eletrocutado por um cabo, conseguem não apenas manipular seus braços protéticos mas sentir a presença das mãos que já não têm quando alguém toca em seus peitos.

Sullivan, 62 anos, e Kitts, estavam entre os cinco pacientes que participaram do estudo reportado na terça-feira. Em companhia de cinco outras pessoas que não passaram por amputações, eles receberam os eletrodos e foram instruídos a usar pensamentos para fazer com que um braço virtual na tela reproduzisse 10 movimentos diferentes, entre os quais três formas diferentes de aperto de mão.

Os pacientes apresentaram desempenho bastante respeitável, apenas um pouco mais lento e menos preciso do que os dos participantes que não tinham amputações.

"As velocidades de movimento que encontramos em nossos pacientes foram realmente encorajadoras", disse Kuiken. "Eles conseguiram completar a tarefa. É claro que não foram tão competentes quanto as pessoas dotadas de plena capacidade física, mas foram bons o bastante".

Um braço virtual foi usado porque a maioria das próteses existentes não era capaz de acomodar todos aqueles movimentos, no momento da pesquisa, ainda que Sullivan, Kitts e uma terceira paciente, Claudia Mitchell, tenham experimentado dois novos protótipos mais versáteis de braços artificiais, executando tarefas complexas com bolas de tênis e outros objetos.

O trabalho de renervação em soldados apresenta outros desafios, diz Kuiken, porque os ferimentos militares muitas vezes "causam danos muitos extensos" a nervos, músculos ou ossos.

Daniel Acosta, 25 anos, um aviador ferido pela detonação de uma bomba em uma estrada do Iraque em 2005, passou pelo procedimento no ano passado e diz que seu braço esquerdo protético agora se movimenta "muito mais rápido" e de maneira muito mais natural.

"A diferença é que agora não preciso mais pensar para mover o braço", ele diz. "Ele simplesmente se mexe".

Ainda assim, Acosta, de San Antonio, diz que "o processo foi bastante longo" e que os eletrodos precisam ser ajustados para receber os sinais à medida que os nervos crescem ou mudam de posição.

E embora elogiem o método, os especialistas afirmam que a ciência das próteses de braço ainda tem muito por avançar.

"Trata-se de uma parte crucial, mas ainda assim apenas uma parte, das muitas coisas que compreendem a função normal de um braço", disse Loeb, que escreveu um editorial que acompanha o artigo no Journal of the American Medical Association.

"No momento estamos a meio do caminho entre o braço de 'Dr. Fantástico', que fazia involuntariamente a saudação nazista, e o braço de Luke Skywalker em 'Guerra nas Estrelas', que funciona sem nenhum problema assim que é conectado. Creio que precisaremos ainda de muitos anos para conectar todas as peças necessárias a produzir um braço capaz de funcionar normalmente".

17:04
Anónimo disse...
A Espanha disse neste sábado que está preparando uma reclamação oficial contra a decisão da Venezuela de expulsar um membro do Parlamento Europeu que criticou o conselho eleitoral venezuelano.
Luis Herrero, membro do partido conservador espanhol PP, foi deportado na sexta-feira depois que o Conselho Nacional Eleitoral (CNE) o acusou de questionar a imparcialidade da instituição antes de um referendo que pode permitir ao presidente Hugo Chávez permanecer no cargo indefinidamente.

Herrero estava na Venezuela como observador do referendo. Ele acusou Chávez de ter "comportamentos típicos de um ditador" por pedir a contenção de manifestações da oposição.

O governo da Espanha convocou um encontro com o embaixador da Venezuela em Madri para expressar a desaprovação sobre a expulsão de Herrero, disse um representante do Ministério das Relações Exteriores espanhol.

As relações da Venezuela com a Espanha tiveram seu ponto crítico em 2007, quando Chávez ameaçou rever acordos diplomáticos e comerciais depois de ouvir um "cala a boca" do rei espanhol Juan Carlos durante uma cúpula.

A fenda foi oficialmente reparada em 2008, com uma visita oficial de Chávez à Espanha, onde ele cumprimentou o rei e discutiu acordos para investimento no setor petroquímico com o primeiro-ministro José Luis Rodriguez Zapatero.

17:06
Anónimo disse...
A polícia do Zimbábue anunciou neste sábado que acusa de traição Roy Bennett, dirigente do até agora opositor Movimento para a Mudança Democrática (MDC), detido na sexta-feira, em Harare, poucas horas antes da cerimônia de posse dos membros do novo gabinete.

"A Polícia nos informou que vão apresentar acusações de traição", disse à agência EFE o advogado de defesa de Bennett, Trust Maanda.

"Tentam relacionar Roy com o caso de Mike Hitschmann, que foi detido em 2006 em relação à descoberta de um carregamento de armas, apesar de que Hitschmann não tenha sido declarado culpado das acusações de traição apresentadas contra ele, mas de um crime menor de descumprimento de leis", disse Maanda.

O político opositor, designado por seu partido como vice-ministro de Agricultura no Governo de união nacional, esteve no exílio na vizinha África do Sul desde 2006 e retornou ao Zimbábue há duas semanas.

Segundo a Polícia, que deteve Bennett ontem no aeroporto de Harare quando pretendia ir à África do Sul para visitar sua família, as armas apreendidas em 2006 seriam utilizadas em um golpe de Estado para derrubar o presidente do Zimbábue, Robert Mugabe.

Depois da detenção, Bennet foi levado a Mutar, onde vários simpatizantes do MDC se concentraram em frente à delegacia na qual estava detido, diante do que a Polícia respondeu com tiros para o alto para dispersar os manifestantes.

17:07
Anónimo disse...
Austrália: 14 mil se candidatam a 'emprego dos sonhos'

A secretaria de Turismo de Queensland, na Austrália, informou que até esta segunda-feira já recebeu cerca de 14 mil inscrições para o "o melhor emprego do mundo". O Estado australiano promove pela internet seleção para vaga de "zelador" da ilha Hamilton, por seis meses com um salário de R$ 40 mil.

Muitos candidatos tiveram problemas durante a inscrição por conta dos acessos simultâneos ao site. A secretaria aconselha enviar os vídeos de 60s explicando porque deve ser escolhido em horários alternativos do dia, além de recomendar tamanho em torno de 40MB.

As inscrições começaram em 12 de janeiro e vão até o próximo dia 22 e podem ser feitas pelo site www.islandreefjob.com. O governo australiano escolherá 50 candidatos para a próxima fase da seleção, que terá votos do público para eleger um dos 11 finalistas.

A última fase terá entrevistas e desafios físicos, no próprio local de trabalho: as ilhas da Grande Barreira Coralina - o maior recife de coral do mundo. A secretaria de Turismo anunciará o vencedor no dia 6 de maio.

17:09
Anónimo disse...
Mercado elogia governo na crise, mas pede maior queda no juro

Peter Fussy
Direto de São Paulo

Desde as primeiras medidas anunciadas para combater os efeitos da crise, o governo brasileiro avisou que a estratégia não contemplaria um pacote. Seriam doses pontuais, de acordo com a necessidade da economia diante do agravamento das turbulências. Da primeira liberação dos depósitos compulsórios em setembro até a ampliação do seguro-desemprego na última quarta-feira, o governo passou por redução de impostos, ampliação de crédito e incentivos à exportação. Quase 150 dias após a primeira medida, o Terra conversou com líderes do setor público e privado, representantes dos trabalhadores, acadêmicos e com o próprio governo para saber quais destas ações foram mais eficazes, quais foram mais ineficientes e o que mais pode ser feito pelo Estado brasileiro contra a crise.

Os maiores elogios foram direcionados à atitude de reduzir o Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) para a indústria automobilística, anunciada em dezembro e que fez com que os emplacamentos de carros novos subissem 1,9% no primeiro mês do ano em relação a dezembro de 2008. Já as maiores críticas foram para a lentidão no corte da taxa básica de juro do País.

Para o presidente do conselho administrativo do Grupo Pão de Açúcar, Abílio Diniz, o Estado não é responsável pela crise e mesmo assim está agindo "com extrema serenidade e muito acerto". "O governo está atento, fazendo a sua parte. É preciso coragem de baixar firmemente a taxa de juros. É uma arma que temos a nosso favor, já que não há clima para inflação, nem possibilidade de danos para a macroeconomia", afirmou Diniz.

Na última reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), em janeiro, a taxa Selic foi reduzida em um ponto percentual, de 13,75% para 12,75% ao ano. Porém, o professor de economia da Universidade de Brasília (UnB) José Luiz Oreiro lembra que este corte representa uma redução de apenas 0,25 ponto percentual com relação à taxa de setembro do ano passado, quando a crise se agravou.

"Pouco antes da eclosão da crise, o Banco Central aumentou a taxa em 0,75 ponto. Foram cinco meses de demora para reduzir em termos líquidos apenas 0,25 ponto", afirmou o economista, que também sugeriu redução do intervalo de cerca de 90 dias entre as reuniões do Copom e o corte de pelo menos um 1 ponto percentual em cada reunião.

Mesmo com o corte de janeiro, a taxa de juros real continua sendo a maior do mundo, lembrou o secretário-geral da Força Sindical, João Carlos Gonçalves, o Juruna. "A redução da taxa de juro ainda é pequena, porque ela continua uma das mais altas do mundo. Falta ousadia para baixar os juros e ajudar o cidadão. A permanência da taxa de juro alta é negativa para o País em meio a crise", afirmou Juruna.

Embora aprove as ações do governo, o senador Aloízio Mercadante (PT-SP) também acredita que o patamar da Selic está muito alto. "Sempre fomos os primeiros a entrar em qualquer crise, o que não aconteceu agora. A taxa Selic ainda é muito alta, mas o governo têm tomado medidas acertadas, como o aumento do salário mínimo, mesmo com um cenário de crise. Isso ajuda a movimentar o consumo. O governo está se esforçando para manter os investimentos e o crescimento", disse.

Tributos
De acordo com o economista Fabio Pina, da Fecomercio-SP, as ações mais positivas estão relacionadas à redução de tributos para alguns segmentos, como a indústria automobilística, que recuperou parte da queda nas vendas em janeiro com a isenção do IPI para carros 1.0 l e o corte para demais motorizações. A medida vale até o final de março.

"Essas medidas não só reduziram o preço, mas anteciparam o consumo daqueles que iriam comprar no futuro, dando um prêmio por conta da insegurança. Mexe diretamente com o principal problema que é a confiança do consumidor", afirmou. Juruna destacou que um bom ritmo de vendas é garantia de emprego. "É importante porque cada emprego na montadora significa 19 na cadeia produtiva", comentou o representante da Força Sindical.

Também em dezembro, o governo decidiu cortar pela metade a alíquota do Imposto de Renda para contribuintes que ganham entre R$ 1.434 e R$ 2.150 mensais. "O salário aumentava e a tabela não se modificava. As pessoas ganhavam mais e pagavam mais impostos", apontou Juruna. Outra redução de tributos do governo foi com relação ao Imposto sobre Operações Financeiras (IOF), que caiu de 3% ao ano para 1,5%.

Crédito
Na segunda metade de 2008, o colapso de bancos nos Estados Unidos por conta da crise do subprime provocou uma forte restrição de crédito no mundo inteiro. Uma das primeiras medidas anticrise do governo teve como objetivo restabelecer a oferta, com mudanças no recolhimento dos depósitos compulsórios por parte dos bancos. Segundo o presidente do Banco Central, Henrique Meirelles, as diversas modificações liberaram US$ 99,2 bilhões aos bancos até o final de janeiro.

Além disso, o governo concedeu R$ 36 bilhões das reservas internacionais para empresas brasileiras com dívidas no exterior e uma medida provisória autorizou o Banco do Brasil e a Caixa Econômica Federal a comprar carteiras de crédito de bancos privados. Para o diretor do Departamento de Pesquisas e Estudos Econômicos da Fiesp, Paulo Francini, estas medidas foram essenciais para combater os efeitos da crise.

"A crise se desenvolve no mundo em torno do tema crédito. E o crédito reduziu-se barbaridade no mundo. Então o governo lança mão de compulsório, lança mão de reservas, de medidas que permitem aos bancos comprar carteiras de bancos. Você vai tomando várias medidas para atender às demandas e o epicentro disso é crédito", afirmou.

No entanto, Oreiro, da UnB, adverte que a liberação dos compulsórios seria mais eficiente acompanhada de redução mais agressiva da taxa básica de juro. "Uma parte do crédito voltou, depois da forte retração em outubro e novembro. O que deveria ter sido feito junto à liberação do compulsório era uma redução mais drástica da taxa de juro. Sem isso, os bancos pegam as reservas e acabam comprando títulos públicos", explicou o economista.

Na opinião de Pina, as ações de distribuição de crédito via redução do compulsório e a disposição de capital de giro para empresas foram tomadas sem um cuidado maior na operação e não tiveram muito efeito. "O BNDES tem linhas que ficam paradas quase todo o ano, agora é pior ainda. Existem os recursos, mas as empresas e os bancos estão desconfiados. É preciso fazer com que os bancos tenham interesse em emprestar", afirmou o economista da Fecomercio-SP.

Futuro
Mesmo com todas essas medidas, a crise financeira ainda gera incertezas nos setores produtivos do País. Nos últimos meses, o medo do desemprego fez os consumidores adiarem compras. Por sua vez, a queda nas vendas pode obrigar as indústrias a cortarem a produção e demitir funcionários. Contra isso, empresários sugerem redução de jornada e de salários.

"Isto está previsto em lei. A Fiesp simplesmente manteve conversações com entidades sindicais quanto à aplicação daquilo que já está previsto em lei", afirmou Francini.

Segundo a ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff, uma das medidas que assegura um nível de emprego é a manutenção de investimentos no Programa de Aceleração do Crescimento (PAC). "Estamos esperando que a dificuldade ocorra em janeiro, fevereiro e março. Estamos certos que vamos manter o nível de investimento. É isso que funciona, é isso que significa investimento público. Ele funciona como um colchão. Por isso, nós colocamos R$ 100 bilhões no BNDES e a Petrobras ampliou o seu investimento em R$ 120 bilhões", afirmou.

Na mesma linha, Pina explica que a antecipação de gastos do governo substitui parte da demanda retraída do setor privado. "Ele dá o seguinte recado: não vou estourar as contas públicas, mas concentrar em um momento em que a demanda privada está pequena. Mas o governo não tem fôlego suficiente para fazer o papel de toda demanda", ressaltou. O economista da Fecomercio lembrou que a entidade já pleiteou junto ao governo isenções para transferência de imóveis e de automóveis, além de retirar o IPVA para veículos novos.

Já Oreiro foca suas propostas na capitalização do Banco do Brasil e da Caixa Econômica Federal pelo Tesouro para atender a demanda de crédito para capital de giro e reduzir o spread. "Aumentando o empréstimo e reduzindo as taxas, os dois vão forçar os bancos privados a acompanhar o movimento, até para não perderem participação no mercado", explicou o economista da UnB.

Até o Carnaval, o governou prometeu detalhar um pacote de incentivos para a construção de até um milhão de casas populares, direcionado a famílias com renda de até dez salários mínimos. "Estamos atentos a tudo o que está acontecendo e novas medidas serão tomadas caso haja uma avaliação de que sejam necessárias", disse o ministro da Fazenda, Guido Mantega, na última sexta-feira.

17:11
Anónimo disse...
Ex-ministro critica extensão do seguro-desemprego

Atualizada às 09h03

O ex-ministro do Trabalho Almir Pazzianotto criticou a decisão do governo federal de conceder o seguro-desemprego estendido a apenas alguns setores. "É certamente odioso e provavelmente inconstitucional", disse Pazzianotto, de acordo com o jornal O Estado de S. Paulo.

Na última qurta, dia do anúncio da medida, centrais sindicais elogiaram a atitude do governo. A Força Sindical divulgou nota dizendo que "o aumento ajudará a aquecer parte da economia, já que irá gerar mais consumo, produção e conseqüentemente, a criação de novos postos de trabalho". A União Geral dos Trabalhadores (UGT) afirmou que a medida "contribuirá para minimizar o drama dos trabalhadores que perderem seu emprego por conta da crise".

O ex-ministro, que instituiu o seguro-desemprego no País no governo de José Sarney, destacou a necessidade de as centrais sindicais se manifestarem contra a determinação. Para ele, as mudanças devem ser aplicadas a todas as categorias profissionais e a distinção é contrária ao artigo 3º da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT).

Pazzianotto atribui a medida a um possível temor do governo de que a crise econômica seja longa e não haja dinheiro para atender a todas as necessidades. Ainda assim, ele se mostra contrário ao método de concessão. "O seguro-desemprego ajuda a sanar necessidades básicas. Estendê-lo é paliativo, não a solução", disse ao jornal.

De acordo com o presidente do Conselho Deliberativo do Fundo de Amparo ao Trabalhador (Codefat) e conselheiro da Força Sindical, Luiz Fernando Emediato, a determinação já estava prevista na lei 8.900/94, que trata do seguro-desemprego.

O presidente da Comissão de Trabalho da Câmara, Pedro Fernandes (PTB-MA) vai além na crítica à concessão do seguro para apenas alguns setores. Ele acredita que a ampliação do benefício estimula o desemprego.

Quintino Severo, secretário geral da Central Única dos Trabalhadores (CUT), lembra que a ampliação do benefício sem critério e identificação pode incentivar demissões em outros setores.

17:13
Anónimo disse...
Empresas
TAM faz promoção para destinos internacionais

A companhia aérea TAM anunciou nesta sexta-feira tarifas promocionais para trechos internacionais. Os preços valem para bilhetes comprados entre 6h deste sábado e 23h59 deste domingo e são válidos para classe econômica. As tarifas, para ida e volta, serão vendidas a partir de US$ 99, mais taxas.

Segundo a aérea, a promoção vale para viagens feitas no período de 14 de fevereiro a 18 de junho de 2009. Para destinos na América do Sul, a permanência mínima é de dois dias; para bilhetes com destino nos Estados Unidos, cinco dias; e Europa, sete dias. A permanência máxima para as passagens para América do Sul e EUA é de dois meses e para Europa, três meses.

Entre os exemplos de tarifas promocionais, a TAM oferece São Paulo-Lima por US$ 99. Bilhetes para a rota São Paulo-Santiago serão vendidos a partir de US$ 199 e São Paulo-Nova York, US$ 799.

A emissão dos bilhetes deve ser feita obrigatoriamente no ato da reserva, obedecendo às regras estipuladas pela companhia. A compra está sujeita à disponibilidade de assentos nas classes tarifárias determinadas, trechos, horários e datas. A TAM afirmou que também há tarifas promocionais para a classe executiva.

Mais informações podem ser encontradas no site promocional (www.ofertastam.com.br), no site da empresa (www.tam.com.br) ou pelos telefones 4002-5700 ou 0800 5705700.

17:13
Anónimo disse...
Empresas
Consultoria negocia compra do parque temático Hopi Hari

A consultoria especializada em reestruturação de empresas Íntegra Associados informou nesta sexta-feira ter um acordo para comprar o parque de diversões Hopi Hari, localizado no interior de São Paulo. A empresa estaria disposta a investir R$ 10 milhões no parque, que tem dívida estimada em R$ 800 milhões. As informações são da edição deste sábado do jornal Folha de S. Paulo.

De acordo com o jornal, a transação ainda depende da negociação entre o Hopi Hari e seus credores, o que já estaria em andamento.

A consultoria paulista já atuou junto à Parmalat, durante 30 meses, quando reorganizou a gestão da empresa italiana.

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17:14
Anónimo disse...
Empresas
Disney de Tóquio contratará mais 2 mil apesar da crise


A Oriental Land, o operador da Disneylândia Tóquio e DisneySea, organizou neste domingo entrevistas para contratar cerca de 2 mil trabalhadores em tempo parcial, em um momento de grandes demissões deste tipo de empregados no Japão.

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O operador deste parque temático, situado em Urayasu, na província de Chiba (leste de Tóquio), está em pleno processo de seleção de empregados para 20 tipos de postos trabalhistas diferentes.

Segundo a companhia, citada pela agência local de notícias Kyodo, o parque contratará novos trabalhadores para as atrações, para os restaurantes e guardas de segurança entre outros. Os novos contratados começarão a trabalhar a partir de fevereiro.

O processo de seleção acontece em um momento em que a maioria das grandes companhias japonesas começaram a se ver obrigadas a despedir uma elevada percentagem de seus trabalhadores temporários e a tempo parcial.

Algumas inclusive anunciaram demissões de seus trabalhadores fixos, uma medida muito pouco comum nas companhias japonesas, perante os efeitos piores que o esperado pela crise econômica global.

Cerca de uma centena de pessoas esperavam desde a primeira hora desta manhã a abertura do centro de conferências Tokyo International Forum, onde as entrevistas estão sendo feitas, para ser os primeiros a solicitar os postos de trabalho.


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17:15
Anónimo disse...
Economia Internacional
Senado dos EUA aprova plano de estímulo à economia

O Senado dos Estados Unidos aprovou com 60 votos a favor e 38 contra o plano de estímulo à economia de US$ 787 bilhões na madrugada deste sábado. Agora, ele segue para sanção ou veto do presidente Barack Obama, que espera colocar a lei em prática até o dia 16 de fevereiro.

O plano prevê a criação de três milhões de empregos, inclui cortes de impostos às famílias, fundos para programas sociais e obras públicas, além de ajuda aos governos estaduais, estudantes e desempregados.

A cláusula Buy American - que exige o uso de ferro, aço e produtos manufaturados dos Estados Unidos em obras realizadas com recursos do pacote - ficou de lado. Segundo o texto definitivo, a cláusula será aplicada sem violar as normas do comércio internacional.

Ontem à tarde, a Câmara de Representantes (deputados) havia aprovado, por 246 votos a favor e 183 contra, a versão final do plano. Todos os republicanos foram contrários ao pacote.

Pelo acordo de quarta-feira entre Câmara e Senado, em vez de custar US$ 819 bilhões, como queriam os deputados, ou US$ 838 bilhões como pretendiam os senadores, o pacote ficou em cerca de US$ 787 bilhões, com 65% desse total destinado a gastos do governo federal e 35%, a créditos tributários.

17:16
Anónimo disse...
Economia nacional
Na era Lula, aposentadoria sobe 54% menos que salário mínimo

Thatiane Faria
Especial para o Terra
Direto de São Paulo

Os índices de reajustes concedidos pelo governo em 2009 para aposentados e pensionistas e para o salário mínimo repetiram uma diferença que, só durante o governo de Luiz Inácio Lula da Silva, já chega a 54%. Enquanto o mínimo foi majorado em 12% este ano, as pensões e aposentadorias tiveram aumento de 5,92%. Aposentados que têm o benefício do governo como única fonte de renda reclamam que perdem poder de compra e que sua cesta de compras é composta por itens que aumentam mais em relação à inflação oficial.

Um exemplo prático pode ser entendido a partir da comparação entre um aposentado que ganhava R$ 600 em janeiro de 2003. Na época, o benefício era três vezes, ou 200%, maior que o valor do mínimo em vigência, que era de R$ 200. Aplicando-se os índices de reajuste para aposentadorias e para o mínimo durante os últimos seis anos, o mesmo aposentado estaria recebendo hoje R$ 938,47, comparado a um salário mínimo de R$ 465. A diferença entre os dois valores caiu para pouco mais de 100%.

Enquanto o índice acumulado de reajuste para a aposentadoria durante o governo Lula foi de 60%, para o salário mínimo está em 132%.

O diretor do Sindicato Nacional dos Aposentados, João Inocentini, reclama que os valores dos benefícios para aposentadorias não mantêm o poder de compra do grupo, principalmente dos aposentados que recebem menos que dez salários mínimos.

Nem mesmo o fato de o índice de reajuste das aposentadorias ter ficado acima da inflação acumulada no mesmo período (o IPCA entre janeiro de 2003 e janeiro de 2009 foi de 39,7%) serve de argumento, segundo os aposentados.

"Os idosos, principalmente, têm gastos além das contas gerais como gás, telefone e aluguel. Para eles o custo com remédios, e outros itens da área saúde costuma ser maior", afirmou Inocentini.

O presidente do sindicato afirmou que o grupo realiza um estudo com 100 itens de necessidade de um idoso para comparar o aumento dos produtos com o índice de reajuste do benefício recebido pelos aposentados.

"Daqui dois meses vamos abrir um processo na Justiça e levar essa pesquisa como prova. Segundo a lei, o governo é obrigado a manter o poder de compra com a aposentadoria", disse Inocentini.

Alternativas
O consultor financeiro Cláudio Boriola diz que os aposentados, especialmente nesse momento de crise econômica, devem evitar compras parceladas, pesquisar preços, negociar e fazer bom planejamento financeiro.

Segundo Boriola, alguns aposentados ganham um valor mensal muitas vezes insuficiente para o pagamento das contas e acabam pedindo crédito ou realizando pagamentos a prazo e são obrigados a pagar juros altos.

Na opinião do consultor, pagar uma previdência privada é uma alternativa indicada para quem ainda trabalha, considerando a característica de perda de poder de compra da aposentadoria.

"Na prática, infelizmente os valores encontram-se em um patamar que está deteriorando o poder de aquisição da população brasileira", completou Boriola.

De acordo com o diretor da Confederação Brasileira de Aposentados e Pensionistas (Cobap), Vicente Fernandes Barbosa, representantes dos aposentados tentarão um encontro com o presidente da Câmara, deputado Michel Temer (PMDB-SP), para discutir projetos que minimizem a perda dos aposentados

17:17
Anónimo disse...
Previdência
Previdência prorroga isenção de tarifas no benefício

O atual sistema de pagamento aos 26 milhões de aposentados e pensionistas do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) será mantido até o final deste ano. O acordo, que permite realizar a operação sem nenhum custo aos beneficiários, foi renovado nesta sexta-feira, entre o governo federal e 21 instituições financeiras.

Por meio desse acordo, vigente desde setembro de 2007, nem os segurados, nem os bancos e nem o governo arcam com o pagamento de tarifas, conforme explicou o ministro da Previdência Social, José Pimentel. A prorrogação vale até dezembro, data máxima para que a Previdência defina as regras para um novo contrato.

Ao assinar o termo de renovação, na sede da Federação Brasileira dos Bancos (Febraban), o ministro disse que a intenção do governo é mudar o atual modelo de gestão visando a reduzir os custos dessas operações em torno da folha mensal, que atinge R$ 15,8 bilhões. No entanto, qualquer alteração, conforme explicou, passará antes por audiências públicas a serem realizadas a partir do segundo semestre deste ano, atendendo a determinação do Tribunal de Contas da União (TCU).

De acordo com Pimentel, com um redesenho do mecanismo de repasse dos recursos aos bancos em torno da folha de pagamento dos segurados o que se busca é um aumento da participação de instituições financeiras. Ele informou que, desde 2007, cada benefício custa em média R$ 1,07 ao governo. "Quanto mais instituições financeiras estiverem prestando serviços à sociedade, maior é a competitividade, a agilidade no atendimento", justificou.

O ministro observou, ainda, que, para permitir uma redução para algo em torno de meia hora no tempo de atendimento para a concessão dos direitos previdenciários, o governo investiu R$ 280 milhões.

Questionado sobre o descontentamento dos segurados que ganham acima de um salário mínimo terem obtido apenas a correção com base na variação do Índice de Preços ao Consumidor (INPC) , ficando abaixo do reajuste dado a quem recebe apenas o mínimo, Pimentel argumentou que o governo seguiu o que determina a lei e descartou a possibilidade de uma revisão

17:17
Anónimo disse...
Empresas
Caterpillar oferece aposentadoria antecipada a 2 mil


A companhia americana Caterpillar ofereceu a cerca de dois mil funcionários incentivos para que se aposentem de forma voluntária antes do previsto, pela perspectiva de uma queda "significativa" da atividade industrial, informou nesta quarta-feira a empresa.

A iniciativa, destinada aos trabalhadores de diversas fábricas em Illinois, Colorado, Tennessee e Pensilvânia, se soma aos cortes de empregos anunciados em janeiro, explicou em comunicado de imprensa.

A empresa, a maior fabricante mundial de maquinaria pesada para a construção e a mineração, acrescentou que, "em função das condições de negócio, podem ser necessárias mais reduções de elenco voluntárias e involuntárias à medida que o ano avança".

O vice-presidente da companhia, Sid Banwart, explicou que a empresa prevê "demissões significativas em todas as regiões geográficas e na maioria dos setores devido às dificuldades da economia mundial".

17:18
Anónimo disse...
Comércio
Comércio exterior da OCDE caiu no 3º trimestre de 2008


As exportações e as importações dos países da Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Econômico (OCDE) caíram 1,6% e 0,2%, respectivamente, no terceiro trimestre de 2008, em relação aos três meses anteriores.

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Trata-se da primeira queda destas atividades desde o terceiro trimestre de 2006, segundo o último relatório trimestral sobre fluxos comerciais divulgado pela OCDE.

As exportações e as importações em dólares dos 30 Estados-membros caíram 15,6% e 17%, respectivamente, na comparação anualizada.

Por sua vez, o comércio dos sete países mais ricos do mundo (G7) teve um pequeno crescimento no terceiro trimestre de 2008 com uma queda das exportações de mercadorias de 0,2% em relação ao trimestre anterior e um aumento de 0,4% das importações.

Em termos anualizados, as importações do G7 caíram 1,4% entre julho e setembro do ano passado, seu primeiro retrocesso desde o terceiro trimestre de 2006, enquanto as exportações aumentaram 1,9%, seu crescimento mais baixo no mesmo tempo.

Por países, a Alemanha aumentou suas importações em 3,4% - valor mais alto do G7 -, enquanto suas exportações caíram 2,9% do segundo para o terceiro trimestre de 2008.

Pelo contrário, as exportações americanas aumentaram 1,8% entre julho e setembro de 2008, enquanto as importações caíram 0,7% em relação ao trimestre anterior. No Japão, tanto as importações quanto as exportações caíram em torno de 1% no mesmo período.

17:19
Anónimo disse...
Economia Nacional
Lula: juros de crédito consignado a aposentados são altos

Atualizada às 17h29

O presidente Luis Inácio Lula da Silva afirmou nesta terça-feira, em São Paulo, que está lutando para reduzir as taxas de juros cobradas de aposentados em crédito consignado. A Previdência Social estabelece uma taxa máxima de 2,5% para empréstimo e de 3,5% para cartão. Para Lula, os valores são altos.

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"Acho que o juro que os aposentados estão pagando hoje com o crédito consignado é alto para o padrão brasileiro", disse o presidente durante a cerimônia de comemoração dos 86 anos do INSS.

A Previdência anunciou nesta terça-feira que aposentados e trabalhadoras com licença-maternidade poderão receber seus benefícios em 30 minutos. De acordo com Lula, em junho, a aposentadoria do trabalhador rural também será conseguida em meia hora.

Além disso, o presidente anunciou que, também em junho, os trabalhadores que alcançarem o direito à aposentadoria passarão a receber em suas casas um comunicado da Previdência informando o fato e o valor do salário que têm direito a receber. "É um comprometimento público que estou fazendo com os companheiros da Previdência Social", disse.

"Estamos retribuindo ao contribuinte da Previdência Social aquilo que é a cidadania que ele tem direito", afirmou Lula. "Se para cobrar nós somos tão precisos, para devolver o dinheiro, temos que chegar próximo à perfeição", completou.

17:20
Anónimo disse...
Economia Nacional
Salário maternidade sairá em 30 minutos, diz ministro

Toda trabalhadora autônoma que tiver contribuído pelo menos 10 meses com o Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) - ou as que possuírem carteira assinada - poderão receber em 30 minutos o salário maternidade a partir desta terça-feira. Da mesma forma, as mulheres com 30 anos de contribuição e os homens com 35 anos também terão direito ao benefício de forma mais rápida. A informação é do ministro da Previdência Social, José Pimentel.

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Para requerer o salário maternidade, é preciso que as autônomas levem a carteira de identidade e o carnê de contribuição. As demais trabalhadoras devem apresentar a identificação e a carteira de trabalho. Desde o início do mês, a nova forma de análise para a concessão de benefícios foi adotada para a aposentadoria por idade do trabalhador urbano e agora foi estendida para o salário maternidade e por tempo de contribuição.

O ministro disse que a qualificação do serviço da previdência social é o reconhecimento do direito dos trabalhadores e da afirmação da cidadania.

"Até pouco tempo na cabeça do cidadão o serviço devia ser de péssima qualidade. Agora não, nós modificamos toda a legislação no mês de dezembro numa ação conjunta do Congresso Nacional com o governo federal. Estamos implantando e concedendo os benefícios em até 30 minutos", afirmou.

O ministro destacou que para conseguir se aposentar ou ter acesso à licença maternidade em 30 minutos, em primeiro lugar, é necessário que o cidadão esteja vinculado à Previdência, o que inclui 65% da população acima de 16 anos de idade.

"Depois bastar marcar pelo sistema 135 o dia e a hora do atendimento e levar a documentação. Se todos os dados necessários estiverem corretos o contribuinte será atendido em até 30 minutos, como vem sendo feito com as aposentadorias por idade desde o dia cinco de janeiro", explicou.

Pimentel disse ainda que em 90% das agências da previdência social o atendimento é marcado em até 48 horas. Nos grandes centros, entretanto existe um volume maior o que torna mais lento o processo.

"Estamos criando mais 715 agências até 2010, em todo o território nacional, para descentralizar o atendimento. Em 2008, atendemos 295 mil benefícios e aposentadorias por idade. Temos 4 mil pessoas por dia procurando e se aposentando por idade no território nacional. Este serviço será agilizado", concluiu.

17:26
Anónimo disse...
Giuseppe Englaro, pai de Eluana, a italiana que morreu na segunda-feira passada por desidratação, recusou uma grande soma de dinheiro de um conhecido fotógrafo italiano que queria retratar a filha em estado de coma, disse neste sábado o neurologista que atendia a mulher desde 1996, Carlo Defanti.

O neurologista, que participou hoje de uma conferência sobre eutanásia, disse que Englaro respeitou a vontade da filha, que, antes do acidente, tinha pedido que, se lhe ocorresse qualquer coisa irreversível, apresentasse sua imagem de quando estava em boas condições.

Antes de sofrer o acidente de trânsito, em 1992, Eluana viveu o coma de um amigo, Alessandro, o que causou forte impacto na italiana e a levou a fazer o pai prometer que não a deixasse viver em estado vegetativo, disse o próprio Giuseppe Englaro.

Defanti, que dissera que Eluana poderia viver de dez a 12 dias depois da suspensão da alimentação e da hidratação, disse que, como médico, tinha que reprovar esta afirmação.

"Não se pode sobreviver após três ou quatro dias sem líquido e, em particular, água em um corpo. Sabemos bem que, quando há um terremoto, após quatro dias é difícil encontrar sobreviventes".

Defanti ressaltou que Eluana "não falava, não se comunicava com o exterior" e que, após vários exames, "nos deparamos com uma moça que tinha perdido a consciência", porque estava com o córtex cerebral prejudicado.

Eluana foi enterrada na quinta-feira passada no túmulo da família na localidade de Paluzza, em Udine, após um funeral que não contou com a presença dos pais.

16:53
Anónimo disse...
Os bombeiros combatem neste sábado os incêndios na Austrália favorecidos pelo bom tempo, enquanto os deslocados encotram em seu retorno casas derruídas, carros queimados nas ruas e destruição.

Depois de sete dias desde que começaram os incêndios no Estado de Victoria, a lista de mortos chega a 181, os desaparecidos somam 50, os edifícios destruídos totalizam 1,834 mil e o terreno arrasado, principalmente florestas, ocupa uma área de 4,13 mil quilômetros quadrados.

As equipes de bombeiros, formadas por 4 mil profissionais de Victoria, de outras partes da Austrália e de países amigos, combateram hoje 12 focos fora de controle e nenhum representava uma ameaça direta para a população.

O subdiretor do Serviço de Bombeiros, Geoff Conway, disse que este tempo favorável, que se prolongará durante o domingo, permite consolidar as linhas de contenção e avançar na extinção das chamas.

Cinzas apareceram arrastadas por ventos do nordeste sobre Melbourne, onde habitam 3,8 milhões de pessoas, e as autoridades alertaram aos cidadãos do risco para a saúde de idosos, crianças e pessoas com problemas respiratórios.

O número de pessoas deslocadas - a Cruz Vermelha chegou a receber 7 mil - começou a cair com a abertura de algumas localidades atingidas.

Os incêndios, alguns criminosos, começaram em 7 de fevereiro, quando a região sul da Austrália estava há duas semanas sob uma onda de calor sem precedentes.

Na sexta-feira passada, a polícia acusou uma pessoa de ter provocado o incêndio que atingiu a localidade de Churchill e matou 21 pessoas.

16:55
Anónimo disse...
A primeira chuva em seis dias reduziu a ameaça de incêndios no Estado de Victoria, ao sul da Austrália. As autoridades, porém, advertiram que ainda existem 12 focos, mas que nenhum deles ameaça áreas povoadas.

Mais de quatro mil bombeiros, mil provenientes de outras partes do país e de outras nações, trabalham contra o fogo. Cerca de 600 veículos e 28 helicópteros e pequenos aviões estão sendo usados.


Eles conseguiram construir linhas de contenção para evitar os incêndios de Yarra e Maroondah se juntassem. Também foram controlados os incêndios abertos de Yea e Murrindindi, que ameaçavam as comunidades de Connellys Creek, Crystal Creek, Scrubby Creek e Native Dog Creek.

O número de mortos chegou a 181, mas as autoridades acreditam que as vítimas devem passar de 200, já que ainda há muitos desaparecidos.

16:55
Anónimo disse...
Aqui nesta coluna, na semana passada, tive a oportunidade de comentar sobre a recente visita do professor brasileiro Pedrinho Guareschi à Austrália. Não dei, porém, os fatos, pois semana passada o assunto era outro.

Hoje, porém, vamos a eles.

No último dia 4 de fevereiro, aconteceu o Seminário "Paulo Freire: Education and Liberation", organizado pelo centro de estudos latino-americanos da Universidade Nacional da Austrália, ou ANU, como é mais conhecida por aqui.

A ANU, para quem não sabe, está entre as 20 melhores universidades do mundo! E tem sede aqui em Camberra, capital da Austrália.

Na abertura do evento, o professor John Minns, diretor do centro latino-americano, ao dar boas-vindas ao público presente, lembrou ser aquele o primeiro seminário exclusivamente dedicado a Paulo Freire na Austrália.

Em seguida, convidou Pedrinho Guareschi, palestrante principal do Seminário, a fazer sua apresentação.

A plateia pode então conhecer, pelas palavras de Pedrinho, um pouco da obra e da vida de Freire, esse brasileiro de fé e valor, que sempre acreditou na educação, sobretudo dos menos favorecidos, analfabetos, como força libertadora.

Como não podia deixar de ser, os conceitos e ideias revolucionários de Paulo Freire, expostos com clareza por Pedrinho, despertaram o interesse e a curiosidade de plateia. A qual, deve-se notar, era na maioria de estudantes, mas de várias nacionalidades, sobretudo australianos e asiáticos.

Na continuação do programa do seminário, que se estendeu por dois dias, outros professores fizeram palestras sobre temas ligados à obra de Paulo Freire.

Interessante, por exemplo, saber que a professora Anne Hickling-Hudson, jamaicana que mora na Austrália há muitos anos (é professora da ANU), conheceu e trabalhou com Freire num workshop educacional durante a revolução na Ilha de Granada, em 1980, antes da invasão dos Estados Unidos...

Ou, então, a palestra da Professora Gerda Roelvink, da Nova Zelândia, que participou do Fórum Social de Porto Alegre em 2005. E essa participação transformou-se em tema de doutorado.

No dia 10, terça-feira passada, o padre Pedrinho Guareschi voltou a falar ao público australiano em grande auditório localizado no belíssimo campus da ANU. Desta vez, sobre a Teologia da Libertação.

Depois da palestra, John Minns mostrou o filme mexicano "O Crime do Padre Amaro", no qual um dos personagens é um padre católico praticante da Teologia da Libertação.

Mais uma vez, foi grande o intersse da platéia, que pode aprender e conhecer um pouco como se desenvolveu aquele importante movimento católico na América Latina.

Fica, assim, ao Pedrinho, bem como a outros brasileiros estudiosos e de bom coração que saem pelo mundo a divulgar aspectos importantes da cultura brasileira, o respeito e a homenagem desta coluna. E... aquele abraço!

16:57
Anónimo disse...
Amanda Kitts perdeu o braço esquerdo em um acidente de automóvel acontecido três anos atrás, mas hoje em dia ela joga futebol americano com seu filho de 12 anos de idade, troca fraldas e abraça as crianças nas três creches Kiddie Cottage que opera em Knoxville, Tennessee. Kitts, 40 anos, faz tudo isso com a ajuda de um novo tipo de braço artificial que se movimenta com mais facilidade do que outros aparelhos e que ela pode controlar utilizando apenas seus pensamentos.

"Eu sou capaz de mexer a mão, o pulso e o cotovelo ao mesmo tempo", diz. "Você pensa e os músculos se movem em seguida".

A recuperação que ela conseguiu resulta de um novo procedimento que vem atraindo crescente atenção porque permite que pessoas movam braços protéticos de forma mais automática do que faziam no passado, simplesmente utilizando nervos reaproveitados em seus cérebros.

A técnica, conhecida como "renervação muscular dirigida", envolve utilizar os nervos que restam depois da amputação de um braço e conectá-los a outro músculo do corpo, em geral no peito. Eletrodos são instalados sobre os músculos do peito, e operam como se fossem antenas. Quando a pessoa deseja mover o braço, o cérebro envia sinais que primeiro resultam em contração dos músculos do peito, os quais enviam um sinal ao braço protético, instruindo-se a se movimentar. O processo não requer mais esforços consciente do que a pessoa teria de exercitar caso ainda tivesse seu braço natural.

Na terça-feira, pesquisadores reportaram em estudo publicado pela versão online do Journal of the American Medical Association que haviam levado a técnica ainda mais à frente, tornando possível a execução de 10 movimentos de mão, pulso e cotovelo diferentes, o que representa uma substancial melhora com relação ao típico repertório protético, que em geral envolve apenas dobrar o cotovelo, girar o pulso e abrir a mão.

"Os novos métodos tiveram impacto dramático em nosso campo de trabalho", disse Stuart Harshbarger, engenheiro biomédico na Universidade Johns Hopkins e diretor do programa de pesquisa sobre próteses, financiado pelas forças armadas, que inclui o trabalho com essa técnica. "O método já está em uso por médicos e cirurgiões comuns em todo o país. A capacidade de controlar um membro protético bastante robusto que ele confere surpreendeu a todos pela qualidade".

Tipicamente, uma pessoa que tenha um braço protético só é capaz de executar alguns poucos movimentos, e muitas vezes com tamanha lentidão que isso só permite a ela atividades limitadas.

Há um motor separado para cada movimento, diz Gerald Loeb, professor de engenharia biomédica na Universidade do Sul da Califórnia, "e esses motores precisam ser controlados de maneira explícita", usualmente por um esforço consciente da pessoa para contrair músculos nas costas ou no bíceps.

"Essencialmente, até agora os pacientes controlavam apenas um motor de cada vez", diz Loeb, "e precisavam pensar cuidadosamente sobre que motor desejavam controlar e como fazê-lo operar, em lugar de simplesmente pensarem em mover o braço e poderem fazê-lo sem delongas".

Antes que Kitts passasse pelo procedimento de renervação, em outubro de 2007, por exemplo, ela precisava movimentar os músculos de suas costas de determinada maneira para fazer com que seu pulso girasse, e flexionar seu bíceps e tríceps para fazer com que o cotovelo se movesse para cima e para baixo. "Era muito trabalho", ela conta. "E não me ajudava muito".

O procedimento de renervação é parte de uma recente explosão de idéias novas e técnicas inovadoras que estão sendo exploradas enquanto os cientistas se esforçam por ajudar as pessoas a compensar melhor a perda de membros ou problemas de paralisia. O esforço vem sendo alimentado pelo aumento no número de amputações causado por diabetes e por ferimentos sofridos pelos militares, e ao mesmo tempo pelos avanços na tecnologia médica.

Os braços se tornaram um dos focos essenciais desse tipo de trabalho. A ciência há muito vem obtendo sucessos no desenvolvimento de próteses de perna, mas é muito mais difícil imitar a complexidade e a destreza das mãos e dos braços.

Os esforços em curso incluem o desenvolvimento de projetos de pele e braços mais sensíveis e mais flexíveis, e o uso de dispositivos acionados por controles sem fio implantado nos braços protéticos, que permitiriam movimentos mais naturais.

Os pesquisadores também vêm usando sensores implantados nos cérebros de cobaias para permitir que dois macacos controlem um braço mecânico, e um teste com um homem paralítico permitiu, com esse método, que ele movimentasse um cursor em uma tela de computador.

Alguns desses métodos, caso venham a ser aperfeiçoados plenamente e consigam aprovação das autoridades regulatórias da saúde, podem no futuro se tornar mais viáveis para os pacientes de amputações.

E embora a técnica da renervação não requeira aprovação das autoridades regulatórias porque é executada por meios cirúrgicos e emprega aparelhos já existentes, ela apresenta limitações que até mesmo seus criadores reconhecem, entre as quais o fato de que não se pode utilizá-la para todos os pacientes, o seu alto custo e o prazo de meses requerido para que os nervos reconectados cresçam e se tornem efetivos.

Ainda assim, os especialistas dizem que é o mais avançado sistema em uso hoje para pacientes reais que permite que o sistema nervoso controle diretamente o movimento de um braço artificial.

Desde sua introdução por Todd Kuiken, médico fisioterapeuta e engenheiro biomédico do Instituto de Reabilitação de Chicago, o método foi empregado em cerca de 30 pacientes nos Estados Unidos, Canadá e Europa, entre os quais oito soldados feridos no Iraque e no Afeganistão.

Muitos dos pacientes, entre os quais o primeiro, Jesse Sullivan, um operário do setor elétrico no Tennessee que perdeu os dois braços quando foi eletrocutado por um cabo, conseguem não apenas manipular seus braços protéticos mas sentir a presença das mãos que já não têm quando alguém toca em seus peitos.

Sullivan, 62 anos, e Kitts, estavam entre os cinco pacientes que participaram do estudo reportado na terça-feira. Em companhia de cinco outras pessoas que não passaram por amputações, eles receberam os eletrodos e foram instruídos a usar pensamentos para fazer com que um braço virtual na tela reproduzisse 10 movimentos diferentes, entre os quais três formas diferentes de aperto de mão.

Os pacientes apresentaram desempenho bastante respeitável, apenas um pouco mais lento e menos preciso do que os dos participantes que não tinham amputações.

"As velocidades de movimento que encontramos em nossos pacientes foram realmente encorajadoras", disse Kuiken. "Eles conseguiram completar a tarefa. É claro que não foram tão competentes quanto as pessoas dotadas de plena capacidade física, mas foram bons o bastante".

Um braço virtual foi usado porque a maioria das próteses existentes não era capaz de acomodar todos aqueles movimentos, no momento da pesquisa, ainda que Sullivan, Kitts e uma terceira paciente, Claudia Mitchell, tenham experimentado dois novos protótipos mais versáteis de braços artificiais, executando tarefas complexas com bolas de tênis e outros objetos.

O trabalho de renervação em soldados apresenta outros desafios, diz Kuiken, porque os ferimentos militares muitas vezes "causam danos muitos extensos" a nervos, músculos ou ossos.

Daniel Acosta, 25 anos, um aviador ferido pela detonação de uma bomba em uma estrada do Iraque em 2005, passou pelo procedimento no ano passado e diz que seu braço esquerdo protético agora se movimenta "muito mais rápido" e de maneira muito mais natural.

"A diferença é que agora não preciso mais pensar para mover o braço", ele diz. "Ele simplesmente se mexe".

Ainda assim, Acosta, de San Antonio, diz que "o processo foi bastante longo" e que os eletrodos precisam ser ajustados para receber os sinais à medida que os nervos crescem ou mudam de posição.

E embora elogiem o método, os especialistas afirmam que a ciência das próteses de braço ainda tem muito por avançar.

"Trata-se de uma parte crucial, mas ainda assim apenas uma parte, das muitas coisas que compreendem a função normal de um braço", disse Loeb, que escreveu um editorial que acompanha o artigo no Journal of the American Medical Association.

"No momento estamos a meio do caminho entre o braço de 'Dr. Fantástico', que fazia involuntariamente a saudação nazista, e o braço de Luke Skywalker em 'Guerra nas Estrelas', que funciona sem nenhum problema assim que é conectado. Creio que precisaremos ainda de muitos anos para conectar todas as peças necessárias a produzir um braço capaz de funcionar normalmente".

17:04
Anónimo disse...
A Espanha disse neste sábado que está preparando uma reclamação oficial contra a decisão da Venezuela de expulsar um membro do Parlamento Europeu que criticou o conselho eleitoral venezuelano.
Luis Herrero, membro do partido conservador espanhol PP, foi deportado na sexta-feira depois que o Conselho Nacional Eleitoral (CNE) o acusou de questionar a imparcialidade da instituição antes de um referendo que pode permitir ao presidente Hugo Chávez permanecer no cargo indefinidamente.

Herrero estava na Venezuela como observador do referendo. Ele acusou Chávez de ter "comportamentos típicos de um ditador" por pedir a contenção de manifestações da oposição.

O governo da Espanha convocou um encontro com o embaixador da Venezuela em Madri para expressar a desaprovação sobre a expulsão de Herrero, disse um representante do Ministério das Relações Exteriores espanhol.

As relações da Venezuela com a Espanha tiveram seu ponto crítico em 2007, quando Chávez ameaçou rever acordos diplomáticos e comerciais depois de ouvir um "cala a boca" do rei espanhol Juan Carlos durante uma cúpula.

A fenda foi oficialmente reparada em 2008, com uma visita oficial de Chávez à Espanha, onde ele cumprimentou o rei e discutiu acordos para investimento no setor petroquímico com o primeiro-ministro José Luis Rodriguez Zapatero.

17:06
Anónimo disse...
A polícia do Zimbábue anunciou neste sábado que acusa de traição Roy Bennett, dirigente do até agora opositor Movimento para a Mudança Democrática (MDC), detido na sexta-feira, em Harare, poucas horas antes da cerimônia de posse dos membros do novo gabinete.

"A Polícia nos informou que vão apresentar acusações de traição", disse à agência EFE o advogado de defesa de Bennett, Trust Maanda.

"Tentam relacionar Roy com o caso de Mike Hitschmann, que foi detido em 2006 em relação à descoberta de um carregamento de armas, apesar de que Hitschmann não tenha sido declarado culpado das acusações de traição apresentadas contra ele, mas de um crime menor de descumprimento de leis", disse Maanda.

O político opositor, designado por seu partido como vice-ministro de Agricultura no Governo de união nacional, esteve no exílio na vizinha África do Sul desde 2006 e retornou ao Zimbábue há duas semanas.

Segundo a Polícia, que deteve Bennett ontem no aeroporto de Harare quando pretendia ir à África do Sul para visitar sua família, as armas apreendidas em 2006 seriam utilizadas em um golpe de Estado para derrubar o presidente do Zimbábue, Robert Mugabe.

Depois da detenção, Bennet foi levado a Mutar, onde vários simpatizantes do MDC se concentraram em frente à delegacia na qual estava detido, diante do que a Polícia respondeu com tiros para o alto para dispersar os manifestantes.

17:07
Anónimo disse...
Austrália: 14 mil se candidatam a 'emprego dos sonhos'

A secretaria de Turismo de Queensland, na Austrália, informou que até esta segunda-feira já recebeu cerca de 14 mil inscrições para o "o melhor emprego do mundo". O Estado australiano promove pela internet seleção para vaga de "zelador" da ilha Hamilton, por seis meses com um salário de R$ 40 mil.

Muitos candidatos tiveram problemas durante a inscrição por conta dos acessos simultâneos ao site. A secretaria aconselha enviar os vídeos de 60s explicando porque deve ser escolhido em horários alternativos do dia, além de recomendar tamanho em torno de 40MB.

As inscrições começaram em 12 de janeiro e vão até o próximo dia 22 e podem ser feitas pelo site www.islandreefjob.com. O governo australiano escolherá 50 candidatos para a próxima fase da seleção, que terá votos do público para eleger um dos 11 finalistas.

A última fase terá entrevistas e desafios físicos, no próprio local de trabalho: as ilhas da Grande Barreira Coralina - o maior recife de coral do mundo. A secretaria de Turismo anunciará o vencedor no dia 6 de maio.

17:09
Anónimo disse...
Mercado elogia governo na crise, mas pede maior queda no juro

Peter Fussy
Direto de São Paulo

Desde as primeiras medidas anunciadas para combater os efeitos da crise, o governo brasileiro avisou que a estratégia não contemplaria um pacote. Seriam doses pontuais, de acordo com a necessidade da economia diante do agravamento das turbulências. Da primeira liberação dos depósitos compulsórios em setembro até a ampliação do seguro-desemprego na última quarta-feira, o governo passou por redução de impostos, ampliação de crédito e incentivos à exportação. Quase 150 dias após a primeira medida, o Terra conversou com líderes do setor público e privado, representantes dos trabalhadores, acadêmicos e com o próprio governo para saber quais destas ações foram mais eficazes, quais foram mais ineficientes e o que mais pode ser feito pelo Estado brasileiro contra a crise.

Os maiores elogios foram direcionados à atitude de reduzir o Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) para a indústria automobilística, anunciada em dezembro e que fez com que os emplacamentos de carros novos subissem 1,9% no primeiro mês do ano em relação a dezembro de 2008. Já as maiores críticas foram para a lentidão no corte da taxa básica de juro do País.

Para o presidente do conselho administrativo do Grupo Pão de Açúcar, Abílio Diniz, o Estado não é responsável pela crise e mesmo assim está agindo "com extrema serenidade e muito acerto". "O governo está atento, fazendo a sua parte. É preciso coragem de baixar firmemente a taxa de juros. É uma arma que temos a nosso favor, já que não há clima para inflação, nem possibilidade de danos para a macroeconomia", afirmou Diniz.

Na última reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), em janeiro, a taxa Selic foi reduzida em um ponto percentual, de 13,75% para 12,75% ao ano. Porém, o professor de economia da Universidade de Brasília (UnB) José Luiz Oreiro lembra que este corte representa uma redução de apenas 0,25 ponto percentual com relação à taxa de setembro do ano passado, quando a crise se agravou.

"Pouco antes da eclosão da crise, o Banco Central aumentou a taxa em 0,75 ponto. Foram cinco meses de demora para reduzir em termos líquidos apenas 0,25 ponto", afirmou o economista, que também sugeriu redução do intervalo de cerca de 90 dias entre as reuniões do Copom e o corte de pelo menos um 1 ponto percentual em cada reunião.

Mesmo com o corte de janeiro, a taxa de juros real continua sendo a maior do mundo, lembrou o secretário-geral da Força Sindical, João Carlos Gonçalves, o Juruna. "A redução da taxa de juro ainda é pequena, porque ela continua uma das mais altas do mundo. Falta ousadia para baixar os juros e ajudar o cidadão. A permanência da taxa de juro alta é negativa para o País em meio a crise", afirmou Juruna.

Embora aprove as ações do governo, o senador Aloízio Mercadante (PT-SP) também acredita que o patamar da Selic está muito alto. "Sempre fomos os primeiros a entrar em qualquer crise, o que não aconteceu agora. A taxa Selic ainda é muito alta, mas o governo têm tomado medidas acertadas, como o aumento do salário mínimo, mesmo com um cenário de crise. Isso ajuda a movimentar o consumo. O governo está se esforçando para manter os investimentos e o crescimento", disse.

Tributos
De acordo com o economista Fabio Pina, da Fecomercio-SP, as ações mais positivas estão relacionadas à redução de tributos para alguns segmentos, como a indústria automobilística, que recuperou parte da queda nas vendas em janeiro com a isenção do IPI para carros 1.0 l e o corte para demais motorizações. A medida vale até o final de março.

"Essas medidas não só reduziram o preço, mas anteciparam o consumo daqueles que iriam comprar no futuro, dando um prêmio por conta da insegurança. Mexe diretamente com o principal problema que é a confiança do consumidor", afirmou. Juruna destacou que um bom ritmo de vendas é garantia de emprego. "É importante porque cada emprego na montadora significa 19 na cadeia produtiva", comentou o representante da Força Sindical.

Também em dezembro, o governo decidiu cortar pela metade a alíquota do Imposto de Renda para contribuintes que ganham entre R$ 1.434 e R$ 2.150 mensais. "O salário aumentava e a tabela não se modificava. As pessoas ganhavam mais e pagavam mais impostos", apontou Juruna. Outra redução de tributos do governo foi com relação ao Imposto sobre Operações Financeiras (IOF), que caiu de 3% ao ano para 1,5%.

Crédito
Na segunda metade de 2008, o colapso de bancos nos Estados Unidos por conta da crise do subprime provocou uma forte restrição de crédito no mundo inteiro. Uma das primeiras medidas anticrise do governo teve como objetivo restabelecer a oferta, com mudanças no recolhimento dos depósitos compulsórios por parte dos bancos. Segundo o presidente do Banco Central, Henrique Meirelles, as diversas modificações liberaram US$ 99,2 bilhões aos bancos até o final de janeiro.

Além disso, o governo concedeu R$ 36 bilhões das reservas internacionais para empresas brasileiras com dívidas no exterior e uma medida provisória autorizou o Banco do Brasil e a Caixa Econômica Federal a comprar carteiras de crédito de bancos privados. Para o diretor do Departamento de Pesquisas e Estudos Econômicos da Fiesp, Paulo Francini, estas medidas foram essenciais para combater os efeitos da crise.

"A crise se desenvolve no mundo em torno do tema crédito. E o crédito reduziu-se barbaridade no mundo. Então o governo lança mão de compulsório, lança mão de reservas, de medidas que permitem aos bancos comprar carteiras de bancos. Você vai tomando várias medidas para atender às demandas e o epicentro disso é crédito", afirmou.

No entanto, Oreiro, da UnB, adverte que a liberação dos compulsórios seria mais eficiente acompanhada de redução mais agressiva da taxa básica de juro. "Uma parte do crédito voltou, depois da forte retração em outubro e novembro. O que deveria ter sido feito junto à liberação do compulsório era uma redução mais drástica da taxa de juro. Sem isso, os bancos pegam as reservas e acabam comprando títulos públicos", explicou o economista.

Na opinião de Pina, as ações de distribuição de crédito via redução do compulsório e a disposição de capital de giro para empresas foram tomadas sem um cuidado maior na operação e não tiveram muito efeito. "O BNDES tem linhas que ficam paradas quase todo o ano, agora é pior ainda. Existem os recursos, mas as empresas e os bancos estão desconfiados. É preciso fazer com que os bancos tenham interesse em emprestar", afirmou o economista da Fecomercio-SP.

Futuro
Mesmo com todas essas medidas, a crise financeira ainda gera incertezas nos setores produtivos do País. Nos últimos meses, o medo do desemprego fez os consumidores adiarem compras. Por sua vez, a queda nas vendas pode obrigar as indústrias a cortarem a produção e demitir funcionários. Contra isso, empresários sugerem redução de jornada e de salários.

"Isto está previsto em lei. A Fiesp simplesmente manteve conversações com entidades sindicais quanto à aplicação daquilo que já está previsto em lei", afirmou Francini.

Segundo a ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff, uma das medidas que assegura um nível de emprego é a manutenção de investimentos no Programa de Aceleração do Crescimento (PAC). "Estamos esperando que a dificuldade ocorra em janeiro, fevereiro e março. Estamos certos que vamos manter o nível de investimento. É isso que funciona, é isso que significa investimento público. Ele funciona como um colchão. Por isso, nós colocamos R$ 100 bilhões no BNDES e a Petrobras ampliou o seu investimento em R$ 120 bilhões", afirmou.

Na mesma linha, Pina explica que a antecipação de gastos do governo substitui parte da demanda retraída do setor privado. "Ele dá o seguinte recado: não vou estourar as contas públicas, mas concentrar em um momento em que a demanda privada está pequena. Mas o governo não tem fôlego suficiente para fazer o papel de toda demanda", ressaltou. O economista da Fecomercio lembrou que a entidade já pleiteou junto ao governo isenções para transferência de imóveis e de automóveis, além de retirar o IPVA para veículos novos.

Já Oreiro foca suas propostas na capitalização do Banco do Brasil e da Caixa Econômica Federal pelo Tesouro para atender a demanda de crédito para capital de giro e reduzir o spread. "Aumentando o empréstimo e reduzindo as taxas, os dois vão forçar os bancos privados a acompanhar o movimento, até para não perderem participação no mercado", explicou o economista da UnB.

Até o Carnaval, o governou prometeu detalhar um pacote de incentivos para a construção de até um milhão de casas populares, direcionado a famílias com renda de até dez salários mínimos. "Estamos atentos a tudo o que está acontecendo e novas medidas serão tomadas caso haja uma avaliação de que sejam necessárias", disse o ministro da Fazenda, Guido Mantega, na última sexta-feira.

17:11
Anónimo disse...
Ex-ministro critica extensão do seguro-desemprego

Atualizada às 09h03

O ex-ministro do Trabalho Almir Pazzianotto criticou a decisão do governo federal de conceder o seguro-desemprego estendido a apenas alguns setores. "É certamente odioso e provavelmente inconstitucional", disse Pazzianotto, de acordo com o jornal O Estado de S. Paulo.

Na última qurta, dia do anúncio da medida, centrais sindicais elogiaram a atitude do governo. A Força Sindical divulgou nota dizendo que "o aumento ajudará a aquecer parte da economia, já que irá gerar mais consumo, produção e conseqüentemente, a criação de novos postos de trabalho". A União Geral dos Trabalhadores (UGT) afirmou que a medida "contribuirá para minimizar o drama dos trabalhadores que perderem seu emprego por conta da crise".

O ex-ministro, que instituiu o seguro-desemprego no País no governo de José Sarney, destacou a necessidade de as centrais sindicais se manifestarem contra a determinação. Para ele, as mudanças devem ser aplicadas a todas as categorias profissionais e a distinção é contrária ao artigo 3º da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT).

Pazzianotto atribui a medida a um possível temor do governo de que a crise econômica seja longa e não haja dinheiro para atender a todas as necessidades. Ainda assim, ele se mostra contrário ao método de concessão. "O seguro-desemprego ajuda a sanar necessidades básicas. Estendê-lo é paliativo, não a solução", disse ao jornal.

De acordo com o presidente do Conselho Deliberativo do Fundo de Amparo ao Trabalhador (Codefat) e conselheiro da Força Sindical, Luiz Fernando Emediato, a determinação já estava prevista na lei 8.900/94, que trata do seguro-desemprego.

O presidente da Comissão de Trabalho da Câmara, Pedro Fernandes (PTB-MA) vai além na crítica à concessão do seguro para apenas alguns setores. Ele acredita que a ampliação do benefício estimula o desemprego.

Quintino Severo, secretário geral da Central Única dos Trabalhadores (CUT), lembra que a ampliação do benefício sem critério e identificação pode incentivar demissões em outros setores.

17:13
Anónimo disse...
Empresas
TAM faz promoção para destinos internacionais

A companhia aérea TAM anunciou nesta sexta-feira tarifas promocionais para trechos internacionais. Os preços valem para bilhetes comprados entre 6h deste sábado e 23h59 deste domingo e são válidos para classe econômica. As tarifas, para ida e volta, serão vendidas a partir de US$ 99, mais taxas.

Segundo a aérea, a promoção vale para viagens feitas no período de 14 de fevereiro a 18 de junho de 2009. Para destinos na América do Sul, a permanência mínima é de dois dias; para bilhetes com destino nos Estados Unidos, cinco dias; e Europa, sete dias. A permanência máxima para as passagens para América do Sul e EUA é de dois meses e para Europa, três meses.

Entre os exemplos de tarifas promocionais, a TAM oferece São Paulo-Lima por US$ 99. Bilhetes para a rota São Paulo-Santiago serão vendidos a partir de US$ 199 e São Paulo-Nova York, US$ 799.

A emissão dos bilhetes deve ser feita obrigatoriamente no ato da reserva, obedecendo às regras estipuladas pela companhia. A compra está sujeita à disponibilidade de assentos nas classes tarifárias determinadas, trechos, horários e datas. A TAM afirmou que também há tarifas promocionais para a classe executiva.

Mais informações podem ser encontradas no site promocional (www.ofertastam.com.br), no site da empresa (www.tam.com.br) ou pelos telefones 4002-5700 ou 0800 5705700.

17:13
Anónimo disse...
Empresas
Consultoria negocia compra do parque temático Hopi Hari

A consultoria especializada em reestruturação de empresas Íntegra Associados informou nesta sexta-feira ter um acordo para comprar o parque de diversões Hopi Hari, localizado no interior de São Paulo. A empresa estaria disposta a investir R$ 10 milhões no parque, que tem dívida estimada em R$ 800 milhões. As informações são da edição deste sábado do jornal Folha de S. Paulo.

De acordo com o jornal, a transação ainda depende da negociação entre o Hopi Hari e seus credores, o que já estaria em andamento.

A consultoria paulista já atuou junto à Parmalat, durante 30 meses, quando reorganizou a gestão da empresa italiana.

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17:14
Anónimo disse...
Empresas
Disney de Tóquio contratará mais 2 mil apesar da crise


A Oriental Land, o operador da Disneylândia Tóquio e DisneySea, organizou neste domingo entrevistas para contratar cerca de 2 mil trabalhadores em tempo parcial, em um momento de grandes demissões deste tipo de empregados no Japão.

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O operador deste parque temático, situado em Urayasu, na província de Chiba (leste de Tóquio), está em pleno processo de seleção de empregados para 20 tipos de postos trabalhistas diferentes.

Segundo a companhia, citada pela agência local de notícias Kyodo, o parque contratará novos trabalhadores para as atrações, para os restaurantes e guardas de segurança entre outros. Os novos contratados começarão a trabalhar a partir de fevereiro.

O processo de seleção acontece em um momento em que a maioria das grandes companhias japonesas começaram a se ver obrigadas a despedir uma elevada percentagem de seus trabalhadores temporários e a tempo parcial.

Algumas inclusive anunciaram demissões de seus trabalhadores fixos, uma medida muito pouco comum nas companhias japonesas, perante os efeitos piores que o esperado pela crise econômica global.

Cerca de uma centena de pessoas esperavam desde a primeira hora desta manhã a abertura do centro de conferências Tokyo International Forum, onde as entrevistas estão sendo feitas, para ser os primeiros a solicitar os postos de trabalho.


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17:15
Anónimo disse...
Economia Internacional
Senado dos EUA aprova plano de estímulo à economia

O Senado dos Estados Unidos aprovou com 60 votos a favor e 38 contra o plano de estímulo à economia de US$ 787 bilhões na madrugada deste sábado. Agora, ele segue para sanção ou veto do presidente Barack Obama, que espera colocar a lei em prática até o dia 16 de fevereiro.

O plano prevê a criação de três milhões de empregos, inclui cortes de impostos às famílias, fundos para programas sociais e obras públicas, além de ajuda aos governos estaduais, estudantes e desempregados.

A cláusula Buy American - que exige o uso de ferro, aço e produtos manufaturados dos Estados Unidos em obras realizadas com recursos do pacote - ficou de lado. Segundo o texto definitivo, a cláusula será aplicada sem violar as normas do comércio internacional.

Ontem à tarde, a Câmara de Representantes (deputados) havia aprovado, por 246 votos a favor e 183 contra, a versão final do plano. Todos os republicanos foram contrários ao pacote.

Pelo acordo de quarta-feira entre Câmara e Senado, em vez de custar US$ 819 bilhões, como queriam os deputados, ou US$ 838 bilhões como pretendiam os senadores, o pacote ficou em cerca de US$ 787 bilhões, com 65% desse total destinado a gastos do governo federal e 35%, a créditos tributários.

17:16
Anónimo disse...
Economia nacional
Na era Lula, aposentadoria sobe 54% menos que salário mínimo

Thatiane Faria
Especial para o Terra
Direto de São Paulo

Os índices de reajustes concedidos pelo governo em 2009 para aposentados e pensionistas e para o salário mínimo repetiram uma diferença que, só durante o governo de Luiz Inácio Lula da Silva, já chega a 54%. Enquanto o mínimo foi majorado em 12% este ano, as pensões e aposentadorias tiveram aumento de 5,92%. Aposentados que têm o benefício do governo como única fonte de renda reclamam que perdem poder de compra e que sua cesta de compras é composta por itens que aumentam mais em relação à inflação oficial.

Um exemplo prático pode ser entendido a partir da comparação entre um aposentado que ganhava R$ 600 em janeiro de 2003. Na época, o benefício era três vezes, ou 200%, maior que o valor do mínimo em vigência, que era de R$ 200. Aplicando-se os índices de reajuste para aposentadorias e para o mínimo durante os últimos seis anos, o mesmo aposentado estaria recebendo hoje R$ 938,47, comparado a um salário mínimo de R$ 465. A diferença entre os dois valores caiu para pouco mais de 100%.

Enquanto o índice acumulado de reajuste para a aposentadoria durante o governo Lula foi de 60%, para o salário mínimo está em 132%.

O diretor do Sindicato Nacional dos Aposentados, João Inocentini, reclama que os valores dos benefícios para aposentadorias não mantêm o poder de compra do grupo, principalmente dos aposentados que recebem menos que dez salários mínimos.

Nem mesmo o fato de o índice de reajuste das aposentadorias ter ficado acima da inflação acumulada no mesmo período (o IPCA entre janeiro de 2003 e janeiro de 2009 foi de 39,7%) serve de argumento, segundo os aposentados.

"Os idosos, principalmente, têm gastos além das contas gerais como gás, telefone e aluguel. Para eles o custo com remédios, e outros itens da área saúde costuma ser maior", afirmou Inocentini.

O presidente do sindicato afirmou que o grupo realiza um estudo com 100 itens de necessidade de um idoso para comparar o aumento dos produtos com o índice de reajuste do benefício recebido pelos aposentados.

"Daqui dois meses vamos abrir um processo na Justiça e levar essa pesquisa como prova. Segundo a lei, o governo é obrigado a manter o poder de compra com a aposentadoria", disse Inocentini.

Alternativas
O consultor financeiro Cláudio Boriola diz que os aposentados, especialmente nesse momento de crise econômica, devem evitar compras parceladas, pesquisar preços, negociar e fazer bom planejamento financeiro.

Segundo Boriola, alguns aposentados ganham um valor mensal muitas vezes insuficiente para o pagamento das contas e acabam pedindo crédito ou realizando pagamentos a prazo e são obrigados a pagar juros altos.

Na opinião do consultor, pagar uma previdência privada é uma alternativa indicada para quem ainda trabalha, considerando a característica de perda de poder de compra da aposentadoria.

"Na prática, infelizmente os valores encontram-se em um patamar que está deteriorando o poder de aquisição da população brasileira", completou Boriola.

De acordo com o diretor da Confederação Brasileira de Aposentados e Pensionistas (Cobap), Vicente Fernandes Barbosa, representantes dos aposentados tentarão um encontro com o presidente da Câmara, deputado Michel Temer (PMDB-SP), para discutir projetos que minimizem a perda dos aposentados

17:17
Anónimo disse...
Previdência
Previdência prorroga isenção de tarifas no benefício

O atual sistema de pagamento aos 26 milhões de aposentados e pensionistas do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) será mantido até o final deste ano. O acordo, que permite realizar a operação sem nenhum custo aos beneficiários, foi renovado nesta sexta-feira, entre o governo federal e 21 instituições financeiras.

Por meio desse acordo, vigente desde setembro de 2007, nem os segurados, nem os bancos e nem o governo arcam com o pagamento de tarifas, conforme explicou o ministro da Previdência Social, José Pimentel. A prorrogação vale até dezembro, data máxima para que a Previdência defina as regras para um novo contrato.

Ao assinar o termo de renovação, na sede da Federação Brasileira dos Bancos (Febraban), o ministro disse que a intenção do governo é mudar o atual modelo de gestão visando a reduzir os custos dessas operações em torno da folha mensal, que atinge R$ 15,8 bilhões. No entanto, qualquer alteração, conforme explicou, passará antes por audiências públicas a serem realizadas a partir do segundo semestre deste ano, atendendo a determinação do Tribunal de Contas da União (TCU).

De acordo com Pimentel, com um redesenho do mecanismo de repasse dos recursos aos bancos em torno da folha de pagamento dos segurados o que se busca é um aumento da participação de instituições financeiras. Ele informou que, desde 2007, cada benefício custa em média R$ 1,07 ao governo. "Quanto mais instituições financeiras estiverem prestando serviços à sociedade, maior é a competitividade, a agilidade no atendimento", justificou.

O ministro observou, ainda, que, para permitir uma redução para algo em torno de meia hora no tempo de atendimento para a concessão dos direitos previdenciários, o governo investiu R$ 280 milhões.

Questionado sobre o descontentamento dos segurados que ganham acima de um salário mínimo terem obtido apenas a correção com base na variação do Índice de Preços ao Consumidor (INPC) , ficando abaixo do reajuste dado a quem recebe apenas o mínimo, Pimentel argumentou que o governo seguiu o que determina a lei e descartou a possibilidade de uma revisão

17:17
Anónimo disse...
Empresas
Caterpillar oferece aposentadoria antecipada a 2 mil


A companhia americana Caterpillar ofereceu a cerca de dois mil funcionários incentivos para que se aposentem de forma voluntária antes do previsto, pela perspectiva de uma queda "significativa" da atividade industrial, informou nesta quarta-feira a empresa.

A iniciativa, destinada aos trabalhadores de diversas fábricas em Illinois, Colorado, Tennessee e Pensilvânia, se soma aos cortes de empregos anunciados em janeiro, explicou em comunicado de imprensa.

A empresa, a maior fabricante mundial de maquinaria pesada para a construção e a mineração, acrescentou que, "em função das condições de negócio, podem ser necessárias mais reduções de elenco voluntárias e involuntárias à medida que o ano avança".

O vice-presidente da companhia, Sid Banwart, explicou que a empresa prevê "demissões significativas em todas as regiões geográficas e na maioria dos setores devido às dificuldades da economia mundial".

17:18
Anónimo disse...
Comércio
Comércio exterior da OCDE caiu no 3º trimestre de 2008


As exportações e as importações dos países da Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Econômico (OCDE) caíram 1,6% e 0,2%, respectivamente, no terceiro trimestre de 2008, em relação aos três meses anteriores.

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Trata-se da primeira queda destas atividades desde o terceiro trimestre de 2006, segundo o último relatório trimestral sobre fluxos comerciais divulgado pela OCDE.

As exportações e as importações em dólares dos 30 Estados-membros caíram 15,6% e 17%, respectivamente, na comparação anualizada.

Por sua vez, o comércio dos sete países mais ricos do mundo (G7) teve um pequeno crescimento no terceiro trimestre de 2008 com uma queda das exportações de mercadorias de 0,2% em relação ao trimestre anterior e um aumento de 0,4% das importações.

Em termos anualizados, as importações do G7 caíram 1,4% entre julho e setembro do ano passado, seu primeiro retrocesso desde o terceiro trimestre de 2006, enquanto as exportações aumentaram 1,9%, seu crescimento mais baixo no mesmo tempo.

Por países, a Alemanha aumentou suas importações em 3,4% - valor mais alto do G7 -, enquanto suas exportações caíram 2,9% do segundo para o terceiro trimestre de 2008.

Pelo contrário, as exportações americanas aumentaram 1,8% entre julho e setembro de 2008, enquanto as importações caíram 0,7% em relação ao trimestre anterior. No Japão, tanto as importações quanto as exportações caíram em torno de 1% no mesmo período.

17:19
Anónimo disse...
Economia Nacional
Lula: juros de crédito consignado a aposentados são altos

Atualizada às 17h29

O presidente Luis Inácio Lula da Silva afirmou nesta terça-feira, em São Paulo, que está lutando para reduzir as taxas de juros cobradas de aposentados em crédito consignado. A Previdência Social estabelece uma taxa máxima de 2,5% para empréstimo e de 3,5% para cartão. Para Lula, os valores são altos.

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"Acho que o juro que os aposentados estão pagando hoje com o crédito consignado é alto para o padrão brasileiro", disse o presidente durante a cerimônia de comemoração dos 86 anos do INSS.

A Previdência anunciou nesta terça-feira que aposentados e trabalhadoras com licença-maternidade poderão receber seus benefícios em 30 minutos. De acordo com Lula, em junho, a aposentadoria do trabalhador rural também será conseguida em meia hora.

Além disso, o presidente anunciou que, também em junho, os trabalhadores que alcançarem o direito à aposentadoria passarão a receber em suas casas um comunicado da Previdência informando o fato e o valor do salário que têm direito a receber. "É um comprometimento público que estou fazendo com os companheiros da Previdência Social", disse.

"Estamos retribuindo ao contribuinte da Previdência Social aquilo que é a cidadania que ele tem direito", afirmou Lula. "Se para cobrar nós somos tão precisos, para devolver o dinheiro, temos que chegar próximo à perfeição", completou.

17:20
Anónimo disse...
Economia Nacional
Salário maternidade sairá em 30 minutos, diz ministro

Toda trabalhadora autônoma que tiver contribuído pelo menos 10 meses com o Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) - ou as que possuírem carteira assinada - poderão receber em 30 minutos o salário maternidade a partir desta terça-feira. Da mesma forma, as mulheres com 30 anos de contribuição e os homens com 35 anos também terão direito ao benefício de forma mais rápida. A informação é do ministro da Previdência Social, José Pimentel.

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Para requerer o salário maternidade, é preciso que as autônomas levem a carteira de identidade e o carnê de contribuição. As demais trabalhadoras devem apresentar a identificação e a carteira de trabalho. Desde o início do mês, a nova forma de análise para a concessão de benefícios foi adotada para a aposentadoria por idade do trabalhador urbano e agora foi estendida para o salário maternidade e por tempo de contribuição.

O ministro disse que a qualificação do serviço da previdência social é o reconhecimento do direito dos trabalhadores e da afirmação da cidadania.

"Até pouco tempo na cabeça do cidadão o serviço devia ser de péssima qualidade. Agora não, nós modificamos toda a legislação no mês de dezembro numa ação conjunta do Congresso Nacional com o governo federal. Estamos implantando e concedendo os benefícios em até 30 minutos", afirmou.

O ministro destacou que para conseguir se aposentar ou ter acesso à licença maternidade em 30 minutos, em primeiro lugar, é necessário que o cidadão esteja vinculado à Previdência, o que inclui 65% da população acima de 16 anos de idade.

"Depois bastar marcar pelo sistema 135 o dia e a hora do atendimento e levar a documentação. Se todos os dados necessários estiverem corretos o contribuinte será atendido em até 30 minutos, como vem sendo feito com as aposentadorias por idade desde o dia cinco de janeiro", explicou.

Pimentel disse ainda que em 90% das agências da previdência social o atendimento é marcado em até 48 horas. Nos grandes centros, entretanto existe um volume maior o que torna mais lento o processo.

"Estamos criando mais 715 agências até 2010, em todo o território nacional, para descentralizar o atendimento. Em 2008, atendemos 295 mil benefícios e aposentadorias por idade. Temos 4 mil pessoas por dia procurando e se aposentando por idade no território nacional. Este serviço será agilizado", concluiu.

17:26
Anónimo disse...
Giuseppe Englaro, pai de Eluana, a italiana que morreu na segunda-feira passada por desidratação, recusou uma grande soma de dinheiro de um conhecido fotógrafo italiano que queria retratar a filha em estado de coma, disse neste sábado o neurologista que atendia a mulher desde 1996, Carlo Defanti.

O neurologista, que participou hoje de uma conferência sobre eutanásia, disse que Englaro respeitou a vontade da filha, que, antes do acidente, tinha pedido que, se lhe ocorresse qualquer coisa irreversível, apresentasse sua imagem de quando estava em boas condições.

Antes de sofrer o acidente de trânsito, em 1992, Eluana viveu o coma de um amigo, Alessandro, o que causou forte impacto na italiana e a levou a fazer o pai prometer que não a deixasse viver em estado vegetativo, disse o próprio Giuseppe Englaro.

Defanti, que dissera que Eluana poderia viver de dez a 12 dias depois da suspensão da alimentação e da hidratação, disse que, como médico, tinha que reprovar esta afirmação.

"Não se pode sobreviver após três ou quatro dias sem líquido e, em particular, água em um corpo. Sabemos bem que, quando há um terremoto, após quatro dias é difícil encontrar sobreviventes".

Defanti ressaltou que Eluana "não falava, não se comunicava com o exterior" e que, após vários exames, "nos deparamos com uma moça que tinha perdido a consciência", porque estava com o córtex cerebral prejudicado.

Eluana foi enterrada na quinta-feira passada no túmulo da família na localidade de Paluzza, em Udine, após um funeral que não contou com a presença dos pais.

16:53
Anónimo disse...
Os bombeiros combatem neste sábado os incêndios na Austrália favorecidos pelo bom tempo, enquanto os deslocados encotram em seu retorno casas derruídas, carros queimados nas ruas e destruição.

Depois de sete dias desde que começaram os incêndios no Estado de Victoria, a lista de mortos chega a 181, os desaparecidos somam 50, os edifícios destruídos totalizam 1,834 mil e o terreno arrasado, principalmente florestas, ocupa uma área de 4,13 mil quilômetros quadrados.

As equipes de bombeiros, formadas por 4 mil profissionais de Victoria, de outras partes da Austrália e de países amigos, combateram hoje 12 focos fora de controle e nenhum representava uma ameaça direta para a população.

O subdiretor do Serviço de Bombeiros, Geoff Conway, disse que este tempo favorável, que se prolongará durante o domingo, permite consolidar as linhas de contenção e avançar na extinção das chamas.

Cinzas apareceram arrastadas por ventos do nordeste sobre Melbourne, onde habitam 3,8 milhões de pessoas, e as autoridades alertaram aos cidadãos do risco para a saúde de idosos, crianças e pessoas com problemas respiratórios.

O número de pessoas deslocadas - a Cruz Vermelha chegou a receber 7 mil - começou a cair com a abertura de algumas localidades atingidas.

Os incêndios, alguns criminosos, começaram em 7 de fevereiro, quando a região sul da Austrália estava há duas semanas sob uma onda de calor sem precedentes.

Na sexta-feira passada, a polícia acusou uma pessoa de ter provocado o incêndio que atingiu a localidade de Churchill e matou 21 pessoas.

16:55
Anónimo disse...
A primeira chuva em seis dias reduziu a ameaça de incêndios no Estado de Victoria, ao sul da Austrália. As autoridades, porém, advertiram que ainda existem 12 focos, mas que nenhum deles ameaça áreas povoadas.

Mais de quatro mil bombeiros, mil provenientes de outras partes do país e de outras nações, trabalham contra o fogo. Cerca de 600 veículos e 28 helicópteros e pequenos aviões estão sendo usados.


Eles conseguiram construir linhas de contenção para evitar os incêndios de Yarra e Maroondah se juntassem. Também foram controlados os incêndios abertos de Yea e Murrindindi, que ameaçavam as comunidades de Connellys Creek, Crystal Creek, Scrubby Creek e Native Dog Creek.

O número de mortos chegou a 181, mas as autoridades acreditam que as vítimas devem passar de 200, já que ainda há muitos desaparecidos.

16:55
Anónimo disse...
Aqui nesta coluna, na semana passada, tive a oportunidade de comentar sobre a recente visita do professor brasileiro Pedrinho Guareschi à Austrália. Não dei, porém, os fatos, pois semana passada o assunto era outro.

Hoje, porém, vamos a eles.

No último dia 4 de fevereiro, aconteceu o Seminário "Paulo Freire: Education and Liberation", organizado pelo centro de estudos latino-americanos da Universidade Nacional da Austrália, ou ANU, como é mais conhecida por aqui.

A ANU, para quem não sabe, está entre as 20 melhores universidades do mundo! E tem sede aqui em Camberra, capital da Austrália.

Na abertura do evento, o professor John Minns, diretor do centro latino-americano, ao dar boas-vindas ao público presente, lembrou ser aquele o primeiro seminário exclusivamente dedicado a Paulo Freire na Austrália.

Em seguida, convidou Pedrinho Guareschi, palestrante principal do Seminário, a fazer sua apresentação.

A plateia pode então conhecer, pelas palavras de Pedrinho, um pouco da obra e da vida de Freire, esse brasileiro de fé e valor, que sempre acreditou na educação, sobretudo dos menos favorecidos, analfabetos, como força libertadora.

Como não podia deixar de ser, os conceitos e ideias revolucionários de Paulo Freire, expostos com clareza por Pedrinho, despertaram o interesse e a curiosidade de plateia. A qual, deve-se notar, era na maioria de estudantes, mas de várias nacionalidades, sobretudo australianos e asiáticos.

Na continuação do programa do seminário, que se estendeu por dois dias, outros professores fizeram palestras sobre temas ligados à obra de Paulo Freire.

Interessante, por exemplo, saber que a professora Anne Hickling-Hudson, jamaicana que mora na Austrália há muitos anos (é professora da ANU), conheceu e trabalhou com Freire num workshop educacional durante a revolução na Ilha de Granada, em 1980, antes da invasão dos Estados Unidos...

Ou, então, a palestra da Professora Gerda Roelvink, da Nova Zelândia, que participou do Fórum Social de Porto Alegre em 2005. E essa participação transformou-se em tema de doutorado.

No dia 10, terça-feira passada, o padre Pedrinho Guareschi voltou a falar ao público australiano em grande auditório localizado no belíssimo campus da ANU. Desta vez, sobre a Teologia da Libertação.

Depois da palestra, John Minns mostrou o filme mexicano "O Crime do Padre Amaro", no qual um dos personagens é um padre católico praticante da Teologia da Libertação.

Mais uma vez, foi grande o intersse da platéia, que pode aprender e conhecer um pouco como se desenvolveu aquele importante movimento católico na América Latina.

Fica, assim, ao Pedrinho, bem como a outros brasileiros estudiosos e de bom coração que saem pelo mundo a divulgar aspectos importantes da cultura brasileira, o respeito e a homenagem desta coluna. E... aquele abraço!

16:57
Anónimo disse...
Amanda Kitts perdeu o braço esquerdo em um acidente de automóvel acontecido três anos atrás, mas hoje em dia ela joga futebol americano com seu filho de 12 anos de idade, troca fraldas e abraça as crianças nas três creches Kiddie Cottage que opera em Knoxville, Tennessee. Kitts, 40 anos, faz tudo isso com a ajuda de um novo tipo de braço artificial que se movimenta com mais facilidade do que outros aparelhos e que ela pode controlar utilizando apenas seus pensamentos.

"Eu sou capaz de mexer a mão, o pulso e o cotovelo ao mesmo tempo", diz. "Você pensa e os músculos se movem em seguida".

A recuperação que ela conseguiu resulta de um novo procedimento que vem atraindo crescente atenção porque permite que pessoas movam braços protéticos de forma mais automática do que faziam no passado, simplesmente utilizando nervos reaproveitados em seus cérebros.

A técnica, conhecida como "renervação muscular dirigida", envolve utilizar os nervos que restam depois da amputação de um braço e conectá-los a outro músculo do corpo, em geral no peito. Eletrodos são instalados sobre os músculos do peito, e operam como se fossem antenas. Quando a pessoa deseja mover o braço, o cérebro envia sinais que primeiro resultam em contração dos músculos do peito, os quais enviam um sinal ao braço protético, instruindo-se a se movimentar. O processo não requer mais esforços consciente do que a pessoa teria de exercitar caso ainda tivesse seu braço natural.

Na terça-feira, pesquisadores reportaram em estudo publicado pela versão online do Journal of the American Medical Association que haviam levado a técnica ainda mais à frente, tornando possível a execução de 10 movimentos de mão, pulso e cotovelo diferentes, o que representa uma substancial melhora com relação ao típico repertório protético, que em geral envolve apenas dobrar o cotovelo, girar o pulso e abrir a mão.

"Os novos métodos tiveram impacto dramático em nosso campo de trabalho", disse Stuart Harshbarger, engenheiro biomédico na Universidade Johns Hopkins e diretor do programa de pesquisa sobre próteses, financiado pelas forças armadas, que inclui o trabalho com essa técnica. "O método já está em uso por médicos e cirurgiões comuns em todo o país. A capacidade de controlar um membro protético bastante robusto que ele confere surpreendeu a todos pela qualidade".

Tipicamente, uma pessoa que tenha um braço protético só é capaz de executar alguns poucos movimentos, e muitas vezes com tamanha lentidão que isso só permite a ela atividades limitadas.

Há um motor separado para cada movimento, diz Gerald Loeb, professor de engenharia biomédica na Universidade do Sul da Califórnia, "e esses motores precisam ser controlados de maneira explícita", usualmente por um esforço consciente da pessoa para contrair músculos nas costas ou no bíceps.

"Essencialmente, até agora os pacientes controlavam apenas um motor de cada vez", diz Loeb, "e precisavam pensar cuidadosamente sobre que motor desejavam controlar e como fazê-lo operar, em lugar de simplesmente pensarem em mover o braço e poderem fazê-lo sem delongas".

Antes que Kitts passasse pelo procedimento de renervação, em outubro de 2007, por exemplo, ela precisava movimentar os músculos de suas costas de determinada maneira para fazer com que seu pulso girasse, e flexionar seu bíceps e tríceps para fazer com que o cotovelo se movesse para cima e para baixo. "Era muito trabalho", ela conta. "E não me ajudava muito".

O procedimento de renervação é parte de uma recente explosão de idéias novas e técnicas inovadoras que estão sendo exploradas enquanto os cientistas se esforçam por ajudar as pessoas a compensar melhor a perda de membros ou problemas de paralisia. O esforço vem sendo alimentado pelo aumento no número de amputações causado por diabetes e por ferimentos sofridos pelos militares, e ao mesmo tempo pelos avanços na tecnologia médica.

Os braços se tornaram um dos focos essenciais desse tipo de trabalho. A ciência há muito vem obtendo sucessos no desenvolvimento de próteses de perna, mas é muito mais difícil imitar a complexidade e a destreza das mãos e dos braços.

Os esforços em curso incluem o desenvolvimento de projetos de pele e braços mais sensíveis e mais flexíveis, e o uso de dispositivos acionados por controles sem fio implantado nos braços protéticos, que permitiriam movimentos mais naturais.

Os pesquisadores também vêm usando sensores implantados nos cérebros de cobaias para permitir que dois macacos controlem um braço mecânico, e um teste com um homem paralítico permitiu, com esse método, que ele movimentasse um cursor em uma tela de computador.

Alguns desses métodos, caso venham a ser aperfeiçoados plenamente e consigam aprovação das autoridades regulatórias da saúde, podem no futuro se tornar mais viáveis para os pacientes de amputações.

E embora a técnica da renervação não requeira aprovação das autoridades regulatórias porque é executada por meios cirúrgicos e emprega aparelhos já existentes, ela apresenta limitações que até mesmo seus criadores reconhecem, entre as quais o fato de que não se pode utilizá-la para todos os pacientes, o seu alto custo e o prazo de meses requerido para que os nervos reconectados cresçam e se tornem efetivos.

Ainda assim, os especialistas dizem que é o mais avançado sistema em uso hoje para pacientes reais que permite que o sistema nervoso controle diretamente o movimento de um braço artificial.

Desde sua introdução por Todd Kuiken, médico fisioterapeuta e engenheiro biomédico do Instituto de Reabilitação de Chicago, o método foi empregado em cerca de 30 pacientes nos Estados Unidos, Canadá e Europa, entre os quais oito soldados feridos no Iraque e no Afeganistão.

Muitos dos pacientes, entre os quais o primeiro, Jesse Sullivan, um operário do setor elétrico no Tennessee que perdeu os dois braços quando foi eletrocutado por um cabo, conseguem não apenas manipular seus braços protéticos mas sentir a presença das mãos que já não têm quando alguém toca em seus peitos.

Sullivan, 62 anos, e Kitts, estavam entre os cinco pacientes que participaram do estudo reportado na terça-feira. Em companhia de cinco outras pessoas que não passaram por amputações, eles receberam os eletrodos e foram instruídos a usar pensamentos para fazer com que um braço virtual na tela reproduzisse 10 movimentos diferentes, entre os quais três formas diferentes de aperto de mão.

Os pacientes apresentaram desempenho bastante respeitável, apenas um pouco mais lento e menos preciso do que os dos participantes que não tinham amputações.

"As velocidades de movimento que encontramos em nossos pacientes foram realmente encorajadoras", disse Kuiken. "Eles conseguiram completar a tarefa. É claro que não foram tão competentes quanto as pessoas dotadas de plena capacidade física, mas foram bons o bastante".

Um braço virtual foi usado porque a maioria das próteses existentes não era capaz de acomodar todos aqueles movimentos, no momento da pesquisa, ainda que Sullivan, Kitts e uma terceira paciente, Claudia Mitchell, tenham experimentado dois novos protótipos mais versáteis de braços artificiais, executando tarefas complexas com bolas de tênis e outros objetos.

O trabalho de renervação em soldados apresenta outros desafios, diz Kuiken, porque os ferimentos militares muitas vezes "causam danos muitos extensos" a nervos, músculos ou ossos.

Daniel Acosta, 25 anos, um aviador ferido pela detonação de uma bomba em uma estrada do Iraque em 2005, passou pelo procedimento no ano passado e diz que seu braço esquerdo protético agora se movimenta "muito mais rápido" e de maneira muito mais natural.

"A diferença é que agora não preciso mais pensar para mover o braço", ele diz. "Ele simplesmente se mexe".

Ainda assim, Acosta, de San Antonio, diz que "o processo foi bastante longo" e que os eletrodos precisam ser ajustados para receber os sinais à medida que os nervos crescem ou mudam de posição.

E embora elogiem o método, os especialistas afirmam que a ciência das próteses de braço ainda tem muito por avançar.

"Trata-se de uma parte crucial, mas ainda assim apenas uma parte, das muitas coisas que compreendem a função normal de um braço", disse Loeb, que escreveu um editorial que acompanha o artigo no Journal of the American Medical Association.

"No momento estamos a meio do caminho entre o braço de 'Dr. Fantástico', que fazia involuntariamente a saudação nazista, e o braço de Luke Skywalker em 'Guerra nas Estrelas', que funciona sem nenhum problema assim que é conectado. Creio que precisaremos ainda de muitos anos para conectar todas as peças necessárias a produzir um braço capaz de funcionar normalmente".

17:04
Anónimo disse...
A Espanha disse neste sábado que está preparando uma reclamação oficial contra a decisão da Venezuela de expulsar um membro do Parlamento Europeu que criticou o conselho eleitoral venezuelano.
Luis Herrero, membro do partido conservador espanhol PP, foi deportado na sexta-feira depois que o Conselho Nacional Eleitoral (CNE) o acusou de questionar a imparcialidade da instituição antes de um referendo que pode permitir ao presidente Hugo Chávez permanecer no cargo indefinidamente.

Herrero estava na Venezuela como observador do referendo. Ele acusou Chávez de ter "comportamentos típicos de um ditador" por pedir a contenção de manifestações da oposição.

O governo da Espanha convocou um encontro com o embaixador da Venezuela em Madri para expressar a desaprovação sobre a expulsão de Herrero, disse um representante do Ministério das Relações Exteriores espanhol.

As relações da Venezuela com a Espanha tiveram seu ponto crítico em 2007, quando Chávez ameaçou rever acordos diplomáticos e comerciais depois de ouvir um "cala a boca" do rei espanhol Juan Carlos durante uma cúpula.

A fenda foi oficialmente reparada em 2008, com uma visita oficial de Chávez à Espanha, onde ele cumprimentou o rei e discutiu acordos para investimento no setor petroquímico com o primeiro-ministro José Luis Rodriguez Zapatero.

17:06
Anónimo disse...
A polícia do Zimbábue anunciou neste sábado que acusa de traição Roy Bennett, dirigente do até agora opositor Movimento para a Mudança Democrática (MDC), detido na sexta-feira, em Harare, poucas horas antes da cerimônia de posse dos membros do novo gabinete.

"A Polícia nos informou que vão apresentar acusações de traição", disse à agência EFE o advogado de defesa de Bennett, Trust Maanda.

"Tentam relacionar Roy com o caso de Mike Hitschmann, que foi detido em 2006 em relação à descoberta de um carregamento de armas, apesar de que Hitschmann não tenha sido declarado culpado das acusações de traição apresentadas contra ele, mas de um crime menor de descumprimento de leis", disse Maanda.

O político opositor, designado por seu partido como vice-ministro de Agricultura no Governo de união nacional, esteve no exílio na vizinha África do Sul desde 2006 e retornou ao Zimbábue há duas semanas.

Segundo a Polícia, que deteve Bennett ontem no aeroporto de Harare quando pretendia ir à África do Sul para visitar sua família, as armas apreendidas em 2006 seriam utilizadas em um golpe de Estado para derrubar o presidente do Zimbábue, Robert Mugabe.

Depois da detenção, Bennet foi levado a Mutar, onde vários simpatizantes do MDC se concentraram em frente à delegacia na qual estava detido, diante do que a Polícia respondeu com tiros para o alto para dispersar os manifestantes.

17:07
Anónimo disse...
Austrália: 14 mil se candidatam a 'emprego dos sonhos'

A secretaria de Turismo de Queensland, na Austrália, informou que até esta segunda-feira já recebeu cerca de 14 mil inscrições para o "o melhor emprego do mundo". O Estado australiano promove pela internet seleção para vaga de "zelador" da ilha Hamilton, por seis meses com um salário de R$ 40 mil.

Muitos candidatos tiveram problemas durante a inscrição por conta dos acessos simultâneos ao site. A secretaria aconselha enviar os vídeos de 60s explicando porque deve ser escolhido em horários alternativos do dia, além de recomendar tamanho em torno de 40MB.

As inscrições começaram em 12 de janeiro e vão até o próximo dia 22 e podem ser feitas pelo site www.islandreefjob.com. O governo australiano escolherá 50 candidatos para a próxima fase da seleção, que terá votos do público para eleger um dos 11 finalistas.

A última fase terá entrevistas e desafios físicos, no próprio local de trabalho: as ilhas da Grande Barreira Coralina - o maior recife de coral do mundo. A secretaria de Turismo anunciará o vencedor no dia 6 de maio.

17:09
Anónimo disse...
Mercado elogia governo na crise, mas pede maior queda no juro

Peter Fussy
Direto de São Paulo

Desde as primeiras medidas anunciadas para combater os efeitos da crise, o governo brasileiro avisou que a estratégia não contemplaria um pacote. Seriam doses pontuais, de acordo com a necessidade da economia diante do agravamento das turbulências. Da primeira liberação dos depósitos compulsórios em setembro até a ampliação do seguro-desemprego na última quarta-feira, o governo passou por redução de impostos, ampliação de crédito e incentivos à exportação. Quase 150 dias após a primeira medida, o Terra conversou com líderes do setor público e privado, representantes dos trabalhadores, acadêmicos e com o próprio governo para saber quais destas ações foram mais eficazes, quais foram mais ineficientes e o que mais pode ser feito pelo Estado brasileiro contra a crise.

Os maiores elogios foram direcionados à atitude de reduzir o Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) para a indústria automobilística, anunciada em dezembro e que fez com que os emplacamentos de carros novos subissem 1,9% no primeiro mês do ano em relação a dezembro de 2008. Já as maiores críticas foram para a lentidão no corte da taxa básica de juro do País.

Para o presidente do conselho administrativo do Grupo Pão de Açúcar, Abílio Diniz, o Estado não é responsável pela crise e mesmo assim está agindo "com extrema serenidade e muito acerto". "O governo está atento, fazendo a sua parte. É preciso coragem de baixar firmemente a taxa de juros. É uma arma que temos a nosso favor, já que não há clima para inflação, nem possibilidade de danos para a macroeconomia", afirmou Diniz.

Na última reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), em janeiro, a taxa Selic foi reduzida em um ponto percentual, de 13,75% para 12,75% ao ano. Porém, o professor de economia da Universidade de Brasília (UnB) José Luiz Oreiro lembra que este corte representa uma redução de apenas 0,25 ponto percentual com relação à taxa de setembro do ano passado, quando a crise se agravou.

"Pouco antes da eclosão da crise, o Banco Central aumentou a taxa em 0,75 ponto. Foram cinco meses de demora para reduzir em termos líquidos apenas 0,25 ponto", afirmou o economista, que também sugeriu redução do intervalo de cerca de 90 dias entre as reuniões do Copom e o corte de pelo menos um 1 ponto percentual em cada reunião.

Mesmo com o corte de janeiro, a taxa de juros real continua sendo a maior do mundo, lembrou o secretário-geral da Força Sindical, João Carlos Gonçalves, o Juruna. "A redução da taxa de juro ainda é pequena, porque ela continua uma das mais altas do mundo. Falta ousadia para baixar os juros e ajudar o cidadão. A permanência da taxa de juro alta é negativa para o País em meio a crise", afirmou Juruna.

Embora aprove as ações do governo, o senador Aloízio Mercadante (PT-SP) também acredita que o patamar da Selic está muito alto. "Sempre fomos os primeiros a entrar em qualquer crise, o que não aconteceu agora. A taxa Selic ainda é muito alta, mas o governo têm tomado medidas acertadas, como o aumento do salário mínimo, mesmo com um cenário de crise. Isso ajuda a movimentar o consumo. O governo está se esforçando para manter os investimentos e o crescimento", disse.

Tributos
De acordo com o economista Fabio Pina, da Fecomercio-SP, as ações mais positivas estão relacionadas à redução de tributos para alguns segmentos, como a indústria automobilística, que recuperou parte da queda nas vendas em janeiro com a isenção do IPI para carros 1.0 l e o corte para demais motorizações. A medida vale até o final de março.

"Essas medidas não só reduziram o preço, mas anteciparam o consumo daqueles que iriam comprar no futuro, dando um prêmio por conta da insegurança. Mexe diretamente com o principal problema que é a confiança do consumidor", afirmou. Juruna destacou que um bom ritmo de vendas é garantia de emprego. "É importante porque cada emprego na montadora significa 19 na cadeia produtiva", comentou o representante da Força Sindical.

Também em dezembro, o governo decidiu cortar pela metade a alíquota do Imposto de Renda para contribuintes que ganham entre R$ 1.434 e R$ 2.150 mensais. "O salário aumentava e a tabela não se modificava. As pessoas ganhavam mais e pagavam mais impostos", apontou Juruna. Outra redução de tributos do governo foi com relação ao Imposto sobre Operações Financeiras (IOF), que caiu de 3% ao ano para 1,5%.

Crédito
Na segunda metade de 2008, o colapso de bancos nos Estados Unidos por conta da crise do subprime provocou uma forte restrição de crédito no mundo inteiro. Uma das primeiras medidas anticrise do governo teve como objetivo restabelecer a oferta, com mudanças no recolhimento dos depósitos compulsórios por parte dos bancos. Segundo o presidente do Banco Central, Henrique Meirelles, as diversas modificações liberaram US$ 99,2 bilhões aos bancos até o final de janeiro.

Além disso, o governo concedeu R$ 36 bilhões das reservas internacionais para empresas brasileiras com dívidas no exterior e uma medida provisória autorizou o Banco do Brasil e a Caixa Econômica Federal a comprar carteiras de crédito de bancos privados. Para o diretor do Departamento de Pesquisas e Estudos Econômicos da Fiesp, Paulo Francini, estas medidas foram essenciais para combater os efeitos da crise.

"A crise se desenvolve no mundo em torno do tema crédito. E o crédito reduziu-se barbaridade no mundo. Então o governo lança mão de compulsório, lança mão de reservas, de medidas que permitem aos bancos comprar carteiras de bancos. Você vai tomando várias medidas para atender às demandas e o epicentro disso é crédito", afirmou.

No entanto, Oreiro, da UnB, adverte que a liberação dos compulsórios seria mais eficiente acompanhada de redução mais agressiva da taxa básica de juro. "Uma parte do crédito voltou, depois da forte retração em outubro e novembro. O que deveria ter sido feito junto à liberação do compulsório era uma redução mais drástica da taxa de juro. Sem isso, os bancos pegam as reservas e acabam comprando títulos públicos", explicou o economista.

Na opinião de Pina, as ações de distribuição de crédito via redução do compulsório e a disposição de capital de giro para empresas foram tomadas sem um cuidado maior na operação e não tiveram muito efeito. "O BNDES tem linhas que ficam paradas quase todo o ano, agora é pior ainda. Existem os recursos, mas as empresas e os bancos estão desconfiados. É preciso fazer com que os bancos tenham interesse em emprestar", afirmou o economista da Fecomercio-SP.

Futuro
Mesmo com todas essas medidas, a crise financeira ainda gera incertezas nos setores produtivos do País. Nos últimos meses, o medo do desemprego fez os consumidores adiarem compras. Por sua vez, a queda nas vendas pode obrigar as indústrias a cortarem a produção e demitir funcionários. Contra isso, empresários sugerem redução de jornada e de salários.

"Isto está previsto em lei. A Fiesp simplesmente manteve conversações com entidades sindicais quanto à aplicação daquilo que já está previsto em lei", afirmou Francini.

Segundo a ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff, uma das medidas que assegura um nível de emprego é a manutenção de investimentos no Programa de Aceleração do Crescimento (PAC). "Estamos esperando que a dificuldade ocorra em janeiro, fevereiro e março. Estamos certos que vamos manter o nível de investimento. É isso que funciona, é isso que significa investimento público. Ele funciona como um colchão. Por isso, nós colocamos R$ 100 bilhões no BNDES e a Petrobras ampliou o seu investimento em R$ 120 bilhões", afirmou.

Na mesma linha, Pina explica que a antecipação de gastos do governo substitui parte da demanda retraída do setor privado. "Ele dá o seguinte recado: não vou estourar as contas públicas, mas concentrar em um momento em que a demanda privada está pequena. Mas o governo não tem fôlego suficiente para fazer o papel de toda demanda", ressaltou. O economista da Fecomercio lembrou que a entidade já pleiteou junto ao governo isenções para transferência de imóveis e de automóveis, além de retirar o IPVA para veículos novos.

Já Oreiro foca suas propostas na capitalização do Banco do Brasil e da Caixa Econômica Federal pelo Tesouro para atender a demanda de crédito para capital de giro e reduzir o spread. "Aumentando o empréstimo e reduzindo as taxas, os dois vão forçar os bancos privados a acompanhar o movimento, até para não perderem participação no mercado", explicou o economista da UnB.

Até o Carnaval, o governou prometeu detalhar um pacote de incentivos para a construção de até um milhão de casas populares, direcionado a famílias com renda de até dez salários mínimos. "Estamos atentos a tudo o que está acontecendo e novas medidas serão tomadas caso haja uma avaliação de que sejam necessárias", disse o ministro da Fazenda, Guido Mantega, na última sexta-feira.

17:11
Anónimo disse...
Ex-ministro critica extensão do seguro-desemprego

Atualizada às 09h03

O ex-ministro do Trabalho Almir Pazzianotto criticou a decisão do governo federal de conceder o seguro-desemprego estendido a apenas alguns setores. "É certamente odioso e provavelmente inconstitucional", disse Pazzianotto, de acordo com o jornal O Estado de S. Paulo.

Na última qurta, dia do anúncio da medida, centrais sindicais elogiaram a atitude do governo. A Força Sindical divulgou nota dizendo que "o aumento ajudará a aquecer parte da economia, já que irá gerar mais consumo, produção e conseqüentemente, a criação de novos postos de trabalho". A União Geral dos Trabalhadores (UGT) afirmou que a medida "contribuirá para minimizar o drama dos trabalhadores que perderem seu emprego por conta da crise".

O ex-ministro, que instituiu o seguro-desemprego no País no governo de José Sarney, destacou a necessidade de as centrais sindicais se manifestarem contra a determinação. Para ele, as mudanças devem ser aplicadas a todas as categorias profissionais e a distinção é contrária ao artigo 3º da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT).

Pazzianotto atribui a medida a um possível temor do governo de que a crise econômica seja longa e não haja dinheiro para atender a todas as necessidades. Ainda assim, ele se mostra contrário ao método de concessão. "O seguro-desemprego ajuda a sanar necessidades básicas. Estendê-lo é paliativo, não a solução", disse ao jornal.

De acordo com o presidente do Conselho Deliberativo do Fundo de Amparo ao Trabalhador (Codefat) e conselheiro da Força Sindical, Luiz Fernando Emediato, a determinação já estava prevista na lei 8.900/94, que trata do seguro-desemprego.

O presidente da Comissão de Trabalho da Câmara, Pedro Fernandes (PTB-MA) vai além na crítica à concessão do seguro para apenas alguns setores. Ele acredita que a ampliação do benefício estimula o desemprego.

Quintino Severo, secretário geral da Central Única dos Trabalhadores (CUT), lembra que a ampliação do benefício sem critério e identificação pode incentivar demissões em outros setores.

17:13
Anónimo disse...
Empresas
TAM faz promoção para destinos internacionais

A companhia aérea TAM anunciou nesta sexta-feira tarifas promocionais para trechos internacionais. Os preços valem para bilhetes comprados entre 6h deste sábado e 23h59 deste domingo e são válidos para classe econômica. As tarifas, para ida e volta, serão vendidas a partir de US$ 99, mais taxas.

Segundo a aérea, a promoção vale para viagens feitas no período de 14 de fevereiro a 18 de junho de 2009. Para destinos na América do Sul, a permanência mínima é de dois dias; para bilhetes com destino nos Estados Unidos, cinco dias; e Europa, sete dias. A permanência máxima para as passagens para América do Sul e EUA é de dois meses e para Europa, três meses.

Entre os exemplos de tarifas promocionais, a TAM oferece São Paulo-Lima por US$ 99. Bilhetes para a rota São Paulo-Santiago serão vendidos a partir de US$ 199 e São Paulo-Nova York, US$ 799.

A emissão dos bilhetes deve ser feita obrigatoriamente no ato da reserva, obedecendo às regras estipuladas pela companhia. A compra está sujeita à disponibilidade de assentos nas classes tarifárias determinadas, trechos, horários e datas. A TAM afirmou que também há tarifas promocionais para a classe executiva.

Mais informações podem ser encontradas no site promocional (www.ofertastam.com.br), no site da empresa (www.tam.com.br) ou pelos telefones 4002-5700 ou 0800 5705700.

17:13
Anónimo disse...
Empresas
Consultoria negocia compra do parque temático Hopi Hari

A consultoria especializada em reestruturação de empresas Íntegra Associados informou nesta sexta-feira ter um acordo para comprar o parque de diversões Hopi Hari, localizado no interior de São Paulo. A empresa estaria disposta a investir R$ 10 milhões no parque, que tem dívida estimada em R$ 800 milhões. As informações são da edição deste sábado do jornal Folha de S. Paulo.

De acordo com o jornal, a transação ainda depende da negociação entre o Hopi Hari e seus credores, o que já estaria em andamento.

A consultoria paulista já atuou junto à Parmalat, durante 30 meses, quando reorganizou a gestão da empresa italiana.

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17:14
Anónimo disse...
Empresas
Disney de Tóquio contratará mais 2 mil apesar da crise


A Oriental Land, o operador da Disneylândia Tóquio e DisneySea, organizou neste domingo entrevistas para contratar cerca de 2 mil trabalhadores em tempo parcial, em um momento de grandes demissões deste tipo de empregados no Japão.

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O operador deste parque temático, situado em Urayasu, na província de Chiba (leste de Tóquio), está em pleno processo de seleção de empregados para 20 tipos de postos trabalhistas diferentes.

Segundo a companhia, citada pela agência local de notícias Kyodo, o parque contratará novos trabalhadores para as atrações, para os restaurantes e guardas de segurança entre outros. Os novos contratados começarão a trabalhar a partir de fevereiro.

O processo de seleção acontece em um momento em que a maioria das grandes companhias japonesas começaram a se ver obrigadas a despedir uma elevada percentagem de seus trabalhadores temporários e a tempo parcial.

Algumas inclusive anunciaram demissões de seus trabalhadores fixos, uma medida muito pouco comum nas companhias japonesas, perante os efeitos piores que o esperado pela crise econômica global.

Cerca de uma centena de pessoas esperavam desde a primeira hora desta manhã a abertura do centro de conferências Tokyo International Forum, onde as entrevistas estão sendo feitas, para ser os primeiros a solicitar os postos de trabalho.


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17:15
Anónimo disse...
Economia Internacional
Senado dos EUA aprova plano de estímulo à economia

O Senado dos Estados Unidos aprovou com 60 votos a favor e 38 contra o plano de estímulo à economia de US$ 787 bilhões na madrugada deste sábado. Agora, ele segue para sanção ou veto do presidente Barack Obama, que espera colocar a lei em prática até o dia 16 de fevereiro.

O plano prevê a criação de três milhões de empregos, inclui cortes de impostos às famílias, fundos para programas sociais e obras públicas, além de ajuda aos governos estaduais, estudantes e desempregados.

A cláusula Buy American - que exige o uso de ferro, aço e produtos manufaturados dos Estados Unidos em obras realizadas com recursos do pacote - ficou de lado. Segundo o texto definitivo, a cláusula será aplicada sem violar as normas do comércio internacional.

Ontem à tarde, a Câmara de Representantes (deputados) havia aprovado, por 246 votos a favor e 183 contra, a versão final do plano. Todos os republicanos foram contrários ao pacote.

Pelo acordo de quarta-feira entre Câmara e Senado, em vez de custar US$ 819 bilhões, como queriam os deputados, ou US$ 838 bilhões como pretendiam os senadores, o pacote ficou em cerca de US$ 787 bilhões, com 65% desse total destinado a gastos do governo federal e 35%, a créditos tributários.

17:16
Anónimo disse...
Economia nacional
Na era Lula, aposentadoria sobe 54% menos que salário mínimo

Thatiane Faria
Especial para o Terra
Direto de São Paulo

Os índices de reajustes concedidos pelo governo em 2009 para aposentados e pensionistas e para o salário mínimo repetiram uma diferença que, só durante o governo de Luiz Inácio Lula da Silva, já chega a 54%. Enquanto o mínimo foi majorado em 12% este ano, as pensões e aposentadorias tiveram aumento de 5,92%. Aposentados que têm o benefício do governo como única fonte de renda reclamam que perdem poder de compra e que sua cesta de compras é composta por itens que aumentam mais em relação à inflação oficial.

Um exemplo prático pode ser entendido a partir da comparação entre um aposentado que ganhava R$ 600 em janeiro de 2003. Na época, o benefício era três vezes, ou 200%, maior que o valor do mínimo em vigência, que era de R$ 200. Aplicando-se os índices de reajuste para aposentadorias e para o mínimo durante os últimos seis anos, o mesmo aposentado estaria recebendo hoje R$ 938,47, comparado a um salário mínimo de R$ 465. A diferença entre os dois valores caiu para pouco mais de 100%.

Enquanto o índice acumulado de reajuste para a aposentadoria durante o governo Lula foi de 60%, para o salário mínimo está em 132%.

O diretor do Sindicato Nacional dos Aposentados, João Inocentini, reclama que os valores dos benefícios para aposentadorias não mantêm o poder de compra do grupo, principalmente dos aposentados que recebem menos que dez salários mínimos.

Nem mesmo o fato de o índice de reajuste das aposentadorias ter ficado acima da inflação acumulada no mesmo período (o IPCA entre janeiro de 2003 e janeiro de 2009 foi de 39,7%) serve de argumento, segundo os aposentados.

"Os idosos, principalmente, têm gastos além das contas gerais como gás, telefone e aluguel. Para eles o custo com remédios, e outros itens da área saúde costuma ser maior", afirmou Inocentini.

O presidente do sindicato afirmou que o grupo realiza um estudo com 100 itens de necessidade de um idoso para comparar o aumento dos produtos com o índice de reajuste do benefício recebido pelos aposentados.

"Daqui dois meses vamos abrir um processo na Justiça e levar essa pesquisa como prova. Segundo a lei, o governo é obrigado a manter o poder de compra com a aposentadoria", disse Inocentini.

Alternativas
O consultor financeiro Cláudio Boriola diz que os aposentados, especialmente nesse momento de crise econômica, devem evitar compras parceladas, pesquisar preços, negociar e fazer bom planejamento financeiro.

Segundo Boriola, alguns aposentados ganham um valor mensal muitas vezes insuficiente para o pagamento das contas e acabam pedindo crédito ou realizando pagamentos a prazo e são obrigados a pagar juros altos.

Na opinião do consultor, pagar uma previdência privada é uma alternativa indicada para quem ainda trabalha, considerando a característica de perda de poder de compra da aposentadoria.

"Na prática, infelizmente os valores encontram-se em um patamar que está deteriorando o poder de aquisição da população brasileira", completou Boriola.

De acordo com o diretor da Confederação Brasileira de Aposentados e Pensionistas (Cobap), Vicente Fernandes Barbosa, representantes dos aposentados tentarão um encontro com o presidente da Câmara, deputado Michel Temer (PMDB-SP), para discutir projetos que minimizem a perda dos aposentados

17:17
Anónimo disse...
Previdência
Previdência prorroga isenção de tarifas no benefício

O atual sistema de pagamento aos 26 milhões de aposentados e pensionistas do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) será mantido até o final deste ano. O acordo, que permite realizar a operação sem nenhum custo aos beneficiários, foi renovado nesta sexta-feira, entre o governo federal e 21 instituições financeiras.

Por meio desse acordo, vigente desde setembro de 2007, nem os segurados, nem os bancos e nem o governo arcam com o pagamento de tarifas, conforme explicou o ministro da Previdência Social, José Pimentel. A prorrogação vale até dezembro, data máxima para que a Previdência defina as regras para um novo contrato.

Ao assinar o termo de renovação, na sede da Federação Brasileira dos Bancos (Febraban), o ministro disse que a intenção do governo é mudar o atual modelo de gestão visando a reduzir os custos dessas operações em torno da folha mensal, que atinge R$ 15,8 bilhões. No entanto, qualquer alteração, conforme explicou, passará antes por audiências públicas a serem realizadas a partir do segundo semestre deste ano, atendendo a determinação do Tribunal de Contas da União (TCU).

De acordo com Pimentel, com um redesenho do mecanismo de repasse dos recursos aos bancos em torno da folha de pagamento dos segurados o que se busca é um aumento da participação de instituições financeiras. Ele informou que, desde 2007, cada benefício custa em média R$ 1,07 ao governo. "Quanto mais instituições financeiras estiverem prestando serviços à sociedade, maior é a competitividade, a agilidade no atendimento", justificou.

O ministro observou, ainda, que, para permitir uma redução para algo em torno de meia hora no tempo de atendimento para a concessão dos direitos previdenciários, o governo investiu R$ 280 milhões.

Questionado sobre o descontentamento dos segurados que ganham acima de um salário mínimo terem obtido apenas a correção com base na variação do Índice de Preços ao Consumidor (INPC) , ficando abaixo do reajuste dado a quem recebe apenas o mínimo, Pimentel argumentou que o governo seguiu o que determina a lei e descartou a possibilidade de uma revisão

17:17
Anónimo disse...
Empresas
Caterpillar oferece aposentadoria antecipada a 2 mil


A companhia americana Caterpillar ofereceu a cerca de dois mil funcionários incentivos para que se aposentem de forma voluntária antes do previsto, pela perspectiva de uma queda "significativa" da atividade industrial, informou nesta quarta-feira a empresa.

A iniciativa, destinada aos trabalhadores de diversas fábricas em Illinois, Colorado, Tennessee e Pensilvânia, se soma aos cortes de empregos anunciados em janeiro, explicou em comunicado de imprensa.

A empresa, a maior fabricante mundial de maquinaria pesada para a construção e a mineração, acrescentou que, "em função das condições de negócio, podem ser necessárias mais reduções de elenco voluntárias e involuntárias à medida que o ano avança".

O vice-presidente da companhia, Sid Banwart, explicou que a empresa prevê "demissões significativas em todas as regiões geográficas e na maioria dos setores devido às dificuldades da economia mundial".

17:18
Anónimo disse...
Comércio
Comércio exterior da OCDE caiu no 3º trimestre de 2008


As exportações e as importações dos países da Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Econômico (OCDE) caíram 1,6% e 0,2%, respectivamente, no terceiro trimestre de 2008, em relação aos três meses anteriores.

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Trata-se da primeira queda destas atividades desde o terceiro trimestre de 2006, segundo o último relatório trimestral sobre fluxos comerciais divulgado pela OCDE.

As exportações e as importações em dólares dos 30 Estados-membros caíram 15,6% e 17%, respectivamente, na comparação anualizada.

Por sua vez, o comércio dos sete países mais ricos do mundo (G7) teve um pequeno crescimento no terceiro trimestre de 2008 com uma queda das exportações de mercadorias de 0,2% em relação ao trimestre anterior e um aumento de 0,4% das importações.

Em termos anualizados, as importações do G7 caíram 1,4% entre julho e setembro do ano passado, seu primeiro retrocesso desde o terceiro trimestre de 2006, enquanto as exportações aumentaram 1,9%, seu crescimento mais baixo no mesmo tempo.

Por países, a Alemanha aumentou suas importações em 3,4% - valor mais alto do G7 -, enquanto suas exportações caíram 2,9% do segundo para o terceiro trimestre de 2008.

Pelo contrário, as exportações americanas aumentaram 1,8% entre julho e setembro de 2008, enquanto as importações caíram 0,7% em relação ao trimestre anterior. No Japão, tanto as importações quanto as exportações caíram em torno de 1% no mesmo período.

17:19
Anónimo disse...
Economia Nacional
Lula: juros de crédito consignado a aposentados são altos

Atualizada às 17h29

O presidente Luis Inácio Lula da Silva afirmou nesta terça-feira, em São Paulo, que está lutando para reduzir as taxas de juros cobradas de aposentados em crédito consignado. A Previdência Social estabelece uma taxa máxima de 2,5% para empréstimo e de 3,5% para cartão. Para Lula, os valores são altos.

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"Acho que o juro que os aposentados estão pagando hoje com o crédito consignado é alto para o padrão brasileiro", disse o presidente durante a cerimônia de comemoração dos 86 anos do INSS.

A Previdência anunciou nesta terça-feira que aposentados e trabalhadoras com licença-maternidade poderão receber seus benefícios em 30 minutos. De acordo com Lula, em junho, a aposentadoria do trabalhador rural também será conseguida em meia hora.

Além disso, o presidente anunciou que, também em junho, os trabalhadores que alcançarem o direito à aposentadoria passarão a receber em suas casas um comunicado da Previdência informando o fato e o valor do salário que têm direito a receber. "É um comprometimento público que estou fazendo com os companheiros da Previdência Social", disse.

"Estamos retribuindo ao contribuinte da Previdência Social aquilo que é a cidadania que ele tem direito", afirmou Lula. "Se para cobrar nós somos tão precisos, para devolver o dinheiro, temos que chegar próximo à perfeição", completou.

17:20
Anónimo disse...
Economia Nacional
Salário maternidade sairá em 30 minutos, diz ministro

Toda trabalhadora autônoma que tiver contribuído pelo menos 10 meses com o Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) - ou as que possuírem carteira assinada - poderão receber em 30 minutos o salário maternidade a partir desta terça-feira. Da mesma forma, as mulheres com 30 anos de contribuição e os homens com 35 anos também terão direito ao benefício de forma mais rápida. A informação é do ministro da Previdência Social, José Pimentel.

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Para requerer o salário maternidade, é preciso que as autônomas levem a carteira de identidade e o carnê de contribuição. As demais trabalhadoras devem apresentar a identificação e a carteira de trabalho. Desde o início do mês, a nova forma de análise para a concessão de benefícios foi adotada para a aposentadoria por idade do trabalhador urbano e agora foi estendida para o salário maternidade e por tempo de contribuição.

O ministro disse que a qualificação do serviço da previdência social é o reconhecimento do direito dos trabalhadores e da afirmação da cidadania.

"Até pouco tempo na cabeça do cidadão o serviço devia ser de péssima qualidade. Agora não, nós modificamos toda a legislação no mês de dezembro numa ação conjunta do Congresso Nacional com o governo federal. Estamos implantando e concedendo os benefícios em até 30 minutos", afirmou.

O ministro destacou que para conseguir se aposentar ou ter acesso à licença maternidade em 30 minutos, em primeiro lugar, é necessário que o cidadão esteja vinculado à Previdência, o que inclui 65% da população acima de 16 anos de idade.

"Depois bastar marcar pelo sistema 135 o dia e a hora do atendimento e levar a documentação. Se todos os dados necessários estiverem corretos o contribuinte será atendido em até 30 minutos, como vem sendo feito com as aposentadorias por idade desde o dia cinco de janeiro", explicou.

Pimentel disse ainda que em 90% das agências da previdência social o atendimento é marcado em até 48 horas. Nos grandes centros, entretanto existe um volume maior o que torna mais lento o processo.

"Estamos criando mais 715 agências até 2010, em todo o território nacional, para descentralizar o atendimento. Em 2008, atendemos 295 mil benefícios e aposentadorias por idade. Temos 4 mil pessoas por dia procurando e se aposentando por idade no território nacional. Este serviço será agilizado", concluiu.

17:26
Anónimo disse...
Giuseppe Englaro, pai de Eluana, a italiana que morreu na segunda-feira passada por desidratação, recusou uma grande soma de dinheiro de um conhecido fotógrafo italiano que queria retratar a filha em estado de coma, disse neste sábado o neurologista que atendia a mulher desde 1996, Carlo Defanti.

O neurologista, que participou hoje de uma conferência sobre eutanásia, disse que Englaro respeitou a vontade da filha, que, antes do acidente, tinha pedido que, se lhe ocorresse qualquer coisa irreversível, apresentasse sua imagem de quando estava em boas condições.

Antes de sofrer o acidente de trânsito, em 1992, Eluana viveu o coma de um amigo, Alessandro, o que causou forte impacto na italiana e a levou a fazer o pai prometer que não a deixasse viver em estado vegetativo, disse o próprio Giuseppe Englaro.

Defanti, que dissera que Eluana poderia viver de dez a 12 dias depois da suspensão da alimentação e da hidratação, disse que, como médico, tinha que reprovar esta afirmação.

"Não se pode sobreviver após três ou quatro dias sem líquido e, em particular, água em um corpo. Sabemos bem que, quando há um terremoto, após quatro dias é difícil encontrar sobreviventes".

Defanti ressaltou que Eluana "não falava, não se comunicava com o exterior" e que, após vários exames, "nos deparamos com uma moça que tinha perdido a consciência", porque estava com o córtex cerebral prejudicado.

Eluana foi enterrada na quinta-feira passada no túmulo da família na localidade de Paluzza, em Udine, após um funeral que não contou com a presença dos pais.

16:53
Anónimo disse...
Os bombeiros combatem neste sábado os incêndios na Austrália favorecidos pelo bom tempo, enquanto os deslocados encotram em seu retorno casas derruídas, carros queimados nas ruas e destruição.

Depois de sete dias desde que começaram os incêndios no Estado de Victoria, a lista de mortos chega a 181, os desaparecidos somam 50, os edifícios destruídos totalizam 1,834 mil e o terreno arrasado, principalmente florestas, ocupa uma área de 4,13 mil quilômetros quadrados.

As equipes de bombeiros, formadas por 4 mil profissionais de Victoria, de outras partes da Austrália e de países amigos, combateram hoje 12 focos fora de controle e nenhum representava uma ameaça direta para a população.

O subdiretor do Serviço de Bombeiros, Geoff Conway, disse que este tempo favorável, que se prolongará durante o domingo, permite consolidar as linhas de contenção e avançar na extinção das chamas.

Cinzas apareceram arrastadas por ventos do nordeste sobre Melbourne, onde habitam 3,8 milhões de pessoas, e as autoridades alertaram aos cidadãos do risco para a saúde de idosos, crianças e pessoas com problemas respiratórios.

O número de pessoas deslocadas - a Cruz Vermelha chegou a receber 7 mil - começou a cair com a abertura de algumas localidades atingidas.

Os incêndios, alguns criminosos, começaram em 7 de fevereiro, quando a região sul da Austrália estava há duas semanas sob uma onda de calor sem precedentes.

Na sexta-feira passada, a polícia acusou uma pessoa de ter provocado o incêndio que atingiu a localidade de Churchill e matou 21 pessoas.

16:55
Anónimo disse...
A primeira chuva em seis dias reduziu a ameaça de incêndios no Estado de Victoria, ao sul da Austrália. As autoridades, porém, advertiram que ainda existem 12 focos, mas que nenhum deles ameaça áreas povoadas.

Mais de quatro mil bombeiros, mil provenientes de outras partes do país e de outras nações, trabalham contra o fogo. Cerca de 600 veículos e 28 helicópteros e pequenos aviões estão sendo usados.


Eles conseguiram construir linhas de contenção para evitar os incêndios de Yarra e Maroondah se juntassem. Também foram controlados os incêndios abertos de Yea e Murrindindi, que ameaçavam as comunidades de Connellys Creek, Crystal Creek, Scrubby Creek e Native Dog Creek.

O número de mortos chegou a 181, mas as autoridades acreditam que as vítimas devem passar de 200, já que ainda há muitos desaparecidos.

16:55
Anónimo disse...
Aqui nesta coluna, na semana passada, tive a oportunidade de comentar sobre a recente visita do professor brasileiro Pedrinho Guareschi à Austrália. Não dei, porém, os fatos, pois semana passada o assunto era outro.

Hoje, porém, vamos a eles.

No último dia 4 de fevereiro, aconteceu o Seminário "Paulo Freire: Education and Liberation", organizado pelo centro de estudos latino-americanos da Universidade Nacional da Austrália, ou ANU, como é mais conhecida por aqui.

A ANU, para quem não sabe, está entre as 20 melhores universidades do mundo! E tem sede aqui em Camberra, capital da Austrália.

Na abertura do evento, o professor John Minns, diretor do centro latino-americano, ao dar boas-vindas ao público presente, lembrou ser aquele o primeiro seminário exclusivamente dedicado a Paulo Freire na Austrália.

Em seguida, convidou Pedrinho Guareschi, palestrante principal do Seminário, a fazer sua apresentação.

A plateia pode então conhecer, pelas palavras de Pedrinho, um pouco da obra e da vida de Freire, esse brasileiro de fé e valor, que sempre acreditou na educação, sobretudo dos menos favorecidos, analfabetos, como força libertadora.

Como não podia deixar de ser, os conceitos e ideias revolucionários de Paulo Freire, expostos com clareza por Pedrinho, despertaram o interesse e a curiosidade de plateia. A qual, deve-se notar, era na maioria de estudantes, mas de várias nacionalidades, sobretudo australianos e asiáticos.

Na continuação do programa do seminário, que se estendeu por dois dias, outros professores fizeram palestras sobre temas ligados à obra de Paulo Freire.

Interessante, por exemplo, saber que a professora Anne Hickling-Hudson, jamaicana que mora na Austrália há muitos anos (é professora da ANU), conheceu e trabalhou com Freire num workshop educacional durante a revolução na Ilha de Granada, em 1980, antes da invasão dos Estados Unidos...

Ou, então, a palestra da Professora Gerda Roelvink, da Nova Zelândia, que participou do Fórum Social de Porto Alegre em 2005. E essa participação transformou-se em tema de doutorado.

No dia 10, terça-feira passada, o padre Pedrinho Guareschi voltou a falar ao público australiano em grande auditório localizado no belíssimo campus da ANU. Desta vez, sobre a Teologia da Libertação.

Depois da palestra, John Minns mostrou o filme mexicano "O Crime do Padre Amaro", no qual um dos personagens é um padre católico praticante da Teologia da Libertação.

Mais uma vez, foi grande o intersse da platéia, que pode aprender e conhecer um pouco como se desenvolveu aquele importante movimento católico na América Latina.

Fica, assim, ao Pedrinho, bem como a outros brasileiros estudiosos e de bom coração que saem pelo mundo a divulgar aspectos importantes da cultura brasileira, o respeito e a homenagem desta coluna. E... aquele abraço!

16:57
Anónimo disse...
Amanda Kitts perdeu o braço esquerdo em um acidente de automóvel acontecido três anos atrás, mas hoje em dia ela joga futebol americano com seu filho de 12 anos de idade, troca fraldas e abraça as crianças nas três creches Kiddie Cottage que opera em Knoxville, Tennessee. Kitts, 40 anos, faz tudo isso com a ajuda de um novo tipo de braço artificial que se movimenta com mais facilidade do que outros aparelhos e que ela pode controlar utilizando apenas seus pensamentos.

"Eu sou capaz de mexer a mão, o pulso e o cotovelo ao mesmo tempo", diz. "Você pensa e os músculos se movem em seguida".

A recuperação que ela conseguiu resulta de um novo procedimento que vem atraindo crescente atenção porque permite que pessoas movam braços protéticos de forma mais automática do que faziam no passado, simplesmente utilizando nervos reaproveitados em seus cérebros.

A técnica, conhecida como "renervação muscular dirigida", envolve utilizar os nervos que restam depois da amputação de um braço e conectá-los a outro músculo do corpo, em geral no peito. Eletrodos são instalados sobre os músculos do peito, e operam como se fossem antenas. Quando a pessoa deseja mover o braço, o cérebro envia sinais que primeiro resultam em contração dos músculos do peito, os quais enviam um sinal ao braço protético, instruindo-se a se movimentar. O processo não requer mais esforços consciente do que a pessoa teria de exercitar caso ainda tivesse seu braço natural.

Na terça-feira, pesquisadores reportaram em estudo publicado pela versão online do Journal of the American Medical Association que haviam levado a técnica ainda mais à frente, tornando possível a execução de 10 movimentos de mão, pulso e cotovelo diferentes, o que representa uma substancial melhora com relação ao típico repertório protético, que em geral envolve apenas dobrar o cotovelo, girar o pulso e abrir a mão.

"Os novos métodos tiveram impacto dramático em nosso campo de trabalho", disse Stuart Harshbarger, engenheiro biomédico na Universidade Johns Hopkins e diretor do programa de pesquisa sobre próteses, financiado pelas forças armadas, que inclui o trabalho com essa técnica. "O método já está em uso por médicos e cirurgiões comuns em todo o país. A capacidade de controlar um membro protético bastante robusto que ele confere surpreendeu a todos pela qualidade".

Tipicamente, uma pessoa que tenha um braço protético só é capaz de executar alguns poucos movimentos, e muitas vezes com tamanha lentidão que isso só permite a ela atividades limitadas.

Há um motor separado para cada movimento, diz Gerald Loeb, professor de engenharia biomédica na Universidade do Sul da Califórnia, "e esses motores precisam ser controlados de maneira explícita", usualmente por um esforço consciente da pessoa para contrair músculos nas costas ou no bíceps.

"Essencialmente, até agora os pacientes controlavam apenas um motor de cada vez", diz Loeb, "e precisavam pensar cuidadosamente sobre que motor desejavam controlar e como fazê-lo operar, em lugar de simplesmente pensarem em mover o braço e poderem fazê-lo sem delongas".

Antes que Kitts passasse pelo procedimento de renervação, em outubro de 2007, por exemplo, ela precisava movimentar os músculos de suas costas de determinada maneira para fazer com que seu pulso girasse, e flexionar seu bíceps e tríceps para fazer com que o cotovelo se movesse para cima e para baixo. "Era muito trabalho", ela conta. "E não me ajudava muito".

O procedimento de renervação é parte de uma recente explosão de idéias novas e técnicas inovadoras que estão sendo exploradas enquanto os cientistas se esforçam por ajudar as pessoas a compensar melhor a perda de membros ou problemas de paralisia. O esforço vem sendo alimentado pelo aumento no número de amputações causado por diabetes e por ferimentos sofridos pelos militares, e ao mesmo tempo pelos avanços na tecnologia médica.

Os braços se tornaram um dos focos essenciais desse tipo de trabalho. A ciência há muito vem obtendo sucessos no desenvolvimento de próteses de perna, mas é muito mais difícil imitar a complexidade e a destreza das mãos e dos braços.

Os esforços em curso incluem o desenvolvimento de projetos de pele e braços mais sensíveis e mais flexíveis, e o uso de dispositivos acionados por controles sem fio implantado nos braços protéticos, que permitiriam movimentos mais naturais.

Os pesquisadores também vêm usando sensores implantados nos cérebros de cobaias para permitir que dois macacos controlem um braço mecânico, e um teste com um homem paralítico permitiu, com esse método, que ele movimentasse um cursor em uma tela de computador.

Alguns desses métodos, caso venham a ser aperfeiçoados plenamente e consigam aprovação das autoridades regulatórias da saúde, podem no futuro se tornar mais viáveis para os pacientes de amputações.

E embora a técnica da renervação não requeira aprovação das autoridades regulatórias porque é executada por meios cirúrgicos e emprega aparelhos já existentes, ela apresenta limitações que até mesmo seus criadores reconhecem, entre as quais o fato de que não se pode utilizá-la para todos os pacientes, o seu alto custo e o prazo de meses requerido para que os nervos reconectados cresçam e se tornem efetivos.

Ainda assim, os especialistas dizem que é o mais avançado sistema em uso hoje para pacientes reais que permite que o sistema nervoso controle diretamente o movimento de um braço artificial.

Desde sua introdução por Todd Kuiken, médico fisioterapeuta e engenheiro biomédico do Instituto de Reabilitação de Chicago, o método foi empregado em cerca de 30 pacientes nos Estados Unidos, Canadá e Europa, entre os quais oito soldados feridos no Iraque e no Afeganistão.

Muitos dos pacientes, entre os quais o primeiro, Jesse Sullivan, um operário do setor elétrico no Tennessee que perdeu os dois braços quando foi eletrocutado por um cabo, conseguem não apenas manipular seus braços protéticos mas sentir a presença das mãos que já não têm quando alguém toca em seus peitos.

Sullivan, 62 anos, e Kitts, estavam entre os cinco pacientes que participaram do estudo reportado na terça-feira. Em companhia de cinco outras pessoas que não passaram por amputações, eles receberam os eletrodos e foram instruídos a usar pensamentos para fazer com que um braço virtual na tela reproduzisse 10 movimentos diferentes, entre os quais três formas diferentes de aperto de mão.

Os pacientes apresentaram desempenho bastante respeitável, apenas um pouco mais lento e menos preciso do que os dos participantes que não tinham amputações.

"As velocidades de movimento que encontramos em nossos pacientes foram realmente encorajadoras", disse Kuiken. "Eles conseguiram completar a tarefa. É claro que não foram tão competentes quanto as pessoas dotadas de plena capacidade física, mas foram bons o bastante".

Um braço virtual foi usado porque a maioria das próteses existentes não era capaz de acomodar todos aqueles movimentos, no momento da pesquisa, ainda que Sullivan, Kitts e uma terceira paciente, Claudia Mitchell, tenham experimentado dois novos protótipos mais versáteis de braços artificiais, executando tarefas complexas com bolas de tênis e outros objetos.

O trabalho de renervação em soldados apresenta outros desafios, diz Kuiken, porque os ferimentos militares muitas vezes "causam danos muitos extensos" a nervos, músculos ou ossos.

Daniel Acosta, 25 anos, um aviador ferido pela detonação de uma bomba em uma estrada do Iraque em 2005, passou pelo procedimento no ano passado e diz que seu braço esquerdo protético agora se movimenta "muito mais rápido" e de maneira muito mais natural.

"A diferença é que agora não preciso mais pensar para mover o braço", ele diz. "Ele simplesmente se mexe".

Ainda assim, Acosta, de San Antonio, diz que "o processo foi bastante longo" e que os eletrodos precisam ser ajustados para receber os sinais à medida que os nervos crescem ou mudam de posição.

E embora elogiem o método, os especialistas afirmam que a ciência das próteses de braço ainda tem muito por avançar.

"Trata-se de uma parte crucial, mas ainda assim apenas uma parte, das muitas coisas que compreendem a função normal de um braço", disse Loeb, que escreveu um editorial que acompanha o artigo no Journal of the American Medical Association.

"No momento estamos a meio do caminho entre o braço de 'Dr. Fantástico', que fazia involuntariamente a saudação nazista, e o braço de Luke Skywalker em 'Guerra nas Estrelas', que funciona sem nenhum problema assim que é conectado. Creio que precisaremos ainda de muitos anos para conectar todas as peças necessárias a produzir um braço capaz de funcionar normalmente".

17:04
Anónimo disse...
A Espanha disse neste sábado que está preparando uma reclamação oficial contra a decisão da Venezuela de expulsar um membro do Parlamento Europeu que criticou o conselho eleitoral venezuelano.
Luis Herrero, membro do partido conservador espanhol PP, foi deportado na sexta-feira depois que o Conselho Nacional Eleitoral (CNE) o acusou de questionar a imparcialidade da instituição antes de um referendo que pode permitir ao presidente Hugo Chávez permanecer no cargo indefinidamente.

Herrero estava na Venezuela como observador do referendo. Ele acusou Chávez de ter "comportamentos típicos de um ditador" por pedir a contenção de manifestações da oposição.

O governo da Espanha convocou um encontro com o embaixador da Venezuela em Madri para expressar a desaprovação sobre a expulsão de Herrero, disse um representante do Ministério das Relações Exteriores espanhol.

As relações da Venezuela com a Espanha tiveram seu ponto crítico em 2007, quando Chávez ameaçou rever acordos diplomáticos e comerciais depois de ouvir um "cala a boca" do rei espanhol Juan Carlos durante uma cúpula.

A fenda foi oficialmente reparada em 2008, com uma visita oficial de Chávez à Espanha, onde ele cumprimentou o rei e discutiu acordos para investimento no setor petroquímico com o primeiro-ministro José Luis Rodriguez Zapatero.

17:06
Anónimo disse...
A polícia do Zimbábue anunciou neste sábado que acusa de traição Roy Bennett, dirigente do até agora opositor Movimento para a Mudança Democrática (MDC), detido na sexta-feira, em Harare, poucas horas antes da cerimônia de posse dos membros do novo gabinete.

"A Polícia nos informou que vão apresentar acusações de traição", disse à agência EFE o advogado de defesa de Bennett, Trust Maanda.

"Tentam relacionar Roy com o caso de Mike Hitschmann, que foi detido em 2006 em relação à descoberta de um carregamento de armas, apesar de que Hitschmann não tenha sido declarado culpado das acusações de traição apresentadas contra ele, mas de um crime menor de descumprimento de leis", disse Maanda.

O político opositor, designado por seu partido como vice-ministro de Agricultura no Governo de união nacional, esteve no exílio na vizinha África do Sul desde 2006 e retornou ao Zimbábue há duas semanas.

Segundo a Polícia, que deteve Bennett ontem no aeroporto de Harare quando pretendia ir à África do Sul para visitar sua família, as armas apreendidas em 2006 seriam utilizadas em um golpe de Estado para derrubar o presidente do Zimbábue, Robert Mugabe.

Depois da detenção, Bennet foi levado a Mutar, onde vários simpatizantes do MDC se concentraram em frente à delegacia na qual estava detido, diante do que a Polícia respondeu com tiros para o alto para dispersar os manifestantes.

17:07
Anónimo disse...
Austrália: 14 mil se candidatam a 'emprego dos sonhos'

A secretaria de Turismo de Queensland, na Austrália, informou que até esta segunda-feira já recebeu cerca de 14 mil inscrições para o "o melhor emprego do mundo". O Estado australiano promove pela internet seleção para vaga de "zelador" da ilha Hamilton, por seis meses com um salário de R$ 40 mil.

Muitos candidatos tiveram problemas durante a inscrição por conta dos acessos simultâneos ao site. A secretaria aconselha enviar os vídeos de 60s explicando porque deve ser escolhido em horários alternativos do dia, além de recomendar tamanho em torno de 40MB.

As inscrições começaram em 12 de janeiro e vão até o próximo dia 22 e podem ser feitas pelo site www.islandreefjob.com. O governo australiano escolherá 50 candidatos para a próxima fase da seleção, que terá votos do público para eleger um dos 11 finalistas.

A última fase terá entrevistas e desafios físicos, no próprio local de trabalho: as ilhas da Grande Barreira Coralina - o maior recife de coral do mundo. A secretaria de Turismo anunciará o vencedor no dia 6 de maio.

17:09
Anónimo disse...
Mercado elogia governo na crise, mas pede maior queda no juro

Peter Fussy
Direto de São Paulo

Desde as primeiras medidas anunciadas para combater os efeitos da crise, o governo brasileiro avisou que a estratégia não contemplaria um pacote. Seriam doses pontuais, de acordo com a necessidade da economia diante do agravamento das turbulências. Da primeira liberação dos depósitos compulsórios em setembro até a ampliação do seguro-desemprego na última quarta-feira, o governo passou por redução de impostos, ampliação de crédito e incentivos à exportação. Quase 150 dias após a primeira medida, o Terra conversou com líderes do setor público e privado, representantes dos trabalhadores, acadêmicos e com o próprio governo para saber quais destas ações foram mais eficazes, quais foram mais ineficientes e o que mais pode ser feito pelo Estado brasileiro contra a crise.

Os maiores elogios foram direcionados à atitude de reduzir o Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) para a indústria automobilística, anunciada em dezembro e que fez com que os emplacamentos de carros novos subissem 1,9% no primeiro mês do ano em relação a dezembro de 2008. Já as maiores críticas foram para a lentidão no corte da taxa básica de juro do País.

Para o presidente do conselho administrativo do Grupo Pão de Açúcar, Abílio Diniz, o Estado não é responsável pela crise e mesmo assim está agindo "com extrema serenidade e muito acerto". "O governo está atento, fazendo a sua parte. É preciso coragem de baixar firmemente a taxa de juros. É uma arma que temos a nosso favor, já que não há clima para inflação, nem possibilidade de danos para a macroeconomia", afirmou Diniz.

Na última reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), em janeiro, a taxa Selic foi reduzida em um ponto percentual, de 13,75% para 12,75% ao ano. Porém, o professor de economia da Universidade de Brasília (UnB) José Luiz Oreiro lembra que este corte representa uma redução de apenas 0,25 ponto percentual com relação à taxa de setembro do ano passado, quando a crise se agravou.

"Pouco antes da eclosão da crise, o Banco Central aumentou a taxa em 0,75 ponto. Foram cinco meses de demora para reduzir em termos líquidos apenas 0,25 ponto", afirmou o economista, que também sugeriu redução do intervalo de cerca de 90 dias entre as reuniões do Copom e o corte de pelo menos um 1 ponto percentual em cada reunião.

Mesmo com o corte de janeiro, a taxa de juros real continua sendo a maior do mundo, lembrou o secretário-geral da Força Sindical, João Carlos Gonçalves, o Juruna. "A redução da taxa de juro ainda é pequena, porque ela continua uma das mais altas do mundo. Falta ousadia para baixar os juros e ajudar o cidadão. A permanência da taxa de juro alta é negativa para o País em meio a crise", afirmou Juruna.

Embora aprove as ações do governo, o senador Aloízio Mercadante (PT-SP) também acredita que o patamar da Selic está muito alto. "Sempre fomos os primeiros a entrar em qualquer crise, o que não aconteceu agora. A taxa Selic ainda é muito alta, mas o governo têm tomado medidas acertadas, como o aumento do salário mínimo, mesmo com um cenário de crise. Isso ajuda a movimentar o consumo. O governo está se esforçando para manter os investimentos e o crescimento", disse.

Tributos
De acordo com o economista Fabio Pina, da Fecomercio-SP, as ações mais positivas estão relacionadas à redução de tributos para alguns segmentos, como a indústria automobilística, que recuperou parte da queda nas vendas em janeiro com a isenção do IPI para carros 1.0 l e o corte para demais motorizações. A medida vale até o final de março.

"Essas medidas não só reduziram o preço, mas anteciparam o consumo daqueles que iriam comprar no futuro, dando um prêmio por conta da insegurança. Mexe diretamente com o principal problema que é a confiança do consumidor", afirmou. Juruna destacou que um bom ritmo de vendas é garantia de emprego. "É importante porque cada emprego na montadora significa 19 na cadeia produtiva", comentou o representante da Força Sindical.

Também em dezembro, o governo decidiu cortar pela metade a alíquota do Imposto de Renda para contribuintes que ganham entre R$ 1.434 e R$ 2.150 mensais. "O salário aumentava e a tabela não se modificava. As pessoas ganhavam mais e pagavam mais impostos", apontou Juruna. Outra redução de tributos do governo foi com relação ao Imposto sobre Operações Financeiras (IOF), que caiu de 3% ao ano para 1,5%.

Crédito
Na segunda metade de 2008, o colapso de bancos nos Estados Unidos por conta da crise do subprime provocou uma forte restrição de crédito no mundo inteiro. Uma das primeiras medidas anticrise do governo teve como objetivo restabelecer a oferta, com mudanças no recolhimento dos depósitos compulsórios por parte dos bancos. Segundo o presidente do Banco Central, Henrique Meirelles, as diversas modificações liberaram US$ 99,2 bilhões aos bancos até o final de janeiro.

Além disso, o governo concedeu R$ 36 bilhões das reservas internacionais para empresas brasileiras com dívidas no exterior e uma medida provisória autorizou o Banco do Brasil e a Caixa Econômica Federal a comprar carteiras de crédito de bancos privados. Para o diretor do Departamento de Pesquisas e Estudos Econômicos da Fiesp, Paulo Francini, estas medidas foram essenciais para combater os efeitos da crise.

"A crise se desenvolve no mundo em torno do tema crédito. E o crédito reduziu-se barbaridade no mundo. Então o governo lança mão de compulsório, lança mão de reservas, de medidas que permitem aos bancos comprar carteiras de bancos. Você vai tomando várias medidas para atender às demandas e o epicentro disso é crédito", afirmou.

No entanto, Oreiro, da UnB, adverte que a liberação dos compulsórios seria mais eficiente acompanhada de redução mais agressiva da taxa básica de juro. "Uma parte do crédito voltou, depois da forte retração em outubro e novembro. O que deveria ter sido feito junto à liberação do compulsório era uma redução mais drástica da taxa de juro. Sem isso, os bancos pegam as reservas e acabam comprando títulos públicos", explicou o economista.

Na opinião de Pina, as ações de distribuição de crédito via redução do compulsório e a disposição de capital de giro para empresas foram tomadas sem um cuidado maior na operação e não tiveram muito efeito. "O BNDES tem linhas que ficam paradas quase todo o ano, agora é pior ainda. Existem os recursos, mas as empresas e os bancos estão desconfiados. É preciso fazer com que os bancos tenham interesse em emprestar", afirmou o economista da Fecomercio-SP.

Futuro
Mesmo com todas essas medidas, a crise financeira ainda gera incertezas nos setores produtivos do País. Nos últimos meses, o medo do desemprego fez os consumidores adiarem compras. Por sua vez, a queda nas vendas pode obrigar as indústrias a cortarem a produção e demitir funcionários. Contra isso, empresários sugerem redução de jornada e de salários.

"Isto está previsto em lei. A Fiesp simplesmente manteve conversações com entidades sindicais quanto à aplicação daquilo que já está previsto em lei", afirmou Francini.

Segundo a ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff, uma das medidas que assegura um nível de emprego é a manutenção de investimentos no Programa de Aceleração do Crescimento (PAC). "Estamos esperando que a dificuldade ocorra em janeiro, fevereiro e março. Estamos certos que vamos manter o nível de investimento. É isso que funciona, é isso que significa investimento público. Ele funciona como um colchão. Por isso, nós colocamos R$ 100 bilhões no BNDES e a Petrobras ampliou o seu investimento em R$ 120 bilhões", afirmou.

Na mesma linha, Pina explica que a antecipação de gastos do governo substitui parte da demanda retraída do setor privado. "Ele dá o seguinte recado: não vou estourar as contas públicas, mas concentrar em um momento em que a demanda privada está pequena. Mas o governo não tem fôlego suficiente para fazer o papel de toda demanda", ressaltou. O economista da Fecomercio lembrou que a entidade já pleiteou junto ao governo isenções para transferência de imóveis e de automóveis, além de retirar o IPVA para veículos novos.

Já Oreiro foca suas propostas na capitalização do Banco do Brasil e da Caixa Econômica Federal pelo Tesouro para atender a demanda de crédito para capital de giro e reduzir o spread. "Aumentando o empréstimo e reduzindo as taxas, os dois vão forçar os bancos privados a acompanhar o movimento, até para não perderem participação no mercado", explicou o economista da UnB.

Até o Carnaval, o governou prometeu detalhar um pacote de incentivos para a construção de até um milhão de casas populares, direcionado a famílias com renda de até dez salários mínimos. "Estamos atentos a tudo o que está acontecendo e novas medidas serão tomadas caso haja uma avaliação de que sejam necessárias", disse o ministro da Fazenda, Guido Mantega, na última sexta-feira.

17:11
Anónimo disse...
Ex-ministro critica extensão do seguro-desemprego

Atualizada às 09h03

O ex-ministro do Trabalho Almir Pazzianotto criticou a decisão do governo federal de conceder o seguro-desemprego estendido a apenas alguns setores. "É certamente odioso e provavelmente inconstitucional", disse Pazzianotto, de acordo com o jornal O Estado de S. Paulo.

Na última qurta, dia do anúncio da medida, centrais sindicais elogiaram a atitude do governo. A Força Sindical divulgou nota dizendo que "o aumento ajudará a aquecer parte da economia, já que irá gerar mais consumo, produção e conseqüentemente, a criação de novos postos de trabalho". A União Geral dos Trabalhadores (UGT) afirmou que a medida "contribuirá para minimizar o drama dos trabalhadores que perderem seu emprego por conta da crise".

O ex-ministro, que instituiu o seguro-desemprego no País no governo de José Sarney, destacou a necessidade de as centrais sindicais se manifestarem contra a determinação. Para ele, as mudanças devem ser aplicadas a todas as categorias profissionais e a distinção é contrária ao artigo 3º da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT).

Pazzianotto atribui a medida a um possível temor do governo de que a crise econômica seja longa e não haja dinheiro para atender a todas as necessidades. Ainda assim, ele se mostra contrário ao método de concessão. "O seguro-desemprego ajuda a sanar necessidades básicas. Estendê-lo é paliativo, não a solução", disse ao jornal.

De acordo com o presidente do Conselho Deliberativo do Fundo de Amparo ao Trabalhador (Codefat) e conselheiro da Força Sindical, Luiz Fernando Emediato, a determinação já estava prevista na lei 8.900/94, que trata do seguro-desemprego.

O presidente da Comissão de Trabalho da Câmara, Pedro Fernandes (PTB-MA) vai além na crítica à concessão do seguro para apenas alguns setores. Ele acredita que a ampliação do benefício estimula o desemprego.

Quintino Severo, secretário geral da Central Única dos Trabalhadores (CUT), lembra que a ampliação do benefício sem critério e identificação pode incentivar demissões em outros setores.

17:13
Anónimo disse...
Empresas
TAM faz promoção para destinos internacionais

A companhia aérea TAM anunciou nesta sexta-feira tarifas promocionais para trechos internacionais. Os preços valem para bilhetes comprados entre 6h deste sábado e 23h59 deste domingo e são válidos para classe econômica. As tarifas, para ida e volta, serão vendidas a partir de US$ 99, mais taxas.

Segundo a aérea, a promoção vale para viagens feitas no período de 14 de fevereiro a 18 de junho de 2009. Para destinos na América do Sul, a permanência mínima é de dois dias; para bilhetes com destino nos Estados Unidos, cinco dias; e Europa, sete dias. A permanência máxima para as passagens para América do Sul e EUA é de dois meses e para Europa, três meses.

Entre os exemplos de tarifas promocionais, a TAM oferece São Paulo-Lima por US$ 99. Bilhetes para a rota São Paulo-Santiago serão vendidos a partir de US$ 199 e São Paulo-Nova York, US$ 799.

A emissão dos bilhetes deve ser feita obrigatoriamente no ato da reserva, obedecendo às regras estipuladas pela companhia. A compra está sujeita à disponibilidade de assentos nas classes tarifárias determinadas, trechos, horários e datas. A TAM afirmou que também há tarifas promocionais para a classe executiva.

Mais informações podem ser encontradas no site promocional (www.ofertastam.com.br), no site da empresa (www.tam.com.br) ou pelos telefones 4002-5700 ou 0800 5705700.

17:13
Anónimo disse...
Empresas
Consultoria negocia compra do parque temático Hopi Hari

A consultoria especializada em reestruturação de empresas Íntegra Associados informou nesta sexta-feira ter um acordo para comprar o parque de diversões Hopi Hari, localizado no interior de São Paulo. A empresa estaria disposta a investir R$ 10 milhões no parque, que tem dívida estimada em R$ 800 milhões. As informações são da edição deste sábado do jornal Folha de S. Paulo.

De acordo com o jornal, a transação ainda depende da negociação entre o Hopi Hari e seus credores, o que já estaria em andamento.

A consultoria paulista já atuou junto à Parmalat, durante 30 meses, quando reorganizou a gestão da empresa italiana.

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17:14
Anónimo disse...
Empresas
Disney de Tóquio contratará mais 2 mil apesar da crise


A Oriental Land, o operador da Disneylândia Tóquio e DisneySea, organizou neste domingo entrevistas para contratar cerca de 2 mil trabalhadores em tempo parcial, em um momento de grandes demissões deste tipo de empregados no Japão.

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O operador deste parque temático, situado em Urayasu, na província de Chiba (leste de Tóquio), está em pleno processo de seleção de empregados para 20 tipos de postos trabalhistas diferentes.

Segundo a companhia, citada pela agência local de notícias Kyodo, o parque contratará novos trabalhadores para as atrações, para os restaurantes e guardas de segurança entre outros. Os novos contratados começarão a trabalhar a partir de fevereiro.

O processo de seleção acontece em um momento em que a maioria das grandes companhias japonesas começaram a se ver obrigadas a despedir uma elevada percentagem de seus trabalhadores temporários e a tempo parcial.

Algumas inclusive anunciaram demissões de seus trabalhadores fixos, uma medida muito pouco comum nas companhias japonesas, perante os efeitos piores que o esperado pela crise econômica global.

Cerca de uma centena de pessoas esperavam desde a primeira hora desta manhã a abertura do centro de conferências Tokyo International Forum, onde as entrevistas estão sendo feitas, para ser os primeiros a solicitar os postos de trabalho.


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17:15
Anónimo disse...
Economia Internacional
Senado dos EUA aprova plano de estímulo à economia

O Senado dos Estados Unidos aprovou com 60 votos a favor e 38 contra o plano de estímulo à economia de US$ 787 bilhões na madrugada deste sábado. Agora, ele segue para sanção ou veto do presidente Barack Obama, que espera colocar a lei em prática até o dia 16 de fevereiro.

O plano prevê a criação de três milhões de empregos, inclui cortes de impostos às famílias, fundos para programas sociais e obras públicas, além de ajuda aos governos estaduais, estudantes e desempregados.

A cláusula Buy American - que exige o uso de ferro, aço e produtos manufaturados dos Estados Unidos em obras realizadas com recursos do pacote - ficou de lado. Segundo o texto definitivo, a cláusula será aplicada sem violar as normas do comércio internacional.

Ontem à tarde, a Câmara de Representantes (deputados) havia aprovado, por 246 votos a favor e 183 contra, a versão final do plano. Todos os republicanos foram contrários ao pacote.

Pelo acordo de quarta-feira entre Câmara e Senado, em vez de custar US$ 819 bilhões, como queriam os deputados, ou US$ 838 bilhões como pretendiam os senadores, o pacote ficou em cerca de US$ 787 bilhões, com 65% desse total destinado a gastos do governo federal e 35%, a créditos tributários.

17:16
Anónimo disse...
Economia nacional
Na era Lula, aposentadoria sobe 54% menos que salário mínimo

Thatiane Faria
Especial para o Terra
Direto de São Paulo

Os índices de reajustes concedidos pelo governo em 2009 para aposentados e pensionistas e para o salário mínimo repetiram uma diferença que, só durante o governo de Luiz Inácio Lula da Silva, já chega a 54%. Enquanto o mínimo foi majorado em 12% este ano, as pensões e aposentadorias tiveram aumento de 5,92%. Aposentados que têm o benefício do governo como única fonte de renda reclamam que perdem poder de compra e que sua cesta de compras é composta por itens que aumentam mais em relação à inflação oficial.

Um exemplo prático pode ser entendido a partir da comparação entre um aposentado que ganhava R$ 600 em janeiro de 2003. Na época, o benefício era três vezes, ou 200%, maior que o valor do mínimo em vigência, que era de R$ 200. Aplicando-se os índices de reajuste para aposentadorias e para o mínimo durante os últimos seis anos, o mesmo aposentado estaria recebendo hoje R$ 938,47, comparado a um salário mínimo de R$ 465. A diferença entre os dois valores caiu para pouco mais de 100%.

Enquanto o índice acumulado de reajuste para a aposentadoria durante o governo Lula foi de 60%, para o salário mínimo está em 132%.

O diretor do Sindicato Nacional dos Aposentados, João Inocentini, reclama que os valores dos benefícios para aposentadorias não mantêm o poder de compra do grupo, principalmente dos aposentados que recebem menos que dez salários mínimos.

Nem mesmo o fato de o índice de reajuste das aposentadorias ter ficado acima da inflação acumulada no mesmo período (o IPCA entre janeiro de 2003 e janeiro de 2009 foi de 39,7%) serve de argumento, segundo os aposentados.

"Os idosos, principalmente, têm gastos além das contas gerais como gás, telefone e aluguel. Para eles o custo com remédios, e outros itens da área saúde costuma ser maior", afirmou Inocentini.

O presidente do sindicato afirmou que o grupo realiza um estudo com 100 itens de necessidade de um idoso para comparar o aumento dos produtos com o índice de reajuste do benefício recebido pelos aposentados.

"Daqui dois meses vamos abrir um processo na Justiça e levar essa pesquisa como prova. Segundo a lei, o governo é obrigado a manter o poder de compra com a aposentadoria", disse Inocentini.

Alternativas
O consultor financeiro Cláudio Boriola diz que os aposentados, especialmente nesse momento de crise econômica, devem evitar compras parceladas, pesquisar preços, negociar e fazer bom planejamento financeiro.

Segundo Boriola, alguns aposentados ganham um valor mensal muitas vezes insuficiente para o pagamento das contas e acabam pedindo crédito ou realizando pagamentos a prazo e são obrigados a pagar juros altos.

Na opinião do consultor, pagar uma previdência privada é uma alternativa indicada para quem ainda trabalha, considerando a característica de perda de poder de compra da aposentadoria.

"Na prática, infelizmente os valores encontram-se em um patamar que está deteriorando o poder de aquisição da população brasileira", completou Boriola.

De acordo com o diretor da Confederação Brasileira de Aposentados e Pensionistas (Cobap), Vicente Fernandes Barbosa, representantes dos aposentados tentarão um encontro com o presidente da Câmara, deputado Michel Temer (PMDB-SP), para discutir projetos que minimizem a perda dos aposentados

17:17
Anónimo disse...
Previdência
Previdência prorroga isenção de tarifas no benefício

O atual sistema de pagamento aos 26 milhões de aposentados e pensionistas do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) será mantido até o final deste ano. O acordo, que permite realizar a operação sem nenhum custo aos beneficiários, foi renovado nesta sexta-feira, entre o governo federal e 21 instituições financeiras.

Por meio desse acordo, vigente desde setembro de 2007, nem os segurados, nem os bancos e nem o governo arcam com o pagamento de tarifas, conforme explicou o ministro da Previdência Social, José Pimentel. A prorrogação vale até dezembro, data máxima para que a Previdência defina as regras para um novo contrato.

Ao assinar o termo de renovação, na sede da Federação Brasileira dos Bancos (Febraban), o ministro disse que a intenção do governo é mudar o atual modelo de gestão visando a reduzir os custos dessas operações em torno da folha mensal, que atinge R$ 15,8 bilhões. No entanto, qualquer alteração, conforme explicou, passará antes por audiências públicas a serem realizadas a partir do segundo semestre deste ano, atendendo a determinação do Tribunal de Contas da União (TCU).

De acordo com Pimentel, com um redesenho do mecanismo de repasse dos recursos aos bancos em torno da folha de pagamento dos segurados o que se busca é um aumento da participação de instituições financeiras. Ele informou que, desde 2007, cada benefício custa em média R$ 1,07 ao governo. "Quanto mais instituições financeiras estiverem prestando serviços à sociedade, maior é a competitividade, a agilidade no atendimento", justificou.

O ministro observou, ainda, que, para permitir uma redução para algo em torno de meia hora no tempo de atendimento para a concessão dos direitos previdenciários, o governo investiu R$ 280 milhões.

Questionado sobre o descontentamento dos segurados que ganham acima de um salário mínimo terem obtido apenas a correção com base na variação do Índice de Preços ao Consumidor (INPC) , ficando abaixo do reajuste dado a quem recebe apenas o mínimo, Pimentel argumentou que o governo seguiu o que determina a lei e descartou a possibilidade de uma revisão

17:17
Anónimo disse...
Empresas
Caterpillar oferece aposentadoria antecipada a 2 mil


A companhia americana Caterpillar ofereceu a cerca de dois mil funcionários incentivos para que se aposentem de forma voluntária antes do previsto, pela perspectiva de uma queda "significativa" da atividade industrial, informou nesta quarta-feira a empresa.

A iniciativa, destinada aos trabalhadores de diversas fábricas em Illinois, Colorado, Tennessee e Pensilvânia, se soma aos cortes de empregos anunciados em janeiro, explicou em comunicado de imprensa.

A empresa, a maior fabricante mundial de maquinaria pesada para a construção e a mineração, acrescentou que, "em função das condições de negócio, podem ser necessárias mais reduções de elenco voluntárias e involuntárias à medida que o ano avança".

O vice-presidente da companhia, Sid Banwart, explicou que a empresa prevê "demissões significativas em todas as regiões geográficas e na maioria dos setores devido às dificuldades da economia mundial".

17:18
Anónimo disse...
Comércio
Comércio exterior da OCDE caiu no 3º trimestre de 2008


As exportações e as importações dos países da Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Econômico (OCDE) caíram 1,6% e 0,2%, respectivamente, no terceiro trimestre de 2008, em relação aos três meses anteriores.

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Trata-se da primeira queda destas atividades desde o terceiro trimestre de 2006, segundo o último relatório trimestral sobre fluxos comerciais divulgado pela OCDE.

As exportações e as importações em dólares dos 30 Estados-membros caíram 15,6% e 17%, respectivamente, na comparação anualizada.

Por sua vez, o comércio dos sete países mais ricos do mundo (G7) teve um pequeno crescimento no terceiro trimestre de 2008 com uma queda das exportações de mercadorias de 0,2% em relação ao trimestre anterior e um aumento de 0,4% das importações.

Em termos anualizados, as importações do G7 caíram 1,4% entre julho e setembro do ano passado, seu primeiro retrocesso desde o terceiro trimestre de 2006, enquanto as exportações aumentaram 1,9%, seu crescimento mais baixo no mesmo tempo.

Por países, a Alemanha aumentou suas importações em 3,4% - valor mais alto do G7 -, enquanto suas exportações caíram 2,9% do segundo para o terceiro trimestre de 2008.

Pelo contrário, as exportações americanas aumentaram 1,8% entre julho e setembro de 2008, enquanto as importações caíram 0,7% em relação ao trimestre anterior. No Japão, tanto as importações quanto as exportações caíram em torno de 1% no mesmo período.

17:19
Anónimo disse...
Economia Nacional
Lula: juros de crédito consignado a aposentados são altos

Atualizada às 17h29

O presidente Luis Inácio Lula da Silva afirmou nesta terça-feira, em São Paulo, que está lutando para reduzir as taxas de juros cobradas de aposentados em crédito consignado. A Previdência Social estabelece uma taxa máxima de 2,5% para empréstimo e de 3,5% para cartão. Para Lula, os valores são altos.

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"Acho que o juro que os aposentados estão pagando hoje com o crédito consignado é alto para o padrão brasileiro", disse o presidente durante a cerimônia de comemoração dos 86 anos do INSS.

A Previdência anunciou nesta terça-feira que aposentados e trabalhadoras com licença-maternidade poderão receber seus benefícios em 30 minutos. De acordo com Lula, em junho, a aposentadoria do trabalhador rural também será conseguida em meia hora.

Além disso, o presidente anunciou que, também em junho, os trabalhadores que alcançarem o direito à aposentadoria passarão a receber em suas casas um comunicado da Previdência informando o fato e o valor do salário que têm direito a receber. "É um comprometimento público que estou fazendo com os companheiros da Previdência Social", disse.

"Estamos retribuindo ao contribuinte da Previdência Social aquilo que é a cidadania que ele tem direito", afirmou Lula. "Se para cobrar nós somos tão precisos, para devolver o dinheiro, temos que chegar próximo à perfeição", completou.

17:20
Anónimo disse...
Economia Nacional
Salário maternidade sairá em 30 minutos, diz ministro

Toda trabalhadora autônoma que tiver contribuído pelo menos 10 meses com o Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) - ou as que possuírem carteira assinada - poderão receber em 30 minutos o salário maternidade a partir desta terça-feira. Da mesma forma, as mulheres com 30 anos de contribuição e os homens com 35 anos também terão direito ao benefício de forma mais rápida. A informação é do ministro da Previdência Social, José Pimentel.

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Para requerer o salário maternidade, é preciso que as autônomas levem a carteira de identidade e o carnê de contribuição. As demais trabalhadoras devem apresentar a identificação e a carteira de trabalho. Desde o início do mês, a nova forma de análise para a concessão de benefícios foi adotada para a aposentadoria por idade do trabalhador urbano e agora foi estendida para o salário maternidade e por tempo de contribuição.

O ministro disse que a qualificação do serviço da previdência social é o reconhecimento do direito dos trabalhadores e da afirmação da cidadania.

"Até pouco tempo na cabeça do cidadão o serviço devia ser de péssima qualidade. Agora não, nós modificamos toda a legislação no mês de dezembro numa ação conjunta do Congresso Nacional com o governo federal. Estamos implantando e concedendo os benefícios em até 30 minutos", afirmou.

O ministro destacou que para conseguir se aposentar ou ter acesso à licença maternidade em 30 minutos, em primeiro lugar, é necessário que o cidadão esteja vinculado à Previdência, o que inclui 65% da população acima de 16 anos de idade.

"Depois bastar marcar pelo sistema 135 o dia e a hora do atendimento e levar a documentação. Se todos os dados necessários estiverem corretos o contribuinte será atendido em até 30 minutos, como vem sendo feito com as aposentadorias por idade desde o dia cinco de janeiro", explicou.

Pimentel disse ainda que em 90% das agências da previdência social o atendimento é marcado em até 48 horas. Nos grandes centros, entretanto existe um volume maior o que torna mais lento o processo.

"Estamos criando mais 715 agências até 2010, em todo o território nacional, para descentralizar o atendimento. Em 2008, atendemos 295 mil benefícios e aposentadorias por idade. Temos 4 mil pessoas por dia procurando e se aposentando por idade no território nacional. Este serviço será agilizado", concluiu.

17:26
Anónimo disse...
Giuseppe Englaro, pai de Eluana, a italiana que morreu na segunda-feira passada por desidratação, recusou uma grande soma de dinheiro de um conhecido fotógrafo italiano que queria retratar a filha em estado de coma, disse neste sábado o neurologista que atendia a mulher desde 1996, Carlo Defanti.

O neurologista, que participou hoje de uma conferência sobre eutanásia, disse que Englaro respeitou a vontade da filha, que, antes do acidente, tinha pedido que, se lhe ocorresse qualquer coisa irreversível, apresentasse sua imagem de quando estava em boas condições.

Antes de sofrer o acidente de trânsito, em 1992, Eluana viveu o coma de um amigo, Alessandro, o que causou forte impacto na italiana e a levou a fazer o pai prometer que não a deixasse viver em estado vegetativo, disse o próprio Giuseppe Englaro.

Defanti, que dissera que Eluana poderia viver de dez a 12 dias depois da suspensão da alimentação e da hidratação, disse que, como médico, tinha que reprovar esta afirmação.

"Não se pode sobreviver após três ou quatro dias sem líquido e, em particular, água em um corpo. Sabemos bem que, quando há um terremoto, após quatro dias é difícil encontrar sobreviventes".

Defanti ressaltou que Eluana "não falava, não se comunicava com o exterior" e que, após vários exames, "nos deparamos com uma moça que tinha perdido a consciência", porque estava com o córtex cerebral prejudicado.

Eluana foi enterrada na quinta-feira passada no túmulo da família na localidade de Paluzza, em Udine, após um funeral que não contou com a presença dos pais.

16:53
Anónimo disse...
Os bombeiros combatem neste sábado os incêndios na Austrália favorecidos pelo bom tempo, enquanto os deslocados encotram em seu retorno casas derruídas, carros queimados nas ruas e destruição.

Depois de sete dias desde que começaram os incêndios no Estado de Victoria, a lista de mortos chega a 181, os desaparecidos somam 50, os edifícios destruídos totalizam 1,834 mil e o terreno arrasado, principalmente florestas, ocupa uma área de 4,13 mil quilômetros quadrados.

As equipes de bombeiros, formadas por 4 mil profissionais de Victoria, de outras partes da Austrália e de países amigos, combateram hoje 12 focos fora de controle e nenhum representava uma ameaça direta para a população.

O subdiretor do Serviço de Bombeiros, Geoff Conway, disse que este tempo favorável, que se prolongará durante o domingo, permite consolidar as linhas de contenção e avançar na extinção das chamas.

Cinzas apareceram arrastadas por ventos do nordeste sobre Melbourne, onde habitam 3,8 milhões de pessoas, e as autoridades alertaram aos cidadãos do risco para a saúde de idosos, crianças e pessoas com problemas respiratórios.

O número de pessoas deslocadas - a Cruz Vermelha chegou a receber 7 mil - começou a cair com a abertura de algumas localidades atingidas.

Os incêndios, alguns criminosos, começaram em 7 de fevereiro, quando a região sul da Austrália estava há duas semanas sob uma onda de calor sem precedentes.

Na sexta-feira passada, a polícia acusou uma pessoa de ter provocado o incêndio que atingiu a localidade de Churchill e matou 21 pessoas.

16:55
Anónimo disse...
A primeira chuva em seis dias reduziu a ameaça de incêndios no Estado de Victoria, ao sul da Austrália. As autoridades, porém, advertiram que ainda existem 12 focos, mas que nenhum deles ameaça áreas povoadas.

Mais de quatro mil bombeiros, mil provenientes de outras partes do país e de outras nações, trabalham contra o fogo. Cerca de 600 veículos e 28 helicópteros e pequenos aviões estão sendo usados.


Eles conseguiram construir linhas de contenção para evitar os incêndios de Yarra e Maroondah se juntassem. Também foram controlados os incêndios abertos de Yea e Murrindindi, que ameaçavam as comunidades de Connellys Creek, Crystal Creek, Scrubby Creek e Native Dog Creek.

O número de mortos chegou a 181, mas as autoridades acreditam que as vítimas devem passar de 200, já que ainda há muitos desaparecidos.

16:55
Anónimo disse...
Aqui nesta coluna, na semana passada, tive a oportunidade de comentar sobre a recente visita do professor brasileiro Pedrinho Guareschi à Austrália. Não dei, porém, os fatos, pois semana passada o assunto era outro.

Hoje, porém, vamos a eles.

No último dia 4 de fevereiro, aconteceu o Seminário "Paulo Freire: Education and Liberation", organizado pelo centro de estudos latino-americanos da Universidade Nacional da Austrália, ou ANU, como é mais conhecida por aqui.

A ANU, para quem não sabe, está entre as 20 melhores universidades do mundo! E tem sede aqui em Camberra, capital da Austrália.

Na abertura do evento, o professor John Minns, diretor do centro latino-americano, ao dar boas-vindas ao público presente, lembrou ser aquele o primeiro seminário exclusivamente dedicado a Paulo Freire na Austrália.

Em seguida, convidou Pedrinho Guareschi, palestrante principal do Seminário, a fazer sua apresentação.

A plateia pode então conhecer, pelas palavras de Pedrinho, um pouco da obra e da vida de Freire, esse brasileiro de fé e valor, que sempre acreditou na educação, sobretudo dos menos favorecidos, analfabetos, como força libertadora.

Como não podia deixar de ser, os conceitos e ideias revolucionários de Paulo Freire, expostos com clareza por Pedrinho, despertaram o interesse e a curiosidade de plateia. A qual, deve-se notar, era na maioria de estudantes, mas de várias nacionalidades, sobretudo australianos e asiáticos.

Na continuação do programa do seminário, que se estendeu por dois dias, outros professores fizeram palestras sobre temas ligados à obra de Paulo Freire.

Interessante, por exemplo, saber que a professora Anne Hickling-Hudson, jamaicana que mora na Austrália há muitos anos (é professora da ANU), conheceu e trabalhou com Freire num workshop educacional durante a revolução na Ilha de Granada, em 1980, antes da invasão dos Estados Unidos...

Ou, então, a palestra da Professora Gerda Roelvink, da Nova Zelândia, que participou do Fórum Social de Porto Alegre em 2005. E essa participação transformou-se em tema de doutorado.

No dia 10, terça-feira passada, o padre Pedrinho Guareschi voltou a falar ao público australiano em grande auditório localizado no belíssimo campus da ANU. Desta vez, sobre a Teologia da Libertação.

Depois da palestra, John Minns mostrou o filme mexicano "O Crime do Padre Amaro", no qual um dos personagens é um padre católico praticante da Teologia da Libertação.

Mais uma vez, foi grande o intersse da platéia, que pode aprender e conhecer um pouco como se desenvolveu aquele importante movimento católico na América Latina.

Fica, assim, ao Pedrinho, bem como a outros brasileiros estudiosos e de bom coração que saem pelo mundo a divulgar aspectos importantes da cultura brasileira, o respeito e a homenagem desta coluna. E... aquele abraço!

16:57
Anónimo disse...
Amanda Kitts perdeu o braço esquerdo em um acidente de automóvel acontecido três anos atrás, mas hoje em dia ela joga futebol americano com seu filho de 12 anos de idade, troca fraldas e abraça as crianças nas três creches Kiddie Cottage que opera em Knoxville, Tennessee. Kitts, 40 anos, faz tudo isso com a ajuda de um novo tipo de braço artificial que se movimenta com mais facilidade do que outros aparelhos e que ela pode controlar utilizando apenas seus pensamentos.

"Eu sou capaz de mexer a mão, o pulso e o cotovelo ao mesmo tempo", diz. "Você pensa e os músculos se movem em seguida".

A recuperação que ela conseguiu resulta de um novo procedimento que vem atraindo crescente atenção porque permite que pessoas movam braços protéticos de forma mais automática do que faziam no passado, simplesmente utilizando nervos reaproveitados em seus cérebros.

A técnica, conhecida como "renervação muscular dirigida", envolve utilizar os nervos que restam depois da amputação de um braço e conectá-los a outro músculo do corpo, em geral no peito. Eletrodos são instalados sobre os músculos do peito, e operam como se fossem antenas. Quando a pessoa deseja mover o braço, o cérebro envia sinais que primeiro resultam em contração dos músculos do peito, os quais enviam um sinal ao braço protético, instruindo-se a se movimentar. O processo não requer mais esforços consciente do que a pessoa teria de exercitar caso ainda tivesse seu braço natural.

Na terça-feira, pesquisadores reportaram em estudo publicado pela versão online do Journal of the American Medical Association que haviam levado a técnica ainda mais à frente, tornando possível a execução de 10 movimentos de mão, pulso e cotovelo diferentes, o que representa uma substancial melhora com relação ao típico repertório protético, que em geral envolve apenas dobrar o cotovelo, girar o pulso e abrir a mão.

"Os novos métodos tiveram impacto dramático em nosso campo de trabalho", disse Stuart Harshbarger, engenheiro biomédico na Universidade Johns Hopkins e diretor do programa de pesquisa sobre próteses, financiado pelas forças armadas, que inclui o trabalho com essa técnica. "O método já está em uso por médicos e cirurgiões comuns em todo o país. A capacidade de controlar um membro protético bastante robusto que ele confere surpreendeu a todos pela qualidade".

Tipicamente, uma pessoa que tenha um braço protético só é capaz de executar alguns poucos movimentos, e muitas vezes com tamanha lentidão que isso só permite a ela atividades limitadas.

Há um motor separado para cada movimento, diz Gerald Loeb, professor de engenharia biomédica na Universidade do Sul da Califórnia, "e esses motores precisam ser controlados de maneira explícita", usualmente por um esforço consciente da pessoa para contrair músculos nas costas ou no bíceps.

"Essencialmente, até agora os pacientes controlavam apenas um motor de cada vez", diz Loeb, "e precisavam pensar cuidadosamente sobre que motor desejavam controlar e como fazê-lo operar, em lugar de simplesmente pensarem em mover o braço e poderem fazê-lo sem delongas".

Antes que Kitts passasse pelo procedimento de renervação, em outubro de 2007, por exemplo, ela precisava movimentar os músculos de suas costas de determinada maneira para fazer com que seu pulso girasse, e flexionar seu bíceps e tríceps para fazer com que o cotovelo se movesse para cima e para baixo. "Era muito trabalho", ela conta. "E não me ajudava muito".

O procedimento de renervação é parte de uma recente explosão de idéias novas e técnicas inovadoras que estão sendo exploradas enquanto os cientistas se esforçam por ajudar as pessoas a compensar melhor a perda de membros ou problemas de paralisia. O esforço vem sendo alimentado pelo aumento no número de amputações causado por diabetes e por ferimentos sofridos pelos militares, e ao mesmo tempo pelos avanços na tecnologia médica.

Os braços se tornaram um dos focos essenciais desse tipo de trabalho. A ciência há muito vem obtendo sucessos no desenvolvimento de próteses de perna, mas é muito mais difícil imitar a complexidade e a destreza das mãos e dos braços.

Os esforços em curso incluem o desenvolvimento de projetos de pele e braços mais sensíveis e mais flexíveis, e o uso de dispositivos acionados por controles sem fio implantado nos braços protéticos, que permitiriam movimentos mais naturais.

Os pesquisadores também vêm usando sensores implantados nos cérebros de cobaias para permitir que dois macacos controlem um braço mecânico, e um teste com um homem paralítico permitiu, com esse método, que ele movimentasse um cursor em uma tela de computador.

Alguns desses métodos, caso venham a ser aperfeiçoados plenamente e consigam aprovação das autoridades regulatórias da saúde, podem no futuro se tornar mais viáveis para os pacientes de amputações.

E embora a técnica da renervação não requeira aprovação das autoridades regulatórias porque é executada por meios cirúrgicos e emprega aparelhos já existentes, ela apresenta limitações que até mesmo seus criadores reconhecem, entre as quais o fato de que não se pode utilizá-la para todos os pacientes, o seu alto custo e o prazo de meses requerido para que os nervos reconectados cresçam e se tornem efetivos.

Ainda assim, os especialistas dizem que é o mais avançado sistema em uso hoje para pacientes reais que permite que o sistema nervoso controle diretamente o movimento de um braço artificial.

Desde sua introdução por Todd Kuiken, médico fisioterapeuta e engenheiro biomédico do Instituto de Reabilitação de Chicago, o método foi empregado em cerca de 30 pacientes nos Estados Unidos, Canadá e Europa, entre os quais oito soldados feridos no Iraque e no Afeganistão.

Muitos dos pacientes, entre os quais o primeiro, Jesse Sullivan, um operário do setor elétrico no Tennessee que perdeu os dois braços quando foi eletrocutado por um cabo, conseguem não apenas manipular seus braços protéticos mas sentir a presença das mãos que já não têm quando alguém toca em seus peitos.

Sullivan, 62 anos, e Kitts, estavam entre os cinco pacientes que participaram do estudo reportado na terça-feira. Em companhia de cinco outras pessoas que não passaram por amputações, eles receberam os eletrodos e foram instruídos a usar pensamentos para fazer com que um braço virtual na tela reproduzisse 10 movimentos diferentes, entre os quais três formas diferentes de aperto de mão.

Os pacientes apresentaram desempenho bastante respeitável, apenas um pouco mais lento e menos preciso do que os dos participantes que não tinham amputações.

"As velocidades de movimento que encontramos em nossos pacientes foram realmente encorajadoras", disse Kuiken. "Eles conseguiram completar a tarefa. É claro que não foram tão competentes quanto as pessoas dotadas de plena capacidade física, mas foram bons o bastante".

Um braço virtual foi usado porque a maioria das próteses existentes não era capaz de acomodar todos aqueles movimentos, no momento da pesquisa, ainda que Sullivan, Kitts e uma terceira paciente, Claudia Mitchell, tenham experimentado dois novos protótipos mais versáteis de braços artificiais, executando tarefas complexas com bolas de tênis e outros objetos.

O trabalho de renervação em soldados apresenta outros desafios, diz Kuiken, porque os ferimentos militares muitas vezes "causam danos muitos extensos" a nervos, músculos ou ossos.

Daniel Acosta, 25 anos, um aviador ferido pela detonação de uma bomba em uma estrada do Iraque em 2005, passou pelo procedimento no ano passado e diz que seu braço esquerdo protético agora se movimenta "muito mais rápido" e de maneira muito mais natural.

"A diferença é que agora não preciso mais pensar para mover o braço", ele diz. "Ele simplesmente se mexe".

Ainda assim, Acosta, de San Antonio, diz que "o processo foi bastante longo" e que os eletrodos precisam ser ajustados para receber os sinais à medida que os nervos crescem ou mudam de posição.

E embora elogiem o método, os especialistas afirmam que a ciência das próteses de braço ainda tem muito por avançar.

"Trata-se de uma parte crucial, mas ainda assim apenas uma parte, das muitas coisas que compreendem a função normal de um braço", disse Loeb, que escreveu um editorial que acompanha o artigo no Journal of the American Medical Association.

"No momento estamos a meio do caminho entre o braço de 'Dr. Fantástico', que fazia involuntariamente a saudação nazista, e o braço de Luke Skywalker em 'Guerra nas Estrelas', que funciona sem nenhum problema assim que é conectado. Creio que precisaremos ainda de muitos anos para conectar todas as peças necessárias a produzir um braço capaz de funcionar normalmente".

17:04
Anónimo disse...
A Espanha disse neste sábado que está preparando uma reclamação oficial contra a decisão da Venezuela de expulsar um membro do Parlamento Europeu que criticou o conselho eleitoral venezuelano.
Luis Herrero, membro do partido conservador espanhol PP, foi deportado na sexta-feira depois que o Conselho Nacional Eleitoral (CNE) o acusou de questionar a imparcialidade da instituição antes de um referendo que pode permitir ao presidente Hugo Chávez permanecer no cargo indefinidamente.

Herrero estava na Venezuela como observador do referendo. Ele acusou Chávez de ter "comportamentos típicos de um ditador" por pedir a contenção de manifestações da oposição.

O governo da Espanha convocou um encontro com o embaixador da Venezuela em Madri para expressar a desaprovação sobre a expulsão de Herrero, disse um representante do Ministério das Relações Exteriores espanhol.

As relações da Venezuela com a Espanha tiveram seu ponto crítico em 2007, quando Chávez ameaçou rever acordos diplomáticos e comerciais depois de ouvir um "cala a boca" do rei espanhol Juan Carlos durante uma cúpula.

A fenda foi oficialmente reparada em 2008, com uma visita oficial de Chávez à Espanha, onde ele cumprimentou o rei e discutiu acordos para investimento no setor petroquímico com o primeiro-ministro José Luis Rodriguez Zapatero.

17:06
Anónimo disse...
A polícia do Zimbábue anunciou neste sábado que acusa de traição Roy Bennett, dirigente do até agora opositor Movimento para a Mudança Democrática (MDC), detido na sexta-feira, em Harare, poucas horas antes da cerimônia de posse dos membros do novo gabinete.

"A Polícia nos informou que vão apresentar acusações de traição", disse à agência EFE o advogado de defesa de Bennett, Trust Maanda.

"Tentam relacionar Roy com o caso de Mike Hitschmann, que foi detido em 2006 em relação à descoberta de um carregamento de armas, apesar de que Hitschmann não tenha sido declarado culpado das acusações de traição apresentadas contra ele, mas de um crime menor de descumprimento de leis", disse Maanda.

O político opositor, designado por seu partido como vice-ministro de Agricultura no Governo de união nacional, esteve no exílio na vizinha África do Sul desde 2006 e retornou ao Zimbábue há duas semanas.

Segundo a Polícia, que deteve Bennett ontem no aeroporto de Harare quando pretendia ir à África do Sul para visitar sua família, as armas apreendidas em 2006 seriam utilizadas em um golpe de Estado para derrubar o presidente do Zimbábue, Robert Mugabe.

Depois da detenção, Bennet foi levado a Mutar, onde vários simpatizantes do MDC se concentraram em frente à delegacia na qual estava detido, diante do que a Polícia respondeu com tiros para o alto para dispersar os manifestantes.

17:07
Anónimo disse...
Austrália: 14 mil se candidatam a 'emprego dos sonhos'

A secretaria de Turismo de Queensland, na Austrália, informou que até esta segunda-feira já recebeu cerca de 14 mil inscrições para o "o melhor emprego do mundo". O Estado australiano promove pela internet seleção para vaga de "zelador" da ilha Hamilton, por seis meses com um salário de R$ 40 mil.

Muitos candidatos tiveram problemas durante a inscrição por conta dos acessos simultâneos ao site. A secretaria aconselha enviar os vídeos de 60s explicando porque deve ser escolhido em horários alternativos do dia, além de recomendar tamanho em torno de 40MB.

As inscrições começaram em 12 de janeiro e vão até o próximo dia 22 e podem ser feitas pelo site www.islandreefjob.com. O governo australiano escolherá 50 candidatos para a próxima fase da seleção, que terá votos do público para eleger um dos 11 finalistas.

A última fase terá entrevistas e desafios físicos, no próprio local de trabalho: as ilhas da Grande Barreira Coralina - o maior recife de coral do mundo. A secretaria de Turismo anunciará o vencedor no dia 6 de maio.

17:09
Anónimo disse...
Mercado elogia governo na crise, mas pede maior queda no juro

Peter Fussy
Direto de São Paulo

Desde as primeiras medidas anunciadas para combater os efeitos da crise, o governo brasileiro avisou que a estratégia não contemplaria um pacote. Seriam doses pontuais, de acordo com a necessidade da economia diante do agravamento das turbulências. Da primeira liberação dos depósitos compulsórios em setembro até a ampliação do seguro-desemprego na última quarta-feira, o governo passou por redução de impostos, ampliação de crédito e incentivos à exportação. Quase 150 dias após a primeira medida, o Terra conversou com líderes do setor público e privado, representantes dos trabalhadores, acadêmicos e com o próprio governo para saber quais destas ações foram mais eficazes, quais foram mais ineficientes e o que mais pode ser feito pelo Estado brasileiro contra a crise.

Os maiores elogios foram direcionados à atitude de reduzir o Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) para a indústria automobilística, anunciada em dezembro e que fez com que os emplacamentos de carros novos subissem 1,9% no primeiro mês do ano em relação a dezembro de 2008. Já as maiores críticas foram para a lentidão no corte da taxa básica de juro do País.

Para o presidente do conselho administrativo do Grupo Pão de Açúcar, Abílio Diniz, o Estado não é responsável pela crise e mesmo assim está agindo "com extrema serenidade e muito acerto". "O governo está atento, fazendo a sua parte. É preciso coragem de baixar firmemente a taxa de juros. É uma arma que temos a nosso favor, já que não há clima para inflação, nem possibilidade de danos para a macroeconomia", afirmou Diniz.

Na última reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), em janeiro, a taxa Selic foi reduzida em um ponto percentual, de 13,75% para 12,75% ao ano. Porém, o professor de economia da Universidade de Brasília (UnB) José Luiz Oreiro lembra que este corte representa uma redução de apenas 0,25 ponto percentual com relação à taxa de setembro do ano passado, quando a crise se agravou.

"Pouco antes da eclosão da crise, o Banco Central aumentou a taxa em 0,75 ponto. Foram cinco meses de demora para reduzir em termos líquidos apenas 0,25 ponto", afirmou o economista, que também sugeriu redução do intervalo de cerca de 90 dias entre as reuniões do Copom e o corte de pelo menos um 1 ponto percentual em cada reunião.

Mesmo com o corte de janeiro, a taxa de juros real continua sendo a maior do mundo, lembrou o secretário-geral da Força Sindical, João Carlos Gonçalves, o Juruna. "A redução da taxa de juro ainda é pequena, porque ela continua uma das mais altas do mundo. Falta ousadia para baixar os juros e ajudar o cidadão. A permanência da taxa de juro alta é negativa para o País em meio a crise", afirmou Juruna.

Embora aprove as ações do governo, o senador Aloízio Mercadante (PT-SP) também acredita que o patamar da Selic está muito alto. "Sempre fomos os primeiros a entrar em qualquer crise, o que não aconteceu agora. A taxa Selic ainda é muito alta, mas o governo têm tomado medidas acertadas, como o aumento do salário mínimo, mesmo com um cenário de crise. Isso ajuda a movimentar o consumo. O governo está se esforçando para manter os investimentos e o crescimento", disse.

Tributos
De acordo com o economista Fabio Pina, da Fecomercio-SP, as ações mais positivas estão relacionadas à redução de tributos para alguns segmentos, como a indústria automobilística, que recuperou parte da queda nas vendas em janeiro com a isenção do IPI para carros 1.0 l e o corte para demais motorizações. A medida vale até o final de março.

"Essas medidas não só reduziram o preço, mas anteciparam o consumo daqueles que iriam comprar no futuro, dando um prêmio por conta da insegurança. Mexe diretamente com o principal problema que é a confiança do consumidor", afirmou. Juruna destacou que um bom ritmo de vendas é garantia de emprego. "É importante porque cada emprego na montadora significa 19 na cadeia produtiva", comentou o representante da Força Sindical.

Também em dezembro, o governo decidiu cortar pela metade a alíquota do Imposto de Renda para contribuintes que ganham entre R$ 1.434 e R$ 2.150 mensais. "O salário aumentava e a tabela não se modificava. As pessoas ganhavam mais e pagavam mais impostos", apontou Juruna. Outra redução de tributos do governo foi com relação ao Imposto sobre Operações Financeiras (IOF), que caiu de 3% ao ano para 1,5%.

Crédito
Na segunda metade de 2008, o colapso de bancos nos Estados Unidos por conta da crise do subprime provocou uma forte restrição de crédito no mundo inteiro. Uma das primeiras medidas anticrise do governo teve como objetivo restabelecer a oferta, com mudanças no recolhimento dos depósitos compulsórios por parte dos bancos. Segundo o presidente do Banco Central, Henrique Meirelles, as diversas modificações liberaram US$ 99,2 bilhões aos bancos até o final de janeiro.

Além disso, o governo concedeu R$ 36 bilhões das reservas internacionais para empresas brasileiras com dívidas no exterior e uma medida provisória autorizou o Banco do Brasil e a Caixa Econômica Federal a comprar carteiras de crédito de bancos privados. Para o diretor do Departamento de Pesquisas e Estudos Econômicos da Fiesp, Paulo Francini, estas medidas foram essenciais para combater os efeitos da crise.

"A crise se desenvolve no mundo em torno do tema crédito. E o crédito reduziu-se barbaridade no mundo. Então o governo lança mão de compulsório, lança mão de reservas, de medidas que permitem aos bancos comprar carteiras de bancos. Você vai tomando várias medidas para atender às demandas e o epicentro disso é crédito", afirmou.

No entanto, Oreiro, da UnB, adverte que a liberação dos compulsórios seria mais eficiente acompanhada de redução mais agressiva da taxa básica de juro. "Uma parte do crédito voltou, depois da forte retração em outubro e novembro. O que deveria ter sido feito junto à liberação do compulsório era uma redução mais drástica da taxa de juro. Sem isso, os bancos pegam as reservas e acabam comprando títulos públicos", explicou o economista.

Na opinião de Pina, as ações de distribuição de crédito via redução do compulsório e a disposição de capital de giro para empresas foram tomadas sem um cuidado maior na operação e não tiveram muito efeito. "O BNDES tem linhas que ficam paradas quase todo o ano, agora é pior ainda. Existem os recursos, mas as empresas e os bancos estão desconfiados. É preciso fazer com que os bancos tenham interesse em emprestar", afirmou o economista da Fecomercio-SP.

Futuro
Mesmo com todas essas medidas, a crise financeira ainda gera incertezas nos setores produtivos do País. Nos últimos meses, o medo do desemprego fez os consumidores adiarem compras. Por sua vez, a queda nas vendas pode obrigar as indústrias a cortarem a produção e demitir funcionários. Contra isso, empresários sugerem redução de jornada e de salários.

"Isto está previsto em lei. A Fiesp simplesmente manteve conversações com entidades sindicais quanto à aplicação daquilo que já está previsto em lei", afirmou Francini.

Segundo a ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff, uma das medidas que assegura um nível de emprego é a manutenção de investimentos no Programa de Aceleração do Crescimento (PAC). "Estamos esperando que a dificuldade ocorra em janeiro, fevereiro e março. Estamos certos que vamos manter o nível de investimento. É isso que funciona, é isso que significa investimento público. Ele funciona como um colchão. Por isso, nós colocamos R$ 100 bilhões no BNDES e a Petrobras ampliou o seu investimento em R$ 120 bilhões", afirmou.

Na mesma linha, Pina explica que a antecipação de gastos do governo substitui parte da demanda retraída do setor privado. "Ele dá o seguinte recado: não vou estourar as contas públicas, mas concentrar em um momento em que a demanda privada está pequena. Mas o governo não tem fôlego suficiente para fazer o papel de toda demanda", ressaltou. O economista da Fecomercio lembrou que a entidade já pleiteou junto ao governo isenções para transferência de imóveis e de automóveis, além de retirar o IPVA para veículos novos.

Já Oreiro foca suas propostas na capitalização do Banco do Brasil e da Caixa Econômica Federal pelo Tesouro para atender a demanda de crédito para capital de giro e reduzir o spread. "Aumentando o empréstimo e reduzindo as taxas, os dois vão forçar os bancos privados a acompanhar o movimento, até para não perderem participação no mercado", explicou o economista da UnB.

Até o Carnaval, o governou prometeu detalhar um pacote de incentivos para a construção de até um milhão de casas populares, direcionado a famílias com renda de até dez salários mínimos. "Estamos atentos a tudo o que está acontecendo e novas medidas serão tomadas caso haja uma avaliação de que sejam necessárias", disse o ministro da Fazenda, Guido Mantega, na última sexta-feira.

17:11
Anónimo disse...
Ex-ministro critica extensão do seguro-desemprego

Atualizada às 09h03

O ex-ministro do Trabalho Almir Pazzianotto criticou a decisão do governo federal de conceder o seguro-desemprego estendido a apenas alguns setores. "É certamente odioso e provavelmente inconstitucional", disse Pazzianotto, de acordo com o jornal O Estado de S. Paulo.

Na última qurta, dia do anúncio da medida, centrais sindicais elogiaram a atitude do governo. A Força Sindical divulgou nota dizendo que "o aumento ajudará a aquecer parte da economia, já que irá gerar mais consumo, produção e conseqüentemente, a criação de novos postos de trabalho". A União Geral dos Trabalhadores (UGT) afirmou que a medida "contribuirá para minimizar o drama dos trabalhadores que perderem seu emprego por conta da crise".

O ex-ministro, que instituiu o seguro-desemprego no País no governo de José Sarney, destacou a necessidade de as centrais sindicais se manifestarem contra a determinação. Para ele, as mudanças devem ser aplicadas a todas as categorias profissionais e a distinção é contrária ao artigo 3º da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT).

Pazzianotto atribui a medida a um possível temor do governo de que a crise econômica seja longa e não haja dinheiro para atender a todas as necessidades. Ainda assim, ele se mostra contrário ao método de concessão. "O seguro-desemprego ajuda a sanar necessidades básicas. Estendê-lo é paliativo, não a solução", disse ao jornal.

De acordo com o presidente do Conselho Deliberativo do Fundo de Amparo ao Trabalhador (Codefat) e conselheiro da Força Sindical, Luiz Fernando Emediato, a determinação já estava prevista na lei 8.900/94, que trata do seguro-desemprego.

O presidente da Comissão de Trabalho da Câmara, Pedro Fernandes (PTB-MA) vai além na crítica à concessão do seguro para apenas alguns setores. Ele acredita que a ampliação do benefício estimula o desemprego.

Quintino Severo, secretário geral da Central Única dos Trabalhadores (CUT), lembra que a ampliação do benefício sem critério e identificação pode incentivar demissões em outros setores.

17:13
Anónimo disse...
Empresas
TAM faz promoção para destinos internacionais

A companhia aérea TAM anunciou nesta sexta-feira tarifas promocionais para trechos internacionais. Os preços valem para bilhetes comprados entre 6h deste sábado e 23h59 deste domingo e são válidos para classe econômica. As tarifas, para ida e volta, serão vendidas a partir de US$ 99, mais taxas.

Segundo a aérea, a promoção vale para viagens feitas no período de 14 de fevereiro a 18 de junho de 2009. Para destinos na América do Sul, a permanência mínima é de dois dias; para bilhetes com destino nos Estados Unidos, cinco dias; e Europa, sete dias. A permanência máxima para as passagens para América do Sul e EUA é de dois meses e para Europa, três meses.

Entre os exemplos de tarifas promocionais, a TAM oferece São Paulo-Lima por US$ 99. Bilhetes para a rota São Paulo-Santiago serão vendidos a partir de US$ 199 e São Paulo-Nova York, US$ 799.

A emissão dos bilhetes deve ser feita obrigatoriamente no ato da reserva, obedecendo às regras estipuladas pela companhia. A compra está sujeita à disponibilidade de assentos nas classes tarifárias determinadas, trechos, horários e datas. A TAM afirmou que também há tarifas promocionais para a classe executiva.

Mais informações podem ser encontradas no site promocional (www.ofertastam.com.br), no site da empresa (www.tam.com.br) ou pelos telefones 4002-5700 ou 0800 5705700.

17:13
Anónimo disse...
Empresas
Consultoria negocia compra do parque temático Hopi Hari

A consultoria especializada em reestruturação de empresas Íntegra Associados informou nesta sexta-feira ter um acordo para comprar o parque de diversões Hopi Hari, localizado no interior de São Paulo. A empresa estaria disposta a investir R$ 10 milhões no parque, que tem dívida estimada em R$ 800 milhões. As informações são da edição deste sábado do jornal Folha de S. Paulo.

De acordo com o jornal, a transação ainda depende da negociação entre o Hopi Hari e seus credores, o que já estaria em andamento.

A consultoria paulista já atuou junto à Parmalat, durante 30 meses, quando reorganizou a gestão da empresa italiana.

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17:14
Anónimo disse...
Empresas
Disney de Tóquio contratará mais 2 mil apesar da crise


A Oriental Land, o operador da Disneylândia Tóquio e DisneySea, organizou neste domingo entrevistas para contratar cerca de 2 mil trabalhadores em tempo parcial, em um momento de grandes demissões deste tipo de empregados no Japão.

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O operador deste parque temático, situado em Urayasu, na província de Chiba (leste de Tóquio), está em pleno processo de seleção de empregados para 20 tipos de postos trabalhistas diferentes.

Segundo a companhia, citada pela agência local de notícias Kyodo, o parque contratará novos trabalhadores para as atrações, para os restaurantes e guardas de segurança entre outros. Os novos contratados começarão a trabalhar a partir de fevereiro.

O processo de seleção acontece em um momento em que a maioria das grandes companhias japonesas começaram a se ver obrigadas a despedir uma elevada percentagem de seus trabalhadores temporários e a tempo parcial.

Algumas inclusive anunciaram demissões de seus trabalhadores fixos, uma medida muito pouco comum nas companhias japonesas, perante os efeitos piores que o esperado pela crise econômica global.

Cerca de uma centena de pessoas esperavam desde a primeira hora desta manhã a abertura do centro de conferências Tokyo International Forum, onde as entrevistas estão sendo feitas, para ser os primeiros a solicitar os postos de trabalho.


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17:15
Anónimo disse...
Economia Internacional
Senado dos EUA aprova plano de estímulo à economia

O Senado dos Estados Unidos aprovou com 60 votos a favor e 38 contra o plano de estímulo à economia de US$ 787 bilhões na madrugada deste sábado. Agora, ele segue para sanção ou veto do presidente Barack Obama, que espera colocar a lei em prática até o dia 16 de fevereiro.

O plano prevê a criação de três milhões de empregos, inclui cortes de impostos às famílias, fundos para programas sociais e obras públicas, além de ajuda aos governos estaduais, estudantes e desempregados.

A cláusula Buy American - que exige o uso de ferro, aço e produtos manufaturados dos Estados Unidos em obras realizadas com recursos do pacote - ficou de lado. Segundo o texto definitivo, a cláusula será aplicada sem violar as normas do comércio internacional.

Ontem à tarde, a Câmara de Representantes (deputados) havia aprovado, por 246 votos a favor e 183 contra, a versão final do plano. Todos os republicanos foram contrários ao pacote.

Pelo acordo de quarta-feira entre Câmara e Senado, em vez de custar US$ 819 bilhões, como queriam os deputados, ou US$ 838 bilhões como pretendiam os senadores, o pacote ficou em cerca de US$ 787 bilhões, com 65% desse total destinado a gastos do governo federal e 35%, a créditos tributários.

17:16
Anónimo disse...
Economia nacional
Na era Lula, aposentadoria sobe 54% menos que salário mínimo

Thatiane Faria
Especial para o Terra
Direto de São Paulo

Os índices de reajustes concedidos pelo governo em 2009 para aposentados e pensionistas e para o salário mínimo repetiram uma diferença que, só durante o governo de Luiz Inácio Lula da Silva, já chega a 54%. Enquanto o mínimo foi majorado em 12% este ano, as pensões e aposentadorias tiveram aumento de 5,92%. Aposentados que têm o benefício do governo como única fonte de renda reclamam que perdem poder de compra e que sua cesta de compras é composta por itens que aumentam mais em relação à inflação oficial.

Um exemplo prático pode ser entendido a partir da comparação entre um aposentado que ganhava R$ 600 em janeiro de 2003. Na época, o benefício era três vezes, ou 200%, maior que o valor do mínimo em vigência, que era de R$ 200. Aplicando-se os índices de reajuste para aposentadorias e para o mínimo durante os últimos seis anos, o mesmo aposentado estaria recebendo hoje R$ 938,47, comparado a um salário mínimo de R$ 465. A diferença entre os dois valores caiu para pouco mais de 100%.

Enquanto o índice acumulado de reajuste para a aposentadoria durante o governo Lula foi de 60%, para o salário mínimo está em 132%.

O diretor do Sindicato Nacional dos Aposentados, João Inocentini, reclama que os valores dos benefícios para aposentadorias não mantêm o poder de compra do grupo, principalmente dos aposentados que recebem menos que dez salários mínimos.

Nem mesmo o fato de o índice de reajuste das aposentadorias ter ficado acima da inflação acumulada no mesmo período (o IPCA entre janeiro de 2003 e janeiro de 2009 foi de 39,7%) serve de argumento, segundo os aposentados.

"Os idosos, principalmente, têm gastos além das contas gerais como gás, telefone e aluguel. Para eles o custo com remédios, e outros itens da área saúde costuma ser maior", afirmou Inocentini.

O presidente do sindicato afirmou que o grupo realiza um estudo com 100 itens de necessidade de um idoso para comparar o aumento dos produtos com o índice de reajuste do benefício recebido pelos aposentados.

"Daqui dois meses vamos abrir um processo na Justiça e levar essa pesquisa como prova. Segundo a lei, o governo é obrigado a manter o poder de compra com a aposentadoria", disse Inocentini.

Alternativas
O consultor financeiro Cláudio Boriola diz que os aposentados, especialmente nesse momento de crise econômica, devem evitar compras parceladas, pesquisar preços, negociar e fazer bom planejamento financeiro.

Segundo Boriola, alguns aposentados ganham um valor mensal muitas vezes insuficiente para o pagamento das contas e acabam pedindo crédito ou realizando pagamentos a prazo e são obrigados a pagar juros altos.

Na opinião do consultor, pagar uma previdência privada é uma alternativa indicada para quem ainda trabalha, considerando a característica de perda de poder de compra da aposentadoria.

"Na prática, infelizmente os valores encontram-se em um patamar que está deteriorando o poder de aquisição da população brasileira", completou Boriola.

De acordo com o diretor da Confederação Brasileira de Aposentados e Pensionistas (Cobap), Vicente Fernandes Barbosa, representantes dos aposentados tentarão um encontro com o presidente da Câmara, deputado Michel Temer (PMDB-SP), para discutir projetos que minimizem a perda dos aposentados

17:17
Anónimo disse...
Previdência
Previdência prorroga isenção de tarifas no benefício

O atual sistema de pagamento aos 26 milhões de aposentados e pensionistas do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) será mantido até o final deste ano. O acordo, que permite realizar a operação sem nenhum custo aos beneficiários, foi renovado nesta sexta-feira, entre o governo federal e 21 instituições financeiras.

Por meio desse acordo, vigente desde setembro de 2007, nem os segurados, nem os bancos e nem o governo arcam com o pagamento de tarifas, conforme explicou o ministro da Previdência Social, José Pimentel. A prorrogação vale até dezembro, data máxima para que a Previdência defina as regras para um novo contrato.

Ao assinar o termo de renovação, na sede da Federação Brasileira dos Bancos (Febraban), o ministro disse que a intenção do governo é mudar o atual modelo de gestão visando a reduzir os custos dessas operações em torno da folha mensal, que atinge R$ 15,8 bilhões. No entanto, qualquer alteração, conforme explicou, passará antes por audiências públicas a serem realizadas a partir do segundo semestre deste ano, atendendo a determinação do Tribunal de Contas da União (TCU).

De acordo com Pimentel, com um redesenho do mecanismo de repasse dos recursos aos bancos em torno da folha de pagamento dos segurados o que se busca é um aumento da participação de instituições financeiras. Ele informou que, desde 2007, cada benefício custa em média R$ 1,07 ao governo. "Quanto mais instituições financeiras estiverem prestando serviços à sociedade, maior é a competitividade, a agilidade no atendimento", justificou.

O ministro observou, ainda, que, para permitir uma redução para algo em torno de meia hora no tempo de atendimento para a concessão dos direitos previdenciários, o governo investiu R$ 280 milhões.

Questionado sobre o descontentamento dos segurados que ganham acima de um salário mínimo terem obtido apenas a correção com base na variação do Índice de Preços ao Consumidor (INPC) , ficando abaixo do reajuste dado a quem recebe apenas o mínimo, Pimentel argumentou que o governo seguiu o que determina a lei e descartou a possibilidade de uma revisão

17:17
Anónimo disse...
Empresas
Caterpillar oferece aposentadoria antecipada a 2 mil


A companhia americana Caterpillar ofereceu a cerca de dois mil funcionários incentivos para que se aposentem de forma voluntária antes do previsto, pela perspectiva de uma queda "significativa" da atividade industrial, informou nesta quarta-feira a empresa.

A iniciativa, destinada aos trabalhadores de diversas fábricas em Illinois, Colorado, Tennessee e Pensilvânia, se soma aos cortes de empregos anunciados em janeiro, explicou em comunicado de imprensa.

A empresa, a maior fabricante mundial de maquinaria pesada para a construção e a mineração, acrescentou que, "em função das condições de negócio, podem ser necessárias mais reduções de elenco voluntárias e involuntárias à medida que o ano avança".

O vice-presidente da companhia, Sid Banwart, explicou que a empresa prevê "demissões significativas em todas as regiões geográficas e na maioria dos setores devido às dificuldades da economia mundial".

17:18
Anónimo disse...
Comércio
Comércio exterior da OCDE caiu no 3º trimestre de 2008


As exportações e as importações dos países da Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Econômico (OCDE) caíram 1,6% e 0,2%, respectivamente, no terceiro trimestre de 2008, em relação aos três meses anteriores.

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Trata-se da primeira queda destas atividades desde o terceiro trimestre de 2006, segundo o último relatório trimestral sobre fluxos comerciais divulgado pela OCDE.

As exportações e as importações em dólares dos 30 Estados-membros caíram 15,6% e 17%, respectivamente, na comparação anualizada.

Por sua vez, o comércio dos sete países mais ricos do mundo (G7) teve um pequeno crescimento no terceiro trimestre de 2008 com uma queda das exportações de mercadorias de 0,2% em relação ao trimestre anterior e um aumento de 0,4% das importações.

Em termos anualizados, as importações do G7 caíram 1,4% entre julho e setembro do ano passado, seu primeiro retrocesso desde o terceiro trimestre de 2006, enquanto as exportações aumentaram 1,9%, seu crescimento mais baixo no mesmo tempo.

Por países, a Alemanha aumentou suas importações em 3,4% - valor mais alto do G7 -, enquanto suas exportações caíram 2,9% do segundo para o terceiro trimestre de 2008.

Pelo contrário, as exportações americanas aumentaram 1,8% entre julho e setembro de 2008, enquanto as importações caíram 0,7% em relação ao trimestre anterior. No Japão, tanto as importações quanto as exportações caíram em torno de 1% no mesmo período.

17:19
Anónimo disse...
Economia Nacional
Lula: juros de crédito consignado a aposentados são altos

Atualizada às 17h29

O presidente Luis Inácio Lula da Silva afirmou nesta terça-feira, em São Paulo, que está lutando para reduzir as taxas de juros cobradas de aposentados em crédito consignado. A Previdência Social estabelece uma taxa máxima de 2,5% para empréstimo e de 3,5% para cartão. Para Lula, os valores são altos.

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"Acho que o juro que os aposentados estão pagando hoje com o crédito consignado é alto para o padrão brasileiro", disse o presidente durante a cerimônia de comemoração dos 86 anos do INSS.

A Previdência anunciou nesta terça-feira que aposentados e trabalhadoras com licença-maternidade poderão receber seus benefícios em 30 minutos. De acordo com Lula, em junho, a aposentadoria do trabalhador rural também será conseguida em meia hora.

Além disso, o presidente anunciou que, também em junho, os trabalhadores que alcançarem o direito à aposentadoria passarão a receber em suas casas um comunicado da Previdência informando o fato e o valor do salário que têm direito a receber. "É um comprometimento público que estou fazendo com os companheiros da Previdência Social", disse.

"Estamos retribuindo ao contribuinte da Previdência Social aquilo que é a cidadania que ele tem direito", afirmou Lula. "Se para cobrar nós somos tão precisos, para devolver o dinheiro, temos que chegar próximo à perfeição", completou.

17:20
Anónimo disse...
Economia Nacional
Salário maternidade sairá em 30 minutos, diz ministro

Toda trabalhadora autônoma que tiver contribuído pelo menos 10 meses com o Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) - ou as que possuírem carteira assinada - poderão receber em 30 minutos o salário maternidade a partir desta terça-feira. Da mesma forma, as mulheres com 30 anos de contribuição e os homens com 35 anos também terão direito ao benefício de forma mais rápida. A informação é do ministro da Previdência Social, José Pimentel.

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Para requerer o salário maternidade, é preciso que as autônomas levem a carteira de identidade e o carnê de contribuição. As demais trabalhadoras devem apresentar a identificação e a carteira de trabalho. Desde o início do mês, a nova forma de análise para a concessão de benefícios foi adotada para a aposentadoria por idade do trabalhador urbano e agora foi estendida para o salário maternidade e por tempo de contribuição.

O ministro disse que a qualificação do serviço da previdência social é o reconhecimento do direito dos trabalhadores e da afirmação da cidadania.

"Até pouco tempo na cabeça do cidadão o serviço devia ser de péssima qualidade. Agora não, nós modificamos toda a legislação no mês de dezembro numa ação conjunta do Congresso Nacional com o governo federal. Estamos implantando e concedendo os benefícios em até 30 minutos", afirmou.

O ministro destacou que para conseguir se aposentar ou ter acesso à licença maternidade em 30 minutos, em primeiro lugar, é necessário que o cidadão esteja vinculado à Previdência, o que inclui 65% da população acima de 16 anos de idade.

"Depois bastar marcar pelo sistema 135 o dia e a hora do atendimento e levar a documentação. Se todos os dados necessários estiverem corretos o contribuinte será atendido em até 30 minutos, como vem sendo feito com as aposentadorias por idade desde o dia cinco de janeiro", explicou.

Pimentel disse ainda que em 90% das agências da previdência social o atendimento é marcado em até 48 horas. Nos grandes centros, entretanto existe um volume maior o que torna mais lento o processo.

"Estamos criando mais 715 agências até 2010, em todo o território nacional, para descentralizar o atendimento. Em 2008, atendemos 295 mil benefícios e aposentadorias por idade. Temos 4 mil pessoas por dia procurando e se aposentando por idade no território nacional. Este serviço será agilizado", concluiu.

17:27
Anónimo disse...
Giuseppe Englaro, pai de Eluana, a italiana que morreu na segunda-feira passada por desidratação, recusou uma grande soma de dinheiro de um conhecido fotógrafo italiano que queria retratar a filha em estado de coma, disse neste sábado o neurologista que atendia a mulher desde 1996, Carlo Defanti.

O neurologista, que participou hoje de uma conferência sobre eutanásia, disse que Englaro respeitou a vontade da filha, que, antes do acidente, tinha pedido que, se lhe ocorresse qualquer coisa irreversível, apresentasse sua imagem de quando estava em boas condições.

Antes de sofrer o acidente de trânsito, em 1992, Eluana viveu o coma de um amigo, Alessandro, o que causou forte impacto na italiana e a levou a fazer o pai prometer que não a deixasse viver em estado vegetativo, disse o próprio Giuseppe Englaro.

Defanti, que dissera que Eluana poderia viver de dez a 12 dias depois da suspensão da alimentação e da hidratação, disse que, como médico, tinha que reprovar esta afirmação.

"Não se pode sobreviver após três ou quatro dias sem líquido e, em particular, água em um corpo. Sabemos bem que, quando há um terremoto, após quatro dias é difícil encontrar sobreviventes".

Defanti ressaltou que Eluana "não falava, não se comunicava com o exterior" e que, após vários exames, "nos deparamos com uma moça que tinha perdido a consciência", porque estava com o córtex cerebral prejudicado.

Eluana foi enterrada na quinta-feira passada no túmulo da família na localidade de Paluzza, em Udine, após um funeral que não contou com a presença dos pais.

16:53
Anónimo disse...
Os bombeiros combatem neste sábado os incêndios na Austrália favorecidos pelo bom tempo, enquanto os deslocados encotram em seu retorno casas derruídas, carros queimados nas ruas e destruição.

Depois de sete dias desde que começaram os incêndios no Estado de Victoria, a lista de mortos chega a 181, os desaparecidos somam 50, os edifícios destruídos totalizam 1,834 mil e o terreno arrasado, principalmente florestas, ocupa uma área de 4,13 mil quilômetros quadrados.

As equipes de bombeiros, formadas por 4 mil profissionais de Victoria, de outras partes da Austrália e de países amigos, combateram hoje 12 focos fora de controle e nenhum representava uma ameaça direta para a população.

O subdiretor do Serviço de Bombeiros, Geoff Conway, disse que este tempo favorável, que se prolongará durante o domingo, permite consolidar as linhas de contenção e avançar na extinção das chamas.

Cinzas apareceram arrastadas por ventos do nordeste sobre Melbourne, onde habitam 3,8 milhões de pessoas, e as autoridades alertaram aos cidadãos do risco para a saúde de idosos, crianças e pessoas com problemas respiratórios.

O número de pessoas deslocadas - a Cruz Vermelha chegou a receber 7 mil - começou a cair com a abertura de algumas localidades atingidas.

Os incêndios, alguns criminosos, começaram em 7 de fevereiro, quando a região sul da Austrália estava há duas semanas sob uma onda de calor sem precedentes.

Na sexta-feira passada, a polícia acusou uma pessoa de ter provocado o incêndio que atingiu a localidade de Churchill e matou 21 pessoas.

16:55
Anónimo disse...
A primeira chuva em seis dias reduziu a ameaça de incêndios no Estado de Victoria, ao sul da Austrália. As autoridades, porém, advertiram que ainda existem 12 focos, mas que nenhum deles ameaça áreas povoadas.

Mais de quatro mil bombeiros, mil provenientes de outras partes do país e de outras nações, trabalham contra o fogo. Cerca de 600 veículos e 28 helicópteros e pequenos aviões estão sendo usados.


Eles conseguiram construir linhas de contenção para evitar os incêndios de Yarra e Maroondah se juntassem. Também foram controlados os incêndios abertos de Yea e Murrindindi, que ameaçavam as comunidades de Connellys Creek, Crystal Creek, Scrubby Creek e Native Dog Creek.

O número de mortos chegou a 181, mas as autoridades acreditam que as vítimas devem passar de 200, já que ainda há muitos desaparecidos.

16:55
Anónimo disse...
Aqui nesta coluna, na semana passada, tive a oportunidade de comentar sobre a recente visita do professor brasileiro Pedrinho Guareschi à Austrália. Não dei, porém, os fatos, pois semana passada o assunto era outro.

Hoje, porém, vamos a eles.

No último dia 4 de fevereiro, aconteceu o Seminário "Paulo Freire: Education and Liberation", organizado pelo centro de estudos latino-americanos da Universidade Nacional da Austrália, ou ANU, como é mais conhecida por aqui.

A ANU, para quem não sabe, está entre as 20 melhores universidades do mundo! E tem sede aqui em Camberra, capital da Austrália.

Na abertura do evento, o professor John Minns, diretor do centro latino-americano, ao dar boas-vindas ao público presente, lembrou ser aquele o primeiro seminário exclusivamente dedicado a Paulo Freire na Austrália.

Em seguida, convidou Pedrinho Guareschi, palestrante principal do Seminário, a fazer sua apresentação.

A plateia pode então conhecer, pelas palavras de Pedrinho, um pouco da obra e da vida de Freire, esse brasileiro de fé e valor, que sempre acreditou na educação, sobretudo dos menos favorecidos, analfabetos, como força libertadora.

Como não podia deixar de ser, os conceitos e ideias revolucionários de Paulo Freire, expostos com clareza por Pedrinho, despertaram o interesse e a curiosidade de plateia. A qual, deve-se notar, era na maioria de estudantes, mas de várias nacionalidades, sobretudo australianos e asiáticos.

Na continuação do programa do seminário, que se estendeu por dois dias, outros professores fizeram palestras sobre temas ligados à obra de Paulo Freire.

Interessante, por exemplo, saber que a professora Anne Hickling-Hudson, jamaicana que mora na Austrália há muitos anos (é professora da ANU), conheceu e trabalhou com Freire num workshop educacional durante a revolução na Ilha de Granada, em 1980, antes da invasão dos Estados Unidos...

Ou, então, a palestra da Professora Gerda Roelvink, da Nova Zelândia, que participou do Fórum Social de Porto Alegre em 2005. E essa participação transformou-se em tema de doutorado.

No dia 10, terça-feira passada, o padre Pedrinho Guareschi voltou a falar ao público australiano em grande auditório localizado no belíssimo campus da ANU. Desta vez, sobre a Teologia da Libertação.

Depois da palestra, John Minns mostrou o filme mexicano "O Crime do Padre Amaro", no qual um dos personagens é um padre católico praticante da Teologia da Libertação.

Mais uma vez, foi grande o intersse da platéia, que pode aprender e conhecer um pouco como se desenvolveu aquele importante movimento católico na América Latina.

Fica, assim, ao Pedrinho, bem como a outros brasileiros estudiosos e de bom coração que saem pelo mundo a divulgar aspectos importantes da cultura brasileira, o respeito e a homenagem desta coluna. E... aquele abraço!

16:57
Anónimo disse...
Amanda Kitts perdeu o braço esquerdo em um acidente de automóvel acontecido três anos atrás, mas hoje em dia ela joga futebol americano com seu filho de 12 anos de idade, troca fraldas e abraça as crianças nas três creches Kiddie Cottage que opera em Knoxville, Tennessee. Kitts, 40 anos, faz tudo isso com a ajuda de um novo tipo de braço artificial que se movimenta com mais facilidade do que outros aparelhos e que ela pode controlar utilizando apenas seus pensamentos.

"Eu sou capaz de mexer a mão, o pulso e o cotovelo ao mesmo tempo", diz. "Você pensa e os músculos se movem em seguida".

A recuperação que ela conseguiu resulta de um novo procedimento que vem atraindo crescente atenção porque permite que pessoas movam braços protéticos de forma mais automática do que faziam no passado, simplesmente utilizando nervos reaproveitados em seus cérebros.

A técnica, conhecida como "renervação muscular dirigida", envolve utilizar os nervos que restam depois da amputação de um braço e conectá-los a outro músculo do corpo, em geral no peito. Eletrodos são instalados sobre os músculos do peito, e operam como se fossem antenas. Quando a pessoa deseja mover o braço, o cérebro envia sinais que primeiro resultam em contração dos músculos do peito, os quais enviam um sinal ao braço protético, instruindo-se a se movimentar. O processo não requer mais esforços consciente do que a pessoa teria de exercitar caso ainda tivesse seu braço natural.

Na terça-feira, pesquisadores reportaram em estudo publicado pela versão online do Journal of the American Medical Association que haviam levado a técnica ainda mais à frente, tornando possível a execução de 10 movimentos de mão, pulso e cotovelo diferentes, o que representa uma substancial melhora com relação ao típico repertório protético, que em geral envolve apenas dobrar o cotovelo, girar o pulso e abrir a mão.

"Os novos métodos tiveram impacto dramático em nosso campo de trabalho", disse Stuart Harshbarger, engenheiro biomédico na Universidade Johns Hopkins e diretor do programa de pesquisa sobre próteses, financiado pelas forças armadas, que inclui o trabalho com essa técnica. "O método já está em uso por médicos e cirurgiões comuns em todo o país. A capacidade de controlar um membro protético bastante robusto que ele confere surpreendeu a todos pela qualidade".

Tipicamente, uma pessoa que tenha um braço protético só é capaz de executar alguns poucos movimentos, e muitas vezes com tamanha lentidão que isso só permite a ela atividades limitadas.

Há um motor separado para cada movimento, diz Gerald Loeb, professor de engenharia biomédica na Universidade do Sul da Califórnia, "e esses motores precisam ser controlados de maneira explícita", usualmente por um esforço consciente da pessoa para contrair músculos nas costas ou no bíceps.

"Essencialmente, até agora os pacientes controlavam apenas um motor de cada vez", diz Loeb, "e precisavam pensar cuidadosamente sobre que motor desejavam controlar e como fazê-lo operar, em lugar de simplesmente pensarem em mover o braço e poderem fazê-lo sem delongas".

Antes que Kitts passasse pelo procedimento de renervação, em outubro de 2007, por exemplo, ela precisava movimentar os músculos de suas costas de determinada maneira para fazer com que seu pulso girasse, e flexionar seu bíceps e tríceps para fazer com que o cotovelo se movesse para cima e para baixo. "Era muito trabalho", ela conta. "E não me ajudava muito".

O procedimento de renervação é parte de uma recente explosão de idéias novas e técnicas inovadoras que estão sendo exploradas enquanto os cientistas se esforçam por ajudar as pessoas a compensar melhor a perda de membros ou problemas de paralisia. O esforço vem sendo alimentado pelo aumento no número de amputações causado por diabetes e por ferimentos sofridos pelos militares, e ao mesmo tempo pelos avanços na tecnologia médica.

Os braços se tornaram um dos focos essenciais desse tipo de trabalho. A ciência há muito vem obtendo sucessos no desenvolvimento de próteses de perna, mas é muito mais difícil imitar a complexidade e a destreza das mãos e dos braços.

Os esforços em curso incluem o desenvolvimento de projetos de pele e braços mais sensíveis e mais flexíveis, e o uso de dispositivos acionados por controles sem fio implantado nos braços protéticos, que permitiriam movimentos mais naturais.

Os pesquisadores também vêm usando sensores implantados nos cérebros de cobaias para permitir que dois macacos controlem um braço mecânico, e um teste com um homem paralítico permitiu, com esse método, que ele movimentasse um cursor em uma tela de computador.

Alguns desses métodos, caso venham a ser aperfeiçoados plenamente e consigam aprovação das autoridades regulatórias da saúde, podem no futuro se tornar mais viáveis para os pacientes de amputações.

E embora a técnica da renervação não requeira aprovação das autoridades regulatórias porque é executada por meios cirúrgicos e emprega aparelhos já existentes, ela apresenta limitações que até mesmo seus criadores reconhecem, entre as quais o fato de que não se pode utilizá-la para todos os pacientes, o seu alto custo e o prazo de meses requerido para que os nervos reconectados cresçam e se tornem efetivos.

Ainda assim, os especialistas dizem que é o mais avançado sistema em uso hoje para pacientes reais que permite que o sistema nervoso controle diretamente o movimento de um braço artificial.

Desde sua introdução por Todd Kuiken, médico fisioterapeuta e engenheiro biomédico do Instituto de Reabilitação de Chicago, o método foi empregado em cerca de 30 pacientes nos Estados Unidos, Canadá e Europa, entre os quais oito soldados feridos no Iraque e no Afeganistão.

Muitos dos pacientes, entre os quais o primeiro, Jesse Sullivan, um operário do setor elétrico no Tennessee que perdeu os dois braços quando foi eletrocutado por um cabo, conseguem não apenas manipular seus braços protéticos mas sentir a presença das mãos que já não têm quando alguém toca em seus peitos.

Sullivan, 62 anos, e Kitts, estavam entre os cinco pacientes que participaram do estudo reportado na terça-feira. Em companhia de cinco outras pessoas que não passaram por amputações, eles receberam os eletrodos e foram instruídos a usar pensamentos para fazer com que um braço virtual na tela reproduzisse 10 movimentos diferentes, entre os quais três formas diferentes de aperto de mão.

Os pacientes apresentaram desempenho bastante respeitável, apenas um pouco mais lento e menos preciso do que os dos participantes que não tinham amputações.

"As velocidades de movimento que encontramos em nossos pacientes foram realmente encorajadoras", disse Kuiken. "Eles conseguiram completar a tarefa. É claro que não foram tão competentes quanto as pessoas dotadas de plena capacidade física, mas foram bons o bastante".

Um braço virtual foi usado porque a maioria das próteses existentes não era capaz de acomodar todos aqueles movimentos, no momento da pesquisa, ainda que Sullivan, Kitts e uma terceira paciente, Claudia Mitchell, tenham experimentado dois novos protótipos mais versáteis de braços artificiais, executando tarefas complexas com bolas de tênis e outros objetos.

O trabalho de renervação em soldados apresenta outros desafios, diz Kuiken, porque os ferimentos militares muitas vezes "causam danos muitos extensos" a nervos, músculos ou ossos.

Daniel Acosta, 25 anos, um aviador ferido pela detonação de uma bomba em uma estrada do Iraque em 2005, passou pelo procedimento no ano passado e diz que seu braço esquerdo protético agora se movimenta "muito mais rápido" e de maneira muito mais natural.

"A diferença é que agora não preciso mais pensar para mover o braço", ele diz. "Ele simplesmente se mexe".

Ainda assim, Acosta, de San Antonio, diz que "o processo foi bastante longo" e que os eletrodos precisam ser ajustados para receber os sinais à medida que os nervos crescem ou mudam de posição.

E embora elogiem o método, os especialistas afirmam que a ciência das próteses de braço ainda tem muito por avançar.

"Trata-se de uma parte crucial, mas ainda assim apenas uma parte, das muitas coisas que compreendem a função normal de um braço", disse Loeb, que escreveu um editorial que acompanha o artigo no Journal of the American Medical Association.

"No momento estamos a meio do caminho entre o braço de 'Dr. Fantástico', que fazia involuntariamente a saudação nazista, e o braço de Luke Skywalker em 'Guerra nas Estrelas', que funciona sem nenhum problema assim que é conectado. Creio que precisaremos ainda de muitos anos para conectar todas as peças necessárias a produzir um braço capaz de funcionar normalmente".

17:04
Anónimo disse...
A Espanha disse neste sábado que está preparando uma reclamação oficial contra a decisão da Venezuela de expulsar um membro do Parlamento Europeu que criticou o conselho eleitoral venezuelano.
Luis Herrero, membro do partido conservador espanhol PP, foi deportado na sexta-feira depois que o Conselho Nacional Eleitoral (CNE) o acusou de questionar a imparcialidade da instituição antes de um referendo que pode permitir ao presidente Hugo Chávez permanecer no cargo indefinidamente.

Herrero estava na Venezuela como observador do referendo. Ele acusou Chávez de ter "comportamentos típicos de um ditador" por pedir a contenção de manifestações da oposição.

O governo da Espanha convocou um encontro com o embaixador da Venezuela em Madri para expressar a desaprovação sobre a expulsão de Herrero, disse um representante do Ministério das Relações Exteriores espanhol.

As relações da Venezuela com a Espanha tiveram seu ponto crítico em 2007, quando Chávez ameaçou rever acordos diplomáticos e comerciais depois de ouvir um "cala a boca" do rei espanhol Juan Carlos durante uma cúpula.

A fenda foi oficialmente reparada em 2008, com uma visita oficial de Chávez à Espanha, onde ele cumprimentou o rei e discutiu acordos para investimento no setor petroquímico com o primeiro-ministro José Luis Rodriguez Zapatero.

17:06
Anónimo disse...
A polícia do Zimbábue anunciou neste sábado que acusa de traição Roy Bennett, dirigente do até agora opositor Movimento para a Mudança Democrática (MDC), detido na sexta-feira, em Harare, poucas horas antes da cerimônia de posse dos membros do novo gabinete.

"A Polícia nos informou que vão apresentar acusações de traição", disse à agência EFE o advogado de defesa de Bennett, Trust Maanda.

"Tentam relacionar Roy com o caso de Mike Hitschmann, que foi detido em 2006 em relação à descoberta de um carregamento de armas, apesar de que Hitschmann não tenha sido declarado culpado das acusações de traição apresentadas contra ele, mas de um crime menor de descumprimento de leis", disse Maanda.

O político opositor, designado por seu partido como vice-ministro de Agricultura no Governo de união nacional, esteve no exílio na vizinha África do Sul desde 2006 e retornou ao Zimbábue há duas semanas.

Segundo a Polícia, que deteve Bennett ontem no aeroporto de Harare quando pretendia ir à África do Sul para visitar sua família, as armas apreendidas em 2006 seriam utilizadas em um golpe de Estado para derrubar o presidente do Zimbábue, Robert Mugabe.

Depois da detenção, Bennet foi levado a Mutar, onde vários simpatizantes do MDC se concentraram em frente à delegacia na qual estava detido, diante do que a Polícia respondeu com tiros para o alto para dispersar os manifestantes.

17:07
Anónimo disse...
Austrália: 14 mil se candidatam a 'emprego dos sonhos'

A secretaria de Turismo de Queensland, na Austrália, informou que até esta segunda-feira já recebeu cerca de 14 mil inscrições para o "o melhor emprego do mundo". O Estado australiano promove pela internet seleção para vaga de "zelador" da ilha Hamilton, por seis meses com um salário de R$ 40 mil.

Muitos candidatos tiveram problemas durante a inscrição por conta dos acessos simultâneos ao site. A secretaria aconselha enviar os vídeos de 60s explicando porque deve ser escolhido em horários alternativos do dia, além de recomendar tamanho em torno de 40MB.

As inscrições começaram em 12 de janeiro e vão até o próximo dia 22 e podem ser feitas pelo site www.islandreefjob.com. O governo australiano escolherá 50 candidatos para a próxima fase da seleção, que terá votos do público para eleger um dos 11 finalistas.

A última fase terá entrevistas e desafios físicos, no próprio local de trabalho: as ilhas da Grande Barreira Coralina - o maior recife de coral do mundo. A secretaria de Turismo anunciará o vencedor no dia 6 de maio.

17:09
Anónimo disse...
Mercado elogia governo na crise, mas pede maior queda no juro

Peter Fussy
Direto de São Paulo

Desde as primeiras medidas anunciadas para combater os efeitos da crise, o governo brasileiro avisou que a estratégia não contemplaria um pacote. Seriam doses pontuais, de acordo com a necessidade da economia diante do agravamento das turbulências. Da primeira liberação dos depósitos compulsórios em setembro até a ampliação do seguro-desemprego na última quarta-feira, o governo passou por redução de impostos, ampliação de crédito e incentivos à exportação. Quase 150 dias após a primeira medida, o Terra conversou com líderes do setor público e privado, representantes dos trabalhadores, acadêmicos e com o próprio governo para saber quais destas ações foram mais eficazes, quais foram mais ineficientes e o que mais pode ser feito pelo Estado brasileiro contra a crise.

Os maiores elogios foram direcionados à atitude de reduzir o Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) para a indústria automobilística, anunciada em dezembro e que fez com que os emplacamentos de carros novos subissem 1,9% no primeiro mês do ano em relação a dezembro de 2008. Já as maiores críticas foram para a lentidão no corte da taxa básica de juro do País.

Para o presidente do conselho administrativo do Grupo Pão de Açúcar, Abílio Diniz, o Estado não é responsável pela crise e mesmo assim está agindo "com extrema serenidade e muito acerto". "O governo está atento, fazendo a sua parte. É preciso coragem de baixar firmemente a taxa de juros. É uma arma que temos a nosso favor, já que não há clima para inflação, nem possibilidade de danos para a macroeconomia", afirmou Diniz.

Na última reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), em janeiro, a taxa Selic foi reduzida em um ponto percentual, de 13,75% para 12,75% ao ano. Porém, o professor de economia da Universidade de Brasília (UnB) José Luiz Oreiro lembra que este corte representa uma redução de apenas 0,25 ponto percentual com relação à taxa de setembro do ano passado, quando a crise se agravou.

"Pouco antes da eclosão da crise, o Banco Central aumentou a taxa em 0,75 ponto. Foram cinco meses de demora para reduzir em termos líquidos apenas 0,25 ponto", afirmou o economista, que também sugeriu redução do intervalo de cerca de 90 dias entre as reuniões do Copom e o corte de pelo menos um 1 ponto percentual em cada reunião.

Mesmo com o corte de janeiro, a taxa de juros real continua sendo a maior do mundo, lembrou o secretário-geral da Força Sindical, João Carlos Gonçalves, o Juruna. "A redução da taxa de juro ainda é pequena, porque ela continua uma das mais altas do mundo. Falta ousadia para baixar os juros e ajudar o cidadão. A permanência da taxa de juro alta é negativa para o País em meio a crise", afirmou Juruna.

Embora aprove as ações do governo, o senador Aloízio Mercadante (PT-SP) também acredita que o patamar da Selic está muito alto. "Sempre fomos os primeiros a entrar em qualquer crise, o que não aconteceu agora. A taxa Selic ainda é muito alta, mas o governo têm tomado medidas acertadas, como o aumento do salário mínimo, mesmo com um cenário de crise. Isso ajuda a movimentar o consumo. O governo está se esforçando para manter os investimentos e o crescimento", disse.

Tributos
De acordo com o economista Fabio Pina, da Fecomercio-SP, as ações mais positivas estão relacionadas à redução de tributos para alguns segmentos, como a indústria automobilística, que recuperou parte da queda nas vendas em janeiro com a isenção do IPI para carros 1.0 l e o corte para demais motorizações. A medida vale até o final de março.

"Essas medidas não só reduziram o preço, mas anteciparam o consumo daqueles que iriam comprar no futuro, dando um prêmio por conta da insegurança. Mexe diretamente com o principal problema que é a confiança do consumidor", afirmou. Juruna destacou que um bom ritmo de vendas é garantia de emprego. "É importante porque cada emprego na montadora significa 19 na cadeia produtiva", comentou o representante da Força Sindical.

Também em dezembro, o governo decidiu cortar pela metade a alíquota do Imposto de Renda para contribuintes que ganham entre R$ 1.434 e R$ 2.150 mensais. "O salário aumentava e a tabela não se modificava. As pessoas ganhavam mais e pagavam mais impostos", apontou Juruna. Outra redução de tributos do governo foi com relação ao Imposto sobre Operações Financeiras (IOF), que caiu de 3% ao ano para 1,5%.

Crédito
Na segunda metade de 2008, o colapso de bancos nos Estados Unidos por conta da crise do subprime provocou uma forte restrição de crédito no mundo inteiro. Uma das primeiras medidas anticrise do governo teve como objetivo restabelecer a oferta, com mudanças no recolhimento dos depósitos compulsórios por parte dos bancos. Segundo o presidente do Banco Central, Henrique Meirelles, as diversas modificações liberaram US$ 99,2 bilhões aos bancos até o final de janeiro.

Além disso, o governo concedeu R$ 36 bilhões das reservas internacionais para empresas brasileiras com dívidas no exterior e uma medida provisória autorizou o Banco do Brasil e a Caixa Econômica Federal a comprar carteiras de crédito de bancos privados. Para o diretor do Departamento de Pesquisas e Estudos Econômicos da Fiesp, Paulo Francini, estas medidas foram essenciais para combater os efeitos da crise.

"A crise se desenvolve no mundo em torno do tema crédito. E o crédito reduziu-se barbaridade no mundo. Então o governo lança mão de compulsório, lança mão de reservas, de medidas que permitem aos bancos comprar carteiras de bancos. Você vai tomando várias medidas para atender às demandas e o epicentro disso é crédito", afirmou.

No entanto, Oreiro, da UnB, adverte que a liberação dos compulsórios seria mais eficiente acompanhada de redução mais agressiva da taxa básica de juro. "Uma parte do crédito voltou, depois da forte retração em outubro e novembro. O que deveria ter sido feito junto à liberação do compulsório era uma redução mais drástica da taxa de juro. Sem isso, os bancos pegam as reservas e acabam comprando títulos públicos", explicou o economista.

Na opinião de Pina, as ações de distribuição de crédito via redução do compulsório e a disposição de capital de giro para empresas foram tomadas sem um cuidado maior na operação e não tiveram muito efeito. "O BNDES tem linhas que ficam paradas quase todo o ano, agora é pior ainda. Existem os recursos, mas as empresas e os bancos estão desconfiados. É preciso fazer com que os bancos tenham interesse em emprestar", afirmou o economista da Fecomercio-SP.

Futuro
Mesmo com todas essas medidas, a crise financeira ainda gera incertezas nos setores produtivos do País. Nos últimos meses, o medo do desemprego fez os consumidores adiarem compras. Por sua vez, a queda nas vendas pode obrigar as indústrias a cortarem a produção e demitir funcionários. Contra isso, empresários sugerem redução de jornada e de salários.

"Isto está previsto em lei. A Fiesp simplesmente manteve conversações com entidades sindicais quanto à aplicação daquilo que já está previsto em lei", afirmou Francini.

Segundo a ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff, uma das medidas que assegura um nível de emprego é a manutenção de investimentos no Programa de Aceleração do Crescimento (PAC). "Estamos esperando que a dificuldade ocorra em janeiro, fevereiro e março. Estamos certos que vamos manter o nível de investimento. É isso que funciona, é isso que significa investimento público. Ele funciona como um colchão. Por isso, nós colocamos R$ 100 bilhões no BNDES e a Petrobras ampliou o seu investimento em R$ 120 bilhões", afirmou.

Na mesma linha, Pina explica que a antecipação de gastos do governo substitui parte da demanda retraída do setor privado. "Ele dá o seguinte recado: não vou estourar as contas públicas, mas concentrar em um momento em que a demanda privada está pequena. Mas o governo não tem fôlego suficiente para fazer o papel de toda demanda", ressaltou. O economista da Fecomercio lembrou que a entidade já pleiteou junto ao governo isenções para transferência de imóveis e de automóveis, além de retirar o IPVA para veículos novos.

Já Oreiro foca suas propostas na capitalização do Banco do Brasil e da Caixa Econômica Federal pelo Tesouro para atender a demanda de crédito para capital de giro e reduzir o spread. "Aumentando o empréstimo e reduzindo as taxas, os dois vão forçar os bancos privados a acompanhar o movimento, até para não perderem participação no mercado", explicou o economista da UnB.

Até o Carnaval, o governou prometeu detalhar um pacote de incentivos para a construção de até um milhão de casas populares, direcionado a famílias com renda de até dez salários mínimos. "Estamos atentos a tudo o que está acontecendo e novas medidas serão tomadas caso haja uma avaliação de que sejam necessárias", disse o ministro da Fazenda, Guido Mantega, na última sexta-feira.

17:11
Anónimo disse...
Ex-ministro critica extensão do seguro-desemprego

Atualizada às 09h03

O ex-ministro do Trabalho Almir Pazzianotto criticou a decisão do governo federal de conceder o seguro-desemprego estendido a apenas alguns setores. "É certamente odioso e provavelmente inconstitucional", disse Pazzianotto, de acordo com o jornal O Estado de S. Paulo.

Na última qurta, dia do anúncio da medida, centrais sindicais elogiaram a atitude do governo. A Força Sindical divulgou nota dizendo que "o aumento ajudará a aquecer parte da economia, já que irá gerar mais consumo, produção e conseqüentemente, a criação de novos postos de trabalho". A União Geral dos Trabalhadores (UGT) afirmou que a medida "contribuirá para minimizar o drama dos trabalhadores que perderem seu emprego por conta da crise".

O ex-ministro, que instituiu o seguro-desemprego no País no governo de José Sarney, destacou a necessidade de as centrais sindicais se manifestarem contra a determinação. Para ele, as mudanças devem ser aplicadas a todas as categorias profissionais e a distinção é contrária ao artigo 3º da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT).

Pazzianotto atribui a medida a um possível temor do governo de que a crise econômica seja longa e não haja dinheiro para atender a todas as necessidades. Ainda assim, ele se mostra contrário ao método de concessão. "O seguro-desemprego ajuda a sanar necessidades básicas. Estendê-lo é paliativo, não a solução", disse ao jornal.

De acordo com o presidente do Conselho Deliberativo do Fundo de Amparo ao Trabalhador (Codefat) e conselheiro da Força Sindical, Luiz Fernando Emediato, a determinação já estava prevista na lei 8.900/94, que trata do seguro-desemprego.

O presidente da Comissão de Trabalho da Câmara, Pedro Fernandes (PTB-MA) vai além na crítica à concessão do seguro para apenas alguns setores. Ele acredita que a ampliação do benefício estimula o desemprego.

Quintino Severo, secretário geral da Central Única dos Trabalhadores (CUT), lembra que a ampliação do benefício sem critério e identificação pode incentivar demissões em outros setores.

17:13
Anónimo disse...
Empresas
TAM faz promoção para destinos internacionais

A companhia aérea TAM anunciou nesta sexta-feira tarifas promocionais para trechos internacionais. Os preços valem para bilhetes comprados entre 6h deste sábado e 23h59 deste domingo e são válidos para classe econômica. As tarifas, para ida e volta, serão vendidas a partir de US$ 99, mais taxas.

Segundo a aérea, a promoção vale para viagens feitas no período de 14 de fevereiro a 18 de junho de 2009. Para destinos na América do Sul, a permanência mínima é de dois dias; para bilhetes com destino nos Estados Unidos, cinco dias; e Europa, sete dias. A permanência máxima para as passagens para América do Sul e EUA é de dois meses e para Europa, três meses.

Entre os exemplos de tarifas promocionais, a TAM oferece São Paulo-Lima por US$ 99. Bilhetes para a rota São Paulo-Santiago serão vendidos a partir de US$ 199 e São Paulo-Nova York, US$ 799.

A emissão dos bilhetes deve ser feita obrigatoriamente no ato da reserva, obedecendo às regras estipuladas pela companhia. A compra está sujeita à disponibilidade de assentos nas classes tarifárias determinadas, trechos, horários e datas. A TAM afirmou que também há tarifas promocionais para a classe executiva.

Mais informações podem ser encontradas no site promocional (www.ofertastam.com.br), no site da empresa (www.tam.com.br) ou pelos telefones 4002-5700 ou 0800 5705700.

17:13
Anónimo disse...
Empresas
Consultoria negocia compra do parque temático Hopi Hari

A consultoria especializada em reestruturação de empresas Íntegra Associados informou nesta sexta-feira ter um acordo para comprar o parque de diversões Hopi Hari, localizado no interior de São Paulo. A empresa estaria disposta a investir R$ 10 milhões no parque, que tem dívida estimada em R$ 800 milhões. As informações são da edição deste sábado do jornal Folha de S. Paulo.

De acordo com o jornal, a transação ainda depende da negociação entre o Hopi Hari e seus credores, o que já estaria em andamento.

A consultoria paulista já atuou junto à Parmalat, durante 30 meses, quando reorganizou a gestão da empresa italiana.

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17:14
Anónimo disse...
Empresas
Disney de Tóquio contratará mais 2 mil apesar da crise


A Oriental Land, o operador da Disneylândia Tóquio e DisneySea, organizou neste domingo entrevistas para contratar cerca de 2 mil trabalhadores em tempo parcial, em um momento de grandes demissões deste tipo de empregados no Japão.

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O operador deste parque temático, situado em Urayasu, na província de Chiba (leste de Tóquio), está em pleno processo de seleção de empregados para 20 tipos de postos trabalhistas diferentes.

Segundo a companhia, citada pela agência local de notícias Kyodo, o parque contratará novos trabalhadores para as atrações, para os restaurantes e guardas de segurança entre outros. Os novos contratados começarão a trabalhar a partir de fevereiro.

O processo de seleção acontece em um momento em que a maioria das grandes companhias japonesas começaram a se ver obrigadas a despedir uma elevada percentagem de seus trabalhadores temporários e a tempo parcial.

Algumas inclusive anunciaram demissões de seus trabalhadores fixos, uma medida muito pouco comum nas companhias japonesas, perante os efeitos piores que o esperado pela crise econômica global.

Cerca de uma centena de pessoas esperavam desde a primeira hora desta manhã a abertura do centro de conferências Tokyo International Forum, onde as entrevistas estão sendo feitas, para ser os primeiros a solicitar os postos de trabalho.


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17:15
Anónimo disse...
Economia Internacional
Senado dos EUA aprova plano de estímulo à economia

O Senado dos Estados Unidos aprovou com 60 votos a favor e 38 contra o plano de estímulo à economia de US$ 787 bilhões na madrugada deste sábado. Agora, ele segue para sanção ou veto do presidente Barack Obama, que espera colocar a lei em prática até o dia 16 de fevereiro.

O plano prevê a criação de três milhões de empregos, inclui cortes de impostos às famílias, fundos para programas sociais e obras públicas, além de ajuda aos governos estaduais, estudantes e desempregados.

A cláusula Buy American - que exige o uso de ferro, aço e produtos manufaturados dos Estados Unidos em obras realizadas com recursos do pacote - ficou de lado. Segundo o texto definitivo, a cláusula será aplicada sem violar as normas do comércio internacional.

Ontem à tarde, a Câmara de Representantes (deputados) havia aprovado, por 246 votos a favor e 183 contra, a versão final do plano. Todos os republicanos foram contrários ao pacote.

Pelo acordo de quarta-feira entre Câmara e Senado, em vez de custar US$ 819 bilhões, como queriam os deputados, ou US$ 838 bilhões como pretendiam os senadores, o pacote ficou em cerca de US$ 787 bilhões, com 65% desse total destinado a gastos do governo federal e 35%, a créditos tributários.

17:16
Anónimo disse...
Economia nacional
Na era Lula, aposentadoria sobe 54% menos que salário mínimo

Thatiane Faria
Especial para o Terra
Direto de São Paulo

Os índices de reajustes concedidos pelo governo em 2009 para aposentados e pensionistas e para o salário mínimo repetiram uma diferença que, só durante o governo de Luiz Inácio Lula da Silva, já chega a 54%. Enquanto o mínimo foi majorado em 12% este ano, as pensões e aposentadorias tiveram aumento de 5,92%. Aposentados que têm o benefício do governo como única fonte de renda reclamam que perdem poder de compra e que sua cesta de compras é composta por itens que aumentam mais em relação à inflação oficial.

Um exemplo prático pode ser entendido a partir da comparação entre um aposentado que ganhava R$ 600 em janeiro de 2003. Na época, o benefício era três vezes, ou 200%, maior que o valor do mínimo em vigência, que era de R$ 200. Aplicando-se os índices de reajuste para aposentadorias e para o mínimo durante os últimos seis anos, o mesmo aposentado estaria recebendo hoje R$ 938,47, comparado a um salário mínimo de R$ 465. A diferença entre os dois valores caiu para pouco mais de 100%.

Enquanto o índice acumulado de reajuste para a aposentadoria durante o governo Lula foi de 60%, para o salário mínimo está em 132%.

O diretor do Sindicato Nacional dos Aposentados, João Inocentini, reclama que os valores dos benefícios para aposentadorias não mantêm o poder de compra do grupo, principalmente dos aposentados que recebem menos que dez salários mínimos.

Nem mesmo o fato de o índice de reajuste das aposentadorias ter ficado acima da inflação acumulada no mesmo período (o IPCA entre janeiro de 2003 e janeiro de 2009 foi de 39,7%) serve de argumento, segundo os aposentados.

"Os idosos, principalmente, têm gastos além das contas gerais como gás, telefone e aluguel. Para eles o custo com remédios, e outros itens da área saúde costuma ser maior", afirmou Inocentini.

O presidente do sindicato afirmou que o grupo realiza um estudo com 100 itens de necessidade de um idoso para comparar o aumento dos produtos com o índice de reajuste do benefício recebido pelos aposentados.

"Daqui dois meses vamos abrir um processo na Justiça e levar essa pesquisa como prova. Segundo a lei, o governo é obrigado a manter o poder de compra com a aposentadoria", disse Inocentini.

Alternativas
O consultor financeiro Cláudio Boriola diz que os aposentados, especialmente nesse momento de crise econômica, devem evitar compras parceladas, pesquisar preços, negociar e fazer bom planejamento financeiro.

Segundo Boriola, alguns aposentados ganham um valor mensal muitas vezes insuficiente para o pagamento das contas e acabam pedindo crédito ou realizando pagamentos a prazo e são obrigados a pagar juros altos.

Na opinião do consultor, pagar uma previdência privada é uma alternativa indicada para quem ainda trabalha, considerando a característica de perda de poder de compra da aposentadoria.

"Na prática, infelizmente os valores encontram-se em um patamar que está deteriorando o poder de aquisição da população brasileira", completou Boriola.

De acordo com o diretor da Confederação Brasileira de Aposentados e Pensionistas (Cobap), Vicente Fernandes Barbosa, representantes dos aposentados tentarão um encontro com o presidente da Câmara, deputado Michel Temer (PMDB-SP), para discutir projetos que minimizem a perda dos aposentados

17:17
Anónimo disse...
Previdência
Previdência prorroga isenção de tarifas no benefício

O atual sistema de pagamento aos 26 milhões de aposentados e pensionistas do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) será mantido até o final deste ano. O acordo, que permite realizar a operação sem nenhum custo aos beneficiários, foi renovado nesta sexta-feira, entre o governo federal e 21 instituições financeiras.

Por meio desse acordo, vigente desde setembro de 2007, nem os segurados, nem os bancos e nem o governo arcam com o pagamento de tarifas, conforme explicou o ministro da Previdência Social, José Pimentel. A prorrogação vale até dezembro, data máxima para que a Previdência defina as regras para um novo contrato.

Ao assinar o termo de renovação, na sede da Federação Brasileira dos Bancos (Febraban), o ministro disse que a intenção do governo é mudar o atual modelo de gestão visando a reduzir os custos dessas operações em torno da folha mensal, que atinge R$ 15,8 bilhões. No entanto, qualquer alteração, conforme explicou, passará antes por audiências públicas a serem realizadas a partir do segundo semestre deste ano, atendendo a determinação do Tribunal de Contas da União (TCU).

De acordo com Pimentel, com um redesenho do mecanismo de repasse dos recursos aos bancos em torno da folha de pagamento dos segurados o que se busca é um aumento da participação de instituições financeiras. Ele informou que, desde 2007, cada benefício custa em média R$ 1,07 ao governo. "Quanto mais instituições financeiras estiverem prestando serviços à sociedade, maior é a competitividade, a agilidade no atendimento", justificou.

O ministro observou, ainda, que, para permitir uma redução para algo em torno de meia hora no tempo de atendimento para a concessão dos direitos previdenciários, o governo investiu R$ 280 milhões.

Questionado sobre o descontentamento dos segurados que ganham acima de um salário mínimo terem obtido apenas a correção com base na variação do Índice de Preços ao Consumidor (INPC) , ficando abaixo do reajuste dado a quem recebe apenas o mínimo, Pimentel argumentou que o governo seguiu o que determina a lei e descartou a possibilidade de uma revisão

17:17
Anónimo disse...
Empresas
Caterpillar oferece aposentadoria antecipada a 2 mil


A companhia americana Caterpillar ofereceu a cerca de dois mil funcionários incentivos para que se aposentem de forma voluntária antes do previsto, pela perspectiva de uma queda "significativa" da atividade industrial, informou nesta quarta-feira a empresa.

A iniciativa, destinada aos trabalhadores de diversas fábricas em Illinois, Colorado, Tennessee e Pensilvânia, se soma aos cortes de empregos anunciados em janeiro, explicou em comunicado de imprensa.

A empresa, a maior fabricante mundial de maquinaria pesada para a construção e a mineração, acrescentou que, "em função das condições de negócio, podem ser necessárias mais reduções de elenco voluntárias e involuntárias à medida que o ano avança".

O vice-presidente da companhia, Sid Banwart, explicou que a empresa prevê "demissões significativas em todas as regiões geográficas e na maioria dos setores devido às dificuldades da economia mundial".

17:18
Anónimo disse...
Comércio
Comércio exterior da OCDE caiu no 3º trimestre de 2008


As exportações e as importações dos países da Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Econômico (OCDE) caíram 1,6% e 0,2%, respectivamente, no terceiro trimestre de 2008, em relação aos três meses anteriores.

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Trata-se da primeira queda destas atividades desde o terceiro trimestre de 2006, segundo o último relatório trimestral sobre fluxos comerciais divulgado pela OCDE.

As exportações e as importações em dólares dos 30 Estados-membros caíram 15,6% e 17%, respectivamente, na comparação anualizada.

Por sua vez, o comércio dos sete países mais ricos do mundo (G7) teve um pequeno crescimento no terceiro trimestre de 2008 com uma queda das exportações de mercadorias de 0,2% em relação ao trimestre anterior e um aumento de 0,4% das importações.

Em termos anualizados, as importações do G7 caíram 1,4% entre julho e setembro do ano passado, seu primeiro retrocesso desde o terceiro trimestre de 2006, enquanto as exportações aumentaram 1,9%, seu crescimento mais baixo no mesmo tempo.

Por países, a Alemanha aumentou suas importações em 3,4% - valor mais alto do G7 -, enquanto suas exportações caíram 2,9% do segundo para o terceiro trimestre de 2008.

Pelo contrário, as exportações americanas aumentaram 1,8% entre julho e setembro de 2008, enquanto as importações caíram 0,7% em relação ao trimestre anterior. No Japão, tanto as importações quanto as exportações caíram em torno de 1% no mesmo período.

17:19
Anónimo disse...
Economia Nacional
Lula: juros de crédito consignado a aposentados são altos

Atualizada às 17h29

O presidente Luis Inácio Lula da Silva afirmou nesta terça-feira, em São Paulo, que está lutando para reduzir as taxas de juros cobradas de aposentados em crédito consignado. A Previdência Social estabelece uma taxa máxima de 2,5% para empréstimo e de 3,5% para cartão. Para Lula, os valores são altos.

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"Acho que o juro que os aposentados estão pagando hoje com o crédito consignado é alto para o padrão brasileiro", disse o presidente durante a cerimônia de comemoração dos 86 anos do INSS.

A Previdência anunciou nesta terça-feira que aposentados e trabalhadoras com licença-maternidade poderão receber seus benefícios em 30 minutos. De acordo com Lula, em junho, a aposentadoria do trabalhador rural também será conseguida em meia hora.

Além disso, o presidente anunciou que, também em junho, os trabalhadores que alcançarem o direito à aposentadoria passarão a receber em suas casas um comunicado da Previdência informando o fato e o valor do salário que têm direito a receber. "É um comprometimento público que estou fazendo com os companheiros da Previdência Social", disse.

"Estamos retribuindo ao contribuinte da Previdência Social aquilo que é a cidadania que ele tem direito", afirmou Lula. "Se para cobrar nós somos tão precisos, para devolver o dinheiro, temos que chegar próximo à perfeição", completou.

17:20
Anónimo disse...
Economia Nacional
Salário maternidade sairá em 30 minutos, diz ministro

Toda trabalhadora autônoma que tiver contribuído pelo menos 10 meses com o Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) - ou as que possuírem carteira assinada - poderão receber em 30 minutos o salário maternidade a partir desta terça-feira. Da mesma forma, as mulheres com 30 anos de contribuição e os homens com 35 anos também terão direito ao benefício de forma mais rápida. A informação é do ministro da Previdência Social, José Pimentel.

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Para requerer o salário maternidade, é preciso que as autônomas levem a carteira de identidade e o carnê de contribuição. As demais trabalhadoras devem apresentar a identificação e a carteira de trabalho. Desde o início do mês, a nova forma de análise para a concessão de benefícios foi adotada para a aposentadoria por idade do trabalhador urbano e agora foi estendida para o salário maternidade e por tempo de contribuição.

O ministro disse que a qualificação do serviço da previdência social é o reconhecimento do direito dos trabalhadores e da afirmação da cidadania.

"Até pouco tempo na cabeça do cidadão o serviço devia ser de péssima qualidade. Agora não, nós modificamos toda a legislação no mês de dezembro numa ação conjunta do Congresso Nacional com o governo federal. Estamos implantando e concedendo os benefícios em até 30 minutos", afirmou.

O ministro destacou que para conseguir se aposentar ou ter acesso à licença maternidade em 30 minutos, em primeiro lugar, é necessário que o cidadão esteja vinculado à Previdência, o que inclui 65% da população acima de 16 anos de idade.

"Depois bastar marcar pelo sistema 135 o dia e a hora do atendimento e levar a documentação. Se todos os dados necessários estiverem corretos o contribuinte será atendido em até 30 minutos, como vem sendo feito com as aposentadorias por idade desde o dia cinco de janeiro", explicou.

Pimentel disse ainda que em 90% das agências da previdência social o atendimento é marcado em até 48 horas. Nos grandes centros, entretanto existe um volume maior o que torna mais lento o processo.

"Estamos criando mais 715 agências até 2010, em todo o território nacional, para descentralizar o atendimento. Em 2008, atendemos 295 mil benefícios e aposentadorias por idade. Temos 4 mil pessoas por dia procurando e se aposentando por idade no território nacional. Este serviço será agilizado", concluiu.

17:27
Anónimo disse...
Giuseppe Englaro, pai de Eluana, a italiana que morreu na segunda-feira passada por desidratação, recusou uma grande soma de dinheiro de um conhecido fotógrafo italiano que queria retratar a filha em estado de coma, disse neste sábado o neurologista que atendia a mulher desde 1996, Carlo Defanti.

O neurologista, que participou hoje de uma conferência sobre eutanásia, disse que Englaro respeitou a vontade da filha, que, antes do acidente, tinha pedido que, se lhe ocorresse qualquer coisa irreversível, apresentasse sua imagem de quando estava em boas condições.

Antes de sofrer o acidente de trânsito, em 1992, Eluana viveu o coma de um amigo, Alessandro, o que causou forte impacto na italiana e a levou a fazer o pai prometer que não a deixasse viver em estado vegetativo, disse o próprio Giuseppe Englaro.

Defanti, que dissera que Eluana poderia viver de dez a 12 dias depois da suspensão da alimentação e da hidratação, disse que, como médico, tinha que reprovar esta afirmação.

"Não se pode sobreviver após três ou quatro dias sem líquido e, em particular, água em um corpo. Sabemos bem que, quando há um terremoto, após quatro dias é difícil encontrar sobreviventes".

Defanti ressaltou que Eluana "não falava, não se comunicava com o exterior" e que, após vários exames, "nos deparamos com uma moça que tinha perdido a consciência", porque estava com o córtex cerebral prejudicado.

Eluana foi enterrada na quinta-feira passada no túmulo da família na localidade de Paluzza, em Udine, após um funeral que não contou com a presença dos pais.

16:53
Anónimo disse...
Os bombeiros combatem neste sábado os incêndios na Austrália favorecidos pelo bom tempo, enquanto os deslocados encotram em seu retorno casas derruídas, carros queimados nas ruas e destruição.

Depois de sete dias desde que começaram os incêndios no Estado de Victoria, a lista de mortos chega a 181, os desaparecidos somam 50, os edifícios destruídos totalizam 1,834 mil e o terreno arrasado, principalmente florestas, ocupa uma área de 4,13 mil quilômetros quadrados.

As equipes de bombeiros, formadas por 4 mil profissionais de Victoria, de outras partes da Austrália e de países amigos, combateram hoje 12 focos fora de controle e nenhum representava uma ameaça direta para a população.

O subdiretor do Serviço de Bombeiros, Geoff Conway, disse que este tempo favorável, que se prolongará durante o domingo, permite consolidar as linhas de contenção e avançar na extinção das chamas.

Cinzas apareceram arrastadas por ventos do nordeste sobre Melbourne, onde habitam 3,8 milhões de pessoas, e as autoridades alertaram aos cidadãos do risco para a saúde de idosos, crianças e pessoas com problemas respiratórios.

O número de pessoas deslocadas - a Cruz Vermelha chegou a receber 7 mil - começou a cair com a abertura de algumas localidades atingidas.

Os incêndios, alguns criminosos, começaram em 7 de fevereiro, quando a região sul da Austrália estava há duas semanas sob uma onda de calor sem precedentes.

Na sexta-feira passada, a polícia acusou uma pessoa de ter provocado o incêndio que atingiu a localidade de Churchill e matou 21 pessoas.

16:55
Anónimo disse...
A primeira chuva em seis dias reduziu a ameaça de incêndios no Estado de Victoria, ao sul da Austrália. As autoridades, porém, advertiram que ainda existem 12 focos, mas que nenhum deles ameaça áreas povoadas.

Mais de quatro mil bombeiros, mil provenientes de outras partes do país e de outras nações, trabalham contra o fogo. Cerca de 600 veículos e 28 helicópteros e pequenos aviões estão sendo usados.


Eles conseguiram construir linhas de contenção para evitar os incêndios de Yarra e Maroondah se juntassem. Também foram controlados os incêndios abertos de Yea e Murrindindi, que ameaçavam as comunidades de Connellys Creek, Crystal Creek, Scrubby Creek e Native Dog Creek.

O número de mortos chegou a 181, mas as autoridades acreditam que as vítimas devem passar de 200, já que ainda há muitos desaparecidos.

16:55
Anónimo disse...
Aqui nesta coluna, na semana passada, tive a oportunidade de comentar sobre a recente visita do professor brasileiro Pedrinho Guareschi à Austrália. Não dei, porém, os fatos, pois semana passada o assunto era outro.

Hoje, porém, vamos a eles.

No último dia 4 de fevereiro, aconteceu o Seminário "Paulo Freire: Education and Liberation", organizado pelo centro de estudos latino-americanos da Universidade Nacional da Austrália, ou ANU, como é mais conhecida por aqui.

A ANU, para quem não sabe, está entre as 20 melhores universidades do mundo! E tem sede aqui em Camberra, capital da Austrália.

Na abertura do evento, o professor John Minns, diretor do centro latino-americano, ao dar boas-vindas ao público presente, lembrou ser aquele o primeiro seminário exclusivamente dedicado a Paulo Freire na Austrália.

Em seguida, convidou Pedrinho Guareschi, palestrante principal do Seminário, a fazer sua apresentação.

A plateia pode então conhecer, pelas palavras de Pedrinho, um pouco da obra e da vida de Freire, esse brasileiro de fé e valor, que sempre acreditou na educação, sobretudo dos menos favorecidos, analfabetos, como força libertadora.

Como não podia deixar de ser, os conceitos e ideias revolucionários de Paulo Freire, expostos com clareza por Pedrinho, despertaram o interesse e a curiosidade de plateia. A qual, deve-se notar, era na maioria de estudantes, mas de várias nacionalidades, sobretudo australianos e asiáticos.

Na continuação do programa do seminário, que se estendeu por dois dias, outros professores fizeram palestras sobre temas ligados à obra de Paulo Freire.

Interessante, por exemplo, saber que a professora Anne Hickling-Hudson, jamaicana que mora na Austrália há muitos anos (é professora da ANU), conheceu e trabalhou com Freire num workshop educacional durante a revolução na Ilha de Granada, em 1980, antes da invasão dos Estados Unidos...

Ou, então, a palestra da Professora Gerda Roelvink, da Nova Zelândia, que participou do Fórum Social de Porto Alegre em 2005. E essa participação transformou-se em tema de doutorado.

No dia 10, terça-feira passada, o padre Pedrinho Guareschi voltou a falar ao público australiano em grande auditório localizado no belíssimo campus da ANU. Desta vez, sobre a Teologia da Libertação.

Depois da palestra, John Minns mostrou o filme mexicano "O Crime do Padre Amaro", no qual um dos personagens é um padre católico praticante da Teologia da Libertação.

Mais uma vez, foi grande o intersse da platéia, que pode aprender e conhecer um pouco como se desenvolveu aquele importante movimento católico na América Latina.

Fica, assim, ao Pedrinho, bem como a outros brasileiros estudiosos e de bom coração que saem pelo mundo a divulgar aspectos importantes da cultura brasileira, o respeito e a homenagem desta coluna. E... aquele abraço!

16:57
Anónimo disse...
Amanda Kitts perdeu o braço esquerdo em um acidente de automóvel acontecido três anos atrás, mas hoje em dia ela joga futebol americano com seu filho de 12 anos de idade, troca fraldas e abraça as crianças nas três creches Kiddie Cottage que opera em Knoxville, Tennessee. Kitts, 40 anos, faz tudo isso com a ajuda de um novo tipo de braço artificial que se movimenta com mais facilidade do que outros aparelhos e que ela pode controlar utilizando apenas seus pensamentos.

"Eu sou capaz de mexer a mão, o pulso e o cotovelo ao mesmo tempo", diz. "Você pensa e os músculos se movem em seguida".

A recuperação que ela conseguiu resulta de um novo procedimento que vem atraindo crescente atenção porque permite que pessoas movam braços protéticos de forma mais automática do que faziam no passado, simplesmente utilizando nervos reaproveitados em seus cérebros.

A técnica, conhecida como "renervação muscular dirigida", envolve utilizar os nervos que restam depois da amputação de um braço e conectá-los a outro músculo do corpo, em geral no peito. Eletrodos são instalados sobre os músculos do peito, e operam como se fossem antenas. Quando a pessoa deseja mover o braço, o cérebro envia sinais que primeiro resultam em contração dos músculos do peito, os quais enviam um sinal ao braço protético, instruindo-se a se movimentar. O processo não requer mais esforços consciente do que a pessoa teria de exercitar caso ainda tivesse seu braço natural.

Na terça-feira, pesquisadores reportaram em estudo publicado pela versão online do Journal of the American Medical Association que haviam levado a técnica ainda mais à frente, tornando possível a execução de 10 movimentos de mão, pulso e cotovelo diferentes, o que representa uma substancial melhora com relação ao típico repertório protético, que em geral envolve apenas dobrar o cotovelo, girar o pulso e abrir a mão.

"Os novos métodos tiveram impacto dramático em nosso campo de trabalho", disse Stuart Harshbarger, engenheiro biomédico na Universidade Johns Hopkins e diretor do programa de pesquisa sobre próteses, financiado pelas forças armadas, que inclui o trabalho com essa técnica. "O método já está em uso por médicos e cirurgiões comuns em todo o país. A capacidade de controlar um membro protético bastante robusto que ele confere surpreendeu a todos pela qualidade".

Tipicamente, uma pessoa que tenha um braço protético só é capaz de executar alguns poucos movimentos, e muitas vezes com tamanha lentidão que isso só permite a ela atividades limitadas.

Há um motor separado para cada movimento, diz Gerald Loeb, professor de engenharia biomédica na Universidade do Sul da Califórnia, "e esses motores precisam ser controlados de maneira explícita", usualmente por um esforço consciente da pessoa para contrair músculos nas costas ou no bíceps.

"Essencialmente, até agora os pacientes controlavam apenas um motor de cada vez", diz Loeb, "e precisavam pensar cuidadosamente sobre que motor desejavam controlar e como fazê-lo operar, em lugar de simplesmente pensarem em mover o braço e poderem fazê-lo sem delongas".

Antes que Kitts passasse pelo procedimento de renervação, em outubro de 2007, por exemplo, ela precisava movimentar os músculos de suas costas de determinada maneira para fazer com que seu pulso girasse, e flexionar seu bíceps e tríceps para fazer com que o cotovelo se movesse para cima e para baixo. "Era muito trabalho", ela conta. "E não me ajudava muito".

O procedimento de renervação é parte de uma recente explosão de idéias novas e técnicas inovadoras que estão sendo exploradas enquanto os cientistas se esforçam por ajudar as pessoas a compensar melhor a perda de membros ou problemas de paralisia. O esforço vem sendo alimentado pelo aumento no número de amputações causado por diabetes e por ferimentos sofridos pelos militares, e ao mesmo tempo pelos avanços na tecnologia médica.

Os braços se tornaram um dos focos essenciais desse tipo de trabalho. A ciência há muito vem obtendo sucessos no desenvolvimento de próteses de perna, mas é muito mais difícil imitar a complexidade e a destreza das mãos e dos braços.

Os esforços em curso incluem o desenvolvimento de projetos de pele e braços mais sensíveis e mais flexíveis, e o uso de dispositivos acionados por controles sem fio implantado nos braços protéticos, que permitiriam movimentos mais naturais.

Os pesquisadores também vêm usando sensores implantados nos cérebros de cobaias para permitir que dois macacos controlem um braço mecânico, e um teste com um homem paralítico permitiu, com esse método, que ele movimentasse um cursor em uma tela de computador.

Alguns desses métodos, caso venham a ser aperfeiçoados plenamente e consigam aprovação das autoridades regulatórias da saúde, podem no futuro se tornar mais viáveis para os pacientes de amputações.

E embora a técnica da renervação não requeira aprovação das autoridades regulatórias porque é executada por meios cirúrgicos e emprega aparelhos já existentes, ela apresenta limitações que até mesmo seus criadores reconhecem, entre as quais o fato de que não se pode utilizá-la para todos os pacientes, o seu alto custo e o prazo de meses requerido para que os nervos reconectados cresçam e se tornem efetivos.

Ainda assim, os especialistas dizem que é o mais avançado sistema em uso hoje para pacientes reais que permite que o sistema nervoso controle diretamente o movimento de um braço artificial.

Desde sua introdução por Todd Kuiken, médico fisioterapeuta e engenheiro biomédico do Instituto de Reabilitação de Chicago, o método foi empregado em cerca de 30 pacientes nos Estados Unidos, Canadá e Europa, entre os quais oito soldados feridos no Iraque e no Afeganistão.

Muitos dos pacientes, entre os quais o primeiro, Jesse Sullivan, um operário do setor elétrico no Tennessee que perdeu os dois braços quando foi eletrocutado por um cabo, conseguem não apenas manipular seus braços protéticos mas sentir a presença das mãos que já não têm quando alguém toca em seus peitos.

Sullivan, 62 anos, e Kitts, estavam entre os cinco pacientes que participaram do estudo reportado na terça-feira. Em companhia de cinco outras pessoas que não passaram por amputações, eles receberam os eletrodos e foram instruídos a usar pensamentos para fazer com que um braço virtual na tela reproduzisse 10 movimentos diferentes, entre os quais três formas diferentes de aperto de mão.

Os pacientes apresentaram desempenho bastante respeitável, apenas um pouco mais lento e menos preciso do que os dos participantes que não tinham amputações.

"As velocidades de movimento que encontramos em nossos pacientes foram realmente encorajadoras", disse Kuiken. "Eles conseguiram completar a tarefa. É claro que não foram tão competentes quanto as pessoas dotadas de plena capacidade física, mas foram bons o bastante".

Um braço virtual foi usado porque a maioria das próteses existentes não era capaz de acomodar todos aqueles movimentos, no momento da pesquisa, ainda que Sullivan, Kitts e uma terceira paciente, Claudia Mitchell, tenham experimentado dois novos protótipos mais versáteis de braços artificiais, executando tarefas complexas com bolas de tênis e outros objetos.

O trabalho de renervação em soldados apresenta outros desafios, diz Kuiken, porque os ferimentos militares muitas vezes "causam danos muitos extensos" a nervos, músculos ou ossos.

Daniel Acosta, 25 anos, um aviador ferido pela detonação de uma bomba em uma estrada do Iraque em 2005, passou pelo procedimento no ano passado e diz que seu braço esquerdo protético agora se movimenta "muito mais rápido" e de maneira muito mais natural.

"A diferença é que agora não preciso mais pensar para mover o braço", ele diz. "Ele simplesmente se mexe".

Ainda assim, Acosta, de San Antonio, diz que "o processo foi bastante longo" e que os eletrodos precisam ser ajustados para receber os sinais à medida que os nervos crescem ou mudam de posição.

E embora elogiem o método, os especialistas afirmam que a ciência das próteses de braço ainda tem muito por avançar.

"Trata-se de uma parte crucial, mas ainda assim apenas uma parte, das muitas coisas que compreendem a função normal de um braço", disse Loeb, que escreveu um editorial que acompanha o artigo no Journal of the American Medical Association.

"No momento estamos a meio do caminho entre o braço de 'Dr. Fantástico', que fazia involuntariamente a saudação nazista, e o braço de Luke Skywalker em 'Guerra nas Estrelas', que funciona sem nenhum problema assim que é conectado. Creio que precisaremos ainda de muitos anos para conectar todas as peças necessárias a produzir um braço capaz de funcionar normalmente".

17:04
Anónimo disse...
A Espanha disse neste sábado que está preparando uma reclamação oficial contra a decisão da Venezuela de expulsar um membro do Parlamento Europeu que criticou o conselho eleitoral venezuelano.
Luis Herrero, membro do partido conservador espanhol PP, foi deportado na sexta-feira depois que o Conselho Nacional Eleitoral (CNE) o acusou de questionar a imparcialidade da instituição antes de um referendo que pode permitir ao presidente Hugo Chávez permanecer no cargo indefinidamente.

Herrero estava na Venezuela como observador do referendo. Ele acusou Chávez de ter "comportamentos típicos de um ditador" por pedir a contenção de manifestações da oposição.

O governo da Espanha convocou um encontro com o embaixador da Venezuela em Madri para expressar a desaprovação sobre a expulsão de Herrero, disse um representante do Ministério das Relações Exteriores espanhol.

As relações da Venezuela com a Espanha tiveram seu ponto crítico em 2007, quando Chávez ameaçou rever acordos diplomáticos e comerciais depois de ouvir um "cala a boca" do rei espanhol Juan Carlos durante uma cúpula.

A fenda foi oficialmente reparada em 2008, com uma visita oficial de Chávez à Espanha, onde ele cumprimentou o rei e discutiu acordos para investimento no setor petroquímico com o primeiro-ministro José Luis Rodriguez Zapatero.

17:06
Anónimo disse...
A polícia do Zimbábue anunciou neste sábado que acusa de traição Roy Bennett, dirigente do até agora opositor Movimento para a Mudança Democrática (MDC), detido na sexta-feira, em Harare, poucas horas antes da cerimônia de posse dos membros do novo gabinete.

"A Polícia nos informou que vão apresentar acusações de traição", disse à agência EFE o advogado de defesa de Bennett, Trust Maanda.

"Tentam relacionar Roy com o caso de Mike Hitschmann, que foi detido em 2006 em relação à descoberta de um carregamento de armas, apesar de que Hitschmann não tenha sido declarado culpado das acusações de traição apresentadas contra ele, mas de um crime menor de descumprimento de leis", disse Maanda.

O político opositor, designado por seu partido como vice-ministro de Agricultura no Governo de união nacional, esteve no exílio na vizinha África do Sul desde 2006 e retornou ao Zimbábue há duas semanas.

Segundo a Polícia, que deteve Bennett ontem no aeroporto de Harare quando pretendia ir à África do Sul para visitar sua família, as armas apreendidas em 2006 seriam utilizadas em um golpe de Estado para derrubar o presidente do Zimbábue, Robert Mugabe.

Depois da detenção, Bennet foi levado a Mutar, onde vários simpatizantes do MDC se concentraram em frente à delegacia na qual estava detido, diante do que a Polícia respondeu com tiros para o alto para dispersar os manifestantes.

17:07
Anónimo disse...
Austrália: 14 mil se candidatam a 'emprego dos sonhos'

A secretaria de Turismo de Queensland, na Austrália, informou que até esta segunda-feira já recebeu cerca de 14 mil inscrições para o "o melhor emprego do mundo". O Estado australiano promove pela internet seleção para vaga de "zelador" da ilha Hamilton, por seis meses com um salário de R$ 40 mil.

Muitos candidatos tiveram problemas durante a inscrição por conta dos acessos simultâneos ao site. A secretaria aconselha enviar os vídeos de 60s explicando porque deve ser escolhido em horários alternativos do dia, além de recomendar tamanho em torno de 40MB.

As inscrições começaram em 12 de janeiro e vão até o próximo dia 22 e podem ser feitas pelo site www.islandreefjob.com. O governo australiano escolherá 50 candidatos para a próxima fase da seleção, que terá votos do público para eleger um dos 11 finalistas.

A última fase terá entrevistas e desafios físicos, no próprio local de trabalho: as ilhas da Grande Barreira Coralina - o maior recife de coral do mundo. A secretaria de Turismo anunciará o vencedor no dia 6 de maio.

17:09
Anónimo disse...
Mercado elogia governo na crise, mas pede maior queda no juro

Peter Fussy
Direto de São Paulo

Desde as primeiras medidas anunciadas para combater os efeitos da crise, o governo brasileiro avisou que a estratégia não contemplaria um pacote. Seriam doses pontuais, de acordo com a necessidade da economia diante do agravamento das turbulências. Da primeira liberação dos depósitos compulsórios em setembro até a ampliação do seguro-desemprego na última quarta-feira, o governo passou por redução de impostos, ampliação de crédito e incentivos à exportação. Quase 150 dias após a primeira medida, o Terra conversou com líderes do setor público e privado, representantes dos trabalhadores, acadêmicos e com o próprio governo para saber quais destas ações foram mais eficazes, quais foram mais ineficientes e o que mais pode ser feito pelo Estado brasileiro contra a crise.

Os maiores elogios foram direcionados à atitude de reduzir o Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) para a indústria automobilística, anunciada em dezembro e que fez com que os emplacamentos de carros novos subissem 1,9% no primeiro mês do ano em relação a dezembro de 2008. Já as maiores críticas foram para a lentidão no corte da taxa básica de juro do País.

Para o presidente do conselho administrativo do Grupo Pão de Açúcar, Abílio Diniz, o Estado não é responsável pela crise e mesmo assim está agindo "com extrema serenidade e muito acerto". "O governo está atento, fazendo a sua parte. É preciso coragem de baixar firmemente a taxa de juros. É uma arma que temos a nosso favor, já que não há clima para inflação, nem possibilidade de danos para a macroeconomia", afirmou Diniz.

Na última reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), em janeiro, a taxa Selic foi reduzida em um ponto percentual, de 13,75% para 12,75% ao ano. Porém, o professor de economia da Universidade de Brasília (UnB) José Luiz Oreiro lembra que este corte representa uma redução de apenas 0,25 ponto percentual com relação à taxa de setembro do ano passado, quando a crise se agravou.

"Pouco antes da eclosão da crise, o Banco Central aumentou a taxa em 0,75 ponto. Foram cinco meses de demora para reduzir em termos líquidos apenas 0,25 ponto", afirmou o economista, que também sugeriu redução do intervalo de cerca de 90 dias entre as reuniões do Copom e o corte de pelo menos um 1 ponto percentual em cada reunião.

Mesmo com o corte de janeiro, a taxa de juros real continua sendo a maior do mundo, lembrou o secretário-geral da Força Sindical, João Carlos Gonçalves, o Juruna. "A redução da taxa de juro ainda é pequena, porque ela continua uma das mais altas do mundo. Falta ousadia para baixar os juros e ajudar o cidadão. A permanência da taxa de juro alta é negativa para o País em meio a crise", afirmou Juruna.

Embora aprove as ações do governo, o senador Aloízio Mercadante (PT-SP) também acredita que o patamar da Selic está muito alto. "Sempre fomos os primeiros a entrar em qualquer crise, o que não aconteceu agora. A taxa Selic ainda é muito alta, mas o governo têm tomado medidas acertadas, como o aumento do salário mínimo, mesmo com um cenário de crise. Isso ajuda a movimentar o consumo. O governo está se esforçando para manter os investimentos e o crescimento", disse.

Tributos
De acordo com o economista Fabio Pina, da Fecomercio-SP, as ações mais positivas estão relacionadas à redução de tributos para alguns segmentos, como a indústria automobilística, que recuperou parte da queda nas vendas em janeiro com a isenção do IPI para carros 1.0 l e o corte para demais motorizações. A medida vale até o final de março.

"Essas medidas não só reduziram o preço, mas anteciparam o consumo daqueles que iriam comprar no futuro, dando um prêmio por conta da insegurança. Mexe diretamente com o principal problema que é a confiança do consumidor", afirmou. Juruna destacou que um bom ritmo de vendas é garantia de emprego. "É importante porque cada emprego na montadora significa 19 na cadeia produtiva", comentou o representante da Força Sindical.

Também em dezembro, o governo decidiu cortar pela metade a alíquota do Imposto de Renda para contribuintes que ganham entre R$ 1.434 e R$ 2.150 mensais. "O salário aumentava e a tabela não se modificava. As pessoas ganhavam mais e pagavam mais impostos", apontou Juruna. Outra redução de tributos do governo foi com relação ao Imposto sobre Operações Financeiras (IOF), que caiu de 3% ao ano para 1,5%.

Crédito
Na segunda metade de 2008, o colapso de bancos nos Estados Unidos por conta da crise do subprime provocou uma forte restrição de crédito no mundo inteiro. Uma das primeiras medidas anticrise do governo teve como objetivo restabelecer a oferta, com mudanças no recolhimento dos depósitos compulsórios por parte dos bancos. Segundo o presidente do Banco Central, Henrique Meirelles, as diversas modificações liberaram US$ 99,2 bilhões aos bancos até o final de janeiro.

Além disso, o governo concedeu R$ 36 bilhões das reservas internacionais para empresas brasileiras com dívidas no exterior e uma medida provisória autorizou o Banco do Brasil e a Caixa Econômica Federal a comprar carteiras de crédito de bancos privados. Para o diretor do Departamento de Pesquisas e Estudos Econômicos da Fiesp, Paulo Francini, estas medidas foram essenciais para combater os efeitos da crise.

"A crise se desenvolve no mundo em torno do tema crédito. E o crédito reduziu-se barbaridade no mundo. Então o governo lança mão de compulsório, lança mão de reservas, de medidas que permitem aos bancos comprar carteiras de bancos. Você vai tomando várias medidas para atender às demandas e o epicentro disso é crédito", afirmou.

No entanto, Oreiro, da UnB, adverte que a liberação dos compulsórios seria mais eficiente acompanhada de redução mais agressiva da taxa básica de juro. "Uma parte do crédito voltou, depois da forte retração em outubro e novembro. O que deveria ter sido feito junto à liberação do compulsório era uma redução mais drástica da taxa de juro. Sem isso, os bancos pegam as reservas e acabam comprando títulos públicos", explicou o economista.

Na opinião de Pina, as ações de distribuição de crédito via redução do compulsório e a disposição de capital de giro para empresas foram tomadas sem um cuidado maior na operação e não tiveram muito efeito. "O BNDES tem linhas que ficam paradas quase todo o ano, agora é pior ainda. Existem os recursos, mas as empresas e os bancos estão desconfiados. É preciso fazer com que os bancos tenham interesse em emprestar", afirmou o economista da Fecomercio-SP.

Futuro
Mesmo com todas essas medidas, a crise financeira ainda gera incertezas nos setores produtivos do País. Nos últimos meses, o medo do desemprego fez os consumidores adiarem compras. Por sua vez, a queda nas vendas pode obrigar as indústrias a cortarem a produção e demitir funcionários. Contra isso, empresários sugerem redução de jornada e de salários.

"Isto está previsto em lei. A Fiesp simplesmente manteve conversações com entidades sindicais quanto à aplicação daquilo que já está previsto em lei", afirmou Francini.

Segundo a ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff, uma das medidas que assegura um nível de emprego é a manutenção de investimentos no Programa de Aceleração do Crescimento (PAC). "Estamos esperando que a dificuldade ocorra em janeiro, fevereiro e março. Estamos certos que vamos manter o nível de investimento. É isso que funciona, é isso que significa investimento público. Ele funciona como um colchão. Por isso, nós colocamos R$ 100 bilhões no BNDES e a Petrobras ampliou o seu investimento em R$ 120 bilhões", afirmou.

Na mesma linha, Pina explica que a antecipação de gastos do governo substitui parte da demanda retraída do setor privado. "Ele dá o seguinte recado: não vou estourar as contas públicas, mas concentrar em um momento em que a demanda privada está pequena. Mas o governo não tem fôlego suficiente para fazer o papel de toda demanda", ressaltou. O economista da Fecomercio lembrou que a entidade já pleiteou junto ao governo isenções para transferência de imóveis e de automóveis, além de retirar o IPVA para veículos novos.

Já Oreiro foca suas propostas na capitalização do Banco do Brasil e da Caixa Econômica Federal pelo Tesouro para atender a demanda de crédito para capital de giro e reduzir o spread. "Aumentando o empréstimo e reduzindo as taxas, os dois vão forçar os bancos privados a acompanhar o movimento, até para não perderem participação no mercado", explicou o economista da UnB.

Até o Carnaval, o governou prometeu detalhar um pacote de incentivos para a construção de até um milhão de casas populares, direcionado a famílias com renda de até dez salários mínimos. "Estamos atentos a tudo o que está acontecendo e novas medidas serão tomadas caso haja uma avaliação de que sejam necessárias", disse o ministro da Fazenda, Guido Mantega, na última sexta-feira.

17:11
Anónimo disse...
Ex-ministro critica extensão do seguro-desemprego

Atualizada às 09h03

O ex-ministro do Trabalho Almir Pazzianotto criticou a decisão do governo federal de conceder o seguro-desemprego estendido a apenas alguns setores. "É certamente odioso e provavelmente inconstitucional", disse Pazzianotto, de acordo com o jornal O Estado de S. Paulo.

Na última qurta, dia do anúncio da medida, centrais sindicais elogiaram a atitude do governo. A Força Sindical divulgou nota dizendo que "o aumento ajudará a aquecer parte da economia, já que irá gerar mais consumo, produção e conseqüentemente, a criação de novos postos de trabalho". A União Geral dos Trabalhadores (UGT) afirmou que a medida "contribuirá para minimizar o drama dos trabalhadores que perderem seu emprego por conta da crise".

O ex-ministro, que instituiu o seguro-desemprego no País no governo de José Sarney, destacou a necessidade de as centrais sindicais se manifestarem contra a determinação. Para ele, as mudanças devem ser aplicadas a todas as categorias profissionais e a distinção é contrária ao artigo 3º da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT).

Pazzianotto atribui a medida a um possível temor do governo de que a crise econômica seja longa e não haja dinheiro para atender a todas as necessidades. Ainda assim, ele se mostra contrário ao método de concessão. "O seguro-desemprego ajuda a sanar necessidades básicas. Estendê-lo é paliativo, não a solução", disse ao jornal.

De acordo com o presidente do Conselho Deliberativo do Fundo de Amparo ao Trabalhador (Codefat) e conselheiro da Força Sindical, Luiz Fernando Emediato, a determinação já estava prevista na lei 8.900/94, que trata do seguro-desemprego.

O presidente da Comissão de Trabalho da Câmara, Pedro Fernandes (PTB-MA) vai além na crítica à concessão do seguro para apenas alguns setores. Ele acredita que a ampliação do benefício estimula o desemprego.

Quintino Severo, secretário geral da Central Única dos Trabalhadores (CUT), lembra que a ampliação do benefício sem critério e identificação pode incentivar demissões em outros setores.

17:13
Anónimo disse...
Empresas
TAM faz promoção para destinos internacionais

A companhia aérea TAM anunciou nesta sexta-feira tarifas promocionais para trechos internacionais. Os preços valem para bilhetes comprados entre 6h deste sábado e 23h59 deste domingo e são válidos para classe econômica. As tarifas, para ida e volta, serão vendidas a partir de US$ 99, mais taxas.

Segundo a aérea, a promoção vale para viagens feitas no período de 14 de fevereiro a 18 de junho de 2009. Para destinos na América do Sul, a permanência mínima é de dois dias; para bilhetes com destino nos Estados Unidos, cinco dias; e Europa, sete dias. A permanência máxima para as passagens para América do Sul e EUA é de dois meses e para Europa, três meses.

Entre os exemplos de tarifas promocionais, a TAM oferece São Paulo-Lima por US$ 99. Bilhetes para a rota São Paulo-Santiago serão vendidos a partir de US$ 199 e São Paulo-Nova York, US$ 799.

A emissão dos bilhetes deve ser feita obrigatoriamente no ato da reserva, obedecendo às regras estipuladas pela companhia. A compra está sujeita à disponibilidade de assentos nas classes tarifárias determinadas, trechos, horários e datas. A TAM afirmou que também há tarifas promocionais para a classe executiva.

Mais informações podem ser encontradas no site promocional (www.ofertastam.com.br), no site da empresa (www.tam.com.br) ou pelos telefones 4002-5700 ou 0800 5705700.

17:13
Anónimo disse...
Empresas
Consultoria negocia compra do parque temático Hopi Hari

A consultoria especializada em reestruturação de empresas Íntegra Associados informou nesta sexta-feira ter um acordo para comprar o parque de diversões Hopi Hari, localizado no interior de São Paulo. A empresa estaria disposta a investir R$ 10 milhões no parque, que tem dívida estimada em R$ 800 milhões. As informações são da edição deste sábado do jornal Folha de S. Paulo.

De acordo com o jornal, a transação ainda depende da negociação entre o Hopi Hari e seus credores, o que já estaria em andamento.

A consultoria paulista já atuou junto à Parmalat, durante 30 meses, quando reorganizou a gestão da empresa italiana.

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17:14
Anónimo disse...
Empresas
Disney de Tóquio contratará mais 2 mil apesar da crise


A Oriental Land, o operador da Disneylândia Tóquio e DisneySea, organizou neste domingo entrevistas para contratar cerca de 2 mil trabalhadores em tempo parcial, em um momento de grandes demissões deste tipo de empregados no Japão.

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O operador deste parque temático, situado em Urayasu, na província de Chiba (leste de Tóquio), está em pleno processo de seleção de empregados para 20 tipos de postos trabalhistas diferentes.

Segundo a companhia, citada pela agência local de notícias Kyodo, o parque contratará novos trabalhadores para as atrações, para os restaurantes e guardas de segurança entre outros. Os novos contratados começarão a trabalhar a partir de fevereiro.

O processo de seleção acontece em um momento em que a maioria das grandes companhias japonesas começaram a se ver obrigadas a despedir uma elevada percentagem de seus trabalhadores temporários e a tempo parcial.

Algumas inclusive anunciaram demissões de seus trabalhadores fixos, uma medida muito pouco comum nas companhias japonesas, perante os efeitos piores que o esperado pela crise econômica global.

Cerca de uma centena de pessoas esperavam desde a primeira hora desta manhã a abertura do centro de conferências Tokyo International Forum, onde as entrevistas estão sendo feitas, para ser os primeiros a solicitar os postos de trabalho.


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17:15
Anónimo disse...
Economia Internacional
Senado dos EUA aprova plano de estímulo à economia

O Senado dos Estados Unidos aprovou com 60 votos a favor e 38 contra o plano de estímulo à economia de US$ 787 bilhões na madrugada deste sábado. Agora, ele segue para sanção ou veto do presidente Barack Obama, que espera colocar a lei em prática até o dia 16 de fevereiro.

O plano prevê a criação de três milhões de empregos, inclui cortes de impostos às famílias, fundos para programas sociais e obras públicas, além de ajuda aos governos estaduais, estudantes e desempregados.

A cláusula Buy American - que exige o uso de ferro, aço e produtos manufaturados dos Estados Unidos em obras realizadas com recursos do pacote - ficou de lado. Segundo o texto definitivo, a cláusula será aplicada sem violar as normas do comércio internacional.

Ontem à tarde, a Câmara de Representantes (deputados) havia aprovado, por 246 votos a favor e 183 contra, a versão final do plano. Todos os republicanos foram contrários ao pacote.

Pelo acordo de quarta-feira entre Câmara e Senado, em vez de custar US$ 819 bilhões, como queriam os deputados, ou US$ 838 bilhões como pretendiam os senadores, o pacote ficou em cerca de US$ 787 bilhões, com 65% desse total destinado a gastos do governo federal e 35%, a créditos tributários.

17:16
Anónimo disse...
Economia nacional
Na era Lula, aposentadoria sobe 54% menos que salário mínimo

Thatiane Faria
Especial para o Terra
Direto de São Paulo

Os índices de reajustes concedidos pelo governo em 2009 para aposentados e pensionistas e para o salário mínimo repetiram uma diferença que, só durante o governo de Luiz Inácio Lula da Silva, já chega a 54%. Enquanto o mínimo foi majorado em 12% este ano, as pensões e aposentadorias tiveram aumento de 5,92%. Aposentados que têm o benefício do governo como única fonte de renda reclamam que perdem poder de compra e que sua cesta de compras é composta por itens que aumentam mais em relação à inflação oficial.

Um exemplo prático pode ser entendido a partir da comparação entre um aposentado que ganhava R$ 600 em janeiro de 2003. Na época, o benefício era três vezes, ou 200%, maior que o valor do mínimo em vigência, que era de R$ 200. Aplicando-se os índices de reajuste para aposentadorias e para o mínimo durante os últimos seis anos, o mesmo aposentado estaria recebendo hoje R$ 938,47, comparado a um salário mínimo de R$ 465. A diferença entre os dois valores caiu para pouco mais de 100%.

Enquanto o índice acumulado de reajuste para a aposentadoria durante o governo Lula foi de 60%, para o salário mínimo está em 132%.

O diretor do Sindicato Nacional dos Aposentados, João Inocentini, reclama que os valores dos benefícios para aposentadorias não mantêm o poder de compra do grupo, principalmente dos aposentados que recebem menos que dez salários mínimos.

Nem mesmo o fato de o índice de reajuste das aposentadorias ter ficado acima da inflação acumulada no mesmo período (o IPCA entre janeiro de 2003 e janeiro de 2009 foi de 39,7%) serve de argumento, segundo os aposentados.

"Os idosos, principalmente, têm gastos além das contas gerais como gás, telefone e aluguel. Para eles o custo com remédios, e outros itens da área saúde costuma ser maior", afirmou Inocentini.

O presidente do sindicato afirmou que o grupo realiza um estudo com 100 itens de necessidade de um idoso para comparar o aumento dos produtos com o índice de reajuste do benefício recebido pelos aposentados.

"Daqui dois meses vamos abrir um processo na Justiça e levar essa pesquisa como prova. Segundo a lei, o governo é obrigado a manter o poder de compra com a aposentadoria", disse Inocentini.

Alternativas
O consultor financeiro Cláudio Boriola diz que os aposentados, especialmente nesse momento de crise econômica, devem evitar compras parceladas, pesquisar preços, negociar e fazer bom planejamento financeiro.

Segundo Boriola, alguns aposentados ganham um valor mensal muitas vezes insuficiente para o pagamento das contas e acabam pedindo crédito ou realizando pagamentos a prazo e são obrigados a pagar juros altos.

Na opinião do consultor, pagar uma previdência privada é uma alternativa indicada para quem ainda trabalha, considerando a característica de perda de poder de compra da aposentadoria.

"Na prática, infelizmente os valores encontram-se em um patamar que está deteriorando o poder de aquisição da população brasileira", completou Boriola.

De acordo com o diretor da Confederação Brasileira de Aposentados e Pensionistas (Cobap), Vicente Fernandes Barbosa, representantes dos aposentados tentarão um encontro com o presidente da Câmara, deputado Michel Temer (PMDB-SP), para discutir projetos que minimizem a perda dos aposentados

17:17
Anónimo disse...
Previdência
Previdência prorroga isenção de tarifas no benefício

O atual sistema de pagamento aos 26 milhões de aposentados e pensionistas do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) será mantido até o final deste ano. O acordo, que permite realizar a operação sem nenhum custo aos beneficiários, foi renovado nesta sexta-feira, entre o governo federal e 21 instituições financeiras.

Por meio desse acordo, vigente desde setembro de 2007, nem os segurados, nem os bancos e nem o governo arcam com o pagamento de tarifas, conforme explicou o ministro da Previdência Social, José Pimentel. A prorrogação vale até dezembro, data máxima para que a Previdência defina as regras para um novo contrato.

Ao assinar o termo de renovação, na sede da Federação Brasileira dos Bancos (Febraban), o ministro disse que a intenção do governo é mudar o atual modelo de gestão visando a reduzir os custos dessas operações em torno da folha mensal, que atinge R$ 15,8 bilhões. No entanto, qualquer alteração, conforme explicou, passará antes por audiências públicas a serem realizadas a partir do segundo semestre deste ano, atendendo a determinação do Tribunal de Contas da União (TCU).

De acordo com Pimentel, com um redesenho do mecanismo de repasse dos recursos aos bancos em torno da folha de pagamento dos segurados o que se busca é um aumento da participação de instituições financeiras. Ele informou que, desde 2007, cada benefício custa em média R$ 1,07 ao governo. "Quanto mais instituições financeiras estiverem prestando serviços à sociedade, maior é a competitividade, a agilidade no atendimento", justificou.

O ministro observou, ainda, que, para permitir uma redução para algo em torno de meia hora no tempo de atendimento para a concessão dos direitos previdenciários, o governo investiu R$ 280 milhões.

Questionado sobre o descontentamento dos segurados que ganham acima de um salário mínimo terem obtido apenas a correção com base na variação do Índice de Preços ao Consumidor (INPC) , ficando abaixo do reajuste dado a quem recebe apenas o mínimo, Pimentel argumentou que o governo seguiu o que determina a lei e descartou a possibilidade de uma revisão

17:17
Anónimo disse...
Empresas
Caterpillar oferece aposentadoria antecipada a 2 mil


A companhia americana Caterpillar ofereceu a cerca de dois mil funcionários incentivos para que se aposentem de forma voluntária antes do previsto, pela perspectiva de uma queda "significativa" da atividade industrial, informou nesta quarta-feira a empresa.

A iniciativa, destinada aos trabalhadores de diversas fábricas em Illinois, Colorado, Tennessee e Pensilvânia, se soma aos cortes de empregos anunciados em janeiro, explicou em comunicado de imprensa.

A empresa, a maior fabricante mundial de maquinaria pesada para a construção e a mineração, acrescentou que, "em função das condições de negócio, podem ser necessárias mais reduções de elenco voluntárias e involuntárias à medida que o ano avança".

O vice-presidente da companhia, Sid Banwart, explicou que a empresa prevê "demissões significativas em todas as regiões geográficas e na maioria dos setores devido às dificuldades da economia mundial".

17:18
Anónimo disse...
Comércio
Comércio exterior da OCDE caiu no 3º trimestre de 2008


As exportações e as importações dos países da Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Econômico (OCDE) caíram 1,6% e 0,2%, respectivamente, no terceiro trimestre de 2008, em relação aos três meses anteriores.

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Trata-se da primeira queda destas atividades desde o terceiro trimestre de 2006, segundo o último relatório trimestral sobre fluxos comerciais divulgado pela OCDE.

As exportações e as importações em dólares dos 30 Estados-membros caíram 15,6% e 17%, respectivamente, na comparação anualizada.

Por sua vez, o comércio dos sete países mais ricos do mundo (G7) teve um pequeno crescimento no terceiro trimestre de 2008 com uma queda das exportações de mercadorias de 0,2% em relação ao trimestre anterior e um aumento de 0,4% das importações.

Em termos anualizados, as importações do G7 caíram 1,4% entre julho e setembro do ano passado, seu primeiro retrocesso desde o terceiro trimestre de 2006, enquanto as exportações aumentaram 1,9%, seu crescimento mais baixo no mesmo tempo.

Por países, a Alemanha aumentou suas importações em 3,4% - valor mais alto do G7 -, enquanto suas exportações caíram 2,9% do segundo para o terceiro trimestre de 2008.

Pelo contrário, as exportações americanas aumentaram 1,8% entre julho e setembro de 2008, enquanto as importações caíram 0,7% em relação ao trimestre anterior. No Japão, tanto as importações quanto as exportações caíram em torno de 1% no mesmo período.

17:19
Anónimo disse...
Economia Nacional
Lula: juros de crédito consignado a aposentados são altos

Atualizada às 17h29

O presidente Luis Inácio Lula da Silva afirmou nesta terça-feira, em São Paulo, que está lutando para reduzir as taxas de juros cobradas de aposentados em crédito consignado. A Previdência Social estabelece uma taxa máxima de 2,5% para empréstimo e de 3,5% para cartão. Para Lula, os valores são altos.

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"Acho que o juro que os aposentados estão pagando hoje com o crédito consignado é alto para o padrão brasileiro", disse o presidente durante a cerimônia de comemoração dos 86 anos do INSS.

A Previdência anunciou nesta terça-feira que aposentados e trabalhadoras com licença-maternidade poderão receber seus benefícios em 30 minutos. De acordo com Lula, em junho, a aposentadoria do trabalhador rural também será conseguida em meia hora.

Além disso, o presidente anunciou que, também em junho, os trabalhadores que alcançarem o direito à aposentadoria passarão a receber em suas casas um comunicado da Previdência informando o fato e o valor do salário que têm direito a receber. "É um comprometimento público que estou fazendo com os companheiros da Previdência Social", disse.

"Estamos retribuindo ao contribuinte da Previdência Social aquilo que é a cidadania que ele tem direito", afirmou Lula. "Se para cobrar nós somos tão precisos, para devolver o dinheiro, temos que chegar próximo à perfeição", completou.

17:20
Anónimo disse...
Economia Nacional
Salário maternidade sairá em 30 minutos, diz ministro

Toda trabalhadora autônoma que tiver contribuído pelo menos 10 meses com o Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) - ou as que possuírem carteira assinada - poderão receber em 30 minutos o salário maternidade a partir desta terça-feira. Da mesma forma, as mulheres com 30 anos de contribuição e os homens com 35 anos também terão direito ao benefício de forma mais rápida. A informação é do ministro da Previdência Social, José Pimentel.

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Para requerer o salário maternidade, é preciso que as autônomas levem a carteira de identidade e o carnê de contribuição. As demais trabalhadoras devem apresentar a identificação e a carteira de trabalho. Desde o início do mês, a nova forma de análise para a concessão de benefícios foi adotada para a aposentadoria por idade do trabalhador urbano e agora foi estendida para o salário maternidade e por tempo de contribuição.

O ministro disse que a qualificação do serviço da previdência social é o reconhecimento do direito dos trabalhadores e da afirmação da cidadania.

"Até pouco tempo na cabeça do cidadão o serviço devia ser de péssima qualidade. Agora não, nós modificamos toda a legislação no mês de dezembro numa ação conjunta do Congresso Nacional com o governo federal. Estamos implantando e concedendo os benefícios em até 30 minutos", afirmou.

O ministro destacou que para conseguir se aposentar ou ter acesso à licença maternidade em 30 minutos, em primeiro lugar, é necessário que o cidadão esteja vinculado à Previdência, o que inclui 65% da população acima de 16 anos de idade.

"Depois bastar marcar pelo sistema 135 o dia e a hora do atendimento e levar a documentação. Se todos os dados necessários estiverem corretos o contribuinte será atendido em até 30 minutos, como vem sendo feito com as aposentadorias por idade desde o dia cinco de janeiro", explicou.

Pimentel disse ainda que em 90% das agências da previdência social o atendimento é marcado em até 48 horas. Nos grandes centros, entretanto existe um volume maior o que torna mais lento o processo.

"Estamos criando mais 715 agências até 2010, em todo o território nacional, para descentralizar o atendimento. Em 2008, atendemos 295 mil benefícios e aposentadorias por idade. Temos 4 mil pessoas por dia procurando e se aposentando por idade no território nacional. Este serviço será agilizado", concluiu.

17:27
Anónimo disse...
Giuseppe Englaro, pai de Eluana, a italiana que morreu na segunda-feira passada por desidratação, recusou uma grande soma de dinheiro de um conhecido fotógrafo italiano que queria retratar a filha em estado de coma, disse neste sábado o neurologista que atendia a mulher desde 1996, Carlo Defanti.

O neurologista, que participou hoje de uma conferência sobre eutanásia, disse que Englaro respeitou a vontade da filha, que, antes do acidente, tinha pedido que, se lhe ocorresse qualquer coisa irreversível, apresentasse sua imagem de quando estava em boas condições.

Antes de sofrer o acidente de trânsito, em 1992, Eluana viveu o coma de um amigo, Alessandro, o que causou forte impacto na italiana e a levou a fazer o pai prometer que não a deixasse viver em estado vegetativo, disse o próprio Giuseppe Englaro.

Defanti, que dissera que Eluana poderia viver de dez a 12 dias depois da suspensão da alimentação e da hidratação, disse que, como médico, tinha que reprovar esta afirmação.

"Não se pode sobreviver após três ou quatro dias sem líquido e, em particular, água em um corpo. Sabemos bem que, quando há um terremoto, após quatro dias é difícil encontrar sobreviventes".

Defanti ressaltou que Eluana "não falava, não se comunicava com o exterior" e que, após vários exames, "nos deparamos com uma moça que tinha perdido a consciência", porque estava com o córtex cerebral prejudicado.

Eluana foi enterrada na quinta-feira passada no túmulo da família na localidade de Paluzza, em Udine, após um funeral que não contou com a presença dos pais.

16:53
Anónimo disse...
Os bombeiros combatem neste sábado os incêndios na Austrália favorecidos pelo bom tempo, enquanto os deslocados encotram em seu retorno casas derruídas, carros queimados nas ruas e destruição.

Depois de sete dias desde que começaram os incêndios no Estado de Victoria, a lista de mortos chega a 181, os desaparecidos somam 50, os edifícios destruídos totalizam 1,834 mil e o terreno arrasado, principalmente florestas, ocupa uma área de 4,13 mil quilômetros quadrados.

As equipes de bombeiros, formadas por 4 mil profissionais de Victoria, de outras partes da Austrália e de países amigos, combateram hoje 12 focos fora de controle e nenhum representava uma ameaça direta para a população.

O subdiretor do Serviço de Bombeiros, Geoff Conway, disse que este tempo favorável, que se prolongará durante o domingo, permite consolidar as linhas de contenção e avançar na extinção das chamas.

Cinzas apareceram arrastadas por ventos do nordeste sobre Melbourne, onde habitam 3,8 milhões de pessoas, e as autoridades alertaram aos cidadãos do risco para a saúde de idosos, crianças e pessoas com problemas respiratórios.

O número de pessoas deslocadas - a Cruz Vermelha chegou a receber 7 mil - começou a cair com a abertura de algumas localidades atingidas.

Os incêndios, alguns criminosos, começaram em 7 de fevereiro, quando a região sul da Austrália estava há duas semanas sob uma onda de calor sem precedentes.

Na sexta-feira passada, a polícia acusou uma pessoa de ter provocado o incêndio que atingiu a localidade de Churchill e matou 21 pessoas.

16:55
Anónimo disse...
A primeira chuva em seis dias reduziu a ameaça de incêndios no Estado de Victoria, ao sul da Austrália. As autoridades, porém, advertiram que ainda existem 12 focos, mas que nenhum deles ameaça áreas povoadas.

Mais de quatro mil bombeiros, mil provenientes de outras partes do país e de outras nações, trabalham contra o fogo. Cerca de 600 veículos e 28 helicópteros e pequenos aviões estão sendo usados.


Eles conseguiram construir linhas de contenção para evitar os incêndios de Yarra e Maroondah se juntassem. Também foram controlados os incêndios abertos de Yea e Murrindindi, que ameaçavam as comunidades de Connellys Creek, Crystal Creek, Scrubby Creek e Native Dog Creek.

O número de mortos chegou a 181, mas as autoridades acreditam que as vítimas devem passar de 200, já que ainda há muitos desaparecidos.

16:55
Anónimo disse...
Aqui nesta coluna, na semana passada, tive a oportunidade de comentar sobre a recente visita do professor brasileiro Pedrinho Guareschi à Austrália. Não dei, porém, os fatos, pois semana passada o assunto era outro.

Hoje, porém, vamos a eles.

No último dia 4 de fevereiro, aconteceu o Seminário "Paulo Freire: Education and Liberation", organizado pelo centro de estudos latino-americanos da Universidade Nacional da Austrália, ou ANU, como é mais conhecida por aqui.

A ANU, para quem não sabe, está entre as 20 melhores universidades do mundo! E tem sede aqui em Camberra, capital da Austrália.

Na abertura do evento, o professor John Minns, diretor do centro latino-americano, ao dar boas-vindas ao público presente, lembrou ser aquele o primeiro seminário exclusivamente dedicado a Paulo Freire na Austrália.

Em seguida, convidou Pedrinho Guareschi, palestrante principal do Seminário, a fazer sua apresentação.

A plateia pode então conhecer, pelas palavras de Pedrinho, um pouco da obra e da vida de Freire, esse brasileiro de fé e valor, que sempre acreditou na educação, sobretudo dos menos favorecidos, analfabetos, como força libertadora.

Como não podia deixar de ser, os conceitos e ideias revolucionários de Paulo Freire, expostos com clareza por Pedrinho, despertaram o interesse e a curiosidade de plateia. A qual, deve-se notar, era na maioria de estudantes, mas de várias nacionalidades, sobretudo australianos e asiáticos.

Na continuação do programa do seminário, que se estendeu por dois dias, outros professores fizeram palestras sobre temas ligados à obra de Paulo Freire.

Interessante, por exemplo, saber que a professora Anne Hickling-Hudson, jamaicana que mora na Austrália há muitos anos (é professora da ANU), conheceu e trabalhou com Freire num workshop educacional durante a revolução na Ilha de Granada, em 1980, antes da invasão dos Estados Unidos...

Ou, então, a palestra da Professora Gerda Roelvink, da Nova Zelândia, que participou do Fórum Social de Porto Alegre em 2005. E essa participação transformou-se em tema de doutorado.

No dia 10, terça-feira passada, o padre Pedrinho Guareschi voltou a falar ao público australiano em grande auditório localizado no belíssimo campus da ANU. Desta vez, sobre a Teologia da Libertação.

Depois da palestra, John Minns mostrou o filme mexicano "O Crime do Padre Amaro", no qual um dos personagens é um padre católico praticante da Teologia da Libertação.

Mais uma vez, foi grande o intersse da platéia, que pode aprender e conhecer um pouco como se desenvolveu aquele importante movimento católico na América Latina.

Fica, assim, ao Pedrinho, bem como a outros brasileiros estudiosos e de bom coração que saem pelo mundo a divulgar aspectos importantes da cultura brasileira, o respeito e a homenagem desta coluna. E... aquele abraço!

16:57
Anónimo disse...
Amanda Kitts perdeu o braço esquerdo em um acidente de automóvel acontecido três anos atrás, mas hoje em dia ela joga futebol americano com seu filho de 12 anos de idade, troca fraldas e abraça as crianças nas três creches Kiddie Cottage que opera em Knoxville, Tennessee. Kitts, 40 anos, faz tudo isso com a ajuda de um novo tipo de braço artificial que se movimenta com mais facilidade do que outros aparelhos e que ela pode controlar utilizando apenas seus pensamentos.

"Eu sou capaz de mexer a mão, o pulso e o cotovelo ao mesmo tempo", diz. "Você pensa e os músculos se movem em seguida".

A recuperação que ela conseguiu resulta de um novo procedimento que vem atraindo crescente atenção porque permite que pessoas movam braços protéticos de forma mais automática do que faziam no passado, simplesmente utilizando nervos reaproveitados em seus cérebros.

A técnica, conhecida como "renervação muscular dirigida", envolve utilizar os nervos que restam depois da amputação de um braço e conectá-los a outro músculo do corpo, em geral no peito. Eletrodos são instalados sobre os músculos do peito, e operam como se fossem antenas. Quando a pessoa deseja mover o braço, o cérebro envia sinais que primeiro resultam em contração dos músculos do peito, os quais enviam um sinal ao braço protético, instruindo-se a se movimentar. O processo não requer mais esforços consciente do que a pessoa teria de exercitar caso ainda tivesse seu braço natural.

Na terça-feira, pesquisadores reportaram em estudo publicado pela versão online do Journal of the American Medical Association que haviam levado a técnica ainda mais à frente, tornando possível a execução de 10 movimentos de mão, pulso e cotovelo diferentes, o que representa uma substancial melhora com relação ao típico repertório protético, que em geral envolve apenas dobrar o cotovelo, girar o pulso e abrir a mão.

"Os novos métodos tiveram impacto dramático em nosso campo de trabalho", disse Stuart Harshbarger, engenheiro biomédico na Universidade Johns Hopkins e diretor do programa de pesquisa sobre próteses, financiado pelas forças armadas, que inclui o trabalho com essa técnica. "O método já está em uso por médicos e cirurgiões comuns em todo o país. A capacidade de controlar um membro protético bastante robusto que ele confere surpreendeu a todos pela qualidade".

Tipicamente, uma pessoa que tenha um braço protético só é capaz de executar alguns poucos movimentos, e muitas vezes com tamanha lentidão que isso só permite a ela atividades limitadas.

Há um motor separado para cada movimento, diz Gerald Loeb, professor de engenharia biomédica na Universidade do Sul da Califórnia, "e esses motores precisam ser controlados de maneira explícita", usualmente por um esforço consciente da pessoa para contrair músculos nas costas ou no bíceps.

"Essencialmente, até agora os pacientes controlavam apenas um motor de cada vez", diz Loeb, "e precisavam pensar cuidadosamente sobre que motor desejavam controlar e como fazê-lo operar, em lugar de simplesmente pensarem em mover o braço e poderem fazê-lo sem delongas".

Antes que Kitts passasse pelo procedimento de renervação, em outubro de 2007, por exemplo, ela precisava movimentar os músculos de suas costas de determinada maneira para fazer com que seu pulso girasse, e flexionar seu bíceps e tríceps para fazer com que o cotovelo se movesse para cima e para baixo. "Era muito trabalho", ela conta. "E não me ajudava muito".

O procedimento de renervação é parte de uma recente explosão de idéias novas e técnicas inovadoras que estão sendo exploradas enquanto os cientistas se esforçam por ajudar as pessoas a compensar melhor a perda de membros ou problemas de paralisia. O esforço vem sendo alimentado pelo aumento no número de amputações causado por diabetes e por ferimentos sofridos pelos militares, e ao mesmo tempo pelos avanços na tecnologia médica.

Os braços se tornaram um dos focos essenciais desse tipo de trabalho. A ciência há muito vem obtendo sucessos no desenvolvimento de próteses de perna, mas é muito mais difícil imitar a complexidade e a destreza das mãos e dos braços.

Os esforços em curso incluem o desenvolvimento de projetos de pele e braços mais sensíveis e mais flexíveis, e o uso de dispositivos acionados por controles sem fio implantado nos braços protéticos, que permitiriam movimentos mais naturais.

Os pesquisadores também vêm usando sensores implantados nos cérebros de cobaias para permitir que dois macacos controlem um braço mecânico, e um teste com um homem paralítico permitiu, com esse método, que ele movimentasse um cursor em uma tela de computador.

Alguns desses métodos, caso venham a ser aperfeiçoados plenamente e consigam aprovação das autoridades regulatórias da saúde, podem no futuro se tornar mais viáveis para os pacientes de amputações.

E embora a técnica da renervação não requeira aprovação das autoridades regulatórias porque é executada por meios cirúrgicos e emprega aparelhos já existentes, ela apresenta limitações que até mesmo seus criadores reconhecem, entre as quais o fato de que não se pode utilizá-la para todos os pacientes, o seu alto custo e o prazo de meses requerido para que os nervos reconectados cresçam e se tornem efetivos.

Ainda assim, os especialistas dizem que é o mais avançado sistema em uso hoje para pacientes reais que permite que o sistema nervoso controle diretamente o movimento de um braço artificial.

Desde sua introdução por Todd Kuiken, médico fisioterapeuta e engenheiro biomédico do Instituto de Reabilitação de Chicago, o método foi empregado em cerca de 30 pacientes nos Estados Unidos, Canadá e Europa, entre os quais oito soldados feridos no Iraque e no Afeganistão.

Muitos dos pacientes, entre os quais o primeiro, Jesse Sullivan, um operário do setor elétrico no Tennessee que perdeu os dois braços quando foi eletrocutado por um cabo, conseguem não apenas manipular seus braços protéticos mas sentir a presença das mãos que já não têm quando alguém toca em seus peitos.

Sullivan, 62 anos, e Kitts, estavam entre os cinco pacientes que participaram do estudo reportado na terça-feira. Em companhia de cinco outras pessoas que não passaram por amputações, eles receberam os eletrodos e foram instruídos a usar pensamentos para fazer com que um braço virtual na tela reproduzisse 10 movimentos diferentes, entre os quais três formas diferentes de aperto de mão.

Os pacientes apresentaram desempenho bastante respeitável, apenas um pouco mais lento e menos preciso do que os dos participantes que não tinham amputações.

"As velocidades de movimento que encontramos em nossos pacientes foram realmente encorajadoras", disse Kuiken. "Eles conseguiram completar a tarefa. É claro que não foram tão competentes quanto as pessoas dotadas de plena capacidade física, mas foram bons o bastante".

Um braço virtual foi usado porque a maioria das próteses existentes não era capaz de acomodar todos aqueles movimentos, no momento da pesquisa, ainda que Sullivan, Kitts e uma terceira paciente, Claudia Mitchell, tenham experimentado dois novos protótipos mais versáteis de braços artificiais, executando tarefas complexas com bolas de tênis e outros objetos.

O trabalho de renervação em soldados apresenta outros desafios, diz Kuiken, porque os ferimentos militares muitas vezes "causam danos muitos extensos" a nervos, músculos ou ossos.

Daniel Acosta, 25 anos, um aviador ferido pela detonação de uma bomba em uma estrada do Iraque em 2005, passou pelo procedimento no ano passado e diz que seu braço esquerdo protético agora se movimenta "muito mais rápido" e de maneira muito mais natural.

"A diferença é que agora não preciso mais pensar para mover o braço", ele diz. "Ele simplesmente se mexe".

Ainda assim, Acosta, de San Antonio, diz que "o processo foi bastante longo" e que os eletrodos precisam ser ajustados para receber os sinais à medida que os nervos crescem ou mudam de posição.

E embora elogiem o método, os especialistas afirmam que a ciência das próteses de braço ainda tem muito por avançar.

"Trata-se de uma parte crucial, mas ainda assim apenas uma parte, das muitas coisas que compreendem a função normal de um braço", disse Loeb, que escreveu um editorial que acompanha o artigo no Journal of the American Medical Association.

"No momento estamos a meio do caminho entre o braço de 'Dr. Fantástico', que fazia involuntariamente a saudação nazista, e o braço de Luke Skywalker em 'Guerra nas Estrelas', que funciona sem nenhum problema assim que é conectado. Creio que precisaremos ainda de muitos anos para conectar todas as peças necessárias a produzir um braço capaz de funcionar normalmente".

17:04
Anónimo disse...
A Espanha disse neste sábado que está preparando uma reclamação oficial contra a decisão da Venezuela de expulsar um membro do Parlamento Europeu que criticou o conselho eleitoral venezuelano.
Luis Herrero, membro do partido conservador espanhol PP, foi deportado na sexta-feira depois que o Conselho Nacional Eleitoral (CNE) o acusou de questionar a imparcialidade da instituição antes de um referendo que pode permitir ao presidente Hugo Chávez permanecer no cargo indefinidamente.

Herrero estava na Venezuela como observador do referendo. Ele acusou Chávez de ter "comportamentos típicos de um ditador" por pedir a contenção de manifestações da oposição.

O governo da Espanha convocou um encontro com o embaixador da Venezuela em Madri para expressar a desaprovação sobre a expulsão de Herrero, disse um representante do Ministério das Relações Exteriores espanhol.

As relações da Venezuela com a Espanha tiveram seu ponto crítico em 2007, quando Chávez ameaçou rever acordos diplomáticos e comerciais depois de ouvir um "cala a boca" do rei espanhol Juan Carlos durante uma cúpula.

A fenda foi oficialmente reparada em 2008, com uma visita oficial de Chávez à Espanha, onde ele cumprimentou o rei e discutiu acordos para investimento no setor petroquímico com o primeiro-ministro José Luis Rodriguez Zapatero.

17:06
Anónimo disse...
A polícia do Zimbábue anunciou neste sábado que acusa de traição Roy Bennett, dirigente do até agora opositor Movimento para a Mudança Democrática (MDC), detido na sexta-feira, em Harare, poucas horas antes da cerimônia de posse dos membros do novo gabinete.

"A Polícia nos informou que vão apresentar acusações de traição", disse à agência EFE o advogado de defesa de Bennett, Trust Maanda.

"Tentam relacionar Roy com o caso de Mike Hitschmann, que foi detido em 2006 em relação à descoberta de um carregamento de armas, apesar de que Hitschmann não tenha sido declarado culpado das acusações de traição apresentadas contra ele, mas de um crime menor de descumprimento de leis", disse Maanda.

O político opositor, designado por seu partido como vice-ministro de Agricultura no Governo de união nacional, esteve no exílio na vizinha África do Sul desde 2006 e retornou ao Zimbábue há duas semanas.

Segundo a Polícia, que deteve Bennett ontem no aeroporto de Harare quando pretendia ir à África do Sul para visitar sua família, as armas apreendidas em 2006 seriam utilizadas em um golpe de Estado para derrubar o presidente do Zimbábue, Robert Mugabe.

Depois da detenção, Bennet foi levado a Mutar, onde vários simpatizantes do MDC se concentraram em frente à delegacia na qual estava detido, diante do que a Polícia respondeu com tiros para o alto para dispersar os manifestantes.

17:07
Anónimo disse...
Austrália: 14 mil se candidatam a 'emprego dos sonhos'

A secretaria de Turismo de Queensland, na Austrália, informou que até esta segunda-feira já recebeu cerca de 14 mil inscrições para o "o melhor emprego do mundo". O Estado australiano promove pela internet seleção para vaga de "zelador" da ilha Hamilton, por seis meses com um salário de R$ 40 mil.

Muitos candidatos tiveram problemas durante a inscrição por conta dos acessos simultâneos ao site. A secretaria aconselha enviar os vídeos de 60s explicando porque deve ser escolhido em horários alternativos do dia, além de recomendar tamanho em torno de 40MB.

As inscrições começaram em 12 de janeiro e vão até o próximo dia 22 e podem ser feitas pelo site www.islandreefjob.com. O governo australiano escolherá 50 candidatos para a próxima fase da seleção, que terá votos do público para eleger um dos 11 finalistas.

A última fase terá entrevistas e desafios físicos, no próprio local de trabalho: as ilhas da Grande Barreira Coralina - o maior recife de coral do mundo. A secretaria de Turismo anunciará o vencedor no dia 6 de maio.

17:09
Anónimo disse...
Mercado elogia governo na crise, mas pede maior queda no juro

Peter Fussy
Direto de São Paulo

Desde as primeiras medidas anunciadas para combater os efeitos da crise, o governo brasileiro avisou que a estratégia não contemplaria um pacote. Seriam doses pontuais, de acordo com a necessidade da economia diante do agravamento das turbulências. Da primeira liberação dos depósitos compulsórios em setembro até a ampliação do seguro-desemprego na última quarta-feira, o governo passou por redução de impostos, ampliação de crédito e incentivos à exportação. Quase 150 dias após a primeira medida, o Terra conversou com líderes do setor público e privado, representantes dos trabalhadores, acadêmicos e com o próprio governo para saber quais destas ações foram mais eficazes, quais foram mais ineficientes e o que mais pode ser feito pelo Estado brasileiro contra a crise.

Os maiores elogios foram direcionados à atitude de reduzir o Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) para a indústria automobilística, anunciada em dezembro e que fez com que os emplacamentos de carros novos subissem 1,9% no primeiro mês do ano em relação a dezembro de 2008. Já as maiores críticas foram para a lentidão no corte da taxa básica de juro do País.

Para o presidente do conselho administrativo do Grupo Pão de Açúcar, Abílio Diniz, o Estado não é responsável pela crise e mesmo assim está agindo "com extrema serenidade e muito acerto". "O governo está atento, fazendo a sua parte. É preciso coragem de baixar firmemente a taxa de juros. É uma arma que temos a nosso favor, já que não há clima para inflação, nem possibilidade de danos para a macroeconomia", afirmou Diniz.

Na última reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), em janeiro, a taxa Selic foi reduzida em um ponto percentual, de 13,75% para 12,75% ao ano. Porém, o professor de economia da Universidade de Brasília (UnB) José Luiz Oreiro lembra que este corte representa uma redução de apenas 0,25 ponto percentual com relação à taxa de setembro do ano passado, quando a crise se agravou.

"Pouco antes da eclosão da crise, o Banco Central aumentou a taxa em 0,75 ponto. Foram cinco meses de demora para reduzir em termos líquidos apenas 0,25 ponto", afirmou o economista, que também sugeriu redução do intervalo de cerca de 90 dias entre as reuniões do Copom e o corte de pelo menos um 1 ponto percentual em cada reunião.

Mesmo com o corte de janeiro, a taxa de juros real continua sendo a maior do mundo, lembrou o secretário-geral da Força Sindical, João Carlos Gonçalves, o Juruna. "A redução da taxa de juro ainda é pequena, porque ela continua uma das mais altas do mundo. Falta ousadia para baixar os juros e ajudar o cidadão. A permanência da taxa de juro alta é negativa para o País em meio a crise", afirmou Juruna.

Embora aprove as ações do governo, o senador Aloízio Mercadante (PT-SP) também acredita que o patamar da Selic está muito alto. "Sempre fomos os primeiros a entrar em qualquer crise, o que não aconteceu agora. A taxa Selic ainda é muito alta, mas o governo têm tomado medidas acertadas, como o aumento do salário mínimo, mesmo com um cenário de crise. Isso ajuda a movimentar o consumo. O governo está se esforçando para manter os investimentos e o crescimento", disse.

Tributos
De acordo com o economista Fabio Pina, da Fecomercio-SP, as ações mais positivas estão relacionadas à redução de tributos para alguns segmentos, como a indústria automobilística, que recuperou parte da queda nas vendas em janeiro com a isenção do IPI para carros 1.0 l e o corte para demais motorizações. A medida vale até o final de março.

"Essas medidas não só reduziram o preço, mas anteciparam o consumo daqueles que iriam comprar no futuro, dando um prêmio por conta da insegurança. Mexe diretamente com o principal problema que é a confiança do consumidor", afirmou. Juruna destacou que um bom ritmo de vendas é garantia de emprego. "É importante porque cada emprego na montadora significa 19 na cadeia produtiva", comentou o representante da Força Sindical.

Também em dezembro, o governo decidiu cortar pela metade a alíquota do Imposto de Renda para contribuintes que ganham entre R$ 1.434 e R$ 2.150 mensais. "O salário aumentava e a tabela não se modificava. As pessoas ganhavam mais e pagavam mais impostos", apontou Juruna. Outra redução de tributos do governo foi com relação ao Imposto sobre Operações Financeiras (IOF), que caiu de 3% ao ano para 1,5%.

Crédito
Na segunda metade de 2008, o colapso de bancos nos Estados Unidos por conta da crise do subprime provocou uma forte restrição de crédito no mundo inteiro. Uma das primeiras medidas anticrise do governo teve como objetivo restabelecer a oferta, com mudanças no recolhimento dos depósitos compulsórios por parte dos bancos. Segundo o presidente do Banco Central, Henrique Meirelles, as diversas modificações liberaram US$ 99,2 bilhões aos bancos até o final de janeiro.

Além disso, o governo concedeu R$ 36 bilhões das reservas internacionais para empresas brasileiras com dívidas no exterior e uma medida provisória autorizou o Banco do Brasil e a Caixa Econômica Federal a comprar carteiras de crédito de bancos privados. Para o diretor do Departamento de Pesquisas e Estudos Econômicos da Fiesp, Paulo Francini, estas medidas foram essenciais para combater os efeitos da crise.

"A crise se desenvolve no mundo em torno do tema crédito. E o crédito reduziu-se barbaridade no mundo. Então o governo lança mão de compulsório, lança mão de reservas, de medidas que permitem aos bancos comprar carteiras de bancos. Você vai tomando várias medidas para atender às demandas e o epicentro disso é crédito", afirmou.

No entanto, Oreiro, da UnB, adverte que a liberação dos compulsórios seria mais eficiente acompanhada de redução mais agressiva da taxa básica de juro. "Uma parte do crédito voltou, depois da forte retração em outubro e novembro. O que deveria ter sido feito junto à liberação do compulsório era uma redução mais drástica da taxa de juro. Sem isso, os bancos pegam as reservas e acabam comprando títulos públicos", explicou o economista.

Na opinião de Pina, as ações de distribuição de crédito via redução do compulsório e a disposição de capital de giro para empresas foram tomadas sem um cuidado maior na operação e não tiveram muito efeito. "O BNDES tem linhas que ficam paradas quase todo o ano, agora é pior ainda. Existem os recursos, mas as empresas e os bancos estão desconfiados. É preciso fazer com que os bancos tenham interesse em emprestar", afirmou o economista da Fecomercio-SP.

Futuro
Mesmo com todas essas medidas, a crise financeira ainda gera incertezas nos setores produtivos do País. Nos últimos meses, o medo do desemprego fez os consumidores adiarem compras. Por sua vez, a queda nas vendas pode obrigar as indústrias a cortarem a produção e demitir funcionários. Contra isso, empresários sugerem redução de jornada e de salários.

"Isto está previsto em lei. A Fiesp simplesmente manteve conversações com entidades sindicais quanto à aplicação daquilo que já está previsto em lei", afirmou Francini.

Segundo a ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff, uma das medidas que assegura um nível de emprego é a manutenção de investimentos no Programa de Aceleração do Crescimento (PAC). "Estamos esperando que a dificuldade ocorra em janeiro, fevereiro e março. Estamos certos que vamos manter o nível de investimento. É isso que funciona, é isso que significa investimento público. Ele funciona como um colchão. Por isso, nós colocamos R$ 100 bilhões no BNDES e a Petrobras ampliou o seu investimento em R$ 120 bilhões", afirmou.

Na mesma linha, Pina explica que a antecipação de gastos do governo substitui parte da demanda retraída do setor privado. "Ele dá o seguinte recado: não vou estourar as contas públicas, mas concentrar em um momento em que a demanda privada está pequena. Mas o governo não tem fôlego suficiente para fazer o papel de toda demanda", ressaltou. O economista da Fecomercio lembrou que a entidade já pleiteou junto ao governo isenções para transferência de imóveis e de automóveis, além de retirar o IPVA para veículos novos.

Já Oreiro foca suas propostas na capitalização do Banco do Brasil e da Caixa Econômica Federal pelo Tesouro para atender a demanda de crédito para capital de giro e reduzir o spread. "Aumentando o empréstimo e reduzindo as taxas, os dois vão forçar os bancos privados a acompanhar o movimento, até para não perderem participação no mercado", explicou o economista da UnB.

Até o Carnaval, o governou prometeu detalhar um pacote de incentivos para a construção de até um milhão de casas populares, direcionado a famílias com renda de até dez salários mínimos. "Estamos atentos a tudo o que está acontecendo e novas medidas serão tomadas caso haja uma avaliação de que sejam necessárias", disse o ministro da Fazenda, Guido Mantega, na última sexta-feira.

17:11
Anónimo disse...
Ex-ministro critica extensão do seguro-desemprego

Atualizada às 09h03

O ex-ministro do Trabalho Almir Pazzianotto criticou a decisão do governo federal de conceder o seguro-desemprego estendido a apenas alguns setores. "É certamente odioso e provavelmente inconstitucional", disse Pazzianotto, de acordo com o jornal O Estado de S. Paulo.

Na última qurta, dia do anúncio da medida, centrais sindicais elogiaram a atitude do governo. A Força Sindical divulgou nota dizendo que "o aumento ajudará a aquecer parte da economia, já que irá gerar mais consumo, produção e conseqüentemente, a criação de novos postos de trabalho". A União Geral dos Trabalhadores (UGT) afirmou que a medida "contribuirá para minimizar o drama dos trabalhadores que perderem seu emprego por conta da crise".

O ex-ministro, que instituiu o seguro-desemprego no País no governo de José Sarney, destacou a necessidade de as centrais sindicais se manifestarem contra a determinação. Para ele, as mudanças devem ser aplicadas a todas as categorias profissionais e a distinção é contrária ao artigo 3º da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT).

Pazzianotto atribui a medida a um possível temor do governo de que a crise econômica seja longa e não haja dinheiro para atender a todas as necessidades. Ainda assim, ele se mostra contrário ao método de concessão. "O seguro-desemprego ajuda a sanar necessidades básicas. Estendê-lo é paliativo, não a solução", disse ao jornal.

De acordo com o presidente do Conselho Deliberativo do Fundo de Amparo ao Trabalhador (Codefat) e conselheiro da Força Sindical, Luiz Fernando Emediato, a determinação já estava prevista na lei 8.900/94, que trata do seguro-desemprego.

O presidente da Comissão de Trabalho da Câmara, Pedro Fernandes (PTB-MA) vai além na crítica à concessão do seguro para apenas alguns setores. Ele acredita que a ampliação do benefício estimula o desemprego.

Quintino Severo, secretário geral da Central Única dos Trabalhadores (CUT), lembra que a ampliação do benefício sem critério e identificação pode incentivar demissões em outros setores.

17:13
Anónimo disse...
Empresas
TAM faz promoção para destinos internacionais

A companhia aérea TAM anunciou nesta sexta-feira tarifas promocionais para trechos internacionais. Os preços valem para bilhetes comprados entre 6h deste sábado e 23h59 deste domingo e são válidos para classe econômica. As tarifas, para ida e volta, serão vendidas a partir de US$ 99, mais taxas.

Segundo a aérea, a promoção vale para viagens feitas no período de 14 de fevereiro a 18 de junho de 2009. Para destinos na América do Sul, a permanência mínima é de dois dias; para bilhetes com destino nos Estados Unidos, cinco dias; e Europa, sete dias. A permanência máxima para as passagens para América do Sul e EUA é de dois meses e para Europa, três meses.

Entre os exemplos de tarifas promocionais, a TAM oferece São Paulo-Lima por US$ 99. Bilhetes para a rota São Paulo-Santiago serão vendidos a partir de US$ 199 e São Paulo-Nova York, US$ 799.

A emissão dos bilhetes deve ser feita obrigatoriamente no ato da reserva, obedecendo às regras estipuladas pela companhia. A compra está sujeita à disponibilidade de assentos nas classes tarifárias determinadas, trechos, horários e datas. A TAM afirmou que também há tarifas promocionais para a classe executiva.

Mais informações podem ser encontradas no site promocional (www.ofertastam.com.br), no site da empresa (www.tam.com.br) ou pelos telefones 4002-5700 ou 0800 5705700.

17:13
Anónimo disse...
Empresas
Consultoria negocia compra do parque temático Hopi Hari

A consultoria especializada em reestruturação de empresas Íntegra Associados informou nesta sexta-feira ter um acordo para comprar o parque de diversões Hopi Hari, localizado no interior de São Paulo. A empresa estaria disposta a investir R$ 10 milhões no parque, que tem dívida estimada em R$ 800 milhões. As informações são da edição deste sábado do jornal Folha de S. Paulo.

De acordo com o jornal, a transação ainda depende da negociação entre o Hopi Hari e seus credores, o que já estaria em andamento.

A consultoria paulista já atuou junto à Parmalat, durante 30 meses, quando reorganizou a gestão da empresa italiana.

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17:14
Anónimo disse...
Empresas
Disney de Tóquio contratará mais 2 mil apesar da crise


A Oriental Land, o operador da Disneylândia Tóquio e DisneySea, organizou neste domingo entrevistas para contratar cerca de 2 mil trabalhadores em tempo parcial, em um momento de grandes demissões deste tipo de empregados no Japão.

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O operador deste parque temático, situado em Urayasu, na província de Chiba (leste de Tóquio), está em pleno processo de seleção de empregados para 20 tipos de postos trabalhistas diferentes.

Segundo a companhia, citada pela agência local de notícias Kyodo, o parque contratará novos trabalhadores para as atrações, para os restaurantes e guardas de segurança entre outros. Os novos contratados começarão a trabalhar a partir de fevereiro.

O processo de seleção acontece em um momento em que a maioria das grandes companhias japonesas começaram a se ver obrigadas a despedir uma elevada percentagem de seus trabalhadores temporários e a tempo parcial.

Algumas inclusive anunciaram demissões de seus trabalhadores fixos, uma medida muito pouco comum nas companhias japonesas, perante os efeitos piores que o esperado pela crise econômica global.

Cerca de uma centena de pessoas esperavam desde a primeira hora desta manhã a abertura do centro de conferências Tokyo International Forum, onde as entrevistas estão sendo feitas, para ser os primeiros a solicitar os postos de trabalho.


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17:15
Anónimo disse...
Economia Internacional
Senado dos EUA aprova plano de estímulo à economia

O Senado dos Estados Unidos aprovou com 60 votos a favor e 38 contra o plano de estímulo à economia de US$ 787 bilhões na madrugada deste sábado. Agora, ele segue para sanção ou veto do presidente Barack Obama, que espera colocar a lei em prática até o dia 16 de fevereiro.

O plano prevê a criação de três milhões de empregos, inclui cortes de impostos às famílias, fundos para programas sociais e obras públicas, além de ajuda aos governos estaduais, estudantes e desempregados.

A cláusula Buy American - que exige o uso de ferro, aço e produtos manufaturados dos Estados Unidos em obras realizadas com recursos do pacote - ficou de lado. Segundo o texto definitivo, a cláusula será aplicada sem violar as normas do comércio internacional.

Ontem à tarde, a Câmara de Representantes (deputados) havia aprovado, por 246 votos a favor e 183 contra, a versão final do plano. Todos os republicanos foram contrários ao pacote.

Pelo acordo de quarta-feira entre Câmara e Senado, em vez de custar US$ 819 bilhões, como queriam os deputados, ou US$ 838 bilhões como pretendiam os senadores, o pacote ficou em cerca de US$ 787 bilhões, com 65% desse total destinado a gastos do governo federal e 35%, a créditos tributários.

17:16
Anónimo disse...
Economia nacional
Na era Lula, aposentadoria sobe 54% menos que salário mínimo

Thatiane Faria
Especial para o Terra
Direto de São Paulo

Os índices de reajustes concedidos pelo governo em 2009 para aposentados e pensionistas e para o salário mínimo repetiram uma diferença que, só durante o governo de Luiz Inácio Lula da Silva, já chega a 54%. Enquanto o mínimo foi majorado em 12% este ano, as pensões e aposentadorias tiveram aumento de 5,92%. Aposentados que têm o benefício do governo como única fonte de renda reclamam que perdem poder de compra e que sua cesta de compras é composta por itens que aumentam mais em relação à inflação oficial.

Um exemplo prático pode ser entendido a partir da comparação entre um aposentado que ganhava R$ 600 em janeiro de 2003. Na época, o benefício era três vezes, ou 200%, maior que o valor do mínimo em vigência, que era de R$ 200. Aplicando-se os índices de reajuste para aposentadorias e para o mínimo durante os últimos seis anos, o mesmo aposentado estaria recebendo hoje R$ 938,47, comparado a um salário mínimo de R$ 465. A diferença entre os dois valores caiu para pouco mais de 100%.

Enquanto o índice acumulado de reajuste para a aposentadoria durante o governo Lula foi de 60%, para o salário mínimo está em 132%.

O diretor do Sindicato Nacional dos Aposentados, João Inocentini, reclama que os valores dos benefícios para aposentadorias não mantêm o poder de compra do grupo, principalmente dos aposentados que recebem menos que dez salários mínimos.

Nem mesmo o fato de o índice de reajuste das aposentadorias ter ficado acima da inflação acumulada no mesmo período (o IPCA entre janeiro de 2003 e janeiro de 2009 foi de 39,7%) serve de argumento, segundo os aposentados.

"Os idosos, principalmente, têm gastos além das contas gerais como gás, telefone e aluguel. Para eles o custo com remédios, e outros itens da área saúde costuma ser maior", afirmou Inocentini.

O presidente do sindicato afirmou que o grupo realiza um estudo com 100 itens de necessidade de um idoso para comparar o aumento dos produtos com o índice de reajuste do benefício recebido pelos aposentados.

"Daqui dois meses vamos abrir um processo na Justiça e levar essa pesquisa como prova. Segundo a lei, o governo é obrigado a manter o poder de compra com a aposentadoria", disse Inocentini.

Alternativas
O consultor financeiro Cláudio Boriola diz que os aposentados, especialmente nesse momento de crise econômica, devem evitar compras parceladas, pesquisar preços, negociar e fazer bom planejamento financeiro.

Segundo Boriola, alguns aposentados ganham um valor mensal muitas vezes insuficiente para o pagamento das contas e acabam pedindo crédito ou realizando pagamentos a prazo e são obrigados a pagar juros altos.

Na opinião do consultor, pagar uma previdência privada é uma alternativa indicada para quem ainda trabalha, considerando a característica de perda de poder de compra da aposentadoria.

"Na prática, infelizmente os valores encontram-se em um patamar que está deteriorando o poder de aquisição da população brasileira", completou Boriola.

De acordo com o diretor da Confederação Brasileira de Aposentados e Pensionistas (Cobap), Vicente Fernandes Barbosa, representantes dos aposentados tentarão um encontro com o presidente da Câmara, deputado Michel Temer (PMDB-SP), para discutir projetos que minimizem a perda dos aposentados

17:17
Anónimo disse...
Previdência
Previdência prorroga isenção de tarifas no benefício

O atual sistema de pagamento aos 26 milhões de aposentados e pensionistas do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) será mantido até o final deste ano. O acordo, que permite realizar a operação sem nenhum custo aos beneficiários, foi renovado nesta sexta-feira, entre o governo federal e 21 instituições financeiras.

Por meio desse acordo, vigente desde setembro de 2007, nem os segurados, nem os bancos e nem o governo arcam com o pagamento de tarifas, conforme explicou o ministro da Previdência Social, José Pimentel. A prorrogação vale até dezembro, data máxima para que a Previdência defina as regras para um novo contrato.

Ao assinar o termo de renovação, na sede da Federação Brasileira dos Bancos (Febraban), o ministro disse que a intenção do governo é mudar o atual modelo de gestão visando a reduzir os custos dessas operações em torno da folha mensal, que atinge R$ 15,8 bilhões. No entanto, qualquer alteração, conforme explicou, passará antes por audiências públicas a serem realizadas a partir do segundo semestre deste ano, atendendo a determinação do Tribunal de Contas da União (TCU).

De acordo com Pimentel, com um redesenho do mecanismo de repasse dos recursos aos bancos em torno da folha de pagamento dos segurados o que se busca é um aumento da participação de instituições financeiras. Ele informou que, desde 2007, cada benefício custa em média R$ 1,07 ao governo. "Quanto mais instituições financeiras estiverem prestando serviços à sociedade, maior é a competitividade, a agilidade no atendimento", justificou.

O ministro observou, ainda, que, para permitir uma redução para algo em torno de meia hora no tempo de atendimento para a concessão dos direitos previdenciários, o governo investiu R$ 280 milhões.

Questionado sobre o descontentamento dos segurados que ganham acima de um salário mínimo terem obtido apenas a correção com base na variação do Índice de Preços ao Consumidor (INPC) , ficando abaixo do reajuste dado a quem recebe apenas o mínimo, Pimentel argumentou que o governo seguiu o que determina a lei e descartou a possibilidade de uma revisão

17:17
Anónimo disse...
Empresas
Caterpillar oferece aposentadoria antecipada a 2 mil


A companhia americana Caterpillar ofereceu a cerca de dois mil funcionários incentivos para que se aposentem de forma voluntária antes do previsto, pela perspectiva de uma queda "significativa" da atividade industrial, informou nesta quarta-feira a empresa.

A iniciativa, destinada aos trabalhadores de diversas fábricas em Illinois, Colorado, Tennessee e Pensilvânia, se soma aos cortes de empregos anunciados em janeiro, explicou em comunicado de imprensa.

A empresa, a maior fabricante mundial de maquinaria pesada para a construção e a mineração, acrescentou que, "em função das condições de negócio, podem ser necessárias mais reduções de elenco voluntárias e involuntárias à medida que o ano avança".

O vice-presidente da companhia, Sid Banwart, explicou que a empresa prevê "demissões significativas em todas as regiões geográficas e na maioria dos setores devido às dificuldades da economia mundial".

17:18
Anónimo disse...
Comércio
Comércio exterior da OCDE caiu no 3º trimestre de 2008


As exportações e as importações dos países da Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Econômico (OCDE) caíram 1,6% e 0,2%, respectivamente, no terceiro trimestre de 2008, em relação aos três meses anteriores.

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Trata-se da primeira queda destas atividades desde o terceiro trimestre de 2006, segundo o último relatório trimestral sobre fluxos comerciais divulgado pela OCDE.

As exportações e as importações em dólares dos 30 Estados-membros caíram 15,6% e 17%, respectivamente, na comparação anualizada.

Por sua vez, o comércio dos sete países mais ricos do mundo (G7) teve um pequeno crescimento no terceiro trimestre de 2008 com uma queda das exportações de mercadorias de 0,2% em relação ao trimestre anterior e um aumento de 0,4% das importações.

Em termos anualizados, as importações do G7 caíram 1,4% entre julho e setembro do ano passado, seu primeiro retrocesso desde o terceiro trimestre de 2006, enquanto as exportações aumentaram 1,9%, seu crescimento mais baixo no mesmo tempo.

Por países, a Alemanha aumentou suas importações em 3,4% - valor mais alto do G7 -, enquanto suas exportações caíram 2,9% do segundo para o terceiro trimestre de 2008.

Pelo contrário, as exportações americanas aumentaram 1,8% entre julho e setembro de 2008, enquanto as importações caíram 0,7% em relação ao trimestre anterior. No Japão, tanto as importações quanto as exportações caíram em torno de 1% no mesmo período.

17:19
Anónimo disse...
Economia Nacional
Lula: juros de crédito consignado a aposentados são altos

Atualizada às 17h29

O presidente Luis Inácio Lula da Silva afirmou nesta terça-feira, em São Paulo, que está lutando para reduzir as taxas de juros cobradas de aposentados em crédito consignado. A Previdência Social estabelece uma taxa máxima de 2,5% para empréstimo e de 3,5% para cartão. Para Lula, os valores são altos.

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"Acho que o juro que os aposentados estão pagando hoje com o crédito consignado é alto para o padrão brasileiro", disse o presidente durante a cerimônia de comemoração dos 86 anos do INSS.

A Previdência anunciou nesta terça-feira que aposentados e trabalhadoras com licença-maternidade poderão receber seus benefícios em 30 minutos. De acordo com Lula, em junho, a aposentadoria do trabalhador rural também será conseguida em meia hora.

Além disso, o presidente anunciou que, também em junho, os trabalhadores que alcançarem o direito à aposentadoria passarão a receber em suas casas um comunicado da Previdência informando o fato e o valor do salário que têm direito a receber. "É um comprometimento público que estou fazendo com os companheiros da Previdência Social", disse.

"Estamos retribuindo ao contribuinte da Previdência Social aquilo que é a cidadania que ele tem direito", afirmou Lula. "Se para cobrar nós somos tão precisos, para devolver o dinheiro, temos que chegar próximo à perfeição", completou.

17:20
Anónimo disse...
Economia Nacional
Salário maternidade sairá em 30 minutos, diz ministro

Toda trabalhadora autônoma que tiver contribuído pelo menos 10 meses com o Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) - ou as que possuírem carteira assinada - poderão receber em 30 minutos o salário maternidade a partir desta terça-feira. Da mesma forma, as mulheres com 30 anos de contribuição e os homens com 35 anos também terão direito ao benefício de forma mais rápida. A informação é do ministro da Previdência Social, José Pimentel.

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Para requerer o salário maternidade, é preciso que as autônomas levem a carteira de identidade e o carnê de contribuição. As demais trabalhadoras devem apresentar a identificação e a carteira de trabalho. Desde o início do mês, a nova forma de análise para a concessão de benefícios foi adotada para a aposentadoria por idade do trabalhador urbano e agora foi estendida para o salário maternidade e por tempo de contribuição.

O ministro disse que a qualificação do serviço da previdência social é o reconhecimento do direito dos trabalhadores e da afirmação da cidadania.

"Até pouco tempo na cabeça do cidadão o serviço devia ser de péssima qualidade. Agora não, nós modificamos toda a legislação no mês de dezembro numa ação conjunta do Congresso Nacional com o governo federal. Estamos implantando e concedendo os benefícios em até 30 minutos", afirmou.

O ministro destacou que para conseguir se aposentar ou ter acesso à licença maternidade em 30 minutos, em primeiro lugar, é necessário que o cidadão esteja vinculado à Previdência, o que inclui 65% da população acima de 16 anos de idade.

"Depois bastar marcar pelo sistema 135 o dia e a hora do atendimento e levar a documentação. Se todos os dados necessários estiverem corretos o contribuinte será atendido em até 30 minutos, como vem sendo feito com as aposentadorias por idade desde o dia cinco de janeiro", explicou.

Pimentel disse ainda que em 90% das agências da previdência social o atendimento é marcado em até 48 horas. Nos grandes centros, entretanto existe um volume maior o que torna mais lento o processo.

"Estamos criando mais 715 agências até 2010, em todo o território nacional, para descentralizar o atendimento. Em 2008, atendemos 295 mil benefícios e aposentadorias por idade. Temos 4 mil pessoas por dia procurando e se aposentando por idade no território nacional. Este serviço será agilizado", concluiu.

17:27
Anónimo disse...
Giuseppe Englaro, pai de Eluana, a italiana que morreu na segunda-feira passada por desidratação, recusou uma grande soma de dinheiro de um conhecido fotógrafo italiano que queria retratar a filha em estado de coma, disse neste sábado o neurologista que atendia a mulher desde 1996, Carlo Defanti.

O neurologista, que participou hoje de uma conferência sobre eutanásia, disse que Englaro respeitou a vontade da filha, que, antes do acidente, tinha pedido que, se lhe ocorresse qualquer coisa irreversível, apresentasse sua imagem de quando estava em boas condições.

Antes de sofrer o acidente de trânsito, em 1992, Eluana viveu o coma de um amigo, Alessandro, o que causou forte impacto na italiana e a levou a fazer o pai prometer que não a deixasse viver em estado vegetativo, disse o próprio Giuseppe Englaro.

Defanti, que dissera que Eluana poderia viver de dez a 12 dias depois da suspensão da alimentação e da hidratação, disse que, como médico, tinha que reprovar esta afirmação.

"Não se pode sobreviver após três ou quatro dias sem líquido e, em particular, água em um corpo. Sabemos bem que, quando há um terremoto, após quatro dias é difícil encontrar sobreviventes".

Defanti ressaltou que Eluana "não falava, não se comunicava com o exterior" e que, após vários exames, "nos deparamos com uma moça que tinha perdido a consciência", porque estava com o córtex cerebral prejudicado.

Eluana foi enterrada na quinta-feira passada no túmulo da família na localidade de Paluzza, em Udine, após um funeral que não contou com a presença dos pais.

16:53
Anónimo disse...
Os bombeiros combatem neste sábado os incêndios na Austrália favorecidos pelo bom tempo, enquanto os deslocados encotram em seu retorno casas derruídas, carros queimados nas ruas e destruição.

Depois de sete dias desde que começaram os incêndios no Estado de Victoria, a lista de mortos chega a 181, os desaparecidos somam 50, os edifícios destruídos totalizam 1,834 mil e o terreno arrasado, principalmente florestas, ocupa uma área de 4,13 mil quilômetros quadrados.

As equipes de bombeiros, formadas por 4 mil profissionais de Victoria, de outras partes da Austrália e de países amigos, combateram hoje 12 focos fora de controle e nenhum representava uma ameaça direta para a população.

O subdiretor do Serviço de Bombeiros, Geoff Conway, disse que este tempo favorável, que se prolongará durante o domingo, permite consolidar as linhas de contenção e avançar na extinção das chamas.

Cinzas apareceram arrastadas por ventos do nordeste sobre Melbourne, onde habitam 3,8 milhões de pessoas, e as autoridades alertaram aos cidadãos do risco para a saúde de idosos, crianças e pessoas com problemas respiratórios.

O número de pessoas deslocadas - a Cruz Vermelha chegou a receber 7 mil - começou a cair com a abertura de algumas localidades atingidas.

Os incêndios, alguns criminosos, começaram em 7 de fevereiro, quando a região sul da Austrália estava há duas semanas sob uma onda de calor sem precedentes.

Na sexta-feira passada, a polícia acusou uma pessoa de ter provocado o incêndio que atingiu a localidade de Churchill e matou 21 pessoas.

16:55
Anónimo disse...
A primeira chuva em seis dias reduziu a ameaça de incêndios no Estado de Victoria, ao sul da Austrália. As autoridades, porém, advertiram que ainda existem 12 focos, mas que nenhum deles ameaça áreas povoadas.

Mais de quatro mil bombeiros, mil provenientes de outras partes do país e de outras nações, trabalham contra o fogo. Cerca de 600 veículos e 28 helicópteros e pequenos aviões estão sendo usados.


Eles conseguiram construir linhas de contenção para evitar os incêndios de Yarra e Maroondah se juntassem. Também foram controlados os incêndios abertos de Yea e Murrindindi, que ameaçavam as comunidades de Connellys Creek, Crystal Creek, Scrubby Creek e Native Dog Creek.

O número de mortos chegou a 181, mas as autoridades acreditam que as vítimas devem passar de 200, já que ainda há muitos desaparecidos.

16:55
Anónimo disse...
Aqui nesta coluna, na semana passada, tive a oportunidade de comentar sobre a recente visita do professor brasileiro Pedrinho Guareschi à Austrália. Não dei, porém, os fatos, pois semana passada o assunto era outro.

Hoje, porém, vamos a eles.

No último dia 4 de fevereiro, aconteceu o Seminário "Paulo Freire: Education and Liberation", organizado pelo centro de estudos latino-americanos da Universidade Nacional da Austrália, ou ANU, como é mais conhecida por aqui.

A ANU, para quem não sabe, está entre as 20 melhores universidades do mundo! E tem sede aqui em Camberra, capital da Austrália.

Na abertura do evento, o professor John Minns, diretor do centro latino-americano, ao dar boas-vindas ao público presente, lembrou ser aquele o primeiro seminário exclusivamente dedicado a Paulo Freire na Austrália.

Em seguida, convidou Pedrinho Guareschi, palestrante principal do Seminário, a fazer sua apresentação.

A plateia pode então conhecer, pelas palavras de Pedrinho, um pouco da obra e da vida de Freire, esse brasileiro de fé e valor, que sempre acreditou na educação, sobretudo dos menos favorecidos, analfabetos, como força libertadora.

Como não podia deixar de ser, os conceitos e ideias revolucionários de Paulo Freire, expostos com clareza por Pedrinho, despertaram o interesse e a curiosidade de plateia. A qual, deve-se notar, era na maioria de estudantes, mas de várias nacionalidades, sobretudo australianos e asiáticos.

Na continuação do programa do seminário, que se estendeu por dois dias, outros professores fizeram palestras sobre temas ligados à obra de Paulo Freire.

Interessante, por exemplo, saber que a professora Anne Hickling-Hudson, jamaicana que mora na Austrália há muitos anos (é professora da ANU), conheceu e trabalhou com Freire num workshop educacional durante a revolução na Ilha de Granada, em 1980, antes da invasão dos Estados Unidos...

Ou, então, a palestra da Professora Gerda Roelvink, da Nova Zelândia, que participou do Fórum Social de Porto Alegre em 2005. E essa participação transformou-se em tema de doutorado.

No dia 10, terça-feira passada, o padre Pedrinho Guareschi voltou a falar ao público australiano em grande auditório localizado no belíssimo campus da ANU. Desta vez, sobre a Teologia da Libertação.

Depois da palestra, John Minns mostrou o filme mexicano "O Crime do Padre Amaro", no qual um dos personagens é um padre católico praticante da Teologia da Libertação.

Mais uma vez, foi grande o intersse da platéia, que pode aprender e conhecer um pouco como se desenvolveu aquele importante movimento católico na América Latina.

Fica, assim, ao Pedrinho, bem como a outros brasileiros estudiosos e de bom coração que saem pelo mundo a divulgar aspectos importantes da cultura brasileira, o respeito e a homenagem desta coluna. E... aquele abraço!

16:57
Anónimo disse...
Amanda Kitts perdeu o braço esquerdo em um acidente de automóvel acontecido três anos atrás, mas hoje em dia ela joga futebol americano com seu filho de 12 anos de idade, troca fraldas e abraça as crianças nas três creches Kiddie Cottage que opera em Knoxville, Tennessee. Kitts, 40 anos, faz tudo isso com a ajuda de um novo tipo de braço artificial que se movimenta com mais facilidade do que outros aparelhos e que ela pode controlar utilizando apenas seus pensamentos.

"Eu sou capaz de mexer a mão, o pulso e o cotovelo ao mesmo tempo", diz. "Você pensa e os músculos se movem em seguida".

A recuperação que ela conseguiu resulta de um novo procedimento que vem atraindo crescente atenção porque permite que pessoas movam braços protéticos de forma mais automática do que faziam no passado, simplesmente utilizando nervos reaproveitados em seus cérebros.

A técnica, conhecida como "renervação muscular dirigida", envolve utilizar os nervos que restam depois da amputação de um braço e conectá-los a outro músculo do corpo, em geral no peito. Eletrodos são instalados sobre os músculos do peito, e operam como se fossem antenas. Quando a pessoa deseja mover o braço, o cérebro envia sinais que primeiro resultam em contração dos músculos do peito, os quais enviam um sinal ao braço protético, instruindo-se a se movimentar. O processo não requer mais esforços consciente do que a pessoa teria de exercitar caso ainda tivesse seu braço natural.

Na terça-feira, pesquisadores reportaram em estudo publicado pela versão online do Journal of the American Medical Association que haviam levado a técnica ainda mais à frente, tornando possível a execução de 10 movimentos de mão, pulso e cotovelo diferentes, o que representa uma substancial melhora com relação ao típico repertório protético, que em geral envolve apenas dobrar o cotovelo, girar o pulso e abrir a mão.

"Os novos métodos tiveram impacto dramático em nosso campo de trabalho", disse Stuart Harshbarger, engenheiro biomédico na Universidade Johns Hopkins e diretor do programa de pesquisa sobre próteses, financiado pelas forças armadas, que inclui o trabalho com essa técnica. "O método já está em uso por médicos e cirurgiões comuns em todo o país. A capacidade de controlar um membro protético bastante robusto que ele confere surpreendeu a todos pela qualidade".

Tipicamente, uma pessoa que tenha um braço protético só é capaz de executar alguns poucos movimentos, e muitas vezes com tamanha lentidão que isso só permite a ela atividades limitadas.

Há um motor separado para cada movimento, diz Gerald Loeb, professor de engenharia biomédica na Universidade do Sul da Califórnia, "e esses motores precisam ser controlados de maneira explícita", usualmente por um esforço consciente da pessoa para contrair músculos nas costas ou no bíceps.

"Essencialmente, até agora os pacientes controlavam apenas um motor de cada vez", diz Loeb, "e precisavam pensar cuidadosamente sobre que motor desejavam controlar e como fazê-lo operar, em lugar de simplesmente pensarem em mover o braço e poderem fazê-lo sem delongas".

Antes que Kitts passasse pelo procedimento de renervação, em outubro de 2007, por exemplo, ela precisava movimentar os músculos de suas costas de determinada maneira para fazer com que seu pulso girasse, e flexionar seu bíceps e tríceps para fazer com que o cotovelo se movesse para cima e para baixo. "Era muito trabalho", ela conta. "E não me ajudava muito".

O procedimento de renervação é parte de uma recente explosão de idéias novas e técnicas inovadoras que estão sendo exploradas enquanto os cientistas se esforçam por ajudar as pessoas a compensar melhor a perda de membros ou problemas de paralisia. O esforço vem sendo alimentado pelo aumento no número de amputações causado por diabetes e por ferimentos sofridos pelos militares, e ao mesmo tempo pelos avanços na tecnologia médica.

Os braços se tornaram um dos focos essenciais desse tipo de trabalho. A ciência há muito vem obtendo sucessos no desenvolvimento de próteses de perna, mas é muito mais difícil imitar a complexidade e a destreza das mãos e dos braços.

Os esforços em curso incluem o desenvolvimento de projetos de pele e braços mais sensíveis e mais flexíveis, e o uso de dispositivos acionados por controles sem fio implantado nos braços protéticos, que permitiriam movimentos mais naturais.

Os pesquisadores também vêm usando sensores implantados nos cérebros de cobaias para permitir que dois macacos controlem um braço mecânico, e um teste com um homem paralítico permitiu, com esse método, que ele movimentasse um cursor em uma tela de computador.

Alguns desses métodos, caso venham a ser aperfeiçoados plenamente e consigam aprovação das autoridades regulatórias da saúde, podem no futuro se tornar mais viáveis para os pacientes de amputações.

E embora a técnica da renervação não requeira aprovação das autoridades regulatórias porque é executada por meios cirúrgicos e emprega aparelhos já existentes, ela apresenta limitações que até mesmo seus criadores reconhecem, entre as quais o fato de que não se pode utilizá-la para todos os pacientes, o seu alto custo e o prazo de meses requerido para que os nervos reconectados cresçam e se tornem efetivos.

Ainda assim, os especialistas dizem que é o mais avançado sistema em uso hoje para pacientes reais que permite que o sistema nervoso controle diretamente o movimento de um braço artificial.

Desde sua introdução por Todd Kuiken, médico fisioterapeuta e engenheiro biomédico do Instituto de Reabilitação de Chicago, o método foi empregado em cerca de 30 pacientes nos Estados Unidos, Canadá e Europa, entre os quais oito soldados feridos no Iraque e no Afeganistão.

Muitos dos pacientes, entre os quais o primeiro, Jesse Sullivan, um operário do setor elétrico no Tennessee que perdeu os dois braços quando foi eletrocutado por um cabo, conseguem não apenas manipular seus braços protéticos mas sentir a presença das mãos que já não têm quando alguém toca em seus peitos.

Sullivan, 62 anos, e Kitts, estavam entre os cinco pacientes que participaram do estudo reportado na terça-feira. Em companhia de cinco outras pessoas que não passaram por amputações, eles receberam os eletrodos e foram instruídos a usar pensamentos para fazer com que um braço virtual na tela reproduzisse 10 movimentos diferentes, entre os quais três formas diferentes de aperto de mão.

Os pacientes apresentaram desempenho bastante respeitável, apenas um pouco mais lento e menos preciso do que os dos participantes que não tinham amputações.

"As velocidades de movimento que encontramos em nossos pacientes foram realmente encorajadoras", disse Kuiken. "Eles conseguiram completar a tarefa. É claro que não foram tão competentes quanto as pessoas dotadas de plena capacidade física, mas foram bons o bastante".

Um braço virtual foi usado porque a maioria das próteses existentes não era capaz de acomodar todos aqueles movimentos, no momento da pesquisa, ainda que Sullivan, Kitts e uma terceira paciente, Claudia Mitchell, tenham experimentado dois novos protótipos mais versáteis de braços artificiais, executando tarefas complexas com bolas de tênis e outros objetos.

O trabalho de renervação em soldados apresenta outros desafios, diz Kuiken, porque os ferimentos militares muitas vezes "causam danos muitos extensos" a nervos, músculos ou ossos.

Daniel Acosta, 25 anos, um aviador ferido pela detonação de uma bomba em uma estrada do Iraque em 2005, passou pelo procedimento no ano passado e diz que seu braço esquerdo protético agora se movimenta "muito mais rápido" e de maneira muito mais natural.

"A diferença é que agora não preciso mais pensar para mover o braço", ele diz. "Ele simplesmente se mexe".

Ainda assim, Acosta, de San Antonio, diz que "o processo foi bastante longo" e que os eletrodos precisam ser ajustados para receber os sinais à medida que os nervos crescem ou mudam de posição.

E embora elogiem o método, os especialistas afirmam que a ciência das próteses de braço ainda tem muito por avançar.

"Trata-se de uma parte crucial, mas ainda assim apenas uma parte, das muitas coisas que compreendem a função normal de um braço", disse Loeb, que escreveu um editorial que acompanha o artigo no Journal of the American Medical Association.

"No momento estamos a meio do caminho entre o braço de 'Dr. Fantástico', que fazia involuntariamente a saudação nazista, e o braço de Luke Skywalker em 'Guerra nas Estrelas', que funciona sem nenhum problema assim que é conectado. Creio que precisaremos ainda de muitos anos para conectar todas as peças necessárias a produzir um braço capaz de funcionar normalmente".

17:04
Anónimo disse...
A Espanha disse neste sábado que está preparando uma reclamação oficial contra a decisão da Venezuela de expulsar um membro do Parlamento Europeu que criticou o conselho eleitoral venezuelano.
Luis Herrero, membro do partido conservador espanhol PP, foi deportado na sexta-feira depois que o Conselho Nacional Eleitoral (CNE) o acusou de questionar a imparcialidade da instituição antes de um referendo que pode permitir ao presidente Hugo Chávez permanecer no cargo indefinidamente.

Herrero estava na Venezuela como observador do referendo. Ele acusou Chávez de ter "comportamentos típicos de um ditador" por pedir a contenção de manifestações da oposição.

O governo da Espanha convocou um encontro com o embaixador da Venezuela em Madri para expressar a desaprovação sobre a expulsão de Herrero, disse um representante do Ministério das Relações Exteriores espanhol.

As relações da Venezuela com a Espanha tiveram seu ponto crítico em 2007, quando Chávez ameaçou rever acordos diplomáticos e comerciais depois de ouvir um "cala a boca" do rei espanhol Juan Carlos durante uma cúpula.

A fenda foi oficialmente reparada em 2008, com uma visita oficial de Chávez à Espanha, onde ele cumprimentou o rei e discutiu acordos para investimento no setor petroquímico com o primeiro-ministro José Luis Rodriguez Zapatero.

17:06
Anónimo disse...
A polícia do Zimbábue anunciou neste sábado que acusa de traição Roy Bennett, dirigente do até agora opositor Movimento para a Mudança Democrática (MDC), detido na sexta-feira, em Harare, poucas horas antes da cerimônia de posse dos membros do novo gabinete.

"A Polícia nos informou que vão apresentar acusações de traição", disse à agência EFE o advogado de defesa de Bennett, Trust Maanda.

"Tentam relacionar Roy com o caso de Mike Hitschmann, que foi detido em 2006 em relação à descoberta de um carregamento de armas, apesar de que Hitschmann não tenha sido declarado culpado das acusações de traição apresentadas contra ele, mas de um crime menor de descumprimento de leis", disse Maanda.

O político opositor, designado por seu partido como vice-ministro de Agricultura no Governo de união nacional, esteve no exílio na vizinha África do Sul desde 2006 e retornou ao Zimbábue há duas semanas.

Segundo a Polícia, que deteve Bennett ontem no aeroporto de Harare quando pretendia ir à África do Sul para visitar sua família, as armas apreendidas em 2006 seriam utilizadas em um golpe de Estado para derrubar o presidente do Zimbábue, Robert Mugabe.

Depois da detenção, Bennet foi levado a Mutar, onde vários simpatizantes do MDC se concentraram em frente à delegacia na qual estava detido, diante do que a Polícia respondeu com tiros para o alto para dispersar os manifestantes.

17:07
Anónimo disse...
Austrália: 14 mil se candidatam a 'emprego dos sonhos'

A secretaria de Turismo de Queensland, na Austrália, informou que até esta segunda-feira já recebeu cerca de 14 mil inscrições para o "o melhor emprego do mundo". O Estado australiano promove pela internet seleção para vaga de "zelador" da ilha Hamilton, por seis meses com um salário de R$ 40 mil.

Muitos candidatos tiveram problemas durante a inscrição por conta dos acessos simultâneos ao site. A secretaria aconselha enviar os vídeos de 60s explicando porque deve ser escolhido em horários alternativos do dia, além de recomendar tamanho em torno de 40MB.

As inscrições começaram em 12 de janeiro e vão até o próximo dia 22 e podem ser feitas pelo site www.islandreefjob.com. O governo australiano escolherá 50 candidatos para a próxima fase da seleção, que terá votos do público para eleger um dos 11 finalistas.

A última fase terá entrevistas e desafios físicos, no próprio local de trabalho: as ilhas da Grande Barreira Coralina - o maior recife de coral do mundo. A secretaria de Turismo anunciará o vencedor no dia 6 de maio.

17:09
Anónimo disse...
Mercado elogia governo na crise, mas pede maior queda no juro

Peter Fussy
Direto de São Paulo

Desde as primeiras medidas anunciadas para combater os efeitos da crise, o governo brasileiro avisou que a estratégia não contemplaria um pacote. Seriam doses pontuais, de acordo com a necessidade da economia diante do agravamento das turbulências. Da primeira liberação dos depósitos compulsórios em setembro até a ampliação do seguro-desemprego na última quarta-feira, o governo passou por redução de impostos, ampliação de crédito e incentivos à exportação. Quase 150 dias após a primeira medida, o Terra conversou com líderes do setor público e privado, representantes dos trabalhadores, acadêmicos e com o próprio governo para saber quais destas ações foram mais eficazes, quais foram mais ineficientes e o que mais pode ser feito pelo Estado brasileiro contra a crise.

Os maiores elogios foram direcionados à atitude de reduzir o Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) para a indústria automobilística, anunciada em dezembro e que fez com que os emplacamentos de carros novos subissem 1,9% no primeiro mês do ano em relação a dezembro de 2008. Já as maiores críticas foram para a lentidão no corte da taxa básica de juro do País.

Para o presidente do conselho administrativo do Grupo Pão de Açúcar, Abílio Diniz, o Estado não é responsável pela crise e mesmo assim está agindo "com extrema serenidade e muito acerto". "O governo está atento, fazendo a sua parte. É preciso coragem de baixar firmemente a taxa de juros. É uma arma que temos a nosso favor, já que não há clima para inflação, nem possibilidade de danos para a macroeconomia", afirmou Diniz.

Na última reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), em janeiro, a taxa Selic foi reduzida em um ponto percentual, de 13,75% para 12,75% ao ano. Porém, o professor de economia da Universidade de Brasília (UnB) José Luiz Oreiro lembra que este corte representa uma redução de apenas 0,25 ponto percentual com relação à taxa de setembro do ano passado, quando a crise se agravou.

"Pouco antes da eclosão da crise, o Banco Central aumentou a taxa em 0,75 ponto. Foram cinco meses de demora para reduzir em termos líquidos apenas 0,25 ponto", afirmou o economista, que também sugeriu redução do intervalo de cerca de 90 dias entre as reuniões do Copom e o corte de pelo menos um 1 ponto percentual em cada reunião.

Mesmo com o corte de janeiro, a taxa de juros real continua sendo a maior do mundo, lembrou o secretário-geral da Força Sindical, João Carlos Gonçalves, o Juruna. "A redução da taxa de juro ainda é pequena, porque ela continua uma das mais altas do mundo. Falta ousadia para baixar os juros e ajudar o cidadão. A permanência da taxa de juro alta é negativa para o País em meio a crise", afirmou Juruna.

Embora aprove as ações do governo, o senador Aloízio Mercadante (PT-SP) também acredita que o patamar da Selic está muito alto. "Sempre fomos os primeiros a entrar em qualquer crise, o que não aconteceu agora. A taxa Selic ainda é muito alta, mas o governo têm tomado medidas acertadas, como o aumento do salário mínimo, mesmo com um cenário de crise. Isso ajuda a movimentar o consumo. O governo está se esforçando para manter os investimentos e o crescimento", disse.

Tributos
De acordo com o economista Fabio Pina, da Fecomercio-SP, as ações mais positivas estão relacionadas à redução de tributos para alguns segmentos, como a indústria automobilística, que recuperou parte da queda nas vendas em janeiro com a isenção do IPI para carros 1.0 l e o corte para demais motorizações. A medida vale até o final de março.

"Essas medidas não só reduziram o preço, mas anteciparam o consumo daqueles que iriam comprar no futuro, dando um prêmio por conta da insegurança. Mexe diretamente com o principal problema que é a confiança do consumidor", afirmou. Juruna destacou que um bom ritmo de vendas é garantia de emprego. "É importante porque cada emprego na montadora significa 19 na cadeia produtiva", comentou o representante da Força Sindical.

Também em dezembro, o governo decidiu cortar pela metade a alíquota do Imposto de Renda para contribuintes que ganham entre R$ 1.434 e R$ 2.150 mensais. "O salário aumentava e a tabela não se modificava. As pessoas ganhavam mais e pagavam mais impostos", apontou Juruna. Outra redução de tributos do governo foi com relação ao Imposto sobre Operações Financeiras (IOF), que caiu de 3% ao ano para 1,5%.

Crédito
Na segunda metade de 2008, o colapso de bancos nos Estados Unidos por conta da crise do subprime provocou uma forte restrição de crédito no mundo inteiro. Uma das primeiras medidas anticrise do governo teve como objetivo restabelecer a oferta, com mudanças no recolhimento dos depósitos compulsórios por parte dos bancos. Segundo o presidente do Banco Central, Henrique Meirelles, as diversas modificações liberaram US$ 99,2 bilhões aos bancos até o final de janeiro.

Além disso, o governo concedeu R$ 36 bilhões das reservas internacionais para empresas brasileiras com dívidas no exterior e uma medida provisória autorizou o Banco do Brasil e a Caixa Econômica Federal a comprar carteiras de crédito de bancos privados. Para o diretor do Departamento de Pesquisas e Estudos Econômicos da Fiesp, Paulo Francini, estas medidas foram essenciais para combater os efeitos da crise.

"A crise se desenvolve no mundo em torno do tema crédito. E o crédito reduziu-se barbaridade no mundo. Então o governo lança mão de compulsório, lança mão de reservas, de medidas que permitem aos bancos comprar carteiras de bancos. Você vai tomando várias medidas para atender às demandas e o epicentro disso é crédito", afirmou.

No entanto, Oreiro, da UnB, adverte que a liberação dos compulsórios seria mais eficiente acompanhada de redução mais agressiva da taxa básica de juro. "Uma parte do crédito voltou, depois da forte retração em outubro e novembro. O que deveria ter sido feito junto à liberação do compulsório era uma redução mais drástica da taxa de juro. Sem isso, os bancos pegam as reservas e acabam comprando títulos públicos", explicou o economista.

Na opinião de Pina, as ações de distribuição de crédito via redução do compulsório e a disposição de capital de giro para empresas foram tomadas sem um cuidado maior na operação e não tiveram muito efeito. "O BNDES tem linhas que ficam paradas quase todo o ano, agora é pior ainda. Existem os recursos, mas as empresas e os bancos estão desconfiados. É preciso fazer com que os bancos tenham interesse em emprestar", afirmou o economista da Fecomercio-SP.

Futuro
Mesmo com todas essas medidas, a crise financeira ainda gera incertezas nos setores produtivos do País. Nos últimos meses, o medo do desemprego fez os consumidores adiarem compras. Por sua vez, a queda nas vendas pode obrigar as indústrias a cortarem a produção e demitir funcionários. Contra isso, empresários sugerem redução de jornada e de salários.

"Isto está previsto em lei. A Fiesp simplesmente manteve conversações com entidades sindicais quanto à aplicação daquilo que já está previsto em lei", afirmou Francini.

Segundo a ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff, uma das medidas que assegura um nível de emprego é a manutenção de investimentos no Programa de Aceleração do Crescimento (PAC). "Estamos esperando que a dificuldade ocorra em janeiro, fevereiro e março. Estamos certos que vamos manter o nível de investimento. É isso que funciona, é isso que significa investimento público. Ele funciona como um colchão. Por isso, nós colocamos R$ 100 bilhões no BNDES e a Petrobras ampliou o seu investimento em R$ 120 bilhões", afirmou.

Na mesma linha, Pina explica que a antecipação de gastos do governo substitui parte da demanda retraída do setor privado. "Ele dá o seguinte recado: não vou estourar as contas públicas, mas concentrar em um momento em que a demanda privada está pequena. Mas o governo não tem fôlego suficiente para fazer o papel de toda demanda", ressaltou. O economista da Fecomercio lembrou que a entidade já pleiteou junto ao governo isenções para transferência de imóveis e de automóveis, além de retirar o IPVA para veículos novos.

Já Oreiro foca suas propostas na capitalização do Banco do Brasil e da Caixa Econômica Federal pelo Tesouro para atender a demanda de crédito para capital de giro e reduzir o spread. "Aumentando o empréstimo e reduzindo as taxas, os dois vão forçar os bancos privados a acompanhar o movimento, até para não perderem participação no mercado", explicou o economista da UnB.

Até o Carnaval, o governou prometeu detalhar um pacote de incentivos para a construção de até um milhão de casas populares, direcionado a famílias com renda de até dez salários mínimos. "Estamos atentos a tudo o que está acontecendo e novas medidas serão tomadas caso haja uma avaliação de que sejam necessárias", disse o ministro da Fazenda, Guido Mantega, na última sexta-feira.

17:11
Anónimo disse...
Ex-ministro critica extensão do seguro-desemprego

Atualizada às 09h03

O ex-ministro do Trabalho Almir Pazzianotto criticou a decisão do governo federal de conceder o seguro-desemprego estendido a apenas alguns setores. "É certamente odioso e provavelmente inconstitucional", disse Pazzianotto, de acordo com o jornal O Estado de S. Paulo.

Na última qurta, dia do anúncio da medida, centrais sindicais elogiaram a atitude do governo. A Força Sindical divulgou nota dizendo que "o aumento ajudará a aquecer parte da economia, já que irá gerar mais consumo, produção e conseqüentemente, a criação de novos postos de trabalho". A União Geral dos Trabalhadores (UGT) afirmou que a medida "contribuirá para minimizar o drama dos trabalhadores que perderem seu emprego por conta da crise".

O ex-ministro, que instituiu o seguro-desemprego no País no governo de José Sarney, destacou a necessidade de as centrais sindicais se manifestarem contra a determinação. Para ele, as mudanças devem ser aplicadas a todas as categorias profissionais e a distinção é contrária ao artigo 3º da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT).

Pazzianotto atribui a medida a um possível temor do governo de que a crise econômica seja longa e não haja dinheiro para atender a todas as necessidades. Ainda assim, ele se mostra contrário ao método de concessão. "O seguro-desemprego ajuda a sanar necessidades básicas. Estendê-lo é paliativo, não a solução", disse ao jornal.

De acordo com o presidente do Conselho Deliberativo do Fundo de Amparo ao Trabalhador (Codefat) e conselheiro da Força Sindical, Luiz Fernando Emediato, a determinação já estava prevista na lei 8.900/94, que trata do seguro-desemprego.

O presidente da Comissão de Trabalho da Câmara, Pedro Fernandes (PTB-MA) vai além na crítica à concessão do seguro para apenas alguns setores. Ele acredita que a ampliação do benefício estimula o desemprego.

Quintino Severo, secretário geral da Central Única dos Trabalhadores (CUT), lembra que a ampliação do benefício sem critério e identificação pode incentivar demissões em outros setores.

17:13
Anónimo disse...
Empresas
TAM faz promoção para destinos internacionais

A companhia aérea TAM anunciou nesta sexta-feira tarifas promocionais para trechos internacionais. Os preços valem para bilhetes comprados entre 6h deste sábado e 23h59 deste domingo e são válidos para classe econômica. As tarifas, para ida e volta, serão vendidas a partir de US$ 99, mais taxas.

Segundo a aérea, a promoção vale para viagens feitas no período de 14 de fevereiro a 18 de junho de 2009. Para destinos na América do Sul, a permanência mínima é de dois dias; para bilhetes com destino nos Estados Unidos, cinco dias; e Europa, sete dias. A permanência máxima para as passagens para América do Sul e EUA é de dois meses e para Europa, três meses.

Entre os exemplos de tarifas promocionais, a TAM oferece São Paulo-Lima por US$ 99. Bilhetes para a rota São Paulo-Santiago serão vendidos a partir de US$ 199 e São Paulo-Nova York, US$ 799.

A emissão dos bilhetes deve ser feita obrigatoriamente no ato da reserva, obedecendo às regras estipuladas pela companhia. A compra está sujeita à disponibilidade de assentos nas classes tarifárias determinadas, trechos, horários e datas. A TAM afirmou que também há tarifas promocionais para a classe executiva.

Mais informações podem ser encontradas no site promocional (www.ofertastam.com.br), no site da empresa (www.tam.com.br) ou pelos telefones 4002-5700 ou 0800 5705700.

17:13
Anónimo disse...
Empresas
Consultoria negocia compra do parque temático Hopi Hari

A consultoria especializada em reestruturação de empresas Íntegra Associados informou nesta sexta-feira ter um acordo para comprar o parque de diversões Hopi Hari, localizado no interior de São Paulo. A empresa estaria disposta a investir R$ 10 milhões no parque, que tem dívida estimada em R$ 800 milhões. As informações são da edição deste sábado do jornal Folha de S. Paulo.

De acordo com o jornal, a transação ainda depende da negociação entre o Hopi Hari e seus credores, o que já estaria em andamento.

A consultoria paulista já atuou junto à Parmalat, durante 30 meses, quando reorganizou a gestão da empresa italiana.

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17:14
Anónimo disse...
Empresas
Disney de Tóquio contratará mais 2 mil apesar da crise


A Oriental Land, o operador da Disneylândia Tóquio e DisneySea, organizou neste domingo entrevistas para contratar cerca de 2 mil trabalhadores em tempo parcial, em um momento de grandes demissões deste tipo de empregados no Japão.

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O operador deste parque temático, situado em Urayasu, na província de Chiba (leste de Tóquio), está em pleno processo de seleção de empregados para 20 tipos de postos trabalhistas diferentes.

Segundo a companhia, citada pela agência local de notícias Kyodo, o parque contratará novos trabalhadores para as atrações, para os restaurantes e guardas de segurança entre outros. Os novos contratados começarão a trabalhar a partir de fevereiro.

O processo de seleção acontece em um momento em que a maioria das grandes companhias japonesas começaram a se ver obrigadas a despedir uma elevada percentagem de seus trabalhadores temporários e a tempo parcial.

Algumas inclusive anunciaram demissões de seus trabalhadores fixos, uma medida muito pouco comum nas companhias japonesas, perante os efeitos piores que o esperado pela crise econômica global.

Cerca de uma centena de pessoas esperavam desde a primeira hora desta manhã a abertura do centro de conferências Tokyo International Forum, onde as entrevistas estão sendo feitas, para ser os primeiros a solicitar os postos de trabalho.


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17:15
Anónimo disse...
Economia Internacional
Senado dos EUA aprova plano de estímulo à economia

O Senado dos Estados Unidos aprovou com 60 votos a favor e 38 contra o plano de estímulo à economia de US$ 787 bilhões na madrugada deste sábado. Agora, ele segue para sanção ou veto do presidente Barack Obama, que espera colocar a lei em prática até o dia 16 de fevereiro.

O plano prevê a criação de três milhões de empregos, inclui cortes de impostos às famílias, fundos para programas sociais e obras públicas, além de ajuda aos governos estaduais, estudantes e desempregados.

A cláusula Buy American - que exige o uso de ferro, aço e produtos manufaturados dos Estados Unidos em obras realizadas com recursos do pacote - ficou de lado. Segundo o texto definitivo, a cláusula será aplicada sem violar as normas do comércio internacional.

Ontem à tarde, a Câmara de Representantes (deputados) havia aprovado, por 246 votos a favor e 183 contra, a versão final do plano. Todos os republicanos foram contrários ao pacote.

Pelo acordo de quarta-feira entre Câmara e Senado, em vez de custar US$ 819 bilhões, como queriam os deputados, ou US$ 838 bilhões como pretendiam os senadores, o pacote ficou em cerca de US$ 787 bilhões, com 65% desse total destinado a gastos do governo federal e 35%, a créditos tributários.

17:16
Anónimo disse...
Economia nacional
Na era Lula, aposentadoria sobe 54% menos que salário mínimo

Thatiane Faria
Especial para o Terra
Direto de São Paulo

Os índices de reajustes concedidos pelo governo em 2009 para aposentados e pensionistas e para o salário mínimo repetiram uma diferença que, só durante o governo de Luiz Inácio Lula da Silva, já chega a 54%. Enquanto o mínimo foi majorado em 12% este ano, as pensões e aposentadorias tiveram aumento de 5,92%. Aposentados que têm o benefício do governo como única fonte de renda reclamam que perdem poder de compra e que sua cesta de compras é composta por itens que aumentam mais em relação à inflação oficial.

Um exemplo prático pode ser entendido a partir da comparação entre um aposentado que ganhava R$ 600 em janeiro de 2003. Na época, o benefício era três vezes, ou 200%, maior que o valor do mínimo em vigência, que era de R$ 200. Aplicando-se os índices de reajuste para aposentadorias e para o mínimo durante os últimos seis anos, o mesmo aposentado estaria recebendo hoje R$ 938,47, comparado a um salário mínimo de R$ 465. A diferença entre os dois valores caiu para pouco mais de 100%.

Enquanto o índice acumulado de reajuste para a aposentadoria durante o governo Lula foi de 60%, para o salário mínimo está em 132%.

O diretor do Sindicato Nacional dos Aposentados, João Inocentini, reclama que os valores dos benefícios para aposentadorias não mantêm o poder de compra do grupo, principalmente dos aposentados que recebem menos que dez salários mínimos.

Nem mesmo o fato de o índice de reajuste das aposentadorias ter ficado acima da inflação acumulada no mesmo período (o IPCA entre janeiro de 2003 e janeiro de 2009 foi de 39,7%) serve de argumento, segundo os aposentados.

"Os idosos, principalmente, têm gastos além das contas gerais como gás, telefone e aluguel. Para eles o custo com remédios, e outros itens da área saúde costuma ser maior", afirmou Inocentini.

O presidente do sindicato afirmou que o grupo realiza um estudo com 100 itens de necessidade de um idoso para comparar o aumento dos produtos com o índice de reajuste do benefício recebido pelos aposentados.

"Daqui dois meses vamos abrir um processo na Justiça e levar essa pesquisa como prova. Segundo a lei, o governo é obrigado a manter o poder de compra com a aposentadoria", disse Inocentini.

Alternativas
O consultor financeiro Cláudio Boriola diz que os aposentados, especialmente nesse momento de crise econômica, devem evitar compras parceladas, pesquisar preços, negociar e fazer bom planejamento financeiro.

Segundo Boriola, alguns aposentados ganham um valor mensal muitas vezes insuficiente para o pagamento das contas e acabam pedindo crédito ou realizando pagamentos a prazo e são obrigados a pagar juros altos.

Na opinião do consultor, pagar uma previdência privada é uma alternativa indicada para quem ainda trabalha, considerando a característica de perda de poder de compra da aposentadoria.

"Na prática, infelizmente os valores encontram-se em um patamar que está deteriorando o poder de aquisição da população brasileira", completou Boriola.

De acordo com o diretor da Confederação Brasileira de Aposentados e Pensionistas (Cobap), Vicente Fernandes Barbosa, representantes dos aposentados tentarão um encontro com o presidente da Câmara, deputado Michel Temer (PMDB-SP), para discutir projetos que minimizem a perda dos aposentados

17:17
Anónimo disse...
Previdência
Previdência prorroga isenção de tarifas no benefício

O atual sistema de pagamento aos 26 milhões de aposentados e pensionistas do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) será mantido até o final deste ano. O acordo, que permite realizar a operação sem nenhum custo aos beneficiários, foi renovado nesta sexta-feira, entre o governo federal e 21 instituições financeiras.

Por meio desse acordo, vigente desde setembro de 2007, nem os segurados, nem os bancos e nem o governo arcam com o pagamento de tarifas, conforme explicou o ministro da Previdência Social, José Pimentel. A prorrogação vale até dezembro, data máxima para que a Previdência defina as regras para um novo contrato.

Ao assinar o termo de renovação, na sede da Federação Brasileira dos Bancos (Febraban), o ministro disse que a intenção do governo é mudar o atual modelo de gestão visando a reduzir os custos dessas operações em torno da folha mensal, que atinge R$ 15,8 bilhões. No entanto, qualquer alteração, conforme explicou, passará antes por audiências públicas a serem realizadas a partir do segundo semestre deste ano, atendendo a determinação do Tribunal de Contas da União (TCU).

De acordo com Pimentel, com um redesenho do mecanismo de repasse dos recursos aos bancos em torno da folha de pagamento dos segurados o que se busca é um aumento da participação de instituições financeiras. Ele informou que, desde 2007, cada benefício custa em média R$ 1,07 ao governo. "Quanto mais instituições financeiras estiverem prestando serviços à sociedade, maior é a competitividade, a agilidade no atendimento", justificou.

O ministro observou, ainda, que, para permitir uma redução para algo em torno de meia hora no tempo de atendimento para a concessão dos direitos previdenciários, o governo investiu R$ 280 milhões.

Questionado sobre o descontentamento dos segurados que ganham acima de um salário mínimo terem obtido apenas a correção com base na variação do Índice de Preços ao Consumidor (INPC) , ficando abaixo do reajuste dado a quem recebe apenas o mínimo, Pimentel argumentou que o governo seguiu o que determina a lei e descartou a possibilidade de uma revisão

17:17
Anónimo disse...
Empresas
Caterpillar oferece aposentadoria antecipada a 2 mil


A companhia americana Caterpillar ofereceu a cerca de dois mil funcionários incentivos para que se aposentem de forma voluntária antes do previsto, pela perspectiva de uma queda "significativa" da atividade industrial, informou nesta quarta-feira a empresa.

A iniciativa, destinada aos trabalhadores de diversas fábricas em Illinois, Colorado, Tennessee e Pensilvânia, se soma aos cortes de empregos anunciados em janeiro, explicou em comunicado de imprensa.

A empresa, a maior fabricante mundial de maquinaria pesada para a construção e a mineração, acrescentou que, "em função das condições de negócio, podem ser necessárias mais reduções de elenco voluntárias e involuntárias à medida que o ano avança".

O vice-presidente da companhia, Sid Banwart, explicou que a empresa prevê "demissões significativas em todas as regiões geográficas e na maioria dos setores devido às dificuldades da economia mundial".

17:18
Anónimo disse...
Comércio
Comércio exterior da OCDE caiu no 3º trimestre de 2008


As exportações e as importações dos países da Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Econômico (OCDE) caíram 1,6% e 0,2%, respectivamente, no terceiro trimestre de 2008, em relação aos três meses anteriores.

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Trata-se da primeira queda destas atividades desde o terceiro trimestre de 2006, segundo o último relatório trimestral sobre fluxos comerciais divulgado pela OCDE.

As exportações e as importações em dólares dos 30 Estados-membros caíram 15,6% e 17%, respectivamente, na comparação anualizada.

Por sua vez, o comércio dos sete países mais ricos do mundo (G7) teve um pequeno crescimento no terceiro trimestre de 2008 com uma queda das exportações de mercadorias de 0,2% em relação ao trimestre anterior e um aumento de 0,4% das importações.

Em termos anualizados, as importações do G7 caíram 1,4% entre julho e setembro do ano passado, seu primeiro retrocesso desde o terceiro trimestre de 2006, enquanto as exportações aumentaram 1,9%, seu crescimento mais baixo no mesmo tempo.

Por países, a Alemanha aumentou suas importações em 3,4% - valor mais alto do G7 -, enquanto suas exportações caíram 2,9% do segundo para o terceiro trimestre de 2008.

Pelo contrário, as exportações americanas aumentaram 1,8% entre julho e setembro de 2008, enquanto as importações caíram 0,7% em relação ao trimestre anterior. No Japão, tanto as importações quanto as exportações caíram em torno de 1% no mesmo período.

17:19
Anónimo disse...
Economia Nacional
Lula: juros de crédito consignado a aposentados são altos

Atualizada às 17h29

O presidente Luis Inácio Lula da Silva afirmou nesta terça-feira, em São Paulo, que está lutando para reduzir as taxas de juros cobradas de aposentados em crédito consignado. A Previdência Social estabelece uma taxa máxima de 2,5% para empréstimo e de 3,5% para cartão. Para Lula, os valores são altos.

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"Acho que o juro que os aposentados estão pagando hoje com o crédito consignado é alto para o padrão brasileiro", disse o presidente durante a cerimônia de comemoração dos 86 anos do INSS.

A Previdência anunciou nesta terça-feira que aposentados e trabalhadoras com licença-maternidade poderão receber seus benefícios em 30 minutos. De acordo com Lula, em junho, a aposentadoria do trabalhador rural também será conseguida em meia hora.

Além disso, o presidente anunciou que, também em junho, os trabalhadores que alcançarem o direito à aposentadoria passarão a receber em suas casas um comunicado da Previdência informando o fato e o valor do salário que têm direito a receber. "É um comprometimento público que estou fazendo com os companheiros da Previdência Social", disse.

"Estamos retribuindo ao contribuinte da Previdência Social aquilo que é a cidadania que ele tem direito", afirmou Lula. "Se para cobrar nós somos tão precisos, para devolver o dinheiro, temos que chegar próximo à perfeição", completou.

17:20
Anónimo disse...
Economia Nacional
Salário maternidade sairá em 30 minutos, diz ministro

Toda trabalhadora autônoma que tiver contribuído pelo menos 10 meses com o Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) - ou as que possuírem carteira assinada - poderão receber em 30 minutos o salário maternidade a partir desta terça-feira. Da mesma forma, as mulheres com 30 anos de contribuição e os homens com 35 anos também terão direito ao benefício de forma mais rápida. A informação é do ministro da Previdência Social, José Pimentel.

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Para requerer o salário maternidade, é preciso que as autônomas levem a carteira de identidade e o carnê de contribuição. As demais trabalhadoras devem apresentar a identificação e a carteira de trabalho. Desde o início do mês, a nova forma de análise para a concessão de benefícios foi adotada para a aposentadoria por idade do trabalhador urbano e agora foi estendida para o salário maternidade e por tempo de contribuição.

O ministro disse que a qualificação do serviço da previdência social é o reconhecimento do direito dos trabalhadores e da afirmação da cidadania.

"Até pouco tempo na cabeça do cidadão o serviço devia ser de péssima qualidade. Agora não, nós modificamos toda a legislação no mês de dezembro numa ação conjunta do Congresso Nacional com o governo federal. Estamos implantando e concedendo os benefícios em até 30 minutos", afirmou.

O ministro destacou que para conseguir se aposentar ou ter acesso à licença maternidade em 30 minutos, em primeiro lugar, é necessário que o cidadão esteja vinculado à Previdência, o que inclui 65% da população acima de 16 anos de idade.

"Depois bastar marcar pelo sistema 135 o dia e a hora do atendimento e levar a documentação. Se todos os dados necessários estiverem corretos o contribuinte será atendido em até 30 minutos, como vem sendo feito com as aposentadorias por idade desde o dia cinco de janeiro", explicou.

Pimentel disse ainda que em 90% das agências da previdência social o atendimento é marcado em até 48 horas. Nos grandes centros, entretanto existe um volume maior o que torna mais lento o processo.

"Estamos criando mais 715 agências até 2010, em todo o território nacional, para descentralizar o atendimento. Em 2008, atendemos 295 mil benefícios e aposentadorias por idade. Temos 4 mil pessoas por dia procurando e se aposentando por idade no território nacional. Este serviço será agilizado", concluiu.

17:28
Anónimo disse...
Giuseppe Englaro, pai de Eluana, a italiana que morreu na segunda-feira passada por desidratação, recusou uma grande soma de dinheiro de um conhecido fotógrafo italiano que queria retratar a filha em estado de coma, disse neste sábado o neurologista que atendia a mulher desde 1996, Carlo Defanti.

O neurologista, que participou hoje de uma conferência sobre eutanásia, disse que Englaro respeitou a vontade da filha, que, antes do acidente, tinha pedido que, se lhe ocorresse qualquer coisa irreversível, apresentasse sua imagem de quando estava em boas condições.

Antes de sofrer o acidente de trânsito, em 1992, Eluana viveu o coma de um amigo, Alessandro, o que causou forte impacto na italiana e a levou a fazer o pai prometer que não a deixasse viver em estado vegetativo, disse o próprio Giuseppe Englaro.

Defanti, que dissera que Eluana poderia viver de dez a 12 dias depois da suspensão da alimentação e da hidratação, disse que, como médico, tinha que reprovar esta afirmação.

"Não se pode sobreviver após três ou quatro dias sem líquido e, em particular, água em um corpo. Sabemos bem que, quando há um terremoto, após quatro dias é difícil encontrar sobreviventes".

Defanti ressaltou que Eluana "não falava, não se comunicava com o exterior" e que, após vários exames, "nos deparamos com uma moça que tinha perdido a consciência", porque estava com o córtex cerebral prejudicado.

Eluana foi enterrada na quinta-feira passada no túmulo da família na localidade de Paluzza, em Udine, após um funeral que não contou com a presença dos pais.

16:53
Anónimo disse...
Os bombeiros combatem neste sábado os incêndios na Austrália favorecidos pelo bom tempo, enquanto os deslocados encotram em seu retorno casas derruídas, carros queimados nas ruas e destruição.

Depois de sete dias desde que começaram os incêndios no Estado de Victoria, a lista de mortos chega a 181, os desaparecidos somam 50, os edifícios destruídos totalizam 1,834 mil e o terreno arrasado, principalmente florestas, ocupa uma área de 4,13 mil quilômetros quadrados.

As equipes de bombeiros, formadas por 4 mil profissionais de Victoria, de outras partes da Austrália e de países amigos, combateram hoje 12 focos fora de controle e nenhum representava uma ameaça direta para a população.

O subdiretor do Serviço de Bombeiros, Geoff Conway, disse que este tempo favorável, que se prolongará durante o domingo, permite consolidar as linhas de contenção e avançar na extinção das chamas.

Cinzas apareceram arrastadas por ventos do nordeste sobre Melbourne, onde habitam 3,8 milhões de pessoas, e as autoridades alertaram aos cidadãos do risco para a saúde de idosos, crianças e pessoas com problemas respiratórios.

O número de pessoas deslocadas - a Cruz Vermelha chegou a receber 7 mil - começou a cair com a abertura de algumas localidades atingidas.

Os incêndios, alguns criminosos, começaram em 7 de fevereiro, quando a região sul da Austrália estava há duas semanas sob uma onda de calor sem precedentes.

Na sexta-feira passada, a polícia acusou uma pessoa de ter provocado o incêndio que atingiu a localidade de Churchill e matou 21 pessoas.

16:55
Anónimo disse...
A primeira chuva em seis dias reduziu a ameaça de incêndios no Estado de Victoria, ao sul da Austrália. As autoridades, porém, advertiram que ainda existem 12 focos, mas que nenhum deles ameaça áreas povoadas.

Mais de quatro mil bombeiros, mil provenientes de outras partes do país e de outras nações, trabalham contra o fogo. Cerca de 600 veículos e 28 helicópteros e pequenos aviões estão sendo usados.


Eles conseguiram construir linhas de contenção para evitar os incêndios de Yarra e Maroondah se juntassem. Também foram controlados os incêndios abertos de Yea e Murrindindi, que ameaçavam as comunidades de Connellys Creek, Crystal Creek, Scrubby Creek e Native Dog Creek.

O número de mortos chegou a 181, mas as autoridades acreditam que as vítimas devem passar de 200, já que ainda há muitos desaparecidos.

16:55
Anónimo disse...
Aqui nesta coluna, na semana passada, tive a oportunidade de comentar sobre a recente visita do professor brasileiro Pedrinho Guareschi à Austrália. Não dei, porém, os fatos, pois semana passada o assunto era outro.

Hoje, porém, vamos a eles.

No último dia 4 de fevereiro, aconteceu o Seminário "Paulo Freire: Education and Liberation", organizado pelo centro de estudos latino-americanos da Universidade Nacional da Austrália, ou ANU, como é mais conhecida por aqui.

A ANU, para quem não sabe, está entre as 20 melhores universidades do mundo! E tem sede aqui em Camberra, capital da Austrália.

Na abertura do evento, o professor John Minns, diretor do centro latino-americano, ao dar boas-vindas ao público presente, lembrou ser aquele o primeiro seminário exclusivamente dedicado a Paulo Freire na Austrália.

Em seguida, convidou Pedrinho Guareschi, palestrante principal do Seminário, a fazer sua apresentação.

A plateia pode então conhecer, pelas palavras de Pedrinho, um pouco da obra e da vida de Freire, esse brasileiro de fé e valor, que sempre acreditou na educação, sobretudo dos menos favorecidos, analfabetos, como força libertadora.

Como não podia deixar de ser, os conceitos e ideias revolucionários de Paulo Freire, expostos com clareza por Pedrinho, despertaram o interesse e a curiosidade de plateia. A qual, deve-se notar, era na maioria de estudantes, mas de várias nacionalidades, sobretudo australianos e asiáticos.

Na continuação do programa do seminário, que se estendeu por dois dias, outros professores fizeram palestras sobre temas ligados à obra de Paulo Freire.

Interessante, por exemplo, saber que a professora Anne Hickling-Hudson, jamaicana que mora na Austrália há muitos anos (é professora da ANU), conheceu e trabalhou com Freire num workshop educacional durante a revolução na Ilha de Granada, em 1980, antes da invasão dos Estados Unidos...

Ou, então, a palestra da Professora Gerda Roelvink, da Nova Zelândia, que participou do Fórum Social de Porto Alegre em 2005. E essa participação transformou-se em tema de doutorado.

No dia 10, terça-feira passada, o padre Pedrinho Guareschi voltou a falar ao público australiano em grande auditório localizado no belíssimo campus da ANU. Desta vez, sobre a Teologia da Libertação.

Depois da palestra, John Minns mostrou o filme mexicano "O Crime do Padre Amaro", no qual um dos personagens é um padre católico praticante da Teologia da Libertação.

Mais uma vez, foi grande o intersse da platéia, que pode aprender e conhecer um pouco como se desenvolveu aquele importante movimento católico na América Latina.

Fica, assim, ao Pedrinho, bem como a outros brasileiros estudiosos e de bom coração que saem pelo mundo a divulgar aspectos importantes da cultura brasileira, o respeito e a homenagem desta coluna. E... aquele abraço!

16:57
Anónimo disse...
Amanda Kitts perdeu o braço esquerdo em um acidente de automóvel acontecido três anos atrás, mas hoje em dia ela joga futebol americano com seu filho de 12 anos de idade, troca fraldas e abraça as crianças nas três creches Kiddie Cottage que opera em Knoxville, Tennessee. Kitts, 40 anos, faz tudo isso com a ajuda de um novo tipo de braço artificial que se movimenta com mais facilidade do que outros aparelhos e que ela pode controlar utilizando apenas seus pensamentos.

"Eu sou capaz de mexer a mão, o pulso e o cotovelo ao mesmo tempo", diz. "Você pensa e os músculos se movem em seguida".

A recuperação que ela conseguiu resulta de um novo procedimento que vem atraindo crescente atenção porque permite que pessoas movam braços protéticos de forma mais automática do que faziam no passado, simplesmente utilizando nervos reaproveitados em seus cérebros.

A técnica, conhecida como "renervação muscular dirigida", envolve utilizar os nervos que restam depois da amputação de um braço e conectá-los a outro músculo do corpo, em geral no peito. Eletrodos são instalados sobre os músculos do peito, e operam como se fossem antenas. Quando a pessoa deseja mover o braço, o cérebro envia sinais que primeiro resultam em contração dos músculos do peito, os quais enviam um sinal ao braço protético, instruindo-se a se movimentar. O processo não requer mais esforços consciente do que a pessoa teria de exercitar caso ainda tivesse seu braço natural.

Na terça-feira, pesquisadores reportaram em estudo publicado pela versão online do Journal of the American Medical Association que haviam levado a técnica ainda mais à frente, tornando possível a execução de 10 movimentos de mão, pulso e cotovelo diferentes, o que representa uma substancial melhora com relação ao típico repertório protético, que em geral envolve apenas dobrar o cotovelo, girar o pulso e abrir a mão.

"Os novos métodos tiveram impacto dramático em nosso campo de trabalho", disse Stuart Harshbarger, engenheiro biomédico na Universidade Johns Hopkins e diretor do programa de pesquisa sobre próteses, financiado pelas forças armadas, que inclui o trabalho com essa técnica. "O método já está em uso por médicos e cirurgiões comuns em todo o país. A capacidade de controlar um membro protético bastante robusto que ele confere surpreendeu a todos pela qualidade".

Tipicamente, uma pessoa que tenha um braço protético só é capaz de executar alguns poucos movimentos, e muitas vezes com tamanha lentidão que isso só permite a ela atividades limitadas.

Há um motor separado para cada movimento, diz Gerald Loeb, professor de engenharia biomédica na Universidade do Sul da Califórnia, "e esses motores precisam ser controlados de maneira explícita", usualmente por um esforço consciente da pessoa para contrair músculos nas costas ou no bíceps.

"Essencialmente, até agora os pacientes controlavam apenas um motor de cada vez", diz Loeb, "e precisavam pensar cuidadosamente sobre que motor desejavam controlar e como fazê-lo operar, em lugar de simplesmente pensarem em mover o braço e poderem fazê-lo sem delongas".

Antes que Kitts passasse pelo procedimento de renervação, em outubro de 2007, por exemplo, ela precisava movimentar os músculos de suas costas de determinada maneira para fazer com que seu pulso girasse, e flexionar seu bíceps e tríceps para fazer com que o cotovelo se movesse para cima e para baixo. "Era muito trabalho", ela conta. "E não me ajudava muito".

O procedimento de renervação é parte de uma recente explosão de idéias novas e técnicas inovadoras que estão sendo exploradas enquanto os cientistas se esforçam por ajudar as pessoas a compensar melhor a perda de membros ou problemas de paralisia. O esforço vem sendo alimentado pelo aumento no número de amputações causado por diabetes e por ferimentos sofridos pelos militares, e ao mesmo tempo pelos avanços na tecnologia médica.

Os braços se tornaram um dos focos essenciais desse tipo de trabalho. A ciência há muito vem obtendo sucessos no desenvolvimento de próteses de perna, mas é muito mais difícil imitar a complexidade e a destreza das mãos e dos braços.

Os esforços em curso incluem o desenvolvimento de projetos de pele e braços mais sensíveis e mais flexíveis, e o uso de dispositivos acionados por controles sem fio implantado nos braços protéticos, que permitiriam movimentos mais naturais.

Os pesquisadores também vêm usando sensores implantados nos cérebros de cobaias para permitir que dois macacos controlem um braço mecânico, e um teste com um homem paralítico permitiu, com esse método, que ele movimentasse um cursor em uma tela de computador.

Alguns desses métodos, caso venham a ser aperfeiçoados plenamente e consigam aprovação das autoridades regulatórias da saúde, podem no futuro se tornar mais viáveis para os pacientes de amputações.

E embora a técnica da renervação não requeira aprovação das autoridades regulatórias porque é executada por meios cirúrgicos e emprega aparelhos já existentes, ela apresenta limitações que até mesmo seus criadores reconhecem, entre as quais o fato de que não se pode utilizá-la para todos os pacientes, o seu alto custo e o prazo de meses requerido para que os nervos reconectados cresçam e se tornem efetivos.

Ainda assim, os especialistas dizem que é o mais avançado sistema em uso hoje para pacientes reais que permite que o sistema nervoso controle diretamente o movimento de um braço artificial.

Desde sua introdução por Todd Kuiken, médico fisioterapeuta e engenheiro biomédico do Instituto de Reabilitação de Chicago, o método foi empregado em cerca de 30 pacientes nos Estados Unidos, Canadá e Europa, entre os quais oito soldados feridos no Iraque e no Afeganistão.

Muitos dos pacientes, entre os quais o primeiro, Jesse Sullivan, um operário do setor elétrico no Tennessee que perdeu os dois braços quando foi eletrocutado por um cabo, conseguem não apenas manipular seus braços protéticos mas sentir a presença das mãos que já não têm quando alguém toca em seus peitos.

Sullivan, 62 anos, e Kitts, estavam entre os cinco pacientes que participaram do estudo reportado na terça-feira. Em companhia de cinco outras pessoas que não passaram por amputações, eles receberam os eletrodos e foram instruídos a usar pensamentos para fazer com que um braço virtual na tela reproduzisse 10 movimentos diferentes, entre os quais três formas diferentes de aperto de mão.

Os pacientes apresentaram desempenho bastante respeitável, apenas um pouco mais lento e menos preciso do que os dos participantes que não tinham amputações.

"As velocidades de movimento que encontramos em nossos pacientes foram realmente encorajadoras", disse Kuiken. "Eles conseguiram completar a tarefa. É claro que não foram tão competentes quanto as pessoas dotadas de plena capacidade física, mas foram bons o bastante".

Um braço virtual foi usado porque a maioria das próteses existentes não era capaz de acomodar todos aqueles movimentos, no momento da pesquisa, ainda que Sullivan, Kitts e uma terceira paciente, Claudia Mitchell, tenham experimentado dois novos protótipos mais versáteis de braços artificiais, executando tarefas complexas com bolas de tênis e outros objetos.

O trabalho de renervação em soldados apresenta outros desafios, diz Kuiken, porque os ferimentos militares muitas vezes "causam danos muitos extensos" a nervos, músculos ou ossos.

Daniel Acosta, 25 anos, um aviador ferido pela detonação de uma bomba em uma estrada do Iraque em 2005, passou pelo procedimento no ano passado e diz que seu braço esquerdo protético agora se movimenta "muito mais rápido" e de maneira muito mais natural.

"A diferença é que agora não preciso mais pensar para mover o braço", ele diz. "Ele simplesmente se mexe".

Ainda assim, Acosta, de San Antonio, diz que "o processo foi bastante longo" e que os eletrodos precisam ser ajustados para receber os sinais à medida que os nervos crescem ou mudam de posição.

E embora elogiem o método, os especialistas afirmam que a ciência das próteses de braço ainda tem muito por avançar.

"Trata-se de uma parte crucial, mas ainda assim apenas uma parte, das muitas coisas que compreendem a função normal de um braço", disse Loeb, que escreveu um editorial que acompanha o artigo no Journal of the American Medical Association.

"No momento estamos a meio do caminho entre o braço de 'Dr. Fantástico', que fazia involuntariamente a saudação nazista, e o braço de Luke Skywalker em 'Guerra nas Estrelas', que funciona sem nenhum problema assim que é conectado. Creio que precisaremos ainda de muitos anos para conectar todas as peças necessárias a produzir um braço capaz de funcionar normalmente".

17:04
Anónimo disse...
A Espanha disse neste sábado que está preparando uma reclamação oficial contra a decisão da Venezuela de expulsar um membro do Parlamento Europeu que criticou o conselho eleitoral venezuelano.
Luis Herrero, membro do partido conservador espanhol PP, foi deportado na sexta-feira depois que o Conselho Nacional Eleitoral (CNE) o acusou de questionar a imparcialidade da instituição antes de um referendo que pode permitir ao presidente Hugo Chávez permanecer no cargo indefinidamente.

Herrero estava na Venezuela como observador do referendo. Ele acusou Chávez de ter "comportamentos típicos de um ditador" por pedir a contenção de manifestações da oposição.

O governo da Espanha convocou um encontro com o embaixador da Venezuela em Madri para expressar a desaprovação sobre a expulsão de Herrero, disse um representante do Ministério das Relações Exteriores espanhol.

As relações da Venezuela com a Espanha tiveram seu ponto crítico em 2007, quando Chávez ameaçou rever acordos diplomáticos e comerciais depois de ouvir um "cala a boca" do rei espanhol Juan Carlos durante uma cúpula.

A fenda foi oficialmente reparada em 2008, com uma visita oficial de Chávez à Espanha, onde ele cumprimentou o rei e discutiu acordos para investimento no setor petroquímico com o primeiro-ministro José Luis Rodriguez Zapatero.

17:06
Anónimo disse...
A polícia do Zimbábue anunciou neste sábado que acusa de traição Roy Bennett, dirigente do até agora opositor Movimento para a Mudança Democrática (MDC), detido na sexta-feira, em Harare, poucas horas antes da cerimônia de posse dos membros do novo gabinete.

"A Polícia nos informou que vão apresentar acusações de traição", disse à agência EFE o advogado de defesa de Bennett, Trust Maanda.

"Tentam relacionar Roy com o caso de Mike Hitschmann, que foi detido em 2006 em relação à descoberta de um carregamento de armas, apesar de que Hitschmann não tenha sido declarado culpado das acusações de traição apresentadas contra ele, mas de um crime menor de descumprimento de leis", disse Maanda.

O político opositor, designado por seu partido como vice-ministro de Agricultura no Governo de união nacional, esteve no exílio na vizinha África do Sul desde 2006 e retornou ao Zimbábue há duas semanas.

Segundo a Polícia, que deteve Bennett ontem no aeroporto de Harare quando pretendia ir à África do Sul para visitar sua família, as armas apreendidas em 2006 seriam utilizadas em um golpe de Estado para derrubar o presidente do Zimbábue, Robert Mugabe.

Depois da detenção, Bennet foi levado a Mutar, onde vários simpatizantes do MDC se concentraram em frente à delegacia na qual estava detido, diante do que a Polícia respondeu com tiros para o alto para dispersar os manifestantes.

17:07
Anónimo disse...
Austrália: 14 mil se candidatam a 'emprego dos sonhos'

A secretaria de Turismo de Queensland, na Austrália, informou que até esta segunda-feira já recebeu cerca de 14 mil inscrições para o "o melhor emprego do mundo". O Estado australiano promove pela internet seleção para vaga de "zelador" da ilha Hamilton, por seis meses com um salário de R$ 40 mil.

Muitos candidatos tiveram problemas durante a inscrição por conta dos acessos simultâneos ao site. A secretaria aconselha enviar os vídeos de 60s explicando porque deve ser escolhido em horários alternativos do dia, além de recomendar tamanho em torno de 40MB.

As inscrições começaram em 12 de janeiro e vão até o próximo dia 22 e podem ser feitas pelo site www.islandreefjob.com. O governo australiano escolherá 50 candidatos para a próxima fase da seleção, que terá votos do público para eleger um dos 11 finalistas.

A última fase terá entrevistas e desafios físicos, no próprio local de trabalho: as ilhas da Grande Barreira Coralina - o maior recife de coral do mundo. A secretaria de Turismo anunciará o vencedor no dia 6 de maio.

17:09
Anónimo disse...
Mercado elogia governo na crise, mas pede maior queda no juro

Peter Fussy
Direto de São Paulo

Desde as primeiras medidas anunciadas para combater os efeitos da crise, o governo brasileiro avisou que a estratégia não contemplaria um pacote. Seriam doses pontuais, de acordo com a necessidade da economia diante do agravamento das turbulências. Da primeira liberação dos depósitos compulsórios em setembro até a ampliação do seguro-desemprego na última quarta-feira, o governo passou por redução de impostos, ampliação de crédito e incentivos à exportação. Quase 150 dias após a primeira medida, o Terra conversou com líderes do setor público e privado, representantes dos trabalhadores, acadêmicos e com o próprio governo para saber quais destas ações foram mais eficazes, quais foram mais ineficientes e o que mais pode ser feito pelo Estado brasileiro contra a crise.

Os maiores elogios foram direcionados à atitude de reduzir o Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) para a indústria automobilística, anunciada em dezembro e que fez com que os emplacamentos de carros novos subissem 1,9% no primeiro mês do ano em relação a dezembro de 2008. Já as maiores críticas foram para a lentidão no corte da taxa básica de juro do País.

Para o presidente do conselho administrativo do Grupo Pão de Açúcar, Abílio Diniz, o Estado não é responsável pela crise e mesmo assim está agindo "com extrema serenidade e muito acerto". "O governo está atento, fazendo a sua parte. É preciso coragem de baixar firmemente a taxa de juros. É uma arma que temos a nosso favor, já que não há clima para inflação, nem possibilidade de danos para a macroeconomia", afirmou Diniz.

Na última reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), em janeiro, a taxa Selic foi reduzida em um ponto percentual, de 13,75% para 12,75% ao ano. Porém, o professor de economia da Universidade de Brasília (UnB) José Luiz Oreiro lembra que este corte representa uma redução de apenas 0,25 ponto percentual com relação à taxa de setembro do ano passado, quando a crise se agravou.

"Pouco antes da eclosão da crise, o Banco Central aumentou a taxa em 0,75 ponto. Foram cinco meses de demora para reduzir em termos líquidos apenas 0,25 ponto", afirmou o economista, que também sugeriu redução do intervalo de cerca de 90 dias entre as reuniões do Copom e o corte de pelo menos um 1 ponto percentual em cada reunião.

Mesmo com o corte de janeiro, a taxa de juros real continua sendo a maior do mundo, lembrou o secretário-geral da Força Sindical, João Carlos Gonçalves, o Juruna. "A redução da taxa de juro ainda é pequena, porque ela continua uma das mais altas do mundo. Falta ousadia para baixar os juros e ajudar o cidadão. A permanência da taxa de juro alta é negativa para o País em meio a crise", afirmou Juruna.

Embora aprove as ações do governo, o senador Aloízio Mercadante (PT-SP) também acredita que o patamar da Selic está muito alto. "Sempre fomos os primeiros a entrar em qualquer crise, o que não aconteceu agora. A taxa Selic ainda é muito alta, mas o governo têm tomado medidas acertadas, como o aumento do salário mínimo, mesmo com um cenário de crise. Isso ajuda a movimentar o consumo. O governo está se esforçando para manter os investimentos e o crescimento", disse.

Tributos
De acordo com o economista Fabio Pina, da Fecomercio-SP, as ações mais positivas estão relacionadas à redução de tributos para alguns segmentos, como a indústria automobilística, que recuperou parte da queda nas vendas em janeiro com a isenção do IPI para carros 1.0 l e o corte para demais motorizações. A medida vale até o final de março.

"Essas medidas não só reduziram o preço, mas anteciparam o consumo daqueles que iriam comprar no futuro, dando um prêmio por conta da insegurança. Mexe diretamente com o principal problema que é a confiança do consumidor", afirmou. Juruna destacou que um bom ritmo de vendas é garantia de emprego. "É importante porque cada emprego na montadora significa 19 na cadeia produtiva", comentou o representante da Força Sindical.

Também em dezembro, o governo decidiu cortar pela metade a alíquota do Imposto de Renda para contribuintes que ganham entre R$ 1.434 e R$ 2.150 mensais. "O salário aumentava e a tabela não se modificava. As pessoas ganhavam mais e pagavam mais impostos", apontou Juruna. Outra redução de tributos do governo foi com relação ao Imposto sobre Operações Financeiras (IOF), que caiu de 3% ao ano para 1,5%.

Crédito
Na segunda metade de 2008, o colapso de bancos nos Estados Unidos por conta da crise do subprime provocou uma forte restrição de crédito no mundo inteiro. Uma das primeiras medidas anticrise do governo teve como objetivo restabelecer a oferta, com mudanças no recolhimento dos depósitos compulsórios por parte dos bancos. Segundo o presidente do Banco Central, Henrique Meirelles, as diversas modificações liberaram US$ 99,2 bilhões aos bancos até o final de janeiro.

Além disso, o governo concedeu R$ 36 bilhões das reservas internacionais para empresas brasileiras com dívidas no exterior e uma medida provisória autorizou o Banco do Brasil e a Caixa Econômica Federal a comprar carteiras de crédito de bancos privados. Para o diretor do Departamento de Pesquisas e Estudos Econômicos da Fiesp, Paulo Francini, estas medidas foram essenciais para combater os efeitos da crise.

"A crise se desenvolve no mundo em torno do tema crédito. E o crédito reduziu-se barbaridade no mundo. Então o governo lança mão de compulsório, lança mão de reservas, de medidas que permitem aos bancos comprar carteiras de bancos. Você vai tomando várias medidas para atender às demandas e o epicentro disso é crédito", afirmou.

No entanto, Oreiro, da UnB, adverte que a liberação dos compulsórios seria mais eficiente acompanhada de redução mais agressiva da taxa básica de juro. "Uma parte do crédito voltou, depois da forte retração em outubro e novembro. O que deveria ter sido feito junto à liberação do compulsório era uma redução mais drástica da taxa de juro. Sem isso, os bancos pegam as reservas e acabam comprando títulos públicos", explicou o economista.

Na opinião de Pina, as ações de distribuição de crédito via redução do compulsório e a disposição de capital de giro para empresas foram tomadas sem um cuidado maior na operação e não tiveram muito efeito. "O BNDES tem linhas que ficam paradas quase todo o ano, agora é pior ainda. Existem os recursos, mas as empresas e os bancos estão desconfiados. É preciso fazer com que os bancos tenham interesse em emprestar", afirmou o economista da Fecomercio-SP.

Futuro
Mesmo com todas essas medidas, a crise financeira ainda gera incertezas nos setores produtivos do País. Nos últimos meses, o medo do desemprego fez os consumidores adiarem compras. Por sua vez, a queda nas vendas pode obrigar as indústrias a cortarem a produção e demitir funcionários. Contra isso, empresários sugerem redução de jornada e de salários.

"Isto está previsto em lei. A Fiesp simplesmente manteve conversações com entidades sindicais quanto à aplicação daquilo que já está previsto em lei", afirmou Francini.

Segundo a ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff, uma das medidas que assegura um nível de emprego é a manutenção de investimentos no Programa de Aceleração do Crescimento (PAC). "Estamos esperando que a dificuldade ocorra em janeiro, fevereiro e março. Estamos certos que vamos manter o nível de investimento. É isso que funciona, é isso que significa investimento público. Ele funciona como um colchão. Por isso, nós colocamos R$ 100 bilhões no BNDES e a Petrobras ampliou o seu investimento em R$ 120 bilhões", afirmou.

Na mesma linha, Pina explica que a antecipação de gastos do governo substitui parte da demanda retraída do setor privado. "Ele dá o seguinte recado: não vou estourar as contas públicas, mas concentrar em um momento em que a demanda privada está pequena. Mas o governo não tem fôlego suficiente para fazer o papel de toda demanda", ressaltou. O economista da Fecomercio lembrou que a entidade já pleiteou junto ao governo isenções para transferência de imóveis e de automóveis, além de retirar o IPVA para veículos novos.

Já Oreiro foca suas propostas na capitalização do Banco do Brasil e da Caixa Econômica Federal pelo Tesouro para atender a demanda de crédito para capital de giro e reduzir o spread. "Aumentando o empréstimo e reduzindo as taxas, os dois vão forçar os bancos privados a acompanhar o movimento, até para não perderem participação no mercado", explicou o economista da UnB.

Até o Carnaval, o governou prometeu detalhar um pacote de incentivos para a construção de até um milhão de casas populares, direcionado a famílias com renda de até dez salários mínimos. "Estamos atentos a tudo o que está acontecendo e novas medidas serão tomadas caso haja uma avaliação de que sejam necessárias", disse o ministro da Fazenda, Guido Mantega, na última sexta-feira.

17:11
Anónimo disse...
Ex-ministro critica extensão do seguro-desemprego

Atualizada às 09h03

O ex-ministro do Trabalho Almir Pazzianotto criticou a decisão do governo federal de conceder o seguro-desemprego estendido a apenas alguns setores. "É certamente odioso e provavelmente inconstitucional", disse Pazzianotto, de acordo com o jornal O Estado de S. Paulo.

Na última qurta, dia do anúncio da medida, centrais sindicais elogiaram a atitude do governo. A Força Sindical divulgou nota dizendo que "o aumento ajudará a aquecer parte da economia, já que irá gerar mais consumo, produção e conseqüentemente, a criação de novos postos de trabalho". A União Geral dos Trabalhadores (UGT) afirmou que a medida "contribuirá para minimizar o drama dos trabalhadores que perderem seu emprego por conta da crise".

O ex-ministro, que instituiu o seguro-desemprego no País no governo de José Sarney, destacou a necessidade de as centrais sindicais se manifestarem contra a determinação. Para ele, as mudanças devem ser aplicadas a todas as categorias profissionais e a distinção é contrária ao artigo 3º da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT).

Pazzianotto atribui a medida a um possível temor do governo de que a crise econômica seja longa e não haja dinheiro para atender a todas as necessidades. Ainda assim, ele se mostra contrário ao método de concessão. "O seguro-desemprego ajuda a sanar necessidades básicas. Estendê-lo é paliativo, não a solução", disse ao jornal.

De acordo com o presidente do Conselho Deliberativo do Fundo de Amparo ao Trabalhador (Codefat) e conselheiro da Força Sindical, Luiz Fernando Emediato, a determinação já estava prevista na lei 8.900/94, que trata do seguro-desemprego.

O presidente da Comissão de Trabalho da Câmara, Pedro Fernandes (PTB-MA) vai além na crítica à concessão do seguro para apenas alguns setores. Ele acredita que a ampliação do benefício estimula o desemprego.

Quintino Severo, secretário geral da Central Única dos Trabalhadores (CUT), lembra que a ampliação do benefício sem critério e identificação pode incentivar demissões em outros setores.

17:13
Anónimo disse...
Empresas
TAM faz promoção para destinos internacionais

A companhia aérea TAM anunciou nesta sexta-feira tarifas promocionais para trechos internacionais. Os preços valem para bilhetes comprados entre 6h deste sábado e 23h59 deste domingo e são válidos para classe econômica. As tarifas, para ida e volta, serão vendidas a partir de US$ 99, mais taxas.

Segundo a aérea, a promoção vale para viagens feitas no período de 14 de fevereiro a 18 de junho de 2009. Para destinos na América do Sul, a permanência mínima é de dois dias; para bilhetes com destino nos Estados Unidos, cinco dias; e Europa, sete dias. A permanência máxima para as passagens para América do Sul e EUA é de dois meses e para Europa, três meses.

Entre os exemplos de tarifas promocionais, a TAM oferece São Paulo-Lima por US$ 99. Bilhetes para a rota São Paulo-Santiago serão vendidos a partir de US$ 199 e São Paulo-Nova York, US$ 799.

A emissão dos bilhetes deve ser feita obrigatoriamente no ato da reserva, obedecendo às regras estipuladas pela companhia. A compra está sujeita à disponibilidade de assentos nas classes tarifárias determinadas, trechos, horários e datas. A TAM afirmou que também há tarifas promocionais para a classe executiva.

Mais informações podem ser encontradas no site promocional (www.ofertastam.com.br), no site da empresa (www.tam.com.br) ou pelos telefones 4002-5700 ou 0800 5705700.

17:13
Anónimo disse...
Empresas
Consultoria negocia compra do parque temático Hopi Hari

A consultoria especializada em reestruturação de empresas Íntegra Associados informou nesta sexta-feira ter um acordo para comprar o parque de diversões Hopi Hari, localizado no interior de São Paulo. A empresa estaria disposta a investir R$ 10 milhões no parque, que tem dívida estimada em R$ 800 milhões. As informações são da edição deste sábado do jornal Folha de S. Paulo.

De acordo com o jornal, a transação ainda depende da negociação entre o Hopi Hari e seus credores, o que já estaria em andamento.

A consultoria paulista já atuou junto à Parmalat, durante 30 meses, quando reorganizou a gestão da empresa italiana.

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17:14
Anónimo disse...
Empresas
Disney de Tóquio contratará mais 2 mil apesar da crise


A Oriental Land, o operador da Disneylândia Tóquio e DisneySea, organizou neste domingo entrevistas para contratar cerca de 2 mil trabalhadores em tempo parcial, em um momento de grandes demissões deste tipo de empregados no Japão.

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O operador deste parque temático, situado em Urayasu, na província de Chiba (leste de Tóquio), está em pleno processo de seleção de empregados para 20 tipos de postos trabalhistas diferentes.

Segundo a companhia, citada pela agência local de notícias Kyodo, o parque contratará novos trabalhadores para as atrações, para os restaurantes e guardas de segurança entre outros. Os novos contratados começarão a trabalhar a partir de fevereiro.

O processo de seleção acontece em um momento em que a maioria das grandes companhias japonesas começaram a se ver obrigadas a despedir uma elevada percentagem de seus trabalhadores temporários e a tempo parcial.

Algumas inclusive anunciaram demissões de seus trabalhadores fixos, uma medida muito pouco comum nas companhias japonesas, perante os efeitos piores que o esperado pela crise econômica global.

Cerca de uma centena de pessoas esperavam desde a primeira hora desta manhã a abertura do centro de conferências Tokyo International Forum, onde as entrevistas estão sendo feitas, para ser os primeiros a solicitar os postos de trabalho.


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17:15
Anónimo disse...
Economia Internacional
Senado dos EUA aprova plano de estímulo à economia

O Senado dos Estados Unidos aprovou com 60 votos a favor e 38 contra o plano de estímulo à economia de US$ 787 bilhões na madrugada deste sábado. Agora, ele segue para sanção ou veto do presidente Barack Obama, que espera colocar a lei em prática até o dia 16 de fevereiro.

O plano prevê a criação de três milhões de empregos, inclui cortes de impostos às famílias, fundos para programas sociais e obras públicas, além de ajuda aos governos estaduais, estudantes e desempregados.

A cláusula Buy American - que exige o uso de ferro, aço e produtos manufaturados dos Estados Unidos em obras realizadas com recursos do pacote - ficou de lado. Segundo o texto definitivo, a cláusula será aplicada sem violar as normas do comércio internacional.

Ontem à tarde, a Câmara de Representantes (deputados) havia aprovado, por 246 votos a favor e 183 contra, a versão final do plano. Todos os republicanos foram contrários ao pacote.

Pelo acordo de quarta-feira entre Câmara e Senado, em vez de custar US$ 819 bilhões, como queriam os deputados, ou US$ 838 bilhões como pretendiam os senadores, o pacote ficou em cerca de US$ 787 bilhões, com 65% desse total destinado a gastos do governo federal e 35%, a créditos tributários.

17:16
Anónimo disse...
Economia nacional
Na era Lula, aposentadoria sobe 54% menos que salário mínimo

Thatiane Faria
Especial para o Terra
Direto de São Paulo

Os índices de reajustes concedidos pelo governo em 2009 para aposentados e pensionistas e para o salário mínimo repetiram uma diferença que, só durante o governo de Luiz Inácio Lula da Silva, já chega a 54%. Enquanto o mínimo foi majorado em 12% este ano, as pensões e aposentadorias tiveram aumento de 5,92%. Aposentados que têm o benefício do governo como única fonte de renda reclamam que perdem poder de compra e que sua cesta de compras é composta por itens que aumentam mais em relação à inflação oficial.

Um exemplo prático pode ser entendido a partir da comparação entre um aposentado que ganhava R$ 600 em janeiro de 2003. Na época, o benefício era três vezes, ou 200%, maior que o valor do mínimo em vigência, que era de R$ 200. Aplicando-se os índices de reajuste para aposentadorias e para o mínimo durante os últimos seis anos, o mesmo aposentado estaria recebendo hoje R$ 938,47, comparado a um salário mínimo de R$ 465. A diferença entre os dois valores caiu para pouco mais de 100%.

Enquanto o índice acumulado de reajuste para a aposentadoria durante o governo Lula foi de 60%, para o salário mínimo está em 132%.

O diretor do Sindicato Nacional dos Aposentados, João Inocentini, reclama que os valores dos benefícios para aposentadorias não mantêm o poder de compra do grupo, principalmente dos aposentados que recebem menos que dez salários mínimos.

Nem mesmo o fato de o índice de reajuste das aposentadorias ter ficado acima da inflação acumulada no mesmo período (o IPCA entre janeiro de 2003 e janeiro de 2009 foi de 39,7%) serve de argumento, segundo os aposentados.

"Os idosos, principalmente, têm gastos além das contas gerais como gás, telefone e aluguel. Para eles o custo com remédios, e outros itens da área saúde costuma ser maior", afirmou Inocentini.

O presidente do sindicato afirmou que o grupo realiza um estudo com 100 itens de necessidade de um idoso para comparar o aumento dos produtos com o índice de reajuste do benefício recebido pelos aposentados.

"Daqui dois meses vamos abrir um processo na Justiça e levar essa pesquisa como prova. Segundo a lei, o governo é obrigado a manter o poder de compra com a aposentadoria", disse Inocentini.

Alternativas
O consultor financeiro Cláudio Boriola diz que os aposentados, especialmente nesse momento de crise econômica, devem evitar compras parceladas, pesquisar preços, negociar e fazer bom planejamento financeiro.

Segundo Boriola, alguns aposentados ganham um valor mensal muitas vezes insuficiente para o pagamento das contas e acabam pedindo crédito ou realizando pagamentos a prazo e são obrigados a pagar juros altos.

Na opinião do consultor, pagar uma previdência privada é uma alternativa indicada para quem ainda trabalha, considerando a característica de perda de poder de compra da aposentadoria.

"Na prática, infelizmente os valores encontram-se em um patamar que está deteriorando o poder de aquisição da população brasileira", completou Boriola.

De acordo com o diretor da Confederação Brasileira de Aposentados e Pensionistas (Cobap), Vicente Fernandes Barbosa, representantes dos aposentados tentarão um encontro com o presidente da Câmara, deputado Michel Temer (PMDB-SP), para discutir projetos que minimizem a perda dos aposentados

17:17
Anónimo disse...
Previdência
Previdência prorroga isenção de tarifas no benefício

O atual sistema de pagamento aos 26 milhões de aposentados e pensionistas do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) será mantido até o final deste ano. O acordo, que permite realizar a operação sem nenhum custo aos beneficiários, foi renovado nesta sexta-feira, entre o governo federal e 21 instituições financeiras.

Por meio desse acordo, vigente desde setembro de 2007, nem os segurados, nem os bancos e nem o governo arcam com o pagamento de tarifas, conforme explicou o ministro da Previdência Social, José Pimentel. A prorrogação vale até dezembro, data máxima para que a Previdência defina as regras para um novo contrato.

Ao assinar o termo de renovação, na sede da Federação Brasileira dos Bancos (Febraban), o ministro disse que a intenção do governo é mudar o atual modelo de gestão visando a reduzir os custos dessas operações em torno da folha mensal, que atinge R$ 15,8 bilhões. No entanto, qualquer alteração, conforme explicou, passará antes por audiências públicas a serem realizadas a partir do segundo semestre deste ano, atendendo a determinação do Tribunal de Contas da União (TCU).

De acordo com Pimentel, com um redesenho do mecanismo de repasse dos recursos aos bancos em torno da folha de pagamento dos segurados o que se busca é um aumento da participação de instituições financeiras. Ele informou que, desde 2007, cada benefício custa em média R$ 1,07 ao governo. "Quanto mais instituições financeiras estiverem prestando serviços à sociedade, maior é a competitividade, a agilidade no atendimento", justificou.

O ministro observou, ainda, que, para permitir uma redução para algo em torno de meia hora no tempo de atendimento para a concessão dos direitos previdenciários, o governo investiu R$ 280 milhões.

Questionado sobre o descontentamento dos segurados que ganham acima de um salário mínimo terem obtido apenas a correção com base na variação do Índice de Preços ao Consumidor (INPC) , ficando abaixo do reajuste dado a quem recebe apenas o mínimo, Pimentel argumentou que o governo seguiu o que determina a lei e descartou a possibilidade de uma revisão

17:17
Anónimo disse...
Empresas
Caterpillar oferece aposentadoria antecipada a 2 mil


A companhia americana Caterpillar ofereceu a cerca de dois mil funcionários incentivos para que se aposentem de forma voluntária antes do previsto, pela perspectiva de uma queda "significativa" da atividade industrial, informou nesta quarta-feira a empresa.

A iniciativa, destinada aos trabalhadores de diversas fábricas em Illinois, Colorado, Tennessee e Pensilvânia, se soma aos cortes de empregos anunciados em janeiro, explicou em comunicado de imprensa.

A empresa, a maior fabricante mundial de maquinaria pesada para a construção e a mineração, acrescentou que, "em função das condições de negócio, podem ser necessárias mais reduções de elenco voluntárias e involuntárias à medida que o ano avança".

O vice-presidente da companhia, Sid Banwart, explicou que a empresa prevê "demissões significativas em todas as regiões geográficas e na maioria dos setores devido às dificuldades da economia mundial".

17:18
Anónimo disse...
Comércio
Comércio exterior da OCDE caiu no 3º trimestre de 2008


As exportações e as importações dos países da Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Econômico (OCDE) caíram 1,6% e 0,2%, respectivamente, no terceiro trimestre de 2008, em relação aos três meses anteriores.

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Trata-se da primeira queda destas atividades desde o terceiro trimestre de 2006, segundo o último relatório trimestral sobre fluxos comerciais divulgado pela OCDE.

As exportações e as importações em dólares dos 30 Estados-membros caíram 15,6% e 17%, respectivamente, na comparação anualizada.

Por sua vez, o comércio dos sete países mais ricos do mundo (G7) teve um pequeno crescimento no terceiro trimestre de 2008 com uma queda das exportações de mercadorias de 0,2% em relação ao trimestre anterior e um aumento de 0,4% das importações.

Em termos anualizados, as importações do G7 caíram 1,4% entre julho e setembro do ano passado, seu primeiro retrocesso desde o terceiro trimestre de 2006, enquanto as exportações aumentaram 1,9%, seu crescimento mais baixo no mesmo tempo.

Por países, a Alemanha aumentou suas importações em 3,4% - valor mais alto do G7 -, enquanto suas exportações caíram 2,9% do segundo para o terceiro trimestre de 2008.

Pelo contrário, as exportações americanas aumentaram 1,8% entre julho e setembro de 2008, enquanto as importações caíram 0,7% em relação ao trimestre anterior. No Japão, tanto as importações quanto as exportações caíram em torno de 1% no mesmo período.

17:19
Anónimo disse...
Economia Nacional
Lula: juros de crédito consignado a aposentados são altos

Atualizada às 17h29

O presidente Luis Inácio Lula da Silva afirmou nesta terça-feira, em São Paulo, que está lutando para reduzir as taxas de juros cobradas de aposentados em crédito consignado. A Previdência Social estabelece uma taxa máxima de 2,5% para empréstimo e de 3,5% para cartão. Para Lula, os valores são altos.

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"Acho que o juro que os aposentados estão pagando hoje com o crédito consignado é alto para o padrão brasileiro", disse o presidente durante a cerimônia de comemoração dos 86 anos do INSS.

A Previdência anunciou nesta terça-feira que aposentados e trabalhadoras com licença-maternidade poderão receber seus benefícios em 30 minutos. De acordo com Lula, em junho, a aposentadoria do trabalhador rural também será conseguida em meia hora.

Além disso, o presidente anunciou que, também em junho, os trabalhadores que alcançarem o direito à aposentadoria passarão a receber em suas casas um comunicado da Previdência informando o fato e o valor do salário que têm direito a receber. "É um comprometimento público que estou fazendo com os companheiros da Previdência Social", disse.

"Estamos retribuindo ao contribuinte da Previdência Social aquilo que é a cidadania que ele tem direito", afirmou Lula. "Se para cobrar nós somos tão precisos, para devolver o dinheiro, temos que chegar próximo à perfeição", completou.

17:20
Anónimo disse...
Economia Nacional
Salário maternidade sairá em 30 minutos, diz ministro

Toda trabalhadora autônoma que tiver contribuído pelo menos 10 meses com o Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) - ou as que possuírem carteira assinada - poderão receber em 30 minutos o salário maternidade a partir desta terça-feira. Da mesma forma, as mulheres com 30 anos de contribuição e os homens com 35 anos também terão direito ao benefício de forma mais rápida. A informação é do ministro da Previdência Social, José Pimentel.

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Para requerer o salário maternidade, é preciso que as autônomas levem a carteira de identidade e o carnê de contribuição. As demais trabalhadoras devem apresentar a identificação e a carteira de trabalho. Desde o início do mês, a nova forma de análise para a concessão de benefícios foi adotada para a aposentadoria por idade do trabalhador urbano e agora foi estendida para o salário maternidade e por tempo de contribuição.

O ministro disse que a qualificação do serviço da previdência social é o reconhecimento do direito dos trabalhadores e da afirmação da cidadania.

"Até pouco tempo na cabeça do cidadão o serviço devia ser de péssima qualidade. Agora não, nós modificamos toda a legislação no mês de dezembro numa ação conjunta do Congresso Nacional com o governo federal. Estamos implantando e concedendo os benefícios em até 30 minutos", afirmou.

O ministro destacou que para conseguir se aposentar ou ter acesso à licença maternidade em 30 minutos, em primeiro lugar, é necessário que o cidadão esteja vinculado à Previdência, o que inclui 65% da população acima de 16 anos de idade.

"Depois bastar marcar pelo sistema 135 o dia e a hora do atendimento e levar a documentação. Se todos os dados necessários estiverem corretos o contribuinte será atendido em até 30 minutos, como vem sendo feito com as aposentadorias por idade desde o dia cinco de janeiro", explicou.

Pimentel disse ainda que em 90% das agências da previdência social o atendimento é marcado em até 48 horas. Nos grandes centros, entretanto existe um volume maior o que torna mais lento o processo.

"Estamos criando mais 715 agências até 2010, em todo o território nacional, para descentralizar o atendimento. Em 2008, atendemos 295 mil benefícios e aposentadorias por idade. Temos 4 mil pessoas por dia procurando e se aposentando por idade no território nacional. Este serviço será agilizado", concluiu.

17:28
Anónimo disse...
Giuseppe Englaro, pai de Eluana, a italiana que morreu na segunda-feira passada por desidratação, recusou uma grande soma de dinheiro de um conhecido fotógrafo italiano que queria retratar a filha em estado de coma, disse neste sábado o neurologista que atendia a mulher desde 1996, Carlo Defanti.

O neurologista, que participou hoje de uma conferência sobre eutanásia, disse que Englaro respeitou a vontade da filha, que, antes do acidente, tinha pedido que, se lhe ocorresse qualquer coisa irreversível, apresentasse sua imagem de quando estava em boas condições.

Antes de sofrer o acidente de trânsito, em 1992, Eluana viveu o coma de um amigo, Alessandro, o que causou forte impacto na italiana e a levou a fazer o pai prometer que não a deixasse viver em estado vegetativo, disse o próprio Giuseppe Englaro.

Defanti, que dissera que Eluana poderia viver de dez a 12 dias depois da suspensão da alimentação e da hidratação, disse que, como médico, tinha que reprovar esta afirmação.

"Não se pode sobreviver após três ou quatro dias sem líquido e, em particular, água em um corpo. Sabemos bem que, quando há um terremoto, após quatro dias é difícil encontrar sobreviventes".

Defanti ressaltou que Eluana "não falava, não se comunicava com o exterior" e que, após vários exames, "nos deparamos com uma moça que tinha perdido a consciência", porque estava com o córtex cerebral prejudicado.

Eluana foi enterrada na quinta-feira passada no túmulo da família na localidade de Paluzza, em Udine, após um funeral que não contou com a presença dos pais.

16:53
Anónimo disse...
Os bombeiros combatem neste sábado os incêndios na Austrália favorecidos pelo bom tempo, enquanto os deslocados encotram em seu retorno casas derruídas, carros queimados nas ruas e destruição.

Depois de sete dias desde que começaram os incêndios no Estado de Victoria, a lista de mortos chega a 181, os desaparecidos somam 50, os edifícios destruídos totalizam 1,834 mil e o terreno arrasado, principalmente florestas, ocupa uma área de 4,13 mil quilômetros quadrados.

As equipes de bombeiros, formadas por 4 mil profissionais de Victoria, de outras partes da Austrália e de países amigos, combateram hoje 12 focos fora de controle e nenhum representava uma ameaça direta para a população.

O subdiretor do Serviço de Bombeiros, Geoff Conway, disse que este tempo favorável, que se prolongará durante o domingo, permite consolidar as linhas de contenção e avançar na extinção das chamas.

Cinzas apareceram arrastadas por ventos do nordeste sobre Melbourne, onde habitam 3,8 milhões de pessoas, e as autoridades alertaram aos cidadãos do risco para a saúde de idosos, crianças e pessoas com problemas respiratórios.

O número de pessoas deslocadas - a Cruz Vermelha chegou a receber 7 mil - começou a cair com a abertura de algumas localidades atingidas.

Os incêndios, alguns criminosos, começaram em 7 de fevereiro, quando a região sul da Austrália estava há duas semanas sob uma onda de calor sem precedentes.

Na sexta-feira passada, a polícia acusou uma pessoa de ter provocado o incêndio que atingiu a localidade de Churchill e matou 21 pessoas.

16:55
Anónimo disse...
A primeira chuva em seis dias reduziu a ameaça de incêndios no Estado de Victoria, ao sul da Austrália. As autoridades, porém, advertiram que ainda existem 12 focos, mas que nenhum deles ameaça áreas povoadas.

Mais de quatro mil bombeiros, mil provenientes de outras partes do país e de outras nações, trabalham contra o fogo. Cerca de 600 veículos e 28 helicópteros e pequenos aviões estão sendo usados.


Eles conseguiram construir linhas de contenção para evitar os incêndios de Yarra e Maroondah se juntassem. Também foram controlados os incêndios abertos de Yea e Murrindindi, que ameaçavam as comunidades de Connellys Creek, Crystal Creek, Scrubby Creek e Native Dog Creek.

O número de mortos chegou a 181, mas as autoridades acreditam que as vítimas devem passar de 200, já que ainda há muitos desaparecidos.

16:55
Anónimo disse...
Aqui nesta coluna, na semana passada, tive a oportunidade de comentar sobre a recente visita do professor brasileiro Pedrinho Guareschi à Austrália. Não dei, porém, os fatos, pois semana passada o assunto era outro.

Hoje, porém, vamos a eles.

No último dia 4 de fevereiro, aconteceu o Seminário "Paulo Freire: Education and Liberation", organizado pelo centro de estudos latino-americanos da Universidade Nacional da Austrália, ou ANU, como é mais conhecida por aqui.

A ANU, para quem não sabe, está entre as 20 melhores universidades do mundo! E tem sede aqui em Camberra, capital da Austrália.

Na abertura do evento, o professor John Minns, diretor do centro latino-americano, ao dar boas-vindas ao público presente, lembrou ser aquele o primeiro seminário exclusivamente dedicado a Paulo Freire na Austrália.

Em seguida, convidou Pedrinho Guareschi, palestrante principal do Seminário, a fazer sua apresentação.

A plateia pode então conhecer, pelas palavras de Pedrinho, um pouco da obra e da vida de Freire, esse brasileiro de fé e valor, que sempre acreditou na educação, sobretudo dos menos favorecidos, analfabetos, como força libertadora.

Como não podia deixar de ser, os conceitos e ideias revolucionários de Paulo Freire, expostos com clareza por Pedrinho, despertaram o interesse e a curiosidade de plateia. A qual, deve-se notar, era na maioria de estudantes, mas de várias nacionalidades, sobretudo australianos e asiáticos.

Na continuação do programa do seminário, que se estendeu por dois dias, outros professores fizeram palestras sobre temas ligados à obra de Paulo Freire.

Interessante, por exemplo, saber que a professora Anne Hickling-Hudson, jamaicana que mora na Austrália há muitos anos (é professora da ANU), conheceu e trabalhou com Freire num workshop educacional durante a revolução na Ilha de Granada, em 1980, antes da invasão dos Estados Unidos...

Ou, então, a palestra da Professora Gerda Roelvink, da Nova Zelândia, que participou do Fórum Social de Porto Alegre em 2005. E essa participação transformou-se em tema de doutorado.

No dia 10, terça-feira passada, o padre Pedrinho Guareschi voltou a falar ao público australiano em grande auditório localizado no belíssimo campus da ANU. Desta vez, sobre a Teologia da Libertação.

Depois da palestra, John Minns mostrou o filme mexicano "O Crime do Padre Amaro", no qual um dos personagens é um padre católico praticante da Teologia da Libertação.

Mais uma vez, foi grande o intersse da platéia, que pode aprender e conhecer um pouco como se desenvolveu aquele importante movimento católico na América Latina.

Fica, assim, ao Pedrinho, bem como a outros brasileiros estudiosos e de bom coração que saem pelo mundo a divulgar aspectos importantes da cultura brasileira, o respeito e a homenagem desta coluna. E... aquele abraço!

16:57
Anónimo disse...
Amanda Kitts perdeu o braço esquerdo em um acidente de automóvel acontecido três anos atrás, mas hoje em dia ela joga futebol americano com seu filho de 12 anos de idade, troca fraldas e abraça as crianças nas três creches Kiddie Cottage que opera em Knoxville, Tennessee. Kitts, 40 anos, faz tudo isso com a ajuda de um novo tipo de braço artificial que se movimenta com mais facilidade do que outros aparelhos e que ela pode controlar utilizando apenas seus pensamentos.

"Eu sou capaz de mexer a mão, o pulso e o cotovelo ao mesmo tempo", diz. "Você pensa e os músculos se movem em seguida".

A recuperação que ela conseguiu resulta de um novo procedimento que vem atraindo crescente atenção porque permite que pessoas movam braços protéticos de forma mais automática do que faziam no passado, simplesmente utilizando nervos reaproveitados em seus cérebros.

A técnica, conhecida como "renervação muscular dirigida", envolve utilizar os nervos que restam depois da amputação de um braço e conectá-los a outro músculo do corpo, em geral no peito. Eletrodos são instalados sobre os músculos do peito, e operam como se fossem antenas. Quando a pessoa deseja mover o braço, o cérebro envia sinais que primeiro resultam em contração dos músculos do peito, os quais enviam um sinal ao braço protético, instruindo-se a se movimentar. O processo não requer mais esforços consciente do que a pessoa teria de exercitar caso ainda tivesse seu braço natural.

Na terça-feira, pesquisadores reportaram em estudo publicado pela versão online do Journal of the American Medical Association que haviam levado a técnica ainda mais à frente, tornando possível a execução de 10 movimentos de mão, pulso e cotovelo diferentes, o que representa uma substancial melhora com relação ao típico repertório protético, que em geral envolve apenas dobrar o cotovelo, girar o pulso e abrir a mão.

"Os novos métodos tiveram impacto dramático em nosso campo de trabalho", disse Stuart Harshbarger, engenheiro biomédico na Universidade Johns Hopkins e diretor do programa de pesquisa sobre próteses, financiado pelas forças armadas, que inclui o trabalho com essa técnica. "O método já está em uso por médicos e cirurgiões comuns em todo o país. A capacidade de controlar um membro protético bastante robusto que ele confere surpreendeu a todos pela qualidade".

Tipicamente, uma pessoa que tenha um braço protético só é capaz de executar alguns poucos movimentos, e muitas vezes com tamanha lentidão que isso só permite a ela atividades limitadas.

Há um motor separado para cada movimento, diz Gerald Loeb, professor de engenharia biomédica na Universidade do Sul da Califórnia, "e esses motores precisam ser controlados de maneira explícita", usualmente por um esforço consciente da pessoa para contrair músculos nas costas ou no bíceps.

"Essencialmente, até agora os pacientes controlavam apenas um motor de cada vez", diz Loeb, "e precisavam pensar cuidadosamente sobre que motor desejavam controlar e como fazê-lo operar, em lugar de simplesmente pensarem em mover o braço e poderem fazê-lo sem delongas".

Antes que Kitts passasse pelo procedimento de renervação, em outubro de 2007, por exemplo, ela precisava movimentar os músculos de suas costas de determinada maneira para fazer com que seu pulso girasse, e flexionar seu bíceps e tríceps para fazer com que o cotovelo se movesse para cima e para baixo. "Era muito trabalho", ela conta. "E não me ajudava muito".

O procedimento de renervação é parte de uma recente explosão de idéias novas e técnicas inovadoras que estão sendo exploradas enquanto os cientistas se esforçam por ajudar as pessoas a compensar melhor a perda de membros ou problemas de paralisia. O esforço vem sendo alimentado pelo aumento no número de amputações causado por diabetes e por ferimentos sofridos pelos militares, e ao mesmo tempo pelos avanços na tecnologia médica.

Os braços se tornaram um dos focos essenciais desse tipo de trabalho. A ciência há muito vem obtendo sucessos no desenvolvimento de próteses de perna, mas é muito mais difícil imitar a complexidade e a destreza das mãos e dos braços.

Os esforços em curso incluem o desenvolvimento de projetos de pele e braços mais sensíveis e mais flexíveis, e o uso de dispositivos acionados por controles sem fio implantado nos braços protéticos, que permitiriam movimentos mais naturais.

Os pesquisadores também vêm usando sensores implantados nos cérebros de cobaias para permitir que dois macacos controlem um braço mecânico, e um teste com um homem paralítico permitiu, com esse método, que ele movimentasse um cursor em uma tela de computador.

Alguns desses métodos, caso venham a ser aperfeiçoados plenamente e consigam aprovação das autoridades regulatórias da saúde, podem no futuro se tornar mais viáveis para os pacientes de amputações.

E embora a técnica da renervação não requeira aprovação das autoridades regulatórias porque é executada por meios cirúrgicos e emprega aparelhos já existentes, ela apresenta limitações que até mesmo seus criadores reconhecem, entre as quais o fato de que não se pode utilizá-la para todos os pacientes, o seu alto custo e o prazo de meses requerido para que os nervos reconectados cresçam e se tornem efetivos.

Ainda assim, os especialistas dizem que é o mais avançado sistema em uso hoje para pacientes reais que permite que o sistema nervoso controle diretamente o movimento de um braço artificial.

Desde sua introdução por Todd Kuiken, médico fisioterapeuta e engenheiro biomédico do Instituto de Reabilitação de Chicago, o método foi empregado em cerca de 30 pacientes nos Estados Unidos, Canadá e Europa, entre os quais oito soldados feridos no Iraque e no Afeganistão.

Muitos dos pacientes, entre os quais o primeiro, Jesse Sullivan, um operário do setor elétrico no Tennessee que perdeu os dois braços quando foi eletrocutado por um cabo, conseguem não apenas manipular seus braços protéticos mas sentir a presença das mãos que já não têm quando alguém toca em seus peitos.

Sullivan, 62 anos, e Kitts, estavam entre os cinco pacientes que participaram do estudo reportado na terça-feira. Em companhia de cinco outras pessoas que não passaram por amputações, eles receberam os eletrodos e foram instruídos a usar pensamentos para fazer com que um braço virtual na tela reproduzisse 10 movimentos diferentes, entre os quais três formas diferentes de aperto de mão.

Os pacientes apresentaram desempenho bastante respeitável, apenas um pouco mais lento e menos preciso do que os dos participantes que não tinham amputações.

"As velocidades de movimento que encontramos em nossos pacientes foram realmente encorajadoras", disse Kuiken. "Eles conseguiram completar a tarefa. É claro que não foram tão competentes quanto as pessoas dotadas de plena capacidade física, mas foram bons o bastante".

Um braço virtual foi usado porque a maioria das próteses existentes não era capaz de acomodar todos aqueles movimentos, no momento da pesquisa, ainda que Sullivan, Kitts e uma terceira paciente, Claudia Mitchell, tenham experimentado dois novos protótipos mais versáteis de braços artificiais, executando tarefas complexas com bolas de tênis e outros objetos.

O trabalho de renervação em soldados apresenta outros desafios, diz Kuiken, porque os ferimentos militares muitas vezes "causam danos muitos extensos" a nervos, músculos ou ossos.

Daniel Acosta, 25 anos, um aviador ferido pela detonação de uma bomba em uma estrada do Iraque em 2005, passou pelo procedimento no ano passado e diz que seu braço esquerdo protético agora se movimenta "muito mais rápido" e de maneira muito mais natural.

"A diferença é que agora não preciso mais pensar para mover o braço", ele diz. "Ele simplesmente se mexe".

Ainda assim, Acosta, de San Antonio, diz que "o processo foi bastante longo" e que os eletrodos precisam ser ajustados para receber os sinais à medida que os nervos crescem ou mudam de posição.

E embora elogiem o método, os especialistas afirmam que a ciência das próteses de braço ainda tem muito por avançar.

"Trata-se de uma parte crucial, mas ainda assim apenas uma parte, das muitas coisas que compreendem a função normal de um braço", disse Loeb, que escreveu um editorial que acompanha o artigo no Journal of the American Medical Association.

"No momento estamos a meio do caminho entre o braço de 'Dr. Fantástico', que fazia involuntariamente a saudação nazista, e o braço de Luke Skywalker em 'Guerra nas Estrelas', que funciona sem nenhum problema assim que é conectado. Creio que precisaremos ainda de muitos anos para conectar todas as peças necessárias a produzir um braço capaz de funcionar normalmente".

17:04
Anónimo disse...
A Espanha disse neste sábado que está preparando uma reclamação oficial contra a decisão da Venezuela de expulsar um membro do Parlamento Europeu que criticou o conselho eleitoral venezuelano.
Luis Herrero, membro do partido conservador espanhol PP, foi deportado na sexta-feira depois que o Conselho Nacional Eleitoral (CNE) o acusou de questionar a imparcialidade da instituição antes de um referendo que pode permitir ao presidente Hugo Chávez permanecer no cargo indefinidamente.

Herrero estava na Venezuela como observador do referendo. Ele acusou Chávez de ter "comportamentos típicos de um ditador" por pedir a contenção de manifestações da oposição.

O governo da Espanha convocou um encontro com o embaixador da Venezuela em Madri para expressar a desaprovação sobre a expulsão de Herrero, disse um representante do Ministério das Relações Exteriores espanhol.

As relações da Venezuela com a Espanha tiveram seu ponto crítico em 2007, quando Chávez ameaçou rever acordos diplomáticos e comerciais depois de ouvir um "cala a boca" do rei espanhol Juan Carlos durante uma cúpula.

A fenda foi oficialmente reparada em 2008, com uma visita oficial de Chávez à Espanha, onde ele cumprimentou o rei e discutiu acordos para investimento no setor petroquímico com o primeiro-ministro José Luis Rodriguez Zapatero.

17:06
Anónimo disse...
A polícia do Zimbábue anunciou neste sábado que acusa de traição Roy Bennett, dirigente do até agora opositor Movimento para a Mudança Democrática (MDC), detido na sexta-feira, em Harare, poucas horas antes da cerimônia de posse dos membros do novo gabinete.

"A Polícia nos informou que vão apresentar acusações de traição", disse à agência EFE o advogado de defesa de Bennett, Trust Maanda.

"Tentam relacionar Roy com o caso de Mike Hitschmann, que foi detido em 2006 em relação à descoberta de um carregamento de armas, apesar de que Hitschmann não tenha sido declarado culpado das acusações de traição apresentadas contra ele, mas de um crime menor de descumprimento de leis", disse Maanda.

O político opositor, designado por seu partido como vice-ministro de Agricultura no Governo de união nacional, esteve no exílio na vizinha África do Sul desde 2006 e retornou ao Zimbábue há duas semanas.

Segundo a Polícia, que deteve Bennett ontem no aeroporto de Harare quando pretendia ir à África do Sul para visitar sua família, as armas apreendidas em 2006 seriam utilizadas em um golpe de Estado para derrubar o presidente do Zimbábue, Robert Mugabe.

Depois da detenção, Bennet foi levado a Mutar, onde vários simpatizantes do MDC se concentraram em frente à delegacia na qual estava detido, diante do que a Polícia respondeu com tiros para o alto para dispersar os manifestantes.

17:07
Anónimo disse...
Austrália: 14 mil se candidatam a 'emprego dos sonhos'

A secretaria de Turismo de Queensland, na Austrália, informou que até esta segunda-feira já recebeu cerca de 14 mil inscrições para o "o melhor emprego do mundo". O Estado australiano promove pela internet seleção para vaga de "zelador" da ilha Hamilton, por seis meses com um salário de R$ 40 mil.

Muitos candidatos tiveram problemas durante a inscrição por conta dos acessos simultâneos ao site. A secretaria aconselha enviar os vídeos de 60s explicando porque deve ser escolhido em horários alternativos do dia, além de recomendar tamanho em torno de 40MB.

As inscrições começaram em 12 de janeiro e vão até o próximo dia 22 e podem ser feitas pelo site www.islandreefjob.com. O governo australiano escolherá 50 candidatos para a próxima fase da seleção, que terá votos do público para eleger um dos 11 finalistas.

A última fase terá entrevistas e desafios físicos, no próprio local de trabalho: as ilhas da Grande Barreira Coralina - o maior recife de coral do mundo. A secretaria de Turismo anunciará o vencedor no dia 6 de maio.

17:09
Anónimo disse...
Mercado elogia governo na crise, mas pede maior queda no juro

Peter Fussy
Direto de São Paulo

Desde as primeiras medidas anunciadas para combater os efeitos da crise, o governo brasileiro avisou que a estratégia não contemplaria um pacote. Seriam doses pontuais, de acordo com a necessidade da economia diante do agravamento das turbulências. Da primeira liberação dos depósitos compulsórios em setembro até a ampliação do seguro-desemprego na última quarta-feira, o governo passou por redução de impostos, ampliação de crédito e incentivos à exportação. Quase 150 dias após a primeira medida, o Terra conversou com líderes do setor público e privado, representantes dos trabalhadores, acadêmicos e com o próprio governo para saber quais destas ações foram mais eficazes, quais foram mais ineficientes e o que mais pode ser feito pelo Estado brasileiro contra a crise.

Os maiores elogios foram direcionados à atitude de reduzir o Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) para a indústria automobilística, anunciada em dezembro e que fez com que os emplacamentos de carros novos subissem 1,9% no primeiro mês do ano em relação a dezembro de 2008. Já as maiores críticas foram para a lentidão no corte da taxa básica de juro do País.

Para o presidente do conselho administrativo do Grupo Pão de Açúcar, Abílio Diniz, o Estado não é responsável pela crise e mesmo assim está agindo "com extrema serenidade e muito acerto". "O governo está atento, fazendo a sua parte. É preciso coragem de baixar firmemente a taxa de juros. É uma arma que temos a nosso favor, já que não há clima para inflação, nem possibilidade de danos para a macroeconomia", afirmou Diniz.

Na última reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), em janeiro, a taxa Selic foi reduzida em um ponto percentual, de 13,75% para 12,75% ao ano. Porém, o professor de economia da Universidade de Brasília (UnB) José Luiz Oreiro lembra que este corte representa uma redução de apenas 0,25 ponto percentual com relação à taxa de setembro do ano passado, quando a crise se agravou.

"Pouco antes da eclosão da crise, o Banco Central aumentou a taxa em 0,75 ponto. Foram cinco meses de demora para reduzir em termos líquidos apenas 0,25 ponto", afirmou o economista, que também sugeriu redução do intervalo de cerca de 90 dias entre as reuniões do Copom e o corte de pelo menos um 1 ponto percentual em cada reunião.

Mesmo com o corte de janeiro, a taxa de juros real continua sendo a maior do mundo, lembrou o secretário-geral da Força Sindical, João Carlos Gonçalves, o Juruna. "A redução da taxa de juro ainda é pequena, porque ela continua uma das mais altas do mundo. Falta ousadia para baixar os juros e ajudar o cidadão. A permanência da taxa de juro alta é negativa para o País em meio a crise", afirmou Juruna.

Embora aprove as ações do governo, o senador Aloízio Mercadante (PT-SP) também acredita que o patamar da Selic está muito alto. "Sempre fomos os primeiros a entrar em qualquer crise, o que não aconteceu agora. A taxa Selic ainda é muito alta, mas o governo têm tomado medidas acertadas, como o aumento do salário mínimo, mesmo com um cenário de crise. Isso ajuda a movimentar o consumo. O governo está se esforçando para manter os investimentos e o crescimento", disse.

Tributos
De acordo com o economista Fabio Pina, da Fecomercio-SP, as ações mais positivas estão relacionadas à redução de tributos para alguns segmentos, como a indústria automobilística, que recuperou parte da queda nas vendas em janeiro com a isenção do IPI para carros 1.0 l e o corte para demais motorizações. A medida vale até o final de março.

"Essas medidas não só reduziram o preço, mas anteciparam o consumo daqueles que iriam comprar no futuro, dando um prêmio por conta da insegurança. Mexe diretamente com o principal problema que é a confiança do consumidor", afirmou. Juruna destacou que um bom ritmo de vendas é garantia de emprego. "É importante porque cada emprego na montadora significa 19 na cadeia produtiva", comentou o representante da Força Sindical.

Também em dezembro, o governo decidiu cortar pela metade a alíquota do Imposto de Renda para contribuintes que ganham entre R$ 1.434 e R$ 2.150 mensais. "O salário aumentava e a tabela não se modificava. As pessoas ganhavam mais e pagavam mais impostos", apontou Juruna. Outra redução de tributos do governo foi com relação ao Imposto sobre Operações Financeiras (IOF), que caiu de 3% ao ano para 1,5%.

Crédito
Na segunda metade de 2008, o colapso de bancos nos Estados Unidos por conta da crise do subprime provocou uma forte restrição de crédito no mundo inteiro. Uma das primeiras medidas anticrise do governo teve como objetivo restabelecer a oferta, com mudanças no recolhimento dos depósitos compulsórios por parte dos bancos. Segundo o presidente do Banco Central, Henrique Meirelles, as diversas modificações liberaram US$ 99,2 bilhões aos bancos até o final de janeiro.

Além disso, o governo concedeu R$ 36 bilhões das reservas internacionais para empresas brasileiras com dívidas no exterior e uma medida provisória autorizou o Banco do Brasil e a Caixa Econômica Federal a comprar carteiras de crédito de bancos privados. Para o diretor do Departamento de Pesquisas e Estudos Econômicos da Fiesp, Paulo Francini, estas medidas foram essenciais para combater os efeitos da crise.

"A crise se desenvolve no mundo em torno do tema crédito. E o crédito reduziu-se barbaridade no mundo. Então o governo lança mão de compulsório, lança mão de reservas, de medidas que permitem aos bancos comprar carteiras de bancos. Você vai tomando várias medidas para atender às demandas e o epicentro disso é crédito", afirmou.

No entanto, Oreiro, da UnB, adverte que a liberação dos compulsórios seria mais eficiente acompanhada de redução mais agressiva da taxa básica de juro. "Uma parte do crédito voltou, depois da forte retração em outubro e novembro. O que deveria ter sido feito junto à liberação do compulsório era uma redução mais drástica da taxa de juro. Sem isso, os bancos pegam as reservas e acabam comprando títulos públicos", explicou o economista.

Na opinião de Pina, as ações de distribuição de crédito via redução do compulsório e a disposição de capital de giro para empresas foram tomadas sem um cuidado maior na operação e não tiveram muito efeito. "O BNDES tem linhas que ficam paradas quase todo o ano, agora é pior ainda. Existem os recursos, mas as empresas e os bancos estão desconfiados. É preciso fazer com que os bancos tenham interesse em emprestar", afirmou o economista da Fecomercio-SP.

Futuro
Mesmo com todas essas medidas, a crise financeira ainda gera incertezas nos setores produtivos do País. Nos últimos meses, o medo do desemprego fez os consumidores adiarem compras. Por sua vez, a queda nas vendas pode obrigar as indústrias a cortarem a produção e demitir funcionários. Contra isso, empresários sugerem redução de jornada e de salários.

"Isto está previsto em lei. A Fiesp simplesmente manteve conversações com entidades sindicais quanto à aplicação daquilo que já está previsto em lei", afirmou Francini.

Segundo a ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff, uma das medidas que assegura um nível de emprego é a manutenção de investimentos no Programa de Aceleração do Crescimento (PAC). "Estamos esperando que a dificuldade ocorra em janeiro, fevereiro e março. Estamos certos que vamos manter o nível de investimento. É isso que funciona, é isso que significa investimento público. Ele funciona como um colchão. Por isso, nós colocamos R$ 100 bilhões no BNDES e a Petrobras ampliou o seu investimento em R$ 120 bilhões", afirmou.

Na mesma linha, Pina explica que a antecipação de gastos do governo substitui parte da demanda retraída do setor privado. "Ele dá o seguinte recado: não vou estourar as contas públicas, mas concentrar em um momento em que a demanda privada está pequena. Mas o governo não tem fôlego suficiente para fazer o papel de toda demanda", ressaltou. O economista da Fecomercio lembrou que a entidade já pleiteou junto ao governo isenções para transferência de imóveis e de automóveis, além de retirar o IPVA para veículos novos.

Já Oreiro foca suas propostas na capitalização do Banco do Brasil e da Caixa Econômica Federal pelo Tesouro para atender a demanda de crédito para capital de giro e reduzir o spread. "Aumentando o empréstimo e reduzindo as taxas, os dois vão forçar os bancos privados a acompanhar o movimento, até para não perderem participação no mercado", explicou o economista da UnB.

Até o Carnaval, o governou prometeu detalhar um pacote de incentivos para a construção de até um milhão de casas populares, direcionado a famílias com renda de até dez salários mínimos. "Estamos atentos a tudo o que está acontecendo e novas medidas serão tomadas caso haja uma avaliação de que sejam necessárias", disse o ministro da Fazenda, Guido Mantega, na última sexta-feira.

17:11
Anónimo disse...
Ex-ministro critica extensão do seguro-desemprego

Atualizada às 09h03

O ex-ministro do Trabalho Almir Pazzianotto criticou a decisão do governo federal de conceder o seguro-desemprego estendido a apenas alguns setores. "É certamente odioso e provavelmente inconstitucional", disse Pazzianotto, de acordo com o jornal O Estado de S. Paulo.

Na última qurta, dia do anúncio da medida, centrais sindicais elogiaram a atitude do governo. A Força Sindical divulgou nota dizendo que "o aumento ajudará a aquecer parte da economia, já que irá gerar mais consumo, produção e conseqüentemente, a criação de novos postos de trabalho". A União Geral dos Trabalhadores (UGT) afirmou que a medida "contribuirá para minimizar o drama dos trabalhadores que perderem seu emprego por conta da crise".

O ex-ministro, que instituiu o seguro-desemprego no País no governo de José Sarney, destacou a necessidade de as centrais sindicais se manifestarem contra a determinação. Para ele, as mudanças devem ser aplicadas a todas as categorias profissionais e a distinção é contrária ao artigo 3º da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT).

Pazzianotto atribui a medida a um possível temor do governo de que a crise econômica seja longa e não haja dinheiro para atender a todas as necessidades. Ainda assim, ele se mostra contrário ao método de concessão. "O seguro-desemprego ajuda a sanar necessidades básicas. Estendê-lo é paliativo, não a solução", disse ao jornal.

De acordo com o presidente do Conselho Deliberativo do Fundo de Amparo ao Trabalhador (Codefat) e conselheiro da Força Sindical, Luiz Fernando Emediato, a determinação já estava prevista na lei 8.900/94, que trata do seguro-desemprego.

O presidente da Comissão de Trabalho da Câmara, Pedro Fernandes (PTB-MA) vai além na crítica à concessão do seguro para apenas alguns setores. Ele acredita que a ampliação do benefício estimula o desemprego.

Quintino Severo, secretário geral da Central Única dos Trabalhadores (CUT), lembra que a ampliação do benefício sem critério e identificação pode incentivar demissões em outros setores.

17:13
Anónimo disse...
Empresas
TAM faz promoção para destinos internacionais

A companhia aérea TAM anunciou nesta sexta-feira tarifas promocionais para trechos internacionais. Os preços valem para bilhetes comprados entre 6h deste sábado e 23h59 deste domingo e são válidos para classe econômica. As tarifas, para ida e volta, serão vendidas a partir de US$ 99, mais taxas.

Segundo a aérea, a promoção vale para viagens feitas no período de 14 de fevereiro a 18 de junho de 2009. Para destinos na América do Sul, a permanência mínima é de dois dias; para bilhetes com destino nos Estados Unidos, cinco dias; e Europa, sete dias. A permanência máxima para as passagens para América do Sul e EUA é de dois meses e para Europa, três meses.

Entre os exemplos de tarifas promocionais, a TAM oferece São Paulo-Lima por US$ 99. Bilhetes para a rota São Paulo-Santiago serão vendidos a partir de US$ 199 e São Paulo-Nova York, US$ 799.

A emissão dos bilhetes deve ser feita obrigatoriamente no ato da reserva, obedecendo às regras estipuladas pela companhia. A compra está sujeita à disponibilidade de assentos nas classes tarifárias determinadas, trechos, horários e datas. A TAM afirmou que também há tarifas promocionais para a classe executiva.

Mais informações podem ser encontradas no site promocional (www.ofertastam.com.br), no site da empresa (www.tam.com.br) ou pelos telefones 4002-5700 ou 0800 5705700.

17:13
Anónimo disse...
Empresas
Consultoria negocia compra do parque temático Hopi Hari

A consultoria especializada em reestruturação de empresas Íntegra Associados informou nesta sexta-feira ter um acordo para comprar o parque de diversões Hopi Hari, localizado no interior de São Paulo. A empresa estaria disposta a investir R$ 10 milhões no parque, que tem dívida estimada em R$ 800 milhões. As informações são da edição deste sábado do jornal Folha de S. Paulo.

De acordo com o jornal, a transação ainda depende da negociação entre o Hopi Hari e seus credores, o que já estaria em andamento.

A consultoria paulista já atuou junto à Parmalat, durante 30 meses, quando reorganizou a gestão da empresa italiana.

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17:14
Anónimo disse...
Empresas
Disney de Tóquio contratará mais 2 mil apesar da crise


A Oriental Land, o operador da Disneylândia Tóquio e DisneySea, organizou neste domingo entrevistas para contratar cerca de 2 mil trabalhadores em tempo parcial, em um momento de grandes demissões deste tipo de empregados no Japão.

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O operador deste parque temático, situado em Urayasu, na província de Chiba (leste de Tóquio), está em pleno processo de seleção de empregados para 20 tipos de postos trabalhistas diferentes.

Segundo a companhia, citada pela agência local de notícias Kyodo, o parque contratará novos trabalhadores para as atrações, para os restaurantes e guardas de segurança entre outros. Os novos contratados começarão a trabalhar a partir de fevereiro.

O processo de seleção acontece em um momento em que a maioria das grandes companhias japonesas começaram a se ver obrigadas a despedir uma elevada percentagem de seus trabalhadores temporários e a tempo parcial.

Algumas inclusive anunciaram demissões de seus trabalhadores fixos, uma medida muito pouco comum nas companhias japonesas, perante os efeitos piores que o esperado pela crise econômica global.

Cerca de uma centena de pessoas esperavam desde a primeira hora desta manhã a abertura do centro de conferências Tokyo International Forum, onde as entrevistas estão sendo feitas, para ser os primeiros a solicitar os postos de trabalho.


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17:15
Anónimo disse...
Economia Internacional
Senado dos EUA aprova plano de estímulo à economia

O Senado dos Estados Unidos aprovou com 60 votos a favor e 38 contra o plano de estímulo à economia de US$ 787 bilhões na madrugada deste sábado. Agora, ele segue para sanção ou veto do presidente Barack Obama, que espera colocar a lei em prática até o dia 16 de fevereiro.

O plano prevê a criação de três milhões de empregos, inclui cortes de impostos às famílias, fundos para programas sociais e obras públicas, além de ajuda aos governos estaduais, estudantes e desempregados.

A cláusula Buy American - que exige o uso de ferro, aço e produtos manufaturados dos Estados Unidos em obras realizadas com recursos do pacote - ficou de lado. Segundo o texto definitivo, a cláusula será aplicada sem violar as normas do comércio internacional.

Ontem à tarde, a Câmara de Representantes (deputados) havia aprovado, por 246 votos a favor e 183 contra, a versão final do plano. Todos os republicanos foram contrários ao pacote.

Pelo acordo de quarta-feira entre Câmara e Senado, em vez de custar US$ 819 bilhões, como queriam os deputados, ou US$ 838 bilhões como pretendiam os senadores, o pacote ficou em cerca de US$ 787 bilhões, com 65% desse total destinado a gastos do governo federal e 35%, a créditos tributários.

17:16
Anónimo disse...
Economia nacional
Na era Lula, aposentadoria sobe 54% menos que salário mínimo

Thatiane Faria
Especial para o Terra
Direto de São Paulo

Os índices de reajustes concedidos pelo governo em 2009 para aposentados e pensionistas e para o salário mínimo repetiram uma diferença que, só durante o governo de Luiz Inácio Lula da Silva, já chega a 54%. Enquanto o mínimo foi majorado em 12% este ano, as pensões e aposentadorias tiveram aumento de 5,92%. Aposentados que têm o benefício do governo como única fonte de renda reclamam que perdem poder de compra e que sua cesta de compras é composta por itens que aumentam mais em relação à inflação oficial.

Um exemplo prático pode ser entendido a partir da comparação entre um aposentado que ganhava R$ 600 em janeiro de 2003. Na época, o benefício era três vezes, ou 200%, maior que o valor do mínimo em vigência, que era de R$ 200. Aplicando-se os índices de reajuste para aposentadorias e para o mínimo durante os últimos seis anos, o mesmo aposentado estaria recebendo hoje R$ 938,47, comparado a um salário mínimo de R$ 465. A diferença entre os dois valores caiu para pouco mais de 100%.

Enquanto o índice acumulado de reajuste para a aposentadoria durante o governo Lula foi de 60%, para o salário mínimo está em 132%.

O diretor do Sindicato Nacional dos Aposentados, João Inocentini, reclama que os valores dos benefícios para aposentadorias não mantêm o poder de compra do grupo, principalmente dos aposentados que recebem menos que dez salários mínimos.

Nem mesmo o fato de o índice de reajuste das aposentadorias ter ficado acima da inflação acumulada no mesmo período (o IPCA entre janeiro de 2003 e janeiro de 2009 foi de 39,7%) serve de argumento, segundo os aposentados.

"Os idosos, principalmente, têm gastos além das contas gerais como gás, telefone e aluguel. Para eles o custo com remédios, e outros itens da área saúde costuma ser maior", afirmou Inocentini.

O presidente do sindicato afirmou que o grupo realiza um estudo com 100 itens de necessidade de um idoso para comparar o aumento dos produtos com o índice de reajuste do benefício recebido pelos aposentados.

"Daqui dois meses vamos abrir um processo na Justiça e levar essa pesquisa como prova. Segundo a lei, o governo é obrigado a manter o poder de compra com a aposentadoria", disse Inocentini.

Alternativas
O consultor financeiro Cláudio Boriola diz que os aposentados, especialmente nesse momento de crise econômica, devem evitar compras parceladas, pesquisar preços, negociar e fazer bom planejamento financeiro.

Segundo Boriola, alguns aposentados ganham um valor mensal muitas vezes insuficiente para o pagamento das contas e acabam pedindo crédito ou realizando pagamentos a prazo e são obrigados a pagar juros altos.

Na opinião do consultor, pagar uma previdência privada é uma alternativa indicada para quem ainda trabalha, considerando a característica de perda de poder de compra da aposentadoria.

"Na prática, infelizmente os valores encontram-se em um patamar que está deteriorando o poder de aquisição da população brasileira", completou Boriola.

De acordo com o diretor da Confederação Brasileira de Aposentados e Pensionistas (Cobap), Vicente Fernandes Barbosa, representantes dos aposentados tentarão um encontro com o presidente da Câmara, deputado Michel Temer (PMDB-SP), para discutir projetos que minimizem a perda dos aposentados

17:17
Anónimo disse...
Previdência
Previdência prorroga isenção de tarifas no benefício

O atual sistema de pagamento aos 26 milhões de aposentados e pensionistas do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) será mantido até o final deste ano. O acordo, que permite realizar a operação sem nenhum custo aos beneficiários, foi renovado nesta sexta-feira, entre o governo federal e 21 instituições financeiras.

Por meio desse acordo, vigente desde setembro de 2007, nem os segurados, nem os bancos e nem o governo arcam com o pagamento de tarifas, conforme explicou o ministro da Previdência Social, José Pimentel. A prorrogação vale até dezembro, data máxima para que a Previdência defina as regras para um novo contrato.

Ao assinar o termo de renovação, na sede da Federação Brasileira dos Bancos (Febraban), o ministro disse que a intenção do governo é mudar o atual modelo de gestão visando a reduzir os custos dessas operações em torno da folha mensal, que atinge R$ 15,8 bilhões. No entanto, qualquer alteração, conforme explicou, passará antes por audiências públicas a serem realizadas a partir do segundo semestre deste ano, atendendo a determinação do Tribunal de Contas da União (TCU).

De acordo com Pimentel, com um redesenho do mecanismo de repasse dos recursos aos bancos em torno da folha de pagamento dos segurados o que se busca é um aumento da participação de instituições financeiras. Ele informou que, desde 2007, cada benefício custa em média R$ 1,07 ao governo. "Quanto mais instituições financeiras estiverem prestando serviços à sociedade, maior é a competitividade, a agilidade no atendimento", justificou.

O ministro observou, ainda, que, para permitir uma redução para algo em torno de meia hora no tempo de atendimento para a concessão dos direitos previdenciários, o governo investiu R$ 280 milhões.

Questionado sobre o descontentamento dos segurados que ganham acima de um salário mínimo terem obtido apenas a correção com base na variação do Índice de Preços ao Consumidor (INPC) , ficando abaixo do reajuste dado a quem recebe apenas o mínimo, Pimentel argumentou que o governo seguiu o que determina a lei e descartou a possibilidade de uma revisão

17:17
Anónimo disse...
Empresas
Caterpillar oferece aposentadoria antecipada a 2 mil


A companhia americana Caterpillar ofereceu a cerca de dois mil funcionários incentivos para que se aposentem de forma voluntária antes do previsto, pela perspectiva de uma queda "significativa" da atividade industrial, informou nesta quarta-feira a empresa.

A iniciativa, destinada aos trabalhadores de diversas fábricas em Illinois, Colorado, Tennessee e Pensilvânia, se soma aos cortes de empregos anunciados em janeiro, explicou em comunicado de imprensa.

A empresa, a maior fabricante mundial de maquinaria pesada para a construção e a mineração, acrescentou que, "em função das condições de negócio, podem ser necessárias mais reduções de elenco voluntárias e involuntárias à medida que o ano avança".

O vice-presidente da companhia, Sid Banwart, explicou que a empresa prevê "demissões significativas em todas as regiões geográficas e na maioria dos setores devido às dificuldades da economia mundial".

17:18
Anónimo disse...
Comércio
Comércio exterior da OCDE caiu no 3º trimestre de 2008


As exportações e as importações dos países da Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Econômico (OCDE) caíram 1,6% e 0,2%, respectivamente, no terceiro trimestre de 2008, em relação aos três meses anteriores.

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Trata-se da primeira queda destas atividades desde o terceiro trimestre de 2006, segundo o último relatório trimestral sobre fluxos comerciais divulgado pela OCDE.

As exportações e as importações em dólares dos 30 Estados-membros caíram 15,6% e 17%, respectivamente, na comparação anualizada.

Por sua vez, o comércio dos sete países mais ricos do mundo (G7) teve um pequeno crescimento no terceiro trimestre de 2008 com uma queda das exportações de mercadorias de 0,2% em relação ao trimestre anterior e um aumento de 0,4% das importações.

Em termos anualizados, as importações do G7 caíram 1,4% entre julho e setembro do ano passado, seu primeiro retrocesso desde o terceiro trimestre de 2006, enquanto as exportações aumentaram 1,9%, seu crescimento mais baixo no mesmo tempo.

Por países, a Alemanha aumentou suas importações em 3,4% - valor mais alto do G7 -, enquanto suas exportações caíram 2,9% do segundo para o terceiro trimestre de 2008.

Pelo contrário, as exportações americanas aumentaram 1,8% entre julho e setembro de 2008, enquanto as importações caíram 0,7% em relação ao trimestre anterior. No Japão, tanto as importações quanto as exportações caíram em torno de 1% no mesmo período.

17:19
Anónimo disse...
Economia Nacional
Lula: juros de crédito consignado a aposentados são altos

Atualizada às 17h29

O presidente Luis Inácio Lula da Silva afirmou nesta terça-feira, em São Paulo, que está lutando para reduzir as taxas de juros cobradas de aposentados em crédito consignado. A Previdência Social estabelece uma taxa máxima de 2,5% para empréstimo e de 3,5% para cartão. Para Lula, os valores são altos.

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"Acho que o juro que os aposentados estão pagando hoje com o crédito consignado é alto para o padrão brasileiro", disse o presidente durante a cerimônia de comemoração dos 86 anos do INSS.

A Previdência anunciou nesta terça-feira que aposentados e trabalhadoras com licença-maternidade poderão receber seus benefícios em 30 minutos. De acordo com Lula, em junho, a aposentadoria do trabalhador rural também será conseguida em meia hora.

Além disso, o presidente anunciou que, também em junho, os trabalhadores que alcançarem o direito à aposentadoria passarão a receber em suas casas um comunicado da Previdência informando o fato e o valor do salário que têm direito a receber. "É um comprometimento público que estou fazendo com os companheiros da Previdência Social", disse.

"Estamos retribuindo ao contribuinte da Previdência Social aquilo que é a cidadania que ele tem direito", afirmou Lula. "Se para cobrar nós somos tão precisos, para devolver o dinheiro, temos que chegar próximo à perfeição", completou.

17:20
Anónimo disse...
Economia Nacional
Salário maternidade sairá em 30 minutos, diz ministro

Toda trabalhadora autônoma que tiver contribuído pelo menos 10 meses com o Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) - ou as que possuírem carteira assinada - poderão receber em 30 minutos o salário maternidade a partir desta terça-feira. Da mesma forma, as mulheres com 30 anos de contribuição e os homens com 35 anos também terão direito ao benefício de forma mais rápida. A informação é do ministro da Previdência Social, José Pimentel.

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Para requerer o salário maternidade, é preciso que as autônomas levem a carteira de identidade e o carnê de contribuição. As demais trabalhadoras devem apresentar a identificação e a carteira de trabalho. Desde o início do mês, a nova forma de análise para a concessão de benefícios foi adotada para a aposentadoria por idade do trabalhador urbano e agora foi estendida para o salário maternidade e por tempo de contribuição.

O ministro disse que a qualificação do serviço da previdência social é o reconhecimento do direito dos trabalhadores e da afirmação da cidadania.

"Até pouco tempo na cabeça do cidadão o serviço devia ser de péssima qualidade. Agora não, nós modificamos toda a legislação no mês de dezembro numa ação conjunta do Congresso Nacional com o governo federal. Estamos implantando e concedendo os benefícios em até 30 minutos", afirmou.

O ministro destacou que para conseguir se aposentar ou ter acesso à licença maternidade em 30 minutos, em primeiro lugar, é necessário que o cidadão esteja vinculado à Previdência, o que inclui 65% da população acima de 16 anos de idade.

"Depois bastar marcar pelo sistema 135 o dia e a hora do atendimento e levar a documentação. Se todos os dados necessários estiverem corretos o contribuinte será atendido em até 30 minutos, como vem sendo feito com as aposentadorias por idade desde o dia cinco de janeiro", explicou.

Pimentel disse ainda que em 90% das agências da previdência social o atendimento é marcado em até 48 horas. Nos grandes centros, entretanto existe um volume maior o que torna mais lento o processo.

"Estamos criando mais 715 agências até 2010, em todo o território nacional, para descentralizar o atendimento. Em 2008, atendemos 295 mil benefícios e aposentadorias por idade. Temos 4 mil pessoas por dia procurando e se aposentando por idade no território nacional. Este serviço será agilizado", concluiu.

17:28
Anónimo disse...
Giuseppe Englaro, pai de Eluana, a italiana que morreu na segunda-feira passada por desidratação, recusou uma grande soma de dinheiro de um conhecido fotógrafo italiano que queria retratar a filha em estado de coma, disse neste sábado o neurologista que atendia a mulher desde 1996, Carlo Defanti.

O neurologista, que participou hoje de uma conferência sobre eutanásia, disse que Englaro respeitou a vontade da filha, que, antes do acidente, tinha pedido que, se lhe ocorresse qualquer coisa irreversível, apresentasse sua imagem de quando estava em boas condições.

Antes de sofrer o acidente de trânsito, em 1992, Eluana viveu o coma de um amigo, Alessandro, o que causou forte impacto na italiana e a levou a fazer o pai prometer que não a deixasse viver em estado vegetativo, disse o próprio Giuseppe Englaro.

Defanti, que dissera que Eluana poderia viver de dez a 12 dias depois da suspensão da alimentação e da hidratação, disse que, como médico, tinha que reprovar esta afirmação.

"Não se pode sobreviver após três ou quatro dias sem líquido e, em particular, água em um corpo. Sabemos bem que, quando há um terremoto, após quatro dias é difícil encontrar sobreviventes".

Defanti ressaltou que Eluana "não falava, não se comunicava com o exterior" e que, após vários exames, "nos deparamos com uma moça que tinha perdido a consciência", porque estava com o córtex cerebral prejudicado.

Eluana foi enterrada na quinta-feira passada no túmulo da família na localidade de Paluzza, em Udine, após um funeral que não contou com a presença dos pais.

16:53
Anónimo disse...
Os bombeiros combatem neste sábado os incêndios na Austrália favorecidos pelo bom tempo, enquanto os deslocados encotram em seu retorno casas derruídas, carros queimados nas ruas e destruição.

Depois de sete dias desde que começaram os incêndios no Estado de Victoria, a lista de mortos chega a 181, os desaparecidos somam 50, os edifícios destruídos totalizam 1,834 mil e o terreno arrasado, principalmente florestas, ocupa uma área de 4,13 mil quilômetros quadrados.

As equipes de bombeiros, formadas por 4 mil profissionais de Victoria, de outras partes da Austrália e de países amigos, combateram hoje 12 focos fora de controle e nenhum representava uma ameaça direta para a população.

O subdiretor do Serviço de Bombeiros, Geoff Conway, disse que este tempo favorável, que se prolongará durante o domingo, permite consolidar as linhas de contenção e avançar na extinção das chamas.

Cinzas apareceram arrastadas por ventos do nordeste sobre Melbourne, onde habitam 3,8 milhões de pessoas, e as autoridades alertaram aos cidadãos do risco para a saúde de idosos, crianças e pessoas com problemas respiratórios.

O número de pessoas deslocadas - a Cruz Vermelha chegou a receber 7 mil - começou a cair com a abertura de algumas localidades atingidas.

Os incêndios, alguns criminosos, começaram em 7 de fevereiro, quando a região sul da Austrália estava há duas semanas sob uma onda de calor sem precedentes.

Na sexta-feira passada, a polícia acusou uma pessoa de ter provocado o incêndio que atingiu a localidade de Churchill e matou 21 pessoas.

16:55
Anónimo disse...
A primeira chuva em seis dias reduziu a ameaça de incêndios no Estado de Victoria, ao sul da Austrália. As autoridades, porém, advertiram que ainda existem 12 focos, mas que nenhum deles ameaça áreas povoadas.

Mais de quatro mil bombeiros, mil provenientes de outras partes do país e de outras nações, trabalham contra o fogo. Cerca de 600 veículos e 28 helicópteros e pequenos aviões estão sendo usados.


Eles conseguiram construir linhas de contenção para evitar os incêndios de Yarra e Maroondah se juntassem. Também foram controlados os incêndios abertos de Yea e Murrindindi, que ameaçavam as comunidades de Connellys Creek, Crystal Creek, Scrubby Creek e Native Dog Creek.

O número de mortos chegou a 181, mas as autoridades acreditam que as vítimas devem passar de 200, já que ainda há muitos desaparecidos.

16:55
Anónimo disse...
Aqui nesta coluna, na semana passada, tive a oportunidade de comentar sobre a recente visita do professor brasileiro Pedrinho Guareschi à Austrália. Não dei, porém, os fatos, pois semana passada o assunto era outro.

Hoje, porém, vamos a eles.

No último dia 4 de fevereiro, aconteceu o Seminário "Paulo Freire: Education and Liberation", organizado pelo centro de estudos latino-americanos da Universidade Nacional da Austrália, ou ANU, como é mais conhecida por aqui.

A ANU, para quem não sabe, está entre as 20 melhores universidades do mundo! E tem sede aqui em Camberra, capital da Austrália.

Na abertura do evento, o professor John Minns, diretor do centro latino-americano, ao dar boas-vindas ao público presente, lembrou ser aquele o primeiro seminário exclusivamente dedicado a Paulo Freire na Austrália.

Em seguida, convidou Pedrinho Guareschi, palestrante principal do Seminário, a fazer sua apresentação.

A plateia pode então conhecer, pelas palavras de Pedrinho, um pouco da obra e da vida de Freire, esse brasileiro de fé e valor, que sempre acreditou na educação, sobretudo dos menos favorecidos, analfabetos, como força libertadora.

Como não podia deixar de ser, os conceitos e ideias revolucionários de Paulo Freire, expostos com clareza por Pedrinho, despertaram o interesse e a curiosidade de plateia. A qual, deve-se notar, era na maioria de estudantes, mas de várias nacionalidades, sobretudo australianos e asiáticos.

Na continuação do programa do seminário, que se estendeu por dois dias, outros professores fizeram palestras sobre temas ligados à obra de Paulo Freire.

Interessante, por exemplo, saber que a professora Anne Hickling-Hudson, jamaicana que mora na Austrália há muitos anos (é professora da ANU), conheceu e trabalhou com Freire num workshop educacional durante a revolução na Ilha de Granada, em 1980, antes da invasão dos Estados Unidos...

Ou, então, a palestra da Professora Gerda Roelvink, da Nova Zelândia, que participou do Fórum Social de Porto Alegre em 2005. E essa participação transformou-se em tema de doutorado.

No dia 10, terça-feira passada, o padre Pedrinho Guareschi voltou a falar ao público australiano em grande auditório localizado no belíssimo campus da ANU. Desta vez, sobre a Teologia da Libertação.

Depois da palestra, John Minns mostrou o filme mexicano "O Crime do Padre Amaro", no qual um dos personagens é um padre católico praticante da Teologia da Libertação.

Mais uma vez, foi grande o intersse da platéia, que pode aprender e conhecer um pouco como se desenvolveu aquele importante movimento católico na América Latina.

Fica, assim, ao Pedrinho, bem como a outros brasileiros estudiosos e de bom coração que saem pelo mundo a divulgar aspectos importantes da cultura brasileira, o respeito e a homenagem desta coluna. E... aquele abraço!

16:57
Anónimo disse...
Amanda Kitts perdeu o braço esquerdo em um acidente de automóvel acontecido três anos atrás, mas hoje em dia ela joga futebol americano com seu filho de 12 anos de idade, troca fraldas e abraça as crianças nas três creches Kiddie Cottage que opera em Knoxville, Tennessee. Kitts, 40 anos, faz tudo isso com a ajuda de um novo tipo de braço artificial que se movimenta com mais facilidade do que outros aparelhos e que ela pode controlar utilizando apenas seus pensamentos.

"Eu sou capaz de mexer a mão, o pulso e o cotovelo ao mesmo tempo", diz. "Você pensa e os músculos se movem em seguida".

A recuperação que ela conseguiu resulta de um novo procedimento que vem atraindo crescente atenção porque permite que pessoas movam braços protéticos de forma mais automática do que faziam no passado, simplesmente utilizando nervos reaproveitados em seus cérebros.

A técnica, conhecida como "renervação muscular dirigida", envolve utilizar os nervos que restam depois da amputação de um braço e conectá-los a outro músculo do corpo, em geral no peito. Eletrodos são instalados sobre os músculos do peito, e operam como se fossem antenas. Quando a pessoa deseja mover o braço, o cérebro envia sinais que primeiro resultam em contração dos músculos do peito, os quais enviam um sinal ao braço protético, instruindo-se a se movimentar. O processo não requer mais esforços consciente do que a pessoa teria de exercitar caso ainda tivesse seu braço natural.

Na terça-feira, pesquisadores reportaram em estudo publicado pela versão online do Journal of the American Medical Association que haviam levado a técnica ainda mais à frente, tornando possível a execução de 10 movimentos de mão, pulso e cotovelo diferentes, o que representa uma substancial melhora com relação ao típico repertório protético, que em geral envolve apenas dobrar o cotovelo, girar o pulso e abrir a mão.

"Os novos métodos tiveram impacto dramático em nosso campo de trabalho", disse Stuart Harshbarger, engenheiro biomédico na Universidade Johns Hopkins e diretor do programa de pesquisa sobre próteses, financiado pelas forças armadas, que inclui o trabalho com essa técnica. "O método já está em uso por médicos e cirurgiões comuns em todo o país. A capacidade de controlar um membro protético bastante robusto que ele confere surpreendeu a todos pela qualidade".

Tipicamente, uma pessoa que tenha um braço protético só é capaz de executar alguns poucos movimentos, e muitas vezes com tamanha lentidão que isso só permite a ela atividades limitadas.

Há um motor separado para cada movimento, diz Gerald Loeb, professor de engenharia biomédica na Universidade do Sul da Califórnia, "e esses motores precisam ser controlados de maneira explícita", usualmente por um esforço consciente da pessoa para contrair músculos nas costas ou no bíceps.

"Essencialmente, até agora os pacientes controlavam apenas um motor de cada vez", diz Loeb, "e precisavam pensar cuidadosamente sobre que motor desejavam controlar e como fazê-lo operar, em lugar de simplesmente pensarem em mover o braço e poderem fazê-lo sem delongas".

Antes que Kitts passasse pelo procedimento de renervação, em outubro de 2007, por exemplo, ela precisava movimentar os músculos de suas costas de determinada maneira para fazer com que seu pulso girasse, e flexionar seu bíceps e tríceps para fazer com que o cotovelo se movesse para cima e para baixo. "Era muito trabalho", ela conta. "E não me ajudava muito".

O procedimento de renervação é parte de uma recente explosão de idéias novas e técnicas inovadoras que estão sendo exploradas enquanto os cientistas se esforçam por ajudar as pessoas a compensar melhor a perda de membros ou problemas de paralisia. O esforço vem sendo alimentado pelo aumento no número de amputações causado por diabetes e por ferimentos sofridos pelos militares, e ao mesmo tempo pelos avanços na tecnologia médica.

Os braços se tornaram um dos focos essenciais desse tipo de trabalho. A ciência há muito vem obtendo sucessos no desenvolvimento de próteses de perna, mas é muito mais difícil imitar a complexidade e a destreza das mãos e dos braços.

Os esforços em curso incluem o desenvolvimento de projetos de pele e braços mais sensíveis e mais flexíveis, e o uso de dispositivos acionados por controles sem fio implantado nos braços protéticos, que permitiriam movimentos mais naturais.

Os pesquisadores também vêm usando sensores implantados nos cérebros de cobaias para permitir que dois macacos controlem um braço mecânico, e um teste com um homem paralítico permitiu, com esse método, que ele movimentasse um cursor em uma tela de computador.

Alguns desses métodos, caso venham a ser aperfeiçoados plenamente e consigam aprovação das autoridades regulatórias da saúde, podem no futuro se tornar mais viáveis para os pacientes de amputações.

E embora a técnica da renervação não requeira aprovação das autoridades regulatórias porque é executada por meios cirúrgicos e emprega aparelhos já existentes, ela apresenta limitações que até mesmo seus criadores reconhecem, entre as quais o fato de que não se pode utilizá-la para todos os pacientes, o seu alto custo e o prazo de meses requerido para que os nervos reconectados cresçam e se tornem efetivos.

Ainda assim, os especialistas dizem que é o mais avançado sistema em uso hoje para pacientes reais que permite que o sistema nervoso controle diretamente o movimento de um braço artificial.

Desde sua introdução por Todd Kuiken, médico fisioterapeuta e engenheiro biomédico do Instituto de Reabilitação de Chicago, o método foi empregado em cerca de 30 pacientes nos Estados Unidos, Canadá e Europa, entre os quais oito soldados feridos no Iraque e no Afeganistão.

Muitos dos pacientes, entre os quais o primeiro, Jesse Sullivan, um operário do setor elétrico no Tennessee que perdeu os dois braços quando foi eletrocutado por um cabo, conseguem não apenas manipular seus braços protéticos mas sentir a presença das mãos que já não têm quando alguém toca em seus peitos.

Sullivan, 62 anos, e Kitts, estavam entre os cinco pacientes que participaram do estudo reportado na terça-feira. Em companhia de cinco outras pessoas que não passaram por amputações, eles receberam os eletrodos e foram instruídos a usar pensamentos para fazer com que um braço virtual na tela reproduzisse 10 movimentos diferentes, entre os quais três formas diferentes de aperto de mão.

Os pacientes apresentaram desempenho bastante respeitável, apenas um pouco mais lento e menos preciso do que os dos participantes que não tinham amputações.

"As velocidades de movimento que encontramos em nossos pacientes foram realmente encorajadoras", disse Kuiken. "Eles conseguiram completar a tarefa. É claro que não foram tão competentes quanto as pessoas dotadas de plena capacidade física, mas foram bons o bastante".

Um braço virtual foi usado porque a maioria das próteses existentes não era capaz de acomodar todos aqueles movimentos, no momento da pesquisa, ainda que Sullivan, Kitts e uma terceira paciente, Claudia Mitchell, tenham experimentado dois novos protótipos mais versáteis de braços artificiais, executando tarefas complexas com bolas de tênis e outros objetos.

O trabalho de renervação em soldados apresenta outros desafios, diz Kuiken, porque os ferimentos militares muitas vezes "causam danos muitos extensos" a nervos, músculos ou ossos.

Daniel Acosta, 25 anos, um aviador ferido pela detonação de uma bomba em uma estrada do Iraque em 2005, passou pelo procedimento no ano passado e diz que seu braço esquerdo protético agora se movimenta "muito mais rápido" e de maneira muito mais natural.

"A diferença é que agora não preciso mais pensar para mover o braço", ele diz. "Ele simplesmente se mexe".

Ainda assim, Acosta, de San Antonio, diz que "o processo foi bastante longo" e que os eletrodos precisam ser ajustados para receber os sinais à medida que os nervos crescem ou mudam de posição.

E embora elogiem o método, os especialistas afirmam que a ciência das próteses de braço ainda tem muito por avançar.

"Trata-se de uma parte crucial, mas ainda assim apenas uma parte, das muitas coisas que compreendem a função normal de um braço", disse Loeb, que escreveu um editorial que acompanha o artigo no Journal of the American Medical Association.

"No momento estamos a meio do caminho entre o braço de 'Dr. Fantástico', que fazia involuntariamente a saudação nazista, e o braço de Luke Skywalker em 'Guerra nas Estrelas', que funciona sem nenhum problema assim que é conectado. Creio que precisaremos ainda de muitos anos para conectar todas as peças necessárias a produzir um braço capaz de funcionar normalmente".

17:04
Anónimo disse...
A Espanha disse neste sábado que está preparando uma reclamação oficial contra a decisão da Venezuela de expulsar um membro do Parlamento Europeu que criticou o conselho eleitoral venezuelano.
Luis Herrero, membro do partido conservador espanhol PP, foi deportado na sexta-feira depois que o Conselho Nacional Eleitoral (CNE) o acusou de questionar a imparcialidade da instituição antes de um referendo que pode permitir ao presidente Hugo Chávez permanecer no cargo indefinidamente.

Herrero estava na Venezuela como observador do referendo. Ele acusou Chávez de ter "comportamentos típicos de um ditador" por pedir a contenção de manifestações da oposição.

O governo da Espanha convocou um encontro com o embaixador da Venezuela em Madri para expressar a desaprovação sobre a expulsão de Herrero, disse um representante do Ministério das Relações Exteriores espanhol.

As relações da Venezuela com a Espanha tiveram seu ponto crítico em 2007, quando Chávez ameaçou rever acordos diplomáticos e comerciais depois de ouvir um "cala a boca" do rei espanhol Juan Carlos durante uma cúpula.

A fenda foi oficialmente reparada em 2008, com uma visita oficial de Chávez à Espanha, onde ele cumprimentou o rei e discutiu acordos para investimento no setor petroquímico com o primeiro-ministro José Luis Rodriguez Zapatero.

17:06
Anónimo disse...
A polícia do Zimbábue anunciou neste sábado que acusa de traição Roy Bennett, dirigente do até agora opositor Movimento para a Mudança Democrática (MDC), detido na sexta-feira, em Harare, poucas horas antes da cerimônia de posse dos membros do novo gabinete.

"A Polícia nos informou que vão apresentar acusações de traição", disse à agência EFE o advogado de defesa de Bennett, Trust Maanda.

"Tentam relacionar Roy com o caso de Mike Hitschmann, que foi detido em 2006 em relação à descoberta de um carregamento de armas, apesar de que Hitschmann não tenha sido declarado culpado das acusações de traição apresentadas contra ele, mas de um crime menor de descumprimento de leis", disse Maanda.

O político opositor, designado por seu partido como vice-ministro de Agricultura no Governo de união nacional, esteve no exílio na vizinha África do Sul desde 2006 e retornou ao Zimbábue há duas semanas.

Segundo a Polícia, que deteve Bennett ontem no aeroporto de Harare quando pretendia ir à África do Sul para visitar sua família, as armas apreendidas em 2006 seriam utilizadas em um golpe de Estado para derrubar o presidente do Zimbábue, Robert Mugabe.

Depois da detenção, Bennet foi levado a Mutar, onde vários simpatizantes do MDC se concentraram em frente à delegacia na qual estava detido, diante do que a Polícia respondeu com tiros para o alto para dispersar os manifestantes.

17:07
Anónimo disse...
Austrália: 14 mil se candidatam a 'emprego dos sonhos'

A secretaria de Turismo de Queensland, na Austrália, informou que até esta segunda-feira já recebeu cerca de 14 mil inscrições para o "o melhor emprego do mundo". O Estado australiano promove pela internet seleção para vaga de "zelador" da ilha Hamilton, por seis meses com um salário de R$ 40 mil.

Muitos candidatos tiveram problemas durante a inscrição por conta dos acessos simultâneos ao site. A secretaria aconselha enviar os vídeos de 60s explicando porque deve ser escolhido em horários alternativos do dia, além de recomendar tamanho em torno de 40MB.

As inscrições começaram em 12 de janeiro e vão até o próximo dia 22 e podem ser feitas pelo site www.islandreefjob.com. O governo australiano escolherá 50 candidatos para a próxima fase da seleção, que terá votos do público para eleger um dos 11 finalistas.

A última fase terá entrevistas e desafios físicos, no próprio local de trabalho: as ilhas da Grande Barreira Coralina - o maior recife de coral do mundo. A secretaria de Turismo anunciará o vencedor no dia 6 de maio.

17:09
Anónimo disse...
Mercado elogia governo na crise, mas pede maior queda no juro

Peter Fussy
Direto de São Paulo

Desde as primeiras medidas anunciadas para combater os efeitos da crise, o governo brasileiro avisou que a estratégia não contemplaria um pacote. Seriam doses pontuais, de acordo com a necessidade da economia diante do agravamento das turbulências. Da primeira liberação dos depósitos compulsórios em setembro até a ampliação do seguro-desemprego na última quarta-feira, o governo passou por redução de impostos, ampliação de crédito e incentivos à exportação. Quase 150 dias após a primeira medida, o Terra conversou com líderes do setor público e privado, representantes dos trabalhadores, acadêmicos e com o próprio governo para saber quais destas ações foram mais eficazes, quais foram mais ineficientes e o que mais pode ser feito pelo Estado brasileiro contra a crise.

Os maiores elogios foram direcionados à atitude de reduzir o Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) para a indústria automobilística, anunciada em dezembro e que fez com que os emplacamentos de carros novos subissem 1,9% no primeiro mês do ano em relação a dezembro de 2008. Já as maiores críticas foram para a lentidão no corte da taxa básica de juro do País.

Para o presidente do conselho administrativo do Grupo Pão de Açúcar, Abílio Diniz, o Estado não é responsável pela crise e mesmo assim está agindo "com extrema serenidade e muito acerto". "O governo está atento, fazendo a sua parte. É preciso coragem de baixar firmemente a taxa de juros. É uma arma que temos a nosso favor, já que não há clima para inflação, nem possibilidade de danos para a macroeconomia", afirmou Diniz.

Na última reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), em janeiro, a taxa Selic foi reduzida em um ponto percentual, de 13,75% para 12,75% ao ano. Porém, o professor de economia da Universidade de Brasília (UnB) José Luiz Oreiro lembra que este corte representa uma redução de apenas 0,25 ponto percentual com relação à taxa de setembro do ano passado, quando a crise se agravou.

"Pouco antes da eclosão da crise, o Banco Central aumentou a taxa em 0,75 ponto. Foram cinco meses de demora para reduzir em termos líquidos apenas 0,25 ponto", afirmou o economista, que também sugeriu redução do intervalo de cerca de 90 dias entre as reuniões do Copom e o corte de pelo menos um 1 ponto percentual em cada reunião.

Mesmo com o corte de janeiro, a taxa de juros real continua sendo a maior do mundo, lembrou o secretário-geral da Força Sindical, João Carlos Gonçalves, o Juruna. "A redução da taxa de juro ainda é pequena, porque ela continua uma das mais altas do mundo. Falta ousadia para baixar os juros e ajudar o cidadão. A permanência da taxa de juro alta é negativa para o País em meio a crise", afirmou Juruna.

Embora aprove as ações do governo, o senador Aloízio Mercadante (PT-SP) também acredita que o patamar da Selic está muito alto. "Sempre fomos os primeiros a entrar em qualquer crise, o que não aconteceu agora. A taxa Selic ainda é muito alta, mas o governo têm tomado medidas acertadas, como o aumento do salário mínimo, mesmo com um cenário de crise. Isso ajuda a movimentar o consumo. O governo está se esforçando para manter os investimentos e o crescimento", disse.

Tributos
De acordo com o economista Fabio Pina, da Fecomercio-SP, as ações mais positivas estão relacionadas à redução de tributos para alguns segmentos, como a indústria automobilística, que recuperou parte da queda nas vendas em janeiro com a isenção do IPI para carros 1.0 l e o corte para demais motorizações. A medida vale até o final de março.

"Essas medidas não só reduziram o preço, mas anteciparam o consumo daqueles que iriam comprar no futuro, dando um prêmio por conta da insegurança. Mexe diretamente com o principal problema que é a confiança do consumidor", afirmou. Juruna destacou que um bom ritmo de vendas é garantia de emprego. "É importante porque cada emprego na montadora significa 19 na cadeia produtiva", comentou o representante da Força Sindical.

Também em dezembro, o governo decidiu cortar pela metade a alíquota do Imposto de Renda para contribuintes que ganham entre R$ 1.434 e R$ 2.150 mensais. "O salário aumentava e a tabela não se modificava. As pessoas ganhavam mais e pagavam mais impostos", apontou Juruna. Outra redução de tributos do governo foi com relação ao Imposto sobre Operações Financeiras (IOF), que caiu de 3% ao ano para 1,5%.

Crédito
Na segunda metade de 2008, o colapso de bancos nos Estados Unidos por conta da crise do subprime provocou uma forte restrição de crédito no mundo inteiro. Uma das primeiras medidas anticrise do governo teve como objetivo restabelecer a oferta, com mudanças no recolhimento dos depósitos compulsórios por parte dos bancos. Segundo o presidente do Banco Central, Henrique Meirelles, as diversas modificações liberaram US$ 99,2 bilhões aos bancos até o final de janeiro.

Além disso, o governo concedeu R$ 36 bilhões das reservas internacionais para empresas brasileiras com dívidas no exterior e uma medida provisória autorizou o Banco do Brasil e a Caixa Econômica Federal a comprar carteiras de crédito de bancos privados. Para o diretor do Departamento de Pesquisas e Estudos Econômicos da Fiesp, Paulo Francini, estas medidas foram essenciais para combater os efeitos da crise.

"A crise se desenvolve no mundo em torno do tema crédito. E o crédito reduziu-se barbaridade no mundo. Então o governo lança mão de compulsório, lança mão de reservas, de medidas que permitem aos bancos comprar carteiras de bancos. Você vai tomando várias medidas para atender às demandas e o epicentro disso é crédito", afirmou.

No entanto, Oreiro, da UnB, adverte que a liberação dos compulsórios seria mais eficiente acompanhada de redução mais agressiva da taxa básica de juro. "Uma parte do crédito voltou, depois da forte retração em outubro e novembro. O que deveria ter sido feito junto à liberação do compulsório era uma redução mais drástica da taxa de juro. Sem isso, os bancos pegam as reservas e acabam comprando títulos públicos", explicou o economista.

Na opinião de Pina, as ações de distribuição de crédito via redução do compulsório e a disposição de capital de giro para empresas foram tomadas sem um cuidado maior na operação e não tiveram muito efeito. "O BNDES tem linhas que ficam paradas quase todo o ano, agora é pior ainda. Existem os recursos, mas as empresas e os bancos estão desconfiados. É preciso fazer com que os bancos tenham interesse em emprestar", afirmou o economista da Fecomercio-SP.

Futuro
Mesmo com todas essas medidas, a crise financeira ainda gera incertezas nos setores produtivos do País. Nos últimos meses, o medo do desemprego fez os consumidores adiarem compras. Por sua vez, a queda nas vendas pode obrigar as indústrias a cortarem a produção e demitir funcionários. Contra isso, empresários sugerem redução de jornada e de salários.

"Isto está previsto em lei. A Fiesp simplesmente manteve conversações com entidades sindicais quanto à aplicação daquilo que já está previsto em lei", afirmou Francini.

Segundo a ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff, uma das medidas que assegura um nível de emprego é a manutenção de investimentos no Programa de Aceleração do Crescimento (PAC). "Estamos esperando que a dificuldade ocorra em janeiro, fevereiro e março. Estamos certos que vamos manter o nível de investimento. É isso que funciona, é isso que significa investimento público. Ele funciona como um colchão. Por isso, nós colocamos R$ 100 bilhões no BNDES e a Petrobras ampliou o seu investimento em R$ 120 bilhões", afirmou.

Na mesma linha, Pina explica que a antecipação de gastos do governo substitui parte da demanda retraída do setor privado. "Ele dá o seguinte recado: não vou estourar as contas públicas, mas concentrar em um momento em que a demanda privada está pequena. Mas o governo não tem fôlego suficiente para fazer o papel de toda demanda", ressaltou. O economista da Fecomercio lembrou que a entidade já pleiteou junto ao governo isenções para transferência de imóveis e de automóveis, além de retirar o IPVA para veículos novos.

Já Oreiro foca suas propostas na capitalização do Banco do Brasil e da Caixa Econômica Federal pelo Tesouro para atender a demanda de crédito para capital de giro e reduzir o spread. "Aumentando o empréstimo e reduzindo as taxas, os dois vão forçar os bancos privados a acompanhar o movimento, até para não perderem participação no mercado", explicou o economista da UnB.

Até o Carnaval, o governou prometeu detalhar um pacote de incentivos para a construção de até um milhão de casas populares, direcionado a famílias com renda de até dez salários mínimos. "Estamos atentos a tudo o que está acontecendo e novas medidas serão tomadas caso haja uma avaliação de que sejam necessárias", disse o ministro da Fazenda, Guido Mantega, na última sexta-feira.

17:11
Anónimo disse...
Ex-ministro critica extensão do seguro-desemprego

Atualizada às 09h03

O ex-ministro do Trabalho Almir Pazzianotto criticou a decisão do governo federal de conceder o seguro-desemprego estendido a apenas alguns setores. "É certamente odioso e provavelmente inconstitucional", disse Pazzianotto, de acordo com o jornal O Estado de S. Paulo.

Na última qurta, dia do anúncio da medida, centrais sindicais elogiaram a atitude do governo. A Força Sindical divulgou nota dizendo que "o aumento ajudará a aquecer parte da economia, já que irá gerar mais consumo, produção e conseqüentemente, a criação de novos postos de trabalho". A União Geral dos Trabalhadores (UGT) afirmou que a medida "contribuirá para minimizar o drama dos trabalhadores que perderem seu emprego por conta da crise".

O ex-ministro, que instituiu o seguro-desemprego no País no governo de José Sarney, destacou a necessidade de as centrais sindicais se manifestarem contra a determinação. Para ele, as mudanças devem ser aplicadas a todas as categorias profissionais e a distinção é contrária ao artigo 3º da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT).

Pazzianotto atribui a medida a um possível temor do governo de que a crise econômica seja longa e não haja dinheiro para atender a todas as necessidades. Ainda assim, ele se mostra contrário ao método de concessão. "O seguro-desemprego ajuda a sanar necessidades básicas. Estendê-lo é paliativo, não a solução", disse ao jornal.

De acordo com o presidente do Conselho Deliberativo do Fundo de Amparo ao Trabalhador (Codefat) e conselheiro da Força Sindical, Luiz Fernando Emediato, a determinação já estava prevista na lei 8.900/94, que trata do seguro-desemprego.

O presidente da Comissão de Trabalho da Câmara, Pedro Fernandes (PTB-MA) vai além na crítica à concessão do seguro para apenas alguns setores. Ele acredita que a ampliação do benefício estimula o desemprego.

Quintino Severo, secretário geral da Central Única dos Trabalhadores (CUT), lembra que a ampliação do benefício sem critério e identificação pode incentivar demissões em outros setores.

17:13
Anónimo disse...
Empresas
TAM faz promoção para destinos internacionais

A companhia aérea TAM anunciou nesta sexta-feira tarifas promocionais para trechos internacionais. Os preços valem para bilhetes comprados entre 6h deste sábado e 23h59 deste domingo e são válidos para classe econômica. As tarifas, para ida e volta, serão vendidas a partir de US$ 99, mais taxas.

Segundo a aérea, a promoção vale para viagens feitas no período de 14 de fevereiro a 18 de junho de 2009. Para destinos na América do Sul, a permanência mínima é de dois dias; para bilhetes com destino nos Estados Unidos, cinco dias; e Europa, sete dias. A permanência máxima para as passagens para América do Sul e EUA é de dois meses e para Europa, três meses.

Entre os exemplos de tarifas promocionais, a TAM oferece São Paulo-Lima por US$ 99. Bilhetes para a rota São Paulo-Santiago serão vendidos a partir de US$ 199 e São Paulo-Nova York, US$ 799.

A emissão dos bilhetes deve ser feita obrigatoriamente no ato da reserva, obedecendo às regras estipuladas pela companhia. A compra está sujeita à disponibilidade de assentos nas classes tarifárias determinadas, trechos, horários e datas. A TAM afirmou que também há tarifas promocionais para a classe executiva.

Mais informações podem ser encontradas no site promocional (www.ofertastam.com.br), no site da empresa (www.tam.com.br) ou pelos telefones 4002-5700 ou 0800 5705700.

17:13
Anónimo disse...
Empresas
Consultoria negocia compra do parque temático Hopi Hari

A consultoria especializada em reestruturação de empresas Íntegra Associados informou nesta sexta-feira ter um acordo para comprar o parque de diversões Hopi Hari, localizado no interior de São Paulo. A empresa estaria disposta a investir R$ 10 milhões no parque, que tem dívida estimada em R$ 800 milhões. As informações são da edição deste sábado do jornal Folha de S. Paulo.

De acordo com o jornal, a transação ainda depende da negociação entre o Hopi Hari e seus credores, o que já estaria em andamento.

A consultoria paulista já atuou junto à Parmalat, durante 30 meses, quando reorganizou a gestão da empresa italiana.

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17:14
Anónimo disse...
Empresas
Disney de Tóquio contratará mais 2 mil apesar da crise


A Oriental Land, o operador da Disneylândia Tóquio e DisneySea, organizou neste domingo entrevistas para contratar cerca de 2 mil trabalhadores em tempo parcial, em um momento de grandes demissões deste tipo de empregados no Japão.

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O operador deste parque temático, situado em Urayasu, na província de Chiba (leste de Tóquio), está em pleno processo de seleção de empregados para 20 tipos de postos trabalhistas diferentes.

Segundo a companhia, citada pela agência local de notícias Kyodo, o parque contratará novos trabalhadores para as atrações, para os restaurantes e guardas de segurança entre outros. Os novos contratados começarão a trabalhar a partir de fevereiro.

O processo de seleção acontece em um momento em que a maioria das grandes companhias japonesas começaram a se ver obrigadas a despedir uma elevada percentagem de seus trabalhadores temporários e a tempo parcial.

Algumas inclusive anunciaram demissões de seus trabalhadores fixos, uma medida muito pouco comum nas companhias japonesas, perante os efeitos piores que o esperado pela crise econômica global.

Cerca de uma centena de pessoas esperavam desde a primeira hora desta manhã a abertura do centro de conferências Tokyo International Forum, onde as entrevistas estão sendo feitas, para ser os primeiros a solicitar os postos de trabalho.


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17:15
Anónimo disse...
Economia Internacional
Senado dos EUA aprova plano de estímulo à economia

O Senado dos Estados Unidos aprovou com 60 votos a favor e 38 contra o plano de estímulo à economia de US$ 787 bilhões na madrugada deste sábado. Agora, ele segue para sanção ou veto do presidente Barack Obama, que espera colocar a lei em prática até o dia 16 de fevereiro.

O plano prevê a criação de três milhões de empregos, inclui cortes de impostos às famílias, fundos para programas sociais e obras públicas, além de ajuda aos governos estaduais, estudantes e desempregados.

A cláusula Buy American - que exige o uso de ferro, aço e produtos manufaturados dos Estados Unidos em obras realizadas com recursos do pacote - ficou de lado. Segundo o texto definitivo, a cláusula será aplicada sem violar as normas do comércio internacional.

Ontem à tarde, a Câmara de Representantes (deputados) havia aprovado, por 246 votos a favor e 183 contra, a versão final do plano. Todos os republicanos foram contrários ao pacote.

Pelo acordo de quarta-feira entre Câmara e Senado, em vez de custar US$ 819 bilhões, como queriam os deputados, ou US$ 838 bilhões como pretendiam os senadores, o pacote ficou em cerca de US$ 787 bilhões, com 65% desse total destinado a gastos do governo federal e 35%, a créditos tributários.

17:16
Anónimo disse...
Economia nacional
Na era Lula, aposentadoria sobe 54% menos que salário mínimo

Thatiane Faria
Especial para o Terra
Direto de São Paulo

Os índices de reajustes concedidos pelo governo em 2009 para aposentados e pensionistas e para o salário mínimo repetiram uma diferença que, só durante o governo de Luiz Inácio Lula da Silva, já chega a 54%. Enquanto o mínimo foi majorado em 12% este ano, as pensões e aposentadorias tiveram aumento de 5,92%. Aposentados que têm o benefício do governo como única fonte de renda reclamam que perdem poder de compra e que sua cesta de compras é composta por itens que aumentam mais em relação à inflação oficial.

Um exemplo prático pode ser entendido a partir da comparação entre um aposentado que ganhava R$ 600 em janeiro de 2003. Na época, o benefício era três vezes, ou 200%, maior que o valor do mínimo em vigência, que era de R$ 200. Aplicando-se os índices de reajuste para aposentadorias e para o mínimo durante os últimos seis anos, o mesmo aposentado estaria recebendo hoje R$ 938,47, comparado a um salário mínimo de R$ 465. A diferença entre os dois valores caiu para pouco mais de 100%.

Enquanto o índice acumulado de reajuste para a aposentadoria durante o governo Lula foi de 60%, para o salário mínimo está em 132%.

O diretor do Sindicato Nacional dos Aposentados, João Inocentini, reclama que os valores dos benefícios para aposentadorias não mantêm o poder de compra do grupo, principalmente dos aposentados que recebem menos que dez salários mínimos.

Nem mesmo o fato de o índice de reajuste das aposentadorias ter ficado acima da inflação acumulada no mesmo período (o IPCA entre janeiro de 2003 e janeiro de 2009 foi de 39,7%) serve de argumento, segundo os aposentados.

"Os idosos, principalmente, têm gastos além das contas gerais como gás, telefone e aluguel. Para eles o custo com remédios, e outros itens da área saúde costuma ser maior", afirmou Inocentini.

O presidente do sindicato afirmou que o grupo realiza um estudo com 100 itens de necessidade de um idoso para comparar o aumento dos produtos com o índice de reajuste do benefício recebido pelos aposentados.

"Daqui dois meses vamos abrir um processo na Justiça e levar essa pesquisa como prova. Segundo a lei, o governo é obrigado a manter o poder de compra com a aposentadoria", disse Inocentini.

Alternativas
O consultor financeiro Cláudio Boriola diz que os aposentados, especialmente nesse momento de crise econômica, devem evitar compras parceladas, pesquisar preços, negociar e fazer bom planejamento financeiro.

Segundo Boriola, alguns aposentados ganham um valor mensal muitas vezes insuficiente para o pagamento das contas e acabam pedindo crédito ou realizando pagamentos a prazo e são obrigados a pagar juros altos.

Na opinião do consultor, pagar uma previdência privada é uma alternativa indicada para quem ainda trabalha, considerando a característica de perda de poder de compra da aposentadoria.

"Na prática, infelizmente os valores encontram-se em um patamar que está deteriorando o poder de aquisição da população brasileira", completou Boriola.

De acordo com o diretor da Confederação Brasileira de Aposentados e Pensionistas (Cobap), Vicente Fernandes Barbosa, representantes dos aposentados tentarão um encontro com o presidente da Câmara, deputado Michel Temer (PMDB-SP), para discutir projetos que minimizem a perda dos aposentados

17:17
Anónimo disse...
Previdência
Previdência prorroga isenção de tarifas no benefício

O atual sistema de pagamento aos 26 milhões de aposentados e pensionistas do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) será mantido até o final deste ano. O acordo, que permite realizar a operação sem nenhum custo aos beneficiários, foi renovado nesta sexta-feira, entre o governo federal e 21 instituições financeiras.

Por meio desse acordo, vigente desde setembro de 2007, nem os segurados, nem os bancos e nem o governo arcam com o pagamento de tarifas, conforme explicou o ministro da Previdência Social, José Pimentel. A prorrogação vale até dezembro, data máxima para que a Previdência defina as regras para um novo contrato.

Ao assinar o termo de renovação, na sede da Federação Brasileira dos Bancos (Febraban), o ministro disse que a intenção do governo é mudar o atual modelo de gestão visando a reduzir os custos dessas operações em torno da folha mensal, que atinge R$ 15,8 bilhões. No entanto, qualquer alteração, conforme explicou, passará antes por audiências públicas a serem realizadas a partir do segundo semestre deste ano, atendendo a determinação do Tribunal de Contas da União (TCU).

De acordo com Pimentel, com um redesenho do mecanismo de repasse dos recursos aos bancos em torno da folha de pagamento dos segurados o que se busca é um aumento da participação de instituições financeiras. Ele informou que, desde 2007, cada benefício custa em média R$ 1,07 ao governo. "Quanto mais instituições financeiras estiverem prestando serviços à sociedade, maior é a competitividade, a agilidade no atendimento", justificou.

O ministro observou, ainda, que, para permitir uma redução para algo em torno de meia hora no tempo de atendimento para a concessão dos direitos previdenciários, o governo investiu R$ 280 milhões.

Questionado sobre o descontentamento dos segurados que ganham acima de um salário mínimo terem obtido apenas a correção com base na variação do Índice de Preços ao Consumidor (INPC) , ficando abaixo do reajuste dado a quem recebe apenas o mínimo, Pimentel argumentou que o governo seguiu o que determina a lei e descartou a possibilidade de uma revisão

17:17
Anónimo disse...
Empresas
Caterpillar oferece aposentadoria antecipada a 2 mil


A companhia americana Caterpillar ofereceu a cerca de dois mil funcionários incentivos para que se aposentem de forma voluntária antes do previsto, pela perspectiva de uma queda "significativa" da atividade industrial, informou nesta quarta-feira a empresa.

A iniciativa, destinada aos trabalhadores de diversas fábricas em Illinois, Colorado, Tennessee e Pensilvânia, se soma aos cortes de empregos anunciados em janeiro, explicou em comunicado de imprensa.

A empresa, a maior fabricante mundial de maquinaria pesada para a construção e a mineração, acrescentou que, "em função das condições de negócio, podem ser necessárias mais reduções de elenco voluntárias e involuntárias à medida que o ano avança".

O vice-presidente da companhia, Sid Banwart, explicou que a empresa prevê "demissões significativas em todas as regiões geográficas e na maioria dos setores devido às dificuldades da economia mundial".

17:18
Anónimo disse...
Comércio
Comércio exterior da OCDE caiu no 3º trimestre de 2008


As exportações e as importações dos países da Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Econômico (OCDE) caíram 1,6% e 0,2%, respectivamente, no terceiro trimestre de 2008, em relação aos três meses anteriores.

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Trata-se da primeira queda destas atividades desde o terceiro trimestre de 2006, segundo o último relatório trimestral sobre fluxos comerciais divulgado pela OCDE.

As exportações e as importações em dólares dos 30 Estados-membros caíram 15,6% e 17%, respectivamente, na comparação anualizada.

Por sua vez, o comércio dos sete países mais ricos do mundo (G7) teve um pequeno crescimento no terceiro trimestre de 2008 com uma queda das exportações de mercadorias de 0,2% em relação ao trimestre anterior e um aumento de 0,4% das importações.

Em termos anualizados, as importações do G7 caíram 1,4% entre julho e setembro do ano passado, seu primeiro retrocesso desde o terceiro trimestre de 2006, enquanto as exportações aumentaram 1,9%, seu crescimento mais baixo no mesmo tempo.

Por países, a Alemanha aumentou suas importações em 3,4% - valor mais alto do G7 -, enquanto suas exportações caíram 2,9% do segundo para o terceiro trimestre de 2008.

Pelo contrário, as exportações americanas aumentaram 1,8% entre julho e setembro de 2008, enquanto as importações caíram 0,7% em relação ao trimestre anterior. No Japão, tanto as importações quanto as exportações caíram em torno de 1% no mesmo período.

17:19
Anónimo disse...
Economia Nacional
Lula: juros de crédito consignado a aposentados são altos

Atualizada às 17h29

O presidente Luis Inácio Lula da Silva afirmou nesta terça-feira, em São Paulo, que está lutando para reduzir as taxas de juros cobradas de aposentados em crédito consignado. A Previdência Social estabelece uma taxa máxima de 2,5% para empréstimo e de 3,5% para cartão. Para Lula, os valores são altos.

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"Acho que o juro que os aposentados estão pagando hoje com o crédito consignado é alto para o padrão brasileiro", disse o presidente durante a cerimônia de comemoração dos 86 anos do INSS.

A Previdência anunciou nesta terça-feira que aposentados e trabalhadoras com licença-maternidade poderão receber seus benefícios em 30 minutos. De acordo com Lula, em junho, a aposentadoria do trabalhador rural também será conseguida em meia hora.

Além disso, o presidente anunciou que, também em junho, os trabalhadores que alcançarem o direito à aposentadoria passarão a receber em suas casas um comunicado da Previdência informando o fato e o valor do salário que têm direito a receber. "É um comprometimento público que estou fazendo com os companheiros da Previdência Social", disse.

"Estamos retribuindo ao contribuinte da Previdência Social aquilo que é a cidadania que ele tem direito", afirmou Lula. "Se para cobrar nós somos tão precisos, para devolver o dinheiro, temos que chegar próximo à perfeição", completou.

17:20
Anónimo disse...
Economia Nacional
Salário maternidade sairá em 30 minutos, diz ministro

Toda trabalhadora autônoma que tiver contribuído pelo menos 10 meses com o Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) - ou as que possuírem carteira assinada - poderão receber em 30 minutos o salário maternidade a partir desta terça-feira. Da mesma forma, as mulheres com 30 anos de contribuição e os homens com 35 anos também terão direito ao benefício de forma mais rápida. A informação é do ministro da Previdência Social, José Pimentel.

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Para requerer o salário maternidade, é preciso que as autônomas levem a carteira de identidade e o carnê de contribuição. As demais trabalhadoras devem apresentar a identificação e a carteira de trabalho. Desde o início do mês, a nova forma de análise para a concessão de benefícios foi adotada para a aposentadoria por idade do trabalhador urbano e agora foi estendida para o salário maternidade e por tempo de contribuição.

O ministro disse que a qualificação do serviço da previdência social é o reconhecimento do direito dos trabalhadores e da afirmação da cidadania.

"Até pouco tempo na cabeça do cidadão o serviço devia ser de péssima qualidade. Agora não, nós modificamos toda a legislação no mês de dezembro numa ação conjunta do Congresso Nacional com o governo federal. Estamos implantando e concedendo os benefícios em até 30 minutos", afirmou.

O ministro destacou que para conseguir se aposentar ou ter acesso à licença maternidade em 30 minutos, em primeiro lugar, é necessário que o cidadão esteja vinculado à Previdência, o que inclui 65% da população acima de 16 anos de idade.

"Depois bastar marcar pelo sistema 135 o dia e a hora do atendimento e levar a documentação. Se todos os dados necessários estiverem corretos o contribuinte será atendido em até 30 minutos, como vem sendo feito com as aposentadorias por idade desde o dia cinco de janeiro", explicou.

Pimentel disse ainda que em 90% das agências da previdência social o atendimento é marcado em até 48 horas. Nos grandes centros, entretanto existe um volume maior o que torna mais lento o processo.

"Estamos criando mais 715 agências até 2010, em todo o território nacional, para descentralizar o atendimento. Em 2008, atendemos 295 mil benefícios e aposentadorias por idade. Temos 4 mil pessoas por dia procurando e se aposentando por idade no território nacional

Anónimo disse...

Os bombeiros combatem neste sábado os incêndios na Austrália favorecidos pelo bom tempo, enquanto os deslocados encotram em seu retorno casas derruídas, carros queimados nas ruas e destruição.

Depois de sete dias desde que começaram os incêndios no Estado de Victoria, a lista de mortos chega a 181, os desaparecidos somam 50, os edifícios destruídos totalizam 1,834 mil e o terreno arrasado, principalmente florestas, ocupa uma área de 4,13 mil quilômetros quadrados.

As equipes de bombeiros, formadas por 4 mil profissionais de Victoria, de outras partes da Austrália e de países amigos, combateram hoje 12 focos fora de controle e nenhum representava uma ameaça direta para a população.

O subdiretor do Serviço de Bombeiros, Geoff Conway, disse que este tempo favorável, que se prolongará durante o domingo, permite consolidar as linhas de contenção e avançar na extinção das chamas.

Cinzas apareceram arrastadas por ventos do nordeste sobre Melbourne, onde habitam 3,8 milhões de pessoas, e as autoridades alertaram aos cidadãos do risco para a saúde de idosos, crianças e pessoas com problemas respiratórios.

O número de pessoas deslocadas - a Cruz Vermelha chegou a receber 7 mil - começou a cair com a abertura de algumas localidades atingidas.

Os incêndios, alguns criminosos, começaram em 7 de fevereiro, quando a região sul da Austrália estava há duas semanas sob uma onda de calor sem precedentes.

Na sexta-feira passada, a polícia acusou uma pessoa de ter provocado o incêndio que atingiu a localidade de Churchill e matou 21 pessoas.

16:55
Anónimo disse...
A primeira chuva em seis dias reduziu a ameaça de incêndios no Estado de Victoria, ao sul da Austrália. As autoridades, porém, advertiram que ainda existem 12 focos, mas que nenhum deles ameaça áreas povoadas.

Mais de quatro mil bombeiros, mil provenientes de outras partes do país e de outras nações, trabalham contra o fogo. Cerca de 600 veículos e 28 helicópteros e pequenos aviões estão sendo usados.


Eles conseguiram construir linhas de contenção para evitar os incêndios de Yarra e Maroondah se juntassem. Também foram controlados os incêndios abertos de Yea e Murrindindi, que ameaçavam as comunidades de Connellys Creek, Crystal Creek, Scrubby Creek e Native Dog Creek.

O número de mortos chegou a 181, mas as autoridades acreditam que as vítimas devem passar de 200, já que ainda há muitos desaparecidos.

16:55
Anónimo disse...
Aqui nesta coluna, na semana passada, tive a oportunidade de comentar sobre a recente visita do professor brasileiro Pedrinho Guareschi à Austrália. Não dei, porém, os fatos, pois semana passada o assunto era outro.

Hoje, porém, vamos a eles.

No último dia 4 de fevereiro, aconteceu o Seminário "Paulo Freire: Education and Liberation", organizado pelo centro de estudos latino-americanos da Universidade Nacional da Austrália, ou ANU, como é mais conhecida por aqui.

A ANU, para quem não sabe, está entre as 20 melhores universidades do mundo! E tem sede aqui em Camberra, capital da Austrália.

Na abertura do evento, o professor John Minns, diretor do centro latino-americano, ao dar boas-vindas ao público presente, lembrou ser aquele o primeiro seminário exclusivamente dedicado a Paulo Freire na Austrália.

Em seguida, convidou Pedrinho Guareschi, palestrante principal do Seminário, a fazer sua apresentação.

A plateia pode então conhecer, pelas palavras de Pedrinho, um pouco da obra e da vida de Freire, esse brasileiro de fé e valor, que sempre acreditou na educação, sobretudo dos menos favorecidos, analfabetos, como força libertadora.

Como não podia deixar de ser, os conceitos e ideias revolucionários de Paulo Freire, expostos com clareza por Pedrinho, despertaram o interesse e a curiosidade de plateia. A qual, deve-se notar, era na maioria de estudantes, mas de várias nacionalidades, sobretudo australianos e asiáticos.

Na continuação do programa do seminário, que se estendeu por dois dias, outros professores fizeram palestras sobre temas ligados à obra de Paulo Freire.

Interessante, por exemplo, saber que a professora Anne Hickling-Hudson, jamaicana que mora na Austrália há muitos anos (é professora da ANU), conheceu e trabalhou com Freire num workshop educacional durante a revolução na Ilha de Granada, em 1980, antes da invasão dos Estados Unidos...

Ou, então, a palestra da Professora Gerda Roelvink, da Nova Zelândia, que participou do Fórum Social de Porto Alegre em 2005. E essa participação transformou-se em tema de doutorado.

No dia 10, terça-feira passada, o padre Pedrinho Guareschi voltou a falar ao público australiano em grande auditório localizado no belíssimo campus da ANU. Desta vez, sobre a Teologia da Libertação.

Depois da palestra, John Minns mostrou o filme mexicano "O Crime do Padre Amaro", no qual um dos personagens é um padre católico praticante da Teologia da Libertação.

Mais uma vez, foi grande o intersse da platéia, que pode aprender e conhecer um pouco como se desenvolveu aquele importante movimento católico na América Latina.

Fica, assim, ao Pedrinho, bem como a outros brasileiros estudiosos e de bom coração que saem pelo mundo a divulgar aspectos importantes da cultura brasileira, o respeito e a homenagem desta coluna. E... aquele abraço!

16:57
Anónimo disse...
Amanda Kitts perdeu o braço esquerdo em um acidente de automóvel acontecido três anos atrás, mas hoje em dia ela joga futebol americano com seu filho de 12 anos de idade, troca fraldas e abraça as crianças nas três creches Kiddie Cottage que opera em Knoxville, Tennessee. Kitts, 40 anos, faz tudo isso com a ajuda de um novo tipo de braço artificial que se movimenta com mais facilidade do que outros aparelhos e que ela pode controlar utilizando apenas seus pensamentos.

"Eu sou capaz de mexer a mão, o pulso e o cotovelo ao mesmo tempo", diz. "Você pensa e os músculos se movem em seguida".

A recuperação que ela conseguiu resulta de um novo procedimento que vem atraindo crescente atenção porque permite que pessoas movam braços protéticos de forma mais automática do que faziam no passado, simplesmente utilizando nervos reaproveitados em seus cérebros.

A técnica, conhecida como "renervação muscular dirigida", envolve utilizar os nervos que restam depois da amputação de um braço e conectá-los a outro músculo do corpo, em geral no peito. Eletrodos são instalados sobre os músculos do peito, e operam como se fossem antenas. Quando a pessoa deseja mover o braço, o cérebro envia sinais que primeiro resultam em contração dos músculos do peito, os quais enviam um sinal ao braço protético, instruindo-se a se movimentar. O processo não requer mais esforços consciente do que a pessoa teria de exercitar caso ainda tivesse seu braço natural.

Na terça-feira, pesquisadores reportaram em estudo publicado pela versão online do Journal of the American Medical Association que haviam levado a técnica ainda mais à frente, tornando possível a execução de 10 movimentos de mão, pulso e cotovelo diferentes, o que representa uma substancial melhora com relação ao típico repertório protético, que em geral envolve apenas dobrar o cotovelo, girar o pulso e abrir a mão.

"Os novos métodos tiveram impacto dramático em nosso campo de trabalho", disse Stuart Harshbarger, engenheiro biomédico na Universidade Johns Hopkins e diretor do programa de pesquisa sobre próteses, financiado pelas forças armadas, que inclui o trabalho com essa técnica. "O método já está em uso por médicos e cirurgiões comuns em todo o país. A capacidade de controlar um membro protético bastante robusto que ele confere surpreendeu a todos pela qualidade".

Tipicamente, uma pessoa que tenha um braço protético só é capaz de executar alguns poucos movimentos, e muitas vezes com tamanha lentidão que isso só permite a ela atividades limitadas.

Há um motor separado para cada movimento, diz Gerald Loeb, professor de engenharia biomédica na Universidade do Sul da Califórnia, "e esses motores precisam ser controlados de maneira explícita", usualmente por um esforço consciente da pessoa para contrair músculos nas costas ou no bíceps.

"Essencialmente, até agora os pacientes controlavam apenas um motor de cada vez", diz Loeb, "e precisavam pensar cuidadosamente sobre que motor desejavam controlar e como fazê-lo operar, em lugar de simplesmente pensarem em mover o braço e poderem fazê-lo sem delongas".

Antes que Kitts passasse pelo procedimento de renervação, em outubro de 2007, por exemplo, ela precisava movimentar os músculos de suas costas de determinada maneira para fazer com que seu pulso girasse, e flexionar seu bíceps e tríceps para fazer com que o cotovelo se movesse para cima e para baixo. "Era muito trabalho", ela conta. "E não me ajudava muito".

O procedimento de renervação é parte de uma recente explosão de idéias novas e técnicas inovadoras que estão sendo exploradas enquanto os cientistas se esforçam por ajudar as pessoas a compensar melhor a perda de membros ou problemas de paralisia. O esforço vem sendo alimentado pelo aumento no número de amputações causado por diabetes e por ferimentos sofridos pelos militares, e ao mesmo tempo pelos avanços na tecnologia médica.

Os braços se tornaram um dos focos essenciais desse tipo de trabalho. A ciência há muito vem obtendo sucessos no desenvolvimento de próteses de perna, mas é muito mais difícil imitar a complexidade e a destreza das mãos e dos braços.

Os esforços em curso incluem o desenvolvimento de projetos de pele e braços mais sensíveis e mais flexíveis, e o uso de dispositivos acionados por controles sem fio implantado nos braços protéticos, que permitiriam movimentos mais naturais.

Os pesquisadores também vêm usando sensores implantados nos cérebros de cobaias para permitir que dois macacos controlem um braço mecânico, e um teste com um homem paralítico permitiu, com esse método, que ele movimentasse um cursor em uma tela de computador.

Alguns desses métodos, caso venham a ser aperfeiçoados plenamente e consigam aprovação das autoridades regulatórias da saúde, podem no futuro se tornar mais viáveis para os pacientes de amputações.

E embora a técnica da renervação não requeira aprovação das autoridades regulatórias porque é executada por meios cirúrgicos e emprega aparelhos já existentes, ela apresenta limitações que até mesmo seus criadores reconhecem, entre as quais o fato de que não se pode utilizá-la para todos os pacientes, o seu alto custo e o prazo de meses requerido para que os nervos reconectados cresçam e se tornem efetivos.

Ainda assim, os especialistas dizem que é o mais avançado sistema em uso hoje para pacientes reais que permite que o sistema nervoso controle diretamente o movimento de um braço artificial.

Desde sua introdução por Todd Kuiken, médico fisioterapeuta e engenheiro biomédico do Instituto de Reabilitação de Chicago, o método foi empregado em cerca de 30 pacientes nos Estados Unidos, Canadá e Europa, entre os quais oito soldados feridos no Iraque e no Afeganistão.

Muitos dos pacientes, entre os quais o primeiro, Jesse Sullivan, um operário do setor elétrico no Tennessee que perdeu os dois braços quando foi eletrocutado por um cabo, conseguem não apenas manipular seus braços protéticos mas sentir a presença das mãos que já não têm quando alguém toca em seus peitos.

Sullivan, 62 anos, e Kitts, estavam entre os cinco pacientes que participaram do estudo reportado na terça-feira. Em companhia de cinco outras pessoas que não passaram por amputações, eles receberam os eletrodos e foram instruídos a usar pensamentos para fazer com que um braço virtual na tela reproduzisse 10 movimentos diferentes, entre os quais três formas diferentes de aperto de mão.

Os pacientes apresentaram desempenho bastante respeitável, apenas um pouco mais lento e menos preciso do que os dos participantes que não tinham amputações.

"As velocidades de movimento que encontramos em nossos pacientes foram realmente encorajadoras", disse Kuiken. "Eles conseguiram completar a tarefa. É claro que não foram tão competentes quanto as pessoas dotadas de plena capacidade física, mas foram bons o bastante".

Um braço virtual foi usado porque a maioria das próteses existentes não era capaz de acomodar todos aqueles movimentos, no momento da pesquisa, ainda que Sullivan, Kitts e uma terceira paciente, Claudia Mitchell, tenham experimentado dois novos protótipos mais versáteis de braços artificiais, executando tarefas complexas com bolas de tênis e outros objetos.

O trabalho de renervação em soldados apresenta outros desafios, diz Kuiken, porque os ferimentos militares muitas vezes "causam danos muitos extensos" a nervos, músculos ou ossos.

Daniel Acosta, 25 anos, um aviador ferido pela detonação de uma bomba em uma estrada do Iraque em 2005, passou pelo procedimento no ano passado e diz que seu braço esquerdo protético agora se movimenta "muito mais rápido" e de maneira muito mais natural.

"A diferença é que agora não preciso mais pensar para mover o braço", ele diz. "Ele simplesmente se mexe".

Ainda assim, Acosta, de San Antonio, diz que "o processo foi bastante longo" e que os eletrodos precisam ser ajustados para receber os sinais à medida que os nervos crescem ou mudam de posição.

E embora elogiem o método, os especialistas afirmam que a ciência das próteses de braço ainda tem muito por avançar.

"Trata-se de uma parte crucial, mas ainda assim apenas uma parte, das muitas coisas que compreendem a função normal de um braço", disse Loeb, que escreveu um editorial que acompanha o artigo no Journal of the American Medical Association.

"No momento estamos a meio do caminho entre o braço de 'Dr. Fantástico', que fazia involuntariamente a saudação nazista, e o braço de Luke Skywalker em 'Guerra nas Estrelas', que funciona sem nenhum problema assim que é conectado. Creio que precisaremos ainda de muitos anos para conectar todas as peças necessárias a produzir um braço capaz de funcionar normalmente".

17:04
Anónimo disse...
A Espanha disse neste sábado que está preparando uma reclamação oficial contra a decisão da Venezuela de expulsar um membro do Parlamento Europeu que criticou o conselho eleitoral venezuelano.
Luis Herrero, membro do partido conservador espanhol PP, foi deportado na sexta-feira depois que o Conselho Nacional Eleitoral (CNE) o acusou de questionar a imparcialidade da instituição antes de um referendo que pode permitir ao presidente Hugo Chávez permanecer no cargo indefinidamente.

Herrero estava na Venezuela como observador do referendo. Ele acusou Chávez de ter "comportamentos típicos de um ditador" por pedir a contenção de manifestações da oposição.

O governo da Espanha convocou um encontro com o embaixador da Venezuela em Madri para expressar a desaprovação sobre a expulsão de Herrero, disse um representante do Ministério das Relações Exteriores espanhol.

As relações da Venezuela com a Espanha tiveram seu ponto crítico em 2007, quando Chávez ameaçou rever acordos diplomáticos e comerciais depois de ouvir um "cala a boca" do rei espanhol Juan Carlos durante uma cúpula.

A fenda foi oficialmente reparada em 2008, com uma visita oficial de Chávez à Espanha, onde ele cumprimentou o rei e discutiu acordos para investimento no setor petroquímico com o primeiro-ministro José Luis Rodriguez Zapatero.

17:06
Anónimo disse...
A polícia do Zimbábue anunciou neste sábado que acusa de traição Roy Bennett, dirigente do até agora opositor Movimento para a Mudança Democrática (MDC), detido na sexta-feira, em Harare, poucas horas antes da cerimônia de posse dos membros do novo gabinete.

"A Polícia nos informou que vão apresentar acusações de traição", disse à agência EFE o advogado de defesa de Bennett, Trust Maanda.

"Tentam relacionar Roy com o caso de Mike Hitschmann, que foi detido em 2006 em relação à descoberta de um carregamento de armas, apesar de que Hitschmann não tenha sido declarado culpado das acusações de traição apresentadas contra ele, mas de um crime menor de descumprimento de leis", disse Maanda.

O político opositor, designado por seu partido como vice-ministro de Agricultura no Governo de união nacional, esteve no exílio na vizinha África do Sul desde 2006 e retornou ao Zimbábue há duas semanas.

Segundo a Polícia, que deteve Bennett ontem no aeroporto de Harare quando pretendia ir à África do Sul para visitar sua família, as armas apreendidas em 2006 seriam utilizadas em um golpe de Estado para derrubar o presidente do Zimbábue, Robert Mugabe.

Depois da detenção, Bennet foi levado a Mutar, onde vários simpatizantes do MDC se concentraram em frente à delegacia na qual estava detido, diante do que a Polícia respondeu com tiros para o alto para dispersar os manifestantes.

17:07
Anónimo disse...
Austrália: 14 mil se candidatam a 'emprego dos sonhos'

A secretaria de Turismo de Queensland, na Austrália, informou que até esta segunda-feira já recebeu cerca de 14 mil inscrições para o "o melhor emprego do mundo". O Estado australiano promove pela internet seleção para vaga de "zelador" da ilha Hamilton, por seis meses com um salário de R$ 40 mil.

Muitos candidatos tiveram problemas durante a inscrição por conta dos acessos simultâneos ao site. A secretaria aconselha enviar os vídeos de 60s explicando porque deve ser escolhido em horários alternativos do dia, além de recomendar tamanho em torno de 40MB.

As inscrições começaram em 12 de janeiro e vão até o próximo dia 22 e podem ser feitas pelo site www.islandreefjob.com. O governo australiano escolherá 50 candidatos para a próxima fase da seleção, que terá votos do público para eleger um dos 11 finalistas.

A última fase terá entrevistas e desafios físicos, no próprio local de trabalho: as ilhas da Grande Barreira Coralina - o maior recife de coral do mundo. A secretaria de Turismo anunciará o vencedor no dia 6 de maio.

17:09
Anónimo disse...
Mercado elogia governo na crise, mas pede maior queda no juro

Peter Fussy
Direto de São Paulo

Desde as primeiras medidas anunciadas para combater os efeitos da crise, o governo brasileiro avisou que a estratégia não contemplaria um pacote. Seriam doses pontuais, de acordo com a necessidade da economia diante do agravamento das turbulências. Da primeira liberação dos depósitos compulsórios em setembro até a ampliação do seguro-desemprego na última quarta-feira, o governo passou por redução de impostos, ampliação de crédito e incentivos à exportação. Quase 150 dias após a primeira medida, o Terra conversou com líderes do setor público e privado, representantes dos trabalhadores, acadêmicos e com o próprio governo para saber quais destas ações foram mais eficazes, quais foram mais ineficientes e o que mais pode ser feito pelo Estado brasileiro contra a crise.

Os maiores elogios foram direcionados à atitude de reduzir o Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) para a indústria automobilística, anunciada em dezembro e que fez com que os emplacamentos de carros novos subissem 1,9% no primeiro mês do ano em relação a dezembro de 2008. Já as maiores críticas foram para a lentidão no corte da taxa básica de juro do País.

Para o presidente do conselho administrativo do Grupo Pão de Açúcar, Abílio Diniz, o Estado não é responsável pela crise e mesmo assim está agindo "com extrema serenidade e muito acerto". "O governo está atento, fazendo a sua parte. É preciso coragem de baixar firmemente a taxa de juros. É uma arma que temos a nosso favor, já que não há clima para inflação, nem possibilidade de danos para a macroeconomia", afirmou Diniz.

Na última reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), em janeiro, a taxa Selic foi reduzida em um ponto percentual, de 13,75% para 12,75% ao ano. Porém, o professor de economia da Universidade de Brasília (UnB) José Luiz Oreiro lembra que este corte representa uma redução de apenas 0,25 ponto percentual com relação à taxa de setembro do ano passado, quando a crise se agravou.

"Pouco antes da eclosão da crise, o Banco Central aumentou a taxa em 0,75 ponto. Foram cinco meses de demora para reduzir em termos líquidos apenas 0,25 ponto", afirmou o economista, que também sugeriu redução do intervalo de cerca de 90 dias entre as reuniões do Copom e o corte de pelo menos um 1 ponto percentual em cada reunião.

Mesmo com o corte de janeiro, a taxa de juros real continua sendo a maior do mundo, lembrou o secretário-geral da Força Sindical, João Carlos Gonçalves, o Juruna. "A redução da taxa de juro ainda é pequena, porque ela continua uma das mais altas do mundo. Falta ousadia para baixar os juros e ajudar o cidadão. A permanência da taxa de juro alta é negativa para o País em meio a crise", afirmou Juruna.

Embora aprove as ações do governo, o senador Aloízio Mercadante (PT-SP) também acredita que o patamar da Selic está muito alto. "Sempre fomos os primeiros a entrar em qualquer crise, o que não aconteceu agora. A taxa Selic ainda é muito alta, mas o governo têm tomado medidas acertadas, como o aumento do salário mínimo, mesmo com um cenário de crise. Isso ajuda a movimentar o consumo. O governo está se esforçando para manter os investimentos e o crescimento", disse.

Tributos
De acordo com o economista Fabio Pina, da Fecomercio-SP, as ações mais positivas estão relacionadas à redução de tributos para alguns segmentos, como a indústria automobilística, que recuperou parte da queda nas vendas em janeiro com a isenção do IPI para carros 1.0 l e o corte para demais motorizações. A medida vale até o final de março.

"Essas medidas não só reduziram o preço, mas anteciparam o consumo daqueles que iriam comprar no futuro, dando um prêmio por conta da insegurança. Mexe diretamente com o principal problema que é a confiança do consumidor", afirmou. Juruna destacou que um bom ritmo de vendas é garantia de emprego. "É importante porque cada emprego na montadora significa 19 na cadeia produtiva", comentou o representante da Força Sindical.

Também em dezembro, o governo decidiu cortar pela metade a alíquota do Imposto de Renda para contribuintes que ganham entre R$ 1.434 e R$ 2.150 mensais. "O salário aumentava e a tabela não se modificava. As pessoas ganhavam mais e pagavam mais impostos", apontou Juruna. Outra redução de tributos do governo foi com relação ao Imposto sobre Operações Financeiras (IOF), que caiu de 3% ao ano para 1,5%.

Crédito
Na segunda metade de 2008, o colapso de bancos nos Estados Unidos por conta da crise do subprime provocou uma forte restrição de crédito no mundo inteiro. Uma das primeiras medidas anticrise do governo teve como objetivo restabelecer a oferta, com mudanças no recolhimento dos depósitos compulsórios por parte dos bancos. Segundo o presidente do Banco Central, Henrique Meirelles, as diversas modificações liberaram US$ 99,2 bilhões aos bancos até o final de janeiro.

Além disso, o governo concedeu R$ 36 bilhões das reservas internacionais para empresas brasileiras com dívidas no exterior e uma medida provisória autorizou o Banco do Brasil e a Caixa Econômica Federal a comprar carteiras de crédito de bancos privados. Para o diretor do Departamento de Pesquisas e Estudos Econômicos da Fiesp, Paulo Francini, estas medidas foram essenciais para combater os efeitos da crise.

"A crise se desenvolve no mundo em torno do tema crédito. E o crédito reduziu-se barbaridade no mundo. Então o governo lança mão de compulsório, lança mão de reservas, de medidas que permitem aos bancos comprar carteiras de bancos. Você vai tomando várias medidas para atender às demandas e o epicentro disso é crédito", afirmou.

No entanto, Oreiro, da UnB, adverte que a liberação dos compulsórios seria mais eficiente acompanhada de redução mais agressiva da taxa básica de juro. "Uma parte do crédito voltou, depois da forte retração em outubro e novembro. O que deveria ter sido feito junto à liberação do compulsório era uma redução mais drástica da taxa de juro. Sem isso, os bancos pegam as reservas e acabam comprando títulos públicos", explicou o economista.

Na opinião de Pina, as ações de distribuição de crédito via redução do compulsório e a disposição de capital de giro para empresas foram tomadas sem um cuidado maior na operação e não tiveram muito efeito. "O BNDES tem linhas que ficam paradas quase todo o ano, agora é pior ainda. Existem os recursos, mas as empresas e os bancos estão desconfiados. É preciso fazer com que os bancos tenham interesse em emprestar", afirmou o economista da Fecomercio-SP.

Futuro
Mesmo com todas essas medidas, a crise financeira ainda gera incertezas nos setores produtivos do País. Nos últimos meses, o medo do desemprego fez os consumidores adiarem compras. Por sua vez, a queda nas vendas pode obrigar as indústrias a cortarem a produção e demitir funcionários. Contra isso, empresários sugerem redução de jornada e de salários.

"Isto está previsto em lei. A Fiesp simplesmente manteve conversações com entidades sindicais quanto à aplicação daquilo que já está previsto em lei", afirmou Francini.

Segundo a ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff, uma das medidas que assegura um nível de emprego é a manutenção de investimentos no Programa de Aceleração do Crescimento (PAC). "Estamos esperando que a dificuldade ocorra em janeiro, fevereiro e março. Estamos certos que vamos manter o nível de investimento. É isso que funciona, é isso que significa investimento público. Ele funciona como um colchão. Por isso, nós colocamos R$ 100 bilhões no BNDES e a Petrobras ampliou o seu investimento em R$ 120 bilhões", afirmou.

Na mesma linha, Pina explica que a antecipação de gastos do governo substitui parte da demanda retraída do setor privado. "Ele dá o seguinte recado: não vou estourar as contas públicas, mas concentrar em um momento em que a demanda privada está pequena. Mas o governo não tem fôlego suficiente para fazer o papel de toda demanda", ressaltou. O economista da Fecomercio lembrou que a entidade já pleiteou junto ao governo isenções para transferência de imóveis e de automóveis, além de retirar o IPVA para veículos novos.

Já Oreiro foca suas propostas na capitalização do Banco do Brasil e da Caixa Econômica Federal pelo Tesouro para atender a demanda de crédito para capital de giro e reduzir o spread. "Aumentando o empréstimo e reduzindo as taxas, os dois vão forçar os bancos privados a acompanhar o movimento, até para não perderem participação no mercado", explicou o economista da UnB.

Até o Carnaval, o governou prometeu detalhar um pacote de incentivos para a construção de até um milhão de casas populares, direcionado a famílias com renda de até dez salários mínimos. "Estamos atentos a tudo o que está acontecendo e novas medidas serão tomadas caso haja uma avaliação de que sejam necessárias", disse o ministro da Fazenda, Guido Mantega, na última sexta-feira.

17:11
Anónimo disse...
Ex-ministro critica extensão do seguro-desemprego

Atualizada às 09h03

O ex-ministro do Trabalho Almir Pazzianotto criticou a decisão do governo federal de conceder o seguro-desemprego estendido a apenas alguns setores. "É certamente odioso e provavelmente inconstitucional", disse Pazzianotto, de acordo com o jornal O Estado de S. Paulo.

Na última qurta, dia do anúncio da medida, centrais sindicais elogiaram a atitude do governo. A Força Sindical divulgou nota dizendo que "o aumento ajudará a aquecer parte da economia, já que irá gerar mais consumo, produção e conseqüentemente, a criação de novos postos de trabalho". A União Geral dos Trabalhadores (UGT) afirmou que a medida "contribuirá para minimizar o drama dos trabalhadores que perderem seu emprego por conta da crise".

O ex-ministro, que instituiu o seguro-desemprego no País no governo de José Sarney, destacou a necessidade de as centrais sindicais se manifestarem contra a determinação. Para ele, as mudanças devem ser aplicadas a todas as categorias profissionais e a distinção é contrária ao artigo 3º da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT).

Pazzianotto atribui a medida a um possível temor do governo de que a crise econômica seja longa e não haja dinheiro para atender a todas as necessidades. Ainda assim, ele se mostra contrário ao método de concessão. "O seguro-desemprego ajuda a sanar necessidades básicas. Estendê-lo é paliativo, não a solução", disse ao jornal.

De acordo com o presidente do Conselho Deliberativo do Fundo de Amparo ao Trabalhador (Codefat) e conselheiro da Força Sindical, Luiz Fernando Emediato, a determinação já estava prevista na lei 8.900/94, que trata do seguro-desemprego.

O presidente da Comissão de Trabalho da Câmara, Pedro Fernandes (PTB-MA) vai além na crítica à concessão do seguro para apenas alguns setores. Ele acredita que a ampliação do benefício estimula o desemprego.

Quintino Severo, secretário geral da Central Única dos Trabalhadores (CUT), lembra que a ampliação do benefício sem critério e identificação pode incentivar demissões em outros setores.

17:13
Anónimo disse...
Empresas
TAM faz promoção para destinos internacionais

A companhia aérea TAM anunciou nesta sexta-feira tarifas promocionais para trechos internacionais. Os preços valem para bilhetes comprados entre 6h deste sábado e 23h59 deste domingo e são válidos para classe econômica. As tarifas, para ida e volta, serão vendidas a partir de US$ 99, mais taxas.

Segundo a aérea, a promoção vale para viagens feitas no período de 14 de fevereiro a 18 de junho de 2009. Para destinos na América do Sul, a permanência mínima é de dois dias; para bilhetes com destino nos Estados Unidos, cinco dias; e Europa, sete dias. A permanência máxima para as passagens para América do Sul e EUA é de dois meses e para Europa, três meses.

Entre os exemplos de tarifas promocionais, a TAM oferece São Paulo-Lima por US$ 99. Bilhetes para a rota São Paulo-Santiago serão vendidos a partir de US$ 199 e São Paulo-Nova York, US$ 799.

A emissão dos bilhetes deve ser feita obrigatoriamente no ato da reserva, obedecendo às regras estipuladas pela companhia. A compra está sujeita à disponibilidade de assentos nas classes tarifárias determinadas, trechos, horários e datas. A TAM afirmou que também há tarifas promocionais para a classe executiva.

Mais informações podem ser encontradas no site promocional (www.ofertastam.com.br), no site da empresa (www.tam.com.br) ou pelos telefones 4002-5700 ou 0800 5705700.

17:13
Anónimo disse...
Empresas
Consultoria negocia compra do parque temático Hopi Hari

A consultoria especializada em reestruturação de empresas Íntegra Associados informou nesta sexta-feira ter um acordo para comprar o parque de diversões Hopi Hari, localizado no interior de São Paulo. A empresa estaria disposta a investir R$ 10 milhões no parque, que tem dívida estimada em R$ 800 milhões. As informações são da edição deste sábado do jornal Folha de S. Paulo.

De acordo com o jornal, a transação ainda depende da negociação entre o Hopi Hari e seus credores, o que já estaria em andamento.

A consultoria paulista já atuou junto à Parmalat, durante 30 meses, quando reorganizou a gestão da empresa italiana.

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17:14
Anónimo disse...
Empresas
Disney de Tóquio contratará mais 2 mil apesar da crise


A Oriental Land, o operador da Disneylândia Tóquio e DisneySea, organizou neste domingo entrevistas para contratar cerca de 2 mil trabalhadores em tempo parcial, em um momento de grandes demissões deste tipo de empregados no Japão.

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O operador deste parque temático, situado em Urayasu, na província de Chiba (leste de Tóquio), está em pleno processo de seleção de empregados para 20 tipos de postos trabalhistas diferentes.

Segundo a companhia, citada pela agência local de notícias Kyodo, o parque contratará novos trabalhadores para as atrações, para os restaurantes e guardas de segurança entre outros. Os novos contratados começarão a trabalhar a partir de fevereiro.

O processo de seleção acontece em um momento em que a maioria das grandes companhias japonesas começaram a se ver obrigadas a despedir uma elevada percentagem de seus trabalhadores temporários e a tempo parcial.

Algumas inclusive anunciaram demissões de seus trabalhadores fixos, uma medida muito pouco comum nas companhias japonesas, perante os efeitos piores que o esperado pela crise econômica global.

Cerca de uma centena de pessoas esperavam desde a primeira hora desta manhã a abertura do centro de conferências Tokyo International Forum, onde as entrevistas estão sendo feitas, para ser os primeiros a solicitar os postos de trabalho.


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17:15
Anónimo disse...
Economia Internacional
Senado dos EUA aprova plano de estímulo à economia

O Senado dos Estados Unidos aprovou com 60 votos a favor e 38 contra o plano de estímulo à economia de US$ 787 bilhões na madrugada deste sábado. Agora, ele segue para sanção ou veto do presidente Barack Obama, que espera colocar a lei em prática até o dia 16 de fevereiro.

O plano prevê a criação de três milhões de empregos, inclui cortes de impostos às famílias, fundos para programas sociais e obras públicas, além de ajuda aos governos estaduais, estudantes e desempregados.

A cláusula Buy American - que exige o uso de ferro, aço e produtos manufaturados dos Estados Unidos em obras realizadas com recursos do pacote - ficou de lado. Segundo o texto definitivo, a cláusula será aplicada sem violar as normas do comércio internacional.

Ontem à tarde, a Câmara de Representantes (deputados) havia aprovado, por 246 votos a favor e 183 contra, a versão final do plano. Todos os republicanos foram contrários ao pacote.

Pelo acordo de quarta-feira entre Câmara e Senado, em vez de custar US$ 819 bilhões, como queriam os deputados, ou US$ 838 bilhões como pretendiam os senadores, o pacote ficou em cerca de US$ 787 bilhões, com 65% desse total destinado a gastos do governo federal e 35%, a créditos tributários.

17:16
Anónimo disse...
Economia nacional
Na era Lula, aposentadoria sobe 54% menos que salário mínimo

Thatiane Faria
Especial para o Terra
Direto de São Paulo

Os índices de reajustes concedidos pelo governo em 2009 para aposentados e pensionistas e para o salário mínimo repetiram uma diferença que, só durante o governo de Luiz Inácio Lula da Silva, já chega a 54%. Enquanto o mínimo foi majorado em 12% este ano, as pensões e aposentadorias tiveram aumento de 5,92%. Aposentados que têm o benefício do governo como única fonte de renda reclamam que perdem poder de compra e que sua cesta de compras é composta por itens que aumentam mais em relação à inflação oficial.

Um exemplo prático pode ser entendido a partir da comparação entre um aposentado que ganhava R$ 600 em janeiro de 2003. Na época, o benefício era três vezes, ou 200%, maior que o valor do mínimo em vigência, que era de R$ 200. Aplicando-se os índices de reajuste para aposentadorias e para o mínimo durante os últimos seis anos, o mesmo aposentado estaria recebendo hoje R$ 938,47, comparado a um salário mínimo de R$ 465. A diferença entre os dois valores caiu para pouco mais de 100%.

Enquanto o índice acumulado de reajuste para a aposentadoria durante o governo Lula foi de 60%, para o salário mínimo está em 132%.

O diretor do Sindicato Nacional dos Aposentados, João Inocentini, reclama que os valores dos benefícios para aposentadorias não mantêm o poder de compra do grupo, principalmente dos aposentados que recebem menos que dez salários mínimos.

Nem mesmo o fato de o índice de reajuste das aposentadorias ter ficado acima da inflação acumulada no mesmo período (o IPCA entre janeiro de 2003 e janeiro de 2009 foi de 39,7%) serve de argumento, segundo os aposentados.

"Os idosos, principalmente, têm gastos além das contas gerais como gás, telefone e aluguel. Para eles o custo com remédios, e outros itens da área saúde costuma ser maior", afirmou Inocentini.

O presidente do sindicato afirmou que o grupo realiza um estudo com 100 itens de necessidade de um idoso para comparar o aumento dos produtos com o índice de reajuste do benefício recebido pelos aposentados.

"Daqui dois meses vamos abrir um processo na Justiça e levar essa pesquisa como prova. Segundo a lei, o governo é obrigado a manter o poder de compra com a aposentadoria", disse Inocentini.

Alternativas
O consultor financeiro Cláudio Boriola diz que os aposentados, especialmente nesse momento de crise econômica, devem evitar compras parceladas, pesquisar preços, negociar e fazer bom planejamento financeiro.

Segundo Boriola, alguns aposentados ganham um valor mensal muitas vezes insuficiente para o pagamento das contas e acabam pedindo crédito ou realizando pagamentos a prazo e são obrigados a pagar juros altos.

Na opinião do consultor, pagar uma previdência privada é uma alternativa indicada para quem ainda trabalha, considerando a característica de perda de poder de compra da aposentadoria.

"Na prática, infelizmente os valores encontram-se em um patamar que está deteriorando o poder de aquisição da população brasileira", completou Boriola.

De acordo com o diretor da Confederação Brasileira de Aposentados e Pensionistas (Cobap), Vicente Fernandes Barbosa, representantes dos aposentados tentarão um encontro com o presidente da Câmara, deputado Michel Temer (PMDB-SP), para discutir projetos que minimizem a perda dos aposentados

17:17
Anónimo disse...
Previdência
Previdência prorroga isenção de tarifas no benefício

O atual sistema de pagamento aos 26 milhões de aposentados e pensionistas do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) será mantido até o final deste ano. O acordo, que permite realizar a operação sem nenhum custo aos beneficiários, foi renovado nesta sexta-feira, entre o governo federal e 21 instituições financeiras.

Por meio desse acordo, vigente desde setembro de 2007, nem os segurados, nem os bancos e nem o governo arcam com o pagamento de tarifas, conforme explicou o ministro da Previdência Social, José Pimentel. A prorrogação vale até dezembro, data máxima para que a Previdência defina as regras para um novo contrato.

Ao assinar o termo de renovação, na sede da Federação Brasileira dos Bancos (Febraban), o ministro disse que a intenção do governo é mudar o atual modelo de gestão visando a reduzir os custos dessas operações em torno da folha mensal, que atinge R$ 15,8 bilhões. No entanto, qualquer alteração, conforme explicou, passará antes por audiências públicas a serem realizadas a partir do segundo semestre deste ano, atendendo a determinação do Tribunal de Contas da União (TCU).

De acordo com Pimentel, com um redesenho do mecanismo de repasse dos recursos aos bancos em torno da folha de pagamento dos segurados o que se busca é um aumento da participação de instituições financeiras. Ele informou que, desde 2007, cada benefício custa em média R$ 1,07 ao governo. "Quanto mais instituições financeiras estiverem prestando serviços à sociedade, maior é a competitividade, a agilidade no atendimento", justificou.

O ministro observou, ainda, que, para permitir uma redução para algo em torno de meia hora no tempo de atendimento para a concessão dos direitos previdenciários, o governo investiu R$ 280 milhões.

Questionado sobre o descontentamento dos segurados que ganham acima de um salário mínimo terem obtido apenas a correção com base na variação do Índice de Preços ao Consumidor (INPC) , ficando abaixo do reajuste dado a quem recebe apenas o mínimo, Pimentel argumentou que o governo seguiu o que determina a lei e descartou a possibilidade de uma revisão

17:17
Anónimo disse...
Empresas
Caterpillar oferece aposentadoria antecipada a 2 mil


A companhia americana Caterpillar ofereceu a cerca de dois mil funcionários incentivos para que se aposentem de forma voluntária antes do previsto, pela perspectiva de uma queda "significativa" da atividade industrial, informou nesta quarta-feira a empresa.

A iniciativa, destinada aos trabalhadores de diversas fábricas em Illinois, Colorado, Tennessee e Pensilvânia, se soma aos cortes de empregos anunciados em janeiro, explicou em comunicado de imprensa.

A empresa, a maior fabricante mundial de maquinaria pesada para a construção e a mineração, acrescentou que, "em função das condições de negócio, podem ser necessárias mais reduções de elenco voluntárias e involuntárias à medida que o ano avança".

O vice-presidente da companhia, Sid Banwart, explicou que a empresa prevê "demissões significativas em todas as regiões geográficas e na maioria dos setores devido às dificuldades da economia mundial".

17:18
Anónimo disse...
Comércio
Comércio exterior da OCDE caiu no 3º trimestre de 2008


As exportações e as importações dos países da Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Econômico (OCDE) caíram 1,6% e 0,2%, respectivamente, no terceiro trimestre de 2008, em relação aos três meses anteriores.

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Trata-se da primeira queda destas atividades desde o terceiro trimestre de 2006, segundo o último relatório trimestral sobre fluxos comerciais divulgado pela OCDE.

As exportações e as importações em dólares dos 30 Estados-membros caíram 15,6% e 17%, respectivamente, na comparação anualizada.

Por sua vez, o comércio dos sete países mais ricos do mundo (G7) teve um pequeno crescimento no terceiro trimestre de 2008 com uma queda das exportações de mercadorias de 0,2% em relação ao trimestre anterior e um aumento de 0,4% das importações.

Em termos anualizados, as importações do G7 caíram 1,4% entre julho e setembro do ano passado, seu primeiro retrocesso desde o terceiro trimestre de 2006, enquanto as exportações aumentaram 1,9%, seu crescimento mais baixo no mesmo tempo.

Por países, a Alemanha aumentou suas importações em 3,4% - valor mais alto do G7 -, enquanto suas exportações caíram 2,9% do segundo para o terceiro trimestre de 2008.

Pelo contrário, as exportações americanas aumentaram 1,8% entre julho e setembro de 2008, enquanto as importações caíram 0,7% em relação ao trimestre anterior. No Japão, tanto as importações quanto as exportações caíram em torno de 1% no mesmo período.

17:19
Anónimo disse...
Economia Nacional
Lula: juros de crédito consignado a aposentados são altos

Atualizada às 17h29

O presidente Luis Inácio Lula da Silva afirmou nesta terça-feira, em São Paulo, que está lutando para reduzir as taxas de juros cobradas de aposentados em crédito consignado. A Previdência Social estabelece uma taxa máxima de 2,5% para empréstimo e de 3,5% para cartão. Para Lula, os valores são altos.

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"Acho que o juro que os aposentados estão pagando hoje com o crédito consignado é alto para o padrão brasileiro", disse o presidente durante a cerimônia de comemoração dos 86 anos do INSS.

A Previdência anunciou nesta terça-feira que aposentados e trabalhadoras com licença-maternidade poderão receber seus benefícios em 30 minutos. De acordo com Lula, em junho, a aposentadoria do trabalhador rural também será conseguida em meia hora.

Além disso, o presidente anunciou que, também em junho, os trabalhadores que alcançarem o direito à aposentadoria passarão a receber em suas casas um comunicado da Previdência informando o fato e o valor do salário que têm direito a receber. "É um comprometimento público que estou fazendo com os companheiros da Previdência Social", disse.

"Estamos retribuindo ao contribuinte da Previdência Social aquilo que é a cidadania que ele tem direito", afirmou Lula. "Se para cobrar nós somos tão precisos, para devolver o dinheiro, temos que chegar próximo à perfeição", completou.

17:20
Anónimo disse...
Economia Nacional
Salário maternidade sairá em 30 minutos, diz ministro

Toda trabalhadora autônoma que tiver contribuído pelo menos 10 meses com o Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) - ou as que possuírem carteira assinada - poderão receber em 30 minutos o salário maternidade a partir desta terça-feira. Da mesma forma, as mulheres com 30 anos de contribuição e os homens com 35 anos também terão direito ao benefício de forma mais rápida. A informação é do ministro da Previdência Social, José Pimentel.

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Para requerer o salário maternidade, é preciso que as autônomas levem a carteira de identidade e o carnê de contribuição. As demais trabalhadoras devem apresentar a identificação e a carteira de trabalho. Desde o início do mês, a nova forma de análise para a concessão de benefícios foi adotada para a aposentadoria por idade do trabalhador urbano e agora foi estendida para o salário maternidade e por tempo de contribuição.

O ministro disse que a qualificação do serviço da previdência social é o reconhecimento do direito dos trabalhadores e da afirmação da cidadania.

"Até pouco tempo na cabeça do cidadão o serviço devia ser de péssima qualidade. Agora não, nós modificamos toda a legislação no mês de dezembro numa ação conjunta do Congresso Nacional com o governo federal. Estamos implantando e concedendo os benefícios em até 30 minutos", afirmou.

O ministro destacou que para conseguir se aposentar ou ter acesso à licença maternidade em 30 minutos, em primeiro lugar, é necessário que o cidadão esteja vinculado à Previdência, o que inclui 65% da população acima de 16 anos de idade.

"Depois bastar marcar pelo sistema 135 o dia e a hora do atendimento e levar a documentação. Se todos os dados necessários estiverem corretos o contribuinte será atendido em até 30 minutos, como vem sendo feito com as aposentadorias por idade desde o dia cinco de janeiro", explicou.

Pimentel disse ainda que em 90% das agências da previdência social o atendimento é marcado em até 48 horas. Nos grandes centros, entretanto existe um volume maior o que torna mais lento o processo.

"Estamos criando mais 715 agências até 2010, em todo o território nacional, para descentralizar o atendimento. Em 2008, atendemos 295 mil benefícios e aposentadorias por idade. Temos 4 mil pessoas por dia procurando e se aposentando por idade no território nacional. Este serviço será agilizado", concluiu.

17:21
Anónimo disse...
Giuseppe Englaro, pai de Eluana, a italiana que morreu na segunda-feira passada por desidratação, recusou uma grande soma de dinheiro de um conhecido fotógrafo italiano que queria retratar a filha em estado de coma, disse neste sábado o neurologista que atendia a mulher desde 1996, Carlo Defanti.

O neurologista, que participou hoje de uma conferência sobre eutanásia, disse que Englaro respeitou a vontade da filha, que, antes do acidente, tinha pedido que, se lhe ocorresse qualquer coisa irreversível, apresentasse sua imagem de quando estava em boas condições.

Antes de sofrer o acidente de trânsito, em 1992, Eluana viveu o coma de um amigo, Alessandro, o que causou forte impacto na italiana e a levou a fazer o pai prometer que não a deixasse viver em estado vegetativo, disse o próprio Giuseppe Englaro.

Defanti, que dissera que Eluana poderia viver de dez a 12 dias depois da suspensão da alimentação e da hidratação, disse que, como médico, tinha que reprovar esta afirmação.

"Não se pode sobreviver após três ou quatro dias sem líquido e, em particular, água em um corpo. Sabemos bem que, quando há um terremoto, após quatro dias é difícil encontrar sobreviventes".

Defanti ressaltou que Eluana "não falava, não se comunicava com o exterior" e que, após vários exames, "nos deparamos com uma moça que tinha perdido a consciência", porque estava com o córtex cerebral prejudicado.

Eluana foi enterrada na quinta-feira passada no túmulo da família na localidade de Paluzza, em Udine, após um funeral que não contou com a presença dos pais.

16:53
Anónimo disse...
Os bombeiros combatem neste sábado os incêndios na Austrália favorecidos pelo bom tempo, enquanto os deslocados encotram em seu retorno casas derruídas, carros queimados nas ruas e destruição.

Depois de sete dias desde que começaram os incêndios no Estado de Victoria, a lista de mortos chega a 181, os desaparecidos somam 50, os edifícios destruídos totalizam 1,834 mil e o terreno arrasado, principalmente florestas, ocupa uma área de 4,13 mil quilômetros quadrados.

As equipes de bombeiros, formadas por 4 mil profissionais de Victoria, de outras partes da Austrália e de países amigos, combateram hoje 12 focos fora de controle e nenhum representava uma ameaça direta para a população.

O subdiretor do Serviço de Bombeiros, Geoff Conway, disse que este tempo favorável, que se prolongará durante o domingo, permite consolidar as linhas de contenção e avançar na extinção das chamas.

Cinzas apareceram arrastadas por ventos do nordeste sobre Melbourne, onde habitam 3,8 milhões de pessoas, e as autoridades alertaram aos cidadãos do risco para a saúde de idosos, crianças e pessoas com problemas respiratórios.

O número de pessoas deslocadas - a Cruz Vermelha chegou a receber 7 mil - começou a cair com a abertura de algumas localidades atingidas.

Os incêndios, alguns criminosos, começaram em 7 de fevereiro, quando a região sul da Austrália estava há duas semanas sob uma onda de calor sem precedentes.

Na sexta-feira passada, a polícia acusou uma pessoa de ter provocado o incêndio que atingiu a localidade de Churchill e matou 21 pessoas.

16:55
Anónimo disse...
A primeira chuva em seis dias reduziu a ameaça de incêndios no Estado de Victoria, ao sul da Austrália. As autoridades, porém, advertiram que ainda existem 12 focos, mas que nenhum deles ameaça áreas povoadas.

Mais de quatro mil bombeiros, mil provenientes de outras partes do país e de outras nações, trabalham contra o fogo. Cerca de 600 veículos e 28 helicópteros e pequenos aviões estão sendo usados.


Eles conseguiram construir linhas de contenção para evitar os incêndios de Yarra e Maroondah se juntassem. Também foram controlados os incêndios abertos de Yea e Murrindindi, que ameaçavam as comunidades de Connellys Creek, Crystal Creek, Scrubby Creek e Native Dog Creek.

O número de mortos chegou a 181, mas as autoridades acreditam que as vítimas devem passar de 200, já que ainda há muitos desaparecidos.

16:55
Anónimo disse...
Aqui nesta coluna, na semana passada, tive a oportunidade de comentar sobre a recente visita do professor brasileiro Pedrinho Guareschi à Austrália. Não dei, porém, os fatos, pois semana passada o assunto era outro.

Hoje, porém, vamos a eles.

No último dia 4 de fevereiro, aconteceu o Seminário "Paulo Freire: Education and Liberation", organizado pelo centro de estudos latino-americanos da Universidade Nacional da Austrália, ou ANU, como é mais conhecida por aqui.

A ANU, para quem não sabe, está entre as 20 melhores universidades do mundo! E tem sede aqui em Camberra, capital da Austrália.

Na abertura do evento, o professor John Minns, diretor do centro latino-americano, ao dar boas-vindas ao público presente, lembrou ser aquele o primeiro seminário exclusivamente dedicado a Paulo Freire na Austrália.

Em seguida, convidou Pedrinho Guareschi, palestrante principal do Seminário, a fazer sua apresentação.

A plateia pode então conhecer, pelas palavras de Pedrinho, um pouco da obra e da vida de Freire, esse brasileiro de fé e valor, que sempre acreditou na educação, sobretudo dos menos favorecidos, analfabetos, como força libertadora.

Como não podia deixar de ser, os conceitos e ideias revolucionários de Paulo Freire, expostos com clareza por Pedrinho, despertaram o interesse e a curiosidade de plateia. A qual, deve-se notar, era na maioria de estudantes, mas de várias nacionalidades, sobretudo australianos e asiáticos.

Na continuação do programa do seminário, que se estendeu por dois dias, outros professores fizeram palestras sobre temas ligados à obra de Paulo Freire.

Interessante, por exemplo, saber que a professora Anne Hickling-Hudson, jamaicana que mora na Austrália há muitos anos (é professora da ANU), conheceu e trabalhou com Freire num workshop educacional durante a revolução na Ilha de Granada, em 1980, antes da invasão dos Estados Unidos...

Ou, então, a palestra da Professora Gerda Roelvink, da Nova Zelândia, que participou do Fórum Social de Porto Alegre em 2005. E essa participação transformou-se em tema de doutorado.

No dia 10, terça-feira passada, o padre Pedrinho Guareschi voltou a falar ao público australiano em grande auditório localizado no belíssimo campus da ANU. Desta vez, sobre a Teologia da Libertação.

Depois da palestra, John Minns mostrou o filme mexicano "O Crime do Padre Amaro", no qual um dos personagens é um padre católico praticante da Teologia da Libertação.

Mais uma vez, foi grande o intersse da platéia, que pode aprender e conhecer um pouco como se desenvolveu aquele importante movimento católico na América Latina.

Fica, assim, ao Pedrinho, bem como a outros brasileiros estudiosos e de bom coração que saem pelo mundo a divulgar aspectos importantes da cultura brasileira, o respeito e a homenagem desta coluna. E... aquele abraço!

16:57
Anónimo disse...
Amanda Kitts perdeu o braço esquerdo em um acidente de automóvel acontecido três anos atrás, mas hoje em dia ela joga futebol americano com seu filho de 12 anos de idade, troca fraldas e abraça as crianças nas três creches Kiddie Cottage que opera em Knoxville, Tennessee. Kitts, 40 anos, faz tudo isso com a ajuda de um novo tipo de braço artificial que se movimenta com mais facilidade do que outros aparelhos e que ela pode controlar utilizando apenas seus pensamentos.

"Eu sou capaz de mexer a mão, o pulso e o cotovelo ao mesmo tempo", diz. "Você pensa e os músculos se movem em seguida".

A recuperação que ela conseguiu resulta de um novo procedimento que vem atraindo crescente atenção porque permite que pessoas movam braços protéticos de forma mais automática do que faziam no passado, simplesmente utilizando nervos reaproveitados em seus cérebros.

A técnica, conhecida como "renervação muscular dirigida", envolve utilizar os nervos que restam depois da amputação de um braço e conectá-los a outro músculo do corpo, em geral no peito. Eletrodos são instalados sobre os músculos do peito, e operam como se fossem antenas. Quando a pessoa deseja mover o braço, o cérebro envia sinais que primeiro resultam em contração dos músculos do peito, os quais enviam um sinal ao braço protético, instruindo-se a se movimentar. O processo não requer mais esforços consciente do que a pessoa teria de exercitar caso ainda tivesse seu braço natural.

Na terça-feira, pesquisadores reportaram em estudo publicado pela versão online do Journal of the American Medical Association que haviam levado a técnica ainda mais à frente, tornando possível a execução de 10 movimentos de mão, pulso e cotovelo diferentes, o que representa uma substancial melhora com relação ao típico repertório protético, que em geral envolve apenas dobrar o cotovelo, girar o pulso e abrir a mão.

"Os novos métodos tiveram impacto dramático em nosso campo de trabalho", disse Stuart Harshbarger, engenheiro biomédico na Universidade Johns Hopkins e diretor do programa de pesquisa sobre próteses, financiado pelas forças armadas, que inclui o trabalho com essa técnica. "O método já está em uso por médicos e cirurgiões comuns em todo o país. A capacidade de controlar um membro protético bastante robusto que ele confere surpreendeu a todos pela qualidade".

Tipicamente, uma pessoa que tenha um braço protético só é capaz de executar alguns poucos movimentos, e muitas vezes com tamanha lentidão que isso só permite a ela atividades limitadas.

Há um motor separado para cada movimento, diz Gerald Loeb, professor de engenharia biomédica na Universidade do Sul da Califórnia, "e esses motores precisam ser controlados de maneira explícita", usualmente por um esforço consciente da pessoa para contrair músculos nas costas ou no bíceps.

"Essencialmente, até agora os pacientes controlavam apenas um motor de cada vez", diz Loeb, "e precisavam pensar cuidadosamente sobre que motor desejavam controlar e como fazê-lo operar, em lugar de simplesmente pensarem em mover o braço e poderem fazê-lo sem delongas".

Antes que Kitts passasse pelo procedimento de renervação, em outubro de 2007, por exemplo, ela precisava movimentar os músculos de suas costas de determinada maneira para fazer com que seu pulso girasse, e flexionar seu bíceps e tríceps para fazer com que o cotovelo se movesse para cima e para baixo. "Era muito trabalho", ela conta. "E não me ajudava muito".

O procedimento de renervação é parte de uma recente explosão de idéias novas e técnicas inovadoras que estão sendo exploradas enquanto os cientistas se esforçam por ajudar as pessoas a compensar melhor a perda de membros ou problemas de paralisia. O esforço vem sendo alimentado pelo aumento no número de amputações causado por diabetes e por ferimentos sofridos pelos militares, e ao mesmo tempo pelos avanços na tecnologia médica.

Os braços se tornaram um dos focos essenciais desse tipo de trabalho. A ciência há muito vem obtendo sucessos no desenvolvimento de próteses de perna, mas é muito mais difícil imitar a complexidade e a destreza das mãos e dos braços.

Os esforços em curso incluem o desenvolvimento de projetos de pele e braços mais sensíveis e mais flexíveis, e o uso de dispositivos acionados por controles sem fio implantado nos braços protéticos, que permitiriam movimentos mais naturais.

Os pesquisadores também vêm usando sensores implantados nos cérebros de cobaias para permitir que dois macacos controlem um braço mecânico, e um teste com um homem paralítico permitiu, com esse método, que ele movimentasse um cursor em uma tela de computador.

Alguns desses métodos, caso venham a ser aperfeiçoados plenamente e consigam aprovação das autoridades regulatórias da saúde, podem no futuro se tornar mais viáveis para os pacientes de amputações.

E embora a técnica da renervação não requeira aprovação das autoridades regulatórias porque é executada por meios cirúrgicos e emprega aparelhos já existentes, ela apresenta limitações que até mesmo seus criadores reconhecem, entre as quais o fato de que não se pode utilizá-la para todos os pacientes, o seu alto custo e o prazo de meses requerido para que os nervos reconectados cresçam e se tornem efetivos.

Ainda assim, os especialistas dizem que é o mais avançado sistema em uso hoje para pacientes reais que permite que o sistema nervoso controle diretamente o movimento de um braço artificial.

Desde sua introdução por Todd Kuiken, médico fisioterapeuta e engenheiro biomédico do Instituto de Reabilitação de Chicago, o método foi empregado em cerca de 30 pacientes nos Estados Unidos, Canadá e Europa, entre os quais oito soldados feridos no Iraque e no Afeganistão.

Muitos dos pacientes, entre os quais o primeiro, Jesse Sullivan, um operário do setor elétrico no Tennessee que perdeu os dois braços quando foi eletrocutado por um cabo, conseguem não apenas manipular seus braços protéticos mas sentir a presença das mãos que já não têm quando alguém toca em seus peitos.

Sullivan, 62 anos, e Kitts, estavam entre os cinco pacientes que participaram do estudo reportado na terça-feira. Em companhia de cinco outras pessoas que não passaram por amputações, eles receberam os eletrodos e foram instruídos a usar pensamentos para fazer com que um braço virtual na tela reproduzisse 10 movimentos diferentes, entre os quais três formas diferentes de aperto de mão.

Os pacientes apresentaram desempenho bastante respeitável, apenas um pouco mais lento e menos preciso do que os dos participantes que não tinham amputações.

"As velocidades de movimento que encontramos em nossos pacientes foram realmente encorajadoras", disse Kuiken. "Eles conseguiram completar a tarefa. É claro que não foram tão competentes quanto as pessoas dotadas de plena capacidade física, mas foram bons o bastante".

Um braço virtual foi usado porque a maioria das próteses existentes não era capaz de acomodar todos aqueles movimentos, no momento da pesquisa, ainda que Sullivan, Kitts e uma terceira paciente, Claudia Mitchell, tenham experimentado dois novos protótipos mais versáteis de braços artificiais, executando tarefas complexas com bolas de tênis e outros objetos.

O trabalho de renervação em soldados apresenta outros desafios, diz Kuiken, porque os ferimentos militares muitas vezes "causam danos muitos extensos" a nervos, músculos ou ossos.

Daniel Acosta, 25 anos, um aviador ferido pela detonação de uma bomba em uma estrada do Iraque em 2005, passou pelo procedimento no ano passado e diz que seu braço esquerdo protético agora se movimenta "muito mais rápido" e de maneira muito mais natural.

"A diferença é que agora não preciso mais pensar para mover o braço", ele diz. "Ele simplesmente se mexe".

Ainda assim, Acosta, de San Antonio, diz que "o processo foi bastante longo" e que os eletrodos precisam ser ajustados para receber os sinais à medida que os nervos crescem ou mudam de posição.

E embora elogiem o método, os especialistas afirmam que a ciência das próteses de braço ainda tem muito por avançar.

"Trata-se de uma parte crucial, mas ainda assim apenas uma parte, das muitas coisas que compreendem a função normal de um braço", disse Loeb, que escreveu um editorial que acompanha o artigo no Journal of the American Medical Association.

"No momento estamos a meio do caminho entre o braço de 'Dr. Fantástico', que fazia involuntariamente a saudação nazista, e o braço de Luke Skywalker em 'Guerra nas Estrelas', que funciona sem nenhum problema assim que é conectado. Creio que precisaremos ainda de muitos anos para conectar todas as peças necessárias a produzir um braço capaz de funcionar normalmente".

17:04
Anónimo disse...
A Espanha disse neste sábado que está preparando uma reclamação oficial contra a decisão da Venezuela de expulsar um membro do Parlamento Europeu que criticou o conselho eleitoral venezuelano.
Luis Herrero, membro do partido conservador espanhol PP, foi deportado na sexta-feira depois que o Conselho Nacional Eleitoral (CNE) o acusou de questionar a imparcialidade da instituição antes de um referendo que pode permitir ao presidente Hugo Chávez permanecer no cargo indefinidamente.

Herrero estava na Venezuela como observador do referendo. Ele acusou Chávez de ter "comportamentos típicos de um ditador" por pedir a contenção de manifestações da oposição.

O governo da Espanha convocou um encontro com o embaixador da Venezuela em Madri para expressar a desaprovação sobre a expulsão de Herrero, disse um representante do Ministério das Relações Exteriores espanhol.

As relações da Venezuela com a Espanha tiveram seu ponto crítico em 2007, quando Chávez ameaçou rever acordos diplomáticos e comerciais depois de ouvir um "cala a boca" do rei espanhol Juan Carlos durante uma cúpula.

A fenda foi oficialmente reparada em 2008, com uma visita oficial de Chávez à Espanha, onde ele cumprimentou o rei e discutiu acordos para investimento no setor petroquímico com o primeiro-ministro José Luis Rodriguez Zapatero.

17:06
Anónimo disse...
A polícia do Zimbábue anunciou neste sábado que acusa de traição Roy Bennett, dirigente do até agora opositor Movimento para a Mudança Democrática (MDC), detido na sexta-feira, em Harare, poucas horas antes da cerimônia de posse dos membros do novo gabinete.

"A Polícia nos informou que vão apresentar acusações de traição", disse à agência EFE o advogado de defesa de Bennett, Trust Maanda.

"Tentam relacionar Roy com o caso de Mike Hitschmann, que foi detido em 2006 em relação à descoberta de um carregamento de armas, apesar de que Hitschmann não tenha sido declarado culpado das acusações de traição apresentadas contra ele, mas de um crime menor de descumprimento de leis", disse Maanda.

O político opositor, designado por seu partido como vice-ministro de Agricultura no Governo de união nacional, esteve no exílio na vizinha África do Sul desde 2006 e retornou ao Zimbábue há duas semanas.

Segundo a Polícia, que deteve Bennett ontem no aeroporto de Harare quando pretendia ir à África do Sul para visitar sua família, as armas apreendidas em 2006 seriam utilizadas em um golpe de Estado para derrubar o presidente do Zimbábue, Robert Mugabe.

Depois da detenção, Bennet foi levado a Mutar, onde vários simpatizantes do MDC se concentraram em frente à delegacia na qual estava detido, diante do que a Polícia respondeu com tiros para o alto para dispersar os manifestantes.

17:07
Anónimo disse...
Austrália: 14 mil se candidatam a 'emprego dos sonhos'

A secretaria de Turismo de Queensland, na Austrália, informou que até esta segunda-feira já recebeu cerca de 14 mil inscrições para o "o melhor emprego do mundo". O Estado australiano promove pela internet seleção para vaga de "zelador" da ilha Hamilton, por seis meses com um salário de R$ 40 mil.

Muitos candidatos tiveram problemas durante a inscrição por conta dos acessos simultâneos ao site. A secretaria aconselha enviar os vídeos de 60s explicando porque deve ser escolhido em horários alternativos do dia, além de recomendar tamanho em torno de 40MB.

As inscrições começaram em 12 de janeiro e vão até o próximo dia 22 e podem ser feitas pelo site www.islandreefjob.com. O governo australiano escolherá 50 candidatos para a próxima fase da seleção, que terá votos do público para eleger um dos 11 finalistas.

A última fase terá entrevistas e desafios físicos, no próprio local de trabalho: as ilhas da Grande Barreira Coralina - o maior recife de coral do mundo. A secretaria de Turismo anunciará o vencedor no dia 6 de maio.

17:09
Anónimo disse...
Mercado elogia governo na crise, mas pede maior queda no juro

Peter Fussy
Direto de São Paulo

Desde as primeiras medidas anunciadas para combater os efeitos da crise, o governo brasileiro avisou que a estratégia não contemplaria um pacote. Seriam doses pontuais, de acordo com a necessidade da economia diante do agravamento das turbulências. Da primeira liberação dos depósitos compulsórios em setembro até a ampliação do seguro-desemprego na última quarta-feira, o governo passou por redução de impostos, ampliação de crédito e incentivos à exportação. Quase 150 dias após a primeira medida, o Terra conversou com líderes do setor público e privado, representantes dos trabalhadores, acadêmicos e com o próprio governo para saber quais destas ações foram mais eficazes, quais foram mais ineficientes e o que mais pode ser feito pelo Estado brasileiro contra a crise.

Os maiores elogios foram direcionados à atitude de reduzir o Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) para a indústria automobilística, anunciada em dezembro e que fez com que os emplacamentos de carros novos subissem 1,9% no primeiro mês do ano em relação a dezembro de 2008. Já as maiores críticas foram para a lentidão no corte da taxa básica de juro do País.

Para o presidente do conselho administrativo do Grupo Pão de Açúcar, Abílio Diniz, o Estado não é responsável pela crise e mesmo assim está agindo "com extrema serenidade e muito acerto". "O governo está atento, fazendo a sua parte. É preciso coragem de baixar firmemente a taxa de juros. É uma arma que temos a nosso favor, já que não há clima para inflação, nem possibilidade de danos para a macroeconomia", afirmou Diniz.

Na última reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), em janeiro, a taxa Selic foi reduzida em um ponto percentual, de 13,75% para 12,75% ao ano. Porém, o professor de economia da Universidade de Brasília (UnB) José Luiz Oreiro lembra que este corte representa uma redução de apenas 0,25 ponto percentual com relação à taxa de setembro do ano passado, quando a crise se agravou.

"Pouco antes da eclosão da crise, o Banco Central aumentou a taxa em 0,75 ponto. Foram cinco meses de demora para reduzir em termos líquidos apenas 0,25 ponto", afirmou o economista, que também sugeriu redução do intervalo de cerca de 90 dias entre as reuniões do Copom e o corte de pelo menos um 1 ponto percentual em cada reunião.

Mesmo com o corte de janeiro, a taxa de juros real continua sendo a maior do mundo, lembrou o secretário-geral da Força Sindical, João Carlos Gonçalves, o Juruna. "A redução da taxa de juro ainda é pequena, porque ela continua uma das mais altas do mundo. Falta ousadia para baixar os juros e ajudar o cidadão. A permanência da taxa de juro alta é negativa para o País em meio a crise", afirmou Juruna.

Embora aprove as ações do governo, o senador Aloízio Mercadante (PT-SP) também acredita que o patamar da Selic está muito alto. "Sempre fomos os primeiros a entrar em qualquer crise, o que não aconteceu agora. A taxa Selic ainda é muito alta, mas o governo têm tomado medidas acertadas, como o aumento do salário mínimo, mesmo com um cenário de crise. Isso ajuda a movimentar o consumo. O governo está se esforçando para manter os investimentos e o crescimento", disse.

Tributos
De acordo com o economista Fabio Pina, da Fecomercio-SP, as ações mais positivas estão relacionadas à redução de tributos para alguns segmentos, como a indústria automobilística, que recuperou parte da queda nas vendas em janeiro com a isenção do IPI para carros 1.0 l e o corte para demais motorizações. A medida vale até o final de março.

"Essas medidas não só reduziram o preço, mas anteciparam o consumo daqueles que iriam comprar no futuro, dando um prêmio por conta da insegurança. Mexe diretamente com o principal problema que é a confiança do consumidor", afirmou. Juruna destacou que um bom ritmo de vendas é garantia de emprego. "É importante porque cada emprego na montadora significa 19 na cadeia produtiva", comentou o representante da Força Sindical.

Também em dezembro, o governo decidiu cortar pela metade a alíquota do Imposto de Renda para contribuintes que ganham entre R$ 1.434 e R$ 2.150 mensais. "O salário aumentava e a tabela não se modificava. As pessoas ganhavam mais e pagavam mais impostos", apontou Juruna. Outra redução de tributos do governo foi com relação ao Imposto sobre Operações Financeiras (IOF), que caiu de 3% ao ano para 1,5%.

Crédito
Na segunda metade de 2008, o colapso de bancos nos Estados Unidos por conta da crise do subprime provocou uma forte restrição de crédito no mundo inteiro. Uma das primeiras medidas anticrise do governo teve como objetivo restabelecer a oferta, com mudanças no recolhimento dos depósitos compulsórios por parte dos bancos. Segundo o presidente do Banco Central, Henrique Meirelles, as diversas modificações liberaram US$ 99,2 bilhões aos bancos até o final de janeiro.

Além disso, o governo concedeu R$ 36 bilhões das reservas internacionais para empresas brasileiras com dívidas no exterior e uma medida provisória autorizou o Banco do Brasil e a Caixa Econômica Federal a comprar carteiras de crédito de bancos privados. Para o diretor do Departamento de Pesquisas e Estudos Econômicos da Fiesp, Paulo Francini, estas medidas foram essenciais para combater os efeitos da crise.

"A crise se desenvolve no mundo em torno do tema crédito. E o crédito reduziu-se barbaridade no mundo. Então o governo lança mão de compulsório, lança mão de reservas, de medidas que permitem aos bancos comprar carteiras de bancos. Você vai tomando várias medidas para atender às demandas e o epicentro disso é crédito", afirmou.

No entanto, Oreiro, da UnB, adverte que a liberação dos compulsórios seria mais eficiente acompanhada de redução mais agressiva da taxa básica de juro. "Uma parte do crédito voltou, depois da forte retração em outubro e novembro. O que deveria ter sido feito junto à liberação do compulsório era uma redução mais drástica da taxa de juro. Sem isso, os bancos pegam as reservas e acabam comprando títulos públicos", explicou o economista.

Na opinião de Pina, as ações de distribuição de crédito via redução do compulsório e a disposição de capital de giro para empresas foram tomadas sem um cuidado maior na operação e não tiveram muito efeito. "O BNDES tem linhas que ficam paradas quase todo o ano, agora é pior ainda. Existem os recursos, mas as empresas e os bancos estão desconfiados. É preciso fazer com que os bancos tenham interesse em emprestar", afirmou o economista da Fecomercio-SP.

Futuro
Mesmo com todas essas medidas, a crise financeira ainda gera incertezas nos setores produtivos do País. Nos últimos meses, o medo do desemprego fez os consumidores adiarem compras. Por sua vez, a queda nas vendas pode obrigar as indústrias a cortarem a produção e demitir funcionários. Contra isso, empresários sugerem redução de jornada e de salários.

"Isto está previsto em lei. A Fiesp simplesmente manteve conversações com entidades sindicais quanto à aplicação daquilo que já está previsto em lei", afirmou Francini.

Segundo a ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff, uma das medidas que assegura um nível de emprego é a manutenção de investimentos no Programa de Aceleração do Crescimento (PAC). "Estamos esperando que a dificuldade ocorra em janeiro, fevereiro e março. Estamos certos que vamos manter o nível de investimento. É isso que funciona, é isso que significa investimento público. Ele funciona como um colchão. Por isso, nós colocamos R$ 100 bilhões no BNDES e a Petrobras ampliou o seu investimento em R$ 120 bilhões", afirmou.

Na mesma linha, Pina explica que a antecipação de gastos do governo substitui parte da demanda retraída do setor privado. "Ele dá o seguinte recado: não vou estourar as contas públicas, mas concentrar em um momento em que a demanda privada está pequena. Mas o governo não tem fôlego suficiente para fazer o papel de toda demanda", ressaltou. O economista da Fecomercio lembrou que a entidade já pleiteou junto ao governo isenções para transferência de imóveis e de automóveis, além de retirar o IPVA para veículos novos.

Já Oreiro foca suas propostas na capitalização do Banco do Brasil e da Caixa Econômica Federal pelo Tesouro para atender a demanda de crédito para capital de giro e reduzir o spread. "Aumentando o empréstimo e reduzindo as taxas, os dois vão forçar os bancos privados a acompanhar o movimento, até para não perderem participação no mercado", explicou o economista da UnB.

Até o Carnaval, o governou prometeu detalhar um pacote de incentivos para a construção de até um milhão de casas populares, direcionado a famílias com renda de até dez salários mínimos. "Estamos atentos a tudo o que está acontecendo e novas medidas serão tomadas caso haja uma avaliação de que sejam necessárias", disse o ministro da Fazenda, Guido Mantega, na última sexta-feira.

17:11
Anónimo disse...
Ex-ministro critica extensão do seguro-desemprego

Atualizada às 09h03

O ex-ministro do Trabalho Almir Pazzianotto criticou a decisão do governo federal de conceder o seguro-desemprego estendido a apenas alguns setores. "É certamente odioso e provavelmente inconstitucional", disse Pazzianotto, de acordo com o jornal O Estado de S. Paulo.

Na última qurta, dia do anúncio da medida, centrais sindicais elogiaram a atitude do governo. A Força Sindical divulgou nota dizendo que "o aumento ajudará a aquecer parte da economia, já que irá gerar mais consumo, produção e conseqüentemente, a criação de novos postos de trabalho". A União Geral dos Trabalhadores (UGT) afirmou que a medida "contribuirá para minimizar o drama dos trabalhadores que perderem seu emprego por conta da crise".

O ex-ministro, que instituiu o seguro-desemprego no País no governo de José Sarney, destacou a necessidade de as centrais sindicais se manifestarem contra a determinação. Para ele, as mudanças devem ser aplicadas a todas as categorias profissionais e a distinção é contrária ao artigo 3º da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT).

Pazzianotto atribui a medida a um possível temor do governo de que a crise econômica seja longa e não haja dinheiro para atender a todas as necessidades. Ainda assim, ele se mostra contrário ao método de concessão. "O seguro-desemprego ajuda a sanar necessidades básicas. Estendê-lo é paliativo, não a solução", disse ao jornal.

De acordo com o presidente do Conselho Deliberativo do Fundo de Amparo ao Trabalhador (Codefat) e conselheiro da Força Sindical, Luiz Fernando Emediato, a determinação já estava prevista na lei 8.900/94, que trata do seguro-desemprego.

O presidente da Comissão de Trabalho da Câmara, Pedro Fernandes (PTB-MA) vai além na crítica à concessão do seguro para apenas alguns setores. Ele acredita que a ampliação do benefício estimula o desemprego.

Quintino Severo, secretário geral da Central Única dos Trabalhadores (CUT), lembra que a ampliação do benefício sem critério e identificação pode incentivar demissões em outros setores.

17:13
Anónimo disse...
Empresas
TAM faz promoção para destinos internacionais

A companhia aérea TAM anunciou nesta sexta-feira tarifas promocionais para trechos internacionais. Os preços valem para bilhetes comprados entre 6h deste sábado e 23h59 deste domingo e são válidos para classe econômica. As tarifas, para ida e volta, serão vendidas a partir de US$ 99, mais taxas.

Segundo a aérea, a promoção vale para viagens feitas no período de 14 de fevereiro a 18 de junho de 2009. Para destinos na América do Sul, a permanência mínima é de dois dias; para bilhetes com destino nos Estados Unidos, cinco dias; e Europa, sete dias. A permanência máxima para as passagens para América do Sul e EUA é de dois meses e para Europa, três meses.

Entre os exemplos de tarifas promocionais, a TAM oferece São Paulo-Lima por US$ 99. Bilhetes para a rota São Paulo-Santiago serão vendidos a partir de US$ 199 e São Paulo-Nova York, US$ 799.

A emissão dos bilhetes deve ser feita obrigatoriamente no ato da reserva, obedecendo às regras estipuladas pela companhia. A compra está sujeita à disponibilidade de assentos nas classes tarifárias determinadas, trechos, horários e datas. A TAM afirmou que também há tarifas promocionais para a classe executiva.

Mais informações podem ser encontradas no site promocional (www.ofertastam.com.br), no site da empresa (www.tam.com.br) ou pelos telefones 4002-5700 ou 0800 5705700.

17:13
Anónimo disse...
Empresas
Consultoria negocia compra do parque temático Hopi Hari

A consultoria especializada em reestruturação de empresas Íntegra Associados informou nesta sexta-feira ter um acordo para comprar o parque de diversões Hopi Hari, localizado no interior de São Paulo. A empresa estaria disposta a investir R$ 10 milhões no parque, que tem dívida estimada em R$ 800 milhões. As informações são da edição deste sábado do jornal Folha de S. Paulo.

De acordo com o jornal, a transação ainda depende da negociação entre o Hopi Hari e seus credores, o que já estaria em andamento.

A consultoria paulista já atuou junto à Parmalat, durante 30 meses, quando reorganizou a gestão da empresa italiana.

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17:14
Anónimo disse...
Empresas
Disney de Tóquio contratará mais 2 mil apesar da crise


A Oriental Land, o operador da Disneylândia Tóquio e DisneySea, organizou neste domingo entrevistas para contratar cerca de 2 mil trabalhadores em tempo parcial, em um momento de grandes demissões deste tipo de empregados no Japão.

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O operador deste parque temático, situado em Urayasu, na província de Chiba (leste de Tóquio), está em pleno processo de seleção de empregados para 20 tipos de postos trabalhistas diferentes.

Segundo a companhia, citada pela agência local de notícias Kyodo, o parque contratará novos trabalhadores para as atrações, para os restaurantes e guardas de segurança entre outros. Os novos contratados começarão a trabalhar a partir de fevereiro.

O processo de seleção acontece em um momento em que a maioria das grandes companhias japonesas começaram a se ver obrigadas a despedir uma elevada percentagem de seus trabalhadores temporários e a tempo parcial.

Algumas inclusive anunciaram demissões de seus trabalhadores fixos, uma medida muito pouco comum nas companhias japonesas, perante os efeitos piores que o esperado pela crise econômica global.

Cerca de uma centena de pessoas esperavam desde a primeira hora desta manhã a abertura do centro de conferências Tokyo International Forum, onde as entrevistas estão sendo feitas, para ser os primeiros a solicitar os postos de trabalho.


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17:15
Anónimo disse...
Economia Internacional
Senado dos EUA aprova plano de estímulo à economia

O Senado dos Estados Unidos aprovou com 60 votos a favor e 38 contra o plano de estímulo à economia de US$ 787 bilhões na madrugada deste sábado. Agora, ele segue para sanção ou veto do presidente Barack Obama, que espera colocar a lei em prática até o dia 16 de fevereiro.

O plano prevê a criação de três milhões de empregos, inclui cortes de impostos às famílias, fundos para programas sociais e obras públicas, além de ajuda aos governos estaduais, estudantes e desempregados.

A cláusula Buy American - que exige o uso de ferro, aço e produtos manufaturados dos Estados Unidos em obras realizadas com recursos do pacote - ficou de lado. Segundo o texto definitivo, a cláusula será aplicada sem violar as normas do comércio internacional.

Ontem à tarde, a Câmara de Representantes (deputados) havia aprovado, por 246 votos a favor e 183 contra, a versão final do plano. Todos os republicanos foram contrários ao pacote.

Pelo acordo de quarta-feira entre Câmara e Senado, em vez de custar US$ 819 bilhões, como queriam os deputados, ou US$ 838 bilhões como pretendiam os senadores, o pacote ficou em cerca de US$ 787 bilhões, com 65% desse total destinado a gastos do governo federal e 35%, a créditos tributários.

17:16
Anónimo disse...
Economia nacional
Na era Lula, aposentadoria sobe 54% menos que salário mínimo

Thatiane Faria
Especial para o Terra
Direto de São Paulo

Os índices de reajustes concedidos pelo governo em 2009 para aposentados e pensionistas e para o salário mínimo repetiram uma diferença que, só durante o governo de Luiz Inácio Lula da Silva, já chega a 54%. Enquanto o mínimo foi majorado em 12% este ano, as pensões e aposentadorias tiveram aumento de 5,92%. Aposentados que têm o benefício do governo como única fonte de renda reclamam que perdem poder de compra e que sua cesta de compras é composta por itens que aumentam mais em relação à inflação oficial.

Um exemplo prático pode ser entendido a partir da comparação entre um aposentado que ganhava R$ 600 em janeiro de 2003. Na época, o benefício era três vezes, ou 200%, maior que o valor do mínimo em vigência, que era de R$ 200. Aplicando-se os índices de reajuste para aposentadorias e para o mínimo durante os últimos seis anos, o mesmo aposentado estaria recebendo hoje R$ 938,47, comparado a um salário mínimo de R$ 465. A diferença entre os dois valores caiu para pouco mais de 100%.

Enquanto o índice acumulado de reajuste para a aposentadoria durante o governo Lula foi de 60%, para o salário mínimo está em 132%.

O diretor do Sindicato Nacional dos Aposentados, João Inocentini, reclama que os valores dos benefícios para aposentadorias não mantêm o poder de compra do grupo, principalmente dos aposentados que recebem menos que dez salários mínimos.

Nem mesmo o fato de o índice de reajuste das aposentadorias ter ficado acima da inflação acumulada no mesmo período (o IPCA entre janeiro de 2003 e janeiro de 2009 foi de 39,7%) serve de argumento, segundo os aposentados.

"Os idosos, principalmente, têm gastos além das contas gerais como gás, telefone e aluguel. Para eles o custo com remédios, e outros itens da área saúde costuma ser maior", afirmou Inocentini.

O presidente do sindicato afirmou que o grupo realiza um estudo com 100 itens de necessidade de um idoso para comparar o aumento dos produtos com o índice de reajuste do benefício recebido pelos aposentados.

"Daqui dois meses vamos abrir um processo na Justiça e levar essa pesquisa como prova. Segundo a lei, o governo é obrigado a manter o poder de compra com a aposentadoria", disse Inocentini.

Alternativas
O consultor financeiro Cláudio Boriola diz que os aposentados, especialmente nesse momento de crise econômica, devem evitar compras parceladas, pesquisar preços, negociar e fazer bom planejamento financeiro.

Segundo Boriola, alguns aposentados ganham um valor mensal muitas vezes insuficiente para o pagamento das contas e acabam pedindo crédito ou realizando pagamentos a prazo e são obrigados a pagar juros altos.

Na opinião do consultor, pagar uma previdência privada é uma alternativa indicada para quem ainda trabalha, considerando a característica de perda de poder de compra da aposentadoria.

"Na prática, infelizmente os valores encontram-se em um patamar que está deteriorando o poder de aquisição da população brasileira", completou Boriola.

De acordo com o diretor da Confederação Brasileira de Aposentados e Pensionistas (Cobap), Vicente Fernandes Barbosa, representantes dos aposentados tentarão um encontro com o presidente da Câmara, deputado Michel Temer (PMDB-SP), para discutir projetos que minimizem a perda dos aposentados

17:17
Anónimo disse...
Previdência
Previdência prorroga isenção de tarifas no benefício

O atual sistema de pagamento aos 26 milhões de aposentados e pensionistas do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) será mantido até o final deste ano. O acordo, que permite realizar a operação sem nenhum custo aos beneficiários, foi renovado nesta sexta-feira, entre o governo federal e 21 instituições financeiras.

Por meio desse acordo, vigente desde setembro de 2007, nem os segurados, nem os bancos e nem o governo arcam com o pagamento de tarifas, conforme explicou o ministro da Previdência Social, José Pimentel. A prorrogação vale até dezembro, data máxima para que a Previdência defina as regras para um novo contrato.

Ao assinar o termo de renovação, na sede da Federação Brasileira dos Bancos (Febraban), o ministro disse que a intenção do governo é mudar o atual modelo de gestão visando a reduzir os custos dessas operações em torno da folha mensal, que atinge R$ 15,8 bilhões. No entanto, qualquer alteração, conforme explicou, passará antes por audiências públicas a serem realizadas a partir do segundo semestre deste ano, atendendo a determinação do Tribunal de Contas da União (TCU).

De acordo com Pimentel, com um redesenho do mecanismo de repasse dos recursos aos bancos em torno da folha de pagamento dos segurados o que se busca é um aumento da participação de instituições financeiras. Ele informou que, desde 2007, cada benefício custa em média R$ 1,07 ao governo. "Quanto mais instituições financeiras estiverem prestando serviços à sociedade, maior é a competitividade, a agilidade no atendimento", justificou.

O ministro observou, ainda, que, para permitir uma redução para algo em torno de meia hora no tempo de atendimento para a concessão dos direitos previdenciários, o governo investiu R$ 280 milhões.

Questionado sobre o descontentamento dos segurados que ganham acima de um salário mínimo terem obtido apenas a correção com base na variação do Índice de Preços ao Consumidor (INPC) , ficando abaixo do reajuste dado a quem recebe apenas o mínimo, Pimentel argumentou que o governo seguiu o que determina a lei e descartou a possibilidade de uma revisão

17:17
Anónimo disse...
Empresas
Caterpillar oferece aposentadoria antecipada a 2 mil


A companhia americana Caterpillar ofereceu a cerca de dois mil funcionários incentivos para que se aposentem de forma voluntária antes do previsto, pela perspectiva de uma queda "significativa" da atividade industrial, informou nesta quarta-feira a empresa.

A iniciativa, destinada aos trabalhadores de diversas fábricas em Illinois, Colorado, Tennessee e Pensilvânia, se soma aos cortes de empregos anunciados em janeiro, explicou em comunicado de imprensa.

A empresa, a maior fabricante mundial de maquinaria pesada para a construção e a mineração, acrescentou que, "em função das condições de negócio, podem ser necessárias mais reduções de elenco voluntárias e involuntárias à medida que o ano avança".

O vice-presidente da companhia, Sid Banwart, explicou que a empresa prevê "demissões significativas em todas as regiões geográficas e na maioria dos setores devido às dificuldades da economia mundial".

17:18
Anónimo disse...
Comércio
Comércio exterior da OCDE caiu no 3º trimestre de 2008


As exportações e as importações dos países da Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Econômico (OCDE) caíram 1,6% e 0,2%, respectivamente, no terceiro trimestre de 2008, em relação aos três meses anteriores.

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Trata-se da primeira queda destas atividades desde o terceiro trimestre de 2006, segundo o último relatório trimestral sobre fluxos comerciais divulgado pela OCDE.

As exportações e as importações em dólares dos 30 Estados-membros caíram 15,6% e 17%, respectivamente, na comparação anualizada.

Por sua vez, o comércio dos sete países mais ricos do mundo (G7) teve um pequeno crescimento no terceiro trimestre de 2008 com uma queda das exportações de mercadorias de 0,2% em relação ao trimestre anterior e um aumento de 0,4% das importações.

Em termos anualizados, as importações do G7 caíram 1,4% entre julho e setembro do ano passado, seu primeiro retrocesso desde o terceiro trimestre de 2006, enquanto as exportações aumentaram 1,9%, seu crescimento mais baixo no mesmo tempo.

Por países, a Alemanha aumentou suas importações em 3,4% - valor mais alto do G7 -, enquanto suas exportações caíram 2,9% do segundo para o terceiro trimestre de 2008.

Pelo contrário, as exportações americanas aumentaram 1,8% entre julho e setembro de 2008, enquanto as importações caíram 0,7% em relação ao trimestre anterior. No Japão, tanto as importações quanto as exportações caíram em torno de 1% no mesmo período.

17:19
Anónimo disse...
Economia Nacional
Lula: juros de crédito consignado a aposentados são altos

Atualizada às 17h29

O presidente Luis Inácio Lula da Silva afirmou nesta terça-feira, em São Paulo, que está lutando para reduzir as taxas de juros cobradas de aposentados em crédito consignado. A Previdência Social estabelece uma taxa máxima de 2,5% para empréstimo e de 3,5% para cartão. Para Lula, os valores são altos.

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"Acho que o juro que os aposentados estão pagando hoje com o crédito consignado é alto para o padrão brasileiro", disse o presidente durante a cerimônia de comemoração dos 86 anos do INSS.

A Previdência anunciou nesta terça-feira que aposentados e trabalhadoras com licença-maternidade poderão receber seus benefícios em 30 minutos. De acordo com Lula, em junho, a aposentadoria do trabalhador rural também será conseguida em meia hora.

Além disso, o presidente anunciou que, também em junho, os trabalhadores que alcançarem o direito à aposentadoria passarão a receber em suas casas um comunicado da Previdência informando o fato e o valor do salário que têm direito a receber. "É um comprometimento público que estou fazendo com os companheiros da Previdência Social", disse.

"Estamos retribuindo ao contribuinte da Previdência Social aquilo que é a cidadania que ele tem direito", afirmou Lula. "Se para cobrar nós somos tão precisos, para devolver o dinheiro, temos que chegar próximo à perfeição", completou.

17:20
Anónimo disse...
Economia Nacional
Salário maternidade sairá em 30 minutos, diz ministro

Toda trabalhadora autônoma que tiver contribuído pelo menos 10 meses com o Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) - ou as que possuírem carteira assinada - poderão receber em 30 minutos o salário maternidade a partir desta terça-feira. Da mesma forma, as mulheres com 30 anos de contribuição e os homens com 35 anos também terão direito ao benefício de forma mais rápida. A informação é do ministro da Previdência Social, José Pimentel.

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Para requerer o salário maternidade, é preciso que as autônomas levem a carteira de identidade e o carnê de contribuição. As demais trabalhadoras devem apresentar a identificação e a carteira de trabalho. Desde o início do mês, a nova forma de análise para a concessão de benefícios foi adotada para a aposentadoria por idade do trabalhador urbano e agora foi estendida para o salário maternidade e por tempo de contribuição.

O ministro disse que a qualificação do serviço da previdência social é o reconhecimento do direito dos trabalhadores e da afirmação da cidadania.

"Até pouco tempo na cabeça do cidadão o serviço devia ser de péssima qualidade. Agora não, nós modificamos toda a legislação no mês de dezembro numa ação conjunta do Congresso Nacional com o governo federal. Estamos implantando e concedendo os benefícios em até 30 minutos", afirmou.

O ministro destacou que para conseguir se aposentar ou ter acesso à licença maternidade em 30 minutos, em primeiro lugar, é necessário que o cidadão esteja vinculado à Previdência, o que inclui 65% da população acima de 16 anos de idade.

"Depois bastar marcar pelo sistema 135 o dia e a hora do atendimento e levar a documentação. Se todos os dados necessários estiverem corretos o contribuinte será atendido em até 30 minutos, como vem sendo feito com as aposentadorias por idade desde o dia cinco de janeiro", explicou.

Pimentel disse ainda que em 90% das agências da previdência social o atendimento é marcado em até 48 horas. Nos grandes centros, entretanto existe um volume maior o que torna mais lento o processo.

"Estamos criando mais 715 agências até 2010, em todo o território nacional, para descentralizar o atendimento. Em 2008, atendemos 295 mil benefícios e aposentadorias por idade. Temos 4 mil pessoas por dia procurando e se aposentando por idade no território nacional. Este serviço será agilizado", concluiu.

17:25
Anónimo disse...
Giuseppe Englaro, pai de Eluana, a italiana que morreu na segunda-feira passada por desidratação, recusou uma grande soma de dinheiro de um conhecido fotógrafo italiano que queria retratar a filha em estado de coma, disse neste sábado o neurologista que atendia a mulher desde 1996, Carlo Defanti.

O neurologista, que participou hoje de uma conferência sobre eutanásia, disse que Englaro respeitou a vontade da filha, que, antes do acidente, tinha pedido que, se lhe ocorresse qualquer coisa irreversível, apresentasse sua imagem de quando estava em boas condições.

Antes de sofrer o acidente de trânsito, em 1992, Eluana viveu o coma de um amigo, Alessandro, o que causou forte impacto na italiana e a levou a fazer o pai prometer que não a deixasse viver em estado vegetativo, disse o próprio Giuseppe Englaro.

Defanti, que dissera que Eluana poderia viver de dez a 12 dias depois da suspensão da alimentação e da hidratação, disse que, como médico, tinha que reprovar esta afirmação.

"Não se pode sobreviver após três ou quatro dias sem líquido e, em particular, água em um corpo. Sabemos bem que, quando há um terremoto, após quatro dias é difícil encontrar sobreviventes".

Defanti ressaltou que Eluana "não falava, não se comunicava com o exterior" e que, após vários exames, "nos deparamos com uma moça que tinha perdido a consciência", porque estava com o córtex cerebral prejudicado.

Eluana foi enterrada na quinta-feira passada no túmulo da família na localidade de Paluzza, em Udine, após um funeral que não contou com a presença dos pais.

16:53
Anónimo disse...
Os bombeiros combatem neste sábado os incêndios na Austrália favorecidos pelo bom tempo, enquanto os deslocados encotram em seu retorno casas derruídas, carros queimados nas ruas e destruição.

Depois de sete dias desde que começaram os incêndios no Estado de Victoria, a lista de mortos chega a 181, os desaparecidos somam 50, os edifícios destruídos totalizam 1,834 mil e o terreno arrasado, principalmente florestas, ocupa uma área de 4,13 mil quilômetros quadrados.

As equipes de bombeiros, formadas por 4 mil profissionais de Victoria, de outras partes da Austrália e de países amigos, combateram hoje 12 focos fora de controle e nenhum representava uma ameaça direta para a população.

O subdiretor do Serviço de Bombeiros, Geoff Conway, disse que este tempo favorável, que se prolongará durante o domingo, permite consolidar as linhas de contenção e avançar na extinção das chamas.

Cinzas apareceram arrastadas por ventos do nordeste sobre Melbourne, onde habitam 3,8 milhões de pessoas, e as autoridades alertaram aos cidadãos do risco para a saúde de idosos, crianças e pessoas com problemas respiratórios.

O número de pessoas deslocadas - a Cruz Vermelha chegou a receber 7 mil - começou a cair com a abertura de algumas localidades atingidas.

Os incêndios, alguns criminosos, começaram em 7 de fevereiro, quando a região sul da Austrália estava há duas semanas sob uma onda de calor sem precedentes.

Na sexta-feira passada, a polícia acusou uma pessoa de ter provocado o incêndio que atingiu a localidade de Churchill e matou 21 pessoas.

16:55
Anónimo disse...
A primeira chuva em seis dias reduziu a ameaça de incêndios no Estado de Victoria, ao sul da Austrália. As autoridades, porém, advertiram que ainda existem 12 focos, mas que nenhum deles ameaça áreas povoadas.

Mais de quatro mil bombeiros, mil provenientes de outras partes do país e de outras nações, trabalham contra o fogo. Cerca de 600 veículos e 28 helicópteros e pequenos aviões estão sendo usados.


Eles conseguiram construir linhas de contenção para evitar os incêndios de Yarra e Maroondah se juntassem. Também foram controlados os incêndios abertos de Yea e Murrindindi, que ameaçavam as comunidades de Connellys Creek, Crystal Creek, Scrubby Creek e Native Dog Creek.

O número de mortos chegou a 181, mas as autoridades acreditam que as vítimas devem passar de 200, já que ainda há muitos desaparecidos.

16:55
Anónimo disse...
Aqui nesta coluna, na semana passada, tive a oportunidade de comentar sobre a recente visita do professor brasileiro Pedrinho Guareschi à Austrália. Não dei, porém, os fatos, pois semana passada o assunto era outro.

Hoje, porém, vamos a eles.

No último dia 4 de fevereiro, aconteceu o Seminário "Paulo Freire: Education and Liberation", organizado pelo centro de estudos latino-americanos da Universidade Nacional da Austrália, ou ANU, como é mais conhecida por aqui.

A ANU, para quem não sabe, está entre as 20 melhores universidades do mundo! E tem sede aqui em Camberra, capital da Austrália.

Na abertura do evento, o professor John Minns, diretor do centro latino-americano, ao dar boas-vindas ao público presente, lembrou ser aquele o primeiro seminário exclusivamente dedicado a Paulo Freire na Austrália.

Em seguida, convidou Pedrinho Guareschi, palestrante principal do Seminário, a fazer sua apresentação.

A plateia pode então conhecer, pelas palavras de Pedrinho, um pouco da obra e da vida de Freire, esse brasileiro de fé e valor, que sempre acreditou na educação, sobretudo dos menos favorecidos, analfabetos, como força libertadora.

Como não podia deixar de ser, os conceitos e ideias revolucionários de Paulo Freire, expostos com clareza por Pedrinho, despertaram o interesse e a curiosidade de plateia. A qual, deve-se notar, era na maioria de estudantes, mas de várias nacionalidades, sobretudo australianos e asiáticos.

Na continuação do programa do seminário, que se estendeu por dois dias, outros professores fizeram palestras sobre temas ligados à obra de Paulo Freire.

Interessante, por exemplo, saber que a professora Anne Hickling-Hudson, jamaicana que mora na Austrália há muitos anos (é professora da ANU), conheceu e trabalhou com Freire num workshop educacional durante a revolução na Ilha de Granada, em 1980, antes da invasão dos Estados Unidos...

Ou, então, a palestra da Professora Gerda Roelvink, da Nova Zelândia, que participou do Fórum Social de Porto Alegre em 2005. E essa participação transformou-se em tema de doutorado.

No dia 10, terça-feira passada, o padre Pedrinho Guareschi voltou a falar ao público australiano em grande auditório localizado no belíssimo campus da ANU. Desta vez, sobre a Teologia da Libertação.

Depois da palestra, John Minns mostrou o filme mexicano "O Crime do Padre Amaro", no qual um dos personagens é um padre católico praticante da Teologia da Libertação.

Mais uma vez, foi grande o intersse da platéia, que pode aprender e conhecer um pouco como se desenvolveu aquele importante movimento católico na América Latina.

Fica, assim, ao Pedrinho, bem como a outros brasileiros estudiosos e de bom coração que saem pelo mundo a divulgar aspectos importantes da cultura brasileira, o respeito e a homenagem desta coluna. E... aquele abraço!

16:57
Anónimo disse...
Amanda Kitts perdeu o braço esquerdo em um acidente de automóvel acontecido três anos atrás, mas hoje em dia ela joga futebol americano com seu filho de 12 anos de idade, troca fraldas e abraça as crianças nas três creches Kiddie Cottage que opera em Knoxville, Tennessee. Kitts, 40 anos, faz tudo isso com a ajuda de um novo tipo de braço artificial que se movimenta com mais facilidade do que outros aparelhos e que ela pode controlar utilizando apenas seus pensamentos.

"Eu sou capaz de mexer a mão, o pulso e o cotovelo ao mesmo tempo", diz. "Você pensa e os músculos se movem em seguida".

A recuperação que ela conseguiu resulta de um novo procedimento que vem atraindo crescente atenção porque permite que pessoas movam braços protéticos de forma mais automática do que faziam no passado, simplesmente utilizando nervos reaproveitados em seus cérebros.

A técnica, conhecida como "renervação muscular dirigida", envolve utilizar os nervos que restam depois da amputação de um braço e conectá-los a outro músculo do corpo, em geral no peito. Eletrodos são instalados sobre os músculos do peito, e operam como se fossem antenas. Quando a pessoa deseja mover o braço, o cérebro envia sinais que primeiro resultam em contração dos músculos do peito, os quais enviam um sinal ao braço protético, instruindo-se a se movimentar. O processo não requer mais esforços consciente do que a pessoa teria de exercitar caso ainda tivesse seu braço natural.

Na terça-feira, pesquisadores reportaram em estudo publicado pela versão online do Journal of the American Medical Association que haviam levado a técnica ainda mais à frente, tornando possível a execução de 10 movimentos de mão, pulso e cotovelo diferentes, o que representa uma substancial melhora com relação ao típico repertório protético, que em geral envolve apenas dobrar o cotovelo, girar o pulso e abrir a mão.

"Os novos métodos tiveram impacto dramático em nosso campo de trabalho", disse Stuart Harshbarger, engenheiro biomédico na Universidade Johns Hopkins e diretor do programa de pesquisa sobre próteses, financiado pelas forças armadas, que inclui o trabalho com essa técnica. "O método já está em uso por médicos e cirurgiões comuns em todo o país. A capacidade de controlar um membro protético bastante robusto que ele confere surpreendeu a todos pela qualidade".

Tipicamente, uma pessoa que tenha um braço protético só é capaz de executar alguns poucos movimentos, e muitas vezes com tamanha lentidão que isso só permite a ela atividades limitadas.

Há um motor separado para cada movimento, diz Gerald Loeb, professor de engenharia biomédica na Universidade do Sul da Califórnia, "e esses motores precisam ser controlados de maneira explícita", usualmente por um esforço consciente da pessoa para contrair músculos nas costas ou no bíceps.

"Essencialmente, até agora os pacientes controlavam apenas um motor de cada vez", diz Loeb, "e precisavam pensar cuidadosamente sobre que motor desejavam controlar e como fazê-lo operar, em lugar de simplesmente pensarem em mover o braço e poderem fazê-lo sem delongas".

Antes que Kitts passasse pelo procedimento de renervação, em outubro de 2007, por exemplo, ela precisava movimentar os músculos de suas costas de determinada maneira para fazer com que seu pulso girasse, e flexionar seu bíceps e tríceps para fazer com que o cotovelo se movesse para cima e para baixo. "Era muito trabalho", ela conta. "E não me ajudava muito".

O procedimento de renervação é parte de uma recente explosão de idéias novas e técnicas inovadoras que estão sendo exploradas enquanto os cientistas se esforçam por ajudar as pessoas a compensar melhor a perda de membros ou problemas de paralisia. O esforço vem sendo alimentado pelo aumento no número de amputações causado por diabetes e por ferimentos sofridos pelos militares, e ao mesmo tempo pelos avanços na tecnologia médica.

Os braços se tornaram um dos focos essenciais desse tipo de trabalho. A ciência há muito vem obtendo sucessos no desenvolvimento de próteses de perna, mas é muito mais difícil imitar a complexidade e a destreza das mãos e dos braços.

Os esforços em curso incluem o desenvolvimento de projetos de pele e braços mais sensíveis e mais flexíveis, e o uso de dispositivos acionados por controles sem fio implantado nos braços protéticos, que permitiriam movimentos mais naturais.

Os pesquisadores também vêm usando sensores implantados nos cérebros de cobaias para permitir que dois macacos controlem um braço mecânico, e um teste com um homem paralítico permitiu, com esse método, que ele movimentasse um cursor em uma tela de computador.

Alguns desses métodos, caso venham a ser aperfeiçoados plenamente e consigam aprovação das autoridades regulatórias da saúde, podem no futuro se tornar mais viáveis para os pacientes de amputações.

E embora a técnica da renervação não requeira aprovação das autoridades regulatórias porque é executada por meios cirúrgicos e emprega aparelhos já existentes, ela apresenta limitações que até mesmo seus criadores reconhecem, entre as quais o fato de que não se pode utilizá-la para todos os pacientes, o seu alto custo e o prazo de meses requerido para que os nervos reconectados cresçam e se tornem efetivos.

Ainda assim, os especialistas dizem que é o mais avançado sistema em uso hoje para pacientes reais que permite que o sistema nervoso controle diretamente o movimento de um braço artificial.

Desde sua introdução por Todd Kuiken, médico fisioterapeuta e engenheiro biomédico do Instituto de Reabilitação de Chicago, o método foi empregado em cerca de 30 pacientes nos Estados Unidos, Canadá e Europa, entre os quais oito soldados feridos no Iraque e no Afeganistão.

Muitos dos pacientes, entre os quais o primeiro, Jesse Sullivan, um operário do setor elétrico no Tennessee que perdeu os dois braços quando foi eletrocutado por um cabo, conseguem não apenas manipular seus braços protéticos mas sentir a presença das mãos que já não têm quando alguém toca em seus peitos.

Sullivan, 62 anos, e Kitts, estavam entre os cinco pacientes que participaram do estudo reportado na terça-feira. Em companhia de cinco outras pessoas que não passaram por amputações, eles receberam os eletrodos e foram instruídos a usar pensamentos para fazer com que um braço virtual na tela reproduzisse 10 movimentos diferentes, entre os quais três formas diferentes de aperto de mão.

Os pacientes apresentaram desempenho bastante respeitável, apenas um pouco mais lento e menos preciso do que os dos participantes que não tinham amputações.

"As velocidades de movimento que encontramos em nossos pacientes foram realmente encorajadoras", disse Kuiken. "Eles conseguiram completar a tarefa. É claro que não foram tão competentes quanto as pessoas dotadas de plena capacidade física, mas foram bons o bastante".

Um braço virtual foi usado porque a maioria das próteses existentes não era capaz de acomodar todos aqueles movimentos, no momento da pesquisa, ainda que Sullivan, Kitts e uma terceira paciente, Claudia Mitchell, tenham experimentado dois novos protótipos mais versáteis de braços artificiais, executando tarefas complexas com bolas de tênis e outros objetos.

O trabalho de renervação em soldados apresenta outros desafios, diz Kuiken, porque os ferimentos militares muitas vezes "causam danos muitos extensos" a nervos, músculos ou ossos.

Daniel Acosta, 25 anos, um aviador ferido pela detonação de uma bomba em uma estrada do Iraque em 2005, passou pelo procedimento no ano passado e diz que seu braço esquerdo protético agora se movimenta "muito mais rápido" e de maneira muito mais natural.

"A diferença é que agora não preciso mais pensar para mover o braço", ele diz. "Ele simplesmente se mexe".

Ainda assim, Acosta, de San Antonio, diz que "o processo foi bastante longo" e que os eletrodos precisam ser ajustados para receber os sinais à medida que os nervos crescem ou mudam de posição.

E embora elogiem o método, os especialistas afirmam que a ciência das próteses de braço ainda tem muito por avançar.

"Trata-se de uma parte crucial, mas ainda assim apenas uma parte, das muitas coisas que compreendem a função normal de um braço", disse Loeb, que escreveu um editorial que acompanha o artigo no Journal of the American Medical Association.

"No momento estamos a meio do caminho entre o braço de 'Dr. Fantástico', que fazia involuntariamente a saudação nazista, e o braço de Luke Skywalker em 'Guerra nas Estrelas', que funciona sem nenhum problema assim que é conectado. Creio que precisaremos ainda de muitos anos para conectar todas as peças necessárias a produzir um braço capaz de funcionar normalmente".

17:04
Anónimo disse...
A Espanha disse neste sábado que está preparando uma reclamação oficial contra a decisão da Venezuela de expulsar um membro do Parlamento Europeu que criticou o conselho eleitoral venezuelano.
Luis Herrero, membro do partido conservador espanhol PP, foi deportado na sexta-feira depois que o Conselho Nacional Eleitoral (CNE) o acusou de questionar a imparcialidade da instituição antes de um referendo que pode permitir ao presidente Hugo Chávez permanecer no cargo indefinidamente.

Herrero estava na Venezuela como observador do referendo. Ele acusou Chávez de ter "comportamentos típicos de um ditador" por pedir a contenção de manifestações da oposição.

O governo da Espanha convocou um encontro com o embaixador da Venezuela em Madri para expressar a desaprovação sobre a expulsão de Herrero, disse um representante do Ministério das Relações Exteriores espanhol.

As relações da Venezuela com a Espanha tiveram seu ponto crítico em 2007, quando Chávez ameaçou rever acordos diplomáticos e comerciais depois de ouvir um "cala a boca" do rei espanhol Juan Carlos durante uma cúpula.

A fenda foi oficialmente reparada em 2008, com uma visita oficial de Chávez à Espanha, onde ele cumprimentou o rei e discutiu acordos para investimento no setor petroquímico com o primeiro-ministro José Luis Rodriguez Zapatero.

17:06
Anónimo disse...
A polícia do Zimbábue anunciou neste sábado que acusa de traição Roy Bennett, dirigente do até agora opositor Movimento para a Mudança Democrática (MDC), detido na sexta-feira, em Harare, poucas horas antes da cerimônia de posse dos membros do novo gabinete.

"A Polícia nos informou que vão apresentar acusações de traição", disse à agência EFE o advogado de defesa de Bennett, Trust Maanda.

"Tentam relacionar Roy com o caso de Mike Hitschmann, que foi detido em 2006 em relação à descoberta de um carregamento de armas, apesar de que Hitschmann não tenha sido declarado culpado das acusações de traição apresentadas contra ele, mas de um crime menor de descumprimento de leis", disse Maanda.

O político opositor, designado por seu partido como vice-ministro de Agricultura no Governo de união nacional, esteve no exílio na vizinha África do Sul desde 2006 e retornou ao Zimbábue há duas semanas.

Segundo a Polícia, que deteve Bennett ontem no aeroporto de Harare quando pretendia ir à África do Sul para visitar sua família, as armas apreendidas em 2006 seriam utilizadas em um golpe de Estado para derrubar o presidente do Zimbábue, Robert Mugabe.

Depois da detenção, Bennet foi levado a Mutar, onde vários simpatizantes do MDC se concentraram em frente à delegacia na qual estava detido, diante do que a Polícia respondeu com tiros para o alto para dispersar os manifestantes.

17:07
Anónimo disse...
Austrália: 14 mil se candidatam a 'emprego dos sonhos'

A secretaria de Turismo de Queensland, na Austrália, informou que até esta segunda-feira já recebeu cerca de 14 mil inscrições para o "o melhor emprego do mundo". O Estado australiano promove pela internet seleção para vaga de "zelador" da ilha Hamilton, por seis meses com um salário de R$ 40 mil.

Muitos candidatos tiveram problemas durante a inscrição por conta dos acessos simultâneos ao site. A secretaria aconselha enviar os vídeos de 60s explicando porque deve ser escolhido em horários alternativos do dia, além de recomendar tamanho em torno de 40MB.

As inscrições começaram em 12 de janeiro e vão até o próximo dia 22 e podem ser feitas pelo site www.islandreefjob.com. O governo australiano escolherá 50 candidatos para a próxima fase da seleção, que terá votos do público para eleger um dos 11 finalistas.

A última fase terá entrevistas e desafios físicos, no próprio local de trabalho: as ilhas da Grande Barreira Coralina - o maior recife de coral do mundo. A secretaria de Turismo anunciará o vencedor no dia 6 de maio.

17:09
Anónimo disse...
Mercado elogia governo na crise, mas pede maior queda no juro

Peter Fussy
Direto de São Paulo

Desde as primeiras medidas anunciadas para combater os efeitos da crise, o governo brasileiro avisou que a estratégia não contemplaria um pacote. Seriam doses pontuais, de acordo com a necessidade da economia diante do agravamento das turbulências. Da primeira liberação dos depósitos compulsórios em setembro até a ampliação do seguro-desemprego na última quarta-feira, o governo passou por redução de impostos, ampliação de crédito e incentivos à exportação. Quase 150 dias após a primeira medida, o Terra conversou com líderes do setor público e privado, representantes dos trabalhadores, acadêmicos e com o próprio governo para saber quais destas ações foram mais eficazes, quais foram mais ineficientes e o que mais pode ser feito pelo Estado brasileiro contra a crise.

Os maiores elogios foram direcionados à atitude de reduzir o Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) para a indústria automobilística, anunciada em dezembro e que fez com que os emplacamentos de carros novos subissem 1,9% no primeiro mês do ano em relação a dezembro de 2008. Já as maiores críticas foram para a lentidão no corte da taxa básica de juro do País.

Para o presidente do conselho administrativo do Grupo Pão de Açúcar, Abílio Diniz, o Estado não é responsável pela crise e mesmo assim está agindo "com extrema serenidade e muito acerto". "O governo está atento, fazendo a sua parte. É preciso coragem de baixar firmemente a taxa de juros. É uma arma que temos a nosso favor, já que não há clima para inflação, nem possibilidade de danos para a macroeconomia", afirmou Diniz.

Na última reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), em janeiro, a taxa Selic foi reduzida em um ponto percentual, de 13,75% para 12,75% ao ano. Porém, o professor de economia da Universidade de Brasília (UnB) José Luiz Oreiro lembra que este corte representa uma redução de apenas 0,25 ponto percentual com relação à taxa de setembro do ano passado, quando a crise se agravou.

"Pouco antes da eclosão da crise, o Banco Central aumentou a taxa em 0,75 ponto. Foram cinco meses de demora para reduzir em termos líquidos apenas 0,25 ponto", afirmou o economista, que também sugeriu redução do intervalo de cerca de 90 dias entre as reuniões do Copom e o corte de pelo menos um 1 ponto percentual em cada reunião.

Mesmo com o corte de janeiro, a taxa de juros real continua sendo a maior do mundo, lembrou o secretário-geral da Força Sindical, João Carlos Gonçalves, o Juruna. "A redução da taxa de juro ainda é pequena, porque ela continua uma das mais altas do mundo. Falta ousadia para baixar os juros e ajudar o cidadão. A permanência da taxa de juro alta é negativa para o País em meio a crise", afirmou Juruna.

Embora aprove as ações do governo, o senador Aloízio Mercadante (PT-SP) também acredita que o patamar da Selic está muito alto. "Sempre fomos os primeiros a entrar em qualquer crise, o que não aconteceu agora. A taxa Selic ainda é muito alta, mas o governo têm tomado medidas acertadas, como o aumento do salário mínimo, mesmo com um cenário de crise. Isso ajuda a movimentar o consumo. O governo está se esforçando para manter os investimentos e o crescimento", disse.

Tributos
De acordo com o economista Fabio Pina, da Fecomercio-SP, as ações mais positivas estão relacionadas à redução de tributos para alguns segmentos, como a indústria automobilística, que recuperou parte da queda nas vendas em janeiro com a isenção do IPI para carros 1.0 l e o corte para demais motorizações. A medida vale até o final de março.

"Essas medidas não só reduziram o preço, mas anteciparam o consumo daqueles que iriam comprar no futuro, dando um prêmio por conta da insegurança. Mexe diretamente com o principal problema que é a confiança do consumidor", afirmou. Juruna destacou que um bom ritmo de vendas é garantia de emprego. "É importante porque cada emprego na montadora significa 19 na cadeia produtiva", comentou o representante da Força Sindical.

Também em dezembro, o governo decidiu cortar pela metade a alíquota do Imposto de Renda para contribuintes que ganham entre R$ 1.434 e R$ 2.150 mensais. "O salário aumentava e a tabela não se modificava. As pessoas ganhavam mais e pagavam mais impostos", apontou Juruna. Outra redução de tributos do governo foi com relação ao Imposto sobre Operações Financeiras (IOF), que caiu de 3% ao ano para 1,5%.

Crédito
Na segunda metade de 2008, o colapso de bancos nos Estados Unidos por conta da crise do subprime provocou uma forte restrição de crédito no mundo inteiro. Uma das primeiras medidas anticrise do governo teve como objetivo restabelecer a oferta, com mudanças no recolhimento dos depósitos compulsórios por parte dos bancos. Segundo o presidente do Banco Central, Henrique Meirelles, as diversas modificações liberaram US$ 99,2 bilhões aos bancos até o final de janeiro.

Além disso, o governo concedeu R$ 36 bilhões das reservas internacionais para empresas brasileiras com dívidas no exterior e uma medida provisória autorizou o Banco do Brasil e a Caixa Econômica Federal a comprar carteiras de crédito de bancos privados. Para o diretor do Departamento de Pesquisas e Estudos Econômicos da Fiesp, Paulo Francini, estas medidas foram essenciais para combater os efeitos da crise.

"A crise se desenvolve no mundo em torno do tema crédito. E o crédito reduziu-se barbaridade no mundo. Então o governo lança mão de compulsório, lança mão de reservas, de medidas que permitem aos bancos comprar carteiras de bancos. Você vai tomando várias medidas para atender às demandas e o epicentro disso é crédito", afirmou.

No entanto, Oreiro, da UnB, adverte que a liberação dos compulsórios seria mais eficiente acompanhada de redução mais agressiva da taxa básica de juro. "Uma parte do crédito voltou, depois da forte retração em outubro e novembro. O que deveria ter sido feito junto à liberação do compulsório era uma redução mais drástica da taxa de juro. Sem isso, os bancos pegam as reservas e acabam comprando títulos públicos", explicou o economista.

Na opinião de Pina, as ações de distribuição de crédito via redução do compulsório e a disposição de capital de giro para empresas foram tomadas sem um cuidado maior na operação e não tiveram muito efeito. "O BNDES tem linhas que ficam paradas quase todo o ano, agora é pior ainda. Existem os recursos, mas as empresas e os bancos estão desconfiados. É preciso fazer com que os bancos tenham interesse em emprestar", afirmou o economista da Fecomercio-SP.

Futuro
Mesmo com todas essas medidas, a crise financeira ainda gera incertezas nos setores produtivos do País. Nos últimos meses, o medo do desemprego fez os consumidores adiarem compras. Por sua vez, a queda nas vendas pode obrigar as indústrias a cortarem a produção e demitir funcionários. Contra isso, empresários sugerem redução de jornada e de salários.

"Isto está previsto em lei. A Fiesp simplesmente manteve conversações com entidades sindicais quanto à aplicação daquilo que já está previsto em lei", afirmou Francini.

Segundo a ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff, uma das medidas que assegura um nível de emprego é a manutenção de investimentos no Programa de Aceleração do Crescimento (PAC). "Estamos esperando que a dificuldade ocorra em janeiro, fevereiro e março. Estamos certos que vamos manter o nível de investimento. É isso que funciona, é isso que significa investimento público. Ele funciona como um colchão. Por isso, nós colocamos R$ 100 bilhões no BNDES e a Petrobras ampliou o seu investimento em R$ 120 bilhões", afirmou.

Na mesma linha, Pina explica que a antecipação de gastos do governo substitui parte da demanda retraída do setor privado. "Ele dá o seguinte recado: não vou estourar as contas públicas, mas concentrar em um momento em que a demanda privada está pequena. Mas o governo não tem fôlego suficiente para fazer o papel de toda demanda", ressaltou. O economista da Fecomercio lembrou que a entidade já pleiteou junto ao governo isenções para transferência de imóveis e de automóveis, além de retirar o IPVA para veículos novos.

Já Oreiro foca suas propostas na capitalização do Banco do Brasil e da Caixa Econômica Federal pelo Tesouro para atender a demanda de crédito para capital de giro e reduzir o spread. "Aumentando o empréstimo e reduzindo as taxas, os dois vão forçar os bancos privados a acompanhar o movimento, até para não perderem participação no mercado", explicou o economista da UnB.

Até o Carnaval, o governou prometeu detalhar um pacote de incentivos para a construção de até um milhão de casas populares, direcionado a famílias com renda de até dez salários mínimos. "Estamos atentos a tudo o que está acontecendo e novas medidas serão tomadas caso haja uma avaliação de que sejam necessárias", disse o ministro da Fazenda, Guido Mantega, na última sexta-feira.

17:11
Anónimo disse...
Ex-ministro critica extensão do seguro-desemprego

Atualizada às 09h03

O ex-ministro do Trabalho Almir Pazzianotto criticou a decisão do governo federal de conceder o seguro-desemprego estendido a apenas alguns setores. "É certamente odioso e provavelmente inconstitucional", disse Pazzianotto, de acordo com o jornal O Estado de S. Paulo.

Na última qurta, dia do anúncio da medida, centrais sindicais elogiaram a atitude do governo. A Força Sindical divulgou nota dizendo que "o aumento ajudará a aquecer parte da economia, já que irá gerar mais consumo, produção e conseqüentemente, a criação de novos postos de trabalho". A União Geral dos Trabalhadores (UGT) afirmou que a medida "contribuirá para minimizar o drama dos trabalhadores que perderem seu emprego por conta da crise".

O ex-ministro, que instituiu o seguro-desemprego no País no governo de José Sarney, destacou a necessidade de as centrais sindicais se manifestarem contra a determinação. Para ele, as mudanças devem ser aplicadas a todas as categorias profissionais e a distinção é contrária ao artigo 3º da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT).

Pazzianotto atribui a medida a um possível temor do governo de que a crise econômica seja longa e não haja dinheiro para atender a todas as necessidades. Ainda assim, ele se mostra contrário ao método de concessão. "O seguro-desemprego ajuda a sanar necessidades básicas. Estendê-lo é paliativo, não a solução", disse ao jornal.

De acordo com o presidente do Conselho Deliberativo do Fundo de Amparo ao Trabalhador (Codefat) e conselheiro da Força Sindical, Luiz Fernando Emediato, a determinação já estava prevista na lei 8.900/94, que trata do seguro-desemprego.

O presidente da Comissão de Trabalho da Câmara, Pedro Fernandes (PTB-MA) vai além na crítica à concessão do seguro para apenas alguns setores. Ele acredita que a ampliação do benefício estimula o desemprego.

Quintino Severo, secretário geral da Central Única dos Trabalhadores (CUT), lembra que a ampliação do benefício sem critério e identificação pode incentivar demissões em outros setores.

17:13
Anónimo disse...
Empresas
TAM faz promoção para destinos internacionais

A companhia aérea TAM anunciou nesta sexta-feira tarifas promocionais para trechos internacionais. Os preços valem para bilhetes comprados entre 6h deste sábado e 23h59 deste domingo e são válidos para classe econômica. As tarifas, para ida e volta, serão vendidas a partir de US$ 99, mais taxas.

Segundo a aérea, a promoção vale para viagens feitas no período de 14 de fevereiro a 18 de junho de 2009. Para destinos na América do Sul, a permanência mínima é de dois dias; para bilhetes com destino nos Estados Unidos, cinco dias; e Europa, sete dias. A permanência máxima para as passagens para América do Sul e EUA é de dois meses e para Europa, três meses.

Entre os exemplos de tarifas promocionais, a TAM oferece São Paulo-Lima por US$ 99. Bilhetes para a rota São Paulo-Santiago serão vendidos a partir de US$ 199 e São Paulo-Nova York, US$ 799.

A emissão dos bilhetes deve ser feita obrigatoriamente no ato da reserva, obedecendo às regras estipuladas pela companhia. A compra está sujeita à disponibilidade de assentos nas classes tarifárias determinadas, trechos, horários e datas. A TAM afirmou que também há tarifas promocionais para a classe executiva.

Mais informações podem ser encontradas no site promocional (www.ofertastam.com.br), no site da empresa (www.tam.com.br) ou pelos telefones 4002-5700 ou 0800 5705700.

17:13
Anónimo disse...
Empresas
Consultoria negocia compra do parque temático Hopi Hari

A consultoria especializada em reestruturação de empresas Íntegra Associados informou nesta sexta-feira ter um acordo para comprar o parque de diversões Hopi Hari, localizado no interior de São Paulo. A empresa estaria disposta a investir R$ 10 milhões no parque, que tem dívida estimada em R$ 800 milhões. As informações são da edição deste sábado do jornal Folha de S. Paulo.

De acordo com o jornal, a transação ainda depende da negociação entre o Hopi Hari e seus credores, o que já estaria em andamento.

A consultoria paulista já atuou junto à Parmalat, durante 30 meses, quando reorganizou a gestão da empresa italiana.

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17:14
Anónimo disse...
Empresas
Disney de Tóquio contratará mais 2 mil apesar da crise


A Oriental Land, o operador da Disneylândia Tóquio e DisneySea, organizou neste domingo entrevistas para contratar cerca de 2 mil trabalhadores em tempo parcial, em um momento de grandes demissões deste tipo de empregados no Japão.

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O operador deste parque temático, situado em Urayasu, na província de Chiba (leste de Tóquio), está em pleno processo de seleção de empregados para 20 tipos de postos trabalhistas diferentes.

Segundo a companhia, citada pela agência local de notícias Kyodo, o parque contratará novos trabalhadores para as atrações, para os restaurantes e guardas de segurança entre outros. Os novos contratados começarão a trabalhar a partir de fevereiro.

O processo de seleção acontece em um momento em que a maioria das grandes companhias japonesas começaram a se ver obrigadas a despedir uma elevada percentagem de seus trabalhadores temporários e a tempo parcial.

Algumas inclusive anunciaram demissões de seus trabalhadores fixos, uma medida muito pouco comum nas companhias japonesas, perante os efeitos piores que o esperado pela crise econômica global.

Cerca de uma centena de pessoas esperavam desde a primeira hora desta manhã a abertura do centro de conferências Tokyo International Forum, onde as entrevistas estão sendo feitas, para ser os primeiros a solicitar os postos de trabalho.


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17:15
Anónimo disse...
Economia Internacional
Senado dos EUA aprova plano de estímulo à economia

O Senado dos Estados Unidos aprovou com 60 votos a favor e 38 contra o plano de estímulo à economia de US$ 787 bilhões na madrugada deste sábado. Agora, ele segue para sanção ou veto do presidente Barack Obama, que espera colocar a lei em prática até o dia 16 de fevereiro.

O plano prevê a criação de três milhões de empregos, inclui cortes de impostos às famílias, fundos para programas sociais e obras públicas, além de ajuda aos governos estaduais, estudantes e desempregados.

A cláusula Buy American - que exige o uso de ferro, aço e produtos manufaturados dos Estados Unidos em obras realizadas com recursos do pacote - ficou de lado. Segundo o texto definitivo, a cláusula será aplicada sem violar as normas do comércio internacional.

Ontem à tarde, a Câmara de Representantes (deputados) havia aprovado, por 246 votos a favor e 183 contra, a versão final do plano. Todos os republicanos foram contrários ao pacote.

Pelo acordo de quarta-feira entre Câmara e Senado, em vez de custar US$ 819 bilhões, como queriam os deputados, ou US$ 838 bilhões como pretendiam os senadores, o pacote ficou em cerca de US$ 787 bilhões, com 65% desse total destinado a gastos do governo federal e 35%, a créditos tributários.

17:16
Anónimo disse...
Economia nacional
Na era Lula, aposentadoria sobe 54% menos que salário mínimo

Thatiane Faria
Especial para o Terra
Direto de São Paulo

Os índices de reajustes concedidos pelo governo em 2009 para aposentados e pensionistas e para o salário mínimo repetiram uma diferença que, só durante o governo de Luiz Inácio Lula da Silva, já chega a 54%. Enquanto o mínimo foi majorado em 12% este ano, as pensões e aposentadorias tiveram aumento de 5,92%. Aposentados que têm o benefício do governo como única fonte de renda reclamam que perdem poder de compra e que sua cesta de compras é composta por itens que aumentam mais em relação à inflação oficial.

Um exemplo prático pode ser entendido a partir da comparação entre um aposentado que ganhava R$ 600 em janeiro de 2003. Na época, o benefício era três vezes, ou 200%, maior que o valor do mínimo em vigência, que era de R$ 200. Aplicando-se os índices de reajuste para aposentadorias e para o mínimo durante os últimos seis anos, o mesmo aposentado estaria recebendo hoje R$ 938,47, comparado a um salário mínimo de R$ 465. A diferença entre os dois valores caiu para pouco mais de 100%.

Enquanto o índice acumulado de reajuste para a aposentadoria durante o governo Lula foi de 60%, para o salário mínimo está em 132%.

O diretor do Sindicato Nacional dos Aposentados, João Inocentini, reclama que os valores dos benefícios para aposentadorias não mantêm o poder de compra do grupo, principalmente dos aposentados que recebem menos que dez salários mínimos.

Nem mesmo o fato de o índice de reajuste das aposentadorias ter ficado acima da inflação acumulada no mesmo período (o IPCA entre janeiro de 2003 e janeiro de 2009 foi de 39,7%) serve de argumento, segundo os aposentados.

"Os idosos, principalmente, têm gastos além das contas gerais como gás, telefone e aluguel. Para eles o custo com remédios, e outros itens da área saúde costuma ser maior", afirmou Inocentini.

O presidente do sindicato afirmou que o grupo realiza um estudo com 100 itens de necessidade de um idoso para comparar o aumento dos produtos com o índice de reajuste do benefício recebido pelos aposentados.

"Daqui dois meses vamos abrir um processo na Justiça e levar essa pesquisa como prova. Segundo a lei, o governo é obrigado a manter o poder de compra com a aposentadoria", disse Inocentini.

Alternativas
O consultor financeiro Cláudio Boriola diz que os aposentados, especialmente nesse momento de crise econômica, devem evitar compras parceladas, pesquisar preços, negociar e fazer bom planejamento financeiro.

Segundo Boriola, alguns aposentados ganham um valor mensal muitas vezes insuficiente para o pagamento das contas e acabam pedindo crédito ou realizando pagamentos a prazo e são obrigados a pagar juros altos.

Na opinião do consultor, pagar uma previdência privada é uma alternativa indicada para quem ainda trabalha, considerando a característica de perda de poder de compra da aposentadoria.

"Na prática, infelizmente os valores encontram-se em um patamar que está deteriorando o poder de aquisição da população brasileira", completou Boriola.

De acordo com o diretor da Confederação Brasileira de Aposentados e Pensionistas (Cobap), Vicente Fernandes Barbosa, representantes dos aposentados tentarão um encontro com o presidente da Câmara, deputado Michel Temer (PMDB-SP), para discutir projetos que minimizem a perda dos aposentados

17:17
Anónimo disse...
Previdência
Previdência prorroga isenção de tarifas no benefício

O atual sistema de pagamento aos 26 milhões de aposentados e pensionistas do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) será mantido até o final deste ano. O acordo, que permite realizar a operação sem nenhum custo aos beneficiários, foi renovado nesta sexta-feira, entre o governo federal e 21 instituições financeiras.

Por meio desse acordo, vigente desde setembro de 2007, nem os segurados, nem os bancos e nem o governo arcam com o pagamento de tarifas, conforme explicou o ministro da Previdência Social, José Pimentel. A prorrogação vale até dezembro, data máxima para que a Previdência defina as regras para um novo contrato.

Ao assinar o termo de renovação, na sede da Federação Brasileira dos Bancos (Febraban), o ministro disse que a intenção do governo é mudar o atual modelo de gestão visando a reduzir os custos dessas operações em torno da folha mensal, que atinge R$ 15,8 bilhões. No entanto, qualquer alteração, conforme explicou, passará antes por audiências públicas a serem realizadas a partir do segundo semestre deste ano, atendendo a determinação do Tribunal de Contas da União (TCU).

De acordo com Pimentel, com um redesenho do mecanismo de repasse dos recursos aos bancos em torno da folha de pagamento dos segurados o que se busca é um aumento da participação de instituições financeiras. Ele informou que, desde 2007, cada benefício custa em média R$ 1,07 ao governo. "Quanto mais instituições financeiras estiverem prestando serviços à sociedade, maior é a competitividade, a agilidade no atendimento", justificou.

O ministro observou, ainda, que, para permitir uma redução para algo em torno de meia hora no tempo de atendimento para a concessão dos direitos previdenciários, o governo investiu R$ 280 milhões.

Questionado sobre o descontentamento dos segurados que ganham acima de um salário mínimo terem obtido apenas a correção com base na variação do Índice de Preços ao Consumidor (INPC) , ficando abaixo do reajuste dado a quem recebe apenas o mínimo, Pimentel argumentou que o governo seguiu o que determina a lei e descartou a possibilidade de uma revisão

17:17
Anónimo disse...
Empresas
Caterpillar oferece aposentadoria antecipada a 2 mil


A companhia americana Caterpillar ofereceu a cerca de dois mil funcionários incentivos para que se aposentem de forma voluntária antes do previsto, pela perspectiva de uma queda "significativa" da atividade industrial, informou nesta quarta-feira a empresa.

A iniciativa, destinada aos trabalhadores de diversas fábricas em Illinois, Colorado, Tennessee e Pensilvânia, se soma aos cortes de empregos anunciados em janeiro, explicou em comunicado de imprensa.

A empresa, a maior fabricante mundial de maquinaria pesada para a construção e a mineração, acrescentou que, "em função das condições de negócio, podem ser necessárias mais reduções de elenco voluntárias e involuntárias à medida que o ano avança".

O vice-presidente da companhia, Sid Banwart, explicou que a empresa prevê "demissões significativas em todas as regiões geográficas e na maioria dos setores devido às dificuldades da economia mundial".

17:18
Anónimo disse...
Comércio
Comércio exterior da OCDE caiu no 3º trimestre de 2008


As exportações e as importações dos países da Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Econômico (OCDE) caíram 1,6% e 0,2%, respectivamente, no terceiro trimestre de 2008, em relação aos três meses anteriores.

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Trata-se da primeira queda destas atividades desde o terceiro trimestre de 2006, segundo o último relatório trimestral sobre fluxos comerciais divulgado pela OCDE.

As exportações e as importações em dólares dos 30 Estados-membros caíram 15,6% e 17%, respectivamente, na comparação anualizada.

Por sua vez, o comércio dos sete países mais ricos do mundo (G7) teve um pequeno crescimento no terceiro trimestre de 2008 com uma queda das exportações de mercadorias de 0,2% em relação ao trimestre anterior e um aumento de 0,4% das importações.

Em termos anualizados, as importações do G7 caíram 1,4% entre julho e setembro do ano passado, seu primeiro retrocesso desde o terceiro trimestre de 2006, enquanto as exportações aumentaram 1,9%, seu crescimento mais baixo no mesmo tempo.

Por países, a Alemanha aumentou suas importações em 3,4% - valor mais alto do G7 -, enquanto suas exportações caíram 2,9% do segundo para o terceiro trimestre de 2008.

Pelo contrário, as exportações americanas aumentaram 1,8% entre julho e setembro de 2008, enquanto as importações caíram 0,7% em relação ao trimestre anterior. No Japão, tanto as importações quanto as exportações caíram em torno de 1% no mesmo período.

17:19
Anónimo disse...
Economia Nacional
Lula: juros de crédito consignado a aposentados são altos

Atualizada às 17h29

O presidente Luis Inácio Lula da Silva afirmou nesta terça-feira, em São Paulo, que está lutando para reduzir as taxas de juros cobradas de aposentados em crédito consignado. A Previdência Social estabelece uma taxa máxima de 2,5% para empréstimo e de 3,5% para cartão. Para Lula, os valores são altos.

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"Acho que o juro que os aposentados estão pagando hoje com o crédito consignado é alto para o padrão brasileiro", disse o presidente durante a cerimônia de comemoração dos 86 anos do INSS.

A Previdência anunciou nesta terça-feira que aposentados e trabalhadoras com licença-maternidade poderão receber seus benefícios em 30 minutos. De acordo com Lula, em junho, a aposentadoria do trabalhador rural também será conseguida em meia hora.

Além disso, o presidente anunciou que, também em junho, os trabalhadores que alcançarem o direito à aposentadoria passarão a receber em suas casas um comunicado da Previdência informando o fato e o valor do salário que têm direito a receber. "É um comprometimento público que estou fazendo com os companheiros da Previdência Social", disse.

"Estamos retribuindo ao contribuinte da Previdência Social aquilo que é a cidadania que ele tem direito", afirmou Lula. "Se para cobrar nós somos tão precisos, para devolver o dinheiro, temos que chegar próximo à perfeição", completou.

17:20
Anónimo disse...
Economia Nacional
Salário maternidade sairá em 30 minutos, diz ministro

Toda trabalhadora autônoma que tiver contribuído pelo menos 10 meses com o Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) - ou as que possuírem carteira assinada - poderão receber em 30 minutos o salário maternidade a partir desta terça-feira. Da mesma forma, as mulheres com 30 anos de contribuição e os homens com 35 anos também terão direito ao benefício de forma mais rápida. A informação é do ministro da Previdência Social, José Pimentel.

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Para requerer o salário maternidade, é preciso que as autônomas levem a carteira de identidade e o carnê de contribuição. As demais trabalhadoras devem apresentar a identificação e a carteira de trabalho. Desde o início do mês, a nova forma de análise para a concessão de benefícios foi adotada para a aposentadoria por idade do trabalhador urbano e agora foi estendida para o salário maternidade e por tempo de contribuição.

O ministro disse que a qualificação do serviço da previdência social é o reconhecimento do direito dos trabalhadores e da afirmação da cidadania.

"Até pouco tempo na cabeça do cidadão o serviço devia ser de péssima qualidade. Agora não, nós modificamos toda a legislação no mês de dezembro numa ação conjunta do Congresso Nacional com o governo federal. Estamos implantando e concedendo os benefícios em até 30 minutos", afirmou.

O ministro destacou que para conseguir se aposentar ou ter acesso à licença maternidade em 30 minutos, em primeiro lugar, é necessário que o cidadão esteja vinculado à Previdência, o que inclui 65% da população acima de 16 anos de idade.

"Depois bastar marcar pelo sistema 135 o dia e a hora do atendimento e levar a documentação. Se todos os dados necessários estiverem corretos o contribuinte será atendido em até 30 minutos, como vem sendo feito com as aposentadorias por idade desde o dia cinco de janeiro", explicou.

Pimentel disse ainda que em 90% das agências da previdência social o atendimento é marcado em até 48 horas. Nos grandes centros, entretanto existe um volume maior o que torna mais lento o processo.

"Estamos criando mais 715 agências até 2010, em todo o território nacional, para descentralizar o atendimento. Em 2008, atendemos 295 mil benefícios e aposentadorias por idade. Temos 4 mil pessoas por dia procurando e se aposentando por idade no território nacional. Este serviço será agilizado", concluiu.

17:25
Anónimo disse...
Giuseppe Englaro, pai de Eluana, a italiana que morreu na segunda-feira passada por desidratação, recusou uma grande soma de dinheiro de um conhecido fotógrafo italiano que queria retratar a filha em estado de coma, disse neste sábado o neurologista que atendia a mulher desde 1996, Carlo Defanti.

O neurologista, que participou hoje de uma conferência sobre eutanásia, disse que Englaro respeitou a vontade da filha, que, antes do acidente, tinha pedido que, se lhe ocorresse qualquer coisa irreversível, apresentasse sua imagem de quando estava em boas condições.

Antes de sofrer o acidente de trânsito, em 1992, Eluana viveu o coma de um amigo, Alessandro, o que causou forte impacto na italiana e a levou a fazer o pai prometer que não a deixasse viver em estado vegetativo, disse o próprio Giuseppe Englaro.

Defanti, que dissera que Eluana poderia viver de dez a 12 dias depois da suspensão da alimentação e da hidratação, disse que, como médico, tinha que reprovar esta afirmação.

"Não se pode sobreviver após três ou quatro dias sem líquido e, em particular, água em um corpo. Sabemos bem que, quando há um terremoto, após quatro dias é difícil encontrar sobreviventes".

Defanti ressaltou que Eluana "não falava, não se comunicava com o exterior" e que, após vários exames, "nos deparamos com uma moça que tinha perdido a consciência", porque estava com o córtex cerebral prejudicado.

Eluana foi enterrada na quinta-feira passada no túmulo da família na localidade de Paluzza, em Udine, após um funeral que não contou com a presença dos pais.

16:53
Anónimo disse...
Os bombeiros combatem neste sábado os incêndios na Austrália favorecidos pelo bom tempo, enquanto os deslocados encotram em seu retorno casas derruídas, carros queimados nas ruas e destruição.

Depois de sete dias desde que começaram os incêndios no Estado de Victoria, a lista de mortos chega a 181, os desaparecidos somam 50, os edifícios destruídos totalizam 1,834 mil e o terreno arrasado, principalmente florestas, ocupa uma área de 4,13 mil quilômetros quadrados.

As equipes de bombeiros, formadas por 4 mil profissionais de Victoria, de outras partes da Austrália e de países amigos, combateram hoje 12 focos fora de controle e nenhum representava uma ameaça direta para a população.

O subdiretor do Serviço de Bombeiros, Geoff Conway, disse que este tempo favorável, que se prolongará durante o domingo, permite consolidar as linhas de contenção e avançar na extinção das chamas.

Cinzas apareceram arrastadas por ventos do nordeste sobre Melbourne, onde habitam 3,8 milhões de pessoas, e as autoridades alertaram aos cidadãos do risco para a saúde de idosos, crianças e pessoas com problemas respiratórios.

O número de pessoas deslocadas - a Cruz Vermelha chegou a receber 7 mil - começou a cair com a abertura de algumas localidades atingidas.

Os incêndios, alguns criminosos, começaram em 7 de fevereiro, quando a região sul da Austrália estava há duas semanas sob uma onda de calor sem precedentes.

Na sexta-feira passada, a polícia acusou uma pessoa de ter provocado o incêndio que atingiu a localidade de Churchill e matou 21 pessoas.

16:55
Anónimo disse...
A primeira chuva em seis dias reduziu a ameaça de incêndios no Estado de Victoria, ao sul da Austrália. As autoridades, porém, advertiram que ainda existem 12 focos, mas que nenhum deles ameaça áreas povoadas.

Mais de quatro mil bombeiros, mil provenientes de outras partes do país e de outras nações, trabalham contra o fogo. Cerca de 600 veículos e 28 helicópteros e pequenos aviões estão sendo usados.


Eles conseguiram construir linhas de contenção para evitar os incêndios de Yarra e Maroondah se juntassem. Também foram controlados os incêndios abertos de Yea e Murrindindi, que ameaçavam as comunidades de Connellys Creek, Crystal Creek, Scrubby Creek e Native Dog Creek.

O número de mortos chegou a 181, mas as autoridades acreditam que as vítimas devem passar de 200, já que ainda há muitos desaparecidos.

16:55
Anónimo disse...
Aqui nesta coluna, na semana passada, tive a oportunidade de comentar sobre a recente visita do professor brasileiro Pedrinho Guareschi à Austrália. Não dei, porém, os fatos, pois semana passada o assunto era outro.

Hoje, porém, vamos a eles.

No último dia 4 de fevereiro, aconteceu o Seminário "Paulo Freire: Education and Liberation", organizado pelo centro de estudos latino-americanos da Universidade Nacional da Austrália, ou ANU, como é mais conhecida por aqui.

A ANU, para quem não sabe, está entre as 20 melhores universidades do mundo! E tem sede aqui em Camberra, capital da Austrália.

Na abertura do evento, o professor John Minns, diretor do centro latino-americano, ao dar boas-vindas ao público presente, lembrou ser aquele o primeiro seminário exclusivamente dedicado a Paulo Freire na Austrália.

Em seguida, convidou Pedrinho Guareschi, palestrante principal do Seminário, a fazer sua apresentação.

A plateia pode então conhecer, pelas palavras de Pedrinho, um pouco da obra e da vida de Freire, esse brasileiro de fé e valor, que sempre acreditou na educação, sobretudo dos menos favorecidos, analfabetos, como força libertadora.

Como não podia deixar de ser, os conceitos e ideias revolucionários de Paulo Freire, expostos com clareza por Pedrinho, despertaram o interesse e a curiosidade de plateia. A qual, deve-se notar, era na maioria de estudantes, mas de várias nacionalidades, sobretudo australianos e asiáticos.

Na continuação do programa do seminário, que se estendeu por dois dias, outros professores fizeram palestras sobre temas ligados à obra de Paulo Freire.

Interessante, por exemplo, saber que a professora Anne Hickling-Hudson, jamaicana que mora na Austrália há muitos anos (é professora da ANU), conheceu e trabalhou com Freire num workshop educacional durante a revolução na Ilha de Granada, em 1980, antes da invasão dos Estados Unidos...

Ou, então, a palestra da Professora Gerda Roelvink, da Nova Zelândia, que participou do Fórum Social de Porto Alegre em 2005. E essa participação transformou-se em tema de doutorado.

No dia 10, terça-feira passada, o padre Pedrinho Guareschi voltou a falar ao público australiano em grande auditório localizado no belíssimo campus da ANU. Desta vez, sobre a Teologia da Libertação.

Depois da palestra, John Minns mostrou o filme mexicano "O Crime do Padre Amaro", no qual um dos personagens é um padre católico praticante da Teologia da Libertação.

Mais uma vez, foi grande o intersse da platéia, que pode aprender e conhecer um pouco como se desenvolveu aquele importante movimento católico na América Latina.

Fica, assim, ao Pedrinho, bem como a outros brasileiros estudiosos e de bom coração que saem pelo mundo a divulgar aspectos importantes da cultura brasileira, o respeito e a homenagem desta coluna. E... aquele abraço!

16:57
Anónimo disse...
Amanda Kitts perdeu o braço esquerdo em um acidente de automóvel acontecido três anos atrás, mas hoje em dia ela joga futebol americano com seu filho de 12 anos de idade, troca fraldas e abraça as crianças nas três creches Kiddie Cottage que opera em Knoxville, Tennessee. Kitts, 40 anos, faz tudo isso com a ajuda de um novo tipo de braço artificial que se movimenta com mais facilidade do que outros aparelhos e que ela pode controlar utilizando apenas seus pensamentos.

"Eu sou capaz de mexer a mão, o pulso e o cotovelo ao mesmo tempo", diz. "Você pensa e os músculos se movem em seguida".

A recuperação que ela conseguiu resulta de um novo procedimento que vem atraindo crescente atenção porque permite que pessoas movam braços protéticos de forma mais automática do que faziam no passado, simplesmente utilizando nervos reaproveitados em seus cérebros.

A técnica, conhecida como "renervação muscular dirigida", envolve utilizar os nervos que restam depois da amputação de um braço e conectá-los a outro músculo do corpo, em geral no peito. Eletrodos são instalados sobre os músculos do peito, e operam como se fossem antenas. Quando a pessoa deseja mover o braço, o cérebro envia sinais que primeiro resultam em contração dos músculos do peito, os quais enviam um sinal ao braço protético, instruindo-se a se movimentar. O processo não requer mais esforços consciente do que a pessoa teria de exercitar caso ainda tivesse seu braço natural.

Na terça-feira, pesquisadores reportaram em estudo publicado pela versão online do Journal of the American Medical Association que haviam levado a técnica ainda mais à frente, tornando possível a execução de 10 movimentos de mão, pulso e cotovelo diferentes, o que representa uma substancial melhora com relação ao típico repertório protético, que em geral envolve apenas dobrar o cotovelo, girar o pulso e abrir a mão.

"Os novos métodos tiveram impacto dramático em nosso campo de trabalho", disse Stuart Harshbarger, engenheiro biomédico na Universidade Johns Hopkins e diretor do programa de pesquisa sobre próteses, financiado pelas forças armadas, que inclui o trabalho com essa técnica. "O método já está em uso por médicos e cirurgiões comuns em todo o país. A capacidade de controlar um membro protético bastante robusto que ele confere surpreendeu a todos pela qualidade".

Tipicamente, uma pessoa que tenha um braço protético só é capaz de executar alguns poucos movimentos, e muitas vezes com tamanha lentidão que isso só permite a ela atividades limitadas.

Há um motor separado para cada movimento, diz Gerald Loeb, professor de engenharia biomédica na Universidade do Sul da Califórnia, "e esses motores precisam ser controlados de maneira explícita", usualmente por um esforço consciente da pessoa para contrair músculos nas costas ou no bíceps.

"Essencialmente, até agora os pacientes controlavam apenas um motor de cada vez", diz Loeb, "e precisavam pensar cuidadosamente sobre que motor desejavam controlar e como fazê-lo operar, em lugar de simplesmente pensarem em mover o braço e poderem fazê-lo sem delongas".

Antes que Kitts passasse pelo procedimento de renervação, em outubro de 2007, por exemplo, ela precisava movimentar os músculos de suas costas de determinada maneira para fazer com que seu pulso girasse, e flexionar seu bíceps e tríceps para fazer com que o cotovelo se movesse para cima e para baixo. "Era muito trabalho", ela conta. "E não me ajudava muito".

O procedimento de renervação é parte de uma recente explosão de idéias novas e técnicas inovadoras que estão sendo exploradas enquanto os cientistas se esforçam por ajudar as pessoas a compensar melhor a perda de membros ou problemas de paralisia. O esforço vem sendo alimentado pelo aumento no número de amputações causado por diabetes e por ferimentos sofridos pelos militares, e ao mesmo tempo pelos avanços na tecnologia médica.

Os braços se tornaram um dos focos essenciais desse tipo de trabalho. A ciência há muito vem obtendo sucessos no desenvolvimento de próteses de perna, mas é muito mais difícil imitar a complexidade e a destreza das mãos e dos braços.

Os esforços em curso incluem o desenvolvimento de projetos de pele e braços mais sensíveis e mais flexíveis, e o uso de dispositivos acionados por controles sem fio implantado nos braços protéticos, que permitiriam movimentos mais naturais.

Os pesquisadores também vêm usando sensores implantados nos cérebros de cobaias para permitir que dois macacos controlem um braço mecânico, e um teste com um homem paralítico permitiu, com esse método, que ele movimentasse um cursor em uma tela de computador.

Alguns desses métodos, caso venham a ser aperfeiçoados plenamente e consigam aprovação das autoridades regulatórias da saúde, podem no futuro se tornar mais viáveis para os pacientes de amputações.

E embora a técnica da renervação não requeira aprovação das autoridades regulatórias porque é executada por meios cirúrgicos e emprega aparelhos já existentes, ela apresenta limitações que até mesmo seus criadores reconhecem, entre as quais o fato de que não se pode utilizá-la para todos os pacientes, o seu alto custo e o prazo de meses requerido para que os nervos reconectados cresçam e se tornem efetivos.

Ainda assim, os especialistas dizem que é o mais avançado sistema em uso hoje para pacientes reais que permite que o sistema nervoso controle diretamente o movimento de um braço artificial.

Desde sua introdução por Todd Kuiken, médico fisioterapeuta e engenheiro biomédico do Instituto de Reabilitação de Chicago, o método foi empregado em cerca de 30 pacientes nos Estados Unidos, Canadá e Europa, entre os quais oito soldados feridos no Iraque e no Afeganistão.

Muitos dos pacientes, entre os quais o primeiro, Jesse Sullivan, um operário do setor elétrico no Tennessee que perdeu os dois braços quando foi eletrocutado por um cabo, conseguem não apenas manipular seus braços protéticos mas sentir a presença das mãos que já não têm quando alguém toca em seus peitos.

Sullivan, 62 anos, e Kitts, estavam entre os cinco pacientes que participaram do estudo reportado na terça-feira. Em companhia de cinco outras pessoas que não passaram por amputações, eles receberam os eletrodos e foram instruídos a usar pensamentos para fazer com que um braço virtual na tela reproduzisse 10 movimentos diferentes, entre os quais três formas diferentes de aperto de mão.

Os pacientes apresentaram desempenho bastante respeitável, apenas um pouco mais lento e menos preciso do que os dos participantes que não tinham amputações.

"As velocidades de movimento que encontramos em nossos pacientes foram realmente encorajadoras", disse Kuiken. "Eles conseguiram completar a tarefa. É claro que não foram tão competentes quanto as pessoas dotadas de plena capacidade física, mas foram bons o bastante".

Um braço virtual foi usado porque a maioria das próteses existentes não era capaz de acomodar todos aqueles movimentos, no momento da pesquisa, ainda que Sullivan, Kitts e uma terceira paciente, Claudia Mitchell, tenham experimentado dois novos protótipos mais versáteis de braços artificiais, executando tarefas complexas com bolas de tênis e outros objetos.

O trabalho de renervação em soldados apresenta outros desafios, diz Kuiken, porque os ferimentos militares muitas vezes "causam danos muitos extensos" a nervos, músculos ou ossos.

Daniel Acosta, 25 anos, um aviador ferido pela detonação de uma bomba em uma estrada do Iraque em 2005, passou pelo procedimento no ano passado e diz que seu braço esquerdo protético agora se movimenta "muito mais rápido" e de maneira muito mais natural.

"A diferença é que agora não preciso mais pensar para mover o braço", ele diz. "Ele simplesmente se mexe".

Ainda assim, Acosta, de San Antonio, diz que "o processo foi bastante longo" e que os eletrodos precisam ser ajustados para receber os sinais à medida que os nervos crescem ou mudam de posição.

E embora elogiem o método, os especialistas afirmam que a ciência das próteses de braço ainda tem muito por avançar.

"Trata-se de uma parte crucial, mas ainda assim apenas uma parte, das muitas coisas que compreendem a função normal de um braço", disse Loeb, que escreveu um editorial que acompanha o artigo no Journal of the American Medical Association.

"No momento estamos a meio do caminho entre o braço de 'Dr. Fantástico', que fazia involuntariamente a saudação nazista, e o braço de Luke Skywalker em 'Guerra nas Estrelas', que funciona sem nenhum problema assim que é conectado. Creio que precisaremos ainda de muitos anos para conectar todas as peças necessárias a produzir um braço capaz de funcionar normalmente".

17:04
Anónimo disse...
A Espanha disse neste sábado que está preparando uma reclamação oficial contra a decisão da Venezuela de expulsar um membro do Parlamento Europeu que criticou o conselho eleitoral venezuelano.
Luis Herrero, membro do partido conservador espanhol PP, foi deportado na sexta-feira depois que o Conselho Nacional Eleitoral (CNE) o acusou de questionar a imparcialidade da instituição antes de um referendo que pode permitir ao presidente Hugo Chávez permanecer no cargo indefinidamente.

Herrero estava na Venezuela como observador do referendo. Ele acusou Chávez de ter "comportamentos típicos de um ditador" por pedir a contenção de manifestações da oposição.

O governo da Espanha convocou um encontro com o embaixador da Venezuela em Madri para expressar a desaprovação sobre a expulsão de Herrero, disse um representante do Ministério das Relações Exteriores espanhol.

As relações da Venezuela com a Espanha tiveram seu ponto crítico em 2007, quando Chávez ameaçou rever acordos diplomáticos e comerciais depois de ouvir um "cala a boca" do rei espanhol Juan Carlos durante uma cúpula.

A fenda foi oficialmente reparada em 2008, com uma visita oficial de Chávez à Espanha, onde ele cumprimentou o rei e discutiu acordos para investimento no setor petroquímico com o primeiro-ministro José Luis Rodriguez Zapatero.

17:06
Anónimo disse...
A polícia do Zimbábue anunciou neste sábado que acusa de traição Roy Bennett, dirigente do até agora opositor Movimento para a Mudança Democrática (MDC), detido na sexta-feira, em Harare, poucas horas antes da cerimônia de posse dos membros do novo gabinete.

"A Polícia nos informou que vão apresentar acusações de traição", disse à agência EFE o advogado de defesa de Bennett, Trust Maanda.

"Tentam relacionar Roy com o caso de Mike Hitschmann, que foi detido em 2006 em relação à descoberta de um carregamento de armas, apesar de que Hitschmann não tenha sido declarado culpado das acusações de traição apresentadas contra ele, mas de um crime menor de descumprimento de leis", disse Maanda.

O político opositor, designado por seu partido como vice-ministro de Agricultura no Governo de união nacional, esteve no exílio na vizinha África do Sul desde 2006 e retornou ao Zimbábue há duas semanas.

Segundo a Polícia, que deteve Bennett ontem no aeroporto de Harare quando pretendia ir à África do Sul para visitar sua família, as armas apreendidas em 2006 seriam utilizadas em um golpe de Estado para derrubar o presidente do Zimbábue, Robert Mugabe.

Depois da detenção, Bennet foi levado a Mutar, onde vários simpatizantes do MDC se concentraram em frente à delegacia na qual estava detido, diante do que a Polícia respondeu com tiros para o alto para dispersar os manifestantes.

17:07
Anónimo disse...
Austrália: 14 mil se candidatam a 'emprego dos sonhos'

A secretaria de Turismo de Queensland, na Austrália, informou que até esta segunda-feira já recebeu cerca de 14 mil inscrições para o "o melhor emprego do mundo". O Estado australiano promove pela internet seleção para vaga de "zelador" da ilha Hamilton, por seis meses com um salário de R$ 40 mil.

Muitos candidatos tiveram problemas durante a inscrição por conta dos acessos simultâneos ao site. A secretaria aconselha enviar os vídeos de 60s explicando porque deve ser escolhido em horários alternativos do dia, além de recomendar tamanho em torno de 40MB.

As inscrições começaram em 12 de janeiro e vão até o próximo dia 22 e podem ser feitas pelo site www.islandreefjob.com. O governo australiano escolherá 50 candidatos para a próxima fase da seleção, que terá votos do público para eleger um dos 11 finalistas.

A última fase terá entrevistas e desafios físicos, no próprio local de trabalho: as ilhas da Grande Barreira Coralina - o maior recife de coral do mundo. A secretaria de Turismo anunciará o vencedor no dia 6 de maio.

17:09
Anónimo disse...
Mercado elogia governo na crise, mas pede maior queda no juro

Peter Fussy
Direto de São Paulo

Desde as primeiras medidas anunciadas para combater os efeitos da crise, o governo brasileiro avisou que a estratégia não contemplaria um pacote. Seriam doses pontuais, de acordo com a necessidade da economia diante do agravamento das turbulências. Da primeira liberação dos depósitos compulsórios em setembro até a ampliação do seguro-desemprego na última quarta-feira, o governo passou por redução de impostos, ampliação de crédito e incentivos à exportação. Quase 150 dias após a primeira medida, o Terra conversou com líderes do setor público e privado, representantes dos trabalhadores, acadêmicos e com o próprio governo para saber quais destas ações foram mais eficazes, quais foram mais ineficientes e o que mais pode ser feito pelo Estado brasileiro contra a crise.

Os maiores elogios foram direcionados à atitude de reduzir o Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) para a indústria automobilística, anunciada em dezembro e que fez com que os emplacamentos de carros novos subissem 1,9% no primeiro mês do ano em relação a dezembro de 2008. Já as maiores críticas foram para a lentidão no corte da taxa básica de juro do País.

Para o presidente do conselho administrativo do Grupo Pão de Açúcar, Abílio Diniz, o Estado não é responsável pela crise e mesmo assim está agindo "com extrema serenidade e muito acerto". "O governo está atento, fazendo a sua parte. É preciso coragem de baixar firmemente a taxa de juros. É uma arma que temos a nosso favor, já que não há clima para inflação, nem possibilidade de danos para a macroeconomia", afirmou Diniz.

Na última reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), em janeiro, a taxa Selic foi reduzida em um ponto percentual, de 13,75% para 12,75% ao ano. Porém, o professor de economia da Universidade de Brasília (UnB) José Luiz Oreiro lembra que este corte representa uma redução de apenas 0,25 ponto percentual com relação à taxa de setembro do ano passado, quando a crise se agravou.

"Pouco antes da eclosão da crise, o Banco Central aumentou a taxa em 0,75 ponto. Foram cinco meses de demora para reduzir em termos líquidos apenas 0,25 ponto", afirmou o economista, que também sugeriu redução do intervalo de cerca de 90 dias entre as reuniões do Copom e o corte de pelo menos um 1 ponto percentual em cada reunião.

Mesmo com o corte de janeiro, a taxa de juros real continua sendo a maior do mundo, lembrou o secretário-geral da Força Sindical, João Carlos Gonçalves, o Juruna. "A redução da taxa de juro ainda é pequena, porque ela continua uma das mais altas do mundo. Falta ousadia para baixar os juros e ajudar o cidadão. A permanência da taxa de juro alta é negativa para o País em meio a crise", afirmou Juruna.

Embora aprove as ações do governo, o senador Aloízio Mercadante (PT-SP) também acredita que o patamar da Selic está muito alto. "Sempre fomos os primeiros a entrar em qualquer crise, o que não aconteceu agora. A taxa Selic ainda é muito alta, mas o governo têm tomado medidas acertadas, como o aumento do salário mínimo, mesmo com um cenário de crise. Isso ajuda a movimentar o consumo. O governo está se esforçando para manter os investimentos e o crescimento", disse.

Tributos
De acordo com o economista Fabio Pina, da Fecomercio-SP, as ações mais positivas estão relacionadas à redução de tributos para alguns segmentos, como a indústria automobilística, que recuperou parte da queda nas vendas em janeiro com a isenção do IPI para carros 1.0 l e o corte para demais motorizações. A medida vale até o final de março.

"Essas medidas não só reduziram o preço, mas anteciparam o consumo daqueles que iriam comprar no futuro, dando um prêmio por conta da insegurança. Mexe diretamente com o principal problema que é a confiança do consumidor", afirmou. Juruna destacou que um bom ritmo de vendas é garantia de emprego. "É importante porque cada emprego na montadora significa 19 na cadeia produtiva", comentou o representante da Força Sindical.

Também em dezembro, o governo decidiu cortar pela metade a alíquota do Imposto de Renda para contribuintes que ganham entre R$ 1.434 e R$ 2.150 mensais. "O salário aumentava e a tabela não se modificava. As pessoas ganhavam mais e pagavam mais impostos", apontou Juruna. Outra redução de tributos do governo foi com relação ao Imposto sobre Operações Financeiras (IOF), que caiu de 3% ao ano para 1,5%.

Crédito
Na segunda metade de 2008, o colapso de bancos nos Estados Unidos por conta da crise do subprime provocou uma forte restrição de crédito no mundo inteiro. Uma das primeiras medidas anticrise do governo teve como objetivo restabelecer a oferta, com mudanças no recolhimento dos depósitos compulsórios por parte dos bancos. Segundo o presidente do Banco Central, Henrique Meirelles, as diversas modificações liberaram US$ 99,2 bilhões aos bancos até o final de janeiro.

Além disso, o governo concedeu R$ 36 bilhões das reservas internacionais para empresas brasileiras com dívidas no exterior e uma medida provisória autorizou o Banco do Brasil e a Caixa Econômica Federal a comprar carteiras de crédito de bancos privados. Para o diretor do Departamento de Pesquisas e Estudos Econômicos da Fiesp, Paulo Francini, estas medidas foram essenciais para combater os efeitos da crise.

"A crise se desenvolve no mundo em torno do tema crédito. E o crédito reduziu-se barbaridade no mundo. Então o governo lança mão de compulsório, lança mão de reservas, de medidas que permitem aos bancos comprar carteiras de bancos. Você vai tomando várias medidas para atender às demandas e o epicentro disso é crédito", afirmou.

No entanto, Oreiro, da UnB, adverte que a liberação dos compulsórios seria mais eficiente acompanhada de redução mais agressiva da taxa básica de juro. "Uma parte do crédito voltou, depois da forte retração em outubro e novembro. O que deveria ter sido feito junto à liberação do compulsório era uma redução mais drástica da taxa de juro. Sem isso, os bancos pegam as reservas e acabam comprando títulos públicos", explicou o economista.

Na opinião de Pina, as ações de distribuição de crédito via redução do compulsório e a disposição de capital de giro para empresas foram tomadas sem um cuidado maior na operação e não tiveram muito efeito. "O BNDES tem linhas que ficam paradas quase todo o ano, agora é pior ainda. Existem os recursos, mas as empresas e os bancos estão desconfiados. É preciso fazer com que os bancos tenham interesse em emprestar", afirmou o economista da Fecomercio-SP.

Futuro
Mesmo com todas essas medidas, a crise financeira ainda gera incertezas nos setores produtivos do País. Nos últimos meses, o medo do desemprego fez os consumidores adiarem compras. Por sua vez, a queda nas vendas pode obrigar as indústrias a cortarem a produção e demitir funcionários. Contra isso, empresários sugerem redução de jornada e de salários.

"Isto está previsto em lei. A Fiesp simplesmente manteve conversações com entidades sindicais quanto à aplicação daquilo que já está previsto em lei", afirmou Francini.

Segundo a ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff, uma das medidas que assegura um nível de emprego é a manutenção de investimentos no Programa de Aceleração do Crescimento (PAC). "Estamos esperando que a dificuldade ocorra em janeiro, fevereiro e março. Estamos certos que vamos manter o nível de investimento. É isso que funciona, é isso que significa investimento público. Ele funciona como um colchão. Por isso, nós colocamos R$ 100 bilhões no BNDES e a Petrobras ampliou o seu investimento em R$ 120 bilhões", afirmou.

Na mesma linha, Pina explica que a antecipação de gastos do governo substitui parte da demanda retraída do setor privado. "Ele dá o seguinte recado: não vou estourar as contas públicas, mas concentrar em um momento em que a demanda privada está pequena. Mas o governo não tem fôlego suficiente para fazer o papel de toda demanda", ressaltou. O economista da Fecomercio lembrou que a entidade já pleiteou junto ao governo isenções para transferência de imóveis e de automóveis, além de retirar o IPVA para veículos novos.

Já Oreiro foca suas propostas na capitalização do Banco do Brasil e da Caixa Econômica Federal pelo Tesouro para atender a demanda de crédito para capital de giro e reduzir o spread. "Aumentando o empréstimo e reduzindo as taxas, os dois vão forçar os bancos privados a acompanhar o movimento, até para não perderem participação no mercado", explicou o economista da UnB.

Até o Carnaval, o governou prometeu detalhar um pacote de incentivos para a construção de até um milhão de casas populares, direcionado a famílias com renda de até dez salários mínimos. "Estamos atentos a tudo o que está acontecendo e novas medidas serão tomadas caso haja uma avaliação de que sejam necessárias", disse o ministro da Fazenda, Guido Mantega, na última sexta-feira.

17:11
Anónimo disse...
Ex-ministro critica extensão do seguro-desemprego

Atualizada às 09h03

O ex-ministro do Trabalho Almir Pazzianotto criticou a decisão do governo federal de conceder o seguro-desemprego estendido a apenas alguns setores. "É certamente odioso e provavelmente inconstitucional", disse Pazzianotto, de acordo com o jornal O Estado de S. Paulo.

Na última qurta, dia do anúncio da medida, centrais sindicais elogiaram a atitude do governo. A Força Sindical divulgou nota dizendo que "o aumento ajudará a aquecer parte da economia, já que irá gerar mais consumo, produção e conseqüentemente, a criação de novos postos de trabalho". A União Geral dos Trabalhadores (UGT) afirmou que a medida "contribuirá para minimizar o drama dos trabalhadores que perderem seu emprego por conta da crise".

O ex-ministro, que instituiu o seguro-desemprego no País no governo de José Sarney, destacou a necessidade de as centrais sindicais se manifestarem contra a determinação. Para ele, as mudanças devem ser aplicadas a todas as categorias profissionais e a distinção é contrária ao artigo 3º da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT).

Pazzianotto atribui a medida a um possível temor do governo de que a crise econômica seja longa e não haja dinheiro para atender a todas as necessidades. Ainda assim, ele se mostra contrário ao método de concessão. "O seguro-desemprego ajuda a sanar necessidades básicas. Estendê-lo é paliativo, não a solução", disse ao jornal.

De acordo com o presidente do Conselho Deliberativo do Fundo de Amparo ao Trabalhador (Codefat) e conselheiro da Força Sindical, Luiz Fernando Emediato, a determinação já estava prevista na lei 8.900/94, que trata do seguro-desemprego.

O presidente da Comissão de Trabalho da Câmara, Pedro Fernandes (PTB-MA) vai além na crítica à concessão do seguro para apenas alguns setores. Ele acredita que a ampliação do benefício estimula o desemprego.

Quintino Severo, secretário geral da Central Única dos Trabalhadores (CUT), lembra que a ampliação do benefício sem critério e identificação pode incentivar demissões em outros setores.

17:13
Anónimo disse...
Empresas
TAM faz promoção para destinos internacionais

A companhia aérea TAM anunciou nesta sexta-feira tarifas promocionais para trechos internacionais. Os preços valem para bilhetes comprados entre 6h deste sábado e 23h59 deste domingo e são válidos para classe econômica. As tarifas, para ida e volta, serão vendidas a partir de US$ 99, mais taxas.

Segundo a aérea, a promoção vale para viagens feitas no período de 14 de fevereiro a 18 de junho de 2009. Para destinos na América do Sul, a permanência mínima é de dois dias; para bilhetes com destino nos Estados Unidos, cinco dias; e Europa, sete dias. A permanência máxima para as passagens para América do Sul e EUA é de dois meses e para Europa, três meses.

Entre os exemplos de tarifas promocionais, a TAM oferece São Paulo-Lima por US$ 99. Bilhetes para a rota São Paulo-Santiago serão vendidos a partir de US$ 199 e São Paulo-Nova York, US$ 799.

A emissão dos bilhetes deve ser feita obrigatoriamente no ato da reserva, obedecendo às regras estipuladas pela companhia. A compra está sujeita à disponibilidade de assentos nas classes tarifárias determinadas, trechos, horários e datas. A TAM afirmou que também há tarifas promocionais para a classe executiva.

Mais informações podem ser encontradas no site promocional (www.ofertastam.com.br), no site da empresa (www.tam.com.br) ou pelos telefones 4002-5700 ou 0800 5705700.

17:13
Anónimo disse...
Empresas
Consultoria negocia compra do parque temático Hopi Hari

A consultoria especializada em reestruturação de empresas Íntegra Associados informou nesta sexta-feira ter um acordo para comprar o parque de diversões Hopi Hari, localizado no interior de São Paulo. A empresa estaria disposta a investir R$ 10 milhões no parque, que tem dívida estimada em R$ 800 milhões. As informações são da edição deste sábado do jornal Folha de S. Paulo.

De acordo com o jornal, a transação ainda depende da negociação entre o Hopi Hari e seus credores, o que já estaria em andamento.

A consultoria paulista já atuou junto à Parmalat, durante 30 meses, quando reorganizou a gestão da empresa italiana.

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17:14
Anónimo disse...
Empresas
Disney de Tóquio contratará mais 2 mil apesar da crise


A Oriental Land, o operador da Disneylândia Tóquio e DisneySea, organizou neste domingo entrevistas para contratar cerca de 2 mil trabalhadores em tempo parcial, em um momento de grandes demissões deste tipo de empregados no Japão.

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O operador deste parque temático, situado em Urayasu, na província de Chiba (leste de Tóquio), está em pleno processo de seleção de empregados para 20 tipos de postos trabalhistas diferentes.

Segundo a companhia, citada pela agência local de notícias Kyodo, o parque contratará novos trabalhadores para as atrações, para os restaurantes e guardas de segurança entre outros. Os novos contratados começarão a trabalhar a partir de fevereiro.

O processo de seleção acontece em um momento em que a maioria das grandes companhias japonesas começaram a se ver obrigadas a despedir uma elevada percentagem de seus trabalhadores temporários e a tempo parcial.

Algumas inclusive anunciaram demissões de seus trabalhadores fixos, uma medida muito pouco comum nas companhias japonesas, perante os efeitos piores que o esperado pela crise econômica global.

Cerca de uma centena de pessoas esperavam desde a primeira hora desta manhã a abertura do centro de conferências Tokyo International Forum, onde as entrevistas estão sendo feitas, para ser os primeiros a solicitar os postos de trabalho.


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17:15
Anónimo disse...
Economia Internacional
Senado dos EUA aprova plano de estímulo à economia

O Senado dos Estados Unidos aprovou com 60 votos a favor e 38 contra o plano de estímulo à economia de US$ 787 bilhões na madrugada deste sábado. Agora, ele segue para sanção ou veto do presidente Barack Obama, que espera colocar a lei em prática até o dia 16 de fevereiro.

O plano prevê a criação de três milhões de empregos, inclui cortes de impostos às famílias, fundos para programas sociais e obras públicas, além de ajuda aos governos estaduais, estudantes e desempregados.

A cláusula Buy American - que exige o uso de ferro, aço e produtos manufaturados dos Estados Unidos em obras realizadas com recursos do pacote - ficou de lado. Segundo o texto definitivo, a cláusula será aplicada sem violar as normas do comércio internacional.

Ontem à tarde, a Câmara de Representantes (deputados) havia aprovado, por 246 votos a favor e 183 contra, a versão final do plano. Todos os republicanos foram contrários ao pacote.

Pelo acordo de quarta-feira entre Câmara e Senado, em vez de custar US$ 819 bilhões, como queriam os deputados, ou US$ 838 bilhões como pretendiam os senadores, o pacote ficou em cerca de US$ 787 bilhões, com 65% desse total destinado a gastos do governo federal e 35%, a créditos tributários.

17:16
Anónimo disse...
Economia nacional
Na era Lula, aposentadoria sobe 54% menos que salário mínimo

Thatiane Faria
Especial para o Terra
Direto de São Paulo

Os índices de reajustes concedidos pelo governo em 2009 para aposentados e pensionistas e para o salário mínimo repetiram uma diferença que, só durante o governo de Luiz Inácio Lula da Silva, já chega a 54%. Enquanto o mínimo foi majorado em 12% este ano, as pensões e aposentadorias tiveram aumento de 5,92%. Aposentados que têm o benefício do governo como única fonte de renda reclamam que perdem poder de compra e que sua cesta de compras é composta por itens que aumentam mais em relação à inflação oficial.

Um exemplo prático pode ser entendido a partir da comparação entre um aposentado que ganhava R$ 600 em janeiro de 2003. Na época, o benefício era três vezes, ou 200%, maior que o valor do mínimo em vigência, que era de R$ 200. Aplicando-se os índices de reajuste para aposentadorias e para o mínimo durante os últimos seis anos, o mesmo aposentado estaria recebendo hoje R$ 938,47, comparado a um salário mínimo de R$ 465. A diferença entre os dois valores caiu para pouco mais de 100%.

Enquanto o índice acumulado de reajuste para a aposentadoria durante o governo Lula foi de 60%, para o salário mínimo está em 132%.

O diretor do Sindicato Nacional dos Aposentados, João Inocentini, reclama que os valores dos benefícios para aposentadorias não mantêm o poder de compra do grupo, principalmente dos aposentados que recebem menos que dez salários mínimos.

Nem mesmo o fato de o índice de reajuste das aposentadorias ter ficado acima da inflação acumulada no mesmo período (o IPCA entre janeiro de 2003 e janeiro de 2009 foi de 39,7%) serve de argumento, segundo os aposentados.

"Os idosos, principalmente, têm gastos além das contas gerais como gás, telefone e aluguel. Para eles o custo com remédios, e outros itens da área saúde costuma ser maior", afirmou Inocentini.

O presidente do sindicato afirmou que o grupo realiza um estudo com 100 itens de necessidade de um idoso para comparar o aumento dos produtos com o índice de reajuste do benefício recebido pelos aposentados.

"Daqui dois meses vamos abrir um processo na Justiça e levar essa pesquisa como prova. Segundo a lei, o governo é obrigado a manter o poder de compra com a aposentadoria", disse Inocentini.

Alternativas
O consultor financeiro Cláudio Boriola diz que os aposentados, especialmente nesse momento de crise econômica, devem evitar compras parceladas, pesquisar preços, negociar e fazer bom planejamento financeiro.

Segundo Boriola, alguns aposentados ganham um valor mensal muitas vezes insuficiente para o pagamento das contas e acabam pedindo crédito ou realizando pagamentos a prazo e são obrigados a pagar juros altos.

Na opinião do consultor, pagar uma previdência privada é uma alternativa indicada para quem ainda trabalha, considerando a característica de perda de poder de compra da aposentadoria.

"Na prática, infelizmente os valores encontram-se em um patamar que está deteriorando o poder de aquisição da população brasileira", completou Boriola.

De acordo com o diretor da Confederação Brasileira de Aposentados e Pensionistas (Cobap), Vicente Fernandes Barbosa, representantes dos aposentados tentarão um encontro com o presidente da Câmara, deputado Michel Temer (PMDB-SP), para discutir projetos que minimizem a perda dos aposentados

17:17
Anónimo disse...
Previdência
Previdência prorroga isenção de tarifas no benefício

O atual sistema de pagamento aos 26 milhões de aposentados e pensionistas do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) será mantido até o final deste ano. O acordo, que permite realizar a operação sem nenhum custo aos beneficiários, foi renovado nesta sexta-feira, entre o governo federal e 21 instituições financeiras.

Por meio desse acordo, vigente desde setembro de 2007, nem os segurados, nem os bancos e nem o governo arcam com o pagamento de tarifas, conforme explicou o ministro da Previdência Social, José Pimentel. A prorrogação vale até dezembro, data máxima para que a Previdência defina as regras para um novo contrato.

Ao assinar o termo de renovação, na sede da Federação Brasileira dos Bancos (Febraban), o ministro disse que a intenção do governo é mudar o atual modelo de gestão visando a reduzir os custos dessas operações em torno da folha mensal, que atinge R$ 15,8 bilhões. No entanto, qualquer alteração, conforme explicou, passará antes por audiências públicas a serem realizadas a partir do segundo semestre deste ano, atendendo a determinação do Tribunal de Contas da União (TCU).

De acordo com Pimentel, com um redesenho do mecanismo de repasse dos recursos aos bancos em torno da folha de pagamento dos segurados o que se busca é um aumento da participação de instituições financeiras. Ele informou que, desde 2007, cada benefício custa em média R$ 1,07 ao governo. "Quanto mais instituições financeiras estiverem prestando serviços à sociedade, maior é a competitividade, a agilidade no atendimento", justificou.

O ministro observou, ainda, que, para permitir uma redução para algo em torno de meia hora no tempo de atendimento para a concessão dos direitos previdenciários, o governo investiu R$ 280 milhões.

Questionado sobre o descontentamento dos segurados que ganham acima de um salário mínimo terem obtido apenas a correção com base na variação do Índice de Preços ao Consumidor (INPC) , ficando abaixo do reajuste dado a quem recebe apenas o mínimo, Pimentel argumentou que o governo seguiu o que determina a lei e descartou a possibilidade de uma revisão

17:17
Anónimo disse...
Empresas
Caterpillar oferece aposentadoria antecipada a 2 mil


A companhia americana Caterpillar ofereceu a cerca de dois mil funcionários incentivos para que se aposentem de forma voluntária antes do previsto, pela perspectiva de uma queda "significativa" da atividade industrial, informou nesta quarta-feira a empresa.

A iniciativa, destinada aos trabalhadores de diversas fábricas em Illinois, Colorado, Tennessee e Pensilvânia, se soma aos cortes de empregos anunciados em janeiro, explicou em comunicado de imprensa.

A empresa, a maior fabricante mundial de maquinaria pesada para a construção e a mineração, acrescentou que, "em função das condições de negócio, podem ser necessárias mais reduções de elenco voluntárias e involuntárias à medida que o ano avança".

O vice-presidente da companhia, Sid Banwart, explicou que a empresa prevê "demissões significativas em todas as regiões geográficas e na maioria dos setores devido às dificuldades da economia mundial".

17:18
Anónimo disse...
Comércio
Comércio exterior da OCDE caiu no 3º trimestre de 2008


As exportações e as importações dos países da Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Econômico (OCDE) caíram 1,6% e 0,2%, respectivamente, no terceiro trimestre de 2008, em relação aos três meses anteriores.

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Trata-se da primeira queda destas atividades desde o terceiro trimestre de 2006, segundo o último relatório trimestral sobre fluxos comerciais divulgado pela OCDE.

As exportações e as importações em dólares dos 30 Estados-membros caíram 15,6% e 17%, respectivamente, na comparação anualizada.

Por sua vez, o comércio dos sete países mais ricos do mundo (G7) teve um pequeno crescimento no terceiro trimestre de 2008 com uma queda das exportações de mercadorias de 0,2% em relação ao trimestre anterior e um aumento de 0,4% das importações.

Em termos anualizados, as importações do G7 caíram 1,4% entre julho e setembro do ano passado, seu primeiro retrocesso desde o terceiro trimestre de 2006, enquanto as exportações aumentaram 1,9%, seu crescimento mais baixo no mesmo tempo.

Por países, a Alemanha aumentou suas importações em 3,4% - valor mais alto do G7 -, enquanto suas exportações caíram 2,9% do segundo para o terceiro trimestre de 2008.

Pelo contrário, as exportações americanas aumentaram 1,8% entre julho e setembro de 2008, enquanto as importações caíram 0,7% em relação ao trimestre anterior. No Japão, tanto as importações quanto as exportações caíram em torno de 1% no mesmo período.

17:19
Anónimo disse...
Economia Nacional
Lula: juros de crédito consignado a aposentados são altos

Atualizada às 17h29

O presidente Luis Inácio Lula da Silva afirmou nesta terça-feira, em São Paulo, que está lutando para reduzir as taxas de juros cobradas de aposentados em crédito consignado. A Previdência Social estabelece uma taxa máxima de 2,5% para empréstimo e de 3,5% para cartão. Para Lula, os valores são altos.

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"Acho que o juro que os aposentados estão pagando hoje com o crédito consignado é alto para o padrão brasileiro", disse o presidente durante a cerimônia de comemoração dos 86 anos do INSS.

A Previdência anunciou nesta terça-feira que aposentados e trabalhadoras com licença-maternidade poderão receber seus benefícios em 30 minutos. De acordo com Lula, em junho, a aposentadoria do trabalhador rural também será conseguida em meia hora.

Além disso, o presidente anunciou que, também em junho, os trabalhadores que alcançarem o direito à aposentadoria passarão a receber em suas casas um comunicado da Previdência informando o fato e o valor do salário que têm direito a receber. "É um comprometimento público que estou fazendo com os companheiros da Previdência Social", disse.

"Estamos retribuindo ao contribuinte da Previdência Social aquilo que é a cidadania que ele tem direito", afirmou Lula. "Se para cobrar nós somos tão precisos, para devolver o dinheiro, temos que chegar próximo à perfeição", completou.

17:20
Anónimo disse...
Economia Nacional
Salário maternidade sairá em 30 minutos, diz ministro

Toda trabalhadora autônoma que tiver contribuído pelo menos 10 meses com o Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) - ou as que possuírem carteira assinada - poderão receber em 30 minutos o salário maternidade a partir desta terça-feira. Da mesma forma, as mulheres com 30 anos de contribuição e os homens com 35 anos também terão direito ao benefício de forma mais rápida. A informação é do ministro da Previdência Social, José Pimentel.

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Para requerer o salário maternidade, é preciso que as autônomas levem a carteira de identidade e o carnê de contribuição. As demais trabalhadoras devem apresentar a identificação e a carteira de trabalho. Desde o início do mês, a nova forma de análise para a concessão de benefícios foi adotada para a aposentadoria por idade do trabalhador urbano e agora foi estendida para o salário maternidade e por tempo de contribuição.

O ministro disse que a qualificação do serviço da previdência social é o reconhecimento do direito dos trabalhadores e da afirmação da cidadania.

"Até pouco tempo na cabeça do cidadão o serviço devia ser de péssima qualidade. Agora não, nós modificamos toda a legislação no mês de dezembro numa ação conjunta do Congresso Nacional com o governo federal. Estamos implantando e concedendo os benefícios em até 30 minutos", afirmou.

O ministro destacou que para conseguir se aposentar ou ter acesso à licença maternidade em 30 minutos, em primeiro lugar, é necessário que o cidadão esteja vinculado à Previdência, o que inclui 65% da população acima de 16 anos de idade.

"Depois bastar marcar pelo sistema 135 o dia e a hora do atendimento e levar a documentação. Se todos os dados necessários estiverem corretos o contribuinte será atendido em até 30 minutos, como vem sendo feito com as aposentadorias por idade desde o dia cinco de janeiro", explicou.

Pimentel disse ainda que em 90% das agências da previdência social o atendimento é marcado em até 48 horas. Nos grandes centros, entretanto existe um volume maior o que torna mais lento o processo.

"Estamos criando mais 715 agências até 2010, em todo o território nacional, para descentralizar o atendimento. Em 2008, atendemos 295 mil benefícios e aposentadorias por idade. Temos 4 mil pessoas por dia procurando e se aposentando por idade no território nacional. Este serviço será agilizado", concluiu.

17:25
Anónimo disse...
Giuseppe Englaro, pai de Eluana, a italiana que morreu na segunda-feira passada por desidratação, recusou uma grande soma de dinheiro de um conhecido fotógrafo italiano que queria retratar a filha em estado de coma, disse neste sábado o neurologista que atendia a mulher desde 1996, Carlo Defanti.

O neurologista, que participou hoje de uma conferência sobre eutanásia, disse que Englaro respeitou a vontade da filha, que, antes do acidente, tinha pedido que, se lhe ocorresse qualquer coisa irreversível, apresentasse sua imagem de quando estava em boas condições.

Antes de sofrer o acidente de trânsito, em 1992, Eluana viveu o coma de um amigo, Alessandro, o que causou forte impacto na italiana e a levou a fazer o pai prometer que não a deixasse viver em estado vegetativo, disse o próprio Giuseppe Englaro.

Defanti, que dissera que Eluana poderia viver de dez a 12 dias depois da suspensão da alimentação e da hidratação, disse que, como médico, tinha que reprovar esta afirmação.

"Não se pode sobreviver após três ou quatro dias sem líquido e, em particular, água em um corpo. Sabemos bem que, quando há um terremoto, após quatro dias é difícil encontrar sobreviventes".

Defanti ressaltou que Eluana "não falava, não se comunicava com o exterior" e que, após vários exames, "nos deparamos com uma moça que tinha perdido a consciência", porque estava com o córtex cerebral prejudicado.

Eluana foi enterrada na quinta-feira passada no túmulo da família na localidade de Paluzza, em Udine, após um funeral que não contou com a presença dos pais.

16:53
Anónimo disse...
Os bombeiros combatem neste sábado os incêndios na Austrália favorecidos pelo bom tempo, enquanto os deslocados encotram em seu retorno casas derruídas, carros queimados nas ruas e destruição.

Depois de sete dias desde que começaram os incêndios no Estado de Victoria, a lista de mortos chega a 181, os desaparecidos somam 50, os edifícios destruídos totalizam 1,834 mil e o terreno arrasado, principalmente florestas, ocupa uma área de 4,13 mil quilômetros quadrados.

As equipes de bombeiros, formadas por 4 mil profissionais de Victoria, de outras partes da Austrália e de países amigos, combateram hoje 12 focos fora de controle e nenhum representava uma ameaça direta para a população.

O subdiretor do Serviço de Bombeiros, Geoff Conway, disse que este tempo favorável, que se prolongará durante o domingo, permite consolidar as linhas de contenção e avançar na extinção das chamas.

Cinzas apareceram arrastadas por ventos do nordeste sobre Melbourne, onde habitam 3,8 milhões de pessoas, e as autoridades alertaram aos cidadãos do risco para a saúde de idosos, crianças e pessoas com problemas respiratórios.

O número de pessoas deslocadas - a Cruz Vermelha chegou a receber 7 mil - começou a cair com a abertura de algumas localidades atingidas.

Os incêndios, alguns criminosos, começaram em 7 de fevereiro, quando a região sul da Austrália estava há duas semanas sob uma onda de calor sem precedentes.

Na sexta-feira passada, a polícia acusou uma pessoa de ter provocado o incêndio que atingiu a localidade de Churchill e matou 21 pessoas.

16:55
Anónimo disse...
A primeira chuva em seis dias reduziu a ameaça de incêndios no Estado de Victoria, ao sul da Austrália. As autoridades, porém, advertiram que ainda existem 12 focos, mas que nenhum deles ameaça áreas povoadas.

Mais de quatro mil bombeiros, mil provenientes de outras partes do país e de outras nações, trabalham contra o fogo. Cerca de 600 veículos e 28 helicópteros e pequenos aviões estão sendo usados.


Eles conseguiram construir linhas de contenção para evitar os incêndios de Yarra e Maroondah se juntassem. Também foram controlados os incêndios abertos de Yea e Murrindindi, que ameaçavam as comunidades de Connellys Creek, Crystal Creek, Scrubby Creek e Native Dog Creek.

O número de mortos chegou a 181, mas as autoridades acreditam que as vítimas devem passar de 200, já que ainda há muitos desaparecidos.

16:55
Anónimo disse...
Aqui nesta coluna, na semana passada, tive a oportunidade de comentar sobre a recente visita do professor brasileiro Pedrinho Guareschi à Austrália. Não dei, porém, os fatos, pois semana passada o assunto era outro.

Hoje, porém, vamos a eles.

No último dia 4 de fevereiro, aconteceu o Seminário "Paulo Freire: Education and Liberation", organizado pelo centro de estudos latino-americanos da Universidade Nacional da Austrália, ou ANU, como é mais conhecida por aqui.

A ANU, para quem não sabe, está entre as 20 melhores universidades do mundo! E tem sede aqui em Camberra, capital da Austrália.

Na abertura do evento, o professor John Minns, diretor do centro latino-americano, ao dar boas-vindas ao público presente, lembrou ser aquele o primeiro seminário exclusivamente dedicado a Paulo Freire na Austrália.

Em seguida, convidou Pedrinho Guareschi, palestrante principal do Seminário, a fazer sua apresentação.

A plateia pode então conhecer, pelas palavras de Pedrinho, um pouco da obra e da vida de Freire, esse brasileiro de fé e valor, que sempre acreditou na educação, sobretudo dos menos favorecidos, analfabetos, como força libertadora.

Como não podia deixar de ser, os conceitos e ideias revolucionários de Paulo Freire, expostos com clareza por Pedrinho, despertaram o interesse e a curiosidade de plateia. A qual, deve-se notar, era na maioria de estudantes, mas de várias nacionalidades, sobretudo australianos e asiáticos.

Na continuação do programa do seminário, que se estendeu por dois dias, outros professores fizeram palestras sobre temas ligados à obra de Paulo Freire.

Interessante, por exemplo, saber que a professora Anne Hickling-Hudson, jamaicana que mora na Austrália há muitos anos (é professora da ANU), conheceu e trabalhou com Freire num workshop educacional durante a revolução na Ilha de Granada, em 1980, antes da invasão dos Estados Unidos...

Ou, então, a palestra da Professora Gerda Roelvink, da Nova Zelândia, que participou do Fórum Social de Porto Alegre em 2005. E essa participação transformou-se em tema de doutorado.

No dia 10, terça-feira passada, o padre Pedrinho Guareschi voltou a falar ao público australiano em grande auditório localizado no belíssimo campus da ANU. Desta vez, sobre a Teologia da Libertação.

Depois da palestra, John Minns mostrou o filme mexicano "O Crime do Padre Amaro", no qual um dos personagens é um padre católico praticante da Teologia da Libertação.

Mais uma vez, foi grande o intersse da platéia, que pode aprender e conhecer um pouco como se desenvolveu aquele importante movimento católico na América Latina.

Fica, assim, ao Pedrinho, bem como a outros brasileiros estudiosos e de bom coração que saem pelo mundo a divulgar aspectos importantes da cultura brasileira, o respeito e a homenagem desta coluna. E... aquele abraço!

16:57
Anónimo disse...
Amanda Kitts perdeu o braço esquerdo em um acidente de automóvel acontecido três anos atrás, mas hoje em dia ela joga futebol americano com seu filho de 12 anos de idade, troca fraldas e abraça as crianças nas três creches Kiddie Cottage que opera em Knoxville, Tennessee. Kitts, 40 anos, faz tudo isso com a ajuda de um novo tipo de braço artificial que se movimenta com mais facilidade do que outros aparelhos e que ela pode controlar utilizando apenas seus pensamentos.

"Eu sou capaz de mexer a mão, o pulso e o cotovelo ao mesmo tempo", diz. "Você pensa e os músculos se movem em seguida".

A recuperação que ela conseguiu resulta de um novo procedimento que vem atraindo crescente atenção porque permite que pessoas movam braços protéticos de forma mais automática do que faziam no passado, simplesmente utilizando nervos reaproveitados em seus cérebros.

A técnica, conhecida como "renervação muscular dirigida", envolve utilizar os nervos que restam depois da amputação de um braço e conectá-los a outro músculo do corpo, em geral no peito. Eletrodos são instalados sobre os músculos do peito, e operam como se fossem antenas. Quando a pessoa deseja mover o braço, o cérebro envia sinais que primeiro resultam em contração dos músculos do peito, os quais enviam um sinal ao braço protético, instruindo-se a se movimentar. O processo não requer mais esforços consciente do que a pessoa teria de exercitar caso ainda tivesse seu braço natural.

Na terça-feira, pesquisadores reportaram em estudo publicado pela versão online do Journal of the American Medical Association que haviam levado a técnica ainda mais à frente, tornando possível a execução de 10 movimentos de mão, pulso e cotovelo diferentes, o que representa uma substancial melhora com relação ao típico repertório protético, que em geral envolve apenas dobrar o cotovelo, girar o pulso e abrir a mão.

"Os novos métodos tiveram impacto dramático em nosso campo de trabalho", disse Stuart Harshbarger, engenheiro biomédico na Universidade Johns Hopkins e diretor do programa de pesquisa sobre próteses, financiado pelas forças armadas, que inclui o trabalho com essa técnica. "O método já está em uso por médicos e cirurgiões comuns em todo o país. A capacidade de controlar um membro protético bastante robusto que ele confere surpreendeu a todos pela qualidade".

Tipicamente, uma pessoa que tenha um braço protético só é capaz de executar alguns poucos movimentos, e muitas vezes com tamanha lentidão que isso só permite a ela atividades limitadas.

Há um motor separado para cada movimento, diz Gerald Loeb, professor de engenharia biomédica na Universidade do Sul da Califórnia, "e esses motores precisam ser controlados de maneira explícita", usualmente por um esforço consciente da pessoa para contrair músculos nas costas ou no bíceps.

"Essencialmente, até agora os pacientes controlavam apenas um motor de cada vez", diz Loeb, "e precisavam pensar cuidadosamente sobre que motor desejavam controlar e como fazê-lo operar, em lugar de simplesmente pensarem em mover o braço e poderem fazê-lo sem delongas".

Antes que Kitts passasse pelo procedimento de renervação, em outubro de 2007, por exemplo, ela precisava movimentar os músculos de suas costas de determinada maneira para fazer com que seu pulso girasse, e flexionar seu bíceps e tríceps para fazer com que o cotovelo se movesse para cima e para baixo. "Era muito trabalho", ela conta. "E não me ajudava muito".

O procedimento de renervação é parte de uma recente explosão de idéias novas e técnicas inovadoras que estão sendo exploradas enquanto os cientistas se esforçam por ajudar as pessoas a compensar melhor a perda de membros ou problemas de paralisia. O esforço vem sendo alimentado pelo aumento no número de amputações causado por diabetes e por ferimentos sofridos pelos militares, e ao mesmo tempo pelos avanços na tecnologia médica.

Os braços se tornaram um dos focos essenciais desse tipo de trabalho. A ciência há muito vem obtendo sucessos no desenvolvimento de próteses de perna, mas é muito mais difícil imitar a complexidade e a destreza das mãos e dos braços.

Os esforços em curso incluem o desenvolvimento de projetos de pele e braços mais sensíveis e mais flexíveis, e o uso de dispositivos acionados por controles sem fio implantado nos braços protéticos, que permitiriam movimentos mais naturais.

Os pesquisadores também vêm usando sensores implantados nos cérebros de cobaias para permitir que dois macacos controlem um braço mecânico, e um teste com um homem paralítico permitiu, com esse método, que ele movimentasse um cursor em uma tela de computador.

Alguns desses métodos, caso venham a ser aperfeiçoados plenamente e consigam aprovação das autoridades regulatórias da saúde, podem no futuro se tornar mais viáveis para os pacientes de amputações.

E embora a técnica da renervação não requeira aprovação das autoridades regulatórias porque é executada por meios cirúrgicos e emprega aparelhos já existentes, ela apresenta limitações que até mesmo seus criadores reconhecem, entre as quais o fato de que não se pode utilizá-la para todos os pacientes, o seu alto custo e o prazo de meses requerido para que os nervos reconectados cresçam e se tornem efetivos.

Ainda assim, os especialistas dizem que é o mais avançado sistema em uso hoje para pacientes reais que permite que o sistema nervoso controle diretamente o movimento de um braço artificial.

Desde sua introdução por Todd Kuiken, médico fisioterapeuta e engenheiro biomédico do Instituto de Reabilitação de Chicago, o método foi empregado em cerca de 30 pacientes nos Estados Unidos, Canadá e Europa, entre os quais oito soldados feridos no Iraque e no Afeganistão.

Muitos dos pacientes, entre os quais o primeiro, Jesse Sullivan, um operário do setor elétrico no Tennessee que perdeu os dois braços quando foi eletrocutado por um cabo, conseguem não apenas manipular seus braços protéticos mas sentir a presença das mãos que já não têm quando alguém toca em seus peitos.

Sullivan, 62 anos, e Kitts, estavam entre os cinco pacientes que participaram do estudo reportado na terça-feira. Em companhia de cinco outras pessoas que não passaram por amputações, eles receberam os eletrodos e foram instruídos a usar pensamentos para fazer com que um braço virtual na tela reproduzisse 10 movimentos diferentes, entre os quais três formas diferentes de aperto de mão.

Os pacientes apresentaram desempenho bastante respeitável, apenas um pouco mais lento e menos preciso do que os dos participantes que não tinham amputações.

"As velocidades de movimento que encontramos em nossos pacientes foram realmente encorajadoras", disse Kuiken. "Eles conseguiram completar a tarefa. É claro que não foram tão competentes quanto as pessoas dotadas de plena capacidade física, mas foram bons o bastante".

Um braço virtual foi usado porque a maioria das próteses existentes não era capaz de acomodar todos aqueles movimentos, no momento da pesquisa, ainda que Sullivan, Kitts e uma terceira paciente, Claudia Mitchell, tenham experimentado dois novos protótipos mais versáteis de braços artificiais, executando tarefas complexas com bolas de tênis e outros objetos.

O trabalho de renervação em soldados apresenta outros desafios, diz Kuiken, porque os ferimentos militares muitas vezes "causam danos muitos extensos" a nervos, músculos ou ossos.

Daniel Acosta, 25 anos, um aviador ferido pela detonação de uma bomba em uma estrada do Iraque em 2005, passou pelo procedimento no ano passado e diz que seu braço esquerdo protético agora se movimenta "muito mais rápido" e de maneira muito mais natural.

"A diferença é que agora não preciso mais pensar para mover o braço", ele diz. "Ele simplesmente se mexe".

Ainda assim, Acosta, de San Antonio, diz que "o processo foi bastante longo" e que os eletrodos precisam ser ajustados para receber os sinais à medida que os nervos crescem ou mudam de posição.

E embora elogiem o método, os especialistas afirmam que a ciência das próteses de braço ainda tem muito por avançar.

"Trata-se de uma parte crucial, mas ainda assim apenas uma parte, das muitas coisas que compreendem a função normal de um braço", disse Loeb, que escreveu um editorial que acompanha o artigo no Journal of the American Medical Association.

"No momento estamos a meio do caminho entre o braço de 'Dr. Fantástico', que fazia involuntariamente a saudação nazista, e o braço de Luke Skywalker em 'Guerra nas Estrelas', que funciona sem nenhum problema assim que é conectado. Creio que precisaremos ainda de muitos anos para conectar todas as peças necessárias a produzir um braço capaz de funcionar normalmente".

17:04
Anónimo disse...
A Espanha disse neste sábado que está preparando uma reclamação oficial contra a decisão da Venezuela de expulsar um membro do Parlamento Europeu que criticou o conselho eleitoral venezuelano.
Luis Herrero, membro do partido conservador espanhol PP, foi deportado na sexta-feira depois que o Conselho Nacional Eleitoral (CNE) o acusou de questionar a imparcialidade da instituição antes de um referendo que pode permitir ao presidente Hugo Chávez permanecer no cargo indefinidamente.

Herrero estava na Venezuela como observador do referendo. Ele acusou Chávez de ter "comportamentos típicos de um ditador" por pedir a contenção de manifestações da oposição.

O governo da Espanha convocou um encontro com o embaixador da Venezuela em Madri para expressar a desaprovação sobre a expulsão de Herrero, disse um representante do Ministério das Relações Exteriores espanhol.

As relações da Venezuela com a Espanha tiveram seu ponto crítico em 2007, quando Chávez ameaçou rever acordos diplomáticos e comerciais depois de ouvir um "cala a boca" do rei espanhol Juan Carlos durante uma cúpula.

A fenda foi oficialmente reparada em 2008, com uma visita oficial de Chávez à Espanha, onde ele cumprimentou o rei e discutiu acordos para investimento no setor petroquímico com o primeiro-ministro José Luis Rodriguez Zapatero.

17:06
Anónimo disse...
A polícia do Zimbábue anunciou neste sábado que acusa de traição Roy Bennett, dirigente do até agora opositor Movimento para a Mudança Democrática (MDC), detido na sexta-feira, em Harare, poucas horas antes da cerimônia de posse dos membros do novo gabinete.

"A Polícia nos informou que vão apresentar acusações de traição", disse à agência EFE o advogado de defesa de Bennett, Trust Maanda.

"Tentam relacionar Roy com o caso de Mike Hitschmann, que foi detido em 2006 em relação à descoberta de um carregamento de armas, apesar de que Hitschmann não tenha sido declarado culpado das acusações de traição apresentadas contra ele, mas de um crime menor de descumprimento de leis", disse Maanda.

O político opositor, designado por seu partido como vice-ministro de Agricultura no Governo de união nacional, esteve no exílio na vizinha África do Sul desde 2006 e retornou ao Zimbábue há duas semanas.

Segundo a Polícia, que deteve Bennett ontem no aeroporto de Harare quando pretendia ir à África do Sul para visitar sua família, as armas apreendidas em 2006 seriam utilizadas em um golpe de Estado para derrubar o presidente do Zimbábue, Robert Mugabe.

Depois da detenção, Bennet foi levado a Mutar, onde vários simpatizantes do MDC se concentraram em frente à delegacia na qual estava detido, diante do que a Polícia respondeu com tiros para o alto para dispersar os manifestantes.

17:07
Anónimo disse...
Austrália: 14 mil se candidatam a 'emprego dos sonhos'

A secretaria de Turismo de Queensland, na Austrália, informou que até esta segunda-feira já recebeu cerca de 14 mil inscrições para o "o melhor emprego do mundo". O Estado australiano promove pela internet seleção para vaga de "zelador" da ilha Hamilton, por seis meses com um salário de R$ 40 mil.

Muitos candidatos tiveram problemas durante a inscrição por conta dos acessos simultâneos ao site. A secretaria aconselha enviar os vídeos de 60s explicando porque deve ser escolhido em horários alternativos do dia, além de recomendar tamanho em torno de 40MB.

As inscrições começaram em 12 de janeiro e vão até o próximo dia 22 e podem ser feitas pelo site www.islandreefjob.com. O governo australiano escolherá 50 candidatos para a próxima fase da seleção, que terá votos do público para eleger um dos 11 finalistas.

A última fase terá entrevistas e desafios físicos, no próprio local de trabalho: as ilhas da Grande Barreira Coralina - o maior recife de coral do mundo. A secretaria de Turismo anunciará o vencedor no dia 6 de maio.

17:09
Anónimo disse...
Mercado elogia governo na crise, mas pede maior queda no juro

Peter Fussy
Direto de São Paulo

Desde as primeiras medidas anunciadas para combater os efeitos da crise, o governo brasileiro avisou que a estratégia não contemplaria um pacote. Seriam doses pontuais, de acordo com a necessidade da economia diante do agravamento das turbulências. Da primeira liberação dos depósitos compulsórios em setembro até a ampliação do seguro-desemprego na última quarta-feira, o governo passou por redução de impostos, ampliação de crédito e incentivos à exportação. Quase 150 dias após a primeira medida, o Terra conversou com líderes do setor público e privado, representantes dos trabalhadores, acadêmicos e com o próprio governo para saber quais destas ações foram mais eficazes, quais foram mais ineficientes e o que mais pode ser feito pelo Estado brasileiro contra a crise.

Os maiores elogios foram direcionados à atitude de reduzir o Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) para a indústria automobilística, anunciada em dezembro e que fez com que os emplacamentos de carros novos subissem 1,9% no primeiro mês do ano em relação a dezembro de 2008. Já as maiores críticas foram para a lentidão no corte da taxa básica de juro do País.

Para o presidente do conselho administrativo do Grupo Pão de Açúcar, Abílio Diniz, o Estado não é responsável pela crise e mesmo assim está agindo "com extrema serenidade e muito acerto". "O governo está atento, fazendo a sua parte. É preciso coragem de baixar firmemente a taxa de juros. É uma arma que temos a nosso favor, já que não há clima para inflação, nem possibilidade de danos para a macroeconomia", afirmou Diniz.

Na última reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), em janeiro, a taxa Selic foi reduzida em um ponto percentual, de 13,75% para 12,75% ao ano. Porém, o professor de economia da Universidade de Brasília (UnB) José Luiz Oreiro lembra que este corte representa uma redução de apenas 0,25 ponto percentual com relação à taxa de setembro do ano passado, quando a crise se agravou.

"Pouco antes da eclosão da crise, o Banco Central aumentou a taxa em 0,75 ponto. Foram cinco meses de demora para reduzir em termos líquidos apenas 0,25 ponto", afirmou o economista, que também sugeriu redução do intervalo de cerca de 90 dias entre as reuniões do Copom e o corte de pelo menos um 1 ponto percentual em cada reunião.

Mesmo com o corte de janeiro, a taxa de juros real continua sendo a maior do mundo, lembrou o secretário-geral da Força Sindical, João Carlos Gonçalves, o Juruna. "A redução da taxa de juro ainda é pequena, porque ela continua uma das mais altas do mundo. Falta ousadia para baixar os juros e ajudar o cidadão. A permanência da taxa de juro alta é negativa para o País em meio a crise", afirmou Juruna.

Embora aprove as ações do governo, o senador Aloízio Mercadante (PT-SP) também acredita que o patamar da Selic está muito alto. "Sempre fomos os primeiros a entrar em qualquer crise, o que não aconteceu agora. A taxa Selic ainda é muito alta, mas o governo têm tomado medidas acertadas, como o aumento do salário mínimo, mesmo com um cenário de crise. Isso ajuda a movimentar o consumo. O governo está se esforçando para manter os investimentos e o crescimento", disse.

Tributos
De acordo com o economista Fabio Pina, da Fecomercio-SP, as ações mais positivas estão relacionadas à redução de tributos para alguns segmentos, como a indústria automobilística, que recuperou parte da queda nas vendas em janeiro com a isenção do IPI para carros 1.0 l e o corte para demais motorizações. A medida vale até o final de março.

"Essas medidas não só reduziram o preço, mas anteciparam o consumo daqueles que iriam comprar no futuro, dando um prêmio por conta da insegurança. Mexe diretamente com o principal problema que é a confiança do consumidor", afirmou. Juruna destacou que um bom ritmo de vendas é garantia de emprego. "É importante porque cada emprego na montadora significa 19 na cadeia produtiva", comentou o representante da Força Sindical.

Também em dezembro, o governo decidiu cortar pela metade a alíquota do Imposto de Renda para contribuintes que ganham entre R$ 1.434 e R$ 2.150 mensais. "O salário aumentava e a tabela não se modificava. As pessoas ganhavam mais e pagavam mais impostos", apontou Juruna. Outra redução de tributos do governo foi com relação ao Imposto sobre Operações Financeiras (IOF), que caiu de 3% ao ano para 1,5%.

Crédito
Na segunda metade de 2008, o colapso de bancos nos Estados Unidos por conta da crise do subprime provocou uma forte restrição de crédito no mundo inteiro. Uma das primeiras medidas anticrise do governo teve como objetivo restabelecer a oferta, com mudanças no recolhimento dos depósitos compulsórios por parte dos bancos. Segundo o presidente do Banco Central, Henrique Meirelles, as diversas modificações liberaram US$ 99,2 bilhões aos bancos até o final de janeiro.

Além disso, o governo concedeu R$ 36 bilhões das reservas internacionais para empresas brasileiras com dívidas no exterior e uma medida provisória autorizou o Banco do Brasil e a Caixa Econômica Federal a comprar carteiras de crédito de bancos privados. Para o diretor do Departamento de Pesquisas e Estudos Econômicos da Fiesp, Paulo Francini, estas medidas foram essenciais para combater os efeitos da crise.

"A crise se desenvolve no mundo em torno do tema crédito. E o crédito reduziu-se barbaridade no mundo. Então o governo lança mão de compulsório, lança mão de reservas, de medidas que permitem aos bancos comprar carteiras de bancos. Você vai tomando várias medidas para atender às demandas e o epicentro disso é crédito", afirmou.

No entanto, Oreiro, da UnB, adverte que a liberação dos compulsórios seria mais eficiente acompanhada de redução mais agressiva da taxa básica de juro. "Uma parte do crédito voltou, depois da forte retração em outubro e novembro. O que deveria ter sido feito junto à liberação do compulsório era uma redução mais drástica da taxa de juro. Sem isso, os bancos pegam as reservas e acabam comprando títulos públicos", explicou o economista.

Na opinião de Pina, as ações de distribuição de crédito via redução do compulsório e a disposição de capital de giro para empresas foram tomadas sem um cuidado maior na operação e não tiveram muito efeito. "O BNDES tem linhas que ficam paradas quase todo o ano, agora é pior ainda. Existem os recursos, mas as empresas e os bancos estão desconfiados. É preciso fazer com que os bancos tenham interesse em emprestar", afirmou o economista da Fecomercio-SP.

Futuro
Mesmo com todas essas medidas, a crise financeira ainda gera incertezas nos setores produtivos do País. Nos últimos meses, o medo do desemprego fez os consumidores adiarem compras. Por sua vez, a queda nas vendas pode obrigar as indústrias a cortarem a produção e demitir funcionários. Contra isso, empresários sugerem redução de jornada e de salários.

"Isto está previsto em lei. A Fiesp simplesmente manteve conversações com entidades sindicais quanto à aplicação daquilo que já está previsto em lei", afirmou Francini.

Segundo a ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff, uma das medidas que assegura um nível de emprego é a manutenção de investimentos no Programa de Aceleração do Crescimento (PAC). "Estamos esperando que a dificuldade ocorra em janeiro, fevereiro e março. Estamos certos que vamos manter o nível de investimento. É isso que funciona, é isso que significa investimento público. Ele funciona como um colchão. Por isso, nós colocamos R$ 100 bilhões no BNDES e a Petrobras ampliou o seu investimento em R$ 120 bilhões", afirmou.

Na mesma linha, Pina explica que a antecipação de gastos do governo substitui parte da demanda retraída do setor privado. "Ele dá o seguinte recado: não vou estourar as contas públicas, mas concentrar em um momento em que a demanda privada está pequena. Mas o governo não tem fôlego suficiente para fazer o papel de toda demanda", ressaltou. O economista da Fecomercio lembrou que a entidade já pleiteou junto ao governo isenções para transferência de imóveis e de automóveis, além de retirar o IPVA para veículos novos.

Já Oreiro foca suas propostas na capitalização do Banco do Brasil e da Caixa Econômica Federal pelo Tesouro para atender a demanda de crédito para capital de giro e reduzir o spread. "Aumentando o empréstimo e reduzindo as taxas, os dois vão forçar os bancos privados a acompanhar o movimento, até para não perderem participação no mercado", explicou o economista da UnB.

Até o Carnaval, o governou prometeu detalhar um pacote de incentivos para a construção de até um milhão de casas populares, direcionado a famílias com renda de até dez salários mínimos. "Estamos atentos a tudo o que está acontecendo e novas medidas serão tomadas caso haja uma avaliação de que sejam necessárias", disse o ministro da Fazenda, Guido Mantega, na última sexta-feira.

17:11
Anónimo disse...
Ex-ministro critica extensão do seguro-desemprego

Atualizada às 09h03

O ex-ministro do Trabalho Almir Pazzianotto criticou a decisão do governo federal de conceder o seguro-desemprego estendido a apenas alguns setores. "É certamente odioso e provavelmente inconstitucional", disse Pazzianotto, de acordo com o jornal O Estado de S. Paulo.

Na última qurta, dia do anúncio da medida, centrais sindicais elogiaram a atitude do governo. A Força Sindical divulgou nota dizendo que "o aumento ajudará a aquecer parte da economia, já que irá gerar mais consumo, produção e conseqüentemente, a criação de novos postos de trabalho". A União Geral dos Trabalhadores (UGT) afirmou que a medida "contribuirá para minimizar o drama dos trabalhadores que perderem seu emprego por conta da crise".

O ex-ministro, que instituiu o seguro-desemprego no País no governo de José Sarney, destacou a necessidade de as centrais sindicais se manifestarem contra a determinação. Para ele, as mudanças devem ser aplicadas a todas as categorias profissionais e a distinção é contrária ao artigo 3º da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT).

Pazzianotto atribui a medida a um possível temor do governo de que a crise econômica seja longa e não haja dinheiro para atender a todas as necessidades. Ainda assim, ele se mostra contrário ao método de concessão. "O seguro-desemprego ajuda a sanar necessidades básicas. Estendê-lo é paliativo, não a solução", disse ao jornal.

De acordo com o presidente do Conselho Deliberativo do Fundo de Amparo ao Trabalhador (Codefat) e conselheiro da Força Sindical, Luiz Fernando Emediato, a determinação já estava prevista na lei 8.900/94, que trata do seguro-desemprego.

O presidente da Comissão de Trabalho da Câmara, Pedro Fernandes (PTB-MA) vai além na crítica à concessão do seguro para apenas alguns setores. Ele acredita que a ampliação do benefício estimula o desemprego.

Quintino Severo, secretário geral da Central Única dos Trabalhadores (CUT), lembra que a ampliação do benefício sem critério e identificação pode incentivar demissões em outros setores.

17:13
Anónimo disse...
Empresas
TAM faz promoção para destinos internacionais

A companhia aérea TAM anunciou nesta sexta-feira tarifas promocionais para trechos internacionais. Os preços valem para bilhetes comprados entre 6h deste sábado e 23h59 deste domingo e são válidos para classe econômica. As tarifas, para ida e volta, serão vendidas a partir de US$ 99, mais taxas.

Segundo a aérea, a promoção vale para viagens feitas no período de 14 de fevereiro a 18 de junho de 2009. Para destinos na América do Sul, a permanência mínima é de dois dias; para bilhetes com destino nos Estados Unidos, cinco dias; e Europa, sete dias. A permanência máxima para as passagens para América do Sul e EUA é de dois meses e para Europa, três meses.

Entre os exemplos de tarifas promocionais, a TAM oferece São Paulo-Lima por US$ 99. Bilhetes para a rota São Paulo-Santiago serão vendidos a partir de US$ 199 e São Paulo-Nova York, US$ 799.

A emissão dos bilhetes deve ser feita obrigatoriamente no ato da reserva, obedecendo às regras estipuladas pela companhia. A compra está sujeita à disponibilidade de assentos nas classes tarifárias determinadas, trechos, horários e datas. A TAM afirmou que também há tarifas promocionais para a classe executiva.

Mais informações podem ser encontradas no site promocional (www.ofertastam.com.br), no site da empresa (www.tam.com.br) ou pelos telefones 4002-5700 ou 0800 5705700.

17:13
Anónimo disse...
Empresas
Consultoria negocia compra do parque temático Hopi Hari

A consultoria especializada em reestruturação de empresas Íntegra Associados informou nesta sexta-feira ter um acordo para comprar o parque de diversões Hopi Hari, localizado no interior de São Paulo. A empresa estaria disposta a investir R$ 10 milhões no parque, que tem dívida estimada em R$ 800 milhões. As informações são da edição deste sábado do jornal Folha de S. Paulo.

De acordo com o jornal, a transação ainda depende da negociação entre o Hopi Hari e seus credores, o que já estaria em andamento.

A consultoria paulista já atuou junto à Parmalat, durante 30 meses, quando reorganizou a gestão da empresa italiana.

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17:14
Anónimo disse...
Empresas
Disney de Tóquio contratará mais 2 mil apesar da crise


A Oriental Land, o operador da Disneylândia Tóquio e DisneySea, organizou neste domingo entrevistas para contratar cerca de 2 mil trabalhadores em tempo parcial, em um momento de grandes demissões deste tipo de empregados no Japão.

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O operador deste parque temático, situado em Urayasu, na província de Chiba (leste de Tóquio), está em pleno processo de seleção de empregados para 20 tipos de postos trabalhistas diferentes.

Segundo a companhia, citada pela agência local de notícias Kyodo, o parque contratará novos trabalhadores para as atrações, para os restaurantes e guardas de segurança entre outros. Os novos contratados começarão a trabalhar a partir de fevereiro.

O processo de seleção acontece em um momento em que a maioria das grandes companhias japonesas começaram a se ver obrigadas a despedir uma elevada percentagem de seus trabalhadores temporários e a tempo parcial.

Algumas inclusive anunciaram demissões de seus trabalhadores fixos, uma medida muito pouco comum nas companhias japonesas, perante os efeitos piores que o esperado pela crise econômica global.

Cerca de uma centena de pessoas esperavam desde a primeira hora desta manhã a abertura do centro de conferências Tokyo International Forum, onde as entrevistas estão sendo feitas, para ser os primeiros a solicitar os postos de trabalho.


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17:15
Anónimo disse...
Economia Internacional
Senado dos EUA aprova plano de estímulo à economia

O Senado dos Estados Unidos aprovou com 60 votos a favor e 38 contra o plano de estímulo à economia de US$ 787 bilhões na madrugada deste sábado. Agora, ele segue para sanção ou veto do presidente Barack Obama, que espera colocar a lei em prática até o dia 16 de fevereiro.

O plano prevê a criação de três milhões de empregos, inclui cortes de impostos às famílias, fundos para programas sociais e obras públicas, além de ajuda aos governos estaduais, estudantes e desempregados.

A cláusula Buy American - que exige o uso de ferro, aço e produtos manufaturados dos Estados Unidos em obras realizadas com recursos do pacote - ficou de lado. Segundo o texto definitivo, a cláusula será aplicada sem violar as normas do comércio internacional.

Ontem à tarde, a Câmara de Representantes (deputados) havia aprovado, por 246 votos a favor e 183 contra, a versão final do plano. Todos os republicanos foram contrários ao pacote.

Pelo acordo de quarta-feira entre Câmara e Senado, em vez de custar US$ 819 bilhões, como queriam os deputados, ou US$ 838 bilhões como pretendiam os senadores, o pacote ficou em cerca de US$ 787 bilhões, com 65% desse total destinado a gastos do governo federal e 35%, a créditos tributários.

17:16
Anónimo disse...
Economia nacional
Na era Lula, aposentadoria sobe 54% menos que salário mínimo

Thatiane Faria
Especial para o Terra
Direto de São Paulo

Os índices de reajustes concedidos pelo governo em 2009 para aposentados e pensionistas e para o salário mínimo repetiram uma diferença que, só durante o governo de Luiz Inácio Lula da Silva, já chega a 54%. Enquanto o mínimo foi majorado em 12% este ano, as pensões e aposentadorias tiveram aumento de 5,92%. Aposentados que têm o benefício do governo como única fonte de renda reclamam que perdem poder de compra e que sua cesta de compras é composta por itens que aumentam mais em relação à inflação oficial.

Um exemplo prático pode ser entendido a partir da comparação entre um aposentado que ganhava R$ 600 em janeiro de 2003. Na época, o benefício era três vezes, ou 200%, maior que o valor do mínimo em vigência, que era de R$ 200. Aplicando-se os índices de reajuste para aposentadorias e para o mínimo durante os últimos seis anos, o mesmo aposentado estaria recebendo hoje R$ 938,47, comparado a um salário mínimo de R$ 465. A diferença entre os dois valores caiu para pouco mais de 100%.

Enquanto o índice acumulado de reajuste para a aposentadoria durante o governo Lula foi de 60%, para o salário mínimo está em 132%.

O diretor do Sindicato Nacional dos Aposentados, João Inocentini, reclama que os valores dos benefícios para aposentadorias não mantêm o poder de compra do grupo, principalmente dos aposentados que recebem menos que dez salários mínimos.

Nem mesmo o fato de o índice de reajuste das aposentadorias ter ficado acima da inflação acumulada no mesmo período (o IPCA entre janeiro de 2003 e janeiro de 2009 foi de 39,7%) serve de argumento, segundo os aposentados.

"Os idosos, principalmente, têm gastos além das contas gerais como gás, telefone e aluguel. Para eles o custo com remédios, e outros itens da área saúde costuma ser maior", afirmou Inocentini.

O presidente do sindicato afirmou que o grupo realiza um estudo com 100 itens de necessidade de um idoso para comparar o aumento dos produtos com o índice de reajuste do benefício recebido pelos aposentados.

"Daqui dois meses vamos abrir um processo na Justiça e levar essa pesquisa como prova. Segundo a lei, o governo é obrigado a manter o poder de compra com a aposentadoria", disse Inocentini.

Alternativas
O consultor financeiro Cláudio Boriola diz que os aposentados, especialmente nesse momento de crise econômica, devem evitar compras parceladas, pesquisar preços, negociar e fazer bom planejamento financeiro.

Segundo Boriola, alguns aposentados ganham um valor mensal muitas vezes insuficiente para o pagamento das contas e acabam pedindo crédito ou realizando pagamentos a prazo e são obrigados a pagar juros altos.

Na opinião do consultor, pagar uma previdência privada é uma alternativa indicada para quem ainda trabalha, considerando a característica de perda de poder de compra da aposentadoria.

"Na prática, infelizmente os valores encontram-se em um patamar que está deteriorando o poder de aquisição da população brasileira", completou Boriola.

De acordo com o diretor da Confederação Brasileira de Aposentados e Pensionistas (Cobap), Vicente Fernandes Barbosa, representantes dos aposentados tentarão um encontro com o presidente da Câmara, deputado Michel Temer (PMDB-SP), para discutir projetos que minimizem a perda dos aposentados

17:17
Anónimo disse...
Previdência
Previdência prorroga isenção de tarifas no benefício

O atual sistema de pagamento aos 26 milhões de aposentados e pensionistas do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) será mantido até o final deste ano. O acordo, que permite realizar a operação sem nenhum custo aos beneficiários, foi renovado nesta sexta-feira, entre o governo federal e 21 instituições financeiras.

Por meio desse acordo, vigente desde setembro de 2007, nem os segurados, nem os bancos e nem o governo arcam com o pagamento de tarifas, conforme explicou o ministro da Previdência Social, José Pimentel. A prorrogação vale até dezembro, data máxima para que a Previdência defina as regras para um novo contrato.

Ao assinar o termo de renovação, na sede da Federação Brasileira dos Bancos (Febraban), o ministro disse que a intenção do governo é mudar o atual modelo de gestão visando a reduzir os custos dessas operações em torno da folha mensal, que atinge R$ 15,8 bilhões. No entanto, qualquer alteração, conforme explicou, passará antes por audiências públicas a serem realizadas a partir do segundo semestre deste ano, atendendo a determinação do Tribunal de Contas da União (TCU).

De acordo com Pimentel, com um redesenho do mecanismo de repasse dos recursos aos bancos em torno da folha de pagamento dos segurados o que se busca é um aumento da participação de instituições financeiras. Ele informou que, desde 2007, cada benefício custa em média R$ 1,07 ao governo. "Quanto mais instituições financeiras estiverem prestando serviços à sociedade, maior é a competitividade, a agilidade no atendimento", justificou.

O ministro observou, ainda, que, para permitir uma redução para algo em torno de meia hora no tempo de atendimento para a concessão dos direitos previdenciários, o governo investiu R$ 280 milhões.

Questionado sobre o descontentamento dos segurados que ganham acima de um salário mínimo terem obtido apenas a correção com base na variação do Índice de Preços ao Consumidor (INPC) , ficando abaixo do reajuste dado a quem recebe apenas o mínimo, Pimentel argumentou que o governo seguiu o que determina a lei e descartou a possibilidade de uma revisão

17:17
Anónimo disse...
Empresas
Caterpillar oferece aposentadoria antecipada a 2 mil


A companhia americana Caterpillar ofereceu a cerca de dois mil funcionários incentivos para que se aposentem de forma voluntária antes do previsto, pela perspectiva de uma queda "significativa" da atividade industrial, informou nesta quarta-feira a empresa.

A iniciativa, destinada aos trabalhadores de diversas fábricas em Illinois, Colorado, Tennessee e Pensilvânia, se soma aos cortes de empregos anunciados em janeiro, explicou em comunicado de imprensa.

A empresa, a maior fabricante mundial de maquinaria pesada para a construção e a mineração, acrescentou que, "em função das condições de negócio, podem ser necessárias mais reduções de elenco voluntárias e involuntárias à medida que o ano avança".

O vice-presidente da companhia, Sid Banwart, explicou que a empresa prevê "demissões significativas em todas as regiões geográficas e na maioria dos setores devido às dificuldades da economia mundial".

17:18
Anónimo disse...
Comércio
Comércio exterior da OCDE caiu no 3º trimestre de 2008


As exportações e as importações dos países da Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Econômico (OCDE) caíram 1,6% e 0,2%, respectivamente, no terceiro trimestre de 2008, em relação aos três meses anteriores.

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Trata-se da primeira queda destas atividades desde o terceiro trimestre de 2006, segundo o último relatório trimestral sobre fluxos comerciais divulgado pela OCDE.

As exportações e as importações em dólares dos 30 Estados-membros caíram 15,6% e 17%, respectivamente, na comparação anualizada.

Por sua vez, o comércio dos sete países mais ricos do mundo (G7) teve um pequeno crescimento no terceiro trimestre de 2008 com uma queda das exportações de mercadorias de 0,2% em relação ao trimestre anterior e um aumento de 0,4% das importações.

Em termos anualizados, as importações do G7 caíram 1,4% entre julho e setembro do ano passado, seu primeiro retrocesso desde o terceiro trimestre de 2006, enquanto as exportações aumentaram 1,9%, seu crescimento mais baixo no mesmo tempo.

Por países, a Alemanha aumentou suas importações em 3,4% - valor mais alto do G7 -, enquanto suas exportações caíram 2,9% do segundo para o terceiro trimestre de 2008.

Pelo contrário, as exportações americanas aumentaram 1,8% entre julho e setembro de 2008, enquanto as importações caíram 0,7% em relação ao trimestre anterior. No Japão, tanto as importações quanto as exportações caíram em torno de 1% no mesmo período.

17:19
Anónimo disse...
Economia Nacional
Lula: juros de crédito consignado a aposentados são altos

Atualizada às 17h29

O presidente Luis Inácio Lula da Silva afirmou nesta terça-feira, em São Paulo, que está lutando para reduzir as taxas de juros cobradas de aposentados em crédito consignado. A Previdência Social estabelece uma taxa máxima de 2,5% para empréstimo e de 3,5% para cartão. Para Lula, os valores são altos.

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"Acho que o juro que os aposentados estão pagando hoje com o crédito consignado é alto para o padrão brasileiro", disse o presidente durante a cerimônia de comemoração dos 86 anos do INSS.

A Previdência anunciou nesta terça-feira que aposentados e trabalhadoras com licença-maternidade poderão receber seus benefícios em 30 minutos. De acordo com Lula, em junho, a aposentadoria do trabalhador rural também será conseguida em meia hora.

Além disso, o presidente anunciou que, também em junho, os trabalhadores que alcançarem o direito à aposentadoria passarão a receber em suas casas um comunicado da Previdência informando o fato e o valor do salário que têm direito a receber. "É um comprometimento público que estou fazendo com os companheiros da Previdência Social", disse.

"Estamos retribuindo ao contribuinte da Previdência Social aquilo que é a cidadania que ele tem direito", afirmou Lula. "Se para cobrar nós somos tão precisos, para devolver o dinheiro, temos que chegar próximo à perfeição", completou.

17:20
Anónimo disse...
Economia Nacional
Salário maternidade sairá em 30 minutos, diz ministro

Toda trabalhadora autônoma que tiver contribuído pelo menos 10 meses com o Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) - ou as que possuírem carteira assinada - poderão receber em 30 minutos o salário maternidade a partir desta terça-feira. Da mesma forma, as mulheres com 30 anos de contribuição e os homens com 35 anos também terão direito ao benefício de forma mais rápida. A informação é do ministro da Previdência Social, José Pimentel.

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Para requerer o salário maternidade, é preciso que as autônomas levem a carteira de identidade e o carnê de contribuição. As demais trabalhadoras devem apresentar a identificação e a carteira de trabalho. Desde o início do mês, a nova forma de análise para a concessão de benefícios foi adotada para a aposentadoria por idade do trabalhador urbano e agora foi estendida para o salário maternidade e por tempo de contribuição.

O ministro disse que a qualificação do serviço da previdência social é o reconhecimento do direito dos trabalhadores e da afirmação da cidadania.

"Até pouco tempo na cabeça do cidadão o serviço devia ser de péssima qualidade. Agora não, nós modificamos toda a legislação no mês de dezembro numa ação conjunta do Congresso Nacional com o governo federal. Estamos implantando e concedendo os benefícios em até 30 minutos", afirmou.

O ministro destacou que para conseguir se aposentar ou ter acesso à licença maternidade em 30 minutos, em primeiro lugar, é necessário que o cidadão esteja vinculado à Previdência, o que inclui 65% da população acima de 16 anos de idade.

"Depois bastar marcar pelo sistema 135 o dia e a hora do atendimento e levar a documentação. Se todos os dados necessários estiverem corretos o contribuinte será atendido em até 30 minutos, como vem sendo feito com as aposentadorias por idade desde o dia cinco de janeiro", explicou.

Pimentel disse ainda que em 90% das agências da previdência social o atendimento é marcado em até 48 horas. Nos grandes centros, entretanto existe um volume maior o que torna mais lento o processo.

"Estamos criando mais 715 agências até 2010, em todo o território nacional, para descentralizar o atendimento. Em 2008, atendemos 295 mil benefícios e aposentadorias por idade. Temos 4 mil pessoas por dia procurando e se aposentando por idade no território nacional. Este serviço será agilizado", concluiu.

17:26
Anónimo disse...
Giuseppe Englaro, pai de Eluana, a italiana que morreu na segunda-feira passada por desidratação, recusou uma grande soma de dinheiro de um conhecido fotógrafo italiano que queria retratar a filha em estado de coma, disse neste sábado o neurologista que atendia a mulher desde 1996, Carlo Defanti.

O neurologista, que participou hoje de uma conferência sobre eutanásia, disse que Englaro respeitou a vontade da filha, que, antes do acidente, tinha pedido que, se lhe ocorresse qualquer coisa irreversível, apresentasse sua imagem de quando estava em boas condições.

Antes de sofrer o acidente de trânsito, em 1992, Eluana viveu o coma de um amigo, Alessandro, o que causou forte impacto na italiana e a levou a fazer o pai prometer que não a deixasse viver em estado vegetativo, disse o próprio Giuseppe Englaro.

Defanti, que dissera que Eluana poderia viver de dez a 12 dias depois da suspensão da alimentação e da hidratação, disse que, como médico, tinha que reprovar esta afirmação.

"Não se pode sobreviver após três ou quatro dias sem líquido e, em particular, água em um corpo. Sabemos bem que, quando há um terremoto, após quatro dias é difícil encontrar sobreviventes".

Defanti ressaltou que Eluana "não falava, não se comunicava com o exterior" e que, após vários exames, "nos deparamos com uma moça que tinha perdido a consciência", porque estava com o córtex cerebral prejudicado.

Eluana foi enterrada na quinta-feira passada no túmulo da família na localidade de Paluzza, em Udine, após um funeral que não contou com a presença dos pais.

16:53
Anónimo disse...
Os bombeiros combatem neste sábado os incêndios na Austrália favorecidos pelo bom tempo, enquanto os deslocados encotram em seu retorno casas derruídas, carros queimados nas ruas e destruição.

Depois de sete dias desde que começaram os incêndios no Estado de Victoria, a lista de mortos chega a 181, os desaparecidos somam 50, os edifícios destruídos totalizam 1,834 mil e o terreno arrasado, principalmente florestas, ocupa uma área de 4,13 mil quilômetros quadrados.

As equipes de bombeiros, formadas por 4 mil profissionais de Victoria, de outras partes da Austrália e de países amigos, combateram hoje 12 focos fora de controle e nenhum representava uma ameaça direta para a população.

O subdiretor do Serviço de Bombeiros, Geoff Conway, disse que este tempo favorável, que se prolongará durante o domingo, permite consolidar as linhas de contenção e avançar na extinção das chamas.

Cinzas apareceram arrastadas por ventos do nordeste sobre Melbourne, onde habitam 3,8 milhões de pessoas, e as autoridades alertaram aos cidadãos do risco para a saúde de idosos, crianças e pessoas com problemas respiratórios.

O número de pessoas deslocadas - a Cruz Vermelha chegou a receber 7 mil - começou a cair com a abertura de algumas localidades atingidas.

Os incêndios, alguns criminosos, começaram em 7 de fevereiro, quando a região sul da Austrália estava há duas semanas sob uma onda de calor sem precedentes.

Na sexta-feira passada, a polícia acusou uma pessoa de ter provocado o incêndio que atingiu a localidade de Churchill e matou 21 pessoas.

16:55
Anónimo disse...
A primeira chuva em seis dias reduziu a ameaça de incêndios no Estado de Victoria, ao sul da Austrália. As autoridades, porém, advertiram que ainda existem 12 focos, mas que nenhum deles ameaça áreas povoadas.

Mais de quatro mil bombeiros, mil provenientes de outras partes do país e de outras nações, trabalham contra o fogo. Cerca de 600 veículos e 28 helicópteros e pequenos aviões estão sendo usados.


Eles conseguiram construir linhas de contenção para evitar os incêndios de Yarra e Maroondah se juntassem. Também foram controlados os incêndios abertos de Yea e Murrindindi, que ameaçavam as comunidades de Connellys Creek, Crystal Creek, Scrubby Creek e Native Dog Creek.

O número de mortos chegou a 181, mas as autoridades acreditam que as vítimas devem passar de 200, já que ainda há muitos desaparecidos.

16:55
Anónimo disse...
Aqui nesta coluna, na semana passada, tive a oportunidade de comentar sobre a recente visita do professor brasileiro Pedrinho Guareschi à Austrália. Não dei, porém, os fatos, pois semana passada o assunto era outro.

Hoje, porém, vamos a eles.

No último dia 4 de fevereiro, aconteceu o Seminário "Paulo Freire: Education and Liberation", organizado pelo centro de estudos latino-americanos da Universidade Nacional da Austrália, ou ANU, como é mais conhecida por aqui.

A ANU, para quem não sabe, está entre as 20 melhores universidades do mundo! E tem sede aqui em Camberra, capital da Austrália.

Na abertura do evento, o professor John Minns, diretor do centro latino-americano, ao dar boas-vindas ao público presente, lembrou ser aquele o primeiro seminário exclusivamente dedicado a Paulo Freire na Austrália.

Em seguida, convidou Pedrinho Guareschi, palestrante principal do Seminário, a fazer sua apresentação.

A plateia pode então conhecer, pelas palavras de Pedrinho, um pouco da obra e da vida de Freire, esse brasileiro de fé e valor, que sempre acreditou na educação, sobretudo dos menos favorecidos, analfabetos, como força libertadora.

Como não podia deixar de ser, os conceitos e ideias revolucionários de Paulo Freire, expostos com clareza por Pedrinho, despertaram o interesse e a curiosidade de plateia. A qual, deve-se notar, era na maioria de estudantes, mas de várias nacionalidades, sobretudo australianos e asiáticos.

Na continuação do programa do seminário, que se estendeu por dois dias, outros professores fizeram palestras sobre temas ligados à obra de Paulo Freire.

Interessante, por exemplo, saber que a professora Anne Hickling-Hudson, jamaicana que mora na Austrália há muitos anos (é professora da ANU), conheceu e trabalhou com Freire num workshop educacional durante a revolução na Ilha de Granada, em 1980, antes da invasão dos Estados Unidos...

Ou, então, a palestra da Professora Gerda Roelvink, da Nova Zelândia, que participou do Fórum Social de Porto Alegre em 2005. E essa participação transformou-se em tema de doutorado.

No dia 10, terça-feira passada, o padre Pedrinho Guareschi voltou a falar ao público australiano em grande auditório localizado no belíssimo campus da ANU. Desta vez, sobre a Teologia da Libertação.

Depois da palestra, John Minns mostrou o filme mexicano "O Crime do Padre Amaro", no qual um dos personagens é um padre católico praticante da Teologia da Libertação.

Mais uma vez, foi grande o intersse da platéia, que pode aprender e conhecer um pouco como se desenvolveu aquele importante movimento católico na América Latina.

Fica, assim, ao Pedrinho, bem como a outros brasileiros estudiosos e de bom coração que saem pelo mundo a divulgar aspectos importantes da cultura brasileira, o respeito e a homenagem desta coluna. E... aquele abraço!

16:57
Anónimo disse...
Amanda Kitts perdeu o braço esquerdo em um acidente de automóvel acontecido três anos atrás, mas hoje em dia ela joga futebol americano com seu filho de 12 anos de idade, troca fraldas e abraça as crianças nas três creches Kiddie Cottage que opera em Knoxville, Tennessee. Kitts, 40 anos, faz tudo isso com a ajuda de um novo tipo de braço artificial que se movimenta com mais facilidade do que outros aparelhos e que ela pode controlar utilizando apenas seus pensamentos.

"Eu sou capaz de mexer a mão, o pulso e o cotovelo ao mesmo tempo", diz. "Você pensa e os músculos se movem em seguida".

A recuperação que ela conseguiu resulta de um novo procedimento que vem atraindo crescente atenção porque permite que pessoas movam braços protéticos de forma mais automática do que faziam no passado, simplesmente utilizando nervos reaproveitados em seus cérebros.

A técnica, conhecida como "renervação muscular dirigida", envolve utilizar os nervos que restam depois da amputação de um braço e conectá-los a outro músculo do corpo, em geral no peito. Eletrodos são instalados sobre os músculos do peito, e operam como se fossem antenas. Quando a pessoa deseja mover o braço, o cérebro envia sinais que primeiro resultam em contração dos músculos do peito, os quais enviam um sinal ao braço protético, instruindo-se a se movimentar. O processo não requer mais esforços consciente do que a pessoa teria de exercitar caso ainda tivesse seu braço natural.

Na terça-feira, pesquisadores reportaram em estudo publicado pela versão online do Journal of the American Medical Association que haviam levado a técnica ainda mais à frente, tornando possível a execução de 10 movimentos de mão, pulso e cotovelo diferentes, o que representa uma substancial melhora com relação ao típico repertório protético, que em geral envolve apenas dobrar o cotovelo, girar o pulso e abrir a mão.

"Os novos métodos tiveram impacto dramático em nosso campo de trabalho", disse Stuart Harshbarger, engenheiro biomédico na Universidade Johns Hopkins e diretor do programa de pesquisa sobre próteses, financiado pelas forças armadas, que inclui o trabalho com essa técnica. "O método já está em uso por médicos e cirurgiões comuns em todo o país. A capacidade de controlar um membro protético bastante robusto que ele confere surpreendeu a todos pela qualidade".

Tipicamente, uma pessoa que tenha um braço protético só é capaz de executar alguns poucos movimentos, e muitas vezes com tamanha lentidão que isso só permite a ela atividades limitadas.

Há um motor separado para cada movimento, diz Gerald Loeb, professor de engenharia biomédica na Universidade do Sul da Califórnia, "e esses motores precisam ser controlados de maneira explícita", usualmente por um esforço consciente da pessoa para contrair músculos nas costas ou no bíceps.

"Essencialmente, até agora os pacientes controlavam apenas um motor de cada vez", diz Loeb, "e precisavam pensar cuidadosamente sobre que motor desejavam controlar e como fazê-lo operar, em lugar de simplesmente pensarem em mover o braço e poderem fazê-lo sem delongas".

Antes que Kitts passasse pelo procedimento de renervação, em outubro de 2007, por exemplo, ela precisava movimentar os músculos de suas costas de determinada maneira para fazer com que seu pulso girasse, e flexionar seu bíceps e tríceps para fazer com que o cotovelo se movesse para cima e para baixo. "Era muito trabalho", ela conta. "E não me ajudava muito".

O procedimento de renervação é parte de uma recente explosão de idéias novas e técnicas inovadoras que estão sendo exploradas enquanto os cientistas se esforçam por ajudar as pessoas a compensar melhor a perda de membros ou problemas de paralisia. O esforço vem sendo alimentado pelo aumento no número de amputações causado por diabetes e por ferimentos sofridos pelos militares, e ao mesmo tempo pelos avanços na tecnologia médica.

Os braços se tornaram um dos focos essenciais desse tipo de trabalho. A ciência há muito vem obtendo sucessos no desenvolvimento de próteses de perna, mas é muito mais difícil imitar a complexidade e a destreza das mãos e dos braços.

Os esforços em curso incluem o desenvolvimento de projetos de pele e braços mais sensíveis e mais flexíveis, e o uso de dispositivos acionados por controles sem fio implantado nos braços protéticos, que permitiriam movimentos mais naturais.

Os pesquisadores também vêm usando sensores implantados nos cérebros de cobaias para permitir que dois macacos controlem um braço mecânico, e um teste com um homem paralítico permitiu, com esse método, que ele movimentasse um cursor em uma tela de computador.

Alguns desses métodos, caso venham a ser aperfeiçoados plenamente e consigam aprovação das autoridades regulatórias da saúde, podem no futuro se tornar mais viáveis para os pacientes de amputações.

E embora a técnica da renervação não requeira aprovação das autoridades regulatórias porque é executada por meios cirúrgicos e emprega aparelhos já existentes, ela apresenta limitações que até mesmo seus criadores reconhecem, entre as quais o fato de que não se pode utilizá-la para todos os pacientes, o seu alto custo e o prazo de meses requerido para que os nervos reconectados cresçam e se tornem efetivos.

Ainda assim, os especialistas dizem que é o mais avançado sistema em uso hoje para pacientes reais que permite que o sistema nervoso controle diretamente o movimento de um braço artificial.

Desde sua introdução por Todd Kuiken, médico fisioterapeuta e engenheiro biomédico do Instituto de Reabilitação de Chicago, o método foi empregado em cerca de 30 pacientes nos Estados Unidos, Canadá e Europa, entre os quais oito soldados feridos no Iraque e no Afeganistão.

Muitos dos pacientes, entre os quais o primeiro, Jesse Sullivan, um operário do setor elétrico no Tennessee que perdeu os dois braços quando foi eletrocutado por um cabo, conseguem não apenas manipular seus braços protéticos mas sentir a presença das mãos que já não têm quando alguém toca em seus peitos.

Sullivan, 62 anos, e Kitts, estavam entre os cinco pacientes que participaram do estudo reportado na terça-feira. Em companhia de cinco outras pessoas que não passaram por amputações, eles receberam os eletrodos e foram instruídos a usar pensamentos para fazer com que um braço virtual na tela reproduzisse 10 movimentos diferentes, entre os quais três formas diferentes de aperto de mão.

Os pacientes apresentaram desempenho bastante respeitável, apenas um pouco mais lento e menos preciso do que os dos participantes que não tinham amputações.

"As velocidades de movimento que encontramos em nossos pacientes foram realmente encorajadoras", disse Kuiken. "Eles conseguiram completar a tarefa. É claro que não foram tão competentes quanto as pessoas dotadas de plena capacidade física, mas foram bons o bastante".

Um braço virtual foi usado porque a maioria das próteses existentes não era capaz de acomodar todos aqueles movimentos, no momento da pesquisa, ainda que Sullivan, Kitts e uma terceira paciente, Claudia Mitchell, tenham experimentado dois novos protótipos mais versáteis de braços artificiais, executando tarefas complexas com bolas de tênis e outros objetos.

O trabalho de renervação em soldados apresenta outros desafios, diz Kuiken, porque os ferimentos militares muitas vezes "causam danos muitos extensos" a nervos, músculos ou ossos.

Daniel Acosta, 25 anos, um aviador ferido pela detonação de uma bomba em uma estrada do Iraque em 2005, passou pelo procedimento no ano passado e diz que seu braço esquerdo protético agora se movimenta "muito mais rápido" e de maneira muito mais natural.

"A diferença é que agora não preciso mais pensar para mover o braço", ele diz. "Ele simplesmente se mexe".

Ainda assim, Acosta, de San Antonio, diz que "o processo foi bastante longo" e que os eletrodos precisam ser ajustados para receber os sinais à medida que os nervos crescem ou mudam de posição.

E embora elogiem o método, os especialistas afirmam que a ciência das próteses de braço ainda tem muito por avançar.

"Trata-se de uma parte crucial, mas ainda assim apenas uma parte, das muitas coisas que compreendem a função normal de um braço", disse Loeb, que escreveu um editorial que acompanha o artigo no Journal of the American Medical Association.

"No momento estamos a meio do caminho entre o braço de 'Dr. Fantástico', que fazia involuntariamente a saudação nazista, e o braço de Luke Skywalker em 'Guerra nas Estrelas', que funciona sem nenhum problema assim que é conectado. Creio que precisaremos ainda de muitos anos para conectar todas as peças necessárias a produzir um braço capaz de funcionar normalmente".

17:04
Anónimo disse...
A Espanha disse neste sábado que está preparando uma reclamação oficial contra a decisão da Venezuela de expulsar um membro do Parlamento Europeu que criticou o conselho eleitoral venezuelano.
Luis Herrero, membro do partido conservador espanhol PP, foi deportado na sexta-feira depois que o Conselho Nacional Eleitoral (CNE) o acusou de questionar a imparcialidade da instituição antes de um referendo que pode permitir ao presidente Hugo Chávez permanecer no cargo indefinidamente.

Herrero estava na Venezuela como observador do referendo. Ele acusou Chávez de ter "comportamentos típicos de um ditador" por pedir a contenção de manifestações da oposição.

O governo da Espanha convocou um encontro com o embaixador da Venezuela em Madri para expressar a desaprovação sobre a expulsão de Herrero, disse um representante do Ministério das Relações Exteriores espanhol.

As relações da Venezuela com a Espanha tiveram seu ponto crítico em 2007, quando Chávez ameaçou rever acordos diplomáticos e comerciais depois de ouvir um "cala a boca" do rei espanhol Juan Carlos durante uma cúpula.

A fenda foi oficialmente reparada em 2008, com uma visita oficial de Chávez à Espanha, onde ele cumprimentou o rei e discutiu acordos para investimento no setor petroquímico com o primeiro-ministro José Luis Rodriguez Zapatero.

17:06
Anónimo disse...
A polícia do Zimbábue anunciou neste sábado que acusa de traição Roy Bennett, dirigente do até agora opositor Movimento para a Mudança Democrática (MDC), detido na sexta-feira, em Harare, poucas horas antes da cerimônia de posse dos membros do novo gabinete.

"A Polícia nos informou que vão apresentar acusações de traição", disse à agência EFE o advogado de defesa de Bennett, Trust Maanda.

"Tentam relacionar Roy com o caso de Mike Hitschmann, que foi detido em 2006 em relação à descoberta de um carregamento de armas, apesar de que Hitschmann não tenha sido declarado culpado das acusações de traição apresentadas contra ele, mas de um crime menor de descumprimento de leis", disse Maanda.

O político opositor, designado por seu partido como vice-ministro de Agricultura no Governo de união nacional, esteve no exílio na vizinha África do Sul desde 2006 e retornou ao Zimbábue há duas semanas.

Segundo a Polícia, que deteve Bennett ontem no aeroporto de Harare quando pretendia ir à África do Sul para visitar sua família, as armas apreendidas em 2006 seriam utilizadas em um golpe de Estado para derrubar o presidente do Zimbábue, Robert Mugabe.

Depois da detenção, Bennet foi levado a Mutar, onde vários simpatizantes do MDC se concentraram em frente à delegacia na qual estava detido, diante do que a Polícia respondeu com tiros para o alto para dispersar os manifestantes.

17:07
Anónimo disse...
Austrália: 14 mil se candidatam a 'emprego dos sonhos'

A secretaria de Turismo de Queensland, na Austrália, informou que até esta segunda-feira já recebeu cerca de 14 mil inscrições para o "o melhor emprego do mundo". O Estado australiano promove pela internet seleção para vaga de "zelador" da ilha Hamilton, por seis meses com um salário de R$ 40 mil.

Muitos candidatos tiveram problemas durante a inscrição por conta dos acessos simultâneos ao site. A secretaria aconselha enviar os vídeos de 60s explicando porque deve ser escolhido em horários alternativos do dia, além de recomendar tamanho em torno de 40MB.

As inscrições começaram em 12 de janeiro e vão até o próximo dia 22 e podem ser feitas pelo site www.islandreefjob.com. O governo australiano escolherá 50 candidatos para a próxima fase da seleção, que terá votos do público para eleger um dos 11 finalistas.

A última fase terá entrevistas e desafios físicos, no próprio local de trabalho: as ilhas da Grande Barreira Coralina - o maior recife de coral do mundo. A secretaria de Turismo anunciará o vencedor no dia 6 de maio.

17:09
Anónimo disse...
Mercado elogia governo na crise, mas pede maior queda no juro

Peter Fussy
Direto de São Paulo

Desde as primeiras medidas anunciadas para combater os efeitos da crise, o governo brasileiro avisou que a estratégia não contemplaria um pacote. Seriam doses pontuais, de acordo com a necessidade da economia diante do agravamento das turbulências. Da primeira liberação dos depósitos compulsórios em setembro até a ampliação do seguro-desemprego na última quarta-feira, o governo passou por redução de impostos, ampliação de crédito e incentivos à exportação. Quase 150 dias após a primeira medida, o Terra conversou com líderes do setor público e privado, representantes dos trabalhadores, acadêmicos e com o próprio governo para saber quais destas ações foram mais eficazes, quais foram mais ineficientes e o que mais pode ser feito pelo Estado brasileiro contra a crise.

Os maiores elogios foram direcionados à atitude de reduzir o Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) para a indústria automobilística, anunciada em dezembro e que fez com que os emplacamentos de carros novos subissem 1,9% no primeiro mês do ano em relação a dezembro de 2008. Já as maiores críticas foram para a lentidão no corte da taxa básica de juro do País.

Para o presidente do conselho administrativo do Grupo Pão de Açúcar, Abílio Diniz, o Estado não é responsável pela crise e mesmo assim está agindo "com extrema serenidade e muito acerto". "O governo está atento, fazendo a sua parte. É preciso coragem de baixar firmemente a taxa de juros. É uma arma que temos a nosso favor, já que não há clima para inflação, nem possibilidade de danos para a macroeconomia", afirmou Diniz.

Na última reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), em janeiro, a taxa Selic foi reduzida em um ponto percentual, de 13,75% para 12,75% ao ano. Porém, o professor de economia da Universidade de Brasília (UnB) José Luiz Oreiro lembra que este corte representa uma redução de apenas 0,25 ponto percentual com relação à taxa de setembro do ano passado, quando a crise se agravou.

"Pouco antes da eclosão da crise, o Banco Central aumentou a taxa em 0,75 ponto. Foram cinco meses de demora para reduzir em termos líquidos apenas 0,25 ponto", afirmou o economista, que também sugeriu redução do intervalo de cerca de 90 dias entre as reuniões do Copom e o corte de pelo menos um 1 ponto percentual em cada reunião.

Mesmo com o corte de janeiro, a taxa de juros real continua sendo a maior do mundo, lembrou o secretário-geral da Força Sindical, João Carlos Gonçalves, o Juruna. "A redução da taxa de juro ainda é pequena, porque ela continua uma das mais altas do mundo. Falta ousadia para baixar os juros e ajudar o cidadão. A permanência da taxa de juro alta é negativa para o País em meio a crise", afirmou Juruna.

Embora aprove as ações do governo, o senador Aloízio Mercadante (PT-SP) também acredita que o patamar da Selic está muito alto. "Sempre fomos os primeiros a entrar em qualquer crise, o que não aconteceu agora. A taxa Selic ainda é muito alta, mas o governo têm tomado medidas acertadas, como o aumento do salário mínimo, mesmo com um cenário de crise. Isso ajuda a movimentar o consumo. O governo está se esforçando para manter os investimentos e o crescimento", disse.

Tributos
De acordo com o economista Fabio Pina, da Fecomercio-SP, as ações mais positivas estão relacionadas à redução de tributos para alguns segmentos, como a indústria automobilística, que recuperou parte da queda nas vendas em janeiro com a isenção do IPI para carros 1.0 l e o corte para demais motorizações. A medida vale até o final de março.

"Essas medidas não só reduziram o preço, mas anteciparam o consumo daqueles que iriam comprar no futuro, dando um prêmio por conta da insegurança. Mexe diretamente com o principal problema que é a confiança do consumidor", afirmou. Juruna destacou que um bom ritmo de vendas é garantia de emprego. "É importante porque cada emprego na montadora significa 19 na cadeia produtiva", comentou o representante da Força Sindical.

Também em dezembro, o governo decidiu cortar pela metade a alíquota do Imposto de Renda para contribuintes que ganham entre R$ 1.434 e R$ 2.150 mensais. "O salário aumentava e a tabela não se modificava. As pessoas ganhavam mais e pagavam mais impostos", apontou Juruna. Outra redução de tributos do governo foi com relação ao Imposto sobre Operações Financeiras (IOF), que caiu de 3% ao ano para 1,5%.

Crédito
Na segunda metade de 2008, o colapso de bancos nos Estados Unidos por conta da crise do subprime provocou uma forte restrição de crédito no mundo inteiro. Uma das primeiras medidas anticrise do governo teve como objetivo restabelecer a oferta, com mudanças no recolhimento dos depósitos compulsórios por parte dos bancos. Segundo o presidente do Banco Central, Henrique Meirelles, as diversas modificações liberaram US$ 99,2 bilhões aos bancos até o final de janeiro.

Além disso, o governo concedeu R$ 36 bilhões das reservas internacionais para empresas brasileiras com dívidas no exterior e uma medida provisória autorizou o Banco do Brasil e a Caixa Econômica Federal a comprar carteiras de crédito de bancos privados. Para o diretor do Departamento de Pesquisas e Estudos Econômicos da Fiesp, Paulo Francini, estas medidas foram essenciais para combater os efeitos da crise.

"A crise se desenvolve no mundo em torno do tema crédito. E o crédito reduziu-se barbaridade no mundo. Então o governo lança mão de compulsório, lança mão de reservas, de medidas que permitem aos bancos comprar carteiras de bancos. Você vai tomando várias medidas para atender às demandas e o epicentro disso é crédito", afirmou.

No entanto, Oreiro, da UnB, adverte que a liberação dos compulsórios seria mais eficiente acompanhada de redução mais agressiva da taxa básica de juro. "Uma parte do crédito voltou, depois da forte retração em outubro e novembro. O que deveria ter sido feito junto à liberação do compulsório era uma redução mais drástica da taxa de juro. Sem isso, os bancos pegam as reservas e acabam comprando títulos públicos", explicou o economista.

Na opinião de Pina, as ações de distribuição de crédito via redução do compulsório e a disposição de capital de giro para empresas foram tomadas sem um cuidado maior na operação e não tiveram muito efeito. "O BNDES tem linhas que ficam paradas quase todo o ano, agora é pior ainda. Existem os recursos, mas as empresas e os bancos estão desconfiados. É preciso fazer com que os bancos tenham interesse em emprestar", afirmou o economista da Fecomercio-SP.

Futuro
Mesmo com todas essas medidas, a crise financeira ainda gera incertezas nos setores produtivos do País. Nos últimos meses, o medo do desemprego fez os consumidores adiarem compras. Por sua vez, a queda nas vendas pode obrigar as indústrias a cortarem a produção e demitir funcionários. Contra isso, empresários sugerem redução de jornada e de salários.

"Isto está previsto em lei. A Fiesp simplesmente manteve conversações com entidades sindicais quanto à aplicação daquilo que já está previsto em lei", afirmou Francini.

Segundo a ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff, uma das medidas que assegura um nível de emprego é a manutenção de investimentos no Programa de Aceleração do Crescimento (PAC). "Estamos esperando que a dificuldade ocorra em janeiro, fevereiro e março. Estamos certos que vamos manter o nível de investimento. É isso que funciona, é isso que significa investimento público. Ele funciona como um colchão. Por isso, nós colocamos R$ 100 bilhões no BNDES e a Petrobras ampliou o seu investimento em R$ 120 bilhões", afirmou.

Na mesma linha, Pina explica que a antecipação de gastos do governo substitui parte da demanda retraída do setor privado. "Ele dá o seguinte recado: não vou estourar as contas públicas, mas concentrar em um momento em que a demanda privada está pequena. Mas o governo não tem fôlego suficiente para fazer o papel de toda demanda", ressaltou. O economista da Fecomercio lembrou que a entidade já pleiteou junto ao governo isenções para transferência de imóveis e de automóveis, além de retirar o IPVA para veículos novos.

Já Oreiro foca suas propostas na capitalização do Banco do Brasil e da Caixa Econômica Federal pelo Tesouro para atender a demanda de crédito para capital de giro e reduzir o spread. "Aumentando o empréstimo e reduzindo as taxas, os dois vão forçar os bancos privados a acompanhar o movimento, até para não perderem participação no mercado", explicou o economista da UnB.

Até o Carnaval, o governou prometeu detalhar um pacote de incentivos para a construção de até um milhão de casas populares, direcionado a famílias com renda de até dez salários mínimos. "Estamos atentos a tudo o que está acontecendo e novas medidas serão tomadas caso haja uma avaliação de que sejam necessárias", disse o ministro da Fazenda, Guido Mantega, na última sexta-feira.

17:11
Anónimo disse...
Ex-ministro critica extensão do seguro-desemprego

Atualizada às 09h03

O ex-ministro do Trabalho Almir Pazzianotto criticou a decisão do governo federal de conceder o seguro-desemprego estendido a apenas alguns setores. "É certamente odioso e provavelmente inconstitucional", disse Pazzianotto, de acordo com o jornal O Estado de S. Paulo.

Na última qurta, dia do anúncio da medida, centrais sindicais elogiaram a atitude do governo. A Força Sindical divulgou nota dizendo que "o aumento ajudará a aquecer parte da economia, já que irá gerar mais consumo, produção e conseqüentemente, a criação de novos postos de trabalho". A União Geral dos Trabalhadores (UGT) afirmou que a medida "contribuirá para minimizar o drama dos trabalhadores que perderem seu emprego por conta da crise".

O ex-ministro, que instituiu o seguro-desemprego no País no governo de José Sarney, destacou a necessidade de as centrais sindicais se manifestarem contra a determinação. Para ele, as mudanças devem ser aplicadas a todas as categorias profissionais e a distinção é contrária ao artigo 3º da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT).

Pazzianotto atribui a medida a um possível temor do governo de que a crise econômica seja longa e não haja dinheiro para atender a todas as necessidades. Ainda assim, ele se mostra contrário ao método de concessão. "O seguro-desemprego ajuda a sanar necessidades básicas. Estendê-lo é paliativo, não a solução", disse ao jornal.

De acordo com o presidente do Conselho Deliberativo do Fundo de Amparo ao Trabalhador (Codefat) e conselheiro da Força Sindical, Luiz Fernando Emediato, a determinação já estava prevista na lei 8.900/94, que trata do seguro-desemprego.

O presidente da Comissão de Trabalho da Câmara, Pedro Fernandes (PTB-MA) vai além na crítica à concessão do seguro para apenas alguns setores. Ele acredita que a ampliação do benefício estimula o desemprego.

Quintino Severo, secretário geral da Central Única dos Trabalhadores (CUT), lembra que a ampliação do benefício sem critério e identificação pode incentivar demissões em outros setores.

17:13
Anónimo disse...
Empresas
TAM faz promoção para destinos internacionais

A companhia aérea TAM anunciou nesta sexta-feira tarifas promocionais para trechos internacionais. Os preços valem para bilhetes comprados entre 6h deste sábado e 23h59 deste domingo e são válidos para classe econômica. As tarifas, para ida e volta, serão vendidas a partir de US$ 99, mais taxas.

Segundo a aérea, a promoção vale para viagens feitas no período de 14 de fevereiro a 18 de junho de 2009. Para destinos na América do Sul, a permanência mínima é de dois dias; para bilhetes com destino nos Estados Unidos, cinco dias; e Europa, sete dias. A permanência máxima para as passagens para América do Sul e EUA é de dois meses e para Europa, três meses.

Entre os exemplos de tarifas promocionais, a TAM oferece São Paulo-Lima por US$ 99. Bilhetes para a rota São Paulo-Santiago serão vendidos a partir de US$ 199 e São Paulo-Nova York, US$ 799.

A emissão dos bilhetes deve ser feita obrigatoriamente no ato da reserva, obedecendo às regras estipuladas pela companhia. A compra está sujeita à disponibilidade de assentos nas classes tarifárias determinadas, trechos, horários e datas. A TAM afirmou que também há tarifas promocionais para a classe executiva.

Mais informações podem ser encontradas no site promocional (www.ofertastam.com.br), no site da empresa (www.tam.com.br) ou pelos telefones 4002-5700 ou 0800 5705700.

17:13
Anónimo disse...
Empresas
Consultoria negocia compra do parque temático Hopi Hari

A consultoria especializada em reestruturação de empresas Íntegra Associados informou nesta sexta-feira ter um acordo para comprar o parque de diversões Hopi Hari, localizado no interior de São Paulo. A empresa estaria disposta a investir R$ 10 milhões no parque, que tem dívida estimada em R$ 800 milhões. As informações são da edição deste sábado do jornal Folha de S. Paulo.

De acordo com o jornal, a transação ainda depende da negociação entre o Hopi Hari e seus credores, o que já estaria em andamento.

A consultoria paulista já atuou junto à Parmalat, durante 30 meses, quando reorganizou a gestão da empresa italiana.

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17:14
Anónimo disse...
Empresas
Disney de Tóquio contratará mais 2 mil apesar da crise


A Oriental Land, o operador da Disneylândia Tóquio e DisneySea, organizou neste domingo entrevistas para contratar cerca de 2 mil trabalhadores em tempo parcial, em um momento de grandes demissões deste tipo de empregados no Japão.

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O operador deste parque temático, situado em Urayasu, na província de Chiba (leste de Tóquio), está em pleno processo de seleção de empregados para 20 tipos de postos trabalhistas diferentes.

Segundo a companhia, citada pela agência local de notícias Kyodo, o parque contratará novos trabalhadores para as atrações, para os restaurantes e guardas de segurança entre outros. Os novos contratados começarão a trabalhar a partir de fevereiro.

O processo de seleção acontece em um momento em que a maioria das grandes companhias japonesas começaram a se ver obrigadas a despedir uma elevada percentagem de seus trabalhadores temporários e a tempo parcial.

Algumas inclusive anunciaram demissões de seus trabalhadores fixos, uma medida muito pouco comum nas companhias japonesas, perante os efeitos piores que o esperado pela crise econômica global.

Cerca de uma centena de pessoas esperavam desde a primeira hora desta manhã a abertura do centro de conferências Tokyo International Forum, onde as entrevistas estão sendo feitas, para ser os primeiros a solicitar os postos de trabalho.


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17:15
Anónimo disse...
Economia Internacional
Senado dos EUA aprova plano de estímulo à economia

O Senado dos Estados Unidos aprovou com 60 votos a favor e 38 contra o plano de estímulo à economia de US$ 787 bilhões na madrugada deste sábado. Agora, ele segue para sanção ou veto do presidente Barack Obama, que espera colocar a lei em prática até o dia 16 de fevereiro.

O plano prevê a criação de três milhões de empregos, inclui cortes de impostos às famílias, fundos para programas sociais e obras públicas, além de ajuda aos governos estaduais, estudantes e desempregados.

A cláusula Buy American - que exige o uso de ferro, aço e produtos manufaturados dos Estados Unidos em obras realizadas com recursos do pacote - ficou de lado. Segundo o texto definitivo, a cláusula será aplicada sem violar as normas do comércio internacional.

Ontem à tarde, a Câmara de Representantes (deputados) havia aprovado, por 246 votos a favor e 183 contra, a versão final do plano. Todos os republicanos foram contrários ao pacote.

Pelo acordo de quarta-feira entre Câmara e Senado, em vez de custar US$ 819 bilhões, como queriam os deputados, ou US$ 838 bilhões como pretendiam os senadores, o pacote ficou em cerca de US$ 787 bilhões, com 65% desse total destinado a gastos do governo federal e 35%, a créditos tributários.

17:16
Anónimo disse...
Economia nacional
Na era Lula, aposentadoria sobe 54% menos que salário mínimo

Thatiane Faria
Especial para o Terra
Direto de São Paulo

Os índices de reajustes concedidos pelo governo em 2009 para aposentados e pensionistas e para o salário mínimo repetiram uma diferença que, só durante o governo de Luiz Inácio Lula da Silva, já chega a 54%. Enquanto o mínimo foi majorado em 12% este ano, as pensões e aposentadorias tiveram aumento de 5,92%. Aposentados que têm o benefício do governo como única fonte de renda reclamam que perdem poder de compra e que sua cesta de compras é composta por itens que aumentam mais em relação à inflação oficial.

Um exemplo prático pode ser entendido a partir da comparação entre um aposentado que ganhava R$ 600 em janeiro de 2003. Na época, o benefício era três vezes, ou 200%, maior que o valor do mínimo em vigência, que era de R$ 200. Aplicando-se os índices de reajuste para aposentadorias e para o mínimo durante os últimos seis anos, o mesmo aposentado estaria recebendo hoje R$ 938,47, comparado a um salário mínimo de R$ 465. A diferença entre os dois valores caiu para pouco mais de 100%.

Enquanto o índice acumulado de reajuste para a aposentadoria durante o governo Lula foi de 60%, para o salário mínimo está em 132%.

O diretor do Sindicato Nacional dos Aposentados, João Inocentini, reclama que os valores dos benefícios para aposentadorias não mantêm o poder de compra do grupo, principalmente dos aposentados que recebem menos que dez salários mínimos.

Nem mesmo o fato de o índice de reajuste das aposentadorias ter ficado acima da inflação acumulada no mesmo período (o IPCA entre janeiro de 2003 e janeiro de 2009 foi de 39,7%) serve de argumento, segundo os aposentados.

"Os idosos, principalmente, têm gastos além das contas gerais como gás, telefone e aluguel. Para eles o custo com remédios, e outros itens da área saúde costuma ser maior", afirmou Inocentini.

O presidente do sindicato afirmou que o grupo realiza um estudo com 100 itens de necessidade de um idoso para comparar o aumento dos produtos com o índice de reajuste do benefício recebido pelos aposentados.

"Daqui dois meses vamos abrir um processo na Justiça e levar essa pesquisa como prova. Segundo a lei, o governo é obrigado a manter o poder de compra com a aposentadoria", disse Inocentini.

Alternativas
O consultor financeiro Cláudio Boriola diz que os aposentados, especialmente nesse momento de crise econômica, devem evitar compras parceladas, pesquisar preços, negociar e fazer bom planejamento financeiro.

Segundo Boriola, alguns aposentados ganham um valor mensal muitas vezes insuficiente para o pagamento das contas e acabam pedindo crédito ou realizando pagamentos a prazo e são obrigados a pagar juros altos.

Na opinião do consultor, pagar uma previdência privada é uma alternativa indicada para quem ainda trabalha, considerando a característica de perda de poder de compra da aposentadoria.

"Na prática, infelizmente os valores encontram-se em um patamar que está deteriorando o poder de aquisição da população brasileira", completou Boriola.

De acordo com o diretor da Confederação Brasileira de Aposentados e Pensionistas (Cobap), Vicente Fernandes Barbosa, representantes dos aposentados tentarão um encontro com o presidente da Câmara, deputado Michel Temer (PMDB-SP), para discutir projetos que minimizem a perda dos aposentados

17:17
Anónimo disse...
Previdência
Previdência prorroga isenção de tarifas no benefício

O atual sistema de pagamento aos 26 milhões de aposentados e pensionistas do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) será mantido até o final deste ano. O acordo, que permite realizar a operação sem nenhum custo aos beneficiários, foi renovado nesta sexta-feira, entre o governo federal e 21 instituições financeiras.

Por meio desse acordo, vigente desde setembro de 2007, nem os segurados, nem os bancos e nem o governo arcam com o pagamento de tarifas, conforme explicou o ministro da Previdência Social, José Pimentel. A prorrogação vale até dezembro, data máxima para que a Previdência defina as regras para um novo contrato.

Ao assinar o termo de renovação, na sede da Federação Brasileira dos Bancos (Febraban), o ministro disse que a intenção do governo é mudar o atual modelo de gestão visando a reduzir os custos dessas operações em torno da folha mensal, que atinge R$ 15,8 bilhões. No entanto, qualquer alteração, conforme explicou, passará antes por audiências públicas a serem realizadas a partir do segundo semestre deste ano, atendendo a determinação do Tribunal de Contas da União (TCU).

De acordo com Pimentel, com um redesenho do mecanismo de repasse dos recursos aos bancos em torno da folha de pagamento dos segurados o que se busca é um aumento da participação de instituições financeiras. Ele informou que, desde 2007, cada benefício custa em média R$ 1,07 ao governo. "Quanto mais instituições financeiras estiverem prestando serviços à sociedade, maior é a competitividade, a agilidade no atendimento", justificou.

O ministro observou, ainda, que, para permitir uma redução para algo em torno de meia hora no tempo de atendimento para a concessão dos direitos previdenciários, o governo investiu R$ 280 milhões.

Questionado sobre o descontentamento dos segurados que ganham acima de um salário mínimo terem obtido apenas a correção com base na variação do Índice de Preços ao Consumidor (INPC) , ficando abaixo do reajuste dado a quem recebe apenas o mínimo, Pimentel argumentou que o governo seguiu o que determina a lei e descartou a possibilidade de uma revisão

17:17
Anónimo disse...
Empresas
Caterpillar oferece aposentadoria antecipada a 2 mil


A companhia americana Caterpillar ofereceu a cerca de dois mil funcionários incentivos para que se aposentem de forma voluntária antes do previsto, pela perspectiva de uma queda "significativa" da atividade industrial, informou nesta quarta-feira a empresa.

A iniciativa, destinada aos trabalhadores de diversas fábricas em Illinois, Colorado, Tennessee e Pensilvânia, se soma aos cortes de empregos anunciados em janeiro, explicou em comunicado de imprensa.

A empresa, a maior fabricante mundial de maquinaria pesada para a construção e a mineração, acrescentou que, "em função das condições de negócio, podem ser necessárias mais reduções de elenco voluntárias e involuntárias à medida que o ano avança".

O vice-presidente da companhia, Sid Banwart, explicou que a empresa prevê "demissões significativas em todas as regiões geográficas e na maioria dos setores devido às dificuldades da economia mundial".

17:18
Anónimo disse...
Comércio
Comércio exterior da OCDE caiu no 3º trimestre de 2008


As exportações e as importações dos países da Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Econômico (OCDE) caíram 1,6% e 0,2%, respectivamente, no terceiro trimestre de 2008, em relação aos três meses anteriores.

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Trata-se da primeira queda destas atividades desde o terceiro trimestre de 2006, segundo o último relatório trimestral sobre fluxos comerciais divulgado pela OCDE.

As exportações e as importações em dólares dos 30 Estados-membros caíram 15,6% e 17%, respectivamente, na comparação anualizada.

Por sua vez, o comércio dos sete países mais ricos do mundo (G7) teve um pequeno crescimento no terceiro trimestre de 2008 com uma queda das exportações de mercadorias de 0,2% em relação ao trimestre anterior e um aumento de 0,4% das importações.

Em termos anualizados, as importações do G7 caíram 1,4% entre julho e setembro do ano passado, seu primeiro retrocesso desde o terceiro trimestre de 2006, enquanto as exportações aumentaram 1,9%, seu crescimento mais baixo no mesmo tempo.

Por países, a Alemanha aumentou suas importações em 3,4% - valor mais alto do G7 -, enquanto suas exportações caíram 2,9% do segundo para o terceiro trimestre de 2008.

Pelo contrário, as exportações americanas aumentaram 1,8% entre julho e setembro de 2008, enquanto as importações caíram 0,7% em relação ao trimestre anterior. No Japão, tanto as importações quanto as exportações caíram em torno de 1% no mesmo período.

17:19
Anónimo disse...
Economia Nacional
Lula: juros de crédito consignado a aposentados são altos

Atualizada às 17h29

O presidente Luis Inácio Lula da Silva afirmou nesta terça-feira, em São Paulo, que está lutando para reduzir as taxas de juros cobradas de aposentados em crédito consignado. A Previdência Social estabelece uma taxa máxima de 2,5% para empréstimo e de 3,5% para cartão. Para Lula, os valores são altos.

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"Acho que o juro que os aposentados estão pagando hoje com o crédito consignado é alto para o padrão brasileiro", disse o presidente durante a cerimônia de comemoração dos 86 anos do INSS.

A Previdência anunciou nesta terça-feira que aposentados e trabalhadoras com licença-maternidade poderão receber seus benefícios em 30 minutos. De acordo com Lula, em junho, a aposentadoria do trabalhador rural também será conseguida em meia hora.

Além disso, o presidente anunciou que, também em junho, os trabalhadores que alcançarem o direito à aposentadoria passarão a receber em suas casas um comunicado da Previdência informando o fato e o valor do salário que têm direito a receber. "É um comprometimento público que estou fazendo com os companheiros da Previdência Social", disse.

"Estamos retribuindo ao contribuinte da Previdência Social aquilo que é a cidadania que ele tem direito", afirmou Lula. "Se para cobrar nós somos tão precisos, para devolver o dinheiro, temos que chegar próximo à perfeição", completou.

17:20
Anónimo disse...
Economia Nacional
Salário maternidade sairá em 30 minutos, diz ministro

Toda trabalhadora autônoma que tiver contribuído pelo menos 10 meses com o Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) - ou as que possuírem carteira assinada - poderão receber em 30 minutos o salário maternidade a partir desta terça-feira. Da mesma forma, as mulheres com 30 anos de contribuição e os homens com 35 anos também terão direito ao benefício de forma mais rápida. A informação é do ministro da Previdência Social, José Pimentel.

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Para requerer o salário maternidade, é preciso que as autônomas levem a carteira de identidade e o carnê de contribuição. As demais trabalhadoras devem apresentar a identificação e a carteira de trabalho. Desde o início do mês, a nova forma de análise para a concessão de benefícios foi adotada para a aposentadoria por idade do trabalhador urbano e agora foi estendida para o salário maternidade e por tempo de contribuição.

O ministro disse que a qualificação do serviço da previdência social é o reconhecimento do direito dos trabalhadores e da afirmação da cidadania.

"Até pouco tempo na cabeça do cidadão o serviço devia ser de péssima qualidade. Agora não, nós modificamos toda a legislação no mês de dezembro numa ação conjunta do Congresso Nacional com o governo federal. Estamos implantando e concedendo os benefícios em até 30 minutos", afirmou.

O ministro destacou que para conseguir se aposentar ou ter acesso à licença maternidade em 30 minutos, em primeiro lugar, é necessário que o cidadão esteja vinculado à Previdência, o que inclui 65% da população acima de 16 anos de idade.

"Depois bastar marcar pelo sistema 135 o dia e a hora do atendimento e levar a documentação. Se todos os dados necessários estiverem corretos o contribuinte será atendido em até 30 minutos, como vem sendo feito com as aposentadorias por idade desde o dia cinco de janeiro", explicou.

Pimentel disse ainda que em 90% das agências da previdência social o atendimento é marcado em até 48 horas. Nos grandes centros, entretanto existe um volume maior o que torna mais lento o processo.

"Estamos criando mais 715 agências até 2010, em todo o território nacional, para descentralizar o atendimento. Em 2008, atendemos 295 mil benefícios e aposentadorias por idade. Temos 4 mil pessoas por dia procurando e se aposentando por idade no território nacional. Este serviço será agilizado", concluiu.

17:26
Anónimo disse...
Giuseppe Englaro, pai de Eluana, a italiana que morreu na segunda-feira passada por desidratação, recusou uma grande soma de dinheiro de um conhecido fotógrafo italiano que queria retratar a filha em estado de coma, disse neste sábado o neurologista que atendia a mulher desde 1996, Carlo Defanti.

O neurologista, que participou hoje de uma conferência sobre eutanásia, disse que Englaro respeitou a vontade da filha, que, antes do acidente, tinha pedido que, se lhe ocorresse qualquer coisa irreversível, apresentasse sua imagem de quando estava em boas condições.

Antes de sofrer o acidente de trânsito, em 1992, Eluana viveu o coma de um amigo, Alessandro, o que causou forte impacto na italiana e a levou a fazer o pai prometer que não a deixasse viver em estado vegetativo, disse o próprio Giuseppe Englaro.

Defanti, que dissera que Eluana poderia viver de dez a 12 dias depois da suspensão da alimentação e da hidratação, disse que, como médico, tinha que reprovar esta afirmação.

"Não se pode sobreviver após três ou quatro dias sem líquido e, em particular, água em um corpo. Sabemos bem que, quando há um terremoto, após quatro dias é difícil encontrar sobreviventes".

Defanti ressaltou que Eluana "não falava, não se comunicava com o exterior" e que, após vários exames, "nos deparamos com uma moça que tinha perdido a consciência", porque estava com o córtex cerebral prejudicado.

Eluana foi enterrada na quinta-feira passada no túmulo da família na localidade de Paluzza, em Udine, após um funeral que não contou com a presença dos pais.

16:53
Anónimo disse...
Os bombeiros combatem neste sábado os incêndios na Austrália favorecidos pelo bom tempo, enquanto os deslocados encotram em seu retorno casas derruídas, carros queimados nas ruas e destruição.

Depois de sete dias desde que começaram os incêndios no Estado de Victoria, a lista de mortos chega a 181, os desaparecidos somam 50, os edifícios destruídos totalizam 1,834 mil e o terreno arrasado, principalmente florestas, ocupa uma área de 4,13 mil quilômetros quadrados.

As equipes de bombeiros, formadas por 4 mil profissionais de Victoria, de outras partes da Austrália e de países amigos, combateram hoje 12 focos fora de controle e nenhum representava uma ameaça direta para a população.

O subdiretor do Serviço de Bombeiros, Geoff Conway, disse que este tempo favorável, que se prolongará durante o domingo, permite consolidar as linhas de contenção e avançar na extinção das chamas.

Cinzas apareceram arrastadas por ventos do nordeste sobre Melbourne, onde habitam 3,8 milhões de pessoas, e as autoridades alertaram aos cidadãos do risco para a saúde de idosos, crianças e pessoas com problemas respiratórios.

O número de pessoas deslocadas - a Cruz Vermelha chegou a receber 7 mil - começou a cair com a abertura de algumas localidades atingidas.

Os incêndios, alguns criminosos, começaram em 7 de fevereiro, quando a região sul da Austrália estava há duas semanas sob uma onda de calor sem precedentes.

Na sexta-feira passada, a polícia acusou uma pessoa de ter provocado o incêndio que atingiu a localidade de Churchill e matou 21 pessoas.

16:55
Anónimo disse...
A primeira chuva em seis dias reduziu a ameaça de incêndios no Estado de Victoria, ao sul da Austrália. As autoridades, porém, advertiram que ainda existem 12 focos, mas que nenhum deles ameaça áreas povoadas.

Mais de quatro mil bombeiros, mil provenientes de outras partes do país e de outras nações, trabalham contra o fogo. Cerca de 600 veículos e 28 helicópteros e pequenos aviões estão sendo usados.


Eles conseguiram construir linhas de contenção para evitar os incêndios de Yarra e Maroondah se juntassem. Também foram controlados os incêndios abertos de Yea e Murrindindi, que ameaçavam as comunidades de Connellys Creek, Crystal Creek, Scrubby Creek e Native Dog Creek.

O número de mortos chegou a 181, mas as autoridades acreditam que as vítimas devem passar de 200, já que ainda há muitos desaparecidos.

16:55
Anónimo disse...
Aqui nesta coluna, na semana passada, tive a oportunidade de comentar sobre a recente visita do professor brasileiro Pedrinho Guareschi à Austrália. Não dei, porém, os fatos, pois semana passada o assunto era outro.

Hoje, porém, vamos a eles.

No último dia 4 de fevereiro, aconteceu o Seminário "Paulo Freire: Education and Liberation", organizado pelo centro de estudos latino-americanos da Universidade Nacional da Austrália, ou ANU, como é mais conhecida por aqui.

A ANU, para quem não sabe, está entre as 20 melhores universidades do mundo! E tem sede aqui em Camberra, capital da Austrália.

Na abertura do evento, o professor John Minns, diretor do centro latino-americano, ao dar boas-vindas ao público presente, lembrou ser aquele o primeiro seminário exclusivamente dedicado a Paulo Freire na Austrália.

Em seguida, convidou Pedrinho Guareschi, palestrante principal do Seminário, a fazer sua apresentação.

A plateia pode então conhecer, pelas palavras de Pedrinho, um pouco da obra e da vida de Freire, esse brasileiro de fé e valor, que sempre acreditou na educação, sobretudo dos menos favorecidos, analfabetos, como força libertadora.

Como não podia deixar de ser, os conceitos e ideias revolucionários de Paulo Freire, expostos com clareza por Pedrinho, despertaram o interesse e a curiosidade de plateia. A qual, deve-se notar, era na maioria de estudantes, mas de várias nacionalidades, sobretudo australianos e asiáticos.

Na continuação do programa do seminário, que se estendeu por dois dias, outros professores fizeram palestras sobre temas ligados à obra de Paulo Freire.

Interessante, por exemplo, saber que a professora Anne Hickling-Hudson, jamaicana que mora na Austrália há muitos anos (é professora da ANU), conheceu e trabalhou com Freire num workshop educacional durante a revolução na Ilha de Granada, em 1980, antes da invasão dos Estados Unidos...

Ou, então, a palestra da Professora Gerda Roelvink, da Nova Zelândia, que participou do Fórum Social de Porto Alegre em 2005. E essa participação transformou-se em tema de doutorado.

No dia 10, terça-feira passada, o padre Pedrinho Guareschi voltou a falar ao público australiano em grande auditório localizado no belíssimo campus da ANU. Desta vez, sobre a Teologia da Libertação.

Depois da palestra, John Minns mostrou o filme mexicano "O Crime do Padre Amaro", no qual um dos personagens é um padre católico praticante da Teologia da Libertação.

Mais uma vez, foi grande o intersse da platéia, que pode aprender e conhecer um pouco como se desenvolveu aquele importante movimento católico na América Latina.

Fica, assim, ao Pedrinho, bem como a outros brasileiros estudiosos e de bom coração que saem pelo mundo a divulgar aspectos importantes da cultura brasileira, o respeito e a homenagem desta coluna. E... aquele abraço!

16:57
Anónimo disse...
Amanda Kitts perdeu o braço esquerdo em um acidente de automóvel acontecido três anos atrás, mas hoje em dia ela joga futebol americano com seu filho de 12 anos de idade, troca fraldas e abraça as crianças nas três creches Kiddie Cottage que opera em Knoxville, Tennessee. Kitts, 40 anos, faz tudo isso com a ajuda de um novo tipo de braço artificial que se movimenta com mais facilidade do que outros aparelhos e que ela pode controlar utilizando apenas seus pensamentos.

"Eu sou capaz de mexer a mão, o pulso e o cotovelo ao mesmo tempo", diz. "Você pensa e os músculos se movem em seguida".

A recuperação que ela conseguiu resulta de um novo procedimento que vem atraindo crescente atenção porque permite que pessoas movam braços protéticos de forma mais automática do que faziam no passado, simplesmente utilizando nervos reaproveitados em seus cérebros.

A técnica, conhecida como "renervação muscular dirigida", envolve utilizar os nervos que restam depois da amputação de um braço e conectá-los a outro músculo do corpo, em geral no peito. Eletrodos são instalados sobre os músculos do peito, e operam como se fossem antenas. Quando a pessoa deseja mover o braço, o cérebro envia sinais que primeiro resultam em contração dos músculos do peito, os quais enviam um sinal ao braço protético, instruindo-se a se movimentar. O processo não requer mais esforços consciente do que a pessoa teria de exercitar caso ainda tivesse seu braço natural.

Na terça-feira, pesquisadores reportaram em estudo publicado pela versão online do Journal of the American Medical Association que haviam levado a técnica ainda mais à frente, tornando possível a execução de 10 movimentos de mão, pulso e cotovelo diferentes, o que representa uma substancial melhora com relação ao típico repertório protético, que em geral envolve apenas dobrar o cotovelo, girar o pulso e abrir a mão.

"Os novos métodos tiveram impacto dramático em nosso campo de trabalho", disse Stuart Harshbarger, engenheiro biomédico na Universidade Johns Hopkins e diretor do programa de pesquisa sobre próteses, financiado pelas forças armadas, que inclui o trabalho com essa técnica. "O método já está em uso por médicos e cirurgiões comuns em todo o país. A capacidade de controlar um membro protético bastante robusto que ele confere surpreendeu a todos pela qualidade".

Tipicamente, uma pessoa que tenha um braço protético só é capaz de executar alguns poucos movimentos, e muitas vezes com tamanha lentidão que isso só permite a ela atividades limitadas.

Há um motor separado para cada movimento, diz Gerald Loeb, professor de engenharia biomédica na Universidade do Sul da Califórnia, "e esses motores precisam ser controlados de maneira explícita", usualmente por um esforço consciente da pessoa para contrair músculos nas costas ou no bíceps.

"Essencialmente, até agora os pacientes controlavam apenas um motor de cada vez", diz Loeb, "e precisavam pensar cuidadosamente sobre que motor desejavam controlar e como fazê-lo operar, em lugar de simplesmente pensarem em mover o braço e poderem fazê-lo sem delongas".

Antes que Kitts passasse pelo procedimento de renervação, em outubro de 2007, por exemplo, ela precisava movimentar os músculos de suas costas de determinada maneira para fazer com que seu pulso girasse, e flexionar seu bíceps e tríceps para fazer com que o cotovelo se movesse para cima e para baixo. "Era muito trabalho", ela conta. "E não me ajudava muito".

O procedimento de renervação é parte de uma recente explosão de idéias novas e técnicas inovadoras que estão sendo exploradas enquanto os cientistas se esforçam por ajudar as pessoas a compensar melhor a perda de membros ou problemas de paralisia. O esforço vem sendo alimentado pelo aumento no número de amputações causado por diabetes e por ferimentos sofridos pelos militares, e ao mesmo tempo pelos avanços na tecnologia médica.

Os braços se tornaram um dos focos essenciais desse tipo de trabalho. A ciência há muito vem obtendo sucessos no desenvolvimento de próteses de perna, mas é muito mais difícil imitar a complexidade e a destreza das mãos e dos braços.

Os esforços em curso incluem o desenvolvimento de projetos de pele e braços mais sensíveis e mais flexíveis, e o uso de dispositivos acionados por controles sem fio implantado nos braços protéticos, que permitiriam movimentos mais naturais.

Os pesquisadores também vêm usando sensores implantados nos cérebros de cobaias para permitir que dois macacos controlem um braço mecânico, e um teste com um homem paralítico permitiu, com esse método, que ele movimentasse um cursor em uma tela de computador.

Alguns desses métodos, caso venham a ser aperfeiçoados plenamente e consigam aprovação das autoridades regulatórias da saúde, podem no futuro se tornar mais viáveis para os pacientes de amputações.

E embora a técnica da renervação não requeira aprovação das autoridades regulatórias porque é executada por meios cirúrgicos e emprega aparelhos já existentes, ela apresenta limitações que até mesmo seus criadores reconhecem, entre as quais o fato de que não se pode utilizá-la para todos os pacientes, o seu alto custo e o prazo de meses requerido para que os nervos reconectados cresçam e se tornem efetivos.

Ainda assim, os especialistas dizem que é o mais avançado sistema em uso hoje para pacientes reais que permite que o sistema nervoso controle diretamente o movimento de um braço artificial.

Desde sua introdução por Todd Kuiken, médico fisioterapeuta e engenheiro biomédico do Instituto de Reabilitação de Chicago, o método foi empregado em cerca de 30 pacientes nos Estados Unidos, Canadá e Europa, entre os quais oito soldados feridos no Iraque e no Afeganistão.

Muitos dos pacientes, entre os quais o primeiro, Jesse Sullivan, um operário do setor elétrico no Tennessee que perdeu os dois braços quando foi eletrocutado por um cabo, conseguem não apenas manipular seus braços protéticos mas sentir a presença das mãos que já não têm quando alguém toca em seus peitos.

Sullivan, 62 anos, e Kitts, estavam entre os cinco pacientes que participaram do estudo reportado na terça-feira. Em companhia de cinco outras pessoas que não passaram por amputações, eles receberam os eletrodos e foram instruídos a usar pensamentos para fazer com que um braço virtual na tela reproduzisse 10 movimentos diferentes, entre os quais três formas diferentes de aperto de mão.

Os pacientes apresentaram desempenho bastante respeitável, apenas um pouco mais lento e menos preciso do que os dos participantes que não tinham amputações.

"As velocidades de movimento que encontramos em nossos pacientes foram realmente encorajadoras", disse Kuiken. "Eles conseguiram completar a tarefa. É claro que não foram tão competentes quanto as pessoas dotadas de plena capacidade física, mas foram bons o bastante".

Um braço virtual foi usado porque a maioria das próteses existentes não era capaz de acomodar todos aqueles movimentos, no momento da pesquisa, ainda que Sullivan, Kitts e uma terceira paciente, Claudia Mitchell, tenham experimentado dois novos protótipos mais versáteis de braços artificiais, executando tarefas complexas com bolas de tênis e outros objetos.

O trabalho de renervação em soldados apresenta outros desafios, diz Kuiken, porque os ferimentos militares muitas vezes "causam danos muitos extensos" a nervos, músculos ou ossos.

Daniel Acosta, 25 anos, um aviador ferido pela detonação de uma bomba em uma estrada do Iraque em 2005, passou pelo procedimento no ano passado e diz que seu braço esquerdo protético agora se movimenta "muito mais rápido" e de maneira muito mais natural.

"A diferença é que agora não preciso mais pensar para mover o braço", ele diz. "Ele simplesmente se mexe".

Ainda assim, Acosta, de San Antonio, diz que "o processo foi bastante longo" e que os eletrodos precisam ser ajustados para receber os sinais à medida que os nervos crescem ou mudam de posição.

E embora elogiem o método, os especialistas afirmam que a ciência das próteses de braço ainda tem muito por avançar.

"Trata-se de uma parte crucial, mas ainda assim apenas uma parte, das muitas coisas que compreendem a função normal de um braço", disse Loeb, que escreveu um editorial que acompanha o artigo no Journal of the American Medical Association.

"No momento estamos a meio do caminho entre o braço de 'Dr. Fantástico', que fazia involuntariamente a saudação nazista, e o braço de Luke Skywalker em 'Guerra nas Estrelas', que funciona sem nenhum problema assim que é conectado. Creio que precisaremos ainda de muitos anos para conectar todas as peças necessárias a produzir um braço capaz de funcionar normalmente".

17:04
Anónimo disse...
A Espanha disse neste sábado que está preparando uma reclamação oficial contra a decisão da Venezuela de expulsar um membro do Parlamento Europeu que criticou o conselho eleitoral venezuelano.
Luis Herrero, membro do partido conservador espanhol PP, foi deportado na sexta-feira depois que o Conselho Nacional Eleitoral (CNE) o acusou de questionar a imparcialidade da instituição antes de um referendo que pode permitir ao presidente Hugo Chávez permanecer no cargo indefinidamente.

Herrero estava na Venezuela como observador do referendo. Ele acusou Chávez de ter "comportamentos típicos de um ditador" por pedir a contenção de manifestações da oposição.

O governo da Espanha convocou um encontro com o embaixador da Venezuela em Madri para expressar a desaprovação sobre a expulsão de Herrero, disse um representante do Ministério das Relações Exteriores espanhol.

As relações da Venezuela com a Espanha tiveram seu ponto crítico em 2007, quando Chávez ameaçou rever acordos diplomáticos e comerciais depois de ouvir um "cala a boca" do rei espanhol Juan Carlos durante uma cúpula.

A fenda foi oficialmente reparada em 2008, com uma visita oficial de Chávez à Espanha, onde ele cumprimentou o rei e discutiu acordos para investimento no setor petroquímico com o primeiro-ministro José Luis Rodriguez Zapatero.

17:06
Anónimo disse...
A polícia do Zimbábue anunciou neste sábado que acusa de traição Roy Bennett, dirigente do até agora opositor Movimento para a Mudança Democrática (MDC), detido na sexta-feira, em Harare, poucas horas antes da cerimônia de posse dos membros do novo gabinete.

"A Polícia nos informou que vão apresentar acusações de traição", disse à agência EFE o advogado de defesa de Bennett, Trust Maanda.

"Tentam relacionar Roy com o caso de Mike Hitschmann, que foi detido em 2006 em relação à descoberta de um carregamento de armas, apesar de que Hitschmann não tenha sido declarado culpado das acusações de traição apresentadas contra ele, mas de um crime menor de descumprimento de leis", disse Maanda.

O político opositor, designado por seu partido como vice-ministro de Agricultura no Governo de união nacional, esteve no exílio na vizinha África do Sul desde 2006 e retornou ao Zimbábue há duas semanas.

Segundo a Polícia, que deteve Bennett ontem no aeroporto de Harare quando pretendia ir à África do Sul para visitar sua família, as armas apreendidas em 2006 seriam utilizadas em um golpe de Estado para derrubar o presidente do Zimbábue, Robert Mugabe.

Depois da detenção, Bennet foi levado a Mutar, onde vários simpatizantes do MDC se concentraram em frente à delegacia na qual estava detido, diante do que a Polícia respondeu com tiros para o alto para dispersar os manifestantes.

17:07
Anónimo disse...
Austrália: 14 mil se candidatam a 'emprego dos sonhos'

A secretaria de Turismo de Queensland, na Austrália, informou que até esta segunda-feira já recebeu cerca de 14 mil inscrições para o "o melhor emprego do mundo". O Estado australiano promove pela internet seleção para vaga de "zelador" da ilha Hamilton, por seis meses com um salário de R$ 40 mil.

Muitos candidatos tiveram problemas durante a inscrição por conta dos acessos simultâneos ao site. A secretaria aconselha enviar os vídeos de 60s explicando porque deve ser escolhido em horários alternativos do dia, além de recomendar tamanho em torno de 40MB.

As inscrições começaram em 12 de janeiro e vão até o próximo dia 22 e podem ser feitas pelo site www.islandreefjob.com. O governo australiano escolherá 50 candidatos para a próxima fase da seleção, que terá votos do público para eleger um dos 11 finalistas.

A última fase terá entrevistas e desafios físicos, no próprio local de trabalho: as ilhas da Grande Barreira Coralina - o maior recife de coral do mundo. A secretaria de Turismo anunciará o vencedor no dia 6 de maio.

17:09
Anónimo disse...
Mercado elogia governo na crise, mas pede maior queda no juro

Peter Fussy
Direto de São Paulo

Desde as primeiras medidas anunciadas para combater os efeitos da crise, o governo brasileiro avisou que a estratégia não contemplaria um pacote. Seriam doses pontuais, de acordo com a necessidade da economia diante do agravamento das turbulências. Da primeira liberação dos depósitos compulsórios em setembro até a ampliação do seguro-desemprego na última quarta-feira, o governo passou por redução de impostos, ampliação de crédito e incentivos à exportação. Quase 150 dias após a primeira medida, o Terra conversou com líderes do setor público e privado, representantes dos trabalhadores, acadêmicos e com o próprio governo para saber quais destas ações foram mais eficazes, quais foram mais ineficientes e o que mais pode ser feito pelo Estado brasileiro contra a crise.

Os maiores elogios foram direcionados à atitude de reduzir o Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) para a indústria automobilística, anunciada em dezembro e que fez com que os emplacamentos de carros novos subissem 1,9% no primeiro mês do ano em relação a dezembro de 2008. Já as maiores críticas foram para a lentidão no corte da taxa básica de juro do País.

Para o presidente do conselho administrativo do Grupo Pão de Açúcar, Abílio Diniz, o Estado não é responsável pela crise e mesmo assim está agindo "com extrema serenidade e muito acerto". "O governo está atento, fazendo a sua parte. É preciso coragem de baixar firmemente a taxa de juros. É uma arma que temos a nosso favor, já que não há clima para inflação, nem possibilidade de danos para a macroeconomia", afirmou Diniz.

Na última reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), em janeiro, a taxa Selic foi reduzida em um ponto percentual, de 13,75% para 12,75% ao ano. Porém, o professor de economia da Universidade de Brasília (UnB) José Luiz Oreiro lembra que este corte representa uma redução de apenas 0,25 ponto percentual com relação à taxa de setembro do ano passado, quando a crise se agravou.

"Pouco antes da eclosão da crise, o Banco Central aumentou a taxa em 0,75 ponto. Foram cinco meses de demora para reduzir em termos líquidos apenas 0,25 ponto", afirmou o economista, que também sugeriu redução do intervalo de cerca de 90 dias entre as reuniões do Copom e o corte de pelo menos um 1 ponto percentual em cada reunião.

Mesmo com o corte de janeiro, a taxa de juros real continua sendo a maior do mundo, lembrou o secretário-geral da Força Sindical, João Carlos Gonçalves, o Juruna. "A redução da taxa de juro ainda é pequena, porque ela continua uma das mais altas do mundo. Falta ousadia para baixar os juros e ajudar o cidadão. A permanência da taxa de juro alta é negativa para o País em meio a crise", afirmou Juruna.

Embora aprove as ações do governo, o senador Aloízio Mercadante (PT-SP) também acredita que o patamar da Selic está muito alto. "Sempre fomos os primeiros a entrar em qualquer crise, o que não aconteceu agora. A taxa Selic ainda é muito alta, mas o governo têm tomado medidas acertadas, como o aumento do salário mínimo, mesmo com um cenário de crise. Isso ajuda a movimentar o consumo. O governo está se esforçando para manter os investimentos e o crescimento", disse.

Tributos
De acordo com o economista Fabio Pina, da Fecomercio-SP, as ações mais positivas estão relacionadas à redução de tributos para alguns segmentos, como a indústria automobilística, que recuperou parte da queda nas vendas em janeiro com a isenção do IPI para carros 1.0 l e o corte para demais motorizações. A medida vale até o final de março.

"Essas medidas não só reduziram o preço, mas anteciparam o consumo daqueles que iriam comprar no futuro, dando um prêmio por conta da insegurança. Mexe diretamente com o principal problema que é a confiança do consumidor", afirmou. Juruna destacou que um bom ritmo de vendas é garantia de emprego. "É importante porque cada emprego na montadora significa 19 na cadeia produtiva", comentou o representante da Força Sindical.

Também em dezembro, o governo decidiu cortar pela metade a alíquota do Imposto de Renda para contribuintes que ganham entre R$ 1.434 e R$ 2.150 mensais. "O salário aumentava e a tabela não se modificava. As pessoas ganhavam mais e pagavam mais impostos", apontou Juruna. Outra redução de tributos do governo foi com relação ao Imposto sobre Operações Financeiras (IOF), que caiu de 3% ao ano para 1,5%.

Crédito
Na segunda metade de 2008, o colapso de bancos nos Estados Unidos por conta da crise do subprime provocou uma forte restrição de crédito no mundo inteiro. Uma das primeiras medidas anticrise do governo teve como objetivo restabelecer a oferta, com mudanças no recolhimento dos depósitos compulsórios por parte dos bancos. Segundo o presidente do Banco Central, Henrique Meirelles, as diversas modificações liberaram US$ 99,2 bilhões aos bancos até o final de janeiro.

Além disso, o governo concedeu R$ 36 bilhões das reservas internacionais para empresas brasileiras com dívidas no exterior e uma medida provisória autorizou o Banco do Brasil e a Caixa Econômica Federal a comprar carteiras de crédito de bancos privados. Para o diretor do Departamento de Pesquisas e Estudos Econômicos da Fiesp, Paulo Francini, estas medidas foram essenciais para combater os efeitos da crise.

"A crise se desenvolve no mundo em torno do tema crédito. E o crédito reduziu-se barbaridade no mundo. Então o governo lança mão de compulsório, lança mão de reservas, de medidas que permitem aos bancos comprar carteiras de bancos. Você vai tomando várias medidas para atender às demandas e o epicentro disso é crédito", afirmou.

No entanto, Oreiro, da UnB, adverte que a liberação dos compulsórios seria mais eficiente acompanhada de redução mais agressiva da taxa básica de juro. "Uma parte do crédito voltou, depois da forte retração em outubro e novembro. O que deveria ter sido feito junto à liberação do compulsório era uma redução mais drástica da taxa de juro. Sem isso, os bancos pegam as reservas e acabam comprando títulos públicos", explicou o economista.

Na opinião de Pina, as ações de distribuição de crédito via redução do compulsório e a disposição de capital de giro para empresas foram tomadas sem um cuidado maior na operação e não tiveram muito efeito. "O BNDES tem linhas que ficam paradas quase todo o ano, agora é pior ainda. Existem os recursos, mas as empresas e os bancos estão desconfiados. É preciso fazer com que os bancos tenham interesse em emprestar", afirmou o economista da Fecomercio-SP.

Futuro
Mesmo com todas essas medidas, a crise financeira ainda gera incertezas nos setores produtivos do País. Nos últimos meses, o medo do desemprego fez os consumidores adiarem compras. Por sua vez, a queda nas vendas pode obrigar as indústrias a cortarem a produção e demitir funcionários. Contra isso, empresários sugerem redução de jornada e de salários.

"Isto está previsto em lei. A Fiesp simplesmente manteve conversações com entidades sindicais quanto à aplicação daquilo que já está previsto em lei", afirmou Francini.

Segundo a ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff, uma das medidas que assegura um nível de emprego é a manutenção de investimentos no Programa de Aceleração do Crescimento (PAC). "Estamos esperando que a dificuldade ocorra em janeiro, fevereiro e março. Estamos certos que vamos manter o nível de investimento. É isso que funciona, é isso que significa investimento público. Ele funciona como um colchão. Por isso, nós colocamos R$ 100 bilhões no BNDES e a Petrobras ampliou o seu investimento em R$ 120 bilhões", afirmou.

Na mesma linha, Pina explica que a antecipação de gastos do governo substitui parte da demanda retraída do setor privado. "Ele dá o seguinte recado: não vou estourar as contas públicas, mas concentrar em um momento em que a demanda privada está pequena. Mas o governo não tem fôlego suficiente para fazer o papel de toda demanda", ressaltou. O economista da Fecomercio lembrou que a entidade já pleiteou junto ao governo isenções para transferência de imóveis e de automóveis, além de retirar o IPVA para veículos novos.

Já Oreiro foca suas propostas na capitalização do Banco do Brasil e da Caixa Econômica Federal pelo Tesouro para atender a demanda de crédito para capital de giro e reduzir o spread. "Aumentando o empréstimo e reduzindo as taxas, os dois vão forçar os bancos privados a acompanhar o movimento, até para não perderem participação no mercado", explicou o economista da UnB.

Até o Carnaval, o governou prometeu detalhar um pacote de incentivos para a construção de até um milhão de casas populares, direcionado a famílias com renda de até dez salários mínimos. "Estamos atentos a tudo o que está acontecendo e novas medidas serão tomadas caso haja uma avaliação de que sejam necessárias", disse o ministro da Fazenda, Guido Mantega, na última sexta-feira.

17:11
Anónimo disse...
Ex-ministro critica extensão do seguro-desemprego

Atualizada às 09h03

O ex-ministro do Trabalho Almir Pazzianotto criticou a decisão do governo federal de conceder o seguro-desemprego estendido a apenas alguns setores. "É certamente odioso e provavelmente inconstitucional", disse Pazzianotto, de acordo com o jornal O Estado de S. Paulo.

Na última qurta, dia do anúncio da medida, centrais sindicais elogiaram a atitude do governo. A Força Sindical divulgou nota dizendo que "o aumento ajudará a aquecer parte da economia, já que irá gerar mais consumo, produção e conseqüentemente, a criação de novos postos de trabalho". A União Geral dos Trabalhadores (UGT) afirmou que a medida "contribuirá para minimizar o drama dos trabalhadores que perderem seu emprego por conta da crise".

O ex-ministro, que instituiu o seguro-desemprego no País no governo de José Sarney, destacou a necessidade de as centrais sindicais se manifestarem contra a determinação. Para ele, as mudanças devem ser aplicadas a todas as categorias profissionais e a distinção é contrária ao artigo 3º da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT).

Pazzianotto atribui a medida a um possível temor do governo de que a crise econômica seja longa e não haja dinheiro para atender a todas as necessidades. Ainda assim, ele se mostra contrário ao método de concessão. "O seguro-desemprego ajuda a sanar necessidades básicas. Estendê-lo é paliativo, não a solução", disse ao jornal.

De acordo com o presidente do Conselho Deliberativo do Fundo de Amparo ao Trabalhador (Codefat) e conselheiro da Força Sindical, Luiz Fernando Emediato, a determinação já estava prevista na lei 8.900/94, que trata do seguro-desemprego.

O presidente da Comissão de Trabalho da Câmara, Pedro Fernandes (PTB-MA) vai além na crítica à concessão do seguro para apenas alguns setores. Ele acredita que a ampliação do benefício estimula o desemprego.

Quintino Severo, secretário geral da Central Única dos Trabalhadores (CUT), lembra que a ampliação do benefício sem critério e identificação pode incentivar demissões em outros setores.

17:13
Anónimo disse...
Empresas
TAM faz promoção para destinos internacionais

A companhia aérea TAM anunciou nesta sexta-feira tarifas promocionais para trechos internacionais. Os preços valem para bilhetes comprados entre 6h deste sábado e 23h59 deste domingo e são válidos para classe econômica. As tarifas, para ida e volta, serão vendidas a partir de US$ 99, mais taxas.

Segundo a aérea, a promoção vale para viagens feitas no período de 14 de fevereiro a 18 de junho de 2009. Para destinos na América do Sul, a permanência mínima é de dois dias; para bilhetes com destino nos Estados Unidos, cinco dias; e Europa, sete dias. A permanência máxima para as passagens para América do Sul e EUA é de dois meses e para Europa, três meses.

Entre os exemplos de tarifas promocionais, a TAM oferece São Paulo-Lima por US$ 99. Bilhetes para a rota São Paulo-Santiago serão vendidos a partir de US$ 199 e São Paulo-Nova York, US$ 799.

A emissão dos bilhetes deve ser feita obrigatoriamente no ato da reserva, obedecendo às regras estipuladas pela companhia. A compra está sujeita à disponibilidade de assentos nas classes tarifárias determinadas, trechos, horários e datas. A TAM afirmou que também há tarifas promocionais para a classe executiva.

Mais informações podem ser encontradas no site promocional (www.ofertastam.com.br), no site da empresa (www.tam.com.br) ou pelos telefones 4002-5700 ou 0800 5705700.

17:13
Anónimo disse...
Empresas
Consultoria negocia compra do parque temático Hopi Hari

A consultoria especializada em reestruturação de empresas Íntegra Associados informou nesta sexta-feira ter um acordo para comprar o parque de diversões Hopi Hari, localizado no interior de São Paulo. A empresa estaria disposta a investir R$ 10 milhões no parque, que tem dívida estimada em R$ 800 milhões. As informações são da edição deste sábado do jornal Folha de S. Paulo.

De acordo com o jornal, a transação ainda depende da negociação entre o Hopi Hari e seus credores, o que já estaria em andamento.

A consultoria paulista já atuou junto à Parmalat, durante 30 meses, quando reorganizou a gestão da empresa italiana.

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17:14
Anónimo disse...
Empresas
Disney de Tóquio contratará mais 2 mil apesar da crise


A Oriental Land, o operador da Disneylândia Tóquio e DisneySea, organizou neste domingo entrevistas para contratar cerca de 2 mil trabalhadores em tempo parcial, em um momento de grandes demissões deste tipo de empregados no Japão.

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O operador deste parque temático, situado em Urayasu, na província de Chiba (leste de Tóquio), está em pleno processo de seleção de empregados para 20 tipos de postos trabalhistas diferentes.

Segundo a companhia, citada pela agência local de notícias Kyodo, o parque contratará novos trabalhadores para as atrações, para os restaurantes e guardas de segurança entre outros. Os novos contratados começarão a trabalhar a partir de fevereiro.

O processo de seleção acontece em um momento em que a maioria das grandes companhias japonesas começaram a se ver obrigadas a despedir uma elevada percentagem de seus trabalhadores temporários e a tempo parcial.

Algumas inclusive anunciaram demissões de seus trabalhadores fixos, uma medida muito pouco comum nas companhias japonesas, perante os efeitos piores que o esperado pela crise econômica global.

Cerca de uma centena de pessoas esperavam desde a primeira hora desta manhã a abertura do centro de conferências Tokyo International Forum, onde as entrevistas estão sendo feitas, para ser os primeiros a solicitar os postos de trabalho.


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17:15
Anónimo disse...
Economia Internacional
Senado dos EUA aprova plano de estímulo à economia

O Senado dos Estados Unidos aprovou com 60 votos a favor e 38 contra o plano de estímulo à economia de US$ 787 bilhões na madrugada deste sábado. Agora, ele segue para sanção ou veto do presidente Barack Obama, que espera colocar a lei em prática até o dia 16 de fevereiro.

O plano prevê a criação de três milhões de empregos, inclui cortes de impostos às famílias, fundos para programas sociais e obras públicas, além de ajuda aos governos estaduais, estudantes e desempregados.

A cláusula Buy American - que exige o uso de ferro, aço e produtos manufaturados dos Estados Unidos em obras realizadas com recursos do pacote - ficou de lado. Segundo o texto definitivo, a cláusula será aplicada sem violar as normas do comércio internacional.

Ontem à tarde, a Câmara de Representantes (deputados) havia aprovado, por 246 votos a favor e 183 contra, a versão final do plano. Todos os republicanos foram contrários ao pacote.

Pelo acordo de quarta-feira entre Câmara e Senado, em vez de custar US$ 819 bilhões, como queriam os deputados, ou US$ 838 bilhões como pretendiam os senadores, o pacote ficou em cerca de US$ 787 bilhões, com 65% desse total destinado a gastos do governo federal e 35%, a créditos tributários.

17:16
Anónimo disse...
Economia nacional
Na era Lula, aposentadoria sobe 54% menos que salário mínimo

Thatiane Faria
Especial para o Terra
Direto de São Paulo

Os índices de reajustes concedidos pelo governo em 2009 para aposentados e pensionistas e para o salário mínimo repetiram uma diferença que, só durante o governo de Luiz Inácio Lula da Silva, já chega a 54%. Enquanto o mínimo foi majorado em 12% este ano, as pensões e aposentadorias tiveram aumento de 5,92%. Aposentados que têm o benefício do governo como única fonte de renda reclamam que perdem poder de compra e que sua cesta de compras é composta por itens que aumentam mais em relação à inflação oficial.

Um exemplo prático pode ser entendido a partir da comparação entre um aposentado que ganhava R$ 600 em janeiro de 2003. Na época, o benefício era três vezes, ou 200%, maior que o valor do mínimo em vigência, que era de R$ 200. Aplicando-se os índices de reajuste para aposentadorias e para o mínimo durante os últimos seis anos, o mesmo aposentado estaria recebendo hoje R$ 938,47, comparado a um salário mínimo de R$ 465. A diferença entre os dois valores caiu para pouco mais de 100%.

Enquanto o índice acumulado de reajuste para a aposentadoria durante o governo Lula foi de 60%, para o salário mínimo está em 132%.

O diretor do Sindicato Nacional dos Aposentados, João Inocentini, reclama que os valores dos benefícios para aposentadorias não mantêm o poder de compra do grupo, principalmente dos aposentados que recebem menos que dez salários mínimos.

Nem mesmo o fato de o índice de reajuste das aposentadorias ter ficado acima da inflação acumulada no mesmo período (o IPCA entre janeiro de 2003 e janeiro de 2009 foi de 39,7%) serve de argumento, segundo os aposentados.

"Os idosos, principalmente, têm gastos além das contas gerais como gás, telefone e aluguel. Para eles o custo com remédios, e outros itens da área saúde costuma ser maior", afirmou Inocentini.

O presidente do sindicato afirmou que o grupo realiza um estudo com 100 itens de necessidade de um idoso para comparar o aumento dos produtos com o índice de reajuste do benefício recebido pelos aposentados.

"Daqui dois meses vamos abrir um processo na Justiça e levar essa pesquisa como prova. Segundo a lei, o governo é obrigado a manter o poder de compra com a aposentadoria", disse Inocentini.

Alternativas
O consultor financeiro Cláudio Boriola diz que os aposentados, especialmente nesse momento de crise econômica, devem evitar compras parceladas, pesquisar preços, negociar e fazer bom planejamento financeiro.

Segundo Boriola, alguns aposentados ganham um valor mensal muitas vezes insuficiente para o pagamento das contas e acabam pedindo crédito ou realizando pagamentos a prazo e são obrigados a pagar juros altos.

Na opinião do consultor, pagar uma previdência privada é uma alternativa indicada para quem ainda trabalha, considerando a característica de perda de poder de compra da aposentadoria.

"Na prática, infelizmente os valores encontram-se em um patamar que está deteriorando o poder de aquisição da população brasileira", completou Boriola.

De acordo com o diretor da Confederação Brasileira de Aposentados e Pensionistas (Cobap), Vicente Fernandes Barbosa, representantes dos aposentados tentarão um encontro com o presidente da Câmara, deputado Michel Temer (PMDB-SP), para discutir projetos que minimizem a perda dos aposentados

17:17
Anónimo disse...
Previdência
Previdência prorroga isenção de tarifas no benefício

O atual sistema de pagamento aos 26 milhões de aposentados e pensionistas do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) será mantido até o final deste ano. O acordo, que permite realizar a operação sem nenhum custo aos beneficiários, foi renovado nesta sexta-feira, entre o governo federal e 21 instituições financeiras.

Por meio desse acordo, vigente desde setembro de 2007, nem os segurados, nem os bancos e nem o governo arcam com o pagamento de tarifas, conforme explicou o ministro da Previdência Social, José Pimentel. A prorrogação vale até dezembro, data máxima para que a Previdência defina as regras para um novo contrato.

Ao assinar o termo de renovação, na sede da Federação Brasileira dos Bancos (Febraban), o ministro disse que a intenção do governo é mudar o atual modelo de gestão visando a reduzir os custos dessas operações em torno da folha mensal, que atinge R$ 15,8 bilhões. No entanto, qualquer alteração, conforme explicou, passará antes por audiências públicas a serem realizadas a partir do segundo semestre deste ano, atendendo a determinação do Tribunal de Contas da União (TCU).

De acordo com Pimentel, com um redesenho do mecanismo de repasse dos recursos aos bancos em torno da folha de pagamento dos segurados o que se busca é um aumento da participação de instituições financeiras. Ele informou que, desde 2007, cada benefício custa em média R$ 1,07 ao governo. "Quanto mais instituições financeiras estiverem prestando serviços à sociedade, maior é a competitividade, a agilidade no atendimento", justificou.

O ministro observou, ainda, que, para permitir uma redução para algo em torno de meia hora no tempo de atendimento para a concessão dos direitos previdenciários, o governo investiu R$ 280 milhões.

Questionado sobre o descontentamento dos segurados que ganham acima de um salário mínimo terem obtido apenas a correção com base na variação do Índice de Preços ao Consumidor (INPC) , ficando abaixo do reajuste dado a quem recebe apenas o mínimo, Pimentel argumentou que o governo seguiu o que determina a lei e descartou a possibilidade de uma revisão

17:17
Anónimo disse...
Empresas
Caterpillar oferece aposentadoria antecipada a 2 mil


A companhia americana Caterpillar ofereceu a cerca de dois mil funcionários incentivos para que se aposentem de forma voluntária antes do previsto, pela perspectiva de uma queda "significativa" da atividade industrial, informou nesta quarta-feira a empresa.

A iniciativa, destinada aos trabalhadores de diversas fábricas em Illinois, Colorado, Tennessee e Pensilvânia, se soma aos cortes de empregos anunciados em janeiro, explicou em comunicado de imprensa.

A empresa, a maior fabricante mundial de maquinaria pesada para a construção e a mineração, acrescentou que, "em função das condições de negócio, podem ser necessárias mais reduções de elenco voluntárias e involuntárias à medida que o ano avança".

O vice-presidente da companhia, Sid Banwart, explicou que a empresa prevê "demissões significativas em todas as regiões geográficas e na maioria dos setores devido às dificuldades da economia mundial".

17:18
Anónimo disse...
Comércio
Comércio exterior da OCDE caiu no 3º trimestre de 2008


As exportações e as importações dos países da Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Econômico (OCDE) caíram 1,6% e 0,2%, respectivamente, no terceiro trimestre de 2008, em relação aos três meses anteriores.

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Trata-se da primeira queda destas atividades desde o terceiro trimestre de 2006, segundo o último relatório trimestral sobre fluxos comerciais divulgado pela OCDE.

As exportações e as importações em dólares dos 30 Estados-membros caíram 15,6% e 17%, respectivamente, na comparação anualizada.

Por sua vez, o comércio dos sete países mais ricos do mundo (G7) teve um pequeno crescimento no terceiro trimestre de 2008 com uma queda das exportações de mercadorias de 0,2% em relação ao trimestre anterior e um aumento de 0,4% das importações.

Em termos anualizados, as importações do G7 caíram 1,4% entre julho e setembro do ano passado, seu primeiro retrocesso desde o terceiro trimestre de 2006, enquanto as exportações aumentaram 1,9%, seu crescimento mais baixo no mesmo tempo.

Por países, a Alemanha aumentou suas importações em 3,4% - valor mais alto do G7 -, enquanto suas exportações caíram 2,9% do segundo para o terceiro trimestre de 2008.

Pelo contrário, as exportações americanas aumentaram 1,8% entre julho e setembro de 2008, enquanto as importações caíram 0,7% em relação ao trimestre anterior. No Japão, tanto as importações quanto as exportações caíram em torno de 1% no mesmo período.

17:19
Anónimo disse...
Economia Nacional
Lula: juros de crédito consignado a aposentados são altos

Atualizada às 17h29

O presidente Luis Inácio Lula da Silva afirmou nesta terça-feira, em São Paulo, que está lutando para reduzir as taxas de juros cobradas de aposentados em crédito consignado. A Previdência Social estabelece uma taxa máxima de 2,5% para empréstimo e de 3,5% para cartão. Para Lula, os valores são altos.

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"Acho que o juro que os aposentados estão pagando hoje com o crédito consignado é alto para o padrão brasileiro", disse o presidente durante a cerimônia de comemoração dos 86 anos do INSS.

A Previdência anunciou nesta terça-feira que aposentados e trabalhadoras com licença-maternidade poderão receber seus benefícios em 30 minutos. De acordo com Lula, em junho, a aposentadoria do trabalhador rural também será conseguida em meia hora.

Além disso, o presidente anunciou que, também em junho, os trabalhadores que alcançarem o direito à aposentadoria passarão a receber em suas casas um comunicado da Previdência informando o fato e o valor do salário que têm direito a receber. "É um comprometimento público que estou fazendo com os companheiros da Previdência Social", disse.

"Estamos retribuindo ao contribuinte da Previdência Social aquilo que é a cidadania que ele tem direito", afirmou Lula. "Se para cobrar nós somos tão precisos, para devolver o dinheiro, temos que chegar próximo à perfeição", completou.

17:20
Anónimo disse...
Economia Nacional
Salário maternidade sairá em 30 minutos, diz ministro

Toda trabalhadora autônoma que tiver contribuído pelo menos 10 meses com o Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) - ou as que possuírem carteira assinada - poderão receber em 30 minutos o salário maternidade a partir desta terça-feira. Da mesma forma, as mulheres com 30 anos de contribuição e os homens com 35 anos também terão direito ao benefício de forma mais rápida. A informação é do ministro da Previdência Social, José Pimentel.

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Para requerer o salário maternidade, é preciso que as autônomas levem a carteira de identidade e o carnê de contribuição. As demais trabalhadoras devem apresentar a identificação e a carteira de trabalho. Desde o início do mês, a nova forma de análise para a concessão de benefícios foi adotada para a aposentadoria por idade do trabalhador urbano e agora foi estendida para o salário maternidade e por tempo de contribuição.

O ministro disse que a qualificação do serviço da previdência social é o reconhecimento do direito dos trabalhadores e da afirmação da cidadania.

"Até pouco tempo na cabeça do cidadão o serviço devia ser de péssima qualidade. Agora não, nós modificamos toda a legislação no mês de dezembro numa ação conjunta do Congresso Nacional com o governo federal. Estamos implantando e concedendo os benefícios em até 30 minutos", afirmou.

O ministro destacou que para conseguir se aposentar ou ter acesso à licença maternidade em 30 minutos, em primeiro lugar, é necessário que o cidadão esteja vinculado à Previdência, o que inclui 65% da população acima de 16 anos de idade.

"Depois bastar marcar pelo sistema 135 o dia e a hora do atendimento e levar a documentação. Se todos os dados necessários estiverem corretos o contribuinte será atendido em até 30 minutos, como vem sendo feito com as aposentadorias por idade desde o dia cinco de janeiro", explicou.

Pimentel disse ainda que em 90% das agências da previdência social o atendimento é marcado em até 48 horas. Nos grandes centros, entretanto existe um volume maior o que torna mais lento o processo.

"Estamos criando mais 715 agências até 2010, em todo o território nacional, para descentralizar o atendimento. Em 2008, atendemos 295 mil benefícios e aposentadorias por idade. Temos 4 mil pessoas por dia procurando e se aposentando por idade no território nacional. Este serviço será agilizado", concluiu.

17:26
Anónimo disse...
Giuseppe Englaro, pai de Eluana, a italiana que morreu na segunda-feira passada por desidratação, recusou uma grande soma de dinheiro de um conhecido fotógrafo italiano que queria retratar a filha em estado de coma, disse neste sábado o neurologista que atendia a mulher desde 1996, Carlo Defanti.

O neurologista, que participou hoje de uma conferência sobre eutanásia, disse que Englaro respeitou a vontade da filha, que, antes do acidente, tinha pedido que, se lhe ocorresse qualquer coisa irreversível, apresentasse sua imagem de quando estava em boas condições.

Antes de sofrer o acidente de trânsito, em 1992, Eluana viveu o coma de um amigo, Alessandro, o que causou forte impacto na italiana e a levou a fazer o pai prometer que não a deixasse viver em estado vegetativo, disse o próprio Giuseppe Englaro.

Defanti, que dissera que Eluana poderia viver de dez a 12 dias depois da suspensão da alimentação e da hidratação, disse que, como médico, tinha que reprovar esta afirmação.

"Não se pode sobreviver após três ou quatro dias sem líquido e, em particular, água em um corpo. Sabemos bem que, quando há um terremoto, após quatro dias é difícil encontrar sobreviventes".

Defanti ressaltou que Eluana "não falava, não se comunicava com o exterior" e que, após vários exames, "nos deparamos com uma moça que tinha perdido a consciência", porque estava com o córtex cerebral prejudicado.

Eluana foi enterrada na quinta-feira passada no túmulo da família na localidade de Paluzza, em Udine, após um funeral que não contou com a presença dos pais.

16:53
Anónimo disse...
Os bombeiros combatem neste sábado os incêndios na Austrália favorecidos pelo bom tempo, enquanto os deslocados encotram em seu retorno casas derruídas, carros queimados nas ruas e destruição.

Depois de sete dias desde que começaram os incêndios no Estado de Victoria, a lista de mortos chega a 181, os desaparecidos somam 50, os edifícios destruídos totalizam 1,834 mil e o terreno arrasado, principalmente florestas, ocupa uma área de 4,13 mil quilômetros quadrados.

As equipes de bombeiros, formadas por 4 mil profissionais de Victoria, de outras partes da Austrália e de países amigos, combateram hoje 12 focos fora de controle e nenhum representava uma ameaça direta para a população.

O subdiretor do Serviço de Bombeiros, Geoff Conway, disse que este tempo favorável, que se prolongará durante o domingo, permite consolidar as linhas de contenção e avançar na extinção das chamas.

Cinzas apareceram arrastadas por ventos do nordeste sobre Melbourne, onde habitam 3,8 milhões de pessoas, e as autoridades alertaram aos cidadãos do risco para a saúde de idosos, crianças e pessoas com problemas respiratórios.

O número de pessoas deslocadas - a Cruz Vermelha chegou a receber 7 mil - começou a cair com a abertura de algumas localidades atingidas.

Os incêndios, alguns criminosos, começaram em 7 de fevereiro, quando a região sul da Austrália estava há duas semanas sob uma onda de calor sem precedentes.

Na sexta-feira passada, a polícia acusou uma pessoa de ter provocado o incêndio que atingiu a localidade de Churchill e matou 21 pessoas.

16:55
Anónimo disse...
A primeira chuva em seis dias reduziu a ameaça de incêndios no Estado de Victoria, ao sul da Austrália. As autoridades, porém, advertiram que ainda existem 12 focos, mas que nenhum deles ameaça áreas povoadas.

Mais de quatro mil bombeiros, mil provenientes de outras partes do país e de outras nações, trabalham contra o fogo. Cerca de 600 veículos e 28 helicópteros e pequenos aviões estão sendo usados.


Eles conseguiram construir linhas de contenção para evitar os incêndios de Yarra e Maroondah se juntassem. Também foram controlados os incêndios abertos de Yea e Murrindindi, que ameaçavam as comunidades de Connellys Creek, Crystal Creek, Scrubby Creek e Native Dog Creek.

O número de mortos chegou a 181, mas as autoridades acreditam que as vítimas devem passar de 200, já que ainda há muitos desaparecidos.

16:55
Anónimo disse...
Aqui nesta coluna, na semana passada, tive a oportunidade de comentar sobre a recente visita do professor brasileiro Pedrinho Guareschi à Austrália. Não dei, porém, os fatos, pois semana passada o assunto era outro.

Hoje, porém, vamos a eles.

No último dia 4 de fevereiro, aconteceu o Seminário "Paulo Freire: Education and Liberation", organizado pelo centro de estudos latino-americanos da Universidade Nacional da Austrália, ou ANU, como é mais conhecida por aqui.

A ANU, para quem não sabe, está entre as 20 melhores universidades do mundo! E tem sede aqui em Camberra, capital da Austrália.

Na abertura do evento, o professor John Minns, diretor do centro latino-americano, ao dar boas-vindas ao público presente, lembrou ser aquele o primeiro seminário exclusivamente dedicado a Paulo Freire na Austrália.

Em seguida, convidou Pedrinho Guareschi, palestrante principal do Seminário, a fazer sua apresentação.

A plateia pode então conhecer, pelas palavras de Pedrinho, um pouco da obra e da vida de Freire, esse brasileiro de fé e valor, que sempre acreditou na educação, sobretudo dos menos favorecidos, analfabetos, como força libertadora.

Como não podia deixar de ser, os conceitos e ideias revolucionários de Paulo Freire, expostos com clareza por Pedrinho, despertaram o interesse e a curiosidade de plateia. A qual, deve-se notar, era na maioria de estudantes, mas de várias nacionalidades, sobretudo australianos e asiáticos.

Na continuação do programa do seminário, que se estendeu por dois dias, outros professores fizeram palestras sobre temas ligados à obra de Paulo Freire.

Interessante, por exemplo, saber que a professora Anne Hickling-Hudson, jamaicana que mora na Austrália há muitos anos (é professora da ANU), conheceu e trabalhou com Freire num workshop educacional durante a revolução na Ilha de Granada, em 1980, antes da invasão dos Estados Unidos...

Ou, então, a palestra da Professora Gerda Roelvink, da Nova Zelândia, que participou do Fórum Social de Porto Alegre em 2005. E essa participação transformou-se em tema de doutorado.

No dia 10, terça-feira passada, o padre Pedrinho Guareschi voltou a falar ao público australiano em grande auditório localizado no belíssimo campus da ANU. Desta vez, sobre a Teologia da Libertação.

Depois da palestra, John Minns mostrou o filme mexicano "O Crime do Padre Amaro", no qual um dos personagens é um padre católico praticante da Teologia da Libertação.

Mais uma vez, foi grande o intersse da platéia, que pode aprender e conhecer um pouco como se desenvolveu aquele importante movimento católico na América Latina.

Fica, assim, ao Pedrinho, bem como a outros brasileiros estudiosos e de bom coração que saem pelo mundo a divulgar aspectos importantes da cultura brasileira, o respeito e a homenagem desta coluna. E... aquele abraço!

16:57
Anónimo disse...
Amanda Kitts perdeu o braço esquerdo em um acidente de automóvel acontecido três anos atrás, mas hoje em dia ela joga futebol americano com seu filho de 12 anos de idade, troca fraldas e abraça as crianças nas três creches Kiddie Cottage que opera em Knoxville, Tennessee. Kitts, 40 anos, faz tudo isso com a ajuda de um novo tipo de braço artificial que se movimenta com mais facilidade do que outros aparelhos e que ela pode controlar utilizando apenas seus pensamentos.

"Eu sou capaz de mexer a mão, o pulso e o cotovelo ao mesmo tempo", diz. "Você pensa e os músculos se movem em seguida".

A recuperação que ela conseguiu resulta de um novo procedimento que vem atraindo crescente atenção porque permite que pessoas movam braços protéticos de forma mais automática do que faziam no passado, simplesmente utilizando nervos reaproveitados em seus cérebros.

A técnica, conhecida como "renervação muscular dirigida", envolve utilizar os nervos que restam depois da amputação de um braço e conectá-los a outro músculo do corpo, em geral no peito. Eletrodos são instalados sobre os músculos do peito, e operam como se fossem antenas. Quando a pessoa deseja mover o braço, o cérebro envia sinais que primeiro resultam em contração dos músculos do peito, os quais enviam um sinal ao braço protético, instruindo-se a se movimentar. O processo não requer mais esforços consciente do que a pessoa teria de exercitar caso ainda tivesse seu braço natural.

Na terça-feira, pesquisadores reportaram em estudo publicado pela versão online do Journal of the American Medical Association que haviam levado a técnica ainda mais à frente, tornando possível a execução de 10 movimentos de mão, pulso e cotovelo diferentes, o que representa uma substancial melhora com relação ao típico repertório protético, que em geral envolve apenas dobrar o cotovelo, girar o pulso e abrir a mão.

"Os novos métodos tiveram impacto dramático em nosso campo de trabalho", disse Stuart Harshbarger, engenheiro biomédico na Universidade Johns Hopkins e diretor do programa de pesquisa sobre próteses, financiado pelas forças armadas, que inclui o trabalho com essa técnica. "O método já está em uso por médicos e cirurgiões comuns em todo o país. A capacidade de controlar um membro protético bastante robusto que ele confere surpreendeu a todos pela qualidade".

Tipicamente, uma pessoa que tenha um braço protético só é capaz de executar alguns poucos movimentos, e muitas vezes com tamanha lentidão que isso só permite a ela atividades limitadas.

Há um motor separado para cada movimento, diz Gerald Loeb, professor de engenharia biomédica na Universidade do Sul da Califórnia, "e esses motores precisam ser controlados de maneira explícita", usualmente por um esforço consciente da pessoa para contrair músculos nas costas ou no bíceps.

"Essencialmente, até agora os pacientes controlavam apenas um motor de cada vez", diz Loeb, "e precisavam pensar cuidadosamente sobre que motor desejavam controlar e como fazê-lo operar, em lugar de simplesmente pensarem em mover o braço e poderem fazê-lo sem delongas".

Antes que Kitts passasse pelo procedimento de renervação, em outubro de 2007, por exemplo, ela precisava movimentar os músculos de suas costas de determinada maneira para fazer com que seu pulso girasse, e flexionar seu bíceps e tríceps para fazer com que o cotovelo se movesse para cima e para baixo. "Era muito trabalho", ela conta. "E não me ajudava muito".

O procedimento de renervação é parte de uma recente explosão de idéias novas e técnicas inovadoras que estão sendo exploradas enquanto os cientistas se esforçam por ajudar as pessoas a compensar melhor a perda de membros ou problemas de paralisia. O esforço vem sendo alimentado pelo aumento no número de amputações causado por diabetes e por ferimentos sofridos pelos militares, e ao mesmo tempo pelos avanços na tecnologia médica.

Os braços se tornaram um dos focos essenciais desse tipo de trabalho. A ciência há muito vem obtendo sucessos no desenvolvimento de próteses de perna, mas é muito mais difícil imitar a complexidade e a destreza das mãos e dos braços.

Os esforços em curso incluem o desenvolvimento de projetos de pele e braços mais sensíveis e mais flexíveis, e o uso de dispositivos acionados por controles sem fio implantado nos braços protéticos, que permitiriam movimentos mais naturais.

Os pesquisadores também vêm usando sensores implantados nos cérebros de cobaias para permitir que dois macacos controlem um braço mecânico, e um teste com um homem paralítico permitiu, com esse método, que ele movimentasse um cursor em uma tela de computador.

Alguns desses métodos, caso venham a ser aperfeiçoados plenamente e consigam aprovação das autoridades regulatórias da saúde, podem no futuro se tornar mais viáveis para os pacientes de amputações.

E embora a técnica da renervação não requeira aprovação das autoridades regulatórias porque é executada por meios cirúrgicos e emprega aparelhos já existentes, ela apresenta limitações que até mesmo seus criadores reconhecem, entre as quais o fato de que não se pode utilizá-la para todos os pacientes, o seu alto custo e o prazo de meses requerido para que os nervos reconectados cresçam e se tornem efetivos.

Ainda assim, os especialistas dizem que é o mais avançado sistema em uso hoje para pacientes reais que permite que o sistema nervoso controle diretamente o movimento de um braço artificial.

Desde sua introdução por Todd Kuiken, médico fisioterapeuta e engenheiro biomédico do Instituto de Reabilitação de Chicago, o método foi empregado em cerca de 30 pacientes nos Estados Unidos, Canadá e Europa, entre os quais oito soldados feridos no Iraque e no Afeganistão.

Muitos dos pacientes, entre os quais o primeiro, Jesse Sullivan, um operário do setor elétrico no Tennessee que perdeu os dois braços quando foi eletrocutado por um cabo, conseguem não apenas manipular seus braços protéticos mas sentir a presença das mãos que já não têm quando alguém toca em seus peitos.

Sullivan, 62 anos, e Kitts, estavam entre os cinco pacientes que participaram do estudo reportado na terça-feira. Em companhia de cinco outras pessoas que não passaram por amputações, eles receberam os eletrodos e foram instruídos a usar pensamentos para fazer com que um braço virtual na tela reproduzisse 10 movimentos diferentes, entre os quais três formas diferentes de aperto de mão.

Os pacientes apresentaram desempenho bastante respeitável, apenas um pouco mais lento e menos preciso do que os dos participantes que não tinham amputações.

"As velocidades de movimento que encontramos em nossos pacientes foram realmente encorajadoras", disse Kuiken. "Eles conseguiram completar a tarefa. É claro que não foram tão competentes quanto as pessoas dotadas de plena capacidade física, mas foram bons o bastante".

Um braço virtual foi usado porque a maioria das próteses existentes não era capaz de acomodar todos aqueles movimentos, no momento da pesquisa, ainda que Sullivan, Kitts e uma terceira paciente, Claudia Mitchell, tenham experimentado dois novos protótipos mais versáteis de braços artificiais, executando tarefas complexas com bolas de tênis e outros objetos.

O trabalho de renervação em soldados apresenta outros desafios, diz Kuiken, porque os ferimentos militares muitas vezes "causam danos muitos extensos" a nervos, músculos ou ossos.

Daniel Acosta, 25 anos, um aviador ferido pela detonação de uma bomba em uma estrada do Iraque em 2005, passou pelo procedimento no ano passado e diz que seu braço esquerdo protético agora se movimenta "muito mais rápido" e de maneira muito mais natural.

"A diferença é que agora não preciso mais pensar para mover o braço", ele diz. "Ele simplesmente se mexe".

Ainda assim, Acosta, de San Antonio, diz que "o processo foi bastante longo" e que os eletrodos precisam ser ajustados para receber os sinais à medida que os nervos crescem ou mudam de posição.

E embora elogiem o método, os especialistas afirmam que a ciência das próteses de braço ainda tem muito por avançar.

"Trata-se de uma parte crucial, mas ainda assim apenas uma parte, das muitas coisas que compreendem a função normal de um braço", disse Loeb, que escreveu um editorial que acompanha o artigo no Journal of the American Medical Association.

"No momento estamos a meio do caminho entre o braço de 'Dr. Fantástico', que fazia involuntariamente a saudação nazista, e o braço de Luke Skywalker em 'Guerra nas Estrelas', que funciona sem nenhum problema assim que é conectado. Creio que precisaremos ainda de muitos anos para conectar todas as peças necessárias a produzir um braço capaz de funcionar normalmente".

17:04
Anónimo disse...
A Espanha disse neste sábado que está preparando uma reclamação oficial contra a decisão da Venezuela de expulsar um membro do Parlamento Europeu que criticou o conselho eleitoral venezuelano.
Luis Herrero, membro do partido conservador espanhol PP, foi deportado na sexta-feira depois que o Conselho Nacional Eleitoral (CNE) o acusou de questionar a imparcialidade da instituição antes de um referendo que pode permitir ao presidente Hugo Chávez permanecer no cargo indefinidamente.

Herrero estava na Venezuela como observador do referendo. Ele acusou Chávez de ter "comportamentos típicos de um ditador" por pedir a contenção de manifestações da oposição.

O governo da Espanha convocou um encontro com o embaixador da Venezuela em Madri para expressar a desaprovação sobre a expulsão de Herrero, disse um representante do Ministério das Relações Exteriores espanhol.

As relações da Venezuela com a Espanha tiveram seu ponto crítico em 2007, quando Chávez ameaçou rever acordos diplomáticos e comerciais depois de ouvir um "cala a boca" do rei espanhol Juan Carlos durante uma cúpula.

A fenda foi oficialmente reparada em 2008, com uma visita oficial de Chávez à Espanha, onde ele cumprimentou o rei e discutiu acordos para investimento no setor petroquímico com o primeiro-ministro José Luis Rodriguez Zapatero.

17:06
Anónimo disse...
A polícia do Zimbábue anunciou neste sábado que acusa de traição Roy Bennett, dirigente do até agora opositor Movimento para a Mudança Democrática (MDC), detido na sexta-feira, em Harare, poucas horas antes da cerimônia de posse dos membros do novo gabinete.

"A Polícia nos informou que vão apresentar acusações de traição", disse à agência EFE o advogado de defesa de Bennett, Trust Maanda.

"Tentam relacionar Roy com o caso de Mike Hitschmann, que foi detido em 2006 em relação à descoberta de um carregamento de armas, apesar de que Hitschmann não tenha sido declarado culpado das acusações de traição apresentadas contra ele, mas de um crime menor de descumprimento de leis", disse Maanda.

O político opositor, designado por seu partido como vice-ministro de Agricultura no Governo de união nacional, esteve no exílio na vizinha África do Sul desde 2006 e retornou ao Zimbábue há duas semanas.

Segundo a Polícia, que deteve Bennett ontem no aeroporto de Harare quando pretendia ir à África do Sul para visitar sua família, as armas apreendidas em 2006 seriam utilizadas em um golpe de Estado para derrubar o presidente do Zimbábue, Robert Mugabe.

Depois da detenção, Bennet foi levado a Mutar, onde vários simpatizantes do MDC se concentraram em frente à delegacia na qual estava detido, diante do que a Polícia respondeu com tiros para o alto para dispersar os manifestantes.

17:07
Anónimo disse...
Austrália: 14 mil se candidatam a 'emprego dos sonhos'

A secretaria de Turismo de Queensland, na Austrália, informou que até esta segunda-feira já recebeu cerca de 14 mil inscrições para o "o melhor emprego do mundo". O Estado australiano promove pela internet seleção para vaga de "zelador" da ilha Hamilton, por seis meses com um salário de R$ 40 mil.

Muitos candidatos tiveram problemas durante a inscrição por conta dos acessos simultâneos ao site. A secretaria aconselha enviar os vídeos de 60s explicando porque deve ser escolhido em horários alternativos do dia, além de recomendar tamanho em torno de 40MB.

As inscrições começaram em 12 de janeiro e vão até o próximo dia 22 e podem ser feitas pelo site www.islandreefjob.com. O governo australiano escolherá 50 candidatos para a próxima fase da seleção, que terá votos do público para eleger um dos 11 finalistas.

A última fase terá entrevistas e desafios físicos, no próprio local de trabalho: as ilhas da Grande Barreira Coralina - o maior recife de coral do mundo. A secretaria de Turismo anunciará o vencedor no dia 6 de maio.

17:09
Anónimo disse...
Mercado elogia governo na crise, mas pede maior queda no juro

Peter Fussy
Direto de São Paulo

Desde as primeiras medidas anunciadas para combater os efeitos da crise, o governo brasileiro avisou que a estratégia não contemplaria um pacote. Seriam doses pontuais, de acordo com a necessidade da economia diante do agravamento das turbulências. Da primeira liberação dos depósitos compulsórios em setembro até a ampliação do seguro-desemprego na última quarta-feira, o governo passou por redução de impostos, ampliação de crédito e incentivos à exportação. Quase 150 dias após a primeira medida, o Terra conversou com líderes do setor público e privado, representantes dos trabalhadores, acadêmicos e com o próprio governo para saber quais destas ações foram mais eficazes, quais foram mais ineficientes e o que mais pode ser feito pelo Estado brasileiro contra a crise.

Os maiores elogios foram direcionados à atitude de reduzir o Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) para a indústria automobilística, anunciada em dezembro e que fez com que os emplacamentos de carros novos subissem 1,9% no primeiro mês do ano em relação a dezembro de 2008. Já as maiores críticas foram para a lentidão no corte da taxa básica de juro do País.

Para o presidente do conselho administrativo do Grupo Pão de Açúcar, Abílio Diniz, o Estado não é responsável pela crise e mesmo assim está agindo "com extrema serenidade e muito acerto". "O governo está atento, fazendo a sua parte. É preciso coragem de baixar firmemente a taxa de juros. É uma arma que temos a nosso favor, já que não há clima para inflação, nem possibilidade de danos para a macroeconomia", afirmou Diniz.

Na última reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), em janeiro, a taxa Selic foi reduzida em um ponto percentual, de 13,75% para 12,75% ao ano. Porém, o professor de economia da Universidade de Brasília (UnB) José Luiz Oreiro lembra que este corte representa uma redução de apenas 0,25 ponto percentual com relação à taxa de setembro do ano passado, quando a crise se agravou.

"Pouco antes da eclosão da crise, o Banco Central aumentou a taxa em 0,75 ponto. Foram cinco meses de demora para reduzir em termos líquidos apenas 0,25 ponto", afirmou o economista, que também sugeriu redução do intervalo de cerca de 90 dias entre as reuniões do Copom e o corte de pelo menos um 1 ponto percentual em cada reunião.

Mesmo com o corte de janeiro, a taxa de juros real continua sendo a maior do mundo, lembrou o secretário-geral da Força Sindical, João Carlos Gonçalves, o Juruna. "A redução da taxa de juro ainda é pequena, porque ela continua uma das mais altas do mundo. Falta ousadia para baixar os juros e ajudar o cidadão. A permanência da taxa de juro alta é negativa para o País em meio a crise", afirmou Juruna.

Embora aprove as ações do governo, o senador Aloízio Mercadante (PT-SP) também acredita que o patamar da Selic está muito alto. "Sempre fomos os primeiros a entrar em qualquer crise, o que não aconteceu agora. A taxa Selic ainda é muito alta, mas o governo têm tomado medidas acertadas, como o aumento do salário mínimo, mesmo com um cenário de crise. Isso ajuda a movimentar o consumo. O governo está se esforçando para manter os investimentos e o crescimento", disse.

Tributos
De acordo com o economista Fabio Pina, da Fecomercio-SP, as ações mais positivas estão relacionadas à redução de tributos para alguns segmentos, como a indústria automobilística, que recuperou parte da queda nas vendas em janeiro com a isenção do IPI para carros 1.0 l e o corte para demais motorizações. A medida vale até o final de março.

"Essas medidas não só reduziram o preço, mas anteciparam o consumo daqueles que iriam comprar no futuro, dando um prêmio por conta da insegurança. Mexe diretamente com o principal problema que é a confiança do consumidor", afirmou. Juruna destacou que um bom ritmo de vendas é garantia de emprego. "É importante porque cada emprego na montadora significa 19 na cadeia produtiva", comentou o representante da Força Sindical.

Também em dezembro, o governo decidiu cortar pela metade a alíquota do Imposto de Renda para contribuintes que ganham entre R$ 1.434 e R$ 2.150 mensais. "O salário aumentava e a tabela não se modificava. As pessoas ganhavam mais e pagavam mais impostos", apontou Juruna. Outra redução de tributos do governo foi com relação ao Imposto sobre Operações Financeiras (IOF), que caiu de 3% ao ano para 1,5%.

Crédito
Na segunda metade de 2008, o colapso de bancos nos Estados Unidos por conta da crise do subprime provocou uma forte restrição de crédito no mundo inteiro. Uma das primeiras medidas anticrise do governo teve como objetivo restabelecer a oferta, com mudanças no recolhimento dos depósitos compulsórios por parte dos bancos. Segundo o presidente do Banco Central, Henrique Meirelles, as diversas modificações liberaram US$ 99,2 bilhões aos bancos até o final de janeiro.

Além disso, o governo concedeu R$ 36 bilhões das reservas internacionais para empresas brasileiras com dívidas no exterior e uma medida provisória autorizou o Banco do Brasil e a Caixa Econômica Federal a comprar carteiras de crédito de bancos privados. Para o diretor do Departamento de Pesquisas e Estudos Econômicos da Fiesp, Paulo Francini, estas medidas foram essenciais para combater os efeitos da crise.

"A crise se desenvolve no mundo em torno do tema crédito. E o crédito reduziu-se barbaridade no mundo. Então o governo lança mão de compulsório, lança mão de reservas, de medidas que permitem aos bancos comprar carteiras de bancos. Você vai tomando várias medidas para atender às demandas e o epicentro disso é crédito", afirmou.

No entanto, Oreiro, da UnB, adverte que a liberação dos compulsórios seria mais eficiente acompanhada de redução mais agressiva da taxa básica de juro. "Uma parte do crédito voltou, depois da forte retração em outubro e novembro. O que deveria ter sido feito junto à liberação do compulsório era uma redução mais drástica da taxa de juro. Sem isso, os bancos pegam as reservas e acabam comprando títulos públicos", explicou o economista.

Na opinião de Pina, as ações de distribuição de crédito via redução do compulsório e a disposição de capital de giro para empresas foram tomadas sem um cuidado maior na operação e não tiveram muito efeito. "O BNDES tem linhas que ficam paradas quase todo o ano, agora é pior ainda. Existem os recursos, mas as empresas e os bancos estão desconfiados. É preciso fazer com que os bancos tenham interesse em emprestar", afirmou o economista da Fecomercio-SP.

Futuro
Mesmo com todas essas medidas, a crise financeira ainda gera incertezas nos setores produtivos do País. Nos últimos meses, o medo do desemprego fez os consumidores adiarem compras. Por sua vez, a queda nas vendas pode obrigar as indústrias a cortarem a produção e demitir funcionários. Contra isso, empresários sugerem redução de jornada e de salários.

"Isto está previsto em lei. A Fiesp simplesmente manteve conversações com entidades sindicais quanto à aplicação daquilo que já está previsto em lei", afirmou Francini.

Segundo a ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff, uma das medidas que assegura um nível de emprego é a manutenção de investimentos no Programa de Aceleração do Crescimento (PAC). "Estamos esperando que a dificuldade ocorra em janeiro, fevereiro e março. Estamos certos que vamos manter o nível de investimento. É isso que funciona, é isso que significa investimento público. Ele funciona como um colchão. Por isso, nós colocamos R$ 100 bilhões no BNDES e a Petrobras ampliou o seu investimento em R$ 120 bilhões", afirmou.

Na mesma linha, Pina explica que a antecipação de gastos do governo substitui parte da demanda retraída do setor privado. "Ele dá o seguinte recado: não vou estourar as contas públicas, mas concentrar em um momento em que a demanda privada está pequena. Mas o governo não tem fôlego suficiente para fazer o papel de toda demanda", ressaltou. O economista da Fecomercio lembrou que a entidade já pleiteou junto ao governo isenções para transferência de imóveis e de automóveis, além de retirar o IPVA para veículos novos.

Já Oreiro foca suas propostas na capitalização do Banco do Brasil e da Caixa Econômica Federal pelo Tesouro para atender a demanda de crédito para capital de giro e reduzir o spread. "Aumentando o empréstimo e reduzindo as taxas, os dois vão forçar os bancos privados a acompanhar o movimento, até para não perderem participação no mercado", explicou o economista da UnB.

Até o Carnaval, o governou prometeu detalhar um pacote de incentivos para a construção de até um milhão de casas populares, direcionado a famílias com renda de até dez salários mínimos. "Estamos atentos a tudo o que está acontecendo e novas medidas serão tomadas caso haja uma avaliação de que sejam necessárias", disse o ministro da Fazenda, Guido Mantega, na última sexta-feira.

17:11
Anónimo disse...
Ex-ministro critica extensão do seguro-desemprego

Atualizada às 09h03

O ex-ministro do Trabalho Almir Pazzianotto criticou a decisão do governo federal de conceder o seguro-desemprego estendido a apenas alguns setores. "É certamente odioso e provavelmente inconstitucional", disse Pazzianotto, de acordo com o jornal O Estado de S. Paulo.

Na última qurta, dia do anúncio da medida, centrais sindicais elogiaram a atitude do governo. A Força Sindical divulgou nota dizendo que "o aumento ajudará a aquecer parte da economia, já que irá gerar mais consumo, produção e conseqüentemente, a criação de novos postos de trabalho". A União Geral dos Trabalhadores (UGT) afirmou que a medida "contribuirá para minimizar o drama dos trabalhadores que perderem seu emprego por conta da crise".

O ex-ministro, que instituiu o seguro-desemprego no País no governo de José Sarney, destacou a necessidade de as centrais sindicais se manifestarem contra a determinação. Para ele, as mudanças devem ser aplicadas a todas as categorias profissionais e a distinção é contrária ao artigo 3º da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT).

Pazzianotto atribui a medida a um possível temor do governo de que a crise econômica seja longa e não haja dinheiro para atender a todas as necessidades. Ainda assim, ele se mostra contrário ao método de concessão. "O seguro-desemprego ajuda a sanar necessidades básicas. Estendê-lo é paliativo, não a solução", disse ao jornal.

De acordo com o presidente do Conselho Deliberativo do Fundo de Amparo ao Trabalhador (Codefat) e conselheiro da Força Sindical, Luiz Fernando Emediato, a determinação já estava prevista na lei 8.900/94, que trata do seguro-desemprego.

O presidente da Comissão de Trabalho da Câmara, Pedro Fernandes (PTB-MA) vai além na crítica à concessão do seguro para apenas alguns setores. Ele acredita que a ampliação do benefício estimula o desemprego.

Quintino Severo, secretário geral da Central Única dos Trabalhadores (CUT), lembra que a ampliação do benefício sem critério e identificação pode incentivar demissões em outros setores.

17:13
Anónimo disse...
Empresas
TAM faz promoção para destinos internacionais

A companhia aérea TAM anunciou nesta sexta-feira tarifas promocionais para trechos internacionais. Os preços valem para bilhetes comprados entre 6h deste sábado e 23h59 deste domingo e são válidos para classe econômica. As tarifas, para ida e volta, serão vendidas a partir de US$ 99, mais taxas.

Segundo a aérea, a promoção vale para viagens feitas no período de 14 de fevereiro a 18 de junho de 2009. Para destinos na América do Sul, a permanência mínima é de dois dias; para bilhetes com destino nos Estados Unidos, cinco dias; e Europa, sete dias. A permanência máxima para as passagens para América do Sul e EUA é de dois meses e para Europa, três meses.

Entre os exemplos de tarifas promocionais, a TAM oferece São Paulo-Lima por US$ 99. Bilhetes para a rota São Paulo-Santiago serão vendidos a partir de US$ 199 e São Paulo-Nova York, US$ 799.

A emissão dos bilhetes deve ser feita obrigatoriamente no ato da reserva, obedecendo às regras estipuladas pela companhia. A compra está sujeita à disponibilidade de assentos nas classes tarifárias determinadas, trechos, horários e datas. A TAM afirmou que também há tarifas promocionais para a classe executiva.

Mais informações podem ser encontradas no site promocional (www.ofertastam.com.br), no site da empresa (www.tam.com.br) ou pelos telefones 4002-5700 ou 0800 5705700.

17:13
Anónimo disse...
Empresas
Consultoria negocia compra do parque temático Hopi Hari

A consultoria especializada em reestruturação de empresas Íntegra Associados informou nesta sexta-feira ter um acordo para comprar o parque de diversões Hopi Hari, localizado no interior de São Paulo. A empresa estaria disposta a investir R$ 10 milhões no parque, que tem dívida estimada em R$ 800 milhões. As informações são da edição deste sábado do jornal Folha de S. Paulo.

De acordo com o jornal, a transação ainda depende da negociação entre o Hopi Hari e seus credores, o que já estaria em andamento.

A consultoria paulista já atuou junto à Parmalat, durante 30 meses, quando reorganizou a gestão da empresa italiana.

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17:14
Anónimo disse...
Empresas
Disney de Tóquio contratará mais 2 mil apesar da crise


A Oriental Land, o operador da Disneylândia Tóquio e DisneySea, organizou neste domingo entrevistas para contratar cerca de 2 mil trabalhadores em tempo parcial, em um momento de grandes demissões deste tipo de empregados no Japão.

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O operador deste parque temático, situado em Urayasu, na província de Chiba (leste de Tóquio), está em pleno processo de seleção de empregados para 20 tipos de postos trabalhistas diferentes.

Segundo a companhia, citada pela agência local de notícias Kyodo, o parque contratará novos trabalhadores para as atrações, para os restaurantes e guardas de segurança entre outros. Os novos contratados começarão a trabalhar a partir de fevereiro.

O processo de seleção acontece em um momento em que a maioria das grandes companhias japonesas começaram a se ver obrigadas a despedir uma elevada percentagem de seus trabalhadores temporários e a tempo parcial.

Algumas inclusive anunciaram demissões de seus trabalhadores fixos, uma medida muito pouco comum nas companhias japonesas, perante os efeitos piores que o esperado pela crise econômica global.

Cerca de uma centena de pessoas esperavam desde a primeira hora desta manhã a abertura do centro de conferências Tokyo International Forum, onde as entrevistas estão sendo feitas, para ser os primeiros a solicitar os postos de trabalho.


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17:15
Anónimo disse...
Economia Internacional
Senado dos EUA aprova plano de estímulo à economia

O Senado dos Estados Unidos aprovou com 60 votos a favor e 38 contra o plano de estímulo à economia de US$ 787 bilhões na madrugada deste sábado. Agora, ele segue para sanção ou veto do presidente Barack Obama, que espera colocar a lei em prática até o dia 16 de fevereiro.

O plano prevê a criação de três milhões de empregos, inclui cortes de impostos às famílias, fundos para programas sociais e obras públicas, além de ajuda aos governos estaduais, estudantes e desempregados.

A cláusula Buy American - que exige o uso de ferro, aço e produtos manufaturados dos Estados Unidos em obras realizadas com recursos do pacote - ficou de lado. Segundo o texto definitivo, a cláusula será aplicada sem violar as normas do comércio internacional.

Ontem à tarde, a Câmara de Representantes (deputados) havia aprovado, por 246 votos a favor e 183 contra, a versão final do plano. Todos os republicanos foram contrários ao pacote.

Pelo acordo de quarta-feira entre Câmara e Senado, em vez de custar US$ 819 bilhões, como queriam os deputados, ou US$ 838 bilhões como pretendiam os senadores, o pacote ficou em cerca de US$ 787 bilhões, com 65% desse total destinado a gastos do governo federal e 35%, a créditos tributários.

17:16
Anónimo disse...
Economia nacional
Na era Lula, aposentadoria sobe 54% menos que salário mínimo

Thatiane Faria
Especial para o Terra
Direto de São Paulo

Os índices de reajustes concedidos pelo governo em 2009 para aposentados e pensionistas e para o salário mínimo repetiram uma diferença que, só durante o governo de Luiz Inácio Lula da Silva, já chega a 54%. Enquanto o mínimo foi majorado em 12% este ano, as pensões e aposentadorias tiveram aumento de 5,92%. Aposentados que têm o benefício do governo como única fonte de renda reclamam que perdem poder de compra e que sua cesta de compras é composta por itens que aumentam mais em relação à inflação oficial.

Um exemplo prático pode ser entendido a partir da comparação entre um aposentado que ganhava R$ 600 em janeiro de 2003. Na época, o benefício era três vezes, ou 200%, maior que o valor do mínimo em vigência, que era de R$ 200. Aplicando-se os índices de reajuste para aposentadorias e para o mínimo durante os últimos seis anos, o mesmo aposentado estaria recebendo hoje R$ 938,47, comparado a um salário mínimo de R$ 465. A diferença entre os dois valores caiu para pouco mais de 100%.

Enquanto o índice acumulado de reajuste para a aposentadoria durante o governo Lula foi de 60%, para o salário mínimo está em 132%.

O diretor do Sindicato Nacional dos Aposentados, João Inocentini, reclama que os valores dos benefícios para aposentadorias não mantêm o poder de compra do grupo, principalmente dos aposentados que recebem menos que dez salários mínimos.

Nem mesmo o fato de o índice de reajuste das aposentadorias ter ficado acima da inflação acumulada no mesmo período (o IPCA entre janeiro de 2003 e janeiro de 2009 foi de 39,7%) serve de argumento, segundo os aposentados.

"Os idosos, principalmente, têm gastos além das contas gerais como gás, telefone e aluguel. Para eles o custo com remédios, e outros itens da área saúde costuma ser maior", afirmou Inocentini.

O presidente do sindicato afirmou que o grupo realiza um estudo com 100 itens de necessidade de um idoso para comparar o aumento dos produtos com o índice de reajuste do benefício recebido pelos aposentados.

"Daqui dois meses vamos abrir um processo na Justiça e levar essa pesquisa como prova. Segundo a lei, o governo é obrigado a manter o poder de compra com a aposentadoria", disse Inocentini.

Alternativas
O consultor financeiro Cláudio Boriola diz que os aposentados, especialmente nesse momento de crise econômica, devem evitar compras parceladas, pesquisar preços, negociar e fazer bom planejamento financeiro.

Segundo Boriola, alguns aposentados ganham um valor mensal muitas vezes insuficiente para o pagamento das contas e acabam pedindo crédito ou realizando pagamentos a prazo e são obrigados a pagar juros altos.

Na opinião do consultor, pagar uma previdência privada é uma alternativa indicada para quem ainda trabalha, considerando a característica de perda de poder de compra da aposentadoria.

"Na prática, infelizmente os valores encontram-se em um patamar que está deteriorando o poder de aquisição da população brasileira", completou Boriola.

De acordo com o diretor da Confederação Brasileira de Aposentados e Pensionistas (Cobap), Vicente Fernandes Barbosa, representantes dos aposentados tentarão um encontro com o presidente da Câmara, deputado Michel Temer (PMDB-SP), para discutir projetos que minimizem a perda dos aposentados

17:17
Anónimo disse...
Previdência
Previdência prorroga isenção de tarifas no benefício

O atual sistema de pagamento aos 26 milhões de aposentados e pensionistas do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) será mantido até o final deste ano. O acordo, que permite realizar a operação sem nenhum custo aos beneficiários, foi renovado nesta sexta-feira, entre o governo federal e 21 instituições financeiras.

Por meio desse acordo, vigente desde setembro de 2007, nem os segurados, nem os bancos e nem o governo arcam com o pagamento de tarifas, conforme explicou o ministro da Previdência Social, José Pimentel. A prorrogação vale até dezembro, data máxima para que a Previdência defina as regras para um novo contrato.

Ao assinar o termo de renovação, na sede da Federação Brasileira dos Bancos (Febraban), o ministro disse que a intenção do governo é mudar o atual modelo de gestão visando a reduzir os custos dessas operações em torno da folha mensal, que atinge R$ 15,8 bilhões. No entanto, qualquer alteração, conforme explicou, passará antes por audiências públicas a serem realizadas a partir do segundo semestre deste ano, atendendo a determinação do Tribunal de Contas da União (TCU).

De acordo com Pimentel, com um redesenho do mecanismo de repasse dos recursos aos bancos em torno da folha de pagamento dos segurados o que se busca é um aumento da participação de instituições financeiras. Ele informou que, desde 2007, cada benefício custa em média R$ 1,07 ao governo. "Quanto mais instituições financeiras estiverem prestando serviços à sociedade, maior é a competitividade, a agilidade no atendimento", justificou.

O ministro observou, ainda, que, para permitir uma redução para algo em torno de meia hora no tempo de atendimento para a concessão dos direitos previdenciários, o governo investiu R$ 280 milhões.

Questionado sobre o descontentamento dos segurados que ganham acima de um salário mínimo terem obtido apenas a correção com base na variação do Índice de Preços ao Consumidor (INPC) , ficando abaixo do reajuste dado a quem recebe apenas o mínimo, Pimentel argumentou que o governo seguiu o que determina a lei e descartou a possibilidade de uma revisão

17:17
Anónimo disse...
Empresas
Caterpillar oferece aposentadoria antecipada a 2 mil


A companhia americana Caterpillar ofereceu a cerca de dois mil funcionários incentivos para que se aposentem de forma voluntária antes do previsto, pela perspectiva de uma queda "significativa" da atividade industrial, informou nesta quarta-feira a empresa.

A iniciativa, destinada aos trabalhadores de diversas fábricas em Illinois, Colorado, Tennessee e Pensilvânia, se soma aos cortes de empregos anunciados em janeiro, explicou em comunicado de imprensa.

A empresa, a maior fabricante mundial de maquinaria pesada para a construção e a mineração, acrescentou que, "em função das condições de negócio, podem ser necessárias mais reduções de elenco voluntárias e involuntárias à medida que o ano avança".

O vice-presidente da companhia, Sid Banwart, explicou que a empresa prevê "demissões significativas em todas as regiões geográficas e na maioria dos setores devido às dificuldades da economia mundial".

17:18
Anónimo disse...
Comércio
Comércio exterior da OCDE caiu no 3º trimestre de 2008


As exportações e as importações dos países da Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Econômico (OCDE) caíram 1,6% e 0,2%, respectivamente, no terceiro trimestre de 2008, em relação aos três meses anteriores.

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Trata-se da primeira queda destas atividades desde o terceiro trimestre de 2006, segundo o último relatório trimestral sobre fluxos comerciais divulgado pela OCDE.

As exportações e as importações em dólares dos 30 Estados-membros caíram 15,6% e 17%, respectivamente, na comparação anualizada.

Por sua vez, o comércio dos sete países mais ricos do mundo (G7) teve um pequeno crescimento no terceiro trimestre de 2008 com uma queda das exportações de mercadorias de 0,2% em relação ao trimestre anterior e um aumento de 0,4% das importações.

Em termos anualizados, as importações do G7 caíram 1,4% entre julho e setembro do ano passado, seu primeiro retrocesso desde o terceiro trimestre de 2006, enquanto as exportações aumentaram 1,9%, seu crescimento mais baixo no mesmo tempo.

Por países, a Alemanha aumentou suas importações em 3,4% - valor mais alto do G7 -, enquanto suas exportações caíram 2,9% do segundo para o terceiro trimestre de 2008.

Pelo contrário, as exportações americanas aumentaram 1,8% entre julho e setembro de 2008, enquanto as importações caíram 0,7% em relação ao trimestre anterior. No Japão, tanto as importações quanto as exportações caíram em torno de 1% no mesmo período.

17:19
Anónimo disse...
Economia Nacional
Lula: juros de crédito consignado a aposentados são altos

Atualizada às 17h29

O presidente Luis Inácio Lula da Silva afirmou nesta terça-feira, em São Paulo, que está lutando para reduzir as taxas de juros cobradas de aposentados em crédito consignado. A Previdência Social estabelece uma taxa máxima de 2,5% para empréstimo e de 3,5% para cartão. Para Lula, os valores são altos.

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"Acho que o juro que os aposentados estão pagando hoje com o crédito consignado é alto para o padrão brasileiro", disse o presidente durante a cerimônia de comemoração dos 86 anos do INSS.

A Previdência anunciou nesta terça-feira que aposentados e trabalhadoras com licença-maternidade poderão receber seus benefícios em 30 minutos. De acordo com Lula, em junho, a aposentadoria do trabalhador rural também será conseguida em meia hora.

Além disso, o presidente anunciou que, também em junho, os trabalhadores que alcançarem o direito à aposentadoria passarão a receber em suas casas um comunicado da Previdência informando o fato e o valor do salário que têm direito a receber. "É um comprometimento público que estou fazendo com os companheiros da Previdência Social", disse.

"Estamos retribuindo ao contribuinte da Previdência Social aquilo que é a cidadania que ele tem direito", afirmou Lula. "Se para cobrar nós somos tão precisos, para devolver o dinheiro, temos que chegar próximo à perfeição", completou.

17:20
Anónimo disse...
Economia Nacional
Salário maternidade sairá em 30 minutos, diz ministro

Toda trabalhadora autônoma que tiver contribuído pelo menos 10 meses com o Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) - ou as que possuírem carteira assinada - poderão receber em 30 minutos o salário maternidade a partir desta terça-feira. Da mesma forma, as mulheres com 30 anos de contribuição e os homens com 35 anos também terão direito ao benefício de forma mais rápida. A informação é do ministro da Previdência Social, José Pimentel.

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Para requerer o salário maternidade, é preciso que as autônomas levem a carteira de identidade e o carnê de contribuição. As demais trabalhadoras devem apresentar a identificação e a carteira de trabalho. Desde o início do mês, a nova forma de análise para a concessão de benefícios foi adotada para a aposentadoria por idade do trabalhador urbano e agora foi estendida para o salário maternidade e por tempo de contribuição.

O ministro disse que a qualificação do serviço da previdência social é o reconhecimento do direito dos trabalhadores e da afirmação da cidadania.

"Até pouco tempo na cabeça do cidadão o serviço devia ser de péssima qualidade. Agora não, nós modificamos toda a legislação no mês de dezembro numa ação conjunta do Congresso Nacional com o governo federal. Estamos implantando e concedendo os benefícios em até 30 minutos", afirmou.

O ministro destacou que para conseguir se aposentar ou ter acesso à licença maternidade em 30 minutos, em primeiro lugar, é necessário que o cidadão esteja vinculado à Previdência, o que inclui 65% da população acima de 16 anos de idade.

"Depois bastar marcar pelo sistema 135 o dia e a hora do atendimento e levar a documentação. Se todos os dados necessários estiverem corretos o contribuinte será atendido em até 30 minutos, como vem sendo feito com as aposentadorias por idade desde o dia cinco de janeiro", explicou.

Pimentel disse ainda que em 90% das agências da previdência social o atendimento é marcado em até 48 horas. Nos grandes centros, entretanto existe um volume maior o que torna mais lento o processo.

"Estamos criando mais 715 agências até 2010, em todo o território nacional, para descentralizar o atendimento. Em 2008, atendemos 295 mil benefícios e aposentadorias por idade. Temos 4 mil pessoas por dia procurando e se aposentando por idade no território nacional. Este serviço será agilizado", concluiu.

17:26
Anónimo disse...
Giuseppe Englaro, pai de Eluana, a italiana que morreu na segunda-feira passada por desidratação, recusou uma grande soma de dinheiro de um conhecido fotógrafo italiano que queria retratar a filha em estado de coma, disse neste sábado o neurologista que atendia a mulher desde 1996, Carlo Defanti.

O neurologista, que participou hoje de uma conferência sobre eutanásia, disse que Englaro respeitou a vontade da filha, que, antes do acidente, tinha pedido que, se lhe ocorresse qualquer coisa irreversível, apresentasse sua imagem de quando estava em boas condições.

Antes de sofrer o acidente de trânsito, em 1992, Eluana viveu o coma de um amigo, Alessandro, o que causou forte impacto na italiana e a levou a fazer o pai prometer que não a deixasse viver em estado vegetativo, disse o próprio Giuseppe Englaro.

Defanti, que dissera que Eluana poderia viver de dez a 12 dias depois da suspensão da alimentação e da hidratação, disse que, como médico, tinha que reprovar esta afirmação.

"Não se pode sobreviver após três ou quatro dias sem líquido e, em particular, água em um corpo. Sabemos bem que, quando há um terremoto, após quatro dias é difícil encontrar sobreviventes".

Defanti ressaltou que Eluana "não falava, não se comunicava com o exterior" e que, após vários exames, "nos deparamos com uma moça que tinha perdido a consciência", porque estava com o córtex cerebral prejudicado.

Eluana foi enterrada na quinta-feira passada no túmulo da família na localidade de Paluzza, em Udine, após um funeral que não contou com a presença dos pais.

16:53
Anónimo disse...
Os bombeiros combatem neste sábado os incêndios na Austrália favorecidos pelo bom tempo, enquanto os deslocados encotram em seu retorno casas derruídas, carros queimados nas ruas e destruição.

Depois de sete dias desde que começaram os incêndios no Estado de Victoria, a lista de mortos chega a 181, os desaparecidos somam 50, os edifícios destruídos totalizam 1,834 mil e o terreno arrasado, principalmente florestas, ocupa uma área de 4,13 mil quilômetros quadrados.

As equipes de bombeiros, formadas por 4 mil profissionais de Victoria, de outras partes da Austrália e de países amigos, combateram hoje 12 focos fora de controle e nenhum representava uma ameaça direta para a população.

O subdiretor do Serviço de Bombeiros, Geoff Conway, disse que este tempo favorável, que se prolongará durante o domingo, permite consolidar as linhas de contenção e avançar na extinção das chamas.

Cinzas apareceram arrastadas por ventos do nordeste sobre Melbourne, onde habitam 3,8 milhões de pessoas, e as autoridades alertaram aos cidadãos do risco para a saúde de idosos, crianças e pessoas com problemas respiratórios.

O número de pessoas deslocadas - a Cruz Vermelha chegou a receber 7 mil - começou a cair com a abertura de algumas localidades atingidas.

Os incêndios, alguns criminosos, começaram em 7 de fevereiro, quando a região sul da Austrália estava há duas semanas sob uma onda de calor sem precedentes.

Na sexta-feira passada, a polícia acusou uma pessoa de ter provocado o incêndio que atingiu a localidade de Churchill e matou 21 pessoas.

16:55
Anónimo disse...
A primeira chuva em seis dias reduziu a ameaça de incêndios no Estado de Victoria, ao sul da Austrália. As autoridades, porém, advertiram que ainda existem 12 focos, mas que nenhum deles ameaça áreas povoadas.

Mais de quatro mil bombeiros, mil provenientes de outras partes do país e de outras nações, trabalham contra o fogo. Cerca de 600 veículos e 28 helicópteros e pequenos aviões estão sendo usados.


Eles conseguiram construir linhas de contenção para evitar os incêndios de Yarra e Maroondah se juntassem. Também foram controlados os incêndios abertos de Yea e Murrindindi, que ameaçavam as comunidades de Connellys Creek, Crystal Creek, Scrubby Creek e Native Dog Creek.

O número de mortos chegou a 181, mas as autoridades acreditam que as vítimas devem passar de 200, já que ainda há muitos desaparecidos.

16:55
Anónimo disse...
Aqui nesta coluna, na semana passada, tive a oportunidade de comentar sobre a recente visita do professor brasileiro Pedrinho Guareschi à Austrália. Não dei, porém, os fatos, pois semana passada o assunto era outro.

Hoje, porém, vamos a eles.

No último dia 4 de fevereiro, aconteceu o Seminário "Paulo Freire: Education and Liberation", organizado pelo centro de estudos latino-americanos da Universidade Nacional da Austrália, ou ANU, como é mais conhecida por aqui.

A ANU, para quem não sabe, está entre as 20 melhores universidades do mundo! E tem sede aqui em Camberra, capital da Austrália.

Na abertura do evento, o professor John Minns, diretor do centro latino-americano, ao dar boas-vindas ao público presente, lembrou ser aquele o primeiro seminário exclusivamente dedicado a Paulo Freire na Austrália.

Em seguida, convidou Pedrinho Guareschi, palestrante principal do Seminário, a fazer sua apresentação.

A plateia pode então conhecer, pelas palavras de Pedrinho, um pouco da obra e da vida de Freire, esse brasileiro de fé e valor, que sempre acreditou na educação, sobretudo dos menos favorecidos, analfabetos, como força libertadora.

Como não podia deixar de ser, os conceitos e ideias revolucionários de Paulo Freire, expostos com clareza por Pedrinho, despertaram o interesse e a curiosidade de plateia. A qual, deve-se notar, era na maioria de estudantes, mas de várias nacionalidades, sobretudo australianos e asiáticos.

Na continuação do programa do seminário, que se estendeu por dois dias, outros professores fizeram palestras sobre temas ligados à obra de Paulo Freire.

Interessante, por exemplo, saber que a professora Anne Hickling-Hudson, jamaicana que mora na Austrália há muitos anos (é professora da ANU), conheceu e trabalhou com Freire num workshop educacional durante a revolução na Ilha de Granada, em 1980, antes da invasão dos Estados Unidos...

Ou, então, a palestra da Professora Gerda Roelvink, da Nova Zelândia, que participou do Fórum Social de Porto Alegre em 2005. E essa participação transformou-se em tema de doutorado.

No dia 10, terça-feira passada, o padre Pedrinho Guareschi voltou a falar ao público australiano em grande auditório localizado no belíssimo campus da ANU. Desta vez, sobre a Teologia da Libertação.

Depois da palestra, John Minns mostrou o filme mexicano "O Crime do Padre Amaro", no qual um dos personagens é um padre católico praticante da Teologia da Libertação.

Mais uma vez, foi grande o intersse da platéia, que pode aprender e conhecer um pouco como se desenvolveu aquele importante movimento católico na América Latina.

Fica, assim, ao Pedrinho, bem como a outros brasileiros estudiosos e de bom coração que saem pelo mundo a divulgar aspectos importantes da cultura brasileira, o respeito e a homenagem desta coluna. E... aquele abraço!

16:57
Anónimo disse...
Amanda Kitts perdeu o braço esquerdo em um acidente de automóvel acontecido três anos atrás, mas hoje em dia ela joga futebol americano com seu filho de 12 anos de idade, troca fraldas e abraça as crianças nas três creches Kiddie Cottage que opera em Knoxville, Tennessee. Kitts, 40 anos, faz tudo isso com a ajuda de um novo tipo de braço artificial que se movimenta com mais facilidade do que outros aparelhos e que ela pode controlar utilizando apenas seus pensamentos.

"Eu sou capaz de mexer a mão, o pulso e o cotovelo ao mesmo tempo", diz. "Você pensa e os músculos se movem em seguida".

A recuperação que ela conseguiu resulta de um novo procedimento que vem atraindo crescente atenção porque permite que pessoas movam braços protéticos de forma mais automática do que faziam no passado, simplesmente utilizando nervos reaproveitados em seus cérebros.

A técnica, conhecida como "renervação muscular dirigida", envolve utilizar os nervos que restam depois da amputação de um braço e conectá-los a outro músculo do corpo, em geral no peito. Eletrodos são instalados sobre os músculos do peito, e operam como se fossem antenas. Quando a pessoa deseja mover o braço, o cérebro envia sinais que primeiro resultam em contração dos músculos do peito, os quais enviam um sinal ao braço protético, instruindo-se a se movimentar. O processo não requer mais esforços consciente do que a pessoa teria de exercitar caso ainda tivesse seu braço natural.

Na terça-feira, pesquisadores reportaram em estudo publicado pela versão online do Journal of the American Medical Association que haviam levado a técnica ainda mais à frente, tornando possível a execução de 10 movimentos de mão, pulso e cotovelo diferentes, o que representa uma substancial melhora com relação ao típico repertório protético, que em geral envolve apenas dobrar o cotovelo, girar o pulso e abrir a mão.

"Os novos métodos tiveram impacto dramático em nosso campo de trabalho", disse Stuart Harshbarger, engenheiro biomédico na Universidade Johns Hopkins e diretor do programa de pesquisa sobre próteses, financiado pelas forças armadas, que inclui o trabalho com essa técnica. "O método já está em uso por médicos e cirurgiões comuns em todo o país. A capacidade de controlar um membro protético bastante robusto que ele confere surpreendeu a todos pela qualidade".

Tipicamente, uma pessoa que tenha um braço protético só é capaz de executar alguns poucos movimentos, e muitas vezes com tamanha lentidão que isso só permite a ela atividades limitadas.

Há um motor separado para cada movimento, diz Gerald Loeb, professor de engenharia biomédica na Universidade do Sul da Califórnia, "e esses motores precisam ser controlados de maneira explícita", usualmente por um esforço consciente da pessoa para contrair músculos nas costas ou no bíceps.

"Essencialmente, até agora os pacientes controlavam apenas um motor de cada vez", diz Loeb, "e precisavam pensar cuidadosamente sobre que motor desejavam controlar e como fazê-lo operar, em lugar de simplesmente pensarem em mover o braço e poderem fazê-lo sem delongas".

Antes que Kitts passasse pelo procedimento de renervação, em outubro de 2007, por exemplo, ela precisava movimentar os músculos de suas costas de determinada maneira para fazer com que seu pulso girasse, e flexionar seu bíceps e tríceps para fazer com que o cotovelo se movesse para cima e para baixo. "Era muito trabalho", ela conta. "E não me ajudava muito".

O procedimento de renervação é parte de uma recente explosão de idéias novas e técnicas inovadoras que estão sendo exploradas enquanto os cientistas se esforçam por ajudar as pessoas a compensar melhor a perda de membros ou problemas de paralisia. O esforço vem sendo alimentado pelo aumento no número de amputações causado por diabetes e por ferimentos sofridos pelos militares, e ao mesmo tempo pelos avanços na tecnologia médica.

Os braços se tornaram um dos focos essenciais desse tipo de trabalho. A ciência há muito vem obtendo sucessos no desenvolvimento de próteses de perna, mas é muito mais difícil imitar a complexidade e a destreza das mãos e dos braços.

Os esforços em curso incluem o desenvolvimento de projetos de pele e braços mais sensíveis e mais flexíveis, e o uso de dispositivos acionados por controles sem fio implantado nos braços protéticos, que permitiriam movimentos mais naturais.

Os pesquisadores também vêm usando sensores implantados nos cérebros de cobaias para permitir que dois macacos controlem um braço mecânico, e um teste com um homem paralítico permitiu, com esse método, que ele movimentasse um cursor em uma tela de computador.

Alguns desses métodos, caso venham a ser aperfeiçoados plenamente e consigam aprovação das autoridades regulatórias da saúde, podem no futuro se tornar mais viáveis para os pacientes de amputações.

E embora a técnica da renervação não requeira aprovação das autoridades regulatórias porque é executada por meios cirúrgicos e emprega aparelhos já existentes, ela apresenta limitações que até mesmo seus criadores reconhecem, entre as quais o fato de que não se pode utilizá-la para todos os pacientes, o seu alto custo e o prazo de meses requerido para que os nervos reconectados cresçam e se tornem efetivos.

Ainda assim, os especialistas dizem que é o mais avançado sistema em uso hoje para pacientes reais que permite que o sistema nervoso controle diretamente o movimento de um braço artificial.

Desde sua introdução por Todd Kuiken, médico fisioterapeuta e engenheiro biomédico do Instituto de Reabilitação de Chicago, o método foi empregado em cerca de 30 pacientes nos Estados Unidos, Canadá e Europa, entre os quais oito soldados feridos no Iraque e no Afeganistão.

Muitos dos pacientes, entre os quais o primeiro, Jesse Sullivan, um operário do setor elétrico no Tennessee que perdeu os dois braços quando foi eletrocutado por um cabo, conseguem não apenas manipular seus braços protéticos mas sentir a presença das mãos que já não têm quando alguém toca em seus peitos.

Sullivan, 62 anos, e Kitts, estavam entre os cinco pacientes que participaram do estudo reportado na terça-feira. Em companhia de cinco outras pessoas que não passaram por amputações, eles receberam os eletrodos e foram instruídos a usar pensamentos para fazer com que um braço virtual na tela reproduzisse 10 movimentos diferentes, entre os quais três formas diferentes de aperto de mão.

Os pacientes apresentaram desempenho bastante respeitável, apenas um pouco mais lento e menos preciso do que os dos participantes que não tinham amputações.

"As velocidades de movimento que encontramos em nossos pacientes foram realmente encorajadoras", disse Kuiken. "Eles conseguiram completar a tarefa. É claro que não foram tão competentes quanto as pessoas dotadas de plena capacidade física, mas foram bons o bastante".

Um braço virtual foi usado porque a maioria das próteses existentes não era capaz de acomodar todos aqueles movimentos, no momento da pesquisa, ainda que Sullivan, Kitts e uma terceira paciente, Claudia Mitchell, tenham experimentado dois novos protótipos mais versáteis de braços artificiais, executando tarefas complexas com bolas de tênis e outros objetos.

O trabalho de renervação em soldados apresenta outros desafios, diz Kuiken, porque os ferimentos militares muitas vezes "causam danos muitos extensos" a nervos, músculos ou ossos.

Daniel Acosta, 25 anos, um aviador ferido pela detonação de uma bomba em uma estrada do Iraque em 2005, passou pelo procedimento no ano passado e diz que seu braço esquerdo protético agora se movimenta "muito mais rápido" e de maneira muito mais natural.

"A diferença é que agora não preciso mais pensar para mover o braço", ele diz. "Ele simplesmente se mexe".

Ainda assim, Acosta, de San Antonio, diz que "o processo foi bastante longo" e que os eletrodos precisam ser ajustados para receber os sinais à medida que os nervos crescem ou mudam de posição.

E embora elogiem o método, os especialistas afirmam que a ciência das próteses de braço ainda tem muito por avançar.

"Trata-se de uma parte crucial, mas ainda assim apenas uma parte, das muitas coisas que compreendem a função normal de um braço", disse Loeb, que escreveu um editorial que acompanha o artigo no Journal of the American Medical Association.

"No momento estamos a meio do caminho entre o braço de 'Dr. Fantástico', que fazia involuntariamente a saudação nazista, e o braço de Luke Skywalker em 'Guerra nas Estrelas', que funciona sem nenhum problema assim que é conectado. Creio que precisaremos ainda de muitos anos para conectar todas as peças necessárias a produzir um braço capaz de funcionar normalmente".

17:04
Anónimo disse...
A Espanha disse neste sábado que está preparando uma reclamação oficial contra a decisão da Venezuela de expulsar um membro do Parlamento Europeu que criticou o conselho eleitoral venezuelano.
Luis Herrero, membro do partido conservador espanhol PP, foi deportado na sexta-feira depois que o Conselho Nacional Eleitoral (CNE) o acusou de questionar a imparcialidade da instituição antes de um referendo que pode permitir ao presidente Hugo Chávez permanecer no cargo indefinidamente.

Herrero estava na Venezuela como observador do referendo. Ele acusou Chávez de ter "comportamentos típicos de um ditador" por pedir a contenção de manifestações da oposição.

O governo da Espanha convocou um encontro com o embaixador da Venezuela em Madri para expressar a desaprovação sobre a expulsão de Herrero, disse um representante do Ministério das Relações Exteriores espanhol.

As relações da Venezuela com a Espanha tiveram seu ponto crítico em 2007, quando Chávez ameaçou rever acordos diplomáticos e comerciais depois de ouvir um "cala a boca" do rei espanhol Juan Carlos durante uma cúpula.

A fenda foi oficialmente reparada em 2008, com uma visita oficial de Chávez à Espanha, onde ele cumprimentou o rei e discutiu acordos para investimento no setor petroquímico com o primeiro-ministro José Luis Rodriguez Zapatero.

17:06
Anónimo disse...
A polícia do Zimbábue anunciou neste sábado que acusa de traição Roy Bennett, dirigente do até agora opositor Movimento para a Mudança Democrática (MDC), detido na sexta-feira, em Harare, poucas horas antes da cerimônia de posse dos membros do novo gabinete.

"A Polícia nos informou que vão apresentar acusações de traição", disse à agência EFE o advogado de defesa de Bennett, Trust Maanda.

"Tentam relacionar Roy com o caso de Mike Hitschmann, que foi detido em 2006 em relação à descoberta de um carregamento de armas, apesar de que Hitschmann não tenha sido declarado culpado das acusações de traição apresentadas contra ele, mas de um crime menor de descumprimento de leis", disse Maanda.

O político opositor, designado por seu partido como vice-ministro de Agricultura no Governo de união nacional, esteve no exílio na vizinha África do Sul desde 2006 e retornou ao Zimbábue há duas semanas.

Segundo a Polícia, que deteve Bennett ontem no aeroporto de Harare quando pretendia ir à África do Sul para visitar sua família, as armas apreendidas em 2006 seriam utilizadas em um golpe de Estado para derrubar o presidente do Zimbábue, Robert Mugabe.

Depois da detenção, Bennet foi levado a Mutar, onde vários simpatizantes do MDC se concentraram em frente à delegacia na qual estava detido, diante do que a Polícia respondeu com tiros para o alto para dispersar os manifestantes.

17:07
Anónimo disse...
Austrália: 14 mil se candidatam a 'emprego dos sonhos'

A secretaria de Turismo de Queensland, na Austrália, informou que até esta segunda-feira já recebeu cerca de 14 mil inscrições para o "o melhor emprego do mundo". O Estado australiano promove pela internet seleção para vaga de "zelador" da ilha Hamilton, por seis meses com um salário de R$ 40 mil.

Muitos candidatos tiveram problemas durante a inscrição por conta dos acessos simultâneos ao site. A secretaria aconselha enviar os vídeos de 60s explicando porque deve ser escolhido em horários alternativos do dia, além de recomendar tamanho em torno de 40MB.

As inscrições começaram em 12 de janeiro e vão até o próximo dia 22 e podem ser feitas pelo site www.islandreefjob.com. O governo australiano escolherá 50 candidatos para a próxima fase da seleção, que terá votos do público para eleger um dos 11 finalistas.

A última fase terá entrevistas e desafios físicos, no próprio local de trabalho: as ilhas da Grande Barreira Coralina - o maior recife de coral do mundo. A secretaria de Turismo anunciará o vencedor no dia 6 de maio.

17:09
Anónimo disse...
Mercado elogia governo na crise, mas pede maior queda no juro

Peter Fussy
Direto de São Paulo

Desde as primeiras medidas anunciadas para combater os efeitos da crise, o governo brasileiro avisou que a estratégia não contemplaria um pacote. Seriam doses pontuais, de acordo com a necessidade da economia diante do agravamento das turbulências. Da primeira liberação dos depósitos compulsórios em setembro até a ampliação do seguro-desemprego na última quarta-feira, o governo passou por redução de impostos, ampliação de crédito e incentivos à exportação. Quase 150 dias após a primeira medida, o Terra conversou com líderes do setor público e privado, representantes dos trabalhadores, acadêmicos e com o próprio governo para saber quais destas ações foram mais eficazes, quais foram mais ineficientes e o que mais pode ser feito pelo Estado brasileiro contra a crise.

Os maiores elogios foram direcionados à atitude de reduzir o Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) para a indústria automobilística, anunciada em dezembro e que fez com que os emplacamentos de carros novos subissem 1,9% no primeiro mês do ano em relação a dezembro de 2008. Já as maiores críticas foram para a lentidão no corte da taxa básica de juro do País.

Para o presidente do conselho administrativo do Grupo Pão de Açúcar, Abílio Diniz, o Estado não é responsável pela crise e mesmo assim está agindo "com extrema serenidade e muito acerto". "O governo está atento, fazendo a sua parte. É preciso coragem de baixar firmemente a taxa de juros. É uma arma que temos a nosso favor, já que não há clima para inflação, nem possibilidade de danos para a macroeconomia", afirmou Diniz.

Na última reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), em janeiro, a taxa Selic foi reduzida em um ponto percentual, de 13,75% para 12,75% ao ano. Porém, o professor de economia da Universidade de Brasília (UnB) José Luiz Oreiro lembra que este corte representa uma redução de apenas 0,25 ponto percentual com relação à taxa de setembro do ano passado, quando a crise se agravou.

"Pouco antes da eclosão da crise, o Banco Central aumentou a taxa em 0,75 ponto. Foram cinco meses de demora para reduzir em termos líquidos apenas 0,25 ponto", afirmou o economista, que também sugeriu redução do intervalo de cerca de 90 dias entre as reuniões do Copom e o corte de pelo menos um 1 ponto percentual em cada reunião.

Mesmo com o corte de janeiro, a taxa de juros real continua sendo a maior do mundo, lembrou o secretário-geral da Força Sindical, João Carlos Gonçalves, o Juruna. "A redução da taxa de juro ainda é pequena, porque ela continua uma das mais altas do mundo. Falta ousadia para baixar os juros e ajudar o cidadão. A permanência da taxa de juro alta é negativa para o País em meio a crise", afirmou Juruna.

Embora aprove as ações do governo, o senador Aloízio Mercadante (PT-SP) também acredita que o patamar da Selic está muito alto. "Sempre fomos os primeiros a entrar em qualquer crise, o que não aconteceu agora. A taxa Selic ainda é muito alta, mas o governo têm tomado medidas acertadas, como o aumento do salário mínimo, mesmo com um cenário de crise. Isso ajuda a movimentar o consumo. O governo está se esforçando para manter os investimentos e o crescimento", disse.

Tributos
De acordo com o economista Fabio Pina, da Fecomercio-SP, as ações mais positivas estão relacionadas à redução de tributos para alguns segmentos, como a indústria automobilística, que recuperou parte da queda nas vendas em janeiro com a isenção do IPI para carros 1.0 l e o corte para demais motorizações. A medida vale até o final de março.

"Essas medidas não só reduziram o preço, mas anteciparam o consumo daqueles que iriam comprar no futuro, dando um prêmio por conta da insegurança. Mexe diretamente com o principal problema que é a confiança do consumidor", afirmou. Juruna destacou que um bom ritmo de vendas é garantia de emprego. "É importante porque cada emprego na montadora significa 19 na cadeia produtiva", comentou o representante da Força Sindical.

Também em dezembro, o governo decidiu cortar pela metade a alíquota do Imposto de Renda para contribuintes que ganham entre R$ 1.434 e R$ 2.150 mensais. "O salário aumentava e a tabela não se modificava. As pessoas ganhavam mais e pagavam mais impostos", apontou Juruna. Outra redução de tributos do governo foi com relação ao Imposto sobre Operações Financeiras (IOF), que caiu de 3% ao ano para 1,5%.

Crédito
Na segunda metade de 2008, o colapso de bancos nos Estados Unidos por conta da crise do subprime provocou uma forte restrição de crédito no mundo inteiro. Uma das primeiras medidas anticrise do governo teve como objetivo restabelecer a oferta, com mudanças no recolhimento dos depósitos compulsórios por parte dos bancos. Segundo o presidente do Banco Central, Henrique Meirelles, as diversas modificações liberaram US$ 99,2 bilhões aos bancos até o final de janeiro.

Além disso, o governo concedeu R$ 36 bilhões das reservas internacionais para empresas brasileiras com dívidas no exterior e uma medida provisória autorizou o Banco do Brasil e a Caixa Econômica Federal a comprar carteiras de crédito de bancos privados. Para o diretor do Departamento de Pesquisas e Estudos Econômicos da Fiesp, Paulo Francini, estas medidas foram essenciais para combater os efeitos da crise.

"A crise se desenvolve no mundo em torno do tema crédito. E o crédito reduziu-se barbaridade no mundo. Então o governo lança mão de compulsório, lança mão de reservas, de medidas que permitem aos bancos comprar carteiras de bancos. Você vai tomando várias medidas para atender às demandas e o epicentro disso é crédito", afirmou.

No entanto, Oreiro, da UnB, adverte que a liberação dos compulsórios seria mais eficiente acompanhada de redução mais agressiva da taxa básica de juro. "Uma parte do crédito voltou, depois da forte retração em outubro e novembro. O que deveria ter sido feito junto à liberação do compulsório era uma redução mais drástica da taxa de juro. Sem isso, os bancos pegam as reservas e acabam comprando títulos públicos", explicou o economista.

Na opinião de Pina, as ações de distribuição de crédito via redução do compulsório e a disposição de capital de giro para empresas foram tomadas sem um cuidado maior na operação e não tiveram muito efeito. "O BNDES tem linhas que ficam paradas quase todo o ano, agora é pior ainda. Existem os recursos, mas as empresas e os bancos estão desconfiados. É preciso fazer com que os bancos tenham interesse em emprestar", afirmou o economista da Fecomercio-SP.

Futuro
Mesmo com todas essas medidas, a crise financeira ainda gera incertezas nos setores produtivos do País. Nos últimos meses, o medo do desemprego fez os consumidores adiarem compras. Por sua vez, a queda nas vendas pode obrigar as indústrias a cortarem a produção e demitir funcionários. Contra isso, empresários sugerem redução de jornada e de salários.

"Isto está previsto em lei. A Fiesp simplesmente manteve conversações com entidades sindicais quanto à aplicação daquilo que já está previsto em lei", afirmou Francini.

Segundo a ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff, uma das medidas que assegura um nível de emprego é a manutenção de investimentos no Programa de Aceleração do Crescimento (PAC). "Estamos esperando que a dificuldade ocorra em janeiro, fevereiro e março. Estamos certos que vamos manter o nível de investimento. É isso que funciona, é isso que significa investimento público. Ele funciona como um colchão. Por isso, nós colocamos R$ 100 bilhões no BNDES e a Petrobras ampliou o seu investimento em R$ 120 bilhões", afirmou.

Na mesma linha, Pina explica que a antecipação de gastos do governo substitui parte da demanda retraída do setor privado. "Ele dá o seguinte recado: não vou estourar as contas públicas, mas concentrar em um momento em que a demanda privada está pequena. Mas o governo não tem fôlego suficiente para fazer o papel de toda demanda", ressaltou. O economista da Fecomercio lembrou que a entidade já pleiteou junto ao governo isenções para transferência de imóveis e de automóveis, além de retirar o IPVA para veículos novos.

Já Oreiro foca suas propostas na capitalização do Banco do Brasil e da Caixa Econômica Federal pelo Tesouro para atender a demanda de crédito para capital de giro e reduzir o spread. "Aumentando o empréstimo e reduzindo as taxas, os dois vão forçar os bancos privados a acompanhar o movimento, até para não perderem participação no mercado", explicou o economista da UnB.

Até o Carnaval, o governou prometeu detalhar um pacote de incentivos para a construção de até um milhão de casas populares, direcionado a famílias com renda de até dez salários mínimos. "Estamos atentos a tudo o que está acontecendo e novas medidas serão tomadas caso haja uma avaliação de que sejam necessárias", disse o ministro da Fazenda, Guido Mantega, na última sexta-feira.

17:11
Anónimo disse...
Ex-ministro critica extensão do seguro-desemprego

Atualizada às 09h03

O ex-ministro do Trabalho Almir Pazzianotto criticou a decisão do governo federal de conceder o seguro-desemprego estendido a apenas alguns setores. "É certamente odioso e provavelmente inconstitucional", disse Pazzianotto, de acordo com o jornal O Estado de S. Paulo.

Na última qurta, dia do anúncio da medida, centrais sindicais elogiaram a atitude do governo. A Força Sindical divulgou nota dizendo que "o aumento ajudará a aquecer parte da economia, já que irá gerar mais consumo, produção e conseqüentemente, a criação de novos postos de trabalho". A União Geral dos Trabalhadores (UGT) afirmou que a medida "contribuirá para minimizar o drama dos trabalhadores que perderem seu emprego por conta da crise".

O ex-ministro, que instituiu o seguro-desemprego no País no governo de José Sarney, destacou a necessidade de as centrais sindicais se manifestarem contra a determinação. Para ele, as mudanças devem ser aplicadas a todas as categorias profissionais e a distinção é contrária ao artigo 3º da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT).

Pazzianotto atribui a medida a um possível temor do governo de que a crise econômica seja longa e não haja dinheiro para atender a todas as necessidades. Ainda assim, ele se mostra contrário ao método de concessão. "O seguro-desemprego ajuda a sanar necessidades básicas. Estendê-lo é paliativo, não a solução", disse ao jornal.

De acordo com o presidente do Conselho Deliberativo do Fundo de Amparo ao Trabalhador (Codefat) e conselheiro da Força Sindical, Luiz Fernando Emediato, a determinação já estava prevista na lei 8.900/94, que trata do seguro-desemprego.

O presidente da Comissão de Trabalho da Câmara, Pedro Fernandes (PTB-MA) vai além na crítica à concessão do seguro para apenas alguns setores. Ele acredita que a ampliação do benefício estimula o desemprego.

Quintino Severo, secretário geral da Central Única dos Trabalhadores (CUT), lembra que a ampliação do benefício sem critério e identificação pode incentivar demissões em outros setores.

17:13
Anónimo disse...
Empresas
TAM faz promoção para destinos internacionais

A companhia aérea TAM anunciou nesta sexta-feira tarifas promocionais para trechos internacionais. Os preços valem para bilhetes comprados entre 6h deste sábado e 23h59 deste domingo e são válidos para classe econômica. As tarifas, para ida e volta, serão vendidas a partir de US$ 99, mais taxas.

Segundo a aérea, a promoção vale para viagens feitas no período de 14 de fevereiro a 18 de junho de 2009. Para destinos na América do Sul, a permanência mínima é de dois dias; para bilhetes com destino nos Estados Unidos, cinco dias; e Europa, sete dias. A permanência máxima para as passagens para América do Sul e EUA é de dois meses e para Europa, três meses.

Entre os exemplos de tarifas promocionais, a TAM oferece São Paulo-Lima por US$ 99. Bilhetes para a rota São Paulo-Santiago serão vendidos a partir de US$ 199 e São Paulo-Nova York, US$ 799.

A emissão dos bilhetes deve ser feita obrigatoriamente no ato da reserva, obedecendo às regras estipuladas pela companhia. A compra está sujeita à disponibilidade de assentos nas classes tarifárias determinadas, trechos, horários e datas. A TAM afirmou que também há tarifas promocionais para a classe executiva.

Mais informações podem ser encontradas no site promocional (www.ofertastam.com.br), no site da empresa (www.tam.com.br) ou pelos telefones 4002-5700 ou 0800 5705700.

17:13
Anónimo disse...
Empresas
Consultoria negocia compra do parque temático Hopi Hari

A consultoria especializada em reestruturação de empresas Íntegra Associados informou nesta sexta-feira ter um acordo para comprar o parque de diversões Hopi Hari, localizado no interior de São Paulo. A empresa estaria disposta a investir R$ 10 milhões no parque, que tem dívida estimada em R$ 800 milhões. As informações são da edição deste sábado do jornal Folha de S. Paulo.

De acordo com o jornal, a transação ainda depende da negociação entre o Hopi Hari e seus credores, o que já estaria em andamento.

A consultoria paulista já atuou junto à Parmalat, durante 30 meses, quando reorganizou a gestão da empresa italiana.

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17:14
Anónimo disse...
Empresas
Disney de Tóquio contratará mais 2 mil apesar da crise


A Oriental Land, o operador da Disneylândia Tóquio e DisneySea, organizou neste domingo entrevistas para contratar cerca de 2 mil trabalhadores em tempo parcial, em um momento de grandes demissões deste tipo de empregados no Japão.

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O operador deste parque temático, situado em Urayasu, na província de Chiba (leste de Tóquio), está em pleno processo de seleção de empregados para 20 tipos de postos trabalhistas diferentes.

Segundo a companhia, citada pela agência local de notícias Kyodo, o parque contratará novos trabalhadores para as atrações, para os restaurantes e guardas de segurança entre outros. Os novos contratados começarão a trabalhar a partir de fevereiro.

O processo de seleção acontece em um momento em que a maioria das grandes companhias japonesas começaram a se ver obrigadas a despedir uma elevada percentagem de seus trabalhadores temporários e a tempo parcial.

Algumas inclusive anunciaram demissões de seus trabalhadores fixos, uma medida muito pouco comum nas companhias japonesas, perante os efeitos piores que o esperado pela crise econômica global.

Cerca de uma centena de pessoas esperavam desde a primeira hora desta manhã a abertura do centro de conferências Tokyo International Forum, onde as entrevistas estão sendo feitas, para ser os primeiros a solicitar os postos de trabalho.


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17:15
Anónimo disse...
Economia Internacional
Senado dos EUA aprova plano de estímulo à economia

O Senado dos Estados Unidos aprovou com 60 votos a favor e 38 contra o plano de estímulo à economia de US$ 787 bilhões na madrugada deste sábado. Agora, ele segue para sanção ou veto do presidente Barack Obama, que espera colocar a lei em prática até o dia 16 de fevereiro.

O plano prevê a criação de três milhões de empregos, inclui cortes de impostos às famílias, fundos para programas sociais e obras públicas, além de ajuda aos governos estaduais, estudantes e desempregados.

A cláusula Buy American - que exige o uso de ferro, aço e produtos manufaturados dos Estados Unidos em obras realizadas com recursos do pacote - ficou de lado. Segundo o texto definitivo, a cláusula será aplicada sem violar as normas do comércio internacional.

Ontem à tarde, a Câmara de Representantes (deputados) havia aprovado, por 246 votos a favor e 183 contra, a versão final do plano. Todos os republicanos foram contrários ao pacote.

Pelo acordo de quarta-feira entre Câmara e Senado, em vez de custar US$ 819 bilhões, como queriam os deputados, ou US$ 838 bilhões como pretendiam os senadores, o pacote ficou em cerca de US$ 787 bilhões, com 65% desse total destinado a gastos do governo federal e 35%, a créditos tributários.

17:16
Anónimo disse...
Economia nacional
Na era Lula, aposentadoria sobe 54% menos que salário mínimo

Thatiane Faria
Especial para o Terra
Direto de São Paulo

Os índices de reajustes concedidos pelo governo em 2009 para aposentados e pensionistas e para o salário mínimo repetiram uma diferença que, só durante o governo de Luiz Inácio Lula da Silva, já chega a 54%. Enquanto o mínimo foi majorado em 12% este ano, as pensões e aposentadorias tiveram aumento de 5,92%. Aposentados que têm o benefício do governo como única fonte de renda reclamam que perdem poder de compra e que sua cesta de compras é composta por itens que aumentam mais em relação à inflação oficial.

Um exemplo prático pode ser entendido a partir da comparação entre um aposentado que ganhava R$ 600 em janeiro de 2003. Na época, o benefício era três vezes, ou 200%, maior que o valor do mínimo em vigência, que era de R$ 200. Aplicando-se os índices de reajuste para aposentadorias e para o mínimo durante os últimos seis anos, o mesmo aposentado estaria recebendo hoje R$ 938,47, comparado a um salário mínimo de R$ 465. A diferença entre os dois valores caiu para pouco mais de 100%.

Enquanto o índice acumulado de reajuste para a aposentadoria durante o governo Lula foi de 60%, para o salário mínimo está em 132%.

O diretor do Sindicato Nacional dos Aposentados, João Inocentini, reclama que os valores dos benefícios para aposentadorias não mantêm o poder de compra do grupo, principalmente dos aposentados que recebem menos que dez salários mínimos.

Nem mesmo o fato de o índice de reajuste das aposentadorias ter ficado acima da inflação acumulada no mesmo período (o IPCA entre janeiro de 2003 e janeiro de 2009 foi de 39,7%) serve de argumento, segundo os aposentados.

"Os idosos, principalmente, têm gastos além das contas gerais como gás, telefone e aluguel. Para eles o custo com remédios, e outros itens da área saúde costuma ser maior", afirmou Inocentini.

O presidente do sindicato afirmou que o grupo realiza um estudo com 100 itens de necessidade de um idoso para comparar o aumento dos produtos com o índice de reajuste do benefício recebido pelos aposentados.

"Daqui dois meses vamos abrir um processo na Justiça e levar essa pesquisa como prova. Segundo a lei, o governo é obrigado a manter o poder de compra com a aposentadoria", disse Inocentini.

Alternativas
O consultor financeiro Cláudio Boriola diz que os aposentados, especialmente nesse momento de crise econômica, devem evitar compras parceladas, pesquisar preços, negociar e fazer bom planejamento financeiro.

Segundo Boriola, alguns aposentados ganham um valor mensal muitas vezes insuficiente para o pagamento das contas e acabam pedindo crédito ou realizando pagamentos a prazo e são obrigados a pagar juros altos.

Na opinião do consultor, pagar uma previdência privada é uma alternativa indicada para quem ainda trabalha, considerando a característica de perda de poder de compra da aposentadoria.

"Na prática, infelizmente os valores encontram-se em um patamar que está deteriorando o poder de aquisição da população brasileira", completou Boriola.

De acordo com o diretor da Confederação Brasileira de Aposentados e Pensionistas (Cobap), Vicente Fernandes Barbosa, representantes dos aposentados tentarão um encontro com o presidente da Câmara, deputado Michel Temer (PMDB-SP), para discutir projetos que minimizem a perda dos aposentados

17:17
Anónimo disse...
Previdência
Previdência prorroga isenção de tarifas no benefício

O atual sistema de pagamento aos 26 milhões de aposentados e pensionistas do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) será mantido até o final deste ano. O acordo, que permite realizar a operação sem nenhum custo aos beneficiários, foi renovado nesta sexta-feira, entre o governo federal e 21 instituições financeiras.

Por meio desse acordo, vigente desde setembro de 2007, nem os segurados, nem os bancos e nem o governo arcam com o pagamento de tarifas, conforme explicou o ministro da Previdência Social, José Pimentel. A prorrogação vale até dezembro, data máxima para que a Previdência defina as regras para um novo contrato.

Ao assinar o termo de renovação, na sede da Federação Brasileira dos Bancos (Febraban), o ministro disse que a intenção do governo é mudar o atual modelo de gestão visando a reduzir os custos dessas operações em torno da folha mensal, que atinge R$ 15,8 bilhões. No entanto, qualquer alteração, conforme explicou, passará antes por audiências públicas a serem realizadas a partir do segundo semestre deste ano, atendendo a determinação do Tribunal de Contas da União (TCU).

De acordo com Pimentel, com um redesenho do mecanismo de repasse dos recursos aos bancos em torno da folha de pagamento dos segurados o que se busca é um aumento da participação de instituições financeiras. Ele informou que, desde 2007, cada benefício custa em média R$ 1,07 ao governo. "Quanto mais instituições financeiras estiverem prestando serviços à sociedade, maior é a competitividade, a agilidade no atendimento", justificou.

O ministro observou, ainda, que, para permitir uma redução para algo em torno de meia hora no tempo de atendimento para a concessão dos direitos previdenciários, o governo investiu R$ 280 milhões.

Questionado sobre o descontentamento dos segurados que ganham acima de um salário mínimo terem obtido apenas a correção com base na variação do Índice de Preços ao Consumidor (INPC) , ficando abaixo do reajuste dado a quem recebe apenas o mínimo, Pimentel argumentou que o governo seguiu o que determina a lei e descartou a possibilidade de uma revisão

17:17
Anónimo disse...
Empresas
Caterpillar oferece aposentadoria antecipada a 2 mil


A companhia americana Caterpillar ofereceu a cerca de dois mil funcionários incentivos para que se aposentem de forma voluntária antes do previsto, pela perspectiva de uma queda "significativa" da atividade industrial, informou nesta quarta-feira a empresa.

A iniciativa, destinada aos trabalhadores de diversas fábricas em Illinois, Colorado, Tennessee e Pensilvânia, se soma aos cortes de empregos anunciados em janeiro, explicou em comunicado de imprensa.

A empresa, a maior fabricante mundial de maquinaria pesada para a construção e a mineração, acrescentou que, "em função das condições de negócio, podem ser necessárias mais reduções de elenco voluntárias e involuntárias à medida que o ano avança".

O vice-presidente da companhia, Sid Banwart, explicou que a empresa prevê "demissões significativas em todas as regiões geográficas e na maioria dos setores devido às dificuldades da economia mundial".

17:18
Anónimo disse...
Comércio
Comércio exterior da OCDE caiu no 3º trimestre de 2008


As exportações e as importações dos países da Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Econômico (OCDE) caíram 1,6% e 0,2%, respectivamente, no terceiro trimestre de 2008, em relação aos três meses anteriores.

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Trata-se da primeira queda destas atividades desde o terceiro trimestre de 2006, segundo o último relatório trimestral sobre fluxos comerciais divulgado pela OCDE.

As exportações e as importações em dólares dos 30 Estados-membros caíram 15,6% e 17%, respectivamente, na comparação anualizada.

Por sua vez, o comércio dos sete países mais ricos do mundo (G7) teve um pequeno crescimento no terceiro trimestre de 2008 com uma queda das exportações de mercadorias de 0,2% em relação ao trimestre anterior e um aumento de 0,4% das importações.

Em termos anualizados, as importações do G7 caíram 1,4% entre julho e setembro do ano passado, seu primeiro retrocesso desde o terceiro trimestre de 2006, enquanto as exportações aumentaram 1,9%, seu crescimento mais baixo no mesmo tempo.

Por países, a Alemanha aumentou suas importações em 3,4% - valor mais alto do G7 -, enquanto suas exportações caíram 2,9% do segundo para o terceiro trimestre de 2008.

Pelo contrário, as exportações americanas aumentaram 1,8% entre julho e setembro de 2008, enquanto as importações caíram 0,7% em relação ao trimestre anterior. No Japão, tanto as importações quanto as exportações caíram em torno de 1% no mesmo período.

17:19
Anónimo disse...
Economia Nacional
Lula: juros de crédito consignado a aposentados são altos

Atualizada às 17h29

O presidente Luis Inácio Lula da Silva afirmou nesta terça-feira, em São Paulo, que está lutando para reduzir as taxas de juros cobradas de aposentados em crédito consignado. A Previdência Social estabelece uma taxa máxima de 2,5% para empréstimo e de 3,5% para cartão. Para Lula, os valores são altos.

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"Acho que o juro que os aposentados estão pagando hoje com o crédito consignado é alto para o padrão brasileiro", disse o presidente durante a cerimônia de comemoração dos 86 anos do INSS.

A Previdência anunciou nesta terça-feira que aposentados e trabalhadoras com licença-maternidade poderão receber seus benefícios em 30 minutos. De acordo com Lula, em junho, a aposentadoria do trabalhador rural também será conseguida em meia hora.

Além disso, o presidente anunciou que, também em junho, os trabalhadores que alcançarem o direito à aposentadoria passarão a receber em suas casas um comunicado da Previdência informando o fato e o valor do salário que têm direito a receber. "É um comprometimento público que estou fazendo com os companheiros da Previdência Social", disse.

"Estamos retribuindo ao contribuinte da Previdência Social aquilo que é a cidadania que ele tem direito", afirmou Lula. "Se para cobrar nós somos tão precisos, para devolver o dinheiro, temos que chegar próximo à perfeição", completou.

17:20
Anónimo disse...
Economia Nacional
Salário maternidade sairá em 30 minutos, diz ministro

Toda trabalhadora autônoma que tiver contribuído pelo menos 10 meses com o Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) - ou as que possuírem carteira assinada - poderão receber em 30 minutos o salário maternidade a partir desta terça-feira. Da mesma forma, as mulheres com 30 anos de contribuição e os homens com 35 anos também terão direito ao benefício de forma mais rápida. A informação é do ministro da Previdência Social, José Pimentel.

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Para requerer o salário maternidade, é preciso que as autônomas levem a carteira de identidade e o carnê de contribuição. As demais trabalhadoras devem apresentar a identificação e a carteira de trabalho. Desde o início do mês, a nova forma de análise para a concessão de benefícios foi adotada para a aposentadoria por idade do trabalhador urbano e agora foi estendida para o salário maternidade e por tempo de contribuição.

O ministro disse que a qualificação do serviço da previdência social é o reconhecimento do direito dos trabalhadores e da afirmação da cidadania.

"Até pouco tempo na cabeça do cidadão o serviço devia ser de péssima qualidade. Agora não, nós modificamos toda a legislação no mês de dezembro numa ação conjunta do Congresso Nacional com o governo federal. Estamos implantando e concedendo os benefícios em até 30 minutos", afirmou.

O ministro destacou que para conseguir se aposentar ou ter acesso à licença maternidade em 30 minutos, em primeiro lugar, é necessário que o cidadão esteja vinculado à Previdência, o que inclui 65% da população acima de 16 anos de idade.

"Depois bastar marcar pelo sistema 135 o dia e a hora do atendimento e levar a documentação. Se todos os dados necessários estiverem corretos o contribuinte será atendido em até 30 minutos, como vem sendo feito com as aposentadorias por idade desde o dia cinco de janeiro", explicou.

Pimentel disse ainda que em 90% das agências da previdência social o atendimento é marcado em até 48 horas. Nos grandes centros, entretanto existe um volume maior o que torna mais lento o processo.

"Estamos criando mais 715 agências até 2010, em todo o território nacional, para descentralizar o atendimento. Em 2008, atendemos 295 mil benefícios e aposentadorias por idade. Temos 4 mil pessoas por dia procurando e se aposentando por idade no território nacional. Este serviço será agilizado", concluiu.

17:27
Anónimo disse...
Giuseppe Englaro, pai de Eluana, a italiana que morreu na segunda-feira passada por desidratação, recusou uma grande soma de dinheiro de um conhecido fotógrafo italiano que queria retratar a filha em estado de coma, disse neste sábado o neurologista que atendia a mulher desde 1996, Carlo Defanti.

O neurologista, que participou hoje de uma conferência sobre eutanásia, disse que Englaro respeitou a vontade da filha, que, antes do acidente, tinha pedido que, se lhe ocorresse qualquer coisa irreversível, apresentasse sua imagem de quando estava em boas condições.

Antes de sofrer o acidente de trânsito, em 1992, Eluana viveu o coma de um amigo, Alessandro, o que causou forte impacto na italiana e a levou a fazer o pai prometer que não a deixasse viver em estado vegetativo, disse o próprio Giuseppe Englaro.

Defanti, que dissera que Eluana poderia viver de dez a 12 dias depois da suspensão da alimentação e da hidratação, disse que, como médico, tinha que reprovar esta afirmação.

"Não se pode sobreviver após três ou quatro dias sem líquido e, em particular, água em um corpo. Sabemos bem que, quando há um terremoto, após quatro dias é difícil encontrar sobreviventes".

Defanti ressaltou que Eluana "não falava, não se comunicava com o exterior" e que, após vários exames, "nos deparamos com uma moça que tinha perdido a consciência", porque estava com o córtex cerebral prejudicado.

Eluana foi enterrada na quinta-feira passada no túmulo da família na localidade de Paluzza, em Udine, após um funeral que não contou com a presença dos pais.

16:53
Anónimo disse...
Os bombeiros combatem neste sábado os incêndios na Austrália favorecidos pelo bom tempo, enquanto os deslocados encotram em seu retorno casas derruídas, carros queimados nas ruas e destruição.

Depois de sete dias desde que começaram os incêndios no Estado de Victoria, a lista de mortos chega a 181, os desaparecidos somam 50, os edifícios destruídos totalizam 1,834 mil e o terreno arrasado, principalmente florestas, ocupa uma área de 4,13 mil quilômetros quadrados.

As equipes de bombeiros, formadas por 4 mil profissionais de Victoria, de outras partes da Austrália e de países amigos, combateram hoje 12 focos fora de controle e nenhum representava uma ameaça direta para a população.

O subdiretor do Serviço de Bombeiros, Geoff Conway, disse que este tempo favorável, que se prolongará durante o domingo, permite consolidar as linhas de contenção e avançar na extinção das chamas.

Cinzas apareceram arrastadas por ventos do nordeste sobre Melbourne, onde habitam 3,8 milhões de pessoas, e as autoridades alertaram aos cidadãos do risco para a saúde de idosos, crianças e pessoas com problemas respiratórios.

O número de pessoas deslocadas - a Cruz Vermelha chegou a receber 7 mil - começou a cair com a abertura de algumas localidades atingidas.

Os incêndios, alguns criminosos, começaram em 7 de fevereiro, quando a região sul da Austrália estava há duas semanas sob uma onda de calor sem precedentes.

Na sexta-feira passada, a polícia acusou uma pessoa de ter provocado o incêndio que atingiu a localidade de Churchill e matou 21 pessoas.

16:55
Anónimo disse...
A primeira chuva em seis dias reduziu a ameaça de incêndios no Estado de Victoria, ao sul da Austrália. As autoridades, porém, advertiram que ainda existem 12 focos, mas que nenhum deles ameaça áreas povoadas.

Mais de quatro mil bombeiros, mil provenientes de outras partes do país e de outras nações, trabalham contra o fogo. Cerca de 600 veículos e 28 helicópteros e pequenos aviões estão sendo usados.


Eles conseguiram construir linhas de contenção para evitar os incêndios de Yarra e Maroondah se juntassem. Também foram controlados os incêndios abertos de Yea e Murrindindi, que ameaçavam as comunidades de Connellys Creek, Crystal Creek, Scrubby Creek e Native Dog Creek.

O número de mortos chegou a 181, mas as autoridades acreditam que as vítimas devem passar de 200, já que ainda há muitos desaparecidos.

16:55
Anónimo disse...
Aqui nesta coluna, na semana passada, tive a oportunidade de comentar sobre a recente visita do professor brasileiro Pedrinho Guareschi à Austrália. Não dei, porém, os fatos, pois semana passada o assunto era outro.

Hoje, porém, vamos a eles.

No último dia 4 de fevereiro, aconteceu o Seminário "Paulo Freire: Education and Liberation", organizado pelo centro de estudos latino-americanos da Universidade Nacional da Austrália, ou ANU, como é mais conhecida por aqui.

A ANU, para quem não sabe, está entre as 20 melhores universidades do mundo! E tem sede aqui em Camberra, capital da Austrália.

Na abertura do evento, o professor John Minns, diretor do centro latino-americano, ao dar boas-vindas ao público presente, lembrou ser aquele o primeiro seminário exclusivamente dedicado a Paulo Freire na Austrália.

Em seguida, convidou Pedrinho Guareschi, palestrante principal do Seminário, a fazer sua apresentação.

A plateia pode então conhecer, pelas palavras de Pedrinho, um pouco da obra e da vida de Freire, esse brasileiro de fé e valor, que sempre acreditou na educação, sobretudo dos menos favorecidos, analfabetos, como força libertadora.

Como não podia deixar de ser, os conceitos e ideias revolucionários de Paulo Freire, expostos com clareza por Pedrinho, despertaram o interesse e a curiosidade de plateia. A qual, deve-se notar, era na maioria de estudantes, mas de várias nacionalidades, sobretudo australianos e asiáticos.

Na continuação do programa do seminário, que se estendeu por dois dias, outros professores fizeram palestras sobre temas ligados à obra de Paulo Freire.

Interessante, por exemplo, saber que a professora Anne Hickling-Hudson, jamaicana que mora na Austrália há muitos anos (é professora da ANU), conheceu e trabalhou com Freire num workshop educacional durante a revolução na Ilha de Granada, em 1980, antes da invasão dos Estados Unidos...

Ou, então, a palestra da Professora Gerda Roelvink, da Nova Zelândia, que participou do Fórum Social de Porto Alegre em 2005. E essa participação transformou-se em tema de doutorado.

No dia 10, terça-feira passada, o padre Pedrinho Guareschi voltou a falar ao público australiano em grande auditório localizado no belíssimo campus da ANU. Desta vez, sobre a Teologia da Libertação.

Depois da palestra, John Minns mostrou o filme mexicano "O Crime do Padre Amaro", no qual um dos personagens é um padre católico praticante da Teologia da Libertação.

Mais uma vez, foi grande o intersse da platéia, que pode aprender e conhecer um pouco como se desenvolveu aquele importante movimento católico na América Latina.

Fica, assim, ao Pedrinho, bem como a outros brasileiros estudiosos e de bom coração que saem pelo mundo a divulgar aspectos importantes da cultura brasileira, o respeito e a homenagem desta coluna. E... aquele abraço!

16:57
Anónimo disse...
Amanda Kitts perdeu o braço esquerdo em um acidente de automóvel acontecido três anos atrás, mas hoje em dia ela joga futebol americano com seu filho de 12 anos de idade, troca fraldas e abraça as crianças nas três creches Kiddie Cottage que opera em Knoxville, Tennessee. Kitts, 40 anos, faz tudo isso com a ajuda de um novo tipo de braço artificial que se movimenta com mais facilidade do que outros aparelhos e que ela pode controlar utilizando apenas seus pensamentos.

"Eu sou capaz de mexer a mão, o pulso e o cotovelo ao mesmo tempo", diz. "Você pensa e os músculos se movem em seguida".

A recuperação que ela conseguiu resulta de um novo procedimento que vem atraindo crescente atenção porque permite que pessoas movam braços protéticos de forma mais automática do que faziam no passado, simplesmente utilizando nervos reaproveitados em seus cérebros.

A técnica, conhecida como "renervação muscular dirigida", envolve utilizar os nervos que restam depois da amputação de um braço e conectá-los a outro músculo do corpo, em geral no peito. Eletrodos são instalados sobre os músculos do peito, e operam como se fossem antenas. Quando a pessoa deseja mover o braço, o cérebro envia sinais que primeiro resultam em contração dos músculos do peito, os quais enviam um sinal ao braço protético, instruindo-se a se movimentar. O processo não requer mais esforços consciente do que a pessoa teria de exercitar caso ainda tivesse seu braço natural.

Na terça-feira, pesquisadores reportaram em estudo publicado pela versão online do Journal of the American Medical Association que haviam levado a técnica ainda mais à frente, tornando possível a execução de 10 movimentos de mão, pulso e cotovelo diferentes, o que representa uma substancial melhora com relação ao típico repertório protético, que em geral envolve apenas dobrar o cotovelo, girar o pulso e abrir a mão.

"Os novos métodos tiveram impacto dramático em nosso campo de trabalho", disse Stuart Harshbarger, engenheiro biomédico na Universidade Johns Hopkins e diretor do programa de pesquisa sobre próteses, financiado pelas forças armadas, que inclui o trabalho com essa técnica. "O método já está em uso por médicos e cirurgiões comuns em todo o país. A capacidade de controlar um membro protético bastante robusto que ele confere surpreendeu a todos pela qualidade".

Tipicamente, uma pessoa que tenha um braço protético só é capaz de executar alguns poucos movimentos, e muitas vezes com tamanha lentidão que isso só permite a ela atividades limitadas.

Há um motor separado para cada movimento, diz Gerald Loeb, professor de engenharia biomédica na Universidade do Sul da Califórnia, "e esses motores precisam ser controlados de maneira explícita", usualmente por um esforço consciente da pessoa para contrair músculos nas costas ou no bíceps.

"Essencialmente, até agora os pacientes controlavam apenas um motor de cada vez", diz Loeb, "e precisavam pensar cuidadosamente sobre que motor desejavam controlar e como fazê-lo operar, em lugar de simplesmente pensarem em mover o braço e poderem fazê-lo sem delongas".

Antes que Kitts passasse pelo procedimento de renervação, em outubro de 2007, por exemplo, ela precisava movimentar os músculos de suas costas de determinada maneira para fazer com que seu pulso girasse, e flexionar seu bíceps e tríceps para fazer com que o cotovelo se movesse para cima e para baixo. "Era muito trabalho", ela conta. "E não me ajudava muito".

O procedimento de renervação é parte de uma recente explosão de idéias novas e técnicas inovadoras que estão sendo exploradas enquanto os cientistas se esforçam por ajudar as pessoas a compensar melhor a perda de membros ou problemas de paralisia. O esforço vem sendo alimentado pelo aumento no número de amputações causado por diabetes e por ferimentos sofridos pelos militares, e ao mesmo tempo pelos avanços na tecnologia médica.

Os braços se tornaram um dos focos essenciais desse tipo de trabalho. A ciência há muito vem obtendo sucessos no desenvolvimento de próteses de perna, mas é muito mais difícil imitar a complexidade e a destreza das mãos e dos braços.

Os esforços em curso incluem o desenvolvimento de projetos de pele e braços mais sensíveis e mais flexíveis, e o uso de dispositivos acionados por controles sem fio implantado nos braços protéticos, que permitiriam movimentos mais naturais.

Os pesquisadores também vêm usando sensores implantados nos cérebros de cobaias para permitir que dois macacos controlem um braço mecânico, e um teste com um homem paralítico permitiu, com esse método, que ele movimentasse um cursor em uma tela de computador.

Alguns desses métodos, caso venham a ser aperfeiçoados plenamente e consigam aprovação das autoridades regulatórias da saúde, podem no futuro se tornar mais viáveis para os pacientes de amputações.

E embora a técnica da renervação não requeira aprovação das autoridades regulatórias porque é executada por meios cirúrgicos e emprega aparelhos já existentes, ela apresenta limitações que até mesmo seus criadores reconhecem, entre as quais o fato de que não se pode utilizá-la para todos os pacientes, o seu alto custo e o prazo de meses requerido para que os nervos reconectados cresçam e se tornem efetivos.

Ainda assim, os especialistas dizem que é o mais avançado sistema em uso hoje para pacientes reais que permite que o sistema nervoso controle diretamente o movimento de um braço artificial.

Desde sua introdução por Todd Kuiken, médico fisioterapeuta e engenheiro biomédico do Instituto de Reabilitação de Chicago, o método foi empregado em cerca de 30 pacientes nos Estados Unidos, Canadá e Europa, entre os quais oito soldados feridos no Iraque e no Afeganistão.

Muitos dos pacientes, entre os quais o primeiro, Jesse Sullivan, um operário do setor elétrico no Tennessee que perdeu os dois braços quando foi eletrocutado por um cabo, conseguem não apenas manipular seus braços protéticos mas sentir a presença das mãos que já não têm quando alguém toca em seus peitos.

Sullivan, 62 anos, e Kitts, estavam entre os cinco pacientes que participaram do estudo reportado na terça-feira. Em companhia de cinco outras pessoas que não passaram por amputações, eles receberam os eletrodos e foram instruídos a usar pensamentos para fazer com que um braço virtual na tela reproduzisse 10 movimentos diferentes, entre os quais três formas diferentes de aperto de mão.

Os pacientes apresentaram desempenho bastante respeitável, apenas um pouco mais lento e menos preciso do que os dos participantes que não tinham amputações.

"As velocidades de movimento que encontramos em nossos pacientes foram realmente encorajadoras", disse Kuiken. "Eles conseguiram completar a tarefa. É claro que não foram tão competentes quanto as pessoas dotadas de plena capacidade física, mas foram bons o bastante".

Um braço virtual foi usado porque a maioria das próteses existentes não era capaz de acomodar todos aqueles movimentos, no momento da pesquisa, ainda que Sullivan, Kitts e uma terceira paciente, Claudia Mitchell, tenham experimentado dois novos protótipos mais versáteis de braços artificiais, executando tarefas complexas com bolas de tênis e outros objetos.

O trabalho de renervação em soldados apresenta outros desafios, diz Kuiken, porque os ferimentos militares muitas vezes "causam danos muitos extensos" a nervos, músculos ou ossos.

Daniel Acosta, 25 anos, um aviador ferido pela detonação de uma bomba em uma estrada do Iraque em 2005, passou pelo procedimento no ano passado e diz que seu braço esquerdo protético agora se movimenta "muito mais rápido" e de maneira muito mais natural.

"A diferença é que agora não preciso mais pensar para mover o braço", ele diz. "Ele simplesmente se mexe".

Ainda assim, Acosta, de San Antonio, diz que "o processo foi bastante longo" e que os eletrodos precisam ser ajustados para receber os sinais à medida que os nervos crescem ou mudam de posição.

E embora elogiem o método, os especialistas afirmam que a ciência das próteses de braço ainda tem muito por avançar.

"Trata-se de uma parte crucial, mas ainda assim apenas uma parte, das muitas coisas que compreendem a função normal de um braço", disse Loeb, que escreveu um editorial que acompanha o artigo no Journal of the American Medical Association.

"No momento estamos a meio do caminho entre o braço de 'Dr. Fantástico', que fazia involuntariamente a saudação nazista, e o braço de Luke Skywalker em 'Guerra nas Estrelas', que funciona sem nenhum problema assim que é conectado. Creio que precisaremos ainda de muitos anos para conectar todas as peças necessárias a produzir um braço capaz de funcionar normalmente".

17:04
Anónimo disse...
A Espanha disse neste sábado que está preparando uma reclamação oficial contra a decisão da Venezuela de expulsar um membro do Parlamento Europeu que criticou o conselho eleitoral venezuelano.
Luis Herrero, membro do partido conservador espanhol PP, foi deportado na sexta-feira depois que o Conselho Nacional Eleitoral (CNE) o acusou de questionar a imparcialidade da instituição antes de um referendo que pode permitir ao presidente Hugo Chávez permanecer no cargo indefinidamente.

Herrero estava na Venezuela como observador do referendo. Ele acusou Chávez de ter "comportamentos típicos de um ditador" por pedir a contenção de manifestações da oposição.

O governo da Espanha convocou um encontro com o embaixador da Venezuela em Madri para expressar a desaprovação sobre a expulsão de Herrero, disse um representante do Ministério das Relações Exteriores espanhol.

As relações da Venezuela com a Espanha tiveram seu ponto crítico em 2007, quando Chávez ameaçou rever acordos diplomáticos e comerciais depois de ouvir um "cala a boca" do rei espanhol Juan Carlos durante uma cúpula.

A fenda foi oficialmente reparada em 2008, com uma visita oficial de Chávez à Espanha, onde ele cumprimentou o rei e discutiu acordos para investimento no setor petroquímico com o primeiro-ministro José Luis Rodriguez Zapatero.

17:06
Anónimo disse...
A polícia do Zimbábue anunciou neste sábado que acusa de traição Roy Bennett, dirigente do até agora opositor Movimento para a Mudança Democrática (MDC), detido na sexta-feira, em Harare, poucas horas antes da cerimônia de posse dos membros do novo gabinete.

"A Polícia nos informou que vão apresentar acusações de traição", disse à agência EFE o advogado de defesa de Bennett, Trust Maanda.

"Tentam relacionar Roy com o caso de Mike Hitschmann, que foi detido em 2006 em relação à descoberta de um carregamento de armas, apesar de que Hitschmann não tenha sido declarado culpado das acusações de traição apresentadas contra ele, mas de um crime menor de descumprimento de leis", disse Maanda.

O político opositor, designado por seu partido como vice-ministro de Agricultura no Governo de união nacional, esteve no exílio na vizinha África do Sul desde 2006 e retornou ao Zimbábue há duas semanas.

Segundo a Polícia, que deteve Bennett ontem no aeroporto de Harare quando pretendia ir à África do Sul para visitar sua família, as armas apreendidas em 2006 seriam utilizadas em um golpe de Estado para derrubar o presidente do Zimbábue, Robert Mugabe.

Depois da detenção, Bennet foi levado a Mutar, onde vários simpatizantes do MDC se concentraram em frente à delegacia na qual estava detido, diante do que a Polícia respondeu com tiros para o alto para dispersar os manifestantes.

17:07
Anónimo disse...
Austrália: 14 mil se candidatam a 'emprego dos sonhos'

A secretaria de Turismo de Queensland, na Austrália, informou que até esta segunda-feira já recebeu cerca de 14 mil inscrições para o "o melhor emprego do mundo". O Estado australiano promove pela internet seleção para vaga de "zelador" da ilha Hamilton, por seis meses com um salário de R$ 40 mil.

Muitos candidatos tiveram problemas durante a inscrição por conta dos acessos simultâneos ao site. A secretaria aconselha enviar os vídeos de 60s explicando porque deve ser escolhido em horários alternativos do dia, além de recomendar tamanho em torno de 40MB.

As inscrições começaram em 12 de janeiro e vão até o próximo dia 22 e podem ser feitas pelo site www.islandreefjob.com. O governo australiano escolherá 50 candidatos para a próxima fase da seleção, que terá votos do público para eleger um dos 11 finalistas.

A última fase terá entrevistas e desafios físicos, no próprio local de trabalho: as ilhas da Grande Barreira Coralina - o maior recife de coral do mundo. A secretaria de Turismo anunciará o vencedor no dia 6 de maio.

17:09
Anónimo disse...
Mercado elogia governo na crise, mas pede maior queda no juro

Peter Fussy
Direto de São Paulo

Desde as primeiras medidas anunciadas para combater os efeitos da crise, o governo brasileiro avisou que a estratégia não contemplaria um pacote. Seriam doses pontuais, de acordo com a necessidade da economia diante do agravamento das turbulências. Da primeira liberação dos depósitos compulsórios em setembro até a ampliação do seguro-desemprego na última quarta-feira, o governo passou por redução de impostos, ampliação de crédito e incentivos à exportação. Quase 150 dias após a primeira medida, o Terra conversou com líderes do setor público e privado, representantes dos trabalhadores, acadêmicos e com o próprio governo para saber quais destas ações foram mais eficazes, quais foram mais ineficientes e o que mais pode ser feito pelo Estado brasileiro contra a crise.

Os maiores elogios foram direcionados à atitude de reduzir o Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) para a indústria automobilística, anunciada em dezembro e que fez com que os emplacamentos de carros novos subissem 1,9% no primeiro mês do ano em relação a dezembro de 2008. Já as maiores críticas foram para a lentidão no corte da taxa básica de juro do País.

Para o presidente do conselho administrativo do Grupo Pão de Açúcar, Abílio Diniz, o Estado não é responsável pela crise e mesmo assim está agindo "com extrema serenidade e muito acerto". "O governo está atento, fazendo a sua parte. É preciso coragem de baixar firmemente a taxa de juros. É uma arma que temos a nosso favor, já que não há clima para inflação, nem possibilidade de danos para a macroeconomia", afirmou Diniz.

Na última reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), em janeiro, a taxa Selic foi reduzida em um ponto percentual, de 13,75% para 12,75% ao ano. Porém, o professor de economia da Universidade de Brasília (UnB) José Luiz Oreiro lembra que este corte representa uma redução de apenas 0,25 ponto percentual com relação à taxa de setembro do ano passado, quando a crise se agravou.

"Pouco antes da eclosão da crise, o Banco Central aumentou a taxa em 0,75 ponto. Foram cinco meses de demora para reduzir em termos líquidos apenas 0,25 ponto", afirmou o economista, que também sugeriu redução do intervalo de cerca de 90 dias entre as reuniões do Copom e o corte de pelo menos um 1 ponto percentual em cada reunião.

Mesmo com o corte de janeiro, a taxa de juros real continua sendo a maior do mundo, lembrou o secretário-geral da Força Sindical, João Carlos Gonçalves, o Juruna. "A redução da taxa de juro ainda é pequena, porque ela continua uma das mais altas do mundo. Falta ousadia para baixar os juros e ajudar o cidadão. A permanência da taxa de juro alta é negativa para o País em meio a crise", afirmou Juruna.

Embora aprove as ações do governo, o senador Aloízio Mercadante (PT-SP) também acredita que o patamar da Selic está muito alto. "Sempre fomos os primeiros a entrar em qualquer crise, o que não aconteceu agora. A taxa Selic ainda é muito alta, mas o governo têm tomado medidas acertadas, como o aumento do salário mínimo, mesmo com um cenário de crise. Isso ajuda a movimentar o consumo. O governo está se esforçando para manter os investimentos e o crescimento", disse.

Tributos
De acordo com o economista Fabio Pina, da Fecomercio-SP, as ações mais positivas estão relacionadas à redução de tributos para alguns segmentos, como a indústria automobilística, que recuperou parte da queda nas vendas em janeiro com a isenção do IPI para carros 1.0 l e o corte para demais motorizações. A medida vale até o final de março.

"Essas medidas não só reduziram o preço, mas anteciparam o consumo daqueles que iriam comprar no futuro, dando um prêmio por conta da insegurança. Mexe diretamente com o principal problema que é a confiança do consumidor", afirmou. Juruna destacou que um bom ritmo de vendas é garantia de emprego. "É importante porque cada emprego na montadora significa 19 na cadeia produtiva", comentou o representante da Força Sindical.

Também em dezembro, o governo decidiu cortar pela metade a alíquota do Imposto de Renda para contribuintes que ganham entre R$ 1.434 e R$ 2.150 mensais. "O salário aumentava e a tabela não se modificava. As pessoas ganhavam mais e pagavam mais impostos", apontou Juruna. Outra redução de tributos do governo foi com relação ao Imposto sobre Operações Financeiras (IOF), que caiu de 3% ao ano para 1,5%.

Crédito
Na segunda metade de 2008, o colapso de bancos nos Estados Unidos por conta da crise do subprime provocou uma forte restrição de crédito no mundo inteiro. Uma das primeiras medidas anticrise do governo teve como objetivo restabelecer a oferta, com mudanças no recolhimento dos depósitos compulsórios por parte dos bancos. Segundo o presidente do Banco Central, Henrique Meirelles, as diversas modificações liberaram US$ 99,2 bilhões aos bancos até o final de janeiro.

Além disso, o governo concedeu R$ 36 bilhões das reservas internacionais para empresas brasileiras com dívidas no exterior e uma medida provisória autorizou o Banco do Brasil e a Caixa Econômica Federal a comprar carteiras de crédito de bancos privados. Para o diretor do Departamento de Pesquisas e Estudos Econômicos da Fiesp, Paulo Francini, estas medidas foram essenciais para combater os efeitos da crise.

"A crise se desenvolve no mundo em torno do tema crédito. E o crédito reduziu-se barbaridade no mundo. Então o governo lança mão de compulsório, lança mão de reservas, de medidas que permitem aos bancos comprar carteiras de bancos. Você vai tomando várias medidas para atender às demandas e o epicentro disso é crédito", afirmou.

No entanto, Oreiro, da UnB, adverte que a liberação dos compulsórios seria mais eficiente acompanhada de redução mais agressiva da taxa básica de juro. "Uma parte do crédito voltou, depois da forte retração em outubro e novembro. O que deveria ter sido feito junto à liberação do compulsório era uma redução mais drástica da taxa de juro. Sem isso, os bancos pegam as reservas e acabam comprando títulos públicos", explicou o economista.

Na opinião de Pina, as ações de distribuição de crédito via redução do compulsório e a disposição de capital de giro para empresas foram tomadas sem um cuidado maior na operação e não tiveram muito efeito. "O BNDES tem linhas que ficam paradas quase todo o ano, agora é pior ainda. Existem os recursos, mas as empresas e os bancos estão desconfiados. É preciso fazer com que os bancos tenham interesse em emprestar", afirmou o economista da Fecomercio-SP.

Futuro
Mesmo com todas essas medidas, a crise financeira ainda gera incertezas nos setores produtivos do País. Nos últimos meses, o medo do desemprego fez os consumidores adiarem compras. Por sua vez, a queda nas vendas pode obrigar as indústrias a cortarem a produção e demitir funcionários. Contra isso, empresários sugerem redução de jornada e de salários.

"Isto está previsto em lei. A Fiesp simplesmente manteve conversações com entidades sindicais quanto à aplicação daquilo que já está previsto em lei", afirmou Francini.

Segundo a ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff, uma das medidas que assegura um nível de emprego é a manutenção de investimentos no Programa de Aceleração do Crescimento (PAC). "Estamos esperando que a dificuldade ocorra em janeiro, fevereiro e março. Estamos certos que vamos manter o nível de investimento. É isso que funciona, é isso que significa investimento público. Ele funciona como um colchão. Por isso, nós colocamos R$ 100 bilhões no BNDES e a Petrobras ampliou o seu investimento em R$ 120 bilhões", afirmou.

Na mesma linha, Pina explica que a antecipação de gastos do governo substitui parte da demanda retraída do setor privado. "Ele dá o seguinte recado: não vou estourar as contas públicas, mas concentrar em um momento em que a demanda privada está pequena. Mas o governo não tem fôlego suficiente para fazer o papel de toda demanda", ressaltou. O economista da Fecomercio lembrou que a entidade já pleiteou junto ao governo isenções para transferência de imóveis e de automóveis, além de retirar o IPVA para veículos novos.

Já Oreiro foca suas propostas na capitalização do Banco do Brasil e da Caixa Econômica Federal pelo Tesouro para atender a demanda de crédito para capital de giro e reduzir o spread. "Aumentando o empréstimo e reduzindo as taxas, os dois vão forçar os bancos privados a acompanhar o movimento, até para não perderem participação no mercado", explicou o economista da UnB.

Até o Carnaval, o governou prometeu detalhar um pacote de incentivos para a construção de até um milhão de casas populares, direcionado a famílias com renda de até dez salários mínimos. "Estamos atentos a tudo o que está acontecendo e novas medidas serão tomadas caso haja uma avaliação de que sejam necessárias", disse o ministro da Fazenda, Guido Mantega, na última sexta-feira.

17:11
Anónimo disse...
Ex-ministro critica extensão do seguro-desemprego

Atualizada às 09h03

O ex-ministro do Trabalho Almir Pazzianotto criticou a decisão do governo federal de conceder o seguro-desemprego estendido a apenas alguns setores. "É certamente odioso e provavelmente inconstitucional", disse Pazzianotto, de acordo com o jornal O Estado de S. Paulo.

Na última qurta, dia do anúncio da medida, centrais sindicais elogiaram a atitude do governo. A Força Sindical divulgou nota dizendo que "o aumento ajudará a aquecer parte da economia, já que irá gerar mais consumo, produção e conseqüentemente, a criação de novos postos de trabalho". A União Geral dos Trabalhadores (UGT) afirmou que a medida "contribuirá para minimizar o drama dos trabalhadores que perderem seu emprego por conta da crise".

O ex-ministro, que instituiu o seguro-desemprego no País no governo de José Sarney, destacou a necessidade de as centrais sindicais se manifestarem contra a determinação. Para ele, as mudanças devem ser aplicadas a todas as categorias profissionais e a distinção é contrária ao artigo 3º da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT).

Pazzianotto atribui a medida a um possível temor do governo de que a crise econômica seja longa e não haja dinheiro para atender a todas as necessidades. Ainda assim, ele se mostra contrário ao método de concessão. "O seguro-desemprego ajuda a sanar necessidades básicas. Estendê-lo é paliativo, não a solução", disse ao jornal.

De acordo com o presidente do Conselho Deliberativo do Fundo de Amparo ao Trabalhador (Codefat) e conselheiro da Força Sindical, Luiz Fernando Emediato, a determinação já estava prevista na lei 8.900/94, que trata do seguro-desemprego.

O presidente da Comissão de Trabalho da Câmara, Pedro Fernandes (PTB-MA) vai além na crítica à concessão do seguro para apenas alguns setores. Ele acredita que a ampliação do benefício estimula o desemprego.

Quintino Severo, secretário geral da Central Única dos Trabalhadores (CUT), lembra que a ampliação do benefício sem critério e identificação pode incentivar demissões em outros setores.

17:13
Anónimo disse...
Empresas
TAM faz promoção para destinos internacionais

A companhia aérea TAM anunciou nesta sexta-feira tarifas promocionais para trechos internacionais. Os preços valem para bilhetes comprados entre 6h deste sábado e 23h59 deste domingo e são válidos para classe econômica. As tarifas, para ida e volta, serão vendidas a partir de US$ 99, mais taxas.

Segundo a aérea, a promoção vale para viagens feitas no período de 14 de fevereiro a 18 de junho de 2009. Para destinos na América do Sul, a permanência mínima é de dois dias; para bilhetes com destino nos Estados Unidos, cinco dias; e Europa, sete dias. A permanência máxima para as passagens para América do Sul e EUA é de dois meses e para Europa, três meses.

Entre os exemplos de tarifas promocionais, a TAM oferece São Paulo-Lima por US$ 99. Bilhetes para a rota São Paulo-Santiago serão vendidos a partir de US$ 199 e São Paulo-Nova York, US$ 799.

A emissão dos bilhetes deve ser feita obrigatoriamente no ato da reserva, obedecendo às regras estipuladas pela companhia. A compra está sujeita à disponibilidade de assentos nas classes tarifárias determinadas, trechos, horários e datas. A TAM afirmou que também há tarifas promocionais para a classe executiva.

Mais informações podem ser encontradas no site promocional (www.ofertastam.com.br), no site da empresa (www.tam.com.br) ou pelos telefones 4002-5700 ou 0800 5705700.

17:13
Anónimo disse...
Empresas
Consultoria negocia compra do parque temático Hopi Hari

A consultoria especializada em reestruturação de empresas Íntegra Associados informou nesta sexta-feira ter um acordo para comprar o parque de diversões Hopi Hari, localizado no interior de São Paulo. A empresa estaria disposta a investir R$ 10 milhões no parque, que tem dívida estimada em R$ 800 milhões. As informações são da edição deste sábado do jornal Folha de S. Paulo.

De acordo com o jornal, a transação ainda depende da negociação entre o Hopi Hari e seus credores, o que já estaria em andamento.

A consultoria paulista já atuou junto à Parmalat, durante 30 meses, quando reorganizou a gestão da empresa italiana.

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17:14
Anónimo disse...
Empresas
Disney de Tóquio contratará mais 2 mil apesar da crise


A Oriental Land, o operador da Disneylândia Tóquio e DisneySea, organizou neste domingo entrevistas para contratar cerca de 2 mil trabalhadores em tempo parcial, em um momento de grandes demissões deste tipo de empregados no Japão.

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O operador deste parque temático, situado em Urayasu, na província de Chiba (leste de Tóquio), está em pleno processo de seleção de empregados para 20 tipos de postos trabalhistas diferentes.

Segundo a companhia, citada pela agência local de notícias Kyodo, o parque contratará novos trabalhadores para as atrações, para os restaurantes e guardas de segurança entre outros. Os novos contratados começarão a trabalhar a partir de fevereiro.

O processo de seleção acontece em um momento em que a maioria das grandes companhias japonesas começaram a se ver obrigadas a despedir uma elevada percentagem de seus trabalhadores temporários e a tempo parcial.

Algumas inclusive anunciaram demissões de seus trabalhadores fixos, uma medida muito pouco comum nas companhias japonesas, perante os efeitos piores que o esperado pela crise econômica global.

Cerca de uma centena de pessoas esperavam desde a primeira hora desta manhã a abertura do centro de conferências Tokyo International Forum, onde as entrevistas estão sendo feitas, para ser os primeiros a solicitar os postos de trabalho.


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17:15
Anónimo disse...
Economia Internacional
Senado dos EUA aprova plano de estímulo à economia

O Senado dos Estados Unidos aprovou com 60 votos a favor e 38 contra o plano de estímulo à economia de US$ 787 bilhões na madrugada deste sábado. Agora, ele segue para sanção ou veto do presidente Barack Obama, que espera colocar a lei em prática até o dia 16 de fevereiro.

O plano prevê a criação de três milhões de empregos, inclui cortes de impostos às famílias, fundos para programas sociais e obras públicas, além de ajuda aos governos estaduais, estudantes e desempregados.

A cláusula Buy American - que exige o uso de ferro, aço e produtos manufaturados dos Estados Unidos em obras realizadas com recursos do pacote - ficou de lado. Segundo o texto definitivo, a cláusula será aplicada sem violar as normas do comércio internacional.

Ontem à tarde, a Câmara de Representantes (deputados) havia aprovado, por 246 votos a favor e 183 contra, a versão final do plano. Todos os republicanos foram contrários ao pacote.

Pelo acordo de quarta-feira entre Câmara e Senado, em vez de custar US$ 819 bilhões, como queriam os deputados, ou US$ 838 bilhões como pretendiam os senadores, o pacote ficou em cerca de US$ 787 bilhões, com 65% desse total destinado a gastos do governo federal e 35%, a créditos tributários.

17:16
Anónimo disse...
Economia nacional
Na era Lula, aposentadoria sobe 54% menos que salário mínimo

Thatiane Faria
Especial para o Terra
Direto de São Paulo

Os índices de reajustes concedidos pelo governo em 2009 para aposentados e pensionistas e para o salário mínimo repetiram uma diferença que, só durante o governo de Luiz Inácio Lula da Silva, já chega a 54%. Enquanto o mínimo foi majorado em 12% este ano, as pensões e aposentadorias tiveram aumento de 5,92%. Aposentados que têm o benefício do governo como única fonte de renda reclamam que perdem poder de compra e que sua cesta de compras é composta por itens que aumentam mais em relação à inflação oficial.

Um exemplo prático pode ser entendido a partir da comparação entre um aposentado que ganhava R$ 600 em janeiro de 2003. Na época, o benefício era três vezes, ou 200%, maior que o valor do mínimo em vigência, que era de R$ 200. Aplicando-se os índices de reajuste para aposentadorias e para o mínimo durante os últimos seis anos, o mesmo aposentado estaria recebendo hoje R$ 938,47, comparado a um salário mínimo de R$ 465. A diferença entre os dois valores caiu para pouco mais de 100%.

Enquanto o índice acumulado de reajuste para a aposentadoria durante o governo Lula foi de 60%, para o salário mínimo está em 132%.

O diretor do Sindicato Nacional dos Aposentados, João Inocentini, reclama que os valores dos benefícios para aposentadorias não mantêm o poder de compra do grupo, principalmente dos aposentados que recebem menos que dez salários mínimos.

Nem mesmo o fato de o índice de reajuste das aposentadorias ter ficado acima da inflação acumulada no mesmo período (o IPCA entre janeiro de 2003 e janeiro de 2009 foi de 39,7%) serve de argumento, segundo os aposentados.

"Os idosos, principalmente, têm gastos além das contas gerais como gás, telefone e aluguel. Para eles o custo com remédios, e outros itens da área saúde costuma ser maior", afirmou Inocentini.

O presidente do sindicato afirmou que o grupo realiza um estudo com 100 itens de necessidade de um idoso para comparar o aumento dos produtos com o índice de reajuste do benefício recebido pelos aposentados.

"Daqui dois meses vamos abrir um processo na Justiça e levar essa pesquisa como prova. Segundo a lei, o governo é obrigado a manter o poder de compra com a aposentadoria", disse Inocentini.

Alternativas
O consultor financeiro Cláudio Boriola diz que os aposentados, especialmente nesse momento de crise econômica, devem evitar compras parceladas, pesquisar preços, negociar e fazer bom planejamento financeiro.

Segundo Boriola, alguns aposentados ganham um valor mensal muitas vezes insuficiente para o pagamento das contas e acabam pedindo crédito ou realizando pagamentos a prazo e são obrigados a pagar juros altos.

Na opinião do consultor, pagar uma previdência privada é uma alternativa indicada para quem ainda trabalha, considerando a característica de perda de poder de compra da aposentadoria.

"Na prática, infelizmente os valores encontram-se em um patamar que está deteriorando o poder de aquisição da população brasileira", completou Boriola.

De acordo com o diretor da Confederação Brasileira de Aposentados e Pensionistas (Cobap), Vicente Fernandes Barbosa, representantes dos aposentados tentarão um encontro com o presidente da Câmara, deputado Michel Temer (PMDB-SP), para discutir projetos que minimizem a perda dos aposentados

17:17
Anónimo disse...
Previdência
Previdência prorroga isenção de tarifas no benefício

O atual sistema de pagamento aos 26 milhões de aposentados e pensionistas do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) será mantido até o final deste ano. O acordo, que permite realizar a operação sem nenhum custo aos beneficiários, foi renovado nesta sexta-feira, entre o governo federal e 21 instituições financeiras.

Por meio desse acordo, vigente desde setembro de 2007, nem os segurados, nem os bancos e nem o governo arcam com o pagamento de tarifas, conforme explicou o ministro da Previdência Social, José Pimentel. A prorrogação vale até dezembro, data máxima para que a Previdência defina as regras para um novo contrato.

Ao assinar o termo de renovação, na sede da Federação Brasileira dos Bancos (Febraban), o ministro disse que a intenção do governo é mudar o atual modelo de gestão visando a reduzir os custos dessas operações em torno da folha mensal, que atinge R$ 15,8 bilhões. No entanto, qualquer alteração, conforme explicou, passará antes por audiências públicas a serem realizadas a partir do segundo semestre deste ano, atendendo a determinação do Tribunal de Contas da União (TCU).

De acordo com Pimentel, com um redesenho do mecanismo de repasse dos recursos aos bancos em torno da folha de pagamento dos segurados o que se busca é um aumento da participação de instituições financeiras. Ele informou que, desde 2007, cada benefício custa em média R$ 1,07 ao governo. "Quanto mais instituições financeiras estiverem prestando serviços à sociedade, maior é a competitividade, a agilidade no atendimento", justificou.

O ministro observou, ainda, que, para permitir uma redução para algo em torno de meia hora no tempo de atendimento para a concessão dos direitos previdenciários, o governo investiu R$ 280 milhões.

Questionado sobre o descontentamento dos segurados que ganham acima de um salário mínimo terem obtido apenas a correção com base na variação do Índice de Preços ao Consumidor (INPC) , ficando abaixo do reajuste dado a quem recebe apenas o mínimo, Pimentel argumentou que o governo seguiu o que determina a lei e descartou a possibilidade de uma revisão

17:17
Anónimo disse...
Empresas
Caterpillar oferece aposentadoria antecipada a 2 mil


A companhia americana Caterpillar ofereceu a cerca de dois mil funcionários incentivos para que se aposentem de forma voluntária antes do previsto, pela perspectiva de uma queda "significativa" da atividade industrial, informou nesta quarta-feira a empresa.

A iniciativa, destinada aos trabalhadores de diversas fábricas em Illinois, Colorado, Tennessee e Pensilvânia, se soma aos cortes de empregos anunciados em janeiro, explicou em comunicado de imprensa.

A empresa, a maior fabricante mundial de maquinaria pesada para a construção e a mineração, acrescentou que, "em função das condições de negócio, podem ser necessárias mais reduções de elenco voluntárias e involuntárias à medida que o ano avança".

O vice-presidente da companhia, Sid Banwart, explicou que a empresa prevê "demissões significativas em todas as regiões geográficas e na maioria dos setores devido às dificuldades da economia mundial".

17:18
Anónimo disse...
Comércio
Comércio exterior da OCDE caiu no 3º trimestre de 2008


As exportações e as importações dos países da Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Econômico (OCDE) caíram 1,6% e 0,2%, respectivamente, no terceiro trimestre de 2008, em relação aos três meses anteriores.

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Trata-se da primeira queda destas atividades desde o terceiro trimestre de 2006, segundo o último relatório trimestral sobre fluxos comerciais divulgado pela OCDE.

As exportações e as importações em dólares dos 30 Estados-membros caíram 15,6% e 17%, respectivamente, na comparação anualizada.

Por sua vez, o comércio dos sete países mais ricos do mundo (G7) teve um pequeno crescimento no terceiro trimestre de 2008 com uma queda das exportações de mercadorias de 0,2% em relação ao trimestre anterior e um aumento de 0,4% das importações.

Em termos anualizados, as importações do G7 caíram 1,4% entre julho e setembro do ano passado, seu primeiro retrocesso desde o terceiro trimestre de 2006, enquanto as exportações aumentaram 1,9%, seu crescimento mais baixo no mesmo tempo.

Por países, a Alemanha aumentou suas importações em 3,4% - valor mais alto do G7 -, enquanto suas exportações caíram 2,9% do segundo para o terceiro trimestre de 2008.

Pelo contrário, as exportações americanas aumentaram 1,8% entre julho e setembro de 2008, enquanto as importações caíram 0,7% em relação ao trimestre anterior. No Japão, tanto as importações quanto as exportações caíram em torno de 1% no mesmo período.

17:19
Anónimo disse...
Economia Nacional
Lula: juros de crédito consignado a aposentados são altos

Atualizada às 17h29

O presidente Luis Inácio Lula da Silva afirmou nesta terça-feira, em São Paulo, que está lutando para reduzir as taxas de juros cobradas de aposentados em crédito consignado. A Previdência Social estabelece uma taxa máxima de 2,5% para empréstimo e de 3,5% para cartão. Para Lula, os valores são altos.

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"Acho que o juro que os aposentados estão pagando hoje com o crédito consignado é alto para o padrão brasileiro", disse o presidente durante a cerimônia de comemoração dos 86 anos do INSS.

A Previdência anunciou nesta terça-feira que aposentados e trabalhadoras com licença-maternidade poderão receber seus benefícios em 30 minutos. De acordo com Lula, em junho, a aposentadoria do trabalhador rural também será conseguida em meia hora.

Além disso, o presidente anunciou que, também em junho, os trabalhadores que alcançarem o direito à aposentadoria passarão a receber em suas casas um comunicado da Previdência informando o fato e o valor do salário que têm direito a receber. "É um comprometimento público que estou fazendo com os companheiros da Previdência Social", disse.

"Estamos retribuindo ao contribuinte da Previdência Social aquilo que é a cidadania que ele tem direito", afirmou Lula. "Se para cobrar nós somos tão precisos, para devolver o dinheiro, temos que chegar próximo à perfeição", completou.

17:20
Anónimo disse...
Economia Nacional
Salário maternidade sairá em 30 minutos, diz ministro

Toda trabalhadora autônoma que tiver contribuído pelo menos 10 meses com o Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) - ou as que possuírem carteira assinada - poderão receber em 30 minutos o salário maternidade a partir desta terça-feira. Da mesma forma, as mulheres com 30 anos de contribuição e os homens com 35 anos também terão direito ao benefício de forma mais rápida. A informação é do ministro da Previdência Social, José Pimentel.

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Para requerer o salário maternidade, é preciso que as autônomas levem a carteira de identidade e o carnê de contribuição. As demais trabalhadoras devem apresentar a identificação e a carteira de trabalho. Desde o início do mês, a nova forma de análise para a concessão de benefícios foi adotada para a aposentadoria por idade do trabalhador urbano e agora foi estendida para o salário maternidade e por tempo de contribuição.

O ministro disse que a qualificação do serviço da previdência social é o reconhecimento do direito dos trabalhadores e da afirmação da cidadania.

"Até pouco tempo na cabeça do cidadão o serviço devia ser de péssima qualidade. Agora não, nós modificamos toda a legislação no mês de dezembro numa ação conjunta do Congresso Nacional com o governo federal. Estamos implantando e concedendo os benefícios em até 30 minutos", afirmou.

O ministro destacou que para conseguir se aposentar ou ter acesso à licença maternidade em 30 minutos, em primeiro lugar, é necessário que o cidadão esteja vinculado à Previdência, o que inclui 65% da população acima de 16 anos de idade.

"Depois bastar marcar pelo sistema 135 o dia e a hora do atendimento e levar a documentação. Se todos os dados necessários estiverem corretos o contribuinte será atendido em até 30 minutos, como vem sendo feito com as aposentadorias por idade desde o dia cinco de janeiro", explicou.

Pimentel disse ainda que em 90% das agências da previdência social o atendimento é marcado em até 48 horas. Nos grandes centros, entretanto existe um volume maior o que torna mais lento o processo.

"Estamos criando mais 715 agências até 2010, em todo o território nacional, para descentralizar o atendimento. Em 2008, atendemos 295 mil benefícios e aposentadorias por idade. Temos 4 mil pessoas por dia procurando e se aposentando por idade no território nacional. Este serviço será agilizado", concluiu.

17:27
Anónimo disse...
Giuseppe Englaro, pai de Eluana, a italiana que morreu na segunda-feira passada por desidratação, recusou uma grande soma de dinheiro de um conhecido fotógrafo italiano que queria retratar a filha em estado de coma, disse neste sábado o neurologista que atendia a mulher desde 1996, Carlo Defanti.

O neurologista, que participou hoje de uma conferência sobre eutanásia, disse que Englaro respeitou a vontade da filha, que, antes do acidente, tinha pedido que, se lhe ocorresse qualquer coisa irreversível, apresentasse sua imagem de quando estava em boas condições.

Antes de sofrer o acidente de trânsito, em 1992, Eluana viveu o coma de um amigo, Alessandro, o que causou forte impacto na italiana e a levou a fazer o pai prometer que não a deixasse viver em estado vegetativo, disse o próprio Giuseppe Englaro.

Defanti, que dissera que Eluana poderia viver de dez a 12 dias depois da suspensão da alimentação e da hidratação, disse que, como médico, tinha que reprovar esta afirmação.

"Não se pode sobreviver após três ou quatro dias sem líquido e, em particular, água em um corpo. Sabemos bem que, quando há um terremoto, após quatro dias é difícil encontrar sobreviventes".

Defanti ressaltou que Eluana "não falava, não se comunicava com o exterior" e que, após vários exames, "nos deparamos com uma moça que tinha perdido a consciência", porque estava com o córtex cerebral prejudicado.

Eluana foi enterrada na quinta-feira passada no túmulo da família na localidade de Paluzza, em Udine, após um funeral que não contou com a presença dos pais.

16:53
Anónimo disse...
Os bombeiros combatem neste sábado os incêndios na Austrália favorecidos pelo bom tempo, enquanto os deslocados encotram em seu retorno casas derruídas, carros queimados nas ruas e destruição.

Depois de sete dias desde que começaram os incêndios no Estado de Victoria, a lista de mortos chega a 181, os desaparecidos somam 50, os edifícios destruídos totalizam 1,834 mil e o terreno arrasado, principalmente florestas, ocupa uma área de 4,13 mil quilômetros quadrados.

As equipes de bombeiros, formadas por 4 mil profissionais de Victoria, de outras partes da Austrália e de países amigos, combateram hoje 12 focos fora de controle e nenhum representava uma ameaça direta para a população.

O subdiretor do Serviço de Bombeiros, Geoff Conway, disse que este tempo favorável, que se prolongará durante o domingo, permite consolidar as linhas de contenção e avançar na extinção das chamas.

Cinzas apareceram arrastadas por ventos do nordeste sobre Melbourne, onde habitam 3,8 milhões de pessoas, e as autoridades alertaram aos cidadãos do risco para a saúde de idosos, crianças e pessoas com problemas respiratórios.

O número de pessoas deslocadas - a Cruz Vermelha chegou a receber 7 mil - começou a cair com a abertura de algumas localidades atingidas.

Os incêndios, alguns criminosos, começaram em 7 de fevereiro, quando a região sul da Austrália estava há duas semanas sob uma onda de calor sem precedentes.

Na sexta-feira passada, a polícia acusou uma pessoa de ter provocado o incêndio que atingiu a localidade de Churchill e matou 21 pessoas.

16:55
Anónimo disse...
A primeira chuva em seis dias reduziu a ameaça de incêndios no Estado de Victoria, ao sul da Austrália. As autoridades, porém, advertiram que ainda existem 12 focos, mas que nenhum deles ameaça áreas povoadas.

Mais de quatro mil bombeiros, mil provenientes de outras partes do país e de outras nações, trabalham contra o fogo. Cerca de 600 veículos e 28 helicópteros e pequenos aviões estão sendo usados.


Eles conseguiram construir linhas de contenção para evitar os incêndios de Yarra e Maroondah se juntassem. Também foram controlados os incêndios abertos de Yea e Murrindindi, que ameaçavam as comunidades de Connellys Creek, Crystal Creek, Scrubby Creek e Native Dog Creek.

O número de mortos chegou a 181, mas as autoridades acreditam que as vítimas devem passar de 200, já que ainda há muitos desaparecidos.

16:55
Anónimo disse...
Aqui nesta coluna, na semana passada, tive a oportunidade de comentar sobre a recente visita do professor brasileiro Pedrinho Guareschi à Austrália. Não dei, porém, os fatos, pois semana passada o assunto era outro.

Hoje, porém, vamos a eles.

No último dia 4 de fevereiro, aconteceu o Seminário "Paulo Freire: Education and Liberation", organizado pelo centro de estudos latino-americanos da Universidade Nacional da Austrália, ou ANU, como é mais conhecida por aqui.

A ANU, para quem não sabe, está entre as 20 melhores universidades do mundo! E tem sede aqui em Camberra, capital da Austrália.

Na abertura do evento, o professor John Minns, diretor do centro latino-americano, ao dar boas-vindas ao público presente, lembrou ser aquele o primeiro seminário exclusivamente dedicado a Paulo Freire na Austrália.

Em seguida, convidou Pedrinho Guareschi, palestrante principal do Seminário, a fazer sua apresentação.

A plateia pode então conhecer, pelas palavras de Pedrinho, um pouco da obra e da vida de Freire, esse brasileiro de fé e valor, que sempre acreditou na educação, sobretudo dos menos favorecidos, analfabetos, como força libertadora.

Como não podia deixar de ser, os conceitos e ideias revolucionários de Paulo Freire, expostos com clareza por Pedrinho, despertaram o interesse e a curiosidade de plateia. A qual, deve-se notar, era na maioria de estudantes, mas de várias nacionalidades, sobretudo australianos e asiáticos.

Na continuação do programa do seminário, que se estendeu por dois dias, outros professores fizeram palestras sobre temas ligados à obra de Paulo Freire.

Interessante, por exemplo, saber que a professora Anne Hickling-Hudson, jamaicana que mora na Austrália há muitos anos (é professora da ANU), conheceu e trabalhou com Freire num workshop educacional durante a revolução na Ilha de Granada, em 1980, antes da invasão dos Estados Unidos...

Ou, então, a palestra da Professora Gerda Roelvink, da Nova Zelândia, que participou do Fórum Social de Porto Alegre em 2005. E essa participação transformou-se em tema de doutorado.

No dia 10, terça-feira passada, o padre Pedrinho Guareschi voltou a falar ao público australiano em grande auditório localizado no belíssimo campus da ANU. Desta vez, sobre a Teologia da Libertação.

Depois da palestra, John Minns mostrou o filme mexicano "O Crime do Padre Amaro", no qual um dos personagens é um padre católico praticante da Teologia da Libertação.

Mais uma vez, foi grande o intersse da platéia, que pode aprender e conhecer um pouco como se desenvolveu aquele importante movimento católico na América Latina.

Fica, assim, ao Pedrinho, bem como a outros brasileiros estudiosos e de bom coração que saem pelo mundo a divulgar aspectos importantes da cultura brasileira, o respeito e a homenagem desta coluna. E... aquele abraço!

16:57
Anónimo disse...
Amanda Kitts perdeu o braço esquerdo em um acidente de automóvel acontecido três anos atrás, mas hoje em dia ela joga futebol americano com seu filho de 12 anos de idade, troca fraldas e abraça as crianças nas três creches Kiddie Cottage que opera em Knoxville, Tennessee. Kitts, 40 anos, faz tudo isso com a ajuda de um novo tipo de braço artificial que se movimenta com mais facilidade do que outros aparelhos e que ela pode controlar utilizando apenas seus pensamentos.

"Eu sou capaz de mexer a mão, o pulso e o cotovelo ao mesmo tempo", diz. "Você pensa e os músculos se movem em seguida".

A recuperação que ela conseguiu resulta de um novo procedimento que vem atraindo crescente atenção porque permite que pessoas movam braços protéticos de forma mais automática do que faziam no passado, simplesmente utilizando nervos reaproveitados em seus cérebros.

A técnica, conhecida como "renervação muscular dirigida", envolve utilizar os nervos que restam depois da amputação de um braço e conectá-los a outro músculo do corpo, em geral no peito. Eletrodos são instalados sobre os músculos do peito, e operam como se fossem antenas. Quando a pessoa deseja mover o braço, o cérebro envia sinais que primeiro resultam em contração dos músculos do peito, os quais enviam um sinal ao braço protético, instruindo-se a se movimentar. O processo não requer mais esforços consciente do que a pessoa teria de exercitar caso ainda tivesse seu braço natural.

Na terça-feira, pesquisadores reportaram em estudo publicado pela versão online do Journal of the American Medical Association que haviam levado a técnica ainda mais à frente, tornando possível a execução de 10 movimentos de mão, pulso e cotovelo diferentes, o que representa uma substancial melhora com relação ao típico repertório protético, que em geral envolve apenas dobrar o cotovelo, girar o pulso e abrir a mão.

"Os novos métodos tiveram impacto dramático em nosso campo de trabalho", disse Stuart Harshbarger, engenheiro biomédico na Universidade Johns Hopkins e diretor do programa de pesquisa sobre próteses, financiado pelas forças armadas, que inclui o trabalho com essa técnica. "O método já está em uso por médicos e cirurgiões comuns em todo o país. A capacidade de controlar um membro protético bastante robusto que ele confere surpreendeu a todos pela qualidade".

Tipicamente, uma pessoa que tenha um braço protético só é capaz de executar alguns poucos movimentos, e muitas vezes com tamanha lentidão que isso só permite a ela atividades limitadas.

Há um motor separado para cada movimento, diz Gerald Loeb, professor de engenharia biomédica na Universidade do Sul da Califórnia, "e esses motores precisam ser controlados de maneira explícita", usualmente por um esforço consciente da pessoa para contrair músculos nas costas ou no bíceps.

"Essencialmente, até agora os pacientes controlavam apenas um motor de cada vez", diz Loeb, "e precisavam pensar cuidadosamente sobre que motor desejavam controlar e como fazê-lo operar, em lugar de simplesmente pensarem em mover o braço e poderem fazê-lo sem delongas".

Antes que Kitts passasse pelo procedimento de renervação, em outubro de 2007, por exemplo, ela precisava movimentar os músculos de suas costas de determinada maneira para fazer com que seu pulso girasse, e flexionar seu bíceps e tríceps para fazer com que o cotovelo se movesse para cima e para baixo. "Era muito trabalho", ela conta. "E não me ajudava muito".

O procedimento de renervação é parte de uma recente explosão de idéias novas e técnicas inovadoras que estão sendo exploradas enquanto os cientistas se esforçam por ajudar as pessoas a compensar melhor a perda de membros ou problemas de paralisia. O esforço vem sendo alimentado pelo aumento no número de amputações causado por diabetes e por ferimentos sofridos pelos militares, e ao mesmo tempo pelos avanços na tecnologia médica.

Os braços se tornaram um dos focos essenciais desse tipo de trabalho. A ciência há muito vem obtendo sucessos no desenvolvimento de próteses de perna, mas é muito mais difícil imitar a complexidade e a destreza das mãos e dos braços.

Os esforços em curso incluem o desenvolvimento de projetos de pele e braços mais sensíveis e mais flexíveis, e o uso de dispositivos acionados por controles sem fio implantado nos braços protéticos, que permitiriam movimentos mais naturais.

Os pesquisadores também vêm usando sensores implantados nos cérebros de cobaias para permitir que dois macacos controlem um braço mecânico, e um teste com um homem paralítico permitiu, com esse método, que ele movimentasse um cursor em uma tela de computador.

Alguns desses métodos, caso venham a ser aperfeiçoados plenamente e consigam aprovação das autoridades regulatórias da saúde, podem no futuro se tornar mais viáveis para os pacientes de amputações.

E embora a técnica da renervação não requeira aprovação das autoridades regulatórias porque é executada por meios cirúrgicos e emprega aparelhos já existentes, ela apresenta limitações que até mesmo seus criadores reconhecem, entre as quais o fato de que não se pode utilizá-la para todos os pacientes, o seu alto custo e o prazo de meses requerido para que os nervos reconectados cresçam e se tornem efetivos.

Ainda assim, os especialistas dizem que é o mais avançado sistema em uso hoje para pacientes reais que permite que o sistema nervoso controle diretamente o movimento de um braço artificial.

Desde sua introdução por Todd Kuiken, médico fisioterapeuta e engenheiro biomédico do Instituto de Reabilitação de Chicago, o método foi empregado em cerca de 30 pacientes nos Estados Unidos, Canadá e Europa, entre os quais oito soldados feridos no Iraque e no Afeganistão.

Muitos dos pacientes, entre os quais o primeiro, Jesse Sullivan, um operário do setor elétrico no Tennessee que perdeu os dois braços quando foi eletrocutado por um cabo, conseguem não apenas manipular seus braços protéticos mas sentir a presença das mãos que já não têm quando alguém toca em seus peitos.

Sullivan, 62 anos, e Kitts, estavam entre os cinco pacientes que participaram do estudo reportado na terça-feira. Em companhia de cinco outras pessoas que não passaram por amputações, eles receberam os eletrodos e foram instruídos a usar pensamentos para fazer com que um braço virtual na tela reproduzisse 10 movimentos diferentes, entre os quais três formas diferentes de aperto de mão.

Os pacientes apresentaram desempenho bastante respeitável, apenas um pouco mais lento e menos preciso do que os dos participantes que não tinham amputações.

"As velocidades de movimento que encontramos em nossos pacientes foram realmente encorajadoras", disse Kuiken. "Eles conseguiram completar a tarefa. É claro que não foram tão competentes quanto as pessoas dotadas de plena capacidade física, mas foram bons o bastante".

Um braço virtual foi usado porque a maioria das próteses existentes não era capaz de acomodar todos aqueles movimentos, no momento da pesquisa, ainda que Sullivan, Kitts e uma terceira paciente, Claudia Mitchell, tenham experimentado dois novos protótipos mais versáteis de braços artificiais, executando tarefas complexas com bolas de tênis e outros objetos.

O trabalho de renervação em soldados apresenta outros desafios, diz Kuiken, porque os ferimentos militares muitas vezes "causam danos muitos extensos" a nervos, músculos ou ossos.

Daniel Acosta, 25 anos, um aviador ferido pela detonação de uma bomba em uma estrada do Iraque em 2005, passou pelo procedimento no ano passado e diz que seu braço esquerdo protético agora se movimenta "muito mais rápido" e de maneira muito mais natural.

"A diferença é que agora não preciso mais pensar para mover o braço", ele diz. "Ele simplesmente se mexe".

Ainda assim, Acosta, de San Antonio, diz que "o processo foi bastante longo" e que os eletrodos precisam ser ajustados para receber os sinais à medida que os nervos crescem ou mudam de posição.

E embora elogiem o método, os especialistas afirmam que a ciência das próteses de braço ainda tem muito por avançar.

"Trata-se de uma parte crucial, mas ainda assim apenas uma parte, das muitas coisas que compreendem a função normal de um braço", disse Loeb, que escreveu um editorial que acompanha o artigo no Journal of the American Medical Association.

"No momento estamos a meio do caminho entre o braço de 'Dr. Fantástico', que fazia involuntariamente a saudação nazista, e o braço de Luke Skywalker em 'Guerra nas Estrelas', que funciona sem nenhum problema assim que é conectado. Creio que precisaremos ainda de muitos anos para conectar todas as peças necessárias a produzir um braço capaz de funcionar normalmente".

17:04
Anónimo disse...
A Espanha disse neste sábado que está preparando uma reclamação oficial contra a decisão da Venezuela de expulsar um membro do Parlamento Europeu que criticou o conselho eleitoral venezuelano.
Luis Herrero, membro do partido conservador espanhol PP, foi deportado na sexta-feira depois que o Conselho Nacional Eleitoral (CNE) o acusou de questionar a imparcialidade da instituição antes de um referendo que pode permitir ao presidente Hugo Chávez permanecer no cargo indefinidamente.

Herrero estava na Venezuela como observador do referendo. Ele acusou Chávez de ter "comportamentos típicos de um ditador" por pedir a contenção de manifestações da oposição.

O governo da Espanha convocou um encontro com o embaixador da Venezuela em Madri para expressar a desaprovação sobre a expulsão de Herrero, disse um representante do Ministério das Relações Exteriores espanhol.

As relações da Venezuela com a Espanha tiveram seu ponto crítico em 2007, quando Chávez ameaçou rever acordos diplomáticos e comerciais depois de ouvir um "cala a boca" do rei espanhol Juan Carlos durante uma cúpula.

A fenda foi oficialmente reparada em 2008, com uma visita oficial de Chávez à Espanha, onde ele cumprimentou o rei e discutiu acordos para investimento no setor petroquímico com o primeiro-ministro José Luis Rodriguez Zapatero.

17:06
Anónimo disse...
A polícia do Zimbábue anunciou neste sábado que acusa de traição Roy Bennett, dirigente do até agora opositor Movimento para a Mudança Democrática (MDC), detido na sexta-feira, em Harare, poucas horas antes da cerimônia de posse dos membros do novo gabinete.

"A Polícia nos informou que vão apresentar acusações de traição", disse à agência EFE o advogado de defesa de Bennett, Trust Maanda.

"Tentam relacionar Roy com o caso de Mike Hitschmann, que foi detido em 2006 em relação à descoberta de um carregamento de armas, apesar de que Hitschmann não tenha sido declarado culpado das acusações de traição apresentadas contra ele, mas de um crime menor de descumprimento de leis", disse Maanda.

O político opositor, designado por seu partido como vice-ministro de Agricultura no Governo de união nacional, esteve no exílio na vizinha África do Sul desde 2006 e retornou ao Zimbábue há duas semanas.

Segundo a Polícia, que deteve Bennett ontem no aeroporto de Harare quando pretendia ir à África do Sul para visitar sua família, as armas apreendidas em 2006 seriam utilizadas em um golpe de Estado para derrubar o presidente do Zimbábue, Robert Mugabe.

Depois da detenção, Bennet foi levado a Mutar, onde vários simpatizantes do MDC se concentraram em frente à delegacia na qual estava detido, diante do que a Polícia respondeu com tiros para o alto para dispersar os manifestantes.

17:07
Anónimo disse...
Austrália: 14 mil se candidatam a 'emprego dos sonhos'

A secretaria de Turismo de Queensland, na Austrália, informou que até esta segunda-feira já recebeu cerca de 14 mil inscrições para o "o melhor emprego do mundo". O Estado australiano promove pela internet seleção para vaga de "zelador" da ilha Hamilton, por seis meses com um salário de R$ 40 mil.

Muitos candidatos tiveram problemas durante a inscrição por conta dos acessos simultâneos ao site. A secretaria aconselha enviar os vídeos de 60s explicando porque deve ser escolhido em horários alternativos do dia, além de recomendar tamanho em torno de 40MB.

As inscrições começaram em 12 de janeiro e vão até o próximo dia 22 e podem ser feitas pelo site www.islandreefjob.com. O governo australiano escolherá 50 candidatos para a próxima fase da seleção, que terá votos do público para eleger um dos 11 finalistas.

A última fase terá entrevistas e desafios físicos, no próprio local de trabalho: as ilhas da Grande Barreira Coralina - o maior recife de coral do mundo. A secretaria de Turismo anunciará o vencedor no dia 6 de maio.

17:09
Anónimo disse...
Mercado elogia governo na crise, mas pede maior queda no juro

Peter Fussy
Direto de São Paulo

Desde as primeiras medidas anunciadas para combater os efeitos da crise, o governo brasileiro avisou que a estratégia não contemplaria um pacote. Seriam doses pontuais, de acordo com a necessidade da economia diante do agravamento das turbulências. Da primeira liberação dos depósitos compulsórios em setembro até a ampliação do seguro-desemprego na última quarta-feira, o governo passou por redução de impostos, ampliação de crédito e incentivos à exportação. Quase 150 dias após a primeira medida, o Terra conversou com líderes do setor público e privado, representantes dos trabalhadores, acadêmicos e com o próprio governo para saber quais destas ações foram mais eficazes, quais foram mais ineficientes e o que mais pode ser feito pelo Estado brasileiro contra a crise.

Os maiores elogios foram direcionados à atitude de reduzir o Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) para a indústria automobilística, anunciada em dezembro e que fez com que os emplacamentos de carros novos subissem 1,9% no primeiro mês do ano em relação a dezembro de 2008. Já as maiores críticas foram para a lentidão no corte da taxa básica de juro do País.

Para o presidente do conselho administrativo do Grupo Pão de Açúcar, Abílio Diniz, o Estado não é responsável pela crise e mesmo assim está agindo "com extrema serenidade e muito acerto". "O governo está atento, fazendo a sua parte. É preciso coragem de baixar firmemente a taxa de juros. É uma arma que temos a nosso favor, já que não há clima para inflação, nem possibilidade de danos para a macroeconomia", afirmou Diniz.

Na última reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), em janeiro, a taxa Selic foi reduzida em um ponto percentual, de 13,75% para 12,75% ao ano. Porém, o professor de economia da Universidade de Brasília (UnB) José Luiz Oreiro lembra que este corte representa uma redução de apenas 0,25 ponto percentual com relação à taxa de setembro do ano passado, quando a crise se agravou.

"Pouco antes da eclosão da crise, o Banco Central aumentou a taxa em 0,75 ponto. Foram cinco meses de demora para reduzir em termos líquidos apenas 0,25 ponto", afirmou o economista, que também sugeriu redução do intervalo de cerca de 90 dias entre as reuniões do Copom e o corte de pelo menos um 1 ponto percentual em cada reunião.

Mesmo com o corte de janeiro, a taxa de juros real continua sendo a maior do mundo, lembrou o secretário-geral da Força Sindical, João Carlos Gonçalves, o Juruna. "A redução da taxa de juro ainda é pequena, porque ela continua uma das mais altas do mundo. Falta ousadia para baixar os juros e ajudar o cidadão. A permanência da taxa de juro alta é negativa para o País em meio a crise", afirmou Juruna.

Embora aprove as ações do governo, o senador Aloízio Mercadante (PT-SP) também acredita que o patamar da Selic está muito alto. "Sempre fomos os primeiros a entrar em qualquer crise, o que não aconteceu agora. A taxa Selic ainda é muito alta, mas o governo têm tomado medidas acertadas, como o aumento do salário mínimo, mesmo com um cenário de crise. Isso ajuda a movimentar o consumo. O governo está se esforçando para manter os investimentos e o crescimento", disse.

Tributos
De acordo com o economista Fabio Pina, da Fecomercio-SP, as ações mais positivas estão relacionadas à redução de tributos para alguns segmentos, como a indústria automobilística, que recuperou parte da queda nas vendas em janeiro com a isenção do IPI para carros 1.0 l e o corte para demais motorizações. A medida vale até o final de março.

"Essas medidas não só reduziram o preço, mas anteciparam o consumo daqueles que iriam comprar no futuro, dando um prêmio por conta da insegurança. Mexe diretamente com o principal problema que é a confiança do consumidor", afirmou. Juruna destacou que um bom ritmo de vendas é garantia de emprego. "É importante porque cada emprego na montadora significa 19 na cadeia produtiva", comentou o representante da Força Sindical.

Também em dezembro, o governo decidiu cortar pela metade a alíquota do Imposto de Renda para contribuintes que ganham entre R$ 1.434 e R$ 2.150 mensais. "O salário aumentava e a tabela não se modificava. As pessoas ganhavam mais e pagavam mais impostos", apontou Juruna. Outra redução de tributos do governo foi com relação ao Imposto sobre Operações Financeiras (IOF), que caiu de 3% ao ano para 1,5%.

Crédito
Na segunda metade de 2008, o colapso de bancos nos Estados Unidos por conta da crise do subprime provocou uma forte restrição de crédito no mundo inteiro. Uma das primeiras medidas anticrise do governo teve como objetivo restabelecer a oferta, com mudanças no recolhimento dos depósitos compulsórios por parte dos bancos. Segundo o presidente do Banco Central, Henrique Meirelles, as diversas modificações liberaram US$ 99,2 bilhões aos bancos até o final de janeiro.

Além disso, o governo concedeu R$ 36 bilhões das reservas internacionais para empresas brasileiras com dívidas no exterior e uma medida provisória autorizou o Banco do Brasil e a Caixa Econômica Federal a comprar carteiras de crédito de bancos privados. Para o diretor do Departamento de Pesquisas e Estudos Econômicos da Fiesp, Paulo Francini, estas medidas foram essenciais para combater os efeitos da crise.

"A crise se desenvolve no mundo em torno do tema crédito. E o crédito reduziu-se barbaridade no mundo. Então o governo lança mão de compulsório, lança mão de reservas, de medidas que permitem aos bancos comprar carteiras de bancos. Você vai tomando várias medidas para atender às demandas e o epicentro disso é crédito", afirmou.

No entanto, Oreiro, da UnB, adverte que a liberação dos compulsórios seria mais eficiente acompanhada de redução mais agressiva da taxa básica de juro. "Uma parte do crédito voltou, depois da forte retração em outubro e novembro. O que deveria ter sido feito junto à liberação do compulsório era uma redução mais drástica da taxa de juro. Sem isso, os bancos pegam as reservas e acabam comprando títulos públicos", explicou o economista.

Na opinião de Pina, as ações de distribuição de crédito via redução do compulsório e a disposição de capital de giro para empresas foram tomadas sem um cuidado maior na operação e não tiveram muito efeito. "O BNDES tem linhas que ficam paradas quase todo o ano, agora é pior ainda. Existem os recursos, mas as empresas e os bancos estão desconfiados. É preciso fazer com que os bancos tenham interesse em emprestar", afirmou o economista da Fecomercio-SP.

Futuro
Mesmo com todas essas medidas, a crise financeira ainda gera incertezas nos setores produtivos do País. Nos últimos meses, o medo do desemprego fez os consumidores adiarem compras. Por sua vez, a queda nas vendas pode obrigar as indústrias a cortarem a produção e demitir funcionários. Contra isso, empresários sugerem redução de jornada e de salários.

"Isto está previsto em lei. A Fiesp simplesmente manteve conversações com entidades sindicais quanto à aplicação daquilo que já está previsto em lei", afirmou Francini.

Segundo a ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff, uma das medidas que assegura um nível de emprego é a manutenção de investimentos no Programa de Aceleração do Crescimento (PAC). "Estamos esperando que a dificuldade ocorra em janeiro, fevereiro e março. Estamos certos que vamos manter o nível de investimento. É isso que funciona, é isso que significa investimento público. Ele funciona como um colchão. Por isso, nós colocamos R$ 100 bilhões no BNDES e a Petrobras ampliou o seu investimento em R$ 120 bilhões", afirmou.

Na mesma linha, Pina explica que a antecipação de gastos do governo substitui parte da demanda retraída do setor privado. "Ele dá o seguinte recado: não vou estourar as contas públicas, mas concentrar em um momento em que a demanda privada está pequena. Mas o governo não tem fôlego suficiente para fazer o papel de toda demanda", ressaltou. O economista da Fecomercio lembrou que a entidade já pleiteou junto ao governo isenções para transferência de imóveis e de automóveis, além de retirar o IPVA para veículos novos.

Já Oreiro foca suas propostas na capitalização do Banco do Brasil e da Caixa Econômica Federal pelo Tesouro para atender a demanda de crédito para capital de giro e reduzir o spread. "Aumentando o empréstimo e reduzindo as taxas, os dois vão forçar os bancos privados a acompanhar o movimento, até para não perderem participação no mercado", explicou o economista da UnB.

Até o Carnaval, o governou prometeu detalhar um pacote de incentivos para a construção de até um milhão de casas populares, direcionado a famílias com renda de até dez salários mínimos. "Estamos atentos a tudo o que está acontecendo e novas medidas serão tomadas caso haja uma avaliação de que sejam necessárias", disse o ministro da Fazenda, Guido Mantega, na última sexta-feira.

17:11
Anónimo disse...
Ex-ministro critica extensão do seguro-desemprego

Atualizada às 09h03

O ex-ministro do Trabalho Almir Pazzianotto criticou a decisão do governo federal de conceder o seguro-desemprego estendido a apenas alguns setores. "É certamente odioso e provavelmente inconstitucional", disse Pazzianotto, de acordo com o jornal O Estado de S. Paulo.

Na última qurta, dia do anúncio da medida, centrais sindicais elogiaram a atitude do governo. A Força Sindical divulgou nota dizendo que "o aumento ajudará a aquecer parte da economia, já que irá gerar mais consumo, produção e conseqüentemente, a criação de novos postos de trabalho". A União Geral dos Trabalhadores (UGT) afirmou que a medida "contribuirá para minimizar o drama dos trabalhadores que perderem seu emprego por conta da crise".

O ex-ministro, que instituiu o seguro-desemprego no País no governo de José Sarney, destacou a necessidade de as centrais sindicais se manifestarem contra a determinação. Para ele, as mudanças devem ser aplicadas a todas as categorias profissionais e a distinção é contrária ao artigo 3º da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT).

Pazzianotto atribui a medida a um possível temor do governo de que a crise econômica seja longa e não haja dinheiro para atender a todas as necessidades. Ainda assim, ele se mostra contrário ao método de concessão. "O seguro-desemprego ajuda a sanar necessidades básicas. Estendê-lo é paliativo, não a solução", disse ao jornal.

De acordo com o presidente do Conselho Deliberativo do Fundo de Amparo ao Trabalhador (Codefat) e conselheiro da Força Sindical, Luiz Fernando Emediato, a determinação já estava prevista na lei 8.900/94, que trata do seguro-desemprego.

O presidente da Comissão de Trabalho da Câmara, Pedro Fernandes (PTB-MA) vai além na crítica à concessão do seguro para apenas alguns setores. Ele acredita que a ampliação do benefício estimula o desemprego.

Quintino Severo, secretário geral da Central Única dos Trabalhadores (CUT), lembra que a ampliação do benefício sem critério e identificação pode incentivar demissões em outros setores.

17:13
Anónimo disse...
Empresas
TAM faz promoção para destinos internacionais

A companhia aérea TAM anunciou nesta sexta-feira tarifas promocionais para trechos internacionais. Os preços valem para bilhetes comprados entre 6h deste sábado e 23h59 deste domingo e são válidos para classe econômica. As tarifas, para ida e volta, serão vendidas a partir de US$ 99, mais taxas.

Segundo a aérea, a promoção vale para viagens feitas no período de 14 de fevereiro a 18 de junho de 2009. Para destinos na América do Sul, a permanência mínima é de dois dias; para bilhetes com destino nos Estados Unidos, cinco dias; e Europa, sete dias. A permanência máxima para as passagens para América do Sul e EUA é de dois meses e para Europa, três meses.

Entre os exemplos de tarifas promocionais, a TAM oferece São Paulo-Lima por US$ 99. Bilhetes para a rota São Paulo-Santiago serão vendidos a partir de US$ 199 e São Paulo-Nova York, US$ 799.

A emissão dos bilhetes deve ser feita obrigatoriamente no ato da reserva, obedecendo às regras estipuladas pela companhia. A compra está sujeita à disponibilidade de assentos nas classes tarifárias determinadas, trechos, horários e datas. A TAM afirmou que também há tarifas promocionais para a classe executiva.

Mais informações podem ser encontradas no site promocional (www.ofertastam.com.br), no site da empresa (www.tam.com.br) ou pelos telefones 4002-5700 ou 0800 5705700.

17:13
Anónimo disse...
Empresas
Consultoria negocia compra do parque temático Hopi Hari

A consultoria especializada em reestruturação de empresas Íntegra Associados informou nesta sexta-feira ter um acordo para comprar o parque de diversões Hopi Hari, localizado no interior de São Paulo. A empresa estaria disposta a investir R$ 10 milhões no parque, que tem dívida estimada em R$ 800 milhões. As informações são da edição deste sábado do jornal Folha de S. Paulo.

De acordo com o jornal, a transação ainda depende da negociação entre o Hopi Hari e seus credores, o que já estaria em andamento.

A consultoria paulista já atuou junto à Parmalat, durante 30 meses, quando reorganizou a gestão da empresa italiana.

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17:14
Anónimo disse...
Empresas
Disney de Tóquio contratará mais 2 mil apesar da crise


A Oriental Land, o operador da Disneylândia Tóquio e DisneySea, organizou neste domingo entrevistas para contratar cerca de 2 mil trabalhadores em tempo parcial, em um momento de grandes demissões deste tipo de empregados no Japão.

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O operador deste parque temático, situado em Urayasu, na província de Chiba (leste de Tóquio), está em pleno processo de seleção de empregados para 20 tipos de postos trabalhistas diferentes.

Segundo a companhia, citada pela agência local de notícias Kyodo, o parque contratará novos trabalhadores para as atrações, para os restaurantes e guardas de segurança entre outros. Os novos contratados começarão a trabalhar a partir de fevereiro.

O processo de seleção acontece em um momento em que a maioria das grandes companhias japonesas começaram a se ver obrigadas a despedir uma elevada percentagem de seus trabalhadores temporários e a tempo parcial.

Algumas inclusive anunciaram demissões de seus trabalhadores fixos, uma medida muito pouco comum nas companhias japonesas, perante os efeitos piores que o esperado pela crise econômica global.

Cerca de uma centena de pessoas esperavam desde a primeira hora desta manhã a abertura do centro de conferências Tokyo International Forum, onde as entrevistas estão sendo feitas, para ser os primeiros a solicitar os postos de trabalho.


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17:15
Anónimo disse...
Economia Internacional
Senado dos EUA aprova plano de estímulo à economia

O Senado dos Estados Unidos aprovou com 60 votos a favor e 38 contra o plano de estímulo à economia de US$ 787 bilhões na madrugada deste sábado. Agora, ele segue para sanção ou veto do presidente Barack Obama, que espera colocar a lei em prática até o dia 16 de fevereiro.

O plano prevê a criação de três milhões de empregos, inclui cortes de impostos às famílias, fundos para programas sociais e obras públicas, além de ajuda aos governos estaduais, estudantes e desempregados.

A cláusula Buy American - que exige o uso de ferro, aço e produtos manufaturados dos Estados Unidos em obras realizadas com recursos do pacote - ficou de lado. Segundo o texto definitivo, a cláusula será aplicada sem violar as normas do comércio internacional.

Ontem à tarde, a Câmara de Representantes (deputados) havia aprovado, por 246 votos a favor e 183 contra, a versão final do plano. Todos os republicanos foram contrários ao pacote.

Pelo acordo de quarta-feira entre Câmara e Senado, em vez de custar US$ 819 bilhões, como queriam os deputados, ou US$ 838 bilhões como pretendiam os senadores, o pacote ficou em cerca de US$ 787 bilhões, com 65% desse total destinado a gastos do governo federal e 35%, a créditos tributários.

17:16
Anónimo disse...
Economia nacional
Na era Lula, aposentadoria sobe 54% menos que salário mínimo

Thatiane Faria
Especial para o Terra
Direto de São Paulo

Os índices de reajustes concedidos pelo governo em 2009 para aposentados e pensionistas e para o salário mínimo repetiram uma diferença que, só durante o governo de Luiz Inácio Lula da Silva, já chega a 54%. Enquanto o mínimo foi majorado em 12% este ano, as pensões e aposentadorias tiveram aumento de 5,92%. Aposentados que têm o benefício do governo como única fonte de renda reclamam que perdem poder de compra e que sua cesta de compras é composta por itens que aumentam mais em relação à inflação oficial.

Um exemplo prático pode ser entendido a partir da comparação entre um aposentado que ganhava R$ 600 em janeiro de 2003. Na época, o benefício era três vezes, ou 200%, maior que o valor do mínimo em vigência, que era de R$ 200. Aplicando-se os índices de reajuste para aposentadorias e para o mínimo durante os últimos seis anos, o mesmo aposentado estaria recebendo hoje R$ 938,47, comparado a um salário mínimo de R$ 465. A diferença entre os dois valores caiu para pouco mais de 100%.

Enquanto o índice acumulado de reajuste para a aposentadoria durante o governo Lula foi de 60%, para o salário mínimo está em 132%.

O diretor do Sindicato Nacional dos Aposentados, João Inocentini, reclama que os valores dos benefícios para aposentadorias não mantêm o poder de compra do grupo, principalmente dos aposentados que recebem menos que dez salários mínimos.

Nem mesmo o fato de o índice de reajuste das aposentadorias ter ficado acima da inflação acumulada no mesmo período (o IPCA entre janeiro de 2003 e janeiro de 2009 foi de 39,7%) serve de argumento, segundo os aposentados.

"Os idosos, principalmente, têm gastos além das contas gerais como gás, telefone e aluguel. Para eles o custo com remédios, e outros itens da área saúde costuma ser maior", afirmou Inocentini.

O presidente do sindicato afirmou que o grupo realiza um estudo com 100 itens de necessidade de um idoso para comparar o aumento dos produtos com o índice de reajuste do benefício recebido pelos aposentados.

"Daqui dois meses vamos abrir um processo na Justiça e levar essa pesquisa como prova. Segundo a lei, o governo é obrigado a manter o poder de compra com a aposentadoria", disse Inocentini.

Alternativas
O consultor financeiro Cláudio Boriola diz que os aposentados, especialmente nesse momento de crise econômica, devem evitar compras parceladas, pesquisar preços, negociar e fazer bom planejamento financeiro.

Segundo Boriola, alguns aposentados ganham um valor mensal muitas vezes insuficiente para o pagamento das contas e acabam pedindo crédito ou realizando pagamentos a prazo e são obrigados a pagar juros altos.

Na opinião do consultor, pagar uma previdência privada é uma alternativa indicada para quem ainda trabalha, considerando a característica de perda de poder de compra da aposentadoria.

"Na prática, infelizmente os valores encontram-se em um patamar que está deteriorando o poder de aquisição da população brasileira", completou Boriola.

De acordo com o diretor da Confederação Brasileira de Aposentados e Pensionistas (Cobap), Vicente Fernandes Barbosa, representantes dos aposentados tentarão um encontro com o presidente da Câmara, deputado Michel Temer (PMDB-SP), para discutir projetos que minimizem a perda dos aposentados

17:17
Anónimo disse...
Previdência
Previdência prorroga isenção de tarifas no benefício

O atual sistema de pagamento aos 26 milhões de aposentados e pensionistas do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) será mantido até o final deste ano. O acordo, que permite realizar a operação sem nenhum custo aos beneficiários, foi renovado nesta sexta-feira, entre o governo federal e 21 instituições financeiras.

Por meio desse acordo, vigente desde setembro de 2007, nem os segurados, nem os bancos e nem o governo arcam com o pagamento de tarifas, conforme explicou o ministro da Previdência Social, José Pimentel. A prorrogação vale até dezembro, data máxima para que a Previdência defina as regras para um novo contrato.

Ao assinar o termo de renovação, na sede da Federação Brasileira dos Bancos (Febraban), o ministro disse que a intenção do governo é mudar o atual modelo de gestão visando a reduzir os custos dessas operações em torno da folha mensal, que atinge R$ 15,8 bilhões. No entanto, qualquer alteração, conforme explicou, passará antes por audiências públicas a serem realizadas a partir do segundo semestre deste ano, atendendo a determinação do Tribunal de Contas da União (TCU).

De acordo com Pimentel, com um redesenho do mecanismo de repasse dos recursos aos bancos em torno da folha de pagamento dos segurados o que se busca é um aumento da participação de instituições financeiras. Ele informou que, desde 2007, cada benefício custa em média R$ 1,07 ao governo. "Quanto mais instituições financeiras estiverem prestando serviços à sociedade, maior é a competitividade, a agilidade no atendimento", justificou.

O ministro observou, ainda, que, para permitir uma redução para algo em torno de meia hora no tempo de atendimento para a concessão dos direitos previdenciários, o governo investiu R$ 280 milhões.

Questionado sobre o descontentamento dos segurados que ganham acima de um salário mínimo terem obtido apenas a correção com base na variação do Índice de Preços ao Consumidor (INPC) , ficando abaixo do reajuste dado a quem recebe apenas o mínimo, Pimentel argumentou que o governo seguiu o que determina a lei e descartou a possibilidade de uma revisão

17:17
Anónimo disse...
Empresas
Caterpillar oferece aposentadoria antecipada a 2 mil


A companhia americana Caterpillar ofereceu a cerca de dois mil funcionários incentivos para que se aposentem de forma voluntária antes do previsto, pela perspectiva de uma queda "significativa" da atividade industrial, informou nesta quarta-feira a empresa.

A iniciativa, destinada aos trabalhadores de diversas fábricas em Illinois, Colorado, Tennessee e Pensilvânia, se soma aos cortes de empregos anunciados em janeiro, explicou em comunicado de imprensa.

A empresa, a maior fabricante mundial de maquinaria pesada para a construção e a mineração, acrescentou que, "em função das condições de negócio, podem ser necessárias mais reduções de elenco voluntárias e involuntárias à medida que o ano avança".

O vice-presidente da companhia, Sid Banwart, explicou que a empresa prevê "demissões significativas em todas as regiões geográficas e na maioria dos setores devido às dificuldades da economia mundial".

17:18
Anónimo disse...
Comércio
Comércio exterior da OCDE caiu no 3º trimestre de 2008


As exportações e as importações dos países da Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Econômico (OCDE) caíram 1,6% e 0,2%, respectivamente, no terceiro trimestre de 2008, em relação aos três meses anteriores.

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Trata-se da primeira queda destas atividades desde o terceiro trimestre de 2006, segundo o último relatório trimestral sobre fluxos comerciais divulgado pela OCDE.

As exportações e as importações em dólares dos 30 Estados-membros caíram 15,6% e 17%, respectivamente, na comparação anualizada.

Por sua vez, o comércio dos sete países mais ricos do mundo (G7) teve um pequeno crescimento no terceiro trimestre de 2008 com uma queda das exportações de mercadorias de 0,2% em relação ao trimestre anterior e um aumento de 0,4% das importações.

Em termos anualizados, as importações do G7 caíram 1,4% entre julho e setembro do ano passado, seu primeiro retrocesso desde o terceiro trimestre de 2006, enquanto as exportações aumentaram 1,9%, seu crescimento mais baixo no mesmo tempo.

Por países, a Alemanha aumentou suas importações em 3,4% - valor mais alto do G7 -, enquanto suas exportações caíram 2,9% do segundo para o terceiro trimestre de 2008.

Pelo contrário, as exportações americanas aumentaram 1,8% entre julho e setembro de 2008, enquanto as importações caíram 0,7% em relação ao trimestre anterior. No Japão, tanto as importações quanto as exportações caíram em torno de 1% no mesmo período.

17:19
Anónimo disse...
Economia Nacional
Lula: juros de crédito consignado a aposentados são altos

Atualizada às 17h29

O presidente Luis Inácio Lula da Silva afirmou nesta terça-feira, em São Paulo, que está lutando para reduzir as taxas de juros cobradas de aposentados em crédito consignado. A Previdência Social estabelece uma taxa máxima de 2,5% para empréstimo e de 3,5% para cartão. Para Lula, os valores são altos.

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"Acho que o juro que os aposentados estão pagando hoje com o crédito consignado é alto para o padrão brasileiro", disse o presidente durante a cerimônia de comemoração dos 86 anos do INSS.

A Previdência anunciou nesta terça-feira que aposentados e trabalhadoras com licença-maternidade poderão receber seus benefícios em 30 minutos. De acordo com Lula, em junho, a aposentadoria do trabalhador rural também será conseguida em meia hora.

Além disso, o presidente anunciou que, também em junho, os trabalhadores que alcançarem o direito à aposentadoria passarão a receber em suas casas um comunicado da Previdência informando o fato e o valor do salário que têm direito a receber. "É um comprometimento público que estou fazendo com os companheiros da Previdência Social", disse.

"Estamos retribuindo ao contribuinte da Previdência Social aquilo que é a cidadania que ele tem direito", afirmou Lula. "Se para cobrar nós somos tão precisos, para devolver o dinheiro, temos que chegar próximo à perfeição", completou.

17:20
Anónimo disse...
Economia Nacional
Salário maternidade sairá em 30 minutos, diz ministro

Toda trabalhadora autônoma que tiver contribuído pelo menos 10 meses com o Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) - ou as que possuírem carteira assinada - poderão receber em 30 minutos o salário maternidade a partir desta terça-feira. Da mesma forma, as mulheres com 30 anos de contribuição e os homens com 35 anos também terão direito ao benefício de forma mais rápida. A informação é do ministro da Previdência Social, José Pimentel.

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Para requerer o salário maternidade, é preciso que as autônomas levem a carteira de identidade e o carnê de contribuição. As demais trabalhadoras devem apresentar a identificação e a carteira de trabalho. Desde o início do mês, a nova forma de análise para a concessão de benefícios foi adotada para a aposentadoria por idade do trabalhador urbano e agora foi estendida para o salário maternidade e por tempo de contribuição.

O ministro disse que a qualificação do serviço da previdência social é o reconhecimento do direito dos trabalhadores e da afirmação da cidadania.

"Até pouco tempo na cabeça do cidadão o serviço devia ser de péssima qualidade. Agora não, nós modificamos toda a legislação no mês de dezembro numa ação conjunta do Congresso Nacional com o governo federal. Estamos implantando e concedendo os benefícios em até 30 minutos", afirmou.

O ministro destacou que para conseguir se aposentar ou ter acesso à licença maternidade em 30 minutos, em primeiro lugar, é necessário que o cidadão esteja vinculado à Previdência, o que inclui 65% da população acima de 16 anos de idade.

"Depois bastar marcar pelo sistema 135 o dia e a hora do atendimento e levar a documentação. Se todos os dados necessários estiverem corretos o contribuinte será atendido em até 30 minutos, como vem sendo feito com as aposentadorias por idade desde o dia cinco de janeiro", explicou.

Pimentel disse ainda que em 90% das agências da previdência social o atendimento é marcado em até 48 horas. Nos grandes centros, entretanto existe um volume maior o que torna mais lento o processo.

"Estamos criando mais 715 agências até 2010, em todo o território nacional, para descentralizar o atendimento. Em 2008, atendemos 295 mil benefícios e aposentadorias por idade. Temos 4 mil pessoas por dia procurando e se aposentando por idade no território nacional. Este serviço será agilizado", concluiu.

17:27
Anónimo disse...
Giuseppe Englaro, pai de Eluana, a italiana que morreu na segunda-feira passada por desidratação, recusou uma grande soma de dinheiro de um conhecido fotógrafo italiano que queria retratar a filha em estado de coma, disse neste sábado o neurologista que atendia a mulher desde 1996, Carlo Defanti.

O neurologista, que participou hoje de uma conferência sobre eutanásia, disse que Englaro respeitou a vontade da filha, que, antes do acidente, tinha pedido que, se lhe ocorresse qualquer coisa irreversível, apresentasse sua imagem de quando estava em boas condições.

Antes de sofrer o acidente de trânsito, em 1992, Eluana viveu o coma de um amigo, Alessandro, o que causou forte impacto na italiana e a levou a fazer o pai prometer que não a deixasse viver em estado vegetativo, disse o próprio Giuseppe Englaro.

Defanti, que dissera que Eluana poderia viver de dez a 12 dias depois da suspensão da alimentação e da hidratação, disse que, como médico, tinha que reprovar esta afirmação.

"Não se pode sobreviver após três ou quatro dias sem líquido e, em particular, água em um corpo. Sabemos bem que, quando há um terremoto, após quatro dias é difícil encontrar sobreviventes".

Defanti ressaltou que Eluana "não falava, não se comunicava com o exterior" e que, após vários exames, "nos deparamos com uma moça que tinha perdido a consciência", porque estava com o córtex cerebral prejudicado.

Eluana foi enterrada na quinta-feira passada no túmulo da família na localidade de Paluzza, em Udine, após um funeral que não contou com a presença dos pais.

16:53
Anónimo disse...
Os bombeiros combatem neste sábado os incêndios na Austrália favorecidos pelo bom tempo, enquanto os deslocados encotram em seu retorno casas derruídas, carros queimados nas ruas e destruição.

Depois de sete dias desde que começaram os incêndios no Estado de Victoria, a lista de mortos chega a 181, os desaparecidos somam 50, os edifícios destruídos totalizam 1,834 mil e o terreno arrasado, principalmente florestas, ocupa uma área de 4,13 mil quilômetros quadrados.

As equipes de bombeiros, formadas por 4 mil profissionais de Victoria, de outras partes da Austrália e de países amigos, combateram hoje 12 focos fora de controle e nenhum representava uma ameaça direta para a população.

O subdiretor do Serviço de Bombeiros, Geoff Conway, disse que este tempo favorável, que se prolongará durante o domingo, permite consolidar as linhas de contenção e avançar na extinção das chamas.

Cinzas apareceram arrastadas por ventos do nordeste sobre Melbourne, onde habitam 3,8 milhões de pessoas, e as autoridades alertaram aos cidadãos do risco para a saúde de idosos, crianças e pessoas com problemas respiratórios.

O número de pessoas deslocadas - a Cruz Vermelha chegou a receber 7 mil - começou a cair com a abertura de algumas localidades atingidas.

Os incêndios, alguns criminosos, começaram em 7 de fevereiro, quando a região sul da Austrália estava há duas semanas sob uma onda de calor sem precedentes.

Na sexta-feira passada, a polícia acusou uma pessoa de ter provocado o incêndio que atingiu a localidade de Churchill e matou 21 pessoas.

16:55
Anónimo disse...
A primeira chuva em seis dias reduziu a ameaça de incêndios no Estado de Victoria, ao sul da Austrália. As autoridades, porém, advertiram que ainda existem 12 focos, mas que nenhum deles ameaça áreas povoadas.

Mais de quatro mil bombeiros, mil provenientes de outras partes do país e de outras nações, trabalham contra o fogo. Cerca de 600 veículos e 28 helicópteros e pequenos aviões estão sendo usados.


Eles conseguiram construir linhas de contenção para evitar os incêndios de Yarra e Maroondah se juntassem. Também foram controlados os incêndios abertos de Yea e Murrindindi, que ameaçavam as comunidades de Connellys Creek, Crystal Creek, Scrubby Creek e Native Dog Creek.

O número de mortos chegou a 181, mas as autoridades acreditam que as vítimas devem passar de 200, já que ainda há muitos desaparecidos.

16:55
Anónimo disse...
Aqui nesta coluna, na semana passada, tive a oportunidade de comentar sobre a recente visita do professor brasileiro Pedrinho Guareschi à Austrália. Não dei, porém, os fatos, pois semana passada o assunto era outro.

Hoje, porém, vamos a eles.

No último dia 4 de fevereiro, aconteceu o Seminário "Paulo Freire: Education and Liberation", organizado pelo centro de estudos latino-americanos da Universidade Nacional da Austrália, ou ANU, como é mais conhecida por aqui.

A ANU, para quem não sabe, está entre as 20 melhores universidades do mundo! E tem sede aqui em Camberra, capital da Austrália.

Na abertura do evento, o professor John Minns, diretor do centro latino-americano, ao dar boas-vindas ao público presente, lembrou ser aquele o primeiro seminário exclusivamente dedicado a Paulo Freire na Austrália.

Em seguida, convidou Pedrinho Guareschi, palestrante principal do Seminário, a fazer sua apresentação.

A plateia pode então conhecer, pelas palavras de Pedrinho, um pouco da obra e da vida de Freire, esse brasileiro de fé e valor, que sempre acreditou na educação, sobretudo dos menos favorecidos, analfabetos, como força libertadora.

Como não podia deixar de ser, os conceitos e ideias revolucionários de Paulo Freire, expostos com clareza por Pedrinho, despertaram o interesse e a curiosidade de plateia. A qual, deve-se notar, era na maioria de estudantes, mas de várias nacionalidades, sobretudo australianos e asiáticos.

Na continuação do programa do seminário, que se estendeu por dois dias, outros professores fizeram palestras sobre temas ligados à obra de Paulo Freire.

Interessante, por exemplo, saber que a professora Anne Hickling-Hudson, jamaicana que mora na Austrália há muitos anos (é professora da ANU), conheceu e trabalhou com Freire num workshop educacional durante a revolução na Ilha de Granada, em 1980, antes da invasão dos Estados Unidos...

Ou, então, a palestra da Professora Gerda Roelvink, da Nova Zelândia, que participou do Fórum Social de Porto Alegre em 2005. E essa participação transformou-se em tema de doutorado.

No dia 10, terça-feira passada, o padre Pedrinho Guareschi voltou a falar ao público australiano em grande auditório localizado no belíssimo campus da ANU. Desta vez, sobre a Teologia da Libertação.

Depois da palestra, John Minns mostrou o filme mexicano "O Crime do Padre Amaro", no qual um dos personagens é um padre católico praticante da Teologia da Libertação.

Mais uma vez, foi grande o intersse da platéia, que pode aprender e conhecer um pouco como se desenvolveu aquele importante movimento católico na América Latina.

Fica, assim, ao Pedrinho, bem como a outros brasileiros estudiosos e de bom coração que saem pelo mundo a divulgar aspectos importantes da cultura brasileira, o respeito e a homenagem desta coluna. E... aquele abraço!

16:57
Anónimo disse...
Amanda Kitts perdeu o braço esquerdo em um acidente de automóvel acontecido três anos atrás, mas hoje em dia ela joga futebol americano com seu filho de 12 anos de idade, troca fraldas e abraça as crianças nas três creches Kiddie Cottage que opera em Knoxville, Tennessee. Kitts, 40 anos, faz tudo isso com a ajuda de um novo tipo de braço artificial que se movimenta com mais facilidade do que outros aparelhos e que ela pode controlar utilizando apenas seus pensamentos.

"Eu sou capaz de mexer a mão, o pulso e o cotovelo ao mesmo tempo", diz. "Você pensa e os músculos se movem em seguida".

A recuperação que ela conseguiu resulta de um novo procedimento que vem atraindo crescente atenção porque permite que pessoas movam braços protéticos de forma mais automática do que faziam no passado, simplesmente utilizando nervos reaproveitados em seus cérebros.

A técnica, conhecida como "renervação muscular dirigida", envolve utilizar os nervos que restam depois da amputação de um braço e conectá-los a outro músculo do corpo, em geral no peito. Eletrodos são instalados sobre os músculos do peito, e operam como se fossem antenas. Quando a pessoa deseja mover o braço, o cérebro envia sinais que primeiro resultam em contração dos músculos do peito, os quais enviam um sinal ao braço protético, instruindo-se a se movimentar. O processo não requer mais esforços consciente do que a pessoa teria de exercitar caso ainda tivesse seu braço natural.

Na terça-feira, pesquisadores reportaram em estudo publicado pela versão online do Journal of the American Medical Association que haviam levado a técnica ainda mais à frente, tornando possível a execução de 10 movimentos de mão, pulso e cotovelo diferentes, o que representa uma substancial melhora com relação ao típico repertório protético, que em geral envolve apenas dobrar o cotovelo, girar o pulso e abrir a mão.

"Os novos métodos tiveram impacto dramático em nosso campo de trabalho", disse Stuart Harshbarger, engenheiro biomédico na Universidade Johns Hopkins e diretor do programa de pesquisa sobre próteses, financiado pelas forças armadas, que inclui o trabalho com essa técnica. "O método já está em uso por médicos e cirurgiões comuns em todo o país. A capacidade de controlar um membro protético bastante robusto que ele confere surpreendeu a todos pela qualidade".

Tipicamente, uma pessoa que tenha um braço protético só é capaz de executar alguns poucos movimentos, e muitas vezes com tamanha lentidão que isso só permite a ela atividades limitadas.

Há um motor separado para cada movimento, diz Gerald Loeb, professor de engenharia biomédica na Universidade do Sul da Califórnia, "e esses motores precisam ser controlados de maneira explícita", usualmente por um esforço consciente da pessoa para contrair músculos nas costas ou no bíceps.

"Essencialmente, até agora os pacientes controlavam apenas um motor de cada vez", diz Loeb, "e precisavam pensar cuidadosamente sobre que motor desejavam controlar e como fazê-lo operar, em lugar de simplesmente pensarem em mover o braço e poderem fazê-lo sem delongas".

Antes que Kitts passasse pelo procedimento de renervação, em outubro de 2007, por exemplo, ela precisava movimentar os músculos de suas costas de determinada maneira para fazer com que seu pulso girasse, e flexionar seu bíceps e tríceps para fazer com que o cotovelo se movesse para cima e para baixo. "Era muito trabalho", ela conta. "E não me ajudava muito".

O procedimento de renervação é parte de uma recente explosão de idéias novas e técnicas inovadoras que estão sendo exploradas enquanto os cientistas se esforçam por ajudar as pessoas a compensar melhor a perda de membros ou problemas de paralisia. O esforço vem sendo alimentado pelo aumento no número de amputações causado por diabetes e por ferimentos sofridos pelos militares, e ao mesmo tempo pelos avanços na tecnologia médica.

Os braços se tornaram um dos focos essenciais desse tipo de trabalho. A ciência há muito vem obtendo sucessos no desenvolvimento de próteses de perna, mas é muito mais difícil imitar a complexidade e a destreza das mãos e dos braços.

Os esforços em curso incluem o desenvolvimento de projetos de pele e braços mais sensíveis e mais flexíveis, e o uso de dispositivos acionados por controles sem fio implantado nos braços protéticos, que permitiriam movimentos mais naturais.

Os pesquisadores também vêm usando sensores implantados nos cérebros de cobaias para permitir que dois macacos controlem um braço mecânico, e um teste com um homem paralítico permitiu, com esse método, que ele movimentasse um cursor em uma tela de computador.

Alguns desses métodos, caso venham a ser aperfeiçoados plenamente e consigam aprovação das autoridades regulatórias da saúde, podem no futuro se tornar mais viáveis para os pacientes de amputações.

E embora a técnica da renervação não requeira aprovação das autoridades regulatórias porque é executada por meios cirúrgicos e emprega aparelhos já existentes, ela apresenta limitações que até mesmo seus criadores reconhecem, entre as quais o fato de que não se pode utilizá-la para todos os pacientes, o seu alto custo e o prazo de meses requerido para que os nervos reconectados cresçam e se tornem efetivos.

Ainda assim, os especialistas dizem que é o mais avançado sistema em uso hoje para pacientes reais que permite que o sistema nervoso controle diretamente o movimento de um braço artificial.

Desde sua introdução por Todd Kuiken, médico fisioterapeuta e engenheiro biomédico do Instituto de Reabilitação de Chicago, o método foi empregado em cerca de 30 pacientes nos Estados Unidos, Canadá e Europa, entre os quais oito soldados feridos no Iraque e no Afeganistão.

Muitos dos pacientes, entre os quais o primeiro, Jesse Sullivan, um operário do setor elétrico no Tennessee que perdeu os dois braços quando foi eletrocutado por um cabo, conseguem não apenas manipular seus braços protéticos mas sentir a presença das mãos que já não têm quando alguém toca em seus peitos.

Sullivan, 62 anos, e Kitts, estavam entre os cinco pacientes que participaram do estudo reportado na terça-feira. Em companhia de cinco outras pessoas que não passaram por amputações, eles receberam os eletrodos e foram instruídos a usar pensamentos para fazer com que um braço virtual na tela reproduzisse 10 movimentos diferentes, entre os quais três formas diferentes de aperto de mão.

Os pacientes apresentaram desempenho bastante respeitável, apenas um pouco mais lento e menos preciso do que os dos participantes que não tinham amputações.

"As velocidades de movimento que encontramos em nossos pacientes foram realmente encorajadoras", disse Kuiken. "Eles conseguiram completar a tarefa. É claro que não foram tão competentes quanto as pessoas dotadas de plena capacidade física, mas foram bons o bastante".

Um braço virtual foi usado porque a maioria das próteses existentes não era capaz de acomodar todos aqueles movimentos, no momento da pesquisa, ainda que Sullivan, Kitts e uma terceira paciente, Claudia Mitchell, tenham experimentado dois novos protótipos mais versáteis de braços artificiais, executando tarefas complexas com bolas de tênis e outros objetos.

O trabalho de renervação em soldados apresenta outros desafios, diz Kuiken, porque os ferimentos militares muitas vezes "causam danos muitos extensos" a nervos, músculos ou ossos.

Daniel Acosta, 25 anos, um aviador ferido pela detonação de uma bomba em uma estrada do Iraque em 2005, passou pelo procedimento no ano passado e diz que seu braço esquerdo protético agora se movimenta "muito mais rápido" e de maneira muito mais natural.

"A diferença é que agora não preciso mais pensar para mover o braço", ele diz. "Ele simplesmente se mexe".

Ainda assim, Acosta, de San Antonio, diz que "o processo foi bastante longo" e que os eletrodos precisam ser ajustados para receber os sinais à medida que os nervos crescem ou mudam de posição.

E embora elogiem o método, os especialistas afirmam que a ciência das próteses de braço ainda tem muito por avançar.

"Trata-se de uma parte crucial, mas ainda assim apenas uma parte, das muitas coisas que compreendem a função normal de um braço", disse Loeb, que escreveu um editorial que acompanha o artigo no Journal of the American Medical Association.

"No momento estamos a meio do caminho entre o braço de 'Dr. Fantástico', que fazia involuntariamente a saudação nazista, e o braço de Luke Skywalker em 'Guerra nas Estrelas', que funciona sem nenhum problema assim que é conectado. Creio que precisaremos ainda de muitos anos para conectar todas as peças necessárias a produzir um braço capaz de funcionar normalmente".

17:04
Anónimo disse...
A Espanha disse neste sábado que está preparando uma reclamação oficial contra a decisão da Venezuela de expulsar um membro do Parlamento Europeu que criticou o conselho eleitoral venezuelano.
Luis Herrero, membro do partido conservador espanhol PP, foi deportado na sexta-feira depois que o Conselho Nacional Eleitoral (CNE) o acusou de questionar a imparcialidade da instituição antes de um referendo que pode permitir ao presidente Hugo Chávez permanecer no cargo indefinidamente.

Herrero estava na Venezuela como observador do referendo. Ele acusou Chávez de ter "comportamentos típicos de um ditador" por pedir a contenção de manifestações da oposição.

O governo da Espanha convocou um encontro com o embaixador da Venezuela em Madri para expressar a desaprovação sobre a expulsão de Herrero, disse um representante do Ministério das Relações Exteriores espanhol.

As relações da Venezuela com a Espanha tiveram seu ponto crítico em 2007, quando Chávez ameaçou rever acordos diplomáticos e comerciais depois de ouvir um "cala a boca" do rei espanhol Juan Carlos durante uma cúpula.

A fenda foi oficialmente reparada em 2008, com uma visita oficial de Chávez à Espanha, onde ele cumprimentou o rei e discutiu acordos para investimento no setor petroquímico com o primeiro-ministro José Luis Rodriguez Zapatero.

17:06
Anónimo disse...
A polícia do Zimbábue anunciou neste sábado que acusa de traição Roy Bennett, dirigente do até agora opositor Movimento para a Mudança Democrática (MDC), detido na sexta-feira, em Harare, poucas horas antes da cerimônia de posse dos membros do novo gabinete.

"A Polícia nos informou que vão apresentar acusações de traição", disse à agência EFE o advogado de defesa de Bennett, Trust Maanda.

"Tentam relacionar Roy com o caso de Mike Hitschmann, que foi detido em 2006 em relação à descoberta de um carregamento de armas, apesar de que Hitschmann não tenha sido declarado culpado das acusações de traição apresentadas contra ele, mas de um crime menor de descumprimento de leis", disse Maanda.

O político opositor, designado por seu partido como vice-ministro de Agricultura no Governo de união nacional, esteve no exílio na vizinha África do Sul desde 2006 e retornou ao Zimbábue há duas semanas.

Segundo a Polícia, que deteve Bennett ontem no aeroporto de Harare quando pretendia ir à África do Sul para visitar sua família, as armas apreendidas em 2006 seriam utilizadas em um golpe de Estado para derrubar o presidente do Zimbábue, Robert Mugabe.

Depois da detenção, Bennet foi levado a Mutar, onde vários simpatizantes do MDC se concentraram em frente à delegacia na qual estava detido, diante do que a Polícia respondeu com tiros para o alto para dispersar os manifestantes.

17:07
Anónimo disse...
Austrália: 14 mil se candidatam a 'emprego dos sonhos'

A secretaria de Turismo de Queensland, na Austrália, informou que até esta segunda-feira já recebeu cerca de 14 mil inscrições para o "o melhor emprego do mundo". O Estado australiano promove pela internet seleção para vaga de "zelador" da ilha Hamilton, por seis meses com um salário de R$ 40 mil.

Muitos candidatos tiveram problemas durante a inscrição por conta dos acessos simultâneos ao site. A secretaria aconselha enviar os vídeos de 60s explicando porque deve ser escolhido em horários alternativos do dia, além de recomendar tamanho em torno de 40MB.

As inscrições começaram em 12 de janeiro e vão até o próximo dia 22 e podem ser feitas pelo site www.islandreefjob.com. O governo australiano escolherá 50 candidatos para a próxima fase da seleção, que terá votos do público para eleger um dos 11 finalistas.

A última fase terá entrevistas e desafios físicos, no próprio local de trabalho: as ilhas da Grande Barreira Coralina - o maior recife de coral do mundo. A secretaria de Turismo anunciará o vencedor no dia 6 de maio.

17:09
Anónimo disse...
Mercado elogia governo na crise, mas pede maior queda no juro

Peter Fussy
Direto de São Paulo

Desde as primeiras medidas anunciadas para combater os efeitos da crise, o governo brasileiro avisou que a estratégia não contemplaria um pacote. Seriam doses pontuais, de acordo com a necessidade da economia diante do agravamento das turbulências. Da primeira liberação dos depósitos compulsórios em setembro até a ampliação do seguro-desemprego na última quarta-feira, o governo passou por redução de impostos, ampliação de crédito e incentivos à exportação. Quase 150 dias após a primeira medida, o Terra conversou com líderes do setor público e privado, representantes dos trabalhadores, acadêmicos e com o próprio governo para saber quais destas ações foram mais eficazes, quais foram mais ineficientes e o que mais pode ser feito pelo Estado brasileiro contra a crise.

Os maiores elogios foram direcionados à atitude de reduzir o Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) para a indústria automobilística, anunciada em dezembro e que fez com que os emplacamentos de carros novos subissem 1,9% no primeiro mês do ano em relação a dezembro de 2008. Já as maiores críticas foram para a lentidão no corte da taxa básica de juro do País.

Para o presidente do conselho administrativo do Grupo Pão de Açúcar, Abílio Diniz, o Estado não é responsável pela crise e mesmo assim está agindo "com extrema serenidade e muito acerto". "O governo está atento, fazendo a sua parte. É preciso coragem de baixar firmemente a taxa de juros. É uma arma que temos a nosso favor, já que não há clima para inflação, nem possibilidade de danos para a macroeconomia", afirmou Diniz.

Na última reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), em janeiro, a taxa Selic foi reduzida em um ponto percentual, de 13,75% para 12,75% ao ano. Porém, o professor de economia da Universidade de Brasília (UnB) José Luiz Oreiro lembra que este corte representa uma redução de apenas 0,25 ponto percentual com relação à taxa de setembro do ano passado, quando a crise se agravou.

"Pouco antes da eclosão da crise, o Banco Central aumentou a taxa em 0,75 ponto. Foram cinco meses de demora para reduzir em termos líquidos apenas 0,25 ponto", afirmou o economista, que também sugeriu redução do intervalo de cerca de 90 dias entre as reuniões do Copom e o corte de pelo menos um 1 ponto percentual em cada reunião.

Mesmo com o corte de janeiro, a taxa de juros real continua sendo a maior do mundo, lembrou o secretário-geral da Força Sindical, João Carlos Gonçalves, o Juruna. "A redução da taxa de juro ainda é pequena, porque ela continua uma das mais altas do mundo. Falta ousadia para baixar os juros e ajudar o cidadão. A permanência da taxa de juro alta é negativa para o País em meio a crise", afirmou Juruna.

Embora aprove as ações do governo, o senador Aloízio Mercadante (PT-SP) também acredita que o patamar da Selic está muito alto. "Sempre fomos os primeiros a entrar em qualquer crise, o que não aconteceu agora. A taxa Selic ainda é muito alta, mas o governo têm tomado medidas acertadas, como o aumento do salário mínimo, mesmo com um cenário de crise. Isso ajuda a movimentar o consumo. O governo está se esforçando para manter os investimentos e o crescimento", disse.

Tributos
De acordo com o economista Fabio Pina, da Fecomercio-SP, as ações mais positivas estão relacionadas à redução de tributos para alguns segmentos, como a indústria automobilística, que recuperou parte da queda nas vendas em janeiro com a isenção do IPI para carros 1.0 l e o corte para demais motorizações. A medida vale até o final de março.

"Essas medidas não só reduziram o preço, mas anteciparam o consumo daqueles que iriam comprar no futuro, dando um prêmio por conta da insegurança. Mexe diretamente com o principal problema que é a confiança do consumidor", afirmou. Juruna destacou que um bom ritmo de vendas é garantia de emprego. "É importante porque cada emprego na montadora significa 19 na cadeia produtiva", comentou o representante da Força Sindical.

Também em dezembro, o governo decidiu cortar pela metade a alíquota do Imposto de Renda para contribuintes que ganham entre R$ 1.434 e R$ 2.150 mensais. "O salário aumentava e a tabela não se modificava. As pessoas ganhavam mais e pagavam mais impostos", apontou Juruna. Outra redução de tributos do governo foi com relação ao Imposto sobre Operações Financeiras (IOF), que caiu de 3% ao ano para 1,5%.

Crédito
Na segunda metade de 2008, o colapso de bancos nos Estados Unidos por conta da crise do subprime provocou uma forte restrição de crédito no mundo inteiro. Uma das primeiras medidas anticrise do governo teve como objetivo restabelecer a oferta, com mudanças no recolhimento dos depósitos compulsórios por parte dos bancos. Segundo o presidente do Banco Central, Henrique Meirelles, as diversas modificações liberaram US$ 99,2 bilhões aos bancos até o final de janeiro.

Além disso, o governo concedeu R$ 36 bilhões das reservas internacionais para empresas brasileiras com dívidas no exterior e uma medida provisória autorizou o Banco do Brasil e a Caixa Econômica Federal a comprar carteiras de crédito de bancos privados. Para o diretor do Departamento de Pesquisas e Estudos Econômicos da Fiesp, Paulo Francini, estas medidas foram essenciais para combater os efeitos da crise.

"A crise se desenvolve no mundo em torno do tema crédito. E o crédito reduziu-se barbaridade no mundo. Então o governo lança mão de compulsório, lança mão de reservas, de medidas que permitem aos bancos comprar carteiras de bancos. Você vai tomando várias medidas para atender às demandas e o epicentro disso é crédito", afirmou.

No entanto, Oreiro, da UnB, adverte que a liberação dos compulsórios seria mais eficiente acompanhada de redução mais agressiva da taxa básica de juro. "Uma parte do crédito voltou, depois da forte retração em outubro e novembro. O que deveria ter sido feito junto à liberação do compulsório era uma redução mais drástica da taxa de juro. Sem isso, os bancos pegam as reservas e acabam comprando títulos públicos", explicou o economista.

Na opinião de Pina, as ações de distribuição de crédito via redução do compulsório e a disposição de capital de giro para empresas foram tomadas sem um cuidado maior na operação e não tiveram muito efeito. "O BNDES tem linhas que ficam paradas quase todo o ano, agora é pior ainda. Existem os recursos, mas as empresas e os bancos estão desconfiados. É preciso fazer com que os bancos tenham interesse em emprestar", afirmou o economista da Fecomercio-SP.

Futuro
Mesmo com todas essas medidas, a crise financeira ainda gera incertezas nos setores produtivos do País. Nos últimos meses, o medo do desemprego fez os consumidores adiarem compras. Por sua vez, a queda nas vendas pode obrigar as indústrias a cortarem a produção e demitir funcionários. Contra isso, empresários sugerem redução de jornada e de salários.

"Isto está previsto em lei. A Fiesp simplesmente manteve conversações com entidades sindicais quanto à aplicação daquilo que já está previsto em lei", afirmou Francini.

Segundo a ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff, uma das medidas que assegura um nível de emprego é a manutenção de investimentos no Programa de Aceleração do Crescimento (PAC). "Estamos esperando que a dificuldade ocorra em janeiro, fevereiro e março. Estamos certos que vamos manter o nível de investimento. É isso que funciona, é isso que significa investimento público. Ele funciona como um colchão. Por isso, nós colocamos R$ 100 bilhões no BNDES e a Petrobras ampliou o seu investimento em R$ 120 bilhões", afirmou.

Na mesma linha, Pina explica que a antecipação de gastos do governo substitui parte da demanda retraída do setor privado. "Ele dá o seguinte recado: não vou estourar as contas públicas, mas concentrar em um momento em que a demanda privada está pequena. Mas o governo não tem fôlego suficiente para fazer o papel de toda demanda", ressaltou. O economista da Fecomercio lembrou que a entidade já pleiteou junto ao governo isenções para transferência de imóveis e de automóveis, além de retirar o IPVA para veículos novos.

Já Oreiro foca suas propostas na capitalização do Banco do Brasil e da Caixa Econômica Federal pelo Tesouro para atender a demanda de crédito para capital de giro e reduzir o spread. "Aumentando o empréstimo e reduzindo as taxas, os dois vão forçar os bancos privados a acompanhar o movimento, até para não perderem participação no mercado", explicou o economista da UnB.

Até o Carnaval, o governou prometeu detalhar um pacote de incentivos para a construção de até um milhão de casas populares, direcionado a famílias com renda de até dez salários mínimos. "Estamos atentos a tudo o que está acontecendo e novas medidas serão tomadas caso haja uma avaliação de que sejam necessárias", disse o ministro da Fazenda, Guido Mantega, na última sexta-feira.

17:11
Anónimo disse...
Ex-ministro critica extensão do seguro-desemprego

Atualizada às 09h03

O ex-ministro do Trabalho Almir Pazzianotto criticou a decisão do governo federal de conceder o seguro-desemprego estendido a apenas alguns setores. "É certamente odioso e provavelmente inconstitucional", disse Pazzianotto, de acordo com o jornal O Estado de S. Paulo.

Na última qurta, dia do anúncio da medida, centrais sindicais elogiaram a atitude do governo. A Força Sindical divulgou nota dizendo que "o aumento ajudará a aquecer parte da economia, já que irá gerar mais consumo, produção e conseqüentemente, a criação de novos postos de trabalho". A União Geral dos Trabalhadores (UGT) afirmou que a medida "contribuirá para minimizar o drama dos trabalhadores que perderem seu emprego por conta da crise".

O ex-ministro, que instituiu o seguro-desemprego no País no governo de José Sarney, destacou a necessidade de as centrais sindicais se manifestarem contra a determinação. Para ele, as mudanças devem ser aplicadas a todas as categorias profissionais e a distinção é contrária ao artigo 3º da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT).

Pazzianotto atribui a medida a um possível temor do governo de que a crise econômica seja longa e não haja dinheiro para atender a todas as necessidades. Ainda assim, ele se mostra contrário ao método de concessão. "O seguro-desemprego ajuda a sanar necessidades básicas. Estendê-lo é paliativo, não a solução", disse ao jornal.

De acordo com o presidente do Conselho Deliberativo do Fundo de Amparo ao Trabalhador (Codefat) e conselheiro da Força Sindical, Luiz Fernando Emediato, a determinação já estava prevista na lei 8.900/94, que trata do seguro-desemprego.

O presidente da Comissão de Trabalho da Câmara, Pedro Fernandes (PTB-MA) vai além na crítica à concessão do seguro para apenas alguns setores. Ele acredita que a ampliação do benefício estimula o desemprego.

Quintino Severo, secretário geral da Central Única dos Trabalhadores (CUT), lembra que a ampliação do benefício sem critério e identificação pode incentivar demissões em outros setores.

17:13
Anónimo disse...
Empresas
TAM faz promoção para destinos internacionais

A companhia aérea TAM anunciou nesta sexta-feira tarifas promocionais para trechos internacionais. Os preços valem para bilhetes comprados entre 6h deste sábado e 23h59 deste domingo e são válidos para classe econômica. As tarifas, para ida e volta, serão vendidas a partir de US$ 99, mais taxas.

Segundo a aérea, a promoção vale para viagens feitas no período de 14 de fevereiro a 18 de junho de 2009. Para destinos na América do Sul, a permanência mínima é de dois dias; para bilhetes com destino nos Estados Unidos, cinco dias; e Europa, sete dias. A permanência máxima para as passagens para América do Sul e EUA é de dois meses e para Europa, três meses.

Entre os exemplos de tarifas promocionais, a TAM oferece São Paulo-Lima por US$ 99. Bilhetes para a rota São Paulo-Santiago serão vendidos a partir de US$ 199 e São Paulo-Nova York, US$ 799.

A emissão dos bilhetes deve ser feita obrigatoriamente no ato da reserva, obedecendo às regras estipuladas pela companhia. A compra está sujeita à disponibilidade de assentos nas classes tarifárias determinadas, trechos, horários e datas. A TAM afirmou que também há tarifas promocionais para a classe executiva.

Mais informações podem ser encontradas no site promocional (www.ofertastam.com.br), no site da empresa (www.tam.com.br) ou pelos telefones 4002-5700 ou 0800 5705700.

17:13
Anónimo disse...
Empresas
Consultoria negocia compra do parque temático Hopi Hari

A consultoria especializada em reestruturação de empresas Íntegra Associados informou nesta sexta-feira ter um acordo para comprar o parque de diversões Hopi Hari, localizado no interior de São Paulo. A empresa estaria disposta a investir R$ 10 milhões no parque, que tem dívida estimada em R$ 800 milhões. As informações são da edição deste sábado do jornal Folha de S. Paulo.

De acordo com o jornal, a transação ainda depende da negociação entre o Hopi Hari e seus credores, o que já estaria em andamento.

A consultoria paulista já atuou junto à Parmalat, durante 30 meses, quando reorganizou a gestão da empresa italiana.

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17:14
Anónimo disse...
Empresas
Disney de Tóquio contratará mais 2 mil apesar da crise


A Oriental Land, o operador da Disneylândia Tóquio e DisneySea, organizou neste domingo entrevistas para contratar cerca de 2 mil trabalhadores em tempo parcial, em um momento de grandes demissões deste tipo de empregados no Japão.

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O operador deste parque temático, situado em Urayasu, na província de Chiba (leste de Tóquio), está em pleno processo de seleção de empregados para 20 tipos de postos trabalhistas diferentes.

Segundo a companhia, citada pela agência local de notícias Kyodo, o parque contratará novos trabalhadores para as atrações, para os restaurantes e guardas de segurança entre outros. Os novos contratados começarão a trabalhar a partir de fevereiro.

O processo de seleção acontece em um momento em que a maioria das grandes companhias japonesas começaram a se ver obrigadas a despedir uma elevada percentagem de seus trabalhadores temporários e a tempo parcial.

Algumas inclusive anunciaram demissões de seus trabalhadores fixos, uma medida muito pouco comum nas companhias japonesas, perante os efeitos piores que o esperado pela crise econômica global.

Cerca de uma centena de pessoas esperavam desde a primeira hora desta manhã a abertura do centro de conferências Tokyo International Forum, onde as entrevistas estão sendo feitas, para ser os primeiros a solicitar os postos de trabalho.


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17:15
Anónimo disse...
Economia Internacional
Senado dos EUA aprova plano de estímulo à economia

O Senado dos Estados Unidos aprovou com 60 votos a favor e 38 contra o plano de estímulo à economia de US$ 787 bilhões na madrugada deste sábado. Agora, ele segue para sanção ou veto do presidente Barack Obama, que espera colocar a lei em prática até o dia 16 de fevereiro.

O plano prevê a criação de três milhões de empregos, inclui cortes de impostos às famílias, fundos para programas sociais e obras públicas, além de ajuda aos governos estaduais, estudantes e desempregados.

A cláusula Buy American - que exige o uso de ferro, aço e produtos manufaturados dos Estados Unidos em obras realizadas com recursos do pacote - ficou de lado. Segundo o texto definitivo, a cláusula será aplicada sem violar as normas do comércio internacional.

Ontem à tarde, a Câmara de Representantes (deputados) havia aprovado, por 246 votos a favor e 183 contra, a versão final do plano. Todos os republicanos foram contrários ao pacote.

Pelo acordo de quarta-feira entre Câmara e Senado, em vez de custar US$ 819 bilhões, como queriam os deputados, ou US$ 838 bilhões como pretendiam os senadores, o pacote ficou em cerca de US$ 787 bilhões, com 65% desse total destinado a gastos do governo federal e 35%, a créditos tributários.

17:16
Anónimo disse...
Economia nacional
Na era Lula, aposentadoria sobe 54% menos que salário mínimo

Thatiane Faria
Especial para o Terra
Direto de São Paulo

Os índices de reajustes concedidos pelo governo em 2009 para aposentados e pensionistas e para o salário mínimo repetiram uma diferença que, só durante o governo de Luiz Inácio Lula da Silva, já chega a 54%. Enquanto o mínimo foi majorado em 12% este ano, as pensões e aposentadorias tiveram aumento de 5,92%. Aposentados que têm o benefício do governo como única fonte de renda reclamam que perdem poder de compra e que sua cesta de compras é composta por itens que aumentam mais em relação à inflação oficial.

Um exemplo prático pode ser entendido a partir da comparação entre um aposentado que ganhava R$ 600 em janeiro de 2003. Na época, o benefício era três vezes, ou 200%, maior que o valor do mínimo em vigência, que era de R$ 200. Aplicando-se os índices de reajuste para aposentadorias e para o mínimo durante os últimos seis anos, o mesmo aposentado estaria recebendo hoje R$ 938,47, comparado a um salário mínimo de R$ 465. A diferença entre os dois valores caiu para pouco mais de 100%.

Enquanto o índice acumulado de reajuste para a aposentadoria durante o governo Lula foi de 60%, para o salário mínimo está em 132%.

O diretor do Sindicato Nacional dos Aposentados, João Inocentini, reclama que os valores dos benefícios para aposentadorias não mantêm o poder de compra do grupo, principalmente dos aposentados que recebem menos que dez salários mínimos.

Nem mesmo o fato de o índice de reajuste das aposentadorias ter ficado acima da inflação acumulada no mesmo período (o IPCA entre janeiro de 2003 e janeiro de 2009 foi de 39,7%) serve de argumento, segundo os aposentados.

"Os idosos, principalmente, têm gastos além das contas gerais como gás, telefone e aluguel. Para eles o custo com remédios, e outros itens da área saúde costuma ser maior", afirmou Inocentini.

O presidente do sindicato afirmou que o grupo realiza um estudo com 100 itens de necessidade de um idoso para comparar o aumento dos produtos com o índice de reajuste do benefício recebido pelos aposentados.

"Daqui dois meses vamos abrir um processo na Justiça e levar essa pesquisa como prova. Segundo a lei, o governo é obrigado a manter o poder de compra com a aposentadoria", disse Inocentini.

Alternativas
O consultor financeiro Cláudio Boriola diz que os aposentados, especialmente nesse momento de crise econômica, devem evitar compras parceladas, pesquisar preços, negociar e fazer bom planejamento financeiro.

Segundo Boriola, alguns aposentados ganham um valor mensal muitas vezes insuficiente para o pagamento das contas e acabam pedindo crédito ou realizando pagamentos a prazo e são obrigados a pagar juros altos.

Na opinião do consultor, pagar uma previdência privada é uma alternativa indicada para quem ainda trabalha, considerando a característica de perda de poder de compra da aposentadoria.

"Na prática, infelizmente os valores encontram-se em um patamar que está deteriorando o poder de aquisição da população brasileira", completou Boriola.

De acordo com o diretor da Confederação Brasileira de Aposentados e Pensionistas (Cobap), Vicente Fernandes Barbosa, representantes dos aposentados tentarão um encontro com o presidente da Câmara, deputado Michel Temer (PMDB-SP), para discutir projetos que minimizem a perda dos aposentados

17:17
Anónimo disse...
Previdência
Previdência prorroga isenção de tarifas no benefício

O atual sistema de pagamento aos 26 milhões de aposentados e pensionistas do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) será mantido até o final deste ano. O acordo, que permite realizar a operação sem nenhum custo aos beneficiários, foi renovado nesta sexta-feira, entre o governo federal e 21 instituições financeiras.

Por meio desse acordo, vigente desde setembro de 2007, nem os segurados, nem os bancos e nem o governo arcam com o pagamento de tarifas, conforme explicou o ministro da Previdência Social, José Pimentel. A prorrogação vale até dezembro, data máxima para que a Previdência defina as regras para um novo contrato.

Ao assinar o termo de renovação, na sede da Federação Brasileira dos Bancos (Febraban), o ministro disse que a intenção do governo é mudar o atual modelo de gestão visando a reduzir os custos dessas operações em torno da folha mensal, que atinge R$ 15,8 bilhões. No entanto, qualquer alteração, conforme explicou, passará antes por audiências públicas a serem realizadas a partir do segundo semestre deste ano, atendendo a determinação do Tribunal de Contas da União (TCU).

De acordo com Pimentel, com um redesenho do mecanismo de repasse dos recursos aos bancos em torno da folha de pagamento dos segurados o que se busca é um aumento da participação de instituições financeiras. Ele informou que, desde 2007, cada benefício custa em média R$ 1,07 ao governo. "Quanto mais instituições financeiras estiverem prestando serviços à sociedade, maior é a competitividade, a agilidade no atendimento", justificou.

O ministro observou, ainda, que, para permitir uma redução para algo em torno de meia hora no tempo de atendimento para a concessão dos direitos previdenciários, o governo investiu R$ 280 milhões.

Questionado sobre o descontentamento dos segurados que ganham acima de um salário mínimo terem obtido apenas a correção com base na variação do Índice de Preços ao Consumidor (INPC) , ficando abaixo do reajuste dado a quem recebe apenas o mínimo, Pimentel argumentou que o governo seguiu o que determina a lei e descartou a possibilidade de uma revisão

17:17
Anónimo disse...
Empresas
Caterpillar oferece aposentadoria antecipada a 2 mil


A companhia americana Caterpillar ofereceu a cerca de dois mil funcionários incentivos para que se aposentem de forma voluntária antes do previsto, pela perspectiva de uma queda "significativa" da atividade industrial, informou nesta quarta-feira a empresa.

A iniciativa, destinada aos trabalhadores de diversas fábricas em Illinois, Colorado, Tennessee e Pensilvânia, se soma aos cortes de empregos anunciados em janeiro, explicou em comunicado de imprensa.

A empresa, a maior fabricante mundial de maquinaria pesada para a construção e a mineração, acrescentou que, "em função das condições de negócio, podem ser necessárias mais reduções de elenco voluntárias e involuntárias à medida que o ano avança".

O vice-presidente da companhia, Sid Banwart, explicou que a empresa prevê "demissões significativas em todas as regiões geográficas e na maioria dos setores devido às dificuldades da economia mundial".

17:18
Anónimo disse...
Comércio
Comércio exterior da OCDE caiu no 3º trimestre de 2008


As exportações e as importações dos países da Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Econômico (OCDE) caíram 1,6% e 0,2%, respectivamente, no terceiro trimestre de 2008, em relação aos três meses anteriores.

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Trata-se da primeira queda destas atividades desde o terceiro trimestre de 2006, segundo o último relatório trimestral sobre fluxos comerciais divulgado pela OCDE.

As exportações e as importações em dólares dos 30 Estados-membros caíram 15,6% e 17%, respectivamente, na comparação anualizada.

Por sua vez, o comércio dos sete países mais ricos do mundo (G7) teve um pequeno crescimento no terceiro trimestre de 2008 com uma queda das exportações de mercadorias de 0,2% em relação ao trimestre anterior e um aumento de 0,4% das importações.

Em termos anualizados, as importações do G7 caíram 1,4% entre julho e setembro do ano passado, seu primeiro retrocesso desde o terceiro trimestre de 2006, enquanto as exportações aumentaram 1,9%, seu crescimento mais baixo no mesmo tempo.

Por países, a Alemanha aumentou suas importações em 3,4% - valor mais alto do G7 -, enquanto suas exportações caíram 2,9% do segundo para o terceiro trimestre de 2008.

Pelo contrário, as exportações americanas aumentaram 1,8% entre julho e setembro de 2008, enquanto as importações caíram 0,7% em relação ao trimestre anterior. No Japão, tanto as importações quanto as exportações caíram em torno de 1% no mesmo período.

17:19
Anónimo disse...
Economia Nacional
Lula: juros de crédito consignado a aposentados são altos

Atualizada às 17h29

O presidente Luis Inácio Lula da Silva afirmou nesta terça-feira, em São Paulo, que está lutando para reduzir as taxas de juros cobradas de aposentados em crédito consignado. A Previdência Social estabelece uma taxa máxima de 2,5% para empréstimo e de 3,5% para cartão. Para Lula, os valores são altos.

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"Acho que o juro que os aposentados estão pagando hoje com o crédito consignado é alto para o padrão brasileiro", disse o presidente durante a cerimônia de comemoração dos 86 anos do INSS.

A Previdência anunciou nesta terça-feira que aposentados e trabalhadoras com licença-maternidade poderão receber seus benefícios em 30 minutos. De acordo com Lula, em junho, a aposentadoria do trabalhador rural também será conseguida em meia hora.

Além disso, o presidente anunciou que, também em junho, os trabalhadores que alcançarem o direito à aposentadoria passarão a receber em suas casas um comunicado da Previdência informando o fato e o valor do salário que têm direito a receber. "É um comprometimento público que estou fazendo com os companheiros da Previdência Social", disse.

"Estamos retribuindo ao contribuinte da Previdência Social aquilo que é a cidadania que ele tem direito", afirmou Lula. "Se para cobrar nós somos tão precisos, para devolver o dinheiro, temos que chegar próximo à perfeição", completou.

17:20
Anónimo disse...
Economia Nacional
Salário maternidade sairá em 30 minutos, diz ministro

Toda trabalhadora autônoma que tiver contribuído pelo menos 10 meses com o Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) - ou as que possuírem carteira assinada - poderão receber em 30 minutos o salário maternidade a partir desta terça-feira. Da mesma forma, as mulheres com 30 anos de contribuição e os homens com 35 anos também terão direito ao benefício de forma mais rápida. A informação é do ministro da Previdência Social, José Pimentel.

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Para requerer o salário maternidade, é preciso que as autônomas levem a carteira de identidade e o carnê de contribuição. As demais trabalhadoras devem apresentar a identificação e a carteira de trabalho. Desde o início do mês, a nova forma de análise para a concessão de benefícios foi adotada para a aposentadoria por idade do trabalhador urbano e agora foi estendida para o salário maternidade e por tempo de contribuição.

O ministro disse que a qualificação do serviço da previdência social é o reconhecimento do direito dos trabalhadores e da afirmação da cidadania.

"Até pouco tempo na cabeça do cidadão o serviço devia ser de péssima qualidade. Agora não, nós modificamos toda a legislação no mês de dezembro numa ação conjunta do Congresso Nacional com o governo federal. Estamos implantando e concedendo os benefícios em até 30 minutos", afirmou.

O ministro destacou que para conseguir se aposentar ou ter acesso à licença maternidade em 30 minutos, em primeiro lugar, é necessário que o cidadão esteja vinculado à Previdência, o que inclui 65% da população acima de 16 anos de idade.

"Depois bastar marcar pelo sistema 135 o dia e a hora do atendimento e levar a documentação. Se todos os dados necessários estiverem corretos o contribuinte será atendido em até 30 minutos, como vem sendo feito com as aposentadorias por idade desde o dia cinco de janeiro", explicou.

Pimentel disse ainda que em 90% das agências da previdência social o atendimento é marcado em até 48 horas. Nos grandes centros, entretanto existe um volume maior o que torna mais lento o processo.

"Estamos criando mais 715 agências até 2010, em todo o território nacional, para descentralizar o atendimento. Em 2008, atendemos 295 mil benefícios e aposentadorias por idade. Temos 4 mil pessoas por dia procurando e se aposentando por idade no território nacional. Este serviço será agilizado", concluiu.

17:27
Anónimo disse...
Giuseppe Englaro, pai de Eluana, a italiana que morreu na segunda-feira passada por desidratação, recusou uma grande soma de dinheiro de um conhecido fotógrafo italiano que queria retratar a filha em estado de coma, disse neste sábado o neurologista que atendia a mulher desde 1996, Carlo Defanti.

O neurologista, que participou hoje de uma conferência sobre eutanásia, disse que Englaro respeitou a vontade da filha, que, antes do acidente, tinha pedido que, se lhe ocorresse qualquer coisa irreversível, apresentasse sua imagem de quando estava em boas condições.

Antes de sofrer o acidente de trânsito, em 1992, Eluana viveu o coma de um amigo, Alessandro, o que causou forte impacto na italiana e a levou a fazer o pai prometer que não a deixasse viver em estado vegetativo, disse o próprio Giuseppe Englaro.

Defanti, que dissera que Eluana poderia viver de dez a 12 dias depois da suspensão da alimentação e da hidratação, disse que, como médico, tinha que reprovar esta afirmação.

"Não se pode sobreviver após três ou quatro dias sem líquido e, em particular, água em um corpo. Sabemos bem que, quando há um terremoto, após quatro dias é difícil encontrar sobreviventes".

Defanti ressaltou que Eluana "não falava, não se comunicava com o exterior" e que, após vários exames, "nos deparamos com uma moça que tinha perdido a consciência", porque estava com o córtex cerebral prejudicado.

Eluana foi enterrada na quinta-feira passada no túmulo da família na localidade de Paluzza, em Udine, após um funeral que não contou com a presença dos pais.

16:53
Anónimo disse...
Os bombeiros combatem neste sábado os incêndios na Austrália favorecidos pelo bom tempo, enquanto os deslocados encotram em seu retorno casas derruídas, carros queimados nas ruas e destruição.

Depois de sete dias desde que começaram os incêndios no Estado de Victoria, a lista de mortos chega a 181, os desaparecidos somam 50, os edifícios destruídos totalizam 1,834 mil e o terreno arrasado, principalmente florestas, ocupa uma área de 4,13 mil quilômetros quadrados.

As equipes de bombeiros, formadas por 4 mil profissionais de Victoria, de outras partes da Austrália e de países amigos, combateram hoje 12 focos fora de controle e nenhum representava uma ameaça direta para a população.

O subdiretor do Serviço de Bombeiros, Geoff Conway, disse que este tempo favorável, que se prolongará durante o domingo, permite consolidar as linhas de contenção e avançar na extinção das chamas.

Cinzas apareceram arrastadas por ventos do nordeste sobre Melbourne, onde habitam 3,8 milhões de pessoas, e as autoridades alertaram aos cidadãos do risco para a saúde de idosos, crianças e pessoas com problemas respiratórios.

O número de pessoas deslocadas - a Cruz Vermelha chegou a receber 7 mil - começou a cair com a abertura de algumas localidades atingidas.

Os incêndios, alguns criminosos, começaram em 7 de fevereiro, quando a região sul da Austrália estava há duas semanas sob uma onda de calor sem precedentes.

Na sexta-feira passada, a polícia acusou uma pessoa de ter provocado o incêndio que atingiu a localidade de Churchill e matou 21 pessoas.

16:55
Anónimo disse...
A primeira chuva em seis dias reduziu a ameaça de incêndios no Estado de Victoria, ao sul da Austrália. As autoridades, porém, advertiram que ainda existem 12 focos, mas que nenhum deles ameaça áreas povoadas.

Mais de quatro mil bombeiros, mil provenientes de outras partes do país e de outras nações, trabalham contra o fogo. Cerca de 600 veículos e 28 helicópteros e pequenos aviões estão sendo usados.


Eles conseguiram construir linhas de contenção para evitar os incêndios de Yarra e Maroondah se juntassem. Também foram controlados os incêndios abertos de Yea e Murrindindi, que ameaçavam as comunidades de Connellys Creek, Crystal Creek, Scrubby Creek e Native Dog Creek.

O número de mortos chegou a 181, mas as autoridades acreditam que as vítimas devem passar de 200, já que ainda há muitos desaparecidos.

16:55
Anónimo disse...
Aqui nesta coluna, na semana passada, tive a oportunidade de comentar sobre a recente visita do professor brasileiro Pedrinho Guareschi à Austrália. Não dei, porém, os fatos, pois semana passada o assunto era outro.

Hoje, porém, vamos a eles.

No último dia 4 de fevereiro, aconteceu o Seminário "Paulo Freire: Education and Liberation", organizado pelo centro de estudos latino-americanos da Universidade Nacional da Austrália, ou ANU, como é mais conhecida por aqui.

A ANU, para quem não sabe, está entre as 20 melhores universidades do mundo! E tem sede aqui em Camberra, capital da Austrália.

Na abertura do evento, o professor John Minns, diretor do centro latino-americano, ao dar boas-vindas ao público presente, lembrou ser aquele o primeiro seminário exclusivamente dedicado a Paulo Freire na Austrália.

Em seguida, convidou Pedrinho Guareschi, palestrante principal do Seminário, a fazer sua apresentação.

A plateia pode então conhecer, pelas palavras de Pedrinho, um pouco da obra e da vida de Freire, esse brasileiro de fé e valor, que sempre acreditou na educação, sobretudo dos menos favorecidos, analfabetos, como força libertadora.

Como não podia deixar de ser, os conceitos e ideias revolucionários de Paulo Freire, expostos com clareza por Pedrinho, despertaram o interesse e a curiosidade de plateia. A qual, deve-se notar, era na maioria de estudantes, mas de várias nacionalidades, sobretudo australianos e asiáticos.

Na continuação do programa do seminário, que se estendeu por dois dias, outros professores fizeram palestras sobre temas ligados à obra de Paulo Freire.

Interessante, por exemplo, saber que a professora Anne Hickling-Hudson, jamaicana que mora na Austrália há muitos anos (é professora da ANU), conheceu e trabalhou com Freire num workshop educacional durante a revolução na Ilha de Granada, em 1980, antes da invasão dos Estados Unidos...

Ou, então, a palestra da Professora Gerda Roelvink, da Nova Zelândia, que participou do Fórum Social de Porto Alegre em 2005. E essa participação transformou-se em tema de doutorado.

No dia 10, terça-feira passada, o padre Pedrinho Guareschi voltou a falar ao público australiano em grande auditório localizado no belíssimo campus da ANU. Desta vez, sobre a Teologia da Libertação.

Depois da palestra, John Minns mostrou o filme mexicano "O Crime do Padre Amaro", no qual um dos personagens é um padre católico praticante da Teologia da Libertação.

Mais uma vez, foi grande o intersse da platéia, que pode aprender e conhecer um pouco como se desenvolveu aquele importante movimento católico na América Latina.

Fica, assim, ao Pedrinho, bem como a outros brasileiros estudiosos e de bom coração que saem pelo mundo a divulgar aspectos importantes da cultura brasileira, o respeito e a homenagem desta coluna. E... aquele abraço!

16:57
Anónimo disse...
Amanda Kitts perdeu o braço esquerdo em um acidente de automóvel acontecido três anos atrás, mas hoje em dia ela joga futebol americano com seu filho de 12 anos de idade, troca fraldas e abraça as crianças nas três creches Kiddie Cottage que opera em Knoxville, Tennessee. Kitts, 40 anos, faz tudo isso com a ajuda de um novo tipo de braço artificial que se movimenta com mais facilidade do que outros aparelhos e que ela pode controlar utilizando apenas seus pensamentos.

"Eu sou capaz de mexer a mão, o pulso e o cotovelo ao mesmo tempo", diz. "Você pensa e os músculos se movem em seguida".

A recuperação que ela conseguiu resulta de um novo procedimento que vem atraindo crescente atenção porque permite que pessoas movam braços protéticos de forma mais automática do que faziam no passado, simplesmente utilizando nervos reaproveitados em seus cérebros.

A técnica, conhecida como "renervação muscular dirigida", envolve utilizar os nervos que restam depois da amputação de um braço e conectá-los a outro músculo do corpo, em geral no peito. Eletrodos são instalados sobre os músculos do peito, e operam como se fossem antenas. Quando a pessoa deseja mover o braço, o cérebro envia sinais que primeiro resultam em contração dos músculos do peito, os quais enviam um sinal ao braço protético, instruindo-se a se movimentar. O processo não requer mais esforços consciente do que a pessoa teria de exercitar caso ainda tivesse seu braço natural.

Na terça-feira, pesquisadores reportaram em estudo publicado pela versão online do Journal of the American Medical Association que haviam levado a técnica ainda mais à frente, tornando possível a execução de 10 movimentos de mão, pulso e cotovelo diferentes, o que representa uma substancial melhora com relação ao típico repertório protético, que em geral envolve apenas dobrar o cotovelo, girar o pulso e abrir a mão.

"Os novos métodos tiveram impacto dramático em nosso campo de trabalho", disse Stuart Harshbarger, engenheiro biomédico na Universidade Johns Hopkins e diretor do programa de pesquisa sobre próteses, financiado pelas forças armadas, que inclui o trabalho com essa técnica. "O método já está em uso por médicos e cirurgiões comuns em todo o país. A capacidade de controlar um membro protético bastante robusto que ele confere surpreendeu a todos pela qualidade".

Tipicamente, uma pessoa que tenha um braço protético só é capaz de executar alguns poucos movimentos, e muitas vezes com tamanha lentidão que isso só permite a ela atividades limitadas.

Há um motor separado para cada movimento, diz Gerald Loeb, professor de engenharia biomédica na Universidade do Sul da Califórnia, "e esses motores precisam ser controlados de maneira explícita", usualmente por um esforço consciente da pessoa para contrair músculos nas costas ou no bíceps.

"Essencialmente, até agora os pacientes controlavam apenas um motor de cada vez", diz Loeb, "e precisavam pensar cuidadosamente sobre que motor desejavam controlar e como fazê-lo operar, em lugar de simplesmente pensarem em mover o braço e poderem fazê-lo sem delongas".

Antes que Kitts passasse pelo procedimento de renervação, em outubro de 2007, por exemplo, ela precisava movimentar os músculos de suas costas de determinada maneira para fazer com que seu pulso girasse, e flexionar seu bíceps e tríceps para fazer com que o cotovelo se movesse para cima e para baixo. "Era muito trabalho", ela conta. "E não me ajudava muito".

O procedimento de renervação é parte de uma recente explosão de idéias novas e técnicas inovadoras que estão sendo exploradas enquanto os cientistas se esforçam por ajudar as pessoas a compensar melhor a perda de membros ou problemas de paralisia. O esforço vem sendo alimentado pelo aumento no número de amputações causado por diabetes e por ferimentos sofridos pelos militares, e ao mesmo tempo pelos avanços na tecnologia médica.

Os braços se tornaram um dos focos essenciais desse tipo de trabalho. A ciência há muito vem obtendo sucessos no desenvolvimento de próteses de perna, mas é muito mais difícil imitar a complexidade e a destreza das mãos e dos braços.

Os esforços em curso incluem o desenvolvimento de projetos de pele e braços mais sensíveis e mais flexíveis, e o uso de dispositivos acionados por controles sem fio implantado nos braços protéticos, que permitiriam movimentos mais naturais.

Os pesquisadores também vêm usando sensores implantados nos cérebros de cobaias para permitir que dois macacos controlem um braço mecânico, e um teste com um homem paralítico permitiu, com esse método, que ele movimentasse um cursor em uma tela de computador.

Alguns desses métodos, caso venham a ser aperfeiçoados plenamente e consigam aprovação das autoridades regulatórias da saúde, podem no futuro se tornar mais viáveis para os pacientes de amputações.

E embora a técnica da renervação não requeira aprovação das autoridades regulatórias porque é executada por meios cirúrgicos e emprega aparelhos já existentes, ela apresenta limitações que até mesmo seus criadores reconhecem, entre as quais o fato de que não se pode utilizá-la para todos os pacientes, o seu alto custo e o prazo de meses requerido para que os nervos reconectados cresçam e se tornem efetivos.

Ainda assim, os especialistas dizem que é o mais avançado sistema em uso hoje para pacientes reais que permite que o sistema nervoso controle diretamente o movimento de um braço artificial.

Desde sua introdução por Todd Kuiken, médico fisioterapeuta e engenheiro biomédico do Instituto de Reabilitação de Chicago, o método foi empregado em cerca de 30 pacientes nos Estados Unidos, Canadá e Europa, entre os quais oito soldados feridos no Iraque e no Afeganistão.

Muitos dos pacientes, entre os quais o primeiro, Jesse Sullivan, um operário do setor elétrico no Tennessee que perdeu os dois braços quando foi eletrocutado por um cabo, conseguem não apenas manipular seus braços protéticos mas sentir a presença das mãos que já não têm quando alguém toca em seus peitos.

Sullivan, 62 anos, e Kitts, estavam entre os cinco pacientes que participaram do estudo reportado na terça-feira. Em companhia de cinco outras pessoas que não passaram por amputações, eles receberam os eletrodos e foram instruídos a usar pensamentos para fazer com que um braço virtual na tela reproduzisse 10 movimentos diferentes, entre os quais três formas diferentes de aperto de mão.

Os pacientes apresentaram desempenho bastante respeitável, apenas um pouco mais lento e menos preciso do que os dos participantes que não tinham amputações.

"As velocidades de movimento que encontramos em nossos pacientes foram realmente encorajadoras", disse Kuiken. "Eles conseguiram completar a tarefa. É claro que não foram tão competentes quanto as pessoas dotadas de plena capacidade física, mas foram bons o bastante".

Um braço virtual foi usado porque a maioria das próteses existentes não era capaz de acomodar todos aqueles movimentos, no momento da pesquisa, ainda que Sullivan, Kitts e uma terceira paciente, Claudia Mitchell, tenham experimentado dois novos protótipos mais versáteis de braços artificiais, executando tarefas complexas com bolas de tênis e outros objetos.

O trabalho de renervação em soldados apresenta outros desafios, diz Kuiken, porque os ferimentos militares muitas vezes "causam danos muitos extensos" a nervos, músculos ou ossos.

Daniel Acosta, 25 anos, um aviador ferido pela detonação de uma bomba em uma estrada do Iraque em 2005, passou pelo procedimento no ano passado e diz que seu braço esquerdo protético agora se movimenta "muito mais rápido" e de maneira muito mais natural.

"A diferença é que agora não preciso mais pensar para mover o braço", ele diz. "Ele simplesmente se mexe".

Ainda assim, Acosta, de San Antonio, diz que "o processo foi bastante longo" e que os eletrodos precisam ser ajustados para receber os sinais à medida que os nervos crescem ou mudam de posição.

E embora elogiem o método, os especialistas afirmam que a ciência das próteses de braço ainda tem muito por avançar.

"Trata-se de uma parte crucial, mas ainda assim apenas uma parte, das muitas coisas que compreendem a função normal de um braço", disse Loeb, que escreveu um editorial que acompanha o artigo no Journal of the American Medical Association.

"No momento estamos a meio do caminho entre o braço de 'Dr. Fantástico', que fazia involuntariamente a saudação nazista, e o braço de Luke Skywalker em 'Guerra nas Estrelas', que funciona sem nenhum problema assim que é conectado. Creio que precisaremos ainda de muitos anos para conectar todas as peças necessárias a produzir um braço capaz de funcionar normalmente".

17:04
Anónimo disse...
A Espanha disse neste sábado que está preparando uma reclamação oficial contra a decisão da Venezuela de expulsar um membro do Parlamento Europeu que criticou o conselho eleitoral venezuelano.
Luis Herrero, membro do partido conservador espanhol PP, foi deportado na sexta-feira depois que o Conselho Nacional Eleitoral (CNE) o acusou de questionar a imparcialidade da instituição antes de um referendo que pode permitir ao presidente Hugo Chávez permanecer no cargo indefinidamente.

Herrero estava na Venezuela como observador do referendo. Ele acusou Chávez de ter "comportamentos típicos de um ditador" por pedir a contenção de manifestações da oposição.

O governo da Espanha convocou um encontro com o embaixador da Venezuela em Madri para expressar a desaprovação sobre a expulsão de Herrero, disse um representante do Ministério das Relações Exteriores espanhol.

As relações da Venezuela com a Espanha tiveram seu ponto crítico em 2007, quando Chávez ameaçou rever acordos diplomáticos e comerciais depois de ouvir um "cala a boca" do rei espanhol Juan Carlos durante uma cúpula.

A fenda foi oficialmente reparada em 2008, com uma visita oficial de Chávez à Espanha, onde ele cumprimentou o rei e discutiu acordos para investimento no setor petroquímico com o primeiro-ministro José Luis Rodriguez Zapatero.

17:06
Anónimo disse...
A polícia do Zimbábue anunciou neste sábado que acusa de traição Roy Bennett, dirigente do até agora opositor Movimento para a Mudança Democrática (MDC), detido na sexta-feira, em Harare, poucas horas antes da cerimônia de posse dos membros do novo gabinete.

"A Polícia nos informou que vão apresentar acusações de traição", disse à agência EFE o advogado de defesa de Bennett, Trust Maanda.

"Tentam relacionar Roy com o caso de Mike Hitschmann, que foi detido em 2006 em relação à descoberta de um carregamento de armas, apesar de que Hitschmann não tenha sido declarado culpado das acusações de traição apresentadas contra ele, mas de um crime menor de descumprimento de leis", disse Maanda.

O político opositor, designado por seu partido como vice-ministro de Agricultura no Governo de união nacional, esteve no exílio na vizinha África do Sul desde 2006 e retornou ao Zimbábue há duas semanas.

Segundo a Polícia, que deteve Bennett ontem no aeroporto de Harare quando pretendia ir à África do Sul para visitar sua família, as armas apreendidas em 2006 seriam utilizadas em um golpe de Estado para derrubar o presidente do Zimbábue, Robert Mugabe.

Depois da detenção, Bennet foi levado a Mutar, onde vários simpatizantes do MDC se concentraram em frente à delegacia na qual estava detido, diante do que a Polícia respondeu com tiros para o alto para dispersar os manifestantes.

17:07
Anónimo disse...
Austrália: 14 mil se candidatam a 'emprego dos sonhos'

A secretaria de Turismo de Queensland, na Austrália, informou que até esta segunda-feira já recebeu cerca de 14 mil inscrições para o "o melhor emprego do mundo". O Estado australiano promove pela internet seleção para vaga de "zelador" da ilha Hamilton, por seis meses com um salário de R$ 40 mil.

Muitos candidatos tiveram problemas durante a inscrição por conta dos acessos simultâneos ao site. A secretaria aconselha enviar os vídeos de 60s explicando porque deve ser escolhido em horários alternativos do dia, além de recomendar tamanho em torno de 40MB.

As inscrições começaram em 12 de janeiro e vão até o próximo dia 22 e podem ser feitas pelo site www.islandreefjob.com. O governo australiano escolherá 50 candidatos para a próxima fase da seleção, que terá votos do público para eleger um dos 11 finalistas.

A última fase terá entrevistas e desafios físicos, no próprio local de trabalho: as ilhas da Grande Barreira Coralina - o maior recife de coral do mundo. A secretaria de Turismo anunciará o vencedor no dia 6 de maio.

17:09
Anónimo disse...
Mercado elogia governo na crise, mas pede maior queda no juro

Peter Fussy
Direto de São Paulo

Desde as primeiras medidas anunciadas para combater os efeitos da crise, o governo brasileiro avisou que a estratégia não contemplaria um pacote. Seriam doses pontuais, de acordo com a necessidade da economia diante do agravamento das turbulências. Da primeira liberação dos depósitos compulsórios em setembro até a ampliação do seguro-desemprego na última quarta-feira, o governo passou por redução de impostos, ampliação de crédito e incentivos à exportação. Quase 150 dias após a primeira medida, o Terra conversou com líderes do setor público e privado, representantes dos trabalhadores, acadêmicos e com o próprio governo para saber quais destas ações foram mais eficazes, quais foram mais ineficientes e o que mais pode ser feito pelo Estado brasileiro contra a crise.

Os maiores elogios foram direcionados à atitude de reduzir o Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) para a indústria automobilística, anunciada em dezembro e que fez com que os emplacamentos de carros novos subissem 1,9% no primeiro mês do ano em relação a dezembro de 2008. Já as maiores críticas foram para a lentidão no corte da taxa básica de juro do País.

Para o presidente do conselho administrativo do Grupo Pão de Açúcar, Abílio Diniz, o Estado não é responsável pela crise e mesmo assim está agindo "com extrema serenidade e muito acerto". "O governo está atento, fazendo a sua parte. É preciso coragem de baixar firmemente a taxa de juros. É uma arma que temos a nosso favor, já que não há clima para inflação, nem possibilidade de danos para a macroeconomia", afirmou Diniz.

Na última reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), em janeiro, a taxa Selic foi reduzida em um ponto percentual, de 13,75% para 12,75% ao ano. Porém, o professor de economia da Universidade de Brasília (UnB) José Luiz Oreiro lembra que este corte representa uma redução de apenas 0,25 ponto percentual com relação à taxa de setembro do ano passado, quando a crise se agravou.

"Pouco antes da eclosão da crise, o Banco Central aumentou a taxa em 0,75 ponto. Foram cinco meses de demora para reduzir em termos líquidos apenas 0,25 ponto", afirmou o economista, que também sugeriu redução do intervalo de cerca de 90 dias entre as reuniões do Copom e o corte de pelo menos um 1 ponto percentual em cada reunião.

Mesmo com o corte de janeiro, a taxa de juros real continua sendo a maior do mundo, lembrou o secretário-geral da Força Sindical, João Carlos Gonçalves, o Juruna. "A redução da taxa de juro ainda é pequena, porque ela continua uma das mais altas do mundo. Falta ousadia para baixar os juros e ajudar o cidadão. A permanência da taxa de juro alta é negativa para o País em meio a crise", afirmou Juruna.

Embora aprove as ações do governo, o senador Aloízio Mercadante (PT-SP) também acredita que o patamar da Selic está muito alto. "Sempre fomos os primeiros a entrar em qualquer crise, o que não aconteceu agora. A taxa Selic ainda é muito alta, mas o governo têm tomado medidas acertadas, como o aumento do salário mínimo, mesmo com um cenário de crise. Isso ajuda a movimentar o consumo. O governo está se esforçando para manter os investimentos e o crescimento", disse.

Tributos
De acordo com o economista Fabio Pina, da Fecomercio-SP, as ações mais positivas estão relacionadas à redução de tributos para alguns segmentos, como a indústria automobilística, que recuperou parte da queda nas vendas em janeiro com a isenção do IPI para carros 1.0 l e o corte para demais motorizações. A medida vale até o final de março.

"Essas medidas não só reduziram o preço, mas anteciparam o consumo daqueles que iriam comprar no futuro, dando um prêmio por conta da insegurança. Mexe diretamente com o principal problema que é a confiança do consumidor", afirmou. Juruna destacou que um bom ritmo de vendas é garantia de emprego. "É importante porque cada emprego na montadora significa 19 na cadeia produtiva", comentou o representante da Força Sindical.

Também em dezembro, o governo decidiu cortar pela metade a alíquota do Imposto de Renda para contribuintes que ganham entre R$ 1.434 e R$ 2.150 mensais. "O salário aumentava e a tabela não se modificava. As pessoas ganhavam mais e pagavam mais impostos", apontou Juruna. Outra redução de tributos do governo foi com relação ao Imposto sobre Operações Financeiras (IOF), que caiu de 3% ao ano para 1,5%.

Crédito
Na segunda metade de 2008, o colapso de bancos nos Estados Unidos por conta da crise do subprime provocou uma forte restrição de crédito no mundo inteiro. Uma das primeiras medidas anticrise do governo teve como objetivo restabelecer a oferta, com mudanças no recolhimento dos depósitos compulsórios por parte dos bancos. Segundo o presidente do Banco Central, Henrique Meirelles, as diversas modificações liberaram US$ 99,2 bilhões aos bancos até o final de janeiro.

Além disso, o governo concedeu R$ 36 bilhões das reservas internacionais para empresas brasileiras com dívidas no exterior e uma medida provisória autorizou o Banco do Brasil e a Caixa Econômica Federal a comprar carteiras de crédito de bancos privados. Para o diretor do Departamento de Pesquisas e Estudos Econômicos da Fiesp, Paulo Francini, estas medidas foram essenciais para combater os efeitos da crise.

"A crise se desenvolve no mundo em torno do tema crédito. E o crédito reduziu-se barbaridade no mundo. Então o governo lança mão de compulsório, lança mão de reservas, de medidas que permitem aos bancos comprar carteiras de bancos. Você vai tomando várias medidas para atender às demandas e o epicentro disso é crédito", afirmou.

No entanto, Oreiro, da UnB, adverte que a liberação dos compulsórios seria mais eficiente acompanhada de redução mais agressiva da taxa básica de juro. "Uma parte do crédito voltou, depois da forte retração em outubro e novembro. O que deveria ter sido feito junto à liberação do compulsório era uma redução mais drástica da taxa de juro. Sem isso, os bancos pegam as reservas e acabam comprando títulos públicos", explicou o economista.

Na opinião de Pina, as ações de distribuição de crédito via redução do compulsório e a disposição de capital de giro para empresas foram tomadas sem um cuidado maior na operação e não tiveram muito efeito. "O BNDES tem linhas que ficam paradas quase todo o ano, agora é pior ainda. Existem os recursos, mas as empresas e os bancos estão desconfiados. É preciso fazer com que os bancos tenham interesse em emprestar", afirmou o economista da Fecomercio-SP.

Futuro
Mesmo com todas essas medidas, a crise financeira ainda gera incertezas nos setores produtivos do País. Nos últimos meses, o medo do desemprego fez os consumidores adiarem compras. Por sua vez, a queda nas vendas pode obrigar as indústrias a cortarem a produção e demitir funcionários. Contra isso, empresários sugerem redução de jornada e de salários.

"Isto está previsto em lei. A Fiesp simplesmente manteve conversações com entidades sindicais quanto à aplicação daquilo que já está previsto em lei", afirmou Francini.

Segundo a ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff, uma das medidas que assegura um nível de emprego é a manutenção de investimentos no Programa de Aceleração do Crescimento (PAC). "Estamos esperando que a dificuldade ocorra em janeiro, fevereiro e março. Estamos certos que vamos manter o nível de investimento. É isso que funciona, é isso que significa investimento público. Ele funciona como um colchão. Por isso, nós colocamos R$ 100 bilhões no BNDES e a Petrobras ampliou o seu investimento em R$ 120 bilhões", afirmou.

Na mesma linha, Pina explica que a antecipação de gastos do governo substitui parte da demanda retraída do setor privado. "Ele dá o seguinte recado: não vou estourar as contas públicas, mas concentrar em um momento em que a demanda privada está pequena. Mas o governo não tem fôlego suficiente para fazer o papel de toda demanda", ressaltou. O economista da Fecomercio lembrou que a entidade já pleiteou junto ao governo isenções para transferência de imóveis e de automóveis, além de retirar o IPVA para veículos novos.

Já Oreiro foca suas propostas na capitalização do Banco do Brasil e da Caixa Econômica Federal pelo Tesouro para atender a demanda de crédito para capital de giro e reduzir o spread. "Aumentando o empréstimo e reduzindo as taxas, os dois vão forçar os bancos privados a acompanhar o movimento, até para não perderem participação no mercado", explicou o economista da UnB.

Até o Carnaval, o governou prometeu detalhar um pacote de incentivos para a construção de até um milhão de casas populares, direcionado a famílias com renda de até dez salários mínimos. "Estamos atentos a tudo o que está acontecendo e novas medidas serão tomadas caso haja uma avaliação de que sejam necessárias", disse o ministro da Fazenda, Guido Mantega, na última sexta-feira.

17:11
Anónimo disse...
Ex-ministro critica extensão do seguro-desemprego

Atualizada às 09h03

O ex-ministro do Trabalho Almir Pazzianotto criticou a decisão do governo federal de conceder o seguro-desemprego estendido a apenas alguns setores. "É certamente odioso e provavelmente inconstitucional", disse Pazzianotto, de acordo com o jornal O Estado de S. Paulo.

Na última qurta, dia do anúncio da medida, centrais sindicais elogiaram a atitude do governo. A Força Sindical divulgou nota dizendo que "o aumento ajudará a aquecer parte da economia, já que irá gerar mais consumo, produção e conseqüentemente, a criação de novos postos de trabalho". A União Geral dos Trabalhadores (UGT) afirmou que a medida "contribuirá para minimizar o drama dos trabalhadores que perderem seu emprego por conta da crise".

O ex-ministro, que instituiu o seguro-desemprego no País no governo de José Sarney, destacou a necessidade de as centrais sindicais se manifestarem contra a determinação. Para ele, as mudanças devem ser aplicadas a todas as categorias profissionais e a distinção é contrária ao artigo 3º da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT).

Pazzianotto atribui a medida a um possível temor do governo de que a crise econômica seja longa e não haja dinheiro para atender a todas as necessidades. Ainda assim, ele se mostra contrário ao método de concessão. "O seguro-desemprego ajuda a sanar necessidades básicas. Estendê-lo é paliativo, não a solução", disse ao jornal.

De acordo com o presidente do Conselho Deliberativo do Fundo de Amparo ao Trabalhador (Codefat) e conselheiro da Força Sindical, Luiz Fernando Emediato, a determinação já estava prevista na lei 8.900/94, que trata do seguro-desemprego.

O presidente da Comissão de Trabalho da Câmara, Pedro Fernandes (PTB-MA) vai além na crítica à concessão do seguro para apenas alguns setores. Ele acredita que a ampliação do benefício estimula o desemprego.

Quintino Severo, secretário geral da Central Única dos Trabalhadores (CUT), lembra que a ampliação do benefício sem critério e identificação pode incentivar demissões em outros setores.

17:13
Anónimo disse...
Empresas
TAM faz promoção para destinos internacionais

A companhia aérea TAM anunciou nesta sexta-feira tarifas promocionais para trechos internacionais. Os preços valem para bilhetes comprados entre 6h deste sábado e 23h59 deste domingo e são válidos para classe econômica. As tarifas, para ida e volta, serão vendidas a partir de US$ 99, mais taxas.

Segundo a aérea, a promoção vale para viagens feitas no período de 14 de fevereiro a 18 de junho de 2009. Para destinos na América do Sul, a permanência mínima é de dois dias; para bilhetes com destino nos Estados Unidos, cinco dias; e Europa, sete dias. A permanência máxima para as passagens para América do Sul e EUA é de dois meses e para Europa, três meses.

Entre os exemplos de tarifas promocionais, a TAM oferece São Paulo-Lima por US$ 99. Bilhetes para a rota São Paulo-Santiago serão vendidos a partir de US$ 199 e São Paulo-Nova York, US$ 799.

A emissão dos bilhetes deve ser feita obrigatoriamente no ato da reserva, obedecendo às regras estipuladas pela companhia. A compra está sujeita à disponibilidade de assentos nas classes tarifárias determinadas, trechos, horários e datas. A TAM afirmou que também há tarifas promocionais para a classe executiva.

Mais informações podem ser encontradas no site promocional (www.ofertastam.com.br), no site da empresa (www.tam.com.br) ou pelos telefones 4002-5700 ou 0800 5705700.

17:13
Anónimo disse...
Empresas
Consultoria negocia compra do parque temático Hopi Hari

A consultoria especializada em reestruturação de empresas Íntegra Associados informou nesta sexta-feira ter um acordo para comprar o parque de diversões Hopi Hari, localizado no interior de São Paulo. A empresa estaria disposta a investir R$ 10 milhões no parque, que tem dívida estimada em R$ 800 milhões. As informações são da edição deste sábado do jornal Folha de S. Paulo.

De acordo com o jornal, a transação ainda depende da negociação entre o Hopi Hari e seus credores, o que já estaria em andamento.

A consultoria paulista já atuou junto à Parmalat, durante 30 meses, quando reorganizou a gestão da empresa italiana.

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17:14
Anónimo disse...
Empresas
Disney de Tóquio contratará mais 2 mil apesar da crise


A Oriental Land, o operador da Disneylândia Tóquio e DisneySea, organizou neste domingo entrevistas para contratar cerca de 2 mil trabalhadores em tempo parcial, em um momento de grandes demissões deste tipo de empregados no Japão.

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O operador deste parque temático, situado em Urayasu, na província de Chiba (leste de Tóquio), está em pleno processo de seleção de empregados para 20 tipos de postos trabalhistas diferentes.

Segundo a companhia, citada pela agência local de notícias Kyodo, o parque contratará novos trabalhadores para as atrações, para os restaurantes e guardas de segurança entre outros. Os novos contratados começarão a trabalhar a partir de fevereiro.

O processo de seleção acontece em um momento em que a maioria das grandes companhias japonesas começaram a se ver obrigadas a despedir uma elevada percentagem de seus trabalhadores temporários e a tempo parcial.

Algumas inclusive anunciaram demissões de seus trabalhadores fixos, uma medida muito pouco comum nas companhias japonesas, perante os efeitos piores que o esperado pela crise econômica global.

Cerca de uma centena de pessoas esperavam desde a primeira hora desta manhã a abertura do centro de conferências Tokyo International Forum, onde as entrevistas estão sendo feitas, para ser os primeiros a solicitar os postos de trabalho.


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17:15
Anónimo disse...
Economia Internacional
Senado dos EUA aprova plano de estímulo à economia

O Senado dos Estados Unidos aprovou com 60 votos a favor e 38 contra o plano de estímulo à economia de US$ 787 bilhões na madrugada deste sábado. Agora, ele segue para sanção ou veto do presidente Barack Obama, que espera colocar a lei em prática até o dia 16 de fevereiro.

O plano prevê a criação de três milhões de empregos, inclui cortes de impostos às famílias, fundos para programas sociais e obras públicas, além de ajuda aos governos estaduais, estudantes e desempregados.

A cláusula Buy American - que exige o uso de ferro, aço e produtos manufaturados dos Estados Unidos em obras realizadas com recursos do pacote - ficou de lado. Segundo o texto definitivo, a cláusula será aplicada sem violar as normas do comércio internacional.

Ontem à tarde, a Câmara de Representantes (deputados) havia aprovado, por 246 votos a favor e 183 contra, a versão final do plano. Todos os republicanos foram contrários ao pacote.

Pelo acordo de quarta-feira entre Câmara e Senado, em vez de custar US$ 819 bilhões, como queriam os deputados, ou US$ 838 bilhões como pretendiam os senadores, o pacote ficou em cerca de US$ 787 bilhões, com 65% desse total destinado a gastos do governo federal e 35%, a créditos tributários.

17:16
Anónimo disse...
Economia nacional
Na era Lula, aposentadoria sobe 54% menos que salário mínimo

Thatiane Faria
Especial para o Terra
Direto de São Paulo

Os índices de reajustes concedidos pelo governo em 2009 para aposentados e pensionistas e para o salário mínimo repetiram uma diferença que, só durante o governo de Luiz Inácio Lula da Silva, já chega a 54%. Enquanto o mínimo foi majorado em 12% este ano, as pensões e aposentadorias tiveram aumento de 5,92%. Aposentados que têm o benefício do governo como única fonte de renda reclamam que perdem poder de compra e que sua cesta de compras é composta por itens que aumentam mais em relação à inflação oficial.

Um exemplo prático pode ser entendido a partir da comparação entre um aposentado que ganhava R$ 600 em janeiro de 2003. Na época, o benefício era três vezes, ou 200%, maior que o valor do mínimo em vigência, que era de R$ 200. Aplicando-se os índices de reajuste para aposentadorias e para o mínimo durante os últimos seis anos, o mesmo aposentado estaria recebendo hoje R$ 938,47, comparado a um salário mínimo de R$ 465. A diferença entre os dois valores caiu para pouco mais de 100%.

Enquanto o índice acumulado de reajuste para a aposentadoria durante o governo Lula foi de 60%, para o salário mínimo está em 132%.

O diretor do Sindicato Nacional dos Aposentados, João Inocentini, reclama que os valores dos benefícios para aposentadorias não mantêm o poder de compra do grupo, principalmente dos aposentados que recebem menos que dez salários mínimos.

Nem mesmo o fato de o índice de reajuste das aposentadorias ter ficado acima da inflação acumulada no mesmo período (o IPCA entre janeiro de 2003 e janeiro de 2009 foi de 39,7%) serve de argumento, segundo os aposentados.

"Os idosos, principalmente, têm gastos além das contas gerais como gás, telefone e aluguel. Para eles o custo com remédios, e outros itens da área saúde costuma ser maior", afirmou Inocentini.

O presidente do sindicato afirmou que o grupo realiza um estudo com 100 itens de necessidade de um idoso para comparar o aumento dos produtos com o índice de reajuste do benefício recebido pelos aposentados.

"Daqui dois meses vamos abrir um processo na Justiça e levar essa pesquisa como prova. Segundo a lei, o governo é obrigado a manter o poder de compra com a aposentadoria", disse Inocentini.

Alternativas
O consultor financeiro Cláudio Boriola diz que os aposentados, especialmente nesse momento de crise econômica, devem evitar compras parceladas, pesquisar preços, negociar e fazer bom planejamento financeiro.

Segundo Boriola, alguns aposentados ganham um valor mensal muitas vezes insuficiente para o pagamento das contas e acabam pedindo crédito ou realizando pagamentos a prazo e são obrigados a pagar juros altos.

Na opinião do consultor, pagar uma previdência privada é uma alternativa indicada para quem ainda trabalha, considerando a característica de perda de poder de compra da aposentadoria.

"Na prática, infelizmente os valores encontram-se em um patamar que está deteriorando o poder de aquisição da população brasileira", completou Boriola.

De acordo com o diretor da Confederação Brasileira de Aposentados e Pensionistas (Cobap), Vicente Fernandes Barbosa, representantes dos aposentados tentarão um encontro com o presidente da Câmara, deputado Michel Temer (PMDB-SP), para discutir projetos que minimizem a perda dos aposentados

17:17
Anónimo disse...
Previdência
Previdência prorroga isenção de tarifas no benefício

O atual sistema de pagamento aos 26 milhões de aposentados e pensionistas do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) será mantido até o final deste ano. O acordo, que permite realizar a operação sem nenhum custo aos beneficiários, foi renovado nesta sexta-feira, entre o governo federal e 21 instituições financeiras.

Por meio desse acordo, vigente desde setembro de 2007, nem os segurados, nem os bancos e nem o governo arcam com o pagamento de tarifas, conforme explicou o ministro da Previdência Social, José Pimentel. A prorrogação vale até dezembro, data máxima para que a Previdência defina as regras para um novo contrato.

Ao assinar o termo de renovação, na sede da Federação Brasileira dos Bancos (Febraban), o ministro disse que a intenção do governo é mudar o atual modelo de gestão visando a reduzir os custos dessas operações em torno da folha mensal, que atinge R$ 15,8 bilhões. No entanto, qualquer alteração, conforme explicou, passará antes por audiências públicas a serem realizadas a partir do segundo semestre deste ano, atendendo a determinação do Tribunal de Contas da União (TCU).

De acordo com Pimentel, com um redesenho do mecanismo de repasse dos recursos aos bancos em torno da folha de pagamento dos segurados o que se busca é um aumento da participação de instituições financeiras. Ele informou que, desde 2007, cada benefício custa em média R$ 1,07 ao governo. "Quanto mais instituições financeiras estiverem prestando serviços à sociedade, maior é a competitividade, a agilidade no atendimento", justificou.

O ministro observou, ainda, que, para permitir uma redução para algo em torno de meia hora no tempo de atendimento para a concessão dos direitos previdenciários, o governo investiu R$ 280 milhões.

Questionado sobre o descontentamento dos segurados que ganham acima de um salário mínimo terem obtido apenas a correção com base na variação do Índice de Preços ao Consumidor (INPC) , ficando abaixo do reajuste dado a quem recebe apenas o mínimo, Pimentel argumentou que o governo seguiu o que determina a lei e descartou a possibilidade de uma revisão

17:17
Anónimo disse...
Empresas
Caterpillar oferece aposentadoria antecipada a 2 mil


A companhia americana Caterpillar ofereceu a cerca de dois mil funcionários incentivos para que se aposentem de forma voluntária antes do previsto, pela perspectiva de uma queda "significativa" da atividade industrial, informou nesta quarta-feira a empresa.

A iniciativa, destinada aos trabalhadores de diversas fábricas em Illinois, Colorado, Tennessee e Pensilvânia, se soma aos cortes de empregos anunciados em janeiro, explicou em comunicado de imprensa.

A empresa, a maior fabricante mundial de maquinaria pesada para a construção e a mineração, acrescentou que, "em função das condições de negócio, podem ser necessárias mais reduções de elenco voluntárias e involuntárias à medida que o ano avança".

O vice-presidente da companhia, Sid Banwart, explicou que a empresa prevê "demissões significativas em todas as regiões geográficas e na maioria dos setores devido às dificuldades da economia mundial".

17:18
Anónimo disse...
Comércio
Comércio exterior da OCDE caiu no 3º trimestre de 2008


As exportações e as importações dos países da Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Econômico (OCDE) caíram 1,6% e 0,2%, respectivamente, no terceiro trimestre de 2008, em relação aos três meses anteriores.

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Trata-se da primeira queda destas atividades desde o terceiro trimestre de 2006, segundo o último relatório trimestral sobre fluxos comerciais divulgado pela OCDE.

As exportações e as importações em dólares dos 30 Estados-membros caíram 15,6% e 17%, respectivamente, na comparação anualizada.

Por sua vez, o comércio dos sete países mais ricos do mundo (G7) teve um pequeno crescimento no terceiro trimestre de 2008 com uma queda das exportações de mercadorias de 0,2% em relação ao trimestre anterior e um aumento de 0,4% das importações.

Em termos anualizados, as importações do G7 caíram 1,4% entre julho e setembro do ano passado, seu primeiro retrocesso desde o terceiro trimestre de 2006, enquanto as exportações aumentaram 1,9%, seu crescimento mais baixo no mesmo tempo.

Por países, a Alemanha aumentou suas importações em 3,4% - valor mais alto do G7 -, enquanto suas exportações caíram 2,9% do segundo para o terceiro trimestre de 2008.

Pelo contrário, as exportações americanas aumentaram 1,8% entre julho e setembro de 2008, enquanto as importações caíram 0,7% em relação ao trimestre anterior. No Japão, tanto as importações quanto as exportações caíram em torno de 1% no mesmo período.

17:19
Anónimo disse...
Economia Nacional
Lula: juros de crédito consignado a aposentados são altos

Atualizada às 17h29

O presidente Luis Inácio Lula da Silva afirmou nesta terça-feira, em São Paulo, que está lutando para reduzir as taxas de juros cobradas de aposentados em crédito consignado. A Previdência Social estabelece uma taxa máxima de 2,5% para empréstimo e de 3,5% para cartão. Para Lula, os valores são altos.

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"Acho que o juro que os aposentados estão pagando hoje com o crédito consignado é alto para o padrão brasileiro", disse o presidente durante a cerimônia de comemoração dos 86 anos do INSS.

A Previdência anunciou nesta terça-feira que aposentados e trabalhadoras com licença-maternidade poderão receber seus benefícios em 30 minutos. De acordo com Lula, em junho, a aposentadoria do trabalhador rural também será conseguida em meia hora.

Além disso, o presidente anunciou que, também em junho, os trabalhadores que alcançarem o direito à aposentadoria passarão a receber em suas casas um comunicado da Previdência informando o fato e o valor do salário que têm direito a receber. "É um comprometimento público que estou fazendo com os companheiros da Previdência Social", disse.

"Estamos retribuindo ao contribuinte da Previdência Social aquilo que é a cidadania que ele tem direito", afirmou Lula. "Se para cobrar nós somos tão precisos, para devolver o dinheiro, temos que chegar próximo à perfeição", completou.

17:20
Anónimo disse...
Economia Nacional
Salário maternidade sairá em 30 minutos, diz ministro

Toda trabalhadora autônoma que tiver contribuído pelo menos 10 meses com o Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) - ou as que possuírem carteira assinada - poderão receber em 30 minutos o salário maternidade a partir desta terça-feira. Da mesma forma, as mulheres com 30 anos de contribuição e os homens com 35 anos também terão direito ao benefício de forma mais rápida. A informação é do ministro da Previdência Social, José Pimentel.

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Para requerer o salário maternidade, é preciso que as autônomas levem a carteira de identidade e o carnê de contribuição. As demais trabalhadoras devem apresentar a identificação e a carteira de trabalho. Desde o início do mês, a nova forma de análise para a concessão de benefícios foi adotada para a aposentadoria por idade do trabalhador urbano e agora foi estendida para o salário maternidade e por tempo de contribuição.

O ministro disse que a qualificação do serviço da previdência social é o reconhecimento do direito dos trabalhadores e da afirmação da cidadania.

"Até pouco tempo na cabeça do cidadão o serviço devia ser de péssima qualidade. Agora não, nós modificamos toda a legislação no mês de dezembro numa ação conjunta do Congresso Nacional com o governo federal. Estamos implantando e concedendo os benefícios em até 30 minutos", afirmou.

O ministro destacou que para conseguir se aposentar ou ter acesso à licença maternidade em 30 minutos, em primeiro lugar, é necessário que o cidadão esteja vinculado à Previdência, o que inclui 65% da população acima de 16 anos de idade.

"Depois bastar marcar pelo sistema 135 o dia e a hora do atendimento e levar a documentação. Se todos os dados necessários estiverem corretos o contribuinte será atendido em até 30 minutos, como vem sendo feito com as aposentadorias por idade desde o dia cinco de janeiro", explicou.

Pimentel disse ainda que em 90% das agências da previdência social o atendimento é marcado em até 48 horas. Nos grandes centros, entretanto existe um volume maior o que torna mais lento o processo.

"Estamos criando mais 715 agências até 2010, em todo o território nacional, para descentralizar o atendimento. Em 2008, atendemos 295 mil benefícios e aposentadorias por idade. Temos 4 mil pessoas por dia procurando e se aposentando por idade no território nacional. Este serviço será agilizado", concluiu.

17:28
Anónimo disse...
Giuseppe Englaro, pai de Eluana, a italiana que morreu na segunda-feira passada por desidratação, recusou uma grande soma de dinheiro de um conhecido fotógrafo italiano que queria retratar a filha em estado de coma, disse neste sábado o neurologista que atendia a mulher desde 1996, Carlo Defanti.

O neurologista, que participou hoje de uma conferência sobre eutanásia, disse que Englaro respeitou a vontade da filha, que, antes do acidente, tinha pedido que, se lhe ocorresse qualquer coisa irreversível, apresentasse sua imagem de quando estava em boas condições.

Antes de sofrer o acidente de trânsito, em 1992, Eluana viveu o coma de um amigo, Alessandro, o que causou forte impacto na italiana e a levou a fazer o pai prometer que não a deixasse viver em estado vegetativo, disse o próprio Giuseppe Englaro.

Defanti, que dissera que Eluana poderia viver de dez a 12 dias depois da suspensão da alimentação e da hidratação, disse que, como médico, tinha que reprovar esta afirmação.

"Não se pode sobreviver após três ou quatro dias sem líquido e, em particular, água em um corpo. Sabemos bem que, quando há um terremoto, após quatro dias é difícil encontrar sobreviventes".

Defanti ressaltou que Eluana "não falava, não se comunicava com o exterior" e que, após vários exames, "nos deparamos com uma moça que tinha perdido a consciência", porque estava com o córtex cerebral prejudicado.

Eluana foi enterrada na quinta-feira passada no túmulo da família na localidade de Paluzza, em Udine, após um funeral que não contou com a presença dos pais.

16:53
Anónimo disse...
Os bombeiros combatem neste sábado os incêndios na Austrália favorecidos pelo bom tempo, enquanto os deslocados encotram em seu retorno casas derruídas, carros queimados nas ruas e destruição.

Depois de sete dias desde que começaram os incêndios no Estado de Victoria, a lista de mortos chega a 181, os desaparecidos somam 50, os edifícios destruídos totalizam 1,834 mil e o terreno arrasado, principalmente florestas, ocupa uma área de 4,13 mil quilômetros quadrados.

As equipes de bombeiros, formadas por 4 mil profissionais de Victoria, de outras partes da Austrália e de países amigos, combateram hoje 12 focos fora de controle e nenhum representava uma ameaça direta para a população.

O subdiretor do Serviço de Bombeiros, Geoff Conway, disse que este tempo favorável, que se prolongará durante o domingo, permite consolidar as linhas de contenção e avançar na extinção das chamas.

Cinzas apareceram arrastadas por ventos do nordeste sobre Melbourne, onde habitam 3,8 milhões de pessoas, e as autoridades alertaram aos cidadãos do risco para a saúde de idosos, crianças e pessoas com problemas respiratórios.

O número de pessoas deslocadas - a Cruz Vermelha chegou a receber 7 mil - começou a cair com a abertura de algumas localidades atingidas.

Os incêndios, alguns criminosos, começaram em 7 de fevereiro, quando a região sul da Austrália estava há duas semanas sob uma onda de calor sem precedentes.

Na sexta-feira passada, a polícia acusou uma pessoa de ter provocado o incêndio que atingiu a localidade de Churchill e matou 21 pessoas.

16:55
Anónimo disse...
A primeira chuva em seis dias reduziu a ameaça de incêndios no Estado de Victoria, ao sul da Austrália. As autoridades, porém, advertiram que ainda existem 12 focos, mas que nenhum deles ameaça áreas povoadas.

Mais de quatro mil bombeiros, mil provenientes de outras partes do país e de outras nações, trabalham contra o fogo. Cerca de 600 veículos e 28 helicópteros e pequenos aviões estão sendo usados.


Eles conseguiram construir linhas de contenção para evitar os incêndios de Yarra e Maroondah se juntassem. Também foram controlados os incêndios abertos de Yea e Murrindindi, que ameaçavam as comunidades de Connellys Creek, Crystal Creek, Scrubby Creek e Native Dog Creek.

O número de mortos chegou a 181, mas as autoridades acreditam que as vítimas devem passar de 200, já que ainda há muitos desaparecidos.

16:55
Anónimo disse...
Aqui nesta coluna, na semana passada, tive a oportunidade de comentar sobre a recente visita do professor brasileiro Pedrinho Guareschi à Austrália. Não dei, porém, os fatos, pois semana passada o assunto era outro.

Hoje, porém, vamos a eles.

No último dia 4 de fevereiro, aconteceu o Seminário "Paulo Freire: Education and Liberation", organizado pelo centro de estudos latino-americanos da Universidade Nacional da Austrália, ou ANU, como é mais conhecida por aqui.

A ANU, para quem não sabe, está entre as 20 melhores universidades do mundo! E tem sede aqui em Camberra, capital da Austrália.

Na abertura do evento, o professor John Minns, diretor do centro latino-americano, ao dar boas-vindas ao público presente, lembrou ser aquele o primeiro seminário exclusivamente dedicado a Paulo Freire na Austrália.

Em seguida, convidou Pedrinho Guareschi, palestrante principal do Seminário, a fazer sua apresentação.

A plateia pode então conhecer, pelas palavras de Pedrinho, um pouco da obra e da vida de Freire, esse brasileiro de fé e valor, que sempre acreditou na educação, sobretudo dos menos favorecidos, analfabetos, como força libertadora.

Como não podia deixar de ser, os conceitos e ideias revolucionários de Paulo Freire, expostos com clareza por Pedrinho, despertaram o interesse e a curiosidade de plateia. A qual, deve-se notar, era na maioria de estudantes, mas de várias nacionalidades, sobretudo australianos e asiáticos.

Na continuação do programa do seminário, que se estendeu por dois dias, outros professores fizeram palestras sobre temas ligados à obra de Paulo Freire.

Interessante, por exemplo, saber que a professora Anne Hickling-Hudson, jamaicana que mora na Austrália há muitos anos (é professora da ANU), conheceu e trabalhou com Freire num workshop educacional durante a revolução na Ilha de Granada, em 1980, antes da invasão dos Estados Unidos...

Ou, então, a palestra da Professora Gerda Roelvink, da Nova Zelândia, que participou do Fórum Social de Porto Alegre em 2005. E essa participação transformou-se em tema de doutorado.

No dia 10, terça-feira passada, o padre Pedrinho Guareschi voltou a falar ao público australiano em grande auditório localizado no belíssimo campus da ANU. Desta vez, sobre a Teologia da Libertação.

Depois da palestra, John Minns mostrou o filme mexicano "O Crime do Padre Amaro", no qual um dos personagens é um padre católico praticante da Teologia da Libertação.

Mais uma vez, foi grande o intersse da platéia, que pode aprender e conhecer um pouco como se desenvolveu aquele importante movimento católico na América Latina.

Fica, assim, ao Pedrinho, bem como a outros brasileiros estudiosos e de bom coração que saem pelo mundo a divulgar aspectos importantes da cultura brasileira, o respeito e a homenagem desta coluna. E... aquele abraço!

16:57
Anónimo disse...
Amanda Kitts perdeu o braço esquerdo em um acidente de automóvel acontecido três anos atrás, mas hoje em dia ela joga futebol americano com seu filho de 12 anos de idade, troca fraldas e abraça as crianças nas três creches Kiddie Cottage que opera em Knoxville, Tennessee. Kitts, 40 anos, faz tudo isso com a ajuda de um novo tipo de braço artificial que se movimenta com mais facilidade do que outros aparelhos e que ela pode controlar utilizando apenas seus pensamentos.

"Eu sou capaz de mexer a mão, o pulso e o cotovelo ao mesmo tempo", diz. "Você pensa e os músculos se movem em seguida".

A recuperação que ela conseguiu resulta de um novo procedimento que vem atraindo crescente atenção porque permite que pessoas movam braços protéticos de forma mais automática do que faziam no passado, simplesmente utilizando nervos reaproveitados em seus cérebros.

A técnica, conhecida como "renervação muscular dirigida", envolve utilizar os nervos que restam depois da amputação de um braço e conectá-los a outro músculo do corpo, em geral no peito. Eletrodos são instalados sobre os músculos do peito, e operam como se fossem antenas. Quando a pessoa deseja mover o braço, o cérebro envia sinais que primeiro resultam em contração dos músculos do peito, os quais enviam um sinal ao braço protético, instruindo-se a se movimentar. O processo não requer mais esforços consciente do que a pessoa teria de exercitar caso ainda tivesse seu braço natural.

Na terça-feira, pesquisadores reportaram em estudo publicado pela versão online do Journal of the American Medical Association que haviam levado a técnica ainda mais à frente, tornando possível a execução de 10 movimentos de mão, pulso e cotovelo diferentes, o que representa uma substancial melhora com relação ao típico repertório protético, que em geral envolve apenas dobrar o cotovelo, girar o pulso e abrir a mão.

"Os novos métodos tiveram impacto dramático em nosso campo de trabalho", disse Stuart Harshbarger, engenheiro biomédico na Universidade Johns Hopkins e diretor do programa de pesquisa sobre próteses, financiado pelas forças armadas, que inclui o trabalho com essa técnica. "O método já está em uso por médicos e cirurgiões comuns em todo o país. A capacidade de controlar um membro protético bastante robusto que ele confere surpreendeu a todos pela qualidade".

Tipicamente, uma pessoa que tenha um braço protético só é capaz de executar alguns poucos movimentos, e muitas vezes com tamanha lentidão que isso só permite a ela atividades limitadas.

Há um motor separado para cada movimento, diz Gerald Loeb, professor de engenharia biomédica na Universidade do Sul da Califórnia, "e esses motores precisam ser controlados de maneira explícita", usualmente por um esforço consciente da pessoa para contrair músculos nas costas ou no bíceps.

"Essencialmente, até agora os pacientes controlavam apenas um motor de cada vez", diz Loeb, "e precisavam pensar cuidadosamente sobre que motor desejavam controlar e como fazê-lo operar, em lugar de simplesmente pensarem em mover o braço e poderem fazê-lo sem delongas".

Antes que Kitts passasse pelo procedimento de renervação, em outubro de 2007, por exemplo, ela precisava movimentar os músculos de suas costas de determinada maneira para fazer com que seu pulso girasse, e flexionar seu bíceps e tríceps para fazer com que o cotovelo se movesse para cima e para baixo. "Era muito trabalho", ela conta. "E não me ajudava muito".

O procedimento de renervação é parte de uma recente explosão de idéias novas e técnicas inovadoras que estão sendo exploradas enquanto os cientistas se esforçam por ajudar as pessoas a compensar melhor a perda de membros ou problemas de paralisia. O esforço vem sendo alimentado pelo aumento no número de amputações causado por diabetes e por ferimentos sofridos pelos militares, e ao mesmo tempo pelos avanços na tecnologia médica.

Os braços se tornaram um dos focos essenciais desse tipo de trabalho. A ciência há muito vem obtendo sucessos no desenvolvimento de próteses de perna, mas é muito mais difícil imitar a complexidade e a destreza das mãos e dos braços.

Os esforços em curso incluem o desenvolvimento de projetos de pele e braços mais sensíveis e mais flexíveis, e o uso de dispositivos acionados por controles sem fio implantado nos braços protéticos, que permitiriam movimentos mais naturais.

Os pesquisadores também vêm usando sensores implantados nos cérebros de cobaias para permitir que dois macacos controlem um braço mecânico, e um teste com um homem paralítico permitiu, com esse método, que ele movimentasse um cursor em uma tela de computador.

Alguns desses métodos, caso venham a ser aperfeiçoados plenamente e consigam aprovação das autoridades regulatórias da saúde, podem no futuro se tornar mais viáveis para os pacientes de amputações.

E embora a técnica da renervação não requeira aprovação das autoridades regulatórias porque é executada por meios cirúrgicos e emprega aparelhos já existentes, ela apresenta limitações que até mesmo seus criadores reconhecem, entre as quais o fato de que não se pode utilizá-la para todos os pacientes, o seu alto custo e o prazo de meses requerido para que os nervos reconectados cresçam e se tornem efetivos.

Ainda assim, os especialistas dizem que é o mais avançado sistema em uso hoje para pacientes reais que permite que o sistema nervoso controle diretamente o movimento de um braço artificial.

Desde sua introdução por Todd Kuiken, médico fisioterapeuta e engenheiro biomédico do Instituto de Reabilitação de Chicago, o método foi empregado em cerca de 30 pacientes nos Estados Unidos, Canadá e Europa, entre os quais oito soldados feridos no Iraque e no Afeganistão.

Muitos dos pacientes, entre os quais o primeiro, Jesse Sullivan, um operário do setor elétrico no Tennessee que perdeu os dois braços quando foi eletrocutado por um cabo, conseguem não apenas manipular seus braços protéticos mas sentir a presença das mãos que já não têm quando alguém toca em seus peitos.

Sullivan, 62 anos, e Kitts, estavam entre os cinco pacientes que participaram do estudo reportado na terça-feira. Em companhia de cinco outras pessoas que não passaram por amputações, eles receberam os eletrodos e foram instruídos a usar pensamentos para fazer com que um braço virtual na tela reproduzisse 10 movimentos diferentes, entre os quais três formas diferentes de aperto de mão.

Os pacientes apresentaram desempenho bastante respeitável, apenas um pouco mais lento e menos preciso do que os dos participantes que não tinham amputações.

"As velocidades de movimento que encontramos em nossos pacientes foram realmente encorajadoras", disse Kuiken. "Eles conseguiram completar a tarefa. É claro que não foram tão competentes quanto as pessoas dotadas de plena capacidade física, mas foram bons o bastante".

Um braço virtual foi usado porque a maioria das próteses existentes não era capaz de acomodar todos aqueles movimentos, no momento da pesquisa, ainda que Sullivan, Kitts e uma terceira paciente, Claudia Mitchell, tenham experimentado dois novos protótipos mais versáteis de braços artificiais, executando tarefas complexas com bolas de tênis e outros objetos.

O trabalho de renervação em soldados apresenta outros desafios, diz Kuiken, porque os ferimentos militares muitas vezes "causam danos muitos extensos" a nervos, músculos ou ossos.

Daniel Acosta, 25 anos, um aviador ferido pela detonação de uma bomba em uma estrada do Iraque em 2005, passou pelo procedimento no ano passado e diz que seu braço esquerdo protético agora se movimenta "muito mais rápido" e de maneira muito mais natural.

"A diferença é que agora não preciso mais pensar para mover o braço", ele diz. "Ele simplesmente se mexe".

Ainda assim, Acosta, de San Antonio, diz que "o processo foi bastante longo" e que os eletrodos precisam ser ajustados para receber os sinais à medida que os nervos crescem ou mudam de posição.

E embora elogiem o método, os especialistas afirmam que a ciência das próteses de braço ainda tem muito por avançar.

"Trata-se de uma parte crucial, mas ainda assim apenas uma parte, das muitas coisas que compreendem a função normal de um braço", disse Loeb, que escreveu um editorial que acompanha o artigo no Journal of the American Medical Association.

"No momento estamos a meio do caminho entre o braço de 'Dr. Fantástico', que fazia involuntariamente a saudação nazista, e o braço de Luke Skywalker em 'Guerra nas Estrelas', que funciona sem nenhum problema assim que é conectado. Creio que precisaremos ainda de muitos anos para conectar todas as peças necessárias a produzir um braço capaz de funcionar normalmente".

17:04
Anónimo disse...
A Espanha disse neste sábado que está preparando uma reclamação oficial contra a decisão da Venezuela de expulsar um membro do Parlamento Europeu que criticou o conselho eleitoral venezuelano.
Luis Herrero, membro do partido conservador espanhol PP, foi deportado na sexta-feira depois que o Conselho Nacional Eleitoral (CNE) o acusou de questionar a imparcialidade da instituição antes de um referendo que pode permitir ao presidente Hugo Chávez permanecer no cargo indefinidamente.

Herrero estava na Venezuela como observador do referendo. Ele acusou Chávez de ter "comportamentos típicos de um ditador" por pedir a contenção de manifestações da oposição.

O governo da Espanha convocou um encontro com o embaixador da Venezuela em Madri para expressar a desaprovação sobre a expulsão de Herrero, disse um representante do Ministério das Relações Exteriores espanhol.

As relações da Venezuela com a Espanha tiveram seu ponto crítico em 2007, quando Chávez ameaçou rever acordos diplomáticos e comerciais depois de ouvir um "cala a boca" do rei espanhol Juan Carlos durante uma cúpula.

A fenda foi oficialmente reparada em 2008, com uma visita oficial de Chávez à Espanha, onde ele cumprimentou o rei e discutiu acordos para investimento no setor petroquímico com o primeiro-ministro José Luis Rodriguez Zapatero.

17:06
Anónimo disse...
A polícia do Zimbábue anunciou neste sábado que acusa de traição Roy Bennett, dirigente do até agora opositor Movimento para a Mudança Democrática (MDC), detido na sexta-feira, em Harare, poucas horas antes da cerimônia de posse dos membros do novo gabinete.

"A Polícia nos informou que vão apresentar acusações de traição", disse à agência EFE o advogado de defesa de Bennett, Trust Maanda.

"Tentam relacionar Roy com o caso de Mike Hitschmann, que foi detido em 2006 em relação à descoberta de um carregamento de armas, apesar de que Hitschmann não tenha sido declarado culpado das acusações de traição apresentadas contra ele, mas de um crime menor de descumprimento de leis", disse Maanda.

O político opositor, designado por seu partido como vice-ministro de Agricultura no Governo de união nacional, esteve no exílio na vizinha África do Sul desde 2006 e retornou ao Zimbábue há duas semanas.

Segundo a Polícia, que deteve Bennett ontem no aeroporto de Harare quando pretendia ir à África do Sul para visitar sua família, as armas apreendidas em 2006 seriam utilizadas em um golpe de Estado para derrubar o presidente do Zimbábue, Robert Mugabe.

Depois da detenção, Bennet foi levado a Mutar, onde vários simpatizantes do MDC se concentraram em frente à delegacia na qual estava detido, diante do que a Polícia respondeu com tiros para o alto para dispersar os manifestantes.

17:07
Anónimo disse...
Austrália: 14 mil se candidatam a 'emprego dos sonhos'

A secretaria de Turismo de Queensland, na Austrália, informou que até esta segunda-feira já recebeu cerca de 14 mil inscrições para o "o melhor emprego do mundo". O Estado australiano promove pela internet seleção para vaga de "zelador" da ilha Hamilton, por seis meses com um salário de R$ 40 mil.

Muitos candidatos tiveram problemas durante a inscrição por conta dos acessos simultâneos ao site. A secretaria aconselha enviar os vídeos de 60s explicando porque deve ser escolhido em horários alternativos do dia, além de recomendar tamanho em torno de 40MB.

As inscrições começaram em 12 de janeiro e vão até o próximo dia 22 e podem ser feitas pelo site www.islandreefjob.com. O governo australiano escolherá 50 candidatos para a próxima fase da seleção, que terá votos do público para eleger um dos 11 finalistas.

A última fase terá entrevistas e desafios físicos, no próprio local de trabalho: as ilhas da Grande Barreira Coralina - o maior recife de coral do mundo. A secretaria de Turismo anunciará o vencedor no dia 6 de maio.

17:09
Anónimo disse...
Mercado elogia governo na crise, mas pede maior queda no juro

Peter Fussy
Direto de São Paulo

Desde as primeiras medidas anunciadas para combater os efeitos da crise, o governo brasileiro avisou que a estratégia não contemplaria um pacote. Seriam doses pontuais, de acordo com a necessidade da economia diante do agravamento das turbulências. Da primeira liberação dos depósitos compulsórios em setembro até a ampliação do seguro-desemprego na última quarta-feira, o governo passou por redução de impostos, ampliação de crédito e incentivos à exportação. Quase 150 dias após a primeira medida, o Terra conversou com líderes do setor público e privado, representantes dos trabalhadores, acadêmicos e com o próprio governo para saber quais destas ações foram mais eficazes, quais foram mais ineficientes e o que mais pode ser feito pelo Estado brasileiro contra a crise.

Os maiores elogios foram direcionados à atitude de reduzir o Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) para a indústria automobilística, anunciada em dezembro e que fez com que os emplacamentos de carros novos subissem 1,9% no primeiro mês do ano em relação a dezembro de 2008. Já as maiores críticas foram para a lentidão no corte da taxa básica de juro do País.

Para o presidente do conselho administrativo do Grupo Pão de Açúcar, Abílio Diniz, o Estado não é responsável pela crise e mesmo assim está agindo "com extrema serenidade e muito acerto". "O governo está atento, fazendo a sua parte. É preciso coragem de baixar firmemente a taxa de juros. É uma arma que temos a nosso favor, já que não há clima para inflação, nem possibilidade de danos para a macroeconomia", afirmou Diniz.

Na última reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), em janeiro, a taxa Selic foi reduzida em um ponto percentual, de 13,75% para 12,75% ao ano. Porém, o professor de economia da Universidade de Brasília (UnB) José Luiz Oreiro lembra que este corte representa uma redução de apenas 0,25 ponto percentual com relação à taxa de setembro do ano passado, quando a crise se agravou.

"Pouco antes da eclosão da crise, o Banco Central aumentou a taxa em 0,75 ponto. Foram cinco meses de demora para reduzir em termos líquidos apenas 0,25 ponto", afirmou o economista, que também sugeriu redução do intervalo de cerca de 90 dias entre as reuniões do Copom e o corte de pelo menos um 1 ponto percentual em cada reunião.

Mesmo com o corte de janeiro, a taxa de juros real continua sendo a maior do mundo, lembrou o secretário-geral da Força Sindical, João Carlos Gonçalves, o Juruna. "A redução da taxa de juro ainda é pequena, porque ela continua uma das mais altas do mundo. Falta ousadia para baixar os juros e ajudar o cidadão. A permanência da taxa de juro alta é negativa para o País em meio a crise", afirmou Juruna.

Embora aprove as ações do governo, o senador Aloízio Mercadante (PT-SP) também acredita que o patamar da Selic está muito alto. "Sempre fomos os primeiros a entrar em qualquer crise, o que não aconteceu agora. A taxa Selic ainda é muito alta, mas o governo têm tomado medidas acertadas, como o aumento do salário mínimo, mesmo com um cenário de crise. Isso ajuda a movimentar o consumo. O governo está se esforçando para manter os investimentos e o crescimento", disse.

Tributos
De acordo com o economista Fabio Pina, da Fecomercio-SP, as ações mais positivas estão relacionadas à redução de tributos para alguns segmentos, como a indústria automobilística, que recuperou parte da queda nas vendas em janeiro com a isenção do IPI para carros 1.0 l e o corte para demais motorizações. A medida vale até o final de março.

"Essas medidas não só reduziram o preço, mas anteciparam o consumo daqueles que iriam comprar no futuro, dando um prêmio por conta da insegurança. Mexe diretamente com o principal problema que é a confiança do consumidor", afirmou. Juruna destacou que um bom ritmo de vendas é garantia de emprego. "É importante porque cada emprego na montadora significa 19 na cadeia produtiva", comentou o representante da Força Sindical.

Também em dezembro, o governo decidiu cortar pela metade a alíquota do Imposto de Renda para contribuintes que ganham entre R$ 1.434 e R$ 2.150 mensais. "O salário aumentava e a tabela não se modificava. As pessoas ganhavam mais e pagavam mais impostos", apontou Juruna. Outra redução de tributos do governo foi com relação ao Imposto sobre Operações Financeiras (IOF), que caiu de 3% ao ano para 1,5%.

Crédito
Na segunda metade de 2008, o colapso de bancos nos Estados Unidos por conta da crise do subprime provocou uma forte restrição de crédito no mundo inteiro. Uma das primeiras medidas anticrise do governo teve como objetivo restabelecer a oferta, com mudanças no recolhimento dos depósitos compulsórios por parte dos bancos. Segundo o presidente do Banco Central, Henrique Meirelles, as diversas modificações liberaram US$ 99,2 bilhões aos bancos até o final de janeiro.

Além disso, o governo concedeu R$ 36 bilhões das reservas internacionais para empresas brasileiras com dívidas no exterior e uma medida provisória autorizou o Banco do Brasil e a Caixa Econômica Federal a comprar carteiras de crédito de bancos privados. Para o diretor do Departamento de Pesquisas e Estudos Econômicos da Fiesp, Paulo Francini, estas medidas foram essenciais para combater os efeitos da crise.

"A crise se desenvolve no mundo em torno do tema crédito. E o crédito reduziu-se barbaridade no mundo. Então o governo lança mão de compulsório, lança mão de reservas, de medidas que permitem aos bancos comprar carteiras de bancos. Você vai tomando várias medidas para atender às demandas e o epicentro disso é crédito", afirmou.

No entanto, Oreiro, da UnB, adverte que a liberação dos compulsórios seria mais eficiente acompanhada de redução mais agressiva da taxa básica de juro. "Uma parte do crédito voltou, depois da forte retração em outubro e novembro. O que deveria ter sido feito junto à liberação do compulsório era uma redução mais drástica da taxa de juro. Sem isso, os bancos pegam as reservas e acabam comprando títulos públicos", explicou o economista.

Na opinião de Pina, as ações de distribuição de crédito via redução do compulsório e a disposição de capital de giro para empresas foram tomadas sem um cuidado maior na operação e não tiveram muito efeito. "O BNDES tem linhas que ficam paradas quase todo o ano, agora é pior ainda. Existem os recursos, mas as empresas e os bancos estão desconfiados. É preciso fazer com que os bancos tenham interesse em emprestar", afirmou o economista da Fecomercio-SP.

Futuro
Mesmo com todas essas medidas, a crise financeira ainda gera incertezas nos setores produtivos do País. Nos últimos meses, o medo do desemprego fez os consumidores adiarem compras. Por sua vez, a queda nas vendas pode obrigar as indústrias a cortarem a produção e demitir funcionários. Contra isso, empresários sugerem redução de jornada e de salários.

"Isto está previsto em lei. A Fiesp simplesmente manteve conversações com entidades sindicais quanto à aplicação daquilo que já está previsto em lei", afirmou Francini.

Segundo a ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff, uma das medidas que assegura um nível de emprego é a manutenção de investimentos no Programa de Aceleração do Crescimento (PAC). "Estamos esperando que a dificuldade ocorra em janeiro, fevereiro e março. Estamos certos que vamos manter o nível de investimento. É isso que funciona, é isso que significa investimento público. Ele funciona como um colchão. Por isso, nós colocamos R$ 100 bilhões no BNDES e a Petrobras ampliou o seu investimento em R$ 120 bilhões", afirmou.

Na mesma linha, Pina explica que a antecipação de gastos do governo substitui parte da demanda retraída do setor privado. "Ele dá o seguinte recado: não vou estourar as contas públicas, mas concentrar em um momento em que a demanda privada está pequena. Mas o governo não tem fôlego suficiente para fazer o papel de toda demanda", ressaltou. O economista da Fecomercio lembrou que a entidade já pleiteou junto ao governo isenções para transferência de imóveis e de automóveis, além de retirar o IPVA para veículos novos.

Já Oreiro foca suas propostas na capitalização do Banco do Brasil e da Caixa Econômica Federal pelo Tesouro para atender a demanda de crédito para capital de giro e reduzir o spread. "Aumentando o empréstimo e reduzindo as taxas, os dois vão forçar os bancos privados a acompanhar o movimento, até para não perderem participação no mercado", explicou o economista da UnB.

Até o Carnaval, o governou prometeu detalhar um pacote de incentivos para a construção de até um milhão de casas populares, direcionado a famílias com renda de até dez salários mínimos. "Estamos atentos a tudo o que está acontecendo e novas medidas serão tomadas caso haja uma avaliação de que sejam necessárias", disse o ministro da Fazenda, Guido Mantega, na última sexta-feira.

17:11
Anónimo disse...
Ex-ministro critica extensão do seguro-desemprego

Atualizada às 09h03

O ex-ministro do Trabalho Almir Pazzianotto criticou a decisão do governo federal de conceder o seguro-desemprego estendido a apenas alguns setores. "É certamente odioso e provavelmente inconstitucional", disse Pazzianotto, de acordo com o jornal O Estado de S. Paulo.

Na última qurta, dia do anúncio da medida, centrais sindicais elogiaram a atitude do governo. A Força Sindical divulgou nota dizendo que "o aumento ajudará a aquecer parte da economia, já que irá gerar mais consumo, produção e conseqüentemente, a criação de novos postos de trabalho". A União Geral dos Trabalhadores (UGT) afirmou que a medida "contribuirá para minimizar o drama dos trabalhadores que perderem seu emprego por conta da crise".

O ex-ministro, que instituiu o seguro-desemprego no País no governo de José Sarney, destacou a necessidade de as centrais sindicais se manifestarem contra a determinação. Para ele, as mudanças devem ser aplicadas a todas as categorias profissionais e a distinção é contrária ao artigo 3º da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT).

Pazzianotto atribui a medida a um possível temor do governo de que a crise econômica seja longa e não haja dinheiro para atender a todas as necessidades. Ainda assim, ele se mostra contrário ao método de concessão. "O seguro-desemprego ajuda a sanar necessidades básicas. Estendê-lo é paliativo, não a solução", disse ao jornal.

De acordo com o presidente do Conselho Deliberativo do Fundo de Amparo ao Trabalhador (Codefat) e conselheiro da Força Sindical, Luiz Fernando Emediato, a determinação já estava prevista na lei 8.900/94, que trata do seguro-desemprego.

O presidente da Comissão de Trabalho da Câmara, Pedro Fernandes (PTB-MA) vai além na crítica à concessão do seguro para apenas alguns setores. Ele acredita que a ampliação do benefício estimula o desemprego.

Quintino Severo, secretário geral da Central Única dos Trabalhadores (CUT), lembra que a ampliação do benefício sem critério e identificação pode incentivar demissões em outros setores.

17:13
Anónimo disse...
Empresas
TAM faz promoção para destinos internacionais

A companhia aérea TAM anunciou nesta sexta-feira tarifas promocionais para trechos internacionais. Os preços valem para bilhetes comprados entre 6h deste sábado e 23h59 deste domingo e são válidos para classe econômica. As tarifas, para ida e volta, serão vendidas a partir de US$ 99, mais taxas.

Segundo a aérea, a promoção vale para viagens feitas no período de 14 de fevereiro a 18 de junho de 2009. Para destinos na América do Sul, a permanência mínima é de dois dias; para bilhetes com destino nos Estados Unidos, cinco dias; e Europa, sete dias. A permanência máxima para as passagens para América do Sul e EUA é de dois meses e para Europa, três meses.

Entre os exemplos de tarifas promocionais, a TAM oferece São Paulo-Lima por US$ 99. Bilhetes para a rota São Paulo-Santiago serão vendidos a partir de US$ 199 e São Paulo-Nova York, US$ 799.

A emissão dos bilhetes deve ser feita obrigatoriamente no ato da reserva, obedecendo às regras estipuladas pela companhia. A compra está sujeita à disponibilidade de assentos nas classes tarifárias determinadas, trechos, horários e datas. A TAM afirmou que também há tarifas promocionais para a classe executiva.

Mais informações podem ser encontradas no site promocional (www.ofertastam.com.br), no site da empresa (www.tam.com.br) ou pelos telefones 4002-5700 ou 0800 5705700.

17:13
Anónimo disse...
Empresas
Consultoria negocia compra do parque temático Hopi Hari

A consultoria especializada em reestruturação de empresas Íntegra Associados informou nesta sexta-feira ter um acordo para comprar o parque de diversões Hopi Hari, localizado no interior de São Paulo. A empresa estaria disposta a investir R$ 10 milhões no parque, que tem dívida estimada em R$ 800 milhões. As informações são da edição deste sábado do jornal Folha de S. Paulo.

De acordo com o jornal, a transação ainda depende da negociação entre o Hopi Hari e seus credores, o que já estaria em andamento.

A consultoria paulista já atuou junto à Parmalat, durante 30 meses, quando reorganizou a gestão da empresa italiana.

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17:14
Anónimo disse...
Empresas
Disney de Tóquio contratará mais 2 mil apesar da crise


A Oriental Land, o operador da Disneylândia Tóquio e DisneySea, organizou neste domingo entrevistas para contratar cerca de 2 mil trabalhadores em tempo parcial, em um momento de grandes demissões deste tipo de empregados no Japão.

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O operador deste parque temático, situado em Urayasu, na província de Chiba (leste de Tóquio), está em pleno processo de seleção de empregados para 20 tipos de postos trabalhistas diferentes.

Segundo a companhia, citada pela agência local de notícias Kyodo, o parque contratará novos trabalhadores para as atrações, para os restaurantes e guardas de segurança entre outros. Os novos contratados começarão a trabalhar a partir de fevereiro.

O processo de seleção acontece em um momento em que a maioria das grandes companhias japonesas começaram a se ver obrigadas a despedir uma elevada percentagem de seus trabalhadores temporários e a tempo parcial.

Algumas inclusive anunciaram demissões de seus trabalhadores fixos, uma medida muito pouco comum nas companhias japonesas, perante os efeitos piores que o esperado pela crise econômica global.

Cerca de uma centena de pessoas esperavam desde a primeira hora desta manhã a abertura do centro de conferências Tokyo International Forum, onde as entrevistas estão sendo feitas, para ser os primeiros a solicitar os postos de trabalho.


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17:15
Anónimo disse...
Economia Internacional
Senado dos EUA aprova plano de estímulo à economia

O Senado dos Estados Unidos aprovou com 60 votos a favor e 38 contra o plano de estímulo à economia de US$ 787 bilhões na madrugada deste sábado. Agora, ele segue para sanção ou veto do presidente Barack Obama, que espera colocar a lei em prática até o dia 16 de fevereiro.

O plano prevê a criação de três milhões de empregos, inclui cortes de impostos às famílias, fundos para programas sociais e obras públicas, além de ajuda aos governos estaduais, estudantes e desempregados.

A cláusula Buy American - que exige o uso de ferro, aço e produtos manufaturados dos Estados Unidos em obras realizadas com recursos do pacote - ficou de lado. Segundo o texto definitivo, a cláusula será aplicada sem violar as normas do comércio internacional.

Ontem à tarde, a Câmara de Representantes (deputados) havia aprovado, por 246 votos a favor e 183 contra, a versão final do plano. Todos os republicanos foram contrários ao pacote.

Pelo acordo de quarta-feira entre Câmara e Senado, em vez de custar US$ 819 bilhões, como queriam os deputados, ou US$ 838 bilhões como pretendiam os senadores, o pacote ficou em cerca de US$ 787 bilhões, com 65% desse total destinado a gastos do governo federal e 35%, a créditos tributários.

17:16
Anónimo disse...
Economia nacional
Na era Lula, aposentadoria sobe 54% menos que salário mínimo

Thatiane Faria
Especial para o Terra
Direto de São Paulo

Os índices de reajustes concedidos pelo governo em 2009 para aposentados e pensionistas e para o salário mínimo repetiram uma diferença que, só durante o governo de Luiz Inácio Lula da Silva, já chega a 54%. Enquanto o mínimo foi majorado em 12% este ano, as pensões e aposentadorias tiveram aumento de 5,92%. Aposentados que têm o benefício do governo como única fonte de renda reclamam que perdem poder de compra e que sua cesta de compras é composta por itens que aumentam mais em relação à inflação oficial.

Um exemplo prático pode ser entendido a partir da comparação entre um aposentado que ganhava R$ 600 em janeiro de 2003. Na época, o benefício era três vezes, ou 200%, maior que o valor do mínimo em vigência, que era de R$ 200. Aplicando-se os índices de reajuste para aposentadorias e para o mínimo durante os últimos seis anos, o mesmo aposentado estaria recebendo hoje R$ 938,47, comparado a um salário mínimo de R$ 465. A diferença entre os dois valores caiu para pouco mais de 100%.

Enquanto o índice acumulado de reajuste para a aposentadoria durante o governo Lula foi de 60%, para o salário mínimo está em 132%.

O diretor do Sindicato Nacional dos Aposentados, João Inocentini, reclama que os valores dos benefícios para aposentadorias não mantêm o poder de compra do grupo, principalmente dos aposentados que recebem menos que dez salários mínimos.

Nem mesmo o fato de o índice de reajuste das aposentadorias ter ficado acima da inflação acumulada no mesmo período (o IPCA entre janeiro de 2003 e janeiro de 2009 foi de 39,7%) serve de argumento, segundo os aposentados.

"Os idosos, principalmente, têm gastos além das contas gerais como gás, telefone e aluguel. Para eles o custo com remédios, e outros itens da área saúde costuma ser maior", afirmou Inocentini.

O presidente do sindicato afirmou que o grupo realiza um estudo com 100 itens de necessidade de um idoso para comparar o aumento dos produtos com o índice de reajuste do benefício recebido pelos aposentados.

"Daqui dois meses vamos abrir um processo na Justiça e levar essa pesquisa como prova. Segundo a lei, o governo é obrigado a manter o poder de compra com a aposentadoria", disse Inocentini.

Alternativas
O consultor financeiro Cláudio Boriola diz que os aposentados, especialmente nesse momento de crise econômica, devem evitar compras parceladas, pesquisar preços, negociar e fazer bom planejamento financeiro.

Segundo Boriola, alguns aposentados ganham um valor mensal muitas vezes insuficiente para o pagamento das contas e acabam pedindo crédito ou realizando pagamentos a prazo e são obrigados a pagar juros altos.

Na opinião do consultor, pagar uma previdência privada é uma alternativa indicada para quem ainda trabalha, considerando a característica de perda de poder de compra da aposentadoria.

"Na prática, infelizmente os valores encontram-se em um patamar que está deteriorando o poder de aquisição da população brasileira", completou Boriola.

De acordo com o diretor da Confederação Brasileira de Aposentados e Pensionistas (Cobap), Vicente Fernandes Barbosa, representantes dos aposentados tentarão um encontro com o presidente da Câmara, deputado Michel Temer (PMDB-SP), para discutir projetos que minimizem a perda dos aposentados

17:17
Anónimo disse...
Previdência
Previdência prorroga isenção de tarifas no benefício

O atual sistema de pagamento aos 26 milhões de aposentados e pensionistas do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) será mantido até o final deste ano. O acordo, que permite realizar a operação sem nenhum custo aos beneficiários, foi renovado nesta sexta-feira, entre o governo federal e 21 instituições financeiras.

Por meio desse acordo, vigente desde setembro de 2007, nem os segurados, nem os bancos e nem o governo arcam com o pagamento de tarifas, conforme explicou o ministro da Previdência Social, José Pimentel. A prorrogação vale até dezembro, data máxima para que a Previdência defina as regras para um novo contrato.

Ao assinar o termo de renovação, na sede da Federação Brasileira dos Bancos (Febraban), o ministro disse que a intenção do governo é mudar o atual modelo de gestão visando a reduzir os custos dessas operações em torno da folha mensal, que atinge R$ 15,8 bilhões. No entanto, qualquer alteração, conforme explicou, passará antes por audiências públicas a serem realizadas a partir do segundo semestre deste ano, atendendo a determinação do Tribunal de Contas da União (TCU).

De acordo com Pimentel, com um redesenho do mecanismo de repasse dos recursos aos bancos em torno da folha de pagamento dos segurados o que se busca é um aumento da participação de instituições financeiras. Ele informou que, desde 2007, cada benefício custa em média R$ 1,07 ao governo. "Quanto mais instituições financeiras estiverem prestando serviços à sociedade, maior é a competitividade, a agilidade no atendimento", justificou.

O ministro observou, ainda, que, para permitir uma redução para algo em torno de meia hora no tempo de atendimento para a concessão dos direitos previdenciários, o governo investiu R$ 280 milhões.

Questionado sobre o descontentamento dos segurados que ganham acima de um salário mínimo terem obtido apenas a correção com base na variação do Índice de Preços ao Consumidor (INPC) , ficando abaixo do reajuste dado a quem recebe apenas o mínimo, Pimentel argumentou que o governo seguiu o que determina a lei e descartou a possibilidade de uma revisão

17:17
Anónimo disse...
Empresas
Caterpillar oferece aposentadoria antecipada a 2 mil


A companhia americana Caterpillar ofereceu a cerca de dois mil funcionários incentivos para que se aposentem de forma voluntária antes do previsto, pela perspectiva de uma queda "significativa" da atividade industrial, informou nesta quarta-feira a empresa.

A iniciativa, destinada aos trabalhadores de diversas fábricas em Illinois, Colorado, Tennessee e Pensilvânia, se soma aos cortes de empregos anunciados em janeiro, explicou em comunicado de imprensa.

A empresa, a maior fabricante mundial de maquinaria pesada para a construção e a mineração, acrescentou que, "em função das condições de negócio, podem ser necessárias mais reduções de elenco voluntárias e involuntárias à medida que o ano avança".

O vice-presidente da companhia, Sid Banwart, explicou que a empresa prevê "demissões significativas em todas as regiões geográficas e na maioria dos setores devido às dificuldades da economia mundial".

17:18
Anónimo disse...
Comércio
Comércio exterior da OCDE caiu no 3º trimestre de 2008


As exportações e as importações dos países da Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Econômico (OCDE) caíram 1,6% e 0,2%, respectivamente, no terceiro trimestre de 2008, em relação aos três meses anteriores.

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Trata-se da primeira queda destas atividades desde o terceiro trimestre de 2006, segundo o último relatório trimestral sobre fluxos comerciais divulgado pela OCDE.

As exportações e as importações em dólares dos 30 Estados-membros caíram 15,6% e 17%, respectivamente, na comparação anualizada.

Por sua vez, o comércio dos sete países mais ricos do mundo (G7) teve um pequeno crescimento no terceiro trimestre de 2008 com uma queda das exportações de mercadorias de 0,2% em relação ao trimestre anterior e um aumento de 0,4% das importações.

Em termos anualizados, as importações do G7 caíram 1,4% entre julho e setembro do ano passado, seu primeiro retrocesso desde o terceiro trimestre de 2006, enquanto as exportações aumentaram 1,9%, seu crescimento mais baixo no mesmo tempo.

Por países, a Alemanha aumentou suas importações em 3,4% - valor mais alto do G7 -, enquanto suas exportações caíram 2,9% do segundo para o terceiro trimestre de 2008.

Pelo contrário, as exportações americanas aumentaram 1,8% entre julho e setembro de 2008, enquanto as importações caíram 0,7% em relação ao trimestre anterior. No Japão, tanto as importações quanto as exportações caíram em torno de 1% no mesmo período.

17:19
Anónimo disse...
Economia Nacional
Lula: juros de crédito consignado a aposentados são altos

Atualizada às 17h29

O presidente Luis Inácio Lula da Silva afirmou nesta terça-feira, em São Paulo, que está lutando para reduzir as taxas de juros cobradas de aposentados em crédito consignado. A Previdência Social estabelece uma taxa máxima de 2,5% para empréstimo e de 3,5% para cartão. Para Lula, os valores são altos.

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"Acho que o juro que os aposentados estão pagando hoje com o crédito consignado é alto para o padrão brasileiro", disse o presidente durante a cerimônia de comemoração dos 86 anos do INSS.

A Previdência anunciou nesta terça-feira que aposentados e trabalhadoras com licença-maternidade poderão receber seus benefícios em 30 minutos. De acordo com Lula, em junho, a aposentadoria do trabalhador rural também será conseguida em meia hora.

Além disso, o presidente anunciou que, também em junho, os trabalhadores que alcançarem o direito à aposentadoria passarão a receber em suas casas um comunicado da Previdência informando o fato e o valor do salário que têm direito a receber. "É um comprometimento público que estou fazendo com os companheiros da Previdência Social", disse.

"Estamos retribuindo ao contribuinte da Previdência Social aquilo que é a cidadania que ele tem direito", afirmou Lula. "Se para cobrar nós somos tão precisos, para devolver o dinheiro, temos que chegar próximo à perfeição", completou.

17:20
Anónimo disse...
Economia Nacional
Salário maternidade sairá em 30 minutos, diz ministro

Toda trabalhadora autônoma que tiver contribuído pelo menos 10 meses com o Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) - ou as que possuírem carteira assinada - poderão receber em 30 minutos o salário maternidade a partir desta terça-feira. Da mesma forma, as mulheres com 30 anos de contribuição e os homens com 35 anos também terão direito ao benefício de forma mais rápida. A informação é do ministro da Previdência Social, José Pimentel.

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Para requerer o salário maternidade, é preciso que as autônomas levem a carteira de identidade e o carnê de contribuição. As demais trabalhadoras devem apresentar a identificação e a carteira de trabalho. Desde o início do mês, a nova forma de análise para a concessão de benefícios foi adotada para a aposentadoria por idade do trabalhador urbano e agora foi estendida para o salário maternidade e por tempo de contribuição.

O ministro disse que a qualificação do serviço da previdência social é o reconhecimento do direito dos trabalhadores e da afirmação da cidadania.

"Até pouco tempo na cabeça do cidadão o serviço devia ser de péssima qualidade. Agora não, nós modificamos toda a legislação no mês de dezembro numa ação conjunta do Congresso Nacional com o governo federal. Estamos implantando e concedendo os benefícios em até 30 minutos", afirmou.

O ministro destacou que para conseguir se aposentar ou ter acesso à licença maternidade em 30 minutos, em primeiro lugar, é necessário que o cidadão esteja vinculado à Previdência, o que inclui 65% da população acima de 16 anos de idade.

"Depois bastar marcar pelo sistema 135 o dia e a hora do atendimento e levar a documentação. Se todos os dados necessários estiverem corretos o contribuinte será atendido em até 30 minutos, como vem sendo feito com as aposentadorias por idade desde o dia cinco de janeiro", explicou.

Pimentel disse ainda que em 90% das agências da previdência social o atendimento é marcado em até 48 horas. Nos grandes centros, entretanto existe um volume maior o que torna mais lento o processo.

"Estamos criando mais 715 agências até 2010, em todo o território nacional, para descentralizar o atendimento. Em 2008, atendemos 295 mil benefícios e aposentadorias por idade. Temos 4 mil pessoas por dia procurando e se aposentando por idade no território nacional. Este serviço será agilizado", concluiu.

17:28
Anónimo disse...
Giuseppe Englaro, pai de Eluana, a italiana que morreu na segunda-feira passada por desidratação, recusou uma grande soma de dinheiro de um conhecido fotógrafo italiano que queria retratar a filha em estado de coma, disse neste sábado o neurologista que atendia a mulher desde 1996, Carlo Defanti.

O neurologista, que participou hoje de uma conferência sobre eutanásia, disse que Englaro respeitou a vontade da filha, que, antes do acidente, tinha pedido que, se lhe ocorresse qualquer coisa irreversível, apresentasse sua imagem de quando estava em boas condições.

Antes de sofrer o acidente de trânsito, em 1992, Eluana viveu o coma de um amigo, Alessandro, o que causou forte impacto na italiana e a levou a fazer o pai prometer que não a deixasse viver em estado vegetativo, disse o próprio Giuseppe Englaro.

Defanti, que dissera que Eluana poderia viver de dez a 12 dias depois da suspensão da alimentação e da hidratação, disse que, como médico, tinha que reprovar esta afirmação.

"Não se pode sobreviver após três ou quatro dias sem líquido e, em particular, água em um corpo. Sabemos bem que, quando há um terremoto, após quatro dias é difícil encontrar sobreviventes".

Defanti ressaltou que Eluana "não falava, não se comunicava com o exterior" e que, após vários exames, "nos deparamos com uma moça que tinha perdido a consciência", porque estava com o córtex cerebral prejudicado.

Eluana foi enterrada na quinta-feira passada no túmulo da família na localidade de Paluzza, em Udine, após um funeral que não contou com a presença dos pais.

16:53
Anónimo disse...
Os bombeiros combatem neste sábado os incêndios na Austrália favorecidos pelo bom tempo, enquanto os deslocados encotram em seu retorno casas derruídas, carros queimados nas ruas e destruição.

Depois de sete dias desde que começaram os incêndios no Estado de Victoria, a lista de mortos chega a 181, os desaparecidos somam 50, os edifícios destruídos totalizam 1,834 mil e o terreno arrasado, principalmente florestas, ocupa uma área de 4,13 mil quilômetros quadrados.

As equipes de bombeiros, formadas por 4 mil profissionais de Victoria, de outras partes da Austrália e de países amigos, combateram hoje 12 focos fora de controle e nenhum representava uma ameaça direta para a população.

O subdiretor do Serviço de Bombeiros, Geoff Conway, disse que este tempo favorável, que se prolongará durante o domingo, permite consolidar as linhas de contenção e avançar na extinção das chamas.

Cinzas apareceram arrastadas por ventos do nordeste sobre Melbourne, onde habitam 3,8 milhões de pessoas, e as autoridades alertaram aos cidadãos do risco para a saúde de idosos, crianças e pessoas com problemas respiratórios.

O número de pessoas deslocadas - a Cruz Vermelha chegou a receber 7 mil - começou a cair com a abertura de algumas localidades atingidas.

Os incêndios, alguns criminosos, começaram em 7 de fevereiro, quando a região sul da Austrália estava há duas semanas sob uma onda de calor sem precedentes.

Na sexta-feira passada, a polícia acusou uma pessoa de ter provocado o incêndio que atingiu a localidade de Churchill e matou 21 pessoas.

16:55
Anónimo disse...
A primeira chuva em seis dias reduziu a ameaça de incêndios no Estado de Victoria, ao sul da Austrália. As autoridades, porém, advertiram que ainda existem 12 focos, mas que nenhum deles ameaça áreas povoadas.

Mais de quatro mil bombeiros, mil provenientes de outras partes do país e de outras nações, trabalham contra o fogo. Cerca de 600 veículos e 28 helicópteros e pequenos aviões estão sendo usados.


Eles conseguiram construir linhas de contenção para evitar os incêndios de Yarra e Maroondah se juntassem. Também foram controlados os incêndios abertos de Yea e Murrindindi, que ameaçavam as comunidades de Connellys Creek, Crystal Creek, Scrubby Creek e Native Dog Creek.

O número de mortos chegou a 181, mas as autoridades acreditam que as vítimas devem passar de 200, já que ainda há muitos desaparecidos.

16:55
Anónimo disse...
Aqui nesta coluna, na semana passada, tive a oportunidade de comentar sobre a recente visita do professor brasileiro Pedrinho Guareschi à Austrália. Não dei, porém, os fatos, pois semana passada o assunto era outro.

Hoje, porém, vamos a eles.

No último dia 4 de fevereiro, aconteceu o Seminário "Paulo Freire: Education and Liberation", organizado pelo centro de estudos latino-americanos da Universidade Nacional da Austrália, ou ANU, como é mais conhecida por aqui.

A ANU, para quem não sabe, está entre as 20 melhores universidades do mundo! E tem sede aqui em Camberra, capital da Austrália.

Na abertura do evento, o professor John Minns, diretor do centro latino-americano, ao dar boas-vindas ao público presente, lembrou ser aquele o primeiro seminário exclusivamente dedicado a Paulo Freire na Austrália.

Em seguida, convidou Pedrinho Guareschi, palestrante principal do Seminário, a fazer sua apresentação.

A plateia pode então conhecer, pelas palavras de Pedrinho, um pouco da obra e da vida de Freire, esse brasileiro de fé e valor, que sempre acreditou na educação, sobretudo dos menos favorecidos, analfabetos, como força libertadora.

Como não podia deixar de ser, os conceitos e ideias revolucionários de Paulo Freire, expostos com clareza por Pedrinho, despertaram o interesse e a curiosidade de plateia. A qual, deve-se notar, era na maioria de estudantes, mas de várias nacionalidades, sobretudo australianos e asiáticos.

Na continuação do programa do seminário, que se estendeu por dois dias, outros professores fizeram palestras sobre temas ligados à obra de Paulo Freire.

Interessante, por exemplo, saber que a professora Anne Hickling-Hudson, jamaicana que mora na Austrália há muitos anos (é professora da ANU), conheceu e trabalhou com Freire num workshop educacional durante a revolução na Ilha de Granada, em 1980, antes da invasão dos Estados Unidos...

Ou, então, a palestra da Professora Gerda Roelvink, da Nova Zelândia, que participou do Fórum Social de Porto Alegre em 2005. E essa participação transformou-se em tema de doutorado.

No dia 10, terça-feira passada, o padre Pedrinho Guareschi voltou a falar ao público australiano em grande auditório localizado no belíssimo campus da ANU. Desta vez, sobre a Teologia da Libertação.

Depois da palestra, John Minns mostrou o filme mexicano "O Crime do Padre Amaro", no qual um dos personagens é um padre católico praticante da Teologia da Libertação.

Mais uma vez, foi grande o intersse da platéia, que pode aprender e conhecer um pouco como se desenvolveu aquele importante movimento católico na América Latina.

Fica, assim, ao Pedrinho, bem como a outros brasileiros estudiosos e de bom coração que saem pelo mundo a divulgar aspectos importantes da cultura brasileira, o respeito e a homenagem desta coluna. E... aquele abraço!

16:57
Anónimo disse...
Amanda Kitts perdeu o braço esquerdo em um acidente de automóvel acontecido três anos atrás, mas hoje em dia ela joga futebol americano com seu filho de 12 anos de idade, troca fraldas e abraça as crianças nas três creches Kiddie Cottage que opera em Knoxville, Tennessee. Kitts, 40 anos, faz tudo isso com a ajuda de um novo tipo de braço artificial que se movimenta com mais facilidade do que outros aparelhos e que ela pode controlar utilizando apenas seus pensamentos.

"Eu sou capaz de mexer a mão, o pulso e o cotovelo ao mesmo tempo", diz. "Você pensa e os músculos se movem em seguida".

A recuperação que ela conseguiu resulta de um novo procedimento que vem atraindo crescente atenção porque permite que pessoas movam braços protéticos de forma mais automática do que faziam no passado, simplesmente utilizando nervos reaproveitados em seus cérebros.

A técnica, conhecida como "renervação muscular dirigida", envolve utilizar os nervos que restam depois da amputação de um braço e conectá-los a outro músculo do corpo, em geral no peito. Eletrodos são instalados sobre os músculos do peito, e operam como se fossem antenas. Quando a pessoa deseja mover o braço, o cérebro envia sinais que primeiro resultam em contração dos músculos do peito, os quais enviam um sinal ao braço protético, instruindo-se a se movimentar. O processo não requer mais esforços consciente do que a pessoa teria de exercitar caso ainda tivesse seu braço natural.

Na terça-feira, pesquisadores reportaram em estudo publicado pela versão online do Journal of the American Medical Association que haviam levado a técnica ainda mais à frente, tornando possível a execução de 10 movimentos de mão, pulso e cotovelo diferentes, o que representa uma substancial melhora com relação ao típico repertório protético, que em geral envolve apenas dobrar o cotovelo, girar o pulso e abrir a mão.

"Os novos métodos tiveram impacto dramático em nosso campo de trabalho", disse Stuart Harshbarger, engenheiro biomédico na Universidade Johns Hopkins e diretor do programa de pesquisa sobre próteses, financiado pelas forças armadas, que inclui o trabalho com essa técnica. "O método já está em uso por médicos e cirurgiões comuns em todo o país. A capacidade de controlar um membro protético bastante robusto que ele confere surpreendeu a todos pela qualidade".

Tipicamente, uma pessoa que tenha um braço protético só é capaz de executar alguns poucos movimentos, e muitas vezes com tamanha lentidão que isso só permite a ela atividades limitadas.

Há um motor separado para cada movimento, diz Gerald Loeb, professor de engenharia biomédica na Universidade do Sul da Califórnia, "e esses motores precisam ser controlados de maneira explícita", usualmente por um esforço consciente da pessoa para contrair músculos nas costas ou no bíceps.

"Essencialmente, até agora os pacientes controlavam apenas um motor de cada vez", diz Loeb, "e precisavam pensar cuidadosamente sobre que motor desejavam controlar e como fazê-lo operar, em lugar de simplesmente pensarem em mover o braço e poderem fazê-lo sem delongas".

Antes que Kitts passasse pelo procedimento de renervação, em outubro de 2007, por exemplo, ela precisava movimentar os músculos de suas costas de determinada maneira para fazer com que seu pulso girasse, e flexionar seu bíceps e tríceps para fazer com que o cotovelo se movesse para cima e para baixo. "Era muito trabalho", ela conta. "E não me ajudava muito".

O procedimento de renervação é parte de uma recente explosão de idéias novas e técnicas inovadoras que estão sendo exploradas enquanto os cientistas se esforçam por ajudar as pessoas a compensar melhor a perda de membros ou problemas de paralisia. O esforço vem sendo alimentado pelo aumento no número de amputações causado por diabetes e por ferimentos sofridos pelos militares, e ao mesmo tempo pelos avanços na tecnologia médica.

Os braços se tornaram um dos focos essenciais desse tipo de trabalho. A ciência há muito vem obtendo sucessos no desenvolvimento de próteses de perna, mas é muito mais difícil imitar a complexidade e a destreza das mãos e dos braços.

Os esforços em curso incluem o desenvolvimento de projetos de pele e braços mais sensíveis e mais flexíveis, e o uso de dispositivos acionados por controles sem fio implantado nos braços protéticos, que permitiriam movimentos mais naturais.

Os pesquisadores também vêm usando sensores implantados nos cérebros de cobaias para permitir que dois macacos controlem um braço mecânico, e um teste com um homem paralítico permitiu, com esse método, que ele movimentasse um cursor em uma tela de computador.

Alguns desses métodos, caso venham a ser aperfeiçoados plenamente e consigam aprovação das autoridades regulatórias da saúde, podem no futuro se tornar mais viáveis para os pacientes de amputações.

E embora a técnica da renervação não requeira aprovação das autoridades regulatórias porque é executada por meios cirúrgicos e emprega aparelhos já existentes, ela apresenta limitações que até mesmo seus criadores reconhecem, entre as quais o fato de que não se pode utilizá-la para todos os pacientes, o seu alto custo e o prazo de meses requerido para que os nervos reconectados cresçam e se tornem efetivos.

Ainda assim, os especialistas dizem que é o mais avançado sistema em uso hoje para pacientes reais que permite que o sistema nervoso controle diretamente o movimento de um braço artificial.

Desde sua introdução por Todd Kuiken, médico fisioterapeuta e engenheiro biomédico do Instituto de Reabilitação de Chicago, o método foi empregado em cerca de 30 pacientes nos Estados Unidos, Canadá e Europa, entre os quais oito soldados feridos no Iraque e no Afeganistão.

Muitos dos pacientes, entre os quais o primeiro, Jesse Sullivan, um operário do setor elétrico no Tennessee que perdeu os dois braços quando foi eletrocutado por um cabo, conseguem não apenas manipular seus braços protéticos mas sentir a presença das mãos que já não têm quando alguém toca em seus peitos.

Sullivan, 62 anos, e Kitts, estavam entre os cinco pacientes que participaram do estudo reportado na terça-feira. Em companhia de cinco outras pessoas que não passaram por amputações, eles receberam os eletrodos e foram instruídos a usar pensamentos para fazer com que um braço virtual na tela reproduzisse 10 movimentos diferentes, entre os quais três formas diferentes de aperto de mão.

Os pacientes apresentaram desempenho bastante respeitável, apenas um pouco mais lento e menos preciso do que os dos participantes que não tinham amputações.

"As velocidades de movimento que encontramos em nossos pacientes foram realmente encorajadoras", disse Kuiken. "Eles conseguiram completar a tarefa. É claro que não foram tão competentes quanto as pessoas dotadas de plena capacidade física, mas foram bons o bastante".

Um braço virtual foi usado porque a maioria das próteses existentes não era capaz de acomodar todos aqueles movimentos, no momento da pesquisa, ainda que Sullivan, Kitts e uma terceira paciente, Claudia Mitchell, tenham experimentado dois novos protótipos mais versáteis de braços artificiais, executando tarefas complexas com bolas de tênis e outros objetos.

O trabalho de renervação em soldados apresenta outros desafios, diz Kuiken, porque os ferimentos militares muitas vezes "causam danos muitos extensos" a nervos, músculos ou ossos.

Daniel Acosta, 25 anos, um aviador ferido pela detonação de uma bomba em uma estrada do Iraque em 2005, passou pelo procedimento no ano passado e diz que seu braço esquerdo protético agora se movimenta "muito mais rápido" e de maneira muito mais natural.

"A diferença é que agora não preciso mais pensar para mover o braço", ele diz. "Ele simplesmente se mexe".

Ainda assim, Acosta, de San Antonio, diz que "o processo foi bastante longo" e que os eletrodos precisam ser ajustados para receber os sinais à medida que os nervos crescem ou mudam de posição.

E embora elogiem o método, os especialistas afirmam que a ciência das próteses de braço ainda tem muito por avançar.

"Trata-se de uma parte crucial, mas ainda assim apenas uma parte, das muitas coisas que compreendem a função normal de um braço", disse Loeb, que escreveu um editorial que acompanha o artigo no Journal of the American Medical Association.

"No momento estamos a meio do caminho entre o braço de 'Dr. Fantástico', que fazia involuntariamente a saudação nazista, e o braço de Luke Skywalker em 'Guerra nas Estrelas', que funciona sem nenhum problema assim que é conectado. Creio que precisaremos ainda de muitos anos para conectar todas as peças necessárias a produzir um braço capaz de funcionar normalmente".

17:04
Anónimo disse...
A Espanha disse neste sábado que está preparando uma reclamação oficial contra a decisão da Venezuela de expulsar um membro do Parlamento Europeu que criticou o conselho eleitoral venezuelano.
Luis Herrero, membro do partido conservador espanhol PP, foi deportado na sexta-feira depois que o Conselho Nacional Eleitoral (CNE) o acusou de questionar a imparcialidade da instituição antes de um referendo que pode permitir ao presidente Hugo Chávez permanecer no cargo indefinidamente.

Herrero estava na Venezuela como observador do referendo. Ele acusou Chávez de ter "comportamentos típicos de um ditador" por pedir a contenção de manifestações da oposição.

O governo da Espanha convocou um encontro com o embaixador da Venezuela em Madri para expressar a desaprovação sobre a expulsão de Herrero, disse um representante do Ministério das Relações Exteriores espanhol.

As relações da Venezuela com a Espanha tiveram seu ponto crítico em 2007, quando Chávez ameaçou rever acordos diplomáticos e comerciais depois de ouvir um "cala a boca" do rei espanhol Juan Carlos durante uma cúpula.

A fenda foi oficialmente reparada em 2008, com uma visita oficial de Chávez à Espanha, onde ele cumprimentou o rei e discutiu acordos para investimento no setor petroquímico com o primeiro-ministro José Luis Rodriguez Zapatero.

17:06
Anónimo disse...
A polícia do Zimbábue anunciou neste sábado que acusa de traição Roy Bennett, dirigente do até agora opositor Movimento para a Mudança Democrática (MDC), detido na sexta-feira, em Harare, poucas horas antes da cerimônia de posse dos membros do novo gabinete.

"A Polícia nos informou que vão apresentar acusações de traição", disse à agência EFE o advogado de defesa de Bennett, Trust Maanda.

"Tentam relacionar Roy com o caso de Mike Hitschmann, que foi detido em 2006 em relação à descoberta de um carregamento de armas, apesar de que Hitschmann não tenha sido declarado culpado das acusações de traição apresentadas contra ele, mas de um crime menor de descumprimento de leis", disse Maanda.

O político opositor, designado por seu partido como vice-ministro de Agricultura no Governo de união nacional, esteve no exílio na vizinha África do Sul desde 2006 e retornou ao Zimbábue há duas semanas.

Segundo a Polícia, que deteve Bennett ontem no aeroporto de Harare quando pretendia ir à África do Sul para visitar sua família, as armas apreendidas em 2006 seriam utilizadas em um golpe de Estado para derrubar o presidente do Zimbábue, Robert Mugabe.

Depois da detenção, Bennet foi levado a Mutar, onde vários simpatizantes do MDC se concentraram em frente à delegacia na qual estava detido, diante do que a Polícia respondeu com tiros para o alto para dispersar os manifestantes.

17:07
Anónimo disse...
Austrália: 14 mil se candidatam a 'emprego dos sonhos'

A secretaria de Turismo de Queensland, na Austrália, informou que até esta segunda-feira já recebeu cerca de 14 mil inscrições para o "o melhor emprego do mundo". O Estado australiano promove pela internet seleção para vaga de "zelador" da ilha Hamilton, por seis meses com um salário de R$ 40 mil.

Muitos candidatos tiveram problemas durante a inscrição por conta dos acessos simultâneos ao site. A secretaria aconselha enviar os vídeos de 60s explicando porque deve ser escolhido em horários alternativos do dia, além de recomendar tamanho em torno de 40MB.

As inscrições começaram em 12 de janeiro e vão até o próximo dia 22 e podem ser feitas pelo site www.islandreefjob.com. O governo australiano escolherá 50 candidatos para a próxima fase da seleção, que terá votos do público para eleger um dos 11 finalistas.

A última fase terá entrevistas e desafios físicos, no próprio local de trabalho: as ilhas da Grande Barreira Coralina - o maior recife de coral do mundo. A secretaria de Turismo anunciará o vencedor no dia 6 de maio.

17:09
Anónimo disse...
Mercado elogia governo na crise, mas pede maior queda no juro

Peter Fussy
Direto de São Paulo

Desde as primeiras medidas anunciadas para combater os efeitos da crise, o governo brasileiro avisou que a estratégia não contemplaria um pacote. Seriam doses pontuais, de acordo com a necessidade da economia diante do agravamento das turbulências. Da primeira liberação dos depósitos compulsórios em setembro até a ampliação do seguro-desemprego na última quarta-feira, o governo passou por redução de impostos, ampliação de crédito e incentivos à exportação. Quase 150 dias após a primeira medida, o Terra conversou com líderes do setor público e privado, representantes dos trabalhadores, acadêmicos e com o próprio governo para saber quais destas ações foram mais eficazes, quais foram mais ineficientes e o que mais pode ser feito pelo Estado brasileiro contra a crise.

Os maiores elogios foram direcionados à atitude de reduzir o Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) para a indústria automobilística, anunciada em dezembro e que fez com que os emplacamentos de carros novos subissem 1,9% no primeiro mês do ano em relação a dezembro de 2008. Já as maiores críticas foram para a lentidão no corte da taxa básica de juro do País.

Para o presidente do conselho administrativo do Grupo Pão de Açúcar, Abílio Diniz, o Estado não é responsável pela crise e mesmo assim está agindo "com extrema serenidade e muito acerto". "O governo está atento, fazendo a sua parte. É preciso coragem de baixar firmemente a taxa de juros. É uma arma que temos a nosso favor, já que não há clima para inflação, nem possibilidade de danos para a macroeconomia", afirmou Diniz.

Na última reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), em janeiro, a taxa Selic foi reduzida em um ponto percentual, de 13,75% para 12,75% ao ano. Porém, o professor de economia da Universidade de Brasília (UnB) José Luiz Oreiro lembra que este corte representa uma redução de apenas 0,25 ponto percentual com relação à taxa de setembro do ano passado, quando a crise se agravou.

"Pouco antes da eclosão da crise, o Banco Central aumentou a taxa em 0,75 ponto. Foram cinco meses de demora para reduzir em termos líquidos apenas 0,25 ponto", afirmou o economista, que também sugeriu redução do intervalo de cerca de 90 dias entre as reuniões do Copom e o corte de pelo menos um 1 ponto percentual em cada reunião.

Mesmo com o corte de janeiro, a taxa de juros real continua sendo a maior do mundo, lembrou o secretário-geral da Força Sindical, João Carlos Gonçalves, o Juruna. "A redução da taxa de juro ainda é pequena, porque ela continua uma das mais altas do mundo. Falta ousadia para baixar os juros e ajudar o cidadão. A permanência da taxa de juro alta é negativa para o País em meio a crise", afirmou Juruna.

Embora aprove as ações do governo, o senador Aloízio Mercadante (PT-SP) também acredita que o patamar da Selic está muito alto. "Sempre fomos os primeiros a entrar em qualquer crise, o que não aconteceu agora. A taxa Selic ainda é muito alta, mas o governo têm tomado medidas acertadas, como o aumento do salário mínimo, mesmo com um cenário de crise. Isso ajuda a movimentar o consumo. O governo está se esforçando para manter os investimentos e o crescimento", disse.

Tributos
De acordo com o economista Fabio Pina, da Fecomercio-SP, as ações mais positivas estão relacionadas à redução de tributos para alguns segmentos, como a indústria automobilística, que recuperou parte da queda nas vendas em janeiro com a isenção do IPI para carros 1.0 l e o corte para demais motorizações. A medida vale até o final de março.

"Essas medidas não só reduziram o preço, mas anteciparam o consumo daqueles que iriam comprar no futuro, dando um prêmio por conta da insegurança. Mexe diretamente com o principal problema que é a confiança do consumidor", afirmou. Juruna destacou que um bom ritmo de vendas é garantia de emprego. "É importante porque cada emprego na montadora significa 19 na cadeia produtiva", comentou o representante da Força Sindical.

Também em dezembro, o governo decidiu cortar pela metade a alíquota do Imposto de Renda para contribuintes que ganham entre R$ 1.434 e R$ 2.150 mensais. "O salário aumentava e a tabela não se modificava. As pessoas ganhavam mais e pagavam mais impostos", apontou Juruna. Outra redução de tributos do governo foi com relação ao Imposto sobre Operações Financeiras (IOF), que caiu de 3% ao ano para 1,5%.

Crédito
Na segunda metade de 2008, o colapso de bancos nos Estados Unidos por conta da crise do subprime provocou uma forte restrição de crédito no mundo inteiro. Uma das primeiras medidas anticrise do governo teve como objetivo restabelecer a oferta, com mudanças no recolhimento dos depósitos compulsórios por parte dos bancos. Segundo o presidente do Banco Central, Henrique Meirelles, as diversas modificações liberaram US$ 99,2 bilhões aos bancos até o final de janeiro.

Além disso, o governo concedeu R$ 36 bilhões das reservas internacionais para empresas brasileiras com dívidas no exterior e uma medida provisória autorizou o Banco do Brasil e a Caixa Econômica Federal a comprar carteiras de crédito de bancos privados. Para o diretor do Departamento de Pesquisas e Estudos Econômicos da Fiesp, Paulo Francini, estas medidas foram essenciais para combater os efeitos da crise.

"A crise se desenvolve no mundo em torno do tema crédito. E o crédito reduziu-se barbaridade no mundo. Então o governo lança mão de compulsório, lança mão de reservas, de medidas que permitem aos bancos comprar carteiras de bancos. Você vai tomando várias medidas para atender às demandas e o epicentro disso é crédito", afirmou.

No entanto, Oreiro, da UnB, adverte que a liberação dos compulsórios seria mais eficiente acompanhada de redução mais agressiva da taxa básica de juro. "Uma parte do crédito voltou, depois da forte retração em outubro e novembro. O que deveria ter sido feito junto à liberação do compulsório era uma redução mais drástica da taxa de juro. Sem isso, os bancos pegam as reservas e acabam comprando títulos públicos", explicou o economista.

Na opinião de Pina, as ações de distribuição de crédito via redução do compulsório e a disposição de capital de giro para empresas foram tomadas sem um cuidado maior na operação e não tiveram muito efeito. "O BNDES tem linhas que ficam paradas quase todo o ano, agora é pior ainda. Existem os recursos, mas as empresas e os bancos estão desconfiados. É preciso fazer com que os bancos tenham interesse em emprestar", afirmou o economista da Fecomercio-SP.

Futuro
Mesmo com todas essas medidas, a crise financeira ainda gera incertezas nos setores produtivos do País. Nos últimos meses, o medo do desemprego fez os consumidores adiarem compras. Por sua vez, a queda nas vendas pode obrigar as indústrias a cortarem a produção e demitir funcionários. Contra isso, empresários sugerem redução de jornada e de salários.

"Isto está previsto em lei. A Fiesp simplesmente manteve conversações com entidades sindicais quanto à aplicação daquilo que já está previsto em lei", afirmou Francini.

Segundo a ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff, uma das medidas que assegura um nível de emprego é a manutenção de investimentos no Programa de Aceleração do Crescimento (PAC). "Estamos esperando que a dificuldade ocorra em janeiro, fevereiro e março. Estamos certos que vamos manter o nível de investimento. É isso que funciona, é isso que significa investimento público. Ele funciona como um colchão. Por isso, nós colocamos R$ 100 bilhões no BNDES e a Petrobras ampliou o seu investimento em R$ 120 bilhões", afirmou.

Na mesma linha, Pina explica que a antecipação de gastos do governo substitui parte da demanda retraída do setor privado. "Ele dá o seguinte recado: não vou estourar as contas públicas, mas concentrar em um momento em que a demanda privada está pequena. Mas o governo não tem fôlego suficiente para fazer o papel de toda demanda", ressaltou. O economista da Fecomercio lembrou que a entidade já pleiteou junto ao governo isenções para transferência de imóveis e de automóveis, além de retirar o IPVA para veículos novos.

Já Oreiro foca suas propostas na capitalização do Banco do Brasil e da Caixa Econômica Federal pelo Tesouro para atender a demanda de crédito para capital de giro e reduzir o spread. "Aumentando o empréstimo e reduzindo as taxas, os dois vão forçar os bancos privados a acompanhar o movimento, até para não perderem participação no mercado", explicou o economista da UnB.

Até o Carnaval, o governou prometeu detalhar um pacote de incentivos para a construção de até um milhão de casas populares, direcionado a famílias com renda de até dez salários mínimos. "Estamos atentos a tudo o que está acontecendo e novas medidas serão tomadas caso haja uma avaliação de que sejam necessárias", disse o ministro da Fazenda, Guido Mantega, na última sexta-feira.

17:11
Anónimo disse...
Ex-ministro critica extensão do seguro-desemprego

Atualizada às 09h03

O ex-ministro do Trabalho Almir Pazzianotto criticou a decisão do governo federal de conceder o seguro-desemprego estendido a apenas alguns setores. "É certamente odioso e provavelmente inconstitucional", disse Pazzianotto, de acordo com o jornal O Estado de S. Paulo.

Na última qurta, dia do anúncio da medida, centrais sindicais elogiaram a atitude do governo. A Força Sindical divulgou nota dizendo que "o aumento ajudará a aquecer parte da economia, já que irá gerar mais consumo, produção e conseqüentemente, a criação de novos postos de trabalho". A União Geral dos Trabalhadores (UGT) afirmou que a medida "contribuirá para minimizar o drama dos trabalhadores que perderem seu emprego por conta da crise".

O ex-ministro, que instituiu o seguro-desemprego no País no governo de José Sarney, destacou a necessidade de as centrais sindicais se manifestarem contra a determinação. Para ele, as mudanças devem ser aplicadas a todas as categorias profissionais e a distinção é contrária ao artigo 3º da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT).

Pazzianotto atribui a medida a um possível temor do governo de que a crise econômica seja longa e não haja dinheiro para atender a todas as necessidades. Ainda assim, ele se mostra contrário ao método de concessão. "O seguro-desemprego ajuda a sanar necessidades básicas. Estendê-lo é paliativo, não a solução", disse ao jornal.

De acordo com o presidente do Conselho Deliberativo do Fundo de Amparo ao Trabalhador (Codefat) e conselheiro da Força Sindical, Luiz Fernando Emediato, a determinação já estava prevista na lei 8.900/94, que trata do seguro-desemprego.

O presidente da Comissão de Trabalho da Câmara, Pedro Fernandes (PTB-MA) vai além na crítica à concessão do seguro para apenas alguns setores. Ele acredita que a ampliação do benefício estimula o desemprego.

Quintino Severo, secretário geral da Central Única dos Trabalhadores (CUT), lembra que a ampliação do benefício sem critério e identificação pode incentivar demissões em outros setores.

17:13
Anónimo disse...
Empresas
TAM faz promoção para destinos internacionais

A companhia aérea TAM anunciou nesta sexta-feira tarifas promocionais para trechos internacionais. Os preços valem para bilhetes comprados entre 6h deste sábado e 23h59 deste domingo e são válidos para classe econômica. As tarifas, para ida e volta, serão vendidas a partir de US$ 99, mais taxas.

Segundo a aérea, a promoção vale para viagens feitas no período de 14 de fevereiro a 18 de junho de 2009. Para destinos na América do Sul, a permanência mínima é de dois dias; para bilhetes com destino nos Estados Unidos, cinco dias; e Europa, sete dias. A permanência máxima para as passagens para América do Sul e EUA é de dois meses e para Europa, três meses.

Entre os exemplos de tarifas promocionais, a TAM oferece São Paulo-Lima por US$ 99. Bilhetes para a rota São Paulo-Santiago serão vendidos a partir de US$ 199 e São Paulo-Nova York, US$ 799.

A emissão dos bilhetes deve ser feita obrigatoriamente no ato da reserva, obedecendo às regras estipuladas pela companhia. A compra está sujeita à disponibilidade de assentos nas classes tarifárias determinadas, trechos, horários e datas. A TAM afirmou que também há tarifas promocionais para a classe executiva.

Mais informações podem ser encontradas no site promocional (www.ofertastam.com.br), no site da empresa (www.tam.com.br) ou pelos telefones 4002-5700 ou 0800 5705700.

17:13
Anónimo disse...
Empresas
Consultoria negocia compra do parque temático Hopi Hari

A consultoria especializada em reestruturação de empresas Íntegra Associados informou nesta sexta-feira ter um acordo para comprar o parque de diversões Hopi Hari, localizado no interior de São Paulo. A empresa estaria disposta a investir R$ 10 milhões no parque, que tem dívida estimada em R$ 800 milhões. As informações são da edição deste sábado do jornal Folha de S. Paulo.

De acordo com o jornal, a transação ainda depende da negociação entre o Hopi Hari e seus credores, o que já estaria em andamento.

A consultoria paulista já atuou junto à Parmalat, durante 30 meses, quando reorganizou a gestão da empresa italiana.

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17:14
Anónimo disse...
Empresas
Disney de Tóquio contratará mais 2 mil apesar da crise


A Oriental Land, o operador da Disneylândia Tóquio e DisneySea, organizou neste domingo entrevistas para contratar cerca de 2 mil trabalhadores em tempo parcial, em um momento de grandes demissões deste tipo de empregados no Japão.

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O operador deste parque temático, situado em Urayasu, na província de Chiba (leste de Tóquio), está em pleno processo de seleção de empregados para 20 tipos de postos trabalhistas diferentes.

Segundo a companhia, citada pela agência local de notícias Kyodo, o parque contratará novos trabalhadores para as atrações, para os restaurantes e guardas de segurança entre outros. Os novos contratados começarão a trabalhar a partir de fevereiro.

O processo de seleção acontece em um momento em que a maioria das grandes companhias japonesas começaram a se ver obrigadas a despedir uma elevada percentagem de seus trabalhadores temporários e a tempo parcial.

Algumas inclusive anunciaram demissões de seus trabalhadores fixos, uma medida muito pouco comum nas companhias japonesas, perante os efeitos piores que o esperado pela crise econômica global.

Cerca de uma centena de pessoas esperavam desde a primeira hora desta manhã a abertura do centro de conferências Tokyo International Forum, onde as entrevistas estão sendo feitas, para ser os primeiros a solicitar os postos de trabalho.


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17:15
Anónimo disse...
Economia Internacional
Senado dos EUA aprova plano de estímulo à economia

O Senado dos Estados Unidos aprovou com 60 votos a favor e 38 contra o plano de estímulo à economia de US$ 787 bilhões na madrugada deste sábado. Agora, ele segue para sanção ou veto do presidente Barack Obama, que espera colocar a lei em prática até o dia 16 de fevereiro.

O plano prevê a criação de três milhões de empregos, inclui cortes de impostos às famílias, fundos para programas sociais e obras públicas, além de ajuda aos governos estaduais, estudantes e desempregados.

A cláusula Buy American - que exige o uso de ferro, aço e produtos manufaturados dos Estados Unidos em obras realizadas com recursos do pacote - ficou de lado. Segundo o texto definitivo, a cláusula será aplicada sem violar as normas do comércio internacional.

Ontem à tarde, a Câmara de Representantes (deputados) havia aprovado, por 246 votos a favor e 183 contra, a versão final do plano. Todos os republicanos foram contrários ao pacote.

Pelo acordo de quarta-feira entre Câmara e Senado, em vez de custar US$ 819 bilhões, como queriam os deputados, ou US$ 838 bilhões como pretendiam os senadores, o pacote ficou em cerca de US$ 787 bilhões, com 65% desse total destinado a gastos do governo federal e 35%, a créditos tributários.

17:16
Anónimo disse...
Economia nacional
Na era Lula, aposentadoria sobe 54% menos que salário mínimo

Thatiane Faria
Especial para o Terra
Direto de São Paulo

Os índices de reajustes concedidos pelo governo em 2009 para aposentados e pensionistas e para o salário mínimo repetiram uma diferença que, só durante o governo de Luiz Inácio Lula da Silva, já chega a 54%. Enquanto o mínimo foi majorado em 12% este ano, as pensões e aposentadorias tiveram aumento de 5,92%. Aposentados que têm o benefício do governo como única fonte de renda reclamam que perdem poder de compra e que sua cesta de compras é composta por itens que aumentam mais em relação à inflação oficial.

Um exemplo prático pode ser entendido a partir da comparação entre um aposentado que ganhava R$ 600 em janeiro de 2003. Na época, o benefício era três vezes, ou 200%, maior que o valor do mínimo em vigência, que era de R$ 200. Aplicando-se os índices de reajuste para aposentadorias e para o mínimo durante os últimos seis anos, o mesmo aposentado estaria recebendo hoje R$ 938,47, comparado a um salário mínimo de R$ 465. A diferença entre os dois valores caiu para pouco mais de 100%.

Enquanto o índice acumulado de reajuste para a aposentadoria durante o governo Lula foi de 60%, para o salário mínimo está em 132%.

O diretor do Sindicato Nacional dos Aposentados, João Inocentini, reclama que os valores dos benefícios para aposentadorias não mantêm o poder de compra do grupo, principalmente dos aposentados que recebem menos que dez salários mínimos.

Nem mesmo o fato de o índice de reajuste das aposentadorias ter ficado acima da inflação acumulada no mesmo período (o IPCA entre janeiro de 2003 e janeiro de 2009 foi de 39,7%) serve de argumento, segundo os aposentados.

"Os idosos, principalmente, têm gastos além das contas gerais como gás, telefone e aluguel. Para eles o custo com remédios, e outros itens da área saúde costuma ser maior", afirmou Inocentini.

O presidente do sindicato afirmou que o grupo realiza um estudo com 100 itens de necessidade de um idoso para comparar o aumento dos produtos com o índice de reajuste do benefício recebido pelos aposentados.

"Daqui dois meses vamos abrir um processo na Justiça e levar essa pesquisa como prova. Segundo a lei, o governo é obrigado a manter o poder de compra com a aposentadoria", disse Inocentini.

Alternativas
O consultor financeiro Cláudio Boriola diz que os aposentados, especialmente nesse momento de crise econômica, devem evitar compras parceladas, pesquisar preços, negociar e fazer bom planejamento financeiro.

Segundo Boriola, alguns aposentados ganham um valor mensal muitas vezes insuficiente para o pagamento das contas e acabam pedindo crédito ou realizando pagamentos a prazo e são obrigados a pagar juros altos.

Na opinião do consultor, pagar uma previdência privada é uma alternativa indicada para quem ainda trabalha, considerando a característica de perda de poder de compra da aposentadoria.

"Na prática, infelizmente os valores encontram-se em um patamar que está deteriorando o poder de aquisição da população brasileira", completou Boriola.

De acordo com o diretor da Confederação Brasileira de Aposentados e Pensionistas (Cobap), Vicente Fernandes Barbosa, representantes dos aposentados tentarão um encontro com o presidente da Câmara, deputado Michel Temer (PMDB-SP), para discutir projetos que minimizem a perda dos aposentados

17:17
Anónimo disse...
Previdência
Previdência prorroga isenção de tarifas no benefício

O atual sistema de pagamento aos 26 milhões de aposentados e pensionistas do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) será mantido até o final deste ano. O acordo, que permite realizar a operação sem nenhum custo aos beneficiários, foi renovado nesta sexta-feira, entre o governo federal e 21 instituições financeiras.

Por meio desse acordo, vigente desde setembro de 2007, nem os segurados, nem os bancos e nem o governo arcam com o pagamento de tarifas, conforme explicou o ministro da Previdência Social, José Pimentel. A prorrogação vale até dezembro, data máxima para que a Previdência defina as regras para um novo contrato.

Ao assinar o termo de renovação, na sede da Federação Brasileira dos Bancos (Febraban), o ministro disse que a intenção do governo é mudar o atual modelo de gestão visando a reduzir os custos dessas operações em torno da folha mensal, que atinge R$ 15,8 bilhões. No entanto, qualquer alteração, conforme explicou, passará antes por audiências públicas a serem realizadas a partir do segundo semestre deste ano, atendendo a determinação do Tribunal de Contas da União (TCU).

De acordo com Pimentel, com um redesenho do mecanismo de repasse dos recursos aos bancos em torno da folha de pagamento dos segurados o que se busca é um aumento da participação de instituições financeiras. Ele informou que, desde 2007, cada benefício custa em média R$ 1,07 ao governo. "Quanto mais instituições financeiras estiverem prestando serviços à sociedade, maior é a competitividade, a agilidade no atendimento", justificou.

O ministro observou, ainda, que, para permitir uma redução para algo em torno de meia hora no tempo de atendimento para a concessão dos direitos previdenciários, o governo investiu R$ 280 milhões.

Questionado sobre o descontentamento dos segurados que ganham acima de um salário mínimo terem obtido apenas a correção com base na variação do Índice de Preços ao Consumidor (INPC) , ficando abaixo do reajuste dado a quem recebe apenas o mínimo, Pimentel argumentou que o governo seguiu o que determina a lei e descartou a possibilidade de uma revisão

17:17
Anónimo disse...
Empresas
Caterpillar oferece aposentadoria antecipada a 2 mil


A companhia americana Caterpillar ofereceu a cerca de dois mil funcionários incentivos para que se aposentem de forma voluntária antes do previsto, pela perspectiva de uma queda "significativa" da atividade industrial, informou nesta quarta-feira a empresa.

A iniciativa, destinada aos trabalhadores de diversas fábricas em Illinois, Colorado, Tennessee e Pensilvânia, se soma aos cortes de empregos anunciados em janeiro, explicou em comunicado de imprensa.

A empresa, a maior fabricante mundial de maquinaria pesada para a construção e a mineração, acrescentou que, "em função das condições de negócio, podem ser necessárias mais reduções de elenco voluntárias e involuntárias à medida que o ano avança".

O vice-presidente da companhia, Sid Banwart, explicou que a empresa prevê "demissões significativas em todas as regiões geográficas e na maioria dos setores devido às dificuldades da economia mundial".

17:18
Anónimo disse...
Comércio
Comércio exterior da OCDE caiu no 3º trimestre de 2008


As exportações e as importações dos países da Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Econômico (OCDE) caíram 1,6% e 0,2%, respectivamente, no terceiro trimestre de 2008, em relação aos três meses anteriores.

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Trata-se da primeira queda destas atividades desde o terceiro trimestre de 2006, segundo o último relatório trimestral sobre fluxos comerciais divulgado pela OCDE.

As exportações e as importações em dólares dos 30 Estados-membros caíram 15,6% e 17%, respectivamente, na comparação anualizada.

Por sua vez, o comércio dos sete países mais ricos do mundo (G7) teve um pequeno crescimento no terceiro trimestre de 2008 com uma queda das exportações de mercadorias de 0,2% em relação ao trimestre anterior e um aumento de 0,4% das importações.

Em termos anualizados, as importações do G7 caíram 1,4% entre julho e setembro do ano passado, seu primeiro retrocesso desde o terceiro trimestre de 2006, enquanto as exportações aumentaram 1,9%, seu crescimento mais baixo no mesmo tempo.

Por países, a Alemanha aumentou suas importações em 3,4% - valor mais alto do G7 -, enquanto suas exportações caíram 2,9% do segundo para o terceiro trimestre de 2008.

Pelo contrário, as exportações americanas aumentaram 1,8% entre julho e setembro de 2008, enquanto as importações caíram 0,7% em relação ao trimestre anterior. No Japão, tanto as importações quanto as exportações caíram em torno de 1% no mesmo período.

17:19
Anónimo disse...
Economia Nacional
Lula: juros de crédito consignado a aposentados são altos

Atualizada às 17h29

O presidente Luis Inácio Lula da Silva afirmou nesta terça-feira, em São Paulo, que está lutando para reduzir as taxas de juros cobradas de aposentados em crédito consignado. A Previdência Social estabelece uma taxa máxima de 2,5% para empréstimo e de 3,5% para cartão. Para Lula, os valores são altos.

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"Acho que o juro que os aposentados estão pagando hoje com o crédito consignado é alto para o padrão brasileiro", disse o presidente durante a cerimônia de comemoração dos 86 anos do INSS.

A Previdência anunciou nesta terça-feira que aposentados e trabalhadoras com licença-maternidade poderão receber seus benefícios em 30 minutos. De acordo com Lula, em junho, a aposentadoria do trabalhador rural também será conseguida em meia hora.

Além disso, o presidente anunciou que, também em junho, os trabalhadores que alcançarem o direito à aposentadoria passarão a receber em suas casas um comunicado da Previdência informando o fato e o valor do salário que têm direito a receber. "É um comprometimento público que estou fazendo com os companheiros da Previdência Social", disse.

"Estamos retribuindo ao contribuinte da Previdência Social aquilo que é a cidadania que ele tem direito", afirmou Lula. "Se para cobrar nós somos tão precisos, para devolver o dinheiro, temos que chegar próximo à perfeição", completou.

17:20
Anónimo disse...
Economia Nacional
Salário maternidade sairá em 30 minutos, diz ministro

Toda trabalhadora autônoma que tiver contribuído pelo menos 10 meses com o Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) - ou as que possuírem carteira assinada - poderão receber em 30 minutos o salário maternidade a partir desta terça-feira. Da mesma forma, as mulheres com 30 anos de contribuição e os homens com 35 anos também terão direito ao benefício de forma mais rápida. A informação é do ministro da Previdência Social, José Pimentel.

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Para requerer o salário maternidade, é preciso que as autônomas levem a carteira de identidade e o carnê de contribuição. As demais trabalhadoras devem apresentar a identificação e a carteira de trabalho. Desde o início do mês, a nova forma de análise para a concessão de benefícios foi adotada para a aposentadoria por idade do trabalhador urbano e agora foi estendida para o salário maternidade e por tempo de contribuição.

O ministro disse que a qualificação do serviço da previdência social é o reconhecimento do direito dos trabalhadores e da afirmação da cidadania.

"Até pouco tempo na cabeça do cidadão o serviço devia ser de péssima qualidade. Agora não, nós modificamos toda a legislação no mês de dezembro numa ação conjunta do Congresso Nacional com o governo federal. Estamos implantando e concedendo os benefícios em até 30 minutos", afirmou.

O ministro destacou que para conseguir se aposentar ou ter acesso à licença maternidade em 30 minutos, em primeiro lugar, é necessário que o cidadão esteja vinculado à Previdência, o que inclui 65% da população acima de 16 anos de idade.

"Depois bastar marcar pelo sistema 135 o dia e a hora do atendimento e levar a documentação. Se todos os dados necessários estiverem corretos o contribuinte será atendido em até 30 minutos, como vem sendo feito com as aposentadorias por idade desde o dia cinco de janeiro", explicou.

Pimentel disse ainda que em 90% das agências da previdência social o atendimento é marcado em até 48 horas. Nos grandes centros, entretanto existe um volume maior o que torna mais lento o processo.

"Estamos criando mais 715 agências até 2010, em todo o território nacional, para descentralizar o atendimento. Em 2008, atendemos 295 mil benefícios e aposentadorias por idade. Temos 4 mil pessoas por dia procurando e se aposentando por idade no território nacional. Este serviço será agilizado", concluiu.

17:28
Anónimo disse...
Giuseppe Englaro, pai de Eluana, a italiana que morreu na segunda-feira passada por desidratação, recusou uma grande soma de dinheiro de um conhecido fotógrafo italiano que queria retratar a filha em estado de coma, disse neste sábado o neurologista que atendia a mulher desde 1996, Carlo Defanti.

O neurologista, que participou hoje de uma conferência sobre eutanásia, disse que Englaro respeitou a vontade da filha, que, antes do acidente, tinha pedido que, se lhe ocorresse qualquer coisa irreversível, apresentasse sua imagem de quando estava em boas condições.

Antes de sofrer o acidente de trânsito, em 1992, Eluana viveu o coma de um amigo, Alessandro, o que causou forte impacto na italiana e a levou a fazer o pai prometer que não a deixasse viver em estado vegetativo, disse o próprio Giuseppe Englaro.

Defanti, que dissera que Eluana poderia viver de dez a 12 dias depois da suspensão da alimentação e da hidratação, disse que, como médico, tinha que reprovar esta afirmação.

"Não se pode sobreviver após três ou quatro dias sem líquido e, em particular, água em um corpo. Sabemos bem que, quando há um terremoto, após quatro dias é difícil encontrar sobreviventes".

Defanti ressaltou que Eluana "não falava, não se comunicava com o exterior" e que, após vários exames, "nos deparamos com uma moça que tinha perdido a consciência", porque estava com o córtex cerebral prejudicado.

Eluana foi enterrada na quinta-feira passada no túmulo da família na localidade de Paluzza, em Udine, após um funeral que não contou com a presença dos pais.

16:53
Anónimo disse...
Os bombeiros combatem neste sábado os incêndios na Austrália favorecidos pelo bom tempo, enquanto os deslocados encotram em seu retorno casas derruídas, carros queimados nas ruas e destruição.

Depois de sete dias desde que começaram os incêndios no Estado de Victoria, a lista de mortos chega a 181, os desaparecidos somam 50, os edifícios destruídos totalizam 1,834 mil e o terreno arrasado, principalmente florestas, ocupa uma área de 4,13 mil quilômetros quadrados.

As equipes de bombeiros, formadas por 4 mil profissionais de Victoria, de outras partes da Austrália e de países amigos, combateram hoje 12 focos fora de controle e nenhum representava uma ameaça direta para a população.

O subdiretor do Serviço de Bombeiros, Geoff Conway, disse que este tempo favorável, que se prolongará durante o domingo, permite consolidar as linhas de contenção e avançar na extinção das chamas.

Cinzas apareceram arrastadas por ventos do nordeste sobre Melbourne, onde habitam 3,8 milhões de pessoas, e as autoridades alertaram aos cidadãos do risco para a saúde de idosos, crianças e pessoas com problemas respiratórios.

O número de pessoas deslocadas - a Cruz Vermelha chegou a receber 7 mil - começou a cair com a abertura de algumas localidades atingidas.

Os incêndios, alguns criminosos, começaram em 7 de fevereiro, quando a região sul da Austrália estava há duas semanas sob uma onda de calor sem precedentes.

Na sexta-feira passada, a polícia acusou uma pessoa de ter provocado o incêndio que atingiu a localidade de Churchill e matou 21 pessoas.

16:55
Anónimo disse...
A primeira chuva em seis dias reduziu a ameaça de incêndios no Estado de Victoria, ao sul da Austrália. As autoridades, porém, advertiram que ainda existem 12 focos, mas que nenhum deles ameaça áreas povoadas.

Mais de quatro mil bombeiros, mil provenientes de outras partes do país e de outras nações, trabalham contra o fogo. Cerca de 600 veículos e 28 helicópteros e pequenos aviões estão sendo usados.


Eles conseguiram construir linhas de contenção para evitar os incêndios de Yarra e Maroondah se juntassem. Também foram controlados os incêndios abertos de Yea e Murrindindi, que ameaçavam as comunidades de Connellys Creek, Crystal Creek, Scrubby Creek e Native Dog Creek.

O número de mortos chegou a 181, mas as autoridades acreditam que as vítimas devem passar de 200, já que ainda há muitos desaparecidos.

16:55
Anónimo disse...
Aqui nesta coluna, na semana passada, tive a oportunidade de comentar sobre a recente visita do professor brasileiro Pedrinho Guareschi à Austrália. Não dei, porém, os fatos, pois semana passada o assunto era outro.

Hoje, porém, vamos a eles.

No último dia 4 de fevereiro, aconteceu o Seminário "Paulo Freire: Education and Liberation", organizado pelo centro de estudos latino-americanos da Universidade Nacional da Austrália, ou ANU, como é mais conhecida por aqui.

A ANU, para quem não sabe, está entre as 20 melhores universidades do mundo! E tem sede aqui em Camberra, capital da Austrália.

Na abertura do evento, o professor John Minns, diretor do centro latino-americano, ao dar boas-vindas ao público presente, lembrou ser aquele o primeiro seminário exclusivamente dedicado a Paulo Freire na Austrália.

Em seguida, convidou Pedrinho Guareschi, palestrante principal do Seminário, a fazer sua apresentação.

A plateia pode então conhecer, pelas palavras de Pedrinho, um pouco da obra e da vida de Freire, esse brasileiro de fé e valor, que sempre acreditou na educação, sobretudo dos menos favorecidos, analfabetos, como força libertadora.

Como não podia deixar de ser, os conceitos e ideias revolucionários de Paulo Freire, expostos com clareza por Pedrinho, despertaram o interesse e a curiosidade de plateia. A qual, deve-se notar, era na maioria de estudantes, mas de várias nacionalidades, sobretudo australianos e asiáticos.

Na continuação do programa do seminário, que se estendeu por dois dias, outros professores fizeram palestras sobre temas ligados à obra de Paulo Freire.

Interessante, por exemplo, saber que a professora Anne Hickling-Hudson, jamaicana que mora na Austrália há muitos anos (é professora da ANU), conheceu e trabalhou com Freire num workshop educacional durante a revolução na Ilha de Granada, em 1980, antes da invasão dos Estados Unidos...

Ou, então, a palestra da Professora Gerda Roelvink, da Nova Zelândia, que participou do Fórum Social de Porto Alegre em 2005. E essa participação transformou-se em tema de doutorado.

No dia 10, terça-feira passada, o padre Pedrinho Guareschi voltou a falar ao público australiano em grande auditório localizado no belíssimo campus da ANU. Desta vez, sobre a Teologia da Libertação.

Depois da palestra, John Minns mostrou o filme mexicano "O Crime do Padre Amaro", no qual um dos personagens é um padre católico praticante da Teologia da Libertação.

Mais uma vez, foi grande o intersse da platéia, que pode aprender e conhecer um pouco como se desenvolveu aquele importante movimento católico na América Latina.

Fica, assim, ao Pedrinho, bem como a outros brasileiros estudiosos e de bom coração que saem pelo mundo a divulgar aspectos importantes da cultura brasileira, o respeito e a homenagem desta coluna. E... aquele abraço!

16:57
Anónimo disse...
Amanda Kitts perdeu o braço esquerdo em um acidente de automóvel acontecido três anos atrás, mas hoje em dia ela joga futebol americano com seu filho de 12 anos de idade, troca fraldas e abraça as crianças nas três creches Kiddie Cottage que opera em Knoxville, Tennessee. Kitts, 40 anos, faz tudo isso com a ajuda de um novo tipo de braço artificial que se movimenta com mais facilidade do que outros aparelhos e que ela pode controlar utilizando apenas seus pensamentos.

"Eu sou capaz de mexer a mão, o pulso e o cotovelo ao mesmo tempo", diz. "Você pensa e os músculos se movem em seguida".

A recuperação que ela conseguiu resulta de um novo procedimento que vem atraindo crescente atenção porque permite que pessoas movam braços protéticos de forma mais automática do que faziam no passado, simplesmente utilizando nervos reaproveitados em seus cérebros.

A técnica, conhecida como "renervação muscular dirigida", envolve utilizar os nervos que restam depois da amputação de um braço e conectá-los a outro músculo do corpo, em geral no peito. Eletrodos são instalados sobre os músculos do peito, e operam como se fossem antenas. Quando a pessoa deseja mover o braço, o cérebro envia sinais que primeiro resultam em contração dos músculos do peito, os quais enviam um sinal ao braço protético, instruindo-se a se movimentar. O processo não requer mais esforços consciente do que a pessoa teria de exercitar caso ainda tivesse seu braço natural.

Na terça-feira, pesquisadores reportaram em estudo publicado pela versão online do Journal of the American Medical Association que haviam levado a técnica ainda mais à frente, tornando possível a execução de 10 movimentos de mão, pulso e cotovelo diferentes, o que representa uma substancial melhora com relação ao típico repertório protético, que em geral envolve apenas dobrar o cotovelo, girar o pulso e abrir a mão.

"Os novos métodos tiveram impacto dramático em nosso campo de trabalho", disse Stuart Harshbarger, engenheiro biomédico na Universidade Johns Hopkins e diretor do programa de pesquisa sobre próteses, financiado pelas forças armadas, que inclui o trabalho com essa técnica. "O método já está em uso por médicos e cirurgiões comuns em todo o país. A capacidade de controlar um membro protético bastante robusto que ele confere surpreendeu a todos pela qualidade".

Tipicamente, uma pessoa que tenha um braço protético só é capaz de executar alguns poucos movimentos, e muitas vezes com tamanha lentidão que isso só permite a ela atividades limitadas.

Há um motor separado para cada movimento, diz Gerald Loeb, professor de engenharia biomédica na Universidade do Sul da Califórnia, "e esses motores precisam ser controlados de maneira explícita", usualmente por um esforço consciente da pessoa para contrair músculos nas costas ou no bíceps.

"Essencialmente, até agora os pacientes controlavam apenas um motor de cada vez", diz Loeb, "e precisavam pensar cuidadosamente sobre que motor desejavam controlar e como fazê-lo operar, em lugar de simplesmente pensarem em mover o braço e poderem fazê-lo sem delongas".

Antes que Kitts passasse pelo procedimento de renervação, em outubro de 2007, por exemplo, ela precisava movimentar os músculos de suas costas de determinada maneira para fazer com que seu pulso girasse, e flexionar seu bíceps e tríceps para fazer com que o cotovelo se movesse para cima e para baixo. "Era muito trabalho", ela conta. "E não me ajudava muito".

O procedimento de renervação é parte de uma recente explosão de idéias novas e técnicas inovadoras que estão sendo exploradas enquanto os cientistas se esforçam por ajudar as pessoas a compensar melhor a perda de membros ou problemas de paralisia. O esforço vem sendo alimentado pelo aumento no número de amputações causado por diabetes e por ferimentos sofridos pelos militares, e ao mesmo tempo pelos avanços na tecnologia médica.

Os braços se tornaram um dos focos essenciais desse tipo de trabalho. A ciência há muito vem obtendo sucessos no desenvolvimento de próteses de perna, mas é muito mais difícil imitar a complexidade e a destreza das mãos e dos braços.

Os esforços em curso incluem o desenvolvimento de projetos de pele e braços mais sensíveis e mais flexíveis, e o uso de dispositivos acionados por controles sem fio implantado nos braços protéticos, que permitiriam movimentos mais naturais.

Os pesquisadores também vêm usando sensores implantados nos cérebros de cobaias para permitir que dois macacos controlem um braço mecânico, e um teste com um homem paralítico permitiu, com esse método, que ele movimentasse um cursor em uma tela de computador.

Alguns desses métodos, caso venham a ser aperfeiçoados plenamente e consigam aprovação das autoridades regulatórias da saúde, podem no futuro se tornar mais viáveis para os pacientes de amputações.

E embora a técnica da renervação não requeira aprovação das autoridades regulatórias porque é executada por meios cirúrgicos e emprega aparelhos já existentes, ela apresenta limitações que até mesmo seus criadores reconhecem, entre as quais o fato de que não se pode utilizá-la para todos os pacientes, o seu alto custo e o prazo de meses requerido para que os nervos reconectados cresçam e se tornem efetivos.

Ainda assim, os especialistas dizem que é o mais avançado sistema em uso hoje para pacientes reais que permite que o sistema nervoso controle diretamente o movimento de um braço artificial.

Desde sua introdução por Todd Kuiken, médico fisioterapeuta e engenheiro biomédico do Instituto de Reabilitação de Chicago, o método foi empregado em cerca de 30 pacientes nos Estados Unidos, Canadá e Europa, entre os quais oito soldados feridos no Iraque e no Afeganistão.

Muitos dos pacientes, entre os quais o primeiro, Jesse Sullivan, um operário do setor elétrico no Tennessee que perdeu os dois braços quando foi eletrocutado por um cabo, conseguem não apenas manipular seus braços protéticos mas sentir a presença das mãos que já não têm quando alguém toca em seus peitos.

Sullivan, 62 anos, e Kitts, estavam entre os cinco pacientes que participaram do estudo reportado na terça-feira. Em companhia de cinco outras pessoas que não passaram por amputações, eles receberam os eletrodos e foram instruídos a usar pensamentos para fazer com que um braço virtual na tela reproduzisse 10 movimentos diferentes, entre os quais três formas diferentes de aperto de mão.

Os pacientes apresentaram desempenho bastante respeitável, apenas um pouco mais lento e menos preciso do que os dos participantes que não tinham amputações.

"As velocidades de movimento que encontramos em nossos pacientes foram realmente encorajadoras", disse Kuiken. "Eles conseguiram completar a tarefa. É claro que não foram tão competentes quanto as pessoas dotadas de plena capacidade física, mas foram bons o bastante".

Um braço virtual foi usado porque a maioria das próteses existentes não era capaz de acomodar todos aqueles movimentos, no momento da pesquisa, ainda que Sullivan, Kitts e uma terceira paciente, Claudia Mitchell, tenham experimentado dois novos protótipos mais versáteis de braços artificiais, executando tarefas complexas com bolas de tênis e outros objetos.

O trabalho de renervação em soldados apresenta outros desafios, diz Kuiken, porque os ferimentos militares muitas vezes "causam danos muitos extensos" a nervos, músculos ou ossos.

Daniel Acosta, 25 anos, um aviador ferido pela detonação de uma bomba em uma estrada do Iraque em 2005, passou pelo procedimento no ano passado e diz que seu braço esquerdo protético agora se movimenta "muito mais rápido" e de maneira muito mais natural.

"A diferença é que agora não preciso mais pensar para mover o braço", ele diz. "Ele simplesmente se mexe".

Ainda assim, Acosta, de San Antonio, diz que "o processo foi bastante longo" e que os eletrodos precisam ser ajustados para receber os sinais à medida que os nervos crescem ou mudam de posição.

E embora elogiem o método, os especialistas afirmam que a ciência das próteses de braço ainda tem muito por avançar.

"Trata-se de uma parte crucial, mas ainda assim apenas uma parte, das muitas coisas que compreendem a função normal de um braço", disse Loeb, que escreveu um editorial que acompanha o artigo no Journal of the American Medical Association.

"No momento estamos a meio do caminho entre o braço de 'Dr. Fantástico', que fazia involuntariamente a saudação nazista, e o braço de Luke Skywalker em 'Guerra nas Estrelas', que funciona sem nenhum problema assim que é conectado. Creio que precisaremos ainda de muitos anos para conectar todas as peças necessárias a produzir um braço capaz de funcionar normalmente".

17:04
Anónimo disse...
A Espanha disse neste sábado que está preparando uma reclamação oficial contra a decisão da Venezuela de expulsar um membro do Parlamento Europeu que criticou o conselho eleitoral venezuelano.
Luis Herrero, membro do partido conservador espanhol PP, foi deportado na sexta-feira depois que o Conselho Nacional Eleitoral (CNE) o acusou de questionar a imparcialidade da instituição antes de um referendo que pode permitir ao presidente Hugo Chávez permanecer no cargo indefinidamente.

Herrero estava na Venezuela como observador do referendo. Ele acusou Chávez de ter "comportamentos típicos de um ditador" por pedir a contenção de manifestações da oposição.

O governo da Espanha convocou um encontro com o embaixador da Venezuela em Madri para expressar a desaprovação sobre a expulsão de Herrero, disse um representante do Ministério das Relações Exteriores espanhol.

As relações da Venezuela com a Espanha tiveram seu ponto crítico em 2007, quando Chávez ameaçou rever acordos diplomáticos e comerciais depois de ouvir um "cala a boca" do rei espanhol Juan Carlos durante uma cúpula.

A fenda foi oficialmente reparada em 2008, com uma visita oficial de Chávez à Espanha, onde ele cumprimentou o rei e discutiu acordos para investimento no setor petroquímico com o primeiro-ministro José Luis Rodriguez Zapatero.

17:06
Anónimo disse...
A polícia do Zimbábue anunciou neste sábado que acusa de traição Roy Bennett, dirigente do até agora opositor Movimento para a Mudança Democrática (MDC), detido na sexta-feira, em Harare, poucas horas antes da cerimônia de posse dos membros do novo gabinete.

"A Polícia nos informou que vão apresentar acusações de traição", disse à agência EFE o advogado de defesa de Bennett, Trust Maanda.

"Tentam relacionar Roy com o caso de Mike Hitschmann, que foi detido em 2006 em relação à descoberta de um carregamento de armas, apesar de que Hitschmann não tenha sido declarado culpado das acusações de traição apresentadas contra ele, mas de um crime menor de descumprimento de leis", disse Maanda.

O político opositor, designado por seu partido como vice-ministro de Agricultura no Governo de união nacional, esteve no exílio na vizinha África do Sul desde 2006 e retornou ao Zimbábue há duas semanas.

Segundo a Polícia, que deteve Bennett ontem no aeroporto de Harare quando pretendia ir à África do Sul para visitar sua família, as armas apreendidas em 2006 seriam utilizadas em um golpe de Estado para derrubar o presidente do Zimbábue, Robert Mugabe.

Depois da detenção, Bennet foi levado a Mutar, onde vários simpatizantes do MDC se concentraram em frente à delegacia na qual estava detido, diante do que a Polícia respondeu com tiros para o alto para dispersar os manifestantes.

17:07
Anónimo disse...
Austrália: 14 mil se candidatam a 'emprego dos sonhos'

A secretaria de Turismo de Queensland, na Austrália, informou que até esta segunda-feira já recebeu cerca de 14 mil inscrições para o "o melhor emprego do mundo". O Estado australiano promove pela internet seleção para vaga de "zelador" da ilha Hamilton, por seis meses com um salário de R$ 40 mil.

Muitos candidatos tiveram problemas durante a inscrição por conta dos acessos simultâneos ao site. A secretaria aconselha enviar os vídeos de 60s explicando porque deve ser escolhido em horários alternativos do dia, além de recomendar tamanho em torno de 40MB.

As inscrições começaram em 12 de janeiro e vão até o próximo dia 22 e podem ser feitas pelo site www.islandreefjob.com. O governo australiano escolherá 50 candidatos para a próxima fase da seleção, que terá votos do público para eleger um dos 11 finalistas.

A última fase terá entrevistas e desafios físicos, no próprio local de trabalho: as ilhas da Grande Barreira Coralina - o maior recife de coral do mundo. A secretaria de Turismo anunciará o vencedor no dia 6 de maio.

17:09
Anónimo disse...
Mercado elogia governo na crise, mas pede maior queda no juro

Peter Fussy
Direto de São Paulo

Desde as primeiras medidas anunciadas para combater os efeitos da crise, o governo brasileiro avisou que a estratégia não contemplaria um pacote. Seriam doses pontuais, de acordo com a necessidade da economia diante do agravamento das turbulências. Da primeira liberação dos depósitos compulsórios em setembro até a ampliação do seguro-desemprego na última quarta-feira, o governo passou por redução de impostos, ampliação de crédito e incentivos à exportação. Quase 150 dias após a primeira medida, o Terra conversou com líderes do setor público e privado, representantes dos trabalhadores, acadêmicos e com o próprio governo para saber quais destas ações foram mais eficazes, quais foram mais ineficientes e o que mais pode ser feito pelo Estado brasileiro contra a crise.

Os maiores elogios foram direcionados à atitude de reduzir o Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) para a indústria automobilística, anunciada em dezembro e que fez com que os emplacamentos de carros novos subissem 1,9% no primeiro mês do ano em relação a dezembro de 2008. Já as maiores críticas foram para a lentidão no corte da taxa básica de juro do País.

Para o presidente do conselho administrativo do Grupo Pão de Açúcar, Abílio Diniz, o Estado não é responsável pela crise e mesmo assim está agindo "com extrema serenidade e muito acerto". "O governo está atento, fazendo a sua parte. É preciso coragem de baixar firmemente a taxa de juros. É uma arma que temos a nosso favor, já que não há clima para inflação, nem possibilidade de danos para a macroeconomia", afirmou Diniz.

Na última reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), em janeiro, a taxa Selic foi reduzida em um ponto percentual, de 13,75% para 12,75% ao ano. Porém, o professor de economia da Universidade de Brasília (UnB) José Luiz Oreiro lembra que este corte representa uma redução de apenas 0,25 ponto percentual com relação à taxa de setembro do ano passado, quando a crise se agravou.

"Pouco antes da eclosão da crise, o Banco Central aumentou a taxa em 0,75 ponto. Foram cinco meses de demora para reduzir em termos líquidos apenas 0,25 ponto", afirmou o economista, que também sugeriu redução do intervalo de cerca de 90 dias entre as reuniões do Copom e o corte de pelo menos um 1 ponto percentual em cada reunião.

Mesmo com o corte de janeiro, a taxa de juros real continua sendo a maior do mundo, lembrou o secretário-geral da Força Sindical, João Carlos Gonçalves, o Juruna. "A redução da taxa de juro ainda é pequena, porque ela continua uma das mais altas do mundo. Falta ousadia para baixar os juros e ajudar o cidadão. A permanência da taxa de juro alta é negativa para o País em meio a crise", afirmou Juruna.

Embora aprove as ações do governo, o senador Aloízio Mercadante (PT-SP) também acredita que o patamar da Selic está muito alto. "Sempre fomos os primeiros a entrar em qualquer crise, o que não aconteceu agora. A taxa Selic ainda é muito alta, mas o governo têm tomado medidas acertadas, como o aumento do salário mínimo, mesmo com um cenário de crise. Isso ajuda a movimentar o consumo. O governo está se esforçando para manter os investimentos e o crescimento", disse.

Tributos
De acordo com o economista Fabio Pina, da Fecomercio-SP, as ações mais positivas estão relacionadas à redução de tributos para alguns segmentos, como a indústria automobilística, que recuperou parte da queda nas vendas em janeiro com a isenção do IPI para carros 1.0 l e o corte para demais motorizações. A medida vale até o final de março.

"Essas medidas não só reduziram o preço, mas anteciparam o consumo daqueles que iriam comprar no futuro, dando um prêmio por conta da insegurança. Mexe diretamente com o principal problema que é a confiança do consumidor", afirmou. Juruna destacou que um bom ritmo de vendas é garantia de emprego. "É importante porque cada emprego na montadora significa 19 na cadeia produtiva", comentou o representante da Força Sindical.

Também em dezembro, o governo decidiu cortar pela metade a alíquota do Imposto de Renda para contribuintes que ganham entre R$ 1.434 e R$ 2.150 mensais. "O salário aumentava e a tabela não se modificava. As pessoas ganhavam mais e pagavam mais impostos", apontou Juruna. Outra redução de tributos do governo foi com relação ao Imposto sobre Operações Financeiras (IOF), que caiu de 3% ao ano para 1,5%.

Crédito
Na segunda metade de 2008, o colapso de bancos nos Estados Unidos por conta da crise do subprime provocou uma forte restrição de crédito no mundo inteiro. Uma das primeiras medidas anticrise do governo teve como objetivo restabelecer a oferta, com mudanças no recolhimento dos depósitos compulsórios por parte dos bancos. Segundo o presidente do Banco Central, Henrique Meirelles, as diversas modificações liberaram US$ 99,2 bilhões aos bancos até o final de janeiro.

Além disso, o governo concedeu R$ 36 bilhões das reservas internacionais para empresas brasileiras com dívidas no exterior e uma medida provisória autorizou o Banco do Brasil e a Caixa Econômica Federal a comprar carteiras de crédito de bancos privados. Para o diretor do Departamento de Pesquisas e Estudos Econômicos da Fiesp, Paulo Francini, estas medidas foram essenciais para combater os efeitos da crise.

"A crise se desenvolve no mundo em torno do tema crédito. E o crédito reduziu-se barbaridade no mundo. Então o governo lança mão de compulsório, lança mão de reservas, de medidas que permitem aos bancos comprar carteiras de bancos. Você vai tomando várias medidas para atender às demandas e o epicentro disso é crédito", afirmou.

No entanto, Oreiro, da UnB, adverte que a liberação dos compulsórios seria mais eficiente acompanhada de redução mais agressiva da taxa básica de juro. "Uma parte do crédito voltou, depois da forte retração em outubro e novembro. O que deveria ter sido feito junto à liberação do compulsório era uma redução mais drástica da taxa de juro. Sem isso, os bancos pegam as reservas e acabam comprando títulos públicos", explicou o economista.

Na opinião de Pina, as ações de distribuição de crédito via redução do compulsório e a disposição de capital de giro para empresas foram tomadas sem um cuidado maior na operação e não tiveram muito efeito. "O BNDES tem linhas que ficam paradas quase todo o ano, agora é pior ainda. Existem os recursos, mas as empresas e os bancos estão desconfiados. É preciso fazer com que os bancos tenham interesse em emprestar", afirmou o economista da Fecomercio-SP.

Futuro
Mesmo com todas essas medidas, a crise financeira ainda gera incertezas nos setores produtivos do País. Nos últimos meses, o medo do desemprego fez os consumidores adiarem compras. Por sua vez, a queda nas vendas pode obrigar as indústrias a cortarem a produção e demitir funcionários. Contra isso, empresários sugerem redução de jornada e de salários.

"Isto está previsto em lei. A Fiesp simplesmente manteve conversações com entidades sindicais quanto à aplicação daquilo que já está previsto em lei", afirmou Francini.

Segundo a ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff, uma das medidas que assegura um nível de emprego é a manutenção de investimentos no Programa de Aceleração do Crescimento (PAC). "Estamos esperando que a dificuldade ocorra em janeiro, fevereiro e março. Estamos certos que vamos manter o nível de investimento. É isso que funciona, é isso que significa investimento público. Ele funciona como um colchão. Por isso, nós colocamos R$ 100 bilhões no BNDES e a Petrobras ampliou o seu investimento em R$ 120 bilhões", afirmou.

Na mesma linha, Pina explica que a antecipação de gastos do governo substitui parte da demanda retraída do setor privado. "Ele dá o seguinte recado: não vou estourar as contas públicas, mas concentrar em um momento em que a demanda privada está pequena. Mas o governo não tem fôlego suficiente para fazer o papel de toda demanda", ressaltou. O economista da Fecomercio lembrou que a entidade já pleiteou junto ao governo isenções para transferência de imóveis e de automóveis, além de retirar o IPVA para veículos novos.

Já Oreiro foca suas propostas na capitalização do Banco do Brasil e da Caixa Econômica Federal pelo Tesouro para atender a demanda de crédito para capital de giro e reduzir o spread. "Aumentando o empréstimo e reduzindo as taxas, os dois vão forçar os bancos privados a acompanhar o movimento, até para não perderem participação no mercado", explicou o economista da UnB.

Até o Carnaval, o governou prometeu detalhar um pacote de incentivos para a construção de até um milhão de casas populares, direcionado a famílias com renda de até dez salários mínimos. "Estamos atentos a tudo o que está acontecendo e novas medidas serão tomadas caso haja uma avaliação de que sejam necessárias", disse o ministro da Fazenda, Guido Mantega, na última sexta-feira.

17:11
Anónimo disse...
Ex-ministro critica extensão do seguro-desemprego

Atualizada às 09h03

O ex-ministro do Trabalho Almir Pazzianotto criticou a decisão do governo federal de conceder o seguro-desemprego estendido a apenas alguns setores. "É certamente odioso e provavelmente inconstitucional", disse Pazzianotto, de acordo com o jornal O Estado de S. Paulo.

Na última qurta, dia do anúncio da medida, centrais sindicais elogiaram a atitude do governo. A Força Sindical divulgou nota dizendo que "o aumento ajudará a aquecer parte da economia, já que irá gerar mais consumo, produção e conseqüentemente, a criação de novos postos de trabalho". A União Geral dos Trabalhadores (UGT) afirmou que a medida "contribuirá para minimizar o drama dos trabalhadores que perderem seu emprego por conta da crise".

O ex-ministro, que instituiu o seguro-desemprego no País no governo de José Sarney, destacou a necessidade de as centrais sindicais se manifestarem contra a determinação. Para ele, as mudanças devem ser aplicadas a todas as categorias profissionais e a distinção é contrária ao artigo 3º da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT).

Pazzianotto atribui a medida a um possível temor do governo de que a crise econômica seja longa e não haja dinheiro para atender a todas as necessidades. Ainda assim, ele se mostra contrário ao método de concessão. "O seguro-desemprego ajuda a sanar necessidades básicas. Estendê-lo é paliativo, não a solução", disse ao jornal.

De acordo com o presidente do Conselho Deliberativo do Fundo de Amparo ao Trabalhador (Codefat) e conselheiro da Força Sindical, Luiz Fernando Emediato, a determinação já estava prevista na lei 8.900/94, que trata do seguro-desemprego.

O presidente da Comissão de Trabalho da Câmara, Pedro Fernandes (PTB-MA) vai além na crítica à concessão do seguro para apenas alguns setores. Ele acredita que a ampliação do benefício estimula o desemprego.

Quintino Severo, secretário geral da Central Única dos Trabalhadores (CUT), lembra que a ampliação do benefício sem critério e identificação pode incentivar demissões em outros setores.

17:13
Anónimo disse...
Empresas
TAM faz promoção para destinos internacionais

A companhia aérea TAM anunciou nesta sexta-feira tarifas promocionais para trechos internacionais. Os preços valem para bilhetes comprados entre 6h deste sábado e 23h59 deste domingo e são válidos para classe econômica. As tarifas, para ida e volta, serão vendidas a partir de US$ 99, mais taxas.

Segundo a aérea, a promoção vale para viagens feitas no período de 14 de fevereiro a 18 de junho de 2009. Para destinos na América do Sul, a permanência mínima é de dois dias; para bilhetes com destino nos Estados Unidos, cinco dias; e Europa, sete dias. A permanência máxima para as passagens para América do Sul e EUA é de dois meses e para Europa, três meses.

Entre os exemplos de tarifas promocionais, a TAM oferece São Paulo-Lima por US$ 99. Bilhetes para a rota São Paulo-Santiago serão vendidos a partir de US$ 199 e São Paulo-Nova York, US$ 799.

A emissão dos bilhetes deve ser feita obrigatoriamente no ato da reserva, obedecendo às regras estipuladas pela companhia. A compra está sujeita à disponibilidade de assentos nas classes tarifárias determinadas, trechos, horários e datas. A TAM afirmou que também há tarifas promocionais para a classe executiva.

Mais informações podem ser encontradas no site promocional (www.ofertastam.com.br), no site da empresa (www.tam.com.br) ou pelos telefones 4002-5700 ou 0800 5705700.

17:13
Anónimo disse...
Empresas
Consultoria negocia compra do parque temático Hopi Hari

A consultoria especializada em reestruturação de empresas Íntegra Associados informou nesta sexta-feira ter um acordo para comprar o parque de diversões Hopi Hari, localizado no interior de São Paulo. A empresa estaria disposta a investir R$ 10 milhões no parque, que tem dívida estimada em R$ 800 milhões. As informações são da edição deste sábado do jornal Folha de S. Paulo.

De acordo com o jornal, a transação ainda depende da negociação entre o Hopi Hari e seus credores, o que já estaria em andamento.

A consultoria paulista já atuou junto à Parmalat, durante 30 meses, quando reorganizou a gestão da empresa italiana.

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17:14
Anónimo disse...
Empresas
Disney de Tóquio contratará mais 2 mil apesar da crise


A Oriental Land, o operador da Disneylândia Tóquio e DisneySea, organizou neste domingo entrevistas para contratar cerca de 2 mil trabalhadores em tempo parcial, em um momento de grandes demissões deste tipo de empregados no Japão.

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O operador deste parque temático, situado em Urayasu, na província de Chiba (leste de Tóquio), está em pleno processo de seleção de empregados para 20 tipos de postos trabalhistas diferentes.

Segundo a companhia, citada pela agência local de notícias Kyodo, o parque contratará novos trabalhadores para as atrações, para os restaurantes e guardas de segurança entre outros. Os novos contratados começarão a trabalhar a partir de fevereiro.

O processo de seleção acontece em um momento em que a maioria das grandes companhias japonesas começaram a se ver obrigadas a despedir uma elevada percentagem de seus trabalhadores temporários e a tempo parcial.

Algumas inclusive anunciaram demissões de seus trabalhadores fixos, uma medida muito pouco comum nas companhias japonesas, perante os efeitos piores que o esperado pela crise econômica global.

Cerca de uma centena de pessoas esperavam desde a primeira hora desta manhã a abertura do centro de conferências Tokyo International Forum, onde as entrevistas estão sendo feitas, para ser os primeiros a solicitar os postos de trabalho.


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17:15
Anónimo disse...
Economia Internacional
Senado dos EUA aprova plano de estímulo à economia

O Senado dos Estados Unidos aprovou com 60 votos a favor e 38 contra o plano de estímulo à economia de US$ 787 bilhões na madrugada deste sábado. Agora, ele segue para sanção ou veto do presidente Barack Obama, que espera colocar a lei em prática até o dia 16 de fevereiro.

O plano prevê a criação de três milhões de empregos, inclui cortes de impostos às famílias, fundos para programas sociais e obras públicas, além de ajuda aos governos estaduais, estudantes e desempregados.

A cláusula Buy American - que exige o uso de ferro, aço e produtos manufaturados dos Estados Unidos em obras realizadas com recursos do pacote - ficou de lado. Segundo o texto definitivo, a cláusula será aplicada sem violar as normas do comércio internacional.

Ontem à tarde, a Câmara de Representantes (deputados) havia aprovado, por 246 votos a favor e 183 contra, a versão final do plano. Todos os republicanos foram contrários ao pacote.

Pelo acordo de quarta-feira entre Câmara e Senado, em vez de custar US$ 819 bilhões, como queriam os deputados, ou US$ 838 bilhões como pretendiam os senadores, o pacote ficou em cerca de US$ 787 bilhões, com 65% desse total destinado a gastos do governo federal e 35%, a créditos tributários.

17:16
Anónimo disse...
Economia nacional
Na era Lula, aposentadoria sobe 54% menos que salário mínimo

Thatiane Faria
Especial para o Terra
Direto de São Paulo

Os índices de reajustes concedidos pelo governo em 2009 para aposentados e pensionistas e para o salário mínimo repetiram uma diferença que, só durante o governo de Luiz Inácio Lula da Silva, já chega a 54%. Enquanto o mínimo foi majorado em 12% este ano, as pensões e aposentadorias tiveram aumento de 5,92%. Aposentados que têm o benefício do governo como única fonte de renda reclamam que perdem poder de compra e que sua cesta de compras é composta por itens que aumentam mais em relação à inflação oficial.

Um exemplo prático pode ser entendido a partir da comparação entre um aposentado que ganhava R$ 600 em janeiro de 2003. Na época, o benefício era três vezes, ou 200%, maior que o valor do mínimo em vigência, que era de R$ 200. Aplicando-se os índices de reajuste para aposentadorias e para o mínimo durante os últimos seis anos, o mesmo aposentado estaria recebendo hoje R$ 938,47, comparado a um salário mínimo de R$ 465. A diferença entre os dois valores caiu para pouco mais de 100%.

Enquanto o índice acumulado de reajuste para a aposentadoria durante o governo Lula foi de 60%, para o salário mínimo está em 132%.

O diretor do Sindicato Nacional dos Aposentados, João Inocentini, reclama que os valores dos benefícios para aposentadorias não mantêm o poder de compra do grupo, principalmente dos aposentados que recebem menos que dez salários mínimos.

Nem mesmo o fato de o índice de reajuste das aposentadorias ter ficado acima da inflação acumulada no mesmo período (o IPCA entre janeiro de 2003 e janeiro de 2009 foi de 39,7%) serve de argumento, segundo os aposentados.

"Os idosos, principalmente, têm gastos além das contas gerais como gás, telefone e aluguel. Para eles o custo com remédios, e outros itens da área saúde costuma ser maior", afirmou Inocentini.

O presidente do sindicato afirmou que o grupo realiza um estudo com 100 itens de necessidade de um idoso para comparar o aumento dos produtos com o índice de reajuste do benefício recebido pelos aposentados.

"Daqui dois meses vamos abrir um processo na Justiça e levar essa pesquisa como prova. Segundo a lei, o governo é obrigado a manter o poder de compra com a aposentadoria", disse Inocentini.

Alternativas
O consultor financeiro Cláudio Boriola diz que os aposentados, especialmente nesse momento de crise econômica, devem evitar compras parceladas, pesquisar preços, negociar e fazer bom planejamento financeiro.

Segundo Boriola, alguns aposentados ganham um valor mensal muitas vezes insuficiente para o pagamento das contas e acabam pedindo crédito ou realizando pagamentos a prazo e são obrigados a pagar juros altos.

Na opinião do consultor, pagar uma previdência privada é uma alternativa indicada para quem ainda trabalha, considerando a característica de perda de poder de compra da aposentadoria.

"Na prática, infelizmente os valores encontram-se em um patamar que está deteriorando o poder de aquisição da população brasileira", completou Boriola.

De acordo com o diretor da Confederação Brasileira de Aposentados e Pensionistas (Cobap), Vicente Fernandes Barbosa, representantes dos aposentados tentarão um encontro com o presidente da Câmara, deputado Michel Temer (PMDB-SP), para discutir projetos que minimizem a perda dos aposentados

17:17
Anónimo disse...
Previdência
Previdência prorroga isenção de tarifas no benefício

O atual sistema de pagamento aos 26 milhões de aposentados e pensionistas do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) será mantido até o final deste ano. O acordo, que permite realizar a operação sem nenhum custo aos beneficiários, foi renovado nesta sexta-feira, entre o governo federal e 21 instituições financeiras.

Por meio desse acordo, vigente desde setembro de 2007, nem os segurados, nem os bancos e nem o governo arcam com o pagamento de tarifas, conforme explicou o ministro da Previdência Social, José Pimentel. A prorrogação vale até dezembro, data máxima para que a Previdência defina as regras para um novo contrato.

Ao assinar o termo de renovação, na sede da Federação Brasileira dos Bancos (Febraban), o ministro disse que a intenção do governo é mudar o atual modelo de gestão visando a reduzir os custos dessas operações em torno da folha mensal, que atinge R$ 15,8 bilhões. No entanto, qualquer alteração, conforme explicou, passará antes por audiências públicas a serem realizadas a partir do segundo semestre deste ano, atendendo a determinação do Tribunal de Contas da União (TCU).

De acordo com Pimentel, com um redesenho do mecanismo de repasse dos recursos aos bancos em torno da folha de pagamento dos segurados o que se busca é um aumento da participação de instituições financeiras. Ele informou que, desde 2007, cada benefício custa em média R$ 1,07 ao governo. "Quanto mais instituições financeiras estiverem prestando serviços à sociedade, maior é a competitividade, a agilidade no atendimento", justificou.

O ministro observou, ainda, que, para permitir uma redução para algo em torno de meia hora no tempo de atendimento para a concessão dos direitos previdenciários, o governo investiu R$ 280 milhões.

Questionado sobre o descontentamento dos segurados que ganham acima de um salário mínimo terem obtido apenas a correção com base na variação do Índice de Preços ao Consumidor (INPC) , ficando abaixo do reajuste dado a quem recebe apenas o mínimo, Pimentel argumentou que o governo seguiu o que determina a lei e descartou a possibilidade de uma revisão

17:17
Anónimo disse...
Empresas
Caterpillar oferece aposentadoria antecipada a 2 mil


A companhia americana Caterpillar ofereceu a cerca de dois mil funcionários incentivos para que se aposentem de forma voluntária antes do previsto, pela perspectiva de uma queda "significativa" da atividade industrial, informou nesta quarta-feira a empresa.

A iniciativa, destinada aos trabalhadores de diversas fábricas em Illinois, Colorado, Tennessee e Pensilvânia, se soma aos cortes de empregos anunciados em janeiro, explicou em comunicado de imprensa.

A empresa, a maior fabricante mundial de maquinaria pesada para a construção e a mineração, acrescentou que, "em função das condições de negócio, podem ser necessárias mais reduções de elenco voluntárias e involuntárias à medida que o ano avança".

O vice-presidente da companhia, Sid Banwart, explicou que a empresa prevê "demissões significativas em todas as regiões geográficas e na maioria dos setores devido às dificuldades da economia mundial".

17:18
Anónimo disse...
Comércio
Comércio exterior da OCDE caiu no 3º trimestre de 2008


As exportações e as importações dos países da Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Econômico (OCDE) caíram 1,6% e 0,2%, respectivamente, no terceiro trimestre de 2008, em relação aos três meses anteriores.

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Trata-se da primeira queda destas atividades desde o terceiro trimestre de 2006, segundo o último relatório trimestral sobre fluxos comerciais divulgado pela OCDE.

As exportações e as importações em dólares dos 30 Estados-membros caíram 15,6% e 17%, respectivamente, na comparação anualizada.

Por sua vez, o comércio dos sete países mais ricos do mundo (G7) teve um pequeno crescimento no terceiro trimestre de 2008 com uma queda das exportações de mercadorias de 0,2% em relação ao trimestre anterior e um aumento de 0,4% das importações.

Em termos anualizados, as importações do G7 caíram 1,4% entre julho e setembro do ano passado, seu primeiro retrocesso desde o terceiro trimestre de 2006, enquanto as exportações aumentaram 1,9%, seu crescimento mais baixo no mesmo tempo.

Por países, a Alemanha aumentou suas importações em 3,4% - valor mais alto do G7 -, enquanto suas exportações caíram 2,9% do segundo para o terceiro trimestre de 2008.

Pelo contrário, as exportações americanas aumentaram 1,8% entre julho e setembro de 2008, enquanto as importações caíram 0,7% em relação ao trimestre anterior. No Japão, tanto as importações quanto as exportações caíram em torno de 1% no mesmo período.

17:19
Anónimo disse...
Economia Nacional
Lula: juros de crédito consignado a aposentados são altos

Atualizada às 17h29

O presidente Luis Inácio Lula da Silva afirmou nesta terça-feira, em São Paulo, que está lutando para reduzir as taxas de juros cobradas de aposentados em crédito consignado. A Previdência Social estabelece uma taxa máxima de 2,5% para empréstimo e de 3,5% para cartão. Para Lula, os valores são altos.

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"Acho que o juro que os aposentados estão pagando hoje com o crédito consignado é alto para o padrão brasileiro", disse o presidente durante a cerimônia de comemoração dos 86 anos do INSS.

A Previdência anunciou nesta terça-feira que aposentados e trabalhadoras com licença-maternidade poderão receber seus benefícios em 30 minutos. De acordo com Lula, em junho, a aposentadoria do trabalhador rural também será conseguida em meia hora.

Além disso, o presidente anunciou que, também em junho, os trabalhadores que alcançarem o direito à aposentadoria passarão a receber em suas casas um comunicado da Previdência informando o fato e o valor do salário que têm direito a receber. "É um comprometimento público que estou fazendo com os companheiros da Previdência Social", disse.

"Estamos retribuindo ao contribuinte da Previdência Social aquilo que é a cidadania que ele tem direito", afirmou Lula. "Se para cobrar nós somos tão precisos, para devolver o dinheiro, temos que chegar próximo à perfeição", completou.

17:20
Anónimo disse...
Economia Nacional
Salário maternidade sairá em 30 minutos, diz ministro

Toda trabalhadora autônoma que tiver contribuído pelo menos 10 meses com o Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) - ou as que possuírem carteira assinada - poderão receber em 30 minutos o salário maternidade a partir desta terça-feira. Da mesma forma, as mulheres com 30 anos de contribuição e os homens com 35 anos também terão direito ao benefício de forma mais rápida. A informação é do ministro da Previdência Social, José Pimentel.

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Para requerer o salário maternidade, é preciso que as autônomas levem a carteira de identidade e o carnê de contribuição. As demais trabalhadoras devem apresentar a identificação e a carteira de trabalho. Desde o início do mês, a nova forma de análise para a concessão de benefícios foi adotada para a aposentadoria por idade do trabalhador urbano e agora foi estendida para o salário maternidade e por tempo de contribuição.

O ministro disse que a qualificação do serviço da previdência social é o reconhecimento do direito dos trabalhadores e da afirmação da cidadania.

"Até pouco tempo na cabeça do cidadão o serviço devia ser de péssima qualidade. Agora não, nós modificamos toda a legislação no mês de dezembro numa ação conjunta do Congresso Nacional com o governo federal. Estamos implantando e concedendo os benefícios em até 30 minutos", afirmou.

O ministro destacou que para conseguir se aposentar ou ter acesso à licença maternidade em 30 minutos, em primeiro lugar, é necessário que o cidadão esteja vinculado à Previdência, o que inclui 65% da população acima de 16 anos de idade.

"Depois bastar marcar pelo sistema 135 o dia e a hora do atendimento e levar a documentação. Se todos os dados necessários estiverem corretos o contribuinte será atendido em até 30 minutos, como vem sendo feito com as aposentadorias por idade desde o dia cinco de janeiro", explicou.

Pimentel disse ainda que em 90% das agências da previdência social o atendimento é marcado em até 48 horas. Nos grandes centros, entretanto existe um volume maior o que torna mais lento o processo.

"Estamos criando mais 715 agências até 2010, em todo o território nacional, para descentralizar o atendimento. Em 2008, atendemos 295 mil benefícios e aposentadorias por idade. Temos 4 mil pessoas por dia procurando e se aposentando por idade no território nacional

Anónimo disse...

Os bombeiros combatem neste sábado os incêndios na Austrália favorecidos pelo bom tempo, enquanto os deslocados encotram em seu retorno casas derruídas, carros queimados nas ruas e destruição.

Depois de sete dias desde que começaram os incêndios no Estado de Victoria, a lista de mortos chega a 181, os desaparecidos somam 50, os edifícios destruídos totalizam 1,834 mil e o terreno arrasado, principalmente florestas, ocupa uma área de 4,13 mil quilômetros quadrados.

As equipes de bombeiros, formadas por 4 mil profissionais de Victoria, de outras partes da Austrália e de países amigos, combateram hoje 12 focos fora de controle e nenhum representava uma ameaça direta para a população.

O subdiretor do Serviço de Bombeiros, Geoff Conway, disse que este tempo favorável, que se prolongará durante o domingo, permite consolidar as linhas de contenção e avançar na extinção das chamas.

Cinzas apareceram arrastadas por ventos do nordeste sobre Melbourne, onde habitam 3,8 milhões de pessoas, e as autoridades alertaram aos cidadãos do risco para a saúde de idosos, crianças e pessoas com problemas respiratórios.

O número de pessoas deslocadas - a Cruz Vermelha chegou a receber 7 mil - começou a cair com a abertura de algumas localidades atingidas.

Os incêndios, alguns criminosos, começaram em 7 de fevereiro, quando a região sul da Austrália estava há duas semanas sob uma onda de calor sem precedentes.

Na sexta-feira passada, a polícia acusou uma pessoa de ter provocado o incêndio que atingiu a localidade de Churchill e matou 21 pessoas.

16:55
Anónimo disse...
A primeira chuva em seis dias reduziu a ameaça de incêndios no Estado de Victoria, ao sul da Austrália. As autoridades, porém, advertiram que ainda existem 12 focos, mas que nenhum deles ameaça áreas povoadas.

Mais de quatro mil bombeiros, mil provenientes de outras partes do país e de outras nações, trabalham contra o fogo. Cerca de 600 veículos e 28 helicópteros e pequenos aviões estão sendo usados.


Eles conseguiram construir linhas de contenção para evitar os incêndios de Yarra e Maroondah se juntassem. Também foram controlados os incêndios abertos de Yea e Murrindindi, que ameaçavam as comunidades de Connellys Creek, Crystal Creek, Scrubby Creek e Native Dog Creek.

O número de mortos chegou a 181, mas as autoridades acreditam que as vítimas devem passar de 200, já que ainda há muitos desaparecidos.

16:55
Anónimo disse...
Aqui nesta coluna, na semana passada, tive a oportunidade de comentar sobre a recente visita do professor brasileiro Pedrinho Guareschi à Austrália. Não dei, porém, os fatos, pois semana passada o assunto era outro.

Hoje, porém, vamos a eles.

No último dia 4 de fevereiro, aconteceu o Seminário "Paulo Freire: Education and Liberation", organizado pelo centro de estudos latino-americanos da Universidade Nacional da Austrália, ou ANU, como é mais conhecida por aqui.

A ANU, para quem não sabe, está entre as 20 melhores universidades do mundo! E tem sede aqui em Camberra, capital da Austrália.

Na abertura do evento, o professor John Minns, diretor do centro latino-americano, ao dar boas-vindas ao público presente, lembrou ser aquele o primeiro seminário exclusivamente dedicado a Paulo Freire na Austrália.

Em seguida, convidou Pedrinho Guareschi, palestrante principal do Seminário, a fazer sua apresentação.

A plateia pode então conhecer, pelas palavras de Pedrinho, um pouco da obra e da vida de Freire, esse brasileiro de fé e valor, que sempre acreditou na educação, sobretudo dos menos favorecidos, analfabetos, como força libertadora.

Como não podia deixar de ser, os conceitos e ideias revolucionários de Paulo Freire, expostos com clareza por Pedrinho, despertaram o interesse e a curiosidade de plateia. A qual, deve-se notar, era na maioria de estudantes, mas de várias nacionalidades, sobretudo australianos e asiáticos.

Na continuação do programa do seminário, que se estendeu por dois dias, outros professores fizeram palestras sobre temas ligados à obra de Paulo Freire.

Interessante, por exemplo, saber que a professora Anne Hickling-Hudson, jamaicana que mora na Austrália há muitos anos (é professora da ANU), conheceu e trabalhou com Freire num workshop educacional durante a revolução na Ilha de Granada, em 1980, antes da invasão dos Estados Unidos...

Ou, então, a palestra da Professora Gerda Roelvink, da Nova Zelândia, que participou do Fórum Social de Porto Alegre em 2005. E essa participação transformou-se em tema de doutorado.

No dia 10, terça-feira passada, o padre Pedrinho Guareschi voltou a falar ao público australiano em grande auditório localizado no belíssimo campus da ANU. Desta vez, sobre a Teologia da Libertação.

Depois da palestra, John Minns mostrou o filme mexicano "O Crime do Padre Amaro", no qual um dos personagens é um padre católico praticante da Teologia da Libertação.

Mais uma vez, foi grande o intersse da platéia, que pode aprender e conhecer um pouco como se desenvolveu aquele importante movimento católico na América Latina.

Fica, assim, ao Pedrinho, bem como a outros brasileiros estudiosos e de bom coração que saem pelo mundo a divulgar aspectos importantes da cultura brasileira, o respeito e a homenagem desta coluna. E... aquele abraço!

16:57
Anónimo disse...
Amanda Kitts perdeu o braço esquerdo em um acidente de automóvel acontecido três anos atrás, mas hoje em dia ela joga futebol americano com seu filho de 12 anos de idade, troca fraldas e abraça as crianças nas três creches Kiddie Cottage que opera em Knoxville, Tennessee. Kitts, 40 anos, faz tudo isso com a ajuda de um novo tipo de braço artificial que se movimenta com mais facilidade do que outros aparelhos e que ela pode controlar utilizando apenas seus pensamentos.

"Eu sou capaz de mexer a mão, o pulso e o cotovelo ao mesmo tempo", diz. "Você pensa e os músculos se movem em seguida".

A recuperação que ela conseguiu resulta de um novo procedimento que vem atraindo crescente atenção porque permite que pessoas movam braços protéticos de forma mais automática do que faziam no passado, simplesmente utilizando nervos reaproveitados em seus cérebros.

A técnica, conhecida como "renervação muscular dirigida", envolve utilizar os nervos que restam depois da amputação de um braço e conectá-los a outro músculo do corpo, em geral no peito. Eletrodos são instalados sobre os músculos do peito, e operam como se fossem antenas. Quando a pessoa deseja mover o braço, o cérebro envia sinais que primeiro resultam em contração dos músculos do peito, os quais enviam um sinal ao braço protético, instruindo-se a se movimentar. O processo não requer mais esforços consciente do que a pessoa teria de exercitar caso ainda tivesse seu braço natural.

Na terça-feira, pesquisadores reportaram em estudo publicado pela versão online do Journal of the American Medical Association que haviam levado a técnica ainda mais à frente, tornando possível a execução de 10 movimentos de mão, pulso e cotovelo diferentes, o que representa uma substancial melhora com relação ao típico repertório protético, que em geral envolve apenas dobrar o cotovelo, girar o pulso e abrir a mão.

"Os novos métodos tiveram impacto dramático em nosso campo de trabalho", disse Stuart Harshbarger, engenheiro biomédico na Universidade Johns Hopkins e diretor do programa de pesquisa sobre próteses, financiado pelas forças armadas, que inclui o trabalho com essa técnica. "O método já está em uso por médicos e cirurgiões comuns em todo o país. A capacidade de controlar um membro protético bastante robusto que ele confere surpreendeu a todos pela qualidade".

Tipicamente, uma pessoa que tenha um braço protético só é capaz de executar alguns poucos movimentos, e muitas vezes com tamanha lentidão que isso só permite a ela atividades limitadas.

Há um motor separado para cada movimento, diz Gerald Loeb, professor de engenharia biomédica na Universidade do Sul da Califórnia, "e esses motores precisam ser controlados de maneira explícita", usualmente por um esforço consciente da pessoa para contrair músculos nas costas ou no bíceps.

"Essencialmente, até agora os pacientes controlavam apenas um motor de cada vez", diz Loeb, "e precisavam pensar cuidadosamente sobre que motor desejavam controlar e como fazê-lo operar, em lugar de simplesmente pensarem em mover o braço e poderem fazê-lo sem delongas".

Antes que Kitts passasse pelo procedimento de renervação, em outubro de 2007, por exemplo, ela precisava movimentar os músculos de suas costas de determinada maneira para fazer com que seu pulso girasse, e flexionar seu bíceps e tríceps para fazer com que o cotovelo se movesse para cima e para baixo. "Era muito trabalho", ela conta. "E não me ajudava muito".

O procedimento de renervação é parte de uma recente explosão de idéias novas e técnicas inovadoras que estão sendo exploradas enquanto os cientistas se esforçam por ajudar as pessoas a compensar melhor a perda de membros ou problemas de paralisia. O esforço vem sendo alimentado pelo aumento no número de amputações causado por diabetes e por ferimentos sofridos pelos militares, e ao mesmo tempo pelos avanços na tecnologia médica.

Os braços se tornaram um dos focos essenciais desse tipo de trabalho. A ciência há muito vem obtendo sucessos no desenvolvimento de próteses de perna, mas é muito mais difícil imitar a complexidade e a destreza das mãos e dos braços.

Os esforços em curso incluem o desenvolvimento de projetos de pele e braços mais sensíveis e mais flexíveis, e o uso de dispositivos acionados por controles sem fio implantado nos braços protéticos, que permitiriam movimentos mais naturais.

Os pesquisadores também vêm usando sensores implantados nos cérebros de cobaias para permitir que dois macacos controlem um braço mecânico, e um teste com um homem paralítico permitiu, com esse método, que ele movimentasse um cursor em uma tela de computador.

Alguns desses métodos, caso venham a ser aperfeiçoados plenamente e consigam aprovação das autoridades regulatórias da saúde, podem no futuro se tornar mais viáveis para os pacientes de amputações.

E embora a técnica da renervação não requeira aprovação das autoridades regulatórias porque é executada por meios cirúrgicos e emprega aparelhos já existentes, ela apresenta limitações que até mesmo seus criadores reconhecem, entre as quais o fato de que não se pode utilizá-la para todos os pacientes, o seu alto custo e o prazo de meses requerido para que os nervos reconectados cresçam e se tornem efetivos.

Ainda assim, os especialistas dizem que é o mais avançado sistema em uso hoje para pacientes reais que permite que o sistema nervoso controle diretamente o movimento de um braço artificial.

Desde sua introdução por Todd Kuiken, médico fisioterapeuta e engenheiro biomédico do Instituto de Reabilitação de Chicago, o método foi empregado em cerca de 30 pacientes nos Estados Unidos, Canadá e Europa, entre os quais oito soldados feridos no Iraque e no Afeganistão.

Muitos dos pacientes, entre os quais o primeiro, Jesse Sullivan, um operário do setor elétrico no Tennessee que perdeu os dois braços quando foi eletrocutado por um cabo, conseguem não apenas manipular seus braços protéticos mas sentir a presença das mãos que já não têm quando alguém toca em seus peitos.

Sullivan, 62 anos, e Kitts, estavam entre os cinco pacientes que participaram do estudo reportado na terça-feira. Em companhia de cinco outras pessoas que não passaram por amputações, eles receberam os eletrodos e foram instruídos a usar pensamentos para fazer com que um braço virtual na tela reproduzisse 10 movimentos diferentes, entre os quais três formas diferentes de aperto de mão.

Os pacientes apresentaram desempenho bastante respeitável, apenas um pouco mais lento e menos preciso do que os dos participantes que não tinham amputações.

"As velocidades de movimento que encontramos em nossos pacientes foram realmente encorajadoras", disse Kuiken. "Eles conseguiram completar a tarefa. É claro que não foram tão competentes quanto as pessoas dotadas de plena capacidade física, mas foram bons o bastante".

Um braço virtual foi usado porque a maioria das próteses existentes não era capaz de acomodar todos aqueles movimentos, no momento da pesquisa, ainda que Sullivan, Kitts e uma terceira paciente, Claudia Mitchell, tenham experimentado dois novos protótipos mais versáteis de braços artificiais, executando tarefas complexas com bolas de tênis e outros objetos.

O trabalho de renervação em soldados apresenta outros desafios, diz Kuiken, porque os ferimentos militares muitas vezes "causam danos muitos extensos" a nervos, músculos ou ossos.

Daniel Acosta, 25 anos, um aviador ferido pela detonação de uma bomba em uma estrada do Iraque em 2005, passou pelo procedimento no ano passado e diz que seu braço esquerdo protético agora se movimenta "muito mais rápido" e de maneira muito mais natural.

"A diferença é que agora não preciso mais pensar para mover o braço", ele diz. "Ele simplesmente se mexe".

Ainda assim, Acosta, de San Antonio, diz que "o processo foi bastante longo" e que os eletrodos precisam ser ajustados para receber os sinais à medida que os nervos crescem ou mudam de posição.

E embora elogiem o método, os especialistas afirmam que a ciência das próteses de braço ainda tem muito por avançar.

"Trata-se de uma parte crucial, mas ainda assim apenas uma parte, das muitas coisas que compreendem a função normal de um braço", disse Loeb, que escreveu um editorial que acompanha o artigo no Journal of the American Medical Association.

"No momento estamos a meio do caminho entre o braço de 'Dr. Fantástico', que fazia involuntariamente a saudação nazista, e o braço de Luke Skywalker em 'Guerra nas Estrelas', que funciona sem nenhum problema assim que é conectado. Creio que precisaremos ainda de muitos anos para conectar todas as peças necessárias a produzir um braço capaz de funcionar normalmente".

17:04
Anónimo disse...
A Espanha disse neste sábado que está preparando uma reclamação oficial contra a decisão da Venezuela de expulsar um membro do Parlamento Europeu que criticou o conselho eleitoral venezuelano.
Luis Herrero, membro do partido conservador espanhol PP, foi deportado na sexta-feira depois que o Conselho Nacional Eleitoral (CNE) o acusou de questionar a imparcialidade da instituição antes de um referendo que pode permitir ao presidente Hugo Chávez permanecer no cargo indefinidamente.

Herrero estava na Venezuela como observador do referendo. Ele acusou Chávez de ter "comportamentos típicos de um ditador" por pedir a contenção de manifestações da oposição.

O governo da Espanha convocou um encontro com o embaixador da Venezuela em Madri para expressar a desaprovação sobre a expulsão de Herrero, disse um representante do Ministério das Relações Exteriores espanhol.

As relações da Venezuela com a Espanha tiveram seu ponto crítico em 2007, quando Chávez ameaçou rever acordos diplomáticos e comerciais depois de ouvir um "cala a boca" do rei espanhol Juan Carlos durante uma cúpula.

A fenda foi oficialmente reparada em 2008, com uma visita oficial de Chávez à Espanha, onde ele cumprimentou o rei e discutiu acordos para investimento no setor petroquímico com o primeiro-ministro José Luis Rodriguez Zapatero.

17:06
Anónimo disse...
A polícia do Zimbábue anunciou neste sábado que acusa de traição Roy Bennett, dirigente do até agora opositor Movimento para a Mudança Democrática (MDC), detido na sexta-feira, em Harare, poucas horas antes da cerimônia de posse dos membros do novo gabinete.

"A Polícia nos informou que vão apresentar acusações de traição", disse à agência EFE o advogado de defesa de Bennett, Trust Maanda.

"Tentam relacionar Roy com o caso de Mike Hitschmann, que foi detido em 2006 em relação à descoberta de um carregamento de armas, apesar de que Hitschmann não tenha sido declarado culpado das acusações de traição apresentadas contra ele, mas de um crime menor de descumprimento de leis", disse Maanda.

O político opositor, designado por seu partido como vice-ministro de Agricultura no Governo de união nacional, esteve no exílio na vizinha África do Sul desde 2006 e retornou ao Zimbábue há duas semanas.

Segundo a Polícia, que deteve Bennett ontem no aeroporto de Harare quando pretendia ir à África do Sul para visitar sua família, as armas apreendidas em 2006 seriam utilizadas em um golpe de Estado para derrubar o presidente do Zimbábue, Robert Mugabe.

Depois da detenção, Bennet foi levado a Mutar, onde vários simpatizantes do MDC se concentraram em frente à delegacia na qual estava detido, diante do que a Polícia respondeu com tiros para o alto para dispersar os manifestantes.

17:07
Anónimo disse...
Austrália: 14 mil se candidatam a 'emprego dos sonhos'

A secretaria de Turismo de Queensland, na Austrália, informou que até esta segunda-feira já recebeu cerca de 14 mil inscrições para o "o melhor emprego do mundo". O Estado australiano promove pela internet seleção para vaga de "zelador" da ilha Hamilton, por seis meses com um salário de R$ 40 mil.

Muitos candidatos tiveram problemas durante a inscrição por conta dos acessos simultâneos ao site. A secretaria aconselha enviar os vídeos de 60s explicando porque deve ser escolhido em horários alternativos do dia, além de recomendar tamanho em torno de 40MB.

As inscrições começaram em 12 de janeiro e vão até o próximo dia 22 e podem ser feitas pelo site www.islandreefjob.com. O governo australiano escolherá 50 candidatos para a próxima fase da seleção, que terá votos do público para eleger um dos 11 finalistas.

A última fase terá entrevistas e desafios físicos, no próprio local de trabalho: as ilhas da Grande Barreira Coralina - o maior recife de coral do mundo. A secretaria de Turismo anunciará o vencedor no dia 6 de maio.

17:09
Anónimo disse...
Mercado elogia governo na crise, mas pede maior queda no juro

Peter Fussy
Direto de São Paulo

Desde as primeiras medidas anunciadas para combater os efeitos da crise, o governo brasileiro avisou que a estratégia não contemplaria um pacote. Seriam doses pontuais, de acordo com a necessidade da economia diante do agravamento das turbulências. Da primeira liberação dos depósitos compulsórios em setembro até a ampliação do seguro-desemprego na última quarta-feira, o governo passou por redução de impostos, ampliação de crédito e incentivos à exportação. Quase 150 dias após a primeira medida, o Terra conversou com líderes do setor público e privado, representantes dos trabalhadores, acadêmicos e com o próprio governo para saber quais destas ações foram mais eficazes, quais foram mais ineficientes e o que mais pode ser feito pelo Estado brasileiro contra a crise.

Os maiores elogios foram direcionados à atitude de reduzir o Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) para a indústria automobilística, anunciada em dezembro e que fez com que os emplacamentos de carros novos subissem 1,9% no primeiro mês do ano em relação a dezembro de 2008. Já as maiores críticas foram para a lentidão no corte da taxa básica de juro do País.

Para o presidente do conselho administrativo do Grupo Pão de Açúcar, Abílio Diniz, o Estado não é responsável pela crise e mesmo assim está agindo "com extrema serenidade e muito acerto". "O governo está atento, fazendo a sua parte. É preciso coragem de baixar firmemente a taxa de juros. É uma arma que temos a nosso favor, já que não há clima para inflação, nem possibilidade de danos para a macroeconomia", afirmou Diniz.

Na última reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), em janeiro, a taxa Selic foi reduzida em um ponto percentual, de 13,75% para 12,75% ao ano. Porém, o professor de economia da Universidade de Brasília (UnB) José Luiz Oreiro lembra que este corte representa uma redução de apenas 0,25 ponto percentual com relação à taxa de setembro do ano passado, quando a crise se agravou.

"Pouco antes da eclosão da crise, o Banco Central aumentou a taxa em 0,75 ponto. Foram cinco meses de demora para reduzir em termos líquidos apenas 0,25 ponto", afirmou o economista, que também sugeriu redução do intervalo de cerca de 90 dias entre as reuniões do Copom e o corte de pelo menos um 1 ponto percentual em cada reunião.

Mesmo com o corte de janeiro, a taxa de juros real continua sendo a maior do mundo, lembrou o secretário-geral da Força Sindical, João Carlos Gonçalves, o Juruna. "A redução da taxa de juro ainda é pequena, porque ela continua uma das mais altas do mundo. Falta ousadia para baixar os juros e ajudar o cidadão. A permanência da taxa de juro alta é negativa para o País em meio a crise", afirmou Juruna.

Embora aprove as ações do governo, o senador Aloízio Mercadante (PT-SP) também acredita que o patamar da Selic está muito alto. "Sempre fomos os primeiros a entrar em qualquer crise, o que não aconteceu agora. A taxa Selic ainda é muito alta, mas o governo têm tomado medidas acertadas, como o aumento do salário mínimo, mesmo com um cenário de crise. Isso ajuda a movimentar o consumo. O governo está se esforçando para manter os investimentos e o crescimento", disse.

Tributos
De acordo com o economista Fabio Pina, da Fecomercio-SP, as ações mais positivas estão relacionadas à redução de tributos para alguns segmentos, como a indústria automobilística, que recuperou parte da queda nas vendas em janeiro com a isenção do IPI para carros 1.0 l e o corte para demais motorizações. A medida vale até o final de março.

"Essas medidas não só reduziram o preço, mas anteciparam o consumo daqueles que iriam comprar no futuro, dando um prêmio por conta da insegurança. Mexe diretamente com o principal problema que é a confiança do consumidor", afirmou. Juruna destacou que um bom ritmo de vendas é garantia de emprego. "É importante porque cada emprego na montadora significa 19 na cadeia produtiva", comentou o representante da Força Sindical.

Também em dezembro, o governo decidiu cortar pela metade a alíquota do Imposto de Renda para contribuintes que ganham entre R$ 1.434 e R$ 2.150 mensais. "O salário aumentava e a tabela não se modificava. As pessoas ganhavam mais e pagavam mais impostos", apontou Juruna. Outra redução de tributos do governo foi com relação ao Imposto sobre Operações Financeiras (IOF), que caiu de 3% ao ano para 1,5%.

Crédito
Na segunda metade de 2008, o colapso de bancos nos Estados Unidos por conta da crise do subprime provocou uma forte restrição de crédito no mundo inteiro. Uma das primeiras medidas anticrise do governo teve como objetivo restabelecer a oferta, com mudanças no recolhimento dos depósitos compulsórios por parte dos bancos. Segundo o presidente do Banco Central, Henrique Meirelles, as diversas modificações liberaram US$ 99,2 bilhões aos bancos até o final de janeiro.

Além disso, o governo concedeu R$ 36 bilhões das reservas internacionais para empresas brasileiras com dívidas no exterior e uma medida provisória autorizou o Banco do Brasil e a Caixa Econômica Federal a comprar carteiras de crédito de bancos privados. Para o diretor do Departamento de Pesquisas e Estudos Econômicos da Fiesp, Paulo Francini, estas medidas foram essenciais para combater os efeitos da crise.

"A crise se desenvolve no mundo em torno do tema crédito. E o crédito reduziu-se barbaridade no mundo. Então o governo lança mão de compulsório, lança mão de reservas, de medidas que permitem aos bancos comprar carteiras de bancos. Você vai tomando várias medidas para atender às demandas e o epicentro disso é crédito", afirmou.

No entanto, Oreiro, da UnB, adverte que a liberação dos compulsórios seria mais eficiente acompanhada de redução mais agressiva da taxa básica de juro. "Uma parte do crédito voltou, depois da forte retração em outubro e novembro. O que deveria ter sido feito junto à liberação do compulsório era uma redução mais drástica da taxa de juro. Sem isso, os bancos pegam as reservas e acabam comprando títulos públicos", explicou o economista.

Na opinião de Pina, as ações de distribuição de crédito via redução do compulsório e a disposição de capital de giro para empresas foram tomadas sem um cuidado maior na operação e não tiveram muito efeito. "O BNDES tem linhas que ficam paradas quase todo o ano, agora é pior ainda. Existem os recursos, mas as empresas e os bancos estão desconfiados. É preciso fazer com que os bancos tenham interesse em emprestar", afirmou o economista da Fecomercio-SP.

Futuro
Mesmo com todas essas medidas, a crise financeira ainda gera incertezas nos setores produtivos do País. Nos últimos meses, o medo do desemprego fez os consumidores adiarem compras. Por sua vez, a queda nas vendas pode obrigar as indústrias a cortarem a produção e demitir funcionários. Contra isso, empresários sugerem redução de jornada e de salários.

"Isto está previsto em lei. A Fiesp simplesmente manteve conversações com entidades sindicais quanto à aplicação daquilo que já está previsto em lei", afirmou Francini.

Segundo a ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff, uma das medidas que assegura um nível de emprego é a manutenção de investimentos no Programa de Aceleração do Crescimento (PAC). "Estamos esperando que a dificuldade ocorra em janeiro, fevereiro e março. Estamos certos que vamos manter o nível de investimento. É isso que funciona, é isso que significa investimento público. Ele funciona como um colchão. Por isso, nós colocamos R$ 100 bilhões no BNDES e a Petrobras ampliou o seu investimento em R$ 120 bilhões", afirmou.

Na mesma linha, Pina explica que a antecipação de gastos do governo substitui parte da demanda retraída do setor privado. "Ele dá o seguinte recado: não vou estourar as contas públicas, mas concentrar em um momento em que a demanda privada está pequena. Mas o governo não tem fôlego suficiente para fazer o papel de toda demanda", ressaltou. O economista da Fecomercio lembrou que a entidade já pleiteou junto ao governo isenções para transferência de imóveis e de automóveis, além de retirar o IPVA para veículos novos.

Já Oreiro foca suas propostas na capitalização do Banco do Brasil e da Caixa Econômica Federal pelo Tesouro para atender a demanda de crédito para capital de giro e reduzir o spread. "Aumentando o empréstimo e reduzindo as taxas, os dois vão forçar os bancos privados a acompanhar o movimento, até para não perderem participação no mercado", explicou o economista da UnB.

Até o Carnaval, o governou prometeu detalhar um pacote de incentivos para a construção de até um milhão de casas populares, direcionado a famílias com renda de até dez salários mínimos. "Estamos atentos a tudo o que está acontecendo e novas medidas serão tomadas caso haja uma avaliação de que sejam necessárias", disse o ministro da Fazenda, Guido Mantega, na última sexta-feira.

17:11
Anónimo disse...
Ex-ministro critica extensão do seguro-desemprego

Atualizada às 09h03

O ex-ministro do Trabalho Almir Pazzianotto criticou a decisão do governo federal de conceder o seguro-desemprego estendido a apenas alguns setores. "É certamente odioso e provavelmente inconstitucional", disse Pazzianotto, de acordo com o jornal O Estado de S. Paulo.

Na última qurta, dia do anúncio da medida, centrais sindicais elogiaram a atitude do governo. A Força Sindical divulgou nota dizendo que "o aumento ajudará a aquecer parte da economia, já que irá gerar mais consumo, produção e conseqüentemente, a criação de novos postos de trabalho". A União Geral dos Trabalhadores (UGT) afirmou que a medida "contribuirá para minimizar o drama dos trabalhadores que perderem seu emprego por conta da crise".

O ex-ministro, que instituiu o seguro-desemprego no País no governo de José Sarney, destacou a necessidade de as centrais sindicais se manifestarem contra a determinação. Para ele, as mudanças devem ser aplicadas a todas as categorias profissionais e a distinção é contrária ao artigo 3º da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT).

Pazzianotto atribui a medida a um possível temor do governo de que a crise econômica seja longa e não haja dinheiro para atender a todas as necessidades. Ainda assim, ele se mostra contrário ao método de concessão. "O seguro-desemprego ajuda a sanar necessidades básicas. Estendê-lo é paliativo, não a solução", disse ao jornal.

De acordo com o presidente do Conselho Deliberativo do Fundo de Amparo ao Trabalhador (Codefat) e conselheiro da Força Sindical, Luiz Fernando Emediato, a determinação já estava prevista na lei 8.900/94, que trata do seguro-desemprego.

O presidente da Comissão de Trabalho da Câmara, Pedro Fernandes (PTB-MA) vai além na crítica à concessão do seguro para apenas alguns setores. Ele acredita que a ampliação do benefício estimula o desemprego.

Quintino Severo, secretário geral da Central Única dos Trabalhadores (CUT), lembra que a ampliação do benefício sem critério e identificação pode incentivar demissões em outros setores.

17:13
Anónimo disse...
Empresas
TAM faz promoção para destinos internacionais

A companhia aérea TAM anunciou nesta sexta-feira tarifas promocionais para trechos internacionais. Os preços valem para bilhetes comprados entre 6h deste sábado e 23h59 deste domingo e são válidos para classe econômica. As tarifas, para ida e volta, serão vendidas a partir de US$ 99, mais taxas.

Segundo a aérea, a promoção vale para viagens feitas no período de 14 de fevereiro a 18 de junho de 2009. Para destinos na América do Sul, a permanência mínima é de dois dias; para bilhetes com destino nos Estados Unidos, cinco dias; e Europa, sete dias. A permanência máxima para as passagens para América do Sul e EUA é de dois meses e para Europa, três meses.

Entre os exemplos de tarifas promocionais, a TAM oferece São Paulo-Lima por US$ 99. Bilhetes para a rota São Paulo-Santiago serão vendidos a partir de US$ 199 e São Paulo-Nova York, US$ 799.

A emissão dos bilhetes deve ser feita obrigatoriamente no ato da reserva, obedecendo às regras estipuladas pela companhia. A compra está sujeita à disponibilidade de assentos nas classes tarifárias determinadas, trechos, horários e datas. A TAM afirmou que também há tarifas promocionais para a classe executiva.

Mais informações podem ser encontradas no site promocional (www.ofertastam.com.br), no site da empresa (www.tam.com.br) ou pelos telefones 4002-5700 ou 0800 5705700.

17:13
Anónimo disse...
Empresas
Consultoria negocia compra do parque temático Hopi Hari

A consultoria especializada em reestruturação de empresas Íntegra Associados informou nesta sexta-feira ter um acordo para comprar o parque de diversões Hopi Hari, localizado no interior de São Paulo. A empresa estaria disposta a investir R$ 10 milhões no parque, que tem dívida estimada em R$ 800 milhões. As informações são da edição deste sábado do jornal Folha de S. Paulo.

De acordo com o jornal, a transação ainda depende da negociação entre o Hopi Hari e seus credores, o que já estaria em andamento.

A consultoria paulista já atuou junto à Parmalat, durante 30 meses, quando reorganizou a gestão da empresa italiana.

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17:14
Anónimo disse...
Empresas
Disney de Tóquio contratará mais 2 mil apesar da crise


A Oriental Land, o operador da Disneylândia Tóquio e DisneySea, organizou neste domingo entrevistas para contratar cerca de 2 mil trabalhadores em tempo parcial, em um momento de grandes demissões deste tipo de empregados no Japão.

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O operador deste parque temático, situado em Urayasu, na província de Chiba (leste de Tóquio), está em pleno processo de seleção de empregados para 20 tipos de postos trabalhistas diferentes.

Segundo a companhia, citada pela agência local de notícias Kyodo, o parque contratará novos trabalhadores para as atrações, para os restaurantes e guardas de segurança entre outros. Os novos contratados começarão a trabalhar a partir de fevereiro.

O processo de seleção acontece em um momento em que a maioria das grandes companhias japonesas começaram a se ver obrigadas a despedir uma elevada percentagem de seus trabalhadores temporários e a tempo parcial.

Algumas inclusive anunciaram demissões de seus trabalhadores fixos, uma medida muito pouco comum nas companhias japonesas, perante os efeitos piores que o esperado pela crise econômica global.

Cerca de uma centena de pessoas esperavam desde a primeira hora desta manhã a abertura do centro de conferências Tokyo International Forum, onde as entrevistas estão sendo feitas, para ser os primeiros a solicitar os postos de trabalho.


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17:15
Anónimo disse...
Economia Internacional
Senado dos EUA aprova plano de estímulo à economia

O Senado dos Estados Unidos aprovou com 60 votos a favor e 38 contra o plano de estímulo à economia de US$ 787 bilhões na madrugada deste sábado. Agora, ele segue para sanção ou veto do presidente Barack Obama, que espera colocar a lei em prática até o dia 16 de fevereiro.

O plano prevê a criação de três milhões de empregos, inclui cortes de impostos às famílias, fundos para programas sociais e obras públicas, além de ajuda aos governos estaduais, estudantes e desempregados.

A cláusula Buy American - que exige o uso de ferro, aço e produtos manufaturados dos Estados Unidos em obras realizadas com recursos do pacote - ficou de lado. Segundo o texto definitivo, a cláusula será aplicada sem violar as normas do comércio internacional.

Ontem à tarde, a Câmara de Representantes (deputados) havia aprovado, por 246 votos a favor e 183 contra, a versão final do plano. Todos os republicanos foram contrários ao pacote.

Pelo acordo de quarta-feira entre Câmara e Senado, em vez de custar US$ 819 bilhões, como queriam os deputados, ou US$ 838 bilhões como pretendiam os senadores, o pacote ficou em cerca de US$ 787 bilhões, com 65% desse total destinado a gastos do governo federal e 35%, a créditos tributários.

17:16
Anónimo disse...
Economia nacional
Na era Lula, aposentadoria sobe 54% menos que salário mínimo

Thatiane Faria
Especial para o Terra
Direto de São Paulo

Os índices de reajustes concedidos pelo governo em 2009 para aposentados e pensionistas e para o salário mínimo repetiram uma diferença que, só durante o governo de Luiz Inácio Lula da Silva, já chega a 54%. Enquanto o mínimo foi majorado em 12% este ano, as pensões e aposentadorias tiveram aumento de 5,92%. Aposentados que têm o benefício do governo como única fonte de renda reclamam que perdem poder de compra e que sua cesta de compras é composta por itens que aumentam mais em relação à inflação oficial.

Um exemplo prático pode ser entendido a partir da comparação entre um aposentado que ganhava R$ 600 em janeiro de 2003. Na época, o benefício era três vezes, ou 200%, maior que o valor do mínimo em vigência, que era de R$ 200. Aplicando-se os índices de reajuste para aposentadorias e para o mínimo durante os últimos seis anos, o mesmo aposentado estaria recebendo hoje R$ 938,47, comparado a um salário mínimo de R$ 465. A diferença entre os dois valores caiu para pouco mais de 100%.

Enquanto o índice acumulado de reajuste para a aposentadoria durante o governo Lula foi de 60%, para o salário mínimo está em 132%.

O diretor do Sindicato Nacional dos Aposentados, João Inocentini, reclama que os valores dos benefícios para aposentadorias não mantêm o poder de compra do grupo, principalmente dos aposentados que recebem menos que dez salários mínimos.

Nem mesmo o fato de o índice de reajuste das aposentadorias ter ficado acima da inflação acumulada no mesmo período (o IPCA entre janeiro de 2003 e janeiro de 2009 foi de 39,7%) serve de argumento, segundo os aposentados.

"Os idosos, principalmente, têm gastos além das contas gerais como gás, telefone e aluguel. Para eles o custo com remédios, e outros itens da área saúde costuma ser maior", afirmou Inocentini.

O presidente do sindicato afirmou que o grupo realiza um estudo com 100 itens de necessidade de um idoso para comparar o aumento dos produtos com o índice de reajuste do benefício recebido pelos aposentados.

"Daqui dois meses vamos abrir um processo na Justiça e levar essa pesquisa como prova. Segundo a lei, o governo é obrigado a manter o poder de compra com a aposentadoria", disse Inocentini.

Alternativas
O consultor financeiro Cláudio Boriola diz que os aposentados, especialmente nesse momento de crise econômica, devem evitar compras parceladas, pesquisar preços, negociar e fazer bom planejamento financeiro.

Segundo Boriola, alguns aposentados ganham um valor mensal muitas vezes insuficiente para o pagamento das contas e acabam pedindo crédito ou realizando pagamentos a prazo e são obrigados a pagar juros altos.

Na opinião do consultor, pagar uma previdência privada é uma alternativa indicada para quem ainda trabalha, considerando a característica de perda de poder de compra da aposentadoria.

"Na prática, infelizmente os valores encontram-se em um patamar que está deteriorando o poder de aquisição da população brasileira", completou Boriola.

De acordo com o diretor da Confederação Brasileira de Aposentados e Pensionistas (Cobap), Vicente Fernandes Barbosa, representantes dos aposentados tentarão um encontro com o presidente da Câmara, deputado Michel Temer (PMDB-SP), para discutir projetos que minimizem a perda dos aposentados

17:17
Anónimo disse...
Previdência
Previdência prorroga isenção de tarifas no benefício

O atual sistema de pagamento aos 26 milhões de aposentados e pensionistas do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) será mantido até o final deste ano. O acordo, que permite realizar a operação sem nenhum custo aos beneficiários, foi renovado nesta sexta-feira, entre o governo federal e 21 instituições financeiras.

Por meio desse acordo, vigente desde setembro de 2007, nem os segurados, nem os bancos e nem o governo arcam com o pagamento de tarifas, conforme explicou o ministro da Previdência Social, José Pimentel. A prorrogação vale até dezembro, data máxima para que a Previdência defina as regras para um novo contrato.

Ao assinar o termo de renovação, na sede da Federação Brasileira dos Bancos (Febraban), o ministro disse que a intenção do governo é mudar o atual modelo de gestão visando a reduzir os custos dessas operações em torno da folha mensal, que atinge R$ 15,8 bilhões. No entanto, qualquer alteração, conforme explicou, passará antes por audiências públicas a serem realizadas a partir do segundo semestre deste ano, atendendo a determinação do Tribunal de Contas da União (TCU).

De acordo com Pimentel, com um redesenho do mecanismo de repasse dos recursos aos bancos em torno da folha de pagamento dos segurados o que se busca é um aumento da participação de instituições financeiras. Ele informou que, desde 2007, cada benefício custa em média R$ 1,07 ao governo. "Quanto mais instituições financeiras estiverem prestando serviços à sociedade, maior é a competitividade, a agilidade no atendimento", justificou.

O ministro observou, ainda, que, para permitir uma redução para algo em torno de meia hora no tempo de atendimento para a concessão dos direitos previdenciários, o governo investiu R$ 280 milhões.

Questionado sobre o descontentamento dos segurados que ganham acima de um salário mínimo terem obtido apenas a correção com base na variação do Índice de Preços ao Consumidor (INPC) , ficando abaixo do reajuste dado a quem recebe apenas o mínimo, Pimentel argumentou que o governo seguiu o que determina a lei e descartou a possibilidade de uma revisão

17:17
Anónimo disse...
Empresas
Caterpillar oferece aposentadoria antecipada a 2 mil


A companhia americana Caterpillar ofereceu a cerca de dois mil funcionários incentivos para que se aposentem de forma voluntária antes do previsto, pela perspectiva de uma queda "significativa" da atividade industrial, informou nesta quarta-feira a empresa.

A iniciativa, destinada aos trabalhadores de diversas fábricas em Illinois, Colorado, Tennessee e Pensilvânia, se soma aos cortes de empregos anunciados em janeiro, explicou em comunicado de imprensa.

A empresa, a maior fabricante mundial de maquinaria pesada para a construção e a mineração, acrescentou que, "em função das condições de negócio, podem ser necessárias mais reduções de elenco voluntárias e involuntárias à medida que o ano avança".

O vice-presidente da companhia, Sid Banwart, explicou que a empresa prevê "demissões significativas em todas as regiões geográficas e na maioria dos setores devido às dificuldades da economia mundial".

17:18
Anónimo disse...
Comércio
Comércio exterior da OCDE caiu no 3º trimestre de 2008


As exportações e as importações dos países da Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Econômico (OCDE) caíram 1,6% e 0,2%, respectivamente, no terceiro trimestre de 2008, em relação aos três meses anteriores.

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Trata-se da primeira queda destas atividades desde o terceiro trimestre de 2006, segundo o último relatório trimestral sobre fluxos comerciais divulgado pela OCDE.

As exportações e as importações em dólares dos 30 Estados-membros caíram 15,6% e 17%, respectivamente, na comparação anualizada.

Por sua vez, o comércio dos sete países mais ricos do mundo (G7) teve um pequeno crescimento no terceiro trimestre de 2008 com uma queda das exportações de mercadorias de 0,2% em relação ao trimestre anterior e um aumento de 0,4% das importações.

Em termos anualizados, as importações do G7 caíram 1,4% entre julho e setembro do ano passado, seu primeiro retrocesso desde o terceiro trimestre de 2006, enquanto as exportações aumentaram 1,9%, seu crescimento mais baixo no mesmo tempo.

Por países, a Alemanha aumentou suas importações em 3,4% - valor mais alto do G7 -, enquanto suas exportações caíram 2,9% do segundo para o terceiro trimestre de 2008.

Pelo contrário, as exportações americanas aumentaram 1,8% entre julho e setembro de 2008, enquanto as importações caíram 0,7% em relação ao trimestre anterior. No Japão, tanto as importações quanto as exportações caíram em torno de 1% no mesmo período.

17:19
Anónimo disse...
Economia Nacional
Lula: juros de crédito consignado a aposentados são altos

Atualizada às 17h29

O presidente Luis Inácio Lula da Silva afirmou nesta terça-feira, em São Paulo, que está lutando para reduzir as taxas de juros cobradas de aposentados em crédito consignado. A Previdência Social estabelece uma taxa máxima de 2,5% para empréstimo e de 3,5% para cartão. Para Lula, os valores são altos.

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"Acho que o juro que os aposentados estão pagando hoje com o crédito consignado é alto para o padrão brasileiro", disse o presidente durante a cerimônia de comemoração dos 86 anos do INSS.

A Previdência anunciou nesta terça-feira que aposentados e trabalhadoras com licença-maternidade poderão receber seus benefícios em 30 minutos. De acordo com Lula, em junho, a aposentadoria do trabalhador rural também será conseguida em meia hora.

Além disso, o presidente anunciou que, também em junho, os trabalhadores que alcançarem o direito à aposentadoria passarão a receber em suas casas um comunicado da Previdência informando o fato e o valor do salário que têm direito a receber. "É um comprometimento público que estou fazendo com os companheiros da Previdência Social", disse.

"Estamos retribuindo ao contribuinte da Previdência Social aquilo que é a cidadania que ele tem direito", afirmou Lula. "Se para cobrar nós somos tão precisos, para devolver o dinheiro, temos que chegar próximo à perfeição", completou.

17:20
Anónimo disse...
Economia Nacional
Salário maternidade sairá em 30 minutos, diz ministro

Toda trabalhadora autônoma que tiver contribuído pelo menos 10 meses com o Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) - ou as que possuírem carteira assinada - poderão receber em 30 minutos o salário maternidade a partir desta terça-feira. Da mesma forma, as mulheres com 30 anos de contribuição e os homens com 35 anos também terão direito ao benefício de forma mais rápida. A informação é do ministro da Previdência Social, José Pimentel.

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Para requerer o salário maternidade, é preciso que as autônomas levem a carteira de identidade e o carnê de contribuição. As demais trabalhadoras devem apresentar a identificação e a carteira de trabalho. Desde o início do mês, a nova forma de análise para a concessão de benefícios foi adotada para a aposentadoria por idade do trabalhador urbano e agora foi estendida para o salário maternidade e por tempo de contribuição.

O ministro disse que a qualificação do serviço da previdência social é o reconhecimento do direito dos trabalhadores e da afirmação da cidadania.

"Até pouco tempo na cabeça do cidadão o serviço devia ser de péssima qualidade. Agora não, nós modificamos toda a legislação no mês de dezembro numa ação conjunta do Congresso Nacional com o governo federal. Estamos implantando e concedendo os benefícios em até 30 minutos", afirmou.

O ministro destacou que para conseguir se aposentar ou ter acesso à licença maternidade em 30 minutos, em primeiro lugar, é necessário que o cidadão esteja vinculado à Previdência, o que inclui 65% da população acima de 16 anos de idade.

"Depois bastar marcar pelo sistema 135 o dia e a hora do atendimento e levar a documentação. Se todos os dados necessários estiverem corretos o contribuinte será atendido em até 30 minutos, como vem sendo feito com as aposentadorias por idade desde o dia cinco de janeiro", explicou.

Pimentel disse ainda que em 90% das agências da previdência social o atendimento é marcado em até 48 horas. Nos grandes centros, entretanto existe um volume maior o que torna mais lento o processo.

"Estamos criando mais 715 agências até 2010, em todo o território nacional, para descentralizar o atendimento. Em 2008, atendemos 295 mil benefícios e aposentadorias por idade. Temos 4 mil pessoas por dia procurando e se aposentando por idade no território nacional. Este serviço será agilizado", concluiu.

17:21
Anónimo disse...
Giuseppe Englaro, pai de Eluana, a italiana que morreu na segunda-feira passada por desidratação, recusou uma grande soma de dinheiro de um conhecido fotógrafo italiano que queria retratar a filha em estado de coma, disse neste sábado o neurologista que atendia a mulher desde 1996, Carlo Defanti.

O neurologista, que participou hoje de uma conferência sobre eutanásia, disse que Englaro respeitou a vontade da filha, que, antes do acidente, tinha pedido que, se lhe ocorresse qualquer coisa irreversível, apresentasse sua imagem de quando estava em boas condições.

Antes de sofrer o acidente de trânsito, em 1992, Eluana viveu o coma de um amigo, Alessandro, o que causou forte impacto na italiana e a levou a fazer o pai prometer que não a deixasse viver em estado vegetativo, disse o próprio Giuseppe Englaro.

Defanti, que dissera que Eluana poderia viver de dez a 12 dias depois da suspensão da alimentação e da hidratação, disse que, como médico, tinha que reprovar esta afirmação.

"Não se pode sobreviver após três ou quatro dias sem líquido e, em particular, água em um corpo. Sabemos bem que, quando há um terremoto, após quatro dias é difícil encontrar sobreviventes".

Defanti ressaltou que Eluana "não falava, não se comunicava com o exterior" e que, após vários exames, "nos deparamos com uma moça que tinha perdido a consciência", porque estava com o córtex cerebral prejudicado.

Eluana foi enterrada na quinta-feira passada no túmulo da família na localidade de Paluzza, em Udine, após um funeral que não contou com a presença dos pais.

16:53
Anónimo disse...
Os bombeiros combatem neste sábado os incêndios na Austrália favorecidos pelo bom tempo, enquanto os deslocados encotram em seu retorno casas derruídas, carros queimados nas ruas e destruição.

Depois de sete dias desde que começaram os incêndios no Estado de Victoria, a lista de mortos chega a 181, os desaparecidos somam 50, os edifícios destruídos totalizam 1,834 mil e o terreno arrasado, principalmente florestas, ocupa uma área de 4,13 mil quilômetros quadrados.

As equipes de bombeiros, formadas por 4 mil profissionais de Victoria, de outras partes da Austrália e de países amigos, combateram hoje 12 focos fora de controle e nenhum representava uma ameaça direta para a população.

O subdiretor do Serviço de Bombeiros, Geoff Conway, disse que este tempo favorável, que se prolongará durante o domingo, permite consolidar as linhas de contenção e avançar na extinção das chamas.

Cinzas apareceram arrastadas por ventos do nordeste sobre Melbourne, onde habitam 3,8 milhões de pessoas, e as autoridades alertaram aos cidadãos do risco para a saúde de idosos, crianças e pessoas com problemas respiratórios.

O número de pessoas deslocadas - a Cruz Vermelha chegou a receber 7 mil - começou a cair com a abertura de algumas localidades atingidas.

Os incêndios, alguns criminosos, começaram em 7 de fevereiro, quando a região sul da Austrália estava há duas semanas sob uma onda de calor sem precedentes.

Na sexta-feira passada, a polícia acusou uma pessoa de ter provocado o incêndio que atingiu a localidade de Churchill e matou 21 pessoas.

16:55
Anónimo disse...
A primeira chuva em seis dias reduziu a ameaça de incêndios no Estado de Victoria, ao sul da Austrália. As autoridades, porém, advertiram que ainda existem 12 focos, mas que nenhum deles ameaça áreas povoadas.

Mais de quatro mil bombeiros, mil provenientes de outras partes do país e de outras nações, trabalham contra o fogo. Cerca de 600 veículos e 28 helicópteros e pequenos aviões estão sendo usados.


Eles conseguiram construir linhas de contenção para evitar os incêndios de Yarra e Maroondah se juntassem. Também foram controlados os incêndios abertos de Yea e Murrindindi, que ameaçavam as comunidades de Connellys Creek, Crystal Creek, Scrubby Creek e Native Dog Creek.

O número de mortos chegou a 181, mas as autoridades acreditam que as vítimas devem passar de 200, já que ainda há muitos desaparecidos.

16:55
Anónimo disse...
Aqui nesta coluna, na semana passada, tive a oportunidade de comentar sobre a recente visita do professor brasileiro Pedrinho Guareschi à Austrália. Não dei, porém, os fatos, pois semana passada o assunto era outro.

Hoje, porém, vamos a eles.

No último dia 4 de fevereiro, aconteceu o Seminário "Paulo Freire: Education and Liberation", organizado pelo centro de estudos latino-americanos da Universidade Nacional da Austrália, ou ANU, como é mais conhecida por aqui.

A ANU, para quem não sabe, está entre as 20 melhores universidades do mundo! E tem sede aqui em Camberra, capital da Austrália.

Na abertura do evento, o professor John Minns, diretor do centro latino-americano, ao dar boas-vindas ao público presente, lembrou ser aquele o primeiro seminário exclusivamente dedicado a Paulo Freire na Austrália.

Em seguida, convidou Pedrinho Guareschi, palestrante principal do Seminário, a fazer sua apresentação.

A plateia pode então conhecer, pelas palavras de Pedrinho, um pouco da obra e da vida de Freire, esse brasileiro de fé e valor, que sempre acreditou na educação, sobretudo dos menos favorecidos, analfabetos, como força libertadora.

Como não podia deixar de ser, os conceitos e ideias revolucionários de Paulo Freire, expostos com clareza por Pedrinho, despertaram o interesse e a curiosidade de plateia. A qual, deve-se notar, era na maioria de estudantes, mas de várias nacionalidades, sobretudo australianos e asiáticos.

Na continuação do programa do seminário, que se estendeu por dois dias, outros professores fizeram palestras sobre temas ligados à obra de Paulo Freire.

Interessante, por exemplo, saber que a professora Anne Hickling-Hudson, jamaicana que mora na Austrália há muitos anos (é professora da ANU), conheceu e trabalhou com Freire num workshop educacional durante a revolução na Ilha de Granada, em 1980, antes da invasão dos Estados Unidos...

Ou, então, a palestra da Professora Gerda Roelvink, da Nova Zelândia, que participou do Fórum Social de Porto Alegre em 2005. E essa participação transformou-se em tema de doutorado.

No dia 10, terça-feira passada, o padre Pedrinho Guareschi voltou a falar ao público australiano em grande auditório localizado no belíssimo campus da ANU. Desta vez, sobre a Teologia da Libertação.

Depois da palestra, John Minns mostrou o filme mexicano "O Crime do Padre Amaro", no qual um dos personagens é um padre católico praticante da Teologia da Libertação.

Mais uma vez, foi grande o intersse da platéia, que pode aprender e conhecer um pouco como se desenvolveu aquele importante movimento católico na América Latina.

Fica, assim, ao Pedrinho, bem como a outros brasileiros estudiosos e de bom coração que saem pelo mundo a divulgar aspectos importantes da cultura brasileira, o respeito e a homenagem desta coluna. E... aquele abraço!

16:57
Anónimo disse...
Amanda Kitts perdeu o braço esquerdo em um acidente de automóvel acontecido três anos atrás, mas hoje em dia ela joga futebol americano com seu filho de 12 anos de idade, troca fraldas e abraça as crianças nas três creches Kiddie Cottage que opera em Knoxville, Tennessee. Kitts, 40 anos, faz tudo isso com a ajuda de um novo tipo de braço artificial que se movimenta com mais facilidade do que outros aparelhos e que ela pode controlar utilizando apenas seus pensamentos.

"Eu sou capaz de mexer a mão, o pulso e o cotovelo ao mesmo tempo", diz. "Você pensa e os músculos se movem em seguida".

A recuperação que ela conseguiu resulta de um novo procedimento que vem atraindo crescente atenção porque permite que pessoas movam braços protéticos de forma mais automática do que faziam no passado, simplesmente utilizando nervos reaproveitados em seus cérebros.

A técnica, conhecida como "renervação muscular dirigida", envolve utilizar os nervos que restam depois da amputação de um braço e conectá-los a outro músculo do corpo, em geral no peito. Eletrodos são instalados sobre os músculos do peito, e operam como se fossem antenas. Quando a pessoa deseja mover o braço, o cérebro envia sinais que primeiro resultam em contração dos músculos do peito, os quais enviam um sinal ao braço protético, instruindo-se a se movimentar. O processo não requer mais esforços consciente do que a pessoa teria de exercitar caso ainda tivesse seu braço natural.

Na terça-feira, pesquisadores reportaram em estudo publicado pela versão online do Journal of the American Medical Association que haviam levado a técnica ainda mais à frente, tornando possível a execução de 10 movimentos de mão, pulso e cotovelo diferentes, o que representa uma substancial melhora com relação ao típico repertório protético, que em geral envolve apenas dobrar o cotovelo, girar o pulso e abrir a mão.

"Os novos métodos tiveram impacto dramático em nosso campo de trabalho", disse Stuart Harshbarger, engenheiro biomédico na Universidade Johns Hopkins e diretor do programa de pesquisa sobre próteses, financiado pelas forças armadas, que inclui o trabalho com essa técnica. "O método já está em uso por médicos e cirurgiões comuns em todo o país. A capacidade de controlar um membro protético bastante robusto que ele confere surpreendeu a todos pela qualidade".

Tipicamente, uma pessoa que tenha um braço protético só é capaz de executar alguns poucos movimentos, e muitas vezes com tamanha lentidão que isso só permite a ela atividades limitadas.

Há um motor separado para cada movimento, diz Gerald Loeb, professor de engenharia biomédica na Universidade do Sul da Califórnia, "e esses motores precisam ser controlados de maneira explícita", usualmente por um esforço consciente da pessoa para contrair músculos nas costas ou no bíceps.

"Essencialmente, até agora os pacientes controlavam apenas um motor de cada vez", diz Loeb, "e precisavam pensar cuidadosamente sobre que motor desejavam controlar e como fazê-lo operar, em lugar de simplesmente pensarem em mover o braço e poderem fazê-lo sem delongas".

Antes que Kitts passasse pelo procedimento de renervação, em outubro de 2007, por exemplo, ela precisava movimentar os músculos de suas costas de determinada maneira para fazer com que seu pulso girasse, e flexionar seu bíceps e tríceps para fazer com que o cotovelo se movesse para cima e para baixo. "Era muito trabalho", ela conta. "E não me ajudava muito".

O procedimento de renervação é parte de uma recente explosão de idéias novas e técnicas inovadoras que estão sendo exploradas enquanto os cientistas se esforçam por ajudar as pessoas a compensar melhor a perda de membros ou problemas de paralisia. O esforço vem sendo alimentado pelo aumento no número de amputações causado por diabetes e por ferimentos sofridos pelos militares, e ao mesmo tempo pelos avanços na tecnologia médica.

Os braços se tornaram um dos focos essenciais desse tipo de trabalho. A ciência há muito vem obtendo sucessos no desenvolvimento de próteses de perna, mas é muito mais difícil imitar a complexidade e a destreza das mãos e dos braços.

Os esforços em curso incluem o desenvolvimento de projetos de pele e braços mais sensíveis e mais flexíveis, e o uso de dispositivos acionados por controles sem fio implantado nos braços protéticos, que permitiriam movimentos mais naturais.

Os pesquisadores também vêm usando sensores implantados nos cérebros de cobaias para permitir que dois macacos controlem um braço mecânico, e um teste com um homem paralítico permitiu, com esse método, que ele movimentasse um cursor em uma tela de computador.

Alguns desses métodos, caso venham a ser aperfeiçoados plenamente e consigam aprovação das autoridades regulatórias da saúde, podem no futuro se tornar mais viáveis para os pacientes de amputações.

E embora a técnica da renervação não requeira aprovação das autoridades regulatórias porque é executada por meios cirúrgicos e emprega aparelhos já existentes, ela apresenta limitações que até mesmo seus criadores reconhecem, entre as quais o fato de que não se pode utilizá-la para todos os pacientes, o seu alto custo e o prazo de meses requerido para que os nervos reconectados cresçam e se tornem efetivos.

Ainda assim, os especialistas dizem que é o mais avançado sistema em uso hoje para pacientes reais que permite que o sistema nervoso controle diretamente o movimento de um braço artificial.

Desde sua introdução por Todd Kuiken, médico fisioterapeuta e engenheiro biomédico do Instituto de Reabilitação de Chicago, o método foi empregado em cerca de 30 pacientes nos Estados Unidos, Canadá e Europa, entre os quais oito soldados feridos no Iraque e no Afeganistão.

Muitos dos pacientes, entre os quais o primeiro, Jesse Sullivan, um operário do setor elétrico no Tennessee que perdeu os dois braços quando foi eletrocutado por um cabo, conseguem não apenas manipular seus braços protéticos mas sentir a presença das mãos que já não têm quando alguém toca em seus peitos.

Sullivan, 62 anos, e Kitts, estavam entre os cinco pacientes que participaram do estudo reportado na terça-feira. Em companhia de cinco outras pessoas que não passaram por amputações, eles receberam os eletrodos e foram instruídos a usar pensamentos para fazer com que um braço virtual na tela reproduzisse 10 movimentos diferentes, entre os quais três formas diferentes de aperto de mão.

Os pacientes apresentaram desempenho bastante respeitável, apenas um pouco mais lento e menos preciso do que os dos participantes que não tinham amputações.

"As velocidades de movimento que encontramos em nossos pacientes foram realmente encorajadoras", disse Kuiken. "Eles conseguiram completar a tarefa. É claro que não foram tão competentes quanto as pessoas dotadas de plena capacidade física, mas foram bons o bastante".

Um braço virtual foi usado porque a maioria das próteses existentes não era capaz de acomodar todos aqueles movimentos, no momento da pesquisa, ainda que Sullivan, Kitts e uma terceira paciente, Claudia Mitchell, tenham experimentado dois novos protótipos mais versáteis de braços artificiais, executando tarefas complexas com bolas de tênis e outros objetos.

O trabalho de renervação em soldados apresenta outros desafios, diz Kuiken, porque os ferimentos militares muitas vezes "causam danos muitos extensos" a nervos, músculos ou ossos.

Daniel Acosta, 25 anos, um aviador ferido pela detonação de uma bomba em uma estrada do Iraque em 2005, passou pelo procedimento no ano passado e diz que seu braço esquerdo protético agora se movimenta "muito mais rápido" e de maneira muito mais natural.

"A diferença é que agora não preciso mais pensar para mover o braço", ele diz. "Ele simplesmente se mexe".

Ainda assim, Acosta, de San Antonio, diz que "o processo foi bastante longo" e que os eletrodos precisam ser ajustados para receber os sinais à medida que os nervos crescem ou mudam de posição.

E embora elogiem o método, os especialistas afirmam que a ciência das próteses de braço ainda tem muito por avançar.

"Trata-se de uma parte crucial, mas ainda assim apenas uma parte, das muitas coisas que compreendem a função normal de um braço", disse Loeb, que escreveu um editorial que acompanha o artigo no Journal of the American Medical Association.

"No momento estamos a meio do caminho entre o braço de 'Dr. Fantástico', que fazia involuntariamente a saudação nazista, e o braço de Luke Skywalker em 'Guerra nas Estrelas', que funciona sem nenhum problema assim que é conectado. Creio que precisaremos ainda de muitos anos para conectar todas as peças necessárias a produzir um braço capaz de funcionar normalmente".

17:04
Anónimo disse...
A Espanha disse neste sábado que está preparando uma reclamação oficial contra a decisão da Venezuela de expulsar um membro do Parlamento Europeu que criticou o conselho eleitoral venezuelano.
Luis Herrero, membro do partido conservador espanhol PP, foi deportado na sexta-feira depois que o Conselho Nacional Eleitoral (CNE) o acusou de questionar a imparcialidade da instituição antes de um referendo que pode permitir ao presidente Hugo Chávez permanecer no cargo indefinidamente.

Herrero estava na Venezuela como observador do referendo. Ele acusou Chávez de ter "comportamentos típicos de um ditador" por pedir a contenção de manifestações da oposição.

O governo da Espanha convocou um encontro com o embaixador da Venezuela em Madri para expressar a desaprovação sobre a expulsão de Herrero, disse um representante do Ministério das Relações Exteriores espanhol.

As relações da Venezuela com a Espanha tiveram seu ponto crítico em 2007, quando Chávez ameaçou rever acordos diplomáticos e comerciais depois de ouvir um "cala a boca" do rei espanhol Juan Carlos durante uma cúpula.

A fenda foi oficialmente reparada em 2008, com uma visita oficial de Chávez à Espanha, onde ele cumprimentou o rei e discutiu acordos para investimento no setor petroquímico com o primeiro-ministro José Luis Rodriguez Zapatero.

17:06
Anónimo disse...
A polícia do Zimbábue anunciou neste sábado que acusa de traição Roy Bennett, dirigente do até agora opositor Movimento para a Mudança Democrática (MDC), detido na sexta-feira, em Harare, poucas horas antes da cerimônia de posse dos membros do novo gabinete.

"A Polícia nos informou que vão apresentar acusações de traição", disse à agência EFE o advogado de defesa de Bennett, Trust Maanda.

"Tentam relacionar Roy com o caso de Mike Hitschmann, que foi detido em 2006 em relação à descoberta de um carregamento de armas, apesar de que Hitschmann não tenha sido declarado culpado das acusações de traição apresentadas contra ele, mas de um crime menor de descumprimento de leis", disse Maanda.

O político opositor, designado por seu partido como vice-ministro de Agricultura no Governo de união nacional, esteve no exílio na vizinha África do Sul desde 2006 e retornou ao Zimbábue há duas semanas.

Segundo a Polícia, que deteve Bennett ontem no aeroporto de Harare quando pretendia ir à África do Sul para visitar sua família, as armas apreendidas em 2006 seriam utilizadas em um golpe de Estado para derrubar o presidente do Zimbábue, Robert Mugabe.

Depois da detenção, Bennet foi levado a Mutar, onde vários simpatizantes do MDC se concentraram em frente à delegacia na qual estava detido, diante do que a Polícia respondeu com tiros para o alto para dispersar os manifestantes.

17:07
Anónimo disse...
Austrália: 14 mil se candidatam a 'emprego dos sonhos'

A secretaria de Turismo de Queensland, na Austrália, informou que até esta segunda-feira já recebeu cerca de 14 mil inscrições para o "o melhor emprego do mundo". O Estado australiano promove pela internet seleção para vaga de "zelador" da ilha Hamilton, por seis meses com um salário de R$ 40 mil.

Muitos candidatos tiveram problemas durante a inscrição por conta dos acessos simultâneos ao site. A secretaria aconselha enviar os vídeos de 60s explicando porque deve ser escolhido em horários alternativos do dia, além de recomendar tamanho em torno de 40MB.

As inscrições começaram em 12 de janeiro e vão até o próximo dia 22 e podem ser feitas pelo site www.islandreefjob.com. O governo australiano escolherá 50 candidatos para a próxima fase da seleção, que terá votos do público para eleger um dos 11 finalistas.

A última fase terá entrevistas e desafios físicos, no próprio local de trabalho: as ilhas da Grande Barreira Coralina - o maior recife de coral do mundo. A secretaria de Turismo anunciará o vencedor no dia 6 de maio.

17:09
Anónimo disse...
Mercado elogia governo na crise, mas pede maior queda no juro

Peter Fussy
Direto de São Paulo

Desde as primeiras medidas anunciadas para combater os efeitos da crise, o governo brasileiro avisou que a estratégia não contemplaria um pacote. Seriam doses pontuais, de acordo com a necessidade da economia diante do agravamento das turbulências. Da primeira liberação dos depósitos compulsórios em setembro até a ampliação do seguro-desemprego na última quarta-feira, o governo passou por redução de impostos, ampliação de crédito e incentivos à exportação. Quase 150 dias após a primeira medida, o Terra conversou com líderes do setor público e privado, representantes dos trabalhadores, acadêmicos e com o próprio governo para saber quais destas ações foram mais eficazes, quais foram mais ineficientes e o que mais pode ser feito pelo Estado brasileiro contra a crise.

Os maiores elogios foram direcionados à atitude de reduzir o Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) para a indústria automobilística, anunciada em dezembro e que fez com que os emplacamentos de carros novos subissem 1,9% no primeiro mês do ano em relação a dezembro de 2008. Já as maiores críticas foram para a lentidão no corte da taxa básica de juro do País.

Para o presidente do conselho administrativo do Grupo Pão de Açúcar, Abílio Diniz, o Estado não é responsável pela crise e mesmo assim está agindo "com extrema serenidade e muito acerto". "O governo está atento, fazendo a sua parte. É preciso coragem de baixar firmemente a taxa de juros. É uma arma que temos a nosso favor, já que não há clima para inflação, nem possibilidade de danos para a macroeconomia", afirmou Diniz.

Na última reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), em janeiro, a taxa Selic foi reduzida em um ponto percentual, de 13,75% para 12,75% ao ano. Porém, o professor de economia da Universidade de Brasília (UnB) José Luiz Oreiro lembra que este corte representa uma redução de apenas 0,25 ponto percentual com relação à taxa de setembro do ano passado, quando a crise se agravou.

"Pouco antes da eclosão da crise, o Banco Central aumentou a taxa em 0,75 ponto. Foram cinco meses de demora para reduzir em termos líquidos apenas 0,25 ponto", afirmou o economista, que também sugeriu redução do intervalo de cerca de 90 dias entre as reuniões do Copom e o corte de pelo menos um 1 ponto percentual em cada reunião.

Mesmo com o corte de janeiro, a taxa de juros real continua sendo a maior do mundo, lembrou o secretário-geral da Força Sindical, João Carlos Gonçalves, o Juruna. "A redução da taxa de juro ainda é pequena, porque ela continua uma das mais altas do mundo. Falta ousadia para baixar os juros e ajudar o cidadão. A permanência da taxa de juro alta é negativa para o País em meio a crise", afirmou Juruna.

Embora aprove as ações do governo, o senador Aloízio Mercadante (PT-SP) também acredita que o patamar da Selic está muito alto. "Sempre fomos os primeiros a entrar em qualquer crise, o que não aconteceu agora. A taxa Selic ainda é muito alta, mas o governo têm tomado medidas acertadas, como o aumento do salário mínimo, mesmo com um cenário de crise. Isso ajuda a movimentar o consumo. O governo está se esforçando para manter os investimentos e o crescimento", disse.

Tributos
De acordo com o economista Fabio Pina, da Fecomercio-SP, as ações mais positivas estão relacionadas à redução de tributos para alguns segmentos, como a indústria automobilística, que recuperou parte da queda nas vendas em janeiro com a isenção do IPI para carros 1.0 l e o corte para demais motorizações. A medida vale até o final de março.

"Essas medidas não só reduziram o preço, mas anteciparam o consumo daqueles que iriam comprar no futuro, dando um prêmio por conta da insegurança. Mexe diretamente com o principal problema que é a confiança do consumidor", afirmou. Juruna destacou que um bom ritmo de vendas é garantia de emprego. "É importante porque cada emprego na montadora significa 19 na cadeia produtiva", comentou o representante da Força Sindical.

Também em dezembro, o governo decidiu cortar pela metade a alíquota do Imposto de Renda para contribuintes que ganham entre R$ 1.434 e R$ 2.150 mensais. "O salário aumentava e a tabela não se modificava. As pessoas ganhavam mais e pagavam mais impostos", apontou Juruna. Outra redução de tributos do governo foi com relação ao Imposto sobre Operações Financeiras (IOF), que caiu de 3% ao ano para 1,5%.

Crédito
Na segunda metade de 2008, o colapso de bancos nos Estados Unidos por conta da crise do subprime provocou uma forte restrição de crédito no mundo inteiro. Uma das primeiras medidas anticrise do governo teve como objetivo restabelecer a oferta, com mudanças no recolhimento dos depósitos compulsórios por parte dos bancos. Segundo o presidente do Banco Central, Henrique Meirelles, as diversas modificações liberaram US$ 99,2 bilhões aos bancos até o final de janeiro.

Além disso, o governo concedeu R$ 36 bilhões das reservas internacionais para empresas brasileiras com dívidas no exterior e uma medida provisória autorizou o Banco do Brasil e a Caixa Econômica Federal a comprar carteiras de crédito de bancos privados. Para o diretor do Departamento de Pesquisas e Estudos Econômicos da Fiesp, Paulo Francini, estas medidas foram essenciais para combater os efeitos da crise.

"A crise se desenvolve no mundo em torno do tema crédito. E o crédito reduziu-se barbaridade no mundo. Então o governo lança mão de compulsório, lança mão de reservas, de medidas que permitem aos bancos comprar carteiras de bancos. Você vai tomando várias medidas para atender às demandas e o epicentro disso é crédito", afirmou.

No entanto, Oreiro, da UnB, adverte que a liberação dos compulsórios seria mais eficiente acompanhada de redução mais agressiva da taxa básica de juro. "Uma parte do crédito voltou, depois da forte retração em outubro e novembro. O que deveria ter sido feito junto à liberação do compulsório era uma redução mais drástica da taxa de juro. Sem isso, os bancos pegam as reservas e acabam comprando títulos públicos", explicou o economista.

Na opinião de Pina, as ações de distribuição de crédito via redução do compulsório e a disposição de capital de giro para empresas foram tomadas sem um cuidado maior na operação e não tiveram muito efeito. "O BNDES tem linhas que ficam paradas quase todo o ano, agora é pior ainda. Existem os recursos, mas as empresas e os bancos estão desconfiados. É preciso fazer com que os bancos tenham interesse em emprestar", afirmou o economista da Fecomercio-SP.

Futuro
Mesmo com todas essas medidas, a crise financeira ainda gera incertezas nos setores produtivos do País. Nos últimos meses, o medo do desemprego fez os consumidores adiarem compras. Por sua vez, a queda nas vendas pode obrigar as indústrias a cortarem a produção e demitir funcionários. Contra isso, empresários sugerem redução de jornada e de salários.

"Isto está previsto em lei. A Fiesp simplesmente manteve conversações com entidades sindicais quanto à aplicação daquilo que já está previsto em lei", afirmou Francini.

Segundo a ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff, uma das medidas que assegura um nível de emprego é a manutenção de investimentos no Programa de Aceleração do Crescimento (PAC). "Estamos esperando que a dificuldade ocorra em janeiro, fevereiro e março. Estamos certos que vamos manter o nível de investimento. É isso que funciona, é isso que significa investimento público. Ele funciona como um colchão. Por isso, nós colocamos R$ 100 bilhões no BNDES e a Petrobras ampliou o seu investimento em R$ 120 bilhões", afirmou.

Na mesma linha, Pina explica que a antecipação de gastos do governo substitui parte da demanda retraída do setor privado. "Ele dá o seguinte recado: não vou estourar as contas públicas, mas concentrar em um momento em que a demanda privada está pequena. Mas o governo não tem fôlego suficiente para fazer o papel de toda demanda", ressaltou. O economista da Fecomercio lembrou que a entidade já pleiteou junto ao governo isenções para transferência de imóveis e de automóveis, além de retirar o IPVA para veículos novos.

Já Oreiro foca suas propostas na capitalização do Banco do Brasil e da Caixa Econômica Federal pelo Tesouro para atender a demanda de crédito para capital de giro e reduzir o spread. "Aumentando o empréstimo e reduzindo as taxas, os dois vão forçar os bancos privados a acompanhar o movimento, até para não perderem participação no mercado", explicou o economista da UnB.

Até o Carnaval, o governou prometeu detalhar um pacote de incentivos para a construção de até um milhão de casas populares, direcionado a famílias com renda de até dez salários mínimos. "Estamos atentos a tudo o que está acontecendo e novas medidas serão tomadas caso haja uma avaliação de que sejam necessárias", disse o ministro da Fazenda, Guido Mantega, na última sexta-feira.

17:11
Anónimo disse...
Ex-ministro critica extensão do seguro-desemprego

Atualizada às 09h03

O ex-ministro do Trabalho Almir Pazzianotto criticou a decisão do governo federal de conceder o seguro-desemprego estendido a apenas alguns setores. "É certamente odioso e provavelmente inconstitucional", disse Pazzianotto, de acordo com o jornal O Estado de S. Paulo.

Na última qurta, dia do anúncio da medida, centrais sindicais elogiaram a atitude do governo. A Força Sindical divulgou nota dizendo que "o aumento ajudará a aquecer parte da economia, já que irá gerar mais consumo, produção e conseqüentemente, a criação de novos postos de trabalho". A União Geral dos Trabalhadores (UGT) afirmou que a medida "contribuirá para minimizar o drama dos trabalhadores que perderem seu emprego por conta da crise".

O ex-ministro, que instituiu o seguro-desemprego no País no governo de José Sarney, destacou a necessidade de as centrais sindicais se manifestarem contra a determinação. Para ele, as mudanças devem ser aplicadas a todas as categorias profissionais e a distinção é contrária ao artigo 3º da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT).

Pazzianotto atribui a medida a um possível temor do governo de que a crise econômica seja longa e não haja dinheiro para atender a todas as necessidades. Ainda assim, ele se mostra contrário ao método de concessão. "O seguro-desemprego ajuda a sanar necessidades básicas. Estendê-lo é paliativo, não a solução", disse ao jornal.

De acordo com o presidente do Conselho Deliberativo do Fundo de Amparo ao Trabalhador (Codefat) e conselheiro da Força Sindical, Luiz Fernando Emediato, a determinação já estava prevista na lei 8.900/94, que trata do seguro-desemprego.

O presidente da Comissão de Trabalho da Câmara, Pedro Fernandes (PTB-MA) vai além na crítica à concessão do seguro para apenas alguns setores. Ele acredita que a ampliação do benefício estimula o desemprego.

Quintino Severo, secretário geral da Central Única dos Trabalhadores (CUT), lembra que a ampliação do benefício sem critério e identificação pode incentivar demissões em outros setores.

17:13
Anónimo disse...
Empresas
TAM faz promoção para destinos internacionais

A companhia aérea TAM anunciou nesta sexta-feira tarifas promocionais para trechos internacionais. Os preços valem para bilhetes comprados entre 6h deste sábado e 23h59 deste domingo e são válidos para classe econômica. As tarifas, para ida e volta, serão vendidas a partir de US$ 99, mais taxas.

Segundo a aérea, a promoção vale para viagens feitas no período de 14 de fevereiro a 18 de junho de 2009. Para destinos na América do Sul, a permanência mínima é de dois dias; para bilhetes com destino nos Estados Unidos, cinco dias; e Europa, sete dias. A permanência máxima para as passagens para América do Sul e EUA é de dois meses e para Europa, três meses.

Entre os exemplos de tarifas promocionais, a TAM oferece São Paulo-Lima por US$ 99. Bilhetes para a rota São Paulo-Santiago serão vendidos a partir de US$ 199 e São Paulo-Nova York, US$ 799.

A emissão dos bilhetes deve ser feita obrigatoriamente no ato da reserva, obedecendo às regras estipuladas pela companhia. A compra está sujeita à disponibilidade de assentos nas classes tarifárias determinadas, trechos, horários e datas. A TAM afirmou que também há tarifas promocionais para a classe executiva.

Mais informações podem ser encontradas no site promocional (www.ofertastam.com.br), no site da empresa (www.tam.com.br) ou pelos telefones 4002-5700 ou 0800 5705700.

17:13
Anónimo disse...
Empresas
Consultoria negocia compra do parque temático Hopi Hari

A consultoria especializada em reestruturação de empresas Íntegra Associados informou nesta sexta-feira ter um acordo para comprar o parque de diversões Hopi Hari, localizado no interior de São Paulo. A empresa estaria disposta a investir R$ 10 milhões no parque, que tem dívida estimada em R$ 800 milhões. As informações são da edição deste sábado do jornal Folha de S. Paulo.

De acordo com o jornal, a transação ainda depende da negociação entre o Hopi Hari e seus credores, o que já estaria em andamento.

A consultoria paulista já atuou junto à Parmalat, durante 30 meses, quando reorganizou a gestão da empresa italiana.

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17:14
Anónimo disse...
Empresas
Disney de Tóquio contratará mais 2 mil apesar da crise


A Oriental Land, o operador da Disneylândia Tóquio e DisneySea, organizou neste domingo entrevistas para contratar cerca de 2 mil trabalhadores em tempo parcial, em um momento de grandes demissões deste tipo de empregados no Japão.

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O operador deste parque temático, situado em Urayasu, na província de Chiba (leste de Tóquio), está em pleno processo de seleção de empregados para 20 tipos de postos trabalhistas diferentes.

Segundo a companhia, citada pela agência local de notícias Kyodo, o parque contratará novos trabalhadores para as atrações, para os restaurantes e guardas de segurança entre outros. Os novos contratados começarão a trabalhar a partir de fevereiro.

O processo de seleção acontece em um momento em que a maioria das grandes companhias japonesas começaram a se ver obrigadas a despedir uma elevada percentagem de seus trabalhadores temporários e a tempo parcial.

Algumas inclusive anunciaram demissões de seus trabalhadores fixos, uma medida muito pouco comum nas companhias japonesas, perante os efeitos piores que o esperado pela crise econômica global.

Cerca de uma centena de pessoas esperavam desde a primeira hora desta manhã a abertura do centro de conferências Tokyo International Forum, onde as entrevistas estão sendo feitas, para ser os primeiros a solicitar os postos de trabalho.


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17:15
Anónimo disse...
Economia Internacional
Senado dos EUA aprova plano de estímulo à economia

O Senado dos Estados Unidos aprovou com 60 votos a favor e 38 contra o plano de estímulo à economia de US$ 787 bilhões na madrugada deste sábado. Agora, ele segue para sanção ou veto do presidente Barack Obama, que espera colocar a lei em prática até o dia 16 de fevereiro.

O plano prevê a criação de três milhões de empregos, inclui cortes de impostos às famílias, fundos para programas sociais e obras públicas, além de ajuda aos governos estaduais, estudantes e desempregados.

A cláusula Buy American - que exige o uso de ferro, aço e produtos manufaturados dos Estados Unidos em obras realizadas com recursos do pacote - ficou de lado. Segundo o texto definitivo, a cláusula será aplicada sem violar as normas do comércio internacional.

Ontem à tarde, a Câmara de Representantes (deputados) havia aprovado, por 246 votos a favor e 183 contra, a versão final do plano. Todos os republicanos foram contrários ao pacote.

Pelo acordo de quarta-feira entre Câmara e Senado, em vez de custar US$ 819 bilhões, como queriam os deputados, ou US$ 838 bilhões como pretendiam os senadores, o pacote ficou em cerca de US$ 787 bilhões, com 65% desse total destinado a gastos do governo federal e 35%, a créditos tributários.

17:16
Anónimo disse...
Economia nacional
Na era Lula, aposentadoria sobe 54% menos que salário mínimo

Thatiane Faria
Especial para o Terra
Direto de São Paulo

Os índices de reajustes concedidos pelo governo em 2009 para aposentados e pensionistas e para o salário mínimo repetiram uma diferença que, só durante o governo de Luiz Inácio Lula da Silva, já chega a 54%. Enquanto o mínimo foi majorado em 12% este ano, as pensões e aposentadorias tiveram aumento de 5,92%. Aposentados que têm o benefício do governo como única fonte de renda reclamam que perdem poder de compra e que sua cesta de compras é composta por itens que aumentam mais em relação à inflação oficial.

Um exemplo prático pode ser entendido a partir da comparação entre um aposentado que ganhava R$ 600 em janeiro de 2003. Na época, o benefício era três vezes, ou 200%, maior que o valor do mínimo em vigência, que era de R$ 200. Aplicando-se os índices de reajuste para aposentadorias e para o mínimo durante os últimos seis anos, o mesmo aposentado estaria recebendo hoje R$ 938,47, comparado a um salário mínimo de R$ 465. A diferença entre os dois valores caiu para pouco mais de 100%.

Enquanto o índice acumulado de reajuste para a aposentadoria durante o governo Lula foi de 60%, para o salário mínimo está em 132%.

O diretor do Sindicato Nacional dos Aposentados, João Inocentini, reclama que os valores dos benefícios para aposentadorias não mantêm o poder de compra do grupo, principalmente dos aposentados que recebem menos que dez salários mínimos.

Nem mesmo o fato de o índice de reajuste das aposentadorias ter ficado acima da inflação acumulada no mesmo período (o IPCA entre janeiro de 2003 e janeiro de 2009 foi de 39,7%) serve de argumento, segundo os aposentados.

"Os idosos, principalmente, têm gastos além das contas gerais como gás, telefone e aluguel. Para eles o custo com remédios, e outros itens da área saúde costuma ser maior", afirmou Inocentini.

O presidente do sindicato afirmou que o grupo realiza um estudo com 100 itens de necessidade de um idoso para comparar o aumento dos produtos com o índice de reajuste do benefício recebido pelos aposentados.

"Daqui dois meses vamos abrir um processo na Justiça e levar essa pesquisa como prova. Segundo a lei, o governo é obrigado a manter o poder de compra com a aposentadoria", disse Inocentini.

Alternativas
O consultor financeiro Cláudio Boriola diz que os aposentados, especialmente nesse momento de crise econômica, devem evitar compras parceladas, pesquisar preços, negociar e fazer bom planejamento financeiro.

Segundo Boriola, alguns aposentados ganham um valor mensal muitas vezes insuficiente para o pagamento das contas e acabam pedindo crédito ou realizando pagamentos a prazo e são obrigados a pagar juros altos.

Na opinião do consultor, pagar uma previdência privada é uma alternativa indicada para quem ainda trabalha, considerando a característica de perda de poder de compra da aposentadoria.

"Na prática, infelizmente os valores encontram-se em um patamar que está deteriorando o poder de aquisição da população brasileira", completou Boriola.

De acordo com o diretor da Confederação Brasileira de Aposentados e Pensionistas (Cobap), Vicente Fernandes Barbosa, representantes dos aposentados tentarão um encontro com o presidente da Câmara, deputado Michel Temer (PMDB-SP), para discutir projetos que minimizem a perda dos aposentados

17:17
Anónimo disse...
Previdência
Previdência prorroga isenção de tarifas no benefício

O atual sistema de pagamento aos 26 milhões de aposentados e pensionistas do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) será mantido até o final deste ano. O acordo, que permite realizar a operação sem nenhum custo aos beneficiários, foi renovado nesta sexta-feira, entre o governo federal e 21 instituições financeiras.

Por meio desse acordo, vigente desde setembro de 2007, nem os segurados, nem os bancos e nem o governo arcam com o pagamento de tarifas, conforme explicou o ministro da Previdência Social, José Pimentel. A prorrogação vale até dezembro, data máxima para que a Previdência defina as regras para um novo contrato.

Ao assinar o termo de renovação, na sede da Federação Brasileira dos Bancos (Febraban), o ministro disse que a intenção do governo é mudar o atual modelo de gestão visando a reduzir os custos dessas operações em torno da folha mensal, que atinge R$ 15,8 bilhões. No entanto, qualquer alteração, conforme explicou, passará antes por audiências públicas a serem realizadas a partir do segundo semestre deste ano, atendendo a determinação do Tribunal de Contas da União (TCU).

De acordo com Pimentel, com um redesenho do mecanismo de repasse dos recursos aos bancos em torno da folha de pagamento dos segurados o que se busca é um aumento da participação de instituições financeiras. Ele informou que, desde 2007, cada benefício custa em média R$ 1,07 ao governo. "Quanto mais instituições financeiras estiverem prestando serviços à sociedade, maior é a competitividade, a agilidade no atendimento", justificou.

O ministro observou, ainda, que, para permitir uma redução para algo em torno de meia hora no tempo de atendimento para a concessão dos direitos previdenciários, o governo investiu R$ 280 milhões.

Questionado sobre o descontentamento dos segurados que ganham acima de um salário mínimo terem obtido apenas a correção com base na variação do Índice de Preços ao Consumidor (INPC) , ficando abaixo do reajuste dado a quem recebe apenas o mínimo, Pimentel argumentou que o governo seguiu o que determina a lei e descartou a possibilidade de uma revisão

17:17
Anónimo disse...
Empresas
Caterpillar oferece aposentadoria antecipada a 2 mil


A companhia americana Caterpillar ofereceu a cerca de dois mil funcionários incentivos para que se aposentem de forma voluntária antes do previsto, pela perspectiva de uma queda "significativa" da atividade industrial, informou nesta quarta-feira a empresa.

A iniciativa, destinada aos trabalhadores de diversas fábricas em Illinois, Colorado, Tennessee e Pensilvânia, se soma aos cortes de empregos anunciados em janeiro, explicou em comunicado de imprensa.

A empresa, a maior fabricante mundial de maquinaria pesada para a construção e a mineração, acrescentou que, "em função das condições de negócio, podem ser necessárias mais reduções de elenco voluntárias e involuntárias à medida que o ano avança".

O vice-presidente da companhia, Sid Banwart, explicou que a empresa prevê "demissões significativas em todas as regiões geográficas e na maioria dos setores devido às dificuldades da economia mundial".

17:18
Anónimo disse...
Comércio
Comércio exterior da OCDE caiu no 3º trimestre de 2008


As exportações e as importações dos países da Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Econômico (OCDE) caíram 1,6% e 0,2%, respectivamente, no terceiro trimestre de 2008, em relação aos três meses anteriores.

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Trata-se da primeira queda destas atividades desde o terceiro trimestre de 2006, segundo o último relatório trimestral sobre fluxos comerciais divulgado pela OCDE.

As exportações e as importações em dólares dos 30 Estados-membros caíram 15,6% e 17%, respectivamente, na comparação anualizada.

Por sua vez, o comércio dos sete países mais ricos do mundo (G7) teve um pequeno crescimento no terceiro trimestre de 2008 com uma queda das exportações de mercadorias de 0,2% em relação ao trimestre anterior e um aumento de 0,4% das importações.

Em termos anualizados, as importações do G7 caíram 1,4% entre julho e setembro do ano passado, seu primeiro retrocesso desde o terceiro trimestre de 2006, enquanto as exportações aumentaram 1,9%, seu crescimento mais baixo no mesmo tempo.

Por países, a Alemanha aumentou suas importações em 3,4% - valor mais alto do G7 -, enquanto suas exportações caíram 2,9% do segundo para o terceiro trimestre de 2008.

Pelo contrário, as exportações americanas aumentaram 1,8% entre julho e setembro de 2008, enquanto as importações caíram 0,7% em relação ao trimestre anterior. No Japão, tanto as importações quanto as exportações caíram em torno de 1% no mesmo período.

17:19
Anónimo disse...
Economia Nacional
Lula: juros de crédito consignado a aposentados são altos

Atualizada às 17h29

O presidente Luis Inácio Lula da Silva afirmou nesta terça-feira, em São Paulo, que está lutando para reduzir as taxas de juros cobradas de aposentados em crédito consignado. A Previdência Social estabelece uma taxa máxima de 2,5% para empréstimo e de 3,5% para cartão. Para Lula, os valores são altos.

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"Acho que o juro que os aposentados estão pagando hoje com o crédito consignado é alto para o padrão brasileiro", disse o presidente durante a cerimônia de comemoração dos 86 anos do INSS.

A Previdência anunciou nesta terça-feira que aposentados e trabalhadoras com licença-maternidade poderão receber seus benefícios em 30 minutos. De acordo com Lula, em junho, a aposentadoria do trabalhador rural também será conseguida em meia hora.

Além disso, o presidente anunciou que, também em junho, os trabalhadores que alcançarem o direito à aposentadoria passarão a receber em suas casas um comunicado da Previdência informando o fato e o valor do salário que têm direito a receber. "É um comprometimento público que estou fazendo com os companheiros da Previdência Social", disse.

"Estamos retribuindo ao contribuinte da Previdência Social aquilo que é a cidadania que ele tem direito", afirmou Lula. "Se para cobrar nós somos tão precisos, para devolver o dinheiro, temos que chegar próximo à perfeição", completou.

17:20
Anónimo disse...
Economia Nacional
Salário maternidade sairá em 30 minutos, diz ministro

Toda trabalhadora autônoma que tiver contribuído pelo menos 10 meses com o Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) - ou as que possuírem carteira assinada - poderão receber em 30 minutos o salário maternidade a partir desta terça-feira. Da mesma forma, as mulheres com 30 anos de contribuição e os homens com 35 anos também terão direito ao benefício de forma mais rápida. A informação é do ministro da Previdência Social, José Pimentel.

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Para requerer o salário maternidade, é preciso que as autônomas levem a carteira de identidade e o carnê de contribuição. As demais trabalhadoras devem apresentar a identificação e a carteira de trabalho. Desde o início do mês, a nova forma de análise para a concessão de benefícios foi adotada para a aposentadoria por idade do trabalhador urbano e agora foi estendida para o salário maternidade e por tempo de contribuição.

O ministro disse que a qualificação do serviço da previdência social é o reconhecimento do direito dos trabalhadores e da afirmação da cidadania.

"Até pouco tempo na cabeça do cidadão o serviço devia ser de péssima qualidade. Agora não, nós modificamos toda a legislação no mês de dezembro numa ação conjunta do Congresso Nacional com o governo federal. Estamos implantando e concedendo os benefícios em até 30 minutos", afirmou.

O ministro destacou que para conseguir se aposentar ou ter acesso à licença maternidade em 30 minutos, em primeiro lugar, é necessário que o cidadão esteja vinculado à Previdência, o que inclui 65% da população acima de 16 anos de idade.

"Depois bastar marcar pelo sistema 135 o dia e a hora do atendimento e levar a documentação. Se todos os dados necessários estiverem corretos o contribuinte será atendido em até 30 minutos, como vem sendo feito com as aposentadorias por idade desde o dia cinco de janeiro", explicou.

Pimentel disse ainda que em 90% das agências da previdência social o atendimento é marcado em até 48 horas. Nos grandes centros, entretanto existe um volume maior o que torna mais lento o processo.

"Estamos criando mais 715 agências até 2010, em todo o território nacional, para descentralizar o atendimento. Em 2008, atendemos 295 mil benefícios e aposentadorias por idade. Temos 4 mil pessoas por dia procurando e se aposentando por idade no território nacional. Este serviço será agilizado", concluiu.

17:25
Anónimo disse...
Giuseppe Englaro, pai de Eluana, a italiana que morreu na segunda-feira passada por desidratação, recusou uma grande soma de dinheiro de um conhecido fotógrafo italiano que queria retratar a filha em estado de coma, disse neste sábado o neurologista que atendia a mulher desde 1996, Carlo Defanti.

O neurologista, que participou hoje de uma conferência sobre eutanásia, disse que Englaro respeitou a vontade da filha, que, antes do acidente, tinha pedido que, se lhe ocorresse qualquer coisa irreversível, apresentasse sua imagem de quando estava em boas condições.

Antes de sofrer o acidente de trânsito, em 1992, Eluana viveu o coma de um amigo, Alessandro, o que causou forte impacto na italiana e a levou a fazer o pai prometer que não a deixasse viver em estado vegetativo, disse o próprio Giuseppe Englaro.

Defanti, que dissera que Eluana poderia viver de dez a 12 dias depois da suspensão da alimentação e da hidratação, disse que, como médico, tinha que reprovar esta afirmação.

"Não se pode sobreviver após três ou quatro dias sem líquido e, em particular, água em um corpo. Sabemos bem que, quando há um terremoto, após quatro dias é difícil encontrar sobreviventes".

Defanti ressaltou que Eluana "não falava, não se comunicava com o exterior" e que, após vários exames, "nos deparamos com uma moça que tinha perdido a consciência", porque estava com o córtex cerebral prejudicado.

Eluana foi enterrada na quinta-feira passada no túmulo da família na localidade de Paluzza, em Udine, após um funeral que não contou com a presença dos pais.

16:53
Anónimo disse...
Os bombeiros combatem neste sábado os incêndios na Austrália favorecidos pelo bom tempo, enquanto os deslocados encotram em seu retorno casas derruídas, carros queimados nas ruas e destruição.

Depois de sete dias desde que começaram os incêndios no Estado de Victoria, a lista de mortos chega a 181, os desaparecidos somam 50, os edifícios destruídos totalizam 1,834 mil e o terreno arrasado, principalmente florestas, ocupa uma área de 4,13 mil quilômetros quadrados.

As equipes de bombeiros, formadas por 4 mil profissionais de Victoria, de outras partes da Austrália e de países amigos, combateram hoje 12 focos fora de controle e nenhum representava uma ameaça direta para a população.

O subdiretor do Serviço de Bombeiros, Geoff Conway, disse que este tempo favorável, que se prolongará durante o domingo, permite consolidar as linhas de contenção e avançar na extinção das chamas.

Cinzas apareceram arrastadas por ventos do nordeste sobre Melbourne, onde habitam 3,8 milhões de pessoas, e as autoridades alertaram aos cidadãos do risco para a saúde de idosos, crianças e pessoas com problemas respiratórios.

O número de pessoas deslocadas - a Cruz Vermelha chegou a receber 7 mil - começou a cair com a abertura de algumas localidades atingidas.

Os incêndios, alguns criminosos, começaram em 7 de fevereiro, quando a região sul da Austrália estava há duas semanas sob uma onda de calor sem precedentes.

Na sexta-feira passada, a polícia acusou uma pessoa de ter provocado o incêndio que atingiu a localidade de Churchill e matou 21 pessoas.

16:55
Anónimo disse...
A primeira chuva em seis dias reduziu a ameaça de incêndios no Estado de Victoria, ao sul da Austrália. As autoridades, porém, advertiram que ainda existem 12 focos, mas que nenhum deles ameaça áreas povoadas.

Mais de quatro mil bombeiros, mil provenientes de outras partes do país e de outras nações, trabalham contra o fogo. Cerca de 600 veículos e 28 helicópteros e pequenos aviões estão sendo usados.


Eles conseguiram construir linhas de contenção para evitar os incêndios de Yarra e Maroondah se juntassem. Também foram controlados os incêndios abertos de Yea e Murrindindi, que ameaçavam as comunidades de Connellys Creek, Crystal Creek, Scrubby Creek e Native Dog Creek.

O número de mortos chegou a 181, mas as autoridades acreditam que as vítimas devem passar de 200, já que ainda há muitos desaparecidos.

16:55
Anónimo disse...
Aqui nesta coluna, na semana passada, tive a oportunidade de comentar sobre a recente visita do professor brasileiro Pedrinho Guareschi à Austrália. Não dei, porém, os fatos, pois semana passada o assunto era outro.

Hoje, porém, vamos a eles.

No último dia 4 de fevereiro, aconteceu o Seminário "Paulo Freire: Education and Liberation", organizado pelo centro de estudos latino-americanos da Universidade Nacional da Austrália, ou ANU, como é mais conhecida por aqui.

A ANU, para quem não sabe, está entre as 20 melhores universidades do mundo! E tem sede aqui em Camberra, capital da Austrália.

Na abertura do evento, o professor John Minns, diretor do centro latino-americano, ao dar boas-vindas ao público presente, lembrou ser aquele o primeiro seminário exclusivamente dedicado a Paulo Freire na Austrália.

Em seguida, convidou Pedrinho Guareschi, palestrante principal do Seminário, a fazer sua apresentação.

A plateia pode então conhecer, pelas palavras de Pedrinho, um pouco da obra e da vida de Freire, esse brasileiro de fé e valor, que sempre acreditou na educação, sobretudo dos menos favorecidos, analfabetos, como força libertadora.

Como não podia deixar de ser, os conceitos e ideias revolucionários de Paulo Freire, expostos com clareza por Pedrinho, despertaram o interesse e a curiosidade de plateia. A qual, deve-se notar, era na maioria de estudantes, mas de várias nacionalidades, sobretudo australianos e asiáticos.

Na continuação do programa do seminário, que se estendeu por dois dias, outros professores fizeram palestras sobre temas ligados à obra de Paulo Freire.

Interessante, por exemplo, saber que a professora Anne Hickling-Hudson, jamaicana que mora na Austrália há muitos anos (é professora da ANU), conheceu e trabalhou com Freire num workshop educacional durante a revolução na Ilha de Granada, em 1980, antes da invasão dos Estados Unidos...

Ou, então, a palestra da Professora Gerda Roelvink, da Nova Zelândia, que participou do Fórum Social de Porto Alegre em 2005. E essa participação transformou-se em tema de doutorado.

No dia 10, terça-feira passada, o padre Pedrinho Guareschi voltou a falar ao público australiano em grande auditório localizado no belíssimo campus da ANU. Desta vez, sobre a Teologia da Libertação.

Depois da palestra, John Minns mostrou o filme mexicano "O Crime do Padre Amaro", no qual um dos personagens é um padre católico praticante da Teologia da Libertação.

Mais uma vez, foi grande o intersse da platéia, que pode aprender e conhecer um pouco como se desenvolveu aquele importante movimento católico na América Latina.

Fica, assim, ao Pedrinho, bem como a outros brasileiros estudiosos e de bom coração que saem pelo mundo a divulgar aspectos importantes da cultura brasileira, o respeito e a homenagem desta coluna. E... aquele abraço!

16:57
Anónimo disse...
Amanda Kitts perdeu o braço esquerdo em um acidente de automóvel acontecido três anos atrás, mas hoje em dia ela joga futebol americano com seu filho de 12 anos de idade, troca fraldas e abraça as crianças nas três creches Kiddie Cottage que opera em Knoxville, Tennessee. Kitts, 40 anos, faz tudo isso com a ajuda de um novo tipo de braço artificial que se movimenta com mais facilidade do que outros aparelhos e que ela pode controlar utilizando apenas seus pensamentos.

"Eu sou capaz de mexer a mão, o pulso e o cotovelo ao mesmo tempo", diz. "Você pensa e os músculos se movem em seguida".

A recuperação que ela conseguiu resulta de um novo procedimento que vem atraindo crescente atenção porque permite que pessoas movam braços protéticos de forma mais automática do que faziam no passado, simplesmente utilizando nervos reaproveitados em seus cérebros.

A técnica, conhecida como "renervação muscular dirigida", envolve utilizar os nervos que restam depois da amputação de um braço e conectá-los a outro músculo do corpo, em geral no peito. Eletrodos são instalados sobre os músculos do peito, e operam como se fossem antenas. Quando a pessoa deseja mover o braço, o cérebro envia sinais que primeiro resultam em contração dos músculos do peito, os quais enviam um sinal ao braço protético, instruindo-se a se movimentar. O processo não requer mais esforços consciente do que a pessoa teria de exercitar caso ainda tivesse seu braço natural.

Na terça-feira, pesquisadores reportaram em estudo publicado pela versão online do Journal of the American Medical Association que haviam levado a técnica ainda mais à frente, tornando possível a execução de 10 movimentos de mão, pulso e cotovelo diferentes, o que representa uma substancial melhora com relação ao típico repertório protético, que em geral envolve apenas dobrar o cotovelo, girar o pulso e abrir a mão.

"Os novos métodos tiveram impacto dramático em nosso campo de trabalho", disse Stuart Harshbarger, engenheiro biomédico na Universidade Johns Hopkins e diretor do programa de pesquisa sobre próteses, financiado pelas forças armadas, que inclui o trabalho com essa técnica. "O método já está em uso por médicos e cirurgiões comuns em todo o país. A capacidade de controlar um membro protético bastante robusto que ele confere surpreendeu a todos pela qualidade".

Tipicamente, uma pessoa que tenha um braço protético só é capaz de executar alguns poucos movimentos, e muitas vezes com tamanha lentidão que isso só permite a ela atividades limitadas.

Há um motor separado para cada movimento, diz Gerald Loeb, professor de engenharia biomédica na Universidade do Sul da Califórnia, "e esses motores precisam ser controlados de maneira explícita", usualmente por um esforço consciente da pessoa para contrair músculos nas costas ou no bíceps.

"Essencialmente, até agora os pacientes controlavam apenas um motor de cada vez", diz Loeb, "e precisavam pensar cuidadosamente sobre que motor desejavam controlar e como fazê-lo operar, em lugar de simplesmente pensarem em mover o braço e poderem fazê-lo sem delongas".

Antes que Kitts passasse pelo procedimento de renervação, em outubro de 2007, por exemplo, ela precisava movimentar os músculos de suas costas de determinada maneira para fazer com que seu pulso girasse, e flexionar seu bíceps e tríceps para fazer com que o cotovelo se movesse para cima e para baixo. "Era muito trabalho", ela conta. "E não me ajudava muito".

O procedimento de renervação é parte de uma recente explosão de idéias novas e técnicas inovadoras que estão sendo exploradas enquanto os cientistas se esforçam por ajudar as pessoas a compensar melhor a perda de membros ou problemas de paralisia. O esforço vem sendo alimentado pelo aumento no número de amputações causado por diabetes e por ferimentos sofridos pelos militares, e ao mesmo tempo pelos avanços na tecnologia médica.

Os braços se tornaram um dos focos essenciais desse tipo de trabalho. A ciência há muito vem obtendo sucessos no desenvolvimento de próteses de perna, mas é muito mais difícil imitar a complexidade e a destreza das mãos e dos braços.

Os esforços em curso incluem o desenvolvimento de projetos de pele e braços mais sensíveis e mais flexíveis, e o uso de dispositivos acionados por controles sem fio implantado nos braços protéticos, que permitiriam movimentos mais naturais.

Os pesquisadores também vêm usando sensores implantados nos cérebros de cobaias para permitir que dois macacos controlem um braço mecânico, e um teste com um homem paralítico permitiu, com esse método, que ele movimentasse um cursor em uma tela de computador.

Alguns desses métodos, caso venham a ser aperfeiçoados plenamente e consigam aprovação das autoridades regulatórias da saúde, podem no futuro se tornar mais viáveis para os pacientes de amputações.

E embora a técnica da renervação não requeira aprovação das autoridades regulatórias porque é executada por meios cirúrgicos e emprega aparelhos já existentes, ela apresenta limitações que até mesmo seus criadores reconhecem, entre as quais o fato de que não se pode utilizá-la para todos os pacientes, o seu alto custo e o prazo de meses requerido para que os nervos reconectados cresçam e se tornem efetivos.

Ainda assim, os especialistas dizem que é o mais avançado sistema em uso hoje para pacientes reais que permite que o sistema nervoso controle diretamente o movimento de um braço artificial.

Desde sua introdução por Todd Kuiken, médico fisioterapeuta e engenheiro biomédico do Instituto de Reabilitação de Chicago, o método foi empregado em cerca de 30 pacientes nos Estados Unidos, Canadá e Europa, entre os quais oito soldados feridos no Iraque e no Afeganistão.

Muitos dos pacientes, entre os quais o primeiro, Jesse Sullivan, um operário do setor elétrico no Tennessee que perdeu os dois braços quando foi eletrocutado por um cabo, conseguem não apenas manipular seus braços protéticos mas sentir a presença das mãos que já não têm quando alguém toca em seus peitos.

Sullivan, 62 anos, e Kitts, estavam entre os cinco pacientes que participaram do estudo reportado na terça-feira. Em companhia de cinco outras pessoas que não passaram por amputações, eles receberam os eletrodos e foram instruídos a usar pensamentos para fazer com que um braço virtual na tela reproduzisse 10 movimentos diferentes, entre os quais três formas diferentes de aperto de mão.

Os pacientes apresentaram desempenho bastante respeitável, apenas um pouco mais lento e menos preciso do que os dos participantes que não tinham amputações.

"As velocidades de movimento que encontramos em nossos pacientes foram realmente encorajadoras", disse Kuiken. "Eles conseguiram completar a tarefa. É claro que não foram tão competentes quanto as pessoas dotadas de plena capacidade física, mas foram bons o bastante".

Um braço virtual foi usado porque a maioria das próteses existentes não era capaz de acomodar todos aqueles movimentos, no momento da pesquisa, ainda que Sullivan, Kitts e uma terceira paciente, Claudia Mitchell, tenham experimentado dois novos protótipos mais versáteis de braços artificiais, executando tarefas complexas com bolas de tênis e outros objetos.

O trabalho de renervação em soldados apresenta outros desafios, diz Kuiken, porque os ferimentos militares muitas vezes "causam danos muitos extensos" a nervos, músculos ou ossos.

Daniel Acosta, 25 anos, um aviador ferido pela detonação de uma bomba em uma estrada do Iraque em 2005, passou pelo procedimento no ano passado e diz que seu braço esquerdo protético agora se movimenta "muito mais rápido" e de maneira muito mais natural.

"A diferença é que agora não preciso mais pensar para mover o braço", ele diz. "Ele simplesmente se mexe".

Ainda assim, Acosta, de San Antonio, diz que "o processo foi bastante longo" e que os eletrodos precisam ser ajustados para receber os sinais à medida que os nervos crescem ou mudam de posição.

E embora elogiem o método, os especialistas afirmam que a ciência das próteses de braço ainda tem muito por avançar.

"Trata-se de uma parte crucial, mas ainda assim apenas uma parte, das muitas coisas que compreendem a função normal de um braço", disse Loeb, que escreveu um editorial que acompanha o artigo no Journal of the American Medical Association.

"No momento estamos a meio do caminho entre o braço de 'Dr. Fantástico', que fazia involuntariamente a saudação nazista, e o braço de Luke Skywalker em 'Guerra nas Estrelas', que funciona sem nenhum problema assim que é conectado. Creio que precisaremos ainda de muitos anos para conectar todas as peças necessárias a produzir um braço capaz de funcionar normalmente".

17:04
Anónimo disse...
A Espanha disse neste sábado que está preparando uma reclamação oficial contra a decisão da Venezuela de expulsar um membro do Parlamento Europeu que criticou o conselho eleitoral venezuelano.
Luis Herrero, membro do partido conservador espanhol PP, foi deportado na sexta-feira depois que o Conselho Nacional Eleitoral (CNE) o acusou de questionar a imparcialidade da instituição antes de um referendo que pode permitir ao presidente Hugo Chávez permanecer no cargo indefinidamente.

Herrero estava na Venezuela como observador do referendo. Ele acusou Chávez de ter "comportamentos típicos de um ditador" por pedir a contenção de manifestações da oposição.

O governo da Espanha convocou um encontro com o embaixador da Venezuela em Madri para expressar a desaprovação sobre a expulsão de Herrero, disse um representante do Ministério das Relações Exteriores espanhol.

As relações da Venezuela com a Espanha tiveram seu ponto crítico em 2007, quando Chávez ameaçou rever acordos diplomáticos e comerciais depois de ouvir um "cala a boca" do rei espanhol Juan Carlos durante uma cúpula.

A fenda foi oficialmente reparada em 2008, com uma visita oficial de Chávez à Espanha, onde ele cumprimentou o rei e discutiu acordos para investimento no setor petroquímico com o primeiro-ministro José Luis Rodriguez Zapatero.

17:06
Anónimo disse...
A polícia do Zimbábue anunciou neste sábado que acusa de traição Roy Bennett, dirigente do até agora opositor Movimento para a Mudança Democrática (MDC), detido na sexta-feira, em Harare, poucas horas antes da cerimônia de posse dos membros do novo gabinete.

"A Polícia nos informou que vão apresentar acusações de traição", disse à agência EFE o advogado de defesa de Bennett, Trust Maanda.

"Tentam relacionar Roy com o caso de Mike Hitschmann, que foi detido em 2006 em relação à descoberta de um carregamento de armas, apesar de que Hitschmann não tenha sido declarado culpado das acusações de traição apresentadas contra ele, mas de um crime menor de descumprimento de leis", disse Maanda.

O político opositor, designado por seu partido como vice-ministro de Agricultura no Governo de união nacional, esteve no exílio na vizinha África do Sul desde 2006 e retornou ao Zimbábue há duas semanas.

Segundo a Polícia, que deteve Bennett ontem no aeroporto de Harare quando pretendia ir à África do Sul para visitar sua família, as armas apreendidas em 2006 seriam utilizadas em um golpe de Estado para derrubar o presidente do Zimbábue, Robert Mugabe.

Depois da detenção, Bennet foi levado a Mutar, onde vários simpatizantes do MDC se concentraram em frente à delegacia na qual estava detido, diante do que a Polícia respondeu com tiros para o alto para dispersar os manifestantes.

17:07
Anónimo disse...
Austrália: 14 mil se candidatam a 'emprego dos sonhos'

A secretaria de Turismo de Queensland, na Austrália, informou que até esta segunda-feira já recebeu cerca de 14 mil inscrições para o "o melhor emprego do mundo". O Estado australiano promove pela internet seleção para vaga de "zelador" da ilha Hamilton, por seis meses com um salário de R$ 40 mil.

Muitos candidatos tiveram problemas durante a inscrição por conta dos acessos simultâneos ao site. A secretaria aconselha enviar os vídeos de 60s explicando porque deve ser escolhido em horários alternativos do dia, além de recomendar tamanho em torno de 40MB.

As inscrições começaram em 12 de janeiro e vão até o próximo dia 22 e podem ser feitas pelo site www.islandreefjob.com. O governo australiano escolherá 50 candidatos para a próxima fase da seleção, que terá votos do público para eleger um dos 11 finalistas.

A última fase terá entrevistas e desafios físicos, no próprio local de trabalho: as ilhas da Grande Barreira Coralina - o maior recife de coral do mundo. A secretaria de Turismo anunciará o vencedor no dia 6 de maio.

17:09
Anónimo disse...
Mercado elogia governo na crise, mas pede maior queda no juro

Peter Fussy
Direto de São Paulo

Desde as primeiras medidas anunciadas para combater os efeitos da crise, o governo brasileiro avisou que a estratégia não contemplaria um pacote. Seriam doses pontuais, de acordo com a necessidade da economia diante do agravamento das turbulências. Da primeira liberação dos depósitos compulsórios em setembro até a ampliação do seguro-desemprego na última quarta-feira, o governo passou por redução de impostos, ampliação de crédito e incentivos à exportação. Quase 150 dias após a primeira medida, o Terra conversou com líderes do setor público e privado, representantes dos trabalhadores, acadêmicos e com o próprio governo para saber quais destas ações foram mais eficazes, quais foram mais ineficientes e o que mais pode ser feito pelo Estado brasileiro contra a crise.

Os maiores elogios foram direcionados à atitude de reduzir o Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) para a indústria automobilística, anunciada em dezembro e que fez com que os emplacamentos de carros novos subissem 1,9% no primeiro mês do ano em relação a dezembro de 2008. Já as maiores críticas foram para a lentidão no corte da taxa básica de juro do País.

Para o presidente do conselho administrativo do Grupo Pão de Açúcar, Abílio Diniz, o Estado não é responsável pela crise e mesmo assim está agindo "com extrema serenidade e muito acerto". "O governo está atento, fazendo a sua parte. É preciso coragem de baixar firmemente a taxa de juros. É uma arma que temos a nosso favor, já que não há clima para inflação, nem possibilidade de danos para a macroeconomia", afirmou Diniz.

Na última reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), em janeiro, a taxa Selic foi reduzida em um ponto percentual, de 13,75% para 12,75% ao ano. Porém, o professor de economia da Universidade de Brasília (UnB) José Luiz Oreiro lembra que este corte representa uma redução de apenas 0,25 ponto percentual com relação à taxa de setembro do ano passado, quando a crise se agravou.

"Pouco antes da eclosão da crise, o Banco Central aumentou a taxa em 0,75 ponto. Foram cinco meses de demora para reduzir em termos líquidos apenas 0,25 ponto", afirmou o economista, que também sugeriu redução do intervalo de cerca de 90 dias entre as reuniões do Copom e o corte de pelo menos um 1 ponto percentual em cada reunião.

Mesmo com o corte de janeiro, a taxa de juros real continua sendo a maior do mundo, lembrou o secretário-geral da Força Sindical, João Carlos Gonçalves, o Juruna. "A redução da taxa de juro ainda é pequena, porque ela continua uma das mais altas do mundo. Falta ousadia para baixar os juros e ajudar o cidadão. A permanência da taxa de juro alta é negativa para o País em meio a crise", afirmou Juruna.

Embora aprove as ações do governo, o senador Aloízio Mercadante (PT-SP) também acredita que o patamar da Selic está muito alto. "Sempre fomos os primeiros a entrar em qualquer crise, o que não aconteceu agora. A taxa Selic ainda é muito alta, mas o governo têm tomado medidas acertadas, como o aumento do salário mínimo, mesmo com um cenário de crise. Isso ajuda a movimentar o consumo. O governo está se esforçando para manter os investimentos e o crescimento", disse.

Tributos
De acordo com o economista Fabio Pina, da Fecomercio-SP, as ações mais positivas estão relacionadas à redução de tributos para alguns segmentos, como a indústria automobilística, que recuperou parte da queda nas vendas em janeiro com a isenção do IPI para carros 1.0 l e o corte para demais motorizações. A medida vale até o final de março.

"Essas medidas não só reduziram o preço, mas anteciparam o consumo daqueles que iriam comprar no futuro, dando um prêmio por conta da insegurança. Mexe diretamente com o principal problema que é a confiança do consumidor", afirmou. Juruna destacou que um bom ritmo de vendas é garantia de emprego. "É importante porque cada emprego na montadora significa 19 na cadeia produtiva", comentou o representante da Força Sindical.

Também em dezembro, o governo decidiu cortar pela metade a alíquota do Imposto de Renda para contribuintes que ganham entre R$ 1.434 e R$ 2.150 mensais. "O salário aumentava e a tabela não se modificava. As pessoas ganhavam mais e pagavam mais impostos", apontou Juruna. Outra redução de tributos do governo foi com relação ao Imposto sobre Operações Financeiras (IOF), que caiu de 3% ao ano para 1,5%.

Crédito
Na segunda metade de 2008, o colapso de bancos nos Estados Unidos por conta da crise do subprime provocou uma forte restrição de crédito no mundo inteiro. Uma das primeiras medidas anticrise do governo teve como objetivo restabelecer a oferta, com mudanças no recolhimento dos depósitos compulsórios por parte dos bancos. Segundo o presidente do Banco Central, Henrique Meirelles, as diversas modificações liberaram US$ 99,2 bilhões aos bancos até o final de janeiro.

Além disso, o governo concedeu R$ 36 bilhões das reservas internacionais para empresas brasileiras com dívidas no exterior e uma medida provisória autorizou o Banco do Brasil e a Caixa Econômica Federal a comprar carteiras de crédito de bancos privados. Para o diretor do Departamento de Pesquisas e Estudos Econômicos da Fiesp, Paulo Francini, estas medidas foram essenciais para combater os efeitos da crise.

"A crise se desenvolve no mundo em torno do tema crédito. E o crédito reduziu-se barbaridade no mundo. Então o governo lança mão de compulsório, lança mão de reservas, de medidas que permitem aos bancos comprar carteiras de bancos. Você vai tomando várias medidas para atender às demandas e o epicentro disso é crédito", afirmou.

No entanto, Oreiro, da UnB, adverte que a liberação dos compulsórios seria mais eficiente acompanhada de redução mais agressiva da taxa básica de juro. "Uma parte do crédito voltou, depois da forte retração em outubro e novembro. O que deveria ter sido feito junto à liberação do compulsório era uma redução mais drástica da taxa de juro. Sem isso, os bancos pegam as reservas e acabam comprando títulos públicos", explicou o economista.

Na opinião de Pina, as ações de distribuição de crédito via redução do compulsório e a disposição de capital de giro para empresas foram tomadas sem um cuidado maior na operação e não tiveram muito efeito. "O BNDES tem linhas que ficam paradas quase todo o ano, agora é pior ainda. Existem os recursos, mas as empresas e os bancos estão desconfiados. É preciso fazer com que os bancos tenham interesse em emprestar", afirmou o economista da Fecomercio-SP.

Futuro
Mesmo com todas essas medidas, a crise financeira ainda gera incertezas nos setores produtivos do País. Nos últimos meses, o medo do desemprego fez os consumidores adiarem compras. Por sua vez, a queda nas vendas pode obrigar as indústrias a cortarem a produção e demitir funcionários. Contra isso, empresários sugerem redução de jornada e de salários.

"Isto está previsto em lei. A Fiesp simplesmente manteve conversações com entidades sindicais quanto à aplicação daquilo que já está previsto em lei", afirmou Francini.

Segundo a ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff, uma das medidas que assegura um nível de emprego é a manutenção de investimentos no Programa de Aceleração do Crescimento (PAC). "Estamos esperando que a dificuldade ocorra em janeiro, fevereiro e março. Estamos certos que vamos manter o nível de investimento. É isso que funciona, é isso que significa investimento público. Ele funciona como um colchão. Por isso, nós colocamos R$ 100 bilhões no BNDES e a Petrobras ampliou o seu investimento em R$ 120 bilhões", afirmou.

Na mesma linha, Pina explica que a antecipação de gastos do governo substitui parte da demanda retraída do setor privado. "Ele dá o seguinte recado: não vou estourar as contas públicas, mas concentrar em um momento em que a demanda privada está pequena. Mas o governo não tem fôlego suficiente para fazer o papel de toda demanda", ressaltou. O economista da Fecomercio lembrou que a entidade já pleiteou junto ao governo isenções para transferência de imóveis e de automóveis, além de retirar o IPVA para veículos novos.

Já Oreiro foca suas propostas na capitalização do Banco do Brasil e da Caixa Econômica Federal pelo Tesouro para atender a demanda de crédito para capital de giro e reduzir o spread. "Aumentando o empréstimo e reduzindo as taxas, os dois vão forçar os bancos privados a acompanhar o movimento, até para não perderem participação no mercado", explicou o economista da UnB.

Até o Carnaval, o governou prometeu detalhar um pacote de incentivos para a construção de até um milhão de casas populares, direcionado a famílias com renda de até dez salários mínimos. "Estamos atentos a tudo o que está acontecendo e novas medidas serão tomadas caso haja uma avaliação de que sejam necessárias", disse o ministro da Fazenda, Guido Mantega, na última sexta-feira.

17:11
Anónimo disse...
Ex-ministro critica extensão do seguro-desemprego

Atualizada às 09h03

O ex-ministro do Trabalho Almir Pazzianotto criticou a decisão do governo federal de conceder o seguro-desemprego estendido a apenas alguns setores. "É certamente odioso e provavelmente inconstitucional", disse Pazzianotto, de acordo com o jornal O Estado de S. Paulo.

Na última qurta, dia do anúncio da medida, centrais sindicais elogiaram a atitude do governo. A Força Sindical divulgou nota dizendo que "o aumento ajudará a aquecer parte da economia, já que irá gerar mais consumo, produção e conseqüentemente, a criação de novos postos de trabalho". A União Geral dos Trabalhadores (UGT) afirmou que a medida "contribuirá para minimizar o drama dos trabalhadores que perderem seu emprego por conta da crise".

O ex-ministro, que instituiu o seguro-desemprego no País no governo de José Sarney, destacou a necessidade de as centrais sindicais se manifestarem contra a determinação. Para ele, as mudanças devem ser aplicadas a todas as categorias profissionais e a distinção é contrária ao artigo 3º da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT).

Pazzianotto atribui a medida a um possível temor do governo de que a crise econômica seja longa e não haja dinheiro para atender a todas as necessidades. Ainda assim, ele se mostra contrário ao método de concessão. "O seguro-desemprego ajuda a sanar necessidades básicas. Estendê-lo é paliativo, não a solução", disse ao jornal.

De acordo com o presidente do Conselho Deliberativo do Fundo de Amparo ao Trabalhador (Codefat) e conselheiro da Força Sindical, Luiz Fernando Emediato, a determinação já estava prevista na lei 8.900/94, que trata do seguro-desemprego.

O presidente da Comissão de Trabalho da Câmara, Pedro Fernandes (PTB-MA) vai além na crítica à concessão do seguro para apenas alguns setores. Ele acredita que a ampliação do benefício estimula o desemprego.

Quintino Severo, secretário geral da Central Única dos Trabalhadores (CUT), lembra que a ampliação do benefício sem critério e identificação pode incentivar demissões em outros setores.

17:13
Anónimo disse...
Empresas
TAM faz promoção para destinos internacionais

A companhia aérea TAM anunciou nesta sexta-feira tarifas promocionais para trechos internacionais. Os preços valem para bilhetes comprados entre 6h deste sábado e 23h59 deste domingo e são válidos para classe econômica. As tarifas, para ida e volta, serão vendidas a partir de US$ 99, mais taxas.

Segundo a aérea, a promoção vale para viagens feitas no período de 14 de fevereiro a 18 de junho de 2009. Para destinos na América do Sul, a permanência mínima é de dois dias; para bilhetes com destino nos Estados Unidos, cinco dias; e Europa, sete dias. A permanência máxima para as passagens para América do Sul e EUA é de dois meses e para Europa, três meses.

Entre os exemplos de tarifas promocionais, a TAM oferece São Paulo-Lima por US$ 99. Bilhetes para a rota São Paulo-Santiago serão vendidos a partir de US$ 199 e São Paulo-Nova York, US$ 799.

A emissão dos bilhetes deve ser feita obrigatoriamente no ato da reserva, obedecendo às regras estipuladas pela companhia. A compra está sujeita à disponibilidade de assentos nas classes tarifárias determinadas, trechos, horários e datas. A TAM afirmou que também há tarifas promocionais para a classe executiva.

Mais informações podem ser encontradas no site promocional (www.ofertastam.com.br), no site da empresa (www.tam.com.br) ou pelos telefones 4002-5700 ou 0800 5705700.

17:13
Anónimo disse...
Empresas
Consultoria negocia compra do parque temático Hopi Hari

A consultoria especializada em reestruturação de empresas Íntegra Associados informou nesta sexta-feira ter um acordo para comprar o parque de diversões Hopi Hari, localizado no interior de São Paulo. A empresa estaria disposta a investir R$ 10 milhões no parque, que tem dívida estimada em R$ 800 milhões. As informações são da edição deste sábado do jornal Folha de S. Paulo.

De acordo com o jornal, a transação ainda depende da negociação entre o Hopi Hari e seus credores, o que já estaria em andamento.

A consultoria paulista já atuou junto à Parmalat, durante 30 meses, quando reorganizou a gestão da empresa italiana.

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17:14
Anónimo disse...
Empresas
Disney de Tóquio contratará mais 2 mil apesar da crise


A Oriental Land, o operador da Disneylândia Tóquio e DisneySea, organizou neste domingo entrevistas para contratar cerca de 2 mil trabalhadores em tempo parcial, em um momento de grandes demissões deste tipo de empregados no Japão.

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O operador deste parque temático, situado em Urayasu, na província de Chiba (leste de Tóquio), está em pleno processo de seleção de empregados para 20 tipos de postos trabalhistas diferentes.

Segundo a companhia, citada pela agência local de notícias Kyodo, o parque contratará novos trabalhadores para as atrações, para os restaurantes e guardas de segurança entre outros. Os novos contratados começarão a trabalhar a partir de fevereiro.

O processo de seleção acontece em um momento em que a maioria das grandes companhias japonesas começaram a se ver obrigadas a despedir uma elevada percentagem de seus trabalhadores temporários e a tempo parcial.

Algumas inclusive anunciaram demissões de seus trabalhadores fixos, uma medida muito pouco comum nas companhias japonesas, perante os efeitos piores que o esperado pela crise econômica global.

Cerca de uma centena de pessoas esperavam desde a primeira hora desta manhã a abertura do centro de conferências Tokyo International Forum, onde as entrevistas estão sendo feitas, para ser os primeiros a solicitar os postos de trabalho.


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17:15
Anónimo disse...
Economia Internacional
Senado dos EUA aprova plano de estímulo à economia

O Senado dos Estados Unidos aprovou com 60 votos a favor e 38 contra o plano de estímulo à economia de US$ 787 bilhões na madrugada deste sábado. Agora, ele segue para sanção ou veto do presidente Barack Obama, que espera colocar a lei em prática até o dia 16 de fevereiro.

O plano prevê a criação de três milhões de empregos, inclui cortes de impostos às famílias, fundos para programas sociais e obras públicas, além de ajuda aos governos estaduais, estudantes e desempregados.

A cláusula Buy American - que exige o uso de ferro, aço e produtos manufaturados dos Estados Unidos em obras realizadas com recursos do pacote - ficou de lado. Segundo o texto definitivo, a cláusula será aplicada sem violar as normas do comércio internacional.

Ontem à tarde, a Câmara de Representantes (deputados) havia aprovado, por 246 votos a favor e 183 contra, a versão final do plano. Todos os republicanos foram contrários ao pacote.

Pelo acordo de quarta-feira entre Câmara e Senado, em vez de custar US$ 819 bilhões, como queriam os deputados, ou US$ 838 bilhões como pretendiam os senadores, o pacote ficou em cerca de US$ 787 bilhões, com 65% desse total destinado a gastos do governo federal e 35%, a créditos tributários.

17:16
Anónimo disse...
Economia nacional
Na era Lula, aposentadoria sobe 54% menos que salário mínimo

Thatiane Faria
Especial para o Terra
Direto de São Paulo

Os índices de reajustes concedidos pelo governo em 2009 para aposentados e pensionistas e para o salário mínimo repetiram uma diferença que, só durante o governo de Luiz Inácio Lula da Silva, já chega a 54%. Enquanto o mínimo foi majorado em 12% este ano, as pensões e aposentadorias tiveram aumento de 5,92%. Aposentados que têm o benefício do governo como única fonte de renda reclamam que perdem poder de compra e que sua cesta de compras é composta por itens que aumentam mais em relação à inflação oficial.

Um exemplo prático pode ser entendido a partir da comparação entre um aposentado que ganhava R$ 600 em janeiro de 2003. Na época, o benefício era três vezes, ou 200%, maior que o valor do mínimo em vigência, que era de R$ 200. Aplicando-se os índices de reajuste para aposentadorias e para o mínimo durante os últimos seis anos, o mesmo aposentado estaria recebendo hoje R$ 938,47, comparado a um salário mínimo de R$ 465. A diferença entre os dois valores caiu para pouco mais de 100%.

Enquanto o índice acumulado de reajuste para a aposentadoria durante o governo Lula foi de 60%, para o salário mínimo está em 132%.

O diretor do Sindicato Nacional dos Aposentados, João Inocentini, reclama que os valores dos benefícios para aposentadorias não mantêm o poder de compra do grupo, principalmente dos aposentados que recebem menos que dez salários mínimos.

Nem mesmo o fato de o índice de reajuste das aposentadorias ter ficado acima da inflação acumulada no mesmo período (o IPCA entre janeiro de 2003 e janeiro de 2009 foi de 39,7%) serve de argumento, segundo os aposentados.

"Os idosos, principalmente, têm gastos além das contas gerais como gás, telefone e aluguel. Para eles o custo com remédios, e outros itens da área saúde costuma ser maior", afirmou Inocentini.

O presidente do sindicato afirmou que o grupo realiza um estudo com 100 itens de necessidade de um idoso para comparar o aumento dos produtos com o índice de reajuste do benefício recebido pelos aposentados.

"Daqui dois meses vamos abrir um processo na Justiça e levar essa pesquisa como prova. Segundo a lei, o governo é obrigado a manter o poder de compra com a aposentadoria", disse Inocentini.

Alternativas
O consultor financeiro Cláudio Boriola diz que os aposentados, especialmente nesse momento de crise econômica, devem evitar compras parceladas, pesquisar preços, negociar e fazer bom planejamento financeiro.

Segundo Boriola, alguns aposentados ganham um valor mensal muitas vezes insuficiente para o pagamento das contas e acabam pedindo crédito ou realizando pagamentos a prazo e são obrigados a pagar juros altos.

Na opinião do consultor, pagar uma previdência privada é uma alternativa indicada para quem ainda trabalha, considerando a característica de perda de poder de compra da aposentadoria.

"Na prática, infelizmente os valores encontram-se em um patamar que está deteriorando o poder de aquisição da população brasileira", completou Boriola.

De acordo com o diretor da Confederação Brasileira de Aposentados e Pensionistas (Cobap), Vicente Fernandes Barbosa, representantes dos aposentados tentarão um encontro com o presidente da Câmara, deputado Michel Temer (PMDB-SP), para discutir projetos que minimizem a perda dos aposentados

17:17
Anónimo disse...
Previdência
Previdência prorroga isenção de tarifas no benefício

O atual sistema de pagamento aos 26 milhões de aposentados e pensionistas do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) será mantido até o final deste ano. O acordo, que permite realizar a operação sem nenhum custo aos beneficiários, foi renovado nesta sexta-feira, entre o governo federal e 21 instituições financeiras.

Por meio desse acordo, vigente desde setembro de 2007, nem os segurados, nem os bancos e nem o governo arcam com o pagamento de tarifas, conforme explicou o ministro da Previdência Social, José Pimentel. A prorrogação vale até dezembro, data máxima para que a Previdência defina as regras para um novo contrato.

Ao assinar o termo de renovação, na sede da Federação Brasileira dos Bancos (Febraban), o ministro disse que a intenção do governo é mudar o atual modelo de gestão visando a reduzir os custos dessas operações em torno da folha mensal, que atinge R$ 15,8 bilhões. No entanto, qualquer alteração, conforme explicou, passará antes por audiências públicas a serem realizadas a partir do segundo semestre deste ano, atendendo a determinação do Tribunal de Contas da União (TCU).

De acordo com Pimentel, com um redesenho do mecanismo de repasse dos recursos aos bancos em torno da folha de pagamento dos segurados o que se busca é um aumento da participação de instituições financeiras. Ele informou que, desde 2007, cada benefício custa em média R$ 1,07 ao governo. "Quanto mais instituições financeiras estiverem prestando serviços à sociedade, maior é a competitividade, a agilidade no atendimento", justificou.

O ministro observou, ainda, que, para permitir uma redução para algo em torno de meia hora no tempo de atendimento para a concessão dos direitos previdenciários, o governo investiu R$ 280 milhões.

Questionado sobre o descontentamento dos segurados que ganham acima de um salário mínimo terem obtido apenas a correção com base na variação do Índice de Preços ao Consumidor (INPC) , ficando abaixo do reajuste dado a quem recebe apenas o mínimo, Pimentel argumentou que o governo seguiu o que determina a lei e descartou a possibilidade de uma revisão

17:17
Anónimo disse...
Empresas
Caterpillar oferece aposentadoria antecipada a 2 mil


A companhia americana Caterpillar ofereceu a cerca de dois mil funcionários incentivos para que se aposentem de forma voluntária antes do previsto, pela perspectiva de uma queda "significativa" da atividade industrial, informou nesta quarta-feira a empresa.

A iniciativa, destinada aos trabalhadores de diversas fábricas em Illinois, Colorado, Tennessee e Pensilvânia, se soma aos cortes de empregos anunciados em janeiro, explicou em comunicado de imprensa.

A empresa, a maior fabricante mundial de maquinaria pesada para a construção e a mineração, acrescentou que, "em função das condições de negócio, podem ser necessárias mais reduções de elenco voluntárias e involuntárias à medida que o ano avança".

O vice-presidente da companhia, Sid Banwart, explicou que a empresa prevê "demissões significativas em todas as regiões geográficas e na maioria dos setores devido às dificuldades da economia mundial".

17:18
Anónimo disse...
Comércio
Comércio exterior da OCDE caiu no 3º trimestre de 2008


As exportações e as importações dos países da Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Econômico (OCDE) caíram 1,6% e 0,2%, respectivamente, no terceiro trimestre de 2008, em relação aos três meses anteriores.

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Trata-se da primeira queda destas atividades desde o terceiro trimestre de 2006, segundo o último relatório trimestral sobre fluxos comerciais divulgado pela OCDE.

As exportações e as importações em dólares dos 30 Estados-membros caíram 15,6% e 17%, respectivamente, na comparação anualizada.

Por sua vez, o comércio dos sete países mais ricos do mundo (G7) teve um pequeno crescimento no terceiro trimestre de 2008 com uma queda das exportações de mercadorias de 0,2% em relação ao trimestre anterior e um aumento de 0,4% das importações.

Em termos anualizados, as importações do G7 caíram 1,4% entre julho e setembro do ano passado, seu primeiro retrocesso desde o terceiro trimestre de 2006, enquanto as exportações aumentaram 1,9%, seu crescimento mais baixo no mesmo tempo.

Por países, a Alemanha aumentou suas importações em 3,4% - valor mais alto do G7 -, enquanto suas exportações caíram 2,9% do segundo para o terceiro trimestre de 2008.

Pelo contrário, as exportações americanas aumentaram 1,8% entre julho e setembro de 2008, enquanto as importações caíram 0,7% em relação ao trimestre anterior. No Japão, tanto as importações quanto as exportações caíram em torno de 1% no mesmo período.

17:19
Anónimo disse...
Economia Nacional
Lula: juros de crédito consignado a aposentados são altos

Atualizada às 17h29

O presidente Luis Inácio Lula da Silva afirmou nesta terça-feira, em São Paulo, que está lutando para reduzir as taxas de juros cobradas de aposentados em crédito consignado. A Previdência Social estabelece uma taxa máxima de 2,5% para empréstimo e de 3,5% para cartão. Para Lula, os valores são altos.

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"Acho que o juro que os aposentados estão pagando hoje com o crédito consignado é alto para o padrão brasileiro", disse o presidente durante a cerimônia de comemoração dos 86 anos do INSS.

A Previdência anunciou nesta terça-feira que aposentados e trabalhadoras com licença-maternidade poderão receber seus benefícios em 30 minutos. De acordo com Lula, em junho, a aposentadoria do trabalhador rural também será conseguida em meia hora.

Além disso, o presidente anunciou que, também em junho, os trabalhadores que alcançarem o direito à aposentadoria passarão a receber em suas casas um comunicado da Previdência informando o fato e o valor do salário que têm direito a receber. "É um comprometimento público que estou fazendo com os companheiros da Previdência Social", disse.

"Estamos retribuindo ao contribuinte da Previdência Social aquilo que é a cidadania que ele tem direito", afirmou Lula. "Se para cobrar nós somos tão precisos, para devolver o dinheiro, temos que chegar próximo à perfeição", completou.

17:20
Anónimo disse...
Economia Nacional
Salário maternidade sairá em 30 minutos, diz ministro

Toda trabalhadora autônoma que tiver contribuído pelo menos 10 meses com o Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) - ou as que possuírem carteira assinada - poderão receber em 30 minutos o salário maternidade a partir desta terça-feira. Da mesma forma, as mulheres com 30 anos de contribuição e os homens com 35 anos também terão direito ao benefício de forma mais rápida. A informação é do ministro da Previdência Social, José Pimentel.

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Para requerer o salário maternidade, é preciso que as autônomas levem a carteira de identidade e o carnê de contribuição. As demais trabalhadoras devem apresentar a identificação e a carteira de trabalho. Desde o início do mês, a nova forma de análise para a concessão de benefícios foi adotada para a aposentadoria por idade do trabalhador urbano e agora foi estendida para o salário maternidade e por tempo de contribuição.

O ministro disse que a qualificação do serviço da previdência social é o reconhecimento do direito dos trabalhadores e da afirmação da cidadania.

"Até pouco tempo na cabeça do cidadão o serviço devia ser de péssima qualidade. Agora não, nós modificamos toda a legislação no mês de dezembro numa ação conjunta do Congresso Nacional com o governo federal. Estamos implantando e concedendo os benefícios em até 30 minutos", afirmou.

O ministro destacou que para conseguir se aposentar ou ter acesso à licença maternidade em 30 minutos, em primeiro lugar, é necessário que o cidadão esteja vinculado à Previdência, o que inclui 65% da população acima de 16 anos de idade.

"Depois bastar marcar pelo sistema 135 o dia e a hora do atendimento e levar a documentação. Se todos os dados necessários estiverem corretos o contribuinte será atendido em até 30 minutos, como vem sendo feito com as aposentadorias por idade desde o dia cinco de janeiro", explicou.

Pimentel disse ainda que em 90% das agências da previdência social o atendimento é marcado em até 48 horas. Nos grandes centros, entretanto existe um volume maior o que torna mais lento o processo.

"Estamos criando mais 715 agências até 2010, em todo o território nacional, para descentralizar o atendimento. Em 2008, atendemos 295 mil benefícios e aposentadorias por idade. Temos 4 mil pessoas por dia procurando e se aposentando por idade no território nacional. Este serviço será agilizado", concluiu.

17:25
Anónimo disse...
Giuseppe Englaro, pai de Eluana, a italiana que morreu na segunda-feira passada por desidratação, recusou uma grande soma de dinheiro de um conhecido fotógrafo italiano que queria retratar a filha em estado de coma, disse neste sábado o neurologista que atendia a mulher desde 1996, Carlo Defanti.

O neurologista, que participou hoje de uma conferência sobre eutanásia, disse que Englaro respeitou a vontade da filha, que, antes do acidente, tinha pedido que, se lhe ocorresse qualquer coisa irreversível, apresentasse sua imagem de quando estava em boas condições.

Antes de sofrer o acidente de trânsito, em 1992, Eluana viveu o coma de um amigo, Alessandro, o que causou forte impacto na italiana e a levou a fazer o pai prometer que não a deixasse viver em estado vegetativo, disse o próprio Giuseppe Englaro.

Defanti, que dissera que Eluana poderia viver de dez a 12 dias depois da suspensão da alimentação e da hidratação, disse que, como médico, tinha que reprovar esta afirmação.

"Não se pode sobreviver após três ou quatro dias sem líquido e, em particular, água em um corpo. Sabemos bem que, quando há um terremoto, após quatro dias é difícil encontrar sobreviventes".

Defanti ressaltou que Eluana "não falava, não se comunicava com o exterior" e que, após vários exames, "nos deparamos com uma moça que tinha perdido a consciência", porque estava com o córtex cerebral prejudicado.

Eluana foi enterrada na quinta-feira passada no túmulo da família na localidade de Paluzza, em Udine, após um funeral que não contou com a presença dos pais.

16:53
Anónimo disse...
Os bombeiros combatem neste sábado os incêndios na Austrália favorecidos pelo bom tempo, enquanto os deslocados encotram em seu retorno casas derruídas, carros queimados nas ruas e destruição.

Depois de sete dias desde que começaram os incêndios no Estado de Victoria, a lista de mortos chega a 181, os desaparecidos somam 50, os edifícios destruídos totalizam 1,834 mil e o terreno arrasado, principalmente florestas, ocupa uma área de 4,13 mil quilômetros quadrados.

As equipes de bombeiros, formadas por 4 mil profissionais de Victoria, de outras partes da Austrália e de países amigos, combateram hoje 12 focos fora de controle e nenhum representava uma ameaça direta para a população.

O subdiretor do Serviço de Bombeiros, Geoff Conway, disse que este tempo favorável, que se prolongará durante o domingo, permite consolidar as linhas de contenção e avançar na extinção das chamas.

Cinzas apareceram arrastadas por ventos do nordeste sobre Melbourne, onde habitam 3,8 milhões de pessoas, e as autoridades alertaram aos cidadãos do risco para a saúde de idosos, crianças e pessoas com problemas respiratórios.

O número de pessoas deslocadas - a Cruz Vermelha chegou a receber 7 mil - começou a cair com a abertura de algumas localidades atingidas.

Os incêndios, alguns criminosos, começaram em 7 de fevereiro, quando a região sul da Austrália estava há duas semanas sob uma onda de calor sem precedentes.

Na sexta-feira passada, a polícia acusou uma pessoa de ter provocado o incêndio que atingiu a localidade de Churchill e matou 21 pessoas.

16:55
Anónimo disse...
A primeira chuva em seis dias reduziu a ameaça de incêndios no Estado de Victoria, ao sul da Austrália. As autoridades, porém, advertiram que ainda existem 12 focos, mas que nenhum deles ameaça áreas povoadas.

Mais de quatro mil bombeiros, mil provenientes de outras partes do país e de outras nações, trabalham contra o fogo. Cerca de 600 veículos e 28 helicópteros e pequenos aviões estão sendo usados.


Eles conseguiram construir linhas de contenção para evitar os incêndios de Yarra e Maroondah se juntassem. Também foram controlados os incêndios abertos de Yea e Murrindindi, que ameaçavam as comunidades de Connellys Creek, Crystal Creek, Scrubby Creek e Native Dog Creek.

O número de mortos chegou a 181, mas as autoridades acreditam que as vítimas devem passar de 200, já que ainda há muitos desaparecidos.

16:55
Anónimo disse...
Aqui nesta coluna, na semana passada, tive a oportunidade de comentar sobre a recente visita do professor brasileiro Pedrinho Guareschi à Austrália. Não dei, porém, os fatos, pois semana passada o assunto era outro.

Hoje, porém, vamos a eles.

No último dia 4 de fevereiro, aconteceu o Seminário "Paulo Freire: Education and Liberation", organizado pelo centro de estudos latino-americanos da Universidade Nacional da Austrália, ou ANU, como é mais conhecida por aqui.

A ANU, para quem não sabe, está entre as 20 melhores universidades do mundo! E tem sede aqui em Camberra, capital da Austrália.

Na abertura do evento, o professor John Minns, diretor do centro latino-americano, ao dar boas-vindas ao público presente, lembrou ser aquele o primeiro seminário exclusivamente dedicado a Paulo Freire na Austrália.

Em seguida, convidou Pedrinho Guareschi, palestrante principal do Seminário, a fazer sua apresentação.

A plateia pode então conhecer, pelas palavras de Pedrinho, um pouco da obra e da vida de Freire, esse brasileiro de fé e valor, que sempre acreditou na educação, sobretudo dos menos favorecidos, analfabetos, como força libertadora.

Como não podia deixar de ser, os conceitos e ideias revolucionários de Paulo Freire, expostos com clareza por Pedrinho, despertaram o interesse e a curiosidade de plateia. A qual, deve-se notar, era na maioria de estudantes, mas de várias nacionalidades, sobretudo australianos e asiáticos.

Na continuação do programa do seminário, que se estendeu por dois dias, outros professores fizeram palestras sobre temas ligados à obra de Paulo Freire.

Interessante, por exemplo, saber que a professora Anne Hickling-Hudson, jamaicana que mora na Austrália há muitos anos (é professora da ANU), conheceu e trabalhou com Freire num workshop educacional durante a revolução na Ilha de Granada, em 1980, antes da invasão dos Estados Unidos...

Ou, então, a palestra da Professora Gerda Roelvink, da Nova Zelândia, que participou do Fórum Social de Porto Alegre em 2005. E essa participação transformou-se em tema de doutorado.

No dia 10, terça-feira passada, o padre Pedrinho Guareschi voltou a falar ao público australiano em grande auditório localizado no belíssimo campus da ANU. Desta vez, sobre a Teologia da Libertação.

Depois da palestra, John Minns mostrou o filme mexicano "O Crime do Padre Amaro", no qual um dos personagens é um padre católico praticante da Teologia da Libertação.

Mais uma vez, foi grande o intersse da platéia, que pode aprender e conhecer um pouco como se desenvolveu aquele importante movimento católico na América Latina.

Fica, assim, ao Pedrinho, bem como a outros brasileiros estudiosos e de bom coração que saem pelo mundo a divulgar aspectos importantes da cultura brasileira, o respeito e a homenagem desta coluna. E... aquele abraço!

16:57
Anónimo disse...
Amanda Kitts perdeu o braço esquerdo em um acidente de automóvel acontecido três anos atrás, mas hoje em dia ela joga futebol americano com seu filho de 12 anos de idade, troca fraldas e abraça as crianças nas três creches Kiddie Cottage que opera em Knoxville, Tennessee. Kitts, 40 anos, faz tudo isso com a ajuda de um novo tipo de braço artificial que se movimenta com mais facilidade do que outros aparelhos e que ela pode controlar utilizando apenas seus pensamentos.

"Eu sou capaz de mexer a mão, o pulso e o cotovelo ao mesmo tempo", diz. "Você pensa e os músculos se movem em seguida".

A recuperação que ela conseguiu resulta de um novo procedimento que vem atraindo crescente atenção porque permite que pessoas movam braços protéticos de forma mais automática do que faziam no passado, simplesmente utilizando nervos reaproveitados em seus cérebros.

A técnica, conhecida como "renervação muscular dirigida", envolve utilizar os nervos que restam depois da amputação de um braço e conectá-los a outro músculo do corpo, em geral no peito. Eletrodos são instalados sobre os músculos do peito, e operam como se fossem antenas. Quando a pessoa deseja mover o braço, o cérebro envia sinais que primeiro resultam em contração dos músculos do peito, os quais enviam um sinal ao braço protético, instruindo-se a se movimentar. O processo não requer mais esforços consciente do que a pessoa teria de exercitar caso ainda tivesse seu braço natural.

Na terça-feira, pesquisadores reportaram em estudo publicado pela versão online do Journal of the American Medical Association que haviam levado a técnica ainda mais à frente, tornando possível a execução de 10 movimentos de mão, pulso e cotovelo diferentes, o que representa uma substancial melhora com relação ao típico repertório protético, que em geral envolve apenas dobrar o cotovelo, girar o pulso e abrir a mão.

"Os novos métodos tiveram impacto dramático em nosso campo de trabalho", disse Stuart Harshbarger, engenheiro biomédico na Universidade Johns Hopkins e diretor do programa de pesquisa sobre próteses, financiado pelas forças armadas, que inclui o trabalho com essa técnica. "O método já está em uso por médicos e cirurgiões comuns em todo o país. A capacidade de controlar um membro protético bastante robusto que ele confere surpreendeu a todos pela qualidade".

Tipicamente, uma pessoa que tenha um braço protético só é capaz de executar alguns poucos movimentos, e muitas vezes com tamanha lentidão que isso só permite a ela atividades limitadas.

Há um motor separado para cada movimento, diz Gerald Loeb, professor de engenharia biomédica na Universidade do Sul da Califórnia, "e esses motores precisam ser controlados de maneira explícita", usualmente por um esforço consciente da pessoa para contrair músculos nas costas ou no bíceps.

"Essencialmente, até agora os pacientes controlavam apenas um motor de cada vez", diz Loeb, "e precisavam pensar cuidadosamente sobre que motor desejavam controlar e como fazê-lo operar, em lugar de simplesmente pensarem em mover o braço e poderem fazê-lo sem delongas".

Antes que Kitts passasse pelo procedimento de renervação, em outubro de 2007, por exemplo, ela precisava movimentar os músculos de suas costas de determinada maneira para fazer com que seu pulso girasse, e flexionar seu bíceps e tríceps para fazer com que o cotovelo se movesse para cima e para baixo. "Era muito trabalho", ela conta. "E não me ajudava muito".

O procedimento de renervação é parte de uma recente explosão de idéias novas e técnicas inovadoras que estão sendo exploradas enquanto os cientistas se esforçam por ajudar as pessoas a compensar melhor a perda de membros ou problemas de paralisia. O esforço vem sendo alimentado pelo aumento no número de amputações causado por diabetes e por ferimentos sofridos pelos militares, e ao mesmo tempo pelos avanços na tecnologia médica.

Os braços se tornaram um dos focos essenciais desse tipo de trabalho. A ciência há muito vem obtendo sucessos no desenvolvimento de próteses de perna, mas é muito mais difícil imitar a complexidade e a destreza das mãos e dos braços.

Os esforços em curso incluem o desenvolvimento de projetos de pele e braços mais sensíveis e mais flexíveis, e o uso de dispositivos acionados por controles sem fio implantado nos braços protéticos, que permitiriam movimentos mais naturais.

Os pesquisadores também vêm usando sensores implantados nos cérebros de cobaias para permitir que dois macacos controlem um braço mecânico, e um teste com um homem paralítico permitiu, com esse método, que ele movimentasse um cursor em uma tela de computador.

Alguns desses métodos, caso venham a ser aperfeiçoados plenamente e consigam aprovação das autoridades regulatórias da saúde, podem no futuro se tornar mais viáveis para os pacientes de amputações.

E embora a técnica da renervação não requeira aprovação das autoridades regulatórias porque é executada por meios cirúrgicos e emprega aparelhos já existentes, ela apresenta limitações que até mesmo seus criadores reconhecem, entre as quais o fato de que não se pode utilizá-la para todos os pacientes, o seu alto custo e o prazo de meses requerido para que os nervos reconectados cresçam e se tornem efetivos.

Ainda assim, os especialistas dizem que é o mais avançado sistema em uso hoje para pacientes reais que permite que o sistema nervoso controle diretamente o movimento de um braço artificial.

Desde sua introdução por Todd Kuiken, médico fisioterapeuta e engenheiro biomédico do Instituto de Reabilitação de Chicago, o método foi empregado em cerca de 30 pacientes nos Estados Unidos, Canadá e Europa, entre os quais oito soldados feridos no Iraque e no Afeganistão.

Muitos dos pacientes, entre os quais o primeiro, Jesse Sullivan, um operário do setor elétrico no Tennessee que perdeu os dois braços quando foi eletrocutado por um cabo, conseguem não apenas manipular seus braços protéticos mas sentir a presença das mãos que já não têm quando alguém toca em seus peitos.

Sullivan, 62 anos, e Kitts, estavam entre os cinco pacientes que participaram do estudo reportado na terça-feira. Em companhia de cinco outras pessoas que não passaram por amputações, eles receberam os eletrodos e foram instruídos a usar pensamentos para fazer com que um braço virtual na tela reproduzisse 10 movimentos diferentes, entre os quais três formas diferentes de aperto de mão.

Os pacientes apresentaram desempenho bastante respeitável, apenas um pouco mais lento e menos preciso do que os dos participantes que não tinham amputações.

"As velocidades de movimento que encontramos em nossos pacientes foram realmente encorajadoras", disse Kuiken. "Eles conseguiram completar a tarefa. É claro que não foram tão competentes quanto as pessoas dotadas de plena capacidade física, mas foram bons o bastante".

Um braço virtual foi usado porque a maioria das próteses existentes não era capaz de acomodar todos aqueles movimentos, no momento da pesquisa, ainda que Sullivan, Kitts e uma terceira paciente, Claudia Mitchell, tenham experimentado dois novos protótipos mais versáteis de braços artificiais, executando tarefas complexas com bolas de tênis e outros objetos.

O trabalho de renervação em soldados apresenta outros desafios, diz Kuiken, porque os ferimentos militares muitas vezes "causam danos muitos extensos" a nervos, músculos ou ossos.

Daniel Acosta, 25 anos, um aviador ferido pela detonação de uma bomba em uma estrada do Iraque em 2005, passou pelo procedimento no ano passado e diz que seu braço esquerdo protético agora se movimenta "muito mais rápido" e de maneira muito mais natural.

"A diferença é que agora não preciso mais pensar para mover o braço", ele diz. "Ele simplesmente se mexe".

Ainda assim, Acosta, de San Antonio, diz que "o processo foi bastante longo" e que os eletrodos precisam ser ajustados para receber os sinais à medida que os nervos crescem ou mudam de posição.

E embora elogiem o método, os especialistas afirmam que a ciência das próteses de braço ainda tem muito por avançar.

"Trata-se de uma parte crucial, mas ainda assim apenas uma parte, das muitas coisas que compreendem a função normal de um braço", disse Loeb, que escreveu um editorial que acompanha o artigo no Journal of the American Medical Association.

"No momento estamos a meio do caminho entre o braço de 'Dr. Fantástico', que fazia involuntariamente a saudação nazista, e o braço de Luke Skywalker em 'Guerra nas Estrelas', que funciona sem nenhum problema assim que é conectado. Creio que precisaremos ainda de muitos anos para conectar todas as peças necessárias a produzir um braço capaz de funcionar normalmente".

17:04
Anónimo disse...
A Espanha disse neste sábado que está preparando uma reclamação oficial contra a decisão da Venezuela de expulsar um membro do Parlamento Europeu que criticou o conselho eleitoral venezuelano.
Luis Herrero, membro do partido conservador espanhol PP, foi deportado na sexta-feira depois que o Conselho Nacional Eleitoral (CNE) o acusou de questionar a imparcialidade da instituição antes de um referendo que pode permitir ao presidente Hugo Chávez permanecer no cargo indefinidamente.

Herrero estava na Venezuela como observador do referendo. Ele acusou Chávez de ter "comportamentos típicos de um ditador" por pedir a contenção de manifestações da oposição.

O governo da Espanha convocou um encontro com o embaixador da Venezuela em Madri para expressar a desaprovação sobre a expulsão de Herrero, disse um representante do Ministério das Relações Exteriores espanhol.

As relações da Venezuela com a Espanha tiveram seu ponto crítico em 2007, quando Chávez ameaçou rever acordos diplomáticos e comerciais depois de ouvir um "cala a boca" do rei espanhol Juan Carlos durante uma cúpula.

A fenda foi oficialmente reparada em 2008, com uma visita oficial de Chávez à Espanha, onde ele cumprimentou o rei e discutiu acordos para investimento no setor petroquímico com o primeiro-ministro José Luis Rodriguez Zapatero.

17:06
Anónimo disse...
A polícia do Zimbábue anunciou neste sábado que acusa de traição Roy Bennett, dirigente do até agora opositor Movimento para a Mudança Democrática (MDC), detido na sexta-feira, em Harare, poucas horas antes da cerimônia de posse dos membros do novo gabinete.

"A Polícia nos informou que vão apresentar acusações de traição", disse à agência EFE o advogado de defesa de Bennett, Trust Maanda.

"Tentam relacionar Roy com o caso de Mike Hitschmann, que foi detido em 2006 em relação à descoberta de um carregamento de armas, apesar de que Hitschmann não tenha sido declarado culpado das acusações de traição apresentadas contra ele, mas de um crime menor de descumprimento de leis", disse Maanda.

O político opositor, designado por seu partido como vice-ministro de Agricultura no Governo de união nacional, esteve no exílio na vizinha África do Sul desde 2006 e retornou ao Zimbábue há duas semanas.

Segundo a Polícia, que deteve Bennett ontem no aeroporto de Harare quando pretendia ir à África do Sul para visitar sua família, as armas apreendidas em 2006 seriam utilizadas em um golpe de Estado para derrubar o presidente do Zimbábue, Robert Mugabe.

Depois da detenção, Bennet foi levado a Mutar, onde vários simpatizantes do MDC se concentraram em frente à delegacia na qual estava detido, diante do que a Polícia respondeu com tiros para o alto para dispersar os manifestantes.

17:07
Anónimo disse...
Austrália: 14 mil se candidatam a 'emprego dos sonhos'

A secretaria de Turismo de Queensland, na Austrália, informou que até esta segunda-feira já recebeu cerca de 14 mil inscrições para o "o melhor emprego do mundo". O Estado australiano promove pela internet seleção para vaga de "zelador" da ilha Hamilton, por seis meses com um salário de R$ 40 mil.

Muitos candidatos tiveram problemas durante a inscrição por conta dos acessos simultâneos ao site. A secretaria aconselha enviar os vídeos de 60s explicando porque deve ser escolhido em horários alternativos do dia, além de recomendar tamanho em torno de 40MB.

As inscrições começaram em 12 de janeiro e vão até o próximo dia 22 e podem ser feitas pelo site www.islandreefjob.com. O governo australiano escolherá 50 candidatos para a próxima fase da seleção, que terá votos do público para eleger um dos 11 finalistas.

A última fase terá entrevistas e desafios físicos, no próprio local de trabalho: as ilhas da Grande Barreira Coralina - o maior recife de coral do mundo. A secretaria de Turismo anunciará o vencedor no dia 6 de maio.

17:09
Anónimo disse...
Mercado elogia governo na crise, mas pede maior queda no juro

Peter Fussy
Direto de São Paulo

Desde as primeiras medidas anunciadas para combater os efeitos da crise, o governo brasileiro avisou que a estratégia não contemplaria um pacote. Seriam doses pontuais, de acordo com a necessidade da economia diante do agravamento das turbulências. Da primeira liberação dos depósitos compulsórios em setembro até a ampliação do seguro-desemprego na última quarta-feira, o governo passou por redução de impostos, ampliação de crédito e incentivos à exportação. Quase 150 dias após a primeira medida, o Terra conversou com líderes do setor público e privado, representantes dos trabalhadores, acadêmicos e com o próprio governo para saber quais destas ações foram mais eficazes, quais foram mais ineficientes e o que mais pode ser feito pelo Estado brasileiro contra a crise.

Os maiores elogios foram direcionados à atitude de reduzir o Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) para a indústria automobilística, anunciada em dezembro e que fez com que os emplacamentos de carros novos subissem 1,9% no primeiro mês do ano em relação a dezembro de 2008. Já as maiores críticas foram para a lentidão no corte da taxa básica de juro do País.

Para o presidente do conselho administrativo do Grupo Pão de Açúcar, Abílio Diniz, o Estado não é responsável pela crise e mesmo assim está agindo "com extrema serenidade e muito acerto". "O governo está atento, fazendo a sua parte. É preciso coragem de baixar firmemente a taxa de juros. É uma arma que temos a nosso favor, já que não há clima para inflação, nem possibilidade de danos para a macroeconomia", afirmou Diniz.

Na última reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), em janeiro, a taxa Selic foi reduzida em um ponto percentual, de 13,75% para 12,75% ao ano. Porém, o professor de economia da Universidade de Brasília (UnB) José Luiz Oreiro lembra que este corte representa uma redução de apenas 0,25 ponto percentual com relação à taxa de setembro do ano passado, quando a crise se agravou.

"Pouco antes da eclosão da crise, o Banco Central aumentou a taxa em 0,75 ponto. Foram cinco meses de demora para reduzir em termos líquidos apenas 0,25 ponto", afirmou o economista, que também sugeriu redução do intervalo de cerca de 90 dias entre as reuniões do Copom e o corte de pelo menos um 1 ponto percentual em cada reunião.

Mesmo com o corte de janeiro, a taxa de juros real continua sendo a maior do mundo, lembrou o secretário-geral da Força Sindical, João Carlos Gonçalves, o Juruna. "A redução da taxa de juro ainda é pequena, porque ela continua uma das mais altas do mundo. Falta ousadia para baixar os juros e ajudar o cidadão. A permanência da taxa de juro alta é negativa para o País em meio a crise", afirmou Juruna.

Embora aprove as ações do governo, o senador Aloízio Mercadante (PT-SP) também acredita que o patamar da Selic está muito alto. "Sempre fomos os primeiros a entrar em qualquer crise, o que não aconteceu agora. A taxa Selic ainda é muito alta, mas o governo têm tomado medidas acertadas, como o aumento do salário mínimo, mesmo com um cenário de crise. Isso ajuda a movimentar o consumo. O governo está se esforçando para manter os investimentos e o crescimento", disse.

Tributos
De acordo com o economista Fabio Pina, da Fecomercio-SP, as ações mais positivas estão relacionadas à redução de tributos para alguns segmentos, como a indústria automobilística, que recuperou parte da queda nas vendas em janeiro com a isenção do IPI para carros 1.0 l e o corte para demais motorizações. A medida vale até o final de março.

"Essas medidas não só reduziram o preço, mas anteciparam o consumo daqueles que iriam comprar no futuro, dando um prêmio por conta da insegurança. Mexe diretamente com o principal problema que é a confiança do consumidor", afirmou. Juruna destacou que um bom ritmo de vendas é garantia de emprego. "É importante porque cada emprego na montadora significa 19 na cadeia produtiva", comentou o representante da Força Sindical.

Também em dezembro, o governo decidiu cortar pela metade a alíquota do Imposto de Renda para contribuintes que ganham entre R$ 1.434 e R$ 2.150 mensais. "O salário aumentava e a tabela não se modificava. As pessoas ganhavam mais e pagavam mais impostos", apontou Juruna. Outra redução de tributos do governo foi com relação ao Imposto sobre Operações Financeiras (IOF), que caiu de 3% ao ano para 1,5%.

Crédito
Na segunda metade de 2008, o colapso de bancos nos Estados Unidos por conta da crise do subprime provocou uma forte restrição de crédito no mundo inteiro. Uma das primeiras medidas anticrise do governo teve como objetivo restabelecer a oferta, com mudanças no recolhimento dos depósitos compulsórios por parte dos bancos. Segundo o presidente do Banco Central, Henrique Meirelles, as diversas modificações liberaram US$ 99,2 bilhões aos bancos até o final de janeiro.

Além disso, o governo concedeu R$ 36 bilhões das reservas internacionais para empresas brasileiras com dívidas no exterior e uma medida provisória autorizou o Banco do Brasil e a Caixa Econômica Federal a comprar carteiras de crédito de bancos privados. Para o diretor do Departamento de Pesquisas e Estudos Econômicos da Fiesp, Paulo Francini, estas medidas foram essenciais para combater os efeitos da crise.

"A crise se desenvolve no mundo em torno do tema crédito. E o crédito reduziu-se barbaridade no mundo. Então o governo lança mão de compulsório, lança mão de reservas, de medidas que permitem aos bancos comprar carteiras de bancos. Você vai tomando várias medidas para atender às demandas e o epicentro disso é crédito", afirmou.

No entanto, Oreiro, da UnB, adverte que a liberação dos compulsórios seria mais eficiente acompanhada de redução mais agressiva da taxa básica de juro. "Uma parte do crédito voltou, depois da forte retração em outubro e novembro. O que deveria ter sido feito junto à liberação do compulsório era uma redução mais drástica da taxa de juro. Sem isso, os bancos pegam as reservas e acabam comprando títulos públicos", explicou o economista.

Na opinião de Pina, as ações de distribuição de crédito via redução do compulsório e a disposição de capital de giro para empresas foram tomadas sem um cuidado maior na operação e não tiveram muito efeito. "O BNDES tem linhas que ficam paradas quase todo o ano, agora é pior ainda. Existem os recursos, mas as empresas e os bancos estão desconfiados. É preciso fazer com que os bancos tenham interesse em emprestar", afirmou o economista da Fecomercio-SP.

Futuro
Mesmo com todas essas medidas, a crise financeira ainda gera incertezas nos setores produtivos do País. Nos últimos meses, o medo do desemprego fez os consumidores adiarem compras. Por sua vez, a queda nas vendas pode obrigar as indústrias a cortarem a produção e demitir funcionários. Contra isso, empresários sugerem redução de jornada e de salários.

"Isto está previsto em lei. A Fiesp simplesmente manteve conversações com entidades sindicais quanto à aplicação daquilo que já está previsto em lei", afirmou Francini.

Segundo a ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff, uma das medidas que assegura um nível de emprego é a manutenção de investimentos no Programa de Aceleração do Crescimento (PAC). "Estamos esperando que a dificuldade ocorra em janeiro, fevereiro e março. Estamos certos que vamos manter o nível de investimento. É isso que funciona, é isso que significa investimento público. Ele funciona como um colchão. Por isso, nós colocamos R$ 100 bilhões no BNDES e a Petrobras ampliou o seu investimento em R$ 120 bilhões", afirmou.

Na mesma linha, Pina explica que a antecipação de gastos do governo substitui parte da demanda retraída do setor privado. "Ele dá o seguinte recado: não vou estourar as contas públicas, mas concentrar em um momento em que a demanda privada está pequena. Mas o governo não tem fôlego suficiente para fazer o papel de toda demanda", ressaltou. O economista da Fecomercio lembrou que a entidade já pleiteou junto ao governo isenções para transferência de imóveis e de automóveis, além de retirar o IPVA para veículos novos.

Já Oreiro foca suas propostas na capitalização do Banco do Brasil e da Caixa Econômica Federal pelo Tesouro para atender a demanda de crédito para capital de giro e reduzir o spread. "Aumentando o empréstimo e reduzindo as taxas, os dois vão forçar os bancos privados a acompanhar o movimento, até para não perderem participação no mercado", explicou o economista da UnB.

Até o Carnaval, o governou prometeu detalhar um pacote de incentivos para a construção de até um milhão de casas populares, direcionado a famílias com renda de até dez salários mínimos. "Estamos atentos a tudo o que está acontecendo e novas medidas serão tomadas caso haja uma avaliação de que sejam necessárias", disse o ministro da Fazenda, Guido Mantega, na última sexta-feira.

17:11
Anónimo disse...
Ex-ministro critica extensão do seguro-desemprego

Atualizada às 09h03

O ex-ministro do Trabalho Almir Pazzianotto criticou a decisão do governo federal de conceder o seguro-desemprego estendido a apenas alguns setores. "É certamente odioso e provavelmente inconstitucional", disse Pazzianotto, de acordo com o jornal O Estado de S. Paulo.

Na última qurta, dia do anúncio da medida, centrais sindicais elogiaram a atitude do governo. A Força Sindical divulgou nota dizendo que "o aumento ajudará a aquecer parte da economia, já que irá gerar mais consumo, produção e conseqüentemente, a criação de novos postos de trabalho". A União Geral dos Trabalhadores (UGT) afirmou que a medida "contribuirá para minimizar o drama dos trabalhadores que perderem seu emprego por conta da crise".

O ex-ministro, que instituiu o seguro-desemprego no País no governo de José Sarney, destacou a necessidade de as centrais sindicais se manifestarem contra a determinação. Para ele, as mudanças devem ser aplicadas a todas as categorias profissionais e a distinção é contrária ao artigo 3º da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT).

Pazzianotto atribui a medida a um possível temor do governo de que a crise econômica seja longa e não haja dinheiro para atender a todas as necessidades. Ainda assim, ele se mostra contrário ao método de concessão. "O seguro-desemprego ajuda a sanar necessidades básicas. Estendê-lo é paliativo, não a solução", disse ao jornal.

De acordo com o presidente do Conselho Deliberativo do Fundo de Amparo ao Trabalhador (Codefat) e conselheiro da Força Sindical, Luiz Fernando Emediato, a determinação já estava prevista na lei 8.900/94, que trata do seguro-desemprego.

O presidente da Comissão de Trabalho da Câmara, Pedro Fernandes (PTB-MA) vai além na crítica à concessão do seguro para apenas alguns setores. Ele acredita que a ampliação do benefício estimula o desemprego.

Quintino Severo, secretário geral da Central Única dos Trabalhadores (CUT), lembra que a ampliação do benefício sem critério e identificação pode incentivar demissões em outros setores.

17:13
Anónimo disse...
Empresas
TAM faz promoção para destinos internacionais

A companhia aérea TAM anunciou nesta sexta-feira tarifas promocionais para trechos internacionais. Os preços valem para bilhetes comprados entre 6h deste sábado e 23h59 deste domingo e são válidos para classe econômica. As tarifas, para ida e volta, serão vendidas a partir de US$ 99, mais taxas.

Segundo a aérea, a promoção vale para viagens feitas no período de 14 de fevereiro a 18 de junho de 2009. Para destinos na América do Sul, a permanência mínima é de dois dias; para bilhetes com destino nos Estados Unidos, cinco dias; e Europa, sete dias. A permanência máxima para as passagens para América do Sul e EUA é de dois meses e para Europa, três meses.

Entre os exemplos de tarifas promocionais, a TAM oferece São Paulo-Lima por US$ 99. Bilhetes para a rota São Paulo-Santiago serão vendidos a partir de US$ 199 e São Paulo-Nova York, US$ 799.

A emissão dos bilhetes deve ser feita obrigatoriamente no ato da reserva, obedecendo às regras estipuladas pela companhia. A compra está sujeita à disponibilidade de assentos nas classes tarifárias determinadas, trechos, horários e datas. A TAM afirmou que também há tarifas promocionais para a classe executiva.

Mais informações podem ser encontradas no site promocional (www.ofertastam.com.br), no site da empresa (www.tam.com.br) ou pelos telefones 4002-5700 ou 0800 5705700.

17:13
Anónimo disse...
Empresas
Consultoria negocia compra do parque temático Hopi Hari

A consultoria especializada em reestruturação de empresas Íntegra Associados informou nesta sexta-feira ter um acordo para comprar o parque de diversões Hopi Hari, localizado no interior de São Paulo. A empresa estaria disposta a investir R$ 10 milhões no parque, que tem dívida estimada em R$ 800 milhões. As informações são da edição deste sábado do jornal Folha de S. Paulo.

De acordo com o jornal, a transação ainda depende da negociação entre o Hopi Hari e seus credores, o que já estaria em andamento.

A consultoria paulista já atuou junto à Parmalat, durante 30 meses, quando reorganizou a gestão da empresa italiana.

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17:14
Anónimo disse...
Empresas
Disney de Tóquio contratará mais 2 mil apesar da crise


A Oriental Land, o operador da Disneylândia Tóquio e DisneySea, organizou neste domingo entrevistas para contratar cerca de 2 mil trabalhadores em tempo parcial, em um momento de grandes demissões deste tipo de empregados no Japão.

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O operador deste parque temático, situado em Urayasu, na província de Chiba (leste de Tóquio), está em pleno processo de seleção de empregados para 20 tipos de postos trabalhistas diferentes.

Segundo a companhia, citada pela agência local de notícias Kyodo, o parque contratará novos trabalhadores para as atrações, para os restaurantes e guardas de segurança entre outros. Os novos contratados começarão a trabalhar a partir de fevereiro.

O processo de seleção acontece em um momento em que a maioria das grandes companhias japonesas começaram a se ver obrigadas a despedir uma elevada percentagem de seus trabalhadores temporários e a tempo parcial.

Algumas inclusive anunciaram demissões de seus trabalhadores fixos, uma medida muito pouco comum nas companhias japonesas, perante os efeitos piores que o esperado pela crise econômica global.

Cerca de uma centena de pessoas esperavam desde a primeira hora desta manhã a abertura do centro de conferências Tokyo International Forum, onde as entrevistas estão sendo feitas, para ser os primeiros a solicitar os postos de trabalho.


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17:15
Anónimo disse...
Economia Internacional
Senado dos EUA aprova plano de estímulo à economia

O Senado dos Estados Unidos aprovou com 60 votos a favor e 38 contra o plano de estímulo à economia de US$ 787 bilhões na madrugada deste sábado. Agora, ele segue para sanção ou veto do presidente Barack Obama, que espera colocar a lei em prática até o dia 16 de fevereiro.

O plano prevê a criação de três milhões de empregos, inclui cortes de impostos às famílias, fundos para programas sociais e obras públicas, além de ajuda aos governos estaduais, estudantes e desempregados.

A cláusula Buy American - que exige o uso de ferro, aço e produtos manufaturados dos Estados Unidos em obras realizadas com recursos do pacote - ficou de lado. Segundo o texto definitivo, a cláusula será aplicada sem violar as normas do comércio internacional.

Ontem à tarde, a Câmara de Representantes (deputados) havia aprovado, por 246 votos a favor e 183 contra, a versão final do plano. Todos os republicanos foram contrários ao pacote.

Pelo acordo de quarta-feira entre Câmara e Senado, em vez de custar US$ 819 bilhões, como queriam os deputados, ou US$ 838 bilhões como pretendiam os senadores, o pacote ficou em cerca de US$ 787 bilhões, com 65% desse total destinado a gastos do governo federal e 35%, a créditos tributários.

17:16
Anónimo disse...
Economia nacional
Na era Lula, aposentadoria sobe 54% menos que salário mínimo

Thatiane Faria
Especial para o Terra
Direto de São Paulo

Os índices de reajustes concedidos pelo governo em 2009 para aposentados e pensionistas e para o salário mínimo repetiram uma diferença que, só durante o governo de Luiz Inácio Lula da Silva, já chega a 54%. Enquanto o mínimo foi majorado em 12% este ano, as pensões e aposentadorias tiveram aumento de 5,92%. Aposentados que têm o benefício do governo como única fonte de renda reclamam que perdem poder de compra e que sua cesta de compras é composta por itens que aumentam mais em relação à inflação oficial.

Um exemplo prático pode ser entendido a partir da comparação entre um aposentado que ganhava R$ 600 em janeiro de 2003. Na época, o benefício era três vezes, ou 200%, maior que o valor do mínimo em vigência, que era de R$ 200. Aplicando-se os índices de reajuste para aposentadorias e para o mínimo durante os últimos seis anos, o mesmo aposentado estaria recebendo hoje R$ 938,47, comparado a um salário mínimo de R$ 465. A diferença entre os dois valores caiu para pouco mais de 100%.

Enquanto o índice acumulado de reajuste para a aposentadoria durante o governo Lula foi de 60%, para o salário mínimo está em 132%.

O diretor do Sindicato Nacional dos Aposentados, João Inocentini, reclama que os valores dos benefícios para aposentadorias não mantêm o poder de compra do grupo, principalmente dos aposentados que recebem menos que dez salários mínimos.

Nem mesmo o fato de o índice de reajuste das aposentadorias ter ficado acima da inflação acumulada no mesmo período (o IPCA entre janeiro de 2003 e janeiro de 2009 foi de 39,7%) serve de argumento, segundo os aposentados.

"Os idosos, principalmente, têm gastos além das contas gerais como gás, telefone e aluguel. Para eles o custo com remédios, e outros itens da área saúde costuma ser maior", afirmou Inocentini.

O presidente do sindicato afirmou que o grupo realiza um estudo com 100 itens de necessidade de um idoso para comparar o aumento dos produtos com o índice de reajuste do benefício recebido pelos aposentados.

"Daqui dois meses vamos abrir um processo na Justiça e levar essa pesquisa como prova. Segundo a lei, o governo é obrigado a manter o poder de compra com a aposentadoria", disse Inocentini.

Alternativas
O consultor financeiro Cláudio Boriola diz que os aposentados, especialmente nesse momento de crise econômica, devem evitar compras parceladas, pesquisar preços, negociar e fazer bom planejamento financeiro.

Segundo Boriola, alguns aposentados ganham um valor mensal muitas vezes insuficiente para o pagamento das contas e acabam pedindo crédito ou realizando pagamentos a prazo e são obrigados a pagar juros altos.

Na opinião do consultor, pagar uma previdência privada é uma alternativa indicada para quem ainda trabalha, considerando a característica de perda de poder de compra da aposentadoria.

"Na prática, infelizmente os valores encontram-se em um patamar que está deteriorando o poder de aquisição da população brasileira", completou Boriola.

De acordo com o diretor da Confederação Brasileira de Aposentados e Pensionistas (Cobap), Vicente Fernandes Barbosa, representantes dos aposentados tentarão um encontro com o presidente da Câmara, deputado Michel Temer (PMDB-SP), para discutir projetos que minimizem a perda dos aposentados

17:17
Anónimo disse...
Previdência
Previdência prorroga isenção de tarifas no benefício

O atual sistema de pagamento aos 26 milhões de aposentados e pensionistas do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) será mantido até o final deste ano. O acordo, que permite realizar a operação sem nenhum custo aos beneficiários, foi renovado nesta sexta-feira, entre o governo federal e 21 instituições financeiras.

Por meio desse acordo, vigente desde setembro de 2007, nem os segurados, nem os bancos e nem o governo arcam com o pagamento de tarifas, conforme explicou o ministro da Previdência Social, José Pimentel. A prorrogação vale até dezembro, data máxima para que a Previdência defina as regras para um novo contrato.

Ao assinar o termo de renovação, na sede da Federação Brasileira dos Bancos (Febraban), o ministro disse que a intenção do governo é mudar o atual modelo de gestão visando a reduzir os custos dessas operações em torno da folha mensal, que atinge R$ 15,8 bilhões. No entanto, qualquer alteração, conforme explicou, passará antes por audiências públicas a serem realizadas a partir do segundo semestre deste ano, atendendo a determinação do Tribunal de Contas da União (TCU).

De acordo com Pimentel, com um redesenho do mecanismo de repasse dos recursos aos bancos em torno da folha de pagamento dos segurados o que se busca é um aumento da participação de instituições financeiras. Ele informou que, desde 2007, cada benefício custa em média R$ 1,07 ao governo. "Quanto mais instituições financeiras estiverem prestando serviços à sociedade, maior é a competitividade, a agilidade no atendimento", justificou.

O ministro observou, ainda, que, para permitir uma redução para algo em torno de meia hora no tempo de atendimento para a concessão dos direitos previdenciários, o governo investiu R$ 280 milhões.

Questionado sobre o descontentamento dos segurados que ganham acima de um salário mínimo terem obtido apenas a correção com base na variação do Índice de Preços ao Consumidor (INPC) , ficando abaixo do reajuste dado a quem recebe apenas o mínimo, Pimentel argumentou que o governo seguiu o que determina a lei e descartou a possibilidade de uma revisão

17:17
Anónimo disse...
Empresas
Caterpillar oferece aposentadoria antecipada a 2 mil


A companhia americana Caterpillar ofereceu a cerca de dois mil funcionários incentivos para que se aposentem de forma voluntária antes do previsto, pela perspectiva de uma queda "significativa" da atividade industrial, informou nesta quarta-feira a empresa.

A iniciativa, destinada aos trabalhadores de diversas fábricas em Illinois, Colorado, Tennessee e Pensilvânia, se soma aos cortes de empregos anunciados em janeiro, explicou em comunicado de imprensa.

A empresa, a maior fabricante mundial de maquinaria pesada para a construção e a mineração, acrescentou que, "em função das condições de negócio, podem ser necessárias mais reduções de elenco voluntárias e involuntárias à medida que o ano avança".

O vice-presidente da companhia, Sid Banwart, explicou que a empresa prevê "demissões significativas em todas as regiões geográficas e na maioria dos setores devido às dificuldades da economia mundial".

17:18
Anónimo disse...
Comércio
Comércio exterior da OCDE caiu no 3º trimestre de 2008


As exportações e as importações dos países da Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Econômico (OCDE) caíram 1,6% e 0,2%, respectivamente, no terceiro trimestre de 2008, em relação aos três meses anteriores.

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Trata-se da primeira queda destas atividades desde o terceiro trimestre de 2006, segundo o último relatório trimestral sobre fluxos comerciais divulgado pela OCDE.

As exportações e as importações em dólares dos 30 Estados-membros caíram 15,6% e 17%, respectivamente, na comparação anualizada.

Por sua vez, o comércio dos sete países mais ricos do mundo (G7) teve um pequeno crescimento no terceiro trimestre de 2008 com uma queda das exportações de mercadorias de 0,2% em relação ao trimestre anterior e um aumento de 0,4% das importações.

Em termos anualizados, as importações do G7 caíram 1,4% entre julho e setembro do ano passado, seu primeiro retrocesso desde o terceiro trimestre de 2006, enquanto as exportações aumentaram 1,9%, seu crescimento mais baixo no mesmo tempo.

Por países, a Alemanha aumentou suas importações em 3,4% - valor mais alto do G7 -, enquanto suas exportações caíram 2,9% do segundo para o terceiro trimestre de 2008.

Pelo contrário, as exportações americanas aumentaram 1,8% entre julho e setembro de 2008, enquanto as importações caíram 0,7% em relação ao trimestre anterior. No Japão, tanto as importações quanto as exportações caíram em torno de 1% no mesmo período.

17:19
Anónimo disse...
Economia Nacional
Lula: juros de crédito consignado a aposentados são altos

Atualizada às 17h29

O presidente Luis Inácio Lula da Silva afirmou nesta terça-feira, em São Paulo, que está lutando para reduzir as taxas de juros cobradas de aposentados em crédito consignado. A Previdência Social estabelece uma taxa máxima de 2,5% para empréstimo e de 3,5% para cartão. Para Lula, os valores são altos.

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"Acho que o juro que os aposentados estão pagando hoje com o crédito consignado é alto para o padrão brasileiro", disse o presidente durante a cerimônia de comemoração dos 86 anos do INSS.

A Previdência anunciou nesta terça-feira que aposentados e trabalhadoras com licença-maternidade poderão receber seus benefícios em 30 minutos. De acordo com Lula, em junho, a aposentadoria do trabalhador rural também será conseguida em meia hora.

Além disso, o presidente anunciou que, também em junho, os trabalhadores que alcançarem o direito à aposentadoria passarão a receber em suas casas um comunicado da Previdência informando o fato e o valor do salário que têm direito a receber. "É um comprometimento público que estou fazendo com os companheiros da Previdência Social", disse.

"Estamos retribuindo ao contribuinte da Previdência Social aquilo que é a cidadania que ele tem direito", afirmou Lula. "Se para cobrar nós somos tão precisos, para devolver o dinheiro, temos que chegar próximo à perfeição", completou.

17:20
Anónimo disse...
Economia Nacional
Salário maternidade sairá em 30 minutos, diz ministro

Toda trabalhadora autônoma que tiver contribuído pelo menos 10 meses com o Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) - ou as que possuírem carteira assinada - poderão receber em 30 minutos o salário maternidade a partir desta terça-feira. Da mesma forma, as mulheres com 30 anos de contribuição e os homens com 35 anos também terão direito ao benefício de forma mais rápida. A informação é do ministro da Previdência Social, José Pimentel.

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Para requerer o salário maternidade, é preciso que as autônomas levem a carteira de identidade e o carnê de contribuição. As demais trabalhadoras devem apresentar a identificação e a carteira de trabalho. Desde o início do mês, a nova forma de análise para a concessão de benefícios foi adotada para a aposentadoria por idade do trabalhador urbano e agora foi estendida para o salário maternidade e por tempo de contribuição.

O ministro disse que a qualificação do serviço da previdência social é o reconhecimento do direito dos trabalhadores e da afirmação da cidadania.

"Até pouco tempo na cabeça do cidadão o serviço devia ser de péssima qualidade. Agora não, nós modificamos toda a legislação no mês de dezembro numa ação conjunta do Congresso Nacional com o governo federal. Estamos implantando e concedendo os benefícios em até 30 minutos", afirmou.

O ministro destacou que para conseguir se aposentar ou ter acesso à licença maternidade em 30 minutos, em primeiro lugar, é necessário que o cidadão esteja vinculado à Previdência, o que inclui 65% da população acima de 16 anos de idade.

"Depois bastar marcar pelo sistema 135 o dia e a hora do atendimento e levar a documentação. Se todos os dados necessários estiverem corretos o contribuinte será atendido em até 30 minutos, como vem sendo feito com as aposentadorias por idade desde o dia cinco de janeiro", explicou.

Pimentel disse ainda que em 90% das agências da previdência social o atendimento é marcado em até 48 horas. Nos grandes centros, entretanto existe um volume maior o que torna mais lento o processo.

"Estamos criando mais 715 agências até 2010, em todo o território nacional, para descentralizar o atendimento. Em 2008, atendemos 295 mil benefícios e aposentadorias por idade. Temos 4 mil pessoas por dia procurando e se aposentando por idade no território nacional. Este serviço será agilizado", concluiu.

17:25
Anónimo disse...
Giuseppe Englaro, pai de Eluana, a italiana que morreu na segunda-feira passada por desidratação, recusou uma grande soma de dinheiro de um conhecido fotógrafo italiano que queria retratar a filha em estado de coma, disse neste sábado o neurologista que atendia a mulher desde 1996, Carlo Defanti.

O neurologista, que participou hoje de uma conferência sobre eutanásia, disse que Englaro respeitou a vontade da filha, que, antes do acidente, tinha pedido que, se lhe ocorresse qualquer coisa irreversível, apresentasse sua imagem de quando estava em boas condições.

Antes de sofrer o acidente de trânsito, em 1992, Eluana viveu o coma de um amigo, Alessandro, o que causou forte impacto na italiana e a levou a fazer o pai prometer que não a deixasse viver em estado vegetativo, disse o próprio Giuseppe Englaro.

Defanti, que dissera que Eluana poderia viver de dez a 12 dias depois da suspensão da alimentação e da hidratação, disse que, como médico, tinha que reprovar esta afirmação.

"Não se pode sobreviver após três ou quatro dias sem líquido e, em particular, água em um corpo. Sabemos bem que, quando há um terremoto, após quatro dias é difícil encontrar sobreviventes".

Defanti ressaltou que Eluana "não falava, não se comunicava com o exterior" e que, após vários exames, "nos deparamos com uma moça que tinha perdido a consciência", porque estava com o córtex cerebral prejudicado.

Eluana foi enterrada na quinta-feira passada no túmulo da família na localidade de Paluzza, em Udine, após um funeral que não contou com a presença dos pais.

16:53
Anónimo disse...
Os bombeiros combatem neste sábado os incêndios na Austrália favorecidos pelo bom tempo, enquanto os deslocados encotram em seu retorno casas derruídas, carros queimados nas ruas e destruição.

Depois de sete dias desde que começaram os incêndios no Estado de Victoria, a lista de mortos chega a 181, os desaparecidos somam 50, os edifícios destruídos totalizam 1,834 mil e o terreno arrasado, principalmente florestas, ocupa uma área de 4,13 mil quilômetros quadrados.

As equipes de bombeiros, formadas por 4 mil profissionais de Victoria, de outras partes da Austrália e de países amigos, combateram hoje 12 focos fora de controle e nenhum representava uma ameaça direta para a população.

O subdiretor do Serviço de Bombeiros, Geoff Conway, disse que este tempo favorável, que se prolongará durante o domingo, permite consolidar as linhas de contenção e avançar na extinção das chamas.

Cinzas apareceram arrastadas por ventos do nordeste sobre Melbourne, onde habitam 3,8 milhões de pessoas, e as autoridades alertaram aos cidadãos do risco para a saúde de idosos, crianças e pessoas com problemas respiratórios.

O número de pessoas deslocadas - a Cruz Vermelha chegou a receber 7 mil - começou a cair com a abertura de algumas localidades atingidas.

Os incêndios, alguns criminosos, começaram em 7 de fevereiro, quando a região sul da Austrália estava há duas semanas sob uma onda de calor sem precedentes.

Na sexta-feira passada, a polícia acusou uma pessoa de ter provocado o incêndio que atingiu a localidade de Churchill e matou 21 pessoas.

16:55
Anónimo disse...
A primeira chuva em seis dias reduziu a ameaça de incêndios no Estado de Victoria, ao sul da Austrália. As autoridades, porém, advertiram que ainda existem 12 focos, mas que nenhum deles ameaça áreas povoadas.

Mais de quatro mil bombeiros, mil provenientes de outras partes do país e de outras nações, trabalham contra o fogo. Cerca de 600 veículos e 28 helicópteros e pequenos aviões estão sendo usados.


Eles conseguiram construir linhas de contenção para evitar os incêndios de Yarra e Maroondah se juntassem. Também foram controlados os incêndios abertos de Yea e Murrindindi, que ameaçavam as comunidades de Connellys Creek, Crystal Creek, Scrubby Creek e Native Dog Creek.

O número de mortos chegou a 181, mas as autoridades acreditam que as vítimas devem passar de 200, já que ainda há muitos desaparecidos.

16:55
Anónimo disse...
Aqui nesta coluna, na semana passada, tive a oportunidade de comentar sobre a recente visita do professor brasileiro Pedrinho Guareschi à Austrália. Não dei, porém, os fatos, pois semana passada o assunto era outro.

Hoje, porém, vamos a eles.

No último dia 4 de fevereiro, aconteceu o Seminário "Paulo Freire: Education and Liberation", organizado pelo centro de estudos latino-americanos da Universidade Nacional da Austrália, ou ANU, como é mais conhecida por aqui.

A ANU, para quem não sabe, está entre as 20 melhores universidades do mundo! E tem sede aqui em Camberra, capital da Austrália.

Na abertura do evento, o professor John Minns, diretor do centro latino-americano, ao dar boas-vindas ao público presente, lembrou ser aquele o primeiro seminário exclusivamente dedicado a Paulo Freire na Austrália.

Em seguida, convidou Pedrinho Guareschi, palestrante principal do Seminário, a fazer sua apresentação.

A plateia pode então conhecer, pelas palavras de Pedrinho, um pouco da obra e da vida de Freire, esse brasileiro de fé e valor, que sempre acreditou na educação, sobretudo dos menos favorecidos, analfabetos, como força libertadora.

Como não podia deixar de ser, os conceitos e ideias revolucionários de Paulo Freire, expostos com clareza por Pedrinho, despertaram o interesse e a curiosidade de plateia. A qual, deve-se notar, era na maioria de estudantes, mas de várias nacionalidades, sobretudo australianos e asiáticos.

Na continuação do programa do seminário, que se estendeu por dois dias, outros professores fizeram palestras sobre temas ligados à obra de Paulo Freire.

Interessante, por exemplo, saber que a professora Anne Hickling-Hudson, jamaicana que mora na Austrália há muitos anos (é professora da ANU), conheceu e trabalhou com Freire num workshop educacional durante a revolução na Ilha de Granada, em 1980, antes da invasão dos Estados Unidos...

Ou, então, a palestra da Professora Gerda Roelvink, da Nova Zelândia, que participou do Fórum Social de Porto Alegre em 2005. E essa participação transformou-se em tema de doutorado.

No dia 10, terça-feira passada, o padre Pedrinho Guareschi voltou a falar ao público australiano em grande auditório localizado no belíssimo campus da ANU. Desta vez, sobre a Teologia da Libertação.

Depois da palestra, John Minns mostrou o filme mexicano "O Crime do Padre Amaro", no qual um dos personagens é um padre católico praticante da Teologia da Libertação.

Mais uma vez, foi grande o intersse da platéia, que pode aprender e conhecer um pouco como se desenvolveu aquele importante movimento católico na América Latina.

Fica, assim, ao Pedrinho, bem como a outros brasileiros estudiosos e de bom coração que saem pelo mundo a divulgar aspectos importantes da cultura brasileira, o respeito e a homenagem desta coluna. E... aquele abraço!

16:57
Anónimo disse...
Amanda Kitts perdeu o braço esquerdo em um acidente de automóvel acontecido três anos atrás, mas hoje em dia ela joga futebol americano com seu filho de 12 anos de idade, troca fraldas e abraça as crianças nas três creches Kiddie Cottage que opera em Knoxville, Tennessee. Kitts, 40 anos, faz tudo isso com a ajuda de um novo tipo de braço artificial que se movimenta com mais facilidade do que outros aparelhos e que ela pode controlar utilizando apenas seus pensamentos.

"Eu sou capaz de mexer a mão, o pulso e o cotovelo ao mesmo tempo", diz. "Você pensa e os músculos se movem em seguida".

A recuperação que ela conseguiu resulta de um novo procedimento que vem atraindo crescente atenção porque permite que pessoas movam braços protéticos de forma mais automática do que faziam no passado, simplesmente utilizando nervos reaproveitados em seus cérebros.

A técnica, conhecida como "renervação muscular dirigida", envolve utilizar os nervos que restam depois da amputação de um braço e conectá-los a outro músculo do corpo, em geral no peito. Eletrodos são instalados sobre os músculos do peito, e operam como se fossem antenas. Quando a pessoa deseja mover o braço, o cérebro envia sinais que primeiro resultam em contração dos músculos do peito, os quais enviam um sinal ao braço protético, instruindo-se a se movimentar. O processo não requer mais esforços consciente do que a pessoa teria de exercitar caso ainda tivesse seu braço natural.

Na terça-feira, pesquisadores reportaram em estudo publicado pela versão online do Journal of the American Medical Association que haviam levado a técnica ainda mais à frente, tornando possível a execução de 10 movimentos de mão, pulso e cotovelo diferentes, o que representa uma substancial melhora com relação ao típico repertório protético, que em geral envolve apenas dobrar o cotovelo, girar o pulso e abrir a mão.

"Os novos métodos tiveram impacto dramático em nosso campo de trabalho", disse Stuart Harshbarger, engenheiro biomédico na Universidade Johns Hopkins e diretor do programa de pesquisa sobre próteses, financiado pelas forças armadas, que inclui o trabalho com essa técnica. "O método já está em uso por médicos e cirurgiões comuns em todo o país. A capacidade de controlar um membro protético bastante robusto que ele confere surpreendeu a todos pela qualidade".

Tipicamente, uma pessoa que tenha um braço protético só é capaz de executar alguns poucos movimentos, e muitas vezes com tamanha lentidão que isso só permite a ela atividades limitadas.

Há um motor separado para cada movimento, diz Gerald Loeb, professor de engenharia biomédica na Universidade do Sul da Califórnia, "e esses motores precisam ser controlados de maneira explícita", usualmente por um esforço consciente da pessoa para contrair músculos nas costas ou no bíceps.

"Essencialmente, até agora os pacientes controlavam apenas um motor de cada vez", diz Loeb, "e precisavam pensar cuidadosamente sobre que motor desejavam controlar e como fazê-lo operar, em lugar de simplesmente pensarem em mover o braço e poderem fazê-lo sem delongas".

Antes que Kitts passasse pelo procedimento de renervação, em outubro de 2007, por exemplo, ela precisava movimentar os músculos de suas costas de determinada maneira para fazer com que seu pulso girasse, e flexionar seu bíceps e tríceps para fazer com que o cotovelo se movesse para cima e para baixo. "Era muito trabalho", ela conta. "E não me ajudava muito".

O procedimento de renervação é parte de uma recente explosão de idéias novas e técnicas inovadoras que estão sendo exploradas enquanto os cientistas se esforçam por ajudar as pessoas a compensar melhor a perda de membros ou problemas de paralisia. O esforço vem sendo alimentado pelo aumento no número de amputações causado por diabetes e por ferimentos sofridos pelos militares, e ao mesmo tempo pelos avanços na tecnologia médica.

Os braços se tornaram um dos focos essenciais desse tipo de trabalho. A ciência há muito vem obtendo sucessos no desenvolvimento de próteses de perna, mas é muito mais difícil imitar a complexidade e a destreza das mãos e dos braços.

Os esforços em curso incluem o desenvolvimento de projetos de pele e braços mais sensíveis e mais flexíveis, e o uso de dispositivos acionados por controles sem fio implantado nos braços protéticos, que permitiriam movimentos mais naturais.

Os pesquisadores também vêm usando sensores implantados nos cérebros de cobaias para permitir que dois macacos controlem um braço mecânico, e um teste com um homem paralítico permitiu, com esse método, que ele movimentasse um cursor em uma tela de computador.

Alguns desses métodos, caso venham a ser aperfeiçoados plenamente e consigam aprovação das autoridades regulatórias da saúde, podem no futuro se tornar mais viáveis para os pacientes de amputações.

E embora a técnica da renervação não requeira aprovação das autoridades regulatórias porque é executada por meios cirúrgicos e emprega aparelhos já existentes, ela apresenta limitações que até mesmo seus criadores reconhecem, entre as quais o fato de que não se pode utilizá-la para todos os pacientes, o seu alto custo e o prazo de meses requerido para que os nervos reconectados cresçam e se tornem efetivos.

Ainda assim, os especialistas dizem que é o mais avançado sistema em uso hoje para pacientes reais que permite que o sistema nervoso controle diretamente o movimento de um braço artificial.

Desde sua introdução por Todd Kuiken, médico fisioterapeuta e engenheiro biomédico do Instituto de Reabilitação de Chicago, o método foi empregado em cerca de 30 pacientes nos Estados Unidos, Canadá e Europa, entre os quais oito soldados feridos no Iraque e no Afeganistão.

Muitos dos pacientes, entre os quais o primeiro, Jesse Sullivan, um operário do setor elétrico no Tennessee que perdeu os dois braços quando foi eletrocutado por um cabo, conseguem não apenas manipular seus braços protéticos mas sentir a presença das mãos que já não têm quando alguém toca em seus peitos.

Sullivan, 62 anos, e Kitts, estavam entre os cinco pacientes que participaram do estudo reportado na terça-feira. Em companhia de cinco outras pessoas que não passaram por amputações, eles receberam os eletrodos e foram instruídos a usar pensamentos para fazer com que um braço virtual na tela reproduzisse 10 movimentos diferentes, entre os quais três formas diferentes de aperto de mão.

Os pacientes apresentaram desempenho bastante respeitável, apenas um pouco mais lento e menos preciso do que os dos participantes que não tinham amputações.

"As velocidades de movimento que encontramos em nossos pacientes foram realmente encorajadoras", disse Kuiken. "Eles conseguiram completar a tarefa. É claro que não foram tão competentes quanto as pessoas dotadas de plena capacidade física, mas foram bons o bastante".

Um braço virtual foi usado porque a maioria das próteses existentes não era capaz de acomodar todos aqueles movimentos, no momento da pesquisa, ainda que Sullivan, Kitts e uma terceira paciente, Claudia Mitchell, tenham experimentado dois novos protótipos mais versáteis de braços artificiais, executando tarefas complexas com bolas de tênis e outros objetos.

O trabalho de renervação em soldados apresenta outros desafios, diz Kuiken, porque os ferimentos militares muitas vezes "causam danos muitos extensos" a nervos, músculos ou ossos.

Daniel Acosta, 25 anos, um aviador ferido pela detonação de uma bomba em uma estrada do Iraque em 2005, passou pelo procedimento no ano passado e diz que seu braço esquerdo protético agora se movimenta "muito mais rápido" e de maneira muito mais natural.

"A diferença é que agora não preciso mais pensar para mover o braço", ele diz. "Ele simplesmente se mexe".

Ainda assim, Acosta, de San Antonio, diz que "o processo foi bastante longo" e que os eletrodos precisam ser ajustados para receber os sinais à medida que os nervos crescem ou mudam de posição.

E embora elogiem o método, os especialistas afirmam que a ciência das próteses de braço ainda tem muito por avançar.

"Trata-se de uma parte crucial, mas ainda assim apenas uma parte, das muitas coisas que compreendem a função normal de um braço", disse Loeb, que escreveu um editorial que acompanha o artigo no Journal of the American Medical Association.

"No momento estamos a meio do caminho entre o braço de 'Dr. Fantástico', que fazia involuntariamente a saudação nazista, e o braço de Luke Skywalker em 'Guerra nas Estrelas', que funciona sem nenhum problema assim que é conectado. Creio que precisaremos ainda de muitos anos para conectar todas as peças necessárias a produzir um braço capaz de funcionar normalmente".

17:04
Anónimo disse...
A Espanha disse neste sábado que está preparando uma reclamação oficial contra a decisão da Venezuela de expulsar um membro do Parlamento Europeu que criticou o conselho eleitoral venezuelano.
Luis Herrero, membro do partido conservador espanhol PP, foi deportado na sexta-feira depois que o Conselho Nacional Eleitoral (CNE) o acusou de questionar a imparcialidade da instituição antes de um referendo que pode permitir ao presidente Hugo Chávez permanecer no cargo indefinidamente.

Herrero estava na Venezuela como observador do referendo. Ele acusou Chávez de ter "comportamentos típicos de um ditador" por pedir a contenção de manifestações da oposição.

O governo da Espanha convocou um encontro com o embaixador da Venezuela em Madri para expressar a desaprovação sobre a expulsão de Herrero, disse um representante do Ministério das Relações Exteriores espanhol.

As relações da Venezuela com a Espanha tiveram seu ponto crítico em 2007, quando Chávez ameaçou rever acordos diplomáticos e comerciais depois de ouvir um "cala a boca" do rei espanhol Juan Carlos durante uma cúpula.

A fenda foi oficialmente reparada em 2008, com uma visita oficial de Chávez à Espanha, onde ele cumprimentou o rei e discutiu acordos para investimento no setor petroquímico com o primeiro-ministro José Luis Rodriguez Zapatero.

17:06
Anónimo disse...
A polícia do Zimbábue anunciou neste sábado que acusa de traição Roy Bennett, dirigente do até agora opositor Movimento para a Mudança Democrática (MDC), detido na sexta-feira, em Harare, poucas horas antes da cerimônia de posse dos membros do novo gabinete.

"A Polícia nos informou que vão apresentar acusações de traição", disse à agência EFE o advogado de defesa de Bennett, Trust Maanda.

"Tentam relacionar Roy com o caso de Mike Hitschmann, que foi detido em 2006 em relação à descoberta de um carregamento de armas, apesar de que Hitschmann não tenha sido declarado culpado das acusações de traição apresentadas contra ele, mas de um crime menor de descumprimento de leis", disse Maanda.

O político opositor, designado por seu partido como vice-ministro de Agricultura no Governo de união nacional, esteve no exílio na vizinha África do Sul desde 2006 e retornou ao Zimbábue há duas semanas.

Segundo a Polícia, que deteve Bennett ontem no aeroporto de Harare quando pretendia ir à África do Sul para visitar sua família, as armas apreendidas em 2006 seriam utilizadas em um golpe de Estado para derrubar o presidente do Zimbábue, Robert Mugabe.

Depois da detenção, Bennet foi levado a Mutar, onde vários simpatizantes do MDC se concentraram em frente à delegacia na qual estava detido, diante do que a Polícia respondeu com tiros para o alto para dispersar os manifestantes.

17:07
Anónimo disse...
Austrália: 14 mil se candidatam a 'emprego dos sonhos'

A secretaria de Turismo de Queensland, na Austrália, informou que até esta segunda-feira já recebeu cerca de 14 mil inscrições para o "o melhor emprego do mundo". O Estado australiano promove pela internet seleção para vaga de "zelador" da ilha Hamilton, por seis meses com um salário de R$ 40 mil.

Muitos candidatos tiveram problemas durante a inscrição por conta dos acessos simultâneos ao site. A secretaria aconselha enviar os vídeos de 60s explicando porque deve ser escolhido em horários alternativos do dia, além de recomendar tamanho em torno de 40MB.

As inscrições começaram em 12 de janeiro e vão até o próximo dia 22 e podem ser feitas pelo site www.islandreefjob.com. O governo australiano escolherá 50 candidatos para a próxima fase da seleção, que terá votos do público para eleger um dos 11 finalistas.

A última fase terá entrevistas e desafios físicos, no próprio local de trabalho: as ilhas da Grande Barreira Coralina - o maior recife de coral do mundo. A secretaria de Turismo anunciará o vencedor no dia 6 de maio.

17:09
Anónimo disse...
Mercado elogia governo na crise, mas pede maior queda no juro

Peter Fussy
Direto de São Paulo

Desde as primeiras medidas anunciadas para combater os efeitos da crise, o governo brasileiro avisou que a estratégia não contemplaria um pacote. Seriam doses pontuais, de acordo com a necessidade da economia diante do agravamento das turbulências. Da primeira liberação dos depósitos compulsórios em setembro até a ampliação do seguro-desemprego na última quarta-feira, o governo passou por redução de impostos, ampliação de crédito e incentivos à exportação. Quase 150 dias após a primeira medida, o Terra conversou com líderes do setor público e privado, representantes dos trabalhadores, acadêmicos e com o próprio governo para saber quais destas ações foram mais eficazes, quais foram mais ineficientes e o que mais pode ser feito pelo Estado brasileiro contra a crise.

Os maiores elogios foram direcionados à atitude de reduzir o Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) para a indústria automobilística, anunciada em dezembro e que fez com que os emplacamentos de carros novos subissem 1,9% no primeiro mês do ano em relação a dezembro de 2008. Já as maiores críticas foram para a lentidão no corte da taxa básica de juro do País.

Para o presidente do conselho administrativo do Grupo Pão de Açúcar, Abílio Diniz, o Estado não é responsável pela crise e mesmo assim está agindo "com extrema serenidade e muito acerto". "O governo está atento, fazendo a sua parte. É preciso coragem de baixar firmemente a taxa de juros. É uma arma que temos a nosso favor, já que não há clima para inflação, nem possibilidade de danos para a macroeconomia", afirmou Diniz.

Na última reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), em janeiro, a taxa Selic foi reduzida em um ponto percentual, de 13,75% para 12,75% ao ano. Porém, o professor de economia da Universidade de Brasília (UnB) José Luiz Oreiro lembra que este corte representa uma redução de apenas 0,25 ponto percentual com relação à taxa de setembro do ano passado, quando a crise se agravou.

"Pouco antes da eclosão da crise, o Banco Central aumentou a taxa em 0,75 ponto. Foram cinco meses de demora para reduzir em termos líquidos apenas 0,25 ponto", afirmou o economista, que também sugeriu redução do intervalo de cerca de 90 dias entre as reuniões do Copom e o corte de pelo menos um 1 ponto percentual em cada reunião.

Mesmo com o corte de janeiro, a taxa de juros real continua sendo a maior do mundo, lembrou o secretário-geral da Força Sindical, João Carlos Gonçalves, o Juruna. "A redução da taxa de juro ainda é pequena, porque ela continua uma das mais altas do mundo. Falta ousadia para baixar os juros e ajudar o cidadão. A permanência da taxa de juro alta é negativa para o País em meio a crise", afirmou Juruna.

Embora aprove as ações do governo, o senador Aloízio Mercadante (PT-SP) também acredita que o patamar da Selic está muito alto. "Sempre fomos os primeiros a entrar em qualquer crise, o que não aconteceu agora. A taxa Selic ainda é muito alta, mas o governo têm tomado medidas acertadas, como o aumento do salário mínimo, mesmo com um cenário de crise. Isso ajuda a movimentar o consumo. O governo está se esforçando para manter os investimentos e o crescimento", disse.

Tributos
De acordo com o economista Fabio Pina, da Fecomercio-SP, as ações mais positivas estão relacionadas à redução de tributos para alguns segmentos, como a indústria automobilística, que recuperou parte da queda nas vendas em janeiro com a isenção do IPI para carros 1.0 l e o corte para demais motorizações. A medida vale até o final de março.

"Essas medidas não só reduziram o preço, mas anteciparam o consumo daqueles que iriam comprar no futuro, dando um prêmio por conta da insegurança. Mexe diretamente com o principal problema que é a confiança do consumidor", afirmou. Juruna destacou que um bom ritmo de vendas é garantia de emprego. "É importante porque cada emprego na montadora significa 19 na cadeia produtiva", comentou o representante da Força Sindical.

Também em dezembro, o governo decidiu cortar pela metade a alíquota do Imposto de Renda para contribuintes que ganham entre R$ 1.434 e R$ 2.150 mensais. "O salário aumentava e a tabela não se modificava. As pessoas ganhavam mais e pagavam mais impostos", apontou Juruna. Outra redução de tributos do governo foi com relação ao Imposto sobre Operações Financeiras (IOF), que caiu de 3% ao ano para 1,5%.

Crédito
Na segunda metade de 2008, o colapso de bancos nos Estados Unidos por conta da crise do subprime provocou uma forte restrição de crédito no mundo inteiro. Uma das primeiras medidas anticrise do governo teve como objetivo restabelecer a oferta, com mudanças no recolhimento dos depósitos compulsórios por parte dos bancos. Segundo o presidente do Banco Central, Henrique Meirelles, as diversas modificações liberaram US$ 99,2 bilhões aos bancos até o final de janeiro.

Além disso, o governo concedeu R$ 36 bilhões das reservas internacionais para empresas brasileiras com dívidas no exterior e uma medida provisória autorizou o Banco do Brasil e a Caixa Econômica Federal a comprar carteiras de crédito de bancos privados. Para o diretor do Departamento de Pesquisas e Estudos Econômicos da Fiesp, Paulo Francini, estas medidas foram essenciais para combater os efeitos da crise.

"A crise se desenvolve no mundo em torno do tema crédito. E o crédito reduziu-se barbaridade no mundo. Então o governo lança mão de compulsório, lança mão de reservas, de medidas que permitem aos bancos comprar carteiras de bancos. Você vai tomando várias medidas para atender às demandas e o epicentro disso é crédito", afirmou.

No entanto, Oreiro, da UnB, adverte que a liberação dos compulsórios seria mais eficiente acompanhada de redução mais agressiva da taxa básica de juro. "Uma parte do crédito voltou, depois da forte retração em outubro e novembro. O que deveria ter sido feito junto à liberação do compulsório era uma redução mais drástica da taxa de juro. Sem isso, os bancos pegam as reservas e acabam comprando títulos públicos", explicou o economista.

Na opinião de Pina, as ações de distribuição de crédito via redução do compulsório e a disposição de capital de giro para empresas foram tomadas sem um cuidado maior na operação e não tiveram muito efeito. "O BNDES tem linhas que ficam paradas quase todo o ano, agora é pior ainda. Existem os recursos, mas as empresas e os bancos estão desconfiados. É preciso fazer com que os bancos tenham interesse em emprestar", afirmou o economista da Fecomercio-SP.

Futuro
Mesmo com todas essas medidas, a crise financeira ainda gera incertezas nos setores produtivos do País. Nos últimos meses, o medo do desemprego fez os consumidores adiarem compras. Por sua vez, a queda nas vendas pode obrigar as indústrias a cortarem a produção e demitir funcionários. Contra isso, empresários sugerem redução de jornada e de salários.

"Isto está previsto em lei. A Fiesp simplesmente manteve conversações com entidades sindicais quanto à aplicação daquilo que já está previsto em lei", afirmou Francini.

Segundo a ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff, uma das medidas que assegura um nível de emprego é a manutenção de investimentos no Programa de Aceleração do Crescimento (PAC). "Estamos esperando que a dificuldade ocorra em janeiro, fevereiro e março. Estamos certos que vamos manter o nível de investimento. É isso que funciona, é isso que significa investimento público. Ele funciona como um colchão. Por isso, nós colocamos R$ 100 bilhões no BNDES e a Petrobras ampliou o seu investimento em R$ 120 bilhões", afirmou.

Na mesma linha, Pina explica que a antecipação de gastos do governo substitui parte da demanda retraída do setor privado. "Ele dá o seguinte recado: não vou estourar as contas públicas, mas concentrar em um momento em que a demanda privada está pequena. Mas o governo não tem fôlego suficiente para fazer o papel de toda demanda", ressaltou. O economista da Fecomercio lembrou que a entidade já pleiteou junto ao governo isenções para transferência de imóveis e de automóveis, além de retirar o IPVA para veículos novos.

Já Oreiro foca suas propostas na capitalização do Banco do Brasil e da Caixa Econômica Federal pelo Tesouro para atender a demanda de crédito para capital de giro e reduzir o spread. "Aumentando o empréstimo e reduzindo as taxas, os dois vão forçar os bancos privados a acompanhar o movimento, até para não perderem participação no mercado", explicou o economista da UnB.

Até o Carnaval, o governou prometeu detalhar um pacote de incentivos para a construção de até um milhão de casas populares, direcionado a famílias com renda de até dez salários mínimos. "Estamos atentos a tudo o que está acontecendo e novas medidas serão tomadas caso haja uma avaliação de que sejam necessárias", disse o ministro da Fazenda, Guido Mantega, na última sexta-feira.

17:11
Anónimo disse...
Ex-ministro critica extensão do seguro-desemprego

Atualizada às 09h03

O ex-ministro do Trabalho Almir Pazzianotto criticou a decisão do governo federal de conceder o seguro-desemprego estendido a apenas alguns setores. "É certamente odioso e provavelmente inconstitucional", disse Pazzianotto, de acordo com o jornal O Estado de S. Paulo.

Na última qurta, dia do anúncio da medida, centrais sindicais elogiaram a atitude do governo. A Força Sindical divulgou nota dizendo que "o aumento ajudará a aquecer parte da economia, já que irá gerar mais consumo, produção e conseqüentemente, a criação de novos postos de trabalho". A União Geral dos Trabalhadores (UGT) afirmou que a medida "contribuirá para minimizar o drama dos trabalhadores que perderem seu emprego por conta da crise".

O ex-ministro, que instituiu o seguro-desemprego no País no governo de José Sarney, destacou a necessidade de as centrais sindicais se manifestarem contra a determinação. Para ele, as mudanças devem ser aplicadas a todas as categorias profissionais e a distinção é contrária ao artigo 3º da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT).

Pazzianotto atribui a medida a um possível temor do governo de que a crise econômica seja longa e não haja dinheiro para atender a todas as necessidades. Ainda assim, ele se mostra contrário ao método de concessão. "O seguro-desemprego ajuda a sanar necessidades básicas. Estendê-lo é paliativo, não a solução", disse ao jornal.

De acordo com o presidente do Conselho Deliberativo do Fundo de Amparo ao Trabalhador (Codefat) e conselheiro da Força Sindical, Luiz Fernando Emediato, a determinação já estava prevista na lei 8.900/94, que trata do seguro-desemprego.

O presidente da Comissão de Trabalho da Câmara, Pedro Fernandes (PTB-MA) vai além na crítica à concessão do seguro para apenas alguns setores. Ele acredita que a ampliação do benefício estimula o desemprego.

Quintino Severo, secretário geral da Central Única dos Trabalhadores (CUT), lembra que a ampliação do benefício sem critério e identificação pode incentivar demissões em outros setores.

17:13
Anónimo disse...
Empresas
TAM faz promoção para destinos internacionais

A companhia aérea TAM anunciou nesta sexta-feira tarifas promocionais para trechos internacionais. Os preços valem para bilhetes comprados entre 6h deste sábado e 23h59 deste domingo e são válidos para classe econômica. As tarifas, para ida e volta, serão vendidas a partir de US$ 99, mais taxas.

Segundo a aérea, a promoção vale para viagens feitas no período de 14 de fevereiro a 18 de junho de 2009. Para destinos na América do Sul, a permanência mínima é de dois dias; para bilhetes com destino nos Estados Unidos, cinco dias; e Europa, sete dias. A permanência máxima para as passagens para América do Sul e EUA é de dois meses e para Europa, três meses.

Entre os exemplos de tarifas promocionais, a TAM oferece São Paulo-Lima por US$ 99. Bilhetes para a rota São Paulo-Santiago serão vendidos a partir de US$ 199 e São Paulo-Nova York, US$ 799.

A emissão dos bilhetes deve ser feita obrigatoriamente no ato da reserva, obedecendo às regras estipuladas pela companhia. A compra está sujeita à disponibilidade de assentos nas classes tarifárias determinadas, trechos, horários e datas. A TAM afirmou que também há tarifas promocionais para a classe executiva.

Mais informações podem ser encontradas no site promocional (www.ofertastam.com.br), no site da empresa (www.tam.com.br) ou pelos telefones 4002-5700 ou 0800 5705700.

17:13
Anónimo disse...
Empresas
Consultoria negocia compra do parque temático Hopi Hari

A consultoria especializada em reestruturação de empresas Íntegra Associados informou nesta sexta-feira ter um acordo para comprar o parque de diversões Hopi Hari, localizado no interior de São Paulo. A empresa estaria disposta a investir R$ 10 milhões no parque, que tem dívida estimada em R$ 800 milhões. As informações são da edição deste sábado do jornal Folha de S. Paulo.

De acordo com o jornal, a transação ainda depende da negociação entre o Hopi Hari e seus credores, o que já estaria em andamento.

A consultoria paulista já atuou junto à Parmalat, durante 30 meses, quando reorganizou a gestão da empresa italiana.

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17:14
Anónimo disse...
Empresas
Disney de Tóquio contratará mais 2 mil apesar da crise


A Oriental Land, o operador da Disneylândia Tóquio e DisneySea, organizou neste domingo entrevistas para contratar cerca de 2 mil trabalhadores em tempo parcial, em um momento de grandes demissões deste tipo de empregados no Japão.

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O operador deste parque temático, situado em Urayasu, na província de Chiba (leste de Tóquio), está em pleno processo de seleção de empregados para 20 tipos de postos trabalhistas diferentes.

Segundo a companhia, citada pela agência local de notícias Kyodo, o parque contratará novos trabalhadores para as atrações, para os restaurantes e guardas de segurança entre outros. Os novos contratados começarão a trabalhar a partir de fevereiro.

O processo de seleção acontece em um momento em que a maioria das grandes companhias japonesas começaram a se ver obrigadas a despedir uma elevada percentagem de seus trabalhadores temporários e a tempo parcial.

Algumas inclusive anunciaram demissões de seus trabalhadores fixos, uma medida muito pouco comum nas companhias japonesas, perante os efeitos piores que o esperado pela crise econômica global.

Cerca de uma centena de pessoas esperavam desde a primeira hora desta manhã a abertura do centro de conferências Tokyo International Forum, onde as entrevistas estão sendo feitas, para ser os primeiros a solicitar os postos de trabalho.


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17:15
Anónimo disse...
Economia Internacional
Senado dos EUA aprova plano de estímulo à economia

O Senado dos Estados Unidos aprovou com 60 votos a favor e 38 contra o plano de estímulo à economia de US$ 787 bilhões na madrugada deste sábado. Agora, ele segue para sanção ou veto do presidente Barack Obama, que espera colocar a lei em prática até o dia 16 de fevereiro.

O plano prevê a criação de três milhões de empregos, inclui cortes de impostos às famílias, fundos para programas sociais e obras públicas, além de ajuda aos governos estaduais, estudantes e desempregados.

A cláusula Buy American - que exige o uso de ferro, aço e produtos manufaturados dos Estados Unidos em obras realizadas com recursos do pacote - ficou de lado. Segundo o texto definitivo, a cláusula será aplicada sem violar as normas do comércio internacional.

Ontem à tarde, a Câmara de Representantes (deputados) havia aprovado, por 246 votos a favor e 183 contra, a versão final do plano. Todos os republicanos foram contrários ao pacote.

Pelo acordo de quarta-feira entre Câmara e Senado, em vez de custar US$ 819 bilhões, como queriam os deputados, ou US$ 838 bilhões como pretendiam os senadores, o pacote ficou em cerca de US$ 787 bilhões, com 65% desse total destinado a gastos do governo federal e 35%, a créditos tributários.

17:16
Anónimo disse...
Economia nacional
Na era Lula, aposentadoria sobe 54% menos que salário mínimo

Thatiane Faria
Especial para o Terra
Direto de São Paulo

Os índices de reajustes concedidos pelo governo em 2009 para aposentados e pensionistas e para o salário mínimo repetiram uma diferença que, só durante o governo de Luiz Inácio Lula da Silva, já chega a 54%. Enquanto o mínimo foi majorado em 12% este ano, as pensões e aposentadorias tiveram aumento de 5,92%. Aposentados que têm o benefício do governo como única fonte de renda reclamam que perdem poder de compra e que sua cesta de compras é composta por itens que aumentam mais em relação à inflação oficial.

Um exemplo prático pode ser entendido a partir da comparação entre um aposentado que ganhava R$ 600 em janeiro de 2003. Na época, o benefício era três vezes, ou 200%, maior que o valor do mínimo em vigência, que era de R$ 200. Aplicando-se os índices de reajuste para aposentadorias e para o mínimo durante os últimos seis anos, o mesmo aposentado estaria recebendo hoje R$ 938,47, comparado a um salário mínimo de R$ 465. A diferença entre os dois valores caiu para pouco mais de 100%.

Enquanto o índice acumulado de reajuste para a aposentadoria durante o governo Lula foi de 60%, para o salário mínimo está em 132%.

O diretor do Sindicato Nacional dos Aposentados, João Inocentini, reclama que os valores dos benefícios para aposentadorias não mantêm o poder de compra do grupo, principalmente dos aposentados que recebem menos que dez salários mínimos.

Nem mesmo o fato de o índice de reajuste das aposentadorias ter ficado acima da inflação acumulada no mesmo período (o IPCA entre janeiro de 2003 e janeiro de 2009 foi de 39,7%) serve de argumento, segundo os aposentados.

"Os idosos, principalmente, têm gastos além das contas gerais como gás, telefone e aluguel. Para eles o custo com remédios, e outros itens da área saúde costuma ser maior", afirmou Inocentini.

O presidente do sindicato afirmou que o grupo realiza um estudo com 100 itens de necessidade de um idoso para comparar o aumento dos produtos com o índice de reajuste do benefício recebido pelos aposentados.

"Daqui dois meses vamos abrir um processo na Justiça e levar essa pesquisa como prova. Segundo a lei, o governo é obrigado a manter o poder de compra com a aposentadoria", disse Inocentini.

Alternativas
O consultor financeiro Cláudio Boriola diz que os aposentados, especialmente nesse momento de crise econômica, devem evitar compras parceladas, pesquisar preços, negociar e fazer bom planejamento financeiro.

Segundo Boriola, alguns aposentados ganham um valor mensal muitas vezes insuficiente para o pagamento das contas e acabam pedindo crédito ou realizando pagamentos a prazo e são obrigados a pagar juros altos.

Na opinião do consultor, pagar uma previdência privada é uma alternativa indicada para quem ainda trabalha, considerando a característica de perda de poder de compra da aposentadoria.

"Na prática, infelizmente os valores encontram-se em um patamar que está deteriorando o poder de aquisição da população brasileira", completou Boriola.

De acordo com o diretor da Confederação Brasileira de Aposentados e Pensionistas (Cobap), Vicente Fernandes Barbosa, representantes dos aposentados tentarão um encontro com o presidente da Câmara, deputado Michel Temer (PMDB-SP), para discutir projetos que minimizem a perda dos aposentados

17:17
Anónimo disse...
Previdência
Previdência prorroga isenção de tarifas no benefício

O atual sistema de pagamento aos 26 milhões de aposentados e pensionistas do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) será mantido até o final deste ano. O acordo, que permite realizar a operação sem nenhum custo aos beneficiários, foi renovado nesta sexta-feira, entre o governo federal e 21 instituições financeiras.

Por meio desse acordo, vigente desde setembro de 2007, nem os segurados, nem os bancos e nem o governo arcam com o pagamento de tarifas, conforme explicou o ministro da Previdência Social, José Pimentel. A prorrogação vale até dezembro, data máxima para que a Previdência defina as regras para um novo contrato.

Ao assinar o termo de renovação, na sede da Federação Brasileira dos Bancos (Febraban), o ministro disse que a intenção do governo é mudar o atual modelo de gestão visando a reduzir os custos dessas operações em torno da folha mensal, que atinge R$ 15,8 bilhões. No entanto, qualquer alteração, conforme explicou, passará antes por audiências públicas a serem realizadas a partir do segundo semestre deste ano, atendendo a determinação do Tribunal de Contas da União (TCU).

De acordo com Pimentel, com um redesenho do mecanismo de repasse dos recursos aos bancos em torno da folha de pagamento dos segurados o que se busca é um aumento da participação de instituições financeiras. Ele informou que, desde 2007, cada benefício custa em média R$ 1,07 ao governo. "Quanto mais instituições financeiras estiverem prestando serviços à sociedade, maior é a competitividade, a agilidade no atendimento", justificou.

O ministro observou, ainda, que, para permitir uma redução para algo em torno de meia hora no tempo de atendimento para a concessão dos direitos previdenciários, o governo investiu R$ 280 milhões.

Questionado sobre o descontentamento dos segurados que ganham acima de um salário mínimo terem obtido apenas a correção com base na variação do Índice de Preços ao Consumidor (INPC) , ficando abaixo do reajuste dado a quem recebe apenas o mínimo, Pimentel argumentou que o governo seguiu o que determina a lei e descartou a possibilidade de uma revisão

17:17
Anónimo disse...
Empresas
Caterpillar oferece aposentadoria antecipada a 2 mil


A companhia americana Caterpillar ofereceu a cerca de dois mil funcionários incentivos para que se aposentem de forma voluntária antes do previsto, pela perspectiva de uma queda "significativa" da atividade industrial, informou nesta quarta-feira a empresa.

A iniciativa, destinada aos trabalhadores de diversas fábricas em Illinois, Colorado, Tennessee e Pensilvânia, se soma aos cortes de empregos anunciados em janeiro, explicou em comunicado de imprensa.

A empresa, a maior fabricante mundial de maquinaria pesada para a construção e a mineração, acrescentou que, "em função das condições de negócio, podem ser necessárias mais reduções de elenco voluntárias e involuntárias à medida que o ano avança".

O vice-presidente da companhia, Sid Banwart, explicou que a empresa prevê "demissões significativas em todas as regiões geográficas e na maioria dos setores devido às dificuldades da economia mundial".

17:18
Anónimo disse...
Comércio
Comércio exterior da OCDE caiu no 3º trimestre de 2008


As exportações e as importações dos países da Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Econômico (OCDE) caíram 1,6% e 0,2%, respectivamente, no terceiro trimestre de 2008, em relação aos três meses anteriores.

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Trata-se da primeira queda destas atividades desde o terceiro trimestre de 2006, segundo o último relatório trimestral sobre fluxos comerciais divulgado pela OCDE.

As exportações e as importações em dólares dos 30 Estados-membros caíram 15,6% e 17%, respectivamente, na comparação anualizada.

Por sua vez, o comércio dos sete países mais ricos do mundo (G7) teve um pequeno crescimento no terceiro trimestre de 2008 com uma queda das exportações de mercadorias de 0,2% em relação ao trimestre anterior e um aumento de 0,4% das importações.

Em termos anualizados, as importações do G7 caíram 1,4% entre julho e setembro do ano passado, seu primeiro retrocesso desde o terceiro trimestre de 2006, enquanto as exportações aumentaram 1,9%, seu crescimento mais baixo no mesmo tempo.

Por países, a Alemanha aumentou suas importações em 3,4% - valor mais alto do G7 -, enquanto suas exportações caíram 2,9% do segundo para o terceiro trimestre de 2008.

Pelo contrário, as exportações americanas aumentaram 1,8% entre julho e setembro de 2008, enquanto as importações caíram 0,7% em relação ao trimestre anterior. No Japão, tanto as importações quanto as exportações caíram em torno de 1% no mesmo período.

17:19
Anónimo disse...
Economia Nacional
Lula: juros de crédito consignado a aposentados são altos

Atualizada às 17h29

O presidente Luis Inácio Lula da Silva afirmou nesta terça-feira, em São Paulo, que está lutando para reduzir as taxas de juros cobradas de aposentados em crédito consignado. A Previdência Social estabelece uma taxa máxima de 2,5% para empréstimo e de 3,5% para cartão. Para Lula, os valores são altos.

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"Acho que o juro que os aposentados estão pagando hoje com o crédito consignado é alto para o padrão brasileiro", disse o presidente durante a cerimônia de comemoração dos 86 anos do INSS.

A Previdência anunciou nesta terça-feira que aposentados e trabalhadoras com licença-maternidade poderão receber seus benefícios em 30 minutos. De acordo com Lula, em junho, a aposentadoria do trabalhador rural também será conseguida em meia hora.

Além disso, o presidente anunciou que, também em junho, os trabalhadores que alcançarem o direito à aposentadoria passarão a receber em suas casas um comunicado da Previdência informando o fato e o valor do salário que têm direito a receber. "É um comprometimento público que estou fazendo com os companheiros da Previdência Social", disse.

"Estamos retribuindo ao contribuinte da Previdência Social aquilo que é a cidadania que ele tem direito", afirmou Lula. "Se para cobrar nós somos tão precisos, para devolver o dinheiro, temos que chegar próximo à perfeição", completou.

17:20
Anónimo disse...
Economia Nacional
Salário maternidade sairá em 30 minutos, diz ministro

Toda trabalhadora autônoma que tiver contribuído pelo menos 10 meses com o Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) - ou as que possuírem carteira assinada - poderão receber em 30 minutos o salário maternidade a partir desta terça-feira. Da mesma forma, as mulheres com 30 anos de contribuição e os homens com 35 anos também terão direito ao benefício de forma mais rápida. A informação é do ministro da Previdência Social, José Pimentel.

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Para requerer o salário maternidade, é preciso que as autônomas levem a carteira de identidade e o carnê de contribuição. As demais trabalhadoras devem apresentar a identificação e a carteira de trabalho. Desde o início do mês, a nova forma de análise para a concessão de benefícios foi adotada para a aposentadoria por idade do trabalhador urbano e agora foi estendida para o salário maternidade e por tempo de contribuição.

O ministro disse que a qualificação do serviço da previdência social é o reconhecimento do direito dos trabalhadores e da afirmação da cidadania.

"Até pouco tempo na cabeça do cidadão o serviço devia ser de péssima qualidade. Agora não, nós modificamos toda a legislação no mês de dezembro numa ação conjunta do Congresso Nacional com o governo federal. Estamos implantando e concedendo os benefícios em até 30 minutos", afirmou.

O ministro destacou que para conseguir se aposentar ou ter acesso à licença maternidade em 30 minutos, em primeiro lugar, é necessário que o cidadão esteja vinculado à Previdência, o que inclui 65% da população acima de 16 anos de idade.

"Depois bastar marcar pelo sistema 135 o dia e a hora do atendimento e levar a documentação. Se todos os dados necessários estiverem corretos o contribuinte será atendido em até 30 minutos, como vem sendo feito com as aposentadorias por idade desde o dia cinco de janeiro", explicou.

Pimentel disse ainda que em 90% das agências da previdência social o atendimento é marcado em até 48 horas. Nos grandes centros, entretanto existe um volume maior o que torna mais lento o processo.

"Estamos criando mais 715 agências até 2010, em todo o território nacional, para descentralizar o atendimento. Em 2008, atendemos 295 mil benefícios e aposentadorias por idade. Temos 4 mil pessoas por dia procurando e se aposentando por idade no território nacional. Este serviço será agilizado", concluiu.

17:26
Anónimo disse...
Giuseppe Englaro, pai de Eluana, a italiana que morreu na segunda-feira passada por desidratação, recusou uma grande soma de dinheiro de um conhecido fotógrafo italiano que queria retratar a filha em estado de coma, disse neste sábado o neurologista que atendia a mulher desde 1996, Carlo Defanti.

O neurologista, que participou hoje de uma conferência sobre eutanásia, disse que Englaro respeitou a vontade da filha, que, antes do acidente, tinha pedido que, se lhe ocorresse qualquer coisa irreversível, apresentasse sua imagem de quando estava em boas condições.

Antes de sofrer o acidente de trânsito, em 1992, Eluana viveu o coma de um amigo, Alessandro, o que causou forte impacto na italiana e a levou a fazer o pai prometer que não a deixasse viver em estado vegetativo, disse o próprio Giuseppe Englaro.

Defanti, que dissera que Eluana poderia viver de dez a 12 dias depois da suspensão da alimentação e da hidratação, disse que, como médico, tinha que reprovar esta afirmação.

"Não se pode sobreviver após três ou quatro dias sem líquido e, em particular, água em um corpo. Sabemos bem que, quando há um terremoto, após quatro dias é difícil encontrar sobreviventes".

Defanti ressaltou que Eluana "não falava, não se comunicava com o exterior" e que, após vários exames, "nos deparamos com uma moça que tinha perdido a consciência", porque estava com o córtex cerebral prejudicado.

Eluana foi enterrada na quinta-feira passada no túmulo da família na localidade de Paluzza, em Udine, após um funeral que não contou com a presença dos pais.

16:53
Anónimo disse...
Os bombeiros combatem neste sábado os incêndios na Austrália favorecidos pelo bom tempo, enquanto os deslocados encotram em seu retorno casas derruídas, carros queimados nas ruas e destruição.

Depois de sete dias desde que começaram os incêndios no Estado de Victoria, a lista de mortos chega a 181, os desaparecidos somam 50, os edifícios destruídos totalizam 1,834 mil e o terreno arrasado, principalmente florestas, ocupa uma área de 4,13 mil quilômetros quadrados.

As equipes de bombeiros, formadas por 4 mil profissionais de Victoria, de outras partes da Austrália e de países amigos, combateram hoje 12 focos fora de controle e nenhum representava uma ameaça direta para a população.

O subdiretor do Serviço de Bombeiros, Geoff Conway, disse que este tempo favorável, que se prolongará durante o domingo, permite consolidar as linhas de contenção e avançar na extinção das chamas.

Cinzas apareceram arrastadas por ventos do nordeste sobre Melbourne, onde habitam 3,8 milhões de pessoas, e as autoridades alertaram aos cidadãos do risco para a saúde de idosos, crianças e pessoas com problemas respiratórios.

O número de pessoas deslocadas - a Cruz Vermelha chegou a receber 7 mil - começou a cair com a abertura de algumas localidades atingidas.

Os incêndios, alguns criminosos, começaram em 7 de fevereiro, quando a região sul da Austrália estava há duas semanas sob uma onda de calor sem precedentes.

Na sexta-feira passada, a polícia acusou uma pessoa de ter provocado o incêndio que atingiu a localidade de Churchill e matou 21 pessoas.

16:55
Anónimo disse...
A primeira chuva em seis dias reduziu a ameaça de incêndios no Estado de Victoria, ao sul da Austrália. As autoridades, porém, advertiram que ainda existem 12 focos, mas que nenhum deles ameaça áreas povoadas.

Mais de quatro mil bombeiros, mil provenientes de outras partes do país e de outras nações, trabalham contra o fogo. Cerca de 600 veículos e 28 helicópteros e pequenos aviões estão sendo usados.


Eles conseguiram construir linhas de contenção para evitar os incêndios de Yarra e Maroondah se juntassem. Também foram controlados os incêndios abertos de Yea e Murrindindi, que ameaçavam as comunidades de Connellys Creek, Crystal Creek, Scrubby Creek e Native Dog Creek.

O número de mortos chegou a 181, mas as autoridades acreditam que as vítimas devem passar de 200, já que ainda há muitos desaparecidos.

16:55
Anónimo disse...
Aqui nesta coluna, na semana passada, tive a oportunidade de comentar sobre a recente visita do professor brasileiro Pedrinho Guareschi à Austrália. Não dei, porém, os fatos, pois semana passada o assunto era outro.

Hoje, porém, vamos a eles.

No último dia 4 de fevereiro, aconteceu o Seminário "Paulo Freire: Education and Liberation", organizado pelo centro de estudos latino-americanos da Universidade Nacional da Austrália, ou ANU, como é mais conhecida por aqui.

A ANU, para quem não sabe, está entre as 20 melhores universidades do mundo! E tem sede aqui em Camberra, capital da Austrália.

Na abertura do evento, o professor John Minns, diretor do centro latino-americano, ao dar boas-vindas ao público presente, lembrou ser aquele o primeiro seminário exclusivamente dedicado a Paulo Freire na Austrália.

Em seguida, convidou Pedrinho Guareschi, palestrante principal do Seminário, a fazer sua apresentação.

A plateia pode então conhecer, pelas palavras de Pedrinho, um pouco da obra e da vida de Freire, esse brasileiro de fé e valor, que sempre acreditou na educação, sobretudo dos menos favorecidos, analfabetos, como força libertadora.

Como não podia deixar de ser, os conceitos e ideias revolucionários de Paulo Freire, expostos com clareza por Pedrinho, despertaram o interesse e a curiosidade de plateia. A qual, deve-se notar, era na maioria de estudantes, mas de várias nacionalidades, sobretudo australianos e asiáticos.

Na continuação do programa do seminário, que se estendeu por dois dias, outros professores fizeram palestras sobre temas ligados à obra de Paulo Freire.

Interessante, por exemplo, saber que a professora Anne Hickling-Hudson, jamaicana que mora na Austrália há muitos anos (é professora da ANU), conheceu e trabalhou com Freire num workshop educacional durante a revolução na Ilha de Granada, em 1980, antes da invasão dos Estados Unidos...

Ou, então, a palestra da Professora Gerda Roelvink, da Nova Zelândia, que participou do Fórum Social de Porto Alegre em 2005. E essa participação transformou-se em tema de doutorado.

No dia 10, terça-feira passada, o padre Pedrinho Guareschi voltou a falar ao público australiano em grande auditório localizado no belíssimo campus da ANU. Desta vez, sobre a Teologia da Libertação.

Depois da palestra, John Minns mostrou o filme mexicano "O Crime do Padre Amaro", no qual um dos personagens é um padre católico praticante da Teologia da Libertação.

Mais uma vez, foi grande o intersse da platéia, que pode aprender e conhecer um pouco como se desenvolveu aquele importante movimento católico na América Latina.

Fica, assim, ao Pedrinho, bem como a outros brasileiros estudiosos e de bom coração que saem pelo mundo a divulgar aspectos importantes da cultura brasileira, o respeito e a homenagem desta coluna. E... aquele abraço!

16:57
Anónimo disse...
Amanda Kitts perdeu o braço esquerdo em um acidente de automóvel acontecido três anos atrás, mas hoje em dia ela joga futebol americano com seu filho de 12 anos de idade, troca fraldas e abraça as crianças nas três creches Kiddie Cottage que opera em Knoxville, Tennessee. Kitts, 40 anos, faz tudo isso com a ajuda de um novo tipo de braço artificial que se movimenta com mais facilidade do que outros aparelhos e que ela pode controlar utilizando apenas seus pensamentos.

"Eu sou capaz de mexer a mão, o pulso e o cotovelo ao mesmo tempo", diz. "Você pensa e os músculos se movem em seguida".

A recuperação que ela conseguiu resulta de um novo procedimento que vem atraindo crescente atenção porque permite que pessoas movam braços protéticos de forma mais automática do que faziam no passado, simplesmente utilizando nervos reaproveitados em seus cérebros.

A técnica, conhecida como "renervação muscular dirigida", envolve utilizar os nervos que restam depois da amputação de um braço e conectá-los a outro músculo do corpo, em geral no peito. Eletrodos são instalados sobre os músculos do peito, e operam como se fossem antenas. Quando a pessoa deseja mover o braço, o cérebro envia sinais que primeiro resultam em contração dos músculos do peito, os quais enviam um sinal ao braço protético, instruindo-se a se movimentar. O processo não requer mais esforços consciente do que a pessoa teria de exercitar caso ainda tivesse seu braço natural.

Na terça-feira, pesquisadores reportaram em estudo publicado pela versão online do Journal of the American Medical Association que haviam levado a técnica ainda mais à frente, tornando possível a execução de 10 movimentos de mão, pulso e cotovelo diferentes, o que representa uma substancial melhora com relação ao típico repertório protético, que em geral envolve apenas dobrar o cotovelo, girar o pulso e abrir a mão.

"Os novos métodos tiveram impacto dramático em nosso campo de trabalho", disse Stuart Harshbarger, engenheiro biomédico na Universidade Johns Hopkins e diretor do programa de pesquisa sobre próteses, financiado pelas forças armadas, que inclui o trabalho com essa técnica. "O método já está em uso por médicos e cirurgiões comuns em todo o país. A capacidade de controlar um membro protético bastante robusto que ele confere surpreendeu a todos pela qualidade".

Tipicamente, uma pessoa que tenha um braço protético só é capaz de executar alguns poucos movimentos, e muitas vezes com tamanha lentidão que isso só permite a ela atividades limitadas.

Há um motor separado para cada movimento, diz Gerald Loeb, professor de engenharia biomédica na Universidade do Sul da Califórnia, "e esses motores precisam ser controlados de maneira explícita", usualmente por um esforço consciente da pessoa para contrair músculos nas costas ou no bíceps.

"Essencialmente, até agora os pacientes controlavam apenas um motor de cada vez", diz Loeb, "e precisavam pensar cuidadosamente sobre que motor desejavam controlar e como fazê-lo operar, em lugar de simplesmente pensarem em mover o braço e poderem fazê-lo sem delongas".

Antes que Kitts passasse pelo procedimento de renervação, em outubro de 2007, por exemplo, ela precisava movimentar os músculos de suas costas de determinada maneira para fazer com que seu pulso girasse, e flexionar seu bíceps e tríceps para fazer com que o cotovelo se movesse para cima e para baixo. "Era muito trabalho", ela conta. "E não me ajudava muito".

O procedimento de renervação é parte de uma recente explosão de idéias novas e técnicas inovadoras que estão sendo exploradas enquanto os cientistas se esforçam por ajudar as pessoas a compensar melhor a perda de membros ou problemas de paralisia. O esforço vem sendo alimentado pelo aumento no número de amputações causado por diabetes e por ferimentos sofridos pelos militares, e ao mesmo tempo pelos avanços na tecnologia médica.

Os braços se tornaram um dos focos essenciais desse tipo de trabalho. A ciência há muito vem obtendo sucessos no desenvolvimento de próteses de perna, mas é muito mais difícil imitar a complexidade e a destreza das mãos e dos braços.

Os esforços em curso incluem o desenvolvimento de projetos de pele e braços mais sensíveis e mais flexíveis, e o uso de dispositivos acionados por controles sem fio implantado nos braços protéticos, que permitiriam movimentos mais naturais.

Os pesquisadores também vêm usando sensores implantados nos cérebros de cobaias para permitir que dois macacos controlem um braço mecânico, e um teste com um homem paralítico permitiu, com esse método, que ele movimentasse um cursor em uma tela de computador.

Alguns desses métodos, caso venham a ser aperfeiçoados plenamente e consigam aprovação das autoridades regulatórias da saúde, podem no futuro se tornar mais viáveis para os pacientes de amputações.

E embora a técnica da renervação não requeira aprovação das autoridades regulatórias porque é executada por meios cirúrgicos e emprega aparelhos já existentes, ela apresenta limitações que até mesmo seus criadores reconhecem, entre as quais o fato de que não se pode utilizá-la para todos os pacientes, o seu alto custo e o prazo de meses requerido para que os nervos reconectados cresçam e se tornem efetivos.

Ainda assim, os especialistas dizem que é o mais avançado sistema em uso hoje para pacientes reais que permite que o sistema nervoso controle diretamente o movimento de um braço artificial.

Desde sua introdução por Todd Kuiken, médico fisioterapeuta e engenheiro biomédico do Instituto de Reabilitação de Chicago, o método foi empregado em cerca de 30 pacientes nos Estados Unidos, Canadá e Europa, entre os quais oito soldados feridos no Iraque e no Afeganistão.

Muitos dos pacientes, entre os quais o primeiro, Jesse Sullivan, um operário do setor elétrico no Tennessee que perdeu os dois braços quando foi eletrocutado por um cabo, conseguem não apenas manipular seus braços protéticos mas sentir a presença das mãos que já não têm quando alguém toca em seus peitos.

Sullivan, 62 anos, e Kitts, estavam entre os cinco pacientes que participaram do estudo reportado na terça-feira. Em companhia de cinco outras pessoas que não passaram por amputações, eles receberam os eletrodos e foram instruídos a usar pensamentos para fazer com que um braço virtual na tela reproduzisse 10 movimentos diferentes, entre os quais três formas diferentes de aperto de mão.

Os pacientes apresentaram desempenho bastante respeitável, apenas um pouco mais lento e menos preciso do que os dos participantes que não tinham amputações.

"As velocidades de movimento que encontramos em nossos pacientes foram realmente encorajadoras", disse Kuiken. "Eles conseguiram completar a tarefa. É claro que não foram tão competentes quanto as pessoas dotadas de plena capacidade física, mas foram bons o bastante".

Um braço virtual foi usado porque a maioria das próteses existentes não era capaz de acomodar todos aqueles movimentos, no momento da pesquisa, ainda que Sullivan, Kitts e uma terceira paciente, Claudia Mitchell, tenham experimentado dois novos protótipos mais versáteis de braços artificiais, executando tarefas complexas com bolas de tênis e outros objetos.

O trabalho de renervação em soldados apresenta outros desafios, diz Kuiken, porque os ferimentos militares muitas vezes "causam danos muitos extensos" a nervos, músculos ou ossos.

Daniel Acosta, 25 anos, um aviador ferido pela detonação de uma bomba em uma estrada do Iraque em 2005, passou pelo procedimento no ano passado e diz que seu braço esquerdo protético agora se movimenta "muito mais rápido" e de maneira muito mais natural.

"A diferença é que agora não preciso mais pensar para mover o braço", ele diz. "Ele simplesmente se mexe".

Ainda assim, Acosta, de San Antonio, diz que "o processo foi bastante longo" e que os eletrodos precisam ser ajustados para receber os sinais à medida que os nervos crescem ou mudam de posição.

E embora elogiem o método, os especialistas afirmam que a ciência das próteses de braço ainda tem muito por avançar.

"Trata-se de uma parte crucial, mas ainda assim apenas uma parte, das muitas coisas que compreendem a função normal de um braço", disse Loeb, que escreveu um editorial que acompanha o artigo no Journal of the American Medical Association.

"No momento estamos a meio do caminho entre o braço de 'Dr. Fantástico', que fazia involuntariamente a saudação nazista, e o braço de Luke Skywalker em 'Guerra nas Estrelas', que funciona sem nenhum problema assim que é conectado. Creio que precisaremos ainda de muitos anos para conectar todas as peças necessárias a produzir um braço capaz de funcionar normalmente".

17:04
Anónimo disse...
A Espanha disse neste sábado que está preparando uma reclamação oficial contra a decisão da Venezuela de expulsar um membro do Parlamento Europeu que criticou o conselho eleitoral venezuelano.
Luis Herrero, membro do partido conservador espanhol PP, foi deportado na sexta-feira depois que o Conselho Nacional Eleitoral (CNE) o acusou de questionar a imparcialidade da instituição antes de um referendo que pode permitir ao presidente Hugo Chávez permanecer no cargo indefinidamente.

Herrero estava na Venezuela como observador do referendo. Ele acusou Chávez de ter "comportamentos típicos de um ditador" por pedir a contenção de manifestações da oposição.

O governo da Espanha convocou um encontro com o embaixador da Venezuela em Madri para expressar a desaprovação sobre a expulsão de Herrero, disse um representante do Ministério das Relações Exteriores espanhol.

As relações da Venezuela com a Espanha tiveram seu ponto crítico em 2007, quando Chávez ameaçou rever acordos diplomáticos e comerciais depois de ouvir um "cala a boca" do rei espanhol Juan Carlos durante uma cúpula.

A fenda foi oficialmente reparada em 2008, com uma visita oficial de Chávez à Espanha, onde ele cumprimentou o rei e discutiu acordos para investimento no setor petroquímico com o primeiro-ministro José Luis Rodriguez Zapatero.

17:06
Anónimo disse...
A polícia do Zimbábue anunciou neste sábado que acusa de traição Roy Bennett, dirigente do até agora opositor Movimento para a Mudança Democrática (MDC), detido na sexta-feira, em Harare, poucas horas antes da cerimônia de posse dos membros do novo gabinete.

"A Polícia nos informou que vão apresentar acusações de traição", disse à agência EFE o advogado de defesa de Bennett, Trust Maanda.

"Tentam relacionar Roy com o caso de Mike Hitschmann, que foi detido em 2006 em relação à descoberta de um carregamento de armas, apesar de que Hitschmann não tenha sido declarado culpado das acusações de traição apresentadas contra ele, mas de um crime menor de descumprimento de leis", disse Maanda.

O político opositor, designado por seu partido como vice-ministro de Agricultura no Governo de união nacional, esteve no exílio na vizinha África do Sul desde 2006 e retornou ao Zimbábue há duas semanas.

Segundo a Polícia, que deteve Bennett ontem no aeroporto de Harare quando pretendia ir à África do Sul para visitar sua família, as armas apreendidas em 2006 seriam utilizadas em um golpe de Estado para derrubar o presidente do Zimbábue, Robert Mugabe.

Depois da detenção, Bennet foi levado a Mutar, onde vários simpatizantes do MDC se concentraram em frente à delegacia na qual estava detido, diante do que a Polícia respondeu com tiros para o alto para dispersar os manifestantes.

17:07
Anónimo disse...
Austrália: 14 mil se candidatam a 'emprego dos sonhos'

A secretaria de Turismo de Queensland, na Austrália, informou que até esta segunda-feira já recebeu cerca de 14 mil inscrições para o "o melhor emprego do mundo". O Estado australiano promove pela internet seleção para vaga de "zelador" da ilha Hamilton, por seis meses com um salário de R$ 40 mil.

Muitos candidatos tiveram problemas durante a inscrição por conta dos acessos simultâneos ao site. A secretaria aconselha enviar os vídeos de 60s explicando porque deve ser escolhido em horários alternativos do dia, além de recomendar tamanho em torno de 40MB.

As inscrições começaram em 12 de janeiro e vão até o próximo dia 22 e podem ser feitas pelo site www.islandreefjob.com. O governo australiano escolherá 50 candidatos para a próxima fase da seleção, que terá votos do público para eleger um dos 11 finalistas.

A última fase terá entrevistas e desafios físicos, no próprio local de trabalho: as ilhas da Grande Barreira Coralina - o maior recife de coral do mundo. A secretaria de Turismo anunciará o vencedor no dia 6 de maio.

17:09
Anónimo disse...
Mercado elogia governo na crise, mas pede maior queda no juro

Peter Fussy
Direto de São Paulo

Desde as primeiras medidas anunciadas para combater os efeitos da crise, o governo brasileiro avisou que a estratégia não contemplaria um pacote. Seriam doses pontuais, de acordo com a necessidade da economia diante do agravamento das turbulências. Da primeira liberação dos depósitos compulsórios em setembro até a ampliação do seguro-desemprego na última quarta-feira, o governo passou por redução de impostos, ampliação de crédito e incentivos à exportação. Quase 150 dias após a primeira medida, o Terra conversou com líderes do setor público e privado, representantes dos trabalhadores, acadêmicos e com o próprio governo para saber quais destas ações foram mais eficazes, quais foram mais ineficientes e o que mais pode ser feito pelo Estado brasileiro contra a crise.

Os maiores elogios foram direcionados à atitude de reduzir o Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) para a indústria automobilística, anunciada em dezembro e que fez com que os emplacamentos de carros novos subissem 1,9% no primeiro mês do ano em relação a dezembro de 2008. Já as maiores críticas foram para a lentidão no corte da taxa básica de juro do País.

Para o presidente do conselho administrativo do Grupo Pão de Açúcar, Abílio Diniz, o Estado não é responsável pela crise e mesmo assim está agindo "com extrema serenidade e muito acerto". "O governo está atento, fazendo a sua parte. É preciso coragem de baixar firmemente a taxa de juros. É uma arma que temos a nosso favor, já que não há clima para inflação, nem possibilidade de danos para a macroeconomia", afirmou Diniz.

Na última reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), em janeiro, a taxa Selic foi reduzida em um ponto percentual, de 13,75% para 12,75% ao ano. Porém, o professor de economia da Universidade de Brasília (UnB) José Luiz Oreiro lembra que este corte representa uma redução de apenas 0,25 ponto percentual com relação à taxa de setembro do ano passado, quando a crise se agravou.

"Pouco antes da eclosão da crise, o Banco Central aumentou a taxa em 0,75 ponto. Foram cinco meses de demora para reduzir em termos líquidos apenas 0,25 ponto", afirmou o economista, que também sugeriu redução do intervalo de cerca de 90 dias entre as reuniões do Copom e o corte de pelo menos um 1 ponto percentual em cada reunião.

Mesmo com o corte de janeiro, a taxa de juros real continua sendo a maior do mundo, lembrou o secretário-geral da Força Sindical, João Carlos Gonçalves, o Juruna. "A redução da taxa de juro ainda é pequena, porque ela continua uma das mais altas do mundo. Falta ousadia para baixar os juros e ajudar o cidadão. A permanência da taxa de juro alta é negativa para o País em meio a crise", afirmou Juruna.

Embora aprove as ações do governo, o senador Aloízio Mercadante (PT-SP) também acredita que o patamar da Selic está muito alto. "Sempre fomos os primeiros a entrar em qualquer crise, o que não aconteceu agora. A taxa Selic ainda é muito alta, mas o governo têm tomado medidas acertadas, como o aumento do salário mínimo, mesmo com um cenário de crise. Isso ajuda a movimentar o consumo. O governo está se esforçando para manter os investimentos e o crescimento", disse.

Tributos
De acordo com o economista Fabio Pina, da Fecomercio-SP, as ações mais positivas estão relacionadas à redução de tributos para alguns segmentos, como a indústria automobilística, que recuperou parte da queda nas vendas em janeiro com a isenção do IPI para carros 1.0 l e o corte para demais motorizações. A medida vale até o final de março.

"Essas medidas não só reduziram o preço, mas anteciparam o consumo daqueles que iriam comprar no futuro, dando um prêmio por conta da insegurança. Mexe diretamente com o principal problema que é a confiança do consumidor", afirmou. Juruna destacou que um bom ritmo de vendas é garantia de emprego. "É importante porque cada emprego na montadora significa 19 na cadeia produtiva", comentou o representante da Força Sindical.

Também em dezembro, o governo decidiu cortar pela metade a alíquota do Imposto de Renda para contribuintes que ganham entre R$ 1.434 e R$ 2.150 mensais. "O salário aumentava e a tabela não se modificava. As pessoas ganhavam mais e pagavam mais impostos", apontou Juruna. Outra redução de tributos do governo foi com relação ao Imposto sobre Operações Financeiras (IOF), que caiu de 3% ao ano para 1,5%.

Crédito
Na segunda metade de 2008, o colapso de bancos nos Estados Unidos por conta da crise do subprime provocou uma forte restrição de crédito no mundo inteiro. Uma das primeiras medidas anticrise do governo teve como objetivo restabelecer a oferta, com mudanças no recolhimento dos depósitos compulsórios por parte dos bancos. Segundo o presidente do Banco Central, Henrique Meirelles, as diversas modificações liberaram US$ 99,2 bilhões aos bancos até o final de janeiro.

Além disso, o governo concedeu R$ 36 bilhões das reservas internacionais para empresas brasileiras com dívidas no exterior e uma medida provisória autorizou o Banco do Brasil e a Caixa Econômica Federal a comprar carteiras de crédito de bancos privados. Para o diretor do Departamento de Pesquisas e Estudos Econômicos da Fiesp, Paulo Francini, estas medidas foram essenciais para combater os efeitos da crise.

"A crise se desenvolve no mundo em torno do tema crédito. E o crédito reduziu-se barbaridade no mundo. Então o governo lança mão de compulsório, lança mão de reservas, de medidas que permitem aos bancos comprar carteiras de bancos. Você vai tomando várias medidas para atender às demandas e o epicentro disso é crédito", afirmou.

No entanto, Oreiro, da UnB, adverte que a liberação dos compulsórios seria mais eficiente acompanhada de redução mais agressiva da taxa básica de juro. "Uma parte do crédito voltou, depois da forte retração em outubro e novembro. O que deveria ter sido feito junto à liberação do compulsório era uma redução mais drástica da taxa de juro. Sem isso, os bancos pegam as reservas e acabam comprando títulos públicos", explicou o economista.

Na opinião de Pina, as ações de distribuição de crédito via redução do compulsório e a disposição de capital de giro para empresas foram tomadas sem um cuidado maior na operação e não tiveram muito efeito. "O BNDES tem linhas que ficam paradas quase todo o ano, agora é pior ainda. Existem os recursos, mas as empresas e os bancos estão desconfiados. É preciso fazer com que os bancos tenham interesse em emprestar", afirmou o economista da Fecomercio-SP.

Futuro
Mesmo com todas essas medidas, a crise financeira ainda gera incertezas nos setores produtivos do País. Nos últimos meses, o medo do desemprego fez os consumidores adiarem compras. Por sua vez, a queda nas vendas pode obrigar as indústrias a cortarem a produção e demitir funcionários. Contra isso, empresários sugerem redução de jornada e de salários.

"Isto está previsto em lei. A Fiesp simplesmente manteve conversações com entidades sindicais quanto à aplicação daquilo que já está previsto em lei", afirmou Francini.

Segundo a ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff, uma das medidas que assegura um nível de emprego é a manutenção de investimentos no Programa de Aceleração do Crescimento (PAC). "Estamos esperando que a dificuldade ocorra em janeiro, fevereiro e março. Estamos certos que vamos manter o nível de investimento. É isso que funciona, é isso que significa investimento público. Ele funciona como um colchão. Por isso, nós colocamos R$ 100 bilhões no BNDES e a Petrobras ampliou o seu investimento em R$ 120 bilhões", afirmou.

Na mesma linha, Pina explica que a antecipação de gastos do governo substitui parte da demanda retraída do setor privado. "Ele dá o seguinte recado: não vou estourar as contas públicas, mas concentrar em um momento em que a demanda privada está pequena. Mas o governo não tem fôlego suficiente para fazer o papel de toda demanda", ressaltou. O economista da Fecomercio lembrou que a entidade já pleiteou junto ao governo isenções para transferência de imóveis e de automóveis, além de retirar o IPVA para veículos novos.

Já Oreiro foca suas propostas na capitalização do Banco do Brasil e da Caixa Econômica Federal pelo Tesouro para atender a demanda de crédito para capital de giro e reduzir o spread. "Aumentando o empréstimo e reduzindo as taxas, os dois vão forçar os bancos privados a acompanhar o movimento, até para não perderem participação no mercado", explicou o economista da UnB.

Até o Carnaval, o governou prometeu detalhar um pacote de incentivos para a construção de até um milhão de casas populares, direcionado a famílias com renda de até dez salários mínimos. "Estamos atentos a tudo o que está acontecendo e novas medidas serão tomadas caso haja uma avaliação de que sejam necessárias", disse o ministro da Fazenda, Guido Mantega, na última sexta-feira.

17:11
Anónimo disse...
Ex-ministro critica extensão do seguro-desemprego

Atualizada às 09h03

O ex-ministro do Trabalho Almir Pazzianotto criticou a decisão do governo federal de conceder o seguro-desemprego estendido a apenas alguns setores. "É certamente odioso e provavelmente inconstitucional", disse Pazzianotto, de acordo com o jornal O Estado de S. Paulo.

Na última qurta, dia do anúncio da medida, centrais sindicais elogiaram a atitude do governo. A Força Sindical divulgou nota dizendo que "o aumento ajudará a aquecer parte da economia, já que irá gerar mais consumo, produção e conseqüentemente, a criação de novos postos de trabalho". A União Geral dos Trabalhadores (UGT) afirmou que a medida "contribuirá para minimizar o drama dos trabalhadores que perderem seu emprego por conta da crise".

O ex-ministro, que instituiu o seguro-desemprego no País no governo de José Sarney, destacou a necessidade de as centrais sindicais se manifestarem contra a determinação. Para ele, as mudanças devem ser aplicadas a todas as categorias profissionais e a distinção é contrária ao artigo 3º da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT).

Pazzianotto atribui a medida a um possível temor do governo de que a crise econômica seja longa e não haja dinheiro para atender a todas as necessidades. Ainda assim, ele se mostra contrário ao método de concessão. "O seguro-desemprego ajuda a sanar necessidades básicas. Estendê-lo é paliativo, não a solução", disse ao jornal.

De acordo com o presidente do Conselho Deliberativo do Fundo de Amparo ao Trabalhador (Codefat) e conselheiro da Força Sindical, Luiz Fernando Emediato, a determinação já estava prevista na lei 8.900/94, que trata do seguro-desemprego.

O presidente da Comissão de Trabalho da Câmara, Pedro Fernandes (PTB-MA) vai além na crítica à concessão do seguro para apenas alguns setores. Ele acredita que a ampliação do benefício estimula o desemprego.

Quintino Severo, secretário geral da Central Única dos Trabalhadores (CUT), lembra que a ampliação do benefício sem critério e identificação pode incentivar demissões em outros setores.

17:13
Anónimo disse...
Empresas
TAM faz promoção para destinos internacionais

A companhia aérea TAM anunciou nesta sexta-feira tarifas promocionais para trechos internacionais. Os preços valem para bilhetes comprados entre 6h deste sábado e 23h59 deste domingo e são válidos para classe econômica. As tarifas, para ida e volta, serão vendidas a partir de US$ 99, mais taxas.

Segundo a aérea, a promoção vale para viagens feitas no período de 14 de fevereiro a 18 de junho de 2009. Para destinos na América do Sul, a permanência mínima é de dois dias; para bilhetes com destino nos Estados Unidos, cinco dias; e Europa, sete dias. A permanência máxima para as passagens para América do Sul e EUA é de dois meses e para Europa, três meses.

Entre os exemplos de tarifas promocionais, a TAM oferece São Paulo-Lima por US$ 99. Bilhetes para a rota São Paulo-Santiago serão vendidos a partir de US$ 199 e São Paulo-Nova York, US$ 799.

A emissão dos bilhetes deve ser feita obrigatoriamente no ato da reserva, obedecendo às regras estipuladas pela companhia. A compra está sujeita à disponibilidade de assentos nas classes tarifárias determinadas, trechos, horários e datas. A TAM afirmou que também há tarifas promocionais para a classe executiva.

Mais informações podem ser encontradas no site promocional (www.ofertastam.com.br), no site da empresa (www.tam.com.br) ou pelos telefones 4002-5700 ou 0800 5705700.

17:13
Anónimo disse...
Empresas
Consultoria negocia compra do parque temático Hopi Hari

A consultoria especializada em reestruturação de empresas Íntegra Associados informou nesta sexta-feira ter um acordo para comprar o parque de diversões Hopi Hari, localizado no interior de São Paulo. A empresa estaria disposta a investir R$ 10 milhões no parque, que tem dívida estimada em R$ 800 milhões. As informações são da edição deste sábado do jornal Folha de S. Paulo.

De acordo com o jornal, a transação ainda depende da negociação entre o Hopi Hari e seus credores, o que já estaria em andamento.

A consultoria paulista já atuou junto à Parmalat, durante 30 meses, quando reorganizou a gestão da empresa italiana.

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17:14
Anónimo disse...
Empresas
Disney de Tóquio contratará mais 2 mil apesar da crise


A Oriental Land, o operador da Disneylândia Tóquio e DisneySea, organizou neste domingo entrevistas para contratar cerca de 2 mil trabalhadores em tempo parcial, em um momento de grandes demissões deste tipo de empregados no Japão.

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O operador deste parque temático, situado em Urayasu, na província de Chiba (leste de Tóquio), está em pleno processo de seleção de empregados para 20 tipos de postos trabalhistas diferentes.

Segundo a companhia, citada pela agência local de notícias Kyodo, o parque contratará novos trabalhadores para as atrações, para os restaurantes e guardas de segurança entre outros. Os novos contratados começarão a trabalhar a partir de fevereiro.

O processo de seleção acontece em um momento em que a maioria das grandes companhias japonesas começaram a se ver obrigadas a despedir uma elevada percentagem de seus trabalhadores temporários e a tempo parcial.

Algumas inclusive anunciaram demissões de seus trabalhadores fixos, uma medida muito pouco comum nas companhias japonesas, perante os efeitos piores que o esperado pela crise econômica global.

Cerca de uma centena de pessoas esperavam desde a primeira hora desta manhã a abertura do centro de conferências Tokyo International Forum, onde as entrevistas estão sendo feitas, para ser os primeiros a solicitar os postos de trabalho.


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17:15
Anónimo disse...
Economia Internacional
Senado dos EUA aprova plano de estímulo à economia

O Senado dos Estados Unidos aprovou com 60 votos a favor e 38 contra o plano de estímulo à economia de US$ 787 bilhões na madrugada deste sábado. Agora, ele segue para sanção ou veto do presidente Barack Obama, que espera colocar a lei em prática até o dia 16 de fevereiro.

O plano prevê a criação de três milhões de empregos, inclui cortes de impostos às famílias, fundos para programas sociais e obras públicas, além de ajuda aos governos estaduais, estudantes e desempregados.

A cláusula Buy American - que exige o uso de ferro, aço e produtos manufaturados dos Estados Unidos em obras realizadas com recursos do pacote - ficou de lado. Segundo o texto definitivo, a cláusula será aplicada sem violar as normas do comércio internacional.

Ontem à tarde, a Câmara de Representantes (deputados) havia aprovado, por 246 votos a favor e 183 contra, a versão final do plano. Todos os republicanos foram contrários ao pacote.

Pelo acordo de quarta-feira entre Câmara e Senado, em vez de custar US$ 819 bilhões, como queriam os deputados, ou US$ 838 bilhões como pretendiam os senadores, o pacote ficou em cerca de US$ 787 bilhões, com 65% desse total destinado a gastos do governo federal e 35%, a créditos tributários.

17:16
Anónimo disse...
Economia nacional
Na era Lula, aposentadoria sobe 54% menos que salário mínimo

Thatiane Faria
Especial para o Terra
Direto de São Paulo

Os índices de reajustes concedidos pelo governo em 2009 para aposentados e pensionistas e para o salário mínimo repetiram uma diferença que, só durante o governo de Luiz Inácio Lula da Silva, já chega a 54%. Enquanto o mínimo foi majorado em 12% este ano, as pensões e aposentadorias tiveram aumento de 5,92%. Aposentados que têm o benefício do governo como única fonte de renda reclamam que perdem poder de compra e que sua cesta de compras é composta por itens que aumentam mais em relação à inflação oficial.

Um exemplo prático pode ser entendido a partir da comparação entre um aposentado que ganhava R$ 600 em janeiro de 2003. Na época, o benefício era três vezes, ou 200%, maior que o valor do mínimo em vigência, que era de R$ 200. Aplicando-se os índices de reajuste para aposentadorias e para o mínimo durante os últimos seis anos, o mesmo aposentado estaria recebendo hoje R$ 938,47, comparado a um salário mínimo de R$ 465. A diferença entre os dois valores caiu para pouco mais de 100%.

Enquanto o índice acumulado de reajuste para a aposentadoria durante o governo Lula foi de 60%, para o salário mínimo está em 132%.

O diretor do Sindicato Nacional dos Aposentados, João Inocentini, reclama que os valores dos benefícios para aposentadorias não mantêm o poder de compra do grupo, principalmente dos aposentados que recebem menos que dez salários mínimos.

Nem mesmo o fato de o índice de reajuste das aposentadorias ter ficado acima da inflação acumulada no mesmo período (o IPCA entre janeiro de 2003 e janeiro de 2009 foi de 39,7%) serve de argumento, segundo os aposentados.

"Os idosos, principalmente, têm gastos além das contas gerais como gás, telefone e aluguel. Para eles o custo com remédios, e outros itens da área saúde costuma ser maior", afirmou Inocentini.

O presidente do sindicato afirmou que o grupo realiza um estudo com 100 itens de necessidade de um idoso para comparar o aumento dos produtos com o índice de reajuste do benefício recebido pelos aposentados.

"Daqui dois meses vamos abrir um processo na Justiça e levar essa pesquisa como prova. Segundo a lei, o governo é obrigado a manter o poder de compra com a aposentadoria", disse Inocentini.

Alternativas
O consultor financeiro Cláudio Boriola diz que os aposentados, especialmente nesse momento de crise econômica, devem evitar compras parceladas, pesquisar preços, negociar e fazer bom planejamento financeiro.

Segundo Boriola, alguns aposentados ganham um valor mensal muitas vezes insuficiente para o pagamento das contas e acabam pedindo crédito ou realizando pagamentos a prazo e são obrigados a pagar juros altos.

Na opinião do consultor, pagar uma previdência privada é uma alternativa indicada para quem ainda trabalha, considerando a característica de perda de poder de compra da aposentadoria.

"Na prática, infelizmente os valores encontram-se em um patamar que está deteriorando o poder de aquisição da população brasileira", completou Boriola.

De acordo com o diretor da Confederação Brasileira de Aposentados e Pensionistas (Cobap), Vicente Fernandes Barbosa, representantes dos aposentados tentarão um encontro com o presidente da Câmara, deputado Michel Temer (PMDB-SP), para discutir projetos que minimizem a perda dos aposentados

17:17
Anónimo disse...
Previdência
Previdência prorroga isenção de tarifas no benefício

O atual sistema de pagamento aos 26 milhões de aposentados e pensionistas do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) será mantido até o final deste ano. O acordo, que permite realizar a operação sem nenhum custo aos beneficiários, foi renovado nesta sexta-feira, entre o governo federal e 21 instituições financeiras.

Por meio desse acordo, vigente desde setembro de 2007, nem os segurados, nem os bancos e nem o governo arcam com o pagamento de tarifas, conforme explicou o ministro da Previdência Social, José Pimentel. A prorrogação vale até dezembro, data máxima para que a Previdência defina as regras para um novo contrato.

Ao assinar o termo de renovação, na sede da Federação Brasileira dos Bancos (Febraban), o ministro disse que a intenção do governo é mudar o atual modelo de gestão visando a reduzir os custos dessas operações em torno da folha mensal, que atinge R$ 15,8 bilhões. No entanto, qualquer alteração, conforme explicou, passará antes por audiências públicas a serem realizadas a partir do segundo semestre deste ano, atendendo a determinação do Tribunal de Contas da União (TCU).

De acordo com Pimentel, com um redesenho do mecanismo de repasse dos recursos aos bancos em torno da folha de pagamento dos segurados o que se busca é um aumento da participação de instituições financeiras. Ele informou que, desde 2007, cada benefício custa em média R$ 1,07 ao governo. "Quanto mais instituições financeiras estiverem prestando serviços à sociedade, maior é a competitividade, a agilidade no atendimento", justificou.

O ministro observou, ainda, que, para permitir uma redução para algo em torno de meia hora no tempo de atendimento para a concessão dos direitos previdenciários, o governo investiu R$ 280 milhões.

Questionado sobre o descontentamento dos segurados que ganham acima de um salário mínimo terem obtido apenas a correção com base na variação do Índice de Preços ao Consumidor (INPC) , ficando abaixo do reajuste dado a quem recebe apenas o mínimo, Pimentel argumentou que o governo seguiu o que determina a lei e descartou a possibilidade de uma revisão

17:17
Anónimo disse...
Empresas
Caterpillar oferece aposentadoria antecipada a 2 mil


A companhia americana Caterpillar ofereceu a cerca de dois mil funcionários incentivos para que se aposentem de forma voluntária antes do previsto, pela perspectiva de uma queda "significativa" da atividade industrial, informou nesta quarta-feira a empresa.

A iniciativa, destinada aos trabalhadores de diversas fábricas em Illinois, Colorado, Tennessee e Pensilvânia, se soma aos cortes de empregos anunciados em janeiro, explicou em comunicado de imprensa.

A empresa, a maior fabricante mundial de maquinaria pesada para a construção e a mineração, acrescentou que, "em função das condições de negócio, podem ser necessárias mais reduções de elenco voluntárias e involuntárias à medida que o ano avança".

O vice-presidente da companhia, Sid Banwart, explicou que a empresa prevê "demissões significativas em todas as regiões geográficas e na maioria dos setores devido às dificuldades da economia mundial".

17:18
Anónimo disse...
Comércio
Comércio exterior da OCDE caiu no 3º trimestre de 2008


As exportações e as importações dos países da Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Econômico (OCDE) caíram 1,6% e 0,2%, respectivamente, no terceiro trimestre de 2008, em relação aos três meses anteriores.

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Trata-se da primeira queda destas atividades desde o terceiro trimestre de 2006, segundo o último relatório trimestral sobre fluxos comerciais divulgado pela OCDE.

As exportações e as importações em dólares dos 30 Estados-membros caíram 15,6% e 17%, respectivamente, na comparação anualizada.

Por sua vez, o comércio dos sete países mais ricos do mundo (G7) teve um pequeno crescimento no terceiro trimestre de 2008 com uma queda das exportações de mercadorias de 0,2% em relação ao trimestre anterior e um aumento de 0,4% das importações.

Em termos anualizados, as importações do G7 caíram 1,4% entre julho e setembro do ano passado, seu primeiro retrocesso desde o terceiro trimestre de 2006, enquanto as exportações aumentaram 1,9%, seu crescimento mais baixo no mesmo tempo.

Por países, a Alemanha aumentou suas importações em 3,4% - valor mais alto do G7 -, enquanto suas exportações caíram 2,9% do segundo para o terceiro trimestre de 2008.

Pelo contrário, as exportações americanas aumentaram 1,8% entre julho e setembro de 2008, enquanto as importações caíram 0,7% em relação ao trimestre anterior. No Japão, tanto as importações quanto as exportações caíram em torno de 1% no mesmo período.

17:19
Anónimo disse...
Economia Nacional
Lula: juros de crédito consignado a aposentados são altos

Atualizada às 17h29

O presidente Luis Inácio Lula da Silva afirmou nesta terça-feira, em São Paulo, que está lutando para reduzir as taxas de juros cobradas de aposentados em crédito consignado. A Previdência Social estabelece uma taxa máxima de 2,5% para empréstimo e de 3,5% para cartão. Para Lula, os valores são altos.

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"Acho que o juro que os aposentados estão pagando hoje com o crédito consignado é alto para o padrão brasileiro", disse o presidente durante a cerimônia de comemoração dos 86 anos do INSS.

A Previdência anunciou nesta terça-feira que aposentados e trabalhadoras com licença-maternidade poderão receber seus benefícios em 30 minutos. De acordo com Lula, em junho, a aposentadoria do trabalhador rural também será conseguida em meia hora.

Além disso, o presidente anunciou que, também em junho, os trabalhadores que alcançarem o direito à aposentadoria passarão a receber em suas casas um comunicado da Previdência informando o fato e o valor do salário que têm direito a receber. "É um comprometimento público que estou fazendo com os companheiros da Previdência Social", disse.

"Estamos retribuindo ao contribuinte da Previdência Social aquilo que é a cidadania que ele tem direito", afirmou Lula. "Se para cobrar nós somos tão precisos, para devolver o dinheiro, temos que chegar próximo à perfeição", completou.

17:20
Anónimo disse...
Economia Nacional
Salário maternidade sairá em 30 minutos, diz ministro

Toda trabalhadora autônoma que tiver contribuído pelo menos 10 meses com o Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) - ou as que possuírem carteira assinada - poderão receber em 30 minutos o salário maternidade a partir desta terça-feira. Da mesma forma, as mulheres com 30 anos de contribuição e os homens com 35 anos também terão direito ao benefício de forma mais rápida. A informação é do ministro da Previdência Social, José Pimentel.

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Para requerer o salário maternidade, é preciso que as autônomas levem a carteira de identidade e o carnê de contribuição. As demais trabalhadoras devem apresentar a identificação e a carteira de trabalho. Desde o início do mês, a nova forma de análise para a concessão de benefícios foi adotada para a aposentadoria por idade do trabalhador urbano e agora foi estendida para o salário maternidade e por tempo de contribuição.

O ministro disse que a qualificação do serviço da previdência social é o reconhecimento do direito dos trabalhadores e da afirmação da cidadania.

"Até pouco tempo na cabeça do cidadão o serviço devia ser de péssima qualidade. Agora não, nós modificamos toda a legislação no mês de dezembro numa ação conjunta do Congresso Nacional com o governo federal. Estamos implantando e concedendo os benefícios em até 30 minutos", afirmou.

O ministro destacou que para conseguir se aposentar ou ter acesso à licença maternidade em 30 minutos, em primeiro lugar, é necessário que o cidadão esteja vinculado à Previdência, o que inclui 65% da população acima de 16 anos de idade.

"Depois bastar marcar pelo sistema 135 o dia e a hora do atendimento e levar a documentação. Se todos os dados necessários estiverem corretos o contribuinte será atendido em até 30 minutos, como vem sendo feito com as aposentadorias por idade desde o dia cinco de janeiro", explicou.

Pimentel disse ainda que em 90% das agências da previdência social o atendimento é marcado em até 48 horas. Nos grandes centros, entretanto existe um volume maior o que torna mais lento o processo.

"Estamos criando mais 715 agências até 2010, em todo o território nacional, para descentralizar o atendimento. Em 2008, atendemos 295 mil benefícios e aposentadorias por idade. Temos 4 mil pessoas por dia procurando e se aposentando por idade no território nacional. Este serviço será agilizado", concluiu.

17:26
Anónimo disse...
Giuseppe Englaro, pai de Eluana, a italiana que morreu na segunda-feira passada por desidratação, recusou uma grande soma de dinheiro de um conhecido fotógrafo italiano que queria retratar a filha em estado de coma, disse neste sábado o neurologista que atendia a mulher desde 1996, Carlo Defanti.

O neurologista, que participou hoje de uma conferência sobre eutanásia, disse que Englaro respeitou a vontade da filha, que, antes do acidente, tinha pedido que, se lhe ocorresse qualquer coisa irreversível, apresentasse sua imagem de quando estava em boas condições.

Antes de sofrer o acidente de trânsito, em 1992, Eluana viveu o coma de um amigo, Alessandro, o que causou forte impacto na italiana e a levou a fazer o pai prometer que não a deixasse viver em estado vegetativo, disse o próprio Giuseppe Englaro.

Defanti, que dissera que Eluana poderia viver de dez a 12 dias depois da suspensão da alimentação e da hidratação, disse que, como médico, tinha que reprovar esta afirmação.

"Não se pode sobreviver após três ou quatro dias sem líquido e, em particular, água em um corpo. Sabemos bem que, quando há um terremoto, após quatro dias é difícil encontrar sobreviventes".

Defanti ressaltou que Eluana "não falava, não se comunicava com o exterior" e que, após vários exames, "nos deparamos com uma moça que tinha perdido a consciência", porque estava com o córtex cerebral prejudicado.

Eluana foi enterrada na quinta-feira passada no túmulo da família na localidade de Paluzza, em Udine, após um funeral que não contou com a presença dos pais.

16:53
Anónimo disse...
Os bombeiros combatem neste sábado os incêndios na Austrália favorecidos pelo bom tempo, enquanto os deslocados encotram em seu retorno casas derruídas, carros queimados nas ruas e destruição.

Depois de sete dias desde que começaram os incêndios no Estado de Victoria, a lista de mortos chega a 181, os desaparecidos somam 50, os edifícios destruídos totalizam 1,834 mil e o terreno arrasado, principalmente florestas, ocupa uma área de 4,13 mil quilômetros quadrados.

As equipes de bombeiros, formadas por 4 mil profissionais de Victoria, de outras partes da Austrália e de países amigos, combateram hoje 12 focos fora de controle e nenhum representava uma ameaça direta para a população.

O subdiretor do Serviço de Bombeiros, Geoff Conway, disse que este tempo favorável, que se prolongará durante o domingo, permite consolidar as linhas de contenção e avançar na extinção das chamas.

Cinzas apareceram arrastadas por ventos do nordeste sobre Melbourne, onde habitam 3,8 milhões de pessoas, e as autoridades alertaram aos cidadãos do risco para a saúde de idosos, crianças e pessoas com problemas respiratórios.

O número de pessoas deslocadas - a Cruz Vermelha chegou a receber 7 mil - começou a cair com a abertura de algumas localidades atingidas.

Os incêndios, alguns criminosos, começaram em 7 de fevereiro, quando a região sul da Austrália estava há duas semanas sob uma onda de calor sem precedentes.

Na sexta-feira passada, a polícia acusou uma pessoa de ter provocado o incêndio que atingiu a localidade de Churchill e matou 21 pessoas.

16:55
Anónimo disse...
A primeira chuva em seis dias reduziu a ameaça de incêndios no Estado de Victoria, ao sul da Austrália. As autoridades, porém, advertiram que ainda existem 12 focos, mas que nenhum deles ameaça áreas povoadas.

Mais de quatro mil bombeiros, mil provenientes de outras partes do país e de outras nações, trabalham contra o fogo. Cerca de 600 veículos e 28 helicópteros e pequenos aviões estão sendo usados.


Eles conseguiram construir linhas de contenção para evitar os incêndios de Yarra e Maroondah se juntassem. Também foram controlados os incêndios abertos de Yea e Murrindindi, que ameaçavam as comunidades de Connellys Creek, Crystal Creek, Scrubby Creek e Native Dog Creek.

O número de mortos chegou a 181, mas as autoridades acreditam que as vítimas devem passar de 200, já que ainda há muitos desaparecidos.

16:55
Anónimo disse...
Aqui nesta coluna, na semana passada, tive a oportunidade de comentar sobre a recente visita do professor brasileiro Pedrinho Guareschi à Austrália. Não dei, porém, os fatos, pois semana passada o assunto era outro.

Hoje, porém, vamos a eles.

No último dia 4 de fevereiro, aconteceu o Seminário "Paulo Freire: Education and Liberation", organizado pelo centro de estudos latino-americanos da Universidade Nacional da Austrália, ou ANU, como é mais conhecida por aqui.

A ANU, para quem não sabe, está entre as 20 melhores universidades do mundo! E tem sede aqui em Camberra, capital da Austrália.

Na abertura do evento, o professor John Minns, diretor do centro latino-americano, ao dar boas-vindas ao público presente, lembrou ser aquele o primeiro seminário exclusivamente dedicado a Paulo Freire na Austrália.

Em seguida, convidou Pedrinho Guareschi, palestrante principal do Seminário, a fazer sua apresentação.

A plateia pode então conhecer, pelas palavras de Pedrinho, um pouco da obra e da vida de Freire, esse brasileiro de fé e valor, que sempre acreditou na educação, sobretudo dos menos favorecidos, analfabetos, como força libertadora.

Como não podia deixar de ser, os conceitos e ideias revolucionários de Paulo Freire, expostos com clareza por Pedrinho, despertaram o interesse e a curiosidade de plateia. A qual, deve-se notar, era na maioria de estudantes, mas de várias nacionalidades, sobretudo australianos e asiáticos.

Na continuação do programa do seminário, que se estendeu por dois dias, outros professores fizeram palestras sobre temas ligados à obra de Paulo Freire.

Interessante, por exemplo, saber que a professora Anne Hickling-Hudson, jamaicana que mora na Austrália há muitos anos (é professora da ANU), conheceu e trabalhou com Freire num workshop educacional durante a revolução na Ilha de Granada, em 1980, antes da invasão dos Estados Unidos...

Ou, então, a palestra da Professora Gerda Roelvink, da Nova Zelândia, que participou do Fórum Social de Porto Alegre em 2005. E essa participação transformou-se em tema de doutorado.

No dia 10, terça-feira passada, o padre Pedrinho Guareschi voltou a falar ao público australiano em grande auditório localizado no belíssimo campus da ANU. Desta vez, sobre a Teologia da Libertação.

Depois da palestra, John Minns mostrou o filme mexicano "O Crime do Padre Amaro", no qual um dos personagens é um padre católico praticante da Teologia da Libertação.

Mais uma vez, foi grande o intersse da platéia, que pode aprender e conhecer um pouco como se desenvolveu aquele importante movimento católico na América Latina.

Fica, assim, ao Pedrinho, bem como a outros brasileiros estudiosos e de bom coração que saem pelo mundo a divulgar aspectos importantes da cultura brasileira, o respeito e a homenagem desta coluna. E... aquele abraço!

16:57
Anónimo disse...
Amanda Kitts perdeu o braço esquerdo em um acidente de automóvel acontecido três anos atrás, mas hoje em dia ela joga futebol americano com seu filho de 12 anos de idade, troca fraldas e abraça as crianças nas três creches Kiddie Cottage que opera em Knoxville, Tennessee. Kitts, 40 anos, faz tudo isso com a ajuda de um novo tipo de braço artificial que se movimenta com mais facilidade do que outros aparelhos e que ela pode controlar utilizando apenas seus pensamentos.

"Eu sou capaz de mexer a mão, o pulso e o cotovelo ao mesmo tempo", diz. "Você pensa e os músculos se movem em seguida".

A recuperação que ela conseguiu resulta de um novo procedimento que vem atraindo crescente atenção porque permite que pessoas movam braços protéticos de forma mais automática do que faziam no passado, simplesmente utilizando nervos reaproveitados em seus cérebros.

A técnica, conhecida como "renervação muscular dirigida", envolve utilizar os nervos que restam depois da amputação de um braço e conectá-los a outro músculo do corpo, em geral no peito. Eletrodos são instalados sobre os músculos do peito, e operam como se fossem antenas. Quando a pessoa deseja mover o braço, o cérebro envia sinais que primeiro resultam em contração dos músculos do peito, os quais enviam um sinal ao braço protético, instruindo-se a se movimentar. O processo não requer mais esforços consciente do que a pessoa teria de exercitar caso ainda tivesse seu braço natural.

Na terça-feira, pesquisadores reportaram em estudo publicado pela versão online do Journal of the American Medical Association que haviam levado a técnica ainda mais à frente, tornando possível a execução de 10 movimentos de mão, pulso e cotovelo diferentes, o que representa uma substancial melhora com relação ao típico repertório protético, que em geral envolve apenas dobrar o cotovelo, girar o pulso e abrir a mão.

"Os novos métodos tiveram impacto dramático em nosso campo de trabalho", disse Stuart Harshbarger, engenheiro biomédico na Universidade Johns Hopkins e diretor do programa de pesquisa sobre próteses, financiado pelas forças armadas, que inclui o trabalho com essa técnica. "O método já está em uso por médicos e cirurgiões comuns em todo o país. A capacidade de controlar um membro protético bastante robusto que ele confere surpreendeu a todos pela qualidade".

Tipicamente, uma pessoa que tenha um braço protético só é capaz de executar alguns poucos movimentos, e muitas vezes com tamanha lentidão que isso só permite a ela atividades limitadas.

Há um motor separado para cada movimento, diz Gerald Loeb, professor de engenharia biomédica na Universidade do Sul da Califórnia, "e esses motores precisam ser controlados de maneira explícita", usualmente por um esforço consciente da pessoa para contrair músculos nas costas ou no bíceps.

"Essencialmente, até agora os pacientes controlavam apenas um motor de cada vez", diz Loeb, "e precisavam pensar cuidadosamente sobre que motor desejavam controlar e como fazê-lo operar, em lugar de simplesmente pensarem em mover o braço e poderem fazê-lo sem delongas".

Antes que Kitts passasse pelo procedimento de renervação, em outubro de 2007, por exemplo, ela precisava movimentar os músculos de suas costas de determinada maneira para fazer com que seu pulso girasse, e flexionar seu bíceps e tríceps para fazer com que o cotovelo se movesse para cima e para baixo. "Era muito trabalho", ela conta. "E não me ajudava muito".

O procedimento de renervação é parte de uma recente explosão de idéias novas e técnicas inovadoras que estão sendo exploradas enquanto os cientistas se esforçam por ajudar as pessoas a compensar melhor a perda de membros ou problemas de paralisia. O esforço vem sendo alimentado pelo aumento no número de amputações causado por diabetes e por ferimentos sofridos pelos militares, e ao mesmo tempo pelos avanços na tecnologia médica.

Os braços se tornaram um dos focos essenciais desse tipo de trabalho. A ciência há muito vem obtendo sucessos no desenvolvimento de próteses de perna, mas é muito mais difícil imitar a complexidade e a destreza das mãos e dos braços.

Os esforços em curso incluem o desenvolvimento de projetos de pele e braços mais sensíveis e mais flexíveis, e o uso de dispositivos acionados por controles sem fio implantado nos braços protéticos, que permitiriam movimentos mais naturais.

Os pesquisadores também vêm usando sensores implantados nos cérebros de cobaias para permitir que dois macacos controlem um braço mecânico, e um teste com um homem paralítico permitiu, com esse método, que ele movimentasse um cursor em uma tela de computador.

Alguns desses métodos, caso venham a ser aperfeiçoados plenamente e consigam aprovação das autoridades regulatórias da saúde, podem no futuro se tornar mais viáveis para os pacientes de amputações.

E embora a técnica da renervação não requeira aprovação das autoridades regulatórias porque é executada por meios cirúrgicos e emprega aparelhos já existentes, ela apresenta limitações que até mesmo seus criadores reconhecem, entre as quais o fato de que não se pode utilizá-la para todos os pacientes, o seu alto custo e o prazo de meses requerido para que os nervos reconectados cresçam e se tornem efetivos.

Ainda assim, os especialistas dizem que é o mais avançado sistema em uso hoje para pacientes reais que permite que o sistema nervoso controle diretamente o movimento de um braço artificial.

Desde sua introdução por Todd Kuiken, médico fisioterapeuta e engenheiro biomédico do Instituto de Reabilitação de Chicago, o método foi empregado em cerca de 30 pacientes nos Estados Unidos, Canadá e Europa, entre os quais oito soldados feridos no Iraque e no Afeganistão.

Muitos dos pacientes, entre os quais o primeiro, Jesse Sullivan, um operário do setor elétrico no Tennessee que perdeu os dois braços quando foi eletrocutado por um cabo, conseguem não apenas manipular seus braços protéticos mas sentir a presença das mãos que já não têm quando alguém toca em seus peitos.

Sullivan, 62 anos, e Kitts, estavam entre os cinco pacientes que participaram do estudo reportado na terça-feira. Em companhia de cinco outras pessoas que não passaram por amputações, eles receberam os eletrodos e foram instruídos a usar pensamentos para fazer com que um braço virtual na tela reproduzisse 10 movimentos diferentes, entre os quais três formas diferentes de aperto de mão.

Os pacientes apresentaram desempenho bastante respeitável, apenas um pouco mais lento e menos preciso do que os dos participantes que não tinham amputações.

"As velocidades de movimento que encontramos em nossos pacientes foram realmente encorajadoras", disse Kuiken. "Eles conseguiram completar a tarefa. É claro que não foram tão competentes quanto as pessoas dotadas de plena capacidade física, mas foram bons o bastante".

Um braço virtual foi usado porque a maioria das próteses existentes não era capaz de acomodar todos aqueles movimentos, no momento da pesquisa, ainda que Sullivan, Kitts e uma terceira paciente, Claudia Mitchell, tenham experimentado dois novos protótipos mais versáteis de braços artificiais, executando tarefas complexas com bolas de tênis e outros objetos.

O trabalho de renervação em soldados apresenta outros desafios, diz Kuiken, porque os ferimentos militares muitas vezes "causam danos muitos extensos" a nervos, músculos ou ossos.

Daniel Acosta, 25 anos, um aviador ferido pela detonação de uma bomba em uma estrada do Iraque em 2005, passou pelo procedimento no ano passado e diz que seu braço esquerdo protético agora se movimenta "muito mais rápido" e de maneira muito mais natural.

"A diferença é que agora não preciso mais pensar para mover o braço", ele diz. "Ele simplesmente se mexe".

Ainda assim, Acosta, de San Antonio, diz que "o processo foi bastante longo" e que os eletrodos precisam ser ajustados para receber os sinais à medida que os nervos crescem ou mudam de posição.

E embora elogiem o método, os especialistas afirmam que a ciência das próteses de braço ainda tem muito por avançar.

"Trata-se de uma parte crucial, mas ainda assim apenas uma parte, das muitas coisas que compreendem a função normal de um braço", disse Loeb, que escreveu um editorial que acompanha o artigo no Journal of the American Medical Association.

"No momento estamos a meio do caminho entre o braço de 'Dr. Fantástico', que fazia involuntariamente a saudação nazista, e o braço de Luke Skywalker em 'Guerra nas Estrelas', que funciona sem nenhum problema assim que é conectado. Creio que precisaremos ainda de muitos anos para conectar todas as peças necessárias a produzir um braço capaz de funcionar normalmente".

17:04
Anónimo disse...
A Espanha disse neste sábado que está preparando uma reclamação oficial contra a decisão da Venezuela de expulsar um membro do Parlamento Europeu que criticou o conselho eleitoral venezuelano.
Luis Herrero, membro do partido conservador espanhol PP, foi deportado na sexta-feira depois que o Conselho Nacional Eleitoral (CNE) o acusou de questionar a imparcialidade da instituição antes de um referendo que pode permitir ao presidente Hugo Chávez permanecer no cargo indefinidamente.

Herrero estava na Venezuela como observador do referendo. Ele acusou Chávez de ter "comportamentos típicos de um ditador" por pedir a contenção de manifestações da oposição.

O governo da Espanha convocou um encontro com o embaixador da Venezuela em Madri para expressar a desaprovação sobre a expulsão de Herrero, disse um representante do Ministério das Relações Exteriores espanhol.

As relações da Venezuela com a Espanha tiveram seu ponto crítico em 2007, quando Chávez ameaçou rever acordos diplomáticos e comerciais depois de ouvir um "cala a boca" do rei espanhol Juan Carlos durante uma cúpula.

A fenda foi oficialmente reparada em 2008, com uma visita oficial de Chávez à Espanha, onde ele cumprimentou o rei e discutiu acordos para investimento no setor petroquímico com o primeiro-ministro José Luis Rodriguez Zapatero.

17:06
Anónimo disse...
A polícia do Zimbábue anunciou neste sábado que acusa de traição Roy Bennett, dirigente do até agora opositor Movimento para a Mudança Democrática (MDC), detido na sexta-feira, em Harare, poucas horas antes da cerimônia de posse dos membros do novo gabinete.

"A Polícia nos informou que vão apresentar acusações de traição", disse à agência EFE o advogado de defesa de Bennett, Trust Maanda.

"Tentam relacionar Roy com o caso de Mike Hitschmann, que foi detido em 2006 em relação à descoberta de um carregamento de armas, apesar de que Hitschmann não tenha sido declarado culpado das acusações de traição apresentadas contra ele, mas de um crime menor de descumprimento de leis", disse Maanda.

O político opositor, designado por seu partido como vice-ministro de Agricultura no Governo de união nacional, esteve no exílio na vizinha África do Sul desde 2006 e retornou ao Zimbábue há duas semanas.

Segundo a Polícia, que deteve Bennett ontem no aeroporto de Harare quando pretendia ir à África do Sul para visitar sua família, as armas apreendidas em 2006 seriam utilizadas em um golpe de Estado para derrubar o presidente do Zimbábue, Robert Mugabe.

Depois da detenção, Bennet foi levado a Mutar, onde vários simpatizantes do MDC se concentraram em frente à delegacia na qual estava detido, diante do que a Polícia respondeu com tiros para o alto para dispersar os manifestantes.

17:07
Anónimo disse...
Austrália: 14 mil se candidatam a 'emprego dos sonhos'

A secretaria de Turismo de Queensland, na Austrália, informou que até esta segunda-feira já recebeu cerca de 14 mil inscrições para o "o melhor emprego do mundo". O Estado australiano promove pela internet seleção para vaga de "zelador" da ilha Hamilton, por seis meses com um salário de R$ 40 mil.

Muitos candidatos tiveram problemas durante a inscrição por conta dos acessos simultâneos ao site. A secretaria aconselha enviar os vídeos de 60s explicando porque deve ser escolhido em horários alternativos do dia, além de recomendar tamanho em torno de 40MB.

As inscrições começaram em 12 de janeiro e vão até o próximo dia 22 e podem ser feitas pelo site www.islandreefjob.com. O governo australiano escolherá 50 candidatos para a próxima fase da seleção, que terá votos do público para eleger um dos 11 finalistas.

A última fase terá entrevistas e desafios físicos, no próprio local de trabalho: as ilhas da Grande Barreira Coralina - o maior recife de coral do mundo. A secretaria de Turismo anunciará o vencedor no dia 6 de maio.

17:09
Anónimo disse...
Mercado elogia governo na crise, mas pede maior queda no juro

Peter Fussy
Direto de São Paulo

Desde as primeiras medidas anunciadas para combater os efeitos da crise, o governo brasileiro avisou que a estratégia não contemplaria um pacote. Seriam doses pontuais, de acordo com a necessidade da economia diante do agravamento das turbulências. Da primeira liberação dos depósitos compulsórios em setembro até a ampliação do seguro-desemprego na última quarta-feira, o governo passou por redução de impostos, ampliação de crédito e incentivos à exportação. Quase 150 dias após a primeira medida, o Terra conversou com líderes do setor público e privado, representantes dos trabalhadores, acadêmicos e com o próprio governo para saber quais destas ações foram mais eficazes, quais foram mais ineficientes e o que mais pode ser feito pelo Estado brasileiro contra a crise.

Os maiores elogios foram direcionados à atitude de reduzir o Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) para a indústria automobilística, anunciada em dezembro e que fez com que os emplacamentos de carros novos subissem 1,9% no primeiro mês do ano em relação a dezembro de 2008. Já as maiores críticas foram para a lentidão no corte da taxa básica de juro do País.

Para o presidente do conselho administrativo do Grupo Pão de Açúcar, Abílio Diniz, o Estado não é responsável pela crise e mesmo assim está agindo "com extrema serenidade e muito acerto". "O governo está atento, fazendo a sua parte. É preciso coragem de baixar firmemente a taxa de juros. É uma arma que temos a nosso favor, já que não há clima para inflação, nem possibilidade de danos para a macroeconomia", afirmou Diniz.

Na última reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), em janeiro, a taxa Selic foi reduzida em um ponto percentual, de 13,75% para 12,75% ao ano. Porém, o professor de economia da Universidade de Brasília (UnB) José Luiz Oreiro lembra que este corte representa uma redução de apenas 0,25 ponto percentual com relação à taxa de setembro do ano passado, quando a crise se agravou.

"Pouco antes da eclosão da crise, o Banco Central aumentou a taxa em 0,75 ponto. Foram cinco meses de demora para reduzir em termos líquidos apenas 0,25 ponto", afirmou o economista, que também sugeriu redução do intervalo de cerca de 90 dias entre as reuniões do Copom e o corte de pelo menos um 1 ponto percentual em cada reunião.

Mesmo com o corte de janeiro, a taxa de juros real continua sendo a maior do mundo, lembrou o secretário-geral da Força Sindical, João Carlos Gonçalves, o Juruna. "A redução da taxa de juro ainda é pequena, porque ela continua uma das mais altas do mundo. Falta ousadia para baixar os juros e ajudar o cidadão. A permanência da taxa de juro alta é negativa para o País em meio a crise", afirmou Juruna.

Embora aprove as ações do governo, o senador Aloízio Mercadante (PT-SP) também acredita que o patamar da Selic está muito alto. "Sempre fomos os primeiros a entrar em qualquer crise, o que não aconteceu agora. A taxa Selic ainda é muito alta, mas o governo têm tomado medidas acertadas, como o aumento do salário mínimo, mesmo com um cenário de crise. Isso ajuda a movimentar o consumo. O governo está se esforçando para manter os investimentos e o crescimento", disse.

Tributos
De acordo com o economista Fabio Pina, da Fecomercio-SP, as ações mais positivas estão relacionadas à redução de tributos para alguns segmentos, como a indústria automobilística, que recuperou parte da queda nas vendas em janeiro com a isenção do IPI para carros 1.0 l e o corte para demais motorizações. A medida vale até o final de março.

"Essas medidas não só reduziram o preço, mas anteciparam o consumo daqueles que iriam comprar no futuro, dando um prêmio por conta da insegurança. Mexe diretamente com o principal problema que é a confiança do consumidor", afirmou. Juruna destacou que um bom ritmo de vendas é garantia de emprego. "É importante porque cada emprego na montadora significa 19 na cadeia produtiva", comentou o representante da Força Sindical.

Também em dezembro, o governo decidiu cortar pela metade a alíquota do Imposto de Renda para contribuintes que ganham entre R$ 1.434 e R$ 2.150 mensais. "O salário aumentava e a tabela não se modificava. As pessoas ganhavam mais e pagavam mais impostos", apontou Juruna. Outra redução de tributos do governo foi com relação ao Imposto sobre Operações Financeiras (IOF), que caiu de 3% ao ano para 1,5%.

Crédito
Na segunda metade de 2008, o colapso de bancos nos Estados Unidos por conta da crise do subprime provocou uma forte restrição de crédito no mundo inteiro. Uma das primeiras medidas anticrise do governo teve como objetivo restabelecer a oferta, com mudanças no recolhimento dos depósitos compulsórios por parte dos bancos. Segundo o presidente do Banco Central, Henrique Meirelles, as diversas modificações liberaram US$ 99,2 bilhões aos bancos até o final de janeiro.

Além disso, o governo concedeu R$ 36 bilhões das reservas internacionais para empresas brasileiras com dívidas no exterior e uma medida provisória autorizou o Banco do Brasil e a Caixa Econômica Federal a comprar carteiras de crédito de bancos privados. Para o diretor do Departamento de Pesquisas e Estudos Econômicos da Fiesp, Paulo Francini, estas medidas foram essenciais para combater os efeitos da crise.

"A crise se desenvolve no mundo em torno do tema crédito. E o crédito reduziu-se barbaridade no mundo. Então o governo lança mão de compulsório, lança mão de reservas, de medidas que permitem aos bancos comprar carteiras de bancos. Você vai tomando várias medidas para atender às demandas e o epicentro disso é crédito", afirmou.

No entanto, Oreiro, da UnB, adverte que a liberação dos compulsórios seria mais eficiente acompanhada de redução mais agressiva da taxa básica de juro. "Uma parte do crédito voltou, depois da forte retração em outubro e novembro. O que deveria ter sido feito junto à liberação do compulsório era uma redução mais drástica da taxa de juro. Sem isso, os bancos pegam as reservas e acabam comprando títulos públicos", explicou o economista.

Na opinião de Pina, as ações de distribuição de crédito via redução do compulsório e a disposição de capital de giro para empresas foram tomadas sem um cuidado maior na operação e não tiveram muito efeito. "O BNDES tem linhas que ficam paradas quase todo o ano, agora é pior ainda. Existem os recursos, mas as empresas e os bancos estão desconfiados. É preciso fazer com que os bancos tenham interesse em emprestar", afirmou o economista da Fecomercio-SP.

Futuro
Mesmo com todas essas medidas, a crise financeira ainda gera incertezas nos setores produtivos do País. Nos últimos meses, o medo do desemprego fez os consumidores adiarem compras. Por sua vez, a queda nas vendas pode obrigar as indústrias a cortarem a produção e demitir funcionários. Contra isso, empresários sugerem redução de jornada e de salários.

"Isto está previsto em lei. A Fiesp simplesmente manteve conversações com entidades sindicais quanto à aplicação daquilo que já está previsto em lei", afirmou Francini.

Segundo a ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff, uma das medidas que assegura um nível de emprego é a manutenção de investimentos no Programa de Aceleração do Crescimento (PAC). "Estamos esperando que a dificuldade ocorra em janeiro, fevereiro e março. Estamos certos que vamos manter o nível de investimento. É isso que funciona, é isso que significa investimento público. Ele funciona como um colchão. Por isso, nós colocamos R$ 100 bilhões no BNDES e a Petrobras ampliou o seu investimento em R$ 120 bilhões", afirmou.

Na mesma linha, Pina explica que a antecipação de gastos do governo substitui parte da demanda retraída do setor privado. "Ele dá o seguinte recado: não vou estourar as contas públicas, mas concentrar em um momento em que a demanda privada está pequena. Mas o governo não tem fôlego suficiente para fazer o papel de toda demanda", ressaltou. O economista da Fecomercio lembrou que a entidade já pleiteou junto ao governo isenções para transferência de imóveis e de automóveis, além de retirar o IPVA para veículos novos.

Já Oreiro foca suas propostas na capitalização do Banco do Brasil e da Caixa Econômica Federal pelo Tesouro para atender a demanda de crédito para capital de giro e reduzir o spread. "Aumentando o empréstimo e reduzindo as taxas, os dois vão forçar os bancos privados a acompanhar o movimento, até para não perderem participação no mercado", explicou o economista da UnB.

Até o Carnaval, o governou prometeu detalhar um pacote de incentivos para a construção de até um milhão de casas populares, direcionado a famílias com renda de até dez salários mínimos. "Estamos atentos a tudo o que está acontecendo e novas medidas serão tomadas caso haja uma avaliação de que sejam necessárias", disse o ministro da Fazenda, Guido Mantega, na última sexta-feira.

17:11
Anónimo disse...
Ex-ministro critica extensão do seguro-desemprego

Atualizada às 09h03

O ex-ministro do Trabalho Almir Pazzianotto criticou a decisão do governo federal de conceder o seguro-desemprego estendido a apenas alguns setores. "É certamente odioso e provavelmente inconstitucional", disse Pazzianotto, de acordo com o jornal O Estado de S. Paulo.

Na última qurta, dia do anúncio da medida, centrais sindicais elogiaram a atitude do governo. A Força Sindical divulgou nota dizendo que "o aumento ajudará a aquecer parte da economia, já que irá gerar mais consumo, produção e conseqüentemente, a criação de novos postos de trabalho". A União Geral dos Trabalhadores (UGT) afirmou que a medida "contribuirá para minimizar o drama dos trabalhadores que perderem seu emprego por conta da crise".

O ex-ministro, que instituiu o seguro-desemprego no País no governo de José Sarney, destacou a necessidade de as centrais sindicais se manifestarem contra a determinação. Para ele, as mudanças devem ser aplicadas a todas as categorias profissionais e a distinção é contrária ao artigo 3º da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT).

Pazzianotto atribui a medida a um possível temor do governo de que a crise econômica seja longa e não haja dinheiro para atender a todas as necessidades. Ainda assim, ele se mostra contrário ao método de concessão. "O seguro-desemprego ajuda a sanar necessidades básicas. Estendê-lo é paliativo, não a solução", disse ao jornal.

De acordo com o presidente do Conselho Deliberativo do Fundo de Amparo ao Trabalhador (Codefat) e conselheiro da Força Sindical, Luiz Fernando Emediato, a determinação já estava prevista na lei 8.900/94, que trata do seguro-desemprego.

O presidente da Comissão de Trabalho da Câmara, Pedro Fernandes (PTB-MA) vai além na crítica à concessão do seguro para apenas alguns setores. Ele acredita que a ampliação do benefício estimula o desemprego.

Quintino Severo, secretário geral da Central Única dos Trabalhadores (CUT), lembra que a ampliação do benefício sem critério e identificação pode incentivar demissões em outros setores.

17:13
Anónimo disse...
Empresas
TAM faz promoção para destinos internacionais

A companhia aérea TAM anunciou nesta sexta-feira tarifas promocionais para trechos internacionais. Os preços valem para bilhetes comprados entre 6h deste sábado e 23h59 deste domingo e são válidos para classe econômica. As tarifas, para ida e volta, serão vendidas a partir de US$ 99, mais taxas.

Segundo a aérea, a promoção vale para viagens feitas no período de 14 de fevereiro a 18 de junho de 2009. Para destinos na América do Sul, a permanência mínima é de dois dias; para bilhetes com destino nos Estados Unidos, cinco dias; e Europa, sete dias. A permanência máxima para as passagens para América do Sul e EUA é de dois meses e para Europa, três meses.

Entre os exemplos de tarifas promocionais, a TAM oferece São Paulo-Lima por US$ 99. Bilhetes para a rota São Paulo-Santiago serão vendidos a partir de US$ 199 e São Paulo-Nova York, US$ 799.

A emissão dos bilhetes deve ser feita obrigatoriamente no ato da reserva, obedecendo às regras estipuladas pela companhia. A compra está sujeita à disponibilidade de assentos nas classes tarifárias determinadas, trechos, horários e datas. A TAM afirmou que também há tarifas promocionais para a classe executiva.

Mais informações podem ser encontradas no site promocional (www.ofertastam.com.br), no site da empresa (www.tam.com.br) ou pelos telefones 4002-5700 ou 0800 5705700.

17:13
Anónimo disse...
Empresas
Consultoria negocia compra do parque temático Hopi Hari

A consultoria especializada em reestruturação de empresas Íntegra Associados informou nesta sexta-feira ter um acordo para comprar o parque de diversões Hopi Hari, localizado no interior de São Paulo. A empresa estaria disposta a investir R$ 10 milhões no parque, que tem dívida estimada em R$ 800 milhões. As informações são da edição deste sábado do jornal Folha de S. Paulo.

De acordo com o jornal, a transação ainda depende da negociação entre o Hopi Hari e seus credores, o que já estaria em andamento.

A consultoria paulista já atuou junto à Parmalat, durante 30 meses, quando reorganizou a gestão da empresa italiana.

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17:14
Anónimo disse...
Empresas
Disney de Tóquio contratará mais 2 mil apesar da crise


A Oriental Land, o operador da Disneylândia Tóquio e DisneySea, organizou neste domingo entrevistas para contratar cerca de 2 mil trabalhadores em tempo parcial, em um momento de grandes demissões deste tipo de empregados no Japão.

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O operador deste parque temático, situado em Urayasu, na província de Chiba (leste de Tóquio), está em pleno processo de seleção de empregados para 20 tipos de postos trabalhistas diferentes.

Segundo a companhia, citada pela agência local de notícias Kyodo, o parque contratará novos trabalhadores para as atrações, para os restaurantes e guardas de segurança entre outros. Os novos contratados começarão a trabalhar a partir de fevereiro.

O processo de seleção acontece em um momento em que a maioria das grandes companhias japonesas começaram a se ver obrigadas a despedir uma elevada percentagem de seus trabalhadores temporários e a tempo parcial.

Algumas inclusive anunciaram demissões de seus trabalhadores fixos, uma medida muito pouco comum nas companhias japonesas, perante os efeitos piores que o esperado pela crise econômica global.

Cerca de uma centena de pessoas esperavam desde a primeira hora desta manhã a abertura do centro de conferências Tokyo International Forum, onde as entrevistas estão sendo feitas, para ser os primeiros a solicitar os postos de trabalho.


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17:15
Anónimo disse...
Economia Internacional
Senado dos EUA aprova plano de estímulo à economia

O Senado dos Estados Unidos aprovou com 60 votos a favor e 38 contra o plano de estímulo à economia de US$ 787 bilhões na madrugada deste sábado. Agora, ele segue para sanção ou veto do presidente Barack Obama, que espera colocar a lei em prática até o dia 16 de fevereiro.

O plano prevê a criação de três milhões de empregos, inclui cortes de impostos às famílias, fundos para programas sociais e obras públicas, além de ajuda aos governos estaduais, estudantes e desempregados.

A cláusula Buy American - que exige o uso de ferro, aço e produtos manufaturados dos Estados Unidos em obras realizadas com recursos do pacote - ficou de lado. Segundo o texto definitivo, a cláusula será aplicada sem violar as normas do comércio internacional.

Ontem à tarde, a Câmara de Representantes (deputados) havia aprovado, por 246 votos a favor e 183 contra, a versão final do plano. Todos os republicanos foram contrários ao pacote.

Pelo acordo de quarta-feira entre Câmara e Senado, em vez de custar US$ 819 bilhões, como queriam os deputados, ou US$ 838 bilhões como pretendiam os senadores, o pacote ficou em cerca de US$ 787 bilhões, com 65% desse total destinado a gastos do governo federal e 35%, a créditos tributários.

17:16
Anónimo disse...
Economia nacional
Na era Lula, aposentadoria sobe 54% menos que salário mínimo

Thatiane Faria
Especial para o Terra
Direto de São Paulo

Os índices de reajustes concedidos pelo governo em 2009 para aposentados e pensionistas e para o salário mínimo repetiram uma diferença que, só durante o governo de Luiz Inácio Lula da Silva, já chega a 54%. Enquanto o mínimo foi majorado em 12% este ano, as pensões e aposentadorias tiveram aumento de 5,92%. Aposentados que têm o benefício do governo como única fonte de renda reclamam que perdem poder de compra e que sua cesta de compras é composta por itens que aumentam mais em relação à inflação oficial.

Um exemplo prático pode ser entendido a partir da comparação entre um aposentado que ganhava R$ 600 em janeiro de 2003. Na época, o benefício era três vezes, ou 200%, maior que o valor do mínimo em vigência, que era de R$ 200. Aplicando-se os índices de reajuste para aposentadorias e para o mínimo durante os últimos seis anos, o mesmo aposentado estaria recebendo hoje R$ 938,47, comparado a um salário mínimo de R$ 465. A diferença entre os dois valores caiu para pouco mais de 100%.

Enquanto o índice acumulado de reajuste para a aposentadoria durante o governo Lula foi de 60%, para o salário mínimo está em 132%.

O diretor do Sindicato Nacional dos Aposentados, João Inocentini, reclama que os valores dos benefícios para aposentadorias não mantêm o poder de compra do grupo, principalmente dos aposentados que recebem menos que dez salários mínimos.

Nem mesmo o fato de o índice de reajuste das aposentadorias ter ficado acima da inflação acumulada no mesmo período (o IPCA entre janeiro de 2003 e janeiro de 2009 foi de 39,7%) serve de argumento, segundo os aposentados.

"Os idosos, principalmente, têm gastos além das contas gerais como gás, telefone e aluguel. Para eles o custo com remédios, e outros itens da área saúde costuma ser maior", afirmou Inocentini.

O presidente do sindicato afirmou que o grupo realiza um estudo com 100 itens de necessidade de um idoso para comparar o aumento dos produtos com o índice de reajuste do benefício recebido pelos aposentados.

"Daqui dois meses vamos abrir um processo na Justiça e levar essa pesquisa como prova. Segundo a lei, o governo é obrigado a manter o poder de compra com a aposentadoria", disse Inocentini.

Alternativas
O consultor financeiro Cláudio Boriola diz que os aposentados, especialmente nesse momento de crise econômica, devem evitar compras parceladas, pesquisar preços, negociar e fazer bom planejamento financeiro.

Segundo Boriola, alguns aposentados ganham um valor mensal muitas vezes insuficiente para o pagamento das contas e acabam pedindo crédito ou realizando pagamentos a prazo e são obrigados a pagar juros altos.

Na opinião do consultor, pagar uma previdência privada é uma alternativa indicada para quem ainda trabalha, considerando a característica de perda de poder de compra da aposentadoria.

"Na prática, infelizmente os valores encontram-se em um patamar que está deteriorando o poder de aquisição da população brasileira", completou Boriola.

De acordo com o diretor da Confederação Brasileira de Aposentados e Pensionistas (Cobap), Vicente Fernandes Barbosa, representantes dos aposentados tentarão um encontro com o presidente da Câmara, deputado Michel Temer (PMDB-SP), para discutir projetos que minimizem a perda dos aposentados

17:17
Anónimo disse...
Previdência
Previdência prorroga isenção de tarifas no benefício

O atual sistema de pagamento aos 26 milhões de aposentados e pensionistas do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) será mantido até o final deste ano. O acordo, que permite realizar a operação sem nenhum custo aos beneficiários, foi renovado nesta sexta-feira, entre o governo federal e 21 instituições financeiras.

Por meio desse acordo, vigente desde setembro de 2007, nem os segurados, nem os bancos e nem o governo arcam com o pagamento de tarifas, conforme explicou o ministro da Previdência Social, José Pimentel. A prorrogação vale até dezembro, data máxima para que a Previdência defina as regras para um novo contrato.

Ao assinar o termo de renovação, na sede da Federação Brasileira dos Bancos (Febraban), o ministro disse que a intenção do governo é mudar o atual modelo de gestão visando a reduzir os custos dessas operações em torno da folha mensal, que atinge R$ 15,8 bilhões. No entanto, qualquer alteração, conforme explicou, passará antes por audiências públicas a serem realizadas a partir do segundo semestre deste ano, atendendo a determinação do Tribunal de Contas da União (TCU).

De acordo com Pimentel, com um redesenho do mecanismo de repasse dos recursos aos bancos em torno da folha de pagamento dos segurados o que se busca é um aumento da participação de instituições financeiras. Ele informou que, desde 2007, cada benefício custa em média R$ 1,07 ao governo. "Quanto mais instituições financeiras estiverem prestando serviços à sociedade, maior é a competitividade, a agilidade no atendimento", justificou.

O ministro observou, ainda, que, para permitir uma redução para algo em torno de meia hora no tempo de atendimento para a concessão dos direitos previdenciários, o governo investiu R$ 280 milhões.

Questionado sobre o descontentamento dos segurados que ganham acima de um salário mínimo terem obtido apenas a correção com base na variação do Índice de Preços ao Consumidor (INPC) , ficando abaixo do reajuste dado a quem recebe apenas o mínimo, Pimentel argumentou que o governo seguiu o que determina a lei e descartou a possibilidade de uma revisão

17:17
Anónimo disse...
Empresas
Caterpillar oferece aposentadoria antecipada a 2 mil


A companhia americana Caterpillar ofereceu a cerca de dois mil funcionários incentivos para que se aposentem de forma voluntária antes do previsto, pela perspectiva de uma queda "significativa" da atividade industrial, informou nesta quarta-feira a empresa.

A iniciativa, destinada aos trabalhadores de diversas fábricas em Illinois, Colorado, Tennessee e Pensilvânia, se soma aos cortes de empregos anunciados em janeiro, explicou em comunicado de imprensa.

A empresa, a maior fabricante mundial de maquinaria pesada para a construção e a mineração, acrescentou que, "em função das condições de negócio, podem ser necessárias mais reduções de elenco voluntárias e involuntárias à medida que o ano avança".

O vice-presidente da companhia, Sid Banwart, explicou que a empresa prevê "demissões significativas em todas as regiões geográficas e na maioria dos setores devido às dificuldades da economia mundial".

17:18
Anónimo disse...
Comércio
Comércio exterior da OCDE caiu no 3º trimestre de 2008


As exportações e as importações dos países da Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Econômico (OCDE) caíram 1,6% e 0,2%, respectivamente, no terceiro trimestre de 2008, em relação aos três meses anteriores.

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Trata-se da primeira queda destas atividades desde o terceiro trimestre de 2006, segundo o último relatório trimestral sobre fluxos comerciais divulgado pela OCDE.

As exportações e as importações em dólares dos 30 Estados-membros caíram 15,6% e 17%, respectivamente, na comparação anualizada.

Por sua vez, o comércio dos sete países mais ricos do mundo (G7) teve um pequeno crescimento no terceiro trimestre de 2008 com uma queda das exportações de mercadorias de 0,2% em relação ao trimestre anterior e um aumento de 0,4% das importações.

Em termos anualizados, as importações do G7 caíram 1,4% entre julho e setembro do ano passado, seu primeiro retrocesso desde o terceiro trimestre de 2006, enquanto as exportações aumentaram 1,9%, seu crescimento mais baixo no mesmo tempo.

Por países, a Alemanha aumentou suas importações em 3,4% - valor mais alto do G7 -, enquanto suas exportações caíram 2,9% do segundo para o terceiro trimestre de 2008.

Pelo contrário, as exportações americanas aumentaram 1,8% entre julho e setembro de 2008, enquanto as importações caíram 0,7% em relação ao trimestre anterior. No Japão, tanto as importações quanto as exportações caíram em torno de 1% no mesmo período.

17:19
Anónimo disse...
Economia Nacional
Lula: juros de crédito consignado a aposentados são altos

Atualizada às 17h29

O presidente Luis Inácio Lula da Silva afirmou nesta terça-feira, em São Paulo, que está lutando para reduzir as taxas de juros cobradas de aposentados em crédito consignado. A Previdência Social estabelece uma taxa máxima de 2,5% para empréstimo e de 3,5% para cartão. Para Lula, os valores são altos.

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"Acho que o juro que os aposentados estão pagando hoje com o crédito consignado é alto para o padrão brasileiro", disse o presidente durante a cerimônia de comemoração dos 86 anos do INSS.

A Previdência anunciou nesta terça-feira que aposentados e trabalhadoras com licença-maternidade poderão receber seus benefícios em 30 minutos. De acordo com Lula, em junho, a aposentadoria do trabalhador rural também será conseguida em meia hora.

Além disso, o presidente anunciou que, também em junho, os trabalhadores que alcançarem o direito à aposentadoria passarão a receber em suas casas um comunicado da Previdência informando o fato e o valor do salário que têm direito a receber. "É um comprometimento público que estou fazendo com os companheiros da Previdência Social", disse.

"Estamos retribuindo ao contribuinte da Previdência Social aquilo que é a cidadania que ele tem direito", afirmou Lula. "Se para cobrar nós somos tão precisos, para devolver o dinheiro, temos que chegar próximo à perfeição", completou.

17:20
Anónimo disse...
Economia Nacional
Salário maternidade sairá em 30 minutos, diz ministro

Toda trabalhadora autônoma que tiver contribuído pelo menos 10 meses com o Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) - ou as que possuírem carteira assinada - poderão receber em 30 minutos o salário maternidade a partir desta terça-feira. Da mesma forma, as mulheres com 30 anos de contribuição e os homens com 35 anos também terão direito ao benefício de forma mais rápida. A informação é do ministro da Previdência Social, José Pimentel.

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Para requerer o salário maternidade, é preciso que as autônomas levem a carteira de identidade e o carnê de contribuição. As demais trabalhadoras devem apresentar a identificação e a carteira de trabalho. Desde o início do mês, a nova forma de análise para a concessão de benefícios foi adotada para a aposentadoria por idade do trabalhador urbano e agora foi estendida para o salário maternidade e por tempo de contribuição.

O ministro disse que a qualificação do serviço da previdência social é o reconhecimento do direito dos trabalhadores e da afirmação da cidadania.

"Até pouco tempo na cabeça do cidadão o serviço devia ser de péssima qualidade. Agora não, nós modificamos toda a legislação no mês de dezembro numa ação conjunta do Congresso Nacional com o governo federal. Estamos implantando e concedendo os benefícios em até 30 minutos", afirmou.

O ministro destacou que para conseguir se aposentar ou ter acesso à licença maternidade em 30 minutos, em primeiro lugar, é necessário que o cidadão esteja vinculado à Previdência, o que inclui 65% da população acima de 16 anos de idade.

"Depois bastar marcar pelo sistema 135 o dia e a hora do atendimento e levar a documentação. Se todos os dados necessários estiverem corretos o contribuinte será atendido em até 30 minutos, como vem sendo feito com as aposentadorias por idade desde o dia cinco de janeiro", explicou.

Pimentel disse ainda que em 90% das agências da previdência social o atendimento é marcado em até 48 horas. Nos grandes centros, entretanto existe um volume maior o que torna mais lento o processo.

"Estamos criando mais 715 agências até 2010, em todo o território nacional, para descentralizar o atendimento. Em 2008, atendemos 295 mil benefícios e aposentadorias por idade. Temos 4 mil pessoas por dia procurando e se aposentando por idade no território nacional. Este serviço será agilizado", concluiu.

17:26
Anónimo disse...
Giuseppe Englaro, pai de Eluana, a italiana que morreu na segunda-feira passada por desidratação, recusou uma grande soma de dinheiro de um conhecido fotógrafo italiano que queria retratar a filha em estado de coma, disse neste sábado o neurologista que atendia a mulher desde 1996, Carlo Defanti.

O neurologista, que participou hoje de uma conferência sobre eutanásia, disse que Englaro respeitou a vontade da filha, que, antes do acidente, tinha pedido que, se lhe ocorresse qualquer coisa irreversível, apresentasse sua imagem de quando estava em boas condições.

Antes de sofrer o acidente de trânsito, em 1992, Eluana viveu o coma de um amigo, Alessandro, o que causou forte impacto na italiana e a levou a fazer o pai prometer que não a deixasse viver em estado vegetativo, disse o próprio Giuseppe Englaro.

Defanti, que dissera que Eluana poderia viver de dez a 12 dias depois da suspensão da alimentação e da hidratação, disse que, como médico, tinha que reprovar esta afirmação.

"Não se pode sobreviver após três ou quatro dias sem líquido e, em particular, água em um corpo. Sabemos bem que, quando há um terremoto, após quatro dias é difícil encontrar sobreviventes".

Defanti ressaltou que Eluana "não falava, não se comunicava com o exterior" e que, após vários exames, "nos deparamos com uma moça que tinha perdido a consciência", porque estava com o córtex cerebral prejudicado.

Eluana foi enterrada na quinta-feira passada no túmulo da família na localidade de Paluzza, em Udine, após um funeral que não contou com a presença dos pais.

16:53
Anónimo disse...
Os bombeiros combatem neste sábado os incêndios na Austrália favorecidos pelo bom tempo, enquanto os deslocados encotram em seu retorno casas derruídas, carros queimados nas ruas e destruição.

Depois de sete dias desde que começaram os incêndios no Estado de Victoria, a lista de mortos chega a 181, os desaparecidos somam 50, os edifícios destruídos totalizam 1,834 mil e o terreno arrasado, principalmente florestas, ocupa uma área de 4,13 mil quilômetros quadrados.

As equipes de bombeiros, formadas por 4 mil profissionais de Victoria, de outras partes da Austrália e de países amigos, combateram hoje 12 focos fora de controle e nenhum representava uma ameaça direta para a população.

O subdiretor do Serviço de Bombeiros, Geoff Conway, disse que este tempo favorável, que se prolongará durante o domingo, permite consolidar as linhas de contenção e avançar na extinção das chamas.

Cinzas apareceram arrastadas por ventos do nordeste sobre Melbourne, onde habitam 3,8 milhões de pessoas, e as autoridades alertaram aos cidadãos do risco para a saúde de idosos, crianças e pessoas com problemas respiratórios.

O número de pessoas deslocadas - a Cruz Vermelha chegou a receber 7 mil - começou a cair com a abertura de algumas localidades atingidas.

Os incêndios, alguns criminosos, começaram em 7 de fevereiro, quando a região sul da Austrália estava há duas semanas sob uma onda de calor sem precedentes.

Na sexta-feira passada, a polícia acusou uma pessoa de ter provocado o incêndio que atingiu a localidade de Churchill e matou 21 pessoas.

16:55
Anónimo disse...
A primeira chuva em seis dias reduziu a ameaça de incêndios no Estado de Victoria, ao sul da Austrália. As autoridades, porém, advertiram que ainda existem 12 focos, mas que nenhum deles ameaça áreas povoadas.

Mais de quatro mil bombeiros, mil provenientes de outras partes do país e de outras nações, trabalham contra o fogo. Cerca de 600 veículos e 28 helicópteros e pequenos aviões estão sendo usados.


Eles conseguiram construir linhas de contenção para evitar os incêndios de Yarra e Maroondah se juntassem. Também foram controlados os incêndios abertos de Yea e Murrindindi, que ameaçavam as comunidades de Connellys Creek, Crystal Creek, Scrubby Creek e Native Dog Creek.

O número de mortos chegou a 181, mas as autoridades acreditam que as vítimas devem passar de 200, já que ainda há muitos desaparecidos.

16:55
Anónimo disse...
Aqui nesta coluna, na semana passada, tive a oportunidade de comentar sobre a recente visita do professor brasileiro Pedrinho Guareschi à Austrália. Não dei, porém, os fatos, pois semana passada o assunto era outro.

Hoje, porém, vamos a eles.

No último dia 4 de fevereiro, aconteceu o Seminário "Paulo Freire: Education and Liberation", organizado pelo centro de estudos latino-americanos da Universidade Nacional da Austrália, ou ANU, como é mais conhecida por aqui.

A ANU, para quem não sabe, está entre as 20 melhores universidades do mundo! E tem sede aqui em Camberra, capital da Austrália.

Na abertura do evento, o professor John Minns, diretor do centro latino-americano, ao dar boas-vindas ao público presente, lembrou ser aquele o primeiro seminário exclusivamente dedicado a Paulo Freire na Austrália.

Em seguida, convidou Pedrinho Guareschi, palestrante principal do Seminário, a fazer sua apresentação.

A plateia pode então conhecer, pelas palavras de Pedrinho, um pouco da obra e da vida de Freire, esse brasileiro de fé e valor, que sempre acreditou na educação, sobretudo dos menos favorecidos, analfabetos, como força libertadora.

Como não podia deixar de ser, os conceitos e ideias revolucionários de Paulo Freire, expostos com clareza por Pedrinho, despertaram o interesse e a curiosidade de plateia. A qual, deve-se notar, era na maioria de estudantes, mas de várias nacionalidades, sobretudo australianos e asiáticos.

Na continuação do programa do seminário, que se estendeu por dois dias, outros professores fizeram palestras sobre temas ligados à obra de Paulo Freire.

Interessante, por exemplo, saber que a professora Anne Hickling-Hudson, jamaicana que mora na Austrália há muitos anos (é professora da ANU), conheceu e trabalhou com Freire num workshop educacional durante a revolução na Ilha de Granada, em 1980, antes da invasão dos Estados Unidos...

Ou, então, a palestra da Professora Gerda Roelvink, da Nova Zelândia, que participou do Fórum Social de Porto Alegre em 2005. E essa participação transformou-se em tema de doutorado.

No dia 10, terça-feira passada, o padre Pedrinho Guareschi voltou a falar ao público australiano em grande auditório localizado no belíssimo campus da ANU. Desta vez, sobre a Teologia da Libertação.

Depois da palestra, John Minns mostrou o filme mexicano "O Crime do Padre Amaro", no qual um dos personagens é um padre católico praticante da Teologia da Libertação.

Mais uma vez, foi grande o intersse da platéia, que pode aprender e conhecer um pouco como se desenvolveu aquele importante movimento católico na América Latina.

Fica, assim, ao Pedrinho, bem como a outros brasileiros estudiosos e de bom coração que saem pelo mundo a divulgar aspectos importantes da cultura brasileira, o respeito e a homenagem desta coluna. E... aquele abraço!

16:57
Anónimo disse...
Amanda Kitts perdeu o braço esquerdo em um acidente de automóvel acontecido três anos atrás, mas hoje em dia ela joga futebol americano com seu filho de 12 anos de idade, troca fraldas e abraça as crianças nas três creches Kiddie Cottage que opera em Knoxville, Tennessee. Kitts, 40 anos, faz tudo isso com a ajuda de um novo tipo de braço artificial que se movimenta com mais facilidade do que outros aparelhos e que ela pode controlar utilizando apenas seus pensamentos.

"Eu sou capaz de mexer a mão, o pulso e o cotovelo ao mesmo tempo", diz. "Você pensa e os músculos se movem em seguida".

A recuperação que ela conseguiu resulta de um novo procedimento que vem atraindo crescente atenção porque permite que pessoas movam braços protéticos de forma mais automática do que faziam no passado, simplesmente utilizando nervos reaproveitados em seus cérebros.

A técnica, conhecida como "renervação muscular dirigida", envolve utilizar os nervos que restam depois da amputação de um braço e conectá-los a outro músculo do corpo, em geral no peito. Eletrodos são instalados sobre os músculos do peito, e operam como se fossem antenas. Quando a pessoa deseja mover o braço, o cérebro envia sinais que primeiro resultam em contração dos músculos do peito, os quais enviam um sinal ao braço protético, instruindo-se a se movimentar. O processo não requer mais esforços consciente do que a pessoa teria de exercitar caso ainda tivesse seu braço natural.

Na terça-feira, pesquisadores reportaram em estudo publicado pela versão online do Journal of the American Medical Association que haviam levado a técnica ainda mais à frente, tornando possível a execução de 10 movimentos de mão, pulso e cotovelo diferentes, o que representa uma substancial melhora com relação ao típico repertório protético, que em geral envolve apenas dobrar o cotovelo, girar o pulso e abrir a mão.

"Os novos métodos tiveram impacto dramático em nosso campo de trabalho", disse Stuart Harshbarger, engenheiro biomédico na Universidade Johns Hopkins e diretor do programa de pesquisa sobre próteses, financiado pelas forças armadas, que inclui o trabalho com essa técnica. "O método já está em uso por médicos e cirurgiões comuns em todo o país. A capacidade de controlar um membro protético bastante robusto que ele confere surpreendeu a todos pela qualidade".

Tipicamente, uma pessoa que tenha um braço protético só é capaz de executar alguns poucos movimentos, e muitas vezes com tamanha lentidão que isso só permite a ela atividades limitadas.

Há um motor separado para cada movimento, diz Gerald Loeb, professor de engenharia biomédica na Universidade do Sul da Califórnia, "e esses motores precisam ser controlados de maneira explícita", usualmente por um esforço consciente da pessoa para contrair músculos nas costas ou no bíceps.

"Essencialmente, até agora os pacientes controlavam apenas um motor de cada vez", diz Loeb, "e precisavam pensar cuidadosamente sobre que motor desejavam controlar e como fazê-lo operar, em lugar de simplesmente pensarem em mover o braço e poderem fazê-lo sem delongas".

Antes que Kitts passasse pelo procedimento de renervação, em outubro de 2007, por exemplo, ela precisava movimentar os músculos de suas costas de determinada maneira para fazer com que seu pulso girasse, e flexionar seu bíceps e tríceps para fazer com que o cotovelo se movesse para cima e para baixo. "Era muito trabalho", ela conta. "E não me ajudava muito".

O procedimento de renervação é parte de uma recente explosão de idéias novas e técnicas inovadoras que estão sendo exploradas enquanto os cientistas se esforçam por ajudar as pessoas a compensar melhor a perda de membros ou problemas de paralisia. O esforço vem sendo alimentado pelo aumento no número de amputações causado por diabetes e por ferimentos sofridos pelos militares, e ao mesmo tempo pelos avanços na tecnologia médica.

Os braços se tornaram um dos focos essenciais desse tipo de trabalho. A ciência há muito vem obtendo sucessos no desenvolvimento de próteses de perna, mas é muito mais difícil imitar a complexidade e a destreza das mãos e dos braços.

Os esforços em curso incluem o desenvolvimento de projetos de pele e braços mais sensíveis e mais flexíveis, e o uso de dispositivos acionados por controles sem fio implantado nos braços protéticos, que permitiriam movimentos mais naturais.

Os pesquisadores também vêm usando sensores implantados nos cérebros de cobaias para permitir que dois macacos controlem um braço mecânico, e um teste com um homem paralítico permitiu, com esse método, que ele movimentasse um cursor em uma tela de computador.

Alguns desses métodos, caso venham a ser aperfeiçoados plenamente e consigam aprovação das autoridades regulatórias da saúde, podem no futuro se tornar mais viáveis para os pacientes de amputações.

E embora a técnica da renervação não requeira aprovação das autoridades regulatórias porque é executada por meios cirúrgicos e emprega aparelhos já existentes, ela apresenta limitações que até mesmo seus criadores reconhecem, entre as quais o fato de que não se pode utilizá-la para todos os pacientes, o seu alto custo e o prazo de meses requerido para que os nervos reconectados cresçam e se tornem efetivos.

Ainda assim, os especialistas dizem que é o mais avançado sistema em uso hoje para pacientes reais que permite que o sistema nervoso controle diretamente o movimento de um braço artificial.

Desde sua introdução por Todd Kuiken, médico fisioterapeuta e engenheiro biomédico do Instituto de Reabilitação de Chicago, o método foi empregado em cerca de 30 pacientes nos Estados Unidos, Canadá e Europa, entre os quais oito soldados feridos no Iraque e no Afeganistão.

Muitos dos pacientes, entre os quais o primeiro, Jesse Sullivan, um operário do setor elétrico no Tennessee que perdeu os dois braços quando foi eletrocutado por um cabo, conseguem não apenas manipular seus braços protéticos mas sentir a presença das mãos que já não têm quando alguém toca em seus peitos.

Sullivan, 62 anos, e Kitts, estavam entre os cinco pacientes que participaram do estudo reportado na terça-feira. Em companhia de cinco outras pessoas que não passaram por amputações, eles receberam os eletrodos e foram instruídos a usar pensamentos para fazer com que um braço virtual na tela reproduzisse 10 movimentos diferentes, entre os quais três formas diferentes de aperto de mão.

Os pacientes apresentaram desempenho bastante respeitável, apenas um pouco mais lento e menos preciso do que os dos participantes que não tinham amputações.

"As velocidades de movimento que encontramos em nossos pacientes foram realmente encorajadoras", disse Kuiken. "Eles conseguiram completar a tarefa. É claro que não foram tão competentes quanto as pessoas dotadas de plena capacidade física, mas foram bons o bastante".

Um braço virtual foi usado porque a maioria das próteses existentes não era capaz de acomodar todos aqueles movimentos, no momento da pesquisa, ainda que Sullivan, Kitts e uma terceira paciente, Claudia Mitchell, tenham experimentado dois novos protótipos mais versáteis de braços artificiais, executando tarefas complexas com bolas de tênis e outros objetos.

O trabalho de renervação em soldados apresenta outros desafios, diz Kuiken, porque os ferimentos militares muitas vezes "causam danos muitos extensos" a nervos, músculos ou ossos.

Daniel Acosta, 25 anos, um aviador ferido pela detonação de uma bomba em uma estrada do Iraque em 2005, passou pelo procedimento no ano passado e diz que seu braço esquerdo protético agora se movimenta "muito mais rápido" e de maneira muito mais natural.

"A diferença é que agora não preciso mais pensar para mover o braço", ele diz. "Ele simplesmente se mexe".

Ainda assim, Acosta, de San Antonio, diz que "o processo foi bastante longo" e que os eletrodos precisam ser ajustados para receber os sinais à medida que os nervos crescem ou mudam de posição.

E embora elogiem o método, os especialistas afirmam que a ciência das próteses de braço ainda tem muito por avançar.

"Trata-se de uma parte crucial, mas ainda assim apenas uma parte, das muitas coisas que compreendem a função normal de um braço", disse Loeb, que escreveu um editorial que acompanha o artigo no Journal of the American Medical Association.

"No momento estamos a meio do caminho entre o braço de 'Dr. Fantástico', que fazia involuntariamente a saudação nazista, e o braço de Luke Skywalker em 'Guerra nas Estrelas', que funciona sem nenhum problema assim que é conectado. Creio que precisaremos ainda de muitos anos para conectar todas as peças necessárias a produzir um braço capaz de funcionar normalmente".

17:04
Anónimo disse...
A Espanha disse neste sábado que está preparando uma reclamação oficial contra a decisão da Venezuela de expulsar um membro do Parlamento Europeu que criticou o conselho eleitoral venezuelano.
Luis Herrero, membro do partido conservador espanhol PP, foi deportado na sexta-feira depois que o Conselho Nacional Eleitoral (CNE) o acusou de questionar a imparcialidade da instituição antes de um referendo que pode permitir ao presidente Hugo Chávez permanecer no cargo indefinidamente.

Herrero estava na Venezuela como observador do referendo. Ele acusou Chávez de ter "comportamentos típicos de um ditador" por pedir a contenção de manifestações da oposição.

O governo da Espanha convocou um encontro com o embaixador da Venezuela em Madri para expressar a desaprovação sobre a expulsão de Herrero, disse um representante do Ministério das Relações Exteriores espanhol.

As relações da Venezuela com a Espanha tiveram seu ponto crítico em 2007, quando Chávez ameaçou rever acordos diplomáticos e comerciais depois de ouvir um "cala a boca" do rei espanhol Juan Carlos durante uma cúpula.

A fenda foi oficialmente reparada em 2008, com uma visita oficial de Chávez à Espanha, onde ele cumprimentou o rei e discutiu acordos para investimento no setor petroquímico com o primeiro-ministro José Luis Rodriguez Zapatero.

17:06
Anónimo disse...
A polícia do Zimbábue anunciou neste sábado que acusa de traição Roy Bennett, dirigente do até agora opositor Movimento para a Mudança Democrática (MDC), detido na sexta-feira, em Harare, poucas horas antes da cerimônia de posse dos membros do novo gabinete.

"A Polícia nos informou que vão apresentar acusações de traição", disse à agência EFE o advogado de defesa de Bennett, Trust Maanda.

"Tentam relacionar Roy com o caso de Mike Hitschmann, que foi detido em 2006 em relação à descoberta de um carregamento de armas, apesar de que Hitschmann não tenha sido declarado culpado das acusações de traição apresentadas contra ele, mas de um crime menor de descumprimento de leis", disse Maanda.

O político opositor, designado por seu partido como vice-ministro de Agricultura no Governo de união nacional, esteve no exílio na vizinha África do Sul desde 2006 e retornou ao Zimbábue há duas semanas.

Segundo a Polícia, que deteve Bennett ontem no aeroporto de Harare quando pretendia ir à África do Sul para visitar sua família, as armas apreendidas em 2006 seriam utilizadas em um golpe de Estado para derrubar o presidente do Zimbábue, Robert Mugabe.

Depois da detenção, Bennet foi levado a Mutar, onde vários simpatizantes do MDC se concentraram em frente à delegacia na qual estava detido, diante do que a Polícia respondeu com tiros para o alto para dispersar os manifestantes.

17:07
Anónimo disse...
Austrália: 14 mil se candidatam a 'emprego dos sonhos'

A secretaria de Turismo de Queensland, na Austrália, informou que até esta segunda-feira já recebeu cerca de 14 mil inscrições para o "o melhor emprego do mundo". O Estado australiano promove pela internet seleção para vaga de "zelador" da ilha Hamilton, por seis meses com um salário de R$ 40 mil.

Muitos candidatos tiveram problemas durante a inscrição por conta dos acessos simultâneos ao site. A secretaria aconselha enviar os vídeos de 60s explicando porque deve ser escolhido em horários alternativos do dia, além de recomendar tamanho em torno de 40MB.

As inscrições começaram em 12 de janeiro e vão até o próximo dia 22 e podem ser feitas pelo site www.islandreefjob.com. O governo australiano escolherá 50 candidatos para a próxima fase da seleção, que terá votos do público para eleger um dos 11 finalistas.

A última fase terá entrevistas e desafios físicos, no próprio local de trabalho: as ilhas da Grande Barreira Coralina - o maior recife de coral do mundo. A secretaria de Turismo anunciará o vencedor no dia 6 de maio.

17:09
Anónimo disse...
Mercado elogia governo na crise, mas pede maior queda no juro

Peter Fussy
Direto de São Paulo

Desde as primeiras medidas anunciadas para combater os efeitos da crise, o governo brasileiro avisou que a estratégia não contemplaria um pacote. Seriam doses pontuais, de acordo com a necessidade da economia diante do agravamento das turbulências. Da primeira liberação dos depósitos compulsórios em setembro até a ampliação do seguro-desemprego na última quarta-feira, o governo passou por redução de impostos, ampliação de crédito e incentivos à exportação. Quase 150 dias após a primeira medida, o Terra conversou com líderes do setor público e privado, representantes dos trabalhadores, acadêmicos e com o próprio governo para saber quais destas ações foram mais eficazes, quais foram mais ineficientes e o que mais pode ser feito pelo Estado brasileiro contra a crise.

Os maiores elogios foram direcionados à atitude de reduzir o Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) para a indústria automobilística, anunciada em dezembro e que fez com que os emplacamentos de carros novos subissem 1,9% no primeiro mês do ano em relação a dezembro de 2008. Já as maiores críticas foram para a lentidão no corte da taxa básica de juro do País.

Para o presidente do conselho administrativo do Grupo Pão de Açúcar, Abílio Diniz, o Estado não é responsável pela crise e mesmo assim está agindo "com extrema serenidade e muito acerto". "O governo está atento, fazendo a sua parte. É preciso coragem de baixar firmemente a taxa de juros. É uma arma que temos a nosso favor, já que não há clima para inflação, nem possibilidade de danos para a macroeconomia", afirmou Diniz.

Na última reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), em janeiro, a taxa Selic foi reduzida em um ponto percentual, de 13,75% para 12,75% ao ano. Porém, o professor de economia da Universidade de Brasília (UnB) José Luiz Oreiro lembra que este corte representa uma redução de apenas 0,25 ponto percentual com relação à taxa de setembro do ano passado, quando a crise se agravou.

"Pouco antes da eclosão da crise, o Banco Central aumentou a taxa em 0,75 ponto. Foram cinco meses de demora para reduzir em termos líquidos apenas 0,25 ponto", afirmou o economista, que também sugeriu redução do intervalo de cerca de 90 dias entre as reuniões do Copom e o corte de pelo menos um 1 ponto percentual em cada reunião.

Mesmo com o corte de janeiro, a taxa de juros real continua sendo a maior do mundo, lembrou o secretário-geral da Força Sindical, João Carlos Gonçalves, o Juruna. "A redução da taxa de juro ainda é pequena, porque ela continua uma das mais altas do mundo. Falta ousadia para baixar os juros e ajudar o cidadão. A permanência da taxa de juro alta é negativa para o País em meio a crise", afirmou Juruna.

Embora aprove as ações do governo, o senador Aloízio Mercadante (PT-SP) também acredita que o patamar da Selic está muito alto. "Sempre fomos os primeiros a entrar em qualquer crise, o que não aconteceu agora. A taxa Selic ainda é muito alta, mas o governo têm tomado medidas acertadas, como o aumento do salário mínimo, mesmo com um cenário de crise. Isso ajuda a movimentar o consumo. O governo está se esforçando para manter os investimentos e o crescimento", disse.

Tributos
De acordo com o economista Fabio Pina, da Fecomercio-SP, as ações mais positivas estão relacionadas à redução de tributos para alguns segmentos, como a indústria automobilística, que recuperou parte da queda nas vendas em janeiro com a isenção do IPI para carros 1.0 l e o corte para demais motorizações. A medida vale até o final de março.

"Essas medidas não só reduziram o preço, mas anteciparam o consumo daqueles que iriam comprar no futuro, dando um prêmio por conta da insegurança. Mexe diretamente com o principal problema que é a confiança do consumidor", afirmou. Juruna destacou que um bom ritmo de vendas é garantia de emprego. "É importante porque cada emprego na montadora significa 19 na cadeia produtiva", comentou o representante da Força Sindical.

Também em dezembro, o governo decidiu cortar pela metade a alíquota do Imposto de Renda para contribuintes que ganham entre R$ 1.434 e R$ 2.150 mensais. "O salário aumentava e a tabela não se modificava. As pessoas ganhavam mais e pagavam mais impostos", apontou Juruna. Outra redução de tributos do governo foi com relação ao Imposto sobre Operações Financeiras (IOF), que caiu de 3% ao ano para 1,5%.

Crédito
Na segunda metade de 2008, o colapso de bancos nos Estados Unidos por conta da crise do subprime provocou uma forte restrição de crédito no mundo inteiro. Uma das primeiras medidas anticrise do governo teve como objetivo restabelecer a oferta, com mudanças no recolhimento dos depósitos compulsórios por parte dos bancos. Segundo o presidente do Banco Central, Henrique Meirelles, as diversas modificações liberaram US$ 99,2 bilhões aos bancos até o final de janeiro.

Além disso, o governo concedeu R$ 36 bilhões das reservas internacionais para empresas brasileiras com dívidas no exterior e uma medida provisória autorizou o Banco do Brasil e a Caixa Econômica Federal a comprar carteiras de crédito de bancos privados. Para o diretor do Departamento de Pesquisas e Estudos Econômicos da Fiesp, Paulo Francini, estas medidas foram essenciais para combater os efeitos da crise.

"A crise se desenvolve no mundo em torno do tema crédito. E o crédito reduziu-se barbaridade no mundo. Então o governo lança mão de compulsório, lança mão de reservas, de medidas que permitem aos bancos comprar carteiras de bancos. Você vai tomando várias medidas para atender às demandas e o epicentro disso é crédito", afirmou.

No entanto, Oreiro, da UnB, adverte que a liberação dos compulsórios seria mais eficiente acompanhada de redução mais agressiva da taxa básica de juro. "Uma parte do crédito voltou, depois da forte retração em outubro e novembro. O que deveria ter sido feito junto à liberação do compulsório era uma redução mais drástica da taxa de juro. Sem isso, os bancos pegam as reservas e acabam comprando títulos públicos", explicou o economista.

Na opinião de Pina, as ações de distribuição de crédito via redução do compulsório e a disposição de capital de giro para empresas foram tomadas sem um cuidado maior na operação e não tiveram muito efeito. "O BNDES tem linhas que ficam paradas quase todo o ano, agora é pior ainda. Existem os recursos, mas as empresas e os bancos estão desconfiados. É preciso fazer com que os bancos tenham interesse em emprestar", afirmou o economista da Fecomercio-SP.

Futuro
Mesmo com todas essas medidas, a crise financeira ainda gera incertezas nos setores produtivos do País. Nos últimos meses, o medo do desemprego fez os consumidores adiarem compras. Por sua vez, a queda nas vendas pode obrigar as indústrias a cortarem a produção e demitir funcionários. Contra isso, empresários sugerem redução de jornada e de salários.

"Isto está previsto em lei. A Fiesp simplesmente manteve conversações com entidades sindicais quanto à aplicação daquilo que já está previsto em lei", afirmou Francini.

Segundo a ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff, uma das medidas que assegura um nível de emprego é a manutenção de investimentos no Programa de Aceleração do Crescimento (PAC). "Estamos esperando que a dificuldade ocorra em janeiro, fevereiro e março. Estamos certos que vamos manter o nível de investimento. É isso que funciona, é isso que significa investimento público. Ele funciona como um colchão. Por isso, nós colocamos R$ 100 bilhões no BNDES e a Petrobras ampliou o seu investimento em R$ 120 bilhões", afirmou.

Na mesma linha, Pina explica que a antecipação de gastos do governo substitui parte da demanda retraída do setor privado. "Ele dá o seguinte recado: não vou estourar as contas públicas, mas concentrar em um momento em que a demanda privada está pequena. Mas o governo não tem fôlego suficiente para fazer o papel de toda demanda", ressaltou. O economista da Fecomercio lembrou que a entidade já pleiteou junto ao governo isenções para transferência de imóveis e de automóveis, além de retirar o IPVA para veículos novos.

Já Oreiro foca suas propostas na capitalização do Banco do Brasil e da Caixa Econômica Federal pelo Tesouro para atender a demanda de crédito para capital de giro e reduzir o spread. "Aumentando o empréstimo e reduzindo as taxas, os dois vão forçar os bancos privados a acompanhar o movimento, até para não perderem participação no mercado", explicou o economista da UnB.

Até o Carnaval, o governou prometeu detalhar um pacote de incentivos para a construção de até um milhão de casas populares, direcionado a famílias com renda de até dez salários mínimos. "Estamos atentos a tudo o que está acontecendo e novas medidas serão tomadas caso haja uma avaliação de que sejam necessárias", disse o ministro da Fazenda, Guido Mantega, na última sexta-feira.

17:11
Anónimo disse...
Ex-ministro critica extensão do seguro-desemprego

Atualizada às 09h03

O ex-ministro do Trabalho Almir Pazzianotto criticou a decisão do governo federal de conceder o seguro-desemprego estendido a apenas alguns setores. "É certamente odioso e provavelmente inconstitucional", disse Pazzianotto, de acordo com o jornal O Estado de S. Paulo.

Na última qurta, dia do anúncio da medida, centrais sindicais elogiaram a atitude do governo. A Força Sindical divulgou nota dizendo que "o aumento ajudará a aquecer parte da economia, já que irá gerar mais consumo, produção e conseqüentemente, a criação de novos postos de trabalho". A União Geral dos Trabalhadores (UGT) afirmou que a medida "contribuirá para minimizar o drama dos trabalhadores que perderem seu emprego por conta da crise".

O ex-ministro, que instituiu o seguro-desemprego no País no governo de José Sarney, destacou a necessidade de as centrais sindicais se manifestarem contra a determinação. Para ele, as mudanças devem ser aplicadas a todas as categorias profissionais e a distinção é contrária ao artigo 3º da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT).

Pazzianotto atribui a medida a um possível temor do governo de que a crise econômica seja longa e não haja dinheiro para atender a todas as necessidades. Ainda assim, ele se mostra contrário ao método de concessão. "O seguro-desemprego ajuda a sanar necessidades básicas. Estendê-lo é paliativo, não a solução", disse ao jornal.

De acordo com o presidente do Conselho Deliberativo do Fundo de Amparo ao Trabalhador (Codefat) e conselheiro da Força Sindical, Luiz Fernando Emediato, a determinação já estava prevista na lei 8.900/94, que trata do seguro-desemprego.

O presidente da Comissão de Trabalho da Câmara, Pedro Fernandes (PTB-MA) vai além na crítica à concessão do seguro para apenas alguns setores. Ele acredita que a ampliação do benefício estimula o desemprego.

Quintino Severo, secretário geral da Central Única dos Trabalhadores (CUT), lembra que a ampliação do benefício sem critério e identificação pode incentivar demissões em outros setores.

17:13
Anónimo disse...
Empresas
TAM faz promoção para destinos internacionais

A companhia aérea TAM anunciou nesta sexta-feira tarifas promocionais para trechos internacionais. Os preços valem para bilhetes comprados entre 6h deste sábado e 23h59 deste domingo e são válidos para classe econômica. As tarifas, para ida e volta, serão vendidas a partir de US$ 99, mais taxas.

Segundo a aérea, a promoção vale para viagens feitas no período de 14 de fevereiro a 18 de junho de 2009. Para destinos na América do Sul, a permanência mínima é de dois dias; para bilhetes com destino nos Estados Unidos, cinco dias; e Europa, sete dias. A permanência máxima para as passagens para América do Sul e EUA é de dois meses e para Europa, três meses.

Entre os exemplos de tarifas promocionais, a TAM oferece São Paulo-Lima por US$ 99. Bilhetes para a rota São Paulo-Santiago serão vendidos a partir de US$ 199 e São Paulo-Nova York, US$ 799.

A emissão dos bilhetes deve ser feita obrigatoriamente no ato da reserva, obedecendo às regras estipuladas pela companhia. A compra está sujeita à disponibilidade de assentos nas classes tarifárias determinadas, trechos, horários e datas. A TAM afirmou que também há tarifas promocionais para a classe executiva.

Mais informações podem ser encontradas no site promocional (www.ofertastam.com.br), no site da empresa (www.tam.com.br) ou pelos telefones 4002-5700 ou 0800 5705700.

17:13
Anónimo disse...
Empresas
Consultoria negocia compra do parque temático Hopi Hari

A consultoria especializada em reestruturação de empresas Íntegra Associados informou nesta sexta-feira ter um acordo para comprar o parque de diversões Hopi Hari, localizado no interior de São Paulo. A empresa estaria disposta a investir R$ 10 milhões no parque, que tem dívida estimada em R$ 800 milhões. As informações são da edição deste sábado do jornal Folha de S. Paulo.

De acordo com o jornal, a transação ainda depende da negociação entre o Hopi Hari e seus credores, o que já estaria em andamento.

A consultoria paulista já atuou junto à Parmalat, durante 30 meses, quando reorganizou a gestão da empresa italiana.

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17:14
Anónimo disse...
Empresas
Disney de Tóquio contratará mais 2 mil apesar da crise


A Oriental Land, o operador da Disneylândia Tóquio e DisneySea, organizou neste domingo entrevistas para contratar cerca de 2 mil trabalhadores em tempo parcial, em um momento de grandes demissões deste tipo de empregados no Japão.

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O operador deste parque temático, situado em Urayasu, na província de Chiba (leste de Tóquio), está em pleno processo de seleção de empregados para 20 tipos de postos trabalhistas diferentes.

Segundo a companhia, citada pela agência local de notícias Kyodo, o parque contratará novos trabalhadores para as atrações, para os restaurantes e guardas de segurança entre outros. Os novos contratados começarão a trabalhar a partir de fevereiro.

O processo de seleção acontece em um momento em que a maioria das grandes companhias japonesas começaram a se ver obrigadas a despedir uma elevada percentagem de seus trabalhadores temporários e a tempo parcial.

Algumas inclusive anunciaram demissões de seus trabalhadores fixos, uma medida muito pouco comum nas companhias japonesas, perante os efeitos piores que o esperado pela crise econômica global.

Cerca de uma centena de pessoas esperavam desde a primeira hora desta manhã a abertura do centro de conferências Tokyo International Forum, onde as entrevistas estão sendo feitas, para ser os primeiros a solicitar os postos de trabalho.


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17:15
Anónimo disse...
Economia Internacional
Senado dos EUA aprova plano de estímulo à economia

O Senado dos Estados Unidos aprovou com 60 votos a favor e 38 contra o plano de estímulo à economia de US$ 787 bilhões na madrugada deste sábado. Agora, ele segue para sanção ou veto do presidente Barack Obama, que espera colocar a lei em prática até o dia 16 de fevereiro.

O plano prevê a criação de três milhões de empregos, inclui cortes de impostos às famílias, fundos para programas sociais e obras públicas, além de ajuda aos governos estaduais, estudantes e desempregados.

A cláusula Buy American - que exige o uso de ferro, aço e produtos manufaturados dos Estados Unidos em obras realizadas com recursos do pacote - ficou de lado. Segundo o texto definitivo, a cláusula será aplicada sem violar as normas do comércio internacional.

Ontem à tarde, a Câmara de Representantes (deputados) havia aprovado, por 246 votos a favor e 183 contra, a versão final do plano. Todos os republicanos foram contrários ao pacote.

Pelo acordo de quarta-feira entre Câmara e Senado, em vez de custar US$ 819 bilhões, como queriam os deputados, ou US$ 838 bilhões como pretendiam os senadores, o pacote ficou em cerca de US$ 787 bilhões, com 65% desse total destinado a gastos do governo federal e 35%, a créditos tributários.

17:16
Anónimo disse...
Economia nacional
Na era Lula, aposentadoria sobe 54% menos que salário mínimo

Thatiane Faria
Especial para o Terra
Direto de São Paulo

Os índices de reajustes concedidos pelo governo em 2009 para aposentados e pensionistas e para o salário mínimo repetiram uma diferença que, só durante o governo de Luiz Inácio Lula da Silva, já chega a 54%. Enquanto o mínimo foi majorado em 12% este ano, as pensões e aposentadorias tiveram aumento de 5,92%. Aposentados que têm o benefício do governo como única fonte de renda reclamam que perdem poder de compra e que sua cesta de compras é composta por itens que aumentam mais em relação à inflação oficial.

Um exemplo prático pode ser entendido a partir da comparação entre um aposentado que ganhava R$ 600 em janeiro de 2003. Na época, o benefício era três vezes, ou 200%, maior que o valor do mínimo em vigência, que era de R$ 200. Aplicando-se os índices de reajuste para aposentadorias e para o mínimo durante os últimos seis anos, o mesmo aposentado estaria recebendo hoje R$ 938,47, comparado a um salário mínimo de R$ 465. A diferença entre os dois valores caiu para pouco mais de 100%.

Enquanto o índice acumulado de reajuste para a aposentadoria durante o governo Lula foi de 60%, para o salário mínimo está em 132%.

O diretor do Sindicato Nacional dos Aposentados, João Inocentini, reclama que os valores dos benefícios para aposentadorias não mantêm o poder de compra do grupo, principalmente dos aposentados que recebem menos que dez salários mínimos.

Nem mesmo o fato de o índice de reajuste das aposentadorias ter ficado acima da inflação acumulada no mesmo período (o IPCA entre janeiro de 2003 e janeiro de 2009 foi de 39,7%) serve de argumento, segundo os aposentados.

"Os idosos, principalmente, têm gastos além das contas gerais como gás, telefone e aluguel. Para eles o custo com remédios, e outros itens da área saúde costuma ser maior", afirmou Inocentini.

O presidente do sindicato afirmou que o grupo realiza um estudo com 100 itens de necessidade de um idoso para comparar o aumento dos produtos com o índice de reajuste do benefício recebido pelos aposentados.

"Daqui dois meses vamos abrir um processo na Justiça e levar essa pesquisa como prova. Segundo a lei, o governo é obrigado a manter o poder de compra com a aposentadoria", disse Inocentini.

Alternativas
O consultor financeiro Cláudio Boriola diz que os aposentados, especialmente nesse momento de crise econômica, devem evitar compras parceladas, pesquisar preços, negociar e fazer bom planejamento financeiro.

Segundo Boriola, alguns aposentados ganham um valor mensal muitas vezes insuficiente para o pagamento das contas e acabam pedindo crédito ou realizando pagamentos a prazo e são obrigados a pagar juros altos.

Na opinião do consultor, pagar uma previdência privada é uma alternativa indicada para quem ainda trabalha, considerando a característica de perda de poder de compra da aposentadoria.

"Na prática, infelizmente os valores encontram-se em um patamar que está deteriorando o poder de aquisição da população brasileira", completou Boriola.

De acordo com o diretor da Confederação Brasileira de Aposentados e Pensionistas (Cobap), Vicente Fernandes Barbosa, representantes dos aposentados tentarão um encontro com o presidente da Câmara, deputado Michel Temer (PMDB-SP), para discutir projetos que minimizem a perda dos aposentados

17:17
Anónimo disse...
Previdência
Previdência prorroga isenção de tarifas no benefício

O atual sistema de pagamento aos 26 milhões de aposentados e pensionistas do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) será mantido até o final deste ano. O acordo, que permite realizar a operação sem nenhum custo aos beneficiários, foi renovado nesta sexta-feira, entre o governo federal e 21 instituições financeiras.

Por meio desse acordo, vigente desde setembro de 2007, nem os segurados, nem os bancos e nem o governo arcam com o pagamento de tarifas, conforme explicou o ministro da Previdência Social, José Pimentel. A prorrogação vale até dezembro, data máxima para que a Previdência defina as regras para um novo contrato.

Ao assinar o termo de renovação, na sede da Federação Brasileira dos Bancos (Febraban), o ministro disse que a intenção do governo é mudar o atual modelo de gestão visando a reduzir os custos dessas operações em torno da folha mensal, que atinge R$ 15,8 bilhões. No entanto, qualquer alteração, conforme explicou, passará antes por audiências públicas a serem realizadas a partir do segundo semestre deste ano, atendendo a determinação do Tribunal de Contas da União (TCU).

De acordo com Pimentel, com um redesenho do mecanismo de repasse dos recursos aos bancos em torno da folha de pagamento dos segurados o que se busca é um aumento da participação de instituições financeiras. Ele informou que, desde 2007, cada benefício custa em média R$ 1,07 ao governo. "Quanto mais instituições financeiras estiverem prestando serviços à sociedade, maior é a competitividade, a agilidade no atendimento", justificou.

O ministro observou, ainda, que, para permitir uma redução para algo em torno de meia hora no tempo de atendimento para a concessão dos direitos previdenciários, o governo investiu R$ 280 milhões.

Questionado sobre o descontentamento dos segurados que ganham acima de um salário mínimo terem obtido apenas a correção com base na variação do Índice de Preços ao Consumidor (INPC) , ficando abaixo do reajuste dado a quem recebe apenas o mínimo, Pimentel argumentou que o governo seguiu o que determina a lei e descartou a possibilidade de uma revisão

17:17
Anónimo disse...
Empresas
Caterpillar oferece aposentadoria antecipada a 2 mil


A companhia americana Caterpillar ofereceu a cerca de dois mil funcionários incentivos para que se aposentem de forma voluntária antes do previsto, pela perspectiva de uma queda "significativa" da atividade industrial, informou nesta quarta-feira a empresa.

A iniciativa, destinada aos trabalhadores de diversas fábricas em Illinois, Colorado, Tennessee e Pensilvânia, se soma aos cortes de empregos anunciados em janeiro, explicou em comunicado de imprensa.

A empresa, a maior fabricante mundial de maquinaria pesada para a construção e a mineração, acrescentou que, "em função das condições de negócio, podem ser necessárias mais reduções de elenco voluntárias e involuntárias à medida que o ano avança".

O vice-presidente da companhia, Sid Banwart, explicou que a empresa prevê "demissões significativas em todas as regiões geográficas e na maioria dos setores devido às dificuldades da economia mundial".

17:18
Anónimo disse...
Comércio
Comércio exterior da OCDE caiu no 3º trimestre de 2008


As exportações e as importações dos países da Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Econômico (OCDE) caíram 1,6% e 0,2%, respectivamente, no terceiro trimestre de 2008, em relação aos três meses anteriores.

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Trata-se da primeira queda destas atividades desde o terceiro trimestre de 2006, segundo o último relatório trimestral sobre fluxos comerciais divulgado pela OCDE.

As exportações e as importações em dólares dos 30 Estados-membros caíram 15,6% e 17%, respectivamente, na comparação anualizada.

Por sua vez, o comércio dos sete países mais ricos do mundo (G7) teve um pequeno crescimento no terceiro trimestre de 2008 com uma queda das exportações de mercadorias de 0,2% em relação ao trimestre anterior e um aumento de 0,4% das importações.

Em termos anualizados, as importações do G7 caíram 1,4% entre julho e setembro do ano passado, seu primeiro retrocesso desde o terceiro trimestre de 2006, enquanto as exportações aumentaram 1,9%, seu crescimento mais baixo no mesmo tempo.

Por países, a Alemanha aumentou suas importações em 3,4% - valor mais alto do G7 -, enquanto suas exportações caíram 2,9% do segundo para o terceiro trimestre de 2008.

Pelo contrário, as exportações americanas aumentaram 1,8% entre julho e setembro de 2008, enquanto as importações caíram 0,7% em relação ao trimestre anterior. No Japão, tanto as importações quanto as exportações caíram em torno de 1% no mesmo período.

17:19
Anónimo disse...
Economia Nacional
Lula: juros de crédito consignado a aposentados são altos

Atualizada às 17h29

O presidente Luis Inácio Lula da Silva afirmou nesta terça-feira, em São Paulo, que está lutando para reduzir as taxas de juros cobradas de aposentados em crédito consignado. A Previdência Social estabelece uma taxa máxima de 2,5% para empréstimo e de 3,5% para cartão. Para Lula, os valores são altos.

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"Acho que o juro que os aposentados estão pagando hoje com o crédito consignado é alto para o padrão brasileiro", disse o presidente durante a cerimônia de comemoração dos 86 anos do INSS.

A Previdência anunciou nesta terça-feira que aposentados e trabalhadoras com licença-maternidade poderão receber seus benefícios em 30 minutos. De acordo com Lula, em junho, a aposentadoria do trabalhador rural também será conseguida em meia hora.

Além disso, o presidente anunciou que, também em junho, os trabalhadores que alcançarem o direito à aposentadoria passarão a receber em suas casas um comunicado da Previdência informando o fato e o valor do salário que têm direito a receber. "É um comprometimento público que estou fazendo com os companheiros da Previdência Social", disse.

"Estamos retribuindo ao contribuinte da Previdência Social aquilo que é a cidadania que ele tem direito", afirmou Lula. "Se para cobrar nós somos tão precisos, para devolver o dinheiro, temos que chegar próximo à perfeição", completou.

17:20
Anónimo disse...
Economia Nacional
Salário maternidade sairá em 30 minutos, diz ministro

Toda trabalhadora autônoma que tiver contribuído pelo menos 10 meses com o Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) - ou as que possuírem carteira assinada - poderão receber em 30 minutos o salário maternidade a partir desta terça-feira. Da mesma forma, as mulheres com 30 anos de contribuição e os homens com 35 anos também terão direito ao benefício de forma mais rápida. A informação é do ministro da Previdência Social, José Pimentel.

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Para requerer o salário maternidade, é preciso que as autônomas levem a carteira de identidade e o carnê de contribuição. As demais trabalhadoras devem apresentar a identificação e a carteira de trabalho. Desde o início do mês, a nova forma de análise para a concessão de benefícios foi adotada para a aposentadoria por idade do trabalhador urbano e agora foi estendida para o salário maternidade e por tempo de contribuição.

O ministro disse que a qualificação do serviço da previdência social é o reconhecimento do direito dos trabalhadores e da afirmação da cidadania.

"Até pouco tempo na cabeça do cidadão o serviço devia ser de péssima qualidade. Agora não, nós modificamos toda a legislação no mês de dezembro numa ação conjunta do Congresso Nacional com o governo federal. Estamos implantando e concedendo os benefícios em até 30 minutos", afirmou.

O ministro destacou que para conseguir se aposentar ou ter acesso à licença maternidade em 30 minutos, em primeiro lugar, é necessário que o cidadão esteja vinculado à Previdência, o que inclui 65% da população acima de 16 anos de idade.

"Depois bastar marcar pelo sistema 135 o dia e a hora do atendimento e levar a documentação. Se todos os dados necessários estiverem corretos o contribuinte será atendido em até 30 minutos, como vem sendo feito com as aposentadorias por idade desde o dia cinco de janeiro", explicou.

Pimentel disse ainda que em 90% das agências da previdência social o atendimento é marcado em até 48 horas. Nos grandes centros, entretanto existe um volume maior o que torna mais lento o processo.

"Estamos criando mais 715 agências até 2010, em todo o território nacional, para descentralizar o atendimento. Em 2008, atendemos 295 mil benefícios e aposentadorias por idade. Temos 4 mil pessoas por dia procurando e se aposentando por idade no território nacional. Este serviço será agilizado", concluiu.

17:26
Anónimo disse...
Giuseppe Englaro, pai de Eluana, a italiana que morreu na segunda-feira passada por desidratação, recusou uma grande soma de dinheiro de um conhecido fotógrafo italiano que queria retratar a filha em estado de coma, disse neste sábado o neurologista que atendia a mulher desde 1996, Carlo Defanti.

O neurologista, que participou hoje de uma conferência sobre eutanásia, disse que Englaro respeitou a vontade da filha, que, antes do acidente, tinha pedido que, se lhe ocorresse qualquer coisa irreversível, apresentasse sua imagem de quando estava em boas condições.

Antes de sofrer o acidente de trânsito, em 1992, Eluana viveu o coma de um amigo, Alessandro, o que causou forte impacto na italiana e a levou a fazer o pai prometer que não a deixasse viver em estado vegetativo, disse o próprio Giuseppe Englaro.

Defanti, que dissera que Eluana poderia viver de dez a 12 dias depois da suspensão da alimentação e da hidratação, disse que, como médico, tinha que reprovar esta afirmação.

"Não se pode sobreviver após três ou quatro dias sem líquido e, em particular, água em um corpo. Sabemos bem que, quando há um terremoto, após quatro dias é difícil encontrar sobreviventes".

Defanti ressaltou que Eluana "não falava, não se comunicava com o exterior" e que, após vários exames, "nos deparamos com uma moça que tinha perdido a consciência", porque estava com o córtex cerebral prejudicado.

Eluana foi enterrada na quinta-feira passada no túmulo da família na localidade de Paluzza, em Udine, após um funeral que não contou com a presença dos pais.

16:53
Anónimo disse...
Os bombeiros combatem neste sábado os incêndios na Austrália favorecidos pelo bom tempo, enquanto os deslocados encotram em seu retorno casas derruídas, carros queimados nas ruas e destruição.

Depois de sete dias desde que começaram os incêndios no Estado de Victoria, a lista de mortos chega a 181, os desaparecidos somam 50, os edifícios destruídos totalizam 1,834 mil e o terreno arrasado, principalmente florestas, ocupa uma área de 4,13 mil quilômetros quadrados.

As equipes de bombeiros, formadas por 4 mil profissionais de Victoria, de outras partes da Austrália e de países amigos, combateram hoje 12 focos fora de controle e nenhum representava uma ameaça direta para a população.

O subdiretor do Serviço de Bombeiros, Geoff Conway, disse que este tempo favorável, que se prolongará durante o domingo, permite consolidar as linhas de contenção e avançar na extinção das chamas.

Cinzas apareceram arrastadas por ventos do nordeste sobre Melbourne, onde habitam 3,8 milhões de pessoas, e as autoridades alertaram aos cidadãos do risco para a saúde de idosos, crianças e pessoas com problemas respiratórios.

O número de pessoas deslocadas - a Cruz Vermelha chegou a receber 7 mil - começou a cair com a abertura de algumas localidades atingidas.

Os incêndios, alguns criminosos, começaram em 7 de fevereiro, quando a região sul da Austrália estava há duas semanas sob uma onda de calor sem precedentes.

Na sexta-feira passada, a polícia acusou uma pessoa de ter provocado o incêndio que atingiu a localidade de Churchill e matou 21 pessoas.

16:55
Anónimo disse...
A primeira chuva em seis dias reduziu a ameaça de incêndios no Estado de Victoria, ao sul da Austrália. As autoridades, porém, advertiram que ainda existem 12 focos, mas que nenhum deles ameaça áreas povoadas.

Mais de quatro mil bombeiros, mil provenientes de outras partes do país e de outras nações, trabalham contra o fogo. Cerca de 600 veículos e 28 helicópteros e pequenos aviões estão sendo usados.


Eles conseguiram construir linhas de contenção para evitar os incêndios de Yarra e Maroondah se juntassem. Também foram controlados os incêndios abertos de Yea e Murrindindi, que ameaçavam as comunidades de Connellys Creek, Crystal Creek, Scrubby Creek e Native Dog Creek.

O número de mortos chegou a 181, mas as autoridades acreditam que as vítimas devem passar de 200, já que ainda há muitos desaparecidos.

16:55
Anónimo disse...
Aqui nesta coluna, na semana passada, tive a oportunidade de comentar sobre a recente visita do professor brasileiro Pedrinho Guareschi à Austrália. Não dei, porém, os fatos, pois semana passada o assunto era outro.

Hoje, porém, vamos a eles.

No último dia 4 de fevereiro, aconteceu o Seminário "Paulo Freire: Education and Liberation", organizado pelo centro de estudos latino-americanos da Universidade Nacional da Austrália, ou ANU, como é mais conhecida por aqui.

A ANU, para quem não sabe, está entre as 20 melhores universidades do mundo! E tem sede aqui em Camberra, capital da Austrália.

Na abertura do evento, o professor John Minns, diretor do centro latino-americano, ao dar boas-vindas ao público presente, lembrou ser aquele o primeiro seminário exclusivamente dedicado a Paulo Freire na Austrália.

Em seguida, convidou Pedrinho Guareschi, palestrante principal do Seminário, a fazer sua apresentação.

A plateia pode então conhecer, pelas palavras de Pedrinho, um pouco da obra e da vida de Freire, esse brasileiro de fé e valor, que sempre acreditou na educação, sobretudo dos menos favorecidos, analfabetos, como força libertadora.

Como não podia deixar de ser, os conceitos e ideias revolucionários de Paulo Freire, expostos com clareza por Pedrinho, despertaram o interesse e a curiosidade de plateia. A qual, deve-se notar, era na maioria de estudantes, mas de várias nacionalidades, sobretudo australianos e asiáticos.

Na continuação do programa do seminário, que se estendeu por dois dias, outros professores fizeram palestras sobre temas ligados à obra de Paulo Freire.

Interessante, por exemplo, saber que a professora Anne Hickling-Hudson, jamaicana que mora na Austrália há muitos anos (é professora da ANU), conheceu e trabalhou com Freire num workshop educacional durante a revolução na Ilha de Granada, em 1980, antes da invasão dos Estados Unidos...

Ou, então, a palestra da Professora Gerda Roelvink, da Nova Zelândia, que participou do Fórum Social de Porto Alegre em 2005. E essa participação transformou-se em tema de doutorado.

No dia 10, terça-feira passada, o padre Pedrinho Guareschi voltou a falar ao público australiano em grande auditório localizado no belíssimo campus da ANU. Desta vez, sobre a Teologia da Libertação.

Depois da palestra, John Minns mostrou o filme mexicano "O Crime do Padre Amaro", no qual um dos personagens é um padre católico praticante da Teologia da Libertação.

Mais uma vez, foi grande o intersse da platéia, que pode aprender e conhecer um pouco como se desenvolveu aquele importante movimento católico na América Latina.

Fica, assim, ao Pedrinho, bem como a outros brasileiros estudiosos e de bom coração que saem pelo mundo a divulgar aspectos importantes da cultura brasileira, o respeito e a homenagem desta coluna. E... aquele abraço!

16:57
Anónimo disse...
Amanda Kitts perdeu o braço esquerdo em um acidente de automóvel acontecido três anos atrás, mas hoje em dia ela joga futebol americano com seu filho de 12 anos de idade, troca fraldas e abraça as crianças nas três creches Kiddie Cottage que opera em Knoxville, Tennessee. Kitts, 40 anos, faz tudo isso com a ajuda de um novo tipo de braço artificial que se movimenta com mais facilidade do que outros aparelhos e que ela pode controlar utilizando apenas seus pensamentos.

"Eu sou capaz de mexer a mão, o pulso e o cotovelo ao mesmo tempo", diz. "Você pensa e os músculos se movem em seguida".

A recuperação que ela conseguiu resulta de um novo procedimento que vem atraindo crescente atenção porque permite que pessoas movam braços protéticos de forma mais automática do que faziam no passado, simplesmente utilizando nervos reaproveitados em seus cérebros.

A técnica, conhecida como "renervação muscular dirigida", envolve utilizar os nervos que restam depois da amputação de um braço e conectá-los a outro músculo do corpo, em geral no peito. Eletrodos são instalados sobre os músculos do peito, e operam como se fossem antenas. Quando a pessoa deseja mover o braço, o cérebro envia sinais que primeiro resultam em contração dos músculos do peito, os quais enviam um sinal ao braço protético, instruindo-se a se movimentar. O processo não requer mais esforços consciente do que a pessoa teria de exercitar caso ainda tivesse seu braço natural.

Na terça-feira, pesquisadores reportaram em estudo publicado pela versão online do Journal of the American Medical Association que haviam levado a técnica ainda mais à frente, tornando possível a execução de 10 movimentos de mão, pulso e cotovelo diferentes, o que representa uma substancial melhora com relação ao típico repertório protético, que em geral envolve apenas dobrar o cotovelo, girar o pulso e abrir a mão.

"Os novos métodos tiveram impacto dramático em nosso campo de trabalho", disse Stuart Harshbarger, engenheiro biomédico na Universidade Johns Hopkins e diretor do programa de pesquisa sobre próteses, financiado pelas forças armadas, que inclui o trabalho com essa técnica. "O método já está em uso por médicos e cirurgiões comuns em todo o país. A capacidade de controlar um membro protético bastante robusto que ele confere surpreendeu a todos pela qualidade".

Tipicamente, uma pessoa que tenha um braço protético só é capaz de executar alguns poucos movimentos, e muitas vezes com tamanha lentidão que isso só permite a ela atividades limitadas.

Há um motor separado para cada movimento, diz Gerald Loeb, professor de engenharia biomédica na Universidade do Sul da Califórnia, "e esses motores precisam ser controlados de maneira explícita", usualmente por um esforço consciente da pessoa para contrair músculos nas costas ou no bíceps.

"Essencialmente, até agora os pacientes controlavam apenas um motor de cada vez", diz Loeb, "e precisavam pensar cuidadosamente sobre que motor desejavam controlar e como fazê-lo operar, em lugar de simplesmente pensarem em mover o braço e poderem fazê-lo sem delongas".

Antes que Kitts passasse pelo procedimento de renervação, em outubro de 2007, por exemplo, ela precisava movimentar os músculos de suas costas de determinada maneira para fazer com que seu pulso girasse, e flexionar seu bíceps e tríceps para fazer com que o cotovelo se movesse para cima e para baixo. "Era muito trabalho", ela conta. "E não me ajudava muito".

O procedimento de renervação é parte de uma recente explosão de idéias novas e técnicas inovadoras que estão sendo exploradas enquanto os cientistas se esforçam por ajudar as pessoas a compensar melhor a perda de membros ou problemas de paralisia. O esforço vem sendo alimentado pelo aumento no número de amputações causado por diabetes e por ferimentos sofridos pelos militares, e ao mesmo tempo pelos avanços na tecnologia médica.

Os braços se tornaram um dos focos essenciais desse tipo de trabalho. A ciência há muito vem obtendo sucessos no desenvolvimento de próteses de perna, mas é muito mais difícil imitar a complexidade e a destreza das mãos e dos braços.

Os esforços em curso incluem o desenvolvimento de projetos de pele e braços mais sensíveis e mais flexíveis, e o uso de dispositivos acionados por controles sem fio implantado nos braços protéticos, que permitiriam movimentos mais naturais.

Os pesquisadores também vêm usando sensores implantados nos cérebros de cobaias para permitir que dois macacos controlem um braço mecânico, e um teste com um homem paralítico permitiu, com esse método, que ele movimentasse um cursor em uma tela de computador.

Alguns desses métodos, caso venham a ser aperfeiçoados plenamente e consigam aprovação das autoridades regulatórias da saúde, podem no futuro se tornar mais viáveis para os pacientes de amputações.

E embora a técnica da renervação não requeira aprovação das autoridades regulatórias porque é executada por meios cirúrgicos e emprega aparelhos já existentes, ela apresenta limitações que até mesmo seus criadores reconhecem, entre as quais o fato de que não se pode utilizá-la para todos os pacientes, o seu alto custo e o prazo de meses requerido para que os nervos reconectados cresçam e se tornem efetivos.

Ainda assim, os especialistas dizem que é o mais avançado sistema em uso hoje para pacientes reais que permite que o sistema nervoso controle diretamente o movimento de um braço artificial.

Desde sua introdução por Todd Kuiken, médico fisioterapeuta e engenheiro biomédico do Instituto de Reabilitação de Chicago, o método foi empregado em cerca de 30 pacientes nos Estados Unidos, Canadá e Europa, entre os quais oito soldados feridos no Iraque e no Afeganistão.

Muitos dos pacientes, entre os quais o primeiro, Jesse Sullivan, um operário do setor elétrico no Tennessee que perdeu os dois braços quando foi eletrocutado por um cabo, conseguem não apenas manipular seus braços protéticos mas sentir a presença das mãos que já não têm quando alguém toca em seus peitos.

Sullivan, 62 anos, e Kitts, estavam entre os cinco pacientes que participaram do estudo reportado na terça-feira. Em companhia de cinco outras pessoas que não passaram por amputações, eles receberam os eletrodos e foram instruídos a usar pensamentos para fazer com que um braço virtual na tela reproduzisse 10 movimentos diferentes, entre os quais três formas diferentes de aperto de mão.

Os pacientes apresentaram desempenho bastante respeitável, apenas um pouco mais lento e menos preciso do que os dos participantes que não tinham amputações.

"As velocidades de movimento que encontramos em nossos pacientes foram realmente encorajadoras", disse Kuiken. "Eles conseguiram completar a tarefa. É claro que não foram tão competentes quanto as pessoas dotadas de plena capacidade física, mas foram bons o bastante".

Um braço virtual foi usado porque a maioria das próteses existentes não era capaz de acomodar todos aqueles movimentos, no momento da pesquisa, ainda que Sullivan, Kitts e uma terceira paciente, Claudia Mitchell, tenham experimentado dois novos protótipos mais versáteis de braços artificiais, executando tarefas complexas com bolas de tênis e outros objetos.

O trabalho de renervação em soldados apresenta outros desafios, diz Kuiken, porque os ferimentos militares muitas vezes "causam danos muitos extensos" a nervos, músculos ou ossos.

Daniel Acosta, 25 anos, um aviador ferido pela detonação de uma bomba em uma estrada do Iraque em 2005, passou pelo procedimento no ano passado e diz que seu braço esquerdo protético agora se movimenta "muito mais rápido" e de maneira muito mais natural.

"A diferença é que agora não preciso mais pensar para mover o braço", ele diz. "Ele simplesmente se mexe".

Ainda assim, Acosta, de San Antonio, diz que "o processo foi bastante longo" e que os eletrodos precisam ser ajustados para receber os sinais à medida que os nervos crescem ou mudam de posição.

E embora elogiem o método, os especialistas afirmam que a ciência das próteses de braço ainda tem muito por avançar.

"Trata-se de uma parte crucial, mas ainda assim apenas uma parte, das muitas coisas que compreendem a função normal de um braço", disse Loeb, que escreveu um editorial que acompanha o artigo no Journal of the American Medical Association.

"No momento estamos a meio do caminho entre o braço de 'Dr. Fantástico', que fazia involuntariamente a saudação nazista, e o braço de Luke Skywalker em 'Guerra nas Estrelas', que funciona sem nenhum problema assim que é conectado. Creio que precisaremos ainda de muitos anos para conectar todas as peças necessárias a produzir um braço capaz de funcionar normalmente".

17:04
Anónimo disse...
A Espanha disse neste sábado que está preparando uma reclamação oficial contra a decisão da Venezuela de expulsar um membro do Parlamento Europeu que criticou o conselho eleitoral venezuelano.
Luis Herrero, membro do partido conservador espanhol PP, foi deportado na sexta-feira depois que o Conselho Nacional Eleitoral (CNE) o acusou de questionar a imparcialidade da instituição antes de um referendo que pode permitir ao presidente Hugo Chávez permanecer no cargo indefinidamente.

Herrero estava na Venezuela como observador do referendo. Ele acusou Chávez de ter "comportamentos típicos de um ditador" por pedir a contenção de manifestações da oposição.

O governo da Espanha convocou um encontro com o embaixador da Venezuela em Madri para expressar a desaprovação sobre a expulsão de Herrero, disse um representante do Ministério das Relações Exteriores espanhol.

As relações da Venezuela com a Espanha tiveram seu ponto crítico em 2007, quando Chávez ameaçou rever acordos diplomáticos e comerciais depois de ouvir um "cala a boca" do rei espanhol Juan Carlos durante uma cúpula.

A fenda foi oficialmente reparada em 2008, com uma visita oficial de Chávez à Espanha, onde ele cumprimentou o rei e discutiu acordos para investimento no setor petroquímico com o primeiro-ministro José Luis Rodriguez Zapatero.

17:06
Anónimo disse...
A polícia do Zimbábue anunciou neste sábado que acusa de traição Roy Bennett, dirigente do até agora opositor Movimento para a Mudança Democrática (MDC), detido na sexta-feira, em Harare, poucas horas antes da cerimônia de posse dos membros do novo gabinete.

"A Polícia nos informou que vão apresentar acusações de traição", disse à agência EFE o advogado de defesa de Bennett, Trust Maanda.

"Tentam relacionar Roy com o caso de Mike Hitschmann, que foi detido em 2006 em relação à descoberta de um carregamento de armas, apesar de que Hitschmann não tenha sido declarado culpado das acusações de traição apresentadas contra ele, mas de um crime menor de descumprimento de leis", disse Maanda.

O político opositor, designado por seu partido como vice-ministro de Agricultura no Governo de união nacional, esteve no exílio na vizinha África do Sul desde 2006 e retornou ao Zimbábue há duas semanas.

Segundo a Polícia, que deteve Bennett ontem no aeroporto de Harare quando pretendia ir à África do Sul para visitar sua família, as armas apreendidas em 2006 seriam utilizadas em um golpe de Estado para derrubar o presidente do Zimbábue, Robert Mugabe.

Depois da detenção, Bennet foi levado a Mutar, onde vários simpatizantes do MDC se concentraram em frente à delegacia na qual estava detido, diante do que a Polícia respondeu com tiros para o alto para dispersar os manifestantes.

17:07
Anónimo disse...
Austrália: 14 mil se candidatam a 'emprego dos sonhos'

A secretaria de Turismo de Queensland, na Austrália, informou que até esta segunda-feira já recebeu cerca de 14 mil inscrições para o "o melhor emprego do mundo". O Estado australiano promove pela internet seleção para vaga de "zelador" da ilha Hamilton, por seis meses com um salário de R$ 40 mil.

Muitos candidatos tiveram problemas durante a inscrição por conta dos acessos simultâneos ao site. A secretaria aconselha enviar os vídeos de 60s explicando porque deve ser escolhido em horários alternativos do dia, além de recomendar tamanho em torno de 40MB.

As inscrições começaram em 12 de janeiro e vão até o próximo dia 22 e podem ser feitas pelo site www.islandreefjob.com. O governo australiano escolherá 50 candidatos para a próxima fase da seleção, que terá votos do público para eleger um dos 11 finalistas.

A última fase terá entrevistas e desafios físicos, no próprio local de trabalho: as ilhas da Grande Barreira Coralina - o maior recife de coral do mundo. A secretaria de Turismo anunciará o vencedor no dia 6 de maio.

17:09
Anónimo disse...
Mercado elogia governo na crise, mas pede maior queda no juro

Peter Fussy
Direto de São Paulo

Desde as primeiras medidas anunciadas para combater os efeitos da crise, o governo brasileiro avisou que a estratégia não contemplaria um pacote. Seriam doses pontuais, de acordo com a necessidade da economia diante do agravamento das turbulências. Da primeira liberação dos depósitos compulsórios em setembro até a ampliação do seguro-desemprego na última quarta-feira, o governo passou por redução de impostos, ampliação de crédito e incentivos à exportação. Quase 150 dias após a primeira medida, o Terra conversou com líderes do setor público e privado, representantes dos trabalhadores, acadêmicos e com o próprio governo para saber quais destas ações foram mais eficazes, quais foram mais ineficientes e o que mais pode ser feito pelo Estado brasileiro contra a crise.

Os maiores elogios foram direcionados à atitude de reduzir o Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) para a indústria automobilística, anunciada em dezembro e que fez com que os emplacamentos de carros novos subissem 1,9% no primeiro mês do ano em relação a dezembro de 2008. Já as maiores críticas foram para a lentidão no corte da taxa básica de juro do País.

Para o presidente do conselho administrativo do Grupo Pão de Açúcar, Abílio Diniz, o Estado não é responsável pela crise e mesmo assim está agindo "com extrema serenidade e muito acerto". "O governo está atento, fazendo a sua parte. É preciso coragem de baixar firmemente a taxa de juros. É uma arma que temos a nosso favor, já que não há clima para inflação, nem possibilidade de danos para a macroeconomia", afirmou Diniz.

Na última reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), em janeiro, a taxa Selic foi reduzida em um ponto percentual, de 13,75% para 12,75% ao ano. Porém, o professor de economia da Universidade de Brasília (UnB) José Luiz Oreiro lembra que este corte representa uma redução de apenas 0,25 ponto percentual com relação à taxa de setembro do ano passado, quando a crise se agravou.

"Pouco antes da eclosão da crise, o Banco Central aumentou a taxa em 0,75 ponto. Foram cinco meses de demora para reduzir em termos líquidos apenas 0,25 ponto", afirmou o economista, que também sugeriu redução do intervalo de cerca de 90 dias entre as reuniões do Copom e o corte de pelo menos um 1 ponto percentual em cada reunião.

Mesmo com o corte de janeiro, a taxa de juros real continua sendo a maior do mundo, lembrou o secretário-geral da Força Sindical, João Carlos Gonçalves, o Juruna. "A redução da taxa de juro ainda é pequena, porque ela continua uma das mais altas do mundo. Falta ousadia para baixar os juros e ajudar o cidadão. A permanência da taxa de juro alta é negativa para o País em meio a crise", afirmou Juruna.

Embora aprove as ações do governo, o senador Aloízio Mercadante (PT-SP) também acredita que o patamar da Selic está muito alto. "Sempre fomos os primeiros a entrar em qualquer crise, o que não aconteceu agora. A taxa Selic ainda é muito alta, mas o governo têm tomado medidas acertadas, como o aumento do salário mínimo, mesmo com um cenário de crise. Isso ajuda a movimentar o consumo. O governo está se esforçando para manter os investimentos e o crescimento", disse.

Tributos
De acordo com o economista Fabio Pina, da Fecomercio-SP, as ações mais positivas estão relacionadas à redução de tributos para alguns segmentos, como a indústria automobilística, que recuperou parte da queda nas vendas em janeiro com a isenção do IPI para carros 1.0 l e o corte para demais motorizações. A medida vale até o final de março.

"Essas medidas não só reduziram o preço, mas anteciparam o consumo daqueles que iriam comprar no futuro, dando um prêmio por conta da insegurança. Mexe diretamente com o principal problema que é a confiança do consumidor", afirmou. Juruna destacou que um bom ritmo de vendas é garantia de emprego. "É importante porque cada emprego na montadora significa 19 na cadeia produtiva", comentou o representante da Força Sindical.

Também em dezembro, o governo decidiu cortar pela metade a alíquota do Imposto de Renda para contribuintes que ganham entre R$ 1.434 e R$ 2.150 mensais. "O salário aumentava e a tabela não se modificava. As pessoas ganhavam mais e pagavam mais impostos", apontou Juruna. Outra redução de tributos do governo foi com relação ao Imposto sobre Operações Financeiras (IOF), que caiu de 3% ao ano para 1,5%.

Crédito
Na segunda metade de 2008, o colapso de bancos nos Estados Unidos por conta da crise do subprime provocou uma forte restrição de crédito no mundo inteiro. Uma das primeiras medidas anticrise do governo teve como objetivo restabelecer a oferta, com mudanças no recolhimento dos depósitos compulsórios por parte dos bancos. Segundo o presidente do Banco Central, Henrique Meirelles, as diversas modificações liberaram US$ 99,2 bilhões aos bancos até o final de janeiro.

Além disso, o governo concedeu R$ 36 bilhões das reservas internacionais para empresas brasileiras com dívidas no exterior e uma medida provisória autorizou o Banco do Brasil e a Caixa Econômica Federal a comprar carteiras de crédito de bancos privados. Para o diretor do Departamento de Pesquisas e Estudos Econômicos da Fiesp, Paulo Francini, estas medidas foram essenciais para combater os efeitos da crise.

"A crise se desenvolve no mundo em torno do tema crédito. E o crédito reduziu-se barbaridade no mundo. Então o governo lança mão de compulsório, lança mão de reservas, de medidas que permitem aos bancos comprar carteiras de bancos. Você vai tomando várias medidas para atender às demandas e o epicentro disso é crédito", afirmou.

No entanto, Oreiro, da UnB, adverte que a liberação dos compulsórios seria mais eficiente acompanhada de redução mais agressiva da taxa básica de juro. "Uma parte do crédito voltou, depois da forte retração em outubro e novembro. O que deveria ter sido feito junto à liberação do compulsório era uma redução mais drástica da taxa de juro. Sem isso, os bancos pegam as reservas e acabam comprando títulos públicos", explicou o economista.

Na opinião de Pina, as ações de distribuição de crédito via redução do compulsório e a disposição de capital de giro para empresas foram tomadas sem um cuidado maior na operação e não tiveram muito efeito. "O BNDES tem linhas que ficam paradas quase todo o ano, agora é pior ainda. Existem os recursos, mas as empresas e os bancos estão desconfiados. É preciso fazer com que os bancos tenham interesse em emprestar", afirmou o economista da Fecomercio-SP.

Futuro
Mesmo com todas essas medidas, a crise financeira ainda gera incertezas nos setores produtivos do País. Nos últimos meses, o medo do desemprego fez os consumidores adiarem compras. Por sua vez, a queda nas vendas pode obrigar as indústrias a cortarem a produção e demitir funcionários. Contra isso, empresários sugerem redução de jornada e de salários.

"Isto está previsto em lei. A Fiesp simplesmente manteve conversações com entidades sindicais quanto à aplicação daquilo que já está previsto em lei", afirmou Francini.

Segundo a ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff, uma das medidas que assegura um nível de emprego é a manutenção de investimentos no Programa de Aceleração do Crescimento (PAC). "Estamos esperando que a dificuldade ocorra em janeiro, fevereiro e março. Estamos certos que vamos manter o nível de investimento. É isso que funciona, é isso que significa investimento público. Ele funciona como um colchão. Por isso, nós colocamos R$ 100 bilhões no BNDES e a Petrobras ampliou o seu investimento em R$ 120 bilhões", afirmou.

Na mesma linha, Pina explica que a antecipação de gastos do governo substitui parte da demanda retraída do setor privado. "Ele dá o seguinte recado: não vou estourar as contas públicas, mas concentrar em um momento em que a demanda privada está pequena. Mas o governo não tem fôlego suficiente para fazer o papel de toda demanda", ressaltou. O economista da Fecomercio lembrou que a entidade já pleiteou junto ao governo isenções para transferência de imóveis e de automóveis, além de retirar o IPVA para veículos novos.

Já Oreiro foca suas propostas na capitalização do Banco do Brasil e da Caixa Econômica Federal pelo Tesouro para atender a demanda de crédito para capital de giro e reduzir o spread. "Aumentando o empréstimo e reduzindo as taxas, os dois vão forçar os bancos privados a acompanhar o movimento, até para não perderem participação no mercado", explicou o economista da UnB.

Até o Carnaval, o governou prometeu detalhar um pacote de incentivos para a construção de até um milhão de casas populares, direcionado a famílias com renda de até dez salários mínimos. "Estamos atentos a tudo o que está acontecendo e novas medidas serão tomadas caso haja uma avaliação de que sejam necessárias", disse o ministro da Fazenda, Guido Mantega, na última sexta-feira.

17:11
Anónimo disse...
Ex-ministro critica extensão do seguro-desemprego

Atualizada às 09h03

O ex-ministro do Trabalho Almir Pazzianotto criticou a decisão do governo federal de conceder o seguro-desemprego estendido a apenas alguns setores. "É certamente odioso e provavelmente inconstitucional", disse Pazzianotto, de acordo com o jornal O Estado de S. Paulo.

Na última qurta, dia do anúncio da medida, centrais sindicais elogiaram a atitude do governo. A Força Sindical divulgou nota dizendo que "o aumento ajudará a aquecer parte da economia, já que irá gerar mais consumo, produção e conseqüentemente, a criação de novos postos de trabalho". A União Geral dos Trabalhadores (UGT) afirmou que a medida "contribuirá para minimizar o drama dos trabalhadores que perderem seu emprego por conta da crise".

O ex-ministro, que instituiu o seguro-desemprego no País no governo de José Sarney, destacou a necessidade de as centrais sindicais se manifestarem contra a determinação. Para ele, as mudanças devem ser aplicadas a todas as categorias profissionais e a distinção é contrária ao artigo 3º da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT).

Pazzianotto atribui a medida a um possível temor do governo de que a crise econômica seja longa e não haja dinheiro para atender a todas as necessidades. Ainda assim, ele se mostra contrário ao método de concessão. "O seguro-desemprego ajuda a sanar necessidades básicas. Estendê-lo é paliativo, não a solução", disse ao jornal.

De acordo com o presidente do Conselho Deliberativo do Fundo de Amparo ao Trabalhador (Codefat) e conselheiro da Força Sindical, Luiz Fernando Emediato, a determinação já estava prevista na lei 8.900/94, que trata do seguro-desemprego.

O presidente da Comissão de Trabalho da Câmara, Pedro Fernandes (PTB-MA) vai além na crítica à concessão do seguro para apenas alguns setores. Ele acredita que a ampliação do benefício estimula o desemprego.

Quintino Severo, secretário geral da Central Única dos Trabalhadores (CUT), lembra que a ampliação do benefício sem critério e identificação pode incentivar demissões em outros setores.

17:13
Anónimo disse...
Empresas
TAM faz promoção para destinos internacionais

A companhia aérea TAM anunciou nesta sexta-feira tarifas promocionais para trechos internacionais. Os preços valem para bilhetes comprados entre 6h deste sábado e 23h59 deste domingo e são válidos para classe econômica. As tarifas, para ida e volta, serão vendidas a partir de US$ 99, mais taxas.

Segundo a aérea, a promoção vale para viagens feitas no período de 14 de fevereiro a 18 de junho de 2009. Para destinos na América do Sul, a permanência mínima é de dois dias; para bilhetes com destino nos Estados Unidos, cinco dias; e Europa, sete dias. A permanência máxima para as passagens para América do Sul e EUA é de dois meses e para Europa, três meses.

Entre os exemplos de tarifas promocionais, a TAM oferece São Paulo-Lima por US$ 99. Bilhetes para a rota São Paulo-Santiago serão vendidos a partir de US$ 199 e São Paulo-Nova York, US$ 799.

A emissão dos bilhetes deve ser feita obrigatoriamente no ato da reserva, obedecendo às regras estipuladas pela companhia. A compra está sujeita à disponibilidade de assentos nas classes tarifárias determinadas, trechos, horários e datas. A TAM afirmou que também há tarifas promocionais para a classe executiva.

Mais informações podem ser encontradas no site promocional (www.ofertastam.com.br), no site da empresa (www.tam.com.br) ou pelos telefones 4002-5700 ou 0800 5705700.

17:13
Anónimo disse...
Empresas
Consultoria negocia compra do parque temático Hopi Hari

A consultoria especializada em reestruturação de empresas Íntegra Associados informou nesta sexta-feira ter um acordo para comprar o parque de diversões Hopi Hari, localizado no interior de São Paulo. A empresa estaria disposta a investir R$ 10 milhões no parque, que tem dívida estimada em R$ 800 milhões. As informações são da edição deste sábado do jornal Folha de S. Paulo.

De acordo com o jornal, a transação ainda depende da negociação entre o Hopi Hari e seus credores, o que já estaria em andamento.

A consultoria paulista já atuou junto à Parmalat, durante 30 meses, quando reorganizou a gestão da empresa italiana.

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17:14
Anónimo disse...
Empresas
Disney de Tóquio contratará mais 2 mil apesar da crise


A Oriental Land, o operador da Disneylândia Tóquio e DisneySea, organizou neste domingo entrevistas para contratar cerca de 2 mil trabalhadores em tempo parcial, em um momento de grandes demissões deste tipo de empregados no Japão.

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O operador deste parque temático, situado em Urayasu, na província de Chiba (leste de Tóquio), está em pleno processo de seleção de empregados para 20 tipos de postos trabalhistas diferentes.

Segundo a companhia, citada pela agência local de notícias Kyodo, o parque contratará novos trabalhadores para as atrações, para os restaurantes e guardas de segurança entre outros. Os novos contratados começarão a trabalhar a partir de fevereiro.

O processo de seleção acontece em um momento em que a maioria das grandes companhias japonesas começaram a se ver obrigadas a despedir uma elevada percentagem de seus trabalhadores temporários e a tempo parcial.

Algumas inclusive anunciaram demissões de seus trabalhadores fixos, uma medida muito pouco comum nas companhias japonesas, perante os efeitos piores que o esperado pela crise econômica global.

Cerca de uma centena de pessoas esperavam desde a primeira hora desta manhã a abertura do centro de conferências Tokyo International Forum, onde as entrevistas estão sendo feitas, para ser os primeiros a solicitar os postos de trabalho.


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17:15
Anónimo disse...
Economia Internacional
Senado dos EUA aprova plano de estímulo à economia

O Senado dos Estados Unidos aprovou com 60 votos a favor e 38 contra o plano de estímulo à economia de US$ 787 bilhões na madrugada deste sábado. Agora, ele segue para sanção ou veto do presidente Barack Obama, que espera colocar a lei em prática até o dia 16 de fevereiro.

O plano prevê a criação de três milhões de empregos, inclui cortes de impostos às famílias, fundos para programas sociais e obras públicas, além de ajuda aos governos estaduais, estudantes e desempregados.

A cláusula Buy American - que exige o uso de ferro, aço e produtos manufaturados dos Estados Unidos em obras realizadas com recursos do pacote - ficou de lado. Segundo o texto definitivo, a cláusula será aplicada sem violar as normas do comércio internacional.

Ontem à tarde, a Câmara de Representantes (deputados) havia aprovado, por 246 votos a favor e 183 contra, a versão final do plano. Todos os republicanos foram contrários ao pacote.

Pelo acordo de quarta-feira entre Câmara e Senado, em vez de custar US$ 819 bilhões, como queriam os deputados, ou US$ 838 bilhões como pretendiam os senadores, o pacote ficou em cerca de US$ 787 bilhões, com 65% desse total destinado a gastos do governo federal e 35%, a créditos tributários.

17:16
Anónimo disse...
Economia nacional
Na era Lula, aposentadoria sobe 54% menos que salário mínimo

Thatiane Faria
Especial para o Terra
Direto de São Paulo

Os índices de reajustes concedidos pelo governo em 2009 para aposentados e pensionistas e para o salário mínimo repetiram uma diferença que, só durante o governo de Luiz Inácio Lula da Silva, já chega a 54%. Enquanto o mínimo foi majorado em 12% este ano, as pensões e aposentadorias tiveram aumento de 5,92%. Aposentados que têm o benefício do governo como única fonte de renda reclamam que perdem poder de compra e que sua cesta de compras é composta por itens que aumentam mais em relação à inflação oficial.

Um exemplo prático pode ser entendido a partir da comparação entre um aposentado que ganhava R$ 600 em janeiro de 2003. Na época, o benefício era três vezes, ou 200%, maior que o valor do mínimo em vigência, que era de R$ 200. Aplicando-se os índices de reajuste para aposentadorias e para o mínimo durante os últimos seis anos, o mesmo aposentado estaria recebendo hoje R$ 938,47, comparado a um salário mínimo de R$ 465. A diferença entre os dois valores caiu para pouco mais de 100%.

Enquanto o índice acumulado de reajuste para a aposentadoria durante o governo Lula foi de 60%, para o salário mínimo está em 132%.

O diretor do Sindicato Nacional dos Aposentados, João Inocentini, reclama que os valores dos benefícios para aposentadorias não mantêm o poder de compra do grupo, principalmente dos aposentados que recebem menos que dez salários mínimos.

Nem mesmo o fato de o índice de reajuste das aposentadorias ter ficado acima da inflação acumulada no mesmo período (o IPCA entre janeiro de 2003 e janeiro de 2009 foi de 39,7%) serve de argumento, segundo os aposentados.

"Os idosos, principalmente, têm gastos além das contas gerais como gás, telefone e aluguel. Para eles o custo com remédios, e outros itens da área saúde costuma ser maior", afirmou Inocentini.

O presidente do sindicato afirmou que o grupo realiza um estudo com 100 itens de necessidade de um idoso para comparar o aumento dos produtos com o índice de reajuste do benefício recebido pelos aposentados.

"Daqui dois meses vamos abrir um processo na Justiça e levar essa pesquisa como prova. Segundo a lei, o governo é obrigado a manter o poder de compra com a aposentadoria", disse Inocentini.

Alternativas
O consultor financeiro Cláudio Boriola diz que os aposentados, especialmente nesse momento de crise econômica, devem evitar compras parceladas, pesquisar preços, negociar e fazer bom planejamento financeiro.

Segundo Boriola, alguns aposentados ganham um valor mensal muitas vezes insuficiente para o pagamento das contas e acabam pedindo crédito ou realizando pagamentos a prazo e são obrigados a pagar juros altos.

Na opinião do consultor, pagar uma previdência privada é uma alternativa indicada para quem ainda trabalha, considerando a característica de perda de poder de compra da aposentadoria.

"Na prática, infelizmente os valores encontram-se em um patamar que está deteriorando o poder de aquisição da população brasileira", completou Boriola.

De acordo com o diretor da Confederação Brasileira de Aposentados e Pensionistas (Cobap), Vicente Fernandes Barbosa, representantes dos aposentados tentarão um encontro com o presidente da Câmara, deputado Michel Temer (PMDB-SP), para discutir projetos que minimizem a perda dos aposentados

17:17
Anónimo disse...
Previdência
Previdência prorroga isenção de tarifas no benefício

O atual sistema de pagamento aos 26 milhões de aposentados e pensionistas do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) será mantido até o final deste ano. O acordo, que permite realizar a operação sem nenhum custo aos beneficiários, foi renovado nesta sexta-feira, entre o governo federal e 21 instituições financeiras.

Por meio desse acordo, vigente desde setembro de 2007, nem os segurados, nem os bancos e nem o governo arcam com o pagamento de tarifas, conforme explicou o ministro da Previdência Social, José Pimentel. A prorrogação vale até dezembro, data máxima para que a Previdência defina as regras para um novo contrato.

Ao assinar o termo de renovação, na sede da Federação Brasileira dos Bancos (Febraban), o ministro disse que a intenção do governo é mudar o atual modelo de gestão visando a reduzir os custos dessas operações em torno da folha mensal, que atinge R$ 15,8 bilhões. No entanto, qualquer alteração, conforme explicou, passará antes por audiências públicas a serem realizadas a partir do segundo semestre deste ano, atendendo a determinação do Tribunal de Contas da União (TCU).

De acordo com Pimentel, com um redesenho do mecanismo de repasse dos recursos aos bancos em torno da folha de pagamento dos segurados o que se busca é um aumento da participação de instituições financeiras. Ele informou que, desde 2007, cada benefício custa em média R$ 1,07 ao governo. "Quanto mais instituições financeiras estiverem prestando serviços à sociedade, maior é a competitividade, a agilidade no atendimento", justificou.

O ministro observou, ainda, que, para permitir uma redução para algo em torno de meia hora no tempo de atendimento para a concessão dos direitos previdenciários, o governo investiu R$ 280 milhões.

Questionado sobre o descontentamento dos segurados que ganham acima de um salário mínimo terem obtido apenas a correção com base na variação do Índice de Preços ao Consumidor (INPC) , ficando abaixo do reajuste dado a quem recebe apenas o mínimo, Pimentel argumentou que o governo seguiu o que determina a lei e descartou a possibilidade de uma revisão

17:17
Anónimo disse...
Empresas
Caterpillar oferece aposentadoria antecipada a 2 mil


A companhia americana Caterpillar ofereceu a cerca de dois mil funcionários incentivos para que se aposentem de forma voluntária antes do previsto, pela perspectiva de uma queda "significativa" da atividade industrial, informou nesta quarta-feira a empresa.

A iniciativa, destinada aos trabalhadores de diversas fábricas em Illinois, Colorado, Tennessee e Pensilvânia, se soma aos cortes de empregos anunciados em janeiro, explicou em comunicado de imprensa.

A empresa, a maior fabricante mundial de maquinaria pesada para a construção e a mineração, acrescentou que, "em função das condições de negócio, podem ser necessárias mais reduções de elenco voluntárias e involuntárias à medida que o ano avança".

O vice-presidente da companhia, Sid Banwart, explicou que a empresa prevê "demissões significativas em todas as regiões geográficas e na maioria dos setores devido às dificuldades da economia mundial".

17:18
Anónimo disse...
Comércio
Comércio exterior da OCDE caiu no 3º trimestre de 2008


As exportações e as importações dos países da Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Econômico (OCDE) caíram 1,6% e 0,2%, respectivamente, no terceiro trimestre de 2008, em relação aos três meses anteriores.

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Trata-se da primeira queda destas atividades desde o terceiro trimestre de 2006, segundo o último relatório trimestral sobre fluxos comerciais divulgado pela OCDE.

As exportações e as importações em dólares dos 30 Estados-membros caíram 15,6% e 17%, respectivamente, na comparação anualizada.

Por sua vez, o comércio dos sete países mais ricos do mundo (G7) teve um pequeno crescimento no terceiro trimestre de 2008 com uma queda das exportações de mercadorias de 0,2% em relação ao trimestre anterior e um aumento de 0,4% das importações.

Em termos anualizados, as importações do G7 caíram 1,4% entre julho e setembro do ano passado, seu primeiro retrocesso desde o terceiro trimestre de 2006, enquanto as exportações aumentaram 1,9%, seu crescimento mais baixo no mesmo tempo.

Por países, a Alemanha aumentou suas importações em 3,4% - valor mais alto do G7 -, enquanto suas exportações caíram 2,9% do segundo para o terceiro trimestre de 2008.

Pelo contrário, as exportações americanas aumentaram 1,8% entre julho e setembro de 2008, enquanto as importações caíram 0,7% em relação ao trimestre anterior. No Japão, tanto as importações quanto as exportações caíram em torno de 1% no mesmo período.

17:19
Anónimo disse...
Economia Nacional
Lula: juros de crédito consignado a aposentados são altos

Atualizada às 17h29

O presidente Luis Inácio Lula da Silva afirmou nesta terça-feira, em São Paulo, que está lutando para reduzir as taxas de juros cobradas de aposentados em crédito consignado. A Previdência Social estabelece uma taxa máxima de 2,5% para empréstimo e de 3,5% para cartão. Para Lula, os valores são altos.

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"Acho que o juro que os aposentados estão pagando hoje com o crédito consignado é alto para o padrão brasileiro", disse o presidente durante a cerimônia de comemoração dos 86 anos do INSS.

A Previdência anunciou nesta terça-feira que aposentados e trabalhadoras com licença-maternidade poderão receber seus benefícios em 30 minutos. De acordo com Lula, em junho, a aposentadoria do trabalhador rural também será conseguida em meia hora.

Além disso, o presidente anunciou que, também em junho, os trabalhadores que alcançarem o direito à aposentadoria passarão a receber em suas casas um comunicado da Previdência informando o fato e o valor do salário que têm direito a receber. "É um comprometimento público que estou fazendo com os companheiros da Previdência Social", disse.

"Estamos retribuindo ao contribuinte da Previdência Social aquilo que é a cidadania que ele tem direito", afirmou Lula. "Se para cobrar nós somos tão precisos, para devolver o dinheiro, temos que chegar próximo à perfeição", completou.

17:20
Anónimo disse...
Economia Nacional
Salário maternidade sairá em 30 minutos, diz ministro

Toda trabalhadora autônoma que tiver contribuído pelo menos 10 meses com o Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) - ou as que possuírem carteira assinada - poderão receber em 30 minutos o salário maternidade a partir desta terça-feira. Da mesma forma, as mulheres com 30 anos de contribuição e os homens com 35 anos também terão direito ao benefício de forma mais rápida. A informação é do ministro da Previdência Social, José Pimentel.

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Para requerer o salário maternidade, é preciso que as autônomas levem a carteira de identidade e o carnê de contribuição. As demais trabalhadoras devem apresentar a identificação e a carteira de trabalho. Desde o início do mês, a nova forma de análise para a concessão de benefícios foi adotada para a aposentadoria por idade do trabalhador urbano e agora foi estendida para o salário maternidade e por tempo de contribuição.

O ministro disse que a qualificação do serviço da previdência social é o reconhecimento do direito dos trabalhadores e da afirmação da cidadania.

"Até pouco tempo na cabeça do cidadão o serviço devia ser de péssima qualidade. Agora não, nós modificamos toda a legislação no mês de dezembro numa ação conjunta do Congresso Nacional com o governo federal. Estamos implantando e concedendo os benefícios em até 30 minutos", afirmou.

O ministro destacou que para conseguir se aposentar ou ter acesso à licença maternidade em 30 minutos, em primeiro lugar, é necessário que o cidadão esteja vinculado à Previdência, o que inclui 65% da população acima de 16 anos de idade.

"Depois bastar marcar pelo sistema 135 o dia e a hora do atendimento e levar a documentação. Se todos os dados necessários estiverem corretos o contribuinte será atendido em até 30 minutos, como vem sendo feito com as aposentadorias por idade desde o dia cinco de janeiro", explicou.

Pimentel disse ainda que em 90% das agências da previdência social o atendimento é marcado em até 48 horas. Nos grandes centros, entretanto existe um volume maior o que torna mais lento o processo.

"Estamos criando mais 715 agências até 2010, em todo o território nacional, para descentralizar o atendimento. Em 2008, atendemos 295 mil benefícios e aposentadorias por idade. Temos 4 mil pessoas por dia procurando e se aposentando por idade no território nacional. Este serviço será agilizado", concluiu.

17:27
Anónimo disse...
Giuseppe Englaro, pai de Eluana, a italiana que morreu na segunda-feira passada por desidratação, recusou uma grande soma de dinheiro de um conhecido fotógrafo italiano que queria retratar a filha em estado de coma, disse neste sábado o neurologista que atendia a mulher desde 1996, Carlo Defanti.

O neurologista, que participou hoje de uma conferência sobre eutanásia, disse que Englaro respeitou a vontade da filha, que, antes do acidente, tinha pedido que, se lhe ocorresse qualquer coisa irreversível, apresentasse sua imagem de quando estava em boas condições.

Antes de sofrer o acidente de trânsito, em 1992, Eluana viveu o coma de um amigo, Alessandro, o que causou forte impacto na italiana e a levou a fazer o pai prometer que não a deixasse viver em estado vegetativo, disse o próprio Giuseppe Englaro.

Defanti, que dissera que Eluana poderia viver de dez a 12 dias depois da suspensão da alimentação e da hidratação, disse que, como médico, tinha que reprovar esta afirmação.

"Não se pode sobreviver após três ou quatro dias sem líquido e, em particular, água em um corpo. Sabemos bem que, quando há um terremoto, após quatro dias é difícil encontrar sobreviventes".

Defanti ressaltou que Eluana "não falava, não se comunicava com o exterior" e que, após vários exames, "nos deparamos com uma moça que tinha perdido a consciência", porque estava com o córtex cerebral prejudicado.

Eluana foi enterrada na quinta-feira passada no túmulo da família na localidade de Paluzza, em Udine, após um funeral que não contou com a presença dos pais.

16:53
Anónimo disse...
Os bombeiros combatem neste sábado os incêndios na Austrália favorecidos pelo bom tempo, enquanto os deslocados encotram em seu retorno casas derruídas, carros queimados nas ruas e destruição.

Depois de sete dias desde que começaram os incêndios no Estado de Victoria, a lista de mortos chega a 181, os desaparecidos somam 50, os edifícios destruídos totalizam 1,834 mil e o terreno arrasado, principalmente florestas, ocupa uma área de 4,13 mil quilômetros quadrados.

As equipes de bombeiros, formadas por 4 mil profissionais de Victoria, de outras partes da Austrália e de países amigos, combateram hoje 12 focos fora de controle e nenhum representava uma ameaça direta para a população.

O subdiretor do Serviço de Bombeiros, Geoff Conway, disse que este tempo favorável, que se prolongará durante o domingo, permite consolidar as linhas de contenção e avançar na extinção das chamas.

Cinzas apareceram arrastadas por ventos do nordeste sobre Melbourne, onde habitam 3,8 milhões de pessoas, e as autoridades alertaram aos cidadãos do risco para a saúde de idosos, crianças e pessoas com problemas respiratórios.

O número de pessoas deslocadas - a Cruz Vermelha chegou a receber 7 mil - começou a cair com a abertura de algumas localidades atingidas.

Os incêndios, alguns criminosos, começaram em 7 de fevereiro, quando a região sul da Austrália estava há duas semanas sob uma onda de calor sem precedentes.

Na sexta-feira passada, a polícia acusou uma pessoa de ter provocado o incêndio que atingiu a localidade de Churchill e matou 21 pessoas.

16:55
Anónimo disse...
A primeira chuva em seis dias reduziu a ameaça de incêndios no Estado de Victoria, ao sul da Austrália. As autoridades, porém, advertiram que ainda existem 12 focos, mas que nenhum deles ameaça áreas povoadas.

Mais de quatro mil bombeiros, mil provenientes de outras partes do país e de outras nações, trabalham contra o fogo. Cerca de 600 veículos e 28 helicópteros e pequenos aviões estão sendo usados.


Eles conseguiram construir linhas de contenção para evitar os incêndios de Yarra e Maroondah se juntassem. Também foram controlados os incêndios abertos de Yea e Murrindindi, que ameaçavam as comunidades de Connellys Creek, Crystal Creek, Scrubby Creek e Native Dog Creek.

O número de mortos chegou a 181, mas as autoridades acreditam que as vítimas devem passar de 200, já que ainda há muitos desaparecidos.

16:55
Anónimo disse...
Aqui nesta coluna, na semana passada, tive a oportunidade de comentar sobre a recente visita do professor brasileiro Pedrinho Guareschi à Austrália. Não dei, porém, os fatos, pois semana passada o assunto era outro.

Hoje, porém, vamos a eles.

No último dia 4 de fevereiro, aconteceu o Seminário "Paulo Freire: Education and Liberation", organizado pelo centro de estudos latino-americanos da Universidade Nacional da Austrália, ou ANU, como é mais conhecida por aqui.

A ANU, para quem não sabe, está entre as 20 melhores universidades do mundo! E tem sede aqui em Camberra, capital da Austrália.

Na abertura do evento, o professor John Minns, diretor do centro latino-americano, ao dar boas-vindas ao público presente, lembrou ser aquele o primeiro seminário exclusivamente dedicado a Paulo Freire na Austrália.

Em seguida, convidou Pedrinho Guareschi, palestrante principal do Seminário, a fazer sua apresentação.

A plateia pode então conhecer, pelas palavras de Pedrinho, um pouco da obra e da vida de Freire, esse brasileiro de fé e valor, que sempre acreditou na educação, sobretudo dos menos favorecidos, analfabetos, como força libertadora.

Como não podia deixar de ser, os conceitos e ideias revolucionários de Paulo Freire, expostos com clareza por Pedrinho, despertaram o interesse e a curiosidade de plateia. A qual, deve-se notar, era na maioria de estudantes, mas de várias nacionalidades, sobretudo australianos e asiáticos.

Na continuação do programa do seminário, que se estendeu por dois dias, outros professores fizeram palestras sobre temas ligados à obra de Paulo Freire.

Interessante, por exemplo, saber que a professora Anne Hickling-Hudson, jamaicana que mora na Austrália há muitos anos (é professora da ANU), conheceu e trabalhou com Freire num workshop educacional durante a revolução na Ilha de Granada, em 1980, antes da invasão dos Estados Unidos...

Ou, então, a palestra da Professora Gerda Roelvink, da Nova Zelândia, que participou do Fórum Social de Porto Alegre em 2005. E essa participação transformou-se em tema de doutorado.

No dia 10, terça-feira passada, o padre Pedrinho Guareschi voltou a falar ao público australiano em grande auditório localizado no belíssimo campus da ANU. Desta vez, sobre a Teologia da Libertação.

Depois da palestra, John Minns mostrou o filme mexicano "O Crime do Padre Amaro", no qual um dos personagens é um padre católico praticante da Teologia da Libertação.

Mais uma vez, foi grande o intersse da platéia, que pode aprender e conhecer um pouco como se desenvolveu aquele importante movimento católico na América Latina.

Fica, assim, ao Pedrinho, bem como a outros brasileiros estudiosos e de bom coração que saem pelo mundo a divulgar aspectos importantes da cultura brasileira, o respeito e a homenagem desta coluna. E... aquele abraço!

16:57
Anónimo disse...
Amanda Kitts perdeu o braço esquerdo em um acidente de automóvel acontecido três anos atrás, mas hoje em dia ela joga futebol americano com seu filho de 12 anos de idade, troca fraldas e abraça as crianças nas três creches Kiddie Cottage que opera em Knoxville, Tennessee. Kitts, 40 anos, faz tudo isso com a ajuda de um novo tipo de braço artificial que se movimenta com mais facilidade do que outros aparelhos e que ela pode controlar utilizando apenas seus pensamentos.

"Eu sou capaz de mexer a mão, o pulso e o cotovelo ao mesmo tempo", diz. "Você pensa e os músculos se movem em seguida".

A recuperação que ela conseguiu resulta de um novo procedimento que vem atraindo crescente atenção porque permite que pessoas movam braços protéticos de forma mais automática do que faziam no passado, simplesmente utilizando nervos reaproveitados em seus cérebros.

A técnica, conhecida como "renervação muscular dirigida", envolve utilizar os nervos que restam depois da amputação de um braço e conectá-los a outro músculo do corpo, em geral no peito. Eletrodos são instalados sobre os músculos do peito, e operam como se fossem antenas. Quando a pessoa deseja mover o braço, o cérebro envia sinais que primeiro resultam em contração dos músculos do peito, os quais enviam um sinal ao braço protético, instruindo-se a se movimentar. O processo não requer mais esforços consciente do que a pessoa teria de exercitar caso ainda tivesse seu braço natural.

Na terça-feira, pesquisadores reportaram em estudo publicado pela versão online do Journal of the American Medical Association que haviam levado a técnica ainda mais à frente, tornando possível a execução de 10 movimentos de mão, pulso e cotovelo diferentes, o que representa uma substancial melhora com relação ao típico repertório protético, que em geral envolve apenas dobrar o cotovelo, girar o pulso e abrir a mão.

"Os novos métodos tiveram impacto dramático em nosso campo de trabalho", disse Stuart Harshbarger, engenheiro biomédico na Universidade Johns Hopkins e diretor do programa de pesquisa sobre próteses, financiado pelas forças armadas, que inclui o trabalho com essa técnica. "O método já está em uso por médicos e cirurgiões comuns em todo o país. A capacidade de controlar um membro protético bastante robusto que ele confere surpreendeu a todos pela qualidade".

Tipicamente, uma pessoa que tenha um braço protético só é capaz de executar alguns poucos movimentos, e muitas vezes com tamanha lentidão que isso só permite a ela atividades limitadas.

Há um motor separado para cada movimento, diz Gerald Loeb, professor de engenharia biomédica na Universidade do Sul da Califórnia, "e esses motores precisam ser controlados de maneira explícita", usualmente por um esforço consciente da pessoa para contrair músculos nas costas ou no bíceps.

"Essencialmente, até agora os pacientes controlavam apenas um motor de cada vez", diz Loeb, "e precisavam pensar cuidadosamente sobre que motor desejavam controlar e como fazê-lo operar, em lugar de simplesmente pensarem em mover o braço e poderem fazê-lo sem delongas".

Antes que Kitts passasse pelo procedimento de renervação, em outubro de 2007, por exemplo, ela precisava movimentar os músculos de suas costas de determinada maneira para fazer com que seu pulso girasse, e flexionar seu bíceps e tríceps para fazer com que o cotovelo se movesse para cima e para baixo. "Era muito trabalho", ela conta. "E não me ajudava muito".

O procedimento de renervação é parte de uma recente explosão de idéias novas e técnicas inovadoras que estão sendo exploradas enquanto os cientistas se esforçam por ajudar as pessoas a compensar melhor a perda de membros ou problemas de paralisia. O esforço vem sendo alimentado pelo aumento no número de amputações causado por diabetes e por ferimentos sofridos pelos militares, e ao mesmo tempo pelos avanços na tecnologia médica.

Os braços se tornaram um dos focos essenciais desse tipo de trabalho. A ciência há muito vem obtendo sucessos no desenvolvimento de próteses de perna, mas é muito mais difícil imitar a complexidade e a destreza das mãos e dos braços.

Os esforços em curso incluem o desenvolvimento de projetos de pele e braços mais sensíveis e mais flexíveis, e o uso de dispositivos acionados por controles sem fio implantado nos braços protéticos, que permitiriam movimentos mais naturais.

Os pesquisadores também vêm usando sensores implantados nos cérebros de cobaias para permitir que dois macacos controlem um braço mecânico, e um teste com um homem paralítico permitiu, com esse método, que ele movimentasse um cursor em uma tela de computador.

Alguns desses métodos, caso venham a ser aperfeiçoados plenamente e consigam aprovação das autoridades regulatórias da saúde, podem no futuro se tornar mais viáveis para os pacientes de amputações.

E embora a técnica da renervação não requeira aprovação das autoridades regulatórias porque é executada por meios cirúrgicos e emprega aparelhos já existentes, ela apresenta limitações que até mesmo seus criadores reconhecem, entre as quais o fato de que não se pode utilizá-la para todos os pacientes, o seu alto custo e o prazo de meses requerido para que os nervos reconectados cresçam e se tornem efetivos.

Ainda assim, os especialistas dizem que é o mais avançado sistema em uso hoje para pacientes reais que permite que o sistema nervoso controle diretamente o movimento de um braço artificial.

Desde sua introdução por Todd Kuiken, médico fisioterapeuta e engenheiro biomédico do Instituto de Reabilitação de Chicago, o método foi empregado em cerca de 30 pacientes nos Estados Unidos, Canadá e Europa, entre os quais oito soldados feridos no Iraque e no Afeganistão.

Muitos dos pacientes, entre os quais o primeiro, Jesse Sullivan, um operário do setor elétrico no Tennessee que perdeu os dois braços quando foi eletrocutado por um cabo, conseguem não apenas manipular seus braços protéticos mas sentir a presença das mãos que já não têm quando alguém toca em seus peitos.

Sullivan, 62 anos, e Kitts, estavam entre os cinco pacientes que participaram do estudo reportado na terça-feira. Em companhia de cinco outras pessoas que não passaram por amputações, eles receberam os eletrodos e foram instruídos a usar pensamentos para fazer com que um braço virtual na tela reproduzisse 10 movimentos diferentes, entre os quais três formas diferentes de aperto de mão.

Os pacientes apresentaram desempenho bastante respeitável, apenas um pouco mais lento e menos preciso do que os dos participantes que não tinham amputações.

"As velocidades de movimento que encontramos em nossos pacientes foram realmente encorajadoras", disse Kuiken. "Eles conseguiram completar a tarefa. É claro que não foram tão competentes quanto as pessoas dotadas de plena capacidade física, mas foram bons o bastante".

Um braço virtual foi usado porque a maioria das próteses existentes não era capaz de acomodar todos aqueles movimentos, no momento da pesquisa, ainda que Sullivan, Kitts e uma terceira paciente, Claudia Mitchell, tenham experimentado dois novos protótipos mais versáteis de braços artificiais, executando tarefas complexas com bolas de tênis e outros objetos.

O trabalho de renervação em soldados apresenta outros desafios, diz Kuiken, porque os ferimentos militares muitas vezes "causam danos muitos extensos" a nervos, músculos ou ossos.

Daniel Acosta, 25 anos, um aviador ferido pela detonação de uma bomba em uma estrada do Iraque em 2005, passou pelo procedimento no ano passado e diz que seu braço esquerdo protético agora se movimenta "muito mais rápido" e de maneira muito mais natural.

"A diferença é que agora não preciso mais pensar para mover o braço", ele diz. "Ele simplesmente se mexe".

Ainda assim, Acosta, de San Antonio, diz que "o processo foi bastante longo" e que os eletrodos precisam ser ajustados para receber os sinais à medida que os nervos crescem ou mudam de posição.

E embora elogiem o método, os especialistas afirmam que a ciência das próteses de braço ainda tem muito por avançar.

"Trata-se de uma parte crucial, mas ainda assim apenas uma parte, das muitas coisas que compreendem a função normal de um braço", disse Loeb, que escreveu um editorial que acompanha o artigo no Journal of the American Medical Association.

"No momento estamos a meio do caminho entre o braço de 'Dr. Fantástico', que fazia involuntariamente a saudação nazista, e o braço de Luke Skywalker em 'Guerra nas Estrelas', que funciona sem nenhum problema assim que é conectado. Creio que precisaremos ainda de muitos anos para conectar todas as peças necessárias a produzir um braço capaz de funcionar normalmente".

17:04
Anónimo disse...
A Espanha disse neste sábado que está preparando uma reclamação oficial contra a decisão da Venezuela de expulsar um membro do Parlamento Europeu que criticou o conselho eleitoral venezuelano.
Luis Herrero, membro do partido conservador espanhol PP, foi deportado na sexta-feira depois que o Conselho Nacional Eleitoral (CNE) o acusou de questionar a imparcialidade da instituição antes de um referendo que pode permitir ao presidente Hugo Chávez permanecer no cargo indefinidamente.

Herrero estava na Venezuela como observador do referendo. Ele acusou Chávez de ter "comportamentos típicos de um ditador" por pedir a contenção de manifestações da oposição.

O governo da Espanha convocou um encontro com o embaixador da Venezuela em Madri para expressar a desaprovação sobre a expulsão de Herrero, disse um representante do Ministério das Relações Exteriores espanhol.

As relações da Venezuela com a Espanha tiveram seu ponto crítico em 2007, quando Chávez ameaçou rever acordos diplomáticos e comerciais depois de ouvir um "cala a boca" do rei espanhol Juan Carlos durante uma cúpula.

A fenda foi oficialmente reparada em 2008, com uma visita oficial de Chávez à Espanha, onde ele cumprimentou o rei e discutiu acordos para investimento no setor petroquímico com o primeiro-ministro José Luis Rodriguez Zapatero.

17:06
Anónimo disse...
A polícia do Zimbábue anunciou neste sábado que acusa de traição Roy Bennett, dirigente do até agora opositor Movimento para a Mudança Democrática (MDC), detido na sexta-feira, em Harare, poucas horas antes da cerimônia de posse dos membros do novo gabinete.

"A Polícia nos informou que vão apresentar acusações de traição", disse à agência EFE o advogado de defesa de Bennett, Trust Maanda.

"Tentam relacionar Roy com o caso de Mike Hitschmann, que foi detido em 2006 em relação à descoberta de um carregamento de armas, apesar de que Hitschmann não tenha sido declarado culpado das acusações de traição apresentadas contra ele, mas de um crime menor de descumprimento de leis", disse Maanda.

O político opositor, designado por seu partido como vice-ministro de Agricultura no Governo de união nacional, esteve no exílio na vizinha África do Sul desde 2006 e retornou ao Zimbábue há duas semanas.

Segundo a Polícia, que deteve Bennett ontem no aeroporto de Harare quando pretendia ir à África do Sul para visitar sua família, as armas apreendidas em 2006 seriam utilizadas em um golpe de Estado para derrubar o presidente do Zimbábue, Robert Mugabe.

Depois da detenção, Bennet foi levado a Mutar, onde vários simpatizantes do MDC se concentraram em frente à delegacia na qual estava detido, diante do que a Polícia respondeu com tiros para o alto para dispersar os manifestantes.

17:07
Anónimo disse...
Austrália: 14 mil se candidatam a 'emprego dos sonhos'

A secretaria de Turismo de Queensland, na Austrália, informou que até esta segunda-feira já recebeu cerca de 14 mil inscrições para o "o melhor emprego do mundo". O Estado australiano promove pela internet seleção para vaga de "zelador" da ilha Hamilton, por seis meses com um salário de R$ 40 mil.

Muitos candidatos tiveram problemas durante a inscrição por conta dos acessos simultâneos ao site. A secretaria aconselha enviar os vídeos de 60s explicando porque deve ser escolhido em horários alternativos do dia, além de recomendar tamanho em torno de 40MB.

As inscrições começaram em 12 de janeiro e vão até o próximo dia 22 e podem ser feitas pelo site www.islandreefjob.com. O governo australiano escolherá 50 candidatos para a próxima fase da seleção, que terá votos do público para eleger um dos 11 finalistas.

A última fase terá entrevistas e desafios físicos, no próprio local de trabalho: as ilhas da Grande Barreira Coralina - o maior recife de coral do mundo. A secretaria de Turismo anunciará o vencedor no dia 6 de maio.

17:09
Anónimo disse...
Mercado elogia governo na crise, mas pede maior queda no juro

Peter Fussy
Direto de São Paulo

Desde as primeiras medidas anunciadas para combater os efeitos da crise, o governo brasileiro avisou que a estratégia não contemplaria um pacote. Seriam doses pontuais, de acordo com a necessidade da economia diante do agravamento das turbulências. Da primeira liberação dos depósitos compulsórios em setembro até a ampliação do seguro-desemprego na última quarta-feira, o governo passou por redução de impostos, ampliação de crédito e incentivos à exportação. Quase 150 dias após a primeira medida, o Terra conversou com líderes do setor público e privado, representantes dos trabalhadores, acadêmicos e com o próprio governo para saber quais destas ações foram mais eficazes, quais foram mais ineficientes e o que mais pode ser feito pelo Estado brasileiro contra a crise.

Os maiores elogios foram direcionados à atitude de reduzir o Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) para a indústria automobilística, anunciada em dezembro e que fez com que os emplacamentos de carros novos subissem 1,9% no primeiro mês do ano em relação a dezembro de 2008. Já as maiores críticas foram para a lentidão no corte da taxa básica de juro do País.

Para o presidente do conselho administrativo do Grupo Pão de Açúcar, Abílio Diniz, o Estado não é responsável pela crise e mesmo assim está agindo "com extrema serenidade e muito acerto". "O governo está atento, fazendo a sua parte. É preciso coragem de baixar firmemente a taxa de juros. É uma arma que temos a nosso favor, já que não há clima para inflação, nem possibilidade de danos para a macroeconomia", afirmou Diniz.

Na última reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), em janeiro, a taxa Selic foi reduzida em um ponto percentual, de 13,75% para 12,75% ao ano. Porém, o professor de economia da Universidade de Brasília (UnB) José Luiz Oreiro lembra que este corte representa uma redução de apenas 0,25 ponto percentual com relação à taxa de setembro do ano passado, quando a crise se agravou.

"Pouco antes da eclosão da crise, o Banco Central aumentou a taxa em 0,75 ponto. Foram cinco meses de demora para reduzir em termos líquidos apenas 0,25 ponto", afirmou o economista, que também sugeriu redução do intervalo de cerca de 90 dias entre as reuniões do Copom e o corte de pelo menos um 1 ponto percentual em cada reunião.

Mesmo com o corte de janeiro, a taxa de juros real continua sendo a maior do mundo, lembrou o secretário-geral da Força Sindical, João Carlos Gonçalves, o Juruna. "A redução da taxa de juro ainda é pequena, porque ela continua uma das mais altas do mundo. Falta ousadia para baixar os juros e ajudar o cidadão. A permanência da taxa de juro alta é negativa para o País em meio a crise", afirmou Juruna.

Embora aprove as ações do governo, o senador Aloízio Mercadante (PT-SP) também acredita que o patamar da Selic está muito alto. "Sempre fomos os primeiros a entrar em qualquer crise, o que não aconteceu agora. A taxa Selic ainda é muito alta, mas o governo têm tomado medidas acertadas, como o aumento do salário mínimo, mesmo com um cenário de crise. Isso ajuda a movimentar o consumo. O governo está se esforçando para manter os investimentos e o crescimento", disse.

Tributos
De acordo com o economista Fabio Pina, da Fecomercio-SP, as ações mais positivas estão relacionadas à redução de tributos para alguns segmentos, como a indústria automobilística, que recuperou parte da queda nas vendas em janeiro com a isenção do IPI para carros 1.0 l e o corte para demais motorizações. A medida vale até o final de março.

"Essas medidas não só reduziram o preço, mas anteciparam o consumo daqueles que iriam comprar no futuro, dando um prêmio por conta da insegurança. Mexe diretamente com o principal problema que é a confiança do consumidor", afirmou. Juruna destacou que um bom ritmo de vendas é garantia de emprego. "É importante porque cada emprego na montadora significa 19 na cadeia produtiva", comentou o representante da Força Sindical.

Também em dezembro, o governo decidiu cortar pela metade a alíquota do Imposto de Renda para contribuintes que ganham entre R$ 1.434 e R$ 2.150 mensais. "O salário aumentava e a tabela não se modificava. As pessoas ganhavam mais e pagavam mais impostos", apontou Juruna. Outra redução de tributos do governo foi com relação ao Imposto sobre Operações Financeiras (IOF), que caiu de 3% ao ano para 1,5%.

Crédito
Na segunda metade de 2008, o colapso de bancos nos Estados Unidos por conta da crise do subprime provocou uma forte restrição de crédito no mundo inteiro. Uma das primeiras medidas anticrise do governo teve como objetivo restabelecer a oferta, com mudanças no recolhimento dos depósitos compulsórios por parte dos bancos. Segundo o presidente do Banco Central, Henrique Meirelles, as diversas modificações liberaram US$ 99,2 bilhões aos bancos até o final de janeiro.

Além disso, o governo concedeu R$ 36 bilhões das reservas internacionais para empresas brasileiras com dívidas no exterior e uma medida provisória autorizou o Banco do Brasil e a Caixa Econômica Federal a comprar carteiras de crédito de bancos privados. Para o diretor do Departamento de Pesquisas e Estudos Econômicos da Fiesp, Paulo Francini, estas medidas foram essenciais para combater os efeitos da crise.

"A crise se desenvolve no mundo em torno do tema crédito. E o crédito reduziu-se barbaridade no mundo. Então o governo lança mão de compulsório, lança mão de reservas, de medidas que permitem aos bancos comprar carteiras de bancos. Você vai tomando várias medidas para atender às demandas e o epicentro disso é crédito", afirmou.

No entanto, Oreiro, da UnB, adverte que a liberação dos compulsórios seria mais eficiente acompanhada de redução mais agressiva da taxa básica de juro. "Uma parte do crédito voltou, depois da forte retração em outubro e novembro. O que deveria ter sido feito junto à liberação do compulsório era uma redução mais drástica da taxa de juro. Sem isso, os bancos pegam as reservas e acabam comprando títulos públicos", explicou o economista.

Na opinião de Pina, as ações de distribuição de crédito via redução do compulsório e a disposição de capital de giro para empresas foram tomadas sem um cuidado maior na operação e não tiveram muito efeito. "O BNDES tem linhas que ficam paradas quase todo o ano, agora é pior ainda. Existem os recursos, mas as empresas e os bancos estão desconfiados. É preciso fazer com que os bancos tenham interesse em emprestar", afirmou o economista da Fecomercio-SP.

Futuro
Mesmo com todas essas medidas, a crise financeira ainda gera incertezas nos setores produtivos do País. Nos últimos meses, o medo do desemprego fez os consumidores adiarem compras. Por sua vez, a queda nas vendas pode obrigar as indústrias a cortarem a produção e demitir funcionários. Contra isso, empresários sugerem redução de jornada e de salários.

"Isto está previsto em lei. A Fiesp simplesmente manteve conversações com entidades sindicais quanto à aplicação daquilo que já está previsto em lei", afirmou Francini.

Segundo a ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff, uma das medidas que assegura um nível de emprego é a manutenção de investimentos no Programa de Aceleração do Crescimento (PAC). "Estamos esperando que a dificuldade ocorra em janeiro, fevereiro e março. Estamos certos que vamos manter o nível de investimento. É isso que funciona, é isso que significa investimento público. Ele funciona como um colchão. Por isso, nós colocamos R$ 100 bilhões no BNDES e a Petrobras ampliou o seu investimento em R$ 120 bilhões", afirmou.

Na mesma linha, Pina explica que a antecipação de gastos do governo substitui parte da demanda retraída do setor privado. "Ele dá o seguinte recado: não vou estourar as contas públicas, mas concentrar em um momento em que a demanda privada está pequena. Mas o governo não tem fôlego suficiente para fazer o papel de toda demanda", ressaltou. O economista da Fecomercio lembrou que a entidade já pleiteou junto ao governo isenções para transferência de imóveis e de automóveis, além de retirar o IPVA para veículos novos.

Já Oreiro foca suas propostas na capitalização do Banco do Brasil e da Caixa Econômica Federal pelo Tesouro para atender a demanda de crédito para capital de giro e reduzir o spread. "Aumentando o empréstimo e reduzindo as taxas, os dois vão forçar os bancos privados a acompanhar o movimento, até para não perderem participação no mercado", explicou o economista da UnB.

Até o Carnaval, o governou prometeu detalhar um pacote de incentivos para a construção de até um milhão de casas populares, direcionado a famílias com renda de até dez salários mínimos. "Estamos atentos a tudo o que está acontecendo e novas medidas serão tomadas caso haja uma avaliação de que sejam necessárias", disse o ministro da Fazenda, Guido Mantega, na última sexta-feira.

17:11
Anónimo disse...
Ex-ministro critica extensão do seguro-desemprego

Atualizada às 09h03

O ex-ministro do Trabalho Almir Pazzianotto criticou a decisão do governo federal de conceder o seguro-desemprego estendido a apenas alguns setores. "É certamente odioso e provavelmente inconstitucional", disse Pazzianotto, de acordo com o jornal O Estado de S. Paulo.

Na última qurta, dia do anúncio da medida, centrais sindicais elogiaram a atitude do governo. A Força Sindical divulgou nota dizendo que "o aumento ajudará a aquecer parte da economia, já que irá gerar mais consumo, produção e conseqüentemente, a criação de novos postos de trabalho". A União Geral dos Trabalhadores (UGT) afirmou que a medida "contribuirá para minimizar o drama dos trabalhadores que perderem seu emprego por conta da crise".

O ex-ministro, que instituiu o seguro-desemprego no País no governo de José Sarney, destacou a necessidade de as centrais sindicais se manifestarem contra a determinação. Para ele, as mudanças devem ser aplicadas a todas as categorias profissionais e a distinção é contrária ao artigo 3º da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT).

Pazzianotto atribui a medida a um possível temor do governo de que a crise econômica seja longa e não haja dinheiro para atender a todas as necessidades. Ainda assim, ele se mostra contrário ao método de concessão. "O seguro-desemprego ajuda a sanar necessidades básicas. Estendê-lo é paliativo, não a solução", disse ao jornal.

De acordo com o presidente do Conselho Deliberativo do Fundo de Amparo ao Trabalhador (Codefat) e conselheiro da Força Sindical, Luiz Fernando Emediato, a determinação já estava prevista na lei 8.900/94, que trata do seguro-desemprego.

O presidente da Comissão de Trabalho da Câmara, Pedro Fernandes (PTB-MA) vai além na crítica à concessão do seguro para apenas alguns setores. Ele acredita que a ampliação do benefício estimula o desemprego.

Quintino Severo, secretário geral da Central Única dos Trabalhadores (CUT), lembra que a ampliação do benefício sem critério e identificação pode incentivar demissões em outros setores.

17:13
Anónimo disse...
Empresas
TAM faz promoção para destinos internacionais

A companhia aérea TAM anunciou nesta sexta-feira tarifas promocionais para trechos internacionais. Os preços valem para bilhetes comprados entre 6h deste sábado e 23h59 deste domingo e são válidos para classe econômica. As tarifas, para ida e volta, serão vendidas a partir de US$ 99, mais taxas.

Segundo a aérea, a promoção vale para viagens feitas no período de 14 de fevereiro a 18 de junho de 2009. Para destinos na América do Sul, a permanência mínima é de dois dias; para bilhetes com destino nos Estados Unidos, cinco dias; e Europa, sete dias. A permanência máxima para as passagens para América do Sul e EUA é de dois meses e para Europa, três meses.

Entre os exemplos de tarifas promocionais, a TAM oferece São Paulo-Lima por US$ 99. Bilhetes para a rota São Paulo-Santiago serão vendidos a partir de US$ 199 e São Paulo-Nova York, US$ 799.

A emissão dos bilhetes deve ser feita obrigatoriamente no ato da reserva, obedecendo às regras estipuladas pela companhia. A compra está sujeita à disponibilidade de assentos nas classes tarifárias determinadas, trechos, horários e datas. A TAM afirmou que também há tarifas promocionais para a classe executiva.

Mais informações podem ser encontradas no site promocional (www.ofertastam.com.br), no site da empresa (www.tam.com.br) ou pelos telefones 4002-5700 ou 0800 5705700.

17:13
Anónimo disse...
Empresas
Consultoria negocia compra do parque temático Hopi Hari

A consultoria especializada em reestruturação de empresas Íntegra Associados informou nesta sexta-feira ter um acordo para comprar o parque de diversões Hopi Hari, localizado no interior de São Paulo. A empresa estaria disposta a investir R$ 10 milhões no parque, que tem dívida estimada em R$ 800 milhões. As informações são da edição deste sábado do jornal Folha de S. Paulo.

De acordo com o jornal, a transação ainda depende da negociação entre o Hopi Hari e seus credores, o que já estaria em andamento.

A consultoria paulista já atuou junto à Parmalat, durante 30 meses, quando reorganizou a gestão da empresa italiana.

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17:14
Anónimo disse...
Empresas
Disney de Tóquio contratará mais 2 mil apesar da crise


A Oriental Land, o operador da Disneylândia Tóquio e DisneySea, organizou neste domingo entrevistas para contratar cerca de 2 mil trabalhadores em tempo parcial, em um momento de grandes demissões deste tipo de empregados no Japão.

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O operador deste parque temático, situado em Urayasu, na província de Chiba (leste de Tóquio), está em pleno processo de seleção de empregados para 20 tipos de postos trabalhistas diferentes.

Segundo a companhia, citada pela agência local de notícias Kyodo, o parque contratará novos trabalhadores para as atrações, para os restaurantes e guardas de segurança entre outros. Os novos contratados começarão a trabalhar a partir de fevereiro.

O processo de seleção acontece em um momento em que a maioria das grandes companhias japonesas começaram a se ver obrigadas a despedir uma elevada percentagem de seus trabalhadores temporários e a tempo parcial.

Algumas inclusive anunciaram demissões de seus trabalhadores fixos, uma medida muito pouco comum nas companhias japonesas, perante os efeitos piores que o esperado pela crise econômica global.

Cerca de uma centena de pessoas esperavam desde a primeira hora desta manhã a abertura do centro de conferências Tokyo International Forum, onde as entrevistas estão sendo feitas, para ser os primeiros a solicitar os postos de trabalho.


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17:15
Anónimo disse...
Economia Internacional
Senado dos EUA aprova plano de estímulo à economia

O Senado dos Estados Unidos aprovou com 60 votos a favor e 38 contra o plano de estímulo à economia de US$ 787 bilhões na madrugada deste sábado. Agora, ele segue para sanção ou veto do presidente Barack Obama, que espera colocar a lei em prática até o dia 16 de fevereiro.

O plano prevê a criação de três milhões de empregos, inclui cortes de impostos às famílias, fundos para programas sociais e obras públicas, além de ajuda aos governos estaduais, estudantes e desempregados.

A cláusula Buy American - que exige o uso de ferro, aço e produtos manufaturados dos Estados Unidos em obras realizadas com recursos do pacote - ficou de lado. Segundo o texto definitivo, a cláusula será aplicada sem violar as normas do comércio internacional.

Ontem à tarde, a Câmara de Representantes (deputados) havia aprovado, por 246 votos a favor e 183 contra, a versão final do plano. Todos os republicanos foram contrários ao pacote.

Pelo acordo de quarta-feira entre Câmara e Senado, em vez de custar US$ 819 bilhões, como queriam os deputados, ou US$ 838 bilhões como pretendiam os senadores, o pacote ficou em cerca de US$ 787 bilhões, com 65% desse total destinado a gastos do governo federal e 35%, a créditos tributários.

17:16
Anónimo disse...
Economia nacional
Na era Lula, aposentadoria sobe 54% menos que salário mínimo

Thatiane Faria
Especial para o Terra
Direto de São Paulo

Os índices de reajustes concedidos pelo governo em 2009 para aposentados e pensionistas e para o salário mínimo repetiram uma diferença que, só durante o governo de Luiz Inácio Lula da Silva, já chega a 54%. Enquanto o mínimo foi majorado em 12% este ano, as pensões e aposentadorias tiveram aumento de 5,92%. Aposentados que têm o benefício do governo como única fonte de renda reclamam que perdem poder de compra e que sua cesta de compras é composta por itens que aumentam mais em relação à inflação oficial.

Um exemplo prático pode ser entendido a partir da comparação entre um aposentado que ganhava R$ 600 em janeiro de 2003. Na época, o benefício era três vezes, ou 200%, maior que o valor do mínimo em vigência, que era de R$ 200. Aplicando-se os índices de reajuste para aposentadorias e para o mínimo durante os últimos seis anos, o mesmo aposentado estaria recebendo hoje R$ 938,47, comparado a um salário mínimo de R$ 465. A diferença entre os dois valores caiu para pouco mais de 100%.

Enquanto o índice acumulado de reajuste para a aposentadoria durante o governo Lula foi de 60%, para o salário mínimo está em 132%.

O diretor do Sindicato Nacional dos Aposentados, João Inocentini, reclama que os valores dos benefícios para aposentadorias não mantêm o poder de compra do grupo, principalmente dos aposentados que recebem menos que dez salários mínimos.

Nem mesmo o fato de o índice de reajuste das aposentadorias ter ficado acima da inflação acumulada no mesmo período (o IPCA entre janeiro de 2003 e janeiro de 2009 foi de 39,7%) serve de argumento, segundo os aposentados.

"Os idosos, principalmente, têm gastos além das contas gerais como gás, telefone e aluguel. Para eles o custo com remédios, e outros itens da área saúde costuma ser maior", afirmou Inocentini.

O presidente do sindicato afirmou que o grupo realiza um estudo com 100 itens de necessidade de um idoso para comparar o aumento dos produtos com o índice de reajuste do benefício recebido pelos aposentados.

"Daqui dois meses vamos abrir um processo na Justiça e levar essa pesquisa como prova. Segundo a lei, o governo é obrigado a manter o poder de compra com a aposentadoria", disse Inocentini.

Alternativas
O consultor financeiro Cláudio Boriola diz que os aposentados, especialmente nesse momento de crise econômica, devem evitar compras parceladas, pesquisar preços, negociar e fazer bom planejamento financeiro.

Segundo Boriola, alguns aposentados ganham um valor mensal muitas vezes insuficiente para o pagamento das contas e acabam pedindo crédito ou realizando pagamentos a prazo e são obrigados a pagar juros altos.

Na opinião do consultor, pagar uma previdência privada é uma alternativa indicada para quem ainda trabalha, considerando a característica de perda de poder de compra da aposentadoria.

"Na prática, infelizmente os valores encontram-se em um patamar que está deteriorando o poder de aquisição da população brasileira", completou Boriola.

De acordo com o diretor da Confederação Brasileira de Aposentados e Pensionistas (Cobap), Vicente Fernandes Barbosa, representantes dos aposentados tentarão um encontro com o presidente da Câmara, deputado Michel Temer (PMDB-SP), para discutir projetos que minimizem a perda dos aposentados

17:17
Anónimo disse...
Previdência
Previdência prorroga isenção de tarifas no benefício

O atual sistema de pagamento aos 26 milhões de aposentados e pensionistas do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) será mantido até o final deste ano. O acordo, que permite realizar a operação sem nenhum custo aos beneficiários, foi renovado nesta sexta-feira, entre o governo federal e 21 instituições financeiras.

Por meio desse acordo, vigente desde setembro de 2007, nem os segurados, nem os bancos e nem o governo arcam com o pagamento de tarifas, conforme explicou o ministro da Previdência Social, José Pimentel. A prorrogação vale até dezembro, data máxima para que a Previdência defina as regras para um novo contrato.

Ao assinar o termo de renovação, na sede da Federação Brasileira dos Bancos (Febraban), o ministro disse que a intenção do governo é mudar o atual modelo de gestão visando a reduzir os custos dessas operações em torno da folha mensal, que atinge R$ 15,8 bilhões. No entanto, qualquer alteração, conforme explicou, passará antes por audiências públicas a serem realizadas a partir do segundo semestre deste ano, atendendo a determinação do Tribunal de Contas da União (TCU).

De acordo com Pimentel, com um redesenho do mecanismo de repasse dos recursos aos bancos em torno da folha de pagamento dos segurados o que se busca é um aumento da participação de instituições financeiras. Ele informou que, desde 2007, cada benefício custa em média R$ 1,07 ao governo. "Quanto mais instituições financeiras estiverem prestando serviços à sociedade, maior é a competitividade, a agilidade no atendimento", justificou.

O ministro observou, ainda, que, para permitir uma redução para algo em torno de meia hora no tempo de atendimento para a concessão dos direitos previdenciários, o governo investiu R$ 280 milhões.

Questionado sobre o descontentamento dos segurados que ganham acima de um salário mínimo terem obtido apenas a correção com base na variação do Índice de Preços ao Consumidor (INPC) , ficando abaixo do reajuste dado a quem recebe apenas o mínimo, Pimentel argumentou que o governo seguiu o que determina a lei e descartou a possibilidade de uma revisão

17:17
Anónimo disse...
Empresas
Caterpillar oferece aposentadoria antecipada a 2 mil


A companhia americana Caterpillar ofereceu a cerca de dois mil funcionários incentivos para que se aposentem de forma voluntária antes do previsto, pela perspectiva de uma queda "significativa" da atividade industrial, informou nesta quarta-feira a empresa.

A iniciativa, destinada aos trabalhadores de diversas fábricas em Illinois, Colorado, Tennessee e Pensilvânia, se soma aos cortes de empregos anunciados em janeiro, explicou em comunicado de imprensa.

A empresa, a maior fabricante mundial de maquinaria pesada para a construção e a mineração, acrescentou que, "em função das condições de negócio, podem ser necessárias mais reduções de elenco voluntárias e involuntárias à medida que o ano avança".

O vice-presidente da companhia, Sid Banwart, explicou que a empresa prevê "demissões significativas em todas as regiões geográficas e na maioria dos setores devido às dificuldades da economia mundial".

17:18
Anónimo disse...
Comércio
Comércio exterior da OCDE caiu no 3º trimestre de 2008


As exportações e as importações dos países da Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Econômico (OCDE) caíram 1,6% e 0,2%, respectivamente, no terceiro trimestre de 2008, em relação aos três meses anteriores.

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Trata-se da primeira queda destas atividades desde o terceiro trimestre de 2006, segundo o último relatório trimestral sobre fluxos comerciais divulgado pela OCDE.

As exportações e as importações em dólares dos 30 Estados-membros caíram 15,6% e 17%, respectivamente, na comparação anualizada.

Por sua vez, o comércio dos sete países mais ricos do mundo (G7) teve um pequeno crescimento no terceiro trimestre de 2008 com uma queda das exportações de mercadorias de 0,2% em relação ao trimestre anterior e um aumento de 0,4% das importações.

Em termos anualizados, as importações do G7 caíram 1,4% entre julho e setembro do ano passado, seu primeiro retrocesso desde o terceiro trimestre de 2006, enquanto as exportações aumentaram 1,9%, seu crescimento mais baixo no mesmo tempo.

Por países, a Alemanha aumentou suas importações em 3,4% - valor mais alto do G7 -, enquanto suas exportações caíram 2,9% do segundo para o terceiro trimestre de 2008.

Pelo contrário, as exportações americanas aumentaram 1,8% entre julho e setembro de 2008, enquanto as importações caíram 0,7% em relação ao trimestre anterior. No Japão, tanto as importações quanto as exportações caíram em torno de 1% no mesmo período.

17:19
Anónimo disse...
Economia Nacional
Lula: juros de crédito consignado a aposentados são altos

Atualizada às 17h29

O presidente Luis Inácio Lula da Silva afirmou nesta terça-feira, em São Paulo, que está lutando para reduzir as taxas de juros cobradas de aposentados em crédito consignado. A Previdência Social estabelece uma taxa máxima de 2,5% para empréstimo e de 3,5% para cartão. Para Lula, os valores são altos.

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"Acho que o juro que os aposentados estão pagando hoje com o crédito consignado é alto para o padrão brasileiro", disse o presidente durante a cerimônia de comemoração dos 86 anos do INSS.

A Previdência anunciou nesta terça-feira que aposentados e trabalhadoras com licença-maternidade poderão receber seus benefícios em 30 minutos. De acordo com Lula, em junho, a aposentadoria do trabalhador rural também será conseguida em meia hora.

Além disso, o presidente anunciou que, também em junho, os trabalhadores que alcançarem o direito à aposentadoria passarão a receber em suas casas um comunicado da Previdência informando o fato e o valor do salário que têm direito a receber. "É um comprometimento público que estou fazendo com os companheiros da Previdência Social", disse.

"Estamos retribuindo ao contribuinte da Previdência Social aquilo que é a cidadania que ele tem direito", afirmou Lula. "Se para cobrar nós somos tão precisos, para devolver o dinheiro, temos que chegar próximo à perfeição", completou.

17:20
Anónimo disse...
Economia Nacional
Salário maternidade sairá em 30 minutos, diz ministro

Toda trabalhadora autônoma que tiver contribuído pelo menos 10 meses com o Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) - ou as que possuírem carteira assinada - poderão receber em 30 minutos o salário maternidade a partir desta terça-feira. Da mesma forma, as mulheres com 30 anos de contribuição e os homens com 35 anos também terão direito ao benefício de forma mais rápida. A informação é do ministro da Previdência Social, José Pimentel.

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Para requerer o salário maternidade, é preciso que as autônomas levem a carteira de identidade e o carnê de contribuição. As demais trabalhadoras devem apresentar a identificação e a carteira de trabalho. Desde o início do mês, a nova forma de análise para a concessão de benefícios foi adotada para a aposentadoria por idade do trabalhador urbano e agora foi estendida para o salário maternidade e por tempo de contribuição.

O ministro disse que a qualificação do serviço da previdência social é o reconhecimento do direito dos trabalhadores e da afirmação da cidadania.

"Até pouco tempo na cabeça do cidadão o serviço devia ser de péssima qualidade. Agora não, nós modificamos toda a legislação no mês de dezembro numa ação conjunta do Congresso Nacional com o governo federal. Estamos implantando e concedendo os benefícios em até 30 minutos", afirmou.

O ministro destacou que para conseguir se aposentar ou ter acesso à licença maternidade em 30 minutos, em primeiro lugar, é necessário que o cidadão esteja vinculado à Previdência, o que inclui 65% da população acima de 16 anos de idade.

"Depois bastar marcar pelo sistema 135 o dia e a hora do atendimento e levar a documentação. Se todos os dados necessários estiverem corretos o contribuinte será atendido em até 30 minutos, como vem sendo feito com as aposentadorias por idade desde o dia cinco de janeiro", explicou.

Pimentel disse ainda que em 90% das agências da previdência social o atendimento é marcado em até 48 horas. Nos grandes centros, entretanto existe um volume maior o que torna mais lento o processo.

"Estamos criando mais 715 agências até 2010, em todo o território nacional, para descentralizar o atendimento. Em 2008, atendemos 295 mil benefícios e aposentadorias por idade. Temos 4 mil pessoas por dia procurando e se aposentando por idade no território nacional. Este serviço será agilizado", concluiu.

17:27
Anónimo disse...
Giuseppe Englaro, pai de Eluana, a italiana que morreu na segunda-feira passada por desidratação, recusou uma grande soma de dinheiro de um conhecido fotógrafo italiano que queria retratar a filha em estado de coma, disse neste sábado o neurologista que atendia a mulher desde 1996, Carlo Defanti.

O neurologista, que participou hoje de uma conferência sobre eutanásia, disse que Englaro respeitou a vontade da filha, que, antes do acidente, tinha pedido que, se lhe ocorresse qualquer coisa irreversível, apresentasse sua imagem de quando estava em boas condições.

Antes de sofrer o acidente de trânsito, em 1992, Eluana viveu o coma de um amigo, Alessandro, o que causou forte impacto na italiana e a levou a fazer o pai prometer que não a deixasse viver em estado vegetativo, disse o próprio Giuseppe Englaro.

Defanti, que dissera que Eluana poderia viver de dez a 12 dias depois da suspensão da alimentação e da hidratação, disse que, como médico, tinha que reprovar esta afirmação.

"Não se pode sobreviver após três ou quatro dias sem líquido e, em particular, água em um corpo. Sabemos bem que, quando há um terremoto, após quatro dias é difícil encontrar sobreviventes".

Defanti ressaltou que Eluana "não falava, não se comunicava com o exterior" e que, após vários exames, "nos deparamos com uma moça que tinha perdido a consciência", porque estava com o córtex cerebral prejudicado.

Eluana foi enterrada na quinta-feira passada no túmulo da família na localidade de Paluzza, em Udine, após um funeral que não contou com a presença dos pais.

16:53
Anónimo disse...
Os bombeiros combatem neste sábado os incêndios na Austrália favorecidos pelo bom tempo, enquanto os deslocados encotram em seu retorno casas derruídas, carros queimados nas ruas e destruição.

Depois de sete dias desde que começaram os incêndios no Estado de Victoria, a lista de mortos chega a 181, os desaparecidos somam 50, os edifícios destruídos totalizam 1,834 mil e o terreno arrasado, principalmente florestas, ocupa uma área de 4,13 mil quilômetros quadrados.

As equipes de bombeiros, formadas por 4 mil profissionais de Victoria, de outras partes da Austrália e de países amigos, combateram hoje 12 focos fora de controle e nenhum representava uma ameaça direta para a população.

O subdiretor do Serviço de Bombeiros, Geoff Conway, disse que este tempo favorável, que se prolongará durante o domingo, permite consolidar as linhas de contenção e avançar na extinção das chamas.

Cinzas apareceram arrastadas por ventos do nordeste sobre Melbourne, onde habitam 3,8 milhões de pessoas, e as autoridades alertaram aos cidadãos do risco para a saúde de idosos, crianças e pessoas com problemas respiratórios.

O número de pessoas deslocadas - a Cruz Vermelha chegou a receber 7 mil - começou a cair com a abertura de algumas localidades atingidas.

Os incêndios, alguns criminosos, começaram em 7 de fevereiro, quando a região sul da Austrália estava há duas semanas sob uma onda de calor sem precedentes.

Na sexta-feira passada, a polícia acusou uma pessoa de ter provocado o incêndio que atingiu a localidade de Churchill e matou 21 pessoas.

16:55
Anónimo disse...
A primeira chuva em seis dias reduziu a ameaça de incêndios no Estado de Victoria, ao sul da Austrália. As autoridades, porém, advertiram que ainda existem 12 focos, mas que nenhum deles ameaça áreas povoadas.

Mais de quatro mil bombeiros, mil provenientes de outras partes do país e de outras nações, trabalham contra o fogo. Cerca de 600 veículos e 28 helicópteros e pequenos aviões estão sendo usados.


Eles conseguiram construir linhas de contenção para evitar os incêndios de Yarra e Maroondah se juntassem. Também foram controlados os incêndios abertos de Yea e Murrindindi, que ameaçavam as comunidades de Connellys Creek, Crystal Creek, Scrubby Creek e Native Dog Creek.

O número de mortos chegou a 181, mas as autoridades acreditam que as vítimas devem passar de 200, já que ainda há muitos desaparecidos.

16:55
Anónimo disse...
Aqui nesta coluna, na semana passada, tive a oportunidade de comentar sobre a recente visita do professor brasileiro Pedrinho Guareschi à Austrália. Não dei, porém, os fatos, pois semana passada o assunto era outro.

Hoje, porém, vamos a eles.

No último dia 4 de fevereiro, aconteceu o Seminário "Paulo Freire: Education and Liberation", organizado pelo centro de estudos latino-americanos da Universidade Nacional da Austrália, ou ANU, como é mais conhecida por aqui.

A ANU, para quem não sabe, está entre as 20 melhores universidades do mundo! E tem sede aqui em Camberra, capital da Austrália.

Na abertura do evento, o professor John Minns, diretor do centro latino-americano, ao dar boas-vindas ao público presente, lembrou ser aquele o primeiro seminário exclusivamente dedicado a Paulo Freire na Austrália.

Em seguida, convidou Pedrinho Guareschi, palestrante principal do Seminário, a fazer sua apresentação.

A plateia pode então conhecer, pelas palavras de Pedrinho, um pouco da obra e da vida de Freire, esse brasileiro de fé e valor, que sempre acreditou na educação, sobretudo dos menos favorecidos, analfabetos, como força libertadora.

Como não podia deixar de ser, os conceitos e ideias revolucionários de Paulo Freire, expostos com clareza por Pedrinho, despertaram o interesse e a curiosidade de plateia. A qual, deve-se notar, era na maioria de estudantes, mas de várias nacionalidades, sobretudo australianos e asiáticos.

Na continuação do programa do seminário, que se estendeu por dois dias, outros professores fizeram palestras sobre temas ligados à obra de Paulo Freire.

Interessante, por exemplo, saber que a professora Anne Hickling-Hudson, jamaicana que mora na Austrália há muitos anos (é professora da ANU), conheceu e trabalhou com Freire num workshop educacional durante a revolução na Ilha de Granada, em 1980, antes da invasão dos Estados Unidos...

Ou, então, a palestra da Professora Gerda Roelvink, da Nova Zelândia, que participou do Fórum Social de Porto Alegre em 2005. E essa participação transformou-se em tema de doutorado.

No dia 10, terça-feira passada, o padre Pedrinho Guareschi voltou a falar ao público australiano em grande auditório localizado no belíssimo campus da ANU. Desta vez, sobre a Teologia da Libertação.

Depois da palestra, John Minns mostrou o filme mexicano "O Crime do Padre Amaro", no qual um dos personagens é um padre católico praticante da Teologia da Libertação.

Mais uma vez, foi grande o intersse da platéia, que pode aprender e conhecer um pouco como se desenvolveu aquele importante movimento católico na América Latina.

Fica, assim, ao Pedrinho, bem como a outros brasileiros estudiosos e de bom coração que saem pelo mundo a divulgar aspectos importantes da cultura brasileira, o respeito e a homenagem desta coluna. E... aquele abraço!

16:57
Anónimo disse...
Amanda Kitts perdeu o braço esquerdo em um acidente de automóvel acontecido três anos atrás, mas hoje em dia ela joga futebol americano com seu filho de 12 anos de idade, troca fraldas e abraça as crianças nas três creches Kiddie Cottage que opera em Knoxville, Tennessee. Kitts, 40 anos, faz tudo isso com a ajuda de um novo tipo de braço artificial que se movimenta com mais facilidade do que outros aparelhos e que ela pode controlar utilizando apenas seus pensamentos.

"Eu sou capaz de mexer a mão, o pulso e o cotovelo ao mesmo tempo", diz. "Você pensa e os músculos se movem em seguida".

A recuperação que ela conseguiu resulta de um novo procedimento que vem atraindo crescente atenção porque permite que pessoas movam braços protéticos de forma mais automática do que faziam no passado, simplesmente utilizando nervos reaproveitados em seus cérebros.

A técnica, conhecida como "renervação muscular dirigida", envolve utilizar os nervos que restam depois da amputação de um braço e conectá-los a outro músculo do corpo, em geral no peito. Eletrodos são instalados sobre os músculos do peito, e operam como se fossem antenas. Quando a pessoa deseja mover o braço, o cérebro envia sinais que primeiro resultam em contração dos músculos do peito, os quais enviam um sinal ao braço protético, instruindo-se a se movimentar. O processo não requer mais esforços consciente do que a pessoa teria de exercitar caso ainda tivesse seu braço natural.

Na terça-feira, pesquisadores reportaram em estudo publicado pela versão online do Journal of the American Medical Association que haviam levado a técnica ainda mais à frente, tornando possível a execução de 10 movimentos de mão, pulso e cotovelo diferentes, o que representa uma substancial melhora com relação ao típico repertório protético, que em geral envolve apenas dobrar o cotovelo, girar o pulso e abrir a mão.

"Os novos métodos tiveram impacto dramático em nosso campo de trabalho", disse Stuart Harshbarger, engenheiro biomédico na Universidade Johns Hopkins e diretor do programa de pesquisa sobre próteses, financiado pelas forças armadas, que inclui o trabalho com essa técnica. "O método já está em uso por médicos e cirurgiões comuns em todo o país. A capacidade de controlar um membro protético bastante robusto que ele confere surpreendeu a todos pela qualidade".

Tipicamente, uma pessoa que tenha um braço protético só é capaz de executar alguns poucos movimentos, e muitas vezes com tamanha lentidão que isso só permite a ela atividades limitadas.

Há um motor separado para cada movimento, diz Gerald Loeb, professor de engenharia biomédica na Universidade do Sul da Califórnia, "e esses motores precisam ser controlados de maneira explícita", usualmente por um esforço consciente da pessoa para contrair músculos nas costas ou no bíceps.

"Essencialmente, até agora os pacientes controlavam apenas um motor de cada vez", diz Loeb, "e precisavam pensar cuidadosamente sobre que motor desejavam controlar e como fazê-lo operar, em lugar de simplesmente pensarem em mover o braço e poderem fazê-lo sem delongas".

Antes que Kitts passasse pelo procedimento de renervação, em outubro de 2007, por exemplo, ela precisava movimentar os músculos de suas costas de determinada maneira para fazer com que seu pulso girasse, e flexionar seu bíceps e tríceps para fazer com que o cotovelo se movesse para cima e para baixo. "Era muito trabalho", ela conta. "E não me ajudava muito".

O procedimento de renervação é parte de uma recente explosão de idéias novas e técnicas inovadoras que estão sendo exploradas enquanto os cientistas se esforçam por ajudar as pessoas a compensar melhor a perda de membros ou problemas de paralisia. O esforço vem sendo alimentado pelo aumento no número de amputações causado por diabetes e por ferimentos sofridos pelos militares, e ao mesmo tempo pelos avanços na tecnologia médica.

Os braços se tornaram um dos focos essenciais desse tipo de trabalho. A ciência há muito vem obtendo sucessos no desenvolvimento de próteses de perna, mas é muito mais difícil imitar a complexidade e a destreza das mãos e dos braços.

Os esforços em curso incluem o desenvolvimento de projetos de pele e braços mais sensíveis e mais flexíveis, e o uso de dispositivos acionados por controles sem fio implantado nos braços protéticos, que permitiriam movimentos mais naturais.

Os pesquisadores também vêm usando sensores implantados nos cérebros de cobaias para permitir que dois macacos controlem um braço mecânico, e um teste com um homem paralítico permitiu, com esse método, que ele movimentasse um cursor em uma tela de computador.

Alguns desses métodos, caso venham a ser aperfeiçoados plenamente e consigam aprovação das autoridades regulatórias da saúde, podem no futuro se tornar mais viáveis para os pacientes de amputações.

E embora a técnica da renervação não requeira aprovação das autoridades regulatórias porque é executada por meios cirúrgicos e emprega aparelhos já existentes, ela apresenta limitações que até mesmo seus criadores reconhecem, entre as quais o fato de que não se pode utilizá-la para todos os pacientes, o seu alto custo e o prazo de meses requerido para que os nervos reconectados cresçam e se tornem efetivos.

Ainda assim, os especialistas dizem que é o mais avançado sistema em uso hoje para pacientes reais que permite que o sistema nervoso controle diretamente o movimento de um braço artificial.

Desde sua introdução por Todd Kuiken, médico fisioterapeuta e engenheiro biomédico do Instituto de Reabilitação de Chicago, o método foi empregado em cerca de 30 pacientes nos Estados Unidos, Canadá e Europa, entre os quais oito soldados feridos no Iraque e no Afeganistão.

Muitos dos pacientes, entre os quais o primeiro, Jesse Sullivan, um operário do setor elétrico no Tennessee que perdeu os dois braços quando foi eletrocutado por um cabo, conseguem não apenas manipular seus braços protéticos mas sentir a presença das mãos que já não têm quando alguém toca em seus peitos.

Sullivan, 62 anos, e Kitts, estavam entre os cinco pacientes que participaram do estudo reportado na terça-feira. Em companhia de cinco outras pessoas que não passaram por amputações, eles receberam os eletrodos e foram instruídos a usar pensamentos para fazer com que um braço virtual na tela reproduzisse 10 movimentos diferentes, entre os quais três formas diferentes de aperto de mão.

Os pacientes apresentaram desempenho bastante respeitável, apenas um pouco mais lento e menos preciso do que os dos participantes que não tinham amputações.

"As velocidades de movimento que encontramos em nossos pacientes foram realmente encorajadoras", disse Kuiken. "Eles conseguiram completar a tarefa. É claro que não foram tão competentes quanto as pessoas dotadas de plena capacidade física, mas foram bons o bastante".

Um braço virtual foi usado porque a maioria das próteses existentes não era capaz de acomodar todos aqueles movimentos, no momento da pesquisa, ainda que Sullivan, Kitts e uma terceira paciente, Claudia Mitchell, tenham experimentado dois novos protótipos mais versáteis de braços artificiais, executando tarefas complexas com bolas de tênis e outros objetos.

O trabalho de renervação em soldados apresenta outros desafios, diz Kuiken, porque os ferimentos militares muitas vezes "causam danos muitos extensos" a nervos, músculos ou ossos.

Daniel Acosta, 25 anos, um aviador ferido pela detonação de uma bomba em uma estrada do Iraque em 2005, passou pelo procedimento no ano passado e diz que seu braço esquerdo protético agora se movimenta "muito mais rápido" e de maneira muito mais natural.

"A diferença é que agora não preciso mais pensar para mover o braço", ele diz. "Ele simplesmente se mexe".

Ainda assim, Acosta, de San Antonio, diz que "o processo foi bastante longo" e que os eletrodos precisam ser ajustados para receber os sinais à medida que os nervos crescem ou mudam de posição.

E embora elogiem o método, os especialistas afirmam que a ciência das próteses de braço ainda tem muito por avançar.

"Trata-se de uma parte crucial, mas ainda assim apenas uma parte, das muitas coisas que compreendem a função normal de um braço", disse Loeb, que escreveu um editorial que acompanha o artigo no Journal of the American Medical Association.

"No momento estamos a meio do caminho entre o braço de 'Dr. Fantástico', que fazia involuntariamente a saudação nazista, e o braço de Luke Skywalker em 'Guerra nas Estrelas', que funciona sem nenhum problema assim que é conectado. Creio que precisaremos ainda de muitos anos para conectar todas as peças necessárias a produzir um braço capaz de funcionar normalmente".

17:04
Anónimo disse...
A Espanha disse neste sábado que está preparando uma reclamação oficial contra a decisão da Venezuela de expulsar um membro do Parlamento Europeu que criticou o conselho eleitoral venezuelano.
Luis Herrero, membro do partido conservador espanhol PP, foi deportado na sexta-feira depois que o Conselho Nacional Eleitoral (CNE) o acusou de questionar a imparcialidade da instituição antes de um referendo que pode permitir ao presidente Hugo Chávez permanecer no cargo indefinidamente.

Herrero estava na Venezuela como observador do referendo. Ele acusou Chávez de ter "comportamentos típicos de um ditador" por pedir a contenção de manifestações da oposição.

O governo da Espanha convocou um encontro com o embaixador da Venezuela em Madri para expressar a desaprovação sobre a expulsão de Herrero, disse um representante do Ministério das Relações Exteriores espanhol.

As relações da Venezuela com a Espanha tiveram seu ponto crítico em 2007, quando Chávez ameaçou rever acordos diplomáticos e comerciais depois de ouvir um "cala a boca" do rei espanhol Juan Carlos durante uma cúpula.

A fenda foi oficialmente reparada em 2008, com uma visita oficial de Chávez à Espanha, onde ele cumprimentou o rei e discutiu acordos para investimento no setor petroquímico com o primeiro-ministro José Luis Rodriguez Zapatero.

17:06
Anónimo disse...
A polícia do Zimbábue anunciou neste sábado que acusa de traição Roy Bennett, dirigente do até agora opositor Movimento para a Mudança Democrática (MDC), detido na sexta-feira, em Harare, poucas horas antes da cerimônia de posse dos membros do novo gabinete.

"A Polícia nos informou que vão apresentar acusações de traição", disse à agência EFE o advogado de defesa de Bennett, Trust Maanda.

"Tentam relacionar Roy com o caso de Mike Hitschmann, que foi detido em 2006 em relação à descoberta de um carregamento de armas, apesar de que Hitschmann não tenha sido declarado culpado das acusações de traição apresentadas contra ele, mas de um crime menor de descumprimento de leis", disse Maanda.

O político opositor, designado por seu partido como vice-ministro de Agricultura no Governo de união nacional, esteve no exílio na vizinha África do Sul desde 2006 e retornou ao Zimbábue há duas semanas.

Segundo a Polícia, que deteve Bennett ontem no aeroporto de Harare quando pretendia ir à África do Sul para visitar sua família, as armas apreendidas em 2006 seriam utilizadas em um golpe de Estado para derrubar o presidente do Zimbábue, Robert Mugabe.

Depois da detenção, Bennet foi levado a Mutar, onde vários simpatizantes do MDC se concentraram em frente à delegacia na qual estava detido, diante do que a Polícia respondeu com tiros para o alto para dispersar os manifestantes.

17:07
Anónimo disse...
Austrália: 14 mil se candidatam a 'emprego dos sonhos'

A secretaria de Turismo de Queensland, na Austrália, informou que até esta segunda-feira já recebeu cerca de 14 mil inscrições para o "o melhor emprego do mundo". O Estado australiano promove pela internet seleção para vaga de "zelador" da ilha Hamilton, por seis meses com um salário de R$ 40 mil.

Muitos candidatos tiveram problemas durante a inscrição por conta dos acessos simultâneos ao site. A secretaria aconselha enviar os vídeos de 60s explicando porque deve ser escolhido em horários alternativos do dia, além de recomendar tamanho em torno de 40MB.

As inscrições começaram em 12 de janeiro e vão até o próximo dia 22 e podem ser feitas pelo site www.islandreefjob.com. O governo australiano escolherá 50 candidatos para a próxima fase da seleção, que terá votos do público para eleger um dos 11 finalistas.

A última fase terá entrevistas e desafios físicos, no próprio local de trabalho: as ilhas da Grande Barreira Coralina - o maior recife de coral do mundo. A secretaria de Turismo anunciará o vencedor no dia 6 de maio.

17:09
Anónimo disse...
Mercado elogia governo na crise, mas pede maior queda no juro

Peter Fussy
Direto de São Paulo

Desde as primeiras medidas anunciadas para combater os efeitos da crise, o governo brasileiro avisou que a estratégia não contemplaria um pacote. Seriam doses pontuais, de acordo com a necessidade da economia diante do agravamento das turbulências. Da primeira liberação dos depósitos compulsórios em setembro até a ampliação do seguro-desemprego na última quarta-feira, o governo passou por redução de impostos, ampliação de crédito e incentivos à exportação. Quase 150 dias após a primeira medida, o Terra conversou com líderes do setor público e privado, representantes dos trabalhadores, acadêmicos e com o próprio governo para saber quais destas ações foram mais eficazes, quais foram mais ineficientes e o que mais pode ser feito pelo Estado brasileiro contra a crise.

Os maiores elogios foram direcionados à atitude de reduzir o Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) para a indústria automobilística, anunciada em dezembro e que fez com que os emplacamentos de carros novos subissem 1,9% no primeiro mês do ano em relação a dezembro de 2008. Já as maiores críticas foram para a lentidão no corte da taxa básica de juro do País.

Para o presidente do conselho administrativo do Grupo Pão de Açúcar, Abílio Diniz, o Estado não é responsável pela crise e mesmo assim está agindo "com extrema serenidade e muito acerto". "O governo está atento, fazendo a sua parte. É preciso coragem de baixar firmemente a taxa de juros. É uma arma que temos a nosso favor, já que não há clima para inflação, nem possibilidade de danos para a macroeconomia", afirmou Diniz.

Na última reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), em janeiro, a taxa Selic foi reduzida em um ponto percentual, de 13,75% para 12,75% ao ano. Porém, o professor de economia da Universidade de Brasília (UnB) José Luiz Oreiro lembra que este corte representa uma redução de apenas 0,25 ponto percentual com relação à taxa de setembro do ano passado, quando a crise se agravou.

"Pouco antes da eclosão da crise, o Banco Central aumentou a taxa em 0,75 ponto. Foram cinco meses de demora para reduzir em termos líquidos apenas 0,25 ponto", afirmou o economista, que também sugeriu redução do intervalo de cerca de 90 dias entre as reuniões do Copom e o corte de pelo menos um 1 ponto percentual em cada reunião.

Mesmo com o corte de janeiro, a taxa de juros real continua sendo a maior do mundo, lembrou o secretário-geral da Força Sindical, João Carlos Gonçalves, o Juruna. "A redução da taxa de juro ainda é pequena, porque ela continua uma das mais altas do mundo. Falta ousadia para baixar os juros e ajudar o cidadão. A permanência da taxa de juro alta é negativa para o País em meio a crise", afirmou Juruna.

Embora aprove as ações do governo, o senador Aloízio Mercadante (PT-SP) também acredita que o patamar da Selic está muito alto. "Sempre fomos os primeiros a entrar em qualquer crise, o que não aconteceu agora. A taxa Selic ainda é muito alta, mas o governo têm tomado medidas acertadas, como o aumento do salário mínimo, mesmo com um cenário de crise. Isso ajuda a movimentar o consumo. O governo está se esforçando para manter os investimentos e o crescimento", disse.

Tributos
De acordo com o economista Fabio Pina, da Fecomercio-SP, as ações mais positivas estão relacionadas à redução de tributos para alguns segmentos, como a indústria automobilística, que recuperou parte da queda nas vendas em janeiro com a isenção do IPI para carros 1.0 l e o corte para demais motorizações. A medida vale até o final de março.

"Essas medidas não só reduziram o preço, mas anteciparam o consumo daqueles que iriam comprar no futuro, dando um prêmio por conta da insegurança. Mexe diretamente com o principal problema que é a confiança do consumidor", afirmou. Juruna destacou que um bom ritmo de vendas é garantia de emprego. "É importante porque cada emprego na montadora significa 19 na cadeia produtiva", comentou o representante da Força Sindical.

Também em dezembro, o governo decidiu cortar pela metade a alíquota do Imposto de Renda para contribuintes que ganham entre R$ 1.434 e R$ 2.150 mensais. "O salário aumentava e a tabela não se modificava. As pessoas ganhavam mais e pagavam mais impostos", apontou Juruna. Outra redução de tributos do governo foi com relação ao Imposto sobre Operações Financeiras (IOF), que caiu de 3% ao ano para 1,5%.

Crédito
Na segunda metade de 2008, o colapso de bancos nos Estados Unidos por conta da crise do subprime provocou uma forte restrição de crédito no mundo inteiro. Uma das primeiras medidas anticrise do governo teve como objetivo restabelecer a oferta, com mudanças no recolhimento dos depósitos compulsórios por parte dos bancos. Segundo o presidente do Banco Central, Henrique Meirelles, as diversas modificações liberaram US$ 99,2 bilhões aos bancos até o final de janeiro.

Além disso, o governo concedeu R$ 36 bilhões das reservas internacionais para empresas brasileiras com dívidas no exterior e uma medida provisória autorizou o Banco do Brasil e a Caixa Econômica Federal a comprar carteiras de crédito de bancos privados. Para o diretor do Departamento de Pesquisas e Estudos Econômicos da Fiesp, Paulo Francini, estas medidas foram essenciais para combater os efeitos da crise.

"A crise se desenvolve no mundo em torno do tema crédito. E o crédito reduziu-se barbaridade no mundo. Então o governo lança mão de compulsório, lança mão de reservas, de medidas que permitem aos bancos comprar carteiras de bancos. Você vai tomando várias medidas para atender às demandas e o epicentro disso é crédito", afirmou.

No entanto, Oreiro, da UnB, adverte que a liberação dos compulsórios seria mais eficiente acompanhada de redução mais agressiva da taxa básica de juro. "Uma parte do crédito voltou, depois da forte retração em outubro e novembro. O que deveria ter sido feito junto à liberação do compulsório era uma redução mais drástica da taxa de juro. Sem isso, os bancos pegam as reservas e acabam comprando títulos públicos", explicou o economista.

Na opinião de Pina, as ações de distribuição de crédito via redução do compulsório e a disposição de capital de giro para empresas foram tomadas sem um cuidado maior na operação e não tiveram muito efeito. "O BNDES tem linhas que ficam paradas quase todo o ano, agora é pior ainda. Existem os recursos, mas as empresas e os bancos estão desconfiados. É preciso fazer com que os bancos tenham interesse em emprestar", afirmou o economista da Fecomercio-SP.

Futuro
Mesmo com todas essas medidas, a crise financeira ainda gera incertezas nos setores produtivos do País. Nos últimos meses, o medo do desemprego fez os consumidores adiarem compras. Por sua vez, a queda nas vendas pode obrigar as indústrias a cortarem a produção e demitir funcionários. Contra isso, empresários sugerem redução de jornada e de salários.

"Isto está previsto em lei. A Fiesp simplesmente manteve conversações com entidades sindicais quanto à aplicação daquilo que já está previsto em lei", afirmou Francini.

Segundo a ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff, uma das medidas que assegura um nível de emprego é a manutenção de investimentos no Programa de Aceleração do Crescimento (PAC). "Estamos esperando que a dificuldade ocorra em janeiro, fevereiro e março. Estamos certos que vamos manter o nível de investimento. É isso que funciona, é isso que significa investimento público. Ele funciona como um colchão. Por isso, nós colocamos R$ 100 bilhões no BNDES e a Petrobras ampliou o seu investimento em R$ 120 bilhões", afirmou.

Na mesma linha, Pina explica que a antecipação de gastos do governo substitui parte da demanda retraída do setor privado. "Ele dá o seguinte recado: não vou estourar as contas públicas, mas concentrar em um momento em que a demanda privada está pequena. Mas o governo não tem fôlego suficiente para fazer o papel de toda demanda", ressaltou. O economista da Fecomercio lembrou que a entidade já pleiteou junto ao governo isenções para transferência de imóveis e de automóveis, além de retirar o IPVA para veículos novos.

Já Oreiro foca suas propostas na capitalização do Banco do Brasil e da Caixa Econômica Federal pelo Tesouro para atender a demanda de crédito para capital de giro e reduzir o spread. "Aumentando o empréstimo e reduzindo as taxas, os dois vão forçar os bancos privados a acompanhar o movimento, até para não perderem participação no mercado", explicou o economista da UnB.

Até o Carnaval, o governou prometeu detalhar um pacote de incentivos para a construção de até um milhão de casas populares, direcionado a famílias com renda de até dez salários mínimos. "Estamos atentos a tudo o que está acontecendo e novas medidas serão tomadas caso haja uma avaliação de que sejam necessárias", disse o ministro da Fazenda, Guido Mantega, na última sexta-feira.

17:11
Anónimo disse...
Ex-ministro critica extensão do seguro-desemprego

Atualizada às 09h03

O ex-ministro do Trabalho Almir Pazzianotto criticou a decisão do governo federal de conceder o seguro-desemprego estendido a apenas alguns setores. "É certamente odioso e provavelmente inconstitucional", disse Pazzianotto, de acordo com o jornal O Estado de S. Paulo.

Na última qurta, dia do anúncio da medida, centrais sindicais elogiaram a atitude do governo. A Força Sindical divulgou nota dizendo que "o aumento ajudará a aquecer parte da economia, já que irá gerar mais consumo, produção e conseqüentemente, a criação de novos postos de trabalho". A União Geral dos Trabalhadores (UGT) afirmou que a medida "contribuirá para minimizar o drama dos trabalhadores que perderem seu emprego por conta da crise".

O ex-ministro, que instituiu o seguro-desemprego no País no governo de José Sarney, destacou a necessidade de as centrais sindicais se manifestarem contra a determinação. Para ele, as mudanças devem ser aplicadas a todas as categorias profissionais e a distinção é contrária ao artigo 3º da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT).

Pazzianotto atribui a medida a um possível temor do governo de que a crise econômica seja longa e não haja dinheiro para atender a todas as necessidades. Ainda assim, ele se mostra contrário ao método de concessão. "O seguro-desemprego ajuda a sanar necessidades básicas. Estendê-lo é paliativo, não a solução", disse ao jornal.

De acordo com o presidente do Conselho Deliberativo do Fundo de Amparo ao Trabalhador (Codefat) e conselheiro da Força Sindical, Luiz Fernando Emediato, a determinação já estava prevista na lei 8.900/94, que trata do seguro-desemprego.

O presidente da Comissão de Trabalho da Câmara, Pedro Fernandes (PTB-MA) vai além na crítica à concessão do seguro para apenas alguns setores. Ele acredita que a ampliação do benefício estimula o desemprego.

Quintino Severo, secretário geral da Central Única dos Trabalhadores (CUT), lembra que a ampliação do benefício sem critério e identificação pode incentivar demissões em outros setores.

17:13
Anónimo disse...
Empresas
TAM faz promoção para destinos internacionais

A companhia aérea TAM anunciou nesta sexta-feira tarifas promocionais para trechos internacionais. Os preços valem para bilhetes comprados entre 6h deste sábado e 23h59 deste domingo e são válidos para classe econômica. As tarifas, para ida e volta, serão vendidas a partir de US$ 99, mais taxas.

Segundo a aérea, a promoção vale para viagens feitas no período de 14 de fevereiro a 18 de junho de 2009. Para destinos na América do Sul, a permanência mínima é de dois dias; para bilhetes com destino nos Estados Unidos, cinco dias; e Europa, sete dias. A permanência máxima para as passagens para América do Sul e EUA é de dois meses e para Europa, três meses.

Entre os exemplos de tarifas promocionais, a TAM oferece São Paulo-Lima por US$ 99. Bilhetes para a rota São Paulo-Santiago serão vendidos a partir de US$ 199 e São Paulo-Nova York, US$ 799.

A emissão dos bilhetes deve ser feita obrigatoriamente no ato da reserva, obedecendo às regras estipuladas pela companhia. A compra está sujeita à disponibilidade de assentos nas classes tarifárias determinadas, trechos, horários e datas. A TAM afirmou que também há tarifas promocionais para a classe executiva.

Mais informações podem ser encontradas no site promocional (www.ofertastam.com.br), no site da empresa (www.tam.com.br) ou pelos telefones 4002-5700 ou 0800 5705700.

17:13
Anónimo disse...
Empresas
Consultoria negocia compra do parque temático Hopi Hari

A consultoria especializada em reestruturação de empresas Íntegra Associados informou nesta sexta-feira ter um acordo para comprar o parque de diversões Hopi Hari, localizado no interior de São Paulo. A empresa estaria disposta a investir R$ 10 milhões no parque, que tem dívida estimada em R$ 800 milhões. As informações são da edição deste sábado do jornal Folha de S. Paulo.

De acordo com o jornal, a transação ainda depende da negociação entre o Hopi Hari e seus credores, o que já estaria em andamento.

A consultoria paulista já atuou junto à Parmalat, durante 30 meses, quando reorganizou a gestão da empresa italiana.

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17:14
Anónimo disse...
Empresas
Disney de Tóquio contratará mais 2 mil apesar da crise


A Oriental Land, o operador da Disneylândia Tóquio e DisneySea, organizou neste domingo entrevistas para contratar cerca de 2 mil trabalhadores em tempo parcial, em um momento de grandes demissões deste tipo de empregados no Japão.

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O operador deste parque temático, situado em Urayasu, na província de Chiba (leste de Tóquio), está em pleno processo de seleção de empregados para 20 tipos de postos trabalhistas diferentes.

Segundo a companhia, citada pela agência local de notícias Kyodo, o parque contratará novos trabalhadores para as atrações, para os restaurantes e guardas de segurança entre outros. Os novos contratados começarão a trabalhar a partir de fevereiro.

O processo de seleção acontece em um momento em que a maioria das grandes companhias japonesas começaram a se ver obrigadas a despedir uma elevada percentagem de seus trabalhadores temporários e a tempo parcial.

Algumas inclusive anunciaram demissões de seus trabalhadores fixos, uma medida muito pouco comum nas companhias japonesas, perante os efeitos piores que o esperado pela crise econômica global.

Cerca de uma centena de pessoas esperavam desde a primeira hora desta manhã a abertura do centro de conferências Tokyo International Forum, onde as entrevistas estão sendo feitas, para ser os primeiros a solicitar os postos de trabalho.


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17:15
Anónimo disse...
Economia Internacional
Senado dos EUA aprova plano de estímulo à economia

O Senado dos Estados Unidos aprovou com 60 votos a favor e 38 contra o plano de estímulo à economia de US$ 787 bilhões na madrugada deste sábado. Agora, ele segue para sanção ou veto do presidente Barack Obama, que espera colocar a lei em prática até o dia 16 de fevereiro.

O plano prevê a criação de três milhões de empregos, inclui cortes de impostos às famílias, fundos para programas sociais e obras públicas, além de ajuda aos governos estaduais, estudantes e desempregados.

A cláusula Buy American - que exige o uso de ferro, aço e produtos manufaturados dos Estados Unidos em obras realizadas com recursos do pacote - ficou de lado. Segundo o texto definitivo, a cláusula será aplicada sem violar as normas do comércio internacional.

Ontem à tarde, a Câmara de Representantes (deputados) havia aprovado, por 246 votos a favor e 183 contra, a versão final do plano. Todos os republicanos foram contrários ao pacote.

Pelo acordo de quarta-feira entre Câmara e Senado, em vez de custar US$ 819 bilhões, como queriam os deputados, ou US$ 838 bilhões como pretendiam os senadores, o pacote ficou em cerca de US$ 787 bilhões, com 65% desse total destinado a gastos do governo federal e 35%, a créditos tributários.

17:16
Anónimo disse...
Economia nacional
Na era Lula, aposentadoria sobe 54% menos que salário mínimo

Thatiane Faria
Especial para o Terra
Direto de São Paulo

Os índices de reajustes concedidos pelo governo em 2009 para aposentados e pensionistas e para o salário mínimo repetiram uma diferença que, só durante o governo de Luiz Inácio Lula da Silva, já chega a 54%. Enquanto o mínimo foi majorado em 12% este ano, as pensões e aposentadorias tiveram aumento de 5,92%. Aposentados que têm o benefício do governo como única fonte de renda reclamam que perdem poder de compra e que sua cesta de compras é composta por itens que aumentam mais em relação à inflação oficial.

Um exemplo prático pode ser entendido a partir da comparação entre um aposentado que ganhava R$ 600 em janeiro de 2003. Na época, o benefício era três vezes, ou 200%, maior que o valor do mínimo em vigência, que era de R$ 200. Aplicando-se os índices de reajuste para aposentadorias e para o mínimo durante os últimos seis anos, o mesmo aposentado estaria recebendo hoje R$ 938,47, comparado a um salário mínimo de R$ 465. A diferença entre os dois valores caiu para pouco mais de 100%.

Enquanto o índice acumulado de reajuste para a aposentadoria durante o governo Lula foi de 60%, para o salário mínimo está em 132%.

O diretor do Sindicato Nacional dos Aposentados, João Inocentini, reclama que os valores dos benefícios para aposentadorias não mantêm o poder de compra do grupo, principalmente dos aposentados que recebem menos que dez salários mínimos.

Nem mesmo o fato de o índice de reajuste das aposentadorias ter ficado acima da inflação acumulada no mesmo período (o IPCA entre janeiro de 2003 e janeiro de 2009 foi de 39,7%) serve de argumento, segundo os aposentados.

"Os idosos, principalmente, têm gastos além das contas gerais como gás, telefone e aluguel. Para eles o custo com remédios, e outros itens da área saúde costuma ser maior", afirmou Inocentini.

O presidente do sindicato afirmou que o grupo realiza um estudo com 100 itens de necessidade de um idoso para comparar o aumento dos produtos com o índice de reajuste do benefício recebido pelos aposentados.

"Daqui dois meses vamos abrir um processo na Justiça e levar essa pesquisa como prova. Segundo a lei, o governo é obrigado a manter o poder de compra com a aposentadoria", disse Inocentini.

Alternativas
O consultor financeiro Cláudio Boriola diz que os aposentados, especialmente nesse momento de crise econômica, devem evitar compras parceladas, pesquisar preços, negociar e fazer bom planejamento financeiro.

Segundo Boriola, alguns aposentados ganham um valor mensal muitas vezes insuficiente para o pagamento das contas e acabam pedindo crédito ou realizando pagamentos a prazo e são obrigados a pagar juros altos.

Na opinião do consultor, pagar uma previdência privada é uma alternativa indicada para quem ainda trabalha, considerando a característica de perda de poder de compra da aposentadoria.

"Na prática, infelizmente os valores encontram-se em um patamar que está deteriorando o poder de aquisição da população brasileira", completou Boriola.

De acordo com o diretor da Confederação Brasileira de Aposentados e Pensionistas (Cobap), Vicente Fernandes Barbosa, representantes dos aposentados tentarão um encontro com o presidente da Câmara, deputado Michel Temer (PMDB-SP), para discutir projetos que minimizem a perda dos aposentados

17:17
Anónimo disse...
Previdência
Previdência prorroga isenção de tarifas no benefício

O atual sistema de pagamento aos 26 milhões de aposentados e pensionistas do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) será mantido até o final deste ano. O acordo, que permite realizar a operação sem nenhum custo aos beneficiários, foi renovado nesta sexta-feira, entre o governo federal e 21 instituições financeiras.

Por meio desse acordo, vigente desde setembro de 2007, nem os segurados, nem os bancos e nem o governo arcam com o pagamento de tarifas, conforme explicou o ministro da Previdência Social, José Pimentel. A prorrogação vale até dezembro, data máxima para que a Previdência defina as regras para um novo contrato.

Ao assinar o termo de renovação, na sede da Federação Brasileira dos Bancos (Febraban), o ministro disse que a intenção do governo é mudar o atual modelo de gestão visando a reduzir os custos dessas operações em torno da folha mensal, que atinge R$ 15,8 bilhões. No entanto, qualquer alteração, conforme explicou, passará antes por audiências públicas a serem realizadas a partir do segundo semestre deste ano, atendendo a determinação do Tribunal de Contas da União (TCU).

De acordo com Pimentel, com um redesenho do mecanismo de repasse dos recursos aos bancos em torno da folha de pagamento dos segurados o que se busca é um aumento da participação de instituições financeiras. Ele informou que, desde 2007, cada benefício custa em média R$ 1,07 ao governo. "Quanto mais instituições financeiras estiverem prestando serviços à sociedade, maior é a competitividade, a agilidade no atendimento", justificou.

O ministro observou, ainda, que, para permitir uma redução para algo em torno de meia hora no tempo de atendimento para a concessão dos direitos previdenciários, o governo investiu R$ 280 milhões.

Questionado sobre o descontentamento dos segurados que ganham acima de um salário mínimo terem obtido apenas a correção com base na variação do Índice de Preços ao Consumidor (INPC) , ficando abaixo do reajuste dado a quem recebe apenas o mínimo, Pimentel argumentou que o governo seguiu o que determina a lei e descartou a possibilidade de uma revisão

17:17
Anónimo disse...
Empresas
Caterpillar oferece aposentadoria antecipada a 2 mil


A companhia americana Caterpillar ofereceu a cerca de dois mil funcionários incentivos para que se aposentem de forma voluntária antes do previsto, pela perspectiva de uma queda "significativa" da atividade industrial, informou nesta quarta-feira a empresa.

A iniciativa, destinada aos trabalhadores de diversas fábricas em Illinois, Colorado, Tennessee e Pensilvânia, se soma aos cortes de empregos anunciados em janeiro, explicou em comunicado de imprensa.

A empresa, a maior fabricante mundial de maquinaria pesada para a construção e a mineração, acrescentou que, "em função das condições de negócio, podem ser necessárias mais reduções de elenco voluntárias e involuntárias à medida que o ano avança".

O vice-presidente da companhia, Sid Banwart, explicou que a empresa prevê "demissões significativas em todas as regiões geográficas e na maioria dos setores devido às dificuldades da economia mundial".

17:18
Anónimo disse...
Comércio
Comércio exterior da OCDE caiu no 3º trimestre de 2008


As exportações e as importações dos países da Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Econômico (OCDE) caíram 1,6% e 0,2%, respectivamente, no terceiro trimestre de 2008, em relação aos três meses anteriores.

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Trata-se da primeira queda destas atividades desde o terceiro trimestre de 2006, segundo o último relatório trimestral sobre fluxos comerciais divulgado pela OCDE.

As exportações e as importações em dólares dos 30 Estados-membros caíram 15,6% e 17%, respectivamente, na comparação anualizada.

Por sua vez, o comércio dos sete países mais ricos do mundo (G7) teve um pequeno crescimento no terceiro trimestre de 2008 com uma queda das exportações de mercadorias de 0,2% em relação ao trimestre anterior e um aumento de 0,4% das importações.

Em termos anualizados, as importações do G7 caíram 1,4% entre julho e setembro do ano passado, seu primeiro retrocesso desde o terceiro trimestre de 2006, enquanto as exportações aumentaram 1,9%, seu crescimento mais baixo no mesmo tempo.

Por países, a Alemanha aumentou suas importações em 3,4% - valor mais alto do G7 -, enquanto suas exportações caíram 2,9% do segundo para o terceiro trimestre de 2008.

Pelo contrário, as exportações americanas aumentaram 1,8% entre julho e setembro de 2008, enquanto as importações caíram 0,7% em relação ao trimestre anterior. No Japão, tanto as importações quanto as exportações caíram em torno de 1% no mesmo período.

17:19
Anónimo disse...
Economia Nacional
Lula: juros de crédito consignado a aposentados são altos

Atualizada às 17h29

O presidente Luis Inácio Lula da Silva afirmou nesta terça-feira, em São Paulo, que está lutando para reduzir as taxas de juros cobradas de aposentados em crédito consignado. A Previdência Social estabelece uma taxa máxima de 2,5% para empréstimo e de 3,5% para cartão. Para Lula, os valores são altos.

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"Acho que o juro que os aposentados estão pagando hoje com o crédito consignado é alto para o padrão brasileiro", disse o presidente durante a cerimônia de comemoração dos 86 anos do INSS.

A Previdência anunciou nesta terça-feira que aposentados e trabalhadoras com licença-maternidade poderão receber seus benefícios em 30 minutos. De acordo com Lula, em junho, a aposentadoria do trabalhador rural também será conseguida em meia hora.

Além disso, o presidente anunciou que, também em junho, os trabalhadores que alcançarem o direito à aposentadoria passarão a receber em suas casas um comunicado da Previdência informando o fato e o valor do salário que têm direito a receber. "É um comprometimento público que estou fazendo com os companheiros da Previdência Social", disse.

"Estamos retribuindo ao contribuinte da Previdência Social aquilo que é a cidadania que ele tem direito", afirmou Lula. "Se para cobrar nós somos tão precisos, para devolver o dinheiro, temos que chegar próximo à perfeição", completou.

17:20
Anónimo disse...
Economia Nacional
Salário maternidade sairá em 30 minutos, diz ministro

Toda trabalhadora autônoma que tiver contribuído pelo menos 10 meses com o Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) - ou as que possuírem carteira assinada - poderão receber em 30 minutos o salário maternidade a partir desta terça-feira. Da mesma forma, as mulheres com 30 anos de contribuição e os homens com 35 anos também terão direito ao benefício de forma mais rápida. A informação é do ministro da Previdência Social, José Pimentel.

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Para requerer o salário maternidade, é preciso que as autônomas levem a carteira de identidade e o carnê de contribuição. As demais trabalhadoras devem apresentar a identificação e a carteira de trabalho. Desde o início do mês, a nova forma de análise para a concessão de benefícios foi adotada para a aposentadoria por idade do trabalhador urbano e agora foi estendida para o salário maternidade e por tempo de contribuição.

O ministro disse que a qualificação do serviço da previdência social é o reconhecimento do direito dos trabalhadores e da afirmação da cidadania.

"Até pouco tempo na cabeça do cidadão o serviço devia ser de péssima qualidade. Agora não, nós modificamos toda a legislação no mês de dezembro numa ação conjunta do Congresso Nacional com o governo federal. Estamos implantando e concedendo os benefícios em até 30 minutos", afirmou.

O ministro destacou que para conseguir se aposentar ou ter acesso à licença maternidade em 30 minutos, em primeiro lugar, é necessário que o cidadão esteja vinculado à Previdência, o que inclui 65% da população acima de 16 anos de idade.

"Depois bastar marcar pelo sistema 135 o dia e a hora do atendimento e levar a documentação. Se todos os dados necessários estiverem corretos o contribuinte será atendido em até 30 minutos, como vem sendo feito com as aposentadorias por idade desde o dia cinco de janeiro", explicou.

Pimentel disse ainda que em 90% das agências da previdência social o atendimento é marcado em até 48 horas. Nos grandes centros, entretanto existe um volume maior o que torna mais lento o processo.

"Estamos criando mais 715 agências até 2010, em todo o território nacional, para descentralizar o atendimento. Em 2008, atendemos 295 mil benefícios e aposentadorias por idade. Temos 4 mil pessoas por dia procurando e se aposentando por idade no território nacional. Este serviço será agilizado", concluiu.

17:27
Anónimo disse...
Giuseppe Englaro, pai de Eluana, a italiana que morreu na segunda-feira passada por desidratação, recusou uma grande soma de dinheiro de um conhecido fotógrafo italiano que queria retratar a filha em estado de coma, disse neste sábado o neurologista que atendia a mulher desde 1996, Carlo Defanti.

O neurologista, que participou hoje de uma conferência sobre eutanásia, disse que Englaro respeitou a vontade da filha, que, antes do acidente, tinha pedido que, se lhe ocorresse qualquer coisa irreversível, apresentasse sua imagem de quando estava em boas condições.

Antes de sofrer o acidente de trânsito, em 1992, Eluana viveu o coma de um amigo, Alessandro, o que causou forte impacto na italiana e a levou a fazer o pai prometer que não a deixasse viver em estado vegetativo, disse o próprio Giuseppe Englaro.

Defanti, que dissera que Eluana poderia viver de dez a 12 dias depois da suspensão da alimentação e da hidratação, disse que, como médico, tinha que reprovar esta afirmação.

"Não se pode sobreviver após três ou quatro dias sem líquido e, em particular, água em um corpo. Sabemos bem que, quando há um terremoto, após quatro dias é difícil encontrar sobreviventes".

Defanti ressaltou que Eluana "não falava, não se comunicava com o exterior" e que, após vários exames, "nos deparamos com uma moça que tinha perdido a consciência", porque estava com o córtex cerebral prejudicado.

Eluana foi enterrada na quinta-feira passada no túmulo da família na localidade de Paluzza, em Udine, após um funeral que não contou com a presença dos pais.

16:53
Anónimo disse...
Os bombeiros combatem neste sábado os incêndios na Austrália favorecidos pelo bom tempo, enquanto os deslocados encotram em seu retorno casas derruídas, carros queimados nas ruas e destruição.

Depois de sete dias desde que começaram os incêndios no Estado de Victoria, a lista de mortos chega a 181, os desaparecidos somam 50, os edifícios destruídos totalizam 1,834 mil e o terreno arrasado, principalmente florestas, ocupa uma área de 4,13 mil quilômetros quadrados.

As equipes de bombeiros, formadas por 4 mil profissionais de Victoria, de outras partes da Austrália e de países amigos, combateram hoje 12 focos fora de controle e nenhum representava uma ameaça direta para a população.

O subdiretor do Serviço de Bombeiros, Geoff Conway, disse que este tempo favorável, que se prolongará durante o domingo, permite consolidar as linhas de contenção e avançar na extinção das chamas.

Cinzas apareceram arrastadas por ventos do nordeste sobre Melbourne, onde habitam 3,8 milhões de pessoas, e as autoridades alertaram aos cidadãos do risco para a saúde de idosos, crianças e pessoas com problemas respiratórios.

O número de pessoas deslocadas - a Cruz Vermelha chegou a receber 7 mil - começou a cair com a abertura de algumas localidades atingidas.

Os incêndios, alguns criminosos, começaram em 7 de fevereiro, quando a região sul da Austrália estava há duas semanas sob uma onda de calor sem precedentes.

Na sexta-feira passada, a polícia acusou uma pessoa de ter provocado o incêndio que atingiu a localidade de Churchill e matou 21 pessoas.

16:55
Anónimo disse...
A primeira chuva em seis dias reduziu a ameaça de incêndios no Estado de Victoria, ao sul da Austrália. As autoridades, porém, advertiram que ainda existem 12 focos, mas que nenhum deles ameaça áreas povoadas.

Mais de quatro mil bombeiros, mil provenientes de outras partes do país e de outras nações, trabalham contra o fogo. Cerca de 600 veículos e 28 helicópteros e pequenos aviões estão sendo usados.


Eles conseguiram construir linhas de contenção para evitar os incêndios de Yarra e Maroondah se juntassem. Também foram controlados os incêndios abertos de Yea e Murrindindi, que ameaçavam as comunidades de Connellys Creek, Crystal Creek, Scrubby Creek e Native Dog Creek.

O número de mortos chegou a 181, mas as autoridades acreditam que as vítimas devem passar de 200, já que ainda há muitos desaparecidos.

16:55
Anónimo disse...
Aqui nesta coluna, na semana passada, tive a oportunidade de comentar sobre a recente visita do professor brasileiro Pedrinho Guareschi à Austrália. Não dei, porém, os fatos, pois semana passada o assunto era outro.

Hoje, porém, vamos a eles.

No último dia 4 de fevereiro, aconteceu o Seminário "Paulo Freire: Education and Liberation", organizado pelo centro de estudos latino-americanos da Universidade Nacional da Austrália, ou ANU, como é mais conhecida por aqui.

A ANU, para quem não sabe, está entre as 20 melhores universidades do mundo! E tem sede aqui em Camberra, capital da Austrália.

Na abertura do evento, o professor John Minns, diretor do centro latino-americano, ao dar boas-vindas ao público presente, lembrou ser aquele o primeiro seminário exclusivamente dedicado a Paulo Freire na Austrália.

Em seguida, convidou Pedrinho Guareschi, palestrante principal do Seminário, a fazer sua apresentação.

A plateia pode então conhecer, pelas palavras de Pedrinho, um pouco da obra e da vida de Freire, esse brasileiro de fé e valor, que sempre acreditou na educação, sobretudo dos menos favorecidos, analfabetos, como força libertadora.

Como não podia deixar de ser, os conceitos e ideias revolucionários de Paulo Freire, expostos com clareza por Pedrinho, despertaram o interesse e a curiosidade de plateia. A qual, deve-se notar, era na maioria de estudantes, mas de várias nacionalidades, sobretudo australianos e asiáticos.

Na continuação do programa do seminário, que se estendeu por dois dias, outros professores fizeram palestras sobre temas ligados à obra de Paulo Freire.

Interessante, por exemplo, saber que a professora Anne Hickling-Hudson, jamaicana que mora na Austrália há muitos anos (é professora da ANU), conheceu e trabalhou com Freire num workshop educacional durante a revolução na Ilha de Granada, em 1980, antes da invasão dos Estados Unidos...

Ou, então, a palestra da Professora Gerda Roelvink, da Nova Zelândia, que participou do Fórum Social de Porto Alegre em 2005. E essa participação transformou-se em tema de doutorado.

No dia 10, terça-feira passada, o padre Pedrinho Guareschi voltou a falar ao público australiano em grande auditório localizado no belíssimo campus da ANU. Desta vez, sobre a Teologia da Libertação.

Depois da palestra, John Minns mostrou o filme mexicano "O Crime do Padre Amaro", no qual um dos personagens é um padre católico praticante da Teologia da Libertação.

Mais uma vez, foi grande o intersse da platéia, que pode aprender e conhecer um pouco como se desenvolveu aquele importante movimento católico na América Latina.

Fica, assim, ao Pedrinho, bem como a outros brasileiros estudiosos e de bom coração que saem pelo mundo a divulgar aspectos importantes da cultura brasileira, o respeito e a homenagem desta coluna. E... aquele abraço!

16:57
Anónimo disse...
Amanda Kitts perdeu o braço esquerdo em um acidente de automóvel acontecido três anos atrás, mas hoje em dia ela joga futebol americano com seu filho de 12 anos de idade, troca fraldas e abraça as crianças nas três creches Kiddie Cottage que opera em Knoxville, Tennessee. Kitts, 40 anos, faz tudo isso com a ajuda de um novo tipo de braço artificial que se movimenta com mais facilidade do que outros aparelhos e que ela pode controlar utilizando apenas seus pensamentos.

"Eu sou capaz de mexer a mão, o pulso e o cotovelo ao mesmo tempo", diz. "Você pensa e os músculos se movem em seguida".

A recuperação que ela conseguiu resulta de um novo procedimento que vem atraindo crescente atenção porque permite que pessoas movam braços protéticos de forma mais automática do que faziam no passado, simplesmente utilizando nervos reaproveitados em seus cérebros.

A técnica, conhecida como "renervação muscular dirigida", envolve utilizar os nervos que restam depois da amputação de um braço e conectá-los a outro músculo do corpo, em geral no peito. Eletrodos são instalados sobre os músculos do peito, e operam como se fossem antenas. Quando a pessoa deseja mover o braço, o cérebro envia sinais que primeiro resultam em contração dos músculos do peito, os quais enviam um sinal ao braço protético, instruindo-se a se movimentar. O processo não requer mais esforços consciente do que a pessoa teria de exercitar caso ainda tivesse seu braço natural.

Na terça-feira, pesquisadores reportaram em estudo publicado pela versão online do Journal of the American Medical Association que haviam levado a técnica ainda mais à frente, tornando possível a execução de 10 movimentos de mão, pulso e cotovelo diferentes, o que representa uma substancial melhora com relação ao típico repertório protético, que em geral envolve apenas dobrar o cotovelo, girar o pulso e abrir a mão.

"Os novos métodos tiveram impacto dramático em nosso campo de trabalho", disse Stuart Harshbarger, engenheiro biomédico na Universidade Johns Hopkins e diretor do programa de pesquisa sobre próteses, financiado pelas forças armadas, que inclui o trabalho com essa técnica. "O método já está em uso por médicos e cirurgiões comuns em todo o país. A capacidade de controlar um membro protético bastante robusto que ele confere surpreendeu a todos pela qualidade".

Tipicamente, uma pessoa que tenha um braço protético só é capaz de executar alguns poucos movimentos, e muitas vezes com tamanha lentidão que isso só permite a ela atividades limitadas.

Há um motor separado para cada movimento, diz Gerald Loeb, professor de engenharia biomédica na Universidade do Sul da Califórnia, "e esses motores precisam ser controlados de maneira explícita", usualmente por um esforço consciente da pessoa para contrair músculos nas costas ou no bíceps.

"Essencialmente, até agora os pacientes controlavam apenas um motor de cada vez", diz Loeb, "e precisavam pensar cuidadosamente sobre que motor desejavam controlar e como fazê-lo operar, em lugar de simplesmente pensarem em mover o braço e poderem fazê-lo sem delongas".

Antes que Kitts passasse pelo procedimento de renervação, em outubro de 2007, por exemplo, ela precisava movimentar os músculos de suas costas de determinada maneira para fazer com que seu pulso girasse, e flexionar seu bíceps e tríceps para fazer com que o cotovelo se movesse para cima e para baixo. "Era muito trabalho", ela conta. "E não me ajudava muito".

O procedimento de renervação é parte de uma recente explosão de idéias novas e técnicas inovadoras que estão sendo exploradas enquanto os cientistas se esforçam por ajudar as pessoas a compensar melhor a perda de membros ou problemas de paralisia. O esforço vem sendo alimentado pelo aumento no número de amputações causado por diabetes e por ferimentos sofridos pelos militares, e ao mesmo tempo pelos avanços na tecnologia médica.

Os braços se tornaram um dos focos essenciais desse tipo de trabalho. A ciência há muito vem obtendo sucessos no desenvolvimento de próteses de perna, mas é muito mais difícil imitar a complexidade e a destreza das mãos e dos braços.

Os esforços em curso incluem o desenvolvimento de projetos de pele e braços mais sensíveis e mais flexíveis, e o uso de dispositivos acionados por controles sem fio implantado nos braços protéticos, que permitiriam movimentos mais naturais.

Os pesquisadores também vêm usando sensores implantados nos cérebros de cobaias para permitir que dois macacos controlem um braço mecânico, e um teste com um homem paralítico permitiu, com esse método, que ele movimentasse um cursor em uma tela de computador.

Alguns desses métodos, caso venham a ser aperfeiçoados plenamente e consigam aprovação das autoridades regulatórias da saúde, podem no futuro se tornar mais viáveis para os pacientes de amputações.

E embora a técnica da renervação não requeira aprovação das autoridades regulatórias porque é executada por meios cirúrgicos e emprega aparelhos já existentes, ela apresenta limitações que até mesmo seus criadores reconhecem, entre as quais o fato de que não se pode utilizá-la para todos os pacientes, o seu alto custo e o prazo de meses requerido para que os nervos reconectados cresçam e se tornem efetivos.

Ainda assim, os especialistas dizem que é o mais avançado sistema em uso hoje para pacientes reais que permite que o sistema nervoso controle diretamente o movimento de um braço artificial.

Desde sua introdução por Todd Kuiken, médico fisioterapeuta e engenheiro biomédico do Instituto de Reabilitação de Chicago, o método foi empregado em cerca de 30 pacientes nos Estados Unidos, Canadá e Europa, entre os quais oito soldados feridos no Iraque e no Afeganistão.

Muitos dos pacientes, entre os quais o primeiro, Jesse Sullivan, um operário do setor elétrico no Tennessee que perdeu os dois braços quando foi eletrocutado por um cabo, conseguem não apenas manipular seus braços protéticos mas sentir a presença das mãos que já não têm quando alguém toca em seus peitos.

Sullivan, 62 anos, e Kitts, estavam entre os cinco pacientes que participaram do estudo reportado na terça-feira. Em companhia de cinco outras pessoas que não passaram por amputações, eles receberam os eletrodos e foram instruídos a usar pensamentos para fazer com que um braço virtual na tela reproduzisse 10 movimentos diferentes, entre os quais três formas diferentes de aperto de mão.

Os pacientes apresentaram desempenho bastante respeitável, apenas um pouco mais lento e menos preciso do que os dos participantes que não tinham amputações.

"As velocidades de movimento que encontramos em nossos pacientes foram realmente encorajadoras", disse Kuiken. "Eles conseguiram completar a tarefa. É claro que não foram tão competentes quanto as pessoas dotadas de plena capacidade física, mas foram bons o bastante".

Um braço virtual foi usado porque a maioria das próteses existentes não era capaz de acomodar todos aqueles movimentos, no momento da pesquisa, ainda que Sullivan, Kitts e uma terceira paciente, Claudia Mitchell, tenham experimentado dois novos protótipos mais versáteis de braços artificiais, executando tarefas complexas com bolas de tênis e outros objetos.

O trabalho de renervação em soldados apresenta outros desafios, diz Kuiken, porque os ferimentos militares muitas vezes "causam danos muitos extensos" a nervos, músculos ou ossos.

Daniel Acosta, 25 anos, um aviador ferido pela detonação de uma bomba em uma estrada do Iraque em 2005, passou pelo procedimento no ano passado e diz que seu braço esquerdo protético agora se movimenta "muito mais rápido" e de maneira muito mais natural.

"A diferença é que agora não preciso mais pensar para mover o braço", ele diz. "Ele simplesmente se mexe".

Ainda assim, Acosta, de San Antonio, diz que "o processo foi bastante longo" e que os eletrodos precisam ser ajustados para receber os sinais à medida que os nervos crescem ou mudam de posição.

E embora elogiem o método, os especialistas afirmam que a ciência das próteses de braço ainda tem muito por avançar.

"Trata-se de uma parte crucial, mas ainda assim apenas uma parte, das muitas coisas que compreendem a função normal de um braço", disse Loeb, que escreveu um editorial que acompanha o artigo no Journal of the American Medical Association.

"No momento estamos a meio do caminho entre o braço de 'Dr. Fantástico', que fazia involuntariamente a saudação nazista, e o braço de Luke Skywalker em 'Guerra nas Estrelas', que funciona sem nenhum problema assim que é conectado. Creio que precisaremos ainda de muitos anos para conectar todas as peças necessárias a produzir um braço capaz de funcionar normalmente".

17:04
Anónimo disse...
A Espanha disse neste sábado que está preparando uma reclamação oficial contra a decisão da Venezuela de expulsar um membro do Parlamento Europeu que criticou o conselho eleitoral venezuelano.
Luis Herrero, membro do partido conservador espanhol PP, foi deportado na sexta-feira depois que o Conselho Nacional Eleitoral (CNE) o acusou de questionar a imparcialidade da instituição antes de um referendo que pode permitir ao presidente Hugo Chávez permanecer no cargo indefinidamente.

Herrero estava na Venezuela como observador do referendo. Ele acusou Chávez de ter "comportamentos típicos de um ditador" por pedir a contenção de manifestações da oposição.

O governo da Espanha convocou um encontro com o embaixador da Venezuela em Madri para expressar a desaprovação sobre a expulsão de Herrero, disse um representante do Ministério das Relações Exteriores espanhol.

As relações da Venezuela com a Espanha tiveram seu ponto crítico em 2007, quando Chávez ameaçou rever acordos diplomáticos e comerciais depois de ouvir um "cala a boca" do rei espanhol Juan Carlos durante uma cúpula.

A fenda foi oficialmente reparada em 2008, com uma visita oficial de Chávez à Espanha, onde ele cumprimentou o rei e discutiu acordos para investimento no setor petroquímico com o primeiro-ministro José Luis Rodriguez Zapatero.

17:06
Anónimo disse...
A polícia do Zimbábue anunciou neste sábado que acusa de traição Roy Bennett, dirigente do até agora opositor Movimento para a Mudança Democrática (MDC), detido na sexta-feira, em Harare, poucas horas antes da cerimônia de posse dos membros do novo gabinete.

"A Polícia nos informou que vão apresentar acusações de traição", disse à agência EFE o advogado de defesa de Bennett, Trust Maanda.

"Tentam relacionar Roy com o caso de Mike Hitschmann, que foi detido em 2006 em relação à descoberta de um carregamento de armas, apesar de que Hitschmann não tenha sido declarado culpado das acusações de traição apresentadas contra ele, mas de um crime menor de descumprimento de leis", disse Maanda.

O político opositor, designado por seu partido como vice-ministro de Agricultura no Governo de união nacional, esteve no exílio na vizinha África do Sul desde 2006 e retornou ao Zimbábue há duas semanas.

Segundo a Polícia, que deteve Bennett ontem no aeroporto de Harare quando pretendia ir à África do Sul para visitar sua família, as armas apreendidas em 2006 seriam utilizadas em um golpe de Estado para derrubar o presidente do Zimbábue, Robert Mugabe.

Depois da detenção, Bennet foi levado a Mutar, onde vários simpatizantes do MDC se concentraram em frente à delegacia na qual estava detido, diante do que a Polícia respondeu com tiros para o alto para dispersar os manifestantes.

17:07
Anónimo disse...
Austrália: 14 mil se candidatam a 'emprego dos sonhos'

A secretaria de Turismo de Queensland, na Austrália, informou que até esta segunda-feira já recebeu cerca de 14 mil inscrições para o "o melhor emprego do mundo". O Estado australiano promove pela internet seleção para vaga de "zelador" da ilha Hamilton, por seis meses com um salário de R$ 40 mil.

Muitos candidatos tiveram problemas durante a inscrição por conta dos acessos simultâneos ao site. A secretaria aconselha enviar os vídeos de 60s explicando porque deve ser escolhido em horários alternativos do dia, além de recomendar tamanho em torno de 40MB.

As inscrições começaram em 12 de janeiro e vão até o próximo dia 22 e podem ser feitas pelo site www.islandreefjob.com. O governo australiano escolherá 50 candidatos para a próxima fase da seleção, que terá votos do público para eleger um dos 11 finalistas.

A última fase terá entrevistas e desafios físicos, no próprio local de trabalho: as ilhas da Grande Barreira Coralina - o maior recife de coral do mundo. A secretaria de Turismo anunciará o vencedor no dia 6 de maio.

17:09
Anónimo disse...
Mercado elogia governo na crise, mas pede maior queda no juro

Peter Fussy
Direto de São Paulo

Desde as primeiras medidas anunciadas para combater os efeitos da crise, o governo brasileiro avisou que a estratégia não contemplaria um pacote. Seriam doses pontuais, de acordo com a necessidade da economia diante do agravamento das turbulências. Da primeira liberação dos depósitos compulsórios em setembro até a ampliação do seguro-desemprego na última quarta-feira, o governo passou por redução de impostos, ampliação de crédito e incentivos à exportação. Quase 150 dias após a primeira medida, o Terra conversou com líderes do setor público e privado, representantes dos trabalhadores, acadêmicos e com o próprio governo para saber quais destas ações foram mais eficazes, quais foram mais ineficientes e o que mais pode ser feito pelo Estado brasileiro contra a crise.

Os maiores elogios foram direcionados à atitude de reduzir o Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) para a indústria automobilística, anunciada em dezembro e que fez com que os emplacamentos de carros novos subissem 1,9% no primeiro mês do ano em relação a dezembro de 2008. Já as maiores críticas foram para a lentidão no corte da taxa básica de juro do País.

Para o presidente do conselho administrativo do Grupo Pão de Açúcar, Abílio Diniz, o Estado não é responsável pela crise e mesmo assim está agindo "com extrema serenidade e muito acerto". "O governo está atento, fazendo a sua parte. É preciso coragem de baixar firmemente a taxa de juros. É uma arma que temos a nosso favor, já que não há clima para inflação, nem possibilidade de danos para a macroeconomia", afirmou Diniz.

Na última reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), em janeiro, a taxa Selic foi reduzida em um ponto percentual, de 13,75% para 12,75% ao ano. Porém, o professor de economia da Universidade de Brasília (UnB) José Luiz Oreiro lembra que este corte representa uma redução de apenas 0,25 ponto percentual com relação à taxa de setembro do ano passado, quando a crise se agravou.

"Pouco antes da eclosão da crise, o Banco Central aumentou a taxa em 0,75 ponto. Foram cinco meses de demora para reduzir em termos líquidos apenas 0,25 ponto", afirmou o economista, que também sugeriu redução do intervalo de cerca de 90 dias entre as reuniões do Copom e o corte de pelo menos um 1 ponto percentual em cada reunião.

Mesmo com o corte de janeiro, a taxa de juros real continua sendo a maior do mundo, lembrou o secretário-geral da Força Sindical, João Carlos Gonçalves, o Juruna. "A redução da taxa de juro ainda é pequena, porque ela continua uma das mais altas do mundo. Falta ousadia para baixar os juros e ajudar o cidadão. A permanência da taxa de juro alta é negativa para o País em meio a crise", afirmou Juruna.

Embora aprove as ações do governo, o senador Aloízio Mercadante (PT-SP) também acredita que o patamar da Selic está muito alto. "Sempre fomos os primeiros a entrar em qualquer crise, o que não aconteceu agora. A taxa Selic ainda é muito alta, mas o governo têm tomado medidas acertadas, como o aumento do salário mínimo, mesmo com um cenário de crise. Isso ajuda a movimentar o consumo. O governo está se esforçando para manter os investimentos e o crescimento", disse.

Tributos
De acordo com o economista Fabio Pina, da Fecomercio-SP, as ações mais positivas estão relacionadas à redução de tributos para alguns segmentos, como a indústria automobilística, que recuperou parte da queda nas vendas em janeiro com a isenção do IPI para carros 1.0 l e o corte para demais motorizações. A medida vale até o final de março.

"Essas medidas não só reduziram o preço, mas anteciparam o consumo daqueles que iriam comprar no futuro, dando um prêmio por conta da insegurança. Mexe diretamente com o principal problema que é a confiança do consumidor", afirmou. Juruna destacou que um bom ritmo de vendas é garantia de emprego. "É importante porque cada emprego na montadora significa 19 na cadeia produtiva", comentou o representante da Força Sindical.

Também em dezembro, o governo decidiu cortar pela metade a alíquota do Imposto de Renda para contribuintes que ganham entre R$ 1.434 e R$ 2.150 mensais. "O salário aumentava e a tabela não se modificava. As pessoas ganhavam mais e pagavam mais impostos", apontou Juruna. Outra redução de tributos do governo foi com relação ao Imposto sobre Operações Financeiras (IOF), que caiu de 3% ao ano para 1,5%.

Crédito
Na segunda metade de 2008, o colapso de bancos nos Estados Unidos por conta da crise do subprime provocou uma forte restrição de crédito no mundo inteiro. Uma das primeiras medidas anticrise do governo teve como objetivo restabelecer a oferta, com mudanças no recolhimento dos depósitos compulsórios por parte dos bancos. Segundo o presidente do Banco Central, Henrique Meirelles, as diversas modificações liberaram US$ 99,2 bilhões aos bancos até o final de janeiro.

Além disso, o governo concedeu R$ 36 bilhões das reservas internacionais para empresas brasileiras com dívidas no exterior e uma medida provisória autorizou o Banco do Brasil e a Caixa Econômica Federal a comprar carteiras de crédito de bancos privados. Para o diretor do Departamento de Pesquisas e Estudos Econômicos da Fiesp, Paulo Francini, estas medidas foram essenciais para combater os efeitos da crise.

"A crise se desenvolve no mundo em torno do tema crédito. E o crédito reduziu-se barbaridade no mundo. Então o governo lança mão de compulsório, lança mão de reservas, de medidas que permitem aos bancos comprar carteiras de bancos. Você vai tomando várias medidas para atender às demandas e o epicentro disso é crédito", afirmou.

No entanto, Oreiro, da UnB, adverte que a liberação dos compulsórios seria mais eficiente acompanhada de redução mais agressiva da taxa básica de juro. "Uma parte do crédito voltou, depois da forte retração em outubro e novembro. O que deveria ter sido feito junto à liberação do compulsório era uma redução mais drástica da taxa de juro. Sem isso, os bancos pegam as reservas e acabam comprando títulos públicos", explicou o economista.

Na opinião de Pina, as ações de distribuição de crédito via redução do compulsório e a disposição de capital de giro para empresas foram tomadas sem um cuidado maior na operação e não tiveram muito efeito. "O BNDES tem linhas que ficam paradas quase todo o ano, agora é pior ainda. Existem os recursos, mas as empresas e os bancos estão desconfiados. É preciso fazer com que os bancos tenham interesse em emprestar", afirmou o economista da Fecomercio-SP.

Futuro
Mesmo com todas essas medidas, a crise financeira ainda gera incertezas nos setores produtivos do País. Nos últimos meses, o medo do desemprego fez os consumidores adiarem compras. Por sua vez, a queda nas vendas pode obrigar as indústrias a cortarem a produção e demitir funcionários. Contra isso, empresários sugerem redução de jornada e de salários.

"Isto está previsto em lei. A Fiesp simplesmente manteve conversações com entidades sindicais quanto à aplicação daquilo que já está previsto em lei", afirmou Francini.

Segundo a ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff, uma das medidas que assegura um nível de emprego é a manutenção de investimentos no Programa de Aceleração do Crescimento (PAC). "Estamos esperando que a dificuldade ocorra em janeiro, fevereiro e março. Estamos certos que vamos manter o nível de investimento. É isso que funciona, é isso que significa investimento público. Ele funciona como um colchão. Por isso, nós colocamos R$ 100 bilhões no BNDES e a Petrobras ampliou o seu investimento em R$ 120 bilhões", afirmou.

Na mesma linha, Pina explica que a antecipação de gastos do governo substitui parte da demanda retraída do setor privado. "Ele dá o seguinte recado: não vou estourar as contas públicas, mas concentrar em um momento em que a demanda privada está pequena. Mas o governo não tem fôlego suficiente para fazer o papel de toda demanda", ressaltou. O economista da Fecomercio lembrou que a entidade já pleiteou junto ao governo isenções para transferência de imóveis e de automóveis, além de retirar o IPVA para veículos novos.

Já Oreiro foca suas propostas na capitalização do Banco do Brasil e da Caixa Econômica Federal pelo Tesouro para atender a demanda de crédito para capital de giro e reduzir o spread. "Aumentando o empréstimo e reduzindo as taxas, os dois vão forçar os bancos privados a acompanhar o movimento, até para não perderem participação no mercado", explicou o economista da UnB.

Até o Carnaval, o governou prometeu detalhar um pacote de incentivos para a construção de até um milhão de casas populares, direcionado a famílias com renda de até dez salários mínimos. "Estamos atentos a tudo o que está acontecendo e novas medidas serão tomadas caso haja uma avaliação de que sejam necessárias", disse o ministro da Fazenda, Guido Mantega, na última sexta-feira.

17:11
Anónimo disse...
Ex-ministro critica extensão do seguro-desemprego

Atualizada às 09h03

O ex-ministro do Trabalho Almir Pazzianotto criticou a decisão do governo federal de conceder o seguro-desemprego estendido a apenas alguns setores. "É certamente odioso e provavelmente inconstitucional", disse Pazzianotto, de acordo com o jornal O Estado de S. Paulo.

Na última qurta, dia do anúncio da medida, centrais sindicais elogiaram a atitude do governo. A Força Sindical divulgou nota dizendo que "o aumento ajudará a aquecer parte da economia, já que irá gerar mais consumo, produção e conseqüentemente, a criação de novos postos de trabalho". A União Geral dos Trabalhadores (UGT) afirmou que a medida "contribuirá para minimizar o drama dos trabalhadores que perderem seu emprego por conta da crise".

O ex-ministro, que instituiu o seguro-desemprego no País no governo de José Sarney, destacou a necessidade de as centrais sindicais se manifestarem contra a determinação. Para ele, as mudanças devem ser aplicadas a todas as categorias profissionais e a distinção é contrária ao artigo 3º da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT).

Pazzianotto atribui a medida a um possível temor do governo de que a crise econômica seja longa e não haja dinheiro para atender a todas as necessidades. Ainda assim, ele se mostra contrário ao método de concessão. "O seguro-desemprego ajuda a sanar necessidades básicas. Estendê-lo é paliativo, não a solução", disse ao jornal.

De acordo com o presidente do Conselho Deliberativo do Fundo de Amparo ao Trabalhador (Codefat) e conselheiro da Força Sindical, Luiz Fernando Emediato, a determinação já estava prevista na lei 8.900/94, que trata do seguro-desemprego.

O presidente da Comissão de Trabalho da Câmara, Pedro Fernandes (PTB-MA) vai além na crítica à concessão do seguro para apenas alguns setores. Ele acredita que a ampliação do benefício estimula o desemprego.

Quintino Severo, secretário geral da Central Única dos Trabalhadores (CUT), lembra que a ampliação do benefício sem critério e identificação pode incentivar demissões em outros setores.

17:13
Anónimo disse...
Empresas
TAM faz promoção para destinos internacionais

A companhia aérea TAM anunciou nesta sexta-feira tarifas promocionais para trechos internacionais. Os preços valem para bilhetes comprados entre 6h deste sábado e 23h59 deste domingo e são válidos para classe econômica. As tarifas, para ida e volta, serão vendidas a partir de US$ 99, mais taxas.

Segundo a aérea, a promoção vale para viagens feitas no período de 14 de fevereiro a 18 de junho de 2009. Para destinos na América do Sul, a permanência mínima é de dois dias; para bilhetes com destino nos Estados Unidos, cinco dias; e Europa, sete dias. A permanência máxima para as passagens para América do Sul e EUA é de dois meses e para Europa, três meses.

Entre os exemplos de tarifas promocionais, a TAM oferece São Paulo-Lima por US$ 99. Bilhetes para a rota São Paulo-Santiago serão vendidos a partir de US$ 199 e São Paulo-Nova York, US$ 799.

A emissão dos bilhetes deve ser feita obrigatoriamente no ato da reserva, obedecendo às regras estipuladas pela companhia. A compra está sujeita à disponibilidade de assentos nas classes tarifárias determinadas, trechos, horários e datas. A TAM afirmou que também há tarifas promocionais para a classe executiva.

Mais informações podem ser encontradas no site promocional (www.ofertastam.com.br), no site da empresa (www.tam.com.br) ou pelos telefones 4002-5700 ou 0800 5705700.

17:13
Anónimo disse...
Empresas
Consultoria negocia compra do parque temático Hopi Hari

A consultoria especializada em reestruturação de empresas Íntegra Associados informou nesta sexta-feira ter um acordo para comprar o parque de diversões Hopi Hari, localizado no interior de São Paulo. A empresa estaria disposta a investir R$ 10 milhões no parque, que tem dívida estimada em R$ 800 milhões. As informações são da edição deste sábado do jornal Folha de S. Paulo.

De acordo com o jornal, a transação ainda depende da negociação entre o Hopi Hari e seus credores, o que já estaria em andamento.

A consultoria paulista já atuou junto à Parmalat, durante 30 meses, quando reorganizou a gestão da empresa italiana.

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17:14
Anónimo disse...
Empresas
Disney de Tóquio contratará mais 2 mil apesar da crise


A Oriental Land, o operador da Disneylândia Tóquio e DisneySea, organizou neste domingo entrevistas para contratar cerca de 2 mil trabalhadores em tempo parcial, em um momento de grandes demissões deste tipo de empregados no Japão.

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O operador deste parque temático, situado em Urayasu, na província de Chiba (leste de Tóquio), está em pleno processo de seleção de empregados para 20 tipos de postos trabalhistas diferentes.

Segundo a companhia, citada pela agência local de notícias Kyodo, o parque contratará novos trabalhadores para as atrações, para os restaurantes e guardas de segurança entre outros. Os novos contratados começarão a trabalhar a partir de fevereiro.

O processo de seleção acontece em um momento em que a maioria das grandes companhias japonesas começaram a se ver obrigadas a despedir uma elevada percentagem de seus trabalhadores temporários e a tempo parcial.

Algumas inclusive anunciaram demissões de seus trabalhadores fixos, uma medida muito pouco comum nas companhias japonesas, perante os efeitos piores que o esperado pela crise econômica global.

Cerca de uma centena de pessoas esperavam desde a primeira hora desta manhã a abertura do centro de conferências Tokyo International Forum, onde as entrevistas estão sendo feitas, para ser os primeiros a solicitar os postos de trabalho.


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17:15
Anónimo disse...
Economia Internacional
Senado dos EUA aprova plano de estímulo à economia

O Senado dos Estados Unidos aprovou com 60 votos a favor e 38 contra o plano de estímulo à economia de US$ 787 bilhões na madrugada deste sábado. Agora, ele segue para sanção ou veto do presidente Barack Obama, que espera colocar a lei em prática até o dia 16 de fevereiro.

O plano prevê a criação de três milhões de empregos, inclui cortes de impostos às famílias, fundos para programas sociais e obras públicas, além de ajuda aos governos estaduais, estudantes e desempregados.

A cláusula Buy American - que exige o uso de ferro, aço e produtos manufaturados dos Estados Unidos em obras realizadas com recursos do pacote - ficou de lado. Segundo o texto definitivo, a cláusula será aplicada sem violar as normas do comércio internacional.

Ontem à tarde, a Câmara de Representantes (deputados) havia aprovado, por 246 votos a favor e 183 contra, a versão final do plano. Todos os republicanos foram contrários ao pacote.

Pelo acordo de quarta-feira entre Câmara e Senado, em vez de custar US$ 819 bilhões, como queriam os deputados, ou US$ 838 bilhões como pretendiam os senadores, o pacote ficou em cerca de US$ 787 bilhões, com 65% desse total destinado a gastos do governo federal e 35%, a créditos tributários.

17:16
Anónimo disse...
Economia nacional
Na era Lula, aposentadoria sobe 54% menos que salário mínimo

Thatiane Faria
Especial para o Terra
Direto de São Paulo

Os índices de reajustes concedidos pelo governo em 2009 para aposentados e pensionistas e para o salário mínimo repetiram uma diferença que, só durante o governo de Luiz Inácio Lula da Silva, já chega a 54%. Enquanto o mínimo foi majorado em 12% este ano, as pensões e aposentadorias tiveram aumento de 5,92%. Aposentados que têm o benefício do governo como única fonte de renda reclamam que perdem poder de compra e que sua cesta de compras é composta por itens que aumentam mais em relação à inflação oficial.

Um exemplo prático pode ser entendido a partir da comparação entre um aposentado que ganhava R$ 600 em janeiro de 2003. Na época, o benefício era três vezes, ou 200%, maior que o valor do mínimo em vigência, que era de R$ 200. Aplicando-se os índices de reajuste para aposentadorias e para o mínimo durante os últimos seis anos, o mesmo aposentado estaria recebendo hoje R$ 938,47, comparado a um salário mínimo de R$ 465. A diferença entre os dois valores caiu para pouco mais de 100%.

Enquanto o índice acumulado de reajuste para a aposentadoria durante o governo Lula foi de 60%, para o salário mínimo está em 132%.

O diretor do Sindicato Nacional dos Aposentados, João Inocentini, reclama que os valores dos benefícios para aposentadorias não mantêm o poder de compra do grupo, principalmente dos aposentados que recebem menos que dez salários mínimos.

Nem mesmo o fato de o índice de reajuste das aposentadorias ter ficado acima da inflação acumulada no mesmo período (o IPCA entre janeiro de 2003 e janeiro de 2009 foi de 39,7%) serve de argumento, segundo os aposentados.

"Os idosos, principalmente, têm gastos além das contas gerais como gás, telefone e aluguel. Para eles o custo com remédios, e outros itens da área saúde costuma ser maior", afirmou Inocentini.

O presidente do sindicato afirmou que o grupo realiza um estudo com 100 itens de necessidade de um idoso para comparar o aumento dos produtos com o índice de reajuste do benefício recebido pelos aposentados.

"Daqui dois meses vamos abrir um processo na Justiça e levar essa pesquisa como prova. Segundo a lei, o governo é obrigado a manter o poder de compra com a aposentadoria", disse Inocentini.

Alternativas
O consultor financeiro Cláudio Boriola diz que os aposentados, especialmente nesse momento de crise econômica, devem evitar compras parceladas, pesquisar preços, negociar e fazer bom planejamento financeiro.

Segundo Boriola, alguns aposentados ganham um valor mensal muitas vezes insuficiente para o pagamento das contas e acabam pedindo crédito ou realizando pagamentos a prazo e são obrigados a pagar juros altos.

Na opinião do consultor, pagar uma previdência privada é uma alternativa indicada para quem ainda trabalha, considerando a característica de perda de poder de compra da aposentadoria.

"Na prática, infelizmente os valores encontram-se em um patamar que está deteriorando o poder de aquisição da população brasileira", completou Boriola.

De acordo com o diretor da Confederação Brasileira de Aposentados e Pensionistas (Cobap), Vicente Fernandes Barbosa, representantes dos aposentados tentarão um encontro com o presidente da Câmara, deputado Michel Temer (PMDB-SP), para discutir projetos que minimizem a perda dos aposentados

17:17
Anónimo disse...
Previdência
Previdência prorroga isenção de tarifas no benefício

O atual sistema de pagamento aos 26 milhões de aposentados e pensionistas do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) será mantido até o final deste ano. O acordo, que permite realizar a operação sem nenhum custo aos beneficiários, foi renovado nesta sexta-feira, entre o governo federal e 21 instituições financeiras.

Por meio desse acordo, vigente desde setembro de 2007, nem os segurados, nem os bancos e nem o governo arcam com o pagamento de tarifas, conforme explicou o ministro da Previdência Social, José Pimentel. A prorrogação vale até dezembro, data máxima para que a Previdência defina as regras para um novo contrato.

Ao assinar o termo de renovação, na sede da Federação Brasileira dos Bancos (Febraban), o ministro disse que a intenção do governo é mudar o atual modelo de gestão visando a reduzir os custos dessas operações em torno da folha mensal, que atinge R$ 15,8 bilhões. No entanto, qualquer alteração, conforme explicou, passará antes por audiências públicas a serem realizadas a partir do segundo semestre deste ano, atendendo a determinação do Tribunal de Contas da União (TCU).

De acordo com Pimentel, com um redesenho do mecanismo de repasse dos recursos aos bancos em torno da folha de pagamento dos segurados o que se busca é um aumento da participação de instituições financeiras. Ele informou que, desde 2007, cada benefício custa em média R$ 1,07 ao governo. "Quanto mais instituições financeiras estiverem prestando serviços à sociedade, maior é a competitividade, a agilidade no atendimento", justificou.

O ministro observou, ainda, que, para permitir uma redução para algo em torno de meia hora no tempo de atendimento para a concessão dos direitos previdenciários, o governo investiu R$ 280 milhões.

Questionado sobre o descontentamento dos segurados que ganham acima de um salário mínimo terem obtido apenas a correção com base na variação do Índice de Preços ao Consumidor (INPC) , ficando abaixo do reajuste dado a quem recebe apenas o mínimo, Pimentel argumentou que o governo seguiu o que determina a lei e descartou a possibilidade de uma revisão

17:17
Anónimo disse...
Empresas
Caterpillar oferece aposentadoria antecipada a 2 mil


A companhia americana Caterpillar ofereceu a cerca de dois mil funcionários incentivos para que se aposentem de forma voluntária antes do previsto, pela perspectiva de uma queda "significativa" da atividade industrial, informou nesta quarta-feira a empresa.

A iniciativa, destinada aos trabalhadores de diversas fábricas em Illinois, Colorado, Tennessee e Pensilvânia, se soma aos cortes de empregos anunciados em janeiro, explicou em comunicado de imprensa.

A empresa, a maior fabricante mundial de maquinaria pesada para a construção e a mineração, acrescentou que, "em função das condições de negócio, podem ser necessárias mais reduções de elenco voluntárias e involuntárias à medida que o ano avança".

O vice-presidente da companhia, Sid Banwart, explicou que a empresa prevê "demissões significativas em todas as regiões geográficas e na maioria dos setores devido às dificuldades da economia mundial".

17:18
Anónimo disse...
Comércio
Comércio exterior da OCDE caiu no 3º trimestre de 2008


As exportações e as importações dos países da Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Econômico (OCDE) caíram 1,6% e 0,2%, respectivamente, no terceiro trimestre de 2008, em relação aos três meses anteriores.

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Trata-se da primeira queda destas atividades desde o terceiro trimestre de 2006, segundo o último relatório trimestral sobre fluxos comerciais divulgado pela OCDE.

As exportações e as importações em dólares dos 30 Estados-membros caíram 15,6% e 17%, respectivamente, na comparação anualizada.

Por sua vez, o comércio dos sete países mais ricos do mundo (G7) teve um pequeno crescimento no terceiro trimestre de 2008 com uma queda das exportações de mercadorias de 0,2% em relação ao trimestre anterior e um aumento de 0,4% das importações.

Em termos anualizados, as importações do G7 caíram 1,4% entre julho e setembro do ano passado, seu primeiro retrocesso desde o terceiro trimestre de 2006, enquanto as exportações aumentaram 1,9%, seu crescimento mais baixo no mesmo tempo.

Por países, a Alemanha aumentou suas importações em 3,4% - valor mais alto do G7 -, enquanto suas exportações caíram 2,9% do segundo para o terceiro trimestre de 2008.

Pelo contrário, as exportações americanas aumentaram 1,8% entre julho e setembro de 2008, enquanto as importações caíram 0,7% em relação ao trimestre anterior. No Japão, tanto as importações quanto as exportações caíram em torno de 1% no mesmo período.

17:19
Anónimo disse...
Economia Nacional
Lula: juros de crédito consignado a aposentados são altos

Atualizada às 17h29

O presidente Luis Inácio Lula da Silva afirmou nesta terça-feira, em São Paulo, que está lutando para reduzir as taxas de juros cobradas de aposentados em crédito consignado. A Previdência Social estabelece uma taxa máxima de 2,5% para empréstimo e de 3,5% para cartão. Para Lula, os valores são altos.

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"Acho que o juro que os aposentados estão pagando hoje com o crédito consignado é alto para o padrão brasileiro", disse o presidente durante a cerimônia de comemoração dos 86 anos do INSS.

A Previdência anunciou nesta terça-feira que aposentados e trabalhadoras com licença-maternidade poderão receber seus benefícios em 30 minutos. De acordo com Lula, em junho, a aposentadoria do trabalhador rural também será conseguida em meia hora.

Além disso, o presidente anunciou que, também em junho, os trabalhadores que alcançarem o direito à aposentadoria passarão a receber em suas casas um comunicado da Previdência informando o fato e o valor do salário que têm direito a receber. "É um comprometimento público que estou fazendo com os companheiros da Previdência Social", disse.

"Estamos retribuindo ao contribuinte da Previdência Social aquilo que é a cidadania que ele tem direito", afirmou Lula. "Se para cobrar nós somos tão precisos, para devolver o dinheiro, temos que chegar próximo à perfeição", completou.

17:20
Anónimo disse...
Economia Nacional
Salário maternidade sairá em 30 minutos, diz ministro

Toda trabalhadora autônoma que tiver contribuído pelo menos 10 meses com o Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) - ou as que possuírem carteira assinada - poderão receber em 30 minutos o salário maternidade a partir desta terça-feira. Da mesma forma, as mulheres com 30 anos de contribuição e os homens com 35 anos também terão direito ao benefício de forma mais rápida. A informação é do ministro da Previdência Social, José Pimentel.

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Para requerer o salário maternidade, é preciso que as autônomas levem a carteira de identidade e o carnê de contribuição. As demais trabalhadoras devem apresentar a identificação e a carteira de trabalho. Desde o início do mês, a nova forma de análise para a concessão de benefícios foi adotada para a aposentadoria por idade do trabalhador urbano e agora foi estendida para o salário maternidade e por tempo de contribuição.

O ministro disse que a qualificação do serviço da previdência social é o reconhecimento do direito dos trabalhadores e da afirmação da cidadania.

"Até pouco tempo na cabeça do cidadão o serviço devia ser de péssima qualidade. Agora não, nós modificamos toda a legislação no mês de dezembro numa ação conjunta do Congresso Nacional com o governo federal. Estamos implantando e concedendo os benefícios em até 30 minutos", afirmou.

O ministro destacou que para conseguir se aposentar ou ter acesso à licença maternidade em 30 minutos, em primeiro lugar, é necessário que o cidadão esteja vinculado à Previdência, o que inclui 65% da população acima de 16 anos de idade.

"Depois bastar marcar pelo sistema 135 o dia e a hora do atendimento e levar a documentação. Se todos os dados necessários estiverem corretos o contribuinte será atendido em até 30 minutos, como vem sendo feito com as aposentadorias por idade desde o dia cinco de janeiro", explicou.

Pimentel disse ainda que em 90% das agências da previdência social o atendimento é marcado em até 48 horas. Nos grandes centros, entretanto existe um volume maior o que torna mais lento o processo.

"Estamos criando mais 715 agências até 2010, em todo o território nacional, para descentralizar o atendimento. Em 2008, atendemos 295 mil benefícios e aposentadorias por idade. Temos 4 mil pessoas por dia procurando e se aposentando por idade no território nacional. Este serviço será agilizado", concluiu.

17:27
Anónimo disse...
Giuseppe Englaro, pai de Eluana, a italiana que morreu na segunda-feira passada por desidratação, recusou uma grande soma de dinheiro de um conhecido fotógrafo italiano que queria retratar a filha em estado de coma, disse neste sábado o neurologista que atendia a mulher desde 1996, Carlo Defanti.

O neurologista, que participou hoje de uma conferência sobre eutanásia, disse que Englaro respeitou a vontade da filha, que, antes do acidente, tinha pedido que, se lhe ocorresse qualquer coisa irreversível, apresentasse sua imagem de quando estava em boas condições.

Antes de sofrer o acidente de trânsito, em 1992, Eluana viveu o coma de um amigo, Alessandro, o que causou forte impacto na italiana e a levou a fazer o pai prometer que não a deixasse viver em estado vegetativo, disse o próprio Giuseppe Englaro.

Defanti, que dissera que Eluana poderia viver de dez a 12 dias depois da suspensão da alimentação e da hidratação, disse que, como médico, tinha que reprovar esta afirmação.

"Não se pode sobreviver após três ou quatro dias sem líquido e, em particular, água em um corpo. Sabemos bem que, quando há um terremoto, após quatro dias é difícil encontrar sobreviventes".

Defanti ressaltou que Eluana "não falava, não se comunicava com o exterior" e que, após vários exames, "nos deparamos com uma moça que tinha perdido a consciência", porque estava com o córtex cerebral prejudicado.

Eluana foi enterrada na quinta-feira passada no túmulo da família na localidade de Paluzza, em Udine, após um funeral que não contou com a presença dos pais.

16:53
Anónimo disse...
Os bombeiros combatem neste sábado os incêndios na Austrália favorecidos pelo bom tempo, enquanto os deslocados encotram em seu retorno casas derruídas, carros queimados nas ruas e destruição.

Depois de sete dias desde que começaram os incêndios no Estado de Victoria, a lista de mortos chega a 181, os desaparecidos somam 50, os edifícios destruídos totalizam 1,834 mil e o terreno arrasado, principalmente florestas, ocupa uma área de 4,13 mil quilômetros quadrados.

As equipes de bombeiros, formadas por 4 mil profissionais de Victoria, de outras partes da Austrália e de países amigos, combateram hoje 12 focos fora de controle e nenhum representava uma ameaça direta para a população.

O subdiretor do Serviço de Bombeiros, Geoff Conway, disse que este tempo favorável, que se prolongará durante o domingo, permite consolidar as linhas de contenção e avançar na extinção das chamas.

Cinzas apareceram arrastadas por ventos do nordeste sobre Melbourne, onde habitam 3,8 milhões de pessoas, e as autoridades alertaram aos cidadãos do risco para a saúde de idosos, crianças e pessoas com problemas respiratórios.

O número de pessoas deslocadas - a Cruz Vermelha chegou a receber 7 mil - começou a cair com a abertura de algumas localidades atingidas.

Os incêndios, alguns criminosos, começaram em 7 de fevereiro, quando a região sul da Austrália estava há duas semanas sob uma onda de calor sem precedentes.

Na sexta-feira passada, a polícia acusou uma pessoa de ter provocado o incêndio que atingiu a localidade de Churchill e matou 21 pessoas.

16:55
Anónimo disse...
A primeira chuva em seis dias reduziu a ameaça de incêndios no Estado de Victoria, ao sul da Austrália. As autoridades, porém, advertiram que ainda existem 12 focos, mas que nenhum deles ameaça áreas povoadas.

Mais de quatro mil bombeiros, mil provenientes de outras partes do país e de outras nações, trabalham contra o fogo. Cerca de 600 veículos e 28 helicópteros e pequenos aviões estão sendo usados.


Eles conseguiram construir linhas de contenção para evitar os incêndios de Yarra e Maroondah se juntassem. Também foram controlados os incêndios abertos de Yea e Murrindindi, que ameaçavam as comunidades de Connellys Creek, Crystal Creek, Scrubby Creek e Native Dog Creek.

O número de mortos chegou a 181, mas as autoridades acreditam que as vítimas devem passar de 200, já que ainda há muitos desaparecidos.

16:55
Anónimo disse...
Aqui nesta coluna, na semana passada, tive a oportunidade de comentar sobre a recente visita do professor brasileiro Pedrinho Guareschi à Austrália. Não dei, porém, os fatos, pois semana passada o assunto era outro.

Hoje, porém, vamos a eles.

No último dia 4 de fevereiro, aconteceu o Seminário "Paulo Freire: Education and Liberation", organizado pelo centro de estudos latino-americanos da Universidade Nacional da Austrália, ou ANU, como é mais conhecida por aqui.

A ANU, para quem não sabe, está entre as 20 melhores universidades do mundo! E tem sede aqui em Camberra, capital da Austrália.

Na abertura do evento, o professor John Minns, diretor do centro latino-americano, ao dar boas-vindas ao público presente, lembrou ser aquele o primeiro seminário exclusivamente dedicado a Paulo Freire na Austrália.

Em seguida, convidou Pedrinho Guareschi, palestrante principal do Seminário, a fazer sua apresentação.

A plateia pode então conhecer, pelas palavras de Pedrinho, um pouco da obra e da vida de Freire, esse brasileiro de fé e valor, que sempre acreditou na educação, sobretudo dos menos favorecidos, analfabetos, como força libertadora.

Como não podia deixar de ser, os conceitos e ideias revolucionários de Paulo Freire, expostos com clareza por Pedrinho, despertaram o interesse e a curiosidade de plateia. A qual, deve-se notar, era na maioria de estudantes, mas de várias nacionalidades, sobretudo australianos e asiáticos.

Na continuação do programa do seminário, que se estendeu por dois dias, outros professores fizeram palestras sobre temas ligados à obra de Paulo Freire.

Interessante, por exemplo, saber que a professora Anne Hickling-Hudson, jamaicana que mora na Austrália há muitos anos (é professora da ANU), conheceu e trabalhou com Freire num workshop educacional durante a revolução na Ilha de Granada, em 1980, antes da invasão dos Estados Unidos...

Ou, então, a palestra da Professora Gerda Roelvink, da Nova Zelândia, que participou do Fórum Social de Porto Alegre em 2005. E essa participação transformou-se em tema de doutorado.

No dia 10, terça-feira passada, o padre Pedrinho Guareschi voltou a falar ao público australiano em grande auditório localizado no belíssimo campus da ANU. Desta vez, sobre a Teologia da Libertação.

Depois da palestra, John Minns mostrou o filme mexicano "O Crime do Padre Amaro", no qual um dos personagens é um padre católico praticante da Teologia da Libertação.

Mais uma vez, foi grande o intersse da platéia, que pode aprender e conhecer um pouco como se desenvolveu aquele importante movimento católico na América Latina.

Fica, assim, ao Pedrinho, bem como a outros brasileiros estudiosos e de bom coração que saem pelo mundo a divulgar aspectos importantes da cultura brasileira, o respeito e a homenagem desta coluna. E... aquele abraço!

16:57
Anónimo disse...
Amanda Kitts perdeu o braço esquerdo em um acidente de automóvel acontecido três anos atrás, mas hoje em dia ela joga futebol americano com seu filho de 12 anos de idade, troca fraldas e abraça as crianças nas três creches Kiddie Cottage que opera em Knoxville, Tennessee. Kitts, 40 anos, faz tudo isso com a ajuda de um novo tipo de braço artificial que se movimenta com mais facilidade do que outros aparelhos e que ela pode controlar utilizando apenas seus pensamentos.

"Eu sou capaz de mexer a mão, o pulso e o cotovelo ao mesmo tempo", diz. "Você pensa e os músculos se movem em seguida".

A recuperação que ela conseguiu resulta de um novo procedimento que vem atraindo crescente atenção porque permite que pessoas movam braços protéticos de forma mais automática do que faziam no passado, simplesmente utilizando nervos reaproveitados em seus cérebros.

A técnica, conhecida como "renervação muscular dirigida", envolve utilizar os nervos que restam depois da amputação de um braço e conectá-los a outro músculo do corpo, em geral no peito. Eletrodos são instalados sobre os músculos do peito, e operam como se fossem antenas. Quando a pessoa deseja mover o braço, o cérebro envia sinais que primeiro resultam em contração dos músculos do peito, os quais enviam um sinal ao braço protético, instruindo-se a se movimentar. O processo não requer mais esforços consciente do que a pessoa teria de exercitar caso ainda tivesse seu braço natural.

Na terça-feira, pesquisadores reportaram em estudo publicado pela versão online do Journal of the American Medical Association que haviam levado a técnica ainda mais à frente, tornando possível a execução de 10 movimentos de mão, pulso e cotovelo diferentes, o que representa uma substancial melhora com relação ao típico repertório protético, que em geral envolve apenas dobrar o cotovelo, girar o pulso e abrir a mão.

"Os novos métodos tiveram impacto dramático em nosso campo de trabalho", disse Stuart Harshbarger, engenheiro biomédico na Universidade Johns Hopkins e diretor do programa de pesquisa sobre próteses, financiado pelas forças armadas, que inclui o trabalho com essa técnica. "O método já está em uso por médicos e cirurgiões comuns em todo o país. A capacidade de controlar um membro protético bastante robusto que ele confere surpreendeu a todos pela qualidade".

Tipicamente, uma pessoa que tenha um braço protético só é capaz de executar alguns poucos movimentos, e muitas vezes com tamanha lentidão que isso só permite a ela atividades limitadas.

Há um motor separado para cada movimento, diz Gerald Loeb, professor de engenharia biomédica na Universidade do Sul da Califórnia, "e esses motores precisam ser controlados de maneira explícita", usualmente por um esforço consciente da pessoa para contrair músculos nas costas ou no bíceps.

"Essencialmente, até agora os pacientes controlavam apenas um motor de cada vez", diz Loeb, "e precisavam pensar cuidadosamente sobre que motor desejavam controlar e como fazê-lo operar, em lugar de simplesmente pensarem em mover o braço e poderem fazê-lo sem delongas".

Antes que Kitts passasse pelo procedimento de renervação, em outubro de 2007, por exemplo, ela precisava movimentar os músculos de suas costas de determinada maneira para fazer com que seu pulso girasse, e flexionar seu bíceps e tríceps para fazer com que o cotovelo se movesse para cima e para baixo. "Era muito trabalho", ela conta. "E não me ajudava muito".

O procedimento de renervação é parte de uma recente explosão de idéias novas e técnicas inovadoras que estão sendo exploradas enquanto os cientistas se esforçam por ajudar as pessoas a compensar melhor a perda de membros ou problemas de paralisia. O esforço vem sendo alimentado pelo aumento no número de amputações causado por diabetes e por ferimentos sofridos pelos militares, e ao mesmo tempo pelos avanços na tecnologia médica.

Os braços se tornaram um dos focos essenciais desse tipo de trabalho. A ciência há muito vem obtendo sucessos no desenvolvimento de próteses de perna, mas é muito mais difícil imitar a complexidade e a destreza das mãos e dos braços.

Os esforços em curso incluem o desenvolvimento de projetos de pele e braços mais sensíveis e mais flexíveis, e o uso de dispositivos acionados por controles sem fio implantado nos braços protéticos, que permitiriam movimentos mais naturais.

Os pesquisadores também vêm usando sensores implantados nos cérebros de cobaias para permitir que dois macacos controlem um braço mecânico, e um teste com um homem paralítico permitiu, com esse método, que ele movimentasse um cursor em uma tela de computador.

Alguns desses métodos, caso venham a ser aperfeiçoados plenamente e consigam aprovação das autoridades regulatórias da saúde, podem no futuro se tornar mais viáveis para os pacientes de amputações.

E embora a técnica da renervação não requeira aprovação das autoridades regulatórias porque é executada por meios cirúrgicos e emprega aparelhos já existentes, ela apresenta limitações que até mesmo seus criadores reconhecem, entre as quais o fato de que não se pode utilizá-la para todos os pacientes, o seu alto custo e o prazo de meses requerido para que os nervos reconectados cresçam e se tornem efetivos.

Ainda assim, os especialistas dizem que é o mais avançado sistema em uso hoje para pacientes reais que permite que o sistema nervoso controle diretamente o movimento de um braço artificial.

Desde sua introdução por Todd Kuiken, médico fisioterapeuta e engenheiro biomédico do Instituto de Reabilitação de Chicago, o método foi empregado em cerca de 30 pacientes nos Estados Unidos, Canadá e Europa, entre os quais oito soldados feridos no Iraque e no Afeganistão.

Muitos dos pacientes, entre os quais o primeiro, Jesse Sullivan, um operário do setor elétrico no Tennessee que perdeu os dois braços quando foi eletrocutado por um cabo, conseguem não apenas manipular seus braços protéticos mas sentir a presença das mãos que já não têm quando alguém toca em seus peitos.

Sullivan, 62 anos, e Kitts, estavam entre os cinco pacientes que participaram do estudo reportado na terça-feira. Em companhia de cinco outras pessoas que não passaram por amputações, eles receberam os eletrodos e foram instruídos a usar pensamentos para fazer com que um braço virtual na tela reproduzisse 10 movimentos diferentes, entre os quais três formas diferentes de aperto de mão.

Os pacientes apresentaram desempenho bastante respeitável, apenas um pouco mais lento e menos preciso do que os dos participantes que não tinham amputações.

"As velocidades de movimento que encontramos em nossos pacientes foram realmente encorajadoras", disse Kuiken. "Eles conseguiram completar a tarefa. É claro que não foram tão competentes quanto as pessoas dotadas de plena capacidade física, mas foram bons o bastante".

Um braço virtual foi usado porque a maioria das próteses existentes não era capaz de acomodar todos aqueles movimentos, no momento da pesquisa, ainda que Sullivan, Kitts e uma terceira paciente, Claudia Mitchell, tenham experimentado dois novos protótipos mais versáteis de braços artificiais, executando tarefas complexas com bolas de tênis e outros objetos.

O trabalho de renervação em soldados apresenta outros desafios, diz Kuiken, porque os ferimentos militares muitas vezes "causam danos muitos extensos" a nervos, músculos ou ossos.

Daniel Acosta, 25 anos, um aviador ferido pela detonação de uma bomba em uma estrada do Iraque em 2005, passou pelo procedimento no ano passado e diz que seu braço esquerdo protético agora se movimenta "muito mais rápido" e de maneira muito mais natural.

"A diferença é que agora não preciso mais pensar para mover o braço", ele diz. "Ele simplesmente se mexe".

Ainda assim, Acosta, de San Antonio, diz que "o processo foi bastante longo" e que os eletrodos precisam ser ajustados para receber os sinais à medida que os nervos crescem ou mudam de posição.

E embora elogiem o método, os especialistas afirmam que a ciência das próteses de braço ainda tem muito por avançar.

"Trata-se de uma parte crucial, mas ainda assim apenas uma parte, das muitas coisas que compreendem a função normal de um braço", disse Loeb, que escreveu um editorial que acompanha o artigo no Journal of the American Medical Association.

"No momento estamos a meio do caminho entre o braço de 'Dr. Fantástico', que fazia involuntariamente a saudação nazista, e o braço de Luke Skywalker em 'Guerra nas Estrelas', que funciona sem nenhum problema assim que é conectado. Creio que precisaremos ainda de muitos anos para conectar todas as peças necessárias a produzir um braço capaz de funcionar normalmente".

17:04
Anónimo disse...
A Espanha disse neste sábado que está preparando uma reclamação oficial contra a decisão da Venezuela de expulsar um membro do Parlamento Europeu que criticou o conselho eleitoral venezuelano.
Luis Herrero, membro do partido conservador espanhol PP, foi deportado na sexta-feira depois que o Conselho Nacional Eleitoral (CNE) o acusou de questionar a imparcialidade da instituição antes de um referendo que pode permitir ao presidente Hugo Chávez permanecer no cargo indefinidamente.

Herrero estava na Venezuela como observador do referendo. Ele acusou Chávez de ter "comportamentos típicos de um ditador" por pedir a contenção de manifestações da oposição.

O governo da Espanha convocou um encontro com o embaixador da Venezuela em Madri para expressar a desaprovação sobre a expulsão de Herrero, disse um representante do Ministério das Relações Exteriores espanhol.

As relações da Venezuela com a Espanha tiveram seu ponto crítico em 2007, quando Chávez ameaçou rever acordos diplomáticos e comerciais depois de ouvir um "cala a boca" do rei espanhol Juan Carlos durante uma cúpula.

A fenda foi oficialmente reparada em 2008, com uma visita oficial de Chávez à Espanha, onde ele cumprimentou o rei e discutiu acordos para investimento no setor petroquímico com o primeiro-ministro José Luis Rodriguez Zapatero.

17:06
Anónimo disse...
A polícia do Zimbábue anunciou neste sábado que acusa de traição Roy Bennett, dirigente do até agora opositor Movimento para a Mudança Democrática (MDC), detido na sexta-feira, em Harare, poucas horas antes da cerimônia de posse dos membros do novo gabinete.

"A Polícia nos informou que vão apresentar acusações de traição", disse à agência EFE o advogado de defesa de Bennett, Trust Maanda.

"Tentam relacionar Roy com o caso de Mike Hitschmann, que foi detido em 2006 em relação à descoberta de um carregamento de armas, apesar de que Hitschmann não tenha sido declarado culpado das acusações de traição apresentadas contra ele, mas de um crime menor de descumprimento de leis", disse Maanda.

O político opositor, designado por seu partido como vice-ministro de Agricultura no Governo de união nacional, esteve no exílio na vizinha África do Sul desde 2006 e retornou ao Zimbábue há duas semanas.

Segundo a Polícia, que deteve Bennett ontem no aeroporto de Harare quando pretendia ir à África do Sul para visitar sua família, as armas apreendidas em 2006 seriam utilizadas em um golpe de Estado para derrubar o presidente do Zimbábue, Robert Mugabe.

Depois da detenção, Bennet foi levado a Mutar, onde vários simpatizantes do MDC se concentraram em frente à delegacia na qual estava detido, diante do que a Polícia respondeu com tiros para o alto para dispersar os manifestantes.

17:07
Anónimo disse...
Austrália: 14 mil se candidatam a 'emprego dos sonhos'

A secretaria de Turismo de Queensland, na Austrália, informou que até esta segunda-feira já recebeu cerca de 14 mil inscrições para o "o melhor emprego do mundo". O Estado australiano promove pela internet seleção para vaga de "zelador" da ilha Hamilton, por seis meses com um salário de R$ 40 mil.

Muitos candidatos tiveram problemas durante a inscrição por conta dos acessos simultâneos ao site. A secretaria aconselha enviar os vídeos de 60s explicando porque deve ser escolhido em horários alternativos do dia, além de recomendar tamanho em torno de 40MB.

As inscrições começaram em 12 de janeiro e vão até o próximo dia 22 e podem ser feitas pelo site www.islandreefjob.com. O governo australiano escolherá 50 candidatos para a próxima fase da seleção, que terá votos do público para eleger um dos 11 finalistas.

A última fase terá entrevistas e desafios físicos, no próprio local de trabalho: as ilhas da Grande Barreira Coralina - o maior recife de coral do mundo. A secretaria de Turismo anunciará o vencedor no dia 6 de maio.

17:09
Anónimo disse...
Mercado elogia governo na crise, mas pede maior queda no juro

Peter Fussy
Direto de São Paulo

Desde as primeiras medidas anunciadas para combater os efeitos da crise, o governo brasileiro avisou que a estratégia não contemplaria um pacote. Seriam doses pontuais, de acordo com a necessidade da economia diante do agravamento das turbulências. Da primeira liberação dos depósitos compulsórios em setembro até a ampliação do seguro-desemprego na última quarta-feira, o governo passou por redução de impostos, ampliação de crédito e incentivos à exportação. Quase 150 dias após a primeira medida, o Terra conversou com líderes do setor público e privado, representantes dos trabalhadores, acadêmicos e com o próprio governo para saber quais destas ações foram mais eficazes, quais foram mais ineficientes e o que mais pode ser feito pelo Estado brasileiro contra a crise.

Os maiores elogios foram direcionados à atitude de reduzir o Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) para a indústria automobilística, anunciada em dezembro e que fez com que os emplacamentos de carros novos subissem 1,9% no primeiro mês do ano em relação a dezembro de 2008. Já as maiores críticas foram para a lentidão no corte da taxa básica de juro do País.

Para o presidente do conselho administrativo do Grupo Pão de Açúcar, Abílio Diniz, o Estado não é responsável pela crise e mesmo assim está agindo "com extrema serenidade e muito acerto". "O governo está atento, fazendo a sua parte. É preciso coragem de baixar firmemente a taxa de juros. É uma arma que temos a nosso favor, já que não há clima para inflação, nem possibilidade de danos para a macroeconomia", afirmou Diniz.

Na última reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), em janeiro, a taxa Selic foi reduzida em um ponto percentual, de 13,75% para 12,75% ao ano. Porém, o professor de economia da Universidade de Brasília (UnB) José Luiz Oreiro lembra que este corte representa uma redução de apenas 0,25 ponto percentual com relação à taxa de setembro do ano passado, quando a crise se agravou.

"Pouco antes da eclosão da crise, o Banco Central aumentou a taxa em 0,75 ponto. Foram cinco meses de demora para reduzir em termos líquidos apenas 0,25 ponto", afirmou o economista, que também sugeriu redução do intervalo de cerca de 90 dias entre as reuniões do Copom e o corte de pelo menos um 1 ponto percentual em cada reunião.

Mesmo com o corte de janeiro, a taxa de juros real continua sendo a maior do mundo, lembrou o secretário-geral da Força Sindical, João Carlos Gonçalves, o Juruna. "A redução da taxa de juro ainda é pequena, porque ela continua uma das mais altas do mundo. Falta ousadia para baixar os juros e ajudar o cidadão. A permanência da taxa de juro alta é negativa para o País em meio a crise", afirmou Juruna.

Embora aprove as ações do governo, o senador Aloízio Mercadante (PT-SP) também acredita que o patamar da Selic está muito alto. "Sempre fomos os primeiros a entrar em qualquer crise, o que não aconteceu agora. A taxa Selic ainda é muito alta, mas o governo têm tomado medidas acertadas, como o aumento do salário mínimo, mesmo com um cenário de crise. Isso ajuda a movimentar o consumo. O governo está se esforçando para manter os investimentos e o crescimento", disse.

Tributos
De acordo com o economista Fabio Pina, da Fecomercio-SP, as ações mais positivas estão relacionadas à redução de tributos para alguns segmentos, como a indústria automobilística, que recuperou parte da queda nas vendas em janeiro com a isenção do IPI para carros 1.0 l e o corte para demais motorizações. A medida vale até o final de março.

"Essas medidas não só reduziram o preço, mas anteciparam o consumo daqueles que iriam comprar no futuro, dando um prêmio por conta da insegurança. Mexe diretamente com o principal problema que é a confiança do consumidor", afirmou. Juruna destacou que um bom ritmo de vendas é garantia de emprego. "É importante porque cada emprego na montadora significa 19 na cadeia produtiva", comentou o representante da Força Sindical.

Também em dezembro, o governo decidiu cortar pela metade a alíquota do Imposto de Renda para contribuintes que ganham entre R$ 1.434 e R$ 2.150 mensais. "O salário aumentava e a tabela não se modificava. As pessoas ganhavam mais e pagavam mais impostos", apontou Juruna. Outra redução de tributos do governo foi com relação ao Imposto sobre Operações Financeiras (IOF), que caiu de 3% ao ano para 1,5%.

Crédito
Na segunda metade de 2008, o colapso de bancos nos Estados Unidos por conta da crise do subprime provocou uma forte restrição de crédito no mundo inteiro. Uma das primeiras medidas anticrise do governo teve como objetivo restabelecer a oferta, com mudanças no recolhimento dos depósitos compulsórios por parte dos bancos. Segundo o presidente do Banco Central, Henrique Meirelles, as diversas modificações liberaram US$ 99,2 bilhões aos bancos até o final de janeiro.

Além disso, o governo concedeu R$ 36 bilhões das reservas internacionais para empresas brasileiras com dívidas no exterior e uma medida provisória autorizou o Banco do Brasil e a Caixa Econômica Federal a comprar carteiras de crédito de bancos privados. Para o diretor do Departamento de Pesquisas e Estudos Econômicos da Fiesp, Paulo Francini, estas medidas foram essenciais para combater os efeitos da crise.

"A crise se desenvolve no mundo em torno do tema crédito. E o crédito reduziu-se barbaridade no mundo. Então o governo lança mão de compulsório, lança mão de reservas, de medidas que permitem aos bancos comprar carteiras de bancos. Você vai tomando várias medidas para atender às demandas e o epicentro disso é crédito", afirmou.

No entanto, Oreiro, da UnB, adverte que a liberação dos compulsórios seria mais eficiente acompanhada de redução mais agressiva da taxa básica de juro. "Uma parte do crédito voltou, depois da forte retração em outubro e novembro. O que deveria ter sido feito junto à liberação do compulsório era uma redução mais drástica da taxa de juro. Sem isso, os bancos pegam as reservas e acabam comprando títulos públicos", explicou o economista.

Na opinião de Pina, as ações de distribuição de crédito via redução do compulsório e a disposição de capital de giro para empresas foram tomadas sem um cuidado maior na operação e não tiveram muito efeito. "O BNDES tem linhas que ficam paradas quase todo o ano, agora é pior ainda. Existem os recursos, mas as empresas e os bancos estão desconfiados. É preciso fazer com que os bancos tenham interesse em emprestar", afirmou o economista da Fecomercio-SP.

Futuro
Mesmo com todas essas medidas, a crise financeira ainda gera incertezas nos setores produtivos do País. Nos últimos meses, o medo do desemprego fez os consumidores adiarem compras. Por sua vez, a queda nas vendas pode obrigar as indústrias a cortarem a produção e demitir funcionários. Contra isso, empresários sugerem redução de jornada e de salários.

"Isto está previsto em lei. A Fiesp simplesmente manteve conversações com entidades sindicais quanto à aplicação daquilo que já está previsto em lei", afirmou Francini.

Segundo a ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff, uma das medidas que assegura um nível de emprego é a manutenção de investimentos no Programa de Aceleração do Crescimento (PAC). "Estamos esperando que a dificuldade ocorra em janeiro, fevereiro e março. Estamos certos que vamos manter o nível de investimento. É isso que funciona, é isso que significa investimento público. Ele funciona como um colchão. Por isso, nós colocamos R$ 100 bilhões no BNDES e a Petrobras ampliou o seu investimento em R$ 120 bilhões", afirmou.

Na mesma linha, Pina explica que a antecipação de gastos do governo substitui parte da demanda retraída do setor privado. "Ele dá o seguinte recado: não vou estourar as contas públicas, mas concentrar em um momento em que a demanda privada está pequena. Mas o governo não tem fôlego suficiente para fazer o papel de toda demanda", ressaltou. O economista da Fecomercio lembrou que a entidade já pleiteou junto ao governo isenções para transferência de imóveis e de automóveis, além de retirar o IPVA para veículos novos.

Já Oreiro foca suas propostas na capitalização do Banco do Brasil e da Caixa Econômica Federal pelo Tesouro para atender a demanda de crédito para capital de giro e reduzir o spread. "Aumentando o empréstimo e reduzindo as taxas, os dois vão forçar os bancos privados a acompanhar o movimento, até para não perderem participação no mercado", explicou o economista da UnB.

Até o Carnaval, o governou prometeu detalhar um pacote de incentivos para a construção de até um milhão de casas populares, direcionado a famílias com renda de até dez salários mínimos. "Estamos atentos a tudo o que está acontecendo e novas medidas serão tomadas caso haja uma avaliação de que sejam necessárias", disse o ministro da Fazenda, Guido Mantega, na última sexta-feira.

17:11
Anónimo disse...
Ex-ministro critica extensão do seguro-desemprego

Atualizada às 09h03

O ex-ministro do Trabalho Almir Pazzianotto criticou a decisão do governo federal de conceder o seguro-desemprego estendido a apenas alguns setores. "É certamente odioso e provavelmente inconstitucional", disse Pazzianotto, de acordo com o jornal O Estado de S. Paulo.

Na última qurta, dia do anúncio da medida, centrais sindicais elogiaram a atitude do governo. A Força Sindical divulgou nota dizendo que "o aumento ajudará a aquecer parte da economia, já que irá gerar mais consumo, produção e conseqüentemente, a criação de novos postos de trabalho". A União Geral dos Trabalhadores (UGT) afirmou que a medida "contribuirá para minimizar o drama dos trabalhadores que perderem seu emprego por conta da crise".

O ex-ministro, que instituiu o seguro-desemprego no País no governo de José Sarney, destacou a necessidade de as centrais sindicais se manifestarem contra a determinação. Para ele, as mudanças devem ser aplicadas a todas as categorias profissionais e a distinção é contrária ao artigo 3º da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT).

Pazzianotto atribui a medida a um possível temor do governo de que a crise econômica seja longa e não haja dinheiro para atender a todas as necessidades. Ainda assim, ele se mostra contrário ao método de concessão. "O seguro-desemprego ajuda a sanar necessidades básicas. Estendê-lo é paliativo, não a solução", disse ao jornal.

De acordo com o presidente do Conselho Deliberativo do Fundo de Amparo ao Trabalhador (Codefat) e conselheiro da Força Sindical, Luiz Fernando Emediato, a determinação já estava prevista na lei 8.900/94, que trata do seguro-desemprego.

O presidente da Comissão de Trabalho da Câmara, Pedro Fernandes (PTB-MA) vai além na crítica à concessão do seguro para apenas alguns setores. Ele acredita que a ampliação do benefício estimula o desemprego.

Quintino Severo, secretário geral da Central Única dos Trabalhadores (CUT), lembra que a ampliação do benefício sem critério e identificação pode incentivar demissões em outros setores.

17:13
Anónimo disse...
Empresas
TAM faz promoção para destinos internacionais

A companhia aérea TAM anunciou nesta sexta-feira tarifas promocionais para trechos internacionais. Os preços valem para bilhetes comprados entre 6h deste sábado e 23h59 deste domingo e são válidos para classe econômica. As tarifas, para ida e volta, serão vendidas a partir de US$ 99, mais taxas.

Segundo a aérea, a promoção vale para viagens feitas no período de 14 de fevereiro a 18 de junho de 2009. Para destinos na América do Sul, a permanência mínima é de dois dias; para bilhetes com destino nos Estados Unidos, cinco dias; e Europa, sete dias. A permanência máxima para as passagens para América do Sul e EUA é de dois meses e para Europa, três meses.

Entre os exemplos de tarifas promocionais, a TAM oferece São Paulo-Lima por US$ 99. Bilhetes para a rota São Paulo-Santiago serão vendidos a partir de US$ 199 e São Paulo-Nova York, US$ 799.

A emissão dos bilhetes deve ser feita obrigatoriamente no ato da reserva, obedecendo às regras estipuladas pela companhia. A compra está sujeita à disponibilidade de assentos nas classes tarifárias determinadas, trechos, horários e datas. A TAM afirmou que também há tarifas promocionais para a classe executiva.

Mais informações podem ser encontradas no site promocional (www.ofertastam.com.br), no site da empresa (www.tam.com.br) ou pelos telefones 4002-5700 ou 0800 5705700.

17:13
Anónimo disse...
Empresas
Consultoria negocia compra do parque temático Hopi Hari

A consultoria especializada em reestruturação de empresas Íntegra Associados informou nesta sexta-feira ter um acordo para comprar o parque de diversões Hopi Hari, localizado no interior de São Paulo. A empresa estaria disposta a investir R$ 10 milhões no parque, que tem dívida estimada em R$ 800 milhões. As informações são da edição deste sábado do jornal Folha de S. Paulo.

De acordo com o jornal, a transação ainda depende da negociação entre o Hopi Hari e seus credores, o que já estaria em andamento.

A consultoria paulista já atuou junto à Parmalat, durante 30 meses, quando reorganizou a gestão da empresa italiana.

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17:14
Anónimo disse...
Empresas
Disney de Tóquio contratará mais 2 mil apesar da crise


A Oriental Land, o operador da Disneylândia Tóquio e DisneySea, organizou neste domingo entrevistas para contratar cerca de 2 mil trabalhadores em tempo parcial, em um momento de grandes demissões deste tipo de empregados no Japão.

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O operador deste parque temático, situado em Urayasu, na província de Chiba (leste de Tóquio), está em pleno processo de seleção de empregados para 20 tipos de postos trabalhistas diferentes.

Segundo a companhia, citada pela agência local de notícias Kyodo, o parque contratará novos trabalhadores para as atrações, para os restaurantes e guardas de segurança entre outros. Os novos contratados começarão a trabalhar a partir de fevereiro.

O processo de seleção acontece em um momento em que a maioria das grandes companhias japonesas começaram a se ver obrigadas a despedir uma elevada percentagem de seus trabalhadores temporários e a tempo parcial.

Algumas inclusive anunciaram demissões de seus trabalhadores fixos, uma medida muito pouco comum nas companhias japonesas, perante os efeitos piores que o esperado pela crise econômica global.

Cerca de uma centena de pessoas esperavam desde a primeira hora desta manhã a abertura do centro de conferências Tokyo International Forum, onde as entrevistas estão sendo feitas, para ser os primeiros a solicitar os postos de trabalho.


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17:15
Anónimo disse...
Economia Internacional
Senado dos EUA aprova plano de estímulo à economia

O Senado dos Estados Unidos aprovou com 60 votos a favor e 38 contra o plano de estímulo à economia de US$ 787 bilhões na madrugada deste sábado. Agora, ele segue para sanção ou veto do presidente Barack Obama, que espera colocar a lei em prática até o dia 16 de fevereiro.

O plano prevê a criação de três milhões de empregos, inclui cortes de impostos às famílias, fundos para programas sociais e obras públicas, além de ajuda aos governos estaduais, estudantes e desempregados.

A cláusula Buy American - que exige o uso de ferro, aço e produtos manufaturados dos Estados Unidos em obras realizadas com recursos do pacote - ficou de lado. Segundo o texto definitivo, a cláusula será aplicada sem violar as normas do comércio internacional.

Ontem à tarde, a Câmara de Representantes (deputados) havia aprovado, por 246 votos a favor e 183 contra, a versão final do plano. Todos os republicanos foram contrários ao pacote.

Pelo acordo de quarta-feira entre Câmara e Senado, em vez de custar US$ 819 bilhões, como queriam os deputados, ou US$ 838 bilhões como pretendiam os senadores, o pacote ficou em cerca de US$ 787 bilhões, com 65% desse total destinado a gastos do governo federal e 35%, a créditos tributários.

17:16
Anónimo disse...
Economia nacional
Na era Lula, aposentadoria sobe 54% menos que salário mínimo

Thatiane Faria
Especial para o Terra
Direto de São Paulo

Os índices de reajustes concedidos pelo governo em 2009 para aposentados e pensionistas e para o salário mínimo repetiram uma diferença que, só durante o governo de Luiz Inácio Lula da Silva, já chega a 54%. Enquanto o mínimo foi majorado em 12% este ano, as pensões e aposentadorias tiveram aumento de 5,92%. Aposentados que têm o benefício do governo como única fonte de renda reclamam que perdem poder de compra e que sua cesta de compras é composta por itens que aumentam mais em relação à inflação oficial.

Um exemplo prático pode ser entendido a partir da comparação entre um aposentado que ganhava R$ 600 em janeiro de 2003. Na época, o benefício era três vezes, ou 200%, maior que o valor do mínimo em vigência, que era de R$ 200. Aplicando-se os índices de reajuste para aposentadorias e para o mínimo durante os últimos seis anos, o mesmo aposentado estaria recebendo hoje R$ 938,47, comparado a um salário mínimo de R$ 465. A diferença entre os dois valores caiu para pouco mais de 100%.

Enquanto o índice acumulado de reajuste para a aposentadoria durante o governo Lula foi de 60%, para o salário mínimo está em 132%.

O diretor do Sindicato Nacional dos Aposentados, João Inocentini, reclama que os valores dos benefícios para aposentadorias não mantêm o poder de compra do grupo, principalmente dos aposentados que recebem menos que dez salários mínimos.

Nem mesmo o fato de o índice de reajuste das aposentadorias ter ficado acima da inflação acumulada no mesmo período (o IPCA entre janeiro de 2003 e janeiro de 2009 foi de 39,7%) serve de argumento, segundo os aposentados.

"Os idosos, principalmente, têm gastos além das contas gerais como gás, telefone e aluguel. Para eles o custo com remédios, e outros itens da área saúde costuma ser maior", afirmou Inocentini.

O presidente do sindicato afirmou que o grupo realiza um estudo com 100 itens de necessidade de um idoso para comparar o aumento dos produtos com o índice de reajuste do benefício recebido pelos aposentados.

"Daqui dois meses vamos abrir um processo na Justiça e levar essa pesquisa como prova. Segundo a lei, o governo é obrigado a manter o poder de compra com a aposentadoria", disse Inocentini.

Alternativas
O consultor financeiro Cláudio Boriola diz que os aposentados, especialmente nesse momento de crise econômica, devem evitar compras parceladas, pesquisar preços, negociar e fazer bom planejamento financeiro.

Segundo Boriola, alguns aposentados ganham um valor mensal muitas vezes insuficiente para o pagamento das contas e acabam pedindo crédito ou realizando pagamentos a prazo e são obrigados a pagar juros altos.

Na opinião do consultor, pagar uma previdência privada é uma alternativa indicada para quem ainda trabalha, considerando a característica de perda de poder de compra da aposentadoria.

"Na prática, infelizmente os valores encontram-se em um patamar que está deteriorando o poder de aquisição da população brasileira", completou Boriola.

De acordo com o diretor da Confederação Brasileira de Aposentados e Pensionistas (Cobap), Vicente Fernandes Barbosa, representantes dos aposentados tentarão um encontro com o presidente da Câmara, deputado Michel Temer (PMDB-SP), para discutir projetos que minimizem a perda dos aposentados

17:17
Anónimo disse...
Previdência
Previdência prorroga isenção de tarifas no benefício

O atual sistema de pagamento aos 26 milhões de aposentados e pensionistas do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) será mantido até o final deste ano. O acordo, que permite realizar a operação sem nenhum custo aos beneficiários, foi renovado nesta sexta-feira, entre o governo federal e 21 instituições financeiras.

Por meio desse acordo, vigente desde setembro de 2007, nem os segurados, nem os bancos e nem o governo arcam com o pagamento de tarifas, conforme explicou o ministro da Previdência Social, José Pimentel. A prorrogação vale até dezembro, data máxima para que a Previdência defina as regras para um novo contrato.

Ao assinar o termo de renovação, na sede da Federação Brasileira dos Bancos (Febraban), o ministro disse que a intenção do governo é mudar o atual modelo de gestão visando a reduzir os custos dessas operações em torno da folha mensal, que atinge R$ 15,8 bilhões. No entanto, qualquer alteração, conforme explicou, passará antes por audiências públicas a serem realizadas a partir do segundo semestre deste ano, atendendo a determinação do Tribunal de Contas da União (TCU).

De acordo com Pimentel, com um redesenho do mecanismo de repasse dos recursos aos bancos em torno da folha de pagamento dos segurados o que se busca é um aumento da participação de instituições financeiras. Ele informou que, desde 2007, cada benefício custa em média R$ 1,07 ao governo. "Quanto mais instituições financeiras estiverem prestando serviços à sociedade, maior é a competitividade, a agilidade no atendimento", justificou.

O ministro observou, ainda, que, para permitir uma redução para algo em torno de meia hora no tempo de atendimento para a concessão dos direitos previdenciários, o governo investiu R$ 280 milhões.

Questionado sobre o descontentamento dos segurados que ganham acima de um salário mínimo terem obtido apenas a correção com base na variação do Índice de Preços ao Consumidor (INPC) , ficando abaixo do reajuste dado a quem recebe apenas o mínimo, Pimentel argumentou que o governo seguiu o que determina a lei e descartou a possibilidade de uma revisão

17:17
Anónimo disse...
Empresas
Caterpillar oferece aposentadoria antecipada a 2 mil


A companhia americana Caterpillar ofereceu a cerca de dois mil funcionários incentivos para que se aposentem de forma voluntária antes do previsto, pela perspectiva de uma queda "significativa" da atividade industrial, informou nesta quarta-feira a empresa.

A iniciativa, destinada aos trabalhadores de diversas fábricas em Illinois, Colorado, Tennessee e Pensilvânia, se soma aos cortes de empregos anunciados em janeiro, explicou em comunicado de imprensa.

A empresa, a maior fabricante mundial de maquinaria pesada para a construção e a mineração, acrescentou que, "em função das condições de negócio, podem ser necessárias mais reduções de elenco voluntárias e involuntárias à medida que o ano avança".

O vice-presidente da companhia, Sid Banwart, explicou que a empresa prevê "demissões significativas em todas as regiões geográficas e na maioria dos setores devido às dificuldades da economia mundial".

17:18
Anónimo disse...
Comércio
Comércio exterior da OCDE caiu no 3º trimestre de 2008


As exportações e as importações dos países da Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Econômico (OCDE) caíram 1,6% e 0,2%, respectivamente, no terceiro trimestre de 2008, em relação aos três meses anteriores.

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Trata-se da primeira queda destas atividades desde o terceiro trimestre de 2006, segundo o último relatório trimestral sobre fluxos comerciais divulgado pela OCDE.

As exportações e as importações em dólares dos 30 Estados-membros caíram 15,6% e 17%, respectivamente, na comparação anualizada.

Por sua vez, o comércio dos sete países mais ricos do mundo (G7) teve um pequeno crescimento no terceiro trimestre de 2008 com uma queda das exportações de mercadorias de 0,2% em relação ao trimestre anterior e um aumento de 0,4% das importações.

Em termos anualizados, as importações do G7 caíram 1,4% entre julho e setembro do ano passado, seu primeiro retrocesso desde o terceiro trimestre de 2006, enquanto as exportações aumentaram 1,9%, seu crescimento mais baixo no mesmo tempo.

Por países, a Alemanha aumentou suas importações em 3,4% - valor mais alto do G7 -, enquanto suas exportações caíram 2,9% do segundo para o terceiro trimestre de 2008.

Pelo contrário, as exportações americanas aumentaram 1,8% entre julho e setembro de 2008, enquanto as importações caíram 0,7% em relação ao trimestre anterior. No Japão, tanto as importações quanto as exportações caíram em torno de 1% no mesmo período.

17:19
Anónimo disse...
Economia Nacional
Lula: juros de crédito consignado a aposentados são altos

Atualizada às 17h29

O presidente Luis Inácio Lula da Silva afirmou nesta terça-feira, em São Paulo, que está lutando para reduzir as taxas de juros cobradas de aposentados em crédito consignado. A Previdência Social estabelece uma taxa máxima de 2,5% para empréstimo e de 3,5% para cartão. Para Lula, os valores são altos.

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"Acho que o juro que os aposentados estão pagando hoje com o crédito consignado é alto para o padrão brasileiro", disse o presidente durante a cerimônia de comemoração dos 86 anos do INSS.

A Previdência anunciou nesta terça-feira que aposentados e trabalhadoras com licença-maternidade poderão receber seus benefícios em 30 minutos. De acordo com Lula, em junho, a aposentadoria do trabalhador rural também será conseguida em meia hora.

Além disso, o presidente anunciou que, também em junho, os trabalhadores que alcançarem o direito à aposentadoria passarão a receber em suas casas um comunicado da Previdência informando o fato e o valor do salário que têm direito a receber. "É um comprometimento público que estou fazendo com os companheiros da Previdência Social", disse.

"Estamos retribuindo ao contribuinte da Previdência Social aquilo que é a cidadania que ele tem direito", afirmou Lula. "Se para cobrar nós somos tão precisos, para devolver o dinheiro, temos que chegar próximo à perfeição", completou.

17:20
Anónimo disse...
Economia Nacional
Salário maternidade sairá em 30 minutos, diz ministro

Toda trabalhadora autônoma que tiver contribuído pelo menos 10 meses com o Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) - ou as que possuírem carteira assinada - poderão receber em 30 minutos o salário maternidade a partir desta terça-feira. Da mesma forma, as mulheres com 30 anos de contribuição e os homens com 35 anos também terão direito ao benefício de forma mais rápida. A informação é do ministro da Previdência Social, José Pimentel.

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Para requerer o salário maternidade, é preciso que as autônomas levem a carteira de identidade e o carnê de contribuição. As demais trabalhadoras devem apresentar a identificação e a carteira de trabalho. Desde o início do mês, a nova forma de análise para a concessão de benefícios foi adotada para a aposentadoria por idade do trabalhador urbano e agora foi estendida para o salário maternidade e por tempo de contribuição.

O ministro disse que a qualificação do serviço da previdência social é o reconhecimento do direito dos trabalhadores e da afirmação da cidadania.

"Até pouco tempo na cabeça do cidadão o serviço devia ser de péssima qualidade. Agora não, nós modificamos toda a legislação no mês de dezembro numa ação conjunta do Congresso Nacional com o governo federal. Estamos implantando e concedendo os benefícios em até 30 minutos", afirmou.

O ministro destacou que para conseguir se aposentar ou ter acesso à licença maternidade em 30 minutos, em primeiro lugar, é necessário que o cidadão esteja vinculado à Previdência, o que inclui 65% da população acima de 16 anos de idade.

"Depois bastar marcar pelo sistema 135 o dia e a hora do atendimento e levar a documentação. Se todos os dados necessários estiverem corretos o contribuinte será atendido em até 30 minutos, como vem sendo feito com as aposentadorias por idade desde o dia cinco de janeiro", explicou.

Pimentel disse ainda que em 90% das agências da previdência social o atendimento é marcado em até 48 horas. Nos grandes centros, entretanto existe um volume maior o que torna mais lento o processo.

"Estamos criando mais 715 agências até 2010, em todo o território nacional, para descentralizar o atendimento. Em 2008, atendemos 295 mil benefícios e aposentadorias por idade. Temos 4 mil pessoas por dia procurando e se aposentando por idade no território nacional. Este serviço será agilizado", concluiu.

17:28
Anónimo disse...
Giuseppe Englaro, pai de Eluana, a italiana que morreu na segunda-feira passada por desidratação, recusou uma grande soma de dinheiro de um conhecido fotógrafo italiano que queria retratar a filha em estado de coma, disse neste sábado o neurologista que atendia a mulher desde 1996, Carlo Defanti.

O neurologista, que participou hoje de uma conferência sobre eutanásia, disse que Englaro respeitou a vontade da filha, que, antes do acidente, tinha pedido que, se lhe ocorresse qualquer coisa irreversível, apresentasse sua imagem de quando estava em boas condições.

Antes de sofrer o acidente de trânsito, em 1992, Eluana viveu o coma de um amigo, Alessandro, o que causou forte impacto na italiana e a levou a fazer o pai prometer que não a deixasse viver em estado vegetativo, disse o próprio Giuseppe Englaro.

Defanti, que dissera que Eluana poderia viver de dez a 12 dias depois da suspensão da alimentação e da hidratação, disse que, como médico, tinha que reprovar esta afirmação.

"Não se pode sobreviver após três ou quatro dias sem líquido e, em particular, água em um corpo. Sabemos bem que, quando há um terremoto, após quatro dias é difícil encontrar sobreviventes".

Defanti ressaltou que Eluana "não falava, não se comunicava com o exterior" e que, após vários exames, "nos deparamos com uma moça que tinha perdido a consciência", porque estava com o córtex cerebral prejudicado.

Eluana foi enterrada na quinta-feira passada no túmulo da família na localidade de Paluzza, em Udine, após um funeral que não contou com a presença dos pais.

16:53
Anónimo disse...
Os bombeiros combatem neste sábado os incêndios na Austrália favorecidos pelo bom tempo, enquanto os deslocados encotram em seu retorno casas derruídas, carros queimados nas ruas e destruição.

Depois de sete dias desde que começaram os incêndios no Estado de Victoria, a lista de mortos chega a 181, os desaparecidos somam 50, os edifícios destruídos totalizam 1,834 mil e o terreno arrasado, principalmente florestas, ocupa uma área de 4,13 mil quilômetros quadrados.

As equipes de bombeiros, formadas por 4 mil profissionais de Victoria, de outras partes da Austrália e de países amigos, combateram hoje 12 focos fora de controle e nenhum representava uma ameaça direta para a população.

O subdiretor do Serviço de Bombeiros, Geoff Conway, disse que este tempo favorável, que se prolongará durante o domingo, permite consolidar as linhas de contenção e avançar na extinção das chamas.

Cinzas apareceram arrastadas por ventos do nordeste sobre Melbourne, onde habitam 3,8 milhões de pessoas, e as autoridades alertaram aos cidadãos do risco para a saúde de idosos, crianças e pessoas com problemas respiratórios.

O número de pessoas deslocadas - a Cruz Vermelha chegou a receber 7 mil - começou a cair com a abertura de algumas localidades atingidas.

Os incêndios, alguns criminosos, começaram em 7 de fevereiro, quando a região sul da Austrália estava há duas semanas sob uma onda de calor sem precedentes.

Na sexta-feira passada, a polícia acusou uma pessoa de ter provocado o incêndio que atingiu a localidade de Churchill e matou 21 pessoas.

16:55
Anónimo disse...
A primeira chuva em seis dias reduziu a ameaça de incêndios no Estado de Victoria, ao sul da Austrália. As autoridades, porém, advertiram que ainda existem 12 focos, mas que nenhum deles ameaça áreas povoadas.

Mais de quatro mil bombeiros, mil provenientes de outras partes do país e de outras nações, trabalham contra o fogo. Cerca de 600 veículos e 28 helicópteros e pequenos aviões estão sendo usados.


Eles conseguiram construir linhas de contenção para evitar os incêndios de Yarra e Maroondah se juntassem. Também foram controlados os incêndios abertos de Yea e Murrindindi, que ameaçavam as comunidades de Connellys Creek, Crystal Creek, Scrubby Creek e Native Dog Creek.

O número de mortos chegou a 181, mas as autoridades acreditam que as vítimas devem passar de 200, já que ainda há muitos desaparecidos.

16:55
Anónimo disse...
Aqui nesta coluna, na semana passada, tive a oportunidade de comentar sobre a recente visita do professor brasileiro Pedrinho Guareschi à Austrália. Não dei, porém, os fatos, pois semana passada o assunto era outro.

Hoje, porém, vamos a eles.

No último dia 4 de fevereiro, aconteceu o Seminário "Paulo Freire: Education and Liberation", organizado pelo centro de estudos latino-americanos da Universidade Nacional da Austrália, ou ANU, como é mais conhecida por aqui.

A ANU, para quem não sabe, está entre as 20 melhores universidades do mundo! E tem sede aqui em Camberra, capital da Austrália.

Na abertura do evento, o professor John Minns, diretor do centro latino-americano, ao dar boas-vindas ao público presente, lembrou ser aquele o primeiro seminário exclusivamente dedicado a Paulo Freire na Austrália.

Em seguida, convidou Pedrinho Guareschi, palestrante principal do Seminário, a fazer sua apresentação.

A plateia pode então conhecer, pelas palavras de Pedrinho, um pouco da obra e da vida de Freire, esse brasileiro de fé e valor, que sempre acreditou na educação, sobretudo dos menos favorecidos, analfabetos, como força libertadora.

Como não podia deixar de ser, os conceitos e ideias revolucionários de Paulo Freire, expostos com clareza por Pedrinho, despertaram o interesse e a curiosidade de plateia. A qual, deve-se notar, era na maioria de estudantes, mas de várias nacionalidades, sobretudo australianos e asiáticos.

Na continuação do programa do seminário, que se estendeu por dois dias, outros professores fizeram palestras sobre temas ligados à obra de Paulo Freire.

Interessante, por exemplo, saber que a professora Anne Hickling-Hudson, jamaicana que mora na Austrália há muitos anos (é professora da ANU), conheceu e trabalhou com Freire num workshop educacional durante a revolução na Ilha de Granada, em 1980, antes da invasão dos Estados Unidos...

Ou, então, a palestra da Professora Gerda Roelvink, da Nova Zelândia, que participou do Fórum Social de Porto Alegre em 2005. E essa participação transformou-se em tema de doutorado.

No dia 10, terça-feira passada, o padre Pedrinho Guareschi voltou a falar ao público australiano em grande auditório localizado no belíssimo campus da ANU. Desta vez, sobre a Teologia da Libertação.

Depois da palestra, John Minns mostrou o filme mexicano "O Crime do Padre Amaro", no qual um dos personagens é um padre católico praticante da Teologia da Libertação.

Mais uma vez, foi grande o intersse da platéia, que pode aprender e conhecer um pouco como se desenvolveu aquele importante movimento católico na América Latina.

Fica, assim, ao Pedrinho, bem como a outros brasileiros estudiosos e de bom coração que saem pelo mundo a divulgar aspectos importantes da cultura brasileira, o respeito e a homenagem desta coluna. E... aquele abraço!

16:57
Anónimo disse...
Amanda Kitts perdeu o braço esquerdo em um acidente de automóvel acontecido três anos atrás, mas hoje em dia ela joga futebol americano com seu filho de 12 anos de idade, troca fraldas e abraça as crianças nas três creches Kiddie Cottage que opera em Knoxville, Tennessee. Kitts, 40 anos, faz tudo isso com a ajuda de um novo tipo de braço artificial que se movimenta com mais facilidade do que outros aparelhos e que ela pode controlar utilizando apenas seus pensamentos.

"Eu sou capaz de mexer a mão, o pulso e o cotovelo ao mesmo tempo", diz. "Você pensa e os músculos se movem em seguida".

A recuperação que ela conseguiu resulta de um novo procedimento que vem atraindo crescente atenção porque permite que pessoas movam braços protéticos de forma mais automática do que faziam no passado, simplesmente utilizando nervos reaproveitados em seus cérebros.

A técnica, conhecida como "renervação muscular dirigida", envolve utilizar os nervos que restam depois da amputação de um braço e conectá-los a outro músculo do corpo, em geral no peito. Eletrodos são instalados sobre os músculos do peito, e operam como se fossem antenas. Quando a pessoa deseja mover o braço, o cérebro envia sinais que primeiro resultam em contração dos músculos do peito, os quais enviam um sinal ao braço protético, instruindo-se a se movimentar. O processo não requer mais esforços consciente do que a pessoa teria de exercitar caso ainda tivesse seu braço natural.

Na terça-feira, pesquisadores reportaram em estudo publicado pela versão online do Journal of the American Medical Association que haviam levado a técnica ainda mais à frente, tornando possível a execução de 10 movimentos de mão, pulso e cotovelo diferentes, o que representa uma substancial melhora com relação ao típico repertório protético, que em geral envolve apenas dobrar o cotovelo, girar o pulso e abrir a mão.

"Os novos métodos tiveram impacto dramático em nosso campo de trabalho", disse Stuart Harshbarger, engenheiro biomédico na Universidade Johns Hopkins e diretor do programa de pesquisa sobre próteses, financiado pelas forças armadas, que inclui o trabalho com essa técnica. "O método já está em uso por médicos e cirurgiões comuns em todo o país. A capacidade de controlar um membro protético bastante robusto que ele confere surpreendeu a todos pela qualidade".

Tipicamente, uma pessoa que tenha um braço protético só é capaz de executar alguns poucos movimentos, e muitas vezes com tamanha lentidão que isso só permite a ela atividades limitadas.

Há um motor separado para cada movimento, diz Gerald Loeb, professor de engenharia biomédica na Universidade do Sul da Califórnia, "e esses motores precisam ser controlados de maneira explícita", usualmente por um esforço consciente da pessoa para contrair músculos nas costas ou no bíceps.

"Essencialmente, até agora os pacientes controlavam apenas um motor de cada vez", diz Loeb, "e precisavam pensar cuidadosamente sobre que motor desejavam controlar e como fazê-lo operar, em lugar de simplesmente pensarem em mover o braço e poderem fazê-lo sem delongas".

Antes que Kitts passasse pelo procedimento de renervação, em outubro de 2007, por exemplo, ela precisava movimentar os músculos de suas costas de determinada maneira para fazer com que seu pulso girasse, e flexionar seu bíceps e tríceps para fazer com que o cotovelo se movesse para cima e para baixo. "Era muito trabalho", ela conta. "E não me ajudava muito".

O procedimento de renervação é parte de uma recente explosão de idéias novas e técnicas inovadoras que estão sendo exploradas enquanto os cientistas se esforçam por ajudar as pessoas a compensar melhor a perda de membros ou problemas de paralisia. O esforço vem sendo alimentado pelo aumento no número de amputações causado por diabetes e por ferimentos sofridos pelos militares, e ao mesmo tempo pelos avanços na tecnologia médica.

Os braços se tornaram um dos focos essenciais desse tipo de trabalho. A ciência há muito vem obtendo sucessos no desenvolvimento de próteses de perna, mas é muito mais difícil imitar a complexidade e a destreza das mãos e dos braços.

Os esforços em curso incluem o desenvolvimento de projetos de pele e braços mais sensíveis e mais flexíveis, e o uso de dispositivos acionados por controles sem fio implantado nos braços protéticos, que permitiriam movimentos mais naturais.

Os pesquisadores também vêm usando sensores implantados nos cérebros de cobaias para permitir que dois macacos controlem um braço mecânico, e um teste com um homem paralítico permitiu, com esse método, que ele movimentasse um cursor em uma tela de computador.

Alguns desses métodos, caso venham a ser aperfeiçoados plenamente e consigam aprovação das autoridades regulatórias da saúde, podem no futuro se tornar mais viáveis para os pacientes de amputações.

E embora a técnica da renervação não requeira aprovação das autoridades regulatórias porque é executada por meios cirúrgicos e emprega aparelhos já existentes, ela apresenta limitações que até mesmo seus criadores reconhecem, entre as quais o fato de que não se pode utilizá-la para todos os pacientes, o seu alto custo e o prazo de meses requerido para que os nervos reconectados cresçam e se tornem efetivos.

Ainda assim, os especialistas dizem que é o mais avançado sistema em uso hoje para pacientes reais que permite que o sistema nervoso controle diretamente o movimento de um braço artificial.

Desde sua introdução por Todd Kuiken, médico fisioterapeuta e engenheiro biomédico do Instituto de Reabilitação de Chicago, o método foi empregado em cerca de 30 pacientes nos Estados Unidos, Canadá e Europa, entre os quais oito soldados feridos no Iraque e no Afeganistão.

Muitos dos pacientes, entre os quais o primeiro, Jesse Sullivan, um operário do setor elétrico no Tennessee que perdeu os dois braços quando foi eletrocutado por um cabo, conseguem não apenas manipular seus braços protéticos mas sentir a presença das mãos que já não têm quando alguém toca em seus peitos.

Sullivan, 62 anos, e Kitts, estavam entre os cinco pacientes que participaram do estudo reportado na terça-feira. Em companhia de cinco outras pessoas que não passaram por amputações, eles receberam os eletrodos e foram instruídos a usar pensamentos para fazer com que um braço virtual na tela reproduzisse 10 movimentos diferentes, entre os quais três formas diferentes de aperto de mão.

Os pacientes apresentaram desempenho bastante respeitável, apenas um pouco mais lento e menos preciso do que os dos participantes que não tinham amputações.

"As velocidades de movimento que encontramos em nossos pacientes foram realmente encorajadoras", disse Kuiken. "Eles conseguiram completar a tarefa. É claro que não foram tão competentes quanto as pessoas dotadas de plena capacidade física, mas foram bons o bastante".

Um braço virtual foi usado porque a maioria das próteses existentes não era capaz de acomodar todos aqueles movimentos, no momento da pesquisa, ainda que Sullivan, Kitts e uma terceira paciente, Claudia Mitchell, tenham experimentado dois novos protótipos mais versáteis de braços artificiais, executando tarefas complexas com bolas de tênis e outros objetos.

O trabalho de renervação em soldados apresenta outros desafios, diz Kuiken, porque os ferimentos militares muitas vezes "causam danos muitos extensos" a nervos, músculos ou ossos.

Daniel Acosta, 25 anos, um aviador ferido pela detonação de uma bomba em uma estrada do Iraque em 2005, passou pelo procedimento no ano passado e diz que seu braço esquerdo protético agora se movimenta "muito mais rápido" e de maneira muito mais natural.

"A diferença é que agora não preciso mais pensar para mover o braço", ele diz. "Ele simplesmente se mexe".

Ainda assim, Acosta, de San Antonio, diz que "o processo foi bastante longo" e que os eletrodos precisam ser ajustados para receber os sinais à medida que os nervos crescem ou mudam de posição.

E embora elogiem o método, os especialistas afirmam que a ciência das próteses de braço ainda tem muito por avançar.

"Trata-se de uma parte crucial, mas ainda assim apenas uma parte, das muitas coisas que compreendem a função normal de um braço", disse Loeb, que escreveu um editorial que acompanha o artigo no Journal of the American Medical Association.

"No momento estamos a meio do caminho entre o braço de 'Dr. Fantástico', que fazia involuntariamente a saudação nazista, e o braço de Luke Skywalker em 'Guerra nas Estrelas', que funciona sem nenhum problema assim que é conectado. Creio que precisaremos ainda de muitos anos para conectar todas as peças necessárias a produzir um braço capaz de funcionar normalmente".

17:04
Anónimo disse...
A Espanha disse neste sábado que está preparando uma reclamação oficial contra a decisão da Venezuela de expulsar um membro do Parlamento Europeu que criticou o conselho eleitoral venezuelano.
Luis Herrero, membro do partido conservador espanhol PP, foi deportado na sexta-feira depois que o Conselho Nacional Eleitoral (CNE) o acusou de questionar a imparcialidade da instituição antes de um referendo que pode permitir ao presidente Hugo Chávez permanecer no cargo indefinidamente.

Herrero estava na Venezuela como observador do referendo. Ele acusou Chávez de ter "comportamentos típicos de um ditador" por pedir a contenção de manifestações da oposição.

O governo da Espanha convocou um encontro com o embaixador da Venezuela em Madri para expressar a desaprovação sobre a expulsão de Herrero, disse um representante do Ministério das Relações Exteriores espanhol.

As relações da Venezuela com a Espanha tiveram seu ponto crítico em 2007, quando Chávez ameaçou rever acordos diplomáticos e comerciais depois de ouvir um "cala a boca" do rei espanhol Juan Carlos durante uma cúpula.

A fenda foi oficialmente reparada em 2008, com uma visita oficial de Chávez à Espanha, onde ele cumprimentou o rei e discutiu acordos para investimento no setor petroquímico com o primeiro-ministro José Luis Rodriguez Zapatero.

17:06
Anónimo disse...
A polícia do Zimbábue anunciou neste sábado que acusa de traição Roy Bennett, dirigente do até agora opositor Movimento para a Mudança Democrática (MDC), detido na sexta-feira, em Harare, poucas horas antes da cerimônia de posse dos membros do novo gabinete.

"A Polícia nos informou que vão apresentar acusações de traição", disse à agência EFE o advogado de defesa de Bennett, Trust Maanda.

"Tentam relacionar Roy com o caso de Mike Hitschmann, que foi detido em 2006 em relação à descoberta de um carregamento de armas, apesar de que Hitschmann não tenha sido declarado culpado das acusações de traição apresentadas contra ele, mas de um crime menor de descumprimento de leis", disse Maanda.

O político opositor, designado por seu partido como vice-ministro de Agricultura no Governo de união nacional, esteve no exílio na vizinha África do Sul desde 2006 e retornou ao Zimbábue há duas semanas.

Segundo a Polícia, que deteve Bennett ontem no aeroporto de Harare quando pretendia ir à África do Sul para visitar sua família, as armas apreendidas em 2006 seriam utilizadas em um golpe de Estado para derrubar o presidente do Zimbábue, Robert Mugabe.

Depois da detenção, Bennet foi levado a Mutar, onde vários simpatizantes do MDC se concentraram em frente à delegacia na qual estava detido, diante do que a Polícia respondeu com tiros para o alto para dispersar os manifestantes.

17:07
Anónimo disse...
Austrália: 14 mil se candidatam a 'emprego dos sonhos'

A secretaria de Turismo de Queensland, na Austrália, informou que até esta segunda-feira já recebeu cerca de 14 mil inscrições para o "o melhor emprego do mundo". O Estado australiano promove pela internet seleção para vaga de "zelador" da ilha Hamilton, por seis meses com um salário de R$ 40 mil.

Muitos candidatos tiveram problemas durante a inscrição por conta dos acessos simultâneos ao site. A secretaria aconselha enviar os vídeos de 60s explicando porque deve ser escolhido em horários alternativos do dia, além de recomendar tamanho em torno de 40MB.

As inscrições começaram em 12 de janeiro e vão até o próximo dia 22 e podem ser feitas pelo site www.islandreefjob.com. O governo australiano escolherá 50 candidatos para a próxima fase da seleção, que terá votos do público para eleger um dos 11 finalistas.

A última fase terá entrevistas e desafios físicos, no próprio local de trabalho: as ilhas da Grande Barreira Coralina - o maior recife de coral do mundo. A secretaria de Turismo anunciará o vencedor no dia 6 de maio.

17:09
Anónimo disse...
Mercado elogia governo na crise, mas pede maior queda no juro

Peter Fussy
Direto de São Paulo

Desde as primeiras medidas anunciadas para combater os efeitos da crise, o governo brasileiro avisou que a estratégia não contemplaria um pacote. Seriam doses pontuais, de acordo com a necessidade da economia diante do agravamento das turbulências. Da primeira liberação dos depósitos compulsórios em setembro até a ampliação do seguro-desemprego na última quarta-feira, o governo passou por redução de impostos, ampliação de crédito e incentivos à exportação. Quase 150 dias após a primeira medida, o Terra conversou com líderes do setor público e privado, representantes dos trabalhadores, acadêmicos e com o próprio governo para saber quais destas ações foram mais eficazes, quais foram mais ineficientes e o que mais pode ser feito pelo Estado brasileiro contra a crise.

Os maiores elogios foram direcionados à atitude de reduzir o Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) para a indústria automobilística, anunciada em dezembro e que fez com que os emplacamentos de carros novos subissem 1,9% no primeiro mês do ano em relação a dezembro de 2008. Já as maiores críticas foram para a lentidão no corte da taxa básica de juro do País.

Para o presidente do conselho administrativo do Grupo Pão de Açúcar, Abílio Diniz, o Estado não é responsável pela crise e mesmo assim está agindo "com extrema serenidade e muito acerto". "O governo está atento, fazendo a sua parte. É preciso coragem de baixar firmemente a taxa de juros. É uma arma que temos a nosso favor, já que não há clima para inflação, nem possibilidade de danos para a macroeconomia", afirmou Diniz.

Na última reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), em janeiro, a taxa Selic foi reduzida em um ponto percentual, de 13,75% para 12,75% ao ano. Porém, o professor de economia da Universidade de Brasília (UnB) José Luiz Oreiro lembra que este corte representa uma redução de apenas 0,25 ponto percentual com relação à taxa de setembro do ano passado, quando a crise se agravou.

"Pouco antes da eclosão da crise, o Banco Central aumentou a taxa em 0,75 ponto. Foram cinco meses de demora para reduzir em termos líquidos apenas 0,25 ponto", afirmou o economista, que também sugeriu redução do intervalo de cerca de 90 dias entre as reuniões do Copom e o corte de pelo menos um 1 ponto percentual em cada reunião.

Mesmo com o corte de janeiro, a taxa de juros real continua sendo a maior do mundo, lembrou o secretário-geral da Força Sindical, João Carlos Gonçalves, o Juruna. "A redução da taxa de juro ainda é pequena, porque ela continua uma das mais altas do mundo. Falta ousadia para baixar os juros e ajudar o cidadão. A permanência da taxa de juro alta é negativa para o País em meio a crise", afirmou Juruna.

Embora aprove as ações do governo, o senador Aloízio Mercadante (PT-SP) também acredita que o patamar da Selic está muito alto. "Sempre fomos os primeiros a entrar em qualquer crise, o que não aconteceu agora. A taxa Selic ainda é muito alta, mas o governo têm tomado medidas acertadas, como o aumento do salário mínimo, mesmo com um cenário de crise. Isso ajuda a movimentar o consumo. O governo está se esforçando para manter os investimentos e o crescimento", disse.

Tributos
De acordo com o economista Fabio Pina, da Fecomercio-SP, as ações mais positivas estão relacionadas à redução de tributos para alguns segmentos, como a indústria automobilística, que recuperou parte da queda nas vendas em janeiro com a isenção do IPI para carros 1.0 l e o corte para demais motorizações. A medida vale até o final de março.

"Essas medidas não só reduziram o preço, mas anteciparam o consumo daqueles que iriam comprar no futuro, dando um prêmio por conta da insegurança. Mexe diretamente com o principal problema que é a confiança do consumidor", afirmou. Juruna destacou que um bom ritmo de vendas é garantia de emprego. "É importante porque cada emprego na montadora significa 19 na cadeia produtiva", comentou o representante da Força Sindical.

Também em dezembro, o governo decidiu cortar pela metade a alíquota do Imposto de Renda para contribuintes que ganham entre R$ 1.434 e R$ 2.150 mensais. "O salário aumentava e a tabela não se modificava. As pessoas ganhavam mais e pagavam mais impostos", apontou Juruna. Outra redução de tributos do governo foi com relação ao Imposto sobre Operações Financeiras (IOF), que caiu de 3% ao ano para 1,5%.

Crédito
Na segunda metade de 2008, o colapso de bancos nos Estados Unidos por conta da crise do subprime provocou uma forte restrição de crédito no mundo inteiro. Uma das primeiras medidas anticrise do governo teve como objetivo restabelecer a oferta, com mudanças no recolhimento dos depósitos compulsórios por parte dos bancos. Segundo o presidente do Banco Central, Henrique Meirelles, as diversas modificações liberaram US$ 99,2 bilhões aos bancos até o final de janeiro.

Além disso, o governo concedeu R$ 36 bilhões das reservas internacionais para empresas brasileiras com dívidas no exterior e uma medida provisória autorizou o Banco do Brasil e a Caixa Econômica Federal a comprar carteiras de crédito de bancos privados. Para o diretor do Departamento de Pesquisas e Estudos Econômicos da Fiesp, Paulo Francini, estas medidas foram essenciais para combater os efeitos da crise.

"A crise se desenvolve no mundo em torno do tema crédito. E o crédito reduziu-se barbaridade no mundo. Então o governo lança mão de compulsório, lança mão de reservas, de medidas que permitem aos bancos comprar carteiras de bancos. Você vai tomando várias medidas para atender às demandas e o epicentro disso é crédito", afirmou.

No entanto, Oreiro, da UnB, adverte que a liberação dos compulsórios seria mais eficiente acompanhada de redução mais agressiva da taxa básica de juro. "Uma parte do crédito voltou, depois da forte retração em outubro e novembro. O que deveria ter sido feito junto à liberação do compulsório era uma redução mais drástica da taxa de juro. Sem isso, os bancos pegam as reservas e acabam comprando títulos públicos", explicou o economista.

Na opinião de Pina, as ações de distribuição de crédito via redução do compulsório e a disposição de capital de giro para empresas foram tomadas sem um cuidado maior na operação e não tiveram muito efeito. "O BNDES tem linhas que ficam paradas quase todo o ano, agora é pior ainda. Existem os recursos, mas as empresas e os bancos estão desconfiados. É preciso fazer com que os bancos tenham interesse em emprestar", afirmou o economista da Fecomercio-SP.

Futuro
Mesmo com todas essas medidas, a crise financeira ainda gera incertezas nos setores produtivos do País. Nos últimos meses, o medo do desemprego fez os consumidores adiarem compras. Por sua vez, a queda nas vendas pode obrigar as indústrias a cortarem a produção e demitir funcionários. Contra isso, empresários sugerem redução de jornada e de salários.

"Isto está previsto em lei. A Fiesp simplesmente manteve conversações com entidades sindicais quanto à aplicação daquilo que já está previsto em lei", afirmou Francini.

Segundo a ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff, uma das medidas que assegura um nível de emprego é a manutenção de investimentos no Programa de Aceleração do Crescimento (PAC). "Estamos esperando que a dificuldade ocorra em janeiro, fevereiro e março. Estamos certos que vamos manter o nível de investimento. É isso que funciona, é isso que significa investimento público. Ele funciona como um colchão. Por isso, nós colocamos R$ 100 bilhões no BNDES e a Petrobras ampliou o seu investimento em R$ 120 bilhões", afirmou.

Na mesma linha, Pina explica que a antecipação de gastos do governo substitui parte da demanda retraída do setor privado. "Ele dá o seguinte recado: não vou estourar as contas públicas, mas concentrar em um momento em que a demanda privada está pequena. Mas o governo não tem fôlego suficiente para fazer o papel de toda demanda", ressaltou. O economista da Fecomercio lembrou que a entidade já pleiteou junto ao governo isenções para transferência de imóveis e de automóveis, além de retirar o IPVA para veículos novos.

Já Oreiro foca suas propostas na capitalização do Banco do Brasil e da Caixa Econômica Federal pelo Tesouro para atender a demanda de crédito para capital de giro e reduzir o spread. "Aumentando o empréstimo e reduzindo as taxas, os dois vão forçar os bancos privados a acompanhar o movimento, até para não perderem participação no mercado", explicou o economista da UnB.

Até o Carnaval, o governou prometeu detalhar um pacote de incentivos para a construção de até um milhão de casas populares, direcionado a famílias com renda de até dez salários mínimos. "Estamos atentos a tudo o que está acontecendo e novas medidas serão tomadas caso haja uma avaliação de que sejam necessárias", disse o ministro da Fazenda, Guido Mantega, na última sexta-feira.

17:11
Anónimo disse...
Ex-ministro critica extensão do seguro-desemprego

Atualizada às 09h03

O ex-ministro do Trabalho Almir Pazzianotto criticou a decisão do governo federal de conceder o seguro-desemprego estendido a apenas alguns setores. "É certamente odioso e provavelmente inconstitucional", disse Pazzianotto, de acordo com o jornal O Estado de S. Paulo.

Na última qurta, dia do anúncio da medida, centrais sindicais elogiaram a atitude do governo. A Força Sindical divulgou nota dizendo que "o aumento ajudará a aquecer parte da economia, já que irá gerar mais consumo, produção e conseqüentemente, a criação de novos postos de trabalho". A União Geral dos Trabalhadores (UGT) afirmou que a medida "contribuirá para minimizar o drama dos trabalhadores que perderem seu emprego por conta da crise".

O ex-ministro, que instituiu o seguro-desemprego no País no governo de José Sarney, destacou a necessidade de as centrais sindicais se manifestarem contra a determinação. Para ele, as mudanças devem ser aplicadas a todas as categorias profissionais e a distinção é contrária ao artigo 3º da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT).

Pazzianotto atribui a medida a um possível temor do governo de que a crise econômica seja longa e não haja dinheiro para atender a todas as necessidades. Ainda assim, ele se mostra contrário ao método de concessão. "O seguro-desemprego ajuda a sanar necessidades básicas. Estendê-lo é paliativo, não a solução", disse ao jornal.

De acordo com o presidente do Conselho Deliberativo do Fundo de Amparo ao Trabalhador (Codefat) e conselheiro da Força Sindical, Luiz Fernando Emediato, a determinação já estava prevista na lei 8.900/94, que trata do seguro-desemprego.

O presidente da Comissão de Trabalho da Câmara, Pedro Fernandes (PTB-MA) vai além na crítica à concessão do seguro para apenas alguns setores. Ele acredita que a ampliação do benefício estimula o desemprego.

Quintino Severo, secretário geral da Central Única dos Trabalhadores (CUT), lembra que a ampliação do benefício sem critério e identificação pode incentivar demissões em outros setores.

17:13
Anónimo disse...
Empresas
TAM faz promoção para destinos internacionais

A companhia aérea TAM anunciou nesta sexta-feira tarifas promocionais para trechos internacionais. Os preços valem para bilhetes comprados entre 6h deste sábado e 23h59 deste domingo e são válidos para classe econômica. As tarifas, para ida e volta, serão vendidas a partir de US$ 99, mais taxas.

Segundo a aérea, a promoção vale para viagens feitas no período de 14 de fevereiro a 18 de junho de 2009. Para destinos na América do Sul, a permanência mínima é de dois dias; para bilhetes com destino nos Estados Unidos, cinco dias; e Europa, sete dias. A permanência máxima para as passagens para América do Sul e EUA é de dois meses e para Europa, três meses.

Entre os exemplos de tarifas promocionais, a TAM oferece São Paulo-Lima por US$ 99. Bilhetes para a rota São Paulo-Santiago serão vendidos a partir de US$ 199 e São Paulo-Nova York, US$ 799.

A emissão dos bilhetes deve ser feita obrigatoriamente no ato da reserva, obedecendo às regras estipuladas pela companhia. A compra está sujeita à disponibilidade de assentos nas classes tarifárias determinadas, trechos, horários e datas. A TAM afirmou que também há tarifas promocionais para a classe executiva.

Mais informações podem ser encontradas no site promocional (www.ofertastam.com.br), no site da empresa (www.tam.com.br) ou pelos telefones 4002-5700 ou 0800 5705700.

17:13
Anónimo disse...
Empresas
Consultoria negocia compra do parque temático Hopi Hari

A consultoria especializada em reestruturação de empresas Íntegra Associados informou nesta sexta-feira ter um acordo para comprar o parque de diversões Hopi Hari, localizado no interior de São Paulo. A empresa estaria disposta a investir R$ 10 milhões no parque, que tem dívida estimada em R$ 800 milhões. As informações são da edição deste sábado do jornal Folha de S. Paulo.

De acordo com o jornal, a transação ainda depende da negociação entre o Hopi Hari e seus credores, o que já estaria em andamento.

A consultoria paulista já atuou junto à Parmalat, durante 30 meses, quando reorganizou a gestão da empresa italiana.

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17:14
Anónimo disse...
Empresas
Disney de Tóquio contratará mais 2 mil apesar da crise


A Oriental Land, o operador da Disneylândia Tóquio e DisneySea, organizou neste domingo entrevistas para contratar cerca de 2 mil trabalhadores em tempo parcial, em um momento de grandes demissões deste tipo de empregados no Japão.

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O operador deste parque temático, situado em Urayasu, na província de Chiba (leste de Tóquio), está em pleno processo de seleção de empregados para 20 tipos de postos trabalhistas diferentes.

Segundo a companhia, citada pela agência local de notícias Kyodo, o parque contratará novos trabalhadores para as atrações, para os restaurantes e guardas de segurança entre outros. Os novos contratados começarão a trabalhar a partir de fevereiro.

O processo de seleção acontece em um momento em que a maioria das grandes companhias japonesas começaram a se ver obrigadas a despedir uma elevada percentagem de seus trabalhadores temporários e a tempo parcial.

Algumas inclusive anunciaram demissões de seus trabalhadores fixos, uma medida muito pouco comum nas companhias japonesas, perante os efeitos piores que o esperado pela crise econômica global.

Cerca de uma centena de pessoas esperavam desde a primeira hora desta manhã a abertura do centro de conferências Tokyo International Forum, onde as entrevistas estão sendo feitas, para ser os primeiros a solicitar os postos de trabalho.


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17:15
Anónimo disse...
Economia Internacional
Senado dos EUA aprova plano de estímulo à economia

O Senado dos Estados Unidos aprovou com 60 votos a favor e 38 contra o plano de estímulo à economia de US$ 787 bilhões na madrugada deste sábado. Agora, ele segue para sanção ou veto do presidente Barack Obama, que espera colocar a lei em prática até o dia 16 de fevereiro.

O plano prevê a criação de três milhões de empregos, inclui cortes de impostos às famílias, fundos para programas sociais e obras públicas, além de ajuda aos governos estaduais, estudantes e desempregados.

A cláusula Buy American - que exige o uso de ferro, aço e produtos manufaturados dos Estados Unidos em obras realizadas com recursos do pacote - ficou de lado. Segundo o texto definitivo, a cláusula será aplicada sem violar as normas do comércio internacional.

Ontem à tarde, a Câmara de Representantes (deputados) havia aprovado, por 246 votos a favor e 183 contra, a versão final do plano. Todos os republicanos foram contrários ao pacote.

Pelo acordo de quarta-feira entre Câmara e Senado, em vez de custar US$ 819 bilhões, como queriam os deputados, ou US$ 838 bilhões como pretendiam os senadores, o pacote ficou em cerca de US$ 787 bilhões, com 65% desse total destinado a gastos do governo federal e 35%, a créditos tributários.

17:16
Anónimo disse...
Economia nacional
Na era Lula, aposentadoria sobe 54% menos que salário mínimo

Thatiane Faria
Especial para o Terra
Direto de São Paulo

Os índices de reajustes concedidos pelo governo em 2009 para aposentados e pensionistas e para o salário mínimo repetiram uma diferença que, só durante o governo de Luiz Inácio Lula da Silva, já chega a 54%. Enquanto o mínimo foi majorado em 12% este ano, as pensões e aposentadorias tiveram aumento de 5,92%. Aposentados que têm o benefício do governo como única fonte de renda reclamam que perdem poder de compra e que sua cesta de compras é composta por itens que aumentam mais em relação à inflação oficial.

Um exemplo prático pode ser entendido a partir da comparação entre um aposentado que ganhava R$ 600 em janeiro de 2003. Na época, o benefício era três vezes, ou 200%, maior que o valor do mínimo em vigência, que era de R$ 200. Aplicando-se os índices de reajuste para aposentadorias e para o mínimo durante os últimos seis anos, o mesmo aposentado estaria recebendo hoje R$ 938,47, comparado a um salário mínimo de R$ 465. A diferença entre os dois valores caiu para pouco mais de 100%.

Enquanto o índice acumulado de reajuste para a aposentadoria durante o governo Lula foi de 60%, para o salário mínimo está em 132%.

O diretor do Sindicato Nacional dos Aposentados, João Inocentini, reclama que os valores dos benefícios para aposentadorias não mantêm o poder de compra do grupo, principalmente dos aposentados que recebem menos que dez salários mínimos.

Nem mesmo o fato de o índice de reajuste das aposentadorias ter ficado acima da inflação acumulada no mesmo período (o IPCA entre janeiro de 2003 e janeiro de 2009 foi de 39,7%) serve de argumento, segundo os aposentados.

"Os idosos, principalmente, têm gastos além das contas gerais como gás, telefone e aluguel. Para eles o custo com remédios, e outros itens da área saúde costuma ser maior", afirmou Inocentini.

O presidente do sindicato afirmou que o grupo realiza um estudo com 100 itens de necessidade de um idoso para comparar o aumento dos produtos com o índice de reajuste do benefício recebido pelos aposentados.

"Daqui dois meses vamos abrir um processo na Justiça e levar essa pesquisa como prova. Segundo a lei, o governo é obrigado a manter o poder de compra com a aposentadoria", disse Inocentini.

Alternativas
O consultor financeiro Cláudio Boriola diz que os aposentados, especialmente nesse momento de crise econômica, devem evitar compras parceladas, pesquisar preços, negociar e fazer bom planejamento financeiro.

Segundo Boriola, alguns aposentados ganham um valor mensal muitas vezes insuficiente para o pagamento das contas e acabam pedindo crédito ou realizando pagamentos a prazo e são obrigados a pagar juros altos.

Na opinião do consultor, pagar uma previdência privada é uma alternativa indicada para quem ainda trabalha, considerando a característica de perda de poder de compra da aposentadoria.

"Na prática, infelizmente os valores encontram-se em um patamar que está deteriorando o poder de aquisição da população brasileira", completou Boriola.

De acordo com o diretor da Confederação Brasileira de Aposentados e Pensionistas (Cobap), Vicente Fernandes Barbosa, representantes dos aposentados tentarão um encontro com o presidente da Câmara, deputado Michel Temer (PMDB-SP), para discutir projetos que minimizem a perda dos aposentados

17:17
Anónimo disse...
Previdência
Previdência prorroga isenção de tarifas no benefício

O atual sistema de pagamento aos 26 milhões de aposentados e pensionistas do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) será mantido até o final deste ano. O acordo, que permite realizar a operação sem nenhum custo aos beneficiários, foi renovado nesta sexta-feira, entre o governo federal e 21 instituições financeiras.

Por meio desse acordo, vigente desde setembro de 2007, nem os segurados, nem os bancos e nem o governo arcam com o pagamento de tarifas, conforme explicou o ministro da Previdência Social, José Pimentel. A prorrogação vale até dezembro, data máxima para que a Previdência defina as regras para um novo contrato.

Ao assinar o termo de renovação, na sede da Federação Brasileira dos Bancos (Febraban), o ministro disse que a intenção do governo é mudar o atual modelo de gestão visando a reduzir os custos dessas operações em torno da folha mensal, que atinge R$ 15,8 bilhões. No entanto, qualquer alteração, conforme explicou, passará antes por audiências públicas a serem realizadas a partir do segundo semestre deste ano, atendendo a determinação do Tribunal de Contas da União (TCU).

De acordo com Pimentel, com um redesenho do mecanismo de repasse dos recursos aos bancos em torno da folha de pagamento dos segurados o que se busca é um aumento da participação de instituições financeiras. Ele informou que, desde 2007, cada benefício custa em média R$ 1,07 ao governo. "Quanto mais instituições financeiras estiverem prestando serviços à sociedade, maior é a competitividade, a agilidade no atendimento", justificou.

O ministro observou, ainda, que, para permitir uma redução para algo em torno de meia hora no tempo de atendimento para a concessão dos direitos previdenciários, o governo investiu R$ 280 milhões.

Questionado sobre o descontentamento dos segurados que ganham acima de um salário mínimo terem obtido apenas a correção com base na variação do Índice de Preços ao Consumidor (INPC) , ficando abaixo do reajuste dado a quem recebe apenas o mínimo, Pimentel argumentou que o governo seguiu o que determina a lei e descartou a possibilidade de uma revisão

17:17
Anónimo disse...
Empresas
Caterpillar oferece aposentadoria antecipada a 2 mil


A companhia americana Caterpillar ofereceu a cerca de dois mil funcionários incentivos para que se aposentem de forma voluntária antes do previsto, pela perspectiva de uma queda "significativa" da atividade industrial, informou nesta quarta-feira a empresa.

A iniciativa, destinada aos trabalhadores de diversas fábricas em Illinois, Colorado, Tennessee e Pensilvânia, se soma aos cortes de empregos anunciados em janeiro, explicou em comunicado de imprensa.

A empresa, a maior fabricante mundial de maquinaria pesada para a construção e a mineração, acrescentou que, "em função das condições de negócio, podem ser necessárias mais reduções de elenco voluntárias e involuntárias à medida que o ano avança".

O vice-presidente da companhia, Sid Banwart, explicou que a empresa prevê "demissões significativas em todas as regiões geográficas e na maioria dos setores devido às dificuldades da economia mundial".

17:18
Anónimo disse...
Comércio
Comércio exterior da OCDE caiu no 3º trimestre de 2008


As exportações e as importações dos países da Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Econômico (OCDE) caíram 1,6% e 0,2%, respectivamente, no terceiro trimestre de 2008, em relação aos três meses anteriores.

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Trata-se da primeira queda destas atividades desde o terceiro trimestre de 2006, segundo o último relatório trimestral sobre fluxos comerciais divulgado pela OCDE.

As exportações e as importações em dólares dos 30 Estados-membros caíram 15,6% e 17%, respectivamente, na comparação anualizada.

Por sua vez, o comércio dos sete países mais ricos do mundo (G7) teve um pequeno crescimento no terceiro trimestre de 2008 com uma queda das exportações de mercadorias de 0,2% em relação ao trimestre anterior e um aumento de 0,4% das importações.

Em termos anualizados, as importações do G7 caíram 1,4% entre julho e setembro do ano passado, seu primeiro retrocesso desde o terceiro trimestre de 2006, enquanto as exportações aumentaram 1,9%, seu crescimento mais baixo no mesmo tempo.

Por países, a Alemanha aumentou suas importações em 3,4% - valor mais alto do G7 -, enquanto suas exportações caíram 2,9% do segundo para o terceiro trimestre de 2008.

Pelo contrário, as exportações americanas aumentaram 1,8% entre julho e setembro de 2008, enquanto as importações caíram 0,7% em relação ao trimestre anterior. No Japão, tanto as importações quanto as exportações caíram em torno de 1% no mesmo período.

17:19
Anónimo disse...
Economia Nacional
Lula: juros de crédito consignado a aposentados são altos

Atualizada às 17h29

O presidente Luis Inácio Lula da Silva afirmou nesta terça-feira, em São Paulo, que está lutando para reduzir as taxas de juros cobradas de aposentados em crédito consignado. A Previdência Social estabelece uma taxa máxima de 2,5% para empréstimo e de 3,5% para cartão. Para Lula, os valores são altos.

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"Acho que o juro que os aposentados estão pagando hoje com o crédito consignado é alto para o padrão brasileiro", disse o presidente durante a cerimônia de comemoração dos 86 anos do INSS.

A Previdência anunciou nesta terça-feira que aposentados e trabalhadoras com licença-maternidade poderão receber seus benefícios em 30 minutos. De acordo com Lula, em junho, a aposentadoria do trabalhador rural também será conseguida em meia hora.

Além disso, o presidente anunciou que, também em junho, os trabalhadores que alcançarem o direito à aposentadoria passarão a receber em suas casas um comunicado da Previdência informando o fato e o valor do salário que têm direito a receber. "É um comprometimento público que estou fazendo com os companheiros da Previdência Social", disse.

"Estamos retribuindo ao contribuinte da Previdência Social aquilo que é a cidadania que ele tem direito", afirmou Lula. "Se para cobrar nós somos tão precisos, para devolver o dinheiro, temos que chegar próximo à perfeição", completou.

17:20
Anónimo disse...
Economia Nacional
Salário maternidade sairá em 30 minutos, diz ministro

Toda trabalhadora autônoma que tiver contribuído pelo menos 10 meses com o Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) - ou as que possuírem carteira assinada - poderão receber em 30 minutos o salário maternidade a partir desta terça-feira. Da mesma forma, as mulheres com 30 anos de contribuição e os homens com 35 anos também terão direito ao benefício de forma mais rápida. A informação é do ministro da Previdência Social, José Pimentel.

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Para requerer o salário maternidade, é preciso que as autônomas levem a carteira de identidade e o carnê de contribuição. As demais trabalhadoras devem apresentar a identificação e a carteira de trabalho. Desde o início do mês, a nova forma de análise para a concessão de benefícios foi adotada para a aposentadoria por idade do trabalhador urbano e agora foi estendida para o salário maternidade e por tempo de contribuição.

O ministro disse que a qualificação do serviço da previdência social é o reconhecimento do direito dos trabalhadores e da afirmação da cidadania.

"Até pouco tempo na cabeça do cidadão o serviço devia ser de péssima qualidade. Agora não, nós modificamos toda a legislação no mês de dezembro numa ação conjunta do Congresso Nacional com o governo federal. Estamos implantando e concedendo os benefícios em até 30 minutos", afirmou.

O ministro destacou que para conseguir se aposentar ou ter acesso à licença maternidade em 30 minutos, em primeiro lugar, é necessário que o cidadão esteja vinculado à Previdência, o que inclui 65% da população acima de 16 anos de idade.

"Depois bastar marcar pelo sistema 135 o dia e a hora do atendimento e levar a documentação. Se todos os dados necessários estiverem corretos o contribuinte será atendido em até 30 minutos, como vem sendo feito com as aposentadorias por idade desde o dia cinco de janeiro", explicou.

Pimentel disse ainda que em 90% das agências da previdência social o atendimento é marcado em até 48 horas. Nos grandes centros, entretanto existe um volume maior o que torna mais lento o processo.

"Estamos criando mais 715 agências até 2010, em todo o território nacional, para descentralizar o atendimento. Em 2008, atendemos 295 mil benefícios e aposentadorias por idade. Temos 4 mil pessoas por dia procurando e se aposentando por idade no território nacional. Este serviço será agilizado", concluiu.

17:28
Anónimo disse...
Giuseppe Englaro, pai de Eluana, a italiana que morreu na segunda-feira passada por desidratação, recusou uma grande soma de dinheiro de um conhecido fotógrafo italiano que queria retratar a filha em estado de coma, disse neste sábado o neurologista que atendia a mulher desde 1996, Carlo Defanti.

O neurologista, que participou hoje de uma conferência sobre eutanásia, disse que Englaro respeitou a vontade da filha, que, antes do acidente, tinha pedido que, se lhe ocorresse qualquer coisa irreversível, apresentasse sua imagem de quando estava em boas condições.

Antes de sofrer o acidente de trânsito, em 1992, Eluana viveu o coma de um amigo, Alessandro, o que causou forte impacto na italiana e a levou a fazer o pai prometer que não a deixasse viver em estado vegetativo, disse o próprio Giuseppe Englaro.

Defanti, que dissera que Eluana poderia viver de dez a 12 dias depois da suspensão da alimentação e da hidratação, disse que, como médico, tinha que reprovar esta afirmação.

"Não se pode sobreviver após três ou quatro dias sem líquido e, em particular, água em um corpo. Sabemos bem que, quando há um terremoto, após quatro dias é difícil encontrar sobreviventes".

Defanti ressaltou que Eluana "não falava, não se comunicava com o exterior" e que, após vários exames, "nos deparamos com uma moça que tinha perdido a consciência", porque estava com o córtex cerebral prejudicado.

Eluana foi enterrada na quinta-feira passada no túmulo da família na localidade de Paluzza, em Udine, após um funeral que não contou com a presença dos pais.

16:53
Anónimo disse...
Os bombeiros combatem neste sábado os incêndios na Austrália favorecidos pelo bom tempo, enquanto os deslocados encotram em seu retorno casas derruídas, carros queimados nas ruas e destruição.

Depois de sete dias desde que começaram os incêndios no Estado de Victoria, a lista de mortos chega a 181, os desaparecidos somam 50, os edifícios destruídos totalizam 1,834 mil e o terreno arrasado, principalmente florestas, ocupa uma área de 4,13 mil quilômetros quadrados.

As equipes de bombeiros, formadas por 4 mil profissionais de Victoria, de outras partes da Austrália e de países amigos, combateram hoje 12 focos fora de controle e nenhum representava uma ameaça direta para a população.

O subdiretor do Serviço de Bombeiros, Geoff Conway, disse que este tempo favorável, que se prolongará durante o domingo, permite consolidar as linhas de contenção e avançar na extinção das chamas.

Cinzas apareceram arrastadas por ventos do nordeste sobre Melbourne, onde habitam 3,8 milhões de pessoas, e as autoridades alertaram aos cidadãos do risco para a saúde de idosos, crianças e pessoas com problemas respiratórios.

O número de pessoas deslocadas - a Cruz Vermelha chegou a receber 7 mil - começou a cair com a abertura de algumas localidades atingidas.

Os incêndios, alguns criminosos, começaram em 7 de fevereiro, quando a região sul da Austrália estava há duas semanas sob uma onda de calor sem precedentes.

Na sexta-feira passada, a polícia acusou uma pessoa de ter provocado o incêndio que atingiu a localidade de Churchill e matou 21 pessoas.

16:55
Anónimo disse...
A primeira chuva em seis dias reduziu a ameaça de incêndios no Estado de Victoria, ao sul da Austrália. As autoridades, porém, advertiram que ainda existem 12 focos, mas que nenhum deles ameaça áreas povoadas.

Mais de quatro mil bombeiros, mil provenientes de outras partes do país e de outras nações, trabalham contra o fogo. Cerca de 600 veículos e 28 helicópteros e pequenos aviões estão sendo usados.


Eles conseguiram construir linhas de contenção para evitar os incêndios de Yarra e Maroondah se juntassem. Também foram controlados os incêndios abertos de Yea e Murrindindi, que ameaçavam as comunidades de Connellys Creek, Crystal Creek, Scrubby Creek e Native Dog Creek.

O número de mortos chegou a 181, mas as autoridades acreditam que as vítimas devem passar de 200, já que ainda há muitos desaparecidos.

16:55
Anónimo disse...
Aqui nesta coluna, na semana passada, tive a oportunidade de comentar sobre a recente visita do professor brasileiro Pedrinho Guareschi à Austrália. Não dei, porém, os fatos, pois semana passada o assunto era outro.

Hoje, porém, vamos a eles.

No último dia 4 de fevereiro, aconteceu o Seminário "Paulo Freire: Education and Liberation", organizado pelo centro de estudos latino-americanos da Universidade Nacional da Austrália, ou ANU, como é mais conhecida por aqui.

A ANU, para quem não sabe, está entre as 20 melhores universidades do mundo! E tem sede aqui em Camberra, capital da Austrália.

Na abertura do evento, o professor John Minns, diretor do centro latino-americano, ao dar boas-vindas ao público presente, lembrou ser aquele o primeiro seminário exclusivamente dedicado a Paulo Freire na Austrália.

Em seguida, convidou Pedrinho Guareschi, palestrante principal do Seminário, a fazer sua apresentação.

A plateia pode então conhecer, pelas palavras de Pedrinho, um pouco da obra e da vida de Freire, esse brasileiro de fé e valor, que sempre acreditou na educação, sobretudo dos menos favorecidos, analfabetos, como força libertadora.

Como não podia deixar de ser, os conceitos e ideias revolucionários de Paulo Freire, expostos com clareza por Pedrinho, despertaram o interesse e a curiosidade de plateia. A qual, deve-se notar, era na maioria de estudantes, mas de várias nacionalidades, sobretudo australianos e asiáticos.

Na continuação do programa do seminário, que se estendeu por dois dias, outros professores fizeram palestras sobre temas ligados à obra de Paulo Freire.

Interessante, por exemplo, saber que a professora Anne Hickling-Hudson, jamaicana que mora na Austrália há muitos anos (é professora da ANU), conheceu e trabalhou com Freire num workshop educacional durante a revolução na Ilha de Granada, em 1980, antes da invasão dos Estados Unidos...

Ou, então, a palestra da Professora Gerda Roelvink, da Nova Zelândia, que participou do Fórum Social de Porto Alegre em 2005. E essa participação transformou-se em tema de doutorado.

No dia 10, terça-feira passada, o padre Pedrinho Guareschi voltou a falar ao público australiano em grande auditório localizado no belíssimo campus da ANU. Desta vez, sobre a Teologia da Libertação.

Depois da palestra, John Minns mostrou o filme mexicano "O Crime do Padre Amaro", no qual um dos personagens é um padre católico praticante da Teologia da Libertação.

Mais uma vez, foi grande o intersse da platéia, que pode aprender e conhecer um pouco como se desenvolveu aquele importante movimento católico na América Latina.

Fica, assim, ao Pedrinho, bem como a outros brasileiros estudiosos e de bom coração que saem pelo mundo a divulgar aspectos importantes da cultura brasileira, o respeito e a homenagem desta coluna. E... aquele abraço!

16:57
Anónimo disse...
Amanda Kitts perdeu o braço esquerdo em um acidente de automóvel acontecido três anos atrás, mas hoje em dia ela joga futebol americano com seu filho de 12 anos de idade, troca fraldas e abraça as crianças nas três creches Kiddie Cottage que opera em Knoxville, Tennessee. Kitts, 40 anos, faz tudo isso com a ajuda de um novo tipo de braço artificial que se movimenta com mais facilidade do que outros aparelhos e que ela pode controlar utilizando apenas seus pensamentos.

"Eu sou capaz de mexer a mão, o pulso e o cotovelo ao mesmo tempo", diz. "Você pensa e os músculos se movem em seguida".

A recuperação que ela conseguiu resulta de um novo procedimento que vem atraindo crescente atenção porque permite que pessoas movam braços protéticos de forma mais automática do que faziam no passado, simplesmente utilizando nervos reaproveitados em seus cérebros.

A técnica, conhecida como "renervação muscular dirigida", envolve utilizar os nervos que restam depois da amputação de um braço e conectá-los a outro músculo do corpo, em geral no peito. Eletrodos são instalados sobre os músculos do peito, e operam como se fossem antenas. Quando a pessoa deseja mover o braço, o cérebro envia sinais que primeiro resultam em contração dos músculos do peito, os quais enviam um sinal ao braço protético, instruindo-se a se movimentar. O processo não requer mais esforços consciente do que a pessoa teria de exercitar caso ainda tivesse seu braço natural.

Na terça-feira, pesquisadores reportaram em estudo publicado pela versão online do Journal of the American Medical Association que haviam levado a técnica ainda mais à frente, tornando possível a execução de 10 movimentos de mão, pulso e cotovelo diferentes, o que representa uma substancial melhora com relação ao típico repertório protético, que em geral envolve apenas dobrar o cotovelo, girar o pulso e abrir a mão.

"Os novos métodos tiveram impacto dramático em nosso campo de trabalho", disse Stuart Harshbarger, engenheiro biomédico na Universidade Johns Hopkins e diretor do programa de pesquisa sobre próteses, financiado pelas forças armadas, que inclui o trabalho com essa técnica. "O método já está em uso por médicos e cirurgiões comuns em todo o país. A capacidade de controlar um membro protético bastante robusto que ele confere surpreendeu a todos pela qualidade".

Tipicamente, uma pessoa que tenha um braço protético só é capaz de executar alguns poucos movimentos, e muitas vezes com tamanha lentidão que isso só permite a ela atividades limitadas.

Há um motor separado para cada movimento, diz Gerald Loeb, professor de engenharia biomédica na Universidade do Sul da Califórnia, "e esses motores precisam ser controlados de maneira explícita", usualmente por um esforço consciente da pessoa para contrair músculos nas costas ou no bíceps.

"Essencialmente, até agora os pacientes controlavam apenas um motor de cada vez", diz Loeb, "e precisavam pensar cuidadosamente sobre que motor desejavam controlar e como fazê-lo operar, em lugar de simplesmente pensarem em mover o braço e poderem fazê-lo sem delongas".

Antes que Kitts passasse pelo procedimento de renervação, em outubro de 2007, por exemplo, ela precisava movimentar os músculos de suas costas de determinada maneira para fazer com que seu pulso girasse, e flexionar seu bíceps e tríceps para fazer com que o cotovelo se movesse para cima e para baixo. "Era muito trabalho", ela conta. "E não me ajudava muito".

O procedimento de renervação é parte de uma recente explosão de idéias novas e técnicas inovadoras que estão sendo exploradas enquanto os cientistas se esforçam por ajudar as pessoas a compensar melhor a perda de membros ou problemas de paralisia. O esforço vem sendo alimentado pelo aumento no número de amputações causado por diabetes e por ferimentos sofridos pelos militares, e ao mesmo tempo pelos avanços na tecnologia médica.

Os braços se tornaram um dos focos essenciais desse tipo de trabalho. A ciência há muito vem obtendo sucessos no desenvolvimento de próteses de perna, mas é muito mais difícil imitar a complexidade e a destreza das mãos e dos braços.

Os esforços em curso incluem o desenvolvimento de projetos de pele e braços mais sensíveis e mais flexíveis, e o uso de dispositivos acionados por controles sem fio implantado nos braços protéticos, que permitiriam movimentos mais naturais.

Os pesquisadores também vêm usando sensores implantados nos cérebros de cobaias para permitir que dois macacos controlem um braço mecânico, e um teste com um homem paralítico permitiu, com esse método, que ele movimentasse um cursor em uma tela de computador.

Alguns desses métodos, caso venham a ser aperfeiçoados plenamente e consigam aprovação das autoridades regulatórias da saúde, podem no futuro se tornar mais viáveis para os pacientes de amputações.

E embora a técnica da renervação não requeira aprovação das autoridades regulatórias porque é executada por meios cirúrgicos e emprega aparelhos já existentes, ela apresenta limitações que até mesmo seus criadores reconhecem, entre as quais o fato de que não se pode utilizá-la para todos os pacientes, o seu alto custo e o prazo de meses requerido para que os nervos reconectados cresçam e se tornem efetivos.

Ainda assim, os especialistas dizem que é o mais avançado sistema em uso hoje para pacientes reais que permite que o sistema nervoso controle diretamente o movimento de um braço artificial.

Desde sua introdução por Todd Kuiken, médico fisioterapeuta e engenheiro biomédico do Instituto de Reabilitação de Chicago, o método foi empregado em cerca de 30 pacientes nos Estados Unidos, Canadá e Europa, entre os quais oito soldados feridos no Iraque e no Afeganistão.

Muitos dos pacientes, entre os quais o primeiro, Jesse Sullivan, um operário do setor elétrico no Tennessee que perdeu os dois braços quando foi eletrocutado por um cabo, conseguem não apenas manipular seus braços protéticos mas sentir a presença das mãos que já não têm quando alguém toca em seus peitos.

Sullivan, 62 anos, e Kitts, estavam entre os cinco pacientes que participaram do estudo reportado na terça-feira. Em companhia de cinco outras pessoas que não passaram por amputações, eles receberam os eletrodos e foram instruídos a usar pensamentos para fazer com que um braço virtual na tela reproduzisse 10 movimentos diferentes, entre os quais três formas diferentes de aperto de mão.

Os pacientes apresentaram desempenho bastante respeitável, apenas um pouco mais lento e menos preciso do que os dos participantes que não tinham amputações.

"As velocidades de movimento que encontramos em nossos pacientes foram realmente encorajadoras", disse Kuiken. "Eles conseguiram completar a tarefa. É claro que não foram tão competentes quanto as pessoas dotadas de plena capacidade física, mas foram bons o bastante".

Um braço virtual foi usado porque a maioria das próteses existentes não era capaz de acomodar todos aqueles movimentos, no momento da pesquisa, ainda que Sullivan, Kitts e uma terceira paciente, Claudia Mitchell, tenham experimentado dois novos protótipos mais versáteis de braços artificiais, executando tarefas complexas com bolas de tênis e outros objetos.

O trabalho de renervação em soldados apresenta outros desafios, diz Kuiken, porque os ferimentos militares muitas vezes "causam danos muitos extensos" a nervos, músculos ou ossos.

Daniel Acosta, 25 anos, um aviador ferido pela detonação de uma bomba em uma estrada do Iraque em 2005, passou pelo procedimento no ano passado e diz que seu braço esquerdo protético agora se movimenta "muito mais rápido" e de maneira muito mais natural.

"A diferença é que agora não preciso mais pensar para mover o braço", ele diz. "Ele simplesmente se mexe".

Ainda assim, Acosta, de San Antonio, diz que "o processo foi bastante longo" e que os eletrodos precisam ser ajustados para receber os sinais à medida que os nervos crescem ou mudam de posição.

E embora elogiem o método, os especialistas afirmam que a ciência das próteses de braço ainda tem muito por avançar.

"Trata-se de uma parte crucial, mas ainda assim apenas uma parte, das muitas coisas que compreendem a função normal de um braço", disse Loeb, que escreveu um editorial que acompanha o artigo no Journal of the American Medical Association.

"No momento estamos a meio do caminho entre o braço de 'Dr. Fantástico', que fazia involuntariamente a saudação nazista, e o braço de Luke Skywalker em 'Guerra nas Estrelas', que funciona sem nenhum problema assim que é conectado. Creio que precisaremos ainda de muitos anos para conectar todas as peças necessárias a produzir um braço capaz de funcionar normalmente".

17:04
Anónimo disse...
A Espanha disse neste sábado que está preparando uma reclamação oficial contra a decisão da Venezuela de expulsar um membro do Parlamento Europeu que criticou o conselho eleitoral venezuelano.
Luis Herrero, membro do partido conservador espanhol PP, foi deportado na sexta-feira depois que o Conselho Nacional Eleitoral (CNE) o acusou de questionar a imparcialidade da instituição antes de um referendo que pode permitir ao presidente Hugo Chávez permanecer no cargo indefinidamente.

Herrero estava na Venezuela como observador do referendo. Ele acusou Chávez de ter "comportamentos típicos de um ditador" por pedir a contenção de manifestações da oposição.

O governo da Espanha convocou um encontro com o embaixador da Venezuela em Madri para expressar a desaprovação sobre a expulsão de Herrero, disse um representante do Ministério das Relações Exteriores espanhol.

As relações da Venezuela com a Espanha tiveram seu ponto crítico em 2007, quando Chávez ameaçou rever acordos diplomáticos e comerciais depois de ouvir um "cala a boca" do rei espanhol Juan Carlos durante uma cúpula.

A fenda foi oficialmente reparada em 2008, com uma visita oficial de Chávez à Espanha, onde ele cumprimentou o rei e discutiu acordos para investimento no setor petroquímico com o primeiro-ministro José Luis Rodriguez Zapatero.

17:06
Anónimo disse...
A polícia do Zimbábue anunciou neste sábado que acusa de traição Roy Bennett, dirigente do até agora opositor Movimento para a Mudança Democrática (MDC), detido na sexta-feira, em Harare, poucas horas antes da cerimônia de posse dos membros do novo gabinete.

"A Polícia nos informou que vão apresentar acusações de traição", disse à agência EFE o advogado de defesa de Bennett, Trust Maanda.

"Tentam relacionar Roy com o caso de Mike Hitschmann, que foi detido em 2006 em relação à descoberta de um carregamento de armas, apesar de que Hitschmann não tenha sido declarado culpado das acusações de traição apresentadas contra ele, mas de um crime menor de descumprimento de leis", disse Maanda.

O político opositor, designado por seu partido como vice-ministro de Agricultura no Governo de união nacional, esteve no exílio na vizinha África do Sul desde 2006 e retornou ao Zimbábue há duas semanas.

Segundo a Polícia, que deteve Bennett ontem no aeroporto de Harare quando pretendia ir à África do Sul para visitar sua família, as armas apreendidas em 2006 seriam utilizadas em um golpe de Estado para derrubar o presidente do Zimbábue, Robert Mugabe.

Depois da detenção, Bennet foi levado a Mutar, onde vários simpatizantes do MDC se concentraram em frente à delegacia na qual estava detido, diante do que a Polícia respondeu com tiros para o alto para dispersar os manifestantes.

17:07
Anónimo disse...
Austrália: 14 mil se candidatam a 'emprego dos sonhos'

A secretaria de Turismo de Queensland, na Austrália, informou que até esta segunda-feira já recebeu cerca de 14 mil inscrições para o "o melhor emprego do mundo". O Estado australiano promove pela internet seleção para vaga de "zelador" da ilha Hamilton, por seis meses com um salário de R$ 40 mil.

Muitos candidatos tiveram problemas durante a inscrição por conta dos acessos simultâneos ao site. A secretaria aconselha enviar os vídeos de 60s explicando porque deve ser escolhido em horários alternativos do dia, além de recomendar tamanho em torno de 40MB.

As inscrições começaram em 12 de janeiro e vão até o próximo dia 22 e podem ser feitas pelo site www.islandreefjob.com. O governo australiano escolherá 50 candidatos para a próxima fase da seleção, que terá votos do público para eleger um dos 11 finalistas.

A última fase terá entrevistas e desafios físicos, no próprio local de trabalho: as ilhas da Grande Barreira Coralina - o maior recife de coral do mundo. A secretaria de Turismo anunciará o vencedor no dia 6 de maio.

17:09
Anónimo disse...
Mercado elogia governo na crise, mas pede maior queda no juro

Peter Fussy
Direto de São Paulo

Desde as primeiras medidas anunciadas para combater os efeitos da crise, o governo brasileiro avisou que a estratégia não contemplaria um pacote. Seriam doses pontuais, de acordo com a necessidade da economia diante do agravamento das turbulências. Da primeira liberação dos depósitos compulsórios em setembro até a ampliação do seguro-desemprego na última quarta-feira, o governo passou por redução de impostos, ampliação de crédito e incentivos à exportação. Quase 150 dias após a primeira medida, o Terra conversou com líderes do setor público e privado, representantes dos trabalhadores, acadêmicos e com o próprio governo para saber quais destas ações foram mais eficazes, quais foram mais ineficientes e o que mais pode ser feito pelo Estado brasileiro contra a crise.

Os maiores elogios foram direcionados à atitude de reduzir o Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) para a indústria automobilística, anunciada em dezembro e que fez com que os emplacamentos de carros novos subissem 1,9% no primeiro mês do ano em relação a dezembro de 2008. Já as maiores críticas foram para a lentidão no corte da taxa básica de juro do País.

Para o presidente do conselho administrativo do Grupo Pão de Açúcar, Abílio Diniz, o Estado não é responsável pela crise e mesmo assim está agindo "com extrema serenidade e muito acerto". "O governo está atento, fazendo a sua parte. É preciso coragem de baixar firmemente a taxa de juros. É uma arma que temos a nosso favor, já que não há clima para inflação, nem possibilidade de danos para a macroeconomia", afirmou Diniz.

Na última reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), em janeiro, a taxa Selic foi reduzida em um ponto percentual, de 13,75% para 12,75% ao ano. Porém, o professor de economia da Universidade de Brasília (UnB) José Luiz Oreiro lembra que este corte representa uma redução de apenas 0,25 ponto percentual com relação à taxa de setembro do ano passado, quando a crise se agravou.

"Pouco antes da eclosão da crise, o Banco Central aumentou a taxa em 0,75 ponto. Foram cinco meses de demora para reduzir em termos líquidos apenas 0,25 ponto", afirmou o economista, que também sugeriu redução do intervalo de cerca de 90 dias entre as reuniões do Copom e o corte de pelo menos um 1 ponto percentual em cada reunião.

Mesmo com o corte de janeiro, a taxa de juros real continua sendo a maior do mundo, lembrou o secretário-geral da Força Sindical, João Carlos Gonçalves, o Juruna. "A redução da taxa de juro ainda é pequena, porque ela continua uma das mais altas do mundo. Falta ousadia para baixar os juros e ajudar o cidadão. A permanência da taxa de juro alta é negativa para o País em meio a crise", afirmou Juruna.

Embora aprove as ações do governo, o senador Aloízio Mercadante (PT-SP) também acredita que o patamar da Selic está muito alto. "Sempre fomos os primeiros a entrar em qualquer crise, o que não aconteceu agora. A taxa Selic ainda é muito alta, mas o governo têm tomado medidas acertadas, como o aumento do salário mínimo, mesmo com um cenário de crise. Isso ajuda a movimentar o consumo. O governo está se esforçando para manter os investimentos e o crescimento", disse.

Tributos
De acordo com o economista Fabio Pina, da Fecomercio-SP, as ações mais positivas estão relacionadas à redução de tributos para alguns segmentos, como a indústria automobilística, que recuperou parte da queda nas vendas em janeiro com a isenção do IPI para carros 1.0 l e o corte para demais motorizações. A medida vale até o final de março.

"Essas medidas não só reduziram o preço, mas anteciparam o consumo daqueles que iriam comprar no futuro, dando um prêmio por conta da insegurança. Mexe diretamente com o principal problema que é a confiança do consumidor", afirmou. Juruna destacou que um bom ritmo de vendas é garantia de emprego. "É importante porque cada emprego na montadora significa 19 na cadeia produtiva", comentou o representante da Força Sindical.

Também em dezembro, o governo decidiu cortar pela metade a alíquota do Imposto de Renda para contribuintes que ganham entre R$ 1.434 e R$ 2.150 mensais. "O salário aumentava e a tabela não se modificava. As pessoas ganhavam mais e pagavam mais impostos", apontou Juruna. Outra redução de tributos do governo foi com relação ao Imposto sobre Operações Financeiras (IOF), que caiu de 3% ao ano para 1,5%.

Crédito
Na segunda metade de 2008, o colapso de bancos nos Estados Unidos por conta da crise do subprime provocou uma forte restrição de crédito no mundo inteiro. Uma das primeiras medidas anticrise do governo teve como objetivo restabelecer a oferta, com mudanças no recolhimento dos depósitos compulsórios por parte dos bancos. Segundo o presidente do Banco Central, Henrique Meirelles, as diversas modificações liberaram US$ 99,2 bilhões aos bancos até o final de janeiro.

Além disso, o governo concedeu R$ 36 bilhões das reservas internacionais para empresas brasileiras com dívidas no exterior e uma medida provisória autorizou o Banco do Brasil e a Caixa Econômica Federal a comprar carteiras de crédito de bancos privados. Para o diretor do Departamento de Pesquisas e Estudos Econômicos da Fiesp, Paulo Francini, estas medidas foram essenciais para combater os efeitos da crise.

"A crise se desenvolve no mundo em torno do tema crédito. E o crédito reduziu-se barbaridade no mundo. Então o governo lança mão de compulsório, lança mão de reservas, de medidas que permitem aos bancos comprar carteiras de bancos. Você vai tomando várias medidas para atender às demandas e o epicentro disso é crédito", afirmou.

No entanto, Oreiro, da UnB, adverte que a liberação dos compulsórios seria mais eficiente acompanhada de redução mais agressiva da taxa básica de juro. "Uma parte do crédito voltou, depois da forte retração em outubro e novembro. O que deveria ter sido feito junto à liberação do compulsório era uma redução mais drástica da taxa de juro. Sem isso, os bancos pegam as reservas e acabam comprando títulos públicos", explicou o economista.

Na opinião de Pina, as ações de distribuição de crédito via redução do compulsório e a disposição de capital de giro para empresas foram tomadas sem um cuidado maior na operação e não tiveram muito efeito. "O BNDES tem linhas que ficam paradas quase todo o ano, agora é pior ainda. Existem os recursos, mas as empresas e os bancos estão desconfiados. É preciso fazer com que os bancos tenham interesse em emprestar", afirmou o economista da Fecomercio-SP.

Futuro
Mesmo com todas essas medidas, a crise financeira ainda gera incertezas nos setores produtivos do País. Nos últimos meses, o medo do desemprego fez os consumidores adiarem compras. Por sua vez, a queda nas vendas pode obrigar as indústrias a cortarem a produção e demitir funcionários. Contra isso, empresários sugerem redução de jornada e de salários.

"Isto está previsto em lei. A Fiesp simplesmente manteve conversações com entidades sindicais quanto à aplicação daquilo que já está previsto em lei", afirmou Francini.

Segundo a ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff, uma das medidas que assegura um nível de emprego é a manutenção de investimentos no Programa de Aceleração do Crescimento (PAC). "Estamos esperando que a dificuldade ocorra em janeiro, fevereiro e março. Estamos certos que vamos manter o nível de investimento. É isso que funciona, é isso que significa investimento público. Ele funciona como um colchão. Por isso, nós colocamos R$ 100 bilhões no BNDES e a Petrobras ampliou o seu investimento em R$ 120 bilhões", afirmou.

Na mesma linha, Pina explica que a antecipação de gastos do governo substitui parte da demanda retraída do setor privado. "Ele dá o seguinte recado: não vou estourar as contas públicas, mas concentrar em um momento em que a demanda privada está pequena. Mas o governo não tem fôlego suficiente para fazer o papel de toda demanda", ressaltou. O economista da Fecomercio lembrou que a entidade já pleiteou junto ao governo isenções para transferência de imóveis e de automóveis, além de retirar o IPVA para veículos novos.

Já Oreiro foca suas propostas na capitalização do Banco do Brasil e da Caixa Econômica Federal pelo Tesouro para atender a demanda de crédito para capital de giro e reduzir o spread. "Aumentando o empréstimo e reduzindo as taxas, os dois vão forçar os bancos privados a acompanhar o movimento, até para não perderem participação no mercado", explicou o economista da UnB.

Até o Carnaval, o governou prometeu detalhar um pacote de incentivos para a construção de até um milhão de casas populares, direcionado a famílias com renda de até dez salários mínimos. "Estamos atentos a tudo o que está acontecendo e novas medidas serão tomadas caso haja uma avaliação de que sejam necessárias", disse o ministro da Fazenda, Guido Mantega, na última sexta-feira.

17:11
Anónimo disse...
Ex-ministro critica extensão do seguro-desemprego

Atualizada às 09h03

O ex-ministro do Trabalho Almir Pazzianotto criticou a decisão do governo federal de conceder o seguro-desemprego estendido a apenas alguns setores. "É certamente odioso e provavelmente inconstitucional", disse Pazzianotto, de acordo com o jornal O Estado de S. Paulo.

Na última qurta, dia do anúncio da medida, centrais sindicais elogiaram a atitude do governo. A Força Sindical divulgou nota dizendo que "o aumento ajudará a aquecer parte da economia, já que irá gerar mais consumo, produção e conseqüentemente, a criação de novos postos de trabalho". A União Geral dos Trabalhadores (UGT) afirmou que a medida "contribuirá para minimizar o drama dos trabalhadores que perderem seu emprego por conta da crise".

O ex-ministro, que instituiu o seguro-desemprego no País no governo de José Sarney, destacou a necessidade de as centrais sindicais se manifestarem contra a determinação. Para ele, as mudanças devem ser aplicadas a todas as categorias profissionais e a distinção é contrária ao artigo 3º da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT).

Pazzianotto atribui a medida a um possível temor do governo de que a crise econômica seja longa e não haja dinheiro para atender a todas as necessidades. Ainda assim, ele se mostra contrário ao método de concessão. "O seguro-desemprego ajuda a sanar necessidades básicas. Estendê-lo é paliativo, não a solução", disse ao jornal.

De acordo com o presidente do Conselho Deliberativo do Fundo de Amparo ao Trabalhador (Codefat) e conselheiro da Força Sindical, Luiz Fernando Emediato, a determinação já estava prevista na lei 8.900/94, que trata do seguro-desemprego.

O presidente da Comissão de Trabalho da Câmara, Pedro Fernandes (PTB-MA) vai além na crítica à concessão do seguro para apenas alguns setores. Ele acredita que a ampliação do benefício estimula o desemprego.

Quintino Severo, secretário geral da Central Única dos Trabalhadores (CUT), lembra que a ampliação do benefício sem critério e identificação pode incentivar demissões em outros setores.

17:13
Anónimo disse...
Empresas
TAM faz promoção para destinos internacionais

A companhia aérea TAM anunciou nesta sexta-feira tarifas promocionais para trechos internacionais. Os preços valem para bilhetes comprados entre 6h deste sábado e 23h59 deste domingo e são válidos para classe econômica. As tarifas, para ida e volta, serão vendidas a partir de US$ 99, mais taxas.

Segundo a aérea, a promoção vale para viagens feitas no período de 14 de fevereiro a 18 de junho de 2009. Para destinos na América do Sul, a permanência mínima é de dois dias; para bilhetes com destino nos Estados Unidos, cinco dias; e Europa, sete dias. A permanência máxima para as passagens para América do Sul e EUA é de dois meses e para Europa, três meses.

Entre os exemplos de tarifas promocionais, a TAM oferece São Paulo-Lima por US$ 99. Bilhetes para a rota São Paulo-Santiago serão vendidos a partir de US$ 199 e São Paulo-Nova York, US$ 799.

A emissão dos bilhetes deve ser feita obrigatoriamente no ato da reserva, obedecendo às regras estipuladas pela companhia. A compra está sujeita à disponibilidade de assentos nas classes tarifárias determinadas, trechos, horários e datas. A TAM afirmou que também há tarifas promocionais para a classe executiva.

Mais informações podem ser encontradas no site promocional (www.ofertastam.com.br), no site da empresa (www.tam.com.br) ou pelos telefones 4002-5700 ou 0800 5705700.

17:13
Anónimo disse...
Empresas
Consultoria negocia compra do parque temático Hopi Hari

A consultoria especializada em reestruturação de empresas Íntegra Associados informou nesta sexta-feira ter um acordo para comprar o parque de diversões Hopi Hari, localizado no interior de São Paulo. A empresa estaria disposta a investir R$ 10 milhões no parque, que tem dívida estimada em R$ 800 milhões. As informações são da edição deste sábado do jornal Folha de S. Paulo.

De acordo com o jornal, a transação ainda depende da negociação entre o Hopi Hari e seus credores, o que já estaria em andamento.

A consultoria paulista já atuou junto à Parmalat, durante 30 meses, quando reorganizou a gestão da empresa italiana.

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17:14
Anónimo disse...
Empresas
Disney de Tóquio contratará mais 2 mil apesar da crise


A Oriental Land, o operador da Disneylândia Tóquio e DisneySea, organizou neste domingo entrevistas para contratar cerca de 2 mil trabalhadores em tempo parcial, em um momento de grandes demissões deste tipo de empregados no Japão.

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O operador deste parque temático, situado em Urayasu, na província de Chiba (leste de Tóquio), está em pleno processo de seleção de empregados para 20 tipos de postos trabalhistas diferentes.

Segundo a companhia, citada pela agência local de notícias Kyodo, o parque contratará novos trabalhadores para as atrações, para os restaurantes e guardas de segurança entre outros. Os novos contratados começarão a trabalhar a partir de fevereiro.

O processo de seleção acontece em um momento em que a maioria das grandes companhias japonesas começaram a se ver obrigadas a despedir uma elevada percentagem de seus trabalhadores temporários e a tempo parcial.

Algumas inclusive anunciaram demissões de seus trabalhadores fixos, uma medida muito pouco comum nas companhias japonesas, perante os efeitos piores que o esperado pela crise econômica global.

Cerca de uma centena de pessoas esperavam desde a primeira hora desta manhã a abertura do centro de conferências Tokyo International Forum, onde as entrevistas estão sendo feitas, para ser os primeiros a solicitar os postos de trabalho.


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17:15
Anónimo disse...
Economia Internacional
Senado dos EUA aprova plano de estímulo à economia

O Senado dos Estados Unidos aprovou com 60 votos a favor e 38 contra o plano de estímulo à economia de US$ 787 bilhões na madrugada deste sábado. Agora, ele segue para sanção ou veto do presidente Barack Obama, que espera colocar a lei em prática até o dia 16 de fevereiro.

O plano prevê a criação de três milhões de empregos, inclui cortes de impostos às famílias, fundos para programas sociais e obras públicas, além de ajuda aos governos estaduais, estudantes e desempregados.

A cláusula Buy American - que exige o uso de ferro, aço e produtos manufaturados dos Estados Unidos em obras realizadas com recursos do pacote - ficou de lado. Segundo o texto definitivo, a cláusula será aplicada sem violar as normas do comércio internacional.

Ontem à tarde, a Câmara de Representantes (deputados) havia aprovado, por 246 votos a favor e 183 contra, a versão final do plano. Todos os republicanos foram contrários ao pacote.

Pelo acordo de quarta-feira entre Câmara e Senado, em vez de custar US$ 819 bilhões, como queriam os deputados, ou US$ 838 bilhões como pretendiam os senadores, o pacote ficou em cerca de US$ 787 bilhões, com 65% desse total destinado a gastos do governo federal e 35%, a créditos tributários.

17:16
Anónimo disse...
Economia nacional
Na era Lula, aposentadoria sobe 54% menos que salário mínimo

Thatiane Faria
Especial para o Terra
Direto de São Paulo

Os índices de reajustes concedidos pelo governo em 2009 para aposentados e pensionistas e para o salário mínimo repetiram uma diferença que, só durante o governo de Luiz Inácio Lula da Silva, já chega a 54%. Enquanto o mínimo foi majorado em 12% este ano, as pensões e aposentadorias tiveram aumento de 5,92%. Aposentados que têm o benefício do governo como única fonte de renda reclamam que perdem poder de compra e que sua cesta de compras é composta por itens que aumentam mais em relação à inflação oficial.

Um exemplo prático pode ser entendido a partir da comparação entre um aposentado que ganhava R$ 600 em janeiro de 2003. Na época, o benefício era três vezes, ou 200%, maior que o valor do mínimo em vigência, que era de R$ 200. Aplicando-se os índices de reajuste para aposentadorias e para o mínimo durante os últimos seis anos, o mesmo aposentado estaria recebendo hoje R$ 938,47, comparado a um salário mínimo de R$ 465. A diferença entre os dois valores caiu para pouco mais de 100%.

Enquanto o índice acumulado de reajuste para a aposentadoria durante o governo Lula foi de 60%, para o salário mínimo está em 132%.

O diretor do Sindicato Nacional dos Aposentados, João Inocentini, reclama que os valores dos benefícios para aposentadorias não mantêm o poder de compra do grupo, principalmente dos aposentados que recebem menos que dez salários mínimos.

Nem mesmo o fato de o índice de reajuste das aposentadorias ter ficado acima da inflação acumulada no mesmo período (o IPCA entre janeiro de 2003 e janeiro de 2009 foi de 39,7%) serve de argumento, segundo os aposentados.

"Os idosos, principalmente, têm gastos além das contas gerais como gás, telefone e aluguel. Para eles o custo com remédios, e outros itens da área saúde costuma ser maior", afirmou Inocentini.

O presidente do sindicato afirmou que o grupo realiza um estudo com 100 itens de necessidade de um idoso para comparar o aumento dos produtos com o índice de reajuste do benefício recebido pelos aposentados.

"Daqui dois meses vamos abrir um processo na Justiça e levar essa pesquisa como prova. Segundo a lei, o governo é obrigado a manter o poder de compra com a aposentadoria", disse Inocentini.

Alternativas
O consultor financeiro Cláudio Boriola diz que os aposentados, especialmente nesse momento de crise econômica, devem evitar compras parceladas, pesquisar preços, negociar e fazer bom planejamento financeiro.

Segundo Boriola, alguns aposentados ganham um valor mensal muitas vezes insuficiente para o pagamento das contas e acabam pedindo crédito ou realizando pagamentos a prazo e são obrigados a pagar juros altos.

Na opinião do consultor, pagar uma previdência privada é uma alternativa indicada para quem ainda trabalha, considerando a característica de perda de poder de compra da aposentadoria.

"Na prática, infelizmente os valores encontram-se em um patamar que está deteriorando o poder de aquisição da população brasileira", completou Boriola.

De acordo com o diretor da Confederação Brasileira de Aposentados e Pensionistas (Cobap), Vicente Fernandes Barbosa, representantes dos aposentados tentarão um encontro com o presidente da Câmara, deputado Michel Temer (PMDB-SP), para discutir projetos que minimizem a perda dos aposentados

17:17
Anónimo disse...
Previdência
Previdência prorroga isenção de tarifas no benefício

O atual sistema de pagamento aos 26 milhões de aposentados e pensionistas do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) será mantido até o final deste ano. O acordo, que permite realizar a operação sem nenhum custo aos beneficiários, foi renovado nesta sexta-feira, entre o governo federal e 21 instituições financeiras.

Por meio desse acordo, vigente desde setembro de 2007, nem os segurados, nem os bancos e nem o governo arcam com o pagamento de tarifas, conforme explicou o ministro da Previdência Social, José Pimentel. A prorrogação vale até dezembro, data máxima para que a Previdência defina as regras para um novo contrato.

Ao assinar o termo de renovação, na sede da Federação Brasileira dos Bancos (Febraban), o ministro disse que a intenção do governo é mudar o atual modelo de gestão visando a reduzir os custos dessas operações em torno da folha mensal, que atinge R$ 15,8 bilhões. No entanto, qualquer alteração, conforme explicou, passará antes por audiências públicas a serem realizadas a partir do segundo semestre deste ano, atendendo a determinação do Tribunal de Contas da União (TCU).

De acordo com Pimentel, com um redesenho do mecanismo de repasse dos recursos aos bancos em torno da folha de pagamento dos segurados o que se busca é um aumento da participação de instituições financeiras. Ele informou que, desde 2007, cada benefício custa em média R$ 1,07 ao governo. "Quanto mais instituições financeiras estiverem prestando serviços à sociedade, maior é a competitividade, a agilidade no atendimento", justificou.

O ministro observou, ainda, que, para permitir uma redução para algo em torno de meia hora no tempo de atendimento para a concessão dos direitos previdenciários, o governo investiu R$ 280 milhões.

Questionado sobre o descontentamento dos segurados que ganham acima de um salário mínimo terem obtido apenas a correção com base na variação do Índice de Preços ao Consumidor (INPC) , ficando abaixo do reajuste dado a quem recebe apenas o mínimo, Pimentel argumentou que o governo seguiu o que determina a lei e descartou a possibilidade de uma revisão

17:17
Anónimo disse...
Empresas
Caterpillar oferece aposentadoria antecipada a 2 mil


A companhia americana Caterpillar ofereceu a cerca de dois mil funcionários incentivos para que se aposentem de forma voluntária antes do previsto, pela perspectiva de uma queda "significativa" da atividade industrial, informou nesta quarta-feira a empresa.

A iniciativa, destinada aos trabalhadores de diversas fábricas em Illinois, Colorado, Tennessee e Pensilvânia, se soma aos cortes de empregos anunciados em janeiro, explicou em comunicado de imprensa.

A empresa, a maior fabricante mundial de maquinaria pesada para a construção e a mineração, acrescentou que, "em função das condições de negócio, podem ser necessárias mais reduções de elenco voluntárias e involuntárias à medida que o ano avança".

O vice-presidente da companhia, Sid Banwart, explicou que a empresa prevê "demissões significativas em todas as regiões geográficas e na maioria dos setores devido às dificuldades da economia mundial".

17:18
Anónimo disse...
Comércio
Comércio exterior da OCDE caiu no 3º trimestre de 2008


As exportações e as importações dos países da Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Econômico (OCDE) caíram 1,6% e 0,2%, respectivamente, no terceiro trimestre de 2008, em relação aos três meses anteriores.

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Trata-se da primeira queda destas atividades desde o terceiro trimestre de 2006, segundo o último relatório trimestral sobre fluxos comerciais divulgado pela OCDE.

As exportações e as importações em dólares dos 30 Estados-membros caíram 15,6% e 17%, respectivamente, na comparação anualizada.

Por sua vez, o comércio dos sete países mais ricos do mundo (G7) teve um pequeno crescimento no terceiro trimestre de 2008 com uma queda das exportações de mercadorias de 0,2% em relação ao trimestre anterior e um aumento de 0,4% das importações.

Em termos anualizados, as importações do G7 caíram 1,4% entre julho e setembro do ano passado, seu primeiro retrocesso desde o terceiro trimestre de 2006, enquanto as exportações aumentaram 1,9%, seu crescimento mais baixo no mesmo tempo.

Por países, a Alemanha aumentou suas importações em 3,4% - valor mais alto do G7 -, enquanto suas exportações caíram 2,9% do segundo para o terceiro trimestre de 2008.

Pelo contrário, as exportações americanas aumentaram 1,8% entre julho e setembro de 2008, enquanto as importações caíram 0,7% em relação ao trimestre anterior. No Japão, tanto as importações quanto as exportações caíram em torno de 1% no mesmo período.

17:19
Anónimo disse...
Economia Nacional
Lula: juros de crédito consignado a aposentados são altos

Atualizada às 17h29

O presidente Luis Inácio Lula da Silva afirmou nesta terça-feira, em São Paulo, que está lutando para reduzir as taxas de juros cobradas de aposentados em crédito consignado. A Previdência Social estabelece uma taxa máxima de 2,5% para empréstimo e de 3,5% para cartão. Para Lula, os valores são altos.

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"Acho que o juro que os aposentados estão pagando hoje com o crédito consignado é alto para o padrão brasileiro", disse o presidente durante a cerimônia de comemoração dos 86 anos do INSS.

A Previdência anunciou nesta terça-feira que aposentados e trabalhadoras com licença-maternidade poderão receber seus benefícios em 30 minutos. De acordo com Lula, em junho, a aposentadoria do trabalhador rural também será conseguida em meia hora.

Além disso, o presidente anunciou que, também em junho, os trabalhadores que alcançarem o direito à aposentadoria passarão a receber em suas casas um comunicado da Previdência informando o fato e o valor do salário que têm direito a receber. "É um comprometimento público que estou fazendo com os companheiros da Previdência Social", disse.

"Estamos retribuindo ao contribuinte da Previdência Social aquilo que é a cidadania que ele tem direito", afirmou Lula. "Se para cobrar nós somos tão precisos, para devolver o dinheiro, temos que chegar próximo à perfeição", completou.

17:20
Anónimo disse...
Economia Nacional
Salário maternidade sairá em 30 minutos, diz ministro

Toda trabalhadora autônoma que tiver contribuído pelo menos 10 meses com o Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) - ou as que possuírem carteira assinada - poderão receber em 30 minutos o salário maternidade a partir desta terça-feira. Da mesma forma, as mulheres com 30 anos de contribuição e os homens com 35 anos também terão direito ao benefício de forma mais rápida. A informação é do ministro da Previdência Social, José Pimentel.

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Para requerer o salário maternidade, é preciso que as autônomas levem a carteira de identidade e o carnê de contribuição. As demais trabalhadoras devem apresentar a identificação e a carteira de trabalho. Desde o início do mês, a nova forma de análise para a concessão de benefícios foi adotada para a aposentadoria por idade do trabalhador urbano e agora foi estendida para o salário maternidade e por tempo de contribuição.

O ministro disse que a qualificação do serviço da previdência social é o reconhecimento do direito dos trabalhadores e da afirmação da cidadania.

"Até pouco tempo na cabeça do cidadão o serviço devia ser de péssima qualidade. Agora não, nós modificamos toda a legislação no mês de dezembro numa ação conjunta do Congresso Nacional com o governo federal. Estamos implantando e concedendo os benefícios em até 30 minutos", afirmou.

O ministro destacou que para conseguir se aposentar ou ter acesso à licença maternidade em 30 minutos, em primeiro lugar, é necessário que o cidadão esteja vinculado à Previdência, o que inclui 65% da população acima de 16 anos de idade.

"Depois bastar marcar pelo sistema 135 o dia e a hora do atendimento e levar a documentação. Se todos os dados necessários estiverem corretos o contribuinte será atendido em até 30 minutos, como vem sendo feito com as aposentadorias por idade desde o dia cinco de janeiro", explicou.

Pimentel disse ainda que em 90% das agências da previdência social o atendimento é marcado em até 48 horas. Nos grandes centros, entretanto existe um volume maior o que torna mais lento o processo.

"Estamos criando mais 715 agências até 2010, em todo o território nacional, para descentralizar o atendimento. Em 2008, atendemos 295 mil benefícios e aposentadorias por idade. Temos 4 mil pessoas por dia procurando e se aposentando por idade no território nacional. Este serviço será agilizado", concluiu.

17:28
Anónimo disse...
Giuseppe Englaro, pai de Eluana, a italiana que morreu na segunda-feira passada por desidratação, recusou uma grande soma de dinheiro de um conhecido fotógrafo italiano que queria retratar a filha em estado de coma, disse neste sábado o neurologista que atendia a mulher desde 1996, Carlo Defanti.

O neurologista, que participou hoje de uma conferência sobre eutanásia, disse que Englaro respeitou a vontade da filha, que, antes do acidente, tinha pedido que, se lhe ocorresse qualquer coisa irreversível, apresentasse sua imagem de quando estava em boas condições.

Antes de sofrer o acidente de trânsito, em 1992, Eluana viveu o coma de um amigo, Alessandro, o que causou forte impacto na italiana e a levou a fazer o pai prometer que não a deixasse viver em estado vegetativo, disse o próprio Giuseppe Englaro.

Defanti, que dissera que Eluana poderia viver de dez a 12 dias depois da suspensão da alimentação e da hidratação, disse que, como médico, tinha que reprovar esta afirmação.

"Não se pode sobreviver após três ou quatro dias sem líquido e, em particular, água em um corpo. Sabemos bem que, quando há um terremoto, após quatro dias é difícil encontrar sobreviventes".

Defanti ressaltou que Eluana "não falava, não se comunicava com o exterior" e que, após vários exames, "nos deparamos com uma moça que tinha perdido a consciência", porque estava com o córtex cerebral prejudicado.

Eluana foi enterrada na quinta-feira passada no túmulo da família na localidade de Paluzza, em Udine, após um funeral que não contou com a presença dos pais.

16:53
Anónimo disse...
Os bombeiros combatem neste sábado os incêndios na Austrália favorecidos pelo bom tempo, enquanto os deslocados encotram em seu retorno casas derruídas, carros queimados nas ruas e destruição.

Depois de sete dias desde que começaram os incêndios no Estado de Victoria, a lista de mortos chega a 181, os desaparecidos somam 50, os edifícios destruídos totalizam 1,834 mil e o terreno arrasado, principalmente florestas, ocupa uma área de 4,13 mil quilômetros quadrados.

As equipes de bombeiros, formadas por 4 mil profissionais de Victoria, de outras partes da Austrália e de países amigos, combateram hoje 12 focos fora de controle e nenhum representava uma ameaça direta para a população.

O subdiretor do Serviço de Bombeiros, Geoff Conway, disse que este tempo favorável, que se prolongará durante o domingo, permite consolidar as linhas de contenção e avançar na extinção das chamas.

Cinzas apareceram arrastadas por ventos do nordeste sobre Melbourne, onde habitam 3,8 milhões de pessoas, e as autoridades alertaram aos cidadãos do risco para a saúde de idosos, crianças e pessoas com problemas respiratórios.

O número de pessoas deslocadas - a Cruz Vermelha chegou a receber 7 mil - começou a cair com a abertura de algumas localidades atingidas.

Os incêndios, alguns criminosos, começaram em 7 de fevereiro, quando a região sul da Austrália estava há duas semanas sob uma onda de calor sem precedentes.

Na sexta-feira passada, a polícia acusou uma pessoa de ter provocado o incêndio que atingiu a localidade de Churchill e matou 21 pessoas.

16:55
Anónimo disse...
A primeira chuva em seis dias reduziu a ameaça de incêndios no Estado de Victoria, ao sul da Austrália. As autoridades, porém, advertiram que ainda existem 12 focos, mas que nenhum deles ameaça áreas povoadas.

Mais de quatro mil bombeiros, mil provenientes de outras partes do país e de outras nações, trabalham contra o fogo. Cerca de 600 veículos e 28 helicópteros e pequenos aviões estão sendo usados.


Eles conseguiram construir linhas de contenção para evitar os incêndios de Yarra e Maroondah se juntassem. Também foram controlados os incêndios abertos de Yea e Murrindindi, que ameaçavam as comunidades de Connellys Creek, Crystal Creek, Scrubby Creek e Native Dog Creek.

O número de mortos chegou a 181, mas as autoridades acreditam que as vítimas devem passar de 200, já que ainda há muitos desaparecidos.

16:55
Anónimo disse...
Aqui nesta coluna, na semana passada, tive a oportunidade de comentar sobre a recente visita do professor brasileiro Pedrinho Guareschi à Austrália. Não dei, porém, os fatos, pois semana passada o assunto era outro.

Hoje, porém, vamos a eles.

No último dia 4 de fevereiro, aconteceu o Seminário "Paulo Freire: Education and Liberation", organizado pelo centro de estudos latino-americanos da Universidade Nacional da Austrália, ou ANU, como é mais conhecida por aqui.

A ANU, para quem não sabe, está entre as 20 melhores universidades do mundo! E tem sede aqui em Camberra, capital da Austrália.

Na abertura do evento, o professor John Minns, diretor do centro latino-americano, ao dar boas-vindas ao público presente, lembrou ser aquele o primeiro seminário exclusivamente dedicado a Paulo Freire na Austrália.

Em seguida, convidou Pedrinho Guareschi, palestrante principal do Seminário, a fazer sua apresentação.

A plateia pode então conhecer, pelas palavras de Pedrinho, um pouco da obra e da vida de Freire, esse brasileiro de fé e valor, que sempre acreditou na educação, sobretudo dos menos favorecidos, analfabetos, como força libertadora.

Como não podia deixar de ser, os conceitos e ideias revolucionários de Paulo Freire, expostos com clareza por Pedrinho, despertaram o interesse e a curiosidade de plateia. A qual, deve-se notar, era na maioria de estudantes, mas de várias nacionalidades, sobretudo australianos e asiáticos.

Na continuação do programa do seminário, que se estendeu por dois dias, outros professores fizeram palestras sobre temas ligados à obra de Paulo Freire.

Interessante, por exemplo, saber que a professora Anne Hickling-Hudson, jamaicana que mora na Austrália há muitos anos (é professora da ANU), conheceu e trabalhou com Freire num workshop educacional durante a revolução na Ilha de Granada, em 1980, antes da invasão dos Estados Unidos...

Ou, então, a palestra da Professora Gerda Roelvink, da Nova Zelândia, que participou do Fórum Social de Porto Alegre em 2005. E essa participação transformou-se em tema de doutorado.

No dia 10, terça-feira passada, o padre Pedrinho Guareschi voltou a falar ao público australiano em grande auditório localizado no belíssimo campus da ANU. Desta vez, sobre a Teologia da Libertação.

Depois da palestra, John Minns mostrou o filme mexicano "O Crime do Padre Amaro", no qual um dos personagens é um padre católico praticante da Teologia da Libertação.

Mais uma vez, foi grande o intersse da platéia, que pode aprender e conhecer um pouco como se desenvolveu aquele importante movimento católico na América Latina.

Fica, assim, ao Pedrinho, bem como a outros brasileiros estudiosos e de bom coração que saem pelo mundo a divulgar aspectos importantes da cultura brasileira, o respeito e a homenagem desta coluna. E... aquele abraço!

16:57
Anónimo disse...
Amanda Kitts perdeu o braço esquerdo em um acidente de automóvel acontecido três anos atrás, mas hoje em dia ela joga futebol americano com seu filho de 12 anos de idade, troca fraldas e abraça as crianças nas três creches Kiddie Cottage que opera em Knoxville, Tennessee. Kitts, 40 anos, faz tudo isso com a ajuda de um novo tipo de braço artificial que se movimenta com mais facilidade do que outros aparelhos e que ela pode controlar utilizando apenas seus pensamentos.

"Eu sou capaz de mexer a mão, o pulso e o cotovelo ao mesmo tempo", diz. "Você pensa e os músculos se movem em seguida".

A recuperação que ela conseguiu resulta de um novo procedimento que vem atraindo crescente atenção porque permite que pessoas movam braços protéticos de forma mais automática do que faziam no passado, simplesmente utilizando nervos reaproveitados em seus cérebros.

A técnica, conhecida como "renervação muscular dirigida", envolve utilizar os nervos que restam depois da amputação de um braço e conectá-los a outro músculo do corpo, em geral no peito. Eletrodos são instalados sobre os músculos do peito, e operam como se fossem antenas. Quando a pessoa deseja mover o braço, o cérebro envia sinais que primeiro resultam em contração dos músculos do peito, os quais enviam um sinal ao braço protético, instruindo-se a se movimentar. O processo não requer mais esforços consciente do que a pessoa teria de exercitar caso ainda tivesse seu braço natural.

Na terça-feira, pesquisadores reportaram em estudo publicado pela versão online do Journal of the American Medical Association que haviam levado a técnica ainda mais à frente, tornando possível a execução de 10 movimentos de mão, pulso e cotovelo diferentes, o que representa uma substancial melhora com relação ao típico repertório protético, que em geral envolve apenas dobrar o cotovelo, girar o pulso e abrir a mão.

"Os novos métodos tiveram impacto dramático em nosso campo de trabalho", disse Stuart Harshbarger, engenheiro biomédico na Universidade Johns Hopkins e diretor do programa de pesquisa sobre próteses, financiado pelas forças armadas, que inclui o trabalho com essa técnica. "O método já está em uso por médicos e cirurgiões comuns em todo o país. A capacidade de controlar um membro protético bastante robusto que ele confere surpreendeu a todos pela qualidade".

Tipicamente, uma pessoa que tenha um braço protético só é capaz de executar alguns poucos movimentos, e muitas vezes com tamanha lentidão que isso só permite a ela atividades limitadas.

Há um motor separado para cada movimento, diz Gerald Loeb, professor de engenharia biomédica na Universidade do Sul da Califórnia, "e esses motores precisam ser controlados de maneira explícita", usualmente por um esforço consciente da pessoa para contrair músculos nas costas ou no bíceps.

"Essencialmente, até agora os pacientes controlavam apenas um motor de cada vez", diz Loeb, "e precisavam pensar cuidadosamente sobre que motor desejavam controlar e como fazê-lo operar, em lugar de simplesmente pensarem em mover o braço e poderem fazê-lo sem delongas".

Antes que Kitts passasse pelo procedimento de renervação, em outubro de 2007, por exemplo, ela precisava movimentar os músculos de suas costas de determinada maneira para fazer com que seu pulso girasse, e flexionar seu bíceps e tríceps para fazer com que o cotovelo se movesse para cima e para baixo. "Era muito trabalho", ela conta. "E não me ajudava muito".

O procedimento de renervação é parte de uma recente explosão de idéias novas e técnicas inovadoras que estão sendo exploradas enquanto os cientistas se esforçam por ajudar as pessoas a compensar melhor a perda de membros ou problemas de paralisia. O esforço vem sendo alimentado pelo aumento no número de amputações causado por diabetes e por ferimentos sofridos pelos militares, e ao mesmo tempo pelos avanços na tecnologia médica.

Os braços se tornaram um dos focos essenciais desse tipo de trabalho. A ciência há muito vem obtendo sucessos no desenvolvimento de próteses de perna, mas é muito mais difícil imitar a complexidade e a destreza das mãos e dos braços.

Os esforços em curso incluem o desenvolvimento de projetos de pele e braços mais sensíveis e mais flexíveis, e o uso de dispositivos acionados por controles sem fio implantado nos braços protéticos, que permitiriam movimentos mais naturais.

Os pesquisadores também vêm usando sensores implantados nos cérebros de cobaias para permitir que dois macacos controlem um braço mecânico, e um teste com um homem paralítico permitiu, com esse método, que ele movimentasse um cursor em uma tela de computador.

Alguns desses métodos, caso venham a ser aperfeiçoados plenamente e consigam aprovação das autoridades regulatórias da saúde, podem no futuro se tornar mais viáveis para os pacientes de amputações.

E embora a técnica da renervação não requeira aprovação das autoridades regulatórias porque é executada por meios cirúrgicos e emprega aparelhos já existentes, ela apresenta limitações que até mesmo seus criadores reconhecem, entre as quais o fato de que não se pode utilizá-la para todos os pacientes, o seu alto custo e o prazo de meses requerido para que os nervos reconectados cresçam e se tornem efetivos.

Ainda assim, os especialistas dizem que é o mais avançado sistema em uso hoje para pacientes reais que permite que o sistema nervoso controle diretamente o movimento de um braço artificial.

Desde sua introdução por Todd Kuiken, médico fisioterapeuta e engenheiro biomédico do Instituto de Reabilitação de Chicago, o método foi empregado em cerca de 30 pacientes nos Estados Unidos, Canadá e Europa, entre os quais oito soldados feridos no Iraque e no Afeganistão.

Muitos dos pacientes, entre os quais o primeiro, Jesse Sullivan, um operário do setor elétrico no Tennessee que perdeu os dois braços quando foi eletrocutado por um cabo, conseguem não apenas manipular seus braços protéticos mas sentir a presença das mãos que já não têm quando alguém toca em seus peitos.

Sullivan, 62 anos, e Kitts, estavam entre os cinco pacientes que participaram do estudo reportado na terça-feira. Em companhia de cinco outras pessoas que não passaram por amputações, eles receberam os eletrodos e foram instruídos a usar pensamentos para fazer com que um braço virtual na tela reproduzisse 10 movimentos diferentes, entre os quais três formas diferentes de aperto de mão.

Os pacientes apresentaram desempenho bastante respeitável, apenas um pouco mais lento e menos preciso do que os dos participantes que não tinham amputações.

"As velocidades de movimento que encontramos em nossos pacientes foram realmente encorajadoras", disse Kuiken. "Eles conseguiram completar a tarefa. É claro que não foram tão competentes quanto as pessoas dotadas de plena capacidade física, mas foram bons o bastante".

Um braço virtual foi usado porque a maioria das próteses existentes não era capaz de acomodar todos aqueles movimentos, no momento da pesquisa, ainda que Sullivan, Kitts e uma terceira paciente, Claudia Mitchell, tenham experimentado dois novos protótipos mais versáteis de braços artificiais, executando tarefas complexas com bolas de tênis e outros objetos.

O trabalho de renervação em soldados apresenta outros desafios, diz Kuiken, porque os ferimentos militares muitas vezes "causam danos muitos extensos" a nervos, músculos ou ossos.

Daniel Acosta, 25 anos, um aviador ferido pela detonação de uma bomba em uma estrada do Iraque em 2005, passou pelo procedimento no ano passado e diz que seu braço esquerdo protético agora se movimenta "muito mais rápido" e de maneira muito mais natural.

"A diferença é que agora não preciso mais pensar para mover o braço", ele diz. "Ele simplesmente se mexe".

Ainda assim, Acosta, de San Antonio, diz que "o processo foi bastante longo" e que os eletrodos precisam ser ajustados para receber os sinais à medida que os nervos crescem ou mudam de posição.

E embora elogiem o método, os especialistas afirmam que a ciência das próteses de braço ainda tem muito por avançar.

"Trata-se de uma parte crucial, mas ainda assim apenas uma parte, das muitas coisas que compreendem a função normal de um braço", disse Loeb, que escreveu um editorial que acompanha o artigo no Journal of the American Medical Association.

"No momento estamos a meio do caminho entre o braço de 'Dr. Fantástico', que fazia involuntariamente a saudação nazista, e o braço de Luke Skywalker em 'Guerra nas Estrelas', que funciona sem nenhum problema assim que é conectado. Creio que precisaremos ainda de muitos anos para conectar todas as peças necessárias a produzir um braço capaz de funcionar normalmente".

17:04
Anónimo disse...
A Espanha disse neste sábado que está preparando uma reclamação oficial contra a decisão da Venezuela de expulsar um membro do Parlamento Europeu que criticou o conselho eleitoral venezuelano.
Luis Herrero, membro do partido conservador espanhol PP, foi deportado na sexta-feira depois que o Conselho Nacional Eleitoral (CNE) o acusou de questionar a imparcialidade da instituição antes de um referendo que pode permitir ao presidente Hugo Chávez permanecer no cargo indefinidamente.

Herrero estava na Venezuela como observador do referendo. Ele acusou Chávez de ter "comportamentos típicos de um ditador" por pedir a contenção de manifestações da oposição.

O governo da Espanha convocou um encontro com o embaixador da Venezuela em Madri para expressar a desaprovação sobre a expulsão de Herrero, disse um representante do Ministério das Relações Exteriores espanhol.

As relações da Venezuela com a Espanha tiveram seu ponto crítico em 2007, quando Chávez ameaçou rever acordos diplomáticos e comerciais depois de ouvir um "cala a boca" do rei espanhol Juan Carlos durante uma cúpula.

A fenda foi oficialmente reparada em 2008, com uma visita oficial de Chávez à Espanha, onde ele cumprimentou o rei e discutiu acordos para investimento no setor petroquímico com o primeiro-ministro José Luis Rodriguez Zapatero.

17:06
Anónimo disse...
A polícia do Zimbábue anunciou neste sábado que acusa de traição Roy Bennett, dirigente do até agora opositor Movimento para a Mudança Democrática (MDC), detido na sexta-feira, em Harare, poucas horas antes da cerimônia de posse dos membros do novo gabinete.

"A Polícia nos informou que vão apresentar acusações de traição", disse à agência EFE o advogado de defesa de Bennett, Trust Maanda.

"Tentam relacionar Roy com o caso de Mike Hitschmann, que foi detido em 2006 em relação à descoberta de um carregamento de armas, apesar de que Hitschmann não tenha sido declarado culpado das acusações de traição apresentadas contra ele, mas de um crime menor de descumprimento de leis", disse Maanda.

O político opositor, designado por seu partido como vice-ministro de Agricultura no Governo de união nacional, esteve no exílio na vizinha África do Sul desde 2006 e retornou ao Zimbábue há duas semanas.

Segundo a Polícia, que deteve Bennett ontem no aeroporto de Harare quando pretendia ir à África do Sul para visitar sua família, as armas apreendidas em 2006 seriam utilizadas em um golpe de Estado para derrubar o presidente do Zimbábue, Robert Mugabe.

Depois da detenção, Bennet foi levado a Mutar, onde vários simpatizantes do MDC se concentraram em frente à delegacia na qual estava detido, diante do que a Polícia respondeu com tiros para o alto para dispersar os manifestantes.

17:07
Anónimo disse...
Austrália: 14 mil se candidatam a 'emprego dos sonhos'

A secretaria de Turismo de Queensland, na Austrália, informou que até esta segunda-feira já recebeu cerca de 14 mil inscrições para o "o melhor emprego do mundo". O Estado australiano promove pela internet seleção para vaga de "zelador" da ilha Hamilton, por seis meses com um salário de R$ 40 mil.

Muitos candidatos tiveram problemas durante a inscrição por conta dos acessos simultâneos ao site. A secretaria aconselha enviar os vídeos de 60s explicando porque deve ser escolhido em horários alternativos do dia, além de recomendar tamanho em torno de 40MB.

As inscrições começaram em 12 de janeiro e vão até o próximo dia 22 e podem ser feitas pelo site www.islandreefjob.com. O governo australiano escolherá 50 candidatos para a próxima fase da seleção, que terá votos do público para eleger um dos 11 finalistas.

A última fase terá entrevistas e desafios físicos, no próprio local de trabalho: as ilhas da Grande Barreira Coralina - o maior recife de coral do mundo. A secretaria de Turismo anunciará o vencedor no dia 6 de maio.

17:09
Anónimo disse...
Mercado elogia governo na crise, mas pede maior queda no juro

Peter Fussy
Direto de São Paulo

Desde as primeiras medidas anunciadas para combater os efeitos da crise, o governo brasileiro avisou que a estratégia não contemplaria um pacote. Seriam doses pontuais, de acordo com a necessidade da economia diante do agravamento das turbulências. Da primeira liberação dos depósitos compulsórios em setembro até a ampliação do seguro-desemprego na última quarta-feira, o governo passou por redução de impostos, ampliação de crédito e incentivos à exportação. Quase 150 dias após a primeira medida, o Terra conversou com líderes do setor público e privado, representantes dos trabalhadores, acadêmicos e com o próprio governo para saber quais destas ações foram mais eficazes, quais foram mais ineficientes e o que mais pode ser feito pelo Estado brasileiro contra a crise.

Os maiores elogios foram direcionados à atitude de reduzir o Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) para a indústria automobilística, anunciada em dezembro e que fez com que os emplacamentos de carros novos subissem 1,9% no primeiro mês do ano em relação a dezembro de 2008. Já as maiores críticas foram para a lentidão no corte da taxa básica de juro do País.

Para o presidente do conselho administrativo do Grupo Pão de Açúcar, Abílio Diniz, o Estado não é responsável pela crise e mesmo assim está agindo "com extrema serenidade e muito acerto". "O governo está atento, fazendo a sua parte. É preciso coragem de baixar firmemente a taxa de juros. É uma arma que temos a nosso favor, já que não há clima para inflação, nem possibilidade de danos para a macroeconomia", afirmou Diniz.

Na última reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), em janeiro, a taxa Selic foi reduzida em um ponto percentual, de 13,75% para 12,75% ao ano. Porém, o professor de economia da Universidade de Brasília (UnB) José Luiz Oreiro lembra que este corte representa uma redução de apenas 0,25 ponto percentual com relação à taxa de setembro do ano passado, quando a crise se agravou.

"Pouco antes da eclosão da crise, o Banco Central aumentou a taxa em 0,75 ponto. Foram cinco meses de demora para reduzir em termos líquidos apenas 0,25 ponto", afirmou o economista, que também sugeriu redução do intervalo de cerca de 90 dias entre as reuniões do Copom e o corte de pelo menos um 1 ponto percentual em cada reunião.

Mesmo com o corte de janeiro, a taxa de juros real continua sendo a maior do mundo, lembrou o secretário-geral da Força Sindical, João Carlos Gonçalves, o Juruna. "A redução da taxa de juro ainda é pequena, porque ela continua uma das mais altas do mundo. Falta ousadia para baixar os juros e ajudar o cidadão. A permanência da taxa de juro alta é negativa para o País em meio a crise", afirmou Juruna.

Embora aprove as ações do governo, o senador Aloízio Mercadante (PT-SP) também acredita que o patamar da Selic está muito alto. "Sempre fomos os primeiros a entrar em qualquer crise, o que não aconteceu agora. A taxa Selic ainda é muito alta, mas o governo têm tomado medidas acertadas, como o aumento do salário mínimo, mesmo com um cenário de crise. Isso ajuda a movimentar o consumo. O governo está se esforçando para manter os investimentos e o crescimento", disse.

Tributos
De acordo com o economista Fabio Pina, da Fecomercio-SP, as ações mais positivas estão relacionadas à redução de tributos para alguns segmentos, como a indústria automobilística, que recuperou parte da queda nas vendas em janeiro com a isenção do IPI para carros 1.0 l e o corte para demais motorizações. A medida vale até o final de março.

"Essas medidas não só reduziram o preço, mas anteciparam o consumo daqueles que iriam comprar no futuro, dando um prêmio por conta da insegurança. Mexe diretamente com o principal problema que é a confiança do consumidor", afirmou. Juruna destacou que um bom ritmo de vendas é garantia de emprego. "É importante porque cada emprego na montadora significa 19 na cadeia produtiva", comentou o representante da Força Sindical.

Também em dezembro, o governo decidiu cortar pela metade a alíquota do Imposto de Renda para contribuintes que ganham entre R$ 1.434 e R$ 2.150 mensais. "O salário aumentava e a tabela não se modificava. As pessoas ganhavam mais e pagavam mais impostos", apontou Juruna. Outra redução de tributos do governo foi com relação ao Imposto sobre Operações Financeiras (IOF), que caiu de 3% ao ano para 1,5%.

Crédito
Na segunda metade de 2008, o colapso de bancos nos Estados Unidos por conta da crise do subprime provocou uma forte restrição de crédito no mundo inteiro. Uma das primeiras medidas anticrise do governo teve como objetivo restabelecer a oferta, com mudanças no recolhimento dos depósitos compulsórios por parte dos bancos. Segundo o presidente do Banco Central, Henrique Meirelles, as diversas modificações liberaram US$ 99,2 bilhões aos bancos até o final de janeiro.

Além disso, o governo concedeu R$ 36 bilhões das reservas internacionais para empresas brasileiras com dívidas no exterior e uma medida provisória autorizou o Banco do Brasil e a Caixa Econômica Federal a comprar carteiras de crédito de bancos privados. Para o diretor do Departamento de Pesquisas e Estudos Econômicos da Fiesp, Paulo Francini, estas medidas foram essenciais para combater os efeitos da crise.

"A crise se desenvolve no mundo em torno do tema crédito. E o crédito reduziu-se barbaridade no mundo. Então o governo lança mão de compulsório, lança mão de reservas, de medidas que permitem aos bancos comprar carteiras de bancos. Você vai tomando várias medidas para atender às demandas e o epicentro disso é crédito", afirmou.

No entanto, Oreiro, da UnB, adverte que a liberação dos compulsórios seria mais eficiente acompanhada de redução mais agressiva da taxa básica de juro. "Uma parte do crédito voltou, depois da forte retração em outubro e novembro. O que deveria ter sido feito junto à liberação do compulsório era uma redução mais drástica da taxa de juro. Sem isso, os bancos pegam as reservas e acabam comprando títulos públicos", explicou o economista.

Na opinião de Pina, as ações de distribuição de crédito via redução do compulsório e a disposição de capital de giro para empresas foram tomadas sem um cuidado maior na operação e não tiveram muito efeito. "O BNDES tem linhas que ficam paradas quase todo o ano, agora é pior ainda. Existem os recursos, mas as empresas e os bancos estão desconfiados. É preciso fazer com que os bancos tenham interesse em emprestar", afirmou o economista da Fecomercio-SP.

Futuro
Mesmo com todas essas medidas, a crise financeira ainda gera incertezas nos setores produtivos do País. Nos últimos meses, o medo do desemprego fez os consumidores adiarem compras. Por sua vez, a queda nas vendas pode obrigar as indústrias a cortarem a produção e demitir funcionários. Contra isso, empresários sugerem redução de jornada e de salários.

"Isto está previsto em lei. A Fiesp simplesmente manteve conversações com entidades sindicais quanto à aplicação daquilo que já está previsto em lei", afirmou Francini.

Segundo a ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff, uma das medidas que assegura um nível de emprego é a manutenção de investimentos no Programa de Aceleração do Crescimento (PAC). "Estamos esperando que a dificuldade ocorra em janeiro, fevereiro e março. Estamos certos que vamos manter o nível de investimento. É isso que funciona, é isso que significa investimento público. Ele funciona como um colchão. Por isso, nós colocamos R$ 100 bilhões no BNDES e a Petrobras ampliou o seu investimento em R$ 120 bilhões", afirmou.

Na mesma linha, Pina explica que a antecipação de gastos do governo substitui parte da demanda retraída do setor privado. "Ele dá o seguinte recado: não vou estourar as contas públicas, mas concentrar em um momento em que a demanda privada está pequena. Mas o governo não tem fôlego suficiente para fazer o papel de toda demanda", ressaltou. O economista da Fecomercio lembrou que a entidade já pleiteou junto ao governo isenções para transferência de imóveis e de automóveis, além de retirar o IPVA para veículos novos.

Já Oreiro foca suas propostas na capitalização do Banco do Brasil e da Caixa Econômica Federal pelo Tesouro para atender a demanda de crédito para capital de giro e reduzir o spread. "Aumentando o empréstimo e reduzindo as taxas, os dois vão forçar os bancos privados a acompanhar o movimento, até para não perderem participação no mercado", explicou o economista da UnB.

Até o Carnaval, o governou prometeu detalhar um pacote de incentivos para a construção de até um milhão de casas populares, direcionado a famílias com renda de até dez salários mínimos. "Estamos atentos a tudo o que está acontecendo e novas medidas serão tomadas caso haja uma avaliação de que sejam necessárias", disse o ministro da Fazenda, Guido Mantega, na última sexta-feira.

17:11
Anónimo disse...
Ex-ministro critica extensão do seguro-desemprego

Atualizada às 09h03

O ex-ministro do Trabalho Almir Pazzianotto criticou a decisão do governo federal de conceder o seguro-desemprego estendido a apenas alguns setores. "É certamente odioso e provavelmente inconstitucional", disse Pazzianotto, de acordo com o jornal O Estado de S. Paulo.

Na última qurta, dia do anúncio da medida, centrais sindicais elogiaram a atitude do governo. A Força Sindical divulgou nota dizendo que "o aumento ajudará a aquecer parte da economia, já que irá gerar mais consumo, produção e conseqüentemente, a criação de novos postos de trabalho". A União Geral dos Trabalhadores (UGT) afirmou que a medida "contribuirá para minimizar o drama dos trabalhadores que perderem seu emprego por conta da crise".

O ex-ministro, que instituiu o seguro-desemprego no País no governo de José Sarney, destacou a necessidade de as centrais sindicais se manifestarem contra a determinação. Para ele, as mudanças devem ser aplicadas a todas as categorias profissionais e a distinção é contrária ao artigo 3º da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT).

Pazzianotto atribui a medida a um possível temor do governo de que a crise econômica seja longa e não haja dinheiro para atender a todas as necessidades. Ainda assim, ele se mostra contrário ao método de concessão. "O seguro-desemprego ajuda a sanar necessidades básicas. Estendê-lo é paliativo, não a solução", disse ao jornal.

De acordo com o presidente do Conselho Deliberativo do Fundo de Amparo ao Trabalhador (Codefat) e conselheiro da Força Sindical, Luiz Fernando Emediato, a determinação já estava prevista na lei 8.900/94, que trata do seguro-desemprego.

O presidente da Comissão de Trabalho da Câmara, Pedro Fernandes (PTB-MA) vai além na crítica à concessão do seguro para apenas alguns setores. Ele acredita que a ampliação do benefício estimula o desemprego.

Quintino Severo, secretário geral da Central Única dos Trabalhadores (CUT), lembra que a ampliação do benefício sem critério e identificação pode incentivar demissões em outros setores.

17:13
Anónimo disse...
Empresas
TAM faz promoção para destinos internacionais

A companhia aérea TAM anunciou nesta sexta-feira tarifas promocionais para trechos internacionais. Os preços valem para bilhetes comprados entre 6h deste sábado e 23h59 deste domingo e são válidos para classe econômica. As tarifas, para ida e volta, serão vendidas a partir de US$ 99, mais taxas.

Segundo a aérea, a promoção vale para viagens feitas no período de 14 de fevereiro a 18 de junho de 2009. Para destinos na América do Sul, a permanência mínima é de dois dias; para bilhetes com destino nos Estados Unidos, cinco dias; e Europa, sete dias. A permanência máxima para as passagens para América do Sul e EUA é de dois meses e para Europa, três meses.

Entre os exemplos de tarifas promocionais, a TAM oferece São Paulo-Lima por US$ 99. Bilhetes para a rota São Paulo-Santiago serão vendidos a partir de US$ 199 e São Paulo-Nova York, US$ 799.

A emissão dos bilhetes deve ser feita obrigatoriamente no ato da reserva, obedecendo às regras estipuladas pela companhia. A compra está sujeita à disponibilidade de assentos nas classes tarifárias determinadas, trechos, horários e datas. A TAM afirmou que também há tarifas promocionais para a classe executiva.

Mais informações podem ser encontradas no site promocional (www.ofertastam.com.br), no site da empresa (www.tam.com.br) ou pelos telefones 4002-5700 ou 0800 5705700.

17:13
Anónimo disse...
Empresas
Consultoria negocia compra do parque temático Hopi Hari

A consultoria especializada em reestruturação de empresas Íntegra Associados informou nesta sexta-feira ter um acordo para comprar o parque de diversões Hopi Hari, localizado no interior de São Paulo. A empresa estaria disposta a investir R$ 10 milhões no parque, que tem dívida estimada em R$ 800 milhões. As informações são da edição deste sábado do jornal Folha de S. Paulo.

De acordo com o jornal, a transação ainda depende da negociação entre o Hopi Hari e seus credores, o que já estaria em andamento.

A consultoria paulista já atuou junto à Parmalat, durante 30 meses, quando reorganizou a gestão da empresa italiana.

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17:14
Anónimo disse...
Empresas
Disney de Tóquio contratará mais 2 mil apesar da crise


A Oriental Land, o operador da Disneylândia Tóquio e DisneySea, organizou neste domingo entrevistas para contratar cerca de 2 mil trabalhadores em tempo parcial, em um momento de grandes demissões deste tipo de empregados no Japão.

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O operador deste parque temático, situado em Urayasu, na província de Chiba (leste de Tóquio), está em pleno processo de seleção de empregados para 20 tipos de postos trabalhistas diferentes.

Segundo a companhia, citada pela agência local de notícias Kyodo, o parque contratará novos trabalhadores para as atrações, para os restaurantes e guardas de segurança entre outros. Os novos contratados começarão a trabalhar a partir de fevereiro.

O processo de seleção acontece em um momento em que a maioria das grandes companhias japonesas começaram a se ver obrigadas a despedir uma elevada percentagem de seus trabalhadores temporários e a tempo parcial.

Algumas inclusive anunciaram demissões de seus trabalhadores fixos, uma medida muito pouco comum nas companhias japonesas, perante os efeitos piores que o esperado pela crise econômica global.

Cerca de uma centena de pessoas esperavam desde a primeira hora desta manhã a abertura do centro de conferências Tokyo International Forum, onde as entrevistas estão sendo feitas, para ser os primeiros a solicitar os postos de trabalho.


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17:15
Anónimo disse...
Economia Internacional
Senado dos EUA aprova plano de estímulo à economia

O Senado dos Estados Unidos aprovou com 60 votos a favor e 38 contra o plano de estímulo à economia de US$ 787 bilhões na madrugada deste sábado. Agora, ele segue para sanção ou veto do presidente Barack Obama, que espera colocar a lei em prática até o dia 16 de fevereiro.

O plano prevê a criação de três milhões de empregos, inclui cortes de impostos às famílias, fundos para programas sociais e obras públicas, além de ajuda aos governos estaduais, estudantes e desempregados.

A cláusula Buy American - que exige o uso de ferro, aço e produtos manufaturados dos Estados Unidos em obras realizadas com recursos do pacote - ficou de lado. Segundo o texto definitivo, a cláusula será aplicada sem violar as normas do comércio internacional.

Ontem à tarde, a Câmara de Representantes (deputados) havia aprovado, por 246 votos a favor e 183 contra, a versão final do plano. Todos os republicanos foram contrários ao pacote.

Pelo acordo de quarta-feira entre Câmara e Senado, em vez de custar US$ 819 bilhões, como queriam os deputados, ou US$ 838 bilhões como pretendiam os senadores, o pacote ficou em cerca de US$ 787 bilhões, com 65% desse total destinado a gastos do governo federal e 35%, a créditos tributários.

17:16
Anónimo disse...
Economia nacional
Na era Lula, aposentadoria sobe 54% menos que salário mínimo

Thatiane Faria
Especial para o Terra
Direto de São Paulo

Os índices de reajustes concedidos pelo governo em 2009 para aposentados e pensionistas e para o salário mínimo repetiram uma diferença que, só durante o governo de Luiz Inácio Lula da Silva, já chega a 54%. Enquanto o mínimo foi majorado em 12% este ano, as pensões e aposentadorias tiveram aumento de 5,92%. Aposentados que têm o benefício do governo como única fonte de renda reclamam que perdem poder de compra e que sua cesta de compras é composta por itens que aumentam mais em relação à inflação oficial.

Um exemplo prático pode ser entendido a partir da comparação entre um aposentado que ganhava R$ 600 em janeiro de 2003. Na época, o benefício era três vezes, ou 200%, maior que o valor do mínimo em vigência, que era de R$ 200. Aplicando-se os índices de reajuste para aposentadorias e para o mínimo durante os últimos seis anos, o mesmo aposentado estaria recebendo hoje R$ 938,47, comparado a um salário mínimo de R$ 465. A diferença entre os dois valores caiu para pouco mais de 100%.

Enquanto o índice acumulado de reajuste para a aposentadoria durante o governo Lula foi de 60%, para o salário mínimo está em 132%.

O diretor do Sindicato Nacional dos Aposentados, João Inocentini, reclama que os valores dos benefícios para aposentadorias não mantêm o poder de compra do grupo, principalmente dos aposentados que recebem menos que dez salários mínimos.

Nem mesmo o fato de o índice de reajuste das aposentadorias ter ficado acima da inflação acumulada no mesmo período (o IPCA entre janeiro de 2003 e janeiro de 2009 foi de 39,7%) serve de argumento, segundo os aposentados.

"Os idosos, principalmente, têm gastos além das contas gerais como gás, telefone e aluguel. Para eles o custo com remédios, e outros itens da área saúde costuma ser maior", afirmou Inocentini.

O presidente do sindicato afirmou que o grupo realiza um estudo com 100 itens de necessidade de um idoso para comparar o aumento dos produtos com o índice de reajuste do benefício recebido pelos aposentados.

"Daqui dois meses vamos abrir um processo na Justiça e levar essa pesquisa como prova. Segundo a lei, o governo é obrigado a manter o poder de compra com a aposentadoria", disse Inocentini.

Alternativas
O consultor financeiro Cláudio Boriola diz que os aposentados, especialmente nesse momento de crise econômica, devem evitar compras parceladas, pesquisar preços, negociar e fazer bom planejamento financeiro.

Segundo Boriola, alguns aposentados ganham um valor mensal muitas vezes insuficiente para o pagamento das contas e acabam pedindo crédito ou realizando pagamentos a prazo e são obrigados a pagar juros altos.

Na opinião do consultor, pagar uma previdência privada é uma alternativa indicada para quem ainda trabalha, considerando a característica de perda de poder de compra da aposentadoria.

"Na prática, infelizmente os valores encontram-se em um patamar que está deteriorando o poder de aquisição da população brasileira", completou Boriola.

De acordo com o diretor da Confederação Brasileira de Aposentados e Pensionistas (Cobap), Vicente Fernandes Barbosa, representantes dos aposentados tentarão um encontro com o presidente da Câmara, deputado Michel Temer (PMDB-SP), para discutir projetos que minimizem a perda dos aposentados

17:17
Anónimo disse...
Previdência
Previdência prorroga isenção de tarifas no benefício

O atual sistema de pagamento aos 26 milhões de aposentados e pensionistas do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) será mantido até o final deste ano. O acordo, que permite realizar a operação sem nenhum custo aos beneficiários, foi renovado nesta sexta-feira, entre o governo federal e 21 instituições financeiras.

Por meio desse acordo, vigente desde setembro de 2007, nem os segurados, nem os bancos e nem o governo arcam com o pagamento de tarifas, conforme explicou o ministro da Previdência Social, José Pimentel. A prorrogação vale até dezembro, data máxima para que a Previdência defina as regras para um novo contrato.

Ao assinar o termo de renovação, na sede da Federação Brasileira dos Bancos (Febraban), o ministro disse que a intenção do governo é mudar o atual modelo de gestão visando a reduzir os custos dessas operações em torno da folha mensal, que atinge R$ 15,8 bilhões. No entanto, qualquer alteração, conforme explicou, passará antes por audiências públicas a serem realizadas a partir do segundo semestre deste ano, atendendo a determinação do Tribunal de Contas da União (TCU).

De acordo com Pimentel, com um redesenho do mecanismo de repasse dos recursos aos bancos em torno da folha de pagamento dos segurados o que se busca é um aumento da participação de instituições financeiras. Ele informou que, desde 2007, cada benefício custa em média R$ 1,07 ao governo. "Quanto mais instituições financeiras estiverem prestando serviços à sociedade, maior é a competitividade, a agilidade no atendimento", justificou.

O ministro observou, ainda, que, para permitir uma redução para algo em torno de meia hora no tempo de atendimento para a concessão dos direitos previdenciários, o governo investiu R$ 280 milhões.

Questionado sobre o descontentamento dos segurados que ganham acima de um salário mínimo terem obtido apenas a correção com base na variação do Índice de Preços ao Consumidor (INPC) , ficando abaixo do reajuste dado a quem recebe apenas o mínimo, Pimentel argumentou que o governo seguiu o que determina a lei e descartou a possibilidade de uma revisão

17:17
Anónimo disse...
Empresas
Caterpillar oferece aposentadoria antecipada a 2 mil


A companhia americana Caterpillar ofereceu a cerca de dois mil funcionários incentivos para que se aposentem de forma voluntária antes do previsto, pela perspectiva de uma queda "significativa" da atividade industrial, informou nesta quarta-feira a empresa.

A iniciativa, destinada aos trabalhadores de diversas fábricas em Illinois, Colorado, Tennessee e Pensilvânia, se soma aos cortes de empregos anunciados em janeiro, explicou em comunicado de imprensa.

A empresa, a maior fabricante mundial de maquinaria pesada para a construção e a mineração, acrescentou que, "em função das condições de negócio, podem ser necessárias mais reduções de elenco voluntárias e involuntárias à medida que o ano avança".

O vice-presidente da companhia, Sid Banwart, explicou que a empresa prevê "demissões significativas em todas as regiões geográficas e na maioria dos setores devido às dificuldades da economia mundial".

17:18
Anónimo disse...
Comércio
Comércio exterior da OCDE caiu no 3º trimestre de 2008


As exportações e as importações dos países da Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Econômico (OCDE) caíram 1,6% e 0,2%, respectivamente, no terceiro trimestre de 2008, em relação aos três meses anteriores.

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Trata-se da primeira queda destas atividades desde o terceiro trimestre de 2006, segundo o último relatório trimestral sobre fluxos comerciais divulgado pela OCDE.

As exportações e as importações em dólares dos 30 Estados-membros caíram 15,6% e 17%, respectivamente, na comparação anualizada.

Por sua vez, o comércio dos sete países mais ricos do mundo (G7) teve um pequeno crescimento no terceiro trimestre de 2008 com uma queda das exportações de mercadorias de 0,2% em relação ao trimestre anterior e um aumento de 0,4% das importações.

Em termos anualizados, as importações do G7 caíram 1,4% entre julho e setembro do ano passado, seu primeiro retrocesso desde o terceiro trimestre de 2006, enquanto as exportações aumentaram 1,9%, seu crescimento mais baixo no mesmo tempo.

Por países, a Alemanha aumentou suas importações em 3,4% - valor mais alto do G7 -, enquanto suas exportações caíram 2,9% do segundo para o terceiro trimestre de 2008.

Pelo contrário, as exportações americanas aumentaram 1,8% entre julho e setembro de 2008, enquanto as importações caíram 0,7% em relação ao trimestre anterior. No Japão, tanto as importações quanto as exportações caíram em torno de 1% no mesmo período.

17:19
Anónimo disse...
Economia Nacional
Lula: juros de crédito consignado a aposentados são altos

Atualizada às 17h29

O presidente Luis Inácio Lula da Silva afirmou nesta terça-feira, em São Paulo, que está lutando para reduzir as taxas de juros cobradas de aposentados em crédito consignado. A Previdência Social estabelece uma taxa máxima de 2,5% para empréstimo e de 3,5% para cartão. Para Lula, os valores são altos.

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"Acho que o juro que os aposentados estão pagando hoje com o crédito consignado é alto para o padrão brasileiro", disse o presidente durante a cerimônia de comemoração dos 86 anos do INSS.

A Previdência anunciou nesta terça-feira que aposentados e trabalhadoras com licença-maternidade poderão receber seus benefícios em 30 minutos. De acordo com Lula, em junho, a aposentadoria do trabalhador rural também será conseguida em meia hora.

Além disso, o presidente anunciou que, também em junho, os trabalhadores que alcançarem o direito à aposentadoria passarão a receber em suas casas um comunicado da Previdência informando o fato e o valor do salário que têm direito a receber. "É um comprometimento público que estou fazendo com os companheiros da Previdência Social", disse.

"Estamos retribuindo ao contribuinte da Previdência Social aquilo que é a cidadania que ele tem direito", afirmou Lula. "Se para cobrar nós somos tão precisos, para devolver o dinheiro, temos que chegar próximo à perfeição", completou.

17:20
Anónimo disse...
Economia Nacional
Salário maternidade sairá em 30 minutos, diz ministro

Toda trabalhadora autônoma que tiver contribuído pelo menos 10 meses com o Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) - ou as que possuírem carteira assinada - poderão receber em 30 minutos o salário maternidade a partir desta terça-feira. Da mesma forma, as mulheres com 30 anos de contribuição e os homens com 35 anos também terão direito ao benefício de forma mais rápida. A informação é do ministro da Previdência Social, José Pimentel.

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Para requerer o salário maternidade, é preciso que as autônomas levem a carteira de identidade e o carnê de contribuição. As demais trabalhadoras devem apresentar a identificação e a carteira de trabalho. Desde o início do mês, a nova forma de análise para a concessão de benefícios foi adotada para a aposentadoria por idade do trabalhador urbano e agora foi estendida para o salário maternidade e por tempo de contribuição.

O ministro disse que a qualificação do serviço da previdência social é o reconhecimento do direito dos trabalhadores e da afirmação da cidadania.

"Até pouco tempo na cabeça do cidadão o serviço devia ser de péssima qualidade. Agora não, nós modificamos toda a legislação no mês de dezembro numa ação conjunta do Congresso Nacional com o governo federal. Estamos implantando e concedendo os benefícios em até 30 minutos", afirmou.

O ministro destacou que para conseguir se aposentar ou ter acesso à licença maternidade em 30 minutos, em primeiro lugar, é necessário que o cidadão esteja vinculado à Previdência, o que inclui 65% da população acima de 16 anos de idade.

"Depois bastar marcar pelo sistema 135 o dia e a hora do atendimento e levar a documentação. Se todos os dados necessários estiverem corretos o contribuinte será atendido em até 30 minutos, como vem sendo feito com as aposentadorias por idade desde o dia cinco de janeiro", explicou.

Pimentel disse ainda que em 90% das agências da previdência social o atendimento é marcado em até 48 horas. Nos grandes centros, entretanto existe um volume maior o que torna mais lento o processo.

"Estamos criando mais 715 agências até 2010, em todo o território nacional, para descentralizar o atendimento. Em 2008, atendemos 295 mil benefícios e aposentadorias por idade. Temos 4 mil pessoas por dia procurando e se aposentando por idade no território nacional

Anónimo disse...

Os bombeiros combatem neste sábado os incêndios na Austrália favorecidos pelo bom tempo, enquanto os deslocados encotram em seu retorno casas derruídas, carros queimados nas ruas e destruição.

Depois de sete dias desde que começaram os incêndios no Estado de Victoria, a lista de mortos chega a 181, os desaparecidos somam 50, os edifícios destruídos totalizam 1,834 mil e o terreno arrasado, principalmente florestas, ocupa uma área de 4,13 mil quilômetros quadrados.

As equipes de bombeiros, formadas por 4 mil profissionais de Victoria, de outras partes da Austrália e de países amigos, combateram hoje 12 focos fora de controle e nenhum representava uma ameaça direta para a população.

O subdiretor do Serviço de Bombeiros, Geoff Conway, disse que este tempo favorável, que se prolongará durante o domingo, permite consolidar as linhas de contenção e avançar na extinção das chamas.

Cinzas apareceram arrastadas por ventos do nordeste sobre Melbourne, onde habitam 3,8 milhões de pessoas, e as autoridades alertaram aos cidadãos do risco para a saúde de idosos, crianças e pessoas com problemas respiratórios.

O número de pessoas deslocadas - a Cruz Vermelha chegou a receber 7 mil - começou a cair com a abertura de algumas localidades atingidas.

Os incêndios, alguns criminosos, começaram em 7 de fevereiro, quando a região sul da Austrália estava há duas semanas sob uma onda de calor sem precedentes.

Na sexta-feira passada, a polícia acusou uma pessoa de ter provocado o incêndio que atingiu a localidade de Churchill e matou 21 pessoas.
16:55
Anónimo disse...
A primeira chuva em seis dias reduziu a ameaça de incêndios no Estado de Victoria, ao sul da Austrália. As autoridades, porém, advertiram que ainda existem 12 focos, mas que nenhum deles ameaça áreas povoadas.

Mais de quatro mil bombeiros, mil provenientes de outras partes do país e de outras nações, trabalham contra o fogo. Cerca de 600 veículos e 28 helicópteros e pequenos aviões estão sendo usados.


Eles conseguiram construir linhas de contenção para evitar os incêndios de Yarra e Maroondah se juntassem. Também foram controlados os incêndios abertos de Yea e Murrindindi, que ameaçavam as comunidades de Connellys Creek, Crystal Creek, Scrubby Creek e Native Dog Creek.

O número de mortos chegou a 181, mas as autoridades acreditam que as vítimas devem passar de 200, já que ainda há muitos desaparecidos.
16:55
Anónimo disse...
Aqui nesta coluna, na semana passada, tive a oportunidade de comentar sobre a recente visita do professor brasileiro Pedrinho Guareschi à Austrália. Não dei, porém, os fatos, pois semana passada o assunto era outro.

Hoje, porém, vamos a eles.

No último dia 4 de fevereiro, aconteceu o Seminário "Paulo Freire: Education and Liberation", organizado pelo centro de estudos latino-americanos da Universidade Nacional da Austrália, ou ANU, como é mais conhecida por aqui.

A ANU, para quem não sabe, está entre as 20 melhores universidades do mundo! E tem sede aqui em Camberra, capital da Austrália.

Na abertura do evento, o professor John Minns, diretor do centro latino-americano, ao dar boas-vindas ao público presente, lembrou ser aquele o primeiro seminário exclusivamente dedicado a Paulo Freire na Austrália.

Em seguida, convidou Pedrinho Guareschi, palestrante principal do Seminário, a fazer sua apresentação.

A plateia pode então conhecer, pelas palavras de Pedrinho, um pouco da obra e da vida de Freire, esse brasileiro de fé e valor, que sempre acreditou na educação, sobretudo dos menos favorecidos, analfabetos, como força libertadora.

Como não podia deixar de ser, os conceitos e ideias revolucionários de Paulo Freire, expostos com clareza por Pedrinho, despertaram o interesse e a curiosidade de plateia. A qual, deve-se notar, era na maioria de estudantes, mas de várias nacionalidades, sobretudo australianos e asiáticos.

Na continuação do programa do seminário, que se estendeu por dois dias, outros professores fizeram palestras sobre temas ligados à obra de Paulo Freire.

Interessante, por exemplo, saber que a professora Anne Hickling-Hudson, jamaicana que mora na Austrália há muitos anos (é professora da ANU), conheceu e trabalhou com Freire num workshop educacional durante a revolução na Ilha de Granada, em 1980, antes da invasão dos Estados Unidos...

Ou, então, a palestra da Professora Gerda Roelvink, da Nova Zelândia, que participou do Fórum Social de Porto Alegre em 2005. E essa participação transformou-se em tema de doutorado.

No dia 10, terça-feira passada, o padre Pedrinho Guareschi voltou a falar ao público australiano em grande auditório localizado no belíssimo campus da ANU. Desta vez, sobre a Teologia da Libertação.

Depois da palestra, John Minns mostrou o filme mexicano "O Crime do Padre Amaro", no qual um dos personagens é um padre católico praticante da Teologia da Libertação.

Mais uma vez, foi grande o intersse da platéia, que pode aprender e conhecer um pouco como se desenvolveu aquele importante movimento católico na América Latina.

Fica, assim, ao Pedrinho, bem como a outros brasileiros estudiosos e de bom coração que saem pelo mundo a divulgar aspectos importantes da cultura brasileira, o respeito e a homenagem desta coluna. E... aquele abraço!
16:57
Anónimo disse...
Amanda Kitts perdeu o braço esquerdo em um acidente de automóvel acontecido três anos atrás, mas hoje em dia ela joga futebol americano com seu filho de 12 anos de idade, troca fraldas e abraça as crianças nas três creches Kiddie Cottage que opera em Knoxville, Tennessee. Kitts, 40 anos, faz tudo isso com a ajuda de um novo tipo de braço artificial que se movimenta com mais facilidade do que outros aparelhos e que ela pode controlar utilizando apenas seus pensamentos.

"Eu sou capaz de mexer a mão, o pulso e o cotovelo ao mesmo tempo", diz. "Você pensa e os músculos se movem em seguida".

A recuperação que ela conseguiu resulta de um novo procedimento que vem atraindo crescente atenção porque permite que pessoas movam braços protéticos de forma mais automática do que faziam no passado, simplesmente utilizando nervos reaproveitados em seus cérebros.

A técnica, conhecida como "renervação muscular dirigida", envolve utilizar os nervos que restam depois da amputação de um braço e conectá-los a outro músculo do corpo, em geral no peito. Eletrodos são instalados sobre os músculos do peito, e operam como se fossem antenas. Quando a pessoa deseja mover o braço, o cérebro envia sinais que primeiro resultam em contração dos músculos do peito, os quais enviam um sinal ao braço protético, instruindo-se a se movimentar. O processo não requer mais esforços consciente do que a pessoa teria de exercitar caso ainda tivesse seu braço natural.

Na terça-feira, pesquisadores reportaram em estudo publicado pela versão online do Journal of the American Medical Association que haviam levado a técnica ainda mais à frente, tornando possível a execução de 10 movimentos de mão, pulso e cotovelo diferentes, o que representa uma substancial melhora com relação ao típico repertório protético, que em geral envolve apenas dobrar o cotovelo, girar o pulso e abrir a mão.

"Os novos métodos tiveram impacto dramático em nosso campo de trabalho", disse Stuart Harshbarger, engenheiro biomédico na Universidade Johns Hopkins e diretor do programa de pesquisa sobre próteses, financiado pelas forças armadas, que inclui o trabalho com essa técnica. "O método já está em uso por médicos e cirurgiões comuns em todo o país. A capacidade de controlar um membro protético bastante robusto que ele confere surpreendeu a todos pela qualidade".

Tipicamente, uma pessoa que tenha um braço protético só é capaz de executar alguns poucos movimentos, e muitas vezes com tamanha lentidão que isso só permite a ela atividades limitadas.

Há um motor separado para cada movimento, diz Gerald Loeb, professor de engenharia biomédica na Universidade do Sul da Califórnia, "e esses motores precisam ser controlados de maneira explícita", usualmente por um esforço consciente da pessoa para contrair músculos nas costas ou no bíceps.

"Essencialmente, até agora os pacientes controlavam apenas um motor de cada vez", diz Loeb, "e precisavam pensar cuidadosamente sobre que motor desejavam controlar e como fazê-lo operar, em lugar de simplesmente pensarem em mover o braço e poderem fazê-lo sem delongas".

Antes que Kitts passasse pelo procedimento de renervação, em outubro de 2007, por exemplo, ela precisava movimentar os músculos de suas costas de determinada maneira para fazer com que seu pulso girasse, e flexionar seu bíceps e tríceps para fazer com que o cotovelo se movesse para cima e para baixo. "Era muito trabalho", ela conta. "E não me ajudava muito".

O procedimento de renervação é parte de uma recente explosão de idéias novas e técnicas inovadoras que estão sendo exploradas enquanto os cientistas se esforçam por ajudar as pessoas a compensar melhor a perda de membros ou problemas de paralisia. O esforço vem sendo alimentado pelo aumento no número de amputações causado por diabetes e por ferimentos sofridos pelos militares, e ao mesmo tempo pelos avanços na tecnologia médica.

Os braços se tornaram um dos focos essenciais desse tipo de trabalho. A ciência há muito vem obtendo sucessos no desenvolvimento de próteses de perna, mas é muito mais difícil imitar a complexidade e a destreza das mãos e dos braços.

Os esforços em curso incluem o desenvolvimento de projetos de pele e braços mais sensíveis e mais flexíveis, e o uso de dispositivos acionados por controles sem fio implantado nos braços protéticos, que permitiriam movimentos mais naturais.

Os pesquisadores também vêm usando sensores implantados nos cérebros de cobaias para permitir que dois macacos controlem um braço mecânico, e um teste com um homem paralítico permitiu, com esse método, que ele movimentasse um cursor em uma tela de computador.

Alguns desses métodos, caso venham a ser aperfeiçoados plenamente e consigam aprovação das autoridades regulatórias da saúde, podem no futuro se tornar mais viáveis para os pacientes de amputações.

E embora a técnica da renervação não requeira aprovação das autoridades regulatórias porque é executada por meios cirúrgicos e emprega aparelhos já existentes, ela apresenta limitações que até mesmo seus criadores reconhecem, entre as quais o fato de que não se pode utilizá-la para todos os pacientes, o seu alto custo e o prazo de meses requerido para que os nervos reconectados cresçam e se tornem efetivos.

Ainda assim, os especialistas dizem que é o mais avançado sistema em uso hoje para pacientes reais que permite que o sistema nervoso controle diretamente o movimento de um braço artificial.

Desde sua introdução por Todd Kuiken, médico fisioterapeuta e engenheiro biomédico do Instituto de Reabilitação de Chicago, o método foi empregado em cerca de 30 pacientes nos Estados Unidos, Canadá e Europa, entre os quais oito soldados feridos no Iraque e no Afeganistão.

Muitos dos pacientes, entre os quais o primeiro, Jesse Sullivan, um operário do setor elétrico no Tennessee que perdeu os dois braços quando foi eletrocutado por um cabo, conseguem não apenas manipular seus braços protéticos mas sentir a presença das mãos que já não têm quando alguém toca em seus peitos.

Sullivan, 62 anos, e Kitts, estavam entre os cinco pacientes que participaram do estudo reportado na terça-feira. Em companhia de cinco outras pessoas que não passaram por amputações, eles receberam os eletrodos e foram instruídos a usar pensamentos para fazer com que um braço virtual na tela reproduzisse 10 movimentos diferentes, entre os quais três formas diferentes de aperto de mão.

Os pacientes apresentaram desempenho bastante respeitável, apenas um pouco mais lento e menos preciso do que os dos participantes que não tinham amputações.

"As velocidades de movimento que encontramos em nossos pacientes foram realmente encorajadoras", disse Kuiken. "Eles conseguiram completar a tarefa. É claro que não foram tão competentes quanto as pessoas dotadas de plena capacidade física, mas foram bons o bastante".

Um braço virtual foi usado porque a maioria das próteses existentes não era capaz de acomodar todos aqueles movimentos, no momento da pesquisa, ainda que Sullivan, Kitts e uma terceira paciente, Claudia Mitchell, tenham experimentado dois novos protótipos mais versáteis de braços artificiais, executando tarefas complexas com bolas de tênis e outros objetos.

O trabalho de renervação em soldados apresenta outros desafios, diz Kuiken, porque os ferimentos militares muitas vezes "causam danos muitos extensos" a nervos, músculos ou ossos.

Daniel Acosta, 25 anos, um aviador ferido pela detonação de uma bomba em uma estrada do Iraque em 2005, passou pelo procedimento no ano passado e diz que seu braço esquerdo protético agora se movimenta "muito mais rápido" e de maneira muito mais natural.

"A diferença é que agora não preciso mais pensar para mover o braço", ele diz. "Ele simplesmente se mexe".

Ainda assim, Acosta, de San Antonio, diz que "o processo foi bastante longo" e que os eletrodos precisam ser ajustados para receber os sinais à medida que os nervos crescem ou mudam de posição.

E embora elogiem o método, os especialistas afirmam que a ciência das próteses de braço ainda tem muito por avançar.

"Trata-se de uma parte crucial, mas ainda assim apenas uma parte, das muitas coisas que compreendem a função normal de um braço", disse Loeb, que escreveu um editorial que acompanha o artigo no Journal of the American Medical Association.

"No momento estamos a meio do caminho entre o braço de 'Dr. Fantástico', que fazia involuntariamente a saudação nazista, e o braço de Luke Skywalker em 'Guerra nas Estrelas', que funciona sem nenhum problema assim que é conectado. Creio que precisaremos ainda de muitos anos para conectar todas as peças necessárias a produzir um braço capaz de funcionar normalmente".
17:04
Anónimo disse...
A Espanha disse neste sábado que está preparando uma reclamação oficial contra a decisão da Venezuela de expulsar um membro do Parlamento Europeu que criticou o conselho eleitoral venezuelano.
Luis Herrero, membro do partido conservador espanhol PP, foi deportado na sexta-feira depois que o Conselho Nacional Eleitoral (CNE) o acusou de questionar a imparcialidade da instituição antes de um referendo que pode permitir ao presidente Hugo Chávez permanecer no cargo indefinidamente.

Herrero estava na Venezuela como observador do referendo. Ele acusou Chávez de ter "comportamentos típicos de um ditador" por pedir a contenção de manifestações da oposição.

O governo da Espanha convocou um encontro com o embaixador da Venezuela em Madri para expressar a desaprovação sobre a expulsão de Herrero, disse um representante do Ministério das Relações Exteriores espanhol.

As relações da Venezuela com a Espanha tiveram seu ponto crítico em 2007, quando Chávez ameaçou rever acordos diplomáticos e comerciais depois de ouvir um "cala a boca" do rei espanhol Juan Carlos durante uma cúpula.

A fenda foi oficialmente reparada em 2008, com uma visita oficial de Chávez à Espanha, onde ele cumprimentou o rei e discutiu acordos para investimento no setor petroquímico com o primeiro-ministro José Luis Rodriguez Zapatero.
17:06
Anónimo disse...
A polícia do Zimbábue anunciou neste sábado que acusa de traição Roy Bennett, dirigente do até agora opositor Movimento para a Mudança Democrática (MDC), detido na sexta-feira, em Harare, poucas horas antes da cerimônia de posse dos membros do novo gabinete.

"A Polícia nos informou que vão apresentar acusações de traição", disse à agência EFE o advogado de defesa de Bennett, Trust Maanda.

"Tentam relacionar Roy com o caso de Mike Hitschmann, que foi detido em 2006 em relação à descoberta de um carregamento de armas, apesar de que Hitschmann não tenha sido declarado culpado das acusações de traição apresentadas contra ele, mas de um crime menor de descumprimento de leis", disse Maanda.

O político opositor, designado por seu partido como vice-ministro de Agricultura no Governo de união nacional, esteve no exílio na vizinha África do Sul desde 2006 e retornou ao Zimbábue há duas semanas.

Segundo a Polícia, que deteve Bennett ontem no aeroporto de Harare quando pretendia ir à África do Sul para visitar sua família, as armas apreendidas em 2006 seriam utilizadas em um golpe de Estado para derrubar o presidente do Zimbábue, Robert Mugabe.

Depois da detenção, Bennet foi levado a Mutar, onde vários simpatizantes do MDC se concentraram em frente à delegacia na qual estava detido, diante do que a Polícia respondeu com tiros para o alto para dispersar os manifestantes.
17:07
Anónimo disse...
Austrália: 14 mil se candidatam a 'emprego dos sonhos'

A secretaria de Turismo de Queensland, na Austrália, informou que até esta segunda-feira já recebeu cerca de 14 mil inscrições para o "o melhor emprego do mundo". O Estado australiano promove pela internet seleção para vaga de "zelador" da ilha Hamilton, por seis meses com um salário de R$ 40 mil.

Muitos candidatos tiveram problemas durante a inscrição por conta dos acessos simultâneos ao site. A secretaria aconselha enviar os vídeos de 60s explicando porque deve ser escolhido em horários alternativos do dia, além de recomendar tamanho em torno de 40MB.

As inscrições começaram em 12 de janeiro e vão até o próximo dia 22 e podem ser feitas pelo site www.islandreefjob.com. O governo australiano escolherá 50 candidatos para a próxima fase da seleção, que terá votos do público para eleger um dos 11 finalistas.

A última fase terá entrevistas e desafios físicos, no próprio local de trabalho: as ilhas da Grande Barreira Coralina - o maior recife de coral do mundo. A secretaria de Turismo anunciará o vencedor no dia 6 de maio.
17:09
Anónimo disse...
Mercado elogia governo na crise, mas pede maior queda no juro

Peter Fussy
Direto de São Paulo

Desde as primeiras medidas anunciadas para combater os efeitos da crise, o governo brasileiro avisou que a estratégia não contemplaria um pacote. Seriam doses pontuais, de acordo com a necessidade da economia diante do agravamento das turbulências. Da primeira liberação dos depósitos compulsórios em setembro até a ampliação do seguro-desemprego na última quarta-feira, o governo passou por redução de impostos, ampliação de crédito e incentivos à exportação. Quase 150 dias após a primeira medida, o Terra conversou com líderes do setor público e privado, representantes dos trabalhadores, acadêmicos e com o próprio governo para saber quais destas ações foram mais eficazes, quais foram mais ineficientes e o que mais pode ser feito pelo Estado brasileiro contra a crise.

Os maiores elogios foram direcionados à atitude de reduzir o Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) para a indústria automobilística, anunciada em dezembro e que fez com que os emplacamentos de carros novos subissem 1,9% no primeiro mês do ano em relação a dezembro de 2008. Já as maiores críticas foram para a lentidão no corte da taxa básica de juro do País.

Para o presidente do conselho administrativo do Grupo Pão de Açúcar, Abílio Diniz, o Estado não é responsável pela crise e mesmo assim está agindo "com extrema serenidade e muito acerto". "O governo está atento, fazendo a sua parte. É preciso coragem de baixar firmemente a taxa de juros. É uma arma que temos a nosso favor, já que não há clima para inflação, nem possibilidade de danos para a macroeconomia", afirmou Diniz.

Na última reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), em janeiro, a taxa Selic foi reduzida em um ponto percentual, de 13,75% para 12,75% ao ano. Porém, o professor de economia da Universidade de Brasília (UnB) José Luiz Oreiro lembra que este corte representa uma redução de apenas 0,25 ponto percentual com relação à taxa de setembro do ano passado, quando a crise se agravou.

"Pouco antes da eclosão da crise, o Banco Central aumentou a taxa em 0,75 ponto. Foram cinco meses de demora para reduzir em termos líquidos apenas 0,25 ponto", afirmou o economista, que também sugeriu redução do intervalo de cerca de 90 dias entre as reuniões do Copom e o corte de pelo menos um 1 ponto percentual em cada reunião.

Mesmo com o corte de janeiro, a taxa de juros real continua sendo a maior do mundo, lembrou o secretário-geral da Força Sindical, João Carlos Gonçalves, o Juruna. "A redução da taxa de juro ainda é pequena, porque ela continua uma das mais altas do mundo. Falta ousadia para baixar os juros e ajudar o cidadão. A permanência da taxa de juro alta é negativa para o País em meio a crise", afirmou Juruna.

Embora aprove as ações do governo, o senador Aloízio Mercadante (PT-SP) também acredita que o patamar da Selic está muito alto. "Sempre fomos os primeiros a entrar em qualquer crise, o que não aconteceu agora. A taxa Selic ainda é muito alta, mas o governo têm tomado medidas acertadas, como o aumento do salário mínimo, mesmo com um cenário de crise. Isso ajuda a movimentar o consumo. O governo está se esforçando para manter os investimentos e o crescimento", disse.

Tributos
De acordo com o economista Fabio Pina, da Fecomercio-SP, as ações mais positivas estão relacionadas à redução de tributos para alguns segmentos, como a indústria automobilística, que recuperou parte da queda nas vendas em janeiro com a isenção do IPI para carros 1.0 l e o corte para demais motorizações. A medida vale até o final de março.

"Essas medidas não só reduziram o preço, mas anteciparam o consumo daqueles que iriam comprar no futuro, dando um prêmio por conta da insegurança. Mexe diretamente com o principal problema que é a confiança do consumidor", afirmou. Juruna destacou que um bom ritmo de vendas é garantia de emprego. "É importante porque cada emprego na montadora significa 19 na cadeia produtiva", comentou o representante da Força Sindical.

Também em dezembro, o governo decidiu cortar pela metade a alíquota do Imposto de Renda para contribuintes que ganham entre R$ 1.434 e R$ 2.150 mensais. "O salário aumentava e a tabela não se modificava. As pessoas ganhavam mais e pagavam mais impostos", apontou Juruna. Outra redução de tributos do governo foi com relação ao Imposto sobre Operações Financeiras (IOF), que caiu de 3% ao ano para 1,5%.

Crédito
Na segunda metade de 2008, o colapso de bancos nos Estados Unidos por conta da crise do subprime provocou uma forte restrição de crédito no mundo inteiro. Uma das primeiras medidas anticrise do governo teve como objetivo restabelecer a oferta, com mudanças no recolhimento dos depósitos compulsórios por parte dos bancos. Segundo o presidente do Banco Central, Henrique Meirelles, as diversas modificações liberaram US$ 99,2 bilhões aos bancos até o final de janeiro.

Além disso, o governo concedeu R$ 36 bilhões das reservas internacionais para empresas brasileiras com dívidas no exterior e uma medida provisória autorizou o Banco do Brasil e a Caixa Econômica Federal a comprar carteiras de crédito de bancos privados. Para o diretor do Departamento de Pesquisas e Estudos Econômicos da Fiesp, Paulo Francini, estas medidas foram essenciais para combater os efeitos da crise.

"A crise se desenvolve no mundo em torno do tema crédito. E o crédito reduziu-se barbaridade no mundo. Então o governo lança mão de compulsório, lança mão de reservas, de medidas que permitem aos bancos comprar carteiras de bancos. Você vai tomando várias medidas para atender às demandas e o epicentro disso é crédito", afirmou.

No entanto, Oreiro, da UnB, adverte que a liberação dos compulsórios seria mais eficiente acompanhada de redução mais agressiva da taxa básica de juro. "Uma parte do crédito voltou, depois da forte retração em outubro e novembro. O que deveria ter sido feito junto à liberação do compulsório era uma redução mais drástica da taxa de juro. Sem isso, os bancos pegam as reservas e acabam comprando títulos públicos", explicou o economista.

Na opinião de Pina, as ações de distribuição de crédito via redução do compulsório e a disposição de capital de giro para empresas foram tomadas sem um cuidado maior na operação e não tiveram muito efeito. "O BNDES tem linhas que ficam paradas quase todo o ano, agora é pior ainda. Existem os recursos, mas as empresas e os bancos estão desconfiados. É preciso fazer com que os bancos tenham interesse em emprestar", afirmou o economista da Fecomercio-SP.

Futuro
Mesmo com todas essas medidas, a crise financeira ainda gera incertezas nos setores produtivos do País. Nos últimos meses, o medo do desemprego fez os consumidores adiarem compras. Por sua vez, a queda nas vendas pode obrigar as indústrias a cortarem a produção e demitir funcionários. Contra isso, empresários sugerem redução de jornada e de salários.

"Isto está previsto em lei. A Fiesp simplesmente manteve conversações com entidades sindicais quanto à aplicação daquilo que já está previsto em lei", afirmou Francini.

Segundo a ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff, uma das medidas que assegura um nível de emprego é a manutenção de investimentos no Programa de Aceleração do Crescimento (PAC). "Estamos esperando que a dificuldade ocorra em janeiro, fevereiro e março. Estamos certos que vamos manter o nível de investimento. É isso que funciona, é isso que significa investimento público. Ele funciona como um colchão. Por isso, nós colocamos R$ 100 bilhões no BNDES e a Petrobras ampliou o seu investimento em R$ 120 bilhões", afirmou.

Na mesma linha, Pina explica que a antecipação de gastos do governo substitui parte da demanda retraída do setor privado. "Ele dá o seguinte recado: não vou estourar as contas públicas, mas concentrar em um momento em que a demanda privada está pequena. Mas o governo não tem fôlego suficiente para fazer o papel de toda demanda", ressaltou. O economista da Fecomercio lembrou que a entidade já pleiteou junto ao governo isenções para transferência de imóveis e de automóveis, além de retirar o IPVA para veículos novos.

Já Oreiro foca suas propostas na capitalização do Banco do Brasil e da Caixa Econômica Federal pelo Tesouro para atender a demanda de crédito para capital de giro e reduzir o spread. "Aumentando o empréstimo e reduzindo as taxas, os dois vão forçar os bancos privados a acompanhar o movimento, até para não perderem participação no mercado", explicou o economista da UnB.

Até o Carnaval, o governou prometeu detalhar um pacote de incentivos para a construção de até um milhão de casas populares, direcionado a famílias com renda de até dez salários mínimos. "Estamos atentos a tudo o que está acontecendo e novas medidas serão tomadas caso haja uma avaliação de que sejam necessárias", disse o ministro da Fazenda, Guido Mantega, na última sexta-feira.
17:11
Anónimo disse...
Ex-ministro critica extensão do seguro-desemprego

Atualizada às 09h03

O ex-ministro do Trabalho Almir Pazzianotto criticou a decisão do governo federal de conceder o seguro-desemprego estendido a apenas alguns setores. "É certamente odioso e provavelmente inconstitucional", disse Pazzianotto, de acordo com o jornal O Estado de S. Paulo.

Na última qurta, dia do anúncio da medida, centrais sindicais elogiaram a atitude do governo. A Força Sindical divulgou nota dizendo que "o aumento ajudará a aquecer parte da economia, já que irá gerar mais consumo, produção e conseqüentemente, a criação de novos postos de trabalho". A União Geral dos Trabalhadores (UGT) afirmou que a medida "contribuirá para minimizar o drama dos trabalhadores que perderem seu emprego por conta da crise".

O ex-ministro, que instituiu o seguro-desemprego no País no governo de José Sarney, destacou a necessidade de as centrais sindicais se manifestarem contra a determinação. Para ele, as mudanças devem ser aplicadas a todas as categorias profissionais e a distinção é contrária ao artigo 3º da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT).

Pazzianotto atribui a medida a um possível temor do governo de que a crise econômica seja longa e não haja dinheiro para atender a todas as necessidades. Ainda assim, ele se mostra contrário ao método de concessão. "O seguro-desemprego ajuda a sanar necessidades básicas. Estendê-lo é paliativo, não a solução", disse ao jornal.

De acordo com o presidente do Conselho Deliberativo do Fundo de Amparo ao Trabalhador (Codefat) e conselheiro da Força Sindical, Luiz Fernando Emediato, a determinação já estava prevista na lei 8.900/94, que trata do seguro-desemprego.

O presidente da Comissão de Trabalho da Câmara, Pedro Fernandes (PTB-MA) vai além na crítica à concessão do seguro para apenas alguns setores. Ele acredita que a ampliação do benefício estimula o desemprego.

Quintino Severo, secretário geral da Central Única dos Trabalhadores (CUT), lembra que a ampliação do benefício sem critério e identificação pode incentivar demissões em outros setores.
17:13
Anónimo disse...
Empresas
TAM faz promoção para destinos internacionais

A companhia aérea TAM anunciou nesta sexta-feira tarifas promocionais para trechos internacionais. Os preços valem para bilhetes comprados entre 6h deste sábado e 23h59 deste domingo e são válidos para classe econômica. As tarifas, para ida e volta, serão vendidas a partir de US$ 99, mais taxas.

Segundo a aérea, a promoção vale para viagens feitas no período de 14 de fevereiro a 18 de junho de 2009. Para destinos na América do Sul, a permanência mínima é de dois dias; para bilhetes com destino nos Estados Unidos, cinco dias; e Europa, sete dias. A permanência máxima para as passagens para América do Sul e EUA é de dois meses e para Europa, três meses.

Entre os exemplos de tarifas promocionais, a TAM oferece São Paulo-Lima por US$ 99. Bilhetes para a rota São Paulo-Santiago serão vendidos a partir de US$ 199 e São Paulo-Nova York, US$ 799.

A emissão dos bilhetes deve ser feita obrigatoriamente no ato da reserva, obedecendo às regras estipuladas pela companhia. A compra está sujeita à disponibilidade de assentos nas classes tarifárias determinadas, trechos, horários e datas. A TAM afirmou que também há tarifas promocionais para a classe executiva.

Mais informações podem ser encontradas no site promocional (www.ofertastam.com.br), no site da empresa (www.tam.com.br) ou pelos telefones 4002-5700 ou 0800 5705700.
17:13
Anónimo disse...
Empresas
Consultoria negocia compra do parque temático Hopi Hari

A consultoria especializada em reestruturação de empresas Íntegra Associados informou nesta sexta-feira ter um acordo para comprar o parque de diversões Hopi Hari, localizado no interior de São Paulo. A empresa estaria disposta a investir R$ 10 milhões no parque, que tem dívida estimada em R$ 800 milhões. As informações são da edição deste sábado do jornal Folha de S. Paulo.

De acordo com o jornal, a transação ainda depende da negociação entre o Hopi Hari e seus credores, o que já estaria em andamento.

A consultoria paulista já atuou junto à Parmalat, durante 30 meses, quando reorganizou a gestão da empresa italiana.

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17:14
Anónimo disse...
Empresas
Disney de Tóquio contratará mais 2 mil apesar da crise


A Oriental Land, o operador da Disneylândia Tóquio e DisneySea, organizou neste domingo entrevistas para contratar cerca de 2 mil trabalhadores em tempo parcial, em um momento de grandes demissões deste tipo de empregados no Japão.

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O operador deste parque temático, situado em Urayasu, na província de Chiba (leste de Tóquio), está em pleno processo de seleção de empregados para 20 tipos de postos trabalhistas diferentes.

Segundo a companhia, citada pela agência local de notícias Kyodo, o parque contratará novos trabalhadores para as atrações, para os restaurantes e guardas de segurança entre outros. Os novos contratados começarão a trabalhar a partir de fevereiro.

O processo de seleção acontece em um momento em que a maioria das grandes companhias japonesas começaram a se ver obrigadas a despedir uma elevada percentagem de seus trabalhadores temporários e a tempo parcial.

Algumas inclusive anunciaram demissões de seus trabalhadores fixos, uma medida muito pouco comum nas companhias japonesas, perante os efeitos piores que o esperado pela crise econômica global.

Cerca de uma centena de pessoas esperavam desde a primeira hora desta manhã a abertura do centro de conferências Tokyo International Forum, onde as entrevistas estão sendo feitas, para ser os primeiros a solicitar os postos de trabalho.


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17:15
Anónimo disse...
Economia Internacional
Senado dos EUA aprova plano de estímulo à economia

O Senado dos Estados Unidos aprovou com 60 votos a favor e 38 contra o plano de estímulo à economia de US$ 787 bilhões na madrugada deste sábado. Agora, ele segue para sanção ou veto do presidente Barack Obama, que espera colocar a lei em prática até o dia 16 de fevereiro.

O plano prevê a criação de três milhões de empregos, inclui cortes de impostos às famílias, fundos para programas sociais e obras públicas, além de ajuda aos governos estaduais, estudantes e desempregados.

A cláusula Buy American - que exige o uso de ferro, aço e produtos manufaturados dos Estados Unidos em obras realizadas com recursos do pacote - ficou de lado. Segundo o texto definitivo, a cláusula será aplicada sem violar as normas do comércio internacional.

Ontem à tarde, a Câmara de Representantes (deputados) havia aprovado, por 246 votos a favor e 183 contra, a versão final do plano. Todos os republicanos foram contrários ao pacote.

Pelo acordo de quarta-feira entre Câmara e Senado, em vez de custar US$ 819 bilhões, como queriam os deputados, ou US$ 838 bilhões como pretendiam os senadores, o pacote ficou em cerca de US$ 787 bilhões, com 65% desse total destinado a gastos do governo federal e 35%, a créditos tributários.
17:16
Anónimo disse...
Economia nacional
Na era Lula, aposentadoria sobe 54% menos que salário mínimo

Thatiane Faria
Especial para o Terra
Direto de São Paulo

Os índices de reajustes concedidos pelo governo em 2009 para aposentados e pensionistas e para o salário mínimo repetiram uma diferença que, só durante o governo de Luiz Inácio Lula da Silva, já chega a 54%. Enquanto o mínimo foi majorado em 12% este ano, as pensões e aposentadorias tiveram aumento de 5,92%. Aposentados que têm o benefício do governo como única fonte de renda reclamam que perdem poder de compra e que sua cesta de compras é composta por itens que aumentam mais em relação à inflação oficial.

Um exemplo prático pode ser entendido a partir da comparação entre um aposentado que ganhava R$ 600 em janeiro de 2003. Na época, o benefício era três vezes, ou 200%, maior que o valor do mínimo em vigência, que era de R$ 200. Aplicando-se os índices de reajuste para aposentadorias e para o mínimo durante os últimos seis anos, o mesmo aposentado estaria recebendo hoje R$ 938,47, comparado a um salário mínimo de R$ 465. A diferença entre os dois valores caiu para pouco mais de 100%.

Enquanto o índice acumulado de reajuste para a aposentadoria durante o governo Lula foi de 60%, para o salário mínimo está em 132%.

O diretor do Sindicato Nacional dos Aposentados, João Inocentini, reclama que os valores dos benefícios para aposentadorias não mantêm o poder de compra do grupo, principalmente dos aposentados que recebem menos que dez salários mínimos.

Nem mesmo o fato de o índice de reajuste das aposentadorias ter ficado acima da inflação acumulada no mesmo período (o IPCA entre janeiro de 2003 e janeiro de 2009 foi de 39,7%) serve de argumento, segundo os aposentados.

"Os idosos, principalmente, têm gastos além das contas gerais como gás, telefone e aluguel. Para eles o custo com remédios, e outros itens da área saúde costuma ser maior", afirmou Inocentini.

O presidente do sindicato afirmou que o grupo realiza um estudo com 100 itens de necessidade de um idoso para comparar o aumento dos produtos com o índice de reajuste do benefício recebido pelos aposentados.

"Daqui dois meses vamos abrir um processo na Justiça e levar essa pesquisa como prova. Segundo a lei, o governo é obrigado a manter o poder de compra com a aposentadoria", disse Inocentini.

Alternativas
O consultor financeiro Cláudio Boriola diz que os aposentados, especialmente nesse momento de crise econômica, devem evitar compras parceladas, pesquisar preços, negociar e fazer bom planejamento financeiro.

Segundo Boriola, alguns aposentados ganham um valor mensal muitas vezes insuficiente para o pagamento das contas e acabam pedindo crédito ou realizando pagamentos a prazo e são obrigados a pagar juros altos.

Na opinião do consultor, pagar uma previdência privada é uma alternativa indicada para quem ainda trabalha, considerando a característica de perda de poder de compra da aposentadoria.

"Na prática, infelizmente os valores encontram-se em um patamar que está deteriorando o poder de aquisição da população brasileira", completou Boriola.

De acordo com o diretor da Confederação Brasileira de Aposentados e Pensionistas (Cobap), Vicente Fernandes Barbosa, representantes dos aposentados tentarão um encontro com o presidente da Câmara, deputado Michel Temer (PMDB-SP), para discutir projetos que minimizem a perda dos aposentados
17:17
Anónimo disse...
Previdência
Previdência prorroga isenção de tarifas no benefício

O atual sistema de pagamento aos 26 milhões de aposentados e pensionistas do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) será mantido até o final deste ano. O acordo, que permite realizar a operação sem nenhum custo aos beneficiários, foi renovado nesta sexta-feira, entre o governo federal e 21 instituições financeiras.

Por meio desse acordo, vigente desde setembro de 2007, nem os segurados, nem os bancos e nem o governo arcam com o pagamento de tarifas, conforme explicou o ministro da Previdência Social, José Pimentel. A prorrogação vale até dezembro, data máxima para que a Previdência defina as regras para um novo contrato.

Ao assinar o termo de renovação, na sede da Federação Brasileira dos Bancos (Febraban), o ministro disse que a intenção do governo é mudar o atual modelo de gestão visando a reduzir os custos dessas operações em torno da folha mensal, que atinge R$ 15,8 bilhões. No entanto, qualquer alteração, conforme explicou, passará antes por audiências públicas a serem realizadas a partir do segundo semestre deste ano, atendendo a determinação do Tribunal de Contas da União (TCU).

De acordo com Pimentel, com um redesenho do mecanismo de repasse dos recursos aos bancos em torno da folha de pagamento dos segurados o que se busca é um aumento da participação de instituições financeiras. Ele informou que, desde 2007, cada benefício custa em média R$ 1,07 ao governo. "Quanto mais instituições financeiras estiverem prestando serviços à sociedade, maior é a competitividade, a agilidade no atendimento", justificou.

O ministro observou, ainda, que, para permitir uma redução para algo em torno de meia hora no tempo de atendimento para a concessão dos direitos previdenciários, o governo investiu R$ 280 milhões.

Questionado sobre o descontentamento dos segurados que ganham acima de um salário mínimo terem obtido apenas a correção com base na variação do Índice de Preços ao Consumidor (INPC) , ficando abaixo do reajuste dado a quem recebe apenas o mínimo, Pimentel argumentou que o governo seguiu o que determina a lei e descartou a possibilidade de uma revisão
17:17
Anónimo disse...
Empresas
Caterpillar oferece aposentadoria antecipada a 2 mil


A companhia americana Caterpillar ofereceu a cerca de dois mil funcionários incentivos para que se aposentem de forma voluntária antes do previsto, pela perspectiva de uma queda "significativa" da atividade industrial, informou nesta quarta-feira a empresa.

A iniciativa, destinada aos trabalhadores de diversas fábricas em Illinois, Colorado, Tennessee e Pensilvânia, se soma aos cortes de empregos anunciados em janeiro, explicou em comunicado de imprensa.

A empresa, a maior fabricante mundial de maquinaria pesada para a construção e a mineração, acrescentou que, "em função das condições de negócio, podem ser necessárias mais reduções de elenco voluntárias e involuntárias à medida que o ano avança".

O vice-presidente da companhia, Sid Banwart, explicou que a empresa prevê "demissões significativas em todas as regiões geográficas e na maioria dos setores devido às dificuldades da economia mundial".
17:18
Anónimo disse...
Comércio
Comércio exterior da OCDE caiu no 3º trimestre de 2008


As exportações e as importações dos países da Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Econômico (OCDE) caíram 1,6% e 0,2%, respectivamente, no terceiro trimestre de 2008, em relação aos três meses anteriores.

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Trata-se da primeira queda destas atividades desde o terceiro trimestre de 2006, segundo o último relatório trimestral sobre fluxos comerciais divulgado pela OCDE.

As exportações e as importações em dólares dos 30 Estados-membros caíram 15,6% e 17%, respectivamente, na comparação anualizada.

Por sua vez, o comércio dos sete países mais ricos do mundo (G7) teve um pequeno crescimento no terceiro trimestre de 2008 com uma queda das exportações de mercadorias de 0,2% em relação ao trimestre anterior e um aumento de 0,4% das importações.

Em termos anualizados, as importações do G7 caíram 1,4% entre julho e setembro do ano passado, seu primeiro retrocesso desde o terceiro trimestre de 2006, enquanto as exportações aumentaram 1,9%, seu crescimento mais baixo no mesmo tempo.

Por países, a Alemanha aumentou suas importações em 3,4% - valor mais alto do G7 -, enquanto suas exportações caíram 2,9% do segundo para o terceiro trimestre de 2008.

Pelo contrário, as exportações americanas aumentaram 1,8% entre julho e setembro de 2008, enquanto as importações caíram 0,7% em relação ao trimestre anterior. No Japão, tanto as importações quanto as exportações caíram em torno de 1% no mesmo período.
17:19
Anónimo disse...
Economia Nacional
Lula: juros de crédito consignado a aposentados são altos

Atualizada às 17h29

O presidente Luis Inácio Lula da Silva afirmou nesta terça-feira, em São Paulo, que está lutando para reduzir as taxas de juros cobradas de aposentados em crédito consignado. A Previdência Social estabelece uma taxa máxima de 2,5% para empréstimo e de 3,5% para cartão. Para Lula, os valores são altos.

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"Acho que o juro que os aposentados estão pagando hoje com o crédito consignado é alto para o padrão brasileiro", disse o presidente durante a cerimônia de comemoração dos 86 anos do INSS.

A Previdência anunciou nesta terça-feira que aposentados e trabalhadoras com licença-maternidade poderão receber seus benefícios em 30 minutos. De acordo com Lula, em junho, a aposentadoria do trabalhador rural também será conseguida em meia hora.

Além disso, o presidente anunciou que, também em junho, os trabalhadores que alcançarem o direito à aposentadoria passarão a receber em suas casas um comunicado da Previdência informando o fato e o valor do salário que têm direito a receber. "É um comprometimento público que estou fazendo com os companheiros da Previdência Social", disse.

"Estamos retribuindo ao contribuinte da Previdência Social aquilo que é a cidadania que ele tem direito", afirmou Lula. "Se para cobrar nós somos tão precisos, para devolver o dinheiro, temos que chegar próximo à perfeição", completou.
17:20
Anónimo disse...
Economia Nacional
Salário maternidade sairá em 30 minutos, diz ministro

Toda trabalhadora autônoma que tiver contribuído pelo menos 10 meses com o Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) - ou as que possuírem carteira assinada - poderão receber em 30 minutos o salário maternidade a partir desta terça-feira. Da mesma forma, as mulheres com 30 anos de contribuição e os homens com 35 anos também terão direito ao benefício de forma mais rápida. A informação é do ministro da Previdência Social, José Pimentel.

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Para requerer o salário maternidade, é preciso que as autônomas levem a carteira de identidade e o carnê de contribuição. As demais trabalhadoras devem apresentar a identificação e a carteira de trabalho. Desde o início do mês, a nova forma de análise para a concessão de benefícios foi adotada para a aposentadoria por idade do trabalhador urbano e agora foi estendida para o salário maternidade e por tempo de contribuição.

O ministro disse que a qualificação do serviço da previdência social é o reconhecimento do direito dos trabalhadores e da afirmação da cidadania.

"Até pouco tempo na cabeça do cidadão o serviço devia ser de péssima qualidade. Agora não, nós modificamos toda a legislação no mês de dezembro numa ação conjunta do Congresso Nacional com o governo federal. Estamos implantando e concedendo os benefícios em até 30 minutos", afirmou.

O ministro destacou que para conseguir se aposentar ou ter acesso à licença maternidade em 30 minutos, em primeiro lugar, é necessário que o cidadão esteja vinculado à Previdência, o que inclui 65% da população acima de 16 anos de idade.

"Depois bastar marcar pelo sistema 135 o dia e a hora do atendimento e levar a documentação. Se todos os dados necessários estiverem corretos o contribuinte será atendido em até 30 minutos, como vem sendo feito com as aposentadorias por idade desde o dia cinco de janeiro", explicou.

Pimentel disse ainda que em 90% das agências da previdência social o atendimento é marcado em até 48 horas. Nos grandes centros, entretanto existe um volume maior o que torna mais lento o processo.

"Estamos criando mais 715 agências até 2010, em todo o território nacional, para descentralizar o atendimento. Em 2008, atendemos 295 mil benefícios e aposentadorias por idade. Temos 4 mil pessoas por dia procurando e se aposentando por idade no território nacional. Este serviço será agilizado", concluiu.
17:21
Anónimo disse...
Giuseppe Englaro, pai de Eluana, a italiana que morreu na segunda-feira passada por desidratação, recusou uma grande soma de dinheiro de um conhecido fotógrafo italiano que queria retratar a filha em estado de coma, disse neste sábado o neurologista que atendia a mulher desde 1996, Carlo Defanti.

O neurologista, que participou hoje de uma conferência sobre eutanásia, disse que Englaro respeitou a vontade da filha, que, antes do acidente, tinha pedido que, se lhe ocorresse qualquer coisa irreversível, apresentasse sua imagem de quando estava em boas condições.

Antes de sofrer o acidente de trânsito, em 1992, Eluana viveu o coma de um amigo, Alessandro, o que causou forte impacto na italiana e a levou a fazer o pai prometer que não a deixasse viver em estado vegetativo, disse o próprio Giuseppe Englaro.

Defanti, que dissera que Eluana poderia viver de dez a 12 dias depois da suspensão da alimentação e da hidratação, disse que, como médico, tinha que reprovar esta afirmação.

"Não se pode sobreviver após três ou quatro dias sem líquido e, em particular, água em um corpo. Sabemos bem que, quando há um terremoto, após quatro dias é difícil encontrar sobreviventes".

Defanti ressaltou que Eluana "não falava, não se comunicava com o exterior" e que, após vários exames, "nos deparamos com uma moça que tinha perdido a consciência", porque estava com o córtex cerebral prejudicado.

Eluana foi enterrada na quinta-feira passada no túmulo da família na localidade de Paluzza, em Udine, após um funeral que não contou com a presença dos pais.

16:53
Anónimo disse...
Os bombeiros combatem neste sábado os incêndios na Austrália favorecidos pelo bom tempo, enquanto os deslocados encotram em seu retorno casas derruídas, carros queimados nas ruas e destruição.

Depois de sete dias desde que começaram os incêndios no Estado de Victoria, a lista de mortos chega a 181, os desaparecidos somam 50, os edifícios destruídos totalizam 1,834 mil e o terreno arrasado, principalmente florestas, ocupa uma área de 4,13 mil quilômetros quadrados.

As equipes de bombeiros, formadas por 4 mil profissionais de Victoria, de outras partes da Austrália e de países amigos, combateram hoje 12 focos fora de controle e nenhum representava uma ameaça direta para a população.

O subdiretor do Serviço de Bombeiros, Geoff Conway, disse que este tempo favorável, que se prolongará durante o domingo, permite consolidar as linhas de contenção e avançar na extinção das chamas.

Cinzas apareceram arrastadas por ventos do nordeste sobre Melbourne, onde habitam 3,8 milhões de pessoas, e as autoridades alertaram aos cidadãos do risco para a saúde de idosos, crianças e pessoas com problemas respiratórios.

O número de pessoas deslocadas - a Cruz Vermelha chegou a receber 7 mil - começou a cair com a abertura de algumas localidades atingidas.

Os incêndios, alguns criminosos, começaram em 7 de fevereiro, quando a região sul da Austrália estava há duas semanas sob uma onda de calor sem precedentes.

Na sexta-feira passada, a polícia acusou uma pessoa de ter provocado o incêndio que atingiu a localidade de Churchill e matou 21 pessoas.

16:55
Anónimo disse...
A primeira chuva em seis dias reduziu a ameaça de incêndios no Estado de Victoria, ao sul da Austrália. As autoridades, porém, advertiram que ainda existem 12 focos, mas que nenhum deles ameaça áreas povoadas.

Mais de quatro mil bombeiros, mil provenientes de outras partes do país e de outras nações, trabalham contra o fogo. Cerca de 600 veículos e 28 helicópteros e pequenos aviões estão sendo usados.


Eles conseguiram construir linhas de contenção para evitar os incêndios de Yarra e Maroondah se juntassem. Também foram controlados os incêndios abertos de Yea e Murrindindi, que ameaçavam as comunidades de Connellys Creek, Crystal Creek, Scrubby Creek e Native Dog Creek.

O número de mortos chegou a 181, mas as autoridades acreditam que as vítimas devem passar de 200, já que ainda há muitos desaparecidos.

16:55
Anónimo disse...
Aqui nesta coluna, na semana passada, tive a oportunidade de comentar sobre a recente visita do professor brasileiro Pedrinho Guareschi à Austrália. Não dei, porém, os fatos, pois semana passada o assunto era outro.

Hoje, porém, vamos a eles.

No último dia 4 de fevereiro, aconteceu o Seminário "Paulo Freire: Education and Liberation", organizado pelo centro de estudos latino-americanos da Universidade Nacional da Austrália, ou ANU, como é mais conhecida por aqui.

A ANU, para quem não sabe, está entre as 20 melhores universidades do mundo! E tem sede aqui em Camberra, capital da Austrália.

Na abertura do evento, o professor John Minns, diretor do centro latino-americano, ao dar boas-vindas ao público presente, lembrou ser aquele o primeiro seminário exclusivamente dedicado a Paulo Freire na Austrália.

Em seguida, convidou Pedrinho Guareschi, palestrante principal do Seminário, a fazer sua apresentação.

A plateia pode então conhecer, pelas palavras de Pedrinho, um pouco da obra e da vida de Freire, esse brasileiro de fé e valor, que sempre acreditou na educação, sobretudo dos menos favorecidos, analfabetos, como força libertadora.

Como não podia deixar de ser, os conceitos e ideias revolucionários de Paulo Freire, expostos com clareza por Pedrinho, despertaram o interesse e a curiosidade de plateia. A qual, deve-se notar, era na maioria de estudantes, mas de várias nacionalidades, sobretudo australianos e asiáticos.

Na continuação do programa do seminário, que se estendeu por dois dias, outros professores fizeram palestras sobre temas ligados à obra de Paulo Freire.

Interessante, por exemplo, saber que a professora Anne Hickling-Hudson, jamaicana que mora na Austrália há muitos anos (é professora da ANU), conheceu e trabalhou com Freire num workshop educacional durante a revolução na Ilha de Granada, em 1980, antes da invasão dos Estados Unidos...

Ou, então, a palestra da Professora Gerda Roelvink, da Nova Zelândia, que participou do Fórum Social de Porto Alegre em 2005. E essa participação transformou-se em tema de doutorado.

No dia 10, terça-feira passada, o padre Pedrinho Guareschi voltou a falar ao público australiano em grande auditório localizado no belíssimo campus da ANU. Desta vez, sobre a Teologia da Libertação.

Depois da palestra, John Minns mostrou o filme mexicano "O Crime do Padre Amaro", no qual um dos personagens é um padre católico praticante da Teologia da Libertação.

Mais uma vez, foi grande o intersse da platéia, que pode aprender e conhecer um pouco como se desenvolveu aquele importante movimento católico na América Latina.

Fica, assim, ao Pedrinho, bem como a outros brasileiros estudiosos e de bom coração que saem pelo mundo a divulgar aspectos importantes da cultura brasileira, o respeito e a homenagem desta coluna. E... aquele abraço!

16:57
Anónimo disse...
Amanda Kitts perdeu o braço esquerdo em um acidente de automóvel acontecido três anos atrás, mas hoje em dia ela joga futebol americano com seu filho de 12 anos de idade, troca fraldas e abraça as crianças nas três creches Kiddie Cottage que opera em Knoxville, Tennessee. Kitts, 40 anos, faz tudo isso com a ajuda de um novo tipo de braço artificial que se movimenta com mais facilidade do que outros aparelhos e que ela pode controlar utilizando apenas seus pensamentos.

"Eu sou capaz de mexer a mão, o pulso e o cotovelo ao mesmo tempo", diz. "Você pensa e os músculos se movem em seguida".

A recuperação que ela conseguiu resulta de um novo procedimento que vem atraindo crescente atenção porque permite que pessoas movam braços protéticos de forma mais automática do que faziam no passado, simplesmente utilizando nervos reaproveitados em seus cérebros.

A técnica, conhecida como "renervação muscular dirigida", envolve utilizar os nervos que restam depois da amputação de um braço e conectá-los a outro músculo do corpo, em geral no peito. Eletrodos são instalados sobre os músculos do peito, e operam como se fossem antenas. Quando a pessoa deseja mover o braço, o cérebro envia sinais que primeiro resultam em contração dos músculos do peito, os quais enviam um sinal ao braço protético, instruindo-se a se movimentar. O processo não requer mais esforços consciente do que a pessoa teria de exercitar caso ainda tivesse seu braço natural.

Na terça-feira, pesquisadores reportaram em estudo publicado pela versão online do Journal of the American Medical Association que haviam levado a técnica ainda mais à frente, tornando possível a execução de 10 movimentos de mão, pulso e cotovelo diferentes, o que representa uma substancial melhora com relação ao típico repertório protético, que em geral envolve apenas dobrar o cotovelo, girar o pulso e abrir a mão.

"Os novos métodos tiveram impacto dramático em nosso campo de trabalho", disse Stuart Harshbarger, engenheiro biomédico na Universidade Johns Hopkins e diretor do programa de pesquisa sobre próteses, financiado pelas forças armadas, que inclui o trabalho com essa técnica. "O método já está em uso por médicos e cirurgiões comuns em todo o país. A capacidade de controlar um membro protético bastante robusto que ele confere surpreendeu a todos pela qualidade".

Tipicamente, uma pessoa que tenha um braço protético só é capaz de executar alguns poucos movimentos, e muitas vezes com tamanha lentidão que isso só permite a ela atividades limitadas.

Há um motor separado para cada movimento, diz Gerald Loeb, professor de engenharia biomédica na Universidade do Sul da Califórnia, "e esses motores precisam ser controlados de maneira explícita", usualmente por um esforço consciente da pessoa para contrair músculos nas costas ou no bíceps.

"Essencialmente, até agora os pacientes controlavam apenas um motor de cada vez", diz Loeb, "e precisavam pensar cuidadosamente sobre que motor desejavam controlar e como fazê-lo operar, em lugar de simplesmente pensarem em mover o braço e poderem fazê-lo sem delongas".

Antes que Kitts passasse pelo procedimento de renervação, em outubro de 2007, por exemplo, ela precisava movimentar os músculos de suas costas de determinada maneira para fazer com que seu pulso girasse, e flexionar seu bíceps e tríceps para fazer com que o cotovelo se movesse para cima e para baixo. "Era muito trabalho", ela conta. "E não me ajudava muito".

O procedimento de renervação é parte de uma recente explosão de idéias novas e técnicas inovadoras que estão sendo exploradas enquanto os cientistas se esforçam por ajudar as pessoas a compensar melhor a perda de membros ou problemas de paralisia. O esforço vem sendo alimentado pelo aumento no número de amputações causado por diabetes e por ferimentos sofridos pelos militares, e ao mesmo tempo pelos avanços na tecnologia médica.

Os braços se tornaram um dos focos essenciais desse tipo de trabalho. A ciência há muito vem obtendo sucessos no desenvolvimento de próteses de perna, mas é muito mais difícil imitar a complexidade e a destreza das mãos e dos braços.

Os esforços em curso incluem o desenvolvimento de projetos de pele e braços mais sensíveis e mais flexíveis, e o uso de dispositivos acionados por controles sem fio implantado nos braços protéticos, que permitiriam movimentos mais naturais.

Os pesquisadores também vêm usando sensores implantados nos cérebros de cobaias para permitir que dois macacos controlem um braço mecânico, e um teste com um homem paralítico permitiu, com esse método, que ele movimentasse um cursor em uma tela de computador.

Alguns desses métodos, caso venham a ser aperfeiçoados plenamente e consigam aprovação das autoridades regulatórias da saúde, podem no futuro se tornar mais viáveis para os pacientes de amputações.

E embora a técnica da renervação não requeira aprovação das autoridades regulatórias porque é executada por meios cirúrgicos e emprega aparelhos já existentes, ela apresenta limitações que até mesmo seus criadores reconhecem, entre as quais o fato de que não se pode utilizá-la para todos os pacientes, o seu alto custo e o prazo de meses requerido para que os nervos reconectados cresçam e se tornem efetivos.

Ainda assim, os especialistas dizem que é o mais avançado sistema em uso hoje para pacientes reais que permite que o sistema nervoso controle diretamente o movimento de um braço artificial.

Desde sua introdução por Todd Kuiken, médico fisioterapeuta e engenheiro biomédico do Instituto de Reabilitação de Chicago, o método foi empregado em cerca de 30 pacientes nos Estados Unidos, Canadá e Europa, entre os quais oito soldados feridos no Iraque e no Afeganistão.

Muitos dos pacientes, entre os quais o primeiro, Jesse Sullivan, um operário do setor elétrico no Tennessee que perdeu os dois braços quando foi eletrocutado por um cabo, conseguem não apenas manipular seus braços protéticos mas sentir a presença das mãos que já não têm quando alguém toca em seus peitos.

Sullivan, 62 anos, e Kitts, estavam entre os cinco pacientes que participaram do estudo reportado na terça-feira. Em companhia de cinco outras pessoas que não passaram por amputações, eles receberam os eletrodos e foram instruídos a usar pensamentos para fazer com que um braço virtual na tela reproduzisse 10 movimentos diferentes, entre os quais três formas diferentes de aperto de mão.

Os pacientes apresentaram desempenho bastante respeitável, apenas um pouco mais lento e menos preciso do que os dos participantes que não tinham amputações.

"As velocidades de movimento que encontramos em nossos pacientes foram realmente encorajadoras", disse Kuiken. "Eles conseguiram completar a tarefa. É claro que não foram tão competentes quanto as pessoas dotadas de plena capacidade física, mas foram bons o bastante".

Um braço virtual foi usado porque a maioria das próteses existentes não era capaz de acomodar todos aqueles movimentos, no momento da pesquisa, ainda que Sullivan, Kitts e uma terceira paciente, Claudia Mitchell, tenham experimentado dois novos protótipos mais versáteis de braços artificiais, executando tarefas complexas com bolas de tênis e outros objetos.

O trabalho de renervação em soldados apresenta outros desafios, diz Kuiken, porque os ferimentos militares muitas vezes "causam danos muitos extensos" a nervos, músculos ou ossos.

Daniel Acosta, 25 anos, um aviador ferido pela detonação de uma bomba em uma estrada do Iraque em 2005, passou pelo procedimento no ano passado e diz que seu braço esquerdo protético agora se movimenta "muito mais rápido" e de maneira muito mais natural.

"A diferença é que agora não preciso mais pensar para mover o braço", ele diz. "Ele simplesmente se mexe".

Ainda assim, Acosta, de San Antonio, diz que "o processo foi bastante longo" e que os eletrodos precisam ser ajustados para receber os sinais à medida que os nervos crescem ou mudam de posição.

E embora elogiem o método, os especialistas afirmam que a ciência das próteses de braço ainda tem muito por avançar.

"Trata-se de uma parte crucial, mas ainda assim apenas uma parte, das muitas coisas que compreendem a função normal de um braço", disse Loeb, que escreveu um editorial que acompanha o artigo no Journal of the American Medical Association.

"No momento estamos a meio do caminho entre o braço de 'Dr. Fantástico', que fazia involuntariamente a saudação nazista, e o braço de Luke Skywalker em 'Guerra nas Estrelas', que funciona sem nenhum problema assim que é conectado. Creio que precisaremos ainda de muitos anos para conectar todas as peças necessárias a produzir um braço capaz de funcionar normalmente".

17:04
Anónimo disse...
A Espanha disse neste sábado que está preparando uma reclamação oficial contra a decisão da Venezuela de expulsar um membro do Parlamento Europeu que criticou o conselho eleitoral venezuelano.
Luis Herrero, membro do partido conservador espanhol PP, foi deportado na sexta-feira depois que o Conselho Nacional Eleitoral (CNE) o acusou de questionar a imparcialidade da instituição antes de um referendo que pode permitir ao presidente Hugo Chávez permanecer no cargo indefinidamente.

Herrero estava na Venezuela como observador do referendo. Ele acusou Chávez de ter "comportamentos típicos de um ditador" por pedir a contenção de manifestações da oposição.

O governo da Espanha convocou um encontro com o embaixador da Venezuela em Madri para expressar a desaprovação sobre a expulsão de Herrero, disse um representante do Ministério das Relações Exteriores espanhol.

As relações da Venezuela com a Espanha tiveram seu ponto crítico em 2007, quando Chávez ameaçou rever acordos diplomáticos e comerciais depois de ouvir um "cala a boca" do rei espanhol Juan Carlos durante uma cúpula.

A fenda foi oficialmente reparada em 2008, com uma visita oficial de Chávez à Espanha, onde ele cumprimentou o rei e discutiu acordos para investimento no setor petroquímico com o primeiro-ministro José Luis Rodriguez Zapatero.

17:06
Anónimo disse...
A polícia do Zimbábue anunciou neste sábado que acusa de traição Roy Bennett, dirigente do até agora opositor Movimento para a Mudança Democrática (MDC), detido na sexta-feira, em Harare, poucas horas antes da cerimônia de posse dos membros do novo gabinete.

"A Polícia nos informou que vão apresentar acusações de traição", disse à agência EFE o advogado de defesa de Bennett, Trust Maanda.

"Tentam relacionar Roy com o caso de Mike Hitschmann, que foi detido em 2006 em relação à descoberta de um carregamento de armas, apesar de que Hitschmann não tenha sido declarado culpado das acusações de traição apresentadas contra ele, mas de um crime menor de descumprimento de leis", disse Maanda.

O político opositor, designado por seu partido como vice-ministro de Agricultura no Governo de união nacional, esteve no exílio na vizinha África do Sul desde 2006 e retornou ao Zimbábue há duas semanas.

Segundo a Polícia, que deteve Bennett ontem no aeroporto de Harare quando pretendia ir à África do Sul para visitar sua família, as armas apreendidas em 2006 seriam utilizadas em um golpe de Estado para derrubar o presidente do Zimbábue, Robert Mugabe.

Depois da detenção, Bennet foi levado a Mutar, onde vários simpatizantes do MDC se concentraram em frente à delegacia na qual estava detido, diante do que a Polícia respondeu com tiros para o alto para dispersar os manifestantes.

17:07
Anónimo disse...
Austrália: 14 mil se candidatam a 'emprego dos sonhos'

A secretaria de Turismo de Queensland, na Austrália, informou que até esta segunda-feira já recebeu cerca de 14 mil inscrições para o "o melhor emprego do mundo". O Estado australiano promove pela internet seleção para vaga de "zelador" da ilha Hamilton, por seis meses com um salário de R$ 40 mil.

Muitos candidatos tiveram problemas durante a inscrição por conta dos acessos simultâneos ao site. A secretaria aconselha enviar os vídeos de 60s explicando porque deve ser escolhido em horários alternativos do dia, além de recomendar tamanho em torno de 40MB.

As inscrições começaram em 12 de janeiro e vão até o próximo dia 22 e podem ser feitas pelo site www.islandreefjob.com. O governo australiano escolherá 50 candidatos para a próxima fase da seleção, que terá votos do público para eleger um dos 11 finalistas.

A última fase terá entrevistas e desafios físicos, no próprio local de trabalho: as ilhas da Grande Barreira Coralina - o maior recife de coral do mundo. A secretaria de Turismo anunciará o vencedor no dia 6 de maio.

17:09
Anónimo disse...
Mercado elogia governo na crise, mas pede maior queda no juro

Peter Fussy
Direto de São Paulo

Desde as primeiras medidas anunciadas para combater os efeitos da crise, o governo brasileiro avisou que a estratégia não contemplaria um pacote. Seriam doses pontuais, de acordo com a necessidade da economia diante do agravamento das turbulências. Da primeira liberação dos depósitos compulsórios em setembro até a ampliação do seguro-desemprego na última quarta-feira, o governo passou por redução de impostos, ampliação de crédito e incentivos à exportação. Quase 150 dias após a primeira medida, o Terra conversou com líderes do setor público e privado, representantes dos trabalhadores, acadêmicos e com o próprio governo para saber quais destas ações foram mais eficazes, quais foram mais ineficientes e o que mais pode ser feito pelo Estado brasileiro contra a crise.

Os maiores elogios foram direcionados à atitude de reduzir o Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) para a indústria automobilística, anunciada em dezembro e que fez com que os emplacamentos de carros novos subissem 1,9% no primeiro mês do ano em relação a dezembro de 2008. Já as maiores críticas foram para a lentidão no corte da taxa básica de juro do País.

Para o presidente do conselho administrativo do Grupo Pão de Açúcar, Abílio Diniz, o Estado não é responsável pela crise e mesmo assim está agindo "com extrema serenidade e muito acerto". "O governo está atento, fazendo a sua parte. É preciso coragem de baixar firmemente a taxa de juros. É uma arma que temos a nosso favor, já que não há clima para inflação, nem possibilidade de danos para a macroeconomia", afirmou Diniz.

Na última reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), em janeiro, a taxa Selic foi reduzida em um ponto percentual, de 13,75% para 12,75% ao ano. Porém, o professor de economia da Universidade de Brasília (UnB) José Luiz Oreiro lembra que este corte representa uma redução de apenas 0,25 ponto percentual com relação à taxa de setembro do ano passado, quando a crise se agravou.

"Pouco antes da eclosão da crise, o Banco Central aumentou a taxa em 0,75 ponto. Foram cinco meses de demora para reduzir em termos líquidos apenas 0,25 ponto", afirmou o economista, que também sugeriu redução do intervalo de cerca de 90 dias entre as reuniões do Copom e o corte de pelo menos um 1 ponto percentual em cada reunião.

Mesmo com o corte de janeiro, a taxa de juros real continua sendo a maior do mundo, lembrou o secretário-geral da Força Sindical, João Carlos Gonçalves, o Juruna. "A redução da taxa de juro ainda é pequena, porque ela continua uma das mais altas do mundo. Falta ousadia para baixar os juros e ajudar o cidadão. A permanência da taxa de juro alta é negativa para o País em meio a crise", afirmou Juruna.

Embora aprove as ações do governo, o senador Aloízio Mercadante (PT-SP) também acredita que o patamar da Selic está muito alto. "Sempre fomos os primeiros a entrar em qualquer crise, o que não aconteceu agora. A taxa Selic ainda é muito alta, mas o governo têm tomado medidas acertadas, como o aumento do salário mínimo, mesmo com um cenário de crise. Isso ajuda a movimentar o consumo. O governo está se esforçando para manter os investimentos e o crescimento", disse.

Tributos
De acordo com o economista Fabio Pina, da Fecomercio-SP, as ações mais positivas estão relacionadas à redução de tributos para alguns segmentos, como a indústria automobilística, que recuperou parte da queda nas vendas em janeiro com a isenção do IPI para carros 1.0 l e o corte para demais motorizações. A medida vale até o final de março.

"Essas medidas não só reduziram o preço, mas anteciparam o consumo daqueles que iriam comprar no futuro, dando um prêmio por conta da insegurança. Mexe diretamente com o principal problema que é a confiança do consumidor", afirmou. Juruna destacou que um bom ritmo de vendas é garantia de emprego. "É importante porque cada emprego na montadora significa 19 na cadeia produtiva", comentou o representante da Força Sindical.

Também em dezembro, o governo decidiu cortar pela metade a alíquota do Imposto de Renda para contribuintes que ganham entre R$ 1.434 e R$ 2.150 mensais. "O salário aumentava e a tabela não se modificava. As pessoas ganhavam mais e pagavam mais impostos", apontou Juruna. Outra redução de tributos do governo foi com relação ao Imposto sobre Operações Financeiras (IOF), que caiu de 3% ao ano para 1,5%.

Crédito
Na segunda metade de 2008, o colapso de bancos nos Estados Unidos por conta da crise do subprime provocou uma forte restrição de crédito no mundo inteiro. Uma das primeiras medidas anticrise do governo teve como objetivo restabelecer a oferta, com mudanças no recolhimento dos depósitos compulsórios por parte dos bancos. Segundo o presidente do Banco Central, Henrique Meirelles, as diversas modificações liberaram US$ 99,2 bilhões aos bancos até o final de janeiro.

Além disso, o governo concedeu R$ 36 bilhões das reservas internacionais para empresas brasileiras com dívidas no exterior e uma medida provisória autorizou o Banco do Brasil e a Caixa Econômica Federal a comprar carteiras de crédito de bancos privados. Para o diretor do Departamento de Pesquisas e Estudos Econômicos da Fiesp, Paulo Francini, estas medidas foram essenciais para combater os efeitos da crise.

"A crise se desenvolve no mundo em torno do tema crédito. E o crédito reduziu-se barbaridade no mundo. Então o governo lança mão de compulsório, lança mão de reservas, de medidas que permitem aos bancos comprar carteiras de bancos. Você vai tomando várias medidas para atender às demandas e o epicentro disso é crédito", afirmou.

No entanto, Oreiro, da UnB, adverte que a liberação dos compulsórios seria mais eficiente acompanhada de redução mais agressiva da taxa básica de juro. "Uma parte do crédito voltou, depois da forte retração em outubro e novembro. O que deveria ter sido feito junto à liberação do compulsório era uma redução mais drástica da taxa de juro. Sem isso, os bancos pegam as reservas e acabam comprando títulos públicos", explicou o economista.

Na opinião de Pina, as ações de distribuição de crédito via redução do compulsório e a disposição de capital de giro para empresas foram tomadas sem um cuidado maior na operação e não tiveram muito efeito. "O BNDES tem linhas que ficam paradas quase todo o ano, agora é pior ainda. Existem os recursos, mas as empresas e os bancos estão desconfiados. É preciso fazer com que os bancos tenham interesse em emprestar", afirmou o economista da Fecomercio-SP.

Futuro
Mesmo com todas essas medidas, a crise financeira ainda gera incertezas nos setores produtivos do País. Nos últimos meses, o medo do desemprego fez os consumidores adiarem compras. Por sua vez, a queda nas vendas pode obrigar as indústrias a cortarem a produção e demitir funcionários. Contra isso, empresários sugerem redução de jornada e de salários.

"Isto está previsto em lei. A Fiesp simplesmente manteve conversações com entidades sindicais quanto à aplicação daquilo que já está previsto em lei", afirmou Francini.

Segundo a ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff, uma das medidas que assegura um nível de emprego é a manutenção de investimentos no Programa de Aceleração do Crescimento (PAC). "Estamos esperando que a dificuldade ocorra em janeiro, fevereiro e março. Estamos certos que vamos manter o nível de investimento. É isso que funciona, é isso que significa investimento público. Ele funciona como um colchão. Por isso, nós colocamos R$ 100 bilhões no BNDES e a Petrobras ampliou o seu investimento em R$ 120 bilhões", afirmou.

Na mesma linha, Pina explica que a antecipação de gastos do governo substitui parte da demanda retraída do setor privado. "Ele dá o seguinte recado: não vou estourar as contas públicas, mas concentrar em um momento em que a demanda privada está pequena. Mas o governo não tem fôlego suficiente para fazer o papel de toda demanda", ressaltou. O economista da Fecomercio lembrou que a entidade já pleiteou junto ao governo isenções para transferência de imóveis e de automóveis, além de retirar o IPVA para veículos novos.

Já Oreiro foca suas propostas na capitalização do Banco do Brasil e da Caixa Econômica Federal pelo Tesouro para atender a demanda de crédito para capital de giro e reduzir o spread. "Aumentando o empréstimo e reduzindo as taxas, os dois vão forçar os bancos privados a acompanhar o movimento, até para não perderem participação no mercado", explicou o economista da UnB.

Até o Carnaval, o governou prometeu detalhar um pacote de incentivos para a construção de até um milhão de casas populares, direcionado a famílias com renda de até dez salários mínimos. "Estamos atentos a tudo o que está acontecendo e novas medidas serão tomadas caso haja uma avaliação de que sejam necessárias", disse o ministro da Fazenda, Guido Mantega, na última sexta-feira.

17:11
Anónimo disse...
Ex-ministro critica extensão do seguro-desemprego

Atualizada às 09h03

O ex-ministro do Trabalho Almir Pazzianotto criticou a decisão do governo federal de conceder o seguro-desemprego estendido a apenas alguns setores. "É certamente odioso e provavelmente inconstitucional", disse Pazzianotto, de acordo com o jornal O Estado de S. Paulo.

Na última qurta, dia do anúncio da medida, centrais sindicais elogiaram a atitude do governo. A Força Sindical divulgou nota dizendo que "o aumento ajudará a aquecer parte da economia, já que irá gerar mais consumo, produção e conseqüentemente, a criação de novos postos de trabalho". A União Geral dos Trabalhadores (UGT) afirmou que a medida "contribuirá para minimizar o drama dos trabalhadores que perderem seu emprego por conta da crise".

O ex-ministro, que instituiu o seguro-desemprego no País no governo de José Sarney, destacou a necessidade de as centrais sindicais se manifestarem contra a determinação. Para ele, as mudanças devem ser aplicadas a todas as categorias profissionais e a distinção é contrária ao artigo 3º da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT).

Pazzianotto atribui a medida a um possível temor do governo de que a crise econômica seja longa e não haja dinheiro para atender a todas as necessidades. Ainda assim, ele se mostra contrário ao método de concessão. "O seguro-desemprego ajuda a sanar necessidades básicas. Estendê-lo é paliativo, não a solução", disse ao jornal.

De acordo com o presidente do Conselho Deliberativo do Fundo de Amparo ao Trabalhador (Codefat) e conselheiro da Força Sindical, Luiz Fernando Emediato, a determinação já estava prevista na lei 8.900/94, que trata do seguro-desemprego.

O presidente da Comissão de Trabalho da Câmara, Pedro Fernandes (PTB-MA) vai além na crítica à concessão do seguro para apenas alguns setores. Ele acredita que a ampliação do benefício estimula o desemprego.

Quintino Severo, secretário geral da Central Única dos Trabalhadores (CUT), lembra que a ampliação do benefício sem critério e identificação pode incentivar demissões em outros setores.

17:13
Anónimo disse...
Empresas
TAM faz promoção para destinos internacionais

A companhia aérea TAM anunciou nesta sexta-feira tarifas promocionais para trechos internacionais. Os preços valem para bilhetes comprados entre 6h deste sábado e 23h59 deste domingo e são válidos para classe econômica. As tarifas, para ida e volta, serão vendidas a partir de US$ 99, mais taxas.

Segundo a aérea, a promoção vale para viagens feitas no período de 14 de fevereiro a 18 de junho de 2009. Para destinos na América do Sul, a permanência mínima é de dois dias; para bilhetes com destino nos Estados Unidos, cinco dias; e Europa, sete dias. A permanência máxima para as passagens para América do Sul e EUA é de dois meses e para Europa, três meses.

Entre os exemplos de tarifas promocionais, a TAM oferece São Paulo-Lima por US$ 99. Bilhetes para a rota São Paulo-Santiago serão vendidos a partir de US$ 199 e São Paulo-Nova York, US$ 799.

A emissão dos bilhetes deve ser feita obrigatoriamente no ato da reserva, obedecendo às regras estipuladas pela companhia. A compra está sujeita à disponibilidade de assentos nas classes tarifárias determinadas, trechos, horários e datas. A TAM afirmou que também há tarifas promocionais para a classe executiva.

Mais informações podem ser encontradas no site promocional (www.ofertastam.com.br), no site da empresa (www.tam.com.br) ou pelos telefones 4002-5700 ou 0800 5705700.

17:13
Anónimo disse...
Empresas
Consultoria negocia compra do parque temático Hopi Hari

A consultoria especializada em reestruturação de empresas Íntegra Associados informou nesta sexta-feira ter um acordo para comprar o parque de diversões Hopi Hari, localizado no interior de São Paulo. A empresa estaria disposta a investir R$ 10 milhões no parque, que tem dívida estimada em R$ 800 milhões. As informações são da edição deste sábado do jornal Folha de S. Paulo.

De acordo com o jornal, a transação ainda depende da negociação entre o Hopi Hari e seus credores, o que já estaria em andamento.

A consultoria paulista já atuou junto à Parmalat, durante 30 meses, quando reorganizou a gestão da empresa italiana.

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17:14
Anónimo disse...
Empresas
Disney de Tóquio contratará mais 2 mil apesar da crise


A Oriental Land, o operador da Disneylândia Tóquio e DisneySea, organizou neste domingo entrevistas para contratar cerca de 2 mil trabalhadores em tempo parcial, em um momento de grandes demissões deste tipo de empregados no Japão.

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O operador deste parque temático, situado em Urayasu, na província de Chiba (leste de Tóquio), está em pleno processo de seleção de empregados para 20 tipos de postos trabalhistas diferentes.

Segundo a companhia, citada pela agência local de notícias Kyodo, o parque contratará novos trabalhadores para as atrações, para os restaurantes e guardas de segurança entre outros. Os novos contratados começarão a trabalhar a partir de fevereiro.

O processo de seleção acontece em um momento em que a maioria das grandes companhias japonesas começaram a se ver obrigadas a despedir uma elevada percentagem de seus trabalhadores temporários e a tempo parcial.

Algumas inclusive anunciaram demissões de seus trabalhadores fixos, uma medida muito pouco comum nas companhias japonesas, perante os efeitos piores que o esperado pela crise econômica global.

Cerca de uma centena de pessoas esperavam desde a primeira hora desta manhã a abertura do centro de conferências Tokyo International Forum, onde as entrevistas estão sendo feitas, para ser os primeiros a solicitar os postos de trabalho.


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17:15
Anónimo disse...
Economia Internacional
Senado dos EUA aprova plano de estímulo à economia

O Senado dos Estados Unidos aprovou com 60 votos a favor e 38 contra o plano de estímulo à economia de US$ 787 bilhões na madrugada deste sábado. Agora, ele segue para sanção ou veto do presidente Barack Obama, que espera colocar a lei em prática até o dia 16 de fevereiro.

O plano prevê a criação de três milhões de empregos, inclui cortes de impostos às famílias, fundos para programas sociais e obras públicas, além de ajuda aos governos estaduais, estudantes e desempregados.

A cláusula Buy American - que exige o uso de ferro, aço e produtos manufaturados dos Estados Unidos em obras realizadas com recursos do pacote - ficou de lado. Segundo o texto definitivo, a cláusula será aplicada sem violar as normas do comércio internacional.

Ontem à tarde, a Câmara de Representantes (deputados) havia aprovado, por 246 votos a favor e 183 contra, a versão final do plano. Todos os republicanos foram contrários ao pacote.

Pelo acordo de quarta-feira entre Câmara e Senado, em vez de custar US$ 819 bilhões, como queriam os deputados, ou US$ 838 bilhões como pretendiam os senadores, o pacote ficou em cerca de US$ 787 bilhões, com 65% desse total destinado a gastos do governo federal e 35%, a créditos tributários.

17:16
Anónimo disse...
Economia nacional
Na era Lula, aposentadoria sobe 54% menos que salário mínimo

Thatiane Faria
Especial para o Terra
Direto de São Paulo

Os índices de reajustes concedidos pelo governo em 2009 para aposentados e pensionistas e para o salário mínimo repetiram uma diferença que, só durante o governo de Luiz Inácio Lula da Silva, já chega a 54%. Enquanto o mínimo foi majorado em 12% este ano, as pensões e aposentadorias tiveram aumento de 5,92%. Aposentados que têm o benefício do governo como única fonte de renda reclamam que perdem poder de compra e que sua cesta de compras é composta por itens que aumentam mais em relação à inflação oficial.

Um exemplo prático pode ser entendido a partir da comparação entre um aposentado que ganhava R$ 600 em janeiro de 2003. Na época, o benefício era três vezes, ou 200%, maior que o valor do mínimo em vigência, que era de R$ 200. Aplicando-se os índices de reajuste para aposentadorias e para o mínimo durante os últimos seis anos, o mesmo aposentado estaria recebendo hoje R$ 938,47, comparado a um salário mínimo de R$ 465. A diferença entre os dois valores caiu para pouco mais de 100%.

Enquanto o índice acumulado de reajuste para a aposentadoria durante o governo Lula foi de 60%, para o salário mínimo está em 132%.

O diretor do Sindicato Nacional dos Aposentados, João Inocentini, reclama que os valores dos benefícios para aposentadorias não mantêm o poder de compra do grupo, principalmente dos aposentados que recebem menos que dez salários mínimos.

Nem mesmo o fato de o índice de reajuste das aposentadorias ter ficado acima da inflação acumulada no mesmo período (o IPCA entre janeiro de 2003 e janeiro de 2009 foi de 39,7%) serve de argumento, segundo os aposentados.

"Os idosos, principalmente, têm gastos além das contas gerais como gás, telefone e aluguel. Para eles o custo com remédios, e outros itens da área saúde costuma ser maior", afirmou Inocentini.

O presidente do sindicato afirmou que o grupo realiza um estudo com 100 itens de necessidade de um idoso para comparar o aumento dos produtos com o índice de reajuste do benefício recebido pelos aposentados.

"Daqui dois meses vamos abrir um processo na Justiça e levar essa pesquisa como prova. Segundo a lei, o governo é obrigado a manter o poder de compra com a aposentadoria", disse Inocentini.

Alternativas
O consultor financeiro Cláudio Boriola diz que os aposentados, especialmente nesse momento de crise econômica, devem evitar compras parceladas, pesquisar preços, negociar e fazer bom planejamento financeiro.

Segundo Boriola, alguns aposentados ganham um valor mensal muitas vezes insuficiente para o pagamento das contas e acabam pedindo crédito ou realizando pagamentos a prazo e são obrigados a pagar juros altos.

Na opinião do consultor, pagar uma previdência privada é uma alternativa indicada para quem ainda trabalha, considerando a característica de perda de poder de compra da aposentadoria.

"Na prática, infelizmente os valores encontram-se em um patamar que está deteriorando o poder de aquisição da população brasileira", completou Boriola.

De acordo com o diretor da Confederação Brasileira de Aposentados e Pensionistas (Cobap), Vicente Fernandes Barbosa, representantes dos aposentados tentarão um encontro com o presidente da Câmara, deputado Michel Temer (PMDB-SP), para discutir projetos que minimizem a perda dos aposentados

17:17
Anónimo disse...
Previdência
Previdência prorroga isenção de tarifas no benefício

O atual sistema de pagamento aos 26 milhões de aposentados e pensionistas do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) será mantido até o final deste ano. O acordo, que permite realizar a operação sem nenhum custo aos beneficiários, foi renovado nesta sexta-feira, entre o governo federal e 21 instituições financeiras.

Por meio desse acordo, vigente desde setembro de 2007, nem os segurados, nem os bancos e nem o governo arcam com o pagamento de tarifas, conforme explicou o ministro da Previdência Social, José Pimentel. A prorrogação vale até dezembro, data máxima para que a Previdência defina as regras para um novo contrato.

Ao assinar o termo de renovação, na sede da Federação Brasileira dos Bancos (Febraban), o ministro disse que a intenção do governo é mudar o atual modelo de gestão visando a reduzir os custos dessas operações em torno da folha mensal, que atinge R$ 15,8 bilhões. No entanto, qualquer alteração, conforme explicou, passará antes por audiências públicas a serem realizadas a partir do segundo semestre deste ano, atendendo a determinação do Tribunal de Contas da União (TCU).

De acordo com Pimentel, com um redesenho do mecanismo de repasse dos recursos aos bancos em torno da folha de pagamento dos segurados o que se busca é um aumento da participação de instituições financeiras. Ele informou que, desde 2007, cada benefício custa em média R$ 1,07 ao governo. "Quanto mais instituições financeiras estiverem prestando serviços à sociedade, maior é a competitividade, a agilidade no atendimento", justificou.

O ministro observou, ainda, que, para permitir uma redução para algo em torno de meia hora no tempo de atendimento para a concessão dos direitos previdenciários, o governo investiu R$ 280 milhões.

Questionado sobre o descontentamento dos segurados que ganham acima de um salário mínimo terem obtido apenas a correção com base na variação do Índice de Preços ao Consumidor (INPC) , ficando abaixo do reajuste dado a quem recebe apenas o mínimo, Pimentel argumentou que o governo seguiu o que determina a lei e descartou a possibilidade de uma revisão

17:17
Anónimo disse...
Empresas
Caterpillar oferece aposentadoria antecipada a 2 mil


A companhia americana Caterpillar ofereceu a cerca de dois mil funcionários incentivos para que se aposentem de forma voluntária antes do previsto, pela perspectiva de uma queda "significativa" da atividade industrial, informou nesta quarta-feira a empresa.

A iniciativa, destinada aos trabalhadores de diversas fábricas em Illinois, Colorado, Tennessee e Pensilvânia, se soma aos cortes de empregos anunciados em janeiro, explicou em comunicado de imprensa.

A empresa, a maior fabricante mundial de maquinaria pesada para a construção e a mineração, acrescentou que, "em função das condições de negócio, podem ser necessárias mais reduções de elenco voluntárias e involuntárias à medida que o ano avança".

O vice-presidente da companhia, Sid Banwart, explicou que a empresa prevê "demissões significativas em todas as regiões geográficas e na maioria dos setores devido às dificuldades da economia mundial".

17:18
Anónimo disse...
Comércio
Comércio exterior da OCDE caiu no 3º trimestre de 2008


As exportações e as importações dos países da Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Econômico (OCDE) caíram 1,6% e 0,2%, respectivamente, no terceiro trimestre de 2008, em relação aos três meses anteriores.

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Trata-se da primeira queda destas atividades desde o terceiro trimestre de 2006, segundo o último relatório trimestral sobre fluxos comerciais divulgado pela OCDE.

As exportações e as importações em dólares dos 30 Estados-membros caíram 15,6% e 17%, respectivamente, na comparação anualizada.

Por sua vez, o comércio dos sete países mais ricos do mundo (G7) teve um pequeno crescimento no terceiro trimestre de 2008 com uma queda das exportações de mercadorias de 0,2% em relação ao trimestre anterior e um aumento de 0,4% das importações.

Em termos anualizados, as importações do G7 caíram 1,4% entre julho e setembro do ano passado, seu primeiro retrocesso desde o terceiro trimestre de 2006, enquanto as exportações aumentaram 1,9%, seu crescimento mais baixo no mesmo tempo.

Por países, a Alemanha aumentou suas importações em 3,4% - valor mais alto do G7 -, enquanto suas exportações caíram 2,9% do segundo para o terceiro trimestre de 2008.

Pelo contrário, as exportações americanas aumentaram 1,8% entre julho e setembro de 2008, enquanto as importações caíram 0,7% em relação ao trimestre anterior. No Japão, tanto as importações quanto as exportações caíram em torno de 1% no mesmo período.

17:19
Anónimo disse...
Economia Nacional
Lula: juros de crédito consignado a aposentados são altos

Atualizada às 17h29

O presidente Luis Inácio Lula da Silva afirmou nesta terça-feira, em São Paulo, que está lutando para reduzir as taxas de juros cobradas de aposentados em crédito consignado. A Previdência Social estabelece uma taxa máxima de 2,5% para empréstimo e de 3,5% para cartão. Para Lula, os valores são altos.

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"Acho que o juro que os aposentados estão pagando hoje com o crédito consignado é alto para o padrão brasileiro", disse o presidente durante a cerimônia de comemoração dos 86 anos do INSS.

A Previdência anunciou nesta terça-feira que aposentados e trabalhadoras com licença-maternidade poderão receber seus benefícios em 30 minutos. De acordo com Lula, em junho, a aposentadoria do trabalhador rural também será conseguida em meia hora.

Além disso, o presidente anunciou que, também em junho, os trabalhadores que alcançarem o direito à aposentadoria passarão a receber em suas casas um comunicado da Previdência informando o fato e o valor do salário que têm direito a receber. "É um comprometimento público que estou fazendo com os companheiros da Previdência Social", disse.

"Estamos retribuindo ao contribuinte da Previdência Social aquilo que é a cidadania que ele tem direito", afirmou Lula. "Se para cobrar nós somos tão precisos, para devolver o dinheiro, temos que chegar próximo à perfeição", completou.

17:20
Anónimo disse...
Economia Nacional
Salário maternidade sairá em 30 minutos, diz ministro

Toda trabalhadora autônoma que tiver contribuído pelo menos 10 meses com o Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) - ou as que possuírem carteira assinada - poderão receber em 30 minutos o salário maternidade a partir desta terça-feira. Da mesma forma, as mulheres com 30 anos de contribuição e os homens com 35 anos também terão direito ao benefício de forma mais rápida. A informação é do ministro da Previdência Social, José Pimentel.

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Para requerer o salário maternidade, é preciso que as autônomas levem a carteira de identidade e o carnê de contribuição. As demais trabalhadoras devem apresentar a identificação e a carteira de trabalho. Desde o início do mês, a nova forma de análise para a concessão de benefícios foi adotada para a aposentadoria por idade do trabalhador urbano e agora foi estendida para o salário maternidade e por tempo de contribuição.

O ministro disse que a qualificação do serviço da previdência social é o reconhecimento do direito dos trabalhadores e da afirmação da cidadania.

"Até pouco tempo na cabeça do cidadão o serviço devia ser de péssima qualidade. Agora não, nós modificamos toda a legislação no mês de dezembro numa ação conjunta do Congresso Nacional com o governo federal. Estamos implantando e concedendo os benefícios em até 30 minutos", afirmou.

O ministro destacou que para conseguir se aposentar ou ter acesso à licença maternidade em 30 minutos, em primeiro lugar, é necessário que o cidadão esteja vinculado à Previdência, o que inclui 65% da população acima de 16 anos de idade.

"Depois bastar marcar pelo sistema 135 o dia e a hora do atendimento e levar a documentação. Se todos os dados necessários estiverem corretos o contribuinte será atendido em até 30 minutos, como vem sendo feito com as aposentadorias por idade desde o dia cinco de janeiro", explicou.

Pimentel disse ainda que em 90% das agências da previdência social o atendimento é marcado em até 48 horas. Nos grandes centros, entretanto existe um volume maior o que torna mais lento o processo.

"Estamos criando mais 715 agências até 2010, em todo o território nacional, para descentralizar o atendimento. Em 2008, atendemos 295 mil benefícios e aposentadorias por idade. Temos 4 mil pessoas por dia procurando e se aposentando por idade no território nacional. Este serviço será agilizado", concluiu.
17:25
Anónimo disse...
Giuseppe Englaro, pai de Eluana, a italiana que morreu na segunda-feira passada por desidratação, recusou uma grande soma de dinheiro de um conhecido fotógrafo italiano que queria retratar a filha em estado de coma, disse neste sábado o neurologista que atendia a mulher desde 1996, Carlo Defanti.

O neurologista, que participou hoje de uma conferência sobre eutanásia, disse que Englaro respeitou a vontade da filha, que, antes do acidente, tinha pedido que, se lhe ocorresse qualquer coisa irreversível, apresentasse sua imagem de quando estava em boas condições.

Antes de sofrer o acidente de trânsito, em 1992, Eluana viveu o coma de um amigo, Alessandro, o que causou forte impacto na italiana e a levou a fazer o pai prometer que não a deixasse viver em estado vegetativo, disse o próprio Giuseppe Englaro.

Defanti, que dissera que Eluana poderia viver de dez a 12 dias depois da suspensão da alimentação e da hidratação, disse que, como médico, tinha que reprovar esta afirmação.

"Não se pode sobreviver após três ou quatro dias sem líquido e, em particular, água em um corpo. Sabemos bem que, quando há um terremoto, após quatro dias é difícil encontrar sobreviventes".

Defanti ressaltou que Eluana "não falava, não se comunicava com o exterior" e que, após vários exames, "nos deparamos com uma moça que tinha perdido a consciência", porque estava com o córtex cerebral prejudicado.

Eluana foi enterrada na quinta-feira passada no túmulo da família na localidade de Paluzza, em Udine, após um funeral que não contou com a presença dos pais.

16:53
Anónimo disse...
Os bombeiros combatem neste sábado os incêndios na Austrália favorecidos pelo bom tempo, enquanto os deslocados encotram em seu retorno casas derruídas, carros queimados nas ruas e destruição.

Depois de sete dias desde que começaram os incêndios no Estado de Victoria, a lista de mortos chega a 181, os desaparecidos somam 50, os edifícios destruídos totalizam 1,834 mil e o terreno arrasado, principalmente florestas, ocupa uma área de 4,13 mil quilômetros quadrados.

As equipes de bombeiros, formadas por 4 mil profissionais de Victoria, de outras partes da Austrália e de países amigos, combateram hoje 12 focos fora de controle e nenhum representava uma ameaça direta para a população.

O subdiretor do Serviço de Bombeiros, Geoff Conway, disse que este tempo favorável, que se prolongará durante o domingo, permite consolidar as linhas de contenção e avançar na extinção das chamas.

Cinzas apareceram arrastadas por ventos do nordeste sobre Melbourne, onde habitam 3,8 milhões de pessoas, e as autoridades alertaram aos cidadãos do risco para a saúde de idosos, crianças e pessoas com problemas respiratórios.

O número de pessoas deslocadas - a Cruz Vermelha chegou a receber 7 mil - começou a cair com a abertura de algumas localidades atingidas.

Os incêndios, alguns criminosos, começaram em 7 de fevereiro, quando a região sul da Austrália estava há duas semanas sob uma onda de calor sem precedentes.

Na sexta-feira passada, a polícia acusou uma pessoa de ter provocado o incêndio que atingiu a localidade de Churchill e matou 21 pessoas.

16:55
Anónimo disse...
A primeira chuva em seis dias reduziu a ameaça de incêndios no Estado de Victoria, ao sul da Austrália. As autoridades, porém, advertiram que ainda existem 12 focos, mas que nenhum deles ameaça áreas povoadas.

Mais de quatro mil bombeiros, mil provenientes de outras partes do país e de outras nações, trabalham contra o fogo. Cerca de 600 veículos e 28 helicópteros e pequenos aviões estão sendo usados.


Eles conseguiram construir linhas de contenção para evitar os incêndios de Yarra e Maroondah se juntassem. Também foram controlados os incêndios abertos de Yea e Murrindindi, que ameaçavam as comunidades de Connellys Creek, Crystal Creek, Scrubby Creek e Native Dog Creek.

O número de mortos chegou a 181, mas as autoridades acreditam que as vítimas devem passar de 200, já que ainda há muitos desaparecidos.

16:55
Anónimo disse...
Aqui nesta coluna, na semana passada, tive a oportunidade de comentar sobre a recente visita do professor brasileiro Pedrinho Guareschi à Austrália. Não dei, porém, os fatos, pois semana passada o assunto era outro.

Hoje, porém, vamos a eles.

No último dia 4 de fevereiro, aconteceu o Seminário "Paulo Freire: Education and Liberation", organizado pelo centro de estudos latino-americanos da Universidade Nacional da Austrália, ou ANU, como é mais conhecida por aqui.

A ANU, para quem não sabe, está entre as 20 melhores universidades do mundo! E tem sede aqui em Camberra, capital da Austrália.

Na abertura do evento, o professor John Minns, diretor do centro latino-americano, ao dar boas-vindas ao público presente, lembrou ser aquele o primeiro seminário exclusivamente dedicado a Paulo Freire na Austrália.

Em seguida, convidou Pedrinho Guareschi, palestrante principal do Seminário, a fazer sua apresentação.

A plateia pode então conhecer, pelas palavras de Pedrinho, um pouco da obra e da vida de Freire, esse brasileiro de fé e valor, que sempre acreditou na educação, sobretudo dos menos favorecidos, analfabetos, como força libertadora.

Como não podia deixar de ser, os conceitos e ideias revolucionários de Paulo Freire, expostos com clareza por Pedrinho, despertaram o interesse e a curiosidade de plateia. A qual, deve-se notar, era na maioria de estudantes, mas de várias nacionalidades, sobretudo australianos e asiáticos.

Na continuação do programa do seminário, que se estendeu por dois dias, outros professores fizeram palestras sobre temas ligados à obra de Paulo Freire.

Interessante, por exemplo, saber que a professora Anne Hickling-Hudson, jamaicana que mora na Austrália há muitos anos (é professora da ANU), conheceu e trabalhou com Freire num workshop educacional durante a revolução na Ilha de Granada, em 1980, antes da invasão dos Estados Unidos...

Ou, então, a palestra da Professora Gerda Roelvink, da Nova Zelândia, que participou do Fórum Social de Porto Alegre em 2005. E essa participação transformou-se em tema de doutorado.

No dia 10, terça-feira passada, o padre Pedrinho Guareschi voltou a falar ao público australiano em grande auditório localizado no belíssimo campus da ANU. Desta vez, sobre a Teologia da Libertação.

Depois da palestra, John Minns mostrou o filme mexicano "O Crime do Padre Amaro", no qual um dos personagens é um padre católico praticante da Teologia da Libertação.

Mais uma vez, foi grande o intersse da platéia, que pode aprender e conhecer um pouco como se desenvolveu aquele importante movimento católico na América Latina.

Fica, assim, ao Pedrinho, bem como a outros brasileiros estudiosos e de bom coração que saem pelo mundo a divulgar aspectos importantes da cultura brasileira, o respeito e a homenagem desta coluna. E... aquele abraço!

16:57
Anónimo disse...
Amanda Kitts perdeu o braço esquerdo em um acidente de automóvel acontecido três anos atrás, mas hoje em dia ela joga futebol americano com seu filho de 12 anos de idade, troca fraldas e abraça as crianças nas três creches Kiddie Cottage que opera em Knoxville, Tennessee. Kitts, 40 anos, faz tudo isso com a ajuda de um novo tipo de braço artificial que se movimenta com mais facilidade do que outros aparelhos e que ela pode controlar utilizando apenas seus pensamentos.

"Eu sou capaz de mexer a mão, o pulso e o cotovelo ao mesmo tempo", diz. "Você pensa e os músculos se movem em seguida".

A recuperação que ela conseguiu resulta de um novo procedimento que vem atraindo crescente atenção porque permite que pessoas movam braços protéticos de forma mais automática do que faziam no passado, simplesmente utilizando nervos reaproveitados em seus cérebros.

A técnica, conhecida como "renervação muscular dirigida", envolve utilizar os nervos que restam depois da amputação de um braço e conectá-los a outro músculo do corpo, em geral no peito. Eletrodos são instalados sobre os músculos do peito, e operam como se fossem antenas. Quando a pessoa deseja mover o braço, o cérebro envia sinais que primeiro resultam em contração dos músculos do peito, os quais enviam um sinal ao braço protético, instruindo-se a se movimentar. O processo não requer mais esforços consciente do que a pessoa teria de exercitar caso ainda tivesse seu braço natural.

Na terça-feira, pesquisadores reportaram em estudo publicado pela versão online do Journal of the American Medical Association que haviam levado a técnica ainda mais à frente, tornando possível a execução de 10 movimentos de mão, pulso e cotovelo diferentes, o que representa uma substancial melhora com relação ao típico repertório protético, que em geral envolve apenas dobrar o cotovelo, girar o pulso e abrir a mão.

"Os novos métodos tiveram impacto dramático em nosso campo de trabalho", disse Stuart Harshbarger, engenheiro biomédico na Universidade Johns Hopkins e diretor do programa de pesquisa sobre próteses, financiado pelas forças armadas, que inclui o trabalho com essa técnica. "O método já está em uso por médicos e cirurgiões comuns em todo o país. A capacidade de controlar um membro protético bastante robusto que ele confere surpreendeu a todos pela qualidade".

Tipicamente, uma pessoa que tenha um braço protético só é capaz de executar alguns poucos movimentos, e muitas vezes com tamanha lentidão que isso só permite a ela atividades limitadas.

Há um motor separado para cada movimento, diz Gerald Loeb, professor de engenharia biomédica na Universidade do Sul da Califórnia, "e esses motores precisam ser controlados de maneira explícita", usualmente por um esforço consciente da pessoa para contrair músculos nas costas ou no bíceps.

"Essencialmente, até agora os pacientes controlavam apenas um motor de cada vez", diz Loeb, "e precisavam pensar cuidadosamente sobre que motor desejavam controlar e como fazê-lo operar, em lugar de simplesmente pensarem em mover o braço e poderem fazê-lo sem delongas".

Antes que Kitts passasse pelo procedimento de renervação, em outubro de 2007, por exemplo, ela precisava movimentar os músculos de suas costas de determinada maneira para fazer com que seu pulso girasse, e flexionar seu bíceps e tríceps para fazer com que o cotovelo se movesse para cima e para baixo. "Era muito trabalho", ela conta. "E não me ajudava muito".

O procedimento de renervação é parte de uma recente explosão de idéias novas e técnicas inovadoras que estão sendo exploradas enquanto os cientistas se esforçam por ajudar as pessoas a compensar melhor a perda de membros ou problemas de paralisia. O esforço vem sendo alimentado pelo aumento no número de amputações causado por diabetes e por ferimentos sofridos pelos militares, e ao mesmo tempo pelos avanços na tecnologia médica.

Os braços se tornaram um dos focos essenciais desse tipo de trabalho. A ciência há muito vem obtendo sucessos no desenvolvimento de próteses de perna, mas é muito mais difícil imitar a complexidade e a destreza das mãos e dos braços.

Os esforços em curso incluem o desenvolvimento de projetos de pele e braços mais sensíveis e mais flexíveis, e o uso de dispositivos acionados por controles sem fio implantado nos braços protéticos, que permitiriam movimentos mais naturais.

Os pesquisadores também vêm usando sensores implantados nos cérebros de cobaias para permitir que dois macacos controlem um braço mecânico, e um teste com um homem paralítico permitiu, com esse método, que ele movimentasse um cursor em uma tela de computador.

Alguns desses métodos, caso venham a ser aperfeiçoados plenamente e consigam aprovação das autoridades regulatórias da saúde, podem no futuro se tornar mais viáveis para os pacientes de amputações.

E embora a técnica da renervação não requeira aprovação das autoridades regulatórias porque é executada por meios cirúrgicos e emprega aparelhos já existentes, ela apresenta limitações que até mesmo seus criadores reconhecem, entre as quais o fato de que não se pode utilizá-la para todos os pacientes, o seu alto custo e o prazo de meses requerido para que os nervos reconectados cresçam e se tornem efetivos.

Ainda assim, os especialistas dizem que é o mais avançado sistema em uso hoje para pacientes reais que permite que o sistema nervoso controle diretamente o movimento de um braço artificial.

Desde sua introdução por Todd Kuiken, médico fisioterapeuta e engenheiro biomédico do Instituto de Reabilitação de Chicago, o método foi empregado em cerca de 30 pacientes nos Estados Unidos, Canadá e Europa, entre os quais oito soldados feridos no Iraque e no Afeganistão.

Muitos dos pacientes, entre os quais o primeiro, Jesse Sullivan, um operário do setor elétrico no Tennessee que perdeu os dois braços quando foi eletrocutado por um cabo, conseguem não apenas manipular seus braços protéticos mas sentir a presença das mãos que já não têm quando alguém toca em seus peitos.

Sullivan, 62 anos, e Kitts, estavam entre os cinco pacientes que participaram do estudo reportado na terça-feira. Em companhia de cinco outras pessoas que não passaram por amputações, eles receberam os eletrodos e foram instruídos a usar pensamentos para fazer com que um braço virtual na tela reproduzisse 10 movimentos diferentes, entre os quais três formas diferentes de aperto de mão.

Os pacientes apresentaram desempenho bastante respeitável, apenas um pouco mais lento e menos preciso do que os dos participantes que não tinham amputações.

"As velocidades de movimento que encontramos em nossos pacientes foram realmente encorajadoras", disse Kuiken. "Eles conseguiram completar a tarefa. É claro que não foram tão competentes quanto as pessoas dotadas de plena capacidade física, mas foram bons o bastante".

Um braço virtual foi usado porque a maioria das próteses existentes não era capaz de acomodar todos aqueles movimentos, no momento da pesquisa, ainda que Sullivan, Kitts e uma terceira paciente, Claudia Mitchell, tenham experimentado dois novos protótipos mais versáteis de braços artificiais, executando tarefas complexas com bolas de tênis e outros objetos.

O trabalho de renervação em soldados apresenta outros desafios, diz Kuiken, porque os ferimentos militares muitas vezes "causam danos muitos extensos" a nervos, músculos ou ossos.

Daniel Acosta, 25 anos, um aviador ferido pela detonação de uma bomba em uma estrada do Iraque em 2005, passou pelo procedimento no ano passado e diz que seu braço esquerdo protético agora se movimenta "muito mais rápido" e de maneira muito mais natural.

"A diferença é que agora não preciso mais pensar para mover o braço", ele diz. "Ele simplesmente se mexe".

Ainda assim, Acosta, de San Antonio, diz que "o processo foi bastante longo" e que os eletrodos precisam ser ajustados para receber os sinais à medida que os nervos crescem ou mudam de posição.

E embora elogiem o método, os especialistas afirmam que a ciência das próteses de braço ainda tem muito por avançar.

"Trata-se de uma parte crucial, mas ainda assim apenas uma parte, das muitas coisas que compreendem a função normal de um braço", disse Loeb, que escreveu um editorial que acompanha o artigo no Journal of the American Medical Association.

"No momento estamos a meio do caminho entre o braço de 'Dr. Fantástico', que fazia involuntariamente a saudação nazista, e o braço de Luke Skywalker em 'Guerra nas Estrelas', que funciona sem nenhum problema assim que é conectado. Creio que precisaremos ainda de muitos anos para conectar todas as peças necessárias a produzir um braço capaz de funcionar normalmente".

17:04
Anónimo disse...
A Espanha disse neste sábado que está preparando uma reclamação oficial contra a decisão da Venezuela de expulsar um membro do Parlamento Europeu que criticou o conselho eleitoral venezuelano.
Luis Herrero, membro do partido conservador espanhol PP, foi deportado na sexta-feira depois que o Conselho Nacional Eleitoral (CNE) o acusou de questionar a imparcialidade da instituição antes de um referendo que pode permitir ao presidente Hugo Chávez permanecer no cargo indefinidamente.

Herrero estava na Venezuela como observador do referendo. Ele acusou Chávez de ter "comportamentos típicos de um ditador" por pedir a contenção de manifestações da oposição.

O governo da Espanha convocou um encontro com o embaixador da Venezuela em Madri para expressar a desaprovação sobre a expulsão de Herrero, disse um representante do Ministério das Relações Exteriores espanhol.

As relações da Venezuela com a Espanha tiveram seu ponto crítico em 2007, quando Chávez ameaçou rever acordos diplomáticos e comerciais depois de ouvir um "cala a boca" do rei espanhol Juan Carlos durante uma cúpula.

A fenda foi oficialmente reparada em 2008, com uma visita oficial de Chávez à Espanha, onde ele cumprimentou o rei e discutiu acordos para investimento no setor petroquímico com o primeiro-ministro José Luis Rodriguez Zapatero.

17:06
Anónimo disse...
A polícia do Zimbábue anunciou neste sábado que acusa de traição Roy Bennett, dirigente do até agora opositor Movimento para a Mudança Democrática (MDC), detido na sexta-feira, em Harare, poucas horas antes da cerimônia de posse dos membros do novo gabinete.

"A Polícia nos informou que vão apresentar acusações de traição", disse à agência EFE o advogado de defesa de Bennett, Trust Maanda.

"Tentam relacionar Roy com o caso de Mike Hitschmann, que foi detido em 2006 em relação à descoberta de um carregamento de armas, apesar de que Hitschmann não tenha sido declarado culpado das acusações de traição apresentadas contra ele, mas de um crime menor de descumprimento de leis", disse Maanda.

O político opositor, designado por seu partido como vice-ministro de Agricultura no Governo de união nacional, esteve no exílio na vizinha África do Sul desde 2006 e retornou ao Zimbábue há duas semanas.

Segundo a Polícia, que deteve Bennett ontem no aeroporto de Harare quando pretendia ir à África do Sul para visitar sua família, as armas apreendidas em 2006 seriam utilizadas em um golpe de Estado para derrubar o presidente do Zimbábue, Robert Mugabe.

Depois da detenção, Bennet foi levado a Mutar, onde vários simpatizantes do MDC se concentraram em frente à delegacia na qual estava detido, diante do que a Polícia respondeu com tiros para o alto para dispersar os manifestantes.

17:07
Anónimo disse...
Austrália: 14 mil se candidatam a 'emprego dos sonhos'

A secretaria de Turismo de Queensland, na Austrália, informou que até esta segunda-feira já recebeu cerca de 14 mil inscrições para o "o melhor emprego do mundo". O Estado australiano promove pela internet seleção para vaga de "zelador" da ilha Hamilton, por seis meses com um salário de R$ 40 mil.

Muitos candidatos tiveram problemas durante a inscrição por conta dos acessos simultâneos ao site. A secretaria aconselha enviar os vídeos de 60s explicando porque deve ser escolhido em horários alternativos do dia, além de recomendar tamanho em torno de 40MB.

As inscrições começaram em 12 de janeiro e vão até o próximo dia 22 e podem ser feitas pelo site www.islandreefjob.com. O governo australiano escolherá 50 candidatos para a próxima fase da seleção, que terá votos do público para eleger um dos 11 finalistas.

A última fase terá entrevistas e desafios físicos, no próprio local de trabalho: as ilhas da Grande Barreira Coralina - o maior recife de coral do mundo. A secretaria de Turismo anunciará o vencedor no dia 6 de maio.

17:09
Anónimo disse...
Mercado elogia governo na crise, mas pede maior queda no juro

Peter Fussy
Direto de São Paulo

Desde as primeiras medidas anunciadas para combater os efeitos da crise, o governo brasileiro avisou que a estratégia não contemplaria um pacote. Seriam doses pontuais, de acordo com a necessidade da economia diante do agravamento das turbulências. Da primeira liberação dos depósitos compulsórios em setembro até a ampliação do seguro-desemprego na última quarta-feira, o governo passou por redução de impostos, ampliação de crédito e incentivos à exportação. Quase 150 dias após a primeira medida, o Terra conversou com líderes do setor público e privado, representantes dos trabalhadores, acadêmicos e com o próprio governo para saber quais destas ações foram mais eficazes, quais foram mais ineficientes e o que mais pode ser feito pelo Estado brasileiro contra a crise.

Os maiores elogios foram direcionados à atitude de reduzir o Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) para a indústria automobilística, anunciada em dezembro e que fez com que os emplacamentos de carros novos subissem 1,9% no primeiro mês do ano em relação a dezembro de 2008. Já as maiores críticas foram para a lentidão no corte da taxa básica de juro do País.

Para o presidente do conselho administrativo do Grupo Pão de Açúcar, Abílio Diniz, o Estado não é responsável pela crise e mesmo assim está agindo "com extrema serenidade e muito acerto". "O governo está atento, fazendo a sua parte. É preciso coragem de baixar firmemente a taxa de juros. É uma arma que temos a nosso favor, já que não há clima para inflação, nem possibilidade de danos para a macroeconomia", afirmou Diniz.

Na última reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), em janeiro, a taxa Selic foi reduzida em um ponto percentual, de 13,75% para 12,75% ao ano. Porém, o professor de economia da Universidade de Brasília (UnB) José Luiz Oreiro lembra que este corte representa uma redução de apenas 0,25 ponto percentual com relação à taxa de setembro do ano passado, quando a crise se agravou.

"Pouco antes da eclosão da crise, o Banco Central aumentou a taxa em 0,75 ponto. Foram cinco meses de demora para reduzir em termos líquidos apenas 0,25 ponto", afirmou o economista, que também sugeriu redução do intervalo de cerca de 90 dias entre as reuniões do Copom e o corte de pelo menos um 1 ponto percentual em cada reunião.

Mesmo com o corte de janeiro, a taxa de juros real continua sendo a maior do mundo, lembrou o secretário-geral da Força Sindical, João Carlos Gonçalves, o Juruna. "A redução da taxa de juro ainda é pequena, porque ela continua uma das mais altas do mundo. Falta ousadia para baixar os juros e ajudar o cidadão. A permanência da taxa de juro alta é negativa para o País em meio a crise", afirmou Juruna.

Embora aprove as ações do governo, o senador Aloízio Mercadante (PT-SP) também acredita que o patamar da Selic está muito alto. "Sempre fomos os primeiros a entrar em qualquer crise, o que não aconteceu agora. A taxa Selic ainda é muito alta, mas o governo têm tomado medidas acertadas, como o aumento do salário mínimo, mesmo com um cenário de crise. Isso ajuda a movimentar o consumo. O governo está se esforçando para manter os investimentos e o crescimento", disse.

Tributos
De acordo com o economista Fabio Pina, da Fecomercio-SP, as ações mais positivas estão relacionadas à redução de tributos para alguns segmentos, como a indústria automobilística, que recuperou parte da queda nas vendas em janeiro com a isenção do IPI para carros 1.0 l e o corte para demais motorizações. A medida vale até o final de março.

"Essas medidas não só reduziram o preço, mas anteciparam o consumo daqueles que iriam comprar no futuro, dando um prêmio por conta da insegurança. Mexe diretamente com o principal problema que é a confiança do consumidor", afirmou. Juruna destacou que um bom ritmo de vendas é garantia de emprego. "É importante porque cada emprego na montadora significa 19 na cadeia produtiva", comentou o representante da Força Sindical.

Também em dezembro, o governo decidiu cortar pela metade a alíquota do Imposto de Renda para contribuintes que ganham entre R$ 1.434 e R$ 2.150 mensais. "O salário aumentava e a tabela não se modificava. As pessoas ganhavam mais e pagavam mais impostos", apontou Juruna. Outra redução de tributos do governo foi com relação ao Imposto sobre Operações Financeiras (IOF), que caiu de 3% ao ano para 1,5%.

Crédito
Na segunda metade de 2008, o colapso de bancos nos Estados Unidos por conta da crise do subprime provocou uma forte restrição de crédito no mundo inteiro. Uma das primeiras medidas anticrise do governo teve como objetivo restabelecer a oferta, com mudanças no recolhimento dos depósitos compulsórios por parte dos bancos. Segundo o presidente do Banco Central, Henrique Meirelles, as diversas modificações liberaram US$ 99,2 bilhões aos bancos até o final de janeiro.

Além disso, o governo concedeu R$ 36 bilhões das reservas internacionais para empresas brasileiras com dívidas no exterior e uma medida provisória autorizou o Banco do Brasil e a Caixa Econômica Federal a comprar carteiras de crédito de bancos privados. Para o diretor do Departamento de Pesquisas e Estudos Econômicos da Fiesp, Paulo Francini, estas medidas foram essenciais para combater os efeitos da crise.

"A crise se desenvolve no mundo em torno do tema crédito. E o crédito reduziu-se barbaridade no mundo. Então o governo lança mão de compulsório, lança mão de reservas, de medidas que permitem aos bancos comprar carteiras de bancos. Você vai tomando várias medidas para atender às demandas e o epicentro disso é crédito", afirmou.

No entanto, Oreiro, da UnB, adverte que a liberação dos compulsórios seria mais eficiente acompanhada de redução mais agressiva da taxa básica de juro. "Uma parte do crédito voltou, depois da forte retração em outubro e novembro. O que deveria ter sido feito junto à liberação do compulsório era uma redução mais drástica da taxa de juro. Sem isso, os bancos pegam as reservas e acabam comprando títulos públicos", explicou o economista.

Na opinião de Pina, as ações de distribuição de crédito via redução do compulsório e a disposição de capital de giro para empresas foram tomadas sem um cuidado maior na operação e não tiveram muito efeito. "O BNDES tem linhas que ficam paradas quase todo o ano, agora é pior ainda. Existem os recursos, mas as empresas e os bancos estão desconfiados. É preciso fazer com que os bancos tenham interesse em emprestar", afirmou o economista da Fecomercio-SP.

Futuro
Mesmo com todas essas medidas, a crise financeira ainda gera incertezas nos setores produtivos do País. Nos últimos meses, o medo do desemprego fez os consumidores adiarem compras. Por sua vez, a queda nas vendas pode obrigar as indústrias a cortarem a produção e demitir funcionários. Contra isso, empresários sugerem redução de jornada e de salários.

"Isto está previsto em lei. A Fiesp simplesmente manteve conversações com entidades sindicais quanto à aplicação daquilo que já está previsto em lei", afirmou Francini.

Segundo a ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff, uma das medidas que assegura um nível de emprego é a manutenção de investimentos no Programa de Aceleração do Crescimento (PAC). "Estamos esperando que a dificuldade ocorra em janeiro, fevereiro e março. Estamos certos que vamos manter o nível de investimento. É isso que funciona, é isso que significa investimento público. Ele funciona como um colchão. Por isso, nós colocamos R$ 100 bilhões no BNDES e a Petrobras ampliou o seu investimento em R$ 120 bilhões", afirmou.

Na mesma linha, Pina explica que a antecipação de gastos do governo substitui parte da demanda retraída do setor privado. "Ele dá o seguinte recado: não vou estourar as contas públicas, mas concentrar em um momento em que a demanda privada está pequena. Mas o governo não tem fôlego suficiente para fazer o papel de toda demanda", ressaltou. O economista da Fecomercio lembrou que a entidade já pleiteou junto ao governo isenções para transferência de imóveis e de automóveis, além de retirar o IPVA para veículos novos.

Já Oreiro foca suas propostas na capitalização do Banco do Brasil e da Caixa Econômica Federal pelo Tesouro para atender a demanda de crédito para capital de giro e reduzir o spread. "Aumentando o empréstimo e reduzindo as taxas, os dois vão forçar os bancos privados a acompanhar o movimento, até para não perderem participação no mercado", explicou o economista da UnB.

Até o Carnaval, o governou prometeu detalhar um pacote de incentivos para a construção de até um milhão de casas populares, direcionado a famílias com renda de até dez salários mínimos. "Estamos atentos a tudo o que está acontecendo e novas medidas serão tomadas caso haja uma avaliação de que sejam necessárias", disse o ministro da Fazenda, Guido Mantega, na última sexta-feira.

17:11
Anónimo disse...
Ex-ministro critica extensão do seguro-desemprego

Atualizada às 09h03

O ex-ministro do Trabalho Almir Pazzianotto criticou a decisão do governo federal de conceder o seguro-desemprego estendido a apenas alguns setores. "É certamente odioso e provavelmente inconstitucional", disse Pazzianotto, de acordo com o jornal O Estado de S. Paulo.

Na última qurta, dia do anúncio da medida, centrais sindicais elogiaram a atitude do governo. A Força Sindical divulgou nota dizendo que "o aumento ajudará a aquecer parte da economia, já que irá gerar mais consumo, produção e conseqüentemente, a criação de novos postos de trabalho". A União Geral dos Trabalhadores (UGT) afirmou que a medida "contribuirá para minimizar o drama dos trabalhadores que perderem seu emprego por conta da crise".

O ex-ministro, que instituiu o seguro-desemprego no País no governo de José Sarney, destacou a necessidade de as centrais sindicais se manifestarem contra a determinação. Para ele, as mudanças devem ser aplicadas a todas as categorias profissionais e a distinção é contrária ao artigo 3º da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT).

Pazzianotto atribui a medida a um possível temor do governo de que a crise econômica seja longa e não haja dinheiro para atender a todas as necessidades. Ainda assim, ele se mostra contrário ao método de concessão. "O seguro-desemprego ajuda a sanar necessidades básicas. Estendê-lo é paliativo, não a solução", disse ao jornal.

De acordo com o presidente do Conselho Deliberativo do Fundo de Amparo ao Trabalhador (Codefat) e conselheiro da Força Sindical, Luiz Fernando Emediato, a determinação já estava prevista na lei 8.900/94, que trata do seguro-desemprego.

O presidente da Comissão de Trabalho da Câmara, Pedro Fernandes (PTB-MA) vai além na crítica à concessão do seguro para apenas alguns setores. Ele acredita que a ampliação do benefício estimula o desemprego.

Quintino Severo, secretário geral da Central Única dos Trabalhadores (CUT), lembra que a ampliação do benefício sem critério e identificação pode incentivar demissões em outros setores.

17:13
Anónimo disse...
Empresas
TAM faz promoção para destinos internacionais

A companhia aérea TAM anunciou nesta sexta-feira tarifas promocionais para trechos internacionais. Os preços valem para bilhetes comprados entre 6h deste sábado e 23h59 deste domingo e são válidos para classe econômica. As tarifas, para ida e volta, serão vendidas a partir de US$ 99, mais taxas.

Segundo a aérea, a promoção vale para viagens feitas no período de 14 de fevereiro a 18 de junho de 2009. Para destinos na América do Sul, a permanência mínima é de dois dias; para bilhetes com destino nos Estados Unidos, cinco dias; e Europa, sete dias. A permanência máxima para as passagens para América do Sul e EUA é de dois meses e para Europa, três meses.

Entre os exemplos de tarifas promocionais, a TAM oferece São Paulo-Lima por US$ 99. Bilhetes para a rota São Paulo-Santiago serão vendidos a partir de US$ 199 e São Paulo-Nova York, US$ 799.

A emissão dos bilhetes deve ser feita obrigatoriamente no ato da reserva, obedecendo às regras estipuladas pela companhia. A compra está sujeita à disponibilidade de assentos nas classes tarifárias determinadas, trechos, horários e datas. A TAM afirmou que também há tarifas promocionais para a classe executiva.

Mais informações podem ser encontradas no site promocional (www.ofertastam.com.br), no site da empresa (www.tam.com.br) ou pelos telefones 4002-5700 ou 0800 5705700.

17:13
Anónimo disse...
Empresas
Consultoria negocia compra do parque temático Hopi Hari

A consultoria especializada em reestruturação de empresas Íntegra Associados informou nesta sexta-feira ter um acordo para comprar o parque de diversões Hopi Hari, localizado no interior de São Paulo. A empresa estaria disposta a investir R$ 10 milhões no parque, que tem dívida estimada em R$ 800 milhões. As informações são da edição deste sábado do jornal Folha de S. Paulo.

De acordo com o jornal, a transação ainda depende da negociação entre o Hopi Hari e seus credores, o que já estaria em andamento.

A consultoria paulista já atuou junto à Parmalat, durante 30 meses, quando reorganizou a gestão da empresa italiana.

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17:14
Anónimo disse...
Empresas
Disney de Tóquio contratará mais 2 mil apesar da crise


A Oriental Land, o operador da Disneylândia Tóquio e DisneySea, organizou neste domingo entrevistas para contratar cerca de 2 mil trabalhadores em tempo parcial, em um momento de grandes demissões deste tipo de empregados no Japão.

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O operador deste parque temático, situado em Urayasu, na província de Chiba (leste de Tóquio), está em pleno processo de seleção de empregados para 20 tipos de postos trabalhistas diferentes.

Segundo a companhia, citada pela agência local de notícias Kyodo, o parque contratará novos trabalhadores para as atrações, para os restaurantes e guardas de segurança entre outros. Os novos contratados começarão a trabalhar a partir de fevereiro.

O processo de seleção acontece em um momento em que a maioria das grandes companhias japonesas começaram a se ver obrigadas a despedir uma elevada percentagem de seus trabalhadores temporários e a tempo parcial.

Algumas inclusive anunciaram demissões de seus trabalhadores fixos, uma medida muito pouco comum nas companhias japonesas, perante os efeitos piores que o esperado pela crise econômica global.

Cerca de uma centena de pessoas esperavam desde a primeira hora desta manhã a abertura do centro de conferências Tokyo International Forum, onde as entrevistas estão sendo feitas, para ser os primeiros a solicitar os postos de trabalho.


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17:15
Anónimo disse...
Economia Internacional
Senado dos EUA aprova plano de estímulo à economia

O Senado dos Estados Unidos aprovou com 60 votos a favor e 38 contra o plano de estímulo à economia de US$ 787 bilhões na madrugada deste sábado. Agora, ele segue para sanção ou veto do presidente Barack Obama, que espera colocar a lei em prática até o dia 16 de fevereiro.

O plano prevê a criação de três milhões de empregos, inclui cortes de impostos às famílias, fundos para programas sociais e obras públicas, além de ajuda aos governos estaduais, estudantes e desempregados.

A cláusula Buy American - que exige o uso de ferro, aço e produtos manufaturados dos Estados Unidos em obras realizadas com recursos do pacote - ficou de lado. Segundo o texto definitivo, a cláusula será aplicada sem violar as normas do comércio internacional.

Ontem à tarde, a Câmara de Representantes (deputados) havia aprovado, por 246 votos a favor e 183 contra, a versão final do plano. Todos os republicanos foram contrários ao pacote.

Pelo acordo de quarta-feira entre Câmara e Senado, em vez de custar US$ 819 bilhões, como queriam os deputados, ou US$ 838 bilhões como pretendiam os senadores, o pacote ficou em cerca de US$ 787 bilhões, com 65% desse total destinado a gastos do governo federal e 35%, a créditos tributários.

17:16
Anónimo disse...
Economia nacional
Na era Lula, aposentadoria sobe 54% menos que salário mínimo

Thatiane Faria
Especial para o Terra
Direto de São Paulo

Os índices de reajustes concedidos pelo governo em 2009 para aposentados e pensionistas e para o salário mínimo repetiram uma diferença que, só durante o governo de Luiz Inácio Lula da Silva, já chega a 54%. Enquanto o mínimo foi majorado em 12% este ano, as pensões e aposentadorias tiveram aumento de 5,92%. Aposentados que têm o benefício do governo como única fonte de renda reclamam que perdem poder de compra e que sua cesta de compras é composta por itens que aumentam mais em relação à inflação oficial.

Um exemplo prático pode ser entendido a partir da comparação entre um aposentado que ganhava R$ 600 em janeiro de 2003. Na época, o benefício era três vezes, ou 200%, maior que o valor do mínimo em vigência, que era de R$ 200. Aplicando-se os índices de reajuste para aposentadorias e para o mínimo durante os últimos seis anos, o mesmo aposentado estaria recebendo hoje R$ 938,47, comparado a um salário mínimo de R$ 465. A diferença entre os dois valores caiu para pouco mais de 100%.

Enquanto o índice acumulado de reajuste para a aposentadoria durante o governo Lula foi de 60%, para o salário mínimo está em 132%.

O diretor do Sindicato Nacional dos Aposentados, João Inocentini, reclama que os valores dos benefícios para aposentadorias não mantêm o poder de compra do grupo, principalmente dos aposentados que recebem menos que dez salários mínimos.

Nem mesmo o fato de o índice de reajuste das aposentadorias ter ficado acima da inflação acumulada no mesmo período (o IPCA entre janeiro de 2003 e janeiro de 2009 foi de 39,7%) serve de argumento, segundo os aposentados.

"Os idosos, principalmente, têm gastos além das contas gerais como gás, telefone e aluguel. Para eles o custo com remédios, e outros itens da área saúde costuma ser maior", afirmou Inocentini.

O presidente do sindicato afirmou que o grupo realiza um estudo com 100 itens de necessidade de um idoso para comparar o aumento dos produtos com o índice de reajuste do benefício recebido pelos aposentados.

"Daqui dois meses vamos abrir um processo na Justiça e levar essa pesquisa como prova. Segundo a lei, o governo é obrigado a manter o poder de compra com a aposentadoria", disse Inocentini.

Alternativas
O consultor financeiro Cláudio Boriola diz que os aposentados, especialmente nesse momento de crise econômica, devem evitar compras parceladas, pesquisar preços, negociar e fazer bom planejamento financeiro.

Segundo Boriola, alguns aposentados ganham um valor mensal muitas vezes insuficiente para o pagamento das contas e acabam pedindo crédito ou realizando pagamentos a prazo e são obrigados a pagar juros altos.

Na opinião do consultor, pagar uma previdência privada é uma alternativa indicada para quem ainda trabalha, considerando a característica de perda de poder de compra da aposentadoria.

"Na prática, infelizmente os valores encontram-se em um patamar que está deteriorando o poder de aquisição da população brasileira", completou Boriola.

De acordo com o diretor da Confederação Brasileira de Aposentados e Pensionistas (Cobap), Vicente Fernandes Barbosa, representantes dos aposentados tentarão um encontro com o presidente da Câmara, deputado Michel Temer (PMDB-SP), para discutir projetos que minimizem a perda dos aposentados

17:17
Anónimo disse...
Previdência
Previdência prorroga isenção de tarifas no benefício

O atual sistema de pagamento aos 26 milhões de aposentados e pensionistas do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) será mantido até o final deste ano. O acordo, que permite realizar a operação sem nenhum custo aos beneficiários, foi renovado nesta sexta-feira, entre o governo federal e 21 instituições financeiras.

Por meio desse acordo, vigente desde setembro de 2007, nem os segurados, nem os bancos e nem o governo arcam com o pagamento de tarifas, conforme explicou o ministro da Previdência Social, José Pimentel. A prorrogação vale até dezembro, data máxima para que a Previdência defina as regras para um novo contrato.

Ao assinar o termo de renovação, na sede da Federação Brasileira dos Bancos (Febraban), o ministro disse que a intenção do governo é mudar o atual modelo de gestão visando a reduzir os custos dessas operações em torno da folha mensal, que atinge R$ 15,8 bilhões. No entanto, qualquer alteração, conforme explicou, passará antes por audiências públicas a serem realizadas a partir do segundo semestre deste ano, atendendo a determinação do Tribunal de Contas da União (TCU).

De acordo com Pimentel, com um redesenho do mecanismo de repasse dos recursos aos bancos em torno da folha de pagamento dos segurados o que se busca é um aumento da participação de instituições financeiras. Ele informou que, desde 2007, cada benefício custa em média R$ 1,07 ao governo. "Quanto mais instituições financeiras estiverem prestando serviços à sociedade, maior é a competitividade, a agilidade no atendimento", justificou.

O ministro observou, ainda, que, para permitir uma redução para algo em torno de meia hora no tempo de atendimento para a concessão dos direitos previdenciários, o governo investiu R$ 280 milhões.

Questionado sobre o descontentamento dos segurados que ganham acima de um salário mínimo terem obtido apenas a correção com base na variação do Índice de Preços ao Consumidor (INPC) , ficando abaixo do reajuste dado a quem recebe apenas o mínimo, Pimentel argumentou que o governo seguiu o que determina a lei e descartou a possibilidade de uma revisão

17:17
Anónimo disse...
Empresas
Caterpillar oferece aposentadoria antecipada a 2 mil


A companhia americana Caterpillar ofereceu a cerca de dois mil funcionários incentivos para que se aposentem de forma voluntária antes do previsto, pela perspectiva de uma queda "significativa" da atividade industrial, informou nesta quarta-feira a empresa.

A iniciativa, destinada aos trabalhadores de diversas fábricas em Illinois, Colorado, Tennessee e Pensilvânia, se soma aos cortes de empregos anunciados em janeiro, explicou em comunicado de imprensa.

A empresa, a maior fabricante mundial de maquinaria pesada para a construção e a mineração, acrescentou que, "em função das condições de negócio, podem ser necessárias mais reduções de elenco voluntárias e involuntárias à medida que o ano avança".

O vice-presidente da companhia, Sid Banwart, explicou que a empresa prevê "demissões significativas em todas as regiões geográficas e na maioria dos setores devido às dificuldades da economia mundial".

17:18
Anónimo disse...
Comércio
Comércio exterior da OCDE caiu no 3º trimestre de 2008


As exportações e as importações dos países da Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Econômico (OCDE) caíram 1,6% e 0,2%, respectivamente, no terceiro trimestre de 2008, em relação aos três meses anteriores.

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Trata-se da primeira queda destas atividades desde o terceiro trimestre de 2006, segundo o último relatório trimestral sobre fluxos comerciais divulgado pela OCDE.

As exportações e as importações em dólares dos 30 Estados-membros caíram 15,6% e 17%, respectivamente, na comparação anualizada.

Por sua vez, o comércio dos sete países mais ricos do mundo (G7) teve um pequeno crescimento no terceiro trimestre de 2008 com uma queda das exportações de mercadorias de 0,2% em relação ao trimestre anterior e um aumento de 0,4% das importações.

Em termos anualizados, as importações do G7 caíram 1,4% entre julho e setembro do ano passado, seu primeiro retrocesso desde o terceiro trimestre de 2006, enquanto as exportações aumentaram 1,9%, seu crescimento mais baixo no mesmo tempo.

Por países, a Alemanha aumentou suas importações em 3,4% - valor mais alto do G7 -, enquanto suas exportações caíram 2,9% do segundo para o terceiro trimestre de 2008.

Pelo contrário, as exportações americanas aumentaram 1,8% entre julho e setembro de 2008, enquanto as importações caíram 0,7% em relação ao trimestre anterior. No Japão, tanto as importações quanto as exportações caíram em torno de 1% no mesmo período.

17:19
Anónimo disse...
Economia Nacional
Lula: juros de crédito consignado a aposentados são altos

Atualizada às 17h29

O presidente Luis Inácio Lula da Silva afirmou nesta terça-feira, em São Paulo, que está lutando para reduzir as taxas de juros cobradas de aposentados em crédito consignado. A Previdência Social estabelece uma taxa máxima de 2,5% para empréstimo e de 3,5% para cartão. Para Lula, os valores são altos.

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"Acho que o juro que os aposentados estão pagando hoje com o crédito consignado é alto para o padrão brasileiro", disse o presidente durante a cerimônia de comemoração dos 86 anos do INSS.

A Previdência anunciou nesta terça-feira que aposentados e trabalhadoras com licença-maternidade poderão receber seus benefícios em 30 minutos. De acordo com Lula, em junho, a aposentadoria do trabalhador rural também será conseguida em meia hora.

Além disso, o presidente anunciou que, também em junho, os trabalhadores que alcançarem o direito à aposentadoria passarão a receber em suas casas um comunicado da Previdência informando o fato e o valor do salário que têm direito a receber. "É um comprometimento público que estou fazendo com os companheiros da Previdência Social", disse.

"Estamos retribuindo ao contribuinte da Previdência Social aquilo que é a cidadania que ele tem direito", afirmou Lula. "Se para cobrar nós somos tão precisos, para devolver o dinheiro, temos que chegar próximo à perfeição", completou.

17:20
Anónimo disse...
Economia Nacional
Salário maternidade sairá em 30 minutos, diz ministro

Toda trabalhadora autônoma que tiver contribuído pelo menos 10 meses com o Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) - ou as que possuírem carteira assinada - poderão receber em 30 minutos o salário maternidade a partir desta terça-feira. Da mesma forma, as mulheres com 30 anos de contribuição e os homens com 35 anos também terão direito ao benefício de forma mais rápida. A informação é do ministro da Previdência Social, José Pimentel.

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Para requerer o salário maternidade, é preciso que as autônomas levem a carteira de identidade e o carnê de contribuição. As demais trabalhadoras devem apresentar a identificação e a carteira de trabalho. Desde o início do mês, a nova forma de análise para a concessão de benefícios foi adotada para a aposentadoria por idade do trabalhador urbano e agora foi estendida para o salário maternidade e por tempo de contribuição.

O ministro disse que a qualificação do serviço da previdência social é o reconhecimento do direito dos trabalhadores e da afirmação da cidadania.

"Até pouco tempo na cabeça do cidadão o serviço devia ser de péssima qualidade. Agora não, nós modificamos toda a legislação no mês de dezembro numa ação conjunta do Congresso Nacional com o governo federal. Estamos implantando e concedendo os benefícios em até 30 minutos", afirmou.

O ministro destacou que para conseguir se aposentar ou ter acesso à licença maternidade em 30 minutos, em primeiro lugar, é necessário que o cidadão esteja vinculado à Previdência, o que inclui 65% da população acima de 16 anos de idade.

"Depois bastar marcar pelo sistema 135 o dia e a hora do atendimento e levar a documentação. Se todos os dados necessários estiverem corretos o contribuinte será atendido em até 30 minutos, como vem sendo feito com as aposentadorias por idade desde o dia cinco de janeiro", explicou.

Pimentel disse ainda que em 90% das agências da previdência social o atendimento é marcado em até 48 horas. Nos grandes centros, entretanto existe um volume maior o que torna mais lento o processo.

"Estamos criando mais 715 agências até 2010, em todo o território nacional, para descentralizar o atendimento. Em 2008, atendemos 295 mil benefícios e aposentadorias por idade. Temos 4 mil pessoas por dia procurando e se aposentando por idade no território nacional. Este serviço será agilizado", concluiu.
17:25
Anónimo disse...
Giuseppe Englaro, pai de Eluana, a italiana que morreu na segunda-feira passada por desidratação, recusou uma grande soma de dinheiro de um conhecido fotógrafo italiano que queria retratar a filha em estado de coma, disse neste sábado o neurologista que atendia a mulher desde 1996, Carlo Defanti.

O neurologista, que participou hoje de uma conferência sobre eutanásia, disse que Englaro respeitou a vontade da filha, que, antes do acidente, tinha pedido que, se lhe ocorresse qualquer coisa irreversível, apresentasse sua imagem de quando estava em boas condições.

Antes de sofrer o acidente de trânsito, em 1992, Eluana viveu o coma de um amigo, Alessandro, o que causou forte impacto na italiana e a levou a fazer o pai prometer que não a deixasse viver em estado vegetativo, disse o próprio Giuseppe Englaro.

Defanti, que dissera que Eluana poderia viver de dez a 12 dias depois da suspensão da alimentação e da hidratação, disse que, como médico, tinha que reprovar esta afirmação.

"Não se pode sobreviver após três ou quatro dias sem líquido e, em particular, água em um corpo. Sabemos bem que, quando há um terremoto, após quatro dias é difícil encontrar sobreviventes".

Defanti ressaltou que Eluana "não falava, não se comunicava com o exterior" e que, após vários exames, "nos deparamos com uma moça que tinha perdido a consciência", porque estava com o córtex cerebral prejudicado.

Eluana foi enterrada na quinta-feira passada no túmulo da família na localidade de Paluzza, em Udine, após um funeral que não contou com a presença dos pais.

16:53
Anónimo disse...
Os bombeiros combatem neste sábado os incêndios na Austrália favorecidos pelo bom tempo, enquanto os deslocados encotram em seu retorno casas derruídas, carros queimados nas ruas e destruição.

Depois de sete dias desde que começaram os incêndios no Estado de Victoria, a lista de mortos chega a 181, os desaparecidos somam 50, os edifícios destruídos totalizam 1,834 mil e o terreno arrasado, principalmente florestas, ocupa uma área de 4,13 mil quilômetros quadrados.

As equipes de bombeiros, formadas por 4 mil profissionais de Victoria, de outras partes da Austrália e de países amigos, combateram hoje 12 focos fora de controle e nenhum representava uma ameaça direta para a população.

O subdiretor do Serviço de Bombeiros, Geoff Conway, disse que este tempo favorável, que se prolongará durante o domingo, permite consolidar as linhas de contenção e avançar na extinção das chamas.

Cinzas apareceram arrastadas por ventos do nordeste sobre Melbourne, onde habitam 3,8 milhões de pessoas, e as autoridades alertaram aos cidadãos do risco para a saúde de idosos, crianças e pessoas com problemas respiratórios.

O número de pessoas deslocadas - a Cruz Vermelha chegou a receber 7 mil - começou a cair com a abertura de algumas localidades atingidas.

Os incêndios, alguns criminosos, começaram em 7 de fevereiro, quando a região sul da Austrália estava há duas semanas sob uma onda de calor sem precedentes.

Na sexta-feira passada, a polícia acusou uma pessoa de ter provocado o incêndio que atingiu a localidade de Churchill e matou 21 pessoas.

16:55
Anónimo disse...
A primeira chuva em seis dias reduziu a ameaça de incêndios no Estado de Victoria, ao sul da Austrália. As autoridades, porém, advertiram que ainda existem 12 focos, mas que nenhum deles ameaça áreas povoadas.

Mais de quatro mil bombeiros, mil provenientes de outras partes do país e de outras nações, trabalham contra o fogo. Cerca de 600 veículos e 28 helicópteros e pequenos aviões estão sendo usados.


Eles conseguiram construir linhas de contenção para evitar os incêndios de Yarra e Maroondah se juntassem. Também foram controlados os incêndios abertos de Yea e Murrindindi, que ameaçavam as comunidades de Connellys Creek, Crystal Creek, Scrubby Creek e Native Dog Creek.

O número de mortos chegou a 181, mas as autoridades acreditam que as vítimas devem passar de 200, já que ainda há muitos desaparecidos.

16:55
Anónimo disse...
Aqui nesta coluna, na semana passada, tive a oportunidade de comentar sobre a recente visita do professor brasileiro Pedrinho Guareschi à Austrália. Não dei, porém, os fatos, pois semana passada o assunto era outro.

Hoje, porém, vamos a eles.

No último dia 4 de fevereiro, aconteceu o Seminário "Paulo Freire: Education and Liberation", organizado pelo centro de estudos latino-americanos da Universidade Nacional da Austrália, ou ANU, como é mais conhecida por aqui.

A ANU, para quem não sabe, está entre as 20 melhores universidades do mundo! E tem sede aqui em Camberra, capital da Austrália.

Na abertura do evento, o professor John Minns, diretor do centro latino-americano, ao dar boas-vindas ao público presente, lembrou ser aquele o primeiro seminário exclusivamente dedicado a Paulo Freire na Austrália.

Em seguida, convidou Pedrinho Guareschi, palestrante principal do Seminário, a fazer sua apresentação.

A plateia pode então conhecer, pelas palavras de Pedrinho, um pouco da obra e da vida de Freire, esse brasileiro de fé e valor, que sempre acreditou na educação, sobretudo dos menos favorecidos, analfabetos, como força libertadora.

Como não podia deixar de ser, os conceitos e ideias revolucionários de Paulo Freire, expostos com clareza por Pedrinho, despertaram o interesse e a curiosidade de plateia. A qual, deve-se notar, era na maioria de estudantes, mas de várias nacionalidades, sobretudo australianos e asiáticos.

Na continuação do programa do seminário, que se estendeu por dois dias, outros professores fizeram palestras sobre temas ligados à obra de Paulo Freire.

Interessante, por exemplo, saber que a professora Anne Hickling-Hudson, jamaicana que mora na Austrália há muitos anos (é professora da ANU), conheceu e trabalhou com Freire num workshop educacional durante a revolução na Ilha de Granada, em 1980, antes da invasão dos Estados Unidos...

Ou, então, a palestra da Professora Gerda Roelvink, da Nova Zelândia, que participou do Fórum Social de Porto Alegre em 2005. E essa participação transformou-se em tema de doutorado.

No dia 10, terça-feira passada, o padre Pedrinho Guareschi voltou a falar ao público australiano em grande auditório localizado no belíssimo campus da ANU. Desta vez, sobre a Teologia da Libertação.

Depois da palestra, John Minns mostrou o filme mexicano "O Crime do Padre Amaro", no qual um dos personagens é um padre católico praticante da Teologia da Libertação.

Mais uma vez, foi grande o intersse da platéia, que pode aprender e conhecer um pouco como se desenvolveu aquele importante movimento católico na América Latina.

Fica, assim, ao Pedrinho, bem como a outros brasileiros estudiosos e de bom coração que saem pelo mundo a divulgar aspectos importantes da cultura brasileira, o respeito e a homenagem desta coluna. E... aquele abraço!

16:57
Anónimo disse...
Amanda Kitts perdeu o braço esquerdo em um acidente de automóvel acontecido três anos atrás, mas hoje em dia ela joga futebol americano com seu filho de 12 anos de idade, troca fraldas e abraça as crianças nas três creches Kiddie Cottage que opera em Knoxville, Tennessee. Kitts, 40 anos, faz tudo isso com a ajuda de um novo tipo de braço artificial que se movimenta com mais facilidade do que outros aparelhos e que ela pode controlar utilizando apenas seus pensamentos.

"Eu sou capaz de mexer a mão, o pulso e o cotovelo ao mesmo tempo", diz. "Você pensa e os músculos se movem em seguida".

A recuperação que ela conseguiu resulta de um novo procedimento que vem atraindo crescente atenção porque permite que pessoas movam braços protéticos de forma mais automática do que faziam no passado, simplesmente utilizando nervos reaproveitados em seus cérebros.

A técnica, conhecida como "renervação muscular dirigida", envolve utilizar os nervos que restam depois da amputação de um braço e conectá-los a outro músculo do corpo, em geral no peito. Eletrodos são instalados sobre os músculos do peito, e operam como se fossem antenas. Quando a pessoa deseja mover o braço, o cérebro envia sinais que primeiro resultam em contração dos músculos do peito, os quais enviam um sinal ao braço protético, instruindo-se a se movimentar. O processo não requer mais esforços consciente do que a pessoa teria de exercitar caso ainda tivesse seu braço natural.

Na terça-feira, pesquisadores reportaram em estudo publicado pela versão online do Journal of the American Medical Association que haviam levado a técnica ainda mais à frente, tornando possível a execução de 10 movimentos de mão, pulso e cotovelo diferentes, o que representa uma substancial melhora com relação ao típico repertório protético, que em geral envolve apenas dobrar o cotovelo, girar o pulso e abrir a mão.

"Os novos métodos tiveram impacto dramático em nosso campo de trabalho", disse Stuart Harshbarger, engenheiro biomédico na Universidade Johns Hopkins e diretor do programa de pesquisa sobre próteses, financiado pelas forças armadas, que inclui o trabalho com essa técnica. "O método já está em uso por médicos e cirurgiões comuns em todo o país. A capacidade de controlar um membro protético bastante robusto que ele confere surpreendeu a todos pela qualidade".

Tipicamente, uma pessoa que tenha um braço protético só é capaz de executar alguns poucos movimentos, e muitas vezes com tamanha lentidão que isso só permite a ela atividades limitadas.

Há um motor separado para cada movimento, diz Gerald Loeb, professor de engenharia biomédica na Universidade do Sul da Califórnia, "e esses motores precisam ser controlados de maneira explícita", usualmente por um esforço consciente da pessoa para contrair músculos nas costas ou no bíceps.

"Essencialmente, até agora os pacientes controlavam apenas um motor de cada vez", diz Loeb, "e precisavam pensar cuidadosamente sobre que motor desejavam controlar e como fazê-lo operar, em lugar de simplesmente pensarem em mover o braço e poderem fazê-lo sem delongas".

Antes que Kitts passasse pelo procedimento de renervação, em outubro de 2007, por exemplo, ela precisava movimentar os músculos de suas costas de determinada maneira para fazer com que seu pulso girasse, e flexionar seu bíceps e tríceps para fazer com que o cotovelo se movesse para cima e para baixo. "Era muito trabalho", ela conta. "E não me ajudava muito".

O procedimento de renervação é parte de uma recente explosão de idéias novas e técnicas inovadoras que estão sendo exploradas enquanto os cientistas se esforçam por ajudar as pessoas a compensar melhor a perda de membros ou problemas de paralisia. O esforço vem sendo alimentado pelo aumento no número de amputações causado por diabetes e por ferimentos sofridos pelos militares, e ao mesmo tempo pelos avanços na tecnologia médica.

Os braços se tornaram um dos focos essenciais desse tipo de trabalho. A ciência há muito vem obtendo sucessos no desenvolvimento de próteses de perna, mas é muito mais difícil imitar a complexidade e a destreza das mãos e dos braços.

Os esforços em curso incluem o desenvolvimento de projetos de pele e braços mais sensíveis e mais flexíveis, e o uso de dispositivos acionados por controles sem fio implantado nos braços protéticos, que permitiriam movimentos mais naturais.

Os pesquisadores também vêm usando sensores implantados nos cérebros de cobaias para permitir que dois macacos controlem um braço mecânico, e um teste com um homem paralítico permitiu, com esse método, que ele movimentasse um cursor em uma tela de computador.

Alguns desses métodos, caso venham a ser aperfeiçoados plenamente e consigam aprovação das autoridades regulatórias da saúde, podem no futuro se tornar mais viáveis para os pacientes de amputações.

E embora a técnica da renervação não requeira aprovação das autoridades regulatórias porque é executada por meios cirúrgicos e emprega aparelhos já existentes, ela apresenta limitações que até mesmo seus criadores reconhecem, entre as quais o fato de que não se pode utilizá-la para todos os pacientes, o seu alto custo e o prazo de meses requerido para que os nervos reconectados cresçam e se tornem efetivos.

Ainda assim, os especialistas dizem que é o mais avançado sistema em uso hoje para pacientes reais que permite que o sistema nervoso controle diretamente o movimento de um braço artificial.

Desde sua introdução por Todd Kuiken, médico fisioterapeuta e engenheiro biomédico do Instituto de Reabilitação de Chicago, o método foi empregado em cerca de 30 pacientes nos Estados Unidos, Canadá e Europa, entre os quais oito soldados feridos no Iraque e no Afeganistão.

Muitos dos pacientes, entre os quais o primeiro, Jesse Sullivan, um operário do setor elétrico no Tennessee que perdeu os dois braços quando foi eletrocutado por um cabo, conseguem não apenas manipular seus braços protéticos mas sentir a presença das mãos que já não têm quando alguém toca em seus peitos.

Sullivan, 62 anos, e Kitts, estavam entre os cinco pacientes que participaram do estudo reportado na terça-feira. Em companhia de cinco outras pessoas que não passaram por amputações, eles receberam os eletrodos e foram instruídos a usar pensamentos para fazer com que um braço virtual na tela reproduzisse 10 movimentos diferentes, entre os quais três formas diferentes de aperto de mão.

Os pacientes apresentaram desempenho bastante respeitável, apenas um pouco mais lento e menos preciso do que os dos participantes que não tinham amputações.

"As velocidades de movimento que encontramos em nossos pacientes foram realmente encorajadoras", disse Kuiken. "Eles conseguiram completar a tarefa. É claro que não foram tão competentes quanto as pessoas dotadas de plena capacidade física, mas foram bons o bastante".

Um braço virtual foi usado porque a maioria das próteses existentes não era capaz de acomodar todos aqueles movimentos, no momento da pesquisa, ainda que Sullivan, Kitts e uma terceira paciente, Claudia Mitchell, tenham experimentado dois novos protótipos mais versáteis de braços artificiais, executando tarefas complexas com bolas de tênis e outros objetos.

O trabalho de renervação em soldados apresenta outros desafios, diz Kuiken, porque os ferimentos militares muitas vezes "causam danos muitos extensos" a nervos, músculos ou ossos.

Daniel Acosta, 25 anos, um aviador ferido pela detonação de uma bomba em uma estrada do Iraque em 2005, passou pelo procedimento no ano passado e diz que seu braço esquerdo protético agora se movimenta "muito mais rápido" e de maneira muito mais natural.

"A diferença é que agora não preciso mais pensar para mover o braço", ele diz. "Ele simplesmente se mexe".

Ainda assim, Acosta, de San Antonio, diz que "o processo foi bastante longo" e que os eletrodos precisam ser ajustados para receber os sinais à medida que os nervos crescem ou mudam de posição.

E embora elogiem o método, os especialistas afirmam que a ciência das próteses de braço ainda tem muito por avançar.

"Trata-se de uma parte crucial, mas ainda assim apenas uma parte, das muitas coisas que compreendem a função normal de um braço", disse Loeb, que escreveu um editorial que acompanha o artigo no Journal of the American Medical Association.

"No momento estamos a meio do caminho entre o braço de 'Dr. Fantástico', que fazia involuntariamente a saudação nazista, e o braço de Luke Skywalker em 'Guerra nas Estrelas', que funciona sem nenhum problema assim que é conectado. Creio que precisaremos ainda de muitos anos para conectar todas as peças necessárias a produzir um braço capaz de funcionar normalmente".

17:04
Anónimo disse...
A Espanha disse neste sábado que está preparando uma reclamação oficial contra a decisão da Venezuela de expulsar um membro do Parlamento Europeu que criticou o conselho eleitoral venezuelano.
Luis Herrero, membro do partido conservador espanhol PP, foi deportado na sexta-feira depois que o Conselho Nacional Eleitoral (CNE) o acusou de questionar a imparcialidade da instituição antes de um referendo que pode permitir ao presidente Hugo Chávez permanecer no cargo indefinidamente.

Herrero estava na Venezuela como observador do referendo. Ele acusou Chávez de ter "comportamentos típicos de um ditador" por pedir a contenção de manifestações da oposição.

O governo da Espanha convocou um encontro com o embaixador da Venezuela em Madri para expressar a desaprovação sobre a expulsão de Herrero, disse um representante do Ministério das Relações Exteriores espanhol.

As relações da Venezuela com a Espanha tiveram seu ponto crítico em 2007, quando Chávez ameaçou rever acordos diplomáticos e comerciais depois de ouvir um "cala a boca" do rei espanhol Juan Carlos durante uma cúpula.

A fenda foi oficialmente reparada em 2008, com uma visita oficial de Chávez à Espanha, onde ele cumprimentou o rei e discutiu acordos para investimento no setor petroquímico com o primeiro-ministro José Luis Rodriguez Zapatero.

17:06
Anónimo disse...
A polícia do Zimbábue anunciou neste sábado que acusa de traição Roy Bennett, dirigente do até agora opositor Movimento para a Mudança Democrática (MDC), detido na sexta-feira, em Harare, poucas horas antes da cerimônia de posse dos membros do novo gabinete.

"A Polícia nos informou que vão apresentar acusações de traição", disse à agência EFE o advogado de defesa de Bennett, Trust Maanda.

"Tentam relacionar Roy com o caso de Mike Hitschmann, que foi detido em 2006 em relação à descoberta de um carregamento de armas, apesar de que Hitschmann não tenha sido declarado culpado das acusações de traição apresentadas contra ele, mas de um crime menor de descumprimento de leis", disse Maanda.

O político opositor, designado por seu partido como vice-ministro de Agricultura no Governo de união nacional, esteve no exílio na vizinha África do Sul desde 2006 e retornou ao Zimbábue há duas semanas.

Segundo a Polícia, que deteve Bennett ontem no aeroporto de Harare quando pretendia ir à África do Sul para visitar sua família, as armas apreendidas em 2006 seriam utilizadas em um golpe de Estado para derrubar o presidente do Zimbábue, Robert Mugabe.

Depois da detenção, Bennet foi levado a Mutar, onde vários simpatizantes do MDC se concentraram em frente à delegacia na qual estava detido, diante do que a Polícia respondeu com tiros para o alto para dispersar os manifestantes.

17:07
Anónimo disse...
Austrália: 14 mil se candidatam a 'emprego dos sonhos'

A secretaria de Turismo de Queensland, na Austrália, informou que até esta segunda-feira já recebeu cerca de 14 mil inscrições para o "o melhor emprego do mundo". O Estado australiano promove pela internet seleção para vaga de "zelador" da ilha Hamilton, por seis meses com um salário de R$ 40 mil.

Muitos candidatos tiveram problemas durante a inscrição por conta dos acessos simultâneos ao site. A secretaria aconselha enviar os vídeos de 60s explicando porque deve ser escolhido em horários alternativos do dia, além de recomendar tamanho em torno de 40MB.

As inscrições começaram em 12 de janeiro e vão até o próximo dia 22 e podem ser feitas pelo site www.islandreefjob.com. O governo australiano escolherá 50 candidatos para a próxima fase da seleção, que terá votos do público para eleger um dos 11 finalistas.

A última fase terá entrevistas e desafios físicos, no próprio local de trabalho: as ilhas da Grande Barreira Coralina - o maior recife de coral do mundo. A secretaria de Turismo anunciará o vencedor no dia 6 de maio.

17:09
Anónimo disse...
Mercado elogia governo na crise, mas pede maior queda no juro

Peter Fussy
Direto de São Paulo

Desde as primeiras medidas anunciadas para combater os efeitos da crise, o governo brasileiro avisou que a estratégia não contemplaria um pacote. Seriam doses pontuais, de acordo com a necessidade da economia diante do agravamento das turbulências. Da primeira liberação dos depósitos compulsórios em setembro até a ampliação do seguro-desemprego na última quarta-feira, o governo passou por redução de impostos, ampliação de crédito e incentivos à exportação. Quase 150 dias após a primeira medida, o Terra conversou com líderes do setor público e privado, representantes dos trabalhadores, acadêmicos e com o próprio governo para saber quais destas ações foram mais eficazes, quais foram mais ineficientes e o que mais pode ser feito pelo Estado brasileiro contra a crise.

Os maiores elogios foram direcionados à atitude de reduzir o Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) para a indústria automobilística, anunciada em dezembro e que fez com que os emplacamentos de carros novos subissem 1,9% no primeiro mês do ano em relação a dezembro de 2008. Já as maiores críticas foram para a lentidão no corte da taxa básica de juro do País.

Para o presidente do conselho administrativo do Grupo Pão de Açúcar, Abílio Diniz, o Estado não é responsável pela crise e mesmo assim está agindo "com extrema serenidade e muito acerto". "O governo está atento, fazendo a sua parte. É preciso coragem de baixar firmemente a taxa de juros. É uma arma que temos a nosso favor, já que não há clima para inflação, nem possibilidade de danos para a macroeconomia", afirmou Diniz.

Na última reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), em janeiro, a taxa Selic foi reduzida em um ponto percentual, de 13,75% para 12,75% ao ano. Porém, o professor de economia da Universidade de Brasília (UnB) José Luiz Oreiro lembra que este corte representa uma redução de apenas 0,25 ponto percentual com relação à taxa de setembro do ano passado, quando a crise se agravou.

"Pouco antes da eclosão da crise, o Banco Central aumentou a taxa em 0,75 ponto. Foram cinco meses de demora para reduzir em termos líquidos apenas 0,25 ponto", afirmou o economista, que também sugeriu redução do intervalo de cerca de 90 dias entre as reuniões do Copom e o corte de pelo menos um 1 ponto percentual em cada reunião.

Mesmo com o corte de janeiro, a taxa de juros real continua sendo a maior do mundo, lembrou o secretário-geral da Força Sindical, João Carlos Gonçalves, o Juruna. "A redução da taxa de juro ainda é pequena, porque ela continua uma das mais altas do mundo. Falta ousadia para baixar os juros e ajudar o cidadão. A permanência da taxa de juro alta é negativa para o País em meio a crise", afirmou Juruna.

Embora aprove as ações do governo, o senador Aloízio Mercadante (PT-SP) também acredita que o patamar da Selic está muito alto. "Sempre fomos os primeiros a entrar em qualquer crise, o que não aconteceu agora. A taxa Selic ainda é muito alta, mas o governo têm tomado medidas acertadas, como o aumento do salário mínimo, mesmo com um cenário de crise. Isso ajuda a movimentar o consumo. O governo está se esforçando para manter os investimentos e o crescimento", disse.

Tributos
De acordo com o economista Fabio Pina, da Fecomercio-SP, as ações mais positivas estão relacionadas à redução de tributos para alguns segmentos, como a indústria automobilística, que recuperou parte da queda nas vendas em janeiro com a isenção do IPI para carros 1.0 l e o corte para demais motorizações. A medida vale até o final de março.

"Essas medidas não só reduziram o preço, mas anteciparam o consumo daqueles que iriam comprar no futuro, dando um prêmio por conta da insegurança. Mexe diretamente com o principal problema que é a confiança do consumidor", afirmou. Juruna destacou que um bom ritmo de vendas é garantia de emprego. "É importante porque cada emprego na montadora significa 19 na cadeia produtiva", comentou o representante da Força Sindical.

Também em dezembro, o governo decidiu cortar pela metade a alíquota do Imposto de Renda para contribuintes que ganham entre R$ 1.434 e R$ 2.150 mensais. "O salário aumentava e a tabela não se modificava. As pessoas ganhavam mais e pagavam mais impostos", apontou Juruna. Outra redução de tributos do governo foi com relação ao Imposto sobre Operações Financeiras (IOF), que caiu de 3% ao ano para 1,5%.

Crédito
Na segunda metade de 2008, o colapso de bancos nos Estados Unidos por conta da crise do subprime provocou uma forte restrição de crédito no mundo inteiro. Uma das primeiras medidas anticrise do governo teve como objetivo restabelecer a oferta, com mudanças no recolhimento dos depósitos compulsórios por parte dos bancos. Segundo o presidente do Banco Central, Henrique Meirelles, as diversas modificações liberaram US$ 99,2 bilhões aos bancos até o final de janeiro.

Além disso, o governo concedeu R$ 36 bilhões das reservas internacionais para empresas brasileiras com dívidas no exterior e uma medida provisória autorizou o Banco do Brasil e a Caixa Econômica Federal a comprar carteiras de crédito de bancos privados. Para o diretor do Departamento de Pesquisas e Estudos Econômicos da Fiesp, Paulo Francini, estas medidas foram essenciais para combater os efeitos da crise.

"A crise se desenvolve no mundo em torno do tema crédito. E o crédito reduziu-se barbaridade no mundo. Então o governo lança mão de compulsório, lança mão de reservas, de medidas que permitem aos bancos comprar carteiras de bancos. Você vai tomando várias medidas para atender às demandas e o epicentro disso é crédito", afirmou.

No entanto, Oreiro, da UnB, adverte que a liberação dos compulsórios seria mais eficiente acompanhada de redução mais agressiva da taxa básica de juro. "Uma parte do crédito voltou, depois da forte retração em outubro e novembro. O que deveria ter sido feito junto à liberação do compulsório era uma redução mais drástica da taxa de juro. Sem isso, os bancos pegam as reservas e acabam comprando títulos públicos", explicou o economista.

Na opinião de Pina, as ações de distribuição de crédito via redução do compulsório e a disposição de capital de giro para empresas foram tomadas sem um cuidado maior na operação e não tiveram muito efeito. "O BNDES tem linhas que ficam paradas quase todo o ano, agora é pior ainda. Existem os recursos, mas as empresas e os bancos estão desconfiados. É preciso fazer com que os bancos tenham interesse em emprestar", afirmou o economista da Fecomercio-SP.

Futuro
Mesmo com todas essas medidas, a crise financeira ainda gera incertezas nos setores produtivos do País. Nos últimos meses, o medo do desemprego fez os consumidores adiarem compras. Por sua vez, a queda nas vendas pode obrigar as indústrias a cortarem a produção e demitir funcionários. Contra isso, empresários sugerem redução de jornada e de salários.

"Isto está previsto em lei. A Fiesp simplesmente manteve conversações com entidades sindicais quanto à aplicação daquilo que já está previsto em lei", afirmou Francini.

Segundo a ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff, uma das medidas que assegura um nível de emprego é a manutenção de investimentos no Programa de Aceleração do Crescimento (PAC). "Estamos esperando que a dificuldade ocorra em janeiro, fevereiro e março. Estamos certos que vamos manter o nível de investimento. É isso que funciona, é isso que significa investimento público. Ele funciona como um colchão. Por isso, nós colocamos R$ 100 bilhões no BNDES e a Petrobras ampliou o seu investimento em R$ 120 bilhões", afirmou.

Na mesma linha, Pina explica que a antecipação de gastos do governo substitui parte da demanda retraída do setor privado. "Ele dá o seguinte recado: não vou estourar as contas públicas, mas concentrar em um momento em que a demanda privada está pequena. Mas o governo não tem fôlego suficiente para fazer o papel de toda demanda", ressaltou. O economista da Fecomercio lembrou que a entidade já pleiteou junto ao governo isenções para transferência de imóveis e de automóveis, além de retirar o IPVA para veículos novos.

Já Oreiro foca suas propostas na capitalização do Banco do Brasil e da Caixa Econômica Federal pelo Tesouro para atender a demanda de crédito para capital de giro e reduzir o spread. "Aumentando o empréstimo e reduzindo as taxas, os dois vão forçar os bancos privados a acompanhar o movimento, até para não perderem participação no mercado", explicou o economista da UnB.

Até o Carnaval, o governou prometeu detalhar um pacote de incentivos para a construção de até um milhão de casas populares, direcionado a famílias com renda de até dez salários mínimos. "Estamos atentos a tudo o que está acontecendo e novas medidas serão tomadas caso haja uma avaliação de que sejam necessárias", disse o ministro da Fazenda, Guido Mantega, na última sexta-feira.

17:11
Anónimo disse...
Ex-ministro critica extensão do seguro-desemprego

Atualizada às 09h03

O ex-ministro do Trabalho Almir Pazzianotto criticou a decisão do governo federal de conceder o seguro-desemprego estendido a apenas alguns setores. "É certamente odioso e provavelmente inconstitucional", disse Pazzianotto, de acordo com o jornal O Estado de S. Paulo.

Na última qurta, dia do anúncio da medida, centrais sindicais elogiaram a atitude do governo. A Força Sindical divulgou nota dizendo que "o aumento ajudará a aquecer parte da economia, já que irá gerar mais consumo, produção e conseqüentemente, a criação de novos postos de trabalho". A União Geral dos Trabalhadores (UGT) afirmou que a medida "contribuirá para minimizar o drama dos trabalhadores que perderem seu emprego por conta da crise".

O ex-ministro, que instituiu o seguro-desemprego no País no governo de José Sarney, destacou a necessidade de as centrais sindicais se manifestarem contra a determinação. Para ele, as mudanças devem ser aplicadas a todas as categorias profissionais e a distinção é contrária ao artigo 3º da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT).

Pazzianotto atribui a medida a um possível temor do governo de que a crise econômica seja longa e não haja dinheiro para atender a todas as necessidades. Ainda assim, ele se mostra contrário ao método de concessão. "O seguro-desemprego ajuda a sanar necessidades básicas. Estendê-lo é paliativo, não a solução", disse ao jornal.

De acordo com o presidente do Conselho Deliberativo do Fundo de Amparo ao Trabalhador (Codefat) e conselheiro da Força Sindical, Luiz Fernando Emediato, a determinação já estava prevista na lei 8.900/94, que trata do seguro-desemprego.

O presidente da Comissão de Trabalho da Câmara, Pedro Fernandes (PTB-MA) vai além na crítica à concessão do seguro para apenas alguns setores. Ele acredita que a ampliação do benefício estimula o desemprego.

Quintino Severo, secretário geral da Central Única dos Trabalhadores (CUT), lembra que a ampliação do benefício sem critério e identificação pode incentivar demissões em outros setores.

17:13
Anónimo disse...
Empresas
TAM faz promoção para destinos internacionais

A companhia aérea TAM anunciou nesta sexta-feira tarifas promocionais para trechos internacionais. Os preços valem para bilhetes comprados entre 6h deste sábado e 23h59 deste domingo e são válidos para classe econômica. As tarifas, para ida e volta, serão vendidas a partir de US$ 99, mais taxas.

Segundo a aérea, a promoção vale para viagens feitas no período de 14 de fevereiro a 18 de junho de 2009. Para destinos na América do Sul, a permanência mínima é de dois dias; para bilhetes com destino nos Estados Unidos, cinco dias; e Europa, sete dias. A permanência máxima para as passagens para América do Sul e EUA é de dois meses e para Europa, três meses.

Entre os exemplos de tarifas promocionais, a TAM oferece São Paulo-Lima por US$ 99. Bilhetes para a rota São Paulo-Santiago serão vendidos a partir de US$ 199 e São Paulo-Nova York, US$ 799.

A emissão dos bilhetes deve ser feita obrigatoriamente no ato da reserva, obedecendo às regras estipuladas pela companhia. A compra está sujeita à disponibilidade de assentos nas classes tarifárias determinadas, trechos, horários e datas. A TAM afirmou que também há tarifas promocionais para a classe executiva.

Mais informações podem ser encontradas no site promocional (www.ofertastam.com.br), no site da empresa (www.tam.com.br) ou pelos telefones 4002-5700 ou 0800 5705700.

17:13
Anónimo disse...
Empresas
Consultoria negocia compra do parque temático Hopi Hari

A consultoria especializada em reestruturação de empresas Íntegra Associados informou nesta sexta-feira ter um acordo para comprar o parque de diversões Hopi Hari, localizado no interior de São Paulo. A empresa estaria disposta a investir R$ 10 milhões no parque, que tem dívida estimada em R$ 800 milhões. As informações são da edição deste sábado do jornal Folha de S. Paulo.

De acordo com o jornal, a transação ainda depende da negociação entre o Hopi Hari e seus credores, o que já estaria em andamento.

A consultoria paulista já atuou junto à Parmalat, durante 30 meses, quando reorganizou a gestão da empresa italiana.

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17:14
Anónimo disse...
Empresas
Disney de Tóquio contratará mais 2 mil apesar da crise


A Oriental Land, o operador da Disneylândia Tóquio e DisneySea, organizou neste domingo entrevistas para contratar cerca de 2 mil trabalhadores em tempo parcial, em um momento de grandes demissões deste tipo de empregados no Japão.

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O operador deste parque temático, situado em Urayasu, na província de Chiba (leste de Tóquio), está em pleno processo de seleção de empregados para 20 tipos de postos trabalhistas diferentes.

Segundo a companhia, citada pela agência local de notícias Kyodo, o parque contratará novos trabalhadores para as atrações, para os restaurantes e guardas de segurança entre outros. Os novos contratados começarão a trabalhar a partir de fevereiro.

O processo de seleção acontece em um momento em que a maioria das grandes companhias japonesas começaram a se ver obrigadas a despedir uma elevada percentagem de seus trabalhadores temporários e a tempo parcial.

Algumas inclusive anunciaram demissões de seus trabalhadores fixos, uma medida muito pouco comum nas companhias japonesas, perante os efeitos piores que o esperado pela crise econômica global.

Cerca de uma centena de pessoas esperavam desde a primeira hora desta manhã a abertura do centro de conferências Tokyo International Forum, onde as entrevistas estão sendo feitas, para ser os primeiros a solicitar os postos de trabalho.


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17:15
Anónimo disse...
Economia Internacional
Senado dos EUA aprova plano de estímulo à economia

O Senado dos Estados Unidos aprovou com 60 votos a favor e 38 contra o plano de estímulo à economia de US$ 787 bilhões na madrugada deste sábado. Agora, ele segue para sanção ou veto do presidente Barack Obama, que espera colocar a lei em prática até o dia 16 de fevereiro.

O plano prevê a criação de três milhões de empregos, inclui cortes de impostos às famílias, fundos para programas sociais e obras públicas, além de ajuda aos governos estaduais, estudantes e desempregados.

A cláusula Buy American - que exige o uso de ferro, aço e produtos manufaturados dos Estados Unidos em obras realizadas com recursos do pacote - ficou de lado. Segundo o texto definitivo, a cláusula será aplicada sem violar as normas do comércio internacional.

Ontem à tarde, a Câmara de Representantes (deputados) havia aprovado, por 246 votos a favor e 183 contra, a versão final do plano. Todos os republicanos foram contrários ao pacote.

Pelo acordo de quarta-feira entre Câmara e Senado, em vez de custar US$ 819 bilhões, como queriam os deputados, ou US$ 838 bilhões como pretendiam os senadores, o pacote ficou em cerca de US$ 787 bilhões, com 65% desse total destinado a gastos do governo federal e 35%, a créditos tributários.

17:16
Anónimo disse...
Economia nacional
Na era Lula, aposentadoria sobe 54% menos que salário mínimo

Thatiane Faria
Especial para o Terra
Direto de São Paulo

Os índices de reajustes concedidos pelo governo em 2009 para aposentados e pensionistas e para o salário mínimo repetiram uma diferença que, só durante o governo de Luiz Inácio Lula da Silva, já chega a 54%. Enquanto o mínimo foi majorado em 12% este ano, as pensões e aposentadorias tiveram aumento de 5,92%. Aposentados que têm o benefício do governo como única fonte de renda reclamam que perdem poder de compra e que sua cesta de compras é composta por itens que aumentam mais em relação à inflação oficial.

Um exemplo prático pode ser entendido a partir da comparação entre um aposentado que ganhava R$ 600 em janeiro de 2003. Na época, o benefício era três vezes, ou 200%, maior que o valor do mínimo em vigência, que era de R$ 200. Aplicando-se os índices de reajuste para aposentadorias e para o mínimo durante os últimos seis anos, o mesmo aposentado estaria recebendo hoje R$ 938,47, comparado a um salário mínimo de R$ 465. A diferença entre os dois valores caiu para pouco mais de 100%.

Enquanto o índice acumulado de reajuste para a aposentadoria durante o governo Lula foi de 60%, para o salário mínimo está em 132%.

O diretor do Sindicato Nacional dos Aposentados, João Inocentini, reclama que os valores dos benefícios para aposentadorias não mantêm o poder de compra do grupo, principalmente dos aposentados que recebem menos que dez salários mínimos.

Nem mesmo o fato de o índice de reajuste das aposentadorias ter ficado acima da inflação acumulada no mesmo período (o IPCA entre janeiro de 2003 e janeiro de 2009 foi de 39,7%) serve de argumento, segundo os aposentados.

"Os idosos, principalmente, têm gastos além das contas gerais como gás, telefone e aluguel. Para eles o custo com remédios, e outros itens da área saúde costuma ser maior", afirmou Inocentini.

O presidente do sindicato afirmou que o grupo realiza um estudo com 100 itens de necessidade de um idoso para comparar o aumento dos produtos com o índice de reajuste do benefício recebido pelos aposentados.

"Daqui dois meses vamos abrir um processo na Justiça e levar essa pesquisa como prova. Segundo a lei, o governo é obrigado a manter o poder de compra com a aposentadoria", disse Inocentini.

Alternativas
O consultor financeiro Cláudio Boriola diz que os aposentados, especialmente nesse momento de crise econômica, devem evitar compras parceladas, pesquisar preços, negociar e fazer bom planejamento financeiro.

Segundo Boriola, alguns aposentados ganham um valor mensal muitas vezes insuficiente para o pagamento das contas e acabam pedindo crédito ou realizando pagamentos a prazo e são obrigados a pagar juros altos.

Na opinião do consultor, pagar uma previdência privada é uma alternativa indicada para quem ainda trabalha, considerando a característica de perda de poder de compra da aposentadoria.

"Na prática, infelizmente os valores encontram-se em um patamar que está deteriorando o poder de aquisição da população brasileira", completou Boriola.

De acordo com o diretor da Confederação Brasileira de Aposentados e Pensionistas (Cobap), Vicente Fernandes Barbosa, representantes dos aposentados tentarão um encontro com o presidente da Câmara, deputado Michel Temer (PMDB-SP), para discutir projetos que minimizem a perda dos aposentados

17:17
Anónimo disse...
Previdência
Previdência prorroga isenção de tarifas no benefício

O atual sistema de pagamento aos 26 milhões de aposentados e pensionistas do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) será mantido até o final deste ano. O acordo, que permite realizar a operação sem nenhum custo aos beneficiários, foi renovado nesta sexta-feira, entre o governo federal e 21 instituições financeiras.

Por meio desse acordo, vigente desde setembro de 2007, nem os segurados, nem os bancos e nem o governo arcam com o pagamento de tarifas, conforme explicou o ministro da Previdência Social, José Pimentel. A prorrogação vale até dezembro, data máxima para que a Previdência defina as regras para um novo contrato.

Ao assinar o termo de renovação, na sede da Federação Brasileira dos Bancos (Febraban), o ministro disse que a intenção do governo é mudar o atual modelo de gestão visando a reduzir os custos dessas operações em torno da folha mensal, que atinge R$ 15,8 bilhões. No entanto, qualquer alteração, conforme explicou, passará antes por audiências públicas a serem realizadas a partir do segundo semestre deste ano, atendendo a determinação do Tribunal de Contas da União (TCU).

De acordo com Pimentel, com um redesenho do mecanismo de repasse dos recursos aos bancos em torno da folha de pagamento dos segurados o que se busca é um aumento da participação de instituições financeiras. Ele informou que, desde 2007, cada benefício custa em média R$ 1,07 ao governo. "Quanto mais instituições financeiras estiverem prestando serviços à sociedade, maior é a competitividade, a agilidade no atendimento", justificou.

O ministro observou, ainda, que, para permitir uma redução para algo em torno de meia hora no tempo de atendimento para a concessão dos direitos previdenciários, o governo investiu R$ 280 milhões.

Questionado sobre o descontentamento dos segurados que ganham acima de um salário mínimo terem obtido apenas a correção com base na variação do Índice de Preços ao Consumidor (INPC) , ficando abaixo do reajuste dado a quem recebe apenas o mínimo, Pimentel argumentou que o governo seguiu o que determina a lei e descartou a possibilidade de uma revisão

17:17
Anónimo disse...
Empresas
Caterpillar oferece aposentadoria antecipada a 2 mil


A companhia americana Caterpillar ofereceu a cerca de dois mil funcionários incentivos para que se aposentem de forma voluntária antes do previsto, pela perspectiva de uma queda "significativa" da atividade industrial, informou nesta quarta-feira a empresa.

A iniciativa, destinada aos trabalhadores de diversas fábricas em Illinois, Colorado, Tennessee e Pensilvânia, se soma aos cortes de empregos anunciados em janeiro, explicou em comunicado de imprensa.

A empresa, a maior fabricante mundial de maquinaria pesada para a construção e a mineração, acrescentou que, "em função das condições de negócio, podem ser necessárias mais reduções de elenco voluntárias e involuntárias à medida que o ano avança".

O vice-presidente da companhia, Sid Banwart, explicou que a empresa prevê "demissões significativas em todas as regiões geográficas e na maioria dos setores devido às dificuldades da economia mundial".

17:18
Anónimo disse...
Comércio
Comércio exterior da OCDE caiu no 3º trimestre de 2008


As exportações e as importações dos países da Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Econômico (OCDE) caíram 1,6% e 0,2%, respectivamente, no terceiro trimestre de 2008, em relação aos três meses anteriores.

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Trata-se da primeira queda destas atividades desde o terceiro trimestre de 2006, segundo o último relatório trimestral sobre fluxos comerciais divulgado pela OCDE.

As exportações e as importações em dólares dos 30 Estados-membros caíram 15,6% e 17%, respectivamente, na comparação anualizada.

Por sua vez, o comércio dos sete países mais ricos do mundo (G7) teve um pequeno crescimento no terceiro trimestre de 2008 com uma queda das exportações de mercadorias de 0,2% em relação ao trimestre anterior e um aumento de 0,4% das importações.

Em termos anualizados, as importações do G7 caíram 1,4% entre julho e setembro do ano passado, seu primeiro retrocesso desde o terceiro trimestre de 2006, enquanto as exportações aumentaram 1,9%, seu crescimento mais baixo no mesmo tempo.

Por países, a Alemanha aumentou suas importações em 3,4% - valor mais alto do G7 -, enquanto suas exportações caíram 2,9% do segundo para o terceiro trimestre de 2008.

Pelo contrário, as exportações americanas aumentaram 1,8% entre julho e setembro de 2008, enquanto as importações caíram 0,7% em relação ao trimestre anterior. No Japão, tanto as importações quanto as exportações caíram em torno de 1% no mesmo período.

17:19
Anónimo disse...
Economia Nacional
Lula: juros de crédito consignado a aposentados são altos

Atualizada às 17h29

O presidente Luis Inácio Lula da Silva afirmou nesta terça-feira, em São Paulo, que está lutando para reduzir as taxas de juros cobradas de aposentados em crédito consignado. A Previdência Social estabelece uma taxa máxima de 2,5% para empréstimo e de 3,5% para cartão. Para Lula, os valores são altos.

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"Acho que o juro que os aposentados estão pagando hoje com o crédito consignado é alto para o padrão brasileiro", disse o presidente durante a cerimônia de comemoração dos 86 anos do INSS.

A Previdência anunciou nesta terça-feira que aposentados e trabalhadoras com licença-maternidade poderão receber seus benefícios em 30 minutos. De acordo com Lula, em junho, a aposentadoria do trabalhador rural também será conseguida em meia hora.

Além disso, o presidente anunciou que, também em junho, os trabalhadores que alcançarem o direito à aposentadoria passarão a receber em suas casas um comunicado da Previdência informando o fato e o valor do salário que têm direito a receber. "É um comprometimento público que estou fazendo com os companheiros da Previdência Social", disse.

"Estamos retribuindo ao contribuinte da Previdência Social aquilo que é a cidadania que ele tem direito", afirmou Lula. "Se para cobrar nós somos tão precisos, para devolver o dinheiro, temos que chegar próximo à perfeição", completou.

17:20
Anónimo disse...
Economia Nacional
Salário maternidade sairá em 30 minutos, diz ministro

Toda trabalhadora autônoma que tiver contribuído pelo menos 10 meses com o Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) - ou as que possuírem carteira assinada - poderão receber em 30 minutos o salário maternidade a partir desta terça-feira. Da mesma forma, as mulheres com 30 anos de contribuição e os homens com 35 anos também terão direito ao benefício de forma mais rápida. A informação é do ministro da Previdência Social, José Pimentel.

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Para requerer o salário maternidade, é preciso que as autônomas levem a carteira de identidade e o carnê de contribuição. As demais trabalhadoras devem apresentar a identificação e a carteira de trabalho. Desde o início do mês, a nova forma de análise para a concessão de benefícios foi adotada para a aposentadoria por idade do trabalhador urbano e agora foi estendida para o salário maternidade e por tempo de contribuição.

O ministro disse que a qualificação do serviço da previdência social é o reconhecimento do direito dos trabalhadores e da afirmação da cidadania.

"Até pouco tempo na cabeça do cidadão o serviço devia ser de péssima qualidade. Agora não, nós modificamos toda a legislação no mês de dezembro numa ação conjunta do Congresso Nacional com o governo federal. Estamos implantando e concedendo os benefícios em até 30 minutos", afirmou.

O ministro destacou que para conseguir se aposentar ou ter acesso à licença maternidade em 30 minutos, em primeiro lugar, é necessário que o cidadão esteja vinculado à Previdência, o que inclui 65% da população acima de 16 anos de idade.

"Depois bastar marcar pelo sistema 135 o dia e a hora do atendimento e levar a documentação. Se todos os dados necessários estiverem corretos o contribuinte será atendido em até 30 minutos, como vem sendo feito com as aposentadorias por idade desde o dia cinco de janeiro", explicou.

Pimentel disse ainda que em 90% das agências da previdência social o atendimento é marcado em até 48 horas. Nos grandes centros, entretanto existe um volume maior o que torna mais lento o processo.

"Estamos criando mais 715 agências até 2010, em todo o território nacional, para descentralizar o atendimento. Em 2008, atendemos 295 mil benefícios e aposentadorias por idade. Temos 4 mil pessoas por dia procurando e se aposentando por idade no território nacional. Este serviço será agilizado", concluiu.
17:25
Anónimo disse...
Giuseppe Englaro, pai de Eluana, a italiana que morreu na segunda-feira passada por desidratação, recusou uma grande soma de dinheiro de um conhecido fotógrafo italiano que queria retratar a filha em estado de coma, disse neste sábado o neurologista que atendia a mulher desde 1996, Carlo Defanti.

O neurologista, que participou hoje de uma conferência sobre eutanásia, disse que Englaro respeitou a vontade da filha, que, antes do acidente, tinha pedido que, se lhe ocorresse qualquer coisa irreversível, apresentasse sua imagem de quando estava em boas condições.

Antes de sofrer o acidente de trânsito, em 1992, Eluana viveu o coma de um amigo, Alessandro, o que causou forte impacto na italiana e a levou a fazer o pai prometer que não a deixasse viver em estado vegetativo, disse o próprio Giuseppe Englaro.

Defanti, que dissera que Eluana poderia viver de dez a 12 dias depois da suspensão da alimentação e da hidratação, disse que, como médico, tinha que reprovar esta afirmação.

"Não se pode sobreviver após três ou quatro dias sem líquido e, em particular, água em um corpo. Sabemos bem que, quando há um terremoto, após quatro dias é difícil encontrar sobreviventes".

Defanti ressaltou que Eluana "não falava, não se comunicava com o exterior" e que, após vários exames, "nos deparamos com uma moça que tinha perdido a consciência", porque estava com o córtex cerebral prejudicado.

Eluana foi enterrada na quinta-feira passada no túmulo da família na localidade de Paluzza, em Udine, após um funeral que não contou com a presença dos pais.

16:53
Anónimo disse...
Os bombeiros combatem neste sábado os incêndios na Austrália favorecidos pelo bom tempo, enquanto os deslocados encotram em seu retorno casas derruídas, carros queimados nas ruas e destruição.

Depois de sete dias desde que começaram os incêndios no Estado de Victoria, a lista de mortos chega a 181, os desaparecidos somam 50, os edifícios destruídos totalizam 1,834 mil e o terreno arrasado, principalmente florestas, ocupa uma área de 4,13 mil quilômetros quadrados.

As equipes de bombeiros, formadas por 4 mil profissionais de Victoria, de outras partes da Austrália e de países amigos, combateram hoje 12 focos fora de controle e nenhum representava uma ameaça direta para a população.

O subdiretor do Serviço de Bombeiros, Geoff Conway, disse que este tempo favorável, que se prolongará durante o domingo, permite consolidar as linhas de contenção e avançar na extinção das chamas.

Cinzas apareceram arrastadas por ventos do nordeste sobre Melbourne, onde habitam 3,8 milhões de pessoas, e as autoridades alertaram aos cidadãos do risco para a saúde de idosos, crianças e pessoas com problemas respiratórios.

O número de pessoas deslocadas - a Cruz Vermelha chegou a receber 7 mil - começou a cair com a abertura de algumas localidades atingidas.

Os incêndios, alguns criminosos, começaram em 7 de fevereiro, quando a região sul da Austrália estava há duas semanas sob uma onda de calor sem precedentes.

Na sexta-feira passada, a polícia acusou uma pessoa de ter provocado o incêndio que atingiu a localidade de Churchill e matou 21 pessoas.

16:55
Anónimo disse...
A primeira chuva em seis dias reduziu a ameaça de incêndios no Estado de Victoria, ao sul da Austrália. As autoridades, porém, advertiram que ainda existem 12 focos, mas que nenhum deles ameaça áreas povoadas.

Mais de quatro mil bombeiros, mil provenientes de outras partes do país e de outras nações, trabalham contra o fogo. Cerca de 600 veículos e 28 helicópteros e pequenos aviões estão sendo usados.


Eles conseguiram construir linhas de contenção para evitar os incêndios de Yarra e Maroondah se juntassem. Também foram controlados os incêndios abertos de Yea e Murrindindi, que ameaçavam as comunidades de Connellys Creek, Crystal Creek, Scrubby Creek e Native Dog Creek.

O número de mortos chegou a 181, mas as autoridades acreditam que as vítimas devem passar de 200, já que ainda há muitos desaparecidos.

16:55
Anónimo disse...
Aqui nesta coluna, na semana passada, tive a oportunidade de comentar sobre a recente visita do professor brasileiro Pedrinho Guareschi à Austrália. Não dei, porém, os fatos, pois semana passada o assunto era outro.

Hoje, porém, vamos a eles.

No último dia 4 de fevereiro, aconteceu o Seminário "Paulo Freire: Education and Liberation", organizado pelo centro de estudos latino-americanos da Universidade Nacional da Austrália, ou ANU, como é mais conhecida por aqui.

A ANU, para quem não sabe, está entre as 20 melhores universidades do mundo! E tem sede aqui em Camberra, capital da Austrália.

Na abertura do evento, o professor John Minns, diretor do centro latino-americano, ao dar boas-vindas ao público presente, lembrou ser aquele o primeiro seminário exclusivamente dedicado a Paulo Freire na Austrália.

Em seguida, convidou Pedrinho Guareschi, palestrante principal do Seminário, a fazer sua apresentação.

A plateia pode então conhecer, pelas palavras de Pedrinho, um pouco da obra e da vida de Freire, esse brasileiro de fé e valor, que sempre acreditou na educação, sobretudo dos menos favorecidos, analfabetos, como força libertadora.

Como não podia deixar de ser, os conceitos e ideias revolucionários de Paulo Freire, expostos com clareza por Pedrinho, despertaram o interesse e a curiosidade de plateia. A qual, deve-se notar, era na maioria de estudantes, mas de várias nacionalidades, sobretudo australianos e asiáticos.

Na continuação do programa do seminário, que se estendeu por dois dias, outros professores fizeram palestras sobre temas ligados à obra de Paulo Freire.

Interessante, por exemplo, saber que a professora Anne Hickling-Hudson, jamaicana que mora na Austrália há muitos anos (é professora da ANU), conheceu e trabalhou com Freire num workshop educacional durante a revolução na Ilha de Granada, em 1980, antes da invasão dos Estados Unidos...

Ou, então, a palestra da Professora Gerda Roelvink, da Nova Zelândia, que participou do Fórum Social de Porto Alegre em 2005. E essa participação transformou-se em tema de doutorado.

No dia 10, terça-feira passada, o padre Pedrinho Guareschi voltou a falar ao público australiano em grande auditório localizado no belíssimo campus da ANU. Desta vez, sobre a Teologia da Libertação.

Depois da palestra, John Minns mostrou o filme mexicano "O Crime do Padre Amaro", no qual um dos personagens é um padre católico praticante da Teologia da Libertação.

Mais uma vez, foi grande o intersse da platéia, que pode aprender e conhecer um pouco como se desenvolveu aquele importante movimento católico na América Latina.

Fica, assim, ao Pedrinho, bem como a outros brasileiros estudiosos e de bom coração que saem pelo mundo a divulgar aspectos importantes da cultura brasileira, o respeito e a homenagem desta coluna. E... aquele abraço!

16:57
Anónimo disse...
Amanda Kitts perdeu o braço esquerdo em um acidente de automóvel acontecido três anos atrás, mas hoje em dia ela joga futebol americano com seu filho de 12 anos de idade, troca fraldas e abraça as crianças nas três creches Kiddie Cottage que opera em Knoxville, Tennessee. Kitts, 40 anos, faz tudo isso com a ajuda de um novo tipo de braço artificial que se movimenta com mais facilidade do que outros aparelhos e que ela pode controlar utilizando apenas seus pensamentos.

"Eu sou capaz de mexer a mão, o pulso e o cotovelo ao mesmo tempo", diz. "Você pensa e os músculos se movem em seguida".

A recuperação que ela conseguiu resulta de um novo procedimento que vem atraindo crescente atenção porque permite que pessoas movam braços protéticos de forma mais automática do que faziam no passado, simplesmente utilizando nervos reaproveitados em seus cérebros.

A técnica, conhecida como "renervação muscular dirigida", envolve utilizar os nervos que restam depois da amputação de um braço e conectá-los a outro músculo do corpo, em geral no peito. Eletrodos são instalados sobre os músculos do peito, e operam como se fossem antenas. Quando a pessoa deseja mover o braço, o cérebro envia sinais que primeiro resultam em contração dos músculos do peito, os quais enviam um sinal ao braço protético, instruindo-se a se movimentar. O processo não requer mais esforços consciente do que a pessoa teria de exercitar caso ainda tivesse seu braço natural.

Na terça-feira, pesquisadores reportaram em estudo publicado pela versão online do Journal of the American Medical Association que haviam levado a técnica ainda mais à frente, tornando possível a execução de 10 movimentos de mão, pulso e cotovelo diferentes, o que representa uma substancial melhora com relação ao típico repertório protético, que em geral envolve apenas dobrar o cotovelo, girar o pulso e abrir a mão.

"Os novos métodos tiveram impacto dramático em nosso campo de trabalho", disse Stuart Harshbarger, engenheiro biomédico na Universidade Johns Hopkins e diretor do programa de pesquisa sobre próteses, financiado pelas forças armadas, que inclui o trabalho com essa técnica. "O método já está em uso por médicos e cirurgiões comuns em todo o país. A capacidade de controlar um membro protético bastante robusto que ele confere surpreendeu a todos pela qualidade".

Tipicamente, uma pessoa que tenha um braço protético só é capaz de executar alguns poucos movimentos, e muitas vezes com tamanha lentidão que isso só permite a ela atividades limitadas.

Há um motor separado para cada movimento, diz Gerald Loeb, professor de engenharia biomédica na Universidade do Sul da Califórnia, "e esses motores precisam ser controlados de maneira explícita", usualmente por um esforço consciente da pessoa para contrair músculos nas costas ou no bíceps.

"Essencialmente, até agora os pacientes controlavam apenas um motor de cada vez", diz Loeb, "e precisavam pensar cuidadosamente sobre que motor desejavam controlar e como fazê-lo operar, em lugar de simplesmente pensarem em mover o braço e poderem fazê-lo sem delongas".

Antes que Kitts passasse pelo procedimento de renervação, em outubro de 2007, por exemplo, ela precisava movimentar os músculos de suas costas de determinada maneira para fazer com que seu pulso girasse, e flexionar seu bíceps e tríceps para fazer com que o cotovelo se movesse para cima e para baixo. "Era muito trabalho", ela conta. "E não me ajudava muito".

O procedimento de renervação é parte de uma recente explosão de idéias novas e técnicas inovadoras que estão sendo exploradas enquanto os cientistas se esforçam por ajudar as pessoas a compensar melhor a perda de membros ou problemas de paralisia. O esforço vem sendo alimentado pelo aumento no número de amputações causado por diabetes e por ferimentos sofridos pelos militares, e ao mesmo tempo pelos avanços na tecnologia médica.

Os braços se tornaram um dos focos essenciais desse tipo de trabalho. A ciência há muito vem obtendo sucessos no desenvolvimento de próteses de perna, mas é muito mais difícil imitar a complexidade e a destreza das mãos e dos braços.

Os esforços em curso incluem o desenvolvimento de projetos de pele e braços mais sensíveis e mais flexíveis, e o uso de dispositivos acionados por controles sem fio implantado nos braços protéticos, que permitiriam movimentos mais naturais.

Os pesquisadores também vêm usando sensores implantados nos cérebros de cobaias para permitir que dois macacos controlem um braço mecânico, e um teste com um homem paralítico permitiu, com esse método, que ele movimentasse um cursor em uma tela de computador.

Alguns desses métodos, caso venham a ser aperfeiçoados plenamente e consigam aprovação das autoridades regulatórias da saúde, podem no futuro se tornar mais viáveis para os pacientes de amputações.

E embora a técnica da renervação não requeira aprovação das autoridades regulatórias porque é executada por meios cirúrgicos e emprega aparelhos já existentes, ela apresenta limitações que até mesmo seus criadores reconhecem, entre as quais o fato de que não se pode utilizá-la para todos os pacientes, o seu alto custo e o prazo de meses requerido para que os nervos reconectados cresçam e se tornem efetivos.

Ainda assim, os especialistas dizem que é o mais avançado sistema em uso hoje para pacientes reais que permite que o sistema nervoso controle diretamente o movimento de um braço artificial.

Desde sua introdução por Todd Kuiken, médico fisioterapeuta e engenheiro biomédico do Instituto de Reabilitação de Chicago, o método foi empregado em cerca de 30 pacientes nos Estados Unidos, Canadá e Europa, entre os quais oito soldados feridos no Iraque e no Afeganistão.

Muitos dos pacientes, entre os quais o primeiro, Jesse Sullivan, um operário do setor elétrico no Tennessee que perdeu os dois braços quando foi eletrocutado por um cabo, conseguem não apenas manipular seus braços protéticos mas sentir a presença das mãos que já não têm quando alguém toca em seus peitos.

Sullivan, 62 anos, e Kitts, estavam entre os cinco pacientes que participaram do estudo reportado na terça-feira. Em companhia de cinco outras pessoas que não passaram por amputações, eles receberam os eletrodos e foram instruídos a usar pensamentos para fazer com que um braço virtual na tela reproduzisse 10 movimentos diferentes, entre os quais três formas diferentes de aperto de mão.

Os pacientes apresentaram desempenho bastante respeitável, apenas um pouco mais lento e menos preciso do que os dos participantes que não tinham amputações.

"As velocidades de movimento que encontramos em nossos pacientes foram realmente encorajadoras", disse Kuiken. "Eles conseguiram completar a tarefa. É claro que não foram tão competentes quanto as pessoas dotadas de plena capacidade física, mas foram bons o bastante".

Um braço virtual foi usado porque a maioria das próteses existentes não era capaz de acomodar todos aqueles movimentos, no momento da pesquisa, ainda que Sullivan, Kitts e uma terceira paciente, Claudia Mitchell, tenham experimentado dois novos protótipos mais versáteis de braços artificiais, executando tarefas complexas com bolas de tênis e outros objetos.

O trabalho de renervação em soldados apresenta outros desafios, diz Kuiken, porque os ferimentos militares muitas vezes "causam danos muitos extensos" a nervos, músculos ou ossos.

Daniel Acosta, 25 anos, um aviador ferido pela detonação de uma bomba em uma estrada do Iraque em 2005, passou pelo procedimento no ano passado e diz que seu braço esquerdo protético agora se movimenta "muito mais rápido" e de maneira muito mais natural.

"A diferença é que agora não preciso mais pensar para mover o braço", ele diz. "Ele simplesmente se mexe".

Ainda assim, Acosta, de San Antonio, diz que "o processo foi bastante longo" e que os eletrodos precisam ser ajustados para receber os sinais à medida que os nervos crescem ou mudam de posição.

E embora elogiem o método, os especialistas afirmam que a ciência das próteses de braço ainda tem muito por avançar.

"Trata-se de uma parte crucial, mas ainda assim apenas uma parte, das muitas coisas que compreendem a função normal de um braço", disse Loeb, que escreveu um editorial que acompanha o artigo no Journal of the American Medical Association.

"No momento estamos a meio do caminho entre o braço de 'Dr. Fantástico', que fazia involuntariamente a saudação nazista, e o braço de Luke Skywalker em 'Guerra nas Estrelas', que funciona sem nenhum problema assim que é conectado. Creio que precisaremos ainda de muitos anos para conectar todas as peças necessárias a produzir um braço capaz de funcionar normalmente".

17:04
Anónimo disse...
A Espanha disse neste sábado que está preparando uma reclamação oficial contra a decisão da Venezuela de expulsar um membro do Parlamento Europeu que criticou o conselho eleitoral venezuelano.
Luis Herrero, membro do partido conservador espanhol PP, foi deportado na sexta-feira depois que o Conselho Nacional Eleitoral (CNE) o acusou de questionar a imparcialidade da instituição antes de um referendo que pode permitir ao presidente Hugo Chávez permanecer no cargo indefinidamente.

Herrero estava na Venezuela como observador do referendo. Ele acusou Chávez de ter "comportamentos típicos de um ditador" por pedir a contenção de manifestações da oposição.

O governo da Espanha convocou um encontro com o embaixador da Venezuela em Madri para expressar a desaprovação sobre a expulsão de Herrero, disse um representante do Ministério das Relações Exteriores espanhol.

As relações da Venezuela com a Espanha tiveram seu ponto crítico em 2007, quando Chávez ameaçou rever acordos diplomáticos e comerciais depois de ouvir um "cala a boca" do rei espanhol Juan Carlos durante uma cúpula.

A fenda foi oficialmente reparada em 2008, com uma visita oficial de Chávez à Espanha, onde ele cumprimentou o rei e discutiu acordos para investimento no setor petroquímico com o primeiro-ministro José Luis Rodriguez Zapatero.

17:06
Anónimo disse...
A polícia do Zimbábue anunciou neste sábado que acusa de traição Roy Bennett, dirigente do até agora opositor Movimento para a Mudança Democrática (MDC), detido na sexta-feira, em Harare, poucas horas antes da cerimônia de posse dos membros do novo gabinete.

"A Polícia nos informou que vão apresentar acusações de traição", disse à agência EFE o advogado de defesa de Bennett, Trust Maanda.

"Tentam relacionar Roy com o caso de Mike Hitschmann, que foi detido em 2006 em relação à descoberta de um carregamento de armas, apesar de que Hitschmann não tenha sido declarado culpado das acusações de traição apresentadas contra ele, mas de um crime menor de descumprimento de leis", disse Maanda.

O político opositor, designado por seu partido como vice-ministro de Agricultura no Governo de união nacional, esteve no exílio na vizinha África do Sul desde 2006 e retornou ao Zimbábue há duas semanas.

Segundo a Polícia, que deteve Bennett ontem no aeroporto de Harare quando pretendia ir à África do Sul para visitar sua família, as armas apreendidas em 2006 seriam utilizadas em um golpe de Estado para derrubar o presidente do Zimbábue, Robert Mugabe.

Depois da detenção, Bennet foi levado a Mutar, onde vários simpatizantes do MDC se concentraram em frente à delegacia na qual estava detido, diante do que a Polícia respondeu com tiros para o alto para dispersar os manifestantes.

17:07
Anónimo disse...
Austrália: 14 mil se candidatam a 'emprego dos sonhos'

A secretaria de Turismo de Queensland, na Austrália, informou que até esta segunda-feira já recebeu cerca de 14 mil inscrições para o "o melhor emprego do mundo". O Estado australiano promove pela internet seleção para vaga de "zelador" da ilha Hamilton, por seis meses com um salário de R$ 40 mil.

Muitos candidatos tiveram problemas durante a inscrição por conta dos acessos simultâneos ao site. A secretaria aconselha enviar os vídeos de 60s explicando porque deve ser escolhido em horários alternativos do dia, além de recomendar tamanho em torno de 40MB.

As inscrições começaram em 12 de janeiro e vão até o próximo dia 22 e podem ser feitas pelo site www.islandreefjob.com. O governo australiano escolherá 50 candidatos para a próxima fase da seleção, que terá votos do público para eleger um dos 11 finalistas.

A última fase terá entrevistas e desafios físicos, no próprio local de trabalho: as ilhas da Grande Barreira Coralina - o maior recife de coral do mundo. A secretaria de Turismo anunciará o vencedor no dia 6 de maio.

17:09
Anónimo disse...
Mercado elogia governo na crise, mas pede maior queda no juro

Peter Fussy
Direto de São Paulo

Desde as primeiras medidas anunciadas para combater os efeitos da crise, o governo brasileiro avisou que a estratégia não contemplaria um pacote. Seriam doses pontuais, de acordo com a necessidade da economia diante do agravamento das turbulências. Da primeira liberação dos depósitos compulsórios em setembro até a ampliação do seguro-desemprego na última quarta-feira, o governo passou por redução de impostos, ampliação de crédito e incentivos à exportação. Quase 150 dias após a primeira medida, o Terra conversou com líderes do setor público e privado, representantes dos trabalhadores, acadêmicos e com o próprio governo para saber quais destas ações foram mais eficazes, quais foram mais ineficientes e o que mais pode ser feito pelo Estado brasileiro contra a crise.

Os maiores elogios foram direcionados à atitude de reduzir o Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) para a indústria automobilística, anunciada em dezembro e que fez com que os emplacamentos de carros novos subissem 1,9% no primeiro mês do ano em relação a dezembro de 2008. Já as maiores críticas foram para a lentidão no corte da taxa básica de juro do País.

Para o presidente do conselho administrativo do Grupo Pão de Açúcar, Abílio Diniz, o Estado não é responsável pela crise e mesmo assim está agindo "com extrema serenidade e muito acerto". "O governo está atento, fazendo a sua parte. É preciso coragem de baixar firmemente a taxa de juros. É uma arma que temos a nosso favor, já que não há clima para inflação, nem possibilidade de danos para a macroeconomia", afirmou Diniz.

Na última reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), em janeiro, a taxa Selic foi reduzida em um ponto percentual, de 13,75% para 12,75% ao ano. Porém, o professor de economia da Universidade de Brasília (UnB) José Luiz Oreiro lembra que este corte representa uma redução de apenas 0,25 ponto percentual com relação à taxa de setembro do ano passado, quando a crise se agravou.

"Pouco antes da eclosão da crise, o Banco Central aumentou a taxa em 0,75 ponto. Foram cinco meses de demora para reduzir em termos líquidos apenas 0,25 ponto", afirmou o economista, que também sugeriu redução do intervalo de cerca de 90 dias entre as reuniões do Copom e o corte de pelo menos um 1 ponto percentual em cada reunião.

Mesmo com o corte de janeiro, a taxa de juros real continua sendo a maior do mundo, lembrou o secretário-geral da Força Sindical, João Carlos Gonçalves, o Juruna. "A redução da taxa de juro ainda é pequena, porque ela continua uma das mais altas do mundo. Falta ousadia para baixar os juros e ajudar o cidadão. A permanência da taxa de juro alta é negativa para o País em meio a crise", afirmou Juruna.

Embora aprove as ações do governo, o senador Aloízio Mercadante (PT-SP) também acredita que o patamar da Selic está muito alto. "Sempre fomos os primeiros a entrar em qualquer crise, o que não aconteceu agora. A taxa Selic ainda é muito alta, mas o governo têm tomado medidas acertadas, como o aumento do salário mínimo, mesmo com um cenário de crise. Isso ajuda a movimentar o consumo. O governo está se esforçando para manter os investimentos e o crescimento", disse.

Tributos
De acordo com o economista Fabio Pina, da Fecomercio-SP, as ações mais positivas estão relacionadas à redução de tributos para alguns segmentos, como a indústria automobilística, que recuperou parte da queda nas vendas em janeiro com a isenção do IPI para carros 1.0 l e o corte para demais motorizações. A medida vale até o final de março.

"Essas medidas não só reduziram o preço, mas anteciparam o consumo daqueles que iriam comprar no futuro, dando um prêmio por conta da insegurança. Mexe diretamente com o principal problema que é a confiança do consumidor", afirmou. Juruna destacou que um bom ritmo de vendas é garantia de emprego. "É importante porque cada emprego na montadora significa 19 na cadeia produtiva", comentou o representante da Força Sindical.

Também em dezembro, o governo decidiu cortar pela metade a alíquota do Imposto de Renda para contribuintes que ganham entre R$ 1.434 e R$ 2.150 mensais. "O salário aumentava e a tabela não se modificava. As pessoas ganhavam mais e pagavam mais impostos", apontou Juruna. Outra redução de tributos do governo foi com relação ao Imposto sobre Operações Financeiras (IOF), que caiu de 3% ao ano para 1,5%.

Crédito
Na segunda metade de 2008, o colapso de bancos nos Estados Unidos por conta da crise do subprime provocou uma forte restrição de crédito no mundo inteiro. Uma das primeiras medidas anticrise do governo teve como objetivo restabelecer a oferta, com mudanças no recolhimento dos depósitos compulsórios por parte dos bancos. Segundo o presidente do Banco Central, Henrique Meirelles, as diversas modificações liberaram US$ 99,2 bilhões aos bancos até o final de janeiro.

Além disso, o governo concedeu R$ 36 bilhões das reservas internacionais para empresas brasileiras com dívidas no exterior e uma medida provisória autorizou o Banco do Brasil e a Caixa Econômica Federal a comprar carteiras de crédito de bancos privados. Para o diretor do Departamento de Pesquisas e Estudos Econômicos da Fiesp, Paulo Francini, estas medidas foram essenciais para combater os efeitos da crise.

"A crise se desenvolve no mundo em torno do tema crédito. E o crédito reduziu-se barbaridade no mundo. Então o governo lança mão de compulsório, lança mão de reservas, de medidas que permitem aos bancos comprar carteiras de bancos. Você vai tomando várias medidas para atender às demandas e o epicentro disso é crédito", afirmou.

No entanto, Oreiro, da UnB, adverte que a liberação dos compulsórios seria mais eficiente acompanhada de redução mais agressiva da taxa básica de juro. "Uma parte do crédito voltou, depois da forte retração em outubro e novembro. O que deveria ter sido feito junto à liberação do compulsório era uma redução mais drástica da taxa de juro. Sem isso, os bancos pegam as reservas e acabam comprando títulos públicos", explicou o economista.

Na opinião de Pina, as ações de distribuição de crédito via redução do compulsório e a disposição de capital de giro para empresas foram tomadas sem um cuidado maior na operação e não tiveram muito efeito. "O BNDES tem linhas que ficam paradas quase todo o ano, agora é pior ainda. Existem os recursos, mas as empresas e os bancos estão desconfiados. É preciso fazer com que os bancos tenham interesse em emprestar", afirmou o economista da Fecomercio-SP.

Futuro
Mesmo com todas essas medidas, a crise financeira ainda gera incertezas nos setores produtivos do País. Nos últimos meses, o medo do desemprego fez os consumidores adiarem compras. Por sua vez, a queda nas vendas pode obrigar as indústrias a cortarem a produção e demitir funcionários. Contra isso, empresários sugerem redução de jornada e de salários.

"Isto está previsto em lei. A Fiesp simplesmente manteve conversações com entidades sindicais quanto à aplicação daquilo que já está previsto em lei", afirmou Francini.

Segundo a ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff, uma das medidas que assegura um nível de emprego é a manutenção de investimentos no Programa de Aceleração do Crescimento (PAC). "Estamos esperando que a dificuldade ocorra em janeiro, fevereiro e março. Estamos certos que vamos manter o nível de investimento. É isso que funciona, é isso que significa investimento público. Ele funciona como um colchão. Por isso, nós colocamos R$ 100 bilhões no BNDES e a Petrobras ampliou o seu investimento em R$ 120 bilhões", afirmou.

Na mesma linha, Pina explica que a antecipação de gastos do governo substitui parte da demanda retraída do setor privado. "Ele dá o seguinte recado: não vou estourar as contas públicas, mas concentrar em um momento em que a demanda privada está pequena. Mas o governo não tem fôlego suficiente para fazer o papel de toda demanda", ressaltou. O economista da Fecomercio lembrou que a entidade já pleiteou junto ao governo isenções para transferência de imóveis e de automóveis, além de retirar o IPVA para veículos novos.

Já Oreiro foca suas propostas na capitalização do Banco do Brasil e da Caixa Econômica Federal pelo Tesouro para atender a demanda de crédito para capital de giro e reduzir o spread. "Aumentando o empréstimo e reduzindo as taxas, os dois vão forçar os bancos privados a acompanhar o movimento, até para não perderem participação no mercado", explicou o economista da UnB.

Até o Carnaval, o governou prometeu detalhar um pacote de incentivos para a construção de até um milhão de casas populares, direcionado a famílias com renda de até dez salários mínimos. "Estamos atentos a tudo o que está acontecendo e novas medidas serão tomadas caso haja uma avaliação de que sejam necessárias", disse o ministro da Fazenda, Guido Mantega, na última sexta-feira.

17:11
Anónimo disse...
Ex-ministro critica extensão do seguro-desemprego

Atualizada às 09h03

O ex-ministro do Trabalho Almir Pazzianotto criticou a decisão do governo federal de conceder o seguro-desemprego estendido a apenas alguns setores. "É certamente odioso e provavelmente inconstitucional", disse Pazzianotto, de acordo com o jornal O Estado de S. Paulo.

Na última qurta, dia do anúncio da medida, centrais sindicais elogiaram a atitude do governo. A Força Sindical divulgou nota dizendo que "o aumento ajudará a aquecer parte da economia, já que irá gerar mais consumo, produção e conseqüentemente, a criação de novos postos de trabalho". A União Geral dos Trabalhadores (UGT) afirmou que a medida "contribuirá para minimizar o drama dos trabalhadores que perderem seu emprego por conta da crise".

O ex-ministro, que instituiu o seguro-desemprego no País no governo de José Sarney, destacou a necessidade de as centrais sindicais se manifestarem contra a determinação. Para ele, as mudanças devem ser aplicadas a todas as categorias profissionais e a distinção é contrária ao artigo 3º da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT).

Pazzianotto atribui a medida a um possível temor do governo de que a crise econômica seja longa e não haja dinheiro para atender a todas as necessidades. Ainda assim, ele se mostra contrário ao método de concessão. "O seguro-desemprego ajuda a sanar necessidades básicas. Estendê-lo é paliativo, não a solução", disse ao jornal.

De acordo com o presidente do Conselho Deliberativo do Fundo de Amparo ao Trabalhador (Codefat) e conselheiro da Força Sindical, Luiz Fernando Emediato, a determinação já estava prevista na lei 8.900/94, que trata do seguro-desemprego.

O presidente da Comissão de Trabalho da Câmara, Pedro Fernandes (PTB-MA) vai além na crítica à concessão do seguro para apenas alguns setores. Ele acredita que a ampliação do benefício estimula o desemprego.

Quintino Severo, secretário geral da Central Única dos Trabalhadores (CUT), lembra que a ampliação do benefício sem critério e identificação pode incentivar demissões em outros setores.

17:13
Anónimo disse...
Empresas
TAM faz promoção para destinos internacionais

A companhia aérea TAM anunciou nesta sexta-feira tarifas promocionais para trechos internacionais. Os preços valem para bilhetes comprados entre 6h deste sábado e 23h59 deste domingo e são válidos para classe econômica. As tarifas, para ida e volta, serão vendidas a partir de US$ 99, mais taxas.

Segundo a aérea, a promoção vale para viagens feitas no período de 14 de fevereiro a 18 de junho de 2009. Para destinos na América do Sul, a permanência mínima é de dois dias; para bilhetes com destino nos Estados Unidos, cinco dias; e Europa, sete dias. A permanência máxima para as passagens para América do Sul e EUA é de dois meses e para Europa, três meses.

Entre os exemplos de tarifas promocionais, a TAM oferece São Paulo-Lima por US$ 99. Bilhetes para a rota São Paulo-Santiago serão vendidos a partir de US$ 199 e São Paulo-Nova York, US$ 799.

A emissão dos bilhetes deve ser feita obrigatoriamente no ato da reserva, obedecendo às regras estipuladas pela companhia. A compra está sujeita à disponibilidade de assentos nas classes tarifárias determinadas, trechos, horários e datas. A TAM afirmou que também há tarifas promocionais para a classe executiva.

Mais informações podem ser encontradas no site promocional (www.ofertastam.com.br), no site da empresa (www.tam.com.br) ou pelos telefones 4002-5700 ou 0800 5705700.

17:13
Anónimo disse...
Empresas
Consultoria negocia compra do parque temático Hopi Hari

A consultoria especializada em reestruturação de empresas Íntegra Associados informou nesta sexta-feira ter um acordo para comprar o parque de diversões Hopi Hari, localizado no interior de São Paulo. A empresa estaria disposta a investir R$ 10 milhões no parque, que tem dívida estimada em R$ 800 milhões. As informações são da edição deste sábado do jornal Folha de S. Paulo.

De acordo com o jornal, a transação ainda depende da negociação entre o Hopi Hari e seus credores, o que já estaria em andamento.

A consultoria paulista já atuou junto à Parmalat, durante 30 meses, quando reorganizou a gestão da empresa italiana.

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17:14
Anónimo disse...
Empresas
Disney de Tóquio contratará mais 2 mil apesar da crise


A Oriental Land, o operador da Disneylândia Tóquio e DisneySea, organizou neste domingo entrevistas para contratar cerca de 2 mil trabalhadores em tempo parcial, em um momento de grandes demissões deste tipo de empregados no Japão.

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O operador deste parque temático, situado em Urayasu, na província de Chiba (leste de Tóquio), está em pleno processo de seleção de empregados para 20 tipos de postos trabalhistas diferentes.

Segundo a companhia, citada pela agência local de notícias Kyodo, o parque contratará novos trabalhadores para as atrações, para os restaurantes e guardas de segurança entre outros. Os novos contratados começarão a trabalhar a partir de fevereiro.

O processo de seleção acontece em um momento em que a maioria das grandes companhias japonesas começaram a se ver obrigadas a despedir uma elevada percentagem de seus trabalhadores temporários e a tempo parcial.

Algumas inclusive anunciaram demissões de seus trabalhadores fixos, uma medida muito pouco comum nas companhias japonesas, perante os efeitos piores que o esperado pela crise econômica global.

Cerca de uma centena de pessoas esperavam desde a primeira hora desta manhã a abertura do centro de conferências Tokyo International Forum, onde as entrevistas estão sendo feitas, para ser os primeiros a solicitar os postos de trabalho.


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17:15
Anónimo disse...
Economia Internacional
Senado dos EUA aprova plano de estímulo à economia

O Senado dos Estados Unidos aprovou com 60 votos a favor e 38 contra o plano de estímulo à economia de US$ 787 bilhões na madrugada deste sábado. Agora, ele segue para sanção ou veto do presidente Barack Obama, que espera colocar a lei em prática até o dia 16 de fevereiro.

O plano prevê a criação de três milhões de empregos, inclui cortes de impostos às famílias, fundos para programas sociais e obras públicas, além de ajuda aos governos estaduais, estudantes e desempregados.

A cláusula Buy American - que exige o uso de ferro, aço e produtos manufaturados dos Estados Unidos em obras realizadas com recursos do pacote - ficou de lado. Segundo o texto definitivo, a cláusula será aplicada sem violar as normas do comércio internacional.

Ontem à tarde, a Câmara de Representantes (deputados) havia aprovado, por 246 votos a favor e 183 contra, a versão final do plano. Todos os republicanos foram contrários ao pacote.

Pelo acordo de quarta-feira entre Câmara e Senado, em vez de custar US$ 819 bilhões, como queriam os deputados, ou US$ 838 bilhões como pretendiam os senadores, o pacote ficou em cerca de US$ 787 bilhões, com 65% desse total destinado a gastos do governo federal e 35%, a créditos tributários.

17:16
Anónimo disse...
Economia nacional
Na era Lula, aposentadoria sobe 54% menos que salário mínimo

Thatiane Faria
Especial para o Terra
Direto de São Paulo

Os índices de reajustes concedidos pelo governo em 2009 para aposentados e pensionistas e para o salário mínimo repetiram uma diferença que, só durante o governo de Luiz Inácio Lula da Silva, já chega a 54%. Enquanto o mínimo foi majorado em 12% este ano, as pensões e aposentadorias tiveram aumento de 5,92%. Aposentados que têm o benefício do governo como única fonte de renda reclamam que perdem poder de compra e que sua cesta de compras é composta por itens que aumentam mais em relação à inflação oficial.

Um exemplo prático pode ser entendido a partir da comparação entre um aposentado que ganhava R$ 600 em janeiro de 2003. Na época, o benefício era três vezes, ou 200%, maior que o valor do mínimo em vigência, que era de R$ 200. Aplicando-se os índices de reajuste para aposentadorias e para o mínimo durante os últimos seis anos, o mesmo aposentado estaria recebendo hoje R$ 938,47, comparado a um salário mínimo de R$ 465. A diferença entre os dois valores caiu para pouco mais de 100%.

Enquanto o índice acumulado de reajuste para a aposentadoria durante o governo Lula foi de 60%, para o salário mínimo está em 132%.

O diretor do Sindicato Nacional dos Aposentados, João Inocentini, reclama que os valores dos benefícios para aposentadorias não mantêm o poder de compra do grupo, principalmente dos aposentados que recebem menos que dez salários mínimos.

Nem mesmo o fato de o índice de reajuste das aposentadorias ter ficado acima da inflação acumulada no mesmo período (o IPCA entre janeiro de 2003 e janeiro de 2009 foi de 39,7%) serve de argumento, segundo os aposentados.

"Os idosos, principalmente, têm gastos além das contas gerais como gás, telefone e aluguel. Para eles o custo com remédios, e outros itens da área saúde costuma ser maior", afirmou Inocentini.

O presidente do sindicato afirmou que o grupo realiza um estudo com 100 itens de necessidade de um idoso para comparar o aumento dos produtos com o índice de reajuste do benefício recebido pelos aposentados.

"Daqui dois meses vamos abrir um processo na Justiça e levar essa pesquisa como prova. Segundo a lei, o governo é obrigado a manter o poder de compra com a aposentadoria", disse Inocentini.

Alternativas
O consultor financeiro Cláudio Boriola diz que os aposentados, especialmente nesse momento de crise econômica, devem evitar compras parceladas, pesquisar preços, negociar e fazer bom planejamento financeiro.

Segundo Boriola, alguns aposentados ganham um valor mensal muitas vezes insuficiente para o pagamento das contas e acabam pedindo crédito ou realizando pagamentos a prazo e são obrigados a pagar juros altos.

Na opinião do consultor, pagar uma previdência privada é uma alternativa indicada para quem ainda trabalha, considerando a característica de perda de poder de compra da aposentadoria.

"Na prática, infelizmente os valores encontram-se em um patamar que está deteriorando o poder de aquisição da população brasileira", completou Boriola.

De acordo com o diretor da Confederação Brasileira de Aposentados e Pensionistas (Cobap), Vicente Fernandes Barbosa, representantes dos aposentados tentarão um encontro com o presidente da Câmara, deputado Michel Temer (PMDB-SP), para discutir projetos que minimizem a perda dos aposentados

17:17
Anónimo disse...
Previdência
Previdência prorroga isenção de tarifas no benefício

O atual sistema de pagamento aos 26 milhões de aposentados e pensionistas do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) será mantido até o final deste ano. O acordo, que permite realizar a operação sem nenhum custo aos beneficiários, foi renovado nesta sexta-feira, entre o governo federal e 21 instituições financeiras.

Por meio desse acordo, vigente desde setembro de 2007, nem os segurados, nem os bancos e nem o governo arcam com o pagamento de tarifas, conforme explicou o ministro da Previdência Social, José Pimentel. A prorrogação vale até dezembro, data máxima para que a Previdência defina as regras para um novo contrato.

Ao assinar o termo de renovação, na sede da Federação Brasileira dos Bancos (Febraban), o ministro disse que a intenção do governo é mudar o atual modelo de gestão visando a reduzir os custos dessas operações em torno da folha mensal, que atinge R$ 15,8 bilhões. No entanto, qualquer alteração, conforme explicou, passará antes por audiências públicas a serem realizadas a partir do segundo semestre deste ano, atendendo a determinação do Tribunal de Contas da União (TCU).

De acordo com Pimentel, com um redesenho do mecanismo de repasse dos recursos aos bancos em torno da folha de pagamento dos segurados o que se busca é um aumento da participação de instituições financeiras. Ele informou que, desde 2007, cada benefício custa em média R$ 1,07 ao governo. "Quanto mais instituições financeiras estiverem prestando serviços à sociedade, maior é a competitividade, a agilidade no atendimento", justificou.

O ministro observou, ainda, que, para permitir uma redução para algo em torno de meia hora no tempo de atendimento para a concessão dos direitos previdenciários, o governo investiu R$ 280 milhões.

Questionado sobre o descontentamento dos segurados que ganham acima de um salário mínimo terem obtido apenas a correção com base na variação do Índice de Preços ao Consumidor (INPC) , ficando abaixo do reajuste dado a quem recebe apenas o mínimo, Pimentel argumentou que o governo seguiu o que determina a lei e descartou a possibilidade de uma revisão

17:17
Anónimo disse...
Empresas
Caterpillar oferece aposentadoria antecipada a 2 mil


A companhia americana Caterpillar ofereceu a cerca de dois mil funcionários incentivos para que se aposentem de forma voluntária antes do previsto, pela perspectiva de uma queda "significativa" da atividade industrial, informou nesta quarta-feira a empresa.

A iniciativa, destinada aos trabalhadores de diversas fábricas em Illinois, Colorado, Tennessee e Pensilvânia, se soma aos cortes de empregos anunciados em janeiro, explicou em comunicado de imprensa.

A empresa, a maior fabricante mundial de maquinaria pesada para a construção e a mineração, acrescentou que, "em função das condições de negócio, podem ser necessárias mais reduções de elenco voluntárias e involuntárias à medida que o ano avança".

O vice-presidente da companhia, Sid Banwart, explicou que a empresa prevê "demissões significativas em todas as regiões geográficas e na maioria dos setores devido às dificuldades da economia mundial".

17:18
Anónimo disse...
Comércio
Comércio exterior da OCDE caiu no 3º trimestre de 2008


As exportações e as importações dos países da Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Econômico (OCDE) caíram 1,6% e 0,2%, respectivamente, no terceiro trimestre de 2008, em relação aos três meses anteriores.

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Trata-se da primeira queda destas atividades desde o terceiro trimestre de 2006, segundo o último relatório trimestral sobre fluxos comerciais divulgado pela OCDE.

As exportações e as importações em dólares dos 30 Estados-membros caíram 15,6% e 17%, respectivamente, na comparação anualizada.

Por sua vez, o comércio dos sete países mais ricos do mundo (G7) teve um pequeno crescimento no terceiro trimestre de 2008 com uma queda das exportações de mercadorias de 0,2% em relação ao trimestre anterior e um aumento de 0,4% das importações.

Em termos anualizados, as importações do G7 caíram 1,4% entre julho e setembro do ano passado, seu primeiro retrocesso desde o terceiro trimestre de 2006, enquanto as exportações aumentaram 1,9%, seu crescimento mais baixo no mesmo tempo.

Por países, a Alemanha aumentou suas importações em 3,4% - valor mais alto do G7 -, enquanto suas exportações caíram 2,9% do segundo para o terceiro trimestre de 2008.

Pelo contrário, as exportações americanas aumentaram 1,8% entre julho e setembro de 2008, enquanto as importações caíram 0,7% em relação ao trimestre anterior. No Japão, tanto as importações quanto as exportações caíram em torno de 1% no mesmo período.

17:19
Anónimo disse...
Economia Nacional
Lula: juros de crédito consignado a aposentados são altos

Atualizada às 17h29

O presidente Luis Inácio Lula da Silva afirmou nesta terça-feira, em São Paulo, que está lutando para reduzir as taxas de juros cobradas de aposentados em crédito consignado. A Previdência Social estabelece uma taxa máxima de 2,5% para empréstimo e de 3,5% para cartão. Para Lula, os valores são altos.

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"Acho que o juro que os aposentados estão pagando hoje com o crédito consignado é alto para o padrão brasileiro", disse o presidente durante a cerimônia de comemoração dos 86 anos do INSS.

A Previdência anunciou nesta terça-feira que aposentados e trabalhadoras com licença-maternidade poderão receber seus benefícios em 30 minutos. De acordo com Lula, em junho, a aposentadoria do trabalhador rural também será conseguida em meia hora.

Além disso, o presidente anunciou que, também em junho, os trabalhadores que alcançarem o direito à aposentadoria passarão a receber em suas casas um comunicado da Previdência informando o fato e o valor do salário que têm direito a receber. "É um comprometimento público que estou fazendo com os companheiros da Previdência Social", disse.

"Estamos retribuindo ao contribuinte da Previdência Social aquilo que é a cidadania que ele tem direito", afirmou Lula. "Se para cobrar nós somos tão precisos, para devolver o dinheiro, temos que chegar próximo à perfeição", completou.

17:20
Anónimo disse...
Economia Nacional
Salário maternidade sairá em 30 minutos, diz ministro

Toda trabalhadora autônoma que tiver contribuído pelo menos 10 meses com o Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) - ou as que possuírem carteira assinada - poderão receber em 30 minutos o salário maternidade a partir desta terça-feira. Da mesma forma, as mulheres com 30 anos de contribuição e os homens com 35 anos também terão direito ao benefício de forma mais rápida. A informação é do ministro da Previdência Social, José Pimentel.

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Para requerer o salário maternidade, é preciso que as autônomas levem a carteira de identidade e o carnê de contribuição. As demais trabalhadoras devem apresentar a identificação e a carteira de trabalho. Desde o início do mês, a nova forma de análise para a concessão de benefícios foi adotada para a aposentadoria por idade do trabalhador urbano e agora foi estendida para o salário maternidade e por tempo de contribuição.

O ministro disse que a qualificação do serviço da previdência social é o reconhecimento do direito dos trabalhadores e da afirmação da cidadania.

"Até pouco tempo na cabeça do cidadão o serviço devia ser de péssima qualidade. Agora não, nós modificamos toda a legislação no mês de dezembro numa ação conjunta do Congresso Nacional com o governo federal. Estamos implantando e concedendo os benefícios em até 30 minutos", afirmou.

O ministro destacou que para conseguir se aposentar ou ter acesso à licença maternidade em 30 minutos, em primeiro lugar, é necessário que o cidadão esteja vinculado à Previdência, o que inclui 65% da população acima de 16 anos de idade.

"Depois bastar marcar pelo sistema 135 o dia e a hora do atendimento e levar a documentação. Se todos os dados necessários estiverem corretos o contribuinte será atendido em até 30 minutos, como vem sendo feito com as aposentadorias por idade desde o dia cinco de janeiro", explicou.

Pimentel disse ainda que em 90% das agências da previdência social o atendimento é marcado em até 48 horas. Nos grandes centros, entretanto existe um volume maior o que torna mais lento o processo.

"Estamos criando mais 715 agências até 2010, em todo o território nacional, para descentralizar o atendimento. Em 2008, atendemos 295 mil benefícios e aposentadorias por idade. Temos 4 mil pessoas por dia procurando e se aposentando por idade no território nacional. Este serviço será agilizado", concluiu.
17:26
Anónimo disse...
Giuseppe Englaro, pai de Eluana, a italiana que morreu na segunda-feira passada por desidratação, recusou uma grande soma de dinheiro de um conhecido fotógrafo italiano que queria retratar a filha em estado de coma, disse neste sábado o neurologista que atendia a mulher desde 1996, Carlo Defanti.

O neurologista, que participou hoje de uma conferência sobre eutanásia, disse que Englaro respeitou a vontade da filha, que, antes do acidente, tinha pedido que, se lhe ocorresse qualquer coisa irreversível, apresentasse sua imagem de quando estava em boas condições.

Antes de sofrer o acidente de trânsito, em 1992, Eluana viveu o coma de um amigo, Alessandro, o que causou forte impacto na italiana e a levou a fazer o pai prometer que não a deixasse viver em estado vegetativo, disse o próprio Giuseppe Englaro.

Defanti, que dissera que Eluana poderia viver de dez a 12 dias depois da suspensão da alimentação e da hidratação, disse que, como médico, tinha que reprovar esta afirmação.

"Não se pode sobreviver após três ou quatro dias sem líquido e, em particular, água em um corpo. Sabemos bem que, quando há um terremoto, após quatro dias é difícil encontrar sobreviventes".

Defanti ressaltou que Eluana "não falava, não se comunicava com o exterior" e que, após vários exames, "nos deparamos com uma moça que tinha perdido a consciência", porque estava com o córtex cerebral prejudicado.

Eluana foi enterrada na quinta-feira passada no túmulo da família na localidade de Paluzza, em Udine, após um funeral que não contou com a presença dos pais.

16:53
Anónimo disse...
Os bombeiros combatem neste sábado os incêndios na Austrália favorecidos pelo bom tempo, enquanto os deslocados encotram em seu retorno casas derruídas, carros queimados nas ruas e destruição.

Depois de sete dias desde que começaram os incêndios no Estado de Victoria, a lista de mortos chega a 181, os desaparecidos somam 50, os edifícios destruídos totalizam 1,834 mil e o terreno arrasado, principalmente florestas, ocupa uma área de 4,13 mil quilômetros quadrados.

As equipes de bombeiros, formadas por 4 mil profissionais de Victoria, de outras partes da Austrália e de países amigos, combateram hoje 12 focos fora de controle e nenhum representava uma ameaça direta para a população.

O subdiretor do Serviço de Bombeiros, Geoff Conway, disse que este tempo favorável, que se prolongará durante o domingo, permite consolidar as linhas de contenção e avançar na extinção das chamas.

Cinzas apareceram arrastadas por ventos do nordeste sobre Melbourne, onde habitam 3,8 milhões de pessoas, e as autoridades alertaram aos cidadãos do risco para a saúde de idosos, crianças e pessoas com problemas respiratórios.

O número de pessoas deslocadas - a Cruz Vermelha chegou a receber 7 mil - começou a cair com a abertura de algumas localidades atingidas.

Os incêndios, alguns criminosos, começaram em 7 de fevereiro, quando a região sul da Austrália estava há duas semanas sob uma onda de calor sem precedentes.

Na sexta-feira passada, a polícia acusou uma pessoa de ter provocado o incêndio que atingiu a localidade de Churchill e matou 21 pessoas.

16:55
Anónimo disse...
A primeira chuva em seis dias reduziu a ameaça de incêndios no Estado de Victoria, ao sul da Austrália. As autoridades, porém, advertiram que ainda existem 12 focos, mas que nenhum deles ameaça áreas povoadas.

Mais de quatro mil bombeiros, mil provenientes de outras partes do país e de outras nações, trabalham contra o fogo. Cerca de 600 veículos e 28 helicópteros e pequenos aviões estão sendo usados.


Eles conseguiram construir linhas de contenção para evitar os incêndios de Yarra e Maroondah se juntassem. Também foram controlados os incêndios abertos de Yea e Murrindindi, que ameaçavam as comunidades de Connellys Creek, Crystal Creek, Scrubby Creek e Native Dog Creek.

O número de mortos chegou a 181, mas as autoridades acreditam que as vítimas devem passar de 200, já que ainda há muitos desaparecidos.

16:55
Anónimo disse...
Aqui nesta coluna, na semana passada, tive a oportunidade de comentar sobre a recente visita do professor brasileiro Pedrinho Guareschi à Austrália. Não dei, porém, os fatos, pois semana passada o assunto era outro.

Hoje, porém, vamos a eles.

No último dia 4 de fevereiro, aconteceu o Seminário "Paulo Freire: Education and Liberation", organizado pelo centro de estudos latino-americanos da Universidade Nacional da Austrália, ou ANU, como é mais conhecida por aqui.

A ANU, para quem não sabe, está entre as 20 melhores universidades do mundo! E tem sede aqui em Camberra, capital da Austrália.

Na abertura do evento, o professor John Minns, diretor do centro latino-americano, ao dar boas-vindas ao público presente, lembrou ser aquele o primeiro seminário exclusivamente dedicado a Paulo Freire na Austrália.

Em seguida, convidou Pedrinho Guareschi, palestrante principal do Seminário, a fazer sua apresentação.

A plateia pode então conhecer, pelas palavras de Pedrinho, um pouco da obra e da vida de Freire, esse brasileiro de fé e valor, que sempre acreditou na educação, sobretudo dos menos favorecidos, analfabetos, como força libertadora.

Como não podia deixar de ser, os conceitos e ideias revolucionários de Paulo Freire, expostos com clareza por Pedrinho, despertaram o interesse e a curiosidade de plateia. A qual, deve-se notar, era na maioria de estudantes, mas de várias nacionalidades, sobretudo australianos e asiáticos.

Na continuação do programa do seminário, que se estendeu por dois dias, outros professores fizeram palestras sobre temas ligados à obra de Paulo Freire.

Interessante, por exemplo, saber que a professora Anne Hickling-Hudson, jamaicana que mora na Austrália há muitos anos (é professora da ANU), conheceu e trabalhou com Freire num workshop educacional durante a revolução na Ilha de Granada, em 1980, antes da invasão dos Estados Unidos...

Ou, então, a palestra da Professora Gerda Roelvink, da Nova Zelândia, que participou do Fórum Social de Porto Alegre em 2005. E essa participação transformou-se em tema de doutorado.

No dia 10, terça-feira passada, o padre Pedrinho Guareschi voltou a falar ao público australiano em grande auditório localizado no belíssimo campus da ANU. Desta vez, sobre a Teologia da Libertação.

Depois da palestra, John Minns mostrou o filme mexicano "O Crime do Padre Amaro", no qual um dos personagens é um padre católico praticante da Teologia da Libertação.

Mais uma vez, foi grande o intersse da platéia, que pode aprender e conhecer um pouco como se desenvolveu aquele importante movimento católico na América Latina.

Fica, assim, ao Pedrinho, bem como a outros brasileiros estudiosos e de bom coração que saem pelo mundo a divulgar aspectos importantes da cultura brasileira, o respeito e a homenagem desta coluna. E... aquele abraço!

16:57
Anónimo disse...
Amanda Kitts perdeu o braço esquerdo em um acidente de automóvel acontecido três anos atrás, mas hoje em dia ela joga futebol americano com seu filho de 12 anos de idade, troca fraldas e abraça as crianças nas três creches Kiddie Cottage que opera em Knoxville, Tennessee. Kitts, 40 anos, faz tudo isso com a ajuda de um novo tipo de braço artificial que se movimenta com mais facilidade do que outros aparelhos e que ela pode controlar utilizando apenas seus pensamentos.

"Eu sou capaz de mexer a mão, o pulso e o cotovelo ao mesmo tempo", diz. "Você pensa e os músculos se movem em seguida".

A recuperação que ela conseguiu resulta de um novo procedimento que vem atraindo crescente atenção porque permite que pessoas movam braços protéticos de forma mais automática do que faziam no passado, simplesmente utilizando nervos reaproveitados em seus cérebros.

A técnica, conhecida como "renervação muscular dirigida", envolve utilizar os nervos que restam depois da amputação de um braço e conectá-los a outro músculo do corpo, em geral no peito. Eletrodos são instalados sobre os músculos do peito, e operam como se fossem antenas. Quando a pessoa deseja mover o braço, o cérebro envia sinais que primeiro resultam em contração dos músculos do peito, os quais enviam um sinal ao braço protético, instruindo-se a se movimentar. O processo não requer mais esforços consciente do que a pessoa teria de exercitar caso ainda tivesse seu braço natural.

Na terça-feira, pesquisadores reportaram em estudo publicado pela versão online do Journal of the American Medical Association que haviam levado a técnica ainda mais à frente, tornando possível a execução de 10 movimentos de mão, pulso e cotovelo diferentes, o que representa uma substancial melhora com relação ao típico repertório protético, que em geral envolve apenas dobrar o cotovelo, girar o pulso e abrir a mão.

"Os novos métodos tiveram impacto dramático em nosso campo de trabalho", disse Stuart Harshbarger, engenheiro biomédico na Universidade Johns Hopkins e diretor do programa de pesquisa sobre próteses, financiado pelas forças armadas, que inclui o trabalho com essa técnica. "O método já está em uso por médicos e cirurgiões comuns em todo o país. A capacidade de controlar um membro protético bastante robusto que ele confere surpreendeu a todos pela qualidade".

Tipicamente, uma pessoa que tenha um braço protético só é capaz de executar alguns poucos movimentos, e muitas vezes com tamanha lentidão que isso só permite a ela atividades limitadas.

Há um motor separado para cada movimento, diz Gerald Loeb, professor de engenharia biomédica na Universidade do Sul da Califórnia, "e esses motores precisam ser controlados de maneira explícita", usualmente por um esforço consciente da pessoa para contrair músculos nas costas ou no bíceps.

"Essencialmente, até agora os pacientes controlavam apenas um motor de cada vez", diz Loeb, "e precisavam pensar cuidadosamente sobre que motor desejavam controlar e como fazê-lo operar, em lugar de simplesmente pensarem em mover o braço e poderem fazê-lo sem delongas".

Antes que Kitts passasse pelo procedimento de renervação, em outubro de 2007, por exemplo, ela precisava movimentar os músculos de suas costas de determinada maneira para fazer com que seu pulso girasse, e flexionar seu bíceps e tríceps para fazer com que o cotovelo se movesse para cima e para baixo. "Era muito trabalho", ela conta. "E não me ajudava muito".

O procedimento de renervação é parte de uma recente explosão de idéias novas e técnicas inovadoras que estão sendo exploradas enquanto os cientistas se esforçam por ajudar as pessoas a compensar melhor a perda de membros ou problemas de paralisia. O esforço vem sendo alimentado pelo aumento no número de amputações causado por diabetes e por ferimentos sofridos pelos militares, e ao mesmo tempo pelos avanços na tecnologia médica.

Os braços se tornaram um dos focos essenciais desse tipo de trabalho. A ciência há muito vem obtendo sucessos no desenvolvimento de próteses de perna, mas é muito mais difícil imitar a complexidade e a destreza das mãos e dos braços.

Os esforços em curso incluem o desenvolvimento de projetos de pele e braços mais sensíveis e mais flexíveis, e o uso de dispositivos acionados por controles sem fio implantado nos braços protéticos, que permitiriam movimentos mais naturais.

Os pesquisadores também vêm usando sensores implantados nos cérebros de cobaias para permitir que dois macacos controlem um braço mecânico, e um teste com um homem paralítico permitiu, com esse método, que ele movimentasse um cursor em uma tela de computador.

Alguns desses métodos, caso venham a ser aperfeiçoados plenamente e consigam aprovação das autoridades regulatórias da saúde, podem no futuro se tornar mais viáveis para os pacientes de amputações.

E embora a técnica da renervação não requeira aprovação das autoridades regulatórias porque é executada por meios cirúrgicos e emprega aparelhos já existentes, ela apresenta limitações que até mesmo seus criadores reconhecem, entre as quais o fato de que não se pode utilizá-la para todos os pacientes, o seu alto custo e o prazo de meses requerido para que os nervos reconectados cresçam e se tornem efetivos.

Ainda assim, os especialistas dizem que é o mais avançado sistema em uso hoje para pacientes reais que permite que o sistema nervoso controle diretamente o movimento de um braço artificial.

Desde sua introdução por Todd Kuiken, médico fisioterapeuta e engenheiro biomédico do Instituto de Reabilitação de Chicago, o método foi empregado em cerca de 30 pacientes nos Estados Unidos, Canadá e Europa, entre os quais oito soldados feridos no Iraque e no Afeganistão.

Muitos dos pacientes, entre os quais o primeiro, Jesse Sullivan, um operário do setor elétrico no Tennessee que perdeu os dois braços quando foi eletrocutado por um cabo, conseguem não apenas manipular seus braços protéticos mas sentir a presença das mãos que já não têm quando alguém toca em seus peitos.

Sullivan, 62 anos, e Kitts, estavam entre os cinco pacientes que participaram do estudo reportado na terça-feira. Em companhia de cinco outras pessoas que não passaram por amputações, eles receberam os eletrodos e foram instruídos a usar pensamentos para fazer com que um braço virtual na tela reproduzisse 10 movimentos diferentes, entre os quais três formas diferentes de aperto de mão.

Os pacientes apresentaram desempenho bastante respeitável, apenas um pouco mais lento e menos preciso do que os dos participantes que não tinham amputações.

"As velocidades de movimento que encontramos em nossos pacientes foram realmente encorajadoras", disse Kuiken. "Eles conseguiram completar a tarefa. É claro que não foram tão competentes quanto as pessoas dotadas de plena capacidade física, mas foram bons o bastante".

Um braço virtual foi usado porque a maioria das próteses existentes não era capaz de acomodar todos aqueles movimentos, no momento da pesquisa, ainda que Sullivan, Kitts e uma terceira paciente, Claudia Mitchell, tenham experimentado dois novos protótipos mais versáteis de braços artificiais, executando tarefas complexas com bolas de tênis e outros objetos.

O trabalho de renervação em soldados apresenta outros desafios, diz Kuiken, porque os ferimentos militares muitas vezes "causam danos muitos extensos" a nervos, músculos ou ossos.

Daniel Acosta, 25 anos, um aviador ferido pela detonação de uma bomba em uma estrada do Iraque em 2005, passou pelo procedimento no ano passado e diz que seu braço esquerdo protético agora se movimenta "muito mais rápido" e de maneira muito mais natural.

"A diferença é que agora não preciso mais pensar para mover o braço", ele diz. "Ele simplesmente se mexe".

Ainda assim, Acosta, de San Antonio, diz que "o processo foi bastante longo" e que os eletrodos precisam ser ajustados para receber os sinais à medida que os nervos crescem ou mudam de posição.

E embora elogiem o método, os especialistas afirmam que a ciência das próteses de braço ainda tem muito por avançar.

"Trata-se de uma parte crucial, mas ainda assim apenas uma parte, das muitas coisas que compreendem a função normal de um braço", disse Loeb, que escreveu um editorial que acompanha o artigo no Journal of the American Medical Association.

"No momento estamos a meio do caminho entre o braço de 'Dr. Fantástico', que fazia involuntariamente a saudação nazista, e o braço de Luke Skywalker em 'Guerra nas Estrelas', que funciona sem nenhum problema assim que é conectado. Creio que precisaremos ainda de muitos anos para conectar todas as peças necessárias a produzir um braço capaz de funcionar normalmente".

17:04
Anónimo disse...
A Espanha disse neste sábado que está preparando uma reclamação oficial contra a decisão da Venezuela de expulsar um membro do Parlamento Europeu que criticou o conselho eleitoral venezuelano.
Luis Herrero, membro do partido conservador espanhol PP, foi deportado na sexta-feira depois que o Conselho Nacional Eleitoral (CNE) o acusou de questionar a imparcialidade da instituição antes de um referendo que pode permitir ao presidente Hugo Chávez permanecer no cargo indefinidamente.

Herrero estava na Venezuela como observador do referendo. Ele acusou Chávez de ter "comportamentos típicos de um ditador" por pedir a contenção de manifestações da oposição.

O governo da Espanha convocou um encontro com o embaixador da Venezuela em Madri para expressar a desaprovação sobre a expulsão de Herrero, disse um representante do Ministério das Relações Exteriores espanhol.

As relações da Venezuela com a Espanha tiveram seu ponto crítico em 2007, quando Chávez ameaçou rever acordos diplomáticos e comerciais depois de ouvir um "cala a boca" do rei espanhol Juan Carlos durante uma cúpula.

A fenda foi oficialmente reparada em 2008, com uma visita oficial de Chávez à Espanha, onde ele cumprimentou o rei e discutiu acordos para investimento no setor petroquímico com o primeiro-ministro José Luis Rodriguez Zapatero.

17:06
Anónimo disse...
A polícia do Zimbábue anunciou neste sábado que acusa de traição Roy Bennett, dirigente do até agora opositor Movimento para a Mudança Democrática (MDC), detido na sexta-feira, em Harare, poucas horas antes da cerimônia de posse dos membros do novo gabinete.

"A Polícia nos informou que vão apresentar acusações de traição", disse à agência EFE o advogado de defesa de Bennett, Trust Maanda.

"Tentam relacionar Roy com o caso de Mike Hitschmann, que foi detido em 2006 em relação à descoberta de um carregamento de armas, apesar de que Hitschmann não tenha sido declarado culpado das acusações de traição apresentadas contra ele, mas de um crime menor de descumprimento de leis", disse Maanda.

O político opositor, designado por seu partido como vice-ministro de Agricultura no Governo de união nacional, esteve no exílio na vizinha África do Sul desde 2006 e retornou ao Zimbábue há duas semanas.

Segundo a Polícia, que deteve Bennett ontem no aeroporto de Harare quando pretendia ir à África do Sul para visitar sua família, as armas apreendidas em 2006 seriam utilizadas em um golpe de Estado para derrubar o presidente do Zimbábue, Robert Mugabe.

Depois da detenção, Bennet foi levado a Mutar, onde vários simpatizantes do MDC se concentraram em frente à delegacia na qual estava detido, diante do que a Polícia respondeu com tiros para o alto para dispersar os manifestantes.

17:07
Anónimo disse...
Austrália: 14 mil se candidatam a 'emprego dos sonhos'

A secretaria de Turismo de Queensland, na Austrália, informou que até esta segunda-feira já recebeu cerca de 14 mil inscrições para o "o melhor emprego do mundo". O Estado australiano promove pela internet seleção para vaga de "zelador" da ilha Hamilton, por seis meses com um salário de R$ 40 mil.

Muitos candidatos tiveram problemas durante a inscrição por conta dos acessos simultâneos ao site. A secretaria aconselha enviar os vídeos de 60s explicando porque deve ser escolhido em horários alternativos do dia, além de recomendar tamanho em torno de 40MB.

As inscrições começaram em 12 de janeiro e vão até o próximo dia 22 e podem ser feitas pelo site www.islandreefjob.com. O governo australiano escolherá 50 candidatos para a próxima fase da seleção, que terá votos do público para eleger um dos 11 finalistas.

A última fase terá entrevistas e desafios físicos, no próprio local de trabalho: as ilhas da Grande Barreira Coralina - o maior recife de coral do mundo. A secretaria de Turismo anunciará o vencedor no dia 6 de maio.

17:09
Anónimo disse...
Mercado elogia governo na crise, mas pede maior queda no juro

Peter Fussy
Direto de São Paulo

Desde as primeiras medidas anunciadas para combater os efeitos da crise, o governo brasileiro avisou que a estratégia não contemplaria um pacote. Seriam doses pontuais, de acordo com a necessidade da economia diante do agravamento das turbulências. Da primeira liberação dos depósitos compulsórios em setembro até a ampliação do seguro-desemprego na última quarta-feira, o governo passou por redução de impostos, ampliação de crédito e incentivos à exportação. Quase 150 dias após a primeira medida, o Terra conversou com líderes do setor público e privado, representantes dos trabalhadores, acadêmicos e com o próprio governo para saber quais destas ações foram mais eficazes, quais foram mais ineficientes e o que mais pode ser feito pelo Estado brasileiro contra a crise.

Os maiores elogios foram direcionados à atitude de reduzir o Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) para a indústria automobilística, anunciada em dezembro e que fez com que os emplacamentos de carros novos subissem 1,9% no primeiro mês do ano em relação a dezembro de 2008. Já as maiores críticas foram para a lentidão no corte da taxa básica de juro do País.

Para o presidente do conselho administrativo do Grupo Pão de Açúcar, Abílio Diniz, o Estado não é responsável pela crise e mesmo assim está agindo "com extrema serenidade e muito acerto". "O governo está atento, fazendo a sua parte. É preciso coragem de baixar firmemente a taxa de juros. É uma arma que temos a nosso favor, já que não há clima para inflação, nem possibilidade de danos para a macroeconomia", afirmou Diniz.

Na última reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), em janeiro, a taxa Selic foi reduzida em um ponto percentual, de 13,75% para 12,75% ao ano. Porém, o professor de economia da Universidade de Brasília (UnB) José Luiz Oreiro lembra que este corte representa uma redução de apenas 0,25 ponto percentual com relação à taxa de setembro do ano passado, quando a crise se agravou.

"Pouco antes da eclosão da crise, o Banco Central aumentou a taxa em 0,75 ponto. Foram cinco meses de demora para reduzir em termos líquidos apenas 0,25 ponto", afirmou o economista, que também sugeriu redução do intervalo de cerca de 90 dias entre as reuniões do Copom e o corte de pelo menos um 1 ponto percentual em cada reunião.

Mesmo com o corte de janeiro, a taxa de juros real continua sendo a maior do mundo, lembrou o secretário-geral da Força Sindical, João Carlos Gonçalves, o Juruna. "A redução da taxa de juro ainda é pequena, porque ela continua uma das mais altas do mundo. Falta ousadia para baixar os juros e ajudar o cidadão. A permanência da taxa de juro alta é negativa para o País em meio a crise", afirmou Juruna.

Embora aprove as ações do governo, o senador Aloízio Mercadante (PT-SP) também acredita que o patamar da Selic está muito alto. "Sempre fomos os primeiros a entrar em qualquer crise, o que não aconteceu agora. A taxa Selic ainda é muito alta, mas o governo têm tomado medidas acertadas, como o aumento do salário mínimo, mesmo com um cenário de crise. Isso ajuda a movimentar o consumo. O governo está se esforçando para manter os investimentos e o crescimento", disse.

Tributos
De acordo com o economista Fabio Pina, da Fecomercio-SP, as ações mais positivas estão relacionadas à redução de tributos para alguns segmentos, como a indústria automobilística, que recuperou parte da queda nas vendas em janeiro com a isenção do IPI para carros 1.0 l e o corte para demais motorizações. A medida vale até o final de março.

"Essas medidas não só reduziram o preço, mas anteciparam o consumo daqueles que iriam comprar no futuro, dando um prêmio por conta da insegurança. Mexe diretamente com o principal problema que é a confiança do consumidor", afirmou. Juruna destacou que um bom ritmo de vendas é garantia de emprego. "É importante porque cada emprego na montadora significa 19 na cadeia produtiva", comentou o representante da Força Sindical.

Também em dezembro, o governo decidiu cortar pela metade a alíquota do Imposto de Renda para contribuintes que ganham entre R$ 1.434 e R$ 2.150 mensais. "O salário aumentava e a tabela não se modificava. As pessoas ganhavam mais e pagavam mais impostos", apontou Juruna. Outra redução de tributos do governo foi com relação ao Imposto sobre Operações Financeiras (IOF), que caiu de 3% ao ano para 1,5%.

Crédito
Na segunda metade de 2008, o colapso de bancos nos Estados Unidos por conta da crise do subprime provocou uma forte restrição de crédito no mundo inteiro. Uma das primeiras medidas anticrise do governo teve como objetivo restabelecer a oferta, com mudanças no recolhimento dos depósitos compulsórios por parte dos bancos. Segundo o presidente do Banco Central, Henrique Meirelles, as diversas modificações liberaram US$ 99,2 bilhões aos bancos até o final de janeiro.

Além disso, o governo concedeu R$ 36 bilhões das reservas internacionais para empresas brasileiras com dívidas no exterior e uma medida provisória autorizou o Banco do Brasil e a Caixa Econômica Federal a comprar carteiras de crédito de bancos privados. Para o diretor do Departamento de Pesquisas e Estudos Econômicos da Fiesp, Paulo Francini, estas medidas foram essenciais para combater os efeitos da crise.

"A crise se desenvolve no mundo em torno do tema crédito. E o crédito reduziu-se barbaridade no mundo. Então o governo lança mão de compulsório, lança mão de reservas, de medidas que permitem aos bancos comprar carteiras de bancos. Você vai tomando várias medidas para atender às demandas e o epicentro disso é crédito", afirmou.

No entanto, Oreiro, da UnB, adverte que a liberação dos compulsórios seria mais eficiente acompanhada de redução mais agressiva da taxa básica de juro. "Uma parte do crédito voltou, depois da forte retração em outubro e novembro. O que deveria ter sido feito junto à liberação do compulsório era uma redução mais drástica da taxa de juro. Sem isso, os bancos pegam as reservas e acabam comprando títulos públicos", explicou o economista.

Na opinião de Pina, as ações de distribuição de crédito via redução do compulsório e a disposição de capital de giro para empresas foram tomadas sem um cuidado maior na operação e não tiveram muito efeito. "O BNDES tem linhas que ficam paradas quase todo o ano, agora é pior ainda. Existem os recursos, mas as empresas e os bancos estão desconfiados. É preciso fazer com que os bancos tenham interesse em emprestar", afirmou o economista da Fecomercio-SP.

Futuro
Mesmo com todas essas medidas, a crise financeira ainda gera incertezas nos setores produtivos do País. Nos últimos meses, o medo do desemprego fez os consumidores adiarem compras. Por sua vez, a queda nas vendas pode obrigar as indústrias a cortarem a produção e demitir funcionários. Contra isso, empresários sugerem redução de jornada e de salários.

"Isto está previsto em lei. A Fiesp simplesmente manteve conversações com entidades sindicais quanto à aplicação daquilo que já está previsto em lei", afirmou Francini.

Segundo a ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff, uma das medidas que assegura um nível de emprego é a manutenção de investimentos no Programa de Aceleração do Crescimento (PAC). "Estamos esperando que a dificuldade ocorra em janeiro, fevereiro e março. Estamos certos que vamos manter o nível de investimento. É isso que funciona, é isso que significa investimento público. Ele funciona como um colchão. Por isso, nós colocamos R$ 100 bilhões no BNDES e a Petrobras ampliou o seu investimento em R$ 120 bilhões", afirmou.

Na mesma linha, Pina explica que a antecipação de gastos do governo substitui parte da demanda retraída do setor privado. "Ele dá o seguinte recado: não vou estourar as contas públicas, mas concentrar em um momento em que a demanda privada está pequena. Mas o governo não tem fôlego suficiente para fazer o papel de toda demanda", ressaltou. O economista da Fecomercio lembrou que a entidade já pleiteou junto ao governo isenções para transferência de imóveis e de automóveis, além de retirar o IPVA para veículos novos.

Já Oreiro foca suas propostas na capitalização do Banco do Brasil e da Caixa Econômica Federal pelo Tesouro para atender a demanda de crédito para capital de giro e reduzir o spread. "Aumentando o empréstimo e reduzindo as taxas, os dois vão forçar os bancos privados a acompanhar o movimento, até para não perderem participação no mercado", explicou o economista da UnB.

Até o Carnaval, o governou prometeu detalhar um pacote de incentivos para a construção de até um milhão de casas populares, direcionado a famílias com renda de até dez salários mínimos. "Estamos atentos a tudo o que está acontecendo e novas medidas serão tomadas caso haja uma avaliação de que sejam necessárias", disse o ministro da Fazenda, Guido Mantega, na última sexta-feira.

17:11
Anónimo disse...
Ex-ministro critica extensão do seguro-desemprego

Atualizada às 09h03

O ex-ministro do Trabalho Almir Pazzianotto criticou a decisão do governo federal de conceder o seguro-desemprego estendido a apenas alguns setores. "É certamente odioso e provavelmente inconstitucional", disse Pazzianotto, de acordo com o jornal O Estado de S. Paulo.

Na última qurta, dia do anúncio da medida, centrais sindicais elogiaram a atitude do governo. A Força Sindical divulgou nota dizendo que "o aumento ajudará a aquecer parte da economia, já que irá gerar mais consumo, produção e conseqüentemente, a criação de novos postos de trabalho". A União Geral dos Trabalhadores (UGT) afirmou que a medida "contribuirá para minimizar o drama dos trabalhadores que perderem seu emprego por conta da crise".

O ex-ministro, que instituiu o seguro-desemprego no País no governo de José Sarney, destacou a necessidade de as centrais sindicais se manifestarem contra a determinação. Para ele, as mudanças devem ser aplicadas a todas as categorias profissionais e a distinção é contrária ao artigo 3º da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT).

Pazzianotto atribui a medida a um possível temor do governo de que a crise econômica seja longa e não haja dinheiro para atender a todas as necessidades. Ainda assim, ele se mostra contrário ao método de concessão. "O seguro-desemprego ajuda a sanar necessidades básicas. Estendê-lo é paliativo, não a solução", disse ao jornal.

De acordo com o presidente do Conselho Deliberativo do Fundo de Amparo ao Trabalhador (Codefat) e conselheiro da Força Sindical, Luiz Fernando Emediato, a determinação já estava prevista na lei 8.900/94, que trata do seguro-desemprego.

O presidente da Comissão de Trabalho da Câmara, Pedro Fernandes (PTB-MA) vai além na crítica à concessão do seguro para apenas alguns setores. Ele acredita que a ampliação do benefício estimula o desemprego.

Quintino Severo, secretário geral da Central Única dos Trabalhadores (CUT), lembra que a ampliação do benefício sem critério e identificação pode incentivar demissões em outros setores.

17:13
Anónimo disse...
Empresas
TAM faz promoção para destinos internacionais

A companhia aérea TAM anunciou nesta sexta-feira tarifas promocionais para trechos internacionais. Os preços valem para bilhetes comprados entre 6h deste sábado e 23h59 deste domingo e são válidos para classe econômica. As tarifas, para ida e volta, serão vendidas a partir de US$ 99, mais taxas.

Segundo a aérea, a promoção vale para viagens feitas no período de 14 de fevereiro a 18 de junho de 2009. Para destinos na América do Sul, a permanência mínima é de dois dias; para bilhetes com destino nos Estados Unidos, cinco dias; e Europa, sete dias. A permanência máxima para as passagens para América do Sul e EUA é de dois meses e para Europa, três meses.

Entre os exemplos de tarifas promocionais, a TAM oferece São Paulo-Lima por US$ 99. Bilhetes para a rota São Paulo-Santiago serão vendidos a partir de US$ 199 e São Paulo-Nova York, US$ 799.

A emissão dos bilhetes deve ser feita obrigatoriamente no ato da reserva, obedecendo às regras estipuladas pela companhia. A compra está sujeita à disponibilidade de assentos nas classes tarifárias determinadas, trechos, horários e datas. A TAM afirmou que também há tarifas promocionais para a classe executiva.

Mais informações podem ser encontradas no site promocional (www.ofertastam.com.br), no site da empresa (www.tam.com.br) ou pelos telefones 4002-5700 ou 0800 5705700.

17:13
Anónimo disse...
Empresas
Consultoria negocia compra do parque temático Hopi Hari

A consultoria especializada em reestruturação de empresas Íntegra Associados informou nesta sexta-feira ter um acordo para comprar o parque de diversões Hopi Hari, localizado no interior de São Paulo. A empresa estaria disposta a investir R$ 10 milhões no parque, que tem dívida estimada em R$ 800 milhões. As informações são da edição deste sábado do jornal Folha de S. Paulo.

De acordo com o jornal, a transação ainda depende da negociação entre o Hopi Hari e seus credores, o que já estaria em andamento.

A consultoria paulista já atuou junto à Parmalat, durante 30 meses, quando reorganizou a gestão da empresa italiana.

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17:14
Anónimo disse...
Empresas
Disney de Tóquio contratará mais 2 mil apesar da crise


A Oriental Land, o operador da Disneylândia Tóquio e DisneySea, organizou neste domingo entrevistas para contratar cerca de 2 mil trabalhadores em tempo parcial, em um momento de grandes demissões deste tipo de empregados no Japão.

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O operador deste parque temático, situado em Urayasu, na província de Chiba (leste de Tóquio), está em pleno processo de seleção de empregados para 20 tipos de postos trabalhistas diferentes.

Segundo a companhia, citada pela agência local de notícias Kyodo, o parque contratará novos trabalhadores para as atrações, para os restaurantes e guardas de segurança entre outros. Os novos contratados começarão a trabalhar a partir de fevereiro.

O processo de seleção acontece em um momento em que a maioria das grandes companhias japonesas começaram a se ver obrigadas a despedir uma elevada percentagem de seus trabalhadores temporários e a tempo parcial.

Algumas inclusive anunciaram demissões de seus trabalhadores fixos, uma medida muito pouco comum nas companhias japonesas, perante os efeitos piores que o esperado pela crise econômica global.

Cerca de uma centena de pessoas esperavam desde a primeira hora desta manhã a abertura do centro de conferências Tokyo International Forum, onde as entrevistas estão sendo feitas, para ser os primeiros a solicitar os postos de trabalho.


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17:15
Anónimo disse...
Economia Internacional
Senado dos EUA aprova plano de estímulo à economia

O Senado dos Estados Unidos aprovou com 60 votos a favor e 38 contra o plano de estímulo à economia de US$ 787 bilhões na madrugada deste sábado. Agora, ele segue para sanção ou veto do presidente Barack Obama, que espera colocar a lei em prática até o dia 16 de fevereiro.

O plano prevê a criação de três milhões de empregos, inclui cortes de impostos às famílias, fundos para programas sociais e obras públicas, além de ajuda aos governos estaduais, estudantes e desempregados.

A cláusula Buy American - que exige o uso de ferro, aço e produtos manufaturados dos Estados Unidos em obras realizadas com recursos do pacote - ficou de lado. Segundo o texto definitivo, a cláusula será aplicada sem violar as normas do comércio internacional.

Ontem à tarde, a Câmara de Representantes (deputados) havia aprovado, por 246 votos a favor e 183 contra, a versão final do plano. Todos os republicanos foram contrários ao pacote.

Pelo acordo de quarta-feira entre Câmara e Senado, em vez de custar US$ 819 bilhões, como queriam os deputados, ou US$ 838 bilhões como pretendiam os senadores, o pacote ficou em cerca de US$ 787 bilhões, com 65% desse total destinado a gastos do governo federal e 35%, a créditos tributários.

17:16
Anónimo disse...
Economia nacional
Na era Lula, aposentadoria sobe 54% menos que salário mínimo

Thatiane Faria
Especial para o Terra
Direto de São Paulo

Os índices de reajustes concedidos pelo governo em 2009 para aposentados e pensionistas e para o salário mínimo repetiram uma diferença que, só durante o governo de Luiz Inácio Lula da Silva, já chega a 54%. Enquanto o mínimo foi majorado em 12% este ano, as pensões e aposentadorias tiveram aumento de 5,92%. Aposentados que têm o benefício do governo como única fonte de renda reclamam que perdem poder de compra e que sua cesta de compras é composta por itens que aumentam mais em relação à inflação oficial.

Um exemplo prático pode ser entendido a partir da comparação entre um aposentado que ganhava R$ 600 em janeiro de 2003. Na época, o benefício era três vezes, ou 200%, maior que o valor do mínimo em vigência, que era de R$ 200. Aplicando-se os índices de reajuste para aposentadorias e para o mínimo durante os últimos seis anos, o mesmo aposentado estaria recebendo hoje R$ 938,47, comparado a um salário mínimo de R$ 465. A diferença entre os dois valores caiu para pouco mais de 100%.

Enquanto o índice acumulado de reajuste para a aposentadoria durante o governo Lula foi de 60%, para o salário mínimo está em 132%.

O diretor do Sindicato Nacional dos Aposentados, João Inocentini, reclama que os valores dos benefícios para aposentadorias não mantêm o poder de compra do grupo, principalmente dos aposentados que recebem menos que dez salários mínimos.

Nem mesmo o fato de o índice de reajuste das aposentadorias ter ficado acima da inflação acumulada no mesmo período (o IPCA entre janeiro de 2003 e janeiro de 2009 foi de 39,7%) serve de argumento, segundo os aposentados.

"Os idosos, principalmente, têm gastos além das contas gerais como gás, telefone e aluguel. Para eles o custo com remédios, e outros itens da área saúde costuma ser maior", afirmou Inocentini.

O presidente do sindicato afirmou que o grupo realiza um estudo com 100 itens de necessidade de um idoso para comparar o aumento dos produtos com o índice de reajuste do benefício recebido pelos aposentados.

"Daqui dois meses vamos abrir um processo na Justiça e levar essa pesquisa como prova. Segundo a lei, o governo é obrigado a manter o poder de compra com a aposentadoria", disse Inocentini.

Alternativas
O consultor financeiro Cláudio Boriola diz que os aposentados, especialmente nesse momento de crise econômica, devem evitar compras parceladas, pesquisar preços, negociar e fazer bom planejamento financeiro.

Segundo Boriola, alguns aposentados ganham um valor mensal muitas vezes insuficiente para o pagamento das contas e acabam pedindo crédito ou realizando pagamentos a prazo e são obrigados a pagar juros altos.

Na opinião do consultor, pagar uma previdência privada é uma alternativa indicada para quem ainda trabalha, considerando a característica de perda de poder de compra da aposentadoria.

"Na prática, infelizmente os valores encontram-se em um patamar que está deteriorando o poder de aquisição da população brasileira", completou Boriola.

De acordo com o diretor da Confederação Brasileira de Aposentados e Pensionistas (Cobap), Vicente Fernandes Barbosa, representantes dos aposentados tentarão um encontro com o presidente da Câmara, deputado Michel Temer (PMDB-SP), para discutir projetos que minimizem a perda dos aposentados

17:17
Anónimo disse...
Previdência
Previdência prorroga isenção de tarifas no benefício

O atual sistema de pagamento aos 26 milhões de aposentados e pensionistas do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) será mantido até o final deste ano. O acordo, que permite realizar a operação sem nenhum custo aos beneficiários, foi renovado nesta sexta-feira, entre o governo federal e 21 instituições financeiras.

Por meio desse acordo, vigente desde setembro de 2007, nem os segurados, nem os bancos e nem o governo arcam com o pagamento de tarifas, conforme explicou o ministro da Previdência Social, José Pimentel. A prorrogação vale até dezembro, data máxima para que a Previdência defina as regras para um novo contrato.

Ao assinar o termo de renovação, na sede da Federação Brasileira dos Bancos (Febraban), o ministro disse que a intenção do governo é mudar o atual modelo de gestão visando a reduzir os custos dessas operações em torno da folha mensal, que atinge R$ 15,8 bilhões. No entanto, qualquer alteração, conforme explicou, passará antes por audiências públicas a serem realizadas a partir do segundo semestre deste ano, atendendo a determinação do Tribunal de Contas da União (TCU).

De acordo com Pimentel, com um redesenho do mecanismo de repasse dos recursos aos bancos em torno da folha de pagamento dos segurados o que se busca é um aumento da participação de instituições financeiras. Ele informou que, desde 2007, cada benefício custa em média R$ 1,07 ao governo. "Quanto mais instituições financeiras estiverem prestando serviços à sociedade, maior é a competitividade, a agilidade no atendimento", justificou.

O ministro observou, ainda, que, para permitir uma redução para algo em torno de meia hora no tempo de atendimento para a concessão dos direitos previdenciários, o governo investiu R$ 280 milhões.

Questionado sobre o descontentamento dos segurados que ganham acima de um salário mínimo terem obtido apenas a correção com base na variação do Índice de Preços ao Consumidor (INPC) , ficando abaixo do reajuste dado a quem recebe apenas o mínimo, Pimentel argumentou que o governo seguiu o que determina a lei e descartou a possibilidade de uma revisão

17:17
Anónimo disse...
Empresas
Caterpillar oferece aposentadoria antecipada a 2 mil


A companhia americana Caterpillar ofereceu a cerca de dois mil funcionários incentivos para que se aposentem de forma voluntária antes do previsto, pela perspectiva de uma queda "significativa" da atividade industrial, informou nesta quarta-feira a empresa.

A iniciativa, destinada aos trabalhadores de diversas fábricas em Illinois, Colorado, Tennessee e Pensilvânia, se soma aos cortes de empregos anunciados em janeiro, explicou em comunicado de imprensa.

A empresa, a maior fabricante mundial de maquinaria pesada para a construção e a mineração, acrescentou que, "em função das condições de negócio, podem ser necessárias mais reduções de elenco voluntárias e involuntárias à medida que o ano avança".

O vice-presidente da companhia, Sid Banwart, explicou que a empresa prevê "demissões significativas em todas as regiões geográficas e na maioria dos setores devido às dificuldades da economia mundial".

17:18
Anónimo disse...
Comércio
Comércio exterior da OCDE caiu no 3º trimestre de 2008


As exportações e as importações dos países da Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Econômico (OCDE) caíram 1,6% e 0,2%, respectivamente, no terceiro trimestre de 2008, em relação aos três meses anteriores.

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Trata-se da primeira queda destas atividades desde o terceiro trimestre de 2006, segundo o último relatório trimestral sobre fluxos comerciais divulgado pela OCDE.

As exportações e as importações em dólares dos 30 Estados-membros caíram 15,6% e 17%, respectivamente, na comparação anualizada.

Por sua vez, o comércio dos sete países mais ricos do mundo (G7) teve um pequeno crescimento no terceiro trimestre de 2008 com uma queda das exportações de mercadorias de 0,2% em relação ao trimestre anterior e um aumento de 0,4% das importações.

Em termos anualizados, as importações do G7 caíram 1,4% entre julho e setembro do ano passado, seu primeiro retrocesso desde o terceiro trimestre de 2006, enquanto as exportações aumentaram 1,9%, seu crescimento mais baixo no mesmo tempo.

Por países, a Alemanha aumentou suas importações em 3,4% - valor mais alto do G7 -, enquanto suas exportações caíram 2,9% do segundo para o terceiro trimestre de 2008.

Pelo contrário, as exportações americanas aumentaram 1,8% entre julho e setembro de 2008, enquanto as importações caíram 0,7% em relação ao trimestre anterior. No Japão, tanto as importações quanto as exportações caíram em torno de 1% no mesmo período.

17:19
Anónimo disse...
Economia Nacional
Lula: juros de crédito consignado a aposentados são altos

Atualizada às 17h29

O presidente Luis Inácio Lula da Silva afirmou nesta terça-feira, em São Paulo, que está lutando para reduzir as taxas de juros cobradas de aposentados em crédito consignado. A Previdência Social estabelece uma taxa máxima de 2,5% para empréstimo e de 3,5% para cartão. Para Lula, os valores são altos.

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"Acho que o juro que os aposentados estão pagando hoje com o crédito consignado é alto para o padrão brasileiro", disse o presidente durante a cerimônia de comemoração dos 86 anos do INSS.

A Previdência anunciou nesta terça-feira que aposentados e trabalhadoras com licença-maternidade poderão receber seus benefícios em 30 minutos. De acordo com Lula, em junho, a aposentadoria do trabalhador rural também será conseguida em meia hora.

Além disso, o presidente anunciou que, também em junho, os trabalhadores que alcançarem o direito à aposentadoria passarão a receber em suas casas um comunicado da Previdência informando o fato e o valor do salário que têm direito a receber. "É um comprometimento público que estou fazendo com os companheiros da Previdência Social", disse.

"Estamos retribuindo ao contribuinte da Previdência Social aquilo que é a cidadania que ele tem direito", afirmou Lula. "Se para cobrar nós somos tão precisos, para devolver o dinheiro, temos que chegar próximo à perfeição", completou.

17:20
Anónimo disse...
Economia Nacional
Salário maternidade sairá em 30 minutos, diz ministro

Toda trabalhadora autônoma que tiver contribuído pelo menos 10 meses com o Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) - ou as que possuírem carteira assinada - poderão receber em 30 minutos o salário maternidade a partir desta terça-feira. Da mesma forma, as mulheres com 30 anos de contribuição e os homens com 35 anos também terão direito ao benefício de forma mais rápida. A informação é do ministro da Previdência Social, José Pimentel.

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Para requerer o salário maternidade, é preciso que as autônomas levem a carteira de identidade e o carnê de contribuição. As demais trabalhadoras devem apresentar a identificação e a carteira de trabalho. Desde o início do mês, a nova forma de análise para a concessão de benefícios foi adotada para a aposentadoria por idade do trabalhador urbano e agora foi estendida para o salário maternidade e por tempo de contribuição.

O ministro disse que a qualificação do serviço da previdência social é o reconhecimento do direito dos trabalhadores e da afirmação da cidadania.

"Até pouco tempo na cabeça do cidadão o serviço devia ser de péssima qualidade. Agora não, nós modificamos toda a legislação no mês de dezembro numa ação conjunta do Congresso Nacional com o governo federal. Estamos implantando e concedendo os benefícios em até 30 minutos", afirmou.

O ministro destacou que para conseguir se aposentar ou ter acesso à licença maternidade em 30 minutos, em primeiro lugar, é necessário que o cidadão esteja vinculado à Previdência, o que inclui 65% da população acima de 16 anos de idade.

"Depois bastar marcar pelo sistema 135 o dia e a hora do atendimento e levar a documentação. Se todos os dados necessários estiverem corretos o contribuinte será atendido em até 30 minutos, como vem sendo feito com as aposentadorias por idade desde o dia cinco de janeiro", explicou.

Pimentel disse ainda que em 90% das agências da previdência social o atendimento é marcado em até 48 horas. Nos grandes centros, entretanto existe um volume maior o que torna mais lento o processo.

"Estamos criando mais 715 agências até 2010, em todo o território nacional, para descentralizar o atendimento. Em 2008, atendemos 295 mil benefícios e aposentadorias por idade. Temos 4 mil pessoas por dia procurando e se aposentando por idade no território nacional. Este serviço será agilizado", concluiu.
17:26
Anónimo disse...
Giuseppe Englaro, pai de Eluana, a italiana que morreu na segunda-feira passada por desidratação, recusou uma grande soma de dinheiro de um conhecido fotógrafo italiano que queria retratar a filha em estado de coma, disse neste sábado o neurologista que atendia a mulher desde 1996, Carlo Defanti.

O neurologista, que participou hoje de uma conferência sobre eutanásia, disse que Englaro respeitou a vontade da filha, que, antes do acidente, tinha pedido que, se lhe ocorresse qualquer coisa irreversível, apresentasse sua imagem de quando estava em boas condições.

Antes de sofrer o acidente de trânsito, em 1992, Eluana viveu o coma de um amigo, Alessandro, o que causou forte impacto na italiana e a levou a fazer o pai prometer que não a deixasse viver em estado vegetativo, disse o próprio Giuseppe Englaro.

Defanti, que dissera que Eluana poderia viver de dez a 12 dias depois da suspensão da alimentação e da hidratação, disse que, como médico, tinha que reprovar esta afirmação.

"Não se pode sobreviver após três ou quatro dias sem líquido e, em particular, água em um corpo. Sabemos bem que, quando há um terremoto, após quatro dias é difícil encontrar sobreviventes".

Defanti ressaltou que Eluana "não falava, não se comunicava com o exterior" e que, após vários exames, "nos deparamos com uma moça que tinha perdido a consciência", porque estava com o córtex cerebral prejudicado.

Eluana foi enterrada na quinta-feira passada no túmulo da família na localidade de Paluzza, em Udine, após um funeral que não contou com a presença dos pais.

16:53
Anónimo disse...
Os bombeiros combatem neste sábado os incêndios na Austrália favorecidos pelo bom tempo, enquanto os deslocados encotram em seu retorno casas derruídas, carros queimados nas ruas e destruição.

Depois de sete dias desde que começaram os incêndios no Estado de Victoria, a lista de mortos chega a 181, os desaparecidos somam 50, os edifícios destruídos totalizam 1,834 mil e o terreno arrasado, principalmente florestas, ocupa uma área de 4,13 mil quilômetros quadrados.

As equipes de bombeiros, formadas por 4 mil profissionais de Victoria, de outras partes da Austrália e de países amigos, combateram hoje 12 focos fora de controle e nenhum representava uma ameaça direta para a população.

O subdiretor do Serviço de Bombeiros, Geoff Conway, disse que este tempo favorável, que se prolongará durante o domingo, permite consolidar as linhas de contenção e avançar na extinção das chamas.

Cinzas apareceram arrastadas por ventos do nordeste sobre Melbourne, onde habitam 3,8 milhões de pessoas, e as autoridades alertaram aos cidadãos do risco para a saúde de idosos, crianças e pessoas com problemas respiratórios.

O número de pessoas deslocadas - a Cruz Vermelha chegou a receber 7 mil - começou a cair com a abertura de algumas localidades atingidas.

Os incêndios, alguns criminosos, começaram em 7 de fevereiro, quando a região sul da Austrália estava há duas semanas sob uma onda de calor sem precedentes.

Na sexta-feira passada, a polícia acusou uma pessoa de ter provocado o incêndio que atingiu a localidade de Churchill e matou 21 pessoas.

16:55
Anónimo disse...
A primeira chuva em seis dias reduziu a ameaça de incêndios no Estado de Victoria, ao sul da Austrália. As autoridades, porém, advertiram que ainda existem 12 focos, mas que nenhum deles ameaça áreas povoadas.

Mais de quatro mil bombeiros, mil provenientes de outras partes do país e de outras nações, trabalham contra o fogo. Cerca de 600 veículos e 28 helicópteros e pequenos aviões estão sendo usados.


Eles conseguiram construir linhas de contenção para evitar os incêndios de Yarra e Maroondah se juntassem. Também foram controlados os incêndios abertos de Yea e Murrindindi, que ameaçavam as comunidades de Connellys Creek, Crystal Creek, Scrubby Creek e Native Dog Creek.

O número de mortos chegou a 181, mas as autoridades acreditam que as vítimas devem passar de 200, já que ainda há muitos desaparecidos.

16:55
Anónimo disse...
Aqui nesta coluna, na semana passada, tive a oportunidade de comentar sobre a recente visita do professor brasileiro Pedrinho Guareschi à Austrália. Não dei, porém, os fatos, pois semana passada o assunto era outro.

Hoje, porém, vamos a eles.

No último dia 4 de fevereiro, aconteceu o Seminário "Paulo Freire: Education and Liberation", organizado pelo centro de estudos latino-americanos da Universidade Nacional da Austrália, ou ANU, como é mais conhecida por aqui.

A ANU, para quem não sabe, está entre as 20 melhores universidades do mundo! E tem sede aqui em Camberra, capital da Austrália.

Na abertura do evento, o professor John Minns, diretor do centro latino-americano, ao dar boas-vindas ao público presente, lembrou ser aquele o primeiro seminário exclusivamente dedicado a Paulo Freire na Austrália.

Em seguida, convidou Pedrinho Guareschi, palestrante principal do Seminário, a fazer sua apresentação.

A plateia pode então conhecer, pelas palavras de Pedrinho, um pouco da obra e da vida de Freire, esse brasileiro de fé e valor, que sempre acreditou na educação, sobretudo dos menos favorecidos, analfabetos, como força libertadora.

Como não podia deixar de ser, os conceitos e ideias revolucionários de Paulo Freire, expostos com clareza por Pedrinho, despertaram o interesse e a curiosidade de plateia. A qual, deve-se notar, era na maioria de estudantes, mas de várias nacionalidades, sobretudo australianos e asiáticos.

Na continuação do programa do seminário, que se estendeu por dois dias, outros professores fizeram palestras sobre temas ligados à obra de Paulo Freire.

Interessante, por exemplo, saber que a professora Anne Hickling-Hudson, jamaicana que mora na Austrália há muitos anos (é professora da ANU), conheceu e trabalhou com Freire num workshop educacional durante a revolução na Ilha de Granada, em 1980, antes da invasão dos Estados Unidos...

Ou, então, a palestra da Professora Gerda Roelvink, da Nova Zelândia, que participou do Fórum Social de Porto Alegre em 2005. E essa participação transformou-se em tema de doutorado.

No dia 10, terça-feira passada, o padre Pedrinho Guareschi voltou a falar ao público australiano em grande auditório localizado no belíssimo campus da ANU. Desta vez, sobre a Teologia da Libertação.

Depois da palestra, John Minns mostrou o filme mexicano "O Crime do Padre Amaro", no qual um dos personagens é um padre católico praticante da Teologia da Libertação.

Mais uma vez, foi grande o intersse da platéia, que pode aprender e conhecer um pouco como se desenvolveu aquele importante movimento católico na América Latina.

Fica, assim, ao Pedrinho, bem como a outros brasileiros estudiosos e de bom coração que saem pelo mundo a divulgar aspectos importantes da cultura brasileira, o respeito e a homenagem desta coluna. E... aquele abraço!

16:57
Anónimo disse...
Amanda Kitts perdeu o braço esquerdo em um acidente de automóvel acontecido três anos atrás, mas hoje em dia ela joga futebol americano com seu filho de 12 anos de idade, troca fraldas e abraça as crianças nas três creches Kiddie Cottage que opera em Knoxville, Tennessee. Kitts, 40 anos, faz tudo isso com a ajuda de um novo tipo de braço artificial que se movimenta com mais facilidade do que outros aparelhos e que ela pode controlar utilizando apenas seus pensamentos.

"Eu sou capaz de mexer a mão, o pulso e o cotovelo ao mesmo tempo", diz. "Você pensa e os músculos se movem em seguida".

A recuperação que ela conseguiu resulta de um novo procedimento que vem atraindo crescente atenção porque permite que pessoas movam braços protéticos de forma mais automática do que faziam no passado, simplesmente utilizando nervos reaproveitados em seus cérebros.

A técnica, conhecida como "renervação muscular dirigida", envolve utilizar os nervos que restam depois da amputação de um braço e conectá-los a outro músculo do corpo, em geral no peito. Eletrodos são instalados sobre os músculos do peito, e operam como se fossem antenas. Quando a pessoa deseja mover o braço, o cérebro envia sinais que primeiro resultam em contração dos músculos do peito, os quais enviam um sinal ao braço protético, instruindo-se a se movimentar. O processo não requer mais esforços consciente do que a pessoa teria de exercitar caso ainda tivesse seu braço natural.

Na terça-feira, pesquisadores reportaram em estudo publicado pela versão online do Journal of the American Medical Association que haviam levado a técnica ainda mais à frente, tornando possível a execução de 10 movimentos de mão, pulso e cotovelo diferentes, o que representa uma substancial melhora com relação ao típico repertório protético, que em geral envolve apenas dobrar o cotovelo, girar o pulso e abrir a mão.

"Os novos métodos tiveram impacto dramático em nosso campo de trabalho", disse Stuart Harshbarger, engenheiro biomédico na Universidade Johns Hopkins e diretor do programa de pesquisa sobre próteses, financiado pelas forças armadas, que inclui o trabalho com essa técnica. "O método já está em uso por médicos e cirurgiões comuns em todo o país. A capacidade de controlar um membro protético bastante robusto que ele confere surpreendeu a todos pela qualidade".

Tipicamente, uma pessoa que tenha um braço protético só é capaz de executar alguns poucos movimentos, e muitas vezes com tamanha lentidão que isso só permite a ela atividades limitadas.

Há um motor separado para cada movimento, diz Gerald Loeb, professor de engenharia biomédica na Universidade do Sul da Califórnia, "e esses motores precisam ser controlados de maneira explícita", usualmente por um esforço consciente da pessoa para contrair músculos nas costas ou no bíceps.

"Essencialmente, até agora os pacientes controlavam apenas um motor de cada vez", diz Loeb, "e precisavam pensar cuidadosamente sobre que motor desejavam controlar e como fazê-lo operar, em lugar de simplesmente pensarem em mover o braço e poderem fazê-lo sem delongas".

Antes que Kitts passasse pelo procedimento de renervação, em outubro de 2007, por exemplo, ela precisava movimentar os músculos de suas costas de determinada maneira para fazer com que seu pulso girasse, e flexionar seu bíceps e tríceps para fazer com que o cotovelo se movesse para cima e para baixo. "Era muito trabalho", ela conta. "E não me ajudava muito".

O procedimento de renervação é parte de uma recente explosão de idéias novas e técnicas inovadoras que estão sendo exploradas enquanto os cientistas se esforçam por ajudar as pessoas a compensar melhor a perda de membros ou problemas de paralisia. O esforço vem sendo alimentado pelo aumento no número de amputações causado por diabetes e por ferimentos sofridos pelos militares, e ao mesmo tempo pelos avanços na tecnologia médica.

Os braços se tornaram um dos focos essenciais desse tipo de trabalho. A ciência há muito vem obtendo sucessos no desenvolvimento de próteses de perna, mas é muito mais difícil imitar a complexidade e a destreza das mãos e dos braços.

Os esforços em curso incluem o desenvolvimento de projetos de pele e braços mais sensíveis e mais flexíveis, e o uso de dispositivos acionados por controles sem fio implantado nos braços protéticos, que permitiriam movimentos mais naturais.

Os pesquisadores também vêm usando sensores implantados nos cérebros de cobaias para permitir que dois macacos controlem um braço mecânico, e um teste com um homem paralítico permitiu, com esse método, que ele movimentasse um cursor em uma tela de computador.

Alguns desses métodos, caso venham a ser aperfeiçoados plenamente e consigam aprovação das autoridades regulatórias da saúde, podem no futuro se tornar mais viáveis para os pacientes de amputações.

E embora a técnica da renervação não requeira aprovação das autoridades regulatórias porque é executada por meios cirúrgicos e emprega aparelhos já existentes, ela apresenta limitações que até mesmo seus criadores reconhecem, entre as quais o fato de que não se pode utilizá-la para todos os pacientes, o seu alto custo e o prazo de meses requerido para que os nervos reconectados cresçam e se tornem efetivos.

Ainda assim, os especialistas dizem que é o mais avançado sistema em uso hoje para pacientes reais que permite que o sistema nervoso controle diretamente o movimento de um braço artificial.

Desde sua introdução por Todd Kuiken, médico fisioterapeuta e engenheiro biomédico do Instituto de Reabilitação de Chicago, o método foi empregado em cerca de 30 pacientes nos Estados Unidos, Canadá e Europa, entre os quais oito soldados feridos no Iraque e no Afeganistão.

Muitos dos pacientes, entre os quais o primeiro, Jesse Sullivan, um operário do setor elétrico no Tennessee que perdeu os dois braços quando foi eletrocutado por um cabo, conseguem não apenas manipular seus braços protéticos mas sentir a presença das mãos que já não têm quando alguém toca em seus peitos.

Sullivan, 62 anos, e Kitts, estavam entre os cinco pacientes que participaram do estudo reportado na terça-feira. Em companhia de cinco outras pessoas que não passaram por amputações, eles receberam os eletrodos e foram instruídos a usar pensamentos para fazer com que um braço virtual na tela reproduzisse 10 movimentos diferentes, entre os quais três formas diferentes de aperto de mão.

Os pacientes apresentaram desempenho bastante respeitável, apenas um pouco mais lento e menos preciso do que os dos participantes que não tinham amputações.

"As velocidades de movimento que encontramos em nossos pacientes foram realmente encorajadoras", disse Kuiken. "Eles conseguiram completar a tarefa. É claro que não foram tão competentes quanto as pessoas dotadas de plena capacidade física, mas foram bons o bastante".

Um braço virtual foi usado porque a maioria das próteses existentes não era capaz de acomodar todos aqueles movimentos, no momento da pesquisa, ainda que Sullivan, Kitts e uma terceira paciente, Claudia Mitchell, tenham experimentado dois novos protótipos mais versáteis de braços artificiais, executando tarefas complexas com bolas de tênis e outros objetos.

O trabalho de renervação em soldados apresenta outros desafios, diz Kuiken, porque os ferimentos militares muitas vezes "causam danos muitos extensos" a nervos, músculos ou ossos.

Daniel Acosta, 25 anos, um aviador ferido pela detonação de uma bomba em uma estrada do Iraque em 2005, passou pelo procedimento no ano passado e diz que seu braço esquerdo protético agora se movimenta "muito mais rápido" e de maneira muito mais natural.

"A diferença é que agora não preciso mais pensar para mover o braço", ele diz. "Ele simplesmente se mexe".

Ainda assim, Acosta, de San Antonio, diz que "o processo foi bastante longo" e que os eletrodos precisam ser ajustados para receber os sinais à medida que os nervos crescem ou mudam de posição.

E embora elogiem o método, os especialistas afirmam que a ciência das próteses de braço ainda tem muito por avançar.

"Trata-se de uma parte crucial, mas ainda assim apenas uma parte, das muitas coisas que compreendem a função normal de um braço", disse Loeb, que escreveu um editorial que acompanha o artigo no Journal of the American Medical Association.

"No momento estamos a meio do caminho entre o braço de 'Dr. Fantástico', que fazia involuntariamente a saudação nazista, e o braço de Luke Skywalker em 'Guerra nas Estrelas', que funciona sem nenhum problema assim que é conectado. Creio que precisaremos ainda de muitos anos para conectar todas as peças necessárias a produzir um braço capaz de funcionar normalmente".

17:04
Anónimo disse...
A Espanha disse neste sábado que está preparando uma reclamação oficial contra a decisão da Venezuela de expulsar um membro do Parlamento Europeu que criticou o conselho eleitoral venezuelano.
Luis Herrero, membro do partido conservador espanhol PP, foi deportado na sexta-feira depois que o Conselho Nacional Eleitoral (CNE) o acusou de questionar a imparcialidade da instituição antes de um referendo que pode permitir ao presidente Hugo Chávez permanecer no cargo indefinidamente.

Herrero estava na Venezuela como observador do referendo. Ele acusou Chávez de ter "comportamentos típicos de um ditador" por pedir a contenção de manifestações da oposição.

O governo da Espanha convocou um encontro com o embaixador da Venezuela em Madri para expressar a desaprovação sobre a expulsão de Herrero, disse um representante do Ministério das Relações Exteriores espanhol.

As relações da Venezuela com a Espanha tiveram seu ponto crítico em 2007, quando Chávez ameaçou rever acordos diplomáticos e comerciais depois de ouvir um "cala a boca" do rei espanhol Juan Carlos durante uma cúpula.

A fenda foi oficialmente reparada em 2008, com uma visita oficial de Chávez à Espanha, onde ele cumprimentou o rei e discutiu acordos para investimento no setor petroquímico com o primeiro-ministro José Luis Rodriguez Zapatero.

17:06
Anónimo disse...
A polícia do Zimbábue anunciou neste sábado que acusa de traição Roy Bennett, dirigente do até agora opositor Movimento para a Mudança Democrática (MDC), detido na sexta-feira, em Harare, poucas horas antes da cerimônia de posse dos membros do novo gabinete.

"A Polícia nos informou que vão apresentar acusações de traição", disse à agência EFE o advogado de defesa de Bennett, Trust Maanda.

"Tentam relacionar Roy com o caso de Mike Hitschmann, que foi detido em 2006 em relação à descoberta de um carregamento de armas, apesar de que Hitschmann não tenha sido declarado culpado das acusações de traição apresentadas contra ele, mas de um crime menor de descumprimento de leis", disse Maanda.

O político opositor, designado por seu partido como vice-ministro de Agricultura no Governo de união nacional, esteve no exílio na vizinha África do Sul desde 2006 e retornou ao Zimbábue há duas semanas.

Segundo a Polícia, que deteve Bennett ontem no aeroporto de Harare quando pretendia ir à África do Sul para visitar sua família, as armas apreendidas em 2006 seriam utilizadas em um golpe de Estado para derrubar o presidente do Zimbábue, Robert Mugabe.

Depois da detenção, Bennet foi levado a Mutar, onde vários simpatizantes do MDC se concentraram em frente à delegacia na qual estava detido, diante do que a Polícia respondeu com tiros para o alto para dispersar os manifestantes.

17:07
Anónimo disse...
Austrália: 14 mil se candidatam a 'emprego dos sonhos'

A secretaria de Turismo de Queensland, na Austrália, informou que até esta segunda-feira já recebeu cerca de 14 mil inscrições para o "o melhor emprego do mundo". O Estado australiano promove pela internet seleção para vaga de "zelador" da ilha Hamilton, por seis meses com um salário de R$ 40 mil.

Muitos candidatos tiveram problemas durante a inscrição por conta dos acessos simultâneos ao site. A secretaria aconselha enviar os vídeos de 60s explicando porque deve ser escolhido em horários alternativos do dia, além de recomendar tamanho em torno de 40MB.

As inscrições começaram em 12 de janeiro e vão até o próximo dia 22 e podem ser feitas pelo site www.islandreefjob.com. O governo australiano escolherá 50 candidatos para a próxima fase da seleção, que terá votos do público para eleger um dos 11 finalistas.

A última fase terá entrevistas e desafios físicos, no próprio local de trabalho: as ilhas da Grande Barreira Coralina - o maior recife de coral do mundo. A secretaria de Turismo anunciará o vencedor no dia 6 de maio.

17:09
Anónimo disse...
Mercado elogia governo na crise, mas pede maior queda no juro

Peter Fussy
Direto de São Paulo

Desde as primeiras medidas anunciadas para combater os efeitos da crise, o governo brasileiro avisou que a estratégia não contemplaria um pacote. Seriam doses pontuais, de acordo com a necessidade da economia diante do agravamento das turbulências. Da primeira liberação dos depósitos compulsórios em setembro até a ampliação do seguro-desemprego na última quarta-feira, o governo passou por redução de impostos, ampliação de crédito e incentivos à exportação. Quase 150 dias após a primeira medida, o Terra conversou com líderes do setor público e privado, representantes dos trabalhadores, acadêmicos e com o próprio governo para saber quais destas ações foram mais eficazes, quais foram mais ineficientes e o que mais pode ser feito pelo Estado brasileiro contra a crise.

Os maiores elogios foram direcionados à atitude de reduzir o Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) para a indústria automobilística, anunciada em dezembro e que fez com que os emplacamentos de carros novos subissem 1,9% no primeiro mês do ano em relação a dezembro de 2008. Já as maiores críticas foram para a lentidão no corte da taxa básica de juro do País.

Para o presidente do conselho administrativo do Grupo Pão de Açúcar, Abílio Diniz, o Estado não é responsável pela crise e mesmo assim está agindo "com extrema serenidade e muito acerto". "O governo está atento, fazendo a sua parte. É preciso coragem de baixar firmemente a taxa de juros. É uma arma que temos a nosso favor, já que não há clima para inflação, nem possibilidade de danos para a macroeconomia", afirmou Diniz.

Na última reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), em janeiro, a taxa Selic foi reduzida em um ponto percentual, de 13,75% para 12,75% ao ano. Porém, o professor de economia da Universidade de Brasília (UnB) José Luiz Oreiro lembra que este corte representa uma redução de apenas 0,25 ponto percentual com relação à taxa de setembro do ano passado, quando a crise se agravou.

"Pouco antes da eclosão da crise, o Banco Central aumentou a taxa em 0,75 ponto. Foram cinco meses de demora para reduzir em termos líquidos apenas 0,25 ponto", afirmou o economista, que também sugeriu redução do intervalo de cerca de 90 dias entre as reuniões do Copom e o corte de pelo menos um 1 ponto percentual em cada reunião.

Mesmo com o corte de janeiro, a taxa de juros real continua sendo a maior do mundo, lembrou o secretário-geral da Força Sindical, João Carlos Gonçalves, o Juruna. "A redução da taxa de juro ainda é pequena, porque ela continua uma das mais altas do mundo. Falta ousadia para baixar os juros e ajudar o cidadão. A permanência da taxa de juro alta é negativa para o País em meio a crise", afirmou Juruna.

Embora aprove as ações do governo, o senador Aloízio Mercadante (PT-SP) também acredita que o patamar da Selic está muito alto. "Sempre fomos os primeiros a entrar em qualquer crise, o que não aconteceu agora. A taxa Selic ainda é muito alta, mas o governo têm tomado medidas acertadas, como o aumento do salário mínimo, mesmo com um cenário de crise. Isso ajuda a movimentar o consumo. O governo está se esforçando para manter os investimentos e o crescimento", disse.

Tributos
De acordo com o economista Fabio Pina, da Fecomercio-SP, as ações mais positivas estão relacionadas à redução de tributos para alguns segmentos, como a indústria automobilística, que recuperou parte da queda nas vendas em janeiro com a isenção do IPI para carros 1.0 l e o corte para demais motorizações. A medida vale até o final de março.

"Essas medidas não só reduziram o preço, mas anteciparam o consumo daqueles que iriam comprar no futuro, dando um prêmio por conta da insegurança. Mexe diretamente com o principal problema que é a confiança do consumidor", afirmou. Juruna destacou que um bom ritmo de vendas é garantia de emprego. "É importante porque cada emprego na montadora significa 19 na cadeia produtiva", comentou o representante da Força Sindical.

Também em dezembro, o governo decidiu cortar pela metade a alíquota do Imposto de Renda para contribuintes que ganham entre R$ 1.434 e R$ 2.150 mensais. "O salário aumentava e a tabela não se modificava. As pessoas ganhavam mais e pagavam mais impostos", apontou Juruna. Outra redução de tributos do governo foi com relação ao Imposto sobre Operações Financeiras (IOF), que caiu de 3% ao ano para 1,5%.

Crédito
Na segunda metade de 2008, o colapso de bancos nos Estados Unidos por conta da crise do subprime provocou uma forte restrição de crédito no mundo inteiro. Uma das primeiras medidas anticrise do governo teve como objetivo restabelecer a oferta, com mudanças no recolhimento dos depósitos compulsórios por parte dos bancos. Segundo o presidente do Banco Central, Henrique Meirelles, as diversas modificações liberaram US$ 99,2 bilhões aos bancos até o final de janeiro.

Além disso, o governo concedeu R$ 36 bilhões das reservas internacionais para empresas brasileiras com dívidas no exterior e uma medida provisória autorizou o Banco do Brasil e a Caixa Econômica Federal a comprar carteiras de crédito de bancos privados. Para o diretor do Departamento de Pesquisas e Estudos Econômicos da Fiesp, Paulo Francini, estas medidas foram essenciais para combater os efeitos da crise.

"A crise se desenvolve no mundo em torno do tema crédito. E o crédito reduziu-se barbaridade no mundo. Então o governo lança mão de compulsório, lança mão de reservas, de medidas que permitem aos bancos comprar carteiras de bancos. Você vai tomando várias medidas para atender às demandas e o epicentro disso é crédito", afirmou.

No entanto, Oreiro, da UnB, adverte que a liberação dos compulsórios seria mais eficiente acompanhada de redução mais agressiva da taxa básica de juro. "Uma parte do crédito voltou, depois da forte retração em outubro e novembro. O que deveria ter sido feito junto à liberação do compulsório era uma redução mais drástica da taxa de juro. Sem isso, os bancos pegam as reservas e acabam comprando títulos públicos", explicou o economista.

Na opinião de Pina, as ações de distribuição de crédito via redução do compulsório e a disposição de capital de giro para empresas foram tomadas sem um cuidado maior na operação e não tiveram muito efeito. "O BNDES tem linhas que ficam paradas quase todo o ano, agora é pior ainda. Existem os recursos, mas as empresas e os bancos estão desconfiados. É preciso fazer com que os bancos tenham interesse em emprestar", afirmou o economista da Fecomercio-SP.

Futuro
Mesmo com todas essas medidas, a crise financeira ainda gera incertezas nos setores produtivos do País. Nos últimos meses, o medo do desemprego fez os consumidores adiarem compras. Por sua vez, a queda nas vendas pode obrigar as indústrias a cortarem a produção e demitir funcionários. Contra isso, empresários sugerem redução de jornada e de salários.

"Isto está previsto em lei. A Fiesp simplesmente manteve conversações com entidades sindicais quanto à aplicação daquilo que já está previsto em lei", afirmou Francini.

Segundo a ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff, uma das medidas que assegura um nível de emprego é a manutenção de investimentos no Programa de Aceleração do Crescimento (PAC). "Estamos esperando que a dificuldade ocorra em janeiro, fevereiro e março. Estamos certos que vamos manter o nível de investimento. É isso que funciona, é isso que significa investimento público. Ele funciona como um colchão. Por isso, nós colocamos R$ 100 bilhões no BNDES e a Petrobras ampliou o seu investimento em R$ 120 bilhões", afirmou.

Na mesma linha, Pina explica que a antecipação de gastos do governo substitui parte da demanda retraída do setor privado. "Ele dá o seguinte recado: não vou estourar as contas públicas, mas concentrar em um momento em que a demanda privada está pequena. Mas o governo não tem fôlego suficiente para fazer o papel de toda demanda", ressaltou. O economista da Fecomercio lembrou que a entidade já pleiteou junto ao governo isenções para transferência de imóveis e de automóveis, além de retirar o IPVA para veículos novos.

Já Oreiro foca suas propostas na capitalização do Banco do Brasil e da Caixa Econômica Federal pelo Tesouro para atender a demanda de crédito para capital de giro e reduzir o spread. "Aumentando o empréstimo e reduzindo as taxas, os dois vão forçar os bancos privados a acompanhar o movimento, até para não perderem participação no mercado", explicou o economista da UnB.

Até o Carnaval, o governou prometeu detalhar um pacote de incentivos para a construção de até um milhão de casas populares, direcionado a famílias com renda de até dez salários mínimos. "Estamos atentos a tudo o que está acontecendo e novas medidas serão tomadas caso haja uma avaliação de que sejam necessárias", disse o ministro da Fazenda, Guido Mantega, na última sexta-feira.

17:11
Anónimo disse...
Ex-ministro critica extensão do seguro-desemprego

Atualizada às 09h03

O ex-ministro do Trabalho Almir Pazzianotto criticou a decisão do governo federal de conceder o seguro-desemprego estendido a apenas alguns setores. "É certamente odioso e provavelmente inconstitucional", disse Pazzianotto, de acordo com o jornal O Estado de S. Paulo.

Na última qurta, dia do anúncio da medida, centrais sindicais elogiaram a atitude do governo. A Força Sindical divulgou nota dizendo que "o aumento ajudará a aquecer parte da economia, já que irá gerar mais consumo, produção e conseqüentemente, a criação de novos postos de trabalho". A União Geral dos Trabalhadores (UGT) afirmou que a medida "contribuirá para minimizar o drama dos trabalhadores que perderem seu emprego por conta da crise".

O ex-ministro, que instituiu o seguro-desemprego no País no governo de José Sarney, destacou a necessidade de as centrais sindicais se manifestarem contra a determinação. Para ele, as mudanças devem ser aplicadas a todas as categorias profissionais e a distinção é contrária ao artigo 3º da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT).

Pazzianotto atribui a medida a um possível temor do governo de que a crise econômica seja longa e não haja dinheiro para atender a todas as necessidades. Ainda assim, ele se mostra contrário ao método de concessão. "O seguro-desemprego ajuda a sanar necessidades básicas. Estendê-lo é paliativo, não a solução", disse ao jornal.

De acordo com o presidente do Conselho Deliberativo do Fundo de Amparo ao Trabalhador (Codefat) e conselheiro da Força Sindical, Luiz Fernando Emediato, a determinação já estava prevista na lei 8.900/94, que trata do seguro-desemprego.

O presidente da Comissão de Trabalho da Câmara, Pedro Fernandes (PTB-MA) vai além na crítica à concessão do seguro para apenas alguns setores. Ele acredita que a ampliação do benefício estimula o desemprego.

Quintino Severo, secretário geral da Central Única dos Trabalhadores (CUT), lembra que a ampliação do benefício sem critério e identificação pode incentivar demissões em outros setores.

17:13
Anónimo disse...
Empresas
TAM faz promoção para destinos internacionais

A companhia aérea TAM anunciou nesta sexta-feira tarifas promocionais para trechos internacionais. Os preços valem para bilhetes comprados entre 6h deste sábado e 23h59 deste domingo e são válidos para classe econômica. As tarifas, para ida e volta, serão vendidas a partir de US$ 99, mais taxas.

Segundo a aérea, a promoção vale para viagens feitas no período de 14 de fevereiro a 18 de junho de 2009. Para destinos na América do Sul, a permanência mínima é de dois dias; para bilhetes com destino nos Estados Unidos, cinco dias; e Europa, sete dias. A permanência máxima para as passagens para América do Sul e EUA é de dois meses e para Europa, três meses.

Entre os exemplos de tarifas promocionais, a TAM oferece São Paulo-Lima por US$ 99. Bilhetes para a rota São Paulo-Santiago serão vendidos a partir de US$ 199 e São Paulo-Nova York, US$ 799.

A emissão dos bilhetes deve ser feita obrigatoriamente no ato da reserva, obedecendo às regras estipuladas pela companhia. A compra está sujeita à disponibilidade de assentos nas classes tarifárias determinadas, trechos, horários e datas. A TAM afirmou que também há tarifas promocionais para a classe executiva.

Mais informações podem ser encontradas no site promocional (www.ofertastam.com.br), no site da empresa (www.tam.com.br) ou pelos telefones 4002-5700 ou 0800 5705700.

17:13
Anónimo disse...
Empresas
Consultoria negocia compra do parque temático Hopi Hari

A consultoria especializada em reestruturação de empresas Íntegra Associados informou nesta sexta-feira ter um acordo para comprar o parque de diversões Hopi Hari, localizado no interior de São Paulo. A empresa estaria disposta a investir R$ 10 milhões no parque, que tem dívida estimada em R$ 800 milhões. As informações são da edição deste sábado do jornal Folha de S. Paulo.

De acordo com o jornal, a transação ainda depende da negociação entre o Hopi Hari e seus credores, o que já estaria em andamento.

A consultoria paulista já atuou junto à Parmalat, durante 30 meses, quando reorganizou a gestão da empresa italiana.

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17:14
Anónimo disse...
Empresas
Disney de Tóquio contratará mais 2 mil apesar da crise


A Oriental Land, o operador da Disneylândia Tóquio e DisneySea, organizou neste domingo entrevistas para contratar cerca de 2 mil trabalhadores em tempo parcial, em um momento de grandes demissões deste tipo de empregados no Japão.

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O operador deste parque temático, situado em Urayasu, na província de Chiba (leste de Tóquio), está em pleno processo de seleção de empregados para 20 tipos de postos trabalhistas diferentes.

Segundo a companhia, citada pela agência local de notícias Kyodo, o parque contratará novos trabalhadores para as atrações, para os restaurantes e guardas de segurança entre outros. Os novos contratados começarão a trabalhar a partir de fevereiro.

O processo de seleção acontece em um momento em que a maioria das grandes companhias japonesas começaram a se ver obrigadas a despedir uma elevada percentagem de seus trabalhadores temporários e a tempo parcial.

Algumas inclusive anunciaram demissões de seus trabalhadores fixos, uma medida muito pouco comum nas companhias japonesas, perante os efeitos piores que o esperado pela crise econômica global.

Cerca de uma centena de pessoas esperavam desde a primeira hora desta manhã a abertura do centro de conferências Tokyo International Forum, onde as entrevistas estão sendo feitas, para ser os primeiros a solicitar os postos de trabalho.


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17:15
Anónimo disse...
Economia Internacional
Senado dos EUA aprova plano de estímulo à economia

O Senado dos Estados Unidos aprovou com 60 votos a favor e 38 contra o plano de estímulo à economia de US$ 787 bilhões na madrugada deste sábado. Agora, ele segue para sanção ou veto do presidente Barack Obama, que espera colocar a lei em prática até o dia 16 de fevereiro.

O plano prevê a criação de três milhões de empregos, inclui cortes de impostos às famílias, fundos para programas sociais e obras públicas, além de ajuda aos governos estaduais, estudantes e desempregados.

A cláusula Buy American - que exige o uso de ferro, aço e produtos manufaturados dos Estados Unidos em obras realizadas com recursos do pacote - ficou de lado. Segundo o texto definitivo, a cláusula será aplicada sem violar as normas do comércio internacional.

Ontem à tarde, a Câmara de Representantes (deputados) havia aprovado, por 246 votos a favor e 183 contra, a versão final do plano. Todos os republicanos foram contrários ao pacote.

Pelo acordo de quarta-feira entre Câmara e Senado, em vez de custar US$ 819 bilhões, como queriam os deputados, ou US$ 838 bilhões como pretendiam os senadores, o pacote ficou em cerca de US$ 787 bilhões, com 65% desse total destinado a gastos do governo federal e 35%, a créditos tributários.

17:16
Anónimo disse...
Economia nacional
Na era Lula, aposentadoria sobe 54% menos que salário mínimo

Thatiane Faria
Especial para o Terra
Direto de São Paulo

Os índices de reajustes concedidos pelo governo em 2009 para aposentados e pensionistas e para o salário mínimo repetiram uma diferença que, só durante o governo de Luiz Inácio Lula da Silva, já chega a 54%. Enquanto o mínimo foi majorado em 12% este ano, as pensões e aposentadorias tiveram aumento de 5,92%. Aposentados que têm o benefício do governo como única fonte de renda reclamam que perdem poder de compra e que sua cesta de compras é composta por itens que aumentam mais em relação à inflação oficial.

Um exemplo prático pode ser entendido a partir da comparação entre um aposentado que ganhava R$ 600 em janeiro de 2003. Na época, o benefício era três vezes, ou 200%, maior que o valor do mínimo em vigência, que era de R$ 200. Aplicando-se os índices de reajuste para aposentadorias e para o mínimo durante os últimos seis anos, o mesmo aposentado estaria recebendo hoje R$ 938,47, comparado a um salário mínimo de R$ 465. A diferença entre os dois valores caiu para pouco mais de 100%.

Enquanto o índice acumulado de reajuste para a aposentadoria durante o governo Lula foi de 60%, para o salário mínimo está em 132%.

O diretor do Sindicato Nacional dos Aposentados, João Inocentini, reclama que os valores dos benefícios para aposentadorias não mantêm o poder de compra do grupo, principalmente dos aposentados que recebem menos que dez salários mínimos.

Nem mesmo o fato de o índice de reajuste das aposentadorias ter ficado acima da inflação acumulada no mesmo período (o IPCA entre janeiro de 2003 e janeiro de 2009 foi de 39,7%) serve de argumento, segundo os aposentados.

"Os idosos, principalmente, têm gastos além das contas gerais como gás, telefone e aluguel. Para eles o custo com remédios, e outros itens da área saúde costuma ser maior", afirmou Inocentini.

O presidente do sindicato afirmou que o grupo realiza um estudo com 100 itens de necessidade de um idoso para comparar o aumento dos produtos com o índice de reajuste do benefício recebido pelos aposentados.

"Daqui dois meses vamos abrir um processo na Justiça e levar essa pesquisa como prova. Segundo a lei, o governo é obrigado a manter o poder de compra com a aposentadoria", disse Inocentini.

Alternativas
O consultor financeiro Cláudio Boriola diz que os aposentados, especialmente nesse momento de crise econômica, devem evitar compras parceladas, pesquisar preços, negociar e fazer bom planejamento financeiro.

Segundo Boriola, alguns aposentados ganham um valor mensal muitas vezes insuficiente para o pagamento das contas e acabam pedindo crédito ou realizando pagamentos a prazo e são obrigados a pagar juros altos.

Na opinião do consultor, pagar uma previdência privada é uma alternativa indicada para quem ainda trabalha, considerando a característica de perda de poder de compra da aposentadoria.

"Na prática, infelizmente os valores encontram-se em um patamar que está deteriorando o poder de aquisição da população brasileira", completou Boriola.

De acordo com o diretor da Confederação Brasileira de Aposentados e Pensionistas (Cobap), Vicente Fernandes Barbosa, representantes dos aposentados tentarão um encontro com o presidente da Câmara, deputado Michel Temer (PMDB-SP), para discutir projetos que minimizem a perda dos aposentados

17:17
Anónimo disse...
Previdência
Previdência prorroga isenção de tarifas no benefício

O atual sistema de pagamento aos 26 milhões de aposentados e pensionistas do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) será mantido até o final deste ano. O acordo, que permite realizar a operação sem nenhum custo aos beneficiários, foi renovado nesta sexta-feira, entre o governo federal e 21 instituições financeiras.

Por meio desse acordo, vigente desde setembro de 2007, nem os segurados, nem os bancos e nem o governo arcam com o pagamento de tarifas, conforme explicou o ministro da Previdência Social, José Pimentel. A prorrogação vale até dezembro, data máxima para que a Previdência defina as regras para um novo contrato.

Ao assinar o termo de renovação, na sede da Federação Brasileira dos Bancos (Febraban), o ministro disse que a intenção do governo é mudar o atual modelo de gestão visando a reduzir os custos dessas operações em torno da folha mensal, que atinge R$ 15,8 bilhões. No entanto, qualquer alteração, conforme explicou, passará antes por audiências públicas a serem realizadas a partir do segundo semestre deste ano, atendendo a determinação do Tribunal de Contas da União (TCU).

De acordo com Pimentel, com um redesenho do mecanismo de repasse dos recursos aos bancos em torno da folha de pagamento dos segurados o que se busca é um aumento da participação de instituições financeiras. Ele informou que, desde 2007, cada benefício custa em média R$ 1,07 ao governo. "Quanto mais instituições financeiras estiverem prestando serviços à sociedade, maior é a competitividade, a agilidade no atendimento", justificou.

O ministro observou, ainda, que, para permitir uma redução para algo em torno de meia hora no tempo de atendimento para a concessão dos direitos previdenciários, o governo investiu R$ 280 milhões.

Questionado sobre o descontentamento dos segurados que ganham acima de um salário mínimo terem obtido apenas a correção com base na variação do Índice de Preços ao Consumidor (INPC) , ficando abaixo do reajuste dado a quem recebe apenas o mínimo, Pimentel argumentou que o governo seguiu o que determina a lei e descartou a possibilidade de uma revisão

17:17
Anónimo disse...
Empresas
Caterpillar oferece aposentadoria antecipada a 2 mil


A companhia americana Caterpillar ofereceu a cerca de dois mil funcionários incentivos para que se aposentem de forma voluntária antes do previsto, pela perspectiva de uma queda "significativa" da atividade industrial, informou nesta quarta-feira a empresa.

A iniciativa, destinada aos trabalhadores de diversas fábricas em Illinois, Colorado, Tennessee e Pensilvânia, se soma aos cortes de empregos anunciados em janeiro, explicou em comunicado de imprensa.

A empresa, a maior fabricante mundial de maquinaria pesada para a construção e a mineração, acrescentou que, "em função das condições de negócio, podem ser necessárias mais reduções de elenco voluntárias e involuntárias à medida que o ano avança".

O vice-presidente da companhia, Sid Banwart, explicou que a empresa prevê "demissões significativas em todas as regiões geográficas e na maioria dos setores devido às dificuldades da economia mundial".

17:18
Anónimo disse...
Comércio
Comércio exterior da OCDE caiu no 3º trimestre de 2008


As exportações e as importações dos países da Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Econômico (OCDE) caíram 1,6% e 0,2%, respectivamente, no terceiro trimestre de 2008, em relação aos três meses anteriores.

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Trata-se da primeira queda destas atividades desde o terceiro trimestre de 2006, segundo o último relatório trimestral sobre fluxos comerciais divulgado pela OCDE.

As exportações e as importações em dólares dos 30 Estados-membros caíram 15,6% e 17%, respectivamente, na comparação anualizada.

Por sua vez, o comércio dos sete países mais ricos do mundo (G7) teve um pequeno crescimento no terceiro trimestre de 2008 com uma queda das exportações de mercadorias de 0,2% em relação ao trimestre anterior e um aumento de 0,4% das importações.

Em termos anualizados, as importações do G7 caíram 1,4% entre julho e setembro do ano passado, seu primeiro retrocesso desde o terceiro trimestre de 2006, enquanto as exportações aumentaram 1,9%, seu crescimento mais baixo no mesmo tempo.

Por países, a Alemanha aumentou suas importações em 3,4% - valor mais alto do G7 -, enquanto suas exportações caíram 2,9% do segundo para o terceiro trimestre de 2008.

Pelo contrário, as exportações americanas aumentaram 1,8% entre julho e setembro de 2008, enquanto as importações caíram 0,7% em relação ao trimestre anterior. No Japão, tanto as importações quanto as exportações caíram em torno de 1% no mesmo período.

17:19
Anónimo disse...
Economia Nacional
Lula: juros de crédito consignado a aposentados são altos

Atualizada às 17h29

O presidente Luis Inácio Lula da Silva afirmou nesta terça-feira, em São Paulo, que está lutando para reduzir as taxas de juros cobradas de aposentados em crédito consignado. A Previdência Social estabelece uma taxa máxima de 2,5% para empréstimo e de 3,5% para cartão. Para Lula, os valores são altos.

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"Acho que o juro que os aposentados estão pagando hoje com o crédito consignado é alto para o padrão brasileiro", disse o presidente durante a cerimônia de comemoração dos 86 anos do INSS.

A Previdência anunciou nesta terça-feira que aposentados e trabalhadoras com licença-maternidade poderão receber seus benefícios em 30 minutos. De acordo com Lula, em junho, a aposentadoria do trabalhador rural também será conseguida em meia hora.

Além disso, o presidente anunciou que, também em junho, os trabalhadores que alcançarem o direito à aposentadoria passarão a receber em suas casas um comunicado da Previdência informando o fato e o valor do salário que têm direito a receber. "É um comprometimento público que estou fazendo com os companheiros da Previdência Social", disse.

"Estamos retribuindo ao contribuinte da Previdência Social aquilo que é a cidadania que ele tem direito", afirmou Lula. "Se para cobrar nós somos tão precisos, para devolver o dinheiro, temos que chegar próximo à perfeição", completou.

17:20
Anónimo disse...
Economia Nacional
Salário maternidade sairá em 30 minutos, diz ministro

Toda trabalhadora autônoma que tiver contribuído pelo menos 10 meses com o Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) - ou as que possuírem carteira assinada - poderão receber em 30 minutos o salário maternidade a partir desta terça-feira. Da mesma forma, as mulheres com 30 anos de contribuição e os homens com 35 anos também terão direito ao benefício de forma mais rápida. A informação é do ministro da Previdência Social, José Pimentel.

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Para requerer o salário maternidade, é preciso que as autônomas levem a carteira de identidade e o carnê de contribuição. As demais trabalhadoras devem apresentar a identificação e a carteira de trabalho. Desde o início do mês, a nova forma de análise para a concessão de benefícios foi adotada para a aposentadoria por idade do trabalhador urbano e agora foi estendida para o salário maternidade e por tempo de contribuição.

O ministro disse que a qualificação do serviço da previdência social é o reconhecimento do direito dos trabalhadores e da afirmação da cidadania.

"Até pouco tempo na cabeça do cidadão o serviço devia ser de péssima qualidade. Agora não, nós modificamos toda a legislação no mês de dezembro numa ação conjunta do Congresso Nacional com o governo federal. Estamos implantando e concedendo os benefícios em até 30 minutos", afirmou.

O ministro destacou que para conseguir se aposentar ou ter acesso à licença maternidade em 30 minutos, em primeiro lugar, é necessário que o cidadão esteja vinculado à Previdência, o que inclui 65% da população acima de 16 anos de idade.

"Depois bastar marcar pelo sistema 135 o dia e a hora do atendimento e levar a documentação. Se todos os dados necessários estiverem corretos o contribuinte será atendido em até 30 minutos, como vem sendo feito com as aposentadorias por idade desde o dia cinco de janeiro", explicou.

Pimentel disse ainda que em 90% das agências da previdência social o atendimento é marcado em até 48 horas. Nos grandes centros, entretanto existe um volume maior o que torna mais lento o processo.

"Estamos criando mais 715 agências até 2010, em todo o território nacional, para descentralizar o atendimento. Em 2008, atendemos 295 mil benefícios e aposentadorias por idade. Temos 4 mil pessoas por dia procurando e se aposentando por idade no território nacional. Este serviço será agilizado", concluiu.
17:26
Anónimo disse...
Giuseppe Englaro, pai de Eluana, a italiana que morreu na segunda-feira passada por desidratação, recusou uma grande soma de dinheiro de um conhecido fotógrafo italiano que queria retratar a filha em estado de coma, disse neste sábado o neurologista que atendia a mulher desde 1996, Carlo Defanti.

O neurologista, que participou hoje de uma conferência sobre eutanásia, disse que Englaro respeitou a vontade da filha, que, antes do acidente, tinha pedido que, se lhe ocorresse qualquer coisa irreversível, apresentasse sua imagem de quando estava em boas condições.

Antes de sofrer o acidente de trânsito, em 1992, Eluana viveu o coma de um amigo, Alessandro, o que causou forte impacto na italiana e a levou a fazer o pai prometer que não a deixasse viver em estado vegetativo, disse o próprio Giuseppe Englaro.

Defanti, que dissera que Eluana poderia viver de dez a 12 dias depois da suspensão da alimentação e da hidratação, disse que, como médico, tinha que reprovar esta afirmação.

"Não se pode sobreviver após três ou quatro dias sem líquido e, em particular, água em um corpo. Sabemos bem que, quando há um terremoto, após quatro dias é difícil encontrar sobreviventes".

Defanti ressaltou que Eluana "não falava, não se comunicava com o exterior" e que, após vários exames, "nos deparamos com uma moça que tinha perdido a consciência", porque estava com o córtex cerebral prejudicado.

Eluana foi enterrada na quinta-feira passada no túmulo da família na localidade de Paluzza, em Udine, após um funeral que não contou com a presença dos pais.

16:53
Anónimo disse...
Os bombeiros combatem neste sábado os incêndios na Austrália favorecidos pelo bom tempo, enquanto os deslocados encotram em seu retorno casas derruídas, carros queimados nas ruas e destruição.

Depois de sete dias desde que começaram os incêndios no Estado de Victoria, a lista de mortos chega a 181, os desaparecidos somam 50, os edifícios destruídos totalizam 1,834 mil e o terreno arrasado, principalmente florestas, ocupa uma área de 4,13 mil quilômetros quadrados.

As equipes de bombeiros, formadas por 4 mil profissionais de Victoria, de outras partes da Austrália e de países amigos, combateram hoje 12 focos fora de controle e nenhum representava uma ameaça direta para a população.

O subdiretor do Serviço de Bombeiros, Geoff Conway, disse que este tempo favorável, que se prolongará durante o domingo, permite consolidar as linhas de contenção e avançar na extinção das chamas.

Cinzas apareceram arrastadas por ventos do nordeste sobre Melbourne, onde habitam 3,8 milhões de pessoas, e as autoridades alertaram aos cidadãos do risco para a saúde de idosos, crianças e pessoas com problemas respiratórios.

O número de pessoas deslocadas - a Cruz Vermelha chegou a receber 7 mil - começou a cair com a abertura de algumas localidades atingidas.

Os incêndios, alguns criminosos, começaram em 7 de fevereiro, quando a região sul da Austrália estava há duas semanas sob uma onda de calor sem precedentes.

Na sexta-feira passada, a polícia acusou uma pessoa de ter provocado o incêndio que atingiu a localidade de Churchill e matou 21 pessoas.

16:55
Anónimo disse...
A primeira chuva em seis dias reduziu a ameaça de incêndios no Estado de Victoria, ao sul da Austrália. As autoridades, porém, advertiram que ainda existem 12 focos, mas que nenhum deles ameaça áreas povoadas.

Mais de quatro mil bombeiros, mil provenientes de outras partes do país e de outras nações, trabalham contra o fogo. Cerca de 600 veículos e 28 helicópteros e pequenos aviões estão sendo usados.


Eles conseguiram construir linhas de contenção para evitar os incêndios de Yarra e Maroondah se juntassem. Também foram controlados os incêndios abertos de Yea e Murrindindi, que ameaçavam as comunidades de Connellys Creek, Crystal Creek, Scrubby Creek e Native Dog Creek.

O número de mortos chegou a 181, mas as autoridades acreditam que as vítimas devem passar de 200, já que ainda há muitos desaparecidos.

16:55
Anónimo disse...
Aqui nesta coluna, na semana passada, tive a oportunidade de comentar sobre a recente visita do professor brasileiro Pedrinho Guareschi à Austrália. Não dei, porém, os fatos, pois semana passada o assunto era outro.

Hoje, porém, vamos a eles.

No último dia 4 de fevereiro, aconteceu o Seminário "Paulo Freire: Education and Liberation", organizado pelo centro de estudos latino-americanos da Universidade Nacional da Austrália, ou ANU, como é mais conhecida por aqui.

A ANU, para quem não sabe, está entre as 20 melhores universidades do mundo! E tem sede aqui em Camberra, capital da Austrália.

Na abertura do evento, o professor John Minns, diretor do centro latino-americano, ao dar boas-vindas ao público presente, lembrou ser aquele o primeiro seminário exclusivamente dedicado a Paulo Freire na Austrália.

Em seguida, convidou Pedrinho Guareschi, palestrante principal do Seminário, a fazer sua apresentação.

A plateia pode então conhecer, pelas palavras de Pedrinho, um pouco da obra e da vida de Freire, esse brasileiro de fé e valor, que sempre acreditou na educação, sobretudo dos menos favorecidos, analfabetos, como força libertadora.

Como não podia deixar de ser, os conceitos e ideias revolucionários de Paulo Freire, expostos com clareza por Pedrinho, despertaram o interesse e a curiosidade de plateia. A qual, deve-se notar, era na maioria de estudantes, mas de várias nacionalidades, sobretudo australianos e asiáticos.

Na continuação do programa do seminário, que se estendeu por dois dias, outros professores fizeram palestras sobre temas ligados à obra de Paulo Freire.

Interessante, por exemplo, saber que a professora Anne Hickling-Hudson, jamaicana que mora na Austrália há muitos anos (é professora da ANU), conheceu e trabalhou com Freire num workshop educacional durante a revolução na Ilha de Granada, em 1980, antes da invasão dos Estados Unidos...

Ou, então, a palestra da Professora Gerda Roelvink, da Nova Zelândia, que participou do Fórum Social de Porto Alegre em 2005. E essa participação transformou-se em tema de doutorado.

No dia 10, terça-feira passada, o padre Pedrinho Guareschi voltou a falar ao público australiano em grande auditório localizado no belíssimo campus da ANU. Desta vez, sobre a Teologia da Libertação.

Depois da palestra, John Minns mostrou o filme mexicano "O Crime do Padre Amaro", no qual um dos personagens é um padre católico praticante da Teologia da Libertação.

Mais uma vez, foi grande o intersse da platéia, que pode aprender e conhecer um pouco como se desenvolveu aquele importante movimento católico na América Latina.

Fica, assim, ao Pedrinho, bem como a outros brasileiros estudiosos e de bom coração que saem pelo mundo a divulgar aspectos importantes da cultura brasileira, o respeito e a homenagem desta coluna. E... aquele abraço!

16:57
Anónimo disse...
Amanda Kitts perdeu o braço esquerdo em um acidente de automóvel acontecido três anos atrás, mas hoje em dia ela joga futebol americano com seu filho de 12 anos de idade, troca fraldas e abraça as crianças nas três creches Kiddie Cottage que opera em Knoxville, Tennessee. Kitts, 40 anos, faz tudo isso com a ajuda de um novo tipo de braço artificial que se movimenta com mais facilidade do que outros aparelhos e que ela pode controlar utilizando apenas seus pensamentos.

"Eu sou capaz de mexer a mão, o pulso e o cotovelo ao mesmo tempo", diz. "Você pensa e os músculos se movem em seguida".

A recuperação que ela conseguiu resulta de um novo procedimento que vem atraindo crescente atenção porque permite que pessoas movam braços protéticos de forma mais automática do que faziam no passado, simplesmente utilizando nervos reaproveitados em seus cérebros.

A técnica, conhecida como "renervação muscular dirigida", envolve utilizar os nervos que restam depois da amputação de um braço e conectá-los a outro músculo do corpo, em geral no peito. Eletrodos são instalados sobre os músculos do peito, e operam como se fossem antenas. Quando a pessoa deseja mover o braço, o cérebro envia sinais que primeiro resultam em contração dos músculos do peito, os quais enviam um sinal ao braço protético, instruindo-se a se movimentar. O processo não requer mais esforços consciente do que a pessoa teria de exercitar caso ainda tivesse seu braço natural.

Na terça-feira, pesquisadores reportaram em estudo publicado pela versão online do Journal of the American Medical Association que haviam levado a técnica ainda mais à frente, tornando possível a execução de 10 movimentos de mão, pulso e cotovelo diferentes, o que representa uma substancial melhora com relação ao típico repertório protético, que em geral envolve apenas dobrar o cotovelo, girar o pulso e abrir a mão.

"Os novos métodos tiveram impacto dramático em nosso campo de trabalho", disse Stuart Harshbarger, engenheiro biomédico na Universidade Johns Hopkins e diretor do programa de pesquisa sobre próteses, financiado pelas forças armadas, que inclui o trabalho com essa técnica. "O método já está em uso por médicos e cirurgiões comuns em todo o país. A capacidade de controlar um membro protético bastante robusto que ele confere surpreendeu a todos pela qualidade".

Tipicamente, uma pessoa que tenha um braço protético só é capaz de executar alguns poucos movimentos, e muitas vezes com tamanha lentidão que isso só permite a ela atividades limitadas.

Há um motor separado para cada movimento, diz Gerald Loeb, professor de engenharia biomédica na Universidade do Sul da Califórnia, "e esses motores precisam ser controlados de maneira explícita", usualmente por um esforço consciente da pessoa para contrair músculos nas costas ou no bíceps.

"Essencialmente, até agora os pacientes controlavam apenas um motor de cada vez", diz Loeb, "e precisavam pensar cuidadosamente sobre que motor desejavam controlar e como fazê-lo operar, em lugar de simplesmente pensarem em mover o braço e poderem fazê-lo sem delongas".

Antes que Kitts passasse pelo procedimento de renervação, em outubro de 2007, por exemplo, ela precisava movimentar os músculos de suas costas de determinada maneira para fazer com que seu pulso girasse, e flexionar seu bíceps e tríceps para fazer com que o cotovelo se movesse para cima e para baixo. "Era muito trabalho", ela conta. "E não me ajudava muito".

O procedimento de renervação é parte de uma recente explosão de idéias novas e técnicas inovadoras que estão sendo exploradas enquanto os cientistas se esforçam por ajudar as pessoas a compensar melhor a perda de membros ou problemas de paralisia. O esforço vem sendo alimentado pelo aumento no número de amputações causado por diabetes e por ferimentos sofridos pelos militares, e ao mesmo tempo pelos avanços na tecnologia médica.

Os braços se tornaram um dos focos essenciais desse tipo de trabalho. A ciência há muito vem obtendo sucessos no desenvolvimento de próteses de perna, mas é muito mais difícil imitar a complexidade e a destreza das mãos e dos braços.

Os esforços em curso incluem o desenvolvimento de projetos de pele e braços mais sensíveis e mais flexíveis, e o uso de dispositivos acionados por controles sem fio implantado nos braços protéticos, que permitiriam movimentos mais naturais.

Os pesquisadores também vêm usando sensores implantados nos cérebros de cobaias para permitir que dois macacos controlem um braço mecânico, e um teste com um homem paralítico permitiu, com esse método, que ele movimentasse um cursor em uma tela de computador.

Alguns desses métodos, caso venham a ser aperfeiçoados plenamente e consigam aprovação das autoridades regulatórias da saúde, podem no futuro se tornar mais viáveis para os pacientes de amputações.

E embora a técnica da renervação não requeira aprovação das autoridades regulatórias porque é executada por meios cirúrgicos e emprega aparelhos já existentes, ela apresenta limitações que até mesmo seus criadores reconhecem, entre as quais o fato de que não se pode utilizá-la para todos os pacientes, o seu alto custo e o prazo de meses requerido para que os nervos reconectados cresçam e se tornem efetivos.

Ainda assim, os especialistas dizem que é o mais avançado sistema em uso hoje para pacientes reais que permite que o sistema nervoso controle diretamente o movimento de um braço artificial.

Desde sua introdução por Todd Kuiken, médico fisioterapeuta e engenheiro biomédico do Instituto de Reabilitação de Chicago, o método foi empregado em cerca de 30 pacientes nos Estados Unidos, Canadá e Europa, entre os quais oito soldados feridos no Iraque e no Afeganistão.

Muitos dos pacientes, entre os quais o primeiro, Jesse Sullivan, um operário do setor elétrico no Tennessee que perdeu os dois braços quando foi eletrocutado por um cabo, conseguem não apenas manipular seus braços protéticos mas sentir a presença das mãos que já não têm quando alguém toca em seus peitos.

Sullivan, 62 anos, e Kitts, estavam entre os cinco pacientes que participaram do estudo reportado na terça-feira. Em companhia de cinco outras pessoas que não passaram por amputações, eles receberam os eletrodos e foram instruídos a usar pensamentos para fazer com que um braço virtual na tela reproduzisse 10 movimentos diferentes, entre os quais três formas diferentes de aperto de mão.

Os pacientes apresentaram desempenho bastante respeitável, apenas um pouco mais lento e menos preciso do que os dos participantes que não tinham amputações.

"As velocidades de movimento que encontramos em nossos pacientes foram realmente encorajadoras", disse Kuiken. "Eles conseguiram completar a tarefa. É claro que não foram tão competentes quanto as pessoas dotadas de plena capacidade física, mas foram bons o bastante".

Um braço virtual foi usado porque a maioria das próteses existentes não era capaz de acomodar todos aqueles movimentos, no momento da pesquisa, ainda que Sullivan, Kitts e uma terceira paciente, Claudia Mitchell, tenham experimentado dois novos protótipos mais versáteis de braços artificiais, executando tarefas complexas com bolas de tênis e outros objetos.

O trabalho de renervação em soldados apresenta outros desafios, diz Kuiken, porque os ferimentos militares muitas vezes "causam danos muitos extensos" a nervos, músculos ou ossos.

Daniel Acosta, 25 anos, um aviador ferido pela detonação de uma bomba em uma estrada do Iraque em 2005, passou pelo procedimento no ano passado e diz que seu braço esquerdo protético agora se movimenta "muito mais rápido" e de maneira muito mais natural.

"A diferença é que agora não preciso mais pensar para mover o braço", ele diz. "Ele simplesmente se mexe".

Ainda assim, Acosta, de San Antonio, diz que "o processo foi bastante longo" e que os eletrodos precisam ser ajustados para receber os sinais à medida que os nervos crescem ou mudam de posição.

E embora elogiem o método, os especialistas afirmam que a ciência das próteses de braço ainda tem muito por avançar.

"Trata-se de uma parte crucial, mas ainda assim apenas uma parte, das muitas coisas que compreendem a função normal de um braço", disse Loeb, que escreveu um editorial que acompanha o artigo no Journal of the American Medical Association.

"No momento estamos a meio do caminho entre o braço de 'Dr. Fantástico', que fazia involuntariamente a saudação nazista, e o braço de Luke Skywalker em 'Guerra nas Estrelas', que funciona sem nenhum problema assim que é conectado. Creio que precisaremos ainda de muitos anos para conectar todas as peças necessárias a produzir um braço capaz de funcionar normalmente".

17:04
Anónimo disse...
A Espanha disse neste sábado que está preparando uma reclamação oficial contra a decisão da Venezuela de expulsar um membro do Parlamento Europeu que criticou o conselho eleitoral venezuelano.
Luis Herrero, membro do partido conservador espanhol PP, foi deportado na sexta-feira depois que o Conselho Nacional Eleitoral (CNE) o acusou de questionar a imparcialidade da instituição antes de um referendo que pode permitir ao presidente Hugo Chávez permanecer no cargo indefinidamente.

Herrero estava na Venezuela como observador do referendo. Ele acusou Chávez de ter "comportamentos típicos de um ditador" por pedir a contenção de manifestações da oposição.

O governo da Espanha convocou um encontro com o embaixador da Venezuela em Madri para expressar a desaprovação sobre a expulsão de Herrero, disse um representante do Ministério das Relações Exteriores espanhol.

As relações da Venezuela com a Espanha tiveram seu ponto crítico em 2007, quando Chávez ameaçou rever acordos diplomáticos e comerciais depois de ouvir um "cala a boca" do rei espanhol Juan Carlos durante uma cúpula.

A fenda foi oficialmente reparada em 2008, com uma visita oficial de Chávez à Espanha, onde ele cumprimentou o rei e discutiu acordos para investimento no setor petroquímico com o primeiro-ministro José Luis Rodriguez Zapatero.

17:06
Anónimo disse...
A polícia do Zimbábue anunciou neste sábado que acusa de traição Roy Bennett, dirigente do até agora opositor Movimento para a Mudança Democrática (MDC), detido na sexta-feira, em Harare, poucas horas antes da cerimônia de posse dos membros do novo gabinete.

"A Polícia nos informou que vão apresentar acusações de traição", disse à agência EFE o advogado de defesa de Bennett, Trust Maanda.

"Tentam relacionar Roy com o caso de Mike Hitschmann, que foi detido em 2006 em relação à descoberta de um carregamento de armas, apesar de que Hitschmann não tenha sido declarado culpado das acusações de traição apresentadas contra ele, mas de um crime menor de descumprimento de leis", disse Maanda.

O político opositor, designado por seu partido como vice-ministro de Agricultura no Governo de união nacional, esteve no exílio na vizinha África do Sul desde 2006 e retornou ao Zimbábue há duas semanas.

Segundo a Polícia, que deteve Bennett ontem no aeroporto de Harare quando pretendia ir à África do Sul para visitar sua família, as armas apreendidas em 2006 seriam utilizadas em um golpe de Estado para derrubar o presidente do Zimbábue, Robert Mugabe.

Depois da detenção, Bennet foi levado a Mutar, onde vários simpatizantes do MDC se concentraram em frente à delegacia na qual estava detido, diante do que a Polícia respondeu com tiros para o alto para dispersar os manifestantes.

17:07
Anónimo disse...
Austrália: 14 mil se candidatam a 'emprego dos sonhos'

A secretaria de Turismo de Queensland, na Austrália, informou que até esta segunda-feira já recebeu cerca de 14 mil inscrições para o "o melhor emprego do mundo". O Estado australiano promove pela internet seleção para vaga de "zelador" da ilha Hamilton, por seis meses com um salário de R$ 40 mil.

Muitos candidatos tiveram problemas durante a inscrição por conta dos acessos simultâneos ao site. A secretaria aconselha enviar os vídeos de 60s explicando porque deve ser escolhido em horários alternativos do dia, além de recomendar tamanho em torno de 40MB.

As inscrições começaram em 12 de janeiro e vão até o próximo dia 22 e podem ser feitas pelo site www.islandreefjob.com. O governo australiano escolherá 50 candidatos para a próxima fase da seleção, que terá votos do público para eleger um dos 11 finalistas.

A última fase terá entrevistas e desafios físicos, no próprio local de trabalho: as ilhas da Grande Barreira Coralina - o maior recife de coral do mundo. A secretaria de Turismo anunciará o vencedor no dia 6 de maio.

17:09
Anónimo disse...
Mercado elogia governo na crise, mas pede maior queda no juro

Peter Fussy
Direto de São Paulo

Desde as primeiras medidas anunciadas para combater os efeitos da crise, o governo brasileiro avisou que a estratégia não contemplaria um pacote. Seriam doses pontuais, de acordo com a necessidade da economia diante do agravamento das turbulências. Da primeira liberação dos depósitos compulsórios em setembro até a ampliação do seguro-desemprego na última quarta-feira, o governo passou por redução de impostos, ampliação de crédito e incentivos à exportação. Quase 150 dias após a primeira medida, o Terra conversou com líderes do setor público e privado, representantes dos trabalhadores, acadêmicos e com o próprio governo para saber quais destas ações foram mais eficazes, quais foram mais ineficientes e o que mais pode ser feito pelo Estado brasileiro contra a crise.

Os maiores elogios foram direcionados à atitude de reduzir o Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) para a indústria automobilística, anunciada em dezembro e que fez com que os emplacamentos de carros novos subissem 1,9% no primeiro mês do ano em relação a dezembro de 2008. Já as maiores críticas foram para a lentidão no corte da taxa básica de juro do País.

Para o presidente do conselho administrativo do Grupo Pão de Açúcar, Abílio Diniz, o Estado não é responsável pela crise e mesmo assim está agindo "com extrema serenidade e muito acerto". "O governo está atento, fazendo a sua parte. É preciso coragem de baixar firmemente a taxa de juros. É uma arma que temos a nosso favor, já que não há clima para inflação, nem possibilidade de danos para a macroeconomia", afirmou Diniz.

Na última reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), em janeiro, a taxa Selic foi reduzida em um ponto percentual, de 13,75% para 12,75% ao ano. Porém, o professor de economia da Universidade de Brasília (UnB) José Luiz Oreiro lembra que este corte representa uma redução de apenas 0,25 ponto percentual com relação à taxa de setembro do ano passado, quando a crise se agravou.

"Pouco antes da eclosão da crise, o Banco Central aumentou a taxa em 0,75 ponto. Foram cinco meses de demora para reduzir em termos líquidos apenas 0,25 ponto", afirmou o economista, que também sugeriu redução do intervalo de cerca de 90 dias entre as reuniões do Copom e o corte de pelo menos um 1 ponto percentual em cada reunião.

Mesmo com o corte de janeiro, a taxa de juros real continua sendo a maior do mundo, lembrou o secretário-geral da Força Sindical, João Carlos Gonçalves, o Juruna. "A redução da taxa de juro ainda é pequena, porque ela continua uma das mais altas do mundo. Falta ousadia para baixar os juros e ajudar o cidadão. A permanência da taxa de juro alta é negativa para o País em meio a crise", afirmou Juruna.

Embora aprove as ações do governo, o senador Aloízio Mercadante (PT-SP) também acredita que o patamar da Selic está muito alto. "Sempre fomos os primeiros a entrar em qualquer crise, o que não aconteceu agora. A taxa Selic ainda é muito alta, mas o governo têm tomado medidas acertadas, como o aumento do salário mínimo, mesmo com um cenário de crise. Isso ajuda a movimentar o consumo. O governo está se esforçando para manter os investimentos e o crescimento", disse.

Tributos
De acordo com o economista Fabio Pina, da Fecomercio-SP, as ações mais positivas estão relacionadas à redução de tributos para alguns segmentos, como a indústria automobilística, que recuperou parte da queda nas vendas em janeiro com a isenção do IPI para carros 1.0 l e o corte para demais motorizações. A medida vale até o final de março.

"Essas medidas não só reduziram o preço, mas anteciparam o consumo daqueles que iriam comprar no futuro, dando um prêmio por conta da insegurança. Mexe diretamente com o principal problema que é a confiança do consumidor", afirmou. Juruna destacou que um bom ritmo de vendas é garantia de emprego. "É importante porque cada emprego na montadora significa 19 na cadeia produtiva", comentou o representante da Força Sindical.

Também em dezembro, o governo decidiu cortar pela metade a alíquota do Imposto de Renda para contribuintes que ganham entre R$ 1.434 e R$ 2.150 mensais. "O salário aumentava e a tabela não se modificava. As pessoas ganhavam mais e pagavam mais impostos", apontou Juruna. Outra redução de tributos do governo foi com relação ao Imposto sobre Operações Financeiras (IOF), que caiu de 3% ao ano para 1,5%.

Crédito
Na segunda metade de 2008, o colapso de bancos nos Estados Unidos por conta da crise do subprime provocou uma forte restrição de crédito no mundo inteiro. Uma das primeiras medidas anticrise do governo teve como objetivo restabelecer a oferta, com mudanças no recolhimento dos depósitos compulsórios por parte dos bancos. Segundo o presidente do Banco Central, Henrique Meirelles, as diversas modificações liberaram US$ 99,2 bilhões aos bancos até o final de janeiro.

Além disso, o governo concedeu R$ 36 bilhões das reservas internacionais para empresas brasileiras com dívidas no exterior e uma medida provisória autorizou o Banco do Brasil e a Caixa Econômica Federal a comprar carteiras de crédito de bancos privados. Para o diretor do Departamento de Pesquisas e Estudos Econômicos da Fiesp, Paulo Francini, estas medidas foram essenciais para combater os efeitos da crise.

"A crise se desenvolve no mundo em torno do tema crédito. E o crédito reduziu-se barbaridade no mundo. Então o governo lança mão de compulsório, lança mão de reservas, de medidas que permitem aos bancos comprar carteiras de bancos. Você vai tomando várias medidas para atender às demandas e o epicentro disso é crédito", afirmou.

No entanto, Oreiro, da UnB, adverte que a liberação dos compulsórios seria mais eficiente acompanhada de redução mais agressiva da taxa básica de juro. "Uma parte do crédito voltou, depois da forte retração em outubro e novembro. O que deveria ter sido feito junto à liberação do compulsório era uma redução mais drástica da taxa de juro. Sem isso, os bancos pegam as reservas e acabam comprando títulos públicos", explicou o economista.

Na opinião de Pina, as ações de distribuição de crédito via redução do compulsório e a disposição de capital de giro para empresas foram tomadas sem um cuidado maior na operação e não tiveram muito efeito. "O BNDES tem linhas que ficam paradas quase todo o ano, agora é pior ainda. Existem os recursos, mas as empresas e os bancos estão desconfiados. É preciso fazer com que os bancos tenham interesse em emprestar", afirmou o economista da Fecomercio-SP.

Futuro
Mesmo com todas essas medidas, a crise financeira ainda gera incertezas nos setores produtivos do País. Nos últimos meses, o medo do desemprego fez os consumidores adiarem compras. Por sua vez, a queda nas vendas pode obrigar as indústrias a cortarem a produção e demitir funcionários. Contra isso, empresários sugerem redução de jornada e de salários.

"Isto está previsto em lei. A Fiesp simplesmente manteve conversações com entidades sindicais quanto à aplicação daquilo que já está previsto em lei", afirmou Francini.

Segundo a ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff, uma das medidas que assegura um nível de emprego é a manutenção de investimentos no Programa de Aceleração do Crescimento (PAC). "Estamos esperando que a dificuldade ocorra em janeiro, fevereiro e março. Estamos certos que vamos manter o nível de investimento. É isso que funciona, é isso que significa investimento público. Ele funciona como um colchão. Por isso, nós colocamos R$ 100 bilhões no BNDES e a Petrobras ampliou o seu investimento em R$ 120 bilhões", afirmou.

Na mesma linha, Pina explica que a antecipação de gastos do governo substitui parte da demanda retraída do setor privado. "Ele dá o seguinte recado: não vou estourar as contas públicas, mas concentrar em um momento em que a demanda privada está pequena. Mas o governo não tem fôlego suficiente para fazer o papel de toda demanda", ressaltou. O economista da Fecomercio lembrou que a entidade já pleiteou junto ao governo isenções para transferência de imóveis e de automóveis, além de retirar o IPVA para veículos novos.

Já Oreiro foca suas propostas na capitalização do Banco do Brasil e da Caixa Econômica Federal pelo Tesouro para atender a demanda de crédito para capital de giro e reduzir o spread. "Aumentando o empréstimo e reduzindo as taxas, os dois vão forçar os bancos privados a acompanhar o movimento, até para não perderem participação no mercado", explicou o economista da UnB.

Até o Carnaval, o governou prometeu detalhar um pacote de incentivos para a construção de até um milhão de casas populares, direcionado a famílias com renda de até dez salários mínimos. "Estamos atentos a tudo o que está acontecendo e novas medidas serão tomadas caso haja uma avaliação de que sejam necessárias", disse o ministro da Fazenda, Guido Mantega, na última sexta-feira.

17:11
Anónimo disse...
Ex-ministro critica extensão do seguro-desemprego

Atualizada às 09h03

O ex-ministro do Trabalho Almir Pazzianotto criticou a decisão do governo federal de conceder o seguro-desemprego estendido a apenas alguns setores. "É certamente odioso e provavelmente inconstitucional", disse Pazzianotto, de acordo com o jornal O Estado de S. Paulo.

Na última qurta, dia do anúncio da medida, centrais sindicais elogiaram a atitude do governo. A Força Sindical divulgou nota dizendo que "o aumento ajudará a aquecer parte da economia, já que irá gerar mais consumo, produção e conseqüentemente, a criação de novos postos de trabalho". A União Geral dos Trabalhadores (UGT) afirmou que a medida "contribuirá para minimizar o drama dos trabalhadores que perderem seu emprego por conta da crise".

O ex-ministro, que instituiu o seguro-desemprego no País no governo de José Sarney, destacou a necessidade de as centrais sindicais se manifestarem contra a determinação. Para ele, as mudanças devem ser aplicadas a todas as categorias profissionais e a distinção é contrária ao artigo 3º da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT).

Pazzianotto atribui a medida a um possível temor do governo de que a crise econômica seja longa e não haja dinheiro para atender a todas as necessidades. Ainda assim, ele se mostra contrário ao método de concessão. "O seguro-desemprego ajuda a sanar necessidades básicas. Estendê-lo é paliativo, não a solução", disse ao jornal.

De acordo com o presidente do Conselho Deliberativo do Fundo de Amparo ao Trabalhador (Codefat) e conselheiro da Força Sindical, Luiz Fernando Emediato, a determinação já estava prevista na lei 8.900/94, que trata do seguro-desemprego.

O presidente da Comissão de Trabalho da Câmara, Pedro Fernandes (PTB-MA) vai além na crítica à concessão do seguro para apenas alguns setores. Ele acredita que a ampliação do benefício estimula o desemprego.

Quintino Severo, secretário geral da Central Única dos Trabalhadores (CUT), lembra que a ampliação do benefício sem critério e identificação pode incentivar demissões em outros setores.

17:13
Anónimo disse...
Empresas
TAM faz promoção para destinos internacionais

A companhia aérea TAM anunciou nesta sexta-feira tarifas promocionais para trechos internacionais. Os preços valem para bilhetes comprados entre 6h deste sábado e 23h59 deste domingo e são válidos para classe econômica. As tarifas, para ida e volta, serão vendidas a partir de US$ 99, mais taxas.

Segundo a aérea, a promoção vale para viagens feitas no período de 14 de fevereiro a 18 de junho de 2009. Para destinos na América do Sul, a permanência mínima é de dois dias; para bilhetes com destino nos Estados Unidos, cinco dias; e Europa, sete dias. A permanência máxima para as passagens para América do Sul e EUA é de dois meses e para Europa, três meses.

Entre os exemplos de tarifas promocionais, a TAM oferece São Paulo-Lima por US$ 99. Bilhetes para a rota São Paulo-Santiago serão vendidos a partir de US$ 199 e São Paulo-Nova York, US$ 799.

A emissão dos bilhetes deve ser feita obrigatoriamente no ato da reserva, obedecendo às regras estipuladas pela companhia. A compra está sujeita à disponibilidade de assentos nas classes tarifárias determinadas, trechos, horários e datas. A TAM afirmou que também há tarifas promocionais para a classe executiva.

Mais informações podem ser encontradas no site promocional (www.ofertastam.com.br), no site da empresa (www.tam.com.br) ou pelos telefones 4002-5700 ou 0800 5705700.

17:13
Anónimo disse...
Empresas
Consultoria negocia compra do parque temático Hopi Hari

A consultoria especializada em reestruturação de empresas Íntegra Associados informou nesta sexta-feira ter um acordo para comprar o parque de diversões Hopi Hari, localizado no interior de São Paulo. A empresa estaria disposta a investir R$ 10 milhões no parque, que tem dívida estimada em R$ 800 milhões. As informações são da edição deste sábado do jornal Folha de S. Paulo.

De acordo com o jornal, a transação ainda depende da negociação entre o Hopi Hari e seus credores, o que já estaria em andamento.

A consultoria paulista já atuou junto à Parmalat, durante 30 meses, quando reorganizou a gestão da empresa italiana.

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17:14
Anónimo disse...
Empresas
Disney de Tóquio contratará mais 2 mil apesar da crise


A Oriental Land, o operador da Disneylândia Tóquio e DisneySea, organizou neste domingo entrevistas para contratar cerca de 2 mil trabalhadores em tempo parcial, em um momento de grandes demissões deste tipo de empregados no Japão.

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O operador deste parque temático, situado em Urayasu, na província de Chiba (leste de Tóquio), está em pleno processo de seleção de empregados para 20 tipos de postos trabalhistas diferentes.

Segundo a companhia, citada pela agência local de notícias Kyodo, o parque contratará novos trabalhadores para as atrações, para os restaurantes e guardas de segurança entre outros. Os novos contratados começarão a trabalhar a partir de fevereiro.

O processo de seleção acontece em um momento em que a maioria das grandes companhias japonesas começaram a se ver obrigadas a despedir uma elevada percentagem de seus trabalhadores temporários e a tempo parcial.

Algumas inclusive anunciaram demissões de seus trabalhadores fixos, uma medida muito pouco comum nas companhias japonesas, perante os efeitos piores que o esperado pela crise econômica global.

Cerca de uma centena de pessoas esperavam desde a primeira hora desta manhã a abertura do centro de conferências Tokyo International Forum, onde as entrevistas estão sendo feitas, para ser os primeiros a solicitar os postos de trabalho.


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17:15
Anónimo disse...
Economia Internacional
Senado dos EUA aprova plano de estímulo à economia

O Senado dos Estados Unidos aprovou com 60 votos a favor e 38 contra o plano de estímulo à economia de US$ 787 bilhões na madrugada deste sábado. Agora, ele segue para sanção ou veto do presidente Barack Obama, que espera colocar a lei em prática até o dia 16 de fevereiro.

O plano prevê a criação de três milhões de empregos, inclui cortes de impostos às famílias, fundos para programas sociais e obras públicas, além de ajuda aos governos estaduais, estudantes e desempregados.

A cláusula Buy American - que exige o uso de ferro, aço e produtos manufaturados dos Estados Unidos em obras realizadas com recursos do pacote - ficou de lado. Segundo o texto definitivo, a cláusula será aplicada sem violar as normas do comércio internacional.

Ontem à tarde, a Câmara de Representantes (deputados) havia aprovado, por 246 votos a favor e 183 contra, a versão final do plano. Todos os republicanos foram contrários ao pacote.

Pelo acordo de quarta-feira entre Câmara e Senado, em vez de custar US$ 819 bilhões, como queriam os deputados, ou US$ 838 bilhões como pretendiam os senadores, o pacote ficou em cerca de US$ 787 bilhões, com 65% desse total destinado a gastos do governo federal e 35%, a créditos tributários.

17:16
Anónimo disse...
Economia nacional
Na era Lula, aposentadoria sobe 54% menos que salário mínimo

Thatiane Faria
Especial para o Terra
Direto de São Paulo

Os índices de reajustes concedidos pelo governo em 2009 para aposentados e pensionistas e para o salário mínimo repetiram uma diferença que, só durante o governo de Luiz Inácio Lula da Silva, já chega a 54%. Enquanto o mínimo foi majorado em 12% este ano, as pensões e aposentadorias tiveram aumento de 5,92%. Aposentados que têm o benefício do governo como única fonte de renda reclamam que perdem poder de compra e que sua cesta de compras é composta por itens que aumentam mais em relação à inflação oficial.

Um exemplo prático pode ser entendido a partir da comparação entre um aposentado que ganhava R$ 600 em janeiro de 2003. Na época, o benefício era três vezes, ou 200%, maior que o valor do mínimo em vigência, que era de R$ 200. Aplicando-se os índices de reajuste para aposentadorias e para o mínimo durante os últimos seis anos, o mesmo aposentado estaria recebendo hoje R$ 938,47, comparado a um salário mínimo de R$ 465. A diferença entre os dois valores caiu para pouco mais de 100%.

Enquanto o índice acumulado de reajuste para a aposentadoria durante o governo Lula foi de 60%, para o salário mínimo está em 132%.

O diretor do Sindicato Nacional dos Aposentados, João Inocentini, reclama que os valores dos benefícios para aposentadorias não mantêm o poder de compra do grupo, principalmente dos aposentados que recebem menos que dez salários mínimos.

Nem mesmo o fato de o índice de reajuste das aposentadorias ter ficado acima da inflação acumulada no mesmo período (o IPCA entre janeiro de 2003 e janeiro de 2009 foi de 39,7%) serve de argumento, segundo os aposentados.

"Os idosos, principalmente, têm gastos além das contas gerais como gás, telefone e aluguel. Para eles o custo com remédios, e outros itens da área saúde costuma ser maior", afirmou Inocentini.

O presidente do sindicato afirmou que o grupo realiza um estudo com 100 itens de necessidade de um idoso para comparar o aumento dos produtos com o índice de reajuste do benefício recebido pelos aposentados.

"Daqui dois meses vamos abrir um processo na Justiça e levar essa pesquisa como prova. Segundo a lei, o governo é obrigado a manter o poder de compra com a aposentadoria", disse Inocentini.

Alternativas
O consultor financeiro Cláudio Boriola diz que os aposentados, especialmente nesse momento de crise econômica, devem evitar compras parceladas, pesquisar preços, negociar e fazer bom planejamento financeiro.

Segundo Boriola, alguns aposentados ganham um valor mensal muitas vezes insuficiente para o pagamento das contas e acabam pedindo crédito ou realizando pagamentos a prazo e são obrigados a pagar juros altos.

Na opinião do consultor, pagar uma previdência privada é uma alternativa indicada para quem ainda trabalha, considerando a característica de perda de poder de compra da aposentadoria.

"Na prática, infelizmente os valores encontram-se em um patamar que está deteriorando o poder de aquisição da população brasileira", completou Boriola.

De acordo com o diretor da Confederação Brasileira de Aposentados e Pensionistas (Cobap), Vicente Fernandes Barbosa, representantes dos aposentados tentarão um encontro com o presidente da Câmara, deputado Michel Temer (PMDB-SP), para discutir projetos que minimizem a perda dos aposentados

17:17
Anónimo disse...
Previdência
Previdência prorroga isenção de tarifas no benefício

O atual sistema de pagamento aos 26 milhões de aposentados e pensionistas do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) será mantido até o final deste ano. O acordo, que permite realizar a operação sem nenhum custo aos beneficiários, foi renovado nesta sexta-feira, entre o governo federal e 21 instituições financeiras.

Por meio desse acordo, vigente desde setembro de 2007, nem os segurados, nem os bancos e nem o governo arcam com o pagamento de tarifas, conforme explicou o ministro da Previdência Social, José Pimentel. A prorrogação vale até dezembro, data máxima para que a Previdência defina as regras para um novo contrato.

Ao assinar o termo de renovação, na sede da Federação Brasileira dos Bancos (Febraban), o ministro disse que a intenção do governo é mudar o atual modelo de gestão visando a reduzir os custos dessas operações em torno da folha mensal, que atinge R$ 15,8 bilhões. No entanto, qualquer alteração, conforme explicou, passará antes por audiências públicas a serem realizadas a partir do segundo semestre deste ano, atendendo a determinação do Tribunal de Contas da União (TCU).

De acordo com Pimentel, com um redesenho do mecanismo de repasse dos recursos aos bancos em torno da folha de pagamento dos segurados o que se busca é um aumento da participação de instituições financeiras. Ele informou que, desde 2007, cada benefício custa em média R$ 1,07 ao governo. "Quanto mais instituições financeiras estiverem prestando serviços à sociedade, maior é a competitividade, a agilidade no atendimento", justificou.

O ministro observou, ainda, que, para permitir uma redução para algo em torno de meia hora no tempo de atendimento para a concessão dos direitos previdenciários, o governo investiu R$ 280 milhões.

Questionado sobre o descontentamento dos segurados que ganham acima de um salário mínimo terem obtido apenas a correção com base na variação do Índice de Preços ao Consumidor (INPC) , ficando abaixo do reajuste dado a quem recebe apenas o mínimo, Pimentel argumentou que o governo seguiu o que determina a lei e descartou a possibilidade de uma revisão

17:17
Anónimo disse...
Empresas
Caterpillar oferece aposentadoria antecipada a 2 mil


A companhia americana Caterpillar ofereceu a cerca de dois mil funcionários incentivos para que se aposentem de forma voluntária antes do previsto, pela perspectiva de uma queda "significativa" da atividade industrial, informou nesta quarta-feira a empresa.

A iniciativa, destinada aos trabalhadores de diversas fábricas em Illinois, Colorado, Tennessee e Pensilvânia, se soma aos cortes de empregos anunciados em janeiro, explicou em comunicado de imprensa.

A empresa, a maior fabricante mundial de maquinaria pesada para a construção e a mineração, acrescentou que, "em função das condições de negócio, podem ser necessárias mais reduções de elenco voluntárias e involuntárias à medida que o ano avança".

O vice-presidente da companhia, Sid Banwart, explicou que a empresa prevê "demissões significativas em todas as regiões geográficas e na maioria dos setores devido às dificuldades da economia mundial".

17:18
Anónimo disse...
Comércio
Comércio exterior da OCDE caiu no 3º trimestre de 2008


As exportações e as importações dos países da Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Econômico (OCDE) caíram 1,6% e 0,2%, respectivamente, no terceiro trimestre de 2008, em relação aos três meses anteriores.

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Trata-se da primeira queda destas atividades desde o terceiro trimestre de 2006, segundo o último relatório trimestral sobre fluxos comerciais divulgado pela OCDE.

As exportações e as importações em dólares dos 30 Estados-membros caíram 15,6% e 17%, respectivamente, na comparação anualizada.

Por sua vez, o comércio dos sete países mais ricos do mundo (G7) teve um pequeno crescimento no terceiro trimestre de 2008 com uma queda das exportações de mercadorias de 0,2% em relação ao trimestre anterior e um aumento de 0,4% das importações.

Em termos anualizados, as importações do G7 caíram 1,4% entre julho e setembro do ano passado, seu primeiro retrocesso desde o terceiro trimestre de 2006, enquanto as exportações aumentaram 1,9%, seu crescimento mais baixo no mesmo tempo.

Por países, a Alemanha aumentou suas importações em 3,4% - valor mais alto do G7 -, enquanto suas exportações caíram 2,9% do segundo para o terceiro trimestre de 2008.

Pelo contrário, as exportações americanas aumentaram 1,8% entre julho e setembro de 2008, enquanto as importações caíram 0,7% em relação ao trimestre anterior. No Japão, tanto as importações quanto as exportações caíram em torno de 1% no mesmo período.

17:19
Anónimo disse...
Economia Nacional
Lula: juros de crédito consignado a aposentados são altos

Atualizada às 17h29

O presidente Luis Inácio Lula da Silva afirmou nesta terça-feira, em São Paulo, que está lutando para reduzir as taxas de juros cobradas de aposentados em crédito consignado. A Previdência Social estabelece uma taxa máxima de 2,5% para empréstimo e de 3,5% para cartão. Para Lula, os valores são altos.

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"Acho que o juro que os aposentados estão pagando hoje com o crédito consignado é alto para o padrão brasileiro", disse o presidente durante a cerimônia de comemoração dos 86 anos do INSS.

A Previdência anunciou nesta terça-feira que aposentados e trabalhadoras com licença-maternidade poderão receber seus benefícios em 30 minutos. De acordo com Lula, em junho, a aposentadoria do trabalhador rural também será conseguida em meia hora.

Além disso, o presidente anunciou que, também em junho, os trabalhadores que alcançarem o direito à aposentadoria passarão a receber em suas casas um comunicado da Previdência informando o fato e o valor do salário que têm direito a receber. "É um comprometimento público que estou fazendo com os companheiros da Previdência Social", disse.

"Estamos retribuindo ao contribuinte da Previdência Social aquilo que é a cidadania que ele tem direito", afirmou Lula. "Se para cobrar nós somos tão precisos, para devolver o dinheiro, temos que chegar próximo à perfeição", completou.

17:20
Anónimo disse...
Economia Nacional
Salário maternidade sairá em 30 minutos, diz ministro

Toda trabalhadora autônoma que tiver contribuído pelo menos 10 meses com o Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) - ou as que possuírem carteira assinada - poderão receber em 30 minutos o salário maternidade a partir desta terça-feira. Da mesma forma, as mulheres com 30 anos de contribuição e os homens com 35 anos também terão direito ao benefício de forma mais rápida. A informação é do ministro da Previdência Social, José Pimentel.

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Para requerer o salário maternidade, é preciso que as autônomas levem a carteira de identidade e o carnê de contribuição. As demais trabalhadoras devem apresentar a identificação e a carteira de trabalho. Desde o início do mês, a nova forma de análise para a concessão de benefícios foi adotada para a aposentadoria por idade do trabalhador urbano e agora foi estendida para o salário maternidade e por tempo de contribuição.

O ministro disse que a qualificação do serviço da previdência social é o reconhecimento do direito dos trabalhadores e da afirmação da cidadania.

"Até pouco tempo na cabeça do cidadão o serviço devia ser de péssima qualidade. Agora não, nós modificamos toda a legislação no mês de dezembro numa ação conjunta do Congresso Nacional com o governo federal. Estamos implantando e concedendo os benefícios em até 30 minutos", afirmou.

O ministro destacou que para conseguir se aposentar ou ter acesso à licença maternidade em 30 minutos, em primeiro lugar, é necessário que o cidadão esteja vinculado à Previdência, o que inclui 65% da população acima de 16 anos de idade.

"Depois bastar marcar pelo sistema 135 o dia e a hora do atendimento e levar a documentação. Se todos os dados necessários estiverem corretos o contribuinte será atendido em até 30 minutos, como vem sendo feito com as aposentadorias por idade desde o dia cinco de janeiro", explicou.

Pimentel disse ainda que em 90% das agências da previdência social o atendimento é marcado em até 48 horas. Nos grandes centros, entretanto existe um volume maior o que torna mais lento o processo.

"Estamos criando mais 715 agências até 2010, em todo o território nacional, para descentralizar o atendimento. Em 2008, atendemos 295 mil benefícios e aposentadorias por idade. Temos 4 mil pessoas por dia procurando e se aposentando por idade no território nacional. Este serviço será agilizado", concluiu.
17:26
Anónimo disse...
Giuseppe Englaro, pai de Eluana, a italiana que morreu na segunda-feira passada por desidratação, recusou uma grande soma de dinheiro de um conhecido fotógrafo italiano que queria retratar a filha em estado de coma, disse neste sábado o neurologista que atendia a mulher desde 1996, Carlo Defanti.

O neurologista, que participou hoje de uma conferência sobre eutanásia, disse que Englaro respeitou a vontade da filha, que, antes do acidente, tinha pedido que, se lhe ocorresse qualquer coisa irreversível, apresentasse sua imagem de quando estava em boas condições.

Antes de sofrer o acidente de trânsito, em 1992, Eluana viveu o coma de um amigo, Alessandro, o que causou forte impacto na italiana e a levou a fazer o pai prometer que não a deixasse viver em estado vegetativo, disse o próprio Giuseppe Englaro.

Defanti, que dissera que Eluana poderia viver de dez a 12 dias depois da suspensão da alimentação e da hidratação, disse que, como médico, tinha que reprovar esta afirmação.

"Não se pode sobreviver após três ou quatro dias sem líquido e, em particular, água em um corpo. Sabemos bem que, quando há um terremoto, após quatro dias é difícil encontrar sobreviventes".

Defanti ressaltou que Eluana "não falava, não se comunicava com o exterior" e que, após vários exames, "nos deparamos com uma moça que tinha perdido a consciência", porque estava com o córtex cerebral prejudicado.

Eluana foi enterrada na quinta-feira passada no túmulo da família na localidade de Paluzza, em Udine, após um funeral que não contou com a presença dos pais.

16:53
Anónimo disse...
Os bombeiros combatem neste sábado os incêndios na Austrália favorecidos pelo bom tempo, enquanto os deslocados encotram em seu retorno casas derruídas, carros queimados nas ruas e destruição.

Depois de sete dias desde que começaram os incêndios no Estado de Victoria, a lista de mortos chega a 181, os desaparecidos somam 50, os edifícios destruídos totalizam 1,834 mil e o terreno arrasado, principalmente florestas, ocupa uma área de 4,13 mil quilômetros quadrados.

As equipes de bombeiros, formadas por 4 mil profissionais de Victoria, de outras partes da Austrália e de países amigos, combateram hoje 12 focos fora de controle e nenhum representava uma ameaça direta para a população.

O subdiretor do Serviço de Bombeiros, Geoff Conway, disse que este tempo favorável, que se prolongará durante o domingo, permite consolidar as linhas de contenção e avançar na extinção das chamas.

Cinzas apareceram arrastadas por ventos do nordeste sobre Melbourne, onde habitam 3,8 milhões de pessoas, e as autoridades alertaram aos cidadãos do risco para a saúde de idosos, crianças e pessoas com problemas respiratórios.

O número de pessoas deslocadas - a Cruz Vermelha chegou a receber 7 mil - começou a cair com a abertura de algumas localidades atingidas.

Os incêndios, alguns criminosos, começaram em 7 de fevereiro, quando a região sul da Austrália estava há duas semanas sob uma onda de calor sem precedentes.

Na sexta-feira passada, a polícia acusou uma pessoa de ter provocado o incêndio que atingiu a localidade de Churchill e matou 21 pessoas.

16:55
Anónimo disse...
A primeira chuva em seis dias reduziu a ameaça de incêndios no Estado de Victoria, ao sul da Austrália. As autoridades, porém, advertiram que ainda existem 12 focos, mas que nenhum deles ameaça áreas povoadas.

Mais de quatro mil bombeiros, mil provenientes de outras partes do país e de outras nações, trabalham contra o fogo. Cerca de 600 veículos e 28 helicópteros e pequenos aviões estão sendo usados.


Eles conseguiram construir linhas de contenção para evitar os incêndios de Yarra e Maroondah se juntassem. Também foram controlados os incêndios abertos de Yea e Murrindindi, que ameaçavam as comunidades de Connellys Creek, Crystal Creek, Scrubby Creek e Native Dog Creek.

O número de mortos chegou a 181, mas as autoridades acreditam que as vítimas devem passar de 200, já que ainda há muitos desaparecidos.

16:55
Anónimo disse...
Aqui nesta coluna, na semana passada, tive a oportunidade de comentar sobre a recente visita do professor brasileiro Pedrinho Guareschi à Austrália. Não dei, porém, os fatos, pois semana passada o assunto era outro.

Hoje, porém, vamos a eles.

No último dia 4 de fevereiro, aconteceu o Seminário "Paulo Freire: Education and Liberation", organizado pelo centro de estudos latino-americanos da Universidade Nacional da Austrália, ou ANU, como é mais conhecida por aqui.

A ANU, para quem não sabe, está entre as 20 melhores universidades do mundo! E tem sede aqui em Camberra, capital da Austrália.

Na abertura do evento, o professor John Minns, diretor do centro latino-americano, ao dar boas-vindas ao público presente, lembrou ser aquele o primeiro seminário exclusivamente dedicado a Paulo Freire na Austrália.

Em seguida, convidou Pedrinho Guareschi, palestrante principal do Seminário, a fazer sua apresentação.

A plateia pode então conhecer, pelas palavras de Pedrinho, um pouco da obra e da vida de Freire, esse brasileiro de fé e valor, que sempre acreditou na educação, sobretudo dos menos favorecidos, analfabetos, como força libertadora.

Como não podia deixar de ser, os conceitos e ideias revolucionários de Paulo Freire, expostos com clareza por Pedrinho, despertaram o interesse e a curiosidade de plateia. A qual, deve-se notar, era na maioria de estudantes, mas de várias nacionalidades, sobretudo australianos e asiáticos.

Na continuação do programa do seminário, que se estendeu por dois dias, outros professores fizeram palestras sobre temas ligados à obra de Paulo Freire.

Interessante, por exemplo, saber que a professora Anne Hickling-Hudson, jamaicana que mora na Austrália há muitos anos (é professora da ANU), conheceu e trabalhou com Freire num workshop educacional durante a revolução na Ilha de Granada, em 1980, antes da invasão dos Estados Unidos...

Ou, então, a palestra da Professora Gerda Roelvink, da Nova Zelândia, que participou do Fórum Social de Porto Alegre em 2005. E essa participação transformou-se em tema de doutorado.

No dia 10, terça-feira passada, o padre Pedrinho Guareschi voltou a falar ao público australiano em grande auditório localizado no belíssimo campus da ANU. Desta vez, sobre a Teologia da Libertação.

Depois da palestra, John Minns mostrou o filme mexicano "O Crime do Padre Amaro", no qual um dos personagens é um padre católico praticante da Teologia da Libertação.

Mais uma vez, foi grande o intersse da platéia, que pode aprender e conhecer um pouco como se desenvolveu aquele importante movimento católico na América Latina.

Fica, assim, ao Pedrinho, bem como a outros brasileiros estudiosos e de bom coração que saem pelo mundo a divulgar aspectos importantes da cultura brasileira, o respeito e a homenagem desta coluna. E... aquele abraço!

16:57
Anónimo disse...
Amanda Kitts perdeu o braço esquerdo em um acidente de automóvel acontecido três anos atrás, mas hoje em dia ela joga futebol americano com seu filho de 12 anos de idade, troca fraldas e abraça as crianças nas três creches Kiddie Cottage que opera em Knoxville, Tennessee. Kitts, 40 anos, faz tudo isso com a ajuda de um novo tipo de braço artificial que se movimenta com mais facilidade do que outros aparelhos e que ela pode controlar utilizando apenas seus pensamentos.

"Eu sou capaz de mexer a mão, o pulso e o cotovelo ao mesmo tempo", diz. "Você pensa e os músculos se movem em seguida".

A recuperação que ela conseguiu resulta de um novo procedimento que vem atraindo crescente atenção porque permite que pessoas movam braços protéticos de forma mais automática do que faziam no passado, simplesmente utilizando nervos reaproveitados em seus cérebros.

A técnica, conhecida como "renervação muscular dirigida", envolve utilizar os nervos que restam depois da amputação de um braço e conectá-los a outro músculo do corpo, em geral no peito. Eletrodos são instalados sobre os músculos do peito, e operam como se fossem antenas. Quando a pessoa deseja mover o braço, o cérebro envia sinais que primeiro resultam em contração dos músculos do peito, os quais enviam um sinal ao braço protético, instruindo-se a se movimentar. O processo não requer mais esforços consciente do que a pessoa teria de exercitar caso ainda tivesse seu braço natural.

Na terça-feira, pesquisadores reportaram em estudo publicado pela versão online do Journal of the American Medical Association que haviam levado a técnica ainda mais à frente, tornando possível a execução de 10 movimentos de mão, pulso e cotovelo diferentes, o que representa uma substancial melhora com relação ao típico repertório protético, que em geral envolve apenas dobrar o cotovelo, girar o pulso e abrir a mão.

"Os novos métodos tiveram impacto dramático em nosso campo de trabalho", disse Stuart Harshbarger, engenheiro biomédico na Universidade Johns Hopkins e diretor do programa de pesquisa sobre próteses, financiado pelas forças armadas, que inclui o trabalho com essa técnica. "O método já está em uso por médicos e cirurgiões comuns em todo o país. A capacidade de controlar um membro protético bastante robusto que ele confere surpreendeu a todos pela qualidade".

Tipicamente, uma pessoa que tenha um braço protético só é capaz de executar alguns poucos movimentos, e muitas vezes com tamanha lentidão que isso só permite a ela atividades limitadas.

Há um motor separado para cada movimento, diz Gerald Loeb, professor de engenharia biomédica na Universidade do Sul da Califórnia, "e esses motores precisam ser controlados de maneira explícita", usualmente por um esforço consciente da pessoa para contrair músculos nas costas ou no bíceps.

"Essencialmente, até agora os pacientes controlavam apenas um motor de cada vez", diz Loeb, "e precisavam pensar cuidadosamente sobre que motor desejavam controlar e como fazê-lo operar, em lugar de simplesmente pensarem em mover o braço e poderem fazê-lo sem delongas".

Antes que Kitts passasse pelo procedimento de renervação, em outubro de 2007, por exemplo, ela precisava movimentar os músculos de suas costas de determinada maneira para fazer com que seu pulso girasse, e flexionar seu bíceps e tríceps para fazer com que o cotovelo se movesse para cima e para baixo. "Era muito trabalho", ela conta. "E não me ajudava muito".

O procedimento de renervação é parte de uma recente explosão de idéias novas e técnicas inovadoras que estão sendo exploradas enquanto os cientistas se esforçam por ajudar as pessoas a compensar melhor a perda de membros ou problemas de paralisia. O esforço vem sendo alimentado pelo aumento no número de amputações causado por diabetes e por ferimentos sofridos pelos militares, e ao mesmo tempo pelos avanços na tecnologia médica.

Os braços se tornaram um dos focos essenciais desse tipo de trabalho. A ciência há muito vem obtendo sucessos no desenvolvimento de próteses de perna, mas é muito mais difícil imitar a complexidade e a destreza das mãos e dos braços.

Os esforços em curso incluem o desenvolvimento de projetos de pele e braços mais sensíveis e mais flexíveis, e o uso de dispositivos acionados por controles sem fio implantado nos braços protéticos, que permitiriam movimentos mais naturais.

Os pesquisadores também vêm usando sensores implantados nos cérebros de cobaias para permitir que dois macacos controlem um braço mecânico, e um teste com um homem paralítico permitiu, com esse método, que ele movimentasse um cursor em uma tela de computador.

Alguns desses métodos, caso venham a ser aperfeiçoados plenamente e consigam aprovação das autoridades regulatórias da saúde, podem no futuro se tornar mais viáveis para os pacientes de amputações.

E embora a técnica da renervação não requeira aprovação das autoridades regulatórias porque é executada por meios cirúrgicos e emprega aparelhos já existentes, ela apresenta limitações que até mesmo seus criadores reconhecem, entre as quais o fato de que não se pode utilizá-la para todos os pacientes, o seu alto custo e o prazo de meses requerido para que os nervos reconectados cresçam e se tornem efetivos.

Ainda assim, os especialistas dizem que é o mais avançado sistema em uso hoje para pacientes reais que permite que o sistema nervoso controle diretamente o movimento de um braço artificial.

Desde sua introdução por Todd Kuiken, médico fisioterapeuta e engenheiro biomédico do Instituto de Reabilitação de Chicago, o método foi empregado em cerca de 30 pacientes nos Estados Unidos, Canadá e Europa, entre os quais oito soldados feridos no Iraque e no Afeganistão.

Muitos dos pacientes, entre os quais o primeiro, Jesse Sullivan, um operário do setor elétrico no Tennessee que perdeu os dois braços quando foi eletrocutado por um cabo, conseguem não apenas manipular seus braços protéticos mas sentir a presença das mãos que já não têm quando alguém toca em seus peitos.

Sullivan, 62 anos, e Kitts, estavam entre os cinco pacientes que participaram do estudo reportado na terça-feira. Em companhia de cinco outras pessoas que não passaram por amputações, eles receberam os eletrodos e foram instruídos a usar pensamentos para fazer com que um braço virtual na tela reproduzisse 10 movimentos diferentes, entre os quais três formas diferentes de aperto de mão.

Os pacientes apresentaram desempenho bastante respeitável, apenas um pouco mais lento e menos preciso do que os dos participantes que não tinham amputações.

"As velocidades de movimento que encontramos em nossos pacientes foram realmente encorajadoras", disse Kuiken. "Eles conseguiram completar a tarefa. É claro que não foram tão competentes quanto as pessoas dotadas de plena capacidade física, mas foram bons o bastante".

Um braço virtual foi usado porque a maioria das próteses existentes não era capaz de acomodar todos aqueles movimentos, no momento da pesquisa, ainda que Sullivan, Kitts e uma terceira paciente, Claudia Mitchell, tenham experimentado dois novos protótipos mais versáteis de braços artificiais, executando tarefas complexas com bolas de tênis e outros objetos.

O trabalho de renervação em soldados apresenta outros desafios, diz Kuiken, porque os ferimentos militares muitas vezes "causam danos muitos extensos" a nervos, músculos ou ossos.

Daniel Acosta, 25 anos, um aviador ferido pela detonação de uma bomba em uma estrada do Iraque em 2005, passou pelo procedimento no ano passado e diz que seu braço esquerdo protético agora se movimenta "muito mais rápido" e de maneira muito mais natural.

"A diferença é que agora não preciso mais pensar para mover o braço", ele diz. "Ele simplesmente se mexe".

Ainda assim, Acosta, de San Antonio, diz que "o processo foi bastante longo" e que os eletrodos precisam ser ajustados para receber os sinais à medida que os nervos crescem ou mudam de posição.

E embora elogiem o método, os especialistas afirmam que a ciência das próteses de braço ainda tem muito por avançar.

"Trata-se de uma parte crucial, mas ainda assim apenas uma parte, das muitas coisas que compreendem a função normal de um braço", disse Loeb, que escreveu um editorial que acompanha o artigo no Journal of the American Medical Association.

"No momento estamos a meio do caminho entre o braço de 'Dr. Fantástico', que fazia involuntariamente a saudação nazista, e o braço de Luke Skywalker em 'Guerra nas Estrelas', que funciona sem nenhum problema assim que é conectado. Creio que precisaremos ainda de muitos anos para conectar todas as peças necessárias a produzir um braço capaz de funcionar normalmente".

17:04
Anónimo disse...
A Espanha disse neste sábado que está preparando uma reclamação oficial contra a decisão da Venezuela de expulsar um membro do Parlamento Europeu que criticou o conselho eleitoral venezuelano.
Luis Herrero, membro do partido conservador espanhol PP, foi deportado na sexta-feira depois que o Conselho Nacional Eleitoral (CNE) o acusou de questionar a imparcialidade da instituição antes de um referendo que pode permitir ao presidente Hugo Chávez permanecer no cargo indefinidamente.

Herrero estava na Venezuela como observador do referendo. Ele acusou Chávez de ter "comportamentos típicos de um ditador" por pedir a contenção de manifestações da oposição.

O governo da Espanha convocou um encontro com o embaixador da Venezuela em Madri para expressar a desaprovação sobre a expulsão de Herrero, disse um representante do Ministério das Relações Exteriores espanhol.

As relações da Venezuela com a Espanha tiveram seu ponto crítico em 2007, quando Chávez ameaçou rever acordos diplomáticos e comerciais depois de ouvir um "cala a boca" do rei espanhol Juan Carlos durante uma cúpula.

A fenda foi oficialmente reparada em 2008, com uma visita oficial de Chávez à Espanha, onde ele cumprimentou o rei e discutiu acordos para investimento no setor petroquímico com o primeiro-ministro José Luis Rodriguez Zapatero.

17:06
Anónimo disse...
A polícia do Zimbábue anunciou neste sábado que acusa de traição Roy Bennett, dirigente do até agora opositor Movimento para a Mudança Democrática (MDC), detido na sexta-feira, em Harare, poucas horas antes da cerimônia de posse dos membros do novo gabinete.

"A Polícia nos informou que vão apresentar acusações de traição", disse à agência EFE o advogado de defesa de Bennett, Trust Maanda.

"Tentam relacionar Roy com o caso de Mike Hitschmann, que foi detido em 2006 em relação à descoberta de um carregamento de armas, apesar de que Hitschmann não tenha sido declarado culpado das acusações de traição apresentadas contra ele, mas de um crime menor de descumprimento de leis", disse Maanda.

O político opositor, designado por seu partido como vice-ministro de Agricultura no Governo de união nacional, esteve no exílio na vizinha África do Sul desde 2006 e retornou ao Zimbábue há duas semanas.

Segundo a Polícia, que deteve Bennett ontem no aeroporto de Harare quando pretendia ir à África do Sul para visitar sua família, as armas apreendidas em 2006 seriam utilizadas em um golpe de Estado para derrubar o presidente do Zimbábue, Robert Mugabe.

Depois da detenção, Bennet foi levado a Mutar, onde vários simpatizantes do MDC se concentraram em frente à delegacia na qual estava detido, diante do que a Polícia respondeu com tiros para o alto para dispersar os manifestantes.

17:07
Anónimo disse...
Austrália: 14 mil se candidatam a 'emprego dos sonhos'

A secretaria de Turismo de Queensland, na Austrália, informou que até esta segunda-feira já recebeu cerca de 14 mil inscrições para o "o melhor emprego do mundo". O Estado australiano promove pela internet seleção para vaga de "zelador" da ilha Hamilton, por seis meses com um salário de R$ 40 mil.

Muitos candidatos tiveram problemas durante a inscrição por conta dos acessos simultâneos ao site. A secretaria aconselha enviar os vídeos de 60s explicando porque deve ser escolhido em horários alternativos do dia, além de recomendar tamanho em torno de 40MB.

As inscrições começaram em 12 de janeiro e vão até o próximo dia 22 e podem ser feitas pelo site www.islandreefjob.com. O governo australiano escolherá 50 candidatos para a próxima fase da seleção, que terá votos do público para eleger um dos 11 finalistas.

A última fase terá entrevistas e desafios físicos, no próprio local de trabalho: as ilhas da Grande Barreira Coralina - o maior recife de coral do mundo. A secretaria de Turismo anunciará o vencedor no dia 6 de maio.

17:09
Anónimo disse...
Mercado elogia governo na crise, mas pede maior queda no juro

Peter Fussy
Direto de São Paulo

Desde as primeiras medidas anunciadas para combater os efeitos da crise, o governo brasileiro avisou que a estratégia não contemplaria um pacote. Seriam doses pontuais, de acordo com a necessidade da economia diante do agravamento das turbulências. Da primeira liberação dos depósitos compulsórios em setembro até a ampliação do seguro-desemprego na última quarta-feira, o governo passou por redução de impostos, ampliação de crédito e incentivos à exportação. Quase 150 dias após a primeira medida, o Terra conversou com líderes do setor público e privado, representantes dos trabalhadores, acadêmicos e com o próprio governo para saber quais destas ações foram mais eficazes, quais foram mais ineficientes e o que mais pode ser feito pelo Estado brasileiro contra a crise.

Os maiores elogios foram direcionados à atitude de reduzir o Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) para a indústria automobilística, anunciada em dezembro e que fez com que os emplacamentos de carros novos subissem 1,9% no primeiro mês do ano em relação a dezembro de 2008. Já as maiores críticas foram para a lentidão no corte da taxa básica de juro do País.

Para o presidente do conselho administrativo do Grupo Pão de Açúcar, Abílio Diniz, o Estado não é responsável pela crise e mesmo assim está agindo "com extrema serenidade e muito acerto". "O governo está atento, fazendo a sua parte. É preciso coragem de baixar firmemente a taxa de juros. É uma arma que temos a nosso favor, já que não há clima para inflação, nem possibilidade de danos para a macroeconomia", afirmou Diniz.

Na última reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), em janeiro, a taxa Selic foi reduzida em um ponto percentual, de 13,75% para 12,75% ao ano. Porém, o professor de economia da Universidade de Brasília (UnB) José Luiz Oreiro lembra que este corte representa uma redução de apenas 0,25 ponto percentual com relação à taxa de setembro do ano passado, quando a crise se agravou.

"Pouco antes da eclosão da crise, o Banco Central aumentou a taxa em 0,75 ponto. Foram cinco meses de demora para reduzir em termos líquidos apenas 0,25 ponto", afirmou o economista, que também sugeriu redução do intervalo de cerca de 90 dias entre as reuniões do Copom e o corte de pelo menos um 1 ponto percentual em cada reunião.

Mesmo com o corte de janeiro, a taxa de juros real continua sendo a maior do mundo, lembrou o secretário-geral da Força Sindical, João Carlos Gonçalves, o Juruna. "A redução da taxa de juro ainda é pequena, porque ela continua uma das mais altas do mundo. Falta ousadia para baixar os juros e ajudar o cidadão. A permanência da taxa de juro alta é negativa para o País em meio a crise", afirmou Juruna.

Embora aprove as ações do governo, o senador Aloízio Mercadante (PT-SP) também acredita que o patamar da Selic está muito alto. "Sempre fomos os primeiros a entrar em qualquer crise, o que não aconteceu agora. A taxa Selic ainda é muito alta, mas o governo têm tomado medidas acertadas, como o aumento do salário mínimo, mesmo com um cenário de crise. Isso ajuda a movimentar o consumo. O governo está se esforçando para manter os investimentos e o crescimento", disse.

Tributos
De acordo com o economista Fabio Pina, da Fecomercio-SP, as ações mais positivas estão relacionadas à redução de tributos para alguns segmentos, como a indústria automobilística, que recuperou parte da queda nas vendas em janeiro com a isenção do IPI para carros 1.0 l e o corte para demais motorizações. A medida vale até o final de março.

"Essas medidas não só reduziram o preço, mas anteciparam o consumo daqueles que iriam comprar no futuro, dando um prêmio por conta da insegurança. Mexe diretamente com o principal problema que é a confiança do consumidor", afirmou. Juruna destacou que um bom ritmo de vendas é garantia de emprego. "É importante porque cada emprego na montadora significa 19 na cadeia produtiva", comentou o representante da Força Sindical.

Também em dezembro, o governo decidiu cortar pela metade a alíquota do Imposto de Renda para contribuintes que ganham entre R$ 1.434 e R$ 2.150 mensais. "O salário aumentava e a tabela não se modificava. As pessoas ganhavam mais e pagavam mais impostos", apontou Juruna. Outra redução de tributos do governo foi com relação ao Imposto sobre Operações Financeiras (IOF), que caiu de 3% ao ano para 1,5%.

Crédito
Na segunda metade de 2008, o colapso de bancos nos Estados Unidos por conta da crise do subprime provocou uma forte restrição de crédito no mundo inteiro. Uma das primeiras medidas anticrise do governo teve como objetivo restabelecer a oferta, com mudanças no recolhimento dos depósitos compulsórios por parte dos bancos. Segundo o presidente do Banco Central, Henrique Meirelles, as diversas modificações liberaram US$ 99,2 bilhões aos bancos até o final de janeiro.

Além disso, o governo concedeu R$ 36 bilhões das reservas internacionais para empresas brasileiras com dívidas no exterior e uma medida provisória autorizou o Banco do Brasil e a Caixa Econômica Federal a comprar carteiras de crédito de bancos privados. Para o diretor do Departamento de Pesquisas e Estudos Econômicos da Fiesp, Paulo Francini, estas medidas foram essenciais para combater os efeitos da crise.

"A crise se desenvolve no mundo em torno do tema crédito. E o crédito reduziu-se barbaridade no mundo. Então o governo lança mão de compulsório, lança mão de reservas, de medidas que permitem aos bancos comprar carteiras de bancos. Você vai tomando várias medidas para atender às demandas e o epicentro disso é crédito", afirmou.

No entanto, Oreiro, da UnB, adverte que a liberação dos compulsórios seria mais eficiente acompanhada de redução mais agressiva da taxa básica de juro. "Uma parte do crédito voltou, depois da forte retração em outubro e novembro. O que deveria ter sido feito junto à liberação do compulsório era uma redução mais drástica da taxa de juro. Sem isso, os bancos pegam as reservas e acabam comprando títulos públicos", explicou o economista.

Na opinião de Pina, as ações de distribuição de crédito via redução do compulsório e a disposição de capital de giro para empresas foram tomadas sem um cuidado maior na operação e não tiveram muito efeito. "O BNDES tem linhas que ficam paradas quase todo o ano, agora é pior ainda. Existem os recursos, mas as empresas e os bancos estão desconfiados. É preciso fazer com que os bancos tenham interesse em emprestar", afirmou o economista da Fecomercio-SP.

Futuro
Mesmo com todas essas medidas, a crise financeira ainda gera incertezas nos setores produtivos do País. Nos últimos meses, o medo do desemprego fez os consumidores adiarem compras. Por sua vez, a queda nas vendas pode obrigar as indústrias a cortarem a produção e demitir funcionários. Contra isso, empresários sugerem redução de jornada e de salários.

"Isto está previsto em lei. A Fiesp simplesmente manteve conversações com entidades sindicais quanto à aplicação daquilo que já está previsto em lei", afirmou Francini.

Segundo a ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff, uma das medidas que assegura um nível de emprego é a manutenção de investimentos no Programa de Aceleração do Crescimento (PAC). "Estamos esperando que a dificuldade ocorra em janeiro, fevereiro e março. Estamos certos que vamos manter o nível de investimento. É isso que funciona, é isso que significa investimento público. Ele funciona como um colchão. Por isso, nós colocamos R$ 100 bilhões no BNDES e a Petrobras ampliou o seu investimento em R$ 120 bilhões", afirmou.

Na mesma linha, Pina explica que a antecipação de gastos do governo substitui parte da demanda retraída do setor privado. "Ele dá o seguinte recado: não vou estourar as contas públicas, mas concentrar em um momento em que a demanda privada está pequena. Mas o governo não tem fôlego suficiente para fazer o papel de toda demanda", ressaltou. O economista da Fecomercio lembrou que a entidade já pleiteou junto ao governo isenções para transferência de imóveis e de automóveis, além de retirar o IPVA para veículos novos.

Já Oreiro foca suas propostas na capitalização do Banco do Brasil e da Caixa Econômica Federal pelo Tesouro para atender a demanda de crédito para capital de giro e reduzir o spread. "Aumentando o empréstimo e reduzindo as taxas, os dois vão forçar os bancos privados a acompanhar o movimento, até para não perderem participação no mercado", explicou o economista da UnB.

Até o Carnaval, o governou prometeu detalhar um pacote de incentivos para a construção de até um milhão de casas populares, direcionado a famílias com renda de até dez salários mínimos. "Estamos atentos a tudo o que está acontecendo e novas medidas serão tomadas caso haja uma avaliação de que sejam necessárias", disse o ministro da Fazenda, Guido Mantega, na última sexta-feira.

17:11
Anónimo disse...
Ex-ministro critica extensão do seguro-desemprego

Atualizada às 09h03

O ex-ministro do Trabalho Almir Pazzianotto criticou a decisão do governo federal de conceder o seguro-desemprego estendido a apenas alguns setores. "É certamente odioso e provavelmente inconstitucional", disse Pazzianotto, de acordo com o jornal O Estado de S. Paulo.

Na última qurta, dia do anúncio da medida, centrais sindicais elogiaram a atitude do governo. A Força Sindical divulgou nota dizendo que "o aumento ajudará a aquecer parte da economia, já que irá gerar mais consumo, produção e conseqüentemente, a criação de novos postos de trabalho". A União Geral dos Trabalhadores (UGT) afirmou que a medida "contribuirá para minimizar o drama dos trabalhadores que perderem seu emprego por conta da crise".

O ex-ministro, que instituiu o seguro-desemprego no País no governo de José Sarney, destacou a necessidade de as centrais sindicais se manifestarem contra a determinação. Para ele, as mudanças devem ser aplicadas a todas as categorias profissionais e a distinção é contrária ao artigo 3º da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT).

Pazzianotto atribui a medida a um possível temor do governo de que a crise econômica seja longa e não haja dinheiro para atender a todas as necessidades. Ainda assim, ele se mostra contrário ao método de concessão. "O seguro-desemprego ajuda a sanar necessidades básicas. Estendê-lo é paliativo, não a solução", disse ao jornal.

De acordo com o presidente do Conselho Deliberativo do Fundo de Amparo ao Trabalhador (Codefat) e conselheiro da Força Sindical, Luiz Fernando Emediato, a determinação já estava prevista na lei 8.900/94, que trata do seguro-desemprego.

O presidente da Comissão de Trabalho da Câmara, Pedro Fernandes (PTB-MA) vai além na crítica à concessão do seguro para apenas alguns setores. Ele acredita que a ampliação do benefício estimula o desemprego.

Quintino Severo, secretário geral da Central Única dos Trabalhadores (CUT), lembra que a ampliação do benefício sem critério e identificação pode incentivar demissões em outros setores.

17:13
Anónimo disse...
Empresas
TAM faz promoção para destinos internacionais

A companhia aérea TAM anunciou nesta sexta-feira tarifas promocionais para trechos internacionais. Os preços valem para bilhetes comprados entre 6h deste sábado e 23h59 deste domingo e são válidos para classe econômica. As tarifas, para ida e volta, serão vendidas a partir de US$ 99, mais taxas.

Segundo a aérea, a promoção vale para viagens feitas no período de 14 de fevereiro a 18 de junho de 2009. Para destinos na América do Sul, a permanência mínima é de dois dias; para bilhetes com destino nos Estados Unidos, cinco dias; e Europa, sete dias. A permanência máxima para as passagens para América do Sul e EUA é de dois meses e para Europa, três meses.

Entre os exemplos de tarifas promocionais, a TAM oferece São Paulo-Lima por US$ 99. Bilhetes para a rota São Paulo-Santiago serão vendidos a partir de US$ 199 e São Paulo-Nova York, US$ 799.

A emissão dos bilhetes deve ser feita obrigatoriamente no ato da reserva, obedecendo às regras estipuladas pela companhia. A compra está sujeita à disponibilidade de assentos nas classes tarifárias determinadas, trechos, horários e datas. A TAM afirmou que também há tarifas promocionais para a classe executiva.

Mais informações podem ser encontradas no site promocional (www.ofertastam.com.br), no site da empresa (www.tam.com.br) ou pelos telefones 4002-5700 ou 0800 5705700.

17:13
Anónimo disse...
Empresas
Consultoria negocia compra do parque temático Hopi Hari

A consultoria especializada em reestruturação de empresas Íntegra Associados informou nesta sexta-feira ter um acordo para comprar o parque de diversões Hopi Hari, localizado no interior de São Paulo. A empresa estaria disposta a investir R$ 10 milhões no parque, que tem dívida estimada em R$ 800 milhões. As informações são da edição deste sábado do jornal Folha de S. Paulo.

De acordo com o jornal, a transação ainda depende da negociação entre o Hopi Hari e seus credores, o que já estaria em andamento.

A consultoria paulista já atuou junto à Parmalat, durante 30 meses, quando reorganizou a gestão da empresa italiana.

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17:14
Anónimo disse...
Empresas
Disney de Tóquio contratará mais 2 mil apesar da crise


A Oriental Land, o operador da Disneylândia Tóquio e DisneySea, organizou neste domingo entrevistas para contratar cerca de 2 mil trabalhadores em tempo parcial, em um momento de grandes demissões deste tipo de empregados no Japão.

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O operador deste parque temático, situado em Urayasu, na província de Chiba (leste de Tóquio), está em pleno processo de seleção de empregados para 20 tipos de postos trabalhistas diferentes.

Segundo a companhia, citada pela agência local de notícias Kyodo, o parque contratará novos trabalhadores para as atrações, para os restaurantes e guardas de segurança entre outros. Os novos contratados começarão a trabalhar a partir de fevereiro.

O processo de seleção acontece em um momento em que a maioria das grandes companhias japonesas começaram a se ver obrigadas a despedir uma elevada percentagem de seus trabalhadores temporários e a tempo parcial.

Algumas inclusive anunciaram demissões de seus trabalhadores fixos, uma medida muito pouco comum nas companhias japonesas, perante os efeitos piores que o esperado pela crise econômica global.

Cerca de uma centena de pessoas esperavam desde a primeira hora desta manhã a abertura do centro de conferências Tokyo International Forum, onde as entrevistas estão sendo feitas, para ser os primeiros a solicitar os postos de trabalho.


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17:15
Anónimo disse...
Economia Internacional
Senado dos EUA aprova plano de estímulo à economia

O Senado dos Estados Unidos aprovou com 60 votos a favor e 38 contra o plano de estímulo à economia de US$ 787 bilhões na madrugada deste sábado. Agora, ele segue para sanção ou veto do presidente Barack Obama, que espera colocar a lei em prática até o dia 16 de fevereiro.

O plano prevê a criação de três milhões de empregos, inclui cortes de impostos às famílias, fundos para programas sociais e obras públicas, além de ajuda aos governos estaduais, estudantes e desempregados.

A cláusula Buy American - que exige o uso de ferro, aço e produtos manufaturados dos Estados Unidos em obras realizadas com recursos do pacote - ficou de lado. Segundo o texto definitivo, a cláusula será aplicada sem violar as normas do comércio internacional.

Ontem à tarde, a Câmara de Representantes (deputados) havia aprovado, por 246 votos a favor e 183 contra, a versão final do plano. Todos os republicanos foram contrários ao pacote.

Pelo acordo de quarta-feira entre Câmara e Senado, em vez de custar US$ 819 bilhões, como queriam os deputados, ou US$ 838 bilhões como pretendiam os senadores, o pacote ficou em cerca de US$ 787 bilhões, com 65% desse total destinado a gastos do governo federal e 35%, a créditos tributários.

17:16
Anónimo disse...
Economia nacional
Na era Lula, aposentadoria sobe 54% menos que salário mínimo

Thatiane Faria
Especial para o Terra
Direto de São Paulo

Os índices de reajustes concedidos pelo governo em 2009 para aposentados e pensionistas e para o salário mínimo repetiram uma diferença que, só durante o governo de Luiz Inácio Lula da Silva, já chega a 54%. Enquanto o mínimo foi majorado em 12% este ano, as pensões e aposentadorias tiveram aumento de 5,92%. Aposentados que têm o benefício do governo como única fonte de renda reclamam que perdem poder de compra e que sua cesta de compras é composta por itens que aumentam mais em relação à inflação oficial.

Um exemplo prático pode ser entendido a partir da comparação entre um aposentado que ganhava R$ 600 em janeiro de 2003. Na época, o benefício era três vezes, ou 200%, maior que o valor do mínimo em vigência, que era de R$ 200. Aplicando-se os índices de reajuste para aposentadorias e para o mínimo durante os últimos seis anos, o mesmo aposentado estaria recebendo hoje R$ 938,47, comparado a um salário mínimo de R$ 465. A diferença entre os dois valores caiu para pouco mais de 100%.

Enquanto o índice acumulado de reajuste para a aposentadoria durante o governo Lula foi de 60%, para o salário mínimo está em 132%.

O diretor do Sindicato Nacional dos Aposentados, João Inocentini, reclama que os valores dos benefícios para aposentadorias não mantêm o poder de compra do grupo, principalmente dos aposentados que recebem menos que dez salários mínimos.

Nem mesmo o fato de o índice de reajuste das aposentadorias ter ficado acima da inflação acumulada no mesmo período (o IPCA entre janeiro de 2003 e janeiro de 2009 foi de 39,7%) serve de argumento, segundo os aposentados.

"Os idosos, principalmente, têm gastos além das contas gerais como gás, telefone e aluguel. Para eles o custo com remédios, e outros itens da área saúde costuma ser maior", afirmou Inocentini.

O presidente do sindicato afirmou que o grupo realiza um estudo com 100 itens de necessidade de um idoso para comparar o aumento dos produtos com o índice de reajuste do benefício recebido pelos aposentados.

"Daqui dois meses vamos abrir um processo na Justiça e levar essa pesquisa como prova. Segundo a lei, o governo é obrigado a manter o poder de compra com a aposentadoria", disse Inocentini.

Alternativas
O consultor financeiro Cláudio Boriola diz que os aposentados, especialmente nesse momento de crise econômica, devem evitar compras parceladas, pesquisar preços, negociar e fazer bom planejamento financeiro.

Segundo Boriola, alguns aposentados ganham um valor mensal muitas vezes insuficiente para o pagamento das contas e acabam pedindo crédito ou realizando pagamentos a prazo e são obrigados a pagar juros altos.

Na opinião do consultor, pagar uma previdência privada é uma alternativa indicada para quem ainda trabalha, considerando a característica de perda de poder de compra da aposentadoria.

"Na prática, infelizmente os valores encontram-se em um patamar que está deteriorando o poder de aquisição da população brasileira", completou Boriola.

De acordo com o diretor da Confederação Brasileira de Aposentados e Pensionistas (Cobap), Vicente Fernandes Barbosa, representantes dos aposentados tentarão um encontro com o presidente da Câmara, deputado Michel Temer (PMDB-SP), para discutir projetos que minimizem a perda dos aposentados

17:17
Anónimo disse...
Previdência
Previdência prorroga isenção de tarifas no benefício

O atual sistema de pagamento aos 26 milhões de aposentados e pensionistas do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) será mantido até o final deste ano. O acordo, que permite realizar a operação sem nenhum custo aos beneficiários, foi renovado nesta sexta-feira, entre o governo federal e 21 instituições financeiras.

Por meio desse acordo, vigente desde setembro de 2007, nem os segurados, nem os bancos e nem o governo arcam com o pagamento de tarifas, conforme explicou o ministro da Previdência Social, José Pimentel. A prorrogação vale até dezembro, data máxima para que a Previdência defina as regras para um novo contrato.

Ao assinar o termo de renovação, na sede da Federação Brasileira dos Bancos (Febraban), o ministro disse que a intenção do governo é mudar o atual modelo de gestão visando a reduzir os custos dessas operações em torno da folha mensal, que atinge R$ 15,8 bilhões. No entanto, qualquer alteração, conforme explicou, passará antes por audiências públicas a serem realizadas a partir do segundo semestre deste ano, atendendo a determinação do Tribunal de Contas da União (TCU).

De acordo com Pimentel, com um redesenho do mecanismo de repasse dos recursos aos bancos em torno da folha de pagamento dos segurados o que se busca é um aumento da participação de instituições financeiras. Ele informou que, desde 2007, cada benefício custa em média R$ 1,07 ao governo. "Quanto mais instituições financeiras estiverem prestando serviços à sociedade, maior é a competitividade, a agilidade no atendimento", justificou.

O ministro observou, ainda, que, para permitir uma redução para algo em torno de meia hora no tempo de atendimento para a concessão dos direitos previdenciários, o governo investiu R$ 280 milhões.

Questionado sobre o descontentamento dos segurados que ganham acima de um salário mínimo terem obtido apenas a correção com base na variação do Índice de Preços ao Consumidor (INPC) , ficando abaixo do reajuste dado a quem recebe apenas o mínimo, Pimentel argumentou que o governo seguiu o que determina a lei e descartou a possibilidade de uma revisão

17:17
Anónimo disse...
Empresas
Caterpillar oferece aposentadoria antecipada a 2 mil


A companhia americana Caterpillar ofereceu a cerca de dois mil funcionários incentivos para que se aposentem de forma voluntária antes do previsto, pela perspectiva de uma queda "significativa" da atividade industrial, informou nesta quarta-feira a empresa.

A iniciativa, destinada aos trabalhadores de diversas fábricas em Illinois, Colorado, Tennessee e Pensilvânia, se soma aos cortes de empregos anunciados em janeiro, explicou em comunicado de imprensa.

A empresa, a maior fabricante mundial de maquinaria pesada para a construção e a mineração, acrescentou que, "em função das condições de negócio, podem ser necessárias mais reduções de elenco voluntárias e involuntárias à medida que o ano avança".

O vice-presidente da companhia, Sid Banwart, explicou que a empresa prevê "demissões significativas em todas as regiões geográficas e na maioria dos setores devido às dificuldades da economia mundial".

17:18
Anónimo disse...
Comércio
Comércio exterior da OCDE caiu no 3º trimestre de 2008


As exportações e as importações dos países da Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Econômico (OCDE) caíram 1,6% e 0,2%, respectivamente, no terceiro trimestre de 2008, em relação aos três meses anteriores.

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Trata-se da primeira queda destas atividades desde o terceiro trimestre de 2006, segundo o último relatório trimestral sobre fluxos comerciais divulgado pela OCDE.

As exportações e as importações em dólares dos 30 Estados-membros caíram 15,6% e 17%, respectivamente, na comparação anualizada.

Por sua vez, o comércio dos sete países mais ricos do mundo (G7) teve um pequeno crescimento no terceiro trimestre de 2008 com uma queda das exportações de mercadorias de 0,2% em relação ao trimestre anterior e um aumento de 0,4% das importações.

Em termos anualizados, as importações do G7 caíram 1,4% entre julho e setembro do ano passado, seu primeiro retrocesso desde o terceiro trimestre de 2006, enquanto as exportações aumentaram 1,9%, seu crescimento mais baixo no mesmo tempo.

Por países, a Alemanha aumentou suas importações em 3,4% - valor mais alto do G7 -, enquanto suas exportações caíram 2,9% do segundo para o terceiro trimestre de 2008.

Pelo contrário, as exportações americanas aumentaram 1,8% entre julho e setembro de 2008, enquanto as importações caíram 0,7% em relação ao trimestre anterior. No Japão, tanto as importações quanto as exportações caíram em torno de 1% no mesmo período.

17:19
Anónimo disse...
Economia Nacional
Lula: juros de crédito consignado a aposentados são altos

Atualizada às 17h29

O presidente Luis Inácio Lula da Silva afirmou nesta terça-feira, em São Paulo, que está lutando para reduzir as taxas de juros cobradas de aposentados em crédito consignado. A Previdência Social estabelece uma taxa máxima de 2,5% para empréstimo e de 3,5% para cartão. Para Lula, os valores são altos.

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"Acho que o juro que os aposentados estão pagando hoje com o crédito consignado é alto para o padrão brasileiro", disse o presidente durante a cerimônia de comemoração dos 86 anos do INSS.

A Previdência anunciou nesta terça-feira que aposentados e trabalhadoras com licença-maternidade poderão receber seus benefícios em 30 minutos. De acordo com Lula, em junho, a aposentadoria do trabalhador rural também será conseguida em meia hora.

Além disso, o presidente anunciou que, também em junho, os trabalhadores que alcançarem o direito à aposentadoria passarão a receber em suas casas um comunicado da Previdência informando o fato e o valor do salário que têm direito a receber. "É um comprometimento público que estou fazendo com os companheiros da Previdência Social", disse.

"Estamos retribuindo ao contribuinte da Previdência Social aquilo que é a cidadania que ele tem direito", afirmou Lula. "Se para cobrar nós somos tão precisos, para devolver o dinheiro, temos que chegar próximo à perfeição", completou.

17:20
Anónimo disse...
Economia Nacional
Salário maternidade sairá em 30 minutos, diz ministro

Toda trabalhadora autônoma que tiver contribuído pelo menos 10 meses com o Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) - ou as que possuírem carteira assinada - poderão receber em 30 minutos o salário maternidade a partir desta terça-feira. Da mesma forma, as mulheres com 30 anos de contribuição e os homens com 35 anos também terão direito ao benefício de forma mais rápida. A informação é do ministro da Previdência Social, José Pimentel.

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Para requerer o salário maternidade, é preciso que as autônomas levem a carteira de identidade e o carnê de contribuição. As demais trabalhadoras devem apresentar a identificação e a carteira de trabalho. Desde o início do mês, a nova forma de análise para a concessão de benefícios foi adotada para a aposentadoria por idade do trabalhador urbano e agora foi estendida para o salário maternidade e por tempo de contribuição.

O ministro disse que a qualificação do serviço da previdência social é o reconhecimento do direito dos trabalhadores e da afirmação da cidadania.

"Até pouco tempo na cabeça do cidadão o serviço devia ser de péssima qualidade. Agora não, nós modificamos toda a legislação no mês de dezembro numa ação conjunta do Congresso Nacional com o governo federal. Estamos implantando e concedendo os benefícios em até 30 minutos", afirmou.

O ministro destacou que para conseguir se aposentar ou ter acesso à licença maternidade em 30 minutos, em primeiro lugar, é necessário que o cidadão esteja vinculado à Previdência, o que inclui 65% da população acima de 16 anos de idade.

"Depois bastar marcar pelo sistema 135 o dia e a hora do atendimento e levar a documentação. Se todos os dados necessários estiverem corretos o contribuinte será atendido em até 30 minutos, como vem sendo feito com as aposentadorias por idade desde o dia cinco de janeiro", explicou.

Pimentel disse ainda que em 90% das agências da previdência social o atendimento é marcado em até 48 horas. Nos grandes centros, entretanto existe um volume maior o que torna mais lento o processo.

"Estamos criando mais 715 agências até 2010, em todo o território nacional, para descentralizar o atendimento. Em 2008, atendemos 295 mil benefícios e aposentadorias por idade. Temos 4 mil pessoas por dia procurando e se aposentando por idade no território nacional. Este serviço será agilizado", concluiu.
17:27
Anónimo disse...
Giuseppe Englaro, pai de Eluana, a italiana que morreu na segunda-feira passada por desidratação, recusou uma grande soma de dinheiro de um conhecido fotógrafo italiano que queria retratar a filha em estado de coma, disse neste sábado o neurologista que atendia a mulher desde 1996, Carlo Defanti.

O neurologista, que participou hoje de uma conferência sobre eutanásia, disse que Englaro respeitou a vontade da filha, que, antes do acidente, tinha pedido que, se lhe ocorresse qualquer coisa irreversível, apresentasse sua imagem de quando estava em boas condições.

Antes de sofrer o acidente de trânsito, em 1992, Eluana viveu o coma de um amigo, Alessandro, o que causou forte impacto na italiana e a levou a fazer o pai prometer que não a deixasse viver em estado vegetativo, disse o próprio Giuseppe Englaro.

Defanti, que dissera que Eluana poderia viver de dez a 12 dias depois da suspensão da alimentação e da hidratação, disse que, como médico, tinha que reprovar esta afirmação.

"Não se pode sobreviver após três ou quatro dias sem líquido e, em particular, água em um corpo. Sabemos bem que, quando há um terremoto, após quatro dias é difícil encontrar sobreviventes".

Defanti ressaltou que Eluana "não falava, não se comunicava com o exterior" e que, após vários exames, "nos deparamos com uma moça que tinha perdido a consciência", porque estava com o córtex cerebral prejudicado.

Eluana foi enterrada na quinta-feira passada no túmulo da família na localidade de Paluzza, em Udine, após um funeral que não contou com a presença dos pais.

16:53
Anónimo disse...
Os bombeiros combatem neste sábado os incêndios na Austrália favorecidos pelo bom tempo, enquanto os deslocados encotram em seu retorno casas derruídas, carros queimados nas ruas e destruição.

Depois de sete dias desde que começaram os incêndios no Estado de Victoria, a lista de mortos chega a 181, os desaparecidos somam 50, os edifícios destruídos totalizam 1,834 mil e o terreno arrasado, principalmente florestas, ocupa uma área de 4,13 mil quilômetros quadrados.

As equipes de bombeiros, formadas por 4 mil profissionais de Victoria, de outras partes da Austrália e de países amigos, combateram hoje 12 focos fora de controle e nenhum representava uma ameaça direta para a população.

O subdiretor do Serviço de Bombeiros, Geoff Conway, disse que este tempo favorável, que se prolongará durante o domingo, permite consolidar as linhas de contenção e avançar na extinção das chamas.

Cinzas apareceram arrastadas por ventos do nordeste sobre Melbourne, onde habitam 3,8 milhões de pessoas, e as autoridades alertaram aos cidadãos do risco para a saúde de idosos, crianças e pessoas com problemas respiratórios.

O número de pessoas deslocadas - a Cruz Vermelha chegou a receber 7 mil - começou a cair com a abertura de algumas localidades atingidas.

Os incêndios, alguns criminosos, começaram em 7 de fevereiro, quando a região sul da Austrália estava há duas semanas sob uma onda de calor sem precedentes.

Na sexta-feira passada, a polícia acusou uma pessoa de ter provocado o incêndio que atingiu a localidade de Churchill e matou 21 pessoas.

16:55
Anónimo disse...
A primeira chuva em seis dias reduziu a ameaça de incêndios no Estado de Victoria, ao sul da Austrália. As autoridades, porém, advertiram que ainda existem 12 focos, mas que nenhum deles ameaça áreas povoadas.

Mais de quatro mil bombeiros, mil provenientes de outras partes do país e de outras nações, trabalham contra o fogo. Cerca de 600 veículos e 28 helicópteros e pequenos aviões estão sendo usados.


Eles conseguiram construir linhas de contenção para evitar os incêndios de Yarra e Maroondah se juntassem. Também foram controlados os incêndios abertos de Yea e Murrindindi, que ameaçavam as comunidades de Connellys Creek, Crystal Creek, Scrubby Creek e Native Dog Creek.

O número de mortos chegou a 181, mas as autoridades acreditam que as vítimas devem passar de 200, já que ainda há muitos desaparecidos.

16:55
Anónimo disse...
Aqui nesta coluna, na semana passada, tive a oportunidade de comentar sobre a recente visita do professor brasileiro Pedrinho Guareschi à Austrália. Não dei, porém, os fatos, pois semana passada o assunto era outro.

Hoje, porém, vamos a eles.

No último dia 4 de fevereiro, aconteceu o Seminário "Paulo Freire: Education and Liberation", organizado pelo centro de estudos latino-americanos da Universidade Nacional da Austrália, ou ANU, como é mais conhecida por aqui.

A ANU, para quem não sabe, está entre as 20 melhores universidades do mundo! E tem sede aqui em Camberra, capital da Austrália.

Na abertura do evento, o professor John Minns, diretor do centro latino-americano, ao dar boas-vindas ao público presente, lembrou ser aquele o primeiro seminário exclusivamente dedicado a Paulo Freire na Austrália.

Em seguida, convidou Pedrinho Guareschi, palestrante principal do Seminário, a fazer sua apresentação.

A plateia pode então conhecer, pelas palavras de Pedrinho, um pouco da obra e da vida de Freire, esse brasileiro de fé e valor, que sempre acreditou na educação, sobretudo dos menos favorecidos, analfabetos, como força libertadora.

Como não podia deixar de ser, os conceitos e ideias revolucionários de Paulo Freire, expostos com clareza por Pedrinho, despertaram o interesse e a curiosidade de plateia. A qual, deve-se notar, era na maioria de estudantes, mas de várias nacionalidades, sobretudo australianos e asiáticos.

Na continuação do programa do seminário, que se estendeu por dois dias, outros professores fizeram palestras sobre temas ligados à obra de Paulo Freire.

Interessante, por exemplo, saber que a professora Anne Hickling-Hudson, jamaicana que mora na Austrália há muitos anos (é professora da ANU), conheceu e trabalhou com Freire num workshop educacional durante a revolução na Ilha de Granada, em 1980, antes da invasão dos Estados Unidos...

Ou, então, a palestra da Professora Gerda Roelvink, da Nova Zelândia, que participou do Fórum Social de Porto Alegre em 2005. E essa participação transformou-se em tema de doutorado.

No dia 10, terça-feira passada, o padre Pedrinho Guareschi voltou a falar ao público australiano em grande auditório localizado no belíssimo campus da ANU. Desta vez, sobre a Teologia da Libertação.

Depois da palestra, John Minns mostrou o filme mexicano "O Crime do Padre Amaro", no qual um dos personagens é um padre católico praticante da Teologia da Libertação.

Mais uma vez, foi grande o intersse da platéia, que pode aprender e conhecer um pouco como se desenvolveu aquele importante movimento católico na América Latina.

Fica, assim, ao Pedrinho, bem como a outros brasileiros estudiosos e de bom coração que saem pelo mundo a divulgar aspectos importantes da cultura brasileira, o respeito e a homenagem desta coluna. E... aquele abraço!

16:57
Anónimo disse...
Amanda Kitts perdeu o braço esquerdo em um acidente de automóvel acontecido três anos atrás, mas hoje em dia ela joga futebol americano com seu filho de 12 anos de idade, troca fraldas e abraça as crianças nas três creches Kiddie Cottage que opera em Knoxville, Tennessee. Kitts, 40 anos, faz tudo isso com a ajuda de um novo tipo de braço artificial que se movimenta com mais facilidade do que outros aparelhos e que ela pode controlar utilizando apenas seus pensamentos.

"Eu sou capaz de mexer a mão, o pulso e o cotovelo ao mesmo tempo", diz. "Você pensa e os músculos se movem em seguida".

A recuperação que ela conseguiu resulta de um novo procedimento que vem atraindo crescente atenção porque permite que pessoas movam braços protéticos de forma mais automática do que faziam no passado, simplesmente utilizando nervos reaproveitados em seus cérebros.

A técnica, conhecida como "renervação muscular dirigida", envolve utilizar os nervos que restam depois da amputação de um braço e conectá-los a outro músculo do corpo, em geral no peito. Eletrodos são instalados sobre os músculos do peito, e operam como se fossem antenas. Quando a pessoa deseja mover o braço, o cérebro envia sinais que primeiro resultam em contração dos músculos do peito, os quais enviam um sinal ao braço protético, instruindo-se a se movimentar. O processo não requer mais esforços consciente do que a pessoa teria de exercitar caso ainda tivesse seu braço natural.

Na terça-feira, pesquisadores reportaram em estudo publicado pela versão online do Journal of the American Medical Association que haviam levado a técnica ainda mais à frente, tornando possível a execução de 10 movimentos de mão, pulso e cotovelo diferentes, o que representa uma substancial melhora com relação ao típico repertório protético, que em geral envolve apenas dobrar o cotovelo, girar o pulso e abrir a mão.

"Os novos métodos tiveram impacto dramático em nosso campo de trabalho", disse Stuart Harshbarger, engenheiro biomédico na Universidade Johns Hopkins e diretor do programa de pesquisa sobre próteses, financiado pelas forças armadas, que inclui o trabalho com essa técnica. "O método já está em uso por médicos e cirurgiões comuns em todo o país. A capacidade de controlar um membro protético bastante robusto que ele confere surpreendeu a todos pela qualidade".

Tipicamente, uma pessoa que tenha um braço protético só é capaz de executar alguns poucos movimentos, e muitas vezes com tamanha lentidão que isso só permite a ela atividades limitadas.

Há um motor separado para cada movimento, diz Gerald Loeb, professor de engenharia biomédica na Universidade do Sul da Califórnia, "e esses motores precisam ser controlados de maneira explícita", usualmente por um esforço consciente da pessoa para contrair músculos nas costas ou no bíceps.

"Essencialmente, até agora os pacientes controlavam apenas um motor de cada vez", diz Loeb, "e precisavam pensar cuidadosamente sobre que motor desejavam controlar e como fazê-lo operar, em lugar de simplesmente pensarem em mover o braço e poderem fazê-lo sem delongas".

Antes que Kitts passasse pelo procedimento de renervação, em outubro de 2007, por exemplo, ela precisava movimentar os músculos de suas costas de determinada maneira para fazer com que seu pulso girasse, e flexionar seu bíceps e tríceps para fazer com que o cotovelo se movesse para cima e para baixo. "Era muito trabalho", ela conta. "E não me ajudava muito".

O procedimento de renervação é parte de uma recente explosão de idéias novas e técnicas inovadoras que estão sendo exploradas enquanto os cientistas se esforçam por ajudar as pessoas a compensar melhor a perda de membros ou problemas de paralisia. O esforço vem sendo alimentado pelo aumento no número de amputações causado por diabetes e por ferimentos sofridos pelos militares, e ao mesmo tempo pelos avanços na tecnologia médica.

Os braços se tornaram um dos focos essenciais desse tipo de trabalho. A ciência há muito vem obtendo sucessos no desenvolvimento de próteses de perna, mas é muito mais difícil imitar a complexidade e a destreza das mãos e dos braços.

Os esforços em curso incluem o desenvolvimento de projetos de pele e braços mais sensíveis e mais flexíveis, e o uso de dispositivos acionados por controles sem fio implantado nos braços protéticos, que permitiriam movimentos mais naturais.

Os pesquisadores também vêm usando sensores implantados nos cérebros de cobaias para permitir que dois macacos controlem um braço mecânico, e um teste com um homem paralítico permitiu, com esse método, que ele movimentasse um cursor em uma tela de computador.

Alguns desses métodos, caso venham a ser aperfeiçoados plenamente e consigam aprovação das autoridades regulatórias da saúde, podem no futuro se tornar mais viáveis para os pacientes de amputações.

E embora a técnica da renervação não requeira aprovação das autoridades regulatórias porque é executada por meios cirúrgicos e emprega aparelhos já existentes, ela apresenta limitações que até mesmo seus criadores reconhecem, entre as quais o fato de que não se pode utilizá-la para todos os pacientes, o seu alto custo e o prazo de meses requerido para que os nervos reconectados cresçam e se tornem efetivos.

Ainda assim, os especialistas dizem que é o mais avançado sistema em uso hoje para pacientes reais que permite que o sistema nervoso controle diretamente o movimento de um braço artificial.

Desde sua introdução por Todd Kuiken, médico fisioterapeuta e engenheiro biomédico do Instituto de Reabilitação de Chicago, o método foi empregado em cerca de 30 pacientes nos Estados Unidos, Canadá e Europa, entre os quais oito soldados feridos no Iraque e no Afeganistão.

Muitos dos pacientes, entre os quais o primeiro, Jesse Sullivan, um operário do setor elétrico no Tennessee que perdeu os dois braços quando foi eletrocutado por um cabo, conseguem não apenas manipular seus braços protéticos mas sentir a presença das mãos que já não têm quando alguém toca em seus peitos.

Sullivan, 62 anos, e Kitts, estavam entre os cinco pacientes que participaram do estudo reportado na terça-feira. Em companhia de cinco outras pessoas que não passaram por amputações, eles receberam os eletrodos e foram instruídos a usar pensamentos para fazer com que um braço virtual na tela reproduzisse 10 movimentos diferentes, entre os quais três formas diferentes de aperto de mão.

Os pacientes apresentaram desempenho bastante respeitável, apenas um pouco mais lento e menos preciso do que os dos participantes que não tinham amputações.

"As velocidades de movimento que encontramos em nossos pacientes foram realmente encorajadoras", disse Kuiken. "Eles conseguiram completar a tarefa. É claro que não foram tão competentes quanto as pessoas dotadas de plena capacidade física, mas foram bons o bastante".

Um braço virtual foi usado porque a maioria das próteses existentes não era capaz de acomodar todos aqueles movimentos, no momento da pesquisa, ainda que Sullivan, Kitts e uma terceira paciente, Claudia Mitchell, tenham experimentado dois novos protótipos mais versáteis de braços artificiais, executando tarefas complexas com bolas de tênis e outros objetos.

O trabalho de renervação em soldados apresenta outros desafios, diz Kuiken, porque os ferimentos militares muitas vezes "causam danos muitos extensos" a nervos, músculos ou ossos.

Daniel Acosta, 25 anos, um aviador ferido pela detonação de uma bomba em uma estrada do Iraque em 2005, passou pelo procedimento no ano passado e diz que seu braço esquerdo protético agora se movimenta "muito mais rápido" e de maneira muito mais natural.

"A diferença é que agora não preciso mais pensar para mover o braço", ele diz. "Ele simplesmente se mexe".

Ainda assim, Acosta, de San Antonio, diz que "o processo foi bastante longo" e que os eletrodos precisam ser ajustados para receber os sinais à medida que os nervos crescem ou mudam de posição.

E embora elogiem o método, os especialistas afirmam que a ciência das próteses de braço ainda tem muito por avançar.

"Trata-se de uma parte crucial, mas ainda assim apenas uma parte, das muitas coisas que compreendem a função normal de um braço", disse Loeb, que escreveu um editorial que acompanha o artigo no Journal of the American Medical Association.

"No momento estamos a meio do caminho entre o braço de 'Dr. Fantástico', que fazia involuntariamente a saudação nazista, e o braço de Luke Skywalker em 'Guerra nas Estrelas', que funciona sem nenhum problema assim que é conectado. Creio que precisaremos ainda de muitos anos para conectar todas as peças necessárias a produzir um braço capaz de funcionar normalmente".

17:04
Anónimo disse...
A Espanha disse neste sábado que está preparando uma reclamação oficial contra a decisão da Venezuela de expulsar um membro do Parlamento Europeu que criticou o conselho eleitoral venezuelano.
Luis Herrero, membro do partido conservador espanhol PP, foi deportado na sexta-feira depois que o Conselho Nacional Eleitoral (CNE) o acusou de questionar a imparcialidade da instituição antes de um referendo que pode permitir ao presidente Hugo Chávez permanecer no cargo indefinidamente.

Herrero estava na Venezuela como observador do referendo. Ele acusou Chávez de ter "comportamentos típicos de um ditador" por pedir a contenção de manifestações da oposição.

O governo da Espanha convocou um encontro com o embaixador da Venezuela em Madri para expressar a desaprovação sobre a expulsão de Herrero, disse um representante do Ministério das Relações Exteriores espanhol.

As relações da Venezuela com a Espanha tiveram seu ponto crítico em 2007, quando Chávez ameaçou rever acordos diplomáticos e comerciais depois de ouvir um "cala a boca" do rei espanhol Juan Carlos durante uma cúpula.

A fenda foi oficialmente reparada em 2008, com uma visita oficial de Chávez à Espanha, onde ele cumprimentou o rei e discutiu acordos para investimento no setor petroquímico com o primeiro-ministro José Luis Rodriguez Zapatero.

17:06
Anónimo disse...
A polícia do Zimbábue anunciou neste sábado que acusa de traição Roy Bennett, dirigente do até agora opositor Movimento para a Mudança Democrática (MDC), detido na sexta-feira, em Harare, poucas horas antes da cerimônia de posse dos membros do novo gabinete.

"A Polícia nos informou que vão apresentar acusações de traição", disse à agência EFE o advogado de defesa de Bennett, Trust Maanda.

"Tentam relacionar Roy com o caso de Mike Hitschmann, que foi detido em 2006 em relação à descoberta de um carregamento de armas, apesar de que Hitschmann não tenha sido declarado culpado das acusações de traição apresentadas contra ele, mas de um crime menor de descumprimento de leis", disse Maanda.

O político opositor, designado por seu partido como vice-ministro de Agricultura no Governo de união nacional, esteve no exílio na vizinha África do Sul desde 2006 e retornou ao Zimbábue há duas semanas.

Segundo a Polícia, que deteve Bennett ontem no aeroporto de Harare quando pretendia ir à África do Sul para visitar sua família, as armas apreendidas em 2006 seriam utilizadas em um golpe de Estado para derrubar o presidente do Zimbábue, Robert Mugabe.

Depois da detenção, Bennet foi levado a Mutar, onde vários simpatizantes do MDC se concentraram em frente à delegacia na qual estava detido, diante do que a Polícia respondeu com tiros para o alto para dispersar os manifestantes.

17:07
Anónimo disse...
Austrália: 14 mil se candidatam a 'emprego dos sonhos'

A secretaria de Turismo de Queensland, na Austrália, informou que até esta segunda-feira já recebeu cerca de 14 mil inscrições para o "o melhor emprego do mundo". O Estado australiano promove pela internet seleção para vaga de "zelador" da ilha Hamilton, por seis meses com um salário de R$ 40 mil.

Muitos candidatos tiveram problemas durante a inscrição por conta dos acessos simultâneos ao site. A secretaria aconselha enviar os vídeos de 60s explicando porque deve ser escolhido em horários alternativos do dia, além de recomendar tamanho em torno de 40MB.

As inscrições começaram em 12 de janeiro e vão até o próximo dia 22 e podem ser feitas pelo site www.islandreefjob.com. O governo australiano escolherá 50 candidatos para a próxima fase da seleção, que terá votos do público para eleger um dos 11 finalistas.

A última fase terá entrevistas e desafios físicos, no próprio local de trabalho: as ilhas da Grande Barreira Coralina - o maior recife de coral do mundo. A secretaria de Turismo anunciará o vencedor no dia 6 de maio.

17:09
Anónimo disse...
Mercado elogia governo na crise, mas pede maior queda no juro

Peter Fussy
Direto de São Paulo

Desde as primeiras medidas anunciadas para combater os efeitos da crise, o governo brasileiro avisou que a estratégia não contemplaria um pacote. Seriam doses pontuais, de acordo com a necessidade da economia diante do agravamento das turbulências. Da primeira liberação dos depósitos compulsórios em setembro até a ampliação do seguro-desemprego na última quarta-feira, o governo passou por redução de impostos, ampliação de crédito e incentivos à exportação. Quase 150 dias após a primeira medida, o Terra conversou com líderes do setor público e privado, representantes dos trabalhadores, acadêmicos e com o próprio governo para saber quais destas ações foram mais eficazes, quais foram mais ineficientes e o que mais pode ser feito pelo Estado brasileiro contra a crise.

Os maiores elogios foram direcionados à atitude de reduzir o Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) para a indústria automobilística, anunciada em dezembro e que fez com que os emplacamentos de carros novos subissem 1,9% no primeiro mês do ano em relação a dezembro de 2008. Já as maiores críticas foram para a lentidão no corte da taxa básica de juro do País.

Para o presidente do conselho administrativo do Grupo Pão de Açúcar, Abílio Diniz, o Estado não é responsável pela crise e mesmo assim está agindo "com extrema serenidade e muito acerto". "O governo está atento, fazendo a sua parte. É preciso coragem de baixar firmemente a taxa de juros. É uma arma que temos a nosso favor, já que não há clima para inflação, nem possibilidade de danos para a macroeconomia", afirmou Diniz.

Na última reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), em janeiro, a taxa Selic foi reduzida em um ponto percentual, de 13,75% para 12,75% ao ano. Porém, o professor de economia da Universidade de Brasília (UnB) José Luiz Oreiro lembra que este corte representa uma redução de apenas 0,25 ponto percentual com relação à taxa de setembro do ano passado, quando a crise se agravou.

"Pouco antes da eclosão da crise, o Banco Central aumentou a taxa em 0,75 ponto. Foram cinco meses de demora para reduzir em termos líquidos apenas 0,25 ponto", afirmou o economista, que também sugeriu redução do intervalo de cerca de 90 dias entre as reuniões do Copom e o corte de pelo menos um 1 ponto percentual em cada reunião.

Mesmo com o corte de janeiro, a taxa de juros real continua sendo a maior do mundo, lembrou o secretário-geral da Força Sindical, João Carlos Gonçalves, o Juruna. "A redução da taxa de juro ainda é pequena, porque ela continua uma das mais altas do mundo. Falta ousadia para baixar os juros e ajudar o cidadão. A permanência da taxa de juro alta é negativa para o País em meio a crise", afirmou Juruna.

Embora aprove as ações do governo, o senador Aloízio Mercadante (PT-SP) também acredita que o patamar da Selic está muito alto. "Sempre fomos os primeiros a entrar em qualquer crise, o que não aconteceu agora. A taxa Selic ainda é muito alta, mas o governo têm tomado medidas acertadas, como o aumento do salário mínimo, mesmo com um cenário de crise. Isso ajuda a movimentar o consumo. O governo está se esforçando para manter os investimentos e o crescimento", disse.

Tributos
De acordo com o economista Fabio Pina, da Fecomercio-SP, as ações mais positivas estão relacionadas à redução de tributos para alguns segmentos, como a indústria automobilística, que recuperou parte da queda nas vendas em janeiro com a isenção do IPI para carros 1.0 l e o corte para demais motorizações. A medida vale até o final de março.

"Essas medidas não só reduziram o preço, mas anteciparam o consumo daqueles que iriam comprar no futuro, dando um prêmio por conta da insegurança. Mexe diretamente com o principal problema que é a confiança do consumidor", afirmou. Juruna destacou que um bom ritmo de vendas é garantia de emprego. "É importante porque cada emprego na montadora significa 19 na cadeia produtiva", comentou o representante da Força Sindical.

Também em dezembro, o governo decidiu cortar pela metade a alíquota do Imposto de Renda para contribuintes que ganham entre R$ 1.434 e R$ 2.150 mensais. "O salário aumentava e a tabela não se modificava. As pessoas ganhavam mais e pagavam mais impostos", apontou Juruna. Outra redução de tributos do governo foi com relação ao Imposto sobre Operações Financeiras (IOF), que caiu de 3% ao ano para 1,5%.

Crédito
Na segunda metade de 2008, o colapso de bancos nos Estados Unidos por conta da crise do subprime provocou uma forte restrição de crédito no mundo inteiro. Uma das primeiras medidas anticrise do governo teve como objetivo restabelecer a oferta, com mudanças no recolhimento dos depósitos compulsórios por parte dos bancos. Segundo o presidente do Banco Central, Henrique Meirelles, as diversas modificações liberaram US$ 99,2 bilhões aos bancos até o final de janeiro.

Além disso, o governo concedeu R$ 36 bilhões das reservas internacionais para empresas brasileiras com dívidas no exterior e uma medida provisória autorizou o Banco do Brasil e a Caixa Econômica Federal a comprar carteiras de crédito de bancos privados. Para o diretor do Departamento de Pesquisas e Estudos Econômicos da Fiesp, Paulo Francini, estas medidas foram essenciais para combater os efeitos da crise.

"A crise se desenvolve no mundo em torno do tema crédito. E o crédito reduziu-se barbaridade no mundo. Então o governo lança mão de compulsório, lança mão de reservas, de medidas que permitem aos bancos comprar carteiras de bancos. Você vai tomando várias medidas para atender às demandas e o epicentro disso é crédito", afirmou.

No entanto, Oreiro, da UnB, adverte que a liberação dos compulsórios seria mais eficiente acompanhada de redução mais agressiva da taxa básica de juro. "Uma parte do crédito voltou, depois da forte retração em outubro e novembro. O que deveria ter sido feito junto à liberação do compulsório era uma redução mais drástica da taxa de juro. Sem isso, os bancos pegam as reservas e acabam comprando títulos públicos", explicou o economista.

Na opinião de Pina, as ações de distribuição de crédito via redução do compulsório e a disposição de capital de giro para empresas foram tomadas sem um cuidado maior na operação e não tiveram muito efeito. "O BNDES tem linhas que ficam paradas quase todo o ano, agora é pior ainda. Existem os recursos, mas as empresas e os bancos estão desconfiados. É preciso fazer com que os bancos tenham interesse em emprestar", afirmou o economista da Fecomercio-SP.

Futuro
Mesmo com todas essas medidas, a crise financeira ainda gera incertezas nos setores produtivos do País. Nos últimos meses, o medo do desemprego fez os consumidores adiarem compras. Por sua vez, a queda nas vendas pode obrigar as indústrias a cortarem a produção e demitir funcionários. Contra isso, empresários sugerem redução de jornada e de salários.

"Isto está previsto em lei. A Fiesp simplesmente manteve conversações com entidades sindicais quanto à aplicação daquilo que já está previsto em lei", afirmou Francini.

Segundo a ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff, uma das medidas que assegura um nível de emprego é a manutenção de investimentos no Programa de Aceleração do Crescimento (PAC). "Estamos esperando que a dificuldade ocorra em janeiro, fevereiro e março. Estamos certos que vamos manter o nível de investimento. É isso que funciona, é isso que significa investimento público. Ele funciona como um colchão. Por isso, nós colocamos R$ 100 bilhões no BNDES e a Petrobras ampliou o seu investimento em R$ 120 bilhões", afirmou.

Na mesma linha, Pina explica que a antecipação de gastos do governo substitui parte da demanda retraída do setor privado. "Ele dá o seguinte recado: não vou estourar as contas públicas, mas concentrar em um momento em que a demanda privada está pequena. Mas o governo não tem fôlego suficiente para fazer o papel de toda demanda", ressaltou. O economista da Fecomercio lembrou que a entidade já pleiteou junto ao governo isenções para transferência de imóveis e de automóveis, além de retirar o IPVA para veículos novos.

Já Oreiro foca suas propostas na capitalização do Banco do Brasil e da Caixa Econômica Federal pelo Tesouro para atender a demanda de crédito para capital de giro e reduzir o spread. "Aumentando o empréstimo e reduzindo as taxas, os dois vão forçar os bancos privados a acompanhar o movimento, até para não perderem participação no mercado", explicou o economista da UnB.

Até o Carnaval, o governou prometeu detalhar um pacote de incentivos para a construção de até um milhão de casas populares, direcionado a famílias com renda de até dez salários mínimos. "Estamos atentos a tudo o que está acontecendo e novas medidas serão tomadas caso haja uma avaliação de que sejam necessárias", disse o ministro da Fazenda, Guido Mantega, na última sexta-feira.

17:11
Anónimo disse...
Ex-ministro critica extensão do seguro-desemprego

Atualizada às 09h03

O ex-ministro do Trabalho Almir Pazzianotto criticou a decisão do governo federal de conceder o seguro-desemprego estendido a apenas alguns setores. "É certamente odioso e provavelmente inconstitucional", disse Pazzianotto, de acordo com o jornal O Estado de S. Paulo.

Na última qurta, dia do anúncio da medida, centrais sindicais elogiaram a atitude do governo. A Força Sindical divulgou nota dizendo que "o aumento ajudará a aquecer parte da economia, já que irá gerar mais consumo, produção e conseqüentemente, a criação de novos postos de trabalho". A União Geral dos Trabalhadores (UGT) afirmou que a medida "contribuirá para minimizar o drama dos trabalhadores que perderem seu emprego por conta da crise".

O ex-ministro, que instituiu o seguro-desemprego no País no governo de José Sarney, destacou a necessidade de as centrais sindicais se manifestarem contra a determinação. Para ele, as mudanças devem ser aplicadas a todas as categorias profissionais e a distinção é contrária ao artigo 3º da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT).

Pazzianotto atribui a medida a um possível temor do governo de que a crise econômica seja longa e não haja dinheiro para atender a todas as necessidades. Ainda assim, ele se mostra contrário ao método de concessão. "O seguro-desemprego ajuda a sanar necessidades básicas. Estendê-lo é paliativo, não a solução", disse ao jornal.

De acordo com o presidente do Conselho Deliberativo do Fundo de Amparo ao Trabalhador (Codefat) e conselheiro da Força Sindical, Luiz Fernando Emediato, a determinação já estava prevista na lei 8.900/94, que trata do seguro-desemprego.

O presidente da Comissão de Trabalho da Câmara, Pedro Fernandes (PTB-MA) vai além na crítica à concessão do seguro para apenas alguns setores. Ele acredita que a ampliação do benefício estimula o desemprego.

Quintino Severo, secretário geral da Central Única dos Trabalhadores (CUT), lembra que a ampliação do benefício sem critério e identificação pode incentivar demissões em outros setores.

17:13
Anónimo disse...
Empresas
TAM faz promoção para destinos internacionais

A companhia aérea TAM anunciou nesta sexta-feira tarifas promocionais para trechos internacionais. Os preços valem para bilhetes comprados entre 6h deste sábado e 23h59 deste domingo e são válidos para classe econômica. As tarifas, para ida e volta, serão vendidas a partir de US$ 99, mais taxas.

Segundo a aérea, a promoção vale para viagens feitas no período de 14 de fevereiro a 18 de junho de 2009. Para destinos na América do Sul, a permanência mínima é de dois dias; para bilhetes com destino nos Estados Unidos, cinco dias; e Europa, sete dias. A permanência máxima para as passagens para América do Sul e EUA é de dois meses e para Europa, três meses.

Entre os exemplos de tarifas promocionais, a TAM oferece São Paulo-Lima por US$ 99. Bilhetes para a rota São Paulo-Santiago serão vendidos a partir de US$ 199 e São Paulo-Nova York, US$ 799.

A emissão dos bilhetes deve ser feita obrigatoriamente no ato da reserva, obedecendo às regras estipuladas pela companhia. A compra está sujeita à disponibilidade de assentos nas classes tarifárias determinadas, trechos, horários e datas. A TAM afirmou que também há tarifas promocionais para a classe executiva.

Mais informações podem ser encontradas no site promocional (www.ofertastam.com.br), no site da empresa (www.tam.com.br) ou pelos telefones 4002-5700 ou 0800 5705700.

17:13
Anónimo disse...
Empresas
Consultoria negocia compra do parque temático Hopi Hari

A consultoria especializada em reestruturação de empresas Íntegra Associados informou nesta sexta-feira ter um acordo para comprar o parque de diversões Hopi Hari, localizado no interior de São Paulo. A empresa estaria disposta a investir R$ 10 milhões no parque, que tem dívida estimada em R$ 800 milhões. As informações são da edição deste sábado do jornal Folha de S. Paulo.

De acordo com o jornal, a transação ainda depende da negociação entre o Hopi Hari e seus credores, o que já estaria em andamento.

A consultoria paulista já atuou junto à Parmalat, durante 30 meses, quando reorganizou a gestão da empresa italiana.

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17:14
Anónimo disse...
Empresas
Disney de Tóquio contratará mais 2 mil apesar da crise


A Oriental Land, o operador da Disneylândia Tóquio e DisneySea, organizou neste domingo entrevistas para contratar cerca de 2 mil trabalhadores em tempo parcial, em um momento de grandes demissões deste tipo de empregados no Japão.

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O operador deste parque temático, situado em Urayasu, na província de Chiba (leste de Tóquio), está em pleno processo de seleção de empregados para 20 tipos de postos trabalhistas diferentes.

Segundo a companhia, citada pela agência local de notícias Kyodo, o parque contratará novos trabalhadores para as atrações, para os restaurantes e guardas de segurança entre outros. Os novos contratados começarão a trabalhar a partir de fevereiro.

O processo de seleção acontece em um momento em que a maioria das grandes companhias japonesas começaram a se ver obrigadas a despedir uma elevada percentagem de seus trabalhadores temporários e a tempo parcial.

Algumas inclusive anunciaram demissões de seus trabalhadores fixos, uma medida muito pouco comum nas companhias japonesas, perante os efeitos piores que o esperado pela crise econômica global.

Cerca de uma centena de pessoas esperavam desde a primeira hora desta manhã a abertura do centro de conferências Tokyo International Forum, onde as entrevistas estão sendo feitas, para ser os primeiros a solicitar os postos de trabalho.


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17:15
Anónimo disse...
Economia Internacional
Senado dos EUA aprova plano de estímulo à economia

O Senado dos Estados Unidos aprovou com 60 votos a favor e 38 contra o plano de estímulo à economia de US$ 787 bilhões na madrugada deste sábado. Agora, ele segue para sanção ou veto do presidente Barack Obama, que espera colocar a lei em prática até o dia 16 de fevereiro.

O plano prevê a criação de três milhões de empregos, inclui cortes de impostos às famílias, fundos para programas sociais e obras públicas, além de ajuda aos governos estaduais, estudantes e desempregados.

A cláusula Buy American - que exige o uso de ferro, aço e produtos manufaturados dos Estados Unidos em obras realizadas com recursos do pacote - ficou de lado. Segundo o texto definitivo, a cláusula será aplicada sem violar as normas do comércio internacional.

Ontem à tarde, a Câmara de Representantes (deputados) havia aprovado, por 246 votos a favor e 183 contra, a versão final do plano. Todos os republicanos foram contrários ao pacote.

Pelo acordo de quarta-feira entre Câmara e Senado, em vez de custar US$ 819 bilhões, como queriam os deputados, ou US$ 838 bilhões como pretendiam os senadores, o pacote ficou em cerca de US$ 787 bilhões, com 65% desse total destinado a gastos do governo federal e 35%, a créditos tributários.

17:16
Anónimo disse...
Economia nacional
Na era Lula, aposentadoria sobe 54% menos que salário mínimo

Thatiane Faria
Especial para o Terra
Direto de São Paulo

Os índices de reajustes concedidos pelo governo em 2009 para aposentados e pensionistas e para o salário mínimo repetiram uma diferença que, só durante o governo de Luiz Inácio Lula da Silva, já chega a 54%. Enquanto o mínimo foi majorado em 12% este ano, as pensões e aposentadorias tiveram aumento de 5,92%. Aposentados que têm o benefício do governo como única fonte de renda reclamam que perdem poder de compra e que sua cesta de compras é composta por itens que aumentam mais em relação à inflação oficial.

Um exemplo prático pode ser entendido a partir da comparação entre um aposentado que ganhava R$ 600 em janeiro de 2003. Na época, o benefício era três vezes, ou 200%, maior que o valor do mínimo em vigência, que era de R$ 200. Aplicando-se os índices de reajuste para aposentadorias e para o mínimo durante os últimos seis anos, o mesmo aposentado estaria recebendo hoje R$ 938,47, comparado a um salário mínimo de R$ 465. A diferença entre os dois valores caiu para pouco mais de 100%.

Enquanto o índice acumulado de reajuste para a aposentadoria durante o governo Lula foi de 60%, para o salário mínimo está em 132%.

O diretor do Sindicato Nacional dos Aposentados, João Inocentini, reclama que os valores dos benefícios para aposentadorias não mantêm o poder de compra do grupo, principalmente dos aposentados que recebem menos que dez salários mínimos.

Nem mesmo o fato de o índice de reajuste das aposentadorias ter ficado acima da inflação acumulada no mesmo período (o IPCA entre janeiro de 2003 e janeiro de 2009 foi de 39,7%) serve de argumento, segundo os aposentados.

"Os idosos, principalmente, têm gastos além das contas gerais como gás, telefone e aluguel. Para eles o custo com remédios, e outros itens da área saúde costuma ser maior", afirmou Inocentini.

O presidente do sindicato afirmou que o grupo realiza um estudo com 100 itens de necessidade de um idoso para comparar o aumento dos produtos com o índice de reajuste do benefício recebido pelos aposentados.

"Daqui dois meses vamos abrir um processo na Justiça e levar essa pesquisa como prova. Segundo a lei, o governo é obrigado a manter o poder de compra com a aposentadoria", disse Inocentini.

Alternativas
O consultor financeiro Cláudio Boriola diz que os aposentados, especialmente nesse momento de crise econômica, devem evitar compras parceladas, pesquisar preços, negociar e fazer bom planejamento financeiro.

Segundo Boriola, alguns aposentados ganham um valor mensal muitas vezes insuficiente para o pagamento das contas e acabam pedindo crédito ou realizando pagamentos a prazo e são obrigados a pagar juros altos.

Na opinião do consultor, pagar uma previdência privada é uma alternativa indicada para quem ainda trabalha, considerando a característica de perda de poder de compra da aposentadoria.

"Na prática, infelizmente os valores encontram-se em um patamar que está deteriorando o poder de aquisição da população brasileira", completou Boriola.

De acordo com o diretor da Confederação Brasileira de Aposentados e Pensionistas (Cobap), Vicente Fernandes Barbosa, representantes dos aposentados tentarão um encontro com o presidente da Câmara, deputado Michel Temer (PMDB-SP), para discutir projetos que minimizem a perda dos aposentados

17:17
Anónimo disse...
Previdência
Previdência prorroga isenção de tarifas no benefício

O atual sistema de pagamento aos 26 milhões de aposentados e pensionistas do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) será mantido até o final deste ano. O acordo, que permite realizar a operação sem nenhum custo aos beneficiários, foi renovado nesta sexta-feira, entre o governo federal e 21 instituições financeiras.

Por meio desse acordo, vigente desde setembro de 2007, nem os segurados, nem os bancos e nem o governo arcam com o pagamento de tarifas, conforme explicou o ministro da Previdência Social, José Pimentel. A prorrogação vale até dezembro, data máxima para que a Previdência defina as regras para um novo contrato.

Ao assinar o termo de renovação, na sede da Federação Brasileira dos Bancos (Febraban), o ministro disse que a intenção do governo é mudar o atual modelo de gestão visando a reduzir os custos dessas operações em torno da folha mensal, que atinge R$ 15,8 bilhões. No entanto, qualquer alteração, conforme explicou, passará antes por audiências públicas a serem realizadas a partir do segundo semestre deste ano, atendendo a determinação do Tribunal de Contas da União (TCU).

De acordo com Pimentel, com um redesenho do mecanismo de repasse dos recursos aos bancos em torno da folha de pagamento dos segurados o que se busca é um aumento da participação de instituições financeiras. Ele informou que, desde 2007, cada benefício custa em média R$ 1,07 ao governo. "Quanto mais instituições financeiras estiverem prestando serviços à sociedade, maior é a competitividade, a agilidade no atendimento", justificou.

O ministro observou, ainda, que, para permitir uma redução para algo em torno de meia hora no tempo de atendimento para a concessão dos direitos previdenciários, o governo investiu R$ 280 milhões.

Questionado sobre o descontentamento dos segurados que ganham acima de um salário mínimo terem obtido apenas a correção com base na variação do Índice de Preços ao Consumidor (INPC) , ficando abaixo do reajuste dado a quem recebe apenas o mínimo, Pimentel argumentou que o governo seguiu o que determina a lei e descartou a possibilidade de uma revisão

17:17
Anónimo disse...
Empresas
Caterpillar oferece aposentadoria antecipada a 2 mil


A companhia americana Caterpillar ofereceu a cerca de dois mil funcionários incentivos para que se aposentem de forma voluntária antes do previsto, pela perspectiva de uma queda "significativa" da atividade industrial, informou nesta quarta-feira a empresa.

A iniciativa, destinada aos trabalhadores de diversas fábricas em Illinois, Colorado, Tennessee e Pensilvânia, se soma aos cortes de empregos anunciados em janeiro, explicou em comunicado de imprensa.

A empresa, a maior fabricante mundial de maquinaria pesada para a construção e a mineração, acrescentou que, "em função das condições de negócio, podem ser necessárias mais reduções de elenco voluntárias e involuntárias à medida que o ano avança".

O vice-presidente da companhia, Sid Banwart, explicou que a empresa prevê "demissões significativas em todas as regiões geográficas e na maioria dos setores devido às dificuldades da economia mundial".

17:18
Anónimo disse...
Comércio
Comércio exterior da OCDE caiu no 3º trimestre de 2008


As exportações e as importações dos países da Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Econômico (OCDE) caíram 1,6% e 0,2%, respectivamente, no terceiro trimestre de 2008, em relação aos três meses anteriores.

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Trata-se da primeira queda destas atividades desde o terceiro trimestre de 2006, segundo o último relatório trimestral sobre fluxos comerciais divulgado pela OCDE.

As exportações e as importações em dólares dos 30 Estados-membros caíram 15,6% e 17%, respectivamente, na comparação anualizada.

Por sua vez, o comércio dos sete países mais ricos do mundo (G7) teve um pequeno crescimento no terceiro trimestre de 2008 com uma queda das exportações de mercadorias de 0,2% em relação ao trimestre anterior e um aumento de 0,4% das importações.

Em termos anualizados, as importações do G7 caíram 1,4% entre julho e setembro do ano passado, seu primeiro retrocesso desde o terceiro trimestre de 2006, enquanto as exportações aumentaram 1,9%, seu crescimento mais baixo no mesmo tempo.

Por países, a Alemanha aumentou suas importações em 3,4% - valor mais alto do G7 -, enquanto suas exportações caíram 2,9% do segundo para o terceiro trimestre de 2008.

Pelo contrário, as exportações americanas aumentaram 1,8% entre julho e setembro de 2008, enquanto as importações caíram 0,7% em relação ao trimestre anterior. No Japão, tanto as importações quanto as exportações caíram em torno de 1% no mesmo período.

17:19
Anónimo disse...
Economia Nacional
Lula: juros de crédito consignado a aposentados são altos

Atualizada às 17h29

O presidente Luis Inácio Lula da Silva afirmou nesta terça-feira, em São Paulo, que está lutando para reduzir as taxas de juros cobradas de aposentados em crédito consignado. A Previdência Social estabelece uma taxa máxima de 2,5% para empréstimo e de 3,5% para cartão. Para Lula, os valores são altos.

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"Acho que o juro que os aposentados estão pagando hoje com o crédito consignado é alto para o padrão brasileiro", disse o presidente durante a cerimônia de comemoração dos 86 anos do INSS.

A Previdência anunciou nesta terça-feira que aposentados e trabalhadoras com licença-maternidade poderão receber seus benefícios em 30 minutos. De acordo com Lula, em junho, a aposentadoria do trabalhador rural também será conseguida em meia hora.

Além disso, o presidente anunciou que, também em junho, os trabalhadores que alcançarem o direito à aposentadoria passarão a receber em suas casas um comunicado da Previdência informando o fato e o valor do salário que têm direito a receber. "É um comprometimento público que estou fazendo com os companheiros da Previdência Social", disse.

"Estamos retribuindo ao contribuinte da Previdência Social aquilo que é a cidadania que ele tem direito", afirmou Lula. "Se para cobrar nós somos tão precisos, para devolver o dinheiro, temos que chegar próximo à perfeição", completou.

17:20
Anónimo disse...
Economia Nacional
Salário maternidade sairá em 30 minutos, diz ministro

Toda trabalhadora autônoma que tiver contribuído pelo menos 10 meses com o Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) - ou as que possuírem carteira assinada - poderão receber em 30 minutos o salário maternidade a partir desta terça-feira. Da mesma forma, as mulheres com 30 anos de contribuição e os homens com 35 anos também terão direito ao benefício de forma mais rápida. A informação é do ministro da Previdência Social, José Pimentel.

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Para requerer o salário maternidade, é preciso que as autônomas levem a carteira de identidade e o carnê de contribuição. As demais trabalhadoras devem apresentar a identificação e a carteira de trabalho. Desde o início do mês, a nova forma de análise para a concessão de benefícios foi adotada para a aposentadoria por idade do trabalhador urbano e agora foi estendida para o salário maternidade e por tempo de contribuição.

O ministro disse que a qualificação do serviço da previdência social é o reconhecimento do direito dos trabalhadores e da afirmação da cidadania.

"Até pouco tempo na cabeça do cidadão o serviço devia ser de péssima qualidade. Agora não, nós modificamos toda a legislação no mês de dezembro numa ação conjunta do Congresso Nacional com o governo federal. Estamos implantando e concedendo os benefícios em até 30 minutos", afirmou.

O ministro destacou que para conseguir se aposentar ou ter acesso à licença maternidade em 30 minutos, em primeiro lugar, é necessário que o cidadão esteja vinculado à Previdência, o que inclui 65% da população acima de 16 anos de idade.

"Depois bastar marcar pelo sistema 135 o dia e a hora do atendimento e levar a documentação. Se todos os dados necessários estiverem corretos o contribuinte será atendido em até 30 minutos, como vem sendo feito com as aposentadorias por idade desde o dia cinco de janeiro", explicou.

Pimentel disse ainda que em 90% das agências da previdência social o atendimento é marcado em até 48 horas. Nos grandes centros, entretanto existe um volume maior o que torna mais lento o processo.

"Estamos criando mais 715 agências até 2010, em todo o território nacional, para descentralizar o atendimento. Em 2008, atendemos 295 mil benefícios e aposentadorias por idade. Temos 4 mil pessoas por dia procurando e se aposentando por idade no território nacional. Este serviço será agilizado", concluiu.
17:27
Anónimo disse...
Giuseppe Englaro, pai de Eluana, a italiana que morreu na segunda-feira passada por desidratação, recusou uma grande soma de dinheiro de um conhecido fotógrafo italiano que queria retratar a filha em estado de coma, disse neste sábado o neurologista que atendia a mulher desde 1996, Carlo Defanti.

O neurologista, que participou hoje de uma conferência sobre eutanásia, disse que Englaro respeitou a vontade da filha, que, antes do acidente, tinha pedido que, se lhe ocorresse qualquer coisa irreversível, apresentasse sua imagem de quando estava em boas condições.

Antes de sofrer o acidente de trânsito, em 1992, Eluana viveu o coma de um amigo, Alessandro, o que causou forte impacto na italiana e a levou a fazer o pai prometer que não a deixasse viver em estado vegetativo, disse o próprio Giuseppe Englaro.

Defanti, que dissera que Eluana poderia viver de dez a 12 dias depois da suspensão da alimentação e da hidratação, disse que, como médico, tinha que reprovar esta afirmação.

"Não se pode sobreviver após três ou quatro dias sem líquido e, em particular, água em um corpo. Sabemos bem que, quando há um terremoto, após quatro dias é difícil encontrar sobreviventes".

Defanti ressaltou que Eluana "não falava, não se comunicava com o exterior" e que, após vários exames, "nos deparamos com uma moça que tinha perdido a consciência", porque estava com o córtex cerebral prejudicado.

Eluana foi enterrada na quinta-feira passada no túmulo da família na localidade de Paluzza, em Udine, após um funeral que não contou com a presença dos pais.

16:53
Anónimo disse...
Os bombeiros combatem neste sábado os incêndios na Austrália favorecidos pelo bom tempo, enquanto os deslocados encotram em seu retorno casas derruídas, carros queimados nas ruas e destruição.

Depois de sete dias desde que começaram os incêndios no Estado de Victoria, a lista de mortos chega a 181, os desaparecidos somam 50, os edifícios destruídos totalizam 1,834 mil e o terreno arrasado, principalmente florestas, ocupa uma área de 4,13 mil quilômetros quadrados.

As equipes de bombeiros, formadas por 4 mil profissionais de Victoria, de outras partes da Austrália e de países amigos, combateram hoje 12 focos fora de controle e nenhum representava uma ameaça direta para a população.

O subdiretor do Serviço de Bombeiros, Geoff Conway, disse que este tempo favorável, que se prolongará durante o domingo, permite consolidar as linhas de contenção e avançar na extinção das chamas.

Cinzas apareceram arrastadas por ventos do nordeste sobre Melbourne, onde habitam 3,8 milhões de pessoas, e as autoridades alertaram aos cidadãos do risco para a saúde de idosos, crianças e pessoas com problemas respiratórios.

O número de pessoas deslocadas - a Cruz Vermelha chegou a receber 7 mil - começou a cair com a abertura de algumas localidades atingidas.

Os incêndios, alguns criminosos, começaram em 7 de fevereiro, quando a região sul da Austrália estava há duas semanas sob uma onda de calor sem precedentes.

Na sexta-feira passada, a polícia acusou uma pessoa de ter provocado o incêndio que atingiu a localidade de Churchill e matou 21 pessoas.

16:55
Anónimo disse...
A primeira chuva em seis dias reduziu a ameaça de incêndios no Estado de Victoria, ao sul da Austrália. As autoridades, porém, advertiram que ainda existem 12 focos, mas que nenhum deles ameaça áreas povoadas.

Mais de quatro mil bombeiros, mil provenientes de outras partes do país e de outras nações, trabalham contra o fogo. Cerca de 600 veículos e 28 helicópteros e pequenos aviões estão sendo usados.


Eles conseguiram construir linhas de contenção para evitar os incêndios de Yarra e Maroondah se juntassem. Também foram controlados os incêndios abertos de Yea e Murrindindi, que ameaçavam as comunidades de Connellys Creek, Crystal Creek, Scrubby Creek e Native Dog Creek.

O número de mortos chegou a 181, mas as autoridades acreditam que as vítimas devem passar de 200, já que ainda há muitos desaparecidos.

16:55
Anónimo disse...
Aqui nesta coluna, na semana passada, tive a oportunidade de comentar sobre a recente visita do professor brasileiro Pedrinho Guareschi à Austrália. Não dei, porém, os fatos, pois semana passada o assunto era outro.

Hoje, porém, vamos a eles.

No último dia 4 de fevereiro, aconteceu o Seminário "Paulo Freire: Education and Liberation", organizado pelo centro de estudos latino-americanos da Universidade Nacional da Austrália, ou ANU, como é mais conhecida por aqui.

A ANU, para quem não sabe, está entre as 20 melhores universidades do mundo! E tem sede aqui em Camberra, capital da Austrália.

Na abertura do evento, o professor John Minns, diretor do centro latino-americano, ao dar boas-vindas ao público presente, lembrou ser aquele o primeiro seminário exclusivamente dedicado a Paulo Freire na Austrália.

Em seguida, convidou Pedrinho Guareschi, palestrante principal do Seminário, a fazer sua apresentação.

A plateia pode então conhecer, pelas palavras de Pedrinho, um pouco da obra e da vida de Freire, esse brasileiro de fé e valor, que sempre acreditou na educação, sobretudo dos menos favorecidos, analfabetos, como força libertadora.

Como não podia deixar de ser, os conceitos e ideias revolucionários de Paulo Freire, expostos com clareza por Pedrinho, despertaram o interesse e a curiosidade de plateia. A qual, deve-se notar, era na maioria de estudantes, mas de várias nacionalidades, sobretudo australianos e asiáticos.

Na continuação do programa do seminário, que se estendeu por dois dias, outros professores fizeram palestras sobre temas ligados à obra de Paulo Freire.

Interessante, por exemplo, saber que a professora Anne Hickling-Hudson, jamaicana que mora na Austrália há muitos anos (é professora da ANU), conheceu e trabalhou com Freire num workshop educacional durante a revolução na Ilha de Granada, em 1980, antes da invasão dos Estados Unidos...

Ou, então, a palestra da Professora Gerda Roelvink, da Nova Zelândia, que participou do Fórum Social de Porto Alegre em 2005. E essa participação transformou-se em tema de doutorado.

No dia 10, terça-feira passada, o padre Pedrinho Guareschi voltou a falar ao público australiano em grande auditório localizado no belíssimo campus da ANU. Desta vez, sobre a Teologia da Libertação.

Depois da palestra, John Minns mostrou o filme mexicano "O Crime do Padre Amaro", no qual um dos personagens é um padre católico praticante da Teologia da Libertação.

Mais uma vez, foi grande o intersse da platéia, que pode aprender e conhecer um pouco como se desenvolveu aquele importante movimento católico na América Latina.

Fica, assim, ao Pedrinho, bem como a outros brasileiros estudiosos e de bom coração que saem pelo mundo a divulgar aspectos importantes da cultura brasileira, o respeito e a homenagem desta coluna. E... aquele abraço!

16:57
Anónimo disse...
Amanda Kitts perdeu o braço esquerdo em um acidente de automóvel acontecido três anos atrás, mas hoje em dia ela joga futebol americano com seu filho de 12 anos de idade, troca fraldas e abraça as crianças nas três creches Kiddie Cottage que opera em Knoxville, Tennessee. Kitts, 40 anos, faz tudo isso com a ajuda de um novo tipo de braço artificial que se movimenta com mais facilidade do que outros aparelhos e que ela pode controlar utilizando apenas seus pensamentos.

"Eu sou capaz de mexer a mão, o pulso e o cotovelo ao mesmo tempo", diz. "Você pensa e os músculos se movem em seguida".

A recuperação que ela conseguiu resulta de um novo procedimento que vem atraindo crescente atenção porque permite que pessoas movam braços protéticos de forma mais automática do que faziam no passado, simplesmente utilizando nervos reaproveitados em seus cérebros.

A técnica, conhecida como "renervação muscular dirigida", envolve utilizar os nervos que restam depois da amputação de um braço e conectá-los a outro músculo do corpo, em geral no peito. Eletrodos são instalados sobre os músculos do peito, e operam como se fossem antenas. Quando a pessoa deseja mover o braço, o cérebro envia sinais que primeiro resultam em contração dos músculos do peito, os quais enviam um sinal ao braço protético, instruindo-se a se movimentar. O processo não requer mais esforços consciente do que a pessoa teria de exercitar caso ainda tivesse seu braço natural.

Na terça-feira, pesquisadores reportaram em estudo publicado pela versão online do Journal of the American Medical Association que haviam levado a técnica ainda mais à frente, tornando possível a execução de 10 movimentos de mão, pulso e cotovelo diferentes, o que representa uma substancial melhora com relação ao típico repertório protético, que em geral envolve apenas dobrar o cotovelo, girar o pulso e abrir a mão.

"Os novos métodos tiveram impacto dramático em nosso campo de trabalho", disse Stuart Harshbarger, engenheiro biomédico na Universidade Johns Hopkins e diretor do programa de pesquisa sobre próteses, financiado pelas forças armadas, que inclui o trabalho com essa técnica. "O método já está em uso por médicos e cirurgiões comuns em todo o país. A capacidade de controlar um membro protético bastante robusto que ele confere surpreendeu a todos pela qualidade".

Tipicamente, uma pessoa que tenha um braço protético só é capaz de executar alguns poucos movimentos, e muitas vezes com tamanha lentidão que isso só permite a ela atividades limitadas.

Há um motor separado para cada movimento, diz Gerald Loeb, professor de engenharia biomédica na Universidade do Sul da Califórnia, "e esses motores precisam ser controlados de maneira explícita", usualmente por um esforço consciente da pessoa para contrair músculos nas costas ou no bíceps.

"Essencialmente, até agora os pacientes controlavam apenas um motor de cada vez", diz Loeb, "e precisavam pensar cuidadosamente sobre que motor desejavam controlar e como fazê-lo operar, em lugar de simplesmente pensarem em mover o braço e poderem fazê-lo sem delongas".

Antes que Kitts passasse pelo procedimento de renervação, em outubro de 2007, por exemplo, ela precisava movimentar os músculos de suas costas de determinada maneira para fazer com que seu pulso girasse, e flexionar seu bíceps e tríceps para fazer com que o cotovelo se movesse para cima e para baixo. "Era muito trabalho", ela conta. "E não me ajudava muito".

O procedimento de renervação é parte de uma recente explosão de idéias novas e técnicas inovadoras que estão sendo exploradas enquanto os cientistas se esforçam por ajudar as pessoas a compensar melhor a perda de membros ou problemas de paralisia. O esforço vem sendo alimentado pelo aumento no número de amputações causado por diabetes e por ferimentos sofridos pelos militares, e ao mesmo tempo pelos avanços na tecnologia médica.

Os braços se tornaram um dos focos essenciais desse tipo de trabalho. A ciência há muito vem obtendo sucessos no desenvolvimento de próteses de perna, mas é muito mais difícil imitar a complexidade e a destreza das mãos e dos braços.

Os esforços em curso incluem o desenvolvimento de projetos de pele e braços mais sensíveis e mais flexíveis, e o uso de dispositivos acionados por controles sem fio implantado nos braços protéticos, que permitiriam movimentos mais naturais.

Os pesquisadores também vêm usando sensores implantados nos cérebros de cobaias para permitir que dois macacos controlem um braço mecânico, e um teste com um homem paralítico permitiu, com esse método, que ele movimentasse um cursor em uma tela de computador.

Alguns desses métodos, caso venham a ser aperfeiçoados plenamente e consigam aprovação das autoridades regulatórias da saúde, podem no futuro se tornar mais viáveis para os pacientes de amputações.

E embora a técnica da renervação não requeira aprovação das autoridades regulatórias porque é executada por meios cirúrgicos e emprega aparelhos já existentes, ela apresenta limitações que até mesmo seus criadores reconhecem, entre as quais o fato de que não se pode utilizá-la para todos os pacientes, o seu alto custo e o prazo de meses requerido para que os nervos reconectados cresçam e se tornem efetivos.

Ainda assim, os especialistas dizem que é o mais avançado sistema em uso hoje para pacientes reais que permite que o sistema nervoso controle diretamente o movimento de um braço artificial.

Desde sua introdução por Todd Kuiken, médico fisioterapeuta e engenheiro biomédico do Instituto de Reabilitação de Chicago, o método foi empregado em cerca de 30 pacientes nos Estados Unidos, Canadá e Europa, entre os quais oito soldados feridos no Iraque e no Afeganistão.

Muitos dos pacientes, entre os quais o primeiro, Jesse Sullivan, um operário do setor elétrico no Tennessee que perdeu os dois braços quando foi eletrocutado por um cabo, conseguem não apenas manipular seus braços protéticos mas sentir a presença das mãos que já não têm quando alguém toca em seus peitos.

Sullivan, 62 anos, e Kitts, estavam entre os cinco pacientes que participaram do estudo reportado na terça-feira. Em companhia de cinco outras pessoas que não passaram por amputações, eles receberam os eletrodos e foram instruídos a usar pensamentos para fazer com que um braço virtual na tela reproduzisse 10 movimentos diferentes, entre os quais três formas diferentes de aperto de mão.

Os pacientes apresentaram desempenho bastante respeitável, apenas um pouco mais lento e menos preciso do que os dos participantes que não tinham amputações.

"As velocidades de movimento que encontramos em nossos pacientes foram realmente encorajadoras", disse Kuiken. "Eles conseguiram completar a tarefa. É claro que não foram tão competentes quanto as pessoas dotadas de plena capacidade física, mas foram bons o bastante".

Um braço virtual foi usado porque a maioria das próteses existentes não era capaz de acomodar todos aqueles movimentos, no momento da pesquisa, ainda que Sullivan, Kitts e uma terceira paciente, Claudia Mitchell, tenham experimentado dois novos protótipos mais versáteis de braços artificiais, executando tarefas complexas com bolas de tênis e outros objetos.

O trabalho de renervação em soldados apresenta outros desafios, diz Kuiken, porque os ferimentos militares muitas vezes "causam danos muitos extensos" a nervos, músculos ou ossos.

Daniel Acosta, 25 anos, um aviador ferido pela detonação de uma bomba em uma estrada do Iraque em 2005, passou pelo procedimento no ano passado e diz que seu braço esquerdo protético agora se movimenta "muito mais rápido" e de maneira muito mais natural.

"A diferença é que agora não preciso mais pensar para mover o braço", ele diz. "Ele simplesmente se mexe".

Ainda assim, Acosta, de San Antonio, diz que "o processo foi bastante longo" e que os eletrodos precisam ser ajustados para receber os sinais à medida que os nervos crescem ou mudam de posição.

E embora elogiem o método, os especialistas afirmam que a ciência das próteses de braço ainda tem muito por avançar.

"Trata-se de uma parte crucial, mas ainda assim apenas uma parte, das muitas coisas que compreendem a função normal de um braço", disse Loeb, que escreveu um editorial que acompanha o artigo no Journal of the American Medical Association.

"No momento estamos a meio do caminho entre o braço de 'Dr. Fantástico', que fazia involuntariamente a saudação nazista, e o braço de Luke Skywalker em 'Guerra nas Estrelas', que funciona sem nenhum problema assim que é conectado. Creio que precisaremos ainda de muitos anos para conectar todas as peças necessárias a produzir um braço capaz de funcionar normalmente".

17:04
Anónimo disse...
A Espanha disse neste sábado que está preparando uma reclamação oficial contra a decisão da Venezuela de expulsar um membro do Parlamento Europeu que criticou o conselho eleitoral venezuelano.
Luis Herrero, membro do partido conservador espanhol PP, foi deportado na sexta-feira depois que o Conselho Nacional Eleitoral (CNE) o acusou de questionar a imparcialidade da instituição antes de um referendo que pode permitir ao presidente Hugo Chávez permanecer no cargo indefinidamente.

Herrero estava na Venezuela como observador do referendo. Ele acusou Chávez de ter "comportamentos típicos de um ditador" por pedir a contenção de manifestações da oposição.

O governo da Espanha convocou um encontro com o embaixador da Venezuela em Madri para expressar a desaprovação sobre a expulsão de Herrero, disse um representante do Ministério das Relações Exteriores espanhol.

As relações da Venezuela com a Espanha tiveram seu ponto crítico em 2007, quando Chávez ameaçou rever acordos diplomáticos e comerciais depois de ouvir um "cala a boca" do rei espanhol Juan Carlos durante uma cúpula.

A fenda foi oficialmente reparada em 2008, com uma visita oficial de Chávez à Espanha, onde ele cumprimentou o rei e discutiu acordos para investimento no setor petroquímico com o primeiro-ministro José Luis Rodriguez Zapatero.

17:06
Anónimo disse...
A polícia do Zimbábue anunciou neste sábado que acusa de traição Roy Bennett, dirigente do até agora opositor Movimento para a Mudança Democrática (MDC), detido na sexta-feira, em Harare, poucas horas antes da cerimônia de posse dos membros do novo gabinete.

"A Polícia nos informou que vão apresentar acusações de traição", disse à agência EFE o advogado de defesa de Bennett, Trust Maanda.

"Tentam relacionar Roy com o caso de Mike Hitschmann, que foi detido em 2006 em relação à descoberta de um carregamento de armas, apesar de que Hitschmann não tenha sido declarado culpado das acusações de traição apresentadas contra ele, mas de um crime menor de descumprimento de leis", disse Maanda.

O político opositor, designado por seu partido como vice-ministro de Agricultura no Governo de união nacional, esteve no exílio na vizinha África do Sul desde 2006 e retornou ao Zimbábue há duas semanas.

Segundo a Polícia, que deteve Bennett ontem no aeroporto de Harare quando pretendia ir à África do Sul para visitar sua família, as armas apreendidas em 2006 seriam utilizadas em um golpe de Estado para derrubar o presidente do Zimbábue, Robert Mugabe.

Depois da detenção, Bennet foi levado a Mutar, onde vários simpatizantes do MDC se concentraram em frente à delegacia na qual estava detido, diante do que a Polícia respondeu com tiros para o alto para dispersar os manifestantes.

17:07
Anónimo disse...
Austrália: 14 mil se candidatam a 'emprego dos sonhos'

A secretaria de Turismo de Queensland, na Austrália, informou que até esta segunda-feira já recebeu cerca de 14 mil inscrições para o "o melhor emprego do mundo". O Estado australiano promove pela internet seleção para vaga de "zelador" da ilha Hamilton, por seis meses com um salário de R$ 40 mil.

Muitos candidatos tiveram problemas durante a inscrição por conta dos acessos simultâneos ao site. A secretaria aconselha enviar os vídeos de 60s explicando porque deve ser escolhido em horários alternativos do dia, além de recomendar tamanho em torno de 40MB.

As inscrições começaram em 12 de janeiro e vão até o próximo dia 22 e podem ser feitas pelo site www.islandreefjob.com. O governo australiano escolherá 50 candidatos para a próxima fase da seleção, que terá votos do público para eleger um dos 11 finalistas.

A última fase terá entrevistas e desafios físicos, no próprio local de trabalho: as ilhas da Grande Barreira Coralina - o maior recife de coral do mundo. A secretaria de Turismo anunciará o vencedor no dia 6 de maio.

17:09
Anónimo disse...
Mercado elogia governo na crise, mas pede maior queda no juro

Peter Fussy
Direto de São Paulo

Desde as primeiras medidas anunciadas para combater os efeitos da crise, o governo brasileiro avisou que a estratégia não contemplaria um pacote. Seriam doses pontuais, de acordo com a necessidade da economia diante do agravamento das turbulências. Da primeira liberação dos depósitos compulsórios em setembro até a ampliação do seguro-desemprego na última quarta-feira, o governo passou por redução de impostos, ampliação de crédito e incentivos à exportação. Quase 150 dias após a primeira medida, o Terra conversou com líderes do setor público e privado, representantes dos trabalhadores, acadêmicos e com o próprio governo para saber quais destas ações foram mais eficazes, quais foram mais ineficientes e o que mais pode ser feito pelo Estado brasileiro contra a crise.

Os maiores elogios foram direcionados à atitude de reduzir o Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) para a indústria automobilística, anunciada em dezembro e que fez com que os emplacamentos de carros novos subissem 1,9% no primeiro mês do ano em relação a dezembro de 2008. Já as maiores críticas foram para a lentidão no corte da taxa básica de juro do País.

Para o presidente do conselho administrativo do Grupo Pão de Açúcar, Abílio Diniz, o Estado não é responsável pela crise e mesmo assim está agindo "com extrema serenidade e muito acerto". "O governo está atento, fazendo a sua parte. É preciso coragem de baixar firmemente a taxa de juros. É uma arma que temos a nosso favor, já que não há clima para inflação, nem possibilidade de danos para a macroeconomia", afirmou Diniz.

Na última reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), em janeiro, a taxa Selic foi reduzida em um ponto percentual, de 13,75% para 12,75% ao ano. Porém, o professor de economia da Universidade de Brasília (UnB) José Luiz Oreiro lembra que este corte representa uma redução de apenas 0,25 ponto percentual com relação à taxa de setembro do ano passado, quando a crise se agravou.

"Pouco antes da eclosão da crise, o Banco Central aumentou a taxa em 0,75 ponto. Foram cinco meses de demora para reduzir em termos líquidos apenas 0,25 ponto", afirmou o economista, que também sugeriu redução do intervalo de cerca de 90 dias entre as reuniões do Copom e o corte de pelo menos um 1 ponto percentual em cada reunião.

Mesmo com o corte de janeiro, a taxa de juros real continua sendo a maior do mundo, lembrou o secretário-geral da Força Sindical, João Carlos Gonçalves, o Juruna. "A redução da taxa de juro ainda é pequena, porque ela continua uma das mais altas do mundo. Falta ousadia para baixar os juros e ajudar o cidadão. A permanência da taxa de juro alta é negativa para o País em meio a crise", afirmou Juruna.

Embora aprove as ações do governo, o senador Aloízio Mercadante (PT-SP) também acredita que o patamar da Selic está muito alto. "Sempre fomos os primeiros a entrar em qualquer crise, o que não aconteceu agora. A taxa Selic ainda é muito alta, mas o governo têm tomado medidas acertadas, como o aumento do salário mínimo, mesmo com um cenário de crise. Isso ajuda a movimentar o consumo. O governo está se esforçando para manter os investimentos e o crescimento", disse.

Tributos
De acordo com o economista Fabio Pina, da Fecomercio-SP, as ações mais positivas estão relacionadas à redução de tributos para alguns segmentos, como a indústria automobilística, que recuperou parte da queda nas vendas em janeiro com a isenção do IPI para carros 1.0 l e o corte para demais motorizações. A medida vale até o final de março.

"Essas medidas não só reduziram o preço, mas anteciparam o consumo daqueles que iriam comprar no futuro, dando um prêmio por conta da insegurança. Mexe diretamente com o principal problema que é a confiança do consumidor", afirmou. Juruna destacou que um bom ritmo de vendas é garantia de emprego. "É importante porque cada emprego na montadora significa 19 na cadeia produtiva", comentou o representante da Força Sindical.

Também em dezembro, o governo decidiu cortar pela metade a alíquota do Imposto de Renda para contribuintes que ganham entre R$ 1.434 e R$ 2.150 mensais. "O salário aumentava e a tabela não se modificava. As pessoas ganhavam mais e pagavam mais impostos", apontou Juruna. Outra redução de tributos do governo foi com relação ao Imposto sobre Operações Financeiras (IOF), que caiu de 3% ao ano para 1,5%.

Crédito
Na segunda metade de 2008, o colapso de bancos nos Estados Unidos por conta da crise do subprime provocou uma forte restrição de crédito no mundo inteiro. Uma das primeiras medidas anticrise do governo teve como objetivo restabelecer a oferta, com mudanças no recolhimento dos depósitos compulsórios por parte dos bancos. Segundo o presidente do Banco Central, Henrique Meirelles, as diversas modificações liberaram US$ 99,2 bilhões aos bancos até o final de janeiro.

Além disso, o governo concedeu R$ 36 bilhões das reservas internacionais para empresas brasileiras com dívidas no exterior e uma medida provisória autorizou o Banco do Brasil e a Caixa Econômica Federal a comprar carteiras de crédito de bancos privados. Para o diretor do Departamento de Pesquisas e Estudos Econômicos da Fiesp, Paulo Francini, estas medidas foram essenciais para combater os efeitos da crise.

"A crise se desenvolve no mundo em torno do tema crédito. E o crédito reduziu-se barbaridade no mundo. Então o governo lança mão de compulsório, lança mão de reservas, de medidas que permitem aos bancos comprar carteiras de bancos. Você vai tomando várias medidas para atender às demandas e o epicentro disso é crédito", afirmou.

No entanto, Oreiro, da UnB, adverte que a liberação dos compulsórios seria mais eficiente acompanhada de redução mais agressiva da taxa básica de juro. "Uma parte do crédito voltou, depois da forte retração em outubro e novembro. O que deveria ter sido feito junto à liberação do compulsório era uma redução mais drástica da taxa de juro. Sem isso, os bancos pegam as reservas e acabam comprando títulos públicos", explicou o economista.

Na opinião de Pina, as ações de distribuição de crédito via redução do compulsório e a disposição de capital de giro para empresas foram tomadas sem um cuidado maior na operação e não tiveram muito efeito. "O BNDES tem linhas que ficam paradas quase todo o ano, agora é pior ainda. Existem os recursos, mas as empresas e os bancos estão desconfiados. É preciso fazer com que os bancos tenham interesse em emprestar", afirmou o economista da Fecomercio-SP.

Futuro
Mesmo com todas essas medidas, a crise financeira ainda gera incertezas nos setores produtivos do País. Nos últimos meses, o medo do desemprego fez os consumidores adiarem compras. Por sua vez, a queda nas vendas pode obrigar as indústrias a cortarem a produção e demitir funcionários. Contra isso, empresários sugerem redução de jornada e de salários.

"Isto está previsto em lei. A Fiesp simplesmente manteve conversações com entidades sindicais quanto à aplicação daquilo que já está previsto em lei", afirmou Francini.

Segundo a ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff, uma das medidas que assegura um nível de emprego é a manutenção de investimentos no Programa de Aceleração do Crescimento (PAC). "Estamos esperando que a dificuldade ocorra em janeiro, fevereiro e março. Estamos certos que vamos manter o nível de investimento. É isso que funciona, é isso que significa investimento público. Ele funciona como um colchão. Por isso, nós colocamos R$ 100 bilhões no BNDES e a Petrobras ampliou o seu investimento em R$ 120 bilhões", afirmou.

Na mesma linha, Pina explica que a antecipação de gastos do governo substitui parte da demanda retraída do setor privado. "Ele dá o seguinte recado: não vou estourar as contas públicas, mas concentrar em um momento em que a demanda privada está pequena. Mas o governo não tem fôlego suficiente para fazer o papel de toda demanda", ressaltou. O economista da Fecomercio lembrou que a entidade já pleiteou junto ao governo isenções para transferência de imóveis e de automóveis, além de retirar o IPVA para veículos novos.

Já Oreiro foca suas propostas na capitalização do Banco do Brasil e da Caixa Econômica Federal pelo Tesouro para atender a demanda de crédito para capital de giro e reduzir o spread. "Aumentando o empréstimo e reduzindo as taxas, os dois vão forçar os bancos privados a acompanhar o movimento, até para não perderem participação no mercado", explicou o economista da UnB.

Até o Carnaval, o governou prometeu detalhar um pacote de incentivos para a construção de até um milhão de casas populares, direcionado a famílias com renda de até dez salários mínimos. "Estamos atentos a tudo o que está acontecendo e novas medidas serão tomadas caso haja uma avaliação de que sejam necessárias", disse o ministro da Fazenda, Guido Mantega, na última sexta-feira.

17:11
Anónimo disse...
Ex-ministro critica extensão do seguro-desemprego

Atualizada às 09h03

O ex-ministro do Trabalho Almir Pazzianotto criticou a decisão do governo federal de conceder o seguro-desemprego estendido a apenas alguns setores. "É certamente odioso e provavelmente inconstitucional", disse Pazzianotto, de acordo com o jornal O Estado de S. Paulo.

Na última qurta, dia do anúncio da medida, centrais sindicais elogiaram a atitude do governo. A Força Sindical divulgou nota dizendo que "o aumento ajudará a aquecer parte da economia, já que irá gerar mais consumo, produção e conseqüentemente, a criação de novos postos de trabalho". A União Geral dos Trabalhadores (UGT) afirmou que a medida "contribuirá para minimizar o drama dos trabalhadores que perderem seu emprego por conta da crise".

O ex-ministro, que instituiu o seguro-desemprego no País no governo de José Sarney, destacou a necessidade de as centrais sindicais se manifestarem contra a determinação. Para ele, as mudanças devem ser aplicadas a todas as categorias profissionais e a distinção é contrária ao artigo 3º da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT).

Pazzianotto atribui a medida a um possível temor do governo de que a crise econômica seja longa e não haja dinheiro para atender a todas as necessidades. Ainda assim, ele se mostra contrário ao método de concessão. "O seguro-desemprego ajuda a sanar necessidades básicas. Estendê-lo é paliativo, não a solução", disse ao jornal.

De acordo com o presidente do Conselho Deliberativo do Fundo de Amparo ao Trabalhador (Codefat) e conselheiro da Força Sindical, Luiz Fernando Emediato, a determinação já estava prevista na lei 8.900/94, que trata do seguro-desemprego.

O presidente da Comissão de Trabalho da Câmara, Pedro Fernandes (PTB-MA) vai além na crítica à concessão do seguro para apenas alguns setores. Ele acredita que a ampliação do benefício estimula o desemprego.

Quintino Severo, secretário geral da Central Única dos Trabalhadores (CUT), lembra que a ampliação do benefício sem critério e identificação pode incentivar demissões em outros setores.

17:13
Anónimo disse...
Empresas
TAM faz promoção para destinos internacionais

A companhia aérea TAM anunciou nesta sexta-feira tarifas promocionais para trechos internacionais. Os preços valem para bilhetes comprados entre 6h deste sábado e 23h59 deste domingo e são válidos para classe econômica. As tarifas, para ida e volta, serão vendidas a partir de US$ 99, mais taxas.

Segundo a aérea, a promoção vale para viagens feitas no período de 14 de fevereiro a 18 de junho de 2009. Para destinos na América do Sul, a permanência mínima é de dois dias; para bilhetes com destino nos Estados Unidos, cinco dias; e Europa, sete dias. A permanência máxima para as passagens para América do Sul e EUA é de dois meses e para Europa, três meses.

Entre os exemplos de tarifas promocionais, a TAM oferece São Paulo-Lima por US$ 99. Bilhetes para a rota São Paulo-Santiago serão vendidos a partir de US$ 199 e São Paulo-Nova York, US$ 799.

A emissão dos bilhetes deve ser feita obrigatoriamente no ato da reserva, obedecendo às regras estipuladas pela companhia. A compra está sujeita à disponibilidade de assentos nas classes tarifárias determinadas, trechos, horários e datas. A TAM afirmou que também há tarifas promocionais para a classe executiva.

Mais informações podem ser encontradas no site promocional (www.ofertastam.com.br), no site da empresa (www.tam.com.br) ou pelos telefones 4002-5700 ou 0800 5705700.

17:13
Anónimo disse...
Empresas
Consultoria negocia compra do parque temático Hopi Hari

A consultoria especializada em reestruturação de empresas Íntegra Associados informou nesta sexta-feira ter um acordo para comprar o parque de diversões Hopi Hari, localizado no interior de São Paulo. A empresa estaria disposta a investir R$ 10 milhões no parque, que tem dívida estimada em R$ 800 milhões. As informações são da edição deste sábado do jornal Folha de S. Paulo.

De acordo com o jornal, a transação ainda depende da negociação entre o Hopi Hari e seus credores, o que já estaria em andamento.

A consultoria paulista já atuou junto à Parmalat, durante 30 meses, quando reorganizou a gestão da empresa italiana.

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17:14
Anónimo disse...
Empresas
Disney de Tóquio contratará mais 2 mil apesar da crise


A Oriental Land, o operador da Disneylândia Tóquio e DisneySea, organizou neste domingo entrevistas para contratar cerca de 2 mil trabalhadores em tempo parcial, em um momento de grandes demissões deste tipo de empregados no Japão.

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O operador deste parque temático, situado em Urayasu, na província de Chiba (leste de Tóquio), está em pleno processo de seleção de empregados para 20 tipos de postos trabalhistas diferentes.

Segundo a companhia, citada pela agência local de notícias Kyodo, o parque contratará novos trabalhadores para as atrações, para os restaurantes e guardas de segurança entre outros. Os novos contratados começarão a trabalhar a partir de fevereiro.

O processo de seleção acontece em um momento em que a maioria das grandes companhias japonesas começaram a se ver obrigadas a despedir uma elevada percentagem de seus trabalhadores temporários e a tempo parcial.

Algumas inclusive anunciaram demissões de seus trabalhadores fixos, uma medida muito pouco comum nas companhias japonesas, perante os efeitos piores que o esperado pela crise econômica global.

Cerca de uma centena de pessoas esperavam desde a primeira hora desta manhã a abertura do centro de conferências Tokyo International Forum, onde as entrevistas estão sendo feitas, para ser os primeiros a solicitar os postos de trabalho.


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17:15
Anónimo disse...
Economia Internacional
Senado dos EUA aprova plano de estímulo à economia

O Senado dos Estados Unidos aprovou com 60 votos a favor e 38 contra o plano de estímulo à economia de US$ 787 bilhões na madrugada deste sábado. Agora, ele segue para sanção ou veto do presidente Barack Obama, que espera colocar a lei em prática até o dia 16 de fevereiro.

O plano prevê a criação de três milhões de empregos, inclui cortes de impostos às famílias, fundos para programas sociais e obras públicas, além de ajuda aos governos estaduais, estudantes e desempregados.

A cláusula Buy American - que exige o uso de ferro, aço e produtos manufaturados dos Estados Unidos em obras realizadas com recursos do pacote - ficou de lado. Segundo o texto definitivo, a cláusula será aplicada sem violar as normas do comércio internacional.

Ontem à tarde, a Câmara de Representantes (deputados) havia aprovado, por 246 votos a favor e 183 contra, a versão final do plano. Todos os republicanos foram contrários ao pacote.

Pelo acordo de quarta-feira entre Câmara e Senado, em vez de custar US$ 819 bilhões, como queriam os deputados, ou US$ 838 bilhões como pretendiam os senadores, o pacote ficou em cerca de US$ 787 bilhões, com 65% desse total destinado a gastos do governo federal e 35%, a créditos tributários.

17:16
Anónimo disse...
Economia nacional
Na era Lula, aposentadoria sobe 54% menos que salário mínimo

Thatiane Faria
Especial para o Terra
Direto de São Paulo

Os índices de reajustes concedidos pelo governo em 2009 para aposentados e pensionistas e para o salário mínimo repetiram uma diferença que, só durante o governo de Luiz Inácio Lula da Silva, já chega a 54%. Enquanto o mínimo foi majorado em 12% este ano, as pensões e aposentadorias tiveram aumento de 5,92%. Aposentados que têm o benefício do governo como única fonte de renda reclamam que perdem poder de compra e que sua cesta de compras é composta por itens que aumentam mais em relação à inflação oficial.

Um exemplo prático pode ser entendido a partir da comparação entre um aposentado que ganhava R$ 600 em janeiro de 2003. Na época, o benefício era três vezes, ou 200%, maior que o valor do mínimo em vigência, que era de R$ 200. Aplicando-se os índices de reajuste para aposentadorias e para o mínimo durante os últimos seis anos, o mesmo aposentado estaria recebendo hoje R$ 938,47, comparado a um salário mínimo de R$ 465. A diferença entre os dois valores caiu para pouco mais de 100%.

Enquanto o índice acumulado de reajuste para a aposentadoria durante o governo Lula foi de 60%, para o salário mínimo está em 132%.

O diretor do Sindicato Nacional dos Aposentados, João Inocentini, reclama que os valores dos benefícios para aposentadorias não mantêm o poder de compra do grupo, principalmente dos aposentados que recebem menos que dez salários mínimos.

Nem mesmo o fato de o índice de reajuste das aposentadorias ter ficado acima da inflação acumulada no mesmo período (o IPCA entre janeiro de 2003 e janeiro de 2009 foi de 39,7%) serve de argumento, segundo os aposentados.

"Os idosos, principalmente, têm gastos além das contas gerais como gás, telefone e aluguel. Para eles o custo com remédios, e outros itens da área saúde costuma ser maior", afirmou Inocentini.

O presidente do sindicato afirmou que o grupo realiza um estudo com 100 itens de necessidade de um idoso para comparar o aumento dos produtos com o índice de reajuste do benefício recebido pelos aposentados.

"Daqui dois meses vamos abrir um processo na Justiça e levar essa pesquisa como prova. Segundo a lei, o governo é obrigado a manter o poder de compra com a aposentadoria", disse Inocentini.

Alternativas
O consultor financeiro Cláudio Boriola diz que os aposentados, especialmente nesse momento de crise econômica, devem evitar compras parceladas, pesquisar preços, negociar e fazer bom planejamento financeiro.

Segundo Boriola, alguns aposentados ganham um valor mensal muitas vezes insuficiente para o pagamento das contas e acabam pedindo crédito ou realizando pagamentos a prazo e são obrigados a pagar juros altos.

Na opinião do consultor, pagar uma previdência privada é uma alternativa indicada para quem ainda trabalha, considerando a característica de perda de poder de compra da aposentadoria.

"Na prática, infelizmente os valores encontram-se em um patamar que está deteriorando o poder de aquisição da população brasileira", completou Boriola.

De acordo com o diretor da Confederação Brasileira de Aposentados e Pensionistas (Cobap), Vicente Fernandes Barbosa, representantes dos aposentados tentarão um encontro com o presidente da Câmara, deputado Michel Temer (PMDB-SP), para discutir projetos que minimizem a perda dos aposentados

17:17
Anónimo disse...
Previdência
Previdência prorroga isenção de tarifas no benefício

O atual sistema de pagamento aos 26 milhões de aposentados e pensionistas do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) será mantido até o final deste ano. O acordo, que permite realizar a operação sem nenhum custo aos beneficiários, foi renovado nesta sexta-feira, entre o governo federal e 21 instituições financeiras.

Por meio desse acordo, vigente desde setembro de 2007, nem os segurados, nem os bancos e nem o governo arcam com o pagamento de tarifas, conforme explicou o ministro da Previdência Social, José Pimentel. A prorrogação vale até dezembro, data máxima para que a Previdência defina as regras para um novo contrato.

Ao assinar o termo de renovação, na sede da Federação Brasileira dos Bancos (Febraban), o ministro disse que a intenção do governo é mudar o atual modelo de gestão visando a reduzir os custos dessas operações em torno da folha mensal, que atinge R$ 15,8 bilhões. No entanto, qualquer alteração, conforme explicou, passará antes por audiências públicas a serem realizadas a partir do segundo semestre deste ano, atendendo a determinação do Tribunal de Contas da União (TCU).

De acordo com Pimentel, com um redesenho do mecanismo de repasse dos recursos aos bancos em torno da folha de pagamento dos segurados o que se busca é um aumento da participação de instituições financeiras. Ele informou que, desde 2007, cada benefício custa em média R$ 1,07 ao governo. "Quanto mais instituições financeiras estiverem prestando serviços à sociedade, maior é a competitividade, a agilidade no atendimento", justificou.

O ministro observou, ainda, que, para permitir uma redução para algo em torno de meia hora no tempo de atendimento para a concessão dos direitos previdenciários, o governo investiu R$ 280 milhões.

Questionado sobre o descontentamento dos segurados que ganham acima de um salário mínimo terem obtido apenas a correção com base na variação do Índice de Preços ao Consumidor (INPC) , ficando abaixo do reajuste dado a quem recebe apenas o mínimo, Pimentel argumentou que o governo seguiu o que determina a lei e descartou a possibilidade de uma revisão

17:17
Anónimo disse...
Empresas
Caterpillar oferece aposentadoria antecipada a 2 mil


A companhia americana Caterpillar ofereceu a cerca de dois mil funcionários incentivos para que se aposentem de forma voluntária antes do previsto, pela perspectiva de uma queda "significativa" da atividade industrial, informou nesta quarta-feira a empresa.

A iniciativa, destinada aos trabalhadores de diversas fábricas em Illinois, Colorado, Tennessee e Pensilvânia, se soma aos cortes de empregos anunciados em janeiro, explicou em comunicado de imprensa.

A empresa, a maior fabricante mundial de maquinaria pesada para a construção e a mineração, acrescentou que, "em função das condições de negócio, podem ser necessárias mais reduções de elenco voluntárias e involuntárias à medida que o ano avança".

O vice-presidente da companhia, Sid Banwart, explicou que a empresa prevê "demissões significativas em todas as regiões geográficas e na maioria dos setores devido às dificuldades da economia mundial".

17:18
Anónimo disse...
Comércio
Comércio exterior da OCDE caiu no 3º trimestre de 2008


As exportações e as importações dos países da Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Econômico (OCDE) caíram 1,6% e 0,2%, respectivamente, no terceiro trimestre de 2008, em relação aos três meses anteriores.

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Trata-se da primeira queda destas atividades desde o terceiro trimestre de 2006, segundo o último relatório trimestral sobre fluxos comerciais divulgado pela OCDE.

As exportações e as importações em dólares dos 30 Estados-membros caíram 15,6% e 17%, respectivamente, na comparação anualizada.

Por sua vez, o comércio dos sete países mais ricos do mundo (G7) teve um pequeno crescimento no terceiro trimestre de 2008 com uma queda das exportações de mercadorias de 0,2% em relação ao trimestre anterior e um aumento de 0,4% das importações.

Em termos anualizados, as importações do G7 caíram 1,4% entre julho e setembro do ano passado, seu primeiro retrocesso desde o terceiro trimestre de 2006, enquanto as exportações aumentaram 1,9%, seu crescimento mais baixo no mesmo tempo.

Por países, a Alemanha aumentou suas importações em 3,4% - valor mais alto do G7 -, enquanto suas exportações caíram 2,9% do segundo para o terceiro trimestre de 2008.

Pelo contrário, as exportações americanas aumentaram 1,8% entre julho e setembro de 2008, enquanto as importações caíram 0,7% em relação ao trimestre anterior. No Japão, tanto as importações quanto as exportações caíram em torno de 1% no mesmo período.

17:19
Anónimo disse...
Economia Nacional
Lula: juros de crédito consignado a aposentados são altos

Atualizada às 17h29

O presidente Luis Inácio Lula da Silva afirmou nesta terça-feira, em São Paulo, que está lutando para reduzir as taxas de juros cobradas de aposentados em crédito consignado. A Previdência Social estabelece uma taxa máxima de 2,5% para empréstimo e de 3,5% para cartão. Para Lula, os valores são altos.

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"Acho que o juro que os aposentados estão pagando hoje com o crédito consignado é alto para o padrão brasileiro", disse o presidente durante a cerimônia de comemoração dos 86 anos do INSS.

A Previdência anunciou nesta terça-feira que aposentados e trabalhadoras com licença-maternidade poderão receber seus benefícios em 30 minutos. De acordo com Lula, em junho, a aposentadoria do trabalhador rural também será conseguida em meia hora.

Além disso, o presidente anunciou que, também em junho, os trabalhadores que alcançarem o direito à aposentadoria passarão a receber em suas casas um comunicado da Previdência informando o fato e o valor do salário que têm direito a receber. "É um comprometimento público que estou fazendo com os companheiros da Previdência Social", disse.

"Estamos retribuindo ao contribuinte da Previdência Social aquilo que é a cidadania que ele tem direito", afirmou Lula. "Se para cobrar nós somos tão precisos, para devolver o dinheiro, temos que chegar próximo à perfeição", completou.

17:20
Anónimo disse...
Economia Nacional
Salário maternidade sairá em 30 minutos, diz ministro

Toda trabalhadora autônoma que tiver contribuído pelo menos 10 meses com o Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) - ou as que possuírem carteira assinada - poderão receber em 30 minutos o salário maternidade a partir desta terça-feira. Da mesma forma, as mulheres com 30 anos de contribuição e os homens com 35 anos também terão direito ao benefício de forma mais rápida. A informação é do ministro da Previdência Social, José Pimentel.

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Para requerer o salário maternidade, é preciso que as autônomas levem a carteira de identidade e o carnê de contribuição. As demais trabalhadoras devem apresentar a identificação e a carteira de trabalho. Desde o início do mês, a nova forma de análise para a concessão de benefícios foi adotada para a aposentadoria por idade do trabalhador urbano e agora foi estendida para o salário maternidade e por tempo de contribuição.

O ministro disse que a qualificação do serviço da previdência social é o reconhecimento do direito dos trabalhadores e da afirmação da cidadania.

"Até pouco tempo na cabeça do cidadão o serviço devia ser de péssima qualidade. Agora não, nós modificamos toda a legislação no mês de dezembro numa ação conjunta do Congresso Nacional com o governo federal. Estamos implantando e concedendo os benefícios em até 30 minutos", afirmou.

O ministro destacou que para conseguir se aposentar ou ter acesso à licença maternidade em 30 minutos, em primeiro lugar, é necessário que o cidadão esteja vinculado à Previdência, o que inclui 65% da população acima de 16 anos de idade.

"Depois bastar marcar pelo sistema 135 o dia e a hora do atendimento e levar a documentação. Se todos os dados necessários estiverem corretos o contribuinte será atendido em até 30 minutos, como vem sendo feito com as aposentadorias por idade desde o dia cinco de janeiro", explicou.

Pimentel disse ainda que em 90% das agências da previdência social o atendimento é marcado em até 48 horas. Nos grandes centros, entretanto existe um volume maior o que torna mais lento o processo.

"Estamos criando mais 715 agências até 2010, em todo o território nacional, para descentralizar o atendimento. Em 2008, atendemos 295 mil benefícios e aposentadorias por idade. Temos 4 mil pessoas por dia procurando e se aposentando por idade no território nacional. Este serviço será agilizado", concluiu.
17:27
Anónimo disse...
Giuseppe Englaro, pai de Eluana, a italiana que morreu na segunda-feira passada por desidratação, recusou uma grande soma de dinheiro de um conhecido fotógrafo italiano que queria retratar a filha em estado de coma, disse neste sábado o neurologista que atendia a mulher desde 1996, Carlo Defanti.

O neurologista, que participou hoje de uma conferência sobre eutanásia, disse que Englaro respeitou a vontade da filha, que, antes do acidente, tinha pedido que, se lhe ocorresse qualquer coisa irreversível, apresentasse sua imagem de quando estava em boas condições.

Antes de sofrer o acidente de trânsito, em 1992, Eluana viveu o coma de um amigo, Alessandro, o que causou forte impacto na italiana e a levou a fazer o pai prometer que não a deixasse viver em estado vegetativo, disse o próprio Giuseppe Englaro.

Defanti, que dissera que Eluana poderia viver de dez a 12 dias depois da suspensão da alimentação e da hidratação, disse que, como médico, tinha que reprovar esta afirmação.

"Não se pode sobreviver após três ou quatro dias sem líquido e, em particular, água em um corpo. Sabemos bem que, quando há um terremoto, após quatro dias é difícil encontrar sobreviventes".

Defanti ressaltou que Eluana "não falava, não se comunicava com o exterior" e que, após vários exames, "nos deparamos com uma moça que tinha perdido a consciência", porque estava com o córtex cerebral prejudicado.

Eluana foi enterrada na quinta-feira passada no túmulo da família na localidade de Paluzza, em Udine, após um funeral que não contou com a presença dos pais.

16:53
Anónimo disse...
Os bombeiros combatem neste sábado os incêndios na Austrália favorecidos pelo bom tempo, enquanto os deslocados encotram em seu retorno casas derruídas, carros queimados nas ruas e destruição.

Depois de sete dias desde que começaram os incêndios no Estado de Victoria, a lista de mortos chega a 181, os desaparecidos somam 50, os edifícios destruídos totalizam 1,834 mil e o terreno arrasado, principalmente florestas, ocupa uma área de 4,13 mil quilômetros quadrados.

As equipes de bombeiros, formadas por 4 mil profissionais de Victoria, de outras partes da Austrália e de países amigos, combateram hoje 12 focos fora de controle e nenhum representava uma ameaça direta para a população.

O subdiretor do Serviço de Bombeiros, Geoff Conway, disse que este tempo favorável, que se prolongará durante o domingo, permite consolidar as linhas de contenção e avançar na extinção das chamas.

Cinzas apareceram arrastadas por ventos do nordeste sobre Melbourne, onde habitam 3,8 milhões de pessoas, e as autoridades alertaram aos cidadãos do risco para a saúde de idosos, crianças e pessoas com problemas respiratórios.

O número de pessoas deslocadas - a Cruz Vermelha chegou a receber 7 mil - começou a cair com a abertura de algumas localidades atingidas.

Os incêndios, alguns criminosos, começaram em 7 de fevereiro, quando a região sul da Austrália estava há duas semanas sob uma onda de calor sem precedentes.

Na sexta-feira passada, a polícia acusou uma pessoa de ter provocado o incêndio que atingiu a localidade de Churchill e matou 21 pessoas.

16:55
Anónimo disse...
A primeira chuva em seis dias reduziu a ameaça de incêndios no Estado de Victoria, ao sul da Austrália. As autoridades, porém, advertiram que ainda existem 12 focos, mas que nenhum deles ameaça áreas povoadas.

Mais de quatro mil bombeiros, mil provenientes de outras partes do país e de outras nações, trabalham contra o fogo. Cerca de 600 veículos e 28 helicópteros e pequenos aviões estão sendo usados.


Eles conseguiram construir linhas de contenção para evitar os incêndios de Yarra e Maroondah se juntassem. Também foram controlados os incêndios abertos de Yea e Murrindindi, que ameaçavam as comunidades de Connellys Creek, Crystal Creek, Scrubby Creek e Native Dog Creek.

O número de mortos chegou a 181, mas as autoridades acreditam que as vítimas devem passar de 200, já que ainda há muitos desaparecidos.

16:55
Anónimo disse...
Aqui nesta coluna, na semana passada, tive a oportunidade de comentar sobre a recente visita do professor brasileiro Pedrinho Guareschi à Austrália. Não dei, porém, os fatos, pois semana passada o assunto era outro.

Hoje, porém, vamos a eles.

No último dia 4 de fevereiro, aconteceu o Seminário "Paulo Freire: Education and Liberation", organizado pelo centro de estudos latino-americanos da Universidade Nacional da Austrália, ou ANU, como é mais conhecida por aqui.

A ANU, para quem não sabe, está entre as 20 melhores universidades do mundo! E tem sede aqui em Camberra, capital da Austrália.

Na abertura do evento, o professor John Minns, diretor do centro latino-americano, ao dar boas-vindas ao público presente, lembrou ser aquele o primeiro seminário exclusivamente dedicado a Paulo Freire na Austrália.

Em seguida, convidou Pedrinho Guareschi, palestrante principal do Seminário, a fazer sua apresentação.

A plateia pode então conhecer, pelas palavras de Pedrinho, um pouco da obra e da vida de Freire, esse brasileiro de fé e valor, que sempre acreditou na educação, sobretudo dos menos favorecidos, analfabetos, como força libertadora.

Como não podia deixar de ser, os conceitos e ideias revolucionários de Paulo Freire, expostos com clareza por Pedrinho, despertaram o interesse e a curiosidade de plateia. A qual, deve-se notar, era na maioria de estudantes, mas de várias nacionalidades, sobretudo australianos e asiáticos.

Na continuação do programa do seminário, que se estendeu por dois dias, outros professores fizeram palestras sobre temas ligados à obra de Paulo Freire.

Interessante, por exemplo, saber que a professora Anne Hickling-Hudson, jamaicana que mora na Austrália há muitos anos (é professora da ANU), conheceu e trabalhou com Freire num workshop educacional durante a revolução na Ilha de Granada, em 1980, antes da invasão dos Estados Unidos...

Ou, então, a palestra da Professora Gerda Roelvink, da Nova Zelândia, que participou do Fórum Social de Porto Alegre em 2005. E essa participação transformou-se em tema de doutorado.

No dia 10, terça-feira passada, o padre Pedrinho Guareschi voltou a falar ao público australiano em grande auditório localizado no belíssimo campus da ANU. Desta vez, sobre a Teologia da Libertação.

Depois da palestra, John Minns mostrou o filme mexicano "O Crime do Padre Amaro", no qual um dos personagens é um padre católico praticante da Teologia da Libertação.

Mais uma vez, foi grande o intersse da platéia, que pode aprender e conhecer um pouco como se desenvolveu aquele importante movimento católico na América Latina.

Fica, assim, ao Pedrinho, bem como a outros brasileiros estudiosos e de bom coração que saem pelo mundo a divulgar aspectos importantes da cultura brasileira, o respeito e a homenagem desta coluna. E... aquele abraço!

16:57
Anónimo disse...
Amanda Kitts perdeu o braço esquerdo em um acidente de automóvel acontecido três anos atrás, mas hoje em dia ela joga futebol americano com seu filho de 12 anos de idade, troca fraldas e abraça as crianças nas três creches Kiddie Cottage que opera em Knoxville, Tennessee. Kitts, 40 anos, faz tudo isso com a ajuda de um novo tipo de braço artificial que se movimenta com mais facilidade do que outros aparelhos e que ela pode controlar utilizando apenas seus pensamentos.

"Eu sou capaz de mexer a mão, o pulso e o cotovelo ao mesmo tempo", diz. "Você pensa e os músculos se movem em seguida".

A recuperação que ela conseguiu resulta de um novo procedimento que vem atraindo crescente atenção porque permite que pessoas movam braços protéticos de forma mais automática do que faziam no passado, simplesmente utilizando nervos reaproveitados em seus cérebros.

A técnica, conhecida como "renervação muscular dirigida", envolve utilizar os nervos que restam depois da amputação de um braço e conectá-los a outro músculo do corpo, em geral no peito. Eletrodos são instalados sobre os músculos do peito, e operam como se fossem antenas. Quando a pessoa deseja mover o braço, o cérebro envia sinais que primeiro resultam em contração dos músculos do peito, os quais enviam um sinal ao braço protético, instruindo-se a se movimentar. O processo não requer mais esforços consciente do que a pessoa teria de exercitar caso ainda tivesse seu braço natural.

Na terça-feira, pesquisadores reportaram em estudo publicado pela versão online do Journal of the American Medical Association que haviam levado a técnica ainda mais à frente, tornando possível a execução de 10 movimentos de mão, pulso e cotovelo diferentes, o que representa uma substancial melhora com relação ao típico repertório protético, que em geral envolve apenas dobrar o cotovelo, girar o pulso e abrir a mão.

"Os novos métodos tiveram impacto dramático em nosso campo de trabalho", disse Stuart Harshbarger, engenheiro biomédico na Universidade Johns Hopkins e diretor do programa de pesquisa sobre próteses, financiado pelas forças armadas, que inclui o trabalho com essa técnica. "O método já está em uso por médicos e cirurgiões comuns em todo o país. A capacidade de controlar um membro protético bastante robusto que ele confere surpreendeu a todos pela qualidade".

Tipicamente, uma pessoa que tenha um braço protético só é capaz de executar alguns poucos movimentos, e muitas vezes com tamanha lentidão que isso só permite a ela atividades limitadas.

Há um motor separado para cada movimento, diz Gerald Loeb, professor de engenharia biomédica na Universidade do Sul da Califórnia, "e esses motores precisam ser controlados de maneira explícita", usualmente por um esforço consciente da pessoa para contrair músculos nas costas ou no bíceps.

"Essencialmente, até agora os pacientes controlavam apenas um motor de cada vez", diz Loeb, "e precisavam pensar cuidadosamente sobre que motor desejavam controlar e como fazê-lo operar, em lugar de simplesmente pensarem em mover o braço e poderem fazê-lo sem delongas".

Antes que Kitts passasse pelo procedimento de renervação, em outubro de 2007, por exemplo, ela precisava movimentar os músculos de suas costas de determinada maneira para fazer com que seu pulso girasse, e flexionar seu bíceps e tríceps para fazer com que o cotovelo se movesse para cima e para baixo. "Era muito trabalho", ela conta. "E não me ajudava muito".

O procedimento de renervação é parte de uma recente explosão de idéias novas e técnicas inovadoras que estão sendo exploradas enquanto os cientistas se esforçam por ajudar as pessoas a compensar melhor a perda de membros ou problemas de paralisia. O esforço vem sendo alimentado pelo aumento no número de amputações causado por diabetes e por ferimentos sofridos pelos militares, e ao mesmo tempo pelos avanços na tecnologia médica.

Os braços se tornaram um dos focos essenciais desse tipo de trabalho. A ciência há muito vem obtendo sucessos no desenvolvimento de próteses de perna, mas é muito mais difícil imitar a complexidade e a destreza das mãos e dos braços.

Os esforços em curso incluem o desenvolvimento de projetos de pele e braços mais sensíveis e mais flexíveis, e o uso de dispositivos acionados por controles sem fio implantado nos braços protéticos, que permitiriam movimentos mais naturais.

Os pesquisadores também vêm usando sensores implantados nos cérebros de cobaias para permitir que dois macacos controlem um braço mecânico, e um teste com um homem paralítico permitiu, com esse método, que ele movimentasse um cursor em uma tela de computador.

Alguns desses métodos, caso venham a ser aperfeiçoados plenamente e consigam aprovação das autoridades regulatórias da saúde, podem no futuro se tornar mais viáveis para os pacientes de amputações.

E embora a técnica da renervação não requeira aprovação das autoridades regulatórias porque é executada por meios cirúrgicos e emprega aparelhos já existentes, ela apresenta limitações que até mesmo seus criadores reconhecem, entre as quais o fato de que não se pode utilizá-la para todos os pacientes, o seu alto custo e o prazo de meses requerido para que os nervos reconectados cresçam e se tornem efetivos.

Ainda assim, os especialistas dizem que é o mais avançado sistema em uso hoje para pacientes reais que permite que o sistema nervoso controle diretamente o movimento de um braço artificial.

Desde sua introdução por Todd Kuiken, médico fisioterapeuta e engenheiro biomédico do Instituto de Reabilitação de Chicago, o método foi empregado em cerca de 30 pacientes nos Estados Unidos, Canadá e Europa, entre os quais oito soldados feridos no Iraque e no Afeganistão.

Muitos dos pacientes, entre os quais o primeiro, Jesse Sullivan, um operário do setor elétrico no Tennessee que perdeu os dois braços quando foi eletrocutado por um cabo, conseguem não apenas manipular seus braços protéticos mas sentir a presença das mãos que já não têm quando alguém toca em seus peitos.

Sullivan, 62 anos, e Kitts, estavam entre os cinco pacientes que participaram do estudo reportado na terça-feira. Em companhia de cinco outras pessoas que não passaram por amputações, eles receberam os eletrodos e foram instruídos a usar pensamentos para fazer com que um braço virtual na tela reproduzisse 10 movimentos diferentes, entre os quais três formas diferentes de aperto de mão.

Os pacientes apresentaram desempenho bastante respeitável, apenas um pouco mais lento e menos preciso do que os dos participantes que não tinham amputações.

"As velocidades de movimento que encontramos em nossos pacientes foram realmente encorajadoras", disse Kuiken. "Eles conseguiram completar a tarefa. É claro que não foram tão competentes quanto as pessoas dotadas de plena capacidade física, mas foram bons o bastante".

Um braço virtual foi usado porque a maioria das próteses existentes não era capaz de acomodar todos aqueles movimentos, no momento da pesquisa, ainda que Sullivan, Kitts e uma terceira paciente, Claudia Mitchell, tenham experimentado dois novos protótipos mais versáteis de braços artificiais, executando tarefas complexas com bolas de tênis e outros objetos.

O trabalho de renervação em soldados apresenta outros desafios, diz Kuiken, porque os ferimentos militares muitas vezes "causam danos muitos extensos" a nervos, músculos ou ossos.

Daniel Acosta, 25 anos, um aviador ferido pela detonação de uma bomba em uma estrada do Iraque em 2005, passou pelo procedimento no ano passado e diz que seu braço esquerdo protético agora se movimenta "muito mais rápido" e de maneira muito mais natural.

"A diferença é que agora não preciso mais pensar para mover o braço", ele diz. "Ele simplesmente se mexe".

Ainda assim, Acosta, de San Antonio, diz que "o processo foi bastante longo" e que os eletrodos precisam ser ajustados para receber os sinais à medida que os nervos crescem ou mudam de posição.

E embora elogiem o método, os especialistas afirmam que a ciência das próteses de braço ainda tem muito por avançar.

"Trata-se de uma parte crucial, mas ainda assim apenas uma parte, das muitas coisas que compreendem a função normal de um braço", disse Loeb, que escreveu um editorial que acompanha o artigo no Journal of the American Medical Association.

"No momento estamos a meio do caminho entre o braço de 'Dr. Fantástico', que fazia involuntariamente a saudação nazista, e o braço de Luke Skywalker em 'Guerra nas Estrelas', que funciona sem nenhum problema assim que é conectado. Creio que precisaremos ainda de muitos anos para conectar todas as peças necessárias a produzir um braço capaz de funcionar normalmente".

17:04
Anónimo disse...
A Espanha disse neste sábado que está preparando uma reclamação oficial contra a decisão da Venezuela de expulsar um membro do Parlamento Europeu que criticou o conselho eleitoral venezuelano.
Luis Herrero, membro do partido conservador espanhol PP, foi deportado na sexta-feira depois que o Conselho Nacional Eleitoral (CNE) o acusou de questionar a imparcialidade da instituição antes de um referendo que pode permitir ao presidente Hugo Chávez permanecer no cargo indefinidamente.

Herrero estava na Venezuela como observador do referendo. Ele acusou Chávez de ter "comportamentos típicos de um ditador" por pedir a contenção de manifestações da oposição.

O governo da Espanha convocou um encontro com o embaixador da Venezuela em Madri para expressar a desaprovação sobre a expulsão de Herrero, disse um representante do Ministério das Relações Exteriores espanhol.

As relações da Venezuela com a Espanha tiveram seu ponto crítico em 2007, quando Chávez ameaçou rever acordos diplomáticos e comerciais depois de ouvir um "cala a boca" do rei espanhol Juan Carlos durante uma cúpula.

A fenda foi oficialmente reparada em 2008, com uma visita oficial de Chávez à Espanha, onde ele cumprimentou o rei e discutiu acordos para investimento no setor petroquímico com o primeiro-ministro José Luis Rodriguez Zapatero.

17:06
Anónimo disse...
A polícia do Zimbábue anunciou neste sábado que acusa de traição Roy Bennett, dirigente do até agora opositor Movimento para a Mudança Democrática (MDC), detido na sexta-feira, em Harare, poucas horas antes da cerimônia de posse dos membros do novo gabinete.

"A Polícia nos informou que vão apresentar acusações de traição", disse à agência EFE o advogado de defesa de Bennett, Trust Maanda.

"Tentam relacionar Roy com o caso de Mike Hitschmann, que foi detido em 2006 em relação à descoberta de um carregamento de armas, apesar de que Hitschmann não tenha sido declarado culpado das acusações de traição apresentadas contra ele, mas de um crime menor de descumprimento de leis", disse Maanda.

O político opositor, designado por seu partido como vice-ministro de Agricultura no Governo de união nacional, esteve no exílio na vizinha África do Sul desde 2006 e retornou ao Zimbábue há duas semanas.

Segundo a Polícia, que deteve Bennett ontem no aeroporto de Harare quando pretendia ir à África do Sul para visitar sua família, as armas apreendidas em 2006 seriam utilizadas em um golpe de Estado para derrubar o presidente do Zimbábue, Robert Mugabe.

Depois da detenção, Bennet foi levado a Mutar, onde vários simpatizantes do MDC se concentraram em frente à delegacia na qual estava detido, diante do que a Polícia respondeu com tiros para o alto para dispersar os manifestantes.

17:07
Anónimo disse...
Austrália: 14 mil se candidatam a 'emprego dos sonhos'

A secretaria de Turismo de Queensland, na Austrália, informou que até esta segunda-feira já recebeu cerca de 14 mil inscrições para o "o melhor emprego do mundo". O Estado australiano promove pela internet seleção para vaga de "zelador" da ilha Hamilton, por seis meses com um salário de R$ 40 mil.

Muitos candidatos tiveram problemas durante a inscrição por conta dos acessos simultâneos ao site. A secretaria aconselha enviar os vídeos de 60s explicando porque deve ser escolhido em horários alternativos do dia, além de recomendar tamanho em torno de 40MB.

As inscrições começaram em 12 de janeiro e vão até o próximo dia 22 e podem ser feitas pelo site www.islandreefjob.com. O governo australiano escolherá 50 candidatos para a próxima fase da seleção, que terá votos do público para eleger um dos 11 finalistas.

A última fase terá entrevistas e desafios físicos, no próprio local de trabalho: as ilhas da Grande Barreira Coralina - o maior recife de coral do mundo. A secretaria de Turismo anunciará o vencedor no dia 6 de maio.

17:09
Anónimo disse...
Mercado elogia governo na crise, mas pede maior queda no juro

Peter Fussy
Direto de São Paulo

Desde as primeiras medidas anunciadas para combater os efeitos da crise, o governo brasileiro avisou que a estratégia não contemplaria um pacote. Seriam doses pontuais, de acordo com a necessidade da economia diante do agravamento das turbulências. Da primeira liberação dos depósitos compulsórios em setembro até a ampliação do seguro-desemprego na última quarta-feira, o governo passou por redução de impostos, ampliação de crédito e incentivos à exportação. Quase 150 dias após a primeira medida, o Terra conversou com líderes do setor público e privado, representantes dos trabalhadores, acadêmicos e com o próprio governo para saber quais destas ações foram mais eficazes, quais foram mais ineficientes e o que mais pode ser feito pelo Estado brasileiro contra a crise.

Os maiores elogios foram direcionados à atitude de reduzir o Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) para a indústria automobilística, anunciada em dezembro e que fez com que os emplacamentos de carros novos subissem 1,9% no primeiro mês do ano em relação a dezembro de 2008. Já as maiores críticas foram para a lentidão no corte da taxa básica de juro do País.

Para o presidente do conselho administrativo do Grupo Pão de Açúcar, Abílio Diniz, o Estado não é responsável pela crise e mesmo assim está agindo "com extrema serenidade e muito acerto". "O governo está atento, fazendo a sua parte. É preciso coragem de baixar firmemente a taxa de juros. É uma arma que temos a nosso favor, já que não há clima para inflação, nem possibilidade de danos para a macroeconomia", afirmou Diniz.

Na última reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), em janeiro, a taxa Selic foi reduzida em um ponto percentual, de 13,75% para 12,75% ao ano. Porém, o professor de economia da Universidade de Brasília (UnB) José Luiz Oreiro lembra que este corte representa uma redução de apenas 0,25 ponto percentual com relação à taxa de setembro do ano passado, quando a crise se agravou.

"Pouco antes da eclosão da crise, o Banco Central aumentou a taxa em 0,75 ponto. Foram cinco meses de demora para reduzir em termos líquidos apenas 0,25 ponto", afirmou o economista, que também sugeriu redução do intervalo de cerca de 90 dias entre as reuniões do Copom e o corte de pelo menos um 1 ponto percentual em cada reunião.

Mesmo com o corte de janeiro, a taxa de juros real continua sendo a maior do mundo, lembrou o secretário-geral da Força Sindical, João Carlos Gonçalves, o Juruna. "A redução da taxa de juro ainda é pequena, porque ela continua uma das mais altas do mundo. Falta ousadia para baixar os juros e ajudar o cidadão. A permanência da taxa de juro alta é negativa para o País em meio a crise", afirmou Juruna.

Embora aprove as ações do governo, o senador Aloízio Mercadante (PT-SP) também acredita que o patamar da Selic está muito alto. "Sempre fomos os primeiros a entrar em qualquer crise, o que não aconteceu agora. A taxa Selic ainda é muito alta, mas o governo têm tomado medidas acertadas, como o aumento do salário mínimo, mesmo com um cenário de crise. Isso ajuda a movimentar o consumo. O governo está se esforçando para manter os investimentos e o crescimento", disse.

Tributos
De acordo com o economista Fabio Pina, da Fecomercio-SP, as ações mais positivas estão relacionadas à redução de tributos para alguns segmentos, como a indústria automobilística, que recuperou parte da queda nas vendas em janeiro com a isenção do IPI para carros 1.0 l e o corte para demais motorizações. A medida vale até o final de março.

"Essas medidas não só reduziram o preço, mas anteciparam o consumo daqueles que iriam comprar no futuro, dando um prêmio por conta da insegurança. Mexe diretamente com o principal problema que é a confiança do consumidor", afirmou. Juruna destacou que um bom ritmo de vendas é garantia de emprego. "É importante porque cada emprego na montadora significa 19 na cadeia produtiva", comentou o representante da Força Sindical.

Também em dezembro, o governo decidiu cortar pela metade a alíquota do Imposto de Renda para contribuintes que ganham entre R$ 1.434 e R$ 2.150 mensais. "O salário aumentava e a tabela não se modificava. As pessoas ganhavam mais e pagavam mais impostos", apontou Juruna. Outra redução de tributos do governo foi com relação ao Imposto sobre Operações Financeiras (IOF), que caiu de 3% ao ano para 1,5%.

Crédito
Na segunda metade de 2008, o colapso de bancos nos Estados Unidos por conta da crise do subprime provocou uma forte restrição de crédito no mundo inteiro. Uma das primeiras medidas anticrise do governo teve como objetivo restabelecer a oferta, com mudanças no recolhimento dos depósitos compulsórios por parte dos bancos. Segundo o presidente do Banco Central, Henrique Meirelles, as diversas modificações liberaram US$ 99,2 bilhões aos bancos até o final de janeiro.

Além disso, o governo concedeu R$ 36 bilhões das reservas internacionais para empresas brasileiras com dívidas no exterior e uma medida provisória autorizou o Banco do Brasil e a Caixa Econômica Federal a comprar carteiras de crédito de bancos privados. Para o diretor do Departamento de Pesquisas e Estudos Econômicos da Fiesp, Paulo Francini, estas medidas foram essenciais para combater os efeitos da crise.

"A crise se desenvolve no mundo em torno do tema crédito. E o crédito reduziu-se barbaridade no mundo. Então o governo lança mão de compulsório, lança mão de reservas, de medidas que permitem aos bancos comprar carteiras de bancos. Você vai tomando várias medidas para atender às demandas e o epicentro disso é crédito", afirmou.

No entanto, Oreiro, da UnB, adverte que a liberação dos compulsórios seria mais eficiente acompanhada de redução mais agressiva da taxa básica de juro. "Uma parte do crédito voltou, depois da forte retração em outubro e novembro. O que deveria ter sido feito junto à liberação do compulsório era uma redução mais drástica da taxa de juro. Sem isso, os bancos pegam as reservas e acabam comprando títulos públicos", explicou o economista.

Na opinião de Pina, as ações de distribuição de crédito via redução do compulsório e a disposição de capital de giro para empresas foram tomadas sem um cuidado maior na operação e não tiveram muito efeito. "O BNDES tem linhas que ficam paradas quase todo o ano, agora é pior ainda. Existem os recursos, mas as empresas e os bancos estão desconfiados. É preciso fazer com que os bancos tenham interesse em emprestar", afirmou o economista da Fecomercio-SP.

Futuro
Mesmo com todas essas medidas, a crise financeira ainda gera incertezas nos setores produtivos do País. Nos últimos meses, o medo do desemprego fez os consumidores adiarem compras. Por sua vez, a queda nas vendas pode obrigar as indústrias a cortarem a produção e demitir funcionários. Contra isso, empresários sugerem redução de jornada e de salários.

"Isto está previsto em lei. A Fiesp simplesmente manteve conversações com entidades sindicais quanto à aplicação daquilo que já está previsto em lei", afirmou Francini.

Segundo a ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff, uma das medidas que assegura um nível de emprego é a manutenção de investimentos no Programa de Aceleração do Crescimento (PAC). "Estamos esperando que a dificuldade ocorra em janeiro, fevereiro e março. Estamos certos que vamos manter o nível de investimento. É isso que funciona, é isso que significa investimento público. Ele funciona como um colchão. Por isso, nós colocamos R$ 100 bilhões no BNDES e a Petrobras ampliou o seu investimento em R$ 120 bilhões", afirmou.

Na mesma linha, Pina explica que a antecipação de gastos do governo substitui parte da demanda retraída do setor privado. "Ele dá o seguinte recado: não vou estourar as contas públicas, mas concentrar em um momento em que a demanda privada está pequena. Mas o governo não tem fôlego suficiente para fazer o papel de toda demanda", ressaltou. O economista da Fecomercio lembrou que a entidade já pleiteou junto ao governo isenções para transferência de imóveis e de automóveis, além de retirar o IPVA para veículos novos.

Já Oreiro foca suas propostas na capitalização do Banco do Brasil e da Caixa Econômica Federal pelo Tesouro para atender a demanda de crédito para capital de giro e reduzir o spread. "Aumentando o empréstimo e reduzindo as taxas, os dois vão forçar os bancos privados a acompanhar o movimento, até para não perderem participação no mercado", explicou o economista da UnB.

Até o Carnaval, o governou prometeu detalhar um pacote de incentivos para a construção de até um milhão de casas populares, direcionado a famílias com renda de até dez salários mínimos. "Estamos atentos a tudo o que está acontecendo e novas medidas serão tomadas caso haja uma avaliação de que sejam necessárias", disse o ministro da Fazenda, Guido Mantega, na última sexta-feira.

17:11
Anónimo disse...
Ex-ministro critica extensão do seguro-desemprego

Atualizada às 09h03

O ex-ministro do Trabalho Almir Pazzianotto criticou a decisão do governo federal de conceder o seguro-desemprego estendido a apenas alguns setores. "É certamente odioso e provavelmente inconstitucional", disse Pazzianotto, de acordo com o jornal O Estado de S. Paulo.

Na última qurta, dia do anúncio da medida, centrais sindicais elogiaram a atitude do governo. A Força Sindical divulgou nota dizendo que "o aumento ajudará a aquecer parte da economia, já que irá gerar mais consumo, produção e conseqüentemente, a criação de novos postos de trabalho". A União Geral dos Trabalhadores (UGT) afirmou que a medida "contribuirá para minimizar o drama dos trabalhadores que perderem seu emprego por conta da crise".

O ex-ministro, que instituiu o seguro-desemprego no País no governo de José Sarney, destacou a necessidade de as centrais sindicais se manifestarem contra a determinação. Para ele, as mudanças devem ser aplicadas a todas as categorias profissionais e a distinção é contrária ao artigo 3º da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT).

Pazzianotto atribui a medida a um possível temor do governo de que a crise econômica seja longa e não haja dinheiro para atender a todas as necessidades. Ainda assim, ele se mostra contrário ao método de concessão. "O seguro-desemprego ajuda a sanar necessidades básicas. Estendê-lo é paliativo, não a solução", disse ao jornal.

De acordo com o presidente do Conselho Deliberativo do Fundo de Amparo ao Trabalhador (Codefat) e conselheiro da Força Sindical, Luiz Fernando Emediato, a determinação já estava prevista na lei 8.900/94, que trata do seguro-desemprego.

O presidente da Comissão de Trabalho da Câmara, Pedro Fernandes (PTB-MA) vai além na crítica à concessão do seguro para apenas alguns setores. Ele acredita que a ampliação do benefício estimula o desemprego.

Quintino Severo, secretário geral da Central Única dos Trabalhadores (CUT), lembra que a ampliação do benefício sem critério e identificação pode incentivar demissões em outros setores.

17:13
Anónimo disse...
Empresas
TAM faz promoção para destinos internacionais

A companhia aérea TAM anunciou nesta sexta-feira tarifas promocionais para trechos internacionais. Os preços valem para bilhetes comprados entre 6h deste sábado e 23h59 deste domingo e são válidos para classe econômica. As tarifas, para ida e volta, serão vendidas a partir de US$ 99, mais taxas.

Segundo a aérea, a promoção vale para viagens feitas no período de 14 de fevereiro a 18 de junho de 2009. Para destinos na América do Sul, a permanência mínima é de dois dias; para bilhetes com destino nos Estados Unidos, cinco dias; e Europa, sete dias. A permanência máxima para as passagens para América do Sul e EUA é de dois meses e para Europa, três meses.

Entre os exemplos de tarifas promocionais, a TAM oferece São Paulo-Lima por US$ 99. Bilhetes para a rota São Paulo-Santiago serão vendidos a partir de US$ 199 e São Paulo-Nova York, US$ 799.

A emissão dos bilhetes deve ser feita obrigatoriamente no ato da reserva, obedecendo às regras estipuladas pela companhia. A compra está sujeita à disponibilidade de assentos nas classes tarifárias determinadas, trechos, horários e datas. A TAM afirmou que também há tarifas promocionais para a classe executiva.

Mais informações podem ser encontradas no site promocional (www.ofertastam.com.br), no site da empresa (www.tam.com.br) ou pelos telefones 4002-5700 ou 0800 5705700.

17:13
Anónimo disse...
Empresas
Consultoria negocia compra do parque temático Hopi Hari

A consultoria especializada em reestruturação de empresas Íntegra Associados informou nesta sexta-feira ter um acordo para comprar o parque de diversões Hopi Hari, localizado no interior de São Paulo. A empresa estaria disposta a investir R$ 10 milhões no parque, que tem dívida estimada em R$ 800 milhões. As informações são da edição deste sábado do jornal Folha de S. Paulo.

De acordo com o jornal, a transação ainda depende da negociação entre o Hopi Hari e seus credores, o que já estaria em andamento.

A consultoria paulista já atuou junto à Parmalat, durante 30 meses, quando reorganizou a gestão da empresa italiana.

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17:14
Anónimo disse...
Empresas
Disney de Tóquio contratará mais 2 mil apesar da crise


A Oriental Land, o operador da Disneylândia Tóquio e DisneySea, organizou neste domingo entrevistas para contratar cerca de 2 mil trabalhadores em tempo parcial, em um momento de grandes demissões deste tipo de empregados no Japão.

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O operador deste parque temático, situado em Urayasu, na província de Chiba (leste de Tóquio), está em pleno processo de seleção de empregados para 20 tipos de postos trabalhistas diferentes.

Segundo a companhia, citada pela agência local de notícias Kyodo, o parque contratará novos trabalhadores para as atrações, para os restaurantes e guardas de segurança entre outros. Os novos contratados começarão a trabalhar a partir de fevereiro.

O processo de seleção acontece em um momento em que a maioria das grandes companhias japonesas começaram a se ver obrigadas a despedir uma elevada percentagem de seus trabalhadores temporários e a tempo parcial.

Algumas inclusive anunciaram demissões de seus trabalhadores fixos, uma medida muito pouco comum nas companhias japonesas, perante os efeitos piores que o esperado pela crise econômica global.

Cerca de uma centena de pessoas esperavam desde a primeira hora desta manhã a abertura do centro de conferências Tokyo International Forum, onde as entrevistas estão sendo feitas, para ser os primeiros a solicitar os postos de trabalho.


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17:15
Anónimo disse...
Economia Internacional
Senado dos EUA aprova plano de estímulo à economia

O Senado dos Estados Unidos aprovou com 60 votos a favor e 38 contra o plano de estímulo à economia de US$ 787 bilhões na madrugada deste sábado. Agora, ele segue para sanção ou veto do presidente Barack Obama, que espera colocar a lei em prática até o dia 16 de fevereiro.

O plano prevê a criação de três milhões de empregos, inclui cortes de impostos às famílias, fundos para programas sociais e obras públicas, além de ajuda aos governos estaduais, estudantes e desempregados.

A cláusula Buy American - que exige o uso de ferro, aço e produtos manufaturados dos Estados Unidos em obras realizadas com recursos do pacote - ficou de lado. Segundo o texto definitivo, a cláusula será aplicada sem violar as normas do comércio internacional.

Ontem à tarde, a Câmara de Representantes (deputados) havia aprovado, por 246 votos a favor e 183 contra, a versão final do plano. Todos os republicanos foram contrários ao pacote.

Pelo acordo de quarta-feira entre Câmara e Senado, em vez de custar US$ 819 bilhões, como queriam os deputados, ou US$ 838 bilhões como pretendiam os senadores, o pacote ficou em cerca de US$ 787 bilhões, com 65% desse total destinado a gastos do governo federal e 35%, a créditos tributários.

17:16
Anónimo disse...
Economia nacional
Na era Lula, aposentadoria sobe 54% menos que salário mínimo

Thatiane Faria
Especial para o Terra
Direto de São Paulo

Os índices de reajustes concedidos pelo governo em 2009 para aposentados e pensionistas e para o salário mínimo repetiram uma diferença que, só durante o governo de Luiz Inácio Lula da Silva, já chega a 54%. Enquanto o mínimo foi majorado em 12% este ano, as pensões e aposentadorias tiveram aumento de 5,92%. Aposentados que têm o benefício do governo como única fonte de renda reclamam que perdem poder de compra e que sua cesta de compras é composta por itens que aumentam mais em relação à inflação oficial.

Um exemplo prático pode ser entendido a partir da comparação entre um aposentado que ganhava R$ 600 em janeiro de 2003. Na época, o benefício era três vezes, ou 200%, maior que o valor do mínimo em vigência, que era de R$ 200. Aplicando-se os índices de reajuste para aposentadorias e para o mínimo durante os últimos seis anos, o mesmo aposentado estaria recebendo hoje R$ 938,47, comparado a um salário mínimo de R$ 465. A diferença entre os dois valores caiu para pouco mais de 100%.

Enquanto o índice acumulado de reajuste para a aposentadoria durante o governo Lula foi de 60%, para o salário mínimo está em 132%.

O diretor do Sindicato Nacional dos Aposentados, João Inocentini, reclama que os valores dos benefícios para aposentadorias não mantêm o poder de compra do grupo, principalmente dos aposentados que recebem menos que dez salários mínimos.

Nem mesmo o fato de o índice de reajuste das aposentadorias ter ficado acima da inflação acumulada no mesmo período (o IPCA entre janeiro de 2003 e janeiro de 2009 foi de 39,7%) serve de argumento, segundo os aposentados.

"Os idosos, principalmente, têm gastos além das contas gerais como gás, telefone e aluguel. Para eles o custo com remédios, e outros itens da área saúde costuma ser maior", afirmou Inocentini.

O presidente do sindicato afirmou que o grupo realiza um estudo com 100 itens de necessidade de um idoso para comparar o aumento dos produtos com o índice de reajuste do benefício recebido pelos aposentados.

"Daqui dois meses vamos abrir um processo na Justiça e levar essa pesquisa como prova. Segundo a lei, o governo é obrigado a manter o poder de compra com a aposentadoria", disse Inocentini.

Alternativas
O consultor financeiro Cláudio Boriola diz que os aposentados, especialmente nesse momento de crise econômica, devem evitar compras parceladas, pesquisar preços, negociar e fazer bom planejamento financeiro.

Segundo Boriola, alguns aposentados ganham um valor mensal muitas vezes insuficiente para o pagamento das contas e acabam pedindo crédito ou realizando pagamentos a prazo e são obrigados a pagar juros altos.

Na opinião do consultor, pagar uma previdência privada é uma alternativa indicada para quem ainda trabalha, considerando a característica de perda de poder de compra da aposentadoria.

"Na prática, infelizmente os valores encontram-se em um patamar que está deteriorando o poder de aquisição da população brasileira", completou Boriola.

De acordo com o diretor da Confederação Brasileira de Aposentados e Pensionistas (Cobap), Vicente Fernandes Barbosa, representantes dos aposentados tentarão um encontro com o presidente da Câmara, deputado Michel Temer (PMDB-SP), para discutir projetos que minimizem a perda dos aposentados

17:17
Anónimo disse...
Previdência
Previdência prorroga isenção de tarifas no benefício

O atual sistema de pagamento aos 26 milhões de aposentados e pensionistas do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) será mantido até o final deste ano. O acordo, que permite realizar a operação sem nenhum custo aos beneficiários, foi renovado nesta sexta-feira, entre o governo federal e 21 instituições financeiras.

Por meio desse acordo, vigente desde setembro de 2007, nem os segurados, nem os bancos e nem o governo arcam com o pagamento de tarifas, conforme explicou o ministro da Previdência Social, José Pimentel. A prorrogação vale até dezembro, data máxima para que a Previdência defina as regras para um novo contrato.

Ao assinar o termo de renovação, na sede da Federação Brasileira dos Bancos (Febraban), o ministro disse que a intenção do governo é mudar o atual modelo de gestão visando a reduzir os custos dessas operações em torno da folha mensal, que atinge R$ 15,8 bilhões. No entanto, qualquer alteração, conforme explicou, passará antes por audiências públicas a serem realizadas a partir do segundo semestre deste ano, atendendo a determinação do Tribunal de Contas da União (TCU).

De acordo com Pimentel, com um redesenho do mecanismo de repasse dos recursos aos bancos em torno da folha de pagamento dos segurados o que se busca é um aumento da participação de instituições financeiras. Ele informou que, desde 2007, cada benefício custa em média R$ 1,07 ao governo. "Quanto mais instituições financeiras estiverem prestando serviços à sociedade, maior é a competitividade, a agilidade no atendimento", justificou.

O ministro observou, ainda, que, para permitir uma redução para algo em torno de meia hora no tempo de atendimento para a concessão dos direitos previdenciários, o governo investiu R$ 280 milhões.

Questionado sobre o descontentamento dos segurados que ganham acima de um salário mínimo terem obtido apenas a correção com base na variação do Índice de Preços ao Consumidor (INPC) , ficando abaixo do reajuste dado a quem recebe apenas o mínimo, Pimentel argumentou que o governo seguiu o que determina a lei e descartou a possibilidade de uma revisão

17:17
Anónimo disse...
Empresas
Caterpillar oferece aposentadoria antecipada a 2 mil


A companhia americana Caterpillar ofereceu a cerca de dois mil funcionários incentivos para que se aposentem de forma voluntária antes do previsto, pela perspectiva de uma queda "significativa" da atividade industrial, informou nesta quarta-feira a empresa.

A iniciativa, destinada aos trabalhadores de diversas fábricas em Illinois, Colorado, Tennessee e Pensilvânia, se soma aos cortes de empregos anunciados em janeiro, explicou em comunicado de imprensa.

A empresa, a maior fabricante mundial de maquinaria pesada para a construção e a mineração, acrescentou que, "em função das condições de negócio, podem ser necessárias mais reduções de elenco voluntárias e involuntárias à medida que o ano avança".

O vice-presidente da companhia, Sid Banwart, explicou que a empresa prevê "demissões significativas em todas as regiões geográficas e na maioria dos setores devido às dificuldades da economia mundial".

17:18
Anónimo disse...
Comércio
Comércio exterior da OCDE caiu no 3º trimestre de 2008


As exportações e as importações dos países da Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Econômico (OCDE) caíram 1,6% e 0,2%, respectivamente, no terceiro trimestre de 2008, em relação aos três meses anteriores.

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Trata-se da primeira queda destas atividades desde o terceiro trimestre de 2006, segundo o último relatório trimestral sobre fluxos comerciais divulgado pela OCDE.

As exportações e as importações em dólares dos 30 Estados-membros caíram 15,6% e 17%, respectivamente, na comparação anualizada.

Por sua vez, o comércio dos sete países mais ricos do mundo (G7) teve um pequeno crescimento no terceiro trimestre de 2008 com uma queda das exportações de mercadorias de 0,2% em relação ao trimestre anterior e um aumento de 0,4% das importações.

Em termos anualizados, as importações do G7 caíram 1,4% entre julho e setembro do ano passado, seu primeiro retrocesso desde o terceiro trimestre de 2006, enquanto as exportações aumentaram 1,9%, seu crescimento mais baixo no mesmo tempo.

Por países, a Alemanha aumentou suas importações em 3,4% - valor mais alto do G7 -, enquanto suas exportações caíram 2,9% do segundo para o terceiro trimestre de 2008.

Pelo contrário, as exportações americanas aumentaram 1,8% entre julho e setembro de 2008, enquanto as importações caíram 0,7% em relação ao trimestre anterior. No Japão, tanto as importações quanto as exportações caíram em torno de 1% no mesmo período.

17:19
Anónimo disse...
Economia Nacional
Lula: juros de crédito consignado a aposentados são altos

Atualizada às 17h29

O presidente Luis Inácio Lula da Silva afirmou nesta terça-feira, em São Paulo, que está lutando para reduzir as taxas de juros cobradas de aposentados em crédito consignado. A Previdência Social estabelece uma taxa máxima de 2,5% para empréstimo e de 3,5% para cartão. Para Lula, os valores são altos.

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"Acho que o juro que os aposentados estão pagando hoje com o crédito consignado é alto para o padrão brasileiro", disse o presidente durante a cerimônia de comemoração dos 86 anos do INSS.

A Previdência anunciou nesta terça-feira que aposentados e trabalhadoras com licença-maternidade poderão receber seus benefícios em 30 minutos. De acordo com Lula, em junho, a aposentadoria do trabalhador rural também será conseguida em meia hora.

Além disso, o presidente anunciou que, também em junho, os trabalhadores que alcançarem o direito à aposentadoria passarão a receber em suas casas um comunicado da Previdência informando o fato e o valor do salário que têm direito a receber. "É um comprometimento público que estou fazendo com os companheiros da Previdência Social", disse.

"Estamos retribuindo ao contribuinte da Previdência Social aquilo que é a cidadania que ele tem direito", afirmou Lula. "Se para cobrar nós somos tão precisos, para devolver o dinheiro, temos que chegar próximo à perfeição", completou.

17:20
Anónimo disse...
Economia Nacional
Salário maternidade sairá em 30 minutos, diz ministro

Toda trabalhadora autônoma que tiver contribuído pelo menos 10 meses com o Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) - ou as que possuírem carteira assinada - poderão receber em 30 minutos o salário maternidade a partir desta terça-feira. Da mesma forma, as mulheres com 30 anos de contribuição e os homens com 35 anos também terão direito ao benefício de forma mais rápida. A informação é do ministro da Previdência Social, José Pimentel.

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Para requerer o salário maternidade, é preciso que as autônomas levem a carteira de identidade e o carnê de contribuição. As demais trabalhadoras devem apresentar a identificação e a carteira de trabalho. Desde o início do mês, a nova forma de análise para a concessão de benefícios foi adotada para a aposentadoria por idade do trabalhador urbano e agora foi estendida para o salário maternidade e por tempo de contribuição.

O ministro disse que a qualificação do serviço da previdência social é o reconhecimento do direito dos trabalhadores e da afirmação da cidadania.

"Até pouco tempo na cabeça do cidadão o serviço devia ser de péssima qualidade. Agora não, nós modificamos toda a legislação no mês de dezembro numa ação conjunta do Congresso Nacional com o governo federal. Estamos implantando e concedendo os benefícios em até 30 minutos", afirmou.

O ministro destacou que para conseguir se aposentar ou ter acesso à licença maternidade em 30 minutos, em primeiro lugar, é necessário que o cidadão esteja vinculado à Previdência, o que inclui 65% da população acima de 16 anos de idade.

"Depois bastar marcar pelo sistema 135 o dia e a hora do atendimento e levar a documentação. Se todos os dados necessários estiverem corretos o contribuinte será atendido em até 30 minutos, como vem sendo feito com as aposentadorias por idade desde o dia cinco de janeiro", explicou.

Pimentel disse ainda que em 90% das agências da previdência social o atendimento é marcado em até 48 horas. Nos grandes centros, entretanto existe um volume maior o que torna mais lento o processo.

"Estamos criando mais 715 agências até 2010, em todo o território nacional, para descentralizar o atendimento. Em 2008, atendemos 295 mil benefícios e aposentadorias por idade. Temos 4 mil pessoas por dia procurando e se aposentando por idade no território nacional. Este serviço será agilizado", concluiu.
17:27
Anónimo disse...
Giuseppe Englaro, pai de Eluana, a italiana que morreu na segunda-feira passada por desidratação, recusou uma grande soma de dinheiro de um conhecido fotógrafo italiano que queria retratar a filha em estado de coma, disse neste sábado o neurologista que atendia a mulher desde 1996, Carlo Defanti.

O neurologista, que participou hoje de uma conferência sobre eutanásia, disse que Englaro respeitou a vontade da filha, que, antes do acidente, tinha pedido que, se lhe ocorresse qualquer coisa irreversível, apresentasse sua imagem de quando estava em boas condições.

Antes de sofrer o acidente de trânsito, em 1992, Eluana viveu o coma de um amigo, Alessandro, o que causou forte impacto na italiana e a levou a fazer o pai prometer que não a deixasse viver em estado vegetativo, disse o próprio Giuseppe Englaro.

Defanti, que dissera que Eluana poderia viver de dez a 12 dias depois da suspensão da alimentação e da hidratação, disse que, como médico, tinha que reprovar esta afirmação.

"Não se pode sobreviver após três ou quatro dias sem líquido e, em particular, água em um corpo. Sabemos bem que, quando há um terremoto, após quatro dias é difícil encontrar sobreviventes".

Defanti ressaltou que Eluana "não falava, não se comunicava com o exterior" e que, após vários exames, "nos deparamos com uma moça que tinha perdido a consciência", porque estava com o córtex cerebral prejudicado.

Eluana foi enterrada na quinta-feira passada no túmulo da família na localidade de Paluzza, em Udine, após um funeral que não contou com a presença dos pais.

16:53
Anónimo disse...
Os bombeiros combatem neste sábado os incêndios na Austrália favorecidos pelo bom tempo, enquanto os deslocados encotram em seu retorno casas derruídas, carros queimados nas ruas e destruição.

Depois de sete dias desde que começaram os incêndios no Estado de Victoria, a lista de mortos chega a 181, os desaparecidos somam 50, os edifícios destruídos totalizam 1,834 mil e o terreno arrasado, principalmente florestas, ocupa uma área de 4,13 mil quilômetros quadrados.

As equipes de bombeiros, formadas por 4 mil profissionais de Victoria, de outras partes da Austrália e de países amigos, combateram hoje 12 focos fora de controle e nenhum representava uma ameaça direta para a população.

O subdiretor do Serviço de Bombeiros, Geoff Conway, disse que este tempo favorável, que se prolongará durante o domingo, permite consolidar as linhas de contenção e avançar na extinção das chamas.

Cinzas apareceram arrastadas por ventos do nordeste sobre Melbourne, onde habitam 3,8 milhões de pessoas, e as autoridades alertaram aos cidadãos do risco para a saúde de idosos, crianças e pessoas com problemas respiratórios.

O número de pessoas deslocadas - a Cruz Vermelha chegou a receber 7 mil - começou a cair com a abertura de algumas localidades atingidas.

Os incêndios, alguns criminosos, começaram em 7 de fevereiro, quando a região sul da Austrália estava há duas semanas sob uma onda de calor sem precedentes.

Na sexta-feira passada, a polícia acusou uma pessoa de ter provocado o incêndio que atingiu a localidade de Churchill e matou 21 pessoas.

16:55
Anónimo disse...
A primeira chuva em seis dias reduziu a ameaça de incêndios no Estado de Victoria, ao sul da Austrália. As autoridades, porém, advertiram que ainda existem 12 focos, mas que nenhum deles ameaça áreas povoadas.

Mais de quatro mil bombeiros, mil provenientes de outras partes do país e de outras nações, trabalham contra o fogo. Cerca de 600 veículos e 28 helicópteros e pequenos aviões estão sendo usados.


Eles conseguiram construir linhas de contenção para evitar os incêndios de Yarra e Maroondah se juntassem. Também foram controlados os incêndios abertos de Yea e Murrindindi, que ameaçavam as comunidades de Connellys Creek, Crystal Creek, Scrubby Creek e Native Dog Creek.

O número de mortos chegou a 181, mas as autoridades acreditam que as vítimas devem passar de 200, já que ainda há muitos desaparecidos.

16:55
Anónimo disse...
Aqui nesta coluna, na semana passada, tive a oportunidade de comentar sobre a recente visita do professor brasileiro Pedrinho Guareschi à Austrália. Não dei, porém, os fatos, pois semana passada o assunto era outro.

Hoje, porém, vamos a eles.

No último dia 4 de fevereiro, aconteceu o Seminário "Paulo Freire: Education and Liberation", organizado pelo centro de estudos latino-americanos da Universidade Nacional da Austrália, ou ANU, como é mais conhecida por aqui.

A ANU, para quem não sabe, está entre as 20 melhores universidades do mundo! E tem sede aqui em Camberra, capital da Austrália.

Na abertura do evento, o professor John Minns, diretor do centro latino-americano, ao dar boas-vindas ao público presente, lembrou ser aquele o primeiro seminário exclusivamente dedicado a Paulo Freire na Austrália.

Em seguida, convidou Pedrinho Guareschi, palestrante principal do Seminário, a fazer sua apresentação.

A plateia pode então conhecer, pelas palavras de Pedrinho, um pouco da obra e da vida de Freire, esse brasileiro de fé e valor, que sempre acreditou na educação, sobretudo dos menos favorecidos, analfabetos, como força libertadora.

Como não podia deixar de ser, os conceitos e ideias revolucionários de Paulo Freire, expostos com clareza por Pedrinho, despertaram o interesse e a curiosidade de plateia. A qual, deve-se notar, era na maioria de estudantes, mas de várias nacionalidades, sobretudo australianos e asiáticos.

Na continuação do programa do seminário, que se estendeu por dois dias, outros professores fizeram palestras sobre temas ligados à obra de Paulo Freire.

Interessante, por exemplo, saber que a professora Anne Hickling-Hudson, jamaicana que mora na Austrália há muitos anos (é professora da ANU), conheceu e trabalhou com Freire num workshop educacional durante a revolução na Ilha de Granada, em 1980, antes da invasão dos Estados Unidos...

Ou, então, a palestra da Professora Gerda Roelvink, da Nova Zelândia, que participou do Fórum Social de Porto Alegre em 2005. E essa participação transformou-se em tema de doutorado.

No dia 10, terça-feira passada, o padre Pedrinho Guareschi voltou a falar ao público australiano em grande auditório localizado no belíssimo campus da ANU. Desta vez, sobre a Teologia da Libertação.

Depois da palestra, John Minns mostrou o filme mexicano "O Crime do Padre Amaro", no qual um dos personagens é um padre católico praticante da Teologia da Libertação.

Mais uma vez, foi grande o intersse da platéia, que pode aprender e conhecer um pouco como se desenvolveu aquele importante movimento católico na América Latina.

Fica, assim, ao Pedrinho, bem como a outros brasileiros estudiosos e de bom coração que saem pelo mundo a divulgar aspectos importantes da cultura brasileira, o respeito e a homenagem desta coluna. E... aquele abraço!

16:57
Anónimo disse...
Amanda Kitts perdeu o braço esquerdo em um acidente de automóvel acontecido três anos atrás, mas hoje em dia ela joga futebol americano com seu filho de 12 anos de idade, troca fraldas e abraça as crianças nas três creches Kiddie Cottage que opera em Knoxville, Tennessee. Kitts, 40 anos, faz tudo isso com a ajuda de um novo tipo de braço artificial que se movimenta com mais facilidade do que outros aparelhos e que ela pode controlar utilizando apenas seus pensamentos.

"Eu sou capaz de mexer a mão, o pulso e o cotovelo ao mesmo tempo", diz. "Você pensa e os músculos se movem em seguida".

A recuperação que ela conseguiu resulta de um novo procedimento que vem atraindo crescente atenção porque permite que pessoas movam braços protéticos de forma mais automática do que faziam no passado, simplesmente utilizando nervos reaproveitados em seus cérebros.

A técnica, conhecida como "renervação muscular dirigida", envolve utilizar os nervos que restam depois da amputação de um braço e conectá-los a outro músculo do corpo, em geral no peito. Eletrodos são instalados sobre os músculos do peito, e operam como se fossem antenas. Quando a pessoa deseja mover o braço, o cérebro envia sinais que primeiro resultam em contração dos músculos do peito, os quais enviam um sinal ao braço protético, instruindo-se a se movimentar. O processo não requer mais esforços consciente do que a pessoa teria de exercitar caso ainda tivesse seu braço natural.

Na terça-feira, pesquisadores reportaram em estudo publicado pela versão online do Journal of the American Medical Association que haviam levado a técnica ainda mais à frente, tornando possível a execução de 10 movimentos de mão, pulso e cotovelo diferentes, o que representa uma substancial melhora com relação ao típico repertório protético, que em geral envolve apenas dobrar o cotovelo, girar o pulso e abrir a mão.

"Os novos métodos tiveram impacto dramático em nosso campo de trabalho", disse Stuart Harshbarger, engenheiro biomédico na Universidade Johns Hopkins e diretor do programa de pesquisa sobre próteses, financiado pelas forças armadas, que inclui o trabalho com essa técnica. "O método já está em uso por médicos e cirurgiões comuns em todo o país. A capacidade de controlar um membro protético bastante robusto que ele confere surpreendeu a todos pela qualidade".

Tipicamente, uma pessoa que tenha um braço protético só é capaz de executar alguns poucos movimentos, e muitas vezes com tamanha lentidão que isso só permite a ela atividades limitadas.

Há um motor separado para cada movimento, diz Gerald Loeb, professor de engenharia biomédica na Universidade do Sul da Califórnia, "e esses motores precisam ser controlados de maneira explícita", usualmente por um esforço consciente da pessoa para contrair músculos nas costas ou no bíceps.

"Essencialmente, até agora os pacientes controlavam apenas um motor de cada vez", diz Loeb, "e precisavam pensar cuidadosamente sobre que motor desejavam controlar e como fazê-lo operar, em lugar de simplesmente pensarem em mover o braço e poderem fazê-lo sem delongas".

Antes que Kitts passasse pelo procedimento de renervação, em outubro de 2007, por exemplo, ela precisava movimentar os músculos de suas costas de determinada maneira para fazer com que seu pulso girasse, e flexionar seu bíceps e tríceps para fazer com que o cotovelo se movesse para cima e para baixo. "Era muito trabalho", ela conta. "E não me ajudava muito".

O procedimento de renervação é parte de uma recente explosão de idéias novas e técnicas inovadoras que estão sendo exploradas enquanto os cientistas se esforçam por ajudar as pessoas a compensar melhor a perda de membros ou problemas de paralisia. O esforço vem sendo alimentado pelo aumento no número de amputações causado por diabetes e por ferimentos sofridos pelos militares, e ao mesmo tempo pelos avanços na tecnologia médica.

Os braços se tornaram um dos focos essenciais desse tipo de trabalho. A ciência há muito vem obtendo sucessos no desenvolvimento de próteses de perna, mas é muito mais difícil imitar a complexidade e a destreza das mãos e dos braços.

Os esforços em curso incluem o desenvolvimento de projetos de pele e braços mais sensíveis e mais flexíveis, e o uso de dispositivos acionados por controles sem fio implantado nos braços protéticos, que permitiriam movimentos mais naturais.

Os pesquisadores também vêm usando sensores implantados nos cérebros de cobaias para permitir que dois macacos controlem um braço mecânico, e um teste com um homem paralítico permitiu, com esse método, que ele movimentasse um cursor em uma tela de computador.

Alguns desses métodos, caso venham a ser aperfeiçoados plenamente e consigam aprovação das autoridades regulatórias da saúde, podem no futuro se tornar mais viáveis para os pacientes de amputações.

E embora a técnica da renervação não requeira aprovação das autoridades regulatórias porque é executada por meios cirúrgicos e emprega aparelhos já existentes, ela apresenta limitações que até mesmo seus criadores reconhecem, entre as quais o fato de que não se pode utilizá-la para todos os pacientes, o seu alto custo e o prazo de meses requerido para que os nervos reconectados cresçam e se tornem efetivos.

Ainda assim, os especialistas dizem que é o mais avançado sistema em uso hoje para pacientes reais que permite que o sistema nervoso controle diretamente o movimento de um braço artificial.

Desde sua introdução por Todd Kuiken, médico fisioterapeuta e engenheiro biomédico do Instituto de Reabilitação de Chicago, o método foi empregado em cerca de 30 pacientes nos Estados Unidos, Canadá e Europa, entre os quais oito soldados feridos no Iraque e no Afeganistão.

Muitos dos pacientes, entre os quais o primeiro, Jesse Sullivan, um operário do setor elétrico no Tennessee que perdeu os dois braços quando foi eletrocutado por um cabo, conseguem não apenas manipular seus braços protéticos mas sentir a presença das mãos que já não têm quando alguém toca em seus peitos.

Sullivan, 62 anos, e Kitts, estavam entre os cinco pacientes que participaram do estudo reportado na terça-feira. Em companhia de cinco outras pessoas que não passaram por amputações, eles receberam os eletrodos e foram instruídos a usar pensamentos para fazer com que um braço virtual na tela reproduzisse 10 movimentos diferentes, entre os quais três formas diferentes de aperto de mão.

Os pacientes apresentaram desempenho bastante respeitável, apenas um pouco mais lento e menos preciso do que os dos participantes que não tinham amputações.

"As velocidades de movimento que encontramos em nossos pacientes foram realmente encorajadoras", disse Kuiken. "Eles conseguiram completar a tarefa. É claro que não foram tão competentes quanto as pessoas dotadas de plena capacidade física, mas foram bons o bastante".

Um braço virtual foi usado porque a maioria das próteses existentes não era capaz de acomodar todos aqueles movimentos, no momento da pesquisa, ainda que Sullivan, Kitts e uma terceira paciente, Claudia Mitchell, tenham experimentado dois novos protótipos mais versáteis de braços artificiais, executando tarefas complexas com bolas de tênis e outros objetos.

O trabalho de renervação em soldados apresenta outros desafios, diz Kuiken, porque os ferimentos militares muitas vezes "causam danos muitos extensos" a nervos, músculos ou ossos.

Daniel Acosta, 25 anos, um aviador ferido pela detonação de uma bomba em uma estrada do Iraque em 2005, passou pelo procedimento no ano passado e diz que seu braço esquerdo protético agora se movimenta "muito mais rápido" e de maneira muito mais natural.

"A diferença é que agora não preciso mais pensar para mover o braço", ele diz. "Ele simplesmente se mexe".

Ainda assim, Acosta, de San Antonio, diz que "o processo foi bastante longo" e que os eletrodos precisam ser ajustados para receber os sinais à medida que os nervos crescem ou mudam de posição.

E embora elogiem o método, os especialistas afirmam que a ciência das próteses de braço ainda tem muito por avançar.

"Trata-se de uma parte crucial, mas ainda assim apenas uma parte, das muitas coisas que compreendem a função normal de um braço", disse Loeb, que escreveu um editorial que acompanha o artigo no Journal of the American Medical Association.

"No momento estamos a meio do caminho entre o braço de 'Dr. Fantástico', que fazia involuntariamente a saudação nazista, e o braço de Luke Skywalker em 'Guerra nas Estrelas', que funciona sem nenhum problema assim que é conectado. Creio que precisaremos ainda de muitos anos para conectar todas as peças necessárias a produzir um braço capaz de funcionar normalmente".

17:04
Anónimo disse...
A Espanha disse neste sábado que está preparando uma reclamação oficial contra a decisão da Venezuela de expulsar um membro do Parlamento Europeu que criticou o conselho eleitoral venezuelano.
Luis Herrero, membro do partido conservador espanhol PP, foi deportado na sexta-feira depois que o Conselho Nacional Eleitoral (CNE) o acusou de questionar a imparcialidade da instituição antes de um referendo que pode permitir ao presidente Hugo Chávez permanecer no cargo indefinidamente.

Herrero estava na Venezuela como observador do referendo. Ele acusou Chávez de ter "comportamentos típicos de um ditador" por pedir a contenção de manifestações da oposição.

O governo da Espanha convocou um encontro com o embaixador da Venezuela em Madri para expressar a desaprovação sobre a expulsão de Herrero, disse um representante do Ministério das Relações Exteriores espanhol.

As relações da Venezuela com a Espanha tiveram seu ponto crítico em 2007, quando Chávez ameaçou rever acordos diplomáticos e comerciais depois de ouvir um "cala a boca" do rei espanhol Juan Carlos durante uma cúpula.

A fenda foi oficialmente reparada em 2008, com uma visita oficial de Chávez à Espanha, onde ele cumprimentou o rei e discutiu acordos para investimento no setor petroquímico com o primeiro-ministro José Luis Rodriguez Zapatero.

17:06
Anónimo disse...
A polícia do Zimbábue anunciou neste sábado que acusa de traição Roy Bennett, dirigente do até agora opositor Movimento para a Mudança Democrática (MDC), detido na sexta-feira, em Harare, poucas horas antes da cerimônia de posse dos membros do novo gabinete.

"A Polícia nos informou que vão apresentar acusações de traição", disse à agência EFE o advogado de defesa de Bennett, Trust Maanda.

"Tentam relacionar Roy com o caso de Mike Hitschmann, que foi detido em 2006 em relação à descoberta de um carregamento de armas, apesar de que Hitschmann não tenha sido declarado culpado das acusações de traição apresentadas contra ele, mas de um crime menor de descumprimento de leis", disse Maanda.

O político opositor, designado por seu partido como vice-ministro de Agricultura no Governo de união nacional, esteve no exílio na vizinha África do Sul desde 2006 e retornou ao Zimbábue há duas semanas.

Segundo a Polícia, que deteve Bennett ontem no aeroporto de Harare quando pretendia ir à África do Sul para visitar sua família, as armas apreendidas em 2006 seriam utilizadas em um golpe de Estado para derrubar o presidente do Zimbábue, Robert Mugabe.

Depois da detenção, Bennet foi levado a Mutar, onde vários simpatizantes do MDC se concentraram em frente à delegacia na qual estava detido, diante do que a Polícia respondeu com tiros para o alto para dispersar os manifestantes.

17:07
Anónimo disse...
Austrália: 14 mil se candidatam a 'emprego dos sonhos'

A secretaria de Turismo de Queensland, na Austrália, informou que até esta segunda-feira já recebeu cerca de 14 mil inscrições para o "o melhor emprego do mundo". O Estado australiano promove pela internet seleção para vaga de "zelador" da ilha Hamilton, por seis meses com um salário de R$ 40 mil.

Muitos candidatos tiveram problemas durante a inscrição por conta dos acessos simultâneos ao site. A secretaria aconselha enviar os vídeos de 60s explicando porque deve ser escolhido em horários alternativos do dia, além de recomendar tamanho em torno de 40MB.

As inscrições começaram em 12 de janeiro e vão até o próximo dia 22 e podem ser feitas pelo site www.islandreefjob.com. O governo australiano escolherá 50 candidatos para a próxima fase da seleção, que terá votos do público para eleger um dos 11 finalistas.

A última fase terá entrevistas e desafios físicos, no próprio local de trabalho: as ilhas da Grande Barreira Coralina - o maior recife de coral do mundo. A secretaria de Turismo anunciará o vencedor no dia 6 de maio.

17:09
Anónimo disse...
Mercado elogia governo na crise, mas pede maior queda no juro

Peter Fussy
Direto de São Paulo

Desde as primeiras medidas anunciadas para combater os efeitos da crise, o governo brasileiro avisou que a estratégia não contemplaria um pacote. Seriam doses pontuais, de acordo com a necessidade da economia diante do agravamento das turbulências. Da primeira liberação dos depósitos compulsórios em setembro até a ampliação do seguro-desemprego na última quarta-feira, o governo passou por redução de impostos, ampliação de crédito e incentivos à exportação. Quase 150 dias após a primeira medida, o Terra conversou com líderes do setor público e privado, representantes dos trabalhadores, acadêmicos e com o próprio governo para saber quais destas ações foram mais eficazes, quais foram mais ineficientes e o que mais pode ser feito pelo Estado brasileiro contra a crise.

Os maiores elogios foram direcionados à atitude de reduzir o Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) para a indústria automobilística, anunciada em dezembro e que fez com que os emplacamentos de carros novos subissem 1,9% no primeiro mês do ano em relação a dezembro de 2008. Já as maiores críticas foram para a lentidão no corte da taxa básica de juro do País.

Para o presidente do conselho administrativo do Grupo Pão de Açúcar, Abílio Diniz, o Estado não é responsável pela crise e mesmo assim está agindo "com extrema serenidade e muito acerto". "O governo está atento, fazendo a sua parte. É preciso coragem de baixar firmemente a taxa de juros. É uma arma que temos a nosso favor, já que não há clima para inflação, nem possibilidade de danos para a macroeconomia", afirmou Diniz.

Na última reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), em janeiro, a taxa Selic foi reduzida em um ponto percentual, de 13,75% para 12,75% ao ano. Porém, o professor de economia da Universidade de Brasília (UnB) José Luiz Oreiro lembra que este corte representa uma redução de apenas 0,25 ponto percentual com relação à taxa de setembro do ano passado, quando a crise se agravou.

"Pouco antes da eclosão da crise, o Banco Central aumentou a taxa em 0,75 ponto. Foram cinco meses de demora para reduzir em termos líquidos apenas 0,25 ponto", afirmou o economista, que também sugeriu redução do intervalo de cerca de 90 dias entre as reuniões do Copom e o corte de pelo menos um 1 ponto percentual em cada reunião.

Mesmo com o corte de janeiro, a taxa de juros real continua sendo a maior do mundo, lembrou o secretário-geral da Força Sindical, João Carlos Gonçalves, o Juruna. "A redução da taxa de juro ainda é pequena, porque ela continua uma das mais altas do mundo. Falta ousadia para baixar os juros e ajudar o cidadão. A permanência da taxa de juro alta é negativa para o País em meio a crise", afirmou Juruna.

Embora aprove as ações do governo, o senador Aloízio Mercadante (PT-SP) também acredita que o patamar da Selic está muito alto. "Sempre fomos os primeiros a entrar em qualquer crise, o que não aconteceu agora. A taxa Selic ainda é muito alta, mas o governo têm tomado medidas acertadas, como o aumento do salário mínimo, mesmo com um cenário de crise. Isso ajuda a movimentar o consumo. O governo está se esforçando para manter os investimentos e o crescimento", disse.

Tributos
De acordo com o economista Fabio Pina, da Fecomercio-SP, as ações mais positivas estão relacionadas à redução de tributos para alguns segmentos, como a indústria automobilística, que recuperou parte da queda nas vendas em janeiro com a isenção do IPI para carros 1.0 l e o corte para demais motorizações. A medida vale até o final de março.

"Essas medidas não só reduziram o preço, mas anteciparam o consumo daqueles que iriam comprar no futuro, dando um prêmio por conta da insegurança. Mexe diretamente com o principal problema que é a confiança do consumidor", afirmou. Juruna destacou que um bom ritmo de vendas é garantia de emprego. "É importante porque cada emprego na montadora significa 19 na cadeia produtiva", comentou o representante da Força Sindical.

Também em dezembro, o governo decidiu cortar pela metade a alíquota do Imposto de Renda para contribuintes que ganham entre R$ 1.434 e R$ 2.150 mensais. "O salário aumentava e a tabela não se modificava. As pessoas ganhavam mais e pagavam mais impostos", apontou Juruna. Outra redução de tributos do governo foi com relação ao Imposto sobre Operações Financeiras (IOF), que caiu de 3% ao ano para 1,5%.

Crédito
Na segunda metade de 2008, o colapso de bancos nos Estados Unidos por conta da crise do subprime provocou uma forte restrição de crédito no mundo inteiro. Uma das primeiras medidas anticrise do governo teve como objetivo restabelecer a oferta, com mudanças no recolhimento dos depósitos compulsórios por parte dos bancos. Segundo o presidente do Banco Central, Henrique Meirelles, as diversas modificações liberaram US$ 99,2 bilhões aos bancos até o final de janeiro.

Além disso, o governo concedeu R$ 36 bilhões das reservas internacionais para empresas brasileiras com dívidas no exterior e uma medida provisória autorizou o Banco do Brasil e a Caixa Econômica Federal a comprar carteiras de crédito de bancos privados. Para o diretor do Departamento de Pesquisas e Estudos Econômicos da Fiesp, Paulo Francini, estas medidas foram essenciais para combater os efeitos da crise.

"A crise se desenvolve no mundo em torno do tema crédito. E o crédito reduziu-se barbaridade no mundo. Então o governo lança mão de compulsório, lança mão de reservas, de medidas que permitem aos bancos comprar carteiras de bancos. Você vai tomando várias medidas para atender às demandas e o epicentro disso é crédito", afirmou.

No entanto, Oreiro, da UnB, adverte que a liberação dos compulsórios seria mais eficiente acompanhada de redução mais agressiva da taxa básica de juro. "Uma parte do crédito voltou, depois da forte retração em outubro e novembro. O que deveria ter sido feito junto à liberação do compulsório era uma redução mais drástica da taxa de juro. Sem isso, os bancos pegam as reservas e acabam comprando títulos públicos", explicou o economista.

Na opinião de Pina, as ações de distribuição de crédito via redução do compulsório e a disposição de capital de giro para empresas foram tomadas sem um cuidado maior na operação e não tiveram muito efeito. "O BNDES tem linhas que ficam paradas quase todo o ano, agora é pior ainda. Existem os recursos, mas as empresas e os bancos estão desconfiados. É preciso fazer com que os bancos tenham interesse em emprestar", afirmou o economista da Fecomercio-SP.

Futuro
Mesmo com todas essas medidas, a crise financeira ainda gera incertezas nos setores produtivos do País. Nos últimos meses, o medo do desemprego fez os consumidores adiarem compras. Por sua vez, a queda nas vendas pode obrigar as indústrias a cortarem a produção e demitir funcionários. Contra isso, empresários sugerem redução de jornada e de salários.

"Isto está previsto em lei. A Fiesp simplesmente manteve conversações com entidades sindicais quanto à aplicação daquilo que já está previsto em lei", afirmou Francini.

Segundo a ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff, uma das medidas que assegura um nível de emprego é a manutenção de investimentos no Programa de Aceleração do Crescimento (PAC). "Estamos esperando que a dificuldade ocorra em janeiro, fevereiro e março. Estamos certos que vamos manter o nível de investimento. É isso que funciona, é isso que significa investimento público. Ele funciona como um colchão. Por isso, nós colocamos R$ 100 bilhões no BNDES e a Petrobras ampliou o seu investimento em R$ 120 bilhões", afirmou.

Na mesma linha, Pina explica que a antecipação de gastos do governo substitui parte da demanda retraída do setor privado. "Ele dá o seguinte recado: não vou estourar as contas públicas, mas concentrar em um momento em que a demanda privada está pequena. Mas o governo não tem fôlego suficiente para fazer o papel de toda demanda", ressaltou. O economista da Fecomercio lembrou que a entidade já pleiteou junto ao governo isenções para transferência de imóveis e de automóveis, além de retirar o IPVA para veículos novos.

Já Oreiro foca suas propostas na capitalização do Banco do Brasil e da Caixa Econômica Federal pelo Tesouro para atender a demanda de crédito para capital de giro e reduzir o spread. "Aumentando o empréstimo e reduzindo as taxas, os dois vão forçar os bancos privados a acompanhar o movimento, até para não perderem participação no mercado", explicou o economista da UnB.

Até o Carnaval, o governou prometeu detalhar um pacote de incentivos para a construção de até um milhão de casas populares, direcionado a famílias com renda de até dez salários mínimos. "Estamos atentos a tudo o que está acontecendo e novas medidas serão tomadas caso haja uma avaliação de que sejam necessárias", disse o ministro da Fazenda, Guido Mantega, na última sexta-feira.

17:11
Anónimo disse...
Ex-ministro critica extensão do seguro-desemprego

Atualizada às 09h03

O ex-ministro do Trabalho Almir Pazzianotto criticou a decisão do governo federal de conceder o seguro-desemprego estendido a apenas alguns setores. "É certamente odioso e provavelmente inconstitucional", disse Pazzianotto, de acordo com o jornal O Estado de S. Paulo.

Na última qurta, dia do anúncio da medida, centrais sindicais elogiaram a atitude do governo. A Força Sindical divulgou nota dizendo que "o aumento ajudará a aquecer parte da economia, já que irá gerar mais consumo, produção e conseqüentemente, a criação de novos postos de trabalho". A União Geral dos Trabalhadores (UGT) afirmou que a medida "contribuirá para minimizar o drama dos trabalhadores que perderem seu emprego por conta da crise".

O ex-ministro, que instituiu o seguro-desemprego no País no governo de José Sarney, destacou a necessidade de as centrais sindicais se manifestarem contra a determinação. Para ele, as mudanças devem ser aplicadas a todas as categorias profissionais e a distinção é contrária ao artigo 3º da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT).

Pazzianotto atribui a medida a um possível temor do governo de que a crise econômica seja longa e não haja dinheiro para atender a todas as necessidades. Ainda assim, ele se mostra contrário ao método de concessão. "O seguro-desemprego ajuda a sanar necessidades básicas. Estendê-lo é paliativo, não a solução", disse ao jornal.

De acordo com o presidente do Conselho Deliberativo do Fundo de Amparo ao Trabalhador (Codefat) e conselheiro da Força Sindical, Luiz Fernando Emediato, a determinação já estava prevista na lei 8.900/94, que trata do seguro-desemprego.

O presidente da Comissão de Trabalho da Câmara, Pedro Fernandes (PTB-MA) vai além na crítica à concessão do seguro para apenas alguns setores. Ele acredita que a ampliação do benefício estimula o desemprego.

Quintino Severo, secretário geral da Central Única dos Trabalhadores (CUT), lembra que a ampliação do benefício sem critério e identificação pode incentivar demissões em outros setores.

17:13
Anónimo disse...
Empresas
TAM faz promoção para destinos internacionais

A companhia aérea TAM anunciou nesta sexta-feira tarifas promocionais para trechos internacionais. Os preços valem para bilhetes comprados entre 6h deste sábado e 23h59 deste domingo e são válidos para classe econômica. As tarifas, para ida e volta, serão vendidas a partir de US$ 99, mais taxas.

Segundo a aérea, a promoção vale para viagens feitas no período de 14 de fevereiro a 18 de junho de 2009. Para destinos na América do Sul, a permanência mínima é de dois dias; para bilhetes com destino nos Estados Unidos, cinco dias; e Europa, sete dias. A permanência máxima para as passagens para América do Sul e EUA é de dois meses e para Europa, três meses.

Entre os exemplos de tarifas promocionais, a TAM oferece São Paulo-Lima por US$ 99. Bilhetes para a rota São Paulo-Santiago serão vendidos a partir de US$ 199 e São Paulo-Nova York, US$ 799.

A emissão dos bilhetes deve ser feita obrigatoriamente no ato da reserva, obedecendo às regras estipuladas pela companhia. A compra está sujeita à disponibilidade de assentos nas classes tarifárias determinadas, trechos, horários e datas. A TAM afirmou que também há tarifas promocionais para a classe executiva.

Mais informações podem ser encontradas no site promocional (www.ofertastam.com.br), no site da empresa (www.tam.com.br) ou pelos telefones 4002-5700 ou 0800 5705700.

17:13
Anónimo disse...
Empresas
Consultoria negocia compra do parque temático Hopi Hari

A consultoria especializada em reestruturação de empresas Íntegra Associados informou nesta sexta-feira ter um acordo para comprar o parque de diversões Hopi Hari, localizado no interior de São Paulo. A empresa estaria disposta a investir R$ 10 milhões no parque, que tem dívida estimada em R$ 800 milhões. As informações são da edição deste sábado do jornal Folha de S. Paulo.

De acordo com o jornal, a transação ainda depende da negociação entre o Hopi Hari e seus credores, o que já estaria em andamento.

A consultoria paulista já atuou junto à Parmalat, durante 30 meses, quando reorganizou a gestão da empresa italiana.

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17:14
Anónimo disse...
Empresas
Disney de Tóquio contratará mais 2 mil apesar da crise


A Oriental Land, o operador da Disneylândia Tóquio e DisneySea, organizou neste domingo entrevistas para contratar cerca de 2 mil trabalhadores em tempo parcial, em um momento de grandes demissões deste tipo de empregados no Japão.

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O operador deste parque temático, situado em Urayasu, na província de Chiba (leste de Tóquio), está em pleno processo de seleção de empregados para 20 tipos de postos trabalhistas diferentes.

Segundo a companhia, citada pela agência local de notícias Kyodo, o parque contratará novos trabalhadores para as atrações, para os restaurantes e guardas de segurança entre outros. Os novos contratados começarão a trabalhar a partir de fevereiro.

O processo de seleção acontece em um momento em que a maioria das grandes companhias japonesas começaram a se ver obrigadas a despedir uma elevada percentagem de seus trabalhadores temporários e a tempo parcial.

Algumas inclusive anunciaram demissões de seus trabalhadores fixos, uma medida muito pouco comum nas companhias japonesas, perante os efeitos piores que o esperado pela crise econômica global.

Cerca de uma centena de pessoas esperavam desde a primeira hora desta manhã a abertura do centro de conferências Tokyo International Forum, onde as entrevistas estão sendo feitas, para ser os primeiros a solicitar os postos de trabalho.


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17:15
Anónimo disse...
Economia Internacional
Senado dos EUA aprova plano de estímulo à economia

O Senado dos Estados Unidos aprovou com 60 votos a favor e 38 contra o plano de estímulo à economia de US$ 787 bilhões na madrugada deste sábado. Agora, ele segue para sanção ou veto do presidente Barack Obama, que espera colocar a lei em prática até o dia 16 de fevereiro.

O plano prevê a criação de três milhões de empregos, inclui cortes de impostos às famílias, fundos para programas sociais e obras públicas, além de ajuda aos governos estaduais, estudantes e desempregados.

A cláusula Buy American - que exige o uso de ferro, aço e produtos manufaturados dos Estados Unidos em obras realizadas com recursos do pacote - ficou de lado. Segundo o texto definitivo, a cláusula será aplicada sem violar as normas do comércio internacional.

Ontem à tarde, a Câmara de Representantes (deputados) havia aprovado, por 246 votos a favor e 183 contra, a versão final do plano. Todos os republicanos foram contrários ao pacote.

Pelo acordo de quarta-feira entre Câmara e Senado, em vez de custar US$ 819 bilhões, como queriam os deputados, ou US$ 838 bilhões como pretendiam os senadores, o pacote ficou em cerca de US$ 787 bilhões, com 65% desse total destinado a gastos do governo federal e 35%, a créditos tributários.

17:16
Anónimo disse...
Economia nacional
Na era Lula, aposentadoria sobe 54% menos que salário mínimo

Thatiane Faria
Especial para o Terra
Direto de São Paulo

Os índices de reajustes concedidos pelo governo em 2009 para aposentados e pensionistas e para o salário mínimo repetiram uma diferença que, só durante o governo de Luiz Inácio Lula da Silva, já chega a 54%. Enquanto o mínimo foi majorado em 12% este ano, as pensões e aposentadorias tiveram aumento de 5,92%. Aposentados que têm o benefício do governo como única fonte de renda reclamam que perdem poder de compra e que sua cesta de compras é composta por itens que aumentam mais em relação à inflação oficial.

Um exemplo prático pode ser entendido a partir da comparação entre um aposentado que ganhava R$ 600 em janeiro de 2003. Na época, o benefício era três vezes, ou 200%, maior que o valor do mínimo em vigência, que era de R$ 200. Aplicando-se os índices de reajuste para aposentadorias e para o mínimo durante os últimos seis anos, o mesmo aposentado estaria recebendo hoje R$ 938,47, comparado a um salário mínimo de R$ 465. A diferença entre os dois valores caiu para pouco mais de 100%.

Enquanto o índice acumulado de reajuste para a aposentadoria durante o governo Lula foi de 60%, para o salário mínimo está em 132%.

O diretor do Sindicato Nacional dos Aposentados, João Inocentini, reclama que os valores dos benefícios para aposentadorias não mantêm o poder de compra do grupo, principalmente dos aposentados que recebem menos que dez salários mínimos.

Nem mesmo o fato de o índice de reajuste das aposentadorias ter ficado acima da inflação acumulada no mesmo período (o IPCA entre janeiro de 2003 e janeiro de 2009 foi de 39,7%) serve de argumento, segundo os aposentados.

"Os idosos, principalmente, têm gastos além das contas gerais como gás, telefone e aluguel. Para eles o custo com remédios, e outros itens da área saúde costuma ser maior", afirmou Inocentini.

O presidente do sindicato afirmou que o grupo realiza um estudo com 100 itens de necessidade de um idoso para comparar o aumento dos produtos com o índice de reajuste do benefício recebido pelos aposentados.

"Daqui dois meses vamos abrir um processo na Justiça e levar essa pesquisa como prova. Segundo a lei, o governo é obrigado a manter o poder de compra com a aposentadoria", disse Inocentini.

Alternativas
O consultor financeiro Cláudio Boriola diz que os aposentados, especialmente nesse momento de crise econômica, devem evitar compras parceladas, pesquisar preços, negociar e fazer bom planejamento financeiro.

Segundo Boriola, alguns aposentados ganham um valor mensal muitas vezes insuficiente para o pagamento das contas e acabam pedindo crédito ou realizando pagamentos a prazo e são obrigados a pagar juros altos.

Na opinião do consultor, pagar uma previdência privada é uma alternativa indicada para quem ainda trabalha, considerando a característica de perda de poder de compra da aposentadoria.

"Na prática, infelizmente os valores encontram-se em um patamar que está deteriorando o poder de aquisição da população brasileira", completou Boriola.

De acordo com o diretor da Confederação Brasileira de Aposentados e Pensionistas (Cobap), Vicente Fernandes Barbosa, representantes dos aposentados tentarão um encontro com o presidente da Câmara, deputado Michel Temer (PMDB-SP), para discutir projetos que minimizem a perda dos aposentados

17:17
Anónimo disse...
Previdência
Previdência prorroga isenção de tarifas no benefício

O atual sistema de pagamento aos 26 milhões de aposentados e pensionistas do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) será mantido até o final deste ano. O acordo, que permite realizar a operação sem nenhum custo aos beneficiários, foi renovado nesta sexta-feira, entre o governo federal e 21 instituições financeiras.

Por meio desse acordo, vigente desde setembro de 2007, nem os segurados, nem os bancos e nem o governo arcam com o pagamento de tarifas, conforme explicou o ministro da Previdência Social, José Pimentel. A prorrogação vale até dezembro, data máxima para que a Previdência defina as regras para um novo contrato.

Ao assinar o termo de renovação, na sede da Federação Brasileira dos Bancos (Febraban), o ministro disse que a intenção do governo é mudar o atual modelo de gestão visando a reduzir os custos dessas operações em torno da folha mensal, que atinge R$ 15,8 bilhões. No entanto, qualquer alteração, conforme explicou, passará antes por audiências públicas a serem realizadas a partir do segundo semestre deste ano, atendendo a determinação do Tribunal de Contas da União (TCU).

De acordo com Pimentel, com um redesenho do mecanismo de repasse dos recursos aos bancos em torno da folha de pagamento dos segurados o que se busca é um aumento da participação de instituições financeiras. Ele informou que, desde 2007, cada benefício custa em média R$ 1,07 ao governo. "Quanto mais instituições financeiras estiverem prestando serviços à sociedade, maior é a competitividade, a agilidade no atendimento", justificou.

O ministro observou, ainda, que, para permitir uma redução para algo em torno de meia hora no tempo de atendimento para a concessão dos direitos previdenciários, o governo investiu R$ 280 milhões.

Questionado sobre o descontentamento dos segurados que ganham acima de um salário mínimo terem obtido apenas a correção com base na variação do Índice de Preços ao Consumidor (INPC) , ficando abaixo do reajuste dado a quem recebe apenas o mínimo, Pimentel argumentou que o governo seguiu o que determina a lei e descartou a possibilidade de uma revisão

17:17
Anónimo disse...
Empresas
Caterpillar oferece aposentadoria antecipada a 2 mil


A companhia americana Caterpillar ofereceu a cerca de dois mil funcionários incentivos para que se aposentem de forma voluntária antes do previsto, pela perspectiva de uma queda "significativa" da atividade industrial, informou nesta quarta-feira a empresa.

A iniciativa, destinada aos trabalhadores de diversas fábricas em Illinois, Colorado, Tennessee e Pensilvânia, se soma aos cortes de empregos anunciados em janeiro, explicou em comunicado de imprensa.

A empresa, a maior fabricante mundial de maquinaria pesada para a construção e a mineração, acrescentou que, "em função das condições de negócio, podem ser necessárias mais reduções de elenco voluntárias e involuntárias à medida que o ano avança".

O vice-presidente da companhia, Sid Banwart, explicou que a empresa prevê "demissões significativas em todas as regiões geográficas e na maioria dos setores devido às dificuldades da economia mundial".

17:18
Anónimo disse...
Comércio
Comércio exterior da OCDE caiu no 3º trimestre de 2008


As exportações e as importações dos países da Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Econômico (OCDE) caíram 1,6% e 0,2%, respectivamente, no terceiro trimestre de 2008, em relação aos três meses anteriores.

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Trata-se da primeira queda destas atividades desde o terceiro trimestre de 2006, segundo o último relatório trimestral sobre fluxos comerciais divulgado pela OCDE.

As exportações e as importações em dólares dos 30 Estados-membros caíram 15,6% e 17%, respectivamente, na comparação anualizada.

Por sua vez, o comércio dos sete países mais ricos do mundo (G7) teve um pequeno crescimento no terceiro trimestre de 2008 com uma queda das exportações de mercadorias de 0,2% em relação ao trimestre anterior e um aumento de 0,4% das importações.

Em termos anualizados, as importações do G7 caíram 1,4% entre julho e setembro do ano passado, seu primeiro retrocesso desde o terceiro trimestre de 2006, enquanto as exportações aumentaram 1,9%, seu crescimento mais baixo no mesmo tempo.

Por países, a Alemanha aumentou suas importações em 3,4% - valor mais alto do G7 -, enquanto suas exportações caíram 2,9% do segundo para o terceiro trimestre de 2008.

Pelo contrário, as exportações americanas aumentaram 1,8% entre julho e setembro de 2008, enquanto as importações caíram 0,7% em relação ao trimestre anterior. No Japão, tanto as importações quanto as exportações caíram em torno de 1% no mesmo período.

17:19
Anónimo disse...
Economia Nacional
Lula: juros de crédito consignado a aposentados são altos

Atualizada às 17h29

O presidente Luis Inácio Lula da Silva afirmou nesta terça-feira, em São Paulo, que está lutando para reduzir as taxas de juros cobradas de aposentados em crédito consignado. A Previdência Social estabelece uma taxa máxima de 2,5% para empréstimo e de 3,5% para cartão. Para Lula, os valores são altos.

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"Acho que o juro que os aposentados estão pagando hoje com o crédito consignado é alto para o padrão brasileiro", disse o presidente durante a cerimônia de comemoração dos 86 anos do INSS.

A Previdência anunciou nesta terça-feira que aposentados e trabalhadoras com licença-maternidade poderão receber seus benefícios em 30 minutos. De acordo com Lula, em junho, a aposentadoria do trabalhador rural também será conseguida em meia hora.

Além disso, o presidente anunciou que, também em junho, os trabalhadores que alcançarem o direito à aposentadoria passarão a receber em suas casas um comunicado da Previdência informando o fato e o valor do salário que têm direito a receber. "É um comprometimento público que estou fazendo com os companheiros da Previdência Social", disse.

"Estamos retribuindo ao contribuinte da Previdência Social aquilo que é a cidadania que ele tem direito", afirmou Lula. "Se para cobrar nós somos tão precisos, para devolver o dinheiro, temos que chegar próximo à perfeição", completou.

17:20
Anónimo disse...
Economia Nacional
Salário maternidade sairá em 30 minutos, diz ministro

Toda trabalhadora autônoma que tiver contribuído pelo menos 10 meses com o Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) - ou as que possuírem carteira assinada - poderão receber em 30 minutos o salário maternidade a partir desta terça-feira. Da mesma forma, as mulheres com 30 anos de contribuição e os homens com 35 anos também terão direito ao benefício de forma mais rápida. A informação é do ministro da Previdência Social, José Pimentel.

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Para requerer o salário maternidade, é preciso que as autônomas levem a carteira de identidade e o carnê de contribuição. As demais trabalhadoras devem apresentar a identificação e a carteira de trabalho. Desde o início do mês, a nova forma de análise para a concessão de benefícios foi adotada para a aposentadoria por idade do trabalhador urbano e agora foi estendida para o salário maternidade e por tempo de contribuição.

O ministro disse que a qualificação do serviço da previdência social é o reconhecimento do direito dos trabalhadores e da afirmação da cidadania.

"Até pouco tempo na cabeça do cidadão o serviço devia ser de péssima qualidade. Agora não, nós modificamos toda a legislação no mês de dezembro numa ação conjunta do Congresso Nacional com o governo federal. Estamos implantando e concedendo os benefícios em até 30 minutos", afirmou.

O ministro destacou que para conseguir se aposentar ou ter acesso à licença maternidade em 30 minutos, em primeiro lugar, é necessário que o cidadão esteja vinculado à Previdência, o que inclui 65% da população acima de 16 anos de idade.

"Depois bastar marcar pelo sistema 135 o dia e a hora do atendimento e levar a documentação. Se todos os dados necessários estiverem corretos o contribuinte será atendido em até 30 minutos, como vem sendo feito com as aposentadorias por idade desde o dia cinco de janeiro", explicou.

Pimentel disse ainda que em 90% das agências da previdência social o atendimento é marcado em até 48 horas. Nos grandes centros, entretanto existe um volume maior o que torna mais lento o processo.

"Estamos criando mais 715 agências até 2010, em todo o território nacional, para descentralizar o atendimento. Em 2008, atendemos 295 mil benefícios e aposentadorias por idade. Temos 4 mil pessoas por dia procurando e se aposentando por idade no território nacional. Este serviço será agilizado", concluiu.
17:28
Anónimo disse...
Giuseppe Englaro, pai de Eluana, a italiana que morreu na segunda-feira passada por desidratação, recusou uma grande soma de dinheiro de um conhecido fotógrafo italiano que queria retratar a filha em estado de coma, disse neste sábado o neurologista que atendia a mulher desde 1996, Carlo Defanti.

O neurologista, que participou hoje de uma conferência sobre eutanásia, disse que Englaro respeitou a vontade da filha, que, antes do acidente, tinha pedido que, se lhe ocorresse qualquer coisa irreversível, apresentasse sua imagem de quando estava em boas condições.

Antes de sofrer o acidente de trânsito, em 1992, Eluana viveu o coma de um amigo, Alessandro, o que causou forte impacto na italiana e a levou a fazer o pai prometer que não a deixasse viver em estado vegetativo, disse o próprio Giuseppe Englaro.

Defanti, que dissera que Eluana poderia viver de dez a 12 dias depois da suspensão da alimentação e da hidratação, disse que, como médico, tinha que reprovar esta afirmação.

"Não se pode sobreviver após três ou quatro dias sem líquido e, em particular, água em um corpo. Sabemos bem que, quando há um terremoto, após quatro dias é difícil encontrar sobreviventes".

Defanti ressaltou que Eluana "não falava, não se comunicava com o exterior" e que, após vários exames, "nos deparamos com uma moça que tinha perdido a consciência", porque estava com o córtex cerebral prejudicado.

Eluana foi enterrada na quinta-feira passada no túmulo da família na localidade de Paluzza, em Udine, após um funeral que não contou com a presença dos pais.

16:53
Anónimo disse...
Os bombeiros combatem neste sábado os incêndios na Austrália favorecidos pelo bom tempo, enquanto os deslocados encotram em seu retorno casas derruídas, carros queimados nas ruas e destruição.

Depois de sete dias desde que começaram os incêndios no Estado de Victoria, a lista de mortos chega a 181, os desaparecidos somam 50, os edifícios destruídos totalizam 1,834 mil e o terreno arrasado, principalmente florestas, ocupa uma área de 4,13 mil quilômetros quadrados.

As equipes de bombeiros, formadas por 4 mil profissionais de Victoria, de outras partes da Austrália e de países amigos, combateram hoje 12 focos fora de controle e nenhum representava uma ameaça direta para a população.

O subdiretor do Serviço de Bombeiros, Geoff Conway, disse que este tempo favorável, que se prolongará durante o domingo, permite consolidar as linhas de contenção e avançar na extinção das chamas.

Cinzas apareceram arrastadas por ventos do nordeste sobre Melbourne, onde habitam 3,8 milhões de pessoas, e as autoridades alertaram aos cidadãos do risco para a saúde de idosos, crianças e pessoas com problemas respiratórios.

O número de pessoas deslocadas - a Cruz Vermelha chegou a receber 7 mil - começou a cair com a abertura de algumas localidades atingidas.

Os incêndios, alguns criminosos, começaram em 7 de fevereiro, quando a região sul da Austrália estava há duas semanas sob uma onda de calor sem precedentes.

Na sexta-feira passada, a polícia acusou uma pessoa de ter provocado o incêndio que atingiu a localidade de Churchill e matou 21 pessoas.

16:55
Anónimo disse...
A primeira chuva em seis dias reduziu a ameaça de incêndios no Estado de Victoria, ao sul da Austrália. As autoridades, porém, advertiram que ainda existem 12 focos, mas que nenhum deles ameaça áreas povoadas.

Mais de quatro mil bombeiros, mil provenientes de outras partes do país e de outras nações, trabalham contra o fogo. Cerca de 600 veículos e 28 helicópteros e pequenos aviões estão sendo usados.


Eles conseguiram construir linhas de contenção para evitar os incêndios de Yarra e Maroondah se juntassem. Também foram controlados os incêndios abertos de Yea e Murrindindi, que ameaçavam as comunidades de Connellys Creek, Crystal Creek, Scrubby Creek e Native Dog Creek.

O número de mortos chegou a 181, mas as autoridades acreditam que as vítimas devem passar de 200, já que ainda há muitos desaparecidos.

16:55
Anónimo disse...
Aqui nesta coluna, na semana passada, tive a oportunidade de comentar sobre a recente visita do professor brasileiro Pedrinho Guareschi à Austrália. Não dei, porém, os fatos, pois semana passada o assunto era outro.

Hoje, porém, vamos a eles.

No último dia 4 de fevereiro, aconteceu o Seminário "Paulo Freire: Education and Liberation", organizado pelo centro de estudos latino-americanos da Universidade Nacional da Austrália, ou ANU, como é mais conhecida por aqui.

A ANU, para quem não sabe, está entre as 20 melhores universidades do mundo! E tem sede aqui em Camberra, capital da Austrália.

Na abertura do evento, o professor John Minns, diretor do centro latino-americano, ao dar boas-vindas ao público presente, lembrou ser aquele o primeiro seminário exclusivamente dedicado a Paulo Freire na Austrália.

Em seguida, convidou Pedrinho Guareschi, palestrante principal do Seminário, a fazer sua apresentação.

A plateia pode então conhecer, pelas palavras de Pedrinho, um pouco da obra e da vida de Freire, esse brasileiro de fé e valor, que sempre acreditou na educação, sobretudo dos menos favorecidos, analfabetos, como força libertadora.

Como não podia deixar de ser, os conceitos e ideias revolucionários de Paulo Freire, expostos com clareza por Pedrinho, despertaram o interesse e a curiosidade de plateia. A qual, deve-se notar, era na maioria de estudantes, mas de várias nacionalidades, sobretudo australianos e asiáticos.

Na continuação do programa do seminário, que se estendeu por dois dias, outros professores fizeram palestras sobre temas ligados à obra de Paulo Freire.

Interessante, por exemplo, saber que a professora Anne Hickling-Hudson, jamaicana que mora na Austrália há muitos anos (é professora da ANU), conheceu e trabalhou com Freire num workshop educacional durante a revolução na Ilha de Granada, em 1980, antes da invasão dos Estados Unidos...

Ou, então, a palestra da Professora Gerda Roelvink, da Nova Zelândia, que participou do Fórum Social de Porto Alegre em 2005. E essa participação transformou-se em tema de doutorado.

No dia 10, terça-feira passada, o padre Pedrinho Guareschi voltou a falar ao público australiano em grande auditório localizado no belíssimo campus da ANU. Desta vez, sobre a Teologia da Libertação.

Depois da palestra, John Minns mostrou o filme mexicano "O Crime do Padre Amaro", no qual um dos personagens é um padre católico praticante da Teologia da Libertação.

Mais uma vez, foi grande o intersse da platéia, que pode aprender e conhecer um pouco como se desenvolveu aquele importante movimento católico na América Latina.

Fica, assim, ao Pedrinho, bem como a outros brasileiros estudiosos e de bom coração que saem pelo mundo a divulgar aspectos importantes da cultura brasileira, o respeito e a homenagem desta coluna. E... aquele abraço!

16:57
Anónimo disse...
Amanda Kitts perdeu o braço esquerdo em um acidente de automóvel acontecido três anos atrás, mas hoje em dia ela joga futebol americano com seu filho de 12 anos de idade, troca fraldas e abraça as crianças nas três creches Kiddie Cottage que opera em Knoxville, Tennessee. Kitts, 40 anos, faz tudo isso com a ajuda de um novo tipo de braço artificial que se movimenta com mais facilidade do que outros aparelhos e que ela pode controlar utilizando apenas seus pensamentos.

"Eu sou capaz de mexer a mão, o pulso e o cotovelo ao mesmo tempo", diz. "Você pensa e os músculos se movem em seguida".

A recuperação que ela conseguiu resulta de um novo procedimento que vem atraindo crescente atenção porque permite que pessoas movam braços protéticos de forma mais automática do que faziam no passado, simplesmente utilizando nervos reaproveitados em seus cérebros.

A técnica, conhecida como "renervação muscular dirigida", envolve utilizar os nervos que restam depois da amputação de um braço e conectá-los a outro músculo do corpo, em geral no peito. Eletrodos são instalados sobre os músculos do peito, e operam como se fossem antenas. Quando a pessoa deseja mover o braço, o cérebro envia sinais que primeiro resultam em contração dos músculos do peito, os quais enviam um sinal ao braço protético, instruindo-se a se movimentar. O processo não requer mais esforços consciente do que a pessoa teria de exercitar caso ainda tivesse seu braço natural.

Na terça-feira, pesquisadores reportaram em estudo publicado pela versão online do Journal of the American Medical Association que haviam levado a técnica ainda mais à frente, tornando possível a execução de 10 movimentos de mão, pulso e cotovelo diferentes, o que representa uma substancial melhora com relação ao típico repertório protético, que em geral envolve apenas dobrar o cotovelo, girar o pulso e abrir a mão.

"Os novos métodos tiveram impacto dramático em nosso campo de trabalho", disse Stuart Harshbarger, engenheiro biomédico na Universidade Johns Hopkins e diretor do programa de pesquisa sobre próteses, financiado pelas forças armadas, que inclui o trabalho com essa técnica. "O método já está em uso por médicos e cirurgiões comuns em todo o país. A capacidade de controlar um membro protético bastante robusto que ele confere surpreendeu a todos pela qualidade".

Tipicamente, uma pessoa que tenha um braço protético só é capaz de executar alguns poucos movimentos, e muitas vezes com tamanha lentidão que isso só permite a ela atividades limitadas.

Há um motor separado para cada movimento, diz Gerald Loeb, professor de engenharia biomédica na Universidade do Sul da Califórnia, "e esses motores precisam ser controlados de maneira explícita", usualmente por um esforço consciente da pessoa para contrair músculos nas costas ou no bíceps.

"Essencialmente, até agora os pacientes controlavam apenas um motor de cada vez", diz Loeb, "e precisavam pensar cuidadosamente sobre que motor desejavam controlar e como fazê-lo operar, em lugar de simplesmente pensarem em mover o braço e poderem fazê-lo sem delongas".

Antes que Kitts passasse pelo procedimento de renervação, em outubro de 2007, por exemplo, ela precisava movimentar os músculos de suas costas de determinada maneira para fazer com que seu pulso girasse, e flexionar seu bíceps e tríceps para fazer com que o cotovelo se movesse para cima e para baixo. "Era muito trabalho", ela conta. "E não me ajudava muito".

O procedimento de renervação é parte de uma recente explosão de idéias novas e técnicas inovadoras que estão sendo exploradas enquanto os cientistas se esforçam por ajudar as pessoas a compensar melhor a perda de membros ou problemas de paralisia. O esforço vem sendo alimentado pelo aumento no número de amputações causado por diabetes e por ferimentos sofridos pelos militares, e ao mesmo tempo pelos avanços na tecnologia médica.

Os braços se tornaram um dos focos essenciais desse tipo de trabalho. A ciência há muito vem obtendo sucessos no desenvolvimento de próteses de perna, mas é muito mais difícil imitar a complexidade e a destreza das mãos e dos braços.

Os esforços em curso incluem o desenvolvimento de projetos de pele e braços mais sensíveis e mais flexíveis, e o uso de dispositivos acionados por controles sem fio implantado nos braços protéticos, que permitiriam movimentos mais naturais.

Os pesquisadores também vêm usando sensores implantados nos cérebros de cobaias para permitir que dois macacos controlem um braço mecânico, e um teste com um homem paralítico permitiu, com esse método, que ele movimentasse um cursor em uma tela de computador.

Alguns desses métodos, caso venham a ser aperfeiçoados plenamente e consigam aprovação das autoridades regulatórias da saúde, podem no futuro se tornar mais viáveis para os pacientes de amputações.

E embora a técnica da renervação não requeira aprovação das autoridades regulatórias porque é executada por meios cirúrgicos e emprega aparelhos já existentes, ela apresenta limitações que até mesmo seus criadores reconhecem, entre as quais o fato de que não se pode utilizá-la para todos os pacientes, o seu alto custo e o prazo de meses requerido para que os nervos reconectados cresçam e se tornem efetivos.

Ainda assim, os especialistas dizem que é o mais avançado sistema em uso hoje para pacientes reais que permite que o sistema nervoso controle diretamente o movimento de um braço artificial.

Desde sua introdução por Todd Kuiken, médico fisioterapeuta e engenheiro biomédico do Instituto de Reabilitação de Chicago, o método foi empregado em cerca de 30 pacientes nos Estados Unidos, Canadá e Europa, entre os quais oito soldados feridos no Iraque e no Afeganistão.

Muitos dos pacientes, entre os quais o primeiro, Jesse Sullivan, um operário do setor elétrico no Tennessee que perdeu os dois braços quando foi eletrocutado por um cabo, conseguem não apenas manipular seus braços protéticos mas sentir a presença das mãos que já não têm quando alguém toca em seus peitos.

Sullivan, 62 anos, e Kitts, estavam entre os cinco pacientes que participaram do estudo reportado na terça-feira. Em companhia de cinco outras pessoas que não passaram por amputações, eles receberam os eletrodos e foram instruídos a usar pensamentos para fazer com que um braço virtual na tela reproduzisse 10 movimentos diferentes, entre os quais três formas diferentes de aperto de mão.

Os pacientes apresentaram desempenho bastante respeitável, apenas um pouco mais lento e menos preciso do que os dos participantes que não tinham amputações.

"As velocidades de movimento que encontramos em nossos pacientes foram realmente encorajadoras", disse Kuiken. "Eles conseguiram completar a tarefa. É claro que não foram tão competentes quanto as pessoas dotadas de plena capacidade física, mas foram bons o bastante".

Um braço virtual foi usado porque a maioria das próteses existentes não era capaz de acomodar todos aqueles movimentos, no momento da pesquisa, ainda que Sullivan, Kitts e uma terceira paciente, Claudia Mitchell, tenham experimentado dois novos protótipos mais versáteis de braços artificiais, executando tarefas complexas com bolas de tênis e outros objetos.

O trabalho de renervação em soldados apresenta outros desafios, diz Kuiken, porque os ferimentos militares muitas vezes "causam danos muitos extensos" a nervos, músculos ou ossos.

Daniel Acosta, 25 anos, um aviador ferido pela detonação de uma bomba em uma estrada do Iraque em 2005, passou pelo procedimento no ano passado e diz que seu braço esquerdo protético agora se movimenta "muito mais rápido" e de maneira muito mais natural.

"A diferença é que agora não preciso mais pensar para mover o braço", ele diz. "Ele simplesmente se mexe".

Ainda assim, Acosta, de San Antonio, diz que "o processo foi bastante longo" e que os eletrodos precisam ser ajustados para receber os sinais à medida que os nervos crescem ou mudam de posição.

E embora elogiem o método, os especialistas afirmam que a ciência das próteses de braço ainda tem muito por avançar.

"Trata-se de uma parte crucial, mas ainda assim apenas uma parte, das muitas coisas que compreendem a função normal de um braço", disse Loeb, que escreveu um editorial que acompanha o artigo no Journal of the American Medical Association.

"No momento estamos a meio do caminho entre o braço de 'Dr. Fantástico', que fazia involuntariamente a saudação nazista, e o braço de Luke Skywalker em 'Guerra nas Estrelas', que funciona sem nenhum problema assim que é conectado. Creio que precisaremos ainda de muitos anos para conectar todas as peças necessárias a produzir um braço capaz de funcionar normalmente".

17:04
Anónimo disse...
A Espanha disse neste sábado que está preparando uma reclamação oficial contra a decisão da Venezuela de expulsar um membro do Parlamento Europeu que criticou o conselho eleitoral venezuelano.
Luis Herrero, membro do partido conservador espanhol PP, foi deportado na sexta-feira depois que o Conselho Nacional Eleitoral (CNE) o acusou de questionar a imparcialidade da instituição antes de um referendo que pode permitir ao presidente Hugo Chávez permanecer no cargo indefinidamente.

Herrero estava na Venezuela como observador do referendo. Ele acusou Chávez de ter "comportamentos típicos de um ditador" por pedir a contenção de manifestações da oposição.

O governo da Espanha convocou um encontro com o embaixador da Venezuela em Madri para expressar a desaprovação sobre a expulsão de Herrero, disse um representante do Ministério das Relações Exteriores espanhol.

As relações da Venezuela com a Espanha tiveram seu ponto crítico em 2007, quando Chávez ameaçou rever acordos diplomáticos e comerciais depois de ouvir um "cala a boca" do rei espanhol Juan Carlos durante uma cúpula.

A fenda foi oficialmente reparada em 2008, com uma visita oficial de Chávez à Espanha, onde ele cumprimentou o rei e discutiu acordos para investimento no setor petroquímico com o primeiro-ministro José Luis Rodriguez Zapatero.

17:06
Anónimo disse...
A polícia do Zimbábue anunciou neste sábado que acusa de traição Roy Bennett, dirigente do até agora opositor Movimento para a Mudança Democrática (MDC), detido na sexta-feira, em Harare, poucas horas antes da cerimônia de posse dos membros do novo gabinete.

"A Polícia nos informou que vão apresentar acusações de traição", disse à agência EFE o advogado de defesa de Bennett, Trust Maanda.

"Tentam relacionar Roy com o caso de Mike Hitschmann, que foi detido em 2006 em relação à descoberta de um carregamento de armas, apesar de que Hitschmann não tenha sido declarado culpado das acusações de traição apresentadas contra ele, mas de um crime menor de descumprimento de leis", disse Maanda.

O político opositor, designado por seu partido como vice-ministro de Agricultura no Governo de união nacional, esteve no exílio na vizinha África do Sul desde 2006 e retornou ao Zimbábue há duas semanas.

Segundo a Polícia, que deteve Bennett ontem no aeroporto de Harare quando pretendia ir à África do Sul para visitar sua família, as armas apreendidas em 2006 seriam utilizadas em um golpe de Estado para derrubar o presidente do Zimbábue, Robert Mugabe.

Depois da detenção, Bennet foi levado a Mutar, onde vários simpatizantes do MDC se concentraram em frente à delegacia na qual estava detido, diante do que a Polícia respondeu com tiros para o alto para dispersar os manifestantes.

17:07
Anónimo disse...
Austrália: 14 mil se candidatam a 'emprego dos sonhos'

A secretaria de Turismo de Queensland, na Austrália, informou que até esta segunda-feira já recebeu cerca de 14 mil inscrições para o "o melhor emprego do mundo". O Estado australiano promove pela internet seleção para vaga de "zelador" da ilha Hamilton, por seis meses com um salário de R$ 40 mil.

Muitos candidatos tiveram problemas durante a inscrição por conta dos acessos simultâneos ao site. A secretaria aconselha enviar os vídeos de 60s explicando porque deve ser escolhido em horários alternativos do dia, além de recomendar tamanho em torno de 40MB.

As inscrições começaram em 12 de janeiro e vão até o próximo dia 22 e podem ser feitas pelo site www.islandreefjob.com. O governo australiano escolherá 50 candidatos para a próxima fase da seleção, que terá votos do público para eleger um dos 11 finalistas.

A última fase terá entrevistas e desafios físicos, no próprio local de trabalho: as ilhas da Grande Barreira Coralina - o maior recife de coral do mundo. A secretaria de Turismo anunciará o vencedor no dia 6 de maio.

17:09
Anónimo disse...
Mercado elogia governo na crise, mas pede maior queda no juro

Peter Fussy
Direto de São Paulo

Desde as primeiras medidas anunciadas para combater os efeitos da crise, o governo brasileiro avisou que a estratégia não contemplaria um pacote. Seriam doses pontuais, de acordo com a necessidade da economia diante do agravamento das turbulências. Da primeira liberação dos depósitos compulsórios em setembro até a ampliação do seguro-desemprego na última quarta-feira, o governo passou por redução de impostos, ampliação de crédito e incentivos à exportação. Quase 150 dias após a primeira medida, o Terra conversou com líderes do setor público e privado, representantes dos trabalhadores, acadêmicos e com o próprio governo para saber quais destas ações foram mais eficazes, quais foram mais ineficientes e o que mais pode ser feito pelo Estado brasileiro contra a crise.

Os maiores elogios foram direcionados à atitude de reduzir o Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) para a indústria automobilística, anunciada em dezembro e que fez com que os emplacamentos de carros novos subissem 1,9% no primeiro mês do ano em relação a dezembro de 2008. Já as maiores críticas foram para a lentidão no corte da taxa básica de juro do País.

Para o presidente do conselho administrativo do Grupo Pão de Açúcar, Abílio Diniz, o Estado não é responsável pela crise e mesmo assim está agindo "com extrema serenidade e muito acerto". "O governo está atento, fazendo a sua parte. É preciso coragem de baixar firmemente a taxa de juros. É uma arma que temos a nosso favor, já que não há clima para inflação, nem possibilidade de danos para a macroeconomia", afirmou Diniz.

Na última reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), em janeiro, a taxa Selic foi reduzida em um ponto percentual, de 13,75% para 12,75% ao ano. Porém, o professor de economia da Universidade de Brasília (UnB) José Luiz Oreiro lembra que este corte representa uma redução de apenas 0,25 ponto percentual com relação à taxa de setembro do ano passado, quando a crise se agravou.

"Pouco antes da eclosão da crise, o Banco Central aumentou a taxa em 0,75 ponto. Foram cinco meses de demora para reduzir em termos líquidos apenas 0,25 ponto", afirmou o economista, que também sugeriu redução do intervalo de cerca de 90 dias entre as reuniões do Copom e o corte de pelo menos um 1 ponto percentual em cada reunião.

Mesmo com o corte de janeiro, a taxa de juros real continua sendo a maior do mundo, lembrou o secretário-geral da Força Sindical, João Carlos Gonçalves, o Juruna. "A redução da taxa de juro ainda é pequena, porque ela continua uma das mais altas do mundo. Falta ousadia para baixar os juros e ajudar o cidadão. A permanência da taxa de juro alta é negativa para o País em meio a crise", afirmou Juruna.

Embora aprove as ações do governo, o senador Aloízio Mercadante (PT-SP) também acredita que o patamar da Selic está muito alto. "Sempre fomos os primeiros a entrar em qualquer crise, o que não aconteceu agora. A taxa Selic ainda é muito alta, mas o governo têm tomado medidas acertadas, como o aumento do salário mínimo, mesmo com um cenário de crise. Isso ajuda a movimentar o consumo. O governo está se esforçando para manter os investimentos e o crescimento", disse.

Tributos
De acordo com o economista Fabio Pina, da Fecomercio-SP, as ações mais positivas estão relacionadas à redução de tributos para alguns segmentos, como a indústria automobilística, que recuperou parte da queda nas vendas em janeiro com a isenção do IPI para carros 1.0 l e o corte para demais motorizações. A medida vale até o final de março.

"Essas medidas não só reduziram o preço, mas anteciparam o consumo daqueles que iriam comprar no futuro, dando um prêmio por conta da insegurança. Mexe diretamente com o principal problema que é a confiança do consumidor", afirmou. Juruna destacou que um bom ritmo de vendas é garantia de emprego. "É importante porque cada emprego na montadora significa 19 na cadeia produtiva", comentou o representante da Força Sindical.

Também em dezembro, o governo decidiu cortar pela metade a alíquota do Imposto de Renda para contribuintes que ganham entre R$ 1.434 e R$ 2.150 mensais. "O salário aumentava e a tabela não se modificava. As pessoas ganhavam mais e pagavam mais impostos", apontou Juruna. Outra redução de tributos do governo foi com relação ao Imposto sobre Operações Financeiras (IOF), que caiu de 3% ao ano para 1,5%.

Crédito
Na segunda metade de 2008, o colapso de bancos nos Estados Unidos por conta da crise do subprime provocou uma forte restrição de crédito no mundo inteiro. Uma das primeiras medidas anticrise do governo teve como objetivo restabelecer a oferta, com mudanças no recolhimento dos depósitos compulsórios por parte dos bancos. Segundo o presidente do Banco Central, Henrique Meirelles, as diversas modificações liberaram US$ 99,2 bilhões aos bancos até o final de janeiro.

Além disso, o governo concedeu R$ 36 bilhões das reservas internacionais para empresas brasileiras com dívidas no exterior e uma medida provisória autorizou o Banco do Brasil e a Caixa Econômica Federal a comprar carteiras de crédito de bancos privados. Para o diretor do Departamento de Pesquisas e Estudos Econômicos da Fiesp, Paulo Francini, estas medidas foram essenciais para combater os efeitos da crise.

"A crise se desenvolve no mundo em torno do tema crédito. E o crédito reduziu-se barbaridade no mundo. Então o governo lança mão de compulsório, lança mão de reservas, de medidas que permitem aos bancos comprar carteiras de bancos. Você vai tomando várias medidas para atender às demandas e o epicentro disso é crédito", afirmou.

No entanto, Oreiro, da UnB, adverte que a liberação dos compulsórios seria mais eficiente acompanhada de redução mais agressiva da taxa básica de juro. "Uma parte do crédito voltou, depois da forte retração em outubro e novembro. O que deveria ter sido feito junto à liberação do compulsório era uma redução mais drástica da taxa de juro. Sem isso, os bancos pegam as reservas e acabam comprando títulos públicos", explicou o economista.

Na opinião de Pina, as ações de distribuição de crédito via redução do compulsório e a disposição de capital de giro para empresas foram tomadas sem um cuidado maior na operação e não tiveram muito efeito. "O BNDES tem linhas que ficam paradas quase todo o ano, agora é pior ainda. Existem os recursos, mas as empresas e os bancos estão desconfiados. É preciso fazer com que os bancos tenham interesse em emprestar", afirmou o economista da Fecomercio-SP.

Futuro
Mesmo com todas essas medidas, a crise financeira ainda gera incertezas nos setores produtivos do País. Nos últimos meses, o medo do desemprego fez os consumidores adiarem compras. Por sua vez, a queda nas vendas pode obrigar as indústrias a cortarem a produção e demitir funcionários. Contra isso, empresários sugerem redução de jornada e de salários.

"Isto está previsto em lei. A Fiesp simplesmente manteve conversações com entidades sindicais quanto à aplicação daquilo que já está previsto em lei", afirmou Francini.

Segundo a ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff, uma das medidas que assegura um nível de emprego é a manutenção de investimentos no Programa de Aceleração do Crescimento (PAC). "Estamos esperando que a dificuldade ocorra em janeiro, fevereiro e março. Estamos certos que vamos manter o nível de investimento. É isso que funciona, é isso que significa investimento público. Ele funciona como um colchão. Por isso, nós colocamos R$ 100 bilhões no BNDES e a Petrobras ampliou o seu investimento em R$ 120 bilhões", afirmou.

Na mesma linha, Pina explica que a antecipação de gastos do governo substitui parte da demanda retraída do setor privado. "Ele dá o seguinte recado: não vou estourar as contas públicas, mas concentrar em um momento em que a demanda privada está pequena. Mas o governo não tem fôlego suficiente para fazer o papel de toda demanda", ressaltou. O economista da Fecomercio lembrou que a entidade já pleiteou junto ao governo isenções para transferência de imóveis e de automóveis, além de retirar o IPVA para veículos novos.

Já Oreiro foca suas propostas na capitalização do Banco do Brasil e da Caixa Econômica Federal pelo Tesouro para atender a demanda de crédito para capital de giro e reduzir o spread. "Aumentando o empréstimo e reduzindo as taxas, os dois vão forçar os bancos privados a acompanhar o movimento, até para não perderem participação no mercado", explicou o economista da UnB.

Até o Carnaval, o governou prometeu detalhar um pacote de incentivos para a construção de até um milhão de casas populares, direcionado a famílias com renda de até dez salários mínimos. "Estamos atentos a tudo o que está acontecendo e novas medidas serão tomadas caso haja uma avaliação de que sejam necessárias", disse o ministro da Fazenda, Guido Mantega, na última sexta-feira.

17:11
Anónimo disse...
Ex-ministro critica extensão do seguro-desemprego

Atualizada às 09h03

O ex-ministro do Trabalho Almir Pazzianotto criticou a decisão do governo federal de conceder o seguro-desemprego estendido a apenas alguns setores. "É certamente odioso e provavelmente inconstitucional", disse Pazzianotto, de acordo com o jornal O Estado de S. Paulo.

Na última qurta, dia do anúncio da medida, centrais sindicais elogiaram a atitude do governo. A Força Sindical divulgou nota dizendo que "o aumento ajudará a aquecer parte da economia, já que irá gerar mais consumo, produção e conseqüentemente, a criação de novos postos de trabalho". A União Geral dos Trabalhadores (UGT) afirmou que a medida "contribuirá para minimizar o drama dos trabalhadores que perderem seu emprego por conta da crise".

O ex-ministro, que instituiu o seguro-desemprego no País no governo de José Sarney, destacou a necessidade de as centrais sindicais se manifestarem contra a determinação. Para ele, as mudanças devem ser aplicadas a todas as categorias profissionais e a distinção é contrária ao artigo 3º da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT).

Pazzianotto atribui a medida a um possível temor do governo de que a crise econômica seja longa e não haja dinheiro para atender a todas as necessidades. Ainda assim, ele se mostra contrário ao método de concessão. "O seguro-desemprego ajuda a sanar necessidades básicas. Estendê-lo é paliativo, não a solução", disse ao jornal.

De acordo com o presidente do Conselho Deliberativo do Fundo de Amparo ao Trabalhador (Codefat) e conselheiro da Força Sindical, Luiz Fernando Emediato, a determinação já estava prevista na lei 8.900/94, que trata do seguro-desemprego.

O presidente da Comissão de Trabalho da Câmara, Pedro Fernandes (PTB-MA) vai além na crítica à concessão do seguro para apenas alguns setores. Ele acredita que a ampliação do benefício estimula o desemprego.

Quintino Severo, secretário geral da Central Única dos Trabalhadores (CUT), lembra que a ampliação do benefício sem critério e identificação pode incentivar demissões em outros setores.

17:13
Anónimo disse...
Empresas
TAM faz promoção para destinos internacionais

A companhia aérea TAM anunciou nesta sexta-feira tarifas promocionais para trechos internacionais. Os preços valem para bilhetes comprados entre 6h deste sábado e 23h59 deste domingo e são válidos para classe econômica. As tarifas, para ida e volta, serão vendidas a partir de US$ 99, mais taxas.

Segundo a aérea, a promoção vale para viagens feitas no período de 14 de fevereiro a 18 de junho de 2009. Para destinos na América do Sul, a permanência mínima é de dois dias; para bilhetes com destino nos Estados Unidos, cinco dias; e Europa, sete dias. A permanência máxima para as passagens para América do Sul e EUA é de dois meses e para Europa, três meses.

Entre os exemplos de tarifas promocionais, a TAM oferece São Paulo-Lima por US$ 99. Bilhetes para a rota São Paulo-Santiago serão vendidos a partir de US$ 199 e São Paulo-Nova York, US$ 799.

A emissão dos bilhetes deve ser feita obrigatoriamente no ato da reserva, obedecendo às regras estipuladas pela companhia. A compra está sujeita à disponibilidade de assentos nas classes tarifárias determinadas, trechos, horários e datas. A TAM afirmou que também há tarifas promocionais para a classe executiva.

Mais informações podem ser encontradas no site promocional (www.ofertastam.com.br), no site da empresa (www.tam.com.br) ou pelos telefones 4002-5700 ou 0800 5705700.

17:13
Anónimo disse...
Empresas
Consultoria negocia compra do parque temático Hopi Hari

A consultoria especializada em reestruturação de empresas Íntegra Associados informou nesta sexta-feira ter um acordo para comprar o parque de diversões Hopi Hari, localizado no interior de São Paulo. A empresa estaria disposta a investir R$ 10 milhões no parque, que tem dívida estimada em R$ 800 milhões. As informações são da edição deste sábado do jornal Folha de S. Paulo.

De acordo com o jornal, a transação ainda depende da negociação entre o Hopi Hari e seus credores, o que já estaria em andamento.

A consultoria paulista já atuou junto à Parmalat, durante 30 meses, quando reorganizou a gestão da empresa italiana.

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17:14
Anónimo disse...
Empresas
Disney de Tóquio contratará mais 2 mil apesar da crise


A Oriental Land, o operador da Disneylândia Tóquio e DisneySea, organizou neste domingo entrevistas para contratar cerca de 2 mil trabalhadores em tempo parcial, em um momento de grandes demissões deste tipo de empregados no Japão.

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O operador deste parque temático, situado em Urayasu, na província de Chiba (leste de Tóquio), está em pleno processo de seleção de empregados para 20 tipos de postos trabalhistas diferentes.

Segundo a companhia, citada pela agência local de notícias Kyodo, o parque contratará novos trabalhadores para as atrações, para os restaurantes e guardas de segurança entre outros. Os novos contratados começarão a trabalhar a partir de fevereiro.

O processo de seleção acontece em um momento em que a maioria das grandes companhias japonesas começaram a se ver obrigadas a despedir uma elevada percentagem de seus trabalhadores temporários e a tempo parcial.

Algumas inclusive anunciaram demissões de seus trabalhadores fixos, uma medida muito pouco comum nas companhias japonesas, perante os efeitos piores que o esperado pela crise econômica global.

Cerca de uma centena de pessoas esperavam desde a primeira hora desta manhã a abertura do centro de conferências Tokyo International Forum, onde as entrevistas estão sendo feitas, para ser os primeiros a solicitar os postos de trabalho.


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17:15
Anónimo disse...
Economia Internacional
Senado dos EUA aprova plano de estímulo à economia

O Senado dos Estados Unidos aprovou com 60 votos a favor e 38 contra o plano de estímulo à economia de US$ 787 bilhões na madrugada deste sábado. Agora, ele segue para sanção ou veto do presidente Barack Obama, que espera colocar a lei em prática até o dia 16 de fevereiro.

O plano prevê a criação de três milhões de empregos, inclui cortes de impostos às famílias, fundos para programas sociais e obras públicas, além de ajuda aos governos estaduais, estudantes e desempregados.

A cláusula Buy American - que exige o uso de ferro, aço e produtos manufaturados dos Estados Unidos em obras realizadas com recursos do pacote - ficou de lado. Segundo o texto definitivo, a cláusula será aplicada sem violar as normas do comércio internacional.

Ontem à tarde, a Câmara de Representantes (deputados) havia aprovado, por 246 votos a favor e 183 contra, a versão final do plano. Todos os republicanos foram contrários ao pacote.

Pelo acordo de quarta-feira entre Câmara e Senado, em vez de custar US$ 819 bilhões, como queriam os deputados, ou US$ 838 bilhões como pretendiam os senadores, o pacote ficou em cerca de US$ 787 bilhões, com 65% desse total destinado a gastos do governo federal e 35%, a créditos tributários.

17:16
Anónimo disse...
Economia nacional
Na era Lula, aposentadoria sobe 54% menos que salário mínimo

Thatiane Faria
Especial para o Terra
Direto de São Paulo

Os índices de reajustes concedidos pelo governo em 2009 para aposentados e pensionistas e para o salário mínimo repetiram uma diferença que, só durante o governo de Luiz Inácio Lula da Silva, já chega a 54%. Enquanto o mínimo foi majorado em 12% este ano, as pensões e aposentadorias tiveram aumento de 5,92%. Aposentados que têm o benefício do governo como única fonte de renda reclamam que perdem poder de compra e que sua cesta de compras é composta por itens que aumentam mais em relação à inflação oficial.

Um exemplo prático pode ser entendido a partir da comparação entre um aposentado que ganhava R$ 600 em janeiro de 2003. Na época, o benefício era três vezes, ou 200%, maior que o valor do mínimo em vigência, que era de R$ 200. Aplicando-se os índices de reajuste para aposentadorias e para o mínimo durante os últimos seis anos, o mesmo aposentado estaria recebendo hoje R$ 938,47, comparado a um salário mínimo de R$ 465. A diferença entre os dois valores caiu para pouco mais de 100%.

Enquanto o índice acumulado de reajuste para a aposentadoria durante o governo Lula foi de 60%, para o salário mínimo está em 132%.

O diretor do Sindicato Nacional dos Aposentados, João Inocentini, reclama que os valores dos benefícios para aposentadorias não mantêm o poder de compra do grupo, principalmente dos aposentados que recebem menos que dez salários mínimos.

Nem mesmo o fato de o índice de reajuste das aposentadorias ter ficado acima da inflação acumulada no mesmo período (o IPCA entre janeiro de 2003 e janeiro de 2009 foi de 39,7%) serve de argumento, segundo os aposentados.

"Os idosos, principalmente, têm gastos além das contas gerais como gás, telefone e aluguel. Para eles o custo com remédios, e outros itens da área saúde costuma ser maior", afirmou Inocentini.

O presidente do sindicato afirmou que o grupo realiza um estudo com 100 itens de necessidade de um idoso para comparar o aumento dos produtos com o índice de reajuste do benefício recebido pelos aposentados.

"Daqui dois meses vamos abrir um processo na Justiça e levar essa pesquisa como prova. Segundo a lei, o governo é obrigado a manter o poder de compra com a aposentadoria", disse Inocentini.

Alternativas
O consultor financeiro Cláudio Boriola diz que os aposentados, especialmente nesse momento de crise econômica, devem evitar compras parceladas, pesquisar preços, negociar e fazer bom planejamento financeiro.

Segundo Boriola, alguns aposentados ganham um valor mensal muitas vezes insuficiente para o pagamento das contas e acabam pedindo crédito ou realizando pagamentos a prazo e são obrigados a pagar juros altos.

Na opinião do consultor, pagar uma previdência privada é uma alternativa indicada para quem ainda trabalha, considerando a característica de perda de poder de compra da aposentadoria.

"Na prática, infelizmente os valores encontram-se em um patamar que está deteriorando o poder de aquisição da população brasileira", completou Boriola.

De acordo com o diretor da Confederação Brasileira de Aposentados e Pensionistas (Cobap), Vicente Fernandes Barbosa, representantes dos aposentados tentarão um encontro com o presidente da Câmara, deputado Michel Temer (PMDB-SP), para discutir projetos que minimizem a perda dos aposentados

17:17
Anónimo disse...
Previdência
Previdência prorroga isenção de tarifas no benefício

O atual sistema de pagamento aos 26 milhões de aposentados e pensionistas do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) será mantido até o final deste ano. O acordo, que permite realizar a operação sem nenhum custo aos beneficiários, foi renovado nesta sexta-feira, entre o governo federal e 21 instituições financeiras.

Por meio desse acordo, vigente desde setembro de 2007, nem os segurados, nem os bancos e nem o governo arcam com o pagamento de tarifas, conforme explicou o ministro da Previdência Social, José Pimentel. A prorrogação vale até dezembro, data máxima para que a Previdência defina as regras para um novo contrato.

Ao assinar o termo de renovação, na sede da Federação Brasileira dos Bancos (Febraban), o ministro disse que a intenção do governo é mudar o atual modelo de gestão visando a reduzir os custos dessas operações em torno da folha mensal, que atinge R$ 15,8 bilhões. No entanto, qualquer alteração, conforme explicou, passará antes por audiências públicas a serem realizadas a partir do segundo semestre deste ano, atendendo a determinação do Tribunal de Contas da União (TCU).

De acordo com Pimentel, com um redesenho do mecanismo de repasse dos recursos aos bancos em torno da folha de pagamento dos segurados o que se busca é um aumento da participação de instituições financeiras. Ele informou que, desde 2007, cada benefício custa em média R$ 1,07 ao governo. "Quanto mais instituições financeiras estiverem prestando serviços à sociedade, maior é a competitividade, a agilidade no atendimento", justificou.

O ministro observou, ainda, que, para permitir uma redução para algo em torno de meia hora no tempo de atendimento para a concessão dos direitos previdenciários, o governo investiu R$ 280 milhões.

Questionado sobre o descontentamento dos segurados que ganham acima de um salário mínimo terem obtido apenas a correção com base na variação do Índice de Preços ao Consumidor (INPC) , ficando abaixo do reajuste dado a quem recebe apenas o mínimo, Pimentel argumentou que o governo seguiu o que determina a lei e descartou a possibilidade de uma revisão

17:17
Anónimo disse...
Empresas
Caterpillar oferece aposentadoria antecipada a 2 mil


A companhia americana Caterpillar ofereceu a cerca de dois mil funcionários incentivos para que se aposentem de forma voluntária antes do previsto, pela perspectiva de uma queda "significativa" da atividade industrial, informou nesta quarta-feira a empresa.

A iniciativa, destinada aos trabalhadores de diversas fábricas em Illinois, Colorado, Tennessee e Pensilvânia, se soma aos cortes de empregos anunciados em janeiro, explicou em comunicado de imprensa.

A empresa, a maior fabricante mundial de maquinaria pesada para a construção e a mineração, acrescentou que, "em função das condições de negócio, podem ser necessárias mais reduções de elenco voluntárias e involuntárias à medida que o ano avança".

O vice-presidente da companhia, Sid Banwart, explicou que a empresa prevê "demissões significativas em todas as regiões geográficas e na maioria dos setores devido às dificuldades da economia mundial".

17:18
Anónimo disse...
Comércio
Comércio exterior da OCDE caiu no 3º trimestre de 2008


As exportações e as importações dos países da Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Econômico (OCDE) caíram 1,6% e 0,2%, respectivamente, no terceiro trimestre de 2008, em relação aos três meses anteriores.

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Trata-se da primeira queda destas atividades desde o terceiro trimestre de 2006, segundo o último relatório trimestral sobre fluxos comerciais divulgado pela OCDE.

As exportações e as importações em dólares dos 30 Estados-membros caíram 15,6% e 17%, respectivamente, na comparação anualizada.

Por sua vez, o comércio dos sete países mais ricos do mundo (G7) teve um pequeno crescimento no terceiro trimestre de 2008 com uma queda das exportações de mercadorias de 0,2% em relação ao trimestre anterior e um aumento de 0,4% das importações.

Em termos anualizados, as importações do G7 caíram 1,4% entre julho e setembro do ano passado, seu primeiro retrocesso desde o terceiro trimestre de 2006, enquanto as exportações aumentaram 1,9%, seu crescimento mais baixo no mesmo tempo.

Por países, a Alemanha aumentou suas importações em 3,4% - valor mais alto do G7 -, enquanto suas exportações caíram 2,9% do segundo para o terceiro trimestre de 2008.

Pelo contrário, as exportações americanas aumentaram 1,8% entre julho e setembro de 2008, enquanto as importações caíram 0,7% em relação ao trimestre anterior. No Japão, tanto as importações quanto as exportações caíram em torno de 1% no mesmo período.

17:19
Anónimo disse...
Economia Nacional
Lula: juros de crédito consignado a aposentados são altos

Atualizada às 17h29

O presidente Luis Inácio Lula da Silva afirmou nesta terça-feira, em São Paulo, que está lutando para reduzir as taxas de juros cobradas de aposentados em crédito consignado. A Previdência Social estabelece uma taxa máxima de 2,5% para empréstimo e de 3,5% para cartão. Para Lula, os valores são altos.

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"Acho que o juro que os aposentados estão pagando hoje com o crédito consignado é alto para o padrão brasileiro", disse o presidente durante a cerimônia de comemoração dos 86 anos do INSS.

A Previdência anunciou nesta terça-feira que aposentados e trabalhadoras com licença-maternidade poderão receber seus benefícios em 30 minutos. De acordo com Lula, em junho, a aposentadoria do trabalhador rural também será conseguida em meia hora.

Além disso, o presidente anunciou que, também em junho, os trabalhadores que alcançarem o direito à aposentadoria passarão a receber em suas casas um comunicado da Previdência informando o fato e o valor do salário que têm direito a receber. "É um comprometimento público que estou fazendo com os companheiros da Previdência Social", disse.

"Estamos retribuindo ao contribuinte da Previdência Social aquilo que é a cidadania que ele tem direito", afirmou Lula. "Se para cobrar nós somos tão precisos, para devolver o dinheiro, temos que chegar próximo à perfeição", completou.

17:20
Anónimo disse...
Economia Nacional
Salário maternidade sairá em 30 minutos, diz ministro

Toda trabalhadora autônoma que tiver contribuído pelo menos 10 meses com o Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) - ou as que possuírem carteira assinada - poderão receber em 30 minutos o salário maternidade a partir desta terça-feira. Da mesma forma, as mulheres com 30 anos de contribuição e os homens com 35 anos também terão direito ao benefício de forma mais rápida. A informação é do ministro da Previdência Social, José Pimentel.

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Para requerer o salário maternidade, é preciso que as autônomas levem a carteira de identidade e o carnê de contribuição. As demais trabalhadoras devem apresentar a identificação e a carteira de trabalho. Desde o início do mês, a nova forma de análise para a concessão de benefícios foi adotada para a aposentadoria por idade do trabalhador urbano e agora foi estendida para o salário maternidade e por tempo de contribuição.

O ministro disse que a qualificação do serviço da previdência social é o reconhecimento do direito dos trabalhadores e da afirmação da cidadania.

"Até pouco tempo na cabeça do cidadão o serviço devia ser de péssima qualidade. Agora não, nós modificamos toda a legislação no mês de dezembro numa ação conjunta do Congresso Nacional com o governo federal. Estamos implantando e concedendo os benefícios em até 30 minutos", afirmou.

O ministro destacou que para conseguir se aposentar ou ter acesso à licença maternidade em 30 minutos, em primeiro lugar, é necessário que o cidadão esteja vinculado à Previdência, o que inclui 65% da população acima de 16 anos de idade.

"Depois bastar marcar pelo sistema 135 o dia e a hora do atendimento e levar a documentação. Se todos os dados necessários estiverem corretos o contribuinte será atendido em até 30 minutos, como vem sendo feito com as aposentadorias por idade desde o dia cinco de janeiro", explicou.

Pimentel disse ainda que em 90% das agências da previdência social o atendimento é marcado em até 48 horas. Nos grandes centros, entretanto existe um volume maior o que torna mais lento o processo.

"Estamos criando mais 715 agências até 2010, em todo o território nacional, para descentralizar o atendimento. Em 2008, atendemos 295 mil benefícios e aposentadorias por idade. Temos 4 mil pessoas por dia procurando e se aposentando por idade no território nacional. Este serviço será agilizado", concluiu.
17:28
Anónimo disse...
Giuseppe Englaro, pai de Eluana, a italiana que morreu na segunda-feira passada por desidratação, recusou uma grande soma de dinheiro de um conhecido fotógrafo italiano que queria retratar a filha em estado de coma, disse neste sábado o neurologista que atendia a mulher desde 1996, Carlo Defanti.

O neurologista, que participou hoje de uma conferência sobre eutanásia, disse que Englaro respeitou a vontade da filha, que, antes do acidente, tinha pedido que, se lhe ocorresse qualquer coisa irreversível, apresentasse sua imagem de quando estava em boas condições.

Antes de sofrer o acidente de trânsito, em 1992, Eluana viveu o coma de um amigo, Alessandro, o que causou forte impacto na italiana e a levou a fazer o pai prometer que não a deixasse viver em estado vegetativo, disse o próprio Giuseppe Englaro.

Defanti, que dissera que Eluana poderia viver de dez a 12 dias depois da suspensão da alimentação e da hidratação, disse que, como médico, tinha que reprovar esta afirmação.

"Não se pode sobreviver após três ou quatro dias sem líquido e, em particular, água em um corpo. Sabemos bem que, quando há um terremoto, após quatro dias é difícil encontrar sobreviventes".

Defanti ressaltou que Eluana "não falava, não se comunicava com o exterior" e que, após vários exames, "nos deparamos com uma moça que tinha perdido a consciência", porque estava com o córtex cerebral prejudicado.

Eluana foi enterrada na quinta-feira passada no túmulo da família na localidade de Paluzza, em Udine, após um funeral que não contou com a presença dos pais.

16:53
Anónimo disse...
Os bombeiros combatem neste sábado os incêndios na Austrália favorecidos pelo bom tempo, enquanto os deslocados encotram em seu retorno casas derruídas, carros queimados nas ruas e destruição.

Depois de sete dias desde que começaram os incêndios no Estado de Victoria, a lista de mortos chega a 181, os desaparecidos somam 50, os edifícios destruídos totalizam 1,834 mil e o terreno arrasado, principalmente florestas, ocupa uma área de 4,13 mil quilômetros quadrados.

As equipes de bombeiros, formadas por 4 mil profissionais de Victoria, de outras partes da Austrália e de países amigos, combateram hoje 12 focos fora de controle e nenhum representava uma ameaça direta para a população.

O subdiretor do Serviço de Bombeiros, Geoff Conway, disse que este tempo favorável, que se prolongará durante o domingo, permite consolidar as linhas de contenção e avançar na extinção das chamas.

Cinzas apareceram arrastadas por ventos do nordeste sobre Melbourne, onde habitam 3,8 milhões de pessoas, e as autoridades alertaram aos cidadãos do risco para a saúde de idosos, crianças e pessoas com problemas respiratórios.

O número de pessoas deslocadas - a Cruz Vermelha chegou a receber 7 mil - começou a cair com a abertura de algumas localidades atingidas.

Os incêndios, alguns criminosos, começaram em 7 de fevereiro, quando a região sul da Austrália estava há duas semanas sob uma onda de calor sem precedentes.

Na sexta-feira passada, a polícia acusou uma pessoa de ter provocado o incêndio que atingiu a localidade de Churchill e matou 21 pessoas.

16:55
Anónimo disse...
A primeira chuva em seis dias reduziu a ameaça de incêndios no Estado de Victoria, ao sul da Austrália. As autoridades, porém, advertiram que ainda existem 12 focos, mas que nenhum deles ameaça áreas povoadas.

Mais de quatro mil bombeiros, mil provenientes de outras partes do país e de outras nações, trabalham contra o fogo. Cerca de 600 veículos e 28 helicópteros e pequenos aviões estão sendo usados.


Eles conseguiram construir linhas de contenção para evitar os incêndios de Yarra e Maroondah se juntassem. Também foram controlados os incêndios abertos de Yea e Murrindindi, que ameaçavam as comunidades de Connellys Creek, Crystal Creek, Scrubby Creek e Native Dog Creek.

O número de mortos chegou a 181, mas as autoridades acreditam que as vítimas devem passar de 200, já que ainda há muitos desaparecidos.

16:55
Anónimo disse...
Aqui nesta coluna, na semana passada, tive a oportunidade de comentar sobre a recente visita do professor brasileiro Pedrinho Guareschi à Austrália. Não dei, porém, os fatos, pois semana passada o assunto era outro.

Hoje, porém, vamos a eles.

No último dia 4 de fevereiro, aconteceu o Seminário "Paulo Freire: Education and Liberation", organizado pelo centro de estudos latino-americanos da Universidade Nacional da Austrália, ou ANU, como é mais conhecida por aqui.

A ANU, para quem não sabe, está entre as 20 melhores universidades do mundo! E tem sede aqui em Camberra, capital da Austrália.

Na abertura do evento, o professor John Minns, diretor do centro latino-americano, ao dar boas-vindas ao público presente, lembrou ser aquele o primeiro seminário exclusivamente dedicado a Paulo Freire na Austrália.

Em seguida, convidou Pedrinho Guareschi, palestrante principal do Seminário, a fazer sua apresentação.

A plateia pode então conhecer, pelas palavras de Pedrinho, um pouco da obra e da vida de Freire, esse brasileiro de fé e valor, que sempre acreditou na educação, sobretudo dos menos favorecidos, analfabetos, como força libertadora.

Como não podia deixar de ser, os conceitos e ideias revolucionários de Paulo Freire, expostos com clareza por Pedrinho, despertaram o interesse e a curiosidade de plateia. A qual, deve-se notar, era na maioria de estudantes, mas de várias nacionalidades, sobretudo australianos e asiáticos.

Na continuação do programa do seminário, que se estendeu por dois dias, outros professores fizeram palestras sobre temas ligados à obra de Paulo Freire.

Interessante, por exemplo, saber que a professora Anne Hickling-Hudson, jamaicana que mora na Austrália há muitos anos (é professora da ANU), conheceu e trabalhou com Freire num workshop educacional durante a revolução na Ilha de Granada, em 1980, antes da invasão dos Estados Unidos...

Ou, então, a palestra da Professora Gerda Roelvink, da Nova Zelândia, que participou do Fórum Social de Porto Alegre em 2005. E essa participação transformou-se em tema de doutorado.

No dia 10, terça-feira passada, o padre Pedrinho Guareschi voltou a falar ao público australiano em grande auditório localizado no belíssimo campus da ANU. Desta vez, sobre a Teologia da Libertação.

Depois da palestra, John Minns mostrou o filme mexicano "O Crime do Padre Amaro", no qual um dos personagens é um padre católico praticante da Teologia da Libertação.

Mais uma vez, foi grande o intersse da platéia, que pode aprender e conhecer um pouco como se desenvolveu aquele importante movimento católico na América Latina.

Fica, assim, ao Pedrinho, bem como a outros brasileiros estudiosos e de bom coração que saem pelo mundo a divulgar aspectos importantes da cultura brasileira, o respeito e a homenagem desta coluna. E... aquele abraço!

16:57
Anónimo disse...
Amanda Kitts perdeu o braço esquerdo em um acidente de automóvel acontecido três anos atrás, mas hoje em dia ela joga futebol americano com seu filho de 12 anos de idade, troca fraldas e abraça as crianças nas três creches Kiddie Cottage que opera em Knoxville, Tennessee. Kitts, 40 anos, faz tudo isso com a ajuda de um novo tipo de braço artificial que se movimenta com mais facilidade do que outros aparelhos e que ela pode controlar utilizando apenas seus pensamentos.

"Eu sou capaz de mexer a mão, o pulso e o cotovelo ao mesmo tempo", diz. "Você pensa e os músculos se movem em seguida".

A recuperação que ela conseguiu resulta de um novo procedimento que vem atraindo crescente atenção porque permite que pessoas movam braços protéticos de forma mais automática do que faziam no passado, simplesmente utilizando nervos reaproveitados em seus cérebros.

A técnica, conhecida como "renervação muscular dirigida", envolve utilizar os nervos que restam depois da amputação de um braço e conectá-los a outro músculo do corpo, em geral no peito. Eletrodos são instalados sobre os músculos do peito, e operam como se fossem antenas. Quando a pessoa deseja mover o braço, o cérebro envia sinais que primeiro resultam em contração dos músculos do peito, os quais enviam um sinal ao braço protético, instruindo-se a se movimentar. O processo não requer mais esforços consciente do que a pessoa teria de exercitar caso ainda tivesse seu braço natural.

Na terça-feira, pesquisadores reportaram em estudo publicado pela versão online do Journal of the American Medical Association que haviam levado a técnica ainda mais à frente, tornando possível a execução de 10 movimentos de mão, pulso e cotovelo diferentes, o que representa uma substancial melhora com relação ao típico repertório protético, que em geral envolve apenas dobrar o cotovelo, girar o pulso e abrir a mão.

"Os novos métodos tiveram impacto dramático em nosso campo de trabalho", disse Stuart Harshbarger, engenheiro biomédico na Universidade Johns Hopkins e diretor do programa de pesquisa sobre próteses, financiado pelas forças armadas, que inclui o trabalho com essa técnica. "O método já está em uso por médicos e cirurgiões comuns em todo o país. A capacidade de controlar um membro protético bastante robusto que ele confere surpreendeu a todos pela qualidade".

Tipicamente, uma pessoa que tenha um braço protético só é capaz de executar alguns poucos movimentos, e muitas vezes com tamanha lentidão que isso só permite a ela atividades limitadas.

Há um motor separado para cada movimento, diz Gerald Loeb, professor de engenharia biomédica na Universidade do Sul da Califórnia, "e esses motores precisam ser controlados de maneira explícita", usualmente por um esforço consciente da pessoa para contrair músculos nas costas ou no bíceps.

"Essencialmente, até agora os pacientes controlavam apenas um motor de cada vez", diz Loeb, "e precisavam pensar cuidadosamente sobre que motor desejavam controlar e como fazê-lo operar, em lugar de simplesmente pensarem em mover o braço e poderem fazê-lo sem delongas".

Antes que Kitts passasse pelo procedimento de renervação, em outubro de 2007, por exemplo, ela precisava movimentar os músculos de suas costas de determinada maneira para fazer com que seu pulso girasse, e flexionar seu bíceps e tríceps para fazer com que o cotovelo se movesse para cima e para baixo. "Era muito trabalho", ela conta. "E não me ajudava muito".

O procedimento de renervação é parte de uma recente explosão de idéias novas e técnicas inovadoras que estão sendo exploradas enquanto os cientistas se esforçam por ajudar as pessoas a compensar melhor a perda de membros ou problemas de paralisia. O esforço vem sendo alimentado pelo aumento no número de amputações causado por diabetes e por ferimentos sofridos pelos militares, e ao mesmo tempo pelos avanços na tecnologia médica.

Os braços se tornaram um dos focos essenciais desse tipo de trabalho. A ciência há muito vem obtendo sucessos no desenvolvimento de próteses de perna, mas é muito mais difícil imitar a complexidade e a destreza das mãos e dos braços.

Os esforços em curso incluem o desenvolvimento de projetos de pele e braços mais sensíveis e mais flexíveis, e o uso de dispositivos acionados por controles sem fio implantado nos braços protéticos, que permitiriam movimentos mais naturais.

Os pesquisadores também vêm usando sensores implantados nos cérebros de cobaias para permitir que dois macacos controlem um braço mecânico, e um teste com um homem paralítico permitiu, com esse método, que ele movimentasse um cursor em uma tela de computador.

Alguns desses métodos, caso venham a ser aperfeiçoados plenamente e consigam aprovação das autoridades regulatórias da saúde, podem no futuro se tornar mais viáveis para os pacientes de amputações.

E embora a técnica da renervação não requeira aprovação das autoridades regulatórias porque é executada por meios cirúrgicos e emprega aparelhos já existentes, ela apresenta limitações que até mesmo seus criadores reconhecem, entre as quais o fato de que não se pode utilizá-la para todos os pacientes, o seu alto custo e o prazo de meses requerido para que os nervos reconectados cresçam e se tornem efetivos.

Ainda assim, os especialistas dizem que é o mais avançado sistema em uso hoje para pacientes reais que permite que o sistema nervoso controle diretamente o movimento de um braço artificial.

Desde sua introdução por Todd Kuiken, médico fisioterapeuta e engenheiro biomédico do Instituto de Reabilitação de Chicago, o método foi empregado em cerca de 30 pacientes nos Estados Unidos, Canadá e Europa, entre os quais oito soldados feridos no Iraque e no Afeganistão.

Muitos dos pacientes, entre os quais o primeiro, Jesse Sullivan, um operário do setor elétrico no Tennessee que perdeu os dois braços quando foi eletrocutado por um cabo, conseguem não apenas manipular seus braços protéticos mas sentir a presença das mãos que já não têm quando alguém toca em seus peitos.

Sullivan, 62 anos, e Kitts, estavam entre os cinco pacientes que participaram do estudo reportado na terça-feira. Em companhia de cinco outras pessoas que não passaram por amputações, eles receberam os eletrodos e foram instruídos a usar pensamentos para fazer com que um braço virtual na tela reproduzisse 10 movimentos diferentes, entre os quais três formas diferentes de aperto de mão.

Os pacientes apresentaram desempenho bastante respeitável, apenas um pouco mais lento e menos preciso do que os dos participantes que não tinham amputações.

"As velocidades de movimento que encontramos em nossos pacientes foram realmente encorajadoras", disse Kuiken. "Eles conseguiram completar a tarefa. É claro que não foram tão competentes quanto as pessoas dotadas de plena capacidade física, mas foram bons o bastante".

Um braço virtual foi usado porque a maioria das próteses existentes não era capaz de acomodar todos aqueles movimentos, no momento da pesquisa, ainda que Sullivan, Kitts e uma terceira paciente, Claudia Mitchell, tenham experimentado dois novos protótipos mais versáteis de braços artificiais, executando tarefas complexas com bolas de tênis e outros objetos.

O trabalho de renervação em soldados apresenta outros desafios, diz Kuiken, porque os ferimentos militares muitas vezes "causam danos muitos extensos" a nervos, músculos ou ossos.

Daniel Acosta, 25 anos, um aviador ferido pela detonação de uma bomba em uma estrada do Iraque em 2005, passou pelo procedimento no ano passado e diz que seu braço esquerdo protético agora se movimenta "muito mais rápido" e de maneira muito mais natural.

"A diferença é que agora não preciso mais pensar para mover o braço", ele diz. "Ele simplesmente se mexe".

Ainda assim, Acosta, de San Antonio, diz que "o processo foi bastante longo" e que os eletrodos precisam ser ajustados para receber os sinais à medida que os nervos crescem ou mudam de posição.

E embora elogiem o método, os especialistas afirmam que a ciência das próteses de braço ainda tem muito por avançar.

"Trata-se de uma parte crucial, mas ainda assim apenas uma parte, das muitas coisas que compreendem a função normal de um braço", disse Loeb, que escreveu um editorial que acompanha o artigo no Journal of the American Medical Association.

"No momento estamos a meio do caminho entre o braço de 'Dr. Fantástico', que fazia involuntariamente a saudação nazista, e o braço de Luke Skywalker em 'Guerra nas Estrelas', que funciona sem nenhum problema assim que é conectado. Creio que precisaremos ainda de muitos anos para conectar todas as peças necessárias a produzir um braço capaz de funcionar normalmente".

17:04
Anónimo disse...
A Espanha disse neste sábado que está preparando uma reclamação oficial contra a decisão da Venezuela de expulsar um membro do Parlamento Europeu que criticou o conselho eleitoral venezuelano.
Luis Herrero, membro do partido conservador espanhol PP, foi deportado na sexta-feira depois que o Conselho Nacional Eleitoral (CNE) o acusou de questionar a imparcialidade da instituição antes de um referendo que pode permitir ao presidente Hugo Chávez permanecer no cargo indefinidamente.

Herrero estava na Venezuela como observador do referendo. Ele acusou Chávez de ter "comportamentos típicos de um ditador" por pedir a contenção de manifestações da oposição.

O governo da Espanha convocou um encontro com o embaixador da Venezuela em Madri para expressar a desaprovação sobre a expulsão de Herrero, disse um representante do Ministério das Relações Exteriores espanhol.

As relações da Venezuela com a Espanha tiveram seu ponto crítico em 2007, quando Chávez ameaçou rever acordos diplomáticos e comerciais depois de ouvir um "cala a boca" do rei espanhol Juan Carlos durante uma cúpula.

A fenda foi oficialmente reparada em 2008, com uma visita oficial de Chávez à Espanha, onde ele cumprimentou o rei e discutiu acordos para investimento no setor petroquímico com o primeiro-ministro José Luis Rodriguez Zapatero.

17:06
Anónimo disse...
A polícia do Zimbábue anunciou neste sábado que acusa de traição Roy Bennett, dirigente do até agora opositor Movimento para a Mudança Democrática (MDC), detido na sexta-feira, em Harare, poucas horas antes da cerimônia de posse dos membros do novo gabinete.

"A Polícia nos informou que vão apresentar acusações de traição", disse à agência EFE o advogado de defesa de Bennett, Trust Maanda.

"Tentam relacionar Roy com o caso de Mike Hitschmann, que foi detido em 2006 em relação à descoberta de um carregamento de armas, apesar de que Hitschmann não tenha sido declarado culpado das acusações de traição apresentadas contra ele, mas de um crime menor de descumprimento de leis", disse Maanda.

O político opositor, designado por seu partido como vice-ministro de Agricultura no Governo de união nacional, esteve no exílio na vizinha África do Sul desde 2006 e retornou ao Zimbábue há duas semanas.

Segundo a Polícia, que deteve Bennett ontem no aeroporto de Harare quando pretendia ir à África do Sul para visitar sua família, as armas apreendidas em 2006 seriam utilizadas em um golpe de Estado para derrubar o presidente do Zimbábue, Robert Mugabe.

Depois da detenção, Bennet foi levado a Mutar, onde vários simpatizantes do MDC se concentraram em frente à delegacia na qual estava detido, diante do que a Polícia respondeu com tiros para o alto para dispersar os manifestantes.

17:07
Anónimo disse...
Austrália: 14 mil se candidatam a 'emprego dos sonhos'

A secretaria de Turismo de Queensland, na Austrália, informou que até esta segunda-feira já recebeu cerca de 14 mil inscrições para o "o melhor emprego do mundo". O Estado australiano promove pela internet seleção para vaga de "zelador" da ilha Hamilton, por seis meses com um salário de R$ 40 mil.

Muitos candidatos tiveram problemas durante a inscrição por conta dos acessos simultâneos ao site. A secretaria aconselha enviar os vídeos de 60s explicando porque deve ser escolhido em horários alternativos do dia, além de recomendar tamanho em torno de 40MB.

As inscrições começaram em 12 de janeiro e vão até o próximo dia 22 e podem ser feitas pelo site www.islandreefjob.com. O governo australiano escolherá 50 candidatos para a próxima fase da seleção, que terá votos do público para eleger um dos 11 finalistas.

A última fase terá entrevistas e desafios físicos, no próprio local de trabalho: as ilhas da Grande Barreira Coralina - o maior recife de coral do mundo. A secretaria de Turismo anunciará o vencedor no dia 6 de maio.

17:09
Anónimo disse...
Mercado elogia governo na crise, mas pede maior queda no juro

Peter Fussy
Direto de São Paulo

Desde as primeiras medidas anunciadas para combater os efeitos da crise, o governo brasileiro avisou que a estratégia não contemplaria um pacote. Seriam doses pontuais, de acordo com a necessidade da economia diante do agravamento das turbulências. Da primeira liberação dos depósitos compulsórios em setembro até a ampliação do seguro-desemprego na última quarta-feira, o governo passou por redução de impostos, ampliação de crédito e incentivos à exportação. Quase 150 dias após a primeira medida, o Terra conversou com líderes do setor público e privado, representantes dos trabalhadores, acadêmicos e com o próprio governo para saber quais destas ações foram mais eficazes, quais foram mais ineficientes e o que mais pode ser feito pelo Estado brasileiro contra a crise.

Os maiores elogios foram direcionados à atitude de reduzir o Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) para a indústria automobilística, anunciada em dezembro e que fez com que os emplacamentos de carros novos subissem 1,9% no primeiro mês do ano em relação a dezembro de 2008. Já as maiores críticas foram para a lentidão no corte da taxa básica de juro do País.

Para o presidente do conselho administrativo do Grupo Pão de Açúcar, Abílio Diniz, o Estado não é responsável pela crise e mesmo assim está agindo "com extrema serenidade e muito acerto". "O governo está atento, fazendo a sua parte. É preciso coragem de baixar firmemente a taxa de juros. É uma arma que temos a nosso favor, já que não há clima para inflação, nem possibilidade de danos para a macroeconomia", afirmou Diniz.

Na última reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), em janeiro, a taxa Selic foi reduzida em um ponto percentual, de 13,75% para 12,75% ao ano. Porém, o professor de economia da Universidade de Brasília (UnB) José Luiz Oreiro lembra que este corte representa uma redução de apenas 0,25 ponto percentual com relação à taxa de setembro do ano passado, quando a crise se agravou.

"Pouco antes da eclosão da crise, o Banco Central aumentou a taxa em 0,75 ponto. Foram cinco meses de demora para reduzir em termos líquidos apenas 0,25 ponto", afirmou o economista, que também sugeriu redução do intervalo de cerca de 90 dias entre as reuniões do Copom e o corte de pelo menos um 1 ponto percentual em cada reunião.

Mesmo com o corte de janeiro, a taxa de juros real continua sendo a maior do mundo, lembrou o secretário-geral da Força Sindical, João Carlos Gonçalves, o Juruna. "A redução da taxa de juro ainda é pequena, porque ela continua uma das mais altas do mundo. Falta ousadia para baixar os juros e ajudar o cidadão. A permanência da taxa de juro alta é negativa para o País em meio a crise", afirmou Juruna.

Embora aprove as ações do governo, o senador Aloízio Mercadante (PT-SP) também acredita que o patamar da Selic está muito alto. "Sempre fomos os primeiros a entrar em qualquer crise, o que não aconteceu agora. A taxa Selic ainda é muito alta, mas o governo têm tomado medidas acertadas, como o aumento do salário mínimo, mesmo com um cenário de crise. Isso ajuda a movimentar o consumo. O governo está se esforçando para manter os investimentos e o crescimento", disse.

Tributos
De acordo com o economista Fabio Pina, da Fecomercio-SP, as ações mais positivas estão relacionadas à redução de tributos para alguns segmentos, como a indústria automobilística, que recuperou parte da queda nas vendas em janeiro com a isenção do IPI para carros 1.0 l e o corte para demais motorizações. A medida vale até o final de março.

"Essas medidas não só reduziram o preço, mas anteciparam o consumo daqueles que iriam comprar no futuro, dando um prêmio por conta da insegurança. Mexe diretamente com o principal problema que é a confiança do consumidor", afirmou. Juruna destacou que um bom ritmo de vendas é garantia de emprego. "É importante porque cada emprego na montadora significa 19 na cadeia produtiva", comentou o representante da Força Sindical.

Também em dezembro, o governo decidiu cortar pela metade a alíquota do Imposto de Renda para contribuintes que ganham entre R$ 1.434 e R$ 2.150 mensais. "O salário aumentava e a tabela não se modificava. As pessoas ganhavam mais e pagavam mais impostos", apontou Juruna. Outra redução de tributos do governo foi com relação ao Imposto sobre Operações Financeiras (IOF), que caiu de 3% ao ano para 1,5%.

Crédito
Na segunda metade de 2008, o colapso de bancos nos Estados Unidos por conta da crise do subprime provocou uma forte restrição de crédito no mundo inteiro. Uma das primeiras medidas anticrise do governo teve como objetivo restabelecer a oferta, com mudanças no recolhimento dos depósitos compulsórios por parte dos bancos. Segundo o presidente do Banco Central, Henrique Meirelles, as diversas modificações liberaram US$ 99,2 bilhões aos bancos até o final de janeiro.

Além disso, o governo concedeu R$ 36 bilhões das reservas internacionais para empresas brasileiras com dívidas no exterior e uma medida provisória autorizou o Banco do Brasil e a Caixa Econômica Federal a comprar carteiras de crédito de bancos privados. Para o diretor do Departamento de Pesquisas e Estudos Econômicos da Fiesp, Paulo Francini, estas medidas foram essenciais para combater os efeitos da crise.

"A crise se desenvolve no mundo em torno do tema crédito. E o crédito reduziu-se barbaridade no mundo. Então o governo lança mão de compulsório, lança mão de reservas, de medidas que permitem aos bancos comprar carteiras de bancos. Você vai tomando várias medidas para atender às demandas e o epicentro disso é crédito", afirmou.

No entanto, Oreiro, da UnB, adverte que a liberação dos compulsórios seria mais eficiente acompanhada de redução mais agressiva da taxa básica de juro. "Uma parte do crédito voltou, depois da forte retração em outubro e novembro. O que deveria ter sido feito junto à liberação do compulsório era uma redução mais drástica da taxa de juro. Sem isso, os bancos pegam as reservas e acabam comprando títulos públicos", explicou o economista.

Na opinião de Pina, as ações de distribuição de crédito via redução do compulsório e a disposição de capital de giro para empresas foram tomadas sem um cuidado maior na operação e não tiveram muito efeito. "O BNDES tem linhas que ficam paradas quase todo o ano, agora é pior ainda. Existem os recursos, mas as empresas e os bancos estão desconfiados. É preciso fazer com que os bancos tenham interesse em emprestar", afirmou o economista da Fecomercio-SP.

Futuro
Mesmo com todas essas medidas, a crise financeira ainda gera incertezas nos setores produtivos do País. Nos últimos meses, o medo do desemprego fez os consumidores adiarem compras. Por sua vez, a queda nas vendas pode obrigar as indústrias a cortarem a produção e demitir funcionários. Contra isso, empresários sugerem redução de jornada e de salários.

"Isto está previsto em lei. A Fiesp simplesmente manteve conversações com entidades sindicais quanto à aplicação daquilo que já está previsto em lei", afirmou Francini.

Segundo a ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff, uma das medidas que assegura um nível de emprego é a manutenção de investimentos no Programa de Aceleração do Crescimento (PAC). "Estamos esperando que a dificuldade ocorra em janeiro, fevereiro e março. Estamos certos que vamos manter o nível de investimento. É isso que funciona, é isso que significa investimento público. Ele funciona como um colchão. Por isso, nós colocamos R$ 100 bilhões no BNDES e a Petrobras ampliou o seu investimento em R$ 120 bilhões", afirmou.

Na mesma linha, Pina explica que a antecipação de gastos do governo substitui parte da demanda retraída do setor privado. "Ele dá o seguinte recado: não vou estourar as contas públicas, mas concentrar em um momento em que a demanda privada está pequena. Mas o governo não tem fôlego suficiente para fazer o papel de toda demanda", ressaltou. O economista da Fecomercio lembrou que a entidade já pleiteou junto ao governo isenções para transferência de imóveis e de automóveis, além de retirar o IPVA para veículos novos.

Já Oreiro foca suas propostas na capitalização do Banco do Brasil e da Caixa Econômica Federal pelo Tesouro para atender a demanda de crédito para capital de giro e reduzir o spread. "Aumentando o empréstimo e reduzindo as taxas, os dois vão forçar os bancos privados a acompanhar o movimento, até para não perderem participação no mercado", explicou o economista da UnB.

Até o Carnaval, o governou prometeu detalhar um pacote de incentivos para a construção de até um milhão de casas populares, direcionado a famílias com renda de até dez salários mínimos. "Estamos atentos a tudo o que está acontecendo e novas medidas serão tomadas caso haja uma avaliação de que sejam necessárias", disse o ministro da Fazenda, Guido Mantega, na última sexta-feira.

17:11
Anónimo disse...
Ex-ministro critica extensão do seguro-desemprego

Atualizada às 09h03

O ex-ministro do Trabalho Almir Pazzianotto criticou a decisão do governo federal de conceder o seguro-desemprego estendido a apenas alguns setores. "É certamente odioso e provavelmente inconstitucional", disse Pazzianotto, de acordo com o jornal O Estado de S. Paulo.

Na última qurta, dia do anúncio da medida, centrais sindicais elogiaram a atitude do governo. A Força Sindical divulgou nota dizendo que "o aumento ajudará a aquecer parte da economia, já que irá gerar mais consumo, produção e conseqüentemente, a criação de novos postos de trabalho". A União Geral dos Trabalhadores (UGT) afirmou que a medida "contribuirá para minimizar o drama dos trabalhadores que perderem seu emprego por conta da crise".

O ex-ministro, que instituiu o seguro-desemprego no País no governo de José Sarney, destacou a necessidade de as centrais sindicais se manifestarem contra a determinação. Para ele, as mudanças devem ser aplicadas a todas as categorias profissionais e a distinção é contrária ao artigo 3º da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT).

Pazzianotto atribui a medida a um possível temor do governo de que a crise econômica seja longa e não haja dinheiro para atender a todas as necessidades. Ainda assim, ele se mostra contrário ao método de concessão. "O seguro-desemprego ajuda a sanar necessidades básicas. Estendê-lo é paliativo, não a solução", disse ao jornal.

De acordo com o presidente do Conselho Deliberativo do Fundo de Amparo ao Trabalhador (Codefat) e conselheiro da Força Sindical, Luiz Fernando Emediato, a determinação já estava prevista na lei 8.900/94, que trata do seguro-desemprego.

O presidente da Comissão de Trabalho da Câmara, Pedro Fernandes (PTB-MA) vai além na crítica à concessão do seguro para apenas alguns setores. Ele acredita que a ampliação do benefício estimula o desemprego.

Quintino Severo, secretário geral da Central Única dos Trabalhadores (CUT), lembra que a ampliação do benefício sem critério e identificação pode incentivar demissões em outros setores.

17:13
Anónimo disse...
Empresas
TAM faz promoção para destinos internacionais

A companhia aérea TAM anunciou nesta sexta-feira tarifas promocionais para trechos internacionais. Os preços valem para bilhetes comprados entre 6h deste sábado e 23h59 deste domingo e são válidos para classe econômica. As tarifas, para ida e volta, serão vendidas a partir de US$ 99, mais taxas.

Segundo a aérea, a promoção vale para viagens feitas no período de 14 de fevereiro a 18 de junho de 2009. Para destinos na América do Sul, a permanência mínima é de dois dias; para bilhetes com destino nos Estados Unidos, cinco dias; e Europa, sete dias. A permanência máxima para as passagens para América do Sul e EUA é de dois meses e para Europa, três meses.

Entre os exemplos de tarifas promocionais, a TAM oferece São Paulo-Lima por US$ 99. Bilhetes para a rota São Paulo-Santiago serão vendidos a partir de US$ 199 e São Paulo-Nova York, US$ 799.

A emissão dos bilhetes deve ser feita obrigatoriamente no ato da reserva, obedecendo às regras estipuladas pela companhia. A compra está sujeita à disponibilidade de assentos nas classes tarifárias determinadas, trechos, horários e datas. A TAM afirmou que também há tarifas promocionais para a classe executiva.

Mais informações podem ser encontradas no site promocional (www.ofertastam.com.br), no site da empresa (www.tam.com.br) ou pelos telefones 4002-5700 ou 0800 5705700.

17:13
Anónimo disse...
Empresas
Consultoria negocia compra do parque temático Hopi Hari

A consultoria especializada em reestruturação de empresas Íntegra Associados informou nesta sexta-feira ter um acordo para comprar o parque de diversões Hopi Hari, localizado no interior de São Paulo. A empresa estaria disposta a investir R$ 10 milhões no parque, que tem dívida estimada em R$ 800 milhões. As informações são da edição deste sábado do jornal Folha de S. Paulo.

De acordo com o jornal, a transação ainda depende da negociação entre o Hopi Hari e seus credores, o que já estaria em andamento.

A consultoria paulista já atuou junto à Parmalat, durante 30 meses, quando reorganizou a gestão da empresa italiana.

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17:14
Anónimo disse...
Empresas
Disney de Tóquio contratará mais 2 mil apesar da crise


A Oriental Land, o operador da Disneylândia Tóquio e DisneySea, organizou neste domingo entrevistas para contratar cerca de 2 mil trabalhadores em tempo parcial, em um momento de grandes demissões deste tipo de empregados no Japão.

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O operador deste parque temático, situado em Urayasu, na província de Chiba (leste de Tóquio), está em pleno processo de seleção de empregados para 20 tipos de postos trabalhistas diferentes.

Segundo a companhia, citada pela agência local de notícias Kyodo, o parque contratará novos trabalhadores para as atrações, para os restaurantes e guardas de segurança entre outros. Os novos contratados começarão a trabalhar a partir de fevereiro.

O processo de seleção acontece em um momento em que a maioria das grandes companhias japonesas começaram a se ver obrigadas a despedir uma elevada percentagem de seus trabalhadores temporários e a tempo parcial.

Algumas inclusive anunciaram demissões de seus trabalhadores fixos, uma medida muito pouco comum nas companhias japonesas, perante os efeitos piores que o esperado pela crise econômica global.

Cerca de uma centena de pessoas esperavam desde a primeira hora desta manhã a abertura do centro de conferências Tokyo International Forum, onde as entrevistas estão sendo feitas, para ser os primeiros a solicitar os postos de trabalho.


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17:15
Anónimo disse...
Economia Internacional
Senado dos EUA aprova plano de estímulo à economia

O Senado dos Estados Unidos aprovou com 60 votos a favor e 38 contra o plano de estímulo à economia de US$ 787 bilhões na madrugada deste sábado. Agora, ele segue para sanção ou veto do presidente Barack Obama, que espera colocar a lei em prática até o dia 16 de fevereiro.

O plano prevê a criação de três milhões de empregos, inclui cortes de impostos às famílias, fundos para programas sociais e obras públicas, além de ajuda aos governos estaduais, estudantes e desempregados.

A cláusula Buy American - que exige o uso de ferro, aço e produtos manufaturados dos Estados Unidos em obras realizadas com recursos do pacote - ficou de lado. Segundo o texto definitivo, a cláusula será aplicada sem violar as normas do comércio internacional.

Ontem à tarde, a Câmara de Representantes (deputados) havia aprovado, por 246 votos a favor e 183 contra, a versão final do plano. Todos os republicanos foram contrários ao pacote.

Pelo acordo de quarta-feira entre Câmara e Senado, em vez de custar US$ 819 bilhões, como queriam os deputados, ou US$ 838 bilhões como pretendiam os senadores, o pacote ficou em cerca de US$ 787 bilhões, com 65% desse total destinado a gastos do governo federal e 35%, a créditos tributários.

17:16
Anónimo disse...
Economia nacional
Na era Lula, aposentadoria sobe 54% menos que salário mínimo

Thatiane Faria
Especial para o Terra
Direto de São Paulo

Os índices de reajustes concedidos pelo governo em 2009 para aposentados e pensionistas e para o salário mínimo repetiram uma diferença que, só durante o governo de Luiz Inácio Lula da Silva, já chega a 54%. Enquanto o mínimo foi majorado em 12% este ano, as pensões e aposentadorias tiveram aumento de 5,92%. Aposentados que têm o benefício do governo como única fonte de renda reclamam que perdem poder de compra e que sua cesta de compras é composta por itens que aumentam mais em relação à inflação oficial.

Um exemplo prático pode ser entendido a partir da comparação entre um aposentado que ganhava R$ 600 em janeiro de 2003. Na época, o benefício era três vezes, ou 200%, maior que o valor do mínimo em vigência, que era de R$ 200. Aplicando-se os índices de reajuste para aposentadorias e para o mínimo durante os últimos seis anos, o mesmo aposentado estaria recebendo hoje R$ 938,47, comparado a um salário mínimo de R$ 465. A diferença entre os dois valores caiu para pouco mais de 100%.

Enquanto o índice acumulado de reajuste para a aposentadoria durante o governo Lula foi de 60%, para o salário mínimo está em 132%.

O diretor do Sindicato Nacional dos Aposentados, João Inocentini, reclama que os valores dos benefícios para aposentadorias não mantêm o poder de compra do grupo, principalmente dos aposentados que recebem menos que dez salários mínimos.

Nem mesmo o fato de o índice de reajuste das aposentadorias ter ficado acima da inflação acumulada no mesmo período (o IPCA entre janeiro de 2003 e janeiro de 2009 foi de 39,7%) serve de argumento, segundo os aposentados.

"Os idosos, principalmente, têm gastos além das contas gerais como gás, telefone e aluguel. Para eles o custo com remédios, e outros itens da área saúde costuma ser maior", afirmou Inocentini.

O presidente do sindicato afirmou que o grupo realiza um estudo com 100 itens de necessidade de um idoso para comparar o aumento dos produtos com o índice de reajuste do benefício recebido pelos aposentados.

"Daqui dois meses vamos abrir um processo na Justiça e levar essa pesquisa como prova. Segundo a lei, o governo é obrigado a manter o poder de compra com a aposentadoria", disse Inocentini.

Alternativas
O consultor financeiro Cláudio Boriola diz que os aposentados, especialmente nesse momento de crise econômica, devem evitar compras parceladas, pesquisar preços, negociar e fazer bom planejamento financeiro.

Segundo Boriola, alguns aposentados ganham um valor mensal muitas vezes insuficiente para o pagamento das contas e acabam pedindo crédito ou realizando pagamentos a prazo e são obrigados a pagar juros altos.

Na opinião do consultor, pagar uma previdência privada é uma alternativa indicada para quem ainda trabalha, considerando a característica de perda de poder de compra da aposentadoria.

"Na prática, infelizmente os valores encontram-se em um patamar que está deteriorando o poder de aquisição da população brasileira", completou Boriola.

De acordo com o diretor da Confederação Brasileira de Aposentados e Pensionistas (Cobap), Vicente Fernandes Barbosa, representantes dos aposentados tentarão um encontro com o presidente da Câmara, deputado Michel Temer (PMDB-SP), para discutir projetos que minimizem a perda dos aposentados

17:17
Anónimo disse...
Previdência
Previdência prorroga isenção de tarifas no benefício

O atual sistema de pagamento aos 26 milhões de aposentados e pensionistas do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) será mantido até o final deste ano. O acordo, que permite realizar a operação sem nenhum custo aos beneficiários, foi renovado nesta sexta-feira, entre o governo federal e 21 instituições financeiras.

Por meio desse acordo, vigente desde setembro de 2007, nem os segurados, nem os bancos e nem o governo arcam com o pagamento de tarifas, conforme explicou o ministro da Previdência Social, José Pimentel. A prorrogação vale até dezembro, data máxima para que a Previdência defina as regras para um novo contrato.

Ao assinar o termo de renovação, na sede da Federação Brasileira dos Bancos (Febraban), o ministro disse que a intenção do governo é mudar o atual modelo de gestão visando a reduzir os custos dessas operações em torno da folha mensal, que atinge R$ 15,8 bilhões. No entanto, qualquer alteração, conforme explicou, passará antes por audiências públicas a serem realizadas a partir do segundo semestre deste ano, atendendo a determinação do Tribunal de Contas da União (TCU).

De acordo com Pimentel, com um redesenho do mecanismo de repasse dos recursos aos bancos em torno da folha de pagamento dos segurados o que se busca é um aumento da participação de instituições financeiras. Ele informou que, desde 2007, cada benefício custa em média R$ 1,07 ao governo. "Quanto mais instituições financeiras estiverem prestando serviços à sociedade, maior é a competitividade, a agilidade no atendimento", justificou.

O ministro observou, ainda, que, para permitir uma redução para algo em torno de meia hora no tempo de atendimento para a concessão dos direitos previdenciários, o governo investiu R$ 280 milhões.

Questionado sobre o descontentamento dos segurados que ganham acima de um salário mínimo terem obtido apenas a correção com base na variação do Índice de Preços ao Consumidor (INPC) , ficando abaixo do reajuste dado a quem recebe apenas o mínimo, Pimentel argumentou que o governo seguiu o que determina a lei e descartou a possibilidade de uma revisão

17:17
Anónimo disse...
Empresas
Caterpillar oferece aposentadoria antecipada a 2 mil


A companhia americana Caterpillar ofereceu a cerca de dois mil funcionários incentivos para que se aposentem de forma voluntária antes do previsto, pela perspectiva de uma queda "significativa" da atividade industrial, informou nesta quarta-feira a empresa.

A iniciativa, destinada aos trabalhadores de diversas fábricas em Illinois, Colorado, Tennessee e Pensilvânia, se soma aos cortes de empregos anunciados em janeiro, explicou em comunicado de imprensa.

A empresa, a maior fabricante mundial de maquinaria pesada para a construção e a mineração, acrescentou que, "em função das condições de negócio, podem ser necessárias mais reduções de elenco voluntárias e involuntárias à medida que o ano avança".

O vice-presidente da companhia, Sid Banwart, explicou que a empresa prevê "demissões significativas em todas as regiões geográficas e na maioria dos setores devido às dificuldades da economia mundial".

17:18
Anónimo disse...
Comércio
Comércio exterior da OCDE caiu no 3º trimestre de 2008


As exportações e as importações dos países da Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Econômico (OCDE) caíram 1,6% e 0,2%, respectivamente, no terceiro trimestre de 2008, em relação aos três meses anteriores.

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Trata-se da primeira queda destas atividades desde o terceiro trimestre de 2006, segundo o último relatório trimestral sobre fluxos comerciais divulgado pela OCDE.

As exportações e as importações em dólares dos 30 Estados-membros caíram 15,6% e 17%, respectivamente, na comparação anualizada.

Por sua vez, o comércio dos sete países mais ricos do mundo (G7) teve um pequeno crescimento no terceiro trimestre de 2008 com uma queda das exportações de mercadorias de 0,2% em relação ao trimestre anterior e um aumento de 0,4% das importações.

Em termos anualizados, as importações do G7 caíram 1,4% entre julho e setembro do ano passado, seu primeiro retrocesso desde o terceiro trimestre de 2006, enquanto as exportações aumentaram 1,9%, seu crescimento mais baixo no mesmo tempo.

Por países, a Alemanha aumentou suas importações em 3,4% - valor mais alto do G7 -, enquanto suas exportações caíram 2,9% do segundo para o terceiro trimestre de 2008.

Pelo contrário, as exportações americanas aumentaram 1,8% entre julho e setembro de 2008, enquanto as importações caíram 0,7% em relação ao trimestre anterior. No Japão, tanto as importações quanto as exportações caíram em torno de 1% no mesmo período.

17:19
Anónimo disse...
Economia Nacional
Lula: juros de crédito consignado a aposentados são altos

Atualizada às 17h29

O presidente Luis Inácio Lula da Silva afirmou nesta terça-feira, em São Paulo, que está lutando para reduzir as taxas de juros cobradas de aposentados em crédito consignado. A Previdência Social estabelece uma taxa máxima de 2,5% para empréstimo e de 3,5% para cartão. Para Lula, os valores são altos.

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"Acho que o juro que os aposentados estão pagando hoje com o crédito consignado é alto para o padrão brasileiro", disse o presidente durante a cerimônia de comemoração dos 86 anos do INSS.

A Previdência anunciou nesta terça-feira que aposentados e trabalhadoras com licença-maternidade poderão receber seus benefícios em 30 minutos. De acordo com Lula, em junho, a aposentadoria do trabalhador rural também será conseguida em meia hora.

Além disso, o presidente anunciou que, também em junho, os trabalhadores que alcançarem o direito à aposentadoria passarão a receber em suas casas um comunicado da Previdência informando o fato e o valor do salário que têm direito a receber. "É um comprometimento público que estou fazendo com os companheiros da Previdência Social", disse.

"Estamos retribuindo ao contribuinte da Previdência Social aquilo que é a cidadania que ele tem direito", afirmou Lula. "Se para cobrar nós somos tão precisos, para devolver o dinheiro, temos que chegar próximo à perfeição", completou.

17:20
Anónimo disse...
Economia Nacional
Salário maternidade sairá em 30 minutos, diz ministro

Toda trabalhadora autônoma que tiver contribuído pelo menos 10 meses com o Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) - ou as que possuírem carteira assinada - poderão receber em 30 minutos o salário maternidade a partir desta terça-feira. Da mesma forma, as mulheres com 30 anos de contribuição e os homens com 35 anos também terão direito ao benefício de forma mais rápida. A informação é do ministro da Previdência Social, José Pimentel.

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Para requerer o salário maternidade, é preciso que as autônomas levem a carteira de identidade e o carnê de contribuição. As demais trabalhadoras devem apresentar a identificação e a carteira de trabalho. Desde o início do mês, a nova forma de análise para a concessão de benefícios foi adotada para a aposentadoria por idade do trabalhador urbano e agora foi estendida para o salário maternidade e por tempo de contribuição.

O ministro disse que a qualificação do serviço da previdência social é o reconhecimento do direito dos trabalhadores e da afirmação da cidadania.

"Até pouco tempo na cabeça do cidadão o serviço devia ser de péssima qualidade. Agora não, nós modificamos toda a legislação no mês de dezembro numa ação conjunta do Congresso Nacional com o governo federal. Estamos implantando e concedendo os benefícios em até 30 minutos", afirmou.

O ministro destacou que para conseguir se aposentar ou ter acesso à licença maternidade em 30 minutos, em primeiro lugar, é necessário que o cidadão esteja vinculado à Previdência, o que inclui 65% da população acima de 16 anos de idade.

"Depois bastar marcar pelo sistema 135 o dia e a hora do atendimento e levar a documentação. Se todos os dados necessários estiverem corretos o contribuinte será atendido em até 30 minutos, como vem sendo feito com as aposentadorias por idade desde o dia cinco de janeiro", explicou.

Pimentel disse ainda que em 90% das agências da previdência social o atendimento é marcado em até 48 horas. Nos grandes centros, entretanto existe um volume maior o que torna mais lento o processo.

"Estamos criando mais 715 agências até 2010, em todo o território nacional, para descentralizar o atendimento. Em 2008, atendemos 295 mil benefícios e aposentadorias por idade. Temos 4 mil pessoas por dia procurando e se aposentando por idade no território nacional. Este serviço será agilizado", concluiu.
17:28
Anónimo disse...
Giuseppe Englaro, pai de Eluana, a italiana que morreu na segunda-feira passada por desidratação, recusou uma grande soma de dinheiro de um conhecido fotógrafo italiano que queria retratar a filha em estado de coma, disse neste sábado o neurologista que atendia a mulher desde 1996, Carlo Defanti.

O neurologista, que participou hoje de uma conferência sobre eutanásia, disse que Englaro respeitou a vontade da filha, que, antes do acidente, tinha pedido que, se lhe ocorresse qualquer coisa irreversível, apresentasse sua imagem de quando estava em boas condições.

Antes de sofrer o acidente de trânsito, em 1992, Eluana viveu o coma de um amigo, Alessandro, o que causou forte impacto na italiana e a levou a fazer o pai prometer que não a deixasse viver em estado vegetativo, disse o próprio Giuseppe Englaro.

Defanti, que dissera que Eluana poderia viver de dez a 12 dias depois da suspensão da alimentação e da hidratação, disse que, como médico, tinha que reprovar esta afirmação.

"Não se pode sobreviver após três ou quatro dias sem líquido e, em particular, água em um corpo. Sabemos bem que, quando há um terremoto, após quatro dias é difícil encontrar sobreviventes".

Defanti ressaltou que Eluana "não falava, não se comunicava com o exterior" e que, após vários exames, "nos deparamos com uma moça que tinha perdido a consciência", porque estava com o córtex cerebral prejudicado.

Eluana foi enterrada na quinta-feira passada no túmulo da família na localidade de Paluzza, em Udine, após um funeral que não contou com a presença dos pais.

16:53
Anónimo disse...
Os bombeiros combatem neste sábado os incêndios na Austrália favorecidos pelo bom tempo, enquanto os deslocados encotram em seu retorno casas derruídas, carros queimados nas ruas e destruição.

Depois de sete dias desde que começaram os incêndios no Estado de Victoria, a lista de mortos chega a 181, os desaparecidos somam 50, os edifícios destruídos totalizam 1,834 mil e o terreno arrasado, principalmente florestas, ocupa uma área de 4,13 mil quilômetros quadrados.

As equipes de bombeiros, formadas por 4 mil profissionais de Victoria, de outras partes da Austrália e de países amigos, combateram hoje 12 focos fora de controle e nenhum representava uma ameaça direta para a população.

O subdiretor do Serviço de Bombeiros, Geoff Conway, disse que este tempo favorável, que se prolongará durante o domingo, permite consolidar as linhas de contenção e avançar na extinção das chamas.

Cinzas apareceram arrastadas por ventos do nordeste sobre Melbourne, onde habitam 3,8 milhões de pessoas, e as autoridades alertaram aos cidadãos do risco para a saúde de idosos, crianças e pessoas com problemas respiratórios.

O número de pessoas deslocadas - a Cruz Vermelha chegou a receber 7 mil - começou a cair com a abertura de algumas localidades atingidas.

Os incêndios, alguns criminosos, começaram em 7 de fevereiro, quando a região sul da Austrália estava há duas semanas sob uma onda de calor sem precedentes.

Na sexta-feira passada, a polícia acusou uma pessoa de ter provocado o incêndio que atingiu a localidade de Churchill e matou 21 pessoas.

16:55
Anónimo disse...
A primeira chuva em seis dias reduziu a ameaça de incêndios no Estado de Victoria, ao sul da Austrália. As autoridades, porém, advertiram que ainda existem 12 focos, mas que nenhum deles ameaça áreas povoadas.

Mais de quatro mil bombeiros, mil provenientes de outras partes do país e de outras nações, trabalham contra o fogo. Cerca de 600 veículos e 28 helicópteros e pequenos aviões estão sendo usados.


Eles conseguiram construir linhas de contenção para evitar os incêndios de Yarra e Maroondah se juntassem. Também foram controlados os incêndios abertos de Yea e Murrindindi, que ameaçavam as comunidades de Connellys Creek, Crystal Creek, Scrubby Creek e Native Dog Creek.

O número de mortos chegou a 181, mas as autoridades acreditam que as vítimas devem passar de 200, já que ainda há muitos desaparecidos.

16:55
Anónimo disse...
Aqui nesta coluna, na semana passada, tive a oportunidade de comentar sobre a recente visita do professor brasileiro Pedrinho Guareschi à Austrália. Não dei, porém, os fatos, pois semana passada o assunto era outro.

Hoje, porém, vamos a eles.

No último dia 4 de fevereiro, aconteceu o Seminário "Paulo Freire: Education and Liberation", organizado pelo centro de estudos latino-americanos da Universidade Nacional da Austrália, ou ANU, como é mais conhecida por aqui.

A ANU, para quem não sabe, está entre as 20 melhores universidades do mundo! E tem sede aqui em Camberra, capital da Austrália.

Na abertura do evento, o professor John Minns, diretor do centro latino-americano, ao dar boas-vindas ao público presente, lembrou ser aquele o primeiro seminário exclusivamente dedicado a Paulo Freire na Austrália.

Em seguida, convidou Pedrinho Guareschi, palestrante principal do Seminário, a fazer sua apresentação.

A plateia pode então conhecer, pelas palavras de Pedrinho, um pouco da obra e da vida de Freire, esse brasileiro de fé e valor, que sempre acreditou na educação, sobretudo dos menos favorecidos, analfabetos, como força libertadora.

Como não podia deixar de ser, os conceitos e ideias revolucionários de Paulo Freire, expostos com clareza por Pedrinho, despertaram o interesse e a curiosidade de plateia. A qual, deve-se notar, era na maioria de estudantes, mas de várias nacionalidades, sobretudo australianos e asiáticos.

Na continuação do programa do seminário, que se estendeu por dois dias, outros professores fizeram palestras sobre temas ligados à obra de Paulo Freire.

Interessante, por exemplo, saber que a professora Anne Hickling-Hudson, jamaicana que mora na Austrália há muitos anos (é professora da ANU), conheceu e trabalhou com Freire num workshop educacional durante a revolução na Ilha de Granada, em 1980, antes da invasão dos Estados Unidos...

Ou, então, a palestra da Professora Gerda Roelvink, da Nova Zelândia, que participou do Fórum Social de Porto Alegre em 2005. E essa participação transformou-se em tema de doutorado.

No dia 10, terça-feira passada, o padre Pedrinho Guareschi voltou a falar ao público australiano em grande auditório localizado no belíssimo campus da ANU. Desta vez, sobre a Teologia da Libertação.

Depois da palestra, John Minns mostrou o filme mexicano "O Crime do Padre Amaro", no qual um dos personagens é um padre católico praticante da Teologia da Libertação.

Mais uma vez, foi grande o intersse da platéia, que pode aprender e conhecer um pouco como se desenvolveu aquele importante movimento católico na América Latina.

Fica, assim, ao Pedrinho, bem como a outros brasileiros estudiosos e de bom coração que saem pelo mundo a divulgar aspectos importantes da cultura brasileira, o respeito e a homenagem desta coluna. E... aquele abraço!

16:57
Anónimo disse...
Amanda Kitts perdeu o braço esquerdo em um acidente de automóvel acontecido três anos atrás, mas hoje em dia ela joga futebol americano com seu filho de 12 anos de idade, troca fraldas e abraça as crianças nas três creches Kiddie Cottage que opera em Knoxville, Tennessee. Kitts, 40 anos, faz tudo isso com a ajuda de um novo tipo de braço artificial que se movimenta com mais facilidade do que outros aparelhos e que ela pode controlar utilizando apenas seus pensamentos.

"Eu sou capaz de mexer a mão, o pulso e o cotovelo ao mesmo tempo", diz. "Você pensa e os músculos se movem em seguida".

A recuperação que ela conseguiu resulta de um novo procedimento que vem atraindo crescente atenção porque permite que pessoas movam braços protéticos de forma mais automática do que faziam no passado, simplesmente utilizando nervos reaproveitados em seus cérebros.

A técnica, conhecida como "renervação muscular dirigida", envolve utilizar os nervos que restam depois da amputação de um braço e conectá-los a outro músculo do corpo, em geral no peito. Eletrodos são instalados sobre os músculos do peito, e operam como se fossem antenas. Quando a pessoa deseja mover o braço, o cérebro envia sinais que primeiro resultam em contração dos músculos do peito, os quais enviam um sinal ao braço protético, instruindo-se a se movimentar. O processo não requer mais esforços consciente do que a pessoa teria de exercitar caso ainda tivesse seu braço natural.

Na terça-feira, pesquisadores reportaram em estudo publicado pela versão online do Journal of the American Medical Association que haviam levado a técnica ainda mais à frente, tornando possível a execução de 10 movimentos de mão, pulso e cotovelo diferentes, o que representa uma substancial melhora com relação ao típico repertório protético, que em geral envolve apenas dobrar o cotovelo, girar o pulso e abrir a mão.

"Os novos métodos tiveram impacto dramático em nosso campo de trabalho", disse Stuart Harshbarger, engenheiro biomédico na Universidade Johns Hopkins e diretor do programa de pesquisa sobre próteses, financiado pelas forças armadas, que inclui o trabalho com essa técnica. "O método já está em uso por médicos e cirurgiões comuns em todo o país. A capacidade de controlar um membro protético bastante robusto que ele confere surpreendeu a todos pela qualidade".

Tipicamente, uma pessoa que tenha um braço protético só é capaz de executar alguns poucos movimentos, e muitas vezes com tamanha lentidão que isso só permite a ela atividades limitadas.

Há um motor separado para cada movimento, diz Gerald Loeb, professor de engenharia biomédica na Universidade do Sul da Califórnia, "e esses motores precisam ser controlados de maneira explícita", usualmente por um esforço consciente da pessoa para contrair músculos nas costas ou no bíceps.

"Essencialmente, até agora os pacientes controlavam apenas um motor de cada vez", diz Loeb, "e precisavam pensar cuidadosamente sobre que motor desejavam controlar e como fazê-lo operar, em lugar de simplesmente pensarem em mover o braço e poderem fazê-lo sem delongas".

Antes que Kitts passasse pelo procedimento de renervação, em outubro de 2007, por exemplo, ela precisava movimentar os músculos de suas costas de determinada maneira para fazer com que seu pulso girasse, e flexionar seu bíceps e tríceps para fazer com que o cotovelo se movesse para cima e para baixo. "Era muito trabalho", ela conta. "E não me ajudava muito".

O procedimento de renervação é parte de uma recente explosão de idéias novas e técnicas inovadoras que estão sendo exploradas enquanto os cientistas se esforçam por ajudar as pessoas a compensar melhor a perda de membros ou problemas de paralisia. O esforço vem sendo alimentado pelo aumento no número de amputações causado por diabetes e por ferimentos sofridos pelos militares, e ao mesmo tempo pelos avanços na tecnologia médica.

Os braços se tornaram um dos focos essenciais desse tipo de trabalho. A ciência há muito vem obtendo sucessos no desenvolvimento de próteses de perna, mas é muito mais difícil imitar a complexidade e a destreza das mãos e dos braços.

Os esforços em curso incluem o desenvolvimento de projetos de pele e braços mais sensíveis e mais flexíveis, e o uso de dispositivos acionados por controles sem fio implantado nos braços protéticos, que permitiriam movimentos mais naturais.

Os pesquisadores também vêm usando sensores implantados nos cérebros de cobaias para permitir que dois macacos controlem um braço mecânico, e um teste com um homem paralítico permitiu, com esse método, que ele movimentasse um cursor em uma tela de computador.

Alguns desses métodos, caso venham a ser aperfeiçoados plenamente e consigam aprovação das autoridades regulatórias da saúde, podem no futuro se tornar mais viáveis para os pacientes de amputações.

E embora a técnica da renervação não requeira aprovação das autoridades regulatórias porque é executada por meios cirúrgicos e emprega aparelhos já existentes, ela apresenta limitações que até mesmo seus criadores reconhecem, entre as quais o fato de que não se pode utilizá-la para todos os pacientes, o seu alto custo e o prazo de meses requerido para que os nervos reconectados cresçam e se tornem efetivos.

Ainda assim, os especialistas dizem que é o mais avançado sistema em uso hoje para pacientes reais que permite que o sistema nervoso controle diretamente o movimento de um braço artificial.

Desde sua introdução por Todd Kuiken, médico fisioterapeuta e engenheiro biomédico do Instituto de Reabilitação de Chicago, o método foi empregado em cerca de 30 pacientes nos Estados Unidos, Canadá e Europa, entre os quais oito soldados feridos no Iraque e no Afeganistão.

Muitos dos pacientes, entre os quais o primeiro, Jesse Sullivan, um operário do setor elétrico no Tennessee que perdeu os dois braços quando foi eletrocutado por um cabo, conseguem não apenas manipular seus braços protéticos mas sentir a presença das mãos que já não têm quando alguém toca em seus peitos.

Sullivan, 62 anos, e Kitts, estavam entre os cinco pacientes que participaram do estudo reportado na terça-feira. Em companhia de cinco outras pessoas que não passaram por amputações, eles receberam os eletrodos e foram instruídos a usar pensamentos para fazer com que um braço virtual na tela reproduzisse 10 movimentos diferentes, entre os quais três formas diferentes de aperto de mão.

Os pacientes apresentaram desempenho bastante respeitável, apenas um pouco mais lento e menos preciso do que os dos participantes que não tinham amputações.

"As velocidades de movimento que encontramos em nossos pacientes foram realmente encorajadoras", disse Kuiken. "Eles conseguiram completar a tarefa. É claro que não foram tão competentes quanto as pessoas dotadas de plena capacidade física, mas foram bons o bastante".

Um braço virtual foi usado porque a maioria das próteses existentes não era capaz de acomodar todos aqueles movimentos, no momento da pesquisa, ainda que Sullivan, Kitts e uma terceira paciente, Claudia Mitchell, tenham experimentado dois novos protótipos mais versáteis de braços artificiais, executando tarefas complexas com bolas de tênis e outros objetos.

O trabalho de renervação em soldados apresenta outros desafios, diz Kuiken, porque os ferimentos militares muitas vezes "causam danos muitos extensos" a nervos, músculos ou ossos.

Daniel Acosta, 25 anos, um aviador ferido pela detonação de uma bomba em uma estrada do Iraque em 2005, passou pelo procedimento no ano passado e diz que seu braço esquerdo protético agora se movimenta "muito mais rápido" e de maneira muito mais natural.

"A diferença é que agora não preciso mais pensar para mover o braço", ele diz. "Ele simplesmente se mexe".

Ainda assim, Acosta, de San Antonio, diz que "o processo foi bastante longo" e que os eletrodos precisam ser ajustados para receber os sinais à medida que os nervos crescem ou mudam de posição.

E embora elogiem o método, os especialistas afirmam que a ciência das próteses de braço ainda tem muito por avançar.

"Trata-se de uma parte crucial, mas ainda assim apenas uma parte, das muitas coisas que compreendem a função normal de um braço", disse Loeb, que escreveu um editorial que acompanha o artigo no Journal of the American Medical Association.

"No momento estamos a meio do caminho entre o braço de 'Dr. Fantástico', que fazia involuntariamente a saudação nazista, e o braço de Luke Skywalker em 'Guerra nas Estrelas', que funciona sem nenhum problema assim que é conectado. Creio que precisaremos ainda de muitos anos para conectar todas as peças necessárias a produzir um braço capaz de funcionar normalmente".

17:04
Anónimo disse...
A Espanha disse neste sábado que está preparando uma reclamação oficial contra a decisão da Venezuela de expulsar um membro do Parlamento Europeu que criticou o conselho eleitoral venezuelano.
Luis Herrero, membro do partido conservador espanhol PP, foi deportado na sexta-feira depois que o Conselho Nacional Eleitoral (CNE) o acusou de questionar a imparcialidade da instituição antes de um referendo que pode permitir ao presidente Hugo Chávez permanecer no cargo indefinidamente.

Herrero estava na Venezuela como observador do referendo. Ele acusou Chávez de ter "comportamentos típicos de um ditador" por pedir a contenção de manifestações da oposição.

O governo da Espanha convocou um encontro com o embaixador da Venezuela em Madri para expressar a desaprovação sobre a expulsão de Herrero, disse um representante do Ministério das Relações Exteriores espanhol.

As relações da Venezuela com a Espanha tiveram seu ponto crítico em 2007, quando Chávez ameaçou rever acordos diplomáticos e comerciais depois de ouvir um "cala a boca" do rei espanhol Juan Carlos durante uma cúpula.

A fenda foi oficialmente reparada em 2008, com uma visita oficial de Chávez à Espanha, onde ele cumprimentou o rei e discutiu acordos para investimento no setor petroquímico com o primeiro-ministro José Luis Rodriguez Zapatero.

17:06
Anónimo disse...
A polícia do Zimbábue anunciou neste sábado que acusa de traição Roy Bennett, dirigente do até agora opositor Movimento para a Mudança Democrática (MDC), detido na sexta-feira, em Harare, poucas horas antes da cerimônia de posse dos membros do novo gabinete.

"A Polícia nos informou que vão apresentar acusações de traição", disse à agência EFE o advogado de defesa de Bennett, Trust Maanda.

"Tentam relacionar Roy com o caso de Mike Hitschmann, que foi detido em 2006 em relação à descoberta de um carregamento de armas, apesar de que Hitschmann não tenha sido declarado culpado das acusações de traição apresentadas contra ele, mas de um crime menor de descumprimento de leis", disse Maanda.

O político opositor, designado por seu partido como vice-ministro de Agricultura no Governo de união nacional, esteve no exílio na vizinha África do Sul desde 2006 e retornou ao Zimbábue há duas semanas.

Segundo a Polícia, que deteve Bennett ontem no aeroporto de Harare quando pretendia ir à África do Sul para visitar sua família, as armas apreendidas em 2006 seriam utilizadas em um golpe de Estado para derrubar o presidente do Zimbábue, Robert Mugabe.

Depois da detenção, Bennet foi levado a Mutar, onde vários simpatizantes do MDC se concentraram em frente à delegacia na qual estava detido, diante do que a Polícia respondeu com tiros para o alto para dispersar os manifestantes.

17:07
Anónimo disse...
Austrália: 14 mil se candidatam a 'emprego dos sonhos'

A secretaria de Turismo de Queensland, na Austrália, informou que até esta segunda-feira já recebeu cerca de 14 mil inscrições para o "o melhor emprego do mundo". O Estado australiano promove pela internet seleção para vaga de "zelador" da ilha Hamilton, por seis meses com um salário de R$ 40 mil.

Muitos candidatos tiveram problemas durante a inscrição por conta dos acessos simultâneos ao site. A secretaria aconselha enviar os vídeos de 60s explicando porque deve ser escolhido em horários alternativos do dia, além de recomendar tamanho em torno de 40MB.

As inscrições começaram em 12 de janeiro e vão até o próximo dia 22 e podem ser feitas pelo site www.islandreefjob.com. O governo australiano escolherá 50 candidatos para a próxima fase da seleção, que terá votos do público para eleger um dos 11 finalistas.

A última fase terá entrevistas e desafios físicos, no próprio local de trabalho: as ilhas da Grande Barreira Coralina - o maior recife de coral do mundo. A secretaria de Turismo anunciará o vencedor no dia 6 de maio.

17:09
Anónimo disse...
Mercado elogia governo na crise, mas pede maior queda no juro

Peter Fussy
Direto de São Paulo

Desde as primeiras medidas anunciadas para combater os efeitos da crise, o governo brasileiro avisou que a estratégia não contemplaria um pacote. Seriam doses pontuais, de acordo com a necessidade da economia diante do agravamento das turbulências. Da primeira liberação dos depósitos compulsórios em setembro até a ampliação do seguro-desemprego na última quarta-feira, o governo passou por redução de impostos, ampliação de crédito e incentivos à exportação. Quase 150 dias após a primeira medida, o Terra conversou com líderes do setor público e privado, representantes dos trabalhadores, acadêmicos e com o próprio governo para saber quais destas ações foram mais eficazes, quais foram mais ineficientes e o que mais pode ser feito pelo Estado brasileiro contra a crise.

Os maiores elogios foram direcionados à atitude de reduzir o Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) para a indústria automobilística, anunciada em dezembro e que fez com que os emplacamentos de carros novos subissem 1,9% no primeiro mês do ano em relação a dezembro de 2008. Já as maiores críticas foram para a lentidão no corte da taxa básica de juro do País.

Para o presidente do conselho administrativo do Grupo Pão de Açúcar, Abílio Diniz, o Estado não é responsável pela crise e mesmo assim está agindo "com extrema serenidade e muito acerto". "O governo está atento, fazendo a sua parte. É preciso coragem de baixar firmemente a taxa de juros. É uma arma que temos a nosso favor, já que não há clima para inflação, nem possibilidade de danos para a macroeconomia", afirmou Diniz.

Na última reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), em janeiro, a taxa Selic foi reduzida em um ponto percentual, de 13,75% para 12,75% ao ano. Porém, o professor de economia da Universidade de Brasília (UnB) José Luiz Oreiro lembra que este corte representa uma redução de apenas 0,25 ponto percentual com relação à taxa de setembro do ano passado, quando a crise se agravou.

"Pouco antes da eclosão da crise, o Banco Central aumentou a taxa em 0,75 ponto. Foram cinco meses de demora para reduzir em termos líquidos apenas 0,25 ponto", afirmou o economista, que também sugeriu redução do intervalo de cerca de 90 dias entre as reuniões do Copom e o corte de pelo menos um 1 ponto percentual em cada reunião.

Mesmo com o corte de janeiro, a taxa de juros real continua sendo a maior do mundo, lembrou o secretário-geral da Força Sindical, João Carlos Gonçalves, o Juruna. "A redução da taxa de juro ainda é pequena, porque ela continua uma das mais altas do mundo. Falta ousadia para baixar os juros e ajudar o cidadão. A permanência da taxa de juro alta é negativa para o País em meio a crise", afirmou Juruna.

Embora aprove as ações do governo, o senador Aloízio Mercadante (PT-SP) também acredita que o patamar da Selic está muito alto. "Sempre fomos os primeiros a entrar em qualquer crise, o que não aconteceu agora. A taxa Selic ainda é muito alta, mas o governo têm tomado medidas acertadas, como o aumento do salário mínimo, mesmo com um cenário de crise. Isso ajuda a movimentar o consumo. O governo está se esforçando para manter os investimentos e o crescimento", disse.

Tributos
De acordo com o economista Fabio Pina, da Fecomercio-SP, as ações mais positivas estão relacionadas à redução de tributos para alguns segmentos, como a indústria automobilística, que recuperou parte da queda nas vendas em janeiro com a isenção do IPI para carros 1.0 l e o corte para demais motorizações. A medida vale até o final de março.

"Essas medidas não só reduziram o preço, mas anteciparam o consumo daqueles que iriam comprar no futuro, dando um prêmio por conta da insegurança. Mexe diretamente com o principal problema que é a confiança do consumidor", afirmou. Juruna destacou que um bom ritmo de vendas é garantia de emprego. "É importante porque cada emprego na montadora significa 19 na cadeia produtiva", comentou o representante da Força Sindical.

Também em dezembro, o governo decidiu cortar pela metade a alíquota do Imposto de Renda para contribuintes que ganham entre R$ 1.434 e R$ 2.150 mensais. "O salário aumentava e a tabela não se modificava. As pessoas ganhavam mais e pagavam mais impostos", apontou Juruna. Outra redução de tributos do governo foi com relação ao Imposto sobre Operações Financeiras (IOF), que caiu de 3% ao ano para 1,5%.

Crédito
Na segunda metade de 2008, o colapso de bancos nos Estados Unidos por conta da crise do subprime provocou uma forte restrição de crédito no mundo inteiro. Uma das primeiras medidas anticrise do governo teve como objetivo restabelecer a oferta, com mudanças no recolhimento dos depósitos compulsórios por parte dos bancos. Segundo o presidente do Banco Central, Henrique Meirelles, as diversas modificações liberaram US$ 99,2 bilhões aos bancos até o final de janeiro.

Além disso, o governo concedeu R$ 36 bilhões das reservas internacionais para empresas brasileiras com dívidas no exterior e uma medida provisória autorizou o Banco do Brasil e a Caixa Econômica Federal a comprar carteiras de crédito de bancos privados. Para o diretor do Departamento de Pesquisas e Estudos Econômicos da Fiesp, Paulo Francini, estas medidas foram essenciais para combater os efeitos da crise.

"A crise se desenvolve no mundo em torno do tema crédito. E o crédito reduziu-se barbaridade no mundo. Então o governo lança mão de compulsório, lança mão de reservas, de medidas que permitem aos bancos comprar carteiras de bancos. Você vai tomando várias medidas para atender às demandas e o epicentro disso é crédito", afirmou.

No entanto, Oreiro, da UnB, adverte que a liberação dos compulsórios seria mais eficiente acompanhada de redução mais agressiva da taxa básica de juro. "Uma parte do crédito voltou, depois da forte retração em outubro e novembro. O que deveria ter sido feito junto à liberação do compulsório era uma redução mais drástica da taxa de juro. Sem isso, os bancos pegam as reservas e acabam comprando títulos públicos", explicou o economista.

Na opinião de Pina, as ações de distribuição de crédito via redução do compulsório e a disposição de capital de giro para empresas foram tomadas sem um cuidado maior na operação e não tiveram muito efeito. "O BNDES tem linhas que ficam paradas quase todo o ano, agora é pior ainda. Existem os recursos, mas as empresas e os bancos estão desconfiados. É preciso fazer com que os bancos tenham interesse em emprestar", afirmou o economista da Fecomercio-SP.

Futuro
Mesmo com todas essas medidas, a crise financeira ainda gera incertezas nos setores produtivos do País. Nos últimos meses, o medo do desemprego fez os consumidores adiarem compras. Por sua vez, a queda nas vendas pode obrigar as indústrias a cortarem a produção e demitir funcionários. Contra isso, empresários sugerem redução de jornada e de salários.

"Isto está previsto em lei. A Fiesp simplesmente manteve conversações com entidades sindicais quanto à aplicação daquilo que já está previsto em lei", afirmou Francini.

Segundo a ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff, uma das medidas que assegura um nível de emprego é a manutenção de investimentos no Programa de Aceleração do Crescimento (PAC). "Estamos esperando que a dificuldade ocorra em janeiro, fevereiro e março. Estamos certos que vamos manter o nível de investimento. É isso que funciona, é isso que significa investimento público. Ele funciona como um colchão. Por isso, nós colocamos R$ 100 bilhões no BNDES e a Petrobras ampliou o seu investimento em R$ 120 bilhões", afirmou.

Na mesma linha, Pina explica que a antecipação de gastos do governo substitui parte da demanda retraída do setor privado. "Ele dá o seguinte recado: não vou estourar as contas públicas, mas concentrar em um momento em que a demanda privada está pequena. Mas o governo não tem fôlego suficiente para fazer o papel de toda demanda", ressaltou. O economista da Fecomercio lembrou que a entidade já pleiteou junto ao governo isenções para transferência de imóveis e de automóveis, além de retirar o IPVA para veículos novos.

Já Oreiro foca suas propostas na capitalização do Banco do Brasil e da Caixa Econômica Federal pelo Tesouro para atender a demanda de crédito para capital de giro e reduzir o spread. "Aumentando o empréstimo e reduzindo as taxas, os dois vão forçar os bancos privados a acompanhar o movimento, até para não perderem participação no mercado", explicou o economista da UnB.

Até o Carnaval, o governou prometeu detalhar um pacote de incentivos para a construção de até um milhão de casas populares, direcionado a famílias com renda de até dez salários mínimos. "Estamos atentos a tudo o que está acontecendo e novas medidas serão tomadas caso haja uma avaliação de que sejam necessárias", disse o ministro da Fazenda, Guido Mantega, na última sexta-feira.

17:11
Anónimo disse...
Ex-ministro critica extensão do seguro-desemprego

Atualizada às 09h03

O ex-ministro do Trabalho Almir Pazzianotto criticou a decisão do governo federal de conceder o seguro-desemprego estendido a apenas alguns setores. "É certamente odioso e provavelmente inconstitucional", disse Pazzianotto, de acordo com o jornal O Estado de S. Paulo.

Na última qurta, dia do anúncio da medida, centrais sindicais elogiaram a atitude do governo. A Força Sindical divulgou nota dizendo que "o aumento ajudará a aquecer parte da economia, já que irá gerar mais consumo, produção e conseqüentemente, a criação de novos postos de trabalho". A União Geral dos Trabalhadores (UGT) afirmou que a medida "contribuirá para minimizar o drama dos trabalhadores que perderem seu emprego por conta da crise".

O ex-ministro, que instituiu o seguro-desemprego no País no governo de José Sarney, destacou a necessidade de as centrais sindicais se manifestarem contra a determinação. Para ele, as mudanças devem ser aplicadas a todas as categorias profissionais e a distinção é contrária ao artigo 3º da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT).

Pazzianotto atribui a medida a um possível temor do governo de que a crise econômica seja longa e não haja dinheiro para atender a todas as necessidades. Ainda assim, ele se mostra contrário ao método de concessão. "O seguro-desemprego ajuda a sanar necessidades básicas. Estendê-lo é paliativo, não a solução", disse ao jornal.

De acordo com o presidente do Conselho Deliberativo do Fundo de Amparo ao Trabalhador (Codefat) e conselheiro da Força Sindical, Luiz Fernando Emediato, a determinação já estava prevista na lei 8.900/94, que trata do seguro-desemprego.

O presidente da Comissão de Trabalho da Câmara, Pedro Fernandes (PTB-MA) vai além na crítica à concessão do seguro para apenas alguns setores. Ele acredita que a ampliação do benefício estimula o desemprego.

Quintino Severo, secretário geral da Central Única dos Trabalhadores (CUT), lembra que a ampliação do benefício sem critério e identificação pode incentivar demissões em outros setores.

17:13
Anónimo disse...
Empresas
TAM faz promoção para destinos internacionais

A companhia aérea TAM anunciou nesta sexta-feira tarifas promocionais para trechos internacionais. Os preços valem para bilhetes comprados entre 6h deste sábado e 23h59 deste domingo e são válidos para classe econômica. As tarifas, para ida e volta, serão vendidas a partir de US$ 99, mais taxas.

Segundo a aérea, a promoção vale para viagens feitas no período de 14 de fevereiro a 18 de junho de 2009. Para destinos na América do Sul, a permanência mínima é de dois dias; para bilhetes com destino nos Estados Unidos, cinco dias; e Europa, sete dias. A permanência máxima para as passagens para América do Sul e EUA é de dois meses e para Europa, três meses.

Entre os exemplos de tarifas promocionais, a TAM oferece São Paulo-Lima por US$ 99. Bilhetes para a rota São Paulo-Santiago serão vendidos a partir de US$ 199 e São Paulo-Nova York, US$ 799.

A emissão dos bilhetes deve ser feita obrigatoriamente no ato da reserva, obedecendo às regras estipuladas pela companhia. A compra está sujeita à disponibilidade de assentos nas classes tarifárias determinadas, trechos, horários e datas. A TAM afirmou que também há tarifas promocionais para a classe executiva.

Mais informações podem ser encontradas no site promocional (www.ofertastam.com.br), no site da empresa (www.tam.com.br) ou pelos telefones 4002-5700 ou 0800 5705700.

17:13
Anónimo disse...
Empresas
Consultoria negocia compra do parque temático Hopi Hari

A consultoria especializada em reestruturação de empresas Íntegra Associados informou nesta sexta-feira ter um acordo para comprar o parque de diversões Hopi Hari, localizado no interior de São Paulo. A empresa estaria disposta a investir R$ 10 milhões no parque, que tem dívida estimada em R$ 800 milhões. As informações são da edição deste sábado do jornal Folha de S. Paulo.

De acordo com o jornal, a transação ainda depende da negociação entre o Hopi Hari e seus credores, o que já estaria em andamento.

A consultoria paulista já atuou junto à Parmalat, durante 30 meses, quando reorganizou a gestão da empresa italiana.

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17:14
Anónimo disse...
Empresas
Disney de Tóquio contratará mais 2 mil apesar da crise


A Oriental Land, o operador da Disneylândia Tóquio e DisneySea, organizou neste domingo entrevistas para contratar cerca de 2 mil trabalhadores em tempo parcial, em um momento de grandes demissões deste tipo de empregados no Japão.

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O operador deste parque temático, situado em Urayasu, na província de Chiba (leste de Tóquio), está em pleno processo de seleção de empregados para 20 tipos de postos trabalhistas diferentes.

Segundo a companhia, citada pela agência local de notícias Kyodo, o parque contratará novos trabalhadores para as atrações, para os restaurantes e guardas de segurança entre outros. Os novos contratados começarão a trabalhar a partir de fevereiro.

O processo de seleção acontece em um momento em que a maioria das grandes companhias japonesas começaram a se ver obrigadas a despedir uma elevada percentagem de seus trabalhadores temporários e a tempo parcial.

Algumas inclusive anunciaram demissões de seus trabalhadores fixos, uma medida muito pouco comum nas companhias japonesas, perante os efeitos piores que o esperado pela crise econômica global.

Cerca de uma centena de pessoas esperavam desde a primeira hora desta manhã a abertura do centro de conferências Tokyo International Forum, onde as entrevistas estão sendo feitas, para ser os primeiros a solicitar os postos de trabalho.


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17:15
Anónimo disse...
Economia Internacional
Senado dos EUA aprova plano de estímulo à economia

O Senado dos Estados Unidos aprovou com 60 votos a favor e 38 contra o plano de estímulo à economia de US$ 787 bilhões na madrugada deste sábado. Agora, ele segue para sanção ou veto do presidente Barack Obama, que espera colocar a lei em prática até o dia 16 de fevereiro.

O plano prevê a criação de três milhões de empregos, inclui cortes de impostos às famílias, fundos para programas sociais e obras públicas, além de ajuda aos governos estaduais, estudantes e desempregados.

A cláusula Buy American - que exige o uso de ferro, aço e produtos manufaturados dos Estados Unidos em obras realizadas com recursos do pacote - ficou de lado. Segundo o texto definitivo, a cláusula será aplicada sem violar as normas do comércio internacional.

Ontem à tarde, a Câmara de Representantes (deputados) havia aprovado, por 246 votos a favor e 183 contra, a versão final do plano. Todos os republicanos foram contrários ao pacote.

Pelo acordo de quarta-feira entre Câmara e Senado, em vez de custar US$ 819 bilhões, como queriam os deputados, ou US$ 838 bilhões como pretendiam os senadores, o pacote ficou em cerca de US$ 787 bilhões, com 65% desse total destinado a gastos do governo federal e 35%, a créditos tributários.

17:16
Anónimo disse...
Economia nacional
Na era Lula, aposentadoria sobe 54% menos que salário mínimo

Thatiane Faria
Especial para o Terra
Direto de São Paulo

Os índices de reajustes concedidos pelo governo em 2009 para aposentados e pensionistas e para o salário mínimo repetiram uma diferença que, só durante o governo de Luiz Inácio Lula da Silva, já chega a 54%. Enquanto o mínimo foi majorado em 12% este ano, as pensões e aposentadorias tiveram aumento de 5,92%. Aposentados que têm o benefício do governo como única fonte de renda reclamam que perdem poder de compra e que sua cesta de compras é composta por itens que aumentam mais em relação à inflação oficial.

Um exemplo prático pode ser entendido a partir da comparação entre um aposentado que ganhava R$ 600 em janeiro de 2003. Na época, o benefício era três vezes, ou 200%, maior que o valor do mínimo em vigência, que era de R$ 200. Aplicando-se os índices de reajuste para aposentadorias e para o mínimo durante os últimos seis anos, o mesmo aposentado estaria recebendo hoje R$ 938,47, comparado a um salário mínimo de R$ 465. A diferença entre os dois valores caiu para pouco mais de 100%.

Enquanto o índice acumulado de reajuste para a aposentadoria durante o governo Lula foi de 60%, para o salário mínimo está em 132%.

O diretor do Sindicato Nacional dos Aposentados, João Inocentini, reclama que os valores dos benefícios para aposentadorias não mantêm o poder de compra do grupo, principalmente dos aposentados que recebem menos que dez salários mínimos.

Nem mesmo o fato de o índice de reajuste das aposentadorias ter ficado acima da inflação acumulada no mesmo período (o IPCA entre janeiro de 2003 e janeiro de 2009 foi de 39,7%) serve de argumento, segundo os aposentados.

"Os idosos, principalmente, têm gastos além das contas gerais como gás, telefone e aluguel. Para eles o custo com remédios, e outros itens da área saúde costuma ser maior", afirmou Inocentini.

O presidente do sindicato afirmou que o grupo realiza um estudo com 100 itens de necessidade de um idoso para comparar o aumento dos produtos com o índice de reajuste do benefício recebido pelos aposentados.

"Daqui dois meses vamos abrir um processo na Justiça e levar essa pesquisa como prova. Segundo a lei, o governo é obrigado a manter o poder de compra com a aposentadoria", disse Inocentini.

Alternativas
O consultor financeiro Cláudio Boriola diz que os aposentados, especialmente nesse momento de crise econômica, devem evitar compras parceladas, pesquisar preços, negociar e fazer bom planejamento financeiro.

Segundo Boriola, alguns aposentados ganham um valor mensal muitas vezes insuficiente para o pagamento das contas e acabam pedindo crédito ou realizando pagamentos a prazo e são obrigados a pagar juros altos.

Na opinião do consultor, pagar uma previdência privada é uma alternativa indicada para quem ainda trabalha, considerando a característica de perda de poder de compra da aposentadoria.

"Na prática, infelizmente os valores encontram-se em um patamar que está deteriorando o poder de aquisição da população brasileira", completou Boriola.

De acordo com o diretor da Confederação Brasileira de Aposentados e Pensionistas (Cobap), Vicente Fernandes Barbosa, representantes dos aposentados tentarão um encontro com o presidente da Câmara, deputado Michel Temer (PMDB-SP), para discutir projetos que minimizem a perda dos aposentados

17:17
Anónimo disse...
Previdência
Previdência prorroga isenção de tarifas no benefício

O atual sistema de pagamento aos 26 milhões de aposentados e pensionistas do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) será mantido até o final deste ano. O acordo, que permite realizar a operação sem nenhum custo aos beneficiários, foi renovado nesta sexta-feira, entre o governo federal e 21 instituições financeiras.

Por meio desse acordo, vigente desde setembro de 2007, nem os segurados, nem os bancos e nem o governo arcam com o pagamento de tarifas, conforme explicou o ministro da Previdência Social, José Pimentel. A prorrogação vale até dezembro, data máxima para que a Previdência defina as regras para um novo contrato.

Ao assinar o termo de renovação, na sede da Federação Brasileira dos Bancos (Febraban), o ministro disse que a intenção do governo é mudar o atual modelo de gestão visando a reduzir os custos dessas operações em torno da folha mensal, que atinge R$ 15,8 bilhões. No entanto, qualquer alteração, conforme explicou, passará antes por audiências públicas a serem realizadas a partir do segundo semestre deste ano, atendendo a determinação do Tribunal de Contas da União (TCU).

De acordo com Pimentel, com um redesenho do mecanismo de repasse dos recursos aos bancos em torno da folha de pagamento dos segurados o que se busca é um aumento da participação de instituições financeiras. Ele informou que, desde 2007, cada benefício custa em média R$ 1,07 ao governo. "Quanto mais instituições financeiras estiverem prestando serviços à sociedade, maior é a competitividade, a agilidade no atendimento", justificou.

O ministro observou, ainda, que, para permitir uma redução para algo em torno de meia hora no tempo de atendimento para a concessão dos direitos previdenciários, o governo investiu R$ 280 milhões.

Questionado sobre o descontentamento dos segurados que ganham acima de um salário mínimo terem obtido apenas a correção com base na variação do Índice de Preços ao Consumidor (INPC) , ficando abaixo do reajuste dado a quem recebe apenas o mínimo, Pimentel argumentou que o governo seguiu o que determina a lei e descartou a possibilidade de uma revisão

17:17
Anónimo disse...
Empresas
Caterpillar oferece aposentadoria antecipada a 2 mil


A companhia americana Caterpillar ofereceu a cerca de dois mil funcionários incentivos para que se aposentem de forma voluntária antes do previsto, pela perspectiva de uma queda "significativa" da atividade industrial, informou nesta quarta-feira a empresa.

A iniciativa, destinada aos trabalhadores de diversas fábricas em Illinois, Colorado, Tennessee e Pensilvânia, se soma aos cortes de empregos anunciados em janeiro, explicou em comunicado de imprensa.

A empresa, a maior fabricante mundial de maquinaria pesada para a construção e a mineração, acrescentou que, "em função das condições de negócio, podem ser necessárias mais reduções de elenco voluntárias e involuntárias à medida que o ano avança".

O vice-presidente da companhia, Sid Banwart, explicou que a empresa prevê "demissões significativas em todas as regiões geográficas e na maioria dos setores devido às dificuldades da economia mundial".

17:18
Anónimo disse...
Comércio
Comércio exterior da OCDE caiu no 3º trimestre de 2008


As exportações e as importações dos países da Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Econômico (OCDE) caíram 1,6% e 0,2%, respectivamente, no terceiro trimestre de 2008, em relação aos três meses anteriores.

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Trata-se da primeira queda destas atividades desde o terceiro trimestre de 2006, segundo o último relatório trimestral sobre fluxos comerciais divulgado pela OCDE.

As exportações e as importações em dólares dos 30 Estados-membros caíram 15,6% e 17%, respectivamente, na comparação anualizada.

Por sua vez, o comércio dos sete países mais ricos do mundo (G7) teve um pequeno crescimento no terceiro trimestre de 2008 com uma queda das exportações de mercadorias de 0,2% em relação ao trimestre anterior e um aumento de 0,4% das importações.

Em termos anualizados, as importações do G7 caíram 1,4% entre julho e setembro do ano passado, seu primeiro retrocesso desde o terceiro trimestre de 2006, enquanto as exportações aumentaram 1,9%, seu crescimento mais baixo no mesmo tempo.

Por países, a Alemanha aumentou suas importações em 3,4% - valor mais alto do G7 -, enquanto suas exportações caíram 2,9% do segundo para o terceiro trimestre de 2008.

Pelo contrário, as exportações americanas aumentaram 1,8% entre julho e setembro de 2008, enquanto as importações caíram 0,7% em relação ao trimestre anterior. No Japão, tanto as importações quanto as exportações caíram em torno de 1% no mesmo período.

17:19
Anónimo disse...
Economia Nacional
Lula: juros de crédito consignado a aposentados são altos

Atualizada às 17h29

O presidente Luis Inácio Lula da Silva afirmou nesta terça-feira, em São Paulo, que está lutando para reduzir as taxas de juros cobradas de aposentados em crédito consignado. A Previdência Social estabelece uma taxa máxima de 2,5% para empréstimo e de 3,5% para cartão. Para Lula, os valores são altos.

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"Acho que o juro que os aposentados estão pagando hoje com o crédito consignado é alto para o padrão brasileiro", disse o presidente durante a cerimônia de comemoração dos 86 anos do INSS.

A Previdência anunciou nesta terça-feira que aposentados e trabalhadoras com licença-maternidade poderão receber seus benefícios em 30 minutos. De acordo com Lula, em junho, a aposentadoria do trabalhador rural também será conseguida em meia hora.

Além disso, o presidente anunciou que, também em junho, os trabalhadores que alcançarem o direito à aposentadoria passarão a receber em suas casas um comunicado da Previdência informando o fato e o valor do salário que têm direito a receber. "É um comprometimento público que estou fazendo com os companheiros da Previdência Social", disse.

"Estamos retribuindo ao contribuinte da Previdência Social aquilo que é a cidadania que ele tem direito", afirmou Lula. "Se para cobrar nós somos tão precisos, para devolver o dinheiro, temos que chegar próximo à perfeição", completou.

17:20
Anónimo disse...
Economia Nacional
Salário maternidade sairá em 30 minutos, diz ministro

Toda trabalhadora autônoma que tiver contribuído pelo menos 10 meses com o Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) - ou as que possuírem carteira assinada - poderão receber em 30 minutos o salário maternidade a partir desta terça-feira. Da mesma forma, as mulheres com 30 anos de contribuição e os homens com 35 anos também terão direito ao benefício de forma mais rápida. A informação é do ministro da Previdência Social, José Pimentel.

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Para requerer o salário maternidade, é preciso que as autônomas levem a carteira de identidade e o carnê de contribuição. As demais trabalhadoras devem apresentar a identificação e a carteira de trabalho. Desde o início do mês, a nova forma de análise para a concessão de benefícios foi adotada para a aposentadoria por idade do trabalhador urbano e agora foi estendida para o salário maternidade e por tempo de contribuição.

O ministro disse que a qualificação do serviço da previdência social é o reconhecimento do direito dos trabalhadores e da afirmação da cidadania.

"Até pouco tempo na cabeça do cidadão o serviço devia ser de péssima qualidade. Agora não, nós modificamos toda a legislação no mês de dezembro numa ação conjunta do Congresso Nacional com o governo federal. Estamos implantando e concedendo os benefícios em até 30 minutos", afirmou.

O ministro destacou que para conseguir se aposentar ou ter acesso à licença maternidade em 30 minutos, em primeiro lugar, é necessário que o cidadão esteja vinculado à Previdência, o que inclui 65% da população acima de 16 anos de idade.

"Depois bastar marcar pelo sistema 135 o dia e a hora do atendimento e levar a documentação. Se todos os dados necessários estiverem corretos o contribuinte será atendido em até 30 minutos, como vem sendo feito com as aposentadorias por idade desde o dia cinco de janeiro", explicou.

Pimentel disse ainda que em 90% das agências da previdência social o atendimento é marcado em até 48 horas. Nos grandes centros, entretanto existe um volume maior o que torna mais lento o processo.

"Estamos criando mais 715 agências até 2010, em todo o território nacional, para descentralizar o atendimento. Em 2008, atendemos 295 mil benefícios e aposentadorias por idade. Temos 4 mil pessoas por dia procurando e se aposentando por idade no território nacional

Anónimo disse...

Os bombeiros combatem neste sábado os incêndios na Austrália favorecidos pelo bom tempo, enquanto os deslocados encotram em seu retorno casas derruídas, carros queimados nas ruas e destruição.

Depois de sete dias desde que começaram os incêndios no Estado de Victoria, a lista de mortos chega a 181, os desaparecidos somam 50, os edifícios destruídos totalizam 1,834 mil e o terreno arrasado, principalmente florestas, ocupa uma área de 4,13 mil quilômetros quadrados.

As equipes de bombeiros, formadas por 4 mil profissionais de Victoria, de outras partes da Austrália e de países amigos, combateram hoje 12 focos fora de controle e nenhum representava uma ameaça direta para a população.

O subdiretor do Serviço de Bombeiros, Geoff Conway, disse que este tempo favorável, que se prolongará durante o domingo, permite consolidar as linhas de contenção e avançar na extinção das chamas.

Cinzas apareceram arrastadas por ventos do nordeste sobre Melbourne, onde habitam 3,8 milhões de pessoas, e as autoridades alertaram aos cidadãos do risco para a saúde de idosos, crianças e pessoas com problemas respiratórios.

O número de pessoas deslocadas - a Cruz Vermelha chegou a receber 7 mil - começou a cair com a abertura de algumas localidades atingidas.

Os incêndios, alguns criminosos, começaram em 7 de fevereiro, quando a região sul da Austrália estava há duas semanas sob uma onda de calor sem precedentes.

Na sexta-feira passada, a polícia acusou uma pessoa de ter provocado o incêndio que atingiu a localidade de Churchill e matou 21 pessoas.
16:55
Anónimo disse...
A primeira chuva em seis dias reduziu a ameaça de incêndios no Estado de Victoria, ao sul da Austrália. As autoridades, porém, advertiram que ainda existem 12 focos, mas que nenhum deles ameaça áreas povoadas.

Mais de quatro mil bombeiros, mil provenientes de outras partes do país e de outras nações, trabalham contra o fogo. Cerca de 600 veículos e 28 helicópteros e pequenos aviões estão sendo usados.


Eles conseguiram construir linhas de contenção para evitar os incêndios de Yarra e Maroondah se juntassem. Também foram controlados os incêndios abertos de Yea e Murrindindi, que ameaçavam as comunidades de Connellys Creek, Crystal Creek, Scrubby Creek e Native Dog Creek.

O número de mortos chegou a 181, mas as autoridades acreditam que as vítimas devem passar de 200, já que ainda há muitos desaparecidos.
16:55
Anónimo disse...
Aqui nesta coluna, na semana passada, tive a oportunidade de comentar sobre a recente visita do professor brasileiro Pedrinho Guareschi à Austrália. Não dei, porém, os fatos, pois semana passada o assunto era outro.

Hoje, porém, vamos a eles.

No último dia 4 de fevereiro, aconteceu o Seminário "Paulo Freire: Education and Liberation", organizado pelo centro de estudos latino-americanos da Universidade Nacional da Austrália, ou ANU, como é mais conhecida por aqui.

A ANU, para quem não sabe, está entre as 20 melhores universidades do mundo! E tem sede aqui em Camberra, capital da Austrália.

Na abertura do evento, o professor John Minns, diretor do centro latino-americano, ao dar boas-vindas ao público presente, lembrou ser aquele o primeiro seminário exclusivamente dedicado a Paulo Freire na Austrália.

Em seguida, convidou Pedrinho Guareschi, palestrante principal do Seminário, a fazer sua apresentação.

A plateia pode então conhecer, pelas palavras de Pedrinho, um pouco da obra e da vida de Freire, esse brasileiro de fé e valor, que sempre acreditou na educação, sobretudo dos menos favorecidos, analfabetos, como força libertadora.

Como não podia deixar de ser, os conceitos e ideias revolucionários de Paulo Freire, expostos com clareza por Pedrinho, despertaram o interesse e a curiosidade de plateia. A qual, deve-se notar, era na maioria de estudantes, mas de várias nacionalidades, sobretudo australianos e asiáticos.

Na continuação do programa do seminário, que se estendeu por dois dias, outros professores fizeram palestras sobre temas ligados à obra de Paulo Freire.

Interessante, por exemplo, saber que a professora Anne Hickling-Hudson, jamaicana que mora na Austrália há muitos anos (é professora da ANU), conheceu e trabalhou com Freire num workshop educacional durante a revolução na Ilha de Granada, em 1980, antes da invasão dos Estados Unidos...

Ou, então, a palestra da Professora Gerda Roelvink, da Nova Zelândia, que participou do Fórum Social de Porto Alegre em 2005. E essa participação transformou-se em tema de doutorado.

No dia 10, terça-feira passada, o padre Pedrinho Guareschi voltou a falar ao público australiano em grande auditório localizado no belíssimo campus da ANU. Desta vez, sobre a Teologia da Libertação.

Depois da palestra, John Minns mostrou o filme mexicano "O Crime do Padre Amaro", no qual um dos personagens é um padre católico praticante da Teologia da Libertação.

Mais uma vez, foi grande o intersse da platéia, que pode aprender e conhecer um pouco como se desenvolveu aquele importante movimento católico na América Latina.

Fica, assim, ao Pedrinho, bem como a outros brasileiros estudiosos e de bom coração que saem pelo mundo a divulgar aspectos importantes da cultura brasileira, o respeito e a homenagem desta coluna. E... aquele abraço!
16:57
Anónimo disse...
Amanda Kitts perdeu o braço esquerdo em um acidente de automóvel acontecido três anos atrás, mas hoje em dia ela joga futebol americano com seu filho de 12 anos de idade, troca fraldas e abraça as crianças nas três creches Kiddie Cottage que opera em Knoxville, Tennessee. Kitts, 40 anos, faz tudo isso com a ajuda de um novo tipo de braço artificial que se movimenta com mais facilidade do que outros aparelhos e que ela pode controlar utilizando apenas seus pensamentos.

"Eu sou capaz de mexer a mão, o pulso e o cotovelo ao mesmo tempo", diz. "Você pensa e os músculos se movem em seguida".

A recuperação que ela conseguiu resulta de um novo procedimento que vem atraindo crescente atenção porque permite que pessoas movam braços protéticos de forma mais automática do que faziam no passado, simplesmente utilizando nervos reaproveitados em seus cérebros.

A técnica, conhecida como "renervação muscular dirigida", envolve utilizar os nervos que restam depois da amputação de um braço e conectá-los a outro músculo do corpo, em geral no peito. Eletrodos são instalados sobre os músculos do peito, e operam como se fossem antenas. Quando a pessoa deseja mover o braço, o cérebro envia sinais que primeiro resultam em contração dos músculos do peito, os quais enviam um sinal ao braço protético, instruindo-se a se movimentar. O processo não requer mais esforços consciente do que a pessoa teria de exercitar caso ainda tivesse seu braço natural.

Na terça-feira, pesquisadores reportaram em estudo publicado pela versão online do Journal of the American Medical Association que haviam levado a técnica ainda mais à frente, tornando possível a execução de 10 movimentos de mão, pulso e cotovelo diferentes, o que representa uma substancial melhora com relação ao típico repertório protético, que em geral envolve apenas dobrar o cotovelo, girar o pulso e abrir a mão.

"Os novos métodos tiveram impacto dramático em nosso campo de trabalho", disse Stuart Harshbarger, engenheiro biomédico na Universidade Johns Hopkins e diretor do programa de pesquisa sobre próteses, financiado pelas forças armadas, que inclui o trabalho com essa técnica. "O método já está em uso por médicos e cirurgiões comuns em todo o país. A capacidade de controlar um membro protético bastante robusto que ele confere surpreendeu a todos pela qualidade".

Tipicamente, uma pessoa que tenha um braço protético só é capaz de executar alguns poucos movimentos, e muitas vezes com tamanha lentidão que isso só permite a ela atividades limitadas.

Há um motor separado para cada movimento, diz Gerald Loeb, professor de engenharia biomédica na Universidade do Sul da Califórnia, "e esses motores precisam ser controlados de maneira explícita", usualmente por um esforço consciente da pessoa para contrair músculos nas costas ou no bíceps.

"Essencialmente, até agora os pacientes controlavam apenas um motor de cada vez", diz Loeb, "e precisavam pensar cuidadosamente sobre que motor desejavam controlar e como fazê-lo operar, em lugar de simplesmente pensarem em mover o braço e poderem fazê-lo sem delongas".

Antes que Kitts passasse pelo procedimento de renervação, em outubro de 2007, por exemplo, ela precisava movimentar os músculos de suas costas de determinada maneira para fazer com que seu pulso girasse, e flexionar seu bíceps e tríceps para fazer com que o cotovelo se movesse para cima e para baixo. "Era muito trabalho", ela conta. "E não me ajudava muito".

O procedimento de renervação é parte de uma recente explosão de idéias novas e técnicas inovadoras que estão sendo exploradas enquanto os cientistas se esforçam por ajudar as pessoas a compensar melhor a perda de membros ou problemas de paralisia. O esforço vem sendo alimentado pelo aumento no número de amputações causado por diabetes e por ferimentos sofridos pelos militares, e ao mesmo tempo pelos avanços na tecnologia médica.

Os braços se tornaram um dos focos essenciais desse tipo de trabalho. A ciência há muito vem obtendo sucessos no desenvolvimento de próteses de perna, mas é muito mais difícil imitar a complexidade e a destreza das mãos e dos braços.

Os esforços em curso incluem o desenvolvimento de projetos de pele e braços mais sensíveis e mais flexíveis, e o uso de dispositivos acionados por controles sem fio implantado nos braços protéticos, que permitiriam movimentos mais naturais.

Os pesquisadores também vêm usando sensores implantados nos cérebros de cobaias para permitir que dois macacos controlem um braço mecânico, e um teste com um homem paralítico permitiu, com esse método, que ele movimentasse um cursor em uma tela de computador.

Alguns desses métodos, caso venham a ser aperfeiçoados plenamente e consigam aprovação das autoridades regulatórias da saúde, podem no futuro se tornar mais viáveis para os pacientes de amputações.

E embora a técnica da renervação não requeira aprovação das autoridades regulatórias porque é executada por meios cirúrgicos e emprega aparelhos já existentes, ela apresenta limitações que até mesmo seus criadores reconhecem, entre as quais o fato de que não se pode utilizá-la para todos os pacientes, o seu alto custo e o prazo de meses requerido para que os nervos reconectados cresçam e se tornem efetivos.

Ainda assim, os especialistas dizem que é o mais avançado sistema em uso hoje para pacientes reais que permite que o sistema nervoso controle diretamente o movimento de um braço artificial.

Desde sua introdução por Todd Kuiken, médico fisioterapeuta e engenheiro biomédico do Instituto de Reabilitação de Chicago, o método foi empregado em cerca de 30 pacientes nos Estados Unidos, Canadá e Europa, entre os quais oito soldados feridos no Iraque e no Afeganistão.

Muitos dos pacientes, entre os quais o primeiro, Jesse Sullivan, um operário do setor elétrico no Tennessee que perdeu os dois braços quando foi eletrocutado por um cabo, conseguem não apenas manipular seus braços protéticos mas sentir a presença das mãos que já não têm quando alguém toca em seus peitos.

Sullivan, 62 anos, e Kitts, estavam entre os cinco pacientes que participaram do estudo reportado na terça-feira. Em companhia de cinco outras pessoas que não passaram por amputações, eles receberam os eletrodos e foram instruídos a usar pensamentos para fazer com que um braço virtual na tela reproduzisse 10 movimentos diferentes, entre os quais três formas diferentes de aperto de mão.

Os pacientes apresentaram desempenho bastante respeitável, apenas um pouco mais lento e menos preciso do que os dos participantes que não tinham amputações.

"As velocidades de movimento que encontramos em nossos pacientes foram realmente encorajadoras", disse Kuiken. "Eles conseguiram completar a tarefa. É claro que não foram tão competentes quanto as pessoas dotadas de plena capacidade física, mas foram bons o bastante".

Um braço virtual foi usado porque a maioria das próteses existentes não era capaz de acomodar todos aqueles movimentos, no momento da pesquisa, ainda que Sullivan, Kitts e uma terceira paciente, Claudia Mitchell, tenham experimentado dois novos protótipos mais versáteis de braços artificiais, executando tarefas complexas com bolas de tênis e outros objetos.

O trabalho de renervação em soldados apresenta outros desafios, diz Kuiken, porque os ferimentos militares muitas vezes "causam danos muitos extensos" a nervos, músculos ou ossos.

Daniel Acosta, 25 anos, um aviador ferido pela detonação de uma bomba em uma estrada do Iraque em 2005, passou pelo procedimento no ano passado e diz que seu braço esquerdo protético agora se movimenta "muito mais rápido" e de maneira muito mais natural.

"A diferença é que agora não preciso mais pensar para mover o braço", ele diz. "Ele simplesmente se mexe".

Ainda assim, Acosta, de San Antonio, diz que "o processo foi bastante longo" e que os eletrodos precisam ser ajustados para receber os sinais à medida que os nervos crescem ou mudam de posição.

E embora elogiem o método, os especialistas afirmam que a ciência das próteses de braço ainda tem muito por avançar.

"Trata-se de uma parte crucial, mas ainda assim apenas uma parte, das muitas coisas que compreendem a função normal de um braço", disse Loeb, que escreveu um editorial que acompanha o artigo no Journal of the American Medical Association.

"No momento estamos a meio do caminho entre o braço de 'Dr. Fantástico', que fazia involuntariamente a saudação nazista, e o braço de Luke Skywalker em 'Guerra nas Estrelas', que funciona sem nenhum problema assim que é conectado. Creio que precisaremos ainda de muitos anos para conectar todas as peças necessárias a produzir um braço capaz de funcionar normalmente".
17:04
Anónimo disse...
A Espanha disse neste sábado que está preparando uma reclamação oficial contra a decisão da Venezuela de expulsar um membro do Parlamento Europeu que criticou o conselho eleitoral venezuelano.
Luis Herrero, membro do partido conservador espanhol PP, foi deportado na sexta-feira depois que o Conselho Nacional Eleitoral (CNE) o acusou de questionar a imparcialidade da instituição antes de um referendo que pode permitir ao presidente Hugo Chávez permanecer no cargo indefinidamente.

Herrero estava na Venezuela como observador do referendo. Ele acusou Chávez de ter "comportamentos típicos de um ditador" por pedir a contenção de manifestações da oposição.

O governo da Espanha convocou um encontro com o embaixador da Venezuela em Madri para expressar a desaprovação sobre a expulsão de Herrero, disse um representante do Ministério das Relações Exteriores espanhol.

As relações da Venezuela com a Espanha tiveram seu ponto crítico em 2007, quando Chávez ameaçou rever acordos diplomáticos e comerciais depois de ouvir um "cala a boca" do rei espanhol Juan Carlos durante uma cúpula.

A fenda foi oficialmente reparada em 2008, com uma visita oficial de Chávez à Espanha, onde ele cumprimentou o rei e discutiu acordos para investimento no setor petroquímico com o primeiro-ministro José Luis Rodriguez Zapatero.
17:06
Anónimo disse...
A polícia do Zimbábue anunciou neste sábado que acusa de traição Roy Bennett, dirigente do até agora opositor Movimento para a Mudança Democrática (MDC), detido na sexta-feira, em Harare, poucas horas antes da cerimônia de posse dos membros do novo gabinete.

"A Polícia nos informou que vão apresentar acusações de traição", disse à agência EFE o advogado de defesa de Bennett, Trust Maanda.

"Tentam relacionar Roy com o caso de Mike Hitschmann, que foi detido em 2006 em relação à descoberta de um carregamento de armas, apesar de que Hitschmann não tenha sido declarado culpado das acusações de traição apresentadas contra ele, mas de um crime menor de descumprimento de leis", disse Maanda.

O político opositor, designado por seu partido como vice-ministro de Agricultura no Governo de união nacional, esteve no exílio na vizinha África do Sul desde 2006 e retornou ao Zimbábue há duas semanas.

Segundo a Polícia, que deteve Bennett ontem no aeroporto de Harare quando pretendia ir à África do Sul para visitar sua família, as armas apreendidas em 2006 seriam utilizadas em um golpe de Estado para derrubar o presidente do Zimbábue, Robert Mugabe.

Depois da detenção, Bennet foi levado a Mutar, onde vários simpatizantes do MDC se concentraram em frente à delegacia na qual estava detido, diante do que a Polícia respondeu com tiros para o alto para dispersar os manifestantes.
17:07
Anónimo disse...
Austrália: 14 mil se candidatam a 'emprego dos sonhos'

A secretaria de Turismo de Queensland, na Austrália, informou que até esta segunda-feira já recebeu cerca de 14 mil inscrições para o "o melhor emprego do mundo". O Estado australiano promove pela internet seleção para vaga de "zelador" da ilha Hamilton, por seis meses com um salário de R$ 40 mil.

Muitos candidatos tiveram problemas durante a inscrição por conta dos acessos simultâneos ao site. A secretaria aconselha enviar os vídeos de 60s explicando porque deve ser escolhido em horários alternativos do dia, além de recomendar tamanho em torno de 40MB.

As inscrições começaram em 12 de janeiro e vão até o próximo dia 22 e podem ser feitas pelo site www.islandreefjob.com. O governo australiano escolherá 50 candidatos para a próxima fase da seleção, que terá votos do público para eleger um dos 11 finalistas.

A última fase terá entrevistas e desafios físicos, no próprio local de trabalho: as ilhas da Grande Barreira Coralina - o maior recife de coral do mundo. A secretaria de Turismo anunciará o vencedor no dia 6 de maio.
17:09
Anónimo disse...
Mercado elogia governo na crise, mas pede maior queda no juro

Peter Fussy
Direto de São Paulo

Desde as primeiras medidas anunciadas para combater os efeitos da crise, o governo brasileiro avisou que a estratégia não contemplaria um pacote. Seriam doses pontuais, de acordo com a necessidade da economia diante do agravamento das turbulências. Da primeira liberação dos depósitos compulsórios em setembro até a ampliação do seguro-desemprego na última quarta-feira, o governo passou por redução de impostos, ampliação de crédito e incentivos à exportação. Quase 150 dias após a primeira medida, o Terra conversou com líderes do setor público e privado, representantes dos trabalhadores, acadêmicos e com o próprio governo para saber quais destas ações foram mais eficazes, quais foram mais ineficientes e o que mais pode ser feito pelo Estado brasileiro contra a crise.

Os maiores elogios foram direcionados à atitude de reduzir o Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) para a indústria automobilística, anunciada em dezembro e que fez com que os emplacamentos de carros novos subissem 1,9% no primeiro mês do ano em relação a dezembro de 2008. Já as maiores críticas foram para a lentidão no corte da taxa básica de juro do País.

Para o presidente do conselho administrativo do Grupo Pão de Açúcar, Abílio Diniz, o Estado não é responsável pela crise e mesmo assim está agindo "com extrema serenidade e muito acerto". "O governo está atento, fazendo a sua parte. É preciso coragem de baixar firmemente a taxa de juros. É uma arma que temos a nosso favor, já que não há clima para inflação, nem possibilidade de danos para a macroeconomia", afirmou Diniz.

Na última reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), em janeiro, a taxa Selic foi reduzida em um ponto percentual, de 13,75% para 12,75% ao ano. Porém, o professor de economia da Universidade de Brasília (UnB) José Luiz Oreiro lembra que este corte representa uma redução de apenas 0,25 ponto percentual com relação à taxa de setembro do ano passado, quando a crise se agravou.

"Pouco antes da eclosão da crise, o Banco Central aumentou a taxa em 0,75 ponto. Foram cinco meses de demora para reduzir em termos líquidos apenas 0,25 ponto", afirmou o economista, que também sugeriu redução do intervalo de cerca de 90 dias entre as reuniões do Copom e o corte de pelo menos um 1 ponto percentual em cada reunião.

Mesmo com o corte de janeiro, a taxa de juros real continua sendo a maior do mundo, lembrou o secretário-geral da Força Sindical, João Carlos Gonçalves, o Juruna. "A redução da taxa de juro ainda é pequena, porque ela continua uma das mais altas do mundo. Falta ousadia para baixar os juros e ajudar o cidadão. A permanência da taxa de juro alta é negativa para o País em meio a crise", afirmou Juruna.

Embora aprove as ações do governo, o senador Aloízio Mercadante (PT-SP) também acredita que o patamar da Selic está muito alto. "Sempre fomos os primeiros a entrar em qualquer crise, o que não aconteceu agora. A taxa Selic ainda é muito alta, mas o governo têm tomado medidas acertadas, como o aumento do salário mínimo, mesmo com um cenário de crise. Isso ajuda a movimentar o consumo. O governo está se esforçando para manter os investimentos e o crescimento", disse.

Tributos
De acordo com o economista Fabio Pina, da Fecomercio-SP, as ações mais positivas estão relacionadas à redução de tributos para alguns segmentos, como a indústria automobilística, que recuperou parte da queda nas vendas em janeiro com a isenção do IPI para carros 1.0 l e o corte para demais motorizações. A medida vale até o final de março.

"Essas medidas não só reduziram o preço, mas anteciparam o consumo daqueles que iriam comprar no futuro, dando um prêmio por conta da insegurança. Mexe diretamente com o principal problema que é a confiança do consumidor", afirmou. Juruna destacou que um bom ritmo de vendas é garantia de emprego. "É importante porque cada emprego na montadora significa 19 na cadeia produtiva", comentou o representante da Força Sindical.

Também em dezembro, o governo decidiu cortar pela metade a alíquota do Imposto de Renda para contribuintes que ganham entre R$ 1.434 e R$ 2.150 mensais. "O salário aumentava e a tabela não se modificava. As pessoas ganhavam mais e pagavam mais impostos", apontou Juruna. Outra redução de tributos do governo foi com relação ao Imposto sobre Operações Financeiras (IOF), que caiu de 3% ao ano para 1,5%.

Crédito
Na segunda metade de 2008, o colapso de bancos nos Estados Unidos por conta da crise do subprime provocou uma forte restrição de crédito no mundo inteiro. Uma das primeiras medidas anticrise do governo teve como objetivo restabelecer a oferta, com mudanças no recolhimento dos depósitos compulsórios por parte dos bancos. Segundo o presidente do Banco Central, Henrique Meirelles, as diversas modificações liberaram US$ 99,2 bilhões aos bancos até o final de janeiro.

Além disso, o governo concedeu R$ 36 bilhões das reservas internacionais para empresas brasileiras com dívidas no exterior e uma medida provisória autorizou o Banco do Brasil e a Caixa Econômica Federal a comprar carteiras de crédito de bancos privados. Para o diretor do Departamento de Pesquisas e Estudos Econômicos da Fiesp, Paulo Francini, estas medidas foram essenciais para combater os efeitos da crise.

"A crise se desenvolve no mundo em torno do tema crédito. E o crédito reduziu-se barbaridade no mundo. Então o governo lança mão de compulsório, lança mão de reservas, de medidas que permitem aos bancos comprar carteiras de bancos. Você vai tomando várias medidas para atender às demandas e o epicentro disso é crédito", afirmou.

No entanto, Oreiro, da UnB, adverte que a liberação dos compulsórios seria mais eficiente acompanhada de redução mais agressiva da taxa básica de juro. "Uma parte do crédito voltou, depois da forte retração em outubro e novembro. O que deveria ter sido feito junto à liberação do compulsório era uma redução mais drástica da taxa de juro. Sem isso, os bancos pegam as reservas e acabam comprando títulos públicos", explicou o economista.

Na opinião de Pina, as ações de distribuição de crédito via redução do compulsório e a disposição de capital de giro para empresas foram tomadas sem um cuidado maior na operação e não tiveram muito efeito. "O BNDES tem linhas que ficam paradas quase todo o ano, agora é pior ainda. Existem os recursos, mas as empresas e os bancos estão desconfiados. É preciso fazer com que os bancos tenham interesse em emprestar", afirmou o economista da Fecomercio-SP.

Futuro
Mesmo com todas essas medidas, a crise financeira ainda gera incertezas nos setores produtivos do País. Nos últimos meses, o medo do desemprego fez os consumidores adiarem compras. Por sua vez, a queda nas vendas pode obrigar as indústrias a cortarem a produção e demitir funcionários. Contra isso, empresários sugerem redução de jornada e de salários.

"Isto está previsto em lei. A Fiesp simplesmente manteve conversações com entidades sindicais quanto à aplicação daquilo que já está previsto em lei", afirmou Francini.

Segundo a ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff, uma das medidas que assegura um nível de emprego é a manutenção de investimentos no Programa de Aceleração do Crescimento (PAC). "Estamos esperando que a dificuldade ocorra em janeiro, fevereiro e março. Estamos certos que vamos manter o nível de investimento. É isso que funciona, é isso que significa investimento público. Ele funciona como um colchão. Por isso, nós colocamos R$ 100 bilhões no BNDES e a Petrobras ampliou o seu investimento em R$ 120 bilhões", afirmou.

Na mesma linha, Pina explica que a antecipação de gastos do governo substitui parte da demanda retraída do setor privado. "Ele dá o seguinte recado: não vou estourar as contas públicas, mas concentrar em um momento em que a demanda privada está pequena. Mas o governo não tem fôlego suficiente para fazer o papel de toda demanda", ressaltou. O economista da Fecomercio lembrou que a entidade já pleiteou junto ao governo isenções para transferência de imóveis e de automóveis, além de retirar o IPVA para veículos novos.

Já Oreiro foca suas propostas na capitalização do Banco do Brasil e da Caixa Econômica Federal pelo Tesouro para atender a demanda de crédito para capital de giro e reduzir o spread. "Aumentando o empréstimo e reduzindo as taxas, os dois vão forçar os bancos privados a acompanhar o movimento, até para não perderem participação no mercado", explicou o economista da UnB.

Até o Carnaval, o governou prometeu detalhar um pacote de incentivos para a construção de até um milhão de casas populares, direcionado a famílias com renda de até dez salários mínimos. "Estamos atentos a tudo o que está acontecendo e novas medidas serão tomadas caso haja uma avaliação de que sejam necessárias", disse o ministro da Fazenda, Guido Mantega, na última sexta-feira.
17:11
Anónimo disse...
Ex-ministro critica extensão do seguro-desemprego

Atualizada às 09h03

O ex-ministro do Trabalho Almir Pazzianotto criticou a decisão do governo federal de conceder o seguro-desemprego estendido a apenas alguns setores. "É certamente odioso e provavelmente inconstitucional", disse Pazzianotto, de acordo com o jornal O Estado de S. Paulo.

Na última qurta, dia do anúncio da medida, centrais sindicais elogiaram a atitude do governo. A Força Sindical divulgou nota dizendo que "o aumento ajudará a aquecer parte da economia, já que irá gerar mais consumo, produção e conseqüentemente, a criação de novos postos de trabalho". A União Geral dos Trabalhadores (UGT) afirmou que a medida "contribuirá para minimizar o drama dos trabalhadores que perderem seu emprego por conta da crise".

O ex-ministro, que instituiu o seguro-desemprego no País no governo de José Sarney, destacou a necessidade de as centrais sindicais se manifestarem contra a determinação. Para ele, as mudanças devem ser aplicadas a todas as categorias profissionais e a distinção é contrária ao artigo 3º da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT).

Pazzianotto atribui a medida a um possível temor do governo de que a crise econômica seja longa e não haja dinheiro para atender a todas as necessidades. Ainda assim, ele se mostra contrário ao método de concessão. "O seguro-desemprego ajuda a sanar necessidades básicas. Estendê-lo é paliativo, não a solução", disse ao jornal.

De acordo com o presidente do Conselho Deliberativo do Fundo de Amparo ao Trabalhador (Codefat) e conselheiro da Força Sindical, Luiz Fernando Emediato, a determinação já estava prevista na lei 8.900/94, que trata do seguro-desemprego.

O presidente da Comissão de Trabalho da Câmara, Pedro Fernandes (PTB-MA) vai além na crítica à concessão do seguro para apenas alguns setores. Ele acredita que a ampliação do benefício estimula o desemprego.

Quintino Severo, secretário geral da Central Única dos Trabalhadores (CUT), lembra que a ampliação do benefício sem critério e identificação pode incentivar demissões em outros setores.
17:13
Anónimo disse...
Empresas
TAM faz promoção para destinos internacionais

A companhia aérea TAM anunciou nesta sexta-feira tarifas promocionais para trechos internacionais. Os preços valem para bilhetes comprados entre 6h deste sábado e 23h59 deste domingo e são válidos para classe econômica. As tarifas, para ida e volta, serão vendidas a partir de US$ 99, mais taxas.

Segundo a aérea, a promoção vale para viagens feitas no período de 14 de fevereiro a 18 de junho de 2009. Para destinos na América do Sul, a permanência mínima é de dois dias; para bilhetes com destino nos Estados Unidos, cinco dias; e Europa, sete dias. A permanência máxima para as passagens para América do Sul e EUA é de dois meses e para Europa, três meses.

Entre os exemplos de tarifas promocionais, a TAM oferece São Paulo-Lima por US$ 99. Bilhetes para a rota São Paulo-Santiago serão vendidos a partir de US$ 199 e São Paulo-Nova York, US$ 799.

A emissão dos bilhetes deve ser feita obrigatoriamente no ato da reserva, obedecendo às regras estipuladas pela companhia. A compra está sujeita à disponibilidade de assentos nas classes tarifárias determinadas, trechos, horários e datas. A TAM afirmou que também há tarifas promocionais para a classe executiva.

Mais informações podem ser encontradas no site promocional (www.ofertastam.com.br), no site da empresa (www.tam.com.br) ou pelos telefones 4002-5700 ou 0800 5705700.
17:13
Anónimo disse...
Empresas
Consultoria negocia compra do parque temático Hopi Hari

A consultoria especializada em reestruturação de empresas Íntegra Associados informou nesta sexta-feira ter um acordo para comprar o parque de diversões Hopi Hari, localizado no interior de São Paulo. A empresa estaria disposta a investir R$ 10 milhões no parque, que tem dívida estimada em R$ 800 milhões. As informações são da edição deste sábado do jornal Folha de S. Paulo.

De acordo com o jornal, a transação ainda depende da negociação entre o Hopi Hari e seus credores, o que já estaria em andamento.

A consultoria paulista já atuou junto à Parmalat, durante 30 meses, quando reorganizou a gestão da empresa italiana.

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17:14
Anónimo disse...
Empresas
Disney de Tóquio contratará mais 2 mil apesar da crise


A Oriental Land, o operador da Disneylândia Tóquio e DisneySea, organizou neste domingo entrevistas para contratar cerca de 2 mil trabalhadores em tempo parcial, em um momento de grandes demissões deste tipo de empregados no Japão.

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O operador deste parque temático, situado em Urayasu, na província de Chiba (leste de Tóquio), está em pleno processo de seleção de empregados para 20 tipos de postos trabalhistas diferentes.

Segundo a companhia, citada pela agência local de notícias Kyodo, o parque contratará novos trabalhadores para as atrações, para os restaurantes e guardas de segurança entre outros. Os novos contratados começarão a trabalhar a partir de fevereiro.

O processo de seleção acontece em um momento em que a maioria das grandes companhias japonesas começaram a se ver obrigadas a despedir uma elevada percentagem de seus trabalhadores temporários e a tempo parcial.

Algumas inclusive anunciaram demissões de seus trabalhadores fixos, uma medida muito pouco comum nas companhias japonesas, perante os efeitos piores que o esperado pela crise econômica global.

Cerca de uma centena de pessoas esperavam desde a primeira hora desta manhã a abertura do centro de conferências Tokyo International Forum, onde as entrevistas estão sendo feitas, para ser os primeiros a solicitar os postos de trabalho.


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17:15
Anónimo disse...
Economia Internacional
Senado dos EUA aprova plano de estímulo à economia

O Senado dos Estados Unidos aprovou com 60 votos a favor e 38 contra o plano de estímulo à economia de US$ 787 bilhões na madrugada deste sábado. Agora, ele segue para sanção ou veto do presidente Barack Obama, que espera colocar a lei em prática até o dia 16 de fevereiro.

O plano prevê a criação de três milhões de empregos, inclui cortes de impostos às famílias, fundos para programas sociais e obras públicas, além de ajuda aos governos estaduais, estudantes e desempregados.

A cláusula Buy American - que exige o uso de ferro, aço e produtos manufaturados dos Estados Unidos em obras realizadas com recursos do pacote - ficou de lado. Segundo o texto definitivo, a cláusula será aplicada sem violar as normas do comércio internacional.

Ontem à tarde, a Câmara de Representantes (deputados) havia aprovado, por 246 votos a favor e 183 contra, a versão final do plano. Todos os republicanos foram contrários ao pacote.

Pelo acordo de quarta-feira entre Câmara e Senado, em vez de custar US$ 819 bilhões, como queriam os deputados, ou US$ 838 bilhões como pretendiam os senadores, o pacote ficou em cerca de US$ 787 bilhões, com 65% desse total destinado a gastos do governo federal e 35%, a créditos tributários.
17:16
Anónimo disse...
Economia nacional
Na era Lula, aposentadoria sobe 54% menos que salário mínimo

Thatiane Faria
Especial para o Terra
Direto de São Paulo

Os índices de reajustes concedidos pelo governo em 2009 para aposentados e pensionistas e para o salário mínimo repetiram uma diferença que, só durante o governo de Luiz Inácio Lula da Silva, já chega a 54%. Enquanto o mínimo foi majorado em 12% este ano, as pensões e aposentadorias tiveram aumento de 5,92%. Aposentados que têm o benefício do governo como única fonte de renda reclamam que perdem poder de compra e que sua cesta de compras é composta por itens que aumentam mais em relação à inflação oficial.

Um exemplo prático pode ser entendido a partir da comparação entre um aposentado que ganhava R$ 600 em janeiro de 2003. Na época, o benefício era três vezes, ou 200%, maior que o valor do mínimo em vigência, que era de R$ 200. Aplicando-se os índices de reajuste para aposentadorias e para o mínimo durante os últimos seis anos, o mesmo aposentado estaria recebendo hoje R$ 938,47, comparado a um salário mínimo de R$ 465. A diferença entre os dois valores caiu para pouco mais de 100%.

Enquanto o índice acumulado de reajuste para a aposentadoria durante o governo Lula foi de 60%, para o salário mínimo está em 132%.

O diretor do Sindicato Nacional dos Aposentados, João Inocentini, reclama que os valores dos benefícios para aposentadorias não mantêm o poder de compra do grupo, principalmente dos aposentados que recebem menos que dez salários mínimos.

Nem mesmo o fato de o índice de reajuste das aposentadorias ter ficado acima da inflação acumulada no mesmo período (o IPCA entre janeiro de 2003 e janeiro de 2009 foi de 39,7%) serve de argumento, segundo os aposentados.

"Os idosos, principalmente, têm gastos além das contas gerais como gás, telefone e aluguel. Para eles o custo com remédios, e outros itens da área saúde costuma ser maior", afirmou Inocentini.

O presidente do sindicato afirmou que o grupo realiza um estudo com 100 itens de necessidade de um idoso para comparar o aumento dos produtos com o índice de reajuste do benefício recebido pelos aposentados.

"Daqui dois meses vamos abrir um processo na Justiça e levar essa pesquisa como prova. Segundo a lei, o governo é obrigado a manter o poder de compra com a aposentadoria", disse Inocentini.

Alternativas
O consultor financeiro Cláudio Boriola diz que os aposentados, especialmente nesse momento de crise econômica, devem evitar compras parceladas, pesquisar preços, negociar e fazer bom planejamento financeiro.

Segundo Boriola, alguns aposentados ganham um valor mensal muitas vezes insuficiente para o pagamento das contas e acabam pedindo crédito ou realizando pagamentos a prazo e são obrigados a pagar juros altos.

Na opinião do consultor, pagar uma previdência privada é uma alternativa indicada para quem ainda trabalha, considerando a característica de perda de poder de compra da aposentadoria.

"Na prática, infelizmente os valores encontram-se em um patamar que está deteriorando o poder de aquisição da população brasileira", completou Boriola.

De acordo com o diretor da Confederação Brasileira de Aposentados e Pensionistas (Cobap), Vicente Fernandes Barbosa, representantes dos aposentados tentarão um encontro com o presidente da Câmara, deputado Michel Temer (PMDB-SP), para discutir projetos que minimizem a perda dos aposentados
17:17
Anónimo disse...
Previdência
Previdência prorroga isenção de tarifas no benefício

O atual sistema de pagamento aos 26 milhões de aposentados e pensionistas do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) será mantido até o final deste ano. O acordo, que permite realizar a operação sem nenhum custo aos beneficiários, foi renovado nesta sexta-feira, entre o governo federal e 21 instituições financeiras.

Por meio desse acordo, vigente desde setembro de 2007, nem os segurados, nem os bancos e nem o governo arcam com o pagamento de tarifas, conforme explicou o ministro da Previdência Social, José Pimentel. A prorrogação vale até dezembro, data máxima para que a Previdência defina as regras para um novo contrato.

Ao assinar o termo de renovação, na sede da Federação Brasileira dos Bancos (Febraban), o ministro disse que a intenção do governo é mudar o atual modelo de gestão visando a reduzir os custos dessas operações em torno da folha mensal, que atinge R$ 15,8 bilhões. No entanto, qualquer alteração, conforme explicou, passará antes por audiências públicas a serem realizadas a partir do segundo semestre deste ano, atendendo a determinação do Tribunal de Contas da União (TCU).

De acordo com Pimentel, com um redesenho do mecanismo de repasse dos recursos aos bancos em torno da folha de pagamento dos segurados o que se busca é um aumento da participação de instituições financeiras. Ele informou que, desde 2007, cada benefício custa em média R$ 1,07 ao governo. "Quanto mais instituições financeiras estiverem prestando serviços à sociedade, maior é a competitividade, a agilidade no atendimento", justificou.

O ministro observou, ainda, que, para permitir uma redução para algo em torno de meia hora no tempo de atendimento para a concessão dos direitos previdenciários, o governo investiu R$ 280 milhões.

Questionado sobre o descontentamento dos segurados que ganham acima de um salário mínimo terem obtido apenas a correção com base na variação do Índice de Preços ao Consumidor (INPC) , ficando abaixo do reajuste dado a quem recebe apenas o mínimo, Pimentel argumentou que o governo seguiu o que determina a lei e descartou a possibilidade de uma revisão
17:17
Anónimo disse...
Empresas
Caterpillar oferece aposentadoria antecipada a 2 mil


A companhia americana Caterpillar ofereceu a cerca de dois mil funcionários incentivos para que se aposentem de forma voluntária antes do previsto, pela perspectiva de uma queda "significativa" da atividade industrial, informou nesta quarta-feira a empresa.

A iniciativa, destinada aos trabalhadores de diversas fábricas em Illinois, Colorado, Tennessee e Pensilvânia, se soma aos cortes de empregos anunciados em janeiro, explicou em comunicado de imprensa.

A empresa, a maior fabricante mundial de maquinaria pesada para a construção e a mineração, acrescentou que, "em função das condições de negócio, podem ser necessárias mais reduções de elenco voluntárias e involuntárias à medida que o ano avança".

O vice-presidente da companhia, Sid Banwart, explicou que a empresa prevê "demissões significativas em todas as regiões geográficas e na maioria dos setores devido às dificuldades da economia mundial".
17:18
Anónimo disse...
Comércio
Comércio exterior da OCDE caiu no 3º trimestre de 2008


As exportações e as importações dos países da Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Econômico (OCDE) caíram 1,6% e 0,2%, respectivamente, no terceiro trimestre de 2008, em relação aos três meses anteriores.

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Trata-se da primeira queda destas atividades desde o terceiro trimestre de 2006, segundo o último relatório trimestral sobre fluxos comerciais divulgado pela OCDE.

As exportações e as importações em dólares dos 30 Estados-membros caíram 15,6% e 17%, respectivamente, na comparação anualizada.

Por sua vez, o comércio dos sete países mais ricos do mundo (G7) teve um pequeno crescimento no terceiro trimestre de 2008 com uma queda das exportações de mercadorias de 0,2% em relação ao trimestre anterior e um aumento de 0,4% das importações.

Em termos anualizados, as importações do G7 caíram 1,4% entre julho e setembro do ano passado, seu primeiro retrocesso desde o terceiro trimestre de 2006, enquanto as exportações aumentaram 1,9%, seu crescimento mais baixo no mesmo tempo.

Por países, a Alemanha aumentou suas importações em 3,4% - valor mais alto do G7 -, enquanto suas exportações caíram 2,9% do segundo para o terceiro trimestre de 2008.

Pelo contrário, as exportações americanas aumentaram 1,8% entre julho e setembro de 2008, enquanto as importações caíram 0,7% em relação ao trimestre anterior. No Japão, tanto as importações quanto as exportações caíram em torno de 1% no mesmo período.
17:19
Anónimo disse...
Economia Nacional
Lula: juros de crédito consignado a aposentados são altos

Atualizada às 17h29

O presidente Luis Inácio Lula da Silva afirmou nesta terça-feira, em São Paulo, que está lutando para reduzir as taxas de juros cobradas de aposentados em crédito consignado. A Previdência Social estabelece uma taxa máxima de 2,5% para empréstimo e de 3,5% para cartão. Para Lula, os valores são altos.

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"Acho que o juro que os aposentados estão pagando hoje com o crédito consignado é alto para o padrão brasileiro", disse o presidente durante a cerimônia de comemoração dos 86 anos do INSS.

A Previdência anunciou nesta terça-feira que aposentados e trabalhadoras com licença-maternidade poderão receber seus benefícios em 30 minutos. De acordo com Lula, em junho, a aposentadoria do trabalhador rural também será conseguida em meia hora.

Além disso, o presidente anunciou que, também em junho, os trabalhadores que alcançarem o direito à aposentadoria passarão a receber em suas casas um comunicado da Previdência informando o fato e o valor do salário que têm direito a receber. "É um comprometimento público que estou fazendo com os companheiros da Previdência Social", disse.

"Estamos retribuindo ao contribuinte da Previdência Social aquilo que é a cidadania que ele tem direito", afirmou Lula. "Se para cobrar nós somos tão precisos, para devolver o dinheiro, temos que chegar próximo à perfeição", completou.
17:20
Anónimo disse...
Economia Nacional
Salário maternidade sairá em 30 minutos, diz ministro

Toda trabalhadora autônoma que tiver contribuído pelo menos 10 meses com o Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) - ou as que possuírem carteira assinada - poderão receber em 30 minutos o salário maternidade a partir desta terça-feira. Da mesma forma, as mulheres com 30 anos de contribuição e os homens com 35 anos também terão direito ao benefício de forma mais rápida. A informação é do ministro da Previdência Social, José Pimentel.

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Para requerer o salário maternidade, é preciso que as autônomas levem a carteira de identidade e o carnê de contribuição. As demais trabalhadoras devem apresentar a identificação e a carteira de trabalho. Desde o início do mês, a nova forma de análise para a concessão de benefícios foi adotada para a aposentadoria por idade do trabalhador urbano e agora foi estendida para o salário maternidade e por tempo de contribuição.

O ministro disse que a qualificação do serviço da previdência social é o reconhecimento do direito dos trabalhadores e da afirmação da cidadania.

"Até pouco tempo na cabeça do cidadão o serviço devia ser de péssima qualidade. Agora não, nós modificamos toda a legislação no mês de dezembro numa ação conjunta do Congresso Nacional com o governo federal. Estamos implantando e concedendo os benefícios em até 30 minutos", afirmou.

O ministro destacou que para conseguir se aposentar ou ter acesso à licença maternidade em 30 minutos, em primeiro lugar, é necessário que o cidadão esteja vinculado à Previdência, o que inclui 65% da população acima de 16 anos de idade.

"Depois bastar marcar pelo sistema 135 o dia e a hora do atendimento e levar a documentação. Se todos os dados necessários estiverem corretos o contribuinte será atendido em até 30 minutos, como vem sendo feito com as aposentadorias por idade desde o dia cinco de janeiro", explicou.

Pimentel disse ainda que em 90% das agências da previdência social o atendimento é marcado em até 48 horas. Nos grandes centros, entretanto existe um volume maior o que torna mais lento o processo.

"Estamos criando mais 715 agências até 2010, em todo o território nacional, para descentralizar o atendimento. Em 2008, atendemos 295 mil benefícios e aposentadorias por idade. Temos 4 mil pessoas por dia procurando e se aposentando por idade no território nacional. Este serviço será agilizado", concluiu.
17:21
Anónimo disse...
Giuseppe Englaro, pai de Eluana, a italiana que morreu na segunda-feira passada por desidratação, recusou uma grande soma de dinheiro de um conhecido fotógrafo italiano que queria retratar a filha em estado de coma, disse neste sábado o neurologista que atendia a mulher desde 1996, Carlo Defanti.

O neurologista, que participou hoje de uma conferência sobre eutanásia, disse que Englaro respeitou a vontade da filha, que, antes do acidente, tinha pedido que, se lhe ocorresse qualquer coisa irreversível, apresentasse sua imagem de quando estava em boas condições.

Antes de sofrer o acidente de trânsito, em 1992, Eluana viveu o coma de um amigo, Alessandro, o que causou forte impacto na italiana e a levou a fazer o pai prometer que não a deixasse viver em estado vegetativo, disse o próprio Giuseppe Englaro.

Defanti, que dissera que Eluana poderia viver de dez a 12 dias depois da suspensão da alimentação e da hidratação, disse que, como médico, tinha que reprovar esta afirmação.

"Não se pode sobreviver após três ou quatro dias sem líquido e, em particular, água em um corpo. Sabemos bem que, quando há um terremoto, após quatro dias é difícil encontrar sobreviventes".

Defanti ressaltou que Eluana "não falava, não se comunicava com o exterior" e que, após vários exames, "nos deparamos com uma moça que tinha perdido a consciência", porque estava com o córtex cerebral prejudicado.

Eluana foi enterrada na quinta-feira passada no túmulo da família na localidade de Paluzza, em Udine, após um funeral que não contou com a presença dos pais.

16:53
Anónimo disse...
Os bombeiros combatem neste sábado os incêndios na Austrália favorecidos pelo bom tempo, enquanto os deslocados encotram em seu retorno casas derruídas, carros queimados nas ruas e destruição.

Depois de sete dias desde que começaram os incêndios no Estado de Victoria, a lista de mortos chega a 181, os desaparecidos somam 50, os edifícios destruídos totalizam 1,834 mil e o terreno arrasado, principalmente florestas, ocupa uma área de 4,13 mil quilômetros quadrados.

As equipes de bombeiros, formadas por 4 mil profissionais de Victoria, de outras partes da Austrália e de países amigos, combateram hoje 12 focos fora de controle e nenhum representava uma ameaça direta para a população.

O subdiretor do Serviço de Bombeiros, Geoff Conway, disse que este tempo favorável, que se prolongará durante o domingo, permite consolidar as linhas de contenção e avançar na extinção das chamas.

Cinzas apareceram arrastadas por ventos do nordeste sobre Melbourne, onde habitam 3,8 milhões de pessoas, e as autoridades alertaram aos cidadãos do risco para a saúde de idosos, crianças e pessoas com problemas respiratórios.

O número de pessoas deslocadas - a Cruz Vermelha chegou a receber 7 mil - começou a cair com a abertura de algumas localidades atingidas.

Os incêndios, alguns criminosos, começaram em 7 de fevereiro, quando a região sul da Austrália estava há duas semanas sob uma onda de calor sem precedentes.

Na sexta-feira passada, a polícia acusou uma pessoa de ter provocado o incêndio que atingiu a localidade de Churchill e matou 21 pessoas.

16:55
Anónimo disse...
A primeira chuva em seis dias reduziu a ameaça de incêndios no Estado de Victoria, ao sul da Austrália. As autoridades, porém, advertiram que ainda existem 12 focos, mas que nenhum deles ameaça áreas povoadas.

Mais de quatro mil bombeiros, mil provenientes de outras partes do país e de outras nações, trabalham contra o fogo. Cerca de 600 veículos e 28 helicópteros e pequenos aviões estão sendo usados.


Eles conseguiram construir linhas de contenção para evitar os incêndios de Yarra e Maroondah se juntassem. Também foram controlados os incêndios abertos de Yea e Murrindindi, que ameaçavam as comunidades de Connellys Creek, Crystal Creek, Scrubby Creek e Native Dog Creek.

O número de mortos chegou a 181, mas as autoridades acreditam que as vítimas devem passar de 200, já que ainda há muitos desaparecidos.

16:55
Anónimo disse...
Aqui nesta coluna, na semana passada, tive a oportunidade de comentar sobre a recente visita do professor brasileiro Pedrinho Guareschi à Austrália. Não dei, porém, os fatos, pois semana passada o assunto era outro.

Hoje, porém, vamos a eles.

No último dia 4 de fevereiro, aconteceu o Seminário "Paulo Freire: Education and Liberation", organizado pelo centro de estudos latino-americanos da Universidade Nacional da Austrália, ou ANU, como é mais conhecida por aqui.

A ANU, para quem não sabe, está entre as 20 melhores universidades do mundo! E tem sede aqui em Camberra, capital da Austrália.

Na abertura do evento, o professor John Minns, diretor do centro latino-americano, ao dar boas-vindas ao público presente, lembrou ser aquele o primeiro seminário exclusivamente dedicado a Paulo Freire na Austrália.

Em seguida, convidou Pedrinho Guareschi, palestrante principal do Seminário, a fazer sua apresentação.

A plateia pode então conhecer, pelas palavras de Pedrinho, um pouco da obra e da vida de Freire, esse brasileiro de fé e valor, que sempre acreditou na educação, sobretudo dos menos favorecidos, analfabetos, como força libertadora.

Como não podia deixar de ser, os conceitos e ideias revolucionários de Paulo Freire, expostos com clareza por Pedrinho, despertaram o interesse e a curiosidade de plateia. A qual, deve-se notar, era na maioria de estudantes, mas de várias nacionalidades, sobretudo australianos e asiáticos.

Na continuação do programa do seminário, que se estendeu por dois dias, outros professores fizeram palestras sobre temas ligados à obra de Paulo Freire.

Interessante, por exemplo, saber que a professora Anne Hickling-Hudson, jamaicana que mora na Austrália há muitos anos (é professora da ANU), conheceu e trabalhou com Freire num workshop educacional durante a revolução na Ilha de Granada, em 1980, antes da invasão dos Estados Unidos...

Ou, então, a palestra da Professora Gerda Roelvink, da Nova Zelândia, que participou do Fórum Social de Porto Alegre em 2005. E essa participação transformou-se em tema de doutorado.

No dia 10, terça-feira passada, o padre Pedrinho Guareschi voltou a falar ao público australiano em grande auditório localizado no belíssimo campus da ANU. Desta vez, sobre a Teologia da Libertação.

Depois da palestra, John Minns mostrou o filme mexicano "O Crime do Padre Amaro", no qual um dos personagens é um padre católico praticante da Teologia da Libertação.

Mais uma vez, foi grande o intersse da platéia, que pode aprender e conhecer um pouco como se desenvolveu aquele importante movimento católico na América Latina.

Fica, assim, ao Pedrinho, bem como a outros brasileiros estudiosos e de bom coração que saem pelo mundo a divulgar aspectos importantes da cultura brasileira, o respeito e a homenagem desta coluna. E... aquele abraço!

16:57
Anónimo disse...
Amanda Kitts perdeu o braço esquerdo em um acidente de automóvel acontecido três anos atrás, mas hoje em dia ela joga futebol americano com seu filho de 12 anos de idade, troca fraldas e abraça as crianças nas três creches Kiddie Cottage que opera em Knoxville, Tennessee. Kitts, 40 anos, faz tudo isso com a ajuda de um novo tipo de braço artificial que se movimenta com mais facilidade do que outros aparelhos e que ela pode controlar utilizando apenas seus pensamentos.

"Eu sou capaz de mexer a mão, o pulso e o cotovelo ao mesmo tempo", diz. "Você pensa e os músculos se movem em seguida".

A recuperação que ela conseguiu resulta de um novo procedimento que vem atraindo crescente atenção porque permite que pessoas movam braços protéticos de forma mais automática do que faziam no passado, simplesmente utilizando nervos reaproveitados em seus cérebros.

A técnica, conhecida como "renervação muscular dirigida", envolve utilizar os nervos que restam depois da amputação de um braço e conectá-los a outro músculo do corpo, em geral no peito. Eletrodos são instalados sobre os músculos do peito, e operam como se fossem antenas. Quando a pessoa deseja mover o braço, o cérebro envia sinais que primeiro resultam em contração dos músculos do peito, os quais enviam um sinal ao braço protético, instruindo-se a se movimentar. O processo não requer mais esforços consciente do que a pessoa teria de exercitar caso ainda tivesse seu braço natural.

Na terça-feira, pesquisadores reportaram em estudo publicado pela versão online do Journal of the American Medical Association que haviam levado a técnica ainda mais à frente, tornando possível a execução de 10 movimentos de mão, pulso e cotovelo diferentes, o que representa uma substancial melhora com relação ao típico repertório protético, que em geral envolve apenas dobrar o cotovelo, girar o pulso e abrir a mão.

"Os novos métodos tiveram impacto dramático em nosso campo de trabalho", disse Stuart Harshbarger, engenheiro biomédico na Universidade Johns Hopkins e diretor do programa de pesquisa sobre próteses, financiado pelas forças armadas, que inclui o trabalho com essa técnica. "O método já está em uso por médicos e cirurgiões comuns em todo o país. A capacidade de controlar um membro protético bastante robusto que ele confere surpreendeu a todos pela qualidade".

Tipicamente, uma pessoa que tenha um braço protético só é capaz de executar alguns poucos movimentos, e muitas vezes com tamanha lentidão que isso só permite a ela atividades limitadas.

Há um motor separado para cada movimento, diz Gerald Loeb, professor de engenharia biomédica na Universidade do Sul da Califórnia, "e esses motores precisam ser controlados de maneira explícita", usualmente por um esforço consciente da pessoa para contrair músculos nas costas ou no bíceps.

"Essencialmente, até agora os pacientes controlavam apenas um motor de cada vez", diz Loeb, "e precisavam pensar cuidadosamente sobre que motor desejavam controlar e como fazê-lo operar, em lugar de simplesmente pensarem em mover o braço e poderem fazê-lo sem delongas".

Antes que Kitts passasse pelo procedimento de renervação, em outubro de 2007, por exemplo, ela precisava movimentar os músculos de suas costas de determinada maneira para fazer com que seu pulso girasse, e flexionar seu bíceps e tríceps para fazer com que o cotovelo se movesse para cima e para baixo. "Era muito trabalho", ela conta. "E não me ajudava muito".

O procedimento de renervação é parte de uma recente explosão de idéias novas e técnicas inovadoras que estão sendo exploradas enquanto os cientistas se esforçam por ajudar as pessoas a compensar melhor a perda de membros ou problemas de paralisia. O esforço vem sendo alimentado pelo aumento no número de amputações causado por diabetes e por ferimentos sofridos pelos militares, e ao mesmo tempo pelos avanços na tecnologia médica.

Os braços se tornaram um dos focos essenciais desse tipo de trabalho. A ciência há muito vem obtendo sucessos no desenvolvimento de próteses de perna, mas é muito mais difícil imitar a complexidade e a destreza das mãos e dos braços.

Os esforços em curso incluem o desenvolvimento de projetos de pele e braços mais sensíveis e mais flexíveis, e o uso de dispositivos acionados por controles sem fio implantado nos braços protéticos, que permitiriam movimentos mais naturais.

Os pesquisadores também vêm usando sensores implantados nos cérebros de cobaias para permitir que dois macacos controlem um braço mecânico, e um teste com um homem paralítico permitiu, com esse método, que ele movimentasse um cursor em uma tela de computador.

Alguns desses métodos, caso venham a ser aperfeiçoados plenamente e consigam aprovação das autoridades regulatórias da saúde, podem no futuro se tornar mais viáveis para os pacientes de amputações.

E embora a técnica da renervação não requeira aprovação das autoridades regulatórias porque é executada por meios cirúrgicos e emprega aparelhos já existentes, ela apresenta limitações que até mesmo seus criadores reconhecem, entre as quais o fato de que não se pode utilizá-la para todos os pacientes, o seu alto custo e o prazo de meses requerido para que os nervos reconectados cresçam e se tornem efetivos.

Ainda assim, os especialistas dizem que é o mais avançado sistema em uso hoje para pacientes reais que permite que o sistema nervoso controle diretamente o movimento de um braço artificial.

Desde sua introdução por Todd Kuiken, médico fisioterapeuta e engenheiro biomédico do Instituto de Reabilitação de Chicago, o método foi empregado em cerca de 30 pacientes nos Estados Unidos, Canadá e Europa, entre os quais oito soldados feridos no Iraque e no Afeganistão.

Muitos dos pacientes, entre os quais o primeiro, Jesse Sullivan, um operário do setor elétrico no Tennessee que perdeu os dois braços quando foi eletrocutado por um cabo, conseguem não apenas manipular seus braços protéticos mas sentir a presença das mãos que já não têm quando alguém toca em seus peitos.

Sullivan, 62 anos, e Kitts, estavam entre os cinco pacientes que participaram do estudo reportado na terça-feira. Em companhia de cinco outras pessoas que não passaram por amputações, eles receberam os eletrodos e foram instruídos a usar pensamentos para fazer com que um braço virtual na tela reproduzisse 10 movimentos diferentes, entre os quais três formas diferentes de aperto de mão.

Os pacientes apresentaram desempenho bastante respeitável, apenas um pouco mais lento e menos preciso do que os dos participantes que não tinham amputações.

"As velocidades de movimento que encontramos em nossos pacientes foram realmente encorajadoras", disse Kuiken. "Eles conseguiram completar a tarefa. É claro que não foram tão competentes quanto as pessoas dotadas de plena capacidade física, mas foram bons o bastante".

Um braço virtual foi usado porque a maioria das próteses existentes não era capaz de acomodar todos aqueles movimentos, no momento da pesquisa, ainda que Sullivan, Kitts e uma terceira paciente, Claudia Mitchell, tenham experimentado dois novos protótipos mais versáteis de braços artificiais, executando tarefas complexas com bolas de tênis e outros objetos.

O trabalho de renervação em soldados apresenta outros desafios, diz Kuiken, porque os ferimentos militares muitas vezes "causam danos muitos extensos" a nervos, músculos ou ossos.

Daniel Acosta, 25 anos, um aviador ferido pela detonação de uma bomba em uma estrada do Iraque em 2005, passou pelo procedimento no ano passado e diz que seu braço esquerdo protético agora se movimenta "muito mais rápido" e de maneira muito mais natural.

"A diferença é que agora não preciso mais pensar para mover o braço", ele diz. "Ele simplesmente se mexe".

Ainda assim, Acosta, de San Antonio, diz que "o processo foi bastante longo" e que os eletrodos precisam ser ajustados para receber os sinais à medida que os nervos crescem ou mudam de posição.

E embora elogiem o método, os especialistas afirmam que a ciência das próteses de braço ainda tem muito por avançar.

"Trata-se de uma parte crucial, mas ainda assim apenas uma parte, das muitas coisas que compreendem a função normal de um braço", disse Loeb, que escreveu um editorial que acompanha o artigo no Journal of the American Medical Association.

"No momento estamos a meio do caminho entre o braço de 'Dr. Fantástico', que fazia involuntariamente a saudação nazista, e o braço de Luke Skywalker em 'Guerra nas Estrelas', que funciona sem nenhum problema assim que é conectado. Creio que precisaremos ainda de muitos anos para conectar todas as peças necessárias a produzir um braço capaz de funcionar normalmente".

17:04
Anónimo disse...
A Espanha disse neste sábado que está preparando uma reclamação oficial contra a decisão da Venezuela de expulsar um membro do Parlamento Europeu que criticou o conselho eleitoral venezuelano.
Luis Herrero, membro do partido conservador espanhol PP, foi deportado na sexta-feira depois que o Conselho Nacional Eleitoral (CNE) o acusou de questionar a imparcialidade da instituição antes de um referendo que pode permitir ao presidente Hugo Chávez permanecer no cargo indefinidamente.

Herrero estava na Venezuela como observador do referendo. Ele acusou Chávez de ter "comportamentos típicos de um ditador" por pedir a contenção de manifestações da oposição.

O governo da Espanha convocou um encontro com o embaixador da Venezuela em Madri para expressar a desaprovação sobre a expulsão de Herrero, disse um representante do Ministério das Relações Exteriores espanhol.

As relações da Venezuela com a Espanha tiveram seu ponto crítico em 2007, quando Chávez ameaçou rever acordos diplomáticos e comerciais depois de ouvir um "cala a boca" do rei espanhol Juan Carlos durante uma cúpula.

A fenda foi oficialmente reparada em 2008, com uma visita oficial de Chávez à Espanha, onde ele cumprimentou o rei e discutiu acordos para investimento no setor petroquímico com o primeiro-ministro José Luis Rodriguez Zapatero.

17:06
Anónimo disse...
A polícia do Zimbábue anunciou neste sábado que acusa de traição Roy Bennett, dirigente do até agora opositor Movimento para a Mudança Democrática (MDC), detido na sexta-feira, em Harare, poucas horas antes da cerimônia de posse dos membros do novo gabinete.

"A Polícia nos informou que vão apresentar acusações de traição", disse à agência EFE o advogado de defesa de Bennett, Trust Maanda.

"Tentam relacionar Roy com o caso de Mike Hitschmann, que foi detido em 2006 em relação à descoberta de um carregamento de armas, apesar de que Hitschmann não tenha sido declarado culpado das acusações de traição apresentadas contra ele, mas de um crime menor de descumprimento de leis", disse Maanda.

O político opositor, designado por seu partido como vice-ministro de Agricultura no Governo de união nacional, esteve no exílio na vizinha África do Sul desde 2006 e retornou ao Zimbábue há duas semanas.

Segundo a Polícia, que deteve Bennett ontem no aeroporto de Harare quando pretendia ir à África do Sul para visitar sua família, as armas apreendidas em 2006 seriam utilizadas em um golpe de Estado para derrubar o presidente do Zimbábue, Robert Mugabe.

Depois da detenção, Bennet foi levado a Mutar, onde vários simpatizantes do MDC se concentraram em frente à delegacia na qual estava detido, diante do que a Polícia respondeu com tiros para o alto para dispersar os manifestantes.

17:07
Anónimo disse...
Austrália: 14 mil se candidatam a 'emprego dos sonhos'

A secretaria de Turismo de Queensland, na Austrália, informou que até esta segunda-feira já recebeu cerca de 14 mil inscrições para o "o melhor emprego do mundo". O Estado australiano promove pela internet seleção para vaga de "zelador" da ilha Hamilton, por seis meses com um salário de R$ 40 mil.

Muitos candidatos tiveram problemas durante a inscrição por conta dos acessos simultâneos ao site. A secretaria aconselha enviar os vídeos de 60s explicando porque deve ser escolhido em horários alternativos do dia, além de recomendar tamanho em torno de 40MB.

As inscrições começaram em 12 de janeiro e vão até o próximo dia 22 e podem ser feitas pelo site www.islandreefjob.com. O governo australiano escolherá 50 candidatos para a próxima fase da seleção, que terá votos do público para eleger um dos 11 finalistas.

A última fase terá entrevistas e desafios físicos, no próprio local de trabalho: as ilhas da Grande Barreira Coralina - o maior recife de coral do mundo. A secretaria de Turismo anunciará o vencedor no dia 6 de maio.

17:09
Anónimo disse...
Mercado elogia governo na crise, mas pede maior queda no juro

Peter Fussy
Direto de São Paulo

Desde as primeiras medidas anunciadas para combater os efeitos da crise, o governo brasileiro avisou que a estratégia não contemplaria um pacote. Seriam doses pontuais, de acordo com a necessidade da economia diante do agravamento das turbulências. Da primeira liberação dos depósitos compulsórios em setembro até a ampliação do seguro-desemprego na última quarta-feira, o governo passou por redução de impostos, ampliação de crédito e incentivos à exportação. Quase 150 dias após a primeira medida, o Terra conversou com líderes do setor público e privado, representantes dos trabalhadores, acadêmicos e com o próprio governo para saber quais destas ações foram mais eficazes, quais foram mais ineficientes e o que mais pode ser feito pelo Estado brasileiro contra a crise.

Os maiores elogios foram direcionados à atitude de reduzir o Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) para a indústria automobilística, anunciada em dezembro e que fez com que os emplacamentos de carros novos subissem 1,9% no primeiro mês do ano em relação a dezembro de 2008. Já as maiores críticas foram para a lentidão no corte da taxa básica de juro do País.

Para o presidente do conselho administrativo do Grupo Pão de Açúcar, Abílio Diniz, o Estado não é responsável pela crise e mesmo assim está agindo "com extrema serenidade e muito acerto". "O governo está atento, fazendo a sua parte. É preciso coragem de baixar firmemente a taxa de juros. É uma arma que temos a nosso favor, já que não há clima para inflação, nem possibilidade de danos para a macroeconomia", afirmou Diniz.

Na última reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), em janeiro, a taxa Selic foi reduzida em um ponto percentual, de 13,75% para 12,75% ao ano. Porém, o professor de economia da Universidade de Brasília (UnB) José Luiz Oreiro lembra que este corte representa uma redução de apenas 0,25 ponto percentual com relação à taxa de setembro do ano passado, quando a crise se agravou.

"Pouco antes da eclosão da crise, o Banco Central aumentou a taxa em 0,75 ponto. Foram cinco meses de demora para reduzir em termos líquidos apenas 0,25 ponto", afirmou o economista, que também sugeriu redução do intervalo de cerca de 90 dias entre as reuniões do Copom e o corte de pelo menos um 1 ponto percentual em cada reunião.

Mesmo com o corte de janeiro, a taxa de juros real continua sendo a maior do mundo, lembrou o secretário-geral da Força Sindical, João Carlos Gonçalves, o Juruna. "A redução da taxa de juro ainda é pequena, porque ela continua uma das mais altas do mundo. Falta ousadia para baixar os juros e ajudar o cidadão. A permanência da taxa de juro alta é negativa para o País em meio a crise", afirmou Juruna.

Embora aprove as ações do governo, o senador Aloízio Mercadante (PT-SP) também acredita que o patamar da Selic está muito alto. "Sempre fomos os primeiros a entrar em qualquer crise, o que não aconteceu agora. A taxa Selic ainda é muito alta, mas o governo têm tomado medidas acertadas, como o aumento do salário mínimo, mesmo com um cenário de crise. Isso ajuda a movimentar o consumo. O governo está se esforçando para manter os investimentos e o crescimento", disse.

Tributos
De acordo com o economista Fabio Pina, da Fecomercio-SP, as ações mais positivas estão relacionadas à redução de tributos para alguns segmentos, como a indústria automobilística, que recuperou parte da queda nas vendas em janeiro com a isenção do IPI para carros 1.0 l e o corte para demais motorizações. A medida vale até o final de março.

"Essas medidas não só reduziram o preço, mas anteciparam o consumo daqueles que iriam comprar no futuro, dando um prêmio por conta da insegurança. Mexe diretamente com o principal problema que é a confiança do consumidor", afirmou. Juruna destacou que um bom ritmo de vendas é garantia de emprego. "É importante porque cada emprego na montadora significa 19 na cadeia produtiva", comentou o representante da Força Sindical.

Também em dezembro, o governo decidiu cortar pela metade a alíquota do Imposto de Renda para contribuintes que ganham entre R$ 1.434 e R$ 2.150 mensais. "O salário aumentava e a tabela não se modificava. As pessoas ganhavam mais e pagavam mais impostos", apontou Juruna. Outra redução de tributos do governo foi com relação ao Imposto sobre Operações Financeiras (IOF), que caiu de 3% ao ano para 1,5%.

Crédito
Na segunda metade de 2008, o colapso de bancos nos Estados Unidos por conta da crise do subprime provocou uma forte restrição de crédito no mundo inteiro. Uma das primeiras medidas anticrise do governo teve como objetivo restabelecer a oferta, com mudanças no recolhimento dos depósitos compulsórios por parte dos bancos. Segundo o presidente do Banco Central, Henrique Meirelles, as diversas modificações liberaram US$ 99,2 bilhões aos bancos até o final de janeiro.

Além disso, o governo concedeu R$ 36 bilhões das reservas internacionais para empresas brasileiras com dívidas no exterior e uma medida provisória autorizou o Banco do Brasil e a Caixa Econômica Federal a comprar carteiras de crédito de bancos privados. Para o diretor do Departamento de Pesquisas e Estudos Econômicos da Fiesp, Paulo Francini, estas medidas foram essenciais para combater os efeitos da crise.

"A crise se desenvolve no mundo em torno do tema crédito. E o crédito reduziu-se barbaridade no mundo. Então o governo lança mão de compulsório, lança mão de reservas, de medidas que permitem aos bancos comprar carteiras de bancos. Você vai tomando várias medidas para atender às demandas e o epicentro disso é crédito", afirmou.

No entanto, Oreiro, da UnB, adverte que a liberação dos compulsórios seria mais eficiente acompanhada de redução mais agressiva da taxa básica de juro. "Uma parte do crédito voltou, depois da forte retração em outubro e novembro. O que deveria ter sido feito junto à liberação do compulsório era uma redução mais drástica da taxa de juro. Sem isso, os bancos pegam as reservas e acabam comprando títulos públicos", explicou o economista.

Na opinião de Pina, as ações de distribuição de crédito via redução do compulsório e a disposição de capital de giro para empresas foram tomadas sem um cuidado maior na operação e não tiveram muito efeito. "O BNDES tem linhas que ficam paradas quase todo o ano, agora é pior ainda. Existem os recursos, mas as empresas e os bancos estão desconfiados. É preciso fazer com que os bancos tenham interesse em emprestar", afirmou o economista da Fecomercio-SP.

Futuro
Mesmo com todas essas medidas, a crise financeira ainda gera incertezas nos setores produtivos do País. Nos últimos meses, o medo do desemprego fez os consumidores adiarem compras. Por sua vez, a queda nas vendas pode obrigar as indústrias a cortarem a produção e demitir funcionários. Contra isso, empresários sugerem redução de jornada e de salários.

"Isto está previsto em lei. A Fiesp simplesmente manteve conversações com entidades sindicais quanto à aplicação daquilo que já está previsto em lei", afirmou Francini.

Segundo a ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff, uma das medidas que assegura um nível de emprego é a manutenção de investimentos no Programa de Aceleração do Crescimento (PAC). "Estamos esperando que a dificuldade ocorra em janeiro, fevereiro e março. Estamos certos que vamos manter o nível de investimento. É isso que funciona, é isso que significa investimento público. Ele funciona como um colchão. Por isso, nós colocamos R$ 100 bilhões no BNDES e a Petrobras ampliou o seu investimento em R$ 120 bilhões", afirmou.

Na mesma linha, Pina explica que a antecipação de gastos do governo substitui parte da demanda retraída do setor privado. "Ele dá o seguinte recado: não vou estourar as contas públicas, mas concentrar em um momento em que a demanda privada está pequena. Mas o governo não tem fôlego suficiente para fazer o papel de toda demanda", ressaltou. O economista da Fecomercio lembrou que a entidade já pleiteou junto ao governo isenções para transferência de imóveis e de automóveis, além de retirar o IPVA para veículos novos.

Já Oreiro foca suas propostas na capitalização do Banco do Brasil e da Caixa Econômica Federal pelo Tesouro para atender a demanda de crédito para capital de giro e reduzir o spread. "Aumentando o empréstimo e reduzindo as taxas, os dois vão forçar os bancos privados a acompanhar o movimento, até para não perderem participação no mercado", explicou o economista da UnB.

Até o Carnaval, o governou prometeu detalhar um pacote de incentivos para a construção de até um milhão de casas populares, direcionado a famílias com renda de até dez salários mínimos. "Estamos atentos a tudo o que está acontecendo e novas medidas serão tomadas caso haja uma avaliação de que sejam necessárias", disse o ministro da Fazenda, Guido Mantega, na última sexta-feira.

17:11
Anónimo disse...
Ex-ministro critica extensão do seguro-desemprego

Atualizada às 09h03

O ex-ministro do Trabalho Almir Pazzianotto criticou a decisão do governo federal de conceder o seguro-desemprego estendido a apenas alguns setores. "É certamente odioso e provavelmente inconstitucional", disse Pazzianotto, de acordo com o jornal O Estado de S. Paulo.

Na última qurta, dia do anúncio da medida, centrais sindicais elogiaram a atitude do governo. A Força Sindical divulgou nota dizendo que "o aumento ajudará a aquecer parte da economia, já que irá gerar mais consumo, produção e conseqüentemente, a criação de novos postos de trabalho". A União Geral dos Trabalhadores (UGT) afirmou que a medida "contribuirá para minimizar o drama dos trabalhadores que perderem seu emprego por conta da crise".

O ex-ministro, que instituiu o seguro-desemprego no País no governo de José Sarney, destacou a necessidade de as centrais sindicais se manifestarem contra a determinação. Para ele, as mudanças devem ser aplicadas a todas as categorias profissionais e a distinção é contrária ao artigo 3º da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT).

Pazzianotto atribui a medida a um possível temor do governo de que a crise econômica seja longa e não haja dinheiro para atender a todas as necessidades. Ainda assim, ele se mostra contrário ao método de concessão. "O seguro-desemprego ajuda a sanar necessidades básicas. Estendê-lo é paliativo, não a solução", disse ao jornal.

De acordo com o presidente do Conselho Deliberativo do Fundo de Amparo ao Trabalhador (Codefat) e conselheiro da Força Sindical, Luiz Fernando Emediato, a determinação já estava prevista na lei 8.900/94, que trata do seguro-desemprego.

O presidente da Comissão de Trabalho da Câmara, Pedro Fernandes (PTB-MA) vai além na crítica à concessão do seguro para apenas alguns setores. Ele acredita que a ampliação do benefício estimula o desemprego.

Quintino Severo, secretário geral da Central Única dos Trabalhadores (CUT), lembra que a ampliação do benefício sem critério e identificação pode incentivar demissões em outros setores.

17:13
Anónimo disse...
Empresas
TAM faz promoção para destinos internacionais

A companhia aérea TAM anunciou nesta sexta-feira tarifas promocionais para trechos internacionais. Os preços valem para bilhetes comprados entre 6h deste sábado e 23h59 deste domingo e são válidos para classe econômica. As tarifas, para ida e volta, serão vendidas a partir de US$ 99, mais taxas.

Segundo a aérea, a promoção vale para viagens feitas no período de 14 de fevereiro a 18 de junho de 2009. Para destinos na América do Sul, a permanência mínima é de dois dias; para bilhetes com destino nos Estados Unidos, cinco dias; e Europa, sete dias. A permanência máxima para as passagens para América do Sul e EUA é de dois meses e para Europa, três meses.

Entre os exemplos de tarifas promocionais, a TAM oferece São Paulo-Lima por US$ 99. Bilhetes para a rota São Paulo-Santiago serão vendidos a partir de US$ 199 e São Paulo-Nova York, US$ 799.

A emissão dos bilhetes deve ser feita obrigatoriamente no ato da reserva, obedecendo às regras estipuladas pela companhia. A compra está sujeita à disponibilidade de assentos nas classes tarifárias determinadas, trechos, horários e datas. A TAM afirmou que também há tarifas promocionais para a classe executiva.

Mais informações podem ser encontradas no site promocional (www.ofertastam.com.br), no site da empresa (www.tam.com.br) ou pelos telefones 4002-5700 ou 0800 5705700.

17:13
Anónimo disse...
Empresas
Consultoria negocia compra do parque temático Hopi Hari

A consultoria especializada em reestruturação de empresas Íntegra Associados informou nesta sexta-feira ter um acordo para comprar o parque de diversões Hopi Hari, localizado no interior de São Paulo. A empresa estaria disposta a investir R$ 10 milhões no parque, que tem dívida estimada em R$ 800 milhões. As informações são da edição deste sábado do jornal Folha de S. Paulo.

De acordo com o jornal, a transação ainda depende da negociação entre o Hopi Hari e seus credores, o que já estaria em andamento.

A consultoria paulista já atuou junto à Parmalat, durante 30 meses, quando reorganizou a gestão da empresa italiana.

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17:14
Anónimo disse...
Empresas
Disney de Tóquio contratará mais 2 mil apesar da crise


A Oriental Land, o operador da Disneylândia Tóquio e DisneySea, organizou neste domingo entrevistas para contratar cerca de 2 mil trabalhadores em tempo parcial, em um momento de grandes demissões deste tipo de empregados no Japão.

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O operador deste parque temático, situado em Urayasu, na província de Chiba (leste de Tóquio), está em pleno processo de seleção de empregados para 20 tipos de postos trabalhistas diferentes.

Segundo a companhia, citada pela agência local de notícias Kyodo, o parque contratará novos trabalhadores para as atrações, para os restaurantes e guardas de segurança entre outros. Os novos contratados começarão a trabalhar a partir de fevereiro.

O processo de seleção acontece em um momento em que a maioria das grandes companhias japonesas começaram a se ver obrigadas a despedir uma elevada percentagem de seus trabalhadores temporários e a tempo parcial.

Algumas inclusive anunciaram demissões de seus trabalhadores fixos, uma medida muito pouco comum nas companhias japonesas, perante os efeitos piores que o esperado pela crise econômica global.

Cerca de uma centena de pessoas esperavam desde a primeira hora desta manhã a abertura do centro de conferências Tokyo International Forum, onde as entrevistas estão sendo feitas, para ser os primeiros a solicitar os postos de trabalho.


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17:15
Anónimo disse...
Economia Internacional
Senado dos EUA aprova plano de estímulo à economia

O Senado dos Estados Unidos aprovou com 60 votos a favor e 38 contra o plano de estímulo à economia de US$ 787 bilhões na madrugada deste sábado. Agora, ele segue para sanção ou veto do presidente Barack Obama, que espera colocar a lei em prática até o dia 16 de fevereiro.

O plano prevê a criação de três milhões de empregos, inclui cortes de impostos às famílias, fundos para programas sociais e obras públicas, além de ajuda aos governos estaduais, estudantes e desempregados.

A cláusula Buy American - que exige o uso de ferro, aço e produtos manufaturados dos Estados Unidos em obras realizadas com recursos do pacote - ficou de lado. Segundo o texto definitivo, a cláusula será aplicada sem violar as normas do comércio internacional.

Ontem à tarde, a Câmara de Representantes (deputados) havia aprovado, por 246 votos a favor e 183 contra, a versão final do plano. Todos os republicanos foram contrários ao pacote.

Pelo acordo de quarta-feira entre Câmara e Senado, em vez de custar US$ 819 bilhões, como queriam os deputados, ou US$ 838 bilhões como pretendiam os senadores, o pacote ficou em cerca de US$ 787 bilhões, com 65% desse total destinado a gastos do governo federal e 35%, a créditos tributários.

17:16
Anónimo disse...
Economia nacional
Na era Lula, aposentadoria sobe 54% menos que salário mínimo

Thatiane Faria
Especial para o Terra
Direto de São Paulo

Os índices de reajustes concedidos pelo governo em 2009 para aposentados e pensionistas e para o salário mínimo repetiram uma diferença que, só durante o governo de Luiz Inácio Lula da Silva, já chega a 54%. Enquanto o mínimo foi majorado em 12% este ano, as pensões e aposentadorias tiveram aumento de 5,92%. Aposentados que têm o benefício do governo como única fonte de renda reclamam que perdem poder de compra e que sua cesta de compras é composta por itens que aumentam mais em relação à inflação oficial.

Um exemplo prático pode ser entendido a partir da comparação entre um aposentado que ganhava R$ 600 em janeiro de 2003. Na época, o benefício era três vezes, ou 200%, maior que o valor do mínimo em vigência, que era de R$ 200. Aplicando-se os índices de reajuste para aposentadorias e para o mínimo durante os últimos seis anos, o mesmo aposentado estaria recebendo hoje R$ 938,47, comparado a um salário mínimo de R$ 465. A diferença entre os dois valores caiu para pouco mais de 100%.

Enquanto o índice acumulado de reajuste para a aposentadoria durante o governo Lula foi de 60%, para o salário mínimo está em 132%.

O diretor do Sindicato Nacional dos Aposentados, João Inocentini, reclama que os valores dos benefícios para aposentadorias não mantêm o poder de compra do grupo, principalmente dos aposentados que recebem menos que dez salários mínimos.

Nem mesmo o fato de o índice de reajuste das aposentadorias ter ficado acima da inflação acumulada no mesmo período (o IPCA entre janeiro de 2003 e janeiro de 2009 foi de 39,7%) serve de argumento, segundo os aposentados.

"Os idosos, principalmente, têm gastos além das contas gerais como gás, telefone e aluguel. Para eles o custo com remédios, e outros itens da área saúde costuma ser maior", afirmou Inocentini.

O presidente do sindicato afirmou que o grupo realiza um estudo com 100 itens de necessidade de um idoso para comparar o aumento dos produtos com o índice de reajuste do benefício recebido pelos aposentados.

"Daqui dois meses vamos abrir um processo na Justiça e levar essa pesquisa como prova. Segundo a lei, o governo é obrigado a manter o poder de compra com a aposentadoria", disse Inocentini.

Alternativas
O consultor financeiro Cláudio Boriola diz que os aposentados, especialmente nesse momento de crise econômica, devem evitar compras parceladas, pesquisar preços, negociar e fazer bom planejamento financeiro.

Segundo Boriola, alguns aposentados ganham um valor mensal muitas vezes insuficiente para o pagamento das contas e acabam pedindo crédito ou realizando pagamentos a prazo e são obrigados a pagar juros altos.

Na opinião do consultor, pagar uma previdência privada é uma alternativa indicada para quem ainda trabalha, considerando a característica de perda de poder de compra da aposentadoria.

"Na prática, infelizmente os valores encontram-se em um patamar que está deteriorando o poder de aquisição da população brasileira", completou Boriola.

De acordo com o diretor da Confederação Brasileira de Aposentados e Pensionistas (Cobap), Vicente Fernandes Barbosa, representantes dos aposentados tentarão um encontro com o presidente da Câmara, deputado Michel Temer (PMDB-SP), para discutir projetos que minimizem a perda dos aposentados

17:17
Anónimo disse...
Previdência
Previdência prorroga isenção de tarifas no benefício

O atual sistema de pagamento aos 26 milhões de aposentados e pensionistas do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) será mantido até o final deste ano. O acordo, que permite realizar a operação sem nenhum custo aos beneficiários, foi renovado nesta sexta-feira, entre o governo federal e 21 instituições financeiras.

Por meio desse acordo, vigente desde setembro de 2007, nem os segurados, nem os bancos e nem o governo arcam com o pagamento de tarifas, conforme explicou o ministro da Previdência Social, José Pimentel. A prorrogação vale até dezembro, data máxima para que a Previdência defina as regras para um novo contrato.

Ao assinar o termo de renovação, na sede da Federação Brasileira dos Bancos (Febraban), o ministro disse que a intenção do governo é mudar o atual modelo de gestão visando a reduzir os custos dessas operações em torno da folha mensal, que atinge R$ 15,8 bilhões. No entanto, qualquer alteração, conforme explicou, passará antes por audiências públicas a serem realizadas a partir do segundo semestre deste ano, atendendo a determinação do Tribunal de Contas da União (TCU).

De acordo com Pimentel, com um redesenho do mecanismo de repasse dos recursos aos bancos em torno da folha de pagamento dos segurados o que se busca é um aumento da participação de instituições financeiras. Ele informou que, desde 2007, cada benefício custa em média R$ 1,07 ao governo. "Quanto mais instituições financeiras estiverem prestando serviços à sociedade, maior é a competitividade, a agilidade no atendimento", justificou.

O ministro observou, ainda, que, para permitir uma redução para algo em torno de meia hora no tempo de atendimento para a concessão dos direitos previdenciários, o governo investiu R$ 280 milhões.

Questionado sobre o descontentamento dos segurados que ganham acima de um salário mínimo terem obtido apenas a correção com base na variação do Índice de Preços ao Consumidor (INPC) , ficando abaixo do reajuste dado a quem recebe apenas o mínimo, Pimentel argumentou que o governo seguiu o que determina a lei e descartou a possibilidade de uma revisão

17:17
Anónimo disse...
Empresas
Caterpillar oferece aposentadoria antecipada a 2 mil


A companhia americana Caterpillar ofereceu a cerca de dois mil funcionários incentivos para que se aposentem de forma voluntária antes do previsto, pela perspectiva de uma queda "significativa" da atividade industrial, informou nesta quarta-feira a empresa.

A iniciativa, destinada aos trabalhadores de diversas fábricas em Illinois, Colorado, Tennessee e Pensilvânia, se soma aos cortes de empregos anunciados em janeiro, explicou em comunicado de imprensa.

A empresa, a maior fabricante mundial de maquinaria pesada para a construção e a mineração, acrescentou que, "em função das condições de negócio, podem ser necessárias mais reduções de elenco voluntárias e involuntárias à medida que o ano avança".

O vice-presidente da companhia, Sid Banwart, explicou que a empresa prevê "demissões significativas em todas as regiões geográficas e na maioria dos setores devido às dificuldades da economia mundial".

17:18
Anónimo disse...
Comércio
Comércio exterior da OCDE caiu no 3º trimestre de 2008


As exportações e as importações dos países da Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Econômico (OCDE) caíram 1,6% e 0,2%, respectivamente, no terceiro trimestre de 2008, em relação aos três meses anteriores.

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Trata-se da primeira queda destas atividades desde o terceiro trimestre de 2006, segundo o último relatório trimestral sobre fluxos comerciais divulgado pela OCDE.

As exportações e as importações em dólares dos 30 Estados-membros caíram 15,6% e 17%, respectivamente, na comparação anualizada.

Por sua vez, o comércio dos sete países mais ricos do mundo (G7) teve um pequeno crescimento no terceiro trimestre de 2008 com uma queda das exportações de mercadorias de 0,2% em relação ao trimestre anterior e um aumento de 0,4% das importações.

Em termos anualizados, as importações do G7 caíram 1,4% entre julho e setembro do ano passado, seu primeiro retrocesso desde o terceiro trimestre de 2006, enquanto as exportações aumentaram 1,9%, seu crescimento mais baixo no mesmo tempo.

Por países, a Alemanha aumentou suas importações em 3,4% - valor mais alto do G7 -, enquanto suas exportações caíram 2,9% do segundo para o terceiro trimestre de 2008.

Pelo contrário, as exportações americanas aumentaram 1,8% entre julho e setembro de 2008, enquanto as importações caíram 0,7% em relação ao trimestre anterior. No Japão, tanto as importações quanto as exportações caíram em torno de 1% no mesmo período.

17:19
Anónimo disse...
Economia Nacional
Lula: juros de crédito consignado a aposentados são altos

Atualizada às 17h29

O presidente Luis Inácio Lula da Silva afirmou nesta terça-feira, em São Paulo, que está lutando para reduzir as taxas de juros cobradas de aposentados em crédito consignado. A Previdência Social estabelece uma taxa máxima de 2,5% para empréstimo e de 3,5% para cartão. Para Lula, os valores são altos.

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"Acho que o juro que os aposentados estão pagando hoje com o crédito consignado é alto para o padrão brasileiro", disse o presidente durante a cerimônia de comemoração dos 86 anos do INSS.

A Previdência anunciou nesta terça-feira que aposentados e trabalhadoras com licença-maternidade poderão receber seus benefícios em 30 minutos. De acordo com Lula, em junho, a aposentadoria do trabalhador rural também será conseguida em meia hora.

Além disso, o presidente anunciou que, também em junho, os trabalhadores que alcançarem o direito à aposentadoria passarão a receber em suas casas um comunicado da Previdência informando o fato e o valor do salário que têm direito a receber. "É um comprometimento público que estou fazendo com os companheiros da Previdência Social", disse.

"Estamos retribuindo ao contribuinte da Previdência Social aquilo que é a cidadania que ele tem direito", afirmou Lula. "Se para cobrar nós somos tão precisos, para devolver o dinheiro, temos que chegar próximo à perfeição", completou.

17:20
Anónimo disse...
Economia Nacional
Salário maternidade sairá em 30 minutos, diz ministro

Toda trabalhadora autônoma que tiver contribuído pelo menos 10 meses com o Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) - ou as que possuírem carteira assinada - poderão receber em 30 minutos o salário maternidade a partir desta terça-feira. Da mesma forma, as mulheres com 30 anos de contribuição e os homens com 35 anos também terão direito ao benefício de forma mais rápida. A informação é do ministro da Previdência Social, José Pimentel.

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Para requerer o salário maternidade, é preciso que as autônomas levem a carteira de identidade e o carnê de contribuição. As demais trabalhadoras devem apresentar a identificação e a carteira de trabalho. Desde o início do mês, a nova forma de análise para a concessão de benefícios foi adotada para a aposentadoria por idade do trabalhador urbano e agora foi estendida para o salário maternidade e por tempo de contribuição.

O ministro disse que a qualificação do serviço da previdência social é o reconhecimento do direito dos trabalhadores e da afirmação da cidadania.

"Até pouco tempo na cabeça do cidadão o serviço devia ser de péssima qualidade. Agora não, nós modificamos toda a legislação no mês de dezembro numa ação conjunta do Congresso Nacional com o governo federal. Estamos implantando e concedendo os benefícios em até 30 minutos", afirmou.

O ministro destacou que para conseguir se aposentar ou ter acesso à licença maternidade em 30 minutos, em primeiro lugar, é necessário que o cidadão esteja vinculado à Previdência, o que inclui 65% da população acima de 16 anos de idade.

"Depois bastar marcar pelo sistema 135 o dia e a hora do atendimento e levar a documentação. Se todos os dados necessários estiverem corretos o contribuinte será atendido em até 30 minutos, como vem sendo feito com as aposentadorias por idade desde o dia cinco de janeiro", explicou.

Pimentel disse ainda que em 90% das agências da previdência social o atendimento é marcado em até 48 horas. Nos grandes centros, entretanto existe um volume maior o que torna mais lento o processo.

"Estamos criando mais 715 agências até 2010, em todo o território nacional, para descentralizar o atendimento. Em 2008, atendemos 295 mil benefícios e aposentadorias por idade. Temos 4 mil pessoas por dia procurando e se aposentando por idade no território nacional. Este serviço será agilizado", concluiu.
17:25
Anónimo disse...
Giuseppe Englaro, pai de Eluana, a italiana que morreu na segunda-feira passada por desidratação, recusou uma grande soma de dinheiro de um conhecido fotógrafo italiano que queria retratar a filha em estado de coma, disse neste sábado o neurologista que atendia a mulher desde 1996, Carlo Defanti.

O neurologista, que participou hoje de uma conferência sobre eutanásia, disse que Englaro respeitou a vontade da filha, que, antes do acidente, tinha pedido que, se lhe ocorresse qualquer coisa irreversível, apresentasse sua imagem de quando estava em boas condições.

Antes de sofrer o acidente de trânsito, em 1992, Eluana viveu o coma de um amigo, Alessandro, o que causou forte impacto na italiana e a levou a fazer o pai prometer que não a deixasse viver em estado vegetativo, disse o próprio Giuseppe Englaro.

Defanti, que dissera que Eluana poderia viver de dez a 12 dias depois da suspensão da alimentação e da hidratação, disse que, como médico, tinha que reprovar esta afirmação.

"Não se pode sobreviver após três ou quatro dias sem líquido e, em particular, água em um corpo. Sabemos bem que, quando há um terremoto, após quatro dias é difícil encontrar sobreviventes".

Defanti ressaltou que Eluana "não falava, não se comunicava com o exterior" e que, após vários exames, "nos deparamos com uma moça que tinha perdido a consciência", porque estava com o córtex cerebral prejudicado.

Eluana foi enterrada na quinta-feira passada no túmulo da família na localidade de Paluzza, em Udine, após um funeral que não contou com a presença dos pais.

16:53
Anónimo disse...
Os bombeiros combatem neste sábado os incêndios na Austrália favorecidos pelo bom tempo, enquanto os deslocados encotram em seu retorno casas derruídas, carros queimados nas ruas e destruição.

Depois de sete dias desde que começaram os incêndios no Estado de Victoria, a lista de mortos chega a 181, os desaparecidos somam 50, os edifícios destruídos totalizam 1,834 mil e o terreno arrasado, principalmente florestas, ocupa uma área de 4,13 mil quilômetros quadrados.

As equipes de bombeiros, formadas por 4 mil profissionais de Victoria, de outras partes da Austrália e de países amigos, combateram hoje 12 focos fora de controle e nenhum representava uma ameaça direta para a população.

O subdiretor do Serviço de Bombeiros, Geoff Conway, disse que este tempo favorável, que se prolongará durante o domingo, permite consolidar as linhas de contenção e avançar na extinção das chamas.

Cinzas apareceram arrastadas por ventos do nordeste sobre Melbourne, onde habitam 3,8 milhões de pessoas, e as autoridades alertaram aos cidadãos do risco para a saúde de idosos, crianças e pessoas com problemas respiratórios.

O número de pessoas deslocadas - a Cruz Vermelha chegou a receber 7 mil - começou a cair com a abertura de algumas localidades atingidas.

Os incêndios, alguns criminosos, começaram em 7 de fevereiro, quando a região sul da Austrália estava há duas semanas sob uma onda de calor sem precedentes.

Na sexta-feira passada, a polícia acusou uma pessoa de ter provocado o incêndio que atingiu a localidade de Churchill e matou 21 pessoas.

16:55
Anónimo disse...
A primeira chuva em seis dias reduziu a ameaça de incêndios no Estado de Victoria, ao sul da Austrália. As autoridades, porém, advertiram que ainda existem 12 focos, mas que nenhum deles ameaça áreas povoadas.

Mais de quatro mil bombeiros, mil provenientes de outras partes do país e de outras nações, trabalham contra o fogo. Cerca de 600 veículos e 28 helicópteros e pequenos aviões estão sendo usados.


Eles conseguiram construir linhas de contenção para evitar os incêndios de Yarra e Maroondah se juntassem. Também foram controlados os incêndios abertos de Yea e Murrindindi, que ameaçavam as comunidades de Connellys Creek, Crystal Creek, Scrubby Creek e Native Dog Creek.

O número de mortos chegou a 181, mas as autoridades acreditam que as vítimas devem passar de 200, já que ainda há muitos desaparecidos.

16:55
Anónimo disse...
Aqui nesta coluna, na semana passada, tive a oportunidade de comentar sobre a recente visita do professor brasileiro Pedrinho Guareschi à Austrália. Não dei, porém, os fatos, pois semana passada o assunto era outro.

Hoje, porém, vamos a eles.

No último dia 4 de fevereiro, aconteceu o Seminário "Paulo Freire: Education and Liberation", organizado pelo centro de estudos latino-americanos da Universidade Nacional da Austrália, ou ANU, como é mais conhecida por aqui.

A ANU, para quem não sabe, está entre as 20 melhores universidades do mundo! E tem sede aqui em Camberra, capital da Austrália.

Na abertura do evento, o professor John Minns, diretor do centro latino-americano, ao dar boas-vindas ao público presente, lembrou ser aquele o primeiro seminário exclusivamente dedicado a Paulo Freire na Austrália.

Em seguida, convidou Pedrinho Guareschi, palestrante principal do Seminário, a fazer sua apresentação.

A plateia pode então conhecer, pelas palavras de Pedrinho, um pouco da obra e da vida de Freire, esse brasileiro de fé e valor, que sempre acreditou na educação, sobretudo dos menos favorecidos, analfabetos, como força libertadora.

Como não podia deixar de ser, os conceitos e ideias revolucionários de Paulo Freire, expostos com clareza por Pedrinho, despertaram o interesse e a curiosidade de plateia. A qual, deve-se notar, era na maioria de estudantes, mas de várias nacionalidades, sobretudo australianos e asiáticos.

Na continuação do programa do seminário, que se estendeu por dois dias, outros professores fizeram palestras sobre temas ligados à obra de Paulo Freire.

Interessante, por exemplo, saber que a professora Anne Hickling-Hudson, jamaicana que mora na Austrália há muitos anos (é professora da ANU), conheceu e trabalhou com Freire num workshop educacional durante a revolução na Ilha de Granada, em 1980, antes da invasão dos Estados Unidos...

Ou, então, a palestra da Professora Gerda Roelvink, da Nova Zelândia, que participou do Fórum Social de Porto Alegre em 2005. E essa participação transformou-se em tema de doutorado.

No dia 10, terça-feira passada, o padre Pedrinho Guareschi voltou a falar ao público australiano em grande auditório localizado no belíssimo campus da ANU. Desta vez, sobre a Teologia da Libertação.

Depois da palestra, John Minns mostrou o filme mexicano "O Crime do Padre Amaro", no qual um dos personagens é um padre católico praticante da Teologia da Libertação.

Mais uma vez, foi grande o intersse da platéia, que pode aprender e conhecer um pouco como se desenvolveu aquele importante movimento católico na América Latina.

Fica, assim, ao Pedrinho, bem como a outros brasileiros estudiosos e de bom coração que saem pelo mundo a divulgar aspectos importantes da cultura brasileira, o respeito e a homenagem desta coluna. E... aquele abraço!

16:57
Anónimo disse...
Amanda Kitts perdeu o braço esquerdo em um acidente de automóvel acontecido três anos atrás, mas hoje em dia ela joga futebol americano com seu filho de 12 anos de idade, troca fraldas e abraça as crianças nas três creches Kiddie Cottage que opera em Knoxville, Tennessee. Kitts, 40 anos, faz tudo isso com a ajuda de um novo tipo de braço artificial que se movimenta com mais facilidade do que outros aparelhos e que ela pode controlar utilizando apenas seus pensamentos.

"Eu sou capaz de mexer a mão, o pulso e o cotovelo ao mesmo tempo", diz. "Você pensa e os músculos se movem em seguida".

A recuperação que ela conseguiu resulta de um novo procedimento que vem atraindo crescente atenção porque permite que pessoas movam braços protéticos de forma mais automática do que faziam no passado, simplesmente utilizando nervos reaproveitados em seus cérebros.

A técnica, conhecida como "renervação muscular dirigida", envolve utilizar os nervos que restam depois da amputação de um braço e conectá-los a outro músculo do corpo, em geral no peito. Eletrodos são instalados sobre os músculos do peito, e operam como se fossem antenas. Quando a pessoa deseja mover o braço, o cérebro envia sinais que primeiro resultam em contração dos músculos do peito, os quais enviam um sinal ao braço protético, instruindo-se a se movimentar. O processo não requer mais esforços consciente do que a pessoa teria de exercitar caso ainda tivesse seu braço natural.

Na terça-feira, pesquisadores reportaram em estudo publicado pela versão online do Journal of the American Medical Association que haviam levado a técnica ainda mais à frente, tornando possível a execução de 10 movimentos de mão, pulso e cotovelo diferentes, o que representa uma substancial melhora com relação ao típico repertório protético, que em geral envolve apenas dobrar o cotovelo, girar o pulso e abrir a mão.

"Os novos métodos tiveram impacto dramático em nosso campo de trabalho", disse Stuart Harshbarger, engenheiro biomédico na Universidade Johns Hopkins e diretor do programa de pesquisa sobre próteses, financiado pelas forças armadas, que inclui o trabalho com essa técnica. "O método já está em uso por médicos e cirurgiões comuns em todo o país. A capacidade de controlar um membro protético bastante robusto que ele confere surpreendeu a todos pela qualidade".

Tipicamente, uma pessoa que tenha um braço protético só é capaz de executar alguns poucos movimentos, e muitas vezes com tamanha lentidão que isso só permite a ela atividades limitadas.

Há um motor separado para cada movimento, diz Gerald Loeb, professor de engenharia biomédica na Universidade do Sul da Califórnia, "e esses motores precisam ser controlados de maneira explícita", usualmente por um esforço consciente da pessoa para contrair músculos nas costas ou no bíceps.

"Essencialmente, até agora os pacientes controlavam apenas um motor de cada vez", diz Loeb, "e precisavam pensar cuidadosamente sobre que motor desejavam controlar e como fazê-lo operar, em lugar de simplesmente pensarem em mover o braço e poderem fazê-lo sem delongas".

Antes que Kitts passasse pelo procedimento de renervação, em outubro de 2007, por exemplo, ela precisava movimentar os músculos de suas costas de determinada maneira para fazer com que seu pulso girasse, e flexionar seu bíceps e tríceps para fazer com que o cotovelo se movesse para cima e para baixo. "Era muito trabalho", ela conta. "E não me ajudava muito".

O procedimento de renervação é parte de uma recente explosão de idéias novas e técnicas inovadoras que estão sendo exploradas enquanto os cientistas se esforçam por ajudar as pessoas a compensar melhor a perda de membros ou problemas de paralisia. O esforço vem sendo alimentado pelo aumento no número de amputações causado por diabetes e por ferimentos sofridos pelos militares, e ao mesmo tempo pelos avanços na tecnologia médica.

Os braços se tornaram um dos focos essenciais desse tipo de trabalho. A ciência há muito vem obtendo sucessos no desenvolvimento de próteses de perna, mas é muito mais difícil imitar a complexidade e a destreza das mãos e dos braços.

Os esforços em curso incluem o desenvolvimento de projetos de pele e braços mais sensíveis e mais flexíveis, e o uso de dispositivos acionados por controles sem fio implantado nos braços protéticos, que permitiriam movimentos mais naturais.

Os pesquisadores também vêm usando sensores implantados nos cérebros de cobaias para permitir que dois macacos controlem um braço mecânico, e um teste com um homem paralítico permitiu, com esse método, que ele movimentasse um cursor em uma tela de computador.

Alguns desses métodos, caso venham a ser aperfeiçoados plenamente e consigam aprovação das autoridades regulatórias da saúde, podem no futuro se tornar mais viáveis para os pacientes de amputações.

E embora a técnica da renervação não requeira aprovação das autoridades regulatórias porque é executada por meios cirúrgicos e emprega aparelhos já existentes, ela apresenta limitações que até mesmo seus criadores reconhecem, entre as quais o fato de que não se pode utilizá-la para todos os pacientes, o seu alto custo e o prazo de meses requerido para que os nervos reconectados cresçam e se tornem efetivos.

Ainda assim, os especialistas dizem que é o mais avançado sistema em uso hoje para pacientes reais que permite que o sistema nervoso controle diretamente o movimento de um braço artificial.

Desde sua introdução por Todd Kuiken, médico fisioterapeuta e engenheiro biomédico do Instituto de Reabilitação de Chicago, o método foi empregado em cerca de 30 pacientes nos Estados Unidos, Canadá e Europa, entre os quais oito soldados feridos no Iraque e no Afeganistão.

Muitos dos pacientes, entre os quais o primeiro, Jesse Sullivan, um operário do setor elétrico no Tennessee que perdeu os dois braços quando foi eletrocutado por um cabo, conseguem não apenas manipular seus braços protéticos mas sentir a presença das mãos que já não têm quando alguém toca em seus peitos.

Sullivan, 62 anos, e Kitts, estavam entre os cinco pacientes que participaram do estudo reportado na terça-feira. Em companhia de cinco outras pessoas que não passaram por amputações, eles receberam os eletrodos e foram instruídos a usar pensamentos para fazer com que um braço virtual na tela reproduzisse 10 movimentos diferentes, entre os quais três formas diferentes de aperto de mão.

Os pacientes apresentaram desempenho bastante respeitável, apenas um pouco mais lento e menos preciso do que os dos participantes que não tinham amputações.

"As velocidades de movimento que encontramos em nossos pacientes foram realmente encorajadoras", disse Kuiken. "Eles conseguiram completar a tarefa. É claro que não foram tão competentes quanto as pessoas dotadas de plena capacidade física, mas foram bons o bastante".

Um braço virtual foi usado porque a maioria das próteses existentes não era capaz de acomodar todos aqueles movimentos, no momento da pesquisa, ainda que Sullivan, Kitts e uma terceira paciente, Claudia Mitchell, tenham experimentado dois novos protótipos mais versáteis de braços artificiais, executando tarefas complexas com bolas de tênis e outros objetos.

O trabalho de renervação em soldados apresenta outros desafios, diz Kuiken, porque os ferimentos militares muitas vezes "causam danos muitos extensos" a nervos, músculos ou ossos.

Daniel Acosta, 25 anos, um aviador ferido pela detonação de uma bomba em uma estrada do Iraque em 2005, passou pelo procedimento no ano passado e diz que seu braço esquerdo protético agora se movimenta "muito mais rápido" e de maneira muito mais natural.

"A diferença é que agora não preciso mais pensar para mover o braço", ele diz. "Ele simplesmente se mexe".

Ainda assim, Acosta, de San Antonio, diz que "o processo foi bastante longo" e que os eletrodos precisam ser ajustados para receber os sinais à medida que os nervos crescem ou mudam de posição.

E embora elogiem o método, os especialistas afirmam que a ciência das próteses de braço ainda tem muito por avançar.

"Trata-se de uma parte crucial, mas ainda assim apenas uma parte, das muitas coisas que compreendem a função normal de um braço", disse Loeb, que escreveu um editorial que acompanha o artigo no Journal of the American Medical Association.

"No momento estamos a meio do caminho entre o braço de 'Dr. Fantástico', que fazia involuntariamente a saudação nazista, e o braço de Luke Skywalker em 'Guerra nas Estrelas', que funciona sem nenhum problema assim que é conectado. Creio que precisaremos ainda de muitos anos para conectar todas as peças necessárias a produzir um braço capaz de funcionar normalmente".

17:04
Anónimo disse...
A Espanha disse neste sábado que está preparando uma reclamação oficial contra a decisão da Venezuela de expulsar um membro do Parlamento Europeu que criticou o conselho eleitoral venezuelano.
Luis Herrero, membro do partido conservador espanhol PP, foi deportado na sexta-feira depois que o Conselho Nacional Eleitoral (CNE) o acusou de questionar a imparcialidade da instituição antes de um referendo que pode permitir ao presidente Hugo Chávez permanecer no cargo indefinidamente.

Herrero estava na Venezuela como observador do referendo. Ele acusou Chávez de ter "comportamentos típicos de um ditador" por pedir a contenção de manifestações da oposição.

O governo da Espanha convocou um encontro com o embaixador da Venezuela em Madri para expressar a desaprovação sobre a expulsão de Herrero, disse um representante do Ministério das Relações Exteriores espanhol.

As relações da Venezuela com a Espanha tiveram seu ponto crítico em 2007, quando Chávez ameaçou rever acordos diplomáticos e comerciais depois de ouvir um "cala a boca" do rei espanhol Juan Carlos durante uma cúpula.

A fenda foi oficialmente reparada em 2008, com uma visita oficial de Chávez à Espanha, onde ele cumprimentou o rei e discutiu acordos para investimento no setor petroquímico com o primeiro-ministro José Luis Rodriguez Zapatero.

17:06
Anónimo disse...
A polícia do Zimbábue anunciou neste sábado que acusa de traição Roy Bennett, dirigente do até agora opositor Movimento para a Mudança Democrática (MDC), detido na sexta-feira, em Harare, poucas horas antes da cerimônia de posse dos membros do novo gabinete.

"A Polícia nos informou que vão apresentar acusações de traição", disse à agência EFE o advogado de defesa de Bennett, Trust Maanda.

"Tentam relacionar Roy com o caso de Mike Hitschmann, que foi detido em 2006 em relação à descoberta de um carregamento de armas, apesar de que Hitschmann não tenha sido declarado culpado das acusações de traição apresentadas contra ele, mas de um crime menor de descumprimento de leis", disse Maanda.

O político opositor, designado por seu partido como vice-ministro de Agricultura no Governo de união nacional, esteve no exílio na vizinha África do Sul desde 2006 e retornou ao Zimbábue há duas semanas.

Segundo a Polícia, que deteve Bennett ontem no aeroporto de Harare quando pretendia ir à África do Sul para visitar sua família, as armas apreendidas em 2006 seriam utilizadas em um golpe de Estado para derrubar o presidente do Zimbábue, Robert Mugabe.

Depois da detenção, Bennet foi levado a Mutar, onde vários simpatizantes do MDC se concentraram em frente à delegacia na qual estava detido, diante do que a Polícia respondeu com tiros para o alto para dispersar os manifestantes.

17:07
Anónimo disse...
Austrália: 14 mil se candidatam a 'emprego dos sonhos'

A secretaria de Turismo de Queensland, na Austrália, informou que até esta segunda-feira já recebeu cerca de 14 mil inscrições para o "o melhor emprego do mundo". O Estado australiano promove pela internet seleção para vaga de "zelador" da ilha Hamilton, por seis meses com um salário de R$ 40 mil.

Muitos candidatos tiveram problemas durante a inscrição por conta dos acessos simultâneos ao site. A secretaria aconselha enviar os vídeos de 60s explicando porque deve ser escolhido em horários alternativos do dia, além de recomendar tamanho em torno de 40MB.

As inscrições começaram em 12 de janeiro e vão até o próximo dia 22 e podem ser feitas pelo site www.islandreefjob.com. O governo australiano escolherá 50 candidatos para a próxima fase da seleção, que terá votos do público para eleger um dos 11 finalistas.

A última fase terá entrevistas e desafios físicos, no próprio local de trabalho: as ilhas da Grande Barreira Coralina - o maior recife de coral do mundo. A secretaria de Turismo anunciará o vencedor no dia 6 de maio.

17:09
Anónimo disse...
Mercado elogia governo na crise, mas pede maior queda no juro

Peter Fussy
Direto de São Paulo

Desde as primeiras medidas anunciadas para combater os efeitos da crise, o governo brasileiro avisou que a estratégia não contemplaria um pacote. Seriam doses pontuais, de acordo com a necessidade da economia diante do agravamento das turbulências. Da primeira liberação dos depósitos compulsórios em setembro até a ampliação do seguro-desemprego na última quarta-feira, o governo passou por redução de impostos, ampliação de crédito e incentivos à exportação. Quase 150 dias após a primeira medida, o Terra conversou com líderes do setor público e privado, representantes dos trabalhadores, acadêmicos e com o próprio governo para saber quais destas ações foram mais eficazes, quais foram mais ineficientes e o que mais pode ser feito pelo Estado brasileiro contra a crise.

Os maiores elogios foram direcionados à atitude de reduzir o Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) para a indústria automobilística, anunciada em dezembro e que fez com que os emplacamentos de carros novos subissem 1,9% no primeiro mês do ano em relação a dezembro de 2008. Já as maiores críticas foram para a lentidão no corte da taxa básica de juro do País.

Para o presidente do conselho administrativo do Grupo Pão de Açúcar, Abílio Diniz, o Estado não é responsável pela crise e mesmo assim está agindo "com extrema serenidade e muito acerto". "O governo está atento, fazendo a sua parte. É preciso coragem de baixar firmemente a taxa de juros. É uma arma que temos a nosso favor, já que não há clima para inflação, nem possibilidade de danos para a macroeconomia", afirmou Diniz.

Na última reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), em janeiro, a taxa Selic foi reduzida em um ponto percentual, de 13,75% para 12,75% ao ano. Porém, o professor de economia da Universidade de Brasília (UnB) José Luiz Oreiro lembra que este corte representa uma redução de apenas 0,25 ponto percentual com relação à taxa de setembro do ano passado, quando a crise se agravou.

"Pouco antes da eclosão da crise, o Banco Central aumentou a taxa em 0,75 ponto. Foram cinco meses de demora para reduzir em termos líquidos apenas 0,25 ponto", afirmou o economista, que também sugeriu redução do intervalo de cerca de 90 dias entre as reuniões do Copom e o corte de pelo menos um 1 ponto percentual em cada reunião.

Mesmo com o corte de janeiro, a taxa de juros real continua sendo a maior do mundo, lembrou o secretário-geral da Força Sindical, João Carlos Gonçalves, o Juruna. "A redução da taxa de juro ainda é pequena, porque ela continua uma das mais altas do mundo. Falta ousadia para baixar os juros e ajudar o cidadão. A permanência da taxa de juro alta é negativa para o País em meio a crise", afirmou Juruna.

Embora aprove as ações do governo, o senador Aloízio Mercadante (PT-SP) também acredita que o patamar da Selic está muito alto. "Sempre fomos os primeiros a entrar em qualquer crise, o que não aconteceu agora. A taxa Selic ainda é muito alta, mas o governo têm tomado medidas acertadas, como o aumento do salário mínimo, mesmo com um cenário de crise. Isso ajuda a movimentar o consumo. O governo está se esforçando para manter os investimentos e o crescimento", disse.

Tributos
De acordo com o economista Fabio Pina, da Fecomercio-SP, as ações mais positivas estão relacionadas à redução de tributos para alguns segmentos, como a indústria automobilística, que recuperou parte da queda nas vendas em janeiro com a isenção do IPI para carros 1.0 l e o corte para demais motorizações. A medida vale até o final de março.

"Essas medidas não só reduziram o preço, mas anteciparam o consumo daqueles que iriam comprar no futuro, dando um prêmio por conta da insegurança. Mexe diretamente com o principal problema que é a confiança do consumidor", afirmou. Juruna destacou que um bom ritmo de vendas é garantia de emprego. "É importante porque cada emprego na montadora significa 19 na cadeia produtiva", comentou o representante da Força Sindical.

Também em dezembro, o governo decidiu cortar pela metade a alíquota do Imposto de Renda para contribuintes que ganham entre R$ 1.434 e R$ 2.150 mensais. "O salário aumentava e a tabela não se modificava. As pessoas ganhavam mais e pagavam mais impostos", apontou Juruna. Outra redução de tributos do governo foi com relação ao Imposto sobre Operações Financeiras (IOF), que caiu de 3% ao ano para 1,5%.

Crédito
Na segunda metade de 2008, o colapso de bancos nos Estados Unidos por conta da crise do subprime provocou uma forte restrição de crédito no mundo inteiro. Uma das primeiras medidas anticrise do governo teve como objetivo restabelecer a oferta, com mudanças no recolhimento dos depósitos compulsórios por parte dos bancos. Segundo o presidente do Banco Central, Henrique Meirelles, as diversas modificações liberaram US$ 99,2 bilhões aos bancos até o final de janeiro.

Além disso, o governo concedeu R$ 36 bilhões das reservas internacionais para empresas brasileiras com dívidas no exterior e uma medida provisória autorizou o Banco do Brasil e a Caixa Econômica Federal a comprar carteiras de crédito de bancos privados. Para o diretor do Departamento de Pesquisas e Estudos Econômicos da Fiesp, Paulo Francini, estas medidas foram essenciais para combater os efeitos da crise.

"A crise se desenvolve no mundo em torno do tema crédito. E o crédito reduziu-se barbaridade no mundo. Então o governo lança mão de compulsório, lança mão de reservas, de medidas que permitem aos bancos comprar carteiras de bancos. Você vai tomando várias medidas para atender às demandas e o epicentro disso é crédito", afirmou.

No entanto, Oreiro, da UnB, adverte que a liberação dos compulsórios seria mais eficiente acompanhada de redução mais agressiva da taxa básica de juro. "Uma parte do crédito voltou, depois da forte retração em outubro e novembro. O que deveria ter sido feito junto à liberação do compulsório era uma redução mais drástica da taxa de juro. Sem isso, os bancos pegam as reservas e acabam comprando títulos públicos", explicou o economista.

Na opinião de Pina, as ações de distribuição de crédito via redução do compulsório e a disposição de capital de giro para empresas foram tomadas sem um cuidado maior na operação e não tiveram muito efeito. "O BNDES tem linhas que ficam paradas quase todo o ano, agora é pior ainda. Existem os recursos, mas as empresas e os bancos estão desconfiados. É preciso fazer com que os bancos tenham interesse em emprestar", afirmou o economista da Fecomercio-SP.

Futuro
Mesmo com todas essas medidas, a crise financeira ainda gera incertezas nos setores produtivos do País. Nos últimos meses, o medo do desemprego fez os consumidores adiarem compras. Por sua vez, a queda nas vendas pode obrigar as indústrias a cortarem a produção e demitir funcionários. Contra isso, empresários sugerem redução de jornada e de salários.

"Isto está previsto em lei. A Fiesp simplesmente manteve conversações com entidades sindicais quanto à aplicação daquilo que já está previsto em lei", afirmou Francini.

Segundo a ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff, uma das medidas que assegura um nível de emprego é a manutenção de investimentos no Programa de Aceleração do Crescimento (PAC). "Estamos esperando que a dificuldade ocorra em janeiro, fevereiro e março. Estamos certos que vamos manter o nível de investimento. É isso que funciona, é isso que significa investimento público. Ele funciona como um colchão. Por isso, nós colocamos R$ 100 bilhões no BNDES e a Petrobras ampliou o seu investimento em R$ 120 bilhões", afirmou.

Na mesma linha, Pina explica que a antecipação de gastos do governo substitui parte da demanda retraída do setor privado. "Ele dá o seguinte recado: não vou estourar as contas públicas, mas concentrar em um momento em que a demanda privada está pequena. Mas o governo não tem fôlego suficiente para fazer o papel de toda demanda", ressaltou. O economista da Fecomercio lembrou que a entidade já pleiteou junto ao governo isenções para transferência de imóveis e de automóveis, além de retirar o IPVA para veículos novos.

Já Oreiro foca suas propostas na capitalização do Banco do Brasil e da Caixa Econômica Federal pelo Tesouro para atender a demanda de crédito para capital de giro e reduzir o spread. "Aumentando o empréstimo e reduzindo as taxas, os dois vão forçar os bancos privados a acompanhar o movimento, até para não perderem participação no mercado", explicou o economista da UnB.

Até o Carnaval, o governou prometeu detalhar um pacote de incentivos para a construção de até um milhão de casas populares, direcionado a famílias com renda de até dez salários mínimos. "Estamos atentos a tudo o que está acontecendo e novas medidas serão tomadas caso haja uma avaliação de que sejam necessárias", disse o ministro da Fazenda, Guido Mantega, na última sexta-feira.

17:11
Anónimo disse...
Ex-ministro critica extensão do seguro-desemprego

Atualizada às 09h03

O ex-ministro do Trabalho Almir Pazzianotto criticou a decisão do governo federal de conceder o seguro-desemprego estendido a apenas alguns setores. "É certamente odioso e provavelmente inconstitucional", disse Pazzianotto, de acordo com o jornal O Estado de S. Paulo.

Na última qurta, dia do anúncio da medida, centrais sindicais elogiaram a atitude do governo. A Força Sindical divulgou nota dizendo que "o aumento ajudará a aquecer parte da economia, já que irá gerar mais consumo, produção e conseqüentemente, a criação de novos postos de trabalho". A União Geral dos Trabalhadores (UGT) afirmou que a medida "contribuirá para minimizar o drama dos trabalhadores que perderem seu emprego por conta da crise".

O ex-ministro, que instituiu o seguro-desemprego no País no governo de José Sarney, destacou a necessidade de as centrais sindicais se manifestarem contra a determinação. Para ele, as mudanças devem ser aplicadas a todas as categorias profissionais e a distinção é contrária ao artigo 3º da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT).

Pazzianotto atribui a medida a um possível temor do governo de que a crise econômica seja longa e não haja dinheiro para atender a todas as necessidades. Ainda assim, ele se mostra contrário ao método de concessão. "O seguro-desemprego ajuda a sanar necessidades básicas. Estendê-lo é paliativo, não a solução", disse ao jornal.

De acordo com o presidente do Conselho Deliberativo do Fundo de Amparo ao Trabalhador (Codefat) e conselheiro da Força Sindical, Luiz Fernando Emediato, a determinação já estava prevista na lei 8.900/94, que trata do seguro-desemprego.

O presidente da Comissão de Trabalho da Câmara, Pedro Fernandes (PTB-MA) vai além na crítica à concessão do seguro para apenas alguns setores. Ele acredita que a ampliação do benefício estimula o desemprego.

Quintino Severo, secretário geral da Central Única dos Trabalhadores (CUT), lembra que a ampliação do benefício sem critério e identificação pode incentivar demissões em outros setores.

17:13
Anónimo disse...
Empresas
TAM faz promoção para destinos internacionais

A companhia aérea TAM anunciou nesta sexta-feira tarifas promocionais para trechos internacionais. Os preços valem para bilhetes comprados entre 6h deste sábado e 23h59 deste domingo e são válidos para classe econômica. As tarifas, para ida e volta, serão vendidas a partir de US$ 99, mais taxas.

Segundo a aérea, a promoção vale para viagens feitas no período de 14 de fevereiro a 18 de junho de 2009. Para destinos na América do Sul, a permanência mínima é de dois dias; para bilhetes com destino nos Estados Unidos, cinco dias; e Europa, sete dias. A permanência máxima para as passagens para América do Sul e EUA é de dois meses e para Europa, três meses.

Entre os exemplos de tarifas promocionais, a TAM oferece São Paulo-Lima por US$ 99. Bilhetes para a rota São Paulo-Santiago serão vendidos a partir de US$ 199 e São Paulo-Nova York, US$ 799.

A emissão dos bilhetes deve ser feita obrigatoriamente no ato da reserva, obedecendo às regras estipuladas pela companhia. A compra está sujeita à disponibilidade de assentos nas classes tarifárias determinadas, trechos, horários e datas. A TAM afirmou que também há tarifas promocionais para a classe executiva.

Mais informações podem ser encontradas no site promocional (www.ofertastam.com.br), no site da empresa (www.tam.com.br) ou pelos telefones 4002-5700 ou 0800 5705700.

17:13
Anónimo disse...
Empresas
Consultoria negocia compra do parque temático Hopi Hari

A consultoria especializada em reestruturação de empresas Íntegra Associados informou nesta sexta-feira ter um acordo para comprar o parque de diversões Hopi Hari, localizado no interior de São Paulo. A empresa estaria disposta a investir R$ 10 milhões no parque, que tem dívida estimada em R$ 800 milhões. As informações são da edição deste sábado do jornal Folha de S. Paulo.

De acordo com o jornal, a transação ainda depende da negociação entre o Hopi Hari e seus credores, o que já estaria em andamento.

A consultoria paulista já atuou junto à Parmalat, durante 30 meses, quando reorganizou a gestão da empresa italiana.

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17:14
Anónimo disse...
Empresas
Disney de Tóquio contratará mais 2 mil apesar da crise


A Oriental Land, o operador da Disneylândia Tóquio e DisneySea, organizou neste domingo entrevistas para contratar cerca de 2 mil trabalhadores em tempo parcial, em um momento de grandes demissões deste tipo de empregados no Japão.

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O operador deste parque temático, situado em Urayasu, na província de Chiba (leste de Tóquio), está em pleno processo de seleção de empregados para 20 tipos de postos trabalhistas diferentes.

Segundo a companhia, citada pela agência local de notícias Kyodo, o parque contratará novos trabalhadores para as atrações, para os restaurantes e guardas de segurança entre outros. Os novos contratados começarão a trabalhar a partir de fevereiro.

O processo de seleção acontece em um momento em que a maioria das grandes companhias japonesas começaram a se ver obrigadas a despedir uma elevada percentagem de seus trabalhadores temporários e a tempo parcial.

Algumas inclusive anunciaram demissões de seus trabalhadores fixos, uma medida muito pouco comum nas companhias japonesas, perante os efeitos piores que o esperado pela crise econômica global.

Cerca de uma centena de pessoas esperavam desde a primeira hora desta manhã a abertura do centro de conferências Tokyo International Forum, onde as entrevistas estão sendo feitas, para ser os primeiros a solicitar os postos de trabalho.


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17:15
Anónimo disse...
Economia Internacional
Senado dos EUA aprova plano de estímulo à economia

O Senado dos Estados Unidos aprovou com 60 votos a favor e 38 contra o plano de estímulo à economia de US$ 787 bilhões na madrugada deste sábado. Agora, ele segue para sanção ou veto do presidente Barack Obama, que espera colocar a lei em prática até o dia 16 de fevereiro.

O plano prevê a criação de três milhões de empregos, inclui cortes de impostos às famílias, fundos para programas sociais e obras públicas, além de ajuda aos governos estaduais, estudantes e desempregados.

A cláusula Buy American - que exige o uso de ferro, aço e produtos manufaturados dos Estados Unidos em obras realizadas com recursos do pacote - ficou de lado. Segundo o texto definitivo, a cláusula será aplicada sem violar as normas do comércio internacional.

Ontem à tarde, a Câmara de Representantes (deputados) havia aprovado, por 246 votos a favor e 183 contra, a versão final do plano. Todos os republicanos foram contrários ao pacote.

Pelo acordo de quarta-feira entre Câmara e Senado, em vez de custar US$ 819 bilhões, como queriam os deputados, ou US$ 838 bilhões como pretendiam os senadores, o pacote ficou em cerca de US$ 787 bilhões, com 65% desse total destinado a gastos do governo federal e 35%, a créditos tributários.

17:16
Anónimo disse...
Economia nacional
Na era Lula, aposentadoria sobe 54% menos que salário mínimo

Thatiane Faria
Especial para o Terra
Direto de São Paulo

Os índices de reajustes concedidos pelo governo em 2009 para aposentados e pensionistas e para o salário mínimo repetiram uma diferença que, só durante o governo de Luiz Inácio Lula da Silva, já chega a 54%. Enquanto o mínimo foi majorado em 12% este ano, as pensões e aposentadorias tiveram aumento de 5,92%. Aposentados que têm o benefício do governo como única fonte de renda reclamam que perdem poder de compra e que sua cesta de compras é composta por itens que aumentam mais em relação à inflação oficial.

Um exemplo prático pode ser entendido a partir da comparação entre um aposentado que ganhava R$ 600 em janeiro de 2003. Na época, o benefício era três vezes, ou 200%, maior que o valor do mínimo em vigência, que era de R$ 200. Aplicando-se os índices de reajuste para aposentadorias e para o mínimo durante os últimos seis anos, o mesmo aposentado estaria recebendo hoje R$ 938,47, comparado a um salário mínimo de R$ 465. A diferença entre os dois valores caiu para pouco mais de 100%.

Enquanto o índice acumulado de reajuste para a aposentadoria durante o governo Lula foi de 60%, para o salário mínimo está em 132%.

O diretor do Sindicato Nacional dos Aposentados, João Inocentini, reclama que os valores dos benefícios para aposentadorias não mantêm o poder de compra do grupo, principalmente dos aposentados que recebem menos que dez salários mínimos.

Nem mesmo o fato de o índice de reajuste das aposentadorias ter ficado acima da inflação acumulada no mesmo período (o IPCA entre janeiro de 2003 e janeiro de 2009 foi de 39,7%) serve de argumento, segundo os aposentados.

"Os idosos, principalmente, têm gastos além das contas gerais como gás, telefone e aluguel. Para eles o custo com remédios, e outros itens da área saúde costuma ser maior", afirmou Inocentini.

O presidente do sindicato afirmou que o grupo realiza um estudo com 100 itens de necessidade de um idoso para comparar o aumento dos produtos com o índice de reajuste do benefício recebido pelos aposentados.

"Daqui dois meses vamos abrir um processo na Justiça e levar essa pesquisa como prova. Segundo a lei, o governo é obrigado a manter o poder de compra com a aposentadoria", disse Inocentini.

Alternativas
O consultor financeiro Cláudio Boriola diz que os aposentados, especialmente nesse momento de crise econômica, devem evitar compras parceladas, pesquisar preços, negociar e fazer bom planejamento financeiro.

Segundo Boriola, alguns aposentados ganham um valor mensal muitas vezes insuficiente para o pagamento das contas e acabam pedindo crédito ou realizando pagamentos a prazo e são obrigados a pagar juros altos.

Na opinião do consultor, pagar uma previdência privada é uma alternativa indicada para quem ainda trabalha, considerando a característica de perda de poder de compra da aposentadoria.

"Na prática, infelizmente os valores encontram-se em um patamar que está deteriorando o poder de aquisição da população brasileira", completou Boriola.

De acordo com o diretor da Confederação Brasileira de Aposentados e Pensionistas (Cobap), Vicente Fernandes Barbosa, representantes dos aposentados tentarão um encontro com o presidente da Câmara, deputado Michel Temer (PMDB-SP), para discutir projetos que minimizem a perda dos aposentados

17:17
Anónimo disse...
Previdência
Previdência prorroga isenção de tarifas no benefício

O atual sistema de pagamento aos 26 milhões de aposentados e pensionistas do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) será mantido até o final deste ano. O acordo, que permite realizar a operação sem nenhum custo aos beneficiários, foi renovado nesta sexta-feira, entre o governo federal e 21 instituições financeiras.

Por meio desse acordo, vigente desde setembro de 2007, nem os segurados, nem os bancos e nem o governo arcam com o pagamento de tarifas, conforme explicou o ministro da Previdência Social, José Pimentel. A prorrogação vale até dezembro, data máxima para que a Previdência defina as regras para um novo contrato.

Ao assinar o termo de renovação, na sede da Federação Brasileira dos Bancos (Febraban), o ministro disse que a intenção do governo é mudar o atual modelo de gestão visando a reduzir os custos dessas operações em torno da folha mensal, que atinge R$ 15,8 bilhões. No entanto, qualquer alteração, conforme explicou, passará antes por audiências públicas a serem realizadas a partir do segundo semestre deste ano, atendendo a determinação do Tribunal de Contas da União (TCU).

De acordo com Pimentel, com um redesenho do mecanismo de repasse dos recursos aos bancos em torno da folha de pagamento dos segurados o que se busca é um aumento da participação de instituições financeiras. Ele informou que, desde 2007, cada benefício custa em média R$ 1,07 ao governo. "Quanto mais instituições financeiras estiverem prestando serviços à sociedade, maior é a competitividade, a agilidade no atendimento", justificou.

O ministro observou, ainda, que, para permitir uma redução para algo em torno de meia hora no tempo de atendimento para a concessão dos direitos previdenciários, o governo investiu R$ 280 milhões.

Questionado sobre o descontentamento dos segurados que ganham acima de um salário mínimo terem obtido apenas a correção com base na variação do Índice de Preços ao Consumidor (INPC) , ficando abaixo do reajuste dado a quem recebe apenas o mínimo, Pimentel argumentou que o governo seguiu o que determina a lei e descartou a possibilidade de uma revisão

17:17
Anónimo disse...
Empresas
Caterpillar oferece aposentadoria antecipada a 2 mil


A companhia americana Caterpillar ofereceu a cerca de dois mil funcionários incentivos para que se aposentem de forma voluntária antes do previsto, pela perspectiva de uma queda "significativa" da atividade industrial, informou nesta quarta-feira a empresa.

A iniciativa, destinada aos trabalhadores de diversas fábricas em Illinois, Colorado, Tennessee e Pensilvânia, se soma aos cortes de empregos anunciados em janeiro, explicou em comunicado de imprensa.

A empresa, a maior fabricante mundial de maquinaria pesada para a construção e a mineração, acrescentou que, "em função das condições de negócio, podem ser necessárias mais reduções de elenco voluntárias e involuntárias à medida que o ano avança".

O vice-presidente da companhia, Sid Banwart, explicou que a empresa prevê "demissões significativas em todas as regiões geográficas e na maioria dos setores devido às dificuldades da economia mundial".

17:18
Anónimo disse...
Comércio
Comércio exterior da OCDE caiu no 3º trimestre de 2008


As exportações e as importações dos países da Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Econômico (OCDE) caíram 1,6% e 0,2%, respectivamente, no terceiro trimestre de 2008, em relação aos três meses anteriores.

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Trata-se da primeira queda destas atividades desde o terceiro trimestre de 2006, segundo o último relatório trimestral sobre fluxos comerciais divulgado pela OCDE.

As exportações e as importações em dólares dos 30 Estados-membros caíram 15,6% e 17%, respectivamente, na comparação anualizada.

Por sua vez, o comércio dos sete países mais ricos do mundo (G7) teve um pequeno crescimento no terceiro trimestre de 2008 com uma queda das exportações de mercadorias de 0,2% em relação ao trimestre anterior e um aumento de 0,4% das importações.

Em termos anualizados, as importações do G7 caíram 1,4% entre julho e setembro do ano passado, seu primeiro retrocesso desde o terceiro trimestre de 2006, enquanto as exportações aumentaram 1,9%, seu crescimento mais baixo no mesmo tempo.

Por países, a Alemanha aumentou suas importações em 3,4% - valor mais alto do G7 -, enquanto suas exportações caíram 2,9% do segundo para o terceiro trimestre de 2008.

Pelo contrário, as exportações americanas aumentaram 1,8% entre julho e setembro de 2008, enquanto as importações caíram 0,7% em relação ao trimestre anterior. No Japão, tanto as importações quanto as exportações caíram em torno de 1% no mesmo período.

17:19
Anónimo disse...
Economia Nacional
Lula: juros de crédito consignado a aposentados são altos

Atualizada às 17h29

O presidente Luis Inácio Lula da Silva afirmou nesta terça-feira, em São Paulo, que está lutando para reduzir as taxas de juros cobradas de aposentados em crédito consignado. A Previdência Social estabelece uma taxa máxima de 2,5% para empréstimo e de 3,5% para cartão. Para Lula, os valores são altos.

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"Acho que o juro que os aposentados estão pagando hoje com o crédito consignado é alto para o padrão brasileiro", disse o presidente durante a cerimônia de comemoração dos 86 anos do INSS.

A Previdência anunciou nesta terça-feira que aposentados e trabalhadoras com licença-maternidade poderão receber seus benefícios em 30 minutos. De acordo com Lula, em junho, a aposentadoria do trabalhador rural também será conseguida em meia hora.

Além disso, o presidente anunciou que, também em junho, os trabalhadores que alcançarem o direito à aposentadoria passarão a receber em suas casas um comunicado da Previdência informando o fato e o valor do salário que têm direito a receber. "É um comprometimento público que estou fazendo com os companheiros da Previdência Social", disse.

"Estamos retribuindo ao contribuinte da Previdência Social aquilo que é a cidadania que ele tem direito", afirmou Lula. "Se para cobrar nós somos tão precisos, para devolver o dinheiro, temos que chegar próximo à perfeição", completou.

17:20
Anónimo disse...
Economia Nacional
Salário maternidade sairá em 30 minutos, diz ministro

Toda trabalhadora autônoma que tiver contribuído pelo menos 10 meses com o Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) - ou as que possuírem carteira assinada - poderão receber em 30 minutos o salário maternidade a partir desta terça-feira. Da mesma forma, as mulheres com 30 anos de contribuição e os homens com 35 anos também terão direito ao benefício de forma mais rápida. A informação é do ministro da Previdência Social, José Pimentel.

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Para requerer o salário maternidade, é preciso que as autônomas levem a carteira de identidade e o carnê de contribuição. As demais trabalhadoras devem apresentar a identificação e a carteira de trabalho. Desde o início do mês, a nova forma de análise para a concessão de benefícios foi adotada para a aposentadoria por idade do trabalhador urbano e agora foi estendida para o salário maternidade e por tempo de contribuição.

O ministro disse que a qualificação do serviço da previdência social é o reconhecimento do direito dos trabalhadores e da afirmação da cidadania.

"Até pouco tempo na cabeça do cidadão o serviço devia ser de péssima qualidade. Agora não, nós modificamos toda a legislação no mês de dezembro numa ação conjunta do Congresso Nacional com o governo federal. Estamos implantando e concedendo os benefícios em até 30 minutos", afirmou.

O ministro destacou que para conseguir se aposentar ou ter acesso à licença maternidade em 30 minutos, em primeiro lugar, é necessário que o cidadão esteja vinculado à Previdência, o que inclui 65% da população acima de 16 anos de idade.

"Depois bastar marcar pelo sistema 135 o dia e a hora do atendimento e levar a documentação. Se todos os dados necessários estiverem corretos o contribuinte será atendido em até 30 minutos, como vem sendo feito com as aposentadorias por idade desde o dia cinco de janeiro", explicou.

Pimentel disse ainda que em 90% das agências da previdência social o atendimento é marcado em até 48 horas. Nos grandes centros, entretanto existe um volume maior o que torna mais lento o processo.

"Estamos criando mais 715 agências até 2010, em todo o território nacional, para descentralizar o atendimento. Em 2008, atendemos 295 mil benefícios e aposentadorias por idade. Temos 4 mil pessoas por dia procurando e se aposentando por idade no território nacional. Este serviço será agilizado", concluiu.
17:25
Anónimo disse...
Giuseppe Englaro, pai de Eluana, a italiana que morreu na segunda-feira passada por desidratação, recusou uma grande soma de dinheiro de um conhecido fotógrafo italiano que queria retratar a filha em estado de coma, disse neste sábado o neurologista que atendia a mulher desde 1996, Carlo Defanti.

O neurologista, que participou hoje de uma conferência sobre eutanásia, disse que Englaro respeitou a vontade da filha, que, antes do acidente, tinha pedido que, se lhe ocorresse qualquer coisa irreversível, apresentasse sua imagem de quando estava em boas condições.

Antes de sofrer o acidente de trânsito, em 1992, Eluana viveu o coma de um amigo, Alessandro, o que causou forte impacto na italiana e a levou a fazer o pai prometer que não a deixasse viver em estado vegetativo, disse o próprio Giuseppe Englaro.

Defanti, que dissera que Eluana poderia viver de dez a 12 dias depois da suspensão da alimentação e da hidratação, disse que, como médico, tinha que reprovar esta afirmação.

"Não se pode sobreviver após três ou quatro dias sem líquido e, em particular, água em um corpo. Sabemos bem que, quando há um terremoto, após quatro dias é difícil encontrar sobreviventes".

Defanti ressaltou que Eluana "não falava, não se comunicava com o exterior" e que, após vários exames, "nos deparamos com uma moça que tinha perdido a consciência", porque estava com o córtex cerebral prejudicado.

Eluana foi enterrada na quinta-feira passada no túmulo da família na localidade de Paluzza, em Udine, após um funeral que não contou com a presença dos pais.

16:53
Anónimo disse...
Os bombeiros combatem neste sábado os incêndios na Austrália favorecidos pelo bom tempo, enquanto os deslocados encotram em seu retorno casas derruídas, carros queimados nas ruas e destruição.

Depois de sete dias desde que começaram os incêndios no Estado de Victoria, a lista de mortos chega a 181, os desaparecidos somam 50, os edifícios destruídos totalizam 1,834 mil e o terreno arrasado, principalmente florestas, ocupa uma área de 4,13 mil quilômetros quadrados.

As equipes de bombeiros, formadas por 4 mil profissionais de Victoria, de outras partes da Austrália e de países amigos, combateram hoje 12 focos fora de controle e nenhum representava uma ameaça direta para a população.

O subdiretor do Serviço de Bombeiros, Geoff Conway, disse que este tempo favorável, que se prolongará durante o domingo, permite consolidar as linhas de contenção e avançar na extinção das chamas.

Cinzas apareceram arrastadas por ventos do nordeste sobre Melbourne, onde habitam 3,8 milhões de pessoas, e as autoridades alertaram aos cidadãos do risco para a saúde de idosos, crianças e pessoas com problemas respiratórios.

O número de pessoas deslocadas - a Cruz Vermelha chegou a receber 7 mil - começou a cair com a abertura de algumas localidades atingidas.

Os incêndios, alguns criminosos, começaram em 7 de fevereiro, quando a região sul da Austrália estava há duas semanas sob uma onda de calor sem precedentes.

Na sexta-feira passada, a polícia acusou uma pessoa de ter provocado o incêndio que atingiu a localidade de Churchill e matou 21 pessoas.

16:55
Anónimo disse...
A primeira chuva em seis dias reduziu a ameaça de incêndios no Estado de Victoria, ao sul da Austrália. As autoridades, porém, advertiram que ainda existem 12 focos, mas que nenhum deles ameaça áreas povoadas.

Mais de quatro mil bombeiros, mil provenientes de outras partes do país e de outras nações, trabalham contra o fogo. Cerca de 600 veículos e 28 helicópteros e pequenos aviões estão sendo usados.


Eles conseguiram construir linhas de contenção para evitar os incêndios de Yarra e Maroondah se juntassem. Também foram controlados os incêndios abertos de Yea e Murrindindi, que ameaçavam as comunidades de Connellys Creek, Crystal Creek, Scrubby Creek e Native Dog Creek.

O número de mortos chegou a 181, mas as autoridades acreditam que as vítimas devem passar de 200, já que ainda há muitos desaparecidos.

16:55
Anónimo disse...
Aqui nesta coluna, na semana passada, tive a oportunidade de comentar sobre a recente visita do professor brasileiro Pedrinho Guareschi à Austrália. Não dei, porém, os fatos, pois semana passada o assunto era outro.

Hoje, porém, vamos a eles.

No último dia 4 de fevereiro, aconteceu o Seminário "Paulo Freire: Education and Liberation", organizado pelo centro de estudos latino-americanos da Universidade Nacional da Austrália, ou ANU, como é mais conhecida por aqui.

A ANU, para quem não sabe, está entre as 20 melhores universidades do mundo! E tem sede aqui em Camberra, capital da Austrália.

Na abertura do evento, o professor John Minns, diretor do centro latino-americano, ao dar boas-vindas ao público presente, lembrou ser aquele o primeiro seminário exclusivamente dedicado a Paulo Freire na Austrália.

Em seguida, convidou Pedrinho Guareschi, palestrante principal do Seminário, a fazer sua apresentação.

A plateia pode então conhecer, pelas palavras de Pedrinho, um pouco da obra e da vida de Freire, esse brasileiro de fé e valor, que sempre acreditou na educação, sobretudo dos menos favorecidos, analfabetos, como força libertadora.

Como não podia deixar de ser, os conceitos e ideias revolucionários de Paulo Freire, expostos com clareza por Pedrinho, despertaram o interesse e a curiosidade de plateia. A qual, deve-se notar, era na maioria de estudantes, mas de várias nacionalidades, sobretudo australianos e asiáticos.

Na continuação do programa do seminário, que se estendeu por dois dias, outros professores fizeram palestras sobre temas ligados à obra de Paulo Freire.

Interessante, por exemplo, saber que a professora Anne Hickling-Hudson, jamaicana que mora na Austrália há muitos anos (é professora da ANU), conheceu e trabalhou com Freire num workshop educacional durante a revolução na Ilha de Granada, em 1980, antes da invasão dos Estados Unidos...

Ou, então, a palestra da Professora Gerda Roelvink, da Nova Zelândia, que participou do Fórum Social de Porto Alegre em 2005. E essa participação transformou-se em tema de doutorado.

No dia 10, terça-feira passada, o padre Pedrinho Guareschi voltou a falar ao público australiano em grande auditório localizado no belíssimo campus da ANU. Desta vez, sobre a Teologia da Libertação.

Depois da palestra, John Minns mostrou o filme mexicano "O Crime do Padre Amaro", no qual um dos personagens é um padre católico praticante da Teologia da Libertação.

Mais uma vez, foi grande o intersse da platéia, que pode aprender e conhecer um pouco como se desenvolveu aquele importante movimento católico na América Latina.

Fica, assim, ao Pedrinho, bem como a outros brasileiros estudiosos e de bom coração que saem pelo mundo a divulgar aspectos importantes da cultura brasileira, o respeito e a homenagem desta coluna. E... aquele abraço!

16:57
Anónimo disse...
Amanda Kitts perdeu o braço esquerdo em um acidente de automóvel acontecido três anos atrás, mas hoje em dia ela joga futebol americano com seu filho de 12 anos de idade, troca fraldas e abraça as crianças nas três creches Kiddie Cottage que opera em Knoxville, Tennessee. Kitts, 40 anos, faz tudo isso com a ajuda de um novo tipo de braço artificial que se movimenta com mais facilidade do que outros aparelhos e que ela pode controlar utilizando apenas seus pensamentos.

"Eu sou capaz de mexer a mão, o pulso e o cotovelo ao mesmo tempo", diz. "Você pensa e os músculos se movem em seguida".

A recuperação que ela conseguiu resulta de um novo procedimento que vem atraindo crescente atenção porque permite que pessoas movam braços protéticos de forma mais automática do que faziam no passado, simplesmente utilizando nervos reaproveitados em seus cérebros.

A técnica, conhecida como "renervação muscular dirigida", envolve utilizar os nervos que restam depois da amputação de um braço e conectá-los a outro músculo do corpo, em geral no peito. Eletrodos são instalados sobre os músculos do peito, e operam como se fossem antenas. Quando a pessoa deseja mover o braço, o cérebro envia sinais que primeiro resultam em contração dos músculos do peito, os quais enviam um sinal ao braço protético, instruindo-se a se movimentar. O processo não requer mais esforços consciente do que a pessoa teria de exercitar caso ainda tivesse seu braço natural.

Na terça-feira, pesquisadores reportaram em estudo publicado pela versão online do Journal of the American Medical Association que haviam levado a técnica ainda mais à frente, tornando possível a execução de 10 movimentos de mão, pulso e cotovelo diferentes, o que representa uma substancial melhora com relação ao típico repertório protético, que em geral envolve apenas dobrar o cotovelo, girar o pulso e abrir a mão.

"Os novos métodos tiveram impacto dramático em nosso campo de trabalho", disse Stuart Harshbarger, engenheiro biomédico na Universidade Johns Hopkins e diretor do programa de pesquisa sobre próteses, financiado pelas forças armadas, que inclui o trabalho com essa técnica. "O método já está em uso por médicos e cirurgiões comuns em todo o país. A capacidade de controlar um membro protético bastante robusto que ele confere surpreendeu a todos pela qualidade".

Tipicamente, uma pessoa que tenha um braço protético só é capaz de executar alguns poucos movimentos, e muitas vezes com tamanha lentidão que isso só permite a ela atividades limitadas.

Há um motor separado para cada movimento, diz Gerald Loeb, professor de engenharia biomédica na Universidade do Sul da Califórnia, "e esses motores precisam ser controlados de maneira explícita", usualmente por um esforço consciente da pessoa para contrair músculos nas costas ou no bíceps.

"Essencialmente, até agora os pacientes controlavam apenas um motor de cada vez", diz Loeb, "e precisavam pensar cuidadosamente sobre que motor desejavam controlar e como fazê-lo operar, em lugar de simplesmente pensarem em mover o braço e poderem fazê-lo sem delongas".

Antes que Kitts passasse pelo procedimento de renervação, em outubro de 2007, por exemplo, ela precisava movimentar os músculos de suas costas de determinada maneira para fazer com que seu pulso girasse, e flexionar seu bíceps e tríceps para fazer com que o cotovelo se movesse para cima e para baixo. "Era muito trabalho", ela conta. "E não me ajudava muito".

O procedimento de renervação é parte de uma recente explosão de idéias novas e técnicas inovadoras que estão sendo exploradas enquanto os cientistas se esforçam por ajudar as pessoas a compensar melhor a perda de membros ou problemas de paralisia. O esforço vem sendo alimentado pelo aumento no número de amputações causado por diabetes e por ferimentos sofridos pelos militares, e ao mesmo tempo pelos avanços na tecnologia médica.

Os braços se tornaram um dos focos essenciais desse tipo de trabalho. A ciência há muito vem obtendo sucessos no desenvolvimento de próteses de perna, mas é muito mais difícil imitar a complexidade e a destreza das mãos e dos braços.

Os esforços em curso incluem o desenvolvimento de projetos de pele e braços mais sensíveis e mais flexíveis, e o uso de dispositivos acionados por controles sem fio implantado nos braços protéticos, que permitiriam movimentos mais naturais.

Os pesquisadores também vêm usando sensores implantados nos cérebros de cobaias para permitir que dois macacos controlem um braço mecânico, e um teste com um homem paralítico permitiu, com esse método, que ele movimentasse um cursor em uma tela de computador.

Alguns desses métodos, caso venham a ser aperfeiçoados plenamente e consigam aprovação das autoridades regulatórias da saúde, podem no futuro se tornar mais viáveis para os pacientes de amputações.

E embora a técnica da renervação não requeira aprovação das autoridades regulatórias porque é executada por meios cirúrgicos e emprega aparelhos já existentes, ela apresenta limitações que até mesmo seus criadores reconhecem, entre as quais o fato de que não se pode utilizá-la para todos os pacientes, o seu alto custo e o prazo de meses requerido para que os nervos reconectados cresçam e se tornem efetivos.

Ainda assim, os especialistas dizem que é o mais avançado sistema em uso hoje para pacientes reais que permite que o sistema nervoso controle diretamente o movimento de um braço artificial.

Desde sua introdução por Todd Kuiken, médico fisioterapeuta e engenheiro biomédico do Instituto de Reabilitação de Chicago, o método foi empregado em cerca de 30 pacientes nos Estados Unidos, Canadá e Europa, entre os quais oito soldados feridos no Iraque e no Afeganistão.

Muitos dos pacientes, entre os quais o primeiro, Jesse Sullivan, um operário do setor elétrico no Tennessee que perdeu os dois braços quando foi eletrocutado por um cabo, conseguem não apenas manipular seus braços protéticos mas sentir a presença das mãos que já não têm quando alguém toca em seus peitos.

Sullivan, 62 anos, e Kitts, estavam entre os cinco pacientes que participaram do estudo reportado na terça-feira. Em companhia de cinco outras pessoas que não passaram por amputações, eles receberam os eletrodos e foram instruídos a usar pensamentos para fazer com que um braço virtual na tela reproduzisse 10 movimentos diferentes, entre os quais três formas diferentes de aperto de mão.

Os pacientes apresentaram desempenho bastante respeitável, apenas um pouco mais lento e menos preciso do que os dos participantes que não tinham amputações.

"As velocidades de movimento que encontramos em nossos pacientes foram realmente encorajadoras", disse Kuiken. "Eles conseguiram completar a tarefa. É claro que não foram tão competentes quanto as pessoas dotadas de plena capacidade física, mas foram bons o bastante".

Um braço virtual foi usado porque a maioria das próteses existentes não era capaz de acomodar todos aqueles movimentos, no momento da pesquisa, ainda que Sullivan, Kitts e uma terceira paciente, Claudia Mitchell, tenham experimentado dois novos protótipos mais versáteis de braços artificiais, executando tarefas complexas com bolas de tênis e outros objetos.

O trabalho de renervação em soldados apresenta outros desafios, diz Kuiken, porque os ferimentos militares muitas vezes "causam danos muitos extensos" a nervos, músculos ou ossos.

Daniel Acosta, 25 anos, um aviador ferido pela detonação de uma bomba em uma estrada do Iraque em 2005, passou pelo procedimento no ano passado e diz que seu braço esquerdo protético agora se movimenta "muito mais rápido" e de maneira muito mais natural.

"A diferença é que agora não preciso mais pensar para mover o braço", ele diz. "Ele simplesmente se mexe".

Ainda assim, Acosta, de San Antonio, diz que "o processo foi bastante longo" e que os eletrodos precisam ser ajustados para receber os sinais à medida que os nervos crescem ou mudam de posição.

E embora elogiem o método, os especialistas afirmam que a ciência das próteses de braço ainda tem muito por avançar.

"Trata-se de uma parte crucial, mas ainda assim apenas uma parte, das muitas coisas que compreendem a função normal de um braço", disse Loeb, que escreveu um editorial que acompanha o artigo no Journal of the American Medical Association.

"No momento estamos a meio do caminho entre o braço de 'Dr. Fantástico', que fazia involuntariamente a saudação nazista, e o braço de Luke Skywalker em 'Guerra nas Estrelas', que funciona sem nenhum problema assim que é conectado. Creio que precisaremos ainda de muitos anos para conectar todas as peças necessárias a produzir um braço capaz de funcionar normalmente".

17:04
Anónimo disse...
A Espanha disse neste sábado que está preparando uma reclamação oficial contra a decisão da Venezuela de expulsar um membro do Parlamento Europeu que criticou o conselho eleitoral venezuelano.
Luis Herrero, membro do partido conservador espanhol PP, foi deportado na sexta-feira depois que o Conselho Nacional Eleitoral (CNE) o acusou de questionar a imparcialidade da instituição antes de um referendo que pode permitir ao presidente Hugo Chávez permanecer no cargo indefinidamente.

Herrero estava na Venezuela como observador do referendo. Ele acusou Chávez de ter "comportamentos típicos de um ditador" por pedir a contenção de manifestações da oposição.

O governo da Espanha convocou um encontro com o embaixador da Venezuela em Madri para expressar a desaprovação sobre a expulsão de Herrero, disse um representante do Ministério das Relações Exteriores espanhol.

As relações da Venezuela com a Espanha tiveram seu ponto crítico em 2007, quando Chávez ameaçou rever acordos diplomáticos e comerciais depois de ouvir um "cala a boca" do rei espanhol Juan Carlos durante uma cúpula.

A fenda foi oficialmente reparada em 2008, com uma visita oficial de Chávez à Espanha, onde ele cumprimentou o rei e discutiu acordos para investimento no setor petroquímico com o primeiro-ministro José Luis Rodriguez Zapatero.

17:06
Anónimo disse...
A polícia do Zimbábue anunciou neste sábado que acusa de traição Roy Bennett, dirigente do até agora opositor Movimento para a Mudança Democrática (MDC), detido na sexta-feira, em Harare, poucas horas antes da cerimônia de posse dos membros do novo gabinete.

"A Polícia nos informou que vão apresentar acusações de traição", disse à agência EFE o advogado de defesa de Bennett, Trust Maanda.

"Tentam relacionar Roy com o caso de Mike Hitschmann, que foi detido em 2006 em relação à descoberta de um carregamento de armas, apesar de que Hitschmann não tenha sido declarado culpado das acusações de traição apresentadas contra ele, mas de um crime menor de descumprimento de leis", disse Maanda.

O político opositor, designado por seu partido como vice-ministro de Agricultura no Governo de união nacional, esteve no exílio na vizinha África do Sul desde 2006 e retornou ao Zimbábue há duas semanas.

Segundo a Polícia, que deteve Bennett ontem no aeroporto de Harare quando pretendia ir à África do Sul para visitar sua família, as armas apreendidas em 2006 seriam utilizadas em um golpe de Estado para derrubar o presidente do Zimbábue, Robert Mugabe.

Depois da detenção, Bennet foi levado a Mutar, onde vários simpatizantes do MDC se concentraram em frente à delegacia na qual estava detido, diante do que a Polícia respondeu com tiros para o alto para dispersar os manifestantes.

17:07
Anónimo disse...
Austrália: 14 mil se candidatam a 'emprego dos sonhos'

A secretaria de Turismo de Queensland, na Austrália, informou que até esta segunda-feira já recebeu cerca de 14 mil inscrições para o "o melhor emprego do mundo". O Estado australiano promove pela internet seleção para vaga de "zelador" da ilha Hamilton, por seis meses com um salário de R$ 40 mil.

Muitos candidatos tiveram problemas durante a inscrição por conta dos acessos simultâneos ao site. A secretaria aconselha enviar os vídeos de 60s explicando porque deve ser escolhido em horários alternativos do dia, além de recomendar tamanho em torno de 40MB.

As inscrições começaram em 12 de janeiro e vão até o próximo dia 22 e podem ser feitas pelo site www.islandreefjob.com. O governo australiano escolherá 50 candidatos para a próxima fase da seleção, que terá votos do público para eleger um dos 11 finalistas.

A última fase terá entrevistas e desafios físicos, no próprio local de trabalho: as ilhas da Grande Barreira Coralina - o maior recife de coral do mundo. A secretaria de Turismo anunciará o vencedor no dia 6 de maio.

17:09
Anónimo disse...
Mercado elogia governo na crise, mas pede maior queda no juro

Peter Fussy
Direto de São Paulo

Desde as primeiras medidas anunciadas para combater os efeitos da crise, o governo brasileiro avisou que a estratégia não contemplaria um pacote. Seriam doses pontuais, de acordo com a necessidade da economia diante do agravamento das turbulências. Da primeira liberação dos depósitos compulsórios em setembro até a ampliação do seguro-desemprego na última quarta-feira, o governo passou por redução de impostos, ampliação de crédito e incentivos à exportação. Quase 150 dias após a primeira medida, o Terra conversou com líderes do setor público e privado, representantes dos trabalhadores, acadêmicos e com o próprio governo para saber quais destas ações foram mais eficazes, quais foram mais ineficientes e o que mais pode ser feito pelo Estado brasileiro contra a crise.

Os maiores elogios foram direcionados à atitude de reduzir o Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) para a indústria automobilística, anunciada em dezembro e que fez com que os emplacamentos de carros novos subissem 1,9% no primeiro mês do ano em relação a dezembro de 2008. Já as maiores críticas foram para a lentidão no corte da taxa básica de juro do País.

Para o presidente do conselho administrativo do Grupo Pão de Açúcar, Abílio Diniz, o Estado não é responsável pela crise e mesmo assim está agindo "com extrema serenidade e muito acerto". "O governo está atento, fazendo a sua parte. É preciso coragem de baixar firmemente a taxa de juros. É uma arma que temos a nosso favor, já que não há clima para inflação, nem possibilidade de danos para a macroeconomia", afirmou Diniz.

Na última reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), em janeiro, a taxa Selic foi reduzida em um ponto percentual, de 13,75% para 12,75% ao ano. Porém, o professor de economia da Universidade de Brasília (UnB) José Luiz Oreiro lembra que este corte representa uma redução de apenas 0,25 ponto percentual com relação à taxa de setembro do ano passado, quando a crise se agravou.

"Pouco antes da eclosão da crise, o Banco Central aumentou a taxa em 0,75 ponto. Foram cinco meses de demora para reduzir em termos líquidos apenas 0,25 ponto", afirmou o economista, que também sugeriu redução do intervalo de cerca de 90 dias entre as reuniões do Copom e o corte de pelo menos um 1 ponto percentual em cada reunião.

Mesmo com o corte de janeiro, a taxa de juros real continua sendo a maior do mundo, lembrou o secretário-geral da Força Sindical, João Carlos Gonçalves, o Juruna. "A redução da taxa de juro ainda é pequena, porque ela continua uma das mais altas do mundo. Falta ousadia para baixar os juros e ajudar o cidadão. A permanência da taxa de juro alta é negativa para o País em meio a crise", afirmou Juruna.

Embora aprove as ações do governo, o senador Aloízio Mercadante (PT-SP) também acredita que o patamar da Selic está muito alto. "Sempre fomos os primeiros a entrar em qualquer crise, o que não aconteceu agora. A taxa Selic ainda é muito alta, mas o governo têm tomado medidas acertadas, como o aumento do salário mínimo, mesmo com um cenário de crise. Isso ajuda a movimentar o consumo. O governo está se esforçando para manter os investimentos e o crescimento", disse.

Tributos
De acordo com o economista Fabio Pina, da Fecomercio-SP, as ações mais positivas estão relacionadas à redução de tributos para alguns segmentos, como a indústria automobilística, que recuperou parte da queda nas vendas em janeiro com a isenção do IPI para carros 1.0 l e o corte para demais motorizações. A medida vale até o final de março.

"Essas medidas não só reduziram o preço, mas anteciparam o consumo daqueles que iriam comprar no futuro, dando um prêmio por conta da insegurança. Mexe diretamente com o principal problema que é a confiança do consumidor", afirmou. Juruna destacou que um bom ritmo de vendas é garantia de emprego. "É importante porque cada emprego na montadora significa 19 na cadeia produtiva", comentou o representante da Força Sindical.

Também em dezembro, o governo decidiu cortar pela metade a alíquota do Imposto de Renda para contribuintes que ganham entre R$ 1.434 e R$ 2.150 mensais. "O salário aumentava e a tabela não se modificava. As pessoas ganhavam mais e pagavam mais impostos", apontou Juruna. Outra redução de tributos do governo foi com relação ao Imposto sobre Operações Financeiras (IOF), que caiu de 3% ao ano para 1,5%.

Crédito
Na segunda metade de 2008, o colapso de bancos nos Estados Unidos por conta da crise do subprime provocou uma forte restrição de crédito no mundo inteiro. Uma das primeiras medidas anticrise do governo teve como objetivo restabelecer a oferta, com mudanças no recolhimento dos depósitos compulsórios por parte dos bancos. Segundo o presidente do Banco Central, Henrique Meirelles, as diversas modificações liberaram US$ 99,2 bilhões aos bancos até o final de janeiro.

Além disso, o governo concedeu R$ 36 bilhões das reservas internacionais para empresas brasileiras com dívidas no exterior e uma medida provisória autorizou o Banco do Brasil e a Caixa Econômica Federal a comprar carteiras de crédito de bancos privados. Para o diretor do Departamento de Pesquisas e Estudos Econômicos da Fiesp, Paulo Francini, estas medidas foram essenciais para combater os efeitos da crise.

"A crise se desenvolve no mundo em torno do tema crédito. E o crédito reduziu-se barbaridade no mundo. Então o governo lança mão de compulsório, lança mão de reservas, de medidas que permitem aos bancos comprar carteiras de bancos. Você vai tomando várias medidas para atender às demandas e o epicentro disso é crédito", afirmou.

No entanto, Oreiro, da UnB, adverte que a liberação dos compulsórios seria mais eficiente acompanhada de redução mais agressiva da taxa básica de juro. "Uma parte do crédito voltou, depois da forte retração em outubro e novembro. O que deveria ter sido feito junto à liberação do compulsório era uma redução mais drástica da taxa de juro. Sem isso, os bancos pegam as reservas e acabam comprando títulos públicos", explicou o economista.

Na opinião de Pina, as ações de distribuição de crédito via redução do compulsório e a disposição de capital de giro para empresas foram tomadas sem um cuidado maior na operação e não tiveram muito efeito. "O BNDES tem linhas que ficam paradas quase todo o ano, agora é pior ainda. Existem os recursos, mas as empresas e os bancos estão desconfiados. É preciso fazer com que os bancos tenham interesse em emprestar", afirmou o economista da Fecomercio-SP.

Futuro
Mesmo com todas essas medidas, a crise financeira ainda gera incertezas nos setores produtivos do País. Nos últimos meses, o medo do desemprego fez os consumidores adiarem compras. Por sua vez, a queda nas vendas pode obrigar as indústrias a cortarem a produção e demitir funcionários. Contra isso, empresários sugerem redução de jornada e de salários.

"Isto está previsto em lei. A Fiesp simplesmente manteve conversações com entidades sindicais quanto à aplicação daquilo que já está previsto em lei", afirmou Francini.

Segundo a ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff, uma das medidas que assegura um nível de emprego é a manutenção de investimentos no Programa de Aceleração do Crescimento (PAC). "Estamos esperando que a dificuldade ocorra em janeiro, fevereiro e março. Estamos certos que vamos manter o nível de investimento. É isso que funciona, é isso que significa investimento público. Ele funciona como um colchão. Por isso, nós colocamos R$ 100 bilhões no BNDES e a Petrobras ampliou o seu investimento em R$ 120 bilhões", afirmou.

Na mesma linha, Pina explica que a antecipação de gastos do governo substitui parte da demanda retraída do setor privado. "Ele dá o seguinte recado: não vou estourar as contas públicas, mas concentrar em um momento em que a demanda privada está pequena. Mas o governo não tem fôlego suficiente para fazer o papel de toda demanda", ressaltou. O economista da Fecomercio lembrou que a entidade já pleiteou junto ao governo isenções para transferência de imóveis e de automóveis, além de retirar o IPVA para veículos novos.

Já Oreiro foca suas propostas na capitalização do Banco do Brasil e da Caixa Econômica Federal pelo Tesouro para atender a demanda de crédito para capital de giro e reduzir o spread. "Aumentando o empréstimo e reduzindo as taxas, os dois vão forçar os bancos privados a acompanhar o movimento, até para não perderem participação no mercado", explicou o economista da UnB.

Até o Carnaval, o governou prometeu detalhar um pacote de incentivos para a construção de até um milhão de casas populares, direcionado a famílias com renda de até dez salários mínimos. "Estamos atentos a tudo o que está acontecendo e novas medidas serão tomadas caso haja uma avaliação de que sejam necessárias", disse o ministro da Fazenda, Guido Mantega, na última sexta-feira.

17:11
Anónimo disse...
Ex-ministro critica extensão do seguro-desemprego

Atualizada às 09h03

O ex-ministro do Trabalho Almir Pazzianotto criticou a decisão do governo federal de conceder o seguro-desemprego estendido a apenas alguns setores. "É certamente odioso e provavelmente inconstitucional", disse Pazzianotto, de acordo com o jornal O Estado de S. Paulo.

Na última qurta, dia do anúncio da medida, centrais sindicais elogiaram a atitude do governo. A Força Sindical divulgou nota dizendo que "o aumento ajudará a aquecer parte da economia, já que irá gerar mais consumo, produção e conseqüentemente, a criação de novos postos de trabalho". A União Geral dos Trabalhadores (UGT) afirmou que a medida "contribuirá para minimizar o drama dos trabalhadores que perderem seu emprego por conta da crise".

O ex-ministro, que instituiu o seguro-desemprego no País no governo de José Sarney, destacou a necessidade de as centrais sindicais se manifestarem contra a determinação. Para ele, as mudanças devem ser aplicadas a todas as categorias profissionais e a distinção é contrária ao artigo 3º da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT).

Pazzianotto atribui a medida a um possível temor do governo de que a crise econômica seja longa e não haja dinheiro para atender a todas as necessidades. Ainda assim, ele se mostra contrário ao método de concessão. "O seguro-desemprego ajuda a sanar necessidades básicas. Estendê-lo é paliativo, não a solução", disse ao jornal.

De acordo com o presidente do Conselho Deliberativo do Fundo de Amparo ao Trabalhador (Codefat) e conselheiro da Força Sindical, Luiz Fernando Emediato, a determinação já estava prevista na lei 8.900/94, que trata do seguro-desemprego.

O presidente da Comissão de Trabalho da Câmara, Pedro Fernandes (PTB-MA) vai além na crítica à concessão do seguro para apenas alguns setores. Ele acredita que a ampliação do benefício estimula o desemprego.

Quintino Severo, secretário geral da Central Única dos Trabalhadores (CUT), lembra que a ampliação do benefício sem critério e identificação pode incentivar demissões em outros setores.

17:13
Anónimo disse...
Empresas
TAM faz promoção para destinos internacionais

A companhia aérea TAM anunciou nesta sexta-feira tarifas promocionais para trechos internacionais. Os preços valem para bilhetes comprados entre 6h deste sábado e 23h59 deste domingo e são válidos para classe econômica. As tarifas, para ida e volta, serão vendidas a partir de US$ 99, mais taxas.

Segundo a aérea, a promoção vale para viagens feitas no período de 14 de fevereiro a 18 de junho de 2009. Para destinos na América do Sul, a permanência mínima é de dois dias; para bilhetes com destino nos Estados Unidos, cinco dias; e Europa, sete dias. A permanência máxima para as passagens para América do Sul e EUA é de dois meses e para Europa, três meses.

Entre os exemplos de tarifas promocionais, a TAM oferece São Paulo-Lima por US$ 99. Bilhetes para a rota São Paulo-Santiago serão vendidos a partir de US$ 199 e São Paulo-Nova York, US$ 799.

A emissão dos bilhetes deve ser feita obrigatoriamente no ato da reserva, obedecendo às regras estipuladas pela companhia. A compra está sujeita à disponibilidade de assentos nas classes tarifárias determinadas, trechos, horários e datas. A TAM afirmou que também há tarifas promocionais para a classe executiva.

Mais informações podem ser encontradas no site promocional (www.ofertastam.com.br), no site da empresa (www.tam.com.br) ou pelos telefones 4002-5700 ou 0800 5705700.

17:13
Anónimo disse...
Empresas
Consultoria negocia compra do parque temático Hopi Hari

A consultoria especializada em reestruturação de empresas Íntegra Associados informou nesta sexta-feira ter um acordo para comprar o parque de diversões Hopi Hari, localizado no interior de São Paulo. A empresa estaria disposta a investir R$ 10 milhões no parque, que tem dívida estimada em R$ 800 milhões. As informações são da edição deste sábado do jornal Folha de S. Paulo.

De acordo com o jornal, a transação ainda depende da negociação entre o Hopi Hari e seus credores, o que já estaria em andamento.

A consultoria paulista já atuou junto à Parmalat, durante 30 meses, quando reorganizou a gestão da empresa italiana.

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17:14
Anónimo disse...
Empresas
Disney de Tóquio contratará mais 2 mil apesar da crise


A Oriental Land, o operador da Disneylândia Tóquio e DisneySea, organizou neste domingo entrevistas para contratar cerca de 2 mil trabalhadores em tempo parcial, em um momento de grandes demissões deste tipo de empregados no Japão.

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O operador deste parque temático, situado em Urayasu, na província de Chiba (leste de Tóquio), está em pleno processo de seleção de empregados para 20 tipos de postos trabalhistas diferentes.

Segundo a companhia, citada pela agência local de notícias Kyodo, o parque contratará novos trabalhadores para as atrações, para os restaurantes e guardas de segurança entre outros. Os novos contratados começarão a trabalhar a partir de fevereiro.

O processo de seleção acontece em um momento em que a maioria das grandes companhias japonesas começaram a se ver obrigadas a despedir uma elevada percentagem de seus trabalhadores temporários e a tempo parcial.

Algumas inclusive anunciaram demissões de seus trabalhadores fixos, uma medida muito pouco comum nas companhias japonesas, perante os efeitos piores que o esperado pela crise econômica global.

Cerca de uma centena de pessoas esperavam desde a primeira hora desta manhã a abertura do centro de conferências Tokyo International Forum, onde as entrevistas estão sendo feitas, para ser os primeiros a solicitar os postos de trabalho.


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17:15
Anónimo disse...
Economia Internacional
Senado dos EUA aprova plano de estímulo à economia

O Senado dos Estados Unidos aprovou com 60 votos a favor e 38 contra o plano de estímulo à economia de US$ 787 bilhões na madrugada deste sábado. Agora, ele segue para sanção ou veto do presidente Barack Obama, que espera colocar a lei em prática até o dia 16 de fevereiro.

O plano prevê a criação de três milhões de empregos, inclui cortes de impostos às famílias, fundos para programas sociais e obras públicas, além de ajuda aos governos estaduais, estudantes e desempregados.

A cláusula Buy American - que exige o uso de ferro, aço e produtos manufaturados dos Estados Unidos em obras realizadas com recursos do pacote - ficou de lado. Segundo o texto definitivo, a cláusula será aplicada sem violar as normas do comércio internacional.

Ontem à tarde, a Câmara de Representantes (deputados) havia aprovado, por 246 votos a favor e 183 contra, a versão final do plano. Todos os republicanos foram contrários ao pacote.

Pelo acordo de quarta-feira entre Câmara e Senado, em vez de custar US$ 819 bilhões, como queriam os deputados, ou US$ 838 bilhões como pretendiam os senadores, o pacote ficou em cerca de US$ 787 bilhões, com 65% desse total destinado a gastos do governo federal e 35%, a créditos tributários.

17:16
Anónimo disse...
Economia nacional
Na era Lula, aposentadoria sobe 54% menos que salário mínimo

Thatiane Faria
Especial para o Terra
Direto de São Paulo

Os índices de reajustes concedidos pelo governo em 2009 para aposentados e pensionistas e para o salário mínimo repetiram uma diferença que, só durante o governo de Luiz Inácio Lula da Silva, já chega a 54%. Enquanto o mínimo foi majorado em 12% este ano, as pensões e aposentadorias tiveram aumento de 5,92%. Aposentados que têm o benefício do governo como única fonte de renda reclamam que perdem poder de compra e que sua cesta de compras é composta por itens que aumentam mais em relação à inflação oficial.

Um exemplo prático pode ser entendido a partir da comparação entre um aposentado que ganhava R$ 600 em janeiro de 2003. Na época, o benefício era três vezes, ou 200%, maior que o valor do mínimo em vigência, que era de R$ 200. Aplicando-se os índices de reajuste para aposentadorias e para o mínimo durante os últimos seis anos, o mesmo aposentado estaria recebendo hoje R$ 938,47, comparado a um salário mínimo de R$ 465. A diferença entre os dois valores caiu para pouco mais de 100%.

Enquanto o índice acumulado de reajuste para a aposentadoria durante o governo Lula foi de 60%, para o salário mínimo está em 132%.

O diretor do Sindicato Nacional dos Aposentados, João Inocentini, reclama que os valores dos benefícios para aposentadorias não mantêm o poder de compra do grupo, principalmente dos aposentados que recebem menos que dez salários mínimos.

Nem mesmo o fato de o índice de reajuste das aposentadorias ter ficado acima da inflação acumulada no mesmo período (o IPCA entre janeiro de 2003 e janeiro de 2009 foi de 39,7%) serve de argumento, segundo os aposentados.

"Os idosos, principalmente, têm gastos além das contas gerais como gás, telefone e aluguel. Para eles o custo com remédios, e outros itens da área saúde costuma ser maior", afirmou Inocentini.

O presidente do sindicato afirmou que o grupo realiza um estudo com 100 itens de necessidade de um idoso para comparar o aumento dos produtos com o índice de reajuste do benefício recebido pelos aposentados.

"Daqui dois meses vamos abrir um processo na Justiça e levar essa pesquisa como prova. Segundo a lei, o governo é obrigado a manter o poder de compra com a aposentadoria", disse Inocentini.

Alternativas
O consultor financeiro Cláudio Boriola diz que os aposentados, especialmente nesse momento de crise econômica, devem evitar compras parceladas, pesquisar preços, negociar e fazer bom planejamento financeiro.

Segundo Boriola, alguns aposentados ganham um valor mensal muitas vezes insuficiente para o pagamento das contas e acabam pedindo crédito ou realizando pagamentos a prazo e são obrigados a pagar juros altos.

Na opinião do consultor, pagar uma previdência privada é uma alternativa indicada para quem ainda trabalha, considerando a característica de perda de poder de compra da aposentadoria.

"Na prática, infelizmente os valores encontram-se em um patamar que está deteriorando o poder de aquisição da população brasileira", completou Boriola.

De acordo com o diretor da Confederação Brasileira de Aposentados e Pensionistas (Cobap), Vicente Fernandes Barbosa, representantes dos aposentados tentarão um encontro com o presidente da Câmara, deputado Michel Temer (PMDB-SP), para discutir projetos que minimizem a perda dos aposentados

17:17
Anónimo disse...
Previdência
Previdência prorroga isenção de tarifas no benefício

O atual sistema de pagamento aos 26 milhões de aposentados e pensionistas do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) será mantido até o final deste ano. O acordo, que permite realizar a operação sem nenhum custo aos beneficiários, foi renovado nesta sexta-feira, entre o governo federal e 21 instituições financeiras.

Por meio desse acordo, vigente desde setembro de 2007, nem os segurados, nem os bancos e nem o governo arcam com o pagamento de tarifas, conforme explicou o ministro da Previdência Social, José Pimentel. A prorrogação vale até dezembro, data máxima para que a Previdência defina as regras para um novo contrato.

Ao assinar o termo de renovação, na sede da Federação Brasileira dos Bancos (Febraban), o ministro disse que a intenção do governo é mudar o atual modelo de gestão visando a reduzir os custos dessas operações em torno da folha mensal, que atinge R$ 15,8 bilhões. No entanto, qualquer alteração, conforme explicou, passará antes por audiências públicas a serem realizadas a partir do segundo semestre deste ano, atendendo a determinação do Tribunal de Contas da União (TCU).

De acordo com Pimentel, com um redesenho do mecanismo de repasse dos recursos aos bancos em torno da folha de pagamento dos segurados o que se busca é um aumento da participação de instituições financeiras. Ele informou que, desde 2007, cada benefício custa em média R$ 1,07 ao governo. "Quanto mais instituições financeiras estiverem prestando serviços à sociedade, maior é a competitividade, a agilidade no atendimento", justificou.

O ministro observou, ainda, que, para permitir uma redução para algo em torno de meia hora no tempo de atendimento para a concessão dos direitos previdenciários, o governo investiu R$ 280 milhões.

Questionado sobre o descontentamento dos segurados que ganham acima de um salário mínimo terem obtido apenas a correção com base na variação do Índice de Preços ao Consumidor (INPC) , ficando abaixo do reajuste dado a quem recebe apenas o mínimo, Pimentel argumentou que o governo seguiu o que determina a lei e descartou a possibilidade de uma revisão

17:17
Anónimo disse...
Empresas
Caterpillar oferece aposentadoria antecipada a 2 mil


A companhia americana Caterpillar ofereceu a cerca de dois mil funcionários incentivos para que se aposentem de forma voluntária antes do previsto, pela perspectiva de uma queda "significativa" da atividade industrial, informou nesta quarta-feira a empresa.

A iniciativa, destinada aos trabalhadores de diversas fábricas em Illinois, Colorado, Tennessee e Pensilvânia, se soma aos cortes de empregos anunciados em janeiro, explicou em comunicado de imprensa.

A empresa, a maior fabricante mundial de maquinaria pesada para a construção e a mineração, acrescentou que, "em função das condições de negócio, podem ser necessárias mais reduções de elenco voluntárias e involuntárias à medida que o ano avança".

O vice-presidente da companhia, Sid Banwart, explicou que a empresa prevê "demissões significativas em todas as regiões geográficas e na maioria dos setores devido às dificuldades da economia mundial".

17:18
Anónimo disse...
Comércio
Comércio exterior da OCDE caiu no 3º trimestre de 2008


As exportações e as importações dos países da Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Econômico (OCDE) caíram 1,6% e 0,2%, respectivamente, no terceiro trimestre de 2008, em relação aos três meses anteriores.

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Trata-se da primeira queda destas atividades desde o terceiro trimestre de 2006, segundo o último relatório trimestral sobre fluxos comerciais divulgado pela OCDE.

As exportações e as importações em dólares dos 30 Estados-membros caíram 15,6% e 17%, respectivamente, na comparação anualizada.

Por sua vez, o comércio dos sete países mais ricos do mundo (G7) teve um pequeno crescimento no terceiro trimestre de 2008 com uma queda das exportações de mercadorias de 0,2% em relação ao trimestre anterior e um aumento de 0,4% das importações.

Em termos anualizados, as importações do G7 caíram 1,4% entre julho e setembro do ano passado, seu primeiro retrocesso desde o terceiro trimestre de 2006, enquanto as exportações aumentaram 1,9%, seu crescimento mais baixo no mesmo tempo.

Por países, a Alemanha aumentou suas importações em 3,4% - valor mais alto do G7 -, enquanto suas exportações caíram 2,9% do segundo para o terceiro trimestre de 2008.

Pelo contrário, as exportações americanas aumentaram 1,8% entre julho e setembro de 2008, enquanto as importações caíram 0,7% em relação ao trimestre anterior. No Japão, tanto as importações quanto as exportações caíram em torno de 1% no mesmo período.

17:19
Anónimo disse...
Economia Nacional
Lula: juros de crédito consignado a aposentados são altos

Atualizada às 17h29

O presidente Luis Inácio Lula da Silva afirmou nesta terça-feira, em São Paulo, que está lutando para reduzir as taxas de juros cobradas de aposentados em crédito consignado. A Previdência Social estabelece uma taxa máxima de 2,5% para empréstimo e de 3,5% para cartão. Para Lula, os valores são altos.

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"Acho que o juro que os aposentados estão pagando hoje com o crédito consignado é alto para o padrão brasileiro", disse o presidente durante a cerimônia de comemoração dos 86 anos do INSS.

A Previdência anunciou nesta terça-feira que aposentados e trabalhadoras com licença-maternidade poderão receber seus benefícios em 30 minutos. De acordo com Lula, em junho, a aposentadoria do trabalhador rural também será conseguida em meia hora.

Além disso, o presidente anunciou que, também em junho, os trabalhadores que alcançarem o direito à aposentadoria passarão a receber em suas casas um comunicado da Previdência informando o fato e o valor do salário que têm direito a receber. "É um comprometimento público que estou fazendo com os companheiros da Previdência Social", disse.

"Estamos retribuindo ao contribuinte da Previdência Social aquilo que é a cidadania que ele tem direito", afirmou Lula. "Se para cobrar nós somos tão precisos, para devolver o dinheiro, temos que chegar próximo à perfeição", completou.

17:20
Anónimo disse...
Economia Nacional
Salário maternidade sairá em 30 minutos, diz ministro

Toda trabalhadora autônoma que tiver contribuído pelo menos 10 meses com o Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) - ou as que possuírem carteira assinada - poderão receber em 30 minutos o salário maternidade a partir desta terça-feira. Da mesma forma, as mulheres com 30 anos de contribuição e os homens com 35 anos também terão direito ao benefício de forma mais rápida. A informação é do ministro da Previdência Social, José Pimentel.

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Para requerer o salário maternidade, é preciso que as autônomas levem a carteira de identidade e o carnê de contribuição. As demais trabalhadoras devem apresentar a identificação e a carteira de trabalho. Desde o início do mês, a nova forma de análise para a concessão de benefícios foi adotada para a aposentadoria por idade do trabalhador urbano e agora foi estendida para o salário maternidade e por tempo de contribuição.

O ministro disse que a qualificação do serviço da previdência social é o reconhecimento do direito dos trabalhadores e da afirmação da cidadania.

"Até pouco tempo na cabeça do cidadão o serviço devia ser de péssima qualidade. Agora não, nós modificamos toda a legislação no mês de dezembro numa ação conjunta do Congresso Nacional com o governo federal. Estamos implantando e concedendo os benefícios em até 30 minutos", afirmou.

O ministro destacou que para conseguir se aposentar ou ter acesso à licença maternidade em 30 minutos, em primeiro lugar, é necessário que o cidadão esteja vinculado à Previdência, o que inclui 65% da população acima de 16 anos de idade.

"Depois bastar marcar pelo sistema 135 o dia e a hora do atendimento e levar a documentação. Se todos os dados necessários estiverem corretos o contribuinte será atendido em até 30 minutos, como vem sendo feito com as aposentadorias por idade desde o dia cinco de janeiro", explicou.

Pimentel disse ainda que em 90% das agências da previdência social o atendimento é marcado em até 48 horas. Nos grandes centros, entretanto existe um volume maior o que torna mais lento o processo.

"Estamos criando mais 715 agências até 2010, em todo o território nacional, para descentralizar o atendimento. Em 2008, atendemos 295 mil benefícios e aposentadorias por idade. Temos 4 mil pessoas por dia procurando e se aposentando por idade no território nacional. Este serviço será agilizado", concluiu.
17:25
Anónimo disse...
Giuseppe Englaro, pai de Eluana, a italiana que morreu na segunda-feira passada por desidratação, recusou uma grande soma de dinheiro de um conhecido fotógrafo italiano que queria retratar a filha em estado de coma, disse neste sábado o neurologista que atendia a mulher desde 1996, Carlo Defanti.

O neurologista, que participou hoje de uma conferência sobre eutanásia, disse que Englaro respeitou a vontade da filha, que, antes do acidente, tinha pedido que, se lhe ocorresse qualquer coisa irreversível, apresentasse sua imagem de quando estava em boas condições.

Antes de sofrer o acidente de trânsito, em 1992, Eluana viveu o coma de um amigo, Alessandro, o que causou forte impacto na italiana e a levou a fazer o pai prometer que não a deixasse viver em estado vegetativo, disse o próprio Giuseppe Englaro.

Defanti, que dissera que Eluana poderia viver de dez a 12 dias depois da suspensão da alimentação e da hidratação, disse que, como médico, tinha que reprovar esta afirmação.

"Não se pode sobreviver após três ou quatro dias sem líquido e, em particular, água em um corpo. Sabemos bem que, quando há um terremoto, após quatro dias é difícil encontrar sobreviventes".

Defanti ressaltou que Eluana "não falava, não se comunicava com o exterior" e que, após vários exames, "nos deparamos com uma moça que tinha perdido a consciência", porque estava com o córtex cerebral prejudicado.

Eluana foi enterrada na quinta-feira passada no túmulo da família na localidade de Paluzza, em Udine, após um funeral que não contou com a presença dos pais.

16:53
Anónimo disse...
Os bombeiros combatem neste sábado os incêndios na Austrália favorecidos pelo bom tempo, enquanto os deslocados encotram em seu retorno casas derruídas, carros queimados nas ruas e destruição.

Depois de sete dias desde que começaram os incêndios no Estado de Victoria, a lista de mortos chega a 181, os desaparecidos somam 50, os edifícios destruídos totalizam 1,834 mil e o terreno arrasado, principalmente florestas, ocupa uma área de 4,13 mil quilômetros quadrados.

As equipes de bombeiros, formadas por 4 mil profissionais de Victoria, de outras partes da Austrália e de países amigos, combateram hoje 12 focos fora de controle e nenhum representava uma ameaça direta para a população.

O subdiretor do Serviço de Bombeiros, Geoff Conway, disse que este tempo favorável, que se prolongará durante o domingo, permite consolidar as linhas de contenção e avançar na extinção das chamas.

Cinzas apareceram arrastadas por ventos do nordeste sobre Melbourne, onde habitam 3,8 milhões de pessoas, e as autoridades alertaram aos cidadãos do risco para a saúde de idosos, crianças e pessoas com problemas respiratórios.

O número de pessoas deslocadas - a Cruz Vermelha chegou a receber 7 mil - começou a cair com a abertura de algumas localidades atingidas.

Os incêndios, alguns criminosos, começaram em 7 de fevereiro, quando a região sul da Austrália estava há duas semanas sob uma onda de calor sem precedentes.

Na sexta-feira passada, a polícia acusou uma pessoa de ter provocado o incêndio que atingiu a localidade de Churchill e matou 21 pessoas.

16:55
Anónimo disse...
A primeira chuva em seis dias reduziu a ameaça de incêndios no Estado de Victoria, ao sul da Austrália. As autoridades, porém, advertiram que ainda existem 12 focos, mas que nenhum deles ameaça áreas povoadas.

Mais de quatro mil bombeiros, mil provenientes de outras partes do país e de outras nações, trabalham contra o fogo. Cerca de 600 veículos e 28 helicópteros e pequenos aviões estão sendo usados.


Eles conseguiram construir linhas de contenção para evitar os incêndios de Yarra e Maroondah se juntassem. Também foram controlados os incêndios abertos de Yea e Murrindindi, que ameaçavam as comunidades de Connellys Creek, Crystal Creek, Scrubby Creek e Native Dog Creek.

O número de mortos chegou a 181, mas as autoridades acreditam que as vítimas devem passar de 200, já que ainda há muitos desaparecidos.

16:55
Anónimo disse...
Aqui nesta coluna, na semana passada, tive a oportunidade de comentar sobre a recente visita do professor brasileiro Pedrinho Guareschi à Austrália. Não dei, porém, os fatos, pois semana passada o assunto era outro.

Hoje, porém, vamos a eles.

No último dia 4 de fevereiro, aconteceu o Seminário "Paulo Freire: Education and Liberation", organizado pelo centro de estudos latino-americanos da Universidade Nacional da Austrália, ou ANU, como é mais conhecida por aqui.

A ANU, para quem não sabe, está entre as 20 melhores universidades do mundo! E tem sede aqui em Camberra, capital da Austrália.

Na abertura do evento, o professor John Minns, diretor do centro latino-americano, ao dar boas-vindas ao público presente, lembrou ser aquele o primeiro seminário exclusivamente dedicado a Paulo Freire na Austrália.

Em seguida, convidou Pedrinho Guareschi, palestrante principal do Seminário, a fazer sua apresentação.

A plateia pode então conhecer, pelas palavras de Pedrinho, um pouco da obra e da vida de Freire, esse brasileiro de fé e valor, que sempre acreditou na educação, sobretudo dos menos favorecidos, analfabetos, como força libertadora.

Como não podia deixar de ser, os conceitos e ideias revolucionários de Paulo Freire, expostos com clareza por Pedrinho, despertaram o interesse e a curiosidade de plateia. A qual, deve-se notar, era na maioria de estudantes, mas de várias nacionalidades, sobretudo australianos e asiáticos.

Na continuação do programa do seminário, que se estendeu por dois dias, outros professores fizeram palestras sobre temas ligados à obra de Paulo Freire.

Interessante, por exemplo, saber que a professora Anne Hickling-Hudson, jamaicana que mora na Austrália há muitos anos (é professora da ANU), conheceu e trabalhou com Freire num workshop educacional durante a revolução na Ilha de Granada, em 1980, antes da invasão dos Estados Unidos...

Ou, então, a palestra da Professora Gerda Roelvink, da Nova Zelândia, que participou do Fórum Social de Porto Alegre em 2005. E essa participação transformou-se em tema de doutorado.

No dia 10, terça-feira passada, o padre Pedrinho Guareschi voltou a falar ao público australiano em grande auditório localizado no belíssimo campus da ANU. Desta vez, sobre a Teologia da Libertação.

Depois da palestra, John Minns mostrou o filme mexicano "O Crime do Padre Amaro", no qual um dos personagens é um padre católico praticante da Teologia da Libertação.

Mais uma vez, foi grande o intersse da platéia, que pode aprender e conhecer um pouco como se desenvolveu aquele importante movimento católico na América Latina.

Fica, assim, ao Pedrinho, bem como a outros brasileiros estudiosos e de bom coração que saem pelo mundo a divulgar aspectos importantes da cultura brasileira, o respeito e a homenagem desta coluna. E... aquele abraço!

16:57
Anónimo disse...
Amanda Kitts perdeu o braço esquerdo em um acidente de automóvel acontecido três anos atrás, mas hoje em dia ela joga futebol americano com seu filho de 12 anos de idade, troca fraldas e abraça as crianças nas três creches Kiddie Cottage que opera em Knoxville, Tennessee. Kitts, 40 anos, faz tudo isso com a ajuda de um novo tipo de braço artificial que se movimenta com mais facilidade do que outros aparelhos e que ela pode controlar utilizando apenas seus pensamentos.

"Eu sou capaz de mexer a mão, o pulso e o cotovelo ao mesmo tempo", diz. "Você pensa e os músculos se movem em seguida".

A recuperação que ela conseguiu resulta de um novo procedimento que vem atraindo crescente atenção porque permite que pessoas movam braços protéticos de forma mais automática do que faziam no passado, simplesmente utilizando nervos reaproveitados em seus cérebros.

A técnica, conhecida como "renervação muscular dirigida", envolve utilizar os nervos que restam depois da amputação de um braço e conectá-los a outro músculo do corpo, em geral no peito. Eletrodos são instalados sobre os músculos do peito, e operam como se fossem antenas. Quando a pessoa deseja mover o braço, o cérebro envia sinais que primeiro resultam em contração dos músculos do peito, os quais enviam um sinal ao braço protético, instruindo-se a se movimentar. O processo não requer mais esforços consciente do que a pessoa teria de exercitar caso ainda tivesse seu braço natural.

Na terça-feira, pesquisadores reportaram em estudo publicado pela versão online do Journal of the American Medical Association que haviam levado a técnica ainda mais à frente, tornando possível a execução de 10 movimentos de mão, pulso e cotovelo diferentes, o que representa uma substancial melhora com relação ao típico repertório protético, que em geral envolve apenas dobrar o cotovelo, girar o pulso e abrir a mão.

"Os novos métodos tiveram impacto dramático em nosso campo de trabalho", disse Stuart Harshbarger, engenheiro biomédico na Universidade Johns Hopkins e diretor do programa de pesquisa sobre próteses, financiado pelas forças armadas, que inclui o trabalho com essa técnica. "O método já está em uso por médicos e cirurgiões comuns em todo o país. A capacidade de controlar um membro protético bastante robusto que ele confere surpreendeu a todos pela qualidade".

Tipicamente, uma pessoa que tenha um braço protético só é capaz de executar alguns poucos movimentos, e muitas vezes com tamanha lentidão que isso só permite a ela atividades limitadas.

Há um motor separado para cada movimento, diz Gerald Loeb, professor de engenharia biomédica na Universidade do Sul da Califórnia, "e esses motores precisam ser controlados de maneira explícita", usualmente por um esforço consciente da pessoa para contrair músculos nas costas ou no bíceps.

"Essencialmente, até agora os pacientes controlavam apenas um motor de cada vez", diz Loeb, "e precisavam pensar cuidadosamente sobre que motor desejavam controlar e como fazê-lo operar, em lugar de simplesmente pensarem em mover o braço e poderem fazê-lo sem delongas".

Antes que Kitts passasse pelo procedimento de renervação, em outubro de 2007, por exemplo, ela precisava movimentar os músculos de suas costas de determinada maneira para fazer com que seu pulso girasse, e flexionar seu bíceps e tríceps para fazer com que o cotovelo se movesse para cima e para baixo. "Era muito trabalho", ela conta. "E não me ajudava muito".

O procedimento de renervação é parte de uma recente explosão de idéias novas e técnicas inovadoras que estão sendo exploradas enquanto os cientistas se esforçam por ajudar as pessoas a compensar melhor a perda de membros ou problemas de paralisia. O esforço vem sendo alimentado pelo aumento no número de amputações causado por diabetes e por ferimentos sofridos pelos militares, e ao mesmo tempo pelos avanços na tecnologia médica.

Os braços se tornaram um dos focos essenciais desse tipo de trabalho. A ciência há muito vem obtendo sucessos no desenvolvimento de próteses de perna, mas é muito mais difícil imitar a complexidade e a destreza das mãos e dos braços.

Os esforços em curso incluem o desenvolvimento de projetos de pele e braços mais sensíveis e mais flexíveis, e o uso de dispositivos acionados por controles sem fio implantado nos braços protéticos, que permitiriam movimentos mais naturais.

Os pesquisadores também vêm usando sensores implantados nos cérebros de cobaias para permitir que dois macacos controlem um braço mecânico, e um teste com um homem paralítico permitiu, com esse método, que ele movimentasse um cursor em uma tela de computador.

Alguns desses métodos, caso venham a ser aperfeiçoados plenamente e consigam aprovação das autoridades regulatórias da saúde, podem no futuro se tornar mais viáveis para os pacientes de amputações.

E embora a técnica da renervação não requeira aprovação das autoridades regulatórias porque é executada por meios cirúrgicos e emprega aparelhos já existentes, ela apresenta limitações que até mesmo seus criadores reconhecem, entre as quais o fato de que não se pode utilizá-la para todos os pacientes, o seu alto custo e o prazo de meses requerido para que os nervos reconectados cresçam e se tornem efetivos.

Ainda assim, os especialistas dizem que é o mais avançado sistema em uso hoje para pacientes reais que permite que o sistema nervoso controle diretamente o movimento de um braço artificial.

Desde sua introdução por Todd Kuiken, médico fisioterapeuta e engenheiro biomédico do Instituto de Reabilitação de Chicago, o método foi empregado em cerca de 30 pacientes nos Estados Unidos, Canadá e Europa, entre os quais oito soldados feridos no Iraque e no Afeganistão.

Muitos dos pacientes, entre os quais o primeiro, Jesse Sullivan, um operário do setor elétrico no Tennessee que perdeu os dois braços quando foi eletrocutado por um cabo, conseguem não apenas manipular seus braços protéticos mas sentir a presença das mãos que já não têm quando alguém toca em seus peitos.

Sullivan, 62 anos, e Kitts, estavam entre os cinco pacientes que participaram do estudo reportado na terça-feira. Em companhia de cinco outras pessoas que não passaram por amputações, eles receberam os eletrodos e foram instruídos a usar pensamentos para fazer com que um braço virtual na tela reproduzisse 10 movimentos diferentes, entre os quais três formas diferentes de aperto de mão.

Os pacientes apresentaram desempenho bastante respeitável, apenas um pouco mais lento e menos preciso do que os dos participantes que não tinham amputações.

"As velocidades de movimento que encontramos em nossos pacientes foram realmente encorajadoras", disse Kuiken. "Eles conseguiram completar a tarefa. É claro que não foram tão competentes quanto as pessoas dotadas de plena capacidade física, mas foram bons o bastante".

Um braço virtual foi usado porque a maioria das próteses existentes não era capaz de acomodar todos aqueles movimentos, no momento da pesquisa, ainda que Sullivan, Kitts e uma terceira paciente, Claudia Mitchell, tenham experimentado dois novos protótipos mais versáteis de braços artificiais, executando tarefas complexas com bolas de tênis e outros objetos.

O trabalho de renervação em soldados apresenta outros desafios, diz Kuiken, porque os ferimentos militares muitas vezes "causam danos muitos extensos" a nervos, músculos ou ossos.

Daniel Acosta, 25 anos, um aviador ferido pela detonação de uma bomba em uma estrada do Iraque em 2005, passou pelo procedimento no ano passado e diz que seu braço esquerdo protético agora se movimenta "muito mais rápido" e de maneira muito mais natural.

"A diferença é que agora não preciso mais pensar para mover o braço", ele diz. "Ele simplesmente se mexe".

Ainda assim, Acosta, de San Antonio, diz que "o processo foi bastante longo" e que os eletrodos precisam ser ajustados para receber os sinais à medida que os nervos crescem ou mudam de posição.

E embora elogiem o método, os especialistas afirmam que a ciência das próteses de braço ainda tem muito por avançar.

"Trata-se de uma parte crucial, mas ainda assim apenas uma parte, das muitas coisas que compreendem a função normal de um braço", disse Loeb, que escreveu um editorial que acompanha o artigo no Journal of the American Medical Association.

"No momento estamos a meio do caminho entre o braço de 'Dr. Fantástico', que fazia involuntariamente a saudação nazista, e o braço de Luke Skywalker em 'Guerra nas Estrelas', que funciona sem nenhum problema assim que é conectado. Creio que precisaremos ainda de muitos anos para conectar todas as peças necessárias a produzir um braço capaz de funcionar normalmente".

17:04
Anónimo disse...
A Espanha disse neste sábado que está preparando uma reclamação oficial contra a decisão da Venezuela de expulsar um membro do Parlamento Europeu que criticou o conselho eleitoral venezuelano.
Luis Herrero, membro do partido conservador espanhol PP, foi deportado na sexta-feira depois que o Conselho Nacional Eleitoral (CNE) o acusou de questionar a imparcialidade da instituição antes de um referendo que pode permitir ao presidente Hugo Chávez permanecer no cargo indefinidamente.

Herrero estava na Venezuela como observador do referendo. Ele acusou Chávez de ter "comportamentos típicos de um ditador" por pedir a contenção de manifestações da oposição.

O governo da Espanha convocou um encontro com o embaixador da Venezuela em Madri para expressar a desaprovação sobre a expulsão de Herrero, disse um representante do Ministério das Relações Exteriores espanhol.

As relações da Venezuela com a Espanha tiveram seu ponto crítico em 2007, quando Chávez ameaçou rever acordos diplomáticos e comerciais depois de ouvir um "cala a boca" do rei espanhol Juan Carlos durante uma cúpula.

A fenda foi oficialmente reparada em 2008, com uma visita oficial de Chávez à Espanha, onde ele cumprimentou o rei e discutiu acordos para investimento no setor petroquímico com o primeiro-ministro José Luis Rodriguez Zapatero.

17:06
Anónimo disse...
A polícia do Zimbábue anunciou neste sábado que acusa de traição Roy Bennett, dirigente do até agora opositor Movimento para a Mudança Democrática (MDC), detido na sexta-feira, em Harare, poucas horas antes da cerimônia de posse dos membros do novo gabinete.

"A Polícia nos informou que vão apresentar acusações de traição", disse à agência EFE o advogado de defesa de Bennett, Trust Maanda.

"Tentam relacionar Roy com o caso de Mike Hitschmann, que foi detido em 2006 em relação à descoberta de um carregamento de armas, apesar de que Hitschmann não tenha sido declarado culpado das acusações de traição apresentadas contra ele, mas de um crime menor de descumprimento de leis", disse Maanda.

O político opositor, designado por seu partido como vice-ministro de Agricultura no Governo de união nacional, esteve no exílio na vizinha África do Sul desde 2006 e retornou ao Zimbábue há duas semanas.

Segundo a Polícia, que deteve Bennett ontem no aeroporto de Harare quando pretendia ir à África do Sul para visitar sua família, as armas apreendidas em 2006 seriam utilizadas em um golpe de Estado para derrubar o presidente do Zimbábue, Robert Mugabe.

Depois da detenção, Bennet foi levado a Mutar, onde vários simpatizantes do MDC se concentraram em frente à delegacia na qual estava detido, diante do que a Polícia respondeu com tiros para o alto para dispersar os manifestantes.

17:07
Anónimo disse...
Austrália: 14 mil se candidatam a 'emprego dos sonhos'

A secretaria de Turismo de Queensland, na Austrália, informou que até esta segunda-feira já recebeu cerca de 14 mil inscrições para o "o melhor emprego do mundo". O Estado australiano promove pela internet seleção para vaga de "zelador" da ilha Hamilton, por seis meses com um salário de R$ 40 mil.

Muitos candidatos tiveram problemas durante a inscrição por conta dos acessos simultâneos ao site. A secretaria aconselha enviar os vídeos de 60s explicando porque deve ser escolhido em horários alternativos do dia, além de recomendar tamanho em torno de 40MB.

As inscrições começaram em 12 de janeiro e vão até o próximo dia 22 e podem ser feitas pelo site www.islandreefjob.com. O governo australiano escolherá 50 candidatos para a próxima fase da seleção, que terá votos do público para eleger um dos 11 finalistas.

A última fase terá entrevistas e desafios físicos, no próprio local de trabalho: as ilhas da Grande Barreira Coralina - o maior recife de coral do mundo. A secretaria de Turismo anunciará o vencedor no dia 6 de maio.

17:09
Anónimo disse...
Mercado elogia governo na crise, mas pede maior queda no juro

Peter Fussy
Direto de São Paulo

Desde as primeiras medidas anunciadas para combater os efeitos da crise, o governo brasileiro avisou que a estratégia não contemplaria um pacote. Seriam doses pontuais, de acordo com a necessidade da economia diante do agravamento das turbulências. Da primeira liberação dos depósitos compulsórios em setembro até a ampliação do seguro-desemprego na última quarta-feira, o governo passou por redução de impostos, ampliação de crédito e incentivos à exportação. Quase 150 dias após a primeira medida, o Terra conversou com líderes do setor público e privado, representantes dos trabalhadores, acadêmicos e com o próprio governo para saber quais destas ações foram mais eficazes, quais foram mais ineficientes e o que mais pode ser feito pelo Estado brasileiro contra a crise.

Os maiores elogios foram direcionados à atitude de reduzir o Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) para a indústria automobilística, anunciada em dezembro e que fez com que os emplacamentos de carros novos subissem 1,9% no primeiro mês do ano em relação a dezembro de 2008. Já as maiores críticas foram para a lentidão no corte da taxa básica de juro do País.

Para o presidente do conselho administrativo do Grupo Pão de Açúcar, Abílio Diniz, o Estado não é responsável pela crise e mesmo assim está agindo "com extrema serenidade e muito acerto". "O governo está atento, fazendo a sua parte. É preciso coragem de baixar firmemente a taxa de juros. É uma arma que temos a nosso favor, já que não há clima para inflação, nem possibilidade de danos para a macroeconomia", afirmou Diniz.

Na última reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), em janeiro, a taxa Selic foi reduzida em um ponto percentual, de 13,75% para 12,75% ao ano. Porém, o professor de economia da Universidade de Brasília (UnB) José Luiz Oreiro lembra que este corte representa uma redução de apenas 0,25 ponto percentual com relação à taxa de setembro do ano passado, quando a crise se agravou.

"Pouco antes da eclosão da crise, o Banco Central aumentou a taxa em 0,75 ponto. Foram cinco meses de demora para reduzir em termos líquidos apenas 0,25 ponto", afirmou o economista, que também sugeriu redução do intervalo de cerca de 90 dias entre as reuniões do Copom e o corte de pelo menos um 1 ponto percentual em cada reunião.

Mesmo com o corte de janeiro, a taxa de juros real continua sendo a maior do mundo, lembrou o secretário-geral da Força Sindical, João Carlos Gonçalves, o Juruna. "A redução da taxa de juro ainda é pequena, porque ela continua uma das mais altas do mundo. Falta ousadia para baixar os juros e ajudar o cidadão. A permanência da taxa de juro alta é negativa para o País em meio a crise", afirmou Juruna.

Embora aprove as ações do governo, o senador Aloízio Mercadante (PT-SP) também acredita que o patamar da Selic está muito alto. "Sempre fomos os primeiros a entrar em qualquer crise, o que não aconteceu agora. A taxa Selic ainda é muito alta, mas o governo têm tomado medidas acertadas, como o aumento do salário mínimo, mesmo com um cenário de crise. Isso ajuda a movimentar o consumo. O governo está se esforçando para manter os investimentos e o crescimento", disse.

Tributos
De acordo com o economista Fabio Pina, da Fecomercio-SP, as ações mais positivas estão relacionadas à redução de tributos para alguns segmentos, como a indústria automobilística, que recuperou parte da queda nas vendas em janeiro com a isenção do IPI para carros 1.0 l e o corte para demais motorizações. A medida vale até o final de março.

"Essas medidas não só reduziram o preço, mas anteciparam o consumo daqueles que iriam comprar no futuro, dando um prêmio por conta da insegurança. Mexe diretamente com o principal problema que é a confiança do consumidor", afirmou. Juruna destacou que um bom ritmo de vendas é garantia de emprego. "É importante porque cada emprego na montadora significa 19 na cadeia produtiva", comentou o representante da Força Sindical.

Também em dezembro, o governo decidiu cortar pela metade a alíquota do Imposto de Renda para contribuintes que ganham entre R$ 1.434 e R$ 2.150 mensais. "O salário aumentava e a tabela não se modificava. As pessoas ganhavam mais e pagavam mais impostos", apontou Juruna. Outra redução de tributos do governo foi com relação ao Imposto sobre Operações Financeiras (IOF), que caiu de 3% ao ano para 1,5%.

Crédito
Na segunda metade de 2008, o colapso de bancos nos Estados Unidos por conta da crise do subprime provocou uma forte restrição de crédito no mundo inteiro. Uma das primeiras medidas anticrise do governo teve como objetivo restabelecer a oferta, com mudanças no recolhimento dos depósitos compulsórios por parte dos bancos. Segundo o presidente do Banco Central, Henrique Meirelles, as diversas modificações liberaram US$ 99,2 bilhões aos bancos até o final de janeiro.

Além disso, o governo concedeu R$ 36 bilhões das reservas internacionais para empresas brasileiras com dívidas no exterior e uma medida provisória autorizou o Banco do Brasil e a Caixa Econômica Federal a comprar carteiras de crédito de bancos privados. Para o diretor do Departamento de Pesquisas e Estudos Econômicos da Fiesp, Paulo Francini, estas medidas foram essenciais para combater os efeitos da crise.

"A crise se desenvolve no mundo em torno do tema crédito. E o crédito reduziu-se barbaridade no mundo. Então o governo lança mão de compulsório, lança mão de reservas, de medidas que permitem aos bancos comprar carteiras de bancos. Você vai tomando várias medidas para atender às demandas e o epicentro disso é crédito", afirmou.

No entanto, Oreiro, da UnB, adverte que a liberação dos compulsórios seria mais eficiente acompanhada de redução mais agressiva da taxa básica de juro. "Uma parte do crédito voltou, depois da forte retração em outubro e novembro. O que deveria ter sido feito junto à liberação do compulsório era uma redução mais drástica da taxa de juro. Sem isso, os bancos pegam as reservas e acabam comprando títulos públicos", explicou o economista.

Na opinião de Pina, as ações de distribuição de crédito via redução do compulsório e a disposição de capital de giro para empresas foram tomadas sem um cuidado maior na operação e não tiveram muito efeito. "O BNDES tem linhas que ficam paradas quase todo o ano, agora é pior ainda. Existem os recursos, mas as empresas e os bancos estão desconfiados. É preciso fazer com que os bancos tenham interesse em emprestar", afirmou o economista da Fecomercio-SP.

Futuro
Mesmo com todas essas medidas, a crise financeira ainda gera incertezas nos setores produtivos do País. Nos últimos meses, o medo do desemprego fez os consumidores adiarem compras. Por sua vez, a queda nas vendas pode obrigar as indústrias a cortarem a produção e demitir funcionários. Contra isso, empresários sugerem redução de jornada e de salários.

"Isto está previsto em lei. A Fiesp simplesmente manteve conversações com entidades sindicais quanto à aplicação daquilo que já está previsto em lei", afirmou Francini.

Segundo a ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff, uma das medidas que assegura um nível de emprego é a manutenção de investimentos no Programa de Aceleração do Crescimento (PAC). "Estamos esperando que a dificuldade ocorra em janeiro, fevereiro e março. Estamos certos que vamos manter o nível de investimento. É isso que funciona, é isso que significa investimento público. Ele funciona como um colchão. Por isso, nós colocamos R$ 100 bilhões no BNDES e a Petrobras ampliou o seu investimento em R$ 120 bilhões", afirmou.

Na mesma linha, Pina explica que a antecipação de gastos do governo substitui parte da demanda retraída do setor privado. "Ele dá o seguinte recado: não vou estourar as contas públicas, mas concentrar em um momento em que a demanda privada está pequena. Mas o governo não tem fôlego suficiente para fazer o papel de toda demanda", ressaltou. O economista da Fecomercio lembrou que a entidade já pleiteou junto ao governo isenções para transferência de imóveis e de automóveis, além de retirar o IPVA para veículos novos.

Já Oreiro foca suas propostas na capitalização do Banco do Brasil e da Caixa Econômica Federal pelo Tesouro para atender a demanda de crédito para capital de giro e reduzir o spread. "Aumentando o empréstimo e reduzindo as taxas, os dois vão forçar os bancos privados a acompanhar o movimento, até para não perderem participação no mercado", explicou o economista da UnB.

Até o Carnaval, o governou prometeu detalhar um pacote de incentivos para a construção de até um milhão de casas populares, direcionado a famílias com renda de até dez salários mínimos. "Estamos atentos a tudo o que está acontecendo e novas medidas serão tomadas caso haja uma avaliação de que sejam necessárias", disse o ministro da Fazenda, Guido Mantega, na última sexta-feira.

17:11
Anónimo disse...
Ex-ministro critica extensão do seguro-desemprego

Atualizada às 09h03

O ex-ministro do Trabalho Almir Pazzianotto criticou a decisão do governo federal de conceder o seguro-desemprego estendido a apenas alguns setores. "É certamente odioso e provavelmente inconstitucional", disse Pazzianotto, de acordo com o jornal O Estado de S. Paulo.

Na última qurta, dia do anúncio da medida, centrais sindicais elogiaram a atitude do governo. A Força Sindical divulgou nota dizendo que "o aumento ajudará a aquecer parte da economia, já que irá gerar mais consumo, produção e conseqüentemente, a criação de novos postos de trabalho". A União Geral dos Trabalhadores (UGT) afirmou que a medida "contribuirá para minimizar o drama dos trabalhadores que perderem seu emprego por conta da crise".

O ex-ministro, que instituiu o seguro-desemprego no País no governo de José Sarney, destacou a necessidade de as centrais sindicais se manifestarem contra a determinação. Para ele, as mudanças devem ser aplicadas a todas as categorias profissionais e a distinção é contrária ao artigo 3º da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT).

Pazzianotto atribui a medida a um possível temor do governo de que a crise econômica seja longa e não haja dinheiro para atender a todas as necessidades. Ainda assim, ele se mostra contrário ao método de concessão. "O seguro-desemprego ajuda a sanar necessidades básicas. Estendê-lo é paliativo, não a solução", disse ao jornal.

De acordo com o presidente do Conselho Deliberativo do Fundo de Amparo ao Trabalhador (Codefat) e conselheiro da Força Sindical, Luiz Fernando Emediato, a determinação já estava prevista na lei 8.900/94, que trata do seguro-desemprego.

O presidente da Comissão de Trabalho da Câmara, Pedro Fernandes (PTB-MA) vai além na crítica à concessão do seguro para apenas alguns setores. Ele acredita que a ampliação do benefício estimula o desemprego.

Quintino Severo, secretário geral da Central Única dos Trabalhadores (CUT), lembra que a ampliação do benefício sem critério e identificação pode incentivar demissões em outros setores.

17:13
Anónimo disse...
Empresas
TAM faz promoção para destinos internacionais

A companhia aérea TAM anunciou nesta sexta-feira tarifas promocionais para trechos internacionais. Os preços valem para bilhetes comprados entre 6h deste sábado e 23h59 deste domingo e são válidos para classe econômica. As tarifas, para ida e volta, serão vendidas a partir de US$ 99, mais taxas.

Segundo a aérea, a promoção vale para viagens feitas no período de 14 de fevereiro a 18 de junho de 2009. Para destinos na América do Sul, a permanência mínima é de dois dias; para bilhetes com destino nos Estados Unidos, cinco dias; e Europa, sete dias. A permanência máxima para as passagens para América do Sul e EUA é de dois meses e para Europa, três meses.

Entre os exemplos de tarifas promocionais, a TAM oferece São Paulo-Lima por US$ 99. Bilhetes para a rota São Paulo-Santiago serão vendidos a partir de US$ 199 e São Paulo-Nova York, US$ 799.

A emissão dos bilhetes deve ser feita obrigatoriamente no ato da reserva, obedecendo às regras estipuladas pela companhia. A compra está sujeita à disponibilidade de assentos nas classes tarifárias determinadas, trechos, horários e datas. A TAM afirmou que também há tarifas promocionais para a classe executiva.

Mais informações podem ser encontradas no site promocional (www.ofertastam.com.br), no site da empresa (www.tam.com.br) ou pelos telefones 4002-5700 ou 0800 5705700.

17:13
Anónimo disse...
Empresas
Consultoria negocia compra do parque temático Hopi Hari

A consultoria especializada em reestruturação de empresas Íntegra Associados informou nesta sexta-feira ter um acordo para comprar o parque de diversões Hopi Hari, localizado no interior de São Paulo. A empresa estaria disposta a investir R$ 10 milhões no parque, que tem dívida estimada em R$ 800 milhões. As informações são da edição deste sábado do jornal Folha de S. Paulo.

De acordo com o jornal, a transação ainda depende da negociação entre o Hopi Hari e seus credores, o que já estaria em andamento.

A consultoria paulista já atuou junto à Parmalat, durante 30 meses, quando reorganizou a gestão da empresa italiana.

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17:14
Anónimo disse...
Empresas
Disney de Tóquio contratará mais 2 mil apesar da crise


A Oriental Land, o operador da Disneylândia Tóquio e DisneySea, organizou neste domingo entrevistas para contratar cerca de 2 mil trabalhadores em tempo parcial, em um momento de grandes demissões deste tipo de empregados no Japão.

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O operador deste parque temático, situado em Urayasu, na província de Chiba (leste de Tóquio), está em pleno processo de seleção de empregados para 20 tipos de postos trabalhistas diferentes.

Segundo a companhia, citada pela agência local de notícias Kyodo, o parque contratará novos trabalhadores para as atrações, para os restaurantes e guardas de segurança entre outros. Os novos contratados começarão a trabalhar a partir de fevereiro.

O processo de seleção acontece em um momento em que a maioria das grandes companhias japonesas começaram a se ver obrigadas a despedir uma elevada percentagem de seus trabalhadores temporários e a tempo parcial.

Algumas inclusive anunciaram demissões de seus trabalhadores fixos, uma medida muito pouco comum nas companhias japonesas, perante os efeitos piores que o esperado pela crise econômica global.

Cerca de uma centena de pessoas esperavam desde a primeira hora desta manhã a abertura do centro de conferências Tokyo International Forum, onde as entrevistas estão sendo feitas, para ser os primeiros a solicitar os postos de trabalho.


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17:15
Anónimo disse...
Economia Internacional
Senado dos EUA aprova plano de estímulo à economia

O Senado dos Estados Unidos aprovou com 60 votos a favor e 38 contra o plano de estímulo à economia de US$ 787 bilhões na madrugada deste sábado. Agora, ele segue para sanção ou veto do presidente Barack Obama, que espera colocar a lei em prática até o dia 16 de fevereiro.

O plano prevê a criação de três milhões de empregos, inclui cortes de impostos às famílias, fundos para programas sociais e obras públicas, além de ajuda aos governos estaduais, estudantes e desempregados.

A cláusula Buy American - que exige o uso de ferro, aço e produtos manufaturados dos Estados Unidos em obras realizadas com recursos do pacote - ficou de lado. Segundo o texto definitivo, a cláusula será aplicada sem violar as normas do comércio internacional.

Ontem à tarde, a Câmara de Representantes (deputados) havia aprovado, por 246 votos a favor e 183 contra, a versão final do plano. Todos os republicanos foram contrários ao pacote.

Pelo acordo de quarta-feira entre Câmara e Senado, em vez de custar US$ 819 bilhões, como queriam os deputados, ou US$ 838 bilhões como pretendiam os senadores, o pacote ficou em cerca de US$ 787 bilhões, com 65% desse total destinado a gastos do governo federal e 35%, a créditos tributários.

17:16
Anónimo disse...
Economia nacional
Na era Lula, aposentadoria sobe 54% menos que salário mínimo

Thatiane Faria
Especial para o Terra
Direto de São Paulo

Os índices de reajustes concedidos pelo governo em 2009 para aposentados e pensionistas e para o salário mínimo repetiram uma diferença que, só durante o governo de Luiz Inácio Lula da Silva, já chega a 54%. Enquanto o mínimo foi majorado em 12% este ano, as pensões e aposentadorias tiveram aumento de 5,92%. Aposentados que têm o benefício do governo como única fonte de renda reclamam que perdem poder de compra e que sua cesta de compras é composta por itens que aumentam mais em relação à inflação oficial.

Um exemplo prático pode ser entendido a partir da comparação entre um aposentado que ganhava R$ 600 em janeiro de 2003. Na época, o benefício era três vezes, ou 200%, maior que o valor do mínimo em vigência, que era de R$ 200. Aplicando-se os índices de reajuste para aposentadorias e para o mínimo durante os últimos seis anos, o mesmo aposentado estaria recebendo hoje R$ 938,47, comparado a um salário mínimo de R$ 465. A diferença entre os dois valores caiu para pouco mais de 100%.

Enquanto o índice acumulado de reajuste para a aposentadoria durante o governo Lula foi de 60%, para o salário mínimo está em 132%.

O diretor do Sindicato Nacional dos Aposentados, João Inocentini, reclama que os valores dos benefícios para aposentadorias não mantêm o poder de compra do grupo, principalmente dos aposentados que recebem menos que dez salários mínimos.

Nem mesmo o fato de o índice de reajuste das aposentadorias ter ficado acima da inflação acumulada no mesmo período (o IPCA entre janeiro de 2003 e janeiro de 2009 foi de 39,7%) serve de argumento, segundo os aposentados.

"Os idosos, principalmente, têm gastos além das contas gerais como gás, telefone e aluguel. Para eles o custo com remédios, e outros itens da área saúde costuma ser maior", afirmou Inocentini.

O presidente do sindicato afirmou que o grupo realiza um estudo com 100 itens de necessidade de um idoso para comparar o aumento dos produtos com o índice de reajuste do benefício recebido pelos aposentados.

"Daqui dois meses vamos abrir um processo na Justiça e levar essa pesquisa como prova. Segundo a lei, o governo é obrigado a manter o poder de compra com a aposentadoria", disse Inocentini.

Alternativas
O consultor financeiro Cláudio Boriola diz que os aposentados, especialmente nesse momento de crise econômica, devem evitar compras parceladas, pesquisar preços, negociar e fazer bom planejamento financeiro.

Segundo Boriola, alguns aposentados ganham um valor mensal muitas vezes insuficiente para o pagamento das contas e acabam pedindo crédito ou realizando pagamentos a prazo e são obrigados a pagar juros altos.

Na opinião do consultor, pagar uma previdência privada é uma alternativa indicada para quem ainda trabalha, considerando a característica de perda de poder de compra da aposentadoria.

"Na prática, infelizmente os valores encontram-se em um patamar que está deteriorando o poder de aquisição da população brasileira", completou Boriola.

De acordo com o diretor da Confederação Brasileira de Aposentados e Pensionistas (Cobap), Vicente Fernandes Barbosa, representantes dos aposentados tentarão um encontro com o presidente da Câmara, deputado Michel Temer (PMDB-SP), para discutir projetos que minimizem a perda dos aposentados

17:17
Anónimo disse...
Previdência
Previdência prorroga isenção de tarifas no benefício

O atual sistema de pagamento aos 26 milhões de aposentados e pensionistas do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) será mantido até o final deste ano. O acordo, que permite realizar a operação sem nenhum custo aos beneficiários, foi renovado nesta sexta-feira, entre o governo federal e 21 instituições financeiras.

Por meio desse acordo, vigente desde setembro de 2007, nem os segurados, nem os bancos e nem o governo arcam com o pagamento de tarifas, conforme explicou o ministro da Previdência Social, José Pimentel. A prorrogação vale até dezembro, data máxima para que a Previdência defina as regras para um novo contrato.

Ao assinar o termo de renovação, na sede da Federação Brasileira dos Bancos (Febraban), o ministro disse que a intenção do governo é mudar o atual modelo de gestão visando a reduzir os custos dessas operações em torno da folha mensal, que atinge R$ 15,8 bilhões. No entanto, qualquer alteração, conforme explicou, passará antes por audiências públicas a serem realizadas a partir do segundo semestre deste ano, atendendo a determinação do Tribunal de Contas da União (TCU).

De acordo com Pimentel, com um redesenho do mecanismo de repasse dos recursos aos bancos em torno da folha de pagamento dos segurados o que se busca é um aumento da participação de instituições financeiras. Ele informou que, desde 2007, cada benefício custa em média R$ 1,07 ao governo. "Quanto mais instituições financeiras estiverem prestando serviços à sociedade, maior é a competitividade, a agilidade no atendimento", justificou.

O ministro observou, ainda, que, para permitir uma redução para algo em torno de meia hora no tempo de atendimento para a concessão dos direitos previdenciários, o governo investiu R$ 280 milhões.

Questionado sobre o descontentamento dos segurados que ganham acima de um salário mínimo terem obtido apenas a correção com base na variação do Índice de Preços ao Consumidor (INPC) , ficando abaixo do reajuste dado a quem recebe apenas o mínimo, Pimentel argumentou que o governo seguiu o que determina a lei e descartou a possibilidade de uma revisão

17:17
Anónimo disse...
Empresas
Caterpillar oferece aposentadoria antecipada a 2 mil


A companhia americana Caterpillar ofereceu a cerca de dois mil funcionários incentivos para que se aposentem de forma voluntária antes do previsto, pela perspectiva de uma queda "significativa" da atividade industrial, informou nesta quarta-feira a empresa.

A iniciativa, destinada aos trabalhadores de diversas fábricas em Illinois, Colorado, Tennessee e Pensilvânia, se soma aos cortes de empregos anunciados em janeiro, explicou em comunicado de imprensa.

A empresa, a maior fabricante mundial de maquinaria pesada para a construção e a mineração, acrescentou que, "em função das condições de negócio, podem ser necessárias mais reduções de elenco voluntárias e involuntárias à medida que o ano avança".

O vice-presidente da companhia, Sid Banwart, explicou que a empresa prevê "demissões significativas em todas as regiões geográficas e na maioria dos setores devido às dificuldades da economia mundial".

17:18
Anónimo disse...
Comércio
Comércio exterior da OCDE caiu no 3º trimestre de 2008


As exportações e as importações dos países da Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Econômico (OCDE) caíram 1,6% e 0,2%, respectivamente, no terceiro trimestre de 2008, em relação aos três meses anteriores.

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Trata-se da primeira queda destas atividades desde o terceiro trimestre de 2006, segundo o último relatório trimestral sobre fluxos comerciais divulgado pela OCDE.

As exportações e as importações em dólares dos 30 Estados-membros caíram 15,6% e 17%, respectivamente, na comparação anualizada.

Por sua vez, o comércio dos sete países mais ricos do mundo (G7) teve um pequeno crescimento no terceiro trimestre de 2008 com uma queda das exportações de mercadorias de 0,2% em relação ao trimestre anterior e um aumento de 0,4% das importações.

Em termos anualizados, as importações do G7 caíram 1,4% entre julho e setembro do ano passado, seu primeiro retrocesso desde o terceiro trimestre de 2006, enquanto as exportações aumentaram 1,9%, seu crescimento mais baixo no mesmo tempo.

Por países, a Alemanha aumentou suas importações em 3,4% - valor mais alto do G7 -, enquanto suas exportações caíram 2,9% do segundo para o terceiro trimestre de 2008.

Pelo contrário, as exportações americanas aumentaram 1,8% entre julho e setembro de 2008, enquanto as importações caíram 0,7% em relação ao trimestre anterior. No Japão, tanto as importações quanto as exportações caíram em torno de 1% no mesmo período.

17:19
Anónimo disse...
Economia Nacional
Lula: juros de crédito consignado a aposentados são altos

Atualizada às 17h29

O presidente Luis Inácio Lula da Silva afirmou nesta terça-feira, em São Paulo, que está lutando para reduzir as taxas de juros cobradas de aposentados em crédito consignado. A Previdência Social estabelece uma taxa máxima de 2,5% para empréstimo e de 3,5% para cartão. Para Lula, os valores são altos.

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"Acho que o juro que os aposentados estão pagando hoje com o crédito consignado é alto para o padrão brasileiro", disse o presidente durante a cerimônia de comemoração dos 86 anos do INSS.

A Previdência anunciou nesta terça-feira que aposentados e trabalhadoras com licença-maternidade poderão receber seus benefícios em 30 minutos. De acordo com Lula, em junho, a aposentadoria do trabalhador rural também será conseguida em meia hora.

Além disso, o presidente anunciou que, também em junho, os trabalhadores que alcançarem o direito à aposentadoria passarão a receber em suas casas um comunicado da Previdência informando o fato e o valor do salário que têm direito a receber. "É um comprometimento público que estou fazendo com os companheiros da Previdência Social", disse.

"Estamos retribuindo ao contribuinte da Previdência Social aquilo que é a cidadania que ele tem direito", afirmou Lula. "Se para cobrar nós somos tão precisos, para devolver o dinheiro, temos que chegar próximo à perfeição", completou.

17:20
Anónimo disse...
Economia Nacional
Salário maternidade sairá em 30 minutos, diz ministro

Toda trabalhadora autônoma que tiver contribuído pelo menos 10 meses com o Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) - ou as que possuírem carteira assinada - poderão receber em 30 minutos o salário maternidade a partir desta terça-feira. Da mesma forma, as mulheres com 30 anos de contribuição e os homens com 35 anos também terão direito ao benefício de forma mais rápida. A informação é do ministro da Previdência Social, José Pimentel.

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Para requerer o salário maternidade, é preciso que as autônomas levem a carteira de identidade e o carnê de contribuição. As demais trabalhadoras devem apresentar a identificação e a carteira de trabalho. Desde o início do mês, a nova forma de análise para a concessão de benefícios foi adotada para a aposentadoria por idade do trabalhador urbano e agora foi estendida para o salário maternidade e por tempo de contribuição.

O ministro disse que a qualificação do serviço da previdência social é o reconhecimento do direito dos trabalhadores e da afirmação da cidadania.

"Até pouco tempo na cabeça do cidadão o serviço devia ser de péssima qualidade. Agora não, nós modificamos toda a legislação no mês de dezembro numa ação conjunta do Congresso Nacional com o governo federal. Estamos implantando e concedendo os benefícios em até 30 minutos", afirmou.

O ministro destacou que para conseguir se aposentar ou ter acesso à licença maternidade em 30 minutos, em primeiro lugar, é necessário que o cidadão esteja vinculado à Previdência, o que inclui 65% da população acima de 16 anos de idade.

"Depois bastar marcar pelo sistema 135 o dia e a hora do atendimento e levar a documentação. Se todos os dados necessários estiverem corretos o contribuinte será atendido em até 30 minutos, como vem sendo feito com as aposentadorias por idade desde o dia cinco de janeiro", explicou.

Pimentel disse ainda que em 90% das agências da previdência social o atendimento é marcado em até 48 horas. Nos grandes centros, entretanto existe um volume maior o que torna mais lento o processo.

"Estamos criando mais 715 agências até 2010, em todo o território nacional, para descentralizar o atendimento. Em 2008, atendemos 295 mil benefícios e aposentadorias por idade. Temos 4 mil pessoas por dia procurando e se aposentando por idade no território nacional. Este serviço será agilizado", concluiu.
17:26
Anónimo disse...
Giuseppe Englaro, pai de Eluana, a italiana que morreu na segunda-feira passada por desidratação, recusou uma grande soma de dinheiro de um conhecido fotógrafo italiano que queria retratar a filha em estado de coma, disse neste sábado o neurologista que atendia a mulher desde 1996, Carlo Defanti.

O neurologista, que participou hoje de uma conferência sobre eutanásia, disse que Englaro respeitou a vontade da filha, que, antes do acidente, tinha pedido que, se lhe ocorresse qualquer coisa irreversível, apresentasse sua imagem de quando estava em boas condições.

Antes de sofrer o acidente de trânsito, em 1992, Eluana viveu o coma de um amigo, Alessandro, o que causou forte impacto na italiana e a levou a fazer o pai prometer que não a deixasse viver em estado vegetativo, disse o próprio Giuseppe Englaro.

Defanti, que dissera que Eluana poderia viver de dez a 12 dias depois da suspensão da alimentação e da hidratação, disse que, como médico, tinha que reprovar esta afirmação.

"Não se pode sobreviver após três ou quatro dias sem líquido e, em particular, água em um corpo. Sabemos bem que, quando há um terremoto, após quatro dias é difícil encontrar sobreviventes".

Defanti ressaltou que Eluana "não falava, não se comunicava com o exterior" e que, após vários exames, "nos deparamos com uma moça que tinha perdido a consciência", porque estava com o córtex cerebral prejudicado.

Eluana foi enterrada na quinta-feira passada no túmulo da família na localidade de Paluzza, em Udine, após um funeral que não contou com a presença dos pais.

16:53
Anónimo disse...
Os bombeiros combatem neste sábado os incêndios na Austrália favorecidos pelo bom tempo, enquanto os deslocados encotram em seu retorno casas derruídas, carros queimados nas ruas e destruição.

Depois de sete dias desde que começaram os incêndios no Estado de Victoria, a lista de mortos chega a 181, os desaparecidos somam 50, os edifícios destruídos totalizam 1,834 mil e o terreno arrasado, principalmente florestas, ocupa uma área de 4,13 mil quilômetros quadrados.

As equipes de bombeiros, formadas por 4 mil profissionais de Victoria, de outras partes da Austrália e de países amigos, combateram hoje 12 focos fora de controle e nenhum representava uma ameaça direta para a população.

O subdiretor do Serviço de Bombeiros, Geoff Conway, disse que este tempo favorável, que se prolongará durante o domingo, permite consolidar as linhas de contenção e avançar na extinção das chamas.

Cinzas apareceram arrastadas por ventos do nordeste sobre Melbourne, onde habitam 3,8 milhões de pessoas, e as autoridades alertaram aos cidadãos do risco para a saúde de idosos, crianças e pessoas com problemas respiratórios.

O número de pessoas deslocadas - a Cruz Vermelha chegou a receber 7 mil - começou a cair com a abertura de algumas localidades atingidas.

Os incêndios, alguns criminosos, começaram em 7 de fevereiro, quando a região sul da Austrália estava há duas semanas sob uma onda de calor sem precedentes.

Na sexta-feira passada, a polícia acusou uma pessoa de ter provocado o incêndio que atingiu a localidade de Churchill e matou 21 pessoas.

16:55
Anónimo disse...
A primeira chuva em seis dias reduziu a ameaça de incêndios no Estado de Victoria, ao sul da Austrália. As autoridades, porém, advertiram que ainda existem 12 focos, mas que nenhum deles ameaça áreas povoadas.

Mais de quatro mil bombeiros, mil provenientes de outras partes do país e de outras nações, trabalham contra o fogo. Cerca de 600 veículos e 28 helicópteros e pequenos aviões estão sendo usados.


Eles conseguiram construir linhas de contenção para evitar os incêndios de Yarra e Maroondah se juntassem. Também foram controlados os incêndios abertos de Yea e Murrindindi, que ameaçavam as comunidades de Connellys Creek, Crystal Creek, Scrubby Creek e Native Dog Creek.

O número de mortos chegou a 181, mas as autoridades acreditam que as vítimas devem passar de 200, já que ainda há muitos desaparecidos.

16:55
Anónimo disse...
Aqui nesta coluna, na semana passada, tive a oportunidade de comentar sobre a recente visita do professor brasileiro Pedrinho Guareschi à Austrália. Não dei, porém, os fatos, pois semana passada o assunto era outro.

Hoje, porém, vamos a eles.

No último dia 4 de fevereiro, aconteceu o Seminário "Paulo Freire: Education and Liberation", organizado pelo centro de estudos latino-americanos da Universidade Nacional da Austrália, ou ANU, como é mais conhecida por aqui.

A ANU, para quem não sabe, está entre as 20 melhores universidades do mundo! E tem sede aqui em Camberra, capital da Austrália.

Na abertura do evento, o professor John Minns, diretor do centro latino-americano, ao dar boas-vindas ao público presente, lembrou ser aquele o primeiro seminário exclusivamente dedicado a Paulo Freire na Austrália.

Em seguida, convidou Pedrinho Guareschi, palestrante principal do Seminário, a fazer sua apresentação.

A plateia pode então conhecer, pelas palavras de Pedrinho, um pouco da obra e da vida de Freire, esse brasileiro de fé e valor, que sempre acreditou na educação, sobretudo dos menos favorecidos, analfabetos, como força libertadora.

Como não podia deixar de ser, os conceitos e ideias revolucionários de Paulo Freire, expostos com clareza por Pedrinho, despertaram o interesse e a curiosidade de plateia. A qual, deve-se notar, era na maioria de estudantes, mas de várias nacionalidades, sobretudo australianos e asiáticos.

Na continuação do programa do seminário, que se estendeu por dois dias, outros professores fizeram palestras sobre temas ligados à obra de Paulo Freire.

Interessante, por exemplo, saber que a professora Anne Hickling-Hudson, jamaicana que mora na Austrália há muitos anos (é professora da ANU), conheceu e trabalhou com Freire num workshop educacional durante a revolução na Ilha de Granada, em 1980, antes da invasão dos Estados Unidos...

Ou, então, a palestra da Professora Gerda Roelvink, da Nova Zelândia, que participou do Fórum Social de Porto Alegre em 2005. E essa participação transformou-se em tema de doutorado.

No dia 10, terça-feira passada, o padre Pedrinho Guareschi voltou a falar ao público australiano em grande auditório localizado no belíssimo campus da ANU. Desta vez, sobre a Teologia da Libertação.

Depois da palestra, John Minns mostrou o filme mexicano "O Crime do Padre Amaro", no qual um dos personagens é um padre católico praticante da Teologia da Libertação.

Mais uma vez, foi grande o intersse da platéia, que pode aprender e conhecer um pouco como se desenvolveu aquele importante movimento católico na América Latina.

Fica, assim, ao Pedrinho, bem como a outros brasileiros estudiosos e de bom coração que saem pelo mundo a divulgar aspectos importantes da cultura brasileira, o respeito e a homenagem desta coluna. E... aquele abraço!

16:57
Anónimo disse...
Amanda Kitts perdeu o braço esquerdo em um acidente de automóvel acontecido três anos atrás, mas hoje em dia ela joga futebol americano com seu filho de 12 anos de idade, troca fraldas e abraça as crianças nas três creches Kiddie Cottage que opera em Knoxville, Tennessee. Kitts, 40 anos, faz tudo isso com a ajuda de um novo tipo de braço artificial que se movimenta com mais facilidade do que outros aparelhos e que ela pode controlar utilizando apenas seus pensamentos.

"Eu sou capaz de mexer a mão, o pulso e o cotovelo ao mesmo tempo", diz. "Você pensa e os músculos se movem em seguida".

A recuperação que ela conseguiu resulta de um novo procedimento que vem atraindo crescente atenção porque permite que pessoas movam braços protéticos de forma mais automática do que faziam no passado, simplesmente utilizando nervos reaproveitados em seus cérebros.

A técnica, conhecida como "renervação muscular dirigida", envolve utilizar os nervos que restam depois da amputação de um braço e conectá-los a outro músculo do corpo, em geral no peito. Eletrodos são instalados sobre os músculos do peito, e operam como se fossem antenas. Quando a pessoa deseja mover o braço, o cérebro envia sinais que primeiro resultam em contração dos músculos do peito, os quais enviam um sinal ao braço protético, instruindo-se a se movimentar. O processo não requer mais esforços consciente do que a pessoa teria de exercitar caso ainda tivesse seu braço natural.

Na terça-feira, pesquisadores reportaram em estudo publicado pela versão online do Journal of the American Medical Association que haviam levado a técnica ainda mais à frente, tornando possível a execução de 10 movimentos de mão, pulso e cotovelo diferentes, o que representa uma substancial melhora com relação ao típico repertório protético, que em geral envolve apenas dobrar o cotovelo, girar o pulso e abrir a mão.

"Os novos métodos tiveram impacto dramático em nosso campo de trabalho", disse Stuart Harshbarger, engenheiro biomédico na Universidade Johns Hopkins e diretor do programa de pesquisa sobre próteses, financiado pelas forças armadas, que inclui o trabalho com essa técnica. "O método já está em uso por médicos e cirurgiões comuns em todo o país. A capacidade de controlar um membro protético bastante robusto que ele confere surpreendeu a todos pela qualidade".

Tipicamente, uma pessoa que tenha um braço protético só é capaz de executar alguns poucos movimentos, e muitas vezes com tamanha lentidão que isso só permite a ela atividades limitadas.

Há um motor separado para cada movimento, diz Gerald Loeb, professor de engenharia biomédica na Universidade do Sul da Califórnia, "e esses motores precisam ser controlados de maneira explícita", usualmente por um esforço consciente da pessoa para contrair músculos nas costas ou no bíceps.

"Essencialmente, até agora os pacientes controlavam apenas um motor de cada vez", diz Loeb, "e precisavam pensar cuidadosamente sobre que motor desejavam controlar e como fazê-lo operar, em lugar de simplesmente pensarem em mover o braço e poderem fazê-lo sem delongas".

Antes que Kitts passasse pelo procedimento de renervação, em outubro de 2007, por exemplo, ela precisava movimentar os músculos de suas costas de determinada maneira para fazer com que seu pulso girasse, e flexionar seu bíceps e tríceps para fazer com que o cotovelo se movesse para cima e para baixo. "Era muito trabalho", ela conta. "E não me ajudava muito".

O procedimento de renervação é parte de uma recente explosão de idéias novas e técnicas inovadoras que estão sendo exploradas enquanto os cientistas se esforçam por ajudar as pessoas a compensar melhor a perda de membros ou problemas de paralisia. O esforço vem sendo alimentado pelo aumento no número de amputações causado por diabetes e por ferimentos sofridos pelos militares, e ao mesmo tempo pelos avanços na tecnologia médica.

Os braços se tornaram um dos focos essenciais desse tipo de trabalho. A ciência há muito vem obtendo sucessos no desenvolvimento de próteses de perna, mas é muito mais difícil imitar a complexidade e a destreza das mãos e dos braços.

Os esforços em curso incluem o desenvolvimento de projetos de pele e braços mais sensíveis e mais flexíveis, e o uso de dispositivos acionados por controles sem fio implantado nos braços protéticos, que permitiriam movimentos mais naturais.

Os pesquisadores também vêm usando sensores implantados nos cérebros de cobaias para permitir que dois macacos controlem um braço mecânico, e um teste com um homem paralítico permitiu, com esse método, que ele movimentasse um cursor em uma tela de computador.

Alguns desses métodos, caso venham a ser aperfeiçoados plenamente e consigam aprovação das autoridades regulatórias da saúde, podem no futuro se tornar mais viáveis para os pacientes de amputações.

E embora a técnica da renervação não requeira aprovação das autoridades regulatórias porque é executada por meios cirúrgicos e emprega aparelhos já existentes, ela apresenta limitações que até mesmo seus criadores reconhecem, entre as quais o fato de que não se pode utilizá-la para todos os pacientes, o seu alto custo e o prazo de meses requerido para que os nervos reconectados cresçam e se tornem efetivos.

Ainda assim, os especialistas dizem que é o mais avançado sistema em uso hoje para pacientes reais que permite que o sistema nervoso controle diretamente o movimento de um braço artificial.

Desde sua introdução por Todd Kuiken, médico fisioterapeuta e engenheiro biomédico do Instituto de Reabilitação de Chicago, o método foi empregado em cerca de 30 pacientes nos Estados Unidos, Canadá e Europa, entre os quais oito soldados feridos no Iraque e no Afeganistão.

Muitos dos pacientes, entre os quais o primeiro, Jesse Sullivan, um operário do setor elétrico no Tennessee que perdeu os dois braços quando foi eletrocutado por um cabo, conseguem não apenas manipular seus braços protéticos mas sentir a presença das mãos que já não têm quando alguém toca em seus peitos.

Sullivan, 62 anos, e Kitts, estavam entre os cinco pacientes que participaram do estudo reportado na terça-feira. Em companhia de cinco outras pessoas que não passaram por amputações, eles receberam os eletrodos e foram instruídos a usar pensamentos para fazer com que um braço virtual na tela reproduzisse 10 movimentos diferentes, entre os quais três formas diferentes de aperto de mão.

Os pacientes apresentaram desempenho bastante respeitável, apenas um pouco mais lento e menos preciso do que os dos participantes que não tinham amputações.

"As velocidades de movimento que encontramos em nossos pacientes foram realmente encorajadoras", disse Kuiken. "Eles conseguiram completar a tarefa. É claro que não foram tão competentes quanto as pessoas dotadas de plena capacidade física, mas foram bons o bastante".

Um braço virtual foi usado porque a maioria das próteses existentes não era capaz de acomodar todos aqueles movimentos, no momento da pesquisa, ainda que Sullivan, Kitts e uma terceira paciente, Claudia Mitchell, tenham experimentado dois novos protótipos mais versáteis de braços artificiais, executando tarefas complexas com bolas de tênis e outros objetos.

O trabalho de renervação em soldados apresenta outros desafios, diz Kuiken, porque os ferimentos militares muitas vezes "causam danos muitos extensos" a nervos, músculos ou ossos.

Daniel Acosta, 25 anos, um aviador ferido pela detonação de uma bomba em uma estrada do Iraque em 2005, passou pelo procedimento no ano passado e diz que seu braço esquerdo protético agora se movimenta "muito mais rápido" e de maneira muito mais natural.

"A diferença é que agora não preciso mais pensar para mover o braço", ele diz. "Ele simplesmente se mexe".

Ainda assim, Acosta, de San Antonio, diz que "o processo foi bastante longo" e que os eletrodos precisam ser ajustados para receber os sinais à medida que os nervos crescem ou mudam de posição.

E embora elogiem o método, os especialistas afirmam que a ciência das próteses de braço ainda tem muito por avançar.

"Trata-se de uma parte crucial, mas ainda assim apenas uma parte, das muitas coisas que compreendem a função normal de um braço", disse Loeb, que escreveu um editorial que acompanha o artigo no Journal of the American Medical Association.

"No momento estamos a meio do caminho entre o braço de 'Dr. Fantástico', que fazia involuntariamente a saudação nazista, e o braço de Luke Skywalker em 'Guerra nas Estrelas', que funciona sem nenhum problema assim que é conectado. Creio que precisaremos ainda de muitos anos para conectar todas as peças necessárias a produzir um braço capaz de funcionar normalmente".

17:04
Anónimo disse...
A Espanha disse neste sábado que está preparando uma reclamação oficial contra a decisão da Venezuela de expulsar um membro do Parlamento Europeu que criticou o conselho eleitoral venezuelano.
Luis Herrero, membro do partido conservador espanhol PP, foi deportado na sexta-feira depois que o Conselho Nacional Eleitoral (CNE) o acusou de questionar a imparcialidade da instituição antes de um referendo que pode permitir ao presidente Hugo Chávez permanecer no cargo indefinidamente.

Herrero estava na Venezuela como observador do referendo. Ele acusou Chávez de ter "comportamentos típicos de um ditador" por pedir a contenção de manifestações da oposição.

O governo da Espanha convocou um encontro com o embaixador da Venezuela em Madri para expressar a desaprovação sobre a expulsão de Herrero, disse um representante do Ministério das Relações Exteriores espanhol.

As relações da Venezuela com a Espanha tiveram seu ponto crítico em 2007, quando Chávez ameaçou rever acordos diplomáticos e comerciais depois de ouvir um "cala a boca" do rei espanhol Juan Carlos durante uma cúpula.

A fenda foi oficialmente reparada em 2008, com uma visita oficial de Chávez à Espanha, onde ele cumprimentou o rei e discutiu acordos para investimento no setor petroquímico com o primeiro-ministro José Luis Rodriguez Zapatero.

17:06
Anónimo disse...
A polícia do Zimbábue anunciou neste sábado que acusa de traição Roy Bennett, dirigente do até agora opositor Movimento para a Mudança Democrática (MDC), detido na sexta-feira, em Harare, poucas horas antes da cerimônia de posse dos membros do novo gabinete.

"A Polícia nos informou que vão apresentar acusações de traição", disse à agência EFE o advogado de defesa de Bennett, Trust Maanda.

"Tentam relacionar Roy com o caso de Mike Hitschmann, que foi detido em 2006 em relação à descoberta de um carregamento de armas, apesar de que Hitschmann não tenha sido declarado culpado das acusações de traição apresentadas contra ele, mas de um crime menor de descumprimento de leis", disse Maanda.

O político opositor, designado por seu partido como vice-ministro de Agricultura no Governo de união nacional, esteve no exílio na vizinha África do Sul desde 2006 e retornou ao Zimbábue há duas semanas.

Segundo a Polícia, que deteve Bennett ontem no aeroporto de Harare quando pretendia ir à África do Sul para visitar sua família, as armas apreendidas em 2006 seriam utilizadas em um golpe de Estado para derrubar o presidente do Zimbábue, Robert Mugabe.

Depois da detenção, Bennet foi levado a Mutar, onde vários simpatizantes do MDC se concentraram em frente à delegacia na qual estava detido, diante do que a Polícia respondeu com tiros para o alto para dispersar os manifestantes.

17:07
Anónimo disse...
Austrália: 14 mil se candidatam a 'emprego dos sonhos'

A secretaria de Turismo de Queensland, na Austrália, informou que até esta segunda-feira já recebeu cerca de 14 mil inscrições para o "o melhor emprego do mundo". O Estado australiano promove pela internet seleção para vaga de "zelador" da ilha Hamilton, por seis meses com um salário de R$ 40 mil.

Muitos candidatos tiveram problemas durante a inscrição por conta dos acessos simultâneos ao site. A secretaria aconselha enviar os vídeos de 60s explicando porque deve ser escolhido em horários alternativos do dia, além de recomendar tamanho em torno de 40MB.

As inscrições começaram em 12 de janeiro e vão até o próximo dia 22 e podem ser feitas pelo site www.islandreefjob.com. O governo australiano escolherá 50 candidatos para a próxima fase da seleção, que terá votos do público para eleger um dos 11 finalistas.

A última fase terá entrevistas e desafios físicos, no próprio local de trabalho: as ilhas da Grande Barreira Coralina - o maior recife de coral do mundo. A secretaria de Turismo anunciará o vencedor no dia 6 de maio.

17:09
Anónimo disse...
Mercado elogia governo na crise, mas pede maior queda no juro

Peter Fussy
Direto de São Paulo

Desde as primeiras medidas anunciadas para combater os efeitos da crise, o governo brasileiro avisou que a estratégia não contemplaria um pacote. Seriam doses pontuais, de acordo com a necessidade da economia diante do agravamento das turbulências. Da primeira liberação dos depósitos compulsórios em setembro até a ampliação do seguro-desemprego na última quarta-feira, o governo passou por redução de impostos, ampliação de crédito e incentivos à exportação. Quase 150 dias após a primeira medida, o Terra conversou com líderes do setor público e privado, representantes dos trabalhadores, acadêmicos e com o próprio governo para saber quais destas ações foram mais eficazes, quais foram mais ineficientes e o que mais pode ser feito pelo Estado brasileiro contra a crise.

Os maiores elogios foram direcionados à atitude de reduzir o Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) para a indústria automobilística, anunciada em dezembro e que fez com que os emplacamentos de carros novos subissem 1,9% no primeiro mês do ano em relação a dezembro de 2008. Já as maiores críticas foram para a lentidão no corte da taxa básica de juro do País.

Para o presidente do conselho administrativo do Grupo Pão de Açúcar, Abílio Diniz, o Estado não é responsável pela crise e mesmo assim está agindo "com extrema serenidade e muito acerto". "O governo está atento, fazendo a sua parte. É preciso coragem de baixar firmemente a taxa de juros. É uma arma que temos a nosso favor, já que não há clima para inflação, nem possibilidade de danos para a macroeconomia", afirmou Diniz.

Na última reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), em janeiro, a taxa Selic foi reduzida em um ponto percentual, de 13,75% para 12,75% ao ano. Porém, o professor de economia da Universidade de Brasília (UnB) José Luiz Oreiro lembra que este corte representa uma redução de apenas 0,25 ponto percentual com relação à taxa de setembro do ano passado, quando a crise se agravou.

"Pouco antes da eclosão da crise, o Banco Central aumentou a taxa em 0,75 ponto. Foram cinco meses de demora para reduzir em termos líquidos apenas 0,25 ponto", afirmou o economista, que também sugeriu redução do intervalo de cerca de 90 dias entre as reuniões do Copom e o corte de pelo menos um 1 ponto percentual em cada reunião.

Mesmo com o corte de janeiro, a taxa de juros real continua sendo a maior do mundo, lembrou o secretário-geral da Força Sindical, João Carlos Gonçalves, o Juruna. "A redução da taxa de juro ainda é pequena, porque ela continua uma das mais altas do mundo. Falta ousadia para baixar os juros e ajudar o cidadão. A permanência da taxa de juro alta é negativa para o País em meio a crise", afirmou Juruna.

Embora aprove as ações do governo, o senador Aloízio Mercadante (PT-SP) também acredita que o patamar da Selic está muito alto. "Sempre fomos os primeiros a entrar em qualquer crise, o que não aconteceu agora. A taxa Selic ainda é muito alta, mas o governo têm tomado medidas acertadas, como o aumento do salário mínimo, mesmo com um cenário de crise. Isso ajuda a movimentar o consumo. O governo está se esforçando para manter os investimentos e o crescimento", disse.

Tributos
De acordo com o economista Fabio Pina, da Fecomercio-SP, as ações mais positivas estão relacionadas à redução de tributos para alguns segmentos, como a indústria automobilística, que recuperou parte da queda nas vendas em janeiro com a isenção do IPI para carros 1.0 l e o corte para demais motorizações. A medida vale até o final de março.

"Essas medidas não só reduziram o preço, mas anteciparam o consumo daqueles que iriam comprar no futuro, dando um prêmio por conta da insegurança. Mexe diretamente com o principal problema que é a confiança do consumidor", afirmou. Juruna destacou que um bom ritmo de vendas é garantia de emprego. "É importante porque cada emprego na montadora significa 19 na cadeia produtiva", comentou o representante da Força Sindical.

Também em dezembro, o governo decidiu cortar pela metade a alíquota do Imposto de Renda para contribuintes que ganham entre R$ 1.434 e R$ 2.150 mensais. "O salário aumentava e a tabela não se modificava. As pessoas ganhavam mais e pagavam mais impostos", apontou Juruna. Outra redução de tributos do governo foi com relação ao Imposto sobre Operações Financeiras (IOF), que caiu de 3% ao ano para 1,5%.

Crédito
Na segunda metade de 2008, o colapso de bancos nos Estados Unidos por conta da crise do subprime provocou uma forte restrição de crédito no mundo inteiro. Uma das primeiras medidas anticrise do governo teve como objetivo restabelecer a oferta, com mudanças no recolhimento dos depósitos compulsórios por parte dos bancos. Segundo o presidente do Banco Central, Henrique Meirelles, as diversas modificações liberaram US$ 99,2 bilhões aos bancos até o final de janeiro.

Além disso, o governo concedeu R$ 36 bilhões das reservas internacionais para empresas brasileiras com dívidas no exterior e uma medida provisória autorizou o Banco do Brasil e a Caixa Econômica Federal a comprar carteiras de crédito de bancos privados. Para o diretor do Departamento de Pesquisas e Estudos Econômicos da Fiesp, Paulo Francini, estas medidas foram essenciais para combater os efeitos da crise.

"A crise se desenvolve no mundo em torno do tema crédito. E o crédito reduziu-se barbaridade no mundo. Então o governo lança mão de compulsório, lança mão de reservas, de medidas que permitem aos bancos comprar carteiras de bancos. Você vai tomando várias medidas para atender às demandas e o epicentro disso é crédito", afirmou.

No entanto, Oreiro, da UnB, adverte que a liberação dos compulsórios seria mais eficiente acompanhada de redução mais agressiva da taxa básica de juro. "Uma parte do crédito voltou, depois da forte retração em outubro e novembro. O que deveria ter sido feito junto à liberação do compulsório era uma redução mais drástica da taxa de juro. Sem isso, os bancos pegam as reservas e acabam comprando títulos públicos", explicou o economista.

Na opinião de Pina, as ações de distribuição de crédito via redução do compulsório e a disposição de capital de giro para empresas foram tomadas sem um cuidado maior na operação e não tiveram muito efeito. "O BNDES tem linhas que ficam paradas quase todo o ano, agora é pior ainda. Existem os recursos, mas as empresas e os bancos estão desconfiados. É preciso fazer com que os bancos tenham interesse em emprestar", afirmou o economista da Fecomercio-SP.

Futuro
Mesmo com todas essas medidas, a crise financeira ainda gera incertezas nos setores produtivos do País. Nos últimos meses, o medo do desemprego fez os consumidores adiarem compras. Por sua vez, a queda nas vendas pode obrigar as indústrias a cortarem a produção e demitir funcionários. Contra isso, empresários sugerem redução de jornada e de salários.

"Isto está previsto em lei. A Fiesp simplesmente manteve conversações com entidades sindicais quanto à aplicação daquilo que já está previsto em lei", afirmou Francini.

Segundo a ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff, uma das medidas que assegura um nível de emprego é a manutenção de investimentos no Programa de Aceleração do Crescimento (PAC). "Estamos esperando que a dificuldade ocorra em janeiro, fevereiro e março. Estamos certos que vamos manter o nível de investimento. É isso que funciona, é isso que significa investimento público. Ele funciona como um colchão. Por isso, nós colocamos R$ 100 bilhões no BNDES e a Petrobras ampliou o seu investimento em R$ 120 bilhões", afirmou.

Na mesma linha, Pina explica que a antecipação de gastos do governo substitui parte da demanda retraída do setor privado. "Ele dá o seguinte recado: não vou estourar as contas públicas, mas concentrar em um momento em que a demanda privada está pequena. Mas o governo não tem fôlego suficiente para fazer o papel de toda demanda", ressaltou. O economista da Fecomercio lembrou que a entidade já pleiteou junto ao governo isenções para transferência de imóveis e de automóveis, além de retirar o IPVA para veículos novos.

Já Oreiro foca suas propostas na capitalização do Banco do Brasil e da Caixa Econômica Federal pelo Tesouro para atender a demanda de crédito para capital de giro e reduzir o spread. "Aumentando o empréstimo e reduzindo as taxas, os dois vão forçar os bancos privados a acompanhar o movimento, até para não perderem participação no mercado", explicou o economista da UnB.

Até o Carnaval, o governou prometeu detalhar um pacote de incentivos para a construção de até um milhão de casas populares, direcionado a famílias com renda de até dez salários mínimos. "Estamos atentos a tudo o que está acontecendo e novas medidas serão tomadas caso haja uma avaliação de que sejam necessárias", disse o ministro da Fazenda, Guido Mantega, na última sexta-feira.

17:11
Anónimo disse...
Ex-ministro critica extensão do seguro-desemprego

Atualizada às 09h03

O ex-ministro do Trabalho Almir Pazzianotto criticou a decisão do governo federal de conceder o seguro-desemprego estendido a apenas alguns setores. "É certamente odioso e provavelmente inconstitucional", disse Pazzianotto, de acordo com o jornal O Estado de S. Paulo.

Na última qurta, dia do anúncio da medida, centrais sindicais elogiaram a atitude do governo. A Força Sindical divulgou nota dizendo que "o aumento ajudará a aquecer parte da economia, já que irá gerar mais consumo, produção e conseqüentemente, a criação de novos postos de trabalho". A União Geral dos Trabalhadores (UGT) afirmou que a medida "contribuirá para minimizar o drama dos trabalhadores que perderem seu emprego por conta da crise".

O ex-ministro, que instituiu o seguro-desemprego no País no governo de José Sarney, destacou a necessidade de as centrais sindicais se manifestarem contra a determinação. Para ele, as mudanças devem ser aplicadas a todas as categorias profissionais e a distinção é contrária ao artigo 3º da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT).

Pazzianotto atribui a medida a um possível temor do governo de que a crise econômica seja longa e não haja dinheiro para atender a todas as necessidades. Ainda assim, ele se mostra contrário ao método de concessão. "O seguro-desemprego ajuda a sanar necessidades básicas. Estendê-lo é paliativo, não a solução", disse ao jornal.

De acordo com o presidente do Conselho Deliberativo do Fundo de Amparo ao Trabalhador (Codefat) e conselheiro da Força Sindical, Luiz Fernando Emediato, a determinação já estava prevista na lei 8.900/94, que trata do seguro-desemprego.

O presidente da Comissão de Trabalho da Câmara, Pedro Fernandes (PTB-MA) vai além na crítica à concessão do seguro para apenas alguns setores. Ele acredita que a ampliação do benefício estimula o desemprego.

Quintino Severo, secretário geral da Central Única dos Trabalhadores (CUT), lembra que a ampliação do benefício sem critério e identificação pode incentivar demissões em outros setores.

17:13
Anónimo disse...
Empresas
TAM faz promoção para destinos internacionais

A companhia aérea TAM anunciou nesta sexta-feira tarifas promocionais para trechos internacionais. Os preços valem para bilhetes comprados entre 6h deste sábado e 23h59 deste domingo e são válidos para classe econômica. As tarifas, para ida e volta, serão vendidas a partir de US$ 99, mais taxas.

Segundo a aérea, a promoção vale para viagens feitas no período de 14 de fevereiro a 18 de junho de 2009. Para destinos na América do Sul, a permanência mínima é de dois dias; para bilhetes com destino nos Estados Unidos, cinco dias; e Europa, sete dias. A permanência máxima para as passagens para América do Sul e EUA é de dois meses e para Europa, três meses.

Entre os exemplos de tarifas promocionais, a TAM oferece São Paulo-Lima por US$ 99. Bilhetes para a rota São Paulo-Santiago serão vendidos a partir de US$ 199 e São Paulo-Nova York, US$ 799.

A emissão dos bilhetes deve ser feita obrigatoriamente no ato da reserva, obedecendo às regras estipuladas pela companhia. A compra está sujeita à disponibilidade de assentos nas classes tarifárias determinadas, trechos, horários e datas. A TAM afirmou que também há tarifas promocionais para a classe executiva.

Mais informações podem ser encontradas no site promocional (www.ofertastam.com.br), no site da empresa (www.tam.com.br) ou pelos telefones 4002-5700 ou 0800 5705700.

17:13
Anónimo disse...
Empresas
Consultoria negocia compra do parque temático Hopi Hari

A consultoria especializada em reestruturação de empresas Íntegra Associados informou nesta sexta-feira ter um acordo para comprar o parque de diversões Hopi Hari, localizado no interior de São Paulo. A empresa estaria disposta a investir R$ 10 milhões no parque, que tem dívida estimada em R$ 800 milhões. As informações são da edição deste sábado do jornal Folha de S. Paulo.

De acordo com o jornal, a transação ainda depende da negociação entre o Hopi Hari e seus credores, o que já estaria em andamento.

A consultoria paulista já atuou junto à Parmalat, durante 30 meses, quando reorganizou a gestão da empresa italiana.

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17:14
Anónimo disse...
Empresas
Disney de Tóquio contratará mais 2 mil apesar da crise


A Oriental Land, o operador da Disneylândia Tóquio e DisneySea, organizou neste domingo entrevistas para contratar cerca de 2 mil trabalhadores em tempo parcial, em um momento de grandes demissões deste tipo de empregados no Japão.

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O operador deste parque temático, situado em Urayasu, na província de Chiba (leste de Tóquio), está em pleno processo de seleção de empregados para 20 tipos de postos trabalhistas diferentes.

Segundo a companhia, citada pela agência local de notícias Kyodo, o parque contratará novos trabalhadores para as atrações, para os restaurantes e guardas de segurança entre outros. Os novos contratados começarão a trabalhar a partir de fevereiro.

O processo de seleção acontece em um momento em que a maioria das grandes companhias japonesas começaram a se ver obrigadas a despedir uma elevada percentagem de seus trabalhadores temporários e a tempo parcial.

Algumas inclusive anunciaram demissões de seus trabalhadores fixos, uma medida muito pouco comum nas companhias japonesas, perante os efeitos piores que o esperado pela crise econômica global.

Cerca de uma centena de pessoas esperavam desde a primeira hora desta manhã a abertura do centro de conferências Tokyo International Forum, onde as entrevistas estão sendo feitas, para ser os primeiros a solicitar os postos de trabalho.


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17:15
Anónimo disse...
Economia Internacional
Senado dos EUA aprova plano de estímulo à economia

O Senado dos Estados Unidos aprovou com 60 votos a favor e 38 contra o plano de estímulo à economia de US$ 787 bilhões na madrugada deste sábado. Agora, ele segue para sanção ou veto do presidente Barack Obama, que espera colocar a lei em prática até o dia 16 de fevereiro.

O plano prevê a criação de três milhões de empregos, inclui cortes de impostos às famílias, fundos para programas sociais e obras públicas, além de ajuda aos governos estaduais, estudantes e desempregados.

A cláusula Buy American - que exige o uso de ferro, aço e produtos manufaturados dos Estados Unidos em obras realizadas com recursos do pacote - ficou de lado. Segundo o texto definitivo, a cláusula será aplicada sem violar as normas do comércio internacional.

Ontem à tarde, a Câmara de Representantes (deputados) havia aprovado, por 246 votos a favor e 183 contra, a versão final do plano. Todos os republicanos foram contrários ao pacote.

Pelo acordo de quarta-feira entre Câmara e Senado, em vez de custar US$ 819 bilhões, como queriam os deputados, ou US$ 838 bilhões como pretendiam os senadores, o pacote ficou em cerca de US$ 787 bilhões, com 65% desse total destinado a gastos do governo federal e 35%, a créditos tributários.

17:16
Anónimo disse...
Economia nacional
Na era Lula, aposentadoria sobe 54% menos que salário mínimo

Thatiane Faria
Especial para o Terra
Direto de São Paulo

Os índices de reajustes concedidos pelo governo em 2009 para aposentados e pensionistas e para o salário mínimo repetiram uma diferença que, só durante o governo de Luiz Inácio Lula da Silva, já chega a 54%. Enquanto o mínimo foi majorado em 12% este ano, as pensões e aposentadorias tiveram aumento de 5,92%. Aposentados que têm o benefício do governo como única fonte de renda reclamam que perdem poder de compra e que sua cesta de compras é composta por itens que aumentam mais em relação à inflação oficial.

Um exemplo prático pode ser entendido a partir da comparação entre um aposentado que ganhava R$ 600 em janeiro de 2003. Na época, o benefício era três vezes, ou 200%, maior que o valor do mínimo em vigência, que era de R$ 200. Aplicando-se os índices de reajuste para aposentadorias e para o mínimo durante os últimos seis anos, o mesmo aposentado estaria recebendo hoje R$ 938,47, comparado a um salário mínimo de R$ 465. A diferença entre os dois valores caiu para pouco mais de 100%.

Enquanto o índice acumulado de reajuste para a aposentadoria durante o governo Lula foi de 60%, para o salário mínimo está em 132%.

O diretor do Sindicato Nacional dos Aposentados, João Inocentini, reclama que os valores dos benefícios para aposentadorias não mantêm o poder de compra do grupo, principalmente dos aposentados que recebem menos que dez salários mínimos.

Nem mesmo o fato de o índice de reajuste das aposentadorias ter ficado acima da inflação acumulada no mesmo período (o IPCA entre janeiro de 2003 e janeiro de 2009 foi de 39,7%) serve de argumento, segundo os aposentados.

"Os idosos, principalmente, têm gastos além das contas gerais como gás, telefone e aluguel. Para eles o custo com remédios, e outros itens da área saúde costuma ser maior", afirmou Inocentini.

O presidente do sindicato afirmou que o grupo realiza um estudo com 100 itens de necessidade de um idoso para comparar o aumento dos produtos com o índice de reajuste do benefício recebido pelos aposentados.

"Daqui dois meses vamos abrir um processo na Justiça e levar essa pesquisa como prova. Segundo a lei, o governo é obrigado a manter o poder de compra com a aposentadoria", disse Inocentini.

Alternativas
O consultor financeiro Cláudio Boriola diz que os aposentados, especialmente nesse momento de crise econômica, devem evitar compras parceladas, pesquisar preços, negociar e fazer bom planejamento financeiro.

Segundo Boriola, alguns aposentados ganham um valor mensal muitas vezes insuficiente para o pagamento das contas e acabam pedindo crédito ou realizando pagamentos a prazo e são obrigados a pagar juros altos.

Na opinião do consultor, pagar uma previdência privada é uma alternativa indicada para quem ainda trabalha, considerando a característica de perda de poder de compra da aposentadoria.

"Na prática, infelizmente os valores encontram-se em um patamar que está deteriorando o poder de aquisição da população brasileira", completou Boriola.

De acordo com o diretor da Confederação Brasileira de Aposentados e Pensionistas (Cobap), Vicente Fernandes Barbosa, representantes dos aposentados tentarão um encontro com o presidente da Câmara, deputado Michel Temer (PMDB-SP), para discutir projetos que minimizem a perda dos aposentados

17:17
Anónimo disse...
Previdência
Previdência prorroga isenção de tarifas no benefício

O atual sistema de pagamento aos 26 milhões de aposentados e pensionistas do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) será mantido até o final deste ano. O acordo, que permite realizar a operação sem nenhum custo aos beneficiários, foi renovado nesta sexta-feira, entre o governo federal e 21 instituições financeiras.

Por meio desse acordo, vigente desde setembro de 2007, nem os segurados, nem os bancos e nem o governo arcam com o pagamento de tarifas, conforme explicou o ministro da Previdência Social, José Pimentel. A prorrogação vale até dezembro, data máxima para que a Previdência defina as regras para um novo contrato.

Ao assinar o termo de renovação, na sede da Federação Brasileira dos Bancos (Febraban), o ministro disse que a intenção do governo é mudar o atual modelo de gestão visando a reduzir os custos dessas operações em torno da folha mensal, que atinge R$ 15,8 bilhões. No entanto, qualquer alteração, conforme explicou, passará antes por audiências públicas a serem realizadas a partir do segundo semestre deste ano, atendendo a determinação do Tribunal de Contas da União (TCU).

De acordo com Pimentel, com um redesenho do mecanismo de repasse dos recursos aos bancos em torno da folha de pagamento dos segurados o que se busca é um aumento da participação de instituições financeiras. Ele informou que, desde 2007, cada benefício custa em média R$ 1,07 ao governo. "Quanto mais instituições financeiras estiverem prestando serviços à sociedade, maior é a competitividade, a agilidade no atendimento", justificou.

O ministro observou, ainda, que, para permitir uma redução para algo em torno de meia hora no tempo de atendimento para a concessão dos direitos previdenciários, o governo investiu R$ 280 milhões.

Questionado sobre o descontentamento dos segurados que ganham acima de um salário mínimo terem obtido apenas a correção com base na variação do Índice de Preços ao Consumidor (INPC) , ficando abaixo do reajuste dado a quem recebe apenas o mínimo, Pimentel argumentou que o governo seguiu o que determina a lei e descartou a possibilidade de uma revisão

17:17
Anónimo disse...
Empresas
Caterpillar oferece aposentadoria antecipada a 2 mil


A companhia americana Caterpillar ofereceu a cerca de dois mil funcionários incentivos para que se aposentem de forma voluntária antes do previsto, pela perspectiva de uma queda "significativa" da atividade industrial, informou nesta quarta-feira a empresa.

A iniciativa, destinada aos trabalhadores de diversas fábricas em Illinois, Colorado, Tennessee e Pensilvânia, se soma aos cortes de empregos anunciados em janeiro, explicou em comunicado de imprensa.

A empresa, a maior fabricante mundial de maquinaria pesada para a construção e a mineração, acrescentou que, "em função das condições de negócio, podem ser necessárias mais reduções de elenco voluntárias e involuntárias à medida que o ano avança".

O vice-presidente da companhia, Sid Banwart, explicou que a empresa prevê "demissões significativas em todas as regiões geográficas e na maioria dos setores devido às dificuldades da economia mundial".

17:18
Anónimo disse...
Comércio
Comércio exterior da OCDE caiu no 3º trimestre de 2008


As exportações e as importações dos países da Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Econômico (OCDE) caíram 1,6% e 0,2%, respectivamente, no terceiro trimestre de 2008, em relação aos três meses anteriores.

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Trata-se da primeira queda destas atividades desde o terceiro trimestre de 2006, segundo o último relatório trimestral sobre fluxos comerciais divulgado pela OCDE.

As exportações e as importações em dólares dos 30 Estados-membros caíram 15,6% e 17%, respectivamente, na comparação anualizada.

Por sua vez, o comércio dos sete países mais ricos do mundo (G7) teve um pequeno crescimento no terceiro trimestre de 2008 com uma queda das exportações de mercadorias de 0,2% em relação ao trimestre anterior e um aumento de 0,4% das importações.

Em termos anualizados, as importações do G7 caíram 1,4% entre julho e setembro do ano passado, seu primeiro retrocesso desde o terceiro trimestre de 2006, enquanto as exportações aumentaram 1,9%, seu crescimento mais baixo no mesmo tempo.

Por países, a Alemanha aumentou suas importações em 3,4% - valor mais alto do G7 -, enquanto suas exportações caíram 2,9% do segundo para o terceiro trimestre de 2008.

Pelo contrário, as exportações americanas aumentaram 1,8% entre julho e setembro de 2008, enquanto as importações caíram 0,7% em relação ao trimestre anterior. No Japão, tanto as importações quanto as exportações caíram em torno de 1% no mesmo período.

17:19
Anónimo disse...
Economia Nacional
Lula: juros de crédito consignado a aposentados são altos

Atualizada às 17h29

O presidente Luis Inácio Lula da Silva afirmou nesta terça-feira, em São Paulo, que está lutando para reduzir as taxas de juros cobradas de aposentados em crédito consignado. A Previdência Social estabelece uma taxa máxima de 2,5% para empréstimo e de 3,5% para cartão. Para Lula, os valores são altos.

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"Acho que o juro que os aposentados estão pagando hoje com o crédito consignado é alto para o padrão brasileiro", disse o presidente durante a cerimônia de comemoração dos 86 anos do INSS.

A Previdência anunciou nesta terça-feira que aposentados e trabalhadoras com licença-maternidade poderão receber seus benefícios em 30 minutos. De acordo com Lula, em junho, a aposentadoria do trabalhador rural também será conseguida em meia hora.

Além disso, o presidente anunciou que, também em junho, os trabalhadores que alcançarem o direito à aposentadoria passarão a receber em suas casas um comunicado da Previdência informando o fato e o valor do salário que têm direito a receber. "É um comprometimento público que estou fazendo com os companheiros da Previdência Social", disse.

"Estamos retribuindo ao contribuinte da Previdência Social aquilo que é a cidadania que ele tem direito", afirmou Lula. "Se para cobrar nós somos tão precisos, para devolver o dinheiro, temos que chegar próximo à perfeição", completou.

17:20
Anónimo disse...
Economia Nacional
Salário maternidade sairá em 30 minutos, diz ministro

Toda trabalhadora autônoma que tiver contribuído pelo menos 10 meses com o Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) - ou as que possuírem carteira assinada - poderão receber em 30 minutos o salário maternidade a partir desta terça-feira. Da mesma forma, as mulheres com 30 anos de contribuição e os homens com 35 anos também terão direito ao benefício de forma mais rápida. A informação é do ministro da Previdência Social, José Pimentel.

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Para requerer o salário maternidade, é preciso que as autônomas levem a carteira de identidade e o carnê de contribuição. As demais trabalhadoras devem apresentar a identificação e a carteira de trabalho. Desde o início do mês, a nova forma de análise para a concessão de benefícios foi adotada para a aposentadoria por idade do trabalhador urbano e agora foi estendida para o salário maternidade e por tempo de contribuição.

O ministro disse que a qualificação do serviço da previdência social é o reconhecimento do direito dos trabalhadores e da afirmação da cidadania.

"Até pouco tempo na cabeça do cidadão o serviço devia ser de péssima qualidade. Agora não, nós modificamos toda a legislação no mês de dezembro numa ação conjunta do Congresso Nacional com o governo federal. Estamos implantando e concedendo os benefícios em até 30 minutos", afirmou.

O ministro destacou que para conseguir se aposentar ou ter acesso à licença maternidade em 30 minutos, em primeiro lugar, é necessário que o cidadão esteja vinculado à Previdência, o que inclui 65% da população acima de 16 anos de idade.

"Depois bastar marcar pelo sistema 135 o dia e a hora do atendimento e levar a documentação. Se todos os dados necessários estiverem corretos o contribuinte será atendido em até 30 minutos, como vem sendo feito com as aposentadorias por idade desde o dia cinco de janeiro", explicou.

Pimentel disse ainda que em 90% das agências da previdência social o atendimento é marcado em até 48 horas. Nos grandes centros, entretanto existe um volume maior o que torna mais lento o processo.

"Estamos criando mais 715 agências até 2010, em todo o território nacional, para descentralizar o atendimento. Em 2008, atendemos 295 mil benefícios e aposentadorias por idade. Temos 4 mil pessoas por dia procurando e se aposentando por idade no território nacional. Este serviço será agilizado", concluiu.
17:26
Anónimo disse...
Giuseppe Englaro, pai de Eluana, a italiana que morreu na segunda-feira passada por desidratação, recusou uma grande soma de dinheiro de um conhecido fotógrafo italiano que queria retratar a filha em estado de coma, disse neste sábado o neurologista que atendia a mulher desde 1996, Carlo Defanti.

O neurologista, que participou hoje de uma conferência sobre eutanásia, disse que Englaro respeitou a vontade da filha, que, antes do acidente, tinha pedido que, se lhe ocorresse qualquer coisa irreversível, apresentasse sua imagem de quando estava em boas condições.

Antes de sofrer o acidente de trânsito, em 1992, Eluana viveu o coma de um amigo, Alessandro, o que causou forte impacto na italiana e a levou a fazer o pai prometer que não a deixasse viver em estado vegetativo, disse o próprio Giuseppe Englaro.

Defanti, que dissera que Eluana poderia viver de dez a 12 dias depois da suspensão da alimentação e da hidratação, disse que, como médico, tinha que reprovar esta afirmação.

"Não se pode sobreviver após três ou quatro dias sem líquido e, em particular, água em um corpo. Sabemos bem que, quando há um terremoto, após quatro dias é difícil encontrar sobreviventes".

Defanti ressaltou que Eluana "não falava, não se comunicava com o exterior" e que, após vários exames, "nos deparamos com uma moça que tinha perdido a consciência", porque estava com o córtex cerebral prejudicado.

Eluana foi enterrada na quinta-feira passada no túmulo da família na localidade de Paluzza, em Udine, após um funeral que não contou com a presença dos pais.

16:53
Anónimo disse...
Os bombeiros combatem neste sábado os incêndios na Austrália favorecidos pelo bom tempo, enquanto os deslocados encotram em seu retorno casas derruídas, carros queimados nas ruas e destruição.

Depois de sete dias desde que começaram os incêndios no Estado de Victoria, a lista de mortos chega a 181, os desaparecidos somam 50, os edifícios destruídos totalizam 1,834 mil e o terreno arrasado, principalmente florestas, ocupa uma área de 4,13 mil quilômetros quadrados.

As equipes de bombeiros, formadas por 4 mil profissionais de Victoria, de outras partes da Austrália e de países amigos, combateram hoje 12 focos fora de controle e nenhum representava uma ameaça direta para a população.

O subdiretor do Serviço de Bombeiros, Geoff Conway, disse que este tempo favorável, que se prolongará durante o domingo, permite consolidar as linhas de contenção e avançar na extinção das chamas.

Cinzas apareceram arrastadas por ventos do nordeste sobre Melbourne, onde habitam 3,8 milhões de pessoas, e as autoridades alertaram aos cidadãos do risco para a saúde de idosos, crianças e pessoas com problemas respiratórios.

O número de pessoas deslocadas - a Cruz Vermelha chegou a receber 7 mil - começou a cair com a abertura de algumas localidades atingidas.

Os incêndios, alguns criminosos, começaram em 7 de fevereiro, quando a região sul da Austrália estava há duas semanas sob uma onda de calor sem precedentes.

Na sexta-feira passada, a polícia acusou uma pessoa de ter provocado o incêndio que atingiu a localidade de Churchill e matou 21 pessoas.

16:55
Anónimo disse...
A primeira chuva em seis dias reduziu a ameaça de incêndios no Estado de Victoria, ao sul da Austrália. As autoridades, porém, advertiram que ainda existem 12 focos, mas que nenhum deles ameaça áreas povoadas.

Mais de quatro mil bombeiros, mil provenientes de outras partes do país e de outras nações, trabalham contra o fogo. Cerca de 600 veículos e 28 helicópteros e pequenos aviões estão sendo usados.


Eles conseguiram construir linhas de contenção para evitar os incêndios de Yarra e Maroondah se juntassem. Também foram controlados os incêndios abertos de Yea e Murrindindi, que ameaçavam as comunidades de Connellys Creek, Crystal Creek, Scrubby Creek e Native Dog Creek.

O número de mortos chegou a 181, mas as autoridades acreditam que as vítimas devem passar de 200, já que ainda há muitos desaparecidos.

16:55
Anónimo disse...
Aqui nesta coluna, na semana passada, tive a oportunidade de comentar sobre a recente visita do professor brasileiro Pedrinho Guareschi à Austrália. Não dei, porém, os fatos, pois semana passada o assunto era outro.

Hoje, porém, vamos a eles.

No último dia 4 de fevereiro, aconteceu o Seminário "Paulo Freire: Education and Liberation", organizado pelo centro de estudos latino-americanos da Universidade Nacional da Austrália, ou ANU, como é mais conhecida por aqui.

A ANU, para quem não sabe, está entre as 20 melhores universidades do mundo! E tem sede aqui em Camberra, capital da Austrália.

Na abertura do evento, o professor John Minns, diretor do centro latino-americano, ao dar boas-vindas ao público presente, lembrou ser aquele o primeiro seminário exclusivamente dedicado a Paulo Freire na Austrália.

Em seguida, convidou Pedrinho Guareschi, palestrante principal do Seminário, a fazer sua apresentação.

A plateia pode então conhecer, pelas palavras de Pedrinho, um pouco da obra e da vida de Freire, esse brasileiro de fé e valor, que sempre acreditou na educação, sobretudo dos menos favorecidos, analfabetos, como força libertadora.

Como não podia deixar de ser, os conceitos e ideias revolucionários de Paulo Freire, expostos com clareza por Pedrinho, despertaram o interesse e a curiosidade de plateia. A qual, deve-se notar, era na maioria de estudantes, mas de várias nacionalidades, sobretudo australianos e asiáticos.

Na continuação do programa do seminário, que se estendeu por dois dias, outros professores fizeram palestras sobre temas ligados à obra de Paulo Freire.

Interessante, por exemplo, saber que a professora Anne Hickling-Hudson, jamaicana que mora na Austrália há muitos anos (é professora da ANU), conheceu e trabalhou com Freire num workshop educacional durante a revolução na Ilha de Granada, em 1980, antes da invasão dos Estados Unidos...

Ou, então, a palestra da Professora Gerda Roelvink, da Nova Zelândia, que participou do Fórum Social de Porto Alegre em 2005. E essa participação transformou-se em tema de doutorado.

No dia 10, terça-feira passada, o padre Pedrinho Guareschi voltou a falar ao público australiano em grande auditório localizado no belíssimo campus da ANU. Desta vez, sobre a Teologia da Libertação.

Depois da palestra, John Minns mostrou o filme mexicano "O Crime do Padre Amaro", no qual um dos personagens é um padre católico praticante da Teologia da Libertação.

Mais uma vez, foi grande o intersse da platéia, que pode aprender e conhecer um pouco como se desenvolveu aquele importante movimento católico na América Latina.

Fica, assim, ao Pedrinho, bem como a outros brasileiros estudiosos e de bom coração que saem pelo mundo a divulgar aspectos importantes da cultura brasileira, o respeito e a homenagem desta coluna. E... aquele abraço!

16:57
Anónimo disse...
Amanda Kitts perdeu o braço esquerdo em um acidente de automóvel acontecido três anos atrás, mas hoje em dia ela joga futebol americano com seu filho de 12 anos de idade, troca fraldas e abraça as crianças nas três creches Kiddie Cottage que opera em Knoxville, Tennessee. Kitts, 40 anos, faz tudo isso com a ajuda de um novo tipo de braço artificial que se movimenta com mais facilidade do que outros aparelhos e que ela pode controlar utilizando apenas seus pensamentos.

"Eu sou capaz de mexer a mão, o pulso e o cotovelo ao mesmo tempo", diz. "Você pensa e os músculos se movem em seguida".

A recuperação que ela conseguiu resulta de um novo procedimento que vem atraindo crescente atenção porque permite que pessoas movam braços protéticos de forma mais automática do que faziam no passado, simplesmente utilizando nervos reaproveitados em seus cérebros.

A técnica, conhecida como "renervação muscular dirigida", envolve utilizar os nervos que restam depois da amputação de um braço e conectá-los a outro músculo do corpo, em geral no peito. Eletrodos são instalados sobre os músculos do peito, e operam como se fossem antenas. Quando a pessoa deseja mover o braço, o cérebro envia sinais que primeiro resultam em contração dos músculos do peito, os quais enviam um sinal ao braço protético, instruindo-se a se movimentar. O processo não requer mais esforços consciente do que a pessoa teria de exercitar caso ainda tivesse seu braço natural.

Na terça-feira, pesquisadores reportaram em estudo publicado pela versão online do Journal of the American Medical Association que haviam levado a técnica ainda mais à frente, tornando possível a execução de 10 movimentos de mão, pulso e cotovelo diferentes, o que representa uma substancial melhora com relação ao típico repertório protético, que em geral envolve apenas dobrar o cotovelo, girar o pulso e abrir a mão.

"Os novos métodos tiveram impacto dramático em nosso campo de trabalho", disse Stuart Harshbarger, engenheiro biomédico na Universidade Johns Hopkins e diretor do programa de pesquisa sobre próteses, financiado pelas forças armadas, que inclui o trabalho com essa técnica. "O método já está em uso por médicos e cirurgiões comuns em todo o país. A capacidade de controlar um membro protético bastante robusto que ele confere surpreendeu a todos pela qualidade".

Tipicamente, uma pessoa que tenha um braço protético só é capaz de executar alguns poucos movimentos, e muitas vezes com tamanha lentidão que isso só permite a ela atividades limitadas.

Há um motor separado para cada movimento, diz Gerald Loeb, professor de engenharia biomédica na Universidade do Sul da Califórnia, "e esses motores precisam ser controlados de maneira explícita", usualmente por um esforço consciente da pessoa para contrair músculos nas costas ou no bíceps.

"Essencialmente, até agora os pacientes controlavam apenas um motor de cada vez", diz Loeb, "e precisavam pensar cuidadosamente sobre que motor desejavam controlar e como fazê-lo operar, em lugar de simplesmente pensarem em mover o braço e poderem fazê-lo sem delongas".

Antes que Kitts passasse pelo procedimento de renervação, em outubro de 2007, por exemplo, ela precisava movimentar os músculos de suas costas de determinada maneira para fazer com que seu pulso girasse, e flexionar seu bíceps e tríceps para fazer com que o cotovelo se movesse para cima e para baixo. "Era muito trabalho", ela conta. "E não me ajudava muito".

O procedimento de renervação é parte de uma recente explosão de idéias novas e técnicas inovadoras que estão sendo exploradas enquanto os cientistas se esforçam por ajudar as pessoas a compensar melhor a perda de membros ou problemas de paralisia. O esforço vem sendo alimentado pelo aumento no número de amputações causado por diabetes e por ferimentos sofridos pelos militares, e ao mesmo tempo pelos avanços na tecnologia médica.

Os braços se tornaram um dos focos essenciais desse tipo de trabalho. A ciência há muito vem obtendo sucessos no desenvolvimento de próteses de perna, mas é muito mais difícil imitar a complexidade e a destreza das mãos e dos braços.

Os esforços em curso incluem o desenvolvimento de projetos de pele e braços mais sensíveis e mais flexíveis, e o uso de dispositivos acionados por controles sem fio implantado nos braços protéticos, que permitiriam movimentos mais naturais.

Os pesquisadores também vêm usando sensores implantados nos cérebros de cobaias para permitir que dois macacos controlem um braço mecânico, e um teste com um homem paralítico permitiu, com esse método, que ele movimentasse um cursor em uma tela de computador.

Alguns desses métodos, caso venham a ser aperfeiçoados plenamente e consigam aprovação das autoridades regulatórias da saúde, podem no futuro se tornar mais viáveis para os pacientes de amputações.

E embora a técnica da renervação não requeira aprovação das autoridades regulatórias porque é executada por meios cirúrgicos e emprega aparelhos já existentes, ela apresenta limitações que até mesmo seus criadores reconhecem, entre as quais o fato de que não se pode utilizá-la para todos os pacientes, o seu alto custo e o prazo de meses requerido para que os nervos reconectados cresçam e se tornem efetivos.

Ainda assim, os especialistas dizem que é o mais avançado sistema em uso hoje para pacientes reais que permite que o sistema nervoso controle diretamente o movimento de um braço artificial.

Desde sua introdução por Todd Kuiken, médico fisioterapeuta e engenheiro biomédico do Instituto de Reabilitação de Chicago, o método foi empregado em cerca de 30 pacientes nos Estados Unidos, Canadá e Europa, entre os quais oito soldados feridos no Iraque e no Afeganistão.

Muitos dos pacientes, entre os quais o primeiro, Jesse Sullivan, um operário do setor elétrico no Tennessee que perdeu os dois braços quando foi eletrocutado por um cabo, conseguem não apenas manipular seus braços protéticos mas sentir a presença das mãos que já não têm quando alguém toca em seus peitos.

Sullivan, 62 anos, e Kitts, estavam entre os cinco pacientes que participaram do estudo reportado na terça-feira. Em companhia de cinco outras pessoas que não passaram por amputações, eles receberam os eletrodos e foram instruídos a usar pensamentos para fazer com que um braço virtual na tela reproduzisse 10 movimentos diferentes, entre os quais três formas diferentes de aperto de mão.

Os pacientes apresentaram desempenho bastante respeitável, apenas um pouco mais lento e menos preciso do que os dos participantes que não tinham amputações.

"As velocidades de movimento que encontramos em nossos pacientes foram realmente encorajadoras", disse Kuiken. "Eles conseguiram completar a tarefa. É claro que não foram tão competentes quanto as pessoas dotadas de plena capacidade física, mas foram bons o bastante".

Um braço virtual foi usado porque a maioria das próteses existentes não era capaz de acomodar todos aqueles movimentos, no momento da pesquisa, ainda que Sullivan, Kitts e uma terceira paciente, Claudia Mitchell, tenham experimentado dois novos protótipos mais versáteis de braços artificiais, executando tarefas complexas com bolas de tênis e outros objetos.

O trabalho de renervação em soldados apresenta outros desafios, diz Kuiken, porque os ferimentos militares muitas vezes "causam danos muitos extensos" a nervos, músculos ou ossos.

Daniel Acosta, 25 anos, um aviador ferido pela detonação de uma bomba em uma estrada do Iraque em 2005, passou pelo procedimento no ano passado e diz que seu braço esquerdo protético agora se movimenta "muito mais rápido" e de maneira muito mais natural.

"A diferença é que agora não preciso mais pensar para mover o braço", ele diz. "Ele simplesmente se mexe".

Ainda assim, Acosta, de San Antonio, diz que "o processo foi bastante longo" e que os eletrodos precisam ser ajustados para receber os sinais à medida que os nervos crescem ou mudam de posição.

E embora elogiem o método, os especialistas afirmam que a ciência das próteses de braço ainda tem muito por avançar.

"Trata-se de uma parte crucial, mas ainda assim apenas uma parte, das muitas coisas que compreendem a função normal de um braço", disse Loeb, que escreveu um editorial que acompanha o artigo no Journal of the American Medical Association.

"No momento estamos a meio do caminho entre o braço de 'Dr. Fantástico', que fazia involuntariamente a saudação nazista, e o braço de Luke Skywalker em 'Guerra nas Estrelas', que funciona sem nenhum problema assim que é conectado. Creio que precisaremos ainda de muitos anos para conectar todas as peças necessárias a produzir um braço capaz de funcionar normalmente".

17:04
Anónimo disse...
A Espanha disse neste sábado que está preparando uma reclamação oficial contra a decisão da Venezuela de expulsar um membro do Parlamento Europeu que criticou o conselho eleitoral venezuelano.
Luis Herrero, membro do partido conservador espanhol PP, foi deportado na sexta-feira depois que o Conselho Nacional Eleitoral (CNE) o acusou de questionar a imparcialidade da instituição antes de um referendo que pode permitir ao presidente Hugo Chávez permanecer no cargo indefinidamente.

Herrero estava na Venezuela como observador do referendo. Ele acusou Chávez de ter "comportamentos típicos de um ditador" por pedir a contenção de manifestações da oposição.

O governo da Espanha convocou um encontro com o embaixador da Venezuela em Madri para expressar a desaprovação sobre a expulsão de Herrero, disse um representante do Ministério das Relações Exteriores espanhol.

As relações da Venezuela com a Espanha tiveram seu ponto crítico em 2007, quando Chávez ameaçou rever acordos diplomáticos e comerciais depois de ouvir um "cala a boca" do rei espanhol Juan Carlos durante uma cúpula.

A fenda foi oficialmente reparada em 2008, com uma visita oficial de Chávez à Espanha, onde ele cumprimentou o rei e discutiu acordos para investimento no setor petroquímico com o primeiro-ministro José Luis Rodriguez Zapatero.

17:06
Anónimo disse...
A polícia do Zimbábue anunciou neste sábado que acusa de traição Roy Bennett, dirigente do até agora opositor Movimento para a Mudança Democrática (MDC), detido na sexta-feira, em Harare, poucas horas antes da cerimônia de posse dos membros do novo gabinete.

"A Polícia nos informou que vão apresentar acusações de traição", disse à agência EFE o advogado de defesa de Bennett, Trust Maanda.

"Tentam relacionar Roy com o caso de Mike Hitschmann, que foi detido em 2006 em relação à descoberta de um carregamento de armas, apesar de que Hitschmann não tenha sido declarado culpado das acusações de traição apresentadas contra ele, mas de um crime menor de descumprimento de leis", disse Maanda.

O político opositor, designado por seu partido como vice-ministro de Agricultura no Governo de união nacional, esteve no exílio na vizinha África do Sul desde 2006 e retornou ao Zimbábue há duas semanas.

Segundo a Polícia, que deteve Bennett ontem no aeroporto de Harare quando pretendia ir à África do Sul para visitar sua família, as armas apreendidas em 2006 seriam utilizadas em um golpe de Estado para derrubar o presidente do Zimbábue, Robert Mugabe.

Depois da detenção, Bennet foi levado a Mutar, onde vários simpatizantes do MDC se concentraram em frente à delegacia na qual estava detido, diante do que a Polícia respondeu com tiros para o alto para dispersar os manifestantes.

17:07
Anónimo disse...
Austrália: 14 mil se candidatam a 'emprego dos sonhos'

A secretaria de Turismo de Queensland, na Austrália, informou que até esta segunda-feira já recebeu cerca de 14 mil inscrições para o "o melhor emprego do mundo". O Estado australiano promove pela internet seleção para vaga de "zelador" da ilha Hamilton, por seis meses com um salário de R$ 40 mil.

Muitos candidatos tiveram problemas durante a inscrição por conta dos acessos simultâneos ao site. A secretaria aconselha enviar os vídeos de 60s explicando porque deve ser escolhido em horários alternativos do dia, além de recomendar tamanho em torno de 40MB.

As inscrições começaram em 12 de janeiro e vão até o próximo dia 22 e podem ser feitas pelo site www.islandreefjob.com. O governo australiano escolherá 50 candidatos para a próxima fase da seleção, que terá votos do público para eleger um dos 11 finalistas.

A última fase terá entrevistas e desafios físicos, no próprio local de trabalho: as ilhas da Grande Barreira Coralina - o maior recife de coral do mundo. A secretaria de Turismo anunciará o vencedor no dia 6 de maio.

17:09
Anónimo disse...
Mercado elogia governo na crise, mas pede maior queda no juro

Peter Fussy
Direto de São Paulo

Desde as primeiras medidas anunciadas para combater os efeitos da crise, o governo brasileiro avisou que a estratégia não contemplaria um pacote. Seriam doses pontuais, de acordo com a necessidade da economia diante do agravamento das turbulências. Da primeira liberação dos depósitos compulsórios em setembro até a ampliação do seguro-desemprego na última quarta-feira, o governo passou por redução de impostos, ampliação de crédito e incentivos à exportação. Quase 150 dias após a primeira medida, o Terra conversou com líderes do setor público e privado, representantes dos trabalhadores, acadêmicos e com o próprio governo para saber quais destas ações foram mais eficazes, quais foram mais ineficientes e o que mais pode ser feito pelo Estado brasileiro contra a crise.

Os maiores elogios foram direcionados à atitude de reduzir o Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) para a indústria automobilística, anunciada em dezembro e que fez com que os emplacamentos de carros novos subissem 1,9% no primeiro mês do ano em relação a dezembro de 2008. Já as maiores críticas foram para a lentidão no corte da taxa básica de juro do País.

Para o presidente do conselho administrativo do Grupo Pão de Açúcar, Abílio Diniz, o Estado não é responsável pela crise e mesmo assim está agindo "com extrema serenidade e muito acerto". "O governo está atento, fazendo a sua parte. É preciso coragem de baixar firmemente a taxa de juros. É uma arma que temos a nosso favor, já que não há clima para inflação, nem possibilidade de danos para a macroeconomia", afirmou Diniz.

Na última reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), em janeiro, a taxa Selic foi reduzida em um ponto percentual, de 13,75% para 12,75% ao ano. Porém, o professor de economia da Universidade de Brasília (UnB) José Luiz Oreiro lembra que este corte representa uma redução de apenas 0,25 ponto percentual com relação à taxa de setembro do ano passado, quando a crise se agravou.

"Pouco antes da eclosão da crise, o Banco Central aumentou a taxa em 0,75 ponto. Foram cinco meses de demora para reduzir em termos líquidos apenas 0,25 ponto", afirmou o economista, que também sugeriu redução do intervalo de cerca de 90 dias entre as reuniões do Copom e o corte de pelo menos um 1 ponto percentual em cada reunião.

Mesmo com o corte de janeiro, a taxa de juros real continua sendo a maior do mundo, lembrou o secretário-geral da Força Sindical, João Carlos Gonçalves, o Juruna. "A redução da taxa de juro ainda é pequena, porque ela continua uma das mais altas do mundo. Falta ousadia para baixar os juros e ajudar o cidadão. A permanência da taxa de juro alta é negativa para o País em meio a crise", afirmou Juruna.

Embora aprove as ações do governo, o senador Aloízio Mercadante (PT-SP) também acredita que o patamar da Selic está muito alto. "Sempre fomos os primeiros a entrar em qualquer crise, o que não aconteceu agora. A taxa Selic ainda é muito alta, mas o governo têm tomado medidas acertadas, como o aumento do salário mínimo, mesmo com um cenário de crise. Isso ajuda a movimentar o consumo. O governo está se esforçando para manter os investimentos e o crescimento", disse.

Tributos
De acordo com o economista Fabio Pina, da Fecomercio-SP, as ações mais positivas estão relacionadas à redução de tributos para alguns segmentos, como a indústria automobilística, que recuperou parte da queda nas vendas em janeiro com a isenção do IPI para carros 1.0 l e o corte para demais motorizações. A medida vale até o final de março.

"Essas medidas não só reduziram o preço, mas anteciparam o consumo daqueles que iriam comprar no futuro, dando um prêmio por conta da insegurança. Mexe diretamente com o principal problema que é a confiança do consumidor", afirmou. Juruna destacou que um bom ritmo de vendas é garantia de emprego. "É importante porque cada emprego na montadora significa 19 na cadeia produtiva", comentou o representante da Força Sindical.

Também em dezembro, o governo decidiu cortar pela metade a alíquota do Imposto de Renda para contribuintes que ganham entre R$ 1.434 e R$ 2.150 mensais. "O salário aumentava e a tabela não se modificava. As pessoas ganhavam mais e pagavam mais impostos", apontou Juruna. Outra redução de tributos do governo foi com relação ao Imposto sobre Operações Financeiras (IOF), que caiu de 3% ao ano para 1,5%.

Crédito
Na segunda metade de 2008, o colapso de bancos nos Estados Unidos por conta da crise do subprime provocou uma forte restrição de crédito no mundo inteiro. Uma das primeiras medidas anticrise do governo teve como objetivo restabelecer a oferta, com mudanças no recolhimento dos depósitos compulsórios por parte dos bancos. Segundo o presidente do Banco Central, Henrique Meirelles, as diversas modificações liberaram US$ 99,2 bilhões aos bancos até o final de janeiro.

Além disso, o governo concedeu R$ 36 bilhões das reservas internacionais para empresas brasileiras com dívidas no exterior e uma medida provisória autorizou o Banco do Brasil e a Caixa Econômica Federal a comprar carteiras de crédito de bancos privados. Para o diretor do Departamento de Pesquisas e Estudos Econômicos da Fiesp, Paulo Francini, estas medidas foram essenciais para combater os efeitos da crise.

"A crise se desenvolve no mundo em torno do tema crédito. E o crédito reduziu-se barbaridade no mundo. Então o governo lança mão de compulsório, lança mão de reservas, de medidas que permitem aos bancos comprar carteiras de bancos. Você vai tomando várias medidas para atender às demandas e o epicentro disso é crédito", afirmou.

No entanto, Oreiro, da UnB, adverte que a liberação dos compulsórios seria mais eficiente acompanhada de redução mais agressiva da taxa básica de juro. "Uma parte do crédito voltou, depois da forte retração em outubro e novembro. O que deveria ter sido feito junto à liberação do compulsório era uma redução mais drástica da taxa de juro. Sem isso, os bancos pegam as reservas e acabam comprando títulos públicos", explicou o economista.

Na opinião de Pina, as ações de distribuição de crédito via redução do compulsório e a disposição de capital de giro para empresas foram tomadas sem um cuidado maior na operação e não tiveram muito efeito. "O BNDES tem linhas que ficam paradas quase todo o ano, agora é pior ainda. Existem os recursos, mas as empresas e os bancos estão desconfiados. É preciso fazer com que os bancos tenham interesse em emprestar", afirmou o economista da Fecomercio-SP.

Futuro
Mesmo com todas essas medidas, a crise financeira ainda gera incertezas nos setores produtivos do País. Nos últimos meses, o medo do desemprego fez os consumidores adiarem compras. Por sua vez, a queda nas vendas pode obrigar as indústrias a cortarem a produção e demitir funcionários. Contra isso, empresários sugerem redução de jornada e de salários.

"Isto está previsto em lei. A Fiesp simplesmente manteve conversações com entidades sindicais quanto à aplicação daquilo que já está previsto em lei", afirmou Francini.

Segundo a ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff, uma das medidas que assegura um nível de emprego é a manutenção de investimentos no Programa de Aceleração do Crescimento (PAC). "Estamos esperando que a dificuldade ocorra em janeiro, fevereiro e março. Estamos certos que vamos manter o nível de investimento. É isso que funciona, é isso que significa investimento público. Ele funciona como um colchão. Por isso, nós colocamos R$ 100 bilhões no BNDES e a Petrobras ampliou o seu investimento em R$ 120 bilhões", afirmou.

Na mesma linha, Pina explica que a antecipação de gastos do governo substitui parte da demanda retraída do setor privado. "Ele dá o seguinte recado: não vou estourar as contas públicas, mas concentrar em um momento em que a demanda privada está pequena. Mas o governo não tem fôlego suficiente para fazer o papel de toda demanda", ressaltou. O economista da Fecomercio lembrou que a entidade já pleiteou junto ao governo isenções para transferência de imóveis e de automóveis, além de retirar o IPVA para veículos novos.

Já Oreiro foca suas propostas na capitalização do Banco do Brasil e da Caixa Econômica Federal pelo Tesouro para atender a demanda de crédito para capital de giro e reduzir o spread. "Aumentando o empréstimo e reduzindo as taxas, os dois vão forçar os bancos privados a acompanhar o movimento, até para não perderem participação no mercado", explicou o economista da UnB.

Até o Carnaval, o governou prometeu detalhar um pacote de incentivos para a construção de até um milhão de casas populares, direcionado a famílias com renda de até dez salários mínimos. "Estamos atentos a tudo o que está acontecendo e novas medidas serão tomadas caso haja uma avaliação de que sejam necessárias", disse o ministro da Fazenda, Guido Mantega, na última sexta-feira.

17:11
Anónimo disse...
Ex-ministro critica extensão do seguro-desemprego

Atualizada às 09h03

O ex-ministro do Trabalho Almir Pazzianotto criticou a decisão do governo federal de conceder o seguro-desemprego estendido a apenas alguns setores. "É certamente odioso e provavelmente inconstitucional", disse Pazzianotto, de acordo com o jornal O Estado de S. Paulo.

Na última qurta, dia do anúncio da medida, centrais sindicais elogiaram a atitude do governo. A Força Sindical divulgou nota dizendo que "o aumento ajudará a aquecer parte da economia, já que irá gerar mais consumo, produção e conseqüentemente, a criação de novos postos de trabalho". A União Geral dos Trabalhadores (UGT) afirmou que a medida "contribuirá para minimizar o drama dos trabalhadores que perderem seu emprego por conta da crise".

O ex-ministro, que instituiu o seguro-desemprego no País no governo de José Sarney, destacou a necessidade de as centrais sindicais se manifestarem contra a determinação. Para ele, as mudanças devem ser aplicadas a todas as categorias profissionais e a distinção é contrária ao artigo 3º da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT).

Pazzianotto atribui a medida a um possível temor do governo de que a crise econômica seja longa e não haja dinheiro para atender a todas as necessidades. Ainda assim, ele se mostra contrário ao método de concessão. "O seguro-desemprego ajuda a sanar necessidades básicas. Estendê-lo é paliativo, não a solução", disse ao jornal.

De acordo com o presidente do Conselho Deliberativo do Fundo de Amparo ao Trabalhador (Codefat) e conselheiro da Força Sindical, Luiz Fernando Emediato, a determinação já estava prevista na lei 8.900/94, que trata do seguro-desemprego.

O presidente da Comissão de Trabalho da Câmara, Pedro Fernandes (PTB-MA) vai além na crítica à concessão do seguro para apenas alguns setores. Ele acredita que a ampliação do benefício estimula o desemprego.

Quintino Severo, secretário geral da Central Única dos Trabalhadores (CUT), lembra que a ampliação do benefício sem critério e identificação pode incentivar demissões em outros setores.

17:13
Anónimo disse...
Empresas
TAM faz promoção para destinos internacionais

A companhia aérea TAM anunciou nesta sexta-feira tarifas promocionais para trechos internacionais. Os preços valem para bilhetes comprados entre 6h deste sábado e 23h59 deste domingo e são válidos para classe econômica. As tarifas, para ida e volta, serão vendidas a partir de US$ 99, mais taxas.

Segundo a aérea, a promoção vale para viagens feitas no período de 14 de fevereiro a 18 de junho de 2009. Para destinos na América do Sul, a permanência mínima é de dois dias; para bilhetes com destino nos Estados Unidos, cinco dias; e Europa, sete dias. A permanência máxima para as passagens para América do Sul e EUA é de dois meses e para Europa, três meses.

Entre os exemplos de tarifas promocionais, a TAM oferece São Paulo-Lima por US$ 99. Bilhetes para a rota São Paulo-Santiago serão vendidos a partir de US$ 199 e São Paulo-Nova York, US$ 799.

A emissão dos bilhetes deve ser feita obrigatoriamente no ato da reserva, obedecendo às regras estipuladas pela companhia. A compra está sujeita à disponibilidade de assentos nas classes tarifárias determinadas, trechos, horários e datas. A TAM afirmou que também há tarifas promocionais para a classe executiva.

Mais informações podem ser encontradas no site promocional (www.ofertastam.com.br), no site da empresa (www.tam.com.br) ou pelos telefones 4002-5700 ou 0800 5705700.

17:13
Anónimo disse...
Empresas
Consultoria negocia compra do parque temático Hopi Hari

A consultoria especializada em reestruturação de empresas Íntegra Associados informou nesta sexta-feira ter um acordo para comprar o parque de diversões Hopi Hari, localizado no interior de São Paulo. A empresa estaria disposta a investir R$ 10 milhões no parque, que tem dívida estimada em R$ 800 milhões. As informações são da edição deste sábado do jornal Folha de S. Paulo.

De acordo com o jornal, a transação ainda depende da negociação entre o Hopi Hari e seus credores, o que já estaria em andamento.

A consultoria paulista já atuou junto à Parmalat, durante 30 meses, quando reorganizou a gestão da empresa italiana.

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17:14
Anónimo disse...
Empresas
Disney de Tóquio contratará mais 2 mil apesar da crise


A Oriental Land, o operador da Disneylândia Tóquio e DisneySea, organizou neste domingo entrevistas para contratar cerca de 2 mil trabalhadores em tempo parcial, em um momento de grandes demissões deste tipo de empregados no Japão.

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O operador deste parque temático, situado em Urayasu, na província de Chiba (leste de Tóquio), está em pleno processo de seleção de empregados para 20 tipos de postos trabalhistas diferentes.

Segundo a companhia, citada pela agência local de notícias Kyodo, o parque contratará novos trabalhadores para as atrações, para os restaurantes e guardas de segurança entre outros. Os novos contratados começarão a trabalhar a partir de fevereiro.

O processo de seleção acontece em um momento em que a maioria das grandes companhias japonesas começaram a se ver obrigadas a despedir uma elevada percentagem de seus trabalhadores temporários e a tempo parcial.

Algumas inclusive anunciaram demissões de seus trabalhadores fixos, uma medida muito pouco comum nas companhias japonesas, perante os efeitos piores que o esperado pela crise econômica global.

Cerca de uma centena de pessoas esperavam desde a primeira hora desta manhã a abertura do centro de conferências Tokyo International Forum, onde as entrevistas estão sendo feitas, para ser os primeiros a solicitar os postos de trabalho.


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17:15
Anónimo disse...
Economia Internacional
Senado dos EUA aprova plano de estímulo à economia

O Senado dos Estados Unidos aprovou com 60 votos a favor e 38 contra o plano de estímulo à economia de US$ 787 bilhões na madrugada deste sábado. Agora, ele segue para sanção ou veto do presidente Barack Obama, que espera colocar a lei em prática até o dia 16 de fevereiro.

O plano prevê a criação de três milhões de empregos, inclui cortes de impostos às famílias, fundos para programas sociais e obras públicas, além de ajuda aos governos estaduais, estudantes e desempregados.

A cláusula Buy American - que exige o uso de ferro, aço e produtos manufaturados dos Estados Unidos em obras realizadas com recursos do pacote - ficou de lado. Segundo o texto definitivo, a cláusula será aplicada sem violar as normas do comércio internacional.

Ontem à tarde, a Câmara de Representantes (deputados) havia aprovado, por 246 votos a favor e 183 contra, a versão final do plano. Todos os republicanos foram contrários ao pacote.

Pelo acordo de quarta-feira entre Câmara e Senado, em vez de custar US$ 819 bilhões, como queriam os deputados, ou US$ 838 bilhões como pretendiam os senadores, o pacote ficou em cerca de US$ 787 bilhões, com 65% desse total destinado a gastos do governo federal e 35%, a créditos tributários.

17:16
Anónimo disse...
Economia nacional
Na era Lula, aposentadoria sobe 54% menos que salário mínimo

Thatiane Faria
Especial para o Terra
Direto de São Paulo

Os índices de reajustes concedidos pelo governo em 2009 para aposentados e pensionistas e para o salário mínimo repetiram uma diferença que, só durante o governo de Luiz Inácio Lula da Silva, já chega a 54%. Enquanto o mínimo foi majorado em 12% este ano, as pensões e aposentadorias tiveram aumento de 5,92%. Aposentados que têm o benefício do governo como única fonte de renda reclamam que perdem poder de compra e que sua cesta de compras é composta por itens que aumentam mais em relação à inflação oficial.

Um exemplo prático pode ser entendido a partir da comparação entre um aposentado que ganhava R$ 600 em janeiro de 2003. Na época, o benefício era três vezes, ou 200%, maior que o valor do mínimo em vigência, que era de R$ 200. Aplicando-se os índices de reajuste para aposentadorias e para o mínimo durante os últimos seis anos, o mesmo aposentado estaria recebendo hoje R$ 938,47, comparado a um salário mínimo de R$ 465. A diferença entre os dois valores caiu para pouco mais de 100%.

Enquanto o índice acumulado de reajuste para a aposentadoria durante o governo Lula foi de 60%, para o salário mínimo está em 132%.

O diretor do Sindicato Nacional dos Aposentados, João Inocentini, reclama que os valores dos benefícios para aposentadorias não mantêm o poder de compra do grupo, principalmente dos aposentados que recebem menos que dez salários mínimos.

Nem mesmo o fato de o índice de reajuste das aposentadorias ter ficado acima da inflação acumulada no mesmo período (o IPCA entre janeiro de 2003 e janeiro de 2009 foi de 39,7%) serve de argumento, segundo os aposentados.

"Os idosos, principalmente, têm gastos além das contas gerais como gás, telefone e aluguel. Para eles o custo com remédios, e outros itens da área saúde costuma ser maior", afirmou Inocentini.

O presidente do sindicato afirmou que o grupo realiza um estudo com 100 itens de necessidade de um idoso para comparar o aumento dos produtos com o índice de reajuste do benefício recebido pelos aposentados.

"Daqui dois meses vamos abrir um processo na Justiça e levar essa pesquisa como prova. Segundo a lei, o governo é obrigado a manter o poder de compra com a aposentadoria", disse Inocentini.

Alternativas
O consultor financeiro Cláudio Boriola diz que os aposentados, especialmente nesse momento de crise econômica, devem evitar compras parceladas, pesquisar preços, negociar e fazer bom planejamento financeiro.

Segundo Boriola, alguns aposentados ganham um valor mensal muitas vezes insuficiente para o pagamento das contas e acabam pedindo crédito ou realizando pagamentos a prazo e são obrigados a pagar juros altos.

Na opinião do consultor, pagar uma previdência privada é uma alternativa indicada para quem ainda trabalha, considerando a característica de perda de poder de compra da aposentadoria.

"Na prática, infelizmente os valores encontram-se em um patamar que está deteriorando o poder de aquisição da população brasileira", completou Boriola.

De acordo com o diretor da Confederação Brasileira de Aposentados e Pensionistas (Cobap), Vicente Fernandes Barbosa, representantes dos aposentados tentarão um encontro com o presidente da Câmara, deputado Michel Temer (PMDB-SP), para discutir projetos que minimizem a perda dos aposentados

17:17
Anónimo disse...
Previdência
Previdência prorroga isenção de tarifas no benefício

O atual sistema de pagamento aos 26 milhões de aposentados e pensionistas do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) será mantido até o final deste ano. O acordo, que permite realizar a operação sem nenhum custo aos beneficiários, foi renovado nesta sexta-feira, entre o governo federal e 21 instituições financeiras.

Por meio desse acordo, vigente desde setembro de 2007, nem os segurados, nem os bancos e nem o governo arcam com o pagamento de tarifas, conforme explicou o ministro da Previdência Social, José Pimentel. A prorrogação vale até dezembro, data máxima para que a Previdência defina as regras para um novo contrato.

Ao assinar o termo de renovação, na sede da Federação Brasileira dos Bancos (Febraban), o ministro disse que a intenção do governo é mudar o atual modelo de gestão visando a reduzir os custos dessas operações em torno da folha mensal, que atinge R$ 15,8 bilhões. No entanto, qualquer alteração, conforme explicou, passará antes por audiências públicas a serem realizadas a partir do segundo semestre deste ano, atendendo a determinação do Tribunal de Contas da União (TCU).

De acordo com Pimentel, com um redesenho do mecanismo de repasse dos recursos aos bancos em torno da folha de pagamento dos segurados o que se busca é um aumento da participação de instituições financeiras. Ele informou que, desde 2007, cada benefício custa em média R$ 1,07 ao governo. "Quanto mais instituições financeiras estiverem prestando serviços à sociedade, maior é a competitividade, a agilidade no atendimento", justificou.

O ministro observou, ainda, que, para permitir uma redução para algo em torno de meia hora no tempo de atendimento para a concessão dos direitos previdenciários, o governo investiu R$ 280 milhões.

Questionado sobre o descontentamento dos segurados que ganham acima de um salário mínimo terem obtido apenas a correção com base na variação do Índice de Preços ao Consumidor (INPC) , ficando abaixo do reajuste dado a quem recebe apenas o mínimo, Pimentel argumentou que o governo seguiu o que determina a lei e descartou a possibilidade de uma revisão

17:17
Anónimo disse...
Empresas
Caterpillar oferece aposentadoria antecipada a 2 mil


A companhia americana Caterpillar ofereceu a cerca de dois mil funcionários incentivos para que se aposentem de forma voluntária antes do previsto, pela perspectiva de uma queda "significativa" da atividade industrial, informou nesta quarta-feira a empresa.

A iniciativa, destinada aos trabalhadores de diversas fábricas em Illinois, Colorado, Tennessee e Pensilvânia, se soma aos cortes de empregos anunciados em janeiro, explicou em comunicado de imprensa.

A empresa, a maior fabricante mundial de maquinaria pesada para a construção e a mineração, acrescentou que, "em função das condições de negócio, podem ser necessárias mais reduções de elenco voluntárias e involuntárias à medida que o ano avança".

O vice-presidente da companhia, Sid Banwart, explicou que a empresa prevê "demissões significativas em todas as regiões geográficas e na maioria dos setores devido às dificuldades da economia mundial".

17:18
Anónimo disse...
Comércio
Comércio exterior da OCDE caiu no 3º trimestre de 2008


As exportações e as importações dos países da Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Econômico (OCDE) caíram 1,6% e 0,2%, respectivamente, no terceiro trimestre de 2008, em relação aos três meses anteriores.

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Trata-se da primeira queda destas atividades desde o terceiro trimestre de 2006, segundo o último relatório trimestral sobre fluxos comerciais divulgado pela OCDE.

As exportações e as importações em dólares dos 30 Estados-membros caíram 15,6% e 17%, respectivamente, na comparação anualizada.

Por sua vez, o comércio dos sete países mais ricos do mundo (G7) teve um pequeno crescimento no terceiro trimestre de 2008 com uma queda das exportações de mercadorias de 0,2% em relação ao trimestre anterior e um aumento de 0,4% das importações.

Em termos anualizados, as importações do G7 caíram 1,4% entre julho e setembro do ano passado, seu primeiro retrocesso desde o terceiro trimestre de 2006, enquanto as exportações aumentaram 1,9%, seu crescimento mais baixo no mesmo tempo.

Por países, a Alemanha aumentou suas importações em 3,4% - valor mais alto do G7 -, enquanto suas exportações caíram 2,9% do segundo para o terceiro trimestre de 2008.

Pelo contrário, as exportações americanas aumentaram 1,8% entre julho e setembro de 2008, enquanto as importações caíram 0,7% em relação ao trimestre anterior. No Japão, tanto as importações quanto as exportações caíram em torno de 1% no mesmo período.

17:19
Anónimo disse...
Economia Nacional
Lula: juros de crédito consignado a aposentados são altos

Atualizada às 17h29

O presidente Luis Inácio Lula da Silva afirmou nesta terça-feira, em São Paulo, que está lutando para reduzir as taxas de juros cobradas de aposentados em crédito consignado. A Previdência Social estabelece uma taxa máxima de 2,5% para empréstimo e de 3,5% para cartão. Para Lula, os valores são altos.

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"Acho que o juro que os aposentados estão pagando hoje com o crédito consignado é alto para o padrão brasileiro", disse o presidente durante a cerimônia de comemoração dos 86 anos do INSS.

A Previdência anunciou nesta terça-feira que aposentados e trabalhadoras com licença-maternidade poderão receber seus benefícios em 30 minutos. De acordo com Lula, em junho, a aposentadoria do trabalhador rural também será conseguida em meia hora.

Além disso, o presidente anunciou que, também em junho, os trabalhadores que alcançarem o direito à aposentadoria passarão a receber em suas casas um comunicado da Previdência informando o fato e o valor do salário que têm direito a receber. "É um comprometimento público que estou fazendo com os companheiros da Previdência Social", disse.

"Estamos retribuindo ao contribuinte da Previdência Social aquilo que é a cidadania que ele tem direito", afirmou Lula. "Se para cobrar nós somos tão precisos, para devolver o dinheiro, temos que chegar próximo à perfeição", completou.

17:20
Anónimo disse...
Economia Nacional
Salário maternidade sairá em 30 minutos, diz ministro

Toda trabalhadora autônoma que tiver contribuído pelo menos 10 meses com o Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) - ou as que possuírem carteira assinada - poderão receber em 30 minutos o salário maternidade a partir desta terça-feira. Da mesma forma, as mulheres com 30 anos de contribuição e os homens com 35 anos também terão direito ao benefício de forma mais rápida. A informação é do ministro da Previdência Social, José Pimentel.

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Para requerer o salário maternidade, é preciso que as autônomas levem a carteira de identidade e o carnê de contribuição. As demais trabalhadoras devem apresentar a identificação e a carteira de trabalho. Desde o início do mês, a nova forma de análise para a concessão de benefícios foi adotada para a aposentadoria por idade do trabalhador urbano e agora foi estendida para o salário maternidade e por tempo de contribuição.

O ministro disse que a qualificação do serviço da previdência social é o reconhecimento do direito dos trabalhadores e da afirmação da cidadania.

"Até pouco tempo na cabeça do cidadão o serviço devia ser de péssima qualidade. Agora não, nós modificamos toda a legislação no mês de dezembro numa ação conjunta do Congresso Nacional com o governo federal. Estamos implantando e concedendo os benefícios em até 30 minutos", afirmou.

O ministro destacou que para conseguir se aposentar ou ter acesso à licença maternidade em 30 minutos, em primeiro lugar, é necessário que o cidadão esteja vinculado à Previdência, o que inclui 65% da população acima de 16 anos de idade.

"Depois bastar marcar pelo sistema 135 o dia e a hora do atendimento e levar a documentação. Se todos os dados necessários estiverem corretos o contribuinte será atendido em até 30 minutos, como vem sendo feito com as aposentadorias por idade desde o dia cinco de janeiro", explicou.

Pimentel disse ainda que em 90% das agências da previdência social o atendimento é marcado em até 48 horas. Nos grandes centros, entretanto existe um volume maior o que torna mais lento o processo.

"Estamos criando mais 715 agências até 2010, em todo o território nacional, para descentralizar o atendimento. Em 2008, atendemos 295 mil benefícios e aposentadorias por idade. Temos 4 mil pessoas por dia procurando e se aposentando por idade no território nacional. Este serviço será agilizado", concluiu.
17:26
Anónimo disse...
Giuseppe Englaro, pai de Eluana, a italiana que morreu na segunda-feira passada por desidratação, recusou uma grande soma de dinheiro de um conhecido fotógrafo italiano que queria retratar a filha em estado de coma, disse neste sábado o neurologista que atendia a mulher desde 1996, Carlo Defanti.

O neurologista, que participou hoje de uma conferência sobre eutanásia, disse que Englaro respeitou a vontade da filha, que, antes do acidente, tinha pedido que, se lhe ocorresse qualquer coisa irreversível, apresentasse sua imagem de quando estava em boas condições.

Antes de sofrer o acidente de trânsito, em 1992, Eluana viveu o coma de um amigo, Alessandro, o que causou forte impacto na italiana e a levou a fazer o pai prometer que não a deixasse viver em estado vegetativo, disse o próprio Giuseppe Englaro.

Defanti, que dissera que Eluana poderia viver de dez a 12 dias depois da suspensão da alimentação e da hidratação, disse que, como médico, tinha que reprovar esta afirmação.

"Não se pode sobreviver após três ou quatro dias sem líquido e, em particular, água em um corpo. Sabemos bem que, quando há um terremoto, após quatro dias é difícil encontrar sobreviventes".

Defanti ressaltou que Eluana "não falava, não se comunicava com o exterior" e que, após vários exames, "nos deparamos com uma moça que tinha perdido a consciência", porque estava com o córtex cerebral prejudicado.

Eluana foi enterrada na quinta-feira passada no túmulo da família na localidade de Paluzza, em Udine, após um funeral que não contou com a presença dos pais.

16:53
Anónimo disse...
Os bombeiros combatem neste sábado os incêndios na Austrália favorecidos pelo bom tempo, enquanto os deslocados encotram em seu retorno casas derruídas, carros queimados nas ruas e destruição.

Depois de sete dias desde que começaram os incêndios no Estado de Victoria, a lista de mortos chega a 181, os desaparecidos somam 50, os edifícios destruídos totalizam 1,834 mil e o terreno arrasado, principalmente florestas, ocupa uma área de 4,13 mil quilômetros quadrados.

As equipes de bombeiros, formadas por 4 mil profissionais de Victoria, de outras partes da Austrália e de países amigos, combateram hoje 12 focos fora de controle e nenhum representava uma ameaça direta para a população.

O subdiretor do Serviço de Bombeiros, Geoff Conway, disse que este tempo favorável, que se prolongará durante o domingo, permite consolidar as linhas de contenção e avançar na extinção das chamas.

Cinzas apareceram arrastadas por ventos do nordeste sobre Melbourne, onde habitam 3,8 milhões de pessoas, e as autoridades alertaram aos cidadãos do risco para a saúde de idosos, crianças e pessoas com problemas respiratórios.

O número de pessoas deslocadas - a Cruz Vermelha chegou a receber 7 mil - começou a cair com a abertura de algumas localidades atingidas.

Os incêndios, alguns criminosos, começaram em 7 de fevereiro, quando a região sul da Austrália estava há duas semanas sob uma onda de calor sem precedentes.

Na sexta-feira passada, a polícia acusou uma pessoa de ter provocado o incêndio que atingiu a localidade de Churchill e matou 21 pessoas.

16:55
Anónimo disse...
A primeira chuva em seis dias reduziu a ameaça de incêndios no Estado de Victoria, ao sul da Austrália. As autoridades, porém, advertiram que ainda existem 12 focos, mas que nenhum deles ameaça áreas povoadas.

Mais de quatro mil bombeiros, mil provenientes de outras partes do país e de outras nações, trabalham contra o fogo. Cerca de 600 veículos e 28 helicópteros e pequenos aviões estão sendo usados.


Eles conseguiram construir linhas de contenção para evitar os incêndios de Yarra e Maroondah se juntassem. Também foram controlados os incêndios abertos de Yea e Murrindindi, que ameaçavam as comunidades de Connellys Creek, Crystal Creek, Scrubby Creek e Native Dog Creek.

O número de mortos chegou a 181, mas as autoridades acreditam que as vítimas devem passar de 200, já que ainda há muitos desaparecidos.

16:55
Anónimo disse...
Aqui nesta coluna, na semana passada, tive a oportunidade de comentar sobre a recente visita do professor brasileiro Pedrinho Guareschi à Austrália. Não dei, porém, os fatos, pois semana passada o assunto era outro.

Hoje, porém, vamos a eles.

No último dia 4 de fevereiro, aconteceu o Seminário "Paulo Freire: Education and Liberation", organizado pelo centro de estudos latino-americanos da Universidade Nacional da Austrália, ou ANU, como é mais conhecida por aqui.

A ANU, para quem não sabe, está entre as 20 melhores universidades do mundo! E tem sede aqui em Camberra, capital da Austrália.

Na abertura do evento, o professor John Minns, diretor do centro latino-americano, ao dar boas-vindas ao público presente, lembrou ser aquele o primeiro seminário exclusivamente dedicado a Paulo Freire na Austrália.

Em seguida, convidou Pedrinho Guareschi, palestrante principal do Seminário, a fazer sua apresentação.

A plateia pode então conhecer, pelas palavras de Pedrinho, um pouco da obra e da vida de Freire, esse brasileiro de fé e valor, que sempre acreditou na educação, sobretudo dos menos favorecidos, analfabetos, como força libertadora.

Como não podia deixar de ser, os conceitos e ideias revolucionários de Paulo Freire, expostos com clareza por Pedrinho, despertaram o interesse e a curiosidade de plateia. A qual, deve-se notar, era na maioria de estudantes, mas de várias nacionalidades, sobretudo australianos e asiáticos.

Na continuação do programa do seminário, que se estendeu por dois dias, outros professores fizeram palestras sobre temas ligados à obra de Paulo Freire.

Interessante, por exemplo, saber que a professora Anne Hickling-Hudson, jamaicana que mora na Austrália há muitos anos (é professora da ANU), conheceu e trabalhou com Freire num workshop educacional durante a revolução na Ilha de Granada, em 1980, antes da invasão dos Estados Unidos...

Ou, então, a palestra da Professora Gerda Roelvink, da Nova Zelândia, que participou do Fórum Social de Porto Alegre em 2005. E essa participação transformou-se em tema de doutorado.

No dia 10, terça-feira passada, o padre Pedrinho Guareschi voltou a falar ao público australiano em grande auditório localizado no belíssimo campus da ANU. Desta vez, sobre a Teologia da Libertação.

Depois da palestra, John Minns mostrou o filme mexicano "O Crime do Padre Amaro", no qual um dos personagens é um padre católico praticante da Teologia da Libertação.

Mais uma vez, foi grande o intersse da platéia, que pode aprender e conhecer um pouco como se desenvolveu aquele importante movimento católico na América Latina.

Fica, assim, ao Pedrinho, bem como a outros brasileiros estudiosos e de bom coração que saem pelo mundo a divulgar aspectos importantes da cultura brasileira, o respeito e a homenagem desta coluna. E... aquele abraço!

16:57
Anónimo disse...
Amanda Kitts perdeu o braço esquerdo em um acidente de automóvel acontecido três anos atrás, mas hoje em dia ela joga futebol americano com seu filho de 12 anos de idade, troca fraldas e abraça as crianças nas três creches Kiddie Cottage que opera em Knoxville, Tennessee. Kitts, 40 anos, faz tudo isso com a ajuda de um novo tipo de braço artificial que se movimenta com mais facilidade do que outros aparelhos e que ela pode controlar utilizando apenas seus pensamentos.

"Eu sou capaz de mexer a mão, o pulso e o cotovelo ao mesmo tempo", diz. "Você pensa e os músculos se movem em seguida".

A recuperação que ela conseguiu resulta de um novo procedimento que vem atraindo crescente atenção porque permite que pessoas movam braços protéticos de forma mais automática do que faziam no passado, simplesmente utilizando nervos reaproveitados em seus cérebros.

A técnica, conhecida como "renervação muscular dirigida", envolve utilizar os nervos que restam depois da amputação de um braço e conectá-los a outro músculo do corpo, em geral no peito. Eletrodos são instalados sobre os músculos do peito, e operam como se fossem antenas. Quando a pessoa deseja mover o braço, o cérebro envia sinais que primeiro resultam em contração dos músculos do peito, os quais enviam um sinal ao braço protético, instruindo-se a se movimentar. O processo não requer mais esforços consciente do que a pessoa teria de exercitar caso ainda tivesse seu braço natural.

Na terça-feira, pesquisadores reportaram em estudo publicado pela versão online do Journal of the American Medical Association que haviam levado a técnica ainda mais à frente, tornando possível a execução de 10 movimentos de mão, pulso e cotovelo diferentes, o que representa uma substancial melhora com relação ao típico repertório protético, que em geral envolve apenas dobrar o cotovelo, girar o pulso e abrir a mão.

"Os novos métodos tiveram impacto dramático em nosso campo de trabalho", disse Stuart Harshbarger, engenheiro biomédico na Universidade Johns Hopkins e diretor do programa de pesquisa sobre próteses, financiado pelas forças armadas, que inclui o trabalho com essa técnica. "O método já está em uso por médicos e cirurgiões comuns em todo o país. A capacidade de controlar um membro protético bastante robusto que ele confere surpreendeu a todos pela qualidade".

Tipicamente, uma pessoa que tenha um braço protético só é capaz de executar alguns poucos movimentos, e muitas vezes com tamanha lentidão que isso só permite a ela atividades limitadas.

Há um motor separado para cada movimento, diz Gerald Loeb, professor de engenharia biomédica na Universidade do Sul da Califórnia, "e esses motores precisam ser controlados de maneira explícita", usualmente por um esforço consciente da pessoa para contrair músculos nas costas ou no bíceps.

"Essencialmente, até agora os pacientes controlavam apenas um motor de cada vez", diz Loeb, "e precisavam pensar cuidadosamente sobre que motor desejavam controlar e como fazê-lo operar, em lugar de simplesmente pensarem em mover o braço e poderem fazê-lo sem delongas".

Antes que Kitts passasse pelo procedimento de renervação, em outubro de 2007, por exemplo, ela precisava movimentar os músculos de suas costas de determinada maneira para fazer com que seu pulso girasse, e flexionar seu bíceps e tríceps para fazer com que o cotovelo se movesse para cima e para baixo. "Era muito trabalho", ela conta. "E não me ajudava muito".

O procedimento de renervação é parte de uma recente explosão de idéias novas e técnicas inovadoras que estão sendo exploradas enquanto os cientistas se esforçam por ajudar as pessoas a compensar melhor a perda de membros ou problemas de paralisia. O esforço vem sendo alimentado pelo aumento no número de amputações causado por diabetes e por ferimentos sofridos pelos militares, e ao mesmo tempo pelos avanços na tecnologia médica.

Os braços se tornaram um dos focos essenciais desse tipo de trabalho. A ciência há muito vem obtendo sucessos no desenvolvimento de próteses de perna, mas é muito mais difícil imitar a complexidade e a destreza das mãos e dos braços.

Os esforços em curso incluem o desenvolvimento de projetos de pele e braços mais sensíveis e mais flexíveis, e o uso de dispositivos acionados por controles sem fio implantado nos braços protéticos, que permitiriam movimentos mais naturais.

Os pesquisadores também vêm usando sensores implantados nos cérebros de cobaias para permitir que dois macacos controlem um braço mecânico, e um teste com um homem paralítico permitiu, com esse método, que ele movimentasse um cursor em uma tela de computador.

Alguns desses métodos, caso venham a ser aperfeiçoados plenamente e consigam aprovação das autoridades regulatórias da saúde, podem no futuro se tornar mais viáveis para os pacientes de amputações.

E embora a técnica da renervação não requeira aprovação das autoridades regulatórias porque é executada por meios cirúrgicos e emprega aparelhos já existentes, ela apresenta limitações que até mesmo seus criadores reconhecem, entre as quais o fato de que não se pode utilizá-la para todos os pacientes, o seu alto custo e o prazo de meses requerido para que os nervos reconectados cresçam e se tornem efetivos.

Ainda assim, os especialistas dizem que é o mais avançado sistema em uso hoje para pacientes reais que permite que o sistema nervoso controle diretamente o movimento de um braço artificial.

Desde sua introdução por Todd Kuiken, médico fisioterapeuta e engenheiro biomédico do Instituto de Reabilitação de Chicago, o método foi empregado em cerca de 30 pacientes nos Estados Unidos, Canadá e Europa, entre os quais oito soldados feridos no Iraque e no Afeganistão.

Muitos dos pacientes, entre os quais o primeiro, Jesse Sullivan, um operário do setor elétrico no Tennessee que perdeu os dois braços quando foi eletrocutado por um cabo, conseguem não apenas manipular seus braços protéticos mas sentir a presença das mãos que já não têm quando alguém toca em seus peitos.

Sullivan, 62 anos, e Kitts, estavam entre os cinco pacientes que participaram do estudo reportado na terça-feira. Em companhia de cinco outras pessoas que não passaram por amputações, eles receberam os eletrodos e foram instruídos a usar pensamentos para fazer com que um braço virtual na tela reproduzisse 10 movimentos diferentes, entre os quais três formas diferentes de aperto de mão.

Os pacientes apresentaram desempenho bastante respeitável, apenas um pouco mais lento e menos preciso do que os dos participantes que não tinham amputações.

"As velocidades de movimento que encontramos em nossos pacientes foram realmente encorajadoras", disse Kuiken. "Eles conseguiram completar a tarefa. É claro que não foram tão competentes quanto as pessoas dotadas de plena capacidade física, mas foram bons o bastante".

Um braço virtual foi usado porque a maioria das próteses existentes não era capaz de acomodar todos aqueles movimentos, no momento da pesquisa, ainda que Sullivan, Kitts e uma terceira paciente, Claudia Mitchell, tenham experimentado dois novos protótipos mais versáteis de braços artificiais, executando tarefas complexas com bolas de tênis e outros objetos.

O trabalho de renervação em soldados apresenta outros desafios, diz Kuiken, porque os ferimentos militares muitas vezes "causam danos muitos extensos" a nervos, músculos ou ossos.

Daniel Acosta, 25 anos, um aviador ferido pela detonação de uma bomba em uma estrada do Iraque em 2005, passou pelo procedimento no ano passado e diz que seu braço esquerdo protético agora se movimenta "muito mais rápido" e de maneira muito mais natural.

"A diferença é que agora não preciso mais pensar para mover o braço", ele diz. "Ele simplesmente se mexe".

Ainda assim, Acosta, de San Antonio, diz que "o processo foi bastante longo" e que os eletrodos precisam ser ajustados para receber os sinais à medida que os nervos crescem ou mudam de posição.

E embora elogiem o método, os especialistas afirmam que a ciência das próteses de braço ainda tem muito por avançar.

"Trata-se de uma parte crucial, mas ainda assim apenas uma parte, das muitas coisas que compreendem a função normal de um braço", disse Loeb, que escreveu um editorial que acompanha o artigo no Journal of the American Medical Association.

"No momento estamos a meio do caminho entre o braço de 'Dr. Fantástico', que fazia involuntariamente a saudação nazista, e o braço de Luke Skywalker em 'Guerra nas Estrelas', que funciona sem nenhum problema assim que é conectado. Creio que precisaremos ainda de muitos anos para conectar todas as peças necessárias a produzir um braço capaz de funcionar normalmente".

17:04
Anónimo disse...
A Espanha disse neste sábado que está preparando uma reclamação oficial contra a decisão da Venezuela de expulsar um membro do Parlamento Europeu que criticou o conselho eleitoral venezuelano.
Luis Herrero, membro do partido conservador espanhol PP, foi deportado na sexta-feira depois que o Conselho Nacional Eleitoral (CNE) o acusou de questionar a imparcialidade da instituição antes de um referendo que pode permitir ao presidente Hugo Chávez permanecer no cargo indefinidamente.

Herrero estava na Venezuela como observador do referendo. Ele acusou Chávez de ter "comportamentos típicos de um ditador" por pedir a contenção de manifestações da oposição.

O governo da Espanha convocou um encontro com o embaixador da Venezuela em Madri para expressar a desaprovação sobre a expulsão de Herrero, disse um representante do Ministério das Relações Exteriores espanhol.

As relações da Venezuela com a Espanha tiveram seu ponto crítico em 2007, quando Chávez ameaçou rever acordos diplomáticos e comerciais depois de ouvir um "cala a boca" do rei espanhol Juan Carlos durante uma cúpula.

A fenda foi oficialmente reparada em 2008, com uma visita oficial de Chávez à Espanha, onde ele cumprimentou o rei e discutiu acordos para investimento no setor petroquímico com o primeiro-ministro José Luis Rodriguez Zapatero.

17:06
Anónimo disse...
A polícia do Zimbábue anunciou neste sábado que acusa de traição Roy Bennett, dirigente do até agora opositor Movimento para a Mudança Democrática (MDC), detido na sexta-feira, em Harare, poucas horas antes da cerimônia de posse dos membros do novo gabinete.

"A Polícia nos informou que vão apresentar acusações de traição", disse à agência EFE o advogado de defesa de Bennett, Trust Maanda.

"Tentam relacionar Roy com o caso de Mike Hitschmann, que foi detido em 2006 em relação à descoberta de um carregamento de armas, apesar de que Hitschmann não tenha sido declarado culpado das acusações de traição apresentadas contra ele, mas de um crime menor de descumprimento de leis", disse Maanda.

O político opositor, designado por seu partido como vice-ministro de Agricultura no Governo de união nacional, esteve no exílio na vizinha África do Sul desde 2006 e retornou ao Zimbábue há duas semanas.

Segundo a Polícia, que deteve Bennett ontem no aeroporto de Harare quando pretendia ir à África do Sul para visitar sua família, as armas apreendidas em 2006 seriam utilizadas em um golpe de Estado para derrubar o presidente do Zimbábue, Robert Mugabe.

Depois da detenção, Bennet foi levado a Mutar, onde vários simpatizantes do MDC se concentraram em frente à delegacia na qual estava detido, diante do que a Polícia respondeu com tiros para o alto para dispersar os manifestantes.

17:07
Anónimo disse...
Austrália: 14 mil se candidatam a 'emprego dos sonhos'

A secretaria de Turismo de Queensland, na Austrália, informou que até esta segunda-feira já recebeu cerca de 14 mil inscrições para o "o melhor emprego do mundo". O Estado australiano promove pela internet seleção para vaga de "zelador" da ilha Hamilton, por seis meses com um salário de R$ 40 mil.

Muitos candidatos tiveram problemas durante a inscrição por conta dos acessos simultâneos ao site. A secretaria aconselha enviar os vídeos de 60s explicando porque deve ser escolhido em horários alternativos do dia, além de recomendar tamanho em torno de 40MB.

As inscrições começaram em 12 de janeiro e vão até o próximo dia 22 e podem ser feitas pelo site www.islandreefjob.com. O governo australiano escolherá 50 candidatos para a próxima fase da seleção, que terá votos do público para eleger um dos 11 finalistas.

A última fase terá entrevistas e desafios físicos, no próprio local de trabalho: as ilhas da Grande Barreira Coralina - o maior recife de coral do mundo. A secretaria de Turismo anunciará o vencedor no dia 6 de maio.

17:09
Anónimo disse...
Mercado elogia governo na crise, mas pede maior queda no juro

Peter Fussy
Direto de São Paulo

Desde as primeiras medidas anunciadas para combater os efeitos da crise, o governo brasileiro avisou que a estratégia não contemplaria um pacote. Seriam doses pontuais, de acordo com a necessidade da economia diante do agravamento das turbulências. Da primeira liberação dos depósitos compulsórios em setembro até a ampliação do seguro-desemprego na última quarta-feira, o governo passou por redução de impostos, ampliação de crédito e incentivos à exportação. Quase 150 dias após a primeira medida, o Terra conversou com líderes do setor público e privado, representantes dos trabalhadores, acadêmicos e com o próprio governo para saber quais destas ações foram mais eficazes, quais foram mais ineficientes e o que mais pode ser feito pelo Estado brasileiro contra a crise.

Os maiores elogios foram direcionados à atitude de reduzir o Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) para a indústria automobilística, anunciada em dezembro e que fez com que os emplacamentos de carros novos subissem 1,9% no primeiro mês do ano em relação a dezembro de 2008. Já as maiores críticas foram para a lentidão no corte da taxa básica de juro do País.

Para o presidente do conselho administrativo do Grupo Pão de Açúcar, Abílio Diniz, o Estado não é responsável pela crise e mesmo assim está agindo "com extrema serenidade e muito acerto". "O governo está atento, fazendo a sua parte. É preciso coragem de baixar firmemente a taxa de juros. É uma arma que temos a nosso favor, já que não há clima para inflação, nem possibilidade de danos para a macroeconomia", afirmou Diniz.

Na última reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), em janeiro, a taxa Selic foi reduzida em um ponto percentual, de 13,75% para 12,75% ao ano. Porém, o professor de economia da Universidade de Brasília (UnB) José Luiz Oreiro lembra que este corte representa uma redução de apenas 0,25 ponto percentual com relação à taxa de setembro do ano passado, quando a crise se agravou.

"Pouco antes da eclosão da crise, o Banco Central aumentou a taxa em 0,75 ponto. Foram cinco meses de demora para reduzir em termos líquidos apenas 0,25 ponto", afirmou o economista, que também sugeriu redução do intervalo de cerca de 90 dias entre as reuniões do Copom e o corte de pelo menos um 1 ponto percentual em cada reunião.

Mesmo com o corte de janeiro, a taxa de juros real continua sendo a maior do mundo, lembrou o secretário-geral da Força Sindical, João Carlos Gonçalves, o Juruna. "A redução da taxa de juro ainda é pequena, porque ela continua uma das mais altas do mundo. Falta ousadia para baixar os juros e ajudar o cidadão. A permanência da taxa de juro alta é negativa para o País em meio a crise", afirmou Juruna.

Embora aprove as ações do governo, o senador Aloízio Mercadante (PT-SP) também acredita que o patamar da Selic está muito alto. "Sempre fomos os primeiros a entrar em qualquer crise, o que não aconteceu agora. A taxa Selic ainda é muito alta, mas o governo têm tomado medidas acertadas, como o aumento do salário mínimo, mesmo com um cenário de crise. Isso ajuda a movimentar o consumo. O governo está se esforçando para manter os investimentos e o crescimento", disse.

Tributos
De acordo com o economista Fabio Pina, da Fecomercio-SP, as ações mais positivas estão relacionadas à redução de tributos para alguns segmentos, como a indústria automobilística, que recuperou parte da queda nas vendas em janeiro com a isenção do IPI para carros 1.0 l e o corte para demais motorizações. A medida vale até o final de março.

"Essas medidas não só reduziram o preço, mas anteciparam o consumo daqueles que iriam comprar no futuro, dando um prêmio por conta da insegurança. Mexe diretamente com o principal problema que é a confiança do consumidor", afirmou. Juruna destacou que um bom ritmo de vendas é garantia de emprego. "É importante porque cada emprego na montadora significa 19 na cadeia produtiva", comentou o representante da Força Sindical.

Também em dezembro, o governo decidiu cortar pela metade a alíquota do Imposto de Renda para contribuintes que ganham entre R$ 1.434 e R$ 2.150 mensais. "O salário aumentava e a tabela não se modificava. As pessoas ganhavam mais e pagavam mais impostos", apontou Juruna. Outra redução de tributos do governo foi com relação ao Imposto sobre Operações Financeiras (IOF), que caiu de 3% ao ano para 1,5%.

Crédito
Na segunda metade de 2008, o colapso de bancos nos Estados Unidos por conta da crise do subprime provocou uma forte restrição de crédito no mundo inteiro. Uma das primeiras medidas anticrise do governo teve como objetivo restabelecer a oferta, com mudanças no recolhimento dos depósitos compulsórios por parte dos bancos. Segundo o presidente do Banco Central, Henrique Meirelles, as diversas modificações liberaram US$ 99,2 bilhões aos bancos até o final de janeiro.

Além disso, o governo concedeu R$ 36 bilhões das reservas internacionais para empresas brasileiras com dívidas no exterior e uma medida provisória autorizou o Banco do Brasil e a Caixa Econômica Federal a comprar carteiras de crédito de bancos privados. Para o diretor do Departamento de Pesquisas e Estudos Econômicos da Fiesp, Paulo Francini, estas medidas foram essenciais para combater os efeitos da crise.

"A crise se desenvolve no mundo em torno do tema crédito. E o crédito reduziu-se barbaridade no mundo. Então o governo lança mão de compulsório, lança mão de reservas, de medidas que permitem aos bancos comprar carteiras de bancos. Você vai tomando várias medidas para atender às demandas e o epicentro disso é crédito", afirmou.

No entanto, Oreiro, da UnB, adverte que a liberação dos compulsórios seria mais eficiente acompanhada de redução mais agressiva da taxa básica de juro. "Uma parte do crédito voltou, depois da forte retração em outubro e novembro. O que deveria ter sido feito junto à liberação do compulsório era uma redução mais drástica da taxa de juro. Sem isso, os bancos pegam as reservas e acabam comprando títulos públicos", explicou o economista.

Na opinião de Pina, as ações de distribuição de crédito via redução do compulsório e a disposição de capital de giro para empresas foram tomadas sem um cuidado maior na operação e não tiveram muito efeito. "O BNDES tem linhas que ficam paradas quase todo o ano, agora é pior ainda. Existem os recursos, mas as empresas e os bancos estão desconfiados. É preciso fazer com que os bancos tenham interesse em emprestar", afirmou o economista da Fecomercio-SP.

Futuro
Mesmo com todas essas medidas, a crise financeira ainda gera incertezas nos setores produtivos do País. Nos últimos meses, o medo do desemprego fez os consumidores adiarem compras. Por sua vez, a queda nas vendas pode obrigar as indústrias a cortarem a produção e demitir funcionários. Contra isso, empresários sugerem redução de jornada e de salários.

"Isto está previsto em lei. A Fiesp simplesmente manteve conversações com entidades sindicais quanto à aplicação daquilo que já está previsto em lei", afirmou Francini.

Segundo a ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff, uma das medidas que assegura um nível de emprego é a manutenção de investimentos no Programa de Aceleração do Crescimento (PAC). "Estamos esperando que a dificuldade ocorra em janeiro, fevereiro e março. Estamos certos que vamos manter o nível de investimento. É isso que funciona, é isso que significa investimento público. Ele funciona como um colchão. Por isso, nós colocamos R$ 100 bilhões no BNDES e a Petrobras ampliou o seu investimento em R$ 120 bilhões", afirmou.

Na mesma linha, Pina explica que a antecipação de gastos do governo substitui parte da demanda retraída do setor privado. "Ele dá o seguinte recado: não vou estourar as contas públicas, mas concentrar em um momento em que a demanda privada está pequena. Mas o governo não tem fôlego suficiente para fazer o papel de toda demanda", ressaltou. O economista da Fecomercio lembrou que a entidade já pleiteou junto ao governo isenções para transferência de imóveis e de automóveis, além de retirar o IPVA para veículos novos.

Já Oreiro foca suas propostas na capitalização do Banco do Brasil e da Caixa Econômica Federal pelo Tesouro para atender a demanda de crédito para capital de giro e reduzir o spread. "Aumentando o empréstimo e reduzindo as taxas, os dois vão forçar os bancos privados a acompanhar o movimento, até para não perderem participação no mercado", explicou o economista da UnB.

Até o Carnaval, o governou prometeu detalhar um pacote de incentivos para a construção de até um milhão de casas populares, direcionado a famílias com renda de até dez salários mínimos. "Estamos atentos a tudo o que está acontecendo e novas medidas serão tomadas caso haja uma avaliação de que sejam necessárias", disse o ministro da Fazenda, Guido Mantega, na última sexta-feira.

17:11
Anónimo disse...
Ex-ministro critica extensão do seguro-desemprego

Atualizada às 09h03

O ex-ministro do Trabalho Almir Pazzianotto criticou a decisão do governo federal de conceder o seguro-desemprego estendido a apenas alguns setores. "É certamente odioso e provavelmente inconstitucional", disse Pazzianotto, de acordo com o jornal O Estado de S. Paulo.

Na última qurta, dia do anúncio da medida, centrais sindicais elogiaram a atitude do governo. A Força Sindical divulgou nota dizendo que "o aumento ajudará a aquecer parte da economia, já que irá gerar mais consumo, produção e conseqüentemente, a criação de novos postos de trabalho". A União Geral dos Trabalhadores (UGT) afirmou que a medida "contribuirá para minimizar o drama dos trabalhadores que perderem seu emprego por conta da crise".

O ex-ministro, que instituiu o seguro-desemprego no País no governo de José Sarney, destacou a necessidade de as centrais sindicais se manifestarem contra a determinação. Para ele, as mudanças devem ser aplicadas a todas as categorias profissionais e a distinção é contrária ao artigo 3º da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT).

Pazzianotto atribui a medida a um possível temor do governo de que a crise econômica seja longa e não haja dinheiro para atender a todas as necessidades. Ainda assim, ele se mostra contrário ao método de concessão. "O seguro-desemprego ajuda a sanar necessidades básicas. Estendê-lo é paliativo, não a solução", disse ao jornal.

De acordo com o presidente do Conselho Deliberativo do Fundo de Amparo ao Trabalhador (Codefat) e conselheiro da Força Sindical, Luiz Fernando Emediato, a determinação já estava prevista na lei 8.900/94, que trata do seguro-desemprego.

O presidente da Comissão de Trabalho da Câmara, Pedro Fernandes (PTB-MA) vai além na crítica à concessão do seguro para apenas alguns setores. Ele acredita que a ampliação do benefício estimula o desemprego.

Quintino Severo, secretário geral da Central Única dos Trabalhadores (CUT), lembra que a ampliação do benefício sem critério e identificação pode incentivar demissões em outros setores.

17:13
Anónimo disse...
Empresas
TAM faz promoção para destinos internacionais

A companhia aérea TAM anunciou nesta sexta-feira tarifas promocionais para trechos internacionais. Os preços valem para bilhetes comprados entre 6h deste sábado e 23h59 deste domingo e são válidos para classe econômica. As tarifas, para ida e volta, serão vendidas a partir de US$ 99, mais taxas.

Segundo a aérea, a promoção vale para viagens feitas no período de 14 de fevereiro a 18 de junho de 2009. Para destinos na América do Sul, a permanência mínima é de dois dias; para bilhetes com destino nos Estados Unidos, cinco dias; e Europa, sete dias. A permanência máxima para as passagens para América do Sul e EUA é de dois meses e para Europa, três meses.

Entre os exemplos de tarifas promocionais, a TAM oferece São Paulo-Lima por US$ 99. Bilhetes para a rota São Paulo-Santiago serão vendidos a partir de US$ 199 e São Paulo-Nova York, US$ 799.

A emissão dos bilhetes deve ser feita obrigatoriamente no ato da reserva, obedecendo às regras estipuladas pela companhia. A compra está sujeita à disponibilidade de assentos nas classes tarifárias determinadas, trechos, horários e datas. A TAM afirmou que também há tarifas promocionais para a classe executiva.

Mais informações podem ser encontradas no site promocional (www.ofertastam.com.br), no site da empresa (www.tam.com.br) ou pelos telefones 4002-5700 ou 0800 5705700.

17:13
Anónimo disse...
Empresas
Consultoria negocia compra do parque temático Hopi Hari

A consultoria especializada em reestruturação de empresas Íntegra Associados informou nesta sexta-feira ter um acordo para comprar o parque de diversões Hopi Hari, localizado no interior de São Paulo. A empresa estaria disposta a investir R$ 10 milhões no parque, que tem dívida estimada em R$ 800 milhões. As informações são da edição deste sábado do jornal Folha de S. Paulo.

De acordo com o jornal, a transação ainda depende da negociação entre o Hopi Hari e seus credores, o que já estaria em andamento.

A consultoria paulista já atuou junto à Parmalat, durante 30 meses, quando reorganizou a gestão da empresa italiana.

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17:14
Anónimo disse...
Empresas
Disney de Tóquio contratará mais 2 mil apesar da crise


A Oriental Land, o operador da Disneylândia Tóquio e DisneySea, organizou neste domingo entrevistas para contratar cerca de 2 mil trabalhadores em tempo parcial, em um momento de grandes demissões deste tipo de empregados no Japão.

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O operador deste parque temático, situado em Urayasu, na província de Chiba (leste de Tóquio), está em pleno processo de seleção de empregados para 20 tipos de postos trabalhistas diferentes.

Segundo a companhia, citada pela agência local de notícias Kyodo, o parque contratará novos trabalhadores para as atrações, para os restaurantes e guardas de segurança entre outros. Os novos contratados começarão a trabalhar a partir de fevereiro.

O processo de seleção acontece em um momento em que a maioria das grandes companhias japonesas começaram a se ver obrigadas a despedir uma elevada percentagem de seus trabalhadores temporários e a tempo parcial.

Algumas inclusive anunciaram demissões de seus trabalhadores fixos, uma medida muito pouco comum nas companhias japonesas, perante os efeitos piores que o esperado pela crise econômica global.

Cerca de uma centena de pessoas esperavam desde a primeira hora desta manhã a abertura do centro de conferências Tokyo International Forum, onde as entrevistas estão sendo feitas, para ser os primeiros a solicitar os postos de trabalho.


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17:15
Anónimo disse...
Economia Internacional
Senado dos EUA aprova plano de estímulo à economia

O Senado dos Estados Unidos aprovou com 60 votos a favor e 38 contra o plano de estímulo à economia de US$ 787 bilhões na madrugada deste sábado. Agora, ele segue para sanção ou veto do presidente Barack Obama, que espera colocar a lei em prática até o dia 16 de fevereiro.

O plano prevê a criação de três milhões de empregos, inclui cortes de impostos às famílias, fundos para programas sociais e obras públicas, além de ajuda aos governos estaduais, estudantes e desempregados.

A cláusula Buy American - que exige o uso de ferro, aço e produtos manufaturados dos Estados Unidos em obras realizadas com recursos do pacote - ficou de lado. Segundo o texto definitivo, a cláusula será aplicada sem violar as normas do comércio internacional.

Ontem à tarde, a Câmara de Representantes (deputados) havia aprovado, por 246 votos a favor e 183 contra, a versão final do plano. Todos os republicanos foram contrários ao pacote.

Pelo acordo de quarta-feira entre Câmara e Senado, em vez de custar US$ 819 bilhões, como queriam os deputados, ou US$ 838 bilhões como pretendiam os senadores, o pacote ficou em cerca de US$ 787 bilhões, com 65% desse total destinado a gastos do governo federal e 35%, a créditos tributários.

17:16
Anónimo disse...
Economia nacional
Na era Lula, aposentadoria sobe 54% menos que salário mínimo

Thatiane Faria
Especial para o Terra
Direto de São Paulo

Os índices de reajustes concedidos pelo governo em 2009 para aposentados e pensionistas e para o salário mínimo repetiram uma diferença que, só durante o governo de Luiz Inácio Lula da Silva, já chega a 54%. Enquanto o mínimo foi majorado em 12% este ano, as pensões e aposentadorias tiveram aumento de 5,92%. Aposentados que têm o benefício do governo como única fonte de renda reclamam que perdem poder de compra e que sua cesta de compras é composta por itens que aumentam mais em relação à inflação oficial.

Um exemplo prático pode ser entendido a partir da comparação entre um aposentado que ganhava R$ 600 em janeiro de 2003. Na época, o benefício era três vezes, ou 200%, maior que o valor do mínimo em vigência, que era de R$ 200. Aplicando-se os índices de reajuste para aposentadorias e para o mínimo durante os últimos seis anos, o mesmo aposentado estaria recebendo hoje R$ 938,47, comparado a um salário mínimo de R$ 465. A diferença entre os dois valores caiu para pouco mais de 100%.

Enquanto o índice acumulado de reajuste para a aposentadoria durante o governo Lula foi de 60%, para o salário mínimo está em 132%.

O diretor do Sindicato Nacional dos Aposentados, João Inocentini, reclama que os valores dos benefícios para aposentadorias não mantêm o poder de compra do grupo, principalmente dos aposentados que recebem menos que dez salários mínimos.

Nem mesmo o fato de o índice de reajuste das aposentadorias ter ficado acima da inflação acumulada no mesmo período (o IPCA entre janeiro de 2003 e janeiro de 2009 foi de 39,7%) serve de argumento, segundo os aposentados.

"Os idosos, principalmente, têm gastos além das contas gerais como gás, telefone e aluguel. Para eles o custo com remédios, e outros itens da área saúde costuma ser maior", afirmou Inocentini.

O presidente do sindicato afirmou que o grupo realiza um estudo com 100 itens de necessidade de um idoso para comparar o aumento dos produtos com o índice de reajuste do benefício recebido pelos aposentados.

"Daqui dois meses vamos abrir um processo na Justiça e levar essa pesquisa como prova. Segundo a lei, o governo é obrigado a manter o poder de compra com a aposentadoria", disse Inocentini.

Alternativas
O consultor financeiro Cláudio Boriola diz que os aposentados, especialmente nesse momento de crise econômica, devem evitar compras parceladas, pesquisar preços, negociar e fazer bom planejamento financeiro.

Segundo Boriola, alguns aposentados ganham um valor mensal muitas vezes insuficiente para o pagamento das contas e acabam pedindo crédito ou realizando pagamentos a prazo e são obrigados a pagar juros altos.

Na opinião do consultor, pagar uma previdência privada é uma alternativa indicada para quem ainda trabalha, considerando a característica de perda de poder de compra da aposentadoria.

"Na prática, infelizmente os valores encontram-se em um patamar que está deteriorando o poder de aquisição da população brasileira", completou Boriola.

De acordo com o diretor da Confederação Brasileira de Aposentados e Pensionistas (Cobap), Vicente Fernandes Barbosa, representantes dos aposentados tentarão um encontro com o presidente da Câmara, deputado Michel Temer (PMDB-SP), para discutir projetos que minimizem a perda dos aposentados

17:17
Anónimo disse...
Previdência
Previdência prorroga isenção de tarifas no benefício

O atual sistema de pagamento aos 26 milhões de aposentados e pensionistas do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) será mantido até o final deste ano. O acordo, que permite realizar a operação sem nenhum custo aos beneficiários, foi renovado nesta sexta-feira, entre o governo federal e 21 instituições financeiras.

Por meio desse acordo, vigente desde setembro de 2007, nem os segurados, nem os bancos e nem o governo arcam com o pagamento de tarifas, conforme explicou o ministro da Previdência Social, José Pimentel. A prorrogação vale até dezembro, data máxima para que a Previdência defina as regras para um novo contrato.

Ao assinar o termo de renovação, na sede da Federação Brasileira dos Bancos (Febraban), o ministro disse que a intenção do governo é mudar o atual modelo de gestão visando a reduzir os custos dessas operações em torno da folha mensal, que atinge R$ 15,8 bilhões. No entanto, qualquer alteração, conforme explicou, passará antes por audiências públicas a serem realizadas a partir do segundo semestre deste ano, atendendo a determinação do Tribunal de Contas da União (TCU).

De acordo com Pimentel, com um redesenho do mecanismo de repasse dos recursos aos bancos em torno da folha de pagamento dos segurados o que se busca é um aumento da participação de instituições financeiras. Ele informou que, desde 2007, cada benefício custa em média R$ 1,07 ao governo. "Quanto mais instituições financeiras estiverem prestando serviços à sociedade, maior é a competitividade, a agilidade no atendimento", justificou.

O ministro observou, ainda, que, para permitir uma redução para algo em torno de meia hora no tempo de atendimento para a concessão dos direitos previdenciários, o governo investiu R$ 280 milhões.

Questionado sobre o descontentamento dos segurados que ganham acima de um salário mínimo terem obtido apenas a correção com base na variação do Índice de Preços ao Consumidor (INPC) , ficando abaixo do reajuste dado a quem recebe apenas o mínimo, Pimentel argumentou que o governo seguiu o que determina a lei e descartou a possibilidade de uma revisão

17:17
Anónimo disse...
Empresas
Caterpillar oferece aposentadoria antecipada a 2 mil


A companhia americana Caterpillar ofereceu a cerca de dois mil funcionários incentivos para que se aposentem de forma voluntária antes do previsto, pela perspectiva de uma queda "significativa" da atividade industrial, informou nesta quarta-feira a empresa.

A iniciativa, destinada aos trabalhadores de diversas fábricas em Illinois, Colorado, Tennessee e Pensilvânia, se soma aos cortes de empregos anunciados em janeiro, explicou em comunicado de imprensa.

A empresa, a maior fabricante mundial de maquinaria pesada para a construção e a mineração, acrescentou que, "em função das condições de negócio, podem ser necessárias mais reduções de elenco voluntárias e involuntárias à medida que o ano avança".

O vice-presidente da companhia, Sid Banwart, explicou que a empresa prevê "demissões significativas em todas as regiões geográficas e na maioria dos setores devido às dificuldades da economia mundial".

17:18
Anónimo disse...
Comércio
Comércio exterior da OCDE caiu no 3º trimestre de 2008


As exportações e as importações dos países da Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Econômico (OCDE) caíram 1,6% e 0,2%, respectivamente, no terceiro trimestre de 2008, em relação aos três meses anteriores.

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Trata-se da primeira queda destas atividades desde o terceiro trimestre de 2006, segundo o último relatório trimestral sobre fluxos comerciais divulgado pela OCDE.

As exportações e as importações em dólares dos 30 Estados-membros caíram 15,6% e 17%, respectivamente, na comparação anualizada.

Por sua vez, o comércio dos sete países mais ricos do mundo (G7) teve um pequeno crescimento no terceiro trimestre de 2008 com uma queda das exportações de mercadorias de 0,2% em relação ao trimestre anterior e um aumento de 0,4% das importações.

Em termos anualizados, as importações do G7 caíram 1,4% entre julho e setembro do ano passado, seu primeiro retrocesso desde o terceiro trimestre de 2006, enquanto as exportações aumentaram 1,9%, seu crescimento mais baixo no mesmo tempo.

Por países, a Alemanha aumentou suas importações em 3,4% - valor mais alto do G7 -, enquanto suas exportações caíram 2,9% do segundo para o terceiro trimestre de 2008.

Pelo contrário, as exportações americanas aumentaram 1,8% entre julho e setembro de 2008, enquanto as importações caíram 0,7% em relação ao trimestre anterior. No Japão, tanto as importações quanto as exportações caíram em torno de 1% no mesmo período.

17:19
Anónimo disse...
Economia Nacional
Lula: juros de crédito consignado a aposentados são altos

Atualizada às 17h29

O presidente Luis Inácio Lula da Silva afirmou nesta terça-feira, em São Paulo, que está lutando para reduzir as taxas de juros cobradas de aposentados em crédito consignado. A Previdência Social estabelece uma taxa máxima de 2,5% para empréstimo e de 3,5% para cartão. Para Lula, os valores são altos.

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"Acho que o juro que os aposentados estão pagando hoje com o crédito consignado é alto para o padrão brasileiro", disse o presidente durante a cerimônia de comemoração dos 86 anos do INSS.

A Previdência anunciou nesta terça-feira que aposentados e trabalhadoras com licença-maternidade poderão receber seus benefícios em 30 minutos. De acordo com Lula, em junho, a aposentadoria do trabalhador rural também será conseguida em meia hora.

Além disso, o presidente anunciou que, também em junho, os trabalhadores que alcançarem o direito à aposentadoria passarão a receber em suas casas um comunicado da Previdência informando o fato e o valor do salário que têm direito a receber. "É um comprometimento público que estou fazendo com os companheiros da Previdência Social", disse.

"Estamos retribuindo ao contribuinte da Previdência Social aquilo que é a cidadania que ele tem direito", afirmou Lula. "Se para cobrar nós somos tão precisos, para devolver o dinheiro, temos que chegar próximo à perfeição", completou.

17:20
Anónimo disse...
Economia Nacional
Salário maternidade sairá em 30 minutos, diz ministro

Toda trabalhadora autônoma que tiver contribuído pelo menos 10 meses com o Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) - ou as que possuírem carteira assinada - poderão receber em 30 minutos o salário maternidade a partir desta terça-feira. Da mesma forma, as mulheres com 30 anos de contribuição e os homens com 35 anos também terão direito ao benefício de forma mais rápida. A informação é do ministro da Previdência Social, José Pimentel.

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Para requerer o salário maternidade, é preciso que as autônomas levem a carteira de identidade e o carnê de contribuição. As demais trabalhadoras devem apresentar a identificação e a carteira de trabalho. Desde o início do mês, a nova forma de análise para a concessão de benefícios foi adotada para a aposentadoria por idade do trabalhador urbano e agora foi estendida para o salário maternidade e por tempo de contribuição.

O ministro disse que a qualificação do serviço da previdência social é o reconhecimento do direito dos trabalhadores e da afirmação da cidadania.

"Até pouco tempo na cabeça do cidadão o serviço devia ser de péssima qualidade. Agora não, nós modificamos toda a legislação no mês de dezembro numa ação conjunta do Congresso Nacional com o governo federal. Estamos implantando e concedendo os benefícios em até 30 minutos", afirmou.

O ministro destacou que para conseguir se aposentar ou ter acesso à licença maternidade em 30 minutos, em primeiro lugar, é necessário que o cidadão esteja vinculado à Previdência, o que inclui 65% da população acima de 16 anos de idade.

"Depois bastar marcar pelo sistema 135 o dia e a hora do atendimento e levar a documentação. Se todos os dados necessários estiverem corretos o contribuinte será atendido em até 30 minutos, como vem sendo feito com as aposentadorias por idade desde o dia cinco de janeiro", explicou.

Pimentel disse ainda que em 90% das agências da previdência social o atendimento é marcado em até 48 horas. Nos grandes centros, entretanto existe um volume maior o que torna mais lento o processo.

"Estamos criando mais 715 agências até 2010, em todo o território nacional, para descentralizar o atendimento. Em 2008, atendemos 295 mil benefícios e aposentadorias por idade. Temos 4 mil pessoas por dia procurando e se aposentando por idade no território nacional. Este serviço será agilizado", concluiu.
17:26
Anónimo disse...
Giuseppe Englaro, pai de Eluana, a italiana que morreu na segunda-feira passada por desidratação, recusou uma grande soma de dinheiro de um conhecido fotógrafo italiano que queria retratar a filha em estado de coma, disse neste sábado o neurologista que atendia a mulher desde 1996, Carlo Defanti.

O neurologista, que participou hoje de uma conferência sobre eutanásia, disse que Englaro respeitou a vontade da filha, que, antes do acidente, tinha pedido que, se lhe ocorresse qualquer coisa irreversível, apresentasse sua imagem de quando estava em boas condições.

Antes de sofrer o acidente de trânsito, em 1992, Eluana viveu o coma de um amigo, Alessandro, o que causou forte impacto na italiana e a levou a fazer o pai prometer que não a deixasse viver em estado vegetativo, disse o próprio Giuseppe Englaro.

Defanti, que dissera que Eluana poderia viver de dez a 12 dias depois da suspensão da alimentação e da hidratação, disse que, como médico, tinha que reprovar esta afirmação.

"Não se pode sobreviver após três ou quatro dias sem líquido e, em particular, água em um corpo. Sabemos bem que, quando há um terremoto, após quatro dias é difícil encontrar sobreviventes".

Defanti ressaltou que Eluana "não falava, não se comunicava com o exterior" e que, após vários exames, "nos deparamos com uma moça que tinha perdido a consciência", porque estava com o córtex cerebral prejudicado.

Eluana foi enterrada na quinta-feira passada no túmulo da família na localidade de Paluzza, em Udine, após um funeral que não contou com a presença dos pais.

16:53
Anónimo disse...
Os bombeiros combatem neste sábado os incêndios na Austrália favorecidos pelo bom tempo, enquanto os deslocados encotram em seu retorno casas derruídas, carros queimados nas ruas e destruição.

Depois de sete dias desde que começaram os incêndios no Estado de Victoria, a lista de mortos chega a 181, os desaparecidos somam 50, os edifícios destruídos totalizam 1,834 mil e o terreno arrasado, principalmente florestas, ocupa uma área de 4,13 mil quilômetros quadrados.

As equipes de bombeiros, formadas por 4 mil profissionais de Victoria, de outras partes da Austrália e de países amigos, combateram hoje 12 focos fora de controle e nenhum representava uma ameaça direta para a população.

O subdiretor do Serviço de Bombeiros, Geoff Conway, disse que este tempo favorável, que se prolongará durante o domingo, permite consolidar as linhas de contenção e avançar na extinção das chamas.

Cinzas apareceram arrastadas por ventos do nordeste sobre Melbourne, onde habitam 3,8 milhões de pessoas, e as autoridades alertaram aos cidadãos do risco para a saúde de idosos, crianças e pessoas com problemas respiratórios.

O número de pessoas deslocadas - a Cruz Vermelha chegou a receber 7 mil - começou a cair com a abertura de algumas localidades atingidas.

Os incêndios, alguns criminosos, começaram em 7 de fevereiro, quando a região sul da Austrália estava há duas semanas sob uma onda de calor sem precedentes.

Na sexta-feira passada, a polícia acusou uma pessoa de ter provocado o incêndio que atingiu a localidade de Churchill e matou 21 pessoas.

16:55
Anónimo disse...
A primeira chuva em seis dias reduziu a ameaça de incêndios no Estado de Victoria, ao sul da Austrália. As autoridades, porém, advertiram que ainda existem 12 focos, mas que nenhum deles ameaça áreas povoadas.

Mais de quatro mil bombeiros, mil provenientes de outras partes do país e de outras nações, trabalham contra o fogo. Cerca de 600 veículos e 28 helicópteros e pequenos aviões estão sendo usados.


Eles conseguiram construir linhas de contenção para evitar os incêndios de Yarra e Maroondah se juntassem. Também foram controlados os incêndios abertos de Yea e Murrindindi, que ameaçavam as comunidades de Connellys Creek, Crystal Creek, Scrubby Creek e Native Dog Creek.

O número de mortos chegou a 181, mas as autoridades acreditam que as vítimas devem passar de 200, já que ainda há muitos desaparecidos.

16:55
Anónimo disse...
Aqui nesta coluna, na semana passada, tive a oportunidade de comentar sobre a recente visita do professor brasileiro Pedrinho Guareschi à Austrália. Não dei, porém, os fatos, pois semana passada o assunto era outro.

Hoje, porém, vamos a eles.

No último dia 4 de fevereiro, aconteceu o Seminário "Paulo Freire: Education and Liberation", organizado pelo centro de estudos latino-americanos da Universidade Nacional da Austrália, ou ANU, como é mais conhecida por aqui.

A ANU, para quem não sabe, está entre as 20 melhores universidades do mundo! E tem sede aqui em Camberra, capital da Austrália.

Na abertura do evento, o professor John Minns, diretor do centro latino-americano, ao dar boas-vindas ao público presente, lembrou ser aquele o primeiro seminário exclusivamente dedicado a Paulo Freire na Austrália.

Em seguida, convidou Pedrinho Guareschi, palestrante principal do Seminário, a fazer sua apresentação.

A plateia pode então conhecer, pelas palavras de Pedrinho, um pouco da obra e da vida de Freire, esse brasileiro de fé e valor, que sempre acreditou na educação, sobretudo dos menos favorecidos, analfabetos, como força libertadora.

Como não podia deixar de ser, os conceitos e ideias revolucionários de Paulo Freire, expostos com clareza por Pedrinho, despertaram o interesse e a curiosidade de plateia. A qual, deve-se notar, era na maioria de estudantes, mas de várias nacionalidades, sobretudo australianos e asiáticos.

Na continuação do programa do seminário, que se estendeu por dois dias, outros professores fizeram palestras sobre temas ligados à obra de Paulo Freire.

Interessante, por exemplo, saber que a professora Anne Hickling-Hudson, jamaicana que mora na Austrália há muitos anos (é professora da ANU), conheceu e trabalhou com Freire num workshop educacional durante a revolução na Ilha de Granada, em 1980, antes da invasão dos Estados Unidos...

Ou, então, a palestra da Professora Gerda Roelvink, da Nova Zelândia, que participou do Fórum Social de Porto Alegre em 2005. E essa participação transformou-se em tema de doutorado.

No dia 10, terça-feira passada, o padre Pedrinho Guareschi voltou a falar ao público australiano em grande auditório localizado no belíssimo campus da ANU. Desta vez, sobre a Teologia da Libertação.

Depois da palestra, John Minns mostrou o filme mexicano "O Crime do Padre Amaro", no qual um dos personagens é um padre católico praticante da Teologia da Libertação.

Mais uma vez, foi grande o intersse da platéia, que pode aprender e conhecer um pouco como se desenvolveu aquele importante movimento católico na América Latina.

Fica, assim, ao Pedrinho, bem como a outros brasileiros estudiosos e de bom coração que saem pelo mundo a divulgar aspectos importantes da cultura brasileira, o respeito e a homenagem desta coluna. E... aquele abraço!

16:57
Anónimo disse...
Amanda Kitts perdeu o braço esquerdo em um acidente de automóvel acontecido três anos atrás, mas hoje em dia ela joga futebol americano com seu filho de 12 anos de idade, troca fraldas e abraça as crianças nas três creches Kiddie Cottage que opera em Knoxville, Tennessee. Kitts, 40 anos, faz tudo isso com a ajuda de um novo tipo de braço artificial que se movimenta com mais facilidade do que outros aparelhos e que ela pode controlar utilizando apenas seus pensamentos.

"Eu sou capaz de mexer a mão, o pulso e o cotovelo ao mesmo tempo", diz. "Você pensa e os músculos se movem em seguida".

A recuperação que ela conseguiu resulta de um novo procedimento que vem atraindo crescente atenção porque permite que pessoas movam braços protéticos de forma mais automática do que faziam no passado, simplesmente utilizando nervos reaproveitados em seus cérebros.

A técnica, conhecida como "renervação muscular dirigida", envolve utilizar os nervos que restam depois da amputação de um braço e conectá-los a outro músculo do corpo, em geral no peito. Eletrodos são instalados sobre os músculos do peito, e operam como se fossem antenas. Quando a pessoa deseja mover o braço, o cérebro envia sinais que primeiro resultam em contração dos músculos do peito, os quais enviam um sinal ao braço protético, instruindo-se a se movimentar. O processo não requer mais esforços consciente do que a pessoa teria de exercitar caso ainda tivesse seu braço natural.

Na terça-feira, pesquisadores reportaram em estudo publicado pela versão online do Journal of the American Medical Association que haviam levado a técnica ainda mais à frente, tornando possível a execução de 10 movimentos de mão, pulso e cotovelo diferentes, o que representa uma substancial melhora com relação ao típico repertório protético, que em geral envolve apenas dobrar o cotovelo, girar o pulso e abrir a mão.

"Os novos métodos tiveram impacto dramático em nosso campo de trabalho", disse Stuart Harshbarger, engenheiro biomédico na Universidade Johns Hopkins e diretor do programa de pesquisa sobre próteses, financiado pelas forças armadas, que inclui o trabalho com essa técnica. "O método já está em uso por médicos e cirurgiões comuns em todo o país. A capacidade de controlar um membro protético bastante robusto que ele confere surpreendeu a todos pela qualidade".

Tipicamente, uma pessoa que tenha um braço protético só é capaz de executar alguns poucos movimentos, e muitas vezes com tamanha lentidão que isso só permite a ela atividades limitadas.

Há um motor separado para cada movimento, diz Gerald Loeb, professor de engenharia biomédica na Universidade do Sul da Califórnia, "e esses motores precisam ser controlados de maneira explícita", usualmente por um esforço consciente da pessoa para contrair músculos nas costas ou no bíceps.

"Essencialmente, até agora os pacientes controlavam apenas um motor de cada vez", diz Loeb, "e precisavam pensar cuidadosamente sobre que motor desejavam controlar e como fazê-lo operar, em lugar de simplesmente pensarem em mover o braço e poderem fazê-lo sem delongas".

Antes que Kitts passasse pelo procedimento de renervação, em outubro de 2007, por exemplo, ela precisava movimentar os músculos de suas costas de determinada maneira para fazer com que seu pulso girasse, e flexionar seu bíceps e tríceps para fazer com que o cotovelo se movesse para cima e para baixo. "Era muito trabalho", ela conta. "E não me ajudava muito".

O procedimento de renervação é parte de uma recente explosão de idéias novas e técnicas inovadoras que estão sendo exploradas enquanto os cientistas se esforçam por ajudar as pessoas a compensar melhor a perda de membros ou problemas de paralisia. O esforço vem sendo alimentado pelo aumento no número de amputações causado por diabetes e por ferimentos sofridos pelos militares, e ao mesmo tempo pelos avanços na tecnologia médica.

Os braços se tornaram um dos focos essenciais desse tipo de trabalho. A ciência há muito vem obtendo sucessos no desenvolvimento de próteses de perna, mas é muito mais difícil imitar a complexidade e a destreza das mãos e dos braços.

Os esforços em curso incluem o desenvolvimento de projetos de pele e braços mais sensíveis e mais flexíveis, e o uso de dispositivos acionados por controles sem fio implantado nos braços protéticos, que permitiriam movimentos mais naturais.

Os pesquisadores também vêm usando sensores implantados nos cérebros de cobaias para permitir que dois macacos controlem um braço mecânico, e um teste com um homem paralítico permitiu, com esse método, que ele movimentasse um cursor em uma tela de computador.

Alguns desses métodos, caso venham a ser aperfeiçoados plenamente e consigam aprovação das autoridades regulatórias da saúde, podem no futuro se tornar mais viáveis para os pacientes de amputações.

E embora a técnica da renervação não requeira aprovação das autoridades regulatórias porque é executada por meios cirúrgicos e emprega aparelhos já existentes, ela apresenta limitações que até mesmo seus criadores reconhecem, entre as quais o fato de que não se pode utilizá-la para todos os pacientes, o seu alto custo e o prazo de meses requerido para que os nervos reconectados cresçam e se tornem efetivos.

Ainda assim, os especialistas dizem que é o mais avançado sistema em uso hoje para pacientes reais que permite que o sistema nervoso controle diretamente o movimento de um braço artificial.

Desde sua introdução por Todd Kuiken, médico fisioterapeuta e engenheiro biomédico do Instituto de Reabilitação de Chicago, o método foi empregado em cerca de 30 pacientes nos Estados Unidos, Canadá e Europa, entre os quais oito soldados feridos no Iraque e no Afeganistão.

Muitos dos pacientes, entre os quais o primeiro, Jesse Sullivan, um operário do setor elétrico no Tennessee que perdeu os dois braços quando foi eletrocutado por um cabo, conseguem não apenas manipular seus braços protéticos mas sentir a presença das mãos que já não têm quando alguém toca em seus peitos.

Sullivan, 62 anos, e Kitts, estavam entre os cinco pacientes que participaram do estudo reportado na terça-feira. Em companhia de cinco outras pessoas que não passaram por amputações, eles receberam os eletrodos e foram instruídos a usar pensamentos para fazer com que um braço virtual na tela reproduzisse 10 movimentos diferentes, entre os quais três formas diferentes de aperto de mão.

Os pacientes apresentaram desempenho bastante respeitável, apenas um pouco mais lento e menos preciso do que os dos participantes que não tinham amputações.

"As velocidades de movimento que encontramos em nossos pacientes foram realmente encorajadoras", disse Kuiken. "Eles conseguiram completar a tarefa. É claro que não foram tão competentes quanto as pessoas dotadas de plena capacidade física, mas foram bons o bastante".

Um braço virtual foi usado porque a maioria das próteses existentes não era capaz de acomodar todos aqueles movimentos, no momento da pesquisa, ainda que Sullivan, Kitts e uma terceira paciente, Claudia Mitchell, tenham experimentado dois novos protótipos mais versáteis de braços artificiais, executando tarefas complexas com bolas de tênis e outros objetos.

O trabalho de renervação em soldados apresenta outros desafios, diz Kuiken, porque os ferimentos militares muitas vezes "causam danos muitos extensos" a nervos, músculos ou ossos.

Daniel Acosta, 25 anos, um aviador ferido pela detonação de uma bomba em uma estrada do Iraque em 2005, passou pelo procedimento no ano passado e diz que seu braço esquerdo protético agora se movimenta "muito mais rápido" e de maneira muito mais natural.

"A diferença é que agora não preciso mais pensar para mover o braço", ele diz. "Ele simplesmente se mexe".

Ainda assim, Acosta, de San Antonio, diz que "o processo foi bastante longo" e que os eletrodos precisam ser ajustados para receber os sinais à medida que os nervos crescem ou mudam de posição.

E embora elogiem o método, os especialistas afirmam que a ciência das próteses de braço ainda tem muito por avançar.

"Trata-se de uma parte crucial, mas ainda assim apenas uma parte, das muitas coisas que compreendem a função normal de um braço", disse Loeb, que escreveu um editorial que acompanha o artigo no Journal of the American Medical Association.

"No momento estamos a meio do caminho entre o braço de 'Dr. Fantástico', que fazia involuntariamente a saudação nazista, e o braço de Luke Skywalker em 'Guerra nas Estrelas', que funciona sem nenhum problema assim que é conectado. Creio que precisaremos ainda de muitos anos para conectar todas as peças necessárias a produzir um braço capaz de funcionar normalmente".

17:04
Anónimo disse...
A Espanha disse neste sábado que está preparando uma reclamação oficial contra a decisão da Venezuela de expulsar um membro do Parlamento Europeu que criticou o conselho eleitoral venezuelano.
Luis Herrero, membro do partido conservador espanhol PP, foi deportado na sexta-feira depois que o Conselho Nacional Eleitoral (CNE) o acusou de questionar a imparcialidade da instituição antes de um referendo que pode permitir ao presidente Hugo Chávez permanecer no cargo indefinidamente.

Herrero estava na Venezuela como observador do referendo. Ele acusou Chávez de ter "comportamentos típicos de um ditador" por pedir a contenção de manifestações da oposição.

O governo da Espanha convocou um encontro com o embaixador da Venezuela em Madri para expressar a desaprovação sobre a expulsão de Herrero, disse um representante do Ministério das Relações Exteriores espanhol.

As relações da Venezuela com a Espanha tiveram seu ponto crítico em 2007, quando Chávez ameaçou rever acordos diplomáticos e comerciais depois de ouvir um "cala a boca" do rei espanhol Juan Carlos durante uma cúpula.

A fenda foi oficialmente reparada em 2008, com uma visita oficial de Chávez à Espanha, onde ele cumprimentou o rei e discutiu acordos para investimento no setor petroquímico com o primeiro-ministro José Luis Rodriguez Zapatero.

17:06
Anónimo disse...
A polícia do Zimbábue anunciou neste sábado que acusa de traição Roy Bennett, dirigente do até agora opositor Movimento para a Mudança Democrática (MDC), detido na sexta-feira, em Harare, poucas horas antes da cerimônia de posse dos membros do novo gabinete.

"A Polícia nos informou que vão apresentar acusações de traição", disse à agência EFE o advogado de defesa de Bennett, Trust Maanda.

"Tentam relacionar Roy com o caso de Mike Hitschmann, que foi detido em 2006 em relação à descoberta de um carregamento de armas, apesar de que Hitschmann não tenha sido declarado culpado das acusações de traição apresentadas contra ele, mas de um crime menor de descumprimento de leis", disse Maanda.

O político opositor, designado por seu partido como vice-ministro de Agricultura no Governo de união nacional, esteve no exílio na vizinha África do Sul desde 2006 e retornou ao Zimbábue há duas semanas.

Segundo a Polícia, que deteve Bennett ontem no aeroporto de Harare quando pretendia ir à África do Sul para visitar sua família, as armas apreendidas em 2006 seriam utilizadas em um golpe de Estado para derrubar o presidente do Zimbábue, Robert Mugabe.

Depois da detenção, Bennet foi levado a Mutar, onde vários simpatizantes do MDC se concentraram em frente à delegacia na qual estava detido, diante do que a Polícia respondeu com tiros para o alto para dispersar os manifestantes.

17:07
Anónimo disse...
Austrália: 14 mil se candidatam a 'emprego dos sonhos'

A secretaria de Turismo de Queensland, na Austrália, informou que até esta segunda-feira já recebeu cerca de 14 mil inscrições para o "o melhor emprego do mundo". O Estado australiano promove pela internet seleção para vaga de "zelador" da ilha Hamilton, por seis meses com um salário de R$ 40 mil.

Muitos candidatos tiveram problemas durante a inscrição por conta dos acessos simultâneos ao site. A secretaria aconselha enviar os vídeos de 60s explicando porque deve ser escolhido em horários alternativos do dia, além de recomendar tamanho em torno de 40MB.

As inscrições começaram em 12 de janeiro e vão até o próximo dia 22 e podem ser feitas pelo site www.islandreefjob.com. O governo australiano escolherá 50 candidatos para a próxima fase da seleção, que terá votos do público para eleger um dos 11 finalistas.

A última fase terá entrevistas e desafios físicos, no próprio local de trabalho: as ilhas da Grande Barreira Coralina - o maior recife de coral do mundo. A secretaria de Turismo anunciará o vencedor no dia 6 de maio.

17:09
Anónimo disse...
Mercado elogia governo na crise, mas pede maior queda no juro

Peter Fussy
Direto de São Paulo

Desde as primeiras medidas anunciadas para combater os efeitos da crise, o governo brasileiro avisou que a estratégia não contemplaria um pacote. Seriam doses pontuais, de acordo com a necessidade da economia diante do agravamento das turbulências. Da primeira liberação dos depósitos compulsórios em setembro até a ampliação do seguro-desemprego na última quarta-feira, o governo passou por redução de impostos, ampliação de crédito e incentivos à exportação. Quase 150 dias após a primeira medida, o Terra conversou com líderes do setor público e privado, representantes dos trabalhadores, acadêmicos e com o próprio governo para saber quais destas ações foram mais eficazes, quais foram mais ineficientes e o que mais pode ser feito pelo Estado brasileiro contra a crise.

Os maiores elogios foram direcionados à atitude de reduzir o Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) para a indústria automobilística, anunciada em dezembro e que fez com que os emplacamentos de carros novos subissem 1,9% no primeiro mês do ano em relação a dezembro de 2008. Já as maiores críticas foram para a lentidão no corte da taxa básica de juro do País.

Para o presidente do conselho administrativo do Grupo Pão de Açúcar, Abílio Diniz, o Estado não é responsável pela crise e mesmo assim está agindo "com extrema serenidade e muito acerto". "O governo está atento, fazendo a sua parte. É preciso coragem de baixar firmemente a taxa de juros. É uma arma que temos a nosso favor, já que não há clima para inflação, nem possibilidade de danos para a macroeconomia", afirmou Diniz.

Na última reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), em janeiro, a taxa Selic foi reduzida em um ponto percentual, de 13,75% para 12,75% ao ano. Porém, o professor de economia da Universidade de Brasília (UnB) José Luiz Oreiro lembra que este corte representa uma redução de apenas 0,25 ponto percentual com relação à taxa de setembro do ano passado, quando a crise se agravou.

"Pouco antes da eclosão da crise, o Banco Central aumentou a taxa em 0,75 ponto. Foram cinco meses de demora para reduzir em termos líquidos apenas 0,25 ponto", afirmou o economista, que também sugeriu redução do intervalo de cerca de 90 dias entre as reuniões do Copom e o corte de pelo menos um 1 ponto percentual em cada reunião.

Mesmo com o corte de janeiro, a taxa de juros real continua sendo a maior do mundo, lembrou o secretário-geral da Força Sindical, João Carlos Gonçalves, o Juruna. "A redução da taxa de juro ainda é pequena, porque ela continua uma das mais altas do mundo. Falta ousadia para baixar os juros e ajudar o cidadão. A permanência da taxa de juro alta é negativa para o País em meio a crise", afirmou Juruna.

Embora aprove as ações do governo, o senador Aloízio Mercadante (PT-SP) também acredita que o patamar da Selic está muito alto. "Sempre fomos os primeiros a entrar em qualquer crise, o que não aconteceu agora. A taxa Selic ainda é muito alta, mas o governo têm tomado medidas acertadas, como o aumento do salário mínimo, mesmo com um cenário de crise. Isso ajuda a movimentar o consumo. O governo está se esforçando para manter os investimentos e o crescimento", disse.

Tributos
De acordo com o economista Fabio Pina, da Fecomercio-SP, as ações mais positivas estão relacionadas à redução de tributos para alguns segmentos, como a indústria automobilística, que recuperou parte da queda nas vendas em janeiro com a isenção do IPI para carros 1.0 l e o corte para demais motorizações. A medida vale até o final de março.

"Essas medidas não só reduziram o preço, mas anteciparam o consumo daqueles que iriam comprar no futuro, dando um prêmio por conta da insegurança. Mexe diretamente com o principal problema que é a confiança do consumidor", afirmou. Juruna destacou que um bom ritmo de vendas é garantia de emprego. "É importante porque cada emprego na montadora significa 19 na cadeia produtiva", comentou o representante da Força Sindical.

Também em dezembro, o governo decidiu cortar pela metade a alíquota do Imposto de Renda para contribuintes que ganham entre R$ 1.434 e R$ 2.150 mensais. "O salário aumentava e a tabela não se modificava. As pessoas ganhavam mais e pagavam mais impostos", apontou Juruna. Outra redução de tributos do governo foi com relação ao Imposto sobre Operações Financeiras (IOF), que caiu de 3% ao ano para 1,5%.

Crédito
Na segunda metade de 2008, o colapso de bancos nos Estados Unidos por conta da crise do subprime provocou uma forte restrição de crédito no mundo inteiro. Uma das primeiras medidas anticrise do governo teve como objetivo restabelecer a oferta, com mudanças no recolhimento dos depósitos compulsórios por parte dos bancos. Segundo o presidente do Banco Central, Henrique Meirelles, as diversas modificações liberaram US$ 99,2 bilhões aos bancos até o final de janeiro.

Além disso, o governo concedeu R$ 36 bilhões das reservas internacionais para empresas brasileiras com dívidas no exterior e uma medida provisória autorizou o Banco do Brasil e a Caixa Econômica Federal a comprar carteiras de crédito de bancos privados. Para o diretor do Departamento de Pesquisas e Estudos Econômicos da Fiesp, Paulo Francini, estas medidas foram essenciais para combater os efeitos da crise.

"A crise se desenvolve no mundo em torno do tema crédito. E o crédito reduziu-se barbaridade no mundo. Então o governo lança mão de compulsório, lança mão de reservas, de medidas que permitem aos bancos comprar carteiras de bancos. Você vai tomando várias medidas para atender às demandas e o epicentro disso é crédito", afirmou.

No entanto, Oreiro, da UnB, adverte que a liberação dos compulsórios seria mais eficiente acompanhada de redução mais agressiva da taxa básica de juro. "Uma parte do crédito voltou, depois da forte retração em outubro e novembro. O que deveria ter sido feito junto à liberação do compulsório era uma redução mais drástica da taxa de juro. Sem isso, os bancos pegam as reservas e acabam comprando títulos públicos", explicou o economista.

Na opinião de Pina, as ações de distribuição de crédito via redução do compulsório e a disposição de capital de giro para empresas foram tomadas sem um cuidado maior na operação e não tiveram muito efeito. "O BNDES tem linhas que ficam paradas quase todo o ano, agora é pior ainda. Existem os recursos, mas as empresas e os bancos estão desconfiados. É preciso fazer com que os bancos tenham interesse em emprestar", afirmou o economista da Fecomercio-SP.

Futuro
Mesmo com todas essas medidas, a crise financeira ainda gera incertezas nos setores produtivos do País. Nos últimos meses, o medo do desemprego fez os consumidores adiarem compras. Por sua vez, a queda nas vendas pode obrigar as indústrias a cortarem a produção e demitir funcionários. Contra isso, empresários sugerem redução de jornada e de salários.

"Isto está previsto em lei. A Fiesp simplesmente manteve conversações com entidades sindicais quanto à aplicação daquilo que já está previsto em lei", afirmou Francini.

Segundo a ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff, uma das medidas que assegura um nível de emprego é a manutenção de investimentos no Programa de Aceleração do Crescimento (PAC). "Estamos esperando que a dificuldade ocorra em janeiro, fevereiro e março. Estamos certos que vamos manter o nível de investimento. É isso que funciona, é isso que significa investimento público. Ele funciona como um colchão. Por isso, nós colocamos R$ 100 bilhões no BNDES e a Petrobras ampliou o seu investimento em R$ 120 bilhões", afirmou.

Na mesma linha, Pina explica que a antecipação de gastos do governo substitui parte da demanda retraída do setor privado. "Ele dá o seguinte recado: não vou estourar as contas públicas, mas concentrar em um momento em que a demanda privada está pequena. Mas o governo não tem fôlego suficiente para fazer o papel de toda demanda", ressaltou. O economista da Fecomercio lembrou que a entidade já pleiteou junto ao governo isenções para transferência de imóveis e de automóveis, além de retirar o IPVA para veículos novos.

Já Oreiro foca suas propostas na capitalização do Banco do Brasil e da Caixa Econômica Federal pelo Tesouro para atender a demanda de crédito para capital de giro e reduzir o spread. "Aumentando o empréstimo e reduzindo as taxas, os dois vão forçar os bancos privados a acompanhar o movimento, até para não perderem participação no mercado", explicou o economista da UnB.

Até o Carnaval, o governou prometeu detalhar um pacote de incentivos para a construção de até um milhão de casas populares, direcionado a famílias com renda de até dez salários mínimos. "Estamos atentos a tudo o que está acontecendo e novas medidas serão tomadas caso haja uma avaliação de que sejam necessárias", disse o ministro da Fazenda, Guido Mantega, na última sexta-feira.

17:11
Anónimo disse...
Ex-ministro critica extensão do seguro-desemprego

Atualizada às 09h03

O ex-ministro do Trabalho Almir Pazzianotto criticou a decisão do governo federal de conceder o seguro-desemprego estendido a apenas alguns setores. "É certamente odioso e provavelmente inconstitucional", disse Pazzianotto, de acordo com o jornal O Estado de S. Paulo.

Na última qurta, dia do anúncio da medida, centrais sindicais elogiaram a atitude do governo. A Força Sindical divulgou nota dizendo que "o aumento ajudará a aquecer parte da economia, já que irá gerar mais consumo, produção e conseqüentemente, a criação de novos postos de trabalho". A União Geral dos Trabalhadores (UGT) afirmou que a medida "contribuirá para minimizar o drama dos trabalhadores que perderem seu emprego por conta da crise".

O ex-ministro, que instituiu o seguro-desemprego no País no governo de José Sarney, destacou a necessidade de as centrais sindicais se manifestarem contra a determinação. Para ele, as mudanças devem ser aplicadas a todas as categorias profissionais e a distinção é contrária ao artigo 3º da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT).

Pazzianotto atribui a medida a um possível temor do governo de que a crise econômica seja longa e não haja dinheiro para atender a todas as necessidades. Ainda assim, ele se mostra contrário ao método de concessão. "O seguro-desemprego ajuda a sanar necessidades básicas. Estendê-lo é paliativo, não a solução", disse ao jornal.

De acordo com o presidente do Conselho Deliberativo do Fundo de Amparo ao Trabalhador (Codefat) e conselheiro da Força Sindical, Luiz Fernando Emediato, a determinação já estava prevista na lei 8.900/94, que trata do seguro-desemprego.

O presidente da Comissão de Trabalho da Câmara, Pedro Fernandes (PTB-MA) vai além na crítica à concessão do seguro para apenas alguns setores. Ele acredita que a ampliação do benefício estimula o desemprego.

Quintino Severo, secretário geral da Central Única dos Trabalhadores (CUT), lembra que a ampliação do benefício sem critério e identificação pode incentivar demissões em outros setores.

17:13
Anónimo disse...
Empresas
TAM faz promoção para destinos internacionais

A companhia aérea TAM anunciou nesta sexta-feira tarifas promocionais para trechos internacionais. Os preços valem para bilhetes comprados entre 6h deste sábado e 23h59 deste domingo e são válidos para classe econômica. As tarifas, para ida e volta, serão vendidas a partir de US$ 99, mais taxas.

Segundo a aérea, a promoção vale para viagens feitas no período de 14 de fevereiro a 18 de junho de 2009. Para destinos na América do Sul, a permanência mínima é de dois dias; para bilhetes com destino nos Estados Unidos, cinco dias; e Europa, sete dias. A permanência máxima para as passagens para América do Sul e EUA é de dois meses e para Europa, três meses.

Entre os exemplos de tarifas promocionais, a TAM oferece São Paulo-Lima por US$ 99. Bilhetes para a rota São Paulo-Santiago serão vendidos a partir de US$ 199 e São Paulo-Nova York, US$ 799.

A emissão dos bilhetes deve ser feita obrigatoriamente no ato da reserva, obedecendo às regras estipuladas pela companhia. A compra está sujeita à disponibilidade de assentos nas classes tarifárias determinadas, trechos, horários e datas. A TAM afirmou que também há tarifas promocionais para a classe executiva.

Mais informações podem ser encontradas no site promocional (www.ofertastam.com.br), no site da empresa (www.tam.com.br) ou pelos telefones 4002-5700 ou 0800 5705700.

17:13
Anónimo disse...
Empresas
Consultoria negocia compra do parque temático Hopi Hari

A consultoria especializada em reestruturação de empresas Íntegra Associados informou nesta sexta-feira ter um acordo para comprar o parque de diversões Hopi Hari, localizado no interior de São Paulo. A empresa estaria disposta a investir R$ 10 milhões no parque, que tem dívida estimada em R$ 800 milhões. As informações são da edição deste sábado do jornal Folha de S. Paulo.

De acordo com o jornal, a transação ainda depende da negociação entre o Hopi Hari e seus credores, o que já estaria em andamento.

A consultoria paulista já atuou junto à Parmalat, durante 30 meses, quando reorganizou a gestão da empresa italiana.

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17:14
Anónimo disse...
Empresas
Disney de Tóquio contratará mais 2 mil apesar da crise


A Oriental Land, o operador da Disneylândia Tóquio e DisneySea, organizou neste domingo entrevistas para contratar cerca de 2 mil trabalhadores em tempo parcial, em um momento de grandes demissões deste tipo de empregados no Japão.

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O operador deste parque temático, situado em Urayasu, na província de Chiba (leste de Tóquio), está em pleno processo de seleção de empregados para 20 tipos de postos trabalhistas diferentes.

Segundo a companhia, citada pela agência local de notícias Kyodo, o parque contratará novos trabalhadores para as atrações, para os restaurantes e guardas de segurança entre outros. Os novos contratados começarão a trabalhar a partir de fevereiro.

O processo de seleção acontece em um momento em que a maioria das grandes companhias japonesas começaram a se ver obrigadas a despedir uma elevada percentagem de seus trabalhadores temporários e a tempo parcial.

Algumas inclusive anunciaram demissões de seus trabalhadores fixos, uma medida muito pouco comum nas companhias japonesas, perante os efeitos piores que o esperado pela crise econômica global.

Cerca de uma centena de pessoas esperavam desde a primeira hora desta manhã a abertura do centro de conferências Tokyo International Forum, onde as entrevistas estão sendo feitas, para ser os primeiros a solicitar os postos de trabalho.


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17:15
Anónimo disse...
Economia Internacional
Senado dos EUA aprova plano de estímulo à economia

O Senado dos Estados Unidos aprovou com 60 votos a favor e 38 contra o plano de estímulo à economia de US$ 787 bilhões na madrugada deste sábado. Agora, ele segue para sanção ou veto do presidente Barack Obama, que espera colocar a lei em prática até o dia 16 de fevereiro.

O plano prevê a criação de três milhões de empregos, inclui cortes de impostos às famílias, fundos para programas sociais e obras públicas, além de ajuda aos governos estaduais, estudantes e desempregados.

A cláusula Buy American - que exige o uso de ferro, aço e produtos manufaturados dos Estados Unidos em obras realizadas com recursos do pacote - ficou de lado. Segundo o texto definitivo, a cláusula será aplicada sem violar as normas do comércio internacional.

Ontem à tarde, a Câmara de Representantes (deputados) havia aprovado, por 246 votos a favor e 183 contra, a versão final do plano. Todos os republicanos foram contrários ao pacote.

Pelo acordo de quarta-feira entre Câmara e Senado, em vez de custar US$ 819 bilhões, como queriam os deputados, ou US$ 838 bilhões como pretendiam os senadores, o pacote ficou em cerca de US$ 787 bilhões, com 65% desse total destinado a gastos do governo federal e 35%, a créditos tributários.

17:16
Anónimo disse...
Economia nacional
Na era Lula, aposentadoria sobe 54% menos que salário mínimo

Thatiane Faria
Especial para o Terra
Direto de São Paulo

Os índices de reajustes concedidos pelo governo em 2009 para aposentados e pensionistas e para o salário mínimo repetiram uma diferença que, só durante o governo de Luiz Inácio Lula da Silva, já chega a 54%. Enquanto o mínimo foi majorado em 12% este ano, as pensões e aposentadorias tiveram aumento de 5,92%. Aposentados que têm o benefício do governo como única fonte de renda reclamam que perdem poder de compra e que sua cesta de compras é composta por itens que aumentam mais em relação à inflação oficial.

Um exemplo prático pode ser entendido a partir da comparação entre um aposentado que ganhava R$ 600 em janeiro de 2003. Na época, o benefício era três vezes, ou 200%, maior que o valor do mínimo em vigência, que era de R$ 200. Aplicando-se os índices de reajuste para aposentadorias e para o mínimo durante os últimos seis anos, o mesmo aposentado estaria recebendo hoje R$ 938,47, comparado a um salário mínimo de R$ 465. A diferença entre os dois valores caiu para pouco mais de 100%.

Enquanto o índice acumulado de reajuste para a aposentadoria durante o governo Lula foi de 60%, para o salário mínimo está em 132%.

O diretor do Sindicato Nacional dos Aposentados, João Inocentini, reclama que os valores dos benefícios para aposentadorias não mantêm o poder de compra do grupo, principalmente dos aposentados que recebem menos que dez salários mínimos.

Nem mesmo o fato de o índice de reajuste das aposentadorias ter ficado acima da inflação acumulada no mesmo período (o IPCA entre janeiro de 2003 e janeiro de 2009 foi de 39,7%) serve de argumento, segundo os aposentados.

"Os idosos, principalmente, têm gastos além das contas gerais como gás, telefone e aluguel. Para eles o custo com remédios, e outros itens da área saúde costuma ser maior", afirmou Inocentini.

O presidente do sindicato afirmou que o grupo realiza um estudo com 100 itens de necessidade de um idoso para comparar o aumento dos produtos com o índice de reajuste do benefício recebido pelos aposentados.

"Daqui dois meses vamos abrir um processo na Justiça e levar essa pesquisa como prova. Segundo a lei, o governo é obrigado a manter o poder de compra com a aposentadoria", disse Inocentini.

Alternativas
O consultor financeiro Cláudio Boriola diz que os aposentados, especialmente nesse momento de crise econômica, devem evitar compras parceladas, pesquisar preços, negociar e fazer bom planejamento financeiro.

Segundo Boriola, alguns aposentados ganham um valor mensal muitas vezes insuficiente para o pagamento das contas e acabam pedindo crédito ou realizando pagamentos a prazo e são obrigados a pagar juros altos.

Na opinião do consultor, pagar uma previdência privada é uma alternativa indicada para quem ainda trabalha, considerando a característica de perda de poder de compra da aposentadoria.

"Na prática, infelizmente os valores encontram-se em um patamar que está deteriorando o poder de aquisição da população brasileira", completou Boriola.

De acordo com o diretor da Confederação Brasileira de Aposentados e Pensionistas (Cobap), Vicente Fernandes Barbosa, representantes dos aposentados tentarão um encontro com o presidente da Câmara, deputado Michel Temer (PMDB-SP), para discutir projetos que minimizem a perda dos aposentados

17:17
Anónimo disse...
Previdência
Previdência prorroga isenção de tarifas no benefício

O atual sistema de pagamento aos 26 milhões de aposentados e pensionistas do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) será mantido até o final deste ano. O acordo, que permite realizar a operação sem nenhum custo aos beneficiários, foi renovado nesta sexta-feira, entre o governo federal e 21 instituições financeiras.

Por meio desse acordo, vigente desde setembro de 2007, nem os segurados, nem os bancos e nem o governo arcam com o pagamento de tarifas, conforme explicou o ministro da Previdência Social, José Pimentel. A prorrogação vale até dezembro, data máxima para que a Previdência defina as regras para um novo contrato.

Ao assinar o termo de renovação, na sede da Federação Brasileira dos Bancos (Febraban), o ministro disse que a intenção do governo é mudar o atual modelo de gestão visando a reduzir os custos dessas operações em torno da folha mensal, que atinge R$ 15,8 bilhões. No entanto, qualquer alteração, conforme explicou, passará antes por audiências públicas a serem realizadas a partir do segundo semestre deste ano, atendendo a determinação do Tribunal de Contas da União (TCU).

De acordo com Pimentel, com um redesenho do mecanismo de repasse dos recursos aos bancos em torno da folha de pagamento dos segurados o que se busca é um aumento da participação de instituições financeiras. Ele informou que, desde 2007, cada benefício custa em média R$ 1,07 ao governo. "Quanto mais instituições financeiras estiverem prestando serviços à sociedade, maior é a competitividade, a agilidade no atendimento", justificou.

O ministro observou, ainda, que, para permitir uma redução para algo em torno de meia hora no tempo de atendimento para a concessão dos direitos previdenciários, o governo investiu R$ 280 milhões.

Questionado sobre o descontentamento dos segurados que ganham acima de um salário mínimo terem obtido apenas a correção com base na variação do Índice de Preços ao Consumidor (INPC) , ficando abaixo do reajuste dado a quem recebe apenas o mínimo, Pimentel argumentou que o governo seguiu o que determina a lei e descartou a possibilidade de uma revisão

17:17
Anónimo disse...
Empresas
Caterpillar oferece aposentadoria antecipada a 2 mil


A companhia americana Caterpillar ofereceu a cerca de dois mil funcionários incentivos para que se aposentem de forma voluntária antes do previsto, pela perspectiva de uma queda "significativa" da atividade industrial, informou nesta quarta-feira a empresa.

A iniciativa, destinada aos trabalhadores de diversas fábricas em Illinois, Colorado, Tennessee e Pensilvânia, se soma aos cortes de empregos anunciados em janeiro, explicou em comunicado de imprensa.

A empresa, a maior fabricante mundial de maquinaria pesada para a construção e a mineração, acrescentou que, "em função das condições de negócio, podem ser necessárias mais reduções de elenco voluntárias e involuntárias à medida que o ano avança".

O vice-presidente da companhia, Sid Banwart, explicou que a empresa prevê "demissões significativas em todas as regiões geográficas e na maioria dos setores devido às dificuldades da economia mundial".

17:18
Anónimo disse...
Comércio
Comércio exterior da OCDE caiu no 3º trimestre de 2008


As exportações e as importações dos países da Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Econômico (OCDE) caíram 1,6% e 0,2%, respectivamente, no terceiro trimestre de 2008, em relação aos três meses anteriores.

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Trata-se da primeira queda destas atividades desde o terceiro trimestre de 2006, segundo o último relatório trimestral sobre fluxos comerciais divulgado pela OCDE.

As exportações e as importações em dólares dos 30 Estados-membros caíram 15,6% e 17%, respectivamente, na comparação anualizada.

Por sua vez, o comércio dos sete países mais ricos do mundo (G7) teve um pequeno crescimento no terceiro trimestre de 2008 com uma queda das exportações de mercadorias de 0,2% em relação ao trimestre anterior e um aumento de 0,4% das importações.

Em termos anualizados, as importações do G7 caíram 1,4% entre julho e setembro do ano passado, seu primeiro retrocesso desde o terceiro trimestre de 2006, enquanto as exportações aumentaram 1,9%, seu crescimento mais baixo no mesmo tempo.

Por países, a Alemanha aumentou suas importações em 3,4% - valor mais alto do G7 -, enquanto suas exportações caíram 2,9% do segundo para o terceiro trimestre de 2008.

Pelo contrário, as exportações americanas aumentaram 1,8% entre julho e setembro de 2008, enquanto as importações caíram 0,7% em relação ao trimestre anterior. No Japão, tanto as importações quanto as exportações caíram em torno de 1% no mesmo período.

17:19
Anónimo disse...
Economia Nacional
Lula: juros de crédito consignado a aposentados são altos

Atualizada às 17h29

O presidente Luis Inácio Lula da Silva afirmou nesta terça-feira, em São Paulo, que está lutando para reduzir as taxas de juros cobradas de aposentados em crédito consignado. A Previdência Social estabelece uma taxa máxima de 2,5% para empréstimo e de 3,5% para cartão. Para Lula, os valores são altos.

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"Acho que o juro que os aposentados estão pagando hoje com o crédito consignado é alto para o padrão brasileiro", disse o presidente durante a cerimônia de comemoração dos 86 anos do INSS.

A Previdência anunciou nesta terça-feira que aposentados e trabalhadoras com licença-maternidade poderão receber seus benefícios em 30 minutos. De acordo com Lula, em junho, a aposentadoria do trabalhador rural também será conseguida em meia hora.

Além disso, o presidente anunciou que, também em junho, os trabalhadores que alcançarem o direito à aposentadoria passarão a receber em suas casas um comunicado da Previdência informando o fato e o valor do salário que têm direito a receber. "É um comprometimento público que estou fazendo com os companheiros da Previdência Social", disse.

"Estamos retribuindo ao contribuinte da Previdência Social aquilo que é a cidadania que ele tem direito", afirmou Lula. "Se para cobrar nós somos tão precisos, para devolver o dinheiro, temos que chegar próximo à perfeição", completou.

17:20
Anónimo disse...
Economia Nacional
Salário maternidade sairá em 30 minutos, diz ministro

Toda trabalhadora autônoma que tiver contribuído pelo menos 10 meses com o Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) - ou as que possuírem carteira assinada - poderão receber em 30 minutos o salário maternidade a partir desta terça-feira. Da mesma forma, as mulheres com 30 anos de contribuição e os homens com 35 anos também terão direito ao benefício de forma mais rápida. A informação é do ministro da Previdência Social, José Pimentel.

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Para requerer o salário maternidade, é preciso que as autônomas levem a carteira de identidade e o carnê de contribuição. As demais trabalhadoras devem apresentar a identificação e a carteira de trabalho. Desde o início do mês, a nova forma de análise para a concessão de benefícios foi adotada para a aposentadoria por idade do trabalhador urbano e agora foi estendida para o salário maternidade e por tempo de contribuição.

O ministro disse que a qualificação do serviço da previdência social é o reconhecimento do direito dos trabalhadores e da afirmação da cidadania.

"Até pouco tempo na cabeça do cidadão o serviço devia ser de péssima qualidade. Agora não, nós modificamos toda a legislação no mês de dezembro numa ação conjunta do Congresso Nacional com o governo federal. Estamos implantando e concedendo os benefícios em até 30 minutos", afirmou.

O ministro destacou que para conseguir se aposentar ou ter acesso à licença maternidade em 30 minutos, em primeiro lugar, é necessário que o cidadão esteja vinculado à Previdência, o que inclui 65% da população acima de 16 anos de idade.

"Depois bastar marcar pelo sistema 135 o dia e a hora do atendimento e levar a documentação. Se todos os dados necessários estiverem corretos o contribuinte será atendido em até 30 minutos, como vem sendo feito com as aposentadorias por idade desde o dia cinco de janeiro", explicou.

Pimentel disse ainda que em 90% das agências da previdência social o atendimento é marcado em até 48 horas. Nos grandes centros, entretanto existe um volume maior o que torna mais lento o processo.

"Estamos criando mais 715 agências até 2010, em todo o território nacional, para descentralizar o atendimento. Em 2008, atendemos 295 mil benefícios e aposentadorias por idade. Temos 4 mil pessoas por dia procurando e se aposentando por idade no território nacional. Este serviço será agilizado", concluiu.
17:27
Anónimo disse...
Giuseppe Englaro, pai de Eluana, a italiana que morreu na segunda-feira passada por desidratação, recusou uma grande soma de dinheiro de um conhecido fotógrafo italiano que queria retratar a filha em estado de coma, disse neste sábado o neurologista que atendia a mulher desde 1996, Carlo Defanti.

O neurologista, que participou hoje de uma conferência sobre eutanásia, disse que Englaro respeitou a vontade da filha, que, antes do acidente, tinha pedido que, se lhe ocorresse qualquer coisa irreversível, apresentasse sua imagem de quando estava em boas condições.

Antes de sofrer o acidente de trânsito, em 1992, Eluana viveu o coma de um amigo, Alessandro, o que causou forte impacto na italiana e a levou a fazer o pai prometer que não a deixasse viver em estado vegetativo, disse o próprio Giuseppe Englaro.

Defanti, que dissera que Eluana poderia viver de dez a 12 dias depois da suspensão da alimentação e da hidratação, disse que, como médico, tinha que reprovar esta afirmação.

"Não se pode sobreviver após três ou quatro dias sem líquido e, em particular, água em um corpo. Sabemos bem que, quando há um terremoto, após quatro dias é difícil encontrar sobreviventes".

Defanti ressaltou que Eluana "não falava, não se comunicava com o exterior" e que, após vários exames, "nos deparamos com uma moça que tinha perdido a consciência", porque estava com o córtex cerebral prejudicado.

Eluana foi enterrada na quinta-feira passada no túmulo da família na localidade de Paluzza, em Udine, após um funeral que não contou com a presença dos pais.

16:53
Anónimo disse...
Os bombeiros combatem neste sábado os incêndios na Austrália favorecidos pelo bom tempo, enquanto os deslocados encotram em seu retorno casas derruídas, carros queimados nas ruas e destruição.

Depois de sete dias desde que começaram os incêndios no Estado de Victoria, a lista de mortos chega a 181, os desaparecidos somam 50, os edifícios destruídos totalizam 1,834 mil e o terreno arrasado, principalmente florestas, ocupa uma área de 4,13 mil quilômetros quadrados.

As equipes de bombeiros, formadas por 4 mil profissionais de Victoria, de outras partes da Austrália e de países amigos, combateram hoje 12 focos fora de controle e nenhum representava uma ameaça direta para a população.

O subdiretor do Serviço de Bombeiros, Geoff Conway, disse que este tempo favorável, que se prolongará durante o domingo, permite consolidar as linhas de contenção e avançar na extinção das chamas.

Cinzas apareceram arrastadas por ventos do nordeste sobre Melbourne, onde habitam 3,8 milhões de pessoas, e as autoridades alertaram aos cidadãos do risco para a saúde de idosos, crianças e pessoas com problemas respiratórios.

O número de pessoas deslocadas - a Cruz Vermelha chegou a receber 7 mil - começou a cair com a abertura de algumas localidades atingidas.

Os incêndios, alguns criminosos, começaram em 7 de fevereiro, quando a região sul da Austrália estava há duas semanas sob uma onda de calor sem precedentes.

Na sexta-feira passada, a polícia acusou uma pessoa de ter provocado o incêndio que atingiu a localidade de Churchill e matou 21 pessoas.

16:55
Anónimo disse...
A primeira chuva em seis dias reduziu a ameaça de incêndios no Estado de Victoria, ao sul da Austrália. As autoridades, porém, advertiram que ainda existem 12 focos, mas que nenhum deles ameaça áreas povoadas.

Mais de quatro mil bombeiros, mil provenientes de outras partes do país e de outras nações, trabalham contra o fogo. Cerca de 600 veículos e 28 helicópteros e pequenos aviões estão sendo usados.


Eles conseguiram construir linhas de contenção para evitar os incêndios de Yarra e Maroondah se juntassem. Também foram controlados os incêndios abertos de Yea e Murrindindi, que ameaçavam as comunidades de Connellys Creek, Crystal Creek, Scrubby Creek e Native Dog Creek.

O número de mortos chegou a 181, mas as autoridades acreditam que as vítimas devem passar de 200, já que ainda há muitos desaparecidos.

16:55
Anónimo disse...
Aqui nesta coluna, na semana passada, tive a oportunidade de comentar sobre a recente visita do professor brasileiro Pedrinho Guareschi à Austrália. Não dei, porém, os fatos, pois semana passada o assunto era outro.

Hoje, porém, vamos a eles.

No último dia 4 de fevereiro, aconteceu o Seminário "Paulo Freire: Education and Liberation", organizado pelo centro de estudos latino-americanos da Universidade Nacional da Austrália, ou ANU, como é mais conhecida por aqui.

A ANU, para quem não sabe, está entre as 20 melhores universidades do mundo! E tem sede aqui em Camberra, capital da Austrália.

Na abertura do evento, o professor John Minns, diretor do centro latino-americano, ao dar boas-vindas ao público presente, lembrou ser aquele o primeiro seminário exclusivamente dedicado a Paulo Freire na Austrália.

Em seguida, convidou Pedrinho Guareschi, palestrante principal do Seminário, a fazer sua apresentação.

A plateia pode então conhecer, pelas palavras de Pedrinho, um pouco da obra e da vida de Freire, esse brasileiro de fé e valor, que sempre acreditou na educação, sobretudo dos menos favorecidos, analfabetos, como força libertadora.

Como não podia deixar de ser, os conceitos e ideias revolucionários de Paulo Freire, expostos com clareza por Pedrinho, despertaram o interesse e a curiosidade de plateia. A qual, deve-se notar, era na maioria de estudantes, mas de várias nacionalidades, sobretudo australianos e asiáticos.

Na continuação do programa do seminário, que se estendeu por dois dias, outros professores fizeram palestras sobre temas ligados à obra de Paulo Freire.

Interessante, por exemplo, saber que a professora Anne Hickling-Hudson, jamaicana que mora na Austrália há muitos anos (é professora da ANU), conheceu e trabalhou com Freire num workshop educacional durante a revolução na Ilha de Granada, em 1980, antes da invasão dos Estados Unidos...

Ou, então, a palestra da Professora Gerda Roelvink, da Nova Zelândia, que participou do Fórum Social de Porto Alegre em 2005. E essa participação transformou-se em tema de doutorado.

No dia 10, terça-feira passada, o padre Pedrinho Guareschi voltou a falar ao público australiano em grande auditório localizado no belíssimo campus da ANU. Desta vez, sobre a Teologia da Libertação.

Depois da palestra, John Minns mostrou o filme mexicano "O Crime do Padre Amaro", no qual um dos personagens é um padre católico praticante da Teologia da Libertação.

Mais uma vez, foi grande o intersse da platéia, que pode aprender e conhecer um pouco como se desenvolveu aquele importante movimento católico na América Latina.

Fica, assim, ao Pedrinho, bem como a outros brasileiros estudiosos e de bom coração que saem pelo mundo a divulgar aspectos importantes da cultura brasileira, o respeito e a homenagem desta coluna. E... aquele abraço!

16:57
Anónimo disse...
Amanda Kitts perdeu o braço esquerdo em um acidente de automóvel acontecido três anos atrás, mas hoje em dia ela joga futebol americano com seu filho de 12 anos de idade, troca fraldas e abraça as crianças nas três creches Kiddie Cottage que opera em Knoxville, Tennessee. Kitts, 40 anos, faz tudo isso com a ajuda de um novo tipo de braço artificial que se movimenta com mais facilidade do que outros aparelhos e que ela pode controlar utilizando apenas seus pensamentos.

"Eu sou capaz de mexer a mão, o pulso e o cotovelo ao mesmo tempo", diz. "Você pensa e os músculos se movem em seguida".

A recuperação que ela conseguiu resulta de um novo procedimento que vem atraindo crescente atenção porque permite que pessoas movam braços protéticos de forma mais automática do que faziam no passado, simplesmente utilizando nervos reaproveitados em seus cérebros.

A técnica, conhecida como "renervação muscular dirigida", envolve utilizar os nervos que restam depois da amputação de um braço e conectá-los a outro músculo do corpo, em geral no peito. Eletrodos são instalados sobre os músculos do peito, e operam como se fossem antenas. Quando a pessoa deseja mover o braço, o cérebro envia sinais que primeiro resultam em contração dos músculos do peito, os quais enviam um sinal ao braço protético, instruindo-se a se movimentar. O processo não requer mais esforços consciente do que a pessoa teria de exercitar caso ainda tivesse seu braço natural.

Na terça-feira, pesquisadores reportaram em estudo publicado pela versão online do Journal of the American Medical Association que haviam levado a técnica ainda mais à frente, tornando possível a execução de 10 movimentos de mão, pulso e cotovelo diferentes, o que representa uma substancial melhora com relação ao típico repertório protético, que em geral envolve apenas dobrar o cotovelo, girar o pulso e abrir a mão.

"Os novos métodos tiveram impacto dramático em nosso campo de trabalho", disse Stuart Harshbarger, engenheiro biomédico na Universidade Johns Hopkins e diretor do programa de pesquisa sobre próteses, financiado pelas forças armadas, que inclui o trabalho com essa técnica. "O método já está em uso por médicos e cirurgiões comuns em todo o país. A capacidade de controlar um membro protético bastante robusto que ele confere surpreendeu a todos pela qualidade".

Tipicamente, uma pessoa que tenha um braço protético só é capaz de executar alguns poucos movimentos, e muitas vezes com tamanha lentidão que isso só permite a ela atividades limitadas.

Há um motor separado para cada movimento, diz Gerald Loeb, professor de engenharia biomédica na Universidade do Sul da Califórnia, "e esses motores precisam ser controlados de maneira explícita", usualmente por um esforço consciente da pessoa para contrair músculos nas costas ou no bíceps.

"Essencialmente, até agora os pacientes controlavam apenas um motor de cada vez", diz Loeb, "e precisavam pensar cuidadosamente sobre que motor desejavam controlar e como fazê-lo operar, em lugar de simplesmente pensarem em mover o braço e poderem fazê-lo sem delongas".

Antes que Kitts passasse pelo procedimento de renervação, em outubro de 2007, por exemplo, ela precisava movimentar os músculos de suas costas de determinada maneira para fazer com que seu pulso girasse, e flexionar seu bíceps e tríceps para fazer com que o cotovelo se movesse para cima e para baixo. "Era muito trabalho", ela conta. "E não me ajudava muito".

O procedimento de renervação é parte de uma recente explosão de idéias novas e técnicas inovadoras que estão sendo exploradas enquanto os cientistas se esforçam por ajudar as pessoas a compensar melhor a perda de membros ou problemas de paralisia. O esforço vem sendo alimentado pelo aumento no número de amputações causado por diabetes e por ferimentos sofridos pelos militares, e ao mesmo tempo pelos avanços na tecnologia médica.

Os braços se tornaram um dos focos essenciais desse tipo de trabalho. A ciência há muito vem obtendo sucessos no desenvolvimento de próteses de perna, mas é muito mais difícil imitar a complexidade e a destreza das mãos e dos braços.

Os esforços em curso incluem o desenvolvimento de projetos de pele e braços mais sensíveis e mais flexíveis, e o uso de dispositivos acionados por controles sem fio implantado nos braços protéticos, que permitiriam movimentos mais naturais.

Os pesquisadores também vêm usando sensores implantados nos cérebros de cobaias para permitir que dois macacos controlem um braço mecânico, e um teste com um homem paralítico permitiu, com esse método, que ele movimentasse um cursor em uma tela de computador.

Alguns desses métodos, caso venham a ser aperfeiçoados plenamente e consigam aprovação das autoridades regulatórias da saúde, podem no futuro se tornar mais viáveis para os pacientes de amputações.

E embora a técnica da renervação não requeira aprovação das autoridades regulatórias porque é executada por meios cirúrgicos e emprega aparelhos já existentes, ela apresenta limitações que até mesmo seus criadores reconhecem, entre as quais o fato de que não se pode utilizá-la para todos os pacientes, o seu alto custo e o prazo de meses requerido para que os nervos reconectados cresçam e se tornem efetivos.

Ainda assim, os especialistas dizem que é o mais avançado sistema em uso hoje para pacientes reais que permite que o sistema nervoso controle diretamente o movimento de um braço artificial.

Desde sua introdução por Todd Kuiken, médico fisioterapeuta e engenheiro biomédico do Instituto de Reabilitação de Chicago, o método foi empregado em cerca de 30 pacientes nos Estados Unidos, Canadá e Europa, entre os quais oito soldados feridos no Iraque e no Afeganistão.

Muitos dos pacientes, entre os quais o primeiro, Jesse Sullivan, um operário do setor elétrico no Tennessee que perdeu os dois braços quando foi eletrocutado por um cabo, conseguem não apenas manipular seus braços protéticos mas sentir a presença das mãos que já não têm quando alguém toca em seus peitos.

Sullivan, 62 anos, e Kitts, estavam entre os cinco pacientes que participaram do estudo reportado na terça-feira. Em companhia de cinco outras pessoas que não passaram por amputações, eles receberam os eletrodos e foram instruídos a usar pensamentos para fazer com que um braço virtual na tela reproduzisse 10 movimentos diferentes, entre os quais três formas diferentes de aperto de mão.

Os pacientes apresentaram desempenho bastante respeitável, apenas um pouco mais lento e menos preciso do que os dos participantes que não tinham amputações.

"As velocidades de movimento que encontramos em nossos pacientes foram realmente encorajadoras", disse Kuiken. "Eles conseguiram completar a tarefa. É claro que não foram tão competentes quanto as pessoas dotadas de plena capacidade física, mas foram bons o bastante".

Um braço virtual foi usado porque a maioria das próteses existentes não era capaz de acomodar todos aqueles movimentos, no momento da pesquisa, ainda que Sullivan, Kitts e uma terceira paciente, Claudia Mitchell, tenham experimentado dois novos protótipos mais versáteis de braços artificiais, executando tarefas complexas com bolas de tênis e outros objetos.

O trabalho de renervação em soldados apresenta outros desafios, diz Kuiken, porque os ferimentos militares muitas vezes "causam danos muitos extensos" a nervos, músculos ou ossos.

Daniel Acosta, 25 anos, um aviador ferido pela detonação de uma bomba em uma estrada do Iraque em 2005, passou pelo procedimento no ano passado e diz que seu braço esquerdo protético agora se movimenta "muito mais rápido" e de maneira muito mais natural.

"A diferença é que agora não preciso mais pensar para mover o braço", ele diz. "Ele simplesmente se mexe".

Ainda assim, Acosta, de San Antonio, diz que "o processo foi bastante longo" e que os eletrodos precisam ser ajustados para receber os sinais à medida que os nervos crescem ou mudam de posição.

E embora elogiem o método, os especialistas afirmam que a ciência das próteses de braço ainda tem muito por avançar.

"Trata-se de uma parte crucial, mas ainda assim apenas uma parte, das muitas coisas que compreendem a função normal de um braço", disse Loeb, que escreveu um editorial que acompanha o artigo no Journal of the American Medical Association.

"No momento estamos a meio do caminho entre o braço de 'Dr. Fantástico', que fazia involuntariamente a saudação nazista, e o braço de Luke Skywalker em 'Guerra nas Estrelas', que funciona sem nenhum problema assim que é conectado. Creio que precisaremos ainda de muitos anos para conectar todas as peças necessárias a produzir um braço capaz de funcionar normalmente".

17:04
Anónimo disse...
A Espanha disse neste sábado que está preparando uma reclamação oficial contra a decisão da Venezuela de expulsar um membro do Parlamento Europeu que criticou o conselho eleitoral venezuelano.
Luis Herrero, membro do partido conservador espanhol PP, foi deportado na sexta-feira depois que o Conselho Nacional Eleitoral (CNE) o acusou de questionar a imparcialidade da instituição antes de um referendo que pode permitir ao presidente Hugo Chávez permanecer no cargo indefinidamente.

Herrero estava na Venezuela como observador do referendo. Ele acusou Chávez de ter "comportamentos típicos de um ditador" por pedir a contenção de manifestações da oposição.

O governo da Espanha convocou um encontro com o embaixador da Venezuela em Madri para expressar a desaprovação sobre a expulsão de Herrero, disse um representante do Ministério das Relações Exteriores espanhol.

As relações da Venezuela com a Espanha tiveram seu ponto crítico em 2007, quando Chávez ameaçou rever acordos diplomáticos e comerciais depois de ouvir um "cala a boca" do rei espanhol Juan Carlos durante uma cúpula.

A fenda foi oficialmente reparada em 2008, com uma visita oficial de Chávez à Espanha, onde ele cumprimentou o rei e discutiu acordos para investimento no setor petroquímico com o primeiro-ministro José Luis Rodriguez Zapatero.

17:06
Anónimo disse...
A polícia do Zimbábue anunciou neste sábado que acusa de traição Roy Bennett, dirigente do até agora opositor Movimento para a Mudança Democrática (MDC), detido na sexta-feira, em Harare, poucas horas antes da cerimônia de posse dos membros do novo gabinete.

"A Polícia nos informou que vão apresentar acusações de traição", disse à agência EFE o advogado de defesa de Bennett, Trust Maanda.

"Tentam relacionar Roy com o caso de Mike Hitschmann, que foi detido em 2006 em relação à descoberta de um carregamento de armas, apesar de que Hitschmann não tenha sido declarado culpado das acusações de traição apresentadas contra ele, mas de um crime menor de descumprimento de leis", disse Maanda.

O político opositor, designado por seu partido como vice-ministro de Agricultura no Governo de união nacional, esteve no exílio na vizinha África do Sul desde 2006 e retornou ao Zimbábue há duas semanas.

Segundo a Polícia, que deteve Bennett ontem no aeroporto de Harare quando pretendia ir à África do Sul para visitar sua família, as armas apreendidas em 2006 seriam utilizadas em um golpe de Estado para derrubar o presidente do Zimbábue, Robert Mugabe.

Depois da detenção, Bennet foi levado a Mutar, onde vários simpatizantes do MDC se concentraram em frente à delegacia na qual estava detido, diante do que a Polícia respondeu com tiros para o alto para dispersar os manifestantes.

17:07
Anónimo disse...
Austrália: 14 mil se candidatam a 'emprego dos sonhos'

A secretaria de Turismo de Queensland, na Austrália, informou que até esta segunda-feira já recebeu cerca de 14 mil inscrições para o "o melhor emprego do mundo". O Estado australiano promove pela internet seleção para vaga de "zelador" da ilha Hamilton, por seis meses com um salário de R$ 40 mil.

Muitos candidatos tiveram problemas durante a inscrição por conta dos acessos simultâneos ao site. A secretaria aconselha enviar os vídeos de 60s explicando porque deve ser escolhido em horários alternativos do dia, além de recomendar tamanho em torno de 40MB.

As inscrições começaram em 12 de janeiro e vão até o próximo dia 22 e podem ser feitas pelo site www.islandreefjob.com. O governo australiano escolherá 50 candidatos para a próxima fase da seleção, que terá votos do público para eleger um dos 11 finalistas.

A última fase terá entrevistas e desafios físicos, no próprio local de trabalho: as ilhas da Grande Barreira Coralina - o maior recife de coral do mundo. A secretaria de Turismo anunciará o vencedor no dia 6 de maio.

17:09
Anónimo disse...
Mercado elogia governo na crise, mas pede maior queda no juro

Peter Fussy
Direto de São Paulo

Desde as primeiras medidas anunciadas para combater os efeitos da crise, o governo brasileiro avisou que a estratégia não contemplaria um pacote. Seriam doses pontuais, de acordo com a necessidade da economia diante do agravamento das turbulências. Da primeira liberação dos depósitos compulsórios em setembro até a ampliação do seguro-desemprego na última quarta-feira, o governo passou por redução de impostos, ampliação de crédito e incentivos à exportação. Quase 150 dias após a primeira medida, o Terra conversou com líderes do setor público e privado, representantes dos trabalhadores, acadêmicos e com o próprio governo para saber quais destas ações foram mais eficazes, quais foram mais ineficientes e o que mais pode ser feito pelo Estado brasileiro contra a crise.

Os maiores elogios foram direcionados à atitude de reduzir o Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) para a indústria automobilística, anunciada em dezembro e que fez com que os emplacamentos de carros novos subissem 1,9% no primeiro mês do ano em relação a dezembro de 2008. Já as maiores críticas foram para a lentidão no corte da taxa básica de juro do País.

Para o presidente do conselho administrativo do Grupo Pão de Açúcar, Abílio Diniz, o Estado não é responsável pela crise e mesmo assim está agindo "com extrema serenidade e muito acerto". "O governo está atento, fazendo a sua parte. É preciso coragem de baixar firmemente a taxa de juros. É uma arma que temos a nosso favor, já que não há clima para inflação, nem possibilidade de danos para a macroeconomia", afirmou Diniz.

Na última reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), em janeiro, a taxa Selic foi reduzida em um ponto percentual, de 13,75% para 12,75% ao ano. Porém, o professor de economia da Universidade de Brasília (UnB) José Luiz Oreiro lembra que este corte representa uma redução de apenas 0,25 ponto percentual com relação à taxa de setembro do ano passado, quando a crise se agravou.

"Pouco antes da eclosão da crise, o Banco Central aumentou a taxa em 0,75 ponto. Foram cinco meses de demora para reduzir em termos líquidos apenas 0,25 ponto", afirmou o economista, que também sugeriu redução do intervalo de cerca de 90 dias entre as reuniões do Copom e o corte de pelo menos um 1 ponto percentual em cada reunião.

Mesmo com o corte de janeiro, a taxa de juros real continua sendo a maior do mundo, lembrou o secretário-geral da Força Sindical, João Carlos Gonçalves, o Juruna. "A redução da taxa de juro ainda é pequena, porque ela continua uma das mais altas do mundo. Falta ousadia para baixar os juros e ajudar o cidadão. A permanência da taxa de juro alta é negativa para o País em meio a crise", afirmou Juruna.

Embora aprove as ações do governo, o senador Aloízio Mercadante (PT-SP) também acredita que o patamar da Selic está muito alto. "Sempre fomos os primeiros a entrar em qualquer crise, o que não aconteceu agora. A taxa Selic ainda é muito alta, mas o governo têm tomado medidas acertadas, como o aumento do salário mínimo, mesmo com um cenário de crise. Isso ajuda a movimentar o consumo. O governo está se esforçando para manter os investimentos e o crescimento", disse.

Tributos
De acordo com o economista Fabio Pina, da Fecomercio-SP, as ações mais positivas estão relacionadas à redução de tributos para alguns segmentos, como a indústria automobilística, que recuperou parte da queda nas vendas em janeiro com a isenção do IPI para carros 1.0 l e o corte para demais motorizações. A medida vale até o final de março.

"Essas medidas não só reduziram o preço, mas anteciparam o consumo daqueles que iriam comprar no futuro, dando um prêmio por conta da insegurança. Mexe diretamente com o principal problema que é a confiança do consumidor", afirmou. Juruna destacou que um bom ritmo de vendas é garantia de emprego. "É importante porque cada emprego na montadora significa 19 na cadeia produtiva", comentou o representante da Força Sindical.

Também em dezembro, o governo decidiu cortar pela metade a alíquota do Imposto de Renda para contribuintes que ganham entre R$ 1.434 e R$ 2.150 mensais. "O salário aumentava e a tabela não se modificava. As pessoas ganhavam mais e pagavam mais impostos", apontou Juruna. Outra redução de tributos do governo foi com relação ao Imposto sobre Operações Financeiras (IOF), que caiu de 3% ao ano para 1,5%.

Crédito
Na segunda metade de 2008, o colapso de bancos nos Estados Unidos por conta da crise do subprime provocou uma forte restrição de crédito no mundo inteiro. Uma das primeiras medidas anticrise do governo teve como objetivo restabelecer a oferta, com mudanças no recolhimento dos depósitos compulsórios por parte dos bancos. Segundo o presidente do Banco Central, Henrique Meirelles, as diversas modificações liberaram US$ 99,2 bilhões aos bancos até o final de janeiro.

Além disso, o governo concedeu R$ 36 bilhões das reservas internacionais para empresas brasileiras com dívidas no exterior e uma medida provisória autorizou o Banco do Brasil e a Caixa Econômica Federal a comprar carteiras de crédito de bancos privados. Para o diretor do Departamento de Pesquisas e Estudos Econômicos da Fiesp, Paulo Francini, estas medidas foram essenciais para combater os efeitos da crise.

"A crise se desenvolve no mundo em torno do tema crédito. E o crédito reduziu-se barbaridade no mundo. Então o governo lança mão de compulsório, lança mão de reservas, de medidas que permitem aos bancos comprar carteiras de bancos. Você vai tomando várias medidas para atender às demandas e o epicentro disso é crédito", afirmou.

No entanto, Oreiro, da UnB, adverte que a liberação dos compulsórios seria mais eficiente acompanhada de redução mais agressiva da taxa básica de juro. "Uma parte do crédito voltou, depois da forte retração em outubro e novembro. O que deveria ter sido feito junto à liberação do compulsório era uma redução mais drástica da taxa de juro. Sem isso, os bancos pegam as reservas e acabam comprando títulos públicos", explicou o economista.

Na opinião de Pina, as ações de distribuição de crédito via redução do compulsório e a disposição de capital de giro para empresas foram tomadas sem um cuidado maior na operação e não tiveram muito efeito. "O BNDES tem linhas que ficam paradas quase todo o ano, agora é pior ainda. Existem os recursos, mas as empresas e os bancos estão desconfiados. É preciso fazer com que os bancos tenham interesse em emprestar", afirmou o economista da Fecomercio-SP.

Futuro
Mesmo com todas essas medidas, a crise financeira ainda gera incertezas nos setores produtivos do País. Nos últimos meses, o medo do desemprego fez os consumidores adiarem compras. Por sua vez, a queda nas vendas pode obrigar as indústrias a cortarem a produção e demitir funcionários. Contra isso, empresários sugerem redução de jornada e de salários.

"Isto está previsto em lei. A Fiesp simplesmente manteve conversações com entidades sindicais quanto à aplicação daquilo que já está previsto em lei", afirmou Francini.

Segundo a ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff, uma das medidas que assegura um nível de emprego é a manutenção de investimentos no Programa de Aceleração do Crescimento (PAC). "Estamos esperando que a dificuldade ocorra em janeiro, fevereiro e março. Estamos certos que vamos manter o nível de investimento. É isso que funciona, é isso que significa investimento público. Ele funciona como um colchão. Por isso, nós colocamos R$ 100 bilhões no BNDES e a Petrobras ampliou o seu investimento em R$ 120 bilhões", afirmou.

Na mesma linha, Pina explica que a antecipação de gastos do governo substitui parte da demanda retraída do setor privado. "Ele dá o seguinte recado: não vou estourar as contas públicas, mas concentrar em um momento em que a demanda privada está pequena. Mas o governo não tem fôlego suficiente para fazer o papel de toda demanda", ressaltou. O economista da Fecomercio lembrou que a entidade já pleiteou junto ao governo isenções para transferência de imóveis e de automóveis, além de retirar o IPVA para veículos novos.

Já Oreiro foca suas propostas na capitalização do Banco do Brasil e da Caixa Econômica Federal pelo Tesouro para atender a demanda de crédito para capital de giro e reduzir o spread. "Aumentando o empréstimo e reduzindo as taxas, os dois vão forçar os bancos privados a acompanhar o movimento, até para não perderem participação no mercado", explicou o economista da UnB.

Até o Carnaval, o governou prometeu detalhar um pacote de incentivos para a construção de até um milhão de casas populares, direcionado a famílias com renda de até dez salários mínimos. "Estamos atentos a tudo o que está acontecendo e novas medidas serão tomadas caso haja uma avaliação de que sejam necessárias", disse o ministro da Fazenda, Guido Mantega, na última sexta-feira.

17:11
Anónimo disse...
Ex-ministro critica extensão do seguro-desemprego

Atualizada às 09h03

O ex-ministro do Trabalho Almir Pazzianotto criticou a decisão do governo federal de conceder o seguro-desemprego estendido a apenas alguns setores. "É certamente odioso e provavelmente inconstitucional", disse Pazzianotto, de acordo com o jornal O Estado de S. Paulo.

Na última qurta, dia do anúncio da medida, centrais sindicais elogiaram a atitude do governo. A Força Sindical divulgou nota dizendo que "o aumento ajudará a aquecer parte da economia, já que irá gerar mais consumo, produção e conseqüentemente, a criação de novos postos de trabalho". A União Geral dos Trabalhadores (UGT) afirmou que a medida "contribuirá para minimizar o drama dos trabalhadores que perderem seu emprego por conta da crise".

O ex-ministro, que instituiu o seguro-desemprego no País no governo de José Sarney, destacou a necessidade de as centrais sindicais se manifestarem contra a determinação. Para ele, as mudanças devem ser aplicadas a todas as categorias profissionais e a distinção é contrária ao artigo 3º da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT).

Pazzianotto atribui a medida a um possível temor do governo de que a crise econômica seja longa e não haja dinheiro para atender a todas as necessidades. Ainda assim, ele se mostra contrário ao método de concessão. "O seguro-desemprego ajuda a sanar necessidades básicas. Estendê-lo é paliativo, não a solução", disse ao jornal.

De acordo com o presidente do Conselho Deliberativo do Fundo de Amparo ao Trabalhador (Codefat) e conselheiro da Força Sindical, Luiz Fernando Emediato, a determinação já estava prevista na lei 8.900/94, que trata do seguro-desemprego.

O presidente da Comissão de Trabalho da Câmara, Pedro Fernandes (PTB-MA) vai além na crítica à concessão do seguro para apenas alguns setores. Ele acredita que a ampliação do benefício estimula o desemprego.

Quintino Severo, secretário geral da Central Única dos Trabalhadores (CUT), lembra que a ampliação do benefício sem critério e identificação pode incentivar demissões em outros setores.

17:13
Anónimo disse...
Empresas
TAM faz promoção para destinos internacionais

A companhia aérea TAM anunciou nesta sexta-feira tarifas promocionais para trechos internacionais. Os preços valem para bilhetes comprados entre 6h deste sábado e 23h59 deste domingo e são válidos para classe econômica. As tarifas, para ida e volta, serão vendidas a partir de US$ 99, mais taxas.

Segundo a aérea, a promoção vale para viagens feitas no período de 14 de fevereiro a 18 de junho de 2009. Para destinos na América do Sul, a permanência mínima é de dois dias; para bilhetes com destino nos Estados Unidos, cinco dias; e Europa, sete dias. A permanência máxima para as passagens para América do Sul e EUA é de dois meses e para Europa, três meses.

Entre os exemplos de tarifas promocionais, a TAM oferece São Paulo-Lima por US$ 99. Bilhetes para a rota São Paulo-Santiago serão vendidos a partir de US$ 199 e São Paulo-Nova York, US$ 799.

A emissão dos bilhetes deve ser feita obrigatoriamente no ato da reserva, obedecendo às regras estipuladas pela companhia. A compra está sujeita à disponibilidade de assentos nas classes tarifárias determinadas, trechos, horários e datas. A TAM afirmou que também há tarifas promocionais para a classe executiva.

Mais informações podem ser encontradas no site promocional (www.ofertastam.com.br), no site da empresa (www.tam.com.br) ou pelos telefones 4002-5700 ou 0800 5705700.

17:13
Anónimo disse...
Empresas
Consultoria negocia compra do parque temático Hopi Hari

A consultoria especializada em reestruturação de empresas Íntegra Associados informou nesta sexta-feira ter um acordo para comprar o parque de diversões Hopi Hari, localizado no interior de São Paulo. A empresa estaria disposta a investir R$ 10 milhões no parque, que tem dívida estimada em R$ 800 milhões. As informações são da edição deste sábado do jornal Folha de S. Paulo.

De acordo com o jornal, a transação ainda depende da negociação entre o Hopi Hari e seus credores, o que já estaria em andamento.

A consultoria paulista já atuou junto à Parmalat, durante 30 meses, quando reorganizou a gestão da empresa italiana.

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17:14
Anónimo disse...
Empresas
Disney de Tóquio contratará mais 2 mil apesar da crise


A Oriental Land, o operador da Disneylândia Tóquio e DisneySea, organizou neste domingo entrevistas para contratar cerca de 2 mil trabalhadores em tempo parcial, em um momento de grandes demissões deste tipo de empregados no Japão.

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O operador deste parque temático, situado em Urayasu, na província de Chiba (leste de Tóquio), está em pleno processo de seleção de empregados para 20 tipos de postos trabalhistas diferentes.

Segundo a companhia, citada pela agência local de notícias Kyodo, o parque contratará novos trabalhadores para as atrações, para os restaurantes e guardas de segurança entre outros. Os novos contratados começarão a trabalhar a partir de fevereiro.

O processo de seleção acontece em um momento em que a maioria das grandes companhias japonesas começaram a se ver obrigadas a despedir uma elevada percentagem de seus trabalhadores temporários e a tempo parcial.

Algumas inclusive anunciaram demissões de seus trabalhadores fixos, uma medida muito pouco comum nas companhias japonesas, perante os efeitos piores que o esperado pela crise econômica global.

Cerca de uma centena de pessoas esperavam desde a primeira hora desta manhã a abertura do centro de conferências Tokyo International Forum, onde as entrevistas estão sendo feitas, para ser os primeiros a solicitar os postos de trabalho.


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17:15
Anónimo disse...
Economia Internacional
Senado dos EUA aprova plano de estímulo à economia

O Senado dos Estados Unidos aprovou com 60 votos a favor e 38 contra o plano de estímulo à economia de US$ 787 bilhões na madrugada deste sábado. Agora, ele segue para sanção ou veto do presidente Barack Obama, que espera colocar a lei em prática até o dia 16 de fevereiro.

O plano prevê a criação de três milhões de empregos, inclui cortes de impostos às famílias, fundos para programas sociais e obras públicas, além de ajuda aos governos estaduais, estudantes e desempregados.

A cláusula Buy American - que exige o uso de ferro, aço e produtos manufaturados dos Estados Unidos em obras realizadas com recursos do pacote - ficou de lado. Segundo o texto definitivo, a cláusula será aplicada sem violar as normas do comércio internacional.

Ontem à tarde, a Câmara de Representantes (deputados) havia aprovado, por 246 votos a favor e 183 contra, a versão final do plano. Todos os republicanos foram contrários ao pacote.

Pelo acordo de quarta-feira entre Câmara e Senado, em vez de custar US$ 819 bilhões, como queriam os deputados, ou US$ 838 bilhões como pretendiam os senadores, o pacote ficou em cerca de US$ 787 bilhões, com 65% desse total destinado a gastos do governo federal e 35%, a créditos tributários.

17:16
Anónimo disse...
Economia nacional
Na era Lula, aposentadoria sobe 54% menos que salário mínimo

Thatiane Faria
Especial para o Terra
Direto de São Paulo

Os índices de reajustes concedidos pelo governo em 2009 para aposentados e pensionistas e para o salário mínimo repetiram uma diferença que, só durante o governo de Luiz Inácio Lula da Silva, já chega a 54%. Enquanto o mínimo foi majorado em 12% este ano, as pensões e aposentadorias tiveram aumento de 5,92%. Aposentados que têm o benefício do governo como única fonte de renda reclamam que perdem poder de compra e que sua cesta de compras é composta por itens que aumentam mais em relação à inflação oficial.

Um exemplo prático pode ser entendido a partir da comparação entre um aposentado que ganhava R$ 600 em janeiro de 2003. Na época, o benefício era três vezes, ou 200%, maior que o valor do mínimo em vigência, que era de R$ 200. Aplicando-se os índices de reajuste para aposentadorias e para o mínimo durante os últimos seis anos, o mesmo aposentado estaria recebendo hoje R$ 938,47, comparado a um salário mínimo de R$ 465. A diferença entre os dois valores caiu para pouco mais de 100%.

Enquanto o índice acumulado de reajuste para a aposentadoria durante o governo Lula foi de 60%, para o salário mínimo está em 132%.

O diretor do Sindicato Nacional dos Aposentados, João Inocentini, reclama que os valores dos benefícios para aposentadorias não mantêm o poder de compra do grupo, principalmente dos aposentados que recebem menos que dez salários mínimos.

Nem mesmo o fato de o índice de reajuste das aposentadorias ter ficado acima da inflação acumulada no mesmo período (o IPCA entre janeiro de 2003 e janeiro de 2009 foi de 39,7%) serve de argumento, segundo os aposentados.

"Os idosos, principalmente, têm gastos além das contas gerais como gás, telefone e aluguel. Para eles o custo com remédios, e outros itens da área saúde costuma ser maior", afirmou Inocentini.

O presidente do sindicato afirmou que o grupo realiza um estudo com 100 itens de necessidade de um idoso para comparar o aumento dos produtos com o índice de reajuste do benefício recebido pelos aposentados.

"Daqui dois meses vamos abrir um processo na Justiça e levar essa pesquisa como prova. Segundo a lei, o governo é obrigado a manter o poder de compra com a aposentadoria", disse Inocentini.

Alternativas
O consultor financeiro Cláudio Boriola diz que os aposentados, especialmente nesse momento de crise econômica, devem evitar compras parceladas, pesquisar preços, negociar e fazer bom planejamento financeiro.

Segundo Boriola, alguns aposentados ganham um valor mensal muitas vezes insuficiente para o pagamento das contas e acabam pedindo crédito ou realizando pagamentos a prazo e são obrigados a pagar juros altos.

Na opinião do consultor, pagar uma previdência privada é uma alternativa indicada para quem ainda trabalha, considerando a característica de perda de poder de compra da aposentadoria.

"Na prática, infelizmente os valores encontram-se em um patamar que está deteriorando o poder de aquisição da população brasileira", completou Boriola.

De acordo com o diretor da Confederação Brasileira de Aposentados e Pensionistas (Cobap), Vicente Fernandes Barbosa, representantes dos aposentados tentarão um encontro com o presidente da Câmara, deputado Michel Temer (PMDB-SP), para discutir projetos que minimizem a perda dos aposentados

17:17
Anónimo disse...
Previdência
Previdência prorroga isenção de tarifas no benefício

O atual sistema de pagamento aos 26 milhões de aposentados e pensionistas do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) será mantido até o final deste ano. O acordo, que permite realizar a operação sem nenhum custo aos beneficiários, foi renovado nesta sexta-feira, entre o governo federal e 21 instituições financeiras.

Por meio desse acordo, vigente desde setembro de 2007, nem os segurados, nem os bancos e nem o governo arcam com o pagamento de tarifas, conforme explicou o ministro da Previdência Social, José Pimentel. A prorrogação vale até dezembro, data máxima para que a Previdência defina as regras para um novo contrato.

Ao assinar o termo de renovação, na sede da Federação Brasileira dos Bancos (Febraban), o ministro disse que a intenção do governo é mudar o atual modelo de gestão visando a reduzir os custos dessas operações em torno da folha mensal, que atinge R$ 15,8 bilhões. No entanto, qualquer alteração, conforme explicou, passará antes por audiências públicas a serem realizadas a partir do segundo semestre deste ano, atendendo a determinação do Tribunal de Contas da União (TCU).

De acordo com Pimentel, com um redesenho do mecanismo de repasse dos recursos aos bancos em torno da folha de pagamento dos segurados o que se busca é um aumento da participação de instituições financeiras. Ele informou que, desde 2007, cada benefício custa em média R$ 1,07 ao governo. "Quanto mais instituições financeiras estiverem prestando serviços à sociedade, maior é a competitividade, a agilidade no atendimento", justificou.

O ministro observou, ainda, que, para permitir uma redução para algo em torno de meia hora no tempo de atendimento para a concessão dos direitos previdenciários, o governo investiu R$ 280 milhões.

Questionado sobre o descontentamento dos segurados que ganham acima de um salário mínimo terem obtido apenas a correção com base na variação do Índice de Preços ao Consumidor (INPC) , ficando abaixo do reajuste dado a quem recebe apenas o mínimo, Pimentel argumentou que o governo seguiu o que determina a lei e descartou a possibilidade de uma revisão

17:17
Anónimo disse...
Empresas
Caterpillar oferece aposentadoria antecipada a 2 mil


A companhia americana Caterpillar ofereceu a cerca de dois mil funcionários incentivos para que se aposentem de forma voluntária antes do previsto, pela perspectiva de uma queda "significativa" da atividade industrial, informou nesta quarta-feira a empresa.

A iniciativa, destinada aos trabalhadores de diversas fábricas em Illinois, Colorado, Tennessee e Pensilvânia, se soma aos cortes de empregos anunciados em janeiro, explicou em comunicado de imprensa.

A empresa, a maior fabricante mundial de maquinaria pesada para a construção e a mineração, acrescentou que, "em função das condições de negócio, podem ser necessárias mais reduções de elenco voluntárias e involuntárias à medida que o ano avança".

O vice-presidente da companhia, Sid Banwart, explicou que a empresa prevê "demissões significativas em todas as regiões geográficas e na maioria dos setores devido às dificuldades da economia mundial".

17:18
Anónimo disse...
Comércio
Comércio exterior da OCDE caiu no 3º trimestre de 2008


As exportações e as importações dos países da Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Econômico (OCDE) caíram 1,6% e 0,2%, respectivamente, no terceiro trimestre de 2008, em relação aos três meses anteriores.

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Trata-se da primeira queda destas atividades desde o terceiro trimestre de 2006, segundo o último relatório trimestral sobre fluxos comerciais divulgado pela OCDE.

As exportações e as importações em dólares dos 30 Estados-membros caíram 15,6% e 17%, respectivamente, na comparação anualizada.

Por sua vez, o comércio dos sete países mais ricos do mundo (G7) teve um pequeno crescimento no terceiro trimestre de 2008 com uma queda das exportações de mercadorias de 0,2% em relação ao trimestre anterior e um aumento de 0,4% das importações.

Em termos anualizados, as importações do G7 caíram 1,4% entre julho e setembro do ano passado, seu primeiro retrocesso desde o terceiro trimestre de 2006, enquanto as exportações aumentaram 1,9%, seu crescimento mais baixo no mesmo tempo.

Por países, a Alemanha aumentou suas importações em 3,4% - valor mais alto do G7 -, enquanto suas exportações caíram 2,9% do segundo para o terceiro trimestre de 2008.

Pelo contrário, as exportações americanas aumentaram 1,8% entre julho e setembro de 2008, enquanto as importações caíram 0,7% em relação ao trimestre anterior. No Japão, tanto as importações quanto as exportações caíram em torno de 1% no mesmo período.

17:19
Anónimo disse...
Economia Nacional
Lula: juros de crédito consignado a aposentados são altos

Atualizada às 17h29

O presidente Luis Inácio Lula da Silva afirmou nesta terça-feira, em São Paulo, que está lutando para reduzir as taxas de juros cobradas de aposentados em crédito consignado. A Previdência Social estabelece uma taxa máxima de 2,5% para empréstimo e de 3,5% para cartão. Para Lula, os valores são altos.

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"Acho que o juro que os aposentados estão pagando hoje com o crédito consignado é alto para o padrão brasileiro", disse o presidente durante a cerimônia de comemoração dos 86 anos do INSS.

A Previdência anunciou nesta terça-feira que aposentados e trabalhadoras com licença-maternidade poderão receber seus benefícios em 30 minutos. De acordo com Lula, em junho, a aposentadoria do trabalhador rural também será conseguida em meia hora.

Além disso, o presidente anunciou que, também em junho, os trabalhadores que alcançarem o direito à aposentadoria passarão a receber em suas casas um comunicado da Previdência informando o fato e o valor do salário que têm direito a receber. "É um comprometimento público que estou fazendo com os companheiros da Previdência Social", disse.

"Estamos retribuindo ao contribuinte da Previdência Social aquilo que é a cidadania que ele tem direito", afirmou Lula. "Se para cobrar nós somos tão precisos, para devolver o dinheiro, temos que chegar próximo à perfeição", completou.

17:20
Anónimo disse...
Economia Nacional
Salário maternidade sairá em 30 minutos, diz ministro

Toda trabalhadora autônoma que tiver contribuído pelo menos 10 meses com o Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) - ou as que possuírem carteira assinada - poderão receber em 30 minutos o salário maternidade a partir desta terça-feira. Da mesma forma, as mulheres com 30 anos de contribuição e os homens com 35 anos também terão direito ao benefício de forma mais rápida. A informação é do ministro da Previdência Social, José Pimentel.

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Para requerer o salário maternidade, é preciso que as autônomas levem a carteira de identidade e o carnê de contribuição. As demais trabalhadoras devem apresentar a identificação e a carteira de trabalho. Desde o início do mês, a nova forma de análise para a concessão de benefícios foi adotada para a aposentadoria por idade do trabalhador urbano e agora foi estendida para o salário maternidade e por tempo de contribuição.

O ministro disse que a qualificação do serviço da previdência social é o reconhecimento do direito dos trabalhadores e da afirmação da cidadania.

"Até pouco tempo na cabeça do cidadão o serviço devia ser de péssima qualidade. Agora não, nós modificamos toda a legislação no mês de dezembro numa ação conjunta do Congresso Nacional com o governo federal. Estamos implantando e concedendo os benefícios em até 30 minutos", afirmou.

O ministro destacou que para conseguir se aposentar ou ter acesso à licença maternidade em 30 minutos, em primeiro lugar, é necessário que o cidadão esteja vinculado à Previdência, o que inclui 65% da população acima de 16 anos de idade.

"Depois bastar marcar pelo sistema 135 o dia e a hora do atendimento e levar a documentação. Se todos os dados necessários estiverem corretos o contribuinte será atendido em até 30 minutos, como vem sendo feito com as aposentadorias por idade desde o dia cinco de janeiro", explicou.

Pimentel disse ainda que em 90% das agências da previdência social o atendimento é marcado em até 48 horas. Nos grandes centros, entretanto existe um volume maior o que torna mais lento o processo.

"Estamos criando mais 715 agências até 2010, em todo o território nacional, para descentralizar o atendimento. Em 2008, atendemos 295 mil benefícios e aposentadorias por idade. Temos 4 mil pessoas por dia procurando e se aposentando por idade no território nacional. Este serviço será agilizado", concluiu.
17:27
Anónimo disse...
Giuseppe Englaro, pai de Eluana, a italiana que morreu na segunda-feira passada por desidratação, recusou uma grande soma de dinheiro de um conhecido fotógrafo italiano que queria retratar a filha em estado de coma, disse neste sábado o neurologista que atendia a mulher desde 1996, Carlo Defanti.

O neurologista, que participou hoje de uma conferência sobre eutanásia, disse que Englaro respeitou a vontade da filha, que, antes do acidente, tinha pedido que, se lhe ocorresse qualquer coisa irreversível, apresentasse sua imagem de quando estava em boas condições.

Antes de sofrer o acidente de trânsito, em 1992, Eluana viveu o coma de um amigo, Alessandro, o que causou forte impacto na italiana e a levou a fazer o pai prometer que não a deixasse viver em estado vegetativo, disse o próprio Giuseppe Englaro.

Defanti, que dissera que Eluana poderia viver de dez a 12 dias depois da suspensão da alimentação e da hidratação, disse que, como médico, tinha que reprovar esta afirmação.

"Não se pode sobreviver após três ou quatro dias sem líquido e, em particular, água em um corpo. Sabemos bem que, quando há um terremoto, após quatro dias é difícil encontrar sobreviventes".

Defanti ressaltou que Eluana "não falava, não se comunicava com o exterior" e que, após vários exames, "nos deparamos com uma moça que tinha perdido a consciência", porque estava com o córtex cerebral prejudicado.

Eluana foi enterrada na quinta-feira passada no túmulo da família na localidade de Paluzza, em Udine, após um funeral que não contou com a presença dos pais.

16:53
Anónimo disse...
Os bombeiros combatem neste sábado os incêndios na Austrália favorecidos pelo bom tempo, enquanto os deslocados encotram em seu retorno casas derruídas, carros queimados nas ruas e destruição.

Depois de sete dias desde que começaram os incêndios no Estado de Victoria, a lista de mortos chega a 181, os desaparecidos somam 50, os edifícios destruídos totalizam 1,834 mil e o terreno arrasado, principalmente florestas, ocupa uma área de 4,13 mil quilômetros quadrados.

As equipes de bombeiros, formadas por 4 mil profissionais de Victoria, de outras partes da Austrália e de países amigos, combateram hoje 12 focos fora de controle e nenhum representava uma ameaça direta para a população.

O subdiretor do Serviço de Bombeiros, Geoff Conway, disse que este tempo favorável, que se prolongará durante o domingo, permite consolidar as linhas de contenção e avançar na extinção das chamas.

Cinzas apareceram arrastadas por ventos do nordeste sobre Melbourne, onde habitam 3,8 milhões de pessoas, e as autoridades alertaram aos cidadãos do risco para a saúde de idosos, crianças e pessoas com problemas respiratórios.

O número de pessoas deslocadas - a Cruz Vermelha chegou a receber 7 mil - começou a cair com a abertura de algumas localidades atingidas.

Os incêndios, alguns criminosos, começaram em 7 de fevereiro, quando a região sul da Austrália estava há duas semanas sob uma onda de calor sem precedentes.

Na sexta-feira passada, a polícia acusou uma pessoa de ter provocado o incêndio que atingiu a localidade de Churchill e matou 21 pessoas.

16:55
Anónimo disse...
A primeira chuva em seis dias reduziu a ameaça de incêndios no Estado de Victoria, ao sul da Austrália. As autoridades, porém, advertiram que ainda existem 12 focos, mas que nenhum deles ameaça áreas povoadas.

Mais de quatro mil bombeiros, mil provenientes de outras partes do país e de outras nações, trabalham contra o fogo. Cerca de 600 veículos e 28 helicópteros e pequenos aviões estão sendo usados.


Eles conseguiram construir linhas de contenção para evitar os incêndios de Yarra e Maroondah se juntassem. Também foram controlados os incêndios abertos de Yea e Murrindindi, que ameaçavam as comunidades de Connellys Creek, Crystal Creek, Scrubby Creek e Native Dog Creek.

O número de mortos chegou a 181, mas as autoridades acreditam que as vítimas devem passar de 200, já que ainda há muitos desaparecidos.

16:55
Anónimo disse...
Aqui nesta coluna, na semana passada, tive a oportunidade de comentar sobre a recente visita do professor brasileiro Pedrinho Guareschi à Austrália. Não dei, porém, os fatos, pois semana passada o assunto era outro.

Hoje, porém, vamos a eles.

No último dia 4 de fevereiro, aconteceu o Seminário "Paulo Freire: Education and Liberation", organizado pelo centro de estudos latino-americanos da Universidade Nacional da Austrália, ou ANU, como é mais conhecida por aqui.

A ANU, para quem não sabe, está entre as 20 melhores universidades do mundo! E tem sede aqui em Camberra, capital da Austrália.

Na abertura do evento, o professor John Minns, diretor do centro latino-americano, ao dar boas-vindas ao público presente, lembrou ser aquele o primeiro seminário exclusivamente dedicado a Paulo Freire na Austrália.

Em seguida, convidou Pedrinho Guareschi, palestrante principal do Seminário, a fazer sua apresentação.

A plateia pode então conhecer, pelas palavras de Pedrinho, um pouco da obra e da vida de Freire, esse brasileiro de fé e valor, que sempre acreditou na educação, sobretudo dos menos favorecidos, analfabetos, como força libertadora.

Como não podia deixar de ser, os conceitos e ideias revolucionários de Paulo Freire, expostos com clareza por Pedrinho, despertaram o interesse e a curiosidade de plateia. A qual, deve-se notar, era na maioria de estudantes, mas de várias nacionalidades, sobretudo australianos e asiáticos.

Na continuação do programa do seminário, que se estendeu por dois dias, outros professores fizeram palestras sobre temas ligados à obra de Paulo Freire.

Interessante, por exemplo, saber que a professora Anne Hickling-Hudson, jamaicana que mora na Austrália há muitos anos (é professora da ANU), conheceu e trabalhou com Freire num workshop educacional durante a revolução na Ilha de Granada, em 1980, antes da invasão dos Estados Unidos...

Ou, então, a palestra da Professora Gerda Roelvink, da Nova Zelândia, que participou do Fórum Social de Porto Alegre em 2005. E essa participação transformou-se em tema de doutorado.

No dia 10, terça-feira passada, o padre Pedrinho Guareschi voltou a falar ao público australiano em grande auditório localizado no belíssimo campus da ANU. Desta vez, sobre a Teologia da Libertação.

Depois da palestra, John Minns mostrou o filme mexicano "O Crime do Padre Amaro", no qual um dos personagens é um padre católico praticante da Teologia da Libertação.

Mais uma vez, foi grande o intersse da platéia, que pode aprender e conhecer um pouco como se desenvolveu aquele importante movimento católico na América Latina.

Fica, assim, ao Pedrinho, bem como a outros brasileiros estudiosos e de bom coração que saem pelo mundo a divulgar aspectos importantes da cultura brasileira, o respeito e a homenagem desta coluna. E... aquele abraço!

16:57
Anónimo disse...
Amanda Kitts perdeu o braço esquerdo em um acidente de automóvel acontecido três anos atrás, mas hoje em dia ela joga futebol americano com seu filho de 12 anos de idade, troca fraldas e abraça as crianças nas três creches Kiddie Cottage que opera em Knoxville, Tennessee. Kitts, 40 anos, faz tudo isso com a ajuda de um novo tipo de braço artificial que se movimenta com mais facilidade do que outros aparelhos e que ela pode controlar utilizando apenas seus pensamentos.

"Eu sou capaz de mexer a mão, o pulso e o cotovelo ao mesmo tempo", diz. "Você pensa e os músculos se movem em seguida".

A recuperação que ela conseguiu resulta de um novo procedimento que vem atraindo crescente atenção porque permite que pessoas movam braços protéticos de forma mais automática do que faziam no passado, simplesmente utilizando nervos reaproveitados em seus cérebros.

A técnica, conhecida como "renervação muscular dirigida", envolve utilizar os nervos que restam depois da amputação de um braço e conectá-los a outro músculo do corpo, em geral no peito. Eletrodos são instalados sobre os músculos do peito, e operam como se fossem antenas. Quando a pessoa deseja mover o braço, o cérebro envia sinais que primeiro resultam em contração dos músculos do peito, os quais enviam um sinal ao braço protético, instruindo-se a se movimentar. O processo não requer mais esforços consciente do que a pessoa teria de exercitar caso ainda tivesse seu braço natural.

Na terça-feira, pesquisadores reportaram em estudo publicado pela versão online do Journal of the American Medical Association que haviam levado a técnica ainda mais à frente, tornando possível a execução de 10 movimentos de mão, pulso e cotovelo diferentes, o que representa uma substancial melhora com relação ao típico repertório protético, que em geral envolve apenas dobrar o cotovelo, girar o pulso e abrir a mão.

"Os novos métodos tiveram impacto dramático em nosso campo de trabalho", disse Stuart Harshbarger, engenheiro biomédico na Universidade Johns Hopkins e diretor do programa de pesquisa sobre próteses, financiado pelas forças armadas, que inclui o trabalho com essa técnica. "O método já está em uso por médicos e cirurgiões comuns em todo o país. A capacidade de controlar um membro protético bastante robusto que ele confere surpreendeu a todos pela qualidade".

Tipicamente, uma pessoa que tenha um braço protético só é capaz de executar alguns poucos movimentos, e muitas vezes com tamanha lentidão que isso só permite a ela atividades limitadas.

Há um motor separado para cada movimento, diz Gerald Loeb, professor de engenharia biomédica na Universidade do Sul da Califórnia, "e esses motores precisam ser controlados de maneira explícita", usualmente por um esforço consciente da pessoa para contrair músculos nas costas ou no bíceps.

"Essencialmente, até agora os pacientes controlavam apenas um motor de cada vez", diz Loeb, "e precisavam pensar cuidadosamente sobre que motor desejavam controlar e como fazê-lo operar, em lugar de simplesmente pensarem em mover o braço e poderem fazê-lo sem delongas".

Antes que Kitts passasse pelo procedimento de renervação, em outubro de 2007, por exemplo, ela precisava movimentar os músculos de suas costas de determinada maneira para fazer com que seu pulso girasse, e flexionar seu bíceps e tríceps para fazer com que o cotovelo se movesse para cima e para baixo. "Era muito trabalho", ela conta. "E não me ajudava muito".

O procedimento de renervação é parte de uma recente explosão de idéias novas e técnicas inovadoras que estão sendo exploradas enquanto os cientistas se esforçam por ajudar as pessoas a compensar melhor a perda de membros ou problemas de paralisia. O esforço vem sendo alimentado pelo aumento no número de amputações causado por diabetes e por ferimentos sofridos pelos militares, e ao mesmo tempo pelos avanços na tecnologia médica.

Os braços se tornaram um dos focos essenciais desse tipo de trabalho. A ciência há muito vem obtendo sucessos no desenvolvimento de próteses de perna, mas é muito mais difícil imitar a complexidade e a destreza das mãos e dos braços.

Os esforços em curso incluem o desenvolvimento de projetos de pele e braços mais sensíveis e mais flexíveis, e o uso de dispositivos acionados por controles sem fio implantado nos braços protéticos, que permitiriam movimentos mais naturais.

Os pesquisadores também vêm usando sensores implantados nos cérebros de cobaias para permitir que dois macacos controlem um braço mecânico, e um teste com um homem paralítico permitiu, com esse método, que ele movimentasse um cursor em uma tela de computador.

Alguns desses métodos, caso venham a ser aperfeiçoados plenamente e consigam aprovação das autoridades regulatórias da saúde, podem no futuro se tornar mais viáveis para os pacientes de amputações.

E embora a técnica da renervação não requeira aprovação das autoridades regulatórias porque é executada por meios cirúrgicos e emprega aparelhos já existentes, ela apresenta limitações que até mesmo seus criadores reconhecem, entre as quais o fato de que não se pode utilizá-la para todos os pacientes, o seu alto custo e o prazo de meses requerido para que os nervos reconectados cresçam e se tornem efetivos.

Ainda assim, os especialistas dizem que é o mais avançado sistema em uso hoje para pacientes reais que permite que o sistema nervoso controle diretamente o movimento de um braço artificial.

Desde sua introdução por Todd Kuiken, médico fisioterapeuta e engenheiro biomédico do Instituto de Reabilitação de Chicago, o método foi empregado em cerca de 30 pacientes nos Estados Unidos, Canadá e Europa, entre os quais oito soldados feridos no Iraque e no Afeganistão.

Muitos dos pacientes, entre os quais o primeiro, Jesse Sullivan, um operário do setor elétrico no Tennessee que perdeu os dois braços quando foi eletrocutado por um cabo, conseguem não apenas manipular seus braços protéticos mas sentir a presença das mãos que já não têm quando alguém toca em seus peitos.

Sullivan, 62 anos, e Kitts, estavam entre os cinco pacientes que participaram do estudo reportado na terça-feira. Em companhia de cinco outras pessoas que não passaram por amputações, eles receberam os eletrodos e foram instruídos a usar pensamentos para fazer com que um braço virtual na tela reproduzisse 10 movimentos diferentes, entre os quais três formas diferentes de aperto de mão.

Os pacientes apresentaram desempenho bastante respeitável, apenas um pouco mais lento e menos preciso do que os dos participantes que não tinham amputações.

"As velocidades de movimento que encontramos em nossos pacientes foram realmente encorajadoras", disse Kuiken. "Eles conseguiram completar a tarefa. É claro que não foram tão competentes quanto as pessoas dotadas de plena capacidade física, mas foram bons o bastante".

Um braço virtual foi usado porque a maioria das próteses existentes não era capaz de acomodar todos aqueles movimentos, no momento da pesquisa, ainda que Sullivan, Kitts e uma terceira paciente, Claudia Mitchell, tenham experimentado dois novos protótipos mais versáteis de braços artificiais, executando tarefas complexas com bolas de tênis e outros objetos.

O trabalho de renervação em soldados apresenta outros desafios, diz Kuiken, porque os ferimentos militares muitas vezes "causam danos muitos extensos" a nervos, músculos ou ossos.

Daniel Acosta, 25 anos, um aviador ferido pela detonação de uma bomba em uma estrada do Iraque em 2005, passou pelo procedimento no ano passado e diz que seu braço esquerdo protético agora se movimenta "muito mais rápido" e de maneira muito mais natural.

"A diferença é que agora não preciso mais pensar para mover o braço", ele diz. "Ele simplesmente se mexe".

Ainda assim, Acosta, de San Antonio, diz que "o processo foi bastante longo" e que os eletrodos precisam ser ajustados para receber os sinais à medida que os nervos crescem ou mudam de posição.

E embora elogiem o método, os especialistas afirmam que a ciência das próteses de braço ainda tem muito por avançar.

"Trata-se de uma parte crucial, mas ainda assim apenas uma parte, das muitas coisas que compreendem a função normal de um braço", disse Loeb, que escreveu um editorial que acompanha o artigo no Journal of the American Medical Association.

"No momento estamos a meio do caminho entre o braço de 'Dr. Fantástico', que fazia involuntariamente a saudação nazista, e o braço de Luke Skywalker em 'Guerra nas Estrelas', que funciona sem nenhum problema assim que é conectado. Creio que precisaremos ainda de muitos anos para conectar todas as peças necessárias a produzir um braço capaz de funcionar normalmente".

17:04
Anónimo disse...
A Espanha disse neste sábado que está preparando uma reclamação oficial contra a decisão da Venezuela de expulsar um membro do Parlamento Europeu que criticou o conselho eleitoral venezuelano.
Luis Herrero, membro do partido conservador espanhol PP, foi deportado na sexta-feira depois que o Conselho Nacional Eleitoral (CNE) o acusou de questionar a imparcialidade da instituição antes de um referendo que pode permitir ao presidente Hugo Chávez permanecer no cargo indefinidamente.

Herrero estava na Venezuela como observador do referendo. Ele acusou Chávez de ter "comportamentos típicos de um ditador" por pedir a contenção de manifestações da oposição.

O governo da Espanha convocou um encontro com o embaixador da Venezuela em Madri para expressar a desaprovação sobre a expulsão de Herrero, disse um representante do Ministério das Relações Exteriores espanhol.

As relações da Venezuela com a Espanha tiveram seu ponto crítico em 2007, quando Chávez ameaçou rever acordos diplomáticos e comerciais depois de ouvir um "cala a boca" do rei espanhol Juan Carlos durante uma cúpula.

A fenda foi oficialmente reparada em 2008, com uma visita oficial de Chávez à Espanha, onde ele cumprimentou o rei e discutiu acordos para investimento no setor petroquímico com o primeiro-ministro José Luis Rodriguez Zapatero.

17:06
Anónimo disse...
A polícia do Zimbábue anunciou neste sábado que acusa de traição Roy Bennett, dirigente do até agora opositor Movimento para a Mudança Democrática (MDC), detido na sexta-feira, em Harare, poucas horas antes da cerimônia de posse dos membros do novo gabinete.

"A Polícia nos informou que vão apresentar acusações de traição", disse à agência EFE o advogado de defesa de Bennett, Trust Maanda.

"Tentam relacionar Roy com o caso de Mike Hitschmann, que foi detido em 2006 em relação à descoberta de um carregamento de armas, apesar de que Hitschmann não tenha sido declarado culpado das acusações de traição apresentadas contra ele, mas de um crime menor de descumprimento de leis", disse Maanda.

O político opositor, designado por seu partido como vice-ministro de Agricultura no Governo de união nacional, esteve no exílio na vizinha África do Sul desde 2006 e retornou ao Zimbábue há duas semanas.

Segundo a Polícia, que deteve Bennett ontem no aeroporto de Harare quando pretendia ir à África do Sul para visitar sua família, as armas apreendidas em 2006 seriam utilizadas em um golpe de Estado para derrubar o presidente do Zimbábue, Robert Mugabe.

Depois da detenção, Bennet foi levado a Mutar, onde vários simpatizantes do MDC se concentraram em frente à delegacia na qual estava detido, diante do que a Polícia respondeu com tiros para o alto para dispersar os manifestantes.

17:07
Anónimo disse...
Austrália: 14 mil se candidatam a 'emprego dos sonhos'

A secretaria de Turismo de Queensland, na Austrália, informou que até esta segunda-feira já recebeu cerca de 14 mil inscrições para o "o melhor emprego do mundo". O Estado australiano promove pela internet seleção para vaga de "zelador" da ilha Hamilton, por seis meses com um salário de R$ 40 mil.

Muitos candidatos tiveram problemas durante a inscrição por conta dos acessos simultâneos ao site. A secretaria aconselha enviar os vídeos de 60s explicando porque deve ser escolhido em horários alternativos do dia, além de recomendar tamanho em torno de 40MB.

As inscrições começaram em 12 de janeiro e vão até o próximo dia 22 e podem ser feitas pelo site www.islandreefjob.com. O governo australiano escolherá 50 candidatos para a próxima fase da seleção, que terá votos do público para eleger um dos 11 finalistas.

A última fase terá entrevistas e desafios físicos, no próprio local de trabalho: as ilhas da Grande Barreira Coralina - o maior recife de coral do mundo. A secretaria de Turismo anunciará o vencedor no dia 6 de maio.

17:09
Anónimo disse...
Mercado elogia governo na crise, mas pede maior queda no juro

Peter Fussy
Direto de São Paulo

Desde as primeiras medidas anunciadas para combater os efeitos da crise, o governo brasileiro avisou que a estratégia não contemplaria um pacote. Seriam doses pontuais, de acordo com a necessidade da economia diante do agravamento das turbulências. Da primeira liberação dos depósitos compulsórios em setembro até a ampliação do seguro-desemprego na última quarta-feira, o governo passou por redução de impostos, ampliação de crédito e incentivos à exportação. Quase 150 dias após a primeira medida, o Terra conversou com líderes do setor público e privado, representantes dos trabalhadores, acadêmicos e com o próprio governo para saber quais destas ações foram mais eficazes, quais foram mais ineficientes e o que mais pode ser feito pelo Estado brasileiro contra a crise.

Os maiores elogios foram direcionados à atitude de reduzir o Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) para a indústria automobilística, anunciada em dezembro e que fez com que os emplacamentos de carros novos subissem 1,9% no primeiro mês do ano em relação a dezembro de 2008. Já as maiores críticas foram para a lentidão no corte da taxa básica de juro do País.

Para o presidente do conselho administrativo do Grupo Pão de Açúcar, Abílio Diniz, o Estado não é responsável pela crise e mesmo assim está agindo "com extrema serenidade e muito acerto". "O governo está atento, fazendo a sua parte. É preciso coragem de baixar firmemente a taxa de juros. É uma arma que temos a nosso favor, já que não há clima para inflação, nem possibilidade de danos para a macroeconomia", afirmou Diniz.

Na última reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), em janeiro, a taxa Selic foi reduzida em um ponto percentual, de 13,75% para 12,75% ao ano. Porém, o professor de economia da Universidade de Brasília (UnB) José Luiz Oreiro lembra que este corte representa uma redução de apenas 0,25 ponto percentual com relação à taxa de setembro do ano passado, quando a crise se agravou.

"Pouco antes da eclosão da crise, o Banco Central aumentou a taxa em 0,75 ponto. Foram cinco meses de demora para reduzir em termos líquidos apenas 0,25 ponto", afirmou o economista, que também sugeriu redução do intervalo de cerca de 90 dias entre as reuniões do Copom e o corte de pelo menos um 1 ponto percentual em cada reunião.

Mesmo com o corte de janeiro, a taxa de juros real continua sendo a maior do mundo, lembrou o secretário-geral da Força Sindical, João Carlos Gonçalves, o Juruna. "A redução da taxa de juro ainda é pequena, porque ela continua uma das mais altas do mundo. Falta ousadia para baixar os juros e ajudar o cidadão. A permanência da taxa de juro alta é negativa para o País em meio a crise", afirmou Juruna.

Embora aprove as ações do governo, o senador Aloízio Mercadante (PT-SP) também acredita que o patamar da Selic está muito alto. "Sempre fomos os primeiros a entrar em qualquer crise, o que não aconteceu agora. A taxa Selic ainda é muito alta, mas o governo têm tomado medidas acertadas, como o aumento do salário mínimo, mesmo com um cenário de crise. Isso ajuda a movimentar o consumo. O governo está se esforçando para manter os investimentos e o crescimento", disse.

Tributos
De acordo com o economista Fabio Pina, da Fecomercio-SP, as ações mais positivas estão relacionadas à redução de tributos para alguns segmentos, como a indústria automobilística, que recuperou parte da queda nas vendas em janeiro com a isenção do IPI para carros 1.0 l e o corte para demais motorizações. A medida vale até o final de março.

"Essas medidas não só reduziram o preço, mas anteciparam o consumo daqueles que iriam comprar no futuro, dando um prêmio por conta da insegurança. Mexe diretamente com o principal problema que é a confiança do consumidor", afirmou. Juruna destacou que um bom ritmo de vendas é garantia de emprego. "É importante porque cada emprego na montadora significa 19 na cadeia produtiva", comentou o representante da Força Sindical.

Também em dezembro, o governo decidiu cortar pela metade a alíquota do Imposto de Renda para contribuintes que ganham entre R$ 1.434 e R$ 2.150 mensais. "O salário aumentava e a tabela não se modificava. As pessoas ganhavam mais e pagavam mais impostos", apontou Juruna. Outra redução de tributos do governo foi com relação ao Imposto sobre Operações Financeiras (IOF), que caiu de 3% ao ano para 1,5%.

Crédito
Na segunda metade de 2008, o colapso de bancos nos Estados Unidos por conta da crise do subprime provocou uma forte restrição de crédito no mundo inteiro. Uma das primeiras medidas anticrise do governo teve como objetivo restabelecer a oferta, com mudanças no recolhimento dos depósitos compulsórios por parte dos bancos. Segundo o presidente do Banco Central, Henrique Meirelles, as diversas modificações liberaram US$ 99,2 bilhões aos bancos até o final de janeiro.

Além disso, o governo concedeu R$ 36 bilhões das reservas internacionais para empresas brasileiras com dívidas no exterior e uma medida provisória autorizou o Banco do Brasil e a Caixa Econômica Federal a comprar carteiras de crédito de bancos privados. Para o diretor do Departamento de Pesquisas e Estudos Econômicos da Fiesp, Paulo Francini, estas medidas foram essenciais para combater os efeitos da crise.

"A crise se desenvolve no mundo em torno do tema crédito. E o crédito reduziu-se barbaridade no mundo. Então o governo lança mão de compulsório, lança mão de reservas, de medidas que permitem aos bancos comprar carteiras de bancos. Você vai tomando várias medidas para atender às demandas e o epicentro disso é crédito", afirmou.

No entanto, Oreiro, da UnB, adverte que a liberação dos compulsórios seria mais eficiente acompanhada de redução mais agressiva da taxa básica de juro. "Uma parte do crédito voltou, depois da forte retração em outubro e novembro. O que deveria ter sido feito junto à liberação do compulsório era uma redução mais drástica da taxa de juro. Sem isso, os bancos pegam as reservas e acabam comprando títulos públicos", explicou o economista.

Na opinião de Pina, as ações de distribuição de crédito via redução do compulsório e a disposição de capital de giro para empresas foram tomadas sem um cuidado maior na operação e não tiveram muito efeito. "O BNDES tem linhas que ficam paradas quase todo o ano, agora é pior ainda. Existem os recursos, mas as empresas e os bancos estão desconfiados. É preciso fazer com que os bancos tenham interesse em emprestar", afirmou o economista da Fecomercio-SP.

Futuro
Mesmo com todas essas medidas, a crise financeira ainda gera incertezas nos setores produtivos do País. Nos últimos meses, o medo do desemprego fez os consumidores adiarem compras. Por sua vez, a queda nas vendas pode obrigar as indústrias a cortarem a produção e demitir funcionários. Contra isso, empresários sugerem redução de jornada e de salários.

"Isto está previsto em lei. A Fiesp simplesmente manteve conversações com entidades sindicais quanto à aplicação daquilo que já está previsto em lei", afirmou Francini.

Segundo a ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff, uma das medidas que assegura um nível de emprego é a manutenção de investimentos no Programa de Aceleração do Crescimento (PAC). "Estamos esperando que a dificuldade ocorra em janeiro, fevereiro e março. Estamos certos que vamos manter o nível de investimento. É isso que funciona, é isso que significa investimento público. Ele funciona como um colchão. Por isso, nós colocamos R$ 100 bilhões no BNDES e a Petrobras ampliou o seu investimento em R$ 120 bilhões", afirmou.

Na mesma linha, Pina explica que a antecipação de gastos do governo substitui parte da demanda retraída do setor privado. "Ele dá o seguinte recado: não vou estourar as contas públicas, mas concentrar em um momento em que a demanda privada está pequena. Mas o governo não tem fôlego suficiente para fazer o papel de toda demanda", ressaltou. O economista da Fecomercio lembrou que a entidade já pleiteou junto ao governo isenções para transferência de imóveis e de automóveis, além de retirar o IPVA para veículos novos.

Já Oreiro foca suas propostas na capitalização do Banco do Brasil e da Caixa Econômica Federal pelo Tesouro para atender a demanda de crédito para capital de giro e reduzir o spread. "Aumentando o empréstimo e reduzindo as taxas, os dois vão forçar os bancos privados a acompanhar o movimento, até para não perderem participação no mercado", explicou o economista da UnB.

Até o Carnaval, o governou prometeu detalhar um pacote de incentivos para a construção de até um milhão de casas populares, direcionado a famílias com renda de até dez salários mínimos. "Estamos atentos a tudo o que está acontecendo e novas medidas serão tomadas caso haja uma avaliação de que sejam necessárias", disse o ministro da Fazenda, Guido Mantega, na última sexta-feira.

17:11
Anónimo disse...
Ex-ministro critica extensão do seguro-desemprego

Atualizada às 09h03

O ex-ministro do Trabalho Almir Pazzianotto criticou a decisão do governo federal de conceder o seguro-desemprego estendido a apenas alguns setores. "É certamente odioso e provavelmente inconstitucional", disse Pazzianotto, de acordo com o jornal O Estado de S. Paulo.

Na última qurta, dia do anúncio da medida, centrais sindicais elogiaram a atitude do governo. A Força Sindical divulgou nota dizendo que "o aumento ajudará a aquecer parte da economia, já que irá gerar mais consumo, produção e conseqüentemente, a criação de novos postos de trabalho". A União Geral dos Trabalhadores (UGT) afirmou que a medida "contribuirá para minimizar o drama dos trabalhadores que perderem seu emprego por conta da crise".

O ex-ministro, que instituiu o seguro-desemprego no País no governo de José Sarney, destacou a necessidade de as centrais sindicais se manifestarem contra a determinação. Para ele, as mudanças devem ser aplicadas a todas as categorias profissionais e a distinção é contrária ao artigo 3º da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT).

Pazzianotto atribui a medida a um possível temor do governo de que a crise econômica seja longa e não haja dinheiro para atender a todas as necessidades. Ainda assim, ele se mostra contrário ao método de concessão. "O seguro-desemprego ajuda a sanar necessidades básicas. Estendê-lo é paliativo, não a solução", disse ao jornal.

De acordo com o presidente do Conselho Deliberativo do Fundo de Amparo ao Trabalhador (Codefat) e conselheiro da Força Sindical, Luiz Fernando Emediato, a determinação já estava prevista na lei 8.900/94, que trata do seguro-desemprego.

O presidente da Comissão de Trabalho da Câmara, Pedro Fernandes (PTB-MA) vai além na crítica à concessão do seguro para apenas alguns setores. Ele acredita que a ampliação do benefício estimula o desemprego.

Quintino Severo, secretário geral da Central Única dos Trabalhadores (CUT), lembra que a ampliação do benefício sem critério e identificação pode incentivar demissões em outros setores.

17:13
Anónimo disse...
Empresas
TAM faz promoção para destinos internacionais

A companhia aérea TAM anunciou nesta sexta-feira tarifas promocionais para trechos internacionais. Os preços valem para bilhetes comprados entre 6h deste sábado e 23h59 deste domingo e são válidos para classe econômica. As tarifas, para ida e volta, serão vendidas a partir de US$ 99, mais taxas.

Segundo a aérea, a promoção vale para viagens feitas no período de 14 de fevereiro a 18 de junho de 2009. Para destinos na América do Sul, a permanência mínima é de dois dias; para bilhetes com destino nos Estados Unidos, cinco dias; e Europa, sete dias. A permanência máxima para as passagens para América do Sul e EUA é de dois meses e para Europa, três meses.

Entre os exemplos de tarifas promocionais, a TAM oferece São Paulo-Lima por US$ 99. Bilhetes para a rota São Paulo-Santiago serão vendidos a partir de US$ 199 e São Paulo-Nova York, US$ 799.

A emissão dos bilhetes deve ser feita obrigatoriamente no ato da reserva, obedecendo às regras estipuladas pela companhia. A compra está sujeita à disponibilidade de assentos nas classes tarifárias determinadas, trechos, horários e datas. A TAM afirmou que também há tarifas promocionais para a classe executiva.

Mais informações podem ser encontradas no site promocional (www.ofertastam.com.br), no site da empresa (www.tam.com.br) ou pelos telefones 4002-5700 ou 0800 5705700.

17:13
Anónimo disse...
Empresas
Consultoria negocia compra do parque temático Hopi Hari

A consultoria especializada em reestruturação de empresas Íntegra Associados informou nesta sexta-feira ter um acordo para comprar o parque de diversões Hopi Hari, localizado no interior de São Paulo. A empresa estaria disposta a investir R$ 10 milhões no parque, que tem dívida estimada em R$ 800 milhões. As informações são da edição deste sábado do jornal Folha de S. Paulo.

De acordo com o jornal, a transação ainda depende da negociação entre o Hopi Hari e seus credores, o que já estaria em andamento.

A consultoria paulista já atuou junto à Parmalat, durante 30 meses, quando reorganizou a gestão da empresa italiana.

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17:14
Anónimo disse...
Empresas
Disney de Tóquio contratará mais 2 mil apesar da crise


A Oriental Land, o operador da Disneylândia Tóquio e DisneySea, organizou neste domingo entrevistas para contratar cerca de 2 mil trabalhadores em tempo parcial, em um momento de grandes demissões deste tipo de empregados no Japão.

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O operador deste parque temático, situado em Urayasu, na província de Chiba (leste de Tóquio), está em pleno processo de seleção de empregados para 20 tipos de postos trabalhistas diferentes.

Segundo a companhia, citada pela agência local de notícias Kyodo, o parque contratará novos trabalhadores para as atrações, para os restaurantes e guardas de segurança entre outros. Os novos contratados começarão a trabalhar a partir de fevereiro.

O processo de seleção acontece em um momento em que a maioria das grandes companhias japonesas começaram a se ver obrigadas a despedir uma elevada percentagem de seus trabalhadores temporários e a tempo parcial.

Algumas inclusive anunciaram demissões de seus trabalhadores fixos, uma medida muito pouco comum nas companhias japonesas, perante os efeitos piores que o esperado pela crise econômica global.

Cerca de uma centena de pessoas esperavam desde a primeira hora desta manhã a abertura do centro de conferências Tokyo International Forum, onde as entrevistas estão sendo feitas, para ser os primeiros a solicitar os postos de trabalho.


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17:15
Anónimo disse...
Economia Internacional
Senado dos EUA aprova plano de estímulo à economia

O Senado dos Estados Unidos aprovou com 60 votos a favor e 38 contra o plano de estímulo à economia de US$ 787 bilhões na madrugada deste sábado. Agora, ele segue para sanção ou veto do presidente Barack Obama, que espera colocar a lei em prática até o dia 16 de fevereiro.

O plano prevê a criação de três milhões de empregos, inclui cortes de impostos às famílias, fundos para programas sociais e obras públicas, além de ajuda aos governos estaduais, estudantes e desempregados.

A cláusula Buy American - que exige o uso de ferro, aço e produtos manufaturados dos Estados Unidos em obras realizadas com recursos do pacote - ficou de lado. Segundo o texto definitivo, a cláusula será aplicada sem violar as normas do comércio internacional.

Ontem à tarde, a Câmara de Representantes (deputados) havia aprovado, por 246 votos a favor e 183 contra, a versão final do plano. Todos os republicanos foram contrários ao pacote.

Pelo acordo de quarta-feira entre Câmara e Senado, em vez de custar US$ 819 bilhões, como queriam os deputados, ou US$ 838 bilhões como pretendiam os senadores, o pacote ficou em cerca de US$ 787 bilhões, com 65% desse total destinado a gastos do governo federal e 35%, a créditos tributários.

17:16
Anónimo disse...
Economia nacional
Na era Lula, aposentadoria sobe 54% menos que salário mínimo

Thatiane Faria
Especial para o Terra
Direto de São Paulo

Os índices de reajustes concedidos pelo governo em 2009 para aposentados e pensionistas e para o salário mínimo repetiram uma diferença que, só durante o governo de Luiz Inácio Lula da Silva, já chega a 54%. Enquanto o mínimo foi majorado em 12% este ano, as pensões e aposentadorias tiveram aumento de 5,92%. Aposentados que têm o benefício do governo como única fonte de renda reclamam que perdem poder de compra e que sua cesta de compras é composta por itens que aumentam mais em relação à inflação oficial.

Um exemplo prático pode ser entendido a partir da comparação entre um aposentado que ganhava R$ 600 em janeiro de 2003. Na época, o benefício era três vezes, ou 200%, maior que o valor do mínimo em vigência, que era de R$ 200. Aplicando-se os índices de reajuste para aposentadorias e para o mínimo durante os últimos seis anos, o mesmo aposentado estaria recebendo hoje R$ 938,47, comparado a um salário mínimo de R$ 465. A diferença entre os dois valores caiu para pouco mais de 100%.

Enquanto o índice acumulado de reajuste para a aposentadoria durante o governo Lula foi de 60%, para o salário mínimo está em 132%.

O diretor do Sindicato Nacional dos Aposentados, João Inocentini, reclama que os valores dos benefícios para aposentadorias não mantêm o poder de compra do grupo, principalmente dos aposentados que recebem menos que dez salários mínimos.

Nem mesmo o fato de o índice de reajuste das aposentadorias ter ficado acima da inflação acumulada no mesmo período (o IPCA entre janeiro de 2003 e janeiro de 2009 foi de 39,7%) serve de argumento, segundo os aposentados.

"Os idosos, principalmente, têm gastos além das contas gerais como gás, telefone e aluguel. Para eles o custo com remédios, e outros itens da área saúde costuma ser maior", afirmou Inocentini.

O presidente do sindicato afirmou que o grupo realiza um estudo com 100 itens de necessidade de um idoso para comparar o aumento dos produtos com o índice de reajuste do benefício recebido pelos aposentados.

"Daqui dois meses vamos abrir um processo na Justiça e levar essa pesquisa como prova. Segundo a lei, o governo é obrigado a manter o poder de compra com a aposentadoria", disse Inocentini.

Alternativas
O consultor financeiro Cláudio Boriola diz que os aposentados, especialmente nesse momento de crise econômica, devem evitar compras parceladas, pesquisar preços, negociar e fazer bom planejamento financeiro.

Segundo Boriola, alguns aposentados ganham um valor mensal muitas vezes insuficiente para o pagamento das contas e acabam pedindo crédito ou realizando pagamentos a prazo e são obrigados a pagar juros altos.

Na opinião do consultor, pagar uma previdência privada é uma alternativa indicada para quem ainda trabalha, considerando a característica de perda de poder de compra da aposentadoria.

"Na prática, infelizmente os valores encontram-se em um patamar que está deteriorando o poder de aquisição da população brasileira", completou Boriola.

De acordo com o diretor da Confederação Brasileira de Aposentados e Pensionistas (Cobap), Vicente Fernandes Barbosa, representantes dos aposentados tentarão um encontro com o presidente da Câmara, deputado Michel Temer (PMDB-SP), para discutir projetos que minimizem a perda dos aposentados

17:17
Anónimo disse...
Previdência
Previdência prorroga isenção de tarifas no benefício

O atual sistema de pagamento aos 26 milhões de aposentados e pensionistas do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) será mantido até o final deste ano. O acordo, que permite realizar a operação sem nenhum custo aos beneficiários, foi renovado nesta sexta-feira, entre o governo federal e 21 instituições financeiras.

Por meio desse acordo, vigente desde setembro de 2007, nem os segurados, nem os bancos e nem o governo arcam com o pagamento de tarifas, conforme explicou o ministro da Previdência Social, José Pimentel. A prorrogação vale até dezembro, data máxima para que a Previdência defina as regras para um novo contrato.

Ao assinar o termo de renovação, na sede da Federação Brasileira dos Bancos (Febraban), o ministro disse que a intenção do governo é mudar o atual modelo de gestão visando a reduzir os custos dessas operações em torno da folha mensal, que atinge R$ 15,8 bilhões. No entanto, qualquer alteração, conforme explicou, passará antes por audiências públicas a serem realizadas a partir do segundo semestre deste ano, atendendo a determinação do Tribunal de Contas da União (TCU).

De acordo com Pimentel, com um redesenho do mecanismo de repasse dos recursos aos bancos em torno da folha de pagamento dos segurados o que se busca é um aumento da participação de instituições financeiras. Ele informou que, desde 2007, cada benefício custa em média R$ 1,07 ao governo. "Quanto mais instituições financeiras estiverem prestando serviços à sociedade, maior é a competitividade, a agilidade no atendimento", justificou.

O ministro observou, ainda, que, para permitir uma redução para algo em torno de meia hora no tempo de atendimento para a concessão dos direitos previdenciários, o governo investiu R$ 280 milhões.

Questionado sobre o descontentamento dos segurados que ganham acima de um salário mínimo terem obtido apenas a correção com base na variação do Índice de Preços ao Consumidor (INPC) , ficando abaixo do reajuste dado a quem recebe apenas o mínimo, Pimentel argumentou que o governo seguiu o que determina a lei e descartou a possibilidade de uma revisão

17:17
Anónimo disse...
Empresas
Caterpillar oferece aposentadoria antecipada a 2 mil


A companhia americana Caterpillar ofereceu a cerca de dois mil funcionários incentivos para que se aposentem de forma voluntária antes do previsto, pela perspectiva de uma queda "significativa" da atividade industrial, informou nesta quarta-feira a empresa.

A iniciativa, destinada aos trabalhadores de diversas fábricas em Illinois, Colorado, Tennessee e Pensilvânia, se soma aos cortes de empregos anunciados em janeiro, explicou em comunicado de imprensa.

A empresa, a maior fabricante mundial de maquinaria pesada para a construção e a mineração, acrescentou que, "em função das condições de negócio, podem ser necessárias mais reduções de elenco voluntárias e involuntárias à medida que o ano avança".

O vice-presidente da companhia, Sid Banwart, explicou que a empresa prevê "demissões significativas em todas as regiões geográficas e na maioria dos setores devido às dificuldades da economia mundial".

17:18
Anónimo disse...
Comércio
Comércio exterior da OCDE caiu no 3º trimestre de 2008


As exportações e as importações dos países da Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Econômico (OCDE) caíram 1,6% e 0,2%, respectivamente, no terceiro trimestre de 2008, em relação aos três meses anteriores.

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Trata-se da primeira queda destas atividades desde o terceiro trimestre de 2006, segundo o último relatório trimestral sobre fluxos comerciais divulgado pela OCDE.

As exportações e as importações em dólares dos 30 Estados-membros caíram 15,6% e 17%, respectivamente, na comparação anualizada.

Por sua vez, o comércio dos sete países mais ricos do mundo (G7) teve um pequeno crescimento no terceiro trimestre de 2008 com uma queda das exportações de mercadorias de 0,2% em relação ao trimestre anterior e um aumento de 0,4% das importações.

Em termos anualizados, as importações do G7 caíram 1,4% entre julho e setembro do ano passado, seu primeiro retrocesso desde o terceiro trimestre de 2006, enquanto as exportações aumentaram 1,9%, seu crescimento mais baixo no mesmo tempo.

Por países, a Alemanha aumentou suas importações em 3,4% - valor mais alto do G7 -, enquanto suas exportações caíram 2,9% do segundo para o terceiro trimestre de 2008.

Pelo contrário, as exportações americanas aumentaram 1,8% entre julho e setembro de 2008, enquanto as importações caíram 0,7% em relação ao trimestre anterior. No Japão, tanto as importações quanto as exportações caíram em torno de 1% no mesmo período.

17:19
Anónimo disse...
Economia Nacional
Lula: juros de crédito consignado a aposentados são altos

Atualizada às 17h29

O presidente Luis Inácio Lula da Silva afirmou nesta terça-feira, em São Paulo, que está lutando para reduzir as taxas de juros cobradas de aposentados em crédito consignado. A Previdência Social estabelece uma taxa máxima de 2,5% para empréstimo e de 3,5% para cartão. Para Lula, os valores são altos.

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"Acho que o juro que os aposentados estão pagando hoje com o crédito consignado é alto para o padrão brasileiro", disse o presidente durante a cerimônia de comemoração dos 86 anos do INSS.

A Previdência anunciou nesta terça-feira que aposentados e trabalhadoras com licença-maternidade poderão receber seus benefícios em 30 minutos. De acordo com Lula, em junho, a aposentadoria do trabalhador rural também será conseguida em meia hora.

Além disso, o presidente anunciou que, também em junho, os trabalhadores que alcançarem o direito à aposentadoria passarão a receber em suas casas um comunicado da Previdência informando o fato e o valor do salário que têm direito a receber. "É um comprometimento público que estou fazendo com os companheiros da Previdência Social", disse.

"Estamos retribuindo ao contribuinte da Previdência Social aquilo que é a cidadania que ele tem direito", afirmou Lula. "Se para cobrar nós somos tão precisos, para devolver o dinheiro, temos que chegar próximo à perfeição", completou.

17:20
Anónimo disse...
Economia Nacional
Salário maternidade sairá em 30 minutos, diz ministro

Toda trabalhadora autônoma que tiver contribuído pelo menos 10 meses com o Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) - ou as que possuírem carteira assinada - poderão receber em 30 minutos o salário maternidade a partir desta terça-feira. Da mesma forma, as mulheres com 30 anos de contribuição e os homens com 35 anos também terão direito ao benefício de forma mais rápida. A informação é do ministro da Previdência Social, José Pimentel.

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Para requerer o salário maternidade, é preciso que as autônomas levem a carteira de identidade e o carnê de contribuição. As demais trabalhadoras devem apresentar a identificação e a carteira de trabalho. Desde o início do mês, a nova forma de análise para a concessão de benefícios foi adotada para a aposentadoria por idade do trabalhador urbano e agora foi estendida para o salário maternidade e por tempo de contribuição.

O ministro disse que a qualificação do serviço da previdência social é o reconhecimento do direito dos trabalhadores e da afirmação da cidadania.

"Até pouco tempo na cabeça do cidadão o serviço devia ser de péssima qualidade. Agora não, nós modificamos toda a legislação no mês de dezembro numa ação conjunta do Congresso Nacional com o governo federal. Estamos implantando e concedendo os benefícios em até 30 minutos", afirmou.

O ministro destacou que para conseguir se aposentar ou ter acesso à licença maternidade em 30 minutos, em primeiro lugar, é necessário que o cidadão esteja vinculado à Previdência, o que inclui 65% da população acima de 16 anos de idade.

"Depois bastar marcar pelo sistema 135 o dia e a hora do atendimento e levar a documentação. Se todos os dados necessários estiverem corretos o contribuinte será atendido em até 30 minutos, como vem sendo feito com as aposentadorias por idade desde o dia cinco de janeiro", explicou.

Pimentel disse ainda que em 90% das agências da previdência social o atendimento é marcado em até 48 horas. Nos grandes centros, entretanto existe um volume maior o que torna mais lento o processo.

"Estamos criando mais 715 agências até 2010, em todo o território nacional, para descentralizar o atendimento. Em 2008, atendemos 295 mil benefícios e aposentadorias por idade. Temos 4 mil pessoas por dia procurando e se aposentando por idade no território nacional. Este serviço será agilizado", concluiu.
17:27
Anónimo disse...
Giuseppe Englaro, pai de Eluana, a italiana que morreu na segunda-feira passada por desidratação, recusou uma grande soma de dinheiro de um conhecido fotógrafo italiano que queria retratar a filha em estado de coma, disse neste sábado o neurologista que atendia a mulher desde 1996, Carlo Defanti.

O neurologista, que participou hoje de uma conferência sobre eutanásia, disse que Englaro respeitou a vontade da filha, que, antes do acidente, tinha pedido que, se lhe ocorresse qualquer coisa irreversível, apresentasse sua imagem de quando estava em boas condições.

Antes de sofrer o acidente de trânsito, em 1992, Eluana viveu o coma de um amigo, Alessandro, o que causou forte impacto na italiana e a levou a fazer o pai prometer que não a deixasse viver em estado vegetativo, disse o próprio Giuseppe Englaro.

Defanti, que dissera que Eluana poderia viver de dez a 12 dias depois da suspensão da alimentação e da hidratação, disse que, como médico, tinha que reprovar esta afirmação.

"Não se pode sobreviver após três ou quatro dias sem líquido e, em particular, água em um corpo. Sabemos bem que, quando há um terremoto, após quatro dias é difícil encontrar sobreviventes".

Defanti ressaltou que Eluana "não falava, não se comunicava com o exterior" e que, após vários exames, "nos deparamos com uma moça que tinha perdido a consciência", porque estava com o córtex cerebral prejudicado.

Eluana foi enterrada na quinta-feira passada no túmulo da família na localidade de Paluzza, em Udine, após um funeral que não contou com a presença dos pais.

16:53
Anónimo disse...
Os bombeiros combatem neste sábado os incêndios na Austrália favorecidos pelo bom tempo, enquanto os deslocados encotram em seu retorno casas derruídas, carros queimados nas ruas e destruição.

Depois de sete dias desde que começaram os incêndios no Estado de Victoria, a lista de mortos chega a 181, os desaparecidos somam 50, os edifícios destruídos totalizam 1,834 mil e o terreno arrasado, principalmente florestas, ocupa uma área de 4,13 mil quilômetros quadrados.

As equipes de bombeiros, formadas por 4 mil profissionais de Victoria, de outras partes da Austrália e de países amigos, combateram hoje 12 focos fora de controle e nenhum representava uma ameaça direta para a população.

O subdiretor do Serviço de Bombeiros, Geoff Conway, disse que este tempo favorável, que se prolongará durante o domingo, permite consolidar as linhas de contenção e avançar na extinção das chamas.

Cinzas apareceram arrastadas por ventos do nordeste sobre Melbourne, onde habitam 3,8 milhões de pessoas, e as autoridades alertaram aos cidadãos do risco para a saúde de idosos, crianças e pessoas com problemas respiratórios.

O número de pessoas deslocadas - a Cruz Vermelha chegou a receber 7 mil - começou a cair com a abertura de algumas localidades atingidas.

Os incêndios, alguns criminosos, começaram em 7 de fevereiro, quando a região sul da Austrália estava há duas semanas sob uma onda de calor sem precedentes.

Na sexta-feira passada, a polícia acusou uma pessoa de ter provocado o incêndio que atingiu a localidade de Churchill e matou 21 pessoas.

16:55
Anónimo disse...
A primeira chuva em seis dias reduziu a ameaça de incêndios no Estado de Victoria, ao sul da Austrália. As autoridades, porém, advertiram que ainda existem 12 focos, mas que nenhum deles ameaça áreas povoadas.

Mais de quatro mil bombeiros, mil provenientes de outras partes do país e de outras nações, trabalham contra o fogo. Cerca de 600 veículos e 28 helicópteros e pequenos aviões estão sendo usados.


Eles conseguiram construir linhas de contenção para evitar os incêndios de Yarra e Maroondah se juntassem. Também foram controlados os incêndios abertos de Yea e Murrindindi, que ameaçavam as comunidades de Connellys Creek, Crystal Creek, Scrubby Creek e Native Dog Creek.

O número de mortos chegou a 181, mas as autoridades acreditam que as vítimas devem passar de 200, já que ainda há muitos desaparecidos.

16:55
Anónimo disse...
Aqui nesta coluna, na semana passada, tive a oportunidade de comentar sobre a recente visita do professor brasileiro Pedrinho Guareschi à Austrália. Não dei, porém, os fatos, pois semana passada o assunto era outro.

Hoje, porém, vamos a eles.

No último dia 4 de fevereiro, aconteceu o Seminário "Paulo Freire: Education and Liberation", organizado pelo centro de estudos latino-americanos da Universidade Nacional da Austrália, ou ANU, como é mais conhecida por aqui.

A ANU, para quem não sabe, está entre as 20 melhores universidades do mundo! E tem sede aqui em Camberra, capital da Austrália.

Na abertura do evento, o professor John Minns, diretor do centro latino-americano, ao dar boas-vindas ao público presente, lembrou ser aquele o primeiro seminário exclusivamente dedicado a Paulo Freire na Austrália.

Em seguida, convidou Pedrinho Guareschi, palestrante principal do Seminário, a fazer sua apresentação.

A plateia pode então conhecer, pelas palavras de Pedrinho, um pouco da obra e da vida de Freire, esse brasileiro de fé e valor, que sempre acreditou na educação, sobretudo dos menos favorecidos, analfabetos, como força libertadora.

Como não podia deixar de ser, os conceitos e ideias revolucionários de Paulo Freire, expostos com clareza por Pedrinho, despertaram o interesse e a curiosidade de plateia. A qual, deve-se notar, era na maioria de estudantes, mas de várias nacionalidades, sobretudo australianos e asiáticos.

Na continuação do programa do seminário, que se estendeu por dois dias, outros professores fizeram palestras sobre temas ligados à obra de Paulo Freire.

Interessante, por exemplo, saber que a professora Anne Hickling-Hudson, jamaicana que mora na Austrália há muitos anos (é professora da ANU), conheceu e trabalhou com Freire num workshop educacional durante a revolução na Ilha de Granada, em 1980, antes da invasão dos Estados Unidos...

Ou, então, a palestra da Professora Gerda Roelvink, da Nova Zelândia, que participou do Fórum Social de Porto Alegre em 2005. E essa participação transformou-se em tema de doutorado.

No dia 10, terça-feira passada, o padre Pedrinho Guareschi voltou a falar ao público australiano em grande auditório localizado no belíssimo campus da ANU. Desta vez, sobre a Teologia da Libertação.

Depois da palestra, John Minns mostrou o filme mexicano "O Crime do Padre Amaro", no qual um dos personagens é um padre católico praticante da Teologia da Libertação.

Mais uma vez, foi grande o intersse da platéia, que pode aprender e conhecer um pouco como se desenvolveu aquele importante movimento católico na América Latina.

Fica, assim, ao Pedrinho, bem como a outros brasileiros estudiosos e de bom coração que saem pelo mundo a divulgar aspectos importantes da cultura brasileira, o respeito e a homenagem desta coluna. E... aquele abraço!

16:57
Anónimo disse...
Amanda Kitts perdeu o braço esquerdo em um acidente de automóvel acontecido três anos atrás, mas hoje em dia ela joga futebol americano com seu filho de 12 anos de idade, troca fraldas e abraça as crianças nas três creches Kiddie Cottage que opera em Knoxville, Tennessee. Kitts, 40 anos, faz tudo isso com a ajuda de um novo tipo de braço artificial que se movimenta com mais facilidade do que outros aparelhos e que ela pode controlar utilizando apenas seus pensamentos.

"Eu sou capaz de mexer a mão, o pulso e o cotovelo ao mesmo tempo", diz. "Você pensa e os músculos se movem em seguida".

A recuperação que ela conseguiu resulta de um novo procedimento que vem atraindo crescente atenção porque permite que pessoas movam braços protéticos de forma mais automática do que faziam no passado, simplesmente utilizando nervos reaproveitados em seus cérebros.

A técnica, conhecida como "renervação muscular dirigida", envolve utilizar os nervos que restam depois da amputação de um braço e conectá-los a outro músculo do corpo, em geral no peito. Eletrodos são instalados sobre os músculos do peito, e operam como se fossem antenas. Quando a pessoa deseja mover o braço, o cérebro envia sinais que primeiro resultam em contração dos músculos do peito, os quais enviam um sinal ao braço protético, instruindo-se a se movimentar. O processo não requer mais esforços consciente do que a pessoa teria de exercitar caso ainda tivesse seu braço natural.

Na terça-feira, pesquisadores reportaram em estudo publicado pela versão online do Journal of the American Medical Association que haviam levado a técnica ainda mais à frente, tornando possível a execução de 10 movimentos de mão, pulso e cotovelo diferentes, o que representa uma substancial melhora com relação ao típico repertório protético, que em geral envolve apenas dobrar o cotovelo, girar o pulso e abrir a mão.

"Os novos métodos tiveram impacto dramático em nosso campo de trabalho", disse Stuart Harshbarger, engenheiro biomédico na Universidade Johns Hopkins e diretor do programa de pesquisa sobre próteses, financiado pelas forças armadas, que inclui o trabalho com essa técnica. "O método já está em uso por médicos e cirurgiões comuns em todo o país. A capacidade de controlar um membro protético bastante robusto que ele confere surpreendeu a todos pela qualidade".

Tipicamente, uma pessoa que tenha um braço protético só é capaz de executar alguns poucos movimentos, e muitas vezes com tamanha lentidão que isso só permite a ela atividades limitadas.

Há um motor separado para cada movimento, diz Gerald Loeb, professor de engenharia biomédica na Universidade do Sul da Califórnia, "e esses motores precisam ser controlados de maneira explícita", usualmente por um esforço consciente da pessoa para contrair músculos nas costas ou no bíceps.

"Essencialmente, até agora os pacientes controlavam apenas um motor de cada vez", diz Loeb, "e precisavam pensar cuidadosamente sobre que motor desejavam controlar e como fazê-lo operar, em lugar de simplesmente pensarem em mover o braço e poderem fazê-lo sem delongas".

Antes que Kitts passasse pelo procedimento de renervação, em outubro de 2007, por exemplo, ela precisava movimentar os músculos de suas costas de determinada maneira para fazer com que seu pulso girasse, e flexionar seu bíceps e tríceps para fazer com que o cotovelo se movesse para cima e para baixo. "Era muito trabalho", ela conta. "E não me ajudava muito".

O procedimento de renervação é parte de uma recente explosão de idéias novas e técnicas inovadoras que estão sendo exploradas enquanto os cientistas se esforçam por ajudar as pessoas a compensar melhor a perda de membros ou problemas de paralisia. O esforço vem sendo alimentado pelo aumento no número de amputações causado por diabetes e por ferimentos sofridos pelos militares, e ao mesmo tempo pelos avanços na tecnologia médica.

Os braços se tornaram um dos focos essenciais desse tipo de trabalho. A ciência há muito vem obtendo sucessos no desenvolvimento de próteses de perna, mas é muito mais difícil imitar a complexidade e a destreza das mãos e dos braços.

Os esforços em curso incluem o desenvolvimento de projetos de pele e braços mais sensíveis e mais flexíveis, e o uso de dispositivos acionados por controles sem fio implantado nos braços protéticos, que permitiriam movimentos mais naturais.

Os pesquisadores também vêm usando sensores implantados nos cérebros de cobaias para permitir que dois macacos controlem um braço mecânico, e um teste com um homem paralítico permitiu, com esse método, que ele movimentasse um cursor em uma tela de computador.

Alguns desses métodos, caso venham a ser aperfeiçoados plenamente e consigam aprovação das autoridades regulatórias da saúde, podem no futuro se tornar mais viáveis para os pacientes de amputações.

E embora a técnica da renervação não requeira aprovação das autoridades regulatórias porque é executada por meios cirúrgicos e emprega aparelhos já existentes, ela apresenta limitações que até mesmo seus criadores reconhecem, entre as quais o fato de que não se pode utilizá-la para todos os pacientes, o seu alto custo e o prazo de meses requerido para que os nervos reconectados cresçam e se tornem efetivos.

Ainda assim, os especialistas dizem que é o mais avançado sistema em uso hoje para pacientes reais que permite que o sistema nervoso controle diretamente o movimento de um braço artificial.

Desde sua introdução por Todd Kuiken, médico fisioterapeuta e engenheiro biomédico do Instituto de Reabilitação de Chicago, o método foi empregado em cerca de 30 pacientes nos Estados Unidos, Canadá e Europa, entre os quais oito soldados feridos no Iraque e no Afeganistão.

Muitos dos pacientes, entre os quais o primeiro, Jesse Sullivan, um operário do setor elétrico no Tennessee que perdeu os dois braços quando foi eletrocutado por um cabo, conseguem não apenas manipular seus braços protéticos mas sentir a presença das mãos que já não têm quando alguém toca em seus peitos.

Sullivan, 62 anos, e Kitts, estavam entre os cinco pacientes que participaram do estudo reportado na terça-feira. Em companhia de cinco outras pessoas que não passaram por amputações, eles receberam os eletrodos e foram instruídos a usar pensamentos para fazer com que um braço virtual na tela reproduzisse 10 movimentos diferentes, entre os quais três formas diferentes de aperto de mão.

Os pacientes apresentaram desempenho bastante respeitável, apenas um pouco mais lento e menos preciso do que os dos participantes que não tinham amputações.

"As velocidades de movimento que encontramos em nossos pacientes foram realmente encorajadoras", disse Kuiken. "Eles conseguiram completar a tarefa. É claro que não foram tão competentes quanto as pessoas dotadas de plena capacidade física, mas foram bons o bastante".

Um braço virtual foi usado porque a maioria das próteses existentes não era capaz de acomodar todos aqueles movimentos, no momento da pesquisa, ainda que Sullivan, Kitts e uma terceira paciente, Claudia Mitchell, tenham experimentado dois novos protótipos mais versáteis de braços artificiais, executando tarefas complexas com bolas de tênis e outros objetos.

O trabalho de renervação em soldados apresenta outros desafios, diz Kuiken, porque os ferimentos militares muitas vezes "causam danos muitos extensos" a nervos, músculos ou ossos.

Daniel Acosta, 25 anos, um aviador ferido pela detonação de uma bomba em uma estrada do Iraque em 2005, passou pelo procedimento no ano passado e diz que seu braço esquerdo protético agora se movimenta "muito mais rápido" e de maneira muito mais natural.

"A diferença é que agora não preciso mais pensar para mover o braço", ele diz. "Ele simplesmente se mexe".

Ainda assim, Acosta, de San Antonio, diz que "o processo foi bastante longo" e que os eletrodos precisam ser ajustados para receber os sinais à medida que os nervos crescem ou mudam de posição.

E embora elogiem o método, os especialistas afirmam que a ciência das próteses de braço ainda tem muito por avançar.

"Trata-se de uma parte crucial, mas ainda assim apenas uma parte, das muitas coisas que compreendem a função normal de um braço", disse Loeb, que escreveu um editorial que acompanha o artigo no Journal of the American Medical Association.

"No momento estamos a meio do caminho entre o braço de 'Dr. Fantástico', que fazia involuntariamente a saudação nazista, e o braço de Luke Skywalker em 'Guerra nas Estrelas', que funciona sem nenhum problema assim que é conectado. Creio que precisaremos ainda de muitos anos para conectar todas as peças necessárias a produzir um braço capaz de funcionar normalmente".

17:04
Anónimo disse...
A Espanha disse neste sábado que está preparando uma reclamação oficial contra a decisão da Venezuela de expulsar um membro do Parlamento Europeu que criticou o conselho eleitoral venezuelano.
Luis Herrero, membro do partido conservador espanhol PP, foi deportado na sexta-feira depois que o Conselho Nacional Eleitoral (CNE) o acusou de questionar a imparcialidade da instituição antes de um referendo que pode permitir ao presidente Hugo Chávez permanecer no cargo indefinidamente.

Herrero estava na Venezuela como observador do referendo. Ele acusou Chávez de ter "comportamentos típicos de um ditador" por pedir a contenção de manifestações da oposição.

O governo da Espanha convocou um encontro com o embaixador da Venezuela em Madri para expressar a desaprovação sobre a expulsão de Herrero, disse um representante do Ministério das Relações Exteriores espanhol.

As relações da Venezuela com a Espanha tiveram seu ponto crítico em 2007, quando Chávez ameaçou rever acordos diplomáticos e comerciais depois de ouvir um "cala a boca" do rei espanhol Juan Carlos durante uma cúpula.

A fenda foi oficialmente reparada em 2008, com uma visita oficial de Chávez à Espanha, onde ele cumprimentou o rei e discutiu acordos para investimento no setor petroquímico com o primeiro-ministro José Luis Rodriguez Zapatero.

17:06
Anónimo disse...
A polícia do Zimbábue anunciou neste sábado que acusa de traição Roy Bennett, dirigente do até agora opositor Movimento para a Mudança Democrática (MDC), detido na sexta-feira, em Harare, poucas horas antes da cerimônia de posse dos membros do novo gabinete.

"A Polícia nos informou que vão apresentar acusações de traição", disse à agência EFE o advogado de defesa de Bennett, Trust Maanda.

"Tentam relacionar Roy com o caso de Mike Hitschmann, que foi detido em 2006 em relação à descoberta de um carregamento de armas, apesar de que Hitschmann não tenha sido declarado culpado das acusações de traição apresentadas contra ele, mas de um crime menor de descumprimento de leis", disse Maanda.

O político opositor, designado por seu partido como vice-ministro de Agricultura no Governo de união nacional, esteve no exílio na vizinha África do Sul desde 2006 e retornou ao Zimbábue há duas semanas.

Segundo a Polícia, que deteve Bennett ontem no aeroporto de Harare quando pretendia ir à África do Sul para visitar sua família, as armas apreendidas em 2006 seriam utilizadas em um golpe de Estado para derrubar o presidente do Zimbábue, Robert Mugabe.

Depois da detenção, Bennet foi levado a Mutar, onde vários simpatizantes do MDC se concentraram em frente à delegacia na qual estava detido, diante do que a Polícia respondeu com tiros para o alto para dispersar os manifestantes.

17:07
Anónimo disse...
Austrália: 14 mil se candidatam a 'emprego dos sonhos'

A secretaria de Turismo de Queensland, na Austrália, informou que até esta segunda-feira já recebeu cerca de 14 mil inscrições para o "o melhor emprego do mundo". O Estado australiano promove pela internet seleção para vaga de "zelador" da ilha Hamilton, por seis meses com um salário de R$ 40 mil.

Muitos candidatos tiveram problemas durante a inscrição por conta dos acessos simultâneos ao site. A secretaria aconselha enviar os vídeos de 60s explicando porque deve ser escolhido em horários alternativos do dia, além de recomendar tamanho em torno de 40MB.

As inscrições começaram em 12 de janeiro e vão até o próximo dia 22 e podem ser feitas pelo site www.islandreefjob.com. O governo australiano escolherá 50 candidatos para a próxima fase da seleção, que terá votos do público para eleger um dos 11 finalistas.

A última fase terá entrevistas e desafios físicos, no próprio local de trabalho: as ilhas da Grande Barreira Coralina - o maior recife de coral do mundo. A secretaria de Turismo anunciará o vencedor no dia 6 de maio.

17:09
Anónimo disse...
Mercado elogia governo na crise, mas pede maior queda no juro

Peter Fussy
Direto de São Paulo

Desde as primeiras medidas anunciadas para combater os efeitos da crise, o governo brasileiro avisou que a estratégia não contemplaria um pacote. Seriam doses pontuais, de acordo com a necessidade da economia diante do agravamento das turbulências. Da primeira liberação dos depósitos compulsórios em setembro até a ampliação do seguro-desemprego na última quarta-feira, o governo passou por redução de impostos, ampliação de crédito e incentivos à exportação. Quase 150 dias após a primeira medida, o Terra conversou com líderes do setor público e privado, representantes dos trabalhadores, acadêmicos e com o próprio governo para saber quais destas ações foram mais eficazes, quais foram mais ineficientes e o que mais pode ser feito pelo Estado brasileiro contra a crise.

Os maiores elogios foram direcionados à atitude de reduzir o Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) para a indústria automobilística, anunciada em dezembro e que fez com que os emplacamentos de carros novos subissem 1,9% no primeiro mês do ano em relação a dezembro de 2008. Já as maiores críticas foram para a lentidão no corte da taxa básica de juro do País.

Para o presidente do conselho administrativo do Grupo Pão de Açúcar, Abílio Diniz, o Estado não é responsável pela crise e mesmo assim está agindo "com extrema serenidade e muito acerto". "O governo está atento, fazendo a sua parte. É preciso coragem de baixar firmemente a taxa de juros. É uma arma que temos a nosso favor, já que não há clima para inflação, nem possibilidade de danos para a macroeconomia", afirmou Diniz.

Na última reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), em janeiro, a taxa Selic foi reduzida em um ponto percentual, de 13,75% para 12,75% ao ano. Porém, o professor de economia da Universidade de Brasília (UnB) José Luiz Oreiro lembra que este corte representa uma redução de apenas 0,25 ponto percentual com relação à taxa de setembro do ano passado, quando a crise se agravou.

"Pouco antes da eclosão da crise, o Banco Central aumentou a taxa em 0,75 ponto. Foram cinco meses de demora para reduzir em termos líquidos apenas 0,25 ponto", afirmou o economista, que também sugeriu redução do intervalo de cerca de 90 dias entre as reuniões do Copom e o corte de pelo menos um 1 ponto percentual em cada reunião.

Mesmo com o corte de janeiro, a taxa de juros real continua sendo a maior do mundo, lembrou o secretário-geral da Força Sindical, João Carlos Gonçalves, o Juruna. "A redução da taxa de juro ainda é pequena, porque ela continua uma das mais altas do mundo. Falta ousadia para baixar os juros e ajudar o cidadão. A permanência da taxa de juro alta é negativa para o País em meio a crise", afirmou Juruna.

Embora aprove as ações do governo, o senador Aloízio Mercadante (PT-SP) também acredita que o patamar da Selic está muito alto. "Sempre fomos os primeiros a entrar em qualquer crise, o que não aconteceu agora. A taxa Selic ainda é muito alta, mas o governo têm tomado medidas acertadas, como o aumento do salário mínimo, mesmo com um cenário de crise. Isso ajuda a movimentar o consumo. O governo está se esforçando para manter os investimentos e o crescimento", disse.

Tributos
De acordo com o economista Fabio Pina, da Fecomercio-SP, as ações mais positivas estão relacionadas à redução de tributos para alguns segmentos, como a indústria automobilística, que recuperou parte da queda nas vendas em janeiro com a isenção do IPI para carros 1.0 l e o corte para demais motorizações. A medida vale até o final de março.

"Essas medidas não só reduziram o preço, mas anteciparam o consumo daqueles que iriam comprar no futuro, dando um prêmio por conta da insegurança. Mexe diretamente com o principal problema que é a confiança do consumidor", afirmou. Juruna destacou que um bom ritmo de vendas é garantia de emprego. "É importante porque cada emprego na montadora significa 19 na cadeia produtiva", comentou o representante da Força Sindical.

Também em dezembro, o governo decidiu cortar pela metade a alíquota do Imposto de Renda para contribuintes que ganham entre R$ 1.434 e R$ 2.150 mensais. "O salário aumentava e a tabela não se modificava. As pessoas ganhavam mais e pagavam mais impostos", apontou Juruna. Outra redução de tributos do governo foi com relação ao Imposto sobre Operações Financeiras (IOF), que caiu de 3% ao ano para 1,5%.

Crédito
Na segunda metade de 2008, o colapso de bancos nos Estados Unidos por conta da crise do subprime provocou uma forte restrição de crédito no mundo inteiro. Uma das primeiras medidas anticrise do governo teve como objetivo restabelecer a oferta, com mudanças no recolhimento dos depósitos compulsórios por parte dos bancos. Segundo o presidente do Banco Central, Henrique Meirelles, as diversas modificações liberaram US$ 99,2 bilhões aos bancos até o final de janeiro.

Além disso, o governo concedeu R$ 36 bilhões das reservas internacionais para empresas brasileiras com dívidas no exterior e uma medida provisória autorizou o Banco do Brasil e a Caixa Econômica Federal a comprar carteiras de crédito de bancos privados. Para o diretor do Departamento de Pesquisas e Estudos Econômicos da Fiesp, Paulo Francini, estas medidas foram essenciais para combater os efeitos da crise.

"A crise se desenvolve no mundo em torno do tema crédito. E o crédito reduziu-se barbaridade no mundo. Então o governo lança mão de compulsório, lança mão de reservas, de medidas que permitem aos bancos comprar carteiras de bancos. Você vai tomando várias medidas para atender às demandas e o epicentro disso é crédito", afirmou.

No entanto, Oreiro, da UnB, adverte que a liberação dos compulsórios seria mais eficiente acompanhada de redução mais agressiva da taxa básica de juro. "Uma parte do crédito voltou, depois da forte retração em outubro e novembro. O que deveria ter sido feito junto à liberação do compulsório era uma redução mais drástica da taxa de juro. Sem isso, os bancos pegam as reservas e acabam comprando títulos públicos", explicou o economista.

Na opinião de Pina, as ações de distribuição de crédito via redução do compulsório e a disposição de capital de giro para empresas foram tomadas sem um cuidado maior na operação e não tiveram muito efeito. "O BNDES tem linhas que ficam paradas quase todo o ano, agora é pior ainda. Existem os recursos, mas as empresas e os bancos estão desconfiados. É preciso fazer com que os bancos tenham interesse em emprestar", afirmou o economista da Fecomercio-SP.

Futuro
Mesmo com todas essas medidas, a crise financeira ainda gera incertezas nos setores produtivos do País. Nos últimos meses, o medo do desemprego fez os consumidores adiarem compras. Por sua vez, a queda nas vendas pode obrigar as indústrias a cortarem a produção e demitir funcionários. Contra isso, empresários sugerem redução de jornada e de salários.

"Isto está previsto em lei. A Fiesp simplesmente manteve conversações com entidades sindicais quanto à aplicação daquilo que já está previsto em lei", afirmou Francini.

Segundo a ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff, uma das medidas que assegura um nível de emprego é a manutenção de investimentos no Programa de Aceleração do Crescimento (PAC). "Estamos esperando que a dificuldade ocorra em janeiro, fevereiro e março. Estamos certos que vamos manter o nível de investimento. É isso que funciona, é isso que significa investimento público. Ele funciona como um colchão. Por isso, nós colocamos R$ 100 bilhões no BNDES e a Petrobras ampliou o seu investimento em R$ 120 bilhões", afirmou.

Na mesma linha, Pina explica que a antecipação de gastos do governo substitui parte da demanda retraída do setor privado. "Ele dá o seguinte recado: não vou estourar as contas públicas, mas concentrar em um momento em que a demanda privada está pequena. Mas o governo não tem fôlego suficiente para fazer o papel de toda demanda", ressaltou. O economista da Fecomercio lembrou que a entidade já pleiteou junto ao governo isenções para transferência de imóveis e de automóveis, além de retirar o IPVA para veículos novos.

Já Oreiro foca suas propostas na capitalização do Banco do Brasil e da Caixa Econômica Federal pelo Tesouro para atender a demanda de crédito para capital de giro e reduzir o spread. "Aumentando o empréstimo e reduzindo as taxas, os dois vão forçar os bancos privados a acompanhar o movimento, até para não perderem participação no mercado", explicou o economista da UnB.

Até o Carnaval, o governou prometeu detalhar um pacote de incentivos para a construção de até um milhão de casas populares, direcionado a famílias com renda de até dez salários mínimos. "Estamos atentos a tudo o que está acontecendo e novas medidas serão tomadas caso haja uma avaliação de que sejam necessárias", disse o ministro da Fazenda, Guido Mantega, na última sexta-feira.

17:11
Anónimo disse...
Ex-ministro critica extensão do seguro-desemprego

Atualizada às 09h03

O ex-ministro do Trabalho Almir Pazzianotto criticou a decisão do governo federal de conceder o seguro-desemprego estendido a apenas alguns setores. "É certamente odioso e provavelmente inconstitucional", disse Pazzianotto, de acordo com o jornal O Estado de S. Paulo.

Na última qurta, dia do anúncio da medida, centrais sindicais elogiaram a atitude do governo. A Força Sindical divulgou nota dizendo que "o aumento ajudará a aquecer parte da economia, já que irá gerar mais consumo, produção e conseqüentemente, a criação de novos postos de trabalho". A União Geral dos Trabalhadores (UGT) afirmou que a medida "contribuirá para minimizar o drama dos trabalhadores que perderem seu emprego por conta da crise".

O ex-ministro, que instituiu o seguro-desemprego no País no governo de José Sarney, destacou a necessidade de as centrais sindicais se manifestarem contra a determinação. Para ele, as mudanças devem ser aplicadas a todas as categorias profissionais e a distinção é contrária ao artigo 3º da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT).

Pazzianotto atribui a medida a um possível temor do governo de que a crise econômica seja longa e não haja dinheiro para atender a todas as necessidades. Ainda assim, ele se mostra contrário ao método de concessão. "O seguro-desemprego ajuda a sanar necessidades básicas. Estendê-lo é paliativo, não a solução", disse ao jornal.

De acordo com o presidente do Conselho Deliberativo do Fundo de Amparo ao Trabalhador (Codefat) e conselheiro da Força Sindical, Luiz Fernando Emediato, a determinação já estava prevista na lei 8.900/94, que trata do seguro-desemprego.

O presidente da Comissão de Trabalho da Câmara, Pedro Fernandes (PTB-MA) vai além na crítica à concessão do seguro para apenas alguns setores. Ele acredita que a ampliação do benefício estimula o desemprego.

Quintino Severo, secretário geral da Central Única dos Trabalhadores (CUT), lembra que a ampliação do benefício sem critério e identificação pode incentivar demissões em outros setores.

17:13
Anónimo disse...
Empresas
TAM faz promoção para destinos internacionais

A companhia aérea TAM anunciou nesta sexta-feira tarifas promocionais para trechos internacionais. Os preços valem para bilhetes comprados entre 6h deste sábado e 23h59 deste domingo e são válidos para classe econômica. As tarifas, para ida e volta, serão vendidas a partir de US$ 99, mais taxas.

Segundo a aérea, a promoção vale para viagens feitas no período de 14 de fevereiro a 18 de junho de 2009. Para destinos na América do Sul, a permanência mínima é de dois dias; para bilhetes com destino nos Estados Unidos, cinco dias; e Europa, sete dias. A permanência máxima para as passagens para América do Sul e EUA é de dois meses e para Europa, três meses.

Entre os exemplos de tarifas promocionais, a TAM oferece São Paulo-Lima por US$ 99. Bilhetes para a rota São Paulo-Santiago serão vendidos a partir de US$ 199 e São Paulo-Nova York, US$ 799.

A emissão dos bilhetes deve ser feita obrigatoriamente no ato da reserva, obedecendo às regras estipuladas pela companhia. A compra está sujeita à disponibilidade de assentos nas classes tarifárias determinadas, trechos, horários e datas. A TAM afirmou que também há tarifas promocionais para a classe executiva.

Mais informações podem ser encontradas no site promocional (www.ofertastam.com.br), no site da empresa (www.tam.com.br) ou pelos telefones 4002-5700 ou 0800 5705700.

17:13
Anónimo disse...
Empresas
Consultoria negocia compra do parque temático Hopi Hari

A consultoria especializada em reestruturação de empresas Íntegra Associados informou nesta sexta-feira ter um acordo para comprar o parque de diversões Hopi Hari, localizado no interior de São Paulo. A empresa estaria disposta a investir R$ 10 milhões no parque, que tem dívida estimada em R$ 800 milhões. As informações são da edição deste sábado do jornal Folha de S. Paulo.

De acordo com o jornal, a transação ainda depende da negociação entre o Hopi Hari e seus credores, o que já estaria em andamento.

A consultoria paulista já atuou junto à Parmalat, durante 30 meses, quando reorganizou a gestão da empresa italiana.

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17:14
Anónimo disse...
Empresas
Disney de Tóquio contratará mais 2 mil apesar da crise


A Oriental Land, o operador da Disneylândia Tóquio e DisneySea, organizou neste domingo entrevistas para contratar cerca de 2 mil trabalhadores em tempo parcial, em um momento de grandes demissões deste tipo de empregados no Japão.

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O operador deste parque temático, situado em Urayasu, na província de Chiba (leste de Tóquio), está em pleno processo de seleção de empregados para 20 tipos de postos trabalhistas diferentes.

Segundo a companhia, citada pela agência local de notícias Kyodo, o parque contratará novos trabalhadores para as atrações, para os restaurantes e guardas de segurança entre outros. Os novos contratados começarão a trabalhar a partir de fevereiro.

O processo de seleção acontece em um momento em que a maioria das grandes companhias japonesas começaram a se ver obrigadas a despedir uma elevada percentagem de seus trabalhadores temporários e a tempo parcial.

Algumas inclusive anunciaram demissões de seus trabalhadores fixos, uma medida muito pouco comum nas companhias japonesas, perante os efeitos piores que o esperado pela crise econômica global.

Cerca de uma centena de pessoas esperavam desde a primeira hora desta manhã a abertura do centro de conferências Tokyo International Forum, onde as entrevistas estão sendo feitas, para ser os primeiros a solicitar os postos de trabalho.


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17:15
Anónimo disse...
Economia Internacional
Senado dos EUA aprova plano de estímulo à economia

O Senado dos Estados Unidos aprovou com 60 votos a favor e 38 contra o plano de estímulo à economia de US$ 787 bilhões na madrugada deste sábado. Agora, ele segue para sanção ou veto do presidente Barack Obama, que espera colocar a lei em prática até o dia 16 de fevereiro.

O plano prevê a criação de três milhões de empregos, inclui cortes de impostos às famílias, fundos para programas sociais e obras públicas, além de ajuda aos governos estaduais, estudantes e desempregados.

A cláusula Buy American - que exige o uso de ferro, aço e produtos manufaturados dos Estados Unidos em obras realizadas com recursos do pacote - ficou de lado. Segundo o texto definitivo, a cláusula será aplicada sem violar as normas do comércio internacional.

Ontem à tarde, a Câmara de Representantes (deputados) havia aprovado, por 246 votos a favor e 183 contra, a versão final do plano. Todos os republicanos foram contrários ao pacote.

Pelo acordo de quarta-feira entre Câmara e Senado, em vez de custar US$ 819 bilhões, como queriam os deputados, ou US$ 838 bilhões como pretendiam os senadores, o pacote ficou em cerca de US$ 787 bilhões, com 65% desse total destinado a gastos do governo federal e 35%, a créditos tributários.

17:16
Anónimo disse...
Economia nacional
Na era Lula, aposentadoria sobe 54% menos que salário mínimo

Thatiane Faria
Especial para o Terra
Direto de São Paulo

Os índices de reajustes concedidos pelo governo em 2009 para aposentados e pensionistas e para o salário mínimo repetiram uma diferença que, só durante o governo de Luiz Inácio Lula da Silva, já chega a 54%. Enquanto o mínimo foi majorado em 12% este ano, as pensões e aposentadorias tiveram aumento de 5,92%. Aposentados que têm o benefício do governo como única fonte de renda reclamam que perdem poder de compra e que sua cesta de compras é composta por itens que aumentam mais em relação à inflação oficial.

Um exemplo prático pode ser entendido a partir da comparação entre um aposentado que ganhava R$ 600 em janeiro de 2003. Na época, o benefício era três vezes, ou 200%, maior que o valor do mínimo em vigência, que era de R$ 200. Aplicando-se os índices de reajuste para aposentadorias e para o mínimo durante os últimos seis anos, o mesmo aposentado estaria recebendo hoje R$ 938,47, comparado a um salário mínimo de R$ 465. A diferença entre os dois valores caiu para pouco mais de 100%.

Enquanto o índice acumulado de reajuste para a aposentadoria durante o governo Lula foi de 60%, para o salário mínimo está em 132%.

O diretor do Sindicato Nacional dos Aposentados, João Inocentini, reclama que os valores dos benefícios para aposentadorias não mantêm o poder de compra do grupo, principalmente dos aposentados que recebem menos que dez salários mínimos.

Nem mesmo o fato de o índice de reajuste das aposentadorias ter ficado acima da inflação acumulada no mesmo período (o IPCA entre janeiro de 2003 e janeiro de 2009 foi de 39,7%) serve de argumento, segundo os aposentados.

"Os idosos, principalmente, têm gastos além das contas gerais como gás, telefone e aluguel. Para eles o custo com remédios, e outros itens da área saúde costuma ser maior", afirmou Inocentini.

O presidente do sindicato afirmou que o grupo realiza um estudo com 100 itens de necessidade de um idoso para comparar o aumento dos produtos com o índice de reajuste do benefício recebido pelos aposentados.

"Daqui dois meses vamos abrir um processo na Justiça e levar essa pesquisa como prova. Segundo a lei, o governo é obrigado a manter o poder de compra com a aposentadoria", disse Inocentini.

Alternativas
O consultor financeiro Cláudio Boriola diz que os aposentados, especialmente nesse momento de crise econômica, devem evitar compras parceladas, pesquisar preços, negociar e fazer bom planejamento financeiro.

Segundo Boriola, alguns aposentados ganham um valor mensal muitas vezes insuficiente para o pagamento das contas e acabam pedindo crédito ou realizando pagamentos a prazo e são obrigados a pagar juros altos.

Na opinião do consultor, pagar uma previdência privada é uma alternativa indicada para quem ainda trabalha, considerando a característica de perda de poder de compra da aposentadoria.

"Na prática, infelizmente os valores encontram-se em um patamar que está deteriorando o poder de aquisição da população brasileira", completou Boriola.

De acordo com o diretor da Confederação Brasileira de Aposentados e Pensionistas (Cobap), Vicente Fernandes Barbosa, representantes dos aposentados tentarão um encontro com o presidente da Câmara, deputado Michel Temer (PMDB-SP), para discutir projetos que minimizem a perda dos aposentados

17:17
Anónimo disse...
Previdência
Previdência prorroga isenção de tarifas no benefício

O atual sistema de pagamento aos 26 milhões de aposentados e pensionistas do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) será mantido até o final deste ano. O acordo, que permite realizar a operação sem nenhum custo aos beneficiários, foi renovado nesta sexta-feira, entre o governo federal e 21 instituições financeiras.

Por meio desse acordo, vigente desde setembro de 2007, nem os segurados, nem os bancos e nem o governo arcam com o pagamento de tarifas, conforme explicou o ministro da Previdência Social, José Pimentel. A prorrogação vale até dezembro, data máxima para que a Previdência defina as regras para um novo contrato.

Ao assinar o termo de renovação, na sede da Federação Brasileira dos Bancos (Febraban), o ministro disse que a intenção do governo é mudar o atual modelo de gestão visando a reduzir os custos dessas operações em torno da folha mensal, que atinge R$ 15,8 bilhões. No entanto, qualquer alteração, conforme explicou, passará antes por audiências públicas a serem realizadas a partir do segundo semestre deste ano, atendendo a determinação do Tribunal de Contas da União (TCU).

De acordo com Pimentel, com um redesenho do mecanismo de repasse dos recursos aos bancos em torno da folha de pagamento dos segurados o que se busca é um aumento da participação de instituições financeiras. Ele informou que, desde 2007, cada benefício custa em média R$ 1,07 ao governo. "Quanto mais instituições financeiras estiverem prestando serviços à sociedade, maior é a competitividade, a agilidade no atendimento", justificou.

O ministro observou, ainda, que, para permitir uma redução para algo em torno de meia hora no tempo de atendimento para a concessão dos direitos previdenciários, o governo investiu R$ 280 milhões.

Questionado sobre o descontentamento dos segurados que ganham acima de um salário mínimo terem obtido apenas a correção com base na variação do Índice de Preços ao Consumidor (INPC) , ficando abaixo do reajuste dado a quem recebe apenas o mínimo, Pimentel argumentou que o governo seguiu o que determina a lei e descartou a possibilidade de uma revisão

17:17
Anónimo disse...
Empresas
Caterpillar oferece aposentadoria antecipada a 2 mil


A companhia americana Caterpillar ofereceu a cerca de dois mil funcionários incentivos para que se aposentem de forma voluntária antes do previsto, pela perspectiva de uma queda "significativa" da atividade industrial, informou nesta quarta-feira a empresa.

A iniciativa, destinada aos trabalhadores de diversas fábricas em Illinois, Colorado, Tennessee e Pensilvânia, se soma aos cortes de empregos anunciados em janeiro, explicou em comunicado de imprensa.

A empresa, a maior fabricante mundial de maquinaria pesada para a construção e a mineração, acrescentou que, "em função das condições de negócio, podem ser necessárias mais reduções de elenco voluntárias e involuntárias à medida que o ano avança".

O vice-presidente da companhia, Sid Banwart, explicou que a empresa prevê "demissões significativas em todas as regiões geográficas e na maioria dos setores devido às dificuldades da economia mundial".

17:18
Anónimo disse...
Comércio
Comércio exterior da OCDE caiu no 3º trimestre de 2008


As exportações e as importações dos países da Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Econômico (OCDE) caíram 1,6% e 0,2%, respectivamente, no terceiro trimestre de 2008, em relação aos três meses anteriores.

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Trata-se da primeira queda destas atividades desde o terceiro trimestre de 2006, segundo o último relatório trimestral sobre fluxos comerciais divulgado pela OCDE.

As exportações e as importações em dólares dos 30 Estados-membros caíram 15,6% e 17%, respectivamente, na comparação anualizada.

Por sua vez, o comércio dos sete países mais ricos do mundo (G7) teve um pequeno crescimento no terceiro trimestre de 2008 com uma queda das exportações de mercadorias de 0,2% em relação ao trimestre anterior e um aumento de 0,4% das importações.

Em termos anualizados, as importações do G7 caíram 1,4% entre julho e setembro do ano passado, seu primeiro retrocesso desde o terceiro trimestre de 2006, enquanto as exportações aumentaram 1,9%, seu crescimento mais baixo no mesmo tempo.

Por países, a Alemanha aumentou suas importações em 3,4% - valor mais alto do G7 -, enquanto suas exportações caíram 2,9% do segundo para o terceiro trimestre de 2008.

Pelo contrário, as exportações americanas aumentaram 1,8% entre julho e setembro de 2008, enquanto as importações caíram 0,7% em relação ao trimestre anterior. No Japão, tanto as importações quanto as exportações caíram em torno de 1% no mesmo período.

17:19
Anónimo disse...
Economia Nacional
Lula: juros de crédito consignado a aposentados são altos

Atualizada às 17h29

O presidente Luis Inácio Lula da Silva afirmou nesta terça-feira, em São Paulo, que está lutando para reduzir as taxas de juros cobradas de aposentados em crédito consignado. A Previdência Social estabelece uma taxa máxima de 2,5% para empréstimo e de 3,5% para cartão. Para Lula, os valores são altos.

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"Acho que o juro que os aposentados estão pagando hoje com o crédito consignado é alto para o padrão brasileiro", disse o presidente durante a cerimônia de comemoração dos 86 anos do INSS.

A Previdência anunciou nesta terça-feira que aposentados e trabalhadoras com licença-maternidade poderão receber seus benefícios em 30 minutos. De acordo com Lula, em junho, a aposentadoria do trabalhador rural também será conseguida em meia hora.

Além disso, o presidente anunciou que, também em junho, os trabalhadores que alcançarem o direito à aposentadoria passarão a receber em suas casas um comunicado da Previdência informando o fato e o valor do salário que têm direito a receber. "É um comprometimento público que estou fazendo com os companheiros da Previdência Social", disse.

"Estamos retribuindo ao contribuinte da Previdência Social aquilo que é a cidadania que ele tem direito", afirmou Lula. "Se para cobrar nós somos tão precisos, para devolver o dinheiro, temos que chegar próximo à perfeição", completou.

17:20
Anónimo disse...
Economia Nacional
Salário maternidade sairá em 30 minutos, diz ministro

Toda trabalhadora autônoma que tiver contribuído pelo menos 10 meses com o Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) - ou as que possuírem carteira assinada - poderão receber em 30 minutos o salário maternidade a partir desta terça-feira. Da mesma forma, as mulheres com 30 anos de contribuição e os homens com 35 anos também terão direito ao benefício de forma mais rápida. A informação é do ministro da Previdência Social, José Pimentel.

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Para requerer o salário maternidade, é preciso que as autônomas levem a carteira de identidade e o carnê de contribuição. As demais trabalhadoras devem apresentar a identificação e a carteira de trabalho. Desde o início do mês, a nova forma de análise para a concessão de benefícios foi adotada para a aposentadoria por idade do trabalhador urbano e agora foi estendida para o salário maternidade e por tempo de contribuição.

O ministro disse que a qualificação do serviço da previdência social é o reconhecimento do direito dos trabalhadores e da afirmação da cidadania.

"Até pouco tempo na cabeça do cidadão o serviço devia ser de péssima qualidade. Agora não, nós modificamos toda a legislação no mês de dezembro numa ação conjunta do Congresso Nacional com o governo federal. Estamos implantando e concedendo os benefícios em até 30 minutos", afirmou.

O ministro destacou que para conseguir se aposentar ou ter acesso à licença maternidade em 30 minutos, em primeiro lugar, é necessário que o cidadão esteja vinculado à Previdência, o que inclui 65% da população acima de 16 anos de idade.

"Depois bastar marcar pelo sistema 135 o dia e a hora do atendimento e levar a documentação. Se todos os dados necessários estiverem corretos o contribuinte será atendido em até 30 minutos, como vem sendo feito com as aposentadorias por idade desde o dia cinco de janeiro", explicou.

Pimentel disse ainda que em 90% das agências da previdência social o atendimento é marcado em até 48 horas. Nos grandes centros, entretanto existe um volume maior o que torna mais lento o processo.

"Estamos criando mais 715 agências até 2010, em todo o território nacional, para descentralizar o atendimento. Em 2008, atendemos 295 mil benefícios e aposentadorias por idade. Temos 4 mil pessoas por dia procurando e se aposentando por idade no território nacional. Este serviço será agilizado", concluiu.
17:27
Anónimo disse...
Giuseppe Englaro, pai de Eluana, a italiana que morreu na segunda-feira passada por desidratação, recusou uma grande soma de dinheiro de um conhecido fotógrafo italiano que queria retratar a filha em estado de coma, disse neste sábado o neurologista que atendia a mulher desde 1996, Carlo Defanti.

O neurologista, que participou hoje de uma conferência sobre eutanásia, disse que Englaro respeitou a vontade da filha, que, antes do acidente, tinha pedido que, se lhe ocorresse qualquer coisa irreversível, apresentasse sua imagem de quando estava em boas condições.

Antes de sofrer o acidente de trânsito, em 1992, Eluana viveu o coma de um amigo, Alessandro, o que causou forte impacto na italiana e a levou a fazer o pai prometer que não a deixasse viver em estado vegetativo, disse o próprio Giuseppe Englaro.

Defanti, que dissera que Eluana poderia viver de dez a 12 dias depois da suspensão da alimentação e da hidratação, disse que, como médico, tinha que reprovar esta afirmação.

"Não se pode sobreviver após três ou quatro dias sem líquido e, em particular, água em um corpo. Sabemos bem que, quando há um terremoto, após quatro dias é difícil encontrar sobreviventes".

Defanti ressaltou que Eluana "não falava, não se comunicava com o exterior" e que, após vários exames, "nos deparamos com uma moça que tinha perdido a consciência", porque estava com o córtex cerebral prejudicado.

Eluana foi enterrada na quinta-feira passada no túmulo da família na localidade de Paluzza, em Udine, após um funeral que não contou com a presença dos pais.

16:53
Anónimo disse...
Os bombeiros combatem neste sábado os incêndios na Austrália favorecidos pelo bom tempo, enquanto os deslocados encotram em seu retorno casas derruídas, carros queimados nas ruas e destruição.

Depois de sete dias desde que começaram os incêndios no Estado de Victoria, a lista de mortos chega a 181, os desaparecidos somam 50, os edifícios destruídos totalizam 1,834 mil e o terreno arrasado, principalmente florestas, ocupa uma área de 4,13 mil quilômetros quadrados.

As equipes de bombeiros, formadas por 4 mil profissionais de Victoria, de outras partes da Austrália e de países amigos, combateram hoje 12 focos fora de controle e nenhum representava uma ameaça direta para a população.

O subdiretor do Serviço de Bombeiros, Geoff Conway, disse que este tempo favorável, que se prolongará durante o domingo, permite consolidar as linhas de contenção e avançar na extinção das chamas.

Cinzas apareceram arrastadas por ventos do nordeste sobre Melbourne, onde habitam 3,8 milhões de pessoas, e as autoridades alertaram aos cidadãos do risco para a saúde de idosos, crianças e pessoas com problemas respiratórios.

O número de pessoas deslocadas - a Cruz Vermelha chegou a receber 7 mil - começou a cair com a abertura de algumas localidades atingidas.

Os incêndios, alguns criminosos, começaram em 7 de fevereiro, quando a região sul da Austrália estava há duas semanas sob uma onda de calor sem precedentes.

Na sexta-feira passada, a polícia acusou uma pessoa de ter provocado o incêndio que atingiu a localidade de Churchill e matou 21 pessoas.

16:55
Anónimo disse...
A primeira chuva em seis dias reduziu a ameaça de incêndios no Estado de Victoria, ao sul da Austrália. As autoridades, porém, advertiram que ainda existem 12 focos, mas que nenhum deles ameaça áreas povoadas.

Mais de quatro mil bombeiros, mil provenientes de outras partes do país e de outras nações, trabalham contra o fogo. Cerca de 600 veículos e 28 helicópteros e pequenos aviões estão sendo usados.


Eles conseguiram construir linhas de contenção para evitar os incêndios de Yarra e Maroondah se juntassem. Também foram controlados os incêndios abertos de Yea e Murrindindi, que ameaçavam as comunidades de Connellys Creek, Crystal Creek, Scrubby Creek e Native Dog Creek.

O número de mortos chegou a 181, mas as autoridades acreditam que as vítimas devem passar de 200, já que ainda há muitos desaparecidos.

16:55
Anónimo disse...
Aqui nesta coluna, na semana passada, tive a oportunidade de comentar sobre a recente visita do professor brasileiro Pedrinho Guareschi à Austrália. Não dei, porém, os fatos, pois semana passada o assunto era outro.

Hoje, porém, vamos a eles.

No último dia 4 de fevereiro, aconteceu o Seminário "Paulo Freire: Education and Liberation", organizado pelo centro de estudos latino-americanos da Universidade Nacional da Austrália, ou ANU, como é mais conhecida por aqui.

A ANU, para quem não sabe, está entre as 20 melhores universidades do mundo! E tem sede aqui em Camberra, capital da Austrália.

Na abertura do evento, o professor John Minns, diretor do centro latino-americano, ao dar boas-vindas ao público presente, lembrou ser aquele o primeiro seminário exclusivamente dedicado a Paulo Freire na Austrália.

Em seguida, convidou Pedrinho Guareschi, palestrante principal do Seminário, a fazer sua apresentação.

A plateia pode então conhecer, pelas palavras de Pedrinho, um pouco da obra e da vida de Freire, esse brasileiro de fé e valor, que sempre acreditou na educação, sobretudo dos menos favorecidos, analfabetos, como força libertadora.

Como não podia deixar de ser, os conceitos e ideias revolucionários de Paulo Freire, expostos com clareza por Pedrinho, despertaram o interesse e a curiosidade de plateia. A qual, deve-se notar, era na maioria de estudantes, mas de várias nacionalidades, sobretudo australianos e asiáticos.

Na continuação do programa do seminário, que se estendeu por dois dias, outros professores fizeram palestras sobre temas ligados à obra de Paulo Freire.

Interessante, por exemplo, saber que a professora Anne Hickling-Hudson, jamaicana que mora na Austrália há muitos anos (é professora da ANU), conheceu e trabalhou com Freire num workshop educacional durante a revolução na Ilha de Granada, em 1980, antes da invasão dos Estados Unidos...

Ou, então, a palestra da Professora Gerda Roelvink, da Nova Zelândia, que participou do Fórum Social de Porto Alegre em 2005. E essa participação transformou-se em tema de doutorado.

No dia 10, terça-feira passada, o padre Pedrinho Guareschi voltou a falar ao público australiano em grande auditório localizado no belíssimo campus da ANU. Desta vez, sobre a Teologia da Libertação.

Depois da palestra, John Minns mostrou o filme mexicano "O Crime do Padre Amaro", no qual um dos personagens é um padre católico praticante da Teologia da Libertação.

Mais uma vez, foi grande o intersse da platéia, que pode aprender e conhecer um pouco como se desenvolveu aquele importante movimento católico na América Latina.

Fica, assim, ao Pedrinho, bem como a outros brasileiros estudiosos e de bom coração que saem pelo mundo a divulgar aspectos importantes da cultura brasileira, o respeito e a homenagem desta coluna. E... aquele abraço!

16:57
Anónimo disse...
Amanda Kitts perdeu o braço esquerdo em um acidente de automóvel acontecido três anos atrás, mas hoje em dia ela joga futebol americano com seu filho de 12 anos de idade, troca fraldas e abraça as crianças nas três creches Kiddie Cottage que opera em Knoxville, Tennessee. Kitts, 40 anos, faz tudo isso com a ajuda de um novo tipo de braço artificial que se movimenta com mais facilidade do que outros aparelhos e que ela pode controlar utilizando apenas seus pensamentos.

"Eu sou capaz de mexer a mão, o pulso e o cotovelo ao mesmo tempo", diz. "Você pensa e os músculos se movem em seguida".

A recuperação que ela conseguiu resulta de um novo procedimento que vem atraindo crescente atenção porque permite que pessoas movam braços protéticos de forma mais automática do que faziam no passado, simplesmente utilizando nervos reaproveitados em seus cérebros.

A técnica, conhecida como "renervação muscular dirigida", envolve utilizar os nervos que restam depois da amputação de um braço e conectá-los a outro músculo do corpo, em geral no peito. Eletrodos são instalados sobre os músculos do peito, e operam como se fossem antenas. Quando a pessoa deseja mover o braço, o cérebro envia sinais que primeiro resultam em contração dos músculos do peito, os quais enviam um sinal ao braço protético, instruindo-se a se movimentar. O processo não requer mais esforços consciente do que a pessoa teria de exercitar caso ainda tivesse seu braço natural.

Na terça-feira, pesquisadores reportaram em estudo publicado pela versão online do Journal of the American Medical Association que haviam levado a técnica ainda mais à frente, tornando possível a execução de 10 movimentos de mão, pulso e cotovelo diferentes, o que representa uma substancial melhora com relação ao típico repertório protético, que em geral envolve apenas dobrar o cotovelo, girar o pulso e abrir a mão.

"Os novos métodos tiveram impacto dramático em nosso campo de trabalho", disse Stuart Harshbarger, engenheiro biomédico na Universidade Johns Hopkins e diretor do programa de pesquisa sobre próteses, financiado pelas forças armadas, que inclui o trabalho com essa técnica. "O método já está em uso por médicos e cirurgiões comuns em todo o país. A capacidade de controlar um membro protético bastante robusto que ele confere surpreendeu a todos pela qualidade".

Tipicamente, uma pessoa que tenha um braço protético só é capaz de executar alguns poucos movimentos, e muitas vezes com tamanha lentidão que isso só permite a ela atividades limitadas.

Há um motor separado para cada movimento, diz Gerald Loeb, professor de engenharia biomédica na Universidade do Sul da Califórnia, "e esses motores precisam ser controlados de maneira explícita", usualmente por um esforço consciente da pessoa para contrair músculos nas costas ou no bíceps.

"Essencialmente, até agora os pacientes controlavam apenas um motor de cada vez", diz Loeb, "e precisavam pensar cuidadosamente sobre que motor desejavam controlar e como fazê-lo operar, em lugar de simplesmente pensarem em mover o braço e poderem fazê-lo sem delongas".

Antes que Kitts passasse pelo procedimento de renervação, em outubro de 2007, por exemplo, ela precisava movimentar os músculos de suas costas de determinada maneira para fazer com que seu pulso girasse, e flexionar seu bíceps e tríceps para fazer com que o cotovelo se movesse para cima e para baixo. "Era muito trabalho", ela conta. "E não me ajudava muito".

O procedimento de renervação é parte de uma recente explosão de idéias novas e técnicas inovadoras que estão sendo exploradas enquanto os cientistas se esforçam por ajudar as pessoas a compensar melhor a perda de membros ou problemas de paralisia. O esforço vem sendo alimentado pelo aumento no número de amputações causado por diabetes e por ferimentos sofridos pelos militares, e ao mesmo tempo pelos avanços na tecnologia médica.

Os braços se tornaram um dos focos essenciais desse tipo de trabalho. A ciência há muito vem obtendo sucessos no desenvolvimento de próteses de perna, mas é muito mais difícil imitar a complexidade e a destreza das mãos e dos braços.

Os esforços em curso incluem o desenvolvimento de projetos de pele e braços mais sensíveis e mais flexíveis, e o uso de dispositivos acionados por controles sem fio implantado nos braços protéticos, que permitiriam movimentos mais naturais.

Os pesquisadores também vêm usando sensores implantados nos cérebros de cobaias para permitir que dois macacos controlem um braço mecânico, e um teste com um homem paralítico permitiu, com esse método, que ele movimentasse um cursor em uma tela de computador.

Alguns desses métodos, caso venham a ser aperfeiçoados plenamente e consigam aprovação das autoridades regulatórias da saúde, podem no futuro se tornar mais viáveis para os pacientes de amputações.

E embora a técnica da renervação não requeira aprovação das autoridades regulatórias porque é executada por meios cirúrgicos e emprega aparelhos já existentes, ela apresenta limitações que até mesmo seus criadores reconhecem, entre as quais o fato de que não se pode utilizá-la para todos os pacientes, o seu alto custo e o prazo de meses requerido para que os nervos reconectados cresçam e se tornem efetivos.

Ainda assim, os especialistas dizem que é o mais avançado sistema em uso hoje para pacientes reais que permite que o sistema nervoso controle diretamente o movimento de um braço artificial.

Desde sua introdução por Todd Kuiken, médico fisioterapeuta e engenheiro biomédico do Instituto de Reabilitação de Chicago, o método foi empregado em cerca de 30 pacientes nos Estados Unidos, Canadá e Europa, entre os quais oito soldados feridos no Iraque e no Afeganistão.

Muitos dos pacientes, entre os quais o primeiro, Jesse Sullivan, um operário do setor elétrico no Tennessee que perdeu os dois braços quando foi eletrocutado por um cabo, conseguem não apenas manipular seus braços protéticos mas sentir a presença das mãos que já não têm quando alguém toca em seus peitos.

Sullivan, 62 anos, e Kitts, estavam entre os cinco pacientes que participaram do estudo reportado na terça-feira. Em companhia de cinco outras pessoas que não passaram por amputações, eles receberam os eletrodos e foram instruídos a usar pensamentos para fazer com que um braço virtual na tela reproduzisse 10 movimentos diferentes, entre os quais três formas diferentes de aperto de mão.

Os pacientes apresentaram desempenho bastante respeitável, apenas um pouco mais lento e menos preciso do que os dos participantes que não tinham amputações.

"As velocidades de movimento que encontramos em nossos pacientes foram realmente encorajadoras", disse Kuiken. "Eles conseguiram completar a tarefa. É claro que não foram tão competentes quanto as pessoas dotadas de plena capacidade física, mas foram bons o bastante".

Um braço virtual foi usado porque a maioria das próteses existentes não era capaz de acomodar todos aqueles movimentos, no momento da pesquisa, ainda que Sullivan, Kitts e uma terceira paciente, Claudia Mitchell, tenham experimentado dois novos protótipos mais versáteis de braços artificiais, executando tarefas complexas com bolas de tênis e outros objetos.

O trabalho de renervação em soldados apresenta outros desafios, diz Kuiken, porque os ferimentos militares muitas vezes "causam danos muitos extensos" a nervos, músculos ou ossos.

Daniel Acosta, 25 anos, um aviador ferido pela detonação de uma bomba em uma estrada do Iraque em 2005, passou pelo procedimento no ano passado e diz que seu braço esquerdo protético agora se movimenta "muito mais rápido" e de maneira muito mais natural.

"A diferença é que agora não preciso mais pensar para mover o braço", ele diz. "Ele simplesmente se mexe".

Ainda assim, Acosta, de San Antonio, diz que "o processo foi bastante longo" e que os eletrodos precisam ser ajustados para receber os sinais à medida que os nervos crescem ou mudam de posição.

E embora elogiem o método, os especialistas afirmam que a ciência das próteses de braço ainda tem muito por avançar.

"Trata-se de uma parte crucial, mas ainda assim apenas uma parte, das muitas coisas que compreendem a função normal de um braço", disse Loeb, que escreveu um editorial que acompanha o artigo no Journal of the American Medical Association.

"No momento estamos a meio do caminho entre o braço de 'Dr. Fantástico', que fazia involuntariamente a saudação nazista, e o braço de Luke Skywalker em 'Guerra nas Estrelas', que funciona sem nenhum problema assim que é conectado. Creio que precisaremos ainda de muitos anos para conectar todas as peças necessárias a produzir um braço capaz de funcionar normalmente".

17:04
Anónimo disse...
A Espanha disse neste sábado que está preparando uma reclamação oficial contra a decisão da Venezuela de expulsar um membro do Parlamento Europeu que criticou o conselho eleitoral venezuelano.
Luis Herrero, membro do partido conservador espanhol PP, foi deportado na sexta-feira depois que o Conselho Nacional Eleitoral (CNE) o acusou de questionar a imparcialidade da instituição antes de um referendo que pode permitir ao presidente Hugo Chávez permanecer no cargo indefinidamente.

Herrero estava na Venezuela como observador do referendo. Ele acusou Chávez de ter "comportamentos típicos de um ditador" por pedir a contenção de manifestações da oposição.

O governo da Espanha convocou um encontro com o embaixador da Venezuela em Madri para expressar a desaprovação sobre a expulsão de Herrero, disse um representante do Ministério das Relações Exteriores espanhol.

As relações da Venezuela com a Espanha tiveram seu ponto crítico em 2007, quando Chávez ameaçou rever acordos diplomáticos e comerciais depois de ouvir um "cala a boca" do rei espanhol Juan Carlos durante uma cúpula.

A fenda foi oficialmente reparada em 2008, com uma visita oficial de Chávez à Espanha, onde ele cumprimentou o rei e discutiu acordos para investimento no setor petroquímico com o primeiro-ministro José Luis Rodriguez Zapatero.

17:06
Anónimo disse...
A polícia do Zimbábue anunciou neste sábado que acusa de traição Roy Bennett, dirigente do até agora opositor Movimento para a Mudança Democrática (MDC), detido na sexta-feira, em Harare, poucas horas antes da cerimônia de posse dos membros do novo gabinete.

"A Polícia nos informou que vão apresentar acusações de traição", disse à agência EFE o advogado de defesa de Bennett, Trust Maanda.

"Tentam relacionar Roy com o caso de Mike Hitschmann, que foi detido em 2006 em relação à descoberta de um carregamento de armas, apesar de que Hitschmann não tenha sido declarado culpado das acusações de traição apresentadas contra ele, mas de um crime menor de descumprimento de leis", disse Maanda.

O político opositor, designado por seu partido como vice-ministro de Agricultura no Governo de união nacional, esteve no exílio na vizinha África do Sul desde 2006 e retornou ao Zimbábue há duas semanas.

Segundo a Polícia, que deteve Bennett ontem no aeroporto de Harare quando pretendia ir à África do Sul para visitar sua família, as armas apreendidas em 2006 seriam utilizadas em um golpe de Estado para derrubar o presidente do Zimbábue, Robert Mugabe.

Depois da detenção, Bennet foi levado a Mutar, onde vários simpatizantes do MDC se concentraram em frente à delegacia na qual estava detido, diante do que a Polícia respondeu com tiros para o alto para dispersar os manifestantes.

17:07
Anónimo disse...
Austrália: 14 mil se candidatam a 'emprego dos sonhos'

A secretaria de Turismo de Queensland, na Austrália, informou que até esta segunda-feira já recebeu cerca de 14 mil inscrições para o "o melhor emprego do mundo". O Estado australiano promove pela internet seleção para vaga de "zelador" da ilha Hamilton, por seis meses com um salário de R$ 40 mil.

Muitos candidatos tiveram problemas durante a inscrição por conta dos acessos simultâneos ao site. A secretaria aconselha enviar os vídeos de 60s explicando porque deve ser escolhido em horários alternativos do dia, além de recomendar tamanho em torno de 40MB.

As inscrições começaram em 12 de janeiro e vão até o próximo dia 22 e podem ser feitas pelo site www.islandreefjob.com. O governo australiano escolherá 50 candidatos para a próxima fase da seleção, que terá votos do público para eleger um dos 11 finalistas.

A última fase terá entrevistas e desafios físicos, no próprio local de trabalho: as ilhas da Grande Barreira Coralina - o maior recife de coral do mundo. A secretaria de Turismo anunciará o vencedor no dia 6 de maio.

17:09
Anónimo disse...
Mercado elogia governo na crise, mas pede maior queda no juro

Peter Fussy
Direto de São Paulo

Desde as primeiras medidas anunciadas para combater os efeitos da crise, o governo brasileiro avisou que a estratégia não contemplaria um pacote. Seriam doses pontuais, de acordo com a necessidade da economia diante do agravamento das turbulências. Da primeira liberação dos depósitos compulsórios em setembro até a ampliação do seguro-desemprego na última quarta-feira, o governo passou por redução de impostos, ampliação de crédito e incentivos à exportação. Quase 150 dias após a primeira medida, o Terra conversou com líderes do setor público e privado, representantes dos trabalhadores, acadêmicos e com o próprio governo para saber quais destas ações foram mais eficazes, quais foram mais ineficientes e o que mais pode ser feito pelo Estado brasileiro contra a crise.

Os maiores elogios foram direcionados à atitude de reduzir o Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) para a indústria automobilística, anunciada em dezembro e que fez com que os emplacamentos de carros novos subissem 1,9% no primeiro mês do ano em relação a dezembro de 2008. Já as maiores críticas foram para a lentidão no corte da taxa básica de juro do País.

Para o presidente do conselho administrativo do Grupo Pão de Açúcar, Abílio Diniz, o Estado não é responsável pela crise e mesmo assim está agindo "com extrema serenidade e muito acerto". "O governo está atento, fazendo a sua parte. É preciso coragem de baixar firmemente a taxa de juros. É uma arma que temos a nosso favor, já que não há clima para inflação, nem possibilidade de danos para a macroeconomia", afirmou Diniz.

Na última reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), em janeiro, a taxa Selic foi reduzida em um ponto percentual, de 13,75% para 12,75% ao ano. Porém, o professor de economia da Universidade de Brasília (UnB) José Luiz Oreiro lembra que este corte representa uma redução de apenas 0,25 ponto percentual com relação à taxa de setembro do ano passado, quando a crise se agravou.

"Pouco antes da eclosão da crise, o Banco Central aumentou a taxa em 0,75 ponto. Foram cinco meses de demora para reduzir em termos líquidos apenas 0,25 ponto", afirmou o economista, que também sugeriu redução do intervalo de cerca de 90 dias entre as reuniões do Copom e o corte de pelo menos um 1 ponto percentual em cada reunião.

Mesmo com o corte de janeiro, a taxa de juros real continua sendo a maior do mundo, lembrou o secretário-geral da Força Sindical, João Carlos Gonçalves, o Juruna. "A redução da taxa de juro ainda é pequena, porque ela continua uma das mais altas do mundo. Falta ousadia para baixar os juros e ajudar o cidadão. A permanência da taxa de juro alta é negativa para o País em meio a crise", afirmou Juruna.

Embora aprove as ações do governo, o senador Aloízio Mercadante (PT-SP) também acredita que o patamar da Selic está muito alto. "Sempre fomos os primeiros a entrar em qualquer crise, o que não aconteceu agora. A taxa Selic ainda é muito alta, mas o governo têm tomado medidas acertadas, como o aumento do salário mínimo, mesmo com um cenário de crise. Isso ajuda a movimentar o consumo. O governo está se esforçando para manter os investimentos e o crescimento", disse.

Tributos
De acordo com o economista Fabio Pina, da Fecomercio-SP, as ações mais positivas estão relacionadas à redução de tributos para alguns segmentos, como a indústria automobilística, que recuperou parte da queda nas vendas em janeiro com a isenção do IPI para carros 1.0 l e o corte para demais motorizações. A medida vale até o final de março.

"Essas medidas não só reduziram o preço, mas anteciparam o consumo daqueles que iriam comprar no futuro, dando um prêmio por conta da insegurança. Mexe diretamente com o principal problema que é a confiança do consumidor", afirmou. Juruna destacou que um bom ritmo de vendas é garantia de emprego. "É importante porque cada emprego na montadora significa 19 na cadeia produtiva", comentou o representante da Força Sindical.

Também em dezembro, o governo decidiu cortar pela metade a alíquota do Imposto de Renda para contribuintes que ganham entre R$ 1.434 e R$ 2.150 mensais. "O salário aumentava e a tabela não se modificava. As pessoas ganhavam mais e pagavam mais impostos", apontou Juruna. Outra redução de tributos do governo foi com relação ao Imposto sobre Operações Financeiras (IOF), que caiu de 3% ao ano para 1,5%.

Crédito
Na segunda metade de 2008, o colapso de bancos nos Estados Unidos por conta da crise do subprime provocou uma forte restrição de crédito no mundo inteiro. Uma das primeiras medidas anticrise do governo teve como objetivo restabelecer a oferta, com mudanças no recolhimento dos depósitos compulsórios por parte dos bancos. Segundo o presidente do Banco Central, Henrique Meirelles, as diversas modificações liberaram US$ 99,2 bilhões aos bancos até o final de janeiro.

Além disso, o governo concedeu R$ 36 bilhões das reservas internacionais para empresas brasileiras com dívidas no exterior e uma medida provisória autorizou o Banco do Brasil e a Caixa Econômica Federal a comprar carteiras de crédito de bancos privados. Para o diretor do Departamento de Pesquisas e Estudos Econômicos da Fiesp, Paulo Francini, estas medidas foram essenciais para combater os efeitos da crise.

"A crise se desenvolve no mundo em torno do tema crédito. E o crédito reduziu-se barbaridade no mundo. Então o governo lança mão de compulsório, lança mão de reservas, de medidas que permitem aos bancos comprar carteiras de bancos. Você vai tomando várias medidas para atender às demandas e o epicentro disso é crédito", afirmou.

No entanto, Oreiro, da UnB, adverte que a liberação dos compulsórios seria mais eficiente acompanhada de redução mais agressiva da taxa básica de juro. "Uma parte do crédito voltou, depois da forte retração em outubro e novembro. O que deveria ter sido feito junto à liberação do compulsório era uma redução mais drástica da taxa de juro. Sem isso, os bancos pegam as reservas e acabam comprando títulos públicos", explicou o economista.

Na opinião de Pina, as ações de distribuição de crédito via redução do compulsório e a disposição de capital de giro para empresas foram tomadas sem um cuidado maior na operação e não tiveram muito efeito. "O BNDES tem linhas que ficam paradas quase todo o ano, agora é pior ainda. Existem os recursos, mas as empresas e os bancos estão desconfiados. É preciso fazer com que os bancos tenham interesse em emprestar", afirmou o economista da Fecomercio-SP.

Futuro
Mesmo com todas essas medidas, a crise financeira ainda gera incertezas nos setores produtivos do País. Nos últimos meses, o medo do desemprego fez os consumidores adiarem compras. Por sua vez, a queda nas vendas pode obrigar as indústrias a cortarem a produção e demitir funcionários. Contra isso, empresários sugerem redução de jornada e de salários.

"Isto está previsto em lei. A Fiesp simplesmente manteve conversações com entidades sindicais quanto à aplicação daquilo que já está previsto em lei", afirmou Francini.

Segundo a ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff, uma das medidas que assegura um nível de emprego é a manutenção de investimentos no Programa de Aceleração do Crescimento (PAC). "Estamos esperando que a dificuldade ocorra em janeiro, fevereiro e março. Estamos certos que vamos manter o nível de investimento. É isso que funciona, é isso que significa investimento público. Ele funciona como um colchão. Por isso, nós colocamos R$ 100 bilhões no BNDES e a Petrobras ampliou o seu investimento em R$ 120 bilhões", afirmou.

Na mesma linha, Pina explica que a antecipação de gastos do governo substitui parte da demanda retraída do setor privado. "Ele dá o seguinte recado: não vou estourar as contas públicas, mas concentrar em um momento em que a demanda privada está pequena. Mas o governo não tem fôlego suficiente para fazer o papel de toda demanda", ressaltou. O economista da Fecomercio lembrou que a entidade já pleiteou junto ao governo isenções para transferência de imóveis e de automóveis, além de retirar o IPVA para veículos novos.

Já Oreiro foca suas propostas na capitalização do Banco do Brasil e da Caixa Econômica Federal pelo Tesouro para atender a demanda de crédito para capital de giro e reduzir o spread. "Aumentando o empréstimo e reduzindo as taxas, os dois vão forçar os bancos privados a acompanhar o movimento, até para não perderem participação no mercado", explicou o economista da UnB.

Até o Carnaval, o governou prometeu detalhar um pacote de incentivos para a construção de até um milhão de casas populares, direcionado a famílias com renda de até dez salários mínimos. "Estamos atentos a tudo o que está acontecendo e novas medidas serão tomadas caso haja uma avaliação de que sejam necessárias", disse o ministro da Fazenda, Guido Mantega, na última sexta-feira.

17:11
Anónimo disse...
Ex-ministro critica extensão do seguro-desemprego

Atualizada às 09h03

O ex-ministro do Trabalho Almir Pazzianotto criticou a decisão do governo federal de conceder o seguro-desemprego estendido a apenas alguns setores. "É certamente odioso e provavelmente inconstitucional", disse Pazzianotto, de acordo com o jornal O Estado de S. Paulo.

Na última qurta, dia do anúncio da medida, centrais sindicais elogiaram a atitude do governo. A Força Sindical divulgou nota dizendo que "o aumento ajudará a aquecer parte da economia, já que irá gerar mais consumo, produção e conseqüentemente, a criação de novos postos de trabalho". A União Geral dos Trabalhadores (UGT) afirmou que a medida "contribuirá para minimizar o drama dos trabalhadores que perderem seu emprego por conta da crise".

O ex-ministro, que instituiu o seguro-desemprego no País no governo de José Sarney, destacou a necessidade de as centrais sindicais se manifestarem contra a determinação. Para ele, as mudanças devem ser aplicadas a todas as categorias profissionais e a distinção é contrária ao artigo 3º da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT).

Pazzianotto atribui a medida a um possível temor do governo de que a crise econômica seja longa e não haja dinheiro para atender a todas as necessidades. Ainda assim, ele se mostra contrário ao método de concessão. "O seguro-desemprego ajuda a sanar necessidades básicas. Estendê-lo é paliativo, não a solução", disse ao jornal.

De acordo com o presidente do Conselho Deliberativo do Fundo de Amparo ao Trabalhador (Codefat) e conselheiro da Força Sindical, Luiz Fernando Emediato, a determinação já estava prevista na lei 8.900/94, que trata do seguro-desemprego.

O presidente da Comissão de Trabalho da Câmara, Pedro Fernandes (PTB-MA) vai além na crítica à concessão do seguro para apenas alguns setores. Ele acredita que a ampliação do benefício estimula o desemprego.

Quintino Severo, secretário geral da Central Única dos Trabalhadores (CUT), lembra que a ampliação do benefício sem critério e identificação pode incentivar demissões em outros setores.

17:13
Anónimo disse...
Empresas
TAM faz promoção para destinos internacionais

A companhia aérea TAM anunciou nesta sexta-feira tarifas promocionais para trechos internacionais. Os preços valem para bilhetes comprados entre 6h deste sábado e 23h59 deste domingo e são válidos para classe econômica. As tarifas, para ida e volta, serão vendidas a partir de US$ 99, mais taxas.

Segundo a aérea, a promoção vale para viagens feitas no período de 14 de fevereiro a 18 de junho de 2009. Para destinos na América do Sul, a permanência mínima é de dois dias; para bilhetes com destino nos Estados Unidos, cinco dias; e Europa, sete dias. A permanência máxima para as passagens para América do Sul e EUA é de dois meses e para Europa, três meses.

Entre os exemplos de tarifas promocionais, a TAM oferece São Paulo-Lima por US$ 99. Bilhetes para a rota São Paulo-Santiago serão vendidos a partir de US$ 199 e São Paulo-Nova York, US$ 799.

A emissão dos bilhetes deve ser feita obrigatoriamente no ato da reserva, obedecendo às regras estipuladas pela companhia. A compra está sujeita à disponibilidade de assentos nas classes tarifárias determinadas, trechos, horários e datas. A TAM afirmou que também há tarifas promocionais para a classe executiva.

Mais informações podem ser encontradas no site promocional (www.ofertastam.com.br), no site da empresa (www.tam.com.br) ou pelos telefones 4002-5700 ou 0800 5705700.

17:13
Anónimo disse...
Empresas
Consultoria negocia compra do parque temático Hopi Hari

A consultoria especializada em reestruturação de empresas Íntegra Associados informou nesta sexta-feira ter um acordo para comprar o parque de diversões Hopi Hari, localizado no interior de São Paulo. A empresa estaria disposta a investir R$ 10 milhões no parque, que tem dívida estimada em R$ 800 milhões. As informações são da edição deste sábado do jornal Folha de S. Paulo.

De acordo com o jornal, a transação ainda depende da negociação entre o Hopi Hari e seus credores, o que já estaria em andamento.

A consultoria paulista já atuou junto à Parmalat, durante 30 meses, quando reorganizou a gestão da empresa italiana.

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17:14
Anónimo disse...
Empresas
Disney de Tóquio contratará mais 2 mil apesar da crise


A Oriental Land, o operador da Disneylândia Tóquio e DisneySea, organizou neste domingo entrevistas para contratar cerca de 2 mil trabalhadores em tempo parcial, em um momento de grandes demissões deste tipo de empregados no Japão.

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O operador deste parque temático, situado em Urayasu, na província de Chiba (leste de Tóquio), está em pleno processo de seleção de empregados para 20 tipos de postos trabalhistas diferentes.

Segundo a companhia, citada pela agência local de notícias Kyodo, o parque contratará novos trabalhadores para as atrações, para os restaurantes e guardas de segurança entre outros. Os novos contratados começarão a trabalhar a partir de fevereiro.

O processo de seleção acontece em um momento em que a maioria das grandes companhias japonesas começaram a se ver obrigadas a despedir uma elevada percentagem de seus trabalhadores temporários e a tempo parcial.

Algumas inclusive anunciaram demissões de seus trabalhadores fixos, uma medida muito pouco comum nas companhias japonesas, perante os efeitos piores que o esperado pela crise econômica global.

Cerca de uma centena de pessoas esperavam desde a primeira hora desta manhã a abertura do centro de conferências Tokyo International Forum, onde as entrevistas estão sendo feitas, para ser os primeiros a solicitar os postos de trabalho.


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17:15
Anónimo disse...
Economia Internacional
Senado dos EUA aprova plano de estímulo à economia

O Senado dos Estados Unidos aprovou com 60 votos a favor e 38 contra o plano de estímulo à economia de US$ 787 bilhões na madrugada deste sábado. Agora, ele segue para sanção ou veto do presidente Barack Obama, que espera colocar a lei em prática até o dia 16 de fevereiro.

O plano prevê a criação de três milhões de empregos, inclui cortes de impostos às famílias, fundos para programas sociais e obras públicas, além de ajuda aos governos estaduais, estudantes e desempregados.

A cláusula Buy American - que exige o uso de ferro, aço e produtos manufaturados dos Estados Unidos em obras realizadas com recursos do pacote - ficou de lado. Segundo o texto definitivo, a cláusula será aplicada sem violar as normas do comércio internacional.

Ontem à tarde, a Câmara de Representantes (deputados) havia aprovado, por 246 votos a favor e 183 contra, a versão final do plano. Todos os republicanos foram contrários ao pacote.

Pelo acordo de quarta-feira entre Câmara e Senado, em vez de custar US$ 819 bilhões, como queriam os deputados, ou US$ 838 bilhões como pretendiam os senadores, o pacote ficou em cerca de US$ 787 bilhões, com 65% desse total destinado a gastos do governo federal e 35%, a créditos tributários.

17:16
Anónimo disse...
Economia nacional
Na era Lula, aposentadoria sobe 54% menos que salário mínimo

Thatiane Faria
Especial para o Terra
Direto de São Paulo

Os índices de reajustes concedidos pelo governo em 2009 para aposentados e pensionistas e para o salário mínimo repetiram uma diferença que, só durante o governo de Luiz Inácio Lula da Silva, já chega a 54%. Enquanto o mínimo foi majorado em 12% este ano, as pensões e aposentadorias tiveram aumento de 5,92%. Aposentados que têm o benefício do governo como única fonte de renda reclamam que perdem poder de compra e que sua cesta de compras é composta por itens que aumentam mais em relação à inflação oficial.

Um exemplo prático pode ser entendido a partir da comparação entre um aposentado que ganhava R$ 600 em janeiro de 2003. Na época, o benefício era três vezes, ou 200%, maior que o valor do mínimo em vigência, que era de R$ 200. Aplicando-se os índices de reajuste para aposentadorias e para o mínimo durante os últimos seis anos, o mesmo aposentado estaria recebendo hoje R$ 938,47, comparado a um salário mínimo de R$ 465. A diferença entre os dois valores caiu para pouco mais de 100%.

Enquanto o índice acumulado de reajuste para a aposentadoria durante o governo Lula foi de 60%, para o salário mínimo está em 132%.

O diretor do Sindicato Nacional dos Aposentados, João Inocentini, reclama que os valores dos benefícios para aposentadorias não mantêm o poder de compra do grupo, principalmente dos aposentados que recebem menos que dez salários mínimos.

Nem mesmo o fato de o índice de reajuste das aposentadorias ter ficado acima da inflação acumulada no mesmo período (o IPCA entre janeiro de 2003 e janeiro de 2009 foi de 39,7%) serve de argumento, segundo os aposentados.

"Os idosos, principalmente, têm gastos além das contas gerais como gás, telefone e aluguel. Para eles o custo com remédios, e outros itens da área saúde costuma ser maior", afirmou Inocentini.

O presidente do sindicato afirmou que o grupo realiza um estudo com 100 itens de necessidade de um idoso para comparar o aumento dos produtos com o índice de reajuste do benefício recebido pelos aposentados.

"Daqui dois meses vamos abrir um processo na Justiça e levar essa pesquisa como prova. Segundo a lei, o governo é obrigado a manter o poder de compra com a aposentadoria", disse Inocentini.

Alternativas
O consultor financeiro Cláudio Boriola diz que os aposentados, especialmente nesse momento de crise econômica, devem evitar compras parceladas, pesquisar preços, negociar e fazer bom planejamento financeiro.

Segundo Boriola, alguns aposentados ganham um valor mensal muitas vezes insuficiente para o pagamento das contas e acabam pedindo crédito ou realizando pagamentos a prazo e são obrigados a pagar juros altos.

Na opinião do consultor, pagar uma previdência privada é uma alternativa indicada para quem ainda trabalha, considerando a característica de perda de poder de compra da aposentadoria.

"Na prática, infelizmente os valores encontram-se em um patamar que está deteriorando o poder de aquisição da população brasileira", completou Boriola.

De acordo com o diretor da Confederação Brasileira de Aposentados e Pensionistas (Cobap), Vicente Fernandes Barbosa, representantes dos aposentados tentarão um encontro com o presidente da Câmara, deputado Michel Temer (PMDB-SP), para discutir projetos que minimizem a perda dos aposentados

17:17
Anónimo disse...
Previdência
Previdência prorroga isenção de tarifas no benefício

O atual sistema de pagamento aos 26 milhões de aposentados e pensionistas do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) será mantido até o final deste ano. O acordo, que permite realizar a operação sem nenhum custo aos beneficiários, foi renovado nesta sexta-feira, entre o governo federal e 21 instituições financeiras.

Por meio desse acordo, vigente desde setembro de 2007, nem os segurados, nem os bancos e nem o governo arcam com o pagamento de tarifas, conforme explicou o ministro da Previdência Social, José Pimentel. A prorrogação vale até dezembro, data máxima para que a Previdência defina as regras para um novo contrato.

Ao assinar o termo de renovação, na sede da Federação Brasileira dos Bancos (Febraban), o ministro disse que a intenção do governo é mudar o atual modelo de gestão visando a reduzir os custos dessas operações em torno da folha mensal, que atinge R$ 15,8 bilhões. No entanto, qualquer alteração, conforme explicou, passará antes por audiências públicas a serem realizadas a partir do segundo semestre deste ano, atendendo a determinação do Tribunal de Contas da União (TCU).

De acordo com Pimentel, com um redesenho do mecanismo de repasse dos recursos aos bancos em torno da folha de pagamento dos segurados o que se busca é um aumento da participação de instituições financeiras. Ele informou que, desde 2007, cada benefício custa em média R$ 1,07 ao governo. "Quanto mais instituições financeiras estiverem prestando serviços à sociedade, maior é a competitividade, a agilidade no atendimento", justificou.

O ministro observou, ainda, que, para permitir uma redução para algo em torno de meia hora no tempo de atendimento para a concessão dos direitos previdenciários, o governo investiu R$ 280 milhões.

Questionado sobre o descontentamento dos segurados que ganham acima de um salário mínimo terem obtido apenas a correção com base na variação do Índice de Preços ao Consumidor (INPC) , ficando abaixo do reajuste dado a quem recebe apenas o mínimo, Pimentel argumentou que o governo seguiu o que determina a lei e descartou a possibilidade de uma revisão

17:17
Anónimo disse...
Empresas
Caterpillar oferece aposentadoria antecipada a 2 mil


A companhia americana Caterpillar ofereceu a cerca de dois mil funcionários incentivos para que se aposentem de forma voluntária antes do previsto, pela perspectiva de uma queda "significativa" da atividade industrial, informou nesta quarta-feira a empresa.

A iniciativa, destinada aos trabalhadores de diversas fábricas em Illinois, Colorado, Tennessee e Pensilvânia, se soma aos cortes de empregos anunciados em janeiro, explicou em comunicado de imprensa.

A empresa, a maior fabricante mundial de maquinaria pesada para a construção e a mineração, acrescentou que, "em função das condições de negócio, podem ser necessárias mais reduções de elenco voluntárias e involuntárias à medida que o ano avança".

O vice-presidente da companhia, Sid Banwart, explicou que a empresa prevê "demissões significativas em todas as regiões geográficas e na maioria dos setores devido às dificuldades da economia mundial".

17:18
Anónimo disse...
Comércio
Comércio exterior da OCDE caiu no 3º trimestre de 2008


As exportações e as importações dos países da Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Econômico (OCDE) caíram 1,6% e 0,2%, respectivamente, no terceiro trimestre de 2008, em relação aos três meses anteriores.

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Trata-se da primeira queda destas atividades desde o terceiro trimestre de 2006, segundo o último relatório trimestral sobre fluxos comerciais divulgado pela OCDE.

As exportações e as importações em dólares dos 30 Estados-membros caíram 15,6% e 17%, respectivamente, na comparação anualizada.

Por sua vez, o comércio dos sete países mais ricos do mundo (G7) teve um pequeno crescimento no terceiro trimestre de 2008 com uma queda das exportações de mercadorias de 0,2% em relação ao trimestre anterior e um aumento de 0,4% das importações.

Em termos anualizados, as importações do G7 caíram 1,4% entre julho e setembro do ano passado, seu primeiro retrocesso desde o terceiro trimestre de 2006, enquanto as exportações aumentaram 1,9%, seu crescimento mais baixo no mesmo tempo.

Por países, a Alemanha aumentou suas importações em 3,4% - valor mais alto do G7 -, enquanto suas exportações caíram 2,9% do segundo para o terceiro trimestre de 2008.

Pelo contrário, as exportações americanas aumentaram 1,8% entre julho e setembro de 2008, enquanto as importações caíram 0,7% em relação ao trimestre anterior. No Japão, tanto as importações quanto as exportações caíram em torno de 1% no mesmo período.

17:19
Anónimo disse...
Economia Nacional
Lula: juros de crédito consignado a aposentados são altos

Atualizada às 17h29

O presidente Luis Inácio Lula da Silva afirmou nesta terça-feira, em São Paulo, que está lutando para reduzir as taxas de juros cobradas de aposentados em crédito consignado. A Previdência Social estabelece uma taxa máxima de 2,5% para empréstimo e de 3,5% para cartão. Para Lula, os valores são altos.

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"Acho que o juro que os aposentados estão pagando hoje com o crédito consignado é alto para o padrão brasileiro", disse o presidente durante a cerimônia de comemoração dos 86 anos do INSS.

A Previdência anunciou nesta terça-feira que aposentados e trabalhadoras com licença-maternidade poderão receber seus benefícios em 30 minutos. De acordo com Lula, em junho, a aposentadoria do trabalhador rural também será conseguida em meia hora.

Além disso, o presidente anunciou que, também em junho, os trabalhadores que alcançarem o direito à aposentadoria passarão a receber em suas casas um comunicado da Previdência informando o fato e o valor do salário que têm direito a receber. "É um comprometimento público que estou fazendo com os companheiros da Previdência Social", disse.

"Estamos retribuindo ao contribuinte da Previdência Social aquilo que é a cidadania que ele tem direito", afirmou Lula. "Se para cobrar nós somos tão precisos, para devolver o dinheiro, temos que chegar próximo à perfeição", completou.

17:20
Anónimo disse...
Economia Nacional
Salário maternidade sairá em 30 minutos, diz ministro

Toda trabalhadora autônoma que tiver contribuído pelo menos 10 meses com o Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) - ou as que possuírem carteira assinada - poderão receber em 30 minutos o salário maternidade a partir desta terça-feira. Da mesma forma, as mulheres com 30 anos de contribuição e os homens com 35 anos também terão direito ao benefício de forma mais rápida. A informação é do ministro da Previdência Social, José Pimentel.

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Para requerer o salário maternidade, é preciso que as autônomas levem a carteira de identidade e o carnê de contribuição. As demais trabalhadoras devem apresentar a identificação e a carteira de trabalho. Desde o início do mês, a nova forma de análise para a concessão de benefícios foi adotada para a aposentadoria por idade do trabalhador urbano e agora foi estendida para o salário maternidade e por tempo de contribuição.

O ministro disse que a qualificação do serviço da previdência social é o reconhecimento do direito dos trabalhadores e da afirmação da cidadania.

"Até pouco tempo na cabeça do cidadão o serviço devia ser de péssima qualidade. Agora não, nós modificamos toda a legislação no mês de dezembro numa ação conjunta do Congresso Nacional com o governo federal. Estamos implantando e concedendo os benefícios em até 30 minutos", afirmou.

O ministro destacou que para conseguir se aposentar ou ter acesso à licença maternidade em 30 minutos, em primeiro lugar, é necessário que o cidadão esteja vinculado à Previdência, o que inclui 65% da população acima de 16 anos de idade.

"Depois bastar marcar pelo sistema 135 o dia e a hora do atendimento e levar a documentação. Se todos os dados necessários estiverem corretos o contribuinte será atendido em até 30 minutos, como vem sendo feito com as aposentadorias por idade desde o dia cinco de janeiro", explicou.

Pimentel disse ainda que em 90% das agências da previdência social o atendimento é marcado em até 48 horas. Nos grandes centros, entretanto existe um volume maior o que torna mais lento o processo.

"Estamos criando mais 715 agências até 2010, em todo o território nacional, para descentralizar o atendimento. Em 2008, atendemos 295 mil benefícios e aposentadorias por idade. Temos 4 mil pessoas por dia procurando e se aposentando por idade no território nacional. Este serviço será agilizado", concluiu.
17:28
Anónimo disse...
Giuseppe Englaro, pai de Eluana, a italiana que morreu na segunda-feira passada por desidratação, recusou uma grande soma de dinheiro de um conhecido fotógrafo italiano que queria retratar a filha em estado de coma, disse neste sábado o neurologista que atendia a mulher desde 1996, Carlo Defanti.

O neurologista, que participou hoje de uma conferência sobre eutanásia, disse que Englaro respeitou a vontade da filha, que, antes do acidente, tinha pedido que, se lhe ocorresse qualquer coisa irreversível, apresentasse sua imagem de quando estava em boas condições.

Antes de sofrer o acidente de trânsito, em 1992, Eluana viveu o coma de um amigo, Alessandro, o que causou forte impacto na italiana e a levou a fazer o pai prometer que não a deixasse viver em estado vegetativo, disse o próprio Giuseppe Englaro.

Defanti, que dissera que Eluana poderia viver de dez a 12 dias depois da suspensão da alimentação e da hidratação, disse que, como médico, tinha que reprovar esta afirmação.

"Não se pode sobreviver após três ou quatro dias sem líquido e, em particular, água em um corpo. Sabemos bem que, quando há um terremoto, após quatro dias é difícil encontrar sobreviventes".

Defanti ressaltou que Eluana "não falava, não se comunicava com o exterior" e que, após vários exames, "nos deparamos com uma moça que tinha perdido a consciência", porque estava com o córtex cerebral prejudicado.

Eluana foi enterrada na quinta-feira passada no túmulo da família na localidade de Paluzza, em Udine, após um funeral que não contou com a presença dos pais.

16:53
Anónimo disse...
Os bombeiros combatem neste sábado os incêndios na Austrália favorecidos pelo bom tempo, enquanto os deslocados encotram em seu retorno casas derruídas, carros queimados nas ruas e destruição.

Depois de sete dias desde que começaram os incêndios no Estado de Victoria, a lista de mortos chega a 181, os desaparecidos somam 50, os edifícios destruídos totalizam 1,834 mil e o terreno arrasado, principalmente florestas, ocupa uma área de 4,13 mil quilômetros quadrados.

As equipes de bombeiros, formadas por 4 mil profissionais de Victoria, de outras partes da Austrália e de países amigos, combateram hoje 12 focos fora de controle e nenhum representava uma ameaça direta para a população.

O subdiretor do Serviço de Bombeiros, Geoff Conway, disse que este tempo favorável, que se prolongará durante o domingo, permite consolidar as linhas de contenção e avançar na extinção das chamas.

Cinzas apareceram arrastadas por ventos do nordeste sobre Melbourne, onde habitam 3,8 milhões de pessoas, e as autoridades alertaram aos cidadãos do risco para a saúde de idosos, crianças e pessoas com problemas respiratórios.

O número de pessoas deslocadas - a Cruz Vermelha chegou a receber 7 mil - começou a cair com a abertura de algumas localidades atingidas.

Os incêndios, alguns criminosos, começaram em 7 de fevereiro, quando a região sul da Austrália estava há duas semanas sob uma onda de calor sem precedentes.

Na sexta-feira passada, a polícia acusou uma pessoa de ter provocado o incêndio que atingiu a localidade de Churchill e matou 21 pessoas.

16:55
Anónimo disse...
A primeira chuva em seis dias reduziu a ameaça de incêndios no Estado de Victoria, ao sul da Austrália. As autoridades, porém, advertiram que ainda existem 12 focos, mas que nenhum deles ameaça áreas povoadas.

Mais de quatro mil bombeiros, mil provenientes de outras partes do país e de outras nações, trabalham contra o fogo. Cerca de 600 veículos e 28 helicópteros e pequenos aviões estão sendo usados.


Eles conseguiram construir linhas de contenção para evitar os incêndios de Yarra e Maroondah se juntassem. Também foram controlados os incêndios abertos de Yea e Murrindindi, que ameaçavam as comunidades de Connellys Creek, Crystal Creek, Scrubby Creek e Native Dog Creek.

O número de mortos chegou a 181, mas as autoridades acreditam que as vítimas devem passar de 200, já que ainda há muitos desaparecidos.

16:55
Anónimo disse...
Aqui nesta coluna, na semana passada, tive a oportunidade de comentar sobre a recente visita do professor brasileiro Pedrinho Guareschi à Austrália. Não dei, porém, os fatos, pois semana passada o assunto era outro.

Hoje, porém, vamos a eles.

No último dia 4 de fevereiro, aconteceu o Seminário "Paulo Freire: Education and Liberation", organizado pelo centro de estudos latino-americanos da Universidade Nacional da Austrália, ou ANU, como é mais conhecida por aqui.

A ANU, para quem não sabe, está entre as 20 melhores universidades do mundo! E tem sede aqui em Camberra, capital da Austrália.

Na abertura do evento, o professor John Minns, diretor do centro latino-americano, ao dar boas-vindas ao público presente, lembrou ser aquele o primeiro seminário exclusivamente dedicado a Paulo Freire na Austrália.

Em seguida, convidou Pedrinho Guareschi, palestrante principal do Seminário, a fazer sua apresentação.

A plateia pode então conhecer, pelas palavras de Pedrinho, um pouco da obra e da vida de Freire, esse brasileiro de fé e valor, que sempre acreditou na educação, sobretudo dos menos favorecidos, analfabetos, como força libertadora.

Como não podia deixar de ser, os conceitos e ideias revolucionários de Paulo Freire, expostos com clareza por Pedrinho, despertaram o interesse e a curiosidade de plateia. A qual, deve-se notar, era na maioria de estudantes, mas de várias nacionalidades, sobretudo australianos e asiáticos.

Na continuação do programa do seminário, que se estendeu por dois dias, outros professores fizeram palestras sobre temas ligados à obra de Paulo Freire.

Interessante, por exemplo, saber que a professora Anne Hickling-Hudson, jamaicana que mora na Austrália há muitos anos (é professora da ANU), conheceu e trabalhou com Freire num workshop educacional durante a revolução na Ilha de Granada, em 1980, antes da invasão dos Estados Unidos...

Ou, então, a palestra da Professora Gerda Roelvink, da Nova Zelândia, que participou do Fórum Social de Porto Alegre em 2005. E essa participação transformou-se em tema de doutorado.

No dia 10, terça-feira passada, o padre Pedrinho Guareschi voltou a falar ao público australiano em grande auditório localizado no belíssimo campus da ANU. Desta vez, sobre a Teologia da Libertação.

Depois da palestra, John Minns mostrou o filme mexicano "O Crime do Padre Amaro", no qual um dos personagens é um padre católico praticante da Teologia da Libertação.

Mais uma vez, foi grande o intersse da platéia, que pode aprender e conhecer um pouco como se desenvolveu aquele importante movimento católico na América Latina.

Fica, assim, ao Pedrinho, bem como a outros brasileiros estudiosos e de bom coração que saem pelo mundo a divulgar aspectos importantes da cultura brasileira, o respeito e a homenagem desta coluna. E... aquele abraço!

16:57
Anónimo disse...
Amanda Kitts perdeu o braço esquerdo em um acidente de automóvel acontecido três anos atrás, mas hoje em dia ela joga futebol americano com seu filho de 12 anos de idade, troca fraldas e abraça as crianças nas três creches Kiddie Cottage que opera em Knoxville, Tennessee. Kitts, 40 anos, faz tudo isso com a ajuda de um novo tipo de braço artificial que se movimenta com mais facilidade do que outros aparelhos e que ela pode controlar utilizando apenas seus pensamentos.

"Eu sou capaz de mexer a mão, o pulso e o cotovelo ao mesmo tempo", diz. "Você pensa e os músculos se movem em seguida".

A recuperação que ela conseguiu resulta de um novo procedimento que vem atraindo crescente atenção porque permite que pessoas movam braços protéticos de forma mais automática do que faziam no passado, simplesmente utilizando nervos reaproveitados em seus cérebros.

A técnica, conhecida como "renervação muscular dirigida", envolve utilizar os nervos que restam depois da amputação de um braço e conectá-los a outro músculo do corpo, em geral no peito. Eletrodos são instalados sobre os músculos do peito, e operam como se fossem antenas. Quando a pessoa deseja mover o braço, o cérebro envia sinais que primeiro resultam em contração dos músculos do peito, os quais enviam um sinal ao braço protético, instruindo-se a se movimentar. O processo não requer mais esforços consciente do que a pessoa teria de exercitar caso ainda tivesse seu braço natural.

Na terça-feira, pesquisadores reportaram em estudo publicado pela versão online do Journal of the American Medical Association que haviam levado a técnica ainda mais à frente, tornando possível a execução de 10 movimentos de mão, pulso e cotovelo diferentes, o que representa uma substancial melhora com relação ao típico repertório protético, que em geral envolve apenas dobrar o cotovelo, girar o pulso e abrir a mão.

"Os novos métodos tiveram impacto dramático em nosso campo de trabalho", disse Stuart Harshbarger, engenheiro biomédico na Universidade Johns Hopkins e diretor do programa de pesquisa sobre próteses, financiado pelas forças armadas, que inclui o trabalho com essa técnica. "O método já está em uso por médicos e cirurgiões comuns em todo o país. A capacidade de controlar um membro protético bastante robusto que ele confere surpreendeu a todos pela qualidade".

Tipicamente, uma pessoa que tenha um braço protético só é capaz de executar alguns poucos movimentos, e muitas vezes com tamanha lentidão que isso só permite a ela atividades limitadas.

Há um motor separado para cada movimento, diz Gerald Loeb, professor de engenharia biomédica na Universidade do Sul da Califórnia, "e esses motores precisam ser controlados de maneira explícita", usualmente por um esforço consciente da pessoa para contrair músculos nas costas ou no bíceps.

"Essencialmente, até agora os pacientes controlavam apenas um motor de cada vez", diz Loeb, "e precisavam pensar cuidadosamente sobre que motor desejavam controlar e como fazê-lo operar, em lugar de simplesmente pensarem em mover o braço e poderem fazê-lo sem delongas".

Antes que Kitts passasse pelo procedimento de renervação, em outubro de 2007, por exemplo, ela precisava movimentar os músculos de suas costas de determinada maneira para fazer com que seu pulso girasse, e flexionar seu bíceps e tríceps para fazer com que o cotovelo se movesse para cima e para baixo. "Era muito trabalho", ela conta. "E não me ajudava muito".

O procedimento de renervação é parte de uma recente explosão de idéias novas e técnicas inovadoras que estão sendo exploradas enquanto os cientistas se esforçam por ajudar as pessoas a compensar melhor a perda de membros ou problemas de paralisia. O esforço vem sendo alimentado pelo aumento no número de amputações causado por diabetes e por ferimentos sofridos pelos militares, e ao mesmo tempo pelos avanços na tecnologia médica.

Os braços se tornaram um dos focos essenciais desse tipo de trabalho. A ciência há muito vem obtendo sucessos no desenvolvimento de próteses de perna, mas é muito mais difícil imitar a complexidade e a destreza das mãos e dos braços.

Os esforços em curso incluem o desenvolvimento de projetos de pele e braços mais sensíveis e mais flexíveis, e o uso de dispositivos acionados por controles sem fio implantado nos braços protéticos, que permitiriam movimentos mais naturais.

Os pesquisadores também vêm usando sensores implantados nos cérebros de cobaias para permitir que dois macacos controlem um braço mecânico, e um teste com um homem paralítico permitiu, com esse método, que ele movimentasse um cursor em uma tela de computador.

Alguns desses métodos, caso venham a ser aperfeiçoados plenamente e consigam aprovação das autoridades regulatórias da saúde, podem no futuro se tornar mais viáveis para os pacientes de amputações.

E embora a técnica da renervação não requeira aprovação das autoridades regulatórias porque é executada por meios cirúrgicos e emprega aparelhos já existentes, ela apresenta limitações que até mesmo seus criadores reconhecem, entre as quais o fato de que não se pode utilizá-la para todos os pacientes, o seu alto custo e o prazo de meses requerido para que os nervos reconectados cresçam e se tornem efetivos.

Ainda assim, os especialistas dizem que é o mais avançado sistema em uso hoje para pacientes reais que permite que o sistema nervoso controle diretamente o movimento de um braço artificial.

Desde sua introdução por Todd Kuiken, médico fisioterapeuta e engenheiro biomédico do Instituto de Reabilitação de Chicago, o método foi empregado em cerca de 30 pacientes nos Estados Unidos, Canadá e Europa, entre os quais oito soldados feridos no Iraque e no Afeganistão.

Muitos dos pacientes, entre os quais o primeiro, Jesse Sullivan, um operário do setor elétrico no Tennessee que perdeu os dois braços quando foi eletrocutado por um cabo, conseguem não apenas manipular seus braços protéticos mas sentir a presença das mãos que já não têm quando alguém toca em seus peitos.

Sullivan, 62 anos, e Kitts, estavam entre os cinco pacientes que participaram do estudo reportado na terça-feira. Em companhia de cinco outras pessoas que não passaram por amputações, eles receberam os eletrodos e foram instruídos a usar pensamentos para fazer com que um braço virtual na tela reproduzisse 10 movimentos diferentes, entre os quais três formas diferentes de aperto de mão.

Os pacientes apresentaram desempenho bastante respeitável, apenas um pouco mais lento e menos preciso do que os dos participantes que não tinham amputações.

"As velocidades de movimento que encontramos em nossos pacientes foram realmente encorajadoras", disse Kuiken. "Eles conseguiram completar a tarefa. É claro que não foram tão competentes quanto as pessoas dotadas de plena capacidade física, mas foram bons o bastante".

Um braço virtual foi usado porque a maioria das próteses existentes não era capaz de acomodar todos aqueles movimentos, no momento da pesquisa, ainda que Sullivan, Kitts e uma terceira paciente, Claudia Mitchell, tenham experimentado dois novos protótipos mais versáteis de braços artificiais, executando tarefas complexas com bolas de tênis e outros objetos.

O trabalho de renervação em soldados apresenta outros desafios, diz Kuiken, porque os ferimentos militares muitas vezes "causam danos muitos extensos" a nervos, músculos ou ossos.

Daniel Acosta, 25 anos, um aviador ferido pela detonação de uma bomba em uma estrada do Iraque em 2005, passou pelo procedimento no ano passado e diz que seu braço esquerdo protético agora se movimenta "muito mais rápido" e de maneira muito mais natural.

"A diferença é que agora não preciso mais pensar para mover o braço", ele diz. "Ele simplesmente se mexe".

Ainda assim, Acosta, de San Antonio, diz que "o processo foi bastante longo" e que os eletrodos precisam ser ajustados para receber os sinais à medida que os nervos crescem ou mudam de posição.

E embora elogiem o método, os especialistas afirmam que a ciência das próteses de braço ainda tem muito por avançar.

"Trata-se de uma parte crucial, mas ainda assim apenas uma parte, das muitas coisas que compreendem a função normal de um braço", disse Loeb, que escreveu um editorial que acompanha o artigo no Journal of the American Medical Association.

"No momento estamos a meio do caminho entre o braço de 'Dr. Fantástico', que fazia involuntariamente a saudação nazista, e o braço de Luke Skywalker em 'Guerra nas Estrelas', que funciona sem nenhum problema assim que é conectado. Creio que precisaremos ainda de muitos anos para conectar todas as peças necessárias a produzir um braço capaz de funcionar normalmente".

17:04
Anónimo disse...
A Espanha disse neste sábado que está preparando uma reclamação oficial contra a decisão da Venezuela de expulsar um membro do Parlamento Europeu que criticou o conselho eleitoral venezuelano.
Luis Herrero, membro do partido conservador espanhol PP, foi deportado na sexta-feira depois que o Conselho Nacional Eleitoral (CNE) o acusou de questionar a imparcialidade da instituição antes de um referendo que pode permitir ao presidente Hugo Chávez permanecer no cargo indefinidamente.

Herrero estava na Venezuela como observador do referendo. Ele acusou Chávez de ter "comportamentos típicos de um ditador" por pedir a contenção de manifestações da oposição.

O governo da Espanha convocou um encontro com o embaixador da Venezuela em Madri para expressar a desaprovação sobre a expulsão de Herrero, disse um representante do Ministério das Relações Exteriores espanhol.

As relações da Venezuela com a Espanha tiveram seu ponto crítico em 2007, quando Chávez ameaçou rever acordos diplomáticos e comerciais depois de ouvir um "cala a boca" do rei espanhol Juan Carlos durante uma cúpula.

A fenda foi oficialmente reparada em 2008, com uma visita oficial de Chávez à Espanha, onde ele cumprimentou o rei e discutiu acordos para investimento no setor petroquímico com o primeiro-ministro José Luis Rodriguez Zapatero.

17:06
Anónimo disse...
A polícia do Zimbábue anunciou neste sábado que acusa de traição Roy Bennett, dirigente do até agora opositor Movimento para a Mudança Democrática (MDC), detido na sexta-feira, em Harare, poucas horas antes da cerimônia de posse dos membros do novo gabinete.

"A Polícia nos informou que vão apresentar acusações de traição", disse à agência EFE o advogado de defesa de Bennett, Trust Maanda.

"Tentam relacionar Roy com o caso de Mike Hitschmann, que foi detido em 2006 em relação à descoberta de um carregamento de armas, apesar de que Hitschmann não tenha sido declarado culpado das acusações de traição apresentadas contra ele, mas de um crime menor de descumprimento de leis", disse Maanda.

O político opositor, designado por seu partido como vice-ministro de Agricultura no Governo de união nacional, esteve no exílio na vizinha África do Sul desde 2006 e retornou ao Zimbábue há duas semanas.

Segundo a Polícia, que deteve Bennett ontem no aeroporto de Harare quando pretendia ir à África do Sul para visitar sua família, as armas apreendidas em 2006 seriam utilizadas em um golpe de Estado para derrubar o presidente do Zimbábue, Robert Mugabe.

Depois da detenção, Bennet foi levado a Mutar, onde vários simpatizantes do MDC se concentraram em frente à delegacia na qual estava detido, diante do que a Polícia respondeu com tiros para o alto para dispersar os manifestantes.

17:07
Anónimo disse...
Austrália: 14 mil se candidatam a 'emprego dos sonhos'

A secretaria de Turismo de Queensland, na Austrália, informou que até esta segunda-feira já recebeu cerca de 14 mil inscrições para o "o melhor emprego do mundo". O Estado australiano promove pela internet seleção para vaga de "zelador" da ilha Hamilton, por seis meses com um salário de R$ 40 mil.

Muitos candidatos tiveram problemas durante a inscrição por conta dos acessos simultâneos ao site. A secretaria aconselha enviar os vídeos de 60s explicando porque deve ser escolhido em horários alternativos do dia, além de recomendar tamanho em torno de 40MB.

As inscrições começaram em 12 de janeiro e vão até o próximo dia 22 e podem ser feitas pelo site www.islandreefjob.com. O governo australiano escolherá 50 candidatos para a próxima fase da seleção, que terá votos do público para eleger um dos 11 finalistas.

A última fase terá entrevistas e desafios físicos, no próprio local de trabalho: as ilhas da Grande Barreira Coralina - o maior recife de coral do mundo. A secretaria de Turismo anunciará o vencedor no dia 6 de maio.

17:09
Anónimo disse...
Mercado elogia governo na crise, mas pede maior queda no juro

Peter Fussy
Direto de São Paulo

Desde as primeiras medidas anunciadas para combater os efeitos da crise, o governo brasileiro avisou que a estratégia não contemplaria um pacote. Seriam doses pontuais, de acordo com a necessidade da economia diante do agravamento das turbulências. Da primeira liberação dos depósitos compulsórios em setembro até a ampliação do seguro-desemprego na última quarta-feira, o governo passou por redução de impostos, ampliação de crédito e incentivos à exportação. Quase 150 dias após a primeira medida, o Terra conversou com líderes do setor público e privado, representantes dos trabalhadores, acadêmicos e com o próprio governo para saber quais destas ações foram mais eficazes, quais foram mais ineficientes e o que mais pode ser feito pelo Estado brasileiro contra a crise.

Os maiores elogios foram direcionados à atitude de reduzir o Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) para a indústria automobilística, anunciada em dezembro e que fez com que os emplacamentos de carros novos subissem 1,9% no primeiro mês do ano em relação a dezembro de 2008. Já as maiores críticas foram para a lentidão no corte da taxa básica de juro do País.

Para o presidente do conselho administrativo do Grupo Pão de Açúcar, Abílio Diniz, o Estado não é responsável pela crise e mesmo assim está agindo "com extrema serenidade e muito acerto". "O governo está atento, fazendo a sua parte. É preciso coragem de baixar firmemente a taxa de juros. É uma arma que temos a nosso favor, já que não há clima para inflação, nem possibilidade de danos para a macroeconomia", afirmou Diniz.

Na última reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), em janeiro, a taxa Selic foi reduzida em um ponto percentual, de 13,75% para 12,75% ao ano. Porém, o professor de economia da Universidade de Brasília (UnB) José Luiz Oreiro lembra que este corte representa uma redução de apenas 0,25 ponto percentual com relação à taxa de setembro do ano passado, quando a crise se agravou.

"Pouco antes da eclosão da crise, o Banco Central aumentou a taxa em 0,75 ponto. Foram cinco meses de demora para reduzir em termos líquidos apenas 0,25 ponto", afirmou o economista, que também sugeriu redução do intervalo de cerca de 90 dias entre as reuniões do Copom e o corte de pelo menos um 1 ponto percentual em cada reunião.

Mesmo com o corte de janeiro, a taxa de juros real continua sendo a maior do mundo, lembrou o secretário-geral da Força Sindical, João Carlos Gonçalves, o Juruna. "A redução da taxa de juro ainda é pequena, porque ela continua uma das mais altas do mundo. Falta ousadia para baixar os juros e ajudar o cidadão. A permanência da taxa de juro alta é negativa para o País em meio a crise", afirmou Juruna.

Embora aprove as ações do governo, o senador Aloízio Mercadante (PT-SP) também acredita que o patamar da Selic está muito alto. "Sempre fomos os primeiros a entrar em qualquer crise, o que não aconteceu agora. A taxa Selic ainda é muito alta, mas o governo têm tomado medidas acertadas, como o aumento do salário mínimo, mesmo com um cenário de crise. Isso ajuda a movimentar o consumo. O governo está se esforçando para manter os investimentos e o crescimento", disse.

Tributos
De acordo com o economista Fabio Pina, da Fecomercio-SP, as ações mais positivas estão relacionadas à redução de tributos para alguns segmentos, como a indústria automobilística, que recuperou parte da queda nas vendas em janeiro com a isenção do IPI para carros 1.0 l e o corte para demais motorizações. A medida vale até o final de março.

"Essas medidas não só reduziram o preço, mas anteciparam o consumo daqueles que iriam comprar no futuro, dando um prêmio por conta da insegurança. Mexe diretamente com o principal problema que é a confiança do consumidor", afirmou. Juruna destacou que um bom ritmo de vendas é garantia de emprego. "É importante porque cada emprego na montadora significa 19 na cadeia produtiva", comentou o representante da Força Sindical.

Também em dezembro, o governo decidiu cortar pela metade a alíquota do Imposto de Renda para contribuintes que ganham entre R$ 1.434 e R$ 2.150 mensais. "O salário aumentava e a tabela não se modificava. As pessoas ganhavam mais e pagavam mais impostos", apontou Juruna. Outra redução de tributos do governo foi com relação ao Imposto sobre Operações Financeiras (IOF), que caiu de 3% ao ano para 1,5%.

Crédito
Na segunda metade de 2008, o colapso de bancos nos Estados Unidos por conta da crise do subprime provocou uma forte restrição de crédito no mundo inteiro. Uma das primeiras medidas anticrise do governo teve como objetivo restabelecer a oferta, com mudanças no recolhimento dos depósitos compulsórios por parte dos bancos. Segundo o presidente do Banco Central, Henrique Meirelles, as diversas modificações liberaram US$ 99,2 bilhões aos bancos até o final de janeiro.

Além disso, o governo concedeu R$ 36 bilhões das reservas internacionais para empresas brasileiras com dívidas no exterior e uma medida provisória autorizou o Banco do Brasil e a Caixa Econômica Federal a comprar carteiras de crédito de bancos privados. Para o diretor do Departamento de Pesquisas e Estudos Econômicos da Fiesp, Paulo Francini, estas medidas foram essenciais para combater os efeitos da crise.

"A crise se desenvolve no mundo em torno do tema crédito. E o crédito reduziu-se barbaridade no mundo. Então o governo lança mão de compulsório, lança mão de reservas, de medidas que permitem aos bancos comprar carteiras de bancos. Você vai tomando várias medidas para atender às demandas e o epicentro disso é crédito", afirmou.

No entanto, Oreiro, da UnB, adverte que a liberação dos compulsórios seria mais eficiente acompanhada de redução mais agressiva da taxa básica de juro. "Uma parte do crédito voltou, depois da forte retração em outubro e novembro. O que deveria ter sido feito junto à liberação do compulsório era uma redução mais drástica da taxa de juro. Sem isso, os bancos pegam as reservas e acabam comprando títulos públicos", explicou o economista.

Na opinião de Pina, as ações de distribuição de crédito via redução do compulsório e a disposição de capital de giro para empresas foram tomadas sem um cuidado maior na operação e não tiveram muito efeito. "O BNDES tem linhas que ficam paradas quase todo o ano, agora é pior ainda. Existem os recursos, mas as empresas e os bancos estão desconfiados. É preciso fazer com que os bancos tenham interesse em emprestar", afirmou o economista da Fecomercio-SP.

Futuro
Mesmo com todas essas medidas, a crise financeira ainda gera incertezas nos setores produtivos do País. Nos últimos meses, o medo do desemprego fez os consumidores adiarem compras. Por sua vez, a queda nas vendas pode obrigar as indústrias a cortarem a produção e demitir funcionários. Contra isso, empresários sugerem redução de jornada e de salários.

"Isto está previsto em lei. A Fiesp simplesmente manteve conversações com entidades sindicais quanto à aplicação daquilo que já está previsto em lei", afirmou Francini.

Segundo a ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff, uma das medidas que assegura um nível de emprego é a manutenção de investimentos no Programa de Aceleração do Crescimento (PAC). "Estamos esperando que a dificuldade ocorra em janeiro, fevereiro e março. Estamos certos que vamos manter o nível de investimento. É isso que funciona, é isso que significa investimento público. Ele funciona como um colchão. Por isso, nós colocamos R$ 100 bilhões no BNDES e a Petrobras ampliou o seu investimento em R$ 120 bilhões", afirmou.

Na mesma linha, Pina explica que a antecipação de gastos do governo substitui parte da demanda retraída do setor privado. "Ele dá o seguinte recado: não vou estourar as contas públicas, mas concentrar em um momento em que a demanda privada está pequena. Mas o governo não tem fôlego suficiente para fazer o papel de toda demanda", ressaltou. O economista da Fecomercio lembrou que a entidade já pleiteou junto ao governo isenções para transferência de imóveis e de automóveis, além de retirar o IPVA para veículos novos.

Já Oreiro foca suas propostas na capitalização do Banco do Brasil e da Caixa Econômica Federal pelo Tesouro para atender a demanda de crédito para capital de giro e reduzir o spread. "Aumentando o empréstimo e reduzindo as taxas, os dois vão forçar os bancos privados a acompanhar o movimento, até para não perderem participação no mercado", explicou o economista da UnB.

Até o Carnaval, o governou prometeu detalhar um pacote de incentivos para a construção de até um milhão de casas populares, direcionado a famílias com renda de até dez salários mínimos. "Estamos atentos a tudo o que está acontecendo e novas medidas serão tomadas caso haja uma avaliação de que sejam necessárias", disse o ministro da Fazenda, Guido Mantega, na última sexta-feira.

17:11
Anónimo disse...
Ex-ministro critica extensão do seguro-desemprego

Atualizada às 09h03

O ex-ministro do Trabalho Almir Pazzianotto criticou a decisão do governo federal de conceder o seguro-desemprego estendido a apenas alguns setores. "É certamente odioso e provavelmente inconstitucional", disse Pazzianotto, de acordo com o jornal O Estado de S. Paulo.

Na última qurta, dia do anúncio da medida, centrais sindicais elogiaram a atitude do governo. A Força Sindical divulgou nota dizendo que "o aumento ajudará a aquecer parte da economia, já que irá gerar mais consumo, produção e conseqüentemente, a criação de novos postos de trabalho". A União Geral dos Trabalhadores (UGT) afirmou que a medida "contribuirá para minimizar o drama dos trabalhadores que perderem seu emprego por conta da crise".

O ex-ministro, que instituiu o seguro-desemprego no País no governo de José Sarney, destacou a necessidade de as centrais sindicais se manifestarem contra a determinação. Para ele, as mudanças devem ser aplicadas a todas as categorias profissionais e a distinção é contrária ao artigo 3º da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT).

Pazzianotto atribui a medida a um possível temor do governo de que a crise econômica seja longa e não haja dinheiro para atender a todas as necessidades. Ainda assim, ele se mostra contrário ao método de concessão. "O seguro-desemprego ajuda a sanar necessidades básicas. Estendê-lo é paliativo, não a solução", disse ao jornal.

De acordo com o presidente do Conselho Deliberativo do Fundo de Amparo ao Trabalhador (Codefat) e conselheiro da Força Sindical, Luiz Fernando Emediato, a determinação já estava prevista na lei 8.900/94, que trata do seguro-desemprego.

O presidente da Comissão de Trabalho da Câmara, Pedro Fernandes (PTB-MA) vai além na crítica à concessão do seguro para apenas alguns setores. Ele acredita que a ampliação do benefício estimula o desemprego.

Quintino Severo, secretário geral da Central Única dos Trabalhadores (CUT), lembra que a ampliação do benefício sem critério e identificação pode incentivar demissões em outros setores.

17:13
Anónimo disse...
Empresas
TAM faz promoção para destinos internacionais

A companhia aérea TAM anunciou nesta sexta-feira tarifas promocionais para trechos internacionais. Os preços valem para bilhetes comprados entre 6h deste sábado e 23h59 deste domingo e são válidos para classe econômica. As tarifas, para ida e volta, serão vendidas a partir de US$ 99, mais taxas.

Segundo a aérea, a promoção vale para viagens feitas no período de 14 de fevereiro a 18 de junho de 2009. Para destinos na América do Sul, a permanência mínima é de dois dias; para bilhetes com destino nos Estados Unidos, cinco dias; e Europa, sete dias. A permanência máxima para as passagens para América do Sul e EUA é de dois meses e para Europa, três meses.

Entre os exemplos de tarifas promocionais, a TAM oferece São Paulo-Lima por US$ 99. Bilhetes para a rota São Paulo-Santiago serão vendidos a partir de US$ 199 e São Paulo-Nova York, US$ 799.

A emissão dos bilhetes deve ser feita obrigatoriamente no ato da reserva, obedecendo às regras estipuladas pela companhia. A compra está sujeita à disponibilidade de assentos nas classes tarifárias determinadas, trechos, horários e datas. A TAM afirmou que também há tarifas promocionais para a classe executiva.

Mais informações podem ser encontradas no site promocional (www.ofertastam.com.br), no site da empresa (www.tam.com.br) ou pelos telefones 4002-5700 ou 0800 5705700.

17:13
Anónimo disse...
Empresas
Consultoria negocia compra do parque temático Hopi Hari

A consultoria especializada em reestruturação de empresas Íntegra Associados informou nesta sexta-feira ter um acordo para comprar o parque de diversões Hopi Hari, localizado no interior de São Paulo. A empresa estaria disposta a investir R$ 10 milhões no parque, que tem dívida estimada em R$ 800 milhões. As informações são da edição deste sábado do jornal Folha de S. Paulo.

De acordo com o jornal, a transação ainda depende da negociação entre o Hopi Hari e seus credores, o que já estaria em andamento.

A consultoria paulista já atuou junto à Parmalat, durante 30 meses, quando reorganizou a gestão da empresa italiana.

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17:14
Anónimo disse...
Empresas
Disney de Tóquio contratará mais 2 mil apesar da crise


A Oriental Land, o operador da Disneylândia Tóquio e DisneySea, organizou neste domingo entrevistas para contratar cerca de 2 mil trabalhadores em tempo parcial, em um momento de grandes demissões deste tipo de empregados no Japão.

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O operador deste parque temático, situado em Urayasu, na província de Chiba (leste de Tóquio), está em pleno processo de seleção de empregados para 20 tipos de postos trabalhistas diferentes.

Segundo a companhia, citada pela agência local de notícias Kyodo, o parque contratará novos trabalhadores para as atrações, para os restaurantes e guardas de segurança entre outros. Os novos contratados começarão a trabalhar a partir de fevereiro.

O processo de seleção acontece em um momento em que a maioria das grandes companhias japonesas começaram a se ver obrigadas a despedir uma elevada percentagem de seus trabalhadores temporários e a tempo parcial.

Algumas inclusive anunciaram demissões de seus trabalhadores fixos, uma medida muito pouco comum nas companhias japonesas, perante os efeitos piores que o esperado pela crise econômica global.

Cerca de uma centena de pessoas esperavam desde a primeira hora desta manhã a abertura do centro de conferências Tokyo International Forum, onde as entrevistas estão sendo feitas, para ser os primeiros a solicitar os postos de trabalho.


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17:15
Anónimo disse...
Economia Internacional
Senado dos EUA aprova plano de estímulo à economia

O Senado dos Estados Unidos aprovou com 60 votos a favor e 38 contra o plano de estímulo à economia de US$ 787 bilhões na madrugada deste sábado. Agora, ele segue para sanção ou veto do presidente Barack Obama, que espera colocar a lei em prática até o dia 16 de fevereiro.

O plano prevê a criação de três milhões de empregos, inclui cortes de impostos às famílias, fundos para programas sociais e obras públicas, além de ajuda aos governos estaduais, estudantes e desempregados.

A cláusula Buy American - que exige o uso de ferro, aço e produtos manufaturados dos Estados Unidos em obras realizadas com recursos do pacote - ficou de lado. Segundo o texto definitivo, a cláusula será aplicada sem violar as normas do comércio internacional.

Ontem à tarde, a Câmara de Representantes (deputados) havia aprovado, por 246 votos a favor e 183 contra, a versão final do plano. Todos os republicanos foram contrários ao pacote.

Pelo acordo de quarta-feira entre Câmara e Senado, em vez de custar US$ 819 bilhões, como queriam os deputados, ou US$ 838 bilhões como pretendiam os senadores, o pacote ficou em cerca de US$ 787 bilhões, com 65% desse total destinado a gastos do governo federal e 35%, a créditos tributários.

17:16
Anónimo disse...
Economia nacional
Na era Lula, aposentadoria sobe 54% menos que salário mínimo

Thatiane Faria
Especial para o Terra
Direto de São Paulo

Os índices de reajustes concedidos pelo governo em 2009 para aposentados e pensionistas e para o salário mínimo repetiram uma diferença que, só durante o governo de Luiz Inácio Lula da Silva, já chega a 54%. Enquanto o mínimo foi majorado em 12% este ano, as pensões e aposentadorias tiveram aumento de 5,92%. Aposentados que têm o benefício do governo como única fonte de renda reclamam que perdem poder de compra e que sua cesta de compras é composta por itens que aumentam mais em relação à inflação oficial.

Um exemplo prático pode ser entendido a partir da comparação entre um aposentado que ganhava R$ 600 em janeiro de 2003. Na época, o benefício era três vezes, ou 200%, maior que o valor do mínimo em vigência, que era de R$ 200. Aplicando-se os índices de reajuste para aposentadorias e para o mínimo durante os últimos seis anos, o mesmo aposentado estaria recebendo hoje R$ 938,47, comparado a um salário mínimo de R$ 465. A diferença entre os dois valores caiu para pouco mais de 100%.

Enquanto o índice acumulado de reajuste para a aposentadoria durante o governo Lula foi de 60%, para o salário mínimo está em 132%.

O diretor do Sindicato Nacional dos Aposentados, João Inocentini, reclama que os valores dos benefícios para aposentadorias não mantêm o poder de compra do grupo, principalmente dos aposentados que recebem menos que dez salários mínimos.

Nem mesmo o fato de o índice de reajuste das aposentadorias ter ficado acima da inflação acumulada no mesmo período (o IPCA entre janeiro de 2003 e janeiro de 2009 foi de 39,7%) serve de argumento, segundo os aposentados.

"Os idosos, principalmente, têm gastos além das contas gerais como gás, telefone e aluguel. Para eles o custo com remédios, e outros itens da área saúde costuma ser maior", afirmou Inocentini.

O presidente do sindicato afirmou que o grupo realiza um estudo com 100 itens de necessidade de um idoso para comparar o aumento dos produtos com o índice de reajuste do benefício recebido pelos aposentados.

"Daqui dois meses vamos abrir um processo na Justiça e levar essa pesquisa como prova. Segundo a lei, o governo é obrigado a manter o poder de compra com a aposentadoria", disse Inocentini.

Alternativas
O consultor financeiro Cláudio Boriola diz que os aposentados, especialmente nesse momento de crise econômica, devem evitar compras parceladas, pesquisar preços, negociar e fazer bom planejamento financeiro.

Segundo Boriola, alguns aposentados ganham um valor mensal muitas vezes insuficiente para o pagamento das contas e acabam pedindo crédito ou realizando pagamentos a prazo e são obrigados a pagar juros altos.

Na opinião do consultor, pagar uma previdência privada é uma alternativa indicada para quem ainda trabalha, considerando a característica de perda de poder de compra da aposentadoria.

"Na prática, infelizmente os valores encontram-se em um patamar que está deteriorando o poder de aquisição da população brasileira", completou Boriola.

De acordo com o diretor da Confederação Brasileira de Aposentados e Pensionistas (Cobap), Vicente Fernandes Barbosa, representantes dos aposentados tentarão um encontro com o presidente da Câmara, deputado Michel Temer (PMDB-SP), para discutir projetos que minimizem a perda dos aposentados

17:17
Anónimo disse...
Previdência
Previdência prorroga isenção de tarifas no benefício

O atual sistema de pagamento aos 26 milhões de aposentados e pensionistas do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) será mantido até o final deste ano. O acordo, que permite realizar a operação sem nenhum custo aos beneficiários, foi renovado nesta sexta-feira, entre o governo federal e 21 instituições financeiras.

Por meio desse acordo, vigente desde setembro de 2007, nem os segurados, nem os bancos e nem o governo arcam com o pagamento de tarifas, conforme explicou o ministro da Previdência Social, José Pimentel. A prorrogação vale até dezembro, data máxima para que a Previdência defina as regras para um novo contrato.

Ao assinar o termo de renovação, na sede da Federação Brasileira dos Bancos (Febraban), o ministro disse que a intenção do governo é mudar o atual modelo de gestão visando a reduzir os custos dessas operações em torno da folha mensal, que atinge R$ 15,8 bilhões. No entanto, qualquer alteração, conforme explicou, passará antes por audiências públicas a serem realizadas a partir do segundo semestre deste ano, atendendo a determinação do Tribunal de Contas da União (TCU).

De acordo com Pimentel, com um redesenho do mecanismo de repasse dos recursos aos bancos em torno da folha de pagamento dos segurados o que se busca é um aumento da participação de instituições financeiras. Ele informou que, desde 2007, cada benefício custa em média R$ 1,07 ao governo. "Quanto mais instituições financeiras estiverem prestando serviços à sociedade, maior é a competitividade, a agilidade no atendimento", justificou.

O ministro observou, ainda, que, para permitir uma redução para algo em torno de meia hora no tempo de atendimento para a concessão dos direitos previdenciários, o governo investiu R$ 280 milhões.

Questionado sobre o descontentamento dos segurados que ganham acima de um salário mínimo terem obtido apenas a correção com base na variação do Índice de Preços ao Consumidor (INPC) , ficando abaixo do reajuste dado a quem recebe apenas o mínimo, Pimentel argumentou que o governo seguiu o que determina a lei e descartou a possibilidade de uma revisão

17:17
Anónimo disse...
Empresas
Caterpillar oferece aposentadoria antecipada a 2 mil


A companhia americana Caterpillar ofereceu a cerca de dois mil funcionários incentivos para que se aposentem de forma voluntária antes do previsto, pela perspectiva de uma queda "significativa" da atividade industrial, informou nesta quarta-feira a empresa.

A iniciativa, destinada aos trabalhadores de diversas fábricas em Illinois, Colorado, Tennessee e Pensilvânia, se soma aos cortes de empregos anunciados em janeiro, explicou em comunicado de imprensa.

A empresa, a maior fabricante mundial de maquinaria pesada para a construção e a mineração, acrescentou que, "em função das condições de negócio, podem ser necessárias mais reduções de elenco voluntárias e involuntárias à medida que o ano avança".

O vice-presidente da companhia, Sid Banwart, explicou que a empresa prevê "demissões significativas em todas as regiões geográficas e na maioria dos setores devido às dificuldades da economia mundial".

17:18
Anónimo disse...
Comércio
Comércio exterior da OCDE caiu no 3º trimestre de 2008


As exportações e as importações dos países da Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Econômico (OCDE) caíram 1,6% e 0,2%, respectivamente, no terceiro trimestre de 2008, em relação aos três meses anteriores.

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Trata-se da primeira queda destas atividades desde o terceiro trimestre de 2006, segundo o último relatório trimestral sobre fluxos comerciais divulgado pela OCDE.

As exportações e as importações em dólares dos 30 Estados-membros caíram 15,6% e 17%, respectivamente, na comparação anualizada.

Por sua vez, o comércio dos sete países mais ricos do mundo (G7) teve um pequeno crescimento no terceiro trimestre de 2008 com uma queda das exportações de mercadorias de 0,2% em relação ao trimestre anterior e um aumento de 0,4% das importações.

Em termos anualizados, as importações do G7 caíram 1,4% entre julho e setembro do ano passado, seu primeiro retrocesso desde o terceiro trimestre de 2006, enquanto as exportações aumentaram 1,9%, seu crescimento mais baixo no mesmo tempo.

Por países, a Alemanha aumentou suas importações em 3,4% - valor mais alto do G7 -, enquanto suas exportações caíram 2,9% do segundo para o terceiro trimestre de 2008.

Pelo contrário, as exportações americanas aumentaram 1,8% entre julho e setembro de 2008, enquanto as importações caíram 0,7% em relação ao trimestre anterior. No Japão, tanto as importações quanto as exportações caíram em torno de 1% no mesmo período.

17:19
Anónimo disse...
Economia Nacional
Lula: juros de crédito consignado a aposentados são altos

Atualizada às 17h29

O presidente Luis Inácio Lula da Silva afirmou nesta terça-feira, em São Paulo, que está lutando para reduzir as taxas de juros cobradas de aposentados em crédito consignado. A Previdência Social estabelece uma taxa máxima de 2,5% para empréstimo e de 3,5% para cartão. Para Lula, os valores são altos.

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"Acho que o juro que os aposentados estão pagando hoje com o crédito consignado é alto para o padrão brasileiro", disse o presidente durante a cerimônia de comemoração dos 86 anos do INSS.

A Previdência anunciou nesta terça-feira que aposentados e trabalhadoras com licença-maternidade poderão receber seus benefícios em 30 minutos. De acordo com Lula, em junho, a aposentadoria do trabalhador rural também será conseguida em meia hora.

Além disso, o presidente anunciou que, também em junho, os trabalhadores que alcançarem o direito à aposentadoria passarão a receber em suas casas um comunicado da Previdência informando o fato e o valor do salário que têm direito a receber. "É um comprometimento público que estou fazendo com os companheiros da Previdência Social", disse.

"Estamos retribuindo ao contribuinte da Previdência Social aquilo que é a cidadania que ele tem direito", afirmou Lula. "Se para cobrar nós somos tão precisos, para devolver o dinheiro, temos que chegar próximo à perfeição", completou.

17:20
Anónimo disse...
Economia Nacional
Salário maternidade sairá em 30 minutos, diz ministro

Toda trabalhadora autônoma que tiver contribuído pelo menos 10 meses com o Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) - ou as que possuírem carteira assinada - poderão receber em 30 minutos o salário maternidade a partir desta terça-feira. Da mesma forma, as mulheres com 30 anos de contribuição e os homens com 35 anos também terão direito ao benefício de forma mais rápida. A informação é do ministro da Previdência Social, José Pimentel.

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Para requerer o salário maternidade, é preciso que as autônomas levem a carteira de identidade e o carnê de contribuição. As demais trabalhadoras devem apresentar a identificação e a carteira de trabalho. Desde o início do mês, a nova forma de análise para a concessão de benefícios foi adotada para a aposentadoria por idade do trabalhador urbano e agora foi estendida para o salário maternidade e por tempo de contribuição.

O ministro disse que a qualificação do serviço da previdência social é o reconhecimento do direito dos trabalhadores e da afirmação da cidadania.

"Até pouco tempo na cabeça do cidadão o serviço devia ser de péssima qualidade. Agora não, nós modificamos toda a legislação no mês de dezembro numa ação conjunta do Congresso Nacional com o governo federal. Estamos implantando e concedendo os benefícios em até 30 minutos", afirmou.

O ministro destacou que para conseguir se aposentar ou ter acesso à licença maternidade em 30 minutos, em primeiro lugar, é necessário que o cidadão esteja vinculado à Previdência, o que inclui 65% da população acima de 16 anos de idade.

"Depois bastar marcar pelo sistema 135 o dia e a hora do atendimento e levar a documentação. Se todos os dados necessários estiverem corretos o contribuinte será atendido em até 30 minutos, como vem sendo feito com as aposentadorias por idade desde o dia cinco de janeiro", explicou.

Pimentel disse ainda que em 90% das agências da previdência social o atendimento é marcado em até 48 horas. Nos grandes centros, entretanto existe um volume maior o que torna mais lento o processo.

"Estamos criando mais 715 agências até 2010, em todo o território nacional, para descentralizar o atendimento. Em 2008, atendemos 295 mil benefícios e aposentadorias por idade. Temos 4 mil pessoas por dia procurando e se aposentando por idade no território nacional. Este serviço será agilizado", concluiu.
17:28
Anónimo disse...
Giuseppe Englaro, pai de Eluana, a italiana que morreu na segunda-feira passada por desidratação, recusou uma grande soma de dinheiro de um conhecido fotógrafo italiano que queria retratar a filha em estado de coma, disse neste sábado o neurologista que atendia a mulher desde 1996, Carlo Defanti.

O neurologista, que participou hoje de uma conferência sobre eutanásia, disse que Englaro respeitou a vontade da filha, que, antes do acidente, tinha pedido que, se lhe ocorresse qualquer coisa irreversível, apresentasse sua imagem de quando estava em boas condições.

Antes de sofrer o acidente de trânsito, em 1992, Eluana viveu o coma de um amigo, Alessandro, o que causou forte impacto na italiana e a levou a fazer o pai prometer que não a deixasse viver em estado vegetativo, disse o próprio Giuseppe Englaro.

Defanti, que dissera que Eluana poderia viver de dez a 12 dias depois da suspensão da alimentação e da hidratação, disse que, como médico, tinha que reprovar esta afirmação.

"Não se pode sobreviver após três ou quatro dias sem líquido e, em particular, água em um corpo. Sabemos bem que, quando há um terremoto, após quatro dias é difícil encontrar sobreviventes".

Defanti ressaltou que Eluana "não falava, não se comunicava com o exterior" e que, após vários exames, "nos deparamos com uma moça que tinha perdido a consciência", porque estava com o córtex cerebral prejudicado.

Eluana foi enterrada na quinta-feira passada no túmulo da família na localidade de Paluzza, em Udine, após um funeral que não contou com a presença dos pais.

16:53
Anónimo disse...
Os bombeiros combatem neste sábado os incêndios na Austrália favorecidos pelo bom tempo, enquanto os deslocados encotram em seu retorno casas derruídas, carros queimados nas ruas e destruição.

Depois de sete dias desde que começaram os incêndios no Estado de Victoria, a lista de mortos chega a 181, os desaparecidos somam 50, os edifícios destruídos totalizam 1,834 mil e o terreno arrasado, principalmente florestas, ocupa uma área de 4,13 mil quilômetros quadrados.

As equipes de bombeiros, formadas por 4 mil profissionais de Victoria, de outras partes da Austrália e de países amigos, combateram hoje 12 focos fora de controle e nenhum representava uma ameaça direta para a população.

O subdiretor do Serviço de Bombeiros, Geoff Conway, disse que este tempo favorável, que se prolongará durante o domingo, permite consolidar as linhas de contenção e avançar na extinção das chamas.

Cinzas apareceram arrastadas por ventos do nordeste sobre Melbourne, onde habitam 3,8 milhões de pessoas, e as autoridades alertaram aos cidadãos do risco para a saúde de idosos, crianças e pessoas com problemas respiratórios.

O número de pessoas deslocadas - a Cruz Vermelha chegou a receber 7 mil - começou a cair com a abertura de algumas localidades atingidas.

Os incêndios, alguns criminosos, começaram em 7 de fevereiro, quando a região sul da Austrália estava há duas semanas sob uma onda de calor sem precedentes.

Na sexta-feira passada, a polícia acusou uma pessoa de ter provocado o incêndio que atingiu a localidade de Churchill e matou 21 pessoas.

16:55
Anónimo disse...
A primeira chuva em seis dias reduziu a ameaça de incêndios no Estado de Victoria, ao sul da Austrália. As autoridades, porém, advertiram que ainda existem 12 focos, mas que nenhum deles ameaça áreas povoadas.

Mais de quatro mil bombeiros, mil provenientes de outras partes do país e de outras nações, trabalham contra o fogo. Cerca de 600 veículos e 28 helicópteros e pequenos aviões estão sendo usados.


Eles conseguiram construir linhas de contenção para evitar os incêndios de Yarra e Maroondah se juntassem. Também foram controlados os incêndios abertos de Yea e Murrindindi, que ameaçavam as comunidades de Connellys Creek, Crystal Creek, Scrubby Creek e Native Dog Creek.

O número de mortos chegou a 181, mas as autoridades acreditam que as vítimas devem passar de 200, já que ainda há muitos desaparecidos.

16:55
Anónimo disse...
Aqui nesta coluna, na semana passada, tive a oportunidade de comentar sobre a recente visita do professor brasileiro Pedrinho Guareschi à Austrália. Não dei, porém, os fatos, pois semana passada o assunto era outro.

Hoje, porém, vamos a eles.

No último dia 4 de fevereiro, aconteceu o Seminário "Paulo Freire: Education and Liberation", organizado pelo centro de estudos latino-americanos da Universidade Nacional da Austrália, ou ANU, como é mais conhecida por aqui.

A ANU, para quem não sabe, está entre as 20 melhores universidades do mundo! E tem sede aqui em Camberra, capital da Austrália.

Na abertura do evento, o professor John Minns, diretor do centro latino-americano, ao dar boas-vindas ao público presente, lembrou ser aquele o primeiro seminário exclusivamente dedicado a Paulo Freire na Austrália.

Em seguida, convidou Pedrinho Guareschi, palestrante principal do Seminário, a fazer sua apresentação.

A plateia pode então conhecer, pelas palavras de Pedrinho, um pouco da obra e da vida de Freire, esse brasileiro de fé e valor, que sempre acreditou na educação, sobretudo dos menos favorecidos, analfabetos, como força libertadora.

Como não podia deixar de ser, os conceitos e ideias revolucionários de Paulo Freire, expostos com clareza por Pedrinho, despertaram o interesse e a curiosidade de plateia. A qual, deve-se notar, era na maioria de estudantes, mas de várias nacionalidades, sobretudo australianos e asiáticos.

Na continuação do programa do seminário, que se estendeu por dois dias, outros professores fizeram palestras sobre temas ligados à obra de Paulo Freire.

Interessante, por exemplo, saber que a professora Anne Hickling-Hudson, jamaicana que mora na Austrália há muitos anos (é professora da ANU), conheceu e trabalhou com Freire num workshop educacional durante a revolução na Ilha de Granada, em 1980, antes da invasão dos Estados Unidos...

Ou, então, a palestra da Professora Gerda Roelvink, da Nova Zelândia, que participou do Fórum Social de Porto Alegre em 2005. E essa participação transformou-se em tema de doutorado.

No dia 10, terça-feira passada, o padre Pedrinho Guareschi voltou a falar ao público australiano em grande auditório localizado no belíssimo campus da ANU. Desta vez, sobre a Teologia da Libertação.

Depois da palestra, John Minns mostrou o filme mexicano "O Crime do Padre Amaro", no qual um dos personagens é um padre católico praticante da Teologia da Libertação.

Mais uma vez, foi grande o intersse da platéia, que pode aprender e conhecer um pouco como se desenvolveu aquele importante movimento católico na América Latina.

Fica, assim, ao Pedrinho, bem como a outros brasileiros estudiosos e de bom coração que saem pelo mundo a divulgar aspectos importantes da cultura brasileira, o respeito e a homenagem desta coluna. E... aquele abraço!

16:57
Anónimo disse...
Amanda Kitts perdeu o braço esquerdo em um acidente de automóvel acontecido três anos atrás, mas hoje em dia ela joga futebol americano com seu filho de 12 anos de idade, troca fraldas e abraça as crianças nas três creches Kiddie Cottage que opera em Knoxville, Tennessee. Kitts, 40 anos, faz tudo isso com a ajuda de um novo tipo de braço artificial que se movimenta com mais facilidade do que outros aparelhos e que ela pode controlar utilizando apenas seus pensamentos.

"Eu sou capaz de mexer a mão, o pulso e o cotovelo ao mesmo tempo", diz. "Você pensa e os músculos se movem em seguida".

A recuperação que ela conseguiu resulta de um novo procedimento que vem atraindo crescente atenção porque permite que pessoas movam braços protéticos de forma mais automática do que faziam no passado, simplesmente utilizando nervos reaproveitados em seus cérebros.

A técnica, conhecida como "renervação muscular dirigida", envolve utilizar os nervos que restam depois da amputação de um braço e conectá-los a outro músculo do corpo, em geral no peito. Eletrodos são instalados sobre os músculos do peito, e operam como se fossem antenas. Quando a pessoa deseja mover o braço, o cérebro envia sinais que primeiro resultam em contração dos músculos do peito, os quais enviam um sinal ao braço protético, instruindo-se a se movimentar. O processo não requer mais esforços consciente do que a pessoa teria de exercitar caso ainda tivesse seu braço natural.

Na terça-feira, pesquisadores reportaram em estudo publicado pela versão online do Journal of the American Medical Association que haviam levado a técnica ainda mais à frente, tornando possível a execução de 10 movimentos de mão, pulso e cotovelo diferentes, o que representa uma substancial melhora com relação ao típico repertório protético, que em geral envolve apenas dobrar o cotovelo, girar o pulso e abrir a mão.

"Os novos métodos tiveram impacto dramático em nosso campo de trabalho", disse Stuart Harshbarger, engenheiro biomédico na Universidade Johns Hopkins e diretor do programa de pesquisa sobre próteses, financiado pelas forças armadas, que inclui o trabalho com essa técnica. "O método já está em uso por médicos e cirurgiões comuns em todo o país. A capacidade de controlar um membro protético bastante robusto que ele confere surpreendeu a todos pela qualidade".

Tipicamente, uma pessoa que tenha um braço protético só é capaz de executar alguns poucos movimentos, e muitas vezes com tamanha lentidão que isso só permite a ela atividades limitadas.

Há um motor separado para cada movimento, diz Gerald Loeb, professor de engenharia biomédica na Universidade do Sul da Califórnia, "e esses motores precisam ser controlados de maneira explícita", usualmente por um esforço consciente da pessoa para contrair músculos nas costas ou no bíceps.

"Essencialmente, até agora os pacientes controlavam apenas um motor de cada vez", diz Loeb, "e precisavam pensar cuidadosamente sobre que motor desejavam controlar e como fazê-lo operar, em lugar de simplesmente pensarem em mover o braço e poderem fazê-lo sem delongas".

Antes que Kitts passasse pelo procedimento de renervação, em outubro de 2007, por exemplo, ela precisava movimentar os músculos de suas costas de determinada maneira para fazer com que seu pulso girasse, e flexionar seu bíceps e tríceps para fazer com que o cotovelo se movesse para cima e para baixo. "Era muito trabalho", ela conta. "E não me ajudava muito".

O procedimento de renervação é parte de uma recente explosão de idéias novas e técnicas inovadoras que estão sendo exploradas enquanto os cientistas se esforçam por ajudar as pessoas a compensar melhor a perda de membros ou problemas de paralisia. O esforço vem sendo alimentado pelo aumento no número de amputações causado por diabetes e por ferimentos sofridos pelos militares, e ao mesmo tempo pelos avanços na tecnologia médica.

Os braços se tornaram um dos focos essenciais desse tipo de trabalho. A ciência há muito vem obtendo sucessos no desenvolvimento de próteses de perna, mas é muito mais difícil imitar a complexidade e a destreza das mãos e dos braços.

Os esforços em curso incluem o desenvolvimento de projetos de pele e braços mais sensíveis e mais flexíveis, e o uso de dispositivos acionados por controles sem fio implantado nos braços protéticos, que permitiriam movimentos mais naturais.

Os pesquisadores também vêm usando sensores implantados nos cérebros de cobaias para permitir que dois macacos controlem um braço mecânico, e um teste com um homem paralítico permitiu, com esse método, que ele movimentasse um cursor em uma tela de computador.

Alguns desses métodos, caso venham a ser aperfeiçoados plenamente e consigam aprovação das autoridades regulatórias da saúde, podem no futuro se tornar mais viáveis para os pacientes de amputações.

E embora a técnica da renervação não requeira aprovação das autoridades regulatórias porque é executada por meios cirúrgicos e emprega aparelhos já existentes, ela apresenta limitações que até mesmo seus criadores reconhecem, entre as quais o fato de que não se pode utilizá-la para todos os pacientes, o seu alto custo e o prazo de meses requerido para que os nervos reconectados cresçam e se tornem efetivos.

Ainda assim, os especialistas dizem que é o mais avançado sistema em uso hoje para pacientes reais que permite que o sistema nervoso controle diretamente o movimento de um braço artificial.

Desde sua introdução por Todd Kuiken, médico fisioterapeuta e engenheiro biomédico do Instituto de Reabilitação de Chicago, o método foi empregado em cerca de 30 pacientes nos Estados Unidos, Canadá e Europa, entre os quais oito soldados feridos no Iraque e no Afeganistão.

Muitos dos pacientes, entre os quais o primeiro, Jesse Sullivan, um operário do setor elétrico no Tennessee que perdeu os dois braços quando foi eletrocutado por um cabo, conseguem não apenas manipular seus braços protéticos mas sentir a presença das mãos que já não têm quando alguém toca em seus peitos.

Sullivan, 62 anos, e Kitts, estavam entre os cinco pacientes que participaram do estudo reportado na terça-feira. Em companhia de cinco outras pessoas que não passaram por amputações, eles receberam os eletrodos e foram instruídos a usar pensamentos para fazer com que um braço virtual na tela reproduzisse 10 movimentos diferentes, entre os quais três formas diferentes de aperto de mão.

Os pacientes apresentaram desempenho bastante respeitável, apenas um pouco mais lento e menos preciso do que os dos participantes que não tinham amputações.

"As velocidades de movimento que encontramos em nossos pacientes foram realmente encorajadoras", disse Kuiken. "Eles conseguiram completar a tarefa. É claro que não foram tão competentes quanto as pessoas dotadas de plena capacidade física, mas foram bons o bastante".

Um braço virtual foi usado porque a maioria das próteses existentes não era capaz de acomodar todos aqueles movimentos, no momento da pesquisa, ainda que Sullivan, Kitts e uma terceira paciente, Claudia Mitchell, tenham experimentado dois novos protótipos mais versáteis de braços artificiais, executando tarefas complexas com bolas de tênis e outros objetos.

O trabalho de renervação em soldados apresenta outros desafios, diz Kuiken, porque os ferimentos militares muitas vezes "causam danos muitos extensos" a nervos, músculos ou ossos.

Daniel Acosta, 25 anos, um aviador ferido pela detonação de uma bomba em uma estrada do Iraque em 2005, passou pelo procedimento no ano passado e diz que seu braço esquerdo protético agora se movimenta "muito mais rápido" e de maneira muito mais natural.

"A diferença é que agora não preciso mais pensar para mover o braço", ele diz. "Ele simplesmente se mexe".

Ainda assim, Acosta, de San Antonio, diz que "o processo foi bastante longo" e que os eletrodos precisam ser ajustados para receber os sinais à medida que os nervos crescem ou mudam de posição.

E embora elogiem o método, os especialistas afirmam que a ciência das próteses de braço ainda tem muito por avançar.

"Trata-se de uma parte crucial, mas ainda assim apenas uma parte, das muitas coisas que compreendem a função normal de um braço", disse Loeb, que escreveu um editorial que acompanha o artigo no Journal of the American Medical Association.

"No momento estamos a meio do caminho entre o braço de 'Dr. Fantástico', que fazia involuntariamente a saudação nazista, e o braço de Luke Skywalker em 'Guerra nas Estrelas', que funciona sem nenhum problema assim que é conectado. Creio que precisaremos ainda de muitos anos para conectar todas as peças necessárias a produzir um braço capaz de funcionar normalmente".

17:04
Anónimo disse...
A Espanha disse neste sábado que está preparando uma reclamação oficial contra a decisão da Venezuela de expulsar um membro do Parlamento Europeu que criticou o conselho eleitoral venezuelano.
Luis Herrero, membro do partido conservador espanhol PP, foi deportado na sexta-feira depois que o Conselho Nacional Eleitoral (CNE) o acusou de questionar a imparcialidade da instituição antes de um referendo que pode permitir ao presidente Hugo Chávez permanecer no cargo indefinidamente.

Herrero estava na Venezuela como observador do referendo. Ele acusou Chávez de ter "comportamentos típicos de um ditador" por pedir a contenção de manifestações da oposição.

O governo da Espanha convocou um encontro com o embaixador da Venezuela em Madri para expressar a desaprovação sobre a expulsão de Herrero, disse um representante do Ministério das Relações Exteriores espanhol.

As relações da Venezuela com a Espanha tiveram seu ponto crítico em 2007, quando Chávez ameaçou rever acordos diplomáticos e comerciais depois de ouvir um "cala a boca" do rei espanhol Juan Carlos durante uma cúpula.

A fenda foi oficialmente reparada em 2008, com uma visita oficial de Chávez à Espanha, onde ele cumprimentou o rei e discutiu acordos para investimento no setor petroquímico com o primeiro-ministro José Luis Rodriguez Zapatero.

17:06
Anónimo disse...
A polícia do Zimbábue anunciou neste sábado que acusa de traição Roy Bennett, dirigente do até agora opositor Movimento para a Mudança Democrática (MDC), detido na sexta-feira, em Harare, poucas horas antes da cerimônia de posse dos membros do novo gabinete.

"A Polícia nos informou que vão apresentar acusações de traição", disse à agência EFE o advogado de defesa de Bennett, Trust Maanda.

"Tentam relacionar Roy com o caso de Mike Hitschmann, que foi detido em 2006 em relação à descoberta de um carregamento de armas, apesar de que Hitschmann não tenha sido declarado culpado das acusações de traição apresentadas contra ele, mas de um crime menor de descumprimento de leis", disse Maanda.

O político opositor, designado por seu partido como vice-ministro de Agricultura no Governo de união nacional, esteve no exílio na vizinha África do Sul desde 2006 e retornou ao Zimbábue há duas semanas.

Segundo a Polícia, que deteve Bennett ontem no aeroporto de Harare quando pretendia ir à África do Sul para visitar sua família, as armas apreendidas em 2006 seriam utilizadas em um golpe de Estado para derrubar o presidente do Zimbábue, Robert Mugabe.

Depois da detenção, Bennet foi levado a Mutar, onde vários simpatizantes do MDC se concentraram em frente à delegacia na qual estava detido, diante do que a Polícia respondeu com tiros para o alto para dispersar os manifestantes.

17:07
Anónimo disse...
Austrália: 14 mil se candidatam a 'emprego dos sonhos'

A secretaria de Turismo de Queensland, na Austrália, informou que até esta segunda-feira já recebeu cerca de 14 mil inscrições para o "o melhor emprego do mundo". O Estado australiano promove pela internet seleção para vaga de "zelador" da ilha Hamilton, por seis meses com um salário de R$ 40 mil.

Muitos candidatos tiveram problemas durante a inscrição por conta dos acessos simultâneos ao site. A secretaria aconselha enviar os vídeos de 60s explicando porque deve ser escolhido em horários alternativos do dia, além de recomendar tamanho em torno de 40MB.

As inscrições começaram em 12 de janeiro e vão até o próximo dia 22 e podem ser feitas pelo site www.islandreefjob.com. O governo australiano escolherá 50 candidatos para a próxima fase da seleção, que terá votos do público para eleger um dos 11 finalistas.

A última fase terá entrevistas e desafios físicos, no próprio local de trabalho: as ilhas da Grande Barreira Coralina - o maior recife de coral do mundo. A secretaria de Turismo anunciará o vencedor no dia 6 de maio.

17:09
Anónimo disse...
Mercado elogia governo na crise, mas pede maior queda no juro

Peter Fussy
Direto de São Paulo

Desde as primeiras medidas anunciadas para combater os efeitos da crise, o governo brasileiro avisou que a estratégia não contemplaria um pacote. Seriam doses pontuais, de acordo com a necessidade da economia diante do agravamento das turbulências. Da primeira liberação dos depósitos compulsórios em setembro até a ampliação do seguro-desemprego na última quarta-feira, o governo passou por redução de impostos, ampliação de crédito e incentivos à exportação. Quase 150 dias após a primeira medida, o Terra conversou com líderes do setor público e privado, representantes dos trabalhadores, acadêmicos e com o próprio governo para saber quais destas ações foram mais eficazes, quais foram mais ineficientes e o que mais pode ser feito pelo Estado brasileiro contra a crise.

Os maiores elogios foram direcionados à atitude de reduzir o Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) para a indústria automobilística, anunciada em dezembro e que fez com que os emplacamentos de carros novos subissem 1,9% no primeiro mês do ano em relação a dezembro de 2008. Já as maiores críticas foram para a lentidão no corte da taxa básica de juro do País.

Para o presidente do conselho administrativo do Grupo Pão de Açúcar, Abílio Diniz, o Estado não é responsável pela crise e mesmo assim está agindo "com extrema serenidade e muito acerto". "O governo está atento, fazendo a sua parte. É preciso coragem de baixar firmemente a taxa de juros. É uma arma que temos a nosso favor, já que não há clima para inflação, nem possibilidade de danos para a macroeconomia", afirmou Diniz.

Na última reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), em janeiro, a taxa Selic foi reduzida em um ponto percentual, de 13,75% para 12,75% ao ano. Porém, o professor de economia da Universidade de Brasília (UnB) José Luiz Oreiro lembra que este corte representa uma redução de apenas 0,25 ponto percentual com relação à taxa de setembro do ano passado, quando a crise se agravou.

"Pouco antes da eclosão da crise, o Banco Central aumentou a taxa em 0,75 ponto. Foram cinco meses de demora para reduzir em termos líquidos apenas 0,25 ponto", afirmou o economista, que também sugeriu redução do intervalo de cerca de 90 dias entre as reuniões do Copom e o corte de pelo menos um 1 ponto percentual em cada reunião.

Mesmo com o corte de janeiro, a taxa de juros real continua sendo a maior do mundo, lembrou o secretário-geral da Força Sindical, João Carlos Gonçalves, o Juruna. "A redução da taxa de juro ainda é pequena, porque ela continua uma das mais altas do mundo. Falta ousadia para baixar os juros e ajudar o cidadão. A permanência da taxa de juro alta é negativa para o País em meio a crise", afirmou Juruna.

Embora aprove as ações do governo, o senador Aloízio Mercadante (PT-SP) também acredita que o patamar da Selic está muito alto. "Sempre fomos os primeiros a entrar em qualquer crise, o que não aconteceu agora. A taxa Selic ainda é muito alta, mas o governo têm tomado medidas acertadas, como o aumento do salário mínimo, mesmo com um cenário de crise. Isso ajuda a movimentar o consumo. O governo está se esforçando para manter os investimentos e o crescimento", disse.

Tributos
De acordo com o economista Fabio Pina, da Fecomercio-SP, as ações mais positivas estão relacionadas à redução de tributos para alguns segmentos, como a indústria automobilística, que recuperou parte da queda nas vendas em janeiro com a isenção do IPI para carros 1.0 l e o corte para demais motorizações. A medida vale até o final de março.

"Essas medidas não só reduziram o preço, mas anteciparam o consumo daqueles que iriam comprar no futuro, dando um prêmio por conta da insegurança. Mexe diretamente com o principal problema que é a confiança do consumidor", afirmou. Juruna destacou que um bom ritmo de vendas é garantia de emprego. "É importante porque cada emprego na montadora significa 19 na cadeia produtiva", comentou o representante da Força Sindical.

Também em dezembro, o governo decidiu cortar pela metade a alíquota do Imposto de Renda para contribuintes que ganham entre R$ 1.434 e R$ 2.150 mensais. "O salário aumentava e a tabela não se modificava. As pessoas ganhavam mais e pagavam mais impostos", apontou Juruna. Outra redução de tributos do governo foi com relação ao Imposto sobre Operações Financeiras (IOF), que caiu de 3% ao ano para 1,5%.

Crédito
Na segunda metade de 2008, o colapso de bancos nos Estados Unidos por conta da crise do subprime provocou uma forte restrição de crédito no mundo inteiro. Uma das primeiras medidas anticrise do governo teve como objetivo restabelecer a oferta, com mudanças no recolhimento dos depósitos compulsórios por parte dos bancos. Segundo o presidente do Banco Central, Henrique Meirelles, as diversas modificações liberaram US$ 99,2 bilhões aos bancos até o final de janeiro.

Além disso, o governo concedeu R$ 36 bilhões das reservas internacionais para empresas brasileiras com dívidas no exterior e uma medida provisória autorizou o Banco do Brasil e a Caixa Econômica Federal a comprar carteiras de crédito de bancos privados. Para o diretor do Departamento de Pesquisas e Estudos Econômicos da Fiesp, Paulo Francini, estas medidas foram essenciais para combater os efeitos da crise.

"A crise se desenvolve no mundo em torno do tema crédito. E o crédito reduziu-se barbaridade no mundo. Então o governo lança mão de compulsório, lança mão de reservas, de medidas que permitem aos bancos comprar carteiras de bancos. Você vai tomando várias medidas para atender às demandas e o epicentro disso é crédito", afirmou.

No entanto, Oreiro, da UnB, adverte que a liberação dos compulsórios seria mais eficiente acompanhada de redução mais agressiva da taxa básica de juro. "Uma parte do crédito voltou, depois da forte retração em outubro e novembro. O que deveria ter sido feito junto à liberação do compulsório era uma redução mais drástica da taxa de juro. Sem isso, os bancos pegam as reservas e acabam comprando títulos públicos", explicou o economista.

Na opinião de Pina, as ações de distribuição de crédito via redução do compulsório e a disposição de capital de giro para empresas foram tomadas sem um cuidado maior na operação e não tiveram muito efeito. "O BNDES tem linhas que ficam paradas quase todo o ano, agora é pior ainda. Existem os recursos, mas as empresas e os bancos estão desconfiados. É preciso fazer com que os bancos tenham interesse em emprestar", afirmou o economista da Fecomercio-SP.

Futuro
Mesmo com todas essas medidas, a crise financeira ainda gera incertezas nos setores produtivos do País. Nos últimos meses, o medo do desemprego fez os consumidores adiarem compras. Por sua vez, a queda nas vendas pode obrigar as indústrias a cortarem a produção e demitir funcionários. Contra isso, empresários sugerem redução de jornada e de salários.

"Isto está previsto em lei. A Fiesp simplesmente manteve conversações com entidades sindicais quanto à aplicação daquilo que já está previsto em lei", afirmou Francini.

Segundo a ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff, uma das medidas que assegura um nível de emprego é a manutenção de investimentos no Programa de Aceleração do Crescimento (PAC). "Estamos esperando que a dificuldade ocorra em janeiro, fevereiro e março. Estamos certos que vamos manter o nível de investimento. É isso que funciona, é isso que significa investimento público. Ele funciona como um colchão. Por isso, nós colocamos R$ 100 bilhões no BNDES e a Petrobras ampliou o seu investimento em R$ 120 bilhões", afirmou.

Na mesma linha, Pina explica que a antecipação de gastos do governo substitui parte da demanda retraída do setor privado. "Ele dá o seguinte recado: não vou estourar as contas públicas, mas concentrar em um momento em que a demanda privada está pequena. Mas o governo não tem fôlego suficiente para fazer o papel de toda demanda", ressaltou. O economista da Fecomercio lembrou que a entidade já pleiteou junto ao governo isenções para transferência de imóveis e de automóveis, além de retirar o IPVA para veículos novos.

Já Oreiro foca suas propostas na capitalização do Banco do Brasil e da Caixa Econômica Federal pelo Tesouro para atender a demanda de crédito para capital de giro e reduzir o spread. "Aumentando o empréstimo e reduzindo as taxas, os dois vão forçar os bancos privados a acompanhar o movimento, até para não perderem participação no mercado", explicou o economista da UnB.

Até o Carnaval, o governou prometeu detalhar um pacote de incentivos para a construção de até um milhão de casas populares, direcionado a famílias com renda de até dez salários mínimos. "Estamos atentos a tudo o que está acontecendo e novas medidas serão tomadas caso haja uma avaliação de que sejam necessárias", disse o ministro da Fazenda, Guido Mantega, na última sexta-feira.

17:11
Anónimo disse...
Ex-ministro critica extensão do seguro-desemprego

Atualizada às 09h03

O ex-ministro do Trabalho Almir Pazzianotto criticou a decisão do governo federal de conceder o seguro-desemprego estendido a apenas alguns setores. "É certamente odioso e provavelmente inconstitucional", disse Pazzianotto, de acordo com o jornal O Estado de S. Paulo.

Na última qurta, dia do anúncio da medida, centrais sindicais elogiaram a atitude do governo. A Força Sindical divulgou nota dizendo que "o aumento ajudará a aquecer parte da economia, já que irá gerar mais consumo, produção e conseqüentemente, a criação de novos postos de trabalho". A União Geral dos Trabalhadores (UGT) afirmou que a medida "contribuirá para minimizar o drama dos trabalhadores que perderem seu emprego por conta da crise".

O ex-ministro, que instituiu o seguro-desemprego no País no governo de José Sarney, destacou a necessidade de as centrais sindicais se manifestarem contra a determinação. Para ele, as mudanças devem ser aplicadas a todas as categorias profissionais e a distinção é contrária ao artigo 3º da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT).

Pazzianotto atribui a medida a um possível temor do governo de que a crise econômica seja longa e não haja dinheiro para atender a todas as necessidades. Ainda assim, ele se mostra contrário ao método de concessão. "O seguro-desemprego ajuda a sanar necessidades básicas. Estendê-lo é paliativo, não a solução", disse ao jornal.

De acordo com o presidente do Conselho Deliberativo do Fundo de Amparo ao Trabalhador (Codefat) e conselheiro da Força Sindical, Luiz Fernando Emediato, a determinação já estava prevista na lei 8.900/94, que trata do seguro-desemprego.

O presidente da Comissão de Trabalho da Câmara, Pedro Fernandes (PTB-MA) vai além na crítica à concessão do seguro para apenas alguns setores. Ele acredita que a ampliação do benefício estimula o desemprego.

Quintino Severo, secretário geral da Central Única dos Trabalhadores (CUT), lembra que a ampliação do benefício sem critério e identificação pode incentivar demissões em outros setores.

17:13
Anónimo disse...
Empresas
TAM faz promoção para destinos internacionais

A companhia aérea TAM anunciou nesta sexta-feira tarifas promocionais para trechos internacionais. Os preços valem para bilhetes comprados entre 6h deste sábado e 23h59 deste domingo e são válidos para classe econômica. As tarifas, para ida e volta, serão vendidas a partir de US$ 99, mais taxas.

Segundo a aérea, a promoção vale para viagens feitas no período de 14 de fevereiro a 18 de junho de 2009. Para destinos na América do Sul, a permanência mínima é de dois dias; para bilhetes com destino nos Estados Unidos, cinco dias; e Europa, sete dias. A permanência máxima para as passagens para América do Sul e EUA é de dois meses e para Europa, três meses.

Entre os exemplos de tarifas promocionais, a TAM oferece São Paulo-Lima por US$ 99. Bilhetes para a rota São Paulo-Santiago serão vendidos a partir de US$ 199 e São Paulo-Nova York, US$ 799.

A emissão dos bilhetes deve ser feita obrigatoriamente no ato da reserva, obedecendo às regras estipuladas pela companhia. A compra está sujeita à disponibilidade de assentos nas classes tarifárias determinadas, trechos, horários e datas. A TAM afirmou que também há tarifas promocionais para a classe executiva.

Mais informações podem ser encontradas no site promocional (www.ofertastam.com.br), no site da empresa (www.tam.com.br) ou pelos telefones 4002-5700 ou 0800 5705700.

17:13
Anónimo disse...
Empresas
Consultoria negocia compra do parque temático Hopi Hari

A consultoria especializada em reestruturação de empresas Íntegra Associados informou nesta sexta-feira ter um acordo para comprar o parque de diversões Hopi Hari, localizado no interior de São Paulo. A empresa estaria disposta a investir R$ 10 milhões no parque, que tem dívida estimada em R$ 800 milhões. As informações são da edição deste sábado do jornal Folha de S. Paulo.

De acordo com o jornal, a transação ainda depende da negociação entre o Hopi Hari e seus credores, o que já estaria em andamento.

A consultoria paulista já atuou junto à Parmalat, durante 30 meses, quando reorganizou a gestão da empresa italiana.

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17:14
Anónimo disse...
Empresas
Disney de Tóquio contratará mais 2 mil apesar da crise


A Oriental Land, o operador da Disneylândia Tóquio e DisneySea, organizou neste domingo entrevistas para contratar cerca de 2 mil trabalhadores em tempo parcial, em um momento de grandes demissões deste tipo de empregados no Japão.

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O operador deste parque temático, situado em Urayasu, na província de Chiba (leste de Tóquio), está em pleno processo de seleção de empregados para 20 tipos de postos trabalhistas diferentes.

Segundo a companhia, citada pela agência local de notícias Kyodo, o parque contratará novos trabalhadores para as atrações, para os restaurantes e guardas de segurança entre outros. Os novos contratados começarão a trabalhar a partir de fevereiro.

O processo de seleção acontece em um momento em que a maioria das grandes companhias japonesas começaram a se ver obrigadas a despedir uma elevada percentagem de seus trabalhadores temporários e a tempo parcial.

Algumas inclusive anunciaram demissões de seus trabalhadores fixos, uma medida muito pouco comum nas companhias japonesas, perante os efeitos piores que o esperado pela crise econômica global.

Cerca de uma centena de pessoas esperavam desde a primeira hora desta manhã a abertura do centro de conferências Tokyo International Forum, onde as entrevistas estão sendo feitas, para ser os primeiros a solicitar os postos de trabalho.


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17:15
Anónimo disse...
Economia Internacional
Senado dos EUA aprova plano de estímulo à economia

O Senado dos Estados Unidos aprovou com 60 votos a favor e 38 contra o plano de estímulo à economia de US$ 787 bilhões na madrugada deste sábado. Agora, ele segue para sanção ou veto do presidente Barack Obama, que espera colocar a lei em prática até o dia 16 de fevereiro.

O plano prevê a criação de três milhões de empregos, inclui cortes de impostos às famílias, fundos para programas sociais e obras públicas, além de ajuda aos governos estaduais, estudantes e desempregados.

A cláusula Buy American - que exige o uso de ferro, aço e produtos manufaturados dos Estados Unidos em obras realizadas com recursos do pacote - ficou de lado. Segundo o texto definitivo, a cláusula será aplicada sem violar as normas do comércio internacional.

Ontem à tarde, a Câmara de Representantes (deputados) havia aprovado, por 246 votos a favor e 183 contra, a versão final do plano. Todos os republicanos foram contrários ao pacote.

Pelo acordo de quarta-feira entre Câmara e Senado, em vez de custar US$ 819 bilhões, como queriam os deputados, ou US$ 838 bilhões como pretendiam os senadores, o pacote ficou em cerca de US$ 787 bilhões, com 65% desse total destinado a gastos do governo federal e 35%, a créditos tributários.

17:16
Anónimo disse...
Economia nacional
Na era Lula, aposentadoria sobe 54% menos que salário mínimo

Thatiane Faria
Especial para o Terra
Direto de São Paulo

Os índices de reajustes concedidos pelo governo em 2009 para aposentados e pensionistas e para o salário mínimo repetiram uma diferença que, só durante o governo de Luiz Inácio Lula da Silva, já chega a 54%. Enquanto o mínimo foi majorado em 12% este ano, as pensões e aposentadorias tiveram aumento de 5,92%. Aposentados que têm o benefício do governo como única fonte de renda reclamam que perdem poder de compra e que sua cesta de compras é composta por itens que aumentam mais em relação à inflação oficial.

Um exemplo prático pode ser entendido a partir da comparação entre um aposentado que ganhava R$ 600 em janeiro de 2003. Na época, o benefício era três vezes, ou 200%, maior que o valor do mínimo em vigência, que era de R$ 200. Aplicando-se os índices de reajuste para aposentadorias e para o mínimo durante os últimos seis anos, o mesmo aposentado estaria recebendo hoje R$ 938,47, comparado a um salário mínimo de R$ 465. A diferença entre os dois valores caiu para pouco mais de 100%.

Enquanto o índice acumulado de reajuste para a aposentadoria durante o governo Lula foi de 60%, para o salário mínimo está em 132%.

O diretor do Sindicato Nacional dos Aposentados, João Inocentini, reclama que os valores dos benefícios para aposentadorias não mantêm o poder de compra do grupo, principalmente dos aposentados que recebem menos que dez salários mínimos.

Nem mesmo o fato de o índice de reajuste das aposentadorias ter ficado acima da inflação acumulada no mesmo período (o IPCA entre janeiro de 2003 e janeiro de 2009 foi de 39,7%) serve de argumento, segundo os aposentados.

"Os idosos, principalmente, têm gastos além das contas gerais como gás, telefone e aluguel. Para eles o custo com remédios, e outros itens da área saúde costuma ser maior", afirmou Inocentini.

O presidente do sindicato afirmou que o grupo realiza um estudo com 100 itens de necessidade de um idoso para comparar o aumento dos produtos com o índice de reajuste do benefício recebido pelos aposentados.

"Daqui dois meses vamos abrir um processo na Justiça e levar essa pesquisa como prova. Segundo a lei, o governo é obrigado a manter o poder de compra com a aposentadoria", disse Inocentini.

Alternativas
O consultor financeiro Cláudio Boriola diz que os aposentados, especialmente nesse momento de crise econômica, devem evitar compras parceladas, pesquisar preços, negociar e fazer bom planejamento financeiro.

Segundo Boriola, alguns aposentados ganham um valor mensal muitas vezes insuficiente para o pagamento das contas e acabam pedindo crédito ou realizando pagamentos a prazo e são obrigados a pagar juros altos.

Na opinião do consultor, pagar uma previdência privada é uma alternativa indicada para quem ainda trabalha, considerando a característica de perda de poder de compra da aposentadoria.

"Na prática, infelizmente os valores encontram-se em um patamar que está deteriorando o poder de aquisição da população brasileira", completou Boriola.

De acordo com o diretor da Confederação Brasileira de Aposentados e Pensionistas (Cobap), Vicente Fernandes Barbosa, representantes dos aposentados tentarão um encontro com o presidente da Câmara, deputado Michel Temer (PMDB-SP), para discutir projetos que minimizem a perda dos aposentados

17:17
Anónimo disse...
Previdência
Previdência prorroga isenção de tarifas no benefício

O atual sistema de pagamento aos 26 milhões de aposentados e pensionistas do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) será mantido até o final deste ano. O acordo, que permite realizar a operação sem nenhum custo aos beneficiários, foi renovado nesta sexta-feira, entre o governo federal e 21 instituições financeiras.

Por meio desse acordo, vigente desde setembro de 2007, nem os segurados, nem os bancos e nem o governo arcam com o pagamento de tarifas, conforme explicou o ministro da Previdência Social, José Pimentel. A prorrogação vale até dezembro, data máxima para que a Previdência defina as regras para um novo contrato.

Ao assinar o termo de renovação, na sede da Federação Brasileira dos Bancos (Febraban), o ministro disse que a intenção do governo é mudar o atual modelo de gestão visando a reduzir os custos dessas operações em torno da folha mensal, que atinge R$ 15,8 bilhões. No entanto, qualquer alteração, conforme explicou, passará antes por audiências públicas a serem realizadas a partir do segundo semestre deste ano, atendendo a determinação do Tribunal de Contas da União (TCU).

De acordo com Pimentel, com um redesenho do mecanismo de repasse dos recursos aos bancos em torno da folha de pagamento dos segurados o que se busca é um aumento da participação de instituições financeiras. Ele informou que, desde 2007, cada benefício custa em média R$ 1,07 ao governo. "Quanto mais instituições financeiras estiverem prestando serviços à sociedade, maior é a competitividade, a agilidade no atendimento", justificou.

O ministro observou, ainda, que, para permitir uma redução para algo em torno de meia hora no tempo de atendimento para a concessão dos direitos previdenciários, o governo investiu R$ 280 milhões.

Questionado sobre o descontentamento dos segurados que ganham acima de um salário mínimo terem obtido apenas a correção com base na variação do Índice de Preços ao Consumidor (INPC) , ficando abaixo do reajuste dado a quem recebe apenas o mínimo, Pimentel argumentou que o governo seguiu o que determina a lei e descartou a possibilidade de uma revisão

17:17
Anónimo disse...
Empresas
Caterpillar oferece aposentadoria antecipada a 2 mil


A companhia americana Caterpillar ofereceu a cerca de dois mil funcionários incentivos para que se aposentem de forma voluntária antes do previsto, pela perspectiva de uma queda "significativa" da atividade industrial, informou nesta quarta-feira a empresa.

A iniciativa, destinada aos trabalhadores de diversas fábricas em Illinois, Colorado, Tennessee e Pensilvânia, se soma aos cortes de empregos anunciados em janeiro, explicou em comunicado de imprensa.

A empresa, a maior fabricante mundial de maquinaria pesada para a construção e a mineração, acrescentou que, "em função das condições de negócio, podem ser necessárias mais reduções de elenco voluntárias e involuntárias à medida que o ano avança".

O vice-presidente da companhia, Sid Banwart, explicou que a empresa prevê "demissões significativas em todas as regiões geográficas e na maioria dos setores devido às dificuldades da economia mundial".

17:18
Anónimo disse...
Comércio
Comércio exterior da OCDE caiu no 3º trimestre de 2008


As exportações e as importações dos países da Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Econômico (OCDE) caíram 1,6% e 0,2%, respectivamente, no terceiro trimestre de 2008, em relação aos três meses anteriores.

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Trata-se da primeira queda destas atividades desde o terceiro trimestre de 2006, segundo o último relatório trimestral sobre fluxos comerciais divulgado pela OCDE.

As exportações e as importações em dólares dos 30 Estados-membros caíram 15,6% e 17%, respectivamente, na comparação anualizada.

Por sua vez, o comércio dos sete países mais ricos do mundo (G7) teve um pequeno crescimento no terceiro trimestre de 2008 com uma queda das exportações de mercadorias de 0,2% em relação ao trimestre anterior e um aumento de 0,4% das importações.

Em termos anualizados, as importações do G7 caíram 1,4% entre julho e setembro do ano passado, seu primeiro retrocesso desde o terceiro trimestre de 2006, enquanto as exportações aumentaram 1,9%, seu crescimento mais baixo no mesmo tempo.

Por países, a Alemanha aumentou suas importações em 3,4% - valor mais alto do G7 -, enquanto suas exportações caíram 2,9% do segundo para o terceiro trimestre de 2008.

Pelo contrário, as exportações americanas aumentaram 1,8% entre julho e setembro de 2008, enquanto as importações caíram 0,7% em relação ao trimestre anterior. No Japão, tanto as importações quanto as exportações caíram em torno de 1% no mesmo período.

17:19
Anónimo disse...
Economia Nacional
Lula: juros de crédito consignado a aposentados são altos

Atualizada às 17h29

O presidente Luis Inácio Lula da Silva afirmou nesta terça-feira, em São Paulo, que está lutando para reduzir as taxas de juros cobradas de aposentados em crédito consignado. A Previdência Social estabelece uma taxa máxima de 2,5% para empréstimo e de 3,5% para cartão. Para Lula, os valores são altos.

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"Acho que o juro que os aposentados estão pagando hoje com o crédito consignado é alto para o padrão brasileiro", disse o presidente durante a cerimônia de comemoração dos 86 anos do INSS.

A Previdência anunciou nesta terça-feira que aposentados e trabalhadoras com licença-maternidade poderão receber seus benefícios em 30 minutos. De acordo com Lula, em junho, a aposentadoria do trabalhador rural também será conseguida em meia hora.

Além disso, o presidente anunciou que, também em junho, os trabalhadores que alcançarem o direito à aposentadoria passarão a receber em suas casas um comunicado da Previdência informando o fato e o valor do salário que têm direito a receber. "É um comprometimento público que estou fazendo com os companheiros da Previdência Social", disse.

"Estamos retribuindo ao contribuinte da Previdência Social aquilo que é a cidadania que ele tem direito", afirmou Lula. "Se para cobrar nós somos tão precisos, para devolver o dinheiro, temos que chegar próximo à perfeição", completou.

17:20
Anónimo disse...
Economia Nacional
Salário maternidade sairá em 30 minutos, diz ministro

Toda trabalhadora autônoma que tiver contribuído pelo menos 10 meses com o Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) - ou as que possuírem carteira assinada - poderão receber em 30 minutos o salário maternidade a partir desta terça-feira. Da mesma forma, as mulheres com 30 anos de contribuição e os homens com 35 anos também terão direito ao benefício de forma mais rápida. A informação é do ministro da Previdência Social, José Pimentel.

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Para requerer o salário maternidade, é preciso que as autônomas levem a carteira de identidade e o carnê de contribuição. As demais trabalhadoras devem apresentar a identificação e a carteira de trabalho. Desde o início do mês, a nova forma de análise para a concessão de benefícios foi adotada para a aposentadoria por idade do trabalhador urbano e agora foi estendida para o salário maternidade e por tempo de contribuição.

O ministro disse que a qualificação do serviço da previdência social é o reconhecimento do direito dos trabalhadores e da afirmação da cidadania.

"Até pouco tempo na cabeça do cidadão o serviço devia ser de péssima qualidade. Agora não, nós modificamos toda a legislação no mês de dezembro numa ação conjunta do Congresso Nacional com o governo federal. Estamos implantando e concedendo os benefícios em até 30 minutos", afirmou.

O ministro destacou que para conseguir se aposentar ou ter acesso à licença maternidade em 30 minutos, em primeiro lugar, é necessário que o cidadão esteja vinculado à Previdência, o que inclui 65% da população acima de 16 anos de idade.

"Depois bastar marcar pelo sistema 135 o dia e a hora do atendimento e levar a documentação. Se todos os dados necessários estiverem corretos o contribuinte será atendido em até 30 minutos, como vem sendo feito com as aposentadorias por idade desde o dia cinco de janeiro", explicou.

Pimentel disse ainda que em 90% das agências da previdência social o atendimento é marcado em até 48 horas. Nos grandes centros, entretanto existe um volume maior o que torna mais lento o processo.

"Estamos criando mais 715 agências até 2010, em todo o território nacional, para descentralizar o atendimento. Em 2008, atendemos 295 mil benefícios e aposentadorias por idade. Temos 4 mil pessoas por dia procurando e se aposentando por idade no território nacional. Este serviço será agilizado", concluiu.
17:28
Anónimo disse...
Giuseppe Englaro, pai de Eluana, a italiana que morreu na segunda-feira passada por desidratação, recusou uma grande soma de dinheiro de um conhecido fotógrafo italiano que queria retratar a filha em estado de coma, disse neste sábado o neurologista que atendia a mulher desde 1996, Carlo Defanti.

O neurologista, que participou hoje de uma conferência sobre eutanásia, disse que Englaro respeitou a vontade da filha, que, antes do acidente, tinha pedido que, se lhe ocorresse qualquer coisa irreversível, apresentasse sua imagem de quando estava em boas condições.

Antes de sofrer o acidente de trânsito, em 1992, Eluana viveu o coma de um amigo, Alessandro, o que causou forte impacto na italiana e a levou a fazer o pai prometer que não a deixasse viver em estado vegetativo, disse o próprio Giuseppe Englaro.

Defanti, que dissera que Eluana poderia viver de dez a 12 dias depois da suspensão da alimentação e da hidratação, disse que, como médico, tinha que reprovar esta afirmação.

"Não se pode sobreviver após três ou quatro dias sem líquido e, em particular, água em um corpo. Sabemos bem que, quando há um terremoto, após quatro dias é difícil encontrar sobreviventes".

Defanti ressaltou que Eluana "não falava, não se comunicava com o exterior" e que, após vários exames, "nos deparamos com uma moça que tinha perdido a consciência", porque estava com o córtex cerebral prejudicado.

Eluana foi enterrada na quinta-feira passada no túmulo da família na localidade de Paluzza, em Udine, após um funeral que não contou com a presença dos pais.

16:53
Anónimo disse...
Os bombeiros combatem neste sábado os incêndios na Austrália favorecidos pelo bom tempo, enquanto os deslocados encotram em seu retorno casas derruídas, carros queimados nas ruas e destruição.

Depois de sete dias desde que começaram os incêndios no Estado de Victoria, a lista de mortos chega a 181, os desaparecidos somam 50, os edifícios destruídos totalizam 1,834 mil e o terreno arrasado, principalmente florestas, ocupa uma área de 4,13 mil quilômetros quadrados.

As equipes de bombeiros, formadas por 4 mil profissionais de Victoria, de outras partes da Austrália e de países amigos, combateram hoje 12 focos fora de controle e nenhum representava uma ameaça direta para a população.

O subdiretor do Serviço de Bombeiros, Geoff Conway, disse que este tempo favorável, que se prolongará durante o domingo, permite consolidar as linhas de contenção e avançar na extinção das chamas.

Cinzas apareceram arrastadas por ventos do nordeste sobre Melbourne, onde habitam 3,8 milhões de pessoas, e as autoridades alertaram aos cidadãos do risco para a saúde de idosos, crianças e pessoas com problemas respiratórios.

O número de pessoas deslocadas - a Cruz Vermelha chegou a receber 7 mil - começou a cair com a abertura de algumas localidades atingidas.

Os incêndios, alguns criminosos, começaram em 7 de fevereiro, quando a região sul da Austrália estava há duas semanas sob uma onda de calor sem precedentes.

Na sexta-feira passada, a polícia acusou uma pessoa de ter provocado o incêndio que atingiu a localidade de Churchill e matou 21 pessoas.

16:55
Anónimo disse...
A primeira chuva em seis dias reduziu a ameaça de incêndios no Estado de Victoria, ao sul da Austrália. As autoridades, porém, advertiram que ainda existem 12 focos, mas que nenhum deles ameaça áreas povoadas.

Mais de quatro mil bombeiros, mil provenientes de outras partes do país e de outras nações, trabalham contra o fogo. Cerca de 600 veículos e 28 helicópteros e pequenos aviões estão sendo usados.


Eles conseguiram construir linhas de contenção para evitar os incêndios de Yarra e Maroondah se juntassem. Também foram controlados os incêndios abertos de Yea e Murrindindi, que ameaçavam as comunidades de Connellys Creek, Crystal Creek, Scrubby Creek e Native Dog Creek.

O número de mortos chegou a 181, mas as autoridades acreditam que as vítimas devem passar de 200, já que ainda há muitos desaparecidos.

16:55
Anónimo disse...
Aqui nesta coluna, na semana passada, tive a oportunidade de comentar sobre a recente visita do professor brasileiro Pedrinho Guareschi à Austrália. Não dei, porém, os fatos, pois semana passada o assunto era outro.

Hoje, porém, vamos a eles.

No último dia 4 de fevereiro, aconteceu o Seminário "Paulo Freire: Education and Liberation", organizado pelo centro de estudos latino-americanos da Universidade Nacional da Austrália, ou ANU, como é mais conhecida por aqui.

A ANU, para quem não sabe, está entre as 20 melhores universidades do mundo! E tem sede aqui em Camberra, capital da Austrália.

Na abertura do evento, o professor John Minns, diretor do centro latino-americano, ao dar boas-vindas ao público presente, lembrou ser aquele o primeiro seminário exclusivamente dedicado a Paulo Freire na Austrália.

Em seguida, convidou Pedrinho Guareschi, palestrante principal do Seminário, a fazer sua apresentação.

A plateia pode então conhecer, pelas palavras de Pedrinho, um pouco da obra e da vida de Freire, esse brasileiro de fé e valor, que sempre acreditou na educação, sobretudo dos menos favorecidos, analfabetos, como força libertadora.

Como não podia deixar de ser, os conceitos e ideias revolucionários de Paulo Freire, expostos com clareza por Pedrinho, despertaram o interesse e a curiosidade de plateia. A qual, deve-se notar, era na maioria de estudantes, mas de várias nacionalidades, sobretudo australianos e asiáticos.

Na continuação do programa do seminário, que se estendeu por dois dias, outros professores fizeram palestras sobre temas ligados à obra de Paulo Freire.

Interessante, por exemplo, saber que a professora Anne Hickling-Hudson, jamaicana que mora na Austrália há muitos anos (é professora da ANU), conheceu e trabalhou com Freire num workshop educacional durante a revolução na Ilha de Granada, em 1980, antes da invasão dos Estados Unidos...

Ou, então, a palestra da Professora Gerda Roelvink, da Nova Zelândia, que participou do Fórum Social de Porto Alegre em 2005. E essa participação transformou-se em tema de doutorado.

No dia 10, terça-feira passada, o padre Pedrinho Guareschi voltou a falar ao público australiano em grande auditório localizado no belíssimo campus da ANU. Desta vez, sobre a Teologia da Libertação.

Depois da palestra, John Minns mostrou o filme mexicano "O Crime do Padre Amaro", no qual um dos personagens é um padre católico praticante da Teologia da Libertação.

Mais uma vez, foi grande o intersse da platéia, que pode aprender e conhecer um pouco como se desenvolveu aquele importante movimento católico na América Latina.

Fica, assim, ao Pedrinho, bem como a outros brasileiros estudiosos e de bom coração que saem pelo mundo a divulgar aspectos importantes da cultura brasileira, o respeito e a homenagem desta coluna. E... aquele abraço!

16:57
Anónimo disse...
Amanda Kitts perdeu o braço esquerdo em um acidente de automóvel acontecido três anos atrás, mas hoje em dia ela joga futebol americano com seu filho de 12 anos de idade, troca fraldas e abraça as crianças nas três creches Kiddie Cottage que opera em Knoxville, Tennessee. Kitts, 40 anos, faz tudo isso com a ajuda de um novo tipo de braço artificial que se movimenta com mais facilidade do que outros aparelhos e que ela pode controlar utilizando apenas seus pensamentos.

"Eu sou capaz de mexer a mão, o pulso e o cotovelo ao mesmo tempo", diz. "Você pensa e os músculos se movem em seguida".

A recuperação que ela conseguiu resulta de um novo procedimento que vem atraindo crescente atenção porque permite que pessoas movam braços protéticos de forma mais automática do que faziam no passado, simplesmente utilizando nervos reaproveitados em seus cérebros.

A técnica, conhecida como "renervação muscular dirigida", envolve utilizar os nervos que restam depois da amputação de um braço e conectá-los a outro músculo do corpo, em geral no peito. Eletrodos são instalados sobre os músculos do peito, e operam como se fossem antenas. Quando a pessoa deseja mover o braço, o cérebro envia sinais que primeiro resultam em contração dos músculos do peito, os quais enviam um sinal ao braço protético, instruindo-se a se movimentar. O processo não requer mais esforços consciente do que a pessoa teria de exercitar caso ainda tivesse seu braço natural.

Na terça-feira, pesquisadores reportaram em estudo publicado pela versão online do Journal of the American Medical Association que haviam levado a técnica ainda mais à frente, tornando possível a execução de 10 movimentos de mão, pulso e cotovelo diferentes, o que representa uma substancial melhora com relação ao típico repertório protético, que em geral envolve apenas dobrar o cotovelo, girar o pulso e abrir a mão.

"Os novos métodos tiveram impacto dramático em nosso campo de trabalho", disse Stuart Harshbarger, engenheiro biomédico na Universidade Johns Hopkins e diretor do programa de pesquisa sobre próteses, financiado pelas forças armadas, que inclui o trabalho com essa técnica. "O método já está em uso por médicos e cirurgiões comuns em todo o país. A capacidade de controlar um membro protético bastante robusto que ele confere surpreendeu a todos pela qualidade".

Tipicamente, uma pessoa que tenha um braço protético só é capaz de executar alguns poucos movimentos, e muitas vezes com tamanha lentidão que isso só permite a ela atividades limitadas.

Há um motor separado para cada movimento, diz Gerald Loeb, professor de engenharia biomédica na Universidade do Sul da Califórnia, "e esses motores precisam ser controlados de maneira explícita", usualmente por um esforço consciente da pessoa para contrair músculos nas costas ou no bíceps.

"Essencialmente, até agora os pacientes controlavam apenas um motor de cada vez", diz Loeb, "e precisavam pensar cuidadosamente sobre que motor desejavam controlar e como fazê-lo operar, em lugar de simplesmente pensarem em mover o braço e poderem fazê-lo sem delongas".

Antes que Kitts passasse pelo procedimento de renervação, em outubro de 2007, por exemplo, ela precisava movimentar os músculos de suas costas de determinada maneira para fazer com que seu pulso girasse, e flexionar seu bíceps e tríceps para fazer com que o cotovelo se movesse para cima e para baixo. "Era muito trabalho", ela conta. "E não me ajudava muito".

O procedimento de renervação é parte de uma recente explosão de idéias novas e técnicas inovadoras que estão sendo exploradas enquanto os cientistas se esforçam por ajudar as pessoas a compensar melhor a perda de membros ou problemas de paralisia. O esforço vem sendo alimentado pelo aumento no número de amputações causado por diabetes e por ferimentos sofridos pelos militares, e ao mesmo tempo pelos avanços na tecnologia médica.

Os braços se tornaram um dos focos essenciais desse tipo de trabalho. A ciência há muito vem obtendo sucessos no desenvolvimento de próteses de perna, mas é muito mais difícil imitar a complexidade e a destreza das mãos e dos braços.

Os esforços em curso incluem o desenvolvimento de projetos de pele e braços mais sensíveis e mais flexíveis, e o uso de dispositivos acionados por controles sem fio implantado nos braços protéticos, que permitiriam movimentos mais naturais.

Os pesquisadores também vêm usando sensores implantados nos cérebros de cobaias para permitir que dois macacos controlem um braço mecânico, e um teste com um homem paralítico permitiu, com esse método, que ele movimentasse um cursor em uma tela de computador.

Alguns desses métodos, caso venham a ser aperfeiçoados plenamente e consigam aprovação das autoridades regulatórias da saúde, podem no futuro se tornar mais viáveis para os pacientes de amputações.

E embora a técnica da renervação não requeira aprovação das autoridades regulatórias porque é executada por meios cirúrgicos e emprega aparelhos já existentes, ela apresenta limitações que até mesmo seus criadores reconhecem, entre as quais o fato de que não se pode utilizá-la para todos os pacientes, o seu alto custo e o prazo de meses requerido para que os nervos reconectados cresçam e se tornem efetivos.

Ainda assim, os especialistas dizem que é o mais avançado sistema em uso hoje para pacientes reais que permite que o sistema nervoso controle diretamente o movimento de um braço artificial.

Desde sua introdução por Todd Kuiken, médico fisioterapeuta e engenheiro biomédico do Instituto de Reabilitação de Chicago, o método foi empregado em cerca de 30 pacientes nos Estados Unidos, Canadá e Europa, entre os quais oito soldados feridos no Iraque e no Afeganistão.

Muitos dos pacientes, entre os quais o primeiro, Jesse Sullivan, um operário do setor elétrico no Tennessee que perdeu os dois braços quando foi eletrocutado por um cabo, conseguem não apenas manipular seus braços protéticos mas sentir a presença das mãos que já não têm quando alguém toca em seus peitos.

Sullivan, 62 anos, e Kitts, estavam entre os cinco pacientes que participaram do estudo reportado na terça-feira. Em companhia de cinco outras pessoas que não passaram por amputações, eles receberam os eletrodos e foram instruídos a usar pensamentos para fazer com que um braço virtual na tela reproduzisse 10 movimentos diferentes, entre os quais três formas diferentes de aperto de mão.

Os pacientes apresentaram desempenho bastante respeitável, apenas um pouco mais lento e menos preciso do que os dos participantes que não tinham amputações.

"As velocidades de movimento que encontramos em nossos pacientes foram realmente encorajadoras", disse Kuiken. "Eles conseguiram completar a tarefa. É claro que não foram tão competentes quanto as pessoas dotadas de plena capacidade física, mas foram bons o bastante".

Um braço virtual foi usado porque a maioria das próteses existentes não era capaz de acomodar todos aqueles movimentos, no momento da pesquisa, ainda que Sullivan, Kitts e uma terceira paciente, Claudia Mitchell, tenham experimentado dois novos protótipos mais versáteis de braços artificiais, executando tarefas complexas com bolas de tênis e outros objetos.

O trabalho de renervação em soldados apresenta outros desafios, diz Kuiken, porque os ferimentos militares muitas vezes "causam danos muitos extensos" a nervos, músculos ou ossos.

Daniel Acosta, 25 anos, um aviador ferido pela detonação de uma bomba em uma estrada do Iraque em 2005, passou pelo procedimento no ano passado e diz que seu braço esquerdo protético agora se movimenta "muito mais rápido" e de maneira muito mais natural.

"A diferença é que agora não preciso mais pensar para mover o braço", ele diz. "Ele simplesmente se mexe".

Ainda assim, Acosta, de San Antonio, diz que "o processo foi bastante longo" e que os eletrodos precisam ser ajustados para receber os sinais à medida que os nervos crescem ou mudam de posição.

E embora elogiem o método, os especialistas afirmam que a ciência das próteses de braço ainda tem muito por avançar.

"Trata-se de uma parte crucial, mas ainda assim apenas uma parte, das muitas coisas que compreendem a função normal de um braço", disse Loeb, que escreveu um editorial que acompanha o artigo no Journal of the American Medical Association.

"No momento estamos a meio do caminho entre o braço de 'Dr. Fantástico', que fazia involuntariamente a saudação nazista, e o braço de Luke Skywalker em 'Guerra nas Estrelas', que funciona sem nenhum problema assim que é conectado. Creio que precisaremos ainda de muitos anos para conectar todas as peças necessárias a produzir um braço capaz de funcionar normalmente".

17:04
Anónimo disse...
A Espanha disse neste sábado que está preparando uma reclamação oficial contra a decisão da Venezuela de expulsar um membro do Parlamento Europeu que criticou o conselho eleitoral venezuelano.
Luis Herrero, membro do partido conservador espanhol PP, foi deportado na sexta-feira depois que o Conselho Nacional Eleitoral (CNE) o acusou de questionar a imparcialidade da instituição antes de um referendo que pode permitir ao presidente Hugo Chávez permanecer no cargo indefinidamente.

Herrero estava na Venezuela como observador do referendo. Ele acusou Chávez de ter "comportamentos típicos de um ditador" por pedir a contenção de manifestações da oposição.

O governo da Espanha convocou um encontro com o embaixador da Venezuela em Madri para expressar a desaprovação sobre a expulsão de Herrero, disse um representante do Ministério das Relações Exteriores espanhol.

As relações da Venezuela com a Espanha tiveram seu ponto crítico em 2007, quando Chávez ameaçou rever acordos diplomáticos e comerciais depois de ouvir um "cala a boca" do rei espanhol Juan Carlos durante uma cúpula.

A fenda foi oficialmente reparada em 2008, com uma visita oficial de Chávez à Espanha, onde ele cumprimentou o rei e discutiu acordos para investimento no setor petroquímico com o primeiro-ministro José Luis Rodriguez Zapatero.

17:06
Anónimo disse...
A polícia do Zimbábue anunciou neste sábado que acusa de traição Roy Bennett, dirigente do até agora opositor Movimento para a Mudança Democrática (MDC), detido na sexta-feira, em Harare, poucas horas antes da cerimônia de posse dos membros do novo gabinete.

"A Polícia nos informou que vão apresentar acusações de traição", disse à agência EFE o advogado de defesa de Bennett, Trust Maanda.

"Tentam relacionar Roy com o caso de Mike Hitschmann, que foi detido em 2006 em relação à descoberta de um carregamento de armas, apesar de que Hitschmann não tenha sido declarado culpado das acusações de traição apresentadas contra ele, mas de um crime menor de descumprimento de leis", disse Maanda.

O político opositor, designado por seu partido como vice-ministro de Agricultura no Governo de união nacional, esteve no exílio na vizinha África do Sul desde 2006 e retornou ao Zimbábue há duas semanas.

Segundo a Polícia, que deteve Bennett ontem no aeroporto de Harare quando pretendia ir à África do Sul para visitar sua família, as armas apreendidas em 2006 seriam utilizadas em um golpe de Estado para derrubar o presidente do Zimbábue, Robert Mugabe.

Depois da detenção, Bennet foi levado a Mutar, onde vários simpatizantes do MDC se concentraram em frente à delegacia na qual estava detido, diante do que a Polícia respondeu com tiros para o alto para dispersar os manifestantes.

17:07
Anónimo disse...
Austrália: 14 mil se candidatam a 'emprego dos sonhos'

A secretaria de Turismo de Queensland, na Austrália, informou que até esta segunda-feira já recebeu cerca de 14 mil inscrições para o "o melhor emprego do mundo". O Estado australiano promove pela internet seleção para vaga de "zelador" da ilha Hamilton, por seis meses com um salário de R$ 40 mil.

Muitos candidatos tiveram problemas durante a inscrição por conta dos acessos simultâneos ao site. A secretaria aconselha enviar os vídeos de 60s explicando porque deve ser escolhido em horários alternativos do dia, além de recomendar tamanho em torno de 40MB.

As inscrições começaram em 12 de janeiro e vão até o próximo dia 22 e podem ser feitas pelo site www.islandreefjob.com. O governo australiano escolherá 50 candidatos para a próxima fase da seleção, que terá votos do público para eleger um dos 11 finalistas.

A última fase terá entrevistas e desafios físicos, no próprio local de trabalho: as ilhas da Grande Barreira Coralina - o maior recife de coral do mundo. A secretaria de Turismo anunciará o vencedor no dia 6 de maio.

17:09
Anónimo disse...
Mercado elogia governo na crise, mas pede maior queda no juro

Peter Fussy
Direto de São Paulo

Desde as primeiras medidas anunciadas para combater os efeitos da crise, o governo brasileiro avisou que a estratégia não contemplaria um pacote. Seriam doses pontuais, de acordo com a necessidade da economia diante do agravamento das turbulências. Da primeira liberação dos depósitos compulsórios em setembro até a ampliação do seguro-desemprego na última quarta-feira, o governo passou por redução de impostos, ampliação de crédito e incentivos à exportação. Quase 150 dias após a primeira medida, o Terra conversou com líderes do setor público e privado, representantes dos trabalhadores, acadêmicos e com o próprio governo para saber quais destas ações foram mais eficazes, quais foram mais ineficientes e o que mais pode ser feito pelo Estado brasileiro contra a crise.

Os maiores elogios foram direcionados à atitude de reduzir o Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) para a indústria automobilística, anunciada em dezembro e que fez com que os emplacamentos de carros novos subissem 1,9% no primeiro mês do ano em relação a dezembro de 2008. Já as maiores críticas foram para a lentidão no corte da taxa básica de juro do País.

Para o presidente do conselho administrativo do Grupo Pão de Açúcar, Abílio Diniz, o Estado não é responsável pela crise e mesmo assim está agindo "com extrema serenidade e muito acerto". "O governo está atento, fazendo a sua parte. É preciso coragem de baixar firmemente a taxa de juros. É uma arma que temos a nosso favor, já que não há clima para inflação, nem possibilidade de danos para a macroeconomia", afirmou Diniz.

Na última reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), em janeiro, a taxa Selic foi reduzida em um ponto percentual, de 13,75% para 12,75% ao ano. Porém, o professor de economia da Universidade de Brasília (UnB) José Luiz Oreiro lembra que este corte representa uma redução de apenas 0,25 ponto percentual com relação à taxa de setembro do ano passado, quando a crise se agravou.

"Pouco antes da eclosão da crise, o Banco Central aumentou a taxa em 0,75 ponto. Foram cinco meses de demora para reduzir em termos líquidos apenas 0,25 ponto", afirmou o economista, que também sugeriu redução do intervalo de cerca de 90 dias entre as reuniões do Copom e o corte de pelo menos um 1 ponto percentual em cada reunião.

Mesmo com o corte de janeiro, a taxa de juros real continua sendo a maior do mundo, lembrou o secretário-geral da Força Sindical, João Carlos Gonçalves, o Juruna. "A redução da taxa de juro ainda é pequena, porque ela continua uma das mais altas do mundo. Falta ousadia para baixar os juros e ajudar o cidadão. A permanência da taxa de juro alta é negativa para o País em meio a crise", afirmou Juruna.

Embora aprove as ações do governo, o senador Aloízio Mercadante (PT-SP) também acredita que o patamar da Selic está muito alto. "Sempre fomos os primeiros a entrar em qualquer crise, o que não aconteceu agora. A taxa Selic ainda é muito alta, mas o governo têm tomado medidas acertadas, como o aumento do salário mínimo, mesmo com um cenário de crise. Isso ajuda a movimentar o consumo. O governo está se esforçando para manter os investimentos e o crescimento", disse.

Tributos
De acordo com o economista Fabio Pina, da Fecomercio-SP, as ações mais positivas estão relacionadas à redução de tributos para alguns segmentos, como a indústria automobilística, que recuperou parte da queda nas vendas em janeiro com a isenção do IPI para carros 1.0 l e o corte para demais motorizações. A medida vale até o final de março.

"Essas medidas não só reduziram o preço, mas anteciparam o consumo daqueles que iriam comprar no futuro, dando um prêmio por conta da insegurança. Mexe diretamente com o principal problema que é a confiança do consumidor", afirmou. Juruna destacou que um bom ritmo de vendas é garantia de emprego. "É importante porque cada emprego na montadora significa 19 na cadeia produtiva", comentou o representante da Força Sindical.

Também em dezembro, o governo decidiu cortar pela metade a alíquota do Imposto de Renda para contribuintes que ganham entre R$ 1.434 e R$ 2.150 mensais. "O salário aumentava e a tabela não se modificava. As pessoas ganhavam mais e pagavam mais impostos", apontou Juruna. Outra redução de tributos do governo foi com relação ao Imposto sobre Operações Financeiras (IOF), que caiu de 3% ao ano para 1,5%.

Crédito
Na segunda metade de 2008, o colapso de bancos nos Estados Unidos por conta da crise do subprime provocou uma forte restrição de crédito no mundo inteiro. Uma das primeiras medidas anticrise do governo teve como objetivo restabelecer a oferta, com mudanças no recolhimento dos depósitos compulsórios por parte dos bancos. Segundo o presidente do Banco Central, Henrique Meirelles, as diversas modificações liberaram US$ 99,2 bilhões aos bancos até o final de janeiro.

Além disso, o governo concedeu R$ 36 bilhões das reservas internacionais para empresas brasileiras com dívidas no exterior e uma medida provisória autorizou o Banco do Brasil e a Caixa Econômica Federal a comprar carteiras de crédito de bancos privados. Para o diretor do Departamento de Pesquisas e Estudos Econômicos da Fiesp, Paulo Francini, estas medidas foram essenciais para combater os efeitos da crise.

"A crise se desenvolve no mundo em torno do tema crédito. E o crédito reduziu-se barbaridade no mundo. Então o governo lança mão de compulsório, lança mão de reservas, de medidas que permitem aos bancos comprar carteiras de bancos. Você vai tomando várias medidas para atender às demandas e o epicentro disso é crédito", afirmou.

No entanto, Oreiro, da UnB, adverte que a liberação dos compulsórios seria mais eficiente acompanhada de redução mais agressiva da taxa básica de juro. "Uma parte do crédito voltou, depois da forte retração em outubro e novembro. O que deveria ter sido feito junto à liberação do compulsório era uma redução mais drástica da taxa de juro. Sem isso, os bancos pegam as reservas e acabam comprando títulos públicos", explicou o economista.

Na opinião de Pina, as ações de distribuição de crédito via redução do compulsório e a disposição de capital de giro para empresas foram tomadas sem um cuidado maior na operação e não tiveram muito efeito. "O BNDES tem linhas que ficam paradas quase todo o ano, agora é pior ainda. Existem os recursos, mas as empresas e os bancos estão desconfiados. É preciso fazer com que os bancos tenham interesse em emprestar", afirmou o economista da Fecomercio-SP.

Futuro
Mesmo com todas essas medidas, a crise financeira ainda gera incertezas nos setores produtivos do País. Nos últimos meses, o medo do desemprego fez os consumidores adiarem compras. Por sua vez, a queda nas vendas pode obrigar as indústrias a cortarem a produção e demitir funcionários. Contra isso, empresários sugerem redução de jornada e de salários.

"Isto está previsto em lei. A Fiesp simplesmente manteve conversações com entidades sindicais quanto à aplicação daquilo que já está previsto em lei", afirmou Francini.

Segundo a ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff, uma das medidas que assegura um nível de emprego é a manutenção de investimentos no Programa de Aceleração do Crescimento (PAC). "Estamos esperando que a dificuldade ocorra em janeiro, fevereiro e março. Estamos certos que vamos manter o nível de investimento. É isso que funciona, é isso que significa investimento público. Ele funciona como um colchão. Por isso, nós colocamos R$ 100 bilhões no BNDES e a Petrobras ampliou o seu investimento em R$ 120 bilhões", afirmou.

Na mesma linha, Pina explica que a antecipação de gastos do governo substitui parte da demanda retraída do setor privado. "Ele dá o seguinte recado: não vou estourar as contas públicas, mas concentrar em um momento em que a demanda privada está pequena. Mas o governo não tem fôlego suficiente para fazer o papel de toda demanda", ressaltou. O economista da Fecomercio lembrou que a entidade já pleiteou junto ao governo isenções para transferência de imóveis e de automóveis, além de retirar o IPVA para veículos novos.

Já Oreiro foca suas propostas na capitalização do Banco do Brasil e da Caixa Econômica Federal pelo Tesouro para atender a demanda de crédito para capital de giro e reduzir o spread. "Aumentando o empréstimo e reduzindo as taxas, os dois vão forçar os bancos privados a acompanhar o movimento, até para não perderem participação no mercado", explicou o economista da UnB.

Até o Carnaval, o governou prometeu detalhar um pacote de incentivos para a construção de até um milhão de casas populares, direcionado a famílias com renda de até dez salários mínimos. "Estamos atentos a tudo o que está acontecendo e novas medidas serão tomadas caso haja uma avaliação de que sejam necessárias", disse o ministro da Fazenda, Guido Mantega, na última sexta-feira.

17:11
Anónimo disse...
Ex-ministro critica extensão do seguro-desemprego

Atualizada às 09h03

O ex-ministro do Trabalho Almir Pazzianotto criticou a decisão do governo federal de conceder o seguro-desemprego estendido a apenas alguns setores. "É certamente odioso e provavelmente inconstitucional", disse Pazzianotto, de acordo com o jornal O Estado de S. Paulo.

Na última qurta, dia do anúncio da medida, centrais sindicais elogiaram a atitude do governo. A Força Sindical divulgou nota dizendo que "o aumento ajudará a aquecer parte da economia, já que irá gerar mais consumo, produção e conseqüentemente, a criação de novos postos de trabalho". A União Geral dos Trabalhadores (UGT) afirmou que a medida "contribuirá para minimizar o drama dos trabalhadores que perderem seu emprego por conta da crise".

O ex-ministro, que instituiu o seguro-desemprego no País no governo de José Sarney, destacou a necessidade de as centrais sindicais se manifestarem contra a determinação. Para ele, as mudanças devem ser aplicadas a todas as categorias profissionais e a distinção é contrária ao artigo 3º da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT).

Pazzianotto atribui a medida a um possível temor do governo de que a crise econômica seja longa e não haja dinheiro para atender a todas as necessidades. Ainda assim, ele se mostra contrário ao método de concessão. "O seguro-desemprego ajuda a sanar necessidades básicas. Estendê-lo é paliativo, não a solução", disse ao jornal.

De acordo com o presidente do Conselho Deliberativo do Fundo de Amparo ao Trabalhador (Codefat) e conselheiro da Força Sindical, Luiz Fernando Emediato, a determinação já estava prevista na lei 8.900/94, que trata do seguro-desemprego.

O presidente da Comissão de Trabalho da Câmara, Pedro Fernandes (PTB-MA) vai além na crítica à concessão do seguro para apenas alguns setores. Ele acredita que a ampliação do benefício estimula o desemprego.

Quintino Severo, secretário geral da Central Única dos Trabalhadores (CUT), lembra que a ampliação do benefício sem critério e identificação pode incentivar demissões em outros setores.

17:13
Anónimo disse...
Empresas
TAM faz promoção para destinos internacionais

A companhia aérea TAM anunciou nesta sexta-feira tarifas promocionais para trechos internacionais. Os preços valem para bilhetes comprados entre 6h deste sábado e 23h59 deste domingo e são válidos para classe econômica. As tarifas, para ida e volta, serão vendidas a partir de US$ 99, mais taxas.

Segundo a aérea, a promoção vale para viagens feitas no período de 14 de fevereiro a 18 de junho de 2009. Para destinos na América do Sul, a permanência mínima é de dois dias; para bilhetes com destino nos Estados Unidos, cinco dias; e Europa, sete dias. A permanência máxima para as passagens para América do Sul e EUA é de dois meses e para Europa, três meses.

Entre os exemplos de tarifas promocionais, a TAM oferece São Paulo-Lima por US$ 99. Bilhetes para a rota São Paulo-Santiago serão vendidos a partir de US$ 199 e São Paulo-Nova York, US$ 799.

A emissão dos bilhetes deve ser feita obrigatoriamente no ato da reserva, obedecendo às regras estipuladas pela companhia. A compra está sujeita à disponibilidade de assentos nas classes tarifárias determinadas, trechos, horários e datas. A TAM afirmou que também há tarifas promocionais para a classe executiva.

Mais informações podem ser encontradas no site promocional (www.ofertastam.com.br), no site da empresa (www.tam.com.br) ou pelos telefones 4002-5700 ou 0800 5705700.

17:13
Anónimo disse...
Empresas
Consultoria negocia compra do parque temático Hopi Hari

A consultoria especializada em reestruturação de empresas Íntegra Associados informou nesta sexta-feira ter um acordo para comprar o parque de diversões Hopi Hari, localizado no interior de São Paulo. A empresa estaria disposta a investir R$ 10 milhões no parque, que tem dívida estimada em R$ 800 milhões. As informações são da edição deste sábado do jornal Folha de S. Paulo.

De acordo com o jornal, a transação ainda depende da negociação entre o Hopi Hari e seus credores, o que já estaria em andamento.

A consultoria paulista já atuou junto à Parmalat, durante 30 meses, quando reorganizou a gestão da empresa italiana.

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17:14
Anónimo disse...
Empresas
Disney de Tóquio contratará mais 2 mil apesar da crise


A Oriental Land, o operador da Disneylândia Tóquio e DisneySea, organizou neste domingo entrevistas para contratar cerca de 2 mil trabalhadores em tempo parcial, em um momento de grandes demissões deste tipo de empregados no Japão.

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O operador deste parque temático, situado em Urayasu, na província de Chiba (leste de Tóquio), está em pleno processo de seleção de empregados para 20 tipos de postos trabalhistas diferentes.

Segundo a companhia, citada pela agência local de notícias Kyodo, o parque contratará novos trabalhadores para as atrações, para os restaurantes e guardas de segurança entre outros. Os novos contratados começarão a trabalhar a partir de fevereiro.

O processo de seleção acontece em um momento em que a maioria das grandes companhias japonesas começaram a se ver obrigadas a despedir uma elevada percentagem de seus trabalhadores temporários e a tempo parcial.

Algumas inclusive anunciaram demissões de seus trabalhadores fixos, uma medida muito pouco comum nas companhias japonesas, perante os efeitos piores que o esperado pela crise econômica global.

Cerca de uma centena de pessoas esperavam desde a primeira hora desta manhã a abertura do centro de conferências Tokyo International Forum, onde as entrevistas estão sendo feitas, para ser os primeiros a solicitar os postos de trabalho.


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17:15
Anónimo disse...
Economia Internacional
Senado dos EUA aprova plano de estímulo à economia

O Senado dos Estados Unidos aprovou com 60 votos a favor e 38 contra o plano de estímulo à economia de US$ 787 bilhões na madrugada deste sábado. Agora, ele segue para sanção ou veto do presidente Barack Obama, que espera colocar a lei em prática até o dia 16 de fevereiro.

O plano prevê a criação de três milhões de empregos, inclui cortes de impostos às famílias, fundos para programas sociais e obras públicas, além de ajuda aos governos estaduais, estudantes e desempregados.

A cláusula Buy American - que exige o uso de ferro, aço e produtos manufaturados dos Estados Unidos em obras realizadas com recursos do pacote - ficou de lado. Segundo o texto definitivo, a cláusula será aplicada sem violar as normas do comércio internacional.

Ontem à tarde, a Câmara de Representantes (deputados) havia aprovado, por 246 votos a favor e 183 contra, a versão final do plano. Todos os republicanos foram contrários ao pacote.

Pelo acordo de quarta-feira entre Câmara e Senado, em vez de custar US$ 819 bilhões, como queriam os deputados, ou US$ 838 bilhões como pretendiam os senadores, o pacote ficou em cerca de US$ 787 bilhões, com 65% desse total destinado a gastos do governo federal e 35%, a créditos tributários.

17:16
Anónimo disse...
Economia nacional
Na era Lula, aposentadoria sobe 54% menos que salário mínimo

Thatiane Faria
Especial para o Terra
Direto de São Paulo

Os índices de reajustes concedidos pelo governo em 2009 para aposentados e pensionistas e para o salário mínimo repetiram uma diferença que, só durante o governo de Luiz Inácio Lula da Silva, já chega a 54%. Enquanto o mínimo foi majorado em 12% este ano, as pensões e aposentadorias tiveram aumento de 5,92%. Aposentados que têm o benefício do governo como única fonte de renda reclamam que perdem poder de compra e que sua cesta de compras é composta por itens que aumentam mais em relação à inflação oficial.

Um exemplo prático pode ser entendido a partir da comparação entre um aposentado que ganhava R$ 600 em janeiro de 2003. Na época, o benefício era três vezes, ou 200%, maior que o valor do mínimo em vigência, que era de R$ 200. Aplicando-se os índices de reajuste para aposentadorias e para o mínimo durante os últimos seis anos, o mesmo aposentado estaria recebendo hoje R$ 938,47, comparado a um salário mínimo de R$ 465. A diferença entre os dois valores caiu para pouco mais de 100%.

Enquanto o índice acumulado de reajuste para a aposentadoria durante o governo Lula foi de 60%, para o salário mínimo está em 132%.

O diretor do Sindicato Nacional dos Aposentados, João Inocentini, reclama que os valores dos benefícios para aposentadorias não mantêm o poder de compra do grupo, principalmente dos aposentados que recebem menos que dez salários mínimos.

Nem mesmo o fato de o índice de reajuste das aposentadorias ter ficado acima da inflação acumulada no mesmo período (o IPCA entre janeiro de 2003 e janeiro de 2009 foi de 39,7%) serve de argumento, segundo os aposentados.

"Os idosos, principalmente, têm gastos além das contas gerais como gás, telefone e aluguel. Para eles o custo com remédios, e outros itens da área saúde costuma ser maior", afirmou Inocentini.

O presidente do sindicato afirmou que o grupo realiza um estudo com 100 itens de necessidade de um idoso para comparar o aumento dos produtos com o índice de reajuste do benefício recebido pelos aposentados.

"Daqui dois meses vamos abrir um processo na Justiça e levar essa pesquisa como prova. Segundo a lei, o governo é obrigado a manter o poder de compra com a aposentadoria", disse Inocentini.

Alternativas
O consultor financeiro Cláudio Boriola diz que os aposentados, especialmente nesse momento de crise econômica, devem evitar compras parceladas, pesquisar preços, negociar e fazer bom planejamento financeiro.

Segundo Boriola, alguns aposentados ganham um valor mensal muitas vezes insuficiente para o pagamento das contas e acabam pedindo crédito ou realizando pagamentos a prazo e são obrigados a pagar juros altos.

Na opinião do consultor, pagar uma previdência privada é uma alternativa indicada para quem ainda trabalha, considerando a característica de perda de poder de compra da aposentadoria.

"Na prática, infelizmente os valores encontram-se em um patamar que está deteriorando o poder de aquisição da população brasileira", completou Boriola.

De acordo com o diretor da Confederação Brasileira de Aposentados e Pensionistas (Cobap), Vicente Fernandes Barbosa, representantes dos aposentados tentarão um encontro com o presidente da Câmara, deputado Michel Temer (PMDB-SP), para discutir projetos que minimizem a perda dos aposentados

17:17
Anónimo disse...
Previdência
Previdência prorroga isenção de tarifas no benefício

O atual sistema de pagamento aos 26 milhões de aposentados e pensionistas do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) será mantido até o final deste ano. O acordo, que permite realizar a operação sem nenhum custo aos beneficiários, foi renovado nesta sexta-feira, entre o governo federal e 21 instituições financeiras.

Por meio desse acordo, vigente desde setembro de 2007, nem os segurados, nem os bancos e nem o governo arcam com o pagamento de tarifas, conforme explicou o ministro da Previdência Social, José Pimentel. A prorrogação vale até dezembro, data máxima para que a Previdência defina as regras para um novo contrato.

Ao assinar o termo de renovação, na sede da Federação Brasileira dos Bancos (Febraban), o ministro disse que a intenção do governo é mudar o atual modelo de gestão visando a reduzir os custos dessas operações em torno da folha mensal, que atinge R$ 15,8 bilhões. No entanto, qualquer alteração, conforme explicou, passará antes por audiências públicas a serem realizadas a partir do segundo semestre deste ano, atendendo a determinação do Tribunal de Contas da União (TCU).

De acordo com Pimentel, com um redesenho do mecanismo de repasse dos recursos aos bancos em torno da folha de pagamento dos segurados o que se busca é um aumento da participação de instituições financeiras. Ele informou que, desde 2007, cada benefício custa em média R$ 1,07 ao governo. "Quanto mais instituições financeiras estiverem prestando serviços à sociedade, maior é a competitividade, a agilidade no atendimento", justificou.

O ministro observou, ainda, que, para permitir uma redução para algo em torno de meia hora no tempo de atendimento para a concessão dos direitos previdenciários, o governo investiu R$ 280 milhões.

Questionado sobre o descontentamento dos segurados que ganham acima de um salário mínimo terem obtido apenas a correção com base na variação do Índice de Preços ao Consumidor (INPC) , ficando abaixo do reajuste dado a quem recebe apenas o mínimo, Pimentel argumentou que o governo seguiu o que determina a lei e descartou a possibilidade de uma revisão

17:17
Anónimo disse...
Empresas
Caterpillar oferece aposentadoria antecipada a 2 mil


A companhia americana Caterpillar ofereceu a cerca de dois mil funcionários incentivos para que se aposentem de forma voluntária antes do previsto, pela perspectiva de uma queda "significativa" da atividade industrial, informou nesta quarta-feira a empresa.

A iniciativa, destinada aos trabalhadores de diversas fábricas em Illinois, Colorado, Tennessee e Pensilvânia, se soma aos cortes de empregos anunciados em janeiro, explicou em comunicado de imprensa.

A empresa, a maior fabricante mundial de maquinaria pesada para a construção e a mineração, acrescentou que, "em função das condições de negócio, podem ser necessárias mais reduções de elenco voluntárias e involuntárias à medida que o ano avança".

O vice-presidente da companhia, Sid Banwart, explicou que a empresa prevê "demissões significativas em todas as regiões geográficas e na maioria dos setores devido às dificuldades da economia mundial".

17:18
Anónimo disse...
Comércio
Comércio exterior da OCDE caiu no 3º trimestre de 2008


As exportações e as importações dos países da Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Econômico (OCDE) caíram 1,6% e 0,2%, respectivamente, no terceiro trimestre de 2008, em relação aos três meses anteriores.

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Trata-se da primeira queda destas atividades desde o terceiro trimestre de 2006, segundo o último relatório trimestral sobre fluxos comerciais divulgado pela OCDE.

As exportações e as importações em dólares dos 30 Estados-membros caíram 15,6% e 17%, respectivamente, na comparação anualizada.

Por sua vez, o comércio dos sete países mais ricos do mundo (G7) teve um pequeno crescimento no terceiro trimestre de 2008 com uma queda das exportações de mercadorias de 0,2% em relação ao trimestre anterior e um aumento de 0,4% das importações.

Em termos anualizados, as importações do G7 caíram 1,4% entre julho e setembro do ano passado, seu primeiro retrocesso desde o terceiro trimestre de 2006, enquanto as exportações aumentaram 1,9%, seu crescimento mais baixo no mesmo tempo.

Por países, a Alemanha aumentou suas importações em 3,4% - valor mais alto do G7 -, enquanto suas exportações caíram 2,9% do segundo para o terceiro trimestre de 2008.

Pelo contrário, as exportações americanas aumentaram 1,8% entre julho e setembro de 2008, enquanto as importações caíram 0,7% em relação ao trimestre anterior. No Japão, tanto as importações quanto as exportações caíram em torno de 1% no mesmo período.

17:19
Anónimo disse...
Economia Nacional
Lula: juros de crédito consignado a aposentados são altos

Atualizada às 17h29

O presidente Luis Inácio Lula da Silva afirmou nesta terça-feira, em São Paulo, que está lutando para reduzir as taxas de juros cobradas de aposentados em crédito consignado. A Previdência Social estabelece uma taxa máxima de 2,5% para empréstimo e de 3,5% para cartão. Para Lula, os valores são altos.

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"Acho que o juro que os aposentados estão pagando hoje com o crédito consignado é alto para o padrão brasileiro", disse o presidente durante a cerimônia de comemoração dos 86 anos do INSS.

A Previdência anunciou nesta terça-feira que aposentados e trabalhadoras com licença-maternidade poderão receber seus benefícios em 30 minutos. De acordo com Lula, em junho, a aposentadoria do trabalhador rural também será conseguida em meia hora.

Além disso, o presidente anunciou que, também em junho, os trabalhadores que alcançarem o direito à aposentadoria passarão a receber em suas casas um comunicado da Previdência informando o fato e o valor do salário que têm direito a receber. "É um comprometimento público que estou fazendo com os companheiros da Previdência Social", disse.

"Estamos retribuindo ao contribuinte da Previdência Social aquilo que é a cidadania que ele tem direito", afirmou Lula. "Se para cobrar nós somos tão precisos, para devolver o dinheiro, temos que chegar próximo à perfeição", completou.

17:20
Anónimo disse...
Economia Nacional
Salário maternidade sairá em 30 minutos, diz ministro

Toda trabalhadora autônoma que tiver contribuído pelo menos 10 meses com o Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) - ou as que possuírem carteira assinada - poderão receber em 30 minutos o salário maternidade a partir desta terça-feira. Da mesma forma, as mulheres com 30 anos de contribuição e os homens com 35 anos também terão direito ao benefício de forma mais rápida. A informação é do ministro da Previdência Social, José Pimentel.

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Para requerer o salário maternidade, é preciso que as autônomas levem a carteira de identidade e o carnê de contribuição. As demais trabalhadoras devem apresentar a identificação e a carteira de trabalho. Desde o início do mês, a nova forma de análise para a concessão de benefícios foi adotada para a aposentadoria por idade do trabalhador urbano e agora foi estendida para o salário maternidade e por tempo de contribuição.

O ministro disse que a qualificação do serviço da previdência social é o reconhecimento do direito dos trabalhadores e da afirmação da cidadania.

"Até pouco tempo na cabeça do cidadão o serviço devia ser de péssima qualidade. Agora não, nós modificamos toda a legislação no mês de dezembro numa ação conjunta do Congresso Nacional com o governo federal. Estamos implantando e concedendo os benefícios em até 30 minutos", afirmou.

O ministro destacou que para conseguir se aposentar ou ter acesso à licença maternidade em 30 minutos, em primeiro lugar, é necessário que o cidadão esteja vinculado à Previdência, o que inclui 65% da população acima de 16 anos de idade.

"Depois bastar marcar pelo sistema 135 o dia e a hora do atendimento e levar a documentação. Se todos os dados necessários estiverem corretos o contribuinte será atendido em até 30 minutos, como vem sendo feito com as aposentadorias por idade desde o dia cinco de janeiro", explicou.

Pimentel disse ainda que em 90% das agências da previdência social o atendimento é marcado em até 48 horas. Nos grandes centros, entretanto existe um volume maior o que torna mais lento o processo.

"Estamos criando mais 715 agências até 2010, em todo o território nacional, para descentralizar o atendimento. Em 2008, atendemos 295 mil benefícios e aposentadorias por idade. Temos 4 mil pessoas por dia procurando e se aposentando por idade no território nacional

Anónimo disse...

Os bombeiros combatem neste sábado os incêndios na Austrália favorecidos pelo bom tempo, enquanto os deslocados encotram em seu retorno casas derruídas, carros queimados nas ruas e destruição.

Depois de sete dias desde que começaram os incêndios no Estado de Victoria, a lista de mortos chega a 181, os desaparecidos somam 50, os edifícios destruídos totalizam 1,834 mil e o terreno arrasado, principalmente florestas, ocupa uma área de 4,13 mil quilômetros quadrados.

As equipes de bombeiros, formadas por 4 mil profissionais de Victoria, de outras partes da Austrália e de países amigos, combateram hoje 12 focos fora de controle e nenhum representava uma ameaça direta para a população.

O subdiretor do Serviço de Bombeiros, Geoff Conway, disse que este tempo favorável, que se prolongará durante o domingo, permite consolidar as linhas de contenção e avançar na extinção das chamas.

Cinzas apareceram arrastadas por ventos do nordeste sobre Melbourne, onde habitam 3,8 milhões de pessoas, e as autoridades alertaram aos cidadãos do risco para a saúde de idosos, crianças e pessoas com problemas respiratórios.

O número de pessoas deslocadas - a Cruz Vermelha chegou a receber 7 mil - começou a cair com a abertura de algumas localidades atingidas.

Os incêndios, alguns criminosos, começaram em 7 de fevereiro, quando a região sul da Austrália estava há duas semanas sob uma onda de calor sem precedentes.

Na sexta-feira passada, a polícia acusou uma pessoa de ter provocado o incêndio que atingiu a localidade de Churchill e matou 21 pessoas.
16:55
Anónimo disse...
A primeira chuva em seis dias reduziu a ameaça de incêndios no Estado de Victoria, ao sul da Austrália. As autoridades, porém, advertiram que ainda existem 12 focos, mas que nenhum deles ameaça áreas povoadas.

Mais de quatro mil bombeiros, mil provenientes de outras partes do país e de outras nações, trabalham contra o fogo. Cerca de 600 veículos e 28 helicópteros e pequenos aviões estão sendo usados.


Eles conseguiram construir linhas de contenção para evitar os incêndios de Yarra e Maroondah se juntassem. Também foram controlados os incêndios abertos de Yea e Murrindindi, que ameaçavam as comunidades de Connellys Creek, Crystal Creek, Scrubby Creek e Native Dog Creek.

O número de mortos chegou a 181, mas as autoridades acreditam que as vítimas devem passar de 200, já que ainda há muitos desaparecidos.
16:55
Anónimo disse...
Aqui nesta coluna, na semana passada, tive a oportunidade de comentar sobre a recente visita do professor brasileiro Pedrinho Guareschi à Austrália. Não dei, porém, os fatos, pois semana passada o assunto era outro.

Hoje, porém, vamos a eles.

No último dia 4 de fevereiro, aconteceu o Seminário "Paulo Freire: Education and Liberation", organizado pelo centro de estudos latino-americanos da Universidade Nacional da Austrália, ou ANU, como é mais conhecida por aqui.

A ANU, para quem não sabe, está entre as 20 melhores universidades do mundo! E tem sede aqui em Camberra, capital da Austrália.

Na abertura do evento, o professor John Minns, diretor do centro latino-americano, ao dar boas-vindas ao público presente, lembrou ser aquele o primeiro seminário exclusivamente dedicado a Paulo Freire na Austrália.

Em seguida, convidou Pedrinho Guareschi, palestrante principal do Seminário, a fazer sua apresentação.

A plateia pode então conhecer, pelas palavras de Pedrinho, um pouco da obra e da vida de Freire, esse brasileiro de fé e valor, que sempre acreditou na educação, sobretudo dos menos favorecidos, analfabetos, como força libertadora.

Como não podia deixar de ser, os conceitos e ideias revolucionários de Paulo Freire, expostos com clareza por Pedrinho, despertaram o interesse e a curiosidade de plateia. A qual, deve-se notar, era na maioria de estudantes, mas de várias nacionalidades, sobretudo australianos e asiáticos.

Na continuação do programa do seminário, que se estendeu por dois dias, outros professores fizeram palestras sobre temas ligados à obra de Paulo Freire.

Interessante, por exemplo, saber que a professora Anne Hickling-Hudson, jamaicana que mora na Austrália há muitos anos (é professora da ANU), conheceu e trabalhou com Freire num workshop educacional durante a revolução na Ilha de Granada, em 1980, antes da invasão dos Estados Unidos...

Ou, então, a palestra da Professora Gerda Roelvink, da Nova Zelândia, que participou do Fórum Social de Porto Alegre em 2005. E essa participação transformou-se em tema de doutorado.

No dia 10, terça-feira passada, o padre Pedrinho Guareschi voltou a falar ao público australiano em grande auditório localizado no belíssimo campus da ANU. Desta vez, sobre a Teologia da Libertação.

Depois da palestra, John Minns mostrou o filme mexicano "O Crime do Padre Amaro", no qual um dos personagens é um padre católico praticante da Teologia da Libertação.

Mais uma vez, foi grande o intersse da platéia, que pode aprender e conhecer um pouco como se desenvolveu aquele importante movimento católico na América Latina.

Fica, assim, ao Pedrinho, bem como a outros brasileiros estudiosos e de bom coração que saem pelo mundo a divulgar aspectos importantes da cultura brasileira, o respeito e a homenagem desta coluna. E... aquele abraço!
16:57
Anónimo disse...
Amanda Kitts perdeu o braço esquerdo em um acidente de automóvel acontecido três anos atrás, mas hoje em dia ela joga futebol americano com seu filho de 12 anos de idade, troca fraldas e abraça as crianças nas três creches Kiddie Cottage que opera em Knoxville, Tennessee. Kitts, 40 anos, faz tudo isso com a ajuda de um novo tipo de braço artificial que se movimenta com mais facilidade do que outros aparelhos e que ela pode controlar utilizando apenas seus pensamentos.

"Eu sou capaz de mexer a mão, o pulso e o cotovelo ao mesmo tempo", diz. "Você pensa e os músculos se movem em seguida".

A recuperação que ela conseguiu resulta de um novo procedimento que vem atraindo crescente atenção porque permite que pessoas movam braços protéticos de forma mais automática do que faziam no passado, simplesmente utilizando nervos reaproveitados em seus cérebros.

A técnica, conhecida como "renervação muscular dirigida", envolve utilizar os nervos que restam depois da amputação de um braço e conectá-los a outro músculo do corpo, em geral no peito. Eletrodos são instalados sobre os músculos do peito, e operam como se fossem antenas. Quando a pessoa deseja mover o braço, o cérebro envia sinais que primeiro resultam em contração dos músculos do peito, os quais enviam um sinal ao braço protético, instruindo-se a se movimentar. O processo não requer mais esforços consciente do que a pessoa teria de exercitar caso ainda tivesse seu braço natural.

Na terça-feira, pesquisadores reportaram em estudo publicado pela versão online do Journal of the American Medical Association que haviam levado a técnica ainda mais à frente, tornando possível a execução de 10 movimentos de mão, pulso e cotovelo diferentes, o que representa uma substancial melhora com relação ao típico repertório protético, que em geral envolve apenas dobrar o cotovelo, girar o pulso e abrir a mão.

"Os novos métodos tiveram impacto dramático em nosso campo de trabalho", disse Stuart Harshbarger, engenheiro biomédico na Universidade Johns Hopkins e diretor do programa de pesquisa sobre próteses, financiado pelas forças armadas, que inclui o trabalho com essa técnica. "O método já está em uso por médicos e cirurgiões comuns em todo o país. A capacidade de controlar um membro protético bastante robusto que ele confere surpreendeu a todos pela qualidade".

Tipicamente, uma pessoa que tenha um braço protético só é capaz de executar alguns poucos movimentos, e muitas vezes com tamanha lentidão que isso só permite a ela atividades limitadas.

Há um motor separado para cada movimento, diz Gerald Loeb, professor de engenharia biomédica na Universidade do Sul da Califórnia, "e esses motores precisam ser controlados de maneira explícita", usualmente por um esforço consciente da pessoa para contrair músculos nas costas ou no bíceps.

"Essencialmente, até agora os pacientes controlavam apenas um motor de cada vez", diz Loeb, "e precisavam pensar cuidadosamente sobre que motor desejavam controlar e como fazê-lo operar, em lugar de simplesmente pensarem em mover o braço e poderem fazê-lo sem delongas".

Antes que Kitts passasse pelo procedimento de renervação, em outubro de 2007, por exemplo, ela precisava movimentar os músculos de suas costas de determinada maneira para fazer com que seu pulso girasse, e flexionar seu bíceps e tríceps para fazer com que o cotovelo se movesse para cima e para baixo. "Era muito trabalho", ela conta. "E não me ajudava muito".

O procedimento de renervação é parte de uma recente explosão de idéias novas e técnicas inovadoras que estão sendo exploradas enquanto os cientistas se esforçam por ajudar as pessoas a compensar melhor a perda de membros ou problemas de paralisia. O esforço vem sendo alimentado pelo aumento no número de amputações causado por diabetes e por ferimentos sofridos pelos militares, e ao mesmo tempo pelos avanços na tecnologia médica.

Os braços se tornaram um dos focos essenciais desse tipo de trabalho. A ciência há muito vem obtendo sucessos no desenvolvimento de próteses de perna, mas é muito mais difícil imitar a complexidade e a destreza das mãos e dos braços.

Os esforços em curso incluem o desenvolvimento de projetos de pele e braços mais sensíveis e mais flexíveis, e o uso de dispositivos acionados por controles sem fio implantado nos braços protéticos, que permitiriam movimentos mais naturais.

Os pesquisadores também vêm usando sensores implantados nos cérebros de cobaias para permitir que dois macacos controlem um braço mecânico, e um teste com um homem paralítico permitiu, com esse método, que ele movimentasse um cursor em uma tela de computador.

Alguns desses métodos, caso venham a ser aperfeiçoados plenamente e consigam aprovação das autoridades regulatórias da saúde, podem no futuro se tornar mais viáveis para os pacientes de amputações.

E embora a técnica da renervação não requeira aprovação das autoridades regulatórias porque é executada por meios cirúrgicos e emprega aparelhos já existentes, ela apresenta limitações que até mesmo seus criadores reconhecem, entre as quais o fato de que não se pode utilizá-la para todos os pacientes, o seu alto custo e o prazo de meses requerido para que os nervos reconectados cresçam e se tornem efetivos.

Ainda assim, os especialistas dizem que é o mais avançado sistema em uso hoje para pacientes reais que permite que o sistema nervoso controle diretamente o movimento de um braço artificial.

Desde sua introdução por Todd Kuiken, médico fisioterapeuta e engenheiro biomédico do Instituto de Reabilitação de Chicago, o método foi empregado em cerca de 30 pacientes nos Estados Unidos, Canadá e Europa, entre os quais oito soldados feridos no Iraque e no Afeganistão.

Muitos dos pacientes, entre os quais o primeiro, Jesse Sullivan, um operário do setor elétrico no Tennessee que perdeu os dois braços quando foi eletrocutado por um cabo, conseguem não apenas manipular seus braços protéticos mas sentir a presença das mãos que já não têm quando alguém toca em seus peitos.

Sullivan, 62 anos, e Kitts, estavam entre os cinco pacientes que participaram do estudo reportado na terça-feira. Em companhia de cinco outras pessoas que não passaram por amputações, eles receberam os eletrodos e foram instruídos a usar pensamentos para fazer com que um braço virtual na tela reproduzisse 10 movimentos diferentes, entre os quais três formas diferentes de aperto de mão.

Os pacientes apresentaram desempenho bastante respeitável, apenas um pouco mais lento e menos preciso do que os dos participantes que não tinham amputações.

"As velocidades de movimento que encontramos em nossos pacientes foram realmente encorajadoras", disse Kuiken. "Eles conseguiram completar a tarefa. É claro que não foram tão competentes quanto as pessoas dotadas de plena capacidade física, mas foram bons o bastante".

Um braço virtual foi usado porque a maioria das próteses existentes não era capaz de acomodar todos aqueles movimentos, no momento da pesquisa, ainda que Sullivan, Kitts e uma terceira paciente, Claudia Mitchell, tenham experimentado dois novos protótipos mais versáteis de braços artificiais, executando tarefas complexas com bolas de tênis e outros objetos.

O trabalho de renervação em soldados apresenta outros desafios, diz Kuiken, porque os ferimentos militares muitas vezes "causam danos muitos extensos" a nervos, músculos ou ossos.

Daniel Acosta, 25 anos, um aviador ferido pela detonação de uma bomba em uma estrada do Iraque em 2005, passou pelo procedimento no ano passado e diz que seu braço esquerdo protético agora se movimenta "muito mais rápido" e de maneira muito mais natural.

"A diferença é que agora não preciso mais pensar para mover o braço", ele diz. "Ele simplesmente se mexe".

Ainda assim, Acosta, de San Antonio, diz que "o processo foi bastante longo" e que os eletrodos precisam ser ajustados para receber os sinais à medida que os nervos crescem ou mudam de posição.

E embora elogiem o método, os especialistas afirmam que a ciência das próteses de braço ainda tem muito por avançar.

"Trata-se de uma parte crucial, mas ainda assim apenas uma parte, das muitas coisas que compreendem a função normal de um braço", disse Loeb, que escreveu um editorial que acompanha o artigo no Journal of the American Medical Association.

"No momento estamos a meio do caminho entre o braço de 'Dr. Fantástico', que fazia involuntariamente a saudação nazista, e o braço de Luke Skywalker em 'Guerra nas Estrelas', que funciona sem nenhum problema assim que é conectado. Creio que precisaremos ainda de muitos anos para conectar todas as peças necessárias a produzir um braço capaz de funcionar normalmente".
17:04
Anónimo disse...
A Espanha disse neste sábado que está preparando uma reclamação oficial contra a decisão da Venezuela de expulsar um membro do Parlamento Europeu que criticou o conselho eleitoral venezuelano.
Luis Herrero, membro do partido conservador espanhol PP, foi deportado na sexta-feira depois que o Conselho Nacional Eleitoral (CNE) o acusou de questionar a imparcialidade da instituição antes de um referendo que pode permitir ao presidente Hugo Chávez permanecer no cargo indefinidamente.

Herrero estava na Venezuela como observador do referendo. Ele acusou Chávez de ter "comportamentos típicos de um ditador" por pedir a contenção de manifestações da oposição.

O governo da Espanha convocou um encontro com o embaixador da Venezuela em Madri para expressar a desaprovação sobre a expulsão de Herrero, disse um representante do Ministério das Relações Exteriores espanhol.

As relações da Venezuela com a Espanha tiveram seu ponto crítico em 2007, quando Chávez ameaçou rever acordos diplomáticos e comerciais depois de ouvir um "cala a boca" do rei espanhol Juan Carlos durante uma cúpula.

A fenda foi oficialmente reparada em 2008, com uma visita oficial de Chávez à Espanha, onde ele cumprimentou o rei e discutiu acordos para investimento no setor petroquímico com o primeiro-ministro José Luis Rodriguez Zapatero.
17:06
Anónimo disse...
A polícia do Zimbábue anunciou neste sábado que acusa de traição Roy Bennett, dirigente do até agora opositor Movimento para a Mudança Democrática (MDC), detido na sexta-feira, em Harare, poucas horas antes da cerimônia de posse dos membros do novo gabinete.

"A Polícia nos informou que vão apresentar acusações de traição", disse à agência EFE o advogado de defesa de Bennett, Trust Maanda.

"Tentam relacionar Roy com o caso de Mike Hitschmann, que foi detido em 2006 em relação à descoberta de um carregamento de armas, apesar de que Hitschmann não tenha sido declarado culpado das acusações de traição apresentadas contra ele, mas de um crime menor de descumprimento de leis", disse Maanda.

O político opositor, designado por seu partido como vice-ministro de Agricultura no Governo de união nacional, esteve no exílio na vizinha África do Sul desde 2006 e retornou ao Zimbábue há duas semanas.

Segundo a Polícia, que deteve Bennett ontem no aeroporto de Harare quando pretendia ir à África do Sul para visitar sua família, as armas apreendidas em 2006 seriam utilizadas em um golpe de Estado para derrubar o presidente do Zimbábue, Robert Mugabe.

Depois da detenção, Bennet foi levado a Mutar, onde vários simpatizantes do MDC se concentraram em frente à delegacia na qual estava detido, diante do que a Polícia respondeu com tiros para o alto para dispersar os manifestantes.
17:07
Anónimo disse...
Austrália: 14 mil se candidatam a 'emprego dos sonhos'

A secretaria de Turismo de Queensland, na Austrália, informou que até esta segunda-feira já recebeu cerca de 14 mil inscrições para o "o melhor emprego do mundo". O Estado australiano promove pela internet seleção para vaga de "zelador" da ilha Hamilton, por seis meses com um salário de R$ 40 mil.

Muitos candidatos tiveram problemas durante a inscrição por conta dos acessos simultâneos ao site. A secretaria aconselha enviar os vídeos de 60s explicando porque deve ser escolhido em horários alternativos do dia, além de recomendar tamanho em torno de 40MB.

As inscrições começaram em 12 de janeiro e vão até o próximo dia 22 e podem ser feitas pelo site www.islandreefjob.com. O governo australiano escolherá 50 candidatos para a próxima fase da seleção, que terá votos do público para eleger um dos 11 finalistas.

A última fase terá entrevistas e desafios físicos, no próprio local de trabalho: as ilhas da Grande Barreira Coralina - o maior recife de coral do mundo. A secretaria de Turismo anunciará o vencedor no dia 6 de maio.
17:09
Anónimo disse...
Mercado elogia governo na crise, mas pede maior queda no juro

Peter Fussy
Direto de São Paulo

Desde as primeiras medidas anunciadas para combater os efeitos da crise, o governo brasileiro avisou que a estratégia não contemplaria um pacote. Seriam doses pontuais, de acordo com a necessidade da economia diante do agravamento das turbulências. Da primeira liberação dos depósitos compulsórios em setembro até a ampliação do seguro-desemprego na última quarta-feira, o governo passou por redução de impostos, ampliação de crédito e incentivos à exportação. Quase 150 dias após a primeira medida, o Terra conversou com líderes do setor público e privado, representantes dos trabalhadores, acadêmicos e com o próprio governo para saber quais destas ações foram mais eficazes, quais foram mais ineficientes e o que mais pode ser feito pelo Estado brasileiro contra a crise.

Os maiores elogios foram direcionados à atitude de reduzir o Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) para a indústria automobilística, anunciada em dezembro e que fez com que os emplacamentos de carros novos subissem 1,9% no primeiro mês do ano em relação a dezembro de 2008. Já as maiores críticas foram para a lentidão no corte da taxa básica de juro do País.

Para o presidente do conselho administrativo do Grupo Pão de Açúcar, Abílio Diniz, o Estado não é responsável pela crise e mesmo assim está agindo "com extrema serenidade e muito acerto". "O governo está atento, fazendo a sua parte. É preciso coragem de baixar firmemente a taxa de juros. É uma arma que temos a nosso favor, já que não há clima para inflação, nem possibilidade de danos para a macroeconomia", afirmou Diniz.

Na última reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), em janeiro, a taxa Selic foi reduzida em um ponto percentual, de 13,75% para 12,75% ao ano. Porém, o professor de economia da Universidade de Brasília (UnB) José Luiz Oreiro lembra que este corte representa uma redução de apenas 0,25 ponto percentual com relação à taxa de setembro do ano passado, quando a crise se agravou.

"Pouco antes da eclosão da crise, o Banco Central aumentou a taxa em 0,75 ponto. Foram cinco meses de demora para reduzir em termos líquidos apenas 0,25 ponto", afirmou o economista, que também sugeriu redução do intervalo de cerca de 90 dias entre as reuniões do Copom e o corte de pelo menos um 1 ponto percentual em cada reunião.

Mesmo com o corte de janeiro, a taxa de juros real continua sendo a maior do mundo, lembrou o secretário-geral da Força Sindical, João Carlos Gonçalves, o Juruna. "A redução da taxa de juro ainda é pequena, porque ela continua uma das mais altas do mundo. Falta ousadia para baixar os juros e ajudar o cidadão. A permanência da taxa de juro alta é negativa para o País em meio a crise", afirmou Juruna.

Embora aprove as ações do governo, o senador Aloízio Mercadante (PT-SP) também acredita que o patamar da Selic está muito alto. "Sempre fomos os primeiros a entrar em qualquer crise, o que não aconteceu agora. A taxa Selic ainda é muito alta, mas o governo têm tomado medidas acertadas, como o aumento do salário mínimo, mesmo com um cenário de crise. Isso ajuda a movimentar o consumo. O governo está se esforçando para manter os investimentos e o crescimento", disse.

Tributos
De acordo com o economista Fabio Pina, da Fecomercio-SP, as ações mais positivas estão relacionadas à redução de tributos para alguns segmentos, como a indústria automobilística, que recuperou parte da queda nas vendas em janeiro com a isenção do IPI para carros 1.0 l e o corte para demais motorizações. A medida vale até o final de março.

"Essas medidas não só reduziram o preço, mas anteciparam o consumo daqueles que iriam comprar no futuro, dando um prêmio por conta da insegurança. Mexe diretamente com o principal problema que é a confiança do consumidor", afirmou. Juruna destacou que um bom ritmo de vendas é garantia de emprego. "É importante porque cada emprego na montadora significa 19 na cadeia produtiva", comentou o representante da Força Sindical.

Também em dezembro, o governo decidiu cortar pela metade a alíquota do Imposto de Renda para contribuintes que ganham entre R$ 1.434 e R$ 2.150 mensais. "O salário aumentava e a tabela não se modificava. As pessoas ganhavam mais e pagavam mais impostos", apontou Juruna. Outra redução de tributos do governo foi com relação ao Imposto sobre Operações Financeiras (IOF), que caiu de 3% ao ano para 1,5%.

Crédito
Na segunda metade de 2008, o colapso de bancos nos Estados Unidos por conta da crise do subprime provocou uma forte restrição de crédito no mundo inteiro. Uma das primeiras medidas anticrise do governo teve como objetivo restabelecer a oferta, com mudanças no recolhimento dos depósitos compulsórios por parte dos bancos. Segundo o presidente do Banco Central, Henrique Meirelles, as diversas modificações liberaram US$ 99,2 bilhões aos bancos até o final de janeiro.

Além disso, o governo concedeu R$ 36 bilhões das reservas internacionais para empresas brasileiras com dívidas no exterior e uma medida provisória autorizou o Banco do Brasil e a Caixa Econômica Federal a comprar carteiras de crédito de bancos privados. Para o diretor do Departamento de Pesquisas e Estudos Econômicos da Fiesp, Paulo Francini, estas medidas foram essenciais para combater os efeitos da crise.

"A crise se desenvolve no mundo em torno do tema crédito. E o crédito reduziu-se barbaridade no mundo. Então o governo lança mão de compulsório, lança mão de reservas, de medidas que permitem aos bancos comprar carteiras de bancos. Você vai tomando várias medidas para atender às demandas e o epicentro disso é crédito", afirmou.

No entanto, Oreiro, da UnB, adverte que a liberação dos compulsórios seria mais eficiente acompanhada de redução mais agressiva da taxa básica de juro. "Uma parte do crédito voltou, depois da forte retração em outubro e novembro. O que deveria ter sido feito junto à liberação do compulsório era uma redução mais drástica da taxa de juro. Sem isso, os bancos pegam as reservas e acabam comprando títulos públicos", explicou o economista.

Na opinião de Pina, as ações de distribuição de crédito via redução do compulsório e a disposição de capital de giro para empresas foram tomadas sem um cuidado maior na operação e não tiveram muito efeito. "O BNDES tem linhas que ficam paradas quase todo o ano, agora é pior ainda. Existem os recursos, mas as empresas e os bancos estão desconfiados. É preciso fazer com que os bancos tenham interesse em emprestar", afirmou o economista da Fecomercio-SP.

Futuro
Mesmo com todas essas medidas, a crise financeira ainda gera incertezas nos setores produtivos do País. Nos últimos meses, o medo do desemprego fez os consumidores adiarem compras. Por sua vez, a queda nas vendas pode obrigar as indústrias a cortarem a produção e demitir funcionários. Contra isso, empresários sugerem redução de jornada e de salários.

"Isto está previsto em lei. A Fiesp simplesmente manteve conversações com entidades sindicais quanto à aplicação daquilo que já está previsto em lei", afirmou Francini.

Segundo a ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff, uma das medidas que assegura um nível de emprego é a manutenção de investimentos no Programa de Aceleração do Crescimento (PAC). "Estamos esperando que a dificuldade ocorra em janeiro, fevereiro e março. Estamos certos que vamos manter o nível de investimento. É isso que funciona, é isso que significa investimento público. Ele funciona como um colchão. Por isso, nós colocamos R$ 100 bilhões no BNDES e a Petrobras ampliou o seu investimento em R$ 120 bilhões", afirmou.

Na mesma linha, Pina explica que a antecipação de gastos do governo substitui parte da demanda retraída do setor privado. "Ele dá o seguinte recado: não vou estourar as contas públicas, mas concentrar em um momento em que a demanda privada está pequena. Mas o governo não tem fôlego suficiente para fazer o papel de toda demanda", ressaltou. O economista da Fecomercio lembrou que a entidade já pleiteou junto ao governo isenções para transferência de imóveis e de automóveis, além de retirar o IPVA para veículos novos.

Já Oreiro foca suas propostas na capitalização do Banco do Brasil e da Caixa Econômica Federal pelo Tesouro para atender a demanda de crédito para capital de giro e reduzir o spread. "Aumentando o empréstimo e reduzindo as taxas, os dois vão forçar os bancos privados a acompanhar o movimento, até para não perderem participação no mercado", explicou o economista da UnB.

Até o Carnaval, o governou prometeu detalhar um pacote de incentivos para a construção de até um milhão de casas populares, direcionado a famílias com renda de até dez salários mínimos. "Estamos atentos a tudo o que está acontecendo e novas medidas serão tomadas caso haja uma avaliação de que sejam necessárias", disse o ministro da Fazenda, Guido Mantega, na última sexta-feira.
17:11
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Ex-ministro critica extensão do seguro-desemprego

Atualizada às 09h03

O ex-ministro do Trabalho Almir Pazzianotto criticou a decisão do governo federal de conceder o seguro-desemprego estendido a apenas alguns setores. "É certamente odioso e provavelmente inconstitucional", disse Pazzianotto, de acordo com o jornal O Estado de S. Paulo.

Na última qurta, dia do anúncio da medida, centrais sindicais elogiaram a atitude do governo. A Força Sindical divulgou nota dizendo que "o aumento ajudará a aquecer parte da economia, já que irá gerar mais consumo, produção e conseqüentemente, a criação de novos postos de trabalho". A União Geral dos Trabalhadores (UGT) afirmou que a medida "contribuirá para minimizar o drama dos trabalhadores que perderem seu emprego por conta da crise".

O ex-ministro, que instituiu o seguro-desemprego no País no governo de José Sarney, destacou a necessidade de as centrais sindicais se manifestarem contra a determinação. Para ele, as mudanças devem ser aplicadas a todas as categorias profissionais e a distinção é contrária ao artigo 3º da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT).

Pazzianotto atribui a medida a um possível temor do governo de que a crise econômica seja longa e não haja dinheiro para atender a todas as necessidades. Ainda assim, ele se mostra contrário ao método de concessão. "O seguro-desemprego ajuda a sanar necessidades básicas. Estendê-lo é paliativo, não a solução", disse ao jornal.

De acordo com o presidente do Conselho Deliberativo do Fundo de Amparo ao Trabalhador (Codefat) e conselheiro da Força Sindical, Luiz Fernando Emediato, a determinação já estava prevista na lei 8.900/94, que trata do seguro-desemprego.

O presidente da Comissão de Trabalho da Câmara, Pedro Fernandes (PTB-MA) vai além na crítica à concessão do seguro para apenas alguns setores. Ele acredita que a ampliação do benefício estimula o desemprego.

Quintino Severo, secretário geral da Central Única dos Trabalhadores (CUT), lembra que a ampliação do benefício sem critério e identificação pode incentivar demissões em outros setores.
17:13
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Empresas
TAM faz promoção para destinos internacionais

A companhia aérea TAM anunciou nesta sexta-feira tarifas promocionais para trechos internacionais. Os preços valem para bilhetes comprados entre 6h deste sábado e 23h59 deste domingo e são válidos para classe econômica. As tarifas, para ida e volta, serão vendidas a partir de US$ 99, mais taxas.

Segundo a aérea, a promoção vale para viagens feitas no período de 14 de fevereiro a 18 de junho de 2009. Para destinos na América do Sul, a permanência mínima é de dois dias; para bilhetes com destino nos Estados Unidos, cinco dias; e Europa, sete dias. A permanência máxima para as passagens para América do Sul e EUA é de dois meses e para Europa, três meses.

Entre os exemplos de tarifas promocionais, a TAM oferece São Paulo-Lima por US$ 99. Bilhetes para a rota São Paulo-Santiago serão vendidos a partir de US$ 199 e São Paulo-Nova York, US$ 799.

A emissão dos bilhetes deve ser feita obrigatoriamente no ato da reserva, obedecendo às regras estipuladas pela companhia. A compra está sujeita à disponibilidade de assentos nas classes tarifárias determinadas, trechos, horários e datas. A TAM afirmou que também há tarifas promocionais para a classe executiva.

Mais informações podem ser encontradas no site promocional (www.ofertastam.com.br), no site da empresa (www.tam.com.br) ou pelos telefones 4002-5700 ou 0800 5705700.
17:13
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Empresas
Consultoria negocia compra do parque temático Hopi Hari

A consultoria especializada em reestruturação de empresas Íntegra Associados informou nesta sexta-feira ter um acordo para comprar o parque de diversões Hopi Hari, localizado no interior de São Paulo. A empresa estaria disposta a investir R$ 10 milhões no parque, que tem dívida estimada em R$ 800 milhões. As informações são da edição deste sábado do jornal Folha de S. Paulo.

De acordo com o jornal, a transação ainda depende da negociação entre o Hopi Hari e seus credores, o que já estaria em andamento.

A consultoria paulista já atuou junto à Parmalat, durante 30 meses, quando reorganizou a gestão da empresa italiana.

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17:14
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Empresas
Disney de Tóquio contratará mais 2 mil apesar da crise


A Oriental Land, o operador da Disneylândia Tóquio e DisneySea, organizou neste domingo entrevistas para contratar cerca de 2 mil trabalhadores em tempo parcial, em um momento de grandes demissões deste tipo de empregados no Japão.

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O operador deste parque temático, situado em Urayasu, na província de Chiba (leste de Tóquio), está em pleno processo de seleção de empregados para 20 tipos de postos trabalhistas diferentes.

Segundo a companhia, citada pela agência local de notícias Kyodo, o parque contratará novos trabalhadores para as atrações, para os restaurantes e guardas de segurança entre outros. Os novos contratados começarão a trabalhar a partir de fevereiro.

O processo de seleção acontece em um momento em que a maioria das grandes companhias japonesas começaram a se ver obrigadas a despedir uma elevada percentagem de seus trabalhadores temporários e a tempo parcial.

Algumas inclusive anunciaram demissões de seus trabalhadores fixos, uma medida muito pouco comum nas companhias japonesas, perante os efeitos piores que o esperado pela crise econômica global.

Cerca de uma centena de pessoas esperavam desde a primeira hora desta manhã a abertura do centro de conferências Tokyo International Forum, onde as entrevistas estão sendo feitas, para ser os primeiros a solicitar os postos de trabalho.


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17:15
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Economia Internacional
Senado dos EUA aprova plano de estímulo à economia

O Senado dos Estados Unidos aprovou com 60 votos a favor e 38 contra o plano de estímulo à economia de US$ 787 bilhões na madrugada deste sábado. Agora, ele segue para sanção ou veto do presidente Barack Obama, que espera colocar a lei em prática até o dia 16 de fevereiro.

O plano prevê a criação de três milhões de empregos, inclui cortes de impostos às famílias, fundos para programas sociais e obras públicas, além de ajuda aos governos estaduais, estudantes e desempregados.

A cláusula Buy American - que exige o uso de ferro, aço e produtos manufaturados dos Estados Unidos em obras realizadas com recursos do pacote - ficou de lado. Segundo o texto definitivo, a cláusula será aplicada sem violar as normas do comércio internacional.

Ontem à tarde, a Câmara de Representantes (deputados) havia aprovado, por 246 votos a favor e 183 contra, a versão final do plano. Todos os republicanos foram contrários ao pacote.

Pelo acordo de quarta-feira entre Câmara e Senado, em vez de custar US$ 819 bilhões, como queriam os deputados, ou US$ 838 bilhões como pretendiam os senadores, o pacote ficou em cerca de US$ 787 bilhões, com 65% desse total destinado a gastos do governo federal e 35%, a créditos tributários.
17:16
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Economia nacional
Na era Lula, aposentadoria sobe 54% menos que salário mínimo

Thatiane Faria
Especial para o Terra
Direto de São Paulo

Os índices de reajustes concedidos pelo governo em 2009 para aposentados e pensionistas e para o salário mínimo repetiram uma diferença que, só durante o governo de Luiz Inácio Lula da Silva, já chega a 54%. Enquanto o mínimo foi majorado em 12% este ano, as pensões e aposentadorias tiveram aumento de 5,92%. Aposentados que têm o benefício do governo como única fonte de renda reclamam que perdem poder de compra e que sua cesta de compras é composta por itens que aumentam mais em relação à inflação oficial.

Um exemplo prático pode ser entendido a partir da comparação entre um aposentado que ganhava R$ 600 em janeiro de 2003. Na época, o benefício era três vezes, ou 200%, maior que o valor do mínimo em vigência, que era de R$ 200. Aplicando-se os índices de reajuste para aposentadorias e para o mínimo durante os últimos seis anos, o mesmo aposentado estaria recebendo hoje R$ 938,47, comparado a um salário mínimo de R$ 465. A diferença entre os dois valores caiu para pouco mais de 100%.

Enquanto o índice acumulado de reajuste para a aposentadoria durante o governo Lula foi de 60%, para o salário mínimo está em 132%.

O diretor do Sindicato Nacional dos Aposentados, João Inocentini, reclama que os valores dos benefícios para aposentadorias não mantêm o poder de compra do grupo, principalmente dos aposentados que recebem menos que dez salários mínimos.

Nem mesmo o fato de o índice de reajuste das aposentadorias ter ficado acima da inflação acumulada no mesmo período (o IPCA entre janeiro de 2003 e janeiro de 2009 foi de 39,7%) serve de argumento, segundo os aposentados.

"Os idosos, principalmente, têm gastos além das contas gerais como gás, telefone e aluguel. Para eles o custo com remédios, e outros itens da área saúde costuma ser maior", afirmou Inocentini.

O presidente do sindicato afirmou que o grupo realiza um estudo com 100 itens de necessidade de um idoso para comparar o aumento dos produtos com o índice de reajuste do benefício recebido pelos aposentados.

"Daqui dois meses vamos abrir um processo na Justiça e levar essa pesquisa como prova. Segundo a lei, o governo é obrigado a manter o poder de compra com a aposentadoria", disse Inocentini.

Alternativas
O consultor financeiro Cláudio Boriola diz que os aposentados, especialmente nesse momento de crise econômica, devem evitar compras parceladas, pesquisar preços, negociar e fazer bom planejamento financeiro.

Segundo Boriola, alguns aposentados ganham um valor mensal muitas vezes insuficiente para o pagamento das contas e acabam pedindo crédito ou realizando pagamentos a prazo e são obrigados a pagar juros altos.

Na opinião do consultor, pagar uma previdência privada é uma alternativa indicada para quem ainda trabalha, considerando a característica de perda de poder de compra da aposentadoria.

"Na prática, infelizmente os valores encontram-se em um patamar que está deteriorando o poder de aquisição da população brasileira", completou Boriola.

De acordo com o diretor da Confederação Brasileira de Aposentados e Pensionistas (Cobap), Vicente Fernandes Barbosa, representantes dos aposentados tentarão um encontro com o presidente da Câmara, deputado Michel Temer (PMDB-SP), para discutir projetos que minimizem a perda dos aposentados
17:17
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Previdência
Previdência prorroga isenção de tarifas no benefício

O atual sistema de pagamento aos 26 milhões de aposentados e pensionistas do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) será mantido até o final deste ano. O acordo, que permite realizar a operação sem nenhum custo aos beneficiários, foi renovado nesta sexta-feira, entre o governo federal e 21 instituições financeiras.

Por meio desse acordo, vigente desde setembro de 2007, nem os segurados, nem os bancos e nem o governo arcam com o pagamento de tarifas, conforme explicou o ministro da Previdência Social, José Pimentel. A prorrogação vale até dezembro, data máxima para que a Previdência defina as regras para um novo contrato.

Ao assinar o termo de renovação, na sede da Federação Brasileira dos Bancos (Febraban), o ministro disse que a intenção do governo é mudar o atual modelo de gestão visando a reduzir os custos dessas operações em torno da folha mensal, que atinge R$ 15,8 bilhões. No entanto, qualquer alteração, conforme explicou, passará antes por audiências públicas a serem realizadas a partir do segundo semestre deste ano, atendendo a determinação do Tribunal de Contas da União (TCU).

De acordo com Pimentel, com um redesenho do mecanismo de repasse dos recursos aos bancos em torno da folha de pagamento dos segurados o que se busca é um aumento da participação de instituições financeiras. Ele informou que, desde 2007, cada benefício custa em média R$ 1,07 ao governo. "Quanto mais instituições financeiras estiverem prestando serviços à sociedade, maior é a competitividade, a agilidade no atendimento", justificou.

O ministro observou, ainda, que, para permitir uma redução para algo em torno de meia hora no tempo de atendimento para a concessão dos direitos previdenciários, o governo investiu R$ 280 milhões.

Questionado sobre o descontentamento dos segurados que ganham acima de um salário mínimo terem obtido apenas a correção com base na variação do Índice de Preços ao Consumidor (INPC) , ficando abaixo do reajuste dado a quem recebe apenas o mínimo, Pimentel argumentou que o governo seguiu o que determina a lei e descartou a possibilidade de uma revisão
17:17
Anónimo disse...
Empresas
Caterpillar oferece aposentadoria antecipada a 2 mil


A companhia americana Caterpillar ofereceu a cerca de dois mil funcionários incentivos para que se aposentem de forma voluntária antes do previsto, pela perspectiva de uma queda "significativa" da atividade industrial, informou nesta quarta-feira a empresa.

A iniciativa, destinada aos trabalhadores de diversas fábricas em Illinois, Colorado, Tennessee e Pensilvânia, se soma aos cortes de empregos anunciados em janeiro, explicou em comunicado de imprensa.

A empresa, a maior fabricante mundial de maquinaria pesada para a construção e a mineração, acrescentou que, "em função das condições de negócio, podem ser necessárias mais reduções de elenco voluntárias e involuntárias à medida que o ano avança".

O vice-presidente da companhia, Sid Banwart, explicou que a empresa prevê "demissões significativas em todas as regiões geográficas e na maioria dos setores devido às dificuldades da economia mundial".
17:18
Anónimo disse...
Comércio
Comércio exterior da OCDE caiu no 3º trimestre de 2008


As exportações e as importações dos países da Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Econômico (OCDE) caíram 1,6% e 0,2%, respectivamente, no terceiro trimestre de 2008, em relação aos três meses anteriores.

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Trata-se da primeira queda destas atividades desde o terceiro trimestre de 2006, segundo o último relatório trimestral sobre fluxos comerciais divulgado pela OCDE.

As exportações e as importações em dólares dos 30 Estados-membros caíram 15,6% e 17%, respectivamente, na comparação anualizada.

Por sua vez, o comércio dos sete países mais ricos do mundo (G7) teve um pequeno crescimento no terceiro trimestre de 2008 com uma queda das exportações de mercadorias de 0,2% em relação ao trimestre anterior e um aumento de 0,4% das importações.

Em termos anualizados, as importações do G7 caíram 1,4% entre julho e setembro do ano passado, seu primeiro retrocesso desde o terceiro trimestre de 2006, enquanto as exportações aumentaram 1,9%, seu crescimento mais baixo no mesmo tempo.

Por países, a Alemanha aumentou suas importações em 3,4% - valor mais alto do G7 -, enquanto suas exportações caíram 2,9% do segundo para o terceiro trimestre de 2008.

Pelo contrário, as exportações americanas aumentaram 1,8% entre julho e setembro de 2008, enquanto as importações caíram 0,7% em relação ao trimestre anterior. No Japão, tanto as importações quanto as exportações caíram em torno de 1% no mesmo período.
17:19
Anónimo disse...
Economia Nacional
Lula: juros de crédito consignado a aposentados são altos

Atualizada às 17h29

O presidente Luis Inácio Lula da Silva afirmou nesta terça-feira, em São Paulo, que está lutando para reduzir as taxas de juros cobradas de aposentados em crédito consignado. A Previdência Social estabelece uma taxa máxima de 2,5% para empréstimo e de 3,5% para cartão. Para Lula, os valores são altos.

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"Acho que o juro que os aposentados estão pagando hoje com o crédito consignado é alto para o padrão brasileiro", disse o presidente durante a cerimônia de comemoração dos 86 anos do INSS.

A Previdência anunciou nesta terça-feira que aposentados e trabalhadoras com licença-maternidade poderão receber seus benefícios em 30 minutos. De acordo com Lula, em junho, a aposentadoria do trabalhador rural também será conseguida em meia hora.

Além disso, o presidente anunciou que, também em junho, os trabalhadores que alcançarem o direito à aposentadoria passarão a receber em suas casas um comunicado da Previdência informando o fato e o valor do salário que têm direito a receber. "É um comprometimento público que estou fazendo com os companheiros da Previdência Social", disse.

"Estamos retribuindo ao contribuinte da Previdência Social aquilo que é a cidadania que ele tem direito", afirmou Lula. "Se para cobrar nós somos tão precisos, para devolver o dinheiro, temos que chegar próximo à perfeição", completou.
17:20
Anónimo disse...
Economia Nacional
Salário maternidade sairá em 30 minutos, diz ministro

Toda trabalhadora autônoma que tiver contribuído pelo menos 10 meses com o Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) - ou as que possuírem carteira assinada - poderão receber em 30 minutos o salário maternidade a partir desta terça-feira. Da mesma forma, as mulheres com 30 anos de contribuição e os homens com 35 anos também terão direito ao benefício de forma mais rápida. A informação é do ministro da Previdência Social, José Pimentel.

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Para requerer o salário maternidade, é preciso que as autônomas levem a carteira de identidade e o carnê de contribuição. As demais trabalhadoras devem apresentar a identificação e a carteira de trabalho. Desde o início do mês, a nova forma de análise para a concessão de benefícios foi adotada para a aposentadoria por idade do trabalhador urbano e agora foi estendida para o salário maternidade e por tempo de contribuição.

O ministro disse que a qualificação do serviço da previdência social é o reconhecimento do direito dos trabalhadores e da afirmação da cidadania.

"Até pouco tempo na cabeça do cidadão o serviço devia ser de péssima qualidade. Agora não, nós modificamos toda a legislação no mês de dezembro numa ação conjunta do Congresso Nacional com o governo federal. Estamos implantando e concedendo os benefícios em até 30 minutos", afirmou.

O ministro destacou que para conseguir se aposentar ou ter acesso à licença maternidade em 30 minutos, em primeiro lugar, é necessário que o cidadão esteja vinculado à Previdência, o que inclui 65% da população acima de 16 anos de idade.

"Depois bastar marcar pelo sistema 135 o dia e a hora do atendimento e levar a documentação. Se todos os dados necessários estiverem corretos o contribuinte será atendido em até 30 minutos, como vem sendo feito com as aposentadorias por idade desde o dia cinco de janeiro", explicou.

Pimentel disse ainda que em 90% das agências da previdência social o atendimento é marcado em até 48 horas. Nos grandes centros, entretanto existe um volume maior o que torna mais lento o processo.

"Estamos criando mais 715 agências até 2010, em todo o território nacional, para descentralizar o atendimento. Em 2008, atendemos 295 mil benefícios e aposentadorias por idade. Temos 4 mil pessoas por dia procurando e se aposentando por idade no território nacional. Este serviço será agilizado", concluiu.
17:21
Anónimo disse...
Giuseppe Englaro, pai de Eluana, a italiana que morreu na segunda-feira passada por desidratação, recusou uma grande soma de dinheiro de um conhecido fotógrafo italiano que queria retratar a filha em estado de coma, disse neste sábado o neurologista que atendia a mulher desde 1996, Carlo Defanti.

O neurologista, que participou hoje de uma conferência sobre eutanásia, disse que Englaro respeitou a vontade da filha, que, antes do acidente, tinha pedido que, se lhe ocorresse qualquer coisa irreversível, apresentasse sua imagem de quando estava em boas condições.

Antes de sofrer o acidente de trânsito, em 1992, Eluana viveu o coma de um amigo, Alessandro, o que causou forte impacto na italiana e a levou a fazer o pai prometer que não a deixasse viver em estado vegetativo, disse o próprio Giuseppe Englaro.

Defanti, que dissera que Eluana poderia viver de dez a 12 dias depois da suspensão da alimentação e da hidratação, disse que, como médico, tinha que reprovar esta afirmação.

"Não se pode sobreviver após três ou quatro dias sem líquido e, em particular, água em um corpo. Sabemos bem que, quando há um terremoto, após quatro dias é difícil encontrar sobreviventes".

Defanti ressaltou que Eluana "não falava, não se comunicava com o exterior" e que, após vários exames, "nos deparamos com uma moça que tinha perdido a consciência", porque estava com o córtex cerebral prejudicado.

Eluana foi enterrada na quinta-feira passada no túmulo da família na localidade de Paluzza, em Udine, após um funeral que não contou com a presença dos pais.

16:53
Anónimo disse...
Os bombeiros combatem neste sábado os incêndios na Austrália favorecidos pelo bom tempo, enquanto os deslocados encotram em seu retorno casas derruídas, carros queimados nas ruas e destruição.

Depois de sete dias desde que começaram os incêndios no Estado de Victoria, a lista de mortos chega a 181, os desaparecidos somam 50, os edifícios destruídos totalizam 1,834 mil e o terreno arrasado, principalmente florestas, ocupa uma área de 4,13 mil quilômetros quadrados.

As equipes de bombeiros, formadas por 4 mil profissionais de Victoria, de outras partes da Austrália e de países amigos, combateram hoje 12 focos fora de controle e nenhum representava uma ameaça direta para a população.

O subdiretor do Serviço de Bombeiros, Geoff Conway, disse que este tempo favorável, que se prolongará durante o domingo, permite consolidar as linhas de contenção e avançar na extinção das chamas.

Cinzas apareceram arrastadas por ventos do nordeste sobre Melbourne, onde habitam 3,8 milhões de pessoas, e as autoridades alertaram aos cidadãos do risco para a saúde de idosos, crianças e pessoas com problemas respiratórios.

O número de pessoas deslocadas - a Cruz Vermelha chegou a receber 7 mil - começou a cair com a abertura de algumas localidades atingidas.

Os incêndios, alguns criminosos, começaram em 7 de fevereiro, quando a região sul da Austrália estava há duas semanas sob uma onda de calor sem precedentes.

Na sexta-feira passada, a polícia acusou uma pessoa de ter provocado o incêndio que atingiu a localidade de Churchill e matou 21 pessoas.

16:55
Anónimo disse...
A primeira chuva em seis dias reduziu a ameaça de incêndios no Estado de Victoria, ao sul da Austrália. As autoridades, porém, advertiram que ainda existem 12 focos, mas que nenhum deles ameaça áreas povoadas.

Mais de quatro mil bombeiros, mil provenientes de outras partes do país e de outras nações, trabalham contra o fogo. Cerca de 600 veículos e 28 helicópteros e pequenos aviões estão sendo usados.


Eles conseguiram construir linhas de contenção para evitar os incêndios de Yarra e Maroondah se juntassem. Também foram controlados os incêndios abertos de Yea e Murrindindi, que ameaçavam as comunidades de Connellys Creek, Crystal Creek, Scrubby Creek e Native Dog Creek.

O número de mortos chegou a 181, mas as autoridades acreditam que as vítimas devem passar de 200, já que ainda há muitos desaparecidos.

16:55
Anónimo disse...
Aqui nesta coluna, na semana passada, tive a oportunidade de comentar sobre a recente visita do professor brasileiro Pedrinho Guareschi à Austrália. Não dei, porém, os fatos, pois semana passada o assunto era outro.

Hoje, porém, vamos a eles.

No último dia 4 de fevereiro, aconteceu o Seminário "Paulo Freire: Education and Liberation", organizado pelo centro de estudos latino-americanos da Universidade Nacional da Austrália, ou ANU, como é mais conhecida por aqui.

A ANU, para quem não sabe, está entre as 20 melhores universidades do mundo! E tem sede aqui em Camberra, capital da Austrália.

Na abertura do evento, o professor John Minns, diretor do centro latino-americano, ao dar boas-vindas ao público presente, lembrou ser aquele o primeiro seminário exclusivamente dedicado a Paulo Freire na Austrália.

Em seguida, convidou Pedrinho Guareschi, palestrante principal do Seminário, a fazer sua apresentação.

A plateia pode então conhecer, pelas palavras de Pedrinho, um pouco da obra e da vida de Freire, esse brasileiro de fé e valor, que sempre acreditou na educação, sobretudo dos menos favorecidos, analfabetos, como força libertadora.

Como não podia deixar de ser, os conceitos e ideias revolucionários de Paulo Freire, expostos com clareza por Pedrinho, despertaram o interesse e a curiosidade de plateia. A qual, deve-se notar, era na maioria de estudantes, mas de várias nacionalidades, sobretudo australianos e asiáticos.

Na continuação do programa do seminário, que se estendeu por dois dias, outros professores fizeram palestras sobre temas ligados à obra de Paulo Freire.

Interessante, por exemplo, saber que a professora Anne Hickling-Hudson, jamaicana que mora na Austrália há muitos anos (é professora da ANU), conheceu e trabalhou com Freire num workshop educacional durante a revolução na Ilha de Granada, em 1980, antes da invasão dos Estados Unidos...

Ou, então, a palestra da Professora Gerda Roelvink, da Nova Zelândia, que participou do Fórum Social de Porto Alegre em 2005. E essa participação transformou-se em tema de doutorado.

No dia 10, terça-feira passada, o padre Pedrinho Guareschi voltou a falar ao público australiano em grande auditório localizado no belíssimo campus da ANU. Desta vez, sobre a Teologia da Libertação.

Depois da palestra, John Minns mostrou o filme mexicano "O Crime do Padre Amaro", no qual um dos personagens é um padre católico praticante da Teologia da Libertação.

Mais uma vez, foi grande o intersse da platéia, que pode aprender e conhecer um pouco como se desenvolveu aquele importante movimento católico na América Latina.

Fica, assim, ao Pedrinho, bem como a outros brasileiros estudiosos e de bom coração que saem pelo mundo a divulgar aspectos importantes da cultura brasileira, o respeito e a homenagem desta coluna. E... aquele abraço!

16:57
Anónimo disse...
Amanda Kitts perdeu o braço esquerdo em um acidente de automóvel acontecido três anos atrás, mas hoje em dia ela joga futebol americano com seu filho de 12 anos de idade, troca fraldas e abraça as crianças nas três creches Kiddie Cottage que opera em Knoxville, Tennessee. Kitts, 40 anos, faz tudo isso com a ajuda de um novo tipo de braço artificial que se movimenta com mais facilidade do que outros aparelhos e que ela pode controlar utilizando apenas seus pensamentos.

"Eu sou capaz de mexer a mão, o pulso e o cotovelo ao mesmo tempo", diz. "Você pensa e os músculos se movem em seguida".

A recuperação que ela conseguiu resulta de um novo procedimento que vem atraindo crescente atenção porque permite que pessoas movam braços protéticos de forma mais automática do que faziam no passado, simplesmente utilizando nervos reaproveitados em seus cérebros.

A técnica, conhecida como "renervação muscular dirigida", envolve utilizar os nervos que restam depois da amputação de um braço e conectá-los a outro músculo do corpo, em geral no peito. Eletrodos são instalados sobre os músculos do peito, e operam como se fossem antenas. Quando a pessoa deseja mover o braço, o cérebro envia sinais que primeiro resultam em contração dos músculos do peito, os quais enviam um sinal ao braço protético, instruindo-se a se movimentar. O processo não requer mais esforços consciente do que a pessoa teria de exercitar caso ainda tivesse seu braço natural.

Na terça-feira, pesquisadores reportaram em estudo publicado pela versão online do Journal of the American Medical Association que haviam levado a técnica ainda mais à frente, tornando possível a execução de 10 movimentos de mão, pulso e cotovelo diferentes, o que representa uma substancial melhora com relação ao típico repertório protético, que em geral envolve apenas dobrar o cotovelo, girar o pulso e abrir a mão.

"Os novos métodos tiveram impacto dramático em nosso campo de trabalho", disse Stuart Harshbarger, engenheiro biomédico na Universidade Johns Hopkins e diretor do programa de pesquisa sobre próteses, financiado pelas forças armadas, que inclui o trabalho com essa técnica. "O método já está em uso por médicos e cirurgiões comuns em todo o país. A capacidade de controlar um membro protético bastante robusto que ele confere surpreendeu a todos pela qualidade".

Tipicamente, uma pessoa que tenha um braço protético só é capaz de executar alguns poucos movimentos, e muitas vezes com tamanha lentidão que isso só permite a ela atividades limitadas.

Há um motor separado para cada movimento, diz Gerald Loeb, professor de engenharia biomédica na Universidade do Sul da Califórnia, "e esses motores precisam ser controlados de maneira explícita", usualmente por um esforço consciente da pessoa para contrair músculos nas costas ou no bíceps.

"Essencialmente, até agora os pacientes controlavam apenas um motor de cada vez", diz Loeb, "e precisavam pensar cuidadosamente sobre que motor desejavam controlar e como fazê-lo operar, em lugar de simplesmente pensarem em mover o braço e poderem fazê-lo sem delongas".

Antes que Kitts passasse pelo procedimento de renervação, em outubro de 2007, por exemplo, ela precisava movimentar os músculos de suas costas de determinada maneira para fazer com que seu pulso girasse, e flexionar seu bíceps e tríceps para fazer com que o cotovelo se movesse para cima e para baixo. "Era muito trabalho", ela conta. "E não me ajudava muito".

O procedimento de renervação é parte de uma recente explosão de idéias novas e técnicas inovadoras que estão sendo exploradas enquanto os cientistas se esforçam por ajudar as pessoas a compensar melhor a perda de membros ou problemas de paralisia. O esforço vem sendo alimentado pelo aumento no número de amputações causado por diabetes e por ferimentos sofridos pelos militares, e ao mesmo tempo pelos avanços na tecnologia médica.

Os braços se tornaram um dos focos essenciais desse tipo de trabalho. A ciência há muito vem obtendo sucessos no desenvolvimento de próteses de perna, mas é muito mais difícil imitar a complexidade e a destreza das mãos e dos braços.

Os esforços em curso incluem o desenvolvimento de projetos de pele e braços mais sensíveis e mais flexíveis, e o uso de dispositivos acionados por controles sem fio implantado nos braços protéticos, que permitiriam movimentos mais naturais.

Os pesquisadores também vêm usando sensores implantados nos cérebros de cobaias para permitir que dois macacos controlem um braço mecânico, e um teste com um homem paralítico permitiu, com esse método, que ele movimentasse um cursor em uma tela de computador.

Alguns desses métodos, caso venham a ser aperfeiçoados plenamente e consigam aprovação das autoridades regulatórias da saúde, podem no futuro se tornar mais viáveis para os pacientes de amputações.

E embora a técnica da renervação não requeira aprovação das autoridades regulatórias porque é executada por meios cirúrgicos e emprega aparelhos já existentes, ela apresenta limitações que até mesmo seus criadores reconhecem, entre as quais o fato de que não se pode utilizá-la para todos os pacientes, o seu alto custo e o prazo de meses requerido para que os nervos reconectados cresçam e se tornem efetivos.

Ainda assim, os especialistas dizem que é o mais avançado sistema em uso hoje para pacientes reais que permite que o sistema nervoso controle diretamente o movimento de um braço artificial.

Desde sua introdução por Todd Kuiken, médico fisioterapeuta e engenheiro biomédico do Instituto de Reabilitação de Chicago, o método foi empregado em cerca de 30 pacientes nos Estados Unidos, Canadá e Europa, entre os quais oito soldados feridos no Iraque e no Afeganistão.

Muitos dos pacientes, entre os quais o primeiro, Jesse Sullivan, um operário do setor elétrico no Tennessee que perdeu os dois braços quando foi eletrocutado por um cabo, conseguem não apenas manipular seus braços protéticos mas sentir a presença das mãos que já não têm quando alguém toca em seus peitos.

Sullivan, 62 anos, e Kitts, estavam entre os cinco pacientes que participaram do estudo reportado na terça-feira. Em companhia de cinco outras pessoas que não passaram por amputações, eles receberam os eletrodos e foram instruídos a usar pensamentos para fazer com que um braço virtual na tela reproduzisse 10 movimentos diferentes, entre os quais três formas diferentes de aperto de mão.

Os pacientes apresentaram desempenho bastante respeitável, apenas um pouco mais lento e menos preciso do que os dos participantes que não tinham amputações.

"As velocidades de movimento que encontramos em nossos pacientes foram realmente encorajadoras", disse Kuiken. "Eles conseguiram completar a tarefa. É claro que não foram tão competentes quanto as pessoas dotadas de plena capacidade física, mas foram bons o bastante".

Um braço virtual foi usado porque a maioria das próteses existentes não era capaz de acomodar todos aqueles movimentos, no momento da pesquisa, ainda que Sullivan, Kitts e uma terceira paciente, Claudia Mitchell, tenham experimentado dois novos protótipos mais versáteis de braços artificiais, executando tarefas complexas com bolas de tênis e outros objetos.

O trabalho de renervação em soldados apresenta outros desafios, diz Kuiken, porque os ferimentos militares muitas vezes "causam danos muitos extensos" a nervos, músculos ou ossos.

Daniel Acosta, 25 anos, um aviador ferido pela detonação de uma bomba em uma estrada do Iraque em 2005, passou pelo procedimento no ano passado e diz que seu braço esquerdo protético agora se movimenta "muito mais rápido" e de maneira muito mais natural.

"A diferença é que agora não preciso mais pensar para mover o braço", ele diz. "Ele simplesmente se mexe".

Ainda assim, Acosta, de San Antonio, diz que "o processo foi bastante longo" e que os eletrodos precisam ser ajustados para receber os sinais à medida que os nervos crescem ou mudam de posição.

E embora elogiem o método, os especialistas afirmam que a ciência das próteses de braço ainda tem muito por avançar.

"Trata-se de uma parte crucial, mas ainda assim apenas uma parte, das muitas coisas que compreendem a função normal de um braço", disse Loeb, que escreveu um editorial que acompanha o artigo no Journal of the American Medical Association.

"No momento estamos a meio do caminho entre o braço de 'Dr. Fantástico', que fazia involuntariamente a saudação nazista, e o braço de Luke Skywalker em 'Guerra nas Estrelas', que funciona sem nenhum problema assim que é conectado. Creio que precisaremos ainda de muitos anos para conectar todas as peças necessárias a produzir um braço capaz de funcionar normalmente".

17:04
Anónimo disse...
A Espanha disse neste sábado que está preparando uma reclamação oficial contra a decisão da Venezuela de expulsar um membro do Parlamento Europeu que criticou o conselho eleitoral venezuelano.
Luis Herrero, membro do partido conservador espanhol PP, foi deportado na sexta-feira depois que o Conselho Nacional Eleitoral (CNE) o acusou de questionar a imparcialidade da instituição antes de um referendo que pode permitir ao presidente Hugo Chávez permanecer no cargo indefinidamente.

Herrero estava na Venezuela como observador do referendo. Ele acusou Chávez de ter "comportamentos típicos de um ditador" por pedir a contenção de manifestações da oposição.

O governo da Espanha convocou um encontro com o embaixador da Venezuela em Madri para expressar a desaprovação sobre a expulsão de Herrero, disse um representante do Ministério das Relações Exteriores espanhol.

As relações da Venezuela com a Espanha tiveram seu ponto crítico em 2007, quando Chávez ameaçou rever acordos diplomáticos e comerciais depois de ouvir um "cala a boca" do rei espanhol Juan Carlos durante uma cúpula.

A fenda foi oficialmente reparada em 2008, com uma visita oficial de Chávez à Espanha, onde ele cumprimentou o rei e discutiu acordos para investimento no setor petroquímico com o primeiro-ministro José Luis Rodriguez Zapatero.

17:06
Anónimo disse...
A polícia do Zimbábue anunciou neste sábado que acusa de traição Roy Bennett, dirigente do até agora opositor Movimento para a Mudança Democrática (MDC), detido na sexta-feira, em Harare, poucas horas antes da cerimônia de posse dos membros do novo gabinete.

"A Polícia nos informou que vão apresentar acusações de traição", disse à agência EFE o advogado de defesa de Bennett, Trust Maanda.

"Tentam relacionar Roy com o caso de Mike Hitschmann, que foi detido em 2006 em relação à descoberta de um carregamento de armas, apesar de que Hitschmann não tenha sido declarado culpado das acusações de traição apresentadas contra ele, mas de um crime menor de descumprimento de leis", disse Maanda.

O político opositor, designado por seu partido como vice-ministro de Agricultura no Governo de união nacional, esteve no exílio na vizinha África do Sul desde 2006 e retornou ao Zimbábue há duas semanas.

Segundo a Polícia, que deteve Bennett ontem no aeroporto de Harare quando pretendia ir à África do Sul para visitar sua família, as armas apreendidas em 2006 seriam utilizadas em um golpe de Estado para derrubar o presidente do Zimbábue, Robert Mugabe.

Depois da detenção, Bennet foi levado a Mutar, onde vários simpatizantes do MDC se concentraram em frente à delegacia na qual estava detido, diante do que a Polícia respondeu com tiros para o alto para dispersar os manifestantes.

17:07
Anónimo disse...
Austrália: 14 mil se candidatam a 'emprego dos sonhos'

A secretaria de Turismo de Queensland, na Austrália, informou que até esta segunda-feira já recebeu cerca de 14 mil inscrições para o "o melhor emprego do mundo". O Estado australiano promove pela internet seleção para vaga de "zelador" da ilha Hamilton, por seis meses com um salário de R$ 40 mil.

Muitos candidatos tiveram problemas durante a inscrição por conta dos acessos simultâneos ao site. A secretaria aconselha enviar os vídeos de 60s explicando porque deve ser escolhido em horários alternativos do dia, além de recomendar tamanho em torno de 40MB.

As inscrições começaram em 12 de janeiro e vão até o próximo dia 22 e podem ser feitas pelo site www.islandreefjob.com. O governo australiano escolherá 50 candidatos para a próxima fase da seleção, que terá votos do público para eleger um dos 11 finalistas.

A última fase terá entrevistas e desafios físicos, no próprio local de trabalho: as ilhas da Grande Barreira Coralina - o maior recife de coral do mundo. A secretaria de Turismo anunciará o vencedor no dia 6 de maio.

17:09
Anónimo disse...
Mercado elogia governo na crise, mas pede maior queda no juro

Peter Fussy
Direto de São Paulo

Desde as primeiras medidas anunciadas para combater os efeitos da crise, o governo brasileiro avisou que a estratégia não contemplaria um pacote. Seriam doses pontuais, de acordo com a necessidade da economia diante do agravamento das turbulências. Da primeira liberação dos depósitos compulsórios em setembro até a ampliação do seguro-desemprego na última quarta-feira, o governo passou por redução de impostos, ampliação de crédito e incentivos à exportação. Quase 150 dias após a primeira medida, o Terra conversou com líderes do setor público e privado, representantes dos trabalhadores, acadêmicos e com o próprio governo para saber quais destas ações foram mais eficazes, quais foram mais ineficientes e o que mais pode ser feito pelo Estado brasileiro contra a crise.

Os maiores elogios foram direcionados à atitude de reduzir o Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) para a indústria automobilística, anunciada em dezembro e que fez com que os emplacamentos de carros novos subissem 1,9% no primeiro mês do ano em relação a dezembro de 2008. Já as maiores críticas foram para a lentidão no corte da taxa básica de juro do País.

Para o presidente do conselho administrativo do Grupo Pão de Açúcar, Abílio Diniz, o Estado não é responsável pela crise e mesmo assim está agindo "com extrema serenidade e muito acerto". "O governo está atento, fazendo a sua parte. É preciso coragem de baixar firmemente a taxa de juros. É uma arma que temos a nosso favor, já que não há clima para inflação, nem possibilidade de danos para a macroeconomia", afirmou Diniz.

Na última reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), em janeiro, a taxa Selic foi reduzida em um ponto percentual, de 13,75% para 12,75% ao ano. Porém, o professor de economia da Universidade de Brasília (UnB) José Luiz Oreiro lembra que este corte representa uma redução de apenas 0,25 ponto percentual com relação à taxa de setembro do ano passado, quando a crise se agravou.

"Pouco antes da eclosão da crise, o Banco Central aumentou a taxa em 0,75 ponto. Foram cinco meses de demora para reduzir em termos líquidos apenas 0,25 ponto", afirmou o economista, que também sugeriu redução do intervalo de cerca de 90 dias entre as reuniões do Copom e o corte de pelo menos um 1 ponto percentual em cada reunião.

Mesmo com o corte de janeiro, a taxa de juros real continua sendo a maior do mundo, lembrou o secretário-geral da Força Sindical, João Carlos Gonçalves, o Juruna. "A redução da taxa de juro ainda é pequena, porque ela continua uma das mais altas do mundo. Falta ousadia para baixar os juros e ajudar o cidadão. A permanência da taxa de juro alta é negativa para o País em meio a crise", afirmou Juruna.

Embora aprove as ações do governo, o senador Aloízio Mercadante (PT-SP) também acredita que o patamar da Selic está muito alto. "Sempre fomos os primeiros a entrar em qualquer crise, o que não aconteceu agora. A taxa Selic ainda é muito alta, mas o governo têm tomado medidas acertadas, como o aumento do salário mínimo, mesmo com um cenário de crise. Isso ajuda a movimentar o consumo. O governo está se esforçando para manter os investimentos e o crescimento", disse.

Tributos
De acordo com o economista Fabio Pina, da Fecomercio-SP, as ações mais positivas estão relacionadas à redução de tributos para alguns segmentos, como a indústria automobilística, que recuperou parte da queda nas vendas em janeiro com a isenção do IPI para carros 1.0 l e o corte para demais motorizações. A medida vale até o final de março.

"Essas medidas não só reduziram o preço, mas anteciparam o consumo daqueles que iriam comprar no futuro, dando um prêmio por conta da insegurança. Mexe diretamente com o principal problema que é a confiança do consumidor", afirmou. Juruna destacou que um bom ritmo de vendas é garantia de emprego. "É importante porque cada emprego na montadora significa 19 na cadeia produtiva", comentou o representante da Força Sindical.

Também em dezembro, o governo decidiu cortar pela metade a alíquota do Imposto de Renda para contribuintes que ganham entre R$ 1.434 e R$ 2.150 mensais. "O salário aumentava e a tabela não se modificava. As pessoas ganhavam mais e pagavam mais impostos", apontou Juruna. Outra redução de tributos do governo foi com relação ao Imposto sobre Operações Financeiras (IOF), que caiu de 3% ao ano para 1,5%.

Crédito
Na segunda metade de 2008, o colapso de bancos nos Estados Unidos por conta da crise do subprime provocou uma forte restrição de crédito no mundo inteiro. Uma das primeiras medidas anticrise do governo teve como objetivo restabelecer a oferta, com mudanças no recolhimento dos depósitos compulsórios por parte dos bancos. Segundo o presidente do Banco Central, Henrique Meirelles, as diversas modificações liberaram US$ 99,2 bilhões aos bancos até o final de janeiro.

Além disso, o governo concedeu R$ 36 bilhões das reservas internacionais para empresas brasileiras com dívidas no exterior e uma medida provisória autorizou o Banco do Brasil e a Caixa Econômica Federal a comprar carteiras de crédito de bancos privados. Para o diretor do Departamento de Pesquisas e Estudos Econômicos da Fiesp, Paulo Francini, estas medidas foram essenciais para combater os efeitos da crise.

"A crise se desenvolve no mundo em torno do tema crédito. E o crédito reduziu-se barbaridade no mundo. Então o governo lança mão de compulsório, lança mão de reservas, de medidas que permitem aos bancos comprar carteiras de bancos. Você vai tomando várias medidas para atender às demandas e o epicentro disso é crédito", afirmou.

No entanto, Oreiro, da UnB, adverte que a liberação dos compulsórios seria mais eficiente acompanhada de redução mais agressiva da taxa básica de juro. "Uma parte do crédito voltou, depois da forte retração em outubro e novembro. O que deveria ter sido feito junto à liberação do compulsório era uma redução mais drástica da taxa de juro. Sem isso, os bancos pegam as reservas e acabam comprando títulos públicos", explicou o economista.

Na opinião de Pina, as ações de distribuição de crédito via redução do compulsório e a disposição de capital de giro para empresas foram tomadas sem um cuidado maior na operação e não tiveram muito efeito. "O BNDES tem linhas que ficam paradas quase todo o ano, agora é pior ainda. Existem os recursos, mas as empresas e os bancos estão desconfiados. É preciso fazer com que os bancos tenham interesse em emprestar", afirmou o economista da Fecomercio-SP.

Futuro
Mesmo com todas essas medidas, a crise financeira ainda gera incertezas nos setores produtivos do País. Nos últimos meses, o medo do desemprego fez os consumidores adiarem compras. Por sua vez, a queda nas vendas pode obrigar as indústrias a cortarem a produção e demitir funcionários. Contra isso, empresários sugerem redução de jornada e de salários.

"Isto está previsto em lei. A Fiesp simplesmente manteve conversações com entidades sindicais quanto à aplicação daquilo que já está previsto em lei", afirmou Francini.

Segundo a ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff, uma das medidas que assegura um nível de emprego é a manutenção de investimentos no Programa de Aceleração do Crescimento (PAC). "Estamos esperando que a dificuldade ocorra em janeiro, fevereiro e março. Estamos certos que vamos manter o nível de investimento. É isso que funciona, é isso que significa investimento público. Ele funciona como um colchão. Por isso, nós colocamos R$ 100 bilhões no BNDES e a Petrobras ampliou o seu investimento em R$ 120 bilhões", afirmou.

Na mesma linha, Pina explica que a antecipação de gastos do governo substitui parte da demanda retraída do setor privado. "Ele dá o seguinte recado: não vou estourar as contas públicas, mas concentrar em um momento em que a demanda privada está pequena. Mas o governo não tem fôlego suficiente para fazer o papel de toda demanda", ressaltou. O economista da Fecomercio lembrou que a entidade já pleiteou junto ao governo isenções para transferência de imóveis e de automóveis, além de retirar o IPVA para veículos novos.

Já Oreiro foca suas propostas na capitalização do Banco do Brasil e da Caixa Econômica Federal pelo Tesouro para atender a demanda de crédito para capital de giro e reduzir o spread. "Aumentando o empréstimo e reduzindo as taxas, os dois vão forçar os bancos privados a acompanhar o movimento, até para não perderem participação no mercado", explicou o economista da UnB.

Até o Carnaval, o governou prometeu detalhar um pacote de incentivos para a construção de até um milhão de casas populares, direcionado a famílias com renda de até dez salários mínimos. "Estamos atentos a tudo o que está acontecendo e novas medidas serão tomadas caso haja uma avaliação de que sejam necessárias", disse o ministro da Fazenda, Guido Mantega, na última sexta-feira.

17:11
Anónimo disse...
Ex-ministro critica extensão do seguro-desemprego

Atualizada às 09h03

O ex-ministro do Trabalho Almir Pazzianotto criticou a decisão do governo federal de conceder o seguro-desemprego estendido a apenas alguns setores. "É certamente odioso e provavelmente inconstitucional", disse Pazzianotto, de acordo com o jornal O Estado de S. Paulo.

Na última qurta, dia do anúncio da medida, centrais sindicais elogiaram a atitude do governo. A Força Sindical divulgou nota dizendo que "o aumento ajudará a aquecer parte da economia, já que irá gerar mais consumo, produção e conseqüentemente, a criação de novos postos de trabalho". A União Geral dos Trabalhadores (UGT) afirmou que a medida "contribuirá para minimizar o drama dos trabalhadores que perderem seu emprego por conta da crise".

O ex-ministro, que instituiu o seguro-desemprego no País no governo de José Sarney, destacou a necessidade de as centrais sindicais se manifestarem contra a determinação. Para ele, as mudanças devem ser aplicadas a todas as categorias profissionais e a distinção é contrária ao artigo 3º da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT).

Pazzianotto atribui a medida a um possível temor do governo de que a crise econômica seja longa e não haja dinheiro para atender a todas as necessidades. Ainda assim, ele se mostra contrário ao método de concessão. "O seguro-desemprego ajuda a sanar necessidades básicas. Estendê-lo é paliativo, não a solução", disse ao jornal.

De acordo com o presidente do Conselho Deliberativo do Fundo de Amparo ao Trabalhador (Codefat) e conselheiro da Força Sindical, Luiz Fernando Emediato, a determinação já estava prevista na lei 8.900/94, que trata do seguro-desemprego.

O presidente da Comissão de Trabalho da Câmara, Pedro Fernandes (PTB-MA) vai além na crítica à concessão do seguro para apenas alguns setores. Ele acredita que a ampliação do benefício estimula o desemprego.

Quintino Severo, secretário geral da Central Única dos Trabalhadores (CUT), lembra que a ampliação do benefício sem critério e identificação pode incentivar demissões em outros setores.

17:13
Anónimo disse...
Empresas
TAM faz promoção para destinos internacionais

A companhia aérea TAM anunciou nesta sexta-feira tarifas promocionais para trechos internacionais. Os preços valem para bilhetes comprados entre 6h deste sábado e 23h59 deste domingo e são válidos para classe econômica. As tarifas, para ida e volta, serão vendidas a partir de US$ 99, mais taxas.

Segundo a aérea, a promoção vale para viagens feitas no período de 14 de fevereiro a 18 de junho de 2009. Para destinos na América do Sul, a permanência mínima é de dois dias; para bilhetes com destino nos Estados Unidos, cinco dias; e Europa, sete dias. A permanência máxima para as passagens para América do Sul e EUA é de dois meses e para Europa, três meses.

Entre os exemplos de tarifas promocionais, a TAM oferece São Paulo-Lima por US$ 99. Bilhetes para a rota São Paulo-Santiago serão vendidos a partir de US$ 199 e São Paulo-Nova York, US$ 799.

A emissão dos bilhetes deve ser feita obrigatoriamente no ato da reserva, obedecendo às regras estipuladas pela companhia. A compra está sujeita à disponibilidade de assentos nas classes tarifárias determinadas, trechos, horários e datas. A TAM afirmou que também há tarifas promocionais para a classe executiva.

Mais informações podem ser encontradas no site promocional (www.ofertastam.com.br), no site da empresa (www.tam.com.br) ou pelos telefones 4002-5700 ou 0800 5705700.

17:13
Anónimo disse...
Empresas
Consultoria negocia compra do parque temático Hopi Hari

A consultoria especializada em reestruturação de empresas Íntegra Associados informou nesta sexta-feira ter um acordo para comprar o parque de diversões Hopi Hari, localizado no interior de São Paulo. A empresa estaria disposta a investir R$ 10 milhões no parque, que tem dívida estimada em R$ 800 milhões. As informações são da edição deste sábado do jornal Folha de S. Paulo.

De acordo com o jornal, a transação ainda depende da negociação entre o Hopi Hari e seus credores, o que já estaria em andamento.

A consultoria paulista já atuou junto à Parmalat, durante 30 meses, quando reorganizou a gestão da empresa italiana.

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17:14
Anónimo disse...
Empresas
Disney de Tóquio contratará mais 2 mil apesar da crise


A Oriental Land, o operador da Disneylândia Tóquio e DisneySea, organizou neste domingo entrevistas para contratar cerca de 2 mil trabalhadores em tempo parcial, em um momento de grandes demissões deste tipo de empregados no Japão.

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O operador deste parque temático, situado em Urayasu, na província de Chiba (leste de Tóquio), está em pleno processo de seleção de empregados para 20 tipos de postos trabalhistas diferentes.

Segundo a companhia, citada pela agência local de notícias Kyodo, o parque contratará novos trabalhadores para as atrações, para os restaurantes e guardas de segurança entre outros. Os novos contratados começarão a trabalhar a partir de fevereiro.

O processo de seleção acontece em um momento em que a maioria das grandes companhias japonesas começaram a se ver obrigadas a despedir uma elevada percentagem de seus trabalhadores temporários e a tempo parcial.

Algumas inclusive anunciaram demissões de seus trabalhadores fixos, uma medida muito pouco comum nas companhias japonesas, perante os efeitos piores que o esperado pela crise econômica global.

Cerca de uma centena de pessoas esperavam desde a primeira hora desta manhã a abertura do centro de conferências Tokyo International Forum, onde as entrevistas estão sendo feitas, para ser os primeiros a solicitar os postos de trabalho.


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17:15
Anónimo disse...
Economia Internacional
Senado dos EUA aprova plano de estímulo à economia

O Senado dos Estados Unidos aprovou com 60 votos a favor e 38 contra o plano de estímulo à economia de US$ 787 bilhões na madrugada deste sábado. Agora, ele segue para sanção ou veto do presidente Barack Obama, que espera colocar a lei em prática até o dia 16 de fevereiro.

O plano prevê a criação de três milhões de empregos, inclui cortes de impostos às famílias, fundos para programas sociais e obras públicas, além de ajuda aos governos estaduais, estudantes e desempregados.

A cláusula Buy American - que exige o uso de ferro, aço e produtos manufaturados dos Estados Unidos em obras realizadas com recursos do pacote - ficou de lado. Segundo o texto definitivo, a cláusula será aplicada sem violar as normas do comércio internacional.

Ontem à tarde, a Câmara de Representantes (deputados) havia aprovado, por 246 votos a favor e 183 contra, a versão final do plano. Todos os republicanos foram contrários ao pacote.

Pelo acordo de quarta-feira entre Câmara e Senado, em vez de custar US$ 819 bilhões, como queriam os deputados, ou US$ 838 bilhões como pretendiam os senadores, o pacote ficou em cerca de US$ 787 bilhões, com 65% desse total destinado a gastos do governo federal e 35%, a créditos tributários.

17:16
Anónimo disse...
Economia nacional
Na era Lula, aposentadoria sobe 54% menos que salário mínimo

Thatiane Faria
Especial para o Terra
Direto de São Paulo

Os índices de reajustes concedidos pelo governo em 2009 para aposentados e pensionistas e para o salário mínimo repetiram uma diferença que, só durante o governo de Luiz Inácio Lula da Silva, já chega a 54%. Enquanto o mínimo foi majorado em 12% este ano, as pensões e aposentadorias tiveram aumento de 5,92%. Aposentados que têm o benefício do governo como única fonte de renda reclamam que perdem poder de compra e que sua cesta de compras é composta por itens que aumentam mais em relação à inflação oficial.

Um exemplo prático pode ser entendido a partir da comparação entre um aposentado que ganhava R$ 600 em janeiro de 2003. Na época, o benefício era três vezes, ou 200%, maior que o valor do mínimo em vigência, que era de R$ 200. Aplicando-se os índices de reajuste para aposentadorias e para o mínimo durante os últimos seis anos, o mesmo aposentado estaria recebendo hoje R$ 938,47, comparado a um salário mínimo de R$ 465. A diferença entre os dois valores caiu para pouco mais de 100%.

Enquanto o índice acumulado de reajuste para a aposentadoria durante o governo Lula foi de 60%, para o salário mínimo está em 132%.

O diretor do Sindicato Nacional dos Aposentados, João Inocentini, reclama que os valores dos benefícios para aposentadorias não mantêm o poder de compra do grupo, principalmente dos aposentados que recebem menos que dez salários mínimos.

Nem mesmo o fato de o índice de reajuste das aposentadorias ter ficado acima da inflação acumulada no mesmo período (o IPCA entre janeiro de 2003 e janeiro de 2009 foi de 39,7%) serve de argumento, segundo os aposentados.

"Os idosos, principalmente, têm gastos além das contas gerais como gás, telefone e aluguel. Para eles o custo com remédios, e outros itens da área saúde costuma ser maior", afirmou Inocentini.

O presidente do sindicato afirmou que o grupo realiza um estudo com 100 itens de necessidade de um idoso para comparar o aumento dos produtos com o índice de reajuste do benefício recebido pelos aposentados.

"Daqui dois meses vamos abrir um processo na Justiça e levar essa pesquisa como prova. Segundo a lei, o governo é obrigado a manter o poder de compra com a aposentadoria", disse Inocentini.

Alternativas
O consultor financeiro Cláudio Boriola diz que os aposentados, especialmente nesse momento de crise econômica, devem evitar compras parceladas, pesquisar preços, negociar e fazer bom planejamento financeiro.

Segundo Boriola, alguns aposentados ganham um valor mensal muitas vezes insuficiente para o pagamento das contas e acabam pedindo crédito ou realizando pagamentos a prazo e são obrigados a pagar juros altos.

Na opinião do consultor, pagar uma previdência privada é uma alternativa indicada para quem ainda trabalha, considerando a característica de perda de poder de compra da aposentadoria.

"Na prática, infelizmente os valores encontram-se em um patamar que está deteriorando o poder de aquisição da população brasileira", completou Boriola.

De acordo com o diretor da Confederação Brasileira de Aposentados e Pensionistas (Cobap), Vicente Fernandes Barbosa, representantes dos aposentados tentarão um encontro com o presidente da Câmara, deputado Michel Temer (PMDB-SP), para discutir projetos que minimizem a perda dos aposentados

17:17
Anónimo disse...
Previdência
Previdência prorroga isenção de tarifas no benefício

O atual sistema de pagamento aos 26 milhões de aposentados e pensionistas do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) será mantido até o final deste ano. O acordo, que permite realizar a operação sem nenhum custo aos beneficiários, foi renovado nesta sexta-feira, entre o governo federal e 21 instituições financeiras.

Por meio desse acordo, vigente desde setembro de 2007, nem os segurados, nem os bancos e nem o governo arcam com o pagamento de tarifas, conforme explicou o ministro da Previdência Social, José Pimentel. A prorrogação vale até dezembro, data máxima para que a Previdência defina as regras para um novo contrato.

Ao assinar o termo de renovação, na sede da Federação Brasileira dos Bancos (Febraban), o ministro disse que a intenção do governo é mudar o atual modelo de gestão visando a reduzir os custos dessas operações em torno da folha mensal, que atinge R$ 15,8 bilhões. No entanto, qualquer alteração, conforme explicou, passará antes por audiências públicas a serem realizadas a partir do segundo semestre deste ano, atendendo a determinação do Tribunal de Contas da União (TCU).

De acordo com Pimentel, com um redesenho do mecanismo de repasse dos recursos aos bancos em torno da folha de pagamento dos segurados o que se busca é um aumento da participação de instituições financeiras. Ele informou que, desde 2007, cada benefício custa em média R$ 1,07 ao governo. "Quanto mais instituições financeiras estiverem prestando serviços à sociedade, maior é a competitividade, a agilidade no atendimento", justificou.

O ministro observou, ainda, que, para permitir uma redução para algo em torno de meia hora no tempo de atendimento para a concessão dos direitos previdenciários, o governo investiu R$ 280 milhões.

Questionado sobre o descontentamento dos segurados que ganham acima de um salário mínimo terem obtido apenas a correção com base na variação do Índice de Preços ao Consumidor (INPC) , ficando abaixo do reajuste dado a quem recebe apenas o mínimo, Pimentel argumentou que o governo seguiu o que determina a lei e descartou a possibilidade de uma revisão

17:17
Anónimo disse...
Empresas
Caterpillar oferece aposentadoria antecipada a 2 mil


A companhia americana Caterpillar ofereceu a cerca de dois mil funcionários incentivos para que se aposentem de forma voluntária antes do previsto, pela perspectiva de uma queda "significativa" da atividade industrial, informou nesta quarta-feira a empresa.

A iniciativa, destinada aos trabalhadores de diversas fábricas em Illinois, Colorado, Tennessee e Pensilvânia, se soma aos cortes de empregos anunciados em janeiro, explicou em comunicado de imprensa.

A empresa, a maior fabricante mundial de maquinaria pesada para a construção e a mineração, acrescentou que, "em função das condições de negócio, podem ser necessárias mais reduções de elenco voluntárias e involuntárias à medida que o ano avança".

O vice-presidente da companhia, Sid Banwart, explicou que a empresa prevê "demissões significativas em todas as regiões geográficas e na maioria dos setores devido às dificuldades da economia mundial".

17:18
Anónimo disse...
Comércio
Comércio exterior da OCDE caiu no 3º trimestre de 2008


As exportações e as importações dos países da Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Econômico (OCDE) caíram 1,6% e 0,2%, respectivamente, no terceiro trimestre de 2008, em relação aos três meses anteriores.

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Trata-se da primeira queda destas atividades desde o terceiro trimestre de 2006, segundo o último relatório trimestral sobre fluxos comerciais divulgado pela OCDE.

As exportações e as importações em dólares dos 30 Estados-membros caíram 15,6% e 17%, respectivamente, na comparação anualizada.

Por sua vez, o comércio dos sete países mais ricos do mundo (G7) teve um pequeno crescimento no terceiro trimestre de 2008 com uma queda das exportações de mercadorias de 0,2% em relação ao trimestre anterior e um aumento de 0,4% das importações.

Em termos anualizados, as importações do G7 caíram 1,4% entre julho e setembro do ano passado, seu primeiro retrocesso desde o terceiro trimestre de 2006, enquanto as exportações aumentaram 1,9%, seu crescimento mais baixo no mesmo tempo.

Por países, a Alemanha aumentou suas importações em 3,4% - valor mais alto do G7 -, enquanto suas exportações caíram 2,9% do segundo para o terceiro trimestre de 2008.

Pelo contrário, as exportações americanas aumentaram 1,8% entre julho e setembro de 2008, enquanto as importações caíram 0,7% em relação ao trimestre anterior. No Japão, tanto as importações quanto as exportações caíram em torno de 1% no mesmo período.

17:19
Anónimo disse...
Economia Nacional
Lula: juros de crédito consignado a aposentados são altos

Atualizada às 17h29

O presidente Luis Inácio Lula da Silva afirmou nesta terça-feira, em São Paulo, que está lutando para reduzir as taxas de juros cobradas de aposentados em crédito consignado. A Previdência Social estabelece uma taxa máxima de 2,5% para empréstimo e de 3,5% para cartão. Para Lula, os valores são altos.

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"Acho que o juro que os aposentados estão pagando hoje com o crédito consignado é alto para o padrão brasileiro", disse o presidente durante a cerimônia de comemoração dos 86 anos do INSS.

A Previdência anunciou nesta terça-feira que aposentados e trabalhadoras com licença-maternidade poderão receber seus benefícios em 30 minutos. De acordo com Lula, em junho, a aposentadoria do trabalhador rural também será conseguida em meia hora.

Além disso, o presidente anunciou que, também em junho, os trabalhadores que alcançarem o direito à aposentadoria passarão a receber em suas casas um comunicado da Previdência informando o fato e o valor do salário que têm direito a receber. "É um comprometimento público que estou fazendo com os companheiros da Previdência Social", disse.

"Estamos retribuindo ao contribuinte da Previdência Social aquilo que é a cidadania que ele tem direito", afirmou Lula. "Se para cobrar nós somos tão precisos, para devolver o dinheiro, temos que chegar próximo à perfeição", completou.

17:20
Anónimo disse...
Economia Nacional
Salário maternidade sairá em 30 minutos, diz ministro

Toda trabalhadora autônoma que tiver contribuído pelo menos 10 meses com o Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) - ou as que possuírem carteira assinada - poderão receber em 30 minutos o salário maternidade a partir desta terça-feira. Da mesma forma, as mulheres com 30 anos de contribuição e os homens com 35 anos também terão direito ao benefício de forma mais rápida. A informação é do ministro da Previdência Social, José Pimentel.

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Para requerer o salário maternidade, é preciso que as autônomas levem a carteira de identidade e o carnê de contribuição. As demais trabalhadoras devem apresentar a identificação e a carteira de trabalho. Desde o início do mês, a nova forma de análise para a concessão de benefícios foi adotada para a aposentadoria por idade do trabalhador urbano e agora foi estendida para o salário maternidade e por tempo de contribuição.

O ministro disse que a qualificação do serviço da previdência social é o reconhecimento do direito dos trabalhadores e da afirmação da cidadania.

"Até pouco tempo na cabeça do cidadão o serviço devia ser de péssima qualidade. Agora não, nós modificamos toda a legislação no mês de dezembro numa ação conjunta do Congresso Nacional com o governo federal. Estamos implantando e concedendo os benefícios em até 30 minutos", afirmou.

O ministro destacou que para conseguir se aposentar ou ter acesso à licença maternidade em 30 minutos, em primeiro lugar, é necessário que o cidadão esteja vinculado à Previdência, o que inclui 65% da população acima de 16 anos de idade.

"Depois bastar marcar pelo sistema 135 o dia e a hora do atendimento e levar a documentação. Se todos os dados necessários estiverem corretos o contribuinte será atendido em até 30 minutos, como vem sendo feito com as aposentadorias por idade desde o dia cinco de janeiro", explicou.

Pimentel disse ainda que em 90% das agências da previdência social o atendimento é marcado em até 48 horas. Nos grandes centros, entretanto existe um volume maior o que torna mais lento o processo.

"Estamos criando mais 715 agências até 2010, em todo o território nacional, para descentralizar o atendimento. Em 2008, atendemos 295 mil benefícios e aposentadorias por idade. Temos 4 mil pessoas por dia procurando e se aposentando por idade no território nacional. Este serviço será agilizado", concluiu.
17:25
Anónimo disse...
Giuseppe Englaro, pai de Eluana, a italiana que morreu na segunda-feira passada por desidratação, recusou uma grande soma de dinheiro de um conhecido fotógrafo italiano que queria retratar a filha em estado de coma, disse neste sábado o neurologista que atendia a mulher desde 1996, Carlo Defanti.

O neurologista, que participou hoje de uma conferência sobre eutanásia, disse que Englaro respeitou a vontade da filha, que, antes do acidente, tinha pedido que, se lhe ocorresse qualquer coisa irreversível, apresentasse sua imagem de quando estava em boas condições.

Antes de sofrer o acidente de trânsito, em 1992, Eluana viveu o coma de um amigo, Alessandro, o que causou forte impacto na italiana e a levou a fazer o pai prometer que não a deixasse viver em estado vegetativo, disse o próprio Giuseppe Englaro.

Defanti, que dissera que Eluana poderia viver de dez a 12 dias depois da suspensão da alimentação e da hidratação, disse que, como médico, tinha que reprovar esta afirmação.

"Não se pode sobreviver após três ou quatro dias sem líquido e, em particular, água em um corpo. Sabemos bem que, quando há um terremoto, após quatro dias é difícil encontrar sobreviventes".

Defanti ressaltou que Eluana "não falava, não se comunicava com o exterior" e que, após vários exames, "nos deparamos com uma moça que tinha perdido a consciência", porque estava com o córtex cerebral prejudicado.

Eluana foi enterrada na quinta-feira passada no túmulo da família na localidade de Paluzza, em Udine, após um funeral que não contou com a presença dos pais.

16:53
Anónimo disse...
Os bombeiros combatem neste sábado os incêndios na Austrália favorecidos pelo bom tempo, enquanto os deslocados encotram em seu retorno casas derruídas, carros queimados nas ruas e destruição.

Depois de sete dias desde que começaram os incêndios no Estado de Victoria, a lista de mortos chega a 181, os desaparecidos somam 50, os edifícios destruídos totalizam 1,834 mil e o terreno arrasado, principalmente florestas, ocupa uma área de 4,13 mil quilômetros quadrados.

As equipes de bombeiros, formadas por 4 mil profissionais de Victoria, de outras partes da Austrália e de países amigos, combateram hoje 12 focos fora de controle e nenhum representava uma ameaça direta para a população.

O subdiretor do Serviço de Bombeiros, Geoff Conway, disse que este tempo favorável, que se prolongará durante o domingo, permite consolidar as linhas de contenção e avançar na extinção das chamas.

Cinzas apareceram arrastadas por ventos do nordeste sobre Melbourne, onde habitam 3,8 milhões de pessoas, e as autoridades alertaram aos cidadãos do risco para a saúde de idosos, crianças e pessoas com problemas respiratórios.

O número de pessoas deslocadas - a Cruz Vermelha chegou a receber 7 mil - começou a cair com a abertura de algumas localidades atingidas.

Os incêndios, alguns criminosos, começaram em 7 de fevereiro, quando a região sul da Austrália estava há duas semanas sob uma onda de calor sem precedentes.

Na sexta-feira passada, a polícia acusou uma pessoa de ter provocado o incêndio que atingiu a localidade de Churchill e matou 21 pessoas.

16:55
Anónimo disse...
A primeira chuva em seis dias reduziu a ameaça de incêndios no Estado de Victoria, ao sul da Austrália. As autoridades, porém, advertiram que ainda existem 12 focos, mas que nenhum deles ameaça áreas povoadas.

Mais de quatro mil bombeiros, mil provenientes de outras partes do país e de outras nações, trabalham contra o fogo. Cerca de 600 veículos e 28 helicópteros e pequenos aviões estão sendo usados.


Eles conseguiram construir linhas de contenção para evitar os incêndios de Yarra e Maroondah se juntassem. Também foram controlados os incêndios abertos de Yea e Murrindindi, que ameaçavam as comunidades de Connellys Creek, Crystal Creek, Scrubby Creek e Native Dog Creek.

O número de mortos chegou a 181, mas as autoridades acreditam que as vítimas devem passar de 200, já que ainda há muitos desaparecidos.

16:55
Anónimo disse...
Aqui nesta coluna, na semana passada, tive a oportunidade de comentar sobre a recente visita do professor brasileiro Pedrinho Guareschi à Austrália. Não dei, porém, os fatos, pois semana passada o assunto era outro.

Hoje, porém, vamos a eles.

No último dia 4 de fevereiro, aconteceu o Seminário "Paulo Freire: Education and Liberation", organizado pelo centro de estudos latino-americanos da Universidade Nacional da Austrália, ou ANU, como é mais conhecida por aqui.

A ANU, para quem não sabe, está entre as 20 melhores universidades do mundo! E tem sede aqui em Camberra, capital da Austrália.

Na abertura do evento, o professor John Minns, diretor do centro latino-americano, ao dar boas-vindas ao público presente, lembrou ser aquele o primeiro seminário exclusivamente dedicado a Paulo Freire na Austrália.

Em seguida, convidou Pedrinho Guareschi, palestrante principal do Seminário, a fazer sua apresentação.

A plateia pode então conhecer, pelas palavras de Pedrinho, um pouco da obra e da vida de Freire, esse brasileiro de fé e valor, que sempre acreditou na educação, sobretudo dos menos favorecidos, analfabetos, como força libertadora.

Como não podia deixar de ser, os conceitos e ideias revolucionários de Paulo Freire, expostos com clareza por Pedrinho, despertaram o interesse e a curiosidade de plateia. A qual, deve-se notar, era na maioria de estudantes, mas de várias nacionalidades, sobretudo australianos e asiáticos.

Na continuação do programa do seminário, que se estendeu por dois dias, outros professores fizeram palestras sobre temas ligados à obra de Paulo Freire.

Interessante, por exemplo, saber que a professora Anne Hickling-Hudson, jamaicana que mora na Austrália há muitos anos (é professora da ANU), conheceu e trabalhou com Freire num workshop educacional durante a revolução na Ilha de Granada, em 1980, antes da invasão dos Estados Unidos...

Ou, então, a palestra da Professora Gerda Roelvink, da Nova Zelândia, que participou do Fórum Social de Porto Alegre em 2005. E essa participação transformou-se em tema de doutorado.

No dia 10, terça-feira passada, o padre Pedrinho Guareschi voltou a falar ao público australiano em grande auditório localizado no belíssimo campus da ANU. Desta vez, sobre a Teologia da Libertação.

Depois da palestra, John Minns mostrou o filme mexicano "O Crime do Padre Amaro", no qual um dos personagens é um padre católico praticante da Teologia da Libertação.

Mais uma vez, foi grande o intersse da platéia, que pode aprender e conhecer um pouco como se desenvolveu aquele importante movimento católico na América Latina.

Fica, assim, ao Pedrinho, bem como a outros brasileiros estudiosos e de bom coração que saem pelo mundo a divulgar aspectos importantes da cultura brasileira, o respeito e a homenagem desta coluna. E... aquele abraço!

16:57
Anónimo disse...
Amanda Kitts perdeu o braço esquerdo em um acidente de automóvel acontecido três anos atrás, mas hoje em dia ela joga futebol americano com seu filho de 12 anos de idade, troca fraldas e abraça as crianças nas três creches Kiddie Cottage que opera em Knoxville, Tennessee. Kitts, 40 anos, faz tudo isso com a ajuda de um novo tipo de braço artificial que se movimenta com mais facilidade do que outros aparelhos e que ela pode controlar utilizando apenas seus pensamentos.

"Eu sou capaz de mexer a mão, o pulso e o cotovelo ao mesmo tempo", diz. "Você pensa e os músculos se movem em seguida".

A recuperação que ela conseguiu resulta de um novo procedimento que vem atraindo crescente atenção porque permite que pessoas movam braços protéticos de forma mais automática do que faziam no passado, simplesmente utilizando nervos reaproveitados em seus cérebros.

A técnica, conhecida como "renervação muscular dirigida", envolve utilizar os nervos que restam depois da amputação de um braço e conectá-los a outro músculo do corpo, em geral no peito. Eletrodos são instalados sobre os músculos do peito, e operam como se fossem antenas. Quando a pessoa deseja mover o braço, o cérebro envia sinais que primeiro resultam em contração dos músculos do peito, os quais enviam um sinal ao braço protético, instruindo-se a se movimentar. O processo não requer mais esforços consciente do que a pessoa teria de exercitar caso ainda tivesse seu braço natural.

Na terça-feira, pesquisadores reportaram em estudo publicado pela versão online do Journal of the American Medical Association que haviam levado a técnica ainda mais à frente, tornando possível a execução de 10 movimentos de mão, pulso e cotovelo diferentes, o que representa uma substancial melhora com relação ao típico repertório protético, que em geral envolve apenas dobrar o cotovelo, girar o pulso e abrir a mão.

"Os novos métodos tiveram impacto dramático em nosso campo de trabalho", disse Stuart Harshbarger, engenheiro biomédico na Universidade Johns Hopkins e diretor do programa de pesquisa sobre próteses, financiado pelas forças armadas, que inclui o trabalho com essa técnica. "O método já está em uso por médicos e cirurgiões comuns em todo o país. A capacidade de controlar um membro protético bastante robusto que ele confere surpreendeu a todos pela qualidade".

Tipicamente, uma pessoa que tenha um braço protético só é capaz de executar alguns poucos movimentos, e muitas vezes com tamanha lentidão que isso só permite a ela atividades limitadas.

Há um motor separado para cada movimento, diz Gerald Loeb, professor de engenharia biomédica na Universidade do Sul da Califórnia, "e esses motores precisam ser controlados de maneira explícita", usualmente por um esforço consciente da pessoa para contrair músculos nas costas ou no bíceps.

"Essencialmente, até agora os pacientes controlavam apenas um motor de cada vez", diz Loeb, "e precisavam pensar cuidadosamente sobre que motor desejavam controlar e como fazê-lo operar, em lugar de simplesmente pensarem em mover o braço e poderem fazê-lo sem delongas".

Antes que Kitts passasse pelo procedimento de renervação, em outubro de 2007, por exemplo, ela precisava movimentar os músculos de suas costas de determinada maneira para fazer com que seu pulso girasse, e flexionar seu bíceps e tríceps para fazer com que o cotovelo se movesse para cima e para baixo. "Era muito trabalho", ela conta. "E não me ajudava muito".

O procedimento de renervação é parte de uma recente explosão de idéias novas e técnicas inovadoras que estão sendo exploradas enquanto os cientistas se esforçam por ajudar as pessoas a compensar melhor a perda de membros ou problemas de paralisia. O esforço vem sendo alimentado pelo aumento no número de amputações causado por diabetes e por ferimentos sofridos pelos militares, e ao mesmo tempo pelos avanços na tecnologia médica.

Os braços se tornaram um dos focos essenciais desse tipo de trabalho. A ciência há muito vem obtendo sucessos no desenvolvimento de próteses de perna, mas é muito mais difícil imitar a complexidade e a destreza das mãos e dos braços.

Os esforços em curso incluem o desenvolvimento de projetos de pele e braços mais sensíveis e mais flexíveis, e o uso de dispositivos acionados por controles sem fio implantado nos braços protéticos, que permitiriam movimentos mais naturais.

Os pesquisadores também vêm usando sensores implantados nos cérebros de cobaias para permitir que dois macacos controlem um braço mecânico, e um teste com um homem paralítico permitiu, com esse método, que ele movimentasse um cursor em uma tela de computador.

Alguns desses métodos, caso venham a ser aperfeiçoados plenamente e consigam aprovação das autoridades regulatórias da saúde, podem no futuro se tornar mais viáveis para os pacientes de amputações.

E embora a técnica da renervação não requeira aprovação das autoridades regulatórias porque é executada por meios cirúrgicos e emprega aparelhos já existentes, ela apresenta limitações que até mesmo seus criadores reconhecem, entre as quais o fato de que não se pode utilizá-la para todos os pacientes, o seu alto custo e o prazo de meses requerido para que os nervos reconectados cresçam e se tornem efetivos.

Ainda assim, os especialistas dizem que é o mais avançado sistema em uso hoje para pacientes reais que permite que o sistema nervoso controle diretamente o movimento de um braço artificial.

Desde sua introdução por Todd Kuiken, médico fisioterapeuta e engenheiro biomédico do Instituto de Reabilitação de Chicago, o método foi empregado em cerca de 30 pacientes nos Estados Unidos, Canadá e Europa, entre os quais oito soldados feridos no Iraque e no Afeganistão.

Muitos dos pacientes, entre os quais o primeiro, Jesse Sullivan, um operário do setor elétrico no Tennessee que perdeu os dois braços quando foi eletrocutado por um cabo, conseguem não apenas manipular seus braços protéticos mas sentir a presença das mãos que já não têm quando alguém toca em seus peitos.

Sullivan, 62 anos, e Kitts, estavam entre os cinco pacientes que participaram do estudo reportado na terça-feira. Em companhia de cinco outras pessoas que não passaram por amputações, eles receberam os eletrodos e foram instruídos a usar pensamentos para fazer com que um braço virtual na tela reproduzisse 10 movimentos diferentes, entre os quais três formas diferentes de aperto de mão.

Os pacientes apresentaram desempenho bastante respeitável, apenas um pouco mais lento e menos preciso do que os dos participantes que não tinham amputações.

"As velocidades de movimento que encontramos em nossos pacientes foram realmente encorajadoras", disse Kuiken. "Eles conseguiram completar a tarefa. É claro que não foram tão competentes quanto as pessoas dotadas de plena capacidade física, mas foram bons o bastante".

Um braço virtual foi usado porque a maioria das próteses existentes não era capaz de acomodar todos aqueles movimentos, no momento da pesquisa, ainda que Sullivan, Kitts e uma terceira paciente, Claudia Mitchell, tenham experimentado dois novos protótipos mais versáteis de braços artificiais, executando tarefas complexas com bolas de tênis e outros objetos.

O trabalho de renervação em soldados apresenta outros desafios, diz Kuiken, porque os ferimentos militares muitas vezes "causam danos muitos extensos" a nervos, músculos ou ossos.

Daniel Acosta, 25 anos, um aviador ferido pela detonação de uma bomba em uma estrada do Iraque em 2005, passou pelo procedimento no ano passado e diz que seu braço esquerdo protético agora se movimenta "muito mais rápido" e de maneira muito mais natural.

"A diferença é que agora não preciso mais pensar para mover o braço", ele diz. "Ele simplesmente se mexe".

Ainda assim, Acosta, de San Antonio, diz que "o processo foi bastante longo" e que os eletrodos precisam ser ajustados para receber os sinais à medida que os nervos crescem ou mudam de posição.

E embora elogiem o método, os especialistas afirmam que a ciência das próteses de braço ainda tem muito por avançar.

"Trata-se de uma parte crucial, mas ainda assim apenas uma parte, das muitas coisas que compreendem a função normal de um braço", disse Loeb, que escreveu um editorial que acompanha o artigo no Journal of the American Medical Association.

"No momento estamos a meio do caminho entre o braço de 'Dr. Fantástico', que fazia involuntariamente a saudação nazista, e o braço de Luke Skywalker em 'Guerra nas Estrelas', que funciona sem nenhum problema assim que é conectado. Creio que precisaremos ainda de muitos anos para conectar todas as peças necessárias a produzir um braço capaz de funcionar normalmente".

17:04
Anónimo disse...
A Espanha disse neste sábado que está preparando uma reclamação oficial contra a decisão da Venezuela de expulsar um membro do Parlamento Europeu que criticou o conselho eleitoral venezuelano.
Luis Herrero, membro do partido conservador espanhol PP, foi deportado na sexta-feira depois que o Conselho Nacional Eleitoral (CNE) o acusou de questionar a imparcialidade da instituição antes de um referendo que pode permitir ao presidente Hugo Chávez permanecer no cargo indefinidamente.

Herrero estava na Venezuela como observador do referendo. Ele acusou Chávez de ter "comportamentos típicos de um ditador" por pedir a contenção de manifestações da oposição.

O governo da Espanha convocou um encontro com o embaixador da Venezuela em Madri para expressar a desaprovação sobre a expulsão de Herrero, disse um representante do Ministério das Relações Exteriores espanhol.

As relações da Venezuela com a Espanha tiveram seu ponto crítico em 2007, quando Chávez ameaçou rever acordos diplomáticos e comerciais depois de ouvir um "cala a boca" do rei espanhol Juan Carlos durante uma cúpula.

A fenda foi oficialmente reparada em 2008, com uma visita oficial de Chávez à Espanha, onde ele cumprimentou o rei e discutiu acordos para investimento no setor petroquímico com o primeiro-ministro José Luis Rodriguez Zapatero.

17:06
Anónimo disse...
A polícia do Zimbábue anunciou neste sábado que acusa de traição Roy Bennett, dirigente do até agora opositor Movimento para a Mudança Democrática (MDC), detido na sexta-feira, em Harare, poucas horas antes da cerimônia de posse dos membros do novo gabinete.

"A Polícia nos informou que vão apresentar acusações de traição", disse à agência EFE o advogado de defesa de Bennett, Trust Maanda.

"Tentam relacionar Roy com o caso de Mike Hitschmann, que foi detido em 2006 em relação à descoberta de um carregamento de armas, apesar de que Hitschmann não tenha sido declarado culpado das acusações de traição apresentadas contra ele, mas de um crime menor de descumprimento de leis", disse Maanda.

O político opositor, designado por seu partido como vice-ministro de Agricultura no Governo de união nacional, esteve no exílio na vizinha África do Sul desde 2006 e retornou ao Zimbábue há duas semanas.

Segundo a Polícia, que deteve Bennett ontem no aeroporto de Harare quando pretendia ir à África do Sul para visitar sua família, as armas apreendidas em 2006 seriam utilizadas em um golpe de Estado para derrubar o presidente do Zimbábue, Robert Mugabe.

Depois da detenção, Bennet foi levado a Mutar, onde vários simpatizantes do MDC se concentraram em frente à delegacia na qual estava detido, diante do que a Polícia respondeu com tiros para o alto para dispersar os manifestantes.

17:07
Anónimo disse...
Austrália: 14 mil se candidatam a 'emprego dos sonhos'

A secretaria de Turismo de Queensland, na Austrália, informou que até esta segunda-feira já recebeu cerca de 14 mil inscrições para o "o melhor emprego do mundo". O Estado australiano promove pela internet seleção para vaga de "zelador" da ilha Hamilton, por seis meses com um salário de R$ 40 mil.

Muitos candidatos tiveram problemas durante a inscrição por conta dos acessos simultâneos ao site. A secretaria aconselha enviar os vídeos de 60s explicando porque deve ser escolhido em horários alternativos do dia, além de recomendar tamanho em torno de 40MB.

As inscrições começaram em 12 de janeiro e vão até o próximo dia 22 e podem ser feitas pelo site www.islandreefjob.com. O governo australiano escolherá 50 candidatos para a próxima fase da seleção, que terá votos do público para eleger um dos 11 finalistas.

A última fase terá entrevistas e desafios físicos, no próprio local de trabalho: as ilhas da Grande Barreira Coralina - o maior recife de coral do mundo. A secretaria de Turismo anunciará o vencedor no dia 6 de maio.

17:09
Anónimo disse...
Mercado elogia governo na crise, mas pede maior queda no juro

Peter Fussy
Direto de São Paulo

Desde as primeiras medidas anunciadas para combater os efeitos da crise, o governo brasileiro avisou que a estratégia não contemplaria um pacote. Seriam doses pontuais, de acordo com a necessidade da economia diante do agravamento das turbulências. Da primeira liberação dos depósitos compulsórios em setembro até a ampliação do seguro-desemprego na última quarta-feira, o governo passou por redução de impostos, ampliação de crédito e incentivos à exportação. Quase 150 dias após a primeira medida, o Terra conversou com líderes do setor público e privado, representantes dos trabalhadores, acadêmicos e com o próprio governo para saber quais destas ações foram mais eficazes, quais foram mais ineficientes e o que mais pode ser feito pelo Estado brasileiro contra a crise.

Os maiores elogios foram direcionados à atitude de reduzir o Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) para a indústria automobilística, anunciada em dezembro e que fez com que os emplacamentos de carros novos subissem 1,9% no primeiro mês do ano em relação a dezembro de 2008. Já as maiores críticas foram para a lentidão no corte da taxa básica de juro do País.

Para o presidente do conselho administrativo do Grupo Pão de Açúcar, Abílio Diniz, o Estado não é responsável pela crise e mesmo assim está agindo "com extrema serenidade e muito acerto". "O governo está atento, fazendo a sua parte. É preciso coragem de baixar firmemente a taxa de juros. É uma arma que temos a nosso favor, já que não há clima para inflação, nem possibilidade de danos para a macroeconomia", afirmou Diniz.

Na última reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), em janeiro, a taxa Selic foi reduzida em um ponto percentual, de 13,75% para 12,75% ao ano. Porém, o professor de economia da Universidade de Brasília (UnB) José Luiz Oreiro lembra que este corte representa uma redução de apenas 0,25 ponto percentual com relação à taxa de setembro do ano passado, quando a crise se agravou.

"Pouco antes da eclosão da crise, o Banco Central aumentou a taxa em 0,75 ponto. Foram cinco meses de demora para reduzir em termos líquidos apenas 0,25 ponto", afirmou o economista, que também sugeriu redução do intervalo de cerca de 90 dias entre as reuniões do Copom e o corte de pelo menos um 1 ponto percentual em cada reunião.

Mesmo com o corte de janeiro, a taxa de juros real continua sendo a maior do mundo, lembrou o secretário-geral da Força Sindical, João Carlos Gonçalves, o Juruna. "A redução da taxa de juro ainda é pequena, porque ela continua uma das mais altas do mundo. Falta ousadia para baixar os juros e ajudar o cidadão. A permanência da taxa de juro alta é negativa para o País em meio a crise", afirmou Juruna.

Embora aprove as ações do governo, o senador Aloízio Mercadante (PT-SP) também acredita que o patamar da Selic está muito alto. "Sempre fomos os primeiros a entrar em qualquer crise, o que não aconteceu agora. A taxa Selic ainda é muito alta, mas o governo têm tomado medidas acertadas, como o aumento do salário mínimo, mesmo com um cenário de crise. Isso ajuda a movimentar o consumo. O governo está se esforçando para manter os investimentos e o crescimento", disse.

Tributos
De acordo com o economista Fabio Pina, da Fecomercio-SP, as ações mais positivas estão relacionadas à redução de tributos para alguns segmentos, como a indústria automobilística, que recuperou parte da queda nas vendas em janeiro com a isenção do IPI para carros 1.0 l e o corte para demais motorizações. A medida vale até o final de março.

"Essas medidas não só reduziram o preço, mas anteciparam o consumo daqueles que iriam comprar no futuro, dando um prêmio por conta da insegurança. Mexe diretamente com o principal problema que é a confiança do consumidor", afirmou. Juruna destacou que um bom ritmo de vendas é garantia de emprego. "É importante porque cada emprego na montadora significa 19 na cadeia produtiva", comentou o representante da Força Sindical.

Também em dezembro, o governo decidiu cortar pela metade a alíquota do Imposto de Renda para contribuintes que ganham entre R$ 1.434 e R$ 2.150 mensais. "O salário aumentava e a tabela não se modificava. As pessoas ganhavam mais e pagavam mais impostos", apontou Juruna. Outra redução de tributos do governo foi com relação ao Imposto sobre Operações Financeiras (IOF), que caiu de 3% ao ano para 1,5%.

Crédito
Na segunda metade de 2008, o colapso de bancos nos Estados Unidos por conta da crise do subprime provocou uma forte restrição de crédito no mundo inteiro. Uma das primeiras medidas anticrise do governo teve como objetivo restabelecer a oferta, com mudanças no recolhimento dos depósitos compulsórios por parte dos bancos. Segundo o presidente do Banco Central, Henrique Meirelles, as diversas modificações liberaram US$ 99,2 bilhões aos bancos até o final de janeiro.

Além disso, o governo concedeu R$ 36 bilhões das reservas internacionais para empresas brasileiras com dívidas no exterior e uma medida provisória autorizou o Banco do Brasil e a Caixa Econômica Federal a comprar carteiras de crédito de bancos privados. Para o diretor do Departamento de Pesquisas e Estudos Econômicos da Fiesp, Paulo Francini, estas medidas foram essenciais para combater os efeitos da crise.

"A crise se desenvolve no mundo em torno do tema crédito. E o crédito reduziu-se barbaridade no mundo. Então o governo lança mão de compulsório, lança mão de reservas, de medidas que permitem aos bancos comprar carteiras de bancos. Você vai tomando várias medidas para atender às demandas e o epicentro disso é crédito", afirmou.

No entanto, Oreiro, da UnB, adverte que a liberação dos compulsórios seria mais eficiente acompanhada de redução mais agressiva da taxa básica de juro. "Uma parte do crédito voltou, depois da forte retração em outubro e novembro. O que deveria ter sido feito junto à liberação do compulsório era uma redução mais drástica da taxa de juro. Sem isso, os bancos pegam as reservas e acabam comprando títulos públicos", explicou o economista.

Na opinião de Pina, as ações de distribuição de crédito via redução do compulsório e a disposição de capital de giro para empresas foram tomadas sem um cuidado maior na operação e não tiveram muito efeito. "O BNDES tem linhas que ficam paradas quase todo o ano, agora é pior ainda. Existem os recursos, mas as empresas e os bancos estão desconfiados. É preciso fazer com que os bancos tenham interesse em emprestar", afirmou o economista da Fecomercio-SP.

Futuro
Mesmo com todas essas medidas, a crise financeira ainda gera incertezas nos setores produtivos do País. Nos últimos meses, o medo do desemprego fez os consumidores adiarem compras. Por sua vez, a queda nas vendas pode obrigar as indústrias a cortarem a produção e demitir funcionários. Contra isso, empresários sugerem redução de jornada e de salários.

"Isto está previsto em lei. A Fiesp simplesmente manteve conversações com entidades sindicais quanto à aplicação daquilo que já está previsto em lei", afirmou Francini.

Segundo a ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff, uma das medidas que assegura um nível de emprego é a manutenção de investimentos no Programa de Aceleração do Crescimento (PAC). "Estamos esperando que a dificuldade ocorra em janeiro, fevereiro e março. Estamos certos que vamos manter o nível de investimento. É isso que funciona, é isso que significa investimento público. Ele funciona como um colchão. Por isso, nós colocamos R$ 100 bilhões no BNDES e a Petrobras ampliou o seu investimento em R$ 120 bilhões", afirmou.

Na mesma linha, Pina explica que a antecipação de gastos do governo substitui parte da demanda retraída do setor privado. "Ele dá o seguinte recado: não vou estourar as contas públicas, mas concentrar em um momento em que a demanda privada está pequena. Mas o governo não tem fôlego suficiente para fazer o papel de toda demanda", ressaltou. O economista da Fecomercio lembrou que a entidade já pleiteou junto ao governo isenções para transferência de imóveis e de automóveis, além de retirar o IPVA para veículos novos.

Já Oreiro foca suas propostas na capitalização do Banco do Brasil e da Caixa Econômica Federal pelo Tesouro para atender a demanda de crédito para capital de giro e reduzir o spread. "Aumentando o empréstimo e reduzindo as taxas, os dois vão forçar os bancos privados a acompanhar o movimento, até para não perderem participação no mercado", explicou o economista da UnB.

Até o Carnaval, o governou prometeu detalhar um pacote de incentivos para a construção de até um milhão de casas populares, direcionado a famílias com renda de até dez salários mínimos. "Estamos atentos a tudo o que está acontecendo e novas medidas serão tomadas caso haja uma avaliação de que sejam necessárias", disse o ministro da Fazenda, Guido Mantega, na última sexta-feira.

17:11
Anónimo disse...
Ex-ministro critica extensão do seguro-desemprego

Atualizada às 09h03

O ex-ministro do Trabalho Almir Pazzianotto criticou a decisão do governo federal de conceder o seguro-desemprego estendido a apenas alguns setores. "É certamente odioso e provavelmente inconstitucional", disse Pazzianotto, de acordo com o jornal O Estado de S. Paulo.

Na última qurta, dia do anúncio da medida, centrais sindicais elogiaram a atitude do governo. A Força Sindical divulgou nota dizendo que "o aumento ajudará a aquecer parte da economia, já que irá gerar mais consumo, produção e conseqüentemente, a criação de novos postos de trabalho". A União Geral dos Trabalhadores (UGT) afirmou que a medida "contribuirá para minimizar o drama dos trabalhadores que perderem seu emprego por conta da crise".

O ex-ministro, que instituiu o seguro-desemprego no País no governo de José Sarney, destacou a necessidade de as centrais sindicais se manifestarem contra a determinação. Para ele, as mudanças devem ser aplicadas a todas as categorias profissionais e a distinção é contrária ao artigo 3º da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT).

Pazzianotto atribui a medida a um possível temor do governo de que a crise econômica seja longa e não haja dinheiro para atender a todas as necessidades. Ainda assim, ele se mostra contrário ao método de concessão. "O seguro-desemprego ajuda a sanar necessidades básicas. Estendê-lo é paliativo, não a solução", disse ao jornal.

De acordo com o presidente do Conselho Deliberativo do Fundo de Amparo ao Trabalhador (Codefat) e conselheiro da Força Sindical, Luiz Fernando Emediato, a determinação já estava prevista na lei 8.900/94, que trata do seguro-desemprego.

O presidente da Comissão de Trabalho da Câmara, Pedro Fernandes (PTB-MA) vai além na crítica à concessão do seguro para apenas alguns setores. Ele acredita que a ampliação do benefício estimula o desemprego.

Quintino Severo, secretário geral da Central Única dos Trabalhadores (CUT), lembra que a ampliação do benefício sem critério e identificação pode incentivar demissões em outros setores.

17:13
Anónimo disse...
Empresas
TAM faz promoção para destinos internacionais

A companhia aérea TAM anunciou nesta sexta-feira tarifas promocionais para trechos internacionais. Os preços valem para bilhetes comprados entre 6h deste sábado e 23h59 deste domingo e são válidos para classe econômica. As tarifas, para ida e volta, serão vendidas a partir de US$ 99, mais taxas.

Segundo a aérea, a promoção vale para viagens feitas no período de 14 de fevereiro a 18 de junho de 2009. Para destinos na América do Sul, a permanência mínima é de dois dias; para bilhetes com destino nos Estados Unidos, cinco dias; e Europa, sete dias. A permanência máxima para as passagens para América do Sul e EUA é de dois meses e para Europa, três meses.

Entre os exemplos de tarifas promocionais, a TAM oferece São Paulo-Lima por US$ 99. Bilhetes para a rota São Paulo-Santiago serão vendidos a partir de US$ 199 e São Paulo-Nova York, US$ 799.

A emissão dos bilhetes deve ser feita obrigatoriamente no ato da reserva, obedecendo às regras estipuladas pela companhia. A compra está sujeita à disponibilidade de assentos nas classes tarifárias determinadas, trechos, horários e datas. A TAM afirmou que também há tarifas promocionais para a classe executiva.

Mais informações podem ser encontradas no site promocional (www.ofertastam.com.br), no site da empresa (www.tam.com.br) ou pelos telefones 4002-5700 ou 0800 5705700.

17:13
Anónimo disse...
Empresas
Consultoria negocia compra do parque temático Hopi Hari

A consultoria especializada em reestruturação de empresas Íntegra Associados informou nesta sexta-feira ter um acordo para comprar o parque de diversões Hopi Hari, localizado no interior de São Paulo. A empresa estaria disposta a investir R$ 10 milhões no parque, que tem dívida estimada em R$ 800 milhões. As informações são da edição deste sábado do jornal Folha de S. Paulo.

De acordo com o jornal, a transação ainda depende da negociação entre o Hopi Hari e seus credores, o que já estaria em andamento.

A consultoria paulista já atuou junto à Parmalat, durante 30 meses, quando reorganizou a gestão da empresa italiana.

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17:14
Anónimo disse...
Empresas
Disney de Tóquio contratará mais 2 mil apesar da crise


A Oriental Land, o operador da Disneylândia Tóquio e DisneySea, organizou neste domingo entrevistas para contratar cerca de 2 mil trabalhadores em tempo parcial, em um momento de grandes demissões deste tipo de empregados no Japão.

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O operador deste parque temático, situado em Urayasu, na província de Chiba (leste de Tóquio), está em pleno processo de seleção de empregados para 20 tipos de postos trabalhistas diferentes.

Segundo a companhia, citada pela agência local de notícias Kyodo, o parque contratará novos trabalhadores para as atrações, para os restaurantes e guardas de segurança entre outros. Os novos contratados começarão a trabalhar a partir de fevereiro.

O processo de seleção acontece em um momento em que a maioria das grandes companhias japonesas começaram a se ver obrigadas a despedir uma elevada percentagem de seus trabalhadores temporários e a tempo parcial.

Algumas inclusive anunciaram demissões de seus trabalhadores fixos, uma medida muito pouco comum nas companhias japonesas, perante os efeitos piores que o esperado pela crise econômica global.

Cerca de uma centena de pessoas esperavam desde a primeira hora desta manhã a abertura do centro de conferências Tokyo International Forum, onde as entrevistas estão sendo feitas, para ser os primeiros a solicitar os postos de trabalho.


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17:15
Anónimo disse...
Economia Internacional
Senado dos EUA aprova plano de estímulo à economia

O Senado dos Estados Unidos aprovou com 60 votos a favor e 38 contra o plano de estímulo à economia de US$ 787 bilhões na madrugada deste sábado. Agora, ele segue para sanção ou veto do presidente Barack Obama, que espera colocar a lei em prática até o dia 16 de fevereiro.

O plano prevê a criação de três milhões de empregos, inclui cortes de impostos às famílias, fundos para programas sociais e obras públicas, além de ajuda aos governos estaduais, estudantes e desempregados.

A cláusula Buy American - que exige o uso de ferro, aço e produtos manufaturados dos Estados Unidos em obras realizadas com recursos do pacote - ficou de lado. Segundo o texto definitivo, a cláusula será aplicada sem violar as normas do comércio internacional.

Ontem à tarde, a Câmara de Representantes (deputados) havia aprovado, por 246 votos a favor e 183 contra, a versão final do plano. Todos os republicanos foram contrários ao pacote.

Pelo acordo de quarta-feira entre Câmara e Senado, em vez de custar US$ 819 bilhões, como queriam os deputados, ou US$ 838 bilhões como pretendiam os senadores, o pacote ficou em cerca de US$ 787 bilhões, com 65% desse total destinado a gastos do governo federal e 35%, a créditos tributários.

17:16
Anónimo disse...
Economia nacional
Na era Lula, aposentadoria sobe 54% menos que salário mínimo

Thatiane Faria
Especial para o Terra
Direto de São Paulo

Os índices de reajustes concedidos pelo governo em 2009 para aposentados e pensionistas e para o salário mínimo repetiram uma diferença que, só durante o governo de Luiz Inácio Lula da Silva, já chega a 54%. Enquanto o mínimo foi majorado em 12% este ano, as pensões e aposentadorias tiveram aumento de 5,92%. Aposentados que têm o benefício do governo como única fonte de renda reclamam que perdem poder de compra e que sua cesta de compras é composta por itens que aumentam mais em relação à inflação oficial.

Um exemplo prático pode ser entendido a partir da comparação entre um aposentado que ganhava R$ 600 em janeiro de 2003. Na época, o benefício era três vezes, ou 200%, maior que o valor do mínimo em vigência, que era de R$ 200. Aplicando-se os índices de reajuste para aposentadorias e para o mínimo durante os últimos seis anos, o mesmo aposentado estaria recebendo hoje R$ 938,47, comparado a um salário mínimo de R$ 465. A diferença entre os dois valores caiu para pouco mais de 100%.

Enquanto o índice acumulado de reajuste para a aposentadoria durante o governo Lula foi de 60%, para o salário mínimo está em 132%.

O diretor do Sindicato Nacional dos Aposentados, João Inocentini, reclama que os valores dos benefícios para aposentadorias não mantêm o poder de compra do grupo, principalmente dos aposentados que recebem menos que dez salários mínimos.

Nem mesmo o fato de o índice de reajuste das aposentadorias ter ficado acima da inflação acumulada no mesmo período (o IPCA entre janeiro de 2003 e janeiro de 2009 foi de 39,7%) serve de argumento, segundo os aposentados.

"Os idosos, principalmente, têm gastos além das contas gerais como gás, telefone e aluguel. Para eles o custo com remédios, e outros itens da área saúde costuma ser maior", afirmou Inocentini.

O presidente do sindicato afirmou que o grupo realiza um estudo com 100 itens de necessidade de um idoso para comparar o aumento dos produtos com o índice de reajuste do benefício recebido pelos aposentados.

"Daqui dois meses vamos abrir um processo na Justiça e levar essa pesquisa como prova. Segundo a lei, o governo é obrigado a manter o poder de compra com a aposentadoria", disse Inocentini.

Alternativas
O consultor financeiro Cláudio Boriola diz que os aposentados, especialmente nesse momento de crise econômica, devem evitar compras parceladas, pesquisar preços, negociar e fazer bom planejamento financeiro.

Segundo Boriola, alguns aposentados ganham um valor mensal muitas vezes insuficiente para o pagamento das contas e acabam pedindo crédito ou realizando pagamentos a prazo e são obrigados a pagar juros altos.

Na opinião do consultor, pagar uma previdência privada é uma alternativa indicada para quem ainda trabalha, considerando a característica de perda de poder de compra da aposentadoria.

"Na prática, infelizmente os valores encontram-se em um patamar que está deteriorando o poder de aquisição da população brasileira", completou Boriola.

De acordo com o diretor da Confederação Brasileira de Aposentados e Pensionistas (Cobap), Vicente Fernandes Barbosa, representantes dos aposentados tentarão um encontro com o presidente da Câmara, deputado Michel Temer (PMDB-SP), para discutir projetos que minimizem a perda dos aposentados

17:17
Anónimo disse...
Previdência
Previdência prorroga isenção de tarifas no benefício

O atual sistema de pagamento aos 26 milhões de aposentados e pensionistas do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) será mantido até o final deste ano. O acordo, que permite realizar a operação sem nenhum custo aos beneficiários, foi renovado nesta sexta-feira, entre o governo federal e 21 instituições financeiras.

Por meio desse acordo, vigente desde setembro de 2007, nem os segurados, nem os bancos e nem o governo arcam com o pagamento de tarifas, conforme explicou o ministro da Previdência Social, José Pimentel. A prorrogação vale até dezembro, data máxima para que a Previdência defina as regras para um novo contrato.

Ao assinar o termo de renovação, na sede da Federação Brasileira dos Bancos (Febraban), o ministro disse que a intenção do governo é mudar o atual modelo de gestão visando a reduzir os custos dessas operações em torno da folha mensal, que atinge R$ 15,8 bilhões. No entanto, qualquer alteração, conforme explicou, passará antes por audiências públicas a serem realizadas a partir do segundo semestre deste ano, atendendo a determinação do Tribunal de Contas da União (TCU).

De acordo com Pimentel, com um redesenho do mecanismo de repasse dos recursos aos bancos em torno da folha de pagamento dos segurados o que se busca é um aumento da participação de instituições financeiras. Ele informou que, desde 2007, cada benefício custa em média R$ 1,07 ao governo. "Quanto mais instituições financeiras estiverem prestando serviços à sociedade, maior é a competitividade, a agilidade no atendimento", justificou.

O ministro observou, ainda, que, para permitir uma redução para algo em torno de meia hora no tempo de atendimento para a concessão dos direitos previdenciários, o governo investiu R$ 280 milhões.

Questionado sobre o descontentamento dos segurados que ganham acima de um salário mínimo terem obtido apenas a correção com base na variação do Índice de Preços ao Consumidor (INPC) , ficando abaixo do reajuste dado a quem recebe apenas o mínimo, Pimentel argumentou que o governo seguiu o que determina a lei e descartou a possibilidade de uma revisão

17:17
Anónimo disse...
Empresas
Caterpillar oferece aposentadoria antecipada a 2 mil


A companhia americana Caterpillar ofereceu a cerca de dois mil funcionários incentivos para que se aposentem de forma voluntária antes do previsto, pela perspectiva de uma queda "significativa" da atividade industrial, informou nesta quarta-feira a empresa.

A iniciativa, destinada aos trabalhadores de diversas fábricas em Illinois, Colorado, Tennessee e Pensilvânia, se soma aos cortes de empregos anunciados em janeiro, explicou em comunicado de imprensa.

A empresa, a maior fabricante mundial de maquinaria pesada para a construção e a mineração, acrescentou que, "em função das condições de negócio, podem ser necessárias mais reduções de elenco voluntárias e involuntárias à medida que o ano avança".

O vice-presidente da companhia, Sid Banwart, explicou que a empresa prevê "demissões significativas em todas as regiões geográficas e na maioria dos setores devido às dificuldades da economia mundial".

17:18
Anónimo disse...
Comércio
Comércio exterior da OCDE caiu no 3º trimestre de 2008


As exportações e as importações dos países da Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Econômico (OCDE) caíram 1,6% e 0,2%, respectivamente, no terceiro trimestre de 2008, em relação aos três meses anteriores.

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Trata-se da primeira queda destas atividades desde o terceiro trimestre de 2006, segundo o último relatório trimestral sobre fluxos comerciais divulgado pela OCDE.

As exportações e as importações em dólares dos 30 Estados-membros caíram 15,6% e 17%, respectivamente, na comparação anualizada.

Por sua vez, o comércio dos sete países mais ricos do mundo (G7) teve um pequeno crescimento no terceiro trimestre de 2008 com uma queda das exportações de mercadorias de 0,2% em relação ao trimestre anterior e um aumento de 0,4% das importações.

Em termos anualizados, as importações do G7 caíram 1,4% entre julho e setembro do ano passado, seu primeiro retrocesso desde o terceiro trimestre de 2006, enquanto as exportações aumentaram 1,9%, seu crescimento mais baixo no mesmo tempo.

Por países, a Alemanha aumentou suas importações em 3,4% - valor mais alto do G7 -, enquanto suas exportações caíram 2,9% do segundo para o terceiro trimestre de 2008.

Pelo contrário, as exportações americanas aumentaram 1,8% entre julho e setembro de 2008, enquanto as importações caíram 0,7% em relação ao trimestre anterior. No Japão, tanto as importações quanto as exportações caíram em torno de 1% no mesmo período.

17:19
Anónimo disse...
Economia Nacional
Lula: juros de crédito consignado a aposentados são altos

Atualizada às 17h29

O presidente Luis Inácio Lula da Silva afirmou nesta terça-feira, em São Paulo, que está lutando para reduzir as taxas de juros cobradas de aposentados em crédito consignado. A Previdência Social estabelece uma taxa máxima de 2,5% para empréstimo e de 3,5% para cartão. Para Lula, os valores são altos.

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"Acho que o juro que os aposentados estão pagando hoje com o crédito consignado é alto para o padrão brasileiro", disse o presidente durante a cerimônia de comemoração dos 86 anos do INSS.

A Previdência anunciou nesta terça-feira que aposentados e trabalhadoras com licença-maternidade poderão receber seus benefícios em 30 minutos. De acordo com Lula, em junho, a aposentadoria do trabalhador rural também será conseguida em meia hora.

Além disso, o presidente anunciou que, também em junho, os trabalhadores que alcançarem o direito à aposentadoria passarão a receber em suas casas um comunicado da Previdência informando o fato e o valor do salário que têm direito a receber. "É um comprometimento público que estou fazendo com os companheiros da Previdência Social", disse.

"Estamos retribuindo ao contribuinte da Previdência Social aquilo que é a cidadania que ele tem direito", afirmou Lula. "Se para cobrar nós somos tão precisos, para devolver o dinheiro, temos que chegar próximo à perfeição", completou.

17:20
Anónimo disse...
Economia Nacional
Salário maternidade sairá em 30 minutos, diz ministro

Toda trabalhadora autônoma que tiver contribuído pelo menos 10 meses com o Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) - ou as que possuírem carteira assinada - poderão receber em 30 minutos o salário maternidade a partir desta terça-feira. Da mesma forma, as mulheres com 30 anos de contribuição e os homens com 35 anos também terão direito ao benefício de forma mais rápida. A informação é do ministro da Previdência Social, José Pimentel.

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Para requerer o salário maternidade, é preciso que as autônomas levem a carteira de identidade e o carnê de contribuição. As demais trabalhadoras devem apresentar a identificação e a carteira de trabalho. Desde o início do mês, a nova forma de análise para a concessão de benefícios foi adotada para a aposentadoria por idade do trabalhador urbano e agora foi estendida para o salário maternidade e por tempo de contribuição.

O ministro disse que a qualificação do serviço da previdência social é o reconhecimento do direito dos trabalhadores e da afirmação da cidadania.

"Até pouco tempo na cabeça do cidadão o serviço devia ser de péssima qualidade. Agora não, nós modificamos toda a legislação no mês de dezembro numa ação conjunta do Congresso Nacional com o governo federal. Estamos implantando e concedendo os benefícios em até 30 minutos", afirmou.

O ministro destacou que para conseguir se aposentar ou ter acesso à licença maternidade em 30 minutos, em primeiro lugar, é necessário que o cidadão esteja vinculado à Previdência, o que inclui 65% da população acima de 16 anos de idade.

"Depois bastar marcar pelo sistema 135 o dia e a hora do atendimento e levar a documentação. Se todos os dados necessários estiverem corretos o contribuinte será atendido em até 30 minutos, como vem sendo feito com as aposentadorias por idade desde o dia cinco de janeiro", explicou.

Pimentel disse ainda que em 90% das agências da previdência social o atendimento é marcado em até 48 horas. Nos grandes centros, entretanto existe um volume maior o que torna mais lento o processo.

"Estamos criando mais 715 agências até 2010, em todo o território nacional, para descentralizar o atendimento. Em 2008, atendemos 295 mil benefícios e aposentadorias por idade. Temos 4 mil pessoas por dia procurando e se aposentando por idade no território nacional. Este serviço será agilizado", concluiu.
17:25
Anónimo disse...
Giuseppe Englaro, pai de Eluana, a italiana que morreu na segunda-feira passada por desidratação, recusou uma grande soma de dinheiro de um conhecido fotógrafo italiano que queria retratar a filha em estado de coma, disse neste sábado o neurologista que atendia a mulher desde 1996, Carlo Defanti.

O neurologista, que participou hoje de uma conferência sobre eutanásia, disse que Englaro respeitou a vontade da filha, que, antes do acidente, tinha pedido que, se lhe ocorresse qualquer coisa irreversível, apresentasse sua imagem de quando estava em boas condições.

Antes de sofrer o acidente de trânsito, em 1992, Eluana viveu o coma de um amigo, Alessandro, o que causou forte impacto na italiana e a levou a fazer o pai prometer que não a deixasse viver em estado vegetativo, disse o próprio Giuseppe Englaro.

Defanti, que dissera que Eluana poderia viver de dez a 12 dias depois da suspensão da alimentação e da hidratação, disse que, como médico, tinha que reprovar esta afirmação.

"Não se pode sobreviver após três ou quatro dias sem líquido e, em particular, água em um corpo. Sabemos bem que, quando há um terremoto, após quatro dias é difícil encontrar sobreviventes".

Defanti ressaltou que Eluana "não falava, não se comunicava com o exterior" e que, após vários exames, "nos deparamos com uma moça que tinha perdido a consciência", porque estava com o córtex cerebral prejudicado.

Eluana foi enterrada na quinta-feira passada no túmulo da família na localidade de Paluzza, em Udine, após um funeral que não contou com a presença dos pais.

16:53
Anónimo disse...
Os bombeiros combatem neste sábado os incêndios na Austrália favorecidos pelo bom tempo, enquanto os deslocados encotram em seu retorno casas derruídas, carros queimados nas ruas e destruição.

Depois de sete dias desde que começaram os incêndios no Estado de Victoria, a lista de mortos chega a 181, os desaparecidos somam 50, os edifícios destruídos totalizam 1,834 mil e o terreno arrasado, principalmente florestas, ocupa uma área de 4,13 mil quilômetros quadrados.

As equipes de bombeiros, formadas por 4 mil profissionais de Victoria, de outras partes da Austrália e de países amigos, combateram hoje 12 focos fora de controle e nenhum representava uma ameaça direta para a população.

O subdiretor do Serviço de Bombeiros, Geoff Conway, disse que este tempo favorável, que se prolongará durante o domingo, permite consolidar as linhas de contenção e avançar na extinção das chamas.

Cinzas apareceram arrastadas por ventos do nordeste sobre Melbourne, onde habitam 3,8 milhões de pessoas, e as autoridades alertaram aos cidadãos do risco para a saúde de idosos, crianças e pessoas com problemas respiratórios.

O número de pessoas deslocadas - a Cruz Vermelha chegou a receber 7 mil - começou a cair com a abertura de algumas localidades atingidas.

Os incêndios, alguns criminosos, começaram em 7 de fevereiro, quando a região sul da Austrália estava há duas semanas sob uma onda de calor sem precedentes.

Na sexta-feira passada, a polícia acusou uma pessoa de ter provocado o incêndio que atingiu a localidade de Churchill e matou 21 pessoas.

16:55
Anónimo disse...
A primeira chuva em seis dias reduziu a ameaça de incêndios no Estado de Victoria, ao sul da Austrália. As autoridades, porém, advertiram que ainda existem 12 focos, mas que nenhum deles ameaça áreas povoadas.

Mais de quatro mil bombeiros, mil provenientes de outras partes do país e de outras nações, trabalham contra o fogo. Cerca de 600 veículos e 28 helicópteros e pequenos aviões estão sendo usados.


Eles conseguiram construir linhas de contenção para evitar os incêndios de Yarra e Maroondah se juntassem. Também foram controlados os incêndios abertos de Yea e Murrindindi, que ameaçavam as comunidades de Connellys Creek, Crystal Creek, Scrubby Creek e Native Dog Creek.

O número de mortos chegou a 181, mas as autoridades acreditam que as vítimas devem passar de 200, já que ainda há muitos desaparecidos.

16:55
Anónimo disse...
Aqui nesta coluna, na semana passada, tive a oportunidade de comentar sobre a recente visita do professor brasileiro Pedrinho Guareschi à Austrália. Não dei, porém, os fatos, pois semana passada o assunto era outro.

Hoje, porém, vamos a eles.

No último dia 4 de fevereiro, aconteceu o Seminário "Paulo Freire: Education and Liberation", organizado pelo centro de estudos latino-americanos da Universidade Nacional da Austrália, ou ANU, como é mais conhecida por aqui.

A ANU, para quem não sabe, está entre as 20 melhores universidades do mundo! E tem sede aqui em Camberra, capital da Austrália.

Na abertura do evento, o professor John Minns, diretor do centro latino-americano, ao dar boas-vindas ao público presente, lembrou ser aquele o primeiro seminário exclusivamente dedicado a Paulo Freire na Austrália.

Em seguida, convidou Pedrinho Guareschi, palestrante principal do Seminário, a fazer sua apresentação.

A plateia pode então conhecer, pelas palavras de Pedrinho, um pouco da obra e da vida de Freire, esse brasileiro de fé e valor, que sempre acreditou na educação, sobretudo dos menos favorecidos, analfabetos, como força libertadora.

Como não podia deixar de ser, os conceitos e ideias revolucionários de Paulo Freire, expostos com clareza por Pedrinho, despertaram o interesse e a curiosidade de plateia. A qual, deve-se notar, era na maioria de estudantes, mas de várias nacionalidades, sobretudo australianos e asiáticos.

Na continuação do programa do seminário, que se estendeu por dois dias, outros professores fizeram palestras sobre temas ligados à obra de Paulo Freire.

Interessante, por exemplo, saber que a professora Anne Hickling-Hudson, jamaicana que mora na Austrália há muitos anos (é professora da ANU), conheceu e trabalhou com Freire num workshop educacional durante a revolução na Ilha de Granada, em 1980, antes da invasão dos Estados Unidos...

Ou, então, a palestra da Professora Gerda Roelvink, da Nova Zelândia, que participou do Fórum Social de Porto Alegre em 2005. E essa participação transformou-se em tema de doutorado.

No dia 10, terça-feira passada, o padre Pedrinho Guareschi voltou a falar ao público australiano em grande auditório localizado no belíssimo campus da ANU. Desta vez, sobre a Teologia da Libertação.

Depois da palestra, John Minns mostrou o filme mexicano "O Crime do Padre Amaro", no qual um dos personagens é um padre católico praticante da Teologia da Libertação.

Mais uma vez, foi grande o intersse da platéia, que pode aprender e conhecer um pouco como se desenvolveu aquele importante movimento católico na América Latina.

Fica, assim, ao Pedrinho, bem como a outros brasileiros estudiosos e de bom coração que saem pelo mundo a divulgar aspectos importantes da cultura brasileira, o respeito e a homenagem desta coluna. E... aquele abraço!

16:57
Anónimo disse...
Amanda Kitts perdeu o braço esquerdo em um acidente de automóvel acontecido três anos atrás, mas hoje em dia ela joga futebol americano com seu filho de 12 anos de idade, troca fraldas e abraça as crianças nas três creches Kiddie Cottage que opera em Knoxville, Tennessee. Kitts, 40 anos, faz tudo isso com a ajuda de um novo tipo de braço artificial que se movimenta com mais facilidade do que outros aparelhos e que ela pode controlar utilizando apenas seus pensamentos.

"Eu sou capaz de mexer a mão, o pulso e o cotovelo ao mesmo tempo", diz. "Você pensa e os músculos se movem em seguida".

A recuperação que ela conseguiu resulta de um novo procedimento que vem atraindo crescente atenção porque permite que pessoas movam braços protéticos de forma mais automática do que faziam no passado, simplesmente utilizando nervos reaproveitados em seus cérebros.

A técnica, conhecida como "renervação muscular dirigida", envolve utilizar os nervos que restam depois da amputação de um braço e conectá-los a outro músculo do corpo, em geral no peito. Eletrodos são instalados sobre os músculos do peito, e operam como se fossem antenas. Quando a pessoa deseja mover o braço, o cérebro envia sinais que primeiro resultam em contração dos músculos do peito, os quais enviam um sinal ao braço protético, instruindo-se a se movimentar. O processo não requer mais esforços consciente do que a pessoa teria de exercitar caso ainda tivesse seu braço natural.

Na terça-feira, pesquisadores reportaram em estudo publicado pela versão online do Journal of the American Medical Association que haviam levado a técnica ainda mais à frente, tornando possível a execução de 10 movimentos de mão, pulso e cotovelo diferentes, o que representa uma substancial melhora com relação ao típico repertório protético, que em geral envolve apenas dobrar o cotovelo, girar o pulso e abrir a mão.

"Os novos métodos tiveram impacto dramático em nosso campo de trabalho", disse Stuart Harshbarger, engenheiro biomédico na Universidade Johns Hopkins e diretor do programa de pesquisa sobre próteses, financiado pelas forças armadas, que inclui o trabalho com essa técnica. "O método já está em uso por médicos e cirurgiões comuns em todo o país. A capacidade de controlar um membro protético bastante robusto que ele confere surpreendeu a todos pela qualidade".

Tipicamente, uma pessoa que tenha um braço protético só é capaz de executar alguns poucos movimentos, e muitas vezes com tamanha lentidão que isso só permite a ela atividades limitadas.

Há um motor separado para cada movimento, diz Gerald Loeb, professor de engenharia biomédica na Universidade do Sul da Califórnia, "e esses motores precisam ser controlados de maneira explícita", usualmente por um esforço consciente da pessoa para contrair músculos nas costas ou no bíceps.

"Essencialmente, até agora os pacientes controlavam apenas um motor de cada vez", diz Loeb, "e precisavam pensar cuidadosamente sobre que motor desejavam controlar e como fazê-lo operar, em lugar de simplesmente pensarem em mover o braço e poderem fazê-lo sem delongas".

Antes que Kitts passasse pelo procedimento de renervação, em outubro de 2007, por exemplo, ela precisava movimentar os músculos de suas costas de determinada maneira para fazer com que seu pulso girasse, e flexionar seu bíceps e tríceps para fazer com que o cotovelo se movesse para cima e para baixo. "Era muito trabalho", ela conta. "E não me ajudava muito".

O procedimento de renervação é parte de uma recente explosão de idéias novas e técnicas inovadoras que estão sendo exploradas enquanto os cientistas se esforçam por ajudar as pessoas a compensar melhor a perda de membros ou problemas de paralisia. O esforço vem sendo alimentado pelo aumento no número de amputações causado por diabetes e por ferimentos sofridos pelos militares, e ao mesmo tempo pelos avanços na tecnologia médica.

Os braços se tornaram um dos focos essenciais desse tipo de trabalho. A ciência há muito vem obtendo sucessos no desenvolvimento de próteses de perna, mas é muito mais difícil imitar a complexidade e a destreza das mãos e dos braços.

Os esforços em curso incluem o desenvolvimento de projetos de pele e braços mais sensíveis e mais flexíveis, e o uso de dispositivos acionados por controles sem fio implantado nos braços protéticos, que permitiriam movimentos mais naturais.

Os pesquisadores também vêm usando sensores implantados nos cérebros de cobaias para permitir que dois macacos controlem um braço mecânico, e um teste com um homem paralítico permitiu, com esse método, que ele movimentasse um cursor em uma tela de computador.

Alguns desses métodos, caso venham a ser aperfeiçoados plenamente e consigam aprovação das autoridades regulatórias da saúde, podem no futuro se tornar mais viáveis para os pacientes de amputações.

E embora a técnica da renervação não requeira aprovação das autoridades regulatórias porque é executada por meios cirúrgicos e emprega aparelhos já existentes, ela apresenta limitações que até mesmo seus criadores reconhecem, entre as quais o fato de que não se pode utilizá-la para todos os pacientes, o seu alto custo e o prazo de meses requerido para que os nervos reconectados cresçam e se tornem efetivos.

Ainda assim, os especialistas dizem que é o mais avançado sistema em uso hoje para pacientes reais que permite que o sistema nervoso controle diretamente o movimento de um braço artificial.

Desde sua introdução por Todd Kuiken, médico fisioterapeuta e engenheiro biomédico do Instituto de Reabilitação de Chicago, o método foi empregado em cerca de 30 pacientes nos Estados Unidos, Canadá e Europa, entre os quais oito soldados feridos no Iraque e no Afeganistão.

Muitos dos pacientes, entre os quais o primeiro, Jesse Sullivan, um operário do setor elétrico no Tennessee que perdeu os dois braços quando foi eletrocutado por um cabo, conseguem não apenas manipular seus braços protéticos mas sentir a presença das mãos que já não têm quando alguém toca em seus peitos.

Sullivan, 62 anos, e Kitts, estavam entre os cinco pacientes que participaram do estudo reportado na terça-feira. Em companhia de cinco outras pessoas que não passaram por amputações, eles receberam os eletrodos e foram instruídos a usar pensamentos para fazer com que um braço virtual na tela reproduzisse 10 movimentos diferentes, entre os quais três formas diferentes de aperto de mão.

Os pacientes apresentaram desempenho bastante respeitável, apenas um pouco mais lento e menos preciso do que os dos participantes que não tinham amputações.

"As velocidades de movimento que encontramos em nossos pacientes foram realmente encorajadoras", disse Kuiken. "Eles conseguiram completar a tarefa. É claro que não foram tão competentes quanto as pessoas dotadas de plena capacidade física, mas foram bons o bastante".

Um braço virtual foi usado porque a maioria das próteses existentes não era capaz de acomodar todos aqueles movimentos, no momento da pesquisa, ainda que Sullivan, Kitts e uma terceira paciente, Claudia Mitchell, tenham experimentado dois novos protótipos mais versáteis de braços artificiais, executando tarefas complexas com bolas de tênis e outros objetos.

O trabalho de renervação em soldados apresenta outros desafios, diz Kuiken, porque os ferimentos militares muitas vezes "causam danos muitos extensos" a nervos, músculos ou ossos.

Daniel Acosta, 25 anos, um aviador ferido pela detonação de uma bomba em uma estrada do Iraque em 2005, passou pelo procedimento no ano passado e diz que seu braço esquerdo protético agora se movimenta "muito mais rápido" e de maneira muito mais natural.

"A diferença é que agora não preciso mais pensar para mover o braço", ele diz. "Ele simplesmente se mexe".

Ainda assim, Acosta, de San Antonio, diz que "o processo foi bastante longo" e que os eletrodos precisam ser ajustados para receber os sinais à medida que os nervos crescem ou mudam de posição.

E embora elogiem o método, os especialistas afirmam que a ciência das próteses de braço ainda tem muito por avançar.

"Trata-se de uma parte crucial, mas ainda assim apenas uma parte, das muitas coisas que compreendem a função normal de um braço", disse Loeb, que escreveu um editorial que acompanha o artigo no Journal of the American Medical Association.

"No momento estamos a meio do caminho entre o braço de 'Dr. Fantástico', que fazia involuntariamente a saudação nazista, e o braço de Luke Skywalker em 'Guerra nas Estrelas', que funciona sem nenhum problema assim que é conectado. Creio que precisaremos ainda de muitos anos para conectar todas as peças necessárias a produzir um braço capaz de funcionar normalmente".

17:04
Anónimo disse...
A Espanha disse neste sábado que está preparando uma reclamação oficial contra a decisão da Venezuela de expulsar um membro do Parlamento Europeu que criticou o conselho eleitoral venezuelano.
Luis Herrero, membro do partido conservador espanhol PP, foi deportado na sexta-feira depois que o Conselho Nacional Eleitoral (CNE) o acusou de questionar a imparcialidade da instituição antes de um referendo que pode permitir ao presidente Hugo Chávez permanecer no cargo indefinidamente.

Herrero estava na Venezuela como observador do referendo. Ele acusou Chávez de ter "comportamentos típicos de um ditador" por pedir a contenção de manifestações da oposição.

O governo da Espanha convocou um encontro com o embaixador da Venezuela em Madri para expressar a desaprovação sobre a expulsão de Herrero, disse um representante do Ministério das Relações Exteriores espanhol.

As relações da Venezuela com a Espanha tiveram seu ponto crítico em 2007, quando Chávez ameaçou rever acordos diplomáticos e comerciais depois de ouvir um "cala a boca" do rei espanhol Juan Carlos durante uma cúpula.

A fenda foi oficialmente reparada em 2008, com uma visita oficial de Chávez à Espanha, onde ele cumprimentou o rei e discutiu acordos para investimento no setor petroquímico com o primeiro-ministro José Luis Rodriguez Zapatero.

17:06
Anónimo disse...
A polícia do Zimbábue anunciou neste sábado que acusa de traição Roy Bennett, dirigente do até agora opositor Movimento para a Mudança Democrática (MDC), detido na sexta-feira, em Harare, poucas horas antes da cerimônia de posse dos membros do novo gabinete.

"A Polícia nos informou que vão apresentar acusações de traição", disse à agência EFE o advogado de defesa de Bennett, Trust Maanda.

"Tentam relacionar Roy com o caso de Mike Hitschmann, que foi detido em 2006 em relação à descoberta de um carregamento de armas, apesar de que Hitschmann não tenha sido declarado culpado das acusações de traição apresentadas contra ele, mas de um crime menor de descumprimento de leis", disse Maanda.

O político opositor, designado por seu partido como vice-ministro de Agricultura no Governo de união nacional, esteve no exílio na vizinha África do Sul desde 2006 e retornou ao Zimbábue há duas semanas.

Segundo a Polícia, que deteve Bennett ontem no aeroporto de Harare quando pretendia ir à África do Sul para visitar sua família, as armas apreendidas em 2006 seriam utilizadas em um golpe de Estado para derrubar o presidente do Zimbábue, Robert Mugabe.

Depois da detenção, Bennet foi levado a Mutar, onde vários simpatizantes do MDC se concentraram em frente à delegacia na qual estava detido, diante do que a Polícia respondeu com tiros para o alto para dispersar os manifestantes.

17:07
Anónimo disse...
Austrália: 14 mil se candidatam a 'emprego dos sonhos'

A secretaria de Turismo de Queensland, na Austrália, informou que até esta segunda-feira já recebeu cerca de 14 mil inscrições para o "o melhor emprego do mundo". O Estado australiano promove pela internet seleção para vaga de "zelador" da ilha Hamilton, por seis meses com um salário de R$ 40 mil.

Muitos candidatos tiveram problemas durante a inscrição por conta dos acessos simultâneos ao site. A secretaria aconselha enviar os vídeos de 60s explicando porque deve ser escolhido em horários alternativos do dia, além de recomendar tamanho em torno de 40MB.

As inscrições começaram em 12 de janeiro e vão até o próximo dia 22 e podem ser feitas pelo site www.islandreefjob.com. O governo australiano escolherá 50 candidatos para a próxima fase da seleção, que terá votos do público para eleger um dos 11 finalistas.

A última fase terá entrevistas e desafios físicos, no próprio local de trabalho: as ilhas da Grande Barreira Coralina - o maior recife de coral do mundo. A secretaria de Turismo anunciará o vencedor no dia 6 de maio.

17:09
Anónimo disse...
Mercado elogia governo na crise, mas pede maior queda no juro

Peter Fussy
Direto de São Paulo

Desde as primeiras medidas anunciadas para combater os efeitos da crise, o governo brasileiro avisou que a estratégia não contemplaria um pacote. Seriam doses pontuais, de acordo com a necessidade da economia diante do agravamento das turbulências. Da primeira liberação dos depósitos compulsórios em setembro até a ampliação do seguro-desemprego na última quarta-feira, o governo passou por redução de impostos, ampliação de crédito e incentivos à exportação. Quase 150 dias após a primeira medida, o Terra conversou com líderes do setor público e privado, representantes dos trabalhadores, acadêmicos e com o próprio governo para saber quais destas ações foram mais eficazes, quais foram mais ineficientes e o que mais pode ser feito pelo Estado brasileiro contra a crise.

Os maiores elogios foram direcionados à atitude de reduzir o Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) para a indústria automobilística, anunciada em dezembro e que fez com que os emplacamentos de carros novos subissem 1,9% no primeiro mês do ano em relação a dezembro de 2008. Já as maiores críticas foram para a lentidão no corte da taxa básica de juro do País.

Para o presidente do conselho administrativo do Grupo Pão de Açúcar, Abílio Diniz, o Estado não é responsável pela crise e mesmo assim está agindo "com extrema serenidade e muito acerto". "O governo está atento, fazendo a sua parte. É preciso coragem de baixar firmemente a taxa de juros. É uma arma que temos a nosso favor, já que não há clima para inflação, nem possibilidade de danos para a macroeconomia", afirmou Diniz.

Na última reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), em janeiro, a taxa Selic foi reduzida em um ponto percentual, de 13,75% para 12,75% ao ano. Porém, o professor de economia da Universidade de Brasília (UnB) José Luiz Oreiro lembra que este corte representa uma redução de apenas 0,25 ponto percentual com relação à taxa de setembro do ano passado, quando a crise se agravou.

"Pouco antes da eclosão da crise, o Banco Central aumentou a taxa em 0,75 ponto. Foram cinco meses de demora para reduzir em termos líquidos apenas 0,25 ponto", afirmou o economista, que também sugeriu redução do intervalo de cerca de 90 dias entre as reuniões do Copom e o corte de pelo menos um 1 ponto percentual em cada reunião.

Mesmo com o corte de janeiro, a taxa de juros real continua sendo a maior do mundo, lembrou o secretário-geral da Força Sindical, João Carlos Gonçalves, o Juruna. "A redução da taxa de juro ainda é pequena, porque ela continua uma das mais altas do mundo. Falta ousadia para baixar os juros e ajudar o cidadão. A permanência da taxa de juro alta é negativa para o País em meio a crise", afirmou Juruna.

Embora aprove as ações do governo, o senador Aloízio Mercadante (PT-SP) também acredita que o patamar da Selic está muito alto. "Sempre fomos os primeiros a entrar em qualquer crise, o que não aconteceu agora. A taxa Selic ainda é muito alta, mas o governo têm tomado medidas acertadas, como o aumento do salário mínimo, mesmo com um cenário de crise. Isso ajuda a movimentar o consumo. O governo está se esforçando para manter os investimentos e o crescimento", disse.

Tributos
De acordo com o economista Fabio Pina, da Fecomercio-SP, as ações mais positivas estão relacionadas à redução de tributos para alguns segmentos, como a indústria automobilística, que recuperou parte da queda nas vendas em janeiro com a isenção do IPI para carros 1.0 l e o corte para demais motorizações. A medida vale até o final de março.

"Essas medidas não só reduziram o preço, mas anteciparam o consumo daqueles que iriam comprar no futuro, dando um prêmio por conta da insegurança. Mexe diretamente com o principal problema que é a confiança do consumidor", afirmou. Juruna destacou que um bom ritmo de vendas é garantia de emprego. "É importante porque cada emprego na montadora significa 19 na cadeia produtiva", comentou o representante da Força Sindical.

Também em dezembro, o governo decidiu cortar pela metade a alíquota do Imposto de Renda para contribuintes que ganham entre R$ 1.434 e R$ 2.150 mensais. "O salário aumentava e a tabela não se modificava. As pessoas ganhavam mais e pagavam mais impostos", apontou Juruna. Outra redução de tributos do governo foi com relação ao Imposto sobre Operações Financeiras (IOF), que caiu de 3% ao ano para 1,5%.

Crédito
Na segunda metade de 2008, o colapso de bancos nos Estados Unidos por conta da crise do subprime provocou uma forte restrição de crédito no mundo inteiro. Uma das primeiras medidas anticrise do governo teve como objetivo restabelecer a oferta, com mudanças no recolhimento dos depósitos compulsórios por parte dos bancos. Segundo o presidente do Banco Central, Henrique Meirelles, as diversas modificações liberaram US$ 99,2 bilhões aos bancos até o final de janeiro.

Além disso, o governo concedeu R$ 36 bilhões das reservas internacionais para empresas brasileiras com dívidas no exterior e uma medida provisória autorizou o Banco do Brasil e a Caixa Econômica Federal a comprar carteiras de crédito de bancos privados. Para o diretor do Departamento de Pesquisas e Estudos Econômicos da Fiesp, Paulo Francini, estas medidas foram essenciais para combater os efeitos da crise.

"A crise se desenvolve no mundo em torno do tema crédito. E o crédito reduziu-se barbaridade no mundo. Então o governo lança mão de compulsório, lança mão de reservas, de medidas que permitem aos bancos comprar carteiras de bancos. Você vai tomando várias medidas para atender às demandas e o epicentro disso é crédito", afirmou.

No entanto, Oreiro, da UnB, adverte que a liberação dos compulsórios seria mais eficiente acompanhada de redução mais agressiva da taxa básica de juro. "Uma parte do crédito voltou, depois da forte retração em outubro e novembro. O que deveria ter sido feito junto à liberação do compulsório era uma redução mais drástica da taxa de juro. Sem isso, os bancos pegam as reservas e acabam comprando títulos públicos", explicou o economista.

Na opinião de Pina, as ações de distribuição de crédito via redução do compulsório e a disposição de capital de giro para empresas foram tomadas sem um cuidado maior na operação e não tiveram muito efeito. "O BNDES tem linhas que ficam paradas quase todo o ano, agora é pior ainda. Existem os recursos, mas as empresas e os bancos estão desconfiados. É preciso fazer com que os bancos tenham interesse em emprestar", afirmou o economista da Fecomercio-SP.

Futuro
Mesmo com todas essas medidas, a crise financeira ainda gera incertezas nos setores produtivos do País. Nos últimos meses, o medo do desemprego fez os consumidores adiarem compras. Por sua vez, a queda nas vendas pode obrigar as indústrias a cortarem a produção e demitir funcionários. Contra isso, empresários sugerem redução de jornada e de salários.

"Isto está previsto em lei. A Fiesp simplesmente manteve conversações com entidades sindicais quanto à aplicação daquilo que já está previsto em lei", afirmou Francini.

Segundo a ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff, uma das medidas que assegura um nível de emprego é a manutenção de investimentos no Programa de Aceleração do Crescimento (PAC). "Estamos esperando que a dificuldade ocorra em janeiro, fevereiro e março. Estamos certos que vamos manter o nível de investimento. É isso que funciona, é isso que significa investimento público. Ele funciona como um colchão. Por isso, nós colocamos R$ 100 bilhões no BNDES e a Petrobras ampliou o seu investimento em R$ 120 bilhões", afirmou.

Na mesma linha, Pina explica que a antecipação de gastos do governo substitui parte da demanda retraída do setor privado. "Ele dá o seguinte recado: não vou estourar as contas públicas, mas concentrar em um momento em que a demanda privada está pequena. Mas o governo não tem fôlego suficiente para fazer o papel de toda demanda", ressaltou. O economista da Fecomercio lembrou que a entidade já pleiteou junto ao governo isenções para transferência de imóveis e de automóveis, além de retirar o IPVA para veículos novos.

Já Oreiro foca suas propostas na capitalização do Banco do Brasil e da Caixa Econômica Federal pelo Tesouro para atender a demanda de crédito para capital de giro e reduzir o spread. "Aumentando o empréstimo e reduzindo as taxas, os dois vão forçar os bancos privados a acompanhar o movimento, até para não perderem participação no mercado", explicou o economista da UnB.

Até o Carnaval, o governou prometeu detalhar um pacote de incentivos para a construção de até um milhão de casas populares, direcionado a famílias com renda de até dez salários mínimos. "Estamos atentos a tudo o que está acontecendo e novas medidas serão tomadas caso haja uma avaliação de que sejam necessárias", disse o ministro da Fazenda, Guido Mantega, na última sexta-feira.

17:11
Anónimo disse...
Ex-ministro critica extensão do seguro-desemprego

Atualizada às 09h03

O ex-ministro do Trabalho Almir Pazzianotto criticou a decisão do governo federal de conceder o seguro-desemprego estendido a apenas alguns setores. "É certamente odioso e provavelmente inconstitucional", disse Pazzianotto, de acordo com o jornal O Estado de S. Paulo.

Na última qurta, dia do anúncio da medida, centrais sindicais elogiaram a atitude do governo. A Força Sindical divulgou nota dizendo que "o aumento ajudará a aquecer parte da economia, já que irá gerar mais consumo, produção e conseqüentemente, a criação de novos postos de trabalho". A União Geral dos Trabalhadores (UGT) afirmou que a medida "contribuirá para minimizar o drama dos trabalhadores que perderem seu emprego por conta da crise".

O ex-ministro, que instituiu o seguro-desemprego no País no governo de José Sarney, destacou a necessidade de as centrais sindicais se manifestarem contra a determinação. Para ele, as mudanças devem ser aplicadas a todas as categorias profissionais e a distinção é contrária ao artigo 3º da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT).

Pazzianotto atribui a medida a um possível temor do governo de que a crise econômica seja longa e não haja dinheiro para atender a todas as necessidades. Ainda assim, ele se mostra contrário ao método de concessão. "O seguro-desemprego ajuda a sanar necessidades básicas. Estendê-lo é paliativo, não a solução", disse ao jornal.

De acordo com o presidente do Conselho Deliberativo do Fundo de Amparo ao Trabalhador (Codefat) e conselheiro da Força Sindical, Luiz Fernando Emediato, a determinação já estava prevista na lei 8.900/94, que trata do seguro-desemprego.

O presidente da Comissão de Trabalho da Câmara, Pedro Fernandes (PTB-MA) vai além na crítica à concessão do seguro para apenas alguns setores. Ele acredita que a ampliação do benefício estimula o desemprego.

Quintino Severo, secretário geral da Central Única dos Trabalhadores (CUT), lembra que a ampliação do benefício sem critério e identificação pode incentivar demissões em outros setores.

17:13
Anónimo disse...
Empresas
TAM faz promoção para destinos internacionais

A companhia aérea TAM anunciou nesta sexta-feira tarifas promocionais para trechos internacionais. Os preços valem para bilhetes comprados entre 6h deste sábado e 23h59 deste domingo e são válidos para classe econômica. As tarifas, para ida e volta, serão vendidas a partir de US$ 99, mais taxas.

Segundo a aérea, a promoção vale para viagens feitas no período de 14 de fevereiro a 18 de junho de 2009. Para destinos na América do Sul, a permanência mínima é de dois dias; para bilhetes com destino nos Estados Unidos, cinco dias; e Europa, sete dias. A permanência máxima para as passagens para América do Sul e EUA é de dois meses e para Europa, três meses.

Entre os exemplos de tarifas promocionais, a TAM oferece São Paulo-Lima por US$ 99. Bilhetes para a rota São Paulo-Santiago serão vendidos a partir de US$ 199 e São Paulo-Nova York, US$ 799.

A emissão dos bilhetes deve ser feita obrigatoriamente no ato da reserva, obedecendo às regras estipuladas pela companhia. A compra está sujeita à disponibilidade de assentos nas classes tarifárias determinadas, trechos, horários e datas. A TAM afirmou que também há tarifas promocionais para a classe executiva.

Mais informações podem ser encontradas no site promocional (www.ofertastam.com.br), no site da empresa (www.tam.com.br) ou pelos telefones 4002-5700 ou 0800 5705700.

17:13
Anónimo disse...
Empresas
Consultoria negocia compra do parque temático Hopi Hari

A consultoria especializada em reestruturação de empresas Íntegra Associados informou nesta sexta-feira ter um acordo para comprar o parque de diversões Hopi Hari, localizado no interior de São Paulo. A empresa estaria disposta a investir R$ 10 milhões no parque, que tem dívida estimada em R$ 800 milhões. As informações são da edição deste sábado do jornal Folha de S. Paulo.

De acordo com o jornal, a transação ainda depende da negociação entre o Hopi Hari e seus credores, o que já estaria em andamento.

A consultoria paulista já atuou junto à Parmalat, durante 30 meses, quando reorganizou a gestão da empresa italiana.

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17:14
Anónimo disse...
Empresas
Disney de Tóquio contratará mais 2 mil apesar da crise


A Oriental Land, o operador da Disneylândia Tóquio e DisneySea, organizou neste domingo entrevistas para contratar cerca de 2 mil trabalhadores em tempo parcial, em um momento de grandes demissões deste tipo de empregados no Japão.

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O operador deste parque temático, situado em Urayasu, na província de Chiba (leste de Tóquio), está em pleno processo de seleção de empregados para 20 tipos de postos trabalhistas diferentes.

Segundo a companhia, citada pela agência local de notícias Kyodo, o parque contratará novos trabalhadores para as atrações, para os restaurantes e guardas de segurança entre outros. Os novos contratados começarão a trabalhar a partir de fevereiro.

O processo de seleção acontece em um momento em que a maioria das grandes companhias japonesas começaram a se ver obrigadas a despedir uma elevada percentagem de seus trabalhadores temporários e a tempo parcial.

Algumas inclusive anunciaram demissões de seus trabalhadores fixos, uma medida muito pouco comum nas companhias japonesas, perante os efeitos piores que o esperado pela crise econômica global.

Cerca de uma centena de pessoas esperavam desde a primeira hora desta manhã a abertura do centro de conferências Tokyo International Forum, onde as entrevistas estão sendo feitas, para ser os primeiros a solicitar os postos de trabalho.


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17:15
Anónimo disse...
Economia Internacional
Senado dos EUA aprova plano de estímulo à economia

O Senado dos Estados Unidos aprovou com 60 votos a favor e 38 contra o plano de estímulo à economia de US$ 787 bilhões na madrugada deste sábado. Agora, ele segue para sanção ou veto do presidente Barack Obama, que espera colocar a lei em prática até o dia 16 de fevereiro.

O plano prevê a criação de três milhões de empregos, inclui cortes de impostos às famílias, fundos para programas sociais e obras públicas, além de ajuda aos governos estaduais, estudantes e desempregados.

A cláusula Buy American - que exige o uso de ferro, aço e produtos manufaturados dos Estados Unidos em obras realizadas com recursos do pacote - ficou de lado. Segundo o texto definitivo, a cláusula será aplicada sem violar as normas do comércio internacional.

Ontem à tarde, a Câmara de Representantes (deputados) havia aprovado, por 246 votos a favor e 183 contra, a versão final do plano. Todos os republicanos foram contrários ao pacote.

Pelo acordo de quarta-feira entre Câmara e Senado, em vez de custar US$ 819 bilhões, como queriam os deputados, ou US$ 838 bilhões como pretendiam os senadores, o pacote ficou em cerca de US$ 787 bilhões, com 65% desse total destinado a gastos do governo federal e 35%, a créditos tributários.

17:16
Anónimo disse...
Economia nacional
Na era Lula, aposentadoria sobe 54% menos que salário mínimo

Thatiane Faria
Especial para o Terra
Direto de São Paulo

Os índices de reajustes concedidos pelo governo em 2009 para aposentados e pensionistas e para o salário mínimo repetiram uma diferença que, só durante o governo de Luiz Inácio Lula da Silva, já chega a 54%. Enquanto o mínimo foi majorado em 12% este ano, as pensões e aposentadorias tiveram aumento de 5,92%. Aposentados que têm o benefício do governo como única fonte de renda reclamam que perdem poder de compra e que sua cesta de compras é composta por itens que aumentam mais em relação à inflação oficial.

Um exemplo prático pode ser entendido a partir da comparação entre um aposentado que ganhava R$ 600 em janeiro de 2003. Na época, o benefício era três vezes, ou 200%, maior que o valor do mínimo em vigência, que era de R$ 200. Aplicando-se os índices de reajuste para aposentadorias e para o mínimo durante os últimos seis anos, o mesmo aposentado estaria recebendo hoje R$ 938,47, comparado a um salário mínimo de R$ 465. A diferença entre os dois valores caiu para pouco mais de 100%.

Enquanto o índice acumulado de reajuste para a aposentadoria durante o governo Lula foi de 60%, para o salário mínimo está em 132%.

O diretor do Sindicato Nacional dos Aposentados, João Inocentini, reclama que os valores dos benefícios para aposentadorias não mantêm o poder de compra do grupo, principalmente dos aposentados que recebem menos que dez salários mínimos.

Nem mesmo o fato de o índice de reajuste das aposentadorias ter ficado acima da inflação acumulada no mesmo período (o IPCA entre janeiro de 2003 e janeiro de 2009 foi de 39,7%) serve de argumento, segundo os aposentados.

"Os idosos, principalmente, têm gastos além das contas gerais como gás, telefone e aluguel. Para eles o custo com remédios, e outros itens da área saúde costuma ser maior", afirmou Inocentini.

O presidente do sindicato afirmou que o grupo realiza um estudo com 100 itens de necessidade de um idoso para comparar o aumento dos produtos com o índice de reajuste do benefício recebido pelos aposentados.

"Daqui dois meses vamos abrir um processo na Justiça e levar essa pesquisa como prova. Segundo a lei, o governo é obrigado a manter o poder de compra com a aposentadoria", disse Inocentini.

Alternativas
O consultor financeiro Cláudio Boriola diz que os aposentados, especialmente nesse momento de crise econômica, devem evitar compras parceladas, pesquisar preços, negociar e fazer bom planejamento financeiro.

Segundo Boriola, alguns aposentados ganham um valor mensal muitas vezes insuficiente para o pagamento das contas e acabam pedindo crédito ou realizando pagamentos a prazo e são obrigados a pagar juros altos.

Na opinião do consultor, pagar uma previdência privada é uma alternativa indicada para quem ainda trabalha, considerando a característica de perda de poder de compra da aposentadoria.

"Na prática, infelizmente os valores encontram-se em um patamar que está deteriorando o poder de aquisição da população brasileira", completou Boriola.

De acordo com o diretor da Confederação Brasileira de Aposentados e Pensionistas (Cobap), Vicente Fernandes Barbosa, representantes dos aposentados tentarão um encontro com o presidente da Câmara, deputado Michel Temer (PMDB-SP), para discutir projetos que minimizem a perda dos aposentados

17:17
Anónimo disse...
Previdência
Previdência prorroga isenção de tarifas no benefício

O atual sistema de pagamento aos 26 milhões de aposentados e pensionistas do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) será mantido até o final deste ano. O acordo, que permite realizar a operação sem nenhum custo aos beneficiários, foi renovado nesta sexta-feira, entre o governo federal e 21 instituições financeiras.

Por meio desse acordo, vigente desde setembro de 2007, nem os segurados, nem os bancos e nem o governo arcam com o pagamento de tarifas, conforme explicou o ministro da Previdência Social, José Pimentel. A prorrogação vale até dezembro, data máxima para que a Previdência defina as regras para um novo contrato.

Ao assinar o termo de renovação, na sede da Federação Brasileira dos Bancos (Febraban), o ministro disse que a intenção do governo é mudar o atual modelo de gestão visando a reduzir os custos dessas operações em torno da folha mensal, que atinge R$ 15,8 bilhões. No entanto, qualquer alteração, conforme explicou, passará antes por audiências públicas a serem realizadas a partir do segundo semestre deste ano, atendendo a determinação do Tribunal de Contas da União (TCU).

De acordo com Pimentel, com um redesenho do mecanismo de repasse dos recursos aos bancos em torno da folha de pagamento dos segurados o que se busca é um aumento da participação de instituições financeiras. Ele informou que, desde 2007, cada benefício custa em média R$ 1,07 ao governo. "Quanto mais instituições financeiras estiverem prestando serviços à sociedade, maior é a competitividade, a agilidade no atendimento", justificou.

O ministro observou, ainda, que, para permitir uma redução para algo em torno de meia hora no tempo de atendimento para a concessão dos direitos previdenciários, o governo investiu R$ 280 milhões.

Questionado sobre o descontentamento dos segurados que ganham acima de um salário mínimo terem obtido apenas a correção com base na variação do Índice de Preços ao Consumidor (INPC) , ficando abaixo do reajuste dado a quem recebe apenas o mínimo, Pimentel argumentou que o governo seguiu o que determina a lei e descartou a possibilidade de uma revisão

17:17
Anónimo disse...
Empresas
Caterpillar oferece aposentadoria antecipada a 2 mil


A companhia americana Caterpillar ofereceu a cerca de dois mil funcionários incentivos para que se aposentem de forma voluntária antes do previsto, pela perspectiva de uma queda "significativa" da atividade industrial, informou nesta quarta-feira a empresa.

A iniciativa, destinada aos trabalhadores de diversas fábricas em Illinois, Colorado, Tennessee e Pensilvânia, se soma aos cortes de empregos anunciados em janeiro, explicou em comunicado de imprensa.

A empresa, a maior fabricante mundial de maquinaria pesada para a construção e a mineração, acrescentou que, "em função das condições de negócio, podem ser necessárias mais reduções de elenco voluntárias e involuntárias à medida que o ano avança".

O vice-presidente da companhia, Sid Banwart, explicou que a empresa prevê "demissões significativas em todas as regiões geográficas e na maioria dos setores devido às dificuldades da economia mundial".

17:18
Anónimo disse...
Comércio
Comércio exterior da OCDE caiu no 3º trimestre de 2008


As exportações e as importações dos países da Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Econômico (OCDE) caíram 1,6% e 0,2%, respectivamente, no terceiro trimestre de 2008, em relação aos três meses anteriores.

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Trata-se da primeira queda destas atividades desde o terceiro trimestre de 2006, segundo o último relatório trimestral sobre fluxos comerciais divulgado pela OCDE.

As exportações e as importações em dólares dos 30 Estados-membros caíram 15,6% e 17%, respectivamente, na comparação anualizada.

Por sua vez, o comércio dos sete países mais ricos do mundo (G7) teve um pequeno crescimento no terceiro trimestre de 2008 com uma queda das exportações de mercadorias de 0,2% em relação ao trimestre anterior e um aumento de 0,4% das importações.

Em termos anualizados, as importações do G7 caíram 1,4% entre julho e setembro do ano passado, seu primeiro retrocesso desde o terceiro trimestre de 2006, enquanto as exportações aumentaram 1,9%, seu crescimento mais baixo no mesmo tempo.

Por países, a Alemanha aumentou suas importações em 3,4% - valor mais alto do G7 -, enquanto suas exportações caíram 2,9% do segundo para o terceiro trimestre de 2008.

Pelo contrário, as exportações americanas aumentaram 1,8% entre julho e setembro de 2008, enquanto as importações caíram 0,7% em relação ao trimestre anterior. No Japão, tanto as importações quanto as exportações caíram em torno de 1% no mesmo período.

17:19
Anónimo disse...
Economia Nacional
Lula: juros de crédito consignado a aposentados são altos

Atualizada às 17h29

O presidente Luis Inácio Lula da Silva afirmou nesta terça-feira, em São Paulo, que está lutando para reduzir as taxas de juros cobradas de aposentados em crédito consignado. A Previdência Social estabelece uma taxa máxima de 2,5% para empréstimo e de 3,5% para cartão. Para Lula, os valores são altos.

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"Acho que o juro que os aposentados estão pagando hoje com o crédito consignado é alto para o padrão brasileiro", disse o presidente durante a cerimônia de comemoração dos 86 anos do INSS.

A Previdência anunciou nesta terça-feira que aposentados e trabalhadoras com licença-maternidade poderão receber seus benefícios em 30 minutos. De acordo com Lula, em junho, a aposentadoria do trabalhador rural também será conseguida em meia hora.

Além disso, o presidente anunciou que, também em junho, os trabalhadores que alcançarem o direito à aposentadoria passarão a receber em suas casas um comunicado da Previdência informando o fato e o valor do salário que têm direito a receber. "É um comprometimento público que estou fazendo com os companheiros da Previdência Social", disse.

"Estamos retribuindo ao contribuinte da Previdência Social aquilo que é a cidadania que ele tem direito", afirmou Lula. "Se para cobrar nós somos tão precisos, para devolver o dinheiro, temos que chegar próximo à perfeição", completou.

17:20
Anónimo disse...
Economia Nacional
Salário maternidade sairá em 30 minutos, diz ministro

Toda trabalhadora autônoma que tiver contribuído pelo menos 10 meses com o Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) - ou as que possuírem carteira assinada - poderão receber em 30 minutos o salário maternidade a partir desta terça-feira. Da mesma forma, as mulheres com 30 anos de contribuição e os homens com 35 anos também terão direito ao benefício de forma mais rápida. A informação é do ministro da Previdência Social, José Pimentel.

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Para requerer o salário maternidade, é preciso que as autônomas levem a carteira de identidade e o carnê de contribuição. As demais trabalhadoras devem apresentar a identificação e a carteira de trabalho. Desde o início do mês, a nova forma de análise para a concessão de benefícios foi adotada para a aposentadoria por idade do trabalhador urbano e agora foi estendida para o salário maternidade e por tempo de contribuição.

O ministro disse que a qualificação do serviço da previdência social é o reconhecimento do direito dos trabalhadores e da afirmação da cidadania.

"Até pouco tempo na cabeça do cidadão o serviço devia ser de péssima qualidade. Agora não, nós modificamos toda a legislação no mês de dezembro numa ação conjunta do Congresso Nacional com o governo federal. Estamos implantando e concedendo os benefícios em até 30 minutos", afirmou.

O ministro destacou que para conseguir se aposentar ou ter acesso à licença maternidade em 30 minutos, em primeiro lugar, é necessário que o cidadão esteja vinculado à Previdência, o que inclui 65% da população acima de 16 anos de idade.

"Depois bastar marcar pelo sistema 135 o dia e a hora do atendimento e levar a documentação. Se todos os dados necessários estiverem corretos o contribuinte será atendido em até 30 minutos, como vem sendo feito com as aposentadorias por idade desde o dia cinco de janeiro", explicou.

Pimentel disse ainda que em 90% das agências da previdência social o atendimento é marcado em até 48 horas. Nos grandes centros, entretanto existe um volume maior o que torna mais lento o processo.

"Estamos criando mais 715 agências até 2010, em todo o território nacional, para descentralizar o atendimento. Em 2008, atendemos 295 mil benefícios e aposentadorias por idade. Temos 4 mil pessoas por dia procurando e se aposentando por idade no território nacional. Este serviço será agilizado", concluiu.
17:25
Anónimo disse...
Giuseppe Englaro, pai de Eluana, a italiana que morreu na segunda-feira passada por desidratação, recusou uma grande soma de dinheiro de um conhecido fotógrafo italiano que queria retratar a filha em estado de coma, disse neste sábado o neurologista que atendia a mulher desde 1996, Carlo Defanti.

O neurologista, que participou hoje de uma conferência sobre eutanásia, disse que Englaro respeitou a vontade da filha, que, antes do acidente, tinha pedido que, se lhe ocorresse qualquer coisa irreversível, apresentasse sua imagem de quando estava em boas condições.

Antes de sofrer o acidente de trânsito, em 1992, Eluana viveu o coma de um amigo, Alessandro, o que causou forte impacto na italiana e a levou a fazer o pai prometer que não a deixasse viver em estado vegetativo, disse o próprio Giuseppe Englaro.

Defanti, que dissera que Eluana poderia viver de dez a 12 dias depois da suspensão da alimentação e da hidratação, disse que, como médico, tinha que reprovar esta afirmação.

"Não se pode sobreviver após três ou quatro dias sem líquido e, em particular, água em um corpo. Sabemos bem que, quando há um terremoto, após quatro dias é difícil encontrar sobreviventes".

Defanti ressaltou que Eluana "não falava, não se comunicava com o exterior" e que, após vários exames, "nos deparamos com uma moça que tinha perdido a consciência", porque estava com o córtex cerebral prejudicado.

Eluana foi enterrada na quinta-feira passada no túmulo da família na localidade de Paluzza, em Udine, após um funeral que não contou com a presença dos pais.

16:53
Anónimo disse...
Os bombeiros combatem neste sábado os incêndios na Austrália favorecidos pelo bom tempo, enquanto os deslocados encotram em seu retorno casas derruídas, carros queimados nas ruas e destruição.

Depois de sete dias desde que começaram os incêndios no Estado de Victoria, a lista de mortos chega a 181, os desaparecidos somam 50, os edifícios destruídos totalizam 1,834 mil e o terreno arrasado, principalmente florestas, ocupa uma área de 4,13 mil quilômetros quadrados.

As equipes de bombeiros, formadas por 4 mil profissionais de Victoria, de outras partes da Austrália e de países amigos, combateram hoje 12 focos fora de controle e nenhum representava uma ameaça direta para a população.

O subdiretor do Serviço de Bombeiros, Geoff Conway, disse que este tempo favorável, que se prolongará durante o domingo, permite consolidar as linhas de contenção e avançar na extinção das chamas.

Cinzas apareceram arrastadas por ventos do nordeste sobre Melbourne, onde habitam 3,8 milhões de pessoas, e as autoridades alertaram aos cidadãos do risco para a saúde de idosos, crianças e pessoas com problemas respiratórios.

O número de pessoas deslocadas - a Cruz Vermelha chegou a receber 7 mil - começou a cair com a abertura de algumas localidades atingidas.

Os incêndios, alguns criminosos, começaram em 7 de fevereiro, quando a região sul da Austrália estava há duas semanas sob uma onda de calor sem precedentes.

Na sexta-feira passada, a polícia acusou uma pessoa de ter provocado o incêndio que atingiu a localidade de Churchill e matou 21 pessoas.

16:55
Anónimo disse...
A primeira chuva em seis dias reduziu a ameaça de incêndios no Estado de Victoria, ao sul da Austrália. As autoridades, porém, advertiram que ainda existem 12 focos, mas que nenhum deles ameaça áreas povoadas.

Mais de quatro mil bombeiros, mil provenientes de outras partes do país e de outras nações, trabalham contra o fogo. Cerca de 600 veículos e 28 helicópteros e pequenos aviões estão sendo usados.


Eles conseguiram construir linhas de contenção para evitar os incêndios de Yarra e Maroondah se juntassem. Também foram controlados os incêndios abertos de Yea e Murrindindi, que ameaçavam as comunidades de Connellys Creek, Crystal Creek, Scrubby Creek e Native Dog Creek.

O número de mortos chegou a 181, mas as autoridades acreditam que as vítimas devem passar de 200, já que ainda há muitos desaparecidos.

16:55
Anónimo disse...
Aqui nesta coluna, na semana passada, tive a oportunidade de comentar sobre a recente visita do professor brasileiro Pedrinho Guareschi à Austrália. Não dei, porém, os fatos, pois semana passada o assunto era outro.

Hoje, porém, vamos a eles.

No último dia 4 de fevereiro, aconteceu o Seminário "Paulo Freire: Education and Liberation", organizado pelo centro de estudos latino-americanos da Universidade Nacional da Austrália, ou ANU, como é mais conhecida por aqui.

A ANU, para quem não sabe, está entre as 20 melhores universidades do mundo! E tem sede aqui em Camberra, capital da Austrália.

Na abertura do evento, o professor John Minns, diretor do centro latino-americano, ao dar boas-vindas ao público presente, lembrou ser aquele o primeiro seminário exclusivamente dedicado a Paulo Freire na Austrália.

Em seguida, convidou Pedrinho Guareschi, palestrante principal do Seminário, a fazer sua apresentação.

A plateia pode então conhecer, pelas palavras de Pedrinho, um pouco da obra e da vida de Freire, esse brasileiro de fé e valor, que sempre acreditou na educação, sobretudo dos menos favorecidos, analfabetos, como força libertadora.

Como não podia deixar de ser, os conceitos e ideias revolucionários de Paulo Freire, expostos com clareza por Pedrinho, despertaram o interesse e a curiosidade de plateia. A qual, deve-se notar, era na maioria de estudantes, mas de várias nacionalidades, sobretudo australianos e asiáticos.

Na continuação do programa do seminário, que se estendeu por dois dias, outros professores fizeram palestras sobre temas ligados à obra de Paulo Freire.

Interessante, por exemplo, saber que a professora Anne Hickling-Hudson, jamaicana que mora na Austrália há muitos anos (é professora da ANU), conheceu e trabalhou com Freire num workshop educacional durante a revolução na Ilha de Granada, em 1980, antes da invasão dos Estados Unidos...

Ou, então, a palestra da Professora Gerda Roelvink, da Nova Zelândia, que participou do Fórum Social de Porto Alegre em 2005. E essa participação transformou-se em tema de doutorado.

No dia 10, terça-feira passada, o padre Pedrinho Guareschi voltou a falar ao público australiano em grande auditório localizado no belíssimo campus da ANU. Desta vez, sobre a Teologia da Libertação.

Depois da palestra, John Minns mostrou o filme mexicano "O Crime do Padre Amaro", no qual um dos personagens é um padre católico praticante da Teologia da Libertação.

Mais uma vez, foi grande o intersse da platéia, que pode aprender e conhecer um pouco como se desenvolveu aquele importante movimento católico na América Latina.

Fica, assim, ao Pedrinho, bem como a outros brasileiros estudiosos e de bom coração que saem pelo mundo a divulgar aspectos importantes da cultura brasileira, o respeito e a homenagem desta coluna. E... aquele abraço!

16:57
Anónimo disse...
Amanda Kitts perdeu o braço esquerdo em um acidente de automóvel acontecido três anos atrás, mas hoje em dia ela joga futebol americano com seu filho de 12 anos de idade, troca fraldas e abraça as crianças nas três creches Kiddie Cottage que opera em Knoxville, Tennessee. Kitts, 40 anos, faz tudo isso com a ajuda de um novo tipo de braço artificial que se movimenta com mais facilidade do que outros aparelhos e que ela pode controlar utilizando apenas seus pensamentos.

"Eu sou capaz de mexer a mão, o pulso e o cotovelo ao mesmo tempo", diz. "Você pensa e os músculos se movem em seguida".

A recuperação que ela conseguiu resulta de um novo procedimento que vem atraindo crescente atenção porque permite que pessoas movam braços protéticos de forma mais automática do que faziam no passado, simplesmente utilizando nervos reaproveitados em seus cérebros.

A técnica, conhecida como "renervação muscular dirigida", envolve utilizar os nervos que restam depois da amputação de um braço e conectá-los a outro músculo do corpo, em geral no peito. Eletrodos são instalados sobre os músculos do peito, e operam como se fossem antenas. Quando a pessoa deseja mover o braço, o cérebro envia sinais que primeiro resultam em contração dos músculos do peito, os quais enviam um sinal ao braço protético, instruindo-se a se movimentar. O processo não requer mais esforços consciente do que a pessoa teria de exercitar caso ainda tivesse seu braço natural.

Na terça-feira, pesquisadores reportaram em estudo publicado pela versão online do Journal of the American Medical Association que haviam levado a técnica ainda mais à frente, tornando possível a execução de 10 movimentos de mão, pulso e cotovelo diferentes, o que representa uma substancial melhora com relação ao típico repertório protético, que em geral envolve apenas dobrar o cotovelo, girar o pulso e abrir a mão.

"Os novos métodos tiveram impacto dramático em nosso campo de trabalho", disse Stuart Harshbarger, engenheiro biomédico na Universidade Johns Hopkins e diretor do programa de pesquisa sobre próteses, financiado pelas forças armadas, que inclui o trabalho com essa técnica. "O método já está em uso por médicos e cirurgiões comuns em todo o país. A capacidade de controlar um membro protético bastante robusto que ele confere surpreendeu a todos pela qualidade".

Tipicamente, uma pessoa que tenha um braço protético só é capaz de executar alguns poucos movimentos, e muitas vezes com tamanha lentidão que isso só permite a ela atividades limitadas.

Há um motor separado para cada movimento, diz Gerald Loeb, professor de engenharia biomédica na Universidade do Sul da Califórnia, "e esses motores precisam ser controlados de maneira explícita", usualmente por um esforço consciente da pessoa para contrair músculos nas costas ou no bíceps.

"Essencialmente, até agora os pacientes controlavam apenas um motor de cada vez", diz Loeb, "e precisavam pensar cuidadosamente sobre que motor desejavam controlar e como fazê-lo operar, em lugar de simplesmente pensarem em mover o braço e poderem fazê-lo sem delongas".

Antes que Kitts passasse pelo procedimento de renervação, em outubro de 2007, por exemplo, ela precisava movimentar os músculos de suas costas de determinada maneira para fazer com que seu pulso girasse, e flexionar seu bíceps e tríceps para fazer com que o cotovelo se movesse para cima e para baixo. "Era muito trabalho", ela conta. "E não me ajudava muito".

O procedimento de renervação é parte de uma recente explosão de idéias novas e técnicas inovadoras que estão sendo exploradas enquanto os cientistas se esforçam por ajudar as pessoas a compensar melhor a perda de membros ou problemas de paralisia. O esforço vem sendo alimentado pelo aumento no número de amputações causado por diabetes e por ferimentos sofridos pelos militares, e ao mesmo tempo pelos avanços na tecnologia médica.

Os braços se tornaram um dos focos essenciais desse tipo de trabalho. A ciência há muito vem obtendo sucessos no desenvolvimento de próteses de perna, mas é muito mais difícil imitar a complexidade e a destreza das mãos e dos braços.

Os esforços em curso incluem o desenvolvimento de projetos de pele e braços mais sensíveis e mais flexíveis, e o uso de dispositivos acionados por controles sem fio implantado nos braços protéticos, que permitiriam movimentos mais naturais.

Os pesquisadores também vêm usando sensores implantados nos cérebros de cobaias para permitir que dois macacos controlem um braço mecânico, e um teste com um homem paralítico permitiu, com esse método, que ele movimentasse um cursor em uma tela de computador.

Alguns desses métodos, caso venham a ser aperfeiçoados plenamente e consigam aprovação das autoridades regulatórias da saúde, podem no futuro se tornar mais viáveis para os pacientes de amputações.

E embora a técnica da renervação não requeira aprovação das autoridades regulatórias porque é executada por meios cirúrgicos e emprega aparelhos já existentes, ela apresenta limitações que até mesmo seus criadores reconhecem, entre as quais o fato de que não se pode utilizá-la para todos os pacientes, o seu alto custo e o prazo de meses requerido para que os nervos reconectados cresçam e se tornem efetivos.

Ainda assim, os especialistas dizem que é o mais avançado sistema em uso hoje para pacientes reais que permite que o sistema nervoso controle diretamente o movimento de um braço artificial.

Desde sua introdução por Todd Kuiken, médico fisioterapeuta e engenheiro biomédico do Instituto de Reabilitação de Chicago, o método foi empregado em cerca de 30 pacientes nos Estados Unidos, Canadá e Europa, entre os quais oito soldados feridos no Iraque e no Afeganistão.

Muitos dos pacientes, entre os quais o primeiro, Jesse Sullivan, um operário do setor elétrico no Tennessee que perdeu os dois braços quando foi eletrocutado por um cabo, conseguem não apenas manipular seus braços protéticos mas sentir a presença das mãos que já não têm quando alguém toca em seus peitos.

Sullivan, 62 anos, e Kitts, estavam entre os cinco pacientes que participaram do estudo reportado na terça-feira. Em companhia de cinco outras pessoas que não passaram por amputações, eles receberam os eletrodos e foram instruídos a usar pensamentos para fazer com que um braço virtual na tela reproduzisse 10 movimentos diferentes, entre os quais três formas diferentes de aperto de mão.

Os pacientes apresentaram desempenho bastante respeitável, apenas um pouco mais lento e menos preciso do que os dos participantes que não tinham amputações.

"As velocidades de movimento que encontramos em nossos pacientes foram realmente encorajadoras", disse Kuiken. "Eles conseguiram completar a tarefa. É claro que não foram tão competentes quanto as pessoas dotadas de plena capacidade física, mas foram bons o bastante".

Um braço virtual foi usado porque a maioria das próteses existentes não era capaz de acomodar todos aqueles movimentos, no momento da pesquisa, ainda que Sullivan, Kitts e uma terceira paciente, Claudia Mitchell, tenham experimentado dois novos protótipos mais versáteis de braços artificiais, executando tarefas complexas com bolas de tênis e outros objetos.

O trabalho de renervação em soldados apresenta outros desafios, diz Kuiken, porque os ferimentos militares muitas vezes "causam danos muitos extensos" a nervos, músculos ou ossos.

Daniel Acosta, 25 anos, um aviador ferido pela detonação de uma bomba em uma estrada do Iraque em 2005, passou pelo procedimento no ano passado e diz que seu braço esquerdo protético agora se movimenta "muito mais rápido" e de maneira muito mais natural.

"A diferença é que agora não preciso mais pensar para mover o braço", ele diz. "Ele simplesmente se mexe".

Ainda assim, Acosta, de San Antonio, diz que "o processo foi bastante longo" e que os eletrodos precisam ser ajustados para receber os sinais à medida que os nervos crescem ou mudam de posição.

E embora elogiem o método, os especialistas afirmam que a ciência das próteses de braço ainda tem muito por avançar.

"Trata-se de uma parte crucial, mas ainda assim apenas uma parte, das muitas coisas que compreendem a função normal de um braço", disse Loeb, que escreveu um editorial que acompanha o artigo no Journal of the American Medical Association.

"No momento estamos a meio do caminho entre o braço de 'Dr. Fantástico', que fazia involuntariamente a saudação nazista, e o braço de Luke Skywalker em 'Guerra nas Estrelas', que funciona sem nenhum problema assim que é conectado. Creio que precisaremos ainda de muitos anos para conectar todas as peças necessárias a produzir um braço capaz de funcionar normalmente".

17:04
Anónimo disse...
A Espanha disse neste sábado que está preparando uma reclamação oficial contra a decisão da Venezuela de expulsar um membro do Parlamento Europeu que criticou o conselho eleitoral venezuelano.
Luis Herrero, membro do partido conservador espanhol PP, foi deportado na sexta-feira depois que o Conselho Nacional Eleitoral (CNE) o acusou de questionar a imparcialidade da instituição antes de um referendo que pode permitir ao presidente Hugo Chávez permanecer no cargo indefinidamente.

Herrero estava na Venezuela como observador do referendo. Ele acusou Chávez de ter "comportamentos típicos de um ditador" por pedir a contenção de manifestações da oposição.

O governo da Espanha convocou um encontro com o embaixador da Venezuela em Madri para expressar a desaprovação sobre a expulsão de Herrero, disse um representante do Ministério das Relações Exteriores espanhol.

As relações da Venezuela com a Espanha tiveram seu ponto crítico em 2007, quando Chávez ameaçou rever acordos diplomáticos e comerciais depois de ouvir um "cala a boca" do rei espanhol Juan Carlos durante uma cúpula.

A fenda foi oficialmente reparada em 2008, com uma visita oficial de Chávez à Espanha, onde ele cumprimentou o rei e discutiu acordos para investimento no setor petroquímico com o primeiro-ministro José Luis Rodriguez Zapatero.

17:06
Anónimo disse...
A polícia do Zimbábue anunciou neste sábado que acusa de traição Roy Bennett, dirigente do até agora opositor Movimento para a Mudança Democrática (MDC), detido na sexta-feira, em Harare, poucas horas antes da cerimônia de posse dos membros do novo gabinete.

"A Polícia nos informou que vão apresentar acusações de traição", disse à agência EFE o advogado de defesa de Bennett, Trust Maanda.

"Tentam relacionar Roy com o caso de Mike Hitschmann, que foi detido em 2006 em relação à descoberta de um carregamento de armas, apesar de que Hitschmann não tenha sido declarado culpado das acusações de traição apresentadas contra ele, mas de um crime menor de descumprimento de leis", disse Maanda.

O político opositor, designado por seu partido como vice-ministro de Agricultura no Governo de união nacional, esteve no exílio na vizinha África do Sul desde 2006 e retornou ao Zimbábue há duas semanas.

Segundo a Polícia, que deteve Bennett ontem no aeroporto de Harare quando pretendia ir à África do Sul para visitar sua família, as armas apreendidas em 2006 seriam utilizadas em um golpe de Estado para derrubar o presidente do Zimbábue, Robert Mugabe.

Depois da detenção, Bennet foi levado a Mutar, onde vários simpatizantes do MDC se concentraram em frente à delegacia na qual estava detido, diante do que a Polícia respondeu com tiros para o alto para dispersar os manifestantes.

17:07
Anónimo disse...
Austrália: 14 mil se candidatam a 'emprego dos sonhos'

A secretaria de Turismo de Queensland, na Austrália, informou que até esta segunda-feira já recebeu cerca de 14 mil inscrições para o "o melhor emprego do mundo". O Estado australiano promove pela internet seleção para vaga de "zelador" da ilha Hamilton, por seis meses com um salário de R$ 40 mil.

Muitos candidatos tiveram problemas durante a inscrição por conta dos acessos simultâneos ao site. A secretaria aconselha enviar os vídeos de 60s explicando porque deve ser escolhido em horários alternativos do dia, além de recomendar tamanho em torno de 40MB.

As inscrições começaram em 12 de janeiro e vão até o próximo dia 22 e podem ser feitas pelo site www.islandreefjob.com. O governo australiano escolherá 50 candidatos para a próxima fase da seleção, que terá votos do público para eleger um dos 11 finalistas.

A última fase terá entrevistas e desafios físicos, no próprio local de trabalho: as ilhas da Grande Barreira Coralina - o maior recife de coral do mundo. A secretaria de Turismo anunciará o vencedor no dia 6 de maio.

17:09
Anónimo disse...
Mercado elogia governo na crise, mas pede maior queda no juro

Peter Fussy
Direto de São Paulo

Desde as primeiras medidas anunciadas para combater os efeitos da crise, o governo brasileiro avisou que a estratégia não contemplaria um pacote. Seriam doses pontuais, de acordo com a necessidade da economia diante do agravamento das turbulências. Da primeira liberação dos depósitos compulsórios em setembro até a ampliação do seguro-desemprego na última quarta-feira, o governo passou por redução de impostos, ampliação de crédito e incentivos à exportação. Quase 150 dias após a primeira medida, o Terra conversou com líderes do setor público e privado, representantes dos trabalhadores, acadêmicos e com o próprio governo para saber quais destas ações foram mais eficazes, quais foram mais ineficientes e o que mais pode ser feito pelo Estado brasileiro contra a crise.

Os maiores elogios foram direcionados à atitude de reduzir o Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) para a indústria automobilística, anunciada em dezembro e que fez com que os emplacamentos de carros novos subissem 1,9% no primeiro mês do ano em relação a dezembro de 2008. Já as maiores críticas foram para a lentidão no corte da taxa básica de juro do País.

Para o presidente do conselho administrativo do Grupo Pão de Açúcar, Abílio Diniz, o Estado não é responsável pela crise e mesmo assim está agindo "com extrema serenidade e muito acerto". "O governo está atento, fazendo a sua parte. É preciso coragem de baixar firmemente a taxa de juros. É uma arma que temos a nosso favor, já que não há clima para inflação, nem possibilidade de danos para a macroeconomia", afirmou Diniz.

Na última reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), em janeiro, a taxa Selic foi reduzida em um ponto percentual, de 13,75% para 12,75% ao ano. Porém, o professor de economia da Universidade de Brasília (UnB) José Luiz Oreiro lembra que este corte representa uma redução de apenas 0,25 ponto percentual com relação à taxa de setembro do ano passado, quando a crise se agravou.

"Pouco antes da eclosão da crise, o Banco Central aumentou a taxa em 0,75 ponto. Foram cinco meses de demora para reduzir em termos líquidos apenas 0,25 ponto", afirmou o economista, que também sugeriu redução do intervalo de cerca de 90 dias entre as reuniões do Copom e o corte de pelo menos um 1 ponto percentual em cada reunião.

Mesmo com o corte de janeiro, a taxa de juros real continua sendo a maior do mundo, lembrou o secretário-geral da Força Sindical, João Carlos Gonçalves, o Juruna. "A redução da taxa de juro ainda é pequena, porque ela continua uma das mais altas do mundo. Falta ousadia para baixar os juros e ajudar o cidadão. A permanência da taxa de juro alta é negativa para o País em meio a crise", afirmou Juruna.

Embora aprove as ações do governo, o senador Aloízio Mercadante (PT-SP) também acredita que o patamar da Selic está muito alto. "Sempre fomos os primeiros a entrar em qualquer crise, o que não aconteceu agora. A taxa Selic ainda é muito alta, mas o governo têm tomado medidas acertadas, como o aumento do salário mínimo, mesmo com um cenário de crise. Isso ajuda a movimentar o consumo. O governo está se esforçando para manter os investimentos e o crescimento", disse.

Tributos
De acordo com o economista Fabio Pina, da Fecomercio-SP, as ações mais positivas estão relacionadas à redução de tributos para alguns segmentos, como a indústria automobilística, que recuperou parte da queda nas vendas em janeiro com a isenção do IPI para carros 1.0 l e o corte para demais motorizações. A medida vale até o final de março.

"Essas medidas não só reduziram o preço, mas anteciparam o consumo daqueles que iriam comprar no futuro, dando um prêmio por conta da insegurança. Mexe diretamente com o principal problema que é a confiança do consumidor", afirmou. Juruna destacou que um bom ritmo de vendas é garantia de emprego. "É importante porque cada emprego na montadora significa 19 na cadeia produtiva", comentou o representante da Força Sindical.

Também em dezembro, o governo decidiu cortar pela metade a alíquota do Imposto de Renda para contribuintes que ganham entre R$ 1.434 e R$ 2.150 mensais. "O salário aumentava e a tabela não se modificava. As pessoas ganhavam mais e pagavam mais impostos", apontou Juruna. Outra redução de tributos do governo foi com relação ao Imposto sobre Operações Financeiras (IOF), que caiu de 3% ao ano para 1,5%.

Crédito
Na segunda metade de 2008, o colapso de bancos nos Estados Unidos por conta da crise do subprime provocou uma forte restrição de crédito no mundo inteiro. Uma das primeiras medidas anticrise do governo teve como objetivo restabelecer a oferta, com mudanças no recolhimento dos depósitos compulsórios por parte dos bancos. Segundo o presidente do Banco Central, Henrique Meirelles, as diversas modificações liberaram US$ 99,2 bilhões aos bancos até o final de janeiro.

Além disso, o governo concedeu R$ 36 bilhões das reservas internacionais para empresas brasileiras com dívidas no exterior e uma medida provisória autorizou o Banco do Brasil e a Caixa Econômica Federal a comprar carteiras de crédito de bancos privados. Para o diretor do Departamento de Pesquisas e Estudos Econômicos da Fiesp, Paulo Francini, estas medidas foram essenciais para combater os efeitos da crise.

"A crise se desenvolve no mundo em torno do tema crédito. E o crédito reduziu-se barbaridade no mundo. Então o governo lança mão de compulsório, lança mão de reservas, de medidas que permitem aos bancos comprar carteiras de bancos. Você vai tomando várias medidas para atender às demandas e o epicentro disso é crédito", afirmou.

No entanto, Oreiro, da UnB, adverte que a liberação dos compulsórios seria mais eficiente acompanhada de redução mais agressiva da taxa básica de juro. "Uma parte do crédito voltou, depois da forte retração em outubro e novembro. O que deveria ter sido feito junto à liberação do compulsório era uma redução mais drástica da taxa de juro. Sem isso, os bancos pegam as reservas e acabam comprando títulos públicos", explicou o economista.

Na opinião de Pina, as ações de distribuição de crédito via redução do compulsório e a disposição de capital de giro para empresas foram tomadas sem um cuidado maior na operação e não tiveram muito efeito. "O BNDES tem linhas que ficam paradas quase todo o ano, agora é pior ainda. Existem os recursos, mas as empresas e os bancos estão desconfiados. É preciso fazer com que os bancos tenham interesse em emprestar", afirmou o economista da Fecomercio-SP.

Futuro
Mesmo com todas essas medidas, a crise financeira ainda gera incertezas nos setores produtivos do País. Nos últimos meses, o medo do desemprego fez os consumidores adiarem compras. Por sua vez, a queda nas vendas pode obrigar as indústrias a cortarem a produção e demitir funcionários. Contra isso, empresários sugerem redução de jornada e de salários.

"Isto está previsto em lei. A Fiesp simplesmente manteve conversações com entidades sindicais quanto à aplicação daquilo que já está previsto em lei", afirmou Francini.

Segundo a ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff, uma das medidas que assegura um nível de emprego é a manutenção de investimentos no Programa de Aceleração do Crescimento (PAC). "Estamos esperando que a dificuldade ocorra em janeiro, fevereiro e março. Estamos certos que vamos manter o nível de investimento. É isso que funciona, é isso que significa investimento público. Ele funciona como um colchão. Por isso, nós colocamos R$ 100 bilhões no BNDES e a Petrobras ampliou o seu investimento em R$ 120 bilhões", afirmou.

Na mesma linha, Pina explica que a antecipação de gastos do governo substitui parte da demanda retraída do setor privado. "Ele dá o seguinte recado: não vou estourar as contas públicas, mas concentrar em um momento em que a demanda privada está pequena. Mas o governo não tem fôlego suficiente para fazer o papel de toda demanda", ressaltou. O economista da Fecomercio lembrou que a entidade já pleiteou junto ao governo isenções para transferência de imóveis e de automóveis, além de retirar o IPVA para veículos novos.

Já Oreiro foca suas propostas na capitalização do Banco do Brasil e da Caixa Econômica Federal pelo Tesouro para atender a demanda de crédito para capital de giro e reduzir o spread. "Aumentando o empréstimo e reduzindo as taxas, os dois vão forçar os bancos privados a acompanhar o movimento, até para não perderem participação no mercado", explicou o economista da UnB.

Até o Carnaval, o governou prometeu detalhar um pacote de incentivos para a construção de até um milhão de casas populares, direcionado a famílias com renda de até dez salários mínimos. "Estamos atentos a tudo o que está acontecendo e novas medidas serão tomadas caso haja uma avaliação de que sejam necessárias", disse o ministro da Fazenda, Guido Mantega, na última sexta-feira.

17:11
Anónimo disse...
Ex-ministro critica extensão do seguro-desemprego

Atualizada às 09h03

O ex-ministro do Trabalho Almir Pazzianotto criticou a decisão do governo federal de conceder o seguro-desemprego estendido a apenas alguns setores. "É certamente odioso e provavelmente inconstitucional", disse Pazzianotto, de acordo com o jornal O Estado de S. Paulo.

Na última qurta, dia do anúncio da medida, centrais sindicais elogiaram a atitude do governo. A Força Sindical divulgou nota dizendo que "o aumento ajudará a aquecer parte da economia, já que irá gerar mais consumo, produção e conseqüentemente, a criação de novos postos de trabalho". A União Geral dos Trabalhadores (UGT) afirmou que a medida "contribuirá para minimizar o drama dos trabalhadores que perderem seu emprego por conta da crise".

O ex-ministro, que instituiu o seguro-desemprego no País no governo de José Sarney, destacou a necessidade de as centrais sindicais se manifestarem contra a determinação. Para ele, as mudanças devem ser aplicadas a todas as categorias profissionais e a distinção é contrária ao artigo 3º da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT).

Pazzianotto atribui a medida a um possível temor do governo de que a crise econômica seja longa e não haja dinheiro para atender a todas as necessidades. Ainda assim, ele se mostra contrário ao método de concessão. "O seguro-desemprego ajuda a sanar necessidades básicas. Estendê-lo é paliativo, não a solução", disse ao jornal.

De acordo com o presidente do Conselho Deliberativo do Fundo de Amparo ao Trabalhador (Codefat) e conselheiro da Força Sindical, Luiz Fernando Emediato, a determinação já estava prevista na lei 8.900/94, que trata do seguro-desemprego.

O presidente da Comissão de Trabalho da Câmara, Pedro Fernandes (PTB-MA) vai além na crítica à concessão do seguro para apenas alguns setores. Ele acredita que a ampliação do benefício estimula o desemprego.

Quintino Severo, secretário geral da Central Única dos Trabalhadores (CUT), lembra que a ampliação do benefício sem critério e identificação pode incentivar demissões em outros setores.

17:13
Anónimo disse...
Empresas
TAM faz promoção para destinos internacionais

A companhia aérea TAM anunciou nesta sexta-feira tarifas promocionais para trechos internacionais. Os preços valem para bilhetes comprados entre 6h deste sábado e 23h59 deste domingo e são válidos para classe econômica. As tarifas, para ida e volta, serão vendidas a partir de US$ 99, mais taxas.

Segundo a aérea, a promoção vale para viagens feitas no período de 14 de fevereiro a 18 de junho de 2009. Para destinos na América do Sul, a permanência mínima é de dois dias; para bilhetes com destino nos Estados Unidos, cinco dias; e Europa, sete dias. A permanência máxima para as passagens para América do Sul e EUA é de dois meses e para Europa, três meses.

Entre os exemplos de tarifas promocionais, a TAM oferece São Paulo-Lima por US$ 99. Bilhetes para a rota São Paulo-Santiago serão vendidos a partir de US$ 199 e São Paulo-Nova York, US$ 799.

A emissão dos bilhetes deve ser feita obrigatoriamente no ato da reserva, obedecendo às regras estipuladas pela companhia. A compra está sujeita à disponibilidade de assentos nas classes tarifárias determinadas, trechos, horários e datas. A TAM afirmou que também há tarifas promocionais para a classe executiva.

Mais informações podem ser encontradas no site promocional (www.ofertastam.com.br), no site da empresa (www.tam.com.br) ou pelos telefones 4002-5700 ou 0800 5705700.

17:13
Anónimo disse...
Empresas
Consultoria negocia compra do parque temático Hopi Hari

A consultoria especializada em reestruturação de empresas Íntegra Associados informou nesta sexta-feira ter um acordo para comprar o parque de diversões Hopi Hari, localizado no interior de São Paulo. A empresa estaria disposta a investir R$ 10 milhões no parque, que tem dívida estimada em R$ 800 milhões. As informações são da edição deste sábado do jornal Folha de S. Paulo.

De acordo com o jornal, a transação ainda depende da negociação entre o Hopi Hari e seus credores, o que já estaria em andamento.

A consultoria paulista já atuou junto à Parmalat, durante 30 meses, quando reorganizou a gestão da empresa italiana.

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17:14
Anónimo disse...
Empresas
Disney de Tóquio contratará mais 2 mil apesar da crise


A Oriental Land, o operador da Disneylândia Tóquio e DisneySea, organizou neste domingo entrevistas para contratar cerca de 2 mil trabalhadores em tempo parcial, em um momento de grandes demissões deste tipo de empregados no Japão.

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O operador deste parque temático, situado em Urayasu, na província de Chiba (leste de Tóquio), está em pleno processo de seleção de empregados para 20 tipos de postos trabalhistas diferentes.

Segundo a companhia, citada pela agência local de notícias Kyodo, o parque contratará novos trabalhadores para as atrações, para os restaurantes e guardas de segurança entre outros. Os novos contratados começarão a trabalhar a partir de fevereiro.

O processo de seleção acontece em um momento em que a maioria das grandes companhias japonesas começaram a se ver obrigadas a despedir uma elevada percentagem de seus trabalhadores temporários e a tempo parcial.

Algumas inclusive anunciaram demissões de seus trabalhadores fixos, uma medida muito pouco comum nas companhias japonesas, perante os efeitos piores que o esperado pela crise econômica global.

Cerca de uma centena de pessoas esperavam desde a primeira hora desta manhã a abertura do centro de conferências Tokyo International Forum, onde as entrevistas estão sendo feitas, para ser os primeiros a solicitar os postos de trabalho.


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17:15
Anónimo disse...
Economia Internacional
Senado dos EUA aprova plano de estímulo à economia

O Senado dos Estados Unidos aprovou com 60 votos a favor e 38 contra o plano de estímulo à economia de US$ 787 bilhões na madrugada deste sábado. Agora, ele segue para sanção ou veto do presidente Barack Obama, que espera colocar a lei em prática até o dia 16 de fevereiro.

O plano prevê a criação de três milhões de empregos, inclui cortes de impostos às famílias, fundos para programas sociais e obras públicas, além de ajuda aos governos estaduais, estudantes e desempregados.

A cláusula Buy American - que exige o uso de ferro, aço e produtos manufaturados dos Estados Unidos em obras realizadas com recursos do pacote - ficou de lado. Segundo o texto definitivo, a cláusula será aplicada sem violar as normas do comércio internacional.

Ontem à tarde, a Câmara de Representantes (deputados) havia aprovado, por 246 votos a favor e 183 contra, a versão final do plano. Todos os republicanos foram contrários ao pacote.

Pelo acordo de quarta-feira entre Câmara e Senado, em vez de custar US$ 819 bilhões, como queriam os deputados, ou US$ 838 bilhões como pretendiam os senadores, o pacote ficou em cerca de US$ 787 bilhões, com 65% desse total destinado a gastos do governo federal e 35%, a créditos tributários.

17:16
Anónimo disse...
Economia nacional
Na era Lula, aposentadoria sobe 54% menos que salário mínimo

Thatiane Faria
Especial para o Terra
Direto de São Paulo

Os índices de reajustes concedidos pelo governo em 2009 para aposentados e pensionistas e para o salário mínimo repetiram uma diferença que, só durante o governo de Luiz Inácio Lula da Silva, já chega a 54%. Enquanto o mínimo foi majorado em 12% este ano, as pensões e aposentadorias tiveram aumento de 5,92%. Aposentados que têm o benefício do governo como única fonte de renda reclamam que perdem poder de compra e que sua cesta de compras é composta por itens que aumentam mais em relação à inflação oficial.

Um exemplo prático pode ser entendido a partir da comparação entre um aposentado que ganhava R$ 600 em janeiro de 2003. Na época, o benefício era três vezes, ou 200%, maior que o valor do mínimo em vigência, que era de R$ 200. Aplicando-se os índices de reajuste para aposentadorias e para o mínimo durante os últimos seis anos, o mesmo aposentado estaria recebendo hoje R$ 938,47, comparado a um salário mínimo de R$ 465. A diferença entre os dois valores caiu para pouco mais de 100%.

Enquanto o índice acumulado de reajuste para a aposentadoria durante o governo Lula foi de 60%, para o salário mínimo está em 132%.

O diretor do Sindicato Nacional dos Aposentados, João Inocentini, reclama que os valores dos benefícios para aposentadorias não mantêm o poder de compra do grupo, principalmente dos aposentados que recebem menos que dez salários mínimos.

Nem mesmo o fato de o índice de reajuste das aposentadorias ter ficado acima da inflação acumulada no mesmo período (o IPCA entre janeiro de 2003 e janeiro de 2009 foi de 39,7%) serve de argumento, segundo os aposentados.

"Os idosos, principalmente, têm gastos além das contas gerais como gás, telefone e aluguel. Para eles o custo com remédios, e outros itens da área saúde costuma ser maior", afirmou Inocentini.

O presidente do sindicato afirmou que o grupo realiza um estudo com 100 itens de necessidade de um idoso para comparar o aumento dos produtos com o índice de reajuste do benefício recebido pelos aposentados.

"Daqui dois meses vamos abrir um processo na Justiça e levar essa pesquisa como prova. Segundo a lei, o governo é obrigado a manter o poder de compra com a aposentadoria", disse Inocentini.

Alternativas
O consultor financeiro Cláudio Boriola diz que os aposentados, especialmente nesse momento de crise econômica, devem evitar compras parceladas, pesquisar preços, negociar e fazer bom planejamento financeiro.

Segundo Boriola, alguns aposentados ganham um valor mensal muitas vezes insuficiente para o pagamento das contas e acabam pedindo crédito ou realizando pagamentos a prazo e são obrigados a pagar juros altos.

Na opinião do consultor, pagar uma previdência privada é uma alternativa indicada para quem ainda trabalha, considerando a característica de perda de poder de compra da aposentadoria.

"Na prática, infelizmente os valores encontram-se em um patamar que está deteriorando o poder de aquisição da população brasileira", completou Boriola.

De acordo com o diretor da Confederação Brasileira de Aposentados e Pensionistas (Cobap), Vicente Fernandes Barbosa, representantes dos aposentados tentarão um encontro com o presidente da Câmara, deputado Michel Temer (PMDB-SP), para discutir projetos que minimizem a perda dos aposentados

17:17
Anónimo disse...
Previdência
Previdência prorroga isenção de tarifas no benefício

O atual sistema de pagamento aos 26 milhões de aposentados e pensionistas do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) será mantido até o final deste ano. O acordo, que permite realizar a operação sem nenhum custo aos beneficiários, foi renovado nesta sexta-feira, entre o governo federal e 21 instituições financeiras.

Por meio desse acordo, vigente desde setembro de 2007, nem os segurados, nem os bancos e nem o governo arcam com o pagamento de tarifas, conforme explicou o ministro da Previdência Social, José Pimentel. A prorrogação vale até dezembro, data máxima para que a Previdência defina as regras para um novo contrato.

Ao assinar o termo de renovação, na sede da Federação Brasileira dos Bancos (Febraban), o ministro disse que a intenção do governo é mudar o atual modelo de gestão visando a reduzir os custos dessas operações em torno da folha mensal, que atinge R$ 15,8 bilhões. No entanto, qualquer alteração, conforme explicou, passará antes por audiências públicas a serem realizadas a partir do segundo semestre deste ano, atendendo a determinação do Tribunal de Contas da União (TCU).

De acordo com Pimentel, com um redesenho do mecanismo de repasse dos recursos aos bancos em torno da folha de pagamento dos segurados o que se busca é um aumento da participação de instituições financeiras. Ele informou que, desde 2007, cada benefício custa em média R$ 1,07 ao governo. "Quanto mais instituições financeiras estiverem prestando serviços à sociedade, maior é a competitividade, a agilidade no atendimento", justificou.

O ministro observou, ainda, que, para permitir uma redução para algo em torno de meia hora no tempo de atendimento para a concessão dos direitos previdenciários, o governo investiu R$ 280 milhões.

Questionado sobre o descontentamento dos segurados que ganham acima de um salário mínimo terem obtido apenas a correção com base na variação do Índice de Preços ao Consumidor (INPC) , ficando abaixo do reajuste dado a quem recebe apenas o mínimo, Pimentel argumentou que o governo seguiu o que determina a lei e descartou a possibilidade de uma revisão

17:17
Anónimo disse...
Empresas
Caterpillar oferece aposentadoria antecipada a 2 mil


A companhia americana Caterpillar ofereceu a cerca de dois mil funcionários incentivos para que se aposentem de forma voluntária antes do previsto, pela perspectiva de uma queda "significativa" da atividade industrial, informou nesta quarta-feira a empresa.

A iniciativa, destinada aos trabalhadores de diversas fábricas em Illinois, Colorado, Tennessee e Pensilvânia, se soma aos cortes de empregos anunciados em janeiro, explicou em comunicado de imprensa.

A empresa, a maior fabricante mundial de maquinaria pesada para a construção e a mineração, acrescentou que, "em função das condições de negócio, podem ser necessárias mais reduções de elenco voluntárias e involuntárias à medida que o ano avança".

O vice-presidente da companhia, Sid Banwart, explicou que a empresa prevê "demissões significativas em todas as regiões geográficas e na maioria dos setores devido às dificuldades da economia mundial".

17:18
Anónimo disse...
Comércio
Comércio exterior da OCDE caiu no 3º trimestre de 2008


As exportações e as importações dos países da Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Econômico (OCDE) caíram 1,6% e 0,2%, respectivamente, no terceiro trimestre de 2008, em relação aos três meses anteriores.

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Trata-se da primeira queda destas atividades desde o terceiro trimestre de 2006, segundo o último relatório trimestral sobre fluxos comerciais divulgado pela OCDE.

As exportações e as importações em dólares dos 30 Estados-membros caíram 15,6% e 17%, respectivamente, na comparação anualizada.

Por sua vez, o comércio dos sete países mais ricos do mundo (G7) teve um pequeno crescimento no terceiro trimestre de 2008 com uma queda das exportações de mercadorias de 0,2% em relação ao trimestre anterior e um aumento de 0,4% das importações.

Em termos anualizados, as importações do G7 caíram 1,4% entre julho e setembro do ano passado, seu primeiro retrocesso desde o terceiro trimestre de 2006, enquanto as exportações aumentaram 1,9%, seu crescimento mais baixo no mesmo tempo.

Por países, a Alemanha aumentou suas importações em 3,4% - valor mais alto do G7 -, enquanto suas exportações caíram 2,9% do segundo para o terceiro trimestre de 2008.

Pelo contrário, as exportações americanas aumentaram 1,8% entre julho e setembro de 2008, enquanto as importações caíram 0,7% em relação ao trimestre anterior. No Japão, tanto as importações quanto as exportações caíram em torno de 1% no mesmo período.

17:19
Anónimo disse...
Economia Nacional
Lula: juros de crédito consignado a aposentados são altos

Atualizada às 17h29

O presidente Luis Inácio Lula da Silva afirmou nesta terça-feira, em São Paulo, que está lutando para reduzir as taxas de juros cobradas de aposentados em crédito consignado. A Previdência Social estabelece uma taxa máxima de 2,5% para empréstimo e de 3,5% para cartão. Para Lula, os valores são altos.

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"Acho que o juro que os aposentados estão pagando hoje com o crédito consignado é alto para o padrão brasileiro", disse o presidente durante a cerimônia de comemoração dos 86 anos do INSS.

A Previdência anunciou nesta terça-feira que aposentados e trabalhadoras com licença-maternidade poderão receber seus benefícios em 30 minutos. De acordo com Lula, em junho, a aposentadoria do trabalhador rural também será conseguida em meia hora.

Além disso, o presidente anunciou que, também em junho, os trabalhadores que alcançarem o direito à aposentadoria passarão a receber em suas casas um comunicado da Previdência informando o fato e o valor do salário que têm direito a receber. "É um comprometimento público que estou fazendo com os companheiros da Previdência Social", disse.

"Estamos retribuindo ao contribuinte da Previdência Social aquilo que é a cidadania que ele tem direito", afirmou Lula. "Se para cobrar nós somos tão precisos, para devolver o dinheiro, temos que chegar próximo à perfeição", completou.

17:20
Anónimo disse...
Economia Nacional
Salário maternidade sairá em 30 minutos, diz ministro

Toda trabalhadora autônoma que tiver contribuído pelo menos 10 meses com o Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) - ou as que possuírem carteira assinada - poderão receber em 30 minutos o salário maternidade a partir desta terça-feira. Da mesma forma, as mulheres com 30 anos de contribuição e os homens com 35 anos também terão direito ao benefício de forma mais rápida. A informação é do ministro da Previdência Social, José Pimentel.

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Para requerer o salário maternidade, é preciso que as autônomas levem a carteira de identidade e o carnê de contribuição. As demais trabalhadoras devem apresentar a identificação e a carteira de trabalho. Desde o início do mês, a nova forma de análise para a concessão de benefícios foi adotada para a aposentadoria por idade do trabalhador urbano e agora foi estendida para o salário maternidade e por tempo de contribuição.

O ministro disse que a qualificação do serviço da previdência social é o reconhecimento do direito dos trabalhadores e da afirmação da cidadania.

"Até pouco tempo na cabeça do cidadão o serviço devia ser de péssima qualidade. Agora não, nós modificamos toda a legislação no mês de dezembro numa ação conjunta do Congresso Nacional com o governo federal. Estamos implantando e concedendo os benefícios em até 30 minutos", afirmou.

O ministro destacou que para conseguir se aposentar ou ter acesso à licença maternidade em 30 minutos, em primeiro lugar, é necessário que o cidadão esteja vinculado à Previdência, o que inclui 65% da população acima de 16 anos de idade.

"Depois bastar marcar pelo sistema 135 o dia e a hora do atendimento e levar a documentação. Se todos os dados necessários estiverem corretos o contribuinte será atendido em até 30 minutos, como vem sendo feito com as aposentadorias por idade desde o dia cinco de janeiro", explicou.

Pimentel disse ainda que em 90% das agências da previdência social o atendimento é marcado em até 48 horas. Nos grandes centros, entretanto existe um volume maior o que torna mais lento o processo.

"Estamos criando mais 715 agências até 2010, em todo o território nacional, para descentralizar o atendimento. Em 2008, atendemos 295 mil benefícios e aposentadorias por idade. Temos 4 mil pessoas por dia procurando e se aposentando por idade no território nacional. Este serviço será agilizado", concluiu.
17:26
Anónimo disse...
Giuseppe Englaro, pai de Eluana, a italiana que morreu na segunda-feira passada por desidratação, recusou uma grande soma de dinheiro de um conhecido fotógrafo italiano que queria retratar a filha em estado de coma, disse neste sábado o neurologista que atendia a mulher desde 1996, Carlo Defanti.

O neurologista, que participou hoje de uma conferência sobre eutanásia, disse que Englaro respeitou a vontade da filha, que, antes do acidente, tinha pedido que, se lhe ocorresse qualquer coisa irreversível, apresentasse sua imagem de quando estava em boas condições.

Antes de sofrer o acidente de trânsito, em 1992, Eluana viveu o coma de um amigo, Alessandro, o que causou forte impacto na italiana e a levou a fazer o pai prometer que não a deixasse viver em estado vegetativo, disse o próprio Giuseppe Englaro.

Defanti, que dissera que Eluana poderia viver de dez a 12 dias depois da suspensão da alimentação e da hidratação, disse que, como médico, tinha que reprovar esta afirmação.

"Não se pode sobreviver após três ou quatro dias sem líquido e, em particular, água em um corpo. Sabemos bem que, quando há um terremoto, após quatro dias é difícil encontrar sobreviventes".

Defanti ressaltou que Eluana "não falava, não se comunicava com o exterior" e que, após vários exames, "nos deparamos com uma moça que tinha perdido a consciência", porque estava com o córtex cerebral prejudicado.

Eluana foi enterrada na quinta-feira passada no túmulo da família na localidade de Paluzza, em Udine, após um funeral que não contou com a presença dos pais.

16:53
Anónimo disse...
Os bombeiros combatem neste sábado os incêndios na Austrália favorecidos pelo bom tempo, enquanto os deslocados encotram em seu retorno casas derruídas, carros queimados nas ruas e destruição.

Depois de sete dias desde que começaram os incêndios no Estado de Victoria, a lista de mortos chega a 181, os desaparecidos somam 50, os edifícios destruídos totalizam 1,834 mil e o terreno arrasado, principalmente florestas, ocupa uma área de 4,13 mil quilômetros quadrados.

As equipes de bombeiros, formadas por 4 mil profissionais de Victoria, de outras partes da Austrália e de países amigos, combateram hoje 12 focos fora de controle e nenhum representava uma ameaça direta para a população.

O subdiretor do Serviço de Bombeiros, Geoff Conway, disse que este tempo favorável, que se prolongará durante o domingo, permite consolidar as linhas de contenção e avançar na extinção das chamas.

Cinzas apareceram arrastadas por ventos do nordeste sobre Melbourne, onde habitam 3,8 milhões de pessoas, e as autoridades alertaram aos cidadãos do risco para a saúde de idosos, crianças e pessoas com problemas respiratórios.

O número de pessoas deslocadas - a Cruz Vermelha chegou a receber 7 mil - começou a cair com a abertura de algumas localidades atingidas.

Os incêndios, alguns criminosos, começaram em 7 de fevereiro, quando a região sul da Austrália estava há duas semanas sob uma onda de calor sem precedentes.

Na sexta-feira passada, a polícia acusou uma pessoa de ter provocado o incêndio que atingiu a localidade de Churchill e matou 21 pessoas.

16:55
Anónimo disse...
A primeira chuva em seis dias reduziu a ameaça de incêndios no Estado de Victoria, ao sul da Austrália. As autoridades, porém, advertiram que ainda existem 12 focos, mas que nenhum deles ameaça áreas povoadas.

Mais de quatro mil bombeiros, mil provenientes de outras partes do país e de outras nações, trabalham contra o fogo. Cerca de 600 veículos e 28 helicópteros e pequenos aviões estão sendo usados.


Eles conseguiram construir linhas de contenção para evitar os incêndios de Yarra e Maroondah se juntassem. Também foram controlados os incêndios abertos de Yea e Murrindindi, que ameaçavam as comunidades de Connellys Creek, Crystal Creek, Scrubby Creek e Native Dog Creek.

O número de mortos chegou a 181, mas as autoridades acreditam que as vítimas devem passar de 200, já que ainda há muitos desaparecidos.

16:55
Anónimo disse...
Aqui nesta coluna, na semana passada, tive a oportunidade de comentar sobre a recente visita do professor brasileiro Pedrinho Guareschi à Austrália. Não dei, porém, os fatos, pois semana passada o assunto era outro.

Hoje, porém, vamos a eles.

No último dia 4 de fevereiro, aconteceu o Seminário "Paulo Freire: Education and Liberation", organizado pelo centro de estudos latino-americanos da Universidade Nacional da Austrália, ou ANU, como é mais conhecida por aqui.

A ANU, para quem não sabe, está entre as 20 melhores universidades do mundo! E tem sede aqui em Camberra, capital da Austrália.

Na abertura do evento, o professor John Minns, diretor do centro latino-americano, ao dar boas-vindas ao público presente, lembrou ser aquele o primeiro seminário exclusivamente dedicado a Paulo Freire na Austrália.

Em seguida, convidou Pedrinho Guareschi, palestrante principal do Seminário, a fazer sua apresentação.

A plateia pode então conhecer, pelas palavras de Pedrinho, um pouco da obra e da vida de Freire, esse brasileiro de fé e valor, que sempre acreditou na educação, sobretudo dos menos favorecidos, analfabetos, como força libertadora.

Como não podia deixar de ser, os conceitos e ideias revolucionários de Paulo Freire, expostos com clareza por Pedrinho, despertaram o interesse e a curiosidade de plateia. A qual, deve-se notar, era na maioria de estudantes, mas de várias nacionalidades, sobretudo australianos e asiáticos.

Na continuação do programa do seminário, que se estendeu por dois dias, outros professores fizeram palestras sobre temas ligados à obra de Paulo Freire.

Interessante, por exemplo, saber que a professora Anne Hickling-Hudson, jamaicana que mora na Austrália há muitos anos (é professora da ANU), conheceu e trabalhou com Freire num workshop educacional durante a revolução na Ilha de Granada, em 1980, antes da invasão dos Estados Unidos...

Ou, então, a palestra da Professora Gerda Roelvink, da Nova Zelândia, que participou do Fórum Social de Porto Alegre em 2005. E essa participação transformou-se em tema de doutorado.

No dia 10, terça-feira passada, o padre Pedrinho Guareschi voltou a falar ao público australiano em grande auditório localizado no belíssimo campus da ANU. Desta vez, sobre a Teologia da Libertação.

Depois da palestra, John Minns mostrou o filme mexicano "O Crime do Padre Amaro", no qual um dos personagens é um padre católico praticante da Teologia da Libertação.

Mais uma vez, foi grande o intersse da platéia, que pode aprender e conhecer um pouco como se desenvolveu aquele importante movimento católico na América Latina.

Fica, assim, ao Pedrinho, bem como a outros brasileiros estudiosos e de bom coração que saem pelo mundo a divulgar aspectos importantes da cultura brasileira, o respeito e a homenagem desta coluna. E... aquele abraço!

16:57
Anónimo disse...
Amanda Kitts perdeu o braço esquerdo em um acidente de automóvel acontecido três anos atrás, mas hoje em dia ela joga futebol americano com seu filho de 12 anos de idade, troca fraldas e abraça as crianças nas três creches Kiddie Cottage que opera em Knoxville, Tennessee. Kitts, 40 anos, faz tudo isso com a ajuda de um novo tipo de braço artificial que se movimenta com mais facilidade do que outros aparelhos e que ela pode controlar utilizando apenas seus pensamentos.

"Eu sou capaz de mexer a mão, o pulso e o cotovelo ao mesmo tempo", diz. "Você pensa e os músculos se movem em seguida".

A recuperação que ela conseguiu resulta de um novo procedimento que vem atraindo crescente atenção porque permite que pessoas movam braços protéticos de forma mais automática do que faziam no passado, simplesmente utilizando nervos reaproveitados em seus cérebros.

A técnica, conhecida como "renervação muscular dirigida", envolve utilizar os nervos que restam depois da amputação de um braço e conectá-los a outro músculo do corpo, em geral no peito. Eletrodos são instalados sobre os músculos do peito, e operam como se fossem antenas. Quando a pessoa deseja mover o braço, o cérebro envia sinais que primeiro resultam em contração dos músculos do peito, os quais enviam um sinal ao braço protético, instruindo-se a se movimentar. O processo não requer mais esforços consciente do que a pessoa teria de exercitar caso ainda tivesse seu braço natural.

Na terça-feira, pesquisadores reportaram em estudo publicado pela versão online do Journal of the American Medical Association que haviam levado a técnica ainda mais à frente, tornando possível a execução de 10 movimentos de mão, pulso e cotovelo diferentes, o que representa uma substancial melhora com relação ao típico repertório protético, que em geral envolve apenas dobrar o cotovelo, girar o pulso e abrir a mão.

"Os novos métodos tiveram impacto dramático em nosso campo de trabalho", disse Stuart Harshbarger, engenheiro biomédico na Universidade Johns Hopkins e diretor do programa de pesquisa sobre próteses, financiado pelas forças armadas, que inclui o trabalho com essa técnica. "O método já está em uso por médicos e cirurgiões comuns em todo o país. A capacidade de controlar um membro protético bastante robusto que ele confere surpreendeu a todos pela qualidade".

Tipicamente, uma pessoa que tenha um braço protético só é capaz de executar alguns poucos movimentos, e muitas vezes com tamanha lentidão que isso só permite a ela atividades limitadas.

Há um motor separado para cada movimento, diz Gerald Loeb, professor de engenharia biomédica na Universidade do Sul da Califórnia, "e esses motores precisam ser controlados de maneira explícita", usualmente por um esforço consciente da pessoa para contrair músculos nas costas ou no bíceps.

"Essencialmente, até agora os pacientes controlavam apenas um motor de cada vez", diz Loeb, "e precisavam pensar cuidadosamente sobre que motor desejavam controlar e como fazê-lo operar, em lugar de simplesmente pensarem em mover o braço e poderem fazê-lo sem delongas".

Antes que Kitts passasse pelo procedimento de renervação, em outubro de 2007, por exemplo, ela precisava movimentar os músculos de suas costas de determinada maneira para fazer com que seu pulso girasse, e flexionar seu bíceps e tríceps para fazer com que o cotovelo se movesse para cima e para baixo. "Era muito trabalho", ela conta. "E não me ajudava muito".

O procedimento de renervação é parte de uma recente explosão de idéias novas e técnicas inovadoras que estão sendo exploradas enquanto os cientistas se esforçam por ajudar as pessoas a compensar melhor a perda de membros ou problemas de paralisia. O esforço vem sendo alimentado pelo aumento no número de amputações causado por diabetes e por ferimentos sofridos pelos militares, e ao mesmo tempo pelos avanços na tecnologia médica.

Os braços se tornaram um dos focos essenciais desse tipo de trabalho. A ciência há muito vem obtendo sucessos no desenvolvimento de próteses de perna, mas é muito mais difícil imitar a complexidade e a destreza das mãos e dos braços.

Os esforços em curso incluem o desenvolvimento de projetos de pele e braços mais sensíveis e mais flexíveis, e o uso de dispositivos acionados por controles sem fio implantado nos braços protéticos, que permitiriam movimentos mais naturais.

Os pesquisadores também vêm usando sensores implantados nos cérebros de cobaias para permitir que dois macacos controlem um braço mecânico, e um teste com um homem paralítico permitiu, com esse método, que ele movimentasse um cursor em uma tela de computador.

Alguns desses métodos, caso venham a ser aperfeiçoados plenamente e consigam aprovação das autoridades regulatórias da saúde, podem no futuro se tornar mais viáveis para os pacientes de amputações.

E embora a técnica da renervação não requeira aprovação das autoridades regulatórias porque é executada por meios cirúrgicos e emprega aparelhos já existentes, ela apresenta limitações que até mesmo seus criadores reconhecem, entre as quais o fato de que não se pode utilizá-la para todos os pacientes, o seu alto custo e o prazo de meses requerido para que os nervos reconectados cresçam e se tornem efetivos.

Ainda assim, os especialistas dizem que é o mais avançado sistema em uso hoje para pacientes reais que permite que o sistema nervoso controle diretamente o movimento de um braço artificial.

Desde sua introdução por Todd Kuiken, médico fisioterapeuta e engenheiro biomédico do Instituto de Reabilitação de Chicago, o método foi empregado em cerca de 30 pacientes nos Estados Unidos, Canadá e Europa, entre os quais oito soldados feridos no Iraque e no Afeganistão.

Muitos dos pacientes, entre os quais o primeiro, Jesse Sullivan, um operário do setor elétrico no Tennessee que perdeu os dois braços quando foi eletrocutado por um cabo, conseguem não apenas manipular seus braços protéticos mas sentir a presença das mãos que já não têm quando alguém toca em seus peitos.

Sullivan, 62 anos, e Kitts, estavam entre os cinco pacientes que participaram do estudo reportado na terça-feira. Em companhia de cinco outras pessoas que não passaram por amputações, eles receberam os eletrodos e foram instruídos a usar pensamentos para fazer com que um braço virtual na tela reproduzisse 10 movimentos diferentes, entre os quais três formas diferentes de aperto de mão.

Os pacientes apresentaram desempenho bastante respeitável, apenas um pouco mais lento e menos preciso do que os dos participantes que não tinham amputações.

"As velocidades de movimento que encontramos em nossos pacientes foram realmente encorajadoras", disse Kuiken. "Eles conseguiram completar a tarefa. É claro que não foram tão competentes quanto as pessoas dotadas de plena capacidade física, mas foram bons o bastante".

Um braço virtual foi usado porque a maioria das próteses existentes não era capaz de acomodar todos aqueles movimentos, no momento da pesquisa, ainda que Sullivan, Kitts e uma terceira paciente, Claudia Mitchell, tenham experimentado dois novos protótipos mais versáteis de braços artificiais, executando tarefas complexas com bolas de tênis e outros objetos.

O trabalho de renervação em soldados apresenta outros desafios, diz Kuiken, porque os ferimentos militares muitas vezes "causam danos muitos extensos" a nervos, músculos ou ossos.

Daniel Acosta, 25 anos, um aviador ferido pela detonação de uma bomba em uma estrada do Iraque em 2005, passou pelo procedimento no ano passado e diz que seu braço esquerdo protético agora se movimenta "muito mais rápido" e de maneira muito mais natural.

"A diferença é que agora não preciso mais pensar para mover o braço", ele diz. "Ele simplesmente se mexe".

Ainda assim, Acosta, de San Antonio, diz que "o processo foi bastante longo" e que os eletrodos precisam ser ajustados para receber os sinais à medida que os nervos crescem ou mudam de posição.

E embora elogiem o método, os especialistas afirmam que a ciência das próteses de braço ainda tem muito por avançar.

"Trata-se de uma parte crucial, mas ainda assim apenas uma parte, das muitas coisas que compreendem a função normal de um braço", disse Loeb, que escreveu um editorial que acompanha o artigo no Journal of the American Medical Association.

"No momento estamos a meio do caminho entre o braço de 'Dr. Fantástico', que fazia involuntariamente a saudação nazista, e o braço de Luke Skywalker em 'Guerra nas Estrelas', que funciona sem nenhum problema assim que é conectado. Creio que precisaremos ainda de muitos anos para conectar todas as peças necessárias a produzir um braço capaz de funcionar normalmente".

17:04
Anónimo disse...
A Espanha disse neste sábado que está preparando uma reclamação oficial contra a decisão da Venezuela de expulsar um membro do Parlamento Europeu que criticou o conselho eleitoral venezuelano.
Luis Herrero, membro do partido conservador espanhol PP, foi deportado na sexta-feira depois que o Conselho Nacional Eleitoral (CNE) o acusou de questionar a imparcialidade da instituição antes de um referendo que pode permitir ao presidente Hugo Chávez permanecer no cargo indefinidamente.

Herrero estava na Venezuela como observador do referendo. Ele acusou Chávez de ter "comportamentos típicos de um ditador" por pedir a contenção de manifestações da oposição.

O governo da Espanha convocou um encontro com o embaixador da Venezuela em Madri para expressar a desaprovação sobre a expulsão de Herrero, disse um representante do Ministério das Relações Exteriores espanhol.

As relações da Venezuela com a Espanha tiveram seu ponto crítico em 2007, quando Chávez ameaçou rever acordos diplomáticos e comerciais depois de ouvir um "cala a boca" do rei espanhol Juan Carlos durante uma cúpula.

A fenda foi oficialmente reparada em 2008, com uma visita oficial de Chávez à Espanha, onde ele cumprimentou o rei e discutiu acordos para investimento no setor petroquímico com o primeiro-ministro José Luis Rodriguez Zapatero.

17:06
Anónimo disse...
A polícia do Zimbábue anunciou neste sábado que acusa de traição Roy Bennett, dirigente do até agora opositor Movimento para a Mudança Democrática (MDC), detido na sexta-feira, em Harare, poucas horas antes da cerimônia de posse dos membros do novo gabinete.

"A Polícia nos informou que vão apresentar acusações de traição", disse à agência EFE o advogado de defesa de Bennett, Trust Maanda.

"Tentam relacionar Roy com o caso de Mike Hitschmann, que foi detido em 2006 em relação à descoberta de um carregamento de armas, apesar de que Hitschmann não tenha sido declarado culpado das acusações de traição apresentadas contra ele, mas de um crime menor de descumprimento de leis", disse Maanda.

O político opositor, designado por seu partido como vice-ministro de Agricultura no Governo de união nacional, esteve no exílio na vizinha África do Sul desde 2006 e retornou ao Zimbábue há duas semanas.

Segundo a Polícia, que deteve Bennett ontem no aeroporto de Harare quando pretendia ir à África do Sul para visitar sua família, as armas apreendidas em 2006 seriam utilizadas em um golpe de Estado para derrubar o presidente do Zimbábue, Robert Mugabe.

Depois da detenção, Bennet foi levado a Mutar, onde vários simpatizantes do MDC se concentraram em frente à delegacia na qual estava detido, diante do que a Polícia respondeu com tiros para o alto para dispersar os manifestantes.

17:07
Anónimo disse...
Austrália: 14 mil se candidatam a 'emprego dos sonhos'

A secretaria de Turismo de Queensland, na Austrália, informou que até esta segunda-feira já recebeu cerca de 14 mil inscrições para o "o melhor emprego do mundo". O Estado australiano promove pela internet seleção para vaga de "zelador" da ilha Hamilton, por seis meses com um salário de R$ 40 mil.

Muitos candidatos tiveram problemas durante a inscrição por conta dos acessos simultâneos ao site. A secretaria aconselha enviar os vídeos de 60s explicando porque deve ser escolhido em horários alternativos do dia, além de recomendar tamanho em torno de 40MB.

As inscrições começaram em 12 de janeiro e vão até o próximo dia 22 e podem ser feitas pelo site www.islandreefjob.com. O governo australiano escolherá 50 candidatos para a próxima fase da seleção, que terá votos do público para eleger um dos 11 finalistas.

A última fase terá entrevistas e desafios físicos, no próprio local de trabalho: as ilhas da Grande Barreira Coralina - o maior recife de coral do mundo. A secretaria de Turismo anunciará o vencedor no dia 6 de maio.

17:09
Anónimo disse...
Mercado elogia governo na crise, mas pede maior queda no juro

Peter Fussy
Direto de São Paulo

Desde as primeiras medidas anunciadas para combater os efeitos da crise, o governo brasileiro avisou que a estratégia não contemplaria um pacote. Seriam doses pontuais, de acordo com a necessidade da economia diante do agravamento das turbulências. Da primeira liberação dos depósitos compulsórios em setembro até a ampliação do seguro-desemprego na última quarta-feira, o governo passou por redução de impostos, ampliação de crédito e incentivos à exportação. Quase 150 dias após a primeira medida, o Terra conversou com líderes do setor público e privado, representantes dos trabalhadores, acadêmicos e com o próprio governo para saber quais destas ações foram mais eficazes, quais foram mais ineficientes e o que mais pode ser feito pelo Estado brasileiro contra a crise.

Os maiores elogios foram direcionados à atitude de reduzir o Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) para a indústria automobilística, anunciada em dezembro e que fez com que os emplacamentos de carros novos subissem 1,9% no primeiro mês do ano em relação a dezembro de 2008. Já as maiores críticas foram para a lentidão no corte da taxa básica de juro do País.

Para o presidente do conselho administrativo do Grupo Pão de Açúcar, Abílio Diniz, o Estado não é responsável pela crise e mesmo assim está agindo "com extrema serenidade e muito acerto". "O governo está atento, fazendo a sua parte. É preciso coragem de baixar firmemente a taxa de juros. É uma arma que temos a nosso favor, já que não há clima para inflação, nem possibilidade de danos para a macroeconomia", afirmou Diniz.

Na última reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), em janeiro, a taxa Selic foi reduzida em um ponto percentual, de 13,75% para 12,75% ao ano. Porém, o professor de economia da Universidade de Brasília (UnB) José Luiz Oreiro lembra que este corte representa uma redução de apenas 0,25 ponto percentual com relação à taxa de setembro do ano passado, quando a crise se agravou.

"Pouco antes da eclosão da crise, o Banco Central aumentou a taxa em 0,75 ponto. Foram cinco meses de demora para reduzir em termos líquidos apenas 0,25 ponto", afirmou o economista, que também sugeriu redução do intervalo de cerca de 90 dias entre as reuniões do Copom e o corte de pelo menos um 1 ponto percentual em cada reunião.

Mesmo com o corte de janeiro, a taxa de juros real continua sendo a maior do mundo, lembrou o secretário-geral da Força Sindical, João Carlos Gonçalves, o Juruna. "A redução da taxa de juro ainda é pequena, porque ela continua uma das mais altas do mundo. Falta ousadia para baixar os juros e ajudar o cidadão. A permanência da taxa de juro alta é negativa para o País em meio a crise", afirmou Juruna.

Embora aprove as ações do governo, o senador Aloízio Mercadante (PT-SP) também acredita que o patamar da Selic está muito alto. "Sempre fomos os primeiros a entrar em qualquer crise, o que não aconteceu agora. A taxa Selic ainda é muito alta, mas o governo têm tomado medidas acertadas, como o aumento do salário mínimo, mesmo com um cenário de crise. Isso ajuda a movimentar o consumo. O governo está se esforçando para manter os investimentos e o crescimento", disse.

Tributos
De acordo com o economista Fabio Pina, da Fecomercio-SP, as ações mais positivas estão relacionadas à redução de tributos para alguns segmentos, como a indústria automobilística, que recuperou parte da queda nas vendas em janeiro com a isenção do IPI para carros 1.0 l e o corte para demais motorizações. A medida vale até o final de março.

"Essas medidas não só reduziram o preço, mas anteciparam o consumo daqueles que iriam comprar no futuro, dando um prêmio por conta da insegurança. Mexe diretamente com o principal problema que é a confiança do consumidor", afirmou. Juruna destacou que um bom ritmo de vendas é garantia de emprego. "É importante porque cada emprego na montadora significa 19 na cadeia produtiva", comentou o representante da Força Sindical.

Também em dezembro, o governo decidiu cortar pela metade a alíquota do Imposto de Renda para contribuintes que ganham entre R$ 1.434 e R$ 2.150 mensais. "O salário aumentava e a tabela não se modificava. As pessoas ganhavam mais e pagavam mais impostos", apontou Juruna. Outra redução de tributos do governo foi com relação ao Imposto sobre Operações Financeiras (IOF), que caiu de 3% ao ano para 1,5%.

Crédito
Na segunda metade de 2008, o colapso de bancos nos Estados Unidos por conta da crise do subprime provocou uma forte restrição de crédito no mundo inteiro. Uma das primeiras medidas anticrise do governo teve como objetivo restabelecer a oferta, com mudanças no recolhimento dos depósitos compulsórios por parte dos bancos. Segundo o presidente do Banco Central, Henrique Meirelles, as diversas modificações liberaram US$ 99,2 bilhões aos bancos até o final de janeiro.

Além disso, o governo concedeu R$ 36 bilhões das reservas internacionais para empresas brasileiras com dívidas no exterior e uma medida provisória autorizou o Banco do Brasil e a Caixa Econômica Federal a comprar carteiras de crédito de bancos privados. Para o diretor do Departamento de Pesquisas e Estudos Econômicos da Fiesp, Paulo Francini, estas medidas foram essenciais para combater os efeitos da crise.

"A crise se desenvolve no mundo em torno do tema crédito. E o crédito reduziu-se barbaridade no mundo. Então o governo lança mão de compulsório, lança mão de reservas, de medidas que permitem aos bancos comprar carteiras de bancos. Você vai tomando várias medidas para atender às demandas e o epicentro disso é crédito", afirmou.

No entanto, Oreiro, da UnB, adverte que a liberação dos compulsórios seria mais eficiente acompanhada de redução mais agressiva da taxa básica de juro. "Uma parte do crédito voltou, depois da forte retração em outubro e novembro. O que deveria ter sido feito junto à liberação do compulsório era uma redução mais drástica da taxa de juro. Sem isso, os bancos pegam as reservas e acabam comprando títulos públicos", explicou o economista.

Na opinião de Pina, as ações de distribuição de crédito via redução do compulsório e a disposição de capital de giro para empresas foram tomadas sem um cuidado maior na operação e não tiveram muito efeito. "O BNDES tem linhas que ficam paradas quase todo o ano, agora é pior ainda. Existem os recursos, mas as empresas e os bancos estão desconfiados. É preciso fazer com que os bancos tenham interesse em emprestar", afirmou o economista da Fecomercio-SP.

Futuro
Mesmo com todas essas medidas, a crise financeira ainda gera incertezas nos setores produtivos do País. Nos últimos meses, o medo do desemprego fez os consumidores adiarem compras. Por sua vez, a queda nas vendas pode obrigar as indústrias a cortarem a produção e demitir funcionários. Contra isso, empresários sugerem redução de jornada e de salários.

"Isto está previsto em lei. A Fiesp simplesmente manteve conversações com entidades sindicais quanto à aplicação daquilo que já está previsto em lei", afirmou Francini.

Segundo a ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff, uma das medidas que assegura um nível de emprego é a manutenção de investimentos no Programa de Aceleração do Crescimento (PAC). "Estamos esperando que a dificuldade ocorra em janeiro, fevereiro e março. Estamos certos que vamos manter o nível de investimento. É isso que funciona, é isso que significa investimento público. Ele funciona como um colchão. Por isso, nós colocamos R$ 100 bilhões no BNDES e a Petrobras ampliou o seu investimento em R$ 120 bilhões", afirmou.

Na mesma linha, Pina explica que a antecipação de gastos do governo substitui parte da demanda retraída do setor privado. "Ele dá o seguinte recado: não vou estourar as contas públicas, mas concentrar em um momento em que a demanda privada está pequena. Mas o governo não tem fôlego suficiente para fazer o papel de toda demanda", ressaltou. O economista da Fecomercio lembrou que a entidade já pleiteou junto ao governo isenções para transferência de imóveis e de automóveis, além de retirar o IPVA para veículos novos.

Já Oreiro foca suas propostas na capitalização do Banco do Brasil e da Caixa Econômica Federal pelo Tesouro para atender a demanda de crédito para capital de giro e reduzir o spread. "Aumentando o empréstimo e reduzindo as taxas, os dois vão forçar os bancos privados a acompanhar o movimento, até para não perderem participação no mercado", explicou o economista da UnB.

Até o Carnaval, o governou prometeu detalhar um pacote de incentivos para a construção de até um milhão de casas populares, direcionado a famílias com renda de até dez salários mínimos. "Estamos atentos a tudo o que está acontecendo e novas medidas serão tomadas caso haja uma avaliação de que sejam necessárias", disse o ministro da Fazenda, Guido Mantega, na última sexta-feira.

17:11
Anónimo disse...
Ex-ministro critica extensão do seguro-desemprego

Atualizada às 09h03

O ex-ministro do Trabalho Almir Pazzianotto criticou a decisão do governo federal de conceder o seguro-desemprego estendido a apenas alguns setores. "É certamente odioso e provavelmente inconstitucional", disse Pazzianotto, de acordo com o jornal O Estado de S. Paulo.

Na última qurta, dia do anúncio da medida, centrais sindicais elogiaram a atitude do governo. A Força Sindical divulgou nota dizendo que "o aumento ajudará a aquecer parte da economia, já que irá gerar mais consumo, produção e conseqüentemente, a criação de novos postos de trabalho". A União Geral dos Trabalhadores (UGT) afirmou que a medida "contribuirá para minimizar o drama dos trabalhadores que perderem seu emprego por conta da crise".

O ex-ministro, que instituiu o seguro-desemprego no País no governo de José Sarney, destacou a necessidade de as centrais sindicais se manifestarem contra a determinação. Para ele, as mudanças devem ser aplicadas a todas as categorias profissionais e a distinção é contrária ao artigo 3º da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT).

Pazzianotto atribui a medida a um possível temor do governo de que a crise econômica seja longa e não haja dinheiro para atender a todas as necessidades. Ainda assim, ele se mostra contrário ao método de concessão. "O seguro-desemprego ajuda a sanar necessidades básicas. Estendê-lo é paliativo, não a solução", disse ao jornal.

De acordo com o presidente do Conselho Deliberativo do Fundo de Amparo ao Trabalhador (Codefat) e conselheiro da Força Sindical, Luiz Fernando Emediato, a determinação já estava prevista na lei 8.900/94, que trata do seguro-desemprego.

O presidente da Comissão de Trabalho da Câmara, Pedro Fernandes (PTB-MA) vai além na crítica à concessão do seguro para apenas alguns setores. Ele acredita que a ampliação do benefício estimula o desemprego.

Quintino Severo, secretário geral da Central Única dos Trabalhadores (CUT), lembra que a ampliação do benefício sem critério e identificação pode incentivar demissões em outros setores.

17:13
Anónimo disse...
Empresas
TAM faz promoção para destinos internacionais

A companhia aérea TAM anunciou nesta sexta-feira tarifas promocionais para trechos internacionais. Os preços valem para bilhetes comprados entre 6h deste sábado e 23h59 deste domingo e são válidos para classe econômica. As tarifas, para ida e volta, serão vendidas a partir de US$ 99, mais taxas.

Segundo a aérea, a promoção vale para viagens feitas no período de 14 de fevereiro a 18 de junho de 2009. Para destinos na América do Sul, a permanência mínima é de dois dias; para bilhetes com destino nos Estados Unidos, cinco dias; e Europa, sete dias. A permanência máxima para as passagens para América do Sul e EUA é de dois meses e para Europa, três meses.

Entre os exemplos de tarifas promocionais, a TAM oferece São Paulo-Lima por US$ 99. Bilhetes para a rota São Paulo-Santiago serão vendidos a partir de US$ 199 e São Paulo-Nova York, US$ 799.

A emissão dos bilhetes deve ser feita obrigatoriamente no ato da reserva, obedecendo às regras estipuladas pela companhia. A compra está sujeita à disponibilidade de assentos nas classes tarifárias determinadas, trechos, horários e datas. A TAM afirmou que também há tarifas promocionais para a classe executiva.

Mais informações podem ser encontradas no site promocional (www.ofertastam.com.br), no site da empresa (www.tam.com.br) ou pelos telefones 4002-5700 ou 0800 5705700.

17:13
Anónimo disse...
Empresas
Consultoria negocia compra do parque temático Hopi Hari

A consultoria especializada em reestruturação de empresas Íntegra Associados informou nesta sexta-feira ter um acordo para comprar o parque de diversões Hopi Hari, localizado no interior de São Paulo. A empresa estaria disposta a investir R$ 10 milhões no parque, que tem dívida estimada em R$ 800 milhões. As informações são da edição deste sábado do jornal Folha de S. Paulo.

De acordo com o jornal, a transação ainda depende da negociação entre o Hopi Hari e seus credores, o que já estaria em andamento.

A consultoria paulista já atuou junto à Parmalat, durante 30 meses, quando reorganizou a gestão da empresa italiana.

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17:14
Anónimo disse...
Empresas
Disney de Tóquio contratará mais 2 mil apesar da crise


A Oriental Land, o operador da Disneylândia Tóquio e DisneySea, organizou neste domingo entrevistas para contratar cerca de 2 mil trabalhadores em tempo parcial, em um momento de grandes demissões deste tipo de empregados no Japão.

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O operador deste parque temático, situado em Urayasu, na província de Chiba (leste de Tóquio), está em pleno processo de seleção de empregados para 20 tipos de postos trabalhistas diferentes.

Segundo a companhia, citada pela agência local de notícias Kyodo, o parque contratará novos trabalhadores para as atrações, para os restaurantes e guardas de segurança entre outros. Os novos contratados começarão a trabalhar a partir de fevereiro.

O processo de seleção acontece em um momento em que a maioria das grandes companhias japonesas começaram a se ver obrigadas a despedir uma elevada percentagem de seus trabalhadores temporários e a tempo parcial.

Algumas inclusive anunciaram demissões de seus trabalhadores fixos, uma medida muito pouco comum nas companhias japonesas, perante os efeitos piores que o esperado pela crise econômica global.

Cerca de uma centena de pessoas esperavam desde a primeira hora desta manhã a abertura do centro de conferências Tokyo International Forum, onde as entrevistas estão sendo feitas, para ser os primeiros a solicitar os postos de trabalho.


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17:15
Anónimo disse...
Economia Internacional
Senado dos EUA aprova plano de estímulo à economia

O Senado dos Estados Unidos aprovou com 60 votos a favor e 38 contra o plano de estímulo à economia de US$ 787 bilhões na madrugada deste sábado. Agora, ele segue para sanção ou veto do presidente Barack Obama, que espera colocar a lei em prática até o dia 16 de fevereiro.

O plano prevê a criação de três milhões de empregos, inclui cortes de impostos às famílias, fundos para programas sociais e obras públicas, além de ajuda aos governos estaduais, estudantes e desempregados.

A cláusula Buy American - que exige o uso de ferro, aço e produtos manufaturados dos Estados Unidos em obras realizadas com recursos do pacote - ficou de lado. Segundo o texto definitivo, a cláusula será aplicada sem violar as normas do comércio internacional.

Ontem à tarde, a Câmara de Representantes (deputados) havia aprovado, por 246 votos a favor e 183 contra, a versão final do plano. Todos os republicanos foram contrários ao pacote.

Pelo acordo de quarta-feira entre Câmara e Senado, em vez de custar US$ 819 bilhões, como queriam os deputados, ou US$ 838 bilhões como pretendiam os senadores, o pacote ficou em cerca de US$ 787 bilhões, com 65% desse total destinado a gastos do governo federal e 35%, a créditos tributários.

17:16
Anónimo disse...
Economia nacional
Na era Lula, aposentadoria sobe 54% menos que salário mínimo

Thatiane Faria
Especial para o Terra
Direto de São Paulo

Os índices de reajustes concedidos pelo governo em 2009 para aposentados e pensionistas e para o salário mínimo repetiram uma diferença que, só durante o governo de Luiz Inácio Lula da Silva, já chega a 54%. Enquanto o mínimo foi majorado em 12% este ano, as pensões e aposentadorias tiveram aumento de 5,92%. Aposentados que têm o benefício do governo como única fonte de renda reclamam que perdem poder de compra e que sua cesta de compras é composta por itens que aumentam mais em relação à inflação oficial.

Um exemplo prático pode ser entendido a partir da comparação entre um aposentado que ganhava R$ 600 em janeiro de 2003. Na época, o benefício era três vezes, ou 200%, maior que o valor do mínimo em vigência, que era de R$ 200. Aplicando-se os índices de reajuste para aposentadorias e para o mínimo durante os últimos seis anos, o mesmo aposentado estaria recebendo hoje R$ 938,47, comparado a um salário mínimo de R$ 465. A diferença entre os dois valores caiu para pouco mais de 100%.

Enquanto o índice acumulado de reajuste para a aposentadoria durante o governo Lula foi de 60%, para o salário mínimo está em 132%.

O diretor do Sindicato Nacional dos Aposentados, João Inocentini, reclama que os valores dos benefícios para aposentadorias não mantêm o poder de compra do grupo, principalmente dos aposentados que recebem menos que dez salários mínimos.

Nem mesmo o fato de o índice de reajuste das aposentadorias ter ficado acima da inflação acumulada no mesmo período (o IPCA entre janeiro de 2003 e janeiro de 2009 foi de 39,7%) serve de argumento, segundo os aposentados.

"Os idosos, principalmente, têm gastos além das contas gerais como gás, telefone e aluguel. Para eles o custo com remédios, e outros itens da área saúde costuma ser maior", afirmou Inocentini.

O presidente do sindicato afirmou que o grupo realiza um estudo com 100 itens de necessidade de um idoso para comparar o aumento dos produtos com o índice de reajuste do benefício recebido pelos aposentados.

"Daqui dois meses vamos abrir um processo na Justiça e levar essa pesquisa como prova. Segundo a lei, o governo é obrigado a manter o poder de compra com a aposentadoria", disse Inocentini.

Alternativas
O consultor financeiro Cláudio Boriola diz que os aposentados, especialmente nesse momento de crise econômica, devem evitar compras parceladas, pesquisar preços, negociar e fazer bom planejamento financeiro.

Segundo Boriola, alguns aposentados ganham um valor mensal muitas vezes insuficiente para o pagamento das contas e acabam pedindo crédito ou realizando pagamentos a prazo e são obrigados a pagar juros altos.

Na opinião do consultor, pagar uma previdência privada é uma alternativa indicada para quem ainda trabalha, considerando a característica de perda de poder de compra da aposentadoria.

"Na prática, infelizmente os valores encontram-se em um patamar que está deteriorando o poder de aquisição da população brasileira", completou Boriola.

De acordo com o diretor da Confederação Brasileira de Aposentados e Pensionistas (Cobap), Vicente Fernandes Barbosa, representantes dos aposentados tentarão um encontro com o presidente da Câmara, deputado Michel Temer (PMDB-SP), para discutir projetos que minimizem a perda dos aposentados

17:17
Anónimo disse...
Previdência
Previdência prorroga isenção de tarifas no benefício

O atual sistema de pagamento aos 26 milhões de aposentados e pensionistas do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) será mantido até o final deste ano. O acordo, que permite realizar a operação sem nenhum custo aos beneficiários, foi renovado nesta sexta-feira, entre o governo federal e 21 instituições financeiras.

Por meio desse acordo, vigente desde setembro de 2007, nem os segurados, nem os bancos e nem o governo arcam com o pagamento de tarifas, conforme explicou o ministro da Previdência Social, José Pimentel. A prorrogação vale até dezembro, data máxima para que a Previdência defina as regras para um novo contrato.

Ao assinar o termo de renovação, na sede da Federação Brasileira dos Bancos (Febraban), o ministro disse que a intenção do governo é mudar o atual modelo de gestão visando a reduzir os custos dessas operações em torno da folha mensal, que atinge R$ 15,8 bilhões. No entanto, qualquer alteração, conforme explicou, passará antes por audiências públicas a serem realizadas a partir do segundo semestre deste ano, atendendo a determinação do Tribunal de Contas da União (TCU).

De acordo com Pimentel, com um redesenho do mecanismo de repasse dos recursos aos bancos em torno da folha de pagamento dos segurados o que se busca é um aumento da participação de instituições financeiras. Ele informou que, desde 2007, cada benefício custa em média R$ 1,07 ao governo. "Quanto mais instituições financeiras estiverem prestando serviços à sociedade, maior é a competitividade, a agilidade no atendimento", justificou.

O ministro observou, ainda, que, para permitir uma redução para algo em torno de meia hora no tempo de atendimento para a concessão dos direitos previdenciários, o governo investiu R$ 280 milhões.

Questionado sobre o descontentamento dos segurados que ganham acima de um salário mínimo terem obtido apenas a correção com base na variação do Índice de Preços ao Consumidor (INPC) , ficando abaixo do reajuste dado a quem recebe apenas o mínimo, Pimentel argumentou que o governo seguiu o que determina a lei e descartou a possibilidade de uma revisão

17:17
Anónimo disse...
Empresas
Caterpillar oferece aposentadoria antecipada a 2 mil


A companhia americana Caterpillar ofereceu a cerca de dois mil funcionários incentivos para que se aposentem de forma voluntária antes do previsto, pela perspectiva de uma queda "significativa" da atividade industrial, informou nesta quarta-feira a empresa.

A iniciativa, destinada aos trabalhadores de diversas fábricas em Illinois, Colorado, Tennessee e Pensilvânia, se soma aos cortes de empregos anunciados em janeiro, explicou em comunicado de imprensa.

A empresa, a maior fabricante mundial de maquinaria pesada para a construção e a mineração, acrescentou que, "em função das condições de negócio, podem ser necessárias mais reduções de elenco voluntárias e involuntárias à medida que o ano avança".

O vice-presidente da companhia, Sid Banwart, explicou que a empresa prevê "demissões significativas em todas as regiões geográficas e na maioria dos setores devido às dificuldades da economia mundial".

17:18
Anónimo disse...
Comércio
Comércio exterior da OCDE caiu no 3º trimestre de 2008


As exportações e as importações dos países da Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Econômico (OCDE) caíram 1,6% e 0,2%, respectivamente, no terceiro trimestre de 2008, em relação aos três meses anteriores.

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Trata-se da primeira queda destas atividades desde o terceiro trimestre de 2006, segundo o último relatório trimestral sobre fluxos comerciais divulgado pela OCDE.

As exportações e as importações em dólares dos 30 Estados-membros caíram 15,6% e 17%, respectivamente, na comparação anualizada.

Por sua vez, o comércio dos sete países mais ricos do mundo (G7) teve um pequeno crescimento no terceiro trimestre de 2008 com uma queda das exportações de mercadorias de 0,2% em relação ao trimestre anterior e um aumento de 0,4% das importações.

Em termos anualizados, as importações do G7 caíram 1,4% entre julho e setembro do ano passado, seu primeiro retrocesso desde o terceiro trimestre de 2006, enquanto as exportações aumentaram 1,9%, seu crescimento mais baixo no mesmo tempo.

Por países, a Alemanha aumentou suas importações em 3,4% - valor mais alto do G7 -, enquanto suas exportações caíram 2,9% do segundo para o terceiro trimestre de 2008.

Pelo contrário, as exportações americanas aumentaram 1,8% entre julho e setembro de 2008, enquanto as importações caíram 0,7% em relação ao trimestre anterior. No Japão, tanto as importações quanto as exportações caíram em torno de 1% no mesmo período.

17:19
Anónimo disse...
Economia Nacional
Lula: juros de crédito consignado a aposentados são altos

Atualizada às 17h29

O presidente Luis Inácio Lula da Silva afirmou nesta terça-feira, em São Paulo, que está lutando para reduzir as taxas de juros cobradas de aposentados em crédito consignado. A Previdência Social estabelece uma taxa máxima de 2,5% para empréstimo e de 3,5% para cartão. Para Lula, os valores são altos.

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"Acho que o juro que os aposentados estão pagando hoje com o crédito consignado é alto para o padrão brasileiro", disse o presidente durante a cerimônia de comemoração dos 86 anos do INSS.

A Previdência anunciou nesta terça-feira que aposentados e trabalhadoras com licença-maternidade poderão receber seus benefícios em 30 minutos. De acordo com Lula, em junho, a aposentadoria do trabalhador rural também será conseguida em meia hora.

Além disso, o presidente anunciou que, também em junho, os trabalhadores que alcançarem o direito à aposentadoria passarão a receber em suas casas um comunicado da Previdência informando o fato e o valor do salário que têm direito a receber. "É um comprometimento público que estou fazendo com os companheiros da Previdência Social", disse.

"Estamos retribuindo ao contribuinte da Previdência Social aquilo que é a cidadania que ele tem direito", afirmou Lula. "Se para cobrar nós somos tão precisos, para devolver o dinheiro, temos que chegar próximo à perfeição", completou.

17:20
Anónimo disse...
Economia Nacional
Salário maternidade sairá em 30 minutos, diz ministro

Toda trabalhadora autônoma que tiver contribuído pelo menos 10 meses com o Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) - ou as que possuírem carteira assinada - poderão receber em 30 minutos o salário maternidade a partir desta terça-feira. Da mesma forma, as mulheres com 30 anos de contribuição e os homens com 35 anos também terão direito ao benefício de forma mais rápida. A informação é do ministro da Previdência Social, José Pimentel.

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Para requerer o salário maternidade, é preciso que as autônomas levem a carteira de identidade e o carnê de contribuição. As demais trabalhadoras devem apresentar a identificação e a carteira de trabalho. Desde o início do mês, a nova forma de análise para a concessão de benefícios foi adotada para a aposentadoria por idade do trabalhador urbano e agora foi estendida para o salário maternidade e por tempo de contribuição.

O ministro disse que a qualificação do serviço da previdência social é o reconhecimento do direito dos trabalhadores e da afirmação da cidadania.

"Até pouco tempo na cabeça do cidadão o serviço devia ser de péssima qualidade. Agora não, nós modificamos toda a legislação no mês de dezembro numa ação conjunta do Congresso Nacional com o governo federal. Estamos implantando e concedendo os benefícios em até 30 minutos", afirmou.

O ministro destacou que para conseguir se aposentar ou ter acesso à licença maternidade em 30 minutos, em primeiro lugar, é necessário que o cidadão esteja vinculado à Previdência, o que inclui 65% da população acima de 16 anos de idade.

"Depois bastar marcar pelo sistema 135 o dia e a hora do atendimento e levar a documentação. Se todos os dados necessários estiverem corretos o contribuinte será atendido em até 30 minutos, como vem sendo feito com as aposentadorias por idade desde o dia cinco de janeiro", explicou.

Pimentel disse ainda que em 90% das agências da previdência social o atendimento é marcado em até 48 horas. Nos grandes centros, entretanto existe um volume maior o que torna mais lento o processo.

"Estamos criando mais 715 agências até 2010, em todo o território nacional, para descentralizar o atendimento. Em 2008, atendemos 295 mil benefícios e aposentadorias por idade. Temos 4 mil pessoas por dia procurando e se aposentando por idade no território nacional. Este serviço será agilizado", concluiu.
17:26
Anónimo disse...
Giuseppe Englaro, pai de Eluana, a italiana que morreu na segunda-feira passada por desidratação, recusou uma grande soma de dinheiro de um conhecido fotógrafo italiano que queria retratar a filha em estado de coma, disse neste sábado o neurologista que atendia a mulher desde 1996, Carlo Defanti.

O neurologista, que participou hoje de uma conferência sobre eutanásia, disse que Englaro respeitou a vontade da filha, que, antes do acidente, tinha pedido que, se lhe ocorresse qualquer coisa irreversível, apresentasse sua imagem de quando estava em boas condições.

Antes de sofrer o acidente de trânsito, em 1992, Eluana viveu o coma de um amigo, Alessandro, o que causou forte impacto na italiana e a levou a fazer o pai prometer que não a deixasse viver em estado vegetativo, disse o próprio Giuseppe Englaro.

Defanti, que dissera que Eluana poderia viver de dez a 12 dias depois da suspensão da alimentação e da hidratação, disse que, como médico, tinha que reprovar esta afirmação.

"Não se pode sobreviver após três ou quatro dias sem líquido e, em particular, água em um corpo. Sabemos bem que, quando há um terremoto, após quatro dias é difícil encontrar sobreviventes".

Defanti ressaltou que Eluana "não falava, não se comunicava com o exterior" e que, após vários exames, "nos deparamos com uma moça que tinha perdido a consciência", porque estava com o córtex cerebral prejudicado.

Eluana foi enterrada na quinta-feira passada no túmulo da família na localidade de Paluzza, em Udine, após um funeral que não contou com a presença dos pais.

16:53
Anónimo disse...
Os bombeiros combatem neste sábado os incêndios na Austrália favorecidos pelo bom tempo, enquanto os deslocados encotram em seu retorno casas derruídas, carros queimados nas ruas e destruição.

Depois de sete dias desde que começaram os incêndios no Estado de Victoria, a lista de mortos chega a 181, os desaparecidos somam 50, os edifícios destruídos totalizam 1,834 mil e o terreno arrasado, principalmente florestas, ocupa uma área de 4,13 mil quilômetros quadrados.

As equipes de bombeiros, formadas por 4 mil profissionais de Victoria, de outras partes da Austrália e de países amigos, combateram hoje 12 focos fora de controle e nenhum representava uma ameaça direta para a população.

O subdiretor do Serviço de Bombeiros, Geoff Conway, disse que este tempo favorável, que se prolongará durante o domingo, permite consolidar as linhas de contenção e avançar na extinção das chamas.

Cinzas apareceram arrastadas por ventos do nordeste sobre Melbourne, onde habitam 3,8 milhões de pessoas, e as autoridades alertaram aos cidadãos do risco para a saúde de idosos, crianças e pessoas com problemas respiratórios.

O número de pessoas deslocadas - a Cruz Vermelha chegou a receber 7 mil - começou a cair com a abertura de algumas localidades atingidas.

Os incêndios, alguns criminosos, começaram em 7 de fevereiro, quando a região sul da Austrália estava há duas semanas sob uma onda de calor sem precedentes.

Na sexta-feira passada, a polícia acusou uma pessoa de ter provocado o incêndio que atingiu a localidade de Churchill e matou 21 pessoas.

16:55
Anónimo disse...
A primeira chuva em seis dias reduziu a ameaça de incêndios no Estado de Victoria, ao sul da Austrália. As autoridades, porém, advertiram que ainda existem 12 focos, mas que nenhum deles ameaça áreas povoadas.

Mais de quatro mil bombeiros, mil provenientes de outras partes do país e de outras nações, trabalham contra o fogo. Cerca de 600 veículos e 28 helicópteros e pequenos aviões estão sendo usados.


Eles conseguiram construir linhas de contenção para evitar os incêndios de Yarra e Maroondah se juntassem. Também foram controlados os incêndios abertos de Yea e Murrindindi, que ameaçavam as comunidades de Connellys Creek, Crystal Creek, Scrubby Creek e Native Dog Creek.

O número de mortos chegou a 181, mas as autoridades acreditam que as vítimas devem passar de 200, já que ainda há muitos desaparecidos.

16:55
Anónimo disse...
Aqui nesta coluna, na semana passada, tive a oportunidade de comentar sobre a recente visita do professor brasileiro Pedrinho Guareschi à Austrália. Não dei, porém, os fatos, pois semana passada o assunto era outro.

Hoje, porém, vamos a eles.

No último dia 4 de fevereiro, aconteceu o Seminário "Paulo Freire: Education and Liberation", organizado pelo centro de estudos latino-americanos da Universidade Nacional da Austrália, ou ANU, como é mais conhecida por aqui.

A ANU, para quem não sabe, está entre as 20 melhores universidades do mundo! E tem sede aqui em Camberra, capital da Austrália.

Na abertura do evento, o professor John Minns, diretor do centro latino-americano, ao dar boas-vindas ao público presente, lembrou ser aquele o primeiro seminário exclusivamente dedicado a Paulo Freire na Austrália.

Em seguida, convidou Pedrinho Guareschi, palestrante principal do Seminário, a fazer sua apresentação.

A plateia pode então conhecer, pelas palavras de Pedrinho, um pouco da obra e da vida de Freire, esse brasileiro de fé e valor, que sempre acreditou na educação, sobretudo dos menos favorecidos, analfabetos, como força libertadora.

Como não podia deixar de ser, os conceitos e ideias revolucionários de Paulo Freire, expostos com clareza por Pedrinho, despertaram o interesse e a curiosidade de plateia. A qual, deve-se notar, era na maioria de estudantes, mas de várias nacionalidades, sobretudo australianos e asiáticos.

Na continuação do programa do seminário, que se estendeu por dois dias, outros professores fizeram palestras sobre temas ligados à obra de Paulo Freire.

Interessante, por exemplo, saber que a professora Anne Hickling-Hudson, jamaicana que mora na Austrália há muitos anos (é professora da ANU), conheceu e trabalhou com Freire num workshop educacional durante a revolução na Ilha de Granada, em 1980, antes da invasão dos Estados Unidos...

Ou, então, a palestra da Professora Gerda Roelvink, da Nova Zelândia, que participou do Fórum Social de Porto Alegre em 2005. E essa participação transformou-se em tema de doutorado.

No dia 10, terça-feira passada, o padre Pedrinho Guareschi voltou a falar ao público australiano em grande auditório localizado no belíssimo campus da ANU. Desta vez, sobre a Teologia da Libertação.

Depois da palestra, John Minns mostrou o filme mexicano "O Crime do Padre Amaro", no qual um dos personagens é um padre católico praticante da Teologia da Libertação.

Mais uma vez, foi grande o intersse da platéia, que pode aprender e conhecer um pouco como se desenvolveu aquele importante movimento católico na América Latina.

Fica, assim, ao Pedrinho, bem como a outros brasileiros estudiosos e de bom coração que saem pelo mundo a divulgar aspectos importantes da cultura brasileira, o respeito e a homenagem desta coluna. E... aquele abraço!

16:57
Anónimo disse...
Amanda Kitts perdeu o braço esquerdo em um acidente de automóvel acontecido três anos atrás, mas hoje em dia ela joga futebol americano com seu filho de 12 anos de idade, troca fraldas e abraça as crianças nas três creches Kiddie Cottage que opera em Knoxville, Tennessee. Kitts, 40 anos, faz tudo isso com a ajuda de um novo tipo de braço artificial que se movimenta com mais facilidade do que outros aparelhos e que ela pode controlar utilizando apenas seus pensamentos.

"Eu sou capaz de mexer a mão, o pulso e o cotovelo ao mesmo tempo", diz. "Você pensa e os músculos se movem em seguida".

A recuperação que ela conseguiu resulta de um novo procedimento que vem atraindo crescente atenção porque permite que pessoas movam braços protéticos de forma mais automática do que faziam no passado, simplesmente utilizando nervos reaproveitados em seus cérebros.

A técnica, conhecida como "renervação muscular dirigida", envolve utilizar os nervos que restam depois da amputação de um braço e conectá-los a outro músculo do corpo, em geral no peito. Eletrodos são instalados sobre os músculos do peito, e operam como se fossem antenas. Quando a pessoa deseja mover o braço, o cérebro envia sinais que primeiro resultam em contração dos músculos do peito, os quais enviam um sinal ao braço protético, instruindo-se a se movimentar. O processo não requer mais esforços consciente do que a pessoa teria de exercitar caso ainda tivesse seu braço natural.

Na terça-feira, pesquisadores reportaram em estudo publicado pela versão online do Journal of the American Medical Association que haviam levado a técnica ainda mais à frente, tornando possível a execução de 10 movimentos de mão, pulso e cotovelo diferentes, o que representa uma substancial melhora com relação ao típico repertório protético, que em geral envolve apenas dobrar o cotovelo, girar o pulso e abrir a mão.

"Os novos métodos tiveram impacto dramático em nosso campo de trabalho", disse Stuart Harshbarger, engenheiro biomédico na Universidade Johns Hopkins e diretor do programa de pesquisa sobre próteses, financiado pelas forças armadas, que inclui o trabalho com essa técnica. "O método já está em uso por médicos e cirurgiões comuns em todo o país. A capacidade de controlar um membro protético bastante robusto que ele confere surpreendeu a todos pela qualidade".

Tipicamente, uma pessoa que tenha um braço protético só é capaz de executar alguns poucos movimentos, e muitas vezes com tamanha lentidão que isso só permite a ela atividades limitadas.

Há um motor separado para cada movimento, diz Gerald Loeb, professor de engenharia biomédica na Universidade do Sul da Califórnia, "e esses motores precisam ser controlados de maneira explícita", usualmente por um esforço consciente da pessoa para contrair músculos nas costas ou no bíceps.

"Essencialmente, até agora os pacientes controlavam apenas um motor de cada vez", diz Loeb, "e precisavam pensar cuidadosamente sobre que motor desejavam controlar e como fazê-lo operar, em lugar de simplesmente pensarem em mover o braço e poderem fazê-lo sem delongas".

Antes que Kitts passasse pelo procedimento de renervação, em outubro de 2007, por exemplo, ela precisava movimentar os músculos de suas costas de determinada maneira para fazer com que seu pulso girasse, e flexionar seu bíceps e tríceps para fazer com que o cotovelo se movesse para cima e para baixo. "Era muito trabalho", ela conta. "E não me ajudava muito".

O procedimento de renervação é parte de uma recente explosão de idéias novas e técnicas inovadoras que estão sendo exploradas enquanto os cientistas se esforçam por ajudar as pessoas a compensar melhor a perda de membros ou problemas de paralisia. O esforço vem sendo alimentado pelo aumento no número de amputações causado por diabetes e por ferimentos sofridos pelos militares, e ao mesmo tempo pelos avanços na tecnologia médica.

Os braços se tornaram um dos focos essenciais desse tipo de trabalho. A ciência há muito vem obtendo sucessos no desenvolvimento de próteses de perna, mas é muito mais difícil imitar a complexidade e a destreza das mãos e dos braços.

Os esforços em curso incluem o desenvolvimento de projetos de pele e braços mais sensíveis e mais flexíveis, e o uso de dispositivos acionados por controles sem fio implantado nos braços protéticos, que permitiriam movimentos mais naturais.

Os pesquisadores também vêm usando sensores implantados nos cérebros de cobaias para permitir que dois macacos controlem um braço mecânico, e um teste com um homem paralítico permitiu, com esse método, que ele movimentasse um cursor em uma tela de computador.

Alguns desses métodos, caso venham a ser aperfeiçoados plenamente e consigam aprovação das autoridades regulatórias da saúde, podem no futuro se tornar mais viáveis para os pacientes de amputações.

E embora a técnica da renervação não requeira aprovação das autoridades regulatórias porque é executada por meios cirúrgicos e emprega aparelhos já existentes, ela apresenta limitações que até mesmo seus criadores reconhecem, entre as quais o fato de que não se pode utilizá-la para todos os pacientes, o seu alto custo e o prazo de meses requerido para que os nervos reconectados cresçam e se tornem efetivos.

Ainda assim, os especialistas dizem que é o mais avançado sistema em uso hoje para pacientes reais que permite que o sistema nervoso controle diretamente o movimento de um braço artificial.

Desde sua introdução por Todd Kuiken, médico fisioterapeuta e engenheiro biomédico do Instituto de Reabilitação de Chicago, o método foi empregado em cerca de 30 pacientes nos Estados Unidos, Canadá e Europa, entre os quais oito soldados feridos no Iraque e no Afeganistão.

Muitos dos pacientes, entre os quais o primeiro, Jesse Sullivan, um operário do setor elétrico no Tennessee que perdeu os dois braços quando foi eletrocutado por um cabo, conseguem não apenas manipular seus braços protéticos mas sentir a presença das mãos que já não têm quando alguém toca em seus peitos.

Sullivan, 62 anos, e Kitts, estavam entre os cinco pacientes que participaram do estudo reportado na terça-feira. Em companhia de cinco outras pessoas que não passaram por amputações, eles receberam os eletrodos e foram instruídos a usar pensamentos para fazer com que um braço virtual na tela reproduzisse 10 movimentos diferentes, entre os quais três formas diferentes de aperto de mão.

Os pacientes apresentaram desempenho bastante respeitável, apenas um pouco mais lento e menos preciso do que os dos participantes que não tinham amputações.

"As velocidades de movimento que encontramos em nossos pacientes foram realmente encorajadoras", disse Kuiken. "Eles conseguiram completar a tarefa. É claro que não foram tão competentes quanto as pessoas dotadas de plena capacidade física, mas foram bons o bastante".

Um braço virtual foi usado porque a maioria das próteses existentes não era capaz de acomodar todos aqueles movimentos, no momento da pesquisa, ainda que Sullivan, Kitts e uma terceira paciente, Claudia Mitchell, tenham experimentado dois novos protótipos mais versáteis de braços artificiais, executando tarefas complexas com bolas de tênis e outros objetos.

O trabalho de renervação em soldados apresenta outros desafios, diz Kuiken, porque os ferimentos militares muitas vezes "causam danos muitos extensos" a nervos, músculos ou ossos.

Daniel Acosta, 25 anos, um aviador ferido pela detonação de uma bomba em uma estrada do Iraque em 2005, passou pelo procedimento no ano passado e diz que seu braço esquerdo protético agora se movimenta "muito mais rápido" e de maneira muito mais natural.

"A diferença é que agora não preciso mais pensar para mover o braço", ele diz. "Ele simplesmente se mexe".

Ainda assim, Acosta, de San Antonio, diz que "o processo foi bastante longo" e que os eletrodos precisam ser ajustados para receber os sinais à medida que os nervos crescem ou mudam de posição.

E embora elogiem o método, os especialistas afirmam que a ciência das próteses de braço ainda tem muito por avançar.

"Trata-se de uma parte crucial, mas ainda assim apenas uma parte, das muitas coisas que compreendem a função normal de um braço", disse Loeb, que escreveu um editorial que acompanha o artigo no Journal of the American Medical Association.

"No momento estamos a meio do caminho entre o braço de 'Dr. Fantástico', que fazia involuntariamente a saudação nazista, e o braço de Luke Skywalker em 'Guerra nas Estrelas', que funciona sem nenhum problema assim que é conectado. Creio que precisaremos ainda de muitos anos para conectar todas as peças necessárias a produzir um braço capaz de funcionar normalmente".

17:04
Anónimo disse...
A Espanha disse neste sábado que está preparando uma reclamação oficial contra a decisão da Venezuela de expulsar um membro do Parlamento Europeu que criticou o conselho eleitoral venezuelano.
Luis Herrero, membro do partido conservador espanhol PP, foi deportado na sexta-feira depois que o Conselho Nacional Eleitoral (CNE) o acusou de questionar a imparcialidade da instituição antes de um referendo que pode permitir ao presidente Hugo Chávez permanecer no cargo indefinidamente.

Herrero estava na Venezuela como observador do referendo. Ele acusou Chávez de ter "comportamentos típicos de um ditador" por pedir a contenção de manifestações da oposição.

O governo da Espanha convocou um encontro com o embaixador da Venezuela em Madri para expressar a desaprovação sobre a expulsão de Herrero, disse um representante do Ministério das Relações Exteriores espanhol.

As relações da Venezuela com a Espanha tiveram seu ponto crítico em 2007, quando Chávez ameaçou rever acordos diplomáticos e comerciais depois de ouvir um "cala a boca" do rei espanhol Juan Carlos durante uma cúpula.

A fenda foi oficialmente reparada em 2008, com uma visita oficial de Chávez à Espanha, onde ele cumprimentou o rei e discutiu acordos para investimento no setor petroquímico com o primeiro-ministro José Luis Rodriguez Zapatero.

17:06
Anónimo disse...
A polícia do Zimbábue anunciou neste sábado que acusa de traição Roy Bennett, dirigente do até agora opositor Movimento para a Mudança Democrática (MDC), detido na sexta-feira, em Harare, poucas horas antes da cerimônia de posse dos membros do novo gabinete.

"A Polícia nos informou que vão apresentar acusações de traição", disse à agência EFE o advogado de defesa de Bennett, Trust Maanda.

"Tentam relacionar Roy com o caso de Mike Hitschmann, que foi detido em 2006 em relação à descoberta de um carregamento de armas, apesar de que Hitschmann não tenha sido declarado culpado das acusações de traição apresentadas contra ele, mas de um crime menor de descumprimento de leis", disse Maanda.

O político opositor, designado por seu partido como vice-ministro de Agricultura no Governo de união nacional, esteve no exílio na vizinha África do Sul desde 2006 e retornou ao Zimbábue há duas semanas.

Segundo a Polícia, que deteve Bennett ontem no aeroporto de Harare quando pretendia ir à África do Sul para visitar sua família, as armas apreendidas em 2006 seriam utilizadas em um golpe de Estado para derrubar o presidente do Zimbábue, Robert Mugabe.

Depois da detenção, Bennet foi levado a Mutar, onde vários simpatizantes do MDC se concentraram em frente à delegacia na qual estava detido, diante do que a Polícia respondeu com tiros para o alto para dispersar os manifestantes.

17:07
Anónimo disse...
Austrália: 14 mil se candidatam a 'emprego dos sonhos'

A secretaria de Turismo de Queensland, na Austrália, informou que até esta segunda-feira já recebeu cerca de 14 mil inscrições para o "o melhor emprego do mundo". O Estado australiano promove pela internet seleção para vaga de "zelador" da ilha Hamilton, por seis meses com um salário de R$ 40 mil.

Muitos candidatos tiveram problemas durante a inscrição por conta dos acessos simultâneos ao site. A secretaria aconselha enviar os vídeos de 60s explicando porque deve ser escolhido em horários alternativos do dia, além de recomendar tamanho em torno de 40MB.

As inscrições começaram em 12 de janeiro e vão até o próximo dia 22 e podem ser feitas pelo site www.islandreefjob.com. O governo australiano escolherá 50 candidatos para a próxima fase da seleção, que terá votos do público para eleger um dos 11 finalistas.

A última fase terá entrevistas e desafios físicos, no próprio local de trabalho: as ilhas da Grande Barreira Coralina - o maior recife de coral do mundo. A secretaria de Turismo anunciará o vencedor no dia 6 de maio.

17:09
Anónimo disse...
Mercado elogia governo na crise, mas pede maior queda no juro

Peter Fussy
Direto de São Paulo

Desde as primeiras medidas anunciadas para combater os efeitos da crise, o governo brasileiro avisou que a estratégia não contemplaria um pacote. Seriam doses pontuais, de acordo com a necessidade da economia diante do agravamento das turbulências. Da primeira liberação dos depósitos compulsórios em setembro até a ampliação do seguro-desemprego na última quarta-feira, o governo passou por redução de impostos, ampliação de crédito e incentivos à exportação. Quase 150 dias após a primeira medida, o Terra conversou com líderes do setor público e privado, representantes dos trabalhadores, acadêmicos e com o próprio governo para saber quais destas ações foram mais eficazes, quais foram mais ineficientes e o que mais pode ser feito pelo Estado brasileiro contra a crise.

Os maiores elogios foram direcionados à atitude de reduzir o Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) para a indústria automobilística, anunciada em dezembro e que fez com que os emplacamentos de carros novos subissem 1,9% no primeiro mês do ano em relação a dezembro de 2008. Já as maiores críticas foram para a lentidão no corte da taxa básica de juro do País.

Para o presidente do conselho administrativo do Grupo Pão de Açúcar, Abílio Diniz, o Estado não é responsável pela crise e mesmo assim está agindo "com extrema serenidade e muito acerto". "O governo está atento, fazendo a sua parte. É preciso coragem de baixar firmemente a taxa de juros. É uma arma que temos a nosso favor, já que não há clima para inflação, nem possibilidade de danos para a macroeconomia", afirmou Diniz.

Na última reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), em janeiro, a taxa Selic foi reduzida em um ponto percentual, de 13,75% para 12,75% ao ano. Porém, o professor de economia da Universidade de Brasília (UnB) José Luiz Oreiro lembra que este corte representa uma redução de apenas 0,25 ponto percentual com relação à taxa de setembro do ano passado, quando a crise se agravou.

"Pouco antes da eclosão da crise, o Banco Central aumentou a taxa em 0,75 ponto. Foram cinco meses de demora para reduzir em termos líquidos apenas 0,25 ponto", afirmou o economista, que também sugeriu redução do intervalo de cerca de 90 dias entre as reuniões do Copom e o corte de pelo menos um 1 ponto percentual em cada reunião.

Mesmo com o corte de janeiro, a taxa de juros real continua sendo a maior do mundo, lembrou o secretário-geral da Força Sindical, João Carlos Gonçalves, o Juruna. "A redução da taxa de juro ainda é pequena, porque ela continua uma das mais altas do mundo. Falta ousadia para baixar os juros e ajudar o cidadão. A permanência da taxa de juro alta é negativa para o País em meio a crise", afirmou Juruna.

Embora aprove as ações do governo, o senador Aloízio Mercadante (PT-SP) também acredita que o patamar da Selic está muito alto. "Sempre fomos os primeiros a entrar em qualquer crise, o que não aconteceu agora. A taxa Selic ainda é muito alta, mas o governo têm tomado medidas acertadas, como o aumento do salário mínimo, mesmo com um cenário de crise. Isso ajuda a movimentar o consumo. O governo está se esforçando para manter os investimentos e o crescimento", disse.

Tributos
De acordo com o economista Fabio Pina, da Fecomercio-SP, as ações mais positivas estão relacionadas à redução de tributos para alguns segmentos, como a indústria automobilística, que recuperou parte da queda nas vendas em janeiro com a isenção do IPI para carros 1.0 l e o corte para demais motorizações. A medida vale até o final de março.

"Essas medidas não só reduziram o preço, mas anteciparam o consumo daqueles que iriam comprar no futuro, dando um prêmio por conta da insegurança. Mexe diretamente com o principal problema que é a confiança do consumidor", afirmou. Juruna destacou que um bom ritmo de vendas é garantia de emprego. "É importante porque cada emprego na montadora significa 19 na cadeia produtiva", comentou o representante da Força Sindical.

Também em dezembro, o governo decidiu cortar pela metade a alíquota do Imposto de Renda para contribuintes que ganham entre R$ 1.434 e R$ 2.150 mensais. "O salário aumentava e a tabela não se modificava. As pessoas ganhavam mais e pagavam mais impostos", apontou Juruna. Outra redução de tributos do governo foi com relação ao Imposto sobre Operações Financeiras (IOF), que caiu de 3% ao ano para 1,5%.

Crédito
Na segunda metade de 2008, o colapso de bancos nos Estados Unidos por conta da crise do subprime provocou uma forte restrição de crédito no mundo inteiro. Uma das primeiras medidas anticrise do governo teve como objetivo restabelecer a oferta, com mudanças no recolhimento dos depósitos compulsórios por parte dos bancos. Segundo o presidente do Banco Central, Henrique Meirelles, as diversas modificações liberaram US$ 99,2 bilhões aos bancos até o final de janeiro.

Além disso, o governo concedeu R$ 36 bilhões das reservas internacionais para empresas brasileiras com dívidas no exterior e uma medida provisória autorizou o Banco do Brasil e a Caixa Econômica Federal a comprar carteiras de crédito de bancos privados. Para o diretor do Departamento de Pesquisas e Estudos Econômicos da Fiesp, Paulo Francini, estas medidas foram essenciais para combater os efeitos da crise.

"A crise se desenvolve no mundo em torno do tema crédito. E o crédito reduziu-se barbaridade no mundo. Então o governo lança mão de compulsório, lança mão de reservas, de medidas que permitem aos bancos comprar carteiras de bancos. Você vai tomando várias medidas para atender às demandas e o epicentro disso é crédito", afirmou.

No entanto, Oreiro, da UnB, adverte que a liberação dos compulsórios seria mais eficiente acompanhada de redução mais agressiva da taxa básica de juro. "Uma parte do crédito voltou, depois da forte retração em outubro e novembro. O que deveria ter sido feito junto à liberação do compulsório era uma redução mais drástica da taxa de juro. Sem isso, os bancos pegam as reservas e acabam comprando títulos públicos", explicou o economista.

Na opinião de Pina, as ações de distribuição de crédito via redução do compulsório e a disposição de capital de giro para empresas foram tomadas sem um cuidado maior na operação e não tiveram muito efeito. "O BNDES tem linhas que ficam paradas quase todo o ano, agora é pior ainda. Existem os recursos, mas as empresas e os bancos estão desconfiados. É preciso fazer com que os bancos tenham interesse em emprestar", afirmou o economista da Fecomercio-SP.

Futuro
Mesmo com todas essas medidas, a crise financeira ainda gera incertezas nos setores produtivos do País. Nos últimos meses, o medo do desemprego fez os consumidores adiarem compras. Por sua vez, a queda nas vendas pode obrigar as indústrias a cortarem a produção e demitir funcionários. Contra isso, empresários sugerem redução de jornada e de salários.

"Isto está previsto em lei. A Fiesp simplesmente manteve conversações com entidades sindicais quanto à aplicação daquilo que já está previsto em lei", afirmou Francini.

Segundo a ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff, uma das medidas que assegura um nível de emprego é a manutenção de investimentos no Programa de Aceleração do Crescimento (PAC). "Estamos esperando que a dificuldade ocorra em janeiro, fevereiro e março. Estamos certos que vamos manter o nível de investimento. É isso que funciona, é isso que significa investimento público. Ele funciona como um colchão. Por isso, nós colocamos R$ 100 bilhões no BNDES e a Petrobras ampliou o seu investimento em R$ 120 bilhões", afirmou.

Na mesma linha, Pina explica que a antecipação de gastos do governo substitui parte da demanda retraída do setor privado. "Ele dá o seguinte recado: não vou estourar as contas públicas, mas concentrar em um momento em que a demanda privada está pequena. Mas o governo não tem fôlego suficiente para fazer o papel de toda demanda", ressaltou. O economista da Fecomercio lembrou que a entidade já pleiteou junto ao governo isenções para transferência de imóveis e de automóveis, além de retirar o IPVA para veículos novos.

Já Oreiro foca suas propostas na capitalização do Banco do Brasil e da Caixa Econômica Federal pelo Tesouro para atender a demanda de crédito para capital de giro e reduzir o spread. "Aumentando o empréstimo e reduzindo as taxas, os dois vão forçar os bancos privados a acompanhar o movimento, até para não perderem participação no mercado", explicou o economista da UnB.

Até o Carnaval, o governou prometeu detalhar um pacote de incentivos para a construção de até um milhão de casas populares, direcionado a famílias com renda de até dez salários mínimos. "Estamos atentos a tudo o que está acontecendo e novas medidas serão tomadas caso haja uma avaliação de que sejam necessárias", disse o ministro da Fazenda, Guido Mantega, na última sexta-feira.

17:11
Anónimo disse...
Ex-ministro critica extensão do seguro-desemprego

Atualizada às 09h03

O ex-ministro do Trabalho Almir Pazzianotto criticou a decisão do governo federal de conceder o seguro-desemprego estendido a apenas alguns setores. "É certamente odioso e provavelmente inconstitucional", disse Pazzianotto, de acordo com o jornal O Estado de S. Paulo.

Na última qurta, dia do anúncio da medida, centrais sindicais elogiaram a atitude do governo. A Força Sindical divulgou nota dizendo que "o aumento ajudará a aquecer parte da economia, já que irá gerar mais consumo, produção e conseqüentemente, a criação de novos postos de trabalho". A União Geral dos Trabalhadores (UGT) afirmou que a medida "contribuirá para minimizar o drama dos trabalhadores que perderem seu emprego por conta da crise".

O ex-ministro, que instituiu o seguro-desemprego no País no governo de José Sarney, destacou a necessidade de as centrais sindicais se manifestarem contra a determinação. Para ele, as mudanças devem ser aplicadas a todas as categorias profissionais e a distinção é contrária ao artigo 3º da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT).

Pazzianotto atribui a medida a um possível temor do governo de que a crise econômica seja longa e não haja dinheiro para atender a todas as necessidades. Ainda assim, ele se mostra contrário ao método de concessão. "O seguro-desemprego ajuda a sanar necessidades básicas. Estendê-lo é paliativo, não a solução", disse ao jornal.

De acordo com o presidente do Conselho Deliberativo do Fundo de Amparo ao Trabalhador (Codefat) e conselheiro da Força Sindical, Luiz Fernando Emediato, a determinação já estava prevista na lei 8.900/94, que trata do seguro-desemprego.

O presidente da Comissão de Trabalho da Câmara, Pedro Fernandes (PTB-MA) vai além na crítica à concessão do seguro para apenas alguns setores. Ele acredita que a ampliação do benefício estimula o desemprego.

Quintino Severo, secretário geral da Central Única dos Trabalhadores (CUT), lembra que a ampliação do benefício sem critério e identificação pode incentivar demissões em outros setores.

17:13
Anónimo disse...
Empresas
TAM faz promoção para destinos internacionais

A companhia aérea TAM anunciou nesta sexta-feira tarifas promocionais para trechos internacionais. Os preços valem para bilhetes comprados entre 6h deste sábado e 23h59 deste domingo e são válidos para classe econômica. As tarifas, para ida e volta, serão vendidas a partir de US$ 99, mais taxas.

Segundo a aérea, a promoção vale para viagens feitas no período de 14 de fevereiro a 18 de junho de 2009. Para destinos na América do Sul, a permanência mínima é de dois dias; para bilhetes com destino nos Estados Unidos, cinco dias; e Europa, sete dias. A permanência máxima para as passagens para América do Sul e EUA é de dois meses e para Europa, três meses.

Entre os exemplos de tarifas promocionais, a TAM oferece São Paulo-Lima por US$ 99. Bilhetes para a rota São Paulo-Santiago serão vendidos a partir de US$ 199 e São Paulo-Nova York, US$ 799.

A emissão dos bilhetes deve ser feita obrigatoriamente no ato da reserva, obedecendo às regras estipuladas pela companhia. A compra está sujeita à disponibilidade de assentos nas classes tarifárias determinadas, trechos, horários e datas. A TAM afirmou que também há tarifas promocionais para a classe executiva.

Mais informações podem ser encontradas no site promocional (www.ofertastam.com.br), no site da empresa (www.tam.com.br) ou pelos telefones 4002-5700 ou 0800 5705700.

17:13
Anónimo disse...
Empresas
Consultoria negocia compra do parque temático Hopi Hari

A consultoria especializada em reestruturação de empresas Íntegra Associados informou nesta sexta-feira ter um acordo para comprar o parque de diversões Hopi Hari, localizado no interior de São Paulo. A empresa estaria disposta a investir R$ 10 milhões no parque, que tem dívida estimada em R$ 800 milhões. As informações são da edição deste sábado do jornal Folha de S. Paulo.

De acordo com o jornal, a transação ainda depende da negociação entre o Hopi Hari e seus credores, o que já estaria em andamento.

A consultoria paulista já atuou junto à Parmalat, durante 30 meses, quando reorganizou a gestão da empresa italiana.

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17:14
Anónimo disse...
Empresas
Disney de Tóquio contratará mais 2 mil apesar da crise


A Oriental Land, o operador da Disneylândia Tóquio e DisneySea, organizou neste domingo entrevistas para contratar cerca de 2 mil trabalhadores em tempo parcial, em um momento de grandes demissões deste tipo de empregados no Japão.

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O operador deste parque temático, situado em Urayasu, na província de Chiba (leste de Tóquio), está em pleno processo de seleção de empregados para 20 tipos de postos trabalhistas diferentes.

Segundo a companhia, citada pela agência local de notícias Kyodo, o parque contratará novos trabalhadores para as atrações, para os restaurantes e guardas de segurança entre outros. Os novos contratados começarão a trabalhar a partir de fevereiro.

O processo de seleção acontece em um momento em que a maioria das grandes companhias japonesas começaram a se ver obrigadas a despedir uma elevada percentagem de seus trabalhadores temporários e a tempo parcial.

Algumas inclusive anunciaram demissões de seus trabalhadores fixos, uma medida muito pouco comum nas companhias japonesas, perante os efeitos piores que o esperado pela crise econômica global.

Cerca de uma centena de pessoas esperavam desde a primeira hora desta manhã a abertura do centro de conferências Tokyo International Forum, onde as entrevistas estão sendo feitas, para ser os primeiros a solicitar os postos de trabalho.


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17:15
Anónimo disse...
Economia Internacional
Senado dos EUA aprova plano de estímulo à economia

O Senado dos Estados Unidos aprovou com 60 votos a favor e 38 contra o plano de estímulo à economia de US$ 787 bilhões na madrugada deste sábado. Agora, ele segue para sanção ou veto do presidente Barack Obama, que espera colocar a lei em prática até o dia 16 de fevereiro.

O plano prevê a criação de três milhões de empregos, inclui cortes de impostos às famílias, fundos para programas sociais e obras públicas, além de ajuda aos governos estaduais, estudantes e desempregados.

A cláusula Buy American - que exige o uso de ferro, aço e produtos manufaturados dos Estados Unidos em obras realizadas com recursos do pacote - ficou de lado. Segundo o texto definitivo, a cláusula será aplicada sem violar as normas do comércio internacional.

Ontem à tarde, a Câmara de Representantes (deputados) havia aprovado, por 246 votos a favor e 183 contra, a versão final do plano. Todos os republicanos foram contrários ao pacote.

Pelo acordo de quarta-feira entre Câmara e Senado, em vez de custar US$ 819 bilhões, como queriam os deputados, ou US$ 838 bilhões como pretendiam os senadores, o pacote ficou em cerca de US$ 787 bilhões, com 65% desse total destinado a gastos do governo federal e 35%, a créditos tributários.

17:16
Anónimo disse...
Economia nacional
Na era Lula, aposentadoria sobe 54% menos que salário mínimo

Thatiane Faria
Especial para o Terra
Direto de São Paulo

Os índices de reajustes concedidos pelo governo em 2009 para aposentados e pensionistas e para o salário mínimo repetiram uma diferença que, só durante o governo de Luiz Inácio Lula da Silva, já chega a 54%. Enquanto o mínimo foi majorado em 12% este ano, as pensões e aposentadorias tiveram aumento de 5,92%. Aposentados que têm o benefício do governo como única fonte de renda reclamam que perdem poder de compra e que sua cesta de compras é composta por itens que aumentam mais em relação à inflação oficial.

Um exemplo prático pode ser entendido a partir da comparação entre um aposentado que ganhava R$ 600 em janeiro de 2003. Na época, o benefício era três vezes, ou 200%, maior que o valor do mínimo em vigência, que era de R$ 200. Aplicando-se os índices de reajuste para aposentadorias e para o mínimo durante os últimos seis anos, o mesmo aposentado estaria recebendo hoje R$ 938,47, comparado a um salário mínimo de R$ 465. A diferença entre os dois valores caiu para pouco mais de 100%.

Enquanto o índice acumulado de reajuste para a aposentadoria durante o governo Lula foi de 60%, para o salário mínimo está em 132%.

O diretor do Sindicato Nacional dos Aposentados, João Inocentini, reclama que os valores dos benefícios para aposentadorias não mantêm o poder de compra do grupo, principalmente dos aposentados que recebem menos que dez salários mínimos.

Nem mesmo o fato de o índice de reajuste das aposentadorias ter ficado acima da inflação acumulada no mesmo período (o IPCA entre janeiro de 2003 e janeiro de 2009 foi de 39,7%) serve de argumento, segundo os aposentados.

"Os idosos, principalmente, têm gastos além das contas gerais como gás, telefone e aluguel. Para eles o custo com remédios, e outros itens da área saúde costuma ser maior", afirmou Inocentini.

O presidente do sindicato afirmou que o grupo realiza um estudo com 100 itens de necessidade de um idoso para comparar o aumento dos produtos com o índice de reajuste do benefício recebido pelos aposentados.

"Daqui dois meses vamos abrir um processo na Justiça e levar essa pesquisa como prova. Segundo a lei, o governo é obrigado a manter o poder de compra com a aposentadoria", disse Inocentini.

Alternativas
O consultor financeiro Cláudio Boriola diz que os aposentados, especialmente nesse momento de crise econômica, devem evitar compras parceladas, pesquisar preços, negociar e fazer bom planejamento financeiro.

Segundo Boriola, alguns aposentados ganham um valor mensal muitas vezes insuficiente para o pagamento das contas e acabam pedindo crédito ou realizando pagamentos a prazo e são obrigados a pagar juros altos.

Na opinião do consultor, pagar uma previdência privada é uma alternativa indicada para quem ainda trabalha, considerando a característica de perda de poder de compra da aposentadoria.

"Na prática, infelizmente os valores encontram-se em um patamar que está deteriorando o poder de aquisição da população brasileira", completou Boriola.

De acordo com o diretor da Confederação Brasileira de Aposentados e Pensionistas (Cobap), Vicente Fernandes Barbosa, representantes dos aposentados tentarão um encontro com o presidente da Câmara, deputado Michel Temer (PMDB-SP), para discutir projetos que minimizem a perda dos aposentados

17:17
Anónimo disse...
Previdência
Previdência prorroga isenção de tarifas no benefício

O atual sistema de pagamento aos 26 milhões de aposentados e pensionistas do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) será mantido até o final deste ano. O acordo, que permite realizar a operação sem nenhum custo aos beneficiários, foi renovado nesta sexta-feira, entre o governo federal e 21 instituições financeiras.

Por meio desse acordo, vigente desde setembro de 2007, nem os segurados, nem os bancos e nem o governo arcam com o pagamento de tarifas, conforme explicou o ministro da Previdência Social, José Pimentel. A prorrogação vale até dezembro, data máxima para que a Previdência defina as regras para um novo contrato.

Ao assinar o termo de renovação, na sede da Federação Brasileira dos Bancos (Febraban), o ministro disse que a intenção do governo é mudar o atual modelo de gestão visando a reduzir os custos dessas operações em torno da folha mensal, que atinge R$ 15,8 bilhões. No entanto, qualquer alteração, conforme explicou, passará antes por audiências públicas a serem realizadas a partir do segundo semestre deste ano, atendendo a determinação do Tribunal de Contas da União (TCU).

De acordo com Pimentel, com um redesenho do mecanismo de repasse dos recursos aos bancos em torno da folha de pagamento dos segurados o que se busca é um aumento da participação de instituições financeiras. Ele informou que, desde 2007, cada benefício custa em média R$ 1,07 ao governo. "Quanto mais instituições financeiras estiverem prestando serviços à sociedade, maior é a competitividade, a agilidade no atendimento", justificou.

O ministro observou, ainda, que, para permitir uma redução para algo em torno de meia hora no tempo de atendimento para a concessão dos direitos previdenciários, o governo investiu R$ 280 milhões.

Questionado sobre o descontentamento dos segurados que ganham acima de um salário mínimo terem obtido apenas a correção com base na variação do Índice de Preços ao Consumidor (INPC) , ficando abaixo do reajuste dado a quem recebe apenas o mínimo, Pimentel argumentou que o governo seguiu o que determina a lei e descartou a possibilidade de uma revisão

17:17
Anónimo disse...
Empresas
Caterpillar oferece aposentadoria antecipada a 2 mil


A companhia americana Caterpillar ofereceu a cerca de dois mil funcionários incentivos para que se aposentem de forma voluntária antes do previsto, pela perspectiva de uma queda "significativa" da atividade industrial, informou nesta quarta-feira a empresa.

A iniciativa, destinada aos trabalhadores de diversas fábricas em Illinois, Colorado, Tennessee e Pensilvânia, se soma aos cortes de empregos anunciados em janeiro, explicou em comunicado de imprensa.

A empresa, a maior fabricante mundial de maquinaria pesada para a construção e a mineração, acrescentou que, "em função das condições de negócio, podem ser necessárias mais reduções de elenco voluntárias e involuntárias à medida que o ano avança".

O vice-presidente da companhia, Sid Banwart, explicou que a empresa prevê "demissões significativas em todas as regiões geográficas e na maioria dos setores devido às dificuldades da economia mundial".

17:18
Anónimo disse...
Comércio
Comércio exterior da OCDE caiu no 3º trimestre de 2008


As exportações e as importações dos países da Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Econômico (OCDE) caíram 1,6% e 0,2%, respectivamente, no terceiro trimestre de 2008, em relação aos três meses anteriores.

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Trata-se da primeira queda destas atividades desde o terceiro trimestre de 2006, segundo o último relatório trimestral sobre fluxos comerciais divulgado pela OCDE.

As exportações e as importações em dólares dos 30 Estados-membros caíram 15,6% e 17%, respectivamente, na comparação anualizada.

Por sua vez, o comércio dos sete países mais ricos do mundo (G7) teve um pequeno crescimento no terceiro trimestre de 2008 com uma queda das exportações de mercadorias de 0,2% em relação ao trimestre anterior e um aumento de 0,4% das importações.

Em termos anualizados, as importações do G7 caíram 1,4% entre julho e setembro do ano passado, seu primeiro retrocesso desde o terceiro trimestre de 2006, enquanto as exportações aumentaram 1,9%, seu crescimento mais baixo no mesmo tempo.

Por países, a Alemanha aumentou suas importações em 3,4% - valor mais alto do G7 -, enquanto suas exportações caíram 2,9% do segundo para o terceiro trimestre de 2008.

Pelo contrário, as exportações americanas aumentaram 1,8% entre julho e setembro de 2008, enquanto as importações caíram 0,7% em relação ao trimestre anterior. No Japão, tanto as importações quanto as exportações caíram em torno de 1% no mesmo período.

17:19
Anónimo disse...
Economia Nacional
Lula: juros de crédito consignado a aposentados são altos

Atualizada às 17h29

O presidente Luis Inácio Lula da Silva afirmou nesta terça-feira, em São Paulo, que está lutando para reduzir as taxas de juros cobradas de aposentados em crédito consignado. A Previdência Social estabelece uma taxa máxima de 2,5% para empréstimo e de 3,5% para cartão. Para Lula, os valores são altos.

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"Acho que o juro que os aposentados estão pagando hoje com o crédito consignado é alto para o padrão brasileiro", disse o presidente durante a cerimônia de comemoração dos 86 anos do INSS.

A Previdência anunciou nesta terça-feira que aposentados e trabalhadoras com licença-maternidade poderão receber seus benefícios em 30 minutos. De acordo com Lula, em junho, a aposentadoria do trabalhador rural também será conseguida em meia hora.

Além disso, o presidente anunciou que, também em junho, os trabalhadores que alcançarem o direito à aposentadoria passarão a receber em suas casas um comunicado da Previdência informando o fato e o valor do salário que têm direito a receber. "É um comprometimento público que estou fazendo com os companheiros da Previdência Social", disse.

"Estamos retribuindo ao contribuinte da Previdência Social aquilo que é a cidadania que ele tem direito", afirmou Lula. "Se para cobrar nós somos tão precisos, para devolver o dinheiro, temos que chegar próximo à perfeição", completou.

17:20
Anónimo disse...
Economia Nacional
Salário maternidade sairá em 30 minutos, diz ministro

Toda trabalhadora autônoma que tiver contribuído pelo menos 10 meses com o Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) - ou as que possuírem carteira assinada - poderão receber em 30 minutos o salário maternidade a partir desta terça-feira. Da mesma forma, as mulheres com 30 anos de contribuição e os homens com 35 anos também terão direito ao benefício de forma mais rápida. A informação é do ministro da Previdência Social, José Pimentel.

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Para requerer o salário maternidade, é preciso que as autônomas levem a carteira de identidade e o carnê de contribuição. As demais trabalhadoras devem apresentar a identificação e a carteira de trabalho. Desde o início do mês, a nova forma de análise para a concessão de benefícios foi adotada para a aposentadoria por idade do trabalhador urbano e agora foi estendida para o salário maternidade e por tempo de contribuição.

O ministro disse que a qualificação do serviço da previdência social é o reconhecimento do direito dos trabalhadores e da afirmação da cidadania.

"Até pouco tempo na cabeça do cidadão o serviço devia ser de péssima qualidade. Agora não, nós modificamos toda a legislação no mês de dezembro numa ação conjunta do Congresso Nacional com o governo federal. Estamos implantando e concedendo os benefícios em até 30 minutos", afirmou.

O ministro destacou que para conseguir se aposentar ou ter acesso à licença maternidade em 30 minutos, em primeiro lugar, é necessário que o cidadão esteja vinculado à Previdência, o que inclui 65% da população acima de 16 anos de idade.

"Depois bastar marcar pelo sistema 135 o dia e a hora do atendimento e levar a documentação. Se todos os dados necessários estiverem corretos o contribuinte será atendido em até 30 minutos, como vem sendo feito com as aposentadorias por idade desde o dia cinco de janeiro", explicou.

Pimentel disse ainda que em 90% das agências da previdência social o atendimento é marcado em até 48 horas. Nos grandes centros, entretanto existe um volume maior o que torna mais lento o processo.

"Estamos criando mais 715 agências até 2010, em todo o território nacional, para descentralizar o atendimento. Em 2008, atendemos 295 mil benefícios e aposentadorias por idade. Temos 4 mil pessoas por dia procurando e se aposentando por idade no território nacional. Este serviço será agilizado", concluiu.
17:26
Anónimo disse...
Giuseppe Englaro, pai de Eluana, a italiana que morreu na segunda-feira passada por desidratação, recusou uma grande soma de dinheiro de um conhecido fotógrafo italiano que queria retratar a filha em estado de coma, disse neste sábado o neurologista que atendia a mulher desde 1996, Carlo Defanti.

O neurologista, que participou hoje de uma conferência sobre eutanásia, disse que Englaro respeitou a vontade da filha, que, antes do acidente, tinha pedido que, se lhe ocorresse qualquer coisa irreversível, apresentasse sua imagem de quando estava em boas condições.

Antes de sofrer o acidente de trânsito, em 1992, Eluana viveu o coma de um amigo, Alessandro, o que causou forte impacto na italiana e a levou a fazer o pai prometer que não a deixasse viver em estado vegetativo, disse o próprio Giuseppe Englaro.

Defanti, que dissera que Eluana poderia viver de dez a 12 dias depois da suspensão da alimentação e da hidratação, disse que, como médico, tinha que reprovar esta afirmação.

"Não se pode sobreviver após três ou quatro dias sem líquido e, em particular, água em um corpo. Sabemos bem que, quando há um terremoto, após quatro dias é difícil encontrar sobreviventes".

Defanti ressaltou que Eluana "não falava, não se comunicava com o exterior" e que, após vários exames, "nos deparamos com uma moça que tinha perdido a consciência", porque estava com o córtex cerebral prejudicado.

Eluana foi enterrada na quinta-feira passada no túmulo da família na localidade de Paluzza, em Udine, após um funeral que não contou com a presença dos pais.

16:53
Anónimo disse...
Os bombeiros combatem neste sábado os incêndios na Austrália favorecidos pelo bom tempo, enquanto os deslocados encotram em seu retorno casas derruídas, carros queimados nas ruas e destruição.

Depois de sete dias desde que começaram os incêndios no Estado de Victoria, a lista de mortos chega a 181, os desaparecidos somam 50, os edifícios destruídos totalizam 1,834 mil e o terreno arrasado, principalmente florestas, ocupa uma área de 4,13 mil quilômetros quadrados.

As equipes de bombeiros, formadas por 4 mil profissionais de Victoria, de outras partes da Austrália e de países amigos, combateram hoje 12 focos fora de controle e nenhum representava uma ameaça direta para a população.

O subdiretor do Serviço de Bombeiros, Geoff Conway, disse que este tempo favorável, que se prolongará durante o domingo, permite consolidar as linhas de contenção e avançar na extinção das chamas.

Cinzas apareceram arrastadas por ventos do nordeste sobre Melbourne, onde habitam 3,8 milhões de pessoas, e as autoridades alertaram aos cidadãos do risco para a saúde de idosos, crianças e pessoas com problemas respiratórios.

O número de pessoas deslocadas - a Cruz Vermelha chegou a receber 7 mil - começou a cair com a abertura de algumas localidades atingidas.

Os incêndios, alguns criminosos, começaram em 7 de fevereiro, quando a região sul da Austrália estava há duas semanas sob uma onda de calor sem precedentes.

Na sexta-feira passada, a polícia acusou uma pessoa de ter provocado o incêndio que atingiu a localidade de Churchill e matou 21 pessoas.

16:55
Anónimo disse...
A primeira chuva em seis dias reduziu a ameaça de incêndios no Estado de Victoria, ao sul da Austrália. As autoridades, porém, advertiram que ainda existem 12 focos, mas que nenhum deles ameaça áreas povoadas.

Mais de quatro mil bombeiros, mil provenientes de outras partes do país e de outras nações, trabalham contra o fogo. Cerca de 600 veículos e 28 helicópteros e pequenos aviões estão sendo usados.


Eles conseguiram construir linhas de contenção para evitar os incêndios de Yarra e Maroondah se juntassem. Também foram controlados os incêndios abertos de Yea e Murrindindi, que ameaçavam as comunidades de Connellys Creek, Crystal Creek, Scrubby Creek e Native Dog Creek.

O número de mortos chegou a 181, mas as autoridades acreditam que as vítimas devem passar de 200, já que ainda há muitos desaparecidos.

16:55
Anónimo disse...
Aqui nesta coluna, na semana passada, tive a oportunidade de comentar sobre a recente visita do professor brasileiro Pedrinho Guareschi à Austrália. Não dei, porém, os fatos, pois semana passada o assunto era outro.

Hoje, porém, vamos a eles.

No último dia 4 de fevereiro, aconteceu o Seminário "Paulo Freire: Education and Liberation", organizado pelo centro de estudos latino-americanos da Universidade Nacional da Austrália, ou ANU, como é mais conhecida por aqui.

A ANU, para quem não sabe, está entre as 20 melhores universidades do mundo! E tem sede aqui em Camberra, capital da Austrália.

Na abertura do evento, o professor John Minns, diretor do centro latino-americano, ao dar boas-vindas ao público presente, lembrou ser aquele o primeiro seminário exclusivamente dedicado a Paulo Freire na Austrália.

Em seguida, convidou Pedrinho Guareschi, palestrante principal do Seminário, a fazer sua apresentação.

A plateia pode então conhecer, pelas palavras de Pedrinho, um pouco da obra e da vida de Freire, esse brasileiro de fé e valor, que sempre acreditou na educação, sobretudo dos menos favorecidos, analfabetos, como força libertadora.

Como não podia deixar de ser, os conceitos e ideias revolucionários de Paulo Freire, expostos com clareza por Pedrinho, despertaram o interesse e a curiosidade de plateia. A qual, deve-se notar, era na maioria de estudantes, mas de várias nacionalidades, sobretudo australianos e asiáticos.

Na continuação do programa do seminário, que se estendeu por dois dias, outros professores fizeram palestras sobre temas ligados à obra de Paulo Freire.

Interessante, por exemplo, saber que a professora Anne Hickling-Hudson, jamaicana que mora na Austrália há muitos anos (é professora da ANU), conheceu e trabalhou com Freire num workshop educacional durante a revolução na Ilha de Granada, em 1980, antes da invasão dos Estados Unidos...

Ou, então, a palestra da Professora Gerda Roelvink, da Nova Zelândia, que participou do Fórum Social de Porto Alegre em 2005. E essa participação transformou-se em tema de doutorado.

No dia 10, terça-feira passada, o padre Pedrinho Guareschi voltou a falar ao público australiano em grande auditório localizado no belíssimo campus da ANU. Desta vez, sobre a Teologia da Libertação.

Depois da palestra, John Minns mostrou o filme mexicano "O Crime do Padre Amaro", no qual um dos personagens é um padre católico praticante da Teologia da Libertação.

Mais uma vez, foi grande o intersse da platéia, que pode aprender e conhecer um pouco como se desenvolveu aquele importante movimento católico na América Latina.

Fica, assim, ao Pedrinho, bem como a outros brasileiros estudiosos e de bom coração que saem pelo mundo a divulgar aspectos importantes da cultura brasileira, o respeito e a homenagem desta coluna. E... aquele abraço!

16:57
Anónimo disse...
Amanda Kitts perdeu o braço esquerdo em um acidente de automóvel acontecido três anos atrás, mas hoje em dia ela joga futebol americano com seu filho de 12 anos de idade, troca fraldas e abraça as crianças nas três creches Kiddie Cottage que opera em Knoxville, Tennessee. Kitts, 40 anos, faz tudo isso com a ajuda de um novo tipo de braço artificial que se movimenta com mais facilidade do que outros aparelhos e que ela pode controlar utilizando apenas seus pensamentos.

"Eu sou capaz de mexer a mão, o pulso e o cotovelo ao mesmo tempo", diz. "Você pensa e os músculos se movem em seguida".

A recuperação que ela conseguiu resulta de um novo procedimento que vem atraindo crescente atenção porque permite que pessoas movam braços protéticos de forma mais automática do que faziam no passado, simplesmente utilizando nervos reaproveitados em seus cérebros.

A técnica, conhecida como "renervação muscular dirigida", envolve utilizar os nervos que restam depois da amputação de um braço e conectá-los a outro músculo do corpo, em geral no peito. Eletrodos são instalados sobre os músculos do peito, e operam como se fossem antenas. Quando a pessoa deseja mover o braço, o cérebro envia sinais que primeiro resultam em contração dos músculos do peito, os quais enviam um sinal ao braço protético, instruindo-se a se movimentar. O processo não requer mais esforços consciente do que a pessoa teria de exercitar caso ainda tivesse seu braço natural.

Na terça-feira, pesquisadores reportaram em estudo publicado pela versão online do Journal of the American Medical Association que haviam levado a técnica ainda mais à frente, tornando possível a execução de 10 movimentos de mão, pulso e cotovelo diferentes, o que representa uma substancial melhora com relação ao típico repertório protético, que em geral envolve apenas dobrar o cotovelo, girar o pulso e abrir a mão.

"Os novos métodos tiveram impacto dramático em nosso campo de trabalho", disse Stuart Harshbarger, engenheiro biomédico na Universidade Johns Hopkins e diretor do programa de pesquisa sobre próteses, financiado pelas forças armadas, que inclui o trabalho com essa técnica. "O método já está em uso por médicos e cirurgiões comuns em todo o país. A capacidade de controlar um membro protético bastante robusto que ele confere surpreendeu a todos pela qualidade".

Tipicamente, uma pessoa que tenha um braço protético só é capaz de executar alguns poucos movimentos, e muitas vezes com tamanha lentidão que isso só permite a ela atividades limitadas.

Há um motor separado para cada movimento, diz Gerald Loeb, professor de engenharia biomédica na Universidade do Sul da Califórnia, "e esses motores precisam ser controlados de maneira explícita", usualmente por um esforço consciente da pessoa para contrair músculos nas costas ou no bíceps.

"Essencialmente, até agora os pacientes controlavam apenas um motor de cada vez", diz Loeb, "e precisavam pensar cuidadosamente sobre que motor desejavam controlar e como fazê-lo operar, em lugar de simplesmente pensarem em mover o braço e poderem fazê-lo sem delongas".

Antes que Kitts passasse pelo procedimento de renervação, em outubro de 2007, por exemplo, ela precisava movimentar os músculos de suas costas de determinada maneira para fazer com que seu pulso girasse, e flexionar seu bíceps e tríceps para fazer com que o cotovelo se movesse para cima e para baixo. "Era muito trabalho", ela conta. "E não me ajudava muito".

O procedimento de renervação é parte de uma recente explosão de idéias novas e técnicas inovadoras que estão sendo exploradas enquanto os cientistas se esforçam por ajudar as pessoas a compensar melhor a perda de membros ou problemas de paralisia. O esforço vem sendo alimentado pelo aumento no número de amputações causado por diabetes e por ferimentos sofridos pelos militares, e ao mesmo tempo pelos avanços na tecnologia médica.

Os braços se tornaram um dos focos essenciais desse tipo de trabalho. A ciência há muito vem obtendo sucessos no desenvolvimento de próteses de perna, mas é muito mais difícil imitar a complexidade e a destreza das mãos e dos braços.

Os esforços em curso incluem o desenvolvimento de projetos de pele e braços mais sensíveis e mais flexíveis, e o uso de dispositivos acionados por controles sem fio implantado nos braços protéticos, que permitiriam movimentos mais naturais.

Os pesquisadores também vêm usando sensores implantados nos cérebros de cobaias para permitir que dois macacos controlem um braço mecânico, e um teste com um homem paralítico permitiu, com esse método, que ele movimentasse um cursor em uma tela de computador.

Alguns desses métodos, caso venham a ser aperfeiçoados plenamente e consigam aprovação das autoridades regulatórias da saúde, podem no futuro se tornar mais viáveis para os pacientes de amputações.

E embora a técnica da renervação não requeira aprovação das autoridades regulatórias porque é executada por meios cirúrgicos e emprega aparelhos já existentes, ela apresenta limitações que até mesmo seus criadores reconhecem, entre as quais o fato de que não se pode utilizá-la para todos os pacientes, o seu alto custo e o prazo de meses requerido para que os nervos reconectados cresçam e se tornem efetivos.

Ainda assim, os especialistas dizem que é o mais avançado sistema em uso hoje para pacientes reais que permite que o sistema nervoso controle diretamente o movimento de um braço artificial.

Desde sua introdução por Todd Kuiken, médico fisioterapeuta e engenheiro biomédico do Instituto de Reabilitação de Chicago, o método foi empregado em cerca de 30 pacientes nos Estados Unidos, Canadá e Europa, entre os quais oito soldados feridos no Iraque e no Afeganistão.

Muitos dos pacientes, entre os quais o primeiro, Jesse Sullivan, um operário do setor elétrico no Tennessee que perdeu os dois braços quando foi eletrocutado por um cabo, conseguem não apenas manipular seus braços protéticos mas sentir a presença das mãos que já não têm quando alguém toca em seus peitos.

Sullivan, 62 anos, e Kitts, estavam entre os cinco pacientes que participaram do estudo reportado na terça-feira. Em companhia de cinco outras pessoas que não passaram por amputações, eles receberam os eletrodos e foram instruídos a usar pensamentos para fazer com que um braço virtual na tela reproduzisse 10 movimentos diferentes, entre os quais três formas diferentes de aperto de mão.

Os pacientes apresentaram desempenho bastante respeitável, apenas um pouco mais lento e menos preciso do que os dos participantes que não tinham amputações.

"As velocidades de movimento que encontramos em nossos pacientes foram realmente encorajadoras", disse Kuiken. "Eles conseguiram completar a tarefa. É claro que não foram tão competentes quanto as pessoas dotadas de plena capacidade física, mas foram bons o bastante".

Um braço virtual foi usado porque a maioria das próteses existentes não era capaz de acomodar todos aqueles movimentos, no momento da pesquisa, ainda que Sullivan, Kitts e uma terceira paciente, Claudia Mitchell, tenham experimentado dois novos protótipos mais versáteis de braços artificiais, executando tarefas complexas com bolas de tênis e outros objetos.

O trabalho de renervação em soldados apresenta outros desafios, diz Kuiken, porque os ferimentos militares muitas vezes "causam danos muitos extensos" a nervos, músculos ou ossos.

Daniel Acosta, 25 anos, um aviador ferido pela detonação de uma bomba em uma estrada do Iraque em 2005, passou pelo procedimento no ano passado e diz que seu braço esquerdo protético agora se movimenta "muito mais rápido" e de maneira muito mais natural.

"A diferença é que agora não preciso mais pensar para mover o braço", ele diz. "Ele simplesmente se mexe".

Ainda assim, Acosta, de San Antonio, diz que "o processo foi bastante longo" e que os eletrodos precisam ser ajustados para receber os sinais à medida que os nervos crescem ou mudam de posição.

E embora elogiem o método, os especialistas afirmam que a ciência das próteses de braço ainda tem muito por avançar.

"Trata-se de uma parte crucial, mas ainda assim apenas uma parte, das muitas coisas que compreendem a função normal de um braço", disse Loeb, que escreveu um editorial que acompanha o artigo no Journal of the American Medical Association.

"No momento estamos a meio do caminho entre o braço de 'Dr. Fantástico', que fazia involuntariamente a saudação nazista, e o braço de Luke Skywalker em 'Guerra nas Estrelas', que funciona sem nenhum problema assim que é conectado. Creio que precisaremos ainda de muitos anos para conectar todas as peças necessárias a produzir um braço capaz de funcionar normalmente".

17:04
Anónimo disse...
A Espanha disse neste sábado que está preparando uma reclamação oficial contra a decisão da Venezuela de expulsar um membro do Parlamento Europeu que criticou o conselho eleitoral venezuelano.
Luis Herrero, membro do partido conservador espanhol PP, foi deportado na sexta-feira depois que o Conselho Nacional Eleitoral (CNE) o acusou de questionar a imparcialidade da instituição antes de um referendo que pode permitir ao presidente Hugo Chávez permanecer no cargo indefinidamente.

Herrero estava na Venezuela como observador do referendo. Ele acusou Chávez de ter "comportamentos típicos de um ditador" por pedir a contenção de manifestações da oposição.

O governo da Espanha convocou um encontro com o embaixador da Venezuela em Madri para expressar a desaprovação sobre a expulsão de Herrero, disse um representante do Ministério das Relações Exteriores espanhol.

As relações da Venezuela com a Espanha tiveram seu ponto crítico em 2007, quando Chávez ameaçou rever acordos diplomáticos e comerciais depois de ouvir um "cala a boca" do rei espanhol Juan Carlos durante uma cúpula.

A fenda foi oficialmente reparada em 2008, com uma visita oficial de Chávez à Espanha, onde ele cumprimentou o rei e discutiu acordos para investimento no setor petroquímico com o primeiro-ministro José Luis Rodriguez Zapatero.

17:06
Anónimo disse...
A polícia do Zimbábue anunciou neste sábado que acusa de traição Roy Bennett, dirigente do até agora opositor Movimento para a Mudança Democrática (MDC), detido na sexta-feira, em Harare, poucas horas antes da cerimônia de posse dos membros do novo gabinete.

"A Polícia nos informou que vão apresentar acusações de traição", disse à agência EFE o advogado de defesa de Bennett, Trust Maanda.

"Tentam relacionar Roy com o caso de Mike Hitschmann, que foi detido em 2006 em relação à descoberta de um carregamento de armas, apesar de que Hitschmann não tenha sido declarado culpado das acusações de traição apresentadas contra ele, mas de um crime menor de descumprimento de leis", disse Maanda.

O político opositor, designado por seu partido como vice-ministro de Agricultura no Governo de união nacional, esteve no exílio na vizinha África do Sul desde 2006 e retornou ao Zimbábue há duas semanas.

Segundo a Polícia, que deteve Bennett ontem no aeroporto de Harare quando pretendia ir à África do Sul para visitar sua família, as armas apreendidas em 2006 seriam utilizadas em um golpe de Estado para derrubar o presidente do Zimbábue, Robert Mugabe.

Depois da detenção, Bennet foi levado a Mutar, onde vários simpatizantes do MDC se concentraram em frente à delegacia na qual estava detido, diante do que a Polícia respondeu com tiros para o alto para dispersar os manifestantes.

17:07
Anónimo disse...
Austrália: 14 mil se candidatam a 'emprego dos sonhos'

A secretaria de Turismo de Queensland, na Austrália, informou que até esta segunda-feira já recebeu cerca de 14 mil inscrições para o "o melhor emprego do mundo". O Estado australiano promove pela internet seleção para vaga de "zelador" da ilha Hamilton, por seis meses com um salário de R$ 40 mil.

Muitos candidatos tiveram problemas durante a inscrição por conta dos acessos simultâneos ao site. A secretaria aconselha enviar os vídeos de 60s explicando porque deve ser escolhido em horários alternativos do dia, além de recomendar tamanho em torno de 40MB.

As inscrições começaram em 12 de janeiro e vão até o próximo dia 22 e podem ser feitas pelo site www.islandreefjob.com. O governo australiano escolherá 50 candidatos para a próxima fase da seleção, que terá votos do público para eleger um dos 11 finalistas.

A última fase terá entrevistas e desafios físicos, no próprio local de trabalho: as ilhas da Grande Barreira Coralina - o maior recife de coral do mundo. A secretaria de Turismo anunciará o vencedor no dia 6 de maio.

17:09
Anónimo disse...
Mercado elogia governo na crise, mas pede maior queda no juro

Peter Fussy
Direto de São Paulo

Desde as primeiras medidas anunciadas para combater os efeitos da crise, o governo brasileiro avisou que a estratégia não contemplaria um pacote. Seriam doses pontuais, de acordo com a necessidade da economia diante do agravamento das turbulências. Da primeira liberação dos depósitos compulsórios em setembro até a ampliação do seguro-desemprego na última quarta-feira, o governo passou por redução de impostos, ampliação de crédito e incentivos à exportação. Quase 150 dias após a primeira medida, o Terra conversou com líderes do setor público e privado, representantes dos trabalhadores, acadêmicos e com o próprio governo para saber quais destas ações foram mais eficazes, quais foram mais ineficientes e o que mais pode ser feito pelo Estado brasileiro contra a crise.

Os maiores elogios foram direcionados à atitude de reduzir o Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) para a indústria automobilística, anunciada em dezembro e que fez com que os emplacamentos de carros novos subissem 1,9% no primeiro mês do ano em relação a dezembro de 2008. Já as maiores críticas foram para a lentidão no corte da taxa básica de juro do País.

Para o presidente do conselho administrativo do Grupo Pão de Açúcar, Abílio Diniz, o Estado não é responsável pela crise e mesmo assim está agindo "com extrema serenidade e muito acerto". "O governo está atento, fazendo a sua parte. É preciso coragem de baixar firmemente a taxa de juros. É uma arma que temos a nosso favor, já que não há clima para inflação, nem possibilidade de danos para a macroeconomia", afirmou Diniz.

Na última reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), em janeiro, a taxa Selic foi reduzida em um ponto percentual, de 13,75% para 12,75% ao ano. Porém, o professor de economia da Universidade de Brasília (UnB) José Luiz Oreiro lembra que este corte representa uma redução de apenas 0,25 ponto percentual com relação à taxa de setembro do ano passado, quando a crise se agravou.

"Pouco antes da eclosão da crise, o Banco Central aumentou a taxa em 0,75 ponto. Foram cinco meses de demora para reduzir em termos líquidos apenas 0,25 ponto", afirmou o economista, que também sugeriu redução do intervalo de cerca de 90 dias entre as reuniões do Copom e o corte de pelo menos um 1 ponto percentual em cada reunião.

Mesmo com o corte de janeiro, a taxa de juros real continua sendo a maior do mundo, lembrou o secretário-geral da Força Sindical, João Carlos Gonçalves, o Juruna. "A redução da taxa de juro ainda é pequena, porque ela continua uma das mais altas do mundo. Falta ousadia para baixar os juros e ajudar o cidadão. A permanência da taxa de juro alta é negativa para o País em meio a crise", afirmou Juruna.

Embora aprove as ações do governo, o senador Aloízio Mercadante (PT-SP) também acredita que o patamar da Selic está muito alto. "Sempre fomos os primeiros a entrar em qualquer crise, o que não aconteceu agora. A taxa Selic ainda é muito alta, mas o governo têm tomado medidas acertadas, como o aumento do salário mínimo, mesmo com um cenário de crise. Isso ajuda a movimentar o consumo. O governo está se esforçando para manter os investimentos e o crescimento", disse.

Tributos
De acordo com o economista Fabio Pina, da Fecomercio-SP, as ações mais positivas estão relacionadas à redução de tributos para alguns segmentos, como a indústria automobilística, que recuperou parte da queda nas vendas em janeiro com a isenção do IPI para carros 1.0 l e o corte para demais motorizações. A medida vale até o final de março.

"Essas medidas não só reduziram o preço, mas anteciparam o consumo daqueles que iriam comprar no futuro, dando um prêmio por conta da insegurança. Mexe diretamente com o principal problema que é a confiança do consumidor", afirmou. Juruna destacou que um bom ritmo de vendas é garantia de emprego. "É importante porque cada emprego na montadora significa 19 na cadeia produtiva", comentou o representante da Força Sindical.

Também em dezembro, o governo decidiu cortar pela metade a alíquota do Imposto de Renda para contribuintes que ganham entre R$ 1.434 e R$ 2.150 mensais. "O salário aumentava e a tabela não se modificava. As pessoas ganhavam mais e pagavam mais impostos", apontou Juruna. Outra redução de tributos do governo foi com relação ao Imposto sobre Operações Financeiras (IOF), que caiu de 3% ao ano para 1,5%.

Crédito
Na segunda metade de 2008, o colapso de bancos nos Estados Unidos por conta da crise do subprime provocou uma forte restrição de crédito no mundo inteiro. Uma das primeiras medidas anticrise do governo teve como objetivo restabelecer a oferta, com mudanças no recolhimento dos depósitos compulsórios por parte dos bancos. Segundo o presidente do Banco Central, Henrique Meirelles, as diversas modificações liberaram US$ 99,2 bilhões aos bancos até o final de janeiro.

Além disso, o governo concedeu R$ 36 bilhões das reservas internacionais para empresas brasileiras com dívidas no exterior e uma medida provisória autorizou o Banco do Brasil e a Caixa Econômica Federal a comprar carteiras de crédito de bancos privados. Para o diretor do Departamento de Pesquisas e Estudos Econômicos da Fiesp, Paulo Francini, estas medidas foram essenciais para combater os efeitos da crise.

"A crise se desenvolve no mundo em torno do tema crédito. E o crédito reduziu-se barbaridade no mundo. Então o governo lança mão de compulsório, lança mão de reservas, de medidas que permitem aos bancos comprar carteiras de bancos. Você vai tomando várias medidas para atender às demandas e o epicentro disso é crédito", afirmou.

No entanto, Oreiro, da UnB, adverte que a liberação dos compulsórios seria mais eficiente acompanhada de redução mais agressiva da taxa básica de juro. "Uma parte do crédito voltou, depois da forte retração em outubro e novembro. O que deveria ter sido feito junto à liberação do compulsório era uma redução mais drástica da taxa de juro. Sem isso, os bancos pegam as reservas e acabam comprando títulos públicos", explicou o economista.

Na opinião de Pina, as ações de distribuição de crédito via redução do compulsório e a disposição de capital de giro para empresas foram tomadas sem um cuidado maior na operação e não tiveram muito efeito. "O BNDES tem linhas que ficam paradas quase todo o ano, agora é pior ainda. Existem os recursos, mas as empresas e os bancos estão desconfiados. É preciso fazer com que os bancos tenham interesse em emprestar", afirmou o economista da Fecomercio-SP.

Futuro
Mesmo com todas essas medidas, a crise financeira ainda gera incertezas nos setores produtivos do País. Nos últimos meses, o medo do desemprego fez os consumidores adiarem compras. Por sua vez, a queda nas vendas pode obrigar as indústrias a cortarem a produção e demitir funcionários. Contra isso, empresários sugerem redução de jornada e de salários.

"Isto está previsto em lei. A Fiesp simplesmente manteve conversações com entidades sindicais quanto à aplicação daquilo que já está previsto em lei", afirmou Francini.

Segundo a ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff, uma das medidas que assegura um nível de emprego é a manutenção de investimentos no Programa de Aceleração do Crescimento (PAC). "Estamos esperando que a dificuldade ocorra em janeiro, fevereiro e março. Estamos certos que vamos manter o nível de investimento. É isso que funciona, é isso que significa investimento público. Ele funciona como um colchão. Por isso, nós colocamos R$ 100 bilhões no BNDES e a Petrobras ampliou o seu investimento em R$ 120 bilhões", afirmou.

Na mesma linha, Pina explica que a antecipação de gastos do governo substitui parte da demanda retraída do setor privado. "Ele dá o seguinte recado: não vou estourar as contas públicas, mas concentrar em um momento em que a demanda privada está pequena. Mas o governo não tem fôlego suficiente para fazer o papel de toda demanda", ressaltou. O economista da Fecomercio lembrou que a entidade já pleiteou junto ao governo isenções para transferência de imóveis e de automóveis, além de retirar o IPVA para veículos novos.

Já Oreiro foca suas propostas na capitalização do Banco do Brasil e da Caixa Econômica Federal pelo Tesouro para atender a demanda de crédito para capital de giro e reduzir o spread. "Aumentando o empréstimo e reduzindo as taxas, os dois vão forçar os bancos privados a acompanhar o movimento, até para não perderem participação no mercado", explicou o economista da UnB.

Até o Carnaval, o governou prometeu detalhar um pacote de incentivos para a construção de até um milhão de casas populares, direcionado a famílias com renda de até dez salários mínimos. "Estamos atentos a tudo o que está acontecendo e novas medidas serão tomadas caso haja uma avaliação de que sejam necessárias", disse o ministro da Fazenda, Guido Mantega, na última sexta-feira.

17:11
Anónimo disse...
Ex-ministro critica extensão do seguro-desemprego

Atualizada às 09h03

O ex-ministro do Trabalho Almir Pazzianotto criticou a decisão do governo federal de conceder o seguro-desemprego estendido a apenas alguns setores. "É certamente odioso e provavelmente inconstitucional", disse Pazzianotto, de acordo com o jornal O Estado de S. Paulo.

Na última qurta, dia do anúncio da medida, centrais sindicais elogiaram a atitude do governo. A Força Sindical divulgou nota dizendo que "o aumento ajudará a aquecer parte da economia, já que irá gerar mais consumo, produção e conseqüentemente, a criação de novos postos de trabalho". A União Geral dos Trabalhadores (UGT) afirmou que a medida "contribuirá para minimizar o drama dos trabalhadores que perderem seu emprego por conta da crise".

O ex-ministro, que instituiu o seguro-desemprego no País no governo de José Sarney, destacou a necessidade de as centrais sindicais se manifestarem contra a determinação. Para ele, as mudanças devem ser aplicadas a todas as categorias profissionais e a distinção é contrária ao artigo 3º da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT).

Pazzianotto atribui a medida a um possível temor do governo de que a crise econômica seja longa e não haja dinheiro para atender a todas as necessidades. Ainda assim, ele se mostra contrário ao método de concessão. "O seguro-desemprego ajuda a sanar necessidades básicas. Estendê-lo é paliativo, não a solução", disse ao jornal.

De acordo com o presidente do Conselho Deliberativo do Fundo de Amparo ao Trabalhador (Codefat) e conselheiro da Força Sindical, Luiz Fernando Emediato, a determinação já estava prevista na lei 8.900/94, que trata do seguro-desemprego.

O presidente da Comissão de Trabalho da Câmara, Pedro Fernandes (PTB-MA) vai além na crítica à concessão do seguro para apenas alguns setores. Ele acredita que a ampliação do benefício estimula o desemprego.

Quintino Severo, secretário geral da Central Única dos Trabalhadores (CUT), lembra que a ampliação do benefício sem critério e identificação pode incentivar demissões em outros setores.

17:13
Anónimo disse...
Empresas
TAM faz promoção para destinos internacionais

A companhia aérea TAM anunciou nesta sexta-feira tarifas promocionais para trechos internacionais. Os preços valem para bilhetes comprados entre 6h deste sábado e 23h59 deste domingo e são válidos para classe econômica. As tarifas, para ida e volta, serão vendidas a partir de US$ 99, mais taxas.

Segundo a aérea, a promoção vale para viagens feitas no período de 14 de fevereiro a 18 de junho de 2009. Para destinos na América do Sul, a permanência mínima é de dois dias; para bilhetes com destino nos Estados Unidos, cinco dias; e Europa, sete dias. A permanência máxima para as passagens para América do Sul e EUA é de dois meses e para Europa, três meses.

Entre os exemplos de tarifas promocionais, a TAM oferece São Paulo-Lima por US$ 99. Bilhetes para a rota São Paulo-Santiago serão vendidos a partir de US$ 199 e São Paulo-Nova York, US$ 799.

A emissão dos bilhetes deve ser feita obrigatoriamente no ato da reserva, obedecendo às regras estipuladas pela companhia. A compra está sujeita à disponibilidade de assentos nas classes tarifárias determinadas, trechos, horários e datas. A TAM afirmou que também há tarifas promocionais para a classe executiva.

Mais informações podem ser encontradas no site promocional (www.ofertastam.com.br), no site da empresa (www.tam.com.br) ou pelos telefones 4002-5700 ou 0800 5705700.

17:13
Anónimo disse...
Empresas
Consultoria negocia compra do parque temático Hopi Hari

A consultoria especializada em reestruturação de empresas Íntegra Associados informou nesta sexta-feira ter um acordo para comprar o parque de diversões Hopi Hari, localizado no interior de São Paulo. A empresa estaria disposta a investir R$ 10 milhões no parque, que tem dívida estimada em R$ 800 milhões. As informações são da edição deste sábado do jornal Folha de S. Paulo.

De acordo com o jornal, a transação ainda depende da negociação entre o Hopi Hari e seus credores, o que já estaria em andamento.

A consultoria paulista já atuou junto à Parmalat, durante 30 meses, quando reorganizou a gestão da empresa italiana.

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17:14
Anónimo disse...
Empresas
Disney de Tóquio contratará mais 2 mil apesar da crise


A Oriental Land, o operador da Disneylândia Tóquio e DisneySea, organizou neste domingo entrevistas para contratar cerca de 2 mil trabalhadores em tempo parcial, em um momento de grandes demissões deste tipo de empregados no Japão.

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O operador deste parque temático, situado em Urayasu, na província de Chiba (leste de Tóquio), está em pleno processo de seleção de empregados para 20 tipos de postos trabalhistas diferentes.

Segundo a companhia, citada pela agência local de notícias Kyodo, o parque contratará novos trabalhadores para as atrações, para os restaurantes e guardas de segurança entre outros. Os novos contratados começarão a trabalhar a partir de fevereiro.

O processo de seleção acontece em um momento em que a maioria das grandes companhias japonesas começaram a se ver obrigadas a despedir uma elevada percentagem de seus trabalhadores temporários e a tempo parcial.

Algumas inclusive anunciaram demissões de seus trabalhadores fixos, uma medida muito pouco comum nas companhias japonesas, perante os efeitos piores que o esperado pela crise econômica global.

Cerca de uma centena de pessoas esperavam desde a primeira hora desta manhã a abertura do centro de conferências Tokyo International Forum, onde as entrevistas estão sendo feitas, para ser os primeiros a solicitar os postos de trabalho.


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17:15
Anónimo disse...
Economia Internacional
Senado dos EUA aprova plano de estímulo à economia

O Senado dos Estados Unidos aprovou com 60 votos a favor e 38 contra o plano de estímulo à economia de US$ 787 bilhões na madrugada deste sábado. Agora, ele segue para sanção ou veto do presidente Barack Obama, que espera colocar a lei em prática até o dia 16 de fevereiro.

O plano prevê a criação de três milhões de empregos, inclui cortes de impostos às famílias, fundos para programas sociais e obras públicas, além de ajuda aos governos estaduais, estudantes e desempregados.

A cláusula Buy American - que exige o uso de ferro, aço e produtos manufaturados dos Estados Unidos em obras realizadas com recursos do pacote - ficou de lado. Segundo o texto definitivo, a cláusula será aplicada sem violar as normas do comércio internacional.

Ontem à tarde, a Câmara de Representantes (deputados) havia aprovado, por 246 votos a favor e 183 contra, a versão final do plano. Todos os republicanos foram contrários ao pacote.

Pelo acordo de quarta-feira entre Câmara e Senado, em vez de custar US$ 819 bilhões, como queriam os deputados, ou US$ 838 bilhões como pretendiam os senadores, o pacote ficou em cerca de US$ 787 bilhões, com 65% desse total destinado a gastos do governo federal e 35%, a créditos tributários.

17:16
Anónimo disse...
Economia nacional
Na era Lula, aposentadoria sobe 54% menos que salário mínimo

Thatiane Faria
Especial para o Terra
Direto de São Paulo

Os índices de reajustes concedidos pelo governo em 2009 para aposentados e pensionistas e para o salário mínimo repetiram uma diferença que, só durante o governo de Luiz Inácio Lula da Silva, já chega a 54%. Enquanto o mínimo foi majorado em 12% este ano, as pensões e aposentadorias tiveram aumento de 5,92%. Aposentados que têm o benefício do governo como única fonte de renda reclamam que perdem poder de compra e que sua cesta de compras é composta por itens que aumentam mais em relação à inflação oficial.

Um exemplo prático pode ser entendido a partir da comparação entre um aposentado que ganhava R$ 600 em janeiro de 2003. Na época, o benefício era três vezes, ou 200%, maior que o valor do mínimo em vigência, que era de R$ 200. Aplicando-se os índices de reajuste para aposentadorias e para o mínimo durante os últimos seis anos, o mesmo aposentado estaria recebendo hoje R$ 938,47, comparado a um salário mínimo de R$ 465. A diferença entre os dois valores caiu para pouco mais de 100%.

Enquanto o índice acumulado de reajuste para a aposentadoria durante o governo Lula foi de 60%, para o salário mínimo está em 132%.

O diretor do Sindicato Nacional dos Aposentados, João Inocentini, reclama que os valores dos benefícios para aposentadorias não mantêm o poder de compra do grupo, principalmente dos aposentados que recebem menos que dez salários mínimos.

Nem mesmo o fato de o índice de reajuste das aposentadorias ter ficado acima da inflação acumulada no mesmo período (o IPCA entre janeiro de 2003 e janeiro de 2009 foi de 39,7%) serve de argumento, segundo os aposentados.

"Os idosos, principalmente, têm gastos além das contas gerais como gás, telefone e aluguel. Para eles o custo com remédios, e outros itens da área saúde costuma ser maior", afirmou Inocentini.

O presidente do sindicato afirmou que o grupo realiza um estudo com 100 itens de necessidade de um idoso para comparar o aumento dos produtos com o índice de reajuste do benefício recebido pelos aposentados.

"Daqui dois meses vamos abrir um processo na Justiça e levar essa pesquisa como prova. Segundo a lei, o governo é obrigado a manter o poder de compra com a aposentadoria", disse Inocentini.

Alternativas
O consultor financeiro Cláudio Boriola diz que os aposentados, especialmente nesse momento de crise econômica, devem evitar compras parceladas, pesquisar preços, negociar e fazer bom planejamento financeiro.

Segundo Boriola, alguns aposentados ganham um valor mensal muitas vezes insuficiente para o pagamento das contas e acabam pedindo crédito ou realizando pagamentos a prazo e são obrigados a pagar juros altos.

Na opinião do consultor, pagar uma previdência privada é uma alternativa indicada para quem ainda trabalha, considerando a característica de perda de poder de compra da aposentadoria.

"Na prática, infelizmente os valores encontram-se em um patamar que está deteriorando o poder de aquisição da população brasileira", completou Boriola.

De acordo com o diretor da Confederação Brasileira de Aposentados e Pensionistas (Cobap), Vicente Fernandes Barbosa, representantes dos aposentados tentarão um encontro com o presidente da Câmara, deputado Michel Temer (PMDB-SP), para discutir projetos que minimizem a perda dos aposentados

17:17
Anónimo disse...
Previdência
Previdência prorroga isenção de tarifas no benefício

O atual sistema de pagamento aos 26 milhões de aposentados e pensionistas do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) será mantido até o final deste ano. O acordo, que permite realizar a operação sem nenhum custo aos beneficiários, foi renovado nesta sexta-feira, entre o governo federal e 21 instituições financeiras.

Por meio desse acordo, vigente desde setembro de 2007, nem os segurados, nem os bancos e nem o governo arcam com o pagamento de tarifas, conforme explicou o ministro da Previdência Social, José Pimentel. A prorrogação vale até dezembro, data máxima para que a Previdência defina as regras para um novo contrato.

Ao assinar o termo de renovação, na sede da Federação Brasileira dos Bancos (Febraban), o ministro disse que a intenção do governo é mudar o atual modelo de gestão visando a reduzir os custos dessas operações em torno da folha mensal, que atinge R$ 15,8 bilhões. No entanto, qualquer alteração, conforme explicou, passará antes por audiências públicas a serem realizadas a partir do segundo semestre deste ano, atendendo a determinação do Tribunal de Contas da União (TCU).

De acordo com Pimentel, com um redesenho do mecanismo de repasse dos recursos aos bancos em torno da folha de pagamento dos segurados o que se busca é um aumento da participação de instituições financeiras. Ele informou que, desde 2007, cada benefício custa em média R$ 1,07 ao governo. "Quanto mais instituições financeiras estiverem prestando serviços à sociedade, maior é a competitividade, a agilidade no atendimento", justificou.

O ministro observou, ainda, que, para permitir uma redução para algo em torno de meia hora no tempo de atendimento para a concessão dos direitos previdenciários, o governo investiu R$ 280 milhões.

Questionado sobre o descontentamento dos segurados que ganham acima de um salário mínimo terem obtido apenas a correção com base na variação do Índice de Preços ao Consumidor (INPC) , ficando abaixo do reajuste dado a quem recebe apenas o mínimo, Pimentel argumentou que o governo seguiu o que determina a lei e descartou a possibilidade de uma revisão

17:17
Anónimo disse...
Empresas
Caterpillar oferece aposentadoria antecipada a 2 mil


A companhia americana Caterpillar ofereceu a cerca de dois mil funcionários incentivos para que se aposentem de forma voluntária antes do previsto, pela perspectiva de uma queda "significativa" da atividade industrial, informou nesta quarta-feira a empresa.

A iniciativa, destinada aos trabalhadores de diversas fábricas em Illinois, Colorado, Tennessee e Pensilvânia, se soma aos cortes de empregos anunciados em janeiro, explicou em comunicado de imprensa.

A empresa, a maior fabricante mundial de maquinaria pesada para a construção e a mineração, acrescentou que, "em função das condições de negócio, podem ser necessárias mais reduções de elenco voluntárias e involuntárias à medida que o ano avança".

O vice-presidente da companhia, Sid Banwart, explicou que a empresa prevê "demissões significativas em todas as regiões geográficas e na maioria dos setores devido às dificuldades da economia mundial".

17:18
Anónimo disse...
Comércio
Comércio exterior da OCDE caiu no 3º trimestre de 2008


As exportações e as importações dos países da Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Econômico (OCDE) caíram 1,6% e 0,2%, respectivamente, no terceiro trimestre de 2008, em relação aos três meses anteriores.

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Trata-se da primeira queda destas atividades desde o terceiro trimestre de 2006, segundo o último relatório trimestral sobre fluxos comerciais divulgado pela OCDE.

As exportações e as importações em dólares dos 30 Estados-membros caíram 15,6% e 17%, respectivamente, na comparação anualizada.

Por sua vez, o comércio dos sete países mais ricos do mundo (G7) teve um pequeno crescimento no terceiro trimestre de 2008 com uma queda das exportações de mercadorias de 0,2% em relação ao trimestre anterior e um aumento de 0,4% das importações.

Em termos anualizados, as importações do G7 caíram 1,4% entre julho e setembro do ano passado, seu primeiro retrocesso desde o terceiro trimestre de 2006, enquanto as exportações aumentaram 1,9%, seu crescimento mais baixo no mesmo tempo.

Por países, a Alemanha aumentou suas importações em 3,4% - valor mais alto do G7 -, enquanto suas exportações caíram 2,9% do segundo para o terceiro trimestre de 2008.

Pelo contrário, as exportações americanas aumentaram 1,8% entre julho e setembro de 2008, enquanto as importações caíram 0,7% em relação ao trimestre anterior. No Japão, tanto as importações quanto as exportações caíram em torno de 1% no mesmo período.

17:19
Anónimo disse...
Economia Nacional
Lula: juros de crédito consignado a aposentados são altos

Atualizada às 17h29

O presidente Luis Inácio Lula da Silva afirmou nesta terça-feira, em São Paulo, que está lutando para reduzir as taxas de juros cobradas de aposentados em crédito consignado. A Previdência Social estabelece uma taxa máxima de 2,5% para empréstimo e de 3,5% para cartão. Para Lula, os valores são altos.

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"Acho que o juro que os aposentados estão pagando hoje com o crédito consignado é alto para o padrão brasileiro", disse o presidente durante a cerimônia de comemoração dos 86 anos do INSS.

A Previdência anunciou nesta terça-feira que aposentados e trabalhadoras com licença-maternidade poderão receber seus benefícios em 30 minutos. De acordo com Lula, em junho, a aposentadoria do trabalhador rural também será conseguida em meia hora.

Além disso, o presidente anunciou que, também em junho, os trabalhadores que alcançarem o direito à aposentadoria passarão a receber em suas casas um comunicado da Previdência informando o fato e o valor do salário que têm direito a receber. "É um comprometimento público que estou fazendo com os companheiros da Previdência Social", disse.

"Estamos retribuindo ao contribuinte da Previdência Social aquilo que é a cidadania que ele tem direito", afirmou Lula. "Se para cobrar nós somos tão precisos, para devolver o dinheiro, temos que chegar próximo à perfeição", completou.

17:20
Anónimo disse...
Economia Nacional
Salário maternidade sairá em 30 minutos, diz ministro

Toda trabalhadora autônoma que tiver contribuído pelo menos 10 meses com o Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) - ou as que possuírem carteira assinada - poderão receber em 30 minutos o salário maternidade a partir desta terça-feira. Da mesma forma, as mulheres com 30 anos de contribuição e os homens com 35 anos também terão direito ao benefício de forma mais rápida. A informação é do ministro da Previdência Social, José Pimentel.

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Para requerer o salário maternidade, é preciso que as autônomas levem a carteira de identidade e o carnê de contribuição. As demais trabalhadoras devem apresentar a identificação e a carteira de trabalho. Desde o início do mês, a nova forma de análise para a concessão de benefícios foi adotada para a aposentadoria por idade do trabalhador urbano e agora foi estendida para o salário maternidade e por tempo de contribuição.

O ministro disse que a qualificação do serviço da previdência social é o reconhecimento do direito dos trabalhadores e da afirmação da cidadania.

"Até pouco tempo na cabeça do cidadão o serviço devia ser de péssima qualidade. Agora não, nós modificamos toda a legislação no mês de dezembro numa ação conjunta do Congresso Nacional com o governo federal. Estamos implantando e concedendo os benefícios em até 30 minutos", afirmou.

O ministro destacou que para conseguir se aposentar ou ter acesso à licença maternidade em 30 minutos, em primeiro lugar, é necessário que o cidadão esteja vinculado à Previdência, o que inclui 65% da população acima de 16 anos de idade.

"Depois bastar marcar pelo sistema 135 o dia e a hora do atendimento e levar a documentação. Se todos os dados necessários estiverem corretos o contribuinte será atendido em até 30 minutos, como vem sendo feito com as aposentadorias por idade desde o dia cinco de janeiro", explicou.

Pimentel disse ainda que em 90% das agências da previdência social o atendimento é marcado em até 48 horas. Nos grandes centros, entretanto existe um volume maior o que torna mais lento o processo.

"Estamos criando mais 715 agências até 2010, em todo o território nacional, para descentralizar o atendimento. Em 2008, atendemos 295 mil benefícios e aposentadorias por idade. Temos 4 mil pessoas por dia procurando e se aposentando por idade no território nacional. Este serviço será agilizado", concluiu.
17:26
Anónimo disse...
Giuseppe Englaro, pai de Eluana, a italiana que morreu na segunda-feira passada por desidratação, recusou uma grande soma de dinheiro de um conhecido fotógrafo italiano que queria retratar a filha em estado de coma, disse neste sábado o neurologista que atendia a mulher desde 1996, Carlo Defanti.

O neurologista, que participou hoje de uma conferência sobre eutanásia, disse que Englaro respeitou a vontade da filha, que, antes do acidente, tinha pedido que, se lhe ocorresse qualquer coisa irreversível, apresentasse sua imagem de quando estava em boas condições.

Antes de sofrer o acidente de trânsito, em 1992, Eluana viveu o coma de um amigo, Alessandro, o que causou forte impacto na italiana e a levou a fazer o pai prometer que não a deixasse viver em estado vegetativo, disse o próprio Giuseppe Englaro.

Defanti, que dissera que Eluana poderia viver de dez a 12 dias depois da suspensão da alimentação e da hidratação, disse que, como médico, tinha que reprovar esta afirmação.

"Não se pode sobreviver após três ou quatro dias sem líquido e, em particular, água em um corpo. Sabemos bem que, quando há um terremoto, após quatro dias é difícil encontrar sobreviventes".

Defanti ressaltou que Eluana "não falava, não se comunicava com o exterior" e que, após vários exames, "nos deparamos com uma moça que tinha perdido a consciência", porque estava com o córtex cerebral prejudicado.

Eluana foi enterrada na quinta-feira passada no túmulo da família na localidade de Paluzza, em Udine, após um funeral que não contou com a presença dos pais.

16:53
Anónimo disse...
Os bombeiros combatem neste sábado os incêndios na Austrália favorecidos pelo bom tempo, enquanto os deslocados encotram em seu retorno casas derruídas, carros queimados nas ruas e destruição.

Depois de sete dias desde que começaram os incêndios no Estado de Victoria, a lista de mortos chega a 181, os desaparecidos somam 50, os edifícios destruídos totalizam 1,834 mil e o terreno arrasado, principalmente florestas, ocupa uma área de 4,13 mil quilômetros quadrados.

As equipes de bombeiros, formadas por 4 mil profissionais de Victoria, de outras partes da Austrália e de países amigos, combateram hoje 12 focos fora de controle e nenhum representava uma ameaça direta para a população.

O subdiretor do Serviço de Bombeiros, Geoff Conway, disse que este tempo favorável, que se prolongará durante o domingo, permite consolidar as linhas de contenção e avançar na extinção das chamas.

Cinzas apareceram arrastadas por ventos do nordeste sobre Melbourne, onde habitam 3,8 milhões de pessoas, e as autoridades alertaram aos cidadãos do risco para a saúde de idosos, crianças e pessoas com problemas respiratórios.

O número de pessoas deslocadas - a Cruz Vermelha chegou a receber 7 mil - começou a cair com a abertura de algumas localidades atingidas.

Os incêndios, alguns criminosos, começaram em 7 de fevereiro, quando a região sul da Austrália estava há duas semanas sob uma onda de calor sem precedentes.

Na sexta-feira passada, a polícia acusou uma pessoa de ter provocado o incêndio que atingiu a localidade de Churchill e matou 21 pessoas.

16:55
Anónimo disse...
A primeira chuva em seis dias reduziu a ameaça de incêndios no Estado de Victoria, ao sul da Austrália. As autoridades, porém, advertiram que ainda existem 12 focos, mas que nenhum deles ameaça áreas povoadas.

Mais de quatro mil bombeiros, mil provenientes de outras partes do país e de outras nações, trabalham contra o fogo. Cerca de 600 veículos e 28 helicópteros e pequenos aviões estão sendo usados.


Eles conseguiram construir linhas de contenção para evitar os incêndios de Yarra e Maroondah se juntassem. Também foram controlados os incêndios abertos de Yea e Murrindindi, que ameaçavam as comunidades de Connellys Creek, Crystal Creek, Scrubby Creek e Native Dog Creek.

O número de mortos chegou a 181, mas as autoridades acreditam que as vítimas devem passar de 200, já que ainda há muitos desaparecidos.

16:55
Anónimo disse...
Aqui nesta coluna, na semana passada, tive a oportunidade de comentar sobre a recente visita do professor brasileiro Pedrinho Guareschi à Austrália. Não dei, porém, os fatos, pois semana passada o assunto era outro.

Hoje, porém, vamos a eles.

No último dia 4 de fevereiro, aconteceu o Seminário "Paulo Freire: Education and Liberation", organizado pelo centro de estudos latino-americanos da Universidade Nacional da Austrália, ou ANU, como é mais conhecida por aqui.

A ANU, para quem não sabe, está entre as 20 melhores universidades do mundo! E tem sede aqui em Camberra, capital da Austrália.

Na abertura do evento, o professor John Minns, diretor do centro latino-americano, ao dar boas-vindas ao público presente, lembrou ser aquele o primeiro seminário exclusivamente dedicado a Paulo Freire na Austrália.

Em seguida, convidou Pedrinho Guareschi, palestrante principal do Seminário, a fazer sua apresentação.

A plateia pode então conhecer, pelas palavras de Pedrinho, um pouco da obra e da vida de Freire, esse brasileiro de fé e valor, que sempre acreditou na educação, sobretudo dos menos favorecidos, analfabetos, como força libertadora.

Como não podia deixar de ser, os conceitos e ideias revolucionários de Paulo Freire, expostos com clareza por Pedrinho, despertaram o interesse e a curiosidade de plateia. A qual, deve-se notar, era na maioria de estudantes, mas de várias nacionalidades, sobretudo australianos e asiáticos.

Na continuação do programa do seminário, que se estendeu por dois dias, outros professores fizeram palestras sobre temas ligados à obra de Paulo Freire.

Interessante, por exemplo, saber que a professora Anne Hickling-Hudson, jamaicana que mora na Austrália há muitos anos (é professora da ANU), conheceu e trabalhou com Freire num workshop educacional durante a revolução na Ilha de Granada, em 1980, antes da invasão dos Estados Unidos...

Ou, então, a palestra da Professora Gerda Roelvink, da Nova Zelândia, que participou do Fórum Social de Porto Alegre em 2005. E essa participação transformou-se em tema de doutorado.

No dia 10, terça-feira passada, o padre Pedrinho Guareschi voltou a falar ao público australiano em grande auditório localizado no belíssimo campus da ANU. Desta vez, sobre a Teologia da Libertação.

Depois da palestra, John Minns mostrou o filme mexicano "O Crime do Padre Amaro", no qual um dos personagens é um padre católico praticante da Teologia da Libertação.

Mais uma vez, foi grande o intersse da platéia, que pode aprender e conhecer um pouco como se desenvolveu aquele importante movimento católico na América Latina.

Fica, assim, ao Pedrinho, bem como a outros brasileiros estudiosos e de bom coração que saem pelo mundo a divulgar aspectos importantes da cultura brasileira, o respeito e a homenagem desta coluna. E... aquele abraço!

16:57
Anónimo disse...
Amanda Kitts perdeu o braço esquerdo em um acidente de automóvel acontecido três anos atrás, mas hoje em dia ela joga futebol americano com seu filho de 12 anos de idade, troca fraldas e abraça as crianças nas três creches Kiddie Cottage que opera em Knoxville, Tennessee. Kitts, 40 anos, faz tudo isso com a ajuda de um novo tipo de braço artificial que se movimenta com mais facilidade do que outros aparelhos e que ela pode controlar utilizando apenas seus pensamentos.

"Eu sou capaz de mexer a mão, o pulso e o cotovelo ao mesmo tempo", diz. "Você pensa e os músculos se movem em seguida".

A recuperação que ela conseguiu resulta de um novo procedimento que vem atraindo crescente atenção porque permite que pessoas movam braços protéticos de forma mais automática do que faziam no passado, simplesmente utilizando nervos reaproveitados em seus cérebros.

A técnica, conhecida como "renervação muscular dirigida", envolve utilizar os nervos que restam depois da amputação de um braço e conectá-los a outro músculo do corpo, em geral no peito. Eletrodos são instalados sobre os músculos do peito, e operam como se fossem antenas. Quando a pessoa deseja mover o braço, o cérebro envia sinais que primeiro resultam em contração dos músculos do peito, os quais enviam um sinal ao braço protético, instruindo-se a se movimentar. O processo não requer mais esforços consciente do que a pessoa teria de exercitar caso ainda tivesse seu braço natural.

Na terça-feira, pesquisadores reportaram em estudo publicado pela versão online do Journal of the American Medical Association que haviam levado a técnica ainda mais à frente, tornando possível a execução de 10 movimentos de mão, pulso e cotovelo diferentes, o que representa uma substancial melhora com relação ao típico repertório protético, que em geral envolve apenas dobrar o cotovelo, girar o pulso e abrir a mão.

"Os novos métodos tiveram impacto dramático em nosso campo de trabalho", disse Stuart Harshbarger, engenheiro biomédico na Universidade Johns Hopkins e diretor do programa de pesquisa sobre próteses, financiado pelas forças armadas, que inclui o trabalho com essa técnica. "O método já está em uso por médicos e cirurgiões comuns em todo o país. A capacidade de controlar um membro protético bastante robusto que ele confere surpreendeu a todos pela qualidade".

Tipicamente, uma pessoa que tenha um braço protético só é capaz de executar alguns poucos movimentos, e muitas vezes com tamanha lentidão que isso só permite a ela atividades limitadas.

Há um motor separado para cada movimento, diz Gerald Loeb, professor de engenharia biomédica na Universidade do Sul da Califórnia, "e esses motores precisam ser controlados de maneira explícita", usualmente por um esforço consciente da pessoa para contrair músculos nas costas ou no bíceps.

"Essencialmente, até agora os pacientes controlavam apenas um motor de cada vez", diz Loeb, "e precisavam pensar cuidadosamente sobre que motor desejavam controlar e como fazê-lo operar, em lugar de simplesmente pensarem em mover o braço e poderem fazê-lo sem delongas".

Antes que Kitts passasse pelo procedimento de renervação, em outubro de 2007, por exemplo, ela precisava movimentar os músculos de suas costas de determinada maneira para fazer com que seu pulso girasse, e flexionar seu bíceps e tríceps para fazer com que o cotovelo se movesse para cima e para baixo. "Era muito trabalho", ela conta. "E não me ajudava muito".

O procedimento de renervação é parte de uma recente explosão de idéias novas e técnicas inovadoras que estão sendo exploradas enquanto os cientistas se esforçam por ajudar as pessoas a compensar melhor a perda de membros ou problemas de paralisia. O esforço vem sendo alimentado pelo aumento no número de amputações causado por diabetes e por ferimentos sofridos pelos militares, e ao mesmo tempo pelos avanços na tecnologia médica.

Os braços se tornaram um dos focos essenciais desse tipo de trabalho. A ciência há muito vem obtendo sucessos no desenvolvimento de próteses de perna, mas é muito mais difícil imitar a complexidade e a destreza das mãos e dos braços.

Os esforços em curso incluem o desenvolvimento de projetos de pele e braços mais sensíveis e mais flexíveis, e o uso de dispositivos acionados por controles sem fio implantado nos braços protéticos, que permitiriam movimentos mais naturais.

Os pesquisadores também vêm usando sensores implantados nos cérebros de cobaias para permitir que dois macacos controlem um braço mecânico, e um teste com um homem paralítico permitiu, com esse método, que ele movimentasse um cursor em uma tela de computador.

Alguns desses métodos, caso venham a ser aperfeiçoados plenamente e consigam aprovação das autoridades regulatórias da saúde, podem no futuro se tornar mais viáveis para os pacientes de amputações.

E embora a técnica da renervação não requeira aprovação das autoridades regulatórias porque é executada por meios cirúrgicos e emprega aparelhos já existentes, ela apresenta limitações que até mesmo seus criadores reconhecem, entre as quais o fato de que não se pode utilizá-la para todos os pacientes, o seu alto custo e o prazo de meses requerido para que os nervos reconectados cresçam e se tornem efetivos.

Ainda assim, os especialistas dizem que é o mais avançado sistema em uso hoje para pacientes reais que permite que o sistema nervoso controle diretamente o movimento de um braço artificial.

Desde sua introdução por Todd Kuiken, médico fisioterapeuta e engenheiro biomédico do Instituto de Reabilitação de Chicago, o método foi empregado em cerca de 30 pacientes nos Estados Unidos, Canadá e Europa, entre os quais oito soldados feridos no Iraque e no Afeganistão.

Muitos dos pacientes, entre os quais o primeiro, Jesse Sullivan, um operário do setor elétrico no Tennessee que perdeu os dois braços quando foi eletrocutado por um cabo, conseguem não apenas manipular seus braços protéticos mas sentir a presença das mãos que já não têm quando alguém toca em seus peitos.

Sullivan, 62 anos, e Kitts, estavam entre os cinco pacientes que participaram do estudo reportado na terça-feira. Em companhia de cinco outras pessoas que não passaram por amputações, eles receberam os eletrodos e foram instruídos a usar pensamentos para fazer com que um braço virtual na tela reproduzisse 10 movimentos diferentes, entre os quais três formas diferentes de aperto de mão.

Os pacientes apresentaram desempenho bastante respeitável, apenas um pouco mais lento e menos preciso do que os dos participantes que não tinham amputações.

"As velocidades de movimento que encontramos em nossos pacientes foram realmente encorajadoras", disse Kuiken. "Eles conseguiram completar a tarefa. É claro que não foram tão competentes quanto as pessoas dotadas de plena capacidade física, mas foram bons o bastante".

Um braço virtual foi usado porque a maioria das próteses existentes não era capaz de acomodar todos aqueles movimentos, no momento da pesquisa, ainda que Sullivan, Kitts e uma terceira paciente, Claudia Mitchell, tenham experimentado dois novos protótipos mais versáteis de braços artificiais, executando tarefas complexas com bolas de tênis e outros objetos.

O trabalho de renervação em soldados apresenta outros desafios, diz Kuiken, porque os ferimentos militares muitas vezes "causam danos muitos extensos" a nervos, músculos ou ossos.

Daniel Acosta, 25 anos, um aviador ferido pela detonação de uma bomba em uma estrada do Iraque em 2005, passou pelo procedimento no ano passado e diz que seu braço esquerdo protético agora se movimenta "muito mais rápido" e de maneira muito mais natural.

"A diferença é que agora não preciso mais pensar para mover o braço", ele diz. "Ele simplesmente se mexe".

Ainda assim, Acosta, de San Antonio, diz que "o processo foi bastante longo" e que os eletrodos precisam ser ajustados para receber os sinais à medida que os nervos crescem ou mudam de posição.

E embora elogiem o método, os especialistas afirmam que a ciência das próteses de braço ainda tem muito por avançar.

"Trata-se de uma parte crucial, mas ainda assim apenas uma parte, das muitas coisas que compreendem a função normal de um braço", disse Loeb, que escreveu um editorial que acompanha o artigo no Journal of the American Medical Association.

"No momento estamos a meio do caminho entre o braço de 'Dr. Fantástico', que fazia involuntariamente a saudação nazista, e o braço de Luke Skywalker em 'Guerra nas Estrelas', que funciona sem nenhum problema assim que é conectado. Creio que precisaremos ainda de muitos anos para conectar todas as peças necessárias a produzir um braço capaz de funcionar normalmente".

17:04
Anónimo disse...
A Espanha disse neste sábado que está preparando uma reclamação oficial contra a decisão da Venezuela de expulsar um membro do Parlamento Europeu que criticou o conselho eleitoral venezuelano.
Luis Herrero, membro do partido conservador espanhol PP, foi deportado na sexta-feira depois que o Conselho Nacional Eleitoral (CNE) o acusou de questionar a imparcialidade da instituição antes de um referendo que pode permitir ao presidente Hugo Chávez permanecer no cargo indefinidamente.

Herrero estava na Venezuela como observador do referendo. Ele acusou Chávez de ter "comportamentos típicos de um ditador" por pedir a contenção de manifestações da oposição.

O governo da Espanha convocou um encontro com o embaixador da Venezuela em Madri para expressar a desaprovação sobre a expulsão de Herrero, disse um representante do Ministério das Relações Exteriores espanhol.

As relações da Venezuela com a Espanha tiveram seu ponto crítico em 2007, quando Chávez ameaçou rever acordos diplomáticos e comerciais depois de ouvir um "cala a boca" do rei espanhol Juan Carlos durante uma cúpula.

A fenda foi oficialmente reparada em 2008, com uma visita oficial de Chávez à Espanha, onde ele cumprimentou o rei e discutiu acordos para investimento no setor petroquímico com o primeiro-ministro José Luis Rodriguez Zapatero.

17:06
Anónimo disse...
A polícia do Zimbábue anunciou neste sábado que acusa de traição Roy Bennett, dirigente do até agora opositor Movimento para a Mudança Democrática (MDC), detido na sexta-feira, em Harare, poucas horas antes da cerimônia de posse dos membros do novo gabinete.

"A Polícia nos informou que vão apresentar acusações de traição", disse à agência EFE o advogado de defesa de Bennett, Trust Maanda.

"Tentam relacionar Roy com o caso de Mike Hitschmann, que foi detido em 2006 em relação à descoberta de um carregamento de armas, apesar de que Hitschmann não tenha sido declarado culpado das acusações de traição apresentadas contra ele, mas de um crime menor de descumprimento de leis", disse Maanda.

O político opositor, designado por seu partido como vice-ministro de Agricultura no Governo de união nacional, esteve no exílio na vizinha África do Sul desde 2006 e retornou ao Zimbábue há duas semanas.

Segundo a Polícia, que deteve Bennett ontem no aeroporto de Harare quando pretendia ir à África do Sul para visitar sua família, as armas apreendidas em 2006 seriam utilizadas em um golpe de Estado para derrubar o presidente do Zimbábue, Robert Mugabe.

Depois da detenção, Bennet foi levado a Mutar, onde vários simpatizantes do MDC se concentraram em frente à delegacia na qual estava detido, diante do que a Polícia respondeu com tiros para o alto para dispersar os manifestantes.

17:07
Anónimo disse...
Austrália: 14 mil se candidatam a 'emprego dos sonhos'

A secretaria de Turismo de Queensland, na Austrália, informou que até esta segunda-feira já recebeu cerca de 14 mil inscrições para o "o melhor emprego do mundo". O Estado australiano promove pela internet seleção para vaga de "zelador" da ilha Hamilton, por seis meses com um salário de R$ 40 mil.

Muitos candidatos tiveram problemas durante a inscrição por conta dos acessos simultâneos ao site. A secretaria aconselha enviar os vídeos de 60s explicando porque deve ser escolhido em horários alternativos do dia, além de recomendar tamanho em torno de 40MB.

As inscrições começaram em 12 de janeiro e vão até o próximo dia 22 e podem ser feitas pelo site www.islandreefjob.com. O governo australiano escolherá 50 candidatos para a próxima fase da seleção, que terá votos do público para eleger um dos 11 finalistas.

A última fase terá entrevistas e desafios físicos, no próprio local de trabalho: as ilhas da Grande Barreira Coralina - o maior recife de coral do mundo. A secretaria de Turismo anunciará o vencedor no dia 6 de maio.

17:09
Anónimo disse...
Mercado elogia governo na crise, mas pede maior queda no juro

Peter Fussy
Direto de São Paulo

Desde as primeiras medidas anunciadas para combater os efeitos da crise, o governo brasileiro avisou que a estratégia não contemplaria um pacote. Seriam doses pontuais, de acordo com a necessidade da economia diante do agravamento das turbulências. Da primeira liberação dos depósitos compulsórios em setembro até a ampliação do seguro-desemprego na última quarta-feira, o governo passou por redução de impostos, ampliação de crédito e incentivos à exportação. Quase 150 dias após a primeira medida, o Terra conversou com líderes do setor público e privado, representantes dos trabalhadores, acadêmicos e com o próprio governo para saber quais destas ações foram mais eficazes, quais foram mais ineficientes e o que mais pode ser feito pelo Estado brasileiro contra a crise.

Os maiores elogios foram direcionados à atitude de reduzir o Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) para a indústria automobilística, anunciada em dezembro e que fez com que os emplacamentos de carros novos subissem 1,9% no primeiro mês do ano em relação a dezembro de 2008. Já as maiores críticas foram para a lentidão no corte da taxa básica de juro do País.

Para o presidente do conselho administrativo do Grupo Pão de Açúcar, Abílio Diniz, o Estado não é responsável pela crise e mesmo assim está agindo "com extrema serenidade e muito acerto". "O governo está atento, fazendo a sua parte. É preciso coragem de baixar firmemente a taxa de juros. É uma arma que temos a nosso favor, já que não há clima para inflação, nem possibilidade de danos para a macroeconomia", afirmou Diniz.

Na última reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), em janeiro, a taxa Selic foi reduzida em um ponto percentual, de 13,75% para 12,75% ao ano. Porém, o professor de economia da Universidade de Brasília (UnB) José Luiz Oreiro lembra que este corte representa uma redução de apenas 0,25 ponto percentual com relação à taxa de setembro do ano passado, quando a crise se agravou.

"Pouco antes da eclosão da crise, o Banco Central aumentou a taxa em 0,75 ponto. Foram cinco meses de demora para reduzir em termos líquidos apenas 0,25 ponto", afirmou o economista, que também sugeriu redução do intervalo de cerca de 90 dias entre as reuniões do Copom e o corte de pelo menos um 1 ponto percentual em cada reunião.

Mesmo com o corte de janeiro, a taxa de juros real continua sendo a maior do mundo, lembrou o secretário-geral da Força Sindical, João Carlos Gonçalves, o Juruna. "A redução da taxa de juro ainda é pequena, porque ela continua uma das mais altas do mundo. Falta ousadia para baixar os juros e ajudar o cidadão. A permanência da taxa de juro alta é negativa para o País em meio a crise", afirmou Juruna.

Embora aprove as ações do governo, o senador Aloízio Mercadante (PT-SP) também acredita que o patamar da Selic está muito alto. "Sempre fomos os primeiros a entrar em qualquer crise, o que não aconteceu agora. A taxa Selic ainda é muito alta, mas o governo têm tomado medidas acertadas, como o aumento do salário mínimo, mesmo com um cenário de crise. Isso ajuda a movimentar o consumo. O governo está se esforçando para manter os investimentos e o crescimento", disse.

Tributos
De acordo com o economista Fabio Pina, da Fecomercio-SP, as ações mais positivas estão relacionadas à redução de tributos para alguns segmentos, como a indústria automobilística, que recuperou parte da queda nas vendas em janeiro com a isenção do IPI para carros 1.0 l e o corte para demais motorizações. A medida vale até o final de março.

"Essas medidas não só reduziram o preço, mas anteciparam o consumo daqueles que iriam comprar no futuro, dando um prêmio por conta da insegurança. Mexe diretamente com o principal problema que é a confiança do consumidor", afirmou. Juruna destacou que um bom ritmo de vendas é garantia de emprego. "É importante porque cada emprego na montadora significa 19 na cadeia produtiva", comentou o representante da Força Sindical.

Também em dezembro, o governo decidiu cortar pela metade a alíquota do Imposto de Renda para contribuintes que ganham entre R$ 1.434 e R$ 2.150 mensais. "O salário aumentava e a tabela não se modificava. As pessoas ganhavam mais e pagavam mais impostos", apontou Juruna. Outra redução de tributos do governo foi com relação ao Imposto sobre Operações Financeiras (IOF), que caiu de 3% ao ano para 1,5%.

Crédito
Na segunda metade de 2008, o colapso de bancos nos Estados Unidos por conta da crise do subprime provocou uma forte restrição de crédito no mundo inteiro. Uma das primeiras medidas anticrise do governo teve como objetivo restabelecer a oferta, com mudanças no recolhimento dos depósitos compulsórios por parte dos bancos. Segundo o presidente do Banco Central, Henrique Meirelles, as diversas modificações liberaram US$ 99,2 bilhões aos bancos até o final de janeiro.

Além disso, o governo concedeu R$ 36 bilhões das reservas internacionais para empresas brasileiras com dívidas no exterior e uma medida provisória autorizou o Banco do Brasil e a Caixa Econômica Federal a comprar carteiras de crédito de bancos privados. Para o diretor do Departamento de Pesquisas e Estudos Econômicos da Fiesp, Paulo Francini, estas medidas foram essenciais para combater os efeitos da crise.

"A crise se desenvolve no mundo em torno do tema crédito. E o crédito reduziu-se barbaridade no mundo. Então o governo lança mão de compulsório, lança mão de reservas, de medidas que permitem aos bancos comprar carteiras de bancos. Você vai tomando várias medidas para atender às demandas e o epicentro disso é crédito", afirmou.

No entanto, Oreiro, da UnB, adverte que a liberação dos compulsórios seria mais eficiente acompanhada de redução mais agressiva da taxa básica de juro. "Uma parte do crédito voltou, depois da forte retração em outubro e novembro. O que deveria ter sido feito junto à liberação do compulsório era uma redução mais drástica da taxa de juro. Sem isso, os bancos pegam as reservas e acabam comprando títulos públicos", explicou o economista.

Na opinião de Pina, as ações de distribuição de crédito via redução do compulsório e a disposição de capital de giro para empresas foram tomadas sem um cuidado maior na operação e não tiveram muito efeito. "O BNDES tem linhas que ficam paradas quase todo o ano, agora é pior ainda. Existem os recursos, mas as empresas e os bancos estão desconfiados. É preciso fazer com que os bancos tenham interesse em emprestar", afirmou o economista da Fecomercio-SP.

Futuro
Mesmo com todas essas medidas, a crise financeira ainda gera incertezas nos setores produtivos do País. Nos últimos meses, o medo do desemprego fez os consumidores adiarem compras. Por sua vez, a queda nas vendas pode obrigar as indústrias a cortarem a produção e demitir funcionários. Contra isso, empresários sugerem redução de jornada e de salários.

"Isto está previsto em lei. A Fiesp simplesmente manteve conversações com entidades sindicais quanto à aplicação daquilo que já está previsto em lei", afirmou Francini.

Segundo a ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff, uma das medidas que assegura um nível de emprego é a manutenção de investimentos no Programa de Aceleração do Crescimento (PAC). "Estamos esperando que a dificuldade ocorra em janeiro, fevereiro e março. Estamos certos que vamos manter o nível de investimento. É isso que funciona, é isso que significa investimento público. Ele funciona como um colchão. Por isso, nós colocamos R$ 100 bilhões no BNDES e a Petrobras ampliou o seu investimento em R$ 120 bilhões", afirmou.

Na mesma linha, Pina explica que a antecipação de gastos do governo substitui parte da demanda retraída do setor privado. "Ele dá o seguinte recado: não vou estourar as contas públicas, mas concentrar em um momento em que a demanda privada está pequena. Mas o governo não tem fôlego suficiente para fazer o papel de toda demanda", ressaltou. O economista da Fecomercio lembrou que a entidade já pleiteou junto ao governo isenções para transferência de imóveis e de automóveis, além de retirar o IPVA para veículos novos.

Já Oreiro foca suas propostas na capitalização do Banco do Brasil e da Caixa Econômica Federal pelo Tesouro para atender a demanda de crédito para capital de giro e reduzir o spread. "Aumentando o empréstimo e reduzindo as taxas, os dois vão forçar os bancos privados a acompanhar o movimento, até para não perderem participação no mercado", explicou o economista da UnB.

Até o Carnaval, o governou prometeu detalhar um pacote de incentivos para a construção de até um milhão de casas populares, direcionado a famílias com renda de até dez salários mínimos. "Estamos atentos a tudo o que está acontecendo e novas medidas serão tomadas caso haja uma avaliação de que sejam necessárias", disse o ministro da Fazenda, Guido Mantega, na última sexta-feira.

17:11
Anónimo disse...
Ex-ministro critica extensão do seguro-desemprego

Atualizada às 09h03

O ex-ministro do Trabalho Almir Pazzianotto criticou a decisão do governo federal de conceder o seguro-desemprego estendido a apenas alguns setores. "É certamente odioso e provavelmente inconstitucional", disse Pazzianotto, de acordo com o jornal O Estado de S. Paulo.

Na última qurta, dia do anúncio da medida, centrais sindicais elogiaram a atitude do governo. A Força Sindical divulgou nota dizendo que "o aumento ajudará a aquecer parte da economia, já que irá gerar mais consumo, produção e conseqüentemente, a criação de novos postos de trabalho". A União Geral dos Trabalhadores (UGT) afirmou que a medida "contribuirá para minimizar o drama dos trabalhadores que perderem seu emprego por conta da crise".

O ex-ministro, que instituiu o seguro-desemprego no País no governo de José Sarney, destacou a necessidade de as centrais sindicais se manifestarem contra a determinação. Para ele, as mudanças devem ser aplicadas a todas as categorias profissionais e a distinção é contrária ao artigo 3º da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT).

Pazzianotto atribui a medida a um possível temor do governo de que a crise econômica seja longa e não haja dinheiro para atender a todas as necessidades. Ainda assim, ele se mostra contrário ao método de concessão. "O seguro-desemprego ajuda a sanar necessidades básicas. Estendê-lo é paliativo, não a solução", disse ao jornal.

De acordo com o presidente do Conselho Deliberativo do Fundo de Amparo ao Trabalhador (Codefat) e conselheiro da Força Sindical, Luiz Fernando Emediato, a determinação já estava prevista na lei 8.900/94, que trata do seguro-desemprego.

O presidente da Comissão de Trabalho da Câmara, Pedro Fernandes (PTB-MA) vai além na crítica à concessão do seguro para apenas alguns setores. Ele acredita que a ampliação do benefício estimula o desemprego.

Quintino Severo, secretário geral da Central Única dos Trabalhadores (CUT), lembra que a ampliação do benefício sem critério e identificação pode incentivar demissões em outros setores.

17:13
Anónimo disse...
Empresas
TAM faz promoção para destinos internacionais

A companhia aérea TAM anunciou nesta sexta-feira tarifas promocionais para trechos internacionais. Os preços valem para bilhetes comprados entre 6h deste sábado e 23h59 deste domingo e são válidos para classe econômica. As tarifas, para ida e volta, serão vendidas a partir de US$ 99, mais taxas.

Segundo a aérea, a promoção vale para viagens feitas no período de 14 de fevereiro a 18 de junho de 2009. Para destinos na América do Sul, a permanência mínima é de dois dias; para bilhetes com destino nos Estados Unidos, cinco dias; e Europa, sete dias. A permanência máxima para as passagens para América do Sul e EUA é de dois meses e para Europa, três meses.

Entre os exemplos de tarifas promocionais, a TAM oferece São Paulo-Lima por US$ 99. Bilhetes para a rota São Paulo-Santiago serão vendidos a partir de US$ 199 e São Paulo-Nova York, US$ 799.

A emissão dos bilhetes deve ser feita obrigatoriamente no ato da reserva, obedecendo às regras estipuladas pela companhia. A compra está sujeita à disponibilidade de assentos nas classes tarifárias determinadas, trechos, horários e datas. A TAM afirmou que também há tarifas promocionais para a classe executiva.

Mais informações podem ser encontradas no site promocional (www.ofertastam.com.br), no site da empresa (www.tam.com.br) ou pelos telefones 4002-5700 ou 0800 5705700.

17:13
Anónimo disse...
Empresas
Consultoria negocia compra do parque temático Hopi Hari

A consultoria especializada em reestruturação de empresas Íntegra Associados informou nesta sexta-feira ter um acordo para comprar o parque de diversões Hopi Hari, localizado no interior de São Paulo. A empresa estaria disposta a investir R$ 10 milhões no parque, que tem dívida estimada em R$ 800 milhões. As informações são da edição deste sábado do jornal Folha de S. Paulo.

De acordo com o jornal, a transação ainda depende da negociação entre o Hopi Hari e seus credores, o que já estaria em andamento.

A consultoria paulista já atuou junto à Parmalat, durante 30 meses, quando reorganizou a gestão da empresa italiana.

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17:14
Anónimo disse...
Empresas
Disney de Tóquio contratará mais 2 mil apesar da crise


A Oriental Land, o operador da Disneylândia Tóquio e DisneySea, organizou neste domingo entrevistas para contratar cerca de 2 mil trabalhadores em tempo parcial, em um momento de grandes demissões deste tipo de empregados no Japão.

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O operador deste parque temático, situado em Urayasu, na província de Chiba (leste de Tóquio), está em pleno processo de seleção de empregados para 20 tipos de postos trabalhistas diferentes.

Segundo a companhia, citada pela agência local de notícias Kyodo, o parque contratará novos trabalhadores para as atrações, para os restaurantes e guardas de segurança entre outros. Os novos contratados começarão a trabalhar a partir de fevereiro.

O processo de seleção acontece em um momento em que a maioria das grandes companhias japonesas começaram a se ver obrigadas a despedir uma elevada percentagem de seus trabalhadores temporários e a tempo parcial.

Algumas inclusive anunciaram demissões de seus trabalhadores fixos, uma medida muito pouco comum nas companhias japonesas, perante os efeitos piores que o esperado pela crise econômica global.

Cerca de uma centena de pessoas esperavam desde a primeira hora desta manhã a abertura do centro de conferências Tokyo International Forum, onde as entrevistas estão sendo feitas, para ser os primeiros a solicitar os postos de trabalho.


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17:15
Anónimo disse...
Economia Internacional
Senado dos EUA aprova plano de estímulo à economia

O Senado dos Estados Unidos aprovou com 60 votos a favor e 38 contra o plano de estímulo à economia de US$ 787 bilhões na madrugada deste sábado. Agora, ele segue para sanção ou veto do presidente Barack Obama, que espera colocar a lei em prática até o dia 16 de fevereiro.

O plano prevê a criação de três milhões de empregos, inclui cortes de impostos às famílias, fundos para programas sociais e obras públicas, além de ajuda aos governos estaduais, estudantes e desempregados.

A cláusula Buy American - que exige o uso de ferro, aço e produtos manufaturados dos Estados Unidos em obras realizadas com recursos do pacote - ficou de lado. Segundo o texto definitivo, a cláusula será aplicada sem violar as normas do comércio internacional.

Ontem à tarde, a Câmara de Representantes (deputados) havia aprovado, por 246 votos a favor e 183 contra, a versão final do plano. Todos os republicanos foram contrários ao pacote.

Pelo acordo de quarta-feira entre Câmara e Senado, em vez de custar US$ 819 bilhões, como queriam os deputados, ou US$ 838 bilhões como pretendiam os senadores, o pacote ficou em cerca de US$ 787 bilhões, com 65% desse total destinado a gastos do governo federal e 35%, a créditos tributários.

17:16
Anónimo disse...
Economia nacional
Na era Lula, aposentadoria sobe 54% menos que salário mínimo

Thatiane Faria
Especial para o Terra
Direto de São Paulo

Os índices de reajustes concedidos pelo governo em 2009 para aposentados e pensionistas e para o salário mínimo repetiram uma diferença que, só durante o governo de Luiz Inácio Lula da Silva, já chega a 54%. Enquanto o mínimo foi majorado em 12% este ano, as pensões e aposentadorias tiveram aumento de 5,92%. Aposentados que têm o benefício do governo como única fonte de renda reclamam que perdem poder de compra e que sua cesta de compras é composta por itens que aumentam mais em relação à inflação oficial.

Um exemplo prático pode ser entendido a partir da comparação entre um aposentado que ganhava R$ 600 em janeiro de 2003. Na época, o benefício era três vezes, ou 200%, maior que o valor do mínimo em vigência, que era de R$ 200. Aplicando-se os índices de reajuste para aposentadorias e para o mínimo durante os últimos seis anos, o mesmo aposentado estaria recebendo hoje R$ 938,47, comparado a um salário mínimo de R$ 465. A diferença entre os dois valores caiu para pouco mais de 100%.

Enquanto o índice acumulado de reajuste para a aposentadoria durante o governo Lula foi de 60%, para o salário mínimo está em 132%.

O diretor do Sindicato Nacional dos Aposentados, João Inocentini, reclama que os valores dos benefícios para aposentadorias não mantêm o poder de compra do grupo, principalmente dos aposentados que recebem menos que dez salários mínimos.

Nem mesmo o fato de o índice de reajuste das aposentadorias ter ficado acima da inflação acumulada no mesmo período (o IPCA entre janeiro de 2003 e janeiro de 2009 foi de 39,7%) serve de argumento, segundo os aposentados.

"Os idosos, principalmente, têm gastos além das contas gerais como gás, telefone e aluguel. Para eles o custo com remédios, e outros itens da área saúde costuma ser maior", afirmou Inocentini.

O presidente do sindicato afirmou que o grupo realiza um estudo com 100 itens de necessidade de um idoso para comparar o aumento dos produtos com o índice de reajuste do benefício recebido pelos aposentados.

"Daqui dois meses vamos abrir um processo na Justiça e levar essa pesquisa como prova. Segundo a lei, o governo é obrigado a manter o poder de compra com a aposentadoria", disse Inocentini.

Alternativas
O consultor financeiro Cláudio Boriola diz que os aposentados, especialmente nesse momento de crise econômica, devem evitar compras parceladas, pesquisar preços, negociar e fazer bom planejamento financeiro.

Segundo Boriola, alguns aposentados ganham um valor mensal muitas vezes insuficiente para o pagamento das contas e acabam pedindo crédito ou realizando pagamentos a prazo e são obrigados a pagar juros altos.

Na opinião do consultor, pagar uma previdência privada é uma alternativa indicada para quem ainda trabalha, considerando a característica de perda de poder de compra da aposentadoria.

"Na prática, infelizmente os valores encontram-se em um patamar que está deteriorando o poder de aquisição da população brasileira", completou Boriola.

De acordo com o diretor da Confederação Brasileira de Aposentados e Pensionistas (Cobap), Vicente Fernandes Barbosa, representantes dos aposentados tentarão um encontro com o presidente da Câmara, deputado Michel Temer (PMDB-SP), para discutir projetos que minimizem a perda dos aposentados

17:17
Anónimo disse...
Previdência
Previdência prorroga isenção de tarifas no benefício

O atual sistema de pagamento aos 26 milhões de aposentados e pensionistas do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) será mantido até o final deste ano. O acordo, que permite realizar a operação sem nenhum custo aos beneficiários, foi renovado nesta sexta-feira, entre o governo federal e 21 instituições financeiras.

Por meio desse acordo, vigente desde setembro de 2007, nem os segurados, nem os bancos e nem o governo arcam com o pagamento de tarifas, conforme explicou o ministro da Previdência Social, José Pimentel. A prorrogação vale até dezembro, data máxima para que a Previdência defina as regras para um novo contrato.

Ao assinar o termo de renovação, na sede da Federação Brasileira dos Bancos (Febraban), o ministro disse que a intenção do governo é mudar o atual modelo de gestão visando a reduzir os custos dessas operações em torno da folha mensal, que atinge R$ 15,8 bilhões. No entanto, qualquer alteração, conforme explicou, passará antes por audiências públicas a serem realizadas a partir do segundo semestre deste ano, atendendo a determinação do Tribunal de Contas da União (TCU).

De acordo com Pimentel, com um redesenho do mecanismo de repasse dos recursos aos bancos em torno da folha de pagamento dos segurados o que se busca é um aumento da participação de instituições financeiras. Ele informou que, desde 2007, cada benefício custa em média R$ 1,07 ao governo. "Quanto mais instituições financeiras estiverem prestando serviços à sociedade, maior é a competitividade, a agilidade no atendimento", justificou.

O ministro observou, ainda, que, para permitir uma redução para algo em torno de meia hora no tempo de atendimento para a concessão dos direitos previdenciários, o governo investiu R$ 280 milhões.

Questionado sobre o descontentamento dos segurados que ganham acima de um salário mínimo terem obtido apenas a correção com base na variação do Índice de Preços ao Consumidor (INPC) , ficando abaixo do reajuste dado a quem recebe apenas o mínimo, Pimentel argumentou que o governo seguiu o que determina a lei e descartou a possibilidade de uma revisão

17:17
Anónimo disse...
Empresas
Caterpillar oferece aposentadoria antecipada a 2 mil


A companhia americana Caterpillar ofereceu a cerca de dois mil funcionários incentivos para que se aposentem de forma voluntária antes do previsto, pela perspectiva de uma queda "significativa" da atividade industrial, informou nesta quarta-feira a empresa.

A iniciativa, destinada aos trabalhadores de diversas fábricas em Illinois, Colorado, Tennessee e Pensilvânia, se soma aos cortes de empregos anunciados em janeiro, explicou em comunicado de imprensa.

A empresa, a maior fabricante mundial de maquinaria pesada para a construção e a mineração, acrescentou que, "em função das condições de negócio, podem ser necessárias mais reduções de elenco voluntárias e involuntárias à medida que o ano avança".

O vice-presidente da companhia, Sid Banwart, explicou que a empresa prevê "demissões significativas em todas as regiões geográficas e na maioria dos setores devido às dificuldades da economia mundial".

17:18
Anónimo disse...
Comércio
Comércio exterior da OCDE caiu no 3º trimestre de 2008


As exportações e as importações dos países da Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Econômico (OCDE) caíram 1,6% e 0,2%, respectivamente, no terceiro trimestre de 2008, em relação aos três meses anteriores.

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Trata-se da primeira queda destas atividades desde o terceiro trimestre de 2006, segundo o último relatório trimestral sobre fluxos comerciais divulgado pela OCDE.

As exportações e as importações em dólares dos 30 Estados-membros caíram 15,6% e 17%, respectivamente, na comparação anualizada.

Por sua vez, o comércio dos sete países mais ricos do mundo (G7) teve um pequeno crescimento no terceiro trimestre de 2008 com uma queda das exportações de mercadorias de 0,2% em relação ao trimestre anterior e um aumento de 0,4% das importações.

Em termos anualizados, as importações do G7 caíram 1,4% entre julho e setembro do ano passado, seu primeiro retrocesso desde o terceiro trimestre de 2006, enquanto as exportações aumentaram 1,9%, seu crescimento mais baixo no mesmo tempo.

Por países, a Alemanha aumentou suas importações em 3,4% - valor mais alto do G7 -, enquanto suas exportações caíram 2,9% do segundo para o terceiro trimestre de 2008.

Pelo contrário, as exportações americanas aumentaram 1,8% entre julho e setembro de 2008, enquanto as importações caíram 0,7% em relação ao trimestre anterior. No Japão, tanto as importações quanto as exportações caíram em torno de 1% no mesmo período.

17:19
Anónimo disse...
Economia Nacional
Lula: juros de crédito consignado a aposentados são altos

Atualizada às 17h29

O presidente Luis Inácio Lula da Silva afirmou nesta terça-feira, em São Paulo, que está lutando para reduzir as taxas de juros cobradas de aposentados em crédito consignado. A Previdência Social estabelece uma taxa máxima de 2,5% para empréstimo e de 3,5% para cartão. Para Lula, os valores são altos.

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"Acho que o juro que os aposentados estão pagando hoje com o crédito consignado é alto para o padrão brasileiro", disse o presidente durante a cerimônia de comemoração dos 86 anos do INSS.

A Previdência anunciou nesta terça-feira que aposentados e trabalhadoras com licença-maternidade poderão receber seus benefícios em 30 minutos. De acordo com Lula, em junho, a aposentadoria do trabalhador rural também será conseguida em meia hora.

Além disso, o presidente anunciou que, também em junho, os trabalhadores que alcançarem o direito à aposentadoria passarão a receber em suas casas um comunicado da Previdência informando o fato e o valor do salário que têm direito a receber. "É um comprometimento público que estou fazendo com os companheiros da Previdência Social", disse.

"Estamos retribuindo ao contribuinte da Previdência Social aquilo que é a cidadania que ele tem direito", afirmou Lula. "Se para cobrar nós somos tão precisos, para devolver o dinheiro, temos que chegar próximo à perfeição", completou.

17:20
Anónimo disse...
Economia Nacional
Salário maternidade sairá em 30 minutos, diz ministro

Toda trabalhadora autônoma que tiver contribuído pelo menos 10 meses com o Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) - ou as que possuírem carteira assinada - poderão receber em 30 minutos o salário maternidade a partir desta terça-feira. Da mesma forma, as mulheres com 30 anos de contribuição e os homens com 35 anos também terão direito ao benefício de forma mais rápida. A informação é do ministro da Previdência Social, José Pimentel.

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Para requerer o salário maternidade, é preciso que as autônomas levem a carteira de identidade e o carnê de contribuição. As demais trabalhadoras devem apresentar a identificação e a carteira de trabalho. Desde o início do mês, a nova forma de análise para a concessão de benefícios foi adotada para a aposentadoria por idade do trabalhador urbano e agora foi estendida para o salário maternidade e por tempo de contribuição.

O ministro disse que a qualificação do serviço da previdência social é o reconhecimento do direito dos trabalhadores e da afirmação da cidadania.

"Até pouco tempo na cabeça do cidadão o serviço devia ser de péssima qualidade. Agora não, nós modificamos toda a legislação no mês de dezembro numa ação conjunta do Congresso Nacional com o governo federal. Estamos implantando e concedendo os benefícios em até 30 minutos", afirmou.

O ministro destacou que para conseguir se aposentar ou ter acesso à licença maternidade em 30 minutos, em primeiro lugar, é necessário que o cidadão esteja vinculado à Previdência, o que inclui 65% da população acima de 16 anos de idade.

"Depois bastar marcar pelo sistema 135 o dia e a hora do atendimento e levar a documentação. Se todos os dados necessários estiverem corretos o contribuinte será atendido em até 30 minutos, como vem sendo feito com as aposentadorias por idade desde o dia cinco de janeiro", explicou.

Pimentel disse ainda que em 90% das agências da previdência social o atendimento é marcado em até 48 horas. Nos grandes centros, entretanto existe um volume maior o que torna mais lento o processo.

"Estamos criando mais 715 agências até 2010, em todo o território nacional, para descentralizar o atendimento. Em 2008, atendemos 295 mil benefícios e aposentadorias por idade. Temos 4 mil pessoas por dia procurando e se aposentando por idade no território nacional. Este serviço será agilizado", concluiu.
17:27
Anónimo disse...
Giuseppe Englaro, pai de Eluana, a italiana que morreu na segunda-feira passada por desidratação, recusou uma grande soma de dinheiro de um conhecido fotógrafo italiano que queria retratar a filha em estado de coma, disse neste sábado o neurologista que atendia a mulher desde 1996, Carlo Defanti.

O neurologista, que participou hoje de uma conferência sobre eutanásia, disse que Englaro respeitou a vontade da filha, que, antes do acidente, tinha pedido que, se lhe ocorresse qualquer coisa irreversível, apresentasse sua imagem de quando estava em boas condições.

Antes de sofrer o acidente de trânsito, em 1992, Eluana viveu o coma de um amigo, Alessandro, o que causou forte impacto na italiana e a levou a fazer o pai prometer que não a deixasse viver em estado vegetativo, disse o próprio Giuseppe Englaro.

Defanti, que dissera que Eluana poderia viver de dez a 12 dias depois da suspensão da alimentação e da hidratação, disse que, como médico, tinha que reprovar esta afirmação.

"Não se pode sobreviver após três ou quatro dias sem líquido e, em particular, água em um corpo. Sabemos bem que, quando há um terremoto, após quatro dias é difícil encontrar sobreviventes".

Defanti ressaltou que Eluana "não falava, não se comunicava com o exterior" e que, após vários exames, "nos deparamos com uma moça que tinha perdido a consciência", porque estava com o córtex cerebral prejudicado.

Eluana foi enterrada na quinta-feira passada no túmulo da família na localidade de Paluzza, em Udine, após um funeral que não contou com a presença dos pais.

16:53
Anónimo disse...
Os bombeiros combatem neste sábado os incêndios na Austrália favorecidos pelo bom tempo, enquanto os deslocados encotram em seu retorno casas derruídas, carros queimados nas ruas e destruição.

Depois de sete dias desde que começaram os incêndios no Estado de Victoria, a lista de mortos chega a 181, os desaparecidos somam 50, os edifícios destruídos totalizam 1,834 mil e o terreno arrasado, principalmente florestas, ocupa uma área de 4,13 mil quilômetros quadrados.

As equipes de bombeiros, formadas por 4 mil profissionais de Victoria, de outras partes da Austrália e de países amigos, combateram hoje 12 focos fora de controle e nenhum representava uma ameaça direta para a população.

O subdiretor do Serviço de Bombeiros, Geoff Conway, disse que este tempo favorável, que se prolongará durante o domingo, permite consolidar as linhas de contenção e avançar na extinção das chamas.

Cinzas apareceram arrastadas por ventos do nordeste sobre Melbourne, onde habitam 3,8 milhões de pessoas, e as autoridades alertaram aos cidadãos do risco para a saúde de idosos, crianças e pessoas com problemas respiratórios.

O número de pessoas deslocadas - a Cruz Vermelha chegou a receber 7 mil - começou a cair com a abertura de algumas localidades atingidas.

Os incêndios, alguns criminosos, começaram em 7 de fevereiro, quando a região sul da Austrália estava há duas semanas sob uma onda de calor sem precedentes.

Na sexta-feira passada, a polícia acusou uma pessoa de ter provocado o incêndio que atingiu a localidade de Churchill e matou 21 pessoas.

16:55
Anónimo disse...
A primeira chuva em seis dias reduziu a ameaça de incêndios no Estado de Victoria, ao sul da Austrália. As autoridades, porém, advertiram que ainda existem 12 focos, mas que nenhum deles ameaça áreas povoadas.

Mais de quatro mil bombeiros, mil provenientes de outras partes do país e de outras nações, trabalham contra o fogo. Cerca de 600 veículos e 28 helicópteros e pequenos aviões estão sendo usados.


Eles conseguiram construir linhas de contenção para evitar os incêndios de Yarra e Maroondah se juntassem. Também foram controlados os incêndios abertos de Yea e Murrindindi, que ameaçavam as comunidades de Connellys Creek, Crystal Creek, Scrubby Creek e Native Dog Creek.

O número de mortos chegou a 181, mas as autoridades acreditam que as vítimas devem passar de 200, já que ainda há muitos desaparecidos.

16:55
Anónimo disse...
Aqui nesta coluna, na semana passada, tive a oportunidade de comentar sobre a recente visita do professor brasileiro Pedrinho Guareschi à Austrália. Não dei, porém, os fatos, pois semana passada o assunto era outro.

Hoje, porém, vamos a eles.

No último dia 4 de fevereiro, aconteceu o Seminário "Paulo Freire: Education and Liberation", organizado pelo centro de estudos latino-americanos da Universidade Nacional da Austrália, ou ANU, como é mais conhecida por aqui.

A ANU, para quem não sabe, está entre as 20 melhores universidades do mundo! E tem sede aqui em Camberra, capital da Austrália.

Na abertura do evento, o professor John Minns, diretor do centro latino-americano, ao dar boas-vindas ao público presente, lembrou ser aquele o primeiro seminário exclusivamente dedicado a Paulo Freire na Austrália.

Em seguida, convidou Pedrinho Guareschi, palestrante principal do Seminário, a fazer sua apresentação.

A plateia pode então conhecer, pelas palavras de Pedrinho, um pouco da obra e da vida de Freire, esse brasileiro de fé e valor, que sempre acreditou na educação, sobretudo dos menos favorecidos, analfabetos, como força libertadora.

Como não podia deixar de ser, os conceitos e ideias revolucionários de Paulo Freire, expostos com clareza por Pedrinho, despertaram o interesse e a curiosidade de plateia. A qual, deve-se notar, era na maioria de estudantes, mas de várias nacionalidades, sobretudo australianos e asiáticos.

Na continuação do programa do seminário, que se estendeu por dois dias, outros professores fizeram palestras sobre temas ligados à obra de Paulo Freire.

Interessante, por exemplo, saber que a professora Anne Hickling-Hudson, jamaicana que mora na Austrália há muitos anos (é professora da ANU), conheceu e trabalhou com Freire num workshop educacional durante a revolução na Ilha de Granada, em 1980, antes da invasão dos Estados Unidos...

Ou, então, a palestra da Professora Gerda Roelvink, da Nova Zelândia, que participou do Fórum Social de Porto Alegre em 2005. E essa participação transformou-se em tema de doutorado.

No dia 10, terça-feira passada, o padre Pedrinho Guareschi voltou a falar ao público australiano em grande auditório localizado no belíssimo campus da ANU. Desta vez, sobre a Teologia da Libertação.

Depois da palestra, John Minns mostrou o filme mexicano "O Crime do Padre Amaro", no qual um dos personagens é um padre católico praticante da Teologia da Libertação.

Mais uma vez, foi grande o intersse da platéia, que pode aprender e conhecer um pouco como se desenvolveu aquele importante movimento católico na América Latina.

Fica, assim, ao Pedrinho, bem como a outros brasileiros estudiosos e de bom coração que saem pelo mundo a divulgar aspectos importantes da cultura brasileira, o respeito e a homenagem desta coluna. E... aquele abraço!

16:57
Anónimo disse...
Amanda Kitts perdeu o braço esquerdo em um acidente de automóvel acontecido três anos atrás, mas hoje em dia ela joga futebol americano com seu filho de 12 anos de idade, troca fraldas e abraça as crianças nas três creches Kiddie Cottage que opera em Knoxville, Tennessee. Kitts, 40 anos, faz tudo isso com a ajuda de um novo tipo de braço artificial que se movimenta com mais facilidade do que outros aparelhos e que ela pode controlar utilizando apenas seus pensamentos.

"Eu sou capaz de mexer a mão, o pulso e o cotovelo ao mesmo tempo", diz. "Você pensa e os músculos se movem em seguida".

A recuperação que ela conseguiu resulta de um novo procedimento que vem atraindo crescente atenção porque permite que pessoas movam braços protéticos de forma mais automática do que faziam no passado, simplesmente utilizando nervos reaproveitados em seus cérebros.

A técnica, conhecida como "renervação muscular dirigida", envolve utilizar os nervos que restam depois da amputação de um braço e conectá-los a outro músculo do corpo, em geral no peito. Eletrodos são instalados sobre os músculos do peito, e operam como se fossem antenas. Quando a pessoa deseja mover o braço, o cérebro envia sinais que primeiro resultam em contração dos músculos do peito, os quais enviam um sinal ao braço protético, instruindo-se a se movimentar. O processo não requer mais esforços consciente do que a pessoa teria de exercitar caso ainda tivesse seu braço natural.

Na terça-feira, pesquisadores reportaram em estudo publicado pela versão online do Journal of the American Medical Association que haviam levado a técnica ainda mais à frente, tornando possível a execução de 10 movimentos de mão, pulso e cotovelo diferentes, o que representa uma substancial melhora com relação ao típico repertório protético, que em geral envolve apenas dobrar o cotovelo, girar o pulso e abrir a mão.

"Os novos métodos tiveram impacto dramático em nosso campo de trabalho", disse Stuart Harshbarger, engenheiro biomédico na Universidade Johns Hopkins e diretor do programa de pesquisa sobre próteses, financiado pelas forças armadas, que inclui o trabalho com essa técnica. "O método já está em uso por médicos e cirurgiões comuns em todo o país. A capacidade de controlar um membro protético bastante robusto que ele confere surpreendeu a todos pela qualidade".

Tipicamente, uma pessoa que tenha um braço protético só é capaz de executar alguns poucos movimentos, e muitas vezes com tamanha lentidão que isso só permite a ela atividades limitadas.

Há um motor separado para cada movimento, diz Gerald Loeb, professor de engenharia biomédica na Universidade do Sul da Califórnia, "e esses motores precisam ser controlados de maneira explícita", usualmente por um esforço consciente da pessoa para contrair músculos nas costas ou no bíceps.

"Essencialmente, até agora os pacientes controlavam apenas um motor de cada vez", diz Loeb, "e precisavam pensar cuidadosamente sobre que motor desejavam controlar e como fazê-lo operar, em lugar de simplesmente pensarem em mover o braço e poderem fazê-lo sem delongas".

Antes que Kitts passasse pelo procedimento de renervação, em outubro de 2007, por exemplo, ela precisava movimentar os músculos de suas costas de determinada maneira para fazer com que seu pulso girasse, e flexionar seu bíceps e tríceps para fazer com que o cotovelo se movesse para cima e para baixo. "Era muito trabalho", ela conta. "E não me ajudava muito".

O procedimento de renervação é parte de uma recente explosão de idéias novas e técnicas inovadoras que estão sendo exploradas enquanto os cientistas se esforçam por ajudar as pessoas a compensar melhor a perda de membros ou problemas de paralisia. O esforço vem sendo alimentado pelo aumento no número de amputações causado por diabetes e por ferimentos sofridos pelos militares, e ao mesmo tempo pelos avanços na tecnologia médica.

Os braços se tornaram um dos focos essenciais desse tipo de trabalho. A ciência há muito vem obtendo sucessos no desenvolvimento de próteses de perna, mas é muito mais difícil imitar a complexidade e a destreza das mãos e dos braços.

Os esforços em curso incluem o desenvolvimento de projetos de pele e braços mais sensíveis e mais flexíveis, e o uso de dispositivos acionados por controles sem fio implantado nos braços protéticos, que permitiriam movimentos mais naturais.

Os pesquisadores também vêm usando sensores implantados nos cérebros de cobaias para permitir que dois macacos controlem um braço mecânico, e um teste com um homem paralítico permitiu, com esse método, que ele movimentasse um cursor em uma tela de computador.

Alguns desses métodos, caso venham a ser aperfeiçoados plenamente e consigam aprovação das autoridades regulatórias da saúde, podem no futuro se tornar mais viáveis para os pacientes de amputações.

E embora a técnica da renervação não requeira aprovação das autoridades regulatórias porque é executada por meios cirúrgicos e emprega aparelhos já existentes, ela apresenta limitações que até mesmo seus criadores reconhecem, entre as quais o fato de que não se pode utilizá-la para todos os pacientes, o seu alto custo e o prazo de meses requerido para que os nervos reconectados cresçam e se tornem efetivos.

Ainda assim, os especialistas dizem que é o mais avançado sistema em uso hoje para pacientes reais que permite que o sistema nervoso controle diretamente o movimento de um braço artificial.

Desde sua introdução por Todd Kuiken, médico fisioterapeuta e engenheiro biomédico do Instituto de Reabilitação de Chicago, o método foi empregado em cerca de 30 pacientes nos Estados Unidos, Canadá e Europa, entre os quais oito soldados feridos no Iraque e no Afeganistão.

Muitos dos pacientes, entre os quais o primeiro, Jesse Sullivan, um operário do setor elétrico no Tennessee que perdeu os dois braços quando foi eletrocutado por um cabo, conseguem não apenas manipular seus braços protéticos mas sentir a presença das mãos que já não têm quando alguém toca em seus peitos.

Sullivan, 62 anos, e Kitts, estavam entre os cinco pacientes que participaram do estudo reportado na terça-feira. Em companhia de cinco outras pessoas que não passaram por amputações, eles receberam os eletrodos e foram instruídos a usar pensamentos para fazer com que um braço virtual na tela reproduzisse 10 movimentos diferentes, entre os quais três formas diferentes de aperto de mão.

Os pacientes apresentaram desempenho bastante respeitável, apenas um pouco mais lento e menos preciso do que os dos participantes que não tinham amputações.

"As velocidades de movimento que encontramos em nossos pacientes foram realmente encorajadoras", disse Kuiken. "Eles conseguiram completar a tarefa. É claro que não foram tão competentes quanto as pessoas dotadas de plena capacidade física, mas foram bons o bastante".

Um braço virtual foi usado porque a maioria das próteses existentes não era capaz de acomodar todos aqueles movimentos, no momento da pesquisa, ainda que Sullivan, Kitts e uma terceira paciente, Claudia Mitchell, tenham experimentado dois novos protótipos mais versáteis de braços artificiais, executando tarefas complexas com bolas de tênis e outros objetos.

O trabalho de renervação em soldados apresenta outros desafios, diz Kuiken, porque os ferimentos militares muitas vezes "causam danos muitos extensos" a nervos, músculos ou ossos.

Daniel Acosta, 25 anos, um aviador ferido pela detonação de uma bomba em uma estrada do Iraque em 2005, passou pelo procedimento no ano passado e diz que seu braço esquerdo protético agora se movimenta "muito mais rápido" e de maneira muito mais natural.

"A diferença é que agora não preciso mais pensar para mover o braço", ele diz. "Ele simplesmente se mexe".

Ainda assim, Acosta, de San Antonio, diz que "o processo foi bastante longo" e que os eletrodos precisam ser ajustados para receber os sinais à medida que os nervos crescem ou mudam de posição.

E embora elogiem o método, os especialistas afirmam que a ciência das próteses de braço ainda tem muito por avançar.

"Trata-se de uma parte crucial, mas ainda assim apenas uma parte, das muitas coisas que compreendem a função normal de um braço", disse Loeb, que escreveu um editorial que acompanha o artigo no Journal of the American Medical Association.

"No momento estamos a meio do caminho entre o braço de 'Dr. Fantástico', que fazia involuntariamente a saudação nazista, e o braço de Luke Skywalker em 'Guerra nas Estrelas', que funciona sem nenhum problema assim que é conectado. Creio que precisaremos ainda de muitos anos para conectar todas as peças necessárias a produzir um braço capaz de funcionar normalmente".

17:04
Anónimo disse...
A Espanha disse neste sábado que está preparando uma reclamação oficial contra a decisão da Venezuela de expulsar um membro do Parlamento Europeu que criticou o conselho eleitoral venezuelano.
Luis Herrero, membro do partido conservador espanhol PP, foi deportado na sexta-feira depois que o Conselho Nacional Eleitoral (CNE) o acusou de questionar a imparcialidade da instituição antes de um referendo que pode permitir ao presidente Hugo Chávez permanecer no cargo indefinidamente.

Herrero estava na Venezuela como observador do referendo. Ele acusou Chávez de ter "comportamentos típicos de um ditador" por pedir a contenção de manifestações da oposição.

O governo da Espanha convocou um encontro com o embaixador da Venezuela em Madri para expressar a desaprovação sobre a expulsão de Herrero, disse um representante do Ministério das Relações Exteriores espanhol.

As relações da Venezuela com a Espanha tiveram seu ponto crítico em 2007, quando Chávez ameaçou rever acordos diplomáticos e comerciais depois de ouvir um "cala a boca" do rei espanhol Juan Carlos durante uma cúpula.

A fenda foi oficialmente reparada em 2008, com uma visita oficial de Chávez à Espanha, onde ele cumprimentou o rei e discutiu acordos para investimento no setor petroquímico com o primeiro-ministro José Luis Rodriguez Zapatero.

17:06
Anónimo disse...
A polícia do Zimbábue anunciou neste sábado que acusa de traição Roy Bennett, dirigente do até agora opositor Movimento para a Mudança Democrática (MDC), detido na sexta-feira, em Harare, poucas horas antes da cerimônia de posse dos membros do novo gabinete.

"A Polícia nos informou que vão apresentar acusações de traição", disse à agência EFE o advogado de defesa de Bennett, Trust Maanda.

"Tentam relacionar Roy com o caso de Mike Hitschmann, que foi detido em 2006 em relação à descoberta de um carregamento de armas, apesar de que Hitschmann não tenha sido declarado culpado das acusações de traição apresentadas contra ele, mas de um crime menor de descumprimento de leis", disse Maanda.

O político opositor, designado por seu partido como vice-ministro de Agricultura no Governo de união nacional, esteve no exílio na vizinha África do Sul desde 2006 e retornou ao Zimbábue há duas semanas.

Segundo a Polícia, que deteve Bennett ontem no aeroporto de Harare quando pretendia ir à África do Sul para visitar sua família, as armas apreendidas em 2006 seriam utilizadas em um golpe de Estado para derrubar o presidente do Zimbábue, Robert Mugabe.

Depois da detenção, Bennet foi levado a Mutar, onde vários simpatizantes do MDC se concentraram em frente à delegacia na qual estava detido, diante do que a Polícia respondeu com tiros para o alto para dispersar os manifestantes.

17:07
Anónimo disse...
Austrália: 14 mil se candidatam a 'emprego dos sonhos'

A secretaria de Turismo de Queensland, na Austrália, informou que até esta segunda-feira já recebeu cerca de 14 mil inscrições para o "o melhor emprego do mundo". O Estado australiano promove pela internet seleção para vaga de "zelador" da ilha Hamilton, por seis meses com um salário de R$ 40 mil.

Muitos candidatos tiveram problemas durante a inscrição por conta dos acessos simultâneos ao site. A secretaria aconselha enviar os vídeos de 60s explicando porque deve ser escolhido em horários alternativos do dia, além de recomendar tamanho em torno de 40MB.

As inscrições começaram em 12 de janeiro e vão até o próximo dia 22 e podem ser feitas pelo site www.islandreefjob.com. O governo australiano escolherá 50 candidatos para a próxima fase da seleção, que terá votos do público para eleger um dos 11 finalistas.

A última fase terá entrevistas e desafios físicos, no próprio local de trabalho: as ilhas da Grande Barreira Coralina - o maior recife de coral do mundo. A secretaria de Turismo anunciará o vencedor no dia 6 de maio.

17:09
Anónimo disse...
Mercado elogia governo na crise, mas pede maior queda no juro

Peter Fussy
Direto de São Paulo

Desde as primeiras medidas anunciadas para combater os efeitos da crise, o governo brasileiro avisou que a estratégia não contemplaria um pacote. Seriam doses pontuais, de acordo com a necessidade da economia diante do agravamento das turbulências. Da primeira liberação dos depósitos compulsórios em setembro até a ampliação do seguro-desemprego na última quarta-feira, o governo passou por redução de impostos, ampliação de crédito e incentivos à exportação. Quase 150 dias após a primeira medida, o Terra conversou com líderes do setor público e privado, representantes dos trabalhadores, acadêmicos e com o próprio governo para saber quais destas ações foram mais eficazes, quais foram mais ineficientes e o que mais pode ser feito pelo Estado brasileiro contra a crise.

Os maiores elogios foram direcionados à atitude de reduzir o Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) para a indústria automobilística, anunciada em dezembro e que fez com que os emplacamentos de carros novos subissem 1,9% no primeiro mês do ano em relação a dezembro de 2008. Já as maiores críticas foram para a lentidão no corte da taxa básica de juro do País.

Para o presidente do conselho administrativo do Grupo Pão de Açúcar, Abílio Diniz, o Estado não é responsável pela crise e mesmo assim está agindo "com extrema serenidade e muito acerto". "O governo está atento, fazendo a sua parte. É preciso coragem de baixar firmemente a taxa de juros. É uma arma que temos a nosso favor, já que não há clima para inflação, nem possibilidade de danos para a macroeconomia", afirmou Diniz.

Na última reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), em janeiro, a taxa Selic foi reduzida em um ponto percentual, de 13,75% para 12,75% ao ano. Porém, o professor de economia da Universidade de Brasília (UnB) José Luiz Oreiro lembra que este corte representa uma redução de apenas 0,25 ponto percentual com relação à taxa de setembro do ano passado, quando a crise se agravou.

"Pouco antes da eclosão da crise, o Banco Central aumentou a taxa em 0,75 ponto. Foram cinco meses de demora para reduzir em termos líquidos apenas 0,25 ponto", afirmou o economista, que também sugeriu redução do intervalo de cerca de 90 dias entre as reuniões do Copom e o corte de pelo menos um 1 ponto percentual em cada reunião.

Mesmo com o corte de janeiro, a taxa de juros real continua sendo a maior do mundo, lembrou o secretário-geral da Força Sindical, João Carlos Gonçalves, o Juruna. "A redução da taxa de juro ainda é pequena, porque ela continua uma das mais altas do mundo. Falta ousadia para baixar os juros e ajudar o cidadão. A permanência da taxa de juro alta é negativa para o País em meio a crise", afirmou Juruna.

Embora aprove as ações do governo, o senador Aloízio Mercadante (PT-SP) também acredita que o patamar da Selic está muito alto. "Sempre fomos os primeiros a entrar em qualquer crise, o que não aconteceu agora. A taxa Selic ainda é muito alta, mas o governo têm tomado medidas acertadas, como o aumento do salário mínimo, mesmo com um cenário de crise. Isso ajuda a movimentar o consumo. O governo está se esforçando para manter os investimentos e o crescimento", disse.

Tributos
De acordo com o economista Fabio Pina, da Fecomercio-SP, as ações mais positivas estão relacionadas à redução de tributos para alguns segmentos, como a indústria automobilística, que recuperou parte da queda nas vendas em janeiro com a isenção do IPI para carros 1.0 l e o corte para demais motorizações. A medida vale até o final de março.

"Essas medidas não só reduziram o preço, mas anteciparam o consumo daqueles que iriam comprar no futuro, dando um prêmio por conta da insegurança. Mexe diretamente com o principal problema que é a confiança do consumidor", afirmou. Juruna destacou que um bom ritmo de vendas é garantia de emprego. "É importante porque cada emprego na montadora significa 19 na cadeia produtiva", comentou o representante da Força Sindical.

Também em dezembro, o governo decidiu cortar pela metade a alíquota do Imposto de Renda para contribuintes que ganham entre R$ 1.434 e R$ 2.150 mensais. "O salário aumentava e a tabela não se modificava. As pessoas ganhavam mais e pagavam mais impostos", apontou Juruna. Outra redução de tributos do governo foi com relação ao Imposto sobre Operações Financeiras (IOF), que caiu de 3% ao ano para 1,5%.

Crédito
Na segunda metade de 2008, o colapso de bancos nos Estados Unidos por conta da crise do subprime provocou uma forte restrição de crédito no mundo inteiro. Uma das primeiras medidas anticrise do governo teve como objetivo restabelecer a oferta, com mudanças no recolhimento dos depósitos compulsórios por parte dos bancos. Segundo o presidente do Banco Central, Henrique Meirelles, as diversas modificações liberaram US$ 99,2 bilhões aos bancos até o final de janeiro.

Além disso, o governo concedeu R$ 36 bilhões das reservas internacionais para empresas brasileiras com dívidas no exterior e uma medida provisória autorizou o Banco do Brasil e a Caixa Econômica Federal a comprar carteiras de crédito de bancos privados. Para o diretor do Departamento de Pesquisas e Estudos Econômicos da Fiesp, Paulo Francini, estas medidas foram essenciais para combater os efeitos da crise.

"A crise se desenvolve no mundo em torno do tema crédito. E o crédito reduziu-se barbaridade no mundo. Então o governo lança mão de compulsório, lança mão de reservas, de medidas que permitem aos bancos comprar carteiras de bancos. Você vai tomando várias medidas para atender às demandas e o epicentro disso é crédito", afirmou.

No entanto, Oreiro, da UnB, adverte que a liberação dos compulsórios seria mais eficiente acompanhada de redução mais agressiva da taxa básica de juro. "Uma parte do crédito voltou, depois da forte retração em outubro e novembro. O que deveria ter sido feito junto à liberação do compulsório era uma redução mais drástica da taxa de juro. Sem isso, os bancos pegam as reservas e acabam comprando títulos públicos", explicou o economista.

Na opinião de Pina, as ações de distribuição de crédito via redução do compulsório e a disposição de capital de giro para empresas foram tomadas sem um cuidado maior na operação e não tiveram muito efeito. "O BNDES tem linhas que ficam paradas quase todo o ano, agora é pior ainda. Existem os recursos, mas as empresas e os bancos estão desconfiados. É preciso fazer com que os bancos tenham interesse em emprestar", afirmou o economista da Fecomercio-SP.

Futuro
Mesmo com todas essas medidas, a crise financeira ainda gera incertezas nos setores produtivos do País. Nos últimos meses, o medo do desemprego fez os consumidores adiarem compras. Por sua vez, a queda nas vendas pode obrigar as indústrias a cortarem a produção e demitir funcionários. Contra isso, empresários sugerem redução de jornada e de salários.

"Isto está previsto em lei. A Fiesp simplesmente manteve conversações com entidades sindicais quanto à aplicação daquilo que já está previsto em lei", afirmou Francini.

Segundo a ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff, uma das medidas que assegura um nível de emprego é a manutenção de investimentos no Programa de Aceleração do Crescimento (PAC). "Estamos esperando que a dificuldade ocorra em janeiro, fevereiro e março. Estamos certos que vamos manter o nível de investimento. É isso que funciona, é isso que significa investimento público. Ele funciona como um colchão. Por isso, nós colocamos R$ 100 bilhões no BNDES e a Petrobras ampliou o seu investimento em R$ 120 bilhões", afirmou.

Na mesma linha, Pina explica que a antecipação de gastos do governo substitui parte da demanda retraída do setor privado. "Ele dá o seguinte recado: não vou estourar as contas públicas, mas concentrar em um momento em que a demanda privada está pequena. Mas o governo não tem fôlego suficiente para fazer o papel de toda demanda", ressaltou. O economista da Fecomercio lembrou que a entidade já pleiteou junto ao governo isenções para transferência de imóveis e de automóveis, além de retirar o IPVA para veículos novos.

Já Oreiro foca suas propostas na capitalização do Banco do Brasil e da Caixa Econômica Federal pelo Tesouro para atender a demanda de crédito para capital de giro e reduzir o spread. "Aumentando o empréstimo e reduzindo as taxas, os dois vão forçar os bancos privados a acompanhar o movimento, até para não perderem participação no mercado", explicou o economista da UnB.

Até o Carnaval, o governou prometeu detalhar um pacote de incentivos para a construção de até um milhão de casas populares, direcionado a famílias com renda de até dez salários mínimos. "Estamos atentos a tudo o que está acontecendo e novas medidas serão tomadas caso haja uma avaliação de que sejam necessárias", disse o ministro da Fazenda, Guido Mantega, na última sexta-feira.

17:11
Anónimo disse...
Ex-ministro critica extensão do seguro-desemprego

Atualizada às 09h03

O ex-ministro do Trabalho Almir Pazzianotto criticou a decisão do governo federal de conceder o seguro-desemprego estendido a apenas alguns setores. "É certamente odioso e provavelmente inconstitucional", disse Pazzianotto, de acordo com o jornal O Estado de S. Paulo.

Na última qurta, dia do anúncio da medida, centrais sindicais elogiaram a atitude do governo. A Força Sindical divulgou nota dizendo que "o aumento ajudará a aquecer parte da economia, já que irá gerar mais consumo, produção e conseqüentemente, a criação de novos postos de trabalho". A União Geral dos Trabalhadores (UGT) afirmou que a medida "contribuirá para minimizar o drama dos trabalhadores que perderem seu emprego por conta da crise".

O ex-ministro, que instituiu o seguro-desemprego no País no governo de José Sarney, destacou a necessidade de as centrais sindicais se manifestarem contra a determinação. Para ele, as mudanças devem ser aplicadas a todas as categorias profissionais e a distinção é contrária ao artigo 3º da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT).

Pazzianotto atribui a medida a um possível temor do governo de que a crise econômica seja longa e não haja dinheiro para atender a todas as necessidades. Ainda assim, ele se mostra contrário ao método de concessão. "O seguro-desemprego ajuda a sanar necessidades básicas. Estendê-lo é paliativo, não a solução", disse ao jornal.

De acordo com o presidente do Conselho Deliberativo do Fundo de Amparo ao Trabalhador (Codefat) e conselheiro da Força Sindical, Luiz Fernando Emediato, a determinação já estava prevista na lei 8.900/94, que trata do seguro-desemprego.

O presidente da Comissão de Trabalho da Câmara, Pedro Fernandes (PTB-MA) vai além na crítica à concessão do seguro para apenas alguns setores. Ele acredita que a ampliação do benefício estimula o desemprego.

Quintino Severo, secretário geral da Central Única dos Trabalhadores (CUT), lembra que a ampliação do benefício sem critério e identificação pode incentivar demissões em outros setores.

17:13
Anónimo disse...
Empresas
TAM faz promoção para destinos internacionais

A companhia aérea TAM anunciou nesta sexta-feira tarifas promocionais para trechos internacionais. Os preços valem para bilhetes comprados entre 6h deste sábado e 23h59 deste domingo e são válidos para classe econômica. As tarifas, para ida e volta, serão vendidas a partir de US$ 99, mais taxas.

Segundo a aérea, a promoção vale para viagens feitas no período de 14 de fevereiro a 18 de junho de 2009. Para destinos na América do Sul, a permanência mínima é de dois dias; para bilhetes com destino nos Estados Unidos, cinco dias; e Europa, sete dias. A permanência máxima para as passagens para América do Sul e EUA é de dois meses e para Europa, três meses.

Entre os exemplos de tarifas promocionais, a TAM oferece São Paulo-Lima por US$ 99. Bilhetes para a rota São Paulo-Santiago serão vendidos a partir de US$ 199 e São Paulo-Nova York, US$ 799.

A emissão dos bilhetes deve ser feita obrigatoriamente no ato da reserva, obedecendo às regras estipuladas pela companhia. A compra está sujeita à disponibilidade de assentos nas classes tarifárias determinadas, trechos, horários e datas. A TAM afirmou que também há tarifas promocionais para a classe executiva.

Mais informações podem ser encontradas no site promocional (www.ofertastam.com.br), no site da empresa (www.tam.com.br) ou pelos telefones 4002-5700 ou 0800 5705700.

17:13
Anónimo disse...
Empresas
Consultoria negocia compra do parque temático Hopi Hari

A consultoria especializada em reestruturação de empresas Íntegra Associados informou nesta sexta-feira ter um acordo para comprar o parque de diversões Hopi Hari, localizado no interior de São Paulo. A empresa estaria disposta a investir R$ 10 milhões no parque, que tem dívida estimada em R$ 800 milhões. As informações são da edição deste sábado do jornal Folha de S. Paulo.

De acordo com o jornal, a transação ainda depende da negociação entre o Hopi Hari e seus credores, o que já estaria em andamento.

A consultoria paulista já atuou junto à Parmalat, durante 30 meses, quando reorganizou a gestão da empresa italiana.

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17:14
Anónimo disse...
Empresas
Disney de Tóquio contratará mais 2 mil apesar da crise


A Oriental Land, o operador da Disneylândia Tóquio e DisneySea, organizou neste domingo entrevistas para contratar cerca de 2 mil trabalhadores em tempo parcial, em um momento de grandes demissões deste tipo de empregados no Japão.

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O operador deste parque temático, situado em Urayasu, na província de Chiba (leste de Tóquio), está em pleno processo de seleção de empregados para 20 tipos de postos trabalhistas diferentes.

Segundo a companhia, citada pela agência local de notícias Kyodo, o parque contratará novos trabalhadores para as atrações, para os restaurantes e guardas de segurança entre outros. Os novos contratados começarão a trabalhar a partir de fevereiro.

O processo de seleção acontece em um momento em que a maioria das grandes companhias japonesas começaram a se ver obrigadas a despedir uma elevada percentagem de seus trabalhadores temporários e a tempo parcial.

Algumas inclusive anunciaram demissões de seus trabalhadores fixos, uma medida muito pouco comum nas companhias japonesas, perante os efeitos piores que o esperado pela crise econômica global.

Cerca de uma centena de pessoas esperavam desde a primeira hora desta manhã a abertura do centro de conferências Tokyo International Forum, onde as entrevistas estão sendo feitas, para ser os primeiros a solicitar os postos de trabalho.


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17:15
Anónimo disse...
Economia Internacional
Senado dos EUA aprova plano de estímulo à economia

O Senado dos Estados Unidos aprovou com 60 votos a favor e 38 contra o plano de estímulo à economia de US$ 787 bilhões na madrugada deste sábado. Agora, ele segue para sanção ou veto do presidente Barack Obama, que espera colocar a lei em prática até o dia 16 de fevereiro.

O plano prevê a criação de três milhões de empregos, inclui cortes de impostos às famílias, fundos para programas sociais e obras públicas, além de ajuda aos governos estaduais, estudantes e desempregados.

A cláusula Buy American - que exige o uso de ferro, aço e produtos manufaturados dos Estados Unidos em obras realizadas com recursos do pacote - ficou de lado. Segundo o texto definitivo, a cláusula será aplicada sem violar as normas do comércio internacional.

Ontem à tarde, a Câmara de Representantes (deputados) havia aprovado, por 246 votos a favor e 183 contra, a versão final do plano. Todos os republicanos foram contrários ao pacote.

Pelo acordo de quarta-feira entre Câmara e Senado, em vez de custar US$ 819 bilhões, como queriam os deputados, ou US$ 838 bilhões como pretendiam os senadores, o pacote ficou em cerca de US$ 787 bilhões, com 65% desse total destinado a gastos do governo federal e 35%, a créditos tributários.

17:16
Anónimo disse...
Economia nacional
Na era Lula, aposentadoria sobe 54% menos que salário mínimo

Thatiane Faria
Especial para o Terra
Direto de São Paulo

Os índices de reajustes concedidos pelo governo em 2009 para aposentados e pensionistas e para o salário mínimo repetiram uma diferença que, só durante o governo de Luiz Inácio Lula da Silva, já chega a 54%. Enquanto o mínimo foi majorado em 12% este ano, as pensões e aposentadorias tiveram aumento de 5,92%. Aposentados que têm o benefício do governo como única fonte de renda reclamam que perdem poder de compra e que sua cesta de compras é composta por itens que aumentam mais em relação à inflação oficial.

Um exemplo prático pode ser entendido a partir da comparação entre um aposentado que ganhava R$ 600 em janeiro de 2003. Na época, o benefício era três vezes, ou 200%, maior que o valor do mínimo em vigência, que era de R$ 200. Aplicando-se os índices de reajuste para aposentadorias e para o mínimo durante os últimos seis anos, o mesmo aposentado estaria recebendo hoje R$ 938,47, comparado a um salário mínimo de R$ 465. A diferença entre os dois valores caiu para pouco mais de 100%.

Enquanto o índice acumulado de reajuste para a aposentadoria durante o governo Lula foi de 60%, para o salário mínimo está em 132%.

O diretor do Sindicato Nacional dos Aposentados, João Inocentini, reclama que os valores dos benefícios para aposentadorias não mantêm o poder de compra do grupo, principalmente dos aposentados que recebem menos que dez salários mínimos.

Nem mesmo o fato de o índice de reajuste das aposentadorias ter ficado acima da inflação acumulada no mesmo período (o IPCA entre janeiro de 2003 e janeiro de 2009 foi de 39,7%) serve de argumento, segundo os aposentados.

"Os idosos, principalmente, têm gastos além das contas gerais como gás, telefone e aluguel. Para eles o custo com remédios, e outros itens da área saúde costuma ser maior", afirmou Inocentini.

O presidente do sindicato afirmou que o grupo realiza um estudo com 100 itens de necessidade de um idoso para comparar o aumento dos produtos com o índice de reajuste do benefício recebido pelos aposentados.

"Daqui dois meses vamos abrir um processo na Justiça e levar essa pesquisa como prova. Segundo a lei, o governo é obrigado a manter o poder de compra com a aposentadoria", disse Inocentini.

Alternativas
O consultor financeiro Cláudio Boriola diz que os aposentados, especialmente nesse momento de crise econômica, devem evitar compras parceladas, pesquisar preços, negociar e fazer bom planejamento financeiro.

Segundo Boriola, alguns aposentados ganham um valor mensal muitas vezes insuficiente para o pagamento das contas e acabam pedindo crédito ou realizando pagamentos a prazo e são obrigados a pagar juros altos.

Na opinião do consultor, pagar uma previdência privada é uma alternativa indicada para quem ainda trabalha, considerando a característica de perda de poder de compra da aposentadoria.

"Na prática, infelizmente os valores encontram-se em um patamar que está deteriorando o poder de aquisição da população brasileira", completou Boriola.

De acordo com o diretor da Confederação Brasileira de Aposentados e Pensionistas (Cobap), Vicente Fernandes Barbosa, representantes dos aposentados tentarão um encontro com o presidente da Câmara, deputado Michel Temer (PMDB-SP), para discutir projetos que minimizem a perda dos aposentados

17:17
Anónimo disse...
Previdência
Previdência prorroga isenção de tarifas no benefício

O atual sistema de pagamento aos 26 milhões de aposentados e pensionistas do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) será mantido até o final deste ano. O acordo, que permite realizar a operação sem nenhum custo aos beneficiários, foi renovado nesta sexta-feira, entre o governo federal e 21 instituições financeiras.

Por meio desse acordo, vigente desde setembro de 2007, nem os segurados, nem os bancos e nem o governo arcam com o pagamento de tarifas, conforme explicou o ministro da Previdência Social, José Pimentel. A prorrogação vale até dezembro, data máxima para que a Previdência defina as regras para um novo contrato.

Ao assinar o termo de renovação, na sede da Federação Brasileira dos Bancos (Febraban), o ministro disse que a intenção do governo é mudar o atual modelo de gestão visando a reduzir os custos dessas operações em torno da folha mensal, que atinge R$ 15,8 bilhões. No entanto, qualquer alteração, conforme explicou, passará antes por audiências públicas a serem realizadas a partir do segundo semestre deste ano, atendendo a determinação do Tribunal de Contas da União (TCU).

De acordo com Pimentel, com um redesenho do mecanismo de repasse dos recursos aos bancos em torno da folha de pagamento dos segurados o que se busca é um aumento da participação de instituições financeiras. Ele informou que, desde 2007, cada benefício custa em média R$ 1,07 ao governo. "Quanto mais instituições financeiras estiverem prestando serviços à sociedade, maior é a competitividade, a agilidade no atendimento", justificou.

O ministro observou, ainda, que, para permitir uma redução para algo em torno de meia hora no tempo de atendimento para a concessão dos direitos previdenciários, o governo investiu R$ 280 milhões.

Questionado sobre o descontentamento dos segurados que ganham acima de um salário mínimo terem obtido apenas a correção com base na variação do Índice de Preços ao Consumidor (INPC) , ficando abaixo do reajuste dado a quem recebe apenas o mínimo, Pimentel argumentou que o governo seguiu o que determina a lei e descartou a possibilidade de uma revisão

17:17
Anónimo disse...
Empresas
Caterpillar oferece aposentadoria antecipada a 2 mil


A companhia americana Caterpillar ofereceu a cerca de dois mil funcionários incentivos para que se aposentem de forma voluntária antes do previsto, pela perspectiva de uma queda "significativa" da atividade industrial, informou nesta quarta-feira a empresa.

A iniciativa, destinada aos trabalhadores de diversas fábricas em Illinois, Colorado, Tennessee e Pensilvânia, se soma aos cortes de empregos anunciados em janeiro, explicou em comunicado de imprensa.

A empresa, a maior fabricante mundial de maquinaria pesada para a construção e a mineração, acrescentou que, "em função das condições de negócio, podem ser necessárias mais reduções de elenco voluntárias e involuntárias à medida que o ano avança".

O vice-presidente da companhia, Sid Banwart, explicou que a empresa prevê "demissões significativas em todas as regiões geográficas e na maioria dos setores devido às dificuldades da economia mundial".

17:18
Anónimo disse...
Comércio
Comércio exterior da OCDE caiu no 3º trimestre de 2008


As exportações e as importações dos países da Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Econômico (OCDE) caíram 1,6% e 0,2%, respectivamente, no terceiro trimestre de 2008, em relação aos três meses anteriores.

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Trata-se da primeira queda destas atividades desde o terceiro trimestre de 2006, segundo o último relatório trimestral sobre fluxos comerciais divulgado pela OCDE.

As exportações e as importações em dólares dos 30 Estados-membros caíram 15,6% e 17%, respectivamente, na comparação anualizada.

Por sua vez, o comércio dos sete países mais ricos do mundo (G7) teve um pequeno crescimento no terceiro trimestre de 2008 com uma queda das exportações de mercadorias de 0,2% em relação ao trimestre anterior e um aumento de 0,4% das importações.

Em termos anualizados, as importações do G7 caíram 1,4% entre julho e setembro do ano passado, seu primeiro retrocesso desde o terceiro trimestre de 2006, enquanto as exportações aumentaram 1,9%, seu crescimento mais baixo no mesmo tempo.

Por países, a Alemanha aumentou suas importações em 3,4% - valor mais alto do G7 -, enquanto suas exportações caíram 2,9% do segundo para o terceiro trimestre de 2008.

Pelo contrário, as exportações americanas aumentaram 1,8% entre julho e setembro de 2008, enquanto as importações caíram 0,7% em relação ao trimestre anterior. No Japão, tanto as importações quanto as exportações caíram em torno de 1% no mesmo período.

17:19
Anónimo disse...
Economia Nacional
Lula: juros de crédito consignado a aposentados são altos

Atualizada às 17h29

O presidente Luis Inácio Lula da Silva afirmou nesta terça-feira, em São Paulo, que está lutando para reduzir as taxas de juros cobradas de aposentados em crédito consignado. A Previdência Social estabelece uma taxa máxima de 2,5% para empréstimo e de 3,5% para cartão. Para Lula, os valores são altos.

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"Acho que o juro que os aposentados estão pagando hoje com o crédito consignado é alto para o padrão brasileiro", disse o presidente durante a cerimônia de comemoração dos 86 anos do INSS.

A Previdência anunciou nesta terça-feira que aposentados e trabalhadoras com licença-maternidade poderão receber seus benefícios em 30 minutos. De acordo com Lula, em junho, a aposentadoria do trabalhador rural também será conseguida em meia hora.

Além disso, o presidente anunciou que, também em junho, os trabalhadores que alcançarem o direito à aposentadoria passarão a receber em suas casas um comunicado da Previdência informando o fato e o valor do salário que têm direito a receber. "É um comprometimento público que estou fazendo com os companheiros da Previdência Social", disse.

"Estamos retribuindo ao contribuinte da Previdência Social aquilo que é a cidadania que ele tem direito", afirmou Lula. "Se para cobrar nós somos tão precisos, para devolver o dinheiro, temos que chegar próximo à perfeição", completou.

17:20
Anónimo disse...
Economia Nacional
Salário maternidade sairá em 30 minutos, diz ministro

Toda trabalhadora autônoma que tiver contribuído pelo menos 10 meses com o Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) - ou as que possuírem carteira assinada - poderão receber em 30 minutos o salário maternidade a partir desta terça-feira. Da mesma forma, as mulheres com 30 anos de contribuição e os homens com 35 anos também terão direito ao benefício de forma mais rápida. A informação é do ministro da Previdência Social, José Pimentel.

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Para requerer o salário maternidade, é preciso que as autônomas levem a carteira de identidade e o carnê de contribuição. As demais trabalhadoras devem apresentar a identificação e a carteira de trabalho. Desde o início do mês, a nova forma de análise para a concessão de benefícios foi adotada para a aposentadoria por idade do trabalhador urbano e agora foi estendida para o salário maternidade e por tempo de contribuição.

O ministro disse que a qualificação do serviço da previdência social é o reconhecimento do direito dos trabalhadores e da afirmação da cidadania.

"Até pouco tempo na cabeça do cidadão o serviço devia ser de péssima qualidade. Agora não, nós modificamos toda a legislação no mês de dezembro numa ação conjunta do Congresso Nacional com o governo federal. Estamos implantando e concedendo os benefícios em até 30 minutos", afirmou.

O ministro destacou que para conseguir se aposentar ou ter acesso à licença maternidade em 30 minutos, em primeiro lugar, é necessário que o cidadão esteja vinculado à Previdência, o que inclui 65% da população acima de 16 anos de idade.

"Depois bastar marcar pelo sistema 135 o dia e a hora do atendimento e levar a documentação. Se todos os dados necessários estiverem corretos o contribuinte será atendido em até 30 minutos, como vem sendo feito com as aposentadorias por idade desde o dia cinco de janeiro", explicou.

Pimentel disse ainda que em 90% das agências da previdência social o atendimento é marcado em até 48 horas. Nos grandes centros, entretanto existe um volume maior o que torna mais lento o processo.

"Estamos criando mais 715 agências até 2010, em todo o território nacional, para descentralizar o atendimento. Em 2008, atendemos 295 mil benefícios e aposentadorias por idade. Temos 4 mil pessoas por dia procurando e se aposentando por idade no território nacional. Este serviço será agilizado", concluiu.
17:27
Anónimo disse...
Giuseppe Englaro, pai de Eluana, a italiana que morreu na segunda-feira passada por desidratação, recusou uma grande soma de dinheiro de um conhecido fotógrafo italiano que queria retratar a filha em estado de coma, disse neste sábado o neurologista que atendia a mulher desde 1996, Carlo Defanti.

O neurologista, que participou hoje de uma conferência sobre eutanásia, disse que Englaro respeitou a vontade da filha, que, antes do acidente, tinha pedido que, se lhe ocorresse qualquer coisa irreversível, apresentasse sua imagem de quando estava em boas condições.

Antes de sofrer o acidente de trânsito, em 1992, Eluana viveu o coma de um amigo, Alessandro, o que causou forte impacto na italiana e a levou a fazer o pai prometer que não a deixasse viver em estado vegetativo, disse o próprio Giuseppe Englaro.

Defanti, que dissera que Eluana poderia viver de dez a 12 dias depois da suspensão da alimentação e da hidratação, disse que, como médico, tinha que reprovar esta afirmação.

"Não se pode sobreviver após três ou quatro dias sem líquido e, em particular, água em um corpo. Sabemos bem que, quando há um terremoto, após quatro dias é difícil encontrar sobreviventes".

Defanti ressaltou que Eluana "não falava, não se comunicava com o exterior" e que, após vários exames, "nos deparamos com uma moça que tinha perdido a consciência", porque estava com o córtex cerebral prejudicado.

Eluana foi enterrada na quinta-feira passada no túmulo da família na localidade de Paluzza, em Udine, após um funeral que não contou com a presença dos pais.

16:53
Anónimo disse...
Os bombeiros combatem neste sábado os incêndios na Austrália favorecidos pelo bom tempo, enquanto os deslocados encotram em seu retorno casas derruídas, carros queimados nas ruas e destruição.

Depois de sete dias desde que começaram os incêndios no Estado de Victoria, a lista de mortos chega a 181, os desaparecidos somam 50, os edifícios destruídos totalizam 1,834 mil e o terreno arrasado, principalmente florestas, ocupa uma área de 4,13 mil quilômetros quadrados.

As equipes de bombeiros, formadas por 4 mil profissionais de Victoria, de outras partes da Austrália e de países amigos, combateram hoje 12 focos fora de controle e nenhum representava uma ameaça direta para a população.

O subdiretor do Serviço de Bombeiros, Geoff Conway, disse que este tempo favorável, que se prolongará durante o domingo, permite consolidar as linhas de contenção e avançar na extinção das chamas.

Cinzas apareceram arrastadas por ventos do nordeste sobre Melbourne, onde habitam 3,8 milhões de pessoas, e as autoridades alertaram aos cidadãos do risco para a saúde de idosos, crianças e pessoas com problemas respiratórios.

O número de pessoas deslocadas - a Cruz Vermelha chegou a receber 7 mil - começou a cair com a abertura de algumas localidades atingidas.

Os incêndios, alguns criminosos, começaram em 7 de fevereiro, quando a região sul da Austrália estava há duas semanas sob uma onda de calor sem precedentes.

Na sexta-feira passada, a polícia acusou uma pessoa de ter provocado o incêndio que atingiu a localidade de Churchill e matou 21 pessoas.

16:55
Anónimo disse...
A primeira chuva em seis dias reduziu a ameaça de incêndios no Estado de Victoria, ao sul da Austrália. As autoridades, porém, advertiram que ainda existem 12 focos, mas que nenhum deles ameaça áreas povoadas.

Mais de quatro mil bombeiros, mil provenientes de outras partes do país e de outras nações, trabalham contra o fogo. Cerca de 600 veículos e 28 helicópteros e pequenos aviões estão sendo usados.


Eles conseguiram construir linhas de contenção para evitar os incêndios de Yarra e Maroondah se juntassem. Também foram controlados os incêndios abertos de Yea e Murrindindi, que ameaçavam as comunidades de Connellys Creek, Crystal Creek, Scrubby Creek e Native Dog Creek.

O número de mortos chegou a 181, mas as autoridades acreditam que as vítimas devem passar de 200, já que ainda há muitos desaparecidos.

16:55
Anónimo disse...
Aqui nesta coluna, na semana passada, tive a oportunidade de comentar sobre a recente visita do professor brasileiro Pedrinho Guareschi à Austrália. Não dei, porém, os fatos, pois semana passada o assunto era outro.

Hoje, porém, vamos a eles.

No último dia 4 de fevereiro, aconteceu o Seminário "Paulo Freire: Education and Liberation", organizado pelo centro de estudos latino-americanos da Universidade Nacional da Austrália, ou ANU, como é mais conhecida por aqui.

A ANU, para quem não sabe, está entre as 20 melhores universidades do mundo! E tem sede aqui em Camberra, capital da Austrália.

Na abertura do evento, o professor John Minns, diretor do centro latino-americano, ao dar boas-vindas ao público presente, lembrou ser aquele o primeiro seminário exclusivamente dedicado a Paulo Freire na Austrália.

Em seguida, convidou Pedrinho Guareschi, palestrante principal do Seminário, a fazer sua apresentação.

A plateia pode então conhecer, pelas palavras de Pedrinho, um pouco da obra e da vida de Freire, esse brasileiro de fé e valor, que sempre acreditou na educação, sobretudo dos menos favorecidos, analfabetos, como força libertadora.

Como não podia deixar de ser, os conceitos e ideias revolucionários de Paulo Freire, expostos com clareza por Pedrinho, despertaram o interesse e a curiosidade de plateia. A qual, deve-se notar, era na maioria de estudantes, mas de várias nacionalidades, sobretudo australianos e asiáticos.

Na continuação do programa do seminário, que se estendeu por dois dias, outros professores fizeram palestras sobre temas ligados à obra de Paulo Freire.

Interessante, por exemplo, saber que a professora Anne Hickling-Hudson, jamaicana que mora na Austrália há muitos anos (é professora da ANU), conheceu e trabalhou com Freire num workshop educacional durante a revolução na Ilha de Granada, em 1980, antes da invasão dos Estados Unidos...

Ou, então, a palestra da Professora Gerda Roelvink, da Nova Zelândia, que participou do Fórum Social de Porto Alegre em 2005. E essa participação transformou-se em tema de doutorado.

No dia 10, terça-feira passada, o padre Pedrinho Guareschi voltou a falar ao público australiano em grande auditório localizado no belíssimo campus da ANU. Desta vez, sobre a Teologia da Libertação.

Depois da palestra, John Minns mostrou o filme mexicano "O Crime do Padre Amaro", no qual um dos personagens é um padre católico praticante da Teologia da Libertação.

Mais uma vez, foi grande o intersse da platéia, que pode aprender e conhecer um pouco como se desenvolveu aquele importante movimento católico na América Latina.

Fica, assim, ao Pedrinho, bem como a outros brasileiros estudiosos e de bom coração que saem pelo mundo a divulgar aspectos importantes da cultura brasileira, o respeito e a homenagem desta coluna. E... aquele abraço!

16:57
Anónimo disse...
Amanda Kitts perdeu o braço esquerdo em um acidente de automóvel acontecido três anos atrás, mas hoje em dia ela joga futebol americano com seu filho de 12 anos de idade, troca fraldas e abraça as crianças nas três creches Kiddie Cottage que opera em Knoxville, Tennessee. Kitts, 40 anos, faz tudo isso com a ajuda de um novo tipo de braço artificial que se movimenta com mais facilidade do que outros aparelhos e que ela pode controlar utilizando apenas seus pensamentos.

"Eu sou capaz de mexer a mão, o pulso e o cotovelo ao mesmo tempo", diz. "Você pensa e os músculos se movem em seguida".

A recuperação que ela conseguiu resulta de um novo procedimento que vem atraindo crescente atenção porque permite que pessoas movam braços protéticos de forma mais automática do que faziam no passado, simplesmente utilizando nervos reaproveitados em seus cérebros.

A técnica, conhecida como "renervação muscular dirigida", envolve utilizar os nervos que restam depois da amputação de um braço e conectá-los a outro músculo do corpo, em geral no peito. Eletrodos são instalados sobre os músculos do peito, e operam como se fossem antenas. Quando a pessoa deseja mover o braço, o cérebro envia sinais que primeiro resultam em contração dos músculos do peito, os quais enviam um sinal ao braço protético, instruindo-se a se movimentar. O processo não requer mais esforços consciente do que a pessoa teria de exercitar caso ainda tivesse seu braço natural.

Na terça-feira, pesquisadores reportaram em estudo publicado pela versão online do Journal of the American Medical Association que haviam levado a técnica ainda mais à frente, tornando possível a execução de 10 movimentos de mão, pulso e cotovelo diferentes, o que representa uma substancial melhora com relação ao típico repertório protético, que em geral envolve apenas dobrar o cotovelo, girar o pulso e abrir a mão.

"Os novos métodos tiveram impacto dramático em nosso campo de trabalho", disse Stuart Harshbarger, engenheiro biomédico na Universidade Johns Hopkins e diretor do programa de pesquisa sobre próteses, financiado pelas forças armadas, que inclui o trabalho com essa técnica. "O método já está em uso por médicos e cirurgiões comuns em todo o país. A capacidade de controlar um membro protético bastante robusto que ele confere surpreendeu a todos pela qualidade".

Tipicamente, uma pessoa que tenha um braço protético só é capaz de executar alguns poucos movimentos, e muitas vezes com tamanha lentidão que isso só permite a ela atividades limitadas.

Há um motor separado para cada movimento, diz Gerald Loeb, professor de engenharia biomédica na Universidade do Sul da Califórnia, "e esses motores precisam ser controlados de maneira explícita", usualmente por um esforço consciente da pessoa para contrair músculos nas costas ou no bíceps.

"Essencialmente, até agora os pacientes controlavam apenas um motor de cada vez", diz Loeb, "e precisavam pensar cuidadosamente sobre que motor desejavam controlar e como fazê-lo operar, em lugar de simplesmente pensarem em mover o braço e poderem fazê-lo sem delongas".

Antes que Kitts passasse pelo procedimento de renervação, em outubro de 2007, por exemplo, ela precisava movimentar os músculos de suas costas de determinada maneira para fazer com que seu pulso girasse, e flexionar seu bíceps e tríceps para fazer com que o cotovelo se movesse para cima e para baixo. "Era muito trabalho", ela conta. "E não me ajudava muito".

O procedimento de renervação é parte de uma recente explosão de idéias novas e técnicas inovadoras que estão sendo exploradas enquanto os cientistas se esforçam por ajudar as pessoas a compensar melhor a perda de membros ou problemas de paralisia. O esforço vem sendo alimentado pelo aumento no número de amputações causado por diabetes e por ferimentos sofridos pelos militares, e ao mesmo tempo pelos avanços na tecnologia médica.

Os braços se tornaram um dos focos essenciais desse tipo de trabalho. A ciência há muito vem obtendo sucessos no desenvolvimento de próteses de perna, mas é muito mais difícil imitar a complexidade e a destreza das mãos e dos braços.

Os esforços em curso incluem o desenvolvimento de projetos de pele e braços mais sensíveis e mais flexíveis, e o uso de dispositivos acionados por controles sem fio implantado nos braços protéticos, que permitiriam movimentos mais naturais.

Os pesquisadores também vêm usando sensores implantados nos cérebros de cobaias para permitir que dois macacos controlem um braço mecânico, e um teste com um homem paralítico permitiu, com esse método, que ele movimentasse um cursor em uma tela de computador.

Alguns desses métodos, caso venham a ser aperfeiçoados plenamente e consigam aprovação das autoridades regulatórias da saúde, podem no futuro se tornar mais viáveis para os pacientes de amputações.

E embora a técnica da renervação não requeira aprovação das autoridades regulatórias porque é executada por meios cirúrgicos e emprega aparelhos já existentes, ela apresenta limitações que até mesmo seus criadores reconhecem, entre as quais o fato de que não se pode utilizá-la para todos os pacientes, o seu alto custo e o prazo de meses requerido para que os nervos reconectados cresçam e se tornem efetivos.

Ainda assim, os especialistas dizem que é o mais avançado sistema em uso hoje para pacientes reais que permite que o sistema nervoso controle diretamente o movimento de um braço artificial.

Desde sua introdução por Todd Kuiken, médico fisioterapeuta e engenheiro biomédico do Instituto de Reabilitação de Chicago, o método foi empregado em cerca de 30 pacientes nos Estados Unidos, Canadá e Europa, entre os quais oito soldados feridos no Iraque e no Afeganistão.

Muitos dos pacientes, entre os quais o primeiro, Jesse Sullivan, um operário do setor elétrico no Tennessee que perdeu os dois braços quando foi eletrocutado por um cabo, conseguem não apenas manipular seus braços protéticos mas sentir a presença das mãos que já não têm quando alguém toca em seus peitos.

Sullivan, 62 anos, e Kitts, estavam entre os cinco pacientes que participaram do estudo reportado na terça-feira. Em companhia de cinco outras pessoas que não passaram por amputações, eles receberam os eletrodos e foram instruídos a usar pensamentos para fazer com que um braço virtual na tela reproduzisse 10 movimentos diferentes, entre os quais três formas diferentes de aperto de mão.

Os pacientes apresentaram desempenho bastante respeitável, apenas um pouco mais lento e menos preciso do que os dos participantes que não tinham amputações.

"As velocidades de movimento que encontramos em nossos pacientes foram realmente encorajadoras", disse Kuiken. "Eles conseguiram completar a tarefa. É claro que não foram tão competentes quanto as pessoas dotadas de plena capacidade física, mas foram bons o bastante".

Um braço virtual foi usado porque a maioria das próteses existentes não era capaz de acomodar todos aqueles movimentos, no momento da pesquisa, ainda que Sullivan, Kitts e uma terceira paciente, Claudia Mitchell, tenham experimentado dois novos protótipos mais versáteis de braços artificiais, executando tarefas complexas com bolas de tênis e outros objetos.

O trabalho de renervação em soldados apresenta outros desafios, diz Kuiken, porque os ferimentos militares muitas vezes "causam danos muitos extensos" a nervos, músculos ou ossos.

Daniel Acosta, 25 anos, um aviador ferido pela detonação de uma bomba em uma estrada do Iraque em 2005, passou pelo procedimento no ano passado e diz que seu braço esquerdo protético agora se movimenta "muito mais rápido" e de maneira muito mais natural.

"A diferença é que agora não preciso mais pensar para mover o braço", ele diz. "Ele simplesmente se mexe".

Ainda assim, Acosta, de San Antonio, diz que "o processo foi bastante longo" e que os eletrodos precisam ser ajustados para receber os sinais à medida que os nervos crescem ou mudam de posição.

E embora elogiem o método, os especialistas afirmam que a ciência das próteses de braço ainda tem muito por avançar.

"Trata-se de uma parte crucial, mas ainda assim apenas uma parte, das muitas coisas que compreendem a função normal de um braço", disse Loeb, que escreveu um editorial que acompanha o artigo no Journal of the American Medical Association.

"No momento estamos a meio do caminho entre o braço de 'Dr. Fantástico', que fazia involuntariamente a saudação nazista, e o braço de Luke Skywalker em 'Guerra nas Estrelas', que funciona sem nenhum problema assim que é conectado. Creio que precisaremos ainda de muitos anos para conectar todas as peças necessárias a produzir um braço capaz de funcionar normalmente".

17:04
Anónimo disse...
A Espanha disse neste sábado que está preparando uma reclamação oficial contra a decisão da Venezuela de expulsar um membro do Parlamento Europeu que criticou o conselho eleitoral venezuelano.
Luis Herrero, membro do partido conservador espanhol PP, foi deportado na sexta-feira depois que o Conselho Nacional Eleitoral (CNE) o acusou de questionar a imparcialidade da instituição antes de um referendo que pode permitir ao presidente Hugo Chávez permanecer no cargo indefinidamente.

Herrero estava na Venezuela como observador do referendo. Ele acusou Chávez de ter "comportamentos típicos de um ditador" por pedir a contenção de manifestações da oposição.

O governo da Espanha convocou um encontro com o embaixador da Venezuela em Madri para expressar a desaprovação sobre a expulsão de Herrero, disse um representante do Ministério das Relações Exteriores espanhol.

As relações da Venezuela com a Espanha tiveram seu ponto crítico em 2007, quando Chávez ameaçou rever acordos diplomáticos e comerciais depois de ouvir um "cala a boca" do rei espanhol Juan Carlos durante uma cúpula.

A fenda foi oficialmente reparada em 2008, com uma visita oficial de Chávez à Espanha, onde ele cumprimentou o rei e discutiu acordos para investimento no setor petroquímico com o primeiro-ministro José Luis Rodriguez Zapatero.

17:06
Anónimo disse...
A polícia do Zimbábue anunciou neste sábado que acusa de traição Roy Bennett, dirigente do até agora opositor Movimento para a Mudança Democrática (MDC), detido na sexta-feira, em Harare, poucas horas antes da cerimônia de posse dos membros do novo gabinete.

"A Polícia nos informou que vão apresentar acusações de traição", disse à agência EFE o advogado de defesa de Bennett, Trust Maanda.

"Tentam relacionar Roy com o caso de Mike Hitschmann, que foi detido em 2006 em relação à descoberta de um carregamento de armas, apesar de que Hitschmann não tenha sido declarado culpado das acusações de traição apresentadas contra ele, mas de um crime menor de descumprimento de leis", disse Maanda.

O político opositor, designado por seu partido como vice-ministro de Agricultura no Governo de união nacional, esteve no exílio na vizinha África do Sul desde 2006 e retornou ao Zimbábue há duas semanas.

Segundo a Polícia, que deteve Bennett ontem no aeroporto de Harare quando pretendia ir à África do Sul para visitar sua família, as armas apreendidas em 2006 seriam utilizadas em um golpe de Estado para derrubar o presidente do Zimbábue, Robert Mugabe.

Depois da detenção, Bennet foi levado a Mutar, onde vários simpatizantes do MDC se concentraram em frente à delegacia na qual estava detido, diante do que a Polícia respondeu com tiros para o alto para dispersar os manifestantes.

17:07
Anónimo disse...
Austrália: 14 mil se candidatam a 'emprego dos sonhos'

A secretaria de Turismo de Queensland, na Austrália, informou que até esta segunda-feira já recebeu cerca de 14 mil inscrições para o "o melhor emprego do mundo". O Estado australiano promove pela internet seleção para vaga de "zelador" da ilha Hamilton, por seis meses com um salário de R$ 40 mil.

Muitos candidatos tiveram problemas durante a inscrição por conta dos acessos simultâneos ao site. A secretaria aconselha enviar os vídeos de 60s explicando porque deve ser escolhido em horários alternativos do dia, além de recomendar tamanho em torno de 40MB.

As inscrições começaram em 12 de janeiro e vão até o próximo dia 22 e podem ser feitas pelo site www.islandreefjob.com. O governo australiano escolherá 50 candidatos para a próxima fase da seleção, que terá votos do público para eleger um dos 11 finalistas.

A última fase terá entrevistas e desafios físicos, no próprio local de trabalho: as ilhas da Grande Barreira Coralina - o maior recife de coral do mundo. A secretaria de Turismo anunciará o vencedor no dia 6 de maio.

17:09
Anónimo disse...
Mercado elogia governo na crise, mas pede maior queda no juro

Peter Fussy
Direto de São Paulo

Desde as primeiras medidas anunciadas para combater os efeitos da crise, o governo brasileiro avisou que a estratégia não contemplaria um pacote. Seriam doses pontuais, de acordo com a necessidade da economia diante do agravamento das turbulências. Da primeira liberação dos depósitos compulsórios em setembro até a ampliação do seguro-desemprego na última quarta-feira, o governo passou por redução de impostos, ampliação de crédito e incentivos à exportação. Quase 150 dias após a primeira medida, o Terra conversou com líderes do setor público e privado, representantes dos trabalhadores, acadêmicos e com o próprio governo para saber quais destas ações foram mais eficazes, quais foram mais ineficientes e o que mais pode ser feito pelo Estado brasileiro contra a crise.

Os maiores elogios foram direcionados à atitude de reduzir o Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) para a indústria automobilística, anunciada em dezembro e que fez com que os emplacamentos de carros novos subissem 1,9% no primeiro mês do ano em relação a dezembro de 2008. Já as maiores críticas foram para a lentidão no corte da taxa básica de juro do País.

Para o presidente do conselho administrativo do Grupo Pão de Açúcar, Abílio Diniz, o Estado não é responsável pela crise e mesmo assim está agindo "com extrema serenidade e muito acerto". "O governo está atento, fazendo a sua parte. É preciso coragem de baixar firmemente a taxa de juros. É uma arma que temos a nosso favor, já que não há clima para inflação, nem possibilidade de danos para a macroeconomia", afirmou Diniz.

Na última reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), em janeiro, a taxa Selic foi reduzida em um ponto percentual, de 13,75% para 12,75% ao ano. Porém, o professor de economia da Universidade de Brasília (UnB) José Luiz Oreiro lembra que este corte representa uma redução de apenas 0,25 ponto percentual com relação à taxa de setembro do ano passado, quando a crise se agravou.

"Pouco antes da eclosão da crise, o Banco Central aumentou a taxa em 0,75 ponto. Foram cinco meses de demora para reduzir em termos líquidos apenas 0,25 ponto", afirmou o economista, que também sugeriu redução do intervalo de cerca de 90 dias entre as reuniões do Copom e o corte de pelo menos um 1 ponto percentual em cada reunião.

Mesmo com o corte de janeiro, a taxa de juros real continua sendo a maior do mundo, lembrou o secretário-geral da Força Sindical, João Carlos Gonçalves, o Juruna. "A redução da taxa de juro ainda é pequena, porque ela continua uma das mais altas do mundo. Falta ousadia para baixar os juros e ajudar o cidadão. A permanência da taxa de juro alta é negativa para o País em meio a crise", afirmou Juruna.

Embora aprove as ações do governo, o senador Aloízio Mercadante (PT-SP) também acredita que o patamar da Selic está muito alto. "Sempre fomos os primeiros a entrar em qualquer crise, o que não aconteceu agora. A taxa Selic ainda é muito alta, mas o governo têm tomado medidas acertadas, como o aumento do salário mínimo, mesmo com um cenário de crise. Isso ajuda a movimentar o consumo. O governo está se esforçando para manter os investimentos e o crescimento", disse.

Tributos
De acordo com o economista Fabio Pina, da Fecomercio-SP, as ações mais positivas estão relacionadas à redução de tributos para alguns segmentos, como a indústria automobilística, que recuperou parte da queda nas vendas em janeiro com a isenção do IPI para carros 1.0 l e o corte para demais motorizações. A medida vale até o final de março.

"Essas medidas não só reduziram o preço, mas anteciparam o consumo daqueles que iriam comprar no futuro, dando um prêmio por conta da insegurança. Mexe diretamente com o principal problema que é a confiança do consumidor", afirmou. Juruna destacou que um bom ritmo de vendas é garantia de emprego. "É importante porque cada emprego na montadora significa 19 na cadeia produtiva", comentou o representante da Força Sindical.

Também em dezembro, o governo decidiu cortar pela metade a alíquota do Imposto de Renda para contribuintes que ganham entre R$ 1.434 e R$ 2.150 mensais. "O salário aumentava e a tabela não se modificava. As pessoas ganhavam mais e pagavam mais impostos", apontou Juruna. Outra redução de tributos do governo foi com relação ao Imposto sobre Operações Financeiras (IOF), que caiu de 3% ao ano para 1,5%.

Crédito
Na segunda metade de 2008, o colapso de bancos nos Estados Unidos por conta da crise do subprime provocou uma forte restrição de crédito no mundo inteiro. Uma das primeiras medidas anticrise do governo teve como objetivo restabelecer a oferta, com mudanças no recolhimento dos depósitos compulsórios por parte dos bancos. Segundo o presidente do Banco Central, Henrique Meirelles, as diversas modificações liberaram US$ 99,2 bilhões aos bancos até o final de janeiro.

Além disso, o governo concedeu R$ 36 bilhões das reservas internacionais para empresas brasileiras com dívidas no exterior e uma medida provisória autorizou o Banco do Brasil e a Caixa Econômica Federal a comprar carteiras de crédito de bancos privados. Para o diretor do Departamento de Pesquisas e Estudos Econômicos da Fiesp, Paulo Francini, estas medidas foram essenciais para combater os efeitos da crise.

"A crise se desenvolve no mundo em torno do tema crédito. E o crédito reduziu-se barbaridade no mundo. Então o governo lança mão de compulsório, lança mão de reservas, de medidas que permitem aos bancos comprar carteiras de bancos. Você vai tomando várias medidas para atender às demandas e o epicentro disso é crédito", afirmou.

No entanto, Oreiro, da UnB, adverte que a liberação dos compulsórios seria mais eficiente acompanhada de redução mais agressiva da taxa básica de juro. "Uma parte do crédito voltou, depois da forte retração em outubro e novembro. O que deveria ter sido feito junto à liberação do compulsório era uma redução mais drástica da taxa de juro. Sem isso, os bancos pegam as reservas e acabam comprando títulos públicos", explicou o economista.

Na opinião de Pina, as ações de distribuição de crédito via redução do compulsório e a disposição de capital de giro para empresas foram tomadas sem um cuidado maior na operação e não tiveram muito efeito. "O BNDES tem linhas que ficam paradas quase todo o ano, agora é pior ainda. Existem os recursos, mas as empresas e os bancos estão desconfiados. É preciso fazer com que os bancos tenham interesse em emprestar", afirmou o economista da Fecomercio-SP.

Futuro
Mesmo com todas essas medidas, a crise financeira ainda gera incertezas nos setores produtivos do País. Nos últimos meses, o medo do desemprego fez os consumidores adiarem compras. Por sua vez, a queda nas vendas pode obrigar as indústrias a cortarem a produção e demitir funcionários. Contra isso, empresários sugerem redução de jornada e de salários.

"Isto está previsto em lei. A Fiesp simplesmente manteve conversações com entidades sindicais quanto à aplicação daquilo que já está previsto em lei", afirmou Francini.

Segundo a ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff, uma das medidas que assegura um nível de emprego é a manutenção de investimentos no Programa de Aceleração do Crescimento (PAC). "Estamos esperando que a dificuldade ocorra em janeiro, fevereiro e março. Estamos certos que vamos manter o nível de investimento. É isso que funciona, é isso que significa investimento público. Ele funciona como um colchão. Por isso, nós colocamos R$ 100 bilhões no BNDES e a Petrobras ampliou o seu investimento em R$ 120 bilhões", afirmou.

Na mesma linha, Pina explica que a antecipação de gastos do governo substitui parte da demanda retraída do setor privado. "Ele dá o seguinte recado: não vou estourar as contas públicas, mas concentrar em um momento em que a demanda privada está pequena. Mas o governo não tem fôlego suficiente para fazer o papel de toda demanda", ressaltou. O economista da Fecomercio lembrou que a entidade já pleiteou junto ao governo isenções para transferência de imóveis e de automóveis, além de retirar o IPVA para veículos novos.

Já Oreiro foca suas propostas na capitalização do Banco do Brasil e da Caixa Econômica Federal pelo Tesouro para atender a demanda de crédito para capital de giro e reduzir o spread. "Aumentando o empréstimo e reduzindo as taxas, os dois vão forçar os bancos privados a acompanhar o movimento, até para não perderem participação no mercado", explicou o economista da UnB.

Até o Carnaval, o governou prometeu detalhar um pacote de incentivos para a construção de até um milhão de casas populares, direcionado a famílias com renda de até dez salários mínimos. "Estamos atentos a tudo o que está acontecendo e novas medidas serão tomadas caso haja uma avaliação de que sejam necessárias", disse o ministro da Fazenda, Guido Mantega, na última sexta-feira.

17:11
Anónimo disse...
Ex-ministro critica extensão do seguro-desemprego

Atualizada às 09h03

O ex-ministro do Trabalho Almir Pazzianotto criticou a decisão do governo federal de conceder o seguro-desemprego estendido a apenas alguns setores. "É certamente odioso e provavelmente inconstitucional", disse Pazzianotto, de acordo com o jornal O Estado de S. Paulo.

Na última qurta, dia do anúncio da medida, centrais sindicais elogiaram a atitude do governo. A Força Sindical divulgou nota dizendo que "o aumento ajudará a aquecer parte da economia, já que irá gerar mais consumo, produção e conseqüentemente, a criação de novos postos de trabalho". A União Geral dos Trabalhadores (UGT) afirmou que a medida "contribuirá para minimizar o drama dos trabalhadores que perderem seu emprego por conta da crise".

O ex-ministro, que instituiu o seguro-desemprego no País no governo de José Sarney, destacou a necessidade de as centrais sindicais se manifestarem contra a determinação. Para ele, as mudanças devem ser aplicadas a todas as categorias profissionais e a distinção é contrária ao artigo 3º da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT).

Pazzianotto atribui a medida a um possível temor do governo de que a crise econômica seja longa e não haja dinheiro para atender a todas as necessidades. Ainda assim, ele se mostra contrário ao método de concessão. "O seguro-desemprego ajuda a sanar necessidades básicas. Estendê-lo é paliativo, não a solução", disse ao jornal.

De acordo com o presidente do Conselho Deliberativo do Fundo de Amparo ao Trabalhador (Codefat) e conselheiro da Força Sindical, Luiz Fernando Emediato, a determinação já estava prevista na lei 8.900/94, que trata do seguro-desemprego.

O presidente da Comissão de Trabalho da Câmara, Pedro Fernandes (PTB-MA) vai além na crítica à concessão do seguro para apenas alguns setores. Ele acredita que a ampliação do benefício estimula o desemprego.

Quintino Severo, secretário geral da Central Única dos Trabalhadores (CUT), lembra que a ampliação do benefício sem critério e identificação pode incentivar demissões em outros setores.

17:13
Anónimo disse...
Empresas
TAM faz promoção para destinos internacionais

A companhia aérea TAM anunciou nesta sexta-feira tarifas promocionais para trechos internacionais. Os preços valem para bilhetes comprados entre 6h deste sábado e 23h59 deste domingo e são válidos para classe econômica. As tarifas, para ida e volta, serão vendidas a partir de US$ 99, mais taxas.

Segundo a aérea, a promoção vale para viagens feitas no período de 14 de fevereiro a 18 de junho de 2009. Para destinos na América do Sul, a permanência mínima é de dois dias; para bilhetes com destino nos Estados Unidos, cinco dias; e Europa, sete dias. A permanência máxima para as passagens para América do Sul e EUA é de dois meses e para Europa, três meses.

Entre os exemplos de tarifas promocionais, a TAM oferece São Paulo-Lima por US$ 99. Bilhetes para a rota São Paulo-Santiago serão vendidos a partir de US$ 199 e São Paulo-Nova York, US$ 799.

A emissão dos bilhetes deve ser feita obrigatoriamente no ato da reserva, obedecendo às regras estipuladas pela companhia. A compra está sujeita à disponibilidade de assentos nas classes tarifárias determinadas, trechos, horários e datas. A TAM afirmou que também há tarifas promocionais para a classe executiva.

Mais informações podem ser encontradas no site promocional (www.ofertastam.com.br), no site da empresa (www.tam.com.br) ou pelos telefones 4002-5700 ou 0800 5705700.

17:13
Anónimo disse...
Empresas
Consultoria negocia compra do parque temático Hopi Hari

A consultoria especializada em reestruturação de empresas Íntegra Associados informou nesta sexta-feira ter um acordo para comprar o parque de diversões Hopi Hari, localizado no interior de São Paulo. A empresa estaria disposta a investir R$ 10 milhões no parque, que tem dívida estimada em R$ 800 milhões. As informações são da edição deste sábado do jornal Folha de S. Paulo.

De acordo com o jornal, a transação ainda depende da negociação entre o Hopi Hari e seus credores, o que já estaria em andamento.

A consultoria paulista já atuou junto à Parmalat, durante 30 meses, quando reorganizou a gestão da empresa italiana.

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17:14
Anónimo disse...
Empresas
Disney de Tóquio contratará mais 2 mil apesar da crise


A Oriental Land, o operador da Disneylândia Tóquio e DisneySea, organizou neste domingo entrevistas para contratar cerca de 2 mil trabalhadores em tempo parcial, em um momento de grandes demissões deste tipo de empregados no Japão.

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O operador deste parque temático, situado em Urayasu, na província de Chiba (leste de Tóquio), está em pleno processo de seleção de empregados para 20 tipos de postos trabalhistas diferentes.

Segundo a companhia, citada pela agência local de notícias Kyodo, o parque contratará novos trabalhadores para as atrações, para os restaurantes e guardas de segurança entre outros. Os novos contratados começarão a trabalhar a partir de fevereiro.

O processo de seleção acontece em um momento em que a maioria das grandes companhias japonesas começaram a se ver obrigadas a despedir uma elevada percentagem de seus trabalhadores temporários e a tempo parcial.

Algumas inclusive anunciaram demissões de seus trabalhadores fixos, uma medida muito pouco comum nas companhias japonesas, perante os efeitos piores que o esperado pela crise econômica global.

Cerca de uma centena de pessoas esperavam desde a primeira hora desta manhã a abertura do centro de conferências Tokyo International Forum, onde as entrevistas estão sendo feitas, para ser os primeiros a solicitar os postos de trabalho.


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17:15
Anónimo disse...
Economia Internacional
Senado dos EUA aprova plano de estímulo à economia

O Senado dos Estados Unidos aprovou com 60 votos a favor e 38 contra o plano de estímulo à economia de US$ 787 bilhões na madrugada deste sábado. Agora, ele segue para sanção ou veto do presidente Barack Obama, que espera colocar a lei em prática até o dia 16 de fevereiro.

O plano prevê a criação de três milhões de empregos, inclui cortes de impostos às famílias, fundos para programas sociais e obras públicas, além de ajuda aos governos estaduais, estudantes e desempregados.

A cláusula Buy American - que exige o uso de ferro, aço e produtos manufaturados dos Estados Unidos em obras realizadas com recursos do pacote - ficou de lado. Segundo o texto definitivo, a cláusula será aplicada sem violar as normas do comércio internacional.

Ontem à tarde, a Câmara de Representantes (deputados) havia aprovado, por 246 votos a favor e 183 contra, a versão final do plano. Todos os republicanos foram contrários ao pacote.

Pelo acordo de quarta-feira entre Câmara e Senado, em vez de custar US$ 819 bilhões, como queriam os deputados, ou US$ 838 bilhões como pretendiam os senadores, o pacote ficou em cerca de US$ 787 bilhões, com 65% desse total destinado a gastos do governo federal e 35%, a créditos tributários.

17:16
Anónimo disse...
Economia nacional
Na era Lula, aposentadoria sobe 54% menos que salário mínimo

Thatiane Faria
Especial para o Terra
Direto de São Paulo

Os índices de reajustes concedidos pelo governo em 2009 para aposentados e pensionistas e para o salário mínimo repetiram uma diferença que, só durante o governo de Luiz Inácio Lula da Silva, já chega a 54%. Enquanto o mínimo foi majorado em 12% este ano, as pensões e aposentadorias tiveram aumento de 5,92%. Aposentados que têm o benefício do governo como única fonte de renda reclamam que perdem poder de compra e que sua cesta de compras é composta por itens que aumentam mais em relação à inflação oficial.

Um exemplo prático pode ser entendido a partir da comparação entre um aposentado que ganhava R$ 600 em janeiro de 2003. Na época, o benefício era três vezes, ou 200%, maior que o valor do mínimo em vigência, que era de R$ 200. Aplicando-se os índices de reajuste para aposentadorias e para o mínimo durante os últimos seis anos, o mesmo aposentado estaria recebendo hoje R$ 938,47, comparado a um salário mínimo de R$ 465. A diferença entre os dois valores caiu para pouco mais de 100%.

Enquanto o índice acumulado de reajuste para a aposentadoria durante o governo Lula foi de 60%, para o salário mínimo está em 132%.

O diretor do Sindicato Nacional dos Aposentados, João Inocentini, reclama que os valores dos benefícios para aposentadorias não mantêm o poder de compra do grupo, principalmente dos aposentados que recebem menos que dez salários mínimos.

Nem mesmo o fato de o índice de reajuste das aposentadorias ter ficado acima da inflação acumulada no mesmo período (o IPCA entre janeiro de 2003 e janeiro de 2009 foi de 39,7%) serve de argumento, segundo os aposentados.

"Os idosos, principalmente, têm gastos além das contas gerais como gás, telefone e aluguel. Para eles o custo com remédios, e outros itens da área saúde costuma ser maior", afirmou Inocentini.

O presidente do sindicato afirmou que o grupo realiza um estudo com 100 itens de necessidade de um idoso para comparar o aumento dos produtos com o índice de reajuste do benefício recebido pelos aposentados.

"Daqui dois meses vamos abrir um processo na Justiça e levar essa pesquisa como prova. Segundo a lei, o governo é obrigado a manter o poder de compra com a aposentadoria", disse Inocentini.

Alternativas
O consultor financeiro Cláudio Boriola diz que os aposentados, especialmente nesse momento de crise econômica, devem evitar compras parceladas, pesquisar preços, negociar e fazer bom planejamento financeiro.

Segundo Boriola, alguns aposentados ganham um valor mensal muitas vezes insuficiente para o pagamento das contas e acabam pedindo crédito ou realizando pagamentos a prazo e são obrigados a pagar juros altos.

Na opinião do consultor, pagar uma previdência privada é uma alternativa indicada para quem ainda trabalha, considerando a característica de perda de poder de compra da aposentadoria.

"Na prática, infelizmente os valores encontram-se em um patamar que está deteriorando o poder de aquisição da população brasileira", completou Boriola.

De acordo com o diretor da Confederação Brasileira de Aposentados e Pensionistas (Cobap), Vicente Fernandes Barbosa, representantes dos aposentados tentarão um encontro com o presidente da Câmara, deputado Michel Temer (PMDB-SP), para discutir projetos que minimizem a perda dos aposentados

17:17
Anónimo disse...
Previdência
Previdência prorroga isenção de tarifas no benefício

O atual sistema de pagamento aos 26 milhões de aposentados e pensionistas do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) será mantido até o final deste ano. O acordo, que permite realizar a operação sem nenhum custo aos beneficiários, foi renovado nesta sexta-feira, entre o governo federal e 21 instituições financeiras.

Por meio desse acordo, vigente desde setembro de 2007, nem os segurados, nem os bancos e nem o governo arcam com o pagamento de tarifas, conforme explicou o ministro da Previdência Social, José Pimentel. A prorrogação vale até dezembro, data máxima para que a Previdência defina as regras para um novo contrato.

Ao assinar o termo de renovação, na sede da Federação Brasileira dos Bancos (Febraban), o ministro disse que a intenção do governo é mudar o atual modelo de gestão visando a reduzir os custos dessas operações em torno da folha mensal, que atinge R$ 15,8 bilhões. No entanto, qualquer alteração, conforme explicou, passará antes por audiências públicas a serem realizadas a partir do segundo semestre deste ano, atendendo a determinação do Tribunal de Contas da União (TCU).

De acordo com Pimentel, com um redesenho do mecanismo de repasse dos recursos aos bancos em torno da folha de pagamento dos segurados o que se busca é um aumento da participação de instituições financeiras. Ele informou que, desde 2007, cada benefício custa em média R$ 1,07 ao governo. "Quanto mais instituições financeiras estiverem prestando serviços à sociedade, maior é a competitividade, a agilidade no atendimento", justificou.

O ministro observou, ainda, que, para permitir uma redução para algo em torno de meia hora no tempo de atendimento para a concessão dos direitos previdenciários, o governo investiu R$ 280 milhões.

Questionado sobre o descontentamento dos segurados que ganham acima de um salário mínimo terem obtido apenas a correção com base na variação do Índice de Preços ao Consumidor (INPC) , ficando abaixo do reajuste dado a quem recebe apenas o mínimo, Pimentel argumentou que o governo seguiu o que determina a lei e descartou a possibilidade de uma revisão

17:17
Anónimo disse...
Empresas
Caterpillar oferece aposentadoria antecipada a 2 mil


A companhia americana Caterpillar ofereceu a cerca de dois mil funcionários incentivos para que se aposentem de forma voluntária antes do previsto, pela perspectiva de uma queda "significativa" da atividade industrial, informou nesta quarta-feira a empresa.

A iniciativa, destinada aos trabalhadores de diversas fábricas em Illinois, Colorado, Tennessee e Pensilvânia, se soma aos cortes de empregos anunciados em janeiro, explicou em comunicado de imprensa.

A empresa, a maior fabricante mundial de maquinaria pesada para a construção e a mineração, acrescentou que, "em função das condições de negócio, podem ser necessárias mais reduções de elenco voluntárias e involuntárias à medida que o ano avança".

O vice-presidente da companhia, Sid Banwart, explicou que a empresa prevê "demissões significativas em todas as regiões geográficas e na maioria dos setores devido às dificuldades da economia mundial".

17:18
Anónimo disse...
Comércio
Comércio exterior da OCDE caiu no 3º trimestre de 2008


As exportações e as importações dos países da Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Econômico (OCDE) caíram 1,6% e 0,2%, respectivamente, no terceiro trimestre de 2008, em relação aos três meses anteriores.

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Trata-se da primeira queda destas atividades desde o terceiro trimestre de 2006, segundo o último relatório trimestral sobre fluxos comerciais divulgado pela OCDE.

As exportações e as importações em dólares dos 30 Estados-membros caíram 15,6% e 17%, respectivamente, na comparação anualizada.

Por sua vez, o comércio dos sete países mais ricos do mundo (G7) teve um pequeno crescimento no terceiro trimestre de 2008 com uma queda das exportações de mercadorias de 0,2% em relação ao trimestre anterior e um aumento de 0,4% das importações.

Em termos anualizados, as importações do G7 caíram 1,4% entre julho e setembro do ano passado, seu primeiro retrocesso desde o terceiro trimestre de 2006, enquanto as exportações aumentaram 1,9%, seu crescimento mais baixo no mesmo tempo.

Por países, a Alemanha aumentou suas importações em 3,4% - valor mais alto do G7 -, enquanto suas exportações caíram 2,9% do segundo para o terceiro trimestre de 2008.

Pelo contrário, as exportações americanas aumentaram 1,8% entre julho e setembro de 2008, enquanto as importações caíram 0,7% em relação ao trimestre anterior. No Japão, tanto as importações quanto as exportações caíram em torno de 1% no mesmo período.

17:19
Anónimo disse...
Economia Nacional
Lula: juros de crédito consignado a aposentados são altos

Atualizada às 17h29

O presidente Luis Inácio Lula da Silva afirmou nesta terça-feira, em São Paulo, que está lutando para reduzir as taxas de juros cobradas de aposentados em crédito consignado. A Previdência Social estabelece uma taxa máxima de 2,5% para empréstimo e de 3,5% para cartão. Para Lula, os valores são altos.

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"Acho que o juro que os aposentados estão pagando hoje com o crédito consignado é alto para o padrão brasileiro", disse o presidente durante a cerimônia de comemoração dos 86 anos do INSS.

A Previdência anunciou nesta terça-feira que aposentados e trabalhadoras com licença-maternidade poderão receber seus benefícios em 30 minutos. De acordo com Lula, em junho, a aposentadoria do trabalhador rural também será conseguida em meia hora.

Além disso, o presidente anunciou que, também em junho, os trabalhadores que alcançarem o direito à aposentadoria passarão a receber em suas casas um comunicado da Previdência informando o fato e o valor do salário que têm direito a receber. "É um comprometimento público que estou fazendo com os companheiros da Previdência Social", disse.

"Estamos retribuindo ao contribuinte da Previdência Social aquilo que é a cidadania que ele tem direito", afirmou Lula. "Se para cobrar nós somos tão precisos, para devolver o dinheiro, temos que chegar próximo à perfeição", completou.

17:20
Anónimo disse...
Economia Nacional
Salário maternidade sairá em 30 minutos, diz ministro

Toda trabalhadora autônoma que tiver contribuído pelo menos 10 meses com o Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) - ou as que possuírem carteira assinada - poderão receber em 30 minutos o salário maternidade a partir desta terça-feira. Da mesma forma, as mulheres com 30 anos de contribuição e os homens com 35 anos também terão direito ao benefício de forma mais rápida. A informação é do ministro da Previdência Social, José Pimentel.

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Para requerer o salário maternidade, é preciso que as autônomas levem a carteira de identidade e o carnê de contribuição. As demais trabalhadoras devem apresentar a identificação e a carteira de trabalho. Desde o início do mês, a nova forma de análise para a concessão de benefícios foi adotada para a aposentadoria por idade do trabalhador urbano e agora foi estendida para o salário maternidade e por tempo de contribuição.

O ministro disse que a qualificação do serviço da previdência social é o reconhecimento do direito dos trabalhadores e da afirmação da cidadania.

"Até pouco tempo na cabeça do cidadão o serviço devia ser de péssima qualidade. Agora não, nós modificamos toda a legislação no mês de dezembro numa ação conjunta do Congresso Nacional com o governo federal. Estamos implantando e concedendo os benefícios em até 30 minutos", afirmou.

O ministro destacou que para conseguir se aposentar ou ter acesso à licença maternidade em 30 minutos, em primeiro lugar, é necessário que o cidadão esteja vinculado à Previdência, o que inclui 65% da população acima de 16 anos de idade.

"Depois bastar marcar pelo sistema 135 o dia e a hora do atendimento e levar a documentação. Se todos os dados necessários estiverem corretos o contribuinte será atendido em até 30 minutos, como vem sendo feito com as aposentadorias por idade desde o dia cinco de janeiro", explicou.

Pimentel disse ainda que em 90% das agências da previdência social o atendimento é marcado em até 48 horas. Nos grandes centros, entretanto existe um volume maior o que torna mais lento o processo.

"Estamos criando mais 715 agências até 2010, em todo o território nacional, para descentralizar o atendimento. Em 2008, atendemos 295 mil benefícios e aposentadorias por idade. Temos 4 mil pessoas por dia procurando e se aposentando por idade no território nacional. Este serviço será agilizado", concluiu.
17:27
Anónimo disse...
Giuseppe Englaro, pai de Eluana, a italiana que morreu na segunda-feira passada por desidratação, recusou uma grande soma de dinheiro de um conhecido fotógrafo italiano que queria retratar a filha em estado de coma, disse neste sábado o neurologista que atendia a mulher desde 1996, Carlo Defanti.

O neurologista, que participou hoje de uma conferência sobre eutanásia, disse que Englaro respeitou a vontade da filha, que, antes do acidente, tinha pedido que, se lhe ocorresse qualquer coisa irreversível, apresentasse sua imagem de quando estava em boas condições.

Antes de sofrer o acidente de trânsito, em 1992, Eluana viveu o coma de um amigo, Alessandro, o que causou forte impacto na italiana e a levou a fazer o pai prometer que não a deixasse viver em estado vegetativo, disse o próprio Giuseppe Englaro.

Defanti, que dissera que Eluana poderia viver de dez a 12 dias depois da suspensão da alimentação e da hidratação, disse que, como médico, tinha que reprovar esta afirmação.

"Não se pode sobreviver após três ou quatro dias sem líquido e, em particular, água em um corpo. Sabemos bem que, quando há um terremoto, após quatro dias é difícil encontrar sobreviventes".

Defanti ressaltou que Eluana "não falava, não se comunicava com o exterior" e que, após vários exames, "nos deparamos com uma moça que tinha perdido a consciência", porque estava com o córtex cerebral prejudicado.

Eluana foi enterrada na quinta-feira passada no túmulo da família na localidade de Paluzza, em Udine, após um funeral que não contou com a presença dos pais.

16:53
Anónimo disse...
Os bombeiros combatem neste sábado os incêndios na Austrália favorecidos pelo bom tempo, enquanto os deslocados encotram em seu retorno casas derruídas, carros queimados nas ruas e destruição.

Depois de sete dias desde que começaram os incêndios no Estado de Victoria, a lista de mortos chega a 181, os desaparecidos somam 50, os edifícios destruídos totalizam 1,834 mil e o terreno arrasado, principalmente florestas, ocupa uma área de 4,13 mil quilômetros quadrados.

As equipes de bombeiros, formadas por 4 mil profissionais de Victoria, de outras partes da Austrália e de países amigos, combateram hoje 12 focos fora de controle e nenhum representava uma ameaça direta para a população.

O subdiretor do Serviço de Bombeiros, Geoff Conway, disse que este tempo favorável, que se prolongará durante o domingo, permite consolidar as linhas de contenção e avançar na extinção das chamas.

Cinzas apareceram arrastadas por ventos do nordeste sobre Melbourne, onde habitam 3,8 milhões de pessoas, e as autoridades alertaram aos cidadãos do risco para a saúde de idosos, crianças e pessoas com problemas respiratórios.

O número de pessoas deslocadas - a Cruz Vermelha chegou a receber 7 mil - começou a cair com a abertura de algumas localidades atingidas.

Os incêndios, alguns criminosos, começaram em 7 de fevereiro, quando a região sul da Austrália estava há duas semanas sob uma onda de calor sem precedentes.

Na sexta-feira passada, a polícia acusou uma pessoa de ter provocado o incêndio que atingiu a localidade de Churchill e matou 21 pessoas.

16:55
Anónimo disse...
A primeira chuva em seis dias reduziu a ameaça de incêndios no Estado de Victoria, ao sul da Austrália. As autoridades, porém, advertiram que ainda existem 12 focos, mas que nenhum deles ameaça áreas povoadas.

Mais de quatro mil bombeiros, mil provenientes de outras partes do país e de outras nações, trabalham contra o fogo. Cerca de 600 veículos e 28 helicópteros e pequenos aviões estão sendo usados.


Eles conseguiram construir linhas de contenção para evitar os incêndios de Yarra e Maroondah se juntassem. Também foram controlados os incêndios abertos de Yea e Murrindindi, que ameaçavam as comunidades de Connellys Creek, Crystal Creek, Scrubby Creek e Native Dog Creek.

O número de mortos chegou a 181, mas as autoridades acreditam que as vítimas devem passar de 200, já que ainda há muitos desaparecidos.

16:55
Anónimo disse...
Aqui nesta coluna, na semana passada, tive a oportunidade de comentar sobre a recente visita do professor brasileiro Pedrinho Guareschi à Austrália. Não dei, porém, os fatos, pois semana passada o assunto era outro.

Hoje, porém, vamos a eles.

No último dia 4 de fevereiro, aconteceu o Seminário "Paulo Freire: Education and Liberation", organizado pelo centro de estudos latino-americanos da Universidade Nacional da Austrália, ou ANU, como é mais conhecida por aqui.

A ANU, para quem não sabe, está entre as 20 melhores universidades do mundo! E tem sede aqui em Camberra, capital da Austrália.

Na abertura do evento, o professor John Minns, diretor do centro latino-americano, ao dar boas-vindas ao público presente, lembrou ser aquele o primeiro seminário exclusivamente dedicado a Paulo Freire na Austrália.

Em seguida, convidou Pedrinho Guareschi, palestrante principal do Seminário, a fazer sua apresentação.

A plateia pode então conhecer, pelas palavras de Pedrinho, um pouco da obra e da vida de Freire, esse brasileiro de fé e valor, que sempre acreditou na educação, sobretudo dos menos favorecidos, analfabetos, como força libertadora.

Como não podia deixar de ser, os conceitos e ideias revolucionários de Paulo Freire, expostos com clareza por Pedrinho, despertaram o interesse e a curiosidade de plateia. A qual, deve-se notar, era na maioria de estudantes, mas de várias nacionalidades, sobretudo australianos e asiáticos.

Na continuação do programa do seminário, que se estendeu por dois dias, outros professores fizeram palestras sobre temas ligados à obra de Paulo Freire.

Interessante, por exemplo, saber que a professora Anne Hickling-Hudson, jamaicana que mora na Austrália há muitos anos (é professora da ANU), conheceu e trabalhou com Freire num workshop educacional durante a revolução na Ilha de Granada, em 1980, antes da invasão dos Estados Unidos...

Ou, então, a palestra da Professora Gerda Roelvink, da Nova Zelândia, que participou do Fórum Social de Porto Alegre em 2005. E essa participação transformou-se em tema de doutorado.

No dia 10, terça-feira passada, o padre Pedrinho Guareschi voltou a falar ao público australiano em grande auditório localizado no belíssimo campus da ANU. Desta vez, sobre a Teologia da Libertação.

Depois da palestra, John Minns mostrou o filme mexicano "O Crime do Padre Amaro", no qual um dos personagens é um padre católico praticante da Teologia da Libertação.

Mais uma vez, foi grande o intersse da platéia, que pode aprender e conhecer um pouco como se desenvolveu aquele importante movimento católico na América Latina.

Fica, assim, ao Pedrinho, bem como a outros brasileiros estudiosos e de bom coração que saem pelo mundo a divulgar aspectos importantes da cultura brasileira, o respeito e a homenagem desta coluna. E... aquele abraço!

16:57
Anónimo disse...
Amanda Kitts perdeu o braço esquerdo em um acidente de automóvel acontecido três anos atrás, mas hoje em dia ela joga futebol americano com seu filho de 12 anos de idade, troca fraldas e abraça as crianças nas três creches Kiddie Cottage que opera em Knoxville, Tennessee. Kitts, 40 anos, faz tudo isso com a ajuda de um novo tipo de braço artificial que se movimenta com mais facilidade do que outros aparelhos e que ela pode controlar utilizando apenas seus pensamentos.

"Eu sou capaz de mexer a mão, o pulso e o cotovelo ao mesmo tempo", diz. "Você pensa e os músculos se movem em seguida".

A recuperação que ela conseguiu resulta de um novo procedimento que vem atraindo crescente atenção porque permite que pessoas movam braços protéticos de forma mais automática do que faziam no passado, simplesmente utilizando nervos reaproveitados em seus cérebros.

A técnica, conhecida como "renervação muscular dirigida", envolve utilizar os nervos que restam depois da amputação de um braço e conectá-los a outro músculo do corpo, em geral no peito. Eletrodos são instalados sobre os músculos do peito, e operam como se fossem antenas. Quando a pessoa deseja mover o braço, o cérebro envia sinais que primeiro resultam em contração dos músculos do peito, os quais enviam um sinal ao braço protético, instruindo-se a se movimentar. O processo não requer mais esforços consciente do que a pessoa teria de exercitar caso ainda tivesse seu braço natural.

Na terça-feira, pesquisadores reportaram em estudo publicado pela versão online do Journal of the American Medical Association que haviam levado a técnica ainda mais à frente, tornando possível a execução de 10 movimentos de mão, pulso e cotovelo diferentes, o que representa uma substancial melhora com relação ao típico repertório protético, que em geral envolve apenas dobrar o cotovelo, girar o pulso e abrir a mão.

"Os novos métodos tiveram impacto dramático em nosso campo de trabalho", disse Stuart Harshbarger, engenheiro biomédico na Universidade Johns Hopkins e diretor do programa de pesquisa sobre próteses, financiado pelas forças armadas, que inclui o trabalho com essa técnica. "O método já está em uso por médicos e cirurgiões comuns em todo o país. A capacidade de controlar um membro protético bastante robusto que ele confere surpreendeu a todos pela qualidade".

Tipicamente, uma pessoa que tenha um braço protético só é capaz de executar alguns poucos movimentos, e muitas vezes com tamanha lentidão que isso só permite a ela atividades limitadas.

Há um motor separado para cada movimento, diz Gerald Loeb, professor de engenharia biomédica na Universidade do Sul da Califórnia, "e esses motores precisam ser controlados de maneira explícita", usualmente por um esforço consciente da pessoa para contrair músculos nas costas ou no bíceps.

"Essencialmente, até agora os pacientes controlavam apenas um motor de cada vez", diz Loeb, "e precisavam pensar cuidadosamente sobre que motor desejavam controlar e como fazê-lo operar, em lugar de simplesmente pensarem em mover o braço e poderem fazê-lo sem delongas".

Antes que Kitts passasse pelo procedimento de renervação, em outubro de 2007, por exemplo, ela precisava movimentar os músculos de suas costas de determinada maneira para fazer com que seu pulso girasse, e flexionar seu bíceps e tríceps para fazer com que o cotovelo se movesse para cima e para baixo. "Era muito trabalho", ela conta. "E não me ajudava muito".

O procedimento de renervação é parte de uma recente explosão de idéias novas e técnicas inovadoras que estão sendo exploradas enquanto os cientistas se esforçam por ajudar as pessoas a compensar melhor a perda de membros ou problemas de paralisia. O esforço vem sendo alimentado pelo aumento no número de amputações causado por diabetes e por ferimentos sofridos pelos militares, e ao mesmo tempo pelos avanços na tecnologia médica.

Os braços se tornaram um dos focos essenciais desse tipo de trabalho. A ciência há muito vem obtendo sucessos no desenvolvimento de próteses de perna, mas é muito mais difícil imitar a complexidade e a destreza das mãos e dos braços.

Os esforços em curso incluem o desenvolvimento de projetos de pele e braços mais sensíveis e mais flexíveis, e o uso de dispositivos acionados por controles sem fio implantado nos braços protéticos, que permitiriam movimentos mais naturais.

Os pesquisadores também vêm usando sensores implantados nos cérebros de cobaias para permitir que dois macacos controlem um braço mecânico, e um teste com um homem paralítico permitiu, com esse método, que ele movimentasse um cursor em uma tela de computador.

Alguns desses métodos, caso venham a ser aperfeiçoados plenamente e consigam aprovação das autoridades regulatórias da saúde, podem no futuro se tornar mais viáveis para os pacientes de amputações.

E embora a técnica da renervação não requeira aprovação das autoridades regulatórias porque é executada por meios cirúrgicos e emprega aparelhos já existentes, ela apresenta limitações que até mesmo seus criadores reconhecem, entre as quais o fato de que não se pode utilizá-la para todos os pacientes, o seu alto custo e o prazo de meses requerido para que os nervos reconectados cresçam e se tornem efetivos.

Ainda assim, os especialistas dizem que é o mais avançado sistema em uso hoje para pacientes reais que permite que o sistema nervoso controle diretamente o movimento de um braço artificial.

Desde sua introdução por Todd Kuiken, médico fisioterapeuta e engenheiro biomédico do Instituto de Reabilitação de Chicago, o método foi empregado em cerca de 30 pacientes nos Estados Unidos, Canadá e Europa, entre os quais oito soldados feridos no Iraque e no Afeganistão.

Muitos dos pacientes, entre os quais o primeiro, Jesse Sullivan, um operário do setor elétrico no Tennessee que perdeu os dois braços quando foi eletrocutado por um cabo, conseguem não apenas manipular seus braços protéticos mas sentir a presença das mãos que já não têm quando alguém toca em seus peitos.

Sullivan, 62 anos, e Kitts, estavam entre os cinco pacientes que participaram do estudo reportado na terça-feira. Em companhia de cinco outras pessoas que não passaram por amputações, eles receberam os eletrodos e foram instruídos a usar pensamentos para fazer com que um braço virtual na tela reproduzisse 10 movimentos diferentes, entre os quais três formas diferentes de aperto de mão.

Os pacientes apresentaram desempenho bastante respeitável, apenas um pouco mais lento e menos preciso do que os dos participantes que não tinham amputações.

"As velocidades de movimento que encontramos em nossos pacientes foram realmente encorajadoras", disse Kuiken. "Eles conseguiram completar a tarefa. É claro que não foram tão competentes quanto as pessoas dotadas de plena capacidade física, mas foram bons o bastante".

Um braço virtual foi usado porque a maioria das próteses existentes não era capaz de acomodar todos aqueles movimentos, no momento da pesquisa, ainda que Sullivan, Kitts e uma terceira paciente, Claudia Mitchell, tenham experimentado dois novos protótipos mais versáteis de braços artificiais, executando tarefas complexas com bolas de tênis e outros objetos.

O trabalho de renervação em soldados apresenta outros desafios, diz Kuiken, porque os ferimentos militares muitas vezes "causam danos muitos extensos" a nervos, músculos ou ossos.

Daniel Acosta, 25 anos, um aviador ferido pela detonação de uma bomba em uma estrada do Iraque em 2005, passou pelo procedimento no ano passado e diz que seu braço esquerdo protético agora se movimenta "muito mais rápido" e de maneira muito mais natural.

"A diferença é que agora não preciso mais pensar para mover o braço", ele diz. "Ele simplesmente se mexe".

Ainda assim, Acosta, de San Antonio, diz que "o processo foi bastante longo" e que os eletrodos precisam ser ajustados para receber os sinais à medida que os nervos crescem ou mudam de posição.

E embora elogiem o método, os especialistas afirmam que a ciência das próteses de braço ainda tem muito por avançar.

"Trata-se de uma parte crucial, mas ainda assim apenas uma parte, das muitas coisas que compreendem a função normal de um braço", disse Loeb, que escreveu um editorial que acompanha o artigo no Journal of the American Medical Association.

"No momento estamos a meio do caminho entre o braço de 'Dr. Fantástico', que fazia involuntariamente a saudação nazista, e o braço de Luke Skywalker em 'Guerra nas Estrelas', que funciona sem nenhum problema assim que é conectado. Creio que precisaremos ainda de muitos anos para conectar todas as peças necessárias a produzir um braço capaz de funcionar normalmente".

17:04
Anónimo disse...
A Espanha disse neste sábado que está preparando uma reclamação oficial contra a decisão da Venezuela de expulsar um membro do Parlamento Europeu que criticou o conselho eleitoral venezuelano.
Luis Herrero, membro do partido conservador espanhol PP, foi deportado na sexta-feira depois que o Conselho Nacional Eleitoral (CNE) o acusou de questionar a imparcialidade da instituição antes de um referendo que pode permitir ao presidente Hugo Chávez permanecer no cargo indefinidamente.

Herrero estava na Venezuela como observador do referendo. Ele acusou Chávez de ter "comportamentos típicos de um ditador" por pedir a contenção de manifestações da oposição.

O governo da Espanha convocou um encontro com o embaixador da Venezuela em Madri para expressar a desaprovação sobre a expulsão de Herrero, disse um representante do Ministério das Relações Exteriores espanhol.

As relações da Venezuela com a Espanha tiveram seu ponto crítico em 2007, quando Chávez ameaçou rever acordos diplomáticos e comerciais depois de ouvir um "cala a boca" do rei espanhol Juan Carlos durante uma cúpula.

A fenda foi oficialmente reparada em 2008, com uma visita oficial de Chávez à Espanha, onde ele cumprimentou o rei e discutiu acordos para investimento no setor petroquímico com o primeiro-ministro José Luis Rodriguez Zapatero.

17:06
Anónimo disse...
A polícia do Zimbábue anunciou neste sábado que acusa de traição Roy Bennett, dirigente do até agora opositor Movimento para a Mudança Democrática (MDC), detido na sexta-feira, em Harare, poucas horas antes da cerimônia de posse dos membros do novo gabinete.

"A Polícia nos informou que vão apresentar acusações de traição", disse à agência EFE o advogado de defesa de Bennett, Trust Maanda.

"Tentam relacionar Roy com o caso de Mike Hitschmann, que foi detido em 2006 em relação à descoberta de um carregamento de armas, apesar de que Hitschmann não tenha sido declarado culpado das acusações de traição apresentadas contra ele, mas de um crime menor de descumprimento de leis", disse Maanda.

O político opositor, designado por seu partido como vice-ministro de Agricultura no Governo de união nacional, esteve no exílio na vizinha África do Sul desde 2006 e retornou ao Zimbábue há duas semanas.

Segundo a Polícia, que deteve Bennett ontem no aeroporto de Harare quando pretendia ir à África do Sul para visitar sua família, as armas apreendidas em 2006 seriam utilizadas em um golpe de Estado para derrubar o presidente do Zimbábue, Robert Mugabe.

Depois da detenção, Bennet foi levado a Mutar, onde vários simpatizantes do MDC se concentraram em frente à delegacia na qual estava detido, diante do que a Polícia respondeu com tiros para o alto para dispersar os manifestantes.

17:07
Anónimo disse...
Austrália: 14 mil se candidatam a 'emprego dos sonhos'

A secretaria de Turismo de Queensland, na Austrália, informou que até esta segunda-feira já recebeu cerca de 14 mil inscrições para o "o melhor emprego do mundo". O Estado australiano promove pela internet seleção para vaga de "zelador" da ilha Hamilton, por seis meses com um salário de R$ 40 mil.

Muitos candidatos tiveram problemas durante a inscrição por conta dos acessos simultâneos ao site. A secretaria aconselha enviar os vídeos de 60s explicando porque deve ser escolhido em horários alternativos do dia, além de recomendar tamanho em torno de 40MB.

As inscrições começaram em 12 de janeiro e vão até o próximo dia 22 e podem ser feitas pelo site www.islandreefjob.com. O governo australiano escolherá 50 candidatos para a próxima fase da seleção, que terá votos do público para eleger um dos 11 finalistas.

A última fase terá entrevistas e desafios físicos, no próprio local de trabalho: as ilhas da Grande Barreira Coralina - o maior recife de coral do mundo. A secretaria de Turismo anunciará o vencedor no dia 6 de maio.

17:09
Anónimo disse...
Mercado elogia governo na crise, mas pede maior queda no juro

Peter Fussy
Direto de São Paulo

Desde as primeiras medidas anunciadas para combater os efeitos da crise, o governo brasileiro avisou que a estratégia não contemplaria um pacote. Seriam doses pontuais, de acordo com a necessidade da economia diante do agravamento das turbulências. Da primeira liberação dos depósitos compulsórios em setembro até a ampliação do seguro-desemprego na última quarta-feira, o governo passou por redução de impostos, ampliação de crédito e incentivos à exportação. Quase 150 dias após a primeira medida, o Terra conversou com líderes do setor público e privado, representantes dos trabalhadores, acadêmicos e com o próprio governo para saber quais destas ações foram mais eficazes, quais foram mais ineficientes e o que mais pode ser feito pelo Estado brasileiro contra a crise.

Os maiores elogios foram direcionados à atitude de reduzir o Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) para a indústria automobilística, anunciada em dezembro e que fez com que os emplacamentos de carros novos subissem 1,9% no primeiro mês do ano em relação a dezembro de 2008. Já as maiores críticas foram para a lentidão no corte da taxa básica de juro do País.

Para o presidente do conselho administrativo do Grupo Pão de Açúcar, Abílio Diniz, o Estado não é responsável pela crise e mesmo assim está agindo "com extrema serenidade e muito acerto". "O governo está atento, fazendo a sua parte. É preciso coragem de baixar firmemente a taxa de juros. É uma arma que temos a nosso favor, já que não há clima para inflação, nem possibilidade de danos para a macroeconomia", afirmou Diniz.

Na última reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), em janeiro, a taxa Selic foi reduzida em um ponto percentual, de 13,75% para 12,75% ao ano. Porém, o professor de economia da Universidade de Brasília (UnB) José Luiz Oreiro lembra que este corte representa uma redução de apenas 0,25 ponto percentual com relação à taxa de setembro do ano passado, quando a crise se agravou.

"Pouco antes da eclosão da crise, o Banco Central aumentou a taxa em 0,75 ponto. Foram cinco meses de demora para reduzir em termos líquidos apenas 0,25 ponto", afirmou o economista, que também sugeriu redução do intervalo de cerca de 90 dias entre as reuniões do Copom e o corte de pelo menos um 1 ponto percentual em cada reunião.

Mesmo com o corte de janeiro, a taxa de juros real continua sendo a maior do mundo, lembrou o secretário-geral da Força Sindical, João Carlos Gonçalves, o Juruna. "A redução da taxa de juro ainda é pequena, porque ela continua uma das mais altas do mundo. Falta ousadia para baixar os juros e ajudar o cidadão. A permanência da taxa de juro alta é negativa para o País em meio a crise", afirmou Juruna.

Embora aprove as ações do governo, o senador Aloízio Mercadante (PT-SP) também acredita que o patamar da Selic está muito alto. "Sempre fomos os primeiros a entrar em qualquer crise, o que não aconteceu agora. A taxa Selic ainda é muito alta, mas o governo têm tomado medidas acertadas, como o aumento do salário mínimo, mesmo com um cenário de crise. Isso ajuda a movimentar o consumo. O governo está se esforçando para manter os investimentos e o crescimento", disse.

Tributos
De acordo com o economista Fabio Pina, da Fecomercio-SP, as ações mais positivas estão relacionadas à redução de tributos para alguns segmentos, como a indústria automobilística, que recuperou parte da queda nas vendas em janeiro com a isenção do IPI para carros 1.0 l e o corte para demais motorizações. A medida vale até o final de março.

"Essas medidas não só reduziram o preço, mas anteciparam o consumo daqueles que iriam comprar no futuro, dando um prêmio por conta da insegurança. Mexe diretamente com o principal problema que é a confiança do consumidor", afirmou. Juruna destacou que um bom ritmo de vendas é garantia de emprego. "É importante porque cada emprego na montadora significa 19 na cadeia produtiva", comentou o representante da Força Sindical.

Também em dezembro, o governo decidiu cortar pela metade a alíquota do Imposto de Renda para contribuintes que ganham entre R$ 1.434 e R$ 2.150 mensais. "O salário aumentava e a tabela não se modificava. As pessoas ganhavam mais e pagavam mais impostos", apontou Juruna. Outra redução de tributos do governo foi com relação ao Imposto sobre Operações Financeiras (IOF), que caiu de 3% ao ano para 1,5%.

Crédito
Na segunda metade de 2008, o colapso de bancos nos Estados Unidos por conta da crise do subprime provocou uma forte restrição de crédito no mundo inteiro. Uma das primeiras medidas anticrise do governo teve como objetivo restabelecer a oferta, com mudanças no recolhimento dos depósitos compulsórios por parte dos bancos. Segundo o presidente do Banco Central, Henrique Meirelles, as diversas modificações liberaram US$ 99,2 bilhões aos bancos até o final de janeiro.

Além disso, o governo concedeu R$ 36 bilhões das reservas internacionais para empresas brasileiras com dívidas no exterior e uma medida provisória autorizou o Banco do Brasil e a Caixa Econômica Federal a comprar carteiras de crédito de bancos privados. Para o diretor do Departamento de Pesquisas e Estudos Econômicos da Fiesp, Paulo Francini, estas medidas foram essenciais para combater os efeitos da crise.

"A crise se desenvolve no mundo em torno do tema crédito. E o crédito reduziu-se barbaridade no mundo. Então o governo lança mão de compulsório, lança mão de reservas, de medidas que permitem aos bancos comprar carteiras de bancos. Você vai tomando várias medidas para atender às demandas e o epicentro disso é crédito", afirmou.

No entanto, Oreiro, da UnB, adverte que a liberação dos compulsórios seria mais eficiente acompanhada de redução mais agressiva da taxa básica de juro. "Uma parte do crédito voltou, depois da forte retração em outubro e novembro. O que deveria ter sido feito junto à liberação do compulsório era uma redução mais drástica da taxa de juro. Sem isso, os bancos pegam as reservas e acabam comprando títulos públicos", explicou o economista.

Na opinião de Pina, as ações de distribuição de crédito via redução do compulsório e a disposição de capital de giro para empresas foram tomadas sem um cuidado maior na operação e não tiveram muito efeito. "O BNDES tem linhas que ficam paradas quase todo o ano, agora é pior ainda. Existem os recursos, mas as empresas e os bancos estão desconfiados. É preciso fazer com que os bancos tenham interesse em emprestar", afirmou o economista da Fecomercio-SP.

Futuro
Mesmo com todas essas medidas, a crise financeira ainda gera incertezas nos setores produtivos do País. Nos últimos meses, o medo do desemprego fez os consumidores adiarem compras. Por sua vez, a queda nas vendas pode obrigar as indústrias a cortarem a produção e demitir funcionários. Contra isso, empresários sugerem redução de jornada e de salários.

"Isto está previsto em lei. A Fiesp simplesmente manteve conversações com entidades sindicais quanto à aplicação daquilo que já está previsto em lei", afirmou Francini.

Segundo a ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff, uma das medidas que assegura um nível de emprego é a manutenção de investimentos no Programa de Aceleração do Crescimento (PAC). "Estamos esperando que a dificuldade ocorra em janeiro, fevereiro e março. Estamos certos que vamos manter o nível de investimento. É isso que funciona, é isso que significa investimento público. Ele funciona como um colchão. Por isso, nós colocamos R$ 100 bilhões no BNDES e a Petrobras ampliou o seu investimento em R$ 120 bilhões", afirmou.

Na mesma linha, Pina explica que a antecipação de gastos do governo substitui parte da demanda retraída do setor privado. "Ele dá o seguinte recado: não vou estourar as contas públicas, mas concentrar em um momento em que a demanda privada está pequena. Mas o governo não tem fôlego suficiente para fazer o papel de toda demanda", ressaltou. O economista da Fecomercio lembrou que a entidade já pleiteou junto ao governo isenções para transferência de imóveis e de automóveis, além de retirar o IPVA para veículos novos.

Já Oreiro foca suas propostas na capitalização do Banco do Brasil e da Caixa Econômica Federal pelo Tesouro para atender a demanda de crédito para capital de giro e reduzir o spread. "Aumentando o empréstimo e reduzindo as taxas, os dois vão forçar os bancos privados a acompanhar o movimento, até para não perderem participação no mercado", explicou o economista da UnB.

Até o Carnaval, o governou prometeu detalhar um pacote de incentivos para a construção de até um milhão de casas populares, direcionado a famílias com renda de até dez salários mínimos. "Estamos atentos a tudo o que está acontecendo e novas medidas serão tomadas caso haja uma avaliação de que sejam necessárias", disse o ministro da Fazenda, Guido Mantega, na última sexta-feira.

17:11
Anónimo disse...
Ex-ministro critica extensão do seguro-desemprego

Atualizada às 09h03

O ex-ministro do Trabalho Almir Pazzianotto criticou a decisão do governo federal de conceder o seguro-desemprego estendido a apenas alguns setores. "É certamente odioso e provavelmente inconstitucional", disse Pazzianotto, de acordo com o jornal O Estado de S. Paulo.

Na última qurta, dia do anúncio da medida, centrais sindicais elogiaram a atitude do governo. A Força Sindical divulgou nota dizendo que "o aumento ajudará a aquecer parte da economia, já que irá gerar mais consumo, produção e conseqüentemente, a criação de novos postos de trabalho". A União Geral dos Trabalhadores (UGT) afirmou que a medida "contribuirá para minimizar o drama dos trabalhadores que perderem seu emprego por conta da crise".

O ex-ministro, que instituiu o seguro-desemprego no País no governo de José Sarney, destacou a necessidade de as centrais sindicais se manifestarem contra a determinação. Para ele, as mudanças devem ser aplicadas a todas as categorias profissionais e a distinção é contrária ao artigo 3º da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT).

Pazzianotto atribui a medida a um possível temor do governo de que a crise econômica seja longa e não haja dinheiro para atender a todas as necessidades. Ainda assim, ele se mostra contrário ao método de concessão. "O seguro-desemprego ajuda a sanar necessidades básicas. Estendê-lo é paliativo, não a solução", disse ao jornal.

De acordo com o presidente do Conselho Deliberativo do Fundo de Amparo ao Trabalhador (Codefat) e conselheiro da Força Sindical, Luiz Fernando Emediato, a determinação já estava prevista na lei 8.900/94, que trata do seguro-desemprego.

O presidente da Comissão de Trabalho da Câmara, Pedro Fernandes (PTB-MA) vai além na crítica à concessão do seguro para apenas alguns setores. Ele acredita que a ampliação do benefício estimula o desemprego.

Quintino Severo, secretário geral da Central Única dos Trabalhadores (CUT), lembra que a ampliação do benefício sem critério e identificação pode incentivar demissões em outros setores.

17:13
Anónimo disse...
Empresas
TAM faz promoção para destinos internacionais

A companhia aérea TAM anunciou nesta sexta-feira tarifas promocionais para trechos internacionais. Os preços valem para bilhetes comprados entre 6h deste sábado e 23h59 deste domingo e são válidos para classe econômica. As tarifas, para ida e volta, serão vendidas a partir de US$ 99, mais taxas.

Segundo a aérea, a promoção vale para viagens feitas no período de 14 de fevereiro a 18 de junho de 2009. Para destinos na América do Sul, a permanência mínima é de dois dias; para bilhetes com destino nos Estados Unidos, cinco dias; e Europa, sete dias. A permanência máxima para as passagens para América do Sul e EUA é de dois meses e para Europa, três meses.

Entre os exemplos de tarifas promocionais, a TAM oferece São Paulo-Lima por US$ 99. Bilhetes para a rota São Paulo-Santiago serão vendidos a partir de US$ 199 e São Paulo-Nova York, US$ 799.

A emissão dos bilhetes deve ser feita obrigatoriamente no ato da reserva, obedecendo às regras estipuladas pela companhia. A compra está sujeita à disponibilidade de assentos nas classes tarifárias determinadas, trechos, horários e datas. A TAM afirmou que também há tarifas promocionais para a classe executiva.

Mais informações podem ser encontradas no site promocional (www.ofertastam.com.br), no site da empresa (www.tam.com.br) ou pelos telefones 4002-5700 ou 0800 5705700.

17:13
Anónimo disse...
Empresas
Consultoria negocia compra do parque temático Hopi Hari

A consultoria especializada em reestruturação de empresas Íntegra Associados informou nesta sexta-feira ter um acordo para comprar o parque de diversões Hopi Hari, localizado no interior de São Paulo. A empresa estaria disposta a investir R$ 10 milhões no parque, que tem dívida estimada em R$ 800 milhões. As informações são da edição deste sábado do jornal Folha de S. Paulo.

De acordo com o jornal, a transação ainda depende da negociação entre o Hopi Hari e seus credores, o que já estaria em andamento.

A consultoria paulista já atuou junto à Parmalat, durante 30 meses, quando reorganizou a gestão da empresa italiana.

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17:14
Anónimo disse...
Empresas
Disney de Tóquio contratará mais 2 mil apesar da crise


A Oriental Land, o operador da Disneylândia Tóquio e DisneySea, organizou neste domingo entrevistas para contratar cerca de 2 mil trabalhadores em tempo parcial, em um momento de grandes demissões deste tipo de empregados no Japão.

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O operador deste parque temático, situado em Urayasu, na província de Chiba (leste de Tóquio), está em pleno processo de seleção de empregados para 20 tipos de postos trabalhistas diferentes.

Segundo a companhia, citada pela agência local de notícias Kyodo, o parque contratará novos trabalhadores para as atrações, para os restaurantes e guardas de segurança entre outros. Os novos contratados começarão a trabalhar a partir de fevereiro.

O processo de seleção acontece em um momento em que a maioria das grandes companhias japonesas começaram a se ver obrigadas a despedir uma elevada percentagem de seus trabalhadores temporários e a tempo parcial.

Algumas inclusive anunciaram demissões de seus trabalhadores fixos, uma medida muito pouco comum nas companhias japonesas, perante os efeitos piores que o esperado pela crise econômica global.

Cerca de uma centena de pessoas esperavam desde a primeira hora desta manhã a abertura do centro de conferências Tokyo International Forum, onde as entrevistas estão sendo feitas, para ser os primeiros a solicitar os postos de trabalho.


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17:15
Anónimo disse...
Economia Internacional
Senado dos EUA aprova plano de estímulo à economia

O Senado dos Estados Unidos aprovou com 60 votos a favor e 38 contra o plano de estímulo à economia de US$ 787 bilhões na madrugada deste sábado. Agora, ele segue para sanção ou veto do presidente Barack Obama, que espera colocar a lei em prática até o dia 16 de fevereiro.

O plano prevê a criação de três milhões de empregos, inclui cortes de impostos às famílias, fundos para programas sociais e obras públicas, além de ajuda aos governos estaduais, estudantes e desempregados.

A cláusula Buy American - que exige o uso de ferro, aço e produtos manufaturados dos Estados Unidos em obras realizadas com recursos do pacote - ficou de lado. Segundo o texto definitivo, a cláusula será aplicada sem violar as normas do comércio internacional.

Ontem à tarde, a Câmara de Representantes (deputados) havia aprovado, por 246 votos a favor e 183 contra, a versão final do plano. Todos os republicanos foram contrários ao pacote.

Pelo acordo de quarta-feira entre Câmara e Senado, em vez de custar US$ 819 bilhões, como queriam os deputados, ou US$ 838 bilhões como pretendiam os senadores, o pacote ficou em cerca de US$ 787 bilhões, com 65% desse total destinado a gastos do governo federal e 35%, a créditos tributários.

17:16
Anónimo disse...
Economia nacional
Na era Lula, aposentadoria sobe 54% menos que salário mínimo

Thatiane Faria
Especial para o Terra
Direto de São Paulo

Os índices de reajustes concedidos pelo governo em 2009 para aposentados e pensionistas e para o salário mínimo repetiram uma diferença que, só durante o governo de Luiz Inácio Lula da Silva, já chega a 54%. Enquanto o mínimo foi majorado em 12% este ano, as pensões e aposentadorias tiveram aumento de 5,92%. Aposentados que têm o benefício do governo como única fonte de renda reclamam que perdem poder de compra e que sua cesta de compras é composta por itens que aumentam mais em relação à inflação oficial.

Um exemplo prático pode ser entendido a partir da comparação entre um aposentado que ganhava R$ 600 em janeiro de 2003. Na época, o benefício era três vezes, ou 200%, maior que o valor do mínimo em vigência, que era de R$ 200. Aplicando-se os índices de reajuste para aposentadorias e para o mínimo durante os últimos seis anos, o mesmo aposentado estaria recebendo hoje R$ 938,47, comparado a um salário mínimo de R$ 465. A diferença entre os dois valores caiu para pouco mais de 100%.

Enquanto o índice acumulado de reajuste para a aposentadoria durante o governo Lula foi de 60%, para o salário mínimo está em 132%.

O diretor do Sindicato Nacional dos Aposentados, João Inocentini, reclama que os valores dos benefícios para aposentadorias não mantêm o poder de compra do grupo, principalmente dos aposentados que recebem menos que dez salários mínimos.

Nem mesmo o fato de o índice de reajuste das aposentadorias ter ficado acima da inflação acumulada no mesmo período (o IPCA entre janeiro de 2003 e janeiro de 2009 foi de 39,7%) serve de argumento, segundo os aposentados.

"Os idosos, principalmente, têm gastos além das contas gerais como gás, telefone e aluguel. Para eles o custo com remédios, e outros itens da área saúde costuma ser maior", afirmou Inocentini.

O presidente do sindicato afirmou que o grupo realiza um estudo com 100 itens de necessidade de um idoso para comparar o aumento dos produtos com o índice de reajuste do benefício recebido pelos aposentados.

"Daqui dois meses vamos abrir um processo na Justiça e levar essa pesquisa como prova. Segundo a lei, o governo é obrigado a manter o poder de compra com a aposentadoria", disse Inocentini.

Alternativas
O consultor financeiro Cláudio Boriola diz que os aposentados, especialmente nesse momento de crise econômica, devem evitar compras parceladas, pesquisar preços, negociar e fazer bom planejamento financeiro.

Segundo Boriola, alguns aposentados ganham um valor mensal muitas vezes insuficiente para o pagamento das contas e acabam pedindo crédito ou realizando pagamentos a prazo e são obrigados a pagar juros altos.

Na opinião do consultor, pagar uma previdência privada é uma alternativa indicada para quem ainda trabalha, considerando a característica de perda de poder de compra da aposentadoria.

"Na prática, infelizmente os valores encontram-se em um patamar que está deteriorando o poder de aquisição da população brasileira", completou Boriola.

De acordo com o diretor da Confederação Brasileira de Aposentados e Pensionistas (Cobap), Vicente Fernandes Barbosa, representantes dos aposentados tentarão um encontro com o presidente da Câmara, deputado Michel Temer (PMDB-SP), para discutir projetos que minimizem a perda dos aposentados

17:17
Anónimo disse...
Previdência
Previdência prorroga isenção de tarifas no benefício

O atual sistema de pagamento aos 26 milhões de aposentados e pensionistas do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) será mantido até o final deste ano. O acordo, que permite realizar a operação sem nenhum custo aos beneficiários, foi renovado nesta sexta-feira, entre o governo federal e 21 instituições financeiras.

Por meio desse acordo, vigente desde setembro de 2007, nem os segurados, nem os bancos e nem o governo arcam com o pagamento de tarifas, conforme explicou o ministro da Previdência Social, José Pimentel. A prorrogação vale até dezembro, data máxima para que a Previdência defina as regras para um novo contrato.

Ao assinar o termo de renovação, na sede da Federação Brasileira dos Bancos (Febraban), o ministro disse que a intenção do governo é mudar o atual modelo de gestão visando a reduzir os custos dessas operações em torno da folha mensal, que atinge R$ 15,8 bilhões. No entanto, qualquer alteração, conforme explicou, passará antes por audiências públicas a serem realizadas a partir do segundo semestre deste ano, atendendo a determinação do Tribunal de Contas da União (TCU).

De acordo com Pimentel, com um redesenho do mecanismo de repasse dos recursos aos bancos em torno da folha de pagamento dos segurados o que se busca é um aumento da participação de instituições financeiras. Ele informou que, desde 2007, cada benefício custa em média R$ 1,07 ao governo. "Quanto mais instituições financeiras estiverem prestando serviços à sociedade, maior é a competitividade, a agilidade no atendimento", justificou.

O ministro observou, ainda, que, para permitir uma redução para algo em torno de meia hora no tempo de atendimento para a concessão dos direitos previdenciários, o governo investiu R$ 280 milhões.

Questionado sobre o descontentamento dos segurados que ganham acima de um salário mínimo terem obtido apenas a correção com base na variação do Índice de Preços ao Consumidor (INPC) , ficando abaixo do reajuste dado a quem recebe apenas o mínimo, Pimentel argumentou que o governo seguiu o que determina a lei e descartou a possibilidade de uma revisão

17:17
Anónimo disse...
Empresas
Caterpillar oferece aposentadoria antecipada a 2 mil


A companhia americana Caterpillar ofereceu a cerca de dois mil funcionários incentivos para que se aposentem de forma voluntária antes do previsto, pela perspectiva de uma queda "significativa" da atividade industrial, informou nesta quarta-feira a empresa.

A iniciativa, destinada aos trabalhadores de diversas fábricas em Illinois, Colorado, Tennessee e Pensilvânia, se soma aos cortes de empregos anunciados em janeiro, explicou em comunicado de imprensa.

A empresa, a maior fabricante mundial de maquinaria pesada para a construção e a mineração, acrescentou que, "em função das condições de negócio, podem ser necessárias mais reduções de elenco voluntárias e involuntárias à medida que o ano avança".

O vice-presidente da companhia, Sid Banwart, explicou que a empresa prevê "demissões significativas em todas as regiões geográficas e na maioria dos setores devido às dificuldades da economia mundial".

17:18
Anónimo disse...
Comércio
Comércio exterior da OCDE caiu no 3º trimestre de 2008


As exportações e as importações dos países da Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Econômico (OCDE) caíram 1,6% e 0,2%, respectivamente, no terceiro trimestre de 2008, em relação aos três meses anteriores.

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Trata-se da primeira queda destas atividades desde o terceiro trimestre de 2006, segundo o último relatório trimestral sobre fluxos comerciais divulgado pela OCDE.

As exportações e as importações em dólares dos 30 Estados-membros caíram 15,6% e 17%, respectivamente, na comparação anualizada.

Por sua vez, o comércio dos sete países mais ricos do mundo (G7) teve um pequeno crescimento no terceiro trimestre de 2008 com uma queda das exportações de mercadorias de 0,2% em relação ao trimestre anterior e um aumento de 0,4% das importações.

Em termos anualizados, as importações do G7 caíram 1,4% entre julho e setembro do ano passado, seu primeiro retrocesso desde o terceiro trimestre de 2006, enquanto as exportações aumentaram 1,9%, seu crescimento mais baixo no mesmo tempo.

Por países, a Alemanha aumentou suas importações em 3,4% - valor mais alto do G7 -, enquanto suas exportações caíram 2,9% do segundo para o terceiro trimestre de 2008.

Pelo contrário, as exportações americanas aumentaram 1,8% entre julho e setembro de 2008, enquanto as importações caíram 0,7% em relação ao trimestre anterior. No Japão, tanto as importações quanto as exportações caíram em torno de 1% no mesmo período.

17:19
Anónimo disse...
Economia Nacional
Lula: juros de crédito consignado a aposentados são altos

Atualizada às 17h29

O presidente Luis Inácio Lula da Silva afirmou nesta terça-feira, em São Paulo, que está lutando para reduzir as taxas de juros cobradas de aposentados em crédito consignado. A Previdência Social estabelece uma taxa máxima de 2,5% para empréstimo e de 3,5% para cartão. Para Lula, os valores são altos.

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"Acho que o juro que os aposentados estão pagando hoje com o crédito consignado é alto para o padrão brasileiro", disse o presidente durante a cerimônia de comemoração dos 86 anos do INSS.

A Previdência anunciou nesta terça-feira que aposentados e trabalhadoras com licença-maternidade poderão receber seus benefícios em 30 minutos. De acordo com Lula, em junho, a aposentadoria do trabalhador rural também será conseguida em meia hora.

Além disso, o presidente anunciou que, também em junho, os trabalhadores que alcançarem o direito à aposentadoria passarão a receber em suas casas um comunicado da Previdência informando o fato e o valor do salário que têm direito a receber. "É um comprometimento público que estou fazendo com os companheiros da Previdência Social", disse.

"Estamos retribuindo ao contribuinte da Previdência Social aquilo que é a cidadania que ele tem direito", afirmou Lula. "Se para cobrar nós somos tão precisos, para devolver o dinheiro, temos que chegar próximo à perfeição", completou.

17:20
Anónimo disse...
Economia Nacional
Salário maternidade sairá em 30 minutos, diz ministro

Toda trabalhadora autônoma que tiver contribuído pelo menos 10 meses com o Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) - ou as que possuírem carteira assinada - poderão receber em 30 minutos o salário maternidade a partir desta terça-feira. Da mesma forma, as mulheres com 30 anos de contribuição e os homens com 35 anos também terão direito ao benefício de forma mais rápida. A informação é do ministro da Previdência Social, José Pimentel.

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Para requerer o salário maternidade, é preciso que as autônomas levem a carteira de identidade e o carnê de contribuição. As demais trabalhadoras devem apresentar a identificação e a carteira de trabalho. Desde o início do mês, a nova forma de análise para a concessão de benefícios foi adotada para a aposentadoria por idade do trabalhador urbano e agora foi estendida para o salário maternidade e por tempo de contribuição.

O ministro disse que a qualificação do serviço da previdência social é o reconhecimento do direito dos trabalhadores e da afirmação da cidadania.

"Até pouco tempo na cabeça do cidadão o serviço devia ser de péssima qualidade. Agora não, nós modificamos toda a legislação no mês de dezembro numa ação conjunta do Congresso Nacional com o governo federal. Estamos implantando e concedendo os benefícios em até 30 minutos", afirmou.

O ministro destacou que para conseguir se aposentar ou ter acesso à licença maternidade em 30 minutos, em primeiro lugar, é necessário que o cidadão esteja vinculado à Previdência, o que inclui 65% da população acima de 16 anos de idade.

"Depois bastar marcar pelo sistema 135 o dia e a hora do atendimento e levar a documentação. Se todos os dados necessários estiverem corretos o contribuinte será atendido em até 30 minutos, como vem sendo feito com as aposentadorias por idade desde o dia cinco de janeiro", explicou.

Pimentel disse ainda que em 90% das agências da previdência social o atendimento é marcado em até 48 horas. Nos grandes centros, entretanto existe um volume maior o que torna mais lento o processo.

"Estamos criando mais 715 agências até 2010, em todo o território nacional, para descentralizar o atendimento. Em 2008, atendemos 295 mil benefícios e aposentadorias por idade. Temos 4 mil pessoas por dia procurando e se aposentando por idade no território nacional. Este serviço será agilizado", concluiu.
17:27
Anónimo disse...
Giuseppe Englaro, pai de Eluana, a italiana que morreu na segunda-feira passada por desidratação, recusou uma grande soma de dinheiro de um conhecido fotógrafo italiano que queria retratar a filha em estado de coma, disse neste sábado o neurologista que atendia a mulher desde 1996, Carlo Defanti.

O neurologista, que participou hoje de uma conferência sobre eutanásia, disse que Englaro respeitou a vontade da filha, que, antes do acidente, tinha pedido que, se lhe ocorresse qualquer coisa irreversível, apresentasse sua imagem de quando estava em boas condições.

Antes de sofrer o acidente de trânsito, em 1992, Eluana viveu o coma de um amigo, Alessandro, o que causou forte impacto na italiana e a levou a fazer o pai prometer que não a deixasse viver em estado vegetativo, disse o próprio Giuseppe Englaro.

Defanti, que dissera que Eluana poderia viver de dez a 12 dias depois da suspensão da alimentação e da hidratação, disse que, como médico, tinha que reprovar esta afirmação.

"Não se pode sobreviver após três ou quatro dias sem líquido e, em particular, água em um corpo. Sabemos bem que, quando há um terremoto, após quatro dias é difícil encontrar sobreviventes".

Defanti ressaltou que Eluana "não falava, não se comunicava com o exterior" e que, após vários exames, "nos deparamos com uma moça que tinha perdido a consciência", porque estava com o córtex cerebral prejudicado.

Eluana foi enterrada na quinta-feira passada no túmulo da família na localidade de Paluzza, em Udine, após um funeral que não contou com a presença dos pais.

16:53
Anónimo disse...
Os bombeiros combatem neste sábado os incêndios na Austrália favorecidos pelo bom tempo, enquanto os deslocados encotram em seu retorno casas derruídas, carros queimados nas ruas e destruição.

Depois de sete dias desde que começaram os incêndios no Estado de Victoria, a lista de mortos chega a 181, os desaparecidos somam 50, os edifícios destruídos totalizam 1,834 mil e o terreno arrasado, principalmente florestas, ocupa uma área de 4,13 mil quilômetros quadrados.

As equipes de bombeiros, formadas por 4 mil profissionais de Victoria, de outras partes da Austrália e de países amigos, combateram hoje 12 focos fora de controle e nenhum representava uma ameaça direta para a população.

O subdiretor do Serviço de Bombeiros, Geoff Conway, disse que este tempo favorável, que se prolongará durante o domingo, permite consolidar as linhas de contenção e avançar na extinção das chamas.

Cinzas apareceram arrastadas por ventos do nordeste sobre Melbourne, onde habitam 3,8 milhões de pessoas, e as autoridades alertaram aos cidadãos do risco para a saúde de idosos, crianças e pessoas com problemas respiratórios.

O número de pessoas deslocadas - a Cruz Vermelha chegou a receber 7 mil - começou a cair com a abertura de algumas localidades atingidas.

Os incêndios, alguns criminosos, começaram em 7 de fevereiro, quando a região sul da Austrália estava há duas semanas sob uma onda de calor sem precedentes.

Na sexta-feira passada, a polícia acusou uma pessoa de ter provocado o incêndio que atingiu a localidade de Churchill e matou 21 pessoas.

16:55
Anónimo disse...
A primeira chuva em seis dias reduziu a ameaça de incêndios no Estado de Victoria, ao sul da Austrália. As autoridades, porém, advertiram que ainda existem 12 focos, mas que nenhum deles ameaça áreas povoadas.

Mais de quatro mil bombeiros, mil provenientes de outras partes do país e de outras nações, trabalham contra o fogo. Cerca de 600 veículos e 28 helicópteros e pequenos aviões estão sendo usados.


Eles conseguiram construir linhas de contenção para evitar os incêndios de Yarra e Maroondah se juntassem. Também foram controlados os incêndios abertos de Yea e Murrindindi, que ameaçavam as comunidades de Connellys Creek, Crystal Creek, Scrubby Creek e Native Dog Creek.

O número de mortos chegou a 181, mas as autoridades acreditam que as vítimas devem passar de 200, já que ainda há muitos desaparecidos.

16:55
Anónimo disse...
Aqui nesta coluna, na semana passada, tive a oportunidade de comentar sobre a recente visita do professor brasileiro Pedrinho Guareschi à Austrália. Não dei, porém, os fatos, pois semana passada o assunto era outro.

Hoje, porém, vamos a eles.

No último dia 4 de fevereiro, aconteceu o Seminário "Paulo Freire: Education and Liberation", organizado pelo centro de estudos latino-americanos da Universidade Nacional da Austrália, ou ANU, como é mais conhecida por aqui.

A ANU, para quem não sabe, está entre as 20 melhores universidades do mundo! E tem sede aqui em Camberra, capital da Austrália.

Na abertura do evento, o professor John Minns, diretor do centro latino-americano, ao dar boas-vindas ao público presente, lembrou ser aquele o primeiro seminário exclusivamente dedicado a Paulo Freire na Austrália.

Em seguida, convidou Pedrinho Guareschi, palestrante principal do Seminário, a fazer sua apresentação.

A plateia pode então conhecer, pelas palavras de Pedrinho, um pouco da obra e da vida de Freire, esse brasileiro de fé e valor, que sempre acreditou na educação, sobretudo dos menos favorecidos, analfabetos, como força libertadora.

Como não podia deixar de ser, os conceitos e ideias revolucionários de Paulo Freire, expostos com clareza por Pedrinho, despertaram o interesse e a curiosidade de plateia. A qual, deve-se notar, era na maioria de estudantes, mas de várias nacionalidades, sobretudo australianos e asiáticos.

Na continuação do programa do seminário, que se estendeu por dois dias, outros professores fizeram palestras sobre temas ligados à obra de Paulo Freire.

Interessante, por exemplo, saber que a professora Anne Hickling-Hudson, jamaicana que mora na Austrália há muitos anos (é professora da ANU), conheceu e trabalhou com Freire num workshop educacional durante a revolução na Ilha de Granada, em 1980, antes da invasão dos Estados Unidos...

Ou, então, a palestra da Professora Gerda Roelvink, da Nova Zelândia, que participou do Fórum Social de Porto Alegre em 2005. E essa participação transformou-se em tema de doutorado.

No dia 10, terça-feira passada, o padre Pedrinho Guareschi voltou a falar ao público australiano em grande auditório localizado no belíssimo campus da ANU. Desta vez, sobre a Teologia da Libertação.

Depois da palestra, John Minns mostrou o filme mexicano "O Crime do Padre Amaro", no qual um dos personagens é um padre católico praticante da Teologia da Libertação.

Mais uma vez, foi grande o intersse da platéia, que pode aprender e conhecer um pouco como se desenvolveu aquele importante movimento católico na América Latina.

Fica, assim, ao Pedrinho, bem como a outros brasileiros estudiosos e de bom coração que saem pelo mundo a divulgar aspectos importantes da cultura brasileira, o respeito e a homenagem desta coluna. E... aquele abraço!

16:57
Anónimo disse...
Amanda Kitts perdeu o braço esquerdo em um acidente de automóvel acontecido três anos atrás, mas hoje em dia ela joga futebol americano com seu filho de 12 anos de idade, troca fraldas e abraça as crianças nas três creches Kiddie Cottage que opera em Knoxville, Tennessee. Kitts, 40 anos, faz tudo isso com a ajuda de um novo tipo de braço artificial que se movimenta com mais facilidade do que outros aparelhos e que ela pode controlar utilizando apenas seus pensamentos.

"Eu sou capaz de mexer a mão, o pulso e o cotovelo ao mesmo tempo", diz. "Você pensa e os músculos se movem em seguida".

A recuperação que ela conseguiu resulta de um novo procedimento que vem atraindo crescente atenção porque permite que pessoas movam braços protéticos de forma mais automática do que faziam no passado, simplesmente utilizando nervos reaproveitados em seus cérebros.

A técnica, conhecida como "renervação muscular dirigida", envolve utilizar os nervos que restam depois da amputação de um braço e conectá-los a outro músculo do corpo, em geral no peito. Eletrodos são instalados sobre os músculos do peito, e operam como se fossem antenas. Quando a pessoa deseja mover o braço, o cérebro envia sinais que primeiro resultam em contração dos músculos do peito, os quais enviam um sinal ao braço protético, instruindo-se a se movimentar. O processo não requer mais esforços consciente do que a pessoa teria de exercitar caso ainda tivesse seu braço natural.

Na terça-feira, pesquisadores reportaram em estudo publicado pela versão online do Journal of the American Medical Association que haviam levado a técnica ainda mais à frente, tornando possível a execução de 10 movimentos de mão, pulso e cotovelo diferentes, o que representa uma substancial melhora com relação ao típico repertório protético, que em geral envolve apenas dobrar o cotovelo, girar o pulso e abrir a mão.

"Os novos métodos tiveram impacto dramático em nosso campo de trabalho", disse Stuart Harshbarger, engenheiro biomédico na Universidade Johns Hopkins e diretor do programa de pesquisa sobre próteses, financiado pelas forças armadas, que inclui o trabalho com essa técnica. "O método já está em uso por médicos e cirurgiões comuns em todo o país. A capacidade de controlar um membro protético bastante robusto que ele confere surpreendeu a todos pela qualidade".

Tipicamente, uma pessoa que tenha um braço protético só é capaz de executar alguns poucos movimentos, e muitas vezes com tamanha lentidão que isso só permite a ela atividades limitadas.

Há um motor separado para cada movimento, diz Gerald Loeb, professor de engenharia biomédica na Universidade do Sul da Califórnia, "e esses motores precisam ser controlados de maneira explícita", usualmente por um esforço consciente da pessoa para contrair músculos nas costas ou no bíceps.

"Essencialmente, até agora os pacientes controlavam apenas um motor de cada vez", diz Loeb, "e precisavam pensar cuidadosamente sobre que motor desejavam controlar e como fazê-lo operar, em lugar de simplesmente pensarem em mover o braço e poderem fazê-lo sem delongas".

Antes que Kitts passasse pelo procedimento de renervação, em outubro de 2007, por exemplo, ela precisava movimentar os músculos de suas costas de determinada maneira para fazer com que seu pulso girasse, e flexionar seu bíceps e tríceps para fazer com que o cotovelo se movesse para cima e para baixo. "Era muito trabalho", ela conta. "E não me ajudava muito".

O procedimento de renervação é parte de uma recente explosão de idéias novas e técnicas inovadoras que estão sendo exploradas enquanto os cientistas se esforçam por ajudar as pessoas a compensar melhor a perda de membros ou problemas de paralisia. O esforço vem sendo alimentado pelo aumento no número de amputações causado por diabetes e por ferimentos sofridos pelos militares, e ao mesmo tempo pelos avanços na tecnologia médica.

Os braços se tornaram um dos focos essenciais desse tipo de trabalho. A ciência há muito vem obtendo sucessos no desenvolvimento de próteses de perna, mas é muito mais difícil imitar a complexidade e a destreza das mãos e dos braços.

Os esforços em curso incluem o desenvolvimento de projetos de pele e braços mais sensíveis e mais flexíveis, e o uso de dispositivos acionados por controles sem fio implantado nos braços protéticos, que permitiriam movimentos mais naturais.

Os pesquisadores também vêm usando sensores implantados nos cérebros de cobaias para permitir que dois macacos controlem um braço mecânico, e um teste com um homem paralítico permitiu, com esse método, que ele movimentasse um cursor em uma tela de computador.

Alguns desses métodos, caso venham a ser aperfeiçoados plenamente e consigam aprovação das autoridades regulatórias da saúde, podem no futuro se tornar mais viáveis para os pacientes de amputações.

E embora a técnica da renervação não requeira aprovação das autoridades regulatórias porque é executada por meios cirúrgicos e emprega aparelhos já existentes, ela apresenta limitações que até mesmo seus criadores reconhecem, entre as quais o fato de que não se pode utilizá-la para todos os pacientes, o seu alto custo e o prazo de meses requerido para que os nervos reconectados cresçam e se tornem efetivos.

Ainda assim, os especialistas dizem que é o mais avançado sistema em uso hoje para pacientes reais que permite que o sistema nervoso controle diretamente o movimento de um braço artificial.

Desde sua introdução por Todd Kuiken, médico fisioterapeuta e engenheiro biomédico do Instituto de Reabilitação de Chicago, o método foi empregado em cerca de 30 pacientes nos Estados Unidos, Canadá e Europa, entre os quais oito soldados feridos no Iraque e no Afeganistão.

Muitos dos pacientes, entre os quais o primeiro, Jesse Sullivan, um operário do setor elétrico no Tennessee que perdeu os dois braços quando foi eletrocutado por um cabo, conseguem não apenas manipular seus braços protéticos mas sentir a presença das mãos que já não têm quando alguém toca em seus peitos.

Sullivan, 62 anos, e Kitts, estavam entre os cinco pacientes que participaram do estudo reportado na terça-feira. Em companhia de cinco outras pessoas que não passaram por amputações, eles receberam os eletrodos e foram instruídos a usar pensamentos para fazer com que um braço virtual na tela reproduzisse 10 movimentos diferentes, entre os quais três formas diferentes de aperto de mão.

Os pacientes apresentaram desempenho bastante respeitável, apenas um pouco mais lento e menos preciso do que os dos participantes que não tinham amputações.

"As velocidades de movimento que encontramos em nossos pacientes foram realmente encorajadoras", disse Kuiken. "Eles conseguiram completar a tarefa. É claro que não foram tão competentes quanto as pessoas dotadas de plena capacidade física, mas foram bons o bastante".

Um braço virtual foi usado porque a maioria das próteses existentes não era capaz de acomodar todos aqueles movimentos, no momento da pesquisa, ainda que Sullivan, Kitts e uma terceira paciente, Claudia Mitchell, tenham experimentado dois novos protótipos mais versáteis de braços artificiais, executando tarefas complexas com bolas de tênis e outros objetos.

O trabalho de renervação em soldados apresenta outros desafios, diz Kuiken, porque os ferimentos militares muitas vezes "causam danos muitos extensos" a nervos, músculos ou ossos.

Daniel Acosta, 25 anos, um aviador ferido pela detonação de uma bomba em uma estrada do Iraque em 2005, passou pelo procedimento no ano passado e diz que seu braço esquerdo protético agora se movimenta "muito mais rápido" e de maneira muito mais natural.

"A diferença é que agora não preciso mais pensar para mover o braço", ele diz. "Ele simplesmente se mexe".

Ainda assim, Acosta, de San Antonio, diz que "o processo foi bastante longo" e que os eletrodos precisam ser ajustados para receber os sinais à medida que os nervos crescem ou mudam de posição.

E embora elogiem o método, os especialistas afirmam que a ciência das próteses de braço ainda tem muito por avançar.

"Trata-se de uma parte crucial, mas ainda assim apenas uma parte, das muitas coisas que compreendem a função normal de um braço", disse Loeb, que escreveu um editorial que acompanha o artigo no Journal of the American Medical Association.

"No momento estamos a meio do caminho entre o braço de 'Dr. Fantástico', que fazia involuntariamente a saudação nazista, e o braço de Luke Skywalker em 'Guerra nas Estrelas', que funciona sem nenhum problema assim que é conectado. Creio que precisaremos ainda de muitos anos para conectar todas as peças necessárias a produzir um braço capaz de funcionar normalmente".

17:04
Anónimo disse...
A Espanha disse neste sábado que está preparando uma reclamação oficial contra a decisão da Venezuela de expulsar um membro do Parlamento Europeu que criticou o conselho eleitoral venezuelano.
Luis Herrero, membro do partido conservador espanhol PP, foi deportado na sexta-feira depois que o Conselho Nacional Eleitoral (CNE) o acusou de questionar a imparcialidade da instituição antes de um referendo que pode permitir ao presidente Hugo Chávez permanecer no cargo indefinidamente.

Herrero estava na Venezuela como observador do referendo. Ele acusou Chávez de ter "comportamentos típicos de um ditador" por pedir a contenção de manifestações da oposição.

O governo da Espanha convocou um encontro com o embaixador da Venezuela em Madri para expressar a desaprovação sobre a expulsão de Herrero, disse um representante do Ministério das Relações Exteriores espanhol.

As relações da Venezuela com a Espanha tiveram seu ponto crítico em 2007, quando Chávez ameaçou rever acordos diplomáticos e comerciais depois de ouvir um "cala a boca" do rei espanhol Juan Carlos durante uma cúpula.

A fenda foi oficialmente reparada em 2008, com uma visita oficial de Chávez à Espanha, onde ele cumprimentou o rei e discutiu acordos para investimento no setor petroquímico com o primeiro-ministro José Luis Rodriguez Zapatero.

17:06
Anónimo disse...
A polícia do Zimbábue anunciou neste sábado que acusa de traição Roy Bennett, dirigente do até agora opositor Movimento para a Mudança Democrática (MDC), detido na sexta-feira, em Harare, poucas horas antes da cerimônia de posse dos membros do novo gabinete.

"A Polícia nos informou que vão apresentar acusações de traição", disse à agência EFE o advogado de defesa de Bennett, Trust Maanda.

"Tentam relacionar Roy com o caso de Mike Hitschmann, que foi detido em 2006 em relação à descoberta de um carregamento de armas, apesar de que Hitschmann não tenha sido declarado culpado das acusações de traição apresentadas contra ele, mas de um crime menor de descumprimento de leis", disse Maanda.

O político opositor, designado por seu partido como vice-ministro de Agricultura no Governo de união nacional, esteve no exílio na vizinha África do Sul desde 2006 e retornou ao Zimbábue há duas semanas.

Segundo a Polícia, que deteve Bennett ontem no aeroporto de Harare quando pretendia ir à África do Sul para visitar sua família, as armas apreendidas em 2006 seriam utilizadas em um golpe de Estado para derrubar o presidente do Zimbábue, Robert Mugabe.

Depois da detenção, Bennet foi levado a Mutar, onde vários simpatizantes do MDC se concentraram em frente à delegacia na qual estava detido, diante do que a Polícia respondeu com tiros para o alto para dispersar os manifestantes.

17:07
Anónimo disse...
Austrália: 14 mil se candidatam a 'emprego dos sonhos'

A secretaria de Turismo de Queensland, na Austrália, informou que até esta segunda-feira já recebeu cerca de 14 mil inscrições para o "o melhor emprego do mundo". O Estado australiano promove pela internet seleção para vaga de "zelador" da ilha Hamilton, por seis meses com um salário de R$ 40 mil.

Muitos candidatos tiveram problemas durante a inscrição por conta dos acessos simultâneos ao site. A secretaria aconselha enviar os vídeos de 60s explicando porque deve ser escolhido em horários alternativos do dia, além de recomendar tamanho em torno de 40MB.

As inscrições começaram em 12 de janeiro e vão até o próximo dia 22 e podem ser feitas pelo site www.islandreefjob.com. O governo australiano escolherá 50 candidatos para a próxima fase da seleção, que terá votos do público para eleger um dos 11 finalistas.

A última fase terá entrevistas e desafios físicos, no próprio local de trabalho: as ilhas da Grande Barreira Coralina - o maior recife de coral do mundo. A secretaria de Turismo anunciará o vencedor no dia 6 de maio.

17:09
Anónimo disse...
Mercado elogia governo na crise, mas pede maior queda no juro

Peter Fussy
Direto de São Paulo

Desde as primeiras medidas anunciadas para combater os efeitos da crise, o governo brasileiro avisou que a estratégia não contemplaria um pacote. Seriam doses pontuais, de acordo com a necessidade da economia diante do agravamento das turbulências. Da primeira liberação dos depósitos compulsórios em setembro até a ampliação do seguro-desemprego na última quarta-feira, o governo passou por redução de impostos, ampliação de crédito e incentivos à exportação. Quase 150 dias após a primeira medida, o Terra conversou com líderes do setor público e privado, representantes dos trabalhadores, acadêmicos e com o próprio governo para saber quais destas ações foram mais eficazes, quais foram mais ineficientes e o que mais pode ser feito pelo Estado brasileiro contra a crise.

Os maiores elogios foram direcionados à atitude de reduzir o Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) para a indústria automobilística, anunciada em dezembro e que fez com que os emplacamentos de carros novos subissem 1,9% no primeiro mês do ano em relação a dezembro de 2008. Já as maiores críticas foram para a lentidão no corte da taxa básica de juro do País.

Para o presidente do conselho administrativo do Grupo Pão de Açúcar, Abílio Diniz, o Estado não é responsável pela crise e mesmo assim está agindo "com extrema serenidade e muito acerto". "O governo está atento, fazendo a sua parte. É preciso coragem de baixar firmemente a taxa de juros. É uma arma que temos a nosso favor, já que não há clima para inflação, nem possibilidade de danos para a macroeconomia", afirmou Diniz.

Na última reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), em janeiro, a taxa Selic foi reduzida em um ponto percentual, de 13,75% para 12,75% ao ano. Porém, o professor de economia da Universidade de Brasília (UnB) José Luiz Oreiro lembra que este corte representa uma redução de apenas 0,25 ponto percentual com relação à taxa de setembro do ano passado, quando a crise se agravou.

"Pouco antes da eclosão da crise, o Banco Central aumentou a taxa em 0,75 ponto. Foram cinco meses de demora para reduzir em termos líquidos apenas 0,25 ponto", afirmou o economista, que também sugeriu redução do intervalo de cerca de 90 dias entre as reuniões do Copom e o corte de pelo menos um 1 ponto percentual em cada reunião.

Mesmo com o corte de janeiro, a taxa de juros real continua sendo a maior do mundo, lembrou o secretário-geral da Força Sindical, João Carlos Gonçalves, o Juruna. "A redução da taxa de juro ainda é pequena, porque ela continua uma das mais altas do mundo. Falta ousadia para baixar os juros e ajudar o cidadão. A permanência da taxa de juro alta é negativa para o País em meio a crise", afirmou Juruna.

Embora aprove as ações do governo, o senador Aloízio Mercadante (PT-SP) também acredita que o patamar da Selic está muito alto. "Sempre fomos os primeiros a entrar em qualquer crise, o que não aconteceu agora. A taxa Selic ainda é muito alta, mas o governo têm tomado medidas acertadas, como o aumento do salário mínimo, mesmo com um cenário de crise. Isso ajuda a movimentar o consumo. O governo está se esforçando para manter os investimentos e o crescimento", disse.

Tributos
De acordo com o economista Fabio Pina, da Fecomercio-SP, as ações mais positivas estão relacionadas à redução de tributos para alguns segmentos, como a indústria automobilística, que recuperou parte da queda nas vendas em janeiro com a isenção do IPI para carros 1.0 l e o corte para demais motorizações. A medida vale até o final de março.

"Essas medidas não só reduziram o preço, mas anteciparam o consumo daqueles que iriam comprar no futuro, dando um prêmio por conta da insegurança. Mexe diretamente com o principal problema que é a confiança do consumidor", afirmou. Juruna destacou que um bom ritmo de vendas é garantia de emprego. "É importante porque cada emprego na montadora significa 19 na cadeia produtiva", comentou o representante da Força Sindical.

Também em dezembro, o governo decidiu cortar pela metade a alíquota do Imposto de Renda para contribuintes que ganham entre R$ 1.434 e R$ 2.150 mensais. "O salário aumentava e a tabela não se modificava. As pessoas ganhavam mais e pagavam mais impostos", apontou Juruna. Outra redução de tributos do governo foi com relação ao Imposto sobre Operações Financeiras (IOF), que caiu de 3% ao ano para 1,5%.

Crédito
Na segunda metade de 2008, o colapso de bancos nos Estados Unidos por conta da crise do subprime provocou uma forte restrição de crédito no mundo inteiro. Uma das primeiras medidas anticrise do governo teve como objetivo restabelecer a oferta, com mudanças no recolhimento dos depósitos compulsórios por parte dos bancos. Segundo o presidente do Banco Central, Henrique Meirelles, as diversas modificações liberaram US$ 99,2 bilhões aos bancos até o final de janeiro.

Além disso, o governo concedeu R$ 36 bilhões das reservas internacionais para empresas brasileiras com dívidas no exterior e uma medida provisória autorizou o Banco do Brasil e a Caixa Econômica Federal a comprar carteiras de crédito de bancos privados. Para o diretor do Departamento de Pesquisas e Estudos Econômicos da Fiesp, Paulo Francini, estas medidas foram essenciais para combater os efeitos da crise.

"A crise se desenvolve no mundo em torno do tema crédito. E o crédito reduziu-se barbaridade no mundo. Então o governo lança mão de compulsório, lança mão de reservas, de medidas que permitem aos bancos comprar carteiras de bancos. Você vai tomando várias medidas para atender às demandas e o epicentro disso é crédito", afirmou.

No entanto, Oreiro, da UnB, adverte que a liberação dos compulsórios seria mais eficiente acompanhada de redução mais agressiva da taxa básica de juro. "Uma parte do crédito voltou, depois da forte retração em outubro e novembro. O que deveria ter sido feito junto à liberação do compulsório era uma redução mais drástica da taxa de juro. Sem isso, os bancos pegam as reservas e acabam comprando títulos públicos", explicou o economista.

Na opinião de Pina, as ações de distribuição de crédito via redução do compulsório e a disposição de capital de giro para empresas foram tomadas sem um cuidado maior na operação e não tiveram muito efeito. "O BNDES tem linhas que ficam paradas quase todo o ano, agora é pior ainda. Existem os recursos, mas as empresas e os bancos estão desconfiados. É preciso fazer com que os bancos tenham interesse em emprestar", afirmou o economista da Fecomercio-SP.

Futuro
Mesmo com todas essas medidas, a crise financeira ainda gera incertezas nos setores produtivos do País. Nos últimos meses, o medo do desemprego fez os consumidores adiarem compras. Por sua vez, a queda nas vendas pode obrigar as indústrias a cortarem a produção e demitir funcionários. Contra isso, empresários sugerem redução de jornada e de salários.

"Isto está previsto em lei. A Fiesp simplesmente manteve conversações com entidades sindicais quanto à aplicação daquilo que já está previsto em lei", afirmou Francini.

Segundo a ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff, uma das medidas que assegura um nível de emprego é a manutenção de investimentos no Programa de Aceleração do Crescimento (PAC). "Estamos esperando que a dificuldade ocorra em janeiro, fevereiro e março. Estamos certos que vamos manter o nível de investimento. É isso que funciona, é isso que significa investimento público. Ele funciona como um colchão. Por isso, nós colocamos R$ 100 bilhões no BNDES e a Petrobras ampliou o seu investimento em R$ 120 bilhões", afirmou.

Na mesma linha, Pina explica que a antecipação de gastos do governo substitui parte da demanda retraída do setor privado. "Ele dá o seguinte recado: não vou estourar as contas públicas, mas concentrar em um momento em que a demanda privada está pequena. Mas o governo não tem fôlego suficiente para fazer o papel de toda demanda", ressaltou. O economista da Fecomercio lembrou que a entidade já pleiteou junto ao governo isenções para transferência de imóveis e de automóveis, além de retirar o IPVA para veículos novos.

Já Oreiro foca suas propostas na capitalização do Banco do Brasil e da Caixa Econômica Federal pelo Tesouro para atender a demanda de crédito para capital de giro e reduzir o spread. "Aumentando o empréstimo e reduzindo as taxas, os dois vão forçar os bancos privados a acompanhar o movimento, até para não perderem participação no mercado", explicou o economista da UnB.

Até o Carnaval, o governou prometeu detalhar um pacote de incentivos para a construção de até um milhão de casas populares, direcionado a famílias com renda de até dez salários mínimos. "Estamos atentos a tudo o que está acontecendo e novas medidas serão tomadas caso haja uma avaliação de que sejam necessárias", disse o ministro da Fazenda, Guido Mantega, na última sexta-feira.

17:11
Anónimo disse...
Ex-ministro critica extensão do seguro-desemprego

Atualizada às 09h03

O ex-ministro do Trabalho Almir Pazzianotto criticou a decisão do governo federal de conceder o seguro-desemprego estendido a apenas alguns setores. "É certamente odioso e provavelmente inconstitucional", disse Pazzianotto, de acordo com o jornal O Estado de S. Paulo.

Na última qurta, dia do anúncio da medida, centrais sindicais elogiaram a atitude do governo. A Força Sindical divulgou nota dizendo que "o aumento ajudará a aquecer parte da economia, já que irá gerar mais consumo, produção e conseqüentemente, a criação de novos postos de trabalho". A União Geral dos Trabalhadores (UGT) afirmou que a medida "contribuirá para minimizar o drama dos trabalhadores que perderem seu emprego por conta da crise".

O ex-ministro, que instituiu o seguro-desemprego no País no governo de José Sarney, destacou a necessidade de as centrais sindicais se manifestarem contra a determinação. Para ele, as mudanças devem ser aplicadas a todas as categorias profissionais e a distinção é contrária ao artigo 3º da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT).

Pazzianotto atribui a medida a um possível temor do governo de que a crise econômica seja longa e não haja dinheiro para atender a todas as necessidades. Ainda assim, ele se mostra contrário ao método de concessão. "O seguro-desemprego ajuda a sanar necessidades básicas. Estendê-lo é paliativo, não a solução", disse ao jornal.

De acordo com o presidente do Conselho Deliberativo do Fundo de Amparo ao Trabalhador (Codefat) e conselheiro da Força Sindical, Luiz Fernando Emediato, a determinação já estava prevista na lei 8.900/94, que trata do seguro-desemprego.

O presidente da Comissão de Trabalho da Câmara, Pedro Fernandes (PTB-MA) vai além na crítica à concessão do seguro para apenas alguns setores. Ele acredita que a ampliação do benefício estimula o desemprego.

Quintino Severo, secretário geral da Central Única dos Trabalhadores (CUT), lembra que a ampliação do benefício sem critério e identificação pode incentivar demissões em outros setores.

17:13
Anónimo disse...
Empresas
TAM faz promoção para destinos internacionais

A companhia aérea TAM anunciou nesta sexta-feira tarifas promocionais para trechos internacionais. Os preços valem para bilhetes comprados entre 6h deste sábado e 23h59 deste domingo e são válidos para classe econômica. As tarifas, para ida e volta, serão vendidas a partir de US$ 99, mais taxas.

Segundo a aérea, a promoção vale para viagens feitas no período de 14 de fevereiro a 18 de junho de 2009. Para destinos na América do Sul, a permanência mínima é de dois dias; para bilhetes com destino nos Estados Unidos, cinco dias; e Europa, sete dias. A permanência máxima para as passagens para América do Sul e EUA é de dois meses e para Europa, três meses.

Entre os exemplos de tarifas promocionais, a TAM oferece São Paulo-Lima por US$ 99. Bilhetes para a rota São Paulo-Santiago serão vendidos a partir de US$ 199 e São Paulo-Nova York, US$ 799.

A emissão dos bilhetes deve ser feita obrigatoriamente no ato da reserva, obedecendo às regras estipuladas pela companhia. A compra está sujeita à disponibilidade de assentos nas classes tarifárias determinadas, trechos, horários e datas. A TAM afirmou que também há tarifas promocionais para a classe executiva.

Mais informações podem ser encontradas no site promocional (www.ofertastam.com.br), no site da empresa (www.tam.com.br) ou pelos telefones 4002-5700 ou 0800 5705700.

17:13
Anónimo disse...
Empresas
Consultoria negocia compra do parque temático Hopi Hari

A consultoria especializada em reestruturação de empresas Íntegra Associados informou nesta sexta-feira ter um acordo para comprar o parque de diversões Hopi Hari, localizado no interior de São Paulo. A empresa estaria disposta a investir R$ 10 milhões no parque, que tem dívida estimada em R$ 800 milhões. As informações são da edição deste sábado do jornal Folha de S. Paulo.

De acordo com o jornal, a transação ainda depende da negociação entre o Hopi Hari e seus credores, o que já estaria em andamento.

A consultoria paulista já atuou junto à Parmalat, durante 30 meses, quando reorganizou a gestão da empresa italiana.

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17:14
Anónimo disse...
Empresas
Disney de Tóquio contratará mais 2 mil apesar da crise


A Oriental Land, o operador da Disneylândia Tóquio e DisneySea, organizou neste domingo entrevistas para contratar cerca de 2 mil trabalhadores em tempo parcial, em um momento de grandes demissões deste tipo de empregados no Japão.

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O operador deste parque temático, situado em Urayasu, na província de Chiba (leste de Tóquio), está em pleno processo de seleção de empregados para 20 tipos de postos trabalhistas diferentes.

Segundo a companhia, citada pela agência local de notícias Kyodo, o parque contratará novos trabalhadores para as atrações, para os restaurantes e guardas de segurança entre outros. Os novos contratados começarão a trabalhar a partir de fevereiro.

O processo de seleção acontece em um momento em que a maioria das grandes companhias japonesas começaram a se ver obrigadas a despedir uma elevada percentagem de seus trabalhadores temporários e a tempo parcial.

Algumas inclusive anunciaram demissões de seus trabalhadores fixos, uma medida muito pouco comum nas companhias japonesas, perante os efeitos piores que o esperado pela crise econômica global.

Cerca de uma centena de pessoas esperavam desde a primeira hora desta manhã a abertura do centro de conferências Tokyo International Forum, onde as entrevistas estão sendo feitas, para ser os primeiros a solicitar os postos de trabalho.


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17:15
Anónimo disse...
Economia Internacional
Senado dos EUA aprova plano de estímulo à economia

O Senado dos Estados Unidos aprovou com 60 votos a favor e 38 contra o plano de estímulo à economia de US$ 787 bilhões na madrugada deste sábado. Agora, ele segue para sanção ou veto do presidente Barack Obama, que espera colocar a lei em prática até o dia 16 de fevereiro.

O plano prevê a criação de três milhões de empregos, inclui cortes de impostos às famílias, fundos para programas sociais e obras públicas, além de ajuda aos governos estaduais, estudantes e desempregados.

A cláusula Buy American - que exige o uso de ferro, aço e produtos manufaturados dos Estados Unidos em obras realizadas com recursos do pacote - ficou de lado. Segundo o texto definitivo, a cláusula será aplicada sem violar as normas do comércio internacional.

Ontem à tarde, a Câmara de Representantes (deputados) havia aprovado, por 246 votos a favor e 183 contra, a versão final do plano. Todos os republicanos foram contrários ao pacote.

Pelo acordo de quarta-feira entre Câmara e Senado, em vez de custar US$ 819 bilhões, como queriam os deputados, ou US$ 838 bilhões como pretendiam os senadores, o pacote ficou em cerca de US$ 787 bilhões, com 65% desse total destinado a gastos do governo federal e 35%, a créditos tributários.

17:16
Anónimo disse...
Economia nacional
Na era Lula, aposentadoria sobe 54% menos que salário mínimo

Thatiane Faria
Especial para o Terra
Direto de São Paulo

Os índices de reajustes concedidos pelo governo em 2009 para aposentados e pensionistas e para o salário mínimo repetiram uma diferença que, só durante o governo de Luiz Inácio Lula da Silva, já chega a 54%. Enquanto o mínimo foi majorado em 12% este ano, as pensões e aposentadorias tiveram aumento de 5,92%. Aposentados que têm o benefício do governo como única fonte de renda reclamam que perdem poder de compra e que sua cesta de compras é composta por itens que aumentam mais em relação à inflação oficial.

Um exemplo prático pode ser entendido a partir da comparação entre um aposentado que ganhava R$ 600 em janeiro de 2003. Na época, o benefício era três vezes, ou 200%, maior que o valor do mínimo em vigência, que era de R$ 200. Aplicando-se os índices de reajuste para aposentadorias e para o mínimo durante os últimos seis anos, o mesmo aposentado estaria recebendo hoje R$ 938,47, comparado a um salário mínimo de R$ 465. A diferença entre os dois valores caiu para pouco mais de 100%.

Enquanto o índice acumulado de reajuste para a aposentadoria durante o governo Lula foi de 60%, para o salário mínimo está em 132%.

O diretor do Sindicato Nacional dos Aposentados, João Inocentini, reclama que os valores dos benefícios para aposentadorias não mantêm o poder de compra do grupo, principalmente dos aposentados que recebem menos que dez salários mínimos.

Nem mesmo o fato de o índice de reajuste das aposentadorias ter ficado acima da inflação acumulada no mesmo período (o IPCA entre janeiro de 2003 e janeiro de 2009 foi de 39,7%) serve de argumento, segundo os aposentados.

"Os idosos, principalmente, têm gastos além das contas gerais como gás, telefone e aluguel. Para eles o custo com remédios, e outros itens da área saúde costuma ser maior", afirmou Inocentini.

O presidente do sindicato afirmou que o grupo realiza um estudo com 100 itens de necessidade de um idoso para comparar o aumento dos produtos com o índice de reajuste do benefício recebido pelos aposentados.

"Daqui dois meses vamos abrir um processo na Justiça e levar essa pesquisa como prova. Segundo a lei, o governo é obrigado a manter o poder de compra com a aposentadoria", disse Inocentini.

Alternativas
O consultor financeiro Cláudio Boriola diz que os aposentados, especialmente nesse momento de crise econômica, devem evitar compras parceladas, pesquisar preços, negociar e fazer bom planejamento financeiro.

Segundo Boriola, alguns aposentados ganham um valor mensal muitas vezes insuficiente para o pagamento das contas e acabam pedindo crédito ou realizando pagamentos a prazo e são obrigados a pagar juros altos.

Na opinião do consultor, pagar uma previdência privada é uma alternativa indicada para quem ainda trabalha, considerando a característica de perda de poder de compra da aposentadoria.

"Na prática, infelizmente os valores encontram-se em um patamar que está deteriorando o poder de aquisição da população brasileira", completou Boriola.

De acordo com o diretor da Confederação Brasileira de Aposentados e Pensionistas (Cobap), Vicente Fernandes Barbosa, representantes dos aposentados tentarão um encontro com o presidente da Câmara, deputado Michel Temer (PMDB-SP), para discutir projetos que minimizem a perda dos aposentados

17:17
Anónimo disse...
Previdência
Previdência prorroga isenção de tarifas no benefício

O atual sistema de pagamento aos 26 milhões de aposentados e pensionistas do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) será mantido até o final deste ano. O acordo, que permite realizar a operação sem nenhum custo aos beneficiários, foi renovado nesta sexta-feira, entre o governo federal e 21 instituições financeiras.

Por meio desse acordo, vigente desde setembro de 2007, nem os segurados, nem os bancos e nem o governo arcam com o pagamento de tarifas, conforme explicou o ministro da Previdência Social, José Pimentel. A prorrogação vale até dezembro, data máxima para que a Previdência defina as regras para um novo contrato.

Ao assinar o termo de renovação, na sede da Federação Brasileira dos Bancos (Febraban), o ministro disse que a intenção do governo é mudar o atual modelo de gestão visando a reduzir os custos dessas operações em torno da folha mensal, que atinge R$ 15,8 bilhões. No entanto, qualquer alteração, conforme explicou, passará antes por audiências públicas a serem realizadas a partir do segundo semestre deste ano, atendendo a determinação do Tribunal de Contas da União (TCU).

De acordo com Pimentel, com um redesenho do mecanismo de repasse dos recursos aos bancos em torno da folha de pagamento dos segurados o que se busca é um aumento da participação de instituições financeiras. Ele informou que, desde 2007, cada benefício custa em média R$ 1,07 ao governo. "Quanto mais instituições financeiras estiverem prestando serviços à sociedade, maior é a competitividade, a agilidade no atendimento", justificou.

O ministro observou, ainda, que, para permitir uma redução para algo em torno de meia hora no tempo de atendimento para a concessão dos direitos previdenciários, o governo investiu R$ 280 milhões.

Questionado sobre o descontentamento dos segurados que ganham acima de um salário mínimo terem obtido apenas a correção com base na variação do Índice de Preços ao Consumidor (INPC) , ficando abaixo do reajuste dado a quem recebe apenas o mínimo, Pimentel argumentou que o governo seguiu o que determina a lei e descartou a possibilidade de uma revisão

17:17
Anónimo disse...
Empresas
Caterpillar oferece aposentadoria antecipada a 2 mil


A companhia americana Caterpillar ofereceu a cerca de dois mil funcionários incentivos para que se aposentem de forma voluntária antes do previsto, pela perspectiva de uma queda "significativa" da atividade industrial, informou nesta quarta-feira a empresa.

A iniciativa, destinada aos trabalhadores de diversas fábricas em Illinois, Colorado, Tennessee e Pensilvânia, se soma aos cortes de empregos anunciados em janeiro, explicou em comunicado de imprensa.

A empresa, a maior fabricante mundial de maquinaria pesada para a construção e a mineração, acrescentou que, "em função das condições de negócio, podem ser necessárias mais reduções de elenco voluntárias e involuntárias à medida que o ano avança".

O vice-presidente da companhia, Sid Banwart, explicou que a empresa prevê "demissões significativas em todas as regiões geográficas e na maioria dos setores devido às dificuldades da economia mundial".

17:18
Anónimo disse...
Comércio
Comércio exterior da OCDE caiu no 3º trimestre de 2008


As exportações e as importações dos países da Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Econômico (OCDE) caíram 1,6% e 0,2%, respectivamente, no terceiro trimestre de 2008, em relação aos três meses anteriores.

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Trata-se da primeira queda destas atividades desde o terceiro trimestre de 2006, segundo o último relatório trimestral sobre fluxos comerciais divulgado pela OCDE.

As exportações e as importações em dólares dos 30 Estados-membros caíram 15,6% e 17%, respectivamente, na comparação anualizada.

Por sua vez, o comércio dos sete países mais ricos do mundo (G7) teve um pequeno crescimento no terceiro trimestre de 2008 com uma queda das exportações de mercadorias de 0,2% em relação ao trimestre anterior e um aumento de 0,4% das importações.

Em termos anualizados, as importações do G7 caíram 1,4% entre julho e setembro do ano passado, seu primeiro retrocesso desde o terceiro trimestre de 2006, enquanto as exportações aumentaram 1,9%, seu crescimento mais baixo no mesmo tempo.

Por países, a Alemanha aumentou suas importações em 3,4% - valor mais alto do G7 -, enquanto suas exportações caíram 2,9% do segundo para o terceiro trimestre de 2008.

Pelo contrário, as exportações americanas aumentaram 1,8% entre julho e setembro de 2008, enquanto as importações caíram 0,7% em relação ao trimestre anterior. No Japão, tanto as importações quanto as exportações caíram em torno de 1% no mesmo período.

17:19
Anónimo disse...
Economia Nacional
Lula: juros de crédito consignado a aposentados são altos

Atualizada às 17h29

O presidente Luis Inácio Lula da Silva afirmou nesta terça-feira, em São Paulo, que está lutando para reduzir as taxas de juros cobradas de aposentados em crédito consignado. A Previdência Social estabelece uma taxa máxima de 2,5% para empréstimo e de 3,5% para cartão. Para Lula, os valores são altos.

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"Acho que o juro que os aposentados estão pagando hoje com o crédito consignado é alto para o padrão brasileiro", disse o presidente durante a cerimônia de comemoração dos 86 anos do INSS.

A Previdência anunciou nesta terça-feira que aposentados e trabalhadoras com licença-maternidade poderão receber seus benefícios em 30 minutos. De acordo com Lula, em junho, a aposentadoria do trabalhador rural também será conseguida em meia hora.

Além disso, o presidente anunciou que, também em junho, os trabalhadores que alcançarem o direito à aposentadoria passarão a receber em suas casas um comunicado da Previdência informando o fato e o valor do salário que têm direito a receber. "É um comprometimento público que estou fazendo com os companheiros da Previdência Social", disse.

"Estamos retribuindo ao contribuinte da Previdência Social aquilo que é a cidadania que ele tem direito", afirmou Lula. "Se para cobrar nós somos tão precisos, para devolver o dinheiro, temos que chegar próximo à perfeição", completou.

17:20
Anónimo disse...
Economia Nacional
Salário maternidade sairá em 30 minutos, diz ministro

Toda trabalhadora autônoma que tiver contribuído pelo menos 10 meses com o Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) - ou as que possuírem carteira assinada - poderão receber em 30 minutos o salário maternidade a partir desta terça-feira. Da mesma forma, as mulheres com 30 anos de contribuição e os homens com 35 anos também terão direito ao benefício de forma mais rápida. A informação é do ministro da Previdência Social, José Pimentel.

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Para requerer o salário maternidade, é preciso que as autônomas levem a carteira de identidade e o carnê de contribuição. As demais trabalhadoras devem apresentar a identificação e a carteira de trabalho. Desde o início do mês, a nova forma de análise para a concessão de benefícios foi adotada para a aposentadoria por idade do trabalhador urbano e agora foi estendida para o salário maternidade e por tempo de contribuição.

O ministro disse que a qualificação do serviço da previdência social é o reconhecimento do direito dos trabalhadores e da afirmação da cidadania.

"Até pouco tempo na cabeça do cidadão o serviço devia ser de péssima qualidade. Agora não, nós modificamos toda a legislação no mês de dezembro numa ação conjunta do Congresso Nacional com o governo federal. Estamos implantando e concedendo os benefícios em até 30 minutos", afirmou.

O ministro destacou que para conseguir se aposentar ou ter acesso à licença maternidade em 30 minutos, em primeiro lugar, é necessário que o cidadão esteja vinculado à Previdência, o que inclui 65% da população acima de 16 anos de idade.

"Depois bastar marcar pelo sistema 135 o dia e a hora do atendimento e levar a documentação. Se todos os dados necessários estiverem corretos o contribuinte será atendido em até 30 minutos, como vem sendo feito com as aposentadorias por idade desde o dia cinco de janeiro", explicou.

Pimentel disse ainda que em 90% das agências da previdência social o atendimento é marcado em até 48 horas. Nos grandes centros, entretanto existe um volume maior o que torna mais lento o processo.

"Estamos criando mais 715 agências até 2010, em todo o território nacional, para descentralizar o atendimento. Em 2008, atendemos 295 mil benefícios e aposentadorias por idade. Temos 4 mil pessoas por dia procurando e se aposentando por idade no território nacional. Este serviço será agilizado", concluiu.
17:28
Anónimo disse...
Giuseppe Englaro, pai de Eluana, a italiana que morreu na segunda-feira passada por desidratação, recusou uma grande soma de dinheiro de um conhecido fotógrafo italiano que queria retratar a filha em estado de coma, disse neste sábado o neurologista que atendia a mulher desde 1996, Carlo Defanti.

O neurologista, que participou hoje de uma conferência sobre eutanásia, disse que Englaro respeitou a vontade da filha, que, antes do acidente, tinha pedido que, se lhe ocorresse qualquer coisa irreversível, apresentasse sua imagem de quando estava em boas condições.

Antes de sofrer o acidente de trânsito, em 1992, Eluana viveu o coma de um amigo, Alessandro, o que causou forte impacto na italiana e a levou a fazer o pai prometer que não a deixasse viver em estado vegetativo, disse o próprio Giuseppe Englaro.

Defanti, que dissera que Eluana poderia viver de dez a 12 dias depois da suspensão da alimentação e da hidratação, disse que, como médico, tinha que reprovar esta afirmação.

"Não se pode sobreviver após três ou quatro dias sem líquido e, em particular, água em um corpo. Sabemos bem que, quando há um terremoto, após quatro dias é difícil encontrar sobreviventes".

Defanti ressaltou que Eluana "não falava, não se comunicava com o exterior" e que, após vários exames, "nos deparamos com uma moça que tinha perdido a consciência", porque estava com o córtex cerebral prejudicado.

Eluana foi enterrada na quinta-feira passada no túmulo da família na localidade de Paluzza, em Udine, após um funeral que não contou com a presença dos pais.

16:53
Anónimo disse...
Os bombeiros combatem neste sábado os incêndios na Austrália favorecidos pelo bom tempo, enquanto os deslocados encotram em seu retorno casas derruídas, carros queimados nas ruas e destruição.

Depois de sete dias desde que começaram os incêndios no Estado de Victoria, a lista de mortos chega a 181, os desaparecidos somam 50, os edifícios destruídos totalizam 1,834 mil e o terreno arrasado, principalmente florestas, ocupa uma área de 4,13 mil quilômetros quadrados.

As equipes de bombeiros, formadas por 4 mil profissionais de Victoria, de outras partes da Austrália e de países amigos, combateram hoje 12 focos fora de controle e nenhum representava uma ameaça direta para a população.

O subdiretor do Serviço de Bombeiros, Geoff Conway, disse que este tempo favorável, que se prolongará durante o domingo, permite consolidar as linhas de contenção e avançar na extinção das chamas.

Cinzas apareceram arrastadas por ventos do nordeste sobre Melbourne, onde habitam 3,8 milhões de pessoas, e as autoridades alertaram aos cidadãos do risco para a saúde de idosos, crianças e pessoas com problemas respiratórios.

O número de pessoas deslocadas - a Cruz Vermelha chegou a receber 7 mil - começou a cair com a abertura de algumas localidades atingidas.

Os incêndios, alguns criminosos, começaram em 7 de fevereiro, quando a região sul da Austrália estava há duas semanas sob uma onda de calor sem precedentes.

Na sexta-feira passada, a polícia acusou uma pessoa de ter provocado o incêndio que atingiu a localidade de Churchill e matou 21 pessoas.

16:55
Anónimo disse...
A primeira chuva em seis dias reduziu a ameaça de incêndios no Estado de Victoria, ao sul da Austrália. As autoridades, porém, advertiram que ainda existem 12 focos, mas que nenhum deles ameaça áreas povoadas.

Mais de quatro mil bombeiros, mil provenientes de outras partes do país e de outras nações, trabalham contra o fogo. Cerca de 600 veículos e 28 helicópteros e pequenos aviões estão sendo usados.


Eles conseguiram construir linhas de contenção para evitar os incêndios de Yarra e Maroondah se juntassem. Também foram controlados os incêndios abertos de Yea e Murrindindi, que ameaçavam as comunidades de Connellys Creek, Crystal Creek, Scrubby Creek e Native Dog Creek.

O número de mortos chegou a 181, mas as autoridades acreditam que as vítimas devem passar de 200, já que ainda há muitos desaparecidos.

16:55
Anónimo disse...
Aqui nesta coluna, na semana passada, tive a oportunidade de comentar sobre a recente visita do professor brasileiro Pedrinho Guareschi à Austrália. Não dei, porém, os fatos, pois semana passada o assunto era outro.

Hoje, porém, vamos a eles.

No último dia 4 de fevereiro, aconteceu o Seminário "Paulo Freire: Education and Liberation", organizado pelo centro de estudos latino-americanos da Universidade Nacional da Austrália, ou ANU, como é mais conhecida por aqui.

A ANU, para quem não sabe, está entre as 20 melhores universidades do mundo! E tem sede aqui em Camberra, capital da Austrália.

Na abertura do evento, o professor John Minns, diretor do centro latino-americano, ao dar boas-vindas ao público presente, lembrou ser aquele o primeiro seminário exclusivamente dedicado a Paulo Freire na Austrália.

Em seguida, convidou Pedrinho Guareschi, palestrante principal do Seminário, a fazer sua apresentação.

A plateia pode então conhecer, pelas palavras de Pedrinho, um pouco da obra e da vida de Freire, esse brasileiro de fé e valor, que sempre acreditou na educação, sobretudo dos menos favorecidos, analfabetos, como força libertadora.

Como não podia deixar de ser, os conceitos e ideias revolucionários de Paulo Freire, expostos com clareza por Pedrinho, despertaram o interesse e a curiosidade de plateia. A qual, deve-se notar, era na maioria de estudantes, mas de várias nacionalidades, sobretudo australianos e asiáticos.

Na continuação do programa do seminário, que se estendeu por dois dias, outros professores fizeram palestras sobre temas ligados à obra de Paulo Freire.

Interessante, por exemplo, saber que a professora Anne Hickling-Hudson, jamaicana que mora na Austrália há muitos anos (é professora da ANU), conheceu e trabalhou com Freire num workshop educacional durante a revolução na Ilha de Granada, em 1980, antes da invasão dos Estados Unidos...

Ou, então, a palestra da Professora Gerda Roelvink, da Nova Zelândia, que participou do Fórum Social de Porto Alegre em 2005. E essa participação transformou-se em tema de doutorado.

No dia 10, terça-feira passada, o padre Pedrinho Guareschi voltou a falar ao público australiano em grande auditório localizado no belíssimo campus da ANU. Desta vez, sobre a Teologia da Libertação.

Depois da palestra, John Minns mostrou o filme mexicano "O Crime do Padre Amaro", no qual um dos personagens é um padre católico praticante da Teologia da Libertação.

Mais uma vez, foi grande o intersse da platéia, que pode aprender e conhecer um pouco como se desenvolveu aquele importante movimento católico na América Latina.

Fica, assim, ao Pedrinho, bem como a outros brasileiros estudiosos e de bom coração que saem pelo mundo a divulgar aspectos importantes da cultura brasileira, o respeito e a homenagem desta coluna. E... aquele abraço!

16:57
Anónimo disse...
Amanda Kitts perdeu o braço esquerdo em um acidente de automóvel acontecido três anos atrás, mas hoje em dia ela joga futebol americano com seu filho de 12 anos de idade, troca fraldas e abraça as crianças nas três creches Kiddie Cottage que opera em Knoxville, Tennessee. Kitts, 40 anos, faz tudo isso com a ajuda de um novo tipo de braço artificial que se movimenta com mais facilidade do que outros aparelhos e que ela pode controlar utilizando apenas seus pensamentos.

"Eu sou capaz de mexer a mão, o pulso e o cotovelo ao mesmo tempo", diz. "Você pensa e os músculos se movem em seguida".

A recuperação que ela conseguiu resulta de um novo procedimento que vem atraindo crescente atenção porque permite que pessoas movam braços protéticos de forma mais automática do que faziam no passado, simplesmente utilizando nervos reaproveitados em seus cérebros.

A técnica, conhecida como "renervação muscular dirigida", envolve utilizar os nervos que restam depois da amputação de um braço e conectá-los a outro músculo do corpo, em geral no peito. Eletrodos são instalados sobre os músculos do peito, e operam como se fossem antenas. Quando a pessoa deseja mover o braço, o cérebro envia sinais que primeiro resultam em contração dos músculos do peito, os quais enviam um sinal ao braço protético, instruindo-se a se movimentar. O processo não requer mais esforços consciente do que a pessoa teria de exercitar caso ainda tivesse seu braço natural.

Na terça-feira, pesquisadores reportaram em estudo publicado pela versão online do Journal of the American Medical Association que haviam levado a técnica ainda mais à frente, tornando possível a execução de 10 movimentos de mão, pulso e cotovelo diferentes, o que representa uma substancial melhora com relação ao típico repertório protético, que em geral envolve apenas dobrar o cotovelo, girar o pulso e abrir a mão.

"Os novos métodos tiveram impacto dramático em nosso campo de trabalho", disse Stuart Harshbarger, engenheiro biomédico na Universidade Johns Hopkins e diretor do programa de pesquisa sobre próteses, financiado pelas forças armadas, que inclui o trabalho com essa técnica. "O método já está em uso por médicos e cirurgiões comuns em todo o país. A capacidade de controlar um membro protético bastante robusto que ele confere surpreendeu a todos pela qualidade".

Tipicamente, uma pessoa que tenha um braço protético só é capaz de executar alguns poucos movimentos, e muitas vezes com tamanha lentidão que isso só permite a ela atividades limitadas.

Há um motor separado para cada movimento, diz Gerald Loeb, professor de engenharia biomédica na Universidade do Sul da Califórnia, "e esses motores precisam ser controlados de maneira explícita", usualmente por um esforço consciente da pessoa para contrair músculos nas costas ou no bíceps.

"Essencialmente, até agora os pacientes controlavam apenas um motor de cada vez", diz Loeb, "e precisavam pensar cuidadosamente sobre que motor desejavam controlar e como fazê-lo operar, em lugar de simplesmente pensarem em mover o braço e poderem fazê-lo sem delongas".

Antes que Kitts passasse pelo procedimento de renervação, em outubro de 2007, por exemplo, ela precisava movimentar os músculos de suas costas de determinada maneira para fazer com que seu pulso girasse, e flexionar seu bíceps e tríceps para fazer com que o cotovelo se movesse para cima e para baixo. "Era muito trabalho", ela conta. "E não me ajudava muito".

O procedimento de renervação é parte de uma recente explosão de idéias novas e técnicas inovadoras que estão sendo exploradas enquanto os cientistas se esforçam por ajudar as pessoas a compensar melhor a perda de membros ou problemas de paralisia. O esforço vem sendo alimentado pelo aumento no número de amputações causado por diabetes e por ferimentos sofridos pelos militares, e ao mesmo tempo pelos avanços na tecnologia médica.

Os braços se tornaram um dos focos essenciais desse tipo de trabalho. A ciência há muito vem obtendo sucessos no desenvolvimento de próteses de perna, mas é muito mais difícil imitar a complexidade e a destreza das mãos e dos braços.

Os esforços em curso incluem o desenvolvimento de projetos de pele e braços mais sensíveis e mais flexíveis, e o uso de dispositivos acionados por controles sem fio implantado nos braços protéticos, que permitiriam movimentos mais naturais.

Os pesquisadores também vêm usando sensores implantados nos cérebros de cobaias para permitir que dois macacos controlem um braço mecânico, e um teste com um homem paralítico permitiu, com esse método, que ele movimentasse um cursor em uma tela de computador.

Alguns desses métodos, caso venham a ser aperfeiçoados plenamente e consigam aprovação das autoridades regulatórias da saúde, podem no futuro se tornar mais viáveis para os pacientes de amputações.

E embora a técnica da renervação não requeira aprovação das autoridades regulatórias porque é executada por meios cirúrgicos e emprega aparelhos já existentes, ela apresenta limitações que até mesmo seus criadores reconhecem, entre as quais o fato de que não se pode utilizá-la para todos os pacientes, o seu alto custo e o prazo de meses requerido para que os nervos reconectados cresçam e se tornem efetivos.

Ainda assim, os especialistas dizem que é o mais avançado sistema em uso hoje para pacientes reais que permite que o sistema nervoso controle diretamente o movimento de um braço artificial.

Desde sua introdução por Todd Kuiken, médico fisioterapeuta e engenheiro biomédico do Instituto de Reabilitação de Chicago, o método foi empregado em cerca de 30 pacientes nos Estados Unidos, Canadá e Europa, entre os quais oito soldados feridos no Iraque e no Afeganistão.

Muitos dos pacientes, entre os quais o primeiro, Jesse Sullivan, um operário do setor elétrico no Tennessee que perdeu os dois braços quando foi eletrocutado por um cabo, conseguem não apenas manipular seus braços protéticos mas sentir a presença das mãos que já não têm quando alguém toca em seus peitos.

Sullivan, 62 anos, e Kitts, estavam entre os cinco pacientes que participaram do estudo reportado na terça-feira. Em companhia de cinco outras pessoas que não passaram por amputações, eles receberam os eletrodos e foram instruídos a usar pensamentos para fazer com que um braço virtual na tela reproduzisse 10 movimentos diferentes, entre os quais três formas diferentes de aperto de mão.

Os pacientes apresentaram desempenho bastante respeitável, apenas um pouco mais lento e menos preciso do que os dos participantes que não tinham amputações.

"As velocidades de movimento que encontramos em nossos pacientes foram realmente encorajadoras", disse Kuiken. "Eles conseguiram completar a tarefa. É claro que não foram tão competentes quanto as pessoas dotadas de plena capacidade física, mas foram bons o bastante".

Um braço virtual foi usado porque a maioria das próteses existentes não era capaz de acomodar todos aqueles movimentos, no momento da pesquisa, ainda que Sullivan, Kitts e uma terceira paciente, Claudia Mitchell, tenham experimentado dois novos protótipos mais versáteis de braços artificiais, executando tarefas complexas com bolas de tênis e outros objetos.

O trabalho de renervação em soldados apresenta outros desafios, diz Kuiken, porque os ferimentos militares muitas vezes "causam danos muitos extensos" a nervos, músculos ou ossos.

Daniel Acosta, 25 anos, um aviador ferido pela detonação de uma bomba em uma estrada do Iraque em 2005, passou pelo procedimento no ano passado e diz que seu braço esquerdo protético agora se movimenta "muito mais rápido" e de maneira muito mais natural.

"A diferença é que agora não preciso mais pensar para mover o braço", ele diz. "Ele simplesmente se mexe".

Ainda assim, Acosta, de San Antonio, diz que "o processo foi bastante longo" e que os eletrodos precisam ser ajustados para receber os sinais à medida que os nervos crescem ou mudam de posição.

E embora elogiem o método, os especialistas afirmam que a ciência das próteses de braço ainda tem muito por avançar.

"Trata-se de uma parte crucial, mas ainda assim apenas uma parte, das muitas coisas que compreendem a função normal de um braço", disse Loeb, que escreveu um editorial que acompanha o artigo no Journal of the American Medical Association.

"No momento estamos a meio do caminho entre o braço de 'Dr. Fantástico', que fazia involuntariamente a saudação nazista, e o braço de Luke Skywalker em 'Guerra nas Estrelas', que funciona sem nenhum problema assim que é conectado. Creio que precisaremos ainda de muitos anos para conectar todas as peças necessárias a produzir um braço capaz de funcionar normalmente".

17:04
Anónimo disse...
A Espanha disse neste sábado que está preparando uma reclamação oficial contra a decisão da Venezuela de expulsar um membro do Parlamento Europeu que criticou o conselho eleitoral venezuelano.
Luis Herrero, membro do partido conservador espanhol PP, foi deportado na sexta-feira depois que o Conselho Nacional Eleitoral (CNE) o acusou de questionar a imparcialidade da instituição antes de um referendo que pode permitir ao presidente Hugo Chávez permanecer no cargo indefinidamente.

Herrero estava na Venezuela como observador do referendo. Ele acusou Chávez de ter "comportamentos típicos de um ditador" por pedir a contenção de manifestações da oposição.

O governo da Espanha convocou um encontro com o embaixador da Venezuela em Madri para expressar a desaprovação sobre a expulsão de Herrero, disse um representante do Ministério das Relações Exteriores espanhol.

As relações da Venezuela com a Espanha tiveram seu ponto crítico em 2007, quando Chávez ameaçou rever acordos diplomáticos e comerciais depois de ouvir um "cala a boca" do rei espanhol Juan Carlos durante uma cúpula.

A fenda foi oficialmente reparada em 2008, com uma visita oficial de Chávez à Espanha, onde ele cumprimentou o rei e discutiu acordos para investimento no setor petroquímico com o primeiro-ministro José Luis Rodriguez Zapatero.

17:06
Anónimo disse...
A polícia do Zimbábue anunciou neste sábado que acusa de traição Roy Bennett, dirigente do até agora opositor Movimento para a Mudança Democrática (MDC), detido na sexta-feira, em Harare, poucas horas antes da cerimônia de posse dos membros do novo gabinete.

"A Polícia nos informou que vão apresentar acusações de traição", disse à agência EFE o advogado de defesa de Bennett, Trust Maanda.

"Tentam relacionar Roy com o caso de Mike Hitschmann, que foi detido em 2006 em relação à descoberta de um carregamento de armas, apesar de que Hitschmann não tenha sido declarado culpado das acusações de traição apresentadas contra ele, mas de um crime menor de descumprimento de leis", disse Maanda.

O político opositor, designado por seu partido como vice-ministro de Agricultura no Governo de união nacional, esteve no exílio na vizinha África do Sul desde 2006 e retornou ao Zimbábue há duas semanas.

Segundo a Polícia, que deteve Bennett ontem no aeroporto de Harare quando pretendia ir à África do Sul para visitar sua família, as armas apreendidas em 2006 seriam utilizadas em um golpe de Estado para derrubar o presidente do Zimbábue, Robert Mugabe.

Depois da detenção, Bennet foi levado a Mutar, onde vários simpatizantes do MDC se concentraram em frente à delegacia na qual estava detido, diante do que a Polícia respondeu com tiros para o alto para dispersar os manifestantes.

17:07
Anónimo disse...
Austrália: 14 mil se candidatam a 'emprego dos sonhos'

A secretaria de Turismo de Queensland, na Austrália, informou que até esta segunda-feira já recebeu cerca de 14 mil inscrições para o "o melhor emprego do mundo". O Estado australiano promove pela internet seleção para vaga de "zelador" da ilha Hamilton, por seis meses com um salário de R$ 40 mil.

Muitos candidatos tiveram problemas durante a inscrição por conta dos acessos simultâneos ao site. A secretaria aconselha enviar os vídeos de 60s explicando porque deve ser escolhido em horários alternativos do dia, além de recomendar tamanho em torno de 40MB.

As inscrições começaram em 12 de janeiro e vão até o próximo dia 22 e podem ser feitas pelo site www.islandreefjob.com. O governo australiano escolherá 50 candidatos para a próxima fase da seleção, que terá votos do público para eleger um dos 11 finalistas.

A última fase terá entrevistas e desafios físicos, no próprio local de trabalho: as ilhas da Grande Barreira Coralina - o maior recife de coral do mundo. A secretaria de Turismo anunciará o vencedor no dia 6 de maio.

17:09
Anónimo disse...
Mercado elogia governo na crise, mas pede maior queda no juro

Peter Fussy
Direto de São Paulo

Desde as primeiras medidas anunciadas para combater os efeitos da crise, o governo brasileiro avisou que a estratégia não contemplaria um pacote. Seriam doses pontuais, de acordo com a necessidade da economia diante do agravamento das turbulências. Da primeira liberação dos depósitos compulsórios em setembro até a ampliação do seguro-desemprego na última quarta-feira, o governo passou por redução de impostos, ampliação de crédito e incentivos à exportação. Quase 150 dias após a primeira medida, o Terra conversou com líderes do setor público e privado, representantes dos trabalhadores, acadêmicos e com o próprio governo para saber quais destas ações foram mais eficazes, quais foram mais ineficientes e o que mais pode ser feito pelo Estado brasileiro contra a crise.

Os maiores elogios foram direcionados à atitude de reduzir o Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) para a indústria automobilística, anunciada em dezembro e que fez com que os emplacamentos de carros novos subissem 1,9% no primeiro mês do ano em relação a dezembro de 2008. Já as maiores críticas foram para a lentidão no corte da taxa básica de juro do País.

Para o presidente do conselho administrativo do Grupo Pão de Açúcar, Abílio Diniz, o Estado não é responsável pela crise e mesmo assim está agindo "com extrema serenidade e muito acerto". "O governo está atento, fazendo a sua parte. É preciso coragem de baixar firmemente a taxa de juros. É uma arma que temos a nosso favor, já que não há clima para inflação, nem possibilidade de danos para a macroeconomia", afirmou Diniz.

Na última reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), em janeiro, a taxa Selic foi reduzida em um ponto percentual, de 13,75% para 12,75% ao ano. Porém, o professor de economia da Universidade de Brasília (UnB) José Luiz Oreiro lembra que este corte representa uma redução de apenas 0,25 ponto percentual com relação à taxa de setembro do ano passado, quando a crise se agravou.

"Pouco antes da eclosão da crise, o Banco Central aumentou a taxa em 0,75 ponto. Foram cinco meses de demora para reduzir em termos líquidos apenas 0,25 ponto", afirmou o economista, que também sugeriu redução do intervalo de cerca de 90 dias entre as reuniões do Copom e o corte de pelo menos um 1 ponto percentual em cada reunião.

Mesmo com o corte de janeiro, a taxa de juros real continua sendo a maior do mundo, lembrou o secretário-geral da Força Sindical, João Carlos Gonçalves, o Juruna. "A redução da taxa de juro ainda é pequena, porque ela continua uma das mais altas do mundo. Falta ousadia para baixar os juros e ajudar o cidadão. A permanência da taxa de juro alta é negativa para o País em meio a crise", afirmou Juruna.

Embora aprove as ações do governo, o senador Aloízio Mercadante (PT-SP) também acredita que o patamar da Selic está muito alto. "Sempre fomos os primeiros a entrar em qualquer crise, o que não aconteceu agora. A taxa Selic ainda é muito alta, mas o governo têm tomado medidas acertadas, como o aumento do salário mínimo, mesmo com um cenário de crise. Isso ajuda a movimentar o consumo. O governo está se esforçando para manter os investimentos e o crescimento", disse.

Tributos
De acordo com o economista Fabio Pina, da Fecomercio-SP, as ações mais positivas estão relacionadas à redução de tributos para alguns segmentos, como a indústria automobilística, que recuperou parte da queda nas vendas em janeiro com a isenção do IPI para carros 1.0 l e o corte para demais motorizações. A medida vale até o final de março.

"Essas medidas não só reduziram o preço, mas anteciparam o consumo daqueles que iriam comprar no futuro, dando um prêmio por conta da insegurança. Mexe diretamente com o principal problema que é a confiança do consumidor", afirmou. Juruna destacou que um bom ritmo de vendas é garantia de emprego. "É importante porque cada emprego na montadora significa 19 na cadeia produtiva", comentou o representante da Força Sindical.

Também em dezembro, o governo decidiu cortar pela metade a alíquota do Imposto de Renda para contribuintes que ganham entre R$ 1.434 e R$ 2.150 mensais. "O salário aumentava e a tabela não se modificava. As pessoas ganhavam mais e pagavam mais impostos", apontou Juruna. Outra redução de tributos do governo foi com relação ao Imposto sobre Operações Financeiras (IOF), que caiu de 3% ao ano para 1,5%.

Crédito
Na segunda metade de 2008, o colapso de bancos nos Estados Unidos por conta da crise do subprime provocou uma forte restrição de crédito no mundo inteiro. Uma das primeiras medidas anticrise do governo teve como objetivo restabelecer a oferta, com mudanças no recolhimento dos depósitos compulsórios por parte dos bancos. Segundo o presidente do Banco Central, Henrique Meirelles, as diversas modificações liberaram US$ 99,2 bilhões aos bancos até o final de janeiro.

Além disso, o governo concedeu R$ 36 bilhões das reservas internacionais para empresas brasileiras com dívidas no exterior e uma medida provisória autorizou o Banco do Brasil e a Caixa Econômica Federal a comprar carteiras de crédito de bancos privados. Para o diretor do Departamento de Pesquisas e Estudos Econômicos da Fiesp, Paulo Francini, estas medidas foram essenciais para combater os efeitos da crise.

"A crise se desenvolve no mundo em torno do tema crédito. E o crédito reduziu-se barbaridade no mundo. Então o governo lança mão de compulsório, lança mão de reservas, de medidas que permitem aos bancos comprar carteiras de bancos. Você vai tomando várias medidas para atender às demandas e o epicentro disso é crédito", afirmou.

No entanto, Oreiro, da UnB, adverte que a liberação dos compulsórios seria mais eficiente acompanhada de redução mais agressiva da taxa básica de juro. "Uma parte do crédito voltou, depois da forte retração em outubro e novembro. O que deveria ter sido feito junto à liberação do compulsório era uma redução mais drástica da taxa de juro. Sem isso, os bancos pegam as reservas e acabam comprando títulos públicos", explicou o economista.

Na opinião de Pina, as ações de distribuição de crédito via redução do compulsório e a disposição de capital de giro para empresas foram tomadas sem um cuidado maior na operação e não tiveram muito efeito. "O BNDES tem linhas que ficam paradas quase todo o ano, agora é pior ainda. Existem os recursos, mas as empresas e os bancos estão desconfiados. É preciso fazer com que os bancos tenham interesse em emprestar", afirmou o economista da Fecomercio-SP.

Futuro
Mesmo com todas essas medidas, a crise financeira ainda gera incertezas nos setores produtivos do País. Nos últimos meses, o medo do desemprego fez os consumidores adiarem compras. Por sua vez, a queda nas vendas pode obrigar as indústrias a cortarem a produção e demitir funcionários. Contra isso, empresários sugerem redução de jornada e de salários.

"Isto está previsto em lei. A Fiesp simplesmente manteve conversações com entidades sindicais quanto à aplicação daquilo que já está previsto em lei", afirmou Francini.

Segundo a ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff, uma das medidas que assegura um nível de emprego é a manutenção de investimentos no Programa de Aceleração do Crescimento (PAC). "Estamos esperando que a dificuldade ocorra em janeiro, fevereiro e março. Estamos certos que vamos manter o nível de investimento. É isso que funciona, é isso que significa investimento público. Ele funciona como um colchão. Por isso, nós colocamos R$ 100 bilhões no BNDES e a Petrobras ampliou o seu investimento em R$ 120 bilhões", afirmou.

Na mesma linha, Pina explica que a antecipação de gastos do governo substitui parte da demanda retraída do setor privado. "Ele dá o seguinte recado: não vou estourar as contas públicas, mas concentrar em um momento em que a demanda privada está pequena. Mas o governo não tem fôlego suficiente para fazer o papel de toda demanda", ressaltou. O economista da Fecomercio lembrou que a entidade já pleiteou junto ao governo isenções para transferência de imóveis e de automóveis, além de retirar o IPVA para veículos novos.

Já Oreiro foca suas propostas na capitalização do Banco do Brasil e da Caixa Econômica Federal pelo Tesouro para atender a demanda de crédito para capital de giro e reduzir o spread. "Aumentando o empréstimo e reduzindo as taxas, os dois vão forçar os bancos privados a acompanhar o movimento, até para não perderem participação no mercado", explicou o economista da UnB.

Até o Carnaval, o governou prometeu detalhar um pacote de incentivos para a construção de até um milhão de casas populares, direcionado a famílias com renda de até dez salários mínimos. "Estamos atentos a tudo o que está acontecendo e novas medidas serão tomadas caso haja uma avaliação de que sejam necessárias", disse o ministro da Fazenda, Guido Mantega, na última sexta-feira.

17:11
Anónimo disse...
Ex-ministro critica extensão do seguro-desemprego

Atualizada às 09h03

O ex-ministro do Trabalho Almir Pazzianotto criticou a decisão do governo federal de conceder o seguro-desemprego estendido a apenas alguns setores. "É certamente odioso e provavelmente inconstitucional", disse Pazzianotto, de acordo com o jornal O Estado de S. Paulo.

Na última qurta, dia do anúncio da medida, centrais sindicais elogiaram a atitude do governo. A Força Sindical divulgou nota dizendo que "o aumento ajudará a aquecer parte da economia, já que irá gerar mais consumo, produção e conseqüentemente, a criação de novos postos de trabalho". A União Geral dos Trabalhadores (UGT) afirmou que a medida "contribuirá para minimizar o drama dos trabalhadores que perderem seu emprego por conta da crise".

O ex-ministro, que instituiu o seguro-desemprego no País no governo de José Sarney, destacou a necessidade de as centrais sindicais se manifestarem contra a determinação. Para ele, as mudanças devem ser aplicadas a todas as categorias profissionais e a distinção é contrária ao artigo 3º da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT).

Pazzianotto atribui a medida a um possível temor do governo de que a crise econômica seja longa e não haja dinheiro para atender a todas as necessidades. Ainda assim, ele se mostra contrário ao método de concessão. "O seguro-desemprego ajuda a sanar necessidades básicas. Estendê-lo é paliativo, não a solução", disse ao jornal.

De acordo com o presidente do Conselho Deliberativo do Fundo de Amparo ao Trabalhador (Codefat) e conselheiro da Força Sindical, Luiz Fernando Emediato, a determinação já estava prevista na lei 8.900/94, que trata do seguro-desemprego.

O presidente da Comissão de Trabalho da Câmara, Pedro Fernandes (PTB-MA) vai além na crítica à concessão do seguro para apenas alguns setores. Ele acredita que a ampliação do benefício estimula o desemprego.

Quintino Severo, secretário geral da Central Única dos Trabalhadores (CUT), lembra que a ampliação do benefício sem critério e identificação pode incentivar demissões em outros setores.

17:13
Anónimo disse...
Empresas
TAM faz promoção para destinos internacionais

A companhia aérea TAM anunciou nesta sexta-feira tarifas promocionais para trechos internacionais. Os preços valem para bilhetes comprados entre 6h deste sábado e 23h59 deste domingo e são válidos para classe econômica. As tarifas, para ida e volta, serão vendidas a partir de US$ 99, mais taxas.

Segundo a aérea, a promoção vale para viagens feitas no período de 14 de fevereiro a 18 de junho de 2009. Para destinos na América do Sul, a permanência mínima é de dois dias; para bilhetes com destino nos Estados Unidos, cinco dias; e Europa, sete dias. A permanência máxima para as passagens para América do Sul e EUA é de dois meses e para Europa, três meses.

Entre os exemplos de tarifas promocionais, a TAM oferece São Paulo-Lima por US$ 99. Bilhetes para a rota São Paulo-Santiago serão vendidos a partir de US$ 199 e São Paulo-Nova York, US$ 799.

A emissão dos bilhetes deve ser feita obrigatoriamente no ato da reserva, obedecendo às regras estipuladas pela companhia. A compra está sujeita à disponibilidade de assentos nas classes tarifárias determinadas, trechos, horários e datas. A TAM afirmou que também há tarifas promocionais para a classe executiva.

Mais informações podem ser encontradas no site promocional (www.ofertastam.com.br), no site da empresa (www.tam.com.br) ou pelos telefones 4002-5700 ou 0800 5705700.

17:13
Anónimo disse...
Empresas
Consultoria negocia compra do parque temático Hopi Hari

A consultoria especializada em reestruturação de empresas Íntegra Associados informou nesta sexta-feira ter um acordo para comprar o parque de diversões Hopi Hari, localizado no interior de São Paulo. A empresa estaria disposta a investir R$ 10 milhões no parque, que tem dívida estimada em R$ 800 milhões. As informações são da edição deste sábado do jornal Folha de S. Paulo.

De acordo com o jornal, a transação ainda depende da negociação entre o Hopi Hari e seus credores, o que já estaria em andamento.

A consultoria paulista já atuou junto à Parmalat, durante 30 meses, quando reorganizou a gestão da empresa italiana.

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17:14
Anónimo disse...
Empresas
Disney de Tóquio contratará mais 2 mil apesar da crise


A Oriental Land, o operador da Disneylândia Tóquio e DisneySea, organizou neste domingo entrevistas para contratar cerca de 2 mil trabalhadores em tempo parcial, em um momento de grandes demissões deste tipo de empregados no Japão.

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O operador deste parque temático, situado em Urayasu, na província de Chiba (leste de Tóquio), está em pleno processo de seleção de empregados para 20 tipos de postos trabalhistas diferentes.

Segundo a companhia, citada pela agência local de notícias Kyodo, o parque contratará novos trabalhadores para as atrações, para os restaurantes e guardas de segurança entre outros. Os novos contratados começarão a trabalhar a partir de fevereiro.

O processo de seleção acontece em um momento em que a maioria das grandes companhias japonesas começaram a se ver obrigadas a despedir uma elevada percentagem de seus trabalhadores temporários e a tempo parcial.

Algumas inclusive anunciaram demissões de seus trabalhadores fixos, uma medida muito pouco comum nas companhias japonesas, perante os efeitos piores que o esperado pela crise econômica global.

Cerca de uma centena de pessoas esperavam desde a primeira hora desta manhã a abertura do centro de conferências Tokyo International Forum, onde as entrevistas estão sendo feitas, para ser os primeiros a solicitar os postos de trabalho.


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17:15
Anónimo disse...
Economia Internacional
Senado dos EUA aprova plano de estímulo à economia

O Senado dos Estados Unidos aprovou com 60 votos a favor e 38 contra o plano de estímulo à economia de US$ 787 bilhões na madrugada deste sábado. Agora, ele segue para sanção ou veto do presidente Barack Obama, que espera colocar a lei em prática até o dia 16 de fevereiro.

O plano prevê a criação de três milhões de empregos, inclui cortes de impostos às famílias, fundos para programas sociais e obras públicas, além de ajuda aos governos estaduais, estudantes e desempregados.

A cláusula Buy American - que exige o uso de ferro, aço e produtos manufaturados dos Estados Unidos em obras realizadas com recursos do pacote - ficou de lado. Segundo o texto definitivo, a cláusula será aplicada sem violar as normas do comércio internacional.

Ontem à tarde, a Câmara de Representantes (deputados) havia aprovado, por 246 votos a favor e 183 contra, a versão final do plano. Todos os republicanos foram contrários ao pacote.

Pelo acordo de quarta-feira entre Câmara e Senado, em vez de custar US$ 819 bilhões, como queriam os deputados, ou US$ 838 bilhões como pretendiam os senadores, o pacote ficou em cerca de US$ 787 bilhões, com 65% desse total destinado a gastos do governo federal e 35%, a créditos tributários.

17:16
Anónimo disse...
Economia nacional
Na era Lula, aposentadoria sobe 54% menos que salário mínimo

Thatiane Faria
Especial para o Terra
Direto de São Paulo

Os índices de reajustes concedidos pelo governo em 2009 para aposentados e pensionistas e para o salário mínimo repetiram uma diferença que, só durante o governo de Luiz Inácio Lula da Silva, já chega a 54%. Enquanto o mínimo foi majorado em 12% este ano, as pensões e aposentadorias tiveram aumento de 5,92%. Aposentados que têm o benefício do governo como única fonte de renda reclamam que perdem poder de compra e que sua cesta de compras é composta por itens que aumentam mais em relação à inflação oficial.

Um exemplo prático pode ser entendido a partir da comparação entre um aposentado que ganhava R$ 600 em janeiro de 2003. Na época, o benefício era três vezes, ou 200%, maior que o valor do mínimo em vigência, que era de R$ 200. Aplicando-se os índices de reajuste para aposentadorias e para o mínimo durante os últimos seis anos, o mesmo aposentado estaria recebendo hoje R$ 938,47, comparado a um salário mínimo de R$ 465. A diferença entre os dois valores caiu para pouco mais de 100%.

Enquanto o índice acumulado de reajuste para a aposentadoria durante o governo Lula foi de 60%, para o salário mínimo está em 132%.

O diretor do Sindicato Nacional dos Aposentados, João Inocentini, reclama que os valores dos benefícios para aposentadorias não mantêm o poder de compra do grupo, principalmente dos aposentados que recebem menos que dez salários mínimos.

Nem mesmo o fato de o índice de reajuste das aposentadorias ter ficado acima da inflação acumulada no mesmo período (o IPCA entre janeiro de 2003 e janeiro de 2009 foi de 39,7%) serve de argumento, segundo os aposentados.

"Os idosos, principalmente, têm gastos além das contas gerais como gás, telefone e aluguel. Para eles o custo com remédios, e outros itens da área saúde costuma ser maior", afirmou Inocentini.

O presidente do sindicato afirmou que o grupo realiza um estudo com 100 itens de necessidade de um idoso para comparar o aumento dos produtos com o índice de reajuste do benefício recebido pelos aposentados.

"Daqui dois meses vamos abrir um processo na Justiça e levar essa pesquisa como prova. Segundo a lei, o governo é obrigado a manter o poder de compra com a aposentadoria", disse Inocentini.

Alternativas
O consultor financeiro Cláudio Boriola diz que os aposentados, especialmente nesse momento de crise econômica, devem evitar compras parceladas, pesquisar preços, negociar e fazer bom planejamento financeiro.

Segundo Boriola, alguns aposentados ganham um valor mensal muitas vezes insuficiente para o pagamento das contas e acabam pedindo crédito ou realizando pagamentos a prazo e são obrigados a pagar juros altos.

Na opinião do consultor, pagar uma previdência privada é uma alternativa indicada para quem ainda trabalha, considerando a característica de perda de poder de compra da aposentadoria.

"Na prática, infelizmente os valores encontram-se em um patamar que está deteriorando o poder de aquisição da população brasileira", completou Boriola.

De acordo com o diretor da Confederação Brasileira de Aposentados e Pensionistas (Cobap), Vicente Fernandes Barbosa, representantes dos aposentados tentarão um encontro com o presidente da Câmara, deputado Michel Temer (PMDB-SP), para discutir projetos que minimizem a perda dos aposentados

17:17
Anónimo disse...
Previdência
Previdência prorroga isenção de tarifas no benefício

O atual sistema de pagamento aos 26 milhões de aposentados e pensionistas do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) será mantido até o final deste ano. O acordo, que permite realizar a operação sem nenhum custo aos beneficiários, foi renovado nesta sexta-feira, entre o governo federal e 21 instituições financeiras.

Por meio desse acordo, vigente desde setembro de 2007, nem os segurados, nem os bancos e nem o governo arcam com o pagamento de tarifas, conforme explicou o ministro da Previdência Social, José Pimentel. A prorrogação vale até dezembro, data máxima para que a Previdência defina as regras para um novo contrato.

Ao assinar o termo de renovação, na sede da Federação Brasileira dos Bancos (Febraban), o ministro disse que a intenção do governo é mudar o atual modelo de gestão visando a reduzir os custos dessas operações em torno da folha mensal, que atinge R$ 15,8 bilhões. No entanto, qualquer alteração, conforme explicou, passará antes por audiências públicas a serem realizadas a partir do segundo semestre deste ano, atendendo a determinação do Tribunal de Contas da União (TCU).

De acordo com Pimentel, com um redesenho do mecanismo de repasse dos recursos aos bancos em torno da folha de pagamento dos segurados o que se busca é um aumento da participação de instituições financeiras. Ele informou que, desde 2007, cada benefício custa em média R$ 1,07 ao governo. "Quanto mais instituições financeiras estiverem prestando serviços à sociedade, maior é a competitividade, a agilidade no atendimento", justificou.

O ministro observou, ainda, que, para permitir uma redução para algo em torno de meia hora no tempo de atendimento para a concessão dos direitos previdenciários, o governo investiu R$ 280 milhões.

Questionado sobre o descontentamento dos segurados que ganham acima de um salário mínimo terem obtido apenas a correção com base na variação do Índice de Preços ao Consumidor (INPC) , ficando abaixo do reajuste dado a quem recebe apenas o mínimo, Pimentel argumentou que o governo seguiu o que determina a lei e descartou a possibilidade de uma revisão

17:17
Anónimo disse...
Empresas
Caterpillar oferece aposentadoria antecipada a 2 mil


A companhia americana Caterpillar ofereceu a cerca de dois mil funcionários incentivos para que se aposentem de forma voluntária antes do previsto, pela perspectiva de uma queda "significativa" da atividade industrial, informou nesta quarta-feira a empresa.

A iniciativa, destinada aos trabalhadores de diversas fábricas em Illinois, Colorado, Tennessee e Pensilvânia, se soma aos cortes de empregos anunciados em janeiro, explicou em comunicado de imprensa.

A empresa, a maior fabricante mundial de maquinaria pesada para a construção e a mineração, acrescentou que, "em função das condições de negócio, podem ser necessárias mais reduções de elenco voluntárias e involuntárias à medida que o ano avança".

O vice-presidente da companhia, Sid Banwart, explicou que a empresa prevê "demissões significativas em todas as regiões geográficas e na maioria dos setores devido às dificuldades da economia mundial".

17:18
Anónimo disse...
Comércio
Comércio exterior da OCDE caiu no 3º trimestre de 2008


As exportações e as importações dos países da Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Econômico (OCDE) caíram 1,6% e 0,2%, respectivamente, no terceiro trimestre de 2008, em relação aos três meses anteriores.

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Trata-se da primeira queda destas atividades desde o terceiro trimestre de 2006, segundo o último relatório trimestral sobre fluxos comerciais divulgado pela OCDE.

As exportações e as importações em dólares dos 30 Estados-membros caíram 15,6% e 17%, respectivamente, na comparação anualizada.

Por sua vez, o comércio dos sete países mais ricos do mundo (G7) teve um pequeno crescimento no terceiro trimestre de 2008 com uma queda das exportações de mercadorias de 0,2% em relação ao trimestre anterior e um aumento de 0,4% das importações.

Em termos anualizados, as importações do G7 caíram 1,4% entre julho e setembro do ano passado, seu primeiro retrocesso desde o terceiro trimestre de 2006, enquanto as exportações aumentaram 1,9%, seu crescimento mais baixo no mesmo tempo.

Por países, a Alemanha aumentou suas importações em 3,4% - valor mais alto do G7 -, enquanto suas exportações caíram 2,9% do segundo para o terceiro trimestre de 2008.

Pelo contrário, as exportações americanas aumentaram 1,8% entre julho e setembro de 2008, enquanto as importações caíram 0,7% em relação ao trimestre anterior. No Japão, tanto as importações quanto as exportações caíram em torno de 1% no mesmo período.

17:19
Anónimo disse...
Economia Nacional
Lula: juros de crédito consignado a aposentados são altos

Atualizada às 17h29

O presidente Luis Inácio Lula da Silva afirmou nesta terça-feira, em São Paulo, que está lutando para reduzir as taxas de juros cobradas de aposentados em crédito consignado. A Previdência Social estabelece uma taxa máxima de 2,5% para empréstimo e de 3,5% para cartão. Para Lula, os valores são altos.

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"Acho que o juro que os aposentados estão pagando hoje com o crédito consignado é alto para o padrão brasileiro", disse o presidente durante a cerimônia de comemoração dos 86 anos do INSS.

A Previdência anunciou nesta terça-feira que aposentados e trabalhadoras com licença-maternidade poderão receber seus benefícios em 30 minutos. De acordo com Lula, em junho, a aposentadoria do trabalhador rural também será conseguida em meia hora.

Além disso, o presidente anunciou que, também em junho, os trabalhadores que alcançarem o direito à aposentadoria passarão a receber em suas casas um comunicado da Previdência informando o fato e o valor do salário que têm direito a receber. "É um comprometimento público que estou fazendo com os companheiros da Previdência Social", disse.

"Estamos retribuindo ao contribuinte da Previdência Social aquilo que é a cidadania que ele tem direito", afirmou Lula. "Se para cobrar nós somos tão precisos, para devolver o dinheiro, temos que chegar próximo à perfeição", completou.

17:20
Anónimo disse...
Economia Nacional
Salário maternidade sairá em 30 minutos, diz ministro

Toda trabalhadora autônoma que tiver contribuído pelo menos 10 meses com o Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) - ou as que possuírem carteira assinada - poderão receber em 30 minutos o salário maternidade a partir desta terça-feira. Da mesma forma, as mulheres com 30 anos de contribuição e os homens com 35 anos também terão direito ao benefício de forma mais rápida. A informação é do ministro da Previdência Social, José Pimentel.

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Para requerer o salário maternidade, é preciso que as autônomas levem a carteira de identidade e o carnê de contribuição. As demais trabalhadoras devem apresentar a identificação e a carteira de trabalho. Desde o início do mês, a nova forma de análise para a concessão de benefícios foi adotada para a aposentadoria por idade do trabalhador urbano e agora foi estendida para o salário maternidade e por tempo de contribuição.

O ministro disse que a qualificação do serviço da previdência social é o reconhecimento do direito dos trabalhadores e da afirmação da cidadania.

"Até pouco tempo na cabeça do cidadão o serviço devia ser de péssima qualidade. Agora não, nós modificamos toda a legislação no mês de dezembro numa ação conjunta do Congresso Nacional com o governo federal. Estamos implantando e concedendo os benefícios em até 30 minutos", afirmou.

O ministro destacou que para conseguir se aposentar ou ter acesso à licença maternidade em 30 minutos, em primeiro lugar, é necessário que o cidadão esteja vinculado à Previdência, o que inclui 65% da população acima de 16 anos de idade.

"Depois bastar marcar pelo sistema 135 o dia e a hora do atendimento e levar a documentação. Se todos os dados necessários estiverem corretos o contribuinte será atendido em até 30 minutos, como vem sendo feito com as aposentadorias por idade desde o dia cinco de janeiro", explicou.

Pimentel disse ainda que em 90% das agências da previdência social o atendimento é marcado em até 48 horas. Nos grandes centros, entretanto existe um volume maior o que torna mais lento o processo.

"Estamos criando mais 715 agências até 2010, em todo o território nacional, para descentralizar o atendimento. Em 2008, atendemos 295 mil benefícios e aposentadorias por idade. Temos 4 mil pessoas por dia procurando e se aposentando por idade no território nacional. Este serviço será agilizado", concluiu.
17:28
Anónimo disse...
Giuseppe Englaro, pai de Eluana, a italiana que morreu na segunda-feira passada por desidratação, recusou uma grande soma de dinheiro de um conhecido fotógrafo italiano que queria retratar a filha em estado de coma, disse neste sábado o neurologista que atendia a mulher desde 1996, Carlo Defanti.

O neurologista, que participou hoje de uma conferência sobre eutanásia, disse que Englaro respeitou a vontade da filha, que, antes do acidente, tinha pedido que, se lhe ocorresse qualquer coisa irreversível, apresentasse sua imagem de quando estava em boas condições.

Antes de sofrer o acidente de trânsito, em 1992, Eluana viveu o coma de um amigo, Alessandro, o que causou forte impacto na italiana e a levou a fazer o pai prometer que não a deixasse viver em estado vegetativo, disse o próprio Giuseppe Englaro.

Defanti, que dissera que Eluana poderia viver de dez a 12 dias depois da suspensão da alimentação e da hidratação, disse que, como médico, tinha que reprovar esta afirmação.

"Não se pode sobreviver após três ou quatro dias sem líquido e, em particular, água em um corpo. Sabemos bem que, quando há um terremoto, após quatro dias é difícil encontrar sobreviventes".

Defanti ressaltou que Eluana "não falava, não se comunicava com o exterior" e que, após vários exames, "nos deparamos com uma moça que tinha perdido a consciência", porque estava com o córtex cerebral prejudicado.

Eluana foi enterrada na quinta-feira passada no túmulo da família na localidade de Paluzza, em Udine, após um funeral que não contou com a presença dos pais.

16:53
Anónimo disse...
Os bombeiros combatem neste sábado os incêndios na Austrália favorecidos pelo bom tempo, enquanto os deslocados encotram em seu retorno casas derruídas, carros queimados nas ruas e destruição.

Depois de sete dias desde que começaram os incêndios no Estado de Victoria, a lista de mortos chega a 181, os desaparecidos somam 50, os edifícios destruídos totalizam 1,834 mil e o terreno arrasado, principalmente florestas, ocupa uma área de 4,13 mil quilômetros quadrados.

As equipes de bombeiros, formadas por 4 mil profissionais de Victoria, de outras partes da Austrália e de países amigos, combateram hoje 12 focos fora de controle e nenhum representava uma ameaça direta para a população.

O subdiretor do Serviço de Bombeiros, Geoff Conway, disse que este tempo favorável, que se prolongará durante o domingo, permite consolidar as linhas de contenção e avançar na extinção das chamas.

Cinzas apareceram arrastadas por ventos do nordeste sobre Melbourne, onde habitam 3,8 milhões de pessoas, e as autoridades alertaram aos cidadãos do risco para a saúde de idosos, crianças e pessoas com problemas respiratórios.

O número de pessoas deslocadas - a Cruz Vermelha chegou a receber 7 mil - começou a cair com a abertura de algumas localidades atingidas.

Os incêndios, alguns criminosos, começaram em 7 de fevereiro, quando a região sul da Austrália estava há duas semanas sob uma onda de calor sem precedentes.

Na sexta-feira passada, a polícia acusou uma pessoa de ter provocado o incêndio que atingiu a localidade de Churchill e matou 21 pessoas.

16:55
Anónimo disse...
A primeira chuva em seis dias reduziu a ameaça de incêndios no Estado de Victoria, ao sul da Austrália. As autoridades, porém, advertiram que ainda existem 12 focos, mas que nenhum deles ameaça áreas povoadas.

Mais de quatro mil bombeiros, mil provenientes de outras partes do país e de outras nações, trabalham contra o fogo. Cerca de 600 veículos e 28 helicópteros e pequenos aviões estão sendo usados.


Eles conseguiram construir linhas de contenção para evitar os incêndios de Yarra e Maroondah se juntassem. Também foram controlados os incêndios abertos de Yea e Murrindindi, que ameaçavam as comunidades de Connellys Creek, Crystal Creek, Scrubby Creek e Native Dog Creek.

O número de mortos chegou a 181, mas as autoridades acreditam que as vítimas devem passar de 200, já que ainda há muitos desaparecidos.

16:55
Anónimo disse...
Aqui nesta coluna, na semana passada, tive a oportunidade de comentar sobre a recente visita do professor brasileiro Pedrinho Guareschi à Austrália. Não dei, porém, os fatos, pois semana passada o assunto era outro.

Hoje, porém, vamos a eles.

No último dia 4 de fevereiro, aconteceu o Seminário "Paulo Freire: Education and Liberation", organizado pelo centro de estudos latino-americanos da Universidade Nacional da Austrália, ou ANU, como é mais conhecida por aqui.

A ANU, para quem não sabe, está entre as 20 melhores universidades do mundo! E tem sede aqui em Camberra, capital da Austrália.

Na abertura do evento, o professor John Minns, diretor do centro latino-americano, ao dar boas-vindas ao público presente, lembrou ser aquele o primeiro seminário exclusivamente dedicado a Paulo Freire na Austrália.

Em seguida, convidou Pedrinho Guareschi, palestrante principal do Seminário, a fazer sua apresentação.

A plateia pode então conhecer, pelas palavras de Pedrinho, um pouco da obra e da vida de Freire, esse brasileiro de fé e valor, que sempre acreditou na educação, sobretudo dos menos favorecidos, analfabetos, como força libertadora.

Como não podia deixar de ser, os conceitos e ideias revolucionários de Paulo Freire, expostos com clareza por Pedrinho, despertaram o interesse e a curiosidade de plateia. A qual, deve-se notar, era na maioria de estudantes, mas de várias nacionalidades, sobretudo australianos e asiáticos.

Na continuação do programa do seminário, que se estendeu por dois dias, outros professores fizeram palestras sobre temas ligados à obra de Paulo Freire.

Interessante, por exemplo, saber que a professora Anne Hickling-Hudson, jamaicana que mora na Austrália há muitos anos (é professora da ANU), conheceu e trabalhou com Freire num workshop educacional durante a revolução na Ilha de Granada, em 1980, antes da invasão dos Estados Unidos...

Ou, então, a palestra da Professora Gerda Roelvink, da Nova Zelândia, que participou do Fórum Social de Porto Alegre em 2005. E essa participação transformou-se em tema de doutorado.

No dia 10, terça-feira passada, o padre Pedrinho Guareschi voltou a falar ao público australiano em grande auditório localizado no belíssimo campus da ANU. Desta vez, sobre a Teologia da Libertação.

Depois da palestra, John Minns mostrou o filme mexicano "O Crime do Padre Amaro", no qual um dos personagens é um padre católico praticante da Teologia da Libertação.

Mais uma vez, foi grande o intersse da platéia, que pode aprender e conhecer um pouco como se desenvolveu aquele importante movimento católico na América Latina.

Fica, assim, ao Pedrinho, bem como a outros brasileiros estudiosos e de bom coração que saem pelo mundo a divulgar aspectos importantes da cultura brasileira, o respeito e a homenagem desta coluna. E... aquele abraço!

16:57
Anónimo disse...
Amanda Kitts perdeu o braço esquerdo em um acidente de automóvel acontecido três anos atrás, mas hoje em dia ela joga futebol americano com seu filho de 12 anos de idade, troca fraldas e abraça as crianças nas três creches Kiddie Cottage que opera em Knoxville, Tennessee. Kitts, 40 anos, faz tudo isso com a ajuda de um novo tipo de braço artificial que se movimenta com mais facilidade do que outros aparelhos e que ela pode controlar utilizando apenas seus pensamentos.

"Eu sou capaz de mexer a mão, o pulso e o cotovelo ao mesmo tempo", diz. "Você pensa e os músculos se movem em seguida".

A recuperação que ela conseguiu resulta de um novo procedimento que vem atraindo crescente atenção porque permite que pessoas movam braços protéticos de forma mais automática do que faziam no passado, simplesmente utilizando nervos reaproveitados em seus cérebros.

A técnica, conhecida como "renervação muscular dirigida", envolve utilizar os nervos que restam depois da amputação de um braço e conectá-los a outro músculo do corpo, em geral no peito. Eletrodos são instalados sobre os músculos do peito, e operam como se fossem antenas. Quando a pessoa deseja mover o braço, o cérebro envia sinais que primeiro resultam em contração dos músculos do peito, os quais enviam um sinal ao braço protético, instruindo-se a se movimentar. O processo não requer mais esforços consciente do que a pessoa teria de exercitar caso ainda tivesse seu braço natural.

Na terça-feira, pesquisadores reportaram em estudo publicado pela versão online do Journal of the American Medical Association que haviam levado a técnica ainda mais à frente, tornando possível a execução de 10 movimentos de mão, pulso e cotovelo diferentes, o que representa uma substancial melhora com relação ao típico repertório protético, que em geral envolve apenas dobrar o cotovelo, girar o pulso e abrir a mão.

"Os novos métodos tiveram impacto dramático em nosso campo de trabalho", disse Stuart Harshbarger, engenheiro biomédico na Universidade Johns Hopkins e diretor do programa de pesquisa sobre próteses, financiado pelas forças armadas, que inclui o trabalho com essa técnica. "O método já está em uso por médicos e cirurgiões comuns em todo o país. A capacidade de controlar um membro protético bastante robusto que ele confere surpreendeu a todos pela qualidade".

Tipicamente, uma pessoa que tenha um braço protético só é capaz de executar alguns poucos movimentos, e muitas vezes com tamanha lentidão que isso só permite a ela atividades limitadas.

Há um motor separado para cada movimento, diz Gerald Loeb, professor de engenharia biomédica na Universidade do Sul da Califórnia, "e esses motores precisam ser controlados de maneira explícita", usualmente por um esforço consciente da pessoa para contrair músculos nas costas ou no bíceps.

"Essencialmente, até agora os pacientes controlavam apenas um motor de cada vez", diz Loeb, "e precisavam pensar cuidadosamente sobre que motor desejavam controlar e como fazê-lo operar, em lugar de simplesmente pensarem em mover o braço e poderem fazê-lo sem delongas".

Antes que Kitts passasse pelo procedimento de renervação, em outubro de 2007, por exemplo, ela precisava movimentar os músculos de suas costas de determinada maneira para fazer com que seu pulso girasse, e flexionar seu bíceps e tríceps para fazer com que o cotovelo se movesse para cima e para baixo. "Era muito trabalho", ela conta. "E não me ajudava muito".

O procedimento de renervação é parte de uma recente explosão de idéias novas e técnicas inovadoras que estão sendo exploradas enquanto os cientistas se esforçam por ajudar as pessoas a compensar melhor a perda de membros ou problemas de paralisia. O esforço vem sendo alimentado pelo aumento no número de amputações causado por diabetes e por ferimentos sofridos pelos militares, e ao mesmo tempo pelos avanços na tecnologia médica.

Os braços se tornaram um dos focos essenciais desse tipo de trabalho. A ciência há muito vem obtendo sucessos no desenvolvimento de próteses de perna, mas é muito mais difícil imitar a complexidade e a destreza das mãos e dos braços.

Os esforços em curso incluem o desenvolvimento de projetos de pele e braços mais sensíveis e mais flexíveis, e o uso de dispositivos acionados por controles sem fio implantado nos braços protéticos, que permitiriam movimentos mais naturais.

Os pesquisadores também vêm usando sensores implantados nos cérebros de cobaias para permitir que dois macacos controlem um braço mecânico, e um teste com um homem paralítico permitiu, com esse método, que ele movimentasse um cursor em uma tela de computador.

Alguns desses métodos, caso venham a ser aperfeiçoados plenamente e consigam aprovação das autoridades regulatórias da saúde, podem no futuro se tornar mais viáveis para os pacientes de amputações.

E embora a técnica da renervação não requeira aprovação das autoridades regulatórias porque é executada por meios cirúrgicos e emprega aparelhos já existentes, ela apresenta limitações que até mesmo seus criadores reconhecem, entre as quais o fato de que não se pode utilizá-la para todos os pacientes, o seu alto custo e o prazo de meses requerido para que os nervos reconectados cresçam e se tornem efetivos.

Ainda assim, os especialistas dizem que é o mais avançado sistema em uso hoje para pacientes reais que permite que o sistema nervoso controle diretamente o movimento de um braço artificial.

Desde sua introdução por Todd Kuiken, médico fisioterapeuta e engenheiro biomédico do Instituto de Reabilitação de Chicago, o método foi empregado em cerca de 30 pacientes nos Estados Unidos, Canadá e Europa, entre os quais oito soldados feridos no Iraque e no Afeganistão.

Muitos dos pacientes, entre os quais o primeiro, Jesse Sullivan, um operário do setor elétrico no Tennessee que perdeu os dois braços quando foi eletrocutado por um cabo, conseguem não apenas manipular seus braços protéticos mas sentir a presença das mãos que já não têm quando alguém toca em seus peitos.

Sullivan, 62 anos, e Kitts, estavam entre os cinco pacientes que participaram do estudo reportado na terça-feira. Em companhia de cinco outras pessoas que não passaram por amputações, eles receberam os eletrodos e foram instruídos a usar pensamentos para fazer com que um braço virtual na tela reproduzisse 10 movimentos diferentes, entre os quais três formas diferentes de aperto de mão.

Os pacientes apresentaram desempenho bastante respeitável, apenas um pouco mais lento e menos preciso do que os dos participantes que não tinham amputações.

"As velocidades de movimento que encontramos em nossos pacientes foram realmente encorajadoras", disse Kuiken. "Eles conseguiram completar a tarefa. É claro que não foram tão competentes quanto as pessoas dotadas de plena capacidade física, mas foram bons o bastante".

Um braço virtual foi usado porque a maioria das próteses existentes não era capaz de acomodar todos aqueles movimentos, no momento da pesquisa, ainda que Sullivan, Kitts e uma terceira paciente, Claudia Mitchell, tenham experimentado dois novos protótipos mais versáteis de braços artificiais, executando tarefas complexas com bolas de tênis e outros objetos.

O trabalho de renervação em soldados apresenta outros desafios, diz Kuiken, porque os ferimentos militares muitas vezes "causam danos muitos extensos" a nervos, músculos ou ossos.

Daniel Acosta, 25 anos, um aviador ferido pela detonação de uma bomba em uma estrada do Iraque em 2005, passou pelo procedimento no ano passado e diz que seu braço esquerdo protético agora se movimenta "muito mais rápido" e de maneira muito mais natural.

"A diferença é que agora não preciso mais pensar para mover o braço", ele diz. "Ele simplesmente se mexe".

Ainda assim, Acosta, de San Antonio, diz que "o processo foi bastante longo" e que os eletrodos precisam ser ajustados para receber os sinais à medida que os nervos crescem ou mudam de posição.

E embora elogiem o método, os especialistas afirmam que a ciência das próteses de braço ainda tem muito por avançar.

"Trata-se de uma parte crucial, mas ainda assim apenas uma parte, das muitas coisas que compreendem a função normal de um braço", disse Loeb, que escreveu um editorial que acompanha o artigo no Journal of the American Medical Association.

"No momento estamos a meio do caminho entre o braço de 'Dr. Fantástico', que fazia involuntariamente a saudação nazista, e o braço de Luke Skywalker em 'Guerra nas Estrelas', que funciona sem nenhum problema assim que é conectado. Creio que precisaremos ainda de muitos anos para conectar todas as peças necessárias a produzir um braço capaz de funcionar normalmente".

17:04
Anónimo disse...
A Espanha disse neste sábado que está preparando uma reclamação oficial contra a decisão da Venezuela de expulsar um membro do Parlamento Europeu que criticou o conselho eleitoral venezuelano.
Luis Herrero, membro do partido conservador espanhol PP, foi deportado na sexta-feira depois que o Conselho Nacional Eleitoral (CNE) o acusou de questionar a imparcialidade da instituição antes de um referendo que pode permitir ao presidente Hugo Chávez permanecer no cargo indefinidamente.

Herrero estava na Venezuela como observador do referendo. Ele acusou Chávez de ter "comportamentos típicos de um ditador" por pedir a contenção de manifestações da oposição.

O governo da Espanha convocou um encontro com o embaixador da Venezuela em Madri para expressar a desaprovação sobre a expulsão de Herrero, disse um representante do Ministério das Relações Exteriores espanhol.

As relações da Venezuela com a Espanha tiveram seu ponto crítico em 2007, quando Chávez ameaçou rever acordos diplomáticos e comerciais depois de ouvir um "cala a boca" do rei espanhol Juan Carlos durante uma cúpula.

A fenda foi oficialmente reparada em 2008, com uma visita oficial de Chávez à Espanha, onde ele cumprimentou o rei e discutiu acordos para investimento no setor petroquímico com o primeiro-ministro José Luis Rodriguez Zapatero.

17:06
Anónimo disse...
A polícia do Zimbábue anunciou neste sábado que acusa de traição Roy Bennett, dirigente do até agora opositor Movimento para a Mudança Democrática (MDC), detido na sexta-feira, em Harare, poucas horas antes da cerimônia de posse dos membros do novo gabinete.

"A Polícia nos informou que vão apresentar acusações de traição", disse à agência EFE o advogado de defesa de Bennett, Trust Maanda.

"Tentam relacionar Roy com o caso de Mike Hitschmann, que foi detido em 2006 em relação à descoberta de um carregamento de armas, apesar de que Hitschmann não tenha sido declarado culpado das acusações de traição apresentadas contra ele, mas de um crime menor de descumprimento de leis", disse Maanda.

O político opositor, designado por seu partido como vice-ministro de Agricultura no Governo de união nacional, esteve no exílio na vizinha África do Sul desde 2006 e retornou ao Zimbábue há duas semanas.

Segundo a Polícia, que deteve Bennett ontem no aeroporto de Harare quando pretendia ir à África do Sul para visitar sua família, as armas apreendidas em 2006 seriam utilizadas em um golpe de Estado para derrubar o presidente do Zimbábue, Robert Mugabe.

Depois da detenção, Bennet foi levado a Mutar, onde vários simpatizantes do MDC se concentraram em frente à delegacia na qual estava detido, diante do que a Polícia respondeu com tiros para o alto para dispersar os manifestantes.

17:07
Anónimo disse...
Austrália: 14 mil se candidatam a 'emprego dos sonhos'

A secretaria de Turismo de Queensland, na Austrália, informou que até esta segunda-feira já recebeu cerca de 14 mil inscrições para o "o melhor emprego do mundo". O Estado australiano promove pela internet seleção para vaga de "zelador" da ilha Hamilton, por seis meses com um salário de R$ 40 mil.

Muitos candidatos tiveram problemas durante a inscrição por conta dos acessos simultâneos ao site. A secretaria aconselha enviar os vídeos de 60s explicando porque deve ser escolhido em horários alternativos do dia, além de recomendar tamanho em torno de 40MB.

As inscrições começaram em 12 de janeiro e vão até o próximo dia 22 e podem ser feitas pelo site www.islandreefjob.com. O governo australiano escolherá 50 candidatos para a próxima fase da seleção, que terá votos do público para eleger um dos 11 finalistas.

A última fase terá entrevistas e desafios físicos, no próprio local de trabalho: as ilhas da Grande Barreira Coralina - o maior recife de coral do mundo. A secretaria de Turismo anunciará o vencedor no dia 6 de maio.

17:09
Anónimo disse...
Mercado elogia governo na crise, mas pede maior queda no juro

Peter Fussy
Direto de São Paulo

Desde as primeiras medidas anunciadas para combater os efeitos da crise, o governo brasileiro avisou que a estratégia não contemplaria um pacote. Seriam doses pontuais, de acordo com a necessidade da economia diante do agravamento das turbulências. Da primeira liberação dos depósitos compulsórios em setembro até a ampliação do seguro-desemprego na última quarta-feira, o governo passou por redução de impostos, ampliação de crédito e incentivos à exportação. Quase 150 dias após a primeira medida, o Terra conversou com líderes do setor público e privado, representantes dos trabalhadores, acadêmicos e com o próprio governo para saber quais destas ações foram mais eficazes, quais foram mais ineficientes e o que mais pode ser feito pelo Estado brasileiro contra a crise.

Os maiores elogios foram direcionados à atitude de reduzir o Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) para a indústria automobilística, anunciada em dezembro e que fez com que os emplacamentos de carros novos subissem 1,9% no primeiro mês do ano em relação a dezembro de 2008. Já as maiores críticas foram para a lentidão no corte da taxa básica de juro do País.

Para o presidente do conselho administrativo do Grupo Pão de Açúcar, Abílio Diniz, o Estado não é responsável pela crise e mesmo assim está agindo "com extrema serenidade e muito acerto". "O governo está atento, fazendo a sua parte. É preciso coragem de baixar firmemente a taxa de juros. É uma arma que temos a nosso favor, já que não há clima para inflação, nem possibilidade de danos para a macroeconomia", afirmou Diniz.

Na última reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), em janeiro, a taxa Selic foi reduzida em um ponto percentual, de 13,75% para 12,75% ao ano. Porém, o professor de economia da Universidade de Brasília (UnB) José Luiz Oreiro lembra que este corte representa uma redução de apenas 0,25 ponto percentual com relação à taxa de setembro do ano passado, quando a crise se agravou.

"Pouco antes da eclosão da crise, o Banco Central aumentou a taxa em 0,75 ponto. Foram cinco meses de demora para reduzir em termos líquidos apenas 0,25 ponto", afirmou o economista, que também sugeriu redução do intervalo de cerca de 90 dias entre as reuniões do Copom e o corte de pelo menos um 1 ponto percentual em cada reunião.

Mesmo com o corte de janeiro, a taxa de juros real continua sendo a maior do mundo, lembrou o secretário-geral da Força Sindical, João Carlos Gonçalves, o Juruna. "A redução da taxa de juro ainda é pequena, porque ela continua uma das mais altas do mundo. Falta ousadia para baixar os juros e ajudar o cidadão. A permanência da taxa de juro alta é negativa para o País em meio a crise", afirmou Juruna.

Embora aprove as ações do governo, o senador Aloízio Mercadante (PT-SP) também acredita que o patamar da Selic está muito alto. "Sempre fomos os primeiros a entrar em qualquer crise, o que não aconteceu agora. A taxa Selic ainda é muito alta, mas o governo têm tomado medidas acertadas, como o aumento do salário mínimo, mesmo com um cenário de crise. Isso ajuda a movimentar o consumo. O governo está se esforçando para manter os investimentos e o crescimento", disse.

Tributos
De acordo com o economista Fabio Pina, da Fecomercio-SP, as ações mais positivas estão relacionadas à redução de tributos para alguns segmentos, como a indústria automobilística, que recuperou parte da queda nas vendas em janeiro com a isenção do IPI para carros 1.0 l e o corte para demais motorizações. A medida vale até o final de março.

"Essas medidas não só reduziram o preço, mas anteciparam o consumo daqueles que iriam comprar no futuro, dando um prêmio por conta da insegurança. Mexe diretamente com o principal problema que é a confiança do consumidor", afirmou. Juruna destacou que um bom ritmo de vendas é garantia de emprego. "É importante porque cada emprego na montadora significa 19 na cadeia produtiva", comentou o representante da Força Sindical.

Também em dezembro, o governo decidiu cortar pela metade a alíquota do Imposto de Renda para contribuintes que ganham entre R$ 1.434 e R$ 2.150 mensais. "O salário aumentava e a tabela não se modificava. As pessoas ganhavam mais e pagavam mais impostos", apontou Juruna. Outra redução de tributos do governo foi com relação ao Imposto sobre Operações Financeiras (IOF), que caiu de 3% ao ano para 1,5%.

Crédito
Na segunda metade de 2008, o colapso de bancos nos Estados Unidos por conta da crise do subprime provocou uma forte restrição de crédito no mundo inteiro. Uma das primeiras medidas anticrise do governo teve como objetivo restabelecer a oferta, com mudanças no recolhimento dos depósitos compulsórios por parte dos bancos. Segundo o presidente do Banco Central, Henrique Meirelles, as diversas modificações liberaram US$ 99,2 bilhões aos bancos até o final de janeiro.

Além disso, o governo concedeu R$ 36 bilhões das reservas internacionais para empresas brasileiras com dívidas no exterior e uma medida provisória autorizou o Banco do Brasil e a Caixa Econômica Federal a comprar carteiras de crédito de bancos privados. Para o diretor do Departamento de Pesquisas e Estudos Econômicos da Fiesp, Paulo Francini, estas medidas foram essenciais para combater os efeitos da crise.

"A crise se desenvolve no mundo em torno do tema crédito. E o crédito reduziu-se barbaridade no mundo. Então o governo lança mão de compulsório, lança mão de reservas, de medidas que permitem aos bancos comprar carteiras de bancos. Você vai tomando várias medidas para atender às demandas e o epicentro disso é crédito", afirmou.

No entanto, Oreiro, da UnB, adverte que a liberação dos compulsórios seria mais eficiente acompanhada de redução mais agressiva da taxa básica de juro. "Uma parte do crédito voltou, depois da forte retração em outubro e novembro. O que deveria ter sido feito junto à liberação do compulsório era uma redução mais drástica da taxa de juro. Sem isso, os bancos pegam as reservas e acabam comprando títulos públicos", explicou o economista.

Na opinião de Pina, as ações de distribuição de crédito via redução do compulsório e a disposição de capital de giro para empresas foram tomadas sem um cuidado maior na operação e não tiveram muito efeito. "O BNDES tem linhas que ficam paradas quase todo o ano, agora é pior ainda. Existem os recursos, mas as empresas e os bancos estão desconfiados. É preciso fazer com que os bancos tenham interesse em emprestar", afirmou o economista da Fecomercio-SP.

Futuro
Mesmo com todas essas medidas, a crise financeira ainda gera incertezas nos setores produtivos do País. Nos últimos meses, o medo do desemprego fez os consumidores adiarem compras. Por sua vez, a queda nas vendas pode obrigar as indústrias a cortarem a produção e demitir funcionários. Contra isso, empresários sugerem redução de jornada e de salários.

"Isto está previsto em lei. A Fiesp simplesmente manteve conversações com entidades sindicais quanto à aplicação daquilo que já está previsto em lei", afirmou Francini.

Segundo a ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff, uma das medidas que assegura um nível de emprego é a manutenção de investimentos no Programa de Aceleração do Crescimento (PAC). "Estamos esperando que a dificuldade ocorra em janeiro, fevereiro e março. Estamos certos que vamos manter o nível de investimento. É isso que funciona, é isso que significa investimento público. Ele funciona como um colchão. Por isso, nós colocamos R$ 100 bilhões no BNDES e a Petrobras ampliou o seu investimento em R$ 120 bilhões", afirmou.

Na mesma linha, Pina explica que a antecipação de gastos do governo substitui parte da demanda retraída do setor privado. "Ele dá o seguinte recado: não vou estourar as contas públicas, mas concentrar em um momento em que a demanda privada está pequena. Mas o governo não tem fôlego suficiente para fazer o papel de toda demanda", ressaltou. O economista da Fecomercio lembrou que a entidade já pleiteou junto ao governo isenções para transferência de imóveis e de automóveis, além de retirar o IPVA para veículos novos.

Já Oreiro foca suas propostas na capitalização do Banco do Brasil e da Caixa Econômica Federal pelo Tesouro para atender a demanda de crédito para capital de giro e reduzir o spread. "Aumentando o empréstimo e reduzindo as taxas, os dois vão forçar os bancos privados a acompanhar o movimento, até para não perderem participação no mercado", explicou o economista da UnB.

Até o Carnaval, o governou prometeu detalhar um pacote de incentivos para a construção de até um milhão de casas populares, direcionado a famílias com renda de até dez salários mínimos. "Estamos atentos a tudo o que está acontecendo e novas medidas serão tomadas caso haja uma avaliação de que sejam necessárias", disse o ministro da Fazenda, Guido Mantega, na última sexta-feira.

17:11
Anónimo disse...
Ex-ministro critica extensão do seguro-desemprego

Atualizada às 09h03

O ex-ministro do Trabalho Almir Pazzianotto criticou a decisão do governo federal de conceder o seguro-desemprego estendido a apenas alguns setores. "É certamente odioso e provavelmente inconstitucional", disse Pazzianotto, de acordo com o jornal O Estado de S. Paulo.

Na última qurta, dia do anúncio da medida, centrais sindicais elogiaram a atitude do governo. A Força Sindical divulgou nota dizendo que "o aumento ajudará a aquecer parte da economia, já que irá gerar mais consumo, produção e conseqüentemente, a criação de novos postos de trabalho". A União Geral dos Trabalhadores (UGT) afirmou que a medida "contribuirá para minimizar o drama dos trabalhadores que perderem seu emprego por conta da crise".

O ex-ministro, que instituiu o seguro-desemprego no País no governo de José Sarney, destacou a necessidade de as centrais sindicais se manifestarem contra a determinação. Para ele, as mudanças devem ser aplicadas a todas as categorias profissionais e a distinção é contrária ao artigo 3º da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT).

Pazzianotto atribui a medida a um possível temor do governo de que a crise econômica seja longa e não haja dinheiro para atender a todas as necessidades. Ainda assim, ele se mostra contrário ao método de concessão. "O seguro-desemprego ajuda a sanar necessidades básicas. Estendê-lo é paliativo, não a solução", disse ao jornal.

De acordo com o presidente do Conselho Deliberativo do Fundo de Amparo ao Trabalhador (Codefat) e conselheiro da Força Sindical, Luiz Fernando Emediato, a determinação já estava prevista na lei 8.900/94, que trata do seguro-desemprego.

O presidente da Comissão de Trabalho da Câmara, Pedro Fernandes (PTB-MA) vai além na crítica à concessão do seguro para apenas alguns setores. Ele acredita que a ampliação do benefício estimula o desemprego.

Quintino Severo, secretário geral da Central Única dos Trabalhadores (CUT), lembra que a ampliação do benefício sem critério e identificação pode incentivar demissões em outros setores.

17:13
Anónimo disse...
Empresas
TAM faz promoção para destinos internacionais

A companhia aérea TAM anunciou nesta sexta-feira tarifas promocionais para trechos internacionais. Os preços valem para bilhetes comprados entre 6h deste sábado e 23h59 deste domingo e são válidos para classe econômica. As tarifas, para ida e volta, serão vendidas a partir de US$ 99, mais taxas.

Segundo a aérea, a promoção vale para viagens feitas no período de 14 de fevereiro a 18 de junho de 2009. Para destinos na América do Sul, a permanência mínima é de dois dias; para bilhetes com destino nos Estados Unidos, cinco dias; e Europa, sete dias. A permanência máxima para as passagens para América do Sul e EUA é de dois meses e para Europa, três meses.

Entre os exemplos de tarifas promocionais, a TAM oferece São Paulo-Lima por US$ 99. Bilhetes para a rota São Paulo-Santiago serão vendidos a partir de US$ 199 e São Paulo-Nova York, US$ 799.

A emissão dos bilhetes deve ser feita obrigatoriamente no ato da reserva, obedecendo às regras estipuladas pela companhia. A compra está sujeita à disponibilidade de assentos nas classes tarifárias determinadas, trechos, horários e datas. A TAM afirmou que também há tarifas promocionais para a classe executiva.

Mais informações podem ser encontradas no site promocional (www.ofertastam.com.br), no site da empresa (www.tam.com.br) ou pelos telefones 4002-5700 ou 0800 5705700.

17:13
Anónimo disse...
Empresas
Consultoria negocia compra do parque temático Hopi Hari

A consultoria especializada em reestruturação de empresas Íntegra Associados informou nesta sexta-feira ter um acordo para comprar o parque de diversões Hopi Hari, localizado no interior de São Paulo. A empresa estaria disposta a investir R$ 10 milhões no parque, que tem dívida estimada em R$ 800 milhões. As informações são da edição deste sábado do jornal Folha de S. Paulo.

De acordo com o jornal, a transação ainda depende da negociação entre o Hopi Hari e seus credores, o que já estaria em andamento.

A consultoria paulista já atuou junto à Parmalat, durante 30 meses, quando reorganizou a gestão da empresa italiana.

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17:14
Anónimo disse...
Empresas
Disney de Tóquio contratará mais 2 mil apesar da crise


A Oriental Land, o operador da Disneylândia Tóquio e DisneySea, organizou neste domingo entrevistas para contratar cerca de 2 mil trabalhadores em tempo parcial, em um momento de grandes demissões deste tipo de empregados no Japão.

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O operador deste parque temático, situado em Urayasu, na província de Chiba (leste de Tóquio), está em pleno processo de seleção de empregados para 20 tipos de postos trabalhistas diferentes.

Segundo a companhia, citada pela agência local de notícias Kyodo, o parque contratará novos trabalhadores para as atrações, para os restaurantes e guardas de segurança entre outros. Os novos contratados começarão a trabalhar a partir de fevereiro.

O processo de seleção acontece em um momento em que a maioria das grandes companhias japonesas começaram a se ver obrigadas a despedir uma elevada percentagem de seus trabalhadores temporários e a tempo parcial.

Algumas inclusive anunciaram demissões de seus trabalhadores fixos, uma medida muito pouco comum nas companhias japonesas, perante os efeitos piores que o esperado pela crise econômica global.

Cerca de uma centena de pessoas esperavam desde a primeira hora desta manhã a abertura do centro de conferências Tokyo International Forum, onde as entrevistas estão sendo feitas, para ser os primeiros a solicitar os postos de trabalho.


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17:15
Anónimo disse...
Economia Internacional
Senado dos EUA aprova plano de estímulo à economia

O Senado dos Estados Unidos aprovou com 60 votos a favor e 38 contra o plano de estímulo à economia de US$ 787 bilhões na madrugada deste sábado. Agora, ele segue para sanção ou veto do presidente Barack Obama, que espera colocar a lei em prática até o dia 16 de fevereiro.

O plano prevê a criação de três milhões de empregos, inclui cortes de impostos às famílias, fundos para programas sociais e obras públicas, além de ajuda aos governos estaduais, estudantes e desempregados.

A cláusula Buy American - que exige o uso de ferro, aço e produtos manufaturados dos Estados Unidos em obras realizadas com recursos do pacote - ficou de lado. Segundo o texto definitivo, a cláusula será aplicada sem violar as normas do comércio internacional.

Ontem à tarde, a Câmara de Representantes (deputados) havia aprovado, por 246 votos a favor e 183 contra, a versão final do plano. Todos os republicanos foram contrários ao pacote.

Pelo acordo de quarta-feira entre Câmara e Senado, em vez de custar US$ 819 bilhões, como queriam os deputados, ou US$ 838 bilhões como pretendiam os senadores, o pacote ficou em cerca de US$ 787 bilhões, com 65% desse total destinado a gastos do governo federal e 35%, a créditos tributários.

17:16
Anónimo disse...
Economia nacional
Na era Lula, aposentadoria sobe 54% menos que salário mínimo

Thatiane Faria
Especial para o Terra
Direto de São Paulo

Os índices de reajustes concedidos pelo governo em 2009 para aposentados e pensionistas e para o salário mínimo repetiram uma diferença que, só durante o governo de Luiz Inácio Lula da Silva, já chega a 54%. Enquanto o mínimo foi majorado em 12% este ano, as pensões e aposentadorias tiveram aumento de 5,92%. Aposentados que têm o benefício do governo como única fonte de renda reclamam que perdem poder de compra e que sua cesta de compras é composta por itens que aumentam mais em relação à inflação oficial.

Um exemplo prático pode ser entendido a partir da comparação entre um aposentado que ganhava R$ 600 em janeiro de 2003. Na época, o benefício era três vezes, ou 200%, maior que o valor do mínimo em vigência, que era de R$ 200. Aplicando-se os índices de reajuste para aposentadorias e para o mínimo durante os últimos seis anos, o mesmo aposentado estaria recebendo hoje R$ 938,47, comparado a um salário mínimo de R$ 465. A diferença entre os dois valores caiu para pouco mais de 100%.

Enquanto o índice acumulado de reajuste para a aposentadoria durante o governo Lula foi de 60%, para o salário mínimo está em 132%.

O diretor do Sindicato Nacional dos Aposentados, João Inocentini, reclama que os valores dos benefícios para aposentadorias não mantêm o poder de compra do grupo, principalmente dos aposentados que recebem menos que dez salários mínimos.

Nem mesmo o fato de o índice de reajuste das aposentadorias ter ficado acima da inflação acumulada no mesmo período (o IPCA entre janeiro de 2003 e janeiro de 2009 foi de 39,7%) serve de argumento, segundo os aposentados.

"Os idosos, principalmente, têm gastos além das contas gerais como gás, telefone e aluguel. Para eles o custo com remédios, e outros itens da área saúde costuma ser maior", afirmou Inocentini.

O presidente do sindicato afirmou que o grupo realiza um estudo com 100 itens de necessidade de um idoso para comparar o aumento dos produtos com o índice de reajuste do benefício recebido pelos aposentados.

"Daqui dois meses vamos abrir um processo na Justiça e levar essa pesquisa como prova. Segundo a lei, o governo é obrigado a manter o poder de compra com a aposentadoria", disse Inocentini.

Alternativas
O consultor financeiro Cláudio Boriola diz que os aposentados, especialmente nesse momento de crise econômica, devem evitar compras parceladas, pesquisar preços, negociar e fazer bom planejamento financeiro.

Segundo Boriola, alguns aposentados ganham um valor mensal muitas vezes insuficiente para o pagamento das contas e acabam pedindo crédito ou realizando pagamentos a prazo e são obrigados a pagar juros altos.

Na opinião do consultor, pagar uma previdência privada é uma alternativa indicada para quem ainda trabalha, considerando a característica de perda de poder de compra da aposentadoria.

"Na prática, infelizmente os valores encontram-se em um patamar que está deteriorando o poder de aquisição da população brasileira", completou Boriola.

De acordo com o diretor da Confederação Brasileira de Aposentados e Pensionistas (Cobap), Vicente Fernandes Barbosa, representantes dos aposentados tentarão um encontro com o presidente da Câmara, deputado Michel Temer (PMDB-SP), para discutir projetos que minimizem a perda dos aposentados

17:17
Anónimo disse...
Previdência
Previdência prorroga isenção de tarifas no benefício

O atual sistema de pagamento aos 26 milhões de aposentados e pensionistas do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) será mantido até o final deste ano. O acordo, que permite realizar a operação sem nenhum custo aos beneficiários, foi renovado nesta sexta-feira, entre o governo federal e 21 instituições financeiras.

Por meio desse acordo, vigente desde setembro de 2007, nem os segurados, nem os bancos e nem o governo arcam com o pagamento de tarifas, conforme explicou o ministro da Previdência Social, José Pimentel. A prorrogação vale até dezembro, data máxima para que a Previdência defina as regras para um novo contrato.

Ao assinar o termo de renovação, na sede da Federação Brasileira dos Bancos (Febraban), o ministro disse que a intenção do governo é mudar o atual modelo de gestão visando a reduzir os custos dessas operações em torno da folha mensal, que atinge R$ 15,8 bilhões. No entanto, qualquer alteração, conforme explicou, passará antes por audiências públicas a serem realizadas a partir do segundo semestre deste ano, atendendo a determinação do Tribunal de Contas da União (TCU).

De acordo com Pimentel, com um redesenho do mecanismo de repasse dos recursos aos bancos em torno da folha de pagamento dos segurados o que se busca é um aumento da participação de instituições financeiras. Ele informou que, desde 2007, cada benefício custa em média R$ 1,07 ao governo. "Quanto mais instituições financeiras estiverem prestando serviços à sociedade, maior é a competitividade, a agilidade no atendimento", justificou.

O ministro observou, ainda, que, para permitir uma redução para algo em torno de meia hora no tempo de atendimento para a concessão dos direitos previdenciários, o governo investiu R$ 280 milhões.

Questionado sobre o descontentamento dos segurados que ganham acima de um salário mínimo terem obtido apenas a correção com base na variação do Índice de Preços ao Consumidor (INPC) , ficando abaixo do reajuste dado a quem recebe apenas o mínimo, Pimentel argumentou que o governo seguiu o que determina a lei e descartou a possibilidade de uma revisão

17:17
Anónimo disse...
Empresas
Caterpillar oferece aposentadoria antecipada a 2 mil


A companhia americana Caterpillar ofereceu a cerca de dois mil funcionários incentivos para que se aposentem de forma voluntária antes do previsto, pela perspectiva de uma queda "significativa" da atividade industrial, informou nesta quarta-feira a empresa.

A iniciativa, destinada aos trabalhadores de diversas fábricas em Illinois, Colorado, Tennessee e Pensilvânia, se soma aos cortes de empregos anunciados em janeiro, explicou em comunicado de imprensa.

A empresa, a maior fabricante mundial de maquinaria pesada para a construção e a mineração, acrescentou que, "em função das condições de negócio, podem ser necessárias mais reduções de elenco voluntárias e involuntárias à medida que o ano avança".

O vice-presidente da companhia, Sid Banwart, explicou que a empresa prevê "demissões significativas em todas as regiões geográficas e na maioria dos setores devido às dificuldades da economia mundial".

17:18
Anónimo disse...
Comércio
Comércio exterior da OCDE caiu no 3º trimestre de 2008


As exportações e as importações dos países da Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Econômico (OCDE) caíram 1,6% e 0,2%, respectivamente, no terceiro trimestre de 2008, em relação aos três meses anteriores.

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Trata-se da primeira queda destas atividades desde o terceiro trimestre de 2006, segundo o último relatório trimestral sobre fluxos comerciais divulgado pela OCDE.

As exportações e as importações em dólares dos 30 Estados-membros caíram 15,6% e 17%, respectivamente, na comparação anualizada.

Por sua vez, o comércio dos sete países mais ricos do mundo (G7) teve um pequeno crescimento no terceiro trimestre de 2008 com uma queda das exportações de mercadorias de 0,2% em relação ao trimestre anterior e um aumento de 0,4% das importações.

Em termos anualizados, as importações do G7 caíram 1,4% entre julho e setembro do ano passado, seu primeiro retrocesso desde o terceiro trimestre de 2006, enquanto as exportações aumentaram 1,9%, seu crescimento mais baixo no mesmo tempo.

Por países, a Alemanha aumentou suas importações em 3,4% - valor mais alto do G7 -, enquanto suas exportações caíram 2,9% do segundo para o terceiro trimestre de 2008.

Pelo contrário, as exportações americanas aumentaram 1,8% entre julho e setembro de 2008, enquanto as importações caíram 0,7% em relação ao trimestre anterior. No Japão, tanto as importações quanto as exportações caíram em torno de 1% no mesmo período.

17:19
Anónimo disse...
Economia Nacional
Lula: juros de crédito consignado a aposentados são altos

Atualizada às 17h29

O presidente Luis Inácio Lula da Silva afirmou nesta terça-feira, em São Paulo, que está lutando para reduzir as taxas de juros cobradas de aposentados em crédito consignado. A Previdência Social estabelece uma taxa máxima de 2,5% para empréstimo e de 3,5% para cartão. Para Lula, os valores são altos.

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"Acho que o juro que os aposentados estão pagando hoje com o crédito consignado é alto para o padrão brasileiro", disse o presidente durante a cerimônia de comemoração dos 86 anos do INSS.

A Previdência anunciou nesta terça-feira que aposentados e trabalhadoras com licença-maternidade poderão receber seus benefícios em 30 minutos. De acordo com Lula, em junho, a aposentadoria do trabalhador rural também será conseguida em meia hora.

Além disso, o presidente anunciou que, também em junho, os trabalhadores que alcançarem o direito à aposentadoria passarão a receber em suas casas um comunicado da Previdência informando o fato e o valor do salário que têm direito a receber. "É um comprometimento público que estou fazendo com os companheiros da Previdência Social", disse.

"Estamos retribuindo ao contribuinte da Previdência Social aquilo que é a cidadania que ele tem direito", afirmou Lula. "Se para cobrar nós somos tão precisos, para devolver o dinheiro, temos que chegar próximo à perfeição", completou.

17:20
Anónimo disse...
Economia Nacional
Salário maternidade sairá em 30 minutos, diz ministro

Toda trabalhadora autônoma que tiver contribuído pelo menos 10 meses com o Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) - ou as que possuírem carteira assinada - poderão receber em 30 minutos o salário maternidade a partir desta terça-feira. Da mesma forma, as mulheres com 30 anos de contribuição e os homens com 35 anos também terão direito ao benefício de forma mais rápida. A informação é do ministro da Previdência Social, José Pimentel.

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Para requerer o salário maternidade, é preciso que as autônomas levem a carteira de identidade e o carnê de contribuição. As demais trabalhadoras devem apresentar a identificação e a carteira de trabalho. Desde o início do mês, a nova forma de análise para a concessão de benefícios foi adotada para a aposentadoria por idade do trabalhador urbano e agora foi estendida para o salário maternidade e por tempo de contribuição.

O ministro disse que a qualificação do serviço da previdência social é o reconhecimento do direito dos trabalhadores e da afirmação da cidadania.

"Até pouco tempo na cabeça do cidadão o serviço devia ser de péssima qualidade. Agora não, nós modificamos toda a legislação no mês de dezembro numa ação conjunta do Congresso Nacional com o governo federal. Estamos implantando e concedendo os benefícios em até 30 minutos", afirmou.

O ministro destacou que para conseguir se aposentar ou ter acesso à licença maternidade em 30 minutos, em primeiro lugar, é necessário que o cidadão esteja vinculado à Previdência, o que inclui 65% da população acima de 16 anos de idade.

"Depois bastar marcar pelo sistema 135 o dia e a hora do atendimento e levar a documentação. Se todos os dados necessários estiverem corretos o contribuinte será atendido em até 30 minutos, como vem sendo feito com as aposentadorias por idade desde o dia cinco de janeiro", explicou.

Pimentel disse ainda que em 90% das agências da previdência social o atendimento é marcado em até 48 horas. Nos grandes centros, entretanto existe um volume maior o que torna mais lento o processo.

"Estamos criando mais 715 agências até 2010, em todo o território nacional, para descentralizar o atendimento. Em 2008, atendemos 295 mil benefícios e aposentadorias por idade. Temos 4 mil pessoas por dia procurando e se aposentando por idade no território nacional. Este serviço será agilizado", concluiu.
17:28
Anónimo disse...
Giuseppe Englaro, pai de Eluana, a italiana que morreu na segunda-feira passada por desidratação, recusou uma grande soma de dinheiro de um conhecido fotógrafo italiano que queria retratar a filha em estado de coma, disse neste sábado o neurologista que atendia a mulher desde 1996, Carlo Defanti.

O neurologista, que participou hoje de uma conferência sobre eutanásia, disse que Englaro respeitou a vontade da filha, que, antes do acidente, tinha pedido que, se lhe ocorresse qualquer coisa irreversível, apresentasse sua imagem de quando estava em boas condições.

Antes de sofrer o acidente de trânsito, em 1992, Eluana viveu o coma de um amigo, Alessandro, o que causou forte impacto na italiana e a levou a fazer o pai prometer que não a deixasse viver em estado vegetativo, disse o próprio Giuseppe Englaro.

Defanti, que dissera que Eluana poderia viver de dez a 12 dias depois da suspensão da alimentação e da hidratação, disse que, como médico, tinha que reprovar esta afirmação.

"Não se pode sobreviver após três ou quatro dias sem líquido e, em particular, água em um corpo. Sabemos bem que, quando há um terremoto, após quatro dias é difícil encontrar sobreviventes".

Defanti ressaltou que Eluana "não falava, não se comunicava com o exterior" e que, após vários exames, "nos deparamos com uma moça que tinha perdido a consciência", porque estava com o córtex cerebral prejudicado.

Eluana foi enterrada na quinta-feira passada no túmulo da família na localidade de Paluzza, em Udine, após um funeral que não contou com a presença dos pais.

16:53
Anónimo disse...
Os bombeiros combatem neste sábado os incêndios na Austrália favorecidos pelo bom tempo, enquanto os deslocados encotram em seu retorno casas derruídas, carros queimados nas ruas e destruição.

Depois de sete dias desde que começaram os incêndios no Estado de Victoria, a lista de mortos chega a 181, os desaparecidos somam 50, os edifícios destruídos totalizam 1,834 mil e o terreno arrasado, principalmente florestas, ocupa uma área de 4,13 mil quilômetros quadrados.

As equipes de bombeiros, formadas por 4 mil profissionais de Victoria, de outras partes da Austrália e de países amigos, combateram hoje 12 focos fora de controle e nenhum representava uma ameaça direta para a população.

O subdiretor do Serviço de Bombeiros, Geoff Conway, disse que este tempo favorável, que se prolongará durante o domingo, permite consolidar as linhas de contenção e avançar na extinção das chamas.

Cinzas apareceram arrastadas por ventos do nordeste sobre Melbourne, onde habitam 3,8 milhões de pessoas, e as autoridades alertaram aos cidadãos do risco para a saúde de idosos, crianças e pessoas com problemas respiratórios.

O número de pessoas deslocadas - a Cruz Vermelha chegou a receber 7 mil - começou a cair com a abertura de algumas localidades atingidas.

Os incêndios, alguns criminosos, começaram em 7 de fevereiro, quando a região sul da Austrália estava há duas semanas sob uma onda de calor sem precedentes.

Na sexta-feira passada, a polícia acusou uma pessoa de ter provocado o incêndio que atingiu a localidade de Churchill e matou 21 pessoas.

16:55
Anónimo disse...
A primeira chuva em seis dias reduziu a ameaça de incêndios no Estado de Victoria, ao sul da Austrália. As autoridades, porém, advertiram que ainda existem 12 focos, mas que nenhum deles ameaça áreas povoadas.

Mais de quatro mil bombeiros, mil provenientes de outras partes do país e de outras nações, trabalham contra o fogo. Cerca de 600 veículos e 28 helicópteros e pequenos aviões estão sendo usados.


Eles conseguiram construir linhas de contenção para evitar os incêndios de Yarra e Maroondah se juntassem. Também foram controlados os incêndios abertos de Yea e Murrindindi, que ameaçavam as comunidades de Connellys Creek, Crystal Creek, Scrubby Creek e Native Dog Creek.

O número de mortos chegou a 181, mas as autoridades acreditam que as vítimas devem passar de 200, já que ainda há muitos desaparecidos.

16:55
Anónimo disse...
Aqui nesta coluna, na semana passada, tive a oportunidade de comentar sobre a recente visita do professor brasileiro Pedrinho Guareschi à Austrália. Não dei, porém, os fatos, pois semana passada o assunto era outro.

Hoje, porém, vamos a eles.

No último dia 4 de fevereiro, aconteceu o Seminário "Paulo Freire: Education and Liberation", organizado pelo centro de estudos latino-americanos da Universidade Nacional da Austrália, ou ANU, como é mais conhecida por aqui.

A ANU, para quem não sabe, está entre as 20 melhores universidades do mundo! E tem sede aqui em Camberra, capital da Austrália.

Na abertura do evento, o professor John Minns, diretor do centro latino-americano, ao dar boas-vindas ao público presente, lembrou ser aquele o primeiro seminário exclusivamente dedicado a Paulo Freire na Austrália.

Em seguida, convidou Pedrinho Guareschi, palestrante principal do Seminário, a fazer sua apresentação.

A plateia pode então conhecer, pelas palavras de Pedrinho, um pouco da obra e da vida de Freire, esse brasileiro de fé e valor, que sempre acreditou na educação, sobretudo dos menos favorecidos, analfabetos, como força libertadora.

Como não podia deixar de ser, os conceitos e ideias revolucionários de Paulo Freire, expostos com clareza por Pedrinho, despertaram o interesse e a curiosidade de plateia. A qual, deve-se notar, era na maioria de estudantes, mas de várias nacionalidades, sobretudo australianos e asiáticos.

Na continuação do programa do seminário, que se estendeu por dois dias, outros professores fizeram palestras sobre temas ligados à obra de Paulo Freire.

Interessante, por exemplo, saber que a professora Anne Hickling-Hudson, jamaicana que mora na Austrália há muitos anos (é professora da ANU), conheceu e trabalhou com Freire num workshop educacional durante a revolução na Ilha de Granada, em 1980, antes da invasão dos Estados Unidos...

Ou, então, a palestra da Professora Gerda Roelvink, da Nova Zelândia, que participou do Fórum Social de Porto Alegre em 2005. E essa participação transformou-se em tema de doutorado.

No dia 10, terça-feira passada, o padre Pedrinho Guareschi voltou a falar ao público australiano em grande auditório localizado no belíssimo campus da ANU. Desta vez, sobre a Teologia da Libertação.

Depois da palestra, John Minns mostrou o filme mexicano "O Crime do Padre Amaro", no qual um dos personagens é um padre católico praticante da Teologia da Libertação.

Mais uma vez, foi grande o intersse da platéia, que pode aprender e conhecer um pouco como se desenvolveu aquele importante movimento católico na América Latina.

Fica, assim, ao Pedrinho, bem como a outros brasileiros estudiosos e de bom coração que saem pelo mundo a divulgar aspectos importantes da cultura brasileira, o respeito e a homenagem desta coluna. E... aquele abraço!

16:57
Anónimo disse...
Amanda Kitts perdeu o braço esquerdo em um acidente de automóvel acontecido três anos atrás, mas hoje em dia ela joga futebol americano com seu filho de 12 anos de idade, troca fraldas e abraça as crianças nas três creches Kiddie Cottage que opera em Knoxville, Tennessee. Kitts, 40 anos, faz tudo isso com a ajuda de um novo tipo de braço artificial que se movimenta com mais facilidade do que outros aparelhos e que ela pode controlar utilizando apenas seus pensamentos.

"Eu sou capaz de mexer a mão, o pulso e o cotovelo ao mesmo tempo", diz. "Você pensa e os músculos se movem em seguida".

A recuperação que ela conseguiu resulta de um novo procedimento que vem atraindo crescente atenção porque permite que pessoas movam braços protéticos de forma mais automática do que faziam no passado, simplesmente utilizando nervos reaproveitados em seus cérebros.

A técnica, conhecida como "renervação muscular dirigida", envolve utilizar os nervos que restam depois da amputação de um braço e conectá-los a outro músculo do corpo, em geral no peito. Eletrodos são instalados sobre os músculos do peito, e operam como se fossem antenas. Quando a pessoa deseja mover o braço, o cérebro envia sinais que primeiro resultam em contração dos músculos do peito, os quais enviam um sinal ao braço protético, instruindo-se a se movimentar. O processo não requer mais esforços consciente do que a pessoa teria de exercitar caso ainda tivesse seu braço natural.

Na terça-feira, pesquisadores reportaram em estudo publicado pela versão online do Journal of the American Medical Association que haviam levado a técnica ainda mais à frente, tornando possível a execução de 10 movimentos de mão, pulso e cotovelo diferentes, o que representa uma substancial melhora com relação ao típico repertório protético, que em geral envolve apenas dobrar o cotovelo, girar o pulso e abrir a mão.

"Os novos métodos tiveram impacto dramático em nosso campo de trabalho", disse Stuart Harshbarger, engenheiro biomédico na Universidade Johns Hopkins e diretor do programa de pesquisa sobre próteses, financiado pelas forças armadas, que inclui o trabalho com essa técnica. "O método já está em uso por médicos e cirurgiões comuns em todo o país. A capacidade de controlar um membro protético bastante robusto que ele confere surpreendeu a todos pela qualidade".

Tipicamente, uma pessoa que tenha um braço protético só é capaz de executar alguns poucos movimentos, e muitas vezes com tamanha lentidão que isso só permite a ela atividades limitadas.

Há um motor separado para cada movimento, diz Gerald Loeb, professor de engenharia biomédica na Universidade do Sul da Califórnia, "e esses motores precisam ser controlados de maneira explícita", usualmente por um esforço consciente da pessoa para contrair músculos nas costas ou no bíceps.

"Essencialmente, até agora os pacientes controlavam apenas um motor de cada vez", diz Loeb, "e precisavam pensar cuidadosamente sobre que motor desejavam controlar e como fazê-lo operar, em lugar de simplesmente pensarem em mover o braço e poderem fazê-lo sem delongas".

Antes que Kitts passasse pelo procedimento de renervação, em outubro de 2007, por exemplo, ela precisava movimentar os músculos de suas costas de determinada maneira para fazer com que seu pulso girasse, e flexionar seu bíceps e tríceps para fazer com que o cotovelo se movesse para cima e para baixo. "Era muito trabalho", ela conta. "E não me ajudava muito".

O procedimento de renervação é parte de uma recente explosão de idéias novas e técnicas inovadoras que estão sendo exploradas enquanto os cientistas se esforçam por ajudar as pessoas a compensar melhor a perda de membros ou problemas de paralisia. O esforço vem sendo alimentado pelo aumento no número de amputações causado por diabetes e por ferimentos sofridos pelos militares, e ao mesmo tempo pelos avanços na tecnologia médica.

Os braços se tornaram um dos focos essenciais desse tipo de trabalho. A ciência há muito vem obtendo sucessos no desenvolvimento de próteses de perna, mas é muito mais difícil imitar a complexidade e a destreza das mãos e dos braços.

Os esforços em curso incluem o desenvolvimento de projetos de pele e braços mais sensíveis e mais flexíveis, e o uso de dispositivos acionados por controles sem fio implantado nos braços protéticos, que permitiriam movimentos mais naturais.

Os pesquisadores também vêm usando sensores implantados nos cérebros de cobaias para permitir que dois macacos controlem um braço mecânico, e um teste com um homem paralítico permitiu, com esse método, que ele movimentasse um cursor em uma tela de computador.

Alguns desses métodos, caso venham a ser aperfeiçoados plenamente e consigam aprovação das autoridades regulatórias da saúde, podem no futuro se tornar mais viáveis para os pacientes de amputações.

E embora a técnica da renervação não requeira aprovação das autoridades regulatórias porque é executada por meios cirúrgicos e emprega aparelhos já existentes, ela apresenta limitações que até mesmo seus criadores reconhecem, entre as quais o fato de que não se pode utilizá-la para todos os pacientes, o seu alto custo e o prazo de meses requerido para que os nervos reconectados cresçam e se tornem efetivos.

Ainda assim, os especialistas dizem que é o mais avançado sistema em uso hoje para pacientes reais que permite que o sistema nervoso controle diretamente o movimento de um braço artificial.

Desde sua introdução por Todd Kuiken, médico fisioterapeuta e engenheiro biomédico do Instituto de Reabilitação de Chicago, o método foi empregado em cerca de 30 pacientes nos Estados Unidos, Canadá e Europa, entre os quais oito soldados feridos no Iraque e no Afeganistão.

Muitos dos pacientes, entre os quais o primeiro, Jesse Sullivan, um operário do setor elétrico no Tennessee que perdeu os dois braços quando foi eletrocutado por um cabo, conseguem não apenas manipular seus braços protéticos mas sentir a presença das mãos que já não têm quando alguém toca em seus peitos.

Sullivan, 62 anos, e Kitts, estavam entre os cinco pacientes que participaram do estudo reportado na terça-feira. Em companhia de cinco outras pessoas que não passaram por amputações, eles receberam os eletrodos e foram instruídos a usar pensamentos para fazer com que um braço virtual na tela reproduzisse 10 movimentos diferentes, entre os quais três formas diferentes de aperto de mão.

Os pacientes apresentaram desempenho bastante respeitável, apenas um pouco mais lento e menos preciso do que os dos participantes que não tinham amputações.

"As velocidades de movimento que encontramos em nossos pacientes foram realmente encorajadoras", disse Kuiken. "Eles conseguiram completar a tarefa. É claro que não foram tão competentes quanto as pessoas dotadas de plena capacidade física, mas foram bons o bastante".

Um braço virtual foi usado porque a maioria das próteses existentes não era capaz de acomodar todos aqueles movimentos, no momento da pesquisa, ainda que Sullivan, Kitts e uma terceira paciente, Claudia Mitchell, tenham experimentado dois novos protótipos mais versáteis de braços artificiais, executando tarefas complexas com bolas de tênis e outros objetos.

O trabalho de renervação em soldados apresenta outros desafios, diz Kuiken, porque os ferimentos militares muitas vezes "causam danos muitos extensos" a nervos, músculos ou ossos.

Daniel Acosta, 25 anos, um aviador ferido pela detonação de uma bomba em uma estrada do Iraque em 2005, passou pelo procedimento no ano passado e diz que seu braço esquerdo protético agora se movimenta "muito mais rápido" e de maneira muito mais natural.

"A diferença é que agora não preciso mais pensar para mover o braço", ele diz. "Ele simplesmente se mexe".

Ainda assim, Acosta, de San Antonio, diz que "o processo foi bastante longo" e que os eletrodos precisam ser ajustados para receber os sinais à medida que os nervos crescem ou mudam de posição.

E embora elogiem o método, os especialistas afirmam que a ciência das próteses de braço ainda tem muito por avançar.

"Trata-se de uma parte crucial, mas ainda assim apenas uma parte, das muitas coisas que compreendem a função normal de um braço", disse Loeb, que escreveu um editorial que acompanha o artigo no Journal of the American Medical Association.

"No momento estamos a meio do caminho entre o braço de 'Dr. Fantástico', que fazia involuntariamente a saudação nazista, e o braço de Luke Skywalker em 'Guerra nas Estrelas', que funciona sem nenhum problema assim que é conectado. Creio que precisaremos ainda de muitos anos para conectar todas as peças necessárias a produzir um braço capaz de funcionar normalmente".

17:04
Anónimo disse...
A Espanha disse neste sábado que está preparando uma reclamação oficial contra a decisão da Venezuela de expulsar um membro do Parlamento Europeu que criticou o conselho eleitoral venezuelano.
Luis Herrero, membro do partido conservador espanhol PP, foi deportado na sexta-feira depois que o Conselho Nacional Eleitoral (CNE) o acusou de questionar a imparcialidade da instituição antes de um referendo que pode permitir ao presidente Hugo Chávez permanecer no cargo indefinidamente.

Herrero estava na Venezuela como observador do referendo. Ele acusou Chávez de ter "comportamentos típicos de um ditador" por pedir a contenção de manifestações da oposição.

O governo da Espanha convocou um encontro com o embaixador da Venezuela em Madri para expressar a desaprovação sobre a expulsão de Herrero, disse um representante do Ministério das Relações Exteriores espanhol.

As relações da Venezuela com a Espanha tiveram seu ponto crítico em 2007, quando Chávez ameaçou rever acordos diplomáticos e comerciais depois de ouvir um "cala a boca" do rei espanhol Juan Carlos durante uma cúpula.

A fenda foi oficialmente reparada em 2008, com uma visita oficial de Chávez à Espanha, onde ele cumprimentou o rei e discutiu acordos para investimento no setor petroquímico com o primeiro-ministro José Luis Rodriguez Zapatero.

17:06
Anónimo disse...
A polícia do Zimbábue anunciou neste sábado que acusa de traição Roy Bennett, dirigente do até agora opositor Movimento para a Mudança Democrática (MDC), detido na sexta-feira, em Harare, poucas horas antes da cerimônia de posse dos membros do novo gabinete.

"A Polícia nos informou que vão apresentar acusações de traição", disse à agência EFE o advogado de defesa de Bennett, Trust Maanda.

"Tentam relacionar Roy com o caso de Mike Hitschmann, que foi detido em 2006 em relação à descoberta de um carregamento de armas, apesar de que Hitschmann não tenha sido declarado culpado das acusações de traição apresentadas contra ele, mas de um crime menor de descumprimento de leis", disse Maanda.

O político opositor, designado por seu partido como vice-ministro de Agricultura no Governo de união nacional, esteve no exílio na vizinha África do Sul desde 2006 e retornou ao Zimbábue há duas semanas.

Segundo a Polícia, que deteve Bennett ontem no aeroporto de Harare quando pretendia ir à África do Sul para visitar sua família, as armas apreendidas em 2006 seriam utilizadas em um golpe de Estado para derrubar o presidente do Zimbábue, Robert Mugabe.

Depois da detenção, Bennet foi levado a Mutar, onde vários simpatizantes do MDC se concentraram em frente à delegacia na qual estava detido, diante do que a Polícia respondeu com tiros para o alto para dispersar os manifestantes.

17:07
Anónimo disse...
Austrália: 14 mil se candidatam a 'emprego dos sonhos'

A secretaria de Turismo de Queensland, na Austrália, informou que até esta segunda-feira já recebeu cerca de 14 mil inscrições para o "o melhor emprego do mundo". O Estado australiano promove pela internet seleção para vaga de "zelador" da ilha Hamilton, por seis meses com um salário de R$ 40 mil.

Muitos candidatos tiveram problemas durante a inscrição por conta dos acessos simultâneos ao site. A secretaria aconselha enviar os vídeos de 60s explicando porque deve ser escolhido em horários alternativos do dia, além de recomendar tamanho em torno de 40MB.

As inscrições começaram em 12 de janeiro e vão até o próximo dia 22 e podem ser feitas pelo site www.islandreefjob.com. O governo australiano escolherá 50 candidatos para a próxima fase da seleção, que terá votos do público para eleger um dos 11 finalistas.

A última fase terá entrevistas e desafios físicos, no próprio local de trabalho: as ilhas da Grande Barreira Coralina - o maior recife de coral do mundo. A secretaria de Turismo anunciará o vencedor no dia 6 de maio.

17:09
Anónimo disse...
Mercado elogia governo na crise, mas pede maior queda no juro

Peter Fussy
Direto de São Paulo

Desde as primeiras medidas anunciadas para combater os efeitos da crise, o governo brasileiro avisou que a estratégia não contemplaria um pacote. Seriam doses pontuais, de acordo com a necessidade da economia diante do agravamento das turbulências. Da primeira liberação dos depósitos compulsórios em setembro até a ampliação do seguro-desemprego na última quarta-feira, o governo passou por redução de impostos, ampliação de crédito e incentivos à exportação. Quase 150 dias após a primeira medida, o Terra conversou com líderes do setor público e privado, representantes dos trabalhadores, acadêmicos e com o próprio governo para saber quais destas ações foram mais eficazes, quais foram mais ineficientes e o que mais pode ser feito pelo Estado brasileiro contra a crise.

Os maiores elogios foram direcionados à atitude de reduzir o Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) para a indústria automobilística, anunciada em dezembro e que fez com que os emplacamentos de carros novos subissem 1,9% no primeiro mês do ano em relação a dezembro de 2008. Já as maiores críticas foram para a lentidão no corte da taxa básica de juro do País.

Para o presidente do conselho administrativo do Grupo Pão de Açúcar, Abílio Diniz, o Estado não é responsável pela crise e mesmo assim está agindo "com extrema serenidade e muito acerto". "O governo está atento, fazendo a sua parte. É preciso coragem de baixar firmemente a taxa de juros. É uma arma que temos a nosso favor, já que não há clima para inflação, nem possibilidade de danos para a macroeconomia", afirmou Diniz.

Na última reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), em janeiro, a taxa Selic foi reduzida em um ponto percentual, de 13,75% para 12,75% ao ano. Porém, o professor de economia da Universidade de Brasília (UnB) José Luiz Oreiro lembra que este corte representa uma redução de apenas 0,25 ponto percentual com relação à taxa de setembro do ano passado, quando a crise se agravou.

"Pouco antes da eclosão da crise, o Banco Central aumentou a taxa em 0,75 ponto. Foram cinco meses de demora para reduzir em termos líquidos apenas 0,25 ponto", afirmou o economista, que também sugeriu redução do intervalo de cerca de 90 dias entre as reuniões do Copom e o corte de pelo menos um 1 ponto percentual em cada reunião.

Mesmo com o corte de janeiro, a taxa de juros real continua sendo a maior do mundo, lembrou o secretário-geral da Força Sindical, João Carlos Gonçalves, o Juruna. "A redução da taxa de juro ainda é pequena, porque ela continua uma das mais altas do mundo. Falta ousadia para baixar os juros e ajudar o cidadão. A permanência da taxa de juro alta é negativa para o País em meio a crise", afirmou Juruna.

Embora aprove as ações do governo, o senador Aloízio Mercadante (PT-SP) também acredita que o patamar da Selic está muito alto. "Sempre fomos os primeiros a entrar em qualquer crise, o que não aconteceu agora. A taxa Selic ainda é muito alta, mas o governo têm tomado medidas acertadas, como o aumento do salário mínimo, mesmo com um cenário de crise. Isso ajuda a movimentar o consumo. O governo está se esforçando para manter os investimentos e o crescimento", disse.

Tributos
De acordo com o economista Fabio Pina, da Fecomercio-SP, as ações mais positivas estão relacionadas à redução de tributos para alguns segmentos, como a indústria automobilística, que recuperou parte da queda nas vendas em janeiro com a isenção do IPI para carros 1.0 l e o corte para demais motorizações. A medida vale até o final de março.

"Essas medidas não só reduziram o preço, mas anteciparam o consumo daqueles que iriam comprar no futuro, dando um prêmio por conta da insegurança. Mexe diretamente com o principal problema que é a confiança do consumidor", afirmou. Juruna destacou que um bom ritmo de vendas é garantia de emprego. "É importante porque cada emprego na montadora significa 19 na cadeia produtiva", comentou o representante da Força Sindical.

Também em dezembro, o governo decidiu cortar pela metade a alíquota do Imposto de Renda para contribuintes que ganham entre R$ 1.434 e R$ 2.150 mensais. "O salário aumentava e a tabela não se modificava. As pessoas ganhavam mais e pagavam mais impostos", apontou Juruna. Outra redução de tributos do governo foi com relação ao Imposto sobre Operações Financeiras (IOF), que caiu de 3% ao ano para 1,5%.

Crédito
Na segunda metade de 2008, o colapso de bancos nos Estados Unidos por conta da crise do subprime provocou uma forte restrição de crédito no mundo inteiro. Uma das primeiras medidas anticrise do governo teve como objetivo restabelecer a oferta, com mudanças no recolhimento dos depósitos compulsórios por parte dos bancos. Segundo o presidente do Banco Central, Henrique Meirelles, as diversas modificações liberaram US$ 99,2 bilhões aos bancos até o final de janeiro.

Além disso, o governo concedeu R$ 36 bilhões das reservas internacionais para empresas brasileiras com dívidas no exterior e uma medida provisória autorizou o Banco do Brasil e a Caixa Econômica Federal a comprar carteiras de crédito de bancos privados. Para o diretor do Departamento de Pesquisas e Estudos Econômicos da Fiesp, Paulo Francini, estas medidas foram essenciais para combater os efeitos da crise.

"A crise se desenvolve no mundo em torno do tema crédito. E o crédito reduziu-se barbaridade no mundo. Então o governo lança mão de compulsório, lança mão de reservas, de medidas que permitem aos bancos comprar carteiras de bancos. Você vai tomando várias medidas para atender às demandas e o epicentro disso é crédito", afirmou.

No entanto, Oreiro, da UnB, adverte que a liberação dos compulsórios seria mais eficiente acompanhada de redução mais agressiva da taxa básica de juro. "Uma parte do crédito voltou, depois da forte retração em outubro e novembro. O que deveria ter sido feito junto à liberação do compulsório era uma redução mais drástica da taxa de juro. Sem isso, os bancos pegam as reservas e acabam comprando títulos públicos", explicou o economista.

Na opinião de Pina, as ações de distribuição de crédito via redução do compulsório e a disposição de capital de giro para empresas foram tomadas sem um cuidado maior na operação e não tiveram muito efeito. "O BNDES tem linhas que ficam paradas quase todo o ano, agora é pior ainda. Existem os recursos, mas as empresas e os bancos estão desconfiados. É preciso fazer com que os bancos tenham interesse em emprestar", afirmou o economista da Fecomercio-SP.

Futuro
Mesmo com todas essas medidas, a crise financeira ainda gera incertezas nos setores produtivos do País. Nos últimos meses, o medo do desemprego fez os consumidores adiarem compras. Por sua vez, a queda nas vendas pode obrigar as indústrias a cortarem a produção e demitir funcionários. Contra isso, empresários sugerem redução de jornada e de salários.

"Isto está previsto em lei. A Fiesp simplesmente manteve conversações com entidades sindicais quanto à aplicação daquilo que já está previsto em lei", afirmou Francini.

Segundo a ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff, uma das medidas que assegura um nível de emprego é a manutenção de investimentos no Programa de Aceleração do Crescimento (PAC). "Estamos esperando que a dificuldade ocorra em janeiro, fevereiro e março. Estamos certos que vamos manter o nível de investimento. É isso que funciona, é isso que significa investimento público. Ele funciona como um colchão. Por isso, nós colocamos R$ 100 bilhões no BNDES e a Petrobras ampliou o seu investimento em R$ 120 bilhões", afirmou.

Na mesma linha, Pina explica que a antecipação de gastos do governo substitui parte da demanda retraída do setor privado. "Ele dá o seguinte recado: não vou estourar as contas públicas, mas concentrar em um momento em que a demanda privada está pequena. Mas o governo não tem fôlego suficiente para fazer o papel de toda demanda", ressaltou. O economista da Fecomercio lembrou que a entidade já pleiteou junto ao governo isenções para transferência de imóveis e de automóveis, além de retirar o IPVA para veículos novos.

Já Oreiro foca suas propostas na capitalização do Banco do Brasil e da Caixa Econômica Federal pelo Tesouro para atender a demanda de crédito para capital de giro e reduzir o spread. "Aumentando o empréstimo e reduzindo as taxas, os dois vão forçar os bancos privados a acompanhar o movimento, até para não perderem participação no mercado", explicou o economista da UnB.

Até o Carnaval, o governou prometeu detalhar um pacote de incentivos para a construção de até um milhão de casas populares, direcionado a famílias com renda de até dez salários mínimos. "Estamos atentos a tudo o que está acontecendo e novas medidas serão tomadas caso haja uma avaliação de que sejam necessárias", disse o ministro da Fazenda, Guido Mantega, na última sexta-feira.

17:11
Anónimo disse...
Ex-ministro critica extensão do seguro-desemprego

Atualizada às 09h03

O ex-ministro do Trabalho Almir Pazzianotto criticou a decisão do governo federal de conceder o seguro-desemprego estendido a apenas alguns setores. "É certamente odioso e provavelmente inconstitucional", disse Pazzianotto, de acordo com o jornal O Estado de S. Paulo.

Na última qurta, dia do anúncio da medida, centrais sindicais elogiaram a atitude do governo. A Força Sindical divulgou nota dizendo que "o aumento ajudará a aquecer parte da economia, já que irá gerar mais consumo, produção e conseqüentemente, a criação de novos postos de trabalho". A União Geral dos Trabalhadores (UGT) afirmou que a medida "contribuirá para minimizar o drama dos trabalhadores que perderem seu emprego por conta da crise".

O ex-ministro, que instituiu o seguro-desemprego no País no governo de José Sarney, destacou a necessidade de as centrais sindicais se manifestarem contra a determinação. Para ele, as mudanças devem ser aplicadas a todas as categorias profissionais e a distinção é contrária ao artigo 3º da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT).

Pazzianotto atribui a medida a um possível temor do governo de que a crise econômica seja longa e não haja dinheiro para atender a todas as necessidades. Ainda assim, ele se mostra contrário ao método de concessão. "O seguro-desemprego ajuda a sanar necessidades básicas. Estendê-lo é paliativo, não a solução", disse ao jornal.

De acordo com o presidente do Conselho Deliberativo do Fundo de Amparo ao Trabalhador (Codefat) e conselheiro da Força Sindical, Luiz Fernando Emediato, a determinação já estava prevista na lei 8.900/94, que trata do seguro-desemprego.

O presidente da Comissão de Trabalho da Câmara, Pedro Fernandes (PTB-MA) vai além na crítica à concessão do seguro para apenas alguns setores. Ele acredita que a ampliação do benefício estimula o desemprego.

Quintino Severo, secretário geral da Central Única dos Trabalhadores (CUT), lembra que a ampliação do benefício sem critério e identificação pode incentivar demissões em outros setores.

17:13
Anónimo disse...
Empresas
TAM faz promoção para destinos internacionais

A companhia aérea TAM anunciou nesta sexta-feira tarifas promocionais para trechos internacionais. Os preços valem para bilhetes comprados entre 6h deste sábado e 23h59 deste domingo e são válidos para classe econômica. As tarifas, para ida e volta, serão vendidas a partir de US$ 99, mais taxas.

Segundo a aérea, a promoção vale para viagens feitas no período de 14 de fevereiro a 18 de junho de 2009. Para destinos na América do Sul, a permanência mínima é de dois dias; para bilhetes com destino nos Estados Unidos, cinco dias; e Europa, sete dias. A permanência máxima para as passagens para América do Sul e EUA é de dois meses e para Europa, três meses.

Entre os exemplos de tarifas promocionais, a TAM oferece São Paulo-Lima por US$ 99. Bilhetes para a rota São Paulo-Santiago serão vendidos a partir de US$ 199 e São Paulo-Nova York, US$ 799.

A emissão dos bilhetes deve ser feita obrigatoriamente no ato da reserva, obedecendo às regras estipuladas pela companhia. A compra está sujeita à disponibilidade de assentos nas classes tarifárias determinadas, trechos, horários e datas. A TAM afirmou que também há tarifas promocionais para a classe executiva.

Mais informações podem ser encontradas no site promocional (www.ofertastam.com.br), no site da empresa (www.tam.com.br) ou pelos telefones 4002-5700 ou 0800 5705700.

17:13
Anónimo disse...
Empresas
Consultoria negocia compra do parque temático Hopi Hari

A consultoria especializada em reestruturação de empresas Íntegra Associados informou nesta sexta-feira ter um acordo para comprar o parque de diversões Hopi Hari, localizado no interior de São Paulo. A empresa estaria disposta a investir R$ 10 milhões no parque, que tem dívida estimada em R$ 800 milhões. As informações são da edição deste sábado do jornal Folha de S. Paulo.

De acordo com o jornal, a transação ainda depende da negociação entre o Hopi Hari e seus credores, o que já estaria em andamento.

A consultoria paulista já atuou junto à Parmalat, durante 30 meses, quando reorganizou a gestão da empresa italiana.

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17:14
Anónimo disse...
Empresas
Disney de Tóquio contratará mais 2 mil apesar da crise


A Oriental Land, o operador da Disneylândia Tóquio e DisneySea, organizou neste domingo entrevistas para contratar cerca de 2 mil trabalhadores em tempo parcial, em um momento de grandes demissões deste tipo de empregados no Japão.

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O operador deste parque temático, situado em Urayasu, na província de Chiba (leste de Tóquio), está em pleno processo de seleção de empregados para 20 tipos de postos trabalhistas diferentes.

Segundo a companhia, citada pela agência local de notícias Kyodo, o parque contratará novos trabalhadores para as atrações, para os restaurantes e guardas de segurança entre outros. Os novos contratados começarão a trabalhar a partir de fevereiro.

O processo de seleção acontece em um momento em que a maioria das grandes companhias japonesas começaram a se ver obrigadas a despedir uma elevada percentagem de seus trabalhadores temporários e a tempo parcial.

Algumas inclusive anunciaram demissões de seus trabalhadores fixos, uma medida muito pouco comum nas companhias japonesas, perante os efeitos piores que o esperado pela crise econômica global.

Cerca de uma centena de pessoas esperavam desde a primeira hora desta manhã a abertura do centro de conferências Tokyo International Forum, onde as entrevistas estão sendo feitas, para ser os primeiros a solicitar os postos de trabalho.


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17:15
Anónimo disse...
Economia Internacional
Senado dos EUA aprova plano de estímulo à economia

O Senado dos Estados Unidos aprovou com 60 votos a favor e 38 contra o plano de estímulo à economia de US$ 787 bilhões na madrugada deste sábado. Agora, ele segue para sanção ou veto do presidente Barack Obama, que espera colocar a lei em prática até o dia 16 de fevereiro.

O plano prevê a criação de três milhões de empregos, inclui cortes de impostos às famílias, fundos para programas sociais e obras públicas, além de ajuda aos governos estaduais, estudantes e desempregados.

A cláusula Buy American - que exige o uso de ferro, aço e produtos manufaturados dos Estados Unidos em obras realizadas com recursos do pacote - ficou de lado. Segundo o texto definitivo, a cláusula será aplicada sem violar as normas do comércio internacional.

Ontem à tarde, a Câmara de Representantes (deputados) havia aprovado, por 246 votos a favor e 183 contra, a versão final do plano. Todos os republicanos foram contrários ao pacote.

Pelo acordo de quarta-feira entre Câmara e Senado, em vez de custar US$ 819 bilhões, como queriam os deputados, ou US$ 838 bilhões como pretendiam os senadores, o pacote ficou em cerca de US$ 787 bilhões, com 65% desse total destinado a gastos do governo federal e 35%, a créditos tributários.

17:16
Anónimo disse...
Economia nacional
Na era Lula, aposentadoria sobe 54% menos que salário mínimo

Thatiane Faria
Especial para o Terra
Direto de São Paulo

Os índices de reajustes concedidos pelo governo em 2009 para aposentados e pensionistas e para o salário mínimo repetiram uma diferença que, só durante o governo de Luiz Inácio Lula da Silva, já chega a 54%. Enquanto o mínimo foi majorado em 12% este ano, as pensões e aposentadorias tiveram aumento de 5,92%. Aposentados que têm o benefício do governo como única fonte de renda reclamam que perdem poder de compra e que sua cesta de compras é composta por itens que aumentam mais em relação à inflação oficial.

Um exemplo prático pode ser entendido a partir da comparação entre um aposentado que ganhava R$ 600 em janeiro de 2003. Na época, o benefício era três vezes, ou 200%, maior que o valor do mínimo em vigência, que era de R$ 200. Aplicando-se os índices de reajuste para aposentadorias e para o mínimo durante os últimos seis anos, o mesmo aposentado estaria recebendo hoje R$ 938,47, comparado a um salário mínimo de R$ 465. A diferença entre os dois valores caiu para pouco mais de 100%.

Enquanto o índice acumulado de reajuste para a aposentadoria durante o governo Lula foi de 60%, para o salário mínimo está em 132%.

O diretor do Sindicato Nacional dos Aposentados, João Inocentini, reclama que os valores dos benefícios para aposentadorias não mantêm o poder de compra do grupo, principalmente dos aposentados que recebem menos que dez salários mínimos.

Nem mesmo o fato de o índice de reajuste das aposentadorias ter ficado acima da inflação acumulada no mesmo período (o IPCA entre janeiro de 2003 e janeiro de 2009 foi de 39,7%) serve de argumento, segundo os aposentados.

"Os idosos, principalmente, têm gastos além das contas gerais como gás, telefone e aluguel. Para eles o custo com remédios, e outros itens da área saúde costuma ser maior", afirmou Inocentini.

O presidente do sindicato afirmou que o grupo realiza um estudo com 100 itens de necessidade de um idoso para comparar o aumento dos produtos com o índice de reajuste do benefício recebido pelos aposentados.

"Daqui dois meses vamos abrir um processo na Justiça e levar essa pesquisa como prova. Segundo a lei, o governo é obrigado a manter o poder de compra com a aposentadoria", disse Inocentini.

Alternativas
O consultor financeiro Cláudio Boriola diz que os aposentados, especialmente nesse momento de crise econômica, devem evitar compras parceladas, pesquisar preços, negociar e fazer bom planejamento financeiro.

Segundo Boriola, alguns aposentados ganham um valor mensal muitas vezes insuficiente para o pagamento das contas e acabam pedindo crédito ou realizando pagamentos a prazo e são obrigados a pagar juros altos.

Na opinião do consultor, pagar uma previdência privada é uma alternativa indicada para quem ainda trabalha, considerando a característica de perda de poder de compra da aposentadoria.

"Na prática, infelizmente os valores encontram-se em um patamar que está deteriorando o poder de aquisição da população brasileira", completou Boriola.

De acordo com o diretor da Confederação Brasileira de Aposentados e Pensionistas (Cobap), Vicente Fernandes Barbosa, representantes dos aposentados tentarão um encontro com o presidente da Câmara, deputado Michel Temer (PMDB-SP), para discutir projetos que minimizem a perda dos aposentados

17:17
Anónimo disse...
Previdência
Previdência prorroga isenção de tarifas no benefício

O atual sistema de pagamento aos 26 milhões de aposentados e pensionistas do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) será mantido até o final deste ano. O acordo, que permite realizar a operação sem nenhum custo aos beneficiários, foi renovado nesta sexta-feira, entre o governo federal e 21 instituições financeiras.

Por meio desse acordo, vigente desde setembro de 2007, nem os segurados, nem os bancos e nem o governo arcam com o pagamento de tarifas, conforme explicou o ministro da Previdência Social, José Pimentel. A prorrogação vale até dezembro, data máxima para que a Previdência defina as regras para um novo contrato.

Ao assinar o termo de renovação, na sede da Federação Brasileira dos Bancos (Febraban), o ministro disse que a intenção do governo é mudar o atual modelo de gestão visando a reduzir os custos dessas operações em torno da folha mensal, que atinge R$ 15,8 bilhões. No entanto, qualquer alteração, conforme explicou, passará antes por audiências públicas a serem realizadas a partir do segundo semestre deste ano, atendendo a determinação do Tribunal de Contas da União (TCU).

De acordo com Pimentel, com um redesenho do mecanismo de repasse dos recursos aos bancos em torno da folha de pagamento dos segurados o que se busca é um aumento da participação de instituições financeiras. Ele informou que, desde 2007, cada benefício custa em média R$ 1,07 ao governo. "Quanto mais instituições financeiras estiverem prestando serviços à sociedade, maior é a competitividade, a agilidade no atendimento", justificou.

O ministro observou, ainda, que, para permitir uma redução para algo em torno de meia hora no tempo de atendimento para a concessão dos direitos previdenciários, o governo investiu R$ 280 milhões.

Questionado sobre o descontentamento dos segurados que ganham acima de um salário mínimo terem obtido apenas a correção com base na variação do Índice de Preços ao Consumidor (INPC) , ficando abaixo do reajuste dado a quem recebe apenas o mínimo, Pimentel argumentou que o governo seguiu o que determina a lei e descartou a possibilidade de uma revisão

17:17
Anónimo disse...
Empresas
Caterpillar oferece aposentadoria antecipada a 2 mil


A companhia americana Caterpillar ofereceu a cerca de dois mil funcionários incentivos para que se aposentem de forma voluntária antes do previsto, pela perspectiva de uma queda "significativa" da atividade industrial, informou nesta quarta-feira a empresa.

A iniciativa, destinada aos trabalhadores de diversas fábricas em Illinois, Colorado, Tennessee e Pensilvânia, se soma aos cortes de empregos anunciados em janeiro, explicou em comunicado de imprensa.

A empresa, a maior fabricante mundial de maquinaria pesada para a construção e a mineração, acrescentou que, "em função das condições de negócio, podem ser necessárias mais reduções de elenco voluntárias e involuntárias à medida que o ano avança".

O vice-presidente da companhia, Sid Banwart, explicou que a empresa prevê "demissões significativas em todas as regiões geográficas e na maioria dos setores devido às dificuldades da economia mundial".

17:18
Anónimo disse...
Comércio
Comércio exterior da OCDE caiu no 3º trimestre de 2008


As exportações e as importações dos países da Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Econômico (OCDE) caíram 1,6% e 0,2%, respectivamente, no terceiro trimestre de 2008, em relação aos três meses anteriores.

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Trata-se da primeira queda destas atividades desde o terceiro trimestre de 2006, segundo o último relatório trimestral sobre fluxos comerciais divulgado pela OCDE.

As exportações e as importações em dólares dos 30 Estados-membros caíram 15,6% e 17%, respectivamente, na comparação anualizada.

Por sua vez, o comércio dos sete países mais ricos do mundo (G7) teve um pequeno crescimento no terceiro trimestre de 2008 com uma queda das exportações de mercadorias de 0,2% em relação ao trimestre anterior e um aumento de 0,4% das importações.

Em termos anualizados, as importações do G7 caíram 1,4% entre julho e setembro do ano passado, seu primeiro retrocesso desde o terceiro trimestre de 2006, enquanto as exportações aumentaram 1,9%, seu crescimento mais baixo no mesmo tempo.

Por países, a Alemanha aumentou suas importações em 3,4% - valor mais alto do G7 -, enquanto suas exportações caíram 2,9% do segundo para o terceiro trimestre de 2008.

Pelo contrário, as exportações americanas aumentaram 1,8% entre julho e setembro de 2008, enquanto as importações caíram 0,7% em relação ao trimestre anterior. No Japão, tanto as importações quanto as exportações caíram em torno de 1% no mesmo período.

17:19
Anónimo disse...
Economia Nacional
Lula: juros de crédito consignado a aposentados são altos

Atualizada às 17h29

O presidente Luis Inácio Lula da Silva afirmou nesta terça-feira, em São Paulo, que está lutando para reduzir as taxas de juros cobradas de aposentados em crédito consignado. A Previdência Social estabelece uma taxa máxima de 2,5% para empréstimo e de 3,5% para cartão. Para Lula, os valores são altos.

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"Acho que o juro que os aposentados estão pagando hoje com o crédito consignado é alto para o padrão brasileiro", disse o presidente durante a cerimônia de comemoração dos 86 anos do INSS.

A Previdência anunciou nesta terça-feira que aposentados e trabalhadoras com licença-maternidade poderão receber seus benefícios em 30 minutos. De acordo com Lula, em junho, a aposentadoria do trabalhador rural também será conseguida em meia hora.

Além disso, o presidente anunciou que, também em junho, os trabalhadores que alcançarem o direito à aposentadoria passarão a receber em suas casas um comunicado da Previdência informando o fato e o valor do salário que têm direito a receber. "É um comprometimento público que estou fazendo com os companheiros da Previdência Social", disse.

"Estamos retribuindo ao contribuinte da Previdência Social aquilo que é a cidadania que ele tem direito", afirmou Lula. "Se para cobrar nós somos tão precisos, para devolver o dinheiro, temos que chegar próximo à perfeição", completou.

17:20
Anónimo disse...
Economia Nacional
Salário maternidade sairá em 30 minutos, diz ministro

Toda trabalhadora autônoma que tiver contribuído pelo menos 10 meses com o Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) - ou as que possuírem carteira assinada - poderão receber em 30 minutos o salário maternidade a partir desta terça-feira. Da mesma forma, as mulheres com 30 anos de contribuição e os homens com 35 anos também terão direito ao benefício de forma mais rápida. A informação é do ministro da Previdência Social, José Pimentel.

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Para requerer o salário maternidade, é preciso que as autônomas levem a carteira de identidade e o carnê de contribuição. As demais trabalhadoras devem apresentar a identificação e a carteira de trabalho. Desde o início do mês, a nova forma de análise para a concessão de benefícios foi adotada para a aposentadoria por idade do trabalhador urbano e agora foi estendida para o salário maternidade e por tempo de contribuição.

O ministro disse que a qualificação do serviço da previdência social é o reconhecimento do direito dos trabalhadores e da afirmação da cidadania.

"Até pouco tempo na cabeça do cidadão o serviço devia ser de péssima qualidade. Agora não, nós modificamos toda a legislação no mês de dezembro numa ação conjunta do Congresso Nacional com o governo federal. Estamos implantando e concedendo os benefícios em até 30 minutos", afirmou.

O ministro destacou que para conseguir se aposentar ou ter acesso à licença maternidade em 30 minutos, em primeiro lugar, é necessário que o cidadão esteja vinculado à Previdência, o que inclui 65% da população acima de 16 anos de idade.

"Depois bastar marcar pelo sistema 135 o dia e a hora do atendimento e levar a documentação. Se todos os dados necessários estiverem corretos o contribuinte será atendido em até 30 minutos, como vem sendo feito com as aposentadorias por idade desde o dia cinco de janeiro", explicou.

Pimentel disse ainda que em 90% das agências da previdência social o atendimento é marcado em até 48 horas. Nos grandes centros, entretanto existe um volume maior o que torna mais lento o processo.

"Estamos criando mais 715 agências até 2010, em todo o território nacional, para descentralizar o atendimento. Em 2008, atendemos 295 mil benefícios e aposentadorias por idade. Temos 4 mil pessoas por dia procurando e se aposentando por idade no território nacional

Anónimo disse...

Os bombeiros combatem neste sábado os incêndios na Austrália favorecidos pelo bom tempo, enquanto os deslocados encotram em seu retorno casas derruídas, carros queimados nas ruas e destruição.

Depois de sete dias desde que começaram os incêndios no Estado de Victoria, a lista de mortos chega a 181, os desaparecidos somam 50, os edifícios destruídos totalizam 1,834 mil e o terreno arrasado, principalmente florestas, ocupa uma área de 4,13 mil quilômetros quadrados.

As equipes de bombeiros, formadas por 4 mil profissionais de Victoria, de outras partes da Austrália e de países amigos, combateram hoje 12 focos fora de controle e nenhum representava uma ameaça direta para a população.

O subdiretor do Serviço de Bombeiros, Geoff Conway, disse que este tempo favorável, que se prolongará durante o domingo, permite consolidar as linhas de contenção e avançar na extinção das chamas.

Cinzas apareceram arrastadas por ventos do nordeste sobre Melbourne, onde habitam 3,8 milhões de pessoas, e as autoridades alertaram aos cidadãos do risco para a saúde de idosos, crianças e pessoas com problemas respiratórios.

O número de pessoas deslocadas - a Cruz Vermelha chegou a receber 7 mil - começou a cair com a abertura de algumas localidades atingidas.

Os incêndios, alguns criminosos, começaram em 7 de fevereiro, quando a região sul da Austrália estava há duas semanas sob uma onda de calor sem precedentes.

Na sexta-feira passada, a polícia acusou uma pessoa de ter provocado o incêndio que atingiu a localidade de Churchill e matou 21 pessoas.
16:55
Anónimo disse...
A primeira chuva em seis dias reduziu a ameaça de incêndios no Estado de Victoria, ao sul da Austrália. As autoridades, porém, advertiram que ainda existem 12 focos, mas que nenhum deles ameaça áreas povoadas.

Mais de quatro mil bombeiros, mil provenientes de outras partes do país e de outras nações, trabalham contra o fogo. Cerca de 600 veículos e 28 helicópteros e pequenos aviões estão sendo usados.


Eles conseguiram construir linhas de contenção para evitar os incêndios de Yarra e Maroondah se juntassem. Também foram controlados os incêndios abertos de Yea e Murrindindi, que ameaçavam as comunidades de Connellys Creek, Crystal Creek, Scrubby Creek e Native Dog Creek.

O número de mortos chegou a 181, mas as autoridades acreditam que as vítimas devem passar de 200, já que ainda há muitos desaparecidos.
16:55
Anónimo disse...
Aqui nesta coluna, na semana passada, tive a oportunidade de comentar sobre a recente visita do professor brasileiro Pedrinho Guareschi à Austrália. Não dei, porém, os fatos, pois semana passada o assunto era outro.

Hoje, porém, vamos a eles.

No último dia 4 de fevereiro, aconteceu o Seminário "Paulo Freire: Education and Liberation", organizado pelo centro de estudos latino-americanos da Universidade Nacional da Austrália, ou ANU, como é mais conhecida por aqui.

A ANU, para quem não sabe, está entre as 20 melhores universidades do mundo! E tem sede aqui em Camberra, capital da Austrália.

Na abertura do evento, o professor John Minns, diretor do centro latino-americano, ao dar boas-vindas ao público presente, lembrou ser aquele o primeiro seminário exclusivamente dedicado a Paulo Freire na Austrália.

Em seguida, convidou Pedrinho Guareschi, palestrante principal do Seminário, a fazer sua apresentação.

A plateia pode então conhecer, pelas palavras de Pedrinho, um pouco da obra e da vida de Freire, esse brasileiro de fé e valor, que sempre acreditou na educação, sobretudo dos menos favorecidos, analfabetos, como força libertadora.

Como não podia deixar de ser, os conceitos e ideias revolucionários de Paulo Freire, expostos com clareza por Pedrinho, despertaram o interesse e a curiosidade de plateia. A qual, deve-se notar, era na maioria de estudantes, mas de várias nacionalidades, sobretudo australianos e asiáticos.

Na continuação do programa do seminário, que se estendeu por dois dias, outros professores fizeram palestras sobre temas ligados à obra de Paulo Freire.

Interessante, por exemplo, saber que a professora Anne Hickling-Hudson, jamaicana que mora na Austrália há muitos anos (é professora da ANU), conheceu e trabalhou com Freire num workshop educacional durante a revolução na Ilha de Granada, em 1980, antes da invasão dos Estados Unidos...

Ou, então, a palestra da Professora Gerda Roelvink, da Nova Zelândia, que participou do Fórum Social de Porto Alegre em 2005. E essa participação transformou-se em tema de doutorado.

No dia 10, terça-feira passada, o padre Pedrinho Guareschi voltou a falar ao público australiano em grande auditório localizado no belíssimo campus da ANU. Desta vez, sobre a Teologia da Libertação.

Depois da palestra, John Minns mostrou o filme mexicano "O Crime do Padre Amaro", no qual um dos personagens é um padre católico praticante da Teologia da Libertação.

Mais uma vez, foi grande o intersse da platéia, que pode aprender e conhecer um pouco como se desenvolveu aquele importante movimento católico na América Latina.

Fica, assim, ao Pedrinho, bem como a outros brasileiros estudiosos e de bom coração que saem pelo mundo a divulgar aspectos importantes da cultura brasileira, o respeito e a homenagem desta coluna. E... aquele abraço!
16:57
Anónimo disse...
Amanda Kitts perdeu o braço esquerdo em um acidente de automóvel acontecido três anos atrás, mas hoje em dia ela joga futebol americano com seu filho de 12 anos de idade, troca fraldas e abraça as crianças nas três creches Kiddie Cottage que opera em Knoxville, Tennessee. Kitts, 40 anos, faz tudo isso com a ajuda de um novo tipo de braço artificial que se movimenta com mais facilidade do que outros aparelhos e que ela pode controlar utilizando apenas seus pensamentos.

"Eu sou capaz de mexer a mão, o pulso e o cotovelo ao mesmo tempo", diz. "Você pensa e os músculos se movem em seguida".

A recuperação que ela conseguiu resulta de um novo procedimento que vem atraindo crescente atenção porque permite que pessoas movam braços protéticos de forma mais automática do que faziam no passado, simplesmente utilizando nervos reaproveitados em seus cérebros.

A técnica, conhecida como "renervação muscular dirigida", envolve utilizar os nervos que restam depois da amputação de um braço e conectá-los a outro músculo do corpo, em geral no peito. Eletrodos são instalados sobre os músculos do peito, e operam como se fossem antenas. Quando a pessoa deseja mover o braço, o cérebro envia sinais que primeiro resultam em contração dos músculos do peito, os quais enviam um sinal ao braço protético, instruindo-se a se movimentar. O processo não requer mais esforços consciente do que a pessoa teria de exercitar caso ainda tivesse seu braço natural.

Na terça-feira, pesquisadores reportaram em estudo publicado pela versão online do Journal of the American Medical Association que haviam levado a técnica ainda mais à frente, tornando possível a execução de 10 movimentos de mão, pulso e cotovelo diferentes, o que representa uma substancial melhora com relação ao típico repertório protético, que em geral envolve apenas dobrar o cotovelo, girar o pulso e abrir a mão.

"Os novos métodos tiveram impacto dramático em nosso campo de trabalho", disse Stuart Harshbarger, engenheiro biomédico na Universidade Johns Hopkins e diretor do programa de pesquisa sobre próteses, financiado pelas forças armadas, que inclui o trabalho com essa técnica. "O método já está em uso por médicos e cirurgiões comuns em todo o país. A capacidade de controlar um membro protético bastante robusto que ele confere surpreendeu a todos pela qualidade".

Tipicamente, uma pessoa que tenha um braço protético só é capaz de executar alguns poucos movimentos, e muitas vezes com tamanha lentidão que isso só permite a ela atividades limitadas.

Há um motor separado para cada movimento, diz Gerald Loeb, professor de engenharia biomédica na Universidade do Sul da Califórnia, "e esses motores precisam ser controlados de maneira explícita", usualmente por um esforço consciente da pessoa para contrair músculos nas costas ou no bíceps.

"Essencialmente, até agora os pacientes controlavam apenas um motor de cada vez", diz Loeb, "e precisavam pensar cuidadosamente sobre que motor desejavam controlar e como fazê-lo operar, em lugar de simplesmente pensarem em mover o braço e poderem fazê-lo sem delongas".

Antes que Kitts passasse pelo procedimento de renervação, em outubro de 2007, por exemplo, ela precisava movimentar os músculos de suas costas de determinada maneira para fazer com que seu pulso girasse, e flexionar seu bíceps e tríceps para fazer com que o cotovelo se movesse para cima e para baixo. "Era muito trabalho", ela conta. "E não me ajudava muito".

O procedimento de renervação é parte de uma recente explosão de idéias novas e técnicas inovadoras que estão sendo exploradas enquanto os cientistas se esforçam por ajudar as pessoas a compensar melhor a perda de membros ou problemas de paralisia. O esforço vem sendo alimentado pelo aumento no número de amputações causado por diabetes e por ferimentos sofridos pelos militares, e ao mesmo tempo pelos avanços na tecnologia médica.

Os braços se tornaram um dos focos essenciais desse tipo de trabalho. A ciência há muito vem obtendo sucessos no desenvolvimento de próteses de perna, mas é muito mais difícil imitar a complexidade e a destreza das mãos e dos braços.

Os esforços em curso incluem o desenvolvimento de projetos de pele e braços mais sensíveis e mais flexíveis, e o uso de dispositivos acionados por controles sem fio implantado nos braços protéticos, que permitiriam movimentos mais naturais.

Os pesquisadores também vêm usando sensores implantados nos cérebros de cobaias para permitir que dois macacos controlem um braço mecânico, e um teste com um homem paralítico permitiu, com esse método, que ele movimentasse um cursor em uma tela de computador.

Alguns desses métodos, caso venham a ser aperfeiçoados plenamente e consigam aprovação das autoridades regulatórias da saúde, podem no futuro se tornar mais viáveis para os pacientes de amputações.

E embora a técnica da renervação não requeira aprovação das autoridades regulatórias porque é executada por meios cirúrgicos e emprega aparelhos já existentes, ela apresenta limitações que até mesmo seus criadores reconhecem, entre as quais o fato de que não se pode utilizá-la para todos os pacientes, o seu alto custo e o prazo de meses requerido para que os nervos reconectados cresçam e se tornem efetivos.

Ainda assim, os especialistas dizem que é o mais avançado sistema em uso hoje para pacientes reais que permite que o sistema nervoso controle diretamente o movimento de um braço artificial.

Desde sua introdução por Todd Kuiken, médico fisioterapeuta e engenheiro biomédico do Instituto de Reabilitação de Chicago, o método foi empregado em cerca de 30 pacientes nos Estados Unidos, Canadá e Europa, entre os quais oito soldados feridos no Iraque e no Afeganistão.

Muitos dos pacientes, entre os quais o primeiro, Jesse Sullivan, um operário do setor elétrico no Tennessee que perdeu os dois braços quando foi eletrocutado por um cabo, conseguem não apenas manipular seus braços protéticos mas sentir a presença das mãos que já não têm quando alguém toca em seus peitos.

Sullivan, 62 anos, e Kitts, estavam entre os cinco pacientes que participaram do estudo reportado na terça-feira. Em companhia de cinco outras pessoas que não passaram por amputações, eles receberam os eletrodos e foram instruídos a usar pensamentos para fazer com que um braço virtual na tela reproduzisse 10 movimentos diferentes, entre os quais três formas diferentes de aperto de mão.

Os pacientes apresentaram desempenho bastante respeitável, apenas um pouco mais lento e menos preciso do que os dos participantes que não tinham amputações.

"As velocidades de movimento que encontramos em nossos pacientes foram realmente encorajadoras", disse Kuiken. "Eles conseguiram completar a tarefa. É claro que não foram tão competentes quanto as pessoas dotadas de plena capacidade física, mas foram bons o bastante".

Um braço virtual foi usado porque a maioria das próteses existentes não era capaz de acomodar todos aqueles movimentos, no momento da pesquisa, ainda que Sullivan, Kitts e uma terceira paciente, Claudia Mitchell, tenham experimentado dois novos protótipos mais versáteis de braços artificiais, executando tarefas complexas com bolas de tênis e outros objetos.

O trabalho de renervação em soldados apresenta outros desafios, diz Kuiken, porque os ferimentos militares muitas vezes "causam danos muitos extensos" a nervos, músculos ou ossos.

Daniel Acosta, 25 anos, um aviador ferido pela detonação de uma bomba em uma estrada do Iraque em 2005, passou pelo procedimento no ano passado e diz que seu braço esquerdo protético agora se movimenta "muito mais rápido" e de maneira muito mais natural.

"A diferença é que agora não preciso mais pensar para mover o braço", ele diz. "Ele simplesmente se mexe".

Ainda assim, Acosta, de San Antonio, diz que "o processo foi bastante longo" e que os eletrodos precisam ser ajustados para receber os sinais à medida que os nervos crescem ou mudam de posição.

E embora elogiem o método, os especialistas afirmam que a ciência das próteses de braço ainda tem muito por avançar.

"Trata-se de uma parte crucial, mas ainda assim apenas uma parte, das muitas coisas que compreendem a função normal de um braço", disse Loeb, que escreveu um editorial que acompanha o artigo no Journal of the American Medical Association.

"No momento estamos a meio do caminho entre o braço de 'Dr. Fantástico', que fazia involuntariamente a saudação nazista, e o braço de Luke Skywalker em 'Guerra nas Estrelas', que funciona sem nenhum problema assim que é conectado. Creio que precisaremos ainda de muitos anos para conectar todas as peças necessárias a produzir um braço capaz de funcionar normalmente".
17:04
Anónimo disse...
A Espanha disse neste sábado que está preparando uma reclamação oficial contra a decisão da Venezuela de expulsar um membro do Parlamento Europeu que criticou o conselho eleitoral venezuelano.
Luis Herrero, membro do partido conservador espanhol PP, foi deportado na sexta-feira depois que o Conselho Nacional Eleitoral (CNE) o acusou de questionar a imparcialidade da instituição antes de um referendo que pode permitir ao presidente Hugo Chávez permanecer no cargo indefinidamente.

Herrero estava na Venezuela como observador do referendo. Ele acusou Chávez de ter "comportamentos típicos de um ditador" por pedir a contenção de manifestações da oposição.

O governo da Espanha convocou um encontro com o embaixador da Venezuela em Madri para expressar a desaprovação sobre a expulsão de Herrero, disse um representante do Ministério das Relações Exteriores espanhol.

As relações da Venezuela com a Espanha tiveram seu ponto crítico em 2007, quando Chávez ameaçou rever acordos diplomáticos e comerciais depois de ouvir um "cala a boca" do rei espanhol Juan Carlos durante uma cúpula.

A fenda foi oficialmente reparada em 2008, com uma visita oficial de Chávez à Espanha, onde ele cumprimentou o rei e discutiu acordos para investimento no setor petroquímico com o primeiro-ministro José Luis Rodriguez Zapatero.
17:06
Anónimo disse...
A polícia do Zimbábue anunciou neste sábado que acusa de traição Roy Bennett, dirigente do até agora opositor Movimento para a Mudança Democrática (MDC), detido na sexta-feira, em Harare, poucas horas antes da cerimônia de posse dos membros do novo gabinete.

"A Polícia nos informou que vão apresentar acusações de traição", disse à agência EFE o advogado de defesa de Bennett, Trust Maanda.

"Tentam relacionar Roy com o caso de Mike Hitschmann, que foi detido em 2006 em relação à descoberta de um carregamento de armas, apesar de que Hitschmann não tenha sido declarado culpado das acusações de traição apresentadas contra ele, mas de um crime menor de descumprimento de leis", disse Maanda.

O político opositor, designado por seu partido como vice-ministro de Agricultura no Governo de união nacional, esteve no exílio na vizinha África do Sul desde 2006 e retornou ao Zimbábue há duas semanas.

Segundo a Polícia, que deteve Bennett ontem no aeroporto de Harare quando pretendia ir à África do Sul para visitar sua família, as armas apreendidas em 2006 seriam utilizadas em um golpe de Estado para derrubar o presidente do Zimbábue, Robert Mugabe.

Depois da detenção, Bennet foi levado a Mutar, onde vários simpatizantes do MDC se concentraram em frente à delegacia na qual estava detido, diante do que a Polícia respondeu com tiros para o alto para dispersar os manifestantes.
17:07
Anónimo disse...
Austrália: 14 mil se candidatam a 'emprego dos sonhos'

A secretaria de Turismo de Queensland, na Austrália, informou que até esta segunda-feira já recebeu cerca de 14 mil inscrições para o "o melhor emprego do mundo". O Estado australiano promove pela internet seleção para vaga de "zelador" da ilha Hamilton, por seis meses com um salário de R$ 40 mil.

Muitos candidatos tiveram problemas durante a inscrição por conta dos acessos simultâneos ao site. A secretaria aconselha enviar os vídeos de 60s explicando porque deve ser escolhido em horários alternativos do dia, além de recomendar tamanho em torno de 40MB.

As inscrições começaram em 12 de janeiro e vão até o próximo dia 22 e podem ser feitas pelo site www.islandreefjob.com. O governo australiano escolherá 50 candidatos para a próxima fase da seleção, que terá votos do público para eleger um dos 11 finalistas.

A última fase terá entrevistas e desafios físicos, no próprio local de trabalho: as ilhas da Grande Barreira Coralina - o maior recife de coral do mundo. A secretaria de Turismo anunciará o vencedor no dia 6 de maio.
17:09
Anónimo disse...
Mercado elogia governo na crise, mas pede maior queda no juro

Peter Fussy
Direto de São Paulo

Desde as primeiras medidas anunciadas para combater os efeitos da crise, o governo brasileiro avisou que a estratégia não contemplaria um pacote. Seriam doses pontuais, de acordo com a necessidade da economia diante do agravamento das turbulências. Da primeira liberação dos depósitos compulsórios em setembro até a ampliação do seguro-desemprego na última quarta-feira, o governo passou por redução de impostos, ampliação de crédito e incentivos à exportação. Quase 150 dias após a primeira medida, o Terra conversou com líderes do setor público e privado, representantes dos trabalhadores, acadêmicos e com o próprio governo para saber quais destas ações foram mais eficazes, quais foram mais ineficientes e o que mais pode ser feito pelo Estado brasileiro contra a crise.

Os maiores elogios foram direcionados à atitude de reduzir o Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) para a indústria automobilística, anunciada em dezembro e que fez com que os emplacamentos de carros novos subissem 1,9% no primeiro mês do ano em relação a dezembro de 2008. Já as maiores críticas foram para a lentidão no corte da taxa básica de juro do País.

Para o presidente do conselho administrativo do Grupo Pão de Açúcar, Abílio Diniz, o Estado não é responsável pela crise e mesmo assim está agindo "com extrema serenidade e muito acerto". "O governo está atento, fazendo a sua parte. É preciso coragem de baixar firmemente a taxa de juros. É uma arma que temos a nosso favor, já que não há clima para inflação, nem possibilidade de danos para a macroeconomia", afirmou Diniz.

Na última reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), em janeiro, a taxa Selic foi reduzida em um ponto percentual, de 13,75% para 12,75% ao ano. Porém, o professor de economia da Universidade de Brasília (UnB) José Luiz Oreiro lembra que este corte representa uma redução de apenas 0,25 ponto percentual com relação à taxa de setembro do ano passado, quando a crise se agravou.

"Pouco antes da eclosão da crise, o Banco Central aumentou a taxa em 0,75 ponto. Foram cinco meses de demora para reduzir em termos líquidos apenas 0,25 ponto", afirmou o economista, que também sugeriu redução do intervalo de cerca de 90 dias entre as reuniões do Copom e o corte de pelo menos um 1 ponto percentual em cada reunião.

Mesmo com o corte de janeiro, a taxa de juros real continua sendo a maior do mundo, lembrou o secretário-geral da Força Sindical, João Carlos Gonçalves, o Juruna. "A redução da taxa de juro ainda é pequena, porque ela continua uma das mais altas do mundo. Falta ousadia para baixar os juros e ajudar o cidadão. A permanência da taxa de juro alta é negativa para o País em meio a crise", afirmou Juruna.

Embora aprove as ações do governo, o senador Aloízio Mercadante (PT-SP) também acredita que o patamar da Selic está muito alto. "Sempre fomos os primeiros a entrar em qualquer crise, o que não aconteceu agora. A taxa Selic ainda é muito alta, mas o governo têm tomado medidas acertadas, como o aumento do salário mínimo, mesmo com um cenário de crise. Isso ajuda a movimentar o consumo. O governo está se esforçando para manter os investimentos e o crescimento", disse.

Tributos
De acordo com o economista Fabio Pina, da Fecomercio-SP, as ações mais positivas estão relacionadas à redução de tributos para alguns segmentos, como a indústria automobilística, que recuperou parte da queda nas vendas em janeiro com a isenção do IPI para carros 1.0 l e o corte para demais motorizações. A medida vale até o final de março.

"Essas medidas não só reduziram o preço, mas anteciparam o consumo daqueles que iriam comprar no futuro, dando um prêmio por conta da insegurança. Mexe diretamente com o principal problema que é a confiança do consumidor", afirmou. Juruna destacou que um bom ritmo de vendas é garantia de emprego. "É importante porque cada emprego na montadora significa 19 na cadeia produtiva", comentou o representante da Força Sindical.

Também em dezembro, o governo decidiu cortar pela metade a alíquota do Imposto de Renda para contribuintes que ganham entre R$ 1.434 e R$ 2.150 mensais. "O salário aumentava e a tabela não se modificava. As pessoas ganhavam mais e pagavam mais impostos", apontou Juruna. Outra redução de tributos do governo foi com relação ao Imposto sobre Operações Financeiras (IOF), que caiu de 3% ao ano para 1,5%.

Crédito
Na segunda metade de 2008, o colapso de bancos nos Estados Unidos por conta da crise do subprime provocou uma forte restrição de crédito no mundo inteiro. Uma das primeiras medidas anticrise do governo teve como objetivo restabelecer a oferta, com mudanças no recolhimento dos depósitos compulsórios por parte dos bancos. Segundo o presidente do Banco Central, Henrique Meirelles, as diversas modificações liberaram US$ 99,2 bilhões aos bancos até o final de janeiro.

Além disso, o governo concedeu R$ 36 bilhões das reservas internacionais para empresas brasileiras com dívidas no exterior e uma medida provisória autorizou o Banco do Brasil e a Caixa Econômica Federal a comprar carteiras de crédito de bancos privados. Para o diretor do Departamento de Pesquisas e Estudos Econômicos da Fiesp, Paulo Francini, estas medidas foram essenciais para combater os efeitos da crise.

"A crise se desenvolve no mundo em torno do tema crédito. E o crédito reduziu-se barbaridade no mundo. Então o governo lança mão de compulsório, lança mão de reservas, de medidas que permitem aos bancos comprar carteiras de bancos. Você vai tomando várias medidas para atender às demandas e o epicentro disso é crédito", afirmou.

No entanto, Oreiro, da UnB, adverte que a liberação dos compulsórios seria mais eficiente acompanhada de redução mais agressiva da taxa básica de juro. "Uma parte do crédito voltou, depois da forte retração em outubro e novembro. O que deveria ter sido feito junto à liberação do compulsório era uma redução mais drástica da taxa de juro. Sem isso, os bancos pegam as reservas e acabam comprando títulos públicos", explicou o economista.

Na opinião de Pina, as ações de distribuição de crédito via redução do compulsório e a disposição de capital de giro para empresas foram tomadas sem um cuidado maior na operação e não tiveram muito efeito. "O BNDES tem linhas que ficam paradas quase todo o ano, agora é pior ainda. Existem os recursos, mas as empresas e os bancos estão desconfiados. É preciso fazer com que os bancos tenham interesse em emprestar", afirmou o economista da Fecomercio-SP.

Futuro
Mesmo com todas essas medidas, a crise financeira ainda gera incertezas nos setores produtivos do País. Nos últimos meses, o medo do desemprego fez os consumidores adiarem compras. Por sua vez, a queda nas vendas pode obrigar as indústrias a cortarem a produção e demitir funcionários. Contra isso, empresários sugerem redução de jornada e de salários.

"Isto está previsto em lei. A Fiesp simplesmente manteve conversações com entidades sindicais quanto à aplicação daquilo que já está previsto em lei", afirmou Francini.

Segundo a ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff, uma das medidas que assegura um nível de emprego é a manutenção de investimentos no Programa de Aceleração do Crescimento (PAC). "Estamos esperando que a dificuldade ocorra em janeiro, fevereiro e março. Estamos certos que vamos manter o nível de investimento. É isso que funciona, é isso que significa investimento público. Ele funciona como um colchão. Por isso, nós colocamos R$ 100 bilhões no BNDES e a Petrobras ampliou o seu investimento em R$ 120 bilhões", afirmou.

Na mesma linha, Pina explica que a antecipação de gastos do governo substitui parte da demanda retraída do setor privado. "Ele dá o seguinte recado: não vou estourar as contas públicas, mas concentrar em um momento em que a demanda privada está pequena. Mas o governo não tem fôlego suficiente para fazer o papel de toda demanda", ressaltou. O economista da Fecomercio lembrou que a entidade já pleiteou junto ao governo isenções para transferência de imóveis e de automóveis, além de retirar o IPVA para veículos novos.

Já Oreiro foca suas propostas na capitalização do Banco do Brasil e da Caixa Econômica Federal pelo Tesouro para atender a demanda de crédito para capital de giro e reduzir o spread. "Aumentando o empréstimo e reduzindo as taxas, os dois vão forçar os bancos privados a acompanhar o movimento, até para não perderem participação no mercado", explicou o economista da UnB.

Até o Carnaval, o governou prometeu detalhar um pacote de incentivos para a construção de até um milhão de casas populares, direcionado a famílias com renda de até dez salários mínimos. "Estamos atentos a tudo o que está acontecendo e novas medidas serão tomadas caso haja uma avaliação de que sejam necessárias", disse o ministro da Fazenda, Guido Mantega, na última sexta-feira.
17:11
Anónimo disse...
Ex-ministro critica extensão do seguro-desemprego

Atualizada às 09h03

O ex-ministro do Trabalho Almir Pazzianotto criticou a decisão do governo federal de conceder o seguro-desemprego estendido a apenas alguns setores. "É certamente odioso e provavelmente inconstitucional", disse Pazzianotto, de acordo com o jornal O Estado de S. Paulo.

Na última qurta, dia do anúncio da medida, centrais sindicais elogiaram a atitude do governo. A Força Sindical divulgou nota dizendo que "o aumento ajudará a aquecer parte da economia, já que irá gerar mais consumo, produção e conseqüentemente, a criação de novos postos de trabalho". A União Geral dos Trabalhadores (UGT) afirmou que a medida "contribuirá para minimizar o drama dos trabalhadores que perderem seu emprego por conta da crise".

O ex-ministro, que instituiu o seguro-desemprego no País no governo de José Sarney, destacou a necessidade de as centrais sindicais se manifestarem contra a determinação. Para ele, as mudanças devem ser aplicadas a todas as categorias profissionais e a distinção é contrária ao artigo 3º da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT).

Pazzianotto atribui a medida a um possível temor do governo de que a crise econômica seja longa e não haja dinheiro para atender a todas as necessidades. Ainda assim, ele se mostra contrário ao método de concessão. "O seguro-desemprego ajuda a sanar necessidades básicas. Estendê-lo é paliativo, não a solução", disse ao jornal.

De acordo com o presidente do Conselho Deliberativo do Fundo de Amparo ao Trabalhador (Codefat) e conselheiro da Força Sindical, Luiz Fernando Emediato, a determinação já estava prevista na lei 8.900/94, que trata do seguro-desemprego.

O presidente da Comissão de Trabalho da Câmara, Pedro Fernandes (PTB-MA) vai além na crítica à concessão do seguro para apenas alguns setores. Ele acredita que a ampliação do benefício estimula o desemprego.

Quintino Severo, secretário geral da Central Única dos Trabalhadores (CUT), lembra que a ampliação do benefício sem critério e identificação pode incentivar demissões em outros setores.
17:13
Anónimo disse...
Empresas
TAM faz promoção para destinos internacionais

A companhia aérea TAM anunciou nesta sexta-feira tarifas promocionais para trechos internacionais. Os preços valem para bilhetes comprados entre 6h deste sábado e 23h59 deste domingo e são válidos para classe econômica. As tarifas, para ida e volta, serão vendidas a partir de US$ 99, mais taxas.

Segundo a aérea, a promoção vale para viagens feitas no período de 14 de fevereiro a 18 de junho de 2009. Para destinos na América do Sul, a permanência mínima é de dois dias; para bilhetes com destino nos Estados Unidos, cinco dias; e Europa, sete dias. A permanência máxima para as passagens para América do Sul e EUA é de dois meses e para Europa, três meses.

Entre os exemplos de tarifas promocionais, a TAM oferece São Paulo-Lima por US$ 99. Bilhetes para a rota São Paulo-Santiago serão vendidos a partir de US$ 199 e São Paulo-Nova York, US$ 799.

A emissão dos bilhetes deve ser feita obrigatoriamente no ato da reserva, obedecendo às regras estipuladas pela companhia. A compra está sujeita à disponibilidade de assentos nas classes tarifárias determinadas, trechos, horários e datas. A TAM afirmou que também há tarifas promocionais para a classe executiva.

Mais informações podem ser encontradas no site promocional (www.ofertastam.com.br), no site da empresa (www.tam.com.br) ou pelos telefones 4002-5700 ou 0800 5705700.
17:13
Anónimo disse...
Empresas
Consultoria negocia compra do parque temático Hopi Hari

A consultoria especializada em reestruturação de empresas Íntegra Associados informou nesta sexta-feira ter um acordo para comprar o parque de diversões Hopi Hari, localizado no interior de São Paulo. A empresa estaria disposta a investir R$ 10 milhões no parque, que tem dívida estimada em R$ 800 milhões. As informações são da edição deste sábado do jornal Folha de S. Paulo.

De acordo com o jornal, a transação ainda depende da negociação entre o Hopi Hari e seus credores, o que já estaria em andamento.

A consultoria paulista já atuou junto à Parmalat, durante 30 meses, quando reorganizou a gestão da empresa italiana.

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17:14
Anónimo disse...
Empresas
Disney de Tóquio contratará mais 2 mil apesar da crise


A Oriental Land, o operador da Disneylândia Tóquio e DisneySea, organizou neste domingo entrevistas para contratar cerca de 2 mil trabalhadores em tempo parcial, em um momento de grandes demissões deste tipo de empregados no Japão.

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O operador deste parque temático, situado em Urayasu, na província de Chiba (leste de Tóquio), está em pleno processo de seleção de empregados para 20 tipos de postos trabalhistas diferentes.

Segundo a companhia, citada pela agência local de notícias Kyodo, o parque contratará novos trabalhadores para as atrações, para os restaurantes e guardas de segurança entre outros. Os novos contratados começarão a trabalhar a partir de fevereiro.

O processo de seleção acontece em um momento em que a maioria das grandes companhias japonesas começaram a se ver obrigadas a despedir uma elevada percentagem de seus trabalhadores temporários e a tempo parcial.

Algumas inclusive anunciaram demissões de seus trabalhadores fixos, uma medida muito pouco comum nas companhias japonesas, perante os efeitos piores que o esperado pela crise econômica global.

Cerca de uma centena de pessoas esperavam desde a primeira hora desta manhã a abertura do centro de conferências Tokyo International Forum, onde as entrevistas estão sendo feitas, para ser os primeiros a solicitar os postos de trabalho.


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17:15
Anónimo disse...
Economia Internacional
Senado dos EUA aprova plano de estímulo à economia

O Senado dos Estados Unidos aprovou com 60 votos a favor e 38 contra o plano de estímulo à economia de US$ 787 bilhões na madrugada deste sábado. Agora, ele segue para sanção ou veto do presidente Barack Obama, que espera colocar a lei em prática até o dia 16 de fevereiro.

O plano prevê a criação de três milhões de empregos, inclui cortes de impostos às famílias, fundos para programas sociais e obras públicas, além de ajuda aos governos estaduais, estudantes e desempregados.

A cláusula Buy American - que exige o uso de ferro, aço e produtos manufaturados dos Estados Unidos em obras realizadas com recursos do pacote - ficou de lado. Segundo o texto definitivo, a cláusula será aplicada sem violar as normas do comércio internacional.

Ontem à tarde, a Câmara de Representantes (deputados) havia aprovado, por 246 votos a favor e 183 contra, a versão final do plano. Todos os republicanos foram contrários ao pacote.

Pelo acordo de quarta-feira entre Câmara e Senado, em vez de custar US$ 819 bilhões, como queriam os deputados, ou US$ 838 bilhões como pretendiam os senadores, o pacote ficou em cerca de US$ 787 bilhões, com 65% desse total destinado a gastos do governo federal e 35%, a créditos tributários.
17:16
Anónimo disse...
Economia nacional
Na era Lula, aposentadoria sobe 54% menos que salário mínimo

Thatiane Faria
Especial para o Terra
Direto de São Paulo

Os índices de reajustes concedidos pelo governo em 2009 para aposentados e pensionistas e para o salário mínimo repetiram uma diferença que, só durante o governo de Luiz Inácio Lula da Silva, já chega a 54%. Enquanto o mínimo foi majorado em 12% este ano, as pensões e aposentadorias tiveram aumento de 5,92%. Aposentados que têm o benefício do governo como única fonte de renda reclamam que perdem poder de compra e que sua cesta de compras é composta por itens que aumentam mais em relação à inflação oficial.

Um exemplo prático pode ser entendido a partir da comparação entre um aposentado que ganhava R$ 600 em janeiro de 2003. Na época, o benefício era três vezes, ou 200%, maior que o valor do mínimo em vigência, que era de R$ 200. Aplicando-se os índices de reajuste para aposentadorias e para o mínimo durante os últimos seis anos, o mesmo aposentado estaria recebendo hoje R$ 938,47, comparado a um salário mínimo de R$ 465. A diferença entre os dois valores caiu para pouco mais de 100%.

Enquanto o índice acumulado de reajuste para a aposentadoria durante o governo Lula foi de 60%, para o salário mínimo está em 132%.

O diretor do Sindicato Nacional dos Aposentados, João Inocentini, reclama que os valores dos benefícios para aposentadorias não mantêm o poder de compra do grupo, principalmente dos aposentados que recebem menos que dez salários mínimos.

Nem mesmo o fato de o índice de reajuste das aposentadorias ter ficado acima da inflação acumulada no mesmo período (o IPCA entre janeiro de 2003 e janeiro de 2009 foi de 39,7%) serve de argumento, segundo os aposentados.

"Os idosos, principalmente, têm gastos além das contas gerais como gás, telefone e aluguel. Para eles o custo com remédios, e outros itens da área saúde costuma ser maior", afirmou Inocentini.

O presidente do sindicato afirmou que o grupo realiza um estudo com 100 itens de necessidade de um idoso para comparar o aumento dos produtos com o índice de reajuste do benefício recebido pelos aposentados.

"Daqui dois meses vamos abrir um processo na Justiça e levar essa pesquisa como prova. Segundo a lei, o governo é obrigado a manter o poder de compra com a aposentadoria", disse Inocentini.

Alternativas
O consultor financeiro Cláudio Boriola diz que os aposentados, especialmente nesse momento de crise econômica, devem evitar compras parceladas, pesquisar preços, negociar e fazer bom planejamento financeiro.

Segundo Boriola, alguns aposentados ganham um valor mensal muitas vezes insuficiente para o pagamento das contas e acabam pedindo crédito ou realizando pagamentos a prazo e são obrigados a pagar juros altos.

Na opinião do consultor, pagar uma previdência privada é uma alternativa indicada para quem ainda trabalha, considerando a característica de perda de poder de compra da aposentadoria.

"Na prática, infelizmente os valores encontram-se em um patamar que está deteriorando o poder de aquisição da população brasileira", completou Boriola.

De acordo com o diretor da Confederação Brasileira de Aposentados e Pensionistas (Cobap), Vicente Fernandes Barbosa, representantes dos aposentados tentarão um encontro com o presidente da Câmara, deputado Michel Temer (PMDB-SP), para discutir projetos que minimizem a perda dos aposentados
17:17
Anónimo disse...
Previdência
Previdência prorroga isenção de tarifas no benefício

O atual sistema de pagamento aos 26 milhões de aposentados e pensionistas do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) será mantido até o final deste ano. O acordo, que permite realizar a operação sem nenhum custo aos beneficiários, foi renovado nesta sexta-feira, entre o governo federal e 21 instituições financeiras.

Por meio desse acordo, vigente desde setembro de 2007, nem os segurados, nem os bancos e nem o governo arcam com o pagamento de tarifas, conforme explicou o ministro da Previdência Social, José Pimentel. A prorrogação vale até dezembro, data máxima para que a Previdência defina as regras para um novo contrato.

Ao assinar o termo de renovação, na sede da Federação Brasileira dos Bancos (Febraban), o ministro disse que a intenção do governo é mudar o atual modelo de gestão visando a reduzir os custos dessas operações em torno da folha mensal, que atinge R$ 15,8 bilhões. No entanto, qualquer alteração, conforme explicou, passará antes por audiências públicas a serem realizadas a partir do segundo semestre deste ano, atendendo a determinação do Tribunal de Contas da União (TCU).

De acordo com Pimentel, com um redesenho do mecanismo de repasse dos recursos aos bancos em torno da folha de pagamento dos segurados o que se busca é um aumento da participação de instituições financeiras. Ele informou que, desde 2007, cada benefício custa em média R$ 1,07 ao governo. "Quanto mais instituições financeiras estiverem prestando serviços à sociedade, maior é a competitividade, a agilidade no atendimento", justificou.

O ministro observou, ainda, que, para permitir uma redução para algo em torno de meia hora no tempo de atendimento para a concessão dos direitos previdenciários, o governo investiu R$ 280 milhões.

Questionado sobre o descontentamento dos segurados que ganham acima de um salário mínimo terem obtido apenas a correção com base na variação do Índice de Preços ao Consumidor (INPC) , ficando abaixo do reajuste dado a quem recebe apenas o mínimo, Pimentel argumentou que o governo seguiu o que determina a lei e descartou a possibilidade de uma revisão
17:17
Anónimo disse...
Empresas
Caterpillar oferece aposentadoria antecipada a 2 mil


A companhia americana Caterpillar ofereceu a cerca de dois mil funcionários incentivos para que se aposentem de forma voluntária antes do previsto, pela perspectiva de uma queda "significativa" da atividade industrial, informou nesta quarta-feira a empresa.

A iniciativa, destinada aos trabalhadores de diversas fábricas em Illinois, Colorado, Tennessee e Pensilvânia, se soma aos cortes de empregos anunciados em janeiro, explicou em comunicado de imprensa.

A empresa, a maior fabricante mundial de maquinaria pesada para a construção e a mineração, acrescentou que, "em função das condições de negócio, podem ser necessárias mais reduções de elenco voluntárias e involuntárias à medida que o ano avança".

O vice-presidente da companhia, Sid Banwart, explicou que a empresa prevê "demissões significativas em todas as regiões geográficas e na maioria dos setores devido às dificuldades da economia mundial".
17:18
Anónimo disse...
Comércio
Comércio exterior da OCDE caiu no 3º trimestre de 2008


As exportações e as importações dos países da Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Econômico (OCDE) caíram 1,6% e 0,2%, respectivamente, no terceiro trimestre de 2008, em relação aos três meses anteriores.

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Trata-se da primeira queda destas atividades desde o terceiro trimestre de 2006, segundo o último relatório trimestral sobre fluxos comerciais divulgado pela OCDE.

As exportações e as importações em dólares dos 30 Estados-membros caíram 15,6% e 17%, respectivamente, na comparação anualizada.

Por sua vez, o comércio dos sete países mais ricos do mundo (G7) teve um pequeno crescimento no terceiro trimestre de 2008 com uma queda das exportações de mercadorias de 0,2% em relação ao trimestre anterior e um aumento de 0,4% das importações.

Em termos anualizados, as importações do G7 caíram 1,4% entre julho e setembro do ano passado, seu primeiro retrocesso desde o terceiro trimestre de 2006, enquanto as exportações aumentaram 1,9%, seu crescimento mais baixo no mesmo tempo.

Por países, a Alemanha aumentou suas importações em 3,4% - valor mais alto do G7 -, enquanto suas exportações caíram 2,9% do segundo para o terceiro trimestre de 2008.

Pelo contrário, as exportações americanas aumentaram 1,8% entre julho e setembro de 2008, enquanto as importações caíram 0,7% em relação ao trimestre anterior. No Japão, tanto as importações quanto as exportações caíram em torno de 1% no mesmo período.
17:19
Anónimo disse...
Economia Nacional
Lula: juros de crédito consignado a aposentados são altos

Atualizada às 17h29

O presidente Luis Inácio Lula da Silva afirmou nesta terça-feira, em São Paulo, que está lutando para reduzir as taxas de juros cobradas de aposentados em crédito consignado. A Previdência Social estabelece uma taxa máxima de 2,5% para empréstimo e de 3,5% para cartão. Para Lula, os valores são altos.

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"Acho que o juro que os aposentados estão pagando hoje com o crédito consignado é alto para o padrão brasileiro", disse o presidente durante a cerimônia de comemoração dos 86 anos do INSS.

A Previdência anunciou nesta terça-feira que aposentados e trabalhadoras com licença-maternidade poderão receber seus benefícios em 30 minutos. De acordo com Lula, em junho, a aposentadoria do trabalhador rural também será conseguida em meia hora.

Além disso, o presidente anunciou que, também em junho, os trabalhadores que alcançarem o direito à aposentadoria passarão a receber em suas casas um comunicado da Previdência informando o fato e o valor do salário que têm direito a receber. "É um comprometimento público que estou fazendo com os companheiros da Previdência Social", disse.

"Estamos retribuindo ao contribuinte da Previdência Social aquilo que é a cidadania que ele tem direito", afirmou Lula. "Se para cobrar nós somos tão precisos, para devolver o dinheiro, temos que chegar próximo à perfeição", completou.
17:20
Anónimo disse...
Economia Nacional
Salário maternidade sairá em 30 minutos, diz ministro

Toda trabalhadora autônoma que tiver contribuído pelo menos 10 meses com o Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) - ou as que possuírem carteira assinada - poderão receber em 30 minutos o salário maternidade a partir desta terça-feira. Da mesma forma, as mulheres com 30 anos de contribuição e os homens com 35 anos também terão direito ao benefício de forma mais rápida. A informação é do ministro da Previdência Social, José Pimentel.

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Para requerer o salário maternidade, é preciso que as autônomas levem a carteira de identidade e o carnê de contribuição. As demais trabalhadoras devem apresentar a identificação e a carteira de trabalho. Desde o início do mês, a nova forma de análise para a concessão de benefícios foi adotada para a aposentadoria por idade do trabalhador urbano e agora foi estendida para o salário maternidade e por tempo de contribuição.

O ministro disse que a qualificação do serviço da previdência social é o reconhecimento do direito dos trabalhadores e da afirmação da cidadania.

"Até pouco tempo na cabeça do cidadão o serviço devia ser de péssima qualidade. Agora não, nós modificamos toda a legislação no mês de dezembro numa ação conjunta do Congresso Nacional com o governo federal. Estamos implantando e concedendo os benefícios em até 30 minutos", afirmou.

O ministro destacou que para conseguir se aposentar ou ter acesso à licença maternidade em 30 minutos, em primeiro lugar, é necessário que o cidadão esteja vinculado à Previdência, o que inclui 65% da população acima de 16 anos de idade.

"Depois bastar marcar pelo sistema 135 o dia e a hora do atendimento e levar a documentação. Se todos os dados necessários estiverem corretos o contribuinte será atendido em até 30 minutos, como vem sendo feito com as aposentadorias por idade desde o dia cinco de janeiro", explicou.

Pimentel disse ainda que em 90% das agências da previdência social o atendimento é marcado em até 48 horas. Nos grandes centros, entretanto existe um volume maior o que torna mais lento o processo.

"Estamos criando mais 715 agências até 2010, em todo o território nacional, para descentralizar o atendimento. Em 2008, atendemos 295 mil benefícios e aposentadorias por idade. Temos 4 mil pessoas por dia procurando e se aposentando por idade no território nacional. Este serviço será agilizado", concluiu.
17:21
Anónimo disse...
Giuseppe Englaro, pai de Eluana, a italiana que morreu na segunda-feira passada por desidratação, recusou uma grande soma de dinheiro de um conhecido fotógrafo italiano que queria retratar a filha em estado de coma, disse neste sábado o neurologista que atendia a mulher desde 1996, Carlo Defanti.

O neurologista, que participou hoje de uma conferência sobre eutanásia, disse que Englaro respeitou a vontade da filha, que, antes do acidente, tinha pedido que, se lhe ocorresse qualquer coisa irreversível, apresentasse sua imagem de quando estava em boas condições.

Antes de sofrer o acidente de trânsito, em 1992, Eluana viveu o coma de um amigo, Alessandro, o que causou forte impacto na italiana e a levou a fazer o pai prometer que não a deixasse viver em estado vegetativo, disse o próprio Giuseppe Englaro.

Defanti, que dissera que Eluana poderia viver de dez a 12 dias depois da suspensão da alimentação e da hidratação, disse que, como médico, tinha que reprovar esta afirmação.

"Não se pode sobreviver após três ou quatro dias sem líquido e, em particular, água em um corpo. Sabemos bem que, quando há um terremoto, após quatro dias é difícil encontrar sobreviventes".

Defanti ressaltou que Eluana "não falava, não se comunicava com o exterior" e que, após vários exames, "nos deparamos com uma moça que tinha perdido a consciência", porque estava com o córtex cerebral prejudicado.

Eluana foi enterrada na quinta-feira passada no túmulo da família na localidade de Paluzza, em Udine, após um funeral que não contou com a presença dos pais.

16:53
Anónimo disse...
Os bombeiros combatem neste sábado os incêndios na Austrália favorecidos pelo bom tempo, enquanto os deslocados encotram em seu retorno casas derruídas, carros queimados nas ruas e destruição.

Depois de sete dias desde que começaram os incêndios no Estado de Victoria, a lista de mortos chega a 181, os desaparecidos somam 50, os edifícios destruídos totalizam 1,834 mil e o terreno arrasado, principalmente florestas, ocupa uma área de 4,13 mil quilômetros quadrados.

As equipes de bombeiros, formadas por 4 mil profissionais de Victoria, de outras partes da Austrália e de países amigos, combateram hoje 12 focos fora de controle e nenhum representava uma ameaça direta para a população.

O subdiretor do Serviço de Bombeiros, Geoff Conway, disse que este tempo favorável, que se prolongará durante o domingo, permite consolidar as linhas de contenção e avançar na extinção das chamas.

Cinzas apareceram arrastadas por ventos do nordeste sobre Melbourne, onde habitam 3,8 milhões de pessoas, e as autoridades alertaram aos cidadãos do risco para a saúde de idosos, crianças e pessoas com problemas respiratórios.

O número de pessoas deslocadas - a Cruz Vermelha chegou a receber 7 mil - começou a cair com a abertura de algumas localidades atingidas.

Os incêndios, alguns criminosos, começaram em 7 de fevereiro, quando a região sul da Austrália estava há duas semanas sob uma onda de calor sem precedentes.

Na sexta-feira passada, a polícia acusou uma pessoa de ter provocado o incêndio que atingiu a localidade de Churchill e matou 21 pessoas.

16:55
Anónimo disse...
A primeira chuva em seis dias reduziu a ameaça de incêndios no Estado de Victoria, ao sul da Austrália. As autoridades, porém, advertiram que ainda existem 12 focos, mas que nenhum deles ameaça áreas povoadas.

Mais de quatro mil bombeiros, mil provenientes de outras partes do país e de outras nações, trabalham contra o fogo. Cerca de 600 veículos e 28 helicópteros e pequenos aviões estão sendo usados.


Eles conseguiram construir linhas de contenção para evitar os incêndios de Yarra e Maroondah se juntassem. Também foram controlados os incêndios abertos de Yea e Murrindindi, que ameaçavam as comunidades de Connellys Creek, Crystal Creek, Scrubby Creek e Native Dog Creek.

O número de mortos chegou a 181, mas as autoridades acreditam que as vítimas devem passar de 200, já que ainda há muitos desaparecidos.

16:55
Anónimo disse...
Aqui nesta coluna, na semana passada, tive a oportunidade de comentar sobre a recente visita do professor brasileiro Pedrinho Guareschi à Austrália. Não dei, porém, os fatos, pois semana passada o assunto era outro.

Hoje, porém, vamos a eles.

No último dia 4 de fevereiro, aconteceu o Seminário "Paulo Freire: Education and Liberation", organizado pelo centro de estudos latino-americanos da Universidade Nacional da Austrália, ou ANU, como é mais conhecida por aqui.

A ANU, para quem não sabe, está entre as 20 melhores universidades do mundo! E tem sede aqui em Camberra, capital da Austrália.

Na abertura do evento, o professor John Minns, diretor do centro latino-americano, ao dar boas-vindas ao público presente, lembrou ser aquele o primeiro seminário exclusivamente dedicado a Paulo Freire na Austrália.

Em seguida, convidou Pedrinho Guareschi, palestrante principal do Seminário, a fazer sua apresentação.

A plateia pode então conhecer, pelas palavras de Pedrinho, um pouco da obra e da vida de Freire, esse brasileiro de fé e valor, que sempre acreditou na educação, sobretudo dos menos favorecidos, analfabetos, como força libertadora.

Como não podia deixar de ser, os conceitos e ideias revolucionários de Paulo Freire, expostos com clareza por Pedrinho, despertaram o interesse e a curiosidade de plateia. A qual, deve-se notar, era na maioria de estudantes, mas de várias nacionalidades, sobretudo australianos e asiáticos.

Na continuação do programa do seminário, que se estendeu por dois dias, outros professores fizeram palestras sobre temas ligados à obra de Paulo Freire.

Interessante, por exemplo, saber que a professora Anne Hickling-Hudson, jamaicana que mora na Austrália há muitos anos (é professora da ANU), conheceu e trabalhou com Freire num workshop educacional durante a revolução na Ilha de Granada, em 1980, antes da invasão dos Estados Unidos...

Ou, então, a palestra da Professora Gerda Roelvink, da Nova Zelândia, que participou do Fórum Social de Porto Alegre em 2005. E essa participação transformou-se em tema de doutorado.

No dia 10, terça-feira passada, o padre Pedrinho Guareschi voltou a falar ao público australiano em grande auditório localizado no belíssimo campus da ANU. Desta vez, sobre a Teologia da Libertação.

Depois da palestra, John Minns mostrou o filme mexicano "O Crime do Padre Amaro", no qual um dos personagens é um padre católico praticante da Teologia da Libertação.

Mais uma vez, foi grande o intersse da platéia, que pode aprender e conhecer um pouco como se desenvolveu aquele importante movimento católico na América Latina.

Fica, assim, ao Pedrinho, bem como a outros brasileiros estudiosos e de bom coração que saem pelo mundo a divulgar aspectos importantes da cultura brasileira, o respeito e a homenagem desta coluna. E... aquele abraço!

16:57
Anónimo disse...
Amanda Kitts perdeu o braço esquerdo em um acidente de automóvel acontecido três anos atrás, mas hoje em dia ela joga futebol americano com seu filho de 12 anos de idade, troca fraldas e abraça as crianças nas três creches Kiddie Cottage que opera em Knoxville, Tennessee. Kitts, 40 anos, faz tudo isso com a ajuda de um novo tipo de braço artificial que se movimenta com mais facilidade do que outros aparelhos e que ela pode controlar utilizando apenas seus pensamentos.

"Eu sou capaz de mexer a mão, o pulso e o cotovelo ao mesmo tempo", diz. "Você pensa e os músculos se movem em seguida".

A recuperação que ela conseguiu resulta de um novo procedimento que vem atraindo crescente atenção porque permite que pessoas movam braços protéticos de forma mais automática do que faziam no passado, simplesmente utilizando nervos reaproveitados em seus cérebros.

A técnica, conhecida como "renervação muscular dirigida", envolve utilizar os nervos que restam depois da amputação de um braço e conectá-los a outro músculo do corpo, em geral no peito. Eletrodos são instalados sobre os músculos do peito, e operam como se fossem antenas. Quando a pessoa deseja mover o braço, o cérebro envia sinais que primeiro resultam em contração dos músculos do peito, os quais enviam um sinal ao braço protético, instruindo-se a se movimentar. O processo não requer mais esforços consciente do que a pessoa teria de exercitar caso ainda tivesse seu braço natural.

Na terça-feira, pesquisadores reportaram em estudo publicado pela versão online do Journal of the American Medical Association que haviam levado a técnica ainda mais à frente, tornando possível a execução de 10 movimentos de mão, pulso e cotovelo diferentes, o que representa uma substancial melhora com relação ao típico repertório protético, que em geral envolve apenas dobrar o cotovelo, girar o pulso e abrir a mão.

"Os novos métodos tiveram impacto dramático em nosso campo de trabalho", disse Stuart Harshbarger, engenheiro biomédico na Universidade Johns Hopkins e diretor do programa de pesquisa sobre próteses, financiado pelas forças armadas, que inclui o trabalho com essa técnica. "O método já está em uso por médicos e cirurgiões comuns em todo o país. A capacidade de controlar um membro protético bastante robusto que ele confere surpreendeu a todos pela qualidade".

Tipicamente, uma pessoa que tenha um braço protético só é capaz de executar alguns poucos movimentos, e muitas vezes com tamanha lentidão que isso só permite a ela atividades limitadas.

Há um motor separado para cada movimento, diz Gerald Loeb, professor de engenharia biomédica na Universidade do Sul da Califórnia, "e esses motores precisam ser controlados de maneira explícita", usualmente por um esforço consciente da pessoa para contrair músculos nas costas ou no bíceps.

"Essencialmente, até agora os pacientes controlavam apenas um motor de cada vez", diz Loeb, "e precisavam pensar cuidadosamente sobre que motor desejavam controlar e como fazê-lo operar, em lugar de simplesmente pensarem em mover o braço e poderem fazê-lo sem delongas".

Antes que Kitts passasse pelo procedimento de renervação, em outubro de 2007, por exemplo, ela precisava movimentar os músculos de suas costas de determinada maneira para fazer com que seu pulso girasse, e flexionar seu bíceps e tríceps para fazer com que o cotovelo se movesse para cima e para baixo. "Era muito trabalho", ela conta. "E não me ajudava muito".

O procedimento de renervação é parte de uma recente explosão de idéias novas e técnicas inovadoras que estão sendo exploradas enquanto os cientistas se esforçam por ajudar as pessoas a compensar melhor a perda de membros ou problemas de paralisia. O esforço vem sendo alimentado pelo aumento no número de amputações causado por diabetes e por ferimentos sofridos pelos militares, e ao mesmo tempo pelos avanços na tecnologia médica.

Os braços se tornaram um dos focos essenciais desse tipo de trabalho. A ciência há muito vem obtendo sucessos no desenvolvimento de próteses de perna, mas é muito mais difícil imitar a complexidade e a destreza das mãos e dos braços.

Os esforços em curso incluem o desenvolvimento de projetos de pele e braços mais sensíveis e mais flexíveis, e o uso de dispositivos acionados por controles sem fio implantado nos braços protéticos, que permitiriam movimentos mais naturais.

Os pesquisadores também vêm usando sensores implantados nos cérebros de cobaias para permitir que dois macacos controlem um braço mecânico, e um teste com um homem paralítico permitiu, com esse método, que ele movimentasse um cursor em uma tela de computador.

Alguns desses métodos, caso venham a ser aperfeiçoados plenamente e consigam aprovação das autoridades regulatórias da saúde, podem no futuro se tornar mais viáveis para os pacientes de amputações.

E embora a técnica da renervação não requeira aprovação das autoridades regulatórias porque é executada por meios cirúrgicos e emprega aparelhos já existentes, ela apresenta limitações que até mesmo seus criadores reconhecem, entre as quais o fato de que não se pode utilizá-la para todos os pacientes, o seu alto custo e o prazo de meses requerido para que os nervos reconectados cresçam e se tornem efetivos.

Ainda assim, os especialistas dizem que é o mais avançado sistema em uso hoje para pacientes reais que permite que o sistema nervoso controle diretamente o movimento de um braço artificial.

Desde sua introdução por Todd Kuiken, médico fisioterapeuta e engenheiro biomédico do Instituto de Reabilitação de Chicago, o método foi empregado em cerca de 30 pacientes nos Estados Unidos, Canadá e Europa, entre os quais oito soldados feridos no Iraque e no Afeganistão.

Muitos dos pacientes, entre os quais o primeiro, Jesse Sullivan, um operário do setor elétrico no Tennessee que perdeu os dois braços quando foi eletrocutado por um cabo, conseguem não apenas manipular seus braços protéticos mas sentir a presença das mãos que já não têm quando alguém toca em seus peitos.

Sullivan, 62 anos, e Kitts, estavam entre os cinco pacientes que participaram do estudo reportado na terça-feira. Em companhia de cinco outras pessoas que não passaram por amputações, eles receberam os eletrodos e foram instruídos a usar pensamentos para fazer com que um braço virtual na tela reproduzisse 10 movimentos diferentes, entre os quais três formas diferentes de aperto de mão.

Os pacientes apresentaram desempenho bastante respeitável, apenas um pouco mais lento e menos preciso do que os dos participantes que não tinham amputações.

"As velocidades de movimento que encontramos em nossos pacientes foram realmente encorajadoras", disse Kuiken. "Eles conseguiram completar a tarefa. É claro que não foram tão competentes quanto as pessoas dotadas de plena capacidade física, mas foram bons o bastante".

Um braço virtual foi usado porque a maioria das próteses existentes não era capaz de acomodar todos aqueles movimentos, no momento da pesquisa, ainda que Sullivan, Kitts e uma terceira paciente, Claudia Mitchell, tenham experimentado dois novos protótipos mais versáteis de braços artificiais, executando tarefas complexas com bolas de tênis e outros objetos.

O trabalho de renervação em soldados apresenta outros desafios, diz Kuiken, porque os ferimentos militares muitas vezes "causam danos muitos extensos" a nervos, músculos ou ossos.

Daniel Acosta, 25 anos, um aviador ferido pela detonação de uma bomba em uma estrada do Iraque em 2005, passou pelo procedimento no ano passado e diz que seu braço esquerdo protético agora se movimenta "muito mais rápido" e de maneira muito mais natural.

"A diferença é que agora não preciso mais pensar para mover o braço", ele diz. "Ele simplesmente se mexe".

Ainda assim, Acosta, de San Antonio, diz que "o processo foi bastante longo" e que os eletrodos precisam ser ajustados para receber os sinais à medida que os nervos crescem ou mudam de posição.

E embora elogiem o método, os especialistas afirmam que a ciência das próteses de braço ainda tem muito por avançar.

"Trata-se de uma parte crucial, mas ainda assim apenas uma parte, das muitas coisas que compreendem a função normal de um braço", disse Loeb, que escreveu um editorial que acompanha o artigo no Journal of the American Medical Association.

"No momento estamos a meio do caminho entre o braço de 'Dr. Fantástico', que fazia involuntariamente a saudação nazista, e o braço de Luke Skywalker em 'Guerra nas Estrelas', que funciona sem nenhum problema assim que é conectado. Creio que precisaremos ainda de muitos anos para conectar todas as peças necessárias a produzir um braço capaz de funcionar normalmente".

17:04
Anónimo disse...
A Espanha disse neste sábado que está preparando uma reclamação oficial contra a decisão da Venezuela de expulsar um membro do Parlamento Europeu que criticou o conselho eleitoral venezuelano.
Luis Herrero, membro do partido conservador espanhol PP, foi deportado na sexta-feira depois que o Conselho Nacional Eleitoral (CNE) o acusou de questionar a imparcialidade da instituição antes de um referendo que pode permitir ao presidente Hugo Chávez permanecer no cargo indefinidamente.

Herrero estava na Venezuela como observador do referendo. Ele acusou Chávez de ter "comportamentos típicos de um ditador" por pedir a contenção de manifestações da oposição.

O governo da Espanha convocou um encontro com o embaixador da Venezuela em Madri para expressar a desaprovação sobre a expulsão de Herrero, disse um representante do Ministério das Relações Exteriores espanhol.

As relações da Venezuela com a Espanha tiveram seu ponto crítico em 2007, quando Chávez ameaçou rever acordos diplomáticos e comerciais depois de ouvir um "cala a boca" do rei espanhol Juan Carlos durante uma cúpula.

A fenda foi oficialmente reparada em 2008, com uma visita oficial de Chávez à Espanha, onde ele cumprimentou o rei e discutiu acordos para investimento no setor petroquímico com o primeiro-ministro José Luis Rodriguez Zapatero.

17:06
Anónimo disse...
A polícia do Zimbábue anunciou neste sábado que acusa de traição Roy Bennett, dirigente do até agora opositor Movimento para a Mudança Democrática (MDC), detido na sexta-feira, em Harare, poucas horas antes da cerimônia de posse dos membros do novo gabinete.

"A Polícia nos informou que vão apresentar acusações de traição", disse à agência EFE o advogado de defesa de Bennett, Trust Maanda.

"Tentam relacionar Roy com o caso de Mike Hitschmann, que foi detido em 2006 em relação à descoberta de um carregamento de armas, apesar de que Hitschmann não tenha sido declarado culpado das acusações de traição apresentadas contra ele, mas de um crime menor de descumprimento de leis", disse Maanda.

O político opositor, designado por seu partido como vice-ministro de Agricultura no Governo de união nacional, esteve no exílio na vizinha África do Sul desde 2006 e retornou ao Zimbábue há duas semanas.

Segundo a Polícia, que deteve Bennett ontem no aeroporto de Harare quando pretendia ir à África do Sul para visitar sua família, as armas apreendidas em 2006 seriam utilizadas em um golpe de Estado para derrubar o presidente do Zimbábue, Robert Mugabe.

Depois da detenção, Bennet foi levado a Mutar, onde vários simpatizantes do MDC se concentraram em frente à delegacia na qual estava detido, diante do que a Polícia respondeu com tiros para o alto para dispersar os manifestantes.

17:07
Anónimo disse...
Austrália: 14 mil se candidatam a 'emprego dos sonhos'

A secretaria de Turismo de Queensland, na Austrália, informou que até esta segunda-feira já recebeu cerca de 14 mil inscrições para o "o melhor emprego do mundo". O Estado australiano promove pela internet seleção para vaga de "zelador" da ilha Hamilton, por seis meses com um salário de R$ 40 mil.

Muitos candidatos tiveram problemas durante a inscrição por conta dos acessos simultâneos ao site. A secretaria aconselha enviar os vídeos de 60s explicando porque deve ser escolhido em horários alternativos do dia, além de recomendar tamanho em torno de 40MB.

As inscrições começaram em 12 de janeiro e vão até o próximo dia 22 e podem ser feitas pelo site www.islandreefjob.com. O governo australiano escolherá 50 candidatos para a próxima fase da seleção, que terá votos do público para eleger um dos 11 finalistas.

A última fase terá entrevistas e desafios físicos, no próprio local de trabalho: as ilhas da Grande Barreira Coralina - o maior recife de coral do mundo. A secretaria de Turismo anunciará o vencedor no dia 6 de maio.

17:09
Anónimo disse...
Mercado elogia governo na crise, mas pede maior queda no juro

Peter Fussy
Direto de São Paulo

Desde as primeiras medidas anunciadas para combater os efeitos da crise, o governo brasileiro avisou que a estratégia não contemplaria um pacote. Seriam doses pontuais, de acordo com a necessidade da economia diante do agravamento das turbulências. Da primeira liberação dos depósitos compulsórios em setembro até a ampliação do seguro-desemprego na última quarta-feira, o governo passou por redução de impostos, ampliação de crédito e incentivos à exportação. Quase 150 dias após a primeira medida, o Terra conversou com líderes do setor público e privado, representantes dos trabalhadores, acadêmicos e com o próprio governo para saber quais destas ações foram mais eficazes, quais foram mais ineficientes e o que mais pode ser feito pelo Estado brasileiro contra a crise.

Os maiores elogios foram direcionados à atitude de reduzir o Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) para a indústria automobilística, anunciada em dezembro e que fez com que os emplacamentos de carros novos subissem 1,9% no primeiro mês do ano em relação a dezembro de 2008. Já as maiores críticas foram para a lentidão no corte da taxa básica de juro do País.

Para o presidente do conselho administrativo do Grupo Pão de Açúcar, Abílio Diniz, o Estado não é responsável pela crise e mesmo assim está agindo "com extrema serenidade e muito acerto". "O governo está atento, fazendo a sua parte. É preciso coragem de baixar firmemente a taxa de juros. É uma arma que temos a nosso favor, já que não há clima para inflação, nem possibilidade de danos para a macroeconomia", afirmou Diniz.

Na última reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), em janeiro, a taxa Selic foi reduzida em um ponto percentual, de 13,75% para 12,75% ao ano. Porém, o professor de economia da Universidade de Brasília (UnB) José Luiz Oreiro lembra que este corte representa uma redução de apenas 0,25 ponto percentual com relação à taxa de setembro do ano passado, quando a crise se agravou.

"Pouco antes da eclosão da crise, o Banco Central aumentou a taxa em 0,75 ponto. Foram cinco meses de demora para reduzir em termos líquidos apenas 0,25 ponto", afirmou o economista, que também sugeriu redução do intervalo de cerca de 90 dias entre as reuniões do Copom e o corte de pelo menos um 1 ponto percentual em cada reunião.

Mesmo com o corte de janeiro, a taxa de juros real continua sendo a maior do mundo, lembrou o secretário-geral da Força Sindical, João Carlos Gonçalves, o Juruna. "A redução da taxa de juro ainda é pequena, porque ela continua uma das mais altas do mundo. Falta ousadia para baixar os juros e ajudar o cidadão. A permanência da taxa de juro alta é negativa para o País em meio a crise", afirmou Juruna.

Embora aprove as ações do governo, o senador Aloízio Mercadante (PT-SP) também acredita que o patamar da Selic está muito alto. "Sempre fomos os primeiros a entrar em qualquer crise, o que não aconteceu agora. A taxa Selic ainda é muito alta, mas o governo têm tomado medidas acertadas, como o aumento do salário mínimo, mesmo com um cenário de crise. Isso ajuda a movimentar o consumo. O governo está se esforçando para manter os investimentos e o crescimento", disse.

Tributos
De acordo com o economista Fabio Pina, da Fecomercio-SP, as ações mais positivas estão relacionadas à redução de tributos para alguns segmentos, como a indústria automobilística, que recuperou parte da queda nas vendas em janeiro com a isenção do IPI para carros 1.0 l e o corte para demais motorizações. A medida vale até o final de março.

"Essas medidas não só reduziram o preço, mas anteciparam o consumo daqueles que iriam comprar no futuro, dando um prêmio por conta da insegurança. Mexe diretamente com o principal problema que é a confiança do consumidor", afirmou. Juruna destacou que um bom ritmo de vendas é garantia de emprego. "É importante porque cada emprego na montadora significa 19 na cadeia produtiva", comentou o representante da Força Sindical.

Também em dezembro, o governo decidiu cortar pela metade a alíquota do Imposto de Renda para contribuintes que ganham entre R$ 1.434 e R$ 2.150 mensais. "O salário aumentava e a tabela não se modificava. As pessoas ganhavam mais e pagavam mais impostos", apontou Juruna. Outra redução de tributos do governo foi com relação ao Imposto sobre Operações Financeiras (IOF), que caiu de 3% ao ano para 1,5%.

Crédito
Na segunda metade de 2008, o colapso de bancos nos Estados Unidos por conta da crise do subprime provocou uma forte restrição de crédito no mundo inteiro. Uma das primeiras medidas anticrise do governo teve como objetivo restabelecer a oferta, com mudanças no recolhimento dos depósitos compulsórios por parte dos bancos. Segundo o presidente do Banco Central, Henrique Meirelles, as diversas modificações liberaram US$ 99,2 bilhões aos bancos até o final de janeiro.

Além disso, o governo concedeu R$ 36 bilhões das reservas internacionais para empresas brasileiras com dívidas no exterior e uma medida provisória autorizou o Banco do Brasil e a Caixa Econômica Federal a comprar carteiras de crédito de bancos privados. Para o diretor do Departamento de Pesquisas e Estudos Econômicos da Fiesp, Paulo Francini, estas medidas foram essenciais para combater os efeitos da crise.

"A crise se desenvolve no mundo em torno do tema crédito. E o crédito reduziu-se barbaridade no mundo. Então o governo lança mão de compulsório, lança mão de reservas, de medidas que permitem aos bancos comprar carteiras de bancos. Você vai tomando várias medidas para atender às demandas e o epicentro disso é crédito", afirmou.

No entanto, Oreiro, da UnB, adverte que a liberação dos compulsórios seria mais eficiente acompanhada de redução mais agressiva da taxa básica de juro. "Uma parte do crédito voltou, depois da forte retração em outubro e novembro. O que deveria ter sido feito junto à liberação do compulsório era uma redução mais drástica da taxa de juro. Sem isso, os bancos pegam as reservas e acabam comprando títulos públicos", explicou o economista.

Na opinião de Pina, as ações de distribuição de crédito via redução do compulsório e a disposição de capital de giro para empresas foram tomadas sem um cuidado maior na operação e não tiveram muito efeito. "O BNDES tem linhas que ficam paradas quase todo o ano, agora é pior ainda. Existem os recursos, mas as empresas e os bancos estão desconfiados. É preciso fazer com que os bancos tenham interesse em emprestar", afirmou o economista da Fecomercio-SP.

Futuro
Mesmo com todas essas medidas, a crise financeira ainda gera incertezas nos setores produtivos do País. Nos últimos meses, o medo do desemprego fez os consumidores adiarem compras. Por sua vez, a queda nas vendas pode obrigar as indústrias a cortarem a produção e demitir funcionários. Contra isso, empresários sugerem redução de jornada e de salários.

"Isto está previsto em lei. A Fiesp simplesmente manteve conversações com entidades sindicais quanto à aplicação daquilo que já está previsto em lei", afirmou Francini.

Segundo a ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff, uma das medidas que assegura um nível de emprego é a manutenção de investimentos no Programa de Aceleração do Crescimento (PAC). "Estamos esperando que a dificuldade ocorra em janeiro, fevereiro e março. Estamos certos que vamos manter o nível de investimento. É isso que funciona, é isso que significa investimento público. Ele funciona como um colchão. Por isso, nós colocamos R$ 100 bilhões no BNDES e a Petrobras ampliou o seu investimento em R$ 120 bilhões", afirmou.

Na mesma linha, Pina explica que a antecipação de gastos do governo substitui parte da demanda retraída do setor privado. "Ele dá o seguinte recado: não vou estourar as contas públicas, mas concentrar em um momento em que a demanda privada está pequena. Mas o governo não tem fôlego suficiente para fazer o papel de toda demanda", ressaltou. O economista da Fecomercio lembrou que a entidade já pleiteou junto ao governo isenções para transferência de imóveis e de automóveis, além de retirar o IPVA para veículos novos.

Já Oreiro foca suas propostas na capitalização do Banco do Brasil e da Caixa Econômica Federal pelo Tesouro para atender a demanda de crédito para capital de giro e reduzir o spread. "Aumentando o empréstimo e reduzindo as taxas, os dois vão forçar os bancos privados a acompanhar o movimento, até para não perderem participação no mercado", explicou o economista da UnB.

Até o Carnaval, o governou prometeu detalhar um pacote de incentivos para a construção de até um milhão de casas populares, direcionado a famílias com renda de até dez salários mínimos. "Estamos atentos a tudo o que está acontecendo e novas medidas serão tomadas caso haja uma avaliação de que sejam necessárias", disse o ministro da Fazenda, Guido Mantega, na última sexta-feira.

17:11
Anónimo disse...
Ex-ministro critica extensão do seguro-desemprego

Atualizada às 09h03

O ex-ministro do Trabalho Almir Pazzianotto criticou a decisão do governo federal de conceder o seguro-desemprego estendido a apenas alguns setores. "É certamente odioso e provavelmente inconstitucional", disse Pazzianotto, de acordo com o jornal O Estado de S. Paulo.

Na última qurta, dia do anúncio da medida, centrais sindicais elogiaram a atitude do governo. A Força Sindical divulgou nota dizendo que "o aumento ajudará a aquecer parte da economia, já que irá gerar mais consumo, produção e conseqüentemente, a criação de novos postos de trabalho". A União Geral dos Trabalhadores (UGT) afirmou que a medida "contribuirá para minimizar o drama dos trabalhadores que perderem seu emprego por conta da crise".

O ex-ministro, que instituiu o seguro-desemprego no País no governo de José Sarney, destacou a necessidade de as centrais sindicais se manifestarem contra a determinação. Para ele, as mudanças devem ser aplicadas a todas as categorias profissionais e a distinção é contrária ao artigo 3º da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT).

Pazzianotto atribui a medida a um possível temor do governo de que a crise econômica seja longa e não haja dinheiro para atender a todas as necessidades. Ainda assim, ele se mostra contrário ao método de concessão. "O seguro-desemprego ajuda a sanar necessidades básicas. Estendê-lo é paliativo, não a solução", disse ao jornal.

De acordo com o presidente do Conselho Deliberativo do Fundo de Amparo ao Trabalhador (Codefat) e conselheiro da Força Sindical, Luiz Fernando Emediato, a determinação já estava prevista na lei 8.900/94, que trata do seguro-desemprego.

O presidente da Comissão de Trabalho da Câmara, Pedro Fernandes (PTB-MA) vai além na crítica à concessão do seguro para apenas alguns setores. Ele acredita que a ampliação do benefício estimula o desemprego.

Quintino Severo, secretário geral da Central Única dos Trabalhadores (CUT), lembra que a ampliação do benefício sem critério e identificação pode incentivar demissões em outros setores.

17:13
Anónimo disse...
Empresas
TAM faz promoção para destinos internacionais

A companhia aérea TAM anunciou nesta sexta-feira tarifas promocionais para trechos internacionais. Os preços valem para bilhetes comprados entre 6h deste sábado e 23h59 deste domingo e são válidos para classe econômica. As tarifas, para ida e volta, serão vendidas a partir de US$ 99, mais taxas.

Segundo a aérea, a promoção vale para viagens feitas no período de 14 de fevereiro a 18 de junho de 2009. Para destinos na América do Sul, a permanência mínima é de dois dias; para bilhetes com destino nos Estados Unidos, cinco dias; e Europa, sete dias. A permanência máxima para as passagens para América do Sul e EUA é de dois meses e para Europa, três meses.

Entre os exemplos de tarifas promocionais, a TAM oferece São Paulo-Lima por US$ 99. Bilhetes para a rota São Paulo-Santiago serão vendidos a partir de US$ 199 e São Paulo-Nova York, US$ 799.

A emissão dos bilhetes deve ser feita obrigatoriamente no ato da reserva, obedecendo às regras estipuladas pela companhia. A compra está sujeita à disponibilidade de assentos nas classes tarifárias determinadas, trechos, horários e datas. A TAM afirmou que também há tarifas promocionais para a classe executiva.

Mais informações podem ser encontradas no site promocional (www.ofertastam.com.br), no site da empresa (www.tam.com.br) ou pelos telefones 4002-5700 ou 0800 5705700.

17:13
Anónimo disse...
Empresas
Consultoria negocia compra do parque temático Hopi Hari

A consultoria especializada em reestruturação de empresas Íntegra Associados informou nesta sexta-feira ter um acordo para comprar o parque de diversões Hopi Hari, localizado no interior de São Paulo. A empresa estaria disposta a investir R$ 10 milhões no parque, que tem dívida estimada em R$ 800 milhões. As informações são da edição deste sábado do jornal Folha de S. Paulo.

De acordo com o jornal, a transação ainda depende da negociação entre o Hopi Hari e seus credores, o que já estaria em andamento.

A consultoria paulista já atuou junto à Parmalat, durante 30 meses, quando reorganizou a gestão da empresa italiana.

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17:14
Anónimo disse...
Empresas
Disney de Tóquio contratará mais 2 mil apesar da crise


A Oriental Land, o operador da Disneylândia Tóquio e DisneySea, organizou neste domingo entrevistas para contratar cerca de 2 mil trabalhadores em tempo parcial, em um momento de grandes demissões deste tipo de empregados no Japão.

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O operador deste parque temático, situado em Urayasu, na província de Chiba (leste de Tóquio), está em pleno processo de seleção de empregados para 20 tipos de postos trabalhistas diferentes.

Segundo a companhia, citada pela agência local de notícias Kyodo, o parque contratará novos trabalhadores para as atrações, para os restaurantes e guardas de segurança entre outros. Os novos contratados começarão a trabalhar a partir de fevereiro.

O processo de seleção acontece em um momento em que a maioria das grandes companhias japonesas começaram a se ver obrigadas a despedir uma elevada percentagem de seus trabalhadores temporários e a tempo parcial.

Algumas inclusive anunciaram demissões de seus trabalhadores fixos, uma medida muito pouco comum nas companhias japonesas, perante os efeitos piores que o esperado pela crise econômica global.

Cerca de uma centena de pessoas esperavam desde a primeira hora desta manhã a abertura do centro de conferências Tokyo International Forum, onde as entrevistas estão sendo feitas, para ser os primeiros a solicitar os postos de trabalho.


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17:15
Anónimo disse...
Economia Internacional
Senado dos EUA aprova plano de estímulo à economia

O Senado dos Estados Unidos aprovou com 60 votos a favor e 38 contra o plano de estímulo à economia de US$ 787 bilhões na madrugada deste sábado. Agora, ele segue para sanção ou veto do presidente Barack Obama, que espera colocar a lei em prática até o dia 16 de fevereiro.

O plano prevê a criação de três milhões de empregos, inclui cortes de impostos às famílias, fundos para programas sociais e obras públicas, além de ajuda aos governos estaduais, estudantes e desempregados.

A cláusula Buy American - que exige o uso de ferro, aço e produtos manufaturados dos Estados Unidos em obras realizadas com recursos do pacote - ficou de lado. Segundo o texto definitivo, a cláusula será aplicada sem violar as normas do comércio internacional.

Ontem à tarde, a Câmara de Representantes (deputados) havia aprovado, por 246 votos a favor e 183 contra, a versão final do plano. Todos os republicanos foram contrários ao pacote.

Pelo acordo de quarta-feira entre Câmara e Senado, em vez de custar US$ 819 bilhões, como queriam os deputados, ou US$ 838 bilhões como pretendiam os senadores, o pacote ficou em cerca de US$ 787 bilhões, com 65% desse total destinado a gastos do governo federal e 35%, a créditos tributários.

17:16
Anónimo disse...
Economia nacional
Na era Lula, aposentadoria sobe 54% menos que salário mínimo

Thatiane Faria
Especial para o Terra
Direto de São Paulo

Os índices de reajustes concedidos pelo governo em 2009 para aposentados e pensionistas e para o salário mínimo repetiram uma diferença que, só durante o governo de Luiz Inácio Lula da Silva, já chega a 54%. Enquanto o mínimo foi majorado em 12% este ano, as pensões e aposentadorias tiveram aumento de 5,92%. Aposentados que têm o benefício do governo como única fonte de renda reclamam que perdem poder de compra e que sua cesta de compras é composta por itens que aumentam mais em relação à inflação oficial.

Um exemplo prático pode ser entendido a partir da comparação entre um aposentado que ganhava R$ 600 em janeiro de 2003. Na época, o benefício era três vezes, ou 200%, maior que o valor do mínimo em vigência, que era de R$ 200. Aplicando-se os índices de reajuste para aposentadorias e para o mínimo durante os últimos seis anos, o mesmo aposentado estaria recebendo hoje R$ 938,47, comparado a um salário mínimo de R$ 465. A diferença entre os dois valores caiu para pouco mais de 100%.

Enquanto o índice acumulado de reajuste para a aposentadoria durante o governo Lula foi de 60%, para o salário mínimo está em 132%.

O diretor do Sindicato Nacional dos Aposentados, João Inocentini, reclama que os valores dos benefícios para aposentadorias não mantêm o poder de compra do grupo, principalmente dos aposentados que recebem menos que dez salários mínimos.

Nem mesmo o fato de o índice de reajuste das aposentadorias ter ficado acima da inflação acumulada no mesmo período (o IPCA entre janeiro de 2003 e janeiro de 2009 foi de 39,7%) serve de argumento, segundo os aposentados.

"Os idosos, principalmente, têm gastos além das contas gerais como gás, telefone e aluguel. Para eles o custo com remédios, e outros itens da área saúde costuma ser maior", afirmou Inocentini.

O presidente do sindicato afirmou que o grupo realiza um estudo com 100 itens de necessidade de um idoso para comparar o aumento dos produtos com o índice de reajuste do benefício recebido pelos aposentados.

"Daqui dois meses vamos abrir um processo na Justiça e levar essa pesquisa como prova. Segundo a lei, o governo é obrigado a manter o poder de compra com a aposentadoria", disse Inocentini.

Alternativas
O consultor financeiro Cláudio Boriola diz que os aposentados, especialmente nesse momento de crise econômica, devem evitar compras parceladas, pesquisar preços, negociar e fazer bom planejamento financeiro.

Segundo Boriola, alguns aposentados ganham um valor mensal muitas vezes insuficiente para o pagamento das contas e acabam pedindo crédito ou realizando pagamentos a prazo e são obrigados a pagar juros altos.

Na opinião do consultor, pagar uma previdência privada é uma alternativa indicada para quem ainda trabalha, considerando a característica de perda de poder de compra da aposentadoria.

"Na prática, infelizmente os valores encontram-se em um patamar que está deteriorando o poder de aquisição da população brasileira", completou Boriola.

De acordo com o diretor da Confederação Brasileira de Aposentados e Pensionistas (Cobap), Vicente Fernandes Barbosa, representantes dos aposentados tentarão um encontro com o presidente da Câmara, deputado Michel Temer (PMDB-SP), para discutir projetos que minimizem a perda dos aposentados

17:17
Anónimo disse...
Previdência
Previdência prorroga isenção de tarifas no benefício

O atual sistema de pagamento aos 26 milhões de aposentados e pensionistas do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) será mantido até o final deste ano. O acordo, que permite realizar a operação sem nenhum custo aos beneficiários, foi renovado nesta sexta-feira, entre o governo federal e 21 instituições financeiras.

Por meio desse acordo, vigente desde setembro de 2007, nem os segurados, nem os bancos e nem o governo arcam com o pagamento de tarifas, conforme explicou o ministro da Previdência Social, José Pimentel. A prorrogação vale até dezembro, data máxima para que a Previdência defina as regras para um novo contrato.

Ao assinar o termo de renovação, na sede da Federação Brasileira dos Bancos (Febraban), o ministro disse que a intenção do governo é mudar o atual modelo de gestão visando a reduzir os custos dessas operações em torno da folha mensal, que atinge R$ 15,8 bilhões. No entanto, qualquer alteração, conforme explicou, passará antes por audiências públicas a serem realizadas a partir do segundo semestre deste ano, atendendo a determinação do Tribunal de Contas da União (TCU).

De acordo com Pimentel, com um redesenho do mecanismo de repasse dos recursos aos bancos em torno da folha de pagamento dos segurados o que se busca é um aumento da participação de instituições financeiras. Ele informou que, desde 2007, cada benefício custa em média R$ 1,07 ao governo. "Quanto mais instituições financeiras estiverem prestando serviços à sociedade, maior é a competitividade, a agilidade no atendimento", justificou.

O ministro observou, ainda, que, para permitir uma redução para algo em torno de meia hora no tempo de atendimento para a concessão dos direitos previdenciários, o governo investiu R$ 280 milhões.

Questionado sobre o descontentamento dos segurados que ganham acima de um salário mínimo terem obtido apenas a correção com base na variação do Índice de Preços ao Consumidor (INPC) , ficando abaixo do reajuste dado a quem recebe apenas o mínimo, Pimentel argumentou que o governo seguiu o que determina a lei e descartou a possibilidade de uma revisão

17:17
Anónimo disse...
Empresas
Caterpillar oferece aposentadoria antecipada a 2 mil


A companhia americana Caterpillar ofereceu a cerca de dois mil funcionários incentivos para que se aposentem de forma voluntária antes do previsto, pela perspectiva de uma queda "significativa" da atividade industrial, informou nesta quarta-feira a empresa.

A iniciativa, destinada aos trabalhadores de diversas fábricas em Illinois, Colorado, Tennessee e Pensilvânia, se soma aos cortes de empregos anunciados em janeiro, explicou em comunicado de imprensa.

A empresa, a maior fabricante mundial de maquinaria pesada para a construção e a mineração, acrescentou que, "em função das condições de negócio, podem ser necessárias mais reduções de elenco voluntárias e involuntárias à medida que o ano avança".

O vice-presidente da companhia, Sid Banwart, explicou que a empresa prevê "demissões significativas em todas as regiões geográficas e na maioria dos setores devido às dificuldades da economia mundial".

17:18
Anónimo disse...
Comércio
Comércio exterior da OCDE caiu no 3º trimestre de 2008


As exportações e as importações dos países da Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Econômico (OCDE) caíram 1,6% e 0,2%, respectivamente, no terceiro trimestre de 2008, em relação aos três meses anteriores.

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Trata-se da primeira queda destas atividades desde o terceiro trimestre de 2006, segundo o último relatório trimestral sobre fluxos comerciais divulgado pela OCDE.

As exportações e as importações em dólares dos 30 Estados-membros caíram 15,6% e 17%, respectivamente, na comparação anualizada.

Por sua vez, o comércio dos sete países mais ricos do mundo (G7) teve um pequeno crescimento no terceiro trimestre de 2008 com uma queda das exportações de mercadorias de 0,2% em relação ao trimestre anterior e um aumento de 0,4% das importações.

Em termos anualizados, as importações do G7 caíram 1,4% entre julho e setembro do ano passado, seu primeiro retrocesso desde o terceiro trimestre de 2006, enquanto as exportações aumentaram 1,9%, seu crescimento mais baixo no mesmo tempo.

Por países, a Alemanha aumentou suas importações em 3,4% - valor mais alto do G7 -, enquanto suas exportações caíram 2,9% do segundo para o terceiro trimestre de 2008.

Pelo contrário, as exportações americanas aumentaram 1,8% entre julho e setembro de 2008, enquanto as importações caíram 0,7% em relação ao trimestre anterior. No Japão, tanto as importações quanto as exportações caíram em torno de 1% no mesmo período.

17:19
Anónimo disse...
Economia Nacional
Lula: juros de crédito consignado a aposentados são altos

Atualizada às 17h29

O presidente Luis Inácio Lula da Silva afirmou nesta terça-feira, em São Paulo, que está lutando para reduzir as taxas de juros cobradas de aposentados em crédito consignado. A Previdência Social estabelece uma taxa máxima de 2,5% para empréstimo e de 3,5% para cartão. Para Lula, os valores são altos.

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"Acho que o juro que os aposentados estão pagando hoje com o crédito consignado é alto para o padrão brasileiro", disse o presidente durante a cerimônia de comemoração dos 86 anos do INSS.

A Previdência anunciou nesta terça-feira que aposentados e trabalhadoras com licença-maternidade poderão receber seus benefícios em 30 minutos. De acordo com Lula, em junho, a aposentadoria do trabalhador rural também será conseguida em meia hora.

Além disso, o presidente anunciou que, também em junho, os trabalhadores que alcançarem o direito à aposentadoria passarão a receber em suas casas um comunicado da Previdência informando o fato e o valor do salário que têm direito a receber. "É um comprometimento público que estou fazendo com os companheiros da Previdência Social", disse.

"Estamos retribuindo ao contribuinte da Previdência Social aquilo que é a cidadania que ele tem direito", afirmou Lula. "Se para cobrar nós somos tão precisos, para devolver o dinheiro, temos que chegar próximo à perfeição", completou.

17:20
Anónimo disse...
Economia Nacional
Salário maternidade sairá em 30 minutos, diz ministro

Toda trabalhadora autônoma que tiver contribuído pelo menos 10 meses com o Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) - ou as que possuírem carteira assinada - poderão receber em 30 minutos o salário maternidade a partir desta terça-feira. Da mesma forma, as mulheres com 30 anos de contribuição e os homens com 35 anos também terão direito ao benefício de forma mais rápida. A informação é do ministro da Previdência Social, José Pimentel.

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Para requerer o salário maternidade, é preciso que as autônomas levem a carteira de identidade e o carnê de contribuição. As demais trabalhadoras devem apresentar a identificação e a carteira de trabalho. Desde o início do mês, a nova forma de análise para a concessão de benefícios foi adotada para a aposentadoria por idade do trabalhador urbano e agora foi estendida para o salário maternidade e por tempo de contribuição.

O ministro disse que a qualificação do serviço da previdência social é o reconhecimento do direito dos trabalhadores e da afirmação da cidadania.

"Até pouco tempo na cabeça do cidadão o serviço devia ser de péssima qualidade. Agora não, nós modificamos toda a legislação no mês de dezembro numa ação conjunta do Congresso Nacional com o governo federal. Estamos implantando e concedendo os benefícios em até 30 minutos", afirmou.

O ministro destacou que para conseguir se aposentar ou ter acesso à licença maternidade em 30 minutos, em primeiro lugar, é necessário que o cidadão esteja vinculado à Previdência, o que inclui 65% da população acima de 16 anos de idade.

"Depois bastar marcar pelo sistema 135 o dia e a hora do atendimento e levar a documentação. Se todos os dados necessários estiverem corretos o contribuinte será atendido em até 30 minutos, como vem sendo feito com as aposentadorias por idade desde o dia cinco de janeiro", explicou.

Pimentel disse ainda que em 90% das agências da previdência social o atendimento é marcado em até 48 horas. Nos grandes centros, entretanto existe um volume maior o que torna mais lento o processo.

"Estamos criando mais 715 agências até 2010, em todo o território nacional, para descentralizar o atendimento. Em 2008, atendemos 295 mil benefícios e aposentadorias por idade. Temos 4 mil pessoas por dia procurando e se aposentando por idade no território nacional. Este serviço será agilizado", concluiu.
17:25
Anónimo disse...
Giuseppe Englaro, pai de Eluana, a italiana que morreu na segunda-feira passada por desidratação, recusou uma grande soma de dinheiro de um conhecido fotógrafo italiano que queria retratar a filha em estado de coma, disse neste sábado o neurologista que atendia a mulher desde 1996, Carlo Defanti.

O neurologista, que participou hoje de uma conferência sobre eutanásia, disse que Englaro respeitou a vontade da filha, que, antes do acidente, tinha pedido que, se lhe ocorresse qualquer coisa irreversível, apresentasse sua imagem de quando estava em boas condições.

Antes de sofrer o acidente de trânsito, em 1992, Eluana viveu o coma de um amigo, Alessandro, o que causou forte impacto na italiana e a levou a fazer o pai prometer que não a deixasse viver em estado vegetativo, disse o próprio Giuseppe Englaro.

Defanti, que dissera que Eluana poderia viver de dez a 12 dias depois da suspensão da alimentação e da hidratação, disse que, como médico, tinha que reprovar esta afirmação.

"Não se pode sobreviver após três ou quatro dias sem líquido e, em particular, água em um corpo. Sabemos bem que, quando há um terremoto, após quatro dias é difícil encontrar sobreviventes".

Defanti ressaltou que Eluana "não falava, não se comunicava com o exterior" e que, após vários exames, "nos deparamos com uma moça que tinha perdido a consciência", porque estava com o córtex cerebral prejudicado.

Eluana foi enterrada na quinta-feira passada no túmulo da família na localidade de Paluzza, em Udine, após um funeral que não contou com a presença dos pais.

16:53
Anónimo disse...
Os bombeiros combatem neste sábado os incêndios na Austrália favorecidos pelo bom tempo, enquanto os deslocados encotram em seu retorno casas derruídas, carros queimados nas ruas e destruição.

Depois de sete dias desde que começaram os incêndios no Estado de Victoria, a lista de mortos chega a 181, os desaparecidos somam 50, os edifícios destruídos totalizam 1,834 mil e o terreno arrasado, principalmente florestas, ocupa uma área de 4,13 mil quilômetros quadrados.

As equipes de bombeiros, formadas por 4 mil profissionais de Victoria, de outras partes da Austrália e de países amigos, combateram hoje 12 focos fora de controle e nenhum representava uma ameaça direta para a população.

O subdiretor do Serviço de Bombeiros, Geoff Conway, disse que este tempo favorável, que se prolongará durante o domingo, permite consolidar as linhas de contenção e avançar na extinção das chamas.

Cinzas apareceram arrastadas por ventos do nordeste sobre Melbourne, onde habitam 3,8 milhões de pessoas, e as autoridades alertaram aos cidadãos do risco para a saúde de idosos, crianças e pessoas com problemas respiratórios.

O número de pessoas deslocadas - a Cruz Vermelha chegou a receber 7 mil - começou a cair com a abertura de algumas localidades atingidas.

Os incêndios, alguns criminosos, começaram em 7 de fevereiro, quando a região sul da Austrália estava há duas semanas sob uma onda de calor sem precedentes.

Na sexta-feira passada, a polícia acusou uma pessoa de ter provocado o incêndio que atingiu a localidade de Churchill e matou 21 pessoas.

16:55
Anónimo disse...
A primeira chuva em seis dias reduziu a ameaça de incêndios no Estado de Victoria, ao sul da Austrália. As autoridades, porém, advertiram que ainda existem 12 focos, mas que nenhum deles ameaça áreas povoadas.

Mais de quatro mil bombeiros, mil provenientes de outras partes do país e de outras nações, trabalham contra o fogo. Cerca de 600 veículos e 28 helicópteros e pequenos aviões estão sendo usados.


Eles conseguiram construir linhas de contenção para evitar os incêndios de Yarra e Maroondah se juntassem. Também foram controlados os incêndios abertos de Yea e Murrindindi, que ameaçavam as comunidades de Connellys Creek, Crystal Creek, Scrubby Creek e Native Dog Creek.

O número de mortos chegou a 181, mas as autoridades acreditam que as vítimas devem passar de 200, já que ainda há muitos desaparecidos.

16:55
Anónimo disse...
Aqui nesta coluna, na semana passada, tive a oportunidade de comentar sobre a recente visita do professor brasileiro Pedrinho Guareschi à Austrália. Não dei, porém, os fatos, pois semana passada o assunto era outro.

Hoje, porém, vamos a eles.

No último dia 4 de fevereiro, aconteceu o Seminário "Paulo Freire: Education and Liberation", organizado pelo centro de estudos latino-americanos da Universidade Nacional da Austrália, ou ANU, como é mais conhecida por aqui.

A ANU, para quem não sabe, está entre as 20 melhores universidades do mundo! E tem sede aqui em Camberra, capital da Austrália.

Na abertura do evento, o professor John Minns, diretor do centro latino-americano, ao dar boas-vindas ao público presente, lembrou ser aquele o primeiro seminário exclusivamente dedicado a Paulo Freire na Austrália.

Em seguida, convidou Pedrinho Guareschi, palestrante principal do Seminário, a fazer sua apresentação.

A plateia pode então conhecer, pelas palavras de Pedrinho, um pouco da obra e da vida de Freire, esse brasileiro de fé e valor, que sempre acreditou na educação, sobretudo dos menos favorecidos, analfabetos, como força libertadora.

Como não podia deixar de ser, os conceitos e ideias revolucionários de Paulo Freire, expostos com clareza por Pedrinho, despertaram o interesse e a curiosidade de plateia. A qual, deve-se notar, era na maioria de estudantes, mas de várias nacionalidades, sobretudo australianos e asiáticos.

Na continuação do programa do seminário, que se estendeu por dois dias, outros professores fizeram palestras sobre temas ligados à obra de Paulo Freire.

Interessante, por exemplo, saber que a professora Anne Hickling-Hudson, jamaicana que mora na Austrália há muitos anos (é professora da ANU), conheceu e trabalhou com Freire num workshop educacional durante a revolução na Ilha de Granada, em 1980, antes da invasão dos Estados Unidos...

Ou, então, a palestra da Professora Gerda Roelvink, da Nova Zelândia, que participou do Fórum Social de Porto Alegre em 2005. E essa participação transformou-se em tema de doutorado.

No dia 10, terça-feira passada, o padre Pedrinho Guareschi voltou a falar ao público australiano em grande auditório localizado no belíssimo campus da ANU. Desta vez, sobre a Teologia da Libertação.

Depois da palestra, John Minns mostrou o filme mexicano "O Crime do Padre Amaro", no qual um dos personagens é um padre católico praticante da Teologia da Libertação.

Mais uma vez, foi grande o intersse da platéia, que pode aprender e conhecer um pouco como se desenvolveu aquele importante movimento católico na América Latina.

Fica, assim, ao Pedrinho, bem como a outros brasileiros estudiosos e de bom coração que saem pelo mundo a divulgar aspectos importantes da cultura brasileira, o respeito e a homenagem desta coluna. E... aquele abraço!

16:57
Anónimo disse...
Amanda Kitts perdeu o braço esquerdo em um acidente de automóvel acontecido três anos atrás, mas hoje em dia ela joga futebol americano com seu filho de 12 anos de idade, troca fraldas e abraça as crianças nas três creches Kiddie Cottage que opera em Knoxville, Tennessee. Kitts, 40 anos, faz tudo isso com a ajuda de um novo tipo de braço artificial que se movimenta com mais facilidade do que outros aparelhos e que ela pode controlar utilizando apenas seus pensamentos.

"Eu sou capaz de mexer a mão, o pulso e o cotovelo ao mesmo tempo", diz. "Você pensa e os músculos se movem em seguida".

A recuperação que ela conseguiu resulta de um novo procedimento que vem atraindo crescente atenção porque permite que pessoas movam braços protéticos de forma mais automática do que faziam no passado, simplesmente utilizando nervos reaproveitados em seus cérebros.

A técnica, conhecida como "renervação muscular dirigida", envolve utilizar os nervos que restam depois da amputação de um braço e conectá-los a outro músculo do corpo, em geral no peito. Eletrodos são instalados sobre os músculos do peito, e operam como se fossem antenas. Quando a pessoa deseja mover o braço, o cérebro envia sinais que primeiro resultam em contração dos músculos do peito, os quais enviam um sinal ao braço protético, instruindo-se a se movimentar. O processo não requer mais esforços consciente do que a pessoa teria de exercitar caso ainda tivesse seu braço natural.

Na terça-feira, pesquisadores reportaram em estudo publicado pela versão online do Journal of the American Medical Association que haviam levado a técnica ainda mais à frente, tornando possível a execução de 10 movimentos de mão, pulso e cotovelo diferentes, o que representa uma substancial melhora com relação ao típico repertório protético, que em geral envolve apenas dobrar o cotovelo, girar o pulso e abrir a mão.

"Os novos métodos tiveram impacto dramático em nosso campo de trabalho", disse Stuart Harshbarger, engenheiro biomédico na Universidade Johns Hopkins e diretor do programa de pesquisa sobre próteses, financiado pelas forças armadas, que inclui o trabalho com essa técnica. "O método já está em uso por médicos e cirurgiões comuns em todo o país. A capacidade de controlar um membro protético bastante robusto que ele confere surpreendeu a todos pela qualidade".

Tipicamente, uma pessoa que tenha um braço protético só é capaz de executar alguns poucos movimentos, e muitas vezes com tamanha lentidão que isso só permite a ela atividades limitadas.

Há um motor separado para cada movimento, diz Gerald Loeb, professor de engenharia biomédica na Universidade do Sul da Califórnia, "e esses motores precisam ser controlados de maneira explícita", usualmente por um esforço consciente da pessoa para contrair músculos nas costas ou no bíceps.

"Essencialmente, até agora os pacientes controlavam apenas um motor de cada vez", diz Loeb, "e precisavam pensar cuidadosamente sobre que motor desejavam controlar e como fazê-lo operar, em lugar de simplesmente pensarem em mover o braço e poderem fazê-lo sem delongas".

Antes que Kitts passasse pelo procedimento de renervação, em outubro de 2007, por exemplo, ela precisava movimentar os músculos de suas costas de determinada maneira para fazer com que seu pulso girasse, e flexionar seu bíceps e tríceps para fazer com que o cotovelo se movesse para cima e para baixo. "Era muito trabalho", ela conta. "E não me ajudava muito".

O procedimento de renervação é parte de uma recente explosão de idéias novas e técnicas inovadoras que estão sendo exploradas enquanto os cientistas se esforçam por ajudar as pessoas a compensar melhor a perda de membros ou problemas de paralisia. O esforço vem sendo alimentado pelo aumento no número de amputações causado por diabetes e por ferimentos sofridos pelos militares, e ao mesmo tempo pelos avanços na tecnologia médica.

Os braços se tornaram um dos focos essenciais desse tipo de trabalho. A ciência há muito vem obtendo sucessos no desenvolvimento de próteses de perna, mas é muito mais difícil imitar a complexidade e a destreza das mãos e dos braços.

Os esforços em curso incluem o desenvolvimento de projetos de pele e braços mais sensíveis e mais flexíveis, e o uso de dispositivos acionados por controles sem fio implantado nos braços protéticos, que permitiriam movimentos mais naturais.

Os pesquisadores também vêm usando sensores implantados nos cérebros de cobaias para permitir que dois macacos controlem um braço mecânico, e um teste com um homem paralítico permitiu, com esse método, que ele movimentasse um cursor em uma tela de computador.

Alguns desses métodos, caso venham a ser aperfeiçoados plenamente e consigam aprovação das autoridades regulatórias da saúde, podem no futuro se tornar mais viáveis para os pacientes de amputações.

E embora a técnica da renervação não requeira aprovação das autoridades regulatórias porque é executada por meios cirúrgicos e emprega aparelhos já existentes, ela apresenta limitações que até mesmo seus criadores reconhecem, entre as quais o fato de que não se pode utilizá-la para todos os pacientes, o seu alto custo e o prazo de meses requerido para que os nervos reconectados cresçam e se tornem efetivos.

Ainda assim, os especialistas dizem que é o mais avançado sistema em uso hoje para pacientes reais que permite que o sistema nervoso controle diretamente o movimento de um braço artificial.

Desde sua introdução por Todd Kuiken, médico fisioterapeuta e engenheiro biomédico do Instituto de Reabilitação de Chicago, o método foi empregado em cerca de 30 pacientes nos Estados Unidos, Canadá e Europa, entre os quais oito soldados feridos no Iraque e no Afeganistão.

Muitos dos pacientes, entre os quais o primeiro, Jesse Sullivan, um operário do setor elétrico no Tennessee que perdeu os dois braços quando foi eletrocutado por um cabo, conseguem não apenas manipular seus braços protéticos mas sentir a presença das mãos que já não têm quando alguém toca em seus peitos.

Sullivan, 62 anos, e Kitts, estavam entre os cinco pacientes que participaram do estudo reportado na terça-feira. Em companhia de cinco outras pessoas que não passaram por amputações, eles receberam os eletrodos e foram instruídos a usar pensamentos para fazer com que um braço virtual na tela reproduzisse 10 movimentos diferentes, entre os quais três formas diferentes de aperto de mão.

Os pacientes apresentaram desempenho bastante respeitável, apenas um pouco mais lento e menos preciso do que os dos participantes que não tinham amputações.

"As velocidades de movimento que encontramos em nossos pacientes foram realmente encorajadoras", disse Kuiken. "Eles conseguiram completar a tarefa. É claro que não foram tão competentes quanto as pessoas dotadas de plena capacidade física, mas foram bons o bastante".

Um braço virtual foi usado porque a maioria das próteses existentes não era capaz de acomodar todos aqueles movimentos, no momento da pesquisa, ainda que Sullivan, Kitts e uma terceira paciente, Claudia Mitchell, tenham experimentado dois novos protótipos mais versáteis de braços artificiais, executando tarefas complexas com bolas de tênis e outros objetos.

O trabalho de renervação em soldados apresenta outros desafios, diz Kuiken, porque os ferimentos militares muitas vezes "causam danos muitos extensos" a nervos, músculos ou ossos.

Daniel Acosta, 25 anos, um aviador ferido pela detonação de uma bomba em uma estrada do Iraque em 2005, passou pelo procedimento no ano passado e diz que seu braço esquerdo protético agora se movimenta "muito mais rápido" e de maneira muito mais natural.

"A diferença é que agora não preciso mais pensar para mover o braço", ele diz. "Ele simplesmente se mexe".

Ainda assim, Acosta, de San Antonio, diz que "o processo foi bastante longo" e que os eletrodos precisam ser ajustados para receber os sinais à medida que os nervos crescem ou mudam de posição.

E embora elogiem o método, os especialistas afirmam que a ciência das próteses de braço ainda tem muito por avançar.

"Trata-se de uma parte crucial, mas ainda assim apenas uma parte, das muitas coisas que compreendem a função normal de um braço", disse Loeb, que escreveu um editorial que acompanha o artigo no Journal of the American Medical Association.

"No momento estamos a meio do caminho entre o braço de 'Dr. Fantástico', que fazia involuntariamente a saudação nazista, e o braço de Luke Skywalker em 'Guerra nas Estrelas', que funciona sem nenhum problema assim que é conectado. Creio que precisaremos ainda de muitos anos para conectar todas as peças necessárias a produzir um braço capaz de funcionar normalmente".

17:04
Anónimo disse...
A Espanha disse neste sábado que está preparando uma reclamação oficial contra a decisão da Venezuela de expulsar um membro do Parlamento Europeu que criticou o conselho eleitoral venezuelano.
Luis Herrero, membro do partido conservador espanhol PP, foi deportado na sexta-feira depois que o Conselho Nacional Eleitoral (CNE) o acusou de questionar a imparcialidade da instituição antes de um referendo que pode permitir ao presidente Hugo Chávez permanecer no cargo indefinidamente.

Herrero estava na Venezuela como observador do referendo. Ele acusou Chávez de ter "comportamentos típicos de um ditador" por pedir a contenção de manifestações da oposição.

O governo da Espanha convocou um encontro com o embaixador da Venezuela em Madri para expressar a desaprovação sobre a expulsão de Herrero, disse um representante do Ministério das Relações Exteriores espanhol.

As relações da Venezuela com a Espanha tiveram seu ponto crítico em 2007, quando Chávez ameaçou rever acordos diplomáticos e comerciais depois de ouvir um "cala a boca" do rei espanhol Juan Carlos durante uma cúpula.

A fenda foi oficialmente reparada em 2008, com uma visita oficial de Chávez à Espanha, onde ele cumprimentou o rei e discutiu acordos para investimento no setor petroquímico com o primeiro-ministro José Luis Rodriguez Zapatero.

17:06
Anónimo disse...
A polícia do Zimbábue anunciou neste sábado que acusa de traição Roy Bennett, dirigente do até agora opositor Movimento para a Mudança Democrática (MDC), detido na sexta-feira, em Harare, poucas horas antes da cerimônia de posse dos membros do novo gabinete.

"A Polícia nos informou que vão apresentar acusações de traição", disse à agência EFE o advogado de defesa de Bennett, Trust Maanda.

"Tentam relacionar Roy com o caso de Mike Hitschmann, que foi detido em 2006 em relação à descoberta de um carregamento de armas, apesar de que Hitschmann não tenha sido declarado culpado das acusações de traição apresentadas contra ele, mas de um crime menor de descumprimento de leis", disse Maanda.

O político opositor, designado por seu partido como vice-ministro de Agricultura no Governo de união nacional, esteve no exílio na vizinha África do Sul desde 2006 e retornou ao Zimbábue há duas semanas.

Segundo a Polícia, que deteve Bennett ontem no aeroporto de Harare quando pretendia ir à África do Sul para visitar sua família, as armas apreendidas em 2006 seriam utilizadas em um golpe de Estado para derrubar o presidente do Zimbábue, Robert Mugabe.

Depois da detenção, Bennet foi levado a Mutar, onde vários simpatizantes do MDC se concentraram em frente à delegacia na qual estava detido, diante do que a Polícia respondeu com tiros para o alto para dispersar os manifestantes.

17:07
Anónimo disse...
Austrália: 14 mil se candidatam a 'emprego dos sonhos'

A secretaria de Turismo de Queensland, na Austrália, informou que até esta segunda-feira já recebeu cerca de 14 mil inscrições para o "o melhor emprego do mundo". O Estado australiano promove pela internet seleção para vaga de "zelador" da ilha Hamilton, por seis meses com um salário de R$ 40 mil.

Muitos candidatos tiveram problemas durante a inscrição por conta dos acessos simultâneos ao site. A secretaria aconselha enviar os vídeos de 60s explicando porque deve ser escolhido em horários alternativos do dia, além de recomendar tamanho em torno de 40MB.

As inscrições começaram em 12 de janeiro e vão até o próximo dia 22 e podem ser feitas pelo site www.islandreefjob.com. O governo australiano escolherá 50 candidatos para a próxima fase da seleção, que terá votos do público para eleger um dos 11 finalistas.

A última fase terá entrevistas e desafios físicos, no próprio local de trabalho: as ilhas da Grande Barreira Coralina - o maior recife de coral do mundo. A secretaria de Turismo anunciará o vencedor no dia 6 de maio.

17:09
Anónimo disse...
Mercado elogia governo na crise, mas pede maior queda no juro

Peter Fussy
Direto de São Paulo

Desde as primeiras medidas anunciadas para combater os efeitos da crise, o governo brasileiro avisou que a estratégia não contemplaria um pacote. Seriam doses pontuais, de acordo com a necessidade da economia diante do agravamento das turbulências. Da primeira liberação dos depósitos compulsórios em setembro até a ampliação do seguro-desemprego na última quarta-feira, o governo passou por redução de impostos, ampliação de crédito e incentivos à exportação. Quase 150 dias após a primeira medida, o Terra conversou com líderes do setor público e privado, representantes dos trabalhadores, acadêmicos e com o próprio governo para saber quais destas ações foram mais eficazes, quais foram mais ineficientes e o que mais pode ser feito pelo Estado brasileiro contra a crise.

Os maiores elogios foram direcionados à atitude de reduzir o Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) para a indústria automobilística, anunciada em dezembro e que fez com que os emplacamentos de carros novos subissem 1,9% no primeiro mês do ano em relação a dezembro de 2008. Já as maiores críticas foram para a lentidão no corte da taxa básica de juro do País.

Para o presidente do conselho administrativo do Grupo Pão de Açúcar, Abílio Diniz, o Estado não é responsável pela crise e mesmo assim está agindo "com extrema serenidade e muito acerto". "O governo está atento, fazendo a sua parte. É preciso coragem de baixar firmemente a taxa de juros. É uma arma que temos a nosso favor, já que não há clima para inflação, nem possibilidade de danos para a macroeconomia", afirmou Diniz.

Na última reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), em janeiro, a taxa Selic foi reduzida em um ponto percentual, de 13,75% para 12,75% ao ano. Porém, o professor de economia da Universidade de Brasília (UnB) José Luiz Oreiro lembra que este corte representa uma redução de apenas 0,25 ponto percentual com relação à taxa de setembro do ano passado, quando a crise se agravou.

"Pouco antes da eclosão da crise, o Banco Central aumentou a taxa em 0,75 ponto. Foram cinco meses de demora para reduzir em termos líquidos apenas 0,25 ponto", afirmou o economista, que também sugeriu redução do intervalo de cerca de 90 dias entre as reuniões do Copom e o corte de pelo menos um 1 ponto percentual em cada reunião.

Mesmo com o corte de janeiro, a taxa de juros real continua sendo a maior do mundo, lembrou o secretário-geral da Força Sindical, João Carlos Gonçalves, o Juruna. "A redução da taxa de juro ainda é pequena, porque ela continua uma das mais altas do mundo. Falta ousadia para baixar os juros e ajudar o cidadão. A permanência da taxa de juro alta é negativa para o País em meio a crise", afirmou Juruna.

Embora aprove as ações do governo, o senador Aloízio Mercadante (PT-SP) também acredita que o patamar da Selic está muito alto. "Sempre fomos os primeiros a entrar em qualquer crise, o que não aconteceu agora. A taxa Selic ainda é muito alta, mas o governo têm tomado medidas acertadas, como o aumento do salário mínimo, mesmo com um cenário de crise. Isso ajuda a movimentar o consumo. O governo está se esforçando para manter os investimentos e o crescimento", disse.

Tributos
De acordo com o economista Fabio Pina, da Fecomercio-SP, as ações mais positivas estão relacionadas à redução de tributos para alguns segmentos, como a indústria automobilística, que recuperou parte da queda nas vendas em janeiro com a isenção do IPI para carros 1.0 l e o corte para demais motorizações. A medida vale até o final de março.

"Essas medidas não só reduziram o preço, mas anteciparam o consumo daqueles que iriam comprar no futuro, dando um prêmio por conta da insegurança. Mexe diretamente com o principal problema que é a confiança do consumidor", afirmou. Juruna destacou que um bom ritmo de vendas é garantia de emprego. "É importante porque cada emprego na montadora significa 19 na cadeia produtiva", comentou o representante da Força Sindical.

Também em dezembro, o governo decidiu cortar pela metade a alíquota do Imposto de Renda para contribuintes que ganham entre R$ 1.434 e R$ 2.150 mensais. "O salário aumentava e a tabela não se modificava. As pessoas ganhavam mais e pagavam mais impostos", apontou Juruna. Outra redução de tributos do governo foi com relação ao Imposto sobre Operações Financeiras (IOF), que caiu de 3% ao ano para 1,5%.

Crédito
Na segunda metade de 2008, o colapso de bancos nos Estados Unidos por conta da crise do subprime provocou uma forte restrição de crédito no mundo inteiro. Uma das primeiras medidas anticrise do governo teve como objetivo restabelecer a oferta, com mudanças no recolhimento dos depósitos compulsórios por parte dos bancos. Segundo o presidente do Banco Central, Henrique Meirelles, as diversas modificações liberaram US$ 99,2 bilhões aos bancos até o final de janeiro.

Além disso, o governo concedeu R$ 36 bilhões das reservas internacionais para empresas brasileiras com dívidas no exterior e uma medida provisória autorizou o Banco do Brasil e a Caixa Econômica Federal a comprar carteiras de crédito de bancos privados. Para o diretor do Departamento de Pesquisas e Estudos Econômicos da Fiesp, Paulo Francini, estas medidas foram essenciais para combater os efeitos da crise.

"A crise se desenvolve no mundo em torno do tema crédito. E o crédito reduziu-se barbaridade no mundo. Então o governo lança mão de compulsório, lança mão de reservas, de medidas que permitem aos bancos comprar carteiras de bancos. Você vai tomando várias medidas para atender às demandas e o epicentro disso é crédito", afirmou.

No entanto, Oreiro, da UnB, adverte que a liberação dos compulsórios seria mais eficiente acompanhada de redução mais agressiva da taxa básica de juro. "Uma parte do crédito voltou, depois da forte retração em outubro e novembro. O que deveria ter sido feito junto à liberação do compulsório era uma redução mais drástica da taxa de juro. Sem isso, os bancos pegam as reservas e acabam comprando títulos públicos", explicou o economista.

Na opinião de Pina, as ações de distribuição de crédito via redução do compulsório e a disposição de capital de giro para empresas foram tomadas sem um cuidado maior na operação e não tiveram muito efeito. "O BNDES tem linhas que ficam paradas quase todo o ano, agora é pior ainda. Existem os recursos, mas as empresas e os bancos estão desconfiados. É preciso fazer com que os bancos tenham interesse em emprestar", afirmou o economista da Fecomercio-SP.

Futuro
Mesmo com todas essas medidas, a crise financeira ainda gera incertezas nos setores produtivos do País. Nos últimos meses, o medo do desemprego fez os consumidores adiarem compras. Por sua vez, a queda nas vendas pode obrigar as indústrias a cortarem a produção e demitir funcionários. Contra isso, empresários sugerem redução de jornada e de salários.

"Isto está previsto em lei. A Fiesp simplesmente manteve conversações com entidades sindicais quanto à aplicação daquilo que já está previsto em lei", afirmou Francini.

Segundo a ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff, uma das medidas que assegura um nível de emprego é a manutenção de investimentos no Programa de Aceleração do Crescimento (PAC). "Estamos esperando que a dificuldade ocorra em janeiro, fevereiro e março. Estamos certos que vamos manter o nível de investimento. É isso que funciona, é isso que significa investimento público. Ele funciona como um colchão. Por isso, nós colocamos R$ 100 bilhões no BNDES e a Petrobras ampliou o seu investimento em R$ 120 bilhões", afirmou.

Na mesma linha, Pina explica que a antecipação de gastos do governo substitui parte da demanda retraída do setor privado. "Ele dá o seguinte recado: não vou estourar as contas públicas, mas concentrar em um momento em que a demanda privada está pequena. Mas o governo não tem fôlego suficiente para fazer o papel de toda demanda", ressaltou. O economista da Fecomercio lembrou que a entidade já pleiteou junto ao governo isenções para transferência de imóveis e de automóveis, além de retirar o IPVA para veículos novos.

Já Oreiro foca suas propostas na capitalização do Banco do Brasil e da Caixa Econômica Federal pelo Tesouro para atender a demanda de crédito para capital de giro e reduzir o spread. "Aumentando o empréstimo e reduzindo as taxas, os dois vão forçar os bancos privados a acompanhar o movimento, até para não perderem participação no mercado", explicou o economista da UnB.

Até o Carnaval, o governou prometeu detalhar um pacote de incentivos para a construção de até um milhão de casas populares, direcionado a famílias com renda de até dez salários mínimos. "Estamos atentos a tudo o que está acontecendo e novas medidas serão tomadas caso haja uma avaliação de que sejam necessárias", disse o ministro da Fazenda, Guido Mantega, na última sexta-feira.

17:11
Anónimo disse...
Ex-ministro critica extensão do seguro-desemprego

Atualizada às 09h03

O ex-ministro do Trabalho Almir Pazzianotto criticou a decisão do governo federal de conceder o seguro-desemprego estendido a apenas alguns setores. "É certamente odioso e provavelmente inconstitucional", disse Pazzianotto, de acordo com o jornal O Estado de S. Paulo.

Na última qurta, dia do anúncio da medida, centrais sindicais elogiaram a atitude do governo. A Força Sindical divulgou nota dizendo que "o aumento ajudará a aquecer parte da economia, já que irá gerar mais consumo, produção e conseqüentemente, a criação de novos postos de trabalho". A União Geral dos Trabalhadores (UGT) afirmou que a medida "contribuirá para minimizar o drama dos trabalhadores que perderem seu emprego por conta da crise".

O ex-ministro, que instituiu o seguro-desemprego no País no governo de José Sarney, destacou a necessidade de as centrais sindicais se manifestarem contra a determinação. Para ele, as mudanças devem ser aplicadas a todas as categorias profissionais e a distinção é contrária ao artigo 3º da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT).

Pazzianotto atribui a medida a um possível temor do governo de que a crise econômica seja longa e não haja dinheiro para atender a todas as necessidades. Ainda assim, ele se mostra contrário ao método de concessão. "O seguro-desemprego ajuda a sanar necessidades básicas. Estendê-lo é paliativo, não a solução", disse ao jornal.

De acordo com o presidente do Conselho Deliberativo do Fundo de Amparo ao Trabalhador (Codefat) e conselheiro da Força Sindical, Luiz Fernando Emediato, a determinação já estava prevista na lei 8.900/94, que trata do seguro-desemprego.

O presidente da Comissão de Trabalho da Câmara, Pedro Fernandes (PTB-MA) vai além na crítica à concessão do seguro para apenas alguns setores. Ele acredita que a ampliação do benefício estimula o desemprego.

Quintino Severo, secretário geral da Central Única dos Trabalhadores (CUT), lembra que a ampliação do benefício sem critério e identificação pode incentivar demissões em outros setores.

17:13
Anónimo disse...
Empresas
TAM faz promoção para destinos internacionais

A companhia aérea TAM anunciou nesta sexta-feira tarifas promocionais para trechos internacionais. Os preços valem para bilhetes comprados entre 6h deste sábado e 23h59 deste domingo e são válidos para classe econômica. As tarifas, para ida e volta, serão vendidas a partir de US$ 99, mais taxas.

Segundo a aérea, a promoção vale para viagens feitas no período de 14 de fevereiro a 18 de junho de 2009. Para destinos na América do Sul, a permanência mínima é de dois dias; para bilhetes com destino nos Estados Unidos, cinco dias; e Europa, sete dias. A permanência máxima para as passagens para América do Sul e EUA é de dois meses e para Europa, três meses.

Entre os exemplos de tarifas promocionais, a TAM oferece São Paulo-Lima por US$ 99. Bilhetes para a rota São Paulo-Santiago serão vendidos a partir de US$ 199 e São Paulo-Nova York, US$ 799.

A emissão dos bilhetes deve ser feita obrigatoriamente no ato da reserva, obedecendo às regras estipuladas pela companhia. A compra está sujeita à disponibilidade de assentos nas classes tarifárias determinadas, trechos, horários e datas. A TAM afirmou que também há tarifas promocionais para a classe executiva.

Mais informações podem ser encontradas no site promocional (www.ofertastam.com.br), no site da empresa (www.tam.com.br) ou pelos telefones 4002-5700 ou 0800 5705700.

17:13
Anónimo disse...
Empresas
Consultoria negocia compra do parque temático Hopi Hari

A consultoria especializada em reestruturação de empresas Íntegra Associados informou nesta sexta-feira ter um acordo para comprar o parque de diversões Hopi Hari, localizado no interior de São Paulo. A empresa estaria disposta a investir R$ 10 milhões no parque, que tem dívida estimada em R$ 800 milhões. As informações são da edição deste sábado do jornal Folha de S. Paulo.

De acordo com o jornal, a transação ainda depende da negociação entre o Hopi Hari e seus credores, o que já estaria em andamento.

A consultoria paulista já atuou junto à Parmalat, durante 30 meses, quando reorganizou a gestão da empresa italiana.

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17:14
Anónimo disse...
Empresas
Disney de Tóquio contratará mais 2 mil apesar da crise


A Oriental Land, o operador da Disneylândia Tóquio e DisneySea, organizou neste domingo entrevistas para contratar cerca de 2 mil trabalhadores em tempo parcial, em um momento de grandes demissões deste tipo de empregados no Japão.

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O operador deste parque temático, situado em Urayasu, na província de Chiba (leste de Tóquio), está em pleno processo de seleção de empregados para 20 tipos de postos trabalhistas diferentes.

Segundo a companhia, citada pela agência local de notícias Kyodo, o parque contratará novos trabalhadores para as atrações, para os restaurantes e guardas de segurança entre outros. Os novos contratados começarão a trabalhar a partir de fevereiro.

O processo de seleção acontece em um momento em que a maioria das grandes companhias japonesas começaram a se ver obrigadas a despedir uma elevada percentagem de seus trabalhadores temporários e a tempo parcial.

Algumas inclusive anunciaram demissões de seus trabalhadores fixos, uma medida muito pouco comum nas companhias japonesas, perante os efeitos piores que o esperado pela crise econômica global.

Cerca de uma centena de pessoas esperavam desde a primeira hora desta manhã a abertura do centro de conferências Tokyo International Forum, onde as entrevistas estão sendo feitas, para ser os primeiros a solicitar os postos de trabalho.


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17:15
Anónimo disse...
Economia Internacional
Senado dos EUA aprova plano de estímulo à economia

O Senado dos Estados Unidos aprovou com 60 votos a favor e 38 contra o plano de estímulo à economia de US$ 787 bilhões na madrugada deste sábado. Agora, ele segue para sanção ou veto do presidente Barack Obama, que espera colocar a lei em prática até o dia 16 de fevereiro.

O plano prevê a criação de três milhões de empregos, inclui cortes de impostos às famílias, fundos para programas sociais e obras públicas, além de ajuda aos governos estaduais, estudantes e desempregados.

A cláusula Buy American - que exige o uso de ferro, aço e produtos manufaturados dos Estados Unidos em obras realizadas com recursos do pacote - ficou de lado. Segundo o texto definitivo, a cláusula será aplicada sem violar as normas do comércio internacional.

Ontem à tarde, a Câmara de Representantes (deputados) havia aprovado, por 246 votos a favor e 183 contra, a versão final do plano. Todos os republicanos foram contrários ao pacote.

Pelo acordo de quarta-feira entre Câmara e Senado, em vez de custar US$ 819 bilhões, como queriam os deputados, ou US$ 838 bilhões como pretendiam os senadores, o pacote ficou em cerca de US$ 787 bilhões, com 65% desse total destinado a gastos do governo federal e 35%, a créditos tributários.

17:16
Anónimo disse...
Economia nacional
Na era Lula, aposentadoria sobe 54% menos que salário mínimo

Thatiane Faria
Especial para o Terra
Direto de São Paulo

Os índices de reajustes concedidos pelo governo em 2009 para aposentados e pensionistas e para o salário mínimo repetiram uma diferença que, só durante o governo de Luiz Inácio Lula da Silva, já chega a 54%. Enquanto o mínimo foi majorado em 12% este ano, as pensões e aposentadorias tiveram aumento de 5,92%. Aposentados que têm o benefício do governo como única fonte de renda reclamam que perdem poder de compra e que sua cesta de compras é composta por itens que aumentam mais em relação à inflação oficial.

Um exemplo prático pode ser entendido a partir da comparação entre um aposentado que ganhava R$ 600 em janeiro de 2003. Na época, o benefício era três vezes, ou 200%, maior que o valor do mínimo em vigência, que era de R$ 200. Aplicando-se os índices de reajuste para aposentadorias e para o mínimo durante os últimos seis anos, o mesmo aposentado estaria recebendo hoje R$ 938,47, comparado a um salário mínimo de R$ 465. A diferença entre os dois valores caiu para pouco mais de 100%.

Enquanto o índice acumulado de reajuste para a aposentadoria durante o governo Lula foi de 60%, para o salário mínimo está em 132%.

O diretor do Sindicato Nacional dos Aposentados, João Inocentini, reclama que os valores dos benefícios para aposentadorias não mantêm o poder de compra do grupo, principalmente dos aposentados que recebem menos que dez salários mínimos.

Nem mesmo o fato de o índice de reajuste das aposentadorias ter ficado acima da inflação acumulada no mesmo período (o IPCA entre janeiro de 2003 e janeiro de 2009 foi de 39,7%) serve de argumento, segundo os aposentados.

"Os idosos, principalmente, têm gastos além das contas gerais como gás, telefone e aluguel. Para eles o custo com remédios, e outros itens da área saúde costuma ser maior", afirmou Inocentini.

O presidente do sindicato afirmou que o grupo realiza um estudo com 100 itens de necessidade de um idoso para comparar o aumento dos produtos com o índice de reajuste do benefício recebido pelos aposentados.

"Daqui dois meses vamos abrir um processo na Justiça e levar essa pesquisa como prova. Segundo a lei, o governo é obrigado a manter o poder de compra com a aposentadoria", disse Inocentini.

Alternativas
O consultor financeiro Cláudio Boriola diz que os aposentados, especialmente nesse momento de crise econômica, devem evitar compras parceladas, pesquisar preços, negociar e fazer bom planejamento financeiro.

Segundo Boriola, alguns aposentados ganham um valor mensal muitas vezes insuficiente para o pagamento das contas e acabam pedindo crédito ou realizando pagamentos a prazo e são obrigados a pagar juros altos.

Na opinião do consultor, pagar uma previdência privada é uma alternativa indicada para quem ainda trabalha, considerando a característica de perda de poder de compra da aposentadoria.

"Na prática, infelizmente os valores encontram-se em um patamar que está deteriorando o poder de aquisição da população brasileira", completou Boriola.

De acordo com o diretor da Confederação Brasileira de Aposentados e Pensionistas (Cobap), Vicente Fernandes Barbosa, representantes dos aposentados tentarão um encontro com o presidente da Câmara, deputado Michel Temer (PMDB-SP), para discutir projetos que minimizem a perda dos aposentados

17:17
Anónimo disse...
Previdência
Previdência prorroga isenção de tarifas no benefício

O atual sistema de pagamento aos 26 milhões de aposentados e pensionistas do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) será mantido até o final deste ano. O acordo, que permite realizar a operação sem nenhum custo aos beneficiários, foi renovado nesta sexta-feira, entre o governo federal e 21 instituições financeiras.

Por meio desse acordo, vigente desde setembro de 2007, nem os segurados, nem os bancos e nem o governo arcam com o pagamento de tarifas, conforme explicou o ministro da Previdência Social, José Pimentel. A prorrogação vale até dezembro, data máxima para que a Previdência defina as regras para um novo contrato.

Ao assinar o termo de renovação, na sede da Federação Brasileira dos Bancos (Febraban), o ministro disse que a intenção do governo é mudar o atual modelo de gestão visando a reduzir os custos dessas operações em torno da folha mensal, que atinge R$ 15,8 bilhões. No entanto, qualquer alteração, conforme explicou, passará antes por audiências públicas a serem realizadas a partir do segundo semestre deste ano, atendendo a determinação do Tribunal de Contas da União (TCU).

De acordo com Pimentel, com um redesenho do mecanismo de repasse dos recursos aos bancos em torno da folha de pagamento dos segurados o que se busca é um aumento da participação de instituições financeiras. Ele informou que, desde 2007, cada benefício custa em média R$ 1,07 ao governo. "Quanto mais instituições financeiras estiverem prestando serviços à sociedade, maior é a competitividade, a agilidade no atendimento", justificou.

O ministro observou, ainda, que, para permitir uma redução para algo em torno de meia hora no tempo de atendimento para a concessão dos direitos previdenciários, o governo investiu R$ 280 milhões.

Questionado sobre o descontentamento dos segurados que ganham acima de um salário mínimo terem obtido apenas a correção com base na variação do Índice de Preços ao Consumidor (INPC) , ficando abaixo do reajuste dado a quem recebe apenas o mínimo, Pimentel argumentou que o governo seguiu o que determina a lei e descartou a possibilidade de uma revisão

17:17
Anónimo disse...
Empresas
Caterpillar oferece aposentadoria antecipada a 2 mil


A companhia americana Caterpillar ofereceu a cerca de dois mil funcionários incentivos para que se aposentem de forma voluntária antes do previsto, pela perspectiva de uma queda "significativa" da atividade industrial, informou nesta quarta-feira a empresa.

A iniciativa, destinada aos trabalhadores de diversas fábricas em Illinois, Colorado, Tennessee e Pensilvânia, se soma aos cortes de empregos anunciados em janeiro, explicou em comunicado de imprensa.

A empresa, a maior fabricante mundial de maquinaria pesada para a construção e a mineração, acrescentou que, "em função das condições de negócio, podem ser necessárias mais reduções de elenco voluntárias e involuntárias à medida que o ano avança".

O vice-presidente da companhia, Sid Banwart, explicou que a empresa prevê "demissões significativas em todas as regiões geográficas e na maioria dos setores devido às dificuldades da economia mundial".

17:18
Anónimo disse...
Comércio
Comércio exterior da OCDE caiu no 3º trimestre de 2008


As exportações e as importações dos países da Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Econômico (OCDE) caíram 1,6% e 0,2%, respectivamente, no terceiro trimestre de 2008, em relação aos três meses anteriores.

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Trata-se da primeira queda destas atividades desde o terceiro trimestre de 2006, segundo o último relatório trimestral sobre fluxos comerciais divulgado pela OCDE.

As exportações e as importações em dólares dos 30 Estados-membros caíram 15,6% e 17%, respectivamente, na comparação anualizada.

Por sua vez, o comércio dos sete países mais ricos do mundo (G7) teve um pequeno crescimento no terceiro trimestre de 2008 com uma queda das exportações de mercadorias de 0,2% em relação ao trimestre anterior e um aumento de 0,4% das importações.

Em termos anualizados, as importações do G7 caíram 1,4% entre julho e setembro do ano passado, seu primeiro retrocesso desde o terceiro trimestre de 2006, enquanto as exportações aumentaram 1,9%, seu crescimento mais baixo no mesmo tempo.

Por países, a Alemanha aumentou suas importações em 3,4% - valor mais alto do G7 -, enquanto suas exportações caíram 2,9% do segundo para o terceiro trimestre de 2008.

Pelo contrário, as exportações americanas aumentaram 1,8% entre julho e setembro de 2008, enquanto as importações caíram 0,7% em relação ao trimestre anterior. No Japão, tanto as importações quanto as exportações caíram em torno de 1% no mesmo período.

17:19
Anónimo disse...
Economia Nacional
Lula: juros de crédito consignado a aposentados são altos

Atualizada às 17h29

O presidente Luis Inácio Lula da Silva afirmou nesta terça-feira, em São Paulo, que está lutando para reduzir as taxas de juros cobradas de aposentados em crédito consignado. A Previdência Social estabelece uma taxa máxima de 2,5% para empréstimo e de 3,5% para cartão. Para Lula, os valores são altos.

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"Acho que o juro que os aposentados estão pagando hoje com o crédito consignado é alto para o padrão brasileiro", disse o presidente durante a cerimônia de comemoração dos 86 anos do INSS.

A Previdência anunciou nesta terça-feira que aposentados e trabalhadoras com licença-maternidade poderão receber seus benefícios em 30 minutos. De acordo com Lula, em junho, a aposentadoria do trabalhador rural também será conseguida em meia hora.

Além disso, o presidente anunciou que, também em junho, os trabalhadores que alcançarem o direito à aposentadoria passarão a receber em suas casas um comunicado da Previdência informando o fato e o valor do salário que têm direito a receber. "É um comprometimento público que estou fazendo com os companheiros da Previdência Social", disse.

"Estamos retribuindo ao contribuinte da Previdência Social aquilo que é a cidadania que ele tem direito", afirmou Lula. "Se para cobrar nós somos tão precisos, para devolver o dinheiro, temos que chegar próximo à perfeição", completou.

17:20
Anónimo disse...
Economia Nacional
Salário maternidade sairá em 30 minutos, diz ministro

Toda trabalhadora autônoma que tiver contribuído pelo menos 10 meses com o Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) - ou as que possuírem carteira assinada - poderão receber em 30 minutos o salário maternidade a partir desta terça-feira. Da mesma forma, as mulheres com 30 anos de contribuição e os homens com 35 anos também terão direito ao benefício de forma mais rápida. A informação é do ministro da Previdência Social, José Pimentel.

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Para requerer o salário maternidade, é preciso que as autônomas levem a carteira de identidade e o carnê de contribuição. As demais trabalhadoras devem apresentar a identificação e a carteira de trabalho. Desde o início do mês, a nova forma de análise para a concessão de benefícios foi adotada para a aposentadoria por idade do trabalhador urbano e agora foi estendida para o salário maternidade e por tempo de contribuição.

O ministro disse que a qualificação do serviço da previdência social é o reconhecimento do direito dos trabalhadores e da afirmação da cidadania.

"Até pouco tempo na cabeça do cidadão o serviço devia ser de péssima qualidade. Agora não, nós modificamos toda a legislação no mês de dezembro numa ação conjunta do Congresso Nacional com o governo federal. Estamos implantando e concedendo os benefícios em até 30 minutos", afirmou.

O ministro destacou que para conseguir se aposentar ou ter acesso à licença maternidade em 30 minutos, em primeiro lugar, é necessário que o cidadão esteja vinculado à Previdência, o que inclui 65% da população acima de 16 anos de idade.

"Depois bastar marcar pelo sistema 135 o dia e a hora do atendimento e levar a documentação. Se todos os dados necessários estiverem corretos o contribuinte será atendido em até 30 minutos, como vem sendo feito com as aposentadorias por idade desde o dia cinco de janeiro", explicou.

Pimentel disse ainda que em 90% das agências da previdência social o atendimento é marcado em até 48 horas. Nos grandes centros, entretanto existe um volume maior o que torna mais lento o processo.

"Estamos criando mais 715 agências até 2010, em todo o território nacional, para descentralizar o atendimento. Em 2008, atendemos 295 mil benefícios e aposentadorias por idade. Temos 4 mil pessoas por dia procurando e se aposentando por idade no território nacional. Este serviço será agilizado", concluiu.
17:25
Anónimo disse...
Giuseppe Englaro, pai de Eluana, a italiana que morreu na segunda-feira passada por desidratação, recusou uma grande soma de dinheiro de um conhecido fotógrafo italiano que queria retratar a filha em estado de coma, disse neste sábado o neurologista que atendia a mulher desde 1996, Carlo Defanti.

O neurologista, que participou hoje de uma conferência sobre eutanásia, disse que Englaro respeitou a vontade da filha, que, antes do acidente, tinha pedido que, se lhe ocorresse qualquer coisa irreversível, apresentasse sua imagem de quando estava em boas condições.

Antes de sofrer o acidente de trânsito, em 1992, Eluana viveu o coma de um amigo, Alessandro, o que causou forte impacto na italiana e a levou a fazer o pai prometer que não a deixasse viver em estado vegetativo, disse o próprio Giuseppe Englaro.

Defanti, que dissera que Eluana poderia viver de dez a 12 dias depois da suspensão da alimentação e da hidratação, disse que, como médico, tinha que reprovar esta afirmação.

"Não se pode sobreviver após três ou quatro dias sem líquido e, em particular, água em um corpo. Sabemos bem que, quando há um terremoto, após quatro dias é difícil encontrar sobreviventes".

Defanti ressaltou que Eluana "não falava, não se comunicava com o exterior" e que, após vários exames, "nos deparamos com uma moça que tinha perdido a consciência", porque estava com o córtex cerebral prejudicado.

Eluana foi enterrada na quinta-feira passada no túmulo da família na localidade de Paluzza, em Udine, após um funeral que não contou com a presença dos pais.

16:53
Anónimo disse...
Os bombeiros combatem neste sábado os incêndios na Austrália favorecidos pelo bom tempo, enquanto os deslocados encotram em seu retorno casas derruídas, carros queimados nas ruas e destruição.

Depois de sete dias desde que começaram os incêndios no Estado de Victoria, a lista de mortos chega a 181, os desaparecidos somam 50, os edifícios destruídos totalizam 1,834 mil e o terreno arrasado, principalmente florestas, ocupa uma área de 4,13 mil quilômetros quadrados.

As equipes de bombeiros, formadas por 4 mil profissionais de Victoria, de outras partes da Austrália e de países amigos, combateram hoje 12 focos fora de controle e nenhum representava uma ameaça direta para a população.

O subdiretor do Serviço de Bombeiros, Geoff Conway, disse que este tempo favorável, que se prolongará durante o domingo, permite consolidar as linhas de contenção e avançar na extinção das chamas.

Cinzas apareceram arrastadas por ventos do nordeste sobre Melbourne, onde habitam 3,8 milhões de pessoas, e as autoridades alertaram aos cidadãos do risco para a saúde de idosos, crianças e pessoas com problemas respiratórios.

O número de pessoas deslocadas - a Cruz Vermelha chegou a receber 7 mil - começou a cair com a abertura de algumas localidades atingidas.

Os incêndios, alguns criminosos, começaram em 7 de fevereiro, quando a região sul da Austrália estava há duas semanas sob uma onda de calor sem precedentes.

Na sexta-feira passada, a polícia acusou uma pessoa de ter provocado o incêndio que atingiu a localidade de Churchill e matou 21 pessoas.

16:55
Anónimo disse...
A primeira chuva em seis dias reduziu a ameaça de incêndios no Estado de Victoria, ao sul da Austrália. As autoridades, porém, advertiram que ainda existem 12 focos, mas que nenhum deles ameaça áreas povoadas.

Mais de quatro mil bombeiros, mil provenientes de outras partes do país e de outras nações, trabalham contra o fogo. Cerca de 600 veículos e 28 helicópteros e pequenos aviões estão sendo usados.


Eles conseguiram construir linhas de contenção para evitar os incêndios de Yarra e Maroondah se juntassem. Também foram controlados os incêndios abertos de Yea e Murrindindi, que ameaçavam as comunidades de Connellys Creek, Crystal Creek, Scrubby Creek e Native Dog Creek.

O número de mortos chegou a 181, mas as autoridades acreditam que as vítimas devem passar de 200, já que ainda há muitos desaparecidos.

16:55
Anónimo disse...
Aqui nesta coluna, na semana passada, tive a oportunidade de comentar sobre a recente visita do professor brasileiro Pedrinho Guareschi à Austrália. Não dei, porém, os fatos, pois semana passada o assunto era outro.

Hoje, porém, vamos a eles.

No último dia 4 de fevereiro, aconteceu o Seminário "Paulo Freire: Education and Liberation", organizado pelo centro de estudos latino-americanos da Universidade Nacional da Austrália, ou ANU, como é mais conhecida por aqui.

A ANU, para quem não sabe, está entre as 20 melhores universidades do mundo! E tem sede aqui em Camberra, capital da Austrália.

Na abertura do evento, o professor John Minns, diretor do centro latino-americano, ao dar boas-vindas ao público presente, lembrou ser aquele o primeiro seminário exclusivamente dedicado a Paulo Freire na Austrália.

Em seguida, convidou Pedrinho Guareschi, palestrante principal do Seminário, a fazer sua apresentação.

A plateia pode então conhecer, pelas palavras de Pedrinho, um pouco da obra e da vida de Freire, esse brasileiro de fé e valor, que sempre acreditou na educação, sobretudo dos menos favorecidos, analfabetos, como força libertadora.

Como não podia deixar de ser, os conceitos e ideias revolucionários de Paulo Freire, expostos com clareza por Pedrinho, despertaram o interesse e a curiosidade de plateia. A qual, deve-se notar, era na maioria de estudantes, mas de várias nacionalidades, sobretudo australianos e asiáticos.

Na continuação do programa do seminário, que se estendeu por dois dias, outros professores fizeram palestras sobre temas ligados à obra de Paulo Freire.

Interessante, por exemplo, saber que a professora Anne Hickling-Hudson, jamaicana que mora na Austrália há muitos anos (é professora da ANU), conheceu e trabalhou com Freire num workshop educacional durante a revolução na Ilha de Granada, em 1980, antes da invasão dos Estados Unidos...

Ou, então, a palestra da Professora Gerda Roelvink, da Nova Zelândia, que participou do Fórum Social de Porto Alegre em 2005. E essa participação transformou-se em tema de doutorado.

No dia 10, terça-feira passada, o padre Pedrinho Guareschi voltou a falar ao público australiano em grande auditório localizado no belíssimo campus da ANU. Desta vez, sobre a Teologia da Libertação.

Depois da palestra, John Minns mostrou o filme mexicano "O Crime do Padre Amaro", no qual um dos personagens é um padre católico praticante da Teologia da Libertação.

Mais uma vez, foi grande o intersse da platéia, que pode aprender e conhecer um pouco como se desenvolveu aquele importante movimento católico na América Latina.

Fica, assim, ao Pedrinho, bem como a outros brasileiros estudiosos e de bom coração que saem pelo mundo a divulgar aspectos importantes da cultura brasileira, o respeito e a homenagem desta coluna. E... aquele abraço!

16:57
Anónimo disse...
Amanda Kitts perdeu o braço esquerdo em um acidente de automóvel acontecido três anos atrás, mas hoje em dia ela joga futebol americano com seu filho de 12 anos de idade, troca fraldas e abraça as crianças nas três creches Kiddie Cottage que opera em Knoxville, Tennessee. Kitts, 40 anos, faz tudo isso com a ajuda de um novo tipo de braço artificial que se movimenta com mais facilidade do que outros aparelhos e que ela pode controlar utilizando apenas seus pensamentos.

"Eu sou capaz de mexer a mão, o pulso e o cotovelo ao mesmo tempo", diz. "Você pensa e os músculos se movem em seguida".

A recuperação que ela conseguiu resulta de um novo procedimento que vem atraindo crescente atenção porque permite que pessoas movam braços protéticos de forma mais automática do que faziam no passado, simplesmente utilizando nervos reaproveitados em seus cérebros.

A técnica, conhecida como "renervação muscular dirigida", envolve utilizar os nervos que restam depois da amputação de um braço e conectá-los a outro músculo do corpo, em geral no peito. Eletrodos são instalados sobre os músculos do peito, e operam como se fossem antenas. Quando a pessoa deseja mover o braço, o cérebro envia sinais que primeiro resultam em contração dos músculos do peito, os quais enviam um sinal ao braço protético, instruindo-se a se movimentar. O processo não requer mais esforços consciente do que a pessoa teria de exercitar caso ainda tivesse seu braço natural.

Na terça-feira, pesquisadores reportaram em estudo publicado pela versão online do Journal of the American Medical Association que haviam levado a técnica ainda mais à frente, tornando possível a execução de 10 movimentos de mão, pulso e cotovelo diferentes, o que representa uma substancial melhora com relação ao típico repertório protético, que em geral envolve apenas dobrar o cotovelo, girar o pulso e abrir a mão.

"Os novos métodos tiveram impacto dramático em nosso campo de trabalho", disse Stuart Harshbarger, engenheiro biomédico na Universidade Johns Hopkins e diretor do programa de pesquisa sobre próteses, financiado pelas forças armadas, que inclui o trabalho com essa técnica. "O método já está em uso por médicos e cirurgiões comuns em todo o país. A capacidade de controlar um membro protético bastante robusto que ele confere surpreendeu a todos pela qualidade".

Tipicamente, uma pessoa que tenha um braço protético só é capaz de executar alguns poucos movimentos, e muitas vezes com tamanha lentidão que isso só permite a ela atividades limitadas.

Há um motor separado para cada movimento, diz Gerald Loeb, professor de engenharia biomédica na Universidade do Sul da Califórnia, "e esses motores precisam ser controlados de maneira explícita", usualmente por um esforço consciente da pessoa para contrair músculos nas costas ou no bíceps.

"Essencialmente, até agora os pacientes controlavam apenas um motor de cada vez", diz Loeb, "e precisavam pensar cuidadosamente sobre que motor desejavam controlar e como fazê-lo operar, em lugar de simplesmente pensarem em mover o braço e poderem fazê-lo sem delongas".

Antes que Kitts passasse pelo procedimento de renervação, em outubro de 2007, por exemplo, ela precisava movimentar os músculos de suas costas de determinada maneira para fazer com que seu pulso girasse, e flexionar seu bíceps e tríceps para fazer com que o cotovelo se movesse para cima e para baixo. "Era muito trabalho", ela conta. "E não me ajudava muito".

O procedimento de renervação é parte de uma recente explosão de idéias novas e técnicas inovadoras que estão sendo exploradas enquanto os cientistas se esforçam por ajudar as pessoas a compensar melhor a perda de membros ou problemas de paralisia. O esforço vem sendo alimentado pelo aumento no número de amputações causado por diabetes e por ferimentos sofridos pelos militares, e ao mesmo tempo pelos avanços na tecnologia médica.

Os braços se tornaram um dos focos essenciais desse tipo de trabalho. A ciência há muito vem obtendo sucessos no desenvolvimento de próteses de perna, mas é muito mais difícil imitar a complexidade e a destreza das mãos e dos braços.

Os esforços em curso incluem o desenvolvimento de projetos de pele e braços mais sensíveis e mais flexíveis, e o uso de dispositivos acionados por controles sem fio implantado nos braços protéticos, que permitiriam movimentos mais naturais.

Os pesquisadores também vêm usando sensores implantados nos cérebros de cobaias para permitir que dois macacos controlem um braço mecânico, e um teste com um homem paralítico permitiu, com esse método, que ele movimentasse um cursor em uma tela de computador.

Alguns desses métodos, caso venham a ser aperfeiçoados plenamente e consigam aprovação das autoridades regulatórias da saúde, podem no futuro se tornar mais viáveis para os pacientes de amputações.

E embora a técnica da renervação não requeira aprovação das autoridades regulatórias porque é executada por meios cirúrgicos e emprega aparelhos já existentes, ela apresenta limitações que até mesmo seus criadores reconhecem, entre as quais o fato de que não se pode utilizá-la para todos os pacientes, o seu alto custo e o prazo de meses requerido para que os nervos reconectados cresçam e se tornem efetivos.

Ainda assim, os especialistas dizem que é o mais avançado sistema em uso hoje para pacientes reais que permite que o sistema nervoso controle diretamente o movimento de um braço artificial.

Desde sua introdução por Todd Kuiken, médico fisioterapeuta e engenheiro biomédico do Instituto de Reabilitação de Chicago, o método foi empregado em cerca de 30 pacientes nos Estados Unidos, Canadá e Europa, entre os quais oito soldados feridos no Iraque e no Afeganistão.

Muitos dos pacientes, entre os quais o primeiro, Jesse Sullivan, um operário do setor elétrico no Tennessee que perdeu os dois braços quando foi eletrocutado por um cabo, conseguem não apenas manipular seus braços protéticos mas sentir a presença das mãos que já não têm quando alguém toca em seus peitos.

Sullivan, 62 anos, e Kitts, estavam entre os cinco pacientes que participaram do estudo reportado na terça-feira. Em companhia de cinco outras pessoas que não passaram por amputações, eles receberam os eletrodos e foram instruídos a usar pensamentos para fazer com que um braço virtual na tela reproduzisse 10 movimentos diferentes, entre os quais três formas diferentes de aperto de mão.

Os pacientes apresentaram desempenho bastante respeitável, apenas um pouco mais lento e menos preciso do que os dos participantes que não tinham amputações.

"As velocidades de movimento que encontramos em nossos pacientes foram realmente encorajadoras", disse Kuiken. "Eles conseguiram completar a tarefa. É claro que não foram tão competentes quanto as pessoas dotadas de plena capacidade física, mas foram bons o bastante".

Um braço virtual foi usado porque a maioria das próteses existentes não era capaz de acomodar todos aqueles movimentos, no momento da pesquisa, ainda que Sullivan, Kitts e uma terceira paciente, Claudia Mitchell, tenham experimentado dois novos protótipos mais versáteis de braços artificiais, executando tarefas complexas com bolas de tênis e outros objetos.

O trabalho de renervação em soldados apresenta outros desafios, diz Kuiken, porque os ferimentos militares muitas vezes "causam danos muitos extensos" a nervos, músculos ou ossos.

Daniel Acosta, 25 anos, um aviador ferido pela detonação de uma bomba em uma estrada do Iraque em 2005, passou pelo procedimento no ano passado e diz que seu braço esquerdo protético agora se movimenta "muito mais rápido" e de maneira muito mais natural.

"A diferença é que agora não preciso mais pensar para mover o braço", ele diz. "Ele simplesmente se mexe".

Ainda assim, Acosta, de San Antonio, diz que "o processo foi bastante longo" e que os eletrodos precisam ser ajustados para receber os sinais à medida que os nervos crescem ou mudam de posição.

E embora elogiem o método, os especialistas afirmam que a ciência das próteses de braço ainda tem muito por avançar.

"Trata-se de uma parte crucial, mas ainda assim apenas uma parte, das muitas coisas que compreendem a função normal de um braço", disse Loeb, que escreveu um editorial que acompanha o artigo no Journal of the American Medical Association.

"No momento estamos a meio do caminho entre o braço de 'Dr. Fantástico', que fazia involuntariamente a saudação nazista, e o braço de Luke Skywalker em 'Guerra nas Estrelas', que funciona sem nenhum problema assim que é conectado. Creio que precisaremos ainda de muitos anos para conectar todas as peças necessárias a produzir um braço capaz de funcionar normalmente".

17:04
Anónimo disse...
A Espanha disse neste sábado que está preparando uma reclamação oficial contra a decisão da Venezuela de expulsar um membro do Parlamento Europeu que criticou o conselho eleitoral venezuelano.
Luis Herrero, membro do partido conservador espanhol PP, foi deportado na sexta-feira depois que o Conselho Nacional Eleitoral (CNE) o acusou de questionar a imparcialidade da instituição antes de um referendo que pode permitir ao presidente Hugo Chávez permanecer no cargo indefinidamente.

Herrero estava na Venezuela como observador do referendo. Ele acusou Chávez de ter "comportamentos típicos de um ditador" por pedir a contenção de manifestações da oposição.

O governo da Espanha convocou um encontro com o embaixador da Venezuela em Madri para expressar a desaprovação sobre a expulsão de Herrero, disse um representante do Ministério das Relações Exteriores espanhol.

As relações da Venezuela com a Espanha tiveram seu ponto crítico em 2007, quando Chávez ameaçou rever acordos diplomáticos e comerciais depois de ouvir um "cala a boca" do rei espanhol Juan Carlos durante uma cúpula.

A fenda foi oficialmente reparada em 2008, com uma visita oficial de Chávez à Espanha, onde ele cumprimentou o rei e discutiu acordos para investimento no setor petroquímico com o primeiro-ministro José Luis Rodriguez Zapatero.

17:06
Anónimo disse...
A polícia do Zimbábue anunciou neste sábado que acusa de traição Roy Bennett, dirigente do até agora opositor Movimento para a Mudança Democrática (MDC), detido na sexta-feira, em Harare, poucas horas antes da cerimônia de posse dos membros do novo gabinete.

"A Polícia nos informou que vão apresentar acusações de traição", disse à agência EFE o advogado de defesa de Bennett, Trust Maanda.

"Tentam relacionar Roy com o caso de Mike Hitschmann, que foi detido em 2006 em relação à descoberta de um carregamento de armas, apesar de que Hitschmann não tenha sido declarado culpado das acusações de traição apresentadas contra ele, mas de um crime menor de descumprimento de leis", disse Maanda.

O político opositor, designado por seu partido como vice-ministro de Agricultura no Governo de união nacional, esteve no exílio na vizinha África do Sul desde 2006 e retornou ao Zimbábue há duas semanas.

Segundo a Polícia, que deteve Bennett ontem no aeroporto de Harare quando pretendia ir à África do Sul para visitar sua família, as armas apreendidas em 2006 seriam utilizadas em um golpe de Estado para derrubar o presidente do Zimbábue, Robert Mugabe.

Depois da detenção, Bennet foi levado a Mutar, onde vários simpatizantes do MDC se concentraram em frente à delegacia na qual estava detido, diante do que a Polícia respondeu com tiros para o alto para dispersar os manifestantes.

17:07
Anónimo disse...
Austrália: 14 mil se candidatam a 'emprego dos sonhos'

A secretaria de Turismo de Queensland, na Austrália, informou que até esta segunda-feira já recebeu cerca de 14 mil inscrições para o "o melhor emprego do mundo". O Estado australiano promove pela internet seleção para vaga de "zelador" da ilha Hamilton, por seis meses com um salário de R$ 40 mil.

Muitos candidatos tiveram problemas durante a inscrição por conta dos acessos simultâneos ao site. A secretaria aconselha enviar os vídeos de 60s explicando porque deve ser escolhido em horários alternativos do dia, além de recomendar tamanho em torno de 40MB.

As inscrições começaram em 12 de janeiro e vão até o próximo dia 22 e podem ser feitas pelo site www.islandreefjob.com. O governo australiano escolherá 50 candidatos para a próxima fase da seleção, que terá votos do público para eleger um dos 11 finalistas.

A última fase terá entrevistas e desafios físicos, no próprio local de trabalho: as ilhas da Grande Barreira Coralina - o maior recife de coral do mundo. A secretaria de Turismo anunciará o vencedor no dia 6 de maio.

17:09
Anónimo disse...
Mercado elogia governo na crise, mas pede maior queda no juro

Peter Fussy
Direto de São Paulo

Desde as primeiras medidas anunciadas para combater os efeitos da crise, o governo brasileiro avisou que a estratégia não contemplaria um pacote. Seriam doses pontuais, de acordo com a necessidade da economia diante do agravamento das turbulências. Da primeira liberação dos depósitos compulsórios em setembro até a ampliação do seguro-desemprego na última quarta-feira, o governo passou por redução de impostos, ampliação de crédito e incentivos à exportação. Quase 150 dias após a primeira medida, o Terra conversou com líderes do setor público e privado, representantes dos trabalhadores, acadêmicos e com o próprio governo para saber quais destas ações foram mais eficazes, quais foram mais ineficientes e o que mais pode ser feito pelo Estado brasileiro contra a crise.

Os maiores elogios foram direcionados à atitude de reduzir o Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) para a indústria automobilística, anunciada em dezembro e que fez com que os emplacamentos de carros novos subissem 1,9% no primeiro mês do ano em relação a dezembro de 2008. Já as maiores críticas foram para a lentidão no corte da taxa básica de juro do País.

Para o presidente do conselho administrativo do Grupo Pão de Açúcar, Abílio Diniz, o Estado não é responsável pela crise e mesmo assim está agindo "com extrema serenidade e muito acerto". "O governo está atento, fazendo a sua parte. É preciso coragem de baixar firmemente a taxa de juros. É uma arma que temos a nosso favor, já que não há clima para inflação, nem possibilidade de danos para a macroeconomia", afirmou Diniz.

Na última reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), em janeiro, a taxa Selic foi reduzida em um ponto percentual, de 13,75% para 12,75% ao ano. Porém, o professor de economia da Universidade de Brasília (UnB) José Luiz Oreiro lembra que este corte representa uma redução de apenas 0,25 ponto percentual com relação à taxa de setembro do ano passado, quando a crise se agravou.

"Pouco antes da eclosão da crise, o Banco Central aumentou a taxa em 0,75 ponto. Foram cinco meses de demora para reduzir em termos líquidos apenas 0,25 ponto", afirmou o economista, que também sugeriu redução do intervalo de cerca de 90 dias entre as reuniões do Copom e o corte de pelo menos um 1 ponto percentual em cada reunião.

Mesmo com o corte de janeiro, a taxa de juros real continua sendo a maior do mundo, lembrou o secretário-geral da Força Sindical, João Carlos Gonçalves, o Juruna. "A redução da taxa de juro ainda é pequena, porque ela continua uma das mais altas do mundo. Falta ousadia para baixar os juros e ajudar o cidadão. A permanência da taxa de juro alta é negativa para o País em meio a crise", afirmou Juruna.

Embora aprove as ações do governo, o senador Aloízio Mercadante (PT-SP) também acredita que o patamar da Selic está muito alto. "Sempre fomos os primeiros a entrar em qualquer crise, o que não aconteceu agora. A taxa Selic ainda é muito alta, mas o governo têm tomado medidas acertadas, como o aumento do salário mínimo, mesmo com um cenário de crise. Isso ajuda a movimentar o consumo. O governo está se esforçando para manter os investimentos e o crescimento", disse.

Tributos
De acordo com o economista Fabio Pina, da Fecomercio-SP, as ações mais positivas estão relacionadas à redução de tributos para alguns segmentos, como a indústria automobilística, que recuperou parte da queda nas vendas em janeiro com a isenção do IPI para carros 1.0 l e o corte para demais motorizações. A medida vale até o final de março.

"Essas medidas não só reduziram o preço, mas anteciparam o consumo daqueles que iriam comprar no futuro, dando um prêmio por conta da insegurança. Mexe diretamente com o principal problema que é a confiança do consumidor", afirmou. Juruna destacou que um bom ritmo de vendas é garantia de emprego. "É importante porque cada emprego na montadora significa 19 na cadeia produtiva", comentou o representante da Força Sindical.

Também em dezembro, o governo decidiu cortar pela metade a alíquota do Imposto de Renda para contribuintes que ganham entre R$ 1.434 e R$ 2.150 mensais. "O salário aumentava e a tabela não se modificava. As pessoas ganhavam mais e pagavam mais impostos", apontou Juruna. Outra redução de tributos do governo foi com relação ao Imposto sobre Operações Financeiras (IOF), que caiu de 3% ao ano para 1,5%.

Crédito
Na segunda metade de 2008, o colapso de bancos nos Estados Unidos por conta da crise do subprime provocou uma forte restrição de crédito no mundo inteiro. Uma das primeiras medidas anticrise do governo teve como objetivo restabelecer a oferta, com mudanças no recolhimento dos depósitos compulsórios por parte dos bancos. Segundo o presidente do Banco Central, Henrique Meirelles, as diversas modificações liberaram US$ 99,2 bilhões aos bancos até o final de janeiro.

Além disso, o governo concedeu R$ 36 bilhões das reservas internacionais para empresas brasileiras com dívidas no exterior e uma medida provisória autorizou o Banco do Brasil e a Caixa Econômica Federal a comprar carteiras de crédito de bancos privados. Para o diretor do Departamento de Pesquisas e Estudos Econômicos da Fiesp, Paulo Francini, estas medidas foram essenciais para combater os efeitos da crise.

"A crise se desenvolve no mundo em torno do tema crédito. E o crédito reduziu-se barbaridade no mundo. Então o governo lança mão de compulsório, lança mão de reservas, de medidas que permitem aos bancos comprar carteiras de bancos. Você vai tomando várias medidas para atender às demandas e o epicentro disso é crédito", afirmou.

No entanto, Oreiro, da UnB, adverte que a liberação dos compulsórios seria mais eficiente acompanhada de redução mais agressiva da taxa básica de juro. "Uma parte do crédito voltou, depois da forte retração em outubro e novembro. O que deveria ter sido feito junto à liberação do compulsório era uma redução mais drástica da taxa de juro. Sem isso, os bancos pegam as reservas e acabam comprando títulos públicos", explicou o economista.

Na opinião de Pina, as ações de distribuição de crédito via redução do compulsório e a disposição de capital de giro para empresas foram tomadas sem um cuidado maior na operação e não tiveram muito efeito. "O BNDES tem linhas que ficam paradas quase todo o ano, agora é pior ainda. Existem os recursos, mas as empresas e os bancos estão desconfiados. É preciso fazer com que os bancos tenham interesse em emprestar", afirmou o economista da Fecomercio-SP.

Futuro
Mesmo com todas essas medidas, a crise financeira ainda gera incertezas nos setores produtivos do País. Nos últimos meses, o medo do desemprego fez os consumidores adiarem compras. Por sua vez, a queda nas vendas pode obrigar as indústrias a cortarem a produção e demitir funcionários. Contra isso, empresários sugerem redução de jornada e de salários.

"Isto está previsto em lei. A Fiesp simplesmente manteve conversações com entidades sindicais quanto à aplicação daquilo que já está previsto em lei", afirmou Francini.

Segundo a ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff, uma das medidas que assegura um nível de emprego é a manutenção de investimentos no Programa de Aceleração do Crescimento (PAC). "Estamos esperando que a dificuldade ocorra em janeiro, fevereiro e março. Estamos certos que vamos manter o nível de investimento. É isso que funciona, é isso que significa investimento público. Ele funciona como um colchão. Por isso, nós colocamos R$ 100 bilhões no BNDES e a Petrobras ampliou o seu investimento em R$ 120 bilhões", afirmou.

Na mesma linha, Pina explica que a antecipação de gastos do governo substitui parte da demanda retraída do setor privado. "Ele dá o seguinte recado: não vou estourar as contas públicas, mas concentrar em um momento em que a demanda privada está pequena. Mas o governo não tem fôlego suficiente para fazer o papel de toda demanda", ressaltou. O economista da Fecomercio lembrou que a entidade já pleiteou junto ao governo isenções para transferência de imóveis e de automóveis, além de retirar o IPVA para veículos novos.

Já Oreiro foca suas propostas na capitalização do Banco do Brasil e da Caixa Econômica Federal pelo Tesouro para atender a demanda de crédito para capital de giro e reduzir o spread. "Aumentando o empréstimo e reduzindo as taxas, os dois vão forçar os bancos privados a acompanhar o movimento, até para não perderem participação no mercado", explicou o economista da UnB.

Até o Carnaval, o governou prometeu detalhar um pacote de incentivos para a construção de até um milhão de casas populares, direcionado a famílias com renda de até dez salários mínimos. "Estamos atentos a tudo o que está acontecendo e novas medidas serão tomadas caso haja uma avaliação de que sejam necessárias", disse o ministro da Fazenda, Guido Mantega, na última sexta-feira.

17:11
Anónimo disse...
Ex-ministro critica extensão do seguro-desemprego

Atualizada às 09h03

O ex-ministro do Trabalho Almir Pazzianotto criticou a decisão do governo federal de conceder o seguro-desemprego estendido a apenas alguns setores. "É certamente odioso e provavelmente inconstitucional", disse Pazzianotto, de acordo com o jornal O Estado de S. Paulo.

Na última qurta, dia do anúncio da medida, centrais sindicais elogiaram a atitude do governo. A Força Sindical divulgou nota dizendo que "o aumento ajudará a aquecer parte da economia, já que irá gerar mais consumo, produção e conseqüentemente, a criação de novos postos de trabalho". A União Geral dos Trabalhadores (UGT) afirmou que a medida "contribuirá para minimizar o drama dos trabalhadores que perderem seu emprego por conta da crise".

O ex-ministro, que instituiu o seguro-desemprego no País no governo de José Sarney, destacou a necessidade de as centrais sindicais se manifestarem contra a determinação. Para ele, as mudanças devem ser aplicadas a todas as categorias profissionais e a distinção é contrária ao artigo 3º da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT).

Pazzianotto atribui a medida a um possível temor do governo de que a crise econômica seja longa e não haja dinheiro para atender a todas as necessidades. Ainda assim, ele se mostra contrário ao método de concessão. "O seguro-desemprego ajuda a sanar necessidades básicas. Estendê-lo é paliativo, não a solução", disse ao jornal.

De acordo com o presidente do Conselho Deliberativo do Fundo de Amparo ao Trabalhador (Codefat) e conselheiro da Força Sindical, Luiz Fernando Emediato, a determinação já estava prevista na lei 8.900/94, que trata do seguro-desemprego.

O presidente da Comissão de Trabalho da Câmara, Pedro Fernandes (PTB-MA) vai além na crítica à concessão do seguro para apenas alguns setores. Ele acredita que a ampliação do benefício estimula o desemprego.

Quintino Severo, secretário geral da Central Única dos Trabalhadores (CUT), lembra que a ampliação do benefício sem critério e identificação pode incentivar demissões em outros setores.

17:13
Anónimo disse...
Empresas
TAM faz promoção para destinos internacionais

A companhia aérea TAM anunciou nesta sexta-feira tarifas promocionais para trechos internacionais. Os preços valem para bilhetes comprados entre 6h deste sábado e 23h59 deste domingo e são válidos para classe econômica. As tarifas, para ida e volta, serão vendidas a partir de US$ 99, mais taxas.

Segundo a aérea, a promoção vale para viagens feitas no período de 14 de fevereiro a 18 de junho de 2009. Para destinos na América do Sul, a permanência mínima é de dois dias; para bilhetes com destino nos Estados Unidos, cinco dias; e Europa, sete dias. A permanência máxima para as passagens para América do Sul e EUA é de dois meses e para Europa, três meses.

Entre os exemplos de tarifas promocionais, a TAM oferece São Paulo-Lima por US$ 99. Bilhetes para a rota São Paulo-Santiago serão vendidos a partir de US$ 199 e São Paulo-Nova York, US$ 799.

A emissão dos bilhetes deve ser feita obrigatoriamente no ato da reserva, obedecendo às regras estipuladas pela companhia. A compra está sujeita à disponibilidade de assentos nas classes tarifárias determinadas, trechos, horários e datas. A TAM afirmou que também há tarifas promocionais para a classe executiva.

Mais informações podem ser encontradas no site promocional (www.ofertastam.com.br), no site da empresa (www.tam.com.br) ou pelos telefones 4002-5700 ou 0800 5705700.

17:13
Anónimo disse...
Empresas
Consultoria negocia compra do parque temático Hopi Hari

A consultoria especializada em reestruturação de empresas Íntegra Associados informou nesta sexta-feira ter um acordo para comprar o parque de diversões Hopi Hari, localizado no interior de São Paulo. A empresa estaria disposta a investir R$ 10 milhões no parque, que tem dívida estimada em R$ 800 milhões. As informações são da edição deste sábado do jornal Folha de S. Paulo.

De acordo com o jornal, a transação ainda depende da negociação entre o Hopi Hari e seus credores, o que já estaria em andamento.

A consultoria paulista já atuou junto à Parmalat, durante 30 meses, quando reorganizou a gestão da empresa italiana.

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17:14
Anónimo disse...
Empresas
Disney de Tóquio contratará mais 2 mil apesar da crise


A Oriental Land, o operador da Disneylândia Tóquio e DisneySea, organizou neste domingo entrevistas para contratar cerca de 2 mil trabalhadores em tempo parcial, em um momento de grandes demissões deste tipo de empregados no Japão.

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O operador deste parque temático, situado em Urayasu, na província de Chiba (leste de Tóquio), está em pleno processo de seleção de empregados para 20 tipos de postos trabalhistas diferentes.

Segundo a companhia, citada pela agência local de notícias Kyodo, o parque contratará novos trabalhadores para as atrações, para os restaurantes e guardas de segurança entre outros. Os novos contratados começarão a trabalhar a partir de fevereiro.

O processo de seleção acontece em um momento em que a maioria das grandes companhias japonesas começaram a se ver obrigadas a despedir uma elevada percentagem de seus trabalhadores temporários e a tempo parcial.

Algumas inclusive anunciaram demissões de seus trabalhadores fixos, uma medida muito pouco comum nas companhias japonesas, perante os efeitos piores que o esperado pela crise econômica global.

Cerca de uma centena de pessoas esperavam desde a primeira hora desta manhã a abertura do centro de conferências Tokyo International Forum, onde as entrevistas estão sendo feitas, para ser os primeiros a solicitar os postos de trabalho.


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17:15
Anónimo disse...
Economia Internacional
Senado dos EUA aprova plano de estímulo à economia

O Senado dos Estados Unidos aprovou com 60 votos a favor e 38 contra o plano de estímulo à economia de US$ 787 bilhões na madrugada deste sábado. Agora, ele segue para sanção ou veto do presidente Barack Obama, que espera colocar a lei em prática até o dia 16 de fevereiro.

O plano prevê a criação de três milhões de empregos, inclui cortes de impostos às famílias, fundos para programas sociais e obras públicas, além de ajuda aos governos estaduais, estudantes e desempregados.

A cláusula Buy American - que exige o uso de ferro, aço e produtos manufaturados dos Estados Unidos em obras realizadas com recursos do pacote - ficou de lado. Segundo o texto definitivo, a cláusula será aplicada sem violar as normas do comércio internacional.

Ontem à tarde, a Câmara de Representantes (deputados) havia aprovado, por 246 votos a favor e 183 contra, a versão final do plano. Todos os republicanos foram contrários ao pacote.

Pelo acordo de quarta-feira entre Câmara e Senado, em vez de custar US$ 819 bilhões, como queriam os deputados, ou US$ 838 bilhões como pretendiam os senadores, o pacote ficou em cerca de US$ 787 bilhões, com 65% desse total destinado a gastos do governo federal e 35%, a créditos tributários.

17:16
Anónimo disse...
Economia nacional
Na era Lula, aposentadoria sobe 54% menos que salário mínimo

Thatiane Faria
Especial para o Terra
Direto de São Paulo

Os índices de reajustes concedidos pelo governo em 2009 para aposentados e pensionistas e para o salário mínimo repetiram uma diferença que, só durante o governo de Luiz Inácio Lula da Silva, já chega a 54%. Enquanto o mínimo foi majorado em 12% este ano, as pensões e aposentadorias tiveram aumento de 5,92%. Aposentados que têm o benefício do governo como única fonte de renda reclamam que perdem poder de compra e que sua cesta de compras é composta por itens que aumentam mais em relação à inflação oficial.

Um exemplo prático pode ser entendido a partir da comparação entre um aposentado que ganhava R$ 600 em janeiro de 2003. Na época, o benefício era três vezes, ou 200%, maior que o valor do mínimo em vigência, que era de R$ 200. Aplicando-se os índices de reajuste para aposentadorias e para o mínimo durante os últimos seis anos, o mesmo aposentado estaria recebendo hoje R$ 938,47, comparado a um salário mínimo de R$ 465. A diferença entre os dois valores caiu para pouco mais de 100%.

Enquanto o índice acumulado de reajuste para a aposentadoria durante o governo Lula foi de 60%, para o salário mínimo está em 132%.

O diretor do Sindicato Nacional dos Aposentados, João Inocentini, reclama que os valores dos benefícios para aposentadorias não mantêm o poder de compra do grupo, principalmente dos aposentados que recebem menos que dez salários mínimos.

Nem mesmo o fato de o índice de reajuste das aposentadorias ter ficado acima da inflação acumulada no mesmo período (o IPCA entre janeiro de 2003 e janeiro de 2009 foi de 39,7%) serve de argumento, segundo os aposentados.

"Os idosos, principalmente, têm gastos além das contas gerais como gás, telefone e aluguel. Para eles o custo com remédios, e outros itens da área saúde costuma ser maior", afirmou Inocentini.

O presidente do sindicato afirmou que o grupo realiza um estudo com 100 itens de necessidade de um idoso para comparar o aumento dos produtos com o índice de reajuste do benefício recebido pelos aposentados.

"Daqui dois meses vamos abrir um processo na Justiça e levar essa pesquisa como prova. Segundo a lei, o governo é obrigado a manter o poder de compra com a aposentadoria", disse Inocentini.

Alternativas
O consultor financeiro Cláudio Boriola diz que os aposentados, especialmente nesse momento de crise econômica, devem evitar compras parceladas, pesquisar preços, negociar e fazer bom planejamento financeiro.

Segundo Boriola, alguns aposentados ganham um valor mensal muitas vezes insuficiente para o pagamento das contas e acabam pedindo crédito ou realizando pagamentos a prazo e são obrigados a pagar juros altos.

Na opinião do consultor, pagar uma previdência privada é uma alternativa indicada para quem ainda trabalha, considerando a característica de perda de poder de compra da aposentadoria.

"Na prática, infelizmente os valores encontram-se em um patamar que está deteriorando o poder de aquisição da população brasileira", completou Boriola.

De acordo com o diretor da Confederação Brasileira de Aposentados e Pensionistas (Cobap), Vicente Fernandes Barbosa, representantes dos aposentados tentarão um encontro com o presidente da Câmara, deputado Michel Temer (PMDB-SP), para discutir projetos que minimizem a perda dos aposentados

17:17
Anónimo disse...
Previdência
Previdência prorroga isenção de tarifas no benefício

O atual sistema de pagamento aos 26 milhões de aposentados e pensionistas do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) será mantido até o final deste ano. O acordo, que permite realizar a operação sem nenhum custo aos beneficiários, foi renovado nesta sexta-feira, entre o governo federal e 21 instituições financeiras.

Por meio desse acordo, vigente desde setembro de 2007, nem os segurados, nem os bancos e nem o governo arcam com o pagamento de tarifas, conforme explicou o ministro da Previdência Social, José Pimentel. A prorrogação vale até dezembro, data máxima para que a Previdência defina as regras para um novo contrato.

Ao assinar o termo de renovação, na sede da Federação Brasileira dos Bancos (Febraban), o ministro disse que a intenção do governo é mudar o atual modelo de gestão visando a reduzir os custos dessas operações em torno da folha mensal, que atinge R$ 15,8 bilhões. No entanto, qualquer alteração, conforme explicou, passará antes por audiências públicas a serem realizadas a partir do segundo semestre deste ano, atendendo a determinação do Tribunal de Contas da União (TCU).

De acordo com Pimentel, com um redesenho do mecanismo de repasse dos recursos aos bancos em torno da folha de pagamento dos segurados o que se busca é um aumento da participação de instituições financeiras. Ele informou que, desde 2007, cada benefício custa em média R$ 1,07 ao governo. "Quanto mais instituições financeiras estiverem prestando serviços à sociedade, maior é a competitividade, a agilidade no atendimento", justificou.

O ministro observou, ainda, que, para permitir uma redução para algo em torno de meia hora no tempo de atendimento para a concessão dos direitos previdenciários, o governo investiu R$ 280 milhões.

Questionado sobre o descontentamento dos segurados que ganham acima de um salário mínimo terem obtido apenas a correção com base na variação do Índice de Preços ao Consumidor (INPC) , ficando abaixo do reajuste dado a quem recebe apenas o mínimo, Pimentel argumentou que o governo seguiu o que determina a lei e descartou a possibilidade de uma revisão

17:17
Anónimo disse...
Empresas
Caterpillar oferece aposentadoria antecipada a 2 mil


A companhia americana Caterpillar ofereceu a cerca de dois mil funcionários incentivos para que se aposentem de forma voluntária antes do previsto, pela perspectiva de uma queda "significativa" da atividade industrial, informou nesta quarta-feira a empresa.

A iniciativa, destinada aos trabalhadores de diversas fábricas em Illinois, Colorado, Tennessee e Pensilvânia, se soma aos cortes de empregos anunciados em janeiro, explicou em comunicado de imprensa.

A empresa, a maior fabricante mundial de maquinaria pesada para a construção e a mineração, acrescentou que, "em função das condições de negócio, podem ser necessárias mais reduções de elenco voluntárias e involuntárias à medida que o ano avança".

O vice-presidente da companhia, Sid Banwart, explicou que a empresa prevê "demissões significativas em todas as regiões geográficas e na maioria dos setores devido às dificuldades da economia mundial".

17:18
Anónimo disse...
Comércio
Comércio exterior da OCDE caiu no 3º trimestre de 2008


As exportações e as importações dos países da Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Econômico (OCDE) caíram 1,6% e 0,2%, respectivamente, no terceiro trimestre de 2008, em relação aos três meses anteriores.

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Trata-se da primeira queda destas atividades desde o terceiro trimestre de 2006, segundo o último relatório trimestral sobre fluxos comerciais divulgado pela OCDE.

As exportações e as importações em dólares dos 30 Estados-membros caíram 15,6% e 17%, respectivamente, na comparação anualizada.

Por sua vez, o comércio dos sete países mais ricos do mundo (G7) teve um pequeno crescimento no terceiro trimestre de 2008 com uma queda das exportações de mercadorias de 0,2% em relação ao trimestre anterior e um aumento de 0,4% das importações.

Em termos anualizados, as importações do G7 caíram 1,4% entre julho e setembro do ano passado, seu primeiro retrocesso desde o terceiro trimestre de 2006, enquanto as exportações aumentaram 1,9%, seu crescimento mais baixo no mesmo tempo.

Por países, a Alemanha aumentou suas importações em 3,4% - valor mais alto do G7 -, enquanto suas exportações caíram 2,9% do segundo para o terceiro trimestre de 2008.

Pelo contrário, as exportações americanas aumentaram 1,8% entre julho e setembro de 2008, enquanto as importações caíram 0,7% em relação ao trimestre anterior. No Japão, tanto as importações quanto as exportações caíram em torno de 1% no mesmo período.

17:19
Anónimo disse...
Economia Nacional
Lula: juros de crédito consignado a aposentados são altos

Atualizada às 17h29

O presidente Luis Inácio Lula da Silva afirmou nesta terça-feira, em São Paulo, que está lutando para reduzir as taxas de juros cobradas de aposentados em crédito consignado. A Previdência Social estabelece uma taxa máxima de 2,5% para empréstimo e de 3,5% para cartão. Para Lula, os valores são altos.

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"Acho que o juro que os aposentados estão pagando hoje com o crédito consignado é alto para o padrão brasileiro", disse o presidente durante a cerimônia de comemoração dos 86 anos do INSS.

A Previdência anunciou nesta terça-feira que aposentados e trabalhadoras com licença-maternidade poderão receber seus benefícios em 30 minutos. De acordo com Lula, em junho, a aposentadoria do trabalhador rural também será conseguida em meia hora.

Além disso, o presidente anunciou que, também em junho, os trabalhadores que alcançarem o direito à aposentadoria passarão a receber em suas casas um comunicado da Previdência informando o fato e o valor do salário que têm direito a receber. "É um comprometimento público que estou fazendo com os companheiros da Previdência Social", disse.

"Estamos retribuindo ao contribuinte da Previdência Social aquilo que é a cidadania que ele tem direito", afirmou Lula. "Se para cobrar nós somos tão precisos, para devolver o dinheiro, temos que chegar próximo à perfeição", completou.

17:20
Anónimo disse...
Economia Nacional
Salário maternidade sairá em 30 minutos, diz ministro

Toda trabalhadora autônoma que tiver contribuído pelo menos 10 meses com o Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) - ou as que possuírem carteira assinada - poderão receber em 30 minutos o salário maternidade a partir desta terça-feira. Da mesma forma, as mulheres com 30 anos de contribuição e os homens com 35 anos também terão direito ao benefício de forma mais rápida. A informação é do ministro da Previdência Social, José Pimentel.

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Para requerer o salário maternidade, é preciso que as autônomas levem a carteira de identidade e o carnê de contribuição. As demais trabalhadoras devem apresentar a identificação e a carteira de trabalho. Desde o início do mês, a nova forma de análise para a concessão de benefícios foi adotada para a aposentadoria por idade do trabalhador urbano e agora foi estendida para o salário maternidade e por tempo de contribuição.

O ministro disse que a qualificação do serviço da previdência social é o reconhecimento do direito dos trabalhadores e da afirmação da cidadania.

"Até pouco tempo na cabeça do cidadão o serviço devia ser de péssima qualidade. Agora não, nós modificamos toda a legislação no mês de dezembro numa ação conjunta do Congresso Nacional com o governo federal. Estamos implantando e concedendo os benefícios em até 30 minutos", afirmou.

O ministro destacou que para conseguir se aposentar ou ter acesso à licença maternidade em 30 minutos, em primeiro lugar, é necessário que o cidadão esteja vinculado à Previdência, o que inclui 65% da população acima de 16 anos de idade.

"Depois bastar marcar pelo sistema 135 o dia e a hora do atendimento e levar a documentação. Se todos os dados necessários estiverem corretos o contribuinte será atendido em até 30 minutos, como vem sendo feito com as aposentadorias por idade desde o dia cinco de janeiro", explicou.

Pimentel disse ainda que em 90% das agências da previdência social o atendimento é marcado em até 48 horas. Nos grandes centros, entretanto existe um volume maior o que torna mais lento o processo.

"Estamos criando mais 715 agências até 2010, em todo o território nacional, para descentralizar o atendimento. Em 2008, atendemos 295 mil benefícios e aposentadorias por idade. Temos 4 mil pessoas por dia procurando e se aposentando por idade no território nacional. Este serviço será agilizado", concluiu.
17:25
Anónimo disse...
Giuseppe Englaro, pai de Eluana, a italiana que morreu na segunda-feira passada por desidratação, recusou uma grande soma de dinheiro de um conhecido fotógrafo italiano que queria retratar a filha em estado de coma, disse neste sábado o neurologista que atendia a mulher desde 1996, Carlo Defanti.

O neurologista, que participou hoje de uma conferência sobre eutanásia, disse que Englaro respeitou a vontade da filha, que, antes do acidente, tinha pedido que, se lhe ocorresse qualquer coisa irreversível, apresentasse sua imagem de quando estava em boas condições.

Antes de sofrer o acidente de trânsito, em 1992, Eluana viveu o coma de um amigo, Alessandro, o que causou forte impacto na italiana e a levou a fazer o pai prometer que não a deixasse viver em estado vegetativo, disse o próprio Giuseppe Englaro.

Defanti, que dissera que Eluana poderia viver de dez a 12 dias depois da suspensão da alimentação e da hidratação, disse que, como médico, tinha que reprovar esta afirmação.

"Não se pode sobreviver após três ou quatro dias sem líquido e, em particular, água em um corpo. Sabemos bem que, quando há um terremoto, após quatro dias é difícil encontrar sobreviventes".

Defanti ressaltou que Eluana "não falava, não se comunicava com o exterior" e que, após vários exames, "nos deparamos com uma moça que tinha perdido a consciência", porque estava com o córtex cerebral prejudicado.

Eluana foi enterrada na quinta-feira passada no túmulo da família na localidade de Paluzza, em Udine, após um funeral que não contou com a presença dos pais.

16:53
Anónimo disse...
Os bombeiros combatem neste sábado os incêndios na Austrália favorecidos pelo bom tempo, enquanto os deslocados encotram em seu retorno casas derruídas, carros queimados nas ruas e destruição.

Depois de sete dias desde que começaram os incêndios no Estado de Victoria, a lista de mortos chega a 181, os desaparecidos somam 50, os edifícios destruídos totalizam 1,834 mil e o terreno arrasado, principalmente florestas, ocupa uma área de 4,13 mil quilômetros quadrados.

As equipes de bombeiros, formadas por 4 mil profissionais de Victoria, de outras partes da Austrália e de países amigos, combateram hoje 12 focos fora de controle e nenhum representava uma ameaça direta para a população.

O subdiretor do Serviço de Bombeiros, Geoff Conway, disse que este tempo favorável, que se prolongará durante o domingo, permite consolidar as linhas de contenção e avançar na extinção das chamas.

Cinzas apareceram arrastadas por ventos do nordeste sobre Melbourne, onde habitam 3,8 milhões de pessoas, e as autoridades alertaram aos cidadãos do risco para a saúde de idosos, crianças e pessoas com problemas respiratórios.

O número de pessoas deslocadas - a Cruz Vermelha chegou a receber 7 mil - começou a cair com a abertura de algumas localidades atingidas.

Os incêndios, alguns criminosos, começaram em 7 de fevereiro, quando a região sul da Austrália estava há duas semanas sob uma onda de calor sem precedentes.

Na sexta-feira passada, a polícia acusou uma pessoa de ter provocado o incêndio que atingiu a localidade de Churchill e matou 21 pessoas.

16:55
Anónimo disse...
A primeira chuva em seis dias reduziu a ameaça de incêndios no Estado de Victoria, ao sul da Austrália. As autoridades, porém, advertiram que ainda existem 12 focos, mas que nenhum deles ameaça áreas povoadas.

Mais de quatro mil bombeiros, mil provenientes de outras partes do país e de outras nações, trabalham contra o fogo. Cerca de 600 veículos e 28 helicópteros e pequenos aviões estão sendo usados.


Eles conseguiram construir linhas de contenção para evitar os incêndios de Yarra e Maroondah se juntassem. Também foram controlados os incêndios abertos de Yea e Murrindindi, que ameaçavam as comunidades de Connellys Creek, Crystal Creek, Scrubby Creek e Native Dog Creek.

O número de mortos chegou a 181, mas as autoridades acreditam que as vítimas devem passar de 200, já que ainda há muitos desaparecidos.

16:55
Anónimo disse...
Aqui nesta coluna, na semana passada, tive a oportunidade de comentar sobre a recente visita do professor brasileiro Pedrinho Guareschi à Austrália. Não dei, porém, os fatos, pois semana passada o assunto era outro.

Hoje, porém, vamos a eles.

No último dia 4 de fevereiro, aconteceu o Seminário "Paulo Freire: Education and Liberation", organizado pelo centro de estudos latino-americanos da Universidade Nacional da Austrália, ou ANU, como é mais conhecida por aqui.

A ANU, para quem não sabe, está entre as 20 melhores universidades do mundo! E tem sede aqui em Camberra, capital da Austrália.

Na abertura do evento, o professor John Minns, diretor do centro latino-americano, ao dar boas-vindas ao público presente, lembrou ser aquele o primeiro seminário exclusivamente dedicado a Paulo Freire na Austrália.

Em seguida, convidou Pedrinho Guareschi, palestrante principal do Seminário, a fazer sua apresentação.

A plateia pode então conhecer, pelas palavras de Pedrinho, um pouco da obra e da vida de Freire, esse brasileiro de fé e valor, que sempre acreditou na educação, sobretudo dos menos favorecidos, analfabetos, como força libertadora.

Como não podia deixar de ser, os conceitos e ideias revolucionários de Paulo Freire, expostos com clareza por Pedrinho, despertaram o interesse e a curiosidade de plateia. A qual, deve-se notar, era na maioria de estudantes, mas de várias nacionalidades, sobretudo australianos e asiáticos.

Na continuação do programa do seminário, que se estendeu por dois dias, outros professores fizeram palestras sobre temas ligados à obra de Paulo Freire.

Interessante, por exemplo, saber que a professora Anne Hickling-Hudson, jamaicana que mora na Austrália há muitos anos (é professora da ANU), conheceu e trabalhou com Freire num workshop educacional durante a revolução na Ilha de Granada, em 1980, antes da invasão dos Estados Unidos...

Ou, então, a palestra da Professora Gerda Roelvink, da Nova Zelândia, que participou do Fórum Social de Porto Alegre em 2005. E essa participação transformou-se em tema de doutorado.

No dia 10, terça-feira passada, o padre Pedrinho Guareschi voltou a falar ao público australiano em grande auditório localizado no belíssimo campus da ANU. Desta vez, sobre a Teologia da Libertação.

Depois da palestra, John Minns mostrou o filme mexicano "O Crime do Padre Amaro", no qual um dos personagens é um padre católico praticante da Teologia da Libertação.

Mais uma vez, foi grande o intersse da platéia, que pode aprender e conhecer um pouco como se desenvolveu aquele importante movimento católico na América Latina.

Fica, assim, ao Pedrinho, bem como a outros brasileiros estudiosos e de bom coração que saem pelo mundo a divulgar aspectos importantes da cultura brasileira, o respeito e a homenagem desta coluna. E... aquele abraço!

16:57
Anónimo disse...
Amanda Kitts perdeu o braço esquerdo em um acidente de automóvel acontecido três anos atrás, mas hoje em dia ela joga futebol americano com seu filho de 12 anos de idade, troca fraldas e abraça as crianças nas três creches Kiddie Cottage que opera em Knoxville, Tennessee. Kitts, 40 anos, faz tudo isso com a ajuda de um novo tipo de braço artificial que se movimenta com mais facilidade do que outros aparelhos e que ela pode controlar utilizando apenas seus pensamentos.

"Eu sou capaz de mexer a mão, o pulso e o cotovelo ao mesmo tempo", diz. "Você pensa e os músculos se movem em seguida".

A recuperação que ela conseguiu resulta de um novo procedimento que vem atraindo crescente atenção porque permite que pessoas movam braços protéticos de forma mais automática do que faziam no passado, simplesmente utilizando nervos reaproveitados em seus cérebros.

A técnica, conhecida como "renervação muscular dirigida", envolve utilizar os nervos que restam depois da amputação de um braço e conectá-los a outro músculo do corpo, em geral no peito. Eletrodos são instalados sobre os músculos do peito, e operam como se fossem antenas. Quando a pessoa deseja mover o braço, o cérebro envia sinais que primeiro resultam em contração dos músculos do peito, os quais enviam um sinal ao braço protético, instruindo-se a se movimentar. O processo não requer mais esforços consciente do que a pessoa teria de exercitar caso ainda tivesse seu braço natural.

Na terça-feira, pesquisadores reportaram em estudo publicado pela versão online do Journal of the American Medical Association que haviam levado a técnica ainda mais à frente, tornando possível a execução de 10 movimentos de mão, pulso e cotovelo diferentes, o que representa uma substancial melhora com relação ao típico repertório protético, que em geral envolve apenas dobrar o cotovelo, girar o pulso e abrir a mão.

"Os novos métodos tiveram impacto dramático em nosso campo de trabalho", disse Stuart Harshbarger, engenheiro biomédico na Universidade Johns Hopkins e diretor do programa de pesquisa sobre próteses, financiado pelas forças armadas, que inclui o trabalho com essa técnica. "O método já está em uso por médicos e cirurgiões comuns em todo o país. A capacidade de controlar um membro protético bastante robusto que ele confere surpreendeu a todos pela qualidade".

Tipicamente, uma pessoa que tenha um braço protético só é capaz de executar alguns poucos movimentos, e muitas vezes com tamanha lentidão que isso só permite a ela atividades limitadas.

Há um motor separado para cada movimento, diz Gerald Loeb, professor de engenharia biomédica na Universidade do Sul da Califórnia, "e esses motores precisam ser controlados de maneira explícita", usualmente por um esforço consciente da pessoa para contrair músculos nas costas ou no bíceps.

"Essencialmente, até agora os pacientes controlavam apenas um motor de cada vez", diz Loeb, "e precisavam pensar cuidadosamente sobre que motor desejavam controlar e como fazê-lo operar, em lugar de simplesmente pensarem em mover o braço e poderem fazê-lo sem delongas".

Antes que Kitts passasse pelo procedimento de renervação, em outubro de 2007, por exemplo, ela precisava movimentar os músculos de suas costas de determinada maneira para fazer com que seu pulso girasse, e flexionar seu bíceps e tríceps para fazer com que o cotovelo se movesse para cima e para baixo. "Era muito trabalho", ela conta. "E não me ajudava muito".

O procedimento de renervação é parte de uma recente explosão de idéias novas e técnicas inovadoras que estão sendo exploradas enquanto os cientistas se esforçam por ajudar as pessoas a compensar melhor a perda de membros ou problemas de paralisia. O esforço vem sendo alimentado pelo aumento no número de amputações causado por diabetes e por ferimentos sofridos pelos militares, e ao mesmo tempo pelos avanços na tecnologia médica.

Os braços se tornaram um dos focos essenciais desse tipo de trabalho. A ciência há muito vem obtendo sucessos no desenvolvimento de próteses de perna, mas é muito mais difícil imitar a complexidade e a destreza das mãos e dos braços.

Os esforços em curso incluem o desenvolvimento de projetos de pele e braços mais sensíveis e mais flexíveis, e o uso de dispositivos acionados por controles sem fio implantado nos braços protéticos, que permitiriam movimentos mais naturais.

Os pesquisadores também vêm usando sensores implantados nos cérebros de cobaias para permitir que dois macacos controlem um braço mecânico, e um teste com um homem paralítico permitiu, com esse método, que ele movimentasse um cursor em uma tela de computador.

Alguns desses métodos, caso venham a ser aperfeiçoados plenamente e consigam aprovação das autoridades regulatórias da saúde, podem no futuro se tornar mais viáveis para os pacientes de amputações.

E embora a técnica da renervação não requeira aprovação das autoridades regulatórias porque é executada por meios cirúrgicos e emprega aparelhos já existentes, ela apresenta limitações que até mesmo seus criadores reconhecem, entre as quais o fato de que não se pode utilizá-la para todos os pacientes, o seu alto custo e o prazo de meses requerido para que os nervos reconectados cresçam e se tornem efetivos.

Ainda assim, os especialistas dizem que é o mais avançado sistema em uso hoje para pacientes reais que permite que o sistema nervoso controle diretamente o movimento de um braço artificial.

Desde sua introdução por Todd Kuiken, médico fisioterapeuta e engenheiro biomédico do Instituto de Reabilitação de Chicago, o método foi empregado em cerca de 30 pacientes nos Estados Unidos, Canadá e Europa, entre os quais oito soldados feridos no Iraque e no Afeganistão.

Muitos dos pacientes, entre os quais o primeiro, Jesse Sullivan, um operário do setor elétrico no Tennessee que perdeu os dois braços quando foi eletrocutado por um cabo, conseguem não apenas manipular seus braços protéticos mas sentir a presença das mãos que já não têm quando alguém toca em seus peitos.

Sullivan, 62 anos, e Kitts, estavam entre os cinco pacientes que participaram do estudo reportado na terça-feira. Em companhia de cinco outras pessoas que não passaram por amputações, eles receberam os eletrodos e foram instruídos a usar pensamentos para fazer com que um braço virtual na tela reproduzisse 10 movimentos diferentes, entre os quais três formas diferentes de aperto de mão.

Os pacientes apresentaram desempenho bastante respeitável, apenas um pouco mais lento e menos preciso do que os dos participantes que não tinham amputações.

"As velocidades de movimento que encontramos em nossos pacientes foram realmente encorajadoras", disse Kuiken. "Eles conseguiram completar a tarefa. É claro que não foram tão competentes quanto as pessoas dotadas de plena capacidade física, mas foram bons o bastante".

Um braço virtual foi usado porque a maioria das próteses existentes não era capaz de acomodar todos aqueles movimentos, no momento da pesquisa, ainda que Sullivan, Kitts e uma terceira paciente, Claudia Mitchell, tenham experimentado dois novos protótipos mais versáteis de braços artificiais, executando tarefas complexas com bolas de tênis e outros objetos.

O trabalho de renervação em soldados apresenta outros desafios, diz Kuiken, porque os ferimentos militares muitas vezes "causam danos muitos extensos" a nervos, músculos ou ossos.

Daniel Acosta, 25 anos, um aviador ferido pela detonação de uma bomba em uma estrada do Iraque em 2005, passou pelo procedimento no ano passado e diz que seu braço esquerdo protético agora se movimenta "muito mais rápido" e de maneira muito mais natural.

"A diferença é que agora não preciso mais pensar para mover o braço", ele diz. "Ele simplesmente se mexe".

Ainda assim, Acosta, de San Antonio, diz que "o processo foi bastante longo" e que os eletrodos precisam ser ajustados para receber os sinais à medida que os nervos crescem ou mudam de posição.

E embora elogiem o método, os especialistas afirmam que a ciência das próteses de braço ainda tem muito por avançar.

"Trata-se de uma parte crucial, mas ainda assim apenas uma parte, das muitas coisas que compreendem a função normal de um braço", disse Loeb, que escreveu um editorial que acompanha o artigo no Journal of the American Medical Association.

"No momento estamos a meio do caminho entre o braço de 'Dr. Fantástico', que fazia involuntariamente a saudação nazista, e o braço de Luke Skywalker em 'Guerra nas Estrelas', que funciona sem nenhum problema assim que é conectado. Creio que precisaremos ainda de muitos anos para conectar todas as peças necessárias a produzir um braço capaz de funcionar normalmente".

17:04
Anónimo disse...
A Espanha disse neste sábado que está preparando uma reclamação oficial contra a decisão da Venezuela de expulsar um membro do Parlamento Europeu que criticou o conselho eleitoral venezuelano.
Luis Herrero, membro do partido conservador espanhol PP, foi deportado na sexta-feira depois que o Conselho Nacional Eleitoral (CNE) o acusou de questionar a imparcialidade da instituição antes de um referendo que pode permitir ao presidente Hugo Chávez permanecer no cargo indefinidamente.

Herrero estava na Venezuela como observador do referendo. Ele acusou Chávez de ter "comportamentos típicos de um ditador" por pedir a contenção de manifestações da oposição.

O governo da Espanha convocou um encontro com o embaixador da Venezuela em Madri para expressar a desaprovação sobre a expulsão de Herrero, disse um representante do Ministério das Relações Exteriores espanhol.

As relações da Venezuela com a Espanha tiveram seu ponto crítico em 2007, quando Chávez ameaçou rever acordos diplomáticos e comerciais depois de ouvir um "cala a boca" do rei espanhol Juan Carlos durante uma cúpula.

A fenda foi oficialmente reparada em 2008, com uma visita oficial de Chávez à Espanha, onde ele cumprimentou o rei e discutiu acordos para investimento no setor petroquímico com o primeiro-ministro José Luis Rodriguez Zapatero.

17:06
Anónimo disse...
A polícia do Zimbábue anunciou neste sábado que acusa de traição Roy Bennett, dirigente do até agora opositor Movimento para a Mudança Democrática (MDC), detido na sexta-feira, em Harare, poucas horas antes da cerimônia de posse dos membros do novo gabinete.

"A Polícia nos informou que vão apresentar acusações de traição", disse à agência EFE o advogado de defesa de Bennett, Trust Maanda.

"Tentam relacionar Roy com o caso de Mike Hitschmann, que foi detido em 2006 em relação à descoberta de um carregamento de armas, apesar de que Hitschmann não tenha sido declarado culpado das acusações de traição apresentadas contra ele, mas de um crime menor de descumprimento de leis", disse Maanda.

O político opositor, designado por seu partido como vice-ministro de Agricultura no Governo de união nacional, esteve no exílio na vizinha África do Sul desde 2006 e retornou ao Zimbábue há duas semanas.

Segundo a Polícia, que deteve Bennett ontem no aeroporto de Harare quando pretendia ir à África do Sul para visitar sua família, as armas apreendidas em 2006 seriam utilizadas em um golpe de Estado para derrubar o presidente do Zimbábue, Robert Mugabe.

Depois da detenção, Bennet foi levado a Mutar, onde vários simpatizantes do MDC se concentraram em frente à delegacia na qual estava detido, diante do que a Polícia respondeu com tiros para o alto para dispersar os manifestantes.

17:07
Anónimo disse...
Austrália: 14 mil se candidatam a 'emprego dos sonhos'

A secretaria de Turismo de Queensland, na Austrália, informou que até esta segunda-feira já recebeu cerca de 14 mil inscrições para o "o melhor emprego do mundo". O Estado australiano promove pela internet seleção para vaga de "zelador" da ilha Hamilton, por seis meses com um salário de R$ 40 mil.

Muitos candidatos tiveram problemas durante a inscrição por conta dos acessos simultâneos ao site. A secretaria aconselha enviar os vídeos de 60s explicando porque deve ser escolhido em horários alternativos do dia, além de recomendar tamanho em torno de 40MB.

As inscrições começaram em 12 de janeiro e vão até o próximo dia 22 e podem ser feitas pelo site www.islandreefjob.com. O governo australiano escolherá 50 candidatos para a próxima fase da seleção, que terá votos do público para eleger um dos 11 finalistas.

A última fase terá entrevistas e desafios físicos, no próprio local de trabalho: as ilhas da Grande Barreira Coralina - o maior recife de coral do mundo. A secretaria de Turismo anunciará o vencedor no dia 6 de maio.

17:09
Anónimo disse...
Mercado elogia governo na crise, mas pede maior queda no juro

Peter Fussy
Direto de São Paulo

Desde as primeiras medidas anunciadas para combater os efeitos da crise, o governo brasileiro avisou que a estratégia não contemplaria um pacote. Seriam doses pontuais, de acordo com a necessidade da economia diante do agravamento das turbulências. Da primeira liberação dos depósitos compulsórios em setembro até a ampliação do seguro-desemprego na última quarta-feira, o governo passou por redução de impostos, ampliação de crédito e incentivos à exportação. Quase 150 dias após a primeira medida, o Terra conversou com líderes do setor público e privado, representantes dos trabalhadores, acadêmicos e com o próprio governo para saber quais destas ações foram mais eficazes, quais foram mais ineficientes e o que mais pode ser feito pelo Estado brasileiro contra a crise.

Os maiores elogios foram direcionados à atitude de reduzir o Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) para a indústria automobilística, anunciada em dezembro e que fez com que os emplacamentos de carros novos subissem 1,9% no primeiro mês do ano em relação a dezembro de 2008. Já as maiores críticas foram para a lentidão no corte da taxa básica de juro do País.

Para o presidente do conselho administrativo do Grupo Pão de Açúcar, Abílio Diniz, o Estado não é responsável pela crise e mesmo assim está agindo "com extrema serenidade e muito acerto". "O governo está atento, fazendo a sua parte. É preciso coragem de baixar firmemente a taxa de juros. É uma arma que temos a nosso favor, já que não há clima para inflação, nem possibilidade de danos para a macroeconomia", afirmou Diniz.

Na última reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), em janeiro, a taxa Selic foi reduzida em um ponto percentual, de 13,75% para 12,75% ao ano. Porém, o professor de economia da Universidade de Brasília (UnB) José Luiz Oreiro lembra que este corte representa uma redução de apenas 0,25 ponto percentual com relação à taxa de setembro do ano passado, quando a crise se agravou.

"Pouco antes da eclosão da crise, o Banco Central aumentou a taxa em 0,75 ponto. Foram cinco meses de demora para reduzir em termos líquidos apenas 0,25 ponto", afirmou o economista, que também sugeriu redução do intervalo de cerca de 90 dias entre as reuniões do Copom e o corte de pelo menos um 1 ponto percentual em cada reunião.

Mesmo com o corte de janeiro, a taxa de juros real continua sendo a maior do mundo, lembrou o secretário-geral da Força Sindical, João Carlos Gonçalves, o Juruna. "A redução da taxa de juro ainda é pequena, porque ela continua uma das mais altas do mundo. Falta ousadia para baixar os juros e ajudar o cidadão. A permanência da taxa de juro alta é negativa para o País em meio a crise", afirmou Juruna.

Embora aprove as ações do governo, o senador Aloízio Mercadante (PT-SP) também acredita que o patamar da Selic está muito alto. "Sempre fomos os primeiros a entrar em qualquer crise, o que não aconteceu agora. A taxa Selic ainda é muito alta, mas o governo têm tomado medidas acertadas, como o aumento do salário mínimo, mesmo com um cenário de crise. Isso ajuda a movimentar o consumo. O governo está se esforçando para manter os investimentos e o crescimento", disse.

Tributos
De acordo com o economista Fabio Pina, da Fecomercio-SP, as ações mais positivas estão relacionadas à redução de tributos para alguns segmentos, como a indústria automobilística, que recuperou parte da queda nas vendas em janeiro com a isenção do IPI para carros 1.0 l e o corte para demais motorizações. A medida vale até o final de março.

"Essas medidas não só reduziram o preço, mas anteciparam o consumo daqueles que iriam comprar no futuro, dando um prêmio por conta da insegurança. Mexe diretamente com o principal problema que é a confiança do consumidor", afirmou. Juruna destacou que um bom ritmo de vendas é garantia de emprego. "É importante porque cada emprego na montadora significa 19 na cadeia produtiva", comentou o representante da Força Sindical.

Também em dezembro, o governo decidiu cortar pela metade a alíquota do Imposto de Renda para contribuintes que ganham entre R$ 1.434 e R$ 2.150 mensais. "O salário aumentava e a tabela não se modificava. As pessoas ganhavam mais e pagavam mais impostos", apontou Juruna. Outra redução de tributos do governo foi com relação ao Imposto sobre Operações Financeiras (IOF), que caiu de 3% ao ano para 1,5%.

Crédito
Na segunda metade de 2008, o colapso de bancos nos Estados Unidos por conta da crise do subprime provocou uma forte restrição de crédito no mundo inteiro. Uma das primeiras medidas anticrise do governo teve como objetivo restabelecer a oferta, com mudanças no recolhimento dos depósitos compulsórios por parte dos bancos. Segundo o presidente do Banco Central, Henrique Meirelles, as diversas modificações liberaram US$ 99,2 bilhões aos bancos até o final de janeiro.

Além disso, o governo concedeu R$ 36 bilhões das reservas internacionais para empresas brasileiras com dívidas no exterior e uma medida provisória autorizou o Banco do Brasil e a Caixa Econômica Federal a comprar carteiras de crédito de bancos privados. Para o diretor do Departamento de Pesquisas e Estudos Econômicos da Fiesp, Paulo Francini, estas medidas foram essenciais para combater os efeitos da crise.

"A crise se desenvolve no mundo em torno do tema crédito. E o crédito reduziu-se barbaridade no mundo. Então o governo lança mão de compulsório, lança mão de reservas, de medidas que permitem aos bancos comprar carteiras de bancos. Você vai tomando várias medidas para atender às demandas e o epicentro disso é crédito", afirmou.

No entanto, Oreiro, da UnB, adverte que a liberação dos compulsórios seria mais eficiente acompanhada de redução mais agressiva da taxa básica de juro. "Uma parte do crédito voltou, depois da forte retração em outubro e novembro. O que deveria ter sido feito junto à liberação do compulsório era uma redução mais drástica da taxa de juro. Sem isso, os bancos pegam as reservas e acabam comprando títulos públicos", explicou o economista.

Na opinião de Pina, as ações de distribuição de crédito via redução do compulsório e a disposição de capital de giro para empresas foram tomadas sem um cuidado maior na operação e não tiveram muito efeito. "O BNDES tem linhas que ficam paradas quase todo o ano, agora é pior ainda. Existem os recursos, mas as empresas e os bancos estão desconfiados. É preciso fazer com que os bancos tenham interesse em emprestar", afirmou o economista da Fecomercio-SP.

Futuro
Mesmo com todas essas medidas, a crise financeira ainda gera incertezas nos setores produtivos do País. Nos últimos meses, o medo do desemprego fez os consumidores adiarem compras. Por sua vez, a queda nas vendas pode obrigar as indústrias a cortarem a produção e demitir funcionários. Contra isso, empresários sugerem redução de jornada e de salários.

"Isto está previsto em lei. A Fiesp simplesmente manteve conversações com entidades sindicais quanto à aplicação daquilo que já está previsto em lei", afirmou Francini.

Segundo a ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff, uma das medidas que assegura um nível de emprego é a manutenção de investimentos no Programa de Aceleração do Crescimento (PAC). "Estamos esperando que a dificuldade ocorra em janeiro, fevereiro e março. Estamos certos que vamos manter o nível de investimento. É isso que funciona, é isso que significa investimento público. Ele funciona como um colchão. Por isso, nós colocamos R$ 100 bilhões no BNDES e a Petrobras ampliou o seu investimento em R$ 120 bilhões", afirmou.

Na mesma linha, Pina explica que a antecipação de gastos do governo substitui parte da demanda retraída do setor privado. "Ele dá o seguinte recado: não vou estourar as contas públicas, mas concentrar em um momento em que a demanda privada está pequena. Mas o governo não tem fôlego suficiente para fazer o papel de toda demanda", ressaltou. O economista da Fecomercio lembrou que a entidade já pleiteou junto ao governo isenções para transferência de imóveis e de automóveis, além de retirar o IPVA para veículos novos.

Já Oreiro foca suas propostas na capitalização do Banco do Brasil e da Caixa Econômica Federal pelo Tesouro para atender a demanda de crédito para capital de giro e reduzir o spread. "Aumentando o empréstimo e reduzindo as taxas, os dois vão forçar os bancos privados a acompanhar o movimento, até para não perderem participação no mercado", explicou o economista da UnB.

Até o Carnaval, o governou prometeu detalhar um pacote de incentivos para a construção de até um milhão de casas populares, direcionado a famílias com renda de até dez salários mínimos. "Estamos atentos a tudo o que está acontecendo e novas medidas serão tomadas caso haja uma avaliação de que sejam necessárias", disse o ministro da Fazenda, Guido Mantega, na última sexta-feira.

17:11
Anónimo disse...
Ex-ministro critica extensão do seguro-desemprego

Atualizada às 09h03

O ex-ministro do Trabalho Almir Pazzianotto criticou a decisão do governo federal de conceder o seguro-desemprego estendido a apenas alguns setores. "É certamente odioso e provavelmente inconstitucional", disse Pazzianotto, de acordo com o jornal O Estado de S. Paulo.

Na última qurta, dia do anúncio da medida, centrais sindicais elogiaram a atitude do governo. A Força Sindical divulgou nota dizendo que "o aumento ajudará a aquecer parte da economia, já que irá gerar mais consumo, produção e conseqüentemente, a criação de novos postos de trabalho". A União Geral dos Trabalhadores (UGT) afirmou que a medida "contribuirá para minimizar o drama dos trabalhadores que perderem seu emprego por conta da crise".

O ex-ministro, que instituiu o seguro-desemprego no País no governo de José Sarney, destacou a necessidade de as centrais sindicais se manifestarem contra a determinação. Para ele, as mudanças devem ser aplicadas a todas as categorias profissionais e a distinção é contrária ao artigo 3º da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT).

Pazzianotto atribui a medida a um possível temor do governo de que a crise econômica seja longa e não haja dinheiro para atender a todas as necessidades. Ainda assim, ele se mostra contrário ao método de concessão. "O seguro-desemprego ajuda a sanar necessidades básicas. Estendê-lo é paliativo, não a solução", disse ao jornal.

De acordo com o presidente do Conselho Deliberativo do Fundo de Amparo ao Trabalhador (Codefat) e conselheiro da Força Sindical, Luiz Fernando Emediato, a determinação já estava prevista na lei 8.900/94, que trata do seguro-desemprego.

O presidente da Comissão de Trabalho da Câmara, Pedro Fernandes (PTB-MA) vai além na crítica à concessão do seguro para apenas alguns setores. Ele acredita que a ampliação do benefício estimula o desemprego.

Quintino Severo, secretário geral da Central Única dos Trabalhadores (CUT), lembra que a ampliação do benefício sem critério e identificação pode incentivar demissões em outros setores.

17:13
Anónimo disse...
Empresas
TAM faz promoção para destinos internacionais

A companhia aérea TAM anunciou nesta sexta-feira tarifas promocionais para trechos internacionais. Os preços valem para bilhetes comprados entre 6h deste sábado e 23h59 deste domingo e são válidos para classe econômica. As tarifas, para ida e volta, serão vendidas a partir de US$ 99, mais taxas.

Segundo a aérea, a promoção vale para viagens feitas no período de 14 de fevereiro a 18 de junho de 2009. Para destinos na América do Sul, a permanência mínima é de dois dias; para bilhetes com destino nos Estados Unidos, cinco dias; e Europa, sete dias. A permanência máxima para as passagens para América do Sul e EUA é de dois meses e para Europa, três meses.

Entre os exemplos de tarifas promocionais, a TAM oferece São Paulo-Lima por US$ 99. Bilhetes para a rota São Paulo-Santiago serão vendidos a partir de US$ 199 e São Paulo-Nova York, US$ 799.

A emissão dos bilhetes deve ser feita obrigatoriamente no ato da reserva, obedecendo às regras estipuladas pela companhia. A compra está sujeita à disponibilidade de assentos nas classes tarifárias determinadas, trechos, horários e datas. A TAM afirmou que também há tarifas promocionais para a classe executiva.

Mais informações podem ser encontradas no site promocional (www.ofertastam.com.br), no site da empresa (www.tam.com.br) ou pelos telefones 4002-5700 ou 0800 5705700.

17:13
Anónimo disse...
Empresas
Consultoria negocia compra do parque temático Hopi Hari

A consultoria especializada em reestruturação de empresas Íntegra Associados informou nesta sexta-feira ter um acordo para comprar o parque de diversões Hopi Hari, localizado no interior de São Paulo. A empresa estaria disposta a investir R$ 10 milhões no parque, que tem dívida estimada em R$ 800 milhões. As informações são da edição deste sábado do jornal Folha de S. Paulo.

De acordo com o jornal, a transação ainda depende da negociação entre o Hopi Hari e seus credores, o que já estaria em andamento.

A consultoria paulista já atuou junto à Parmalat, durante 30 meses, quando reorganizou a gestão da empresa italiana.

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17:14
Anónimo disse...
Empresas
Disney de Tóquio contratará mais 2 mil apesar da crise


A Oriental Land, o operador da Disneylândia Tóquio e DisneySea, organizou neste domingo entrevistas para contratar cerca de 2 mil trabalhadores em tempo parcial, em um momento de grandes demissões deste tipo de empregados no Japão.

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O operador deste parque temático, situado em Urayasu, na província de Chiba (leste de Tóquio), está em pleno processo de seleção de empregados para 20 tipos de postos trabalhistas diferentes.

Segundo a companhia, citada pela agência local de notícias Kyodo, o parque contratará novos trabalhadores para as atrações, para os restaurantes e guardas de segurança entre outros. Os novos contratados começarão a trabalhar a partir de fevereiro.

O processo de seleção acontece em um momento em que a maioria das grandes companhias japonesas começaram a se ver obrigadas a despedir uma elevada percentagem de seus trabalhadores temporários e a tempo parcial.

Algumas inclusive anunciaram demissões de seus trabalhadores fixos, uma medida muito pouco comum nas companhias japonesas, perante os efeitos piores que o esperado pela crise econômica global.

Cerca de uma centena de pessoas esperavam desde a primeira hora desta manhã a abertura do centro de conferências Tokyo International Forum, onde as entrevistas estão sendo feitas, para ser os primeiros a solicitar os postos de trabalho.


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17:15
Anónimo disse...
Economia Internacional
Senado dos EUA aprova plano de estímulo à economia

O Senado dos Estados Unidos aprovou com 60 votos a favor e 38 contra o plano de estímulo à economia de US$ 787 bilhões na madrugada deste sábado. Agora, ele segue para sanção ou veto do presidente Barack Obama, que espera colocar a lei em prática até o dia 16 de fevereiro.

O plano prevê a criação de três milhões de empregos, inclui cortes de impostos às famílias, fundos para programas sociais e obras públicas, além de ajuda aos governos estaduais, estudantes e desempregados.

A cláusula Buy American - que exige o uso de ferro, aço e produtos manufaturados dos Estados Unidos em obras realizadas com recursos do pacote - ficou de lado. Segundo o texto definitivo, a cláusula será aplicada sem violar as normas do comércio internacional.

Ontem à tarde, a Câmara de Representantes (deputados) havia aprovado, por 246 votos a favor e 183 contra, a versão final do plano. Todos os republicanos foram contrários ao pacote.

Pelo acordo de quarta-feira entre Câmara e Senado, em vez de custar US$ 819 bilhões, como queriam os deputados, ou US$ 838 bilhões como pretendiam os senadores, o pacote ficou em cerca de US$ 787 bilhões, com 65% desse total destinado a gastos do governo federal e 35%, a créditos tributários.

17:16
Anónimo disse...
Economia nacional
Na era Lula, aposentadoria sobe 54% menos que salário mínimo

Thatiane Faria
Especial para o Terra
Direto de São Paulo

Os índices de reajustes concedidos pelo governo em 2009 para aposentados e pensionistas e para o salário mínimo repetiram uma diferença que, só durante o governo de Luiz Inácio Lula da Silva, já chega a 54%. Enquanto o mínimo foi majorado em 12% este ano, as pensões e aposentadorias tiveram aumento de 5,92%. Aposentados que têm o benefício do governo como única fonte de renda reclamam que perdem poder de compra e que sua cesta de compras é composta por itens que aumentam mais em relação à inflação oficial.

Um exemplo prático pode ser entendido a partir da comparação entre um aposentado que ganhava R$ 600 em janeiro de 2003. Na época, o benefício era três vezes, ou 200%, maior que o valor do mínimo em vigência, que era de R$ 200. Aplicando-se os índices de reajuste para aposentadorias e para o mínimo durante os últimos seis anos, o mesmo aposentado estaria recebendo hoje R$ 938,47, comparado a um salário mínimo de R$ 465. A diferença entre os dois valores caiu para pouco mais de 100%.

Enquanto o índice acumulado de reajuste para a aposentadoria durante o governo Lula foi de 60%, para o salário mínimo está em 132%.

O diretor do Sindicato Nacional dos Aposentados, João Inocentini, reclama que os valores dos benefícios para aposentadorias não mantêm o poder de compra do grupo, principalmente dos aposentados que recebem menos que dez salários mínimos.

Nem mesmo o fato de o índice de reajuste das aposentadorias ter ficado acima da inflação acumulada no mesmo período (o IPCA entre janeiro de 2003 e janeiro de 2009 foi de 39,7%) serve de argumento, segundo os aposentados.

"Os idosos, principalmente, têm gastos além das contas gerais como gás, telefone e aluguel. Para eles o custo com remédios, e outros itens da área saúde costuma ser maior", afirmou Inocentini.

O presidente do sindicato afirmou que o grupo realiza um estudo com 100 itens de necessidade de um idoso para comparar o aumento dos produtos com o índice de reajuste do benefício recebido pelos aposentados.

"Daqui dois meses vamos abrir um processo na Justiça e levar essa pesquisa como prova. Segundo a lei, o governo é obrigado a manter o poder de compra com a aposentadoria", disse Inocentini.

Alternativas
O consultor financeiro Cláudio Boriola diz que os aposentados, especialmente nesse momento de crise econômica, devem evitar compras parceladas, pesquisar preços, negociar e fazer bom planejamento financeiro.

Segundo Boriola, alguns aposentados ganham um valor mensal muitas vezes insuficiente para o pagamento das contas e acabam pedindo crédito ou realizando pagamentos a prazo e são obrigados a pagar juros altos.

Na opinião do consultor, pagar uma previdência privada é uma alternativa indicada para quem ainda trabalha, considerando a característica de perda de poder de compra da aposentadoria.

"Na prática, infelizmente os valores encontram-se em um patamar que está deteriorando o poder de aquisição da população brasileira", completou Boriola.

De acordo com o diretor da Confederação Brasileira de Aposentados e Pensionistas (Cobap), Vicente Fernandes Barbosa, representantes dos aposentados tentarão um encontro com o presidente da Câmara, deputado Michel Temer (PMDB-SP), para discutir projetos que minimizem a perda dos aposentados

17:17
Anónimo disse...
Previdência
Previdência prorroga isenção de tarifas no benefício

O atual sistema de pagamento aos 26 milhões de aposentados e pensionistas do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) será mantido até o final deste ano. O acordo, que permite realizar a operação sem nenhum custo aos beneficiários, foi renovado nesta sexta-feira, entre o governo federal e 21 instituições financeiras.

Por meio desse acordo, vigente desde setembro de 2007, nem os segurados, nem os bancos e nem o governo arcam com o pagamento de tarifas, conforme explicou o ministro da Previdência Social, José Pimentel. A prorrogação vale até dezembro, data máxima para que a Previdência defina as regras para um novo contrato.

Ao assinar o termo de renovação, na sede da Federação Brasileira dos Bancos (Febraban), o ministro disse que a intenção do governo é mudar o atual modelo de gestão visando a reduzir os custos dessas operações em torno da folha mensal, que atinge R$ 15,8 bilhões. No entanto, qualquer alteração, conforme explicou, passará antes por audiências públicas a serem realizadas a partir do segundo semestre deste ano, atendendo a determinação do Tribunal de Contas da União (TCU).

De acordo com Pimentel, com um redesenho do mecanismo de repasse dos recursos aos bancos em torno da folha de pagamento dos segurados o que se busca é um aumento da participação de instituições financeiras. Ele informou que, desde 2007, cada benefício custa em média R$ 1,07 ao governo. "Quanto mais instituições financeiras estiverem prestando serviços à sociedade, maior é a competitividade, a agilidade no atendimento", justificou.

O ministro observou, ainda, que, para permitir uma redução para algo em torno de meia hora no tempo de atendimento para a concessão dos direitos previdenciários, o governo investiu R$ 280 milhões.

Questionado sobre o descontentamento dos segurados que ganham acima de um salário mínimo terem obtido apenas a correção com base na variação do Índice de Preços ao Consumidor (INPC) , ficando abaixo do reajuste dado a quem recebe apenas o mínimo, Pimentel argumentou que o governo seguiu o que determina a lei e descartou a possibilidade de uma revisão

17:17
Anónimo disse...
Empresas
Caterpillar oferece aposentadoria antecipada a 2 mil


A companhia americana Caterpillar ofereceu a cerca de dois mil funcionários incentivos para que se aposentem de forma voluntária antes do previsto, pela perspectiva de uma queda "significativa" da atividade industrial, informou nesta quarta-feira a empresa.

A iniciativa, destinada aos trabalhadores de diversas fábricas em Illinois, Colorado, Tennessee e Pensilvânia, se soma aos cortes de empregos anunciados em janeiro, explicou em comunicado de imprensa.

A empresa, a maior fabricante mundial de maquinaria pesada para a construção e a mineração, acrescentou que, "em função das condições de negócio, podem ser necessárias mais reduções de elenco voluntárias e involuntárias à medida que o ano avança".

O vice-presidente da companhia, Sid Banwart, explicou que a empresa prevê "demissões significativas em todas as regiões geográficas e na maioria dos setores devido às dificuldades da economia mundial".

17:18
Anónimo disse...
Comércio
Comércio exterior da OCDE caiu no 3º trimestre de 2008


As exportações e as importações dos países da Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Econômico (OCDE) caíram 1,6% e 0,2%, respectivamente, no terceiro trimestre de 2008, em relação aos três meses anteriores.

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Trata-se da primeira queda destas atividades desde o terceiro trimestre de 2006, segundo o último relatório trimestral sobre fluxos comerciais divulgado pela OCDE.

As exportações e as importações em dólares dos 30 Estados-membros caíram 15,6% e 17%, respectivamente, na comparação anualizada.

Por sua vez, o comércio dos sete países mais ricos do mundo (G7) teve um pequeno crescimento no terceiro trimestre de 2008 com uma queda das exportações de mercadorias de 0,2% em relação ao trimestre anterior e um aumento de 0,4% das importações.

Em termos anualizados, as importações do G7 caíram 1,4% entre julho e setembro do ano passado, seu primeiro retrocesso desde o terceiro trimestre de 2006, enquanto as exportações aumentaram 1,9%, seu crescimento mais baixo no mesmo tempo.

Por países, a Alemanha aumentou suas importações em 3,4% - valor mais alto do G7 -, enquanto suas exportações caíram 2,9% do segundo para o terceiro trimestre de 2008.

Pelo contrário, as exportações americanas aumentaram 1,8% entre julho e setembro de 2008, enquanto as importações caíram 0,7% em relação ao trimestre anterior. No Japão, tanto as importações quanto as exportações caíram em torno de 1% no mesmo período.

17:19
Anónimo disse...
Economia Nacional
Lula: juros de crédito consignado a aposentados são altos

Atualizada às 17h29

O presidente Luis Inácio Lula da Silva afirmou nesta terça-feira, em São Paulo, que está lutando para reduzir as taxas de juros cobradas de aposentados em crédito consignado. A Previdência Social estabelece uma taxa máxima de 2,5% para empréstimo e de 3,5% para cartão. Para Lula, os valores são altos.

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"Acho que o juro que os aposentados estão pagando hoje com o crédito consignado é alto para o padrão brasileiro", disse o presidente durante a cerimônia de comemoração dos 86 anos do INSS.

A Previdência anunciou nesta terça-feira que aposentados e trabalhadoras com licença-maternidade poderão receber seus benefícios em 30 minutos. De acordo com Lula, em junho, a aposentadoria do trabalhador rural também será conseguida em meia hora.

Além disso, o presidente anunciou que, também em junho, os trabalhadores que alcançarem o direito à aposentadoria passarão a receber em suas casas um comunicado da Previdência informando o fato e o valor do salário que têm direito a receber. "É um comprometimento público que estou fazendo com os companheiros da Previdência Social", disse.

"Estamos retribuindo ao contribuinte da Previdência Social aquilo que é a cidadania que ele tem direito", afirmou Lula. "Se para cobrar nós somos tão precisos, para devolver o dinheiro, temos que chegar próximo à perfeição", completou.

17:20
Anónimo disse...
Economia Nacional
Salário maternidade sairá em 30 minutos, diz ministro

Toda trabalhadora autônoma que tiver contribuído pelo menos 10 meses com o Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) - ou as que possuírem carteira assinada - poderão receber em 30 minutos o salário maternidade a partir desta terça-feira. Da mesma forma, as mulheres com 30 anos de contribuição e os homens com 35 anos também terão direito ao benefício de forma mais rápida. A informação é do ministro da Previdência Social, José Pimentel.

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Para requerer o salário maternidade, é preciso que as autônomas levem a carteira de identidade e o carnê de contribuição. As demais trabalhadoras devem apresentar a identificação e a carteira de trabalho. Desde o início do mês, a nova forma de análise para a concessão de benefícios foi adotada para a aposentadoria por idade do trabalhador urbano e agora foi estendida para o salário maternidade e por tempo de contribuição.

O ministro disse que a qualificação do serviço da previdência social é o reconhecimento do direito dos trabalhadores e da afirmação da cidadania.

"Até pouco tempo na cabeça do cidadão o serviço devia ser de péssima qualidade. Agora não, nós modificamos toda a legislação no mês de dezembro numa ação conjunta do Congresso Nacional com o governo federal. Estamos implantando e concedendo os benefícios em até 30 minutos", afirmou.

O ministro destacou que para conseguir se aposentar ou ter acesso à licença maternidade em 30 minutos, em primeiro lugar, é necessário que o cidadão esteja vinculado à Previdência, o que inclui 65% da população acima de 16 anos de idade.

"Depois bastar marcar pelo sistema 135 o dia e a hora do atendimento e levar a documentação. Se todos os dados necessários estiverem corretos o contribuinte será atendido em até 30 minutos, como vem sendo feito com as aposentadorias por idade desde o dia cinco de janeiro", explicou.

Pimentel disse ainda que em 90% das agências da previdência social o atendimento é marcado em até 48 horas. Nos grandes centros, entretanto existe um volume maior o que torna mais lento o processo.

"Estamos criando mais 715 agências até 2010, em todo o território nacional, para descentralizar o atendimento. Em 2008, atendemos 295 mil benefícios e aposentadorias por idade. Temos 4 mil pessoas por dia procurando e se aposentando por idade no território nacional. Este serviço será agilizado", concluiu.
17:26
Anónimo disse...
Giuseppe Englaro, pai de Eluana, a italiana que morreu na segunda-feira passada por desidratação, recusou uma grande soma de dinheiro de um conhecido fotógrafo italiano que queria retratar a filha em estado de coma, disse neste sábado o neurologista que atendia a mulher desde 1996, Carlo Defanti.

O neurologista, que participou hoje de uma conferência sobre eutanásia, disse que Englaro respeitou a vontade da filha, que, antes do acidente, tinha pedido que, se lhe ocorresse qualquer coisa irreversível, apresentasse sua imagem de quando estava em boas condições.

Antes de sofrer o acidente de trânsito, em 1992, Eluana viveu o coma de um amigo, Alessandro, o que causou forte impacto na italiana e a levou a fazer o pai prometer que não a deixasse viver em estado vegetativo, disse o próprio Giuseppe Englaro.

Defanti, que dissera que Eluana poderia viver de dez a 12 dias depois da suspensão da alimentação e da hidratação, disse que, como médico, tinha que reprovar esta afirmação.

"Não se pode sobreviver após três ou quatro dias sem líquido e, em particular, água em um corpo. Sabemos bem que, quando há um terremoto, após quatro dias é difícil encontrar sobreviventes".

Defanti ressaltou que Eluana "não falava, não se comunicava com o exterior" e que, após vários exames, "nos deparamos com uma moça que tinha perdido a consciência", porque estava com o córtex cerebral prejudicado.

Eluana foi enterrada na quinta-feira passada no túmulo da família na localidade de Paluzza, em Udine, após um funeral que não contou com a presença dos pais.

16:53
Anónimo disse...
Os bombeiros combatem neste sábado os incêndios na Austrália favorecidos pelo bom tempo, enquanto os deslocados encotram em seu retorno casas derruídas, carros queimados nas ruas e destruição.

Depois de sete dias desde que começaram os incêndios no Estado de Victoria, a lista de mortos chega a 181, os desaparecidos somam 50, os edifícios destruídos totalizam 1,834 mil e o terreno arrasado, principalmente florestas, ocupa uma área de 4,13 mil quilômetros quadrados.

As equipes de bombeiros, formadas por 4 mil profissionais de Victoria, de outras partes da Austrália e de países amigos, combateram hoje 12 focos fora de controle e nenhum representava uma ameaça direta para a população.

O subdiretor do Serviço de Bombeiros, Geoff Conway, disse que este tempo favorável, que se prolongará durante o domingo, permite consolidar as linhas de contenção e avançar na extinção das chamas.

Cinzas apareceram arrastadas por ventos do nordeste sobre Melbourne, onde habitam 3,8 milhões de pessoas, e as autoridades alertaram aos cidadãos do risco para a saúde de idosos, crianças e pessoas com problemas respiratórios.

O número de pessoas deslocadas - a Cruz Vermelha chegou a receber 7 mil - começou a cair com a abertura de algumas localidades atingidas.

Os incêndios, alguns criminosos, começaram em 7 de fevereiro, quando a região sul da Austrália estava há duas semanas sob uma onda de calor sem precedentes.

Na sexta-feira passada, a polícia acusou uma pessoa de ter provocado o incêndio que atingiu a localidade de Churchill e matou 21 pessoas.

16:55
Anónimo disse...
A primeira chuva em seis dias reduziu a ameaça de incêndios no Estado de Victoria, ao sul da Austrália. As autoridades, porém, advertiram que ainda existem 12 focos, mas que nenhum deles ameaça áreas povoadas.

Mais de quatro mil bombeiros, mil provenientes de outras partes do país e de outras nações, trabalham contra o fogo. Cerca de 600 veículos e 28 helicópteros e pequenos aviões estão sendo usados.


Eles conseguiram construir linhas de contenção para evitar os incêndios de Yarra e Maroondah se juntassem. Também foram controlados os incêndios abertos de Yea e Murrindindi, que ameaçavam as comunidades de Connellys Creek, Crystal Creek, Scrubby Creek e Native Dog Creek.

O número de mortos chegou a 181, mas as autoridades acreditam que as vítimas devem passar de 200, já que ainda há muitos desaparecidos.

16:55
Anónimo disse...
Aqui nesta coluna, na semana passada, tive a oportunidade de comentar sobre a recente visita do professor brasileiro Pedrinho Guareschi à Austrália. Não dei, porém, os fatos, pois semana passada o assunto era outro.

Hoje, porém, vamos a eles.

No último dia 4 de fevereiro, aconteceu o Seminário "Paulo Freire: Education and Liberation", organizado pelo centro de estudos latino-americanos da Universidade Nacional da Austrália, ou ANU, como é mais conhecida por aqui.

A ANU, para quem não sabe, está entre as 20 melhores universidades do mundo! E tem sede aqui em Camberra, capital da Austrália.

Na abertura do evento, o professor John Minns, diretor do centro latino-americano, ao dar boas-vindas ao público presente, lembrou ser aquele o primeiro seminário exclusivamente dedicado a Paulo Freire na Austrália.

Em seguida, convidou Pedrinho Guareschi, palestrante principal do Seminário, a fazer sua apresentação.

A plateia pode então conhecer, pelas palavras de Pedrinho, um pouco da obra e da vida de Freire, esse brasileiro de fé e valor, que sempre acreditou na educação, sobretudo dos menos favorecidos, analfabetos, como força libertadora.

Como não podia deixar de ser, os conceitos e ideias revolucionários de Paulo Freire, expostos com clareza por Pedrinho, despertaram o interesse e a curiosidade de plateia. A qual, deve-se notar, era na maioria de estudantes, mas de várias nacionalidades, sobretudo australianos e asiáticos.

Na continuação do programa do seminário, que se estendeu por dois dias, outros professores fizeram palestras sobre temas ligados à obra de Paulo Freire.

Interessante, por exemplo, saber que a professora Anne Hickling-Hudson, jamaicana que mora na Austrália há muitos anos (é professora da ANU), conheceu e trabalhou com Freire num workshop educacional durante a revolução na Ilha de Granada, em 1980, antes da invasão dos Estados Unidos...

Ou, então, a palestra da Professora Gerda Roelvink, da Nova Zelândia, que participou do Fórum Social de Porto Alegre em 2005. E essa participação transformou-se em tema de doutorado.

No dia 10, terça-feira passada, o padre Pedrinho Guareschi voltou a falar ao público australiano em grande auditório localizado no belíssimo campus da ANU. Desta vez, sobre a Teologia da Libertação.

Depois da palestra, John Minns mostrou o filme mexicano "O Crime do Padre Amaro", no qual um dos personagens é um padre católico praticante da Teologia da Libertação.

Mais uma vez, foi grande o intersse da platéia, que pode aprender e conhecer um pouco como se desenvolveu aquele importante movimento católico na América Latina.

Fica, assim, ao Pedrinho, bem como a outros brasileiros estudiosos e de bom coração que saem pelo mundo a divulgar aspectos importantes da cultura brasileira, o respeito e a homenagem desta coluna. E... aquele abraço!

16:57
Anónimo disse...
Amanda Kitts perdeu o braço esquerdo em um acidente de automóvel acontecido três anos atrás, mas hoje em dia ela joga futebol americano com seu filho de 12 anos de idade, troca fraldas e abraça as crianças nas três creches Kiddie Cottage que opera em Knoxville, Tennessee. Kitts, 40 anos, faz tudo isso com a ajuda de um novo tipo de braço artificial que se movimenta com mais facilidade do que outros aparelhos e que ela pode controlar utilizando apenas seus pensamentos.

"Eu sou capaz de mexer a mão, o pulso e o cotovelo ao mesmo tempo", diz. "Você pensa e os músculos se movem em seguida".

A recuperação que ela conseguiu resulta de um novo procedimento que vem atraindo crescente atenção porque permite que pessoas movam braços protéticos de forma mais automática do que faziam no passado, simplesmente utilizando nervos reaproveitados em seus cérebros.

A técnica, conhecida como "renervação muscular dirigida", envolve utilizar os nervos que restam depois da amputação de um braço e conectá-los a outro músculo do corpo, em geral no peito. Eletrodos são instalados sobre os músculos do peito, e operam como se fossem antenas. Quando a pessoa deseja mover o braço, o cérebro envia sinais que primeiro resultam em contração dos músculos do peito, os quais enviam um sinal ao braço protético, instruindo-se a se movimentar. O processo não requer mais esforços consciente do que a pessoa teria de exercitar caso ainda tivesse seu braço natural.

Na terça-feira, pesquisadores reportaram em estudo publicado pela versão online do Journal of the American Medical Association que haviam levado a técnica ainda mais à frente, tornando possível a execução de 10 movimentos de mão, pulso e cotovelo diferentes, o que representa uma substancial melhora com relação ao típico repertório protético, que em geral envolve apenas dobrar o cotovelo, girar o pulso e abrir a mão.

"Os novos métodos tiveram impacto dramático em nosso campo de trabalho", disse Stuart Harshbarger, engenheiro biomédico na Universidade Johns Hopkins e diretor do programa de pesquisa sobre próteses, financiado pelas forças armadas, que inclui o trabalho com essa técnica. "O método já está em uso por médicos e cirurgiões comuns em todo o país. A capacidade de controlar um membro protético bastante robusto que ele confere surpreendeu a todos pela qualidade".

Tipicamente, uma pessoa que tenha um braço protético só é capaz de executar alguns poucos movimentos, e muitas vezes com tamanha lentidão que isso só permite a ela atividades limitadas.

Há um motor separado para cada movimento, diz Gerald Loeb, professor de engenharia biomédica na Universidade do Sul da Califórnia, "e esses motores precisam ser controlados de maneira explícita", usualmente por um esforço consciente da pessoa para contrair músculos nas costas ou no bíceps.

"Essencialmente, até agora os pacientes controlavam apenas um motor de cada vez", diz Loeb, "e precisavam pensar cuidadosamente sobre que motor desejavam controlar e como fazê-lo operar, em lugar de simplesmente pensarem em mover o braço e poderem fazê-lo sem delongas".

Antes que Kitts passasse pelo procedimento de renervação, em outubro de 2007, por exemplo, ela precisava movimentar os músculos de suas costas de determinada maneira para fazer com que seu pulso girasse, e flexionar seu bíceps e tríceps para fazer com que o cotovelo se movesse para cima e para baixo. "Era muito trabalho", ela conta. "E não me ajudava muito".

O procedimento de renervação é parte de uma recente explosão de idéias novas e técnicas inovadoras que estão sendo exploradas enquanto os cientistas se esforçam por ajudar as pessoas a compensar melhor a perda de membros ou problemas de paralisia. O esforço vem sendo alimentado pelo aumento no número de amputações causado por diabetes e por ferimentos sofridos pelos militares, e ao mesmo tempo pelos avanços na tecnologia médica.

Os braços se tornaram um dos focos essenciais desse tipo de trabalho. A ciência há muito vem obtendo sucessos no desenvolvimento de próteses de perna, mas é muito mais difícil imitar a complexidade e a destreza das mãos e dos braços.

Os esforços em curso incluem o desenvolvimento de projetos de pele e braços mais sensíveis e mais flexíveis, e o uso de dispositivos acionados por controles sem fio implantado nos braços protéticos, que permitiriam movimentos mais naturais.

Os pesquisadores também vêm usando sensores implantados nos cérebros de cobaias para permitir que dois macacos controlem um braço mecânico, e um teste com um homem paralítico permitiu, com esse método, que ele movimentasse um cursor em uma tela de computador.

Alguns desses métodos, caso venham a ser aperfeiçoados plenamente e consigam aprovação das autoridades regulatórias da saúde, podem no futuro se tornar mais viáveis para os pacientes de amputações.

E embora a técnica da renervação não requeira aprovação das autoridades regulatórias porque é executada por meios cirúrgicos e emprega aparelhos já existentes, ela apresenta limitações que até mesmo seus criadores reconhecem, entre as quais o fato de que não se pode utilizá-la para todos os pacientes, o seu alto custo e o prazo de meses requerido para que os nervos reconectados cresçam e se tornem efetivos.

Ainda assim, os especialistas dizem que é o mais avançado sistema em uso hoje para pacientes reais que permite que o sistema nervoso controle diretamente o movimento de um braço artificial.

Desde sua introdução por Todd Kuiken, médico fisioterapeuta e engenheiro biomédico do Instituto de Reabilitação de Chicago, o método foi empregado em cerca de 30 pacientes nos Estados Unidos, Canadá e Europa, entre os quais oito soldados feridos no Iraque e no Afeganistão.

Muitos dos pacientes, entre os quais o primeiro, Jesse Sullivan, um operário do setor elétrico no Tennessee que perdeu os dois braços quando foi eletrocutado por um cabo, conseguem não apenas manipular seus braços protéticos mas sentir a presença das mãos que já não têm quando alguém toca em seus peitos.

Sullivan, 62 anos, e Kitts, estavam entre os cinco pacientes que participaram do estudo reportado na terça-feira. Em companhia de cinco outras pessoas que não passaram por amputações, eles receberam os eletrodos e foram instruídos a usar pensamentos para fazer com que um braço virtual na tela reproduzisse 10 movimentos diferentes, entre os quais três formas diferentes de aperto de mão.

Os pacientes apresentaram desempenho bastante respeitável, apenas um pouco mais lento e menos preciso do que os dos participantes que não tinham amputações.

"As velocidades de movimento que encontramos em nossos pacientes foram realmente encorajadoras", disse Kuiken. "Eles conseguiram completar a tarefa. É claro que não foram tão competentes quanto as pessoas dotadas de plena capacidade física, mas foram bons o bastante".

Um braço virtual foi usado porque a maioria das próteses existentes não era capaz de acomodar todos aqueles movimentos, no momento da pesquisa, ainda que Sullivan, Kitts e uma terceira paciente, Claudia Mitchell, tenham experimentado dois novos protótipos mais versáteis de braços artificiais, executando tarefas complexas com bolas de tênis e outros objetos.

O trabalho de renervação em soldados apresenta outros desafios, diz Kuiken, porque os ferimentos militares muitas vezes "causam danos muitos extensos" a nervos, músculos ou ossos.

Daniel Acosta, 25 anos, um aviador ferido pela detonação de uma bomba em uma estrada do Iraque em 2005, passou pelo procedimento no ano passado e diz que seu braço esquerdo protético agora se movimenta "muito mais rápido" e de maneira muito mais natural.

"A diferença é que agora não preciso mais pensar para mover o braço", ele diz. "Ele simplesmente se mexe".

Ainda assim, Acosta, de San Antonio, diz que "o processo foi bastante longo" e que os eletrodos precisam ser ajustados para receber os sinais à medida que os nervos crescem ou mudam de posição.

E embora elogiem o método, os especialistas afirmam que a ciência das próteses de braço ainda tem muito por avançar.

"Trata-se de uma parte crucial, mas ainda assim apenas uma parte, das muitas coisas que compreendem a função normal de um braço", disse Loeb, que escreveu um editorial que acompanha o artigo no Journal of the American Medical Association.

"No momento estamos a meio do caminho entre o braço de 'Dr. Fantástico', que fazia involuntariamente a saudação nazista, e o braço de Luke Skywalker em 'Guerra nas Estrelas', que funciona sem nenhum problema assim que é conectado. Creio que precisaremos ainda de muitos anos para conectar todas as peças necessárias a produzir um braço capaz de funcionar normalmente".

17:04
Anónimo disse...
A Espanha disse neste sábado que está preparando uma reclamação oficial contra a decisão da Venezuela de expulsar um membro do Parlamento Europeu que criticou o conselho eleitoral venezuelano.
Luis Herrero, membro do partido conservador espanhol PP, foi deportado na sexta-feira depois que o Conselho Nacional Eleitoral (CNE) o acusou de questionar a imparcialidade da instituição antes de um referendo que pode permitir ao presidente Hugo Chávez permanecer no cargo indefinidamente.

Herrero estava na Venezuela como observador do referendo. Ele acusou Chávez de ter "comportamentos típicos de um ditador" por pedir a contenção de manifestações da oposição.

O governo da Espanha convocou um encontro com o embaixador da Venezuela em Madri para expressar a desaprovação sobre a expulsão de Herrero, disse um representante do Ministério das Relações Exteriores espanhol.

As relações da Venezuela com a Espanha tiveram seu ponto crítico em 2007, quando Chávez ameaçou rever acordos diplomáticos e comerciais depois de ouvir um "cala a boca" do rei espanhol Juan Carlos durante uma cúpula.

A fenda foi oficialmente reparada em 2008, com uma visita oficial de Chávez à Espanha, onde ele cumprimentou o rei e discutiu acordos para investimento no setor petroquímico com o primeiro-ministro José Luis Rodriguez Zapatero.

17:06
Anónimo disse...
A polícia do Zimbábue anunciou neste sábado que acusa de traição Roy Bennett, dirigente do até agora opositor Movimento para a Mudança Democrática (MDC), detido na sexta-feira, em Harare, poucas horas antes da cerimônia de posse dos membros do novo gabinete.

"A Polícia nos informou que vão apresentar acusações de traição", disse à agência EFE o advogado de defesa de Bennett, Trust Maanda.

"Tentam relacionar Roy com o caso de Mike Hitschmann, que foi detido em 2006 em relação à descoberta de um carregamento de armas, apesar de que Hitschmann não tenha sido declarado culpado das acusações de traição apresentadas contra ele, mas de um crime menor de descumprimento de leis", disse Maanda.

O político opositor, designado por seu partido como vice-ministro de Agricultura no Governo de união nacional, esteve no exílio na vizinha África do Sul desde 2006 e retornou ao Zimbábue há duas semanas.

Segundo a Polícia, que deteve Bennett ontem no aeroporto de Harare quando pretendia ir à África do Sul para visitar sua família, as armas apreendidas em 2006 seriam utilizadas em um golpe de Estado para derrubar o presidente do Zimbábue, Robert Mugabe.

Depois da detenção, Bennet foi levado a Mutar, onde vários simpatizantes do MDC se concentraram em frente à delegacia na qual estava detido, diante do que a Polícia respondeu com tiros para o alto para dispersar os manifestantes.

17:07
Anónimo disse...
Austrália: 14 mil se candidatam a 'emprego dos sonhos'

A secretaria de Turismo de Queensland, na Austrália, informou que até esta segunda-feira já recebeu cerca de 14 mil inscrições para o "o melhor emprego do mundo". O Estado australiano promove pela internet seleção para vaga de "zelador" da ilha Hamilton, por seis meses com um salário de R$ 40 mil.

Muitos candidatos tiveram problemas durante a inscrição por conta dos acessos simultâneos ao site. A secretaria aconselha enviar os vídeos de 60s explicando porque deve ser escolhido em horários alternativos do dia, além de recomendar tamanho em torno de 40MB.

As inscrições começaram em 12 de janeiro e vão até o próximo dia 22 e podem ser feitas pelo site www.islandreefjob.com. O governo australiano escolherá 50 candidatos para a próxima fase da seleção, que terá votos do público para eleger um dos 11 finalistas.

A última fase terá entrevistas e desafios físicos, no próprio local de trabalho: as ilhas da Grande Barreira Coralina - o maior recife de coral do mundo. A secretaria de Turismo anunciará o vencedor no dia 6 de maio.

17:09
Anónimo disse...
Mercado elogia governo na crise, mas pede maior queda no juro

Peter Fussy
Direto de São Paulo

Desde as primeiras medidas anunciadas para combater os efeitos da crise, o governo brasileiro avisou que a estratégia não contemplaria um pacote. Seriam doses pontuais, de acordo com a necessidade da economia diante do agravamento das turbulências. Da primeira liberação dos depósitos compulsórios em setembro até a ampliação do seguro-desemprego na última quarta-feira, o governo passou por redução de impostos, ampliação de crédito e incentivos à exportação. Quase 150 dias após a primeira medida, o Terra conversou com líderes do setor público e privado, representantes dos trabalhadores, acadêmicos e com o próprio governo para saber quais destas ações foram mais eficazes, quais foram mais ineficientes e o que mais pode ser feito pelo Estado brasileiro contra a crise.

Os maiores elogios foram direcionados à atitude de reduzir o Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) para a indústria automobilística, anunciada em dezembro e que fez com que os emplacamentos de carros novos subissem 1,9% no primeiro mês do ano em relação a dezembro de 2008. Já as maiores críticas foram para a lentidão no corte da taxa básica de juro do País.

Para o presidente do conselho administrativo do Grupo Pão de Açúcar, Abílio Diniz, o Estado não é responsável pela crise e mesmo assim está agindo "com extrema serenidade e muito acerto". "O governo está atento, fazendo a sua parte. É preciso coragem de baixar firmemente a taxa de juros. É uma arma que temos a nosso favor, já que não há clima para inflação, nem possibilidade de danos para a macroeconomia", afirmou Diniz.

Na última reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), em janeiro, a taxa Selic foi reduzida em um ponto percentual, de 13,75% para 12,75% ao ano. Porém, o professor de economia da Universidade de Brasília (UnB) José Luiz Oreiro lembra que este corte representa uma redução de apenas 0,25 ponto percentual com relação à taxa de setembro do ano passado, quando a crise se agravou.

"Pouco antes da eclosão da crise, o Banco Central aumentou a taxa em 0,75 ponto. Foram cinco meses de demora para reduzir em termos líquidos apenas 0,25 ponto", afirmou o economista, que também sugeriu redução do intervalo de cerca de 90 dias entre as reuniões do Copom e o corte de pelo menos um 1 ponto percentual em cada reunião.

Mesmo com o corte de janeiro, a taxa de juros real continua sendo a maior do mundo, lembrou o secretário-geral da Força Sindical, João Carlos Gonçalves, o Juruna. "A redução da taxa de juro ainda é pequena, porque ela continua uma das mais altas do mundo. Falta ousadia para baixar os juros e ajudar o cidadão. A permanência da taxa de juro alta é negativa para o País em meio a crise", afirmou Juruna.

Embora aprove as ações do governo, o senador Aloízio Mercadante (PT-SP) também acredita que o patamar da Selic está muito alto. "Sempre fomos os primeiros a entrar em qualquer crise, o que não aconteceu agora. A taxa Selic ainda é muito alta, mas o governo têm tomado medidas acertadas, como o aumento do salário mínimo, mesmo com um cenário de crise. Isso ajuda a movimentar o consumo. O governo está se esforçando para manter os investimentos e o crescimento", disse.

Tributos
De acordo com o economista Fabio Pina, da Fecomercio-SP, as ações mais positivas estão relacionadas à redução de tributos para alguns segmentos, como a indústria automobilística, que recuperou parte da queda nas vendas em janeiro com a isenção do IPI para carros 1.0 l e o corte para demais motorizações. A medida vale até o final de março.

"Essas medidas não só reduziram o preço, mas anteciparam o consumo daqueles que iriam comprar no futuro, dando um prêmio por conta da insegurança. Mexe diretamente com o principal problema que é a confiança do consumidor", afirmou. Juruna destacou que um bom ritmo de vendas é garantia de emprego. "É importante porque cada emprego na montadora significa 19 na cadeia produtiva", comentou o representante da Força Sindical.

Também em dezembro, o governo decidiu cortar pela metade a alíquota do Imposto de Renda para contribuintes que ganham entre R$ 1.434 e R$ 2.150 mensais. "O salário aumentava e a tabela não se modificava. As pessoas ganhavam mais e pagavam mais impostos", apontou Juruna. Outra redução de tributos do governo foi com relação ao Imposto sobre Operações Financeiras (IOF), que caiu de 3% ao ano para 1,5%.

Crédito
Na segunda metade de 2008, o colapso de bancos nos Estados Unidos por conta da crise do subprime provocou uma forte restrição de crédito no mundo inteiro. Uma das primeiras medidas anticrise do governo teve como objetivo restabelecer a oferta, com mudanças no recolhimento dos depósitos compulsórios por parte dos bancos. Segundo o presidente do Banco Central, Henrique Meirelles, as diversas modificações liberaram US$ 99,2 bilhões aos bancos até o final de janeiro.

Além disso, o governo concedeu R$ 36 bilhões das reservas internacionais para empresas brasileiras com dívidas no exterior e uma medida provisória autorizou o Banco do Brasil e a Caixa Econômica Federal a comprar carteiras de crédito de bancos privados. Para o diretor do Departamento de Pesquisas e Estudos Econômicos da Fiesp, Paulo Francini, estas medidas foram essenciais para combater os efeitos da crise.

"A crise se desenvolve no mundo em torno do tema crédito. E o crédito reduziu-se barbaridade no mundo. Então o governo lança mão de compulsório, lança mão de reservas, de medidas que permitem aos bancos comprar carteiras de bancos. Você vai tomando várias medidas para atender às demandas e o epicentro disso é crédito", afirmou.

No entanto, Oreiro, da UnB, adverte que a liberação dos compulsórios seria mais eficiente acompanhada de redução mais agressiva da taxa básica de juro. "Uma parte do crédito voltou, depois da forte retração em outubro e novembro. O que deveria ter sido feito junto à liberação do compulsório era uma redução mais drástica da taxa de juro. Sem isso, os bancos pegam as reservas e acabam comprando títulos públicos", explicou o economista.

Na opinião de Pina, as ações de distribuição de crédito via redução do compulsório e a disposição de capital de giro para empresas foram tomadas sem um cuidado maior na operação e não tiveram muito efeito. "O BNDES tem linhas que ficam paradas quase todo o ano, agora é pior ainda. Existem os recursos, mas as empresas e os bancos estão desconfiados. É preciso fazer com que os bancos tenham interesse em emprestar", afirmou o economista da Fecomercio-SP.

Futuro
Mesmo com todas essas medidas, a crise financeira ainda gera incertezas nos setores produtivos do País. Nos últimos meses, o medo do desemprego fez os consumidores adiarem compras. Por sua vez, a queda nas vendas pode obrigar as indústrias a cortarem a produção e demitir funcionários. Contra isso, empresários sugerem redução de jornada e de salários.

"Isto está previsto em lei. A Fiesp simplesmente manteve conversações com entidades sindicais quanto à aplicação daquilo que já está previsto em lei", afirmou Francini.

Segundo a ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff, uma das medidas que assegura um nível de emprego é a manutenção de investimentos no Programa de Aceleração do Crescimento (PAC). "Estamos esperando que a dificuldade ocorra em janeiro, fevereiro e março. Estamos certos que vamos manter o nível de investimento. É isso que funciona, é isso que significa investimento público. Ele funciona como um colchão. Por isso, nós colocamos R$ 100 bilhões no BNDES e a Petrobras ampliou o seu investimento em R$ 120 bilhões", afirmou.

Na mesma linha, Pina explica que a antecipação de gastos do governo substitui parte da demanda retraída do setor privado. "Ele dá o seguinte recado: não vou estourar as contas públicas, mas concentrar em um momento em que a demanda privada está pequena. Mas o governo não tem fôlego suficiente para fazer o papel de toda demanda", ressaltou. O economista da Fecomercio lembrou que a entidade já pleiteou junto ao governo isenções para transferência de imóveis e de automóveis, além de retirar o IPVA para veículos novos.

Já Oreiro foca suas propostas na capitalização do Banco do Brasil e da Caixa Econômica Federal pelo Tesouro para atender a demanda de crédito para capital de giro e reduzir o spread. "Aumentando o empréstimo e reduzindo as taxas, os dois vão forçar os bancos privados a acompanhar o movimento, até para não perderem participação no mercado", explicou o economista da UnB.

Até o Carnaval, o governou prometeu detalhar um pacote de incentivos para a construção de até um milhão de casas populares, direcionado a famílias com renda de até dez salários mínimos. "Estamos atentos a tudo o que está acontecendo e novas medidas serão tomadas caso haja uma avaliação de que sejam necessárias", disse o ministro da Fazenda, Guido Mantega, na última sexta-feira.

17:11
Anónimo disse...
Ex-ministro critica extensão do seguro-desemprego

Atualizada às 09h03

O ex-ministro do Trabalho Almir Pazzianotto criticou a decisão do governo federal de conceder o seguro-desemprego estendido a apenas alguns setores. "É certamente odioso e provavelmente inconstitucional", disse Pazzianotto, de acordo com o jornal O Estado de S. Paulo.

Na última qurta, dia do anúncio da medida, centrais sindicais elogiaram a atitude do governo. A Força Sindical divulgou nota dizendo que "o aumento ajudará a aquecer parte da economia, já que irá gerar mais consumo, produção e conseqüentemente, a criação de novos postos de trabalho". A União Geral dos Trabalhadores (UGT) afirmou que a medida "contribuirá para minimizar o drama dos trabalhadores que perderem seu emprego por conta da crise".

O ex-ministro, que instituiu o seguro-desemprego no País no governo de José Sarney, destacou a necessidade de as centrais sindicais se manifestarem contra a determinação. Para ele, as mudanças devem ser aplicadas a todas as categorias profissionais e a distinção é contrária ao artigo 3º da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT).

Pazzianotto atribui a medida a um possível temor do governo de que a crise econômica seja longa e não haja dinheiro para atender a todas as necessidades. Ainda assim, ele se mostra contrário ao método de concessão. "O seguro-desemprego ajuda a sanar necessidades básicas. Estendê-lo é paliativo, não a solução", disse ao jornal.

De acordo com o presidente do Conselho Deliberativo do Fundo de Amparo ao Trabalhador (Codefat) e conselheiro da Força Sindical, Luiz Fernando Emediato, a determinação já estava prevista na lei 8.900/94, que trata do seguro-desemprego.

O presidente da Comissão de Trabalho da Câmara, Pedro Fernandes (PTB-MA) vai além na crítica à concessão do seguro para apenas alguns setores. Ele acredita que a ampliação do benefício estimula o desemprego.

Quintino Severo, secretário geral da Central Única dos Trabalhadores (CUT), lembra que a ampliação do benefício sem critério e identificação pode incentivar demissões em outros setores.

17:13
Anónimo disse...
Empresas
TAM faz promoção para destinos internacionais

A companhia aérea TAM anunciou nesta sexta-feira tarifas promocionais para trechos internacionais. Os preços valem para bilhetes comprados entre 6h deste sábado e 23h59 deste domingo e são válidos para classe econômica. As tarifas, para ida e volta, serão vendidas a partir de US$ 99, mais taxas.

Segundo a aérea, a promoção vale para viagens feitas no período de 14 de fevereiro a 18 de junho de 2009. Para destinos na América do Sul, a permanência mínima é de dois dias; para bilhetes com destino nos Estados Unidos, cinco dias; e Europa, sete dias. A permanência máxima para as passagens para América do Sul e EUA é de dois meses e para Europa, três meses.

Entre os exemplos de tarifas promocionais, a TAM oferece São Paulo-Lima por US$ 99. Bilhetes para a rota São Paulo-Santiago serão vendidos a partir de US$ 199 e São Paulo-Nova York, US$ 799.

A emissão dos bilhetes deve ser feita obrigatoriamente no ato da reserva, obedecendo às regras estipuladas pela companhia. A compra está sujeita à disponibilidade de assentos nas classes tarifárias determinadas, trechos, horários e datas. A TAM afirmou que também há tarifas promocionais para a classe executiva.

Mais informações podem ser encontradas no site promocional (www.ofertastam.com.br), no site da empresa (www.tam.com.br) ou pelos telefones 4002-5700 ou 0800 5705700.

17:13
Anónimo disse...
Empresas
Consultoria negocia compra do parque temático Hopi Hari

A consultoria especializada em reestruturação de empresas Íntegra Associados informou nesta sexta-feira ter um acordo para comprar o parque de diversões Hopi Hari, localizado no interior de São Paulo. A empresa estaria disposta a investir R$ 10 milhões no parque, que tem dívida estimada em R$ 800 milhões. As informações são da edição deste sábado do jornal Folha de S. Paulo.

De acordo com o jornal, a transação ainda depende da negociação entre o Hopi Hari e seus credores, o que já estaria em andamento.

A consultoria paulista já atuou junto à Parmalat, durante 30 meses, quando reorganizou a gestão da empresa italiana.

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17:14
Anónimo disse...
Empresas
Disney de Tóquio contratará mais 2 mil apesar da crise


A Oriental Land, o operador da Disneylândia Tóquio e DisneySea, organizou neste domingo entrevistas para contratar cerca de 2 mil trabalhadores em tempo parcial, em um momento de grandes demissões deste tipo de empregados no Japão.

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O operador deste parque temático, situado em Urayasu, na província de Chiba (leste de Tóquio), está em pleno processo de seleção de empregados para 20 tipos de postos trabalhistas diferentes.

Segundo a companhia, citada pela agência local de notícias Kyodo, o parque contratará novos trabalhadores para as atrações, para os restaurantes e guardas de segurança entre outros. Os novos contratados começarão a trabalhar a partir de fevereiro.

O processo de seleção acontece em um momento em que a maioria das grandes companhias japonesas começaram a se ver obrigadas a despedir uma elevada percentagem de seus trabalhadores temporários e a tempo parcial.

Algumas inclusive anunciaram demissões de seus trabalhadores fixos, uma medida muito pouco comum nas companhias japonesas, perante os efeitos piores que o esperado pela crise econômica global.

Cerca de uma centena de pessoas esperavam desde a primeira hora desta manhã a abertura do centro de conferências Tokyo International Forum, onde as entrevistas estão sendo feitas, para ser os primeiros a solicitar os postos de trabalho.


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17:15
Anónimo disse...
Economia Internacional
Senado dos EUA aprova plano de estímulo à economia

O Senado dos Estados Unidos aprovou com 60 votos a favor e 38 contra o plano de estímulo à economia de US$ 787 bilhões na madrugada deste sábado. Agora, ele segue para sanção ou veto do presidente Barack Obama, que espera colocar a lei em prática até o dia 16 de fevereiro.

O plano prevê a criação de três milhões de empregos, inclui cortes de impostos às famílias, fundos para programas sociais e obras públicas, além de ajuda aos governos estaduais, estudantes e desempregados.

A cláusula Buy American - que exige o uso de ferro, aço e produtos manufaturados dos Estados Unidos em obras realizadas com recursos do pacote - ficou de lado. Segundo o texto definitivo, a cláusula será aplicada sem violar as normas do comércio internacional.

Ontem à tarde, a Câmara de Representantes (deputados) havia aprovado, por 246 votos a favor e 183 contra, a versão final do plano. Todos os republicanos foram contrários ao pacote.

Pelo acordo de quarta-feira entre Câmara e Senado, em vez de custar US$ 819 bilhões, como queriam os deputados, ou US$ 838 bilhões como pretendiam os senadores, o pacote ficou em cerca de US$ 787 bilhões, com 65% desse total destinado a gastos do governo federal e 35%, a créditos tributários.

17:16
Anónimo disse...
Economia nacional
Na era Lula, aposentadoria sobe 54% menos que salário mínimo

Thatiane Faria
Especial para o Terra
Direto de São Paulo

Os índices de reajustes concedidos pelo governo em 2009 para aposentados e pensionistas e para o salário mínimo repetiram uma diferença que, só durante o governo de Luiz Inácio Lula da Silva, já chega a 54%. Enquanto o mínimo foi majorado em 12% este ano, as pensões e aposentadorias tiveram aumento de 5,92%. Aposentados que têm o benefício do governo como única fonte de renda reclamam que perdem poder de compra e que sua cesta de compras é composta por itens que aumentam mais em relação à inflação oficial.

Um exemplo prático pode ser entendido a partir da comparação entre um aposentado que ganhava R$ 600 em janeiro de 2003. Na época, o benefício era três vezes, ou 200%, maior que o valor do mínimo em vigência, que era de R$ 200. Aplicando-se os índices de reajuste para aposentadorias e para o mínimo durante os últimos seis anos, o mesmo aposentado estaria recebendo hoje R$ 938,47, comparado a um salário mínimo de R$ 465. A diferença entre os dois valores caiu para pouco mais de 100%.

Enquanto o índice acumulado de reajuste para a aposentadoria durante o governo Lula foi de 60%, para o salário mínimo está em 132%.

O diretor do Sindicato Nacional dos Aposentados, João Inocentini, reclama que os valores dos benefícios para aposentadorias não mantêm o poder de compra do grupo, principalmente dos aposentados que recebem menos que dez salários mínimos.

Nem mesmo o fato de o índice de reajuste das aposentadorias ter ficado acima da inflação acumulada no mesmo período (o IPCA entre janeiro de 2003 e janeiro de 2009 foi de 39,7%) serve de argumento, segundo os aposentados.

"Os idosos, principalmente, têm gastos além das contas gerais como gás, telefone e aluguel. Para eles o custo com remédios, e outros itens da área saúde costuma ser maior", afirmou Inocentini.

O presidente do sindicato afirmou que o grupo realiza um estudo com 100 itens de necessidade de um idoso para comparar o aumento dos produtos com o índice de reajuste do benefício recebido pelos aposentados.

"Daqui dois meses vamos abrir um processo na Justiça e levar essa pesquisa como prova. Segundo a lei, o governo é obrigado a manter o poder de compra com a aposentadoria", disse Inocentini.

Alternativas
O consultor financeiro Cláudio Boriola diz que os aposentados, especialmente nesse momento de crise econômica, devem evitar compras parceladas, pesquisar preços, negociar e fazer bom planejamento financeiro.

Segundo Boriola, alguns aposentados ganham um valor mensal muitas vezes insuficiente para o pagamento das contas e acabam pedindo crédito ou realizando pagamentos a prazo e são obrigados a pagar juros altos.

Na opinião do consultor, pagar uma previdência privada é uma alternativa indicada para quem ainda trabalha, considerando a característica de perda de poder de compra da aposentadoria.

"Na prática, infelizmente os valores encontram-se em um patamar que está deteriorando o poder de aquisição da população brasileira", completou Boriola.

De acordo com o diretor da Confederação Brasileira de Aposentados e Pensionistas (Cobap), Vicente Fernandes Barbosa, representantes dos aposentados tentarão um encontro com o presidente da Câmara, deputado Michel Temer (PMDB-SP), para discutir projetos que minimizem a perda dos aposentados

17:17
Anónimo disse...
Previdência
Previdência prorroga isenção de tarifas no benefício

O atual sistema de pagamento aos 26 milhões de aposentados e pensionistas do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) será mantido até o final deste ano. O acordo, que permite realizar a operação sem nenhum custo aos beneficiários, foi renovado nesta sexta-feira, entre o governo federal e 21 instituições financeiras.

Por meio desse acordo, vigente desde setembro de 2007, nem os segurados, nem os bancos e nem o governo arcam com o pagamento de tarifas, conforme explicou o ministro da Previdência Social, José Pimentel. A prorrogação vale até dezembro, data máxima para que a Previdência defina as regras para um novo contrato.

Ao assinar o termo de renovação, na sede da Federação Brasileira dos Bancos (Febraban), o ministro disse que a intenção do governo é mudar o atual modelo de gestão visando a reduzir os custos dessas operações em torno da folha mensal, que atinge R$ 15,8 bilhões. No entanto, qualquer alteração, conforme explicou, passará antes por audiências públicas a serem realizadas a partir do segundo semestre deste ano, atendendo a determinação do Tribunal de Contas da União (TCU).

De acordo com Pimentel, com um redesenho do mecanismo de repasse dos recursos aos bancos em torno da folha de pagamento dos segurados o que se busca é um aumento da participação de instituições financeiras. Ele informou que, desde 2007, cada benefício custa em média R$ 1,07 ao governo. "Quanto mais instituições financeiras estiverem prestando serviços à sociedade, maior é a competitividade, a agilidade no atendimento", justificou.

O ministro observou, ainda, que, para permitir uma redução para algo em torno de meia hora no tempo de atendimento para a concessão dos direitos previdenciários, o governo investiu R$ 280 milhões.

Questionado sobre o descontentamento dos segurados que ganham acima de um salário mínimo terem obtido apenas a correção com base na variação do Índice de Preços ao Consumidor (INPC) , ficando abaixo do reajuste dado a quem recebe apenas o mínimo, Pimentel argumentou que o governo seguiu o que determina a lei e descartou a possibilidade de uma revisão

17:17
Anónimo disse...
Empresas
Caterpillar oferece aposentadoria antecipada a 2 mil


A companhia americana Caterpillar ofereceu a cerca de dois mil funcionários incentivos para que se aposentem de forma voluntária antes do previsto, pela perspectiva de uma queda "significativa" da atividade industrial, informou nesta quarta-feira a empresa.

A iniciativa, destinada aos trabalhadores de diversas fábricas em Illinois, Colorado, Tennessee e Pensilvânia, se soma aos cortes de empregos anunciados em janeiro, explicou em comunicado de imprensa.

A empresa, a maior fabricante mundial de maquinaria pesada para a construção e a mineração, acrescentou que, "em função das condições de negócio, podem ser necessárias mais reduções de elenco voluntárias e involuntárias à medida que o ano avança".

O vice-presidente da companhia, Sid Banwart, explicou que a empresa prevê "demissões significativas em todas as regiões geográficas e na maioria dos setores devido às dificuldades da economia mundial".

17:18
Anónimo disse...
Comércio
Comércio exterior da OCDE caiu no 3º trimestre de 2008


As exportações e as importações dos países da Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Econômico (OCDE) caíram 1,6% e 0,2%, respectivamente, no terceiro trimestre de 2008, em relação aos três meses anteriores.

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Trata-se da primeira queda destas atividades desde o terceiro trimestre de 2006, segundo o último relatório trimestral sobre fluxos comerciais divulgado pela OCDE.

As exportações e as importações em dólares dos 30 Estados-membros caíram 15,6% e 17%, respectivamente, na comparação anualizada.

Por sua vez, o comércio dos sete países mais ricos do mundo (G7) teve um pequeno crescimento no terceiro trimestre de 2008 com uma queda das exportações de mercadorias de 0,2% em relação ao trimestre anterior e um aumento de 0,4% das importações.

Em termos anualizados, as importações do G7 caíram 1,4% entre julho e setembro do ano passado, seu primeiro retrocesso desde o terceiro trimestre de 2006, enquanto as exportações aumentaram 1,9%, seu crescimento mais baixo no mesmo tempo.

Por países, a Alemanha aumentou suas importações em 3,4% - valor mais alto do G7 -, enquanto suas exportações caíram 2,9% do segundo para o terceiro trimestre de 2008.

Pelo contrário, as exportações americanas aumentaram 1,8% entre julho e setembro de 2008, enquanto as importações caíram 0,7% em relação ao trimestre anterior. No Japão, tanto as importações quanto as exportações caíram em torno de 1% no mesmo período.

17:19
Anónimo disse...
Economia Nacional
Lula: juros de crédito consignado a aposentados são altos

Atualizada às 17h29

O presidente Luis Inácio Lula da Silva afirmou nesta terça-feira, em São Paulo, que está lutando para reduzir as taxas de juros cobradas de aposentados em crédito consignado. A Previdência Social estabelece uma taxa máxima de 2,5% para empréstimo e de 3,5% para cartão. Para Lula, os valores são altos.

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"Acho que o juro que os aposentados estão pagando hoje com o crédito consignado é alto para o padrão brasileiro", disse o presidente durante a cerimônia de comemoração dos 86 anos do INSS.

A Previdência anunciou nesta terça-feira que aposentados e trabalhadoras com licença-maternidade poderão receber seus benefícios em 30 minutos. De acordo com Lula, em junho, a aposentadoria do trabalhador rural também será conseguida em meia hora.

Além disso, o presidente anunciou que, também em junho, os trabalhadores que alcançarem o direito à aposentadoria passarão a receber em suas casas um comunicado da Previdência informando o fato e o valor do salário que têm direito a receber. "É um comprometimento público que estou fazendo com os companheiros da Previdência Social", disse.

"Estamos retribuindo ao contribuinte da Previdência Social aquilo que é a cidadania que ele tem direito", afirmou Lula. "Se para cobrar nós somos tão precisos, para devolver o dinheiro, temos que chegar próximo à perfeição", completou.

17:20
Anónimo disse...
Economia Nacional
Salário maternidade sairá em 30 minutos, diz ministro

Toda trabalhadora autônoma que tiver contribuído pelo menos 10 meses com o Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) - ou as que possuírem carteira assinada - poderão receber em 30 minutos o salário maternidade a partir desta terça-feira. Da mesma forma, as mulheres com 30 anos de contribuição e os homens com 35 anos também terão direito ao benefício de forma mais rápida. A informação é do ministro da Previdência Social, José Pimentel.

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Para requerer o salário maternidade, é preciso que as autônomas levem a carteira de identidade e o carnê de contribuição. As demais trabalhadoras devem apresentar a identificação e a carteira de trabalho. Desde o início do mês, a nova forma de análise para a concessão de benefícios foi adotada para a aposentadoria por idade do trabalhador urbano e agora foi estendida para o salário maternidade e por tempo de contribuição.

O ministro disse que a qualificação do serviço da previdência social é o reconhecimento do direito dos trabalhadores e da afirmação da cidadania.

"Até pouco tempo na cabeça do cidadão o serviço devia ser de péssima qualidade. Agora não, nós modificamos toda a legislação no mês de dezembro numa ação conjunta do Congresso Nacional com o governo federal. Estamos implantando e concedendo os benefícios em até 30 minutos", afirmou.

O ministro destacou que para conseguir se aposentar ou ter acesso à licença maternidade em 30 minutos, em primeiro lugar, é necessário que o cidadão esteja vinculado à Previdência, o que inclui 65% da população acima de 16 anos de idade.

"Depois bastar marcar pelo sistema 135 o dia e a hora do atendimento e levar a documentação. Se todos os dados necessários estiverem corretos o contribuinte será atendido em até 30 minutos, como vem sendo feito com as aposentadorias por idade desde o dia cinco de janeiro", explicou.

Pimentel disse ainda que em 90% das agências da previdência social o atendimento é marcado em até 48 horas. Nos grandes centros, entretanto existe um volume maior o que torna mais lento o processo.

"Estamos criando mais 715 agências até 2010, em todo o território nacional, para descentralizar o atendimento. Em 2008, atendemos 295 mil benefícios e aposentadorias por idade. Temos 4 mil pessoas por dia procurando e se aposentando por idade no território nacional. Este serviço será agilizado", concluiu.
17:26
Anónimo disse...
Giuseppe Englaro, pai de Eluana, a italiana que morreu na segunda-feira passada por desidratação, recusou uma grande soma de dinheiro de um conhecido fotógrafo italiano que queria retratar a filha em estado de coma, disse neste sábado o neurologista que atendia a mulher desde 1996, Carlo Defanti.

O neurologista, que participou hoje de uma conferência sobre eutanásia, disse que Englaro respeitou a vontade da filha, que, antes do acidente, tinha pedido que, se lhe ocorresse qualquer coisa irreversível, apresentasse sua imagem de quando estava em boas condições.

Antes de sofrer o acidente de trânsito, em 1992, Eluana viveu o coma de um amigo, Alessandro, o que causou forte impacto na italiana e a levou a fazer o pai prometer que não a deixasse viver em estado vegetativo, disse o próprio Giuseppe Englaro.

Defanti, que dissera que Eluana poderia viver de dez a 12 dias depois da suspensão da alimentação e da hidratação, disse que, como médico, tinha que reprovar esta afirmação.

"Não se pode sobreviver após três ou quatro dias sem líquido e, em particular, água em um corpo. Sabemos bem que, quando há um terremoto, após quatro dias é difícil encontrar sobreviventes".

Defanti ressaltou que Eluana "não falava, não se comunicava com o exterior" e que, após vários exames, "nos deparamos com uma moça que tinha perdido a consciência", porque estava com o córtex cerebral prejudicado.

Eluana foi enterrada na quinta-feira passada no túmulo da família na localidade de Paluzza, em Udine, após um funeral que não contou com a presença dos pais.

16:53
Anónimo disse...
Os bombeiros combatem neste sábado os incêndios na Austrália favorecidos pelo bom tempo, enquanto os deslocados encotram em seu retorno casas derruídas, carros queimados nas ruas e destruição.

Depois de sete dias desde que começaram os incêndios no Estado de Victoria, a lista de mortos chega a 181, os desaparecidos somam 50, os edifícios destruídos totalizam 1,834 mil e o terreno arrasado, principalmente florestas, ocupa uma área de 4,13 mil quilômetros quadrados.

As equipes de bombeiros, formadas por 4 mil profissionais de Victoria, de outras partes da Austrália e de países amigos, combateram hoje 12 focos fora de controle e nenhum representava uma ameaça direta para a população.

O subdiretor do Serviço de Bombeiros, Geoff Conway, disse que este tempo favorável, que se prolongará durante o domingo, permite consolidar as linhas de contenção e avançar na extinção das chamas.

Cinzas apareceram arrastadas por ventos do nordeste sobre Melbourne, onde habitam 3,8 milhões de pessoas, e as autoridades alertaram aos cidadãos do risco para a saúde de idosos, crianças e pessoas com problemas respiratórios.

O número de pessoas deslocadas - a Cruz Vermelha chegou a receber 7 mil - começou a cair com a abertura de algumas localidades atingidas.

Os incêndios, alguns criminosos, começaram em 7 de fevereiro, quando a região sul da Austrália estava há duas semanas sob uma onda de calor sem precedentes.

Na sexta-feira passada, a polícia acusou uma pessoa de ter provocado o incêndio que atingiu a localidade de Churchill e matou 21 pessoas.

16:55
Anónimo disse...
A primeira chuva em seis dias reduziu a ameaça de incêndios no Estado de Victoria, ao sul da Austrália. As autoridades, porém, advertiram que ainda existem 12 focos, mas que nenhum deles ameaça áreas povoadas.

Mais de quatro mil bombeiros, mil provenientes de outras partes do país e de outras nações, trabalham contra o fogo. Cerca de 600 veículos e 28 helicópteros e pequenos aviões estão sendo usados.


Eles conseguiram construir linhas de contenção para evitar os incêndios de Yarra e Maroondah se juntassem. Também foram controlados os incêndios abertos de Yea e Murrindindi, que ameaçavam as comunidades de Connellys Creek, Crystal Creek, Scrubby Creek e Native Dog Creek.

O número de mortos chegou a 181, mas as autoridades acreditam que as vítimas devem passar de 200, já que ainda há muitos desaparecidos.

16:55
Anónimo disse...
Aqui nesta coluna, na semana passada, tive a oportunidade de comentar sobre a recente visita do professor brasileiro Pedrinho Guareschi à Austrália. Não dei, porém, os fatos, pois semana passada o assunto era outro.

Hoje, porém, vamos a eles.

No último dia 4 de fevereiro, aconteceu o Seminário "Paulo Freire: Education and Liberation", organizado pelo centro de estudos latino-americanos da Universidade Nacional da Austrália, ou ANU, como é mais conhecida por aqui.

A ANU, para quem não sabe, está entre as 20 melhores universidades do mundo! E tem sede aqui em Camberra, capital da Austrália.

Na abertura do evento, o professor John Minns, diretor do centro latino-americano, ao dar boas-vindas ao público presente, lembrou ser aquele o primeiro seminário exclusivamente dedicado a Paulo Freire na Austrália.

Em seguida, convidou Pedrinho Guareschi, palestrante principal do Seminário, a fazer sua apresentação.

A plateia pode então conhecer, pelas palavras de Pedrinho, um pouco da obra e da vida de Freire, esse brasileiro de fé e valor, que sempre acreditou na educação, sobretudo dos menos favorecidos, analfabetos, como força libertadora.

Como não podia deixar de ser, os conceitos e ideias revolucionários de Paulo Freire, expostos com clareza por Pedrinho, despertaram o interesse e a curiosidade de plateia. A qual, deve-se notar, era na maioria de estudantes, mas de várias nacionalidades, sobretudo australianos e asiáticos.

Na continuação do programa do seminário, que se estendeu por dois dias, outros professores fizeram palestras sobre temas ligados à obra de Paulo Freire.

Interessante, por exemplo, saber que a professora Anne Hickling-Hudson, jamaicana que mora na Austrália há muitos anos (é professora da ANU), conheceu e trabalhou com Freire num workshop educacional durante a revolução na Ilha de Granada, em 1980, antes da invasão dos Estados Unidos...

Ou, então, a palestra da Professora Gerda Roelvink, da Nova Zelândia, que participou do Fórum Social de Porto Alegre em 2005. E essa participação transformou-se em tema de doutorado.

No dia 10, terça-feira passada, o padre Pedrinho Guareschi voltou a falar ao público australiano em grande auditório localizado no belíssimo campus da ANU. Desta vez, sobre a Teologia da Libertação.

Depois da palestra, John Minns mostrou o filme mexicano "O Crime do Padre Amaro", no qual um dos personagens é um padre católico praticante da Teologia da Libertação.

Mais uma vez, foi grande o intersse da platéia, que pode aprender e conhecer um pouco como se desenvolveu aquele importante movimento católico na América Latina.

Fica, assim, ao Pedrinho, bem como a outros brasileiros estudiosos e de bom coração que saem pelo mundo a divulgar aspectos importantes da cultura brasileira, o respeito e a homenagem desta coluna. E... aquele abraço!

16:57
Anónimo disse...
Amanda Kitts perdeu o braço esquerdo em um acidente de automóvel acontecido três anos atrás, mas hoje em dia ela joga futebol americano com seu filho de 12 anos de idade, troca fraldas e abraça as crianças nas três creches Kiddie Cottage que opera em Knoxville, Tennessee. Kitts, 40 anos, faz tudo isso com a ajuda de um novo tipo de braço artificial que se movimenta com mais facilidade do que outros aparelhos e que ela pode controlar utilizando apenas seus pensamentos.

"Eu sou capaz de mexer a mão, o pulso e o cotovelo ao mesmo tempo", diz. "Você pensa e os músculos se movem em seguida".

A recuperação que ela conseguiu resulta de um novo procedimento que vem atraindo crescente atenção porque permite que pessoas movam braços protéticos de forma mais automática do que faziam no passado, simplesmente utilizando nervos reaproveitados em seus cérebros.

A técnica, conhecida como "renervação muscular dirigida", envolve utilizar os nervos que restam depois da amputação de um braço e conectá-los a outro músculo do corpo, em geral no peito. Eletrodos são instalados sobre os músculos do peito, e operam como se fossem antenas. Quando a pessoa deseja mover o braço, o cérebro envia sinais que primeiro resultam em contração dos músculos do peito, os quais enviam um sinal ao braço protético, instruindo-se a se movimentar. O processo não requer mais esforços consciente do que a pessoa teria de exercitar caso ainda tivesse seu braço natural.

Na terça-feira, pesquisadores reportaram em estudo publicado pela versão online do Journal of the American Medical Association que haviam levado a técnica ainda mais à frente, tornando possível a execução de 10 movimentos de mão, pulso e cotovelo diferentes, o que representa uma substancial melhora com relação ao típico repertório protético, que em geral envolve apenas dobrar o cotovelo, girar o pulso e abrir a mão.

"Os novos métodos tiveram impacto dramático em nosso campo de trabalho", disse Stuart Harshbarger, engenheiro biomédico na Universidade Johns Hopkins e diretor do programa de pesquisa sobre próteses, financiado pelas forças armadas, que inclui o trabalho com essa técnica. "O método já está em uso por médicos e cirurgiões comuns em todo o país. A capacidade de controlar um membro protético bastante robusto que ele confere surpreendeu a todos pela qualidade".

Tipicamente, uma pessoa que tenha um braço protético só é capaz de executar alguns poucos movimentos, e muitas vezes com tamanha lentidão que isso só permite a ela atividades limitadas.

Há um motor separado para cada movimento, diz Gerald Loeb, professor de engenharia biomédica na Universidade do Sul da Califórnia, "e esses motores precisam ser controlados de maneira explícita", usualmente por um esforço consciente da pessoa para contrair músculos nas costas ou no bíceps.

"Essencialmente, até agora os pacientes controlavam apenas um motor de cada vez", diz Loeb, "e precisavam pensar cuidadosamente sobre que motor desejavam controlar e como fazê-lo operar, em lugar de simplesmente pensarem em mover o braço e poderem fazê-lo sem delongas".

Antes que Kitts passasse pelo procedimento de renervação, em outubro de 2007, por exemplo, ela precisava movimentar os músculos de suas costas de determinada maneira para fazer com que seu pulso girasse, e flexionar seu bíceps e tríceps para fazer com que o cotovelo se movesse para cima e para baixo. "Era muito trabalho", ela conta. "E não me ajudava muito".

O procedimento de renervação é parte de uma recente explosão de idéias novas e técnicas inovadoras que estão sendo exploradas enquanto os cientistas se esforçam por ajudar as pessoas a compensar melhor a perda de membros ou problemas de paralisia. O esforço vem sendo alimentado pelo aumento no número de amputações causado por diabetes e por ferimentos sofridos pelos militares, e ao mesmo tempo pelos avanços na tecnologia médica.

Os braços se tornaram um dos focos essenciais desse tipo de trabalho. A ciência há muito vem obtendo sucessos no desenvolvimento de próteses de perna, mas é muito mais difícil imitar a complexidade e a destreza das mãos e dos braços.

Os esforços em curso incluem o desenvolvimento de projetos de pele e braços mais sensíveis e mais flexíveis, e o uso de dispositivos acionados por controles sem fio implantado nos braços protéticos, que permitiriam movimentos mais naturais.

Os pesquisadores também vêm usando sensores implantados nos cérebros de cobaias para permitir que dois macacos controlem um braço mecânico, e um teste com um homem paralítico permitiu, com esse método, que ele movimentasse um cursor em uma tela de computador.

Alguns desses métodos, caso venham a ser aperfeiçoados plenamente e consigam aprovação das autoridades regulatórias da saúde, podem no futuro se tornar mais viáveis para os pacientes de amputações.

E embora a técnica da renervação não requeira aprovação das autoridades regulatórias porque é executada por meios cirúrgicos e emprega aparelhos já existentes, ela apresenta limitações que até mesmo seus criadores reconhecem, entre as quais o fato de que não se pode utilizá-la para todos os pacientes, o seu alto custo e o prazo de meses requerido para que os nervos reconectados cresçam e se tornem efetivos.

Ainda assim, os especialistas dizem que é o mais avançado sistema em uso hoje para pacientes reais que permite que o sistema nervoso controle diretamente o movimento de um braço artificial.

Desde sua introdução por Todd Kuiken, médico fisioterapeuta e engenheiro biomédico do Instituto de Reabilitação de Chicago, o método foi empregado em cerca de 30 pacientes nos Estados Unidos, Canadá e Europa, entre os quais oito soldados feridos no Iraque e no Afeganistão.

Muitos dos pacientes, entre os quais o primeiro, Jesse Sullivan, um operário do setor elétrico no Tennessee que perdeu os dois braços quando foi eletrocutado por um cabo, conseguem não apenas manipular seus braços protéticos mas sentir a presença das mãos que já não têm quando alguém toca em seus peitos.

Sullivan, 62 anos, e Kitts, estavam entre os cinco pacientes que participaram do estudo reportado na terça-feira. Em companhia de cinco outras pessoas que não passaram por amputações, eles receberam os eletrodos e foram instruídos a usar pensamentos para fazer com que um braço virtual na tela reproduzisse 10 movimentos diferentes, entre os quais três formas diferentes de aperto de mão.

Os pacientes apresentaram desempenho bastante respeitável, apenas um pouco mais lento e menos preciso do que os dos participantes que não tinham amputações.

"As velocidades de movimento que encontramos em nossos pacientes foram realmente encorajadoras", disse Kuiken. "Eles conseguiram completar a tarefa. É claro que não foram tão competentes quanto as pessoas dotadas de plena capacidade física, mas foram bons o bastante".

Um braço virtual foi usado porque a maioria das próteses existentes não era capaz de acomodar todos aqueles movimentos, no momento da pesquisa, ainda que Sullivan, Kitts e uma terceira paciente, Claudia Mitchell, tenham experimentado dois novos protótipos mais versáteis de braços artificiais, executando tarefas complexas com bolas de tênis e outros objetos.

O trabalho de renervação em soldados apresenta outros desafios, diz Kuiken, porque os ferimentos militares muitas vezes "causam danos muitos extensos" a nervos, músculos ou ossos.

Daniel Acosta, 25 anos, um aviador ferido pela detonação de uma bomba em uma estrada do Iraque em 2005, passou pelo procedimento no ano passado e diz que seu braço esquerdo protético agora se movimenta "muito mais rápido" e de maneira muito mais natural.

"A diferença é que agora não preciso mais pensar para mover o braço", ele diz. "Ele simplesmente se mexe".

Ainda assim, Acosta, de San Antonio, diz que "o processo foi bastante longo" e que os eletrodos precisam ser ajustados para receber os sinais à medida que os nervos crescem ou mudam de posição.

E embora elogiem o método, os especialistas afirmam que a ciência das próteses de braço ainda tem muito por avançar.

"Trata-se de uma parte crucial, mas ainda assim apenas uma parte, das muitas coisas que compreendem a função normal de um braço", disse Loeb, que escreveu um editorial que acompanha o artigo no Journal of the American Medical Association.

"No momento estamos a meio do caminho entre o braço de 'Dr. Fantástico', que fazia involuntariamente a saudação nazista, e o braço de Luke Skywalker em 'Guerra nas Estrelas', que funciona sem nenhum problema assim que é conectado. Creio que precisaremos ainda de muitos anos para conectar todas as peças necessárias a produzir um braço capaz de funcionar normalmente".

17:04
Anónimo disse...
A Espanha disse neste sábado que está preparando uma reclamação oficial contra a decisão da Venezuela de expulsar um membro do Parlamento Europeu que criticou o conselho eleitoral venezuelano.
Luis Herrero, membro do partido conservador espanhol PP, foi deportado na sexta-feira depois que o Conselho Nacional Eleitoral (CNE) o acusou de questionar a imparcialidade da instituição antes de um referendo que pode permitir ao presidente Hugo Chávez permanecer no cargo indefinidamente.

Herrero estava na Venezuela como observador do referendo. Ele acusou Chávez de ter "comportamentos típicos de um ditador" por pedir a contenção de manifestações da oposição.

O governo da Espanha convocou um encontro com o embaixador da Venezuela em Madri para expressar a desaprovação sobre a expulsão de Herrero, disse um representante do Ministério das Relações Exteriores espanhol.

As relações da Venezuela com a Espanha tiveram seu ponto crítico em 2007, quando Chávez ameaçou rever acordos diplomáticos e comerciais depois de ouvir um "cala a boca" do rei espanhol Juan Carlos durante uma cúpula.

A fenda foi oficialmente reparada em 2008, com uma visita oficial de Chávez à Espanha, onde ele cumprimentou o rei e discutiu acordos para investimento no setor petroquímico com o primeiro-ministro José Luis Rodriguez Zapatero.

17:06
Anónimo disse...
A polícia do Zimbábue anunciou neste sábado que acusa de traição Roy Bennett, dirigente do até agora opositor Movimento para a Mudança Democrática (MDC), detido na sexta-feira, em Harare, poucas horas antes da cerimônia de posse dos membros do novo gabinete.

"A Polícia nos informou que vão apresentar acusações de traição", disse à agência EFE o advogado de defesa de Bennett, Trust Maanda.

"Tentam relacionar Roy com o caso de Mike Hitschmann, que foi detido em 2006 em relação à descoberta de um carregamento de armas, apesar de que Hitschmann não tenha sido declarado culpado das acusações de traição apresentadas contra ele, mas de um crime menor de descumprimento de leis", disse Maanda.

O político opositor, designado por seu partido como vice-ministro de Agricultura no Governo de união nacional, esteve no exílio na vizinha África do Sul desde 2006 e retornou ao Zimbábue há duas semanas.

Segundo a Polícia, que deteve Bennett ontem no aeroporto de Harare quando pretendia ir à África do Sul para visitar sua família, as armas apreendidas em 2006 seriam utilizadas em um golpe de Estado para derrubar o presidente do Zimbábue, Robert Mugabe.

Depois da detenção, Bennet foi levado a Mutar, onde vários simpatizantes do MDC se concentraram em frente à delegacia na qual estava detido, diante do que a Polícia respondeu com tiros para o alto para dispersar os manifestantes.

17:07
Anónimo disse...
Austrália: 14 mil se candidatam a 'emprego dos sonhos'

A secretaria de Turismo de Queensland, na Austrália, informou que até esta segunda-feira já recebeu cerca de 14 mil inscrições para o "o melhor emprego do mundo". O Estado australiano promove pela internet seleção para vaga de "zelador" da ilha Hamilton, por seis meses com um salário de R$ 40 mil.

Muitos candidatos tiveram problemas durante a inscrição por conta dos acessos simultâneos ao site. A secretaria aconselha enviar os vídeos de 60s explicando porque deve ser escolhido em horários alternativos do dia, além de recomendar tamanho em torno de 40MB.

As inscrições começaram em 12 de janeiro e vão até o próximo dia 22 e podem ser feitas pelo site www.islandreefjob.com. O governo australiano escolherá 50 candidatos para a próxima fase da seleção, que terá votos do público para eleger um dos 11 finalistas.

A última fase terá entrevistas e desafios físicos, no próprio local de trabalho: as ilhas da Grande Barreira Coralina - o maior recife de coral do mundo. A secretaria de Turismo anunciará o vencedor no dia 6 de maio.

17:09
Anónimo disse...
Mercado elogia governo na crise, mas pede maior queda no juro

Peter Fussy
Direto de São Paulo

Desde as primeiras medidas anunciadas para combater os efeitos da crise, o governo brasileiro avisou que a estratégia não contemplaria um pacote. Seriam doses pontuais, de acordo com a necessidade da economia diante do agravamento das turbulências. Da primeira liberação dos depósitos compulsórios em setembro até a ampliação do seguro-desemprego na última quarta-feira, o governo passou por redução de impostos, ampliação de crédito e incentivos à exportação. Quase 150 dias após a primeira medida, o Terra conversou com líderes do setor público e privado, representantes dos trabalhadores, acadêmicos e com o próprio governo para saber quais destas ações foram mais eficazes, quais foram mais ineficientes e o que mais pode ser feito pelo Estado brasileiro contra a crise.

Os maiores elogios foram direcionados à atitude de reduzir o Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) para a indústria automobilística, anunciada em dezembro e que fez com que os emplacamentos de carros novos subissem 1,9% no primeiro mês do ano em relação a dezembro de 2008. Já as maiores críticas foram para a lentidão no corte da taxa básica de juro do País.

Para o presidente do conselho administrativo do Grupo Pão de Açúcar, Abílio Diniz, o Estado não é responsável pela crise e mesmo assim está agindo "com extrema serenidade e muito acerto". "O governo está atento, fazendo a sua parte. É preciso coragem de baixar firmemente a taxa de juros. É uma arma que temos a nosso favor, já que não há clima para inflação, nem possibilidade de danos para a macroeconomia", afirmou Diniz.

Na última reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), em janeiro, a taxa Selic foi reduzida em um ponto percentual, de 13,75% para 12,75% ao ano. Porém, o professor de economia da Universidade de Brasília (UnB) José Luiz Oreiro lembra que este corte representa uma redução de apenas 0,25 ponto percentual com relação à taxa de setembro do ano passado, quando a crise se agravou.

"Pouco antes da eclosão da crise, o Banco Central aumentou a taxa em 0,75 ponto. Foram cinco meses de demora para reduzir em termos líquidos apenas 0,25 ponto", afirmou o economista, que também sugeriu redução do intervalo de cerca de 90 dias entre as reuniões do Copom e o corte de pelo menos um 1 ponto percentual em cada reunião.

Mesmo com o corte de janeiro, a taxa de juros real continua sendo a maior do mundo, lembrou o secretário-geral da Força Sindical, João Carlos Gonçalves, o Juruna. "A redução da taxa de juro ainda é pequena, porque ela continua uma das mais altas do mundo. Falta ousadia para baixar os juros e ajudar o cidadão. A permanência da taxa de juro alta é negativa para o País em meio a crise", afirmou Juruna.

Embora aprove as ações do governo, o senador Aloízio Mercadante (PT-SP) também acredita que o patamar da Selic está muito alto. "Sempre fomos os primeiros a entrar em qualquer crise, o que não aconteceu agora. A taxa Selic ainda é muito alta, mas o governo têm tomado medidas acertadas, como o aumento do salário mínimo, mesmo com um cenário de crise. Isso ajuda a movimentar o consumo. O governo está se esforçando para manter os investimentos e o crescimento", disse.

Tributos
De acordo com o economista Fabio Pina, da Fecomercio-SP, as ações mais positivas estão relacionadas à redução de tributos para alguns segmentos, como a indústria automobilística, que recuperou parte da queda nas vendas em janeiro com a isenção do IPI para carros 1.0 l e o corte para demais motorizações. A medida vale até o final de março.

"Essas medidas não só reduziram o preço, mas anteciparam o consumo daqueles que iriam comprar no futuro, dando um prêmio por conta da insegurança. Mexe diretamente com o principal problema que é a confiança do consumidor", afirmou. Juruna destacou que um bom ritmo de vendas é garantia de emprego. "É importante porque cada emprego na montadora significa 19 na cadeia produtiva", comentou o representante da Força Sindical.

Também em dezembro, o governo decidiu cortar pela metade a alíquota do Imposto de Renda para contribuintes que ganham entre R$ 1.434 e R$ 2.150 mensais. "O salário aumentava e a tabela não se modificava. As pessoas ganhavam mais e pagavam mais impostos", apontou Juruna. Outra redução de tributos do governo foi com relação ao Imposto sobre Operações Financeiras (IOF), que caiu de 3% ao ano para 1,5%.

Crédito
Na segunda metade de 2008, o colapso de bancos nos Estados Unidos por conta da crise do subprime provocou uma forte restrição de crédito no mundo inteiro. Uma das primeiras medidas anticrise do governo teve como objetivo restabelecer a oferta, com mudanças no recolhimento dos depósitos compulsórios por parte dos bancos. Segundo o presidente do Banco Central, Henrique Meirelles, as diversas modificações liberaram US$ 99,2 bilhões aos bancos até o final de janeiro.

Além disso, o governo concedeu R$ 36 bilhões das reservas internacionais para empresas brasileiras com dívidas no exterior e uma medida provisória autorizou o Banco do Brasil e a Caixa Econômica Federal a comprar carteiras de crédito de bancos privados. Para o diretor do Departamento de Pesquisas e Estudos Econômicos da Fiesp, Paulo Francini, estas medidas foram essenciais para combater os efeitos da crise.

"A crise se desenvolve no mundo em torno do tema crédito. E o crédito reduziu-se barbaridade no mundo. Então o governo lança mão de compulsório, lança mão de reservas, de medidas que permitem aos bancos comprar carteiras de bancos. Você vai tomando várias medidas para atender às demandas e o epicentro disso é crédito", afirmou.

No entanto, Oreiro, da UnB, adverte que a liberação dos compulsórios seria mais eficiente acompanhada de redução mais agressiva da taxa básica de juro. "Uma parte do crédito voltou, depois da forte retração em outubro e novembro. O que deveria ter sido feito junto à liberação do compulsório era uma redução mais drástica da taxa de juro. Sem isso, os bancos pegam as reservas e acabam comprando títulos públicos", explicou o economista.

Na opinião de Pina, as ações de distribuição de crédito via redução do compulsório e a disposição de capital de giro para empresas foram tomadas sem um cuidado maior na operação e não tiveram muito efeito. "O BNDES tem linhas que ficam paradas quase todo o ano, agora é pior ainda. Existem os recursos, mas as empresas e os bancos estão desconfiados. É preciso fazer com que os bancos tenham interesse em emprestar", afirmou o economista da Fecomercio-SP.

Futuro
Mesmo com todas essas medidas, a crise financeira ainda gera incertezas nos setores produtivos do País. Nos últimos meses, o medo do desemprego fez os consumidores adiarem compras. Por sua vez, a queda nas vendas pode obrigar as indústrias a cortarem a produção e demitir funcionários. Contra isso, empresários sugerem redução de jornada e de salários.

"Isto está previsto em lei. A Fiesp simplesmente manteve conversações com entidades sindicais quanto à aplicação daquilo que já está previsto em lei", afirmou Francini.

Segundo a ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff, uma das medidas que assegura um nível de emprego é a manutenção de investimentos no Programa de Aceleração do Crescimento (PAC). "Estamos esperando que a dificuldade ocorra em janeiro, fevereiro e março. Estamos certos que vamos manter o nível de investimento. É isso que funciona, é isso que significa investimento público. Ele funciona como um colchão. Por isso, nós colocamos R$ 100 bilhões no BNDES e a Petrobras ampliou o seu investimento em R$ 120 bilhões", afirmou.

Na mesma linha, Pina explica que a antecipação de gastos do governo substitui parte da demanda retraída do setor privado. "Ele dá o seguinte recado: não vou estourar as contas públicas, mas concentrar em um momento em que a demanda privada está pequena. Mas o governo não tem fôlego suficiente para fazer o papel de toda demanda", ressaltou. O economista da Fecomercio lembrou que a entidade já pleiteou junto ao governo isenções para transferência de imóveis e de automóveis, além de retirar o IPVA para veículos novos.

Já Oreiro foca suas propostas na capitalização do Banco do Brasil e da Caixa Econômica Federal pelo Tesouro para atender a demanda de crédito para capital de giro e reduzir o spread. "Aumentando o empréstimo e reduzindo as taxas, os dois vão forçar os bancos privados a acompanhar o movimento, até para não perderem participação no mercado", explicou o economista da UnB.

Até o Carnaval, o governou prometeu detalhar um pacote de incentivos para a construção de até um milhão de casas populares, direcionado a famílias com renda de até dez salários mínimos. "Estamos atentos a tudo o que está acontecendo e novas medidas serão tomadas caso haja uma avaliação de que sejam necessárias", disse o ministro da Fazenda, Guido Mantega, na última sexta-feira.

17:11
Anónimo disse...
Ex-ministro critica extensão do seguro-desemprego

Atualizada às 09h03

O ex-ministro do Trabalho Almir Pazzianotto criticou a decisão do governo federal de conceder o seguro-desemprego estendido a apenas alguns setores. "É certamente odioso e provavelmente inconstitucional", disse Pazzianotto, de acordo com o jornal O Estado de S. Paulo.

Na última qurta, dia do anúncio da medida, centrais sindicais elogiaram a atitude do governo. A Força Sindical divulgou nota dizendo que "o aumento ajudará a aquecer parte da economia, já que irá gerar mais consumo, produção e conseqüentemente, a criação de novos postos de trabalho". A União Geral dos Trabalhadores (UGT) afirmou que a medida "contribuirá para minimizar o drama dos trabalhadores que perderem seu emprego por conta da crise".

O ex-ministro, que instituiu o seguro-desemprego no País no governo de José Sarney, destacou a necessidade de as centrais sindicais se manifestarem contra a determinação. Para ele, as mudanças devem ser aplicadas a todas as categorias profissionais e a distinção é contrária ao artigo 3º da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT).

Pazzianotto atribui a medida a um possível temor do governo de que a crise econômica seja longa e não haja dinheiro para atender a todas as necessidades. Ainda assim, ele se mostra contrário ao método de concessão. "O seguro-desemprego ajuda a sanar necessidades básicas. Estendê-lo é paliativo, não a solução", disse ao jornal.

De acordo com o presidente do Conselho Deliberativo do Fundo de Amparo ao Trabalhador (Codefat) e conselheiro da Força Sindical, Luiz Fernando Emediato, a determinação já estava prevista na lei 8.900/94, que trata do seguro-desemprego.

O presidente da Comissão de Trabalho da Câmara, Pedro Fernandes (PTB-MA) vai além na crítica à concessão do seguro para apenas alguns setores. Ele acredita que a ampliação do benefício estimula o desemprego.

Quintino Severo, secretário geral da Central Única dos Trabalhadores (CUT), lembra que a ampliação do benefício sem critério e identificação pode incentivar demissões em outros setores.

17:13
Anónimo disse...
Empresas
TAM faz promoção para destinos internacionais

A companhia aérea TAM anunciou nesta sexta-feira tarifas promocionais para trechos internacionais. Os preços valem para bilhetes comprados entre 6h deste sábado e 23h59 deste domingo e são válidos para classe econômica. As tarifas, para ida e volta, serão vendidas a partir de US$ 99, mais taxas.

Segundo a aérea, a promoção vale para viagens feitas no período de 14 de fevereiro a 18 de junho de 2009. Para destinos na América do Sul, a permanência mínima é de dois dias; para bilhetes com destino nos Estados Unidos, cinco dias; e Europa, sete dias. A permanência máxima para as passagens para América do Sul e EUA é de dois meses e para Europa, três meses.

Entre os exemplos de tarifas promocionais, a TAM oferece São Paulo-Lima por US$ 99. Bilhetes para a rota São Paulo-Santiago serão vendidos a partir de US$ 199 e São Paulo-Nova York, US$ 799.

A emissão dos bilhetes deve ser feita obrigatoriamente no ato da reserva, obedecendo às regras estipuladas pela companhia. A compra está sujeita à disponibilidade de assentos nas classes tarifárias determinadas, trechos, horários e datas. A TAM afirmou que também há tarifas promocionais para a classe executiva.

Mais informações podem ser encontradas no site promocional (www.ofertastam.com.br), no site da empresa (www.tam.com.br) ou pelos telefones 4002-5700 ou 0800 5705700.

17:13
Anónimo disse...
Empresas
Consultoria negocia compra do parque temático Hopi Hari

A consultoria especializada em reestruturação de empresas Íntegra Associados informou nesta sexta-feira ter um acordo para comprar o parque de diversões Hopi Hari, localizado no interior de São Paulo. A empresa estaria disposta a investir R$ 10 milhões no parque, que tem dívida estimada em R$ 800 milhões. As informações são da edição deste sábado do jornal Folha de S. Paulo.

De acordo com o jornal, a transação ainda depende da negociação entre o Hopi Hari e seus credores, o que já estaria em andamento.

A consultoria paulista já atuou junto à Parmalat, durante 30 meses, quando reorganizou a gestão da empresa italiana.

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17:14
Anónimo disse...
Empresas
Disney de Tóquio contratará mais 2 mil apesar da crise


A Oriental Land, o operador da Disneylândia Tóquio e DisneySea, organizou neste domingo entrevistas para contratar cerca de 2 mil trabalhadores em tempo parcial, em um momento de grandes demissões deste tipo de empregados no Japão.

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O operador deste parque temático, situado em Urayasu, na província de Chiba (leste de Tóquio), está em pleno processo de seleção de empregados para 20 tipos de postos trabalhistas diferentes.

Segundo a companhia, citada pela agência local de notícias Kyodo, o parque contratará novos trabalhadores para as atrações, para os restaurantes e guardas de segurança entre outros. Os novos contratados começarão a trabalhar a partir de fevereiro.

O processo de seleção acontece em um momento em que a maioria das grandes companhias japonesas começaram a se ver obrigadas a despedir uma elevada percentagem de seus trabalhadores temporários e a tempo parcial.

Algumas inclusive anunciaram demissões de seus trabalhadores fixos, uma medida muito pouco comum nas companhias japonesas, perante os efeitos piores que o esperado pela crise econômica global.

Cerca de uma centena de pessoas esperavam desde a primeira hora desta manhã a abertura do centro de conferências Tokyo International Forum, onde as entrevistas estão sendo feitas, para ser os primeiros a solicitar os postos de trabalho.


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17:15
Anónimo disse...
Economia Internacional
Senado dos EUA aprova plano de estímulo à economia

O Senado dos Estados Unidos aprovou com 60 votos a favor e 38 contra o plano de estímulo à economia de US$ 787 bilhões na madrugada deste sábado. Agora, ele segue para sanção ou veto do presidente Barack Obama, que espera colocar a lei em prática até o dia 16 de fevereiro.

O plano prevê a criação de três milhões de empregos, inclui cortes de impostos às famílias, fundos para programas sociais e obras públicas, além de ajuda aos governos estaduais, estudantes e desempregados.

A cláusula Buy American - que exige o uso de ferro, aço e produtos manufaturados dos Estados Unidos em obras realizadas com recursos do pacote - ficou de lado. Segundo o texto definitivo, a cláusula será aplicada sem violar as normas do comércio internacional.

Ontem à tarde, a Câmara de Representantes (deputados) havia aprovado, por 246 votos a favor e 183 contra, a versão final do plano. Todos os republicanos foram contrários ao pacote.

Pelo acordo de quarta-feira entre Câmara e Senado, em vez de custar US$ 819 bilhões, como queriam os deputados, ou US$ 838 bilhões como pretendiam os senadores, o pacote ficou em cerca de US$ 787 bilhões, com 65% desse total destinado a gastos do governo federal e 35%, a créditos tributários.

17:16
Anónimo disse...
Economia nacional
Na era Lula, aposentadoria sobe 54% menos que salário mínimo

Thatiane Faria
Especial para o Terra
Direto de São Paulo

Os índices de reajustes concedidos pelo governo em 2009 para aposentados e pensionistas e para o salário mínimo repetiram uma diferença que, só durante o governo de Luiz Inácio Lula da Silva, já chega a 54%. Enquanto o mínimo foi majorado em 12% este ano, as pensões e aposentadorias tiveram aumento de 5,92%. Aposentados que têm o benefício do governo como única fonte de renda reclamam que perdem poder de compra e que sua cesta de compras é composta por itens que aumentam mais em relação à inflação oficial.

Um exemplo prático pode ser entendido a partir da comparação entre um aposentado que ganhava R$ 600 em janeiro de 2003. Na época, o benefício era três vezes, ou 200%, maior que o valor do mínimo em vigência, que era de R$ 200. Aplicando-se os índices de reajuste para aposentadorias e para o mínimo durante os últimos seis anos, o mesmo aposentado estaria recebendo hoje R$ 938,47, comparado a um salário mínimo de R$ 465. A diferença entre os dois valores caiu para pouco mais de 100%.

Enquanto o índice acumulado de reajuste para a aposentadoria durante o governo Lula foi de 60%, para o salário mínimo está em 132%.

O diretor do Sindicato Nacional dos Aposentados, João Inocentini, reclama que os valores dos benefícios para aposentadorias não mantêm o poder de compra do grupo, principalmente dos aposentados que recebem menos que dez salários mínimos.

Nem mesmo o fato de o índice de reajuste das aposentadorias ter ficado acima da inflação acumulada no mesmo período (o IPCA entre janeiro de 2003 e janeiro de 2009 foi de 39,7%) serve de argumento, segundo os aposentados.

"Os idosos, principalmente, têm gastos além das contas gerais como gás, telefone e aluguel. Para eles o custo com remédios, e outros itens da área saúde costuma ser maior", afirmou Inocentini.

O presidente do sindicato afirmou que o grupo realiza um estudo com 100 itens de necessidade de um idoso para comparar o aumento dos produtos com o índice de reajuste do benefício recebido pelos aposentados.

"Daqui dois meses vamos abrir um processo na Justiça e levar essa pesquisa como prova. Segundo a lei, o governo é obrigado a manter o poder de compra com a aposentadoria", disse Inocentini.

Alternativas
O consultor financeiro Cláudio Boriola diz que os aposentados, especialmente nesse momento de crise econômica, devem evitar compras parceladas, pesquisar preços, negociar e fazer bom planejamento financeiro.

Segundo Boriola, alguns aposentados ganham um valor mensal muitas vezes insuficiente para o pagamento das contas e acabam pedindo crédito ou realizando pagamentos a prazo e são obrigados a pagar juros altos.

Na opinião do consultor, pagar uma previdência privada é uma alternativa indicada para quem ainda trabalha, considerando a característica de perda de poder de compra da aposentadoria.

"Na prática, infelizmente os valores encontram-se em um patamar que está deteriorando o poder de aquisição da população brasileira", completou Boriola.

De acordo com o diretor da Confederação Brasileira de Aposentados e Pensionistas (Cobap), Vicente Fernandes Barbosa, representantes dos aposentados tentarão um encontro com o presidente da Câmara, deputado Michel Temer (PMDB-SP), para discutir projetos que minimizem a perda dos aposentados

17:17
Anónimo disse...
Previdência
Previdência prorroga isenção de tarifas no benefício

O atual sistema de pagamento aos 26 milhões de aposentados e pensionistas do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) será mantido até o final deste ano. O acordo, que permite realizar a operação sem nenhum custo aos beneficiários, foi renovado nesta sexta-feira, entre o governo federal e 21 instituições financeiras.

Por meio desse acordo, vigente desde setembro de 2007, nem os segurados, nem os bancos e nem o governo arcam com o pagamento de tarifas, conforme explicou o ministro da Previdência Social, José Pimentel. A prorrogação vale até dezembro, data máxima para que a Previdência defina as regras para um novo contrato.

Ao assinar o termo de renovação, na sede da Federação Brasileira dos Bancos (Febraban), o ministro disse que a intenção do governo é mudar o atual modelo de gestão visando a reduzir os custos dessas operações em torno da folha mensal, que atinge R$ 15,8 bilhões. No entanto, qualquer alteração, conforme explicou, passará antes por audiências públicas a serem realizadas a partir do segundo semestre deste ano, atendendo a determinação do Tribunal de Contas da União (TCU).

De acordo com Pimentel, com um redesenho do mecanismo de repasse dos recursos aos bancos em torno da folha de pagamento dos segurados o que se busca é um aumento da participação de instituições financeiras. Ele informou que, desde 2007, cada benefício custa em média R$ 1,07 ao governo. "Quanto mais instituições financeiras estiverem prestando serviços à sociedade, maior é a competitividade, a agilidade no atendimento", justificou.

O ministro observou, ainda, que, para permitir uma redução para algo em torno de meia hora no tempo de atendimento para a concessão dos direitos previdenciários, o governo investiu R$ 280 milhões.

Questionado sobre o descontentamento dos segurados que ganham acima de um salário mínimo terem obtido apenas a correção com base na variação do Índice de Preços ao Consumidor (INPC) , ficando abaixo do reajuste dado a quem recebe apenas o mínimo, Pimentel argumentou que o governo seguiu o que determina a lei e descartou a possibilidade de uma revisão

17:17
Anónimo disse...
Empresas
Caterpillar oferece aposentadoria antecipada a 2 mil


A companhia americana Caterpillar ofereceu a cerca de dois mil funcionários incentivos para que se aposentem de forma voluntária antes do previsto, pela perspectiva de uma queda "significativa" da atividade industrial, informou nesta quarta-feira a empresa.

A iniciativa, destinada aos trabalhadores de diversas fábricas em Illinois, Colorado, Tennessee e Pensilvânia, se soma aos cortes de empregos anunciados em janeiro, explicou em comunicado de imprensa.

A empresa, a maior fabricante mundial de maquinaria pesada para a construção e a mineração, acrescentou que, "em função das condições de negócio, podem ser necessárias mais reduções de elenco voluntárias e involuntárias à medida que o ano avança".

O vice-presidente da companhia, Sid Banwart, explicou que a empresa prevê "demissões significativas em todas as regiões geográficas e na maioria dos setores devido às dificuldades da economia mundial".

17:18
Anónimo disse...
Comércio
Comércio exterior da OCDE caiu no 3º trimestre de 2008


As exportações e as importações dos países da Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Econômico (OCDE) caíram 1,6% e 0,2%, respectivamente, no terceiro trimestre de 2008, em relação aos três meses anteriores.

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Trata-se da primeira queda destas atividades desde o terceiro trimestre de 2006, segundo o último relatório trimestral sobre fluxos comerciais divulgado pela OCDE.

As exportações e as importações em dólares dos 30 Estados-membros caíram 15,6% e 17%, respectivamente, na comparação anualizada.

Por sua vez, o comércio dos sete países mais ricos do mundo (G7) teve um pequeno crescimento no terceiro trimestre de 2008 com uma queda das exportações de mercadorias de 0,2% em relação ao trimestre anterior e um aumento de 0,4% das importações.

Em termos anualizados, as importações do G7 caíram 1,4% entre julho e setembro do ano passado, seu primeiro retrocesso desde o terceiro trimestre de 2006, enquanto as exportações aumentaram 1,9%, seu crescimento mais baixo no mesmo tempo.

Por países, a Alemanha aumentou suas importações em 3,4% - valor mais alto do G7 -, enquanto suas exportações caíram 2,9% do segundo para o terceiro trimestre de 2008.

Pelo contrário, as exportações americanas aumentaram 1,8% entre julho e setembro de 2008, enquanto as importações caíram 0,7% em relação ao trimestre anterior. No Japão, tanto as importações quanto as exportações caíram em torno de 1% no mesmo período.

17:19
Anónimo disse...
Economia Nacional
Lula: juros de crédito consignado a aposentados são altos

Atualizada às 17h29

O presidente Luis Inácio Lula da Silva afirmou nesta terça-feira, em São Paulo, que está lutando para reduzir as taxas de juros cobradas de aposentados em crédito consignado. A Previdência Social estabelece uma taxa máxima de 2,5% para empréstimo e de 3,5% para cartão. Para Lula, os valores são altos.

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"Acho que o juro que os aposentados estão pagando hoje com o crédito consignado é alto para o padrão brasileiro", disse o presidente durante a cerimônia de comemoração dos 86 anos do INSS.

A Previdência anunciou nesta terça-feira que aposentados e trabalhadoras com licença-maternidade poderão receber seus benefícios em 30 minutos. De acordo com Lula, em junho, a aposentadoria do trabalhador rural também será conseguida em meia hora.

Além disso, o presidente anunciou que, também em junho, os trabalhadores que alcançarem o direito à aposentadoria passarão a receber em suas casas um comunicado da Previdência informando o fato e o valor do salário que têm direito a receber. "É um comprometimento público que estou fazendo com os companheiros da Previdência Social", disse.

"Estamos retribuindo ao contribuinte da Previdência Social aquilo que é a cidadania que ele tem direito", afirmou Lula. "Se para cobrar nós somos tão precisos, para devolver o dinheiro, temos que chegar próximo à perfeição", completou.

17:20
Anónimo disse...
Economia Nacional
Salário maternidade sairá em 30 minutos, diz ministro

Toda trabalhadora autônoma que tiver contribuído pelo menos 10 meses com o Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) - ou as que possuírem carteira assinada - poderão receber em 30 minutos o salário maternidade a partir desta terça-feira. Da mesma forma, as mulheres com 30 anos de contribuição e os homens com 35 anos também terão direito ao benefício de forma mais rápida. A informação é do ministro da Previdência Social, José Pimentel.

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Para requerer o salário maternidade, é preciso que as autônomas levem a carteira de identidade e o carnê de contribuição. As demais trabalhadoras devem apresentar a identificação e a carteira de trabalho. Desde o início do mês, a nova forma de análise para a concessão de benefícios foi adotada para a aposentadoria por idade do trabalhador urbano e agora foi estendida para o salário maternidade e por tempo de contribuição.

O ministro disse que a qualificação do serviço da previdência social é o reconhecimento do direito dos trabalhadores e da afirmação da cidadania.

"Até pouco tempo na cabeça do cidadão o serviço devia ser de péssima qualidade. Agora não, nós modificamos toda a legislação no mês de dezembro numa ação conjunta do Congresso Nacional com o governo federal. Estamos implantando e concedendo os benefícios em até 30 minutos", afirmou.

O ministro destacou que para conseguir se aposentar ou ter acesso à licença maternidade em 30 minutos, em primeiro lugar, é necessário que o cidadão esteja vinculado à Previdência, o que inclui 65% da população acima de 16 anos de idade.

"Depois bastar marcar pelo sistema 135 o dia e a hora do atendimento e levar a documentação. Se todos os dados necessários estiverem corretos o contribuinte será atendido em até 30 minutos, como vem sendo feito com as aposentadorias por idade desde o dia cinco de janeiro", explicou.

Pimentel disse ainda que em 90% das agências da previdência social o atendimento é marcado em até 48 horas. Nos grandes centros, entretanto existe um volume maior o que torna mais lento o processo.

"Estamos criando mais 715 agências até 2010, em todo o território nacional, para descentralizar o atendimento. Em 2008, atendemos 295 mil benefícios e aposentadorias por idade. Temos 4 mil pessoas por dia procurando e se aposentando por idade no território nacional. Este serviço será agilizado", concluiu.
17:26
Anónimo disse...
Giuseppe Englaro, pai de Eluana, a italiana que morreu na segunda-feira passada por desidratação, recusou uma grande soma de dinheiro de um conhecido fotógrafo italiano que queria retratar a filha em estado de coma, disse neste sábado o neurologista que atendia a mulher desde 1996, Carlo Defanti.

O neurologista, que participou hoje de uma conferência sobre eutanásia, disse que Englaro respeitou a vontade da filha, que, antes do acidente, tinha pedido que, se lhe ocorresse qualquer coisa irreversível, apresentasse sua imagem de quando estava em boas condições.

Antes de sofrer o acidente de trânsito, em 1992, Eluana viveu o coma de um amigo, Alessandro, o que causou forte impacto na italiana e a levou a fazer o pai prometer que não a deixasse viver em estado vegetativo, disse o próprio Giuseppe Englaro.

Defanti, que dissera que Eluana poderia viver de dez a 12 dias depois da suspensão da alimentação e da hidratação, disse que, como médico, tinha que reprovar esta afirmação.

"Não se pode sobreviver após três ou quatro dias sem líquido e, em particular, água em um corpo. Sabemos bem que, quando há um terremoto, após quatro dias é difícil encontrar sobreviventes".

Defanti ressaltou que Eluana "não falava, não se comunicava com o exterior" e que, após vários exames, "nos deparamos com uma moça que tinha perdido a consciência", porque estava com o córtex cerebral prejudicado.

Eluana foi enterrada na quinta-feira passada no túmulo da família na localidade de Paluzza, em Udine, após um funeral que não contou com a presença dos pais.

16:53
Anónimo disse...
Os bombeiros combatem neste sábado os incêndios na Austrália favorecidos pelo bom tempo, enquanto os deslocados encotram em seu retorno casas derruídas, carros queimados nas ruas e destruição.

Depois de sete dias desde que começaram os incêndios no Estado de Victoria, a lista de mortos chega a 181, os desaparecidos somam 50, os edifícios destruídos totalizam 1,834 mil e o terreno arrasado, principalmente florestas, ocupa uma área de 4,13 mil quilômetros quadrados.

As equipes de bombeiros, formadas por 4 mil profissionais de Victoria, de outras partes da Austrália e de países amigos, combateram hoje 12 focos fora de controle e nenhum representava uma ameaça direta para a população.

O subdiretor do Serviço de Bombeiros, Geoff Conway, disse que este tempo favorável, que se prolongará durante o domingo, permite consolidar as linhas de contenção e avançar na extinção das chamas.

Cinzas apareceram arrastadas por ventos do nordeste sobre Melbourne, onde habitam 3,8 milhões de pessoas, e as autoridades alertaram aos cidadãos do risco para a saúde de idosos, crianças e pessoas com problemas respiratórios.

O número de pessoas deslocadas - a Cruz Vermelha chegou a receber 7 mil - começou a cair com a abertura de algumas localidades atingidas.

Os incêndios, alguns criminosos, começaram em 7 de fevereiro, quando a região sul da Austrália estava há duas semanas sob uma onda de calor sem precedentes.

Na sexta-feira passada, a polícia acusou uma pessoa de ter provocado o incêndio que atingiu a localidade de Churchill e matou 21 pessoas.

16:55
Anónimo disse...
A primeira chuva em seis dias reduziu a ameaça de incêndios no Estado de Victoria, ao sul da Austrália. As autoridades, porém, advertiram que ainda existem 12 focos, mas que nenhum deles ameaça áreas povoadas.

Mais de quatro mil bombeiros, mil provenientes de outras partes do país e de outras nações, trabalham contra o fogo. Cerca de 600 veículos e 28 helicópteros e pequenos aviões estão sendo usados.


Eles conseguiram construir linhas de contenção para evitar os incêndios de Yarra e Maroondah se juntassem. Também foram controlados os incêndios abertos de Yea e Murrindindi, que ameaçavam as comunidades de Connellys Creek, Crystal Creek, Scrubby Creek e Native Dog Creek.

O número de mortos chegou a 181, mas as autoridades acreditam que as vítimas devem passar de 200, já que ainda há muitos desaparecidos.

16:55
Anónimo disse...
Aqui nesta coluna, na semana passada, tive a oportunidade de comentar sobre a recente visita do professor brasileiro Pedrinho Guareschi à Austrália. Não dei, porém, os fatos, pois semana passada o assunto era outro.

Hoje, porém, vamos a eles.

No último dia 4 de fevereiro, aconteceu o Seminário "Paulo Freire: Education and Liberation", organizado pelo centro de estudos latino-americanos da Universidade Nacional da Austrália, ou ANU, como é mais conhecida por aqui.

A ANU, para quem não sabe, está entre as 20 melhores universidades do mundo! E tem sede aqui em Camberra, capital da Austrália.

Na abertura do evento, o professor John Minns, diretor do centro latino-americano, ao dar boas-vindas ao público presente, lembrou ser aquele o primeiro seminário exclusivamente dedicado a Paulo Freire na Austrália.

Em seguida, convidou Pedrinho Guareschi, palestrante principal do Seminário, a fazer sua apresentação.

A plateia pode então conhecer, pelas palavras de Pedrinho, um pouco da obra e da vida de Freire, esse brasileiro de fé e valor, que sempre acreditou na educação, sobretudo dos menos favorecidos, analfabetos, como força libertadora.

Como não podia deixar de ser, os conceitos e ideias revolucionários de Paulo Freire, expostos com clareza por Pedrinho, despertaram o interesse e a curiosidade de plateia. A qual, deve-se notar, era na maioria de estudantes, mas de várias nacionalidades, sobretudo australianos e asiáticos.

Na continuação do programa do seminário, que se estendeu por dois dias, outros professores fizeram palestras sobre temas ligados à obra de Paulo Freire.

Interessante, por exemplo, saber que a professora Anne Hickling-Hudson, jamaicana que mora na Austrália há muitos anos (é professora da ANU), conheceu e trabalhou com Freire num workshop educacional durante a revolução na Ilha de Granada, em 1980, antes da invasão dos Estados Unidos...

Ou, então, a palestra da Professora Gerda Roelvink, da Nova Zelândia, que participou do Fórum Social de Porto Alegre em 2005. E essa participação transformou-se em tema de doutorado.

No dia 10, terça-feira passada, o padre Pedrinho Guareschi voltou a falar ao público australiano em grande auditório localizado no belíssimo campus da ANU. Desta vez, sobre a Teologia da Libertação.

Depois da palestra, John Minns mostrou o filme mexicano "O Crime do Padre Amaro", no qual um dos personagens é um padre católico praticante da Teologia da Libertação.

Mais uma vez, foi grande o intersse da platéia, que pode aprender e conhecer um pouco como se desenvolveu aquele importante movimento católico na América Latina.

Fica, assim, ao Pedrinho, bem como a outros brasileiros estudiosos e de bom coração que saem pelo mundo a divulgar aspectos importantes da cultura brasileira, o respeito e a homenagem desta coluna. E... aquele abraço!

16:57
Anónimo disse...
Amanda Kitts perdeu o braço esquerdo em um acidente de automóvel acontecido três anos atrás, mas hoje em dia ela joga futebol americano com seu filho de 12 anos de idade, troca fraldas e abraça as crianças nas três creches Kiddie Cottage que opera em Knoxville, Tennessee. Kitts, 40 anos, faz tudo isso com a ajuda de um novo tipo de braço artificial que se movimenta com mais facilidade do que outros aparelhos e que ela pode controlar utilizando apenas seus pensamentos.

"Eu sou capaz de mexer a mão, o pulso e o cotovelo ao mesmo tempo", diz. "Você pensa e os músculos se movem em seguida".

A recuperação que ela conseguiu resulta de um novo procedimento que vem atraindo crescente atenção porque permite que pessoas movam braços protéticos de forma mais automática do que faziam no passado, simplesmente utilizando nervos reaproveitados em seus cérebros.

A técnica, conhecida como "renervação muscular dirigida", envolve utilizar os nervos que restam depois da amputação de um braço e conectá-los a outro músculo do corpo, em geral no peito. Eletrodos são instalados sobre os músculos do peito, e operam como se fossem antenas. Quando a pessoa deseja mover o braço, o cérebro envia sinais que primeiro resultam em contração dos músculos do peito, os quais enviam um sinal ao braço protético, instruindo-se a se movimentar. O processo não requer mais esforços consciente do que a pessoa teria de exercitar caso ainda tivesse seu braço natural.

Na terça-feira, pesquisadores reportaram em estudo publicado pela versão online do Journal of the American Medical Association que haviam levado a técnica ainda mais à frente, tornando possível a execução de 10 movimentos de mão, pulso e cotovelo diferentes, o que representa uma substancial melhora com relação ao típico repertório protético, que em geral envolve apenas dobrar o cotovelo, girar o pulso e abrir a mão.

"Os novos métodos tiveram impacto dramático em nosso campo de trabalho", disse Stuart Harshbarger, engenheiro biomédico na Universidade Johns Hopkins e diretor do programa de pesquisa sobre próteses, financiado pelas forças armadas, que inclui o trabalho com essa técnica. "O método já está em uso por médicos e cirurgiões comuns em todo o país. A capacidade de controlar um membro protético bastante robusto que ele confere surpreendeu a todos pela qualidade".

Tipicamente, uma pessoa que tenha um braço protético só é capaz de executar alguns poucos movimentos, e muitas vezes com tamanha lentidão que isso só permite a ela atividades limitadas.

Há um motor separado para cada movimento, diz Gerald Loeb, professor de engenharia biomédica na Universidade do Sul da Califórnia, "e esses motores precisam ser controlados de maneira explícita", usualmente por um esforço consciente da pessoa para contrair músculos nas costas ou no bíceps.

"Essencialmente, até agora os pacientes controlavam apenas um motor de cada vez", diz Loeb, "e precisavam pensar cuidadosamente sobre que motor desejavam controlar e como fazê-lo operar, em lugar de simplesmente pensarem em mover o braço e poderem fazê-lo sem delongas".

Antes que Kitts passasse pelo procedimento de renervação, em outubro de 2007, por exemplo, ela precisava movimentar os músculos de suas costas de determinada maneira para fazer com que seu pulso girasse, e flexionar seu bíceps e tríceps para fazer com que o cotovelo se movesse para cima e para baixo. "Era muito trabalho", ela conta. "E não me ajudava muito".

O procedimento de renervação é parte de uma recente explosão de idéias novas e técnicas inovadoras que estão sendo exploradas enquanto os cientistas se esforçam por ajudar as pessoas a compensar melhor a perda de membros ou problemas de paralisia. O esforço vem sendo alimentado pelo aumento no número de amputações causado por diabetes e por ferimentos sofridos pelos militares, e ao mesmo tempo pelos avanços na tecnologia médica.

Os braços se tornaram um dos focos essenciais desse tipo de trabalho. A ciência há muito vem obtendo sucessos no desenvolvimento de próteses de perna, mas é muito mais difícil imitar a complexidade e a destreza das mãos e dos braços.

Os esforços em curso incluem o desenvolvimento de projetos de pele e braços mais sensíveis e mais flexíveis, e o uso de dispositivos acionados por controles sem fio implantado nos braços protéticos, que permitiriam movimentos mais naturais.

Os pesquisadores também vêm usando sensores implantados nos cérebros de cobaias para permitir que dois macacos controlem um braço mecânico, e um teste com um homem paralítico permitiu, com esse método, que ele movimentasse um cursor em uma tela de computador.

Alguns desses métodos, caso venham a ser aperfeiçoados plenamente e consigam aprovação das autoridades regulatórias da saúde, podem no futuro se tornar mais viáveis para os pacientes de amputações.

E embora a técnica da renervação não requeira aprovação das autoridades regulatórias porque é executada por meios cirúrgicos e emprega aparelhos já existentes, ela apresenta limitações que até mesmo seus criadores reconhecem, entre as quais o fato de que não se pode utilizá-la para todos os pacientes, o seu alto custo e o prazo de meses requerido para que os nervos reconectados cresçam e se tornem efetivos.

Ainda assim, os especialistas dizem que é o mais avançado sistema em uso hoje para pacientes reais que permite que o sistema nervoso controle diretamente o movimento de um braço artificial.

Desde sua introdução por Todd Kuiken, médico fisioterapeuta e engenheiro biomédico do Instituto de Reabilitação de Chicago, o método foi empregado em cerca de 30 pacientes nos Estados Unidos, Canadá e Europa, entre os quais oito soldados feridos no Iraque e no Afeganistão.

Muitos dos pacientes, entre os quais o primeiro, Jesse Sullivan, um operário do setor elétrico no Tennessee que perdeu os dois braços quando foi eletrocutado por um cabo, conseguem não apenas manipular seus braços protéticos mas sentir a presença das mãos que já não têm quando alguém toca em seus peitos.

Sullivan, 62 anos, e Kitts, estavam entre os cinco pacientes que participaram do estudo reportado na terça-feira. Em companhia de cinco outras pessoas que não passaram por amputações, eles receberam os eletrodos e foram instruídos a usar pensamentos para fazer com que um braço virtual na tela reproduzisse 10 movimentos diferentes, entre os quais três formas diferentes de aperto de mão.

Os pacientes apresentaram desempenho bastante respeitável, apenas um pouco mais lento e menos preciso do que os dos participantes que não tinham amputações.

"As velocidades de movimento que encontramos em nossos pacientes foram realmente encorajadoras", disse Kuiken. "Eles conseguiram completar a tarefa. É claro que não foram tão competentes quanto as pessoas dotadas de plena capacidade física, mas foram bons o bastante".

Um braço virtual foi usado porque a maioria das próteses existentes não era capaz de acomodar todos aqueles movimentos, no momento da pesquisa, ainda que Sullivan, Kitts e uma terceira paciente, Claudia Mitchell, tenham experimentado dois novos protótipos mais versáteis de braços artificiais, executando tarefas complexas com bolas de tênis e outros objetos.

O trabalho de renervação em soldados apresenta outros desafios, diz Kuiken, porque os ferimentos militares muitas vezes "causam danos muitos extensos" a nervos, músculos ou ossos.

Daniel Acosta, 25 anos, um aviador ferido pela detonação de uma bomba em uma estrada do Iraque em 2005, passou pelo procedimento no ano passado e diz que seu braço esquerdo protético agora se movimenta "muito mais rápido" e de maneira muito mais natural.

"A diferença é que agora não preciso mais pensar para mover o braço", ele diz. "Ele simplesmente se mexe".

Ainda assim, Acosta, de San Antonio, diz que "o processo foi bastante longo" e que os eletrodos precisam ser ajustados para receber os sinais à medida que os nervos crescem ou mudam de posição.

E embora elogiem o método, os especialistas afirmam que a ciência das próteses de braço ainda tem muito por avançar.

"Trata-se de uma parte crucial, mas ainda assim apenas uma parte, das muitas coisas que compreendem a função normal de um braço", disse Loeb, que escreveu um editorial que acompanha o artigo no Journal of the American Medical Association.

"No momento estamos a meio do caminho entre o braço de 'Dr. Fantástico', que fazia involuntariamente a saudação nazista, e o braço de Luke Skywalker em 'Guerra nas Estrelas', que funciona sem nenhum problema assim que é conectado. Creio que precisaremos ainda de muitos anos para conectar todas as peças necessárias a produzir um braço capaz de funcionar normalmente".

17:04
Anónimo disse...
A Espanha disse neste sábado que está preparando uma reclamação oficial contra a decisão da Venezuela de expulsar um membro do Parlamento Europeu que criticou o conselho eleitoral venezuelano.
Luis Herrero, membro do partido conservador espanhol PP, foi deportado na sexta-feira depois que o Conselho Nacional Eleitoral (CNE) o acusou de questionar a imparcialidade da instituição antes de um referendo que pode permitir ao presidente Hugo Chávez permanecer no cargo indefinidamente.

Herrero estava na Venezuela como observador do referendo. Ele acusou Chávez de ter "comportamentos típicos de um ditador" por pedir a contenção de manifestações da oposição.

O governo da Espanha convocou um encontro com o embaixador da Venezuela em Madri para expressar a desaprovação sobre a expulsão de Herrero, disse um representante do Ministério das Relações Exteriores espanhol.

As relações da Venezuela com a Espanha tiveram seu ponto crítico em 2007, quando Chávez ameaçou rever acordos diplomáticos e comerciais depois de ouvir um "cala a boca" do rei espanhol Juan Carlos durante uma cúpula.

A fenda foi oficialmente reparada em 2008, com uma visita oficial de Chávez à Espanha, onde ele cumprimentou o rei e discutiu acordos para investimento no setor petroquímico com o primeiro-ministro José Luis Rodriguez Zapatero.

17:06
Anónimo disse...
A polícia do Zimbábue anunciou neste sábado que acusa de traição Roy Bennett, dirigente do até agora opositor Movimento para a Mudança Democrática (MDC), detido na sexta-feira, em Harare, poucas horas antes da cerimônia de posse dos membros do novo gabinete.

"A Polícia nos informou que vão apresentar acusações de traição", disse à agência EFE o advogado de defesa de Bennett, Trust Maanda.

"Tentam relacionar Roy com o caso de Mike Hitschmann, que foi detido em 2006 em relação à descoberta de um carregamento de armas, apesar de que Hitschmann não tenha sido declarado culpado das acusações de traição apresentadas contra ele, mas de um crime menor de descumprimento de leis", disse Maanda.

O político opositor, designado por seu partido como vice-ministro de Agricultura no Governo de união nacional, esteve no exílio na vizinha África do Sul desde 2006 e retornou ao Zimbábue há duas semanas.

Segundo a Polícia, que deteve Bennett ontem no aeroporto de Harare quando pretendia ir à África do Sul para visitar sua família, as armas apreendidas em 2006 seriam utilizadas em um golpe de Estado para derrubar o presidente do Zimbábue, Robert Mugabe.

Depois da detenção, Bennet foi levado a Mutar, onde vários simpatizantes do MDC se concentraram em frente à delegacia na qual estava detido, diante do que a Polícia respondeu com tiros para o alto para dispersar os manifestantes.

17:07
Anónimo disse...
Austrália: 14 mil se candidatam a 'emprego dos sonhos'

A secretaria de Turismo de Queensland, na Austrália, informou que até esta segunda-feira já recebeu cerca de 14 mil inscrições para o "o melhor emprego do mundo". O Estado australiano promove pela internet seleção para vaga de "zelador" da ilha Hamilton, por seis meses com um salário de R$ 40 mil.

Muitos candidatos tiveram problemas durante a inscrição por conta dos acessos simultâneos ao site. A secretaria aconselha enviar os vídeos de 60s explicando porque deve ser escolhido em horários alternativos do dia, além de recomendar tamanho em torno de 40MB.

As inscrições começaram em 12 de janeiro e vão até o próximo dia 22 e podem ser feitas pelo site www.islandreefjob.com. O governo australiano escolherá 50 candidatos para a próxima fase da seleção, que terá votos do público para eleger um dos 11 finalistas.

A última fase terá entrevistas e desafios físicos, no próprio local de trabalho: as ilhas da Grande Barreira Coralina - o maior recife de coral do mundo. A secretaria de Turismo anunciará o vencedor no dia 6 de maio.

17:09
Anónimo disse...
Mercado elogia governo na crise, mas pede maior queda no juro

Peter Fussy
Direto de São Paulo

Desde as primeiras medidas anunciadas para combater os efeitos da crise, o governo brasileiro avisou que a estratégia não contemplaria um pacote. Seriam doses pontuais, de acordo com a necessidade da economia diante do agravamento das turbulências. Da primeira liberação dos depósitos compulsórios em setembro até a ampliação do seguro-desemprego na última quarta-feira, o governo passou por redução de impostos, ampliação de crédito e incentivos à exportação. Quase 150 dias após a primeira medida, o Terra conversou com líderes do setor público e privado, representantes dos trabalhadores, acadêmicos e com o próprio governo para saber quais destas ações foram mais eficazes, quais foram mais ineficientes e o que mais pode ser feito pelo Estado brasileiro contra a crise.

Os maiores elogios foram direcionados à atitude de reduzir o Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) para a indústria automobilística, anunciada em dezembro e que fez com que os emplacamentos de carros novos subissem 1,9% no primeiro mês do ano em relação a dezembro de 2008. Já as maiores críticas foram para a lentidão no corte da taxa básica de juro do País.

Para o presidente do conselho administrativo do Grupo Pão de Açúcar, Abílio Diniz, o Estado não é responsável pela crise e mesmo assim está agindo "com extrema serenidade e muito acerto". "O governo está atento, fazendo a sua parte. É preciso coragem de baixar firmemente a taxa de juros. É uma arma que temos a nosso favor, já que não há clima para inflação, nem possibilidade de danos para a macroeconomia", afirmou Diniz.

Na última reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), em janeiro, a taxa Selic foi reduzida em um ponto percentual, de 13,75% para 12,75% ao ano. Porém, o professor de economia da Universidade de Brasília (UnB) José Luiz Oreiro lembra que este corte representa uma redução de apenas 0,25 ponto percentual com relação à taxa de setembro do ano passado, quando a crise se agravou.

"Pouco antes da eclosão da crise, o Banco Central aumentou a taxa em 0,75 ponto. Foram cinco meses de demora para reduzir em termos líquidos apenas 0,25 ponto", afirmou o economista, que também sugeriu redução do intervalo de cerca de 90 dias entre as reuniões do Copom e o corte de pelo menos um 1 ponto percentual em cada reunião.

Mesmo com o corte de janeiro, a taxa de juros real continua sendo a maior do mundo, lembrou o secretário-geral da Força Sindical, João Carlos Gonçalves, o Juruna. "A redução da taxa de juro ainda é pequena, porque ela continua uma das mais altas do mundo. Falta ousadia para baixar os juros e ajudar o cidadão. A permanência da taxa de juro alta é negativa para o País em meio a crise", afirmou Juruna.

Embora aprove as ações do governo, o senador Aloízio Mercadante (PT-SP) também acredita que o patamar da Selic está muito alto. "Sempre fomos os primeiros a entrar em qualquer crise, o que não aconteceu agora. A taxa Selic ainda é muito alta, mas o governo têm tomado medidas acertadas, como o aumento do salário mínimo, mesmo com um cenário de crise. Isso ajuda a movimentar o consumo. O governo está se esforçando para manter os investimentos e o crescimento", disse.

Tributos
De acordo com o economista Fabio Pina, da Fecomercio-SP, as ações mais positivas estão relacionadas à redução de tributos para alguns segmentos, como a indústria automobilística, que recuperou parte da queda nas vendas em janeiro com a isenção do IPI para carros 1.0 l e o corte para demais motorizações. A medida vale até o final de março.

"Essas medidas não só reduziram o preço, mas anteciparam o consumo daqueles que iriam comprar no futuro, dando um prêmio por conta da insegurança. Mexe diretamente com o principal problema que é a confiança do consumidor", afirmou. Juruna destacou que um bom ritmo de vendas é garantia de emprego. "É importante porque cada emprego na montadora significa 19 na cadeia produtiva", comentou o representante da Força Sindical.

Também em dezembro, o governo decidiu cortar pela metade a alíquota do Imposto de Renda para contribuintes que ganham entre R$ 1.434 e R$ 2.150 mensais. "O salário aumentava e a tabela não se modificava. As pessoas ganhavam mais e pagavam mais impostos", apontou Juruna. Outra redução de tributos do governo foi com relação ao Imposto sobre Operações Financeiras (IOF), que caiu de 3% ao ano para 1,5%.

Crédito
Na segunda metade de 2008, o colapso de bancos nos Estados Unidos por conta da crise do subprime provocou uma forte restrição de crédito no mundo inteiro. Uma das primeiras medidas anticrise do governo teve como objetivo restabelecer a oferta, com mudanças no recolhimento dos depósitos compulsórios por parte dos bancos. Segundo o presidente do Banco Central, Henrique Meirelles, as diversas modificações liberaram US$ 99,2 bilhões aos bancos até o final de janeiro.

Além disso, o governo concedeu R$ 36 bilhões das reservas internacionais para empresas brasileiras com dívidas no exterior e uma medida provisória autorizou o Banco do Brasil e a Caixa Econômica Federal a comprar carteiras de crédito de bancos privados. Para o diretor do Departamento de Pesquisas e Estudos Econômicos da Fiesp, Paulo Francini, estas medidas foram essenciais para combater os efeitos da crise.

"A crise se desenvolve no mundo em torno do tema crédito. E o crédito reduziu-se barbaridade no mundo. Então o governo lança mão de compulsório, lança mão de reservas, de medidas que permitem aos bancos comprar carteiras de bancos. Você vai tomando várias medidas para atender às demandas e o epicentro disso é crédito", afirmou.

No entanto, Oreiro, da UnB, adverte que a liberação dos compulsórios seria mais eficiente acompanhada de redução mais agressiva da taxa básica de juro. "Uma parte do crédito voltou, depois da forte retração em outubro e novembro. O que deveria ter sido feito junto à liberação do compulsório era uma redução mais drástica da taxa de juro. Sem isso, os bancos pegam as reservas e acabam comprando títulos públicos", explicou o economista.

Na opinião de Pina, as ações de distribuição de crédito via redução do compulsório e a disposição de capital de giro para empresas foram tomadas sem um cuidado maior na operação e não tiveram muito efeito. "O BNDES tem linhas que ficam paradas quase todo o ano, agora é pior ainda. Existem os recursos, mas as empresas e os bancos estão desconfiados. É preciso fazer com que os bancos tenham interesse em emprestar", afirmou o economista da Fecomercio-SP.

Futuro
Mesmo com todas essas medidas, a crise financeira ainda gera incertezas nos setores produtivos do País. Nos últimos meses, o medo do desemprego fez os consumidores adiarem compras. Por sua vez, a queda nas vendas pode obrigar as indústrias a cortarem a produção e demitir funcionários. Contra isso, empresários sugerem redução de jornada e de salários.

"Isto está previsto em lei. A Fiesp simplesmente manteve conversações com entidades sindicais quanto à aplicação daquilo que já está previsto em lei", afirmou Francini.

Segundo a ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff, uma das medidas que assegura um nível de emprego é a manutenção de investimentos no Programa de Aceleração do Crescimento (PAC). "Estamos esperando que a dificuldade ocorra em janeiro, fevereiro e março. Estamos certos que vamos manter o nível de investimento. É isso que funciona, é isso que significa investimento público. Ele funciona como um colchão. Por isso, nós colocamos R$ 100 bilhões no BNDES e a Petrobras ampliou o seu investimento em R$ 120 bilhões", afirmou.

Na mesma linha, Pina explica que a antecipação de gastos do governo substitui parte da demanda retraída do setor privado. "Ele dá o seguinte recado: não vou estourar as contas públicas, mas concentrar em um momento em que a demanda privada está pequena. Mas o governo não tem fôlego suficiente para fazer o papel de toda demanda", ressaltou. O economista da Fecomercio lembrou que a entidade já pleiteou junto ao governo isenções para transferência de imóveis e de automóveis, além de retirar o IPVA para veículos novos.

Já Oreiro foca suas propostas na capitalização do Banco do Brasil e da Caixa Econômica Federal pelo Tesouro para atender a demanda de crédito para capital de giro e reduzir o spread. "Aumentando o empréstimo e reduzindo as taxas, os dois vão forçar os bancos privados a acompanhar o movimento, até para não perderem participação no mercado", explicou o economista da UnB.

Até o Carnaval, o governou prometeu detalhar um pacote de incentivos para a construção de até um milhão de casas populares, direcionado a famílias com renda de até dez salários mínimos. "Estamos atentos a tudo o que está acontecendo e novas medidas serão tomadas caso haja uma avaliação de que sejam necessárias", disse o ministro da Fazenda, Guido Mantega, na última sexta-feira.

17:11
Anónimo disse...
Ex-ministro critica extensão do seguro-desemprego

Atualizada às 09h03

O ex-ministro do Trabalho Almir Pazzianotto criticou a decisão do governo federal de conceder o seguro-desemprego estendido a apenas alguns setores. "É certamente odioso e provavelmente inconstitucional", disse Pazzianotto, de acordo com o jornal O Estado de S. Paulo.

Na última qurta, dia do anúncio da medida, centrais sindicais elogiaram a atitude do governo. A Força Sindical divulgou nota dizendo que "o aumento ajudará a aquecer parte da economia, já que irá gerar mais consumo, produção e conseqüentemente, a criação de novos postos de trabalho". A União Geral dos Trabalhadores (UGT) afirmou que a medida "contribuirá para minimizar o drama dos trabalhadores que perderem seu emprego por conta da crise".

O ex-ministro, que instituiu o seguro-desemprego no País no governo de José Sarney, destacou a necessidade de as centrais sindicais se manifestarem contra a determinação. Para ele, as mudanças devem ser aplicadas a todas as categorias profissionais e a distinção é contrária ao artigo 3º da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT).

Pazzianotto atribui a medida a um possível temor do governo de que a crise econômica seja longa e não haja dinheiro para atender a todas as necessidades. Ainda assim, ele se mostra contrário ao método de concessão. "O seguro-desemprego ajuda a sanar necessidades básicas. Estendê-lo é paliativo, não a solução", disse ao jornal.

De acordo com o presidente do Conselho Deliberativo do Fundo de Amparo ao Trabalhador (Codefat) e conselheiro da Força Sindical, Luiz Fernando Emediato, a determinação já estava prevista na lei 8.900/94, que trata do seguro-desemprego.

O presidente da Comissão de Trabalho da Câmara, Pedro Fernandes (PTB-MA) vai além na crítica à concessão do seguro para apenas alguns setores. Ele acredita que a ampliação do benefício estimula o desemprego.

Quintino Severo, secretário geral da Central Única dos Trabalhadores (CUT), lembra que a ampliação do benefício sem critério e identificação pode incentivar demissões em outros setores.

17:13
Anónimo disse...
Empresas
TAM faz promoção para destinos internacionais

A companhia aérea TAM anunciou nesta sexta-feira tarifas promocionais para trechos internacionais. Os preços valem para bilhetes comprados entre 6h deste sábado e 23h59 deste domingo e são válidos para classe econômica. As tarifas, para ida e volta, serão vendidas a partir de US$ 99, mais taxas.

Segundo a aérea, a promoção vale para viagens feitas no período de 14 de fevereiro a 18 de junho de 2009. Para destinos na América do Sul, a permanência mínima é de dois dias; para bilhetes com destino nos Estados Unidos, cinco dias; e Europa, sete dias. A permanência máxima para as passagens para América do Sul e EUA é de dois meses e para Europa, três meses.

Entre os exemplos de tarifas promocionais, a TAM oferece São Paulo-Lima por US$ 99. Bilhetes para a rota São Paulo-Santiago serão vendidos a partir de US$ 199 e São Paulo-Nova York, US$ 799.

A emissão dos bilhetes deve ser feita obrigatoriamente no ato da reserva, obedecendo às regras estipuladas pela companhia. A compra está sujeita à disponibilidade de assentos nas classes tarifárias determinadas, trechos, horários e datas. A TAM afirmou que também há tarifas promocionais para a classe executiva.

Mais informações podem ser encontradas no site promocional (www.ofertastam.com.br), no site da empresa (www.tam.com.br) ou pelos telefones 4002-5700 ou 0800 5705700.

17:13
Anónimo disse...
Empresas
Consultoria negocia compra do parque temático Hopi Hari

A consultoria especializada em reestruturação de empresas Íntegra Associados informou nesta sexta-feira ter um acordo para comprar o parque de diversões Hopi Hari, localizado no interior de São Paulo. A empresa estaria disposta a investir R$ 10 milhões no parque, que tem dívida estimada em R$ 800 milhões. As informações são da edição deste sábado do jornal Folha de S. Paulo.

De acordo com o jornal, a transação ainda depende da negociação entre o Hopi Hari e seus credores, o que já estaria em andamento.

A consultoria paulista já atuou junto à Parmalat, durante 30 meses, quando reorganizou a gestão da empresa italiana.

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17:14
Anónimo disse...
Empresas
Disney de Tóquio contratará mais 2 mil apesar da crise


A Oriental Land, o operador da Disneylândia Tóquio e DisneySea, organizou neste domingo entrevistas para contratar cerca de 2 mil trabalhadores em tempo parcial, em um momento de grandes demissões deste tipo de empregados no Japão.

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O operador deste parque temático, situado em Urayasu, na província de Chiba (leste de Tóquio), está em pleno processo de seleção de empregados para 20 tipos de postos trabalhistas diferentes.

Segundo a companhia, citada pela agência local de notícias Kyodo, o parque contratará novos trabalhadores para as atrações, para os restaurantes e guardas de segurança entre outros. Os novos contratados começarão a trabalhar a partir de fevereiro.

O processo de seleção acontece em um momento em que a maioria das grandes companhias japonesas começaram a se ver obrigadas a despedir uma elevada percentagem de seus trabalhadores temporários e a tempo parcial.

Algumas inclusive anunciaram demissões de seus trabalhadores fixos, uma medida muito pouco comum nas companhias japonesas, perante os efeitos piores que o esperado pela crise econômica global.

Cerca de uma centena de pessoas esperavam desde a primeira hora desta manhã a abertura do centro de conferências Tokyo International Forum, onde as entrevistas estão sendo feitas, para ser os primeiros a solicitar os postos de trabalho.


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17:15
Anónimo disse...
Economia Internacional
Senado dos EUA aprova plano de estímulo à economia

O Senado dos Estados Unidos aprovou com 60 votos a favor e 38 contra o plano de estímulo à economia de US$ 787 bilhões na madrugada deste sábado. Agora, ele segue para sanção ou veto do presidente Barack Obama, que espera colocar a lei em prática até o dia 16 de fevereiro.

O plano prevê a criação de três milhões de empregos, inclui cortes de impostos às famílias, fundos para programas sociais e obras públicas, além de ajuda aos governos estaduais, estudantes e desempregados.

A cláusula Buy American - que exige o uso de ferro, aço e produtos manufaturados dos Estados Unidos em obras realizadas com recursos do pacote - ficou de lado. Segundo o texto definitivo, a cláusula será aplicada sem violar as normas do comércio internacional.

Ontem à tarde, a Câmara de Representantes (deputados) havia aprovado, por 246 votos a favor e 183 contra, a versão final do plano. Todos os republicanos foram contrários ao pacote.

Pelo acordo de quarta-feira entre Câmara e Senado, em vez de custar US$ 819 bilhões, como queriam os deputados, ou US$ 838 bilhões como pretendiam os senadores, o pacote ficou em cerca de US$ 787 bilhões, com 65% desse total destinado a gastos do governo federal e 35%, a créditos tributários.

17:16
Anónimo disse...
Economia nacional
Na era Lula, aposentadoria sobe 54% menos que salário mínimo

Thatiane Faria
Especial para o Terra
Direto de São Paulo

Os índices de reajustes concedidos pelo governo em 2009 para aposentados e pensionistas e para o salário mínimo repetiram uma diferença que, só durante o governo de Luiz Inácio Lula da Silva, já chega a 54%. Enquanto o mínimo foi majorado em 12% este ano, as pensões e aposentadorias tiveram aumento de 5,92%. Aposentados que têm o benefício do governo como única fonte de renda reclamam que perdem poder de compra e que sua cesta de compras é composta por itens que aumentam mais em relação à inflação oficial.

Um exemplo prático pode ser entendido a partir da comparação entre um aposentado que ganhava R$ 600 em janeiro de 2003. Na época, o benefício era três vezes, ou 200%, maior que o valor do mínimo em vigência, que era de R$ 200. Aplicando-se os índices de reajuste para aposentadorias e para o mínimo durante os últimos seis anos, o mesmo aposentado estaria recebendo hoje R$ 938,47, comparado a um salário mínimo de R$ 465. A diferença entre os dois valores caiu para pouco mais de 100%.

Enquanto o índice acumulado de reajuste para a aposentadoria durante o governo Lula foi de 60%, para o salário mínimo está em 132%.

O diretor do Sindicato Nacional dos Aposentados, João Inocentini, reclama que os valores dos benefícios para aposentadorias não mantêm o poder de compra do grupo, principalmente dos aposentados que recebem menos que dez salários mínimos.

Nem mesmo o fato de o índice de reajuste das aposentadorias ter ficado acima da inflação acumulada no mesmo período (o IPCA entre janeiro de 2003 e janeiro de 2009 foi de 39,7%) serve de argumento, segundo os aposentados.

"Os idosos, principalmente, têm gastos além das contas gerais como gás, telefone e aluguel. Para eles o custo com remédios, e outros itens da área saúde costuma ser maior", afirmou Inocentini.

O presidente do sindicato afirmou que o grupo realiza um estudo com 100 itens de necessidade de um idoso para comparar o aumento dos produtos com o índice de reajuste do benefício recebido pelos aposentados.

"Daqui dois meses vamos abrir um processo na Justiça e levar essa pesquisa como prova. Segundo a lei, o governo é obrigado a manter o poder de compra com a aposentadoria", disse Inocentini.

Alternativas
O consultor financeiro Cláudio Boriola diz que os aposentados, especialmente nesse momento de crise econômica, devem evitar compras parceladas, pesquisar preços, negociar e fazer bom planejamento financeiro.

Segundo Boriola, alguns aposentados ganham um valor mensal muitas vezes insuficiente para o pagamento das contas e acabam pedindo crédito ou realizando pagamentos a prazo e são obrigados a pagar juros altos.

Na opinião do consultor, pagar uma previdência privada é uma alternativa indicada para quem ainda trabalha, considerando a característica de perda de poder de compra da aposentadoria.

"Na prática, infelizmente os valores encontram-se em um patamar que está deteriorando o poder de aquisição da população brasileira", completou Boriola.

De acordo com o diretor da Confederação Brasileira de Aposentados e Pensionistas (Cobap), Vicente Fernandes Barbosa, representantes dos aposentados tentarão um encontro com o presidente da Câmara, deputado Michel Temer (PMDB-SP), para discutir projetos que minimizem a perda dos aposentados

17:17
Anónimo disse...
Previdência
Previdência prorroga isenção de tarifas no benefício

O atual sistema de pagamento aos 26 milhões de aposentados e pensionistas do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) será mantido até o final deste ano. O acordo, que permite realizar a operação sem nenhum custo aos beneficiários, foi renovado nesta sexta-feira, entre o governo federal e 21 instituições financeiras.

Por meio desse acordo, vigente desde setembro de 2007, nem os segurados, nem os bancos e nem o governo arcam com o pagamento de tarifas, conforme explicou o ministro da Previdência Social, José Pimentel. A prorrogação vale até dezembro, data máxima para que a Previdência defina as regras para um novo contrato.

Ao assinar o termo de renovação, na sede da Federação Brasileira dos Bancos (Febraban), o ministro disse que a intenção do governo é mudar o atual modelo de gestão visando a reduzir os custos dessas operações em torno da folha mensal, que atinge R$ 15,8 bilhões. No entanto, qualquer alteração, conforme explicou, passará antes por audiências públicas a serem realizadas a partir do segundo semestre deste ano, atendendo a determinação do Tribunal de Contas da União (TCU).

De acordo com Pimentel, com um redesenho do mecanismo de repasse dos recursos aos bancos em torno da folha de pagamento dos segurados o que se busca é um aumento da participação de instituições financeiras. Ele informou que, desde 2007, cada benefício custa em média R$ 1,07 ao governo. "Quanto mais instituições financeiras estiverem prestando serviços à sociedade, maior é a competitividade, a agilidade no atendimento", justificou.

O ministro observou, ainda, que, para permitir uma redução para algo em torno de meia hora no tempo de atendimento para a concessão dos direitos previdenciários, o governo investiu R$ 280 milhões.

Questionado sobre o descontentamento dos segurados que ganham acima de um salário mínimo terem obtido apenas a correção com base na variação do Índice de Preços ao Consumidor (INPC) , ficando abaixo do reajuste dado a quem recebe apenas o mínimo, Pimentel argumentou que o governo seguiu o que determina a lei e descartou a possibilidade de uma revisão

17:17
Anónimo disse...
Empresas
Caterpillar oferece aposentadoria antecipada a 2 mil


A companhia americana Caterpillar ofereceu a cerca de dois mil funcionários incentivos para que se aposentem de forma voluntária antes do previsto, pela perspectiva de uma queda "significativa" da atividade industrial, informou nesta quarta-feira a empresa.

A iniciativa, destinada aos trabalhadores de diversas fábricas em Illinois, Colorado, Tennessee e Pensilvânia, se soma aos cortes de empregos anunciados em janeiro, explicou em comunicado de imprensa.

A empresa, a maior fabricante mundial de maquinaria pesada para a construção e a mineração, acrescentou que, "em função das condições de negócio, podem ser necessárias mais reduções de elenco voluntárias e involuntárias à medida que o ano avança".

O vice-presidente da companhia, Sid Banwart, explicou que a empresa prevê "demissões significativas em todas as regiões geográficas e na maioria dos setores devido às dificuldades da economia mundial".

17:18
Anónimo disse...
Comércio
Comércio exterior da OCDE caiu no 3º trimestre de 2008


As exportações e as importações dos países da Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Econômico (OCDE) caíram 1,6% e 0,2%, respectivamente, no terceiro trimestre de 2008, em relação aos três meses anteriores.

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Trata-se da primeira queda destas atividades desde o terceiro trimestre de 2006, segundo o último relatório trimestral sobre fluxos comerciais divulgado pela OCDE.

As exportações e as importações em dólares dos 30 Estados-membros caíram 15,6% e 17%, respectivamente, na comparação anualizada.

Por sua vez, o comércio dos sete países mais ricos do mundo (G7) teve um pequeno crescimento no terceiro trimestre de 2008 com uma queda das exportações de mercadorias de 0,2% em relação ao trimestre anterior e um aumento de 0,4% das importações.

Em termos anualizados, as importações do G7 caíram 1,4% entre julho e setembro do ano passado, seu primeiro retrocesso desde o terceiro trimestre de 2006, enquanto as exportações aumentaram 1,9%, seu crescimento mais baixo no mesmo tempo.

Por países, a Alemanha aumentou suas importações em 3,4% - valor mais alto do G7 -, enquanto suas exportações caíram 2,9% do segundo para o terceiro trimestre de 2008.

Pelo contrário, as exportações americanas aumentaram 1,8% entre julho e setembro de 2008, enquanto as importações caíram 0,7% em relação ao trimestre anterior. No Japão, tanto as importações quanto as exportações caíram em torno de 1% no mesmo período.

17:19
Anónimo disse...
Economia Nacional
Lula: juros de crédito consignado a aposentados são altos

Atualizada às 17h29

O presidente Luis Inácio Lula da Silva afirmou nesta terça-feira, em São Paulo, que está lutando para reduzir as taxas de juros cobradas de aposentados em crédito consignado. A Previdência Social estabelece uma taxa máxima de 2,5% para empréstimo e de 3,5% para cartão. Para Lula, os valores são altos.

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"Acho que o juro que os aposentados estão pagando hoje com o crédito consignado é alto para o padrão brasileiro", disse o presidente durante a cerimônia de comemoração dos 86 anos do INSS.

A Previdência anunciou nesta terça-feira que aposentados e trabalhadoras com licença-maternidade poderão receber seus benefícios em 30 minutos. De acordo com Lula, em junho, a aposentadoria do trabalhador rural também será conseguida em meia hora.

Além disso, o presidente anunciou que, também em junho, os trabalhadores que alcançarem o direito à aposentadoria passarão a receber em suas casas um comunicado da Previdência informando o fato e o valor do salário que têm direito a receber. "É um comprometimento público que estou fazendo com os companheiros da Previdência Social", disse.

"Estamos retribuindo ao contribuinte da Previdência Social aquilo que é a cidadania que ele tem direito", afirmou Lula. "Se para cobrar nós somos tão precisos, para devolver o dinheiro, temos que chegar próximo à perfeição", completou.

17:20
Anónimo disse...
Economia Nacional
Salário maternidade sairá em 30 minutos, diz ministro

Toda trabalhadora autônoma que tiver contribuído pelo menos 10 meses com o Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) - ou as que possuírem carteira assinada - poderão receber em 30 minutos o salário maternidade a partir desta terça-feira. Da mesma forma, as mulheres com 30 anos de contribuição e os homens com 35 anos também terão direito ao benefício de forma mais rápida. A informação é do ministro da Previdência Social, José Pimentel.

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Para requerer o salário maternidade, é preciso que as autônomas levem a carteira de identidade e o carnê de contribuição. As demais trabalhadoras devem apresentar a identificação e a carteira de trabalho. Desde o início do mês, a nova forma de análise para a concessão de benefícios foi adotada para a aposentadoria por idade do trabalhador urbano e agora foi estendida para o salário maternidade e por tempo de contribuição.

O ministro disse que a qualificação do serviço da previdência social é o reconhecimento do direito dos trabalhadores e da afirmação da cidadania.

"Até pouco tempo na cabeça do cidadão o serviço devia ser de péssima qualidade. Agora não, nós modificamos toda a legislação no mês de dezembro numa ação conjunta do Congresso Nacional com o governo federal. Estamos implantando e concedendo os benefícios em até 30 minutos", afirmou.

O ministro destacou que para conseguir se aposentar ou ter acesso à licença maternidade em 30 minutos, em primeiro lugar, é necessário que o cidadão esteja vinculado à Previdência, o que inclui 65% da população acima de 16 anos de idade.

"Depois bastar marcar pelo sistema 135 o dia e a hora do atendimento e levar a documentação. Se todos os dados necessários estiverem corretos o contribuinte será atendido em até 30 minutos, como vem sendo feito com as aposentadorias por idade desde o dia cinco de janeiro", explicou.

Pimentel disse ainda que em 90% das agências da previdência social o atendimento é marcado em até 48 horas. Nos grandes centros, entretanto existe um volume maior o que torna mais lento o processo.

"Estamos criando mais 715 agências até 2010, em todo o território nacional, para descentralizar o atendimento. Em 2008, atendemos 295 mil benefícios e aposentadorias por idade. Temos 4 mil pessoas por dia procurando e se aposentando por idade no território nacional. Este serviço será agilizado", concluiu.
17:26
Anónimo disse...
Giuseppe Englaro, pai de Eluana, a italiana que morreu na segunda-feira passada por desidratação, recusou uma grande soma de dinheiro de um conhecido fotógrafo italiano que queria retratar a filha em estado de coma, disse neste sábado o neurologista que atendia a mulher desde 1996, Carlo Defanti.

O neurologista, que participou hoje de uma conferência sobre eutanásia, disse que Englaro respeitou a vontade da filha, que, antes do acidente, tinha pedido que, se lhe ocorresse qualquer coisa irreversível, apresentasse sua imagem de quando estava em boas condições.

Antes de sofrer o acidente de trânsito, em 1992, Eluana viveu o coma de um amigo, Alessandro, o que causou forte impacto na italiana e a levou a fazer o pai prometer que não a deixasse viver em estado vegetativo, disse o próprio Giuseppe Englaro.

Defanti, que dissera que Eluana poderia viver de dez a 12 dias depois da suspensão da alimentação e da hidratação, disse que, como médico, tinha que reprovar esta afirmação.

"Não se pode sobreviver após três ou quatro dias sem líquido e, em particular, água em um corpo. Sabemos bem que, quando há um terremoto, após quatro dias é difícil encontrar sobreviventes".

Defanti ressaltou que Eluana "não falava, não se comunicava com o exterior" e que, após vários exames, "nos deparamos com uma moça que tinha perdido a consciência", porque estava com o córtex cerebral prejudicado.

Eluana foi enterrada na quinta-feira passada no túmulo da família na localidade de Paluzza, em Udine, após um funeral que não contou com a presença dos pais.

16:53
Anónimo disse...
Os bombeiros combatem neste sábado os incêndios na Austrália favorecidos pelo bom tempo, enquanto os deslocados encotram em seu retorno casas derruídas, carros queimados nas ruas e destruição.

Depois de sete dias desde que começaram os incêndios no Estado de Victoria, a lista de mortos chega a 181, os desaparecidos somam 50, os edifícios destruídos totalizam 1,834 mil e o terreno arrasado, principalmente florestas, ocupa uma área de 4,13 mil quilômetros quadrados.

As equipes de bombeiros, formadas por 4 mil profissionais de Victoria, de outras partes da Austrália e de países amigos, combateram hoje 12 focos fora de controle e nenhum representava uma ameaça direta para a população.

O subdiretor do Serviço de Bombeiros, Geoff Conway, disse que este tempo favorável, que se prolongará durante o domingo, permite consolidar as linhas de contenção e avançar na extinção das chamas.

Cinzas apareceram arrastadas por ventos do nordeste sobre Melbourne, onde habitam 3,8 milhões de pessoas, e as autoridades alertaram aos cidadãos do risco para a saúde de idosos, crianças e pessoas com problemas respiratórios.

O número de pessoas deslocadas - a Cruz Vermelha chegou a receber 7 mil - começou a cair com a abertura de algumas localidades atingidas.

Os incêndios, alguns criminosos, começaram em 7 de fevereiro, quando a região sul da Austrália estava há duas semanas sob uma onda de calor sem precedentes.

Na sexta-feira passada, a polícia acusou uma pessoa de ter provocado o incêndio que atingiu a localidade de Churchill e matou 21 pessoas.

16:55
Anónimo disse...
A primeira chuva em seis dias reduziu a ameaça de incêndios no Estado de Victoria, ao sul da Austrália. As autoridades, porém, advertiram que ainda existem 12 focos, mas que nenhum deles ameaça áreas povoadas.

Mais de quatro mil bombeiros, mil provenientes de outras partes do país e de outras nações, trabalham contra o fogo. Cerca de 600 veículos e 28 helicópteros e pequenos aviões estão sendo usados.


Eles conseguiram construir linhas de contenção para evitar os incêndios de Yarra e Maroondah se juntassem. Também foram controlados os incêndios abertos de Yea e Murrindindi, que ameaçavam as comunidades de Connellys Creek, Crystal Creek, Scrubby Creek e Native Dog Creek.

O número de mortos chegou a 181, mas as autoridades acreditam que as vítimas devem passar de 200, já que ainda há muitos desaparecidos.

16:55
Anónimo disse...
Aqui nesta coluna, na semana passada, tive a oportunidade de comentar sobre a recente visita do professor brasileiro Pedrinho Guareschi à Austrália. Não dei, porém, os fatos, pois semana passada o assunto era outro.

Hoje, porém, vamos a eles.

No último dia 4 de fevereiro, aconteceu o Seminário "Paulo Freire: Education and Liberation", organizado pelo centro de estudos latino-americanos da Universidade Nacional da Austrália, ou ANU, como é mais conhecida por aqui.

A ANU, para quem não sabe, está entre as 20 melhores universidades do mundo! E tem sede aqui em Camberra, capital da Austrália.

Na abertura do evento, o professor John Minns, diretor do centro latino-americano, ao dar boas-vindas ao público presente, lembrou ser aquele o primeiro seminário exclusivamente dedicado a Paulo Freire na Austrália.

Em seguida, convidou Pedrinho Guareschi, palestrante principal do Seminário, a fazer sua apresentação.

A plateia pode então conhecer, pelas palavras de Pedrinho, um pouco da obra e da vida de Freire, esse brasileiro de fé e valor, que sempre acreditou na educação, sobretudo dos menos favorecidos, analfabetos, como força libertadora.

Como não podia deixar de ser, os conceitos e ideias revolucionários de Paulo Freire, expostos com clareza por Pedrinho, despertaram o interesse e a curiosidade de plateia. A qual, deve-se notar, era na maioria de estudantes, mas de várias nacionalidades, sobretudo australianos e asiáticos.

Na continuação do programa do seminário, que se estendeu por dois dias, outros professores fizeram palestras sobre temas ligados à obra de Paulo Freire.

Interessante, por exemplo, saber que a professora Anne Hickling-Hudson, jamaicana que mora na Austrália há muitos anos (é professora da ANU), conheceu e trabalhou com Freire num workshop educacional durante a revolução na Ilha de Granada, em 1980, antes da invasão dos Estados Unidos...

Ou, então, a palestra da Professora Gerda Roelvink, da Nova Zelândia, que participou do Fórum Social de Porto Alegre em 2005. E essa participação transformou-se em tema de doutorado.

No dia 10, terça-feira passada, o padre Pedrinho Guareschi voltou a falar ao público australiano em grande auditório localizado no belíssimo campus da ANU. Desta vez, sobre a Teologia da Libertação.

Depois da palestra, John Minns mostrou o filme mexicano "O Crime do Padre Amaro", no qual um dos personagens é um padre católico praticante da Teologia da Libertação.

Mais uma vez, foi grande o intersse da platéia, que pode aprender e conhecer um pouco como se desenvolveu aquele importante movimento católico na América Latina.

Fica, assim, ao Pedrinho, bem como a outros brasileiros estudiosos e de bom coração que saem pelo mundo a divulgar aspectos importantes da cultura brasileira, o respeito e a homenagem desta coluna. E... aquele abraço!

16:57
Anónimo disse...
Amanda Kitts perdeu o braço esquerdo em um acidente de automóvel acontecido três anos atrás, mas hoje em dia ela joga futebol americano com seu filho de 12 anos de idade, troca fraldas e abraça as crianças nas três creches Kiddie Cottage que opera em Knoxville, Tennessee. Kitts, 40 anos, faz tudo isso com a ajuda de um novo tipo de braço artificial que se movimenta com mais facilidade do que outros aparelhos e que ela pode controlar utilizando apenas seus pensamentos.

"Eu sou capaz de mexer a mão, o pulso e o cotovelo ao mesmo tempo", diz. "Você pensa e os músculos se movem em seguida".

A recuperação que ela conseguiu resulta de um novo procedimento que vem atraindo crescente atenção porque permite que pessoas movam braços protéticos de forma mais automática do que faziam no passado, simplesmente utilizando nervos reaproveitados em seus cérebros.

A técnica, conhecida como "renervação muscular dirigida", envolve utilizar os nervos que restam depois da amputação de um braço e conectá-los a outro músculo do corpo, em geral no peito. Eletrodos são instalados sobre os músculos do peito, e operam como se fossem antenas. Quando a pessoa deseja mover o braço, o cérebro envia sinais que primeiro resultam em contração dos músculos do peito, os quais enviam um sinal ao braço protético, instruindo-se a se movimentar. O processo não requer mais esforços consciente do que a pessoa teria de exercitar caso ainda tivesse seu braço natural.

Na terça-feira, pesquisadores reportaram em estudo publicado pela versão online do Journal of the American Medical Association que haviam levado a técnica ainda mais à frente, tornando possível a execução de 10 movimentos de mão, pulso e cotovelo diferentes, o que representa uma substancial melhora com relação ao típico repertório protético, que em geral envolve apenas dobrar o cotovelo, girar o pulso e abrir a mão.

"Os novos métodos tiveram impacto dramático em nosso campo de trabalho", disse Stuart Harshbarger, engenheiro biomédico na Universidade Johns Hopkins e diretor do programa de pesquisa sobre próteses, financiado pelas forças armadas, que inclui o trabalho com essa técnica. "O método já está em uso por médicos e cirurgiões comuns em todo o país. A capacidade de controlar um membro protético bastante robusto que ele confere surpreendeu a todos pela qualidade".

Tipicamente, uma pessoa que tenha um braço protético só é capaz de executar alguns poucos movimentos, e muitas vezes com tamanha lentidão que isso só permite a ela atividades limitadas.

Há um motor separado para cada movimento, diz Gerald Loeb, professor de engenharia biomédica na Universidade do Sul da Califórnia, "e esses motores precisam ser controlados de maneira explícita", usualmente por um esforço consciente da pessoa para contrair músculos nas costas ou no bíceps.

"Essencialmente, até agora os pacientes controlavam apenas um motor de cada vez", diz Loeb, "e precisavam pensar cuidadosamente sobre que motor desejavam controlar e como fazê-lo operar, em lugar de simplesmente pensarem em mover o braço e poderem fazê-lo sem delongas".

Antes que Kitts passasse pelo procedimento de renervação, em outubro de 2007, por exemplo, ela precisava movimentar os músculos de suas costas de determinada maneira para fazer com que seu pulso girasse, e flexionar seu bíceps e tríceps para fazer com que o cotovelo se movesse para cima e para baixo. "Era muito trabalho", ela conta. "E não me ajudava muito".

O procedimento de renervação é parte de uma recente explosão de idéias novas e técnicas inovadoras que estão sendo exploradas enquanto os cientistas se esforçam por ajudar as pessoas a compensar melhor a perda de membros ou problemas de paralisia. O esforço vem sendo alimentado pelo aumento no número de amputações causado por diabetes e por ferimentos sofridos pelos militares, e ao mesmo tempo pelos avanços na tecnologia médica.

Os braços se tornaram um dos focos essenciais desse tipo de trabalho. A ciência há muito vem obtendo sucessos no desenvolvimento de próteses de perna, mas é muito mais difícil imitar a complexidade e a destreza das mãos e dos braços.

Os esforços em curso incluem o desenvolvimento de projetos de pele e braços mais sensíveis e mais flexíveis, e o uso de dispositivos acionados por controles sem fio implantado nos braços protéticos, que permitiriam movimentos mais naturais.

Os pesquisadores também vêm usando sensores implantados nos cérebros de cobaias para permitir que dois macacos controlem um braço mecânico, e um teste com um homem paralítico permitiu, com esse método, que ele movimentasse um cursor em uma tela de computador.

Alguns desses métodos, caso venham a ser aperfeiçoados plenamente e consigam aprovação das autoridades regulatórias da saúde, podem no futuro se tornar mais viáveis para os pacientes de amputações.

E embora a técnica da renervação não requeira aprovação das autoridades regulatórias porque é executada por meios cirúrgicos e emprega aparelhos já existentes, ela apresenta limitações que até mesmo seus criadores reconhecem, entre as quais o fato de que não se pode utilizá-la para todos os pacientes, o seu alto custo e o prazo de meses requerido para que os nervos reconectados cresçam e se tornem efetivos.

Ainda assim, os especialistas dizem que é o mais avançado sistema em uso hoje para pacientes reais que permite que o sistema nervoso controle diretamente o movimento de um braço artificial.

Desde sua introdução por Todd Kuiken, médico fisioterapeuta e engenheiro biomédico do Instituto de Reabilitação de Chicago, o método foi empregado em cerca de 30 pacientes nos Estados Unidos, Canadá e Europa, entre os quais oito soldados feridos no Iraque e no Afeganistão.

Muitos dos pacientes, entre os quais o primeiro, Jesse Sullivan, um operário do setor elétrico no Tennessee que perdeu os dois braços quando foi eletrocutado por um cabo, conseguem não apenas manipular seus braços protéticos mas sentir a presença das mãos que já não têm quando alguém toca em seus peitos.

Sullivan, 62 anos, e Kitts, estavam entre os cinco pacientes que participaram do estudo reportado na terça-feira. Em companhia de cinco outras pessoas que não passaram por amputações, eles receberam os eletrodos e foram instruídos a usar pensamentos para fazer com que um braço virtual na tela reproduzisse 10 movimentos diferentes, entre os quais três formas diferentes de aperto de mão.

Os pacientes apresentaram desempenho bastante respeitável, apenas um pouco mais lento e menos preciso do que os dos participantes que não tinham amputações.

"As velocidades de movimento que encontramos em nossos pacientes foram realmente encorajadoras", disse Kuiken. "Eles conseguiram completar a tarefa. É claro que não foram tão competentes quanto as pessoas dotadas de plena capacidade física, mas foram bons o bastante".

Um braço virtual foi usado porque a maioria das próteses existentes não era capaz de acomodar todos aqueles movimentos, no momento da pesquisa, ainda que Sullivan, Kitts e uma terceira paciente, Claudia Mitchell, tenham experimentado dois novos protótipos mais versáteis de braços artificiais, executando tarefas complexas com bolas de tênis e outros objetos.

O trabalho de renervação em soldados apresenta outros desafios, diz Kuiken, porque os ferimentos militares muitas vezes "causam danos muitos extensos" a nervos, músculos ou ossos.

Daniel Acosta, 25 anos, um aviador ferido pela detonação de uma bomba em uma estrada do Iraque em 2005, passou pelo procedimento no ano passado e diz que seu braço esquerdo protético agora se movimenta "muito mais rápido" e de maneira muito mais natural.

"A diferença é que agora não preciso mais pensar para mover o braço", ele diz. "Ele simplesmente se mexe".

Ainda assim, Acosta, de San Antonio, diz que "o processo foi bastante longo" e que os eletrodos precisam ser ajustados para receber os sinais à medida que os nervos crescem ou mudam de posição.

E embora elogiem o método, os especialistas afirmam que a ciência das próteses de braço ainda tem muito por avançar.

"Trata-se de uma parte crucial, mas ainda assim apenas uma parte, das muitas coisas que compreendem a função normal de um braço", disse Loeb, que escreveu um editorial que acompanha o artigo no Journal of the American Medical Association.

"No momento estamos a meio do caminho entre o braço de 'Dr. Fantástico', que fazia involuntariamente a saudação nazista, e o braço de Luke Skywalker em 'Guerra nas Estrelas', que funciona sem nenhum problema assim que é conectado. Creio que precisaremos ainda de muitos anos para conectar todas as peças necessárias a produzir um braço capaz de funcionar normalmente".

17:04
Anónimo disse...
A Espanha disse neste sábado que está preparando uma reclamação oficial contra a decisão da Venezuela de expulsar um membro do Parlamento Europeu que criticou o conselho eleitoral venezuelano.
Luis Herrero, membro do partido conservador espanhol PP, foi deportado na sexta-feira depois que o Conselho Nacional Eleitoral (CNE) o acusou de questionar a imparcialidade da instituição antes de um referendo que pode permitir ao presidente Hugo Chávez permanecer no cargo indefinidamente.

Herrero estava na Venezuela como observador do referendo. Ele acusou Chávez de ter "comportamentos típicos de um ditador" por pedir a contenção de manifestações da oposição.

O governo da Espanha convocou um encontro com o embaixador da Venezuela em Madri para expressar a desaprovação sobre a expulsão de Herrero, disse um representante do Ministério das Relações Exteriores espanhol.

As relações da Venezuela com a Espanha tiveram seu ponto crítico em 2007, quando Chávez ameaçou rever acordos diplomáticos e comerciais depois de ouvir um "cala a boca" do rei espanhol Juan Carlos durante uma cúpula.

A fenda foi oficialmente reparada em 2008, com uma visita oficial de Chávez à Espanha, onde ele cumprimentou o rei e discutiu acordos para investimento no setor petroquímico com o primeiro-ministro José Luis Rodriguez Zapatero.

17:06
Anónimo disse...
A polícia do Zimbábue anunciou neste sábado que acusa de traição Roy Bennett, dirigente do até agora opositor Movimento para a Mudança Democrática (MDC), detido na sexta-feira, em Harare, poucas horas antes da cerimônia de posse dos membros do novo gabinete.

"A Polícia nos informou que vão apresentar acusações de traição", disse à agência EFE o advogado de defesa de Bennett, Trust Maanda.

"Tentam relacionar Roy com o caso de Mike Hitschmann, que foi detido em 2006 em relação à descoberta de um carregamento de armas, apesar de que Hitschmann não tenha sido declarado culpado das acusações de traição apresentadas contra ele, mas de um crime menor de descumprimento de leis", disse Maanda.

O político opositor, designado por seu partido como vice-ministro de Agricultura no Governo de união nacional, esteve no exílio na vizinha África do Sul desde 2006 e retornou ao Zimbábue há duas semanas.

Segundo a Polícia, que deteve Bennett ontem no aeroporto de Harare quando pretendia ir à África do Sul para visitar sua família, as armas apreendidas em 2006 seriam utilizadas em um golpe de Estado para derrubar o presidente do Zimbábue, Robert Mugabe.

Depois da detenção, Bennet foi levado a Mutar, onde vários simpatizantes do MDC se concentraram em frente à delegacia na qual estava detido, diante do que a Polícia respondeu com tiros para o alto para dispersar os manifestantes.

17:07
Anónimo disse...
Austrália: 14 mil se candidatam a 'emprego dos sonhos'

A secretaria de Turismo de Queensland, na Austrália, informou que até esta segunda-feira já recebeu cerca de 14 mil inscrições para o "o melhor emprego do mundo". O Estado australiano promove pela internet seleção para vaga de "zelador" da ilha Hamilton, por seis meses com um salário de R$ 40 mil.

Muitos candidatos tiveram problemas durante a inscrição por conta dos acessos simultâneos ao site. A secretaria aconselha enviar os vídeos de 60s explicando porque deve ser escolhido em horários alternativos do dia, além de recomendar tamanho em torno de 40MB.

As inscrições começaram em 12 de janeiro e vão até o próximo dia 22 e podem ser feitas pelo site www.islandreefjob.com. O governo australiano escolherá 50 candidatos para a próxima fase da seleção, que terá votos do público para eleger um dos 11 finalistas.

A última fase terá entrevistas e desafios físicos, no próprio local de trabalho: as ilhas da Grande Barreira Coralina - o maior recife de coral do mundo. A secretaria de Turismo anunciará o vencedor no dia 6 de maio.

17:09
Anónimo disse...
Mercado elogia governo na crise, mas pede maior queda no juro

Peter Fussy
Direto de São Paulo

Desde as primeiras medidas anunciadas para combater os efeitos da crise, o governo brasileiro avisou que a estratégia não contemplaria um pacote. Seriam doses pontuais, de acordo com a necessidade da economia diante do agravamento das turbulências. Da primeira liberação dos depósitos compulsórios em setembro até a ampliação do seguro-desemprego na última quarta-feira, o governo passou por redução de impostos, ampliação de crédito e incentivos à exportação. Quase 150 dias após a primeira medida, o Terra conversou com líderes do setor público e privado, representantes dos trabalhadores, acadêmicos e com o próprio governo para saber quais destas ações foram mais eficazes, quais foram mais ineficientes e o que mais pode ser feito pelo Estado brasileiro contra a crise.

Os maiores elogios foram direcionados à atitude de reduzir o Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) para a indústria automobilística, anunciada em dezembro e que fez com que os emplacamentos de carros novos subissem 1,9% no primeiro mês do ano em relação a dezembro de 2008. Já as maiores críticas foram para a lentidão no corte da taxa básica de juro do País.

Para o presidente do conselho administrativo do Grupo Pão de Açúcar, Abílio Diniz, o Estado não é responsável pela crise e mesmo assim está agindo "com extrema serenidade e muito acerto". "O governo está atento, fazendo a sua parte. É preciso coragem de baixar firmemente a taxa de juros. É uma arma que temos a nosso favor, já que não há clima para inflação, nem possibilidade de danos para a macroeconomia", afirmou Diniz.

Na última reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), em janeiro, a taxa Selic foi reduzida em um ponto percentual, de 13,75% para 12,75% ao ano. Porém, o professor de economia da Universidade de Brasília (UnB) José Luiz Oreiro lembra que este corte representa uma redução de apenas 0,25 ponto percentual com relação à taxa de setembro do ano passado, quando a crise se agravou.

"Pouco antes da eclosão da crise, o Banco Central aumentou a taxa em 0,75 ponto. Foram cinco meses de demora para reduzir em termos líquidos apenas 0,25 ponto", afirmou o economista, que também sugeriu redução do intervalo de cerca de 90 dias entre as reuniões do Copom e o corte de pelo menos um 1 ponto percentual em cada reunião.

Mesmo com o corte de janeiro, a taxa de juros real continua sendo a maior do mundo, lembrou o secretário-geral da Força Sindical, João Carlos Gonçalves, o Juruna. "A redução da taxa de juro ainda é pequena, porque ela continua uma das mais altas do mundo. Falta ousadia para baixar os juros e ajudar o cidadão. A permanência da taxa de juro alta é negativa para o País em meio a crise", afirmou Juruna.

Embora aprove as ações do governo, o senador Aloízio Mercadante (PT-SP) também acredita que o patamar da Selic está muito alto. "Sempre fomos os primeiros a entrar em qualquer crise, o que não aconteceu agora. A taxa Selic ainda é muito alta, mas o governo têm tomado medidas acertadas, como o aumento do salário mínimo, mesmo com um cenário de crise. Isso ajuda a movimentar o consumo. O governo está se esforçando para manter os investimentos e o crescimento", disse.

Tributos
De acordo com o economista Fabio Pina, da Fecomercio-SP, as ações mais positivas estão relacionadas à redução de tributos para alguns segmentos, como a indústria automobilística, que recuperou parte da queda nas vendas em janeiro com a isenção do IPI para carros 1.0 l e o corte para demais motorizações. A medida vale até o final de março.

"Essas medidas não só reduziram o preço, mas anteciparam o consumo daqueles que iriam comprar no futuro, dando um prêmio por conta da insegurança. Mexe diretamente com o principal problema que é a confiança do consumidor", afirmou. Juruna destacou que um bom ritmo de vendas é garantia de emprego. "É importante porque cada emprego na montadora significa 19 na cadeia produtiva", comentou o representante da Força Sindical.

Também em dezembro, o governo decidiu cortar pela metade a alíquota do Imposto de Renda para contribuintes que ganham entre R$ 1.434 e R$ 2.150 mensais. "O salário aumentava e a tabela não se modificava. As pessoas ganhavam mais e pagavam mais impostos", apontou Juruna. Outra redução de tributos do governo foi com relação ao Imposto sobre Operações Financeiras (IOF), que caiu de 3% ao ano para 1,5%.

Crédito
Na segunda metade de 2008, o colapso de bancos nos Estados Unidos por conta da crise do subprime provocou uma forte restrição de crédito no mundo inteiro. Uma das primeiras medidas anticrise do governo teve como objetivo restabelecer a oferta, com mudanças no recolhimento dos depósitos compulsórios por parte dos bancos. Segundo o presidente do Banco Central, Henrique Meirelles, as diversas modificações liberaram US$ 99,2 bilhões aos bancos até o final de janeiro.

Além disso, o governo concedeu R$ 36 bilhões das reservas internacionais para empresas brasileiras com dívidas no exterior e uma medida provisória autorizou o Banco do Brasil e a Caixa Econômica Federal a comprar carteiras de crédito de bancos privados. Para o diretor do Departamento de Pesquisas e Estudos Econômicos da Fiesp, Paulo Francini, estas medidas foram essenciais para combater os efeitos da crise.

"A crise se desenvolve no mundo em torno do tema crédito. E o crédito reduziu-se barbaridade no mundo. Então o governo lança mão de compulsório, lança mão de reservas, de medidas que permitem aos bancos comprar carteiras de bancos. Você vai tomando várias medidas para atender às demandas e o epicentro disso é crédito", afirmou.

No entanto, Oreiro, da UnB, adverte que a liberação dos compulsórios seria mais eficiente acompanhada de redução mais agressiva da taxa básica de juro. "Uma parte do crédito voltou, depois da forte retração em outubro e novembro. O que deveria ter sido feito junto à liberação do compulsório era uma redução mais drástica da taxa de juro. Sem isso, os bancos pegam as reservas e acabam comprando títulos públicos", explicou o economista.

Na opinião de Pina, as ações de distribuição de crédito via redução do compulsório e a disposição de capital de giro para empresas foram tomadas sem um cuidado maior na operação e não tiveram muito efeito. "O BNDES tem linhas que ficam paradas quase todo o ano, agora é pior ainda. Existem os recursos, mas as empresas e os bancos estão desconfiados. É preciso fazer com que os bancos tenham interesse em emprestar", afirmou o economista da Fecomercio-SP.

Futuro
Mesmo com todas essas medidas, a crise financeira ainda gera incertezas nos setores produtivos do País. Nos últimos meses, o medo do desemprego fez os consumidores adiarem compras. Por sua vez, a queda nas vendas pode obrigar as indústrias a cortarem a produção e demitir funcionários. Contra isso, empresários sugerem redução de jornada e de salários.

"Isto está previsto em lei. A Fiesp simplesmente manteve conversações com entidades sindicais quanto à aplicação daquilo que já está previsto em lei", afirmou Francini.

Segundo a ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff, uma das medidas que assegura um nível de emprego é a manutenção de investimentos no Programa de Aceleração do Crescimento (PAC). "Estamos esperando que a dificuldade ocorra em janeiro, fevereiro e março. Estamos certos que vamos manter o nível de investimento. É isso que funciona, é isso que significa investimento público. Ele funciona como um colchão. Por isso, nós colocamos R$ 100 bilhões no BNDES e a Petrobras ampliou o seu investimento em R$ 120 bilhões", afirmou.

Na mesma linha, Pina explica que a antecipação de gastos do governo substitui parte da demanda retraída do setor privado. "Ele dá o seguinte recado: não vou estourar as contas públicas, mas concentrar em um momento em que a demanda privada está pequena. Mas o governo não tem fôlego suficiente para fazer o papel de toda demanda", ressaltou. O economista da Fecomercio lembrou que a entidade já pleiteou junto ao governo isenções para transferência de imóveis e de automóveis, além de retirar o IPVA para veículos novos.

Já Oreiro foca suas propostas na capitalização do Banco do Brasil e da Caixa Econômica Federal pelo Tesouro para atender a demanda de crédito para capital de giro e reduzir o spread. "Aumentando o empréstimo e reduzindo as taxas, os dois vão forçar os bancos privados a acompanhar o movimento, até para não perderem participação no mercado", explicou o economista da UnB.

Até o Carnaval, o governou prometeu detalhar um pacote de incentivos para a construção de até um milhão de casas populares, direcionado a famílias com renda de até dez salários mínimos. "Estamos atentos a tudo o que está acontecendo e novas medidas serão tomadas caso haja uma avaliação de que sejam necessárias", disse o ministro da Fazenda, Guido Mantega, na última sexta-feira.

17:11
Anónimo disse...
Ex-ministro critica extensão do seguro-desemprego

Atualizada às 09h03

O ex-ministro do Trabalho Almir Pazzianotto criticou a decisão do governo federal de conceder o seguro-desemprego estendido a apenas alguns setores. "É certamente odioso e provavelmente inconstitucional", disse Pazzianotto, de acordo com o jornal O Estado de S. Paulo.

Na última qurta, dia do anúncio da medida, centrais sindicais elogiaram a atitude do governo. A Força Sindical divulgou nota dizendo que "o aumento ajudará a aquecer parte da economia, já que irá gerar mais consumo, produção e conseqüentemente, a criação de novos postos de trabalho". A União Geral dos Trabalhadores (UGT) afirmou que a medida "contribuirá para minimizar o drama dos trabalhadores que perderem seu emprego por conta da crise".

O ex-ministro, que instituiu o seguro-desemprego no País no governo de José Sarney, destacou a necessidade de as centrais sindicais se manifestarem contra a determinação. Para ele, as mudanças devem ser aplicadas a todas as categorias profissionais e a distinção é contrária ao artigo 3º da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT).

Pazzianotto atribui a medida a um possível temor do governo de que a crise econômica seja longa e não haja dinheiro para atender a todas as necessidades. Ainda assim, ele se mostra contrário ao método de concessão. "O seguro-desemprego ajuda a sanar necessidades básicas. Estendê-lo é paliativo, não a solução", disse ao jornal.

De acordo com o presidente do Conselho Deliberativo do Fundo de Amparo ao Trabalhador (Codefat) e conselheiro da Força Sindical, Luiz Fernando Emediato, a determinação já estava prevista na lei 8.900/94, que trata do seguro-desemprego.

O presidente da Comissão de Trabalho da Câmara, Pedro Fernandes (PTB-MA) vai além na crítica à concessão do seguro para apenas alguns setores. Ele acredita que a ampliação do benefício estimula o desemprego.

Quintino Severo, secretário geral da Central Única dos Trabalhadores (CUT), lembra que a ampliação do benefício sem critério e identificação pode incentivar demissões em outros setores.

17:13
Anónimo disse...
Empresas
TAM faz promoção para destinos internacionais

A companhia aérea TAM anunciou nesta sexta-feira tarifas promocionais para trechos internacionais. Os preços valem para bilhetes comprados entre 6h deste sábado e 23h59 deste domingo e são válidos para classe econômica. As tarifas, para ida e volta, serão vendidas a partir de US$ 99, mais taxas.

Segundo a aérea, a promoção vale para viagens feitas no período de 14 de fevereiro a 18 de junho de 2009. Para destinos na América do Sul, a permanência mínima é de dois dias; para bilhetes com destino nos Estados Unidos, cinco dias; e Europa, sete dias. A permanência máxima para as passagens para América do Sul e EUA é de dois meses e para Europa, três meses.

Entre os exemplos de tarifas promocionais, a TAM oferece São Paulo-Lima por US$ 99. Bilhetes para a rota São Paulo-Santiago serão vendidos a partir de US$ 199 e São Paulo-Nova York, US$ 799.

A emissão dos bilhetes deve ser feita obrigatoriamente no ato da reserva, obedecendo às regras estipuladas pela companhia. A compra está sujeita à disponibilidade de assentos nas classes tarifárias determinadas, trechos, horários e datas. A TAM afirmou que também há tarifas promocionais para a classe executiva.

Mais informações podem ser encontradas no site promocional (www.ofertastam.com.br), no site da empresa (www.tam.com.br) ou pelos telefones 4002-5700 ou 0800 5705700.

17:13
Anónimo disse...
Empresas
Consultoria negocia compra do parque temático Hopi Hari

A consultoria especializada em reestruturação de empresas Íntegra Associados informou nesta sexta-feira ter um acordo para comprar o parque de diversões Hopi Hari, localizado no interior de São Paulo. A empresa estaria disposta a investir R$ 10 milhões no parque, que tem dívida estimada em R$ 800 milhões. As informações são da edição deste sábado do jornal Folha de S. Paulo.

De acordo com o jornal, a transação ainda depende da negociação entre o Hopi Hari e seus credores, o que já estaria em andamento.

A consultoria paulista já atuou junto à Parmalat, durante 30 meses, quando reorganizou a gestão da empresa italiana.

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17:14
Anónimo disse...
Empresas
Disney de Tóquio contratará mais 2 mil apesar da crise


A Oriental Land, o operador da Disneylândia Tóquio e DisneySea, organizou neste domingo entrevistas para contratar cerca de 2 mil trabalhadores em tempo parcial, em um momento de grandes demissões deste tipo de empregados no Japão.

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O operador deste parque temático, situado em Urayasu, na província de Chiba (leste de Tóquio), está em pleno processo de seleção de empregados para 20 tipos de postos trabalhistas diferentes.

Segundo a companhia, citada pela agência local de notícias Kyodo, o parque contratará novos trabalhadores para as atrações, para os restaurantes e guardas de segurança entre outros. Os novos contratados começarão a trabalhar a partir de fevereiro.

O processo de seleção acontece em um momento em que a maioria das grandes companhias japonesas começaram a se ver obrigadas a despedir uma elevada percentagem de seus trabalhadores temporários e a tempo parcial.

Algumas inclusive anunciaram demissões de seus trabalhadores fixos, uma medida muito pouco comum nas companhias japonesas, perante os efeitos piores que o esperado pela crise econômica global.

Cerca de uma centena de pessoas esperavam desde a primeira hora desta manhã a abertura do centro de conferências Tokyo International Forum, onde as entrevistas estão sendo feitas, para ser os primeiros a solicitar os postos de trabalho.


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17:15
Anónimo disse...
Economia Internacional
Senado dos EUA aprova plano de estímulo à economia

O Senado dos Estados Unidos aprovou com 60 votos a favor e 38 contra o plano de estímulo à economia de US$ 787 bilhões na madrugada deste sábado. Agora, ele segue para sanção ou veto do presidente Barack Obama, que espera colocar a lei em prática até o dia 16 de fevereiro.

O plano prevê a criação de três milhões de empregos, inclui cortes de impostos às famílias, fundos para programas sociais e obras públicas, além de ajuda aos governos estaduais, estudantes e desempregados.

A cláusula Buy American - que exige o uso de ferro, aço e produtos manufaturados dos Estados Unidos em obras realizadas com recursos do pacote - ficou de lado. Segundo o texto definitivo, a cláusula será aplicada sem violar as normas do comércio internacional.

Ontem à tarde, a Câmara de Representantes (deputados) havia aprovado, por 246 votos a favor e 183 contra, a versão final do plano. Todos os republicanos foram contrários ao pacote.

Pelo acordo de quarta-feira entre Câmara e Senado, em vez de custar US$ 819 bilhões, como queriam os deputados, ou US$ 838 bilhões como pretendiam os senadores, o pacote ficou em cerca de US$ 787 bilhões, com 65% desse total destinado a gastos do governo federal e 35%, a créditos tributários.

17:16
Anónimo disse...
Economia nacional
Na era Lula, aposentadoria sobe 54% menos que salário mínimo

Thatiane Faria
Especial para o Terra
Direto de São Paulo

Os índices de reajustes concedidos pelo governo em 2009 para aposentados e pensionistas e para o salário mínimo repetiram uma diferença que, só durante o governo de Luiz Inácio Lula da Silva, já chega a 54%. Enquanto o mínimo foi majorado em 12% este ano, as pensões e aposentadorias tiveram aumento de 5,92%. Aposentados que têm o benefício do governo como única fonte de renda reclamam que perdem poder de compra e que sua cesta de compras é composta por itens que aumentam mais em relação à inflação oficial.

Um exemplo prático pode ser entendido a partir da comparação entre um aposentado que ganhava R$ 600 em janeiro de 2003. Na época, o benefício era três vezes, ou 200%, maior que o valor do mínimo em vigência, que era de R$ 200. Aplicando-se os índices de reajuste para aposentadorias e para o mínimo durante os últimos seis anos, o mesmo aposentado estaria recebendo hoje R$ 938,47, comparado a um salário mínimo de R$ 465. A diferença entre os dois valores caiu para pouco mais de 100%.

Enquanto o índice acumulado de reajuste para a aposentadoria durante o governo Lula foi de 60%, para o salário mínimo está em 132%.

O diretor do Sindicato Nacional dos Aposentados, João Inocentini, reclama que os valores dos benefícios para aposentadorias não mantêm o poder de compra do grupo, principalmente dos aposentados que recebem menos que dez salários mínimos.

Nem mesmo o fato de o índice de reajuste das aposentadorias ter ficado acima da inflação acumulada no mesmo período (o IPCA entre janeiro de 2003 e janeiro de 2009 foi de 39,7%) serve de argumento, segundo os aposentados.

"Os idosos, principalmente, têm gastos além das contas gerais como gás, telefone e aluguel. Para eles o custo com remédios, e outros itens da área saúde costuma ser maior", afirmou Inocentini.

O presidente do sindicato afirmou que o grupo realiza um estudo com 100 itens de necessidade de um idoso para comparar o aumento dos produtos com o índice de reajuste do benefício recebido pelos aposentados.

"Daqui dois meses vamos abrir um processo na Justiça e levar essa pesquisa como prova. Segundo a lei, o governo é obrigado a manter o poder de compra com a aposentadoria", disse Inocentini.

Alternativas
O consultor financeiro Cláudio Boriola diz que os aposentados, especialmente nesse momento de crise econômica, devem evitar compras parceladas, pesquisar preços, negociar e fazer bom planejamento financeiro.

Segundo Boriola, alguns aposentados ganham um valor mensal muitas vezes insuficiente para o pagamento das contas e acabam pedindo crédito ou realizando pagamentos a prazo e são obrigados a pagar juros altos.

Na opinião do consultor, pagar uma previdência privada é uma alternativa indicada para quem ainda trabalha, considerando a característica de perda de poder de compra da aposentadoria.

"Na prática, infelizmente os valores encontram-se em um patamar que está deteriorando o poder de aquisição da população brasileira", completou Boriola.

De acordo com o diretor da Confederação Brasileira de Aposentados e Pensionistas (Cobap), Vicente Fernandes Barbosa, representantes dos aposentados tentarão um encontro com o presidente da Câmara, deputado Michel Temer (PMDB-SP), para discutir projetos que minimizem a perda dos aposentados

17:17
Anónimo disse...
Previdência
Previdência prorroga isenção de tarifas no benefício

O atual sistema de pagamento aos 26 milhões de aposentados e pensionistas do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) será mantido até o final deste ano. O acordo, que permite realizar a operação sem nenhum custo aos beneficiários, foi renovado nesta sexta-feira, entre o governo federal e 21 instituições financeiras.

Por meio desse acordo, vigente desde setembro de 2007, nem os segurados, nem os bancos e nem o governo arcam com o pagamento de tarifas, conforme explicou o ministro da Previdência Social, José Pimentel. A prorrogação vale até dezembro, data máxima para que a Previdência defina as regras para um novo contrato.

Ao assinar o termo de renovação, na sede da Federação Brasileira dos Bancos (Febraban), o ministro disse que a intenção do governo é mudar o atual modelo de gestão visando a reduzir os custos dessas operações em torno da folha mensal, que atinge R$ 15,8 bilhões. No entanto, qualquer alteração, conforme explicou, passará antes por audiências públicas a serem realizadas a partir do segundo semestre deste ano, atendendo a determinação do Tribunal de Contas da União (TCU).

De acordo com Pimentel, com um redesenho do mecanismo de repasse dos recursos aos bancos em torno da folha de pagamento dos segurados o que se busca é um aumento da participação de instituições financeiras. Ele informou que, desde 2007, cada benefício custa em média R$ 1,07 ao governo. "Quanto mais instituições financeiras estiverem prestando serviços à sociedade, maior é a competitividade, a agilidade no atendimento", justificou.

O ministro observou, ainda, que, para permitir uma redução para algo em torno de meia hora no tempo de atendimento para a concessão dos direitos previdenciários, o governo investiu R$ 280 milhões.

Questionado sobre o descontentamento dos segurados que ganham acima de um salário mínimo terem obtido apenas a correção com base na variação do Índice de Preços ao Consumidor (INPC) , ficando abaixo do reajuste dado a quem recebe apenas o mínimo, Pimentel argumentou que o governo seguiu o que determina a lei e descartou a possibilidade de uma revisão

17:17
Anónimo disse...
Empresas
Caterpillar oferece aposentadoria antecipada a 2 mil


A companhia americana Caterpillar ofereceu a cerca de dois mil funcionários incentivos para que se aposentem de forma voluntária antes do previsto, pela perspectiva de uma queda "significativa" da atividade industrial, informou nesta quarta-feira a empresa.

A iniciativa, destinada aos trabalhadores de diversas fábricas em Illinois, Colorado, Tennessee e Pensilvânia, se soma aos cortes de empregos anunciados em janeiro, explicou em comunicado de imprensa.

A empresa, a maior fabricante mundial de maquinaria pesada para a construção e a mineração, acrescentou que, "em função das condições de negócio, podem ser necessárias mais reduções de elenco voluntárias e involuntárias à medida que o ano avança".

O vice-presidente da companhia, Sid Banwart, explicou que a empresa prevê "demissões significativas em todas as regiões geográficas e na maioria dos setores devido às dificuldades da economia mundial".

17:18
Anónimo disse...
Comércio
Comércio exterior da OCDE caiu no 3º trimestre de 2008


As exportações e as importações dos países da Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Econômico (OCDE) caíram 1,6% e 0,2%, respectivamente, no terceiro trimestre de 2008, em relação aos três meses anteriores.

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Trata-se da primeira queda destas atividades desde o terceiro trimestre de 2006, segundo o último relatório trimestral sobre fluxos comerciais divulgado pela OCDE.

As exportações e as importações em dólares dos 30 Estados-membros caíram 15,6% e 17%, respectivamente, na comparação anualizada.

Por sua vez, o comércio dos sete países mais ricos do mundo (G7) teve um pequeno crescimento no terceiro trimestre de 2008 com uma queda das exportações de mercadorias de 0,2% em relação ao trimestre anterior e um aumento de 0,4% das importações.

Em termos anualizados, as importações do G7 caíram 1,4% entre julho e setembro do ano passado, seu primeiro retrocesso desde o terceiro trimestre de 2006, enquanto as exportações aumentaram 1,9%, seu crescimento mais baixo no mesmo tempo.

Por países, a Alemanha aumentou suas importações em 3,4% - valor mais alto do G7 -, enquanto suas exportações caíram 2,9% do segundo para o terceiro trimestre de 2008.

Pelo contrário, as exportações americanas aumentaram 1,8% entre julho e setembro de 2008, enquanto as importações caíram 0,7% em relação ao trimestre anterior. No Japão, tanto as importações quanto as exportações caíram em torno de 1% no mesmo período.

17:19
Anónimo disse...
Economia Nacional
Lula: juros de crédito consignado a aposentados são altos

Atualizada às 17h29

O presidente Luis Inácio Lula da Silva afirmou nesta terça-feira, em São Paulo, que está lutando para reduzir as taxas de juros cobradas de aposentados em crédito consignado. A Previdência Social estabelece uma taxa máxima de 2,5% para empréstimo e de 3,5% para cartão. Para Lula, os valores são altos.

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"Acho que o juro que os aposentados estão pagando hoje com o crédito consignado é alto para o padrão brasileiro", disse o presidente durante a cerimônia de comemoração dos 86 anos do INSS.

A Previdência anunciou nesta terça-feira que aposentados e trabalhadoras com licença-maternidade poderão receber seus benefícios em 30 minutos. De acordo com Lula, em junho, a aposentadoria do trabalhador rural também será conseguida em meia hora.

Além disso, o presidente anunciou que, também em junho, os trabalhadores que alcançarem o direito à aposentadoria passarão a receber em suas casas um comunicado da Previdência informando o fato e o valor do salário que têm direito a receber. "É um comprometimento público que estou fazendo com os companheiros da Previdência Social", disse.

"Estamos retribuindo ao contribuinte da Previdência Social aquilo que é a cidadania que ele tem direito", afirmou Lula. "Se para cobrar nós somos tão precisos, para devolver o dinheiro, temos que chegar próximo à perfeição", completou.

17:20
Anónimo disse...
Economia Nacional
Salário maternidade sairá em 30 minutos, diz ministro

Toda trabalhadora autônoma que tiver contribuído pelo menos 10 meses com o Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) - ou as que possuírem carteira assinada - poderão receber em 30 minutos o salário maternidade a partir desta terça-feira. Da mesma forma, as mulheres com 30 anos de contribuição e os homens com 35 anos também terão direito ao benefício de forma mais rápida. A informação é do ministro da Previdência Social, José Pimentel.

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Para requerer o salário maternidade, é preciso que as autônomas levem a carteira de identidade e o carnê de contribuição. As demais trabalhadoras devem apresentar a identificação e a carteira de trabalho. Desde o início do mês, a nova forma de análise para a concessão de benefícios foi adotada para a aposentadoria por idade do trabalhador urbano e agora foi estendida para o salário maternidade e por tempo de contribuição.

O ministro disse que a qualificação do serviço da previdência social é o reconhecimento do direito dos trabalhadores e da afirmação da cidadania.

"Até pouco tempo na cabeça do cidadão o serviço devia ser de péssima qualidade. Agora não, nós modificamos toda a legislação no mês de dezembro numa ação conjunta do Congresso Nacional com o governo federal. Estamos implantando e concedendo os benefícios em até 30 minutos", afirmou.

O ministro destacou que para conseguir se aposentar ou ter acesso à licença maternidade em 30 minutos, em primeiro lugar, é necessário que o cidadão esteja vinculado à Previdência, o que inclui 65% da população acima de 16 anos de idade.

"Depois bastar marcar pelo sistema 135 o dia e a hora do atendimento e levar a documentação. Se todos os dados necessários estiverem corretos o contribuinte será atendido em até 30 minutos, como vem sendo feito com as aposentadorias por idade desde o dia cinco de janeiro", explicou.

Pimentel disse ainda que em 90% das agências da previdência social o atendimento é marcado em até 48 horas. Nos grandes centros, entretanto existe um volume maior o que torna mais lento o processo.

"Estamos criando mais 715 agências até 2010, em todo o território nacional, para descentralizar o atendimento. Em 2008, atendemos 295 mil benefícios e aposentadorias por idade. Temos 4 mil pessoas por dia procurando e se aposentando por idade no território nacional. Este serviço será agilizado", concluiu.
17:27
Anónimo disse...
Giuseppe Englaro, pai de Eluana, a italiana que morreu na segunda-feira passada por desidratação, recusou uma grande soma de dinheiro de um conhecido fotógrafo italiano que queria retratar a filha em estado de coma, disse neste sábado o neurologista que atendia a mulher desde 1996, Carlo Defanti.

O neurologista, que participou hoje de uma conferência sobre eutanásia, disse que Englaro respeitou a vontade da filha, que, antes do acidente, tinha pedido que, se lhe ocorresse qualquer coisa irreversível, apresentasse sua imagem de quando estava em boas condições.

Antes de sofrer o acidente de trânsito, em 1992, Eluana viveu o coma de um amigo, Alessandro, o que causou forte impacto na italiana e a levou a fazer o pai prometer que não a deixasse viver em estado vegetativo, disse o próprio Giuseppe Englaro.

Defanti, que dissera que Eluana poderia viver de dez a 12 dias depois da suspensão da alimentação e da hidratação, disse que, como médico, tinha que reprovar esta afirmação.

"Não se pode sobreviver após três ou quatro dias sem líquido e, em particular, água em um corpo. Sabemos bem que, quando há um terremoto, após quatro dias é difícil encontrar sobreviventes".

Defanti ressaltou que Eluana "não falava, não se comunicava com o exterior" e que, após vários exames, "nos deparamos com uma moça que tinha perdido a consciência", porque estava com o córtex cerebral prejudicado.

Eluana foi enterrada na quinta-feira passada no túmulo da família na localidade de Paluzza, em Udine, após um funeral que não contou com a presença dos pais.

16:53
Anónimo disse...
Os bombeiros combatem neste sábado os incêndios na Austrália favorecidos pelo bom tempo, enquanto os deslocados encotram em seu retorno casas derruídas, carros queimados nas ruas e destruição.

Depois de sete dias desde que começaram os incêndios no Estado de Victoria, a lista de mortos chega a 181, os desaparecidos somam 50, os edifícios destruídos totalizam 1,834 mil e o terreno arrasado, principalmente florestas, ocupa uma área de 4,13 mil quilômetros quadrados.

As equipes de bombeiros, formadas por 4 mil profissionais de Victoria, de outras partes da Austrália e de países amigos, combateram hoje 12 focos fora de controle e nenhum representava uma ameaça direta para a população.

O subdiretor do Serviço de Bombeiros, Geoff Conway, disse que este tempo favorável, que se prolongará durante o domingo, permite consolidar as linhas de contenção e avançar na extinção das chamas.

Cinzas apareceram arrastadas por ventos do nordeste sobre Melbourne, onde habitam 3,8 milhões de pessoas, e as autoridades alertaram aos cidadãos do risco para a saúde de idosos, crianças e pessoas com problemas respiratórios.

O número de pessoas deslocadas - a Cruz Vermelha chegou a receber 7 mil - começou a cair com a abertura de algumas localidades atingidas.

Os incêndios, alguns criminosos, começaram em 7 de fevereiro, quando a região sul da Austrália estava há duas semanas sob uma onda de calor sem precedentes.

Na sexta-feira passada, a polícia acusou uma pessoa de ter provocado o incêndio que atingiu a localidade de Churchill e matou 21 pessoas.

16:55
Anónimo disse...
A primeira chuva em seis dias reduziu a ameaça de incêndios no Estado de Victoria, ao sul da Austrália. As autoridades, porém, advertiram que ainda existem 12 focos, mas que nenhum deles ameaça áreas povoadas.

Mais de quatro mil bombeiros, mil provenientes de outras partes do país e de outras nações, trabalham contra o fogo. Cerca de 600 veículos e 28 helicópteros e pequenos aviões estão sendo usados.


Eles conseguiram construir linhas de contenção para evitar os incêndios de Yarra e Maroondah se juntassem. Também foram controlados os incêndios abertos de Yea e Murrindindi, que ameaçavam as comunidades de Connellys Creek, Crystal Creek, Scrubby Creek e Native Dog Creek.

O número de mortos chegou a 181, mas as autoridades acreditam que as vítimas devem passar de 200, já que ainda há muitos desaparecidos.

16:55
Anónimo disse...
Aqui nesta coluna, na semana passada, tive a oportunidade de comentar sobre a recente visita do professor brasileiro Pedrinho Guareschi à Austrália. Não dei, porém, os fatos, pois semana passada o assunto era outro.

Hoje, porém, vamos a eles.

No último dia 4 de fevereiro, aconteceu o Seminário "Paulo Freire: Education and Liberation", organizado pelo centro de estudos latino-americanos da Universidade Nacional da Austrália, ou ANU, como é mais conhecida por aqui.

A ANU, para quem não sabe, está entre as 20 melhores universidades do mundo! E tem sede aqui em Camberra, capital da Austrália.

Na abertura do evento, o professor John Minns, diretor do centro latino-americano, ao dar boas-vindas ao público presente, lembrou ser aquele o primeiro seminário exclusivamente dedicado a Paulo Freire na Austrália.

Em seguida, convidou Pedrinho Guareschi, palestrante principal do Seminário, a fazer sua apresentação.

A plateia pode então conhecer, pelas palavras de Pedrinho, um pouco da obra e da vida de Freire, esse brasileiro de fé e valor, que sempre acreditou na educação, sobretudo dos menos favorecidos, analfabetos, como força libertadora.

Como não podia deixar de ser, os conceitos e ideias revolucionários de Paulo Freire, expostos com clareza por Pedrinho, despertaram o interesse e a curiosidade de plateia. A qual, deve-se notar, era na maioria de estudantes, mas de várias nacionalidades, sobretudo australianos e asiáticos.

Na continuação do programa do seminário, que se estendeu por dois dias, outros professores fizeram palestras sobre temas ligados à obra de Paulo Freire.

Interessante, por exemplo, saber que a professora Anne Hickling-Hudson, jamaicana que mora na Austrália há muitos anos (é professora da ANU), conheceu e trabalhou com Freire num workshop educacional durante a revolução na Ilha de Granada, em 1980, antes da invasão dos Estados Unidos...

Ou, então, a palestra da Professora Gerda Roelvink, da Nova Zelândia, que participou do Fórum Social de Porto Alegre em 2005. E essa participação transformou-se em tema de doutorado.

No dia 10, terça-feira passada, o padre Pedrinho Guareschi voltou a falar ao público australiano em grande auditório localizado no belíssimo campus da ANU. Desta vez, sobre a Teologia da Libertação.

Depois da palestra, John Minns mostrou o filme mexicano "O Crime do Padre Amaro", no qual um dos personagens é um padre católico praticante da Teologia da Libertação.

Mais uma vez, foi grande o intersse da platéia, que pode aprender e conhecer um pouco como se desenvolveu aquele importante movimento católico na América Latina.

Fica, assim, ao Pedrinho, bem como a outros brasileiros estudiosos e de bom coração que saem pelo mundo a divulgar aspectos importantes da cultura brasileira, o respeito e a homenagem desta coluna. E... aquele abraço!

16:57
Anónimo disse...
Amanda Kitts perdeu o braço esquerdo em um acidente de automóvel acontecido três anos atrás, mas hoje em dia ela joga futebol americano com seu filho de 12 anos de idade, troca fraldas e abraça as crianças nas três creches Kiddie Cottage que opera em Knoxville, Tennessee. Kitts, 40 anos, faz tudo isso com a ajuda de um novo tipo de braço artificial que se movimenta com mais facilidade do que outros aparelhos e que ela pode controlar utilizando apenas seus pensamentos.

"Eu sou capaz de mexer a mão, o pulso e o cotovelo ao mesmo tempo", diz. "Você pensa e os músculos se movem em seguida".

A recuperação que ela conseguiu resulta de um novo procedimento que vem atraindo crescente atenção porque permite que pessoas movam braços protéticos de forma mais automática do que faziam no passado, simplesmente utilizando nervos reaproveitados em seus cérebros.

A técnica, conhecida como "renervação muscular dirigida", envolve utilizar os nervos que restam depois da amputação de um braço e conectá-los a outro músculo do corpo, em geral no peito. Eletrodos são instalados sobre os músculos do peito, e operam como se fossem antenas. Quando a pessoa deseja mover o braço, o cérebro envia sinais que primeiro resultam em contração dos músculos do peito, os quais enviam um sinal ao braço protético, instruindo-se a se movimentar. O processo não requer mais esforços consciente do que a pessoa teria de exercitar caso ainda tivesse seu braço natural.

Na terça-feira, pesquisadores reportaram em estudo publicado pela versão online do Journal of the American Medical Association que haviam levado a técnica ainda mais à frente, tornando possível a execução de 10 movimentos de mão, pulso e cotovelo diferentes, o que representa uma substancial melhora com relação ao típico repertório protético, que em geral envolve apenas dobrar o cotovelo, girar o pulso e abrir a mão.

"Os novos métodos tiveram impacto dramático em nosso campo de trabalho", disse Stuart Harshbarger, engenheiro biomédico na Universidade Johns Hopkins e diretor do programa de pesquisa sobre próteses, financiado pelas forças armadas, que inclui o trabalho com essa técnica. "O método já está em uso por médicos e cirurgiões comuns em todo o país. A capacidade de controlar um membro protético bastante robusto que ele confere surpreendeu a todos pela qualidade".

Tipicamente, uma pessoa que tenha um braço protético só é capaz de executar alguns poucos movimentos, e muitas vezes com tamanha lentidão que isso só permite a ela atividades limitadas.

Há um motor separado para cada movimento, diz Gerald Loeb, professor de engenharia biomédica na Universidade do Sul da Califórnia, "e esses motores precisam ser controlados de maneira explícita", usualmente por um esforço consciente da pessoa para contrair músculos nas costas ou no bíceps.

"Essencialmente, até agora os pacientes controlavam apenas um motor de cada vez", diz Loeb, "e precisavam pensar cuidadosamente sobre que motor desejavam controlar e como fazê-lo operar, em lugar de simplesmente pensarem em mover o braço e poderem fazê-lo sem delongas".

Antes que Kitts passasse pelo procedimento de renervação, em outubro de 2007, por exemplo, ela precisava movimentar os músculos de suas costas de determinada maneira para fazer com que seu pulso girasse, e flexionar seu bíceps e tríceps para fazer com que o cotovelo se movesse para cima e para baixo. "Era muito trabalho", ela conta. "E não me ajudava muito".

O procedimento de renervação é parte de uma recente explosão de idéias novas e técnicas inovadoras que estão sendo exploradas enquanto os cientistas se esforçam por ajudar as pessoas a compensar melhor a perda de membros ou problemas de paralisia. O esforço vem sendo alimentado pelo aumento no número de amputações causado por diabetes e por ferimentos sofridos pelos militares, e ao mesmo tempo pelos avanços na tecnologia médica.

Os braços se tornaram um dos focos essenciais desse tipo de trabalho. A ciência há muito vem obtendo sucessos no desenvolvimento de próteses de perna, mas é muito mais difícil imitar a complexidade e a destreza das mãos e dos braços.

Os esforços em curso incluem o desenvolvimento de projetos de pele e braços mais sensíveis e mais flexíveis, e o uso de dispositivos acionados por controles sem fio implantado nos braços protéticos, que permitiriam movimentos mais naturais.

Os pesquisadores também vêm usando sensores implantados nos cérebros de cobaias para permitir que dois macacos controlem um braço mecânico, e um teste com um homem paralítico permitiu, com esse método, que ele movimentasse um cursor em uma tela de computador.

Alguns desses métodos, caso venham a ser aperfeiçoados plenamente e consigam aprovação das autoridades regulatórias da saúde, podem no futuro se tornar mais viáveis para os pacientes de amputações.

E embora a técnica da renervação não requeira aprovação das autoridades regulatórias porque é executada por meios cirúrgicos e emprega aparelhos já existentes, ela apresenta limitações que até mesmo seus criadores reconhecem, entre as quais o fato de que não se pode utilizá-la para todos os pacientes, o seu alto custo e o prazo de meses requerido para que os nervos reconectados cresçam e se tornem efetivos.

Ainda assim, os especialistas dizem que é o mais avançado sistema em uso hoje para pacientes reais que permite que o sistema nervoso controle diretamente o movimento de um braço artificial.

Desde sua introdução por Todd Kuiken, médico fisioterapeuta e engenheiro biomédico do Instituto de Reabilitação de Chicago, o método foi empregado em cerca de 30 pacientes nos Estados Unidos, Canadá e Europa, entre os quais oito soldados feridos no Iraque e no Afeganistão.

Muitos dos pacientes, entre os quais o primeiro, Jesse Sullivan, um operário do setor elétrico no Tennessee que perdeu os dois braços quando foi eletrocutado por um cabo, conseguem não apenas manipular seus braços protéticos mas sentir a presença das mãos que já não têm quando alguém toca em seus peitos.

Sullivan, 62 anos, e Kitts, estavam entre os cinco pacientes que participaram do estudo reportado na terça-feira. Em companhia de cinco outras pessoas que não passaram por amputações, eles receberam os eletrodos e foram instruídos a usar pensamentos para fazer com que um braço virtual na tela reproduzisse 10 movimentos diferentes, entre os quais três formas diferentes de aperto de mão.

Os pacientes apresentaram desempenho bastante respeitável, apenas um pouco mais lento e menos preciso do que os dos participantes que não tinham amputações.

"As velocidades de movimento que encontramos em nossos pacientes foram realmente encorajadoras", disse Kuiken. "Eles conseguiram completar a tarefa. É claro que não foram tão competentes quanto as pessoas dotadas de plena capacidade física, mas foram bons o bastante".

Um braço virtual foi usado porque a maioria das próteses existentes não era capaz de acomodar todos aqueles movimentos, no momento da pesquisa, ainda que Sullivan, Kitts e uma terceira paciente, Claudia Mitchell, tenham experimentado dois novos protótipos mais versáteis de braços artificiais, executando tarefas complexas com bolas de tênis e outros objetos.

O trabalho de renervação em soldados apresenta outros desafios, diz Kuiken, porque os ferimentos militares muitas vezes "causam danos muitos extensos" a nervos, músculos ou ossos.

Daniel Acosta, 25 anos, um aviador ferido pela detonação de uma bomba em uma estrada do Iraque em 2005, passou pelo procedimento no ano passado e diz que seu braço esquerdo protético agora se movimenta "muito mais rápido" e de maneira muito mais natural.

"A diferença é que agora não preciso mais pensar para mover o braço", ele diz. "Ele simplesmente se mexe".

Ainda assim, Acosta, de San Antonio, diz que "o processo foi bastante longo" e que os eletrodos precisam ser ajustados para receber os sinais à medida que os nervos crescem ou mudam de posição.

E embora elogiem o método, os especialistas afirmam que a ciência das próteses de braço ainda tem muito por avançar.

"Trata-se de uma parte crucial, mas ainda assim apenas uma parte, das muitas coisas que compreendem a função normal de um braço", disse Loeb, que escreveu um editorial que acompanha o artigo no Journal of the American Medical Association.

"No momento estamos a meio do caminho entre o braço de 'Dr. Fantástico', que fazia involuntariamente a saudação nazista, e o braço de Luke Skywalker em 'Guerra nas Estrelas', que funciona sem nenhum problema assim que é conectado. Creio que precisaremos ainda de muitos anos para conectar todas as peças necessárias a produzir um braço capaz de funcionar normalmente".

17:04
Anónimo disse...
A Espanha disse neste sábado que está preparando uma reclamação oficial contra a decisão da Venezuela de expulsar um membro do Parlamento Europeu que criticou o conselho eleitoral venezuelano.
Luis Herrero, membro do partido conservador espanhol PP, foi deportado na sexta-feira depois que o Conselho Nacional Eleitoral (CNE) o acusou de questionar a imparcialidade da instituição antes de um referendo que pode permitir ao presidente Hugo Chávez permanecer no cargo indefinidamente.

Herrero estava na Venezuela como observador do referendo. Ele acusou Chávez de ter "comportamentos típicos de um ditador" por pedir a contenção de manifestações da oposição.

O governo da Espanha convocou um encontro com o embaixador da Venezuela em Madri para expressar a desaprovação sobre a expulsão de Herrero, disse um representante do Ministério das Relações Exteriores espanhol.

As relações da Venezuela com a Espanha tiveram seu ponto crítico em 2007, quando Chávez ameaçou rever acordos diplomáticos e comerciais depois de ouvir um "cala a boca" do rei espanhol Juan Carlos durante uma cúpula.

A fenda foi oficialmente reparada em 2008, com uma visita oficial de Chávez à Espanha, onde ele cumprimentou o rei e discutiu acordos para investimento no setor petroquímico com o primeiro-ministro José Luis Rodriguez Zapatero.

17:06
Anónimo disse...
A polícia do Zimbábue anunciou neste sábado que acusa de traição Roy Bennett, dirigente do até agora opositor Movimento para a Mudança Democrática (MDC), detido na sexta-feira, em Harare, poucas horas antes da cerimônia de posse dos membros do novo gabinete.

"A Polícia nos informou que vão apresentar acusações de traição", disse à agência EFE o advogado de defesa de Bennett, Trust Maanda.

"Tentam relacionar Roy com o caso de Mike Hitschmann, que foi detido em 2006 em relação à descoberta de um carregamento de armas, apesar de que Hitschmann não tenha sido declarado culpado das acusações de traição apresentadas contra ele, mas de um crime menor de descumprimento de leis", disse Maanda.

O político opositor, designado por seu partido como vice-ministro de Agricultura no Governo de união nacional, esteve no exílio na vizinha África do Sul desde 2006 e retornou ao Zimbábue há duas semanas.

Segundo a Polícia, que deteve Bennett ontem no aeroporto de Harare quando pretendia ir à África do Sul para visitar sua família, as armas apreendidas em 2006 seriam utilizadas em um golpe de Estado para derrubar o presidente do Zimbábue, Robert Mugabe.

Depois da detenção, Bennet foi levado a Mutar, onde vários simpatizantes do MDC se concentraram em frente à delegacia na qual estava detido, diante do que a Polícia respondeu com tiros para o alto para dispersar os manifestantes.

17:07
Anónimo disse...
Austrália: 14 mil se candidatam a 'emprego dos sonhos'

A secretaria de Turismo de Queensland, na Austrália, informou que até esta segunda-feira já recebeu cerca de 14 mil inscrições para o "o melhor emprego do mundo". O Estado australiano promove pela internet seleção para vaga de "zelador" da ilha Hamilton, por seis meses com um salário de R$ 40 mil.

Muitos candidatos tiveram problemas durante a inscrição por conta dos acessos simultâneos ao site. A secretaria aconselha enviar os vídeos de 60s explicando porque deve ser escolhido em horários alternativos do dia, além de recomendar tamanho em torno de 40MB.

As inscrições começaram em 12 de janeiro e vão até o próximo dia 22 e podem ser feitas pelo site www.islandreefjob.com. O governo australiano escolherá 50 candidatos para a próxima fase da seleção, que terá votos do público para eleger um dos 11 finalistas.

A última fase terá entrevistas e desafios físicos, no próprio local de trabalho: as ilhas da Grande Barreira Coralina - o maior recife de coral do mundo. A secretaria de Turismo anunciará o vencedor no dia 6 de maio.

17:09
Anónimo disse...
Mercado elogia governo na crise, mas pede maior queda no juro

Peter Fussy
Direto de São Paulo

Desde as primeiras medidas anunciadas para combater os efeitos da crise, o governo brasileiro avisou que a estratégia não contemplaria um pacote. Seriam doses pontuais, de acordo com a necessidade da economia diante do agravamento das turbulências. Da primeira liberação dos depósitos compulsórios em setembro até a ampliação do seguro-desemprego na última quarta-feira, o governo passou por redução de impostos, ampliação de crédito e incentivos à exportação. Quase 150 dias após a primeira medida, o Terra conversou com líderes do setor público e privado, representantes dos trabalhadores, acadêmicos e com o próprio governo para saber quais destas ações foram mais eficazes, quais foram mais ineficientes e o que mais pode ser feito pelo Estado brasileiro contra a crise.

Os maiores elogios foram direcionados à atitude de reduzir o Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) para a indústria automobilística, anunciada em dezembro e que fez com que os emplacamentos de carros novos subissem 1,9% no primeiro mês do ano em relação a dezembro de 2008. Já as maiores críticas foram para a lentidão no corte da taxa básica de juro do País.

Para o presidente do conselho administrativo do Grupo Pão de Açúcar, Abílio Diniz, o Estado não é responsável pela crise e mesmo assim está agindo "com extrema serenidade e muito acerto". "O governo está atento, fazendo a sua parte. É preciso coragem de baixar firmemente a taxa de juros. É uma arma que temos a nosso favor, já que não há clima para inflação, nem possibilidade de danos para a macroeconomia", afirmou Diniz.

Na última reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), em janeiro, a taxa Selic foi reduzida em um ponto percentual, de 13,75% para 12,75% ao ano. Porém, o professor de economia da Universidade de Brasília (UnB) José Luiz Oreiro lembra que este corte representa uma redução de apenas 0,25 ponto percentual com relação à taxa de setembro do ano passado, quando a crise se agravou.

"Pouco antes da eclosão da crise, o Banco Central aumentou a taxa em 0,75 ponto. Foram cinco meses de demora para reduzir em termos líquidos apenas 0,25 ponto", afirmou o economista, que também sugeriu redução do intervalo de cerca de 90 dias entre as reuniões do Copom e o corte de pelo menos um 1 ponto percentual em cada reunião.

Mesmo com o corte de janeiro, a taxa de juros real continua sendo a maior do mundo, lembrou o secretário-geral da Força Sindical, João Carlos Gonçalves, o Juruna. "A redução da taxa de juro ainda é pequena, porque ela continua uma das mais altas do mundo. Falta ousadia para baixar os juros e ajudar o cidadão. A permanência da taxa de juro alta é negativa para o País em meio a crise", afirmou Juruna.

Embora aprove as ações do governo, o senador Aloízio Mercadante (PT-SP) também acredita que o patamar da Selic está muito alto. "Sempre fomos os primeiros a entrar em qualquer crise, o que não aconteceu agora. A taxa Selic ainda é muito alta, mas o governo têm tomado medidas acertadas, como o aumento do salário mínimo, mesmo com um cenário de crise. Isso ajuda a movimentar o consumo. O governo está se esforçando para manter os investimentos e o crescimento", disse.

Tributos
De acordo com o economista Fabio Pina, da Fecomercio-SP, as ações mais positivas estão relacionadas à redução de tributos para alguns segmentos, como a indústria automobilística, que recuperou parte da queda nas vendas em janeiro com a isenção do IPI para carros 1.0 l e o corte para demais motorizações. A medida vale até o final de março.

"Essas medidas não só reduziram o preço, mas anteciparam o consumo daqueles que iriam comprar no futuro, dando um prêmio por conta da insegurança. Mexe diretamente com o principal problema que é a confiança do consumidor", afirmou. Juruna destacou que um bom ritmo de vendas é garantia de emprego. "É importante porque cada emprego na montadora significa 19 na cadeia produtiva", comentou o representante da Força Sindical.

Também em dezembro, o governo decidiu cortar pela metade a alíquota do Imposto de Renda para contribuintes que ganham entre R$ 1.434 e R$ 2.150 mensais. "O salário aumentava e a tabela não se modificava. As pessoas ganhavam mais e pagavam mais impostos", apontou Juruna. Outra redução de tributos do governo foi com relação ao Imposto sobre Operações Financeiras (IOF), que caiu de 3% ao ano para 1,5%.

Crédito
Na segunda metade de 2008, o colapso de bancos nos Estados Unidos por conta da crise do subprime provocou uma forte restrição de crédito no mundo inteiro. Uma das primeiras medidas anticrise do governo teve como objetivo restabelecer a oferta, com mudanças no recolhimento dos depósitos compulsórios por parte dos bancos. Segundo o presidente do Banco Central, Henrique Meirelles, as diversas modificações liberaram US$ 99,2 bilhões aos bancos até o final de janeiro.

Além disso, o governo concedeu R$ 36 bilhões das reservas internacionais para empresas brasileiras com dívidas no exterior e uma medida provisória autorizou o Banco do Brasil e a Caixa Econômica Federal a comprar carteiras de crédito de bancos privados. Para o diretor do Departamento de Pesquisas e Estudos Econômicos da Fiesp, Paulo Francini, estas medidas foram essenciais para combater os efeitos da crise.

"A crise se desenvolve no mundo em torno do tema crédito. E o crédito reduziu-se barbaridade no mundo. Então o governo lança mão de compulsório, lança mão de reservas, de medidas que permitem aos bancos comprar carteiras de bancos. Você vai tomando várias medidas para atender às demandas e o epicentro disso é crédito", afirmou.

No entanto, Oreiro, da UnB, adverte que a liberação dos compulsórios seria mais eficiente acompanhada de redução mais agressiva da taxa básica de juro. "Uma parte do crédito voltou, depois da forte retração em outubro e novembro. O que deveria ter sido feito junto à liberação do compulsório era uma redução mais drástica da taxa de juro. Sem isso, os bancos pegam as reservas e acabam comprando títulos públicos", explicou o economista.

Na opinião de Pina, as ações de distribuição de crédito via redução do compulsório e a disposição de capital de giro para empresas foram tomadas sem um cuidado maior na operação e não tiveram muito efeito. "O BNDES tem linhas que ficam paradas quase todo o ano, agora é pior ainda. Existem os recursos, mas as empresas e os bancos estão desconfiados. É preciso fazer com que os bancos tenham interesse em emprestar", afirmou o economista da Fecomercio-SP.

Futuro
Mesmo com todas essas medidas, a crise financeira ainda gera incertezas nos setores produtivos do País. Nos últimos meses, o medo do desemprego fez os consumidores adiarem compras. Por sua vez, a queda nas vendas pode obrigar as indústrias a cortarem a produção e demitir funcionários. Contra isso, empresários sugerem redução de jornada e de salários.

"Isto está previsto em lei. A Fiesp simplesmente manteve conversações com entidades sindicais quanto à aplicação daquilo que já está previsto em lei", afirmou Francini.

Segundo a ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff, uma das medidas que assegura um nível de emprego é a manutenção de investimentos no Programa de Aceleração do Crescimento (PAC). "Estamos esperando que a dificuldade ocorra em janeiro, fevereiro e março. Estamos certos que vamos manter o nível de investimento. É isso que funciona, é isso que significa investimento público. Ele funciona como um colchão. Por isso, nós colocamos R$ 100 bilhões no BNDES e a Petrobras ampliou o seu investimento em R$ 120 bilhões", afirmou.

Na mesma linha, Pina explica que a antecipação de gastos do governo substitui parte da demanda retraída do setor privado. "Ele dá o seguinte recado: não vou estourar as contas públicas, mas concentrar em um momento em que a demanda privada está pequena. Mas o governo não tem fôlego suficiente para fazer o papel de toda demanda", ressaltou. O economista da Fecomercio lembrou que a entidade já pleiteou junto ao governo isenções para transferência de imóveis e de automóveis, além de retirar o IPVA para veículos novos.

Já Oreiro foca suas propostas na capitalização do Banco do Brasil e da Caixa Econômica Federal pelo Tesouro para atender a demanda de crédito para capital de giro e reduzir o spread. "Aumentando o empréstimo e reduzindo as taxas, os dois vão forçar os bancos privados a acompanhar o movimento, até para não perderem participação no mercado", explicou o economista da UnB.

Até o Carnaval, o governou prometeu detalhar um pacote de incentivos para a construção de até um milhão de casas populares, direcionado a famílias com renda de até dez salários mínimos. "Estamos atentos a tudo o que está acontecendo e novas medidas serão tomadas caso haja uma avaliação de que sejam necessárias", disse o ministro da Fazenda, Guido Mantega, na última sexta-feira.

17:11
Anónimo disse...
Ex-ministro critica extensão do seguro-desemprego

Atualizada às 09h03

O ex-ministro do Trabalho Almir Pazzianotto criticou a decisão do governo federal de conceder o seguro-desemprego estendido a apenas alguns setores. "É certamente odioso e provavelmente inconstitucional", disse Pazzianotto, de acordo com o jornal O Estado de S. Paulo.

Na última qurta, dia do anúncio da medida, centrais sindicais elogiaram a atitude do governo. A Força Sindical divulgou nota dizendo que "o aumento ajudará a aquecer parte da economia, já que irá gerar mais consumo, produção e conseqüentemente, a criação de novos postos de trabalho". A União Geral dos Trabalhadores (UGT) afirmou que a medida "contribuirá para minimizar o drama dos trabalhadores que perderem seu emprego por conta da crise".

O ex-ministro, que instituiu o seguro-desemprego no País no governo de José Sarney, destacou a necessidade de as centrais sindicais se manifestarem contra a determinação. Para ele, as mudanças devem ser aplicadas a todas as categorias profissionais e a distinção é contrária ao artigo 3º da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT).

Pazzianotto atribui a medida a um possível temor do governo de que a crise econômica seja longa e não haja dinheiro para atender a todas as necessidades. Ainda assim, ele se mostra contrário ao método de concessão. "O seguro-desemprego ajuda a sanar necessidades básicas. Estendê-lo é paliativo, não a solução", disse ao jornal.

De acordo com o presidente do Conselho Deliberativo do Fundo de Amparo ao Trabalhador (Codefat) e conselheiro da Força Sindical, Luiz Fernando Emediato, a determinação já estava prevista na lei 8.900/94, que trata do seguro-desemprego.

O presidente da Comissão de Trabalho da Câmara, Pedro Fernandes (PTB-MA) vai além na crítica à concessão do seguro para apenas alguns setores. Ele acredita que a ampliação do benefício estimula o desemprego.

Quintino Severo, secretário geral da Central Única dos Trabalhadores (CUT), lembra que a ampliação do benefício sem critério e identificação pode incentivar demissões em outros setores.

17:13
Anónimo disse...
Empresas
TAM faz promoção para destinos internacionais

A companhia aérea TAM anunciou nesta sexta-feira tarifas promocionais para trechos internacionais. Os preços valem para bilhetes comprados entre 6h deste sábado e 23h59 deste domingo e são válidos para classe econômica. As tarifas, para ida e volta, serão vendidas a partir de US$ 99, mais taxas.

Segundo a aérea, a promoção vale para viagens feitas no período de 14 de fevereiro a 18 de junho de 2009. Para destinos na América do Sul, a permanência mínima é de dois dias; para bilhetes com destino nos Estados Unidos, cinco dias; e Europa, sete dias. A permanência máxima para as passagens para América do Sul e EUA é de dois meses e para Europa, três meses.

Entre os exemplos de tarifas promocionais, a TAM oferece São Paulo-Lima por US$ 99. Bilhetes para a rota São Paulo-Santiago serão vendidos a partir de US$ 199 e São Paulo-Nova York, US$ 799.

A emissão dos bilhetes deve ser feita obrigatoriamente no ato da reserva, obedecendo às regras estipuladas pela companhia. A compra está sujeita à disponibilidade de assentos nas classes tarifárias determinadas, trechos, horários e datas. A TAM afirmou que também há tarifas promocionais para a classe executiva.

Mais informações podem ser encontradas no site promocional (www.ofertastam.com.br), no site da empresa (www.tam.com.br) ou pelos telefones 4002-5700 ou 0800 5705700.

17:13
Anónimo disse...
Empresas
Consultoria negocia compra do parque temático Hopi Hari

A consultoria especializada em reestruturação de empresas Íntegra Associados informou nesta sexta-feira ter um acordo para comprar o parque de diversões Hopi Hari, localizado no interior de São Paulo. A empresa estaria disposta a investir R$ 10 milhões no parque, que tem dívida estimada em R$ 800 milhões. As informações são da edição deste sábado do jornal Folha de S. Paulo.

De acordo com o jornal, a transação ainda depende da negociação entre o Hopi Hari e seus credores, o que já estaria em andamento.

A consultoria paulista já atuou junto à Parmalat, durante 30 meses, quando reorganizou a gestão da empresa italiana.

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17:14
Anónimo disse...
Empresas
Disney de Tóquio contratará mais 2 mil apesar da crise


A Oriental Land, o operador da Disneylândia Tóquio e DisneySea, organizou neste domingo entrevistas para contratar cerca de 2 mil trabalhadores em tempo parcial, em um momento de grandes demissões deste tipo de empregados no Japão.

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O operador deste parque temático, situado em Urayasu, na província de Chiba (leste de Tóquio), está em pleno processo de seleção de empregados para 20 tipos de postos trabalhistas diferentes.

Segundo a companhia, citada pela agência local de notícias Kyodo, o parque contratará novos trabalhadores para as atrações, para os restaurantes e guardas de segurança entre outros. Os novos contratados começarão a trabalhar a partir de fevereiro.

O processo de seleção acontece em um momento em que a maioria das grandes companhias japonesas começaram a se ver obrigadas a despedir uma elevada percentagem de seus trabalhadores temporários e a tempo parcial.

Algumas inclusive anunciaram demissões de seus trabalhadores fixos, uma medida muito pouco comum nas companhias japonesas, perante os efeitos piores que o esperado pela crise econômica global.

Cerca de uma centena de pessoas esperavam desde a primeira hora desta manhã a abertura do centro de conferências Tokyo International Forum, onde as entrevistas estão sendo feitas, para ser os primeiros a solicitar os postos de trabalho.


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17:15
Anónimo disse...
Economia Internacional
Senado dos EUA aprova plano de estímulo à economia

O Senado dos Estados Unidos aprovou com 60 votos a favor e 38 contra o plano de estímulo à economia de US$ 787 bilhões na madrugada deste sábado. Agora, ele segue para sanção ou veto do presidente Barack Obama, que espera colocar a lei em prática até o dia 16 de fevereiro.

O plano prevê a criação de três milhões de empregos, inclui cortes de impostos às famílias, fundos para programas sociais e obras públicas, além de ajuda aos governos estaduais, estudantes e desempregados.

A cláusula Buy American - que exige o uso de ferro, aço e produtos manufaturados dos Estados Unidos em obras realizadas com recursos do pacote - ficou de lado. Segundo o texto definitivo, a cláusula será aplicada sem violar as normas do comércio internacional.

Ontem à tarde, a Câmara de Representantes (deputados) havia aprovado, por 246 votos a favor e 183 contra, a versão final do plano. Todos os republicanos foram contrários ao pacote.

Pelo acordo de quarta-feira entre Câmara e Senado, em vez de custar US$ 819 bilhões, como queriam os deputados, ou US$ 838 bilhões como pretendiam os senadores, o pacote ficou em cerca de US$ 787 bilhões, com 65% desse total destinado a gastos do governo federal e 35%, a créditos tributários.

17:16
Anónimo disse...
Economia nacional
Na era Lula, aposentadoria sobe 54% menos que salário mínimo

Thatiane Faria
Especial para o Terra
Direto de São Paulo

Os índices de reajustes concedidos pelo governo em 2009 para aposentados e pensionistas e para o salário mínimo repetiram uma diferença que, só durante o governo de Luiz Inácio Lula da Silva, já chega a 54%. Enquanto o mínimo foi majorado em 12% este ano, as pensões e aposentadorias tiveram aumento de 5,92%. Aposentados que têm o benefício do governo como única fonte de renda reclamam que perdem poder de compra e que sua cesta de compras é composta por itens que aumentam mais em relação à inflação oficial.

Um exemplo prático pode ser entendido a partir da comparação entre um aposentado que ganhava R$ 600 em janeiro de 2003. Na época, o benefício era três vezes, ou 200%, maior que o valor do mínimo em vigência, que era de R$ 200. Aplicando-se os índices de reajuste para aposentadorias e para o mínimo durante os últimos seis anos, o mesmo aposentado estaria recebendo hoje R$ 938,47, comparado a um salário mínimo de R$ 465. A diferença entre os dois valores caiu para pouco mais de 100%.

Enquanto o índice acumulado de reajuste para a aposentadoria durante o governo Lula foi de 60%, para o salário mínimo está em 132%.

O diretor do Sindicato Nacional dos Aposentados, João Inocentini, reclama que os valores dos benefícios para aposentadorias não mantêm o poder de compra do grupo, principalmente dos aposentados que recebem menos que dez salários mínimos.

Nem mesmo o fato de o índice de reajuste das aposentadorias ter ficado acima da inflação acumulada no mesmo período (o IPCA entre janeiro de 2003 e janeiro de 2009 foi de 39,7%) serve de argumento, segundo os aposentados.

"Os idosos, principalmente, têm gastos além das contas gerais como gás, telefone e aluguel. Para eles o custo com remédios, e outros itens da área saúde costuma ser maior", afirmou Inocentini.

O presidente do sindicato afirmou que o grupo realiza um estudo com 100 itens de necessidade de um idoso para comparar o aumento dos produtos com o índice de reajuste do benefício recebido pelos aposentados.

"Daqui dois meses vamos abrir um processo na Justiça e levar essa pesquisa como prova. Segundo a lei, o governo é obrigado a manter o poder de compra com a aposentadoria", disse Inocentini.

Alternativas
O consultor financeiro Cláudio Boriola diz que os aposentados, especialmente nesse momento de crise econômica, devem evitar compras parceladas, pesquisar preços, negociar e fazer bom planejamento financeiro.

Segundo Boriola, alguns aposentados ganham um valor mensal muitas vezes insuficiente para o pagamento das contas e acabam pedindo crédito ou realizando pagamentos a prazo e são obrigados a pagar juros altos.

Na opinião do consultor, pagar uma previdência privada é uma alternativa indicada para quem ainda trabalha, considerando a característica de perda de poder de compra da aposentadoria.

"Na prática, infelizmente os valores encontram-se em um patamar que está deteriorando o poder de aquisição da população brasileira", completou Boriola.

De acordo com o diretor da Confederação Brasileira de Aposentados e Pensionistas (Cobap), Vicente Fernandes Barbosa, representantes dos aposentados tentarão um encontro com o presidente da Câmara, deputado Michel Temer (PMDB-SP), para discutir projetos que minimizem a perda dos aposentados

17:17
Anónimo disse...
Previdência
Previdência prorroga isenção de tarifas no benefício

O atual sistema de pagamento aos 26 milhões de aposentados e pensionistas do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) será mantido até o final deste ano. O acordo, que permite realizar a operação sem nenhum custo aos beneficiários, foi renovado nesta sexta-feira, entre o governo federal e 21 instituições financeiras.

Por meio desse acordo, vigente desde setembro de 2007, nem os segurados, nem os bancos e nem o governo arcam com o pagamento de tarifas, conforme explicou o ministro da Previdência Social, José Pimentel. A prorrogação vale até dezembro, data máxima para que a Previdência defina as regras para um novo contrato.

Ao assinar o termo de renovação, na sede da Federação Brasileira dos Bancos (Febraban), o ministro disse que a intenção do governo é mudar o atual modelo de gestão visando a reduzir os custos dessas operações em torno da folha mensal, que atinge R$ 15,8 bilhões. No entanto, qualquer alteração, conforme explicou, passará antes por audiências públicas a serem realizadas a partir do segundo semestre deste ano, atendendo a determinação do Tribunal de Contas da União (TCU).

De acordo com Pimentel, com um redesenho do mecanismo de repasse dos recursos aos bancos em torno da folha de pagamento dos segurados o que se busca é um aumento da participação de instituições financeiras. Ele informou que, desde 2007, cada benefício custa em média R$ 1,07 ao governo. "Quanto mais instituições financeiras estiverem prestando serviços à sociedade, maior é a competitividade, a agilidade no atendimento", justificou.

O ministro observou, ainda, que, para permitir uma redução para algo em torno de meia hora no tempo de atendimento para a concessão dos direitos previdenciários, o governo investiu R$ 280 milhões.

Questionado sobre o descontentamento dos segurados que ganham acima de um salário mínimo terem obtido apenas a correção com base na variação do Índice de Preços ao Consumidor (INPC) , ficando abaixo do reajuste dado a quem recebe apenas o mínimo, Pimentel argumentou que o governo seguiu o que determina a lei e descartou a possibilidade de uma revisão

17:17
Anónimo disse...
Empresas
Caterpillar oferece aposentadoria antecipada a 2 mil


A companhia americana Caterpillar ofereceu a cerca de dois mil funcionários incentivos para que se aposentem de forma voluntária antes do previsto, pela perspectiva de uma queda "significativa" da atividade industrial, informou nesta quarta-feira a empresa.

A iniciativa, destinada aos trabalhadores de diversas fábricas em Illinois, Colorado, Tennessee e Pensilvânia, se soma aos cortes de empregos anunciados em janeiro, explicou em comunicado de imprensa.

A empresa, a maior fabricante mundial de maquinaria pesada para a construção e a mineração, acrescentou que, "em função das condições de negócio, podem ser necessárias mais reduções de elenco voluntárias e involuntárias à medida que o ano avança".

O vice-presidente da companhia, Sid Banwart, explicou que a empresa prevê "demissões significativas em todas as regiões geográficas e na maioria dos setores devido às dificuldades da economia mundial".

17:18
Anónimo disse...
Comércio
Comércio exterior da OCDE caiu no 3º trimestre de 2008


As exportações e as importações dos países da Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Econômico (OCDE) caíram 1,6% e 0,2%, respectivamente, no terceiro trimestre de 2008, em relação aos três meses anteriores.

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Trata-se da primeira queda destas atividades desde o terceiro trimestre de 2006, segundo o último relatório trimestral sobre fluxos comerciais divulgado pela OCDE.

As exportações e as importações em dólares dos 30 Estados-membros caíram 15,6% e 17%, respectivamente, na comparação anualizada.

Por sua vez, o comércio dos sete países mais ricos do mundo (G7) teve um pequeno crescimento no terceiro trimestre de 2008 com uma queda das exportações de mercadorias de 0,2% em relação ao trimestre anterior e um aumento de 0,4% das importações.

Em termos anualizados, as importações do G7 caíram 1,4% entre julho e setembro do ano passado, seu primeiro retrocesso desde o terceiro trimestre de 2006, enquanto as exportações aumentaram 1,9%, seu crescimento mais baixo no mesmo tempo.

Por países, a Alemanha aumentou suas importações em 3,4% - valor mais alto do G7 -, enquanto suas exportações caíram 2,9% do segundo para o terceiro trimestre de 2008.

Pelo contrário, as exportações americanas aumentaram 1,8% entre julho e setembro de 2008, enquanto as importações caíram 0,7% em relação ao trimestre anterior. No Japão, tanto as importações quanto as exportações caíram em torno de 1% no mesmo período.

17:19
Anónimo disse...
Economia Nacional
Lula: juros de crédito consignado a aposentados são altos

Atualizada às 17h29

O presidente Luis Inácio Lula da Silva afirmou nesta terça-feira, em São Paulo, que está lutando para reduzir as taxas de juros cobradas de aposentados em crédito consignado. A Previdência Social estabelece uma taxa máxima de 2,5% para empréstimo e de 3,5% para cartão. Para Lula, os valores são altos.

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"Acho que o juro que os aposentados estão pagando hoje com o crédito consignado é alto para o padrão brasileiro", disse o presidente durante a cerimônia de comemoração dos 86 anos do INSS.

A Previdência anunciou nesta terça-feira que aposentados e trabalhadoras com licença-maternidade poderão receber seus benefícios em 30 minutos. De acordo com Lula, em junho, a aposentadoria do trabalhador rural também será conseguida em meia hora.

Além disso, o presidente anunciou que, também em junho, os trabalhadores que alcançarem o direito à aposentadoria passarão a receber em suas casas um comunicado da Previdência informando o fato e o valor do salário que têm direito a receber. "É um comprometimento público que estou fazendo com os companheiros da Previdência Social", disse.

"Estamos retribuindo ao contribuinte da Previdência Social aquilo que é a cidadania que ele tem direito", afirmou Lula. "Se para cobrar nós somos tão precisos, para devolver o dinheiro, temos que chegar próximo à perfeição", completou.

17:20
Anónimo disse...
Economia Nacional
Salário maternidade sairá em 30 minutos, diz ministro

Toda trabalhadora autônoma que tiver contribuído pelo menos 10 meses com o Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) - ou as que possuírem carteira assinada - poderão receber em 30 minutos o salário maternidade a partir desta terça-feira. Da mesma forma, as mulheres com 30 anos de contribuição e os homens com 35 anos também terão direito ao benefício de forma mais rápida. A informação é do ministro da Previdência Social, José Pimentel.

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Para requerer o salário maternidade, é preciso que as autônomas levem a carteira de identidade e o carnê de contribuição. As demais trabalhadoras devem apresentar a identificação e a carteira de trabalho. Desde o início do mês, a nova forma de análise para a concessão de benefícios foi adotada para a aposentadoria por idade do trabalhador urbano e agora foi estendida para o salário maternidade e por tempo de contribuição.

O ministro disse que a qualificação do serviço da previdência social é o reconhecimento do direito dos trabalhadores e da afirmação da cidadania.

"Até pouco tempo na cabeça do cidadão o serviço devia ser de péssima qualidade. Agora não, nós modificamos toda a legislação no mês de dezembro numa ação conjunta do Congresso Nacional com o governo federal. Estamos implantando e concedendo os benefícios em até 30 minutos", afirmou.

O ministro destacou que para conseguir se aposentar ou ter acesso à licença maternidade em 30 minutos, em primeiro lugar, é necessário que o cidadão esteja vinculado à Previdência, o que inclui 65% da população acima de 16 anos de idade.

"Depois bastar marcar pelo sistema 135 o dia e a hora do atendimento e levar a documentação. Se todos os dados necessários estiverem corretos o contribuinte será atendido em até 30 minutos, como vem sendo feito com as aposentadorias por idade desde o dia cinco de janeiro", explicou.

Pimentel disse ainda que em 90% das agências da previdência social o atendimento é marcado em até 48 horas. Nos grandes centros, entretanto existe um volume maior o que torna mais lento o processo.

"Estamos criando mais 715 agências até 2010, em todo o território nacional, para descentralizar o atendimento. Em 2008, atendemos 295 mil benefícios e aposentadorias por idade. Temos 4 mil pessoas por dia procurando e se aposentando por idade no território nacional. Este serviço será agilizado", concluiu.
17:27
Anónimo disse...
Giuseppe Englaro, pai de Eluana, a italiana que morreu na segunda-feira passada por desidratação, recusou uma grande soma de dinheiro de um conhecido fotógrafo italiano que queria retratar a filha em estado de coma, disse neste sábado o neurologista que atendia a mulher desde 1996, Carlo Defanti.

O neurologista, que participou hoje de uma conferência sobre eutanásia, disse que Englaro respeitou a vontade da filha, que, antes do acidente, tinha pedido que, se lhe ocorresse qualquer coisa irreversível, apresentasse sua imagem de quando estava em boas condições.

Antes de sofrer o acidente de trânsito, em 1992, Eluana viveu o coma de um amigo, Alessandro, o que causou forte impacto na italiana e a levou a fazer o pai prometer que não a deixasse viver em estado vegetativo, disse o próprio Giuseppe Englaro.

Defanti, que dissera que Eluana poderia viver de dez a 12 dias depois da suspensão da alimentação e da hidratação, disse que, como médico, tinha que reprovar esta afirmação.

"Não se pode sobreviver após três ou quatro dias sem líquido e, em particular, água em um corpo. Sabemos bem que, quando há um terremoto, após quatro dias é difícil encontrar sobreviventes".

Defanti ressaltou que Eluana "não falava, não se comunicava com o exterior" e que, após vários exames, "nos deparamos com uma moça que tinha perdido a consciência", porque estava com o córtex cerebral prejudicado.

Eluana foi enterrada na quinta-feira passada no túmulo da família na localidade de Paluzza, em Udine, após um funeral que não contou com a presença dos pais.

16:53
Anónimo disse...
Os bombeiros combatem neste sábado os incêndios na Austrália favorecidos pelo bom tempo, enquanto os deslocados encotram em seu retorno casas derruídas, carros queimados nas ruas e destruição.

Depois de sete dias desde que começaram os incêndios no Estado de Victoria, a lista de mortos chega a 181, os desaparecidos somam 50, os edifícios destruídos totalizam 1,834 mil e o terreno arrasado, principalmente florestas, ocupa uma área de 4,13 mil quilômetros quadrados.

As equipes de bombeiros, formadas por 4 mil profissionais de Victoria, de outras partes da Austrália e de países amigos, combateram hoje 12 focos fora de controle e nenhum representava uma ameaça direta para a população.

O subdiretor do Serviço de Bombeiros, Geoff Conway, disse que este tempo favorável, que se prolongará durante o domingo, permite consolidar as linhas de contenção e avançar na extinção das chamas.

Cinzas apareceram arrastadas por ventos do nordeste sobre Melbourne, onde habitam 3,8 milhões de pessoas, e as autoridades alertaram aos cidadãos do risco para a saúde de idosos, crianças e pessoas com problemas respiratórios.

O número de pessoas deslocadas - a Cruz Vermelha chegou a receber 7 mil - começou a cair com a abertura de algumas localidades atingidas.

Os incêndios, alguns criminosos, começaram em 7 de fevereiro, quando a região sul da Austrália estava há duas semanas sob uma onda de calor sem precedentes.

Na sexta-feira passada, a polícia acusou uma pessoa de ter provocado o incêndio que atingiu a localidade de Churchill e matou 21 pessoas.

16:55
Anónimo disse...
A primeira chuva em seis dias reduziu a ameaça de incêndios no Estado de Victoria, ao sul da Austrália. As autoridades, porém, advertiram que ainda existem 12 focos, mas que nenhum deles ameaça áreas povoadas.

Mais de quatro mil bombeiros, mil provenientes de outras partes do país e de outras nações, trabalham contra o fogo. Cerca de 600 veículos e 28 helicópteros e pequenos aviões estão sendo usados.


Eles conseguiram construir linhas de contenção para evitar os incêndios de Yarra e Maroondah se juntassem. Também foram controlados os incêndios abertos de Yea e Murrindindi, que ameaçavam as comunidades de Connellys Creek, Crystal Creek, Scrubby Creek e Native Dog Creek.

O número de mortos chegou a 181, mas as autoridades acreditam que as vítimas devem passar de 200, já que ainda há muitos desaparecidos.

16:55
Anónimo disse...
Aqui nesta coluna, na semana passada, tive a oportunidade de comentar sobre a recente visita do professor brasileiro Pedrinho Guareschi à Austrália. Não dei, porém, os fatos, pois semana passada o assunto era outro.

Hoje, porém, vamos a eles.

No último dia 4 de fevereiro, aconteceu o Seminário "Paulo Freire: Education and Liberation", organizado pelo centro de estudos latino-americanos da Universidade Nacional da Austrália, ou ANU, como é mais conhecida por aqui.

A ANU, para quem não sabe, está entre as 20 melhores universidades do mundo! E tem sede aqui em Camberra, capital da Austrália.

Na abertura do evento, o professor John Minns, diretor do centro latino-americano, ao dar boas-vindas ao público presente, lembrou ser aquele o primeiro seminário exclusivamente dedicado a Paulo Freire na Austrália.

Em seguida, convidou Pedrinho Guareschi, palestrante principal do Seminário, a fazer sua apresentação.

A plateia pode então conhecer, pelas palavras de Pedrinho, um pouco da obra e da vida de Freire, esse brasileiro de fé e valor, que sempre acreditou na educação, sobretudo dos menos favorecidos, analfabetos, como força libertadora.

Como não podia deixar de ser, os conceitos e ideias revolucionários de Paulo Freire, expostos com clareza por Pedrinho, despertaram o interesse e a curiosidade de plateia. A qual, deve-se notar, era na maioria de estudantes, mas de várias nacionalidades, sobretudo australianos e asiáticos.

Na continuação do programa do seminário, que se estendeu por dois dias, outros professores fizeram palestras sobre temas ligados à obra de Paulo Freire.

Interessante, por exemplo, saber que a professora Anne Hickling-Hudson, jamaicana que mora na Austrália há muitos anos (é professora da ANU), conheceu e trabalhou com Freire num workshop educacional durante a revolução na Ilha de Granada, em 1980, antes da invasão dos Estados Unidos...

Ou, então, a palestra da Professora Gerda Roelvink, da Nova Zelândia, que participou do Fórum Social de Porto Alegre em 2005. E essa participação transformou-se em tema de doutorado.

No dia 10, terça-feira passada, o padre Pedrinho Guareschi voltou a falar ao público australiano em grande auditório localizado no belíssimo campus da ANU. Desta vez, sobre a Teologia da Libertação.

Depois da palestra, John Minns mostrou o filme mexicano "O Crime do Padre Amaro", no qual um dos personagens é um padre católico praticante da Teologia da Libertação.

Mais uma vez, foi grande o intersse da platéia, que pode aprender e conhecer um pouco como se desenvolveu aquele importante movimento católico na América Latina.

Fica, assim, ao Pedrinho, bem como a outros brasileiros estudiosos e de bom coração que saem pelo mundo a divulgar aspectos importantes da cultura brasileira, o respeito e a homenagem desta coluna. E... aquele abraço!

16:57
Anónimo disse...
Amanda Kitts perdeu o braço esquerdo em um acidente de automóvel acontecido três anos atrás, mas hoje em dia ela joga futebol americano com seu filho de 12 anos de idade, troca fraldas e abraça as crianças nas três creches Kiddie Cottage que opera em Knoxville, Tennessee. Kitts, 40 anos, faz tudo isso com a ajuda de um novo tipo de braço artificial que se movimenta com mais facilidade do que outros aparelhos e que ela pode controlar utilizando apenas seus pensamentos.

"Eu sou capaz de mexer a mão, o pulso e o cotovelo ao mesmo tempo", diz. "Você pensa e os músculos se movem em seguida".

A recuperação que ela conseguiu resulta de um novo procedimento que vem atraindo crescente atenção porque permite que pessoas movam braços protéticos de forma mais automática do que faziam no passado, simplesmente utilizando nervos reaproveitados em seus cérebros.

A técnica, conhecida como "renervação muscular dirigida", envolve utilizar os nervos que restam depois da amputação de um braço e conectá-los a outro músculo do corpo, em geral no peito. Eletrodos são instalados sobre os músculos do peito, e operam como se fossem antenas. Quando a pessoa deseja mover o braço, o cérebro envia sinais que primeiro resultam em contração dos músculos do peito, os quais enviam um sinal ao braço protético, instruindo-se a se movimentar. O processo não requer mais esforços consciente do que a pessoa teria de exercitar caso ainda tivesse seu braço natural.

Na terça-feira, pesquisadores reportaram em estudo publicado pela versão online do Journal of the American Medical Association que haviam levado a técnica ainda mais à frente, tornando possível a execução de 10 movimentos de mão, pulso e cotovelo diferentes, o que representa uma substancial melhora com relação ao típico repertório protético, que em geral envolve apenas dobrar o cotovelo, girar o pulso e abrir a mão.

"Os novos métodos tiveram impacto dramático em nosso campo de trabalho", disse Stuart Harshbarger, engenheiro biomédico na Universidade Johns Hopkins e diretor do programa de pesquisa sobre próteses, financiado pelas forças armadas, que inclui o trabalho com essa técnica. "O método já está em uso por médicos e cirurgiões comuns em todo o país. A capacidade de controlar um membro protético bastante robusto que ele confere surpreendeu a todos pela qualidade".

Tipicamente, uma pessoa que tenha um braço protético só é capaz de executar alguns poucos movimentos, e muitas vezes com tamanha lentidão que isso só permite a ela atividades limitadas.

Há um motor separado para cada movimento, diz Gerald Loeb, professor de engenharia biomédica na Universidade do Sul da Califórnia, "e esses motores precisam ser controlados de maneira explícita", usualmente por um esforço consciente da pessoa para contrair músculos nas costas ou no bíceps.

"Essencialmente, até agora os pacientes controlavam apenas um motor de cada vez", diz Loeb, "e precisavam pensar cuidadosamente sobre que motor desejavam controlar e como fazê-lo operar, em lugar de simplesmente pensarem em mover o braço e poderem fazê-lo sem delongas".

Antes que Kitts passasse pelo procedimento de renervação, em outubro de 2007, por exemplo, ela precisava movimentar os músculos de suas costas de determinada maneira para fazer com que seu pulso girasse, e flexionar seu bíceps e tríceps para fazer com que o cotovelo se movesse para cima e para baixo. "Era muito trabalho", ela conta. "E não me ajudava muito".

O procedimento de renervação é parte de uma recente explosão de idéias novas e técnicas inovadoras que estão sendo exploradas enquanto os cientistas se esforçam por ajudar as pessoas a compensar melhor a perda de membros ou problemas de paralisia. O esforço vem sendo alimentado pelo aumento no número de amputações causado por diabetes e por ferimentos sofridos pelos militares, e ao mesmo tempo pelos avanços na tecnologia médica.

Os braços se tornaram um dos focos essenciais desse tipo de trabalho. A ciência há muito vem obtendo sucessos no desenvolvimento de próteses de perna, mas é muito mais difícil imitar a complexidade e a destreza das mãos e dos braços.

Os esforços em curso incluem o desenvolvimento de projetos de pele e braços mais sensíveis e mais flexíveis, e o uso de dispositivos acionados por controles sem fio implantado nos braços protéticos, que permitiriam movimentos mais naturais.

Os pesquisadores também vêm usando sensores implantados nos cérebros de cobaias para permitir que dois macacos controlem um braço mecânico, e um teste com um homem paralítico permitiu, com esse método, que ele movimentasse um cursor em uma tela de computador.

Alguns desses métodos, caso venham a ser aperfeiçoados plenamente e consigam aprovação das autoridades regulatórias da saúde, podem no futuro se tornar mais viáveis para os pacientes de amputações.

E embora a técnica da renervação não requeira aprovação das autoridades regulatórias porque é executada por meios cirúrgicos e emprega aparelhos já existentes, ela apresenta limitações que até mesmo seus criadores reconhecem, entre as quais o fato de que não se pode utilizá-la para todos os pacientes, o seu alto custo e o prazo de meses requerido para que os nervos reconectados cresçam e se tornem efetivos.

Ainda assim, os especialistas dizem que é o mais avançado sistema em uso hoje para pacientes reais que permite que o sistema nervoso controle diretamente o movimento de um braço artificial.

Desde sua introdução por Todd Kuiken, médico fisioterapeuta e engenheiro biomédico do Instituto de Reabilitação de Chicago, o método foi empregado em cerca de 30 pacientes nos Estados Unidos, Canadá e Europa, entre os quais oito soldados feridos no Iraque e no Afeganistão.

Muitos dos pacientes, entre os quais o primeiro, Jesse Sullivan, um operário do setor elétrico no Tennessee que perdeu os dois braços quando foi eletrocutado por um cabo, conseguem não apenas manipular seus braços protéticos mas sentir a presença das mãos que já não têm quando alguém toca em seus peitos.

Sullivan, 62 anos, e Kitts, estavam entre os cinco pacientes que participaram do estudo reportado na terça-feira. Em companhia de cinco outras pessoas que não passaram por amputações, eles receberam os eletrodos e foram instruídos a usar pensamentos para fazer com que um braço virtual na tela reproduzisse 10 movimentos diferentes, entre os quais três formas diferentes de aperto de mão.

Os pacientes apresentaram desempenho bastante respeitável, apenas um pouco mais lento e menos preciso do que os dos participantes que não tinham amputações.

"As velocidades de movimento que encontramos em nossos pacientes foram realmente encorajadoras", disse Kuiken. "Eles conseguiram completar a tarefa. É claro que não foram tão competentes quanto as pessoas dotadas de plena capacidade física, mas foram bons o bastante".

Um braço virtual foi usado porque a maioria das próteses existentes não era capaz de acomodar todos aqueles movimentos, no momento da pesquisa, ainda que Sullivan, Kitts e uma terceira paciente, Claudia Mitchell, tenham experimentado dois novos protótipos mais versáteis de braços artificiais, executando tarefas complexas com bolas de tênis e outros objetos.

O trabalho de renervação em soldados apresenta outros desafios, diz Kuiken, porque os ferimentos militares muitas vezes "causam danos muitos extensos" a nervos, músculos ou ossos.

Daniel Acosta, 25 anos, um aviador ferido pela detonação de uma bomba em uma estrada do Iraque em 2005, passou pelo procedimento no ano passado e diz que seu braço esquerdo protético agora se movimenta "muito mais rápido" e de maneira muito mais natural.

"A diferença é que agora não preciso mais pensar para mover o braço", ele diz. "Ele simplesmente se mexe".

Ainda assim, Acosta, de San Antonio, diz que "o processo foi bastante longo" e que os eletrodos precisam ser ajustados para receber os sinais à medida que os nervos crescem ou mudam de posição.

E embora elogiem o método, os especialistas afirmam que a ciência das próteses de braço ainda tem muito por avançar.

"Trata-se de uma parte crucial, mas ainda assim apenas uma parte, das muitas coisas que compreendem a função normal de um braço", disse Loeb, que escreveu um editorial que acompanha o artigo no Journal of the American Medical Association.

"No momento estamos a meio do caminho entre o braço de 'Dr. Fantástico', que fazia involuntariamente a saudação nazista, e o braço de Luke Skywalker em 'Guerra nas Estrelas', que funciona sem nenhum problema assim que é conectado. Creio que precisaremos ainda de muitos anos para conectar todas as peças necessárias a produzir um braço capaz de funcionar normalmente".

17:04
Anónimo disse...
A Espanha disse neste sábado que está preparando uma reclamação oficial contra a decisão da Venezuela de expulsar um membro do Parlamento Europeu que criticou o conselho eleitoral venezuelano.
Luis Herrero, membro do partido conservador espanhol PP, foi deportado na sexta-feira depois que o Conselho Nacional Eleitoral (CNE) o acusou de questionar a imparcialidade da instituição antes de um referendo que pode permitir ao presidente Hugo Chávez permanecer no cargo indefinidamente.

Herrero estava na Venezuela como observador do referendo. Ele acusou Chávez de ter "comportamentos típicos de um ditador" por pedir a contenção de manifestações da oposição.

O governo da Espanha convocou um encontro com o embaixador da Venezuela em Madri para expressar a desaprovação sobre a expulsão de Herrero, disse um representante do Ministério das Relações Exteriores espanhol.

As relações da Venezuela com a Espanha tiveram seu ponto crítico em 2007, quando Chávez ameaçou rever acordos diplomáticos e comerciais depois de ouvir um "cala a boca" do rei espanhol Juan Carlos durante uma cúpula.

A fenda foi oficialmente reparada em 2008, com uma visita oficial de Chávez à Espanha, onde ele cumprimentou o rei e discutiu acordos para investimento no setor petroquímico com o primeiro-ministro José Luis Rodriguez Zapatero.

17:06
Anónimo disse...
A polícia do Zimbábue anunciou neste sábado que acusa de traição Roy Bennett, dirigente do até agora opositor Movimento para a Mudança Democrática (MDC), detido na sexta-feira, em Harare, poucas horas antes da cerimônia de posse dos membros do novo gabinete.

"A Polícia nos informou que vão apresentar acusações de traição", disse à agência EFE o advogado de defesa de Bennett, Trust Maanda.

"Tentam relacionar Roy com o caso de Mike Hitschmann, que foi detido em 2006 em relação à descoberta de um carregamento de armas, apesar de que Hitschmann não tenha sido declarado culpado das acusações de traição apresentadas contra ele, mas de um crime menor de descumprimento de leis", disse Maanda.

O político opositor, designado por seu partido como vice-ministro de Agricultura no Governo de união nacional, esteve no exílio na vizinha África do Sul desde 2006 e retornou ao Zimbábue há duas semanas.

Segundo a Polícia, que deteve Bennett ontem no aeroporto de Harare quando pretendia ir à África do Sul para visitar sua família, as armas apreendidas em 2006 seriam utilizadas em um golpe de Estado para derrubar o presidente do Zimbábue, Robert Mugabe.

Depois da detenção, Bennet foi levado a Mutar, onde vários simpatizantes do MDC se concentraram em frente à delegacia na qual estava detido, diante do que a Polícia respondeu com tiros para o alto para dispersar os manifestantes.

17:07
Anónimo disse...
Austrália: 14 mil se candidatam a 'emprego dos sonhos'

A secretaria de Turismo de Queensland, na Austrália, informou que até esta segunda-feira já recebeu cerca de 14 mil inscrições para o "o melhor emprego do mundo". O Estado australiano promove pela internet seleção para vaga de "zelador" da ilha Hamilton, por seis meses com um salário de R$ 40 mil.

Muitos candidatos tiveram problemas durante a inscrição por conta dos acessos simultâneos ao site. A secretaria aconselha enviar os vídeos de 60s explicando porque deve ser escolhido em horários alternativos do dia, além de recomendar tamanho em torno de 40MB.

As inscrições começaram em 12 de janeiro e vão até o próximo dia 22 e podem ser feitas pelo site www.islandreefjob.com. O governo australiano escolherá 50 candidatos para a próxima fase da seleção, que terá votos do público para eleger um dos 11 finalistas.

A última fase terá entrevistas e desafios físicos, no próprio local de trabalho: as ilhas da Grande Barreira Coralina - o maior recife de coral do mundo. A secretaria de Turismo anunciará o vencedor no dia 6 de maio.

17:09
Anónimo disse...
Mercado elogia governo na crise, mas pede maior queda no juro

Peter Fussy
Direto de São Paulo

Desde as primeiras medidas anunciadas para combater os efeitos da crise, o governo brasileiro avisou que a estratégia não contemplaria um pacote. Seriam doses pontuais, de acordo com a necessidade da economia diante do agravamento das turbulências. Da primeira liberação dos depósitos compulsórios em setembro até a ampliação do seguro-desemprego na última quarta-feira, o governo passou por redução de impostos, ampliação de crédito e incentivos à exportação. Quase 150 dias após a primeira medida, o Terra conversou com líderes do setor público e privado, representantes dos trabalhadores, acadêmicos e com o próprio governo para saber quais destas ações foram mais eficazes, quais foram mais ineficientes e o que mais pode ser feito pelo Estado brasileiro contra a crise.

Os maiores elogios foram direcionados à atitude de reduzir o Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) para a indústria automobilística, anunciada em dezembro e que fez com que os emplacamentos de carros novos subissem 1,9% no primeiro mês do ano em relação a dezembro de 2008. Já as maiores críticas foram para a lentidão no corte da taxa básica de juro do País.

Para o presidente do conselho administrativo do Grupo Pão de Açúcar, Abílio Diniz, o Estado não é responsável pela crise e mesmo assim está agindo "com extrema serenidade e muito acerto". "O governo está atento, fazendo a sua parte. É preciso coragem de baixar firmemente a taxa de juros. É uma arma que temos a nosso favor, já que não há clima para inflação, nem possibilidade de danos para a macroeconomia", afirmou Diniz.

Na última reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), em janeiro, a taxa Selic foi reduzida em um ponto percentual, de 13,75% para 12,75% ao ano. Porém, o professor de economia da Universidade de Brasília (UnB) José Luiz Oreiro lembra que este corte representa uma redução de apenas 0,25 ponto percentual com relação à taxa de setembro do ano passado, quando a crise se agravou.

"Pouco antes da eclosão da crise, o Banco Central aumentou a taxa em 0,75 ponto. Foram cinco meses de demora para reduzir em termos líquidos apenas 0,25 ponto", afirmou o economista, que também sugeriu redução do intervalo de cerca de 90 dias entre as reuniões do Copom e o corte de pelo menos um 1 ponto percentual em cada reunião.

Mesmo com o corte de janeiro, a taxa de juros real continua sendo a maior do mundo, lembrou o secretário-geral da Força Sindical, João Carlos Gonçalves, o Juruna. "A redução da taxa de juro ainda é pequena, porque ela continua uma das mais altas do mundo. Falta ousadia para baixar os juros e ajudar o cidadão. A permanência da taxa de juro alta é negativa para o País em meio a crise", afirmou Juruna.

Embora aprove as ações do governo, o senador Aloízio Mercadante (PT-SP) também acredita que o patamar da Selic está muito alto. "Sempre fomos os primeiros a entrar em qualquer crise, o que não aconteceu agora. A taxa Selic ainda é muito alta, mas o governo têm tomado medidas acertadas, como o aumento do salário mínimo, mesmo com um cenário de crise. Isso ajuda a movimentar o consumo. O governo está se esforçando para manter os investimentos e o crescimento", disse.

Tributos
De acordo com o economista Fabio Pina, da Fecomercio-SP, as ações mais positivas estão relacionadas à redução de tributos para alguns segmentos, como a indústria automobilística, que recuperou parte da queda nas vendas em janeiro com a isenção do IPI para carros 1.0 l e o corte para demais motorizações. A medida vale até o final de março.

"Essas medidas não só reduziram o preço, mas anteciparam o consumo daqueles que iriam comprar no futuro, dando um prêmio por conta da insegurança. Mexe diretamente com o principal problema que é a confiança do consumidor", afirmou. Juruna destacou que um bom ritmo de vendas é garantia de emprego. "É importante porque cada emprego na montadora significa 19 na cadeia produtiva", comentou o representante da Força Sindical.

Também em dezembro, o governo decidiu cortar pela metade a alíquota do Imposto de Renda para contribuintes que ganham entre R$ 1.434 e R$ 2.150 mensais. "O salário aumentava e a tabela não se modificava. As pessoas ganhavam mais e pagavam mais impostos", apontou Juruna. Outra redução de tributos do governo foi com relação ao Imposto sobre Operações Financeiras (IOF), que caiu de 3% ao ano para 1,5%.

Crédito
Na segunda metade de 2008, o colapso de bancos nos Estados Unidos por conta da crise do subprime provocou uma forte restrição de crédito no mundo inteiro. Uma das primeiras medidas anticrise do governo teve como objetivo restabelecer a oferta, com mudanças no recolhimento dos depósitos compulsórios por parte dos bancos. Segundo o presidente do Banco Central, Henrique Meirelles, as diversas modificações liberaram US$ 99,2 bilhões aos bancos até o final de janeiro.

Além disso, o governo concedeu R$ 36 bilhões das reservas internacionais para empresas brasileiras com dívidas no exterior e uma medida provisória autorizou o Banco do Brasil e a Caixa Econômica Federal a comprar carteiras de crédito de bancos privados. Para o diretor do Departamento de Pesquisas e Estudos Econômicos da Fiesp, Paulo Francini, estas medidas foram essenciais para combater os efeitos da crise.

"A crise se desenvolve no mundo em torno do tema crédito. E o crédito reduziu-se barbaridade no mundo. Então o governo lança mão de compulsório, lança mão de reservas, de medidas que permitem aos bancos comprar carteiras de bancos. Você vai tomando várias medidas para atender às demandas e o epicentro disso é crédito", afirmou.

No entanto, Oreiro, da UnB, adverte que a liberação dos compulsórios seria mais eficiente acompanhada de redução mais agressiva da taxa básica de juro. "Uma parte do crédito voltou, depois da forte retração em outubro e novembro. O que deveria ter sido feito junto à liberação do compulsório era uma redução mais drástica da taxa de juro. Sem isso, os bancos pegam as reservas e acabam comprando títulos públicos", explicou o economista.

Na opinião de Pina, as ações de distribuição de crédito via redução do compulsório e a disposição de capital de giro para empresas foram tomadas sem um cuidado maior na operação e não tiveram muito efeito. "O BNDES tem linhas que ficam paradas quase todo o ano, agora é pior ainda. Existem os recursos, mas as empresas e os bancos estão desconfiados. É preciso fazer com que os bancos tenham interesse em emprestar", afirmou o economista da Fecomercio-SP.

Futuro
Mesmo com todas essas medidas, a crise financeira ainda gera incertezas nos setores produtivos do País. Nos últimos meses, o medo do desemprego fez os consumidores adiarem compras. Por sua vez, a queda nas vendas pode obrigar as indústrias a cortarem a produção e demitir funcionários. Contra isso, empresários sugerem redução de jornada e de salários.

"Isto está previsto em lei. A Fiesp simplesmente manteve conversações com entidades sindicais quanto à aplicação daquilo que já está previsto em lei", afirmou Francini.

Segundo a ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff, uma das medidas que assegura um nível de emprego é a manutenção de investimentos no Programa de Aceleração do Crescimento (PAC). "Estamos esperando que a dificuldade ocorra em janeiro, fevereiro e março. Estamos certos que vamos manter o nível de investimento. É isso que funciona, é isso que significa investimento público. Ele funciona como um colchão. Por isso, nós colocamos R$ 100 bilhões no BNDES e a Petrobras ampliou o seu investimento em R$ 120 bilhões", afirmou.

Na mesma linha, Pina explica que a antecipação de gastos do governo substitui parte da demanda retraída do setor privado. "Ele dá o seguinte recado: não vou estourar as contas públicas, mas concentrar em um momento em que a demanda privada está pequena. Mas o governo não tem fôlego suficiente para fazer o papel de toda demanda", ressaltou. O economista da Fecomercio lembrou que a entidade já pleiteou junto ao governo isenções para transferência de imóveis e de automóveis, além de retirar o IPVA para veículos novos.

Já Oreiro foca suas propostas na capitalização do Banco do Brasil e da Caixa Econômica Federal pelo Tesouro para atender a demanda de crédito para capital de giro e reduzir o spread. "Aumentando o empréstimo e reduzindo as taxas, os dois vão forçar os bancos privados a acompanhar o movimento, até para não perderem participação no mercado", explicou o economista da UnB.

Até o Carnaval, o governou prometeu detalhar um pacote de incentivos para a construção de até um milhão de casas populares, direcionado a famílias com renda de até dez salários mínimos. "Estamos atentos a tudo o que está acontecendo e novas medidas serão tomadas caso haja uma avaliação de que sejam necessárias", disse o ministro da Fazenda, Guido Mantega, na última sexta-feira.

17:11
Anónimo disse...
Ex-ministro critica extensão do seguro-desemprego

Atualizada às 09h03

O ex-ministro do Trabalho Almir Pazzianotto criticou a decisão do governo federal de conceder o seguro-desemprego estendido a apenas alguns setores. "É certamente odioso e provavelmente inconstitucional", disse Pazzianotto, de acordo com o jornal O Estado de S. Paulo.

Na última qurta, dia do anúncio da medida, centrais sindicais elogiaram a atitude do governo. A Força Sindical divulgou nota dizendo que "o aumento ajudará a aquecer parte da economia, já que irá gerar mais consumo, produção e conseqüentemente, a criação de novos postos de trabalho". A União Geral dos Trabalhadores (UGT) afirmou que a medida "contribuirá para minimizar o drama dos trabalhadores que perderem seu emprego por conta da crise".

O ex-ministro, que instituiu o seguro-desemprego no País no governo de José Sarney, destacou a necessidade de as centrais sindicais se manifestarem contra a determinação. Para ele, as mudanças devem ser aplicadas a todas as categorias profissionais e a distinção é contrária ao artigo 3º da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT).

Pazzianotto atribui a medida a um possível temor do governo de que a crise econômica seja longa e não haja dinheiro para atender a todas as necessidades. Ainda assim, ele se mostra contrário ao método de concessão. "O seguro-desemprego ajuda a sanar necessidades básicas. Estendê-lo é paliativo, não a solução", disse ao jornal.

De acordo com o presidente do Conselho Deliberativo do Fundo de Amparo ao Trabalhador (Codefat) e conselheiro da Força Sindical, Luiz Fernando Emediato, a determinação já estava prevista na lei 8.900/94, que trata do seguro-desemprego.

O presidente da Comissão de Trabalho da Câmara, Pedro Fernandes (PTB-MA) vai além na crítica à concessão do seguro para apenas alguns setores. Ele acredita que a ampliação do benefício estimula o desemprego.

Quintino Severo, secretário geral da Central Única dos Trabalhadores (CUT), lembra que a ampliação do benefício sem critério e identificação pode incentivar demissões em outros setores.

17:13
Anónimo disse...
Empresas
TAM faz promoção para destinos internacionais

A companhia aérea TAM anunciou nesta sexta-feira tarifas promocionais para trechos internacionais. Os preços valem para bilhetes comprados entre 6h deste sábado e 23h59 deste domingo e são válidos para classe econômica. As tarifas, para ida e volta, serão vendidas a partir de US$ 99, mais taxas.

Segundo a aérea, a promoção vale para viagens feitas no período de 14 de fevereiro a 18 de junho de 2009. Para destinos na América do Sul, a permanência mínima é de dois dias; para bilhetes com destino nos Estados Unidos, cinco dias; e Europa, sete dias. A permanência máxima para as passagens para América do Sul e EUA é de dois meses e para Europa, três meses.

Entre os exemplos de tarifas promocionais, a TAM oferece São Paulo-Lima por US$ 99. Bilhetes para a rota São Paulo-Santiago serão vendidos a partir de US$ 199 e São Paulo-Nova York, US$ 799.

A emissão dos bilhetes deve ser feita obrigatoriamente no ato da reserva, obedecendo às regras estipuladas pela companhia. A compra está sujeita à disponibilidade de assentos nas classes tarifárias determinadas, trechos, horários e datas. A TAM afirmou que também há tarifas promocionais para a classe executiva.

Mais informações podem ser encontradas no site promocional (www.ofertastam.com.br), no site da empresa (www.tam.com.br) ou pelos telefones 4002-5700 ou 0800 5705700.

17:13
Anónimo disse...
Empresas
Consultoria negocia compra do parque temático Hopi Hari

A consultoria especializada em reestruturação de empresas Íntegra Associados informou nesta sexta-feira ter um acordo para comprar o parque de diversões Hopi Hari, localizado no interior de São Paulo. A empresa estaria disposta a investir R$ 10 milhões no parque, que tem dívida estimada em R$ 800 milhões. As informações são da edição deste sábado do jornal Folha de S. Paulo.

De acordo com o jornal, a transação ainda depende da negociação entre o Hopi Hari e seus credores, o que já estaria em andamento.

A consultoria paulista já atuou junto à Parmalat, durante 30 meses, quando reorganizou a gestão da empresa italiana.

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17:14
Anónimo disse...
Empresas
Disney de Tóquio contratará mais 2 mil apesar da crise


A Oriental Land, o operador da Disneylândia Tóquio e DisneySea, organizou neste domingo entrevistas para contratar cerca de 2 mil trabalhadores em tempo parcial, em um momento de grandes demissões deste tipo de empregados no Japão.

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O operador deste parque temático, situado em Urayasu, na província de Chiba (leste de Tóquio), está em pleno processo de seleção de empregados para 20 tipos de postos trabalhistas diferentes.

Segundo a companhia, citada pela agência local de notícias Kyodo, o parque contratará novos trabalhadores para as atrações, para os restaurantes e guardas de segurança entre outros. Os novos contratados começarão a trabalhar a partir de fevereiro.

O processo de seleção acontece em um momento em que a maioria das grandes companhias japonesas começaram a se ver obrigadas a despedir uma elevada percentagem de seus trabalhadores temporários e a tempo parcial.

Algumas inclusive anunciaram demissões de seus trabalhadores fixos, uma medida muito pouco comum nas companhias japonesas, perante os efeitos piores que o esperado pela crise econômica global.

Cerca de uma centena de pessoas esperavam desde a primeira hora desta manhã a abertura do centro de conferências Tokyo International Forum, onde as entrevistas estão sendo feitas, para ser os primeiros a solicitar os postos de trabalho.


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17:15
Anónimo disse...
Economia Internacional
Senado dos EUA aprova plano de estímulo à economia

O Senado dos Estados Unidos aprovou com 60 votos a favor e 38 contra o plano de estímulo à economia de US$ 787 bilhões na madrugada deste sábado. Agora, ele segue para sanção ou veto do presidente Barack Obama, que espera colocar a lei em prática até o dia 16 de fevereiro.

O plano prevê a criação de três milhões de empregos, inclui cortes de impostos às famílias, fundos para programas sociais e obras públicas, além de ajuda aos governos estaduais, estudantes e desempregados.

A cláusula Buy American - que exige o uso de ferro, aço e produtos manufaturados dos Estados Unidos em obras realizadas com recursos do pacote - ficou de lado. Segundo o texto definitivo, a cláusula será aplicada sem violar as normas do comércio internacional.

Ontem à tarde, a Câmara de Representantes (deputados) havia aprovado, por 246 votos a favor e 183 contra, a versão final do plano. Todos os republicanos foram contrários ao pacote.

Pelo acordo de quarta-feira entre Câmara e Senado, em vez de custar US$ 819 bilhões, como queriam os deputados, ou US$ 838 bilhões como pretendiam os senadores, o pacote ficou em cerca de US$ 787 bilhões, com 65% desse total destinado a gastos do governo federal e 35%, a créditos tributários.

17:16
Anónimo disse...
Economia nacional
Na era Lula, aposentadoria sobe 54% menos que salário mínimo

Thatiane Faria
Especial para o Terra
Direto de São Paulo

Os índices de reajustes concedidos pelo governo em 2009 para aposentados e pensionistas e para o salário mínimo repetiram uma diferença que, só durante o governo de Luiz Inácio Lula da Silva, já chega a 54%. Enquanto o mínimo foi majorado em 12% este ano, as pensões e aposentadorias tiveram aumento de 5,92%. Aposentados que têm o benefício do governo como única fonte de renda reclamam que perdem poder de compra e que sua cesta de compras é composta por itens que aumentam mais em relação à inflação oficial.

Um exemplo prático pode ser entendido a partir da comparação entre um aposentado que ganhava R$ 600 em janeiro de 2003. Na época, o benefício era três vezes, ou 200%, maior que o valor do mínimo em vigência, que era de R$ 200. Aplicando-se os índices de reajuste para aposentadorias e para o mínimo durante os últimos seis anos, o mesmo aposentado estaria recebendo hoje R$ 938,47, comparado a um salário mínimo de R$ 465. A diferença entre os dois valores caiu para pouco mais de 100%.

Enquanto o índice acumulado de reajuste para a aposentadoria durante o governo Lula foi de 60%, para o salário mínimo está em 132%.

O diretor do Sindicato Nacional dos Aposentados, João Inocentini, reclama que os valores dos benefícios para aposentadorias não mantêm o poder de compra do grupo, principalmente dos aposentados que recebem menos que dez salários mínimos.

Nem mesmo o fato de o índice de reajuste das aposentadorias ter ficado acima da inflação acumulada no mesmo período (o IPCA entre janeiro de 2003 e janeiro de 2009 foi de 39,7%) serve de argumento, segundo os aposentados.

"Os idosos, principalmente, têm gastos além das contas gerais como gás, telefone e aluguel. Para eles o custo com remédios, e outros itens da área saúde costuma ser maior", afirmou Inocentini.

O presidente do sindicato afirmou que o grupo realiza um estudo com 100 itens de necessidade de um idoso para comparar o aumento dos produtos com o índice de reajuste do benefício recebido pelos aposentados.

"Daqui dois meses vamos abrir um processo na Justiça e levar essa pesquisa como prova. Segundo a lei, o governo é obrigado a manter o poder de compra com a aposentadoria", disse Inocentini.

Alternativas
O consultor financeiro Cláudio Boriola diz que os aposentados, especialmente nesse momento de crise econômica, devem evitar compras parceladas, pesquisar preços, negociar e fazer bom planejamento financeiro.

Segundo Boriola, alguns aposentados ganham um valor mensal muitas vezes insuficiente para o pagamento das contas e acabam pedindo crédito ou realizando pagamentos a prazo e são obrigados a pagar juros altos.

Na opinião do consultor, pagar uma previdência privada é uma alternativa indicada para quem ainda trabalha, considerando a característica de perda de poder de compra da aposentadoria.

"Na prática, infelizmente os valores encontram-se em um patamar que está deteriorando o poder de aquisição da população brasileira", completou Boriola.

De acordo com o diretor da Confederação Brasileira de Aposentados e Pensionistas (Cobap), Vicente Fernandes Barbosa, representantes dos aposentados tentarão um encontro com o presidente da Câmara, deputado Michel Temer (PMDB-SP), para discutir projetos que minimizem a perda dos aposentados

17:17
Anónimo disse...
Previdência
Previdência prorroga isenção de tarifas no benefício

O atual sistema de pagamento aos 26 milhões de aposentados e pensionistas do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) será mantido até o final deste ano. O acordo, que permite realizar a operação sem nenhum custo aos beneficiários, foi renovado nesta sexta-feira, entre o governo federal e 21 instituições financeiras.

Por meio desse acordo, vigente desde setembro de 2007, nem os segurados, nem os bancos e nem o governo arcam com o pagamento de tarifas, conforme explicou o ministro da Previdência Social, José Pimentel. A prorrogação vale até dezembro, data máxima para que a Previdência defina as regras para um novo contrato.

Ao assinar o termo de renovação, na sede da Federação Brasileira dos Bancos (Febraban), o ministro disse que a intenção do governo é mudar o atual modelo de gestão visando a reduzir os custos dessas operações em torno da folha mensal, que atinge R$ 15,8 bilhões. No entanto, qualquer alteração, conforme explicou, passará antes por audiências públicas a serem realizadas a partir do segundo semestre deste ano, atendendo a determinação do Tribunal de Contas da União (TCU).

De acordo com Pimentel, com um redesenho do mecanismo de repasse dos recursos aos bancos em torno da folha de pagamento dos segurados o que se busca é um aumento da participação de instituições financeiras. Ele informou que, desde 2007, cada benefício custa em média R$ 1,07 ao governo. "Quanto mais instituições financeiras estiverem prestando serviços à sociedade, maior é a competitividade, a agilidade no atendimento", justificou.

O ministro observou, ainda, que, para permitir uma redução para algo em torno de meia hora no tempo de atendimento para a concessão dos direitos previdenciários, o governo investiu R$ 280 milhões.

Questionado sobre o descontentamento dos segurados que ganham acima de um salário mínimo terem obtido apenas a correção com base na variação do Índice de Preços ao Consumidor (INPC) , ficando abaixo do reajuste dado a quem recebe apenas o mínimo, Pimentel argumentou que o governo seguiu o que determina a lei e descartou a possibilidade de uma revisão

17:17
Anónimo disse...
Empresas
Caterpillar oferece aposentadoria antecipada a 2 mil


A companhia americana Caterpillar ofereceu a cerca de dois mil funcionários incentivos para que se aposentem de forma voluntária antes do previsto, pela perspectiva de uma queda "significativa" da atividade industrial, informou nesta quarta-feira a empresa.

A iniciativa, destinada aos trabalhadores de diversas fábricas em Illinois, Colorado, Tennessee e Pensilvânia, se soma aos cortes de empregos anunciados em janeiro, explicou em comunicado de imprensa.

A empresa, a maior fabricante mundial de maquinaria pesada para a construção e a mineração, acrescentou que, "em função das condições de negócio, podem ser necessárias mais reduções de elenco voluntárias e involuntárias à medida que o ano avança".

O vice-presidente da companhia, Sid Banwart, explicou que a empresa prevê "demissões significativas em todas as regiões geográficas e na maioria dos setores devido às dificuldades da economia mundial".

17:18
Anónimo disse...
Comércio
Comércio exterior da OCDE caiu no 3º trimestre de 2008


As exportações e as importações dos países da Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Econômico (OCDE) caíram 1,6% e 0,2%, respectivamente, no terceiro trimestre de 2008, em relação aos três meses anteriores.

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Trata-se da primeira queda destas atividades desde o terceiro trimestre de 2006, segundo o último relatório trimestral sobre fluxos comerciais divulgado pela OCDE.

As exportações e as importações em dólares dos 30 Estados-membros caíram 15,6% e 17%, respectivamente, na comparação anualizada.

Por sua vez, o comércio dos sete países mais ricos do mundo (G7) teve um pequeno crescimento no terceiro trimestre de 2008 com uma queda das exportações de mercadorias de 0,2% em relação ao trimestre anterior e um aumento de 0,4% das importações.

Em termos anualizados, as importações do G7 caíram 1,4% entre julho e setembro do ano passado, seu primeiro retrocesso desde o terceiro trimestre de 2006, enquanto as exportações aumentaram 1,9%, seu crescimento mais baixo no mesmo tempo.

Por países, a Alemanha aumentou suas importações em 3,4% - valor mais alto do G7 -, enquanto suas exportações caíram 2,9% do segundo para o terceiro trimestre de 2008.

Pelo contrário, as exportações americanas aumentaram 1,8% entre julho e setembro de 2008, enquanto as importações caíram 0,7% em relação ao trimestre anterior. No Japão, tanto as importações quanto as exportações caíram em torno de 1% no mesmo período.

17:19
Anónimo disse...
Economia Nacional
Lula: juros de crédito consignado a aposentados são altos

Atualizada às 17h29

O presidente Luis Inácio Lula da Silva afirmou nesta terça-feira, em São Paulo, que está lutando para reduzir as taxas de juros cobradas de aposentados em crédito consignado. A Previdência Social estabelece uma taxa máxima de 2,5% para empréstimo e de 3,5% para cartão. Para Lula, os valores são altos.

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"Acho que o juro que os aposentados estão pagando hoje com o crédito consignado é alto para o padrão brasileiro", disse o presidente durante a cerimônia de comemoração dos 86 anos do INSS.

A Previdência anunciou nesta terça-feira que aposentados e trabalhadoras com licença-maternidade poderão receber seus benefícios em 30 minutos. De acordo com Lula, em junho, a aposentadoria do trabalhador rural também será conseguida em meia hora.

Além disso, o presidente anunciou que, também em junho, os trabalhadores que alcançarem o direito à aposentadoria passarão a receber em suas casas um comunicado da Previdência informando o fato e o valor do salário que têm direito a receber. "É um comprometimento público que estou fazendo com os companheiros da Previdência Social", disse.

"Estamos retribuindo ao contribuinte da Previdência Social aquilo que é a cidadania que ele tem direito", afirmou Lula. "Se para cobrar nós somos tão precisos, para devolver o dinheiro, temos que chegar próximo à perfeição", completou.

17:20
Anónimo disse...
Economia Nacional
Salário maternidade sairá em 30 minutos, diz ministro

Toda trabalhadora autônoma que tiver contribuído pelo menos 10 meses com o Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) - ou as que possuírem carteira assinada - poderão receber em 30 minutos o salário maternidade a partir desta terça-feira. Da mesma forma, as mulheres com 30 anos de contribuição e os homens com 35 anos também terão direito ao benefício de forma mais rápida. A informação é do ministro da Previdência Social, José Pimentel.

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Para requerer o salário maternidade, é preciso que as autônomas levem a carteira de identidade e o carnê de contribuição. As demais trabalhadoras devem apresentar a identificação e a carteira de trabalho. Desde o início do mês, a nova forma de análise para a concessão de benefícios foi adotada para a aposentadoria por idade do trabalhador urbano e agora foi estendida para o salário maternidade e por tempo de contribuição.

O ministro disse que a qualificação do serviço da previdência social é o reconhecimento do direito dos trabalhadores e da afirmação da cidadania.

"Até pouco tempo na cabeça do cidadão o serviço devia ser de péssima qualidade. Agora não, nós modificamos toda a legislação no mês de dezembro numa ação conjunta do Congresso Nacional com o governo federal. Estamos implantando e concedendo os benefícios em até 30 minutos", afirmou.

O ministro destacou que para conseguir se aposentar ou ter acesso à licença maternidade em 30 minutos, em primeiro lugar, é necessário que o cidadão esteja vinculado à Previdência, o que inclui 65% da população acima de 16 anos de idade.

"Depois bastar marcar pelo sistema 135 o dia e a hora do atendimento e levar a documentação. Se todos os dados necessários estiverem corretos o contribuinte será atendido em até 30 minutos, como vem sendo feito com as aposentadorias por idade desde o dia cinco de janeiro", explicou.

Pimentel disse ainda que em 90% das agências da previdência social o atendimento é marcado em até 48 horas. Nos grandes centros, entretanto existe um volume maior o que torna mais lento o processo.

"Estamos criando mais 715 agências até 2010, em todo o território nacional, para descentralizar o atendimento. Em 2008, atendemos 295 mil benefícios e aposentadorias por idade. Temos 4 mil pessoas por dia procurando e se aposentando por idade no território nacional. Este serviço será agilizado", concluiu.
17:27
Anónimo disse...
Giuseppe Englaro, pai de Eluana, a italiana que morreu na segunda-feira passada por desidratação, recusou uma grande soma de dinheiro de um conhecido fotógrafo italiano que queria retratar a filha em estado de coma, disse neste sábado o neurologista que atendia a mulher desde 1996, Carlo Defanti.

O neurologista, que participou hoje de uma conferência sobre eutanásia, disse que Englaro respeitou a vontade da filha, que, antes do acidente, tinha pedido que, se lhe ocorresse qualquer coisa irreversível, apresentasse sua imagem de quando estava em boas condições.

Antes de sofrer o acidente de trânsito, em 1992, Eluana viveu o coma de um amigo, Alessandro, o que causou forte impacto na italiana e a levou a fazer o pai prometer que não a deixasse viver em estado vegetativo, disse o próprio Giuseppe Englaro.

Defanti, que dissera que Eluana poderia viver de dez a 12 dias depois da suspensão da alimentação e da hidratação, disse que, como médico, tinha que reprovar esta afirmação.

"Não se pode sobreviver após três ou quatro dias sem líquido e, em particular, água em um corpo. Sabemos bem que, quando há um terremoto, após quatro dias é difícil encontrar sobreviventes".

Defanti ressaltou que Eluana "não falava, não se comunicava com o exterior" e que, após vários exames, "nos deparamos com uma moça que tinha perdido a consciência", porque estava com o córtex cerebral prejudicado.

Eluana foi enterrada na quinta-feira passada no túmulo da família na localidade de Paluzza, em Udine, após um funeral que não contou com a presença dos pais.

16:53
Anónimo disse...
Os bombeiros combatem neste sábado os incêndios na Austrália favorecidos pelo bom tempo, enquanto os deslocados encotram em seu retorno casas derruídas, carros queimados nas ruas e destruição.

Depois de sete dias desde que começaram os incêndios no Estado de Victoria, a lista de mortos chega a 181, os desaparecidos somam 50, os edifícios destruídos totalizam 1,834 mil e o terreno arrasado, principalmente florestas, ocupa uma área de 4,13 mil quilômetros quadrados.

As equipes de bombeiros, formadas por 4 mil profissionais de Victoria, de outras partes da Austrália e de países amigos, combateram hoje 12 focos fora de controle e nenhum representava uma ameaça direta para a população.

O subdiretor do Serviço de Bombeiros, Geoff Conway, disse que este tempo favorável, que se prolongará durante o domingo, permite consolidar as linhas de contenção e avançar na extinção das chamas.

Cinzas apareceram arrastadas por ventos do nordeste sobre Melbourne, onde habitam 3,8 milhões de pessoas, e as autoridades alertaram aos cidadãos do risco para a saúde de idosos, crianças e pessoas com problemas respiratórios.

O número de pessoas deslocadas - a Cruz Vermelha chegou a receber 7 mil - começou a cair com a abertura de algumas localidades atingidas.

Os incêndios, alguns criminosos, começaram em 7 de fevereiro, quando a região sul da Austrália estava há duas semanas sob uma onda de calor sem precedentes.

Na sexta-feira passada, a polícia acusou uma pessoa de ter provocado o incêndio que atingiu a localidade de Churchill e matou 21 pessoas.

16:55
Anónimo disse...
A primeira chuva em seis dias reduziu a ameaça de incêndios no Estado de Victoria, ao sul da Austrália. As autoridades, porém, advertiram que ainda existem 12 focos, mas que nenhum deles ameaça áreas povoadas.

Mais de quatro mil bombeiros, mil provenientes de outras partes do país e de outras nações, trabalham contra o fogo. Cerca de 600 veículos e 28 helicópteros e pequenos aviões estão sendo usados.


Eles conseguiram construir linhas de contenção para evitar os incêndios de Yarra e Maroondah se juntassem. Também foram controlados os incêndios abertos de Yea e Murrindindi, que ameaçavam as comunidades de Connellys Creek, Crystal Creek, Scrubby Creek e Native Dog Creek.

O número de mortos chegou a 181, mas as autoridades acreditam que as vítimas devem passar de 200, já que ainda há muitos desaparecidos.

16:55
Anónimo disse...
Aqui nesta coluna, na semana passada, tive a oportunidade de comentar sobre a recente visita do professor brasileiro Pedrinho Guareschi à Austrália. Não dei, porém, os fatos, pois semana passada o assunto era outro.

Hoje, porém, vamos a eles.

No último dia 4 de fevereiro, aconteceu o Seminário "Paulo Freire: Education and Liberation", organizado pelo centro de estudos latino-americanos da Universidade Nacional da Austrália, ou ANU, como é mais conhecida por aqui.

A ANU, para quem não sabe, está entre as 20 melhores universidades do mundo! E tem sede aqui em Camberra, capital da Austrália.

Na abertura do evento, o professor John Minns, diretor do centro latino-americano, ao dar boas-vindas ao público presente, lembrou ser aquele o primeiro seminário exclusivamente dedicado a Paulo Freire na Austrália.

Em seguida, convidou Pedrinho Guareschi, palestrante principal do Seminário, a fazer sua apresentação.

A plateia pode então conhecer, pelas palavras de Pedrinho, um pouco da obra e da vida de Freire, esse brasileiro de fé e valor, que sempre acreditou na educação, sobretudo dos menos favorecidos, analfabetos, como força libertadora.

Como não podia deixar de ser, os conceitos e ideias revolucionários de Paulo Freire, expostos com clareza por Pedrinho, despertaram o interesse e a curiosidade de plateia. A qual, deve-se notar, era na maioria de estudantes, mas de várias nacionalidades, sobretudo australianos e asiáticos.

Na continuação do programa do seminário, que se estendeu por dois dias, outros professores fizeram palestras sobre temas ligados à obra de Paulo Freire.

Interessante, por exemplo, saber que a professora Anne Hickling-Hudson, jamaicana que mora na Austrália há muitos anos (é professora da ANU), conheceu e trabalhou com Freire num workshop educacional durante a revolução na Ilha de Granada, em 1980, antes da invasão dos Estados Unidos...

Ou, então, a palestra da Professora Gerda Roelvink, da Nova Zelândia, que participou do Fórum Social de Porto Alegre em 2005. E essa participação transformou-se em tema de doutorado.

No dia 10, terça-feira passada, o padre Pedrinho Guareschi voltou a falar ao público australiano em grande auditório localizado no belíssimo campus da ANU. Desta vez, sobre a Teologia da Libertação.

Depois da palestra, John Minns mostrou o filme mexicano "O Crime do Padre Amaro", no qual um dos personagens é um padre católico praticante da Teologia da Libertação.

Mais uma vez, foi grande o intersse da platéia, que pode aprender e conhecer um pouco como se desenvolveu aquele importante movimento católico na América Latina.

Fica, assim, ao Pedrinho, bem como a outros brasileiros estudiosos e de bom coração que saem pelo mundo a divulgar aspectos importantes da cultura brasileira, o respeito e a homenagem desta coluna. E... aquele abraço!

16:57
Anónimo disse...
Amanda Kitts perdeu o braço esquerdo em um acidente de automóvel acontecido três anos atrás, mas hoje em dia ela joga futebol americano com seu filho de 12 anos de idade, troca fraldas e abraça as crianças nas três creches Kiddie Cottage que opera em Knoxville, Tennessee. Kitts, 40 anos, faz tudo isso com a ajuda de um novo tipo de braço artificial que se movimenta com mais facilidade do que outros aparelhos e que ela pode controlar utilizando apenas seus pensamentos.

"Eu sou capaz de mexer a mão, o pulso e o cotovelo ao mesmo tempo", diz. "Você pensa e os músculos se movem em seguida".

A recuperação que ela conseguiu resulta de um novo procedimento que vem atraindo crescente atenção porque permite que pessoas movam braços protéticos de forma mais automática do que faziam no passado, simplesmente utilizando nervos reaproveitados em seus cérebros.

A técnica, conhecida como "renervação muscular dirigida", envolve utilizar os nervos que restam depois da amputação de um braço e conectá-los a outro músculo do corpo, em geral no peito. Eletrodos são instalados sobre os músculos do peito, e operam como se fossem antenas. Quando a pessoa deseja mover o braço, o cérebro envia sinais que primeiro resultam em contração dos músculos do peito, os quais enviam um sinal ao braço protético, instruindo-se a se movimentar. O processo não requer mais esforços consciente do que a pessoa teria de exercitar caso ainda tivesse seu braço natural.

Na terça-feira, pesquisadores reportaram em estudo publicado pela versão online do Journal of the American Medical Association que haviam levado a técnica ainda mais à frente, tornando possível a execução de 10 movimentos de mão, pulso e cotovelo diferentes, o que representa uma substancial melhora com relação ao típico repertório protético, que em geral envolve apenas dobrar o cotovelo, girar o pulso e abrir a mão.

"Os novos métodos tiveram impacto dramático em nosso campo de trabalho", disse Stuart Harshbarger, engenheiro biomédico na Universidade Johns Hopkins e diretor do programa de pesquisa sobre próteses, financiado pelas forças armadas, que inclui o trabalho com essa técnica. "O método já está em uso por médicos e cirurgiões comuns em todo o país. A capacidade de controlar um membro protético bastante robusto que ele confere surpreendeu a todos pela qualidade".

Tipicamente, uma pessoa que tenha um braço protético só é capaz de executar alguns poucos movimentos, e muitas vezes com tamanha lentidão que isso só permite a ela atividades limitadas.

Há um motor separado para cada movimento, diz Gerald Loeb, professor de engenharia biomédica na Universidade do Sul da Califórnia, "e esses motores precisam ser controlados de maneira explícita", usualmente por um esforço consciente da pessoa para contrair músculos nas costas ou no bíceps.

"Essencialmente, até agora os pacientes controlavam apenas um motor de cada vez", diz Loeb, "e precisavam pensar cuidadosamente sobre que motor desejavam controlar e como fazê-lo operar, em lugar de simplesmente pensarem em mover o braço e poderem fazê-lo sem delongas".

Antes que Kitts passasse pelo procedimento de renervação, em outubro de 2007, por exemplo, ela precisava movimentar os músculos de suas costas de determinada maneira para fazer com que seu pulso girasse, e flexionar seu bíceps e tríceps para fazer com que o cotovelo se movesse para cima e para baixo. "Era muito trabalho", ela conta. "E não me ajudava muito".

O procedimento de renervação é parte de uma recente explosão de idéias novas e técnicas inovadoras que estão sendo exploradas enquanto os cientistas se esforçam por ajudar as pessoas a compensar melhor a perda de membros ou problemas de paralisia. O esforço vem sendo alimentado pelo aumento no número de amputações causado por diabetes e por ferimentos sofridos pelos militares, e ao mesmo tempo pelos avanços na tecnologia médica.

Os braços se tornaram um dos focos essenciais desse tipo de trabalho. A ciência há muito vem obtendo sucessos no desenvolvimento de próteses de perna, mas é muito mais difícil imitar a complexidade e a destreza das mãos e dos braços.

Os esforços em curso incluem o desenvolvimento de projetos de pele e braços mais sensíveis e mais flexíveis, e o uso de dispositivos acionados por controles sem fio implantado nos braços protéticos, que permitiriam movimentos mais naturais.

Os pesquisadores também vêm usando sensores implantados nos cérebros de cobaias para permitir que dois macacos controlem um braço mecânico, e um teste com um homem paralítico permitiu, com esse método, que ele movimentasse um cursor em uma tela de computador.

Alguns desses métodos, caso venham a ser aperfeiçoados plenamente e consigam aprovação das autoridades regulatórias da saúde, podem no futuro se tornar mais viáveis para os pacientes de amputações.

E embora a técnica da renervação não requeira aprovação das autoridades regulatórias porque é executada por meios cirúrgicos e emprega aparelhos já existentes, ela apresenta limitações que até mesmo seus criadores reconhecem, entre as quais o fato de que não se pode utilizá-la para todos os pacientes, o seu alto custo e o prazo de meses requerido para que os nervos reconectados cresçam e se tornem efetivos.

Ainda assim, os especialistas dizem que é o mais avançado sistema em uso hoje para pacientes reais que permite que o sistema nervoso controle diretamente o movimento de um braço artificial.

Desde sua introdução por Todd Kuiken, médico fisioterapeuta e engenheiro biomédico do Instituto de Reabilitação de Chicago, o método foi empregado em cerca de 30 pacientes nos Estados Unidos, Canadá e Europa, entre os quais oito soldados feridos no Iraque e no Afeganistão.

Muitos dos pacientes, entre os quais o primeiro, Jesse Sullivan, um operário do setor elétrico no Tennessee que perdeu os dois braços quando foi eletrocutado por um cabo, conseguem não apenas manipular seus braços protéticos mas sentir a presença das mãos que já não têm quando alguém toca em seus peitos.

Sullivan, 62 anos, e Kitts, estavam entre os cinco pacientes que participaram do estudo reportado na terça-feira. Em companhia de cinco outras pessoas que não passaram por amputações, eles receberam os eletrodos e foram instruídos a usar pensamentos para fazer com que um braço virtual na tela reproduzisse 10 movimentos diferentes, entre os quais três formas diferentes de aperto de mão.

Os pacientes apresentaram desempenho bastante respeitável, apenas um pouco mais lento e menos preciso do que os dos participantes que não tinham amputações.

"As velocidades de movimento que encontramos em nossos pacientes foram realmente encorajadoras", disse Kuiken. "Eles conseguiram completar a tarefa. É claro que não foram tão competentes quanto as pessoas dotadas de plena capacidade física, mas foram bons o bastante".

Um braço virtual foi usado porque a maioria das próteses existentes não era capaz de acomodar todos aqueles movimentos, no momento da pesquisa, ainda que Sullivan, Kitts e uma terceira paciente, Claudia Mitchell, tenham experimentado dois novos protótipos mais versáteis de braços artificiais, executando tarefas complexas com bolas de tênis e outros objetos.

O trabalho de renervação em soldados apresenta outros desafios, diz Kuiken, porque os ferimentos militares muitas vezes "causam danos muitos extensos" a nervos, músculos ou ossos.

Daniel Acosta, 25 anos, um aviador ferido pela detonação de uma bomba em uma estrada do Iraque em 2005, passou pelo procedimento no ano passado e diz que seu braço esquerdo protético agora se movimenta "muito mais rápido" e de maneira muito mais natural.

"A diferença é que agora não preciso mais pensar para mover o braço", ele diz. "Ele simplesmente se mexe".

Ainda assim, Acosta, de San Antonio, diz que "o processo foi bastante longo" e que os eletrodos precisam ser ajustados para receber os sinais à medida que os nervos crescem ou mudam de posição.

E embora elogiem o método, os especialistas afirmam que a ciência das próteses de braço ainda tem muito por avançar.

"Trata-se de uma parte crucial, mas ainda assim apenas uma parte, das muitas coisas que compreendem a função normal de um braço", disse Loeb, que escreveu um editorial que acompanha o artigo no Journal of the American Medical Association.

"No momento estamos a meio do caminho entre o braço de 'Dr. Fantástico', que fazia involuntariamente a saudação nazista, e o braço de Luke Skywalker em 'Guerra nas Estrelas', que funciona sem nenhum problema assim que é conectado. Creio que precisaremos ainda de muitos anos para conectar todas as peças necessárias a produzir um braço capaz de funcionar normalmente".

17:04
Anónimo disse...
A Espanha disse neste sábado que está preparando uma reclamação oficial contra a decisão da Venezuela de expulsar um membro do Parlamento Europeu que criticou o conselho eleitoral venezuelano.
Luis Herrero, membro do partido conservador espanhol PP, foi deportado na sexta-feira depois que o Conselho Nacional Eleitoral (CNE) o acusou de questionar a imparcialidade da instituição antes de um referendo que pode permitir ao presidente Hugo Chávez permanecer no cargo indefinidamente.

Herrero estava na Venezuela como observador do referendo. Ele acusou Chávez de ter "comportamentos típicos de um ditador" por pedir a contenção de manifestações da oposição.

O governo da Espanha convocou um encontro com o embaixador da Venezuela em Madri para expressar a desaprovação sobre a expulsão de Herrero, disse um representante do Ministério das Relações Exteriores espanhol.

As relações da Venezuela com a Espanha tiveram seu ponto crítico em 2007, quando Chávez ameaçou rever acordos diplomáticos e comerciais depois de ouvir um "cala a boca" do rei espanhol Juan Carlos durante uma cúpula.

A fenda foi oficialmente reparada em 2008, com uma visita oficial de Chávez à Espanha, onde ele cumprimentou o rei e discutiu acordos para investimento no setor petroquímico com o primeiro-ministro José Luis Rodriguez Zapatero.

17:06
Anónimo disse...
A polícia do Zimbábue anunciou neste sábado que acusa de traição Roy Bennett, dirigente do até agora opositor Movimento para a Mudança Democrática (MDC), detido na sexta-feira, em Harare, poucas horas antes da cerimônia de posse dos membros do novo gabinete.

"A Polícia nos informou que vão apresentar acusações de traição", disse à agência EFE o advogado de defesa de Bennett, Trust Maanda.

"Tentam relacionar Roy com o caso de Mike Hitschmann, que foi detido em 2006 em relação à descoberta de um carregamento de armas, apesar de que Hitschmann não tenha sido declarado culpado das acusações de traição apresentadas contra ele, mas de um crime menor de descumprimento de leis", disse Maanda.

O político opositor, designado por seu partido como vice-ministro de Agricultura no Governo de união nacional, esteve no exílio na vizinha África do Sul desde 2006 e retornou ao Zimbábue há duas semanas.

Segundo a Polícia, que deteve Bennett ontem no aeroporto de Harare quando pretendia ir à África do Sul para visitar sua família, as armas apreendidas em 2006 seriam utilizadas em um golpe de Estado para derrubar o presidente do Zimbábue, Robert Mugabe.

Depois da detenção, Bennet foi levado a Mutar, onde vários simpatizantes do MDC se concentraram em frente à delegacia na qual estava detido, diante do que a Polícia respondeu com tiros para o alto para dispersar os manifestantes.

17:07
Anónimo disse...
Austrália: 14 mil se candidatam a 'emprego dos sonhos'

A secretaria de Turismo de Queensland, na Austrália, informou que até esta segunda-feira já recebeu cerca de 14 mil inscrições para o "o melhor emprego do mundo". O Estado australiano promove pela internet seleção para vaga de "zelador" da ilha Hamilton, por seis meses com um salário de R$ 40 mil.

Muitos candidatos tiveram problemas durante a inscrição por conta dos acessos simultâneos ao site. A secretaria aconselha enviar os vídeos de 60s explicando porque deve ser escolhido em horários alternativos do dia, além de recomendar tamanho em torno de 40MB.

As inscrições começaram em 12 de janeiro e vão até o próximo dia 22 e podem ser feitas pelo site www.islandreefjob.com. O governo australiano escolherá 50 candidatos para a próxima fase da seleção, que terá votos do público para eleger um dos 11 finalistas.

A última fase terá entrevistas e desafios físicos, no próprio local de trabalho: as ilhas da Grande Barreira Coralina - o maior recife de coral do mundo. A secretaria de Turismo anunciará o vencedor no dia 6 de maio.

17:09
Anónimo disse...
Mercado elogia governo na crise, mas pede maior queda no juro

Peter Fussy
Direto de São Paulo

Desde as primeiras medidas anunciadas para combater os efeitos da crise, o governo brasileiro avisou que a estratégia não contemplaria um pacote. Seriam doses pontuais, de acordo com a necessidade da economia diante do agravamento das turbulências. Da primeira liberação dos depósitos compulsórios em setembro até a ampliação do seguro-desemprego na última quarta-feira, o governo passou por redução de impostos, ampliação de crédito e incentivos à exportação. Quase 150 dias após a primeira medida, o Terra conversou com líderes do setor público e privado, representantes dos trabalhadores, acadêmicos e com o próprio governo para saber quais destas ações foram mais eficazes, quais foram mais ineficientes e o que mais pode ser feito pelo Estado brasileiro contra a crise.

Os maiores elogios foram direcionados à atitude de reduzir o Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) para a indústria automobilística, anunciada em dezembro e que fez com que os emplacamentos de carros novos subissem 1,9% no primeiro mês do ano em relação a dezembro de 2008. Já as maiores críticas foram para a lentidão no corte da taxa básica de juro do País.

Para o presidente do conselho administrativo do Grupo Pão de Açúcar, Abílio Diniz, o Estado não é responsável pela crise e mesmo assim está agindo "com extrema serenidade e muito acerto". "O governo está atento, fazendo a sua parte. É preciso coragem de baixar firmemente a taxa de juros. É uma arma que temos a nosso favor, já que não há clima para inflação, nem possibilidade de danos para a macroeconomia", afirmou Diniz.

Na última reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), em janeiro, a taxa Selic foi reduzida em um ponto percentual, de 13,75% para 12,75% ao ano. Porém, o professor de economia da Universidade de Brasília (UnB) José Luiz Oreiro lembra que este corte representa uma redução de apenas 0,25 ponto percentual com relação à taxa de setembro do ano passado, quando a crise se agravou.

"Pouco antes da eclosão da crise, o Banco Central aumentou a taxa em 0,75 ponto. Foram cinco meses de demora para reduzir em termos líquidos apenas 0,25 ponto", afirmou o economista, que também sugeriu redução do intervalo de cerca de 90 dias entre as reuniões do Copom e o corte de pelo menos um 1 ponto percentual em cada reunião.

Mesmo com o corte de janeiro, a taxa de juros real continua sendo a maior do mundo, lembrou o secretário-geral da Força Sindical, João Carlos Gonçalves, o Juruna. "A redução da taxa de juro ainda é pequena, porque ela continua uma das mais altas do mundo. Falta ousadia para baixar os juros e ajudar o cidadão. A permanência da taxa de juro alta é negativa para o País em meio a crise", afirmou Juruna.

Embora aprove as ações do governo, o senador Aloízio Mercadante (PT-SP) também acredita que o patamar da Selic está muito alto. "Sempre fomos os primeiros a entrar em qualquer crise, o que não aconteceu agora. A taxa Selic ainda é muito alta, mas o governo têm tomado medidas acertadas, como o aumento do salário mínimo, mesmo com um cenário de crise. Isso ajuda a movimentar o consumo. O governo está se esforçando para manter os investimentos e o crescimento", disse.

Tributos
De acordo com o economista Fabio Pina, da Fecomercio-SP, as ações mais positivas estão relacionadas à redução de tributos para alguns segmentos, como a indústria automobilística, que recuperou parte da queda nas vendas em janeiro com a isenção do IPI para carros 1.0 l e o corte para demais motorizações. A medida vale até o final de março.

"Essas medidas não só reduziram o preço, mas anteciparam o consumo daqueles que iriam comprar no futuro, dando um prêmio por conta da insegurança. Mexe diretamente com o principal problema que é a confiança do consumidor", afirmou. Juruna destacou que um bom ritmo de vendas é garantia de emprego. "É importante porque cada emprego na montadora significa 19 na cadeia produtiva", comentou o representante da Força Sindical.

Também em dezembro, o governo decidiu cortar pela metade a alíquota do Imposto de Renda para contribuintes que ganham entre R$ 1.434 e R$ 2.150 mensais. "O salário aumentava e a tabela não se modificava. As pessoas ganhavam mais e pagavam mais impostos", apontou Juruna. Outra redução de tributos do governo foi com relação ao Imposto sobre Operações Financeiras (IOF), que caiu de 3% ao ano para 1,5%.

Crédito
Na segunda metade de 2008, o colapso de bancos nos Estados Unidos por conta da crise do subprime provocou uma forte restrição de crédito no mundo inteiro. Uma das primeiras medidas anticrise do governo teve como objetivo restabelecer a oferta, com mudanças no recolhimento dos depósitos compulsórios por parte dos bancos. Segundo o presidente do Banco Central, Henrique Meirelles, as diversas modificações liberaram US$ 99,2 bilhões aos bancos até o final de janeiro.

Além disso, o governo concedeu R$ 36 bilhões das reservas internacionais para empresas brasileiras com dívidas no exterior e uma medida provisória autorizou o Banco do Brasil e a Caixa Econômica Federal a comprar carteiras de crédito de bancos privados. Para o diretor do Departamento de Pesquisas e Estudos Econômicos da Fiesp, Paulo Francini, estas medidas foram essenciais para combater os efeitos da crise.

"A crise se desenvolve no mundo em torno do tema crédito. E o crédito reduziu-se barbaridade no mundo. Então o governo lança mão de compulsório, lança mão de reservas, de medidas que permitem aos bancos comprar carteiras de bancos. Você vai tomando várias medidas para atender às demandas e o epicentro disso é crédito", afirmou.

No entanto, Oreiro, da UnB, adverte que a liberação dos compulsórios seria mais eficiente acompanhada de redução mais agressiva da taxa básica de juro. "Uma parte do crédito voltou, depois da forte retração em outubro e novembro. O que deveria ter sido feito junto à liberação do compulsório era uma redução mais drástica da taxa de juro. Sem isso, os bancos pegam as reservas e acabam comprando títulos públicos", explicou o economista.

Na opinião de Pina, as ações de distribuição de crédito via redução do compulsório e a disposição de capital de giro para empresas foram tomadas sem um cuidado maior na operação e não tiveram muito efeito. "O BNDES tem linhas que ficam paradas quase todo o ano, agora é pior ainda. Existem os recursos, mas as empresas e os bancos estão desconfiados. É preciso fazer com que os bancos tenham interesse em emprestar", afirmou o economista da Fecomercio-SP.

Futuro
Mesmo com todas essas medidas, a crise financeira ainda gera incertezas nos setores produtivos do País. Nos últimos meses, o medo do desemprego fez os consumidores adiarem compras. Por sua vez, a queda nas vendas pode obrigar as indústrias a cortarem a produção e demitir funcionários. Contra isso, empresários sugerem redução de jornada e de salários.

"Isto está previsto em lei. A Fiesp simplesmente manteve conversações com entidades sindicais quanto à aplicação daquilo que já está previsto em lei", afirmou Francini.

Segundo a ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff, uma das medidas que assegura um nível de emprego é a manutenção de investimentos no Programa de Aceleração do Crescimento (PAC). "Estamos esperando que a dificuldade ocorra em janeiro, fevereiro e março. Estamos certos que vamos manter o nível de investimento. É isso que funciona, é isso que significa investimento público. Ele funciona como um colchão. Por isso, nós colocamos R$ 100 bilhões no BNDES e a Petrobras ampliou o seu investimento em R$ 120 bilhões", afirmou.

Na mesma linha, Pina explica que a antecipação de gastos do governo substitui parte da demanda retraída do setor privado. "Ele dá o seguinte recado: não vou estourar as contas públicas, mas concentrar em um momento em que a demanda privada está pequena. Mas o governo não tem fôlego suficiente para fazer o papel de toda demanda", ressaltou. O economista da Fecomercio lembrou que a entidade já pleiteou junto ao governo isenções para transferência de imóveis e de automóveis, além de retirar o IPVA para veículos novos.

Já Oreiro foca suas propostas na capitalização do Banco do Brasil e da Caixa Econômica Federal pelo Tesouro para atender a demanda de crédito para capital de giro e reduzir o spread. "Aumentando o empréstimo e reduzindo as taxas, os dois vão forçar os bancos privados a acompanhar o movimento, até para não perderem participação no mercado", explicou o economista da UnB.

Até o Carnaval, o governou prometeu detalhar um pacote de incentivos para a construção de até um milhão de casas populares, direcionado a famílias com renda de até dez salários mínimos. "Estamos atentos a tudo o que está acontecendo e novas medidas serão tomadas caso haja uma avaliação de que sejam necessárias", disse o ministro da Fazenda, Guido Mantega, na última sexta-feira.

17:11
Anónimo disse...
Ex-ministro critica extensão do seguro-desemprego

Atualizada às 09h03

O ex-ministro do Trabalho Almir Pazzianotto criticou a decisão do governo federal de conceder o seguro-desemprego estendido a apenas alguns setores. "É certamente odioso e provavelmente inconstitucional", disse Pazzianotto, de acordo com o jornal O Estado de S. Paulo.

Na última qurta, dia do anúncio da medida, centrais sindicais elogiaram a atitude do governo. A Força Sindical divulgou nota dizendo que "o aumento ajudará a aquecer parte da economia, já que irá gerar mais consumo, produção e conseqüentemente, a criação de novos postos de trabalho". A União Geral dos Trabalhadores (UGT) afirmou que a medida "contribuirá para minimizar o drama dos trabalhadores que perderem seu emprego por conta da crise".

O ex-ministro, que instituiu o seguro-desemprego no País no governo de José Sarney, destacou a necessidade de as centrais sindicais se manifestarem contra a determinação. Para ele, as mudanças devem ser aplicadas a todas as categorias profissionais e a distinção é contrária ao artigo 3º da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT).

Pazzianotto atribui a medida a um possível temor do governo de que a crise econômica seja longa e não haja dinheiro para atender a todas as necessidades. Ainda assim, ele se mostra contrário ao método de concessão. "O seguro-desemprego ajuda a sanar necessidades básicas. Estendê-lo é paliativo, não a solução", disse ao jornal.

De acordo com o presidente do Conselho Deliberativo do Fundo de Amparo ao Trabalhador (Codefat) e conselheiro da Força Sindical, Luiz Fernando Emediato, a determinação já estava prevista na lei 8.900/94, que trata do seguro-desemprego.

O presidente da Comissão de Trabalho da Câmara, Pedro Fernandes (PTB-MA) vai além na crítica à concessão do seguro para apenas alguns setores. Ele acredita que a ampliação do benefício estimula o desemprego.

Quintino Severo, secretário geral da Central Única dos Trabalhadores (CUT), lembra que a ampliação do benefício sem critério e identificação pode incentivar demissões em outros setores.

17:13
Anónimo disse...
Empresas
TAM faz promoção para destinos internacionais

A companhia aérea TAM anunciou nesta sexta-feira tarifas promocionais para trechos internacionais. Os preços valem para bilhetes comprados entre 6h deste sábado e 23h59 deste domingo e são válidos para classe econômica. As tarifas, para ida e volta, serão vendidas a partir de US$ 99, mais taxas.

Segundo a aérea, a promoção vale para viagens feitas no período de 14 de fevereiro a 18 de junho de 2009. Para destinos na América do Sul, a permanência mínima é de dois dias; para bilhetes com destino nos Estados Unidos, cinco dias; e Europa, sete dias. A permanência máxima para as passagens para América do Sul e EUA é de dois meses e para Europa, três meses.

Entre os exemplos de tarifas promocionais, a TAM oferece São Paulo-Lima por US$ 99. Bilhetes para a rota São Paulo-Santiago serão vendidos a partir de US$ 199 e São Paulo-Nova York, US$ 799.

A emissão dos bilhetes deve ser feita obrigatoriamente no ato da reserva, obedecendo às regras estipuladas pela companhia. A compra está sujeita à disponibilidade de assentos nas classes tarifárias determinadas, trechos, horários e datas. A TAM afirmou que também há tarifas promocionais para a classe executiva.

Mais informações podem ser encontradas no site promocional (www.ofertastam.com.br), no site da empresa (www.tam.com.br) ou pelos telefones 4002-5700 ou 0800 5705700.

17:13
Anónimo disse...
Empresas
Consultoria negocia compra do parque temático Hopi Hari

A consultoria especializada em reestruturação de empresas Íntegra Associados informou nesta sexta-feira ter um acordo para comprar o parque de diversões Hopi Hari, localizado no interior de São Paulo. A empresa estaria disposta a investir R$ 10 milhões no parque, que tem dívida estimada em R$ 800 milhões. As informações são da edição deste sábado do jornal Folha de S. Paulo.

De acordo com o jornal, a transação ainda depende da negociação entre o Hopi Hari e seus credores, o que já estaria em andamento.

A consultoria paulista já atuou junto à Parmalat, durante 30 meses, quando reorganizou a gestão da empresa italiana.

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17:14
Anónimo disse...
Empresas
Disney de Tóquio contratará mais 2 mil apesar da crise


A Oriental Land, o operador da Disneylândia Tóquio e DisneySea, organizou neste domingo entrevistas para contratar cerca de 2 mil trabalhadores em tempo parcial, em um momento de grandes demissões deste tipo de empregados no Japão.

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O operador deste parque temático, situado em Urayasu, na província de Chiba (leste de Tóquio), está em pleno processo de seleção de empregados para 20 tipos de postos trabalhistas diferentes.

Segundo a companhia, citada pela agência local de notícias Kyodo, o parque contratará novos trabalhadores para as atrações, para os restaurantes e guardas de segurança entre outros. Os novos contratados começarão a trabalhar a partir de fevereiro.

O processo de seleção acontece em um momento em que a maioria das grandes companhias japonesas começaram a se ver obrigadas a despedir uma elevada percentagem de seus trabalhadores temporários e a tempo parcial.

Algumas inclusive anunciaram demissões de seus trabalhadores fixos, uma medida muito pouco comum nas companhias japonesas, perante os efeitos piores que o esperado pela crise econômica global.

Cerca de uma centena de pessoas esperavam desde a primeira hora desta manhã a abertura do centro de conferências Tokyo International Forum, onde as entrevistas estão sendo feitas, para ser os primeiros a solicitar os postos de trabalho.


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17:15
Anónimo disse...
Economia Internacional
Senado dos EUA aprova plano de estímulo à economia

O Senado dos Estados Unidos aprovou com 60 votos a favor e 38 contra o plano de estímulo à economia de US$ 787 bilhões na madrugada deste sábado. Agora, ele segue para sanção ou veto do presidente Barack Obama, que espera colocar a lei em prática até o dia 16 de fevereiro.

O plano prevê a criação de três milhões de empregos, inclui cortes de impostos às famílias, fundos para programas sociais e obras públicas, além de ajuda aos governos estaduais, estudantes e desempregados.

A cláusula Buy American - que exige o uso de ferro, aço e produtos manufaturados dos Estados Unidos em obras realizadas com recursos do pacote - ficou de lado. Segundo o texto definitivo, a cláusula será aplicada sem violar as normas do comércio internacional.

Ontem à tarde, a Câmara de Representantes (deputados) havia aprovado, por 246 votos a favor e 183 contra, a versão final do plano. Todos os republicanos foram contrários ao pacote.

Pelo acordo de quarta-feira entre Câmara e Senado, em vez de custar US$ 819 bilhões, como queriam os deputados, ou US$ 838 bilhões como pretendiam os senadores, o pacote ficou em cerca de US$ 787 bilhões, com 65% desse total destinado a gastos do governo federal e 35%, a créditos tributários.

17:16
Anónimo disse...
Economia nacional
Na era Lula, aposentadoria sobe 54% menos que salário mínimo

Thatiane Faria
Especial para o Terra
Direto de São Paulo

Os índices de reajustes concedidos pelo governo em 2009 para aposentados e pensionistas e para o salário mínimo repetiram uma diferença que, só durante o governo de Luiz Inácio Lula da Silva, já chega a 54%. Enquanto o mínimo foi majorado em 12% este ano, as pensões e aposentadorias tiveram aumento de 5,92%. Aposentados que têm o benefício do governo como única fonte de renda reclamam que perdem poder de compra e que sua cesta de compras é composta por itens que aumentam mais em relação à inflação oficial.

Um exemplo prático pode ser entendido a partir da comparação entre um aposentado que ganhava R$ 600 em janeiro de 2003. Na época, o benefício era três vezes, ou 200%, maior que o valor do mínimo em vigência, que era de R$ 200. Aplicando-se os índices de reajuste para aposentadorias e para o mínimo durante os últimos seis anos, o mesmo aposentado estaria recebendo hoje R$ 938,47, comparado a um salário mínimo de R$ 465. A diferença entre os dois valores caiu para pouco mais de 100%.

Enquanto o índice acumulado de reajuste para a aposentadoria durante o governo Lula foi de 60%, para o salário mínimo está em 132%.

O diretor do Sindicato Nacional dos Aposentados, João Inocentini, reclama que os valores dos benefícios para aposentadorias não mantêm o poder de compra do grupo, principalmente dos aposentados que recebem menos que dez salários mínimos.

Nem mesmo o fato de o índice de reajuste das aposentadorias ter ficado acima da inflação acumulada no mesmo período (o IPCA entre janeiro de 2003 e janeiro de 2009 foi de 39,7%) serve de argumento, segundo os aposentados.

"Os idosos, principalmente, têm gastos além das contas gerais como gás, telefone e aluguel. Para eles o custo com remédios, e outros itens da área saúde costuma ser maior", afirmou Inocentini.

O presidente do sindicato afirmou que o grupo realiza um estudo com 100 itens de necessidade de um idoso para comparar o aumento dos produtos com o índice de reajuste do benefício recebido pelos aposentados.

"Daqui dois meses vamos abrir um processo na Justiça e levar essa pesquisa como prova. Segundo a lei, o governo é obrigado a manter o poder de compra com a aposentadoria", disse Inocentini.

Alternativas
O consultor financeiro Cláudio Boriola diz que os aposentados, especialmente nesse momento de crise econômica, devem evitar compras parceladas, pesquisar preços, negociar e fazer bom planejamento financeiro.

Segundo Boriola, alguns aposentados ganham um valor mensal muitas vezes insuficiente para o pagamento das contas e acabam pedindo crédito ou realizando pagamentos a prazo e são obrigados a pagar juros altos.

Na opinião do consultor, pagar uma previdência privada é uma alternativa indicada para quem ainda trabalha, considerando a característica de perda de poder de compra da aposentadoria.

"Na prática, infelizmente os valores encontram-se em um patamar que está deteriorando o poder de aquisição da população brasileira", completou Boriola.

De acordo com o diretor da Confederação Brasileira de Aposentados e Pensionistas (Cobap), Vicente Fernandes Barbosa, representantes dos aposentados tentarão um encontro com o presidente da Câmara, deputado Michel Temer (PMDB-SP), para discutir projetos que minimizem a perda dos aposentados

17:17
Anónimo disse...
Previdência
Previdência prorroga isenção de tarifas no benefício

O atual sistema de pagamento aos 26 milhões de aposentados e pensionistas do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) será mantido até o final deste ano. O acordo, que permite realizar a operação sem nenhum custo aos beneficiários, foi renovado nesta sexta-feira, entre o governo federal e 21 instituições financeiras.

Por meio desse acordo, vigente desde setembro de 2007, nem os segurados, nem os bancos e nem o governo arcam com o pagamento de tarifas, conforme explicou o ministro da Previdência Social, José Pimentel. A prorrogação vale até dezembro, data máxima para que a Previdência defina as regras para um novo contrato.

Ao assinar o termo de renovação, na sede da Federação Brasileira dos Bancos (Febraban), o ministro disse que a intenção do governo é mudar o atual modelo de gestão visando a reduzir os custos dessas operações em torno da folha mensal, que atinge R$ 15,8 bilhões. No entanto, qualquer alteração, conforme explicou, passará antes por audiências públicas a serem realizadas a partir do segundo semestre deste ano, atendendo a determinação do Tribunal de Contas da União (TCU).

De acordo com Pimentel, com um redesenho do mecanismo de repasse dos recursos aos bancos em torno da folha de pagamento dos segurados o que se busca é um aumento da participação de instituições financeiras. Ele informou que, desde 2007, cada benefício custa em média R$ 1,07 ao governo. "Quanto mais instituições financeiras estiverem prestando serviços à sociedade, maior é a competitividade, a agilidade no atendimento", justificou.

O ministro observou, ainda, que, para permitir uma redução para algo em torno de meia hora no tempo de atendimento para a concessão dos direitos previdenciários, o governo investiu R$ 280 milhões.

Questionado sobre o descontentamento dos segurados que ganham acima de um salário mínimo terem obtido apenas a correção com base na variação do Índice de Preços ao Consumidor (INPC) , ficando abaixo do reajuste dado a quem recebe apenas o mínimo, Pimentel argumentou que o governo seguiu o que determina a lei e descartou a possibilidade de uma revisão

17:17
Anónimo disse...
Empresas
Caterpillar oferece aposentadoria antecipada a 2 mil


A companhia americana Caterpillar ofereceu a cerca de dois mil funcionários incentivos para que se aposentem de forma voluntária antes do previsto, pela perspectiva de uma queda "significativa" da atividade industrial, informou nesta quarta-feira a empresa.

A iniciativa, destinada aos trabalhadores de diversas fábricas em Illinois, Colorado, Tennessee e Pensilvânia, se soma aos cortes de empregos anunciados em janeiro, explicou em comunicado de imprensa.

A empresa, a maior fabricante mundial de maquinaria pesada para a construção e a mineração, acrescentou que, "em função das condições de negócio, podem ser necessárias mais reduções de elenco voluntárias e involuntárias à medida que o ano avança".

O vice-presidente da companhia, Sid Banwart, explicou que a empresa prevê "demissões significativas em todas as regiões geográficas e na maioria dos setores devido às dificuldades da economia mundial".

17:18
Anónimo disse...
Comércio
Comércio exterior da OCDE caiu no 3º trimestre de 2008


As exportações e as importações dos países da Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Econômico (OCDE) caíram 1,6% e 0,2%, respectivamente, no terceiro trimestre de 2008, em relação aos três meses anteriores.

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Trata-se da primeira queda destas atividades desde o terceiro trimestre de 2006, segundo o último relatório trimestral sobre fluxos comerciais divulgado pela OCDE.

As exportações e as importações em dólares dos 30 Estados-membros caíram 15,6% e 17%, respectivamente, na comparação anualizada.

Por sua vez, o comércio dos sete países mais ricos do mundo (G7) teve um pequeno crescimento no terceiro trimestre de 2008 com uma queda das exportações de mercadorias de 0,2% em relação ao trimestre anterior e um aumento de 0,4% das importações.

Em termos anualizados, as importações do G7 caíram 1,4% entre julho e setembro do ano passado, seu primeiro retrocesso desde o terceiro trimestre de 2006, enquanto as exportações aumentaram 1,9%, seu crescimento mais baixo no mesmo tempo.

Por países, a Alemanha aumentou suas importações em 3,4% - valor mais alto do G7 -, enquanto suas exportações caíram 2,9% do segundo para o terceiro trimestre de 2008.

Pelo contrário, as exportações americanas aumentaram 1,8% entre julho e setembro de 2008, enquanto as importações caíram 0,7% em relação ao trimestre anterior. No Japão, tanto as importações quanto as exportações caíram em torno de 1% no mesmo período.

17:19
Anónimo disse...
Economia Nacional
Lula: juros de crédito consignado a aposentados são altos

Atualizada às 17h29

O presidente Luis Inácio Lula da Silva afirmou nesta terça-feira, em São Paulo, que está lutando para reduzir as taxas de juros cobradas de aposentados em crédito consignado. A Previdência Social estabelece uma taxa máxima de 2,5% para empréstimo e de 3,5% para cartão. Para Lula, os valores são altos.

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"Acho que o juro que os aposentados estão pagando hoje com o crédito consignado é alto para o padrão brasileiro", disse o presidente durante a cerimônia de comemoração dos 86 anos do INSS.

A Previdência anunciou nesta terça-feira que aposentados e trabalhadoras com licença-maternidade poderão receber seus benefícios em 30 minutos. De acordo com Lula, em junho, a aposentadoria do trabalhador rural também será conseguida em meia hora.

Além disso, o presidente anunciou que, também em junho, os trabalhadores que alcançarem o direito à aposentadoria passarão a receber em suas casas um comunicado da Previdência informando o fato e o valor do salário que têm direito a receber. "É um comprometimento público que estou fazendo com os companheiros da Previdência Social", disse.

"Estamos retribuindo ao contribuinte da Previdência Social aquilo que é a cidadania que ele tem direito", afirmou Lula. "Se para cobrar nós somos tão precisos, para devolver o dinheiro, temos que chegar próximo à perfeição", completou.

17:20
Anónimo disse...
Economia Nacional
Salário maternidade sairá em 30 minutos, diz ministro

Toda trabalhadora autônoma que tiver contribuído pelo menos 10 meses com o Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) - ou as que possuírem carteira assinada - poderão receber em 30 minutos o salário maternidade a partir desta terça-feira. Da mesma forma, as mulheres com 30 anos de contribuição e os homens com 35 anos também terão direito ao benefício de forma mais rápida. A informação é do ministro da Previdência Social, José Pimentel.

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Para requerer o salário maternidade, é preciso que as autônomas levem a carteira de identidade e o carnê de contribuição. As demais trabalhadoras devem apresentar a identificação e a carteira de trabalho. Desde o início do mês, a nova forma de análise para a concessão de benefícios foi adotada para a aposentadoria por idade do trabalhador urbano e agora foi estendida para o salário maternidade e por tempo de contribuição.

O ministro disse que a qualificação do serviço da previdência social é o reconhecimento do direito dos trabalhadores e da afirmação da cidadania.

"Até pouco tempo na cabeça do cidadão o serviço devia ser de péssima qualidade. Agora não, nós modificamos toda a legislação no mês de dezembro numa ação conjunta do Congresso Nacional com o governo federal. Estamos implantando e concedendo os benefícios em até 30 minutos", afirmou.

O ministro destacou que para conseguir se aposentar ou ter acesso à licença maternidade em 30 minutos, em primeiro lugar, é necessário que o cidadão esteja vinculado à Previdência, o que inclui 65% da população acima de 16 anos de idade.

"Depois bastar marcar pelo sistema 135 o dia e a hora do atendimento e levar a documentação. Se todos os dados necessários estiverem corretos o contribuinte será atendido em até 30 minutos, como vem sendo feito com as aposentadorias por idade desde o dia cinco de janeiro", explicou.

Pimentel disse ainda que em 90% das agências da previdência social o atendimento é marcado em até 48 horas. Nos grandes centros, entretanto existe um volume maior o que torna mais lento o processo.

"Estamos criando mais 715 agências até 2010, em todo o território nacional, para descentralizar o atendimento. Em 2008, atendemos 295 mil benefícios e aposentadorias por idade. Temos 4 mil pessoas por dia procurando e se aposentando por idade no território nacional. Este serviço será agilizado", concluiu.
17:27
Anónimo disse...
Giuseppe Englaro, pai de Eluana, a italiana que morreu na segunda-feira passada por desidratação, recusou uma grande soma de dinheiro de um conhecido fotógrafo italiano que queria retratar a filha em estado de coma, disse neste sábado o neurologista que atendia a mulher desde 1996, Carlo Defanti.

O neurologista, que participou hoje de uma conferência sobre eutanásia, disse que Englaro respeitou a vontade da filha, que, antes do acidente, tinha pedido que, se lhe ocorresse qualquer coisa irreversível, apresentasse sua imagem de quando estava em boas condições.

Antes de sofrer o acidente de trânsito, em 1992, Eluana viveu o coma de um amigo, Alessandro, o que causou forte impacto na italiana e a levou a fazer o pai prometer que não a deixasse viver em estado vegetativo, disse o próprio Giuseppe Englaro.

Defanti, que dissera que Eluana poderia viver de dez a 12 dias depois da suspensão da alimentação e da hidratação, disse que, como médico, tinha que reprovar esta afirmação.

"Não se pode sobreviver após três ou quatro dias sem líquido e, em particular, água em um corpo. Sabemos bem que, quando há um terremoto, após quatro dias é difícil encontrar sobreviventes".

Defanti ressaltou que Eluana "não falava, não se comunicava com o exterior" e que, após vários exames, "nos deparamos com uma moça que tinha perdido a consciência", porque estava com o córtex cerebral prejudicado.

Eluana foi enterrada na quinta-feira passada no túmulo da família na localidade de Paluzza, em Udine, após um funeral que não contou com a presença dos pais.

16:53
Anónimo disse...
Os bombeiros combatem neste sábado os incêndios na Austrália favorecidos pelo bom tempo, enquanto os deslocados encotram em seu retorno casas derruídas, carros queimados nas ruas e destruição.

Depois de sete dias desde que começaram os incêndios no Estado de Victoria, a lista de mortos chega a 181, os desaparecidos somam 50, os edifícios destruídos totalizam 1,834 mil e o terreno arrasado, principalmente florestas, ocupa uma área de 4,13 mil quilômetros quadrados.

As equipes de bombeiros, formadas por 4 mil profissionais de Victoria, de outras partes da Austrália e de países amigos, combateram hoje 12 focos fora de controle e nenhum representava uma ameaça direta para a população.

O subdiretor do Serviço de Bombeiros, Geoff Conway, disse que este tempo favorável, que se prolongará durante o domingo, permite consolidar as linhas de contenção e avançar na extinção das chamas.

Cinzas apareceram arrastadas por ventos do nordeste sobre Melbourne, onde habitam 3,8 milhões de pessoas, e as autoridades alertaram aos cidadãos do risco para a saúde de idosos, crianças e pessoas com problemas respiratórios.

O número de pessoas deslocadas - a Cruz Vermelha chegou a receber 7 mil - começou a cair com a abertura de algumas localidades atingidas.

Os incêndios, alguns criminosos, começaram em 7 de fevereiro, quando a região sul da Austrália estava há duas semanas sob uma onda de calor sem precedentes.

Na sexta-feira passada, a polícia acusou uma pessoa de ter provocado o incêndio que atingiu a localidade de Churchill e matou 21 pessoas.

16:55
Anónimo disse...
A primeira chuva em seis dias reduziu a ameaça de incêndios no Estado de Victoria, ao sul da Austrália. As autoridades, porém, advertiram que ainda existem 12 focos, mas que nenhum deles ameaça áreas povoadas.

Mais de quatro mil bombeiros, mil provenientes de outras partes do país e de outras nações, trabalham contra o fogo. Cerca de 600 veículos e 28 helicópteros e pequenos aviões estão sendo usados.


Eles conseguiram construir linhas de contenção para evitar os incêndios de Yarra e Maroondah se juntassem. Também foram controlados os incêndios abertos de Yea e Murrindindi, que ameaçavam as comunidades de Connellys Creek, Crystal Creek, Scrubby Creek e Native Dog Creek.

O número de mortos chegou a 181, mas as autoridades acreditam que as vítimas devem passar de 200, já que ainda há muitos desaparecidos.

16:55
Anónimo disse...
Aqui nesta coluna, na semana passada, tive a oportunidade de comentar sobre a recente visita do professor brasileiro Pedrinho Guareschi à Austrália. Não dei, porém, os fatos, pois semana passada o assunto era outro.

Hoje, porém, vamos a eles.

No último dia 4 de fevereiro, aconteceu o Seminário "Paulo Freire: Education and Liberation", organizado pelo centro de estudos latino-americanos da Universidade Nacional da Austrália, ou ANU, como é mais conhecida por aqui.

A ANU, para quem não sabe, está entre as 20 melhores universidades do mundo! E tem sede aqui em Camberra, capital da Austrália.

Na abertura do evento, o professor John Minns, diretor do centro latino-americano, ao dar boas-vindas ao público presente, lembrou ser aquele o primeiro seminário exclusivamente dedicado a Paulo Freire na Austrália.

Em seguida, convidou Pedrinho Guareschi, palestrante principal do Seminário, a fazer sua apresentação.

A plateia pode então conhecer, pelas palavras de Pedrinho, um pouco da obra e da vida de Freire, esse brasileiro de fé e valor, que sempre acreditou na educação, sobretudo dos menos favorecidos, analfabetos, como força libertadora.

Como não podia deixar de ser, os conceitos e ideias revolucionários de Paulo Freire, expostos com clareza por Pedrinho, despertaram o interesse e a curiosidade de plateia. A qual, deve-se notar, era na maioria de estudantes, mas de várias nacionalidades, sobretudo australianos e asiáticos.

Na continuação do programa do seminário, que se estendeu por dois dias, outros professores fizeram palestras sobre temas ligados à obra de Paulo Freire.

Interessante, por exemplo, saber que a professora Anne Hickling-Hudson, jamaicana que mora na Austrália há muitos anos (é professora da ANU), conheceu e trabalhou com Freire num workshop educacional durante a revolução na Ilha de Granada, em 1980, antes da invasão dos Estados Unidos...

Ou, então, a palestra da Professora Gerda Roelvink, da Nova Zelândia, que participou do Fórum Social de Porto Alegre em 2005. E essa participação transformou-se em tema de doutorado.

No dia 10, terça-feira passada, o padre Pedrinho Guareschi voltou a falar ao público australiano em grande auditório localizado no belíssimo campus da ANU. Desta vez, sobre a Teologia da Libertação.

Depois da palestra, John Minns mostrou o filme mexicano "O Crime do Padre Amaro", no qual um dos personagens é um padre católico praticante da Teologia da Libertação.

Mais uma vez, foi grande o intersse da platéia, que pode aprender e conhecer um pouco como se desenvolveu aquele importante movimento católico na América Latina.

Fica, assim, ao Pedrinho, bem como a outros brasileiros estudiosos e de bom coração que saem pelo mundo a divulgar aspectos importantes da cultura brasileira, o respeito e a homenagem desta coluna. E... aquele abraço!

16:57
Anónimo disse...
Amanda Kitts perdeu o braço esquerdo em um acidente de automóvel acontecido três anos atrás, mas hoje em dia ela joga futebol americano com seu filho de 12 anos de idade, troca fraldas e abraça as crianças nas três creches Kiddie Cottage que opera em Knoxville, Tennessee. Kitts, 40 anos, faz tudo isso com a ajuda de um novo tipo de braço artificial que se movimenta com mais facilidade do que outros aparelhos e que ela pode controlar utilizando apenas seus pensamentos.

"Eu sou capaz de mexer a mão, o pulso e o cotovelo ao mesmo tempo", diz. "Você pensa e os músculos se movem em seguida".

A recuperação que ela conseguiu resulta de um novo procedimento que vem atraindo crescente atenção porque permite que pessoas movam braços protéticos de forma mais automática do que faziam no passado, simplesmente utilizando nervos reaproveitados em seus cérebros.

A técnica, conhecida como "renervação muscular dirigida", envolve utilizar os nervos que restam depois da amputação de um braço e conectá-los a outro músculo do corpo, em geral no peito. Eletrodos são instalados sobre os músculos do peito, e operam como se fossem antenas. Quando a pessoa deseja mover o braço, o cérebro envia sinais que primeiro resultam em contração dos músculos do peito, os quais enviam um sinal ao braço protético, instruindo-se a se movimentar. O processo não requer mais esforços consciente do que a pessoa teria de exercitar caso ainda tivesse seu braço natural.

Na terça-feira, pesquisadores reportaram em estudo publicado pela versão online do Journal of the American Medical Association que haviam levado a técnica ainda mais à frente, tornando possível a execução de 10 movimentos de mão, pulso e cotovelo diferentes, o que representa uma substancial melhora com relação ao típico repertório protético, que em geral envolve apenas dobrar o cotovelo, girar o pulso e abrir a mão.

"Os novos métodos tiveram impacto dramático em nosso campo de trabalho", disse Stuart Harshbarger, engenheiro biomédico na Universidade Johns Hopkins e diretor do programa de pesquisa sobre próteses, financiado pelas forças armadas, que inclui o trabalho com essa técnica. "O método já está em uso por médicos e cirurgiões comuns em todo o país. A capacidade de controlar um membro protético bastante robusto que ele confere surpreendeu a todos pela qualidade".

Tipicamente, uma pessoa que tenha um braço protético só é capaz de executar alguns poucos movimentos, e muitas vezes com tamanha lentidão que isso só permite a ela atividades limitadas.

Há um motor separado para cada movimento, diz Gerald Loeb, professor de engenharia biomédica na Universidade do Sul da Califórnia, "e esses motores precisam ser controlados de maneira explícita", usualmente por um esforço consciente da pessoa para contrair músculos nas costas ou no bíceps.

"Essencialmente, até agora os pacientes controlavam apenas um motor de cada vez", diz Loeb, "e precisavam pensar cuidadosamente sobre que motor desejavam controlar e como fazê-lo operar, em lugar de simplesmente pensarem em mover o braço e poderem fazê-lo sem delongas".

Antes que Kitts passasse pelo procedimento de renervação, em outubro de 2007, por exemplo, ela precisava movimentar os músculos de suas costas de determinada maneira para fazer com que seu pulso girasse, e flexionar seu bíceps e tríceps para fazer com que o cotovelo se movesse para cima e para baixo. "Era muito trabalho", ela conta. "E não me ajudava muito".

O procedimento de renervação é parte de uma recente explosão de idéias novas e técnicas inovadoras que estão sendo exploradas enquanto os cientistas se esforçam por ajudar as pessoas a compensar melhor a perda de membros ou problemas de paralisia. O esforço vem sendo alimentado pelo aumento no número de amputações causado por diabetes e por ferimentos sofridos pelos militares, e ao mesmo tempo pelos avanços na tecnologia médica.

Os braços se tornaram um dos focos essenciais desse tipo de trabalho. A ciência há muito vem obtendo sucessos no desenvolvimento de próteses de perna, mas é muito mais difícil imitar a complexidade e a destreza das mãos e dos braços.

Os esforços em curso incluem o desenvolvimento de projetos de pele e braços mais sensíveis e mais flexíveis, e o uso de dispositivos acionados por controles sem fio implantado nos braços protéticos, que permitiriam movimentos mais naturais.

Os pesquisadores também vêm usando sensores implantados nos cérebros de cobaias para permitir que dois macacos controlem um braço mecânico, e um teste com um homem paralítico permitiu, com esse método, que ele movimentasse um cursor em uma tela de computador.

Alguns desses métodos, caso venham a ser aperfeiçoados plenamente e consigam aprovação das autoridades regulatórias da saúde, podem no futuro se tornar mais viáveis para os pacientes de amputações.

E embora a técnica da renervação não requeira aprovação das autoridades regulatórias porque é executada por meios cirúrgicos e emprega aparelhos já existentes, ela apresenta limitações que até mesmo seus criadores reconhecem, entre as quais o fato de que não se pode utilizá-la para todos os pacientes, o seu alto custo e o prazo de meses requerido para que os nervos reconectados cresçam e se tornem efetivos.

Ainda assim, os especialistas dizem que é o mais avançado sistema em uso hoje para pacientes reais que permite que o sistema nervoso controle diretamente o movimento de um braço artificial.

Desde sua introdução por Todd Kuiken, médico fisioterapeuta e engenheiro biomédico do Instituto de Reabilitação de Chicago, o método foi empregado em cerca de 30 pacientes nos Estados Unidos, Canadá e Europa, entre os quais oito soldados feridos no Iraque e no Afeganistão.

Muitos dos pacientes, entre os quais o primeiro, Jesse Sullivan, um operário do setor elétrico no Tennessee que perdeu os dois braços quando foi eletrocutado por um cabo, conseguem não apenas manipular seus braços protéticos mas sentir a presença das mãos que já não têm quando alguém toca em seus peitos.

Sullivan, 62 anos, e Kitts, estavam entre os cinco pacientes que participaram do estudo reportado na terça-feira. Em companhia de cinco outras pessoas que não passaram por amputações, eles receberam os eletrodos e foram instruídos a usar pensamentos para fazer com que um braço virtual na tela reproduzisse 10 movimentos diferentes, entre os quais três formas diferentes de aperto de mão.

Os pacientes apresentaram desempenho bastante respeitável, apenas um pouco mais lento e menos preciso do que os dos participantes que não tinham amputações.

"As velocidades de movimento que encontramos em nossos pacientes foram realmente encorajadoras", disse Kuiken. "Eles conseguiram completar a tarefa. É claro que não foram tão competentes quanto as pessoas dotadas de plena capacidade física, mas foram bons o bastante".

Um braço virtual foi usado porque a maioria das próteses existentes não era capaz de acomodar todos aqueles movimentos, no momento da pesquisa, ainda que Sullivan, Kitts e uma terceira paciente, Claudia Mitchell, tenham experimentado dois novos protótipos mais versáteis de braços artificiais, executando tarefas complexas com bolas de tênis e outros objetos.

O trabalho de renervação em soldados apresenta outros desafios, diz Kuiken, porque os ferimentos militares muitas vezes "causam danos muitos extensos" a nervos, músculos ou ossos.

Daniel Acosta, 25 anos, um aviador ferido pela detonação de uma bomba em uma estrada do Iraque em 2005, passou pelo procedimento no ano passado e diz que seu braço esquerdo protético agora se movimenta "muito mais rápido" e de maneira muito mais natural.

"A diferença é que agora não preciso mais pensar para mover o braço", ele diz. "Ele simplesmente se mexe".

Ainda assim, Acosta, de San Antonio, diz que "o processo foi bastante longo" e que os eletrodos precisam ser ajustados para receber os sinais à medida que os nervos crescem ou mudam de posição.

E embora elogiem o método, os especialistas afirmam que a ciência das próteses de braço ainda tem muito por avançar.

"Trata-se de uma parte crucial, mas ainda assim apenas uma parte, das muitas coisas que compreendem a função normal de um braço", disse Loeb, que escreveu um editorial que acompanha o artigo no Journal of the American Medical Association.

"No momento estamos a meio do caminho entre o braço de 'Dr. Fantástico', que fazia involuntariamente a saudação nazista, e o braço de Luke Skywalker em 'Guerra nas Estrelas', que funciona sem nenhum problema assim que é conectado. Creio que precisaremos ainda de muitos anos para conectar todas as peças necessárias a produzir um braço capaz de funcionar normalmente".

17:04
Anónimo disse...
A Espanha disse neste sábado que está preparando uma reclamação oficial contra a decisão da Venezuela de expulsar um membro do Parlamento Europeu que criticou o conselho eleitoral venezuelano.
Luis Herrero, membro do partido conservador espanhol PP, foi deportado na sexta-feira depois que o Conselho Nacional Eleitoral (CNE) o acusou de questionar a imparcialidade da instituição antes de um referendo que pode permitir ao presidente Hugo Chávez permanecer no cargo indefinidamente.

Herrero estava na Venezuela como observador do referendo. Ele acusou Chávez de ter "comportamentos típicos de um ditador" por pedir a contenção de manifestações da oposição.

O governo da Espanha convocou um encontro com o embaixador da Venezuela em Madri para expressar a desaprovação sobre a expulsão de Herrero, disse um representante do Ministério das Relações Exteriores espanhol.

As relações da Venezuela com a Espanha tiveram seu ponto crítico em 2007, quando Chávez ameaçou rever acordos diplomáticos e comerciais depois de ouvir um "cala a boca" do rei espanhol Juan Carlos durante uma cúpula.

A fenda foi oficialmente reparada em 2008, com uma visita oficial de Chávez à Espanha, onde ele cumprimentou o rei e discutiu acordos para investimento no setor petroquímico com o primeiro-ministro José Luis Rodriguez Zapatero.

17:06
Anónimo disse...
A polícia do Zimbábue anunciou neste sábado que acusa de traição Roy Bennett, dirigente do até agora opositor Movimento para a Mudança Democrática (MDC), detido na sexta-feira, em Harare, poucas horas antes da cerimônia de posse dos membros do novo gabinete.

"A Polícia nos informou que vão apresentar acusações de traição", disse à agência EFE o advogado de defesa de Bennett, Trust Maanda.

"Tentam relacionar Roy com o caso de Mike Hitschmann, que foi detido em 2006 em relação à descoberta de um carregamento de armas, apesar de que Hitschmann não tenha sido declarado culpado das acusações de traição apresentadas contra ele, mas de um crime menor de descumprimento de leis", disse Maanda.

O político opositor, designado por seu partido como vice-ministro de Agricultura no Governo de união nacional, esteve no exílio na vizinha África do Sul desde 2006 e retornou ao Zimbábue há duas semanas.

Segundo a Polícia, que deteve Bennett ontem no aeroporto de Harare quando pretendia ir à África do Sul para visitar sua família, as armas apreendidas em 2006 seriam utilizadas em um golpe de Estado para derrubar o presidente do Zimbábue, Robert Mugabe.

Depois da detenção, Bennet foi levado a Mutar, onde vários simpatizantes do MDC se concentraram em frente à delegacia na qual estava detido, diante do que a Polícia respondeu com tiros para o alto para dispersar os manifestantes.

17:07
Anónimo disse...
Austrália: 14 mil se candidatam a 'emprego dos sonhos'

A secretaria de Turismo de Queensland, na Austrália, informou que até esta segunda-feira já recebeu cerca de 14 mil inscrições para o "o melhor emprego do mundo". O Estado australiano promove pela internet seleção para vaga de "zelador" da ilha Hamilton, por seis meses com um salário de R$ 40 mil.

Muitos candidatos tiveram problemas durante a inscrição por conta dos acessos simultâneos ao site. A secretaria aconselha enviar os vídeos de 60s explicando porque deve ser escolhido em horários alternativos do dia, além de recomendar tamanho em torno de 40MB.

As inscrições começaram em 12 de janeiro e vão até o próximo dia 22 e podem ser feitas pelo site www.islandreefjob.com. O governo australiano escolherá 50 candidatos para a próxima fase da seleção, que terá votos do público para eleger um dos 11 finalistas.

A última fase terá entrevistas e desafios físicos, no próprio local de trabalho: as ilhas da Grande Barreira Coralina - o maior recife de coral do mundo. A secretaria de Turismo anunciará o vencedor no dia 6 de maio.

17:09
Anónimo disse...
Mercado elogia governo na crise, mas pede maior queda no juro

Peter Fussy
Direto de São Paulo

Desde as primeiras medidas anunciadas para combater os efeitos da crise, o governo brasileiro avisou que a estratégia não contemplaria um pacote. Seriam doses pontuais, de acordo com a necessidade da economia diante do agravamento das turbulências. Da primeira liberação dos depósitos compulsórios em setembro até a ampliação do seguro-desemprego na última quarta-feira, o governo passou por redução de impostos, ampliação de crédito e incentivos à exportação. Quase 150 dias após a primeira medida, o Terra conversou com líderes do setor público e privado, representantes dos trabalhadores, acadêmicos e com o próprio governo para saber quais destas ações foram mais eficazes, quais foram mais ineficientes e o que mais pode ser feito pelo Estado brasileiro contra a crise.

Os maiores elogios foram direcionados à atitude de reduzir o Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) para a indústria automobilística, anunciada em dezembro e que fez com que os emplacamentos de carros novos subissem 1,9% no primeiro mês do ano em relação a dezembro de 2008. Já as maiores críticas foram para a lentidão no corte da taxa básica de juro do País.

Para o presidente do conselho administrativo do Grupo Pão de Açúcar, Abílio Diniz, o Estado não é responsável pela crise e mesmo assim está agindo "com extrema serenidade e muito acerto". "O governo está atento, fazendo a sua parte. É preciso coragem de baixar firmemente a taxa de juros. É uma arma que temos a nosso favor, já que não há clima para inflação, nem possibilidade de danos para a macroeconomia", afirmou Diniz.

Na última reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), em janeiro, a taxa Selic foi reduzida em um ponto percentual, de 13,75% para 12,75% ao ano. Porém, o professor de economia da Universidade de Brasília (UnB) José Luiz Oreiro lembra que este corte representa uma redução de apenas 0,25 ponto percentual com relação à taxa de setembro do ano passado, quando a crise se agravou.

"Pouco antes da eclosão da crise, o Banco Central aumentou a taxa em 0,75 ponto. Foram cinco meses de demora para reduzir em termos líquidos apenas 0,25 ponto", afirmou o economista, que também sugeriu redução do intervalo de cerca de 90 dias entre as reuniões do Copom e o corte de pelo menos um 1 ponto percentual em cada reunião.

Mesmo com o corte de janeiro, a taxa de juros real continua sendo a maior do mundo, lembrou o secretário-geral da Força Sindical, João Carlos Gonçalves, o Juruna. "A redução da taxa de juro ainda é pequena, porque ela continua uma das mais altas do mundo. Falta ousadia para baixar os juros e ajudar o cidadão. A permanência da taxa de juro alta é negativa para o País em meio a crise", afirmou Juruna.

Embora aprove as ações do governo, o senador Aloízio Mercadante (PT-SP) também acredita que o patamar da Selic está muito alto. "Sempre fomos os primeiros a entrar em qualquer crise, o que não aconteceu agora. A taxa Selic ainda é muito alta, mas o governo têm tomado medidas acertadas, como o aumento do salário mínimo, mesmo com um cenário de crise. Isso ajuda a movimentar o consumo. O governo está se esforçando para manter os investimentos e o crescimento", disse.

Tributos
De acordo com o economista Fabio Pina, da Fecomercio-SP, as ações mais positivas estão relacionadas à redução de tributos para alguns segmentos, como a indústria automobilística, que recuperou parte da queda nas vendas em janeiro com a isenção do IPI para carros 1.0 l e o corte para demais motorizações. A medida vale até o final de março.

"Essas medidas não só reduziram o preço, mas anteciparam o consumo daqueles que iriam comprar no futuro, dando um prêmio por conta da insegurança. Mexe diretamente com o principal problema que é a confiança do consumidor", afirmou. Juruna destacou que um bom ritmo de vendas é garantia de emprego. "É importante porque cada emprego na montadora significa 19 na cadeia produtiva", comentou o representante da Força Sindical.

Também em dezembro, o governo decidiu cortar pela metade a alíquota do Imposto de Renda para contribuintes que ganham entre R$ 1.434 e R$ 2.150 mensais. "O salário aumentava e a tabela não se modificava. As pessoas ganhavam mais e pagavam mais impostos", apontou Juruna. Outra redução de tributos do governo foi com relação ao Imposto sobre Operações Financeiras (IOF), que caiu de 3% ao ano para 1,5%.

Crédito
Na segunda metade de 2008, o colapso de bancos nos Estados Unidos por conta da crise do subprime provocou uma forte restrição de crédito no mundo inteiro. Uma das primeiras medidas anticrise do governo teve como objetivo restabelecer a oferta, com mudanças no recolhimento dos depósitos compulsórios por parte dos bancos. Segundo o presidente do Banco Central, Henrique Meirelles, as diversas modificações liberaram US$ 99,2 bilhões aos bancos até o final de janeiro.

Além disso, o governo concedeu R$ 36 bilhões das reservas internacionais para empresas brasileiras com dívidas no exterior e uma medida provisória autorizou o Banco do Brasil e a Caixa Econômica Federal a comprar carteiras de crédito de bancos privados. Para o diretor do Departamento de Pesquisas e Estudos Econômicos da Fiesp, Paulo Francini, estas medidas foram essenciais para combater os efeitos da crise.

"A crise se desenvolve no mundo em torno do tema crédito. E o crédito reduziu-se barbaridade no mundo. Então o governo lança mão de compulsório, lança mão de reservas, de medidas que permitem aos bancos comprar carteiras de bancos. Você vai tomando várias medidas para atender às demandas e o epicentro disso é crédito", afirmou.

No entanto, Oreiro, da UnB, adverte que a liberação dos compulsórios seria mais eficiente acompanhada de redução mais agressiva da taxa básica de juro. "Uma parte do crédito voltou, depois da forte retração em outubro e novembro. O que deveria ter sido feito junto à liberação do compulsório era uma redução mais drástica da taxa de juro. Sem isso, os bancos pegam as reservas e acabam comprando títulos públicos", explicou o economista.

Na opinião de Pina, as ações de distribuição de crédito via redução do compulsório e a disposição de capital de giro para empresas foram tomadas sem um cuidado maior na operação e não tiveram muito efeito. "O BNDES tem linhas que ficam paradas quase todo o ano, agora é pior ainda. Existem os recursos, mas as empresas e os bancos estão desconfiados. É preciso fazer com que os bancos tenham interesse em emprestar", afirmou o economista da Fecomercio-SP.

Futuro
Mesmo com todas essas medidas, a crise financeira ainda gera incertezas nos setores produtivos do País. Nos últimos meses, o medo do desemprego fez os consumidores adiarem compras. Por sua vez, a queda nas vendas pode obrigar as indústrias a cortarem a produção e demitir funcionários. Contra isso, empresários sugerem redução de jornada e de salários.

"Isto está previsto em lei. A Fiesp simplesmente manteve conversações com entidades sindicais quanto à aplicação daquilo que já está previsto em lei", afirmou Francini.

Segundo a ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff, uma das medidas que assegura um nível de emprego é a manutenção de investimentos no Programa de Aceleração do Crescimento (PAC). "Estamos esperando que a dificuldade ocorra em janeiro, fevereiro e março. Estamos certos que vamos manter o nível de investimento. É isso que funciona, é isso que significa investimento público. Ele funciona como um colchão. Por isso, nós colocamos R$ 100 bilhões no BNDES e a Petrobras ampliou o seu investimento em R$ 120 bilhões", afirmou.

Na mesma linha, Pina explica que a antecipação de gastos do governo substitui parte da demanda retraída do setor privado. "Ele dá o seguinte recado: não vou estourar as contas públicas, mas concentrar em um momento em que a demanda privada está pequena. Mas o governo não tem fôlego suficiente para fazer o papel de toda demanda", ressaltou. O economista da Fecomercio lembrou que a entidade já pleiteou junto ao governo isenções para transferência de imóveis e de automóveis, além de retirar o IPVA para veículos novos.

Já Oreiro foca suas propostas na capitalização do Banco do Brasil e da Caixa Econômica Federal pelo Tesouro para atender a demanda de crédito para capital de giro e reduzir o spread. "Aumentando o empréstimo e reduzindo as taxas, os dois vão forçar os bancos privados a acompanhar o movimento, até para não perderem participação no mercado", explicou o economista da UnB.

Até o Carnaval, o governou prometeu detalhar um pacote de incentivos para a construção de até um milhão de casas populares, direcionado a famílias com renda de até dez salários mínimos. "Estamos atentos a tudo o que está acontecendo e novas medidas serão tomadas caso haja uma avaliação de que sejam necessárias", disse o ministro da Fazenda, Guido Mantega, na última sexta-feira.

17:11
Anónimo disse...
Ex-ministro critica extensão do seguro-desemprego

Atualizada às 09h03

O ex-ministro do Trabalho Almir Pazzianotto criticou a decisão do governo federal de conceder o seguro-desemprego estendido a apenas alguns setores. "É certamente odioso e provavelmente inconstitucional", disse Pazzianotto, de acordo com o jornal O Estado de S. Paulo.

Na última qurta, dia do anúncio da medida, centrais sindicais elogiaram a atitude do governo. A Força Sindical divulgou nota dizendo que "o aumento ajudará a aquecer parte da economia, já que irá gerar mais consumo, produção e conseqüentemente, a criação de novos postos de trabalho". A União Geral dos Trabalhadores (UGT) afirmou que a medida "contribuirá para minimizar o drama dos trabalhadores que perderem seu emprego por conta da crise".

O ex-ministro, que instituiu o seguro-desemprego no País no governo de José Sarney, destacou a necessidade de as centrais sindicais se manifestarem contra a determinação. Para ele, as mudanças devem ser aplicadas a todas as categorias profissionais e a distinção é contrária ao artigo 3º da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT).

Pazzianotto atribui a medida a um possível temor do governo de que a crise econômica seja longa e não haja dinheiro para atender a todas as necessidades. Ainda assim, ele se mostra contrário ao método de concessão. "O seguro-desemprego ajuda a sanar necessidades básicas. Estendê-lo é paliativo, não a solução", disse ao jornal.

De acordo com o presidente do Conselho Deliberativo do Fundo de Amparo ao Trabalhador (Codefat) e conselheiro da Força Sindical, Luiz Fernando Emediato, a determinação já estava prevista na lei 8.900/94, que trata do seguro-desemprego.

O presidente da Comissão de Trabalho da Câmara, Pedro Fernandes (PTB-MA) vai além na crítica à concessão do seguro para apenas alguns setores. Ele acredita que a ampliação do benefício estimula o desemprego.

Quintino Severo, secretário geral da Central Única dos Trabalhadores (CUT), lembra que a ampliação do benefício sem critério e identificação pode incentivar demissões em outros setores.

17:13
Anónimo disse...
Empresas
TAM faz promoção para destinos internacionais

A companhia aérea TAM anunciou nesta sexta-feira tarifas promocionais para trechos internacionais. Os preços valem para bilhetes comprados entre 6h deste sábado e 23h59 deste domingo e são válidos para classe econômica. As tarifas, para ida e volta, serão vendidas a partir de US$ 99, mais taxas.

Segundo a aérea, a promoção vale para viagens feitas no período de 14 de fevereiro a 18 de junho de 2009. Para destinos na América do Sul, a permanência mínima é de dois dias; para bilhetes com destino nos Estados Unidos, cinco dias; e Europa, sete dias. A permanência máxima para as passagens para América do Sul e EUA é de dois meses e para Europa, três meses.

Entre os exemplos de tarifas promocionais, a TAM oferece São Paulo-Lima por US$ 99. Bilhetes para a rota São Paulo-Santiago serão vendidos a partir de US$ 199 e São Paulo-Nova York, US$ 799.

A emissão dos bilhetes deve ser feita obrigatoriamente no ato da reserva, obedecendo às regras estipuladas pela companhia. A compra está sujeita à disponibilidade de assentos nas classes tarifárias determinadas, trechos, horários e datas. A TAM afirmou que também há tarifas promocionais para a classe executiva.

Mais informações podem ser encontradas no site promocional (www.ofertastam.com.br), no site da empresa (www.tam.com.br) ou pelos telefones 4002-5700 ou 0800 5705700.

17:13
Anónimo disse...
Empresas
Consultoria negocia compra do parque temático Hopi Hari

A consultoria especializada em reestruturação de empresas Íntegra Associados informou nesta sexta-feira ter um acordo para comprar o parque de diversões Hopi Hari, localizado no interior de São Paulo. A empresa estaria disposta a investir R$ 10 milhões no parque, que tem dívida estimada em R$ 800 milhões. As informações são da edição deste sábado do jornal Folha de S. Paulo.

De acordo com o jornal, a transação ainda depende da negociação entre o Hopi Hari e seus credores, o que já estaria em andamento.

A consultoria paulista já atuou junto à Parmalat, durante 30 meses, quando reorganizou a gestão da empresa italiana.

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17:14
Anónimo disse...
Empresas
Disney de Tóquio contratará mais 2 mil apesar da crise


A Oriental Land, o operador da Disneylândia Tóquio e DisneySea, organizou neste domingo entrevistas para contratar cerca de 2 mil trabalhadores em tempo parcial, em um momento de grandes demissões deste tipo de empregados no Japão.

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O operador deste parque temático, situado em Urayasu, na província de Chiba (leste de Tóquio), está em pleno processo de seleção de empregados para 20 tipos de postos trabalhistas diferentes.

Segundo a companhia, citada pela agência local de notícias Kyodo, o parque contratará novos trabalhadores para as atrações, para os restaurantes e guardas de segurança entre outros. Os novos contratados começarão a trabalhar a partir de fevereiro.

O processo de seleção acontece em um momento em que a maioria das grandes companhias japonesas começaram a se ver obrigadas a despedir uma elevada percentagem de seus trabalhadores temporários e a tempo parcial.

Algumas inclusive anunciaram demissões de seus trabalhadores fixos, uma medida muito pouco comum nas companhias japonesas, perante os efeitos piores que o esperado pela crise econômica global.

Cerca de uma centena de pessoas esperavam desde a primeira hora desta manhã a abertura do centro de conferências Tokyo International Forum, onde as entrevistas estão sendo feitas, para ser os primeiros a solicitar os postos de trabalho.


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17:15
Anónimo disse...
Economia Internacional
Senado dos EUA aprova plano de estímulo à economia

O Senado dos Estados Unidos aprovou com 60 votos a favor e 38 contra o plano de estímulo à economia de US$ 787 bilhões na madrugada deste sábado. Agora, ele segue para sanção ou veto do presidente Barack Obama, que espera colocar a lei em prática até o dia 16 de fevereiro.

O plano prevê a criação de três milhões de empregos, inclui cortes de impostos às famílias, fundos para programas sociais e obras públicas, além de ajuda aos governos estaduais, estudantes e desempregados.

A cláusula Buy American - que exige o uso de ferro, aço e produtos manufaturados dos Estados Unidos em obras realizadas com recursos do pacote - ficou de lado. Segundo o texto definitivo, a cláusula será aplicada sem violar as normas do comércio internacional.

Ontem à tarde, a Câmara de Representantes (deputados) havia aprovado, por 246 votos a favor e 183 contra, a versão final do plano. Todos os republicanos foram contrários ao pacote.

Pelo acordo de quarta-feira entre Câmara e Senado, em vez de custar US$ 819 bilhões, como queriam os deputados, ou US$ 838 bilhões como pretendiam os senadores, o pacote ficou em cerca de US$ 787 bilhões, com 65% desse total destinado a gastos do governo federal e 35%, a créditos tributários.

17:16
Anónimo disse...
Economia nacional
Na era Lula, aposentadoria sobe 54% menos que salário mínimo

Thatiane Faria
Especial para o Terra
Direto de São Paulo

Os índices de reajustes concedidos pelo governo em 2009 para aposentados e pensionistas e para o salário mínimo repetiram uma diferença que, só durante o governo de Luiz Inácio Lula da Silva, já chega a 54%. Enquanto o mínimo foi majorado em 12% este ano, as pensões e aposentadorias tiveram aumento de 5,92%. Aposentados que têm o benefício do governo como única fonte de renda reclamam que perdem poder de compra e que sua cesta de compras é composta por itens que aumentam mais em relação à inflação oficial.

Um exemplo prático pode ser entendido a partir da comparação entre um aposentado que ganhava R$ 600 em janeiro de 2003. Na época, o benefício era três vezes, ou 200%, maior que o valor do mínimo em vigência, que era de R$ 200. Aplicando-se os índices de reajuste para aposentadorias e para o mínimo durante os últimos seis anos, o mesmo aposentado estaria recebendo hoje R$ 938,47, comparado a um salário mínimo de R$ 465. A diferença entre os dois valores caiu para pouco mais de 100%.

Enquanto o índice acumulado de reajuste para a aposentadoria durante o governo Lula foi de 60%, para o salário mínimo está em 132%.

O diretor do Sindicato Nacional dos Aposentados, João Inocentini, reclama que os valores dos benefícios para aposentadorias não mantêm o poder de compra do grupo, principalmente dos aposentados que recebem menos que dez salários mínimos.

Nem mesmo o fato de o índice de reajuste das aposentadorias ter ficado acima da inflação acumulada no mesmo período (o IPCA entre janeiro de 2003 e janeiro de 2009 foi de 39,7%) serve de argumento, segundo os aposentados.

"Os idosos, principalmente, têm gastos além das contas gerais como gás, telefone e aluguel. Para eles o custo com remédios, e outros itens da área saúde costuma ser maior", afirmou Inocentini.

O presidente do sindicato afirmou que o grupo realiza um estudo com 100 itens de necessidade de um idoso para comparar o aumento dos produtos com o índice de reajuste do benefício recebido pelos aposentados.

"Daqui dois meses vamos abrir um processo na Justiça e levar essa pesquisa como prova. Segundo a lei, o governo é obrigado a manter o poder de compra com a aposentadoria", disse Inocentini.

Alternativas
O consultor financeiro Cláudio Boriola diz que os aposentados, especialmente nesse momento de crise econômica, devem evitar compras parceladas, pesquisar preços, negociar e fazer bom planejamento financeiro.

Segundo Boriola, alguns aposentados ganham um valor mensal muitas vezes insuficiente para o pagamento das contas e acabam pedindo crédito ou realizando pagamentos a prazo e são obrigados a pagar juros altos.

Na opinião do consultor, pagar uma previdência privada é uma alternativa indicada para quem ainda trabalha, considerando a característica de perda de poder de compra da aposentadoria.

"Na prática, infelizmente os valores encontram-se em um patamar que está deteriorando o poder de aquisição da população brasileira", completou Boriola.

De acordo com o diretor da Confederação Brasileira de Aposentados e Pensionistas (Cobap), Vicente Fernandes Barbosa, representantes dos aposentados tentarão um encontro com o presidente da Câmara, deputado Michel Temer (PMDB-SP), para discutir projetos que minimizem a perda dos aposentados

17:17
Anónimo disse...
Previdência
Previdência prorroga isenção de tarifas no benefício

O atual sistema de pagamento aos 26 milhões de aposentados e pensionistas do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) será mantido até o final deste ano. O acordo, que permite realizar a operação sem nenhum custo aos beneficiários, foi renovado nesta sexta-feira, entre o governo federal e 21 instituições financeiras.

Por meio desse acordo, vigente desde setembro de 2007, nem os segurados, nem os bancos e nem o governo arcam com o pagamento de tarifas, conforme explicou o ministro da Previdência Social, José Pimentel. A prorrogação vale até dezembro, data máxima para que a Previdência defina as regras para um novo contrato.

Ao assinar o termo de renovação, na sede da Federação Brasileira dos Bancos (Febraban), o ministro disse que a intenção do governo é mudar o atual modelo de gestão visando a reduzir os custos dessas operações em torno da folha mensal, que atinge R$ 15,8 bilhões. No entanto, qualquer alteração, conforme explicou, passará antes por audiências públicas a serem realizadas a partir do segundo semestre deste ano, atendendo a determinação do Tribunal de Contas da União (TCU).

De acordo com Pimentel, com um redesenho do mecanismo de repasse dos recursos aos bancos em torno da folha de pagamento dos segurados o que se busca é um aumento da participação de instituições financeiras. Ele informou que, desde 2007, cada benefício custa em média R$ 1,07 ao governo. "Quanto mais instituições financeiras estiverem prestando serviços à sociedade, maior é a competitividade, a agilidade no atendimento", justificou.

O ministro observou, ainda, que, para permitir uma redução para algo em torno de meia hora no tempo de atendimento para a concessão dos direitos previdenciários, o governo investiu R$ 280 milhões.

Questionado sobre o descontentamento dos segurados que ganham acima de um salário mínimo terem obtido apenas a correção com base na variação do Índice de Preços ao Consumidor (INPC) , ficando abaixo do reajuste dado a quem recebe apenas o mínimo, Pimentel argumentou que o governo seguiu o que determina a lei e descartou a possibilidade de uma revisão

17:17
Anónimo disse...
Empresas
Caterpillar oferece aposentadoria antecipada a 2 mil


A companhia americana Caterpillar ofereceu a cerca de dois mil funcionários incentivos para que se aposentem de forma voluntária antes do previsto, pela perspectiva de uma queda "significativa" da atividade industrial, informou nesta quarta-feira a empresa.

A iniciativa, destinada aos trabalhadores de diversas fábricas em Illinois, Colorado, Tennessee e Pensilvânia, se soma aos cortes de empregos anunciados em janeiro, explicou em comunicado de imprensa.

A empresa, a maior fabricante mundial de maquinaria pesada para a construção e a mineração, acrescentou que, "em função das condições de negócio, podem ser necessárias mais reduções de elenco voluntárias e involuntárias à medida que o ano avança".

O vice-presidente da companhia, Sid Banwart, explicou que a empresa prevê "demissões significativas em todas as regiões geográficas e na maioria dos setores devido às dificuldades da economia mundial".

17:18
Anónimo disse...
Comércio
Comércio exterior da OCDE caiu no 3º trimestre de 2008


As exportações e as importações dos países da Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Econômico (OCDE) caíram 1,6% e 0,2%, respectivamente, no terceiro trimestre de 2008, em relação aos três meses anteriores.

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Trata-se da primeira queda destas atividades desde o terceiro trimestre de 2006, segundo o último relatório trimestral sobre fluxos comerciais divulgado pela OCDE.

As exportações e as importações em dólares dos 30 Estados-membros caíram 15,6% e 17%, respectivamente, na comparação anualizada.

Por sua vez, o comércio dos sete países mais ricos do mundo (G7) teve um pequeno crescimento no terceiro trimestre de 2008 com uma queda das exportações de mercadorias de 0,2% em relação ao trimestre anterior e um aumento de 0,4% das importações.

Em termos anualizados, as importações do G7 caíram 1,4% entre julho e setembro do ano passado, seu primeiro retrocesso desde o terceiro trimestre de 2006, enquanto as exportações aumentaram 1,9%, seu crescimento mais baixo no mesmo tempo.

Por países, a Alemanha aumentou suas importações em 3,4% - valor mais alto do G7 -, enquanto suas exportações caíram 2,9% do segundo para o terceiro trimestre de 2008.

Pelo contrário, as exportações americanas aumentaram 1,8% entre julho e setembro de 2008, enquanto as importações caíram 0,7% em relação ao trimestre anterior. No Japão, tanto as importações quanto as exportações caíram em torno de 1% no mesmo período.

17:19
Anónimo disse...
Economia Nacional
Lula: juros de crédito consignado a aposentados são altos

Atualizada às 17h29

O presidente Luis Inácio Lula da Silva afirmou nesta terça-feira, em São Paulo, que está lutando para reduzir as taxas de juros cobradas de aposentados em crédito consignado. A Previdência Social estabelece uma taxa máxima de 2,5% para empréstimo e de 3,5% para cartão. Para Lula, os valores são altos.

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"Acho que o juro que os aposentados estão pagando hoje com o crédito consignado é alto para o padrão brasileiro", disse o presidente durante a cerimônia de comemoração dos 86 anos do INSS.

A Previdência anunciou nesta terça-feira que aposentados e trabalhadoras com licença-maternidade poderão receber seus benefícios em 30 minutos. De acordo com Lula, em junho, a aposentadoria do trabalhador rural também será conseguida em meia hora.

Além disso, o presidente anunciou que, também em junho, os trabalhadores que alcançarem o direito à aposentadoria passarão a receber em suas casas um comunicado da Previdência informando o fato e o valor do salário que têm direito a receber. "É um comprometimento público que estou fazendo com os companheiros da Previdência Social", disse.

"Estamos retribuindo ao contribuinte da Previdência Social aquilo que é a cidadania que ele tem direito", afirmou Lula. "Se para cobrar nós somos tão precisos, para devolver o dinheiro, temos que chegar próximo à perfeição", completou.

17:20
Anónimo disse...
Economia Nacional
Salário maternidade sairá em 30 minutos, diz ministro

Toda trabalhadora autônoma que tiver contribuído pelo menos 10 meses com o Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) - ou as que possuírem carteira assinada - poderão receber em 30 minutos o salário maternidade a partir desta terça-feira. Da mesma forma, as mulheres com 30 anos de contribuição e os homens com 35 anos também terão direito ao benefício de forma mais rápida. A informação é do ministro da Previdência Social, José Pimentel.

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Para requerer o salário maternidade, é preciso que as autônomas levem a carteira de identidade e o carnê de contribuição. As demais trabalhadoras devem apresentar a identificação e a carteira de trabalho. Desde o início do mês, a nova forma de análise para a concessão de benefícios foi adotada para a aposentadoria por idade do trabalhador urbano e agora foi estendida para o salário maternidade e por tempo de contribuição.

O ministro disse que a qualificação do serviço da previdência social é o reconhecimento do direito dos trabalhadores e da afirmação da cidadania.

"Até pouco tempo na cabeça do cidadão o serviço devia ser de péssima qualidade. Agora não, nós modificamos toda a legislação no mês de dezembro numa ação conjunta do Congresso Nacional com o governo federal. Estamos implantando e concedendo os benefícios em até 30 minutos", afirmou.

O ministro destacou que para conseguir se aposentar ou ter acesso à licença maternidade em 30 minutos, em primeiro lugar, é necessário que o cidadão esteja vinculado à Previdência, o que inclui 65% da população acima de 16 anos de idade.

"Depois bastar marcar pelo sistema 135 o dia e a hora do atendimento e levar a documentação. Se todos os dados necessários estiverem corretos o contribuinte será atendido em até 30 minutos, como vem sendo feito com as aposentadorias por idade desde o dia cinco de janeiro", explicou.

Pimentel disse ainda que em 90% das agências da previdência social o atendimento é marcado em até 48 horas. Nos grandes centros, entretanto existe um volume maior o que torna mais lento o processo.

"Estamos criando mais 715 agências até 2010, em todo o território nacional, para descentralizar o atendimento. Em 2008, atendemos 295 mil benefícios e aposentadorias por idade. Temos 4 mil pessoas por dia procurando e se aposentando por idade no território nacional. Este serviço será agilizado", concluiu.
17:28
Anónimo disse...
Giuseppe Englaro, pai de Eluana, a italiana que morreu na segunda-feira passada por desidratação, recusou uma grande soma de dinheiro de um conhecido fotógrafo italiano que queria retratar a filha em estado de coma, disse neste sábado o neurologista que atendia a mulher desde 1996, Carlo Defanti.

O neurologista, que participou hoje de uma conferência sobre eutanásia, disse que Englaro respeitou a vontade da filha, que, antes do acidente, tinha pedido que, se lhe ocorresse qualquer coisa irreversível, apresentasse sua imagem de quando estava em boas condições.

Antes de sofrer o acidente de trânsito, em 1992, Eluana viveu o coma de um amigo, Alessandro, o que causou forte impacto na italiana e a levou a fazer o pai prometer que não a deixasse viver em estado vegetativo, disse o próprio Giuseppe Englaro.

Defanti, que dissera que Eluana poderia viver de dez a 12 dias depois da suspensão da alimentação e da hidratação, disse que, como médico, tinha que reprovar esta afirmação.

"Não se pode sobreviver após três ou quatro dias sem líquido e, em particular, água em um corpo. Sabemos bem que, quando há um terremoto, após quatro dias é difícil encontrar sobreviventes".

Defanti ressaltou que Eluana "não falava, não se comunicava com o exterior" e que, após vários exames, "nos deparamos com uma moça que tinha perdido a consciência", porque estava com o córtex cerebral prejudicado.

Eluana foi enterrada na quinta-feira passada no túmulo da família na localidade de Paluzza, em Udine, após um funeral que não contou com a presença dos pais.

16:53
Anónimo disse...
Os bombeiros combatem neste sábado os incêndios na Austrália favorecidos pelo bom tempo, enquanto os deslocados encotram em seu retorno casas derruídas, carros queimados nas ruas e destruição.

Depois de sete dias desde que começaram os incêndios no Estado de Victoria, a lista de mortos chega a 181, os desaparecidos somam 50, os edifícios destruídos totalizam 1,834 mil e o terreno arrasado, principalmente florestas, ocupa uma área de 4,13 mil quilômetros quadrados.

As equipes de bombeiros, formadas por 4 mil profissionais de Victoria, de outras partes da Austrália e de países amigos, combateram hoje 12 focos fora de controle e nenhum representava uma ameaça direta para a população.

O subdiretor do Serviço de Bombeiros, Geoff Conway, disse que este tempo favorável, que se prolongará durante o domingo, permite consolidar as linhas de contenção e avançar na extinção das chamas.

Cinzas apareceram arrastadas por ventos do nordeste sobre Melbourne, onde habitam 3,8 milhões de pessoas, e as autoridades alertaram aos cidadãos do risco para a saúde de idosos, crianças e pessoas com problemas respiratórios.

O número de pessoas deslocadas - a Cruz Vermelha chegou a receber 7 mil - começou a cair com a abertura de algumas localidades atingidas.

Os incêndios, alguns criminosos, começaram em 7 de fevereiro, quando a região sul da Austrália estava há duas semanas sob uma onda de calor sem precedentes.

Na sexta-feira passada, a polícia acusou uma pessoa de ter provocado o incêndio que atingiu a localidade de Churchill e matou 21 pessoas.

16:55
Anónimo disse...
A primeira chuva em seis dias reduziu a ameaça de incêndios no Estado de Victoria, ao sul da Austrália. As autoridades, porém, advertiram que ainda existem 12 focos, mas que nenhum deles ameaça áreas povoadas.

Mais de quatro mil bombeiros, mil provenientes de outras partes do país e de outras nações, trabalham contra o fogo. Cerca de 600 veículos e 28 helicópteros e pequenos aviões estão sendo usados.


Eles conseguiram construir linhas de contenção para evitar os incêndios de Yarra e Maroondah se juntassem. Também foram controlados os incêndios abertos de Yea e Murrindindi, que ameaçavam as comunidades de Connellys Creek, Crystal Creek, Scrubby Creek e Native Dog Creek.

O número de mortos chegou a 181, mas as autoridades acreditam que as vítimas devem passar de 200, já que ainda há muitos desaparecidos.

16:55
Anónimo disse...
Aqui nesta coluna, na semana passada, tive a oportunidade de comentar sobre a recente visita do professor brasileiro Pedrinho Guareschi à Austrália. Não dei, porém, os fatos, pois semana passada o assunto era outro.

Hoje, porém, vamos a eles.

No último dia 4 de fevereiro, aconteceu o Seminário "Paulo Freire: Education and Liberation", organizado pelo centro de estudos latino-americanos da Universidade Nacional da Austrália, ou ANU, como é mais conhecida por aqui.

A ANU, para quem não sabe, está entre as 20 melhores universidades do mundo! E tem sede aqui em Camberra, capital da Austrália.

Na abertura do evento, o professor John Minns, diretor do centro latino-americano, ao dar boas-vindas ao público presente, lembrou ser aquele o primeiro seminário exclusivamente dedicado a Paulo Freire na Austrália.

Em seguida, convidou Pedrinho Guareschi, palestrante principal do Seminário, a fazer sua apresentação.

A plateia pode então conhecer, pelas palavras de Pedrinho, um pouco da obra e da vida de Freire, esse brasileiro de fé e valor, que sempre acreditou na educação, sobretudo dos menos favorecidos, analfabetos, como força libertadora.

Como não podia deixar de ser, os conceitos e ideias revolucionários de Paulo Freire, expostos com clareza por Pedrinho, despertaram o interesse e a curiosidade de plateia. A qual, deve-se notar, era na maioria de estudantes, mas de várias nacionalidades, sobretudo australianos e asiáticos.

Na continuação do programa do seminário, que se estendeu por dois dias, outros professores fizeram palestras sobre temas ligados à obra de Paulo Freire.

Interessante, por exemplo, saber que a professora Anne Hickling-Hudson, jamaicana que mora na Austrália há muitos anos (é professora da ANU), conheceu e trabalhou com Freire num workshop educacional durante a revolução na Ilha de Granada, em 1980, antes da invasão dos Estados Unidos...

Ou, então, a palestra da Professora Gerda Roelvink, da Nova Zelândia, que participou do Fórum Social de Porto Alegre em 2005. E essa participação transformou-se em tema de doutorado.

No dia 10, terça-feira passada, o padre Pedrinho Guareschi voltou a falar ao público australiano em grande auditório localizado no belíssimo campus da ANU. Desta vez, sobre a Teologia da Libertação.

Depois da palestra, John Minns mostrou o filme mexicano "O Crime do Padre Amaro", no qual um dos personagens é um padre católico praticante da Teologia da Libertação.

Mais uma vez, foi grande o intersse da platéia, que pode aprender e conhecer um pouco como se desenvolveu aquele importante movimento católico na América Latina.

Fica, assim, ao Pedrinho, bem como a outros brasileiros estudiosos e de bom coração que saem pelo mundo a divulgar aspectos importantes da cultura brasileira, o respeito e a homenagem desta coluna. E... aquele abraço!

16:57
Anónimo disse...
Amanda Kitts perdeu o braço esquerdo em um acidente de automóvel acontecido três anos atrás, mas hoje em dia ela joga futebol americano com seu filho de 12 anos de idade, troca fraldas e abraça as crianças nas três creches Kiddie Cottage que opera em Knoxville, Tennessee. Kitts, 40 anos, faz tudo isso com a ajuda de um novo tipo de braço artificial que se movimenta com mais facilidade do que outros aparelhos e que ela pode controlar utilizando apenas seus pensamentos.

"Eu sou capaz de mexer a mão, o pulso e o cotovelo ao mesmo tempo", diz. "Você pensa e os músculos se movem em seguida".

A recuperação que ela conseguiu resulta de um novo procedimento que vem atraindo crescente atenção porque permite que pessoas movam braços protéticos de forma mais automática do que faziam no passado, simplesmente utilizando nervos reaproveitados em seus cérebros.

A técnica, conhecida como "renervação muscular dirigida", envolve utilizar os nervos que restam depois da amputação de um braço e conectá-los a outro músculo do corpo, em geral no peito. Eletrodos são instalados sobre os músculos do peito, e operam como se fossem antenas. Quando a pessoa deseja mover o braço, o cérebro envia sinais que primeiro resultam em contração dos músculos do peito, os quais enviam um sinal ao braço protético, instruindo-se a se movimentar. O processo não requer mais esforços consciente do que a pessoa teria de exercitar caso ainda tivesse seu braço natural.

Na terça-feira, pesquisadores reportaram em estudo publicado pela versão online do Journal of the American Medical Association que haviam levado a técnica ainda mais à frente, tornando possível a execução de 10 movimentos de mão, pulso e cotovelo diferentes, o que representa uma substancial melhora com relação ao típico repertório protético, que em geral envolve apenas dobrar o cotovelo, girar o pulso e abrir a mão.

"Os novos métodos tiveram impacto dramático em nosso campo de trabalho", disse Stuart Harshbarger, engenheiro biomédico na Universidade Johns Hopkins e diretor do programa de pesquisa sobre próteses, financiado pelas forças armadas, que inclui o trabalho com essa técnica. "O método já está em uso por médicos e cirurgiões comuns em todo o país. A capacidade de controlar um membro protético bastante robusto que ele confere surpreendeu a todos pela qualidade".

Tipicamente, uma pessoa que tenha um braço protético só é capaz de executar alguns poucos movimentos, e muitas vezes com tamanha lentidão que isso só permite a ela atividades limitadas.

Há um motor separado para cada movimento, diz Gerald Loeb, professor de engenharia biomédica na Universidade do Sul da Califórnia, "e esses motores precisam ser controlados de maneira explícita", usualmente por um esforço consciente da pessoa para contrair músculos nas costas ou no bíceps.

"Essencialmente, até agora os pacientes controlavam apenas um motor de cada vez", diz Loeb, "e precisavam pensar cuidadosamente sobre que motor desejavam controlar e como fazê-lo operar, em lugar de simplesmente pensarem em mover o braço e poderem fazê-lo sem delongas".

Antes que Kitts passasse pelo procedimento de renervação, em outubro de 2007, por exemplo, ela precisava movimentar os músculos de suas costas de determinada maneira para fazer com que seu pulso girasse, e flexionar seu bíceps e tríceps para fazer com que o cotovelo se movesse para cima e para baixo. "Era muito trabalho", ela conta. "E não me ajudava muito".

O procedimento de renervação é parte de uma recente explosão de idéias novas e técnicas inovadoras que estão sendo exploradas enquanto os cientistas se esforçam por ajudar as pessoas a compensar melhor a perda de membros ou problemas de paralisia. O esforço vem sendo alimentado pelo aumento no número de amputações causado por diabetes e por ferimentos sofridos pelos militares, e ao mesmo tempo pelos avanços na tecnologia médica.

Os braços se tornaram um dos focos essenciais desse tipo de trabalho. A ciência há muito vem obtendo sucessos no desenvolvimento de próteses de perna, mas é muito mais difícil imitar a complexidade e a destreza das mãos e dos braços.

Os esforços em curso incluem o desenvolvimento de projetos de pele e braços mais sensíveis e mais flexíveis, e o uso de dispositivos acionados por controles sem fio implantado nos braços protéticos, que permitiriam movimentos mais naturais.

Os pesquisadores também vêm usando sensores implantados nos cérebros de cobaias para permitir que dois macacos controlem um braço mecânico, e um teste com um homem paralítico permitiu, com esse método, que ele movimentasse um cursor em uma tela de computador.

Alguns desses métodos, caso venham a ser aperfeiçoados plenamente e consigam aprovação das autoridades regulatórias da saúde, podem no futuro se tornar mais viáveis para os pacientes de amputações.

E embora a técnica da renervação não requeira aprovação das autoridades regulatórias porque é executada por meios cirúrgicos e emprega aparelhos já existentes, ela apresenta limitações que até mesmo seus criadores reconhecem, entre as quais o fato de que não se pode utilizá-la para todos os pacientes, o seu alto custo e o prazo de meses requerido para que os nervos reconectados cresçam e se tornem efetivos.

Ainda assim, os especialistas dizem que é o mais avançado sistema em uso hoje para pacientes reais que permite que o sistema nervoso controle diretamente o movimento de um braço artificial.

Desde sua introdução por Todd Kuiken, médico fisioterapeuta e engenheiro biomédico do Instituto de Reabilitação de Chicago, o método foi empregado em cerca de 30 pacientes nos Estados Unidos, Canadá e Europa, entre os quais oito soldados feridos no Iraque e no Afeganistão.

Muitos dos pacientes, entre os quais o primeiro, Jesse Sullivan, um operário do setor elétrico no Tennessee que perdeu os dois braços quando foi eletrocutado por um cabo, conseguem não apenas manipular seus braços protéticos mas sentir a presença das mãos que já não têm quando alguém toca em seus peitos.

Sullivan, 62 anos, e Kitts, estavam entre os cinco pacientes que participaram do estudo reportado na terça-feira. Em companhia de cinco outras pessoas que não passaram por amputações, eles receberam os eletrodos e foram instruídos a usar pensamentos para fazer com que um braço virtual na tela reproduzisse 10 movimentos diferentes, entre os quais três formas diferentes de aperto de mão.

Os pacientes apresentaram desempenho bastante respeitável, apenas um pouco mais lento e menos preciso do que os dos participantes que não tinham amputações.

"As velocidades de movimento que encontramos em nossos pacientes foram realmente encorajadoras", disse Kuiken. "Eles conseguiram completar a tarefa. É claro que não foram tão competentes quanto as pessoas dotadas de plena capacidade física, mas foram bons o bastante".

Um braço virtual foi usado porque a maioria das próteses existentes não era capaz de acomodar todos aqueles movimentos, no momento da pesquisa, ainda que Sullivan, Kitts e uma terceira paciente, Claudia Mitchell, tenham experimentado dois novos protótipos mais versáteis de braços artificiais, executando tarefas complexas com bolas de tênis e outros objetos.

O trabalho de renervação em soldados apresenta outros desafios, diz Kuiken, porque os ferimentos militares muitas vezes "causam danos muitos extensos" a nervos, músculos ou ossos.

Daniel Acosta, 25 anos, um aviador ferido pela detonação de uma bomba em uma estrada do Iraque em 2005, passou pelo procedimento no ano passado e diz que seu braço esquerdo protético agora se movimenta "muito mais rápido" e de maneira muito mais natural.

"A diferença é que agora não preciso mais pensar para mover o braço", ele diz. "Ele simplesmente se mexe".

Ainda assim, Acosta, de San Antonio, diz que "o processo foi bastante longo" e que os eletrodos precisam ser ajustados para receber os sinais à medida que os nervos crescem ou mudam de posição.

E embora elogiem o método, os especialistas afirmam que a ciência das próteses de braço ainda tem muito por avançar.

"Trata-se de uma parte crucial, mas ainda assim apenas uma parte, das muitas coisas que compreendem a função normal de um braço", disse Loeb, que escreveu um editorial que acompanha o artigo no Journal of the American Medical Association.

"No momento estamos a meio do caminho entre o braço de 'Dr. Fantástico', que fazia involuntariamente a saudação nazista, e o braço de Luke Skywalker em 'Guerra nas Estrelas', que funciona sem nenhum problema assim que é conectado. Creio que precisaremos ainda de muitos anos para conectar todas as peças necessárias a produzir um braço capaz de funcionar normalmente".

17:04
Anónimo disse...
A Espanha disse neste sábado que está preparando uma reclamação oficial contra a decisão da Venezuela de expulsar um membro do Parlamento Europeu que criticou o conselho eleitoral venezuelano.
Luis Herrero, membro do partido conservador espanhol PP, foi deportado na sexta-feira depois que o Conselho Nacional Eleitoral (CNE) o acusou de questionar a imparcialidade da instituição antes de um referendo que pode permitir ao presidente Hugo Chávez permanecer no cargo indefinidamente.

Herrero estava na Venezuela como observador do referendo. Ele acusou Chávez de ter "comportamentos típicos de um ditador" por pedir a contenção de manifestações da oposição.

O governo da Espanha convocou um encontro com o embaixador da Venezuela em Madri para expressar a desaprovação sobre a expulsão de Herrero, disse um representante do Ministério das Relações Exteriores espanhol.

As relações da Venezuela com a Espanha tiveram seu ponto crítico em 2007, quando Chávez ameaçou rever acordos diplomáticos e comerciais depois de ouvir um "cala a boca" do rei espanhol Juan Carlos durante uma cúpula.

A fenda foi oficialmente reparada em 2008, com uma visita oficial de Chávez à Espanha, onde ele cumprimentou o rei e discutiu acordos para investimento no setor petroquímico com o primeiro-ministro José Luis Rodriguez Zapatero.

17:06
Anónimo disse...
A polícia do Zimbábue anunciou neste sábado que acusa de traição Roy Bennett, dirigente do até agora opositor Movimento para a Mudança Democrática (MDC), detido na sexta-feira, em Harare, poucas horas antes da cerimônia de posse dos membros do novo gabinete.

"A Polícia nos informou que vão apresentar acusações de traição", disse à agência EFE o advogado de defesa de Bennett, Trust Maanda.

"Tentam relacionar Roy com o caso de Mike Hitschmann, que foi detido em 2006 em relação à descoberta de um carregamento de armas, apesar de que Hitschmann não tenha sido declarado culpado das acusações de traição apresentadas contra ele, mas de um crime menor de descumprimento de leis", disse Maanda.

O político opositor, designado por seu partido como vice-ministro de Agricultura no Governo de união nacional, esteve no exílio na vizinha África do Sul desde 2006 e retornou ao Zimbábue há duas semanas.

Segundo a Polícia, que deteve Bennett ontem no aeroporto de Harare quando pretendia ir à África do Sul para visitar sua família, as armas apreendidas em 2006 seriam utilizadas em um golpe de Estado para derrubar o presidente do Zimbábue, Robert Mugabe.

Depois da detenção, Bennet foi levado a Mutar, onde vários simpatizantes do MDC se concentraram em frente à delegacia na qual estava detido, diante do que a Polícia respondeu com tiros para o alto para dispersar os manifestantes.

17:07
Anónimo disse...
Austrália: 14 mil se candidatam a 'emprego dos sonhos'

A secretaria de Turismo de Queensland, na Austrália, informou que até esta segunda-feira já recebeu cerca de 14 mil inscrições para o "o melhor emprego do mundo". O Estado australiano promove pela internet seleção para vaga de "zelador" da ilha Hamilton, por seis meses com um salário de R$ 40 mil.

Muitos candidatos tiveram problemas durante a inscrição por conta dos acessos simultâneos ao site. A secretaria aconselha enviar os vídeos de 60s explicando porque deve ser escolhido em horários alternativos do dia, além de recomendar tamanho em torno de 40MB.

As inscrições começaram em 12 de janeiro e vão até o próximo dia 22 e podem ser feitas pelo site www.islandreefjob.com. O governo australiano escolherá 50 candidatos para a próxima fase da seleção, que terá votos do público para eleger um dos 11 finalistas.

A última fase terá entrevistas e desafios físicos, no próprio local de trabalho: as ilhas da Grande Barreira Coralina - o maior recife de coral do mundo. A secretaria de Turismo anunciará o vencedor no dia 6 de maio.

17:09
Anónimo disse...
Mercado elogia governo na crise, mas pede maior queda no juro

Peter Fussy
Direto de São Paulo

Desde as primeiras medidas anunciadas para combater os efeitos da crise, o governo brasileiro avisou que a estratégia não contemplaria um pacote. Seriam doses pontuais, de acordo com a necessidade da economia diante do agravamento das turbulências. Da primeira liberação dos depósitos compulsórios em setembro até a ampliação do seguro-desemprego na última quarta-feira, o governo passou por redução de impostos, ampliação de crédito e incentivos à exportação. Quase 150 dias após a primeira medida, o Terra conversou com líderes do setor público e privado, representantes dos trabalhadores, acadêmicos e com o próprio governo para saber quais destas ações foram mais eficazes, quais foram mais ineficientes e o que mais pode ser feito pelo Estado brasileiro contra a crise.

Os maiores elogios foram direcionados à atitude de reduzir o Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) para a indústria automobilística, anunciada em dezembro e que fez com que os emplacamentos de carros novos subissem 1,9% no primeiro mês do ano em relação a dezembro de 2008. Já as maiores críticas foram para a lentidão no corte da taxa básica de juro do País.

Para o presidente do conselho administrativo do Grupo Pão de Açúcar, Abílio Diniz, o Estado não é responsável pela crise e mesmo assim está agindo "com extrema serenidade e muito acerto". "O governo está atento, fazendo a sua parte. É preciso coragem de baixar firmemente a taxa de juros. É uma arma que temos a nosso favor, já que não há clima para inflação, nem possibilidade de danos para a macroeconomia", afirmou Diniz.

Na última reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), em janeiro, a taxa Selic foi reduzida em um ponto percentual, de 13,75% para 12,75% ao ano. Porém, o professor de economia da Universidade de Brasília (UnB) José Luiz Oreiro lembra que este corte representa uma redução de apenas 0,25 ponto percentual com relação à taxa de setembro do ano passado, quando a crise se agravou.

"Pouco antes da eclosão da crise, o Banco Central aumentou a taxa em 0,75 ponto. Foram cinco meses de demora para reduzir em termos líquidos apenas 0,25 ponto", afirmou o economista, que também sugeriu redução do intervalo de cerca de 90 dias entre as reuniões do Copom e o corte de pelo menos um 1 ponto percentual em cada reunião.

Mesmo com o corte de janeiro, a taxa de juros real continua sendo a maior do mundo, lembrou o secretário-geral da Força Sindical, João Carlos Gonçalves, o Juruna. "A redução da taxa de juro ainda é pequena, porque ela continua uma das mais altas do mundo. Falta ousadia para baixar os juros e ajudar o cidadão. A permanência da taxa de juro alta é negativa para o País em meio a crise", afirmou Juruna.

Embora aprove as ações do governo, o senador Aloízio Mercadante (PT-SP) também acredita que o patamar da Selic está muito alto. "Sempre fomos os primeiros a entrar em qualquer crise, o que não aconteceu agora. A taxa Selic ainda é muito alta, mas o governo têm tomado medidas acertadas, como o aumento do salário mínimo, mesmo com um cenário de crise. Isso ajuda a movimentar o consumo. O governo está se esforçando para manter os investimentos e o crescimento", disse.

Tributos
De acordo com o economista Fabio Pina, da Fecomercio-SP, as ações mais positivas estão relacionadas à redução de tributos para alguns segmentos, como a indústria automobilística, que recuperou parte da queda nas vendas em janeiro com a isenção do IPI para carros 1.0 l e o corte para demais motorizações. A medida vale até o final de março.

"Essas medidas não só reduziram o preço, mas anteciparam o consumo daqueles que iriam comprar no futuro, dando um prêmio por conta da insegurança. Mexe diretamente com o principal problema que é a confiança do consumidor", afirmou. Juruna destacou que um bom ritmo de vendas é garantia de emprego. "É importante porque cada emprego na montadora significa 19 na cadeia produtiva", comentou o representante da Força Sindical.

Também em dezembro, o governo decidiu cortar pela metade a alíquota do Imposto de Renda para contribuintes que ganham entre R$ 1.434 e R$ 2.150 mensais. "O salário aumentava e a tabela não se modificava. As pessoas ganhavam mais e pagavam mais impostos", apontou Juruna. Outra redução de tributos do governo foi com relação ao Imposto sobre Operações Financeiras (IOF), que caiu de 3% ao ano para 1,5%.

Crédito
Na segunda metade de 2008, o colapso de bancos nos Estados Unidos por conta da crise do subprime provocou uma forte restrição de crédito no mundo inteiro. Uma das primeiras medidas anticrise do governo teve como objetivo restabelecer a oferta, com mudanças no recolhimento dos depósitos compulsórios por parte dos bancos. Segundo o presidente do Banco Central, Henrique Meirelles, as diversas modificações liberaram US$ 99,2 bilhões aos bancos até o final de janeiro.

Além disso, o governo concedeu R$ 36 bilhões das reservas internacionais para empresas brasileiras com dívidas no exterior e uma medida provisória autorizou o Banco do Brasil e a Caixa Econômica Federal a comprar carteiras de crédito de bancos privados. Para o diretor do Departamento de Pesquisas e Estudos Econômicos da Fiesp, Paulo Francini, estas medidas foram essenciais para combater os efeitos da crise.

"A crise se desenvolve no mundo em torno do tema crédito. E o crédito reduziu-se barbaridade no mundo. Então o governo lança mão de compulsório, lança mão de reservas, de medidas que permitem aos bancos comprar carteiras de bancos. Você vai tomando várias medidas para atender às demandas e o epicentro disso é crédito", afirmou.

No entanto, Oreiro, da UnB, adverte que a liberação dos compulsórios seria mais eficiente acompanhada de redução mais agressiva da taxa básica de juro. "Uma parte do crédito voltou, depois da forte retração em outubro e novembro. O que deveria ter sido feito junto à liberação do compulsório era uma redução mais drástica da taxa de juro. Sem isso, os bancos pegam as reservas e acabam comprando títulos públicos", explicou o economista.

Na opinião de Pina, as ações de distribuição de crédito via redução do compulsório e a disposição de capital de giro para empresas foram tomadas sem um cuidado maior na operação e não tiveram muito efeito. "O BNDES tem linhas que ficam paradas quase todo o ano, agora é pior ainda. Existem os recursos, mas as empresas e os bancos estão desconfiados. É preciso fazer com que os bancos tenham interesse em emprestar", afirmou o economista da Fecomercio-SP.

Futuro
Mesmo com todas essas medidas, a crise financeira ainda gera incertezas nos setores produtivos do País. Nos últimos meses, o medo do desemprego fez os consumidores adiarem compras. Por sua vez, a queda nas vendas pode obrigar as indústrias a cortarem a produção e demitir funcionários. Contra isso, empresários sugerem redução de jornada e de salários.

"Isto está previsto em lei. A Fiesp simplesmente manteve conversações com entidades sindicais quanto à aplicação daquilo que já está previsto em lei", afirmou Francini.

Segundo a ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff, uma das medidas que assegura um nível de emprego é a manutenção de investimentos no Programa de Aceleração do Crescimento (PAC). "Estamos esperando que a dificuldade ocorra em janeiro, fevereiro e março. Estamos certos que vamos manter o nível de investimento. É isso que funciona, é isso que significa investimento público. Ele funciona como um colchão. Por isso, nós colocamos R$ 100 bilhões no BNDES e a Petrobras ampliou o seu investimento em R$ 120 bilhões", afirmou.

Na mesma linha, Pina explica que a antecipação de gastos do governo substitui parte da demanda retraída do setor privado. "Ele dá o seguinte recado: não vou estourar as contas públicas, mas concentrar em um momento em que a demanda privada está pequena. Mas o governo não tem fôlego suficiente para fazer o papel de toda demanda", ressaltou. O economista da Fecomercio lembrou que a entidade já pleiteou junto ao governo isenções para transferência de imóveis e de automóveis, além de retirar o IPVA para veículos novos.

Já Oreiro foca suas propostas na capitalização do Banco do Brasil e da Caixa Econômica Federal pelo Tesouro para atender a demanda de crédito para capital de giro e reduzir o spread. "Aumentando o empréstimo e reduzindo as taxas, os dois vão forçar os bancos privados a acompanhar o movimento, até para não perderem participação no mercado", explicou o economista da UnB.

Até o Carnaval, o governou prometeu detalhar um pacote de incentivos para a construção de até um milhão de casas populares, direcionado a famílias com renda de até dez salários mínimos. "Estamos atentos a tudo o que está acontecendo e novas medidas serão tomadas caso haja uma avaliação de que sejam necessárias", disse o ministro da Fazenda, Guido Mantega, na última sexta-feira.

17:11
Anónimo disse...
Ex-ministro critica extensão do seguro-desemprego

Atualizada às 09h03

O ex-ministro do Trabalho Almir Pazzianotto criticou a decisão do governo federal de conceder o seguro-desemprego estendido a apenas alguns setores. "É certamente odioso e provavelmente inconstitucional", disse Pazzianotto, de acordo com o jornal O Estado de S. Paulo.

Na última qurta, dia do anúncio da medida, centrais sindicais elogiaram a atitude do governo. A Força Sindical divulgou nota dizendo que "o aumento ajudará a aquecer parte da economia, já que irá gerar mais consumo, produção e conseqüentemente, a criação de novos postos de trabalho". A União Geral dos Trabalhadores (UGT) afirmou que a medida "contribuirá para minimizar o drama dos trabalhadores que perderem seu emprego por conta da crise".

O ex-ministro, que instituiu o seguro-desemprego no País no governo de José Sarney, destacou a necessidade de as centrais sindicais se manifestarem contra a determinação. Para ele, as mudanças devem ser aplicadas a todas as categorias profissionais e a distinção é contrária ao artigo 3º da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT).

Pazzianotto atribui a medida a um possível temor do governo de que a crise econômica seja longa e não haja dinheiro para atender a todas as necessidades. Ainda assim, ele se mostra contrário ao método de concessão. "O seguro-desemprego ajuda a sanar necessidades básicas. Estendê-lo é paliativo, não a solução", disse ao jornal.

De acordo com o presidente do Conselho Deliberativo do Fundo de Amparo ao Trabalhador (Codefat) e conselheiro da Força Sindical, Luiz Fernando Emediato, a determinação já estava prevista na lei 8.900/94, que trata do seguro-desemprego.

O presidente da Comissão de Trabalho da Câmara, Pedro Fernandes (PTB-MA) vai além na crítica à concessão do seguro para apenas alguns setores. Ele acredita que a ampliação do benefício estimula o desemprego.

Quintino Severo, secretário geral da Central Única dos Trabalhadores (CUT), lembra que a ampliação do benefício sem critério e identificação pode incentivar demissões em outros setores.

17:13
Anónimo disse...
Empresas
TAM faz promoção para destinos internacionais

A companhia aérea TAM anunciou nesta sexta-feira tarifas promocionais para trechos internacionais. Os preços valem para bilhetes comprados entre 6h deste sábado e 23h59 deste domingo e são válidos para classe econômica. As tarifas, para ida e volta, serão vendidas a partir de US$ 99, mais taxas.

Segundo a aérea, a promoção vale para viagens feitas no período de 14 de fevereiro a 18 de junho de 2009. Para destinos na América do Sul, a permanência mínima é de dois dias; para bilhetes com destino nos Estados Unidos, cinco dias; e Europa, sete dias. A permanência máxima para as passagens para América do Sul e EUA é de dois meses e para Europa, três meses.

Entre os exemplos de tarifas promocionais, a TAM oferece São Paulo-Lima por US$ 99. Bilhetes para a rota São Paulo-Santiago serão vendidos a partir de US$ 199 e São Paulo-Nova York, US$ 799.

A emissão dos bilhetes deve ser feita obrigatoriamente no ato da reserva, obedecendo às regras estipuladas pela companhia. A compra está sujeita à disponibilidade de assentos nas classes tarifárias determinadas, trechos, horários e datas. A TAM afirmou que também há tarifas promocionais para a classe executiva.

Mais informações podem ser encontradas no site promocional (www.ofertastam.com.br), no site da empresa (www.tam.com.br) ou pelos telefones 4002-5700 ou 0800 5705700.

17:13
Anónimo disse...
Empresas
Consultoria negocia compra do parque temático Hopi Hari

A consultoria especializada em reestruturação de empresas Íntegra Associados informou nesta sexta-feira ter um acordo para comprar o parque de diversões Hopi Hari, localizado no interior de São Paulo. A empresa estaria disposta a investir R$ 10 milhões no parque, que tem dívida estimada em R$ 800 milhões. As informações são da edição deste sábado do jornal Folha de S. Paulo.

De acordo com o jornal, a transação ainda depende da negociação entre o Hopi Hari e seus credores, o que já estaria em andamento.

A consultoria paulista já atuou junto à Parmalat, durante 30 meses, quando reorganizou a gestão da empresa italiana.

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17:14
Anónimo disse...
Empresas
Disney de Tóquio contratará mais 2 mil apesar da crise


A Oriental Land, o operador da Disneylândia Tóquio e DisneySea, organizou neste domingo entrevistas para contratar cerca de 2 mil trabalhadores em tempo parcial, em um momento de grandes demissões deste tipo de empregados no Japão.

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O operador deste parque temático, situado em Urayasu, na província de Chiba (leste de Tóquio), está em pleno processo de seleção de empregados para 20 tipos de postos trabalhistas diferentes.

Segundo a companhia, citada pela agência local de notícias Kyodo, o parque contratará novos trabalhadores para as atrações, para os restaurantes e guardas de segurança entre outros. Os novos contratados começarão a trabalhar a partir de fevereiro.

O processo de seleção acontece em um momento em que a maioria das grandes companhias japonesas começaram a se ver obrigadas a despedir uma elevada percentagem de seus trabalhadores temporários e a tempo parcial.

Algumas inclusive anunciaram demissões de seus trabalhadores fixos, uma medida muito pouco comum nas companhias japonesas, perante os efeitos piores que o esperado pela crise econômica global.

Cerca de uma centena de pessoas esperavam desde a primeira hora desta manhã a abertura do centro de conferências Tokyo International Forum, onde as entrevistas estão sendo feitas, para ser os primeiros a solicitar os postos de trabalho.


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17:15
Anónimo disse...
Economia Internacional
Senado dos EUA aprova plano de estímulo à economia

O Senado dos Estados Unidos aprovou com 60 votos a favor e 38 contra o plano de estímulo à economia de US$ 787 bilhões na madrugada deste sábado. Agora, ele segue para sanção ou veto do presidente Barack Obama, que espera colocar a lei em prática até o dia 16 de fevereiro.

O plano prevê a criação de três milhões de empregos, inclui cortes de impostos às famílias, fundos para programas sociais e obras públicas, além de ajuda aos governos estaduais, estudantes e desempregados.

A cláusula Buy American - que exige o uso de ferro, aço e produtos manufaturados dos Estados Unidos em obras realizadas com recursos do pacote - ficou de lado. Segundo o texto definitivo, a cláusula será aplicada sem violar as normas do comércio internacional.

Ontem à tarde, a Câmara de Representantes (deputados) havia aprovado, por 246 votos a favor e 183 contra, a versão final do plano. Todos os republicanos foram contrários ao pacote.

Pelo acordo de quarta-feira entre Câmara e Senado, em vez de custar US$ 819 bilhões, como queriam os deputados, ou US$ 838 bilhões como pretendiam os senadores, o pacote ficou em cerca de US$ 787 bilhões, com 65% desse total destinado a gastos do governo federal e 35%, a créditos tributários.

17:16
Anónimo disse...
Economia nacional
Na era Lula, aposentadoria sobe 54% menos que salário mínimo

Thatiane Faria
Especial para o Terra
Direto de São Paulo

Os índices de reajustes concedidos pelo governo em 2009 para aposentados e pensionistas e para o salário mínimo repetiram uma diferença que, só durante o governo de Luiz Inácio Lula da Silva, já chega a 54%. Enquanto o mínimo foi majorado em 12% este ano, as pensões e aposentadorias tiveram aumento de 5,92%. Aposentados que têm o benefício do governo como única fonte de renda reclamam que perdem poder de compra e que sua cesta de compras é composta por itens que aumentam mais em relação à inflação oficial.

Um exemplo prático pode ser entendido a partir da comparação entre um aposentado que ganhava R$ 600 em janeiro de 2003. Na época, o benefício era três vezes, ou 200%, maior que o valor do mínimo em vigência, que era de R$ 200. Aplicando-se os índices de reajuste para aposentadorias e para o mínimo durante os últimos seis anos, o mesmo aposentado estaria recebendo hoje R$ 938,47, comparado a um salário mínimo de R$ 465. A diferença entre os dois valores caiu para pouco mais de 100%.

Enquanto o índice acumulado de reajuste para a aposentadoria durante o governo Lula foi de 60%, para o salário mínimo está em 132%.

O diretor do Sindicato Nacional dos Aposentados, João Inocentini, reclama que os valores dos benefícios para aposentadorias não mantêm o poder de compra do grupo, principalmente dos aposentados que recebem menos que dez salários mínimos.

Nem mesmo o fato de o índice de reajuste das aposentadorias ter ficado acima da inflação acumulada no mesmo período (o IPCA entre janeiro de 2003 e janeiro de 2009 foi de 39,7%) serve de argumento, segundo os aposentados.

"Os idosos, principalmente, têm gastos além das contas gerais como gás, telefone e aluguel. Para eles o custo com remédios, e outros itens da área saúde costuma ser maior", afirmou Inocentini.

O presidente do sindicato afirmou que o grupo realiza um estudo com 100 itens de necessidade de um idoso para comparar o aumento dos produtos com o índice de reajuste do benefício recebido pelos aposentados.

"Daqui dois meses vamos abrir um processo na Justiça e levar essa pesquisa como prova. Segundo a lei, o governo é obrigado a manter o poder de compra com a aposentadoria", disse Inocentini.

Alternativas
O consultor financeiro Cláudio Boriola diz que os aposentados, especialmente nesse momento de crise econômica, devem evitar compras parceladas, pesquisar preços, negociar e fazer bom planejamento financeiro.

Segundo Boriola, alguns aposentados ganham um valor mensal muitas vezes insuficiente para o pagamento das contas e acabam pedindo crédito ou realizando pagamentos a prazo e são obrigados a pagar juros altos.

Na opinião do consultor, pagar uma previdência privada é uma alternativa indicada para quem ainda trabalha, considerando a característica de perda de poder de compra da aposentadoria.

"Na prática, infelizmente os valores encontram-se em um patamar que está deteriorando o poder de aquisição da população brasileira", completou Boriola.

De acordo com o diretor da Confederação Brasileira de Aposentados e Pensionistas (Cobap), Vicente Fernandes Barbosa, representantes dos aposentados tentarão um encontro com o presidente da Câmara, deputado Michel Temer (PMDB-SP), para discutir projetos que minimizem a perda dos aposentados

17:17
Anónimo disse...
Previdência
Previdência prorroga isenção de tarifas no benefício

O atual sistema de pagamento aos 26 milhões de aposentados e pensionistas do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) será mantido até o final deste ano. O acordo, que permite realizar a operação sem nenhum custo aos beneficiários, foi renovado nesta sexta-feira, entre o governo federal e 21 instituições financeiras.

Por meio desse acordo, vigente desde setembro de 2007, nem os segurados, nem os bancos e nem o governo arcam com o pagamento de tarifas, conforme explicou o ministro da Previdência Social, José Pimentel. A prorrogação vale até dezembro, data máxima para que a Previdência defina as regras para um novo contrato.

Ao assinar o termo de renovação, na sede da Federação Brasileira dos Bancos (Febraban), o ministro disse que a intenção do governo é mudar o atual modelo de gestão visando a reduzir os custos dessas operações em torno da folha mensal, que atinge R$ 15,8 bilhões. No entanto, qualquer alteração, conforme explicou, passará antes por audiências públicas a serem realizadas a partir do segundo semestre deste ano, atendendo a determinação do Tribunal de Contas da União (TCU).

De acordo com Pimentel, com um redesenho do mecanismo de repasse dos recursos aos bancos em torno da folha de pagamento dos segurados o que se busca é um aumento da participação de instituições financeiras. Ele informou que, desde 2007, cada benefício custa em média R$ 1,07 ao governo. "Quanto mais instituições financeiras estiverem prestando serviços à sociedade, maior é a competitividade, a agilidade no atendimento", justificou.

O ministro observou, ainda, que, para permitir uma redução para algo em torno de meia hora no tempo de atendimento para a concessão dos direitos previdenciários, o governo investiu R$ 280 milhões.

Questionado sobre o descontentamento dos segurados que ganham acima de um salário mínimo terem obtido apenas a correção com base na variação do Índice de Preços ao Consumidor (INPC) , ficando abaixo do reajuste dado a quem recebe apenas o mínimo, Pimentel argumentou que o governo seguiu o que determina a lei e descartou a possibilidade de uma revisão

17:17
Anónimo disse...
Empresas
Caterpillar oferece aposentadoria antecipada a 2 mil


A companhia americana Caterpillar ofereceu a cerca de dois mil funcionários incentivos para que se aposentem de forma voluntária antes do previsto, pela perspectiva de uma queda "significativa" da atividade industrial, informou nesta quarta-feira a empresa.

A iniciativa, destinada aos trabalhadores de diversas fábricas em Illinois, Colorado, Tennessee e Pensilvânia, se soma aos cortes de empregos anunciados em janeiro, explicou em comunicado de imprensa.

A empresa, a maior fabricante mundial de maquinaria pesada para a construção e a mineração, acrescentou que, "em função das condições de negócio, podem ser necessárias mais reduções de elenco voluntárias e involuntárias à medida que o ano avança".

O vice-presidente da companhia, Sid Banwart, explicou que a empresa prevê "demissões significativas em todas as regiões geográficas e na maioria dos setores devido às dificuldades da economia mundial".

17:18
Anónimo disse...
Comércio
Comércio exterior da OCDE caiu no 3º trimestre de 2008


As exportações e as importações dos países da Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Econômico (OCDE) caíram 1,6% e 0,2%, respectivamente, no terceiro trimestre de 2008, em relação aos três meses anteriores.

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Trata-se da primeira queda destas atividades desde o terceiro trimestre de 2006, segundo o último relatório trimestral sobre fluxos comerciais divulgado pela OCDE.

As exportações e as importações em dólares dos 30 Estados-membros caíram 15,6% e 17%, respectivamente, na comparação anualizada.

Por sua vez, o comércio dos sete países mais ricos do mundo (G7) teve um pequeno crescimento no terceiro trimestre de 2008 com uma queda das exportações de mercadorias de 0,2% em relação ao trimestre anterior e um aumento de 0,4% das importações.

Em termos anualizados, as importações do G7 caíram 1,4% entre julho e setembro do ano passado, seu primeiro retrocesso desde o terceiro trimestre de 2006, enquanto as exportações aumentaram 1,9%, seu crescimento mais baixo no mesmo tempo.

Por países, a Alemanha aumentou suas importações em 3,4% - valor mais alto do G7 -, enquanto suas exportações caíram 2,9% do segundo para o terceiro trimestre de 2008.

Pelo contrário, as exportações americanas aumentaram 1,8% entre julho e setembro de 2008, enquanto as importações caíram 0,7% em relação ao trimestre anterior. No Japão, tanto as importações quanto as exportações caíram em torno de 1% no mesmo período.

17:19
Anónimo disse...
Economia Nacional
Lula: juros de crédito consignado a aposentados são altos

Atualizada às 17h29

O presidente Luis Inácio Lula da Silva afirmou nesta terça-feira, em São Paulo, que está lutando para reduzir as taxas de juros cobradas de aposentados em crédito consignado. A Previdência Social estabelece uma taxa máxima de 2,5% para empréstimo e de 3,5% para cartão. Para Lula, os valores são altos.

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"Acho que o juro que os aposentados estão pagando hoje com o crédito consignado é alto para o padrão brasileiro", disse o presidente durante a cerimônia de comemoração dos 86 anos do INSS.

A Previdência anunciou nesta terça-feira que aposentados e trabalhadoras com licença-maternidade poderão receber seus benefícios em 30 minutos. De acordo com Lula, em junho, a aposentadoria do trabalhador rural também será conseguida em meia hora.

Além disso, o presidente anunciou que, também em junho, os trabalhadores que alcançarem o direito à aposentadoria passarão a receber em suas casas um comunicado da Previdência informando o fato e o valor do salário que têm direito a receber. "É um comprometimento público que estou fazendo com os companheiros da Previdência Social", disse.

"Estamos retribuindo ao contribuinte da Previdência Social aquilo que é a cidadania que ele tem direito", afirmou Lula. "Se para cobrar nós somos tão precisos, para devolver o dinheiro, temos que chegar próximo à perfeição", completou.

17:20
Anónimo disse...
Economia Nacional
Salário maternidade sairá em 30 minutos, diz ministro

Toda trabalhadora autônoma que tiver contribuído pelo menos 10 meses com o Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) - ou as que possuírem carteira assinada - poderão receber em 30 minutos o salário maternidade a partir desta terça-feira. Da mesma forma, as mulheres com 30 anos de contribuição e os homens com 35 anos também terão direito ao benefício de forma mais rápida. A informação é do ministro da Previdência Social, José Pimentel.

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Para requerer o salário maternidade, é preciso que as autônomas levem a carteira de identidade e o carnê de contribuição. As demais trabalhadoras devem apresentar a identificação e a carteira de trabalho. Desde o início do mês, a nova forma de análise para a concessão de benefícios foi adotada para a aposentadoria por idade do trabalhador urbano e agora foi estendida para o salário maternidade e por tempo de contribuição.

O ministro disse que a qualificação do serviço da previdência social é o reconhecimento do direito dos trabalhadores e da afirmação da cidadania.

"Até pouco tempo na cabeça do cidadão o serviço devia ser de péssima qualidade. Agora não, nós modificamos toda a legislação no mês de dezembro numa ação conjunta do Congresso Nacional com o governo federal. Estamos implantando e concedendo os benefícios em até 30 minutos", afirmou.

O ministro destacou que para conseguir se aposentar ou ter acesso à licença maternidade em 30 minutos, em primeiro lugar, é necessário que o cidadão esteja vinculado à Previdência, o que inclui 65% da população acima de 16 anos de idade.

"Depois bastar marcar pelo sistema 135 o dia e a hora do atendimento e levar a documentação. Se todos os dados necessários estiverem corretos o contribuinte será atendido em até 30 minutos, como vem sendo feito com as aposentadorias por idade desde o dia cinco de janeiro", explicou.

Pimentel disse ainda que em 90% das agências da previdência social o atendimento é marcado em até 48 horas. Nos grandes centros, entretanto existe um volume maior o que torna mais lento o processo.

"Estamos criando mais 715 agências até 2010, em todo o território nacional, para descentralizar o atendimento. Em 2008, atendemos 295 mil benefícios e aposentadorias por idade. Temos 4 mil pessoas por dia procurando e se aposentando por idade no território nacional. Este serviço será agilizado", concluiu.
17:28
Anónimo disse...
Giuseppe Englaro, pai de Eluana, a italiana que morreu na segunda-feira passada por desidratação, recusou uma grande soma de dinheiro de um conhecido fotógrafo italiano que queria retratar a filha em estado de coma, disse neste sábado o neurologista que atendia a mulher desde 1996, Carlo Defanti.

O neurologista, que participou hoje de uma conferência sobre eutanásia, disse que Englaro respeitou a vontade da filha, que, antes do acidente, tinha pedido que, se lhe ocorresse qualquer coisa irreversível, apresentasse sua imagem de quando estava em boas condições.

Antes de sofrer o acidente de trânsito, em 1992, Eluana viveu o coma de um amigo, Alessandro, o que causou forte impacto na italiana e a levou a fazer o pai prometer que não a deixasse viver em estado vegetativo, disse o próprio Giuseppe Englaro.

Defanti, que dissera que Eluana poderia viver de dez a 12 dias depois da suspensão da alimentação e da hidratação, disse que, como médico, tinha que reprovar esta afirmação.

"Não se pode sobreviver após três ou quatro dias sem líquido e, em particular, água em um corpo. Sabemos bem que, quando há um terremoto, após quatro dias é difícil encontrar sobreviventes".

Defanti ressaltou que Eluana "não falava, não se comunicava com o exterior" e que, após vários exames, "nos deparamos com uma moça que tinha perdido a consciência", porque estava com o córtex cerebral prejudicado.

Eluana foi enterrada na quinta-feira passada no túmulo da família na localidade de Paluzza, em Udine, após um funeral que não contou com a presença dos pais.

16:53
Anónimo disse...
Os bombeiros combatem neste sábado os incêndios na Austrália favorecidos pelo bom tempo, enquanto os deslocados encotram em seu retorno casas derruídas, carros queimados nas ruas e destruição.

Depois de sete dias desde que começaram os incêndios no Estado de Victoria, a lista de mortos chega a 181, os desaparecidos somam 50, os edifícios destruídos totalizam 1,834 mil e o terreno arrasado, principalmente florestas, ocupa uma área de 4,13 mil quilômetros quadrados.

As equipes de bombeiros, formadas por 4 mil profissionais de Victoria, de outras partes da Austrália e de países amigos, combateram hoje 12 focos fora de controle e nenhum representava uma ameaça direta para a população.

O subdiretor do Serviço de Bombeiros, Geoff Conway, disse que este tempo favorável, que se prolongará durante o domingo, permite consolidar as linhas de contenção e avançar na extinção das chamas.

Cinzas apareceram arrastadas por ventos do nordeste sobre Melbourne, onde habitam 3,8 milhões de pessoas, e as autoridades alertaram aos cidadãos do risco para a saúde de idosos, crianças e pessoas com problemas respiratórios.

O número de pessoas deslocadas - a Cruz Vermelha chegou a receber 7 mil - começou a cair com a abertura de algumas localidades atingidas.

Os incêndios, alguns criminosos, começaram em 7 de fevereiro, quando a região sul da Austrália estava há duas semanas sob uma onda de calor sem precedentes.

Na sexta-feira passada, a polícia acusou uma pessoa de ter provocado o incêndio que atingiu a localidade de Churchill e matou 21 pessoas.

16:55
Anónimo disse...
A primeira chuva em seis dias reduziu a ameaça de incêndios no Estado de Victoria, ao sul da Austrália. As autoridades, porém, advertiram que ainda existem 12 focos, mas que nenhum deles ameaça áreas povoadas.

Mais de quatro mil bombeiros, mil provenientes de outras partes do país e de outras nações, trabalham contra o fogo. Cerca de 600 veículos e 28 helicópteros e pequenos aviões estão sendo usados.


Eles conseguiram construir linhas de contenção para evitar os incêndios de Yarra e Maroondah se juntassem. Também foram controlados os incêndios abertos de Yea e Murrindindi, que ameaçavam as comunidades de Connellys Creek, Crystal Creek, Scrubby Creek e Native Dog Creek.

O número de mortos chegou a 181, mas as autoridades acreditam que as vítimas devem passar de 200, já que ainda há muitos desaparecidos.

16:55
Anónimo disse...
Aqui nesta coluna, na semana passada, tive a oportunidade de comentar sobre a recente visita do professor brasileiro Pedrinho Guareschi à Austrália. Não dei, porém, os fatos, pois semana passada o assunto era outro.

Hoje, porém, vamos a eles.

No último dia 4 de fevereiro, aconteceu o Seminário "Paulo Freire: Education and Liberation", organizado pelo centro de estudos latino-americanos da Universidade Nacional da Austrália, ou ANU, como é mais conhecida por aqui.

A ANU, para quem não sabe, está entre as 20 melhores universidades do mundo! E tem sede aqui em Camberra, capital da Austrália.

Na abertura do evento, o professor John Minns, diretor do centro latino-americano, ao dar boas-vindas ao público presente, lembrou ser aquele o primeiro seminário exclusivamente dedicado a Paulo Freire na Austrália.

Em seguida, convidou Pedrinho Guareschi, palestrante principal do Seminário, a fazer sua apresentação.

A plateia pode então conhecer, pelas palavras de Pedrinho, um pouco da obra e da vida de Freire, esse brasileiro de fé e valor, que sempre acreditou na educação, sobretudo dos menos favorecidos, analfabetos, como força libertadora.

Como não podia deixar de ser, os conceitos e ideias revolucionários de Paulo Freire, expostos com clareza por Pedrinho, despertaram o interesse e a curiosidade de plateia. A qual, deve-se notar, era na maioria de estudantes, mas de várias nacionalidades, sobretudo australianos e asiáticos.

Na continuação do programa do seminário, que se estendeu por dois dias, outros professores fizeram palestras sobre temas ligados à obra de Paulo Freire.

Interessante, por exemplo, saber que a professora Anne Hickling-Hudson, jamaicana que mora na Austrália há muitos anos (é professora da ANU), conheceu e trabalhou com Freire num workshop educacional durante a revolução na Ilha de Granada, em 1980, antes da invasão dos Estados Unidos...

Ou, então, a palestra da Professora Gerda Roelvink, da Nova Zelândia, que participou do Fórum Social de Porto Alegre em 2005. E essa participação transformou-se em tema de doutorado.

No dia 10, terça-feira passada, o padre Pedrinho Guareschi voltou a falar ao público australiano em grande auditório localizado no belíssimo campus da ANU. Desta vez, sobre a Teologia da Libertação.

Depois da palestra, John Minns mostrou o filme mexicano "O Crime do Padre Amaro", no qual um dos personagens é um padre católico praticante da Teologia da Libertação.

Mais uma vez, foi grande o intersse da platéia, que pode aprender e conhecer um pouco como se desenvolveu aquele importante movimento católico na América Latina.

Fica, assim, ao Pedrinho, bem como a outros brasileiros estudiosos e de bom coração que saem pelo mundo a divulgar aspectos importantes da cultura brasileira, o respeito e a homenagem desta coluna. E... aquele abraço!

16:57
Anónimo disse...
Amanda Kitts perdeu o braço esquerdo em um acidente de automóvel acontecido três anos atrás, mas hoje em dia ela joga futebol americano com seu filho de 12 anos de idade, troca fraldas e abraça as crianças nas três creches Kiddie Cottage que opera em Knoxville, Tennessee. Kitts, 40 anos, faz tudo isso com a ajuda de um novo tipo de braço artificial que se movimenta com mais facilidade do que outros aparelhos e que ela pode controlar utilizando apenas seus pensamentos.

"Eu sou capaz de mexer a mão, o pulso e o cotovelo ao mesmo tempo", diz. "Você pensa e os músculos se movem em seguida".

A recuperação que ela conseguiu resulta de um novo procedimento que vem atraindo crescente atenção porque permite que pessoas movam braços protéticos de forma mais automática do que faziam no passado, simplesmente utilizando nervos reaproveitados em seus cérebros.

A técnica, conhecida como "renervação muscular dirigida", envolve utilizar os nervos que restam depois da amputação de um braço e conectá-los a outro músculo do corpo, em geral no peito. Eletrodos são instalados sobre os músculos do peito, e operam como se fossem antenas. Quando a pessoa deseja mover o braço, o cérebro envia sinais que primeiro resultam em contração dos músculos do peito, os quais enviam um sinal ao braço protético, instruindo-se a se movimentar. O processo não requer mais esforços consciente do que a pessoa teria de exercitar caso ainda tivesse seu braço natural.

Na terça-feira, pesquisadores reportaram em estudo publicado pela versão online do Journal of the American Medical Association que haviam levado a técnica ainda mais à frente, tornando possível a execução de 10 movimentos de mão, pulso e cotovelo diferentes, o que representa uma substancial melhora com relação ao típico repertório protético, que em geral envolve apenas dobrar o cotovelo, girar o pulso e abrir a mão.

"Os novos métodos tiveram impacto dramático em nosso campo de trabalho", disse Stuart Harshbarger, engenheiro biomédico na Universidade Johns Hopkins e diretor do programa de pesquisa sobre próteses, financiado pelas forças armadas, que inclui o trabalho com essa técnica. "O método já está em uso por médicos e cirurgiões comuns em todo o país. A capacidade de controlar um membro protético bastante robusto que ele confere surpreendeu a todos pela qualidade".

Tipicamente, uma pessoa que tenha um braço protético só é capaz de executar alguns poucos movimentos, e muitas vezes com tamanha lentidão que isso só permite a ela atividades limitadas.

Há um motor separado para cada movimento, diz Gerald Loeb, professor de engenharia biomédica na Universidade do Sul da Califórnia, "e esses motores precisam ser controlados de maneira explícita", usualmente por um esforço consciente da pessoa para contrair músculos nas costas ou no bíceps.

"Essencialmente, até agora os pacientes controlavam apenas um motor de cada vez", diz Loeb, "e precisavam pensar cuidadosamente sobre que motor desejavam controlar e como fazê-lo operar, em lugar de simplesmente pensarem em mover o braço e poderem fazê-lo sem delongas".

Antes que Kitts passasse pelo procedimento de renervação, em outubro de 2007, por exemplo, ela precisava movimentar os músculos de suas costas de determinada maneira para fazer com que seu pulso girasse, e flexionar seu bíceps e tríceps para fazer com que o cotovelo se movesse para cima e para baixo. "Era muito trabalho", ela conta. "E não me ajudava muito".

O procedimento de renervação é parte de uma recente explosão de idéias novas e técnicas inovadoras que estão sendo exploradas enquanto os cientistas se esforçam por ajudar as pessoas a compensar melhor a perda de membros ou problemas de paralisia. O esforço vem sendo alimentado pelo aumento no número de amputações causado por diabetes e por ferimentos sofridos pelos militares, e ao mesmo tempo pelos avanços na tecnologia médica.

Os braços se tornaram um dos focos essenciais desse tipo de trabalho. A ciência há muito vem obtendo sucessos no desenvolvimento de próteses de perna, mas é muito mais difícil imitar a complexidade e a destreza das mãos e dos braços.

Os esforços em curso incluem o desenvolvimento de projetos de pele e braços mais sensíveis e mais flexíveis, e o uso de dispositivos acionados por controles sem fio implantado nos braços protéticos, que permitiriam movimentos mais naturais.

Os pesquisadores também vêm usando sensores implantados nos cérebros de cobaias para permitir que dois macacos controlem um braço mecânico, e um teste com um homem paralítico permitiu, com esse método, que ele movimentasse um cursor em uma tela de computador.

Alguns desses métodos, caso venham a ser aperfeiçoados plenamente e consigam aprovação das autoridades regulatórias da saúde, podem no futuro se tornar mais viáveis para os pacientes de amputações.

E embora a técnica da renervação não requeira aprovação das autoridades regulatórias porque é executada por meios cirúrgicos e emprega aparelhos já existentes, ela apresenta limitações que até mesmo seus criadores reconhecem, entre as quais o fato de que não se pode utilizá-la para todos os pacientes, o seu alto custo e o prazo de meses requerido para que os nervos reconectados cresçam e se tornem efetivos.

Ainda assim, os especialistas dizem que é o mais avançado sistema em uso hoje para pacientes reais que permite que o sistema nervoso controle diretamente o movimento de um braço artificial.

Desde sua introdução por Todd Kuiken, médico fisioterapeuta e engenheiro biomédico do Instituto de Reabilitação de Chicago, o método foi empregado em cerca de 30 pacientes nos Estados Unidos, Canadá e Europa, entre os quais oito soldados feridos no Iraque e no Afeganistão.

Muitos dos pacientes, entre os quais o primeiro, Jesse Sullivan, um operário do setor elétrico no Tennessee que perdeu os dois braços quando foi eletrocutado por um cabo, conseguem não apenas manipular seus braços protéticos mas sentir a presença das mãos que já não têm quando alguém toca em seus peitos.

Sullivan, 62 anos, e Kitts, estavam entre os cinco pacientes que participaram do estudo reportado na terça-feira. Em companhia de cinco outras pessoas que não passaram por amputações, eles receberam os eletrodos e foram instruídos a usar pensamentos para fazer com que um braço virtual na tela reproduzisse 10 movimentos diferentes, entre os quais três formas diferentes de aperto de mão.

Os pacientes apresentaram desempenho bastante respeitável, apenas um pouco mais lento e menos preciso do que os dos participantes que não tinham amputações.

"As velocidades de movimento que encontramos em nossos pacientes foram realmente encorajadoras", disse Kuiken. "Eles conseguiram completar a tarefa. É claro que não foram tão competentes quanto as pessoas dotadas de plena capacidade física, mas foram bons o bastante".

Um braço virtual foi usado porque a maioria das próteses existentes não era capaz de acomodar todos aqueles movimentos, no momento da pesquisa, ainda que Sullivan, Kitts e uma terceira paciente, Claudia Mitchell, tenham experimentado dois novos protótipos mais versáteis de braços artificiais, executando tarefas complexas com bolas de tênis e outros objetos.

O trabalho de renervação em soldados apresenta outros desafios, diz Kuiken, porque os ferimentos militares muitas vezes "causam danos muitos extensos" a nervos, músculos ou ossos.

Daniel Acosta, 25 anos, um aviador ferido pela detonação de uma bomba em uma estrada do Iraque em 2005, passou pelo procedimento no ano passado e diz que seu braço esquerdo protético agora se movimenta "muito mais rápido" e de maneira muito mais natural.

"A diferença é que agora não preciso mais pensar para mover o braço", ele diz. "Ele simplesmente se mexe".

Ainda assim, Acosta, de San Antonio, diz que "o processo foi bastante longo" e que os eletrodos precisam ser ajustados para receber os sinais à medida que os nervos crescem ou mudam de posição.

E embora elogiem o método, os especialistas afirmam que a ciência das próteses de braço ainda tem muito por avançar.

"Trata-se de uma parte crucial, mas ainda assim apenas uma parte, das muitas coisas que compreendem a função normal de um braço", disse Loeb, que escreveu um editorial que acompanha o artigo no Journal of the American Medical Association.

"No momento estamos a meio do caminho entre o braço de 'Dr. Fantástico', que fazia involuntariamente a saudação nazista, e o braço de Luke Skywalker em 'Guerra nas Estrelas', que funciona sem nenhum problema assim que é conectado. Creio que precisaremos ainda de muitos anos para conectar todas as peças necessárias a produzir um braço capaz de funcionar normalmente".

17:04
Anónimo disse...
A Espanha disse neste sábado que está preparando uma reclamação oficial contra a decisão da Venezuela de expulsar um membro do Parlamento Europeu que criticou o conselho eleitoral venezuelano.
Luis Herrero, membro do partido conservador espanhol PP, foi deportado na sexta-feira depois que o Conselho Nacional Eleitoral (CNE) o acusou de questionar a imparcialidade da instituição antes de um referendo que pode permitir ao presidente Hugo Chávez permanecer no cargo indefinidamente.

Herrero estava na Venezuela como observador do referendo. Ele acusou Chávez de ter "comportamentos típicos de um ditador" por pedir a contenção de manifestações da oposição.

O governo da Espanha convocou um encontro com o embaixador da Venezuela em Madri para expressar a desaprovação sobre a expulsão de Herrero, disse um representante do Ministério das Relações Exteriores espanhol.

As relações da Venezuela com a Espanha tiveram seu ponto crítico em 2007, quando Chávez ameaçou rever acordos diplomáticos e comerciais depois de ouvir um "cala a boca" do rei espanhol Juan Carlos durante uma cúpula.

A fenda foi oficialmente reparada em 2008, com uma visita oficial de Chávez à Espanha, onde ele cumprimentou o rei e discutiu acordos para investimento no setor petroquímico com o primeiro-ministro José Luis Rodriguez Zapatero.

17:06
Anónimo disse...
A polícia do Zimbábue anunciou neste sábado que acusa de traição Roy Bennett, dirigente do até agora opositor Movimento para a Mudança Democrática (MDC), detido na sexta-feira, em Harare, poucas horas antes da cerimônia de posse dos membros do novo gabinete.

"A Polícia nos informou que vão apresentar acusações de traição", disse à agência EFE o advogado de defesa de Bennett, Trust Maanda.

"Tentam relacionar Roy com o caso de Mike Hitschmann, que foi detido em 2006 em relação à descoberta de um carregamento de armas, apesar de que Hitschmann não tenha sido declarado culpado das acusações de traição apresentadas contra ele, mas de um crime menor de descumprimento de leis", disse Maanda.

O político opositor, designado por seu partido como vice-ministro de Agricultura no Governo de união nacional, esteve no exílio na vizinha África do Sul desde 2006 e retornou ao Zimbábue há duas semanas.

Segundo a Polícia, que deteve Bennett ontem no aeroporto de Harare quando pretendia ir à África do Sul para visitar sua família, as armas apreendidas em 2006 seriam utilizadas em um golpe de Estado para derrubar o presidente do Zimbábue, Robert Mugabe.

Depois da detenção, Bennet foi levado a Mutar, onde vários simpatizantes do MDC se concentraram em frente à delegacia na qual estava detido, diante do que a Polícia respondeu com tiros para o alto para dispersar os manifestantes.

17:07
Anónimo disse...
Austrália: 14 mil se candidatam a 'emprego dos sonhos'

A secretaria de Turismo de Queensland, na Austrália, informou que até esta segunda-feira já recebeu cerca de 14 mil inscrições para o "o melhor emprego do mundo". O Estado australiano promove pela internet seleção para vaga de "zelador" da ilha Hamilton, por seis meses com um salário de R$ 40 mil.

Muitos candidatos tiveram problemas durante a inscrição por conta dos acessos simultâneos ao site. A secretaria aconselha enviar os vídeos de 60s explicando porque deve ser escolhido em horários alternativos do dia, além de recomendar tamanho em torno de 40MB.

As inscrições começaram em 12 de janeiro e vão até o próximo dia 22 e podem ser feitas pelo site www.islandreefjob.com. O governo australiano escolherá 50 candidatos para a próxima fase da seleção, que terá votos do público para eleger um dos 11 finalistas.

A última fase terá entrevistas e desafios físicos, no próprio local de trabalho: as ilhas da Grande Barreira Coralina - o maior recife de coral do mundo. A secretaria de Turismo anunciará o vencedor no dia 6 de maio.

17:09
Anónimo disse...
Mercado elogia governo na crise, mas pede maior queda no juro

Peter Fussy
Direto de São Paulo

Desde as primeiras medidas anunciadas para combater os efeitos da crise, o governo brasileiro avisou que a estratégia não contemplaria um pacote. Seriam doses pontuais, de acordo com a necessidade da economia diante do agravamento das turbulências. Da primeira liberação dos depósitos compulsórios em setembro até a ampliação do seguro-desemprego na última quarta-feira, o governo passou por redução de impostos, ampliação de crédito e incentivos à exportação. Quase 150 dias após a primeira medida, o Terra conversou com líderes do setor público e privado, representantes dos trabalhadores, acadêmicos e com o próprio governo para saber quais destas ações foram mais eficazes, quais foram mais ineficientes e o que mais pode ser feito pelo Estado brasileiro contra a crise.

Os maiores elogios foram direcionados à atitude de reduzir o Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) para a indústria automobilística, anunciada em dezembro e que fez com que os emplacamentos de carros novos subissem 1,9% no primeiro mês do ano em relação a dezembro de 2008. Já as maiores críticas foram para a lentidão no corte da taxa básica de juro do País.

Para o presidente do conselho administrativo do Grupo Pão de Açúcar, Abílio Diniz, o Estado não é responsável pela crise e mesmo assim está agindo "com extrema serenidade e muito acerto". "O governo está atento, fazendo a sua parte. É preciso coragem de baixar firmemente a taxa de juros. É uma arma que temos a nosso favor, já que não há clima para inflação, nem possibilidade de danos para a macroeconomia", afirmou Diniz.

Na última reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), em janeiro, a taxa Selic foi reduzida em um ponto percentual, de 13,75% para 12,75% ao ano. Porém, o professor de economia da Universidade de Brasília (UnB) José Luiz Oreiro lembra que este corte representa uma redução de apenas 0,25 ponto percentual com relação à taxa de setembro do ano passado, quando a crise se agravou.

"Pouco antes da eclosão da crise, o Banco Central aumentou a taxa em 0,75 ponto. Foram cinco meses de demora para reduzir em termos líquidos apenas 0,25 ponto", afirmou o economista, que também sugeriu redução do intervalo de cerca de 90 dias entre as reuniões do Copom e o corte de pelo menos um 1 ponto percentual em cada reunião.

Mesmo com o corte de janeiro, a taxa de juros real continua sendo a maior do mundo, lembrou o secretário-geral da Força Sindical, João Carlos Gonçalves, o Juruna. "A redução da taxa de juro ainda é pequena, porque ela continua uma das mais altas do mundo. Falta ousadia para baixar os juros e ajudar o cidadão. A permanência da taxa de juro alta é negativa para o País em meio a crise", afirmou Juruna.

Embora aprove as ações do governo, o senador Aloízio Mercadante (PT-SP) também acredita que o patamar da Selic está muito alto. "Sempre fomos os primeiros a entrar em qualquer crise, o que não aconteceu agora. A taxa Selic ainda é muito alta, mas o governo têm tomado medidas acertadas, como o aumento do salário mínimo, mesmo com um cenário de crise. Isso ajuda a movimentar o consumo. O governo está se esforçando para manter os investimentos e o crescimento", disse.

Tributos
De acordo com o economista Fabio Pina, da Fecomercio-SP, as ações mais positivas estão relacionadas à redução de tributos para alguns segmentos, como a indústria automobilística, que recuperou parte da queda nas vendas em janeiro com a isenção do IPI para carros 1.0 l e o corte para demais motorizações. A medida vale até o final de março.

"Essas medidas não só reduziram o preço, mas anteciparam o consumo daqueles que iriam comprar no futuro, dando um prêmio por conta da insegurança. Mexe diretamente com o principal problema que é a confiança do consumidor", afirmou. Juruna destacou que um bom ritmo de vendas é garantia de emprego. "É importante porque cada emprego na montadora significa 19 na cadeia produtiva", comentou o representante da Força Sindical.

Também em dezembro, o governo decidiu cortar pela metade a alíquota do Imposto de Renda para contribuintes que ganham entre R$ 1.434 e R$ 2.150 mensais. "O salário aumentava e a tabela não se modificava. As pessoas ganhavam mais e pagavam mais impostos", apontou Juruna. Outra redução de tributos do governo foi com relação ao Imposto sobre Operações Financeiras (IOF), que caiu de 3% ao ano para 1,5%.

Crédito
Na segunda metade de 2008, o colapso de bancos nos Estados Unidos por conta da crise do subprime provocou uma forte restrição de crédito no mundo inteiro. Uma das primeiras medidas anticrise do governo teve como objetivo restabelecer a oferta, com mudanças no recolhimento dos depósitos compulsórios por parte dos bancos. Segundo o presidente do Banco Central, Henrique Meirelles, as diversas modificações liberaram US$ 99,2 bilhões aos bancos até o final de janeiro.

Além disso, o governo concedeu R$ 36 bilhões das reservas internacionais para empresas brasileiras com dívidas no exterior e uma medida provisória autorizou o Banco do Brasil e a Caixa Econômica Federal a comprar carteiras de crédito de bancos privados. Para o diretor do Departamento de Pesquisas e Estudos Econômicos da Fiesp, Paulo Francini, estas medidas foram essenciais para combater os efeitos da crise.

"A crise se desenvolve no mundo em torno do tema crédito. E o crédito reduziu-se barbaridade no mundo. Então o governo lança mão de compulsório, lança mão de reservas, de medidas que permitem aos bancos comprar carteiras de bancos. Você vai tomando várias medidas para atender às demandas e o epicentro disso é crédito", afirmou.

No entanto, Oreiro, da UnB, adverte que a liberação dos compulsórios seria mais eficiente acompanhada de redução mais agressiva da taxa básica de juro. "Uma parte do crédito voltou, depois da forte retração em outubro e novembro. O que deveria ter sido feito junto à liberação do compulsório era uma redução mais drástica da taxa de juro. Sem isso, os bancos pegam as reservas e acabam comprando títulos públicos", explicou o economista.

Na opinião de Pina, as ações de distribuição de crédito via redução do compulsório e a disposição de capital de giro para empresas foram tomadas sem um cuidado maior na operação e não tiveram muito efeito. "O BNDES tem linhas que ficam paradas quase todo o ano, agora é pior ainda. Existem os recursos, mas as empresas e os bancos estão desconfiados. É preciso fazer com que os bancos tenham interesse em emprestar", afirmou o economista da Fecomercio-SP.

Futuro
Mesmo com todas essas medidas, a crise financeira ainda gera incertezas nos setores produtivos do País. Nos últimos meses, o medo do desemprego fez os consumidores adiarem compras. Por sua vez, a queda nas vendas pode obrigar as indústrias a cortarem a produção e demitir funcionários. Contra isso, empresários sugerem redução de jornada e de salários.

"Isto está previsto em lei. A Fiesp simplesmente manteve conversações com entidades sindicais quanto à aplicação daquilo que já está previsto em lei", afirmou Francini.

Segundo a ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff, uma das medidas que assegura um nível de emprego é a manutenção de investimentos no Programa de Aceleração do Crescimento (PAC). "Estamos esperando que a dificuldade ocorra em janeiro, fevereiro e março. Estamos certos que vamos manter o nível de investimento. É isso que funciona, é isso que significa investimento público. Ele funciona como um colchão. Por isso, nós colocamos R$ 100 bilhões no BNDES e a Petrobras ampliou o seu investimento em R$ 120 bilhões", afirmou.

Na mesma linha, Pina explica que a antecipação de gastos do governo substitui parte da demanda retraída do setor privado. "Ele dá o seguinte recado: não vou estourar as contas públicas, mas concentrar em um momento em que a demanda privada está pequena. Mas o governo não tem fôlego suficiente para fazer o papel de toda demanda", ressaltou. O economista da Fecomercio lembrou que a entidade já pleiteou junto ao governo isenções para transferência de imóveis e de automóveis, além de retirar o IPVA para veículos novos.

Já Oreiro foca suas propostas na capitalização do Banco do Brasil e da Caixa Econômica Federal pelo Tesouro para atender a demanda de crédito para capital de giro e reduzir o spread. "Aumentando o empréstimo e reduzindo as taxas, os dois vão forçar os bancos privados a acompanhar o movimento, até para não perderem participação no mercado", explicou o economista da UnB.

Até o Carnaval, o governou prometeu detalhar um pacote de incentivos para a construção de até um milhão de casas populares, direcionado a famílias com renda de até dez salários mínimos. "Estamos atentos a tudo o que está acontecendo e novas medidas serão tomadas caso haja uma avaliação de que sejam necessárias", disse o ministro da Fazenda, Guido Mantega, na última sexta-feira.

17:11
Anónimo disse...
Ex-ministro critica extensão do seguro-desemprego

Atualizada às 09h03

O ex-ministro do Trabalho Almir Pazzianotto criticou a decisão do governo federal de conceder o seguro-desemprego estendido a apenas alguns setores. "É certamente odioso e provavelmente inconstitucional", disse Pazzianotto, de acordo com o jornal O Estado de S. Paulo.

Na última qurta, dia do anúncio da medida, centrais sindicais elogiaram a atitude do governo. A Força Sindical divulgou nota dizendo que "o aumento ajudará a aquecer parte da economia, já que irá gerar mais consumo, produção e conseqüentemente, a criação de novos postos de trabalho". A União Geral dos Trabalhadores (UGT) afirmou que a medida "contribuirá para minimizar o drama dos trabalhadores que perderem seu emprego por conta da crise".

O ex-ministro, que instituiu o seguro-desemprego no País no governo de José Sarney, destacou a necessidade de as centrais sindicais se manifestarem contra a determinação. Para ele, as mudanças devem ser aplicadas a todas as categorias profissionais e a distinção é contrária ao artigo 3º da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT).

Pazzianotto atribui a medida a um possível temor do governo de que a crise econômica seja longa e não haja dinheiro para atender a todas as necessidades. Ainda assim, ele se mostra contrário ao método de concessão. "O seguro-desemprego ajuda a sanar necessidades básicas. Estendê-lo é paliativo, não a solução", disse ao jornal.

De acordo com o presidente do Conselho Deliberativo do Fundo de Amparo ao Trabalhador (Codefat) e conselheiro da Força Sindical, Luiz Fernando Emediato, a determinação já estava prevista na lei 8.900/94, que trata do seguro-desemprego.

O presidente da Comissão de Trabalho da Câmara, Pedro Fernandes (PTB-MA) vai além na crítica à concessão do seguro para apenas alguns setores. Ele acredita que a ampliação do benefício estimula o desemprego.

Quintino Severo, secretário geral da Central Única dos Trabalhadores (CUT), lembra que a ampliação do benefício sem critério e identificação pode incentivar demissões em outros setores.

17:13
Anónimo disse...
Empresas
TAM faz promoção para destinos internacionais

A companhia aérea TAM anunciou nesta sexta-feira tarifas promocionais para trechos internacionais. Os preços valem para bilhetes comprados entre 6h deste sábado e 23h59 deste domingo e são válidos para classe econômica. As tarifas, para ida e volta, serão vendidas a partir de US$ 99, mais taxas.

Segundo a aérea, a promoção vale para viagens feitas no período de 14 de fevereiro a 18 de junho de 2009. Para destinos na América do Sul, a permanência mínima é de dois dias; para bilhetes com destino nos Estados Unidos, cinco dias; e Europa, sete dias. A permanência máxima para as passagens para América do Sul e EUA é de dois meses e para Europa, três meses.

Entre os exemplos de tarifas promocionais, a TAM oferece São Paulo-Lima por US$ 99. Bilhetes para a rota São Paulo-Santiago serão vendidos a partir de US$ 199 e São Paulo-Nova York, US$ 799.

A emissão dos bilhetes deve ser feita obrigatoriamente no ato da reserva, obedecendo às regras estipuladas pela companhia. A compra está sujeita à disponibilidade de assentos nas classes tarifárias determinadas, trechos, horários e datas. A TAM afirmou que também há tarifas promocionais para a classe executiva.

Mais informações podem ser encontradas no site promocional (www.ofertastam.com.br), no site da empresa (www.tam.com.br) ou pelos telefones 4002-5700 ou 0800 5705700.

17:13
Anónimo disse...
Empresas
Consultoria negocia compra do parque temático Hopi Hari

A consultoria especializada em reestruturação de empresas Íntegra Associados informou nesta sexta-feira ter um acordo para comprar o parque de diversões Hopi Hari, localizado no interior de São Paulo. A empresa estaria disposta a investir R$ 10 milhões no parque, que tem dívida estimada em R$ 800 milhões. As informações são da edição deste sábado do jornal Folha de S. Paulo.

De acordo com o jornal, a transação ainda depende da negociação entre o Hopi Hari e seus credores, o que já estaria em andamento.

A consultoria paulista já atuou junto à Parmalat, durante 30 meses, quando reorganizou a gestão da empresa italiana.

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17:14
Anónimo disse...
Empresas
Disney de Tóquio contratará mais 2 mil apesar da crise


A Oriental Land, o operador da Disneylândia Tóquio e DisneySea, organizou neste domingo entrevistas para contratar cerca de 2 mil trabalhadores em tempo parcial, em um momento de grandes demissões deste tipo de empregados no Japão.

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O operador deste parque temático, situado em Urayasu, na província de Chiba (leste de Tóquio), está em pleno processo de seleção de empregados para 20 tipos de postos trabalhistas diferentes.

Segundo a companhia, citada pela agência local de notícias Kyodo, o parque contratará novos trabalhadores para as atrações, para os restaurantes e guardas de segurança entre outros. Os novos contratados começarão a trabalhar a partir de fevereiro.

O processo de seleção acontece em um momento em que a maioria das grandes companhias japonesas começaram a se ver obrigadas a despedir uma elevada percentagem de seus trabalhadores temporários e a tempo parcial.

Algumas inclusive anunciaram demissões de seus trabalhadores fixos, uma medida muito pouco comum nas companhias japonesas, perante os efeitos piores que o esperado pela crise econômica global.

Cerca de uma centena de pessoas esperavam desde a primeira hora desta manhã a abertura do centro de conferências Tokyo International Forum, onde as entrevistas estão sendo feitas, para ser os primeiros a solicitar os postos de trabalho.


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17:15
Anónimo disse...
Economia Internacional
Senado dos EUA aprova plano de estímulo à economia

O Senado dos Estados Unidos aprovou com 60 votos a favor e 38 contra o plano de estímulo à economia de US$ 787 bilhões na madrugada deste sábado. Agora, ele segue para sanção ou veto do presidente Barack Obama, que espera colocar a lei em prática até o dia 16 de fevereiro.

O plano prevê a criação de três milhões de empregos, inclui cortes de impostos às famílias, fundos para programas sociais e obras públicas, além de ajuda aos governos estaduais, estudantes e desempregados.

A cláusula Buy American - que exige o uso de ferro, aço e produtos manufaturados dos Estados Unidos em obras realizadas com recursos do pacote - ficou de lado. Segundo o texto definitivo, a cláusula será aplicada sem violar as normas do comércio internacional.

Ontem à tarde, a Câmara de Representantes (deputados) havia aprovado, por 246 votos a favor e 183 contra, a versão final do plano. Todos os republicanos foram contrários ao pacote.

Pelo acordo de quarta-feira entre Câmara e Senado, em vez de custar US$ 819 bilhões, como queriam os deputados, ou US$ 838 bilhões como pretendiam os senadores, o pacote ficou em cerca de US$ 787 bilhões, com 65% desse total destinado a gastos do governo federal e 35%, a créditos tributários.

17:16
Anónimo disse...
Economia nacional
Na era Lula, aposentadoria sobe 54% menos que salário mínimo

Thatiane Faria
Especial para o Terra
Direto de São Paulo

Os índices de reajustes concedidos pelo governo em 2009 para aposentados e pensionistas e para o salário mínimo repetiram uma diferença que, só durante o governo de Luiz Inácio Lula da Silva, já chega a 54%. Enquanto o mínimo foi majorado em 12% este ano, as pensões e aposentadorias tiveram aumento de 5,92%. Aposentados que têm o benefício do governo como única fonte de renda reclamam que perdem poder de compra e que sua cesta de compras é composta por itens que aumentam mais em relação à inflação oficial.

Um exemplo prático pode ser entendido a partir da comparação entre um aposentado que ganhava R$ 600 em janeiro de 2003. Na época, o benefício era três vezes, ou 200%, maior que o valor do mínimo em vigência, que era de R$ 200. Aplicando-se os índices de reajuste para aposentadorias e para o mínimo durante os últimos seis anos, o mesmo aposentado estaria recebendo hoje R$ 938,47, comparado a um salário mínimo de R$ 465. A diferença entre os dois valores caiu para pouco mais de 100%.

Enquanto o índice acumulado de reajuste para a aposentadoria durante o governo Lula foi de 60%, para o salário mínimo está em 132%.

O diretor do Sindicato Nacional dos Aposentados, João Inocentini, reclama que os valores dos benefícios para aposentadorias não mantêm o poder de compra do grupo, principalmente dos aposentados que recebem menos que dez salários mínimos.

Nem mesmo o fato de o índice de reajuste das aposentadorias ter ficado acima da inflação acumulada no mesmo período (o IPCA entre janeiro de 2003 e janeiro de 2009 foi de 39,7%) serve de argumento, segundo os aposentados.

"Os idosos, principalmente, têm gastos além das contas gerais como gás, telefone e aluguel. Para eles o custo com remédios, e outros itens da área saúde costuma ser maior", afirmou Inocentini.

O presidente do sindicato afirmou que o grupo realiza um estudo com 100 itens de necessidade de um idoso para comparar o aumento dos produtos com o índice de reajuste do benefício recebido pelos aposentados.

"Daqui dois meses vamos abrir um processo na Justiça e levar essa pesquisa como prova. Segundo a lei, o governo é obrigado a manter o poder de compra com a aposentadoria", disse Inocentini.

Alternativas
O consultor financeiro Cláudio Boriola diz que os aposentados, especialmente nesse momento de crise econômica, devem evitar compras parceladas, pesquisar preços, negociar e fazer bom planejamento financeiro.

Segundo Boriola, alguns aposentados ganham um valor mensal muitas vezes insuficiente para o pagamento das contas e acabam pedindo crédito ou realizando pagamentos a prazo e são obrigados a pagar juros altos.

Na opinião do consultor, pagar uma previdência privada é uma alternativa indicada para quem ainda trabalha, considerando a característica de perda de poder de compra da aposentadoria.

"Na prática, infelizmente os valores encontram-se em um patamar que está deteriorando o poder de aquisição da população brasileira", completou Boriola.

De acordo com o diretor da Confederação Brasileira de Aposentados e Pensionistas (Cobap), Vicente Fernandes Barbosa, representantes dos aposentados tentarão um encontro com o presidente da Câmara, deputado Michel Temer (PMDB-SP), para discutir projetos que minimizem a perda dos aposentados

17:17
Anónimo disse...
Previdência
Previdência prorroga isenção de tarifas no benefício

O atual sistema de pagamento aos 26 milhões de aposentados e pensionistas do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) será mantido até o final deste ano. O acordo, que permite realizar a operação sem nenhum custo aos beneficiários, foi renovado nesta sexta-feira, entre o governo federal e 21 instituições financeiras.

Por meio desse acordo, vigente desde setembro de 2007, nem os segurados, nem os bancos e nem o governo arcam com o pagamento de tarifas, conforme explicou o ministro da Previdência Social, José Pimentel. A prorrogação vale até dezembro, data máxima para que a Previdência defina as regras para um novo contrato.

Ao assinar o termo de renovação, na sede da Federação Brasileira dos Bancos (Febraban), o ministro disse que a intenção do governo é mudar o atual modelo de gestão visando a reduzir os custos dessas operações em torno da folha mensal, que atinge R$ 15,8 bilhões. No entanto, qualquer alteração, conforme explicou, passará antes por audiências públicas a serem realizadas a partir do segundo semestre deste ano, atendendo a determinação do Tribunal de Contas da União (TCU).

De acordo com Pimentel, com um redesenho do mecanismo de repasse dos recursos aos bancos em torno da folha de pagamento dos segurados o que se busca é um aumento da participação de instituições financeiras. Ele informou que, desde 2007, cada benefício custa em média R$ 1,07 ao governo. "Quanto mais instituições financeiras estiverem prestando serviços à sociedade, maior é a competitividade, a agilidade no atendimento", justificou.

O ministro observou, ainda, que, para permitir uma redução para algo em torno de meia hora no tempo de atendimento para a concessão dos direitos previdenciários, o governo investiu R$ 280 milhões.

Questionado sobre o descontentamento dos segurados que ganham acima de um salário mínimo terem obtido apenas a correção com base na variação do Índice de Preços ao Consumidor (INPC) , ficando abaixo do reajuste dado a quem recebe apenas o mínimo, Pimentel argumentou que o governo seguiu o que determina a lei e descartou a possibilidade de uma revisão

17:17
Anónimo disse...
Empresas
Caterpillar oferece aposentadoria antecipada a 2 mil


A companhia americana Caterpillar ofereceu a cerca de dois mil funcionários incentivos para que se aposentem de forma voluntária antes do previsto, pela perspectiva de uma queda "significativa" da atividade industrial, informou nesta quarta-feira a empresa.

A iniciativa, destinada aos trabalhadores de diversas fábricas em Illinois, Colorado, Tennessee e Pensilvânia, se soma aos cortes de empregos anunciados em janeiro, explicou em comunicado de imprensa.

A empresa, a maior fabricante mundial de maquinaria pesada para a construção e a mineração, acrescentou que, "em função das condições de negócio, podem ser necessárias mais reduções de elenco voluntárias e involuntárias à medida que o ano avança".

O vice-presidente da companhia, Sid Banwart, explicou que a empresa prevê "demissões significativas em todas as regiões geográficas e na maioria dos setores devido às dificuldades da economia mundial".

17:18
Anónimo disse...
Comércio
Comércio exterior da OCDE caiu no 3º trimestre de 2008


As exportações e as importações dos países da Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Econômico (OCDE) caíram 1,6% e 0,2%, respectivamente, no terceiro trimestre de 2008, em relação aos três meses anteriores.

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Trata-se da primeira queda destas atividades desde o terceiro trimestre de 2006, segundo o último relatório trimestral sobre fluxos comerciais divulgado pela OCDE.

As exportações e as importações em dólares dos 30 Estados-membros caíram 15,6% e 17%, respectivamente, na comparação anualizada.

Por sua vez, o comércio dos sete países mais ricos do mundo (G7) teve um pequeno crescimento no terceiro trimestre de 2008 com uma queda das exportações de mercadorias de 0,2% em relação ao trimestre anterior e um aumento de 0,4% das importações.

Em termos anualizados, as importações do G7 caíram 1,4% entre julho e setembro do ano passado, seu primeiro retrocesso desde o terceiro trimestre de 2006, enquanto as exportações aumentaram 1,9%, seu crescimento mais baixo no mesmo tempo.

Por países, a Alemanha aumentou suas importações em 3,4% - valor mais alto do G7 -, enquanto suas exportações caíram 2,9% do segundo para o terceiro trimestre de 2008.

Pelo contrário, as exportações americanas aumentaram 1,8% entre julho e setembro de 2008, enquanto as importações caíram 0,7% em relação ao trimestre anterior. No Japão, tanto as importações quanto as exportações caíram em torno de 1% no mesmo período.

17:19
Anónimo disse...
Economia Nacional
Lula: juros de crédito consignado a aposentados são altos

Atualizada às 17h29

O presidente Luis Inácio Lula da Silva afirmou nesta terça-feira, em São Paulo, que está lutando para reduzir as taxas de juros cobradas de aposentados em crédito consignado. A Previdência Social estabelece uma taxa máxima de 2,5% para empréstimo e de 3,5% para cartão. Para Lula, os valores são altos.

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"Acho que o juro que os aposentados estão pagando hoje com o crédito consignado é alto para o padrão brasileiro", disse o presidente durante a cerimônia de comemoração dos 86 anos do INSS.

A Previdência anunciou nesta terça-feira que aposentados e trabalhadoras com licença-maternidade poderão receber seus benefícios em 30 minutos. De acordo com Lula, em junho, a aposentadoria do trabalhador rural também será conseguida em meia hora.

Além disso, o presidente anunciou que, também em junho, os trabalhadores que alcançarem o direito à aposentadoria passarão a receber em suas casas um comunicado da Previdência informando o fato e o valor do salário que têm direito a receber. "É um comprometimento público que estou fazendo com os companheiros da Previdência Social", disse.

"Estamos retribuindo ao contribuinte da Previdência Social aquilo que é a cidadania que ele tem direito", afirmou Lula. "Se para cobrar nós somos tão precisos, para devolver o dinheiro, temos que chegar próximo à perfeição", completou.

17:20
Anónimo disse...
Economia Nacional
Salário maternidade sairá em 30 minutos, diz ministro

Toda trabalhadora autônoma que tiver contribuído pelo menos 10 meses com o Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) - ou as que possuírem carteira assinada - poderão receber em 30 minutos o salário maternidade a partir desta terça-feira. Da mesma forma, as mulheres com 30 anos de contribuição e os homens com 35 anos também terão direito ao benefício de forma mais rápida. A informação é do ministro da Previdência Social, José Pimentel.

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Para requerer o salário maternidade, é preciso que as autônomas levem a carteira de identidade e o carnê de contribuição. As demais trabalhadoras devem apresentar a identificação e a carteira de trabalho. Desde o início do mês, a nova forma de análise para a concessão de benefícios foi adotada para a aposentadoria por idade do trabalhador urbano e agora foi estendida para o salário maternidade e por tempo de contribuição.

O ministro disse que a qualificação do serviço da previdência social é o reconhecimento do direito dos trabalhadores e da afirmação da cidadania.

"Até pouco tempo na cabeça do cidadão o serviço devia ser de péssima qualidade. Agora não, nós modificamos toda a legislação no mês de dezembro numa ação conjunta do Congresso Nacional com o governo federal. Estamos implantando e concedendo os benefícios em até 30 minutos", afirmou.

O ministro destacou que para conseguir se aposentar ou ter acesso à licença maternidade em 30 minutos, em primeiro lugar, é necessário que o cidadão esteja vinculado à Previdência, o que inclui 65% da população acima de 16 anos de idade.

"Depois bastar marcar pelo sistema 135 o dia e a hora do atendimento e levar a documentação. Se todos os dados necessários estiverem corretos o contribuinte será atendido em até 30 minutos, como vem sendo feito com as aposentadorias por idade desde o dia cinco de janeiro", explicou.

Pimentel disse ainda que em 90% das agências da previdência social o atendimento é marcado em até 48 horas. Nos grandes centros, entretanto existe um volume maior o que torna mais lento o processo.

"Estamos criando mais 715 agências até 2010, em todo o território nacional, para descentralizar o atendimento. Em 2008, atendemos 295 mil benefícios e aposentadorias por idade. Temos 4 mil pessoas por dia procurando e se aposentando por idade no território nacional. Este serviço será agilizado", concluiu.
17:28
Anónimo disse...
Giuseppe Englaro, pai de Eluana, a italiana que morreu na segunda-feira passada por desidratação, recusou uma grande soma de dinheiro de um conhecido fotógrafo italiano que queria retratar a filha em estado de coma, disse neste sábado o neurologista que atendia a mulher desde 1996, Carlo Defanti.

O neurologista, que participou hoje de uma conferência sobre eutanásia, disse que Englaro respeitou a vontade da filha, que, antes do acidente, tinha pedido que, se lhe ocorresse qualquer coisa irreversível, apresentasse sua imagem de quando estava em boas condições.

Antes de sofrer o acidente de trânsito, em 1992, Eluana viveu o coma de um amigo, Alessandro, o que causou forte impacto na italiana e a levou a fazer o pai prometer que não a deixasse viver em estado vegetativo, disse o próprio Giuseppe Englaro.

Defanti, que dissera que Eluana poderia viver de dez a 12 dias depois da suspensão da alimentação e da hidratação, disse que, como médico, tinha que reprovar esta afirmação.

"Não se pode sobreviver após três ou quatro dias sem líquido e, em particular, água em um corpo. Sabemos bem que, quando há um terremoto, após quatro dias é difícil encontrar sobreviventes".

Defanti ressaltou que Eluana "não falava, não se comunicava com o exterior" e que, após vários exames, "nos deparamos com uma moça que tinha perdido a consciência", porque estava com o córtex cerebral prejudicado.

Eluana foi enterrada na quinta-feira passada no túmulo da família na localidade de Paluzza, em Udine, após um funeral que não contou com a presença dos pais.

16:53
Anónimo disse...
Os bombeiros combatem neste sábado os incêndios na Austrália favorecidos pelo bom tempo, enquanto os deslocados encotram em seu retorno casas derruídas, carros queimados nas ruas e destruição.

Depois de sete dias desde que começaram os incêndios no Estado de Victoria, a lista de mortos chega a 181, os desaparecidos somam 50, os edifícios destruídos totalizam 1,834 mil e o terreno arrasado, principalmente florestas, ocupa uma área de 4,13 mil quilômetros quadrados.

As equipes de bombeiros, formadas por 4 mil profissionais de Victoria, de outras partes da Austrália e de países amigos, combateram hoje 12 focos fora de controle e nenhum representava uma ameaça direta para a população.

O subdiretor do Serviço de Bombeiros, Geoff Conway, disse que este tempo favorável, que se prolongará durante o domingo, permite consolidar as linhas de contenção e avançar na extinção das chamas.

Cinzas apareceram arrastadas por ventos do nordeste sobre Melbourne, onde habitam 3,8 milhões de pessoas, e as autoridades alertaram aos cidadãos do risco para a saúde de idosos, crianças e pessoas com problemas respiratórios.

O número de pessoas deslocadas - a Cruz Vermelha chegou a receber 7 mil - começou a cair com a abertura de algumas localidades atingidas.

Os incêndios, alguns criminosos, começaram em 7 de fevereiro, quando a região sul da Austrália estava há duas semanas sob uma onda de calor sem precedentes.

Na sexta-feira passada, a polícia acusou uma pessoa de ter provocado o incêndio que atingiu a localidade de Churchill e matou 21 pessoas.

16:55
Anónimo disse...
A primeira chuva em seis dias reduziu a ameaça de incêndios no Estado de Victoria, ao sul da Austrália. As autoridades, porém, advertiram que ainda existem 12 focos, mas que nenhum deles ameaça áreas povoadas.

Mais de quatro mil bombeiros, mil provenientes de outras partes do país e de outras nações, trabalham contra o fogo. Cerca de 600 veículos e 28 helicópteros e pequenos aviões estão sendo usados.


Eles conseguiram construir linhas de contenção para evitar os incêndios de Yarra e Maroondah se juntassem. Também foram controlados os incêndios abertos de Yea e Murrindindi, que ameaçavam as comunidades de Connellys Creek, Crystal Creek, Scrubby Creek e Native Dog Creek.

O número de mortos chegou a 181, mas as autoridades acreditam que as vítimas devem passar de 200, já que ainda há muitos desaparecidos.

16:55
Anónimo disse...
Aqui nesta coluna, na semana passada, tive a oportunidade de comentar sobre a recente visita do professor brasileiro Pedrinho Guareschi à Austrália. Não dei, porém, os fatos, pois semana passada o assunto era outro.

Hoje, porém, vamos a eles.

No último dia 4 de fevereiro, aconteceu o Seminário "Paulo Freire: Education and Liberation", organizado pelo centro de estudos latino-americanos da Universidade Nacional da Austrália, ou ANU, como é mais conhecida por aqui.

A ANU, para quem não sabe, está entre as 20 melhores universidades do mundo! E tem sede aqui em Camberra, capital da Austrália.

Na abertura do evento, o professor John Minns, diretor do centro latino-americano, ao dar boas-vindas ao público presente, lembrou ser aquele o primeiro seminário exclusivamente dedicado a Paulo Freire na Austrália.

Em seguida, convidou Pedrinho Guareschi, palestrante principal do Seminário, a fazer sua apresentação.

A plateia pode então conhecer, pelas palavras de Pedrinho, um pouco da obra e da vida de Freire, esse brasileiro de fé e valor, que sempre acreditou na educação, sobretudo dos menos favorecidos, analfabetos, como força libertadora.

Como não podia deixar de ser, os conceitos e ideias revolucionários de Paulo Freire, expostos com clareza por Pedrinho, despertaram o interesse e a curiosidade de plateia. A qual, deve-se notar, era na maioria de estudantes, mas de várias nacionalidades, sobretudo australianos e asiáticos.

Na continuação do programa do seminário, que se estendeu por dois dias, outros professores fizeram palestras sobre temas ligados à obra de Paulo Freire.

Interessante, por exemplo, saber que a professora Anne Hickling-Hudson, jamaicana que mora na Austrália há muitos anos (é professora da ANU), conheceu e trabalhou com Freire num workshop educacional durante a revolução na Ilha de Granada, em 1980, antes da invasão dos Estados Unidos...

Ou, então, a palestra da Professora Gerda Roelvink, da Nova Zelândia, que participou do Fórum Social de Porto Alegre em 2005. E essa participação transformou-se em tema de doutorado.

No dia 10, terça-feira passada, o padre Pedrinho Guareschi voltou a falar ao público australiano em grande auditório localizado no belíssimo campus da ANU. Desta vez, sobre a Teologia da Libertação.

Depois da palestra, John Minns mostrou o filme mexicano "O Crime do Padre Amaro", no qual um dos personagens é um padre católico praticante da Teologia da Libertação.

Mais uma vez, foi grande o intersse da platéia, que pode aprender e conhecer um pouco como se desenvolveu aquele importante movimento católico na América Latina.

Fica, assim, ao Pedrinho, bem como a outros brasileiros estudiosos e de bom coração que saem pelo mundo a divulgar aspectos importantes da cultura brasileira, o respeito e a homenagem desta coluna. E... aquele abraço!

16:57
Anónimo disse...
Amanda Kitts perdeu o braço esquerdo em um acidente de automóvel acontecido três anos atrás, mas hoje em dia ela joga futebol americano com seu filho de 12 anos de idade, troca fraldas e abraça as crianças nas três creches Kiddie Cottage que opera em Knoxville, Tennessee. Kitts, 40 anos, faz tudo isso com a ajuda de um novo tipo de braço artificial que se movimenta com mais facilidade do que outros aparelhos e que ela pode controlar utilizando apenas seus pensamentos.

"Eu sou capaz de mexer a mão, o pulso e o cotovelo ao mesmo tempo", diz. "Você pensa e os músculos se movem em seguida".

A recuperação que ela conseguiu resulta de um novo procedimento que vem atraindo crescente atenção porque permite que pessoas movam braços protéticos de forma mais automática do que faziam no passado, simplesmente utilizando nervos reaproveitados em seus cérebros.

A técnica, conhecida como "renervação muscular dirigida", envolve utilizar os nervos que restam depois da amputação de um braço e conectá-los a outro músculo do corpo, em geral no peito. Eletrodos são instalados sobre os músculos do peito, e operam como se fossem antenas. Quando a pessoa deseja mover o braço, o cérebro envia sinais que primeiro resultam em contração dos músculos do peito, os quais enviam um sinal ao braço protético, instruindo-se a se movimentar. O processo não requer mais esforços consciente do que a pessoa teria de exercitar caso ainda tivesse seu braço natural.

Na terça-feira, pesquisadores reportaram em estudo publicado pela versão online do Journal of the American Medical Association que haviam levado a técnica ainda mais à frente, tornando possível a execução de 10 movimentos de mão, pulso e cotovelo diferentes, o que representa uma substancial melhora com relação ao típico repertório protético, que em geral envolve apenas dobrar o cotovelo, girar o pulso e abrir a mão.

"Os novos métodos tiveram impacto dramático em nosso campo de trabalho", disse Stuart Harshbarger, engenheiro biomédico na Universidade Johns Hopkins e diretor do programa de pesquisa sobre próteses, financiado pelas forças armadas, que inclui o trabalho com essa técnica. "O método já está em uso por médicos e cirurgiões comuns em todo o país. A capacidade de controlar um membro protético bastante robusto que ele confere surpreendeu a todos pela qualidade".

Tipicamente, uma pessoa que tenha um braço protético só é capaz de executar alguns poucos movimentos, e muitas vezes com tamanha lentidão que isso só permite a ela atividades limitadas.

Há um motor separado para cada movimento, diz Gerald Loeb, professor de engenharia biomédica na Universidade do Sul da Califórnia, "e esses motores precisam ser controlados de maneira explícita", usualmente por um esforço consciente da pessoa para contrair músculos nas costas ou no bíceps.

"Essencialmente, até agora os pacientes controlavam apenas um motor de cada vez", diz Loeb, "e precisavam pensar cuidadosamente sobre que motor desejavam controlar e como fazê-lo operar, em lugar de simplesmente pensarem em mover o braço e poderem fazê-lo sem delongas".

Antes que Kitts passasse pelo procedimento de renervação, em outubro de 2007, por exemplo, ela precisava movimentar os músculos de suas costas de determinada maneira para fazer com que seu pulso girasse, e flexionar seu bíceps e tríceps para fazer com que o cotovelo se movesse para cima e para baixo. "Era muito trabalho", ela conta. "E não me ajudava muito".

O procedimento de renervação é parte de uma recente explosão de idéias novas e técnicas inovadoras que estão sendo exploradas enquanto os cientistas se esforçam por ajudar as pessoas a compensar melhor a perda de membros ou problemas de paralisia. O esforço vem sendo alimentado pelo aumento no número de amputações causado por diabetes e por ferimentos sofridos pelos militares, e ao mesmo tempo pelos avanços na tecnologia médica.

Os braços se tornaram um dos focos essenciais desse tipo de trabalho. A ciência há muito vem obtendo sucessos no desenvolvimento de próteses de perna, mas é muito mais difícil imitar a complexidade e a destreza das mãos e dos braços.

Os esforços em curso incluem o desenvolvimento de projetos de pele e braços mais sensíveis e mais flexíveis, e o uso de dispositivos acionados por controles sem fio implantado nos braços protéticos, que permitiriam movimentos mais naturais.

Os pesquisadores também vêm usando sensores implantados nos cérebros de cobaias para permitir que dois macacos controlem um braço mecânico, e um teste com um homem paralítico permitiu, com esse método, que ele movimentasse um cursor em uma tela de computador.

Alguns desses métodos, caso venham a ser aperfeiçoados plenamente e consigam aprovação das autoridades regulatórias da saúde, podem no futuro se tornar mais viáveis para os pacientes de amputações.

E embora a técnica da renervação não requeira aprovação das autoridades regulatórias porque é executada por meios cirúrgicos e emprega aparelhos já existentes, ela apresenta limitações que até mesmo seus criadores reconhecem, entre as quais o fato de que não se pode utilizá-la para todos os pacientes, o seu alto custo e o prazo de meses requerido para que os nervos reconectados cresçam e se tornem efetivos.

Ainda assim, os especialistas dizem que é o mais avançado sistema em uso hoje para pacientes reais que permite que o sistema nervoso controle diretamente o movimento de um braço artificial.

Desde sua introdução por Todd Kuiken, médico fisioterapeuta e engenheiro biomédico do Instituto de Reabilitação de Chicago, o método foi empregado em cerca de 30 pacientes nos Estados Unidos, Canadá e Europa, entre os quais oito soldados feridos no Iraque e no Afeganistão.

Muitos dos pacientes, entre os quais o primeiro, Jesse Sullivan, um operário do setor elétrico no Tennessee que perdeu os dois braços quando foi eletrocutado por um cabo, conseguem não apenas manipular seus braços protéticos mas sentir a presença das mãos que já não têm quando alguém toca em seus peitos.

Sullivan, 62 anos, e Kitts, estavam entre os cinco pacientes que participaram do estudo reportado na terça-feira. Em companhia de cinco outras pessoas que não passaram por amputações, eles receberam os eletrodos e foram instruídos a usar pensamentos para fazer com que um braço virtual na tela reproduzisse 10 movimentos diferentes, entre os quais três formas diferentes de aperto de mão.

Os pacientes apresentaram desempenho bastante respeitável, apenas um pouco mais lento e menos preciso do que os dos participantes que não tinham amputações.

"As velocidades de movimento que encontramos em nossos pacientes foram realmente encorajadoras", disse Kuiken. "Eles conseguiram completar a tarefa. É claro que não foram tão competentes quanto as pessoas dotadas de plena capacidade física, mas foram bons o bastante".

Um braço virtual foi usado porque a maioria das próteses existentes não era capaz de acomodar todos aqueles movimentos, no momento da pesquisa, ainda que Sullivan, Kitts e uma terceira paciente, Claudia Mitchell, tenham experimentado dois novos protótipos mais versáteis de braços artificiais, executando tarefas complexas com bolas de tênis e outros objetos.

O trabalho de renervação em soldados apresenta outros desafios, diz Kuiken, porque os ferimentos militares muitas vezes "causam danos muitos extensos" a nervos, músculos ou ossos.

Daniel Acosta, 25 anos, um aviador ferido pela detonação de uma bomba em uma estrada do Iraque em 2005, passou pelo procedimento no ano passado e diz que seu braço esquerdo protético agora se movimenta "muito mais rápido" e de maneira muito mais natural.

"A diferença é que agora não preciso mais pensar para mover o braço", ele diz. "Ele simplesmente se mexe".

Ainda assim, Acosta, de San Antonio, diz que "o processo foi bastante longo" e que os eletrodos precisam ser ajustados para receber os sinais à medida que os nervos crescem ou mudam de posição.

E embora elogiem o método, os especialistas afirmam que a ciência das próteses de braço ainda tem muito por avançar.

"Trata-se de uma parte crucial, mas ainda assim apenas uma parte, das muitas coisas que compreendem a função normal de um braço", disse Loeb, que escreveu um editorial que acompanha o artigo no Journal of the American Medical Association.

"No momento estamos a meio do caminho entre o braço de 'Dr. Fantástico', que fazia involuntariamente a saudação nazista, e o braço de Luke Skywalker em 'Guerra nas Estrelas', que funciona sem nenhum problema assim que é conectado. Creio que precisaremos ainda de muitos anos para conectar todas as peças necessárias a produzir um braço capaz de funcionar normalmente".

17:04
Anónimo disse...
A Espanha disse neste sábado que está preparando uma reclamação oficial contra a decisão da Venezuela de expulsar um membro do Parlamento Europeu que criticou o conselho eleitoral venezuelano.
Luis Herrero, membro do partido conservador espanhol PP, foi deportado na sexta-feira depois que o Conselho Nacional Eleitoral (CNE) o acusou de questionar a imparcialidade da instituição antes de um referendo que pode permitir ao presidente Hugo Chávez permanecer no cargo indefinidamente.

Herrero estava na Venezuela como observador do referendo. Ele acusou Chávez de ter "comportamentos típicos de um ditador" por pedir a contenção de manifestações da oposição.

O governo da Espanha convocou um encontro com o embaixador da Venezuela em Madri para expressar a desaprovação sobre a expulsão de Herrero, disse um representante do Ministério das Relações Exteriores espanhol.

As relações da Venezuela com a Espanha tiveram seu ponto crítico em 2007, quando Chávez ameaçou rever acordos diplomáticos e comerciais depois de ouvir um "cala a boca" do rei espanhol Juan Carlos durante uma cúpula.

A fenda foi oficialmente reparada em 2008, com uma visita oficial de Chávez à Espanha, onde ele cumprimentou o rei e discutiu acordos para investimento no setor petroquímico com o primeiro-ministro José Luis Rodriguez Zapatero.

17:06
Anónimo disse...
A polícia do Zimbábue anunciou neste sábado que acusa de traição Roy Bennett, dirigente do até agora opositor Movimento para a Mudança Democrática (MDC), detido na sexta-feira, em Harare, poucas horas antes da cerimônia de posse dos membros do novo gabinete.

"A Polícia nos informou que vão apresentar acusações de traição", disse à agência EFE o advogado de defesa de Bennett, Trust Maanda.

"Tentam relacionar Roy com o caso de Mike Hitschmann, que foi detido em 2006 em relação à descoberta de um carregamento de armas, apesar de que Hitschmann não tenha sido declarado culpado das acusações de traição apresentadas contra ele, mas de um crime menor de descumprimento de leis", disse Maanda.

O político opositor, designado por seu partido como vice-ministro de Agricultura no Governo de união nacional, esteve no exílio na vizinha África do Sul desde 2006 e retornou ao Zimbábue há duas semanas.

Segundo a Polícia, que deteve Bennett ontem no aeroporto de Harare quando pretendia ir à África do Sul para visitar sua família, as armas apreendidas em 2006 seriam utilizadas em um golpe de Estado para derrubar o presidente do Zimbábue, Robert Mugabe.

Depois da detenção, Bennet foi levado a Mutar, onde vários simpatizantes do MDC se concentraram em frente à delegacia na qual estava detido, diante do que a Polícia respondeu com tiros para o alto para dispersar os manifestantes.

17:07
Anónimo disse...
Austrália: 14 mil se candidatam a 'emprego dos sonhos'

A secretaria de Turismo de Queensland, na Austrália, informou que até esta segunda-feira já recebeu cerca de 14 mil inscrições para o "o melhor emprego do mundo". O Estado australiano promove pela internet seleção para vaga de "zelador" da ilha Hamilton, por seis meses com um salário de R$ 40 mil.

Muitos candidatos tiveram problemas durante a inscrição por conta dos acessos simultâneos ao site. A secretaria aconselha enviar os vídeos de 60s explicando porque deve ser escolhido em horários alternativos do dia, além de recomendar tamanho em torno de 40MB.

As inscrições começaram em 12 de janeiro e vão até o próximo dia 22 e podem ser feitas pelo site www.islandreefjob.com. O governo australiano escolherá 50 candidatos para a próxima fase da seleção, que terá votos do público para eleger um dos 11 finalistas.

A última fase terá entrevistas e desafios físicos, no próprio local de trabalho: as ilhas da Grande Barreira Coralina - o maior recife de coral do mundo. A secretaria de Turismo anunciará o vencedor no dia 6 de maio.

17:09
Anónimo disse...
Mercado elogia governo na crise, mas pede maior queda no juro

Peter Fussy
Direto de São Paulo

Desde as primeiras medidas anunciadas para combater os efeitos da crise, o governo brasileiro avisou que a estratégia não contemplaria um pacote. Seriam doses pontuais, de acordo com a necessidade da economia diante do agravamento das turbulências. Da primeira liberação dos depósitos compulsórios em setembro até a ampliação do seguro-desemprego na última quarta-feira, o governo passou por redução de impostos, ampliação de crédito e incentivos à exportação. Quase 150 dias após a primeira medida, o Terra conversou com líderes do setor público e privado, representantes dos trabalhadores, acadêmicos e com o próprio governo para saber quais destas ações foram mais eficazes, quais foram mais ineficientes e o que mais pode ser feito pelo Estado brasileiro contra a crise.

Os maiores elogios foram direcionados à atitude de reduzir o Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) para a indústria automobilística, anunciada em dezembro e que fez com que os emplacamentos de carros novos subissem 1,9% no primeiro mês do ano em relação a dezembro de 2008. Já as maiores críticas foram para a lentidão no corte da taxa básica de juro do País.

Para o presidente do conselho administrativo do Grupo Pão de Açúcar, Abílio Diniz, o Estado não é responsável pela crise e mesmo assim está agindo "com extrema serenidade e muito acerto". "O governo está atento, fazendo a sua parte. É preciso coragem de baixar firmemente a taxa de juros. É uma arma que temos a nosso favor, já que não há clima para inflação, nem possibilidade de danos para a macroeconomia", afirmou Diniz.

Na última reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), em janeiro, a taxa Selic foi reduzida em um ponto percentual, de 13,75% para 12,75% ao ano. Porém, o professor de economia da Universidade de Brasília (UnB) José Luiz Oreiro lembra que este corte representa uma redução de apenas 0,25 ponto percentual com relação à taxa de setembro do ano passado, quando a crise se agravou.

"Pouco antes da eclosão da crise, o Banco Central aumentou a taxa em 0,75 ponto. Foram cinco meses de demora para reduzir em termos líquidos apenas 0,25 ponto", afirmou o economista, que também sugeriu redução do intervalo de cerca de 90 dias entre as reuniões do Copom e o corte de pelo menos um 1 ponto percentual em cada reunião.

Mesmo com o corte de janeiro, a taxa de juros real continua sendo a maior do mundo, lembrou o secretário-geral da Força Sindical, João Carlos Gonçalves, o Juruna. "A redução da taxa de juro ainda é pequena, porque ela continua uma das mais altas do mundo. Falta ousadia para baixar os juros e ajudar o cidadão. A permanência da taxa de juro alta é negativa para o País em meio a crise", afirmou Juruna.

Embora aprove as ações do governo, o senador Aloízio Mercadante (PT-SP) também acredita que o patamar da Selic está muito alto. "Sempre fomos os primeiros a entrar em qualquer crise, o que não aconteceu agora. A taxa Selic ainda é muito alta, mas o governo têm tomado medidas acertadas, como o aumento do salário mínimo, mesmo com um cenário de crise. Isso ajuda a movimentar o consumo. O governo está se esforçando para manter os investimentos e o crescimento", disse.

Tributos
De acordo com o economista Fabio Pina, da Fecomercio-SP, as ações mais positivas estão relacionadas à redução de tributos para alguns segmentos, como a indústria automobilística, que recuperou parte da queda nas vendas em janeiro com a isenção do IPI para carros 1.0 l e o corte para demais motorizações. A medida vale até o final de março.

"Essas medidas não só reduziram o preço, mas anteciparam o consumo daqueles que iriam comprar no futuro, dando um prêmio por conta da insegurança. Mexe diretamente com o principal problema que é a confiança do consumidor", afirmou. Juruna destacou que um bom ritmo de vendas é garantia de emprego. "É importante porque cada emprego na montadora significa 19 na cadeia produtiva", comentou o representante da Força Sindical.

Também em dezembro, o governo decidiu cortar pela metade a alíquota do Imposto de Renda para contribuintes que ganham entre R$ 1.434 e R$ 2.150 mensais. "O salário aumentava e a tabela não se modificava. As pessoas ganhavam mais e pagavam mais impostos", apontou Juruna. Outra redução de tributos do governo foi com relação ao Imposto sobre Operações Financeiras (IOF), que caiu de 3% ao ano para 1,5%.

Crédito
Na segunda metade de 2008, o colapso de bancos nos Estados Unidos por conta da crise do subprime provocou uma forte restrição de crédito no mundo inteiro. Uma das primeiras medidas anticrise do governo teve como objetivo restabelecer a oferta, com mudanças no recolhimento dos depósitos compulsórios por parte dos bancos. Segundo o presidente do Banco Central, Henrique Meirelles, as diversas modificações liberaram US$ 99,2 bilhões aos bancos até o final de janeiro.

Além disso, o governo concedeu R$ 36 bilhões das reservas internacionais para empresas brasileiras com dívidas no exterior e uma medida provisória autorizou o Banco do Brasil e a Caixa Econômica Federal a comprar carteiras de crédito de bancos privados. Para o diretor do Departamento de Pesquisas e Estudos Econômicos da Fiesp, Paulo Francini, estas medidas foram essenciais para combater os efeitos da crise.

"A crise se desenvolve no mundo em torno do tema crédito. E o crédito reduziu-se barbaridade no mundo. Então o governo lança mão de compulsório, lança mão de reservas, de medidas que permitem aos bancos comprar carteiras de bancos. Você vai tomando várias medidas para atender às demandas e o epicentro disso é crédito", afirmou.

No entanto, Oreiro, da UnB, adverte que a liberação dos compulsórios seria mais eficiente acompanhada de redução mais agressiva da taxa básica de juro. "Uma parte do crédito voltou, depois da forte retração em outubro e novembro. O que deveria ter sido feito junto à liberação do compulsório era uma redução mais drástica da taxa de juro. Sem isso, os bancos pegam as reservas e acabam comprando títulos públicos", explicou o economista.

Na opinião de Pina, as ações de distribuição de crédito via redução do compulsório e a disposição de capital de giro para empresas foram tomadas sem um cuidado maior na operação e não tiveram muito efeito. "O BNDES tem linhas que ficam paradas quase todo o ano, agora é pior ainda. Existem os recursos, mas as empresas e os bancos estão desconfiados. É preciso fazer com que os bancos tenham interesse em emprestar", afirmou o economista da Fecomercio-SP.

Futuro
Mesmo com todas essas medidas, a crise financeira ainda gera incertezas nos setores produtivos do País. Nos últimos meses, o medo do desemprego fez os consumidores adiarem compras. Por sua vez, a queda nas vendas pode obrigar as indústrias a cortarem a produção e demitir funcionários. Contra isso, empresários sugerem redução de jornada e de salários.

"Isto está previsto em lei. A Fiesp simplesmente manteve conversações com entidades sindicais quanto à aplicação daquilo que já está previsto em lei", afirmou Francini.

Segundo a ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff, uma das medidas que assegura um nível de emprego é a manutenção de investimentos no Programa de Aceleração do Crescimento (PAC). "Estamos esperando que a dificuldade ocorra em janeiro, fevereiro e março. Estamos certos que vamos manter o nível de investimento. É isso que funciona, é isso que significa investimento público. Ele funciona como um colchão. Por isso, nós colocamos R$ 100 bilhões no BNDES e a Petrobras ampliou o seu investimento em R$ 120 bilhões", afirmou.

Na mesma linha, Pina explica que a antecipação de gastos do governo substitui parte da demanda retraída do setor privado. "Ele dá o seguinte recado: não vou estourar as contas públicas, mas concentrar em um momento em que a demanda privada está pequena. Mas o governo não tem fôlego suficiente para fazer o papel de toda demanda", ressaltou. O economista da Fecomercio lembrou que a entidade já pleiteou junto ao governo isenções para transferência de imóveis e de automóveis, além de retirar o IPVA para veículos novos.

Já Oreiro foca suas propostas na capitalização do Banco do Brasil e da Caixa Econômica Federal pelo Tesouro para atender a demanda de crédito para capital de giro e reduzir o spread. "Aumentando o empréstimo e reduzindo as taxas, os dois vão forçar os bancos privados a acompanhar o movimento, até para não perderem participação no mercado", explicou o economista da UnB.

Até o Carnaval, o governou prometeu detalhar um pacote de incentivos para a construção de até um milhão de casas populares, direcionado a famílias com renda de até dez salários mínimos. "Estamos atentos a tudo o que está acontecendo e novas medidas serão tomadas caso haja uma avaliação de que sejam necessárias", disse o ministro da Fazenda, Guido Mantega, na última sexta-feira.

17:11
Anónimo disse...
Ex-ministro critica extensão do seguro-desemprego

Atualizada às 09h03

O ex-ministro do Trabalho Almir Pazzianotto criticou a decisão do governo federal de conceder o seguro-desemprego estendido a apenas alguns setores. "É certamente odioso e provavelmente inconstitucional", disse Pazzianotto, de acordo com o jornal O Estado de S. Paulo.

Na última qurta, dia do anúncio da medida, centrais sindicais elogiaram a atitude do governo. A Força Sindical divulgou nota dizendo que "o aumento ajudará a aquecer parte da economia, já que irá gerar mais consumo, produção e conseqüentemente, a criação de novos postos de trabalho". A União Geral dos Trabalhadores (UGT) afirmou que a medida "contribuirá para minimizar o drama dos trabalhadores que perderem seu emprego por conta da crise".

O ex-ministro, que instituiu o seguro-desemprego no País no governo de José Sarney, destacou a necessidade de as centrais sindicais se manifestarem contra a determinação. Para ele, as mudanças devem ser aplicadas a todas as categorias profissionais e a distinção é contrária ao artigo 3º da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT).

Pazzianotto atribui a medida a um possível temor do governo de que a crise econômica seja longa e não haja dinheiro para atender a todas as necessidades. Ainda assim, ele se mostra contrário ao método de concessão. "O seguro-desemprego ajuda a sanar necessidades básicas. Estendê-lo é paliativo, não a solução", disse ao jornal.

De acordo com o presidente do Conselho Deliberativo do Fundo de Amparo ao Trabalhador (Codefat) e conselheiro da Força Sindical, Luiz Fernando Emediato, a determinação já estava prevista na lei 8.900/94, que trata do seguro-desemprego.

O presidente da Comissão de Trabalho da Câmara, Pedro Fernandes (PTB-MA) vai além na crítica à concessão do seguro para apenas alguns setores. Ele acredita que a ampliação do benefício estimula o desemprego.

Quintino Severo, secretário geral da Central Única dos Trabalhadores (CUT), lembra que a ampliação do benefício sem critério e identificação pode incentivar demissões em outros setores.

17:13
Anónimo disse...
Empresas
TAM faz promoção para destinos internacionais

A companhia aérea TAM anunciou nesta sexta-feira tarifas promocionais para trechos internacionais. Os preços valem para bilhetes comprados entre 6h deste sábado e 23h59 deste domingo e são válidos para classe econômica. As tarifas, para ida e volta, serão vendidas a partir de US$ 99, mais taxas.

Segundo a aérea, a promoção vale para viagens feitas no período de 14 de fevereiro a 18 de junho de 2009. Para destinos na América do Sul, a permanência mínima é de dois dias; para bilhetes com destino nos Estados Unidos, cinco dias; e Europa, sete dias. A permanência máxima para as passagens para América do Sul e EUA é de dois meses e para Europa, três meses.

Entre os exemplos de tarifas promocionais, a TAM oferece São Paulo-Lima por US$ 99. Bilhetes para a rota São Paulo-Santiago serão vendidos a partir de US$ 199 e São Paulo-Nova York, US$ 799.

A emissão dos bilhetes deve ser feita obrigatoriamente no ato da reserva, obedecendo às regras estipuladas pela companhia. A compra está sujeita à disponibilidade de assentos nas classes tarifárias determinadas, trechos, horários e datas. A TAM afirmou que também há tarifas promocionais para a classe executiva.

Mais informações podem ser encontradas no site promocional (www.ofertastam.com.br), no site da empresa (www.tam.com.br) ou pelos telefones 4002-5700 ou 0800 5705700.

17:13
Anónimo disse...
Empresas
Consultoria negocia compra do parque temático Hopi Hari

A consultoria especializada em reestruturação de empresas Íntegra Associados informou nesta sexta-feira ter um acordo para comprar o parque de diversões Hopi Hari, localizado no interior de São Paulo. A empresa estaria disposta a investir R$ 10 milhões no parque, que tem dívida estimada em R$ 800 milhões. As informações são da edição deste sábado do jornal Folha de S. Paulo.

De acordo com o jornal, a transação ainda depende da negociação entre o Hopi Hari e seus credores, o que já estaria em andamento.

A consultoria paulista já atuou junto à Parmalat, durante 30 meses, quando reorganizou a gestão da empresa italiana.

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17:14
Anónimo disse...
Empresas
Disney de Tóquio contratará mais 2 mil apesar da crise


A Oriental Land, o operador da Disneylândia Tóquio e DisneySea, organizou neste domingo entrevistas para contratar cerca de 2 mil trabalhadores em tempo parcial, em um momento de grandes demissões deste tipo de empregados no Japão.

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O operador deste parque temático, situado em Urayasu, na província de Chiba (leste de Tóquio), está em pleno processo de seleção de empregados para 20 tipos de postos trabalhistas diferentes.

Segundo a companhia, citada pela agência local de notícias Kyodo, o parque contratará novos trabalhadores para as atrações, para os restaurantes e guardas de segurança entre outros. Os novos contratados começarão a trabalhar a partir de fevereiro.

O processo de seleção acontece em um momento em que a maioria das grandes companhias japonesas começaram a se ver obrigadas a despedir uma elevada percentagem de seus trabalhadores temporários e a tempo parcial.

Algumas inclusive anunciaram demissões de seus trabalhadores fixos, uma medida muito pouco comum nas companhias japonesas, perante os efeitos piores que o esperado pela crise econômica global.

Cerca de uma centena de pessoas esperavam desde a primeira hora desta manhã a abertura do centro de conferências Tokyo International Forum, onde as entrevistas estão sendo feitas, para ser os primeiros a solicitar os postos de trabalho.


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17:15
Anónimo disse...
Economia Internacional
Senado dos EUA aprova plano de estímulo à economia

O Senado dos Estados Unidos aprovou com 60 votos a favor e 38 contra o plano de estímulo à economia de US$ 787 bilhões na madrugada deste sábado. Agora, ele segue para sanção ou veto do presidente Barack Obama, que espera colocar a lei em prática até o dia 16 de fevereiro.

O plano prevê a criação de três milhões de empregos, inclui cortes de impostos às famílias, fundos para programas sociais e obras públicas, além de ajuda aos governos estaduais, estudantes e desempregados.

A cláusula Buy American - que exige o uso de ferro, aço e produtos manufaturados dos Estados Unidos em obras realizadas com recursos do pacote - ficou de lado. Segundo o texto definitivo, a cláusula será aplicada sem violar as normas do comércio internacional.

Ontem à tarde, a Câmara de Representantes (deputados) havia aprovado, por 246 votos a favor e 183 contra, a versão final do plano. Todos os republicanos foram contrários ao pacote.

Pelo acordo de quarta-feira entre Câmara e Senado, em vez de custar US$ 819 bilhões, como queriam os deputados, ou US$ 838 bilhões como pretendiam os senadores, o pacote ficou em cerca de US$ 787 bilhões, com 65% desse total destinado a gastos do governo federal e 35%, a créditos tributários.

17:16
Anónimo disse...
Economia nacional
Na era Lula, aposentadoria sobe 54% menos que salário mínimo

Thatiane Faria
Especial para o Terra
Direto de São Paulo

Os índices de reajustes concedidos pelo governo em 2009 para aposentados e pensionistas e para o salário mínimo repetiram uma diferença que, só durante o governo de Luiz Inácio Lula da Silva, já chega a 54%. Enquanto o mínimo foi majorado em 12% este ano, as pensões e aposentadorias tiveram aumento de 5,92%. Aposentados que têm o benefício do governo como única fonte de renda reclamam que perdem poder de compra e que sua cesta de compras é composta por itens que aumentam mais em relação à inflação oficial.

Um exemplo prático pode ser entendido a partir da comparação entre um aposentado que ganhava R$ 600 em janeiro de 2003. Na época, o benefício era três vezes, ou 200%, maior que o valor do mínimo em vigência, que era de R$ 200. Aplicando-se os índices de reajuste para aposentadorias e para o mínimo durante os últimos seis anos, o mesmo aposentado estaria recebendo hoje R$ 938,47, comparado a um salário mínimo de R$ 465. A diferença entre os dois valores caiu para pouco mais de 100%.

Enquanto o índice acumulado de reajuste para a aposentadoria durante o governo Lula foi de 60%, para o salário mínimo está em 132%.

O diretor do Sindicato Nacional dos Aposentados, João Inocentini, reclama que os valores dos benefícios para aposentadorias não mantêm o poder de compra do grupo, principalmente dos aposentados que recebem menos que dez salários mínimos.

Nem mesmo o fato de o índice de reajuste das aposentadorias ter ficado acima da inflação acumulada no mesmo período (o IPCA entre janeiro de 2003 e janeiro de 2009 foi de 39,7%) serve de argumento, segundo os aposentados.

"Os idosos, principalmente, têm gastos além das contas gerais como gás, telefone e aluguel. Para eles o custo com remédios, e outros itens da área saúde costuma ser maior", afirmou Inocentini.

O presidente do sindicato afirmou que o grupo realiza um estudo com 100 itens de necessidade de um idoso para comparar o aumento dos produtos com o índice de reajuste do benefício recebido pelos aposentados.

"Daqui dois meses vamos abrir um processo na Justiça e levar essa pesquisa como prova. Segundo a lei, o governo é obrigado a manter o poder de compra com a aposentadoria", disse Inocentini.

Alternativas
O consultor financeiro Cláudio Boriola diz que os aposentados, especialmente nesse momento de crise econômica, devem evitar compras parceladas, pesquisar preços, negociar e fazer bom planejamento financeiro.

Segundo Boriola, alguns aposentados ganham um valor mensal muitas vezes insuficiente para o pagamento das contas e acabam pedindo crédito ou realizando pagamentos a prazo e são obrigados a pagar juros altos.

Na opinião do consultor, pagar uma previdência privada é uma alternativa indicada para quem ainda trabalha, considerando a característica de perda de poder de compra da aposentadoria.

"Na prática, infelizmente os valores encontram-se em um patamar que está deteriorando o poder de aquisição da população brasileira", completou Boriola.

De acordo com o diretor da Confederação Brasileira de Aposentados e Pensionistas (Cobap), Vicente Fernandes Barbosa, representantes dos aposentados tentarão um encontro com o presidente da Câmara, deputado Michel Temer (PMDB-SP), para discutir projetos que minimizem a perda dos aposentados

17:17
Anónimo disse...
Previdência
Previdência prorroga isenção de tarifas no benefício

O atual sistema de pagamento aos 26 milhões de aposentados e pensionistas do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) será mantido até o final deste ano. O acordo, que permite realizar a operação sem nenhum custo aos beneficiários, foi renovado nesta sexta-feira, entre o governo federal e 21 instituições financeiras.

Por meio desse acordo, vigente desde setembro de 2007, nem os segurados, nem os bancos e nem o governo arcam com o pagamento de tarifas, conforme explicou o ministro da Previdência Social, José Pimentel. A prorrogação vale até dezembro, data máxima para que a Previdência defina as regras para um novo contrato.

Ao assinar o termo de renovação, na sede da Federação Brasileira dos Bancos (Febraban), o ministro disse que a intenção do governo é mudar o atual modelo de gestão visando a reduzir os custos dessas operações em torno da folha mensal, que atinge R$ 15,8 bilhões. No entanto, qualquer alteração, conforme explicou, passará antes por audiências públicas a serem realizadas a partir do segundo semestre deste ano, atendendo a determinação do Tribunal de Contas da União (TCU).

De acordo com Pimentel, com um redesenho do mecanismo de repasse dos recursos aos bancos em torno da folha de pagamento dos segurados o que se busca é um aumento da participação de instituições financeiras. Ele informou que, desde 2007, cada benefício custa em média R$ 1,07 ao governo. "Quanto mais instituições financeiras estiverem prestando serviços à sociedade, maior é a competitividade, a agilidade no atendimento", justificou.

O ministro observou, ainda, que, para permitir uma redução para algo em torno de meia hora no tempo de atendimento para a concessão dos direitos previdenciários, o governo investiu R$ 280 milhões.

Questionado sobre o descontentamento dos segurados que ganham acima de um salário mínimo terem obtido apenas a correção com base na variação do Índice de Preços ao Consumidor (INPC) , ficando abaixo do reajuste dado a quem recebe apenas o mínimo, Pimentel argumentou que o governo seguiu o que determina a lei e descartou a possibilidade de uma revisão

17:17
Anónimo disse...
Empresas
Caterpillar oferece aposentadoria antecipada a 2 mil


A companhia americana Caterpillar ofereceu a cerca de dois mil funcionários incentivos para que se aposentem de forma voluntária antes do previsto, pela perspectiva de uma queda "significativa" da atividade industrial, informou nesta quarta-feira a empresa.

A iniciativa, destinada aos trabalhadores de diversas fábricas em Illinois, Colorado, Tennessee e Pensilvânia, se soma aos cortes de empregos anunciados em janeiro, explicou em comunicado de imprensa.

A empresa, a maior fabricante mundial de maquinaria pesada para a construção e a mineração, acrescentou que, "em função das condições de negócio, podem ser necessárias mais reduções de elenco voluntárias e involuntárias à medida que o ano avança".

O vice-presidente da companhia, Sid Banwart, explicou que a empresa prevê "demissões significativas em todas as regiões geográficas e na maioria dos setores devido às dificuldades da economia mundial".

17:18
Anónimo disse...
Comércio
Comércio exterior da OCDE caiu no 3º trimestre de 2008


As exportações e as importações dos países da Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Econômico (OCDE) caíram 1,6% e 0,2%, respectivamente, no terceiro trimestre de 2008, em relação aos três meses anteriores.

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Trata-se da primeira queda destas atividades desde o terceiro trimestre de 2006, segundo o último relatório trimestral sobre fluxos comerciais divulgado pela OCDE.

As exportações e as importações em dólares dos 30 Estados-membros caíram 15,6% e 17%, respectivamente, na comparação anualizada.

Por sua vez, o comércio dos sete países mais ricos do mundo (G7) teve um pequeno crescimento no terceiro trimestre de 2008 com uma queda das exportações de mercadorias de 0,2% em relação ao trimestre anterior e um aumento de 0,4% das importações.

Em termos anualizados, as importações do G7 caíram 1,4% entre julho e setembro do ano passado, seu primeiro retrocesso desde o terceiro trimestre de 2006, enquanto as exportações aumentaram 1,9%, seu crescimento mais baixo no mesmo tempo.

Por países, a Alemanha aumentou suas importações em 3,4% - valor mais alto do G7 -, enquanto suas exportações caíram 2,9% do segundo para o terceiro trimestre de 2008.

Pelo contrário, as exportações americanas aumentaram 1,8% entre julho e setembro de 2008, enquanto as importações caíram 0,7% em relação ao trimestre anterior. No Japão, tanto as importações quanto as exportações caíram em torno de 1% no mesmo período.

17:19
Anónimo disse...
Economia Nacional
Lula: juros de crédito consignado a aposentados são altos

Atualizada às 17h29

O presidente Luis Inácio Lula da Silva afirmou nesta terça-feira, em São Paulo, que está lutando para reduzir as taxas de juros cobradas de aposentados em crédito consignado. A Previdência Social estabelece uma taxa máxima de 2,5% para empréstimo e de 3,5% para cartão. Para Lula, os valores são altos.

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"Acho que o juro que os aposentados estão pagando hoje com o crédito consignado é alto para o padrão brasileiro", disse o presidente durante a cerimônia de comemoração dos 86 anos do INSS.

A Previdência anunciou nesta terça-feira que aposentados e trabalhadoras com licença-maternidade poderão receber seus benefícios em 30 minutos. De acordo com Lula, em junho, a aposentadoria do trabalhador rural também será conseguida em meia hora.

Além disso, o presidente anunciou que, também em junho, os trabalhadores que alcançarem o direito à aposentadoria passarão a receber em suas casas um comunicado da Previdência informando o fato e o valor do salário que têm direito a receber. "É um comprometimento público que estou fazendo com os companheiros da Previdência Social", disse.

"Estamos retribuindo ao contribuinte da Previdência Social aquilo que é a cidadania que ele tem direito", afirmou Lula. "Se para cobrar nós somos tão precisos, para devolver o dinheiro, temos que chegar próximo à perfeição", completou.

17:20
Anónimo disse...
Economia Nacional
Salário maternidade sairá em 30 minutos, diz ministro

Toda trabalhadora autônoma que tiver contribuído pelo menos 10 meses com o Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) - ou as que possuírem carteira assinada - poderão receber em 30 minutos o salário maternidade a partir desta terça-feira. Da mesma forma, as mulheres com 30 anos de contribuição e os homens com 35 anos também terão direito ao benefício de forma mais rápida. A informação é do ministro da Previdência Social, José Pimentel.

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Para requerer o salário maternidade, é preciso que as autônomas levem a carteira de identidade e o carnê de contribuição. As demais trabalhadoras devem apresentar a identificação e a carteira de trabalho. Desde o início do mês, a nova forma de análise para a concessão de benefícios foi adotada para a aposentadoria por idade do trabalhador urbano e agora foi estendida para o salário maternidade e por tempo de contribuição.

O ministro disse que a qualificação do serviço da previdência social é o reconhecimento do direito dos trabalhadores e da afirmação da cidadania.

"Até pouco tempo na cabeça do cidadão o serviço devia ser de péssima qualidade. Agora não, nós modificamos toda a legislação no mês de dezembro numa ação conjunta do Congresso Nacional com o governo federal. Estamos implantando e concedendo os benefícios em até 30 minutos", afirmou.

O ministro destacou que para conseguir se aposentar ou ter acesso à licença maternidade em 30 minutos, em primeiro lugar, é necessário que o cidadão esteja vinculado à Previdência, o que inclui 65% da população acima de 16 anos de idade.

"Depois bastar marcar pelo sistema 135 o dia e a hora do atendimento e levar a documentação. Se todos os dados necessários estiverem corretos o contribuinte será atendido em até 30 minutos, como vem sendo feito com as aposentadorias por idade desde o dia cinco de janeiro", explicou.

Pimentel disse ainda que em 90% das agências da previdência social o atendimento é marcado em até 48 horas. Nos grandes centros, entretanto existe um volume maior o que torna mais lento o processo.

"Estamos criando mais 715 agências até 2010, em todo o território nacional, para descentralizar o atendimento. Em 2008, atendemos 295 mil benefícios e aposentadorias por idade. Temos 4 mil pessoas por dia procurando e se aposentando por idade no território nacional

Anónimo disse...

Os bombeiros combatem neste sábado os incêndios na Austrália favorecidos pelo bom tempo, enquanto os deslocados encotram em seu retorno casas derruídas, carros queimados nas ruas e destruição.

Depois de sete dias desde que começaram os incêndios no Estado de Victoria, a lista de mortos chega a 181, os desaparecidos somam 50, os edifícios destruídos totalizam 1,834 mil e o terreno arrasado, principalmente florestas, ocupa uma área de 4,13 mil quilômetros quadrados.

As equipes de bombeiros, formadas por 4 mil profissionais de Victoria, de outras partes da Austrália e de países amigos, combateram hoje 12 focos fora de controle e nenhum representava uma ameaça direta para a população.

O subdiretor do Serviço de Bombeiros, Geoff Conway, disse que este tempo favorável, que se prolongará durante o domingo, permite consolidar as linhas de contenção e avançar na extinção das chamas.

Cinzas apareceram arrastadas por ventos do nordeste sobre Melbourne, onde habitam 3,8 milhões de pessoas, e as autoridades alertaram aos cidadãos do risco para a saúde de idosos, crianças e pessoas com problemas respiratórios.

O número de pessoas deslocadas - a Cruz Vermelha chegou a receber 7 mil - começou a cair com a abertura de algumas localidades atingidas.

Os incêndios, alguns criminosos, começaram em 7 de fevereiro, quando a região sul da Austrália estava há duas semanas sob uma onda de calor sem precedentes.

Na sexta-feira passada, a polícia acusou uma pessoa de ter provocado o incêndio que atingiu a localidade de Churchill e matou 21 pessoas.
16:55
Anónimo disse...
A primeira chuva em seis dias reduziu a ameaça de incêndios no Estado de Victoria, ao sul da Austrália. As autoridades, porém, advertiram que ainda existem 12 focos, mas que nenhum deles ameaça áreas povoadas.

Mais de quatro mil bombeiros, mil provenientes de outras partes do país e de outras nações, trabalham contra o fogo. Cerca de 600 veículos e 28 helicópteros e pequenos aviões estão sendo usados.


Eles conseguiram construir linhas de contenção para evitar os incêndios de Yarra e Maroondah se juntassem. Também foram controlados os incêndios abertos de Yea e Murrindindi, que ameaçavam as comunidades de Connellys Creek, Crystal Creek, Scrubby Creek e Native Dog Creek.

O número de mortos chegou a 181, mas as autoridades acreditam que as vítimas devem passar de 200, já que ainda há muitos desaparecidos.
16:55
Anónimo disse...
Aqui nesta coluna, na semana passada, tive a oportunidade de comentar sobre a recente visita do professor brasileiro Pedrinho Guareschi à Austrália. Não dei, porém, os fatos, pois semana passada o assunto era outro.

Hoje, porém, vamos a eles.

No último dia 4 de fevereiro, aconteceu o Seminário "Paulo Freire: Education and Liberation", organizado pelo centro de estudos latino-americanos da Universidade Nacional da Austrália, ou ANU, como é mais conhecida por aqui.

A ANU, para quem não sabe, está entre as 20 melhores universidades do mundo! E tem sede aqui em Camberra, capital da Austrália.

Na abertura do evento, o professor John Minns, diretor do centro latino-americano, ao dar boas-vindas ao público presente, lembrou ser aquele o primeiro seminário exclusivamente dedicado a Paulo Freire na Austrália.

Em seguida, convidou Pedrinho Guareschi, palestrante principal do Seminário, a fazer sua apresentação.

A plateia pode então conhecer, pelas palavras de Pedrinho, um pouco da obra e da vida de Freire, esse brasileiro de fé e valor, que sempre acreditou na educação, sobretudo dos menos favorecidos, analfabetos, como força libertadora.

Como não podia deixar de ser, os conceitos e ideias revolucionários de Paulo Freire, expostos com clareza por Pedrinho, despertaram o interesse e a curiosidade de plateia. A qual, deve-se notar, era na maioria de estudantes, mas de várias nacionalidades, sobretudo australianos e asiáticos.

Na continuação do programa do seminário, que se estendeu por dois dias, outros professores fizeram palestras sobre temas ligados à obra de Paulo Freire.

Interessante, por exemplo, saber que a professora Anne Hickling-Hudson, jamaicana que mora na Austrália há muitos anos (é professora da ANU), conheceu e trabalhou com Freire num workshop educacional durante a revolução na Ilha de Granada, em 1980, antes da invasão dos Estados Unidos...

Ou, então, a palestra da Professora Gerda Roelvink, da Nova Zelândia, que participou do Fórum Social de Porto Alegre em 2005. E essa participação transformou-se em tema de doutorado.

No dia 10, terça-feira passada, o padre Pedrinho Guareschi voltou a falar ao público australiano em grande auditório localizado no belíssimo campus da ANU. Desta vez, sobre a Teologia da Libertação.

Depois da palestra, John Minns mostrou o filme mexicano "O Crime do Padre Amaro", no qual um dos personagens é um padre católico praticante da Teologia da Libertação.

Mais uma vez, foi grande o intersse da platéia, que pode aprender e conhecer um pouco como se desenvolveu aquele importante movimento católico na América Latina.

Fica, assim, ao Pedrinho, bem como a outros brasileiros estudiosos e de bom coração que saem pelo mundo a divulgar aspectos importantes da cultura brasileira, o respeito e a homenagem desta coluna. E... aquele abraço!
16:57
Anónimo disse...
Amanda Kitts perdeu o braço esquerdo em um acidente de automóvel acontecido três anos atrás, mas hoje em dia ela joga futebol americano com seu filho de 12 anos de idade, troca fraldas e abraça as crianças nas três creches Kiddie Cottage que opera em Knoxville, Tennessee. Kitts, 40 anos, faz tudo isso com a ajuda de um novo tipo de braço artificial que se movimenta com mais facilidade do que outros aparelhos e que ela pode controlar utilizando apenas seus pensamentos.

"Eu sou capaz de mexer a mão, o pulso e o cotovelo ao mesmo tempo", diz. "Você pensa e os músculos se movem em seguida".

A recuperação que ela conseguiu resulta de um novo procedimento que vem atraindo crescente atenção porque permite que pessoas movam braços protéticos de forma mais automática do que faziam no passado, simplesmente utilizando nervos reaproveitados em seus cérebros.

A técnica, conhecida como "renervação muscular dirigida", envolve utilizar os nervos que restam depois da amputação de um braço e conectá-los a outro músculo do corpo, em geral no peito. Eletrodos são instalados sobre os músculos do peito, e operam como se fossem antenas. Quando a pessoa deseja mover o braço, o cérebro envia sinais que primeiro resultam em contração dos músculos do peito, os quais enviam um sinal ao braço protético, instruindo-se a se movimentar. O processo não requer mais esforços consciente do que a pessoa teria de exercitar caso ainda tivesse seu braço natural.

Na terça-feira, pesquisadores reportaram em estudo publicado pela versão online do Journal of the American Medical Association que haviam levado a técnica ainda mais à frente, tornando possível a execução de 10 movimentos de mão, pulso e cotovelo diferentes, o que representa uma substancial melhora com relação ao típico repertório protético, que em geral envolve apenas dobrar o cotovelo, girar o pulso e abrir a mão.

"Os novos métodos tiveram impacto dramático em nosso campo de trabalho", disse Stuart Harshbarger, engenheiro biomédico na Universidade Johns Hopkins e diretor do programa de pesquisa sobre próteses, financiado pelas forças armadas, que inclui o trabalho com essa técnica. "O método já está em uso por médicos e cirurgiões comuns em todo o país. A capacidade de controlar um membro protético bastante robusto que ele confere surpreendeu a todos pela qualidade".

Tipicamente, uma pessoa que tenha um braço protético só é capaz de executar alguns poucos movimentos, e muitas vezes com tamanha lentidão que isso só permite a ela atividades limitadas.

Há um motor separado para cada movimento, diz Gerald Loeb, professor de engenharia biomédica na Universidade do Sul da Califórnia, "e esses motores precisam ser controlados de maneira explícita", usualmente por um esforço consciente da pessoa para contrair músculos nas costas ou no bíceps.

"Essencialmente, até agora os pacientes controlavam apenas um motor de cada vez", diz Loeb, "e precisavam pensar cuidadosamente sobre que motor desejavam controlar e como fazê-lo operar, em lugar de simplesmente pensarem em mover o braço e poderem fazê-lo sem delongas".

Antes que Kitts passasse pelo procedimento de renervação, em outubro de 2007, por exemplo, ela precisava movimentar os músculos de suas costas de determinada maneira para fazer com que seu pulso girasse, e flexionar seu bíceps e tríceps para fazer com que o cotovelo se movesse para cima e para baixo. "Era muito trabalho", ela conta. "E não me ajudava muito".

O procedimento de renervação é parte de uma recente explosão de idéias novas e técnicas inovadoras que estão sendo exploradas enquanto os cientistas se esforçam por ajudar as pessoas a compensar melhor a perda de membros ou problemas de paralisia. O esforço vem sendo alimentado pelo aumento no número de amputações causado por diabetes e por ferimentos sofridos pelos militares, e ao mesmo tempo pelos avanços na tecnologia médica.

Os braços se tornaram um dos focos essenciais desse tipo de trabalho. A ciência há muito vem obtendo sucessos no desenvolvimento de próteses de perna, mas é muito mais difícil imitar a complexidade e a destreza das mãos e dos braços.

Os esforços em curso incluem o desenvolvimento de projetos de pele e braços mais sensíveis e mais flexíveis, e o uso de dispositivos acionados por controles sem fio implantado nos braços protéticos, que permitiriam movimentos mais naturais.

Os pesquisadores também vêm usando sensores implantados nos cérebros de cobaias para permitir que dois macacos controlem um braço mecânico, e um teste com um homem paralítico permitiu, com esse método, que ele movimentasse um cursor em uma tela de computador.

Alguns desses métodos, caso venham a ser aperfeiçoados plenamente e consigam aprovação das autoridades regulatórias da saúde, podem no futuro se tornar mais viáveis para os pacientes de amputações.

E embora a técnica da renervação não requeira aprovação das autoridades regulatórias porque é executada por meios cirúrgicos e emprega aparelhos já existentes, ela apresenta limitações que até mesmo seus criadores reconhecem, entre as quais o fato de que não se pode utilizá-la para todos os pacientes, o seu alto custo e o prazo de meses requerido para que os nervos reconectados cresçam e se tornem efetivos.

Ainda assim, os especialistas dizem que é o mais avançado sistema em uso hoje para pacientes reais que permite que o sistema nervoso controle diretamente o movimento de um braço artificial.

Desde sua introdução por Todd Kuiken, médico fisioterapeuta e engenheiro biomédico do Instituto de Reabilitação de Chicago, o método foi empregado em cerca de 30 pacientes nos Estados Unidos, Canadá e Europa, entre os quais oito soldados feridos no Iraque e no Afeganistão.

Muitos dos pacientes, entre os quais o primeiro, Jesse Sullivan, um operário do setor elétrico no Tennessee que perdeu os dois braços quando foi eletrocutado por um cabo, conseguem não apenas manipular seus braços protéticos mas sentir a presença das mãos que já não têm quando alguém toca em seus peitos.

Sullivan, 62 anos, e Kitts, estavam entre os cinco pacientes que participaram do estudo reportado na terça-feira. Em companhia de cinco outras pessoas que não passaram por amputações, eles receberam os eletrodos e foram instruídos a usar pensamentos para fazer com que um braço virtual na tela reproduzisse 10 movimentos diferentes, entre os quais três formas diferentes de aperto de mão.

Os pacientes apresentaram desempenho bastante respeitável, apenas um pouco mais lento e menos preciso do que os dos participantes que não tinham amputações.

"As velocidades de movimento que encontramos em nossos pacientes foram realmente encorajadoras", disse Kuiken. "Eles conseguiram completar a tarefa. É claro que não foram tão competentes quanto as pessoas dotadas de plena capacidade física, mas foram bons o bastante".

Um braço virtual foi usado porque a maioria das próteses existentes não era capaz de acomodar todos aqueles movimentos, no momento da pesquisa, ainda que Sullivan, Kitts e uma terceira paciente, Claudia Mitchell, tenham experimentado dois novos protótipos mais versáteis de braços artificiais, executando tarefas complexas com bolas de tênis e outros objetos.

O trabalho de renervação em soldados apresenta outros desafios, diz Kuiken, porque os ferimentos militares muitas vezes "causam danos muitos extensos" a nervos, músculos ou ossos.

Daniel Acosta, 25 anos, um aviador ferido pela detonação de uma bomba em uma estrada do Iraque em 2005, passou pelo procedimento no ano passado e diz que seu braço esquerdo protético agora se movimenta "muito mais rápido" e de maneira muito mais natural.

"A diferença é que agora não preciso mais pensar para mover o braço", ele diz. "Ele simplesmente se mexe".

Ainda assim, Acosta, de San Antonio, diz que "o processo foi bastante longo" e que os eletrodos precisam ser ajustados para receber os sinais à medida que os nervos crescem ou mudam de posição.

E embora elogiem o método, os especialistas afirmam que a ciência das próteses de braço ainda tem muito por avançar.

"Trata-se de uma parte crucial, mas ainda assim apenas uma parte, das muitas coisas que compreendem a função normal de um braço", disse Loeb, que escreveu um editorial que acompanha o artigo no Journal of the American Medical Association.

"No momento estamos a meio do caminho entre o braço de 'Dr. Fantástico', que fazia involuntariamente a saudação nazista, e o braço de Luke Skywalker em 'Guerra nas Estrelas', que funciona sem nenhum problema assim que é conectado. Creio que precisaremos ainda de muitos anos para conectar todas as peças necessárias a produzir um braço capaz de funcionar norma

Anónimo disse...

Os bombeiros combatem neste sábado os incêndios na Austrália favorecidos pelo bom tempo, enquanto os deslocados encotram em seu retorno casas derruídas, carros queimados nas ruas e destruição.

Depois de sete dias desde que começaram os incêndios no Estado de Victoria, a lista de mortos chega a 181, os desaparecidos somam 50, os edifícios destruídos totalizam 1,834 mil e o terreno arrasado, principalmente florestas, ocupa uma área de 4,13 mil quilômetros quadrados.

As equipes de bombeiros, formadas por 4 mil profissionais de Victoria, de outras partes da Austrália e de países amigos, combateram hoje 12 focos fora de controle e nenhum representava uma ameaça direta para a população.

O subdiretor do Serviço de Bombeiros, Geoff Conway, disse que este tempo favorável, que se prolongará durante o domingo, permite consolidar as linhas de contenção e avançar na extinção das chamas.

Cinzas apareceram arrastadas por ventos do nordeste sobre Melbourne, onde habitam 3,8 milhões de pessoas, e as autoridades alertaram aos cidadãos do risco para a saúde de idosos, crianças e pessoas com problemas respiratórios.

O número de pessoas deslocadas - a Cruz Vermelha chegou a receber 7 mil - começou a cair com a abertura de algumas localidades atingidas.

Os incêndios, alguns criminosos, começaram em 7 de fevereiro, quando a região sul da Austrália estava há duas semanas sob uma onda de calor sem precedentes.

Na sexta-feira passada, a polícia acusou uma pessoa de ter provocado o incêndio que atingiu a localidade de Churchill e matou 21 pessoas.
16:55
Anónimo disse...
A primeira chuva em seis dias reduziu a ameaça de incêndios no Estado de Victoria, ao sul da Austrália. As autoridades, porém, advertiram que ainda existem 12 focos, mas que nenhum deles ameaça áreas povoadas.

Mais de quatro mil bombeiros, mil provenientes de outras partes do país e de outras nações, trabalham contra o fogo. Cerca de 600 veículos e 28 helicópteros e pequenos aviões estão sendo usados.


Eles conseguiram construir linhas de contenção para evitar os incêndios de Yarra e Maroondah se juntassem. Também foram controlados os incêndios abertos de Yea e Murrindindi, que ameaçavam as comunidades de Connellys Creek, Crystal Creek, Scrubby Creek e Native Dog Creek.

O número de mortos chegou a 181, mas as autoridades acreditam que as vítimas devem passar de 200, já que ainda há muitos desaparecidos.
16:55
Anónimo disse...
Aqui nesta coluna, na semana passada, tive a oportunidade de comentar sobre a recente visita do professor brasileiro Pedrinho Guareschi à Austrália. Não dei, porém, os fatos, pois semana passada o assunto era outro.

Hoje, porém, vamos a eles.

No último dia 4 de fevereiro, aconteceu o Seminário "Paulo Freire: Education and Liberation", organizado pelo centro de estudos latino-americanos da Universidade Nacional da Austrália, ou ANU, como é mais conhecida por aqui.

A ANU, para quem não sabe, está entre as 20 melhores universidades do mundo! E tem sede aqui em Camberra, capital da Austrália.

Na abertura do evento, o professor John Minns, diretor do centro latino-americano, ao dar boas-vindas ao público presente, lembrou ser aquele o primeiro seminário exclusivamente dedicado a Paulo Freire na Austrália.

Em seguida, convidou Pedrinho Guareschi, palestrante principal do Seminário, a fazer sua apresentação.

A plateia pode então conhecer, pelas palavras de Pedrinho, um pouco da obra e da vida de Freire, esse brasileiro de fé e valor, que sempre acreditou na educação, sobretudo dos menos favorecidos, analfabetos, como força libertadora.

Como não podia deixar de ser, os conceitos e ideias revolucionários de Paulo Freire, expostos com clareza por Pedrinho, despertaram o interesse e a curiosidade de plateia. A qual, deve-se notar, era na maioria de estudantes, mas de várias nacionalidades, sobretudo australianos e asiáticos.

Na continuação do programa do seminário, que se estendeu por dois dias, outros professores fizeram palestras sobre temas ligados à obra de Paulo Freire.

Interessante, por exemplo, saber que a professora Anne Hickling-Hudson, jamaicana que mora na Austrália há muitos anos (é professora da ANU), conheceu e trabalhou com Freire num workshop educacional durante a revolução na Ilha de Granada, em 1980, antes da invasão dos Estados Unidos...

Ou, então, a palestra da Professora Gerda Roelvink, da Nova Zelândia, que participou do Fórum Social de Porto Alegre em 2005. E essa participação transformou-se em tema de doutorado.

No dia 10, terça-feira passada, o padre Pedrinho Guareschi voltou a falar ao público australiano em grande auditório localizado no belíssimo campus da ANU. Desta vez, sobre a Teologia da Libertação.

Depois da palestra, John Minns mostrou o filme mexicano "O Crime do Padre Amaro", no qual um dos personagens é um padre católico praticante da Teologia da Libertação.

Mais uma vez, foi grande o intersse da platéia, que pode aprender e conhecer um pouco como se desenvolveu aquele importante movimento católico na América Latina.

Fica, assim, ao Pedrinho, bem como a outros brasileiros estudiosos e de bom coração que saem pelo mundo a divulgar aspectos importantes da cultura brasileira, o respeito e a homenagem desta coluna. E... aquele abraço!
16:57
Anónimo disse...
Amanda Kitts perdeu o braço esquerdo em um acidente de automóvel acontecido três anos atrás, mas hoje em dia ela joga futebol americano com seu filho de 12 anos de idade, troca fraldas e abraça as crianças nas três creches Kiddie Cottage que opera em Knoxville, Tennessee. Kitts, 40 anos, faz tudo isso com a ajuda de um novo tipo de braço artificial que se movimenta com mais facilidade do que outros aparelhos e que ela pode controlar utilizando apenas seus pensamentos.

"Eu sou capaz de mexer a mão, o pulso e o cotovelo ao mesmo tempo", diz. "Você pensa e os músculos se movem em seguida".

A recuperação que ela conseguiu resulta de um novo procedimento que vem atraindo crescente atenção porque permite que pessoas movam braços protéticos de forma mais automática do que faziam no passado, simplesmente utilizando nervos reaproveitados em seus cérebros.

A técnica, conhecida como "renervação muscular dirigida", envolve utilizar os nervos que restam depois da amputação de um braço e conectá-los a outro músculo do corpo, em geral no peito. Eletrodos são instalados sobre os músculos do peito, e operam como se fossem antenas. Quando a pessoa deseja mover o braço, o cérebro envia sinais que primeiro resultam em contração dos músculos do peito, os quais enviam um sinal ao braço protético, instruindo-se a se movimentar. O processo não requer mais esforços consciente do que a pessoa teria de exercitar caso ainda tivesse seu braço natural.

Na terça-feira, pesquisadores reportaram em estudo publicado pela versão online do Journal of the American Medical Association que haviam levado a técnica ainda mais à frente, tornando possível a execução de 10 movimentos de mão, pulso e cotovelo diferentes, o que representa uma substancial melhora com relação ao típico repertório protético, que em geral envolve apenas dobrar o cotovelo, girar o pulso e abrir a mão.

"Os novos métodos tiveram impacto dramático em nosso campo de trabalho", disse Stuart Harshbarger, engenheiro biomédico na Universidade Johns Hopkins e diretor do programa de pesquisa sobre próteses, financiado pelas forças armadas, que inclui o trabalho com essa técnica. "O método já está em uso por médicos e cirurgiões comuns em todo o país. A capacidade de controlar um membro protético bastante robusto que ele confere surpreendeu a todos pela qualidade".

Tipicamente, uma pessoa que tenha um braço protético só é capaz de executar alguns poucos movimentos, e muitas vezes com tamanha lentidão que isso só permite a ela atividades limitadas.

Há um motor separado para cada movimento, diz Gerald Loeb, professor de engenharia biomédica na Universidade do Sul da Califórnia, "e esses motores precisam ser controlados de maneira explícita", usualmente por um esforço consciente da pessoa para contrair músculos nas costas ou no bíceps.

"Essencialmente, até agora os pacientes controlavam apenas um motor de cada vez", diz Loeb, "e precisavam pensar cuidadosamente sobre que motor desejavam controlar e como fazê-lo operar, em lugar de simplesmente pensarem em mover o braço e poderem fazê-lo sem delongas".

Antes que Kitts passasse pelo procedimento de renervação, em outubro de 2007, por exemplo, ela precisava movimentar os músculos de suas costas de determinada maneira para fazer com que seu pulso girasse, e flexionar seu bíceps e tríceps para fazer com que o cotovelo se movesse para cima e para baixo. "Era muito trabalho", ela conta. "E não me ajudava muito".

O procedimento de renervação é parte de uma recente explosão de idéias novas e técnicas inovadoras que estão sendo exploradas enquanto os cientistas se esforçam por ajudar as pessoas a compensar melhor a perda de membros ou problemas de paralisia. O esforço vem sendo alimentado pelo aumento no número de amputações causado por diabetes e por ferimentos sofridos pelos militares, e ao mesmo tempo pelos avanços na tecnologia médica.

Os braços se tornaram um dos focos essenciais desse tipo de trabalho. A ciência há muito vem obtendo sucessos no desenvolvimento de próteses de perna, mas é muito mais difícil imitar a complexidade e a destreza das mãos e dos braços.

Os esforços em curso incluem o desenvolvimento de projetos de pele e braços mais sensíveis e mais flexíveis, e o uso de dispositivos acionados por controles sem fio implantado nos braços protéticos, que permitiriam movimentos mais naturais.

Os pesquisadores também vêm usando sensores implantados nos cérebros de cobaias para permitir que dois macacos controlem um braço mecânico, e um teste com um homem paralítico permitiu, com esse método, que ele movimentasse um cursor em uma tela de computador.

Alguns desses métodos, caso venham a ser aperfeiçoados plenamente e consigam aprovação das autoridades regulatórias da saúde, podem no futuro se tornar mais viáveis para os pacientes de amputações.

E embora a técnica da renervação não requeira aprovação das autoridades regulatórias porque é executada por meios cirúrgicos e emprega aparelhos já existentes, ela apresenta limitações que até mesmo seus criadores reconhecem, entre as quais o fato de que não se pode utilizá-la para todos os pacientes, o seu alto custo e o prazo de meses requerido para que os nervos reconectados cresçam e se tornem efetivos.

Ainda assim, os especialistas dizem que é o mais avançado sistema em uso hoje para pacientes reais que permite que o sistema nervoso controle diretamente o movimento de um braço artificial.

Desde sua introdução por Todd Kuiken, médico fisioterapeuta e engenheiro biomédico do Instituto de Reabilitação de Chicago, o método foi empregado em cerca de 30 pacientes nos Estados Unidos, Canadá e Europa, entre os quais oito soldados feridos no Iraque e no Afeganistão.

Muitos dos pacientes, entre os quais o primeiro, Jesse Sullivan, um operário do setor elétrico no Tennessee que perdeu os dois braços quando foi eletrocutado por um cabo, conseguem não apenas manipular seus braços protéticos mas sentir a presença das mãos que já não têm quando alguém toca em seus peitos.

Sullivan, 62 anos, e Kitts, estavam entre os cinco pacientes que participaram do estudo reportado na terça-feira. Em companhia de cinco outras pessoas que não passaram por amputações, eles receberam os eletrodos e foram instruídos a usar pensamentos para fazer com que um braço virtual na tela reproduzisse 10 movimentos diferentes, entre os quais três formas diferentes de aperto de mão.

Os pacientes apresentaram desempenho bastante respeitável, apenas um pouco mais lento e menos preciso do que os dos participantes que não tinham amputações.

"As velocidades de movimento que encontramos em nossos pacientes foram realmente encorajadoras", disse Kuiken. "Eles conseguiram completar a tarefa. É claro que não foram tão competentes quanto as pessoas dotadas de plena capacidade física, mas foram bons o bastante".

Um braço virtual foi usado porque a maioria das próteses existentes não era capaz de acomodar todos aqueles movimentos, no momento da pesquisa, ainda que Sullivan, Kitts e uma terceira paciente, Claudia Mitchell, tenham experimentado dois novos protótipos mais versáteis de braços artificiais, executando tarefas complexas com bolas de tênis e outros objetos.

O trabalho de renervação em soldados apresenta outros desafios, diz Kuiken, porque os ferimentos militares muitas vezes "causam danos muitos extensos" a nervos, músculos ou ossos.

Daniel Acosta, 25 anos, um aviador ferido pela detonação de uma bomba em uma estrada do Iraque em 2005, passou pelo procedimento no ano passado e diz que seu braço esquerdo protético agora se movimenta "muito mais rápido" e de maneira muito mais natural.

"A diferença é que agora não preciso mais pensar para mover o braço", ele diz. "Ele simplesmente se mexe".

Ainda assim, Acosta, de San Antonio, diz que "o processo foi bastante longo" e que os eletrodos precisam ser ajustados para receber os sinais à medida que os nervos crescem ou mudam de posição.

E embora elogiem o método, os especialistas afirmam que a ciência das próteses de braço ainda tem muito por avançar.

"Trata-se de uma parte crucial, mas ainda assim apenas uma parte, das muitas coisas que compreendem a função normal de um braço", disse Loeb, que escreveu um editorial que acompanha o artigo no Journal of the American Medical Association.

"No momento estamos a meio do caminho entre o braço de 'Dr. Fantástico', que fazia involuntariamente a saudação nazista, e o braço de Luke Skywalker em 'Guerra nas Estrelas', que funciona sem nenhum problema assim que é conectado. Creio que precisaremos ainda de muitos anos para conectar todas as peças necessárias a produzir um braço capaz de funcionar norma

Anónimo disse...

Os bombeiros combatem neste sábado os incêndios na Austrália favorecidos pelo bom tempo, enquanto os deslocados encotram em seu retorno casas derruídas, carros queimados nas ruas e destruição.

Depois de sete dias desde que começaram os incêndios no Estado de Victoria, a lista de mortos chega a 181, os desaparecidos somam 50, os edifícios destruídos totalizam 1,834 mil e o terreno arrasado, principalmente florestas, ocupa uma área de 4,13 mil quilômetros quadrados.

As equipes de bombeiros, formadas por 4 mil profissionais de Victoria, de outras partes da Austrália e de países amigos, combateram hoje 12 focos fora de controle e nenhum representava uma ameaça direta para a população.

O subdiretor do Serviço de Bombeiros, Geoff Conway, disse que este tempo favorável, que se prolongará durante o domingo, permite consolidar as linhas de contenção e avançar na extinção das chamas.

Cinzas apareceram arrastadas por ventos do nordeste sobre Melbourne, onde habitam 3,8 milhões de pessoas, e as autoridades alertaram aos cidadãos do risco para a saúde de idosos, crianças e pessoas com problemas respiratórios.

O número de pessoas deslocadas - a Cruz Vermelha chegou a receber 7 mil - começou a cair com a abertura de algumas localidades atingidas.

Os incêndios, alguns criminosos, começaram em 7 de fevereiro, quando a região sul da Austrália estava há duas semanas sob uma onda de calor sem precedentes.

Na sexta-feira passada, a polícia acusou uma pessoa de ter provocado o incêndio que atingiu a localidade de Churchill e matou 21 pessoas.
16:55
Anónimo disse...
A primeira chuva em seis dias reduziu a ameaça de incêndios no Estado de Victoria, ao sul da Austrália. As autoridades, porém, advertiram que ainda existem 12 focos, mas que nenhum deles ameaça áreas povoadas.

Mais de quatro mil bombeiros, mil provenientes de outras partes do país e de outras nações, trabalham contra o fogo. Cerca de 600 veículos e 28 helicópteros e pequenos aviões estão sendo usados.


Eles conseguiram construir linhas de contenção para evitar os incêndios de Yarra e Maroondah se juntassem. Também foram controlados os incêndios abertos de Yea e Murrindindi, que ameaçavam as comunidades de Connellys Creek, Crystal Creek, Scrubby Creek e Native Dog Creek.

O número de mortos chegou a 181, mas as autoridades acreditam que as vítimas devem passar de 200, já que ainda há muitos desaparecidos.
16:55
Anónimo disse...
Aqui nesta coluna, na semana passada, tive a oportunidade de comentar sobre a recente visita do professor brasileiro Pedrinho Guareschi à Austrália. Não dei, porém, os fatos, pois semana passada o assunto era outro.

Hoje, porém, vamos a eles.

No último dia 4 de fevereiro, aconteceu o Seminário "Paulo Freire: Education and Liberation", organizado pelo centro de estudos latino-americanos da Universidade Nacional da Austrália, ou ANU, como é mais conhecida por aqui.

A ANU, para quem não sabe, está entre as 20 melhores universidades do mundo! E tem sede aqui em Camberra, capital da Austrália.

Na abertura do evento, o professor John Minns, diretor do centro latino-americano, ao dar boas-vindas ao público presente, lembrou ser aquele o primeiro seminário exclusivamente dedicado a Paulo Freire na Austrália.

Em seguida, convidou Pedrinho Guareschi, palestrante principal do Seminário, a fazer sua apresentação.

A plateia pode então conhecer, pelas palavras de Pedrinho, um pouco da obra e da vida de Freire, esse brasileiro de fé e valor, que sempre acreditou na educação, sobretudo dos menos favorecidos, analfabetos, como força libertadora.

Como não podia deixar de ser, os conceitos e ideias revolucionários de Paulo Freire, expostos com clareza por Pedrinho, despertaram o interesse e a curiosidade de plateia. A qual, deve-se notar, era na maioria de estudantes, mas de várias nacionalidades, sobretudo australianos e asiáticos.

Na continuação do programa do seminário, que se estendeu por dois dias, outros professores fizeram palestras sobre temas ligados à obra de Paulo Freire.

Interessante, por exemplo, saber que a professora Anne Hickling-Hudson, jamaicana que mora na Austrália há muitos anos (é professora da ANU), conheceu e trabalhou com Freire num workshop educacional durante a revolução na Ilha de Granada, em 1980, antes da invasão dos Estados Unidos...

Ou, então, a palestra da Professora Gerda Roelvink, da Nova Zelândia, que participou do Fórum Social de Porto Alegre em 2005. E essa participação transformou-se em tema de doutorado.

No dia 10, terça-feira passada, o padre Pedrinho Guareschi voltou a falar ao público australiano em grande auditório localizado no belíssimo campus da ANU. Desta vez, sobre a Teologia da Libertação.

Depois da palestra, John Minns mostrou o filme mexicano "O Crime do Padre Amaro", no qual um dos personagens é um padre católico praticante da Teologia da Libertação.

Mais uma vez, foi grande o intersse da platéia, que pode aprender e conhecer um pouco como se desenvolveu aquele importante movimento católico na América Latina.

Fica, assim, ao Pedrinho, bem como a outros brasileiros estudiosos e de bom coração que saem pelo mundo a divulgar aspectos importantes da cultura brasileira, o respeito e a homenagem desta coluna. E... aquele abraço!
16:57
Anónimo disse...
Amanda Kitts perdeu o braço esquerdo em um acidente de automóvel acontecido três anos atrás, mas hoje em dia ela joga futebol americano com seu filho de 12 anos de idade, troca fraldas e abraça as crianças nas três creches Kiddie Cottage que opera em Knoxville, Tennessee. Kitts, 40 anos, faz tudo isso com a ajuda de um novo tipo de braço artificial que se movimenta com mais facilidade do que outros aparelhos e que ela pode controlar utilizando apenas seus pensamentos.

"Eu sou capaz de mexer a mão, o pulso e o cotovelo ao mesmo tempo", diz. "Você pensa e os músculos se movem em seguida".

A recuperação que ela conseguiu resulta de um novo procedimento que vem atraindo crescente atenção porque permite que pessoas movam braços protéticos de forma mais automática do que faziam no passado, simplesmente utilizando nervos reaproveitados em seus cérebros.

A técnica, conhecida como "renervação muscular dirigida", envolve utilizar os nervos que restam depois da amputação de um braço e conectá-los a outro músculo do corpo, em geral no peito. Eletrodos são instalados sobre os músculos do peito, e operam como se fossem antenas. Quando a pessoa deseja mover o braço, o cérebro envia sinais que primeiro resultam em contração dos músculos do peito, os quais enviam um sinal ao braço protético, instruindo-se a se movimentar. O processo não requer mais esforços consciente do que a pessoa teria de exercitar caso ainda tivesse seu braço natural.

Na terça-feira, pesquisadores reportaram em estudo publicado pela versão online do Journal of the American Medical Association que haviam levado a técnica ainda mais à frente, tornando possível a execução de 10 movimentos de mão, pulso e cotovelo diferentes, o que representa uma substancial melhora com relação ao típico repertório protético, que em geral envolve apenas dobrar o cotovelo, girar o pulso e abrir a mão.

"Os novos métodos tiveram impacto dramático em nosso campo de trabalho", disse Stuart Harshbarger, engenheiro biomédico na Universidade Johns Hopkins e diretor do programa de pesquisa sobre próteses, financiado pelas forças armadas, que inclui o trabalho com essa técnica. "O método já está em uso por médicos e cirurgiões comuns em todo o país. A capacidade de controlar um membro protético bastante robusto que ele confere surpreendeu a todos pela qualidade".

Tipicamente, uma pessoa que tenha um braço protético só é capaz de executar alguns poucos movimentos, e muitas vezes com tamanha lentidão que isso só permite a ela atividades limitadas.

Há um motor separado para cada movimento, diz Gerald Loeb, professor de engenharia biomédica na Universidade do Sul da Califórnia, "e esses motores precisam ser controlados de maneira explícita", usualmente por um esforço consciente da pessoa para contrair músculos nas costas ou no bíceps.

"Essencialmente, até agora os pacientes controlavam apenas um motor de cada vez", diz Loeb, "e precisavam pensar cuidadosamente sobre que motor desejavam controlar e como fazê-lo operar, em lugar de simplesmente pensarem em mover o braço e poderem fazê-lo sem delongas".

Antes que Kitts passasse pelo procedimento de renervação, em outubro de 2007, por exemplo, ela precisava movimentar os músculos de suas costas de determinada maneira para fazer com que seu pulso girasse, e flexionar seu bíceps e tríceps para fazer com que o cotovelo se movesse para cima e para baixo. "Era muito trabalho", ela conta. "E não me ajudava muito".

O procedimento de renervação é parte de uma recente explosão de idéias novas e técnicas inovadoras que estão sendo exploradas enquanto os cientistas se esforçam por ajudar as pessoas a compensar melhor a perda de membros ou problemas de paralisia. O esforço vem sendo alimentado pelo aumento no número de amputações causado por diabetes e por ferimentos sofridos pelos militares, e ao mesmo tempo pelos avanços na tecnologia médica.

Os braços se tornaram um dos focos essenciais desse tipo de trabalho. A ciência há muito vem obtendo sucessos no desenvolvimento de próteses de perna, mas é muito mais difícil imitar a complexidade e a destreza das mãos e dos braços.

Os esforços em curso incluem o desenvolvimento de projetos de pele e braços mais sensíveis e mais flexíveis, e o uso de dispositivos acionados por controles sem fio implantado nos braços protéticos, que permitiriam movimentos mais naturais.

Os pesquisadores também vêm usando sensores implantados nos cérebros de cobaias para permitir que dois macacos controlem um braço mecânico, e um teste com um homem paralítico permitiu, com esse método, que ele movimentasse um cursor em uma tela de computador.

Alguns desses métodos, caso venham a ser aperfeiçoados plenamente e consigam aprovação das autoridades regulatórias da saúde, podem no futuro se tornar mais viáveis para os pacientes de amputações.

E embora a técnica da renervação não requeira aprovação das autoridades regulatórias porque é executada por meios cirúrgicos e emprega aparelhos já existentes, ela apresenta limitações que até mesmo seus criadores reconhecem, entre as quais o fato de que não se pode utilizá-la para todos os pacientes, o seu alto custo e o prazo de meses requerido para que os nervos reconectados cresçam e se tornem efetivos.

Ainda assim, os especialistas dizem que é o mais avançado sistema em uso hoje para pacientes reais que permite que o sistema nervoso controle diretamente o movimento de um braço artificial.

Desde sua introdução por Todd Kuiken, médico fisioterapeuta e engenheiro biomédico do Instituto de Reabilitação de Chicago, o método foi empregado em cerca de 30 pacientes nos Estados Unidos, Canadá e Europa, entre os quais oito soldados feridos no Iraque e no Afeganistão.

Muitos dos pacientes, entre os quais o primeiro, Jesse Sullivan, um operário do setor elétrico no Tennessee que perdeu os dois braços quando foi eletrocutado por um cabo, conseguem não apenas manipular seus braços protéticos mas sentir a presença das mãos que já não têm quando alguém toca em seus peitos.

Sullivan, 62 anos, e Kitts, estavam entre os cinco pacientes que participaram do estudo reportado na terça-feira. Em companhia de cinco outras pessoas que não passaram por amputações, eles receberam os eletrodos e foram instruídos a usar pensamentos para fazer com que um braço virtual na tela reproduzisse 10 movimentos diferentes, entre os quais três formas diferentes de aperto de mão.

Os pacientes apresentaram desempenho bastante respeitável, apenas um pouco mais lento e menos preciso do que os dos participantes que não tinham amputações.

"As velocidades de movimento que encontramos em nossos pacientes foram realmente encorajadoras", disse Kuiken. "Eles conseguiram completar a tarefa. É claro que não foram tão competentes quanto as pessoas dotadas de plena capacidade física, mas foram bons o bastante".

Um braço virtual foi usado porque a maioria das próteses existentes não era capaz de acomodar todos aqueles movimentos, no momento da pesquisa, ainda que Sullivan, Kitts e uma terceira paciente, Claudia Mitchell, tenham experimentado dois novos protótipos mais versáteis de braços artificiais, executando tarefas complexas com bolas de tênis e outros objetos.

O trabalho de renervação em soldados apresenta outros desafios, diz Kuiken, porque os ferimentos militares muitas vezes "causam danos muitos extensos" a nervos, músculos ou ossos.

Daniel Acosta, 25 anos, um aviador ferido pela detonação de uma bomba em uma estrada do Iraque em 2005, passou pelo procedimento no ano passado e diz que seu braço esquerdo protético agora se movimenta "muito mais rápido" e de maneira muito mais natural.

"A diferença é que agora não preciso mais pensar para mover o braço", ele diz. "Ele simplesmente se mexe".

Ainda assim, Acosta, de San Antonio, diz que "o processo foi bastante longo" e que os eletrodos precisam ser ajustados para receber os sinais à medida que os nervos crescem ou mudam de posição.

E embora elogiem o método, os especialistas afirmam que a ciência das próteses de braço ainda tem muito por avançar.

"Trata-se de uma parte crucial, mas ainda assim apenas uma parte, das muitas coisas que compreendem a função normal de um braço", disse Loeb, que escreveu um editorial que acompanha o artigo no Journal of the American Medical Association.

"No momento estamos a meio do caminho entre o braço de 'Dr. Fantástico', que fazia involuntariamente a saudação nazista, e o braço de Luke Skywalker em 'Guerra nas Estrelas', que funciona sem nenhum problema assim que é conectado. Creio que precisaremos ainda de muitos anos para conectar todas as peças necessárias a produzir um braço capaz de funcionar norma

Anónimo disse...

Os bombeiros combatem neste sábado os incêndios na Austrália favorecidos pelo bom tempo, enquanto os deslocados encotram em seu retorno casas derruídas, carros queimados nas ruas e destruição.

Depois de sete dias desde que começaram os incêndios no Estado de Victoria, a lista de mortos chega a 181, os desaparecidos somam 50, os edifícios destruídos totalizam 1,834 mil e o terreno arrasado, principalmente florestas, ocupa uma área de 4,13 mil quilômetros quadrados.

As equipes de bombeiros, formadas por 4 mil profissionais de Victoria, de outras partes da Austrália e de países amigos, combateram hoje 12 focos fora de controle e nenhum representava uma ameaça direta para a população.

O subdiretor do Serviço de Bombeiros, Geoff Conway, disse que este tempo favorável, que se prolongará durante o domingo, permite consolidar as linhas de contenção e avançar na extinção das chamas.

Cinzas apareceram arrastadas por ventos do nordeste sobre Melbourne, onde habitam 3,8 milhões de pessoas, e as autoridades alertaram aos cidadãos do risco para a saúde de idosos, crianças e pessoas com problemas respiratórios.

O número de pessoas deslocadas - a Cruz Vermelha chegou a receber 7 mil - começou a cair com a abertura de algumas localidades atingidas.

Os incêndios, alguns criminosos, começaram em 7 de fevereiro, quando a região sul da Austrália estava há duas semanas sob uma onda de calor sem precedentes.

Na sexta-feira passada, a polícia acusou uma pessoa de ter provocado o incêndio que atingiu a localidade de Churchill e matou 21 pessoas.
16:55
Anónimo disse...
A primeira chuva em seis dias reduziu a ameaça de incêndios no Estado de Victoria, ao sul da Austrália. As autoridades, porém, advertiram que ainda existem 12 focos, mas que nenhum deles ameaça áreas povoadas.

Mais de quatro mil bombeiros, mil provenientes de outras partes do país e de outras nações, trabalham contra o fogo. Cerca de 600 veículos e 28 helicópteros e pequenos aviões estão sendo usados.


Eles conseguiram construir linhas de contenção para evitar os incêndios de Yarra e Maroondah se juntassem. Também foram controlados os incêndios abertos de Yea e Murrindindi, que ameaçavam as comunidades de Connellys Creek, Crystal Creek, Scrubby Creek e Native Dog Creek.

O número de mortos chegou a 181, mas as autoridades acreditam que as vítimas devem passar de 200, já que ainda há muitos desaparecidos.
16:55
Anónimo disse...
Aqui nesta coluna, na semana passada, tive a oportunidade de comentar sobre a recente visita do professor brasileiro Pedrinho Guareschi à Austrália. Não dei, porém, os fatos, pois semana passada o assunto era outro.

Hoje, porém, vamos a eles.

No último dia 4 de fevereiro, aconteceu o Seminário "Paulo Freire: Education and Liberation", organizado pelo centro de estudos latino-americanos da Universidade Nacional da Austrália, ou ANU, como é mais conhecida por aqui.

A ANU, para quem não sabe, está entre as 20 melhores universidades do mundo! E tem sede aqui em Camberra, capital da Austrália.

Na abertura do evento, o professor John Minns, diretor do centro latino-americano, ao dar boas-vindas ao público presente, lembrou ser aquele o primeiro seminário exclusivamente dedicado a Paulo Freire na Austrália.

Em seguida, convidou Pedrinho Guareschi, palestrante principal do Seminário, a fazer sua apresentação.

A plateia pode então conhecer, pelas palavras de Pedrinho, um pouco da obra e da vida de Freire, esse brasileiro de fé e valor, que sempre acreditou na educação, sobretudo dos menos favorecidos, analfabetos, como força libertadora.

Como não podia deixar de ser, os conceitos e ideias revolucionários de Paulo Freire, expostos com clareza por Pedrinho, despertaram o interesse e a curiosidade de plateia. A qual, deve-se notar, era na maioria de estudantes, mas de várias nacionalidades, sobretudo australianos e asiáticos.

Na continuação do programa do seminário, que se estendeu por dois dias, outros professores fizeram palestras sobre temas ligados à obra de Paulo Freire.

Interessante, por exemplo, saber que a professora Anne Hickling-Hudson, jamaicana que mora na Austrália há muitos anos (é professora da ANU), conheceu e trabalhou com Freire num workshop educacional durante a revolução na Ilha de Granada, em 1980, antes da invasão dos Estados Unidos...

Ou, então, a palestra da Professora Gerda Roelvink, da Nova Zelândia, que participou do Fórum Social de Porto Alegre em 2005. E essa participação transformou-se em tema de doutorado.

No dia 10, terça-feira passada, o padre Pedrinho Guareschi voltou a falar ao público australiano em grande auditório localizado no belíssimo campus da ANU. Desta vez, sobre a Teologia da Libertação.

Depois da palestra, John Minns mostrou o filme mexicano "O Crime do Padre Amaro", no qual um dos personagens é um padre católico praticante da Teologia da Libertação.

Mais uma vez, foi grande o intersse da platéia, que pode aprender e conhecer um pouco como se desenvolveu aquele importante movimento católico na América Latina.

Fica, assim, ao Pedrinho, bem como a outros brasileiros estudiosos e de bom coração que saem pelo mundo a divulgar aspectos importantes da cultura brasileira, o respeito e a homenagem desta coluna. E... aquele abraço!
16:57
Anónimo disse...
Amanda Kitts perdeu o braço esquerdo em um acidente de automóvel acontecido três anos atrás, mas hoje em dia ela joga futebol americano com seu filho de 12 anos de idade, troca fraldas e abraça as crianças nas três creches Kiddie Cottage que opera em Knoxville, Tennessee. Kitts, 40 anos, faz tudo isso com a ajuda de um novo tipo de braço artificial que se movimenta com mais facilidade do que outros aparelhos e que ela pode controlar utilizando apenas seus pensamentos.

"Eu sou capaz de mexer a mão, o pulso e o cotovelo ao mesmo tempo", diz. "Você pensa e os músculos se movem em seguida".

A recuperação que ela conseguiu resulta de um novo procedimento que vem atraindo crescente atenção porque permite que pessoas movam braços protéticos de forma mais automática do que faziam no passado, simplesmente utilizando nervos reaproveitados em seus cérebros.

A técnica, conhecida como "renervação muscular dirigida", envolve utilizar os nervos que restam depois da amputação de um braço e conectá-los a outro músculo do corpo, em geral no peito. Eletrodos são instalados sobre os músculos do peito, e operam como se fossem antenas. Quando a pessoa deseja mover o braço, o cérebro envia sinais que primeiro resultam em contração dos músculos do peito, os quais enviam um sinal ao braço protético, instruindo-se a se movimentar. O processo não requer mais esforços consciente do que a pessoa teria de exercitar caso ainda tivesse seu braço natural.

Na terça-feira, pesquisadores reportaram em estudo publicado pela versão online do Journal of the American Medical Association que haviam levado a técnica ainda mais à frente, tornando possível a execução de 10 movimentos de mão, pulso e cotovelo diferentes, o que representa uma substancial melhora com relação ao típico repertório protético, que em geral envolve apenas dobrar o cotovelo, girar o pulso e abrir a mão.

"Os novos métodos tiveram impacto dramático em nosso campo de trabalho", disse Stuart Harshbarger, engenheiro biomédico na Universidade Johns Hopkins e diretor do programa de pesquisa sobre próteses, financiado pelas forças armadas, que inclui o trabalho com essa técnica. "O método já está em uso por médicos e cirurgiões comuns em todo o país. A capacidade de controlar um membro protético bastante robusto que ele confere surpreendeu a todos pela qualidade".

Tipicamente, uma pessoa que tenha um braço protético só é capaz de executar alguns poucos movimentos, e muitas vezes com tamanha lentidão que isso só permite a ela atividades limitadas.

Há um motor separado para cada movimento, diz Gerald Loeb, professor de engenharia biomédica na Universidade do Sul da Califórnia, "e esses motores precisam ser controlados de maneira explícita", usualmente por um esforço consciente da pessoa para contrair músculos nas costas ou no bíceps.

"Essencialmente, até agora os pacientes controlavam apenas um motor de cada vez", diz Loeb, "e precisavam pensar cuidadosamente sobre que motor desejavam controlar e como fazê-lo operar, em lugar de simplesmente pensarem em mover o braço e poderem fazê-lo sem delongas".

Antes que Kitts passasse pelo procedimento de renervação, em outubro de 2007, por exemplo, ela precisava movimentar os músculos de suas costas de determinada maneira para fazer com que seu pulso girasse, e flexionar seu bíceps e tríceps para fazer com que o cotovelo se movesse para cima e para baixo. "Era muito trabalho", ela conta. "E não me ajudava muito".

O procedimento de renervação é parte de uma recente explosão de idéias novas e técnicas inovadoras que estão sendo exploradas enquanto os cientistas se esforçam por ajudar as pessoas a compensar melhor a perda de membros ou problemas de paralisia. O esforço vem sendo alimentado pelo aumento no número de amputações causado por diabetes e por ferimentos sofridos pelos militares, e ao mesmo tempo pelos avanços na tecnologia médica.

Os braços se tornaram um dos focos essenciais desse tipo de trabalho. A ciência há muito vem obtendo sucessos no desenvolvimento de próteses de perna, mas é muito mais difícil imitar a complexidade e a destreza das mãos e dos braços.

Os esforços em curso incluem o desenvolvimento de projetos de pele e braços mais sensíveis e mais flexíveis, e o uso de dispositivos acionados por controles sem fio implantado nos braços protéticos, que permitiriam movimentos mais naturais.

Os pesquisadores também vêm usando sensores implantados nos cérebros de cobaias para permitir que dois macacos controlem um braço mecânico, e um teste com um homem paralítico permitiu, com esse método, que ele movimentasse um cursor em uma tela de computador.

Alguns desses métodos, caso venham a ser aperfeiçoados plenamente e consigam aprovação das autoridades regulatórias da saúde, podem no futuro se tornar mais viáveis para os pacientes de amputações.

E embora a técnica da renervação não requeira aprovação das autoridades regulatórias porque é executada por meios cirúrgicos e emprega aparelhos já existentes, ela apresenta limitações que até mesmo seus criadores reconhecem, entre as quais o fato de que não se pode utilizá-la para todos os pacientes, o seu alto custo e o prazo de meses requerido para que os nervos reconectados cresçam e se tornem efetivos.

Ainda assim, os especialistas dizem que é o mais avançado sistema em uso hoje para pacientes reais que permite que o sistema nervoso controle diretamente o movimento de um braço artificial.

Desde sua introdução por Todd Kuiken, médico fisioterapeuta e engenheiro biomédico do Instituto de Reabilitação de Chicago, o método foi empregado em cerca de 30 pacientes nos Estados Unidos, Canadá e Europa, entre os quais oito soldados feridos no Iraque e no Afeganistão.

Muitos dos pacientes, entre os quais o primeiro, Jesse Sullivan, um operário do setor elétrico no Tennessee que perdeu os dois braços quando foi eletrocutado por um cabo, conseguem não apenas manipular seus braços protéticos mas sentir a presença das mãos que já não têm quando alguém toca em seus peitos.

Sullivan, 62 anos, e Kitts, estavam entre os cinco pacientes que participaram do estudo reportado na terça-feira. Em companhia de cinco outras pessoas que não passaram por amputações, eles receberam os eletrodos e foram instruídos a usar pensamentos para fazer com que um braço virtual na tela reproduzisse 10 movimentos diferentes, entre os quais três formas diferentes de aperto de mão.

Os pacientes apresentaram desempenho bastante respeitável, apenas um pouco mais lento e menos preciso do que os dos participantes que não tinham amputações.

"As velocidades de movimento que encontramos em nossos pacientes foram realmente encorajadoras", disse Kuiken. "Eles conseguiram completar a tarefa. É claro que não foram tão competentes quanto as pessoas dotadas de plena capacidade física, mas foram bons o bastante".

Um braço virtual foi usado porque a maioria das próteses existentes não era capaz de acomodar todos aqueles movimentos, no momento da pesquisa, ainda que Sullivan, Kitts e uma terceira paciente, Claudia Mitchell, tenham experimentado dois novos protótipos mais versáteis de braços artificiais, executando tarefas complexas com bolas de tênis e outros objetos.

O trabalho de renervação em soldados apresenta outros desafios, diz Kuiken, porque os ferimentos militares muitas vezes "causam danos muitos extensos" a nervos, músculos ou ossos.

Daniel Acosta, 25 anos, um aviador ferido pela detonação de uma bomba em uma estrada do Iraque em 2005, passou pelo procedimento no ano passado e diz que seu braço esquerdo protético agora se movimenta "muito mais rápido" e de maneira muito mais natural.

"A diferença é que agora não preciso mais pensar para mover o braço", ele diz. "Ele simplesmente se mexe".

Ainda assim, Acosta, de San Antonio, diz que "o processo foi bastante longo" e que os eletrodos precisam ser ajustados para receber os sinais à medida que os nervos crescem ou mudam de posição.

E embora elogiem o método, os especialistas afirmam que a ciência das próteses de braço ainda tem muito por avançar.

"Trata-se de uma parte crucial, mas ainda assim apenas uma parte, das muitas coisas que compreendem a função normal de um braço", disse Loeb, que escreveu um editorial que acompanha o artigo no Journal of the American Medical Association.

"No momento estamos a meio do caminho entre o braço de 'Dr. Fantástico', que fazia involuntariamente a saudação nazista, e o braço de Luke Skywalker em 'Guerra nas Estrelas', que funciona sem nenhum problema assim que é conectado. Creio que precisaremos ainda de muitos anos para conectar todas as peças necessárias a produzir um braço capaz de funcionar norma

Anónimo disse...

Os bombeiros combatem neste sábado os incêndios na Austrália favorecidos pelo bom tempo, enquanto os deslocados encotram em seu retorno casas derruídas, carros queimados nas ruas e destruição.

Depois de sete dias desde que começaram os incêndios no Estado de Victoria, a lista de mortos chega a 181, os desaparecidos somam 50, os edifícios destruídos totalizam 1,834 mil e o terreno arrasado, principalmente florestas, ocupa uma área de 4,13 mil quilômetros quadrados.

As equipes de bombeiros, formadas por 4 mil profissionais de Victoria, de outras partes da Austrália e de países amigos, combateram hoje 12 focos fora de controle e nenhum representava uma ameaça direta para a população.

O subdiretor do Serviço de Bombeiros, Geoff Conway, disse que este tempo favorável, que se prolongará durante o domingo, permite consolidar as linhas de contenção e avançar na extinção das chamas.

Cinzas apareceram arrastadas por ventos do nordeste sobre Melbourne, onde habitam 3,8 milhões de pessoas, e as autoridades alertaram aos cidadãos do risco para a saúde de idosos, crianças e pessoas com problemas respiratórios.

O número de pessoas deslocadas - a Cruz Vermelha chegou a receber 7 mil - começou a cair com a abertura de algumas localidades atingidas.

Os incêndios, alguns criminosos, começaram em 7 de fevereiro, quando a região sul da Austrália estava há duas semanas sob uma onda de calor sem precedentes.

Na sexta-feira passada, a polícia acusou uma pessoa de ter provocado o incêndio que atingiu a localidade de Churchill e matou 21 pessoas.
16:55
Anónimo disse...
A primeira chuva em seis dias reduziu a ameaça de incêndios no Estado de Victoria, ao sul da Austrália. As autoridades, porém, advertiram que ainda existem 12 focos, mas que nenhum deles ameaça áreas povoadas.

Mais de quatro mil bombeiros, mil provenientes de outras partes do país e de outras nações, trabalham contra o fogo. Cerca de 600 veículos e 28 helicópteros e pequenos aviões estão sendo usados.


Eles conseguiram construir linhas de contenção para evitar os incêndios de Yarra e Maroondah se juntassem. Também foram controlados os incêndios abertos de Yea e Murrindindi, que ameaçavam as comunidades de Connellys Creek, Crystal Creek, Scrubby Creek e Native Dog Creek.

O número de mortos chegou a 181, mas as autoridades acreditam que as vítimas devem passar de 200, já que ainda há muitos desaparecidos.
16:55
Anónimo disse...
Aqui nesta coluna, na semana passada, tive a oportunidade de comentar sobre a recente visita do professor brasileiro Pedrinho Guareschi à Austrália. Não dei, porém, os fatos, pois semana passada o assunto era outro.

Hoje, porém, vamos a eles.

No último dia 4 de fevereiro, aconteceu o Seminário "Paulo Freire: Education and Liberation", organizado pelo centro de estudos latino-americanos da Universidade Nacional da Austrália, ou ANU, como é mais conhecida por aqui.

A ANU, para quem não sabe, está entre as 20 melhores universidades do mundo! E tem sede aqui em Camberra, capital da Austrália.

Na abertura do evento, o professor John Minns, diretor do centro latino-americano, ao dar boas-vindas ao público presente, lembrou ser aquele o primeiro seminário exclusivamente dedicado a Paulo Freire na Austrália.

Em seguida, convidou Pedrinho Guareschi, palestrante principal do Seminário, a fazer sua apresentação.

A plateia pode então conhecer, pelas palavras de Pedrinho, um pouco da obra e da vida de Freire, esse brasileiro de fé e valor, que sempre acreditou na educação, sobretudo dos menos favorecidos, analfabetos, como força libertadora.

Como não podia deixar de ser, os conceitos e ideias revolucionários de Paulo Freire, expostos com clareza por Pedrinho, despertaram o interesse e a curiosidade de plateia. A qual, deve-se notar, era na maioria de estudantes, mas de várias nacionalidades, sobretudo australianos e asiáticos.

Na continuação do programa do seminário, que se estendeu por dois dias, outros professores fizeram palestras sobre temas ligados à obra de Paulo Freire.

Interessante, por exemplo, saber que a professora Anne Hickling-Hudson, jamaicana que mora na Austrália há muitos anos (é professora da ANU), conheceu e trabalhou com Freire num workshop educacional durante a revolução na Ilha de Granada, em 1980, antes da invasão dos Estados Unidos...

Ou, então, a palestra da Professora Gerda Roelvink, da Nova Zelândia, que participou do Fórum Social de Porto Alegre em 2005. E essa participação transformou-se em tema de doutorado.

No dia 10, terça-feira passada, o padre Pedrinho Guareschi voltou a falar ao público australiano em grande auditório localizado no belíssimo campus da ANU. Desta vez, sobre a Teologia da Libertação.

Depois da palestra, John Minns mostrou o filme mexicano "O Crime do Padre Amaro", no qual um dos personagens é um padre católico praticante da Teologia da Libertação.

Mais uma vez, foi grande o intersse da platéia, que pode aprender e conhecer um pouco como se desenvolveu aquele importante movimento católico na América Latina.

Fica, assim, ao Pedrinho, bem como a outros brasileiros estudiosos e de bom coração que saem pelo mundo a divulgar aspectos importantes da cultura brasileira, o respeito e a homenagem desta coluna. E... aquele abraço!
16:57
Anónimo disse...
Amanda Kitts perdeu o braço esquerdo em um acidente de automóvel acontecido três anos atrás, mas hoje em dia ela joga futebol americano com seu filho de 12 anos de idade, troca fraldas e abraça as crianças nas três creches Kiddie Cottage que opera em Knoxville, Tennessee. Kitts, 40 anos, faz tudo isso com a ajuda de um novo tipo de braço artificial que se movimenta com mais facilidade do que outros aparelhos e que ela pode controlar utilizando apenas seus pensamentos.

"Eu sou capaz de mexer a mão, o pulso e o cotovelo ao mesmo tempo", diz. "Você pensa e os músculos se movem em seguida".

A recuperação que ela conseguiu resulta de um novo procedimento que vem atraindo crescente atenção porque permite que pessoas movam braços protéticos de forma mais automática do que faziam no passado, simplesmente utilizando nervos reaproveitados em seus cérebros.

A técnica, conhecida como "renervação muscular dirigida", envolve utilizar os nervos que restam depois da amputação de um braço e conectá-los a outro músculo do corpo, em geral no peito. Eletrodos são instalados sobre os músculos do peito, e operam como se fossem antenas. Quando a pessoa deseja mover o braço, o cérebro envia sinais que primeiro resultam em contração dos músculos do peito, os quais enviam um sinal ao braço protético, instruindo-se a se movimentar. O processo não requer mais esforços consciente do que a pessoa teria de exercitar caso ainda tivesse seu braço natural.

Na terça-feira, pesquisadores reportaram em estudo publicado pela versão online do Journal of the American Medical Association que haviam levado a técnica ainda mais à frente, tornando possível a execução de 10 movimentos de mão, pulso e cotovelo diferentes, o que representa uma substancial melhora com relação ao típico repertório protético, que em geral envolve apenas dobrar o cotovelo, girar o pulso e abrir a mão.

"Os novos métodos tiveram impacto dramático em nosso campo de trabalho", disse Stuart Harshbarger, engenheiro biomédico na Universidade Johns Hopkins e diretor do programa de pesquisa sobre próteses, financiado pelas forças armadas, que inclui o trabalho com essa técnica. "O método já está em uso por médicos e cirurgiões comuns em todo o país. A capacidade de controlar um membro protético bastante robusto que ele confere surpreendeu a todos pela qualidade".

Tipicamente, uma pessoa que tenha um braço protético só é capaz de executar alguns poucos movimentos, e muitas vezes com tamanha lentidão que isso só permite a ela atividades limitadas.

Há um motor separado para cada movimento, diz Gerald Loeb, professor de engenharia biomédica na Universidade do Sul da Califórnia, "e esses motores precisam ser controlados de maneira explícita", usualmente por um esforço consciente da pessoa para contrair músculos nas costas ou no bíceps.

"Essencialmente, até agora os pacientes controlavam apenas um motor de cada vez", diz Loeb, "e precisavam pensar cuidadosamente sobre que motor desejavam controlar e como fazê-lo operar, em lugar de simplesmente pensarem em mover o braço e poderem fazê-lo sem delongas".

Antes que Kitts passasse pelo procedimento de renervação, em outubro de 2007, por exemplo, ela precisava movimentar os músculos de suas costas de determinada maneira para fazer com que seu pulso girasse, e flexionar seu bíceps e tríceps para fazer com que o cotovelo se movesse para cima e para baixo. "Era muito trabalho", ela conta. "E não me ajudava muito".

O procedimento de renervação é parte de uma recente explosão de idéias novas e técnicas inovadoras que estão sendo exploradas enquanto os cientistas se esforçam por ajudar as pessoas a compensar melhor a perda de membros ou problemas de paralisia. O esforço vem sendo alimentado pelo aumento no número de amputações causado por diabetes e por ferimentos sofridos pelos militares, e ao mesmo tempo pelos avanços na tecnologia médica.

Os braços se tornaram um dos focos essenciais desse tipo de trabalho. A ciência há muito vem obtendo sucessos no desenvolvimento de próteses de perna, mas é muito mais difícil imitar a complexidade e a destreza das mãos e dos braços.

Os esforços em curso incluem o desenvolvimento de projetos de pele e braços mais sensíveis e mais flexíveis, e o uso de dispositivos acionados por controles sem fio implantado nos braços protéticos, que permitiriam movimentos mais naturais.

Os pesquisadores também vêm usando sensores implantados nos cérebros de cobaias para permitir que dois macacos controlem um braço mecânico, e um teste com um homem paralítico permitiu, com esse método, que ele movimentasse um cursor em uma tela de computador.

Alguns desses métodos, caso venham a ser aperfeiçoados plenamente e consigam aprovação das autoridades regulatórias da saúde, podem no futuro se tornar mais viáveis para os pacientes de amputações.

E embora a técnica da renervação não requeira aprovação das autoridades regulatórias porque é executada por meios cirúrgicos e emprega aparelhos já existentes, ela apresenta limitações que até mesmo seus criadores reconhecem, entre as quais o fato de que não se pode utilizá-la para todos os pacientes, o seu alto custo e o prazo de meses requerido para que os nervos reconectados cresçam e se tornem efetivos.

Ainda assim, os especialistas dizem que é o mais avançado sistema em uso hoje para pacientes reais que permite que o sistema nervoso controle diretamente o movimento de um braço artificial.

Desde sua introdução por Todd Kuiken, médico fisioterapeuta e engenheiro biomédico do Instituto de Reabilitação de Chicago, o método foi empregado em cerca de 30 pacientes nos Estados Unidos, Canadá e Europa, entre os quais oito soldados feridos no Iraque e no Afeganistão.

Muitos dos pacientes, entre os quais o primeiro, Jesse Sullivan, um operário do setor elétrico no Tennessee que perdeu os dois braços quando foi eletrocutado por um cabo, conseguem não apenas manipular seus braços protéticos mas sentir a presença das mãos que já não têm quando alguém toca em seus peitos.

Sullivan, 62 anos, e Kitts, estavam entre os cinco pacientes que participaram do estudo reportado na terça-feira. Em companhia de cinco outras pessoas que não passaram por amputações, eles receberam os eletrodos e foram instruídos a usar pensamentos para fazer com que um braço virtual na tela reproduzisse 10 movimentos diferentes, entre os quais três formas diferentes de aperto de mão.

Os pacientes apresentaram desempenho bastante respeitável, apenas um pouco mais lento e menos preciso do que os dos participantes que não tinham amputações.

"As velocidades de movimento que encontramos em nossos pacientes foram realmente encorajadoras", disse Kuiken. "Eles conseguiram completar a tarefa. É claro que não foram tão competentes quanto as pessoas dotadas de plena capacidade física, mas foram bons o bastante".

Um braço virtual foi usado porque a maioria das próteses existentes não era capaz de acomodar todos aqueles movimentos, no momento da pesquisa, ainda que Sullivan, Kitts e uma terceira paciente, Claudia Mitchell, tenham experimentado dois novos protótipos mais versáteis de braços artificiais, executando tarefas complexas com bolas de tênis e outros objetos.

O trabalho de renervação em soldados apresenta outros desafios, diz Kuiken, porque os ferimentos militares muitas vezes "causam danos muitos extensos" a nervos, músculos ou ossos.

Daniel Acosta, 25 anos, um aviador ferido pela detonação de uma bomba em uma estrada do Iraque em 2005, passou pelo procedimento no ano passado e diz que seu braço esquerdo protético agora se movimenta "muito mais rápido" e de maneira muito mais natural.

"A diferença é que agora não preciso mais pensar para mover o braço", ele diz. "Ele simplesmente se mexe".

Ainda assim, Acosta, de San Antonio, diz que "o processo foi bastante longo" e que os eletrodos precisam ser ajustados para receber os sinais à medida que os nervos crescem ou mudam de posição.

E embora elogiem o método, os especialistas afirmam que a ciência das próteses de braço ainda tem muito por avançar.

"Trata-se de uma parte crucial, mas ainda assim apenas uma parte, das muitas coisas que compreendem a função normal de um braço", disse Loeb, que escreveu um editorial que acompanha o artigo no Journal of the American Medical Association.

"No momento estamos a meio do caminho entre o braço de 'Dr. Fantástico', que fazia involuntariamente a saudação nazista, e o braço de Luke Skywalker em 'Guerra nas Estrelas', que funciona sem nenhum problema assim que é conectado. Creio que precisaremos ainda de muitos anos para conectar todas as peças necessárias a produzir um braço capaz de funcionar norma

Anónimo disse...

Os bombeiros combatem neste sábado os incêndios na Austrália favorecidos pelo bom tempo, enquanto os deslocados encotram em seu retorno casas derruídas, carros queimados nas ruas e destruição.

Depois de sete dias desde que começaram os incêndios no Estado de Victoria, a lista de mortos chega a 181, os desaparecidos somam 50, os edifícios destruídos totalizam 1,834 mil e o terreno arrasado, principalmente florestas, ocupa uma área de 4,13 mil quilômetros quadrados.

As equipes de bombeiros, formadas por 4 mil profissionais de Victoria, de outras partes da Austrália e de países amigos, combateram hoje 12 focos fora de controle e nenhum representava uma ameaça direta para a população.

O subdiretor do Serviço de Bombeiros, Geoff Conway, disse que este tempo favorável, que se prolongará durante o domingo, permite consolidar as linhas de contenção e avançar na extinção das chamas.

Cinzas apareceram arrastadas por ventos do nordeste sobre Melbourne, onde habitam 3,8 milhões de pessoas, e as autoridades alertaram aos cidadãos do risco para a saúde de idosos, crianças e pessoas com problemas respiratórios.

O número de pessoas deslocadas - a Cruz Vermelha chegou a receber 7 mil - começou a cair com a abertura de algumas localidades atingidas.

Os incêndios, alguns criminosos, começaram em 7 de fevereiro, quando a região sul da Austrália estava há duas semanas sob uma onda de calor sem precedentes.

Na sexta-feira passada, a polícia acusou uma pessoa de ter provocado o incêndio que atingiu a localidade de Churchill e matou 21 pessoas.
16:55
Anónimo disse...
A primeira chuva em seis dias reduziu a ameaça de incêndios no Estado de Victoria, ao sul da Austrália. As autoridades, porém, advertiram que ainda existem 12 focos, mas que nenhum deles ameaça áreas povoadas.

Mais de quatro mil bombeiros, mil provenientes de outras partes do país e de outras nações, trabalham contra o fogo. Cerca de 600 veículos e 28 helicópteros e pequenos aviões estão sendo usados.


Eles conseguiram construir linhas de contenção para evitar os incêndios de Yarra e Maroondah se juntassem. Também foram controlados os incêndios abertos de Yea e Murrindindi, que ameaçavam as comunidades de Connellys Creek, Crystal Creek, Scrubby Creek e Native Dog Creek.

O número de mortos chegou a 181, mas as autoridades acreditam que as vítimas devem passar de 200, já que ainda há muitos desaparecidos.
16:55
Anónimo disse...
Aqui nesta coluna, na semana passada, tive a oportunidade de comentar sobre a recente visita do professor brasileiro Pedrinho Guareschi à Austrália. Não dei, porém, os fatos, pois semana passada o assunto era outro.

Hoje, porém, vamos a eles.

No último dia 4 de fevereiro, aconteceu o Seminário "Paulo Freire: Education and Liberation", organizado pelo centro de estudos latino-americanos da Universidade Nacional da Austrália, ou ANU, como é mais conhecida por aqui.

A ANU, para quem não sabe, está entre as 20 melhores universidades do mundo! E tem sede aqui em Camberra, capital da Austrália.

Na abertura do evento, o professor John Minns, diretor do centro latino-americano, ao dar boas-vindas ao público presente, lembrou ser aquele o primeiro seminário exclusivamente dedicado a Paulo Freire na Austrália.

Em seguida, convidou Pedrinho Guareschi, palestrante principal do Seminário, a fazer sua apresentação.

A plateia pode então conhecer, pelas palavras de Pedrinho, um pouco da obra e da vida de Freire, esse brasileiro de fé e valor, que sempre acreditou na educação, sobretudo dos menos favorecidos, analfabetos, como força libertadora.

Como não podia deixar de ser, os conceitos e ideias revolucionários de Paulo Freire, expostos com clareza por Pedrinho, despertaram o interesse e a curiosidade de plateia. A qual, deve-se notar, era na maioria de estudantes, mas de várias nacionalidades, sobretudo australianos e asiáticos.

Na continuação do programa do seminário, que se estendeu por dois dias, outros professores fizeram palestras sobre temas ligados à obra de Paulo Freire.

Interessante, por exemplo, saber que a professora Anne Hickling-Hudson, jamaicana que mora na Austrália há muitos anos (é professora da ANU), conheceu e trabalhou com Freire num workshop educacional durante a revolução na Ilha de Granada, em 1980, antes da invasão dos Estados Unidos...

Ou, então, a palestra da Professora Gerda Roelvink, da Nova Zelândia, que participou do Fórum Social de Porto Alegre em 2005. E essa participação transformou-se em tema de doutorado.

No dia 10, terça-feira passada, o padre Pedrinho Guareschi voltou a falar ao público australiano em grande auditório localizado no belíssimo campus da ANU. Desta vez, sobre a Teologia da Libertação.

Depois da palestra, John Minns mostrou o filme mexicano "O Crime do Padre Amaro", no qual um dos personagens é um padre católico praticante da Teologia da Libertação.

Mais uma vez, foi grande o intersse da platéia, que pode aprender e conhecer um pouco como se desenvolveu aquele importante movimento católico na América Latina.

Fica, assim, ao Pedrinho, bem como a outros brasileiros estudiosos e de bom coração que saem pelo mundo a divulgar aspectos importantes da cultura brasileira, o respeito e a homenagem desta coluna. E... aquele abraço!
16:57
Anónimo disse...
Amanda Kitts perdeu o braço esquerdo em um acidente de automóvel acontecido três anos atrás, mas hoje em dia ela joga futebol americano com seu filho de 12 anos de idade, troca fraldas e abraça as crianças nas três creches Kiddie Cottage que opera em Knoxville, Tennessee. Kitts, 40 anos, faz tudo isso com a ajuda de um novo tipo de braço artificial que se movimenta com mais facilidade do que outros aparelhos e que ela pode controlar utilizando apenas seus pensamentos.

"Eu sou capaz de mexer a mão, o pulso e o cotovelo ao mesmo tempo", diz. "Você pensa e os músculos se movem em seguida".

A recuperação que ela conseguiu resulta de um novo procedimento que vem atraindo crescente atenção porque permite que pessoas movam braços protéticos de forma mais automática do que faziam no passado, simplesmente utilizando nervos reaproveitados em seus cérebros.

A técnica, conhecida como "renervação muscular dirigida", envolve utilizar os nervos que restam depois da amputação de um braço e conectá-los a outro músculo do corpo, em geral no peito. Eletrodos são instalados sobre os músculos do peito, e operam como se fossem antenas. Quando a pessoa deseja mover o braço, o cérebro envia sinais que primeiro resultam em contração dos músculos do peito, os quais enviam um sinal ao braço protético, instruindo-se a se movimentar. O processo não requer mais esforços consciente do que a pessoa teria de exercitar caso ainda tivesse seu braço natural.

Na terça-feira, pesquisadores reportaram em estudo publicado pela versão online do Journal of the American Medical Association que haviam levado a técnica ainda mais à frente, tornando possível a execução de 10 movimentos de mão, pulso e cotovelo diferentes, o que representa uma substancial melhora com relação ao típico repertório protético, que em geral envolve apenas dobrar o cotovelo, girar o pulso e abrir a mão.

"Os novos métodos tiveram impacto dramático em nosso campo de trabalho", disse Stuart Harshbarger, engenheiro biomédico na Universidade Johns Hopkins e diretor do programa de pesquisa sobre próteses, financiado pelas forças armadas, que inclui o trabalho com essa técnica. "O método já está em uso por médicos e cirurgiões comuns em todo o país. A capacidade de controlar um membro protético bastante robusto que ele confere surpreendeu a todos pela qualidade".

Tipicamente, uma pessoa que tenha um braço protético só é capaz de executar alguns poucos movimentos, e muitas vezes com tamanha lentidão que isso só permite a ela atividades limitadas.

Há um motor separado para cada movimento, diz Gerald Loeb, professor de engenharia biomédica na Universidade do Sul da Califórnia, "e esses motores precisam ser controlados de maneira explícita", usualmente por um esforço consciente da pessoa para contrair músculos nas costas ou no bíceps.

"Essencialmente, até agora os pacientes controlavam apenas um motor de cada vez", diz Loeb, "e precisavam pensar cuidadosamente sobre que motor desejavam controlar e como fazê-lo operar, em lugar de simplesmente pensarem em mover o braço e poderem fazê-lo sem delongas".

Antes que Kitts passasse pelo procedimento de renervação, em outubro de 2007, por exemplo, ela precisava movimentar os músculos de suas costas de determinada maneira para fazer com que seu pulso girasse, e flexionar seu bíceps e tríceps para fazer com que o cotovelo se movesse para cima e para baixo. "Era muito trabalho", ela conta. "E não me ajudava muito".

O procedimento de renervação é parte de uma recente explosão de idéias novas e técnicas inovadoras que estão sendo exploradas enquanto os cientistas se esforçam por ajudar as pessoas a compensar melhor a perda de membros ou problemas de paralisia. O esforço vem sendo alimentado pelo aumento no número de amputações causado por diabetes e por ferimentos sofridos pelos militares, e ao mesmo tempo pelos avanços na tecnologia médica.

Os braços se tornaram um dos focos essenciais desse tipo de trabalho. A ciência há muito vem obtendo sucessos no desenvolvimento de próteses de perna, mas é muito mais difícil imitar a complexidade e a destreza das mãos e dos braços.

Os esforços em curso incluem o desenvolvimento de projetos de pele e braços mais sensíveis e mais flexíveis, e o uso de dispositivos acionados por controles sem fio implantado nos braços protéticos, que permitiriam movimentos mais naturais.

Os pesquisadores também vêm usando sensores implantados nos cérebros de cobaias para permitir que dois macacos controlem um braço mecânico, e um teste com um homem paralítico permitiu, com esse método, que ele movimentasse um cursor em uma tela de computador.

Alguns desses métodos, caso venham a ser aperfeiçoados plenamente e consigam aprovação das autoridades regulatórias da saúde, podem no futuro se tornar mais viáveis para os pacientes de amputações.

E embora a técnica da renervação não requeira aprovação das autoridades regulatórias porque é executada por meios cirúrgicos e emprega aparelhos já existentes, ela apresenta limitações que até mesmo seus criadores reconhecem, entre as quais o fato de que não se pode utilizá-la para todos os pacientes, o seu alto custo e o prazo de meses requerido para que os nervos reconectados cresçam e se tornem efetivos.

Ainda assim, os especialistas dizem que é o mais avançado sistema em uso hoje para pacientes reais que permite que o sistema nervoso controle diretamente o movimento de um braço artificial.

Desde sua introdução por Todd Kuiken, médico fisioterapeuta e engenheiro biomédico do Instituto de Reabilitação de Chicago, o método foi empregado em cerca de 30 pacientes nos Estados Unidos, Canadá e Europa, entre os quais oito soldados feridos no Iraque e no Afeganistão.

Muitos dos pacientes, entre os quais o primeiro, Jesse Sullivan, um operário do setor elétrico no Tennessee que perdeu os dois braços quando foi eletrocutado por um cabo, conseguem não apenas manipular seus braços protéticos mas sentir a presença das mãos que já não têm quando alguém toca em seus peitos.

Sullivan, 62 anos, e Kitts, estavam entre os cinco pacientes que participaram do estudo reportado na terça-feira. Em companhia de cinco outras pessoas que não passaram por amputações, eles receberam os eletrodos e foram instruídos a usar pensamentos para fazer com que um braço virtual na tela reproduzisse 10 movimentos diferentes, entre os quais três formas diferentes de aperto de mão.

Os pacientes apresentaram desempenho bastante respeitável, apenas um pouco mais lento e menos preciso do que os dos participantes que não tinham amputações.

"As velocidades de movimento que encontramos em nossos pacientes foram realmente encorajadoras", disse Kuiken. "Eles conseguiram completar a tarefa. É claro que não foram tão competentes quanto as pessoas dotadas de plena capacidade física, mas foram bons o bastante".

Um braço virtual foi usado porque a maioria das próteses existentes não era capaz de acomodar todos aqueles movimentos, no momento da pesquisa, ainda que Sullivan, Kitts e uma terceira paciente, Claudia Mitchell, tenham experimentado dois novos protótipos mais versáteis de braços artificiais, executando tarefas complexas com bolas de tênis e outros objetos.

O trabalho de renervação em soldados apresenta outros desafios, diz Kuiken, porque os ferimentos militares muitas vezes "causam danos muitos extensos" a nervos, músculos ou ossos.

Daniel Acosta, 25 anos, um aviador ferido pela detonação de uma bomba em uma estrada do Iraque em 2005, passou pelo procedimento no ano passado e diz que seu braço esquerdo protético agora se movimenta "muito mais rápido" e de maneira muito mais natural.

"A diferença é que agora não preciso mais pensar para mover o braço", ele diz. "Ele simplesmente se mexe".

Ainda assim, Acosta, de San Antonio, diz que "o processo foi bastante longo" e que os eletrodos precisam ser ajustados para receber os sinais à medida que os nervos crescem ou mudam de posição.

E embora elogiem o método, os especialistas afirmam que a ciência das próteses de braço ainda tem muito por avançar.

"Trata-se de uma parte crucial, mas ainda assim apenas uma parte, das muitas coisas que compreendem a função normal de um braço", disse Loeb, que escreveu um editorial que acompanha o artigo no Journal of the American Medical Association.

"No momento estamos a meio do caminho entre o braço de 'Dr. Fantástico', que fazia involuntariamente a saudação nazista, e o braço de Luke Skywalker em 'Guerra nas Estrelas', que funciona sem nenhum problema assim que é conectado. Creio que precisaremos ainda de muitos anos para conectar todas as peças necessárias a produzir um braço capaz de funcionar norma

Anónimo disse...

Os bombeiros combatem neste sábado os incêndios na Austrália favorecidos pelo bom tempo, enquanto os deslocados encotram em seu retorno casas derruídas, carros queimados nas ruas e destruição.

Depois de sete dias desde que começaram os incêndios no Estado de Victoria, a lista de mortos chega a 181, os desaparecidos somam 50, os edifícios destruídos totalizam 1,834 mil e o terreno arrasado, principalmente florestas, ocupa uma área de 4,13 mil quilômetros quadrados.

As equipes de bombeiros, formadas por 4 mil profissionais de Victoria, de outras partes da Austrália e de países amigos, combateram hoje 12 focos fora de controle e nenhum representava uma ameaça direta para a população.

O subdiretor do Serviço de Bombeiros, Geoff Conway, disse que este tempo favorável, que se prolongará durante o domingo, permite consolidar as linhas de contenção e avançar na extinção das chamas.

Cinzas apareceram arrastadas por ventos do nordeste sobre Melbourne, onde habitam 3,8 milhões de pessoas, e as autoridades alertaram aos cidadãos do risco para a saúde de idosos, crianças e pessoas com problemas respiratórios.

O número de pessoas deslocadas - a Cruz Vermelha chegou a receber 7 mil - começou a cair com a abertura de algumas localidades atingidas.

Os incêndios, alguns criminosos, começaram em 7 de fevereiro, quando a região sul da Austrália estava há duas semanas sob uma onda de calor sem precedentes.

Na sexta-feira passada, a polícia acusou uma pessoa de ter provocado o incêndio que atingiu a localidade de Churchill e matou 21 pessoas.
16:55
Anónimo disse...
A primeira chuva em seis dias reduziu a ameaça de incêndios no Estado de Victoria, ao sul da Austrália. As autoridades, porém, advertiram que ainda existem 12 focos, mas que nenhum deles ameaça áreas povoadas.

Mais de quatro mil bombeiros, mil provenientes de outras partes do país e de outras nações, trabalham contra o fogo. Cerca de 600 veículos e 28 helicópteros e pequenos aviões estão sendo usados.


Eles conseguiram construir linhas de contenção para evitar os incêndios de Yarra e Maroondah se juntassem. Também foram controlados os incêndios abertos de Yea e Murrindindi, que ameaçavam as comunidades de Connellys Creek, Crystal Creek, Scrubby Creek e Native Dog Creek.

O número de mortos chegou a 181, mas as autoridades acreditam que as vítimas devem passar de 200, já que ainda há muitos desaparecidos.
16:55
Anónimo disse...
Aqui nesta coluna, na semana passada, tive a oportunidade de comentar sobre a recente visita do professor brasileiro Pedrinho Guareschi à Austrália. Não dei, porém, os fatos, pois semana passada o assunto era outro.

Hoje, porém, vamos a eles.

No último dia 4 de fevereiro, aconteceu o Seminário "Paulo Freire: Education and Liberation", organizado pelo centro de estudos latino-americanos da Universidade Nacional da Austrália, ou ANU, como é mais conhecida por aqui.

A ANU, para quem não sabe, está entre as 20 melhores universidades do mundo! E tem sede aqui em Camberra, capital da Austrália.

Na abertura do evento, o professor John Minns, diretor do centro latino-americano, ao dar boas-vindas ao público presente, lembrou ser aquele o primeiro seminário exclusivamente dedicado a Paulo Freire na Austrália.

Em seguida, convidou Pedrinho Guareschi, palestrante principal do Seminário, a fazer sua apresentação.

A plateia pode então conhecer, pelas palavras de Pedrinho, um pouco da obra e da vida de Freire, esse brasileiro de fé e valor, que sempre acreditou na educação, sobretudo dos menos favorecidos, analfabetos, como força libertadora.

Como não podia deixar de ser, os conceitos e ideias revolucionários de Paulo Freire, expostos com clareza por Pedrinho, despertaram o interesse e a curiosidade de plateia. A qual, deve-se notar, era na maioria de estudantes, mas de várias nacionalidades, sobretudo australianos e asiáticos.

Na continuação do programa do seminário, que se estendeu por dois dias, outros professores fizeram palestras sobre temas ligados à obra de Paulo Freire.

Interessante, por exemplo, saber que a professora Anne Hickling-Hudson, jamaicana que mora na Austrália há muitos anos (é professora da ANU), conheceu e trabalhou com Freire num workshop educacional durante a revolução na Ilha de Granada, em 1980, antes da invasão dos Estados Unidos...

Ou, então, a palestra da Professora Gerda Roelvink, da Nova Zelândia, que participou do Fórum Social de Porto Alegre em 2005. E essa participação transformou-se em tema de doutorado.

No dia 10, terça-feira passada, o padre Pedrinho Guareschi voltou a falar ao público australiano em grande auditório localizado no belíssimo campus da ANU. Desta vez, sobre a Teologia da Libertação.

Depois da palestra, John Minns mostrou o filme mexicano "O Crime do Padre Amaro", no qual um dos personagens é um padre católico praticante da Teologia da Libertação.

Mais uma vez, foi grande o intersse da platéia, que pode aprender e conhecer um pouco como se desenvolveu aquele importante movimento católico na América Latina.

Fica, assim, ao Pedrinho, bem como a outros brasileiros estudiosos e de bom coração que saem pelo mundo a divulgar aspectos importantes da cultura brasileira, o respeito e a homenagem desta coluna. E... aquele abraço!
16:57
Anónimo disse...
Amanda Kitts perdeu o braço esquerdo em um acidente de automóvel acontecido três anos atrás, mas hoje em dia ela joga futebol americano com seu filho de 12 anos de idade, troca fraldas e abraça as crianças nas três creches Kiddie Cottage que opera em Knoxville, Tennessee. Kitts, 40 anos, faz tudo isso com a ajuda de um novo tipo de braço artificial que se movimenta com mais facilidade do que outros aparelhos e que ela pode controlar utilizando apenas seus pensamentos.

"Eu sou capaz de mexer a mão, o pulso e o cotovelo ao mesmo tempo", diz. "Você pensa e os músculos se movem em seguida".

A recuperação que ela conseguiu resulta de um novo procedimento que vem atraindo crescente atenção porque permite que pessoas movam braços protéticos de forma mais automática do que faziam no passado, simplesmente utilizando nervos reaproveitados em seus cérebros.

A técnica, conhecida como "renervação muscular dirigida", envolve utilizar os nervos que restam depois da amputação de um braço e conectá-los a outro músculo do corpo, em geral no peito. Eletrodos são instalados sobre os músculos do peito, e operam como se fossem antenas. Quando a pessoa deseja mover o braço, o cérebro envia sinais que primeiro resultam em contração dos músculos do peito, os quais enviam um sinal ao braço protético, instruindo-se a se movimentar. O processo não requer mais esforços consciente do que a pessoa teria de exercitar caso ainda tivesse seu braço natural.

Na terça-feira, pesquisadores reportaram em estudo publicado pela versão online do Journal of the American Medical Association que haviam levado a técnica ainda mais à frente, tornando possível a execução de 10 movimentos de mão, pulso e cotovelo diferentes, o que representa uma substancial melhora com relação ao típico repertório protético, que em geral envolve apenas dobrar o cotovelo, girar o pulso e abrir a mão.

"Os novos métodos tiveram impacto dramático em nosso campo de trabalho", disse Stuart Harshbarger, engenheiro biomédico na Universidade Johns Hopkins e diretor do programa de pesquisa sobre próteses, financiado pelas forças armadas, que inclui o trabalho com essa técnica. "O método já está em uso por médicos e cirurgiões comuns em todo o país. A capacidade de controlar um membro protético bastante robusto que ele confere surpreendeu a todos pela qualidade".

Tipicamente, uma pessoa que tenha um braço protético só é capaz de executar alguns poucos movimentos, e muitas vezes com tamanha lentidão que isso só permite a ela atividades limitadas.

Há um motor separado para cada movimento, diz Gerald Loeb, professor de engenharia biomédica na Universidade do Sul da Califórnia, "e esses motores precisam ser controlados de maneira explícita", usualmente por um esforço consciente da pessoa para contrair músculos nas costas ou no bíceps.

"Essencialmente, até agora os pacientes controlavam apenas um motor de cada vez", diz Loeb, "e precisavam pensar cuidadosamente sobre que motor desejavam controlar e como fazê-lo operar, em lugar de simplesmente pensarem em mover o braço e poderem fazê-lo sem delongas".

Antes que Kitts passasse pelo procedimento de renervação, em outubro de 2007, por exemplo, ela precisava movimentar os músculos de suas costas de determinada maneira para fazer com que seu pulso girasse, e flexionar seu bíceps e tríceps para fazer com que o cotovelo se movesse para cima e para baixo. "Era muito trabalho", ela conta. "E não me ajudava muito".

O procedimento de renervação é parte de uma recente explosão de idéias novas e técnicas inovadoras que estão sendo exploradas enquanto os cientistas se esforçam por ajudar as pessoas a compensar melhor a perda de membros ou problemas de paralisia. O esforço vem sendo alimentado pelo aumento no número de amputações causado por diabetes e por ferimentos sofridos pelos militares, e ao mesmo tempo pelos avanços na tecnologia médica.

Os braços se tornaram um dos focos essenciais desse tipo de trabalho. A ciência há muito vem obtendo sucessos no desenvolvimento de próteses de perna, mas é muito mais difícil imitar a complexidade e a destreza das mãos e dos braços.

Os esforços em curso incluem o desenvolvimento de projetos de pele e braços mais sensíveis e mais flexíveis, e o uso de dispositivos acionados por controles sem fio implantado nos braços protéticos, que permitiriam movimentos mais naturais.

Os pesquisadores também vêm usando sensores implantados nos cérebros de cobaias para permitir que dois macacos controlem um braço mecânico, e um teste com um homem paralítico permitiu, com esse método, que ele movimentasse um cursor em uma tela de computador.

Alguns desses métodos, caso venham a ser aperfeiçoados plenamente e consigam aprovação das autoridades regulatórias da saúde, podem no futuro se tornar mais viáveis para os pacientes de amputações.

E embora a técnica da renervação não requeira aprovação das autoridades regulatórias porque é executada por meios cirúrgicos e emprega aparelhos já existentes, ela apresenta limitações que até mesmo seus criadores reconhecem, entre as quais o fato de que não se pode utilizá-la para todos os pacientes, o seu alto custo e o prazo de meses requerido para que os nervos reconectados cresçam e se tornem efetivos.

Ainda assim, os especialistas dizem que é o mais avançado sistema em uso hoje para pacientes reais que permite que o sistema nervoso controle diretamente o movimento de um braço artificial.

Desde sua introdução por Todd Kuiken, médico fisioterapeuta e engenheiro biomédico do Instituto de Reabilitação de Chicago, o método foi empregado em cerca de 30 pacientes nos Estados Unidos, Canadá e Europa, entre os quais oito soldados feridos no Iraque e no Afeganistão.

Muitos dos pacientes, entre os quais o primeiro, Jesse Sullivan, um operário do setor elétrico no Tennessee que perdeu os dois braços quando foi eletrocutado por um cabo, conseguem não apenas manipular seus braços protéticos mas sentir a presença das mãos que já não têm quando alguém toca em seus peitos.

Sullivan, 62 anos, e Kitts, estavam entre os cinco pacientes que participaram do estudo reportado na terça-feira. Em companhia de cinco outras pessoas que não passaram por amputações, eles receberam os eletrodos e foram instruídos a usar pensamentos para fazer com que um braço virtual na tela reproduzisse 10 movimentos diferentes, entre os quais três formas diferentes de aperto de mão.

Os pacientes apresentaram desempenho bastante respeitável, apenas um pouco mais lento e menos preciso do que os dos participantes que não tinham amputações.

"As velocidades de movimento que encontramos em nossos pacientes foram realmente encorajadoras", disse Kuiken. "Eles conseguiram completar a tarefa. É claro que não foram tão competentes quanto as pessoas dotadas de plena capacidade física, mas foram bons o bastante".

Um braço virtual foi usado porque a maioria das próteses existentes não era capaz de acomodar todos aqueles movimentos, no momento da pesquisa, ainda que Sullivan, Kitts e uma terceira paciente, Claudia Mitchell, tenham experimentado dois novos protótipos mais versáteis de braços artificiais, executando tarefas complexas com bolas de tênis e outros objetos.

O trabalho de renervação em soldados apresenta outros desafios, diz Kuiken, porque os ferimentos militares muitas vezes "causam danos muitos extensos" a nervos, músculos ou ossos.

Daniel Acosta, 25 anos, um aviador ferido pela detonação de uma bomba em uma estrada do Iraque em 2005, passou pelo procedimento no ano passado e diz que seu braço esquerdo protético agora se movimenta "muito mais rápido" e de maneira muito mais natural.

"A diferença é que agora não preciso mais pensar para mover o braço", ele diz. "Ele simplesmente se mexe".

Ainda assim, Acosta, de San Antonio, diz que "o processo foi bastante longo" e que os eletrodos precisam ser ajustados para receber os sinais à medida que os nervos crescem ou mudam de posição.

E embora elogiem o método, os especialistas afirmam que a ciência das próteses de braço ainda tem muito por avançar.

"Trata-se de uma parte crucial, mas ainda assim apenas uma parte, das muitas coisas que compreendem a função normal de um braço", disse Loeb, que escreveu um editorial que acompanha o artigo no Journal of the American Medical Association.

"No momento estamos a meio do caminho entre o braço de 'Dr. Fantástico', que fazia involuntariamente a saudação nazista, e o braço de Luke Skywalker em 'Guerra nas Estrelas', que funciona sem nenhum problema assim que é conectado. Creio que precisaremos ainda de muitos anos para conectar todas as peças necessárias a produzir um braço capaz de funcionar normalmente".
17:04
Anónimo disse...
A Espanha disse neste sábado que está preparando uma reclamação oficial contra a decisão da Venezuela de expulsar um membro do Parlamento Europeu que criticou o conselho eleitoral venezuelano.
Luis Herrero, membro do partido conservador espanhol PP, foi deportado na sexta-feira depois que o Conselho Nacional Eleitoral (CNE) o acusou de questionar a imparcialidade da instituição antes de um referendo que pode permitir ao presidente Hugo Chávez permanecer no cargo indefinidamente.

Herrero estava na Venezuela como observador do referendo. Ele acusou Chávez de ter "comportamentos típicos de um ditador" por pedir a contenção de manifestações da oposição.

O governo da Espanha convocou um encontro com o embaixador da Venezuela em Madri para expressar a desaprovação sobre a expulsão de Herrero, disse um representante do Ministério das Relações Exteriores espanhol.

As relações da Venezuela com a Espanha tiveram seu ponto crítico em 2007, quando Chávez ameaçou rever acordos diplomáticos e comerciais depois de ouvir um "cala a boca" do rei espanhol Juan Carlos durante uma cúpula.

A fenda foi oficialmente reparada em 2008, com uma visita oficial de Chávez à Espanha, onde ele cumprimentou o rei e discutiu acordos para investimento no setor petroquímico com o primeiro-ministro José Luis Rodriguez Zapatero.
17:06
Anónimo disse...
A polícia do Zimbábue anunciou neste sábado que acusa de traição Roy Bennett, dirigente do até agora opositor Movimento para a Mudança Democrática (MDC), detido na sexta-feira, em Harare, poucas horas antes da cerimônia de posse dos membros do novo gabinete.

"A Polícia nos informou que vão apresentar acusações de traição", disse à agência EFE o advogado de defesa de Bennett, Trust Maanda.

"Tentam relacionar Roy com o caso de Mike Hitschmann, que foi detido em 2006 em relação à descoberta de um carregamento de armas, apesar de que Hitschmann não tenha sido declarado culpado das acusações de traição apresentadas contra ele, mas de um crime menor de descumprimento de leis", disse Maanda.

O político opositor, designado por seu partido como vice-ministro de Agricultura no Governo de união nacional, esteve no exílio na vizinha África do Sul desde 2006 e retornou ao Zimbábue há duas semanas.

Segundo a Polícia, que deteve Bennett ontem no aeroporto de Harare quando pretendia ir à África do Sul para visitar sua família, as armas apreendidas em 2006 seriam utilizadas em um golpe de Estado para derrubar o presidente do Zimbábue, Robert Mugabe.

Depois da detenção, Bennet foi levado a Mutar, onde vários simpatizantes do MDC se concentraram em frente à delegacia na qual estava detido, diante do que a Polícia respondeu com tiros para o alto para dispersar os manifestantes.
17:07
Anónimo disse...
Austrália: 14 mil se candidatam a 'emprego dos sonhos'

A secretaria de Turismo de Queensland, na Austrália, informou que até esta segunda-feira já recebeu cerca de 14 mil inscrições para o "o melhor emprego do mundo". O Estado australiano promove pela internet seleção para vaga de "zelador" da ilha Hamilton, por seis meses com um salário de R$ 40 mil.

Muitos candidatos tiveram problemas durante a inscrição por conta dos acessos simultâneos ao site. A secretaria aconselha enviar os vídeos de 60s explicando porque deve ser escolhido em horários alternativos do dia, além de recomendar tamanho em torno de 40MB.

As inscrições começaram em 12 de janeiro e vão até o próximo dia 22 e podem ser feitas pelo site www.islandreefjob.com. O governo australiano escolherá 50 candidatos para a próxima fase da seleção, que terá votos do público para eleger um dos 11 finalistas.

A última fase terá entrevistas e desafios físicos, no próprio local de trabalho: as ilhas da Grande Barreira Coralina - o maior recife de coral do mundo. A secretaria de Turismo anunciará o vencedor no dia 6 de maio.
17:09
Anónimo disse...
Mercado elogia governo na crise, mas pede maior queda no juro

Peter Fussy
Direto de São Paulo

Desde as primeiras medidas anunciadas para combater os efeitos da crise, o governo brasileiro avisou que a estratégia não contemplaria um pacote. Seriam doses pontuais, de acordo com a necessidade da economia diante do agravamento das turbulências. Da primeira liberação dos depósitos compulsórios em setembro até a ampliação do seguro-desemprego na última quarta-feira, o governo passou por redução de impostos, ampliação de crédito e incentivos à exportação. Quase 150 dias após a primeira medida, o Terra conversou com líderes do setor público e privado, representantes dos trabalhadores, acadêmicos e com o próprio governo para saber quais destas ações foram mais eficazes, quais foram mais ineficientes e o que mais pode ser feito pelo Estado brasileiro contra a crise.

Os maiores elogios foram direcionados à atitude de reduzir o Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) para a indústria automobilística, anunciada em dezembro e que fez com que os emplacamentos de carros novos subissem 1,9% no primeiro mês do ano em relação a dezembro de 2008. Já as maiores críticas foram para a lentidão no corte da taxa básica de juro do País.

Para o presidente do conselho administrativo do Grupo Pão de Açúcar, Abílio Diniz, o Estado não é responsável pela crise e mesmo assim está agindo "com extrema serenidade e muito acerto". "O governo está atento, fazendo a sua parte. É preciso coragem de baixar firmemente a taxa de juros. É uma arma que temos a nosso favor, já que não há clima para inflação, nem possibilidade de danos para a macroeconomia", afirmou Diniz.

Na última reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), em janeiro, a taxa Selic foi reduzida em um ponto percentual, de 13,75% para 12,75% ao ano. Porém, o professor de economia da Universidade de Brasília (UnB) José Luiz Oreiro lembra que este corte representa uma redução de apenas 0,25 ponto percentual com relação à taxa de setembro do ano passado, quando a crise se agravou.

"Pouco antes da eclosão da crise, o Banco Central aumentou a taxa em 0,75 ponto. Foram cinco meses de demora para reduzir em termos líquidos apenas 0,25 ponto", afirmou o economista, que também sugeriu redução do intervalo de cerca de 90 dias entre as reuniões do Copom e o corte de pelo menos um 1 ponto percentual em cada reunião.

Mesmo com o corte de janeiro, a taxa de juros real continua sendo a maior do mundo, lembrou o secretário-geral da Força Sindical, João Carlos Gonçalves, o Juruna. "A redução da taxa de juro ainda é pequena, porque ela continua uma das mais altas do mundo. Falta ousadia para baixar os juros e ajudar o cidadão. A permanência da taxa de juro alta é negativa para o País em meio a crise", afirmou Juruna.

Embora aprove as ações do governo, o senador Aloízio Mercadante (PT-SP) também acredita que o patamar da Selic está muito alto. "Sempre fomos os primeiros a entrar em qualquer crise, o que não aconteceu agora. A taxa Selic ainda é muito alta, mas o governo têm tomado medidas acertadas, como o aumento do salário mínimo, mesmo com um cenário de crise. Isso ajuda a movimentar o consumo. O governo está se esforçando para manter os investimentos e o crescimento", disse.

Tributos
De acordo com o economista Fabio Pina, da Fecomercio-SP, as ações mais positivas estão relacionadas à redução de tributos para alguns segmentos, como a indústria automobilística, que recuperou parte da queda nas vendas em janeiro com a isenção do IPI para carros 1.0 l e o corte para demais motorizações. A medida vale até o final de março.

"Essas medidas não só reduziram o preço, mas anteciparam o consumo daqueles que iriam comprar no futuro, dando um prêmio por conta da insegurança. Mexe diretamente com o principal problema que é a confiança do consumidor", afirmou. Juruna destacou que um bom ritmo de vendas é garantia de emprego. "É importante porque cada emprego na montadora significa 19 na cadeia produtiva", comentou o representante da Força Sindical.

Também em dezembro, o governo decidiu cortar pela metade a alíquota do Imposto de Renda para contribuintes que ganham entre R$ 1.434 e R$ 2.150 mensais. "O salário aumentava e a tabela não se modificava. As pessoas ganhavam mais e pagavam mais impostos", apontou Juruna. Outra redução de tributos do governo foi com relação ao Imposto sobre Operações Financeiras (IOF), que caiu de 3% ao ano para 1,5%.

Crédito
Na segunda metade de 2008, o colapso de bancos nos Estados Unidos por conta da crise do subprime provocou uma forte restrição de crédito no mundo inteiro. Uma das primeiras medidas anticrise do governo teve como objetivo restabelecer a oferta, com mudanças no recolhimento dos depósitos compulsórios por parte dos bancos. Segundo o presidente do Banco Central, Henrique Meirelles, as diversas modificações liberaram US$ 99,2 bilhões aos bancos até o final de janeiro.

Além disso, o governo concedeu R$ 36 bilhões das reservas internacionais para empresas brasileiras com dívidas no exterior e uma medida provisória autorizou o Banco do Brasil e a Caixa Econômica Federal a comprar carteiras de crédito de bancos privados. Para o diretor do Departamento de Pesquisas e Estudos Econômicos da Fiesp, Paulo Francini, estas medidas foram essenciais para combater os efeitos da crise.

"A crise se desenvolve no mundo em torno do tema crédito. E o crédito reduziu-se barbaridade no mundo. Então o governo lança mão de compulsório, lança mão de reservas, de medidas que permitem aos bancos comprar carteiras de bancos. Você vai tomando várias medidas para atender às demandas e o epicentro disso é crédito", afirmou.

No entanto, Oreiro, da UnB, adverte que a liberação dos compulsórios seria mais eficiente acompanhada de redução mais agressiva da taxa básica de juro. "Uma parte do crédito voltou, depois da forte retração em outubro e novembro. O que deveria ter sido feito junto à liberação do compulsório era uma redução mais drástica da taxa de juro. Sem isso, os bancos pegam as reservas e acabam comprando títulos públicos", explicou o economista.

Na opinião de Pina, as ações de distribuição de crédito via redução do compulsório e a disposição de capital de giro para empresas foram tomadas sem um cuidado maior na operação e não tiveram muito efeito. "O BNDES tem linhas que ficam paradas quase todo o ano, agora é pior ainda. Existem os recursos, mas as empresas e os bancos estão desconfiados. É preciso fazer com que os bancos tenham interesse em emprestar", afirmou o economista da Fecomercio-SP.

Futuro
Mesmo com todas essas medidas, a crise financeira ainda gera incertezas nos setores produtivos do País. Nos últimos meses, o medo do desemprego fez os consumidores adiarem compras. Por sua vez, a queda nas vendas pode obrigar as indústrias a cortarem a produção e demitir funcionários. Contra isso, empresários sugerem redução de jornada e de salários.

"Isto está previsto em lei. A Fiesp simplesmente manteve conversações com entidades sindicais quanto à aplicação daquilo que já está previsto em lei", afirmou Francini.

Segundo a ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff, uma das medidas que assegura um nível de emprego é a manutenção de investimentos no Programa de Aceleração do Crescimento (PAC). "Estamos esperando que a dificuldade ocorra em janeiro, fevereiro e março. Estamos certos que vamos manter o nível de investimento. É isso que funciona, é isso que significa investimento público. Ele funciona como um colchão. Por isso, nós colocamos R$ 100 bilhões no BNDES e a Petrobras ampliou o seu investimento em R$ 120 bilhões", afirmou.

Na mesma linha, Pina explica que a antecipação de gastos do governo substitui parte da demanda retraída do setor privado. "Ele dá o seguinte recado: não vou estourar as contas públicas, mas concentrar em um momento em que a demanda privada está pequena. Mas o governo não tem fôlego suficiente para fazer o papel de toda demanda", ressaltou. O economista da Fecomercio lembrou que a entidade já pleiteou junto ao governo isenções para transferência de imóveis e de automóveis, além de retirar o IPVA para veículos novos.

Já Oreiro foca suas propostas na capitalização do Banco do Brasil e da Caixa Econômica Federal pelo Tesouro para atender a demanda de crédito para capital de giro e reduzir o spread. "Aumentando o empréstimo e reduzindo as taxas, os dois vão forçar os bancos privados a acompanhar o movimento, até para não perderem participação no mercado", explicou o economista da UnB.

Até o Carnaval, o governou prometeu detalhar um pacote de incentivos para a construção de até um milhão de casas populares, direcionado a famílias com renda de até dez salários mínimos. "Estamos atentos a tudo o que está acontecendo e novas medidas serão tomadas caso haja uma avaliação de que sejam necessárias", disse o ministro da Fazenda, Guido Mantega, na última sexta-feira.
17:11
Anónimo disse...
Ex-ministro critica extensão do seguro-desemprego

Atualizada às 09h03

O ex-ministro do Trabalho Almir Pazzianotto criticou a decisão do governo federal de conceder o seguro-desemprego estendido a apenas alguns setores. "É certamente odioso e provavelmente inconstitucional", disse Pazzianotto, de acordo com o jornal O Estado de S. Paulo.

Na última qurta, dia do anúncio da medida, centrais sindicais elogiaram a atitude do governo. A Força Sindical divulgou nota dizendo que "o aumento ajudará a aquecer parte da economia, já que irá gerar mais consumo, produção e conseqüentemente, a criação de novos postos de trabalho". A União Geral dos Trabalhadores (UGT) afirmou que a medida "contribuirá para minimizar o drama dos trabalhadores que perderem seu emprego por conta da crise".

O ex-ministro, que instituiu o seguro-desemprego no País no governo de José Sarney, destacou a necessidade de as centrais sindicais se manifestarem contra a determinação. Para ele, as mudanças devem ser aplicadas a todas as categorias profissionais e a distinção é contrária ao artigo 3º da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT).

Pazzianotto atribui a medida a um possível temor do governo de que a crise econômica seja longa e não haja dinheiro para atender a todas as necessidades. Ainda assim, ele se mostra contrário ao método de concessão. "O seguro-desemprego ajuda a sanar necessidades básicas. Estendê-lo é paliativo, não a solução", disse ao jornal.

De acordo com o presidente do Conselho Deliberativo do Fundo de Amparo ao Trabalhador (Codefat) e conselheiro da Força Sindical, Luiz Fernando Emediato, a determinação já estava prevista na lei 8.900/94, que trata do seguro-desemprego.

O presidente da Comissão de Trabalho da Câmara, Pedro Fernandes (PTB-MA) vai além na crítica à concessão do seguro para apenas alguns setores. Ele acredita que a ampliação do benefício estimula o desemprego.

Quintino Severo, secretário geral da Central Única dos Trabalhadores (CUT), lembra que a ampliação do benefício sem critério e identificação pode incentivar demissões em outros setores.

Anónimo disse...

Os bombeiros combatem neste sábado os incêndios na Austrália favorecidos pelo bom tempo, enquanto os deslocados encotram em seu retorno casas derruídas, carros queimados nas ruas e destruição.

Depois de sete dias desde que começaram os incêndios no Estado de Victoria, a lista de mortos chega a 181, os desaparecidos somam 50, os edifícios destruídos totalizam 1,834 mil e o terreno arrasado, principalmente florestas, ocupa uma área de 4,13 mil quilômetros quadrados.

As equipes de bombeiros, formadas por 4 mil profissionais de Victoria, de outras partes da Austrália e de países amigos, combateram hoje 12 focos fora de controle e nenhum representava uma ameaça direta para a população.

O subdiretor do Serviço de Bombeiros, Geoff Conway, disse que este tempo favorável, que se prolongará durante o domingo, permite consolidar as linhas de contenção e avançar na extinção das chamas.

Cinzas apareceram arrastadas por ventos do nordeste sobre Melbourne, onde habitam 3,8 milhões de pessoas, e as autoridades alertaram aos cidadãos do risco para a saúde de idosos, crianças e pessoas com problemas respiratórios.

O número de pessoas deslocadas - a Cruz Vermelha chegou a receber 7 mil - começou a cair com a abertura de algumas localidades atingidas.

Os incêndios, alguns criminosos, começaram em 7 de fevereiro, quando a região sul da Austrália estava há duas semanas sob uma onda de calor sem precedentes.

Na sexta-feira passada, a polícia acusou uma pessoa de ter provocado o incêndio que atingiu a localidade de Churchill e matou 21 pessoas.
16:55
Anónimo disse...
A primeira chuva em seis dias reduziu a ameaça de incêndios no Estado de Victoria, ao sul da Austrália. As autoridades, porém, advertiram que ainda existem 12 focos, mas que nenhum deles ameaça áreas povoadas.

Mais de quatro mil bombeiros, mil provenientes de outras partes do país e de outras nações, trabalham contra o fogo. Cerca de 600 veículos e 28 helicópteros e pequenos aviões estão sendo usados.


Eles conseguiram construir linhas de contenção para evitar os incêndios de Yarra e Maroondah se juntassem. Também foram controlados os incêndios abertos de Yea e Murrindindi, que ameaçavam as comunidades de Connellys Creek, Crystal Creek, Scrubby Creek e Native Dog Creek.

O número de mortos chegou a 181, mas as autoridades acreditam que as vítimas devem passar de 200, já que ainda há muitos desaparecidos.
16:55
Anónimo disse...
Aqui nesta coluna, na semana passada, tive a oportunidade de comentar sobre a recente visita do professor brasileiro Pedrinho Guareschi à Austrália. Não dei, porém, os fatos, pois semana passada o assunto era outro.

Hoje, porém, vamos a eles.

No último dia 4 de fevereiro, aconteceu o Seminário "Paulo Freire: Education and Liberation", organizado pelo centro de estudos latino-americanos da Universidade Nacional da Austrália, ou ANU, como é mais conhecida por aqui.

A ANU, para quem não sabe, está entre as 20 melhores universidades do mundo! E tem sede aqui em Camberra, capital da Austrália.

Na abertura do evento, o professor John Minns, diretor do centro latino-americano, ao dar boas-vindas ao público presente, lembrou ser aquele o primeiro seminário exclusivamente dedicado a Paulo Freire na Austrália.

Em seguida, convidou Pedrinho Guareschi, palestrante principal do Seminário, a fazer sua apresentação.

A plateia pode então conhecer, pelas palavras de Pedrinho, um pouco da obra e da vida de Freire, esse brasileiro de fé e valor, que sempre acreditou na educação, sobretudo dos menos favorecidos, analfabetos, como força libertadora.

Como não podia deixar de ser, os conceitos e ideias revolucionários de Paulo Freire, expostos com clareza por Pedrinho, despertaram o interesse e a curiosidade de plateia. A qual, deve-se notar, era na maioria de estudantes, mas de várias nacionalidades, sobretudo australianos e asiáticos.

Na continuação do programa do seminário, que se estendeu por dois dias, outros professores fizeram palestras sobre temas ligados à obra de Paulo Freire.

Interessante, por exemplo, saber que a professora Anne Hickling-Hudson, jamaicana que mora na Austrália há muitos anos (é professora da ANU), conheceu e trabalhou com Freire num workshop educacional durante a revolução na Ilha de Granada, em 1980, antes da invasão dos Estados Unidos...

Ou, então, a palestra da Professora Gerda Roelvink, da Nova Zelândia, que participou do Fórum Social de Porto Alegre em 2005. E essa participação transformou-se em tema de doutorado.

No dia 10, terça-feira passada, o padre Pedrinho Guareschi voltou a falar ao público australiano em grande auditório localizado no belíssimo campus da ANU. Desta vez, sobre a Teologia da Libertação.

Depois da palestra, John Minns mostrou o filme mexicano "O Crime do Padre Amaro", no qual um dos personagens é um padre católico praticante da Teologia da Libertação.

Mais uma vez, foi grande o intersse da platéia, que pode aprender e conhecer um pouco como se desenvolveu aquele importante movimento católico na América Latina.

Fica, assim, ao Pedrinho, bem como a outros brasileiros estudiosos e de bom coração que saem pelo mundo a divulgar aspectos importantes da cultura brasileira, o respeito e a homenagem desta coluna. E... aquele abraço!
16:57
Anónimo disse...
Amanda Kitts perdeu o braço esquerdo em um acidente de automóvel acontecido três anos atrás, mas hoje em dia ela joga futebol americano com seu filho de 12 anos de idade, troca fraldas e abraça as crianças nas três creches Kiddie Cottage que opera em Knoxville, Tennessee. Kitts, 40 anos, faz tudo isso com a ajuda de um novo tipo de braço artificial que se movimenta com mais facilidade do que outros aparelhos e que ela pode controlar utilizando apenas seus pensamentos.

"Eu sou capaz de mexer a mão, o pulso e o cotovelo ao mesmo tempo", diz. "Você pensa e os músculos se movem em seguida".

A recuperação que ela conseguiu resulta de um novo procedimento que vem atraindo crescente atenção porque permite que pessoas movam braços protéticos de forma mais automática do que faziam no passado, simplesmente utilizando nervos reaproveitados em seus cérebros.

A técnica, conhecida como "renervação muscular dirigida", envolve utilizar os nervos que restam depois da amputação de um braço e conectá-los a outro músculo do corpo, em geral no peito. Eletrodos são instalados sobre os músculos do peito, e operam como se fossem antenas. Quando a pessoa deseja mover o braço, o cérebro envia sinais que primeiro resultam em contração dos músculos do peito, os quais enviam um sinal ao braço protético, instruindo-se a se movimentar. O processo não requer mais esforços consciente do que a pessoa teria de exercitar caso ainda tivesse seu braço natural.

Na terça-feira, pesquisadores reportaram em estudo publicado pela versão online do Journal of the American Medical Association que haviam levado a técnica ainda mais à frente, tornando possível a execução de 10 movimentos de mão, pulso e cotovelo diferentes, o que representa uma substancial melhora com relação ao típico repertório protético, que em geral envolve apenas dobrar o cotovelo, girar o pulso e abrir a mão.

"Os novos métodos tiveram impacto dramático em nosso campo de trabalho", disse Stuart Harshbarger, engenheiro biomédico na Universidade Johns Hopkins e diretor do programa de pesquisa sobre próteses, financiado pelas forças armadas, que inclui o trabalho com essa técnica. "O método já está em uso por médicos e cirurgiões comuns em todo o país. A capacidade de controlar um membro protético bastante robusto que ele confere surpreendeu a todos pela qualidade".

Tipicamente, uma pessoa que tenha um braço protético só é capaz de executar alguns poucos movimentos, e muitas vezes com tamanha lentidão que isso só permite a ela atividades limitadas.

Há um motor separado para cada movimento, diz Gerald Loeb, professor de engenharia biomédica na Universidade do Sul da Califórnia, "e esses motores precisam ser controlados de maneira explícita", usualmente por um esforço consciente da pessoa para contrair músculos nas costas ou no bíceps.

"Essencialmente, até agora os pacientes controlavam apenas um motor de cada vez", diz Loeb, "e precisavam pensar cuidadosamente sobre que motor desejavam controlar e como fazê-lo operar, em lugar de simplesmente pensarem em mover o braço e poderem fazê-lo sem delongas".

Antes que Kitts passasse pelo procedimento de renervação, em outubro de 2007, por exemplo, ela precisava movimentar os músculos de suas costas de determinada maneira para fazer com que seu pulso girasse, e flexionar seu bíceps e tríceps para fazer com que o cotovelo se movesse para cima e para baixo. "Era muito trabalho", ela conta. "E não me ajudava muito".

O procedimento de renervação é parte de uma recente explosão de idéias novas e técnicas inovadoras que estão sendo exploradas enquanto os cientistas se esforçam por ajudar as pessoas a compensar melhor a perda de membros ou problemas de paralisia. O esforço vem sendo alimentado pelo aumento no número de amputações causado por diabetes e por ferimentos sofridos pelos militares, e ao mesmo tempo pelos avanços na tecnologia médica.

Os braços se tornaram um dos focos essenciais desse tipo de trabalho. A ciência há muito vem obtendo sucessos no desenvolvimento de próteses de perna, mas é muito mais difícil imitar a complexidade e a destreza das mãos e dos braços.

Os esforços em curso incluem o desenvolvimento de projetos de pele e braços mais sensíveis e mais flexíveis, e o uso de dispositivos acionados por controles sem fio implantado nos braços protéticos, que permitiriam movimentos mais naturais.

Os pesquisadores também vêm usando sensores implantados nos cérebros de cobaias para permitir que dois macacos controlem um braço mecânico, e um teste com um homem paralítico permitiu, com esse método, que ele movimentasse um cursor em uma tela de computador.

Alguns desses métodos, caso venham a ser aperfeiçoados plenamente e consigam aprovação das autoridades regulatórias da saúde, podem no futuro se tornar mais viáveis para os pacientes de amputações.

E embora a técnica da renervação não requeira aprovação das autoridades regulatórias porque é executada por meios cirúrgicos e emprega aparelhos já existentes, ela apresenta limitações que até mesmo seus criadores reconhecem, entre as quais o fato de que não se pode utilizá-la para todos os pacientes, o seu alto custo e o prazo de meses requerido para que os nervos reconectados cresçam e se tornem efetivos.

Ainda assim, os especialistas dizem que é o mais avançado sistema em uso hoje para pacientes reais que permite que o sistema nervoso controle diretamente o movimento de um braço artificial.

Desde sua introdução por Todd Kuiken, médico fisioterapeuta e engenheiro biomédico do Instituto de Reabilitação de Chicago, o método foi empregado em cerca de 30 pacientes nos Estados Unidos, Canadá e Europa, entre os quais oito soldados feridos no Iraque e no Afeganistão.

Muitos dos pacientes, entre os quais o primeiro, Jesse Sullivan, um operário do setor elétrico no Tennessee que perdeu os dois braços quando foi eletrocutado por um cabo, conseguem não apenas manipular seus braços protéticos mas sentir a presença das mãos que já não têm quando alguém toca em seus peitos.

Sullivan, 62 anos, e Kitts, estavam entre os cinco pacientes que participaram do estudo reportado na terça-feira. Em companhia de cinco outras pessoas que não passaram por amputações, eles receberam os eletrodos e foram instruídos a usar pensamentos para fazer com que um braço virtual na tela reproduzisse 10 movimentos diferentes, entre os quais três formas diferentes de aperto de mão.

Os pacientes apresentaram desempenho bastante respeitável, apenas um pouco mais lento e menos preciso do que os dos participantes que não tinham amputações.

"As velocidades de movimento que encontramos em nossos pacientes foram realmente encorajadoras", disse Kuiken. "Eles conseguiram completar a tarefa. É claro que não foram tão competentes quanto as pessoas dotadas de plena capacidade física, mas foram bons o bastante".

Um braço virtual foi usado porque a maioria das próteses existentes não era capaz de acomodar todos aqueles movimentos, no momento da pesquisa, ainda que Sullivan, Kitts e uma terceira paciente, Claudia Mitchell, tenham experimentado dois novos protótipos mais versáteis de braços artificiais, executando tarefas complexas com bolas de tênis e outros objetos.

O trabalho de renervação em soldados apresenta outros desafios, diz Kuiken, porque os ferimentos militares muitas vezes "causam danos muitos extensos" a nervos, músculos ou ossos.

Daniel Acosta, 25 anos, um aviador ferido pela detonação de uma bomba em uma estrada do Iraque em 2005, passou pelo procedimento no ano passado e diz que seu braço esquerdo protético agora se movimenta "muito mais rápido" e de maneira muito mais natural.

"A diferença é que agora não preciso mais pensar para mover o braço", ele diz. "Ele simplesmente se mexe".

Ainda assim, Acosta, de San Antonio, diz que "o processo foi bastante longo" e que os eletrodos precisam ser ajustados para receber os sinais à medida que os nervos crescem ou mudam de posição.

E embora elogiem o método, os especialistas afirmam que a ciência das próteses de braço ainda tem muito por avançar.

"Trata-se de uma parte crucial, mas ainda assim apenas uma parte, das muitas coisas que compreendem a função normal de um braço", disse Loeb, que escreveu um editorial que acompanha o artigo no Journal of the American Medical Association.

"No momento estamos a meio do caminho entre o braço de 'Dr. Fantástico', que fazia involuntariamente a saudação nazista, e o braço de Luke Skywalker em 'Guerra nas Estrelas', que funciona sem nenhum problema assim que é conectado. Creio que precisaremos ainda de muitos anos para conectar todas as peças necessárias a produzir um braço capaz de funcionar normalmente".
17:04
Anónimo disse...
A Espanha disse neste sábado que está preparando uma reclamação oficial contra a decisão da Venezuela de expulsar um membro do Parlamento Europeu que criticou o conselho eleitoral venezuelano.
Luis Herrero, membro do partido conservador espanhol PP, foi deportado na sexta-feira depois que o Conselho Nacional Eleitoral (CNE) o acusou de questionar a imparcialidade da instituição antes de um referendo que pode permitir ao presidente Hugo Chávez permanecer no cargo indefinidamente.

Herrero estava na Venezuela como observador do referendo. Ele acusou Chávez de ter "comportamentos típicos de um ditador" por pedir a contenção de manifestações da oposição.

O governo da Espanha convocou um encontro com o embaixador da Venezuela em Madri para expressar a desaprovação sobre a expulsão de Herrero, disse um representante do Ministério das Relações Exteriores espanhol.

As relações da Venezuela com a Espanha tiveram seu ponto crítico em 2007, quando Chávez ameaçou rever acordos diplomáticos e comerciais depois de ouvir um "cala a boca" do rei espanhol Juan Carlos durante uma cúpula.

A fenda foi oficialmente reparada em 2008, com uma visita oficial de Chávez à Espanha, onde ele cumprimentou o rei e discutiu acordos para investimento no setor petroquímico com o primeiro-ministro José Luis Rodriguez Zapatero.
17:06
Anónimo disse...
A polícia do Zimbábue anunciou neste sábado que acusa de traição Roy Bennett, dirigente do até agora opositor Movimento para a Mudança Democrática (MDC), detido na sexta-feira, em Harare, poucas horas antes da cerimônia de posse dos membros do novo gabinete.

"A Polícia nos informou que vão apresentar acusações de traição", disse à agência EFE o advogado de defesa de Bennett, Trust Maanda.

"Tentam relacionar Roy com o caso de Mike Hitschmann, que foi detido em 2006 em relação à descoberta de um carregamento de armas, apesar de que Hitschmann não tenha sido declarado culpado das acusações de traição apresentadas contra ele, mas de um crime menor de descumprimento de leis", disse Maanda.

O político opositor, designado por seu partido como vice-ministro de Agricultura no Governo de união nacional, esteve no exílio na vizinha África do Sul desde 2006 e retornou ao Zimbábue há duas semanas.

Segundo a Polícia, que deteve Bennett ontem no aeroporto de Harare quando pretendia ir à África do Sul para visitar sua família, as armas apreendidas em 2006 seriam utilizadas em um golpe de Estado para derrubar o presidente do Zimbábue, Robert Mugabe.

Depois da detenção, Bennet foi levado a Mutar, onde vários simpatizantes do MDC se concentraram em frente à delegacia na qual estava detido, diante do que a Polícia respondeu com tiros para o alto para dispersar os manifestantes.
17:07
Anónimo disse...
Austrália: 14 mil se candidatam a 'emprego dos sonhos'

A secretaria de Turismo de Queensland, na Austrália, informou que até esta segunda-feira já recebeu cerca de 14 mil inscrições para o "o melhor emprego do mundo". O Estado australiano promove pela internet seleção para vaga de "zelador" da ilha Hamilton, por seis meses com um salário de R$ 40 mil.

Muitos candidatos tiveram problemas durante a inscrição por conta dos acessos simultâneos ao site. A secretaria aconselha enviar os vídeos de 60s explicando porque deve ser escolhido em horários alternativos do dia, além de recomendar tamanho em torno de 40MB.

As inscrições começaram em 12 de janeiro e vão até o próximo dia 22 e podem ser feitas pelo site www.islandreefjob.com. O governo australiano escolherá 50 candidatos para a próxima fase da seleção, que terá votos do público para eleger um dos 11 finalistas.

A última fase terá entrevistas e desafios físicos, no próprio local de trabalho: as ilhas da Grande Barreira Coralina - o maior recife de coral do mundo. A secretaria de Turismo anunciará o vencedor no dia 6 de maio.
17:09
Anónimo disse...
Mercado elogia governo na crise, mas pede maior queda no juro

Peter Fussy
Direto de São Paulo

Desde as primeiras medidas anunciadas para combater os efeitos da crise, o governo brasileiro avisou que a estratégia não contemplaria um pacote. Seriam doses pontuais, de acordo com a necessidade da economia diante do agravamento das turbulências. Da primeira liberação dos depósitos compulsórios em setembro até a ampliação do seguro-desemprego na última quarta-feira, o governo passou por redução de impostos, ampliação de crédito e incentivos à exportação. Quase 150 dias após a primeira medida, o Terra conversou com líderes do setor público e privado, representantes dos trabalhadores, acadêmicos e com o próprio governo para saber quais destas ações foram mais eficazes, quais foram mais ineficientes e o que mais pode ser feito pelo Estado brasileiro contra a crise.

Os maiores elogios foram direcionados à atitude de reduzir o Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) para a indústria automobilística, anunciada em dezembro e que fez com que os emplacamentos de carros novos subissem 1,9% no primeiro mês do ano em relação a dezembro de 2008. Já as maiores críticas foram para a lentidão no corte da taxa básica de juro do País.

Para o presidente do conselho administrativo do Grupo Pão de Açúcar, Abílio Diniz, o Estado não é responsável pela crise e mesmo assim está agindo "com extrema serenidade e muito acerto". "O governo está atento, fazendo a sua parte. É preciso coragem de baixar firmemente a taxa de juros. É uma arma que temos a nosso favor, já que não há clima para inflação, nem possibilidade de danos para a macroeconomia", afirmou Diniz.

Na última reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), em janeiro, a taxa Selic foi reduzida em um ponto percentual, de 13,75% para 12,75% ao ano. Porém, o professor de economia da Universidade de Brasília (UnB) José Luiz Oreiro lembra que este corte representa uma redução de apenas 0,25 ponto percentual com relação à taxa de setembro do ano passado, quando a crise se agravou.

"Pouco antes da eclosão da crise, o Banco Central aumentou a taxa em 0,75 ponto. Foram cinco meses de demora para reduzir em termos líquidos apenas 0,25 ponto", afirmou o economista, que também sugeriu redução do intervalo de cerca de 90 dias entre as reuniões do Copom e o corte de pelo menos um 1 ponto percentual em cada reunião.

Mesmo com o corte de janeiro, a taxa de juros real continua sendo a maior do mundo, lembrou o secretário-geral da Força Sindical, João Carlos Gonçalves, o Juruna. "A redução da taxa de juro ainda é pequena, porque ela continua uma das mais altas do mundo. Falta ousadia para baixar os juros e ajudar o cidadão. A permanência da taxa de juro alta é negativa para o País em meio a crise", afirmou Juruna.

Embora aprove as ações do governo, o senador Aloízio Mercadante (PT-SP) também acredita que o patamar da Selic está muito alto. "Sempre fomos os primeiros a entrar em qualquer crise, o que não aconteceu agora. A taxa Selic ainda é muito alta, mas o governo têm tomado medidas acertadas, como o aumento do salário mínimo, mesmo com um cenário de crise. Isso ajuda a movimentar o consumo. O governo está se esforçando para manter os investimentos e o crescimento", disse.

Tributos
De acordo com o economista Fabio Pina, da Fecomercio-SP, as ações mais positivas estão relacionadas à redução de tributos para alguns segmentos, como a indústria automobilística, que recuperou parte da queda nas vendas em janeiro com a isenção do IPI para carros 1.0 l e o corte para demais motorizações. A medida vale até o final de março.

"Essas medidas não só reduziram o preço, mas anteciparam o consumo daqueles que iriam comprar no futuro, dando um prêmio por conta da insegurança. Mexe diretamente com o principal problema que é a confiança do consumidor", afirmou. Juruna destacou que um bom ritmo de vendas é garantia de emprego. "É importante porque cada emprego na montadora significa 19 na cadeia produtiva", comentou o representante da Força Sindical.

Também em dezembro, o governo decidiu cortar pela metade a alíquota do Imposto de Renda para contribuintes que ganham entre R$ 1.434 e R$ 2.150 mensais. "O salário aumentava e a tabela não se modificava. As pessoas ganhavam mais e pagavam mais impostos", apontou Juruna. Outra redução de tributos do governo foi com relação ao Imposto sobre Operações Financeiras (IOF), que caiu de 3% ao ano para 1,5%.

Crédito
Na segunda metade de 2008, o colapso de bancos nos Estados Unidos por conta da crise do subprime provocou uma forte restrição de crédito no mundo inteiro. Uma das primeiras medidas anticrise do governo teve como objetivo restabelecer a oferta, com mudanças no recolhimento dos depósitos compulsórios por parte dos bancos. Segundo o presidente do Banco Central, Henrique Meirelles, as diversas modificações liberaram US$ 99,2 bilhões aos bancos até o final de janeiro.

Além disso, o governo concedeu R$ 36 bilhões das reservas internacionais para empresas brasileiras com dívidas no exterior e uma medida provisória autorizou o Banco do Brasil e a Caixa Econômica Federal a comprar carteiras de crédito de bancos privados. Para o diretor do Departamento de Pesquisas e Estudos Econômicos da Fiesp, Paulo Francini, estas medidas foram essenciais para combater os efeitos da crise.

"A crise se desenvolve no mundo em torno do tema crédito. E o crédito reduziu-se barbaridade no mundo. Então o governo lança mão de compulsório, lança mão de reservas, de medidas que permitem aos bancos comprar carteiras de bancos. Você vai tomando várias medidas para atender às demandas e o epicentro disso é crédito", afirmou.

No entanto, Oreiro, da UnB, adverte que a liberação dos compulsórios seria mais eficiente acompanhada de redução mais agressiva da taxa básica de juro. "Uma parte do crédito voltou, depois da forte retração em outubro e novembro. O que deveria ter sido feito junto à liberação do compulsório era uma redução mais drástica da taxa de juro. Sem isso, os bancos pegam as reservas e acabam comprando títulos públicos", explicou o economista.

Na opinião de Pina, as ações de distribuição de crédito via redução do compulsório e a disposição de capital de giro para empresas foram tomadas sem um cuidado maior na operação e não tiveram muito efeito. "O BNDES tem linhas que ficam paradas quase todo o ano, agora é pior ainda. Existem os recursos, mas as empresas e os bancos estão desconfiados. É preciso fazer com que os bancos tenham interesse em emprestar", afirmou o economista da Fecomercio-SP.

Futuro
Mesmo com todas essas medidas, a crise financeira ainda gera incertezas nos setores produtivos do País. Nos últimos meses, o medo do desemprego fez os consumidores adiarem compras. Por sua vez, a queda nas vendas pode obrigar as indústrias a cortarem a produção e demitir funcionários. Contra isso, empresários sugerem redução de jornada e de salários.

"Isto está previsto em lei. A Fiesp simplesmente manteve conversações com entidades sindicais quanto à aplicação daquilo que já está previsto em lei", afirmou Francini.

Segundo a ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff, uma das medidas que assegura um nível de emprego é a manutenção de investimentos no Programa de Aceleração do Crescimento (PAC). "Estamos esperando que a dificuldade ocorra em janeiro, fevereiro e março. Estamos certos que vamos manter o nível de investimento. É isso que funciona, é isso que significa investimento público. Ele funciona como um colchão. Por isso, nós colocamos R$ 100 bilhões no BNDES e a Petrobras ampliou o seu investimento em R$ 120 bilhões", afirmou.

Na mesma linha, Pina explica que a antecipação de gastos do governo substitui parte da demanda retraída do setor privado. "Ele dá o seguinte recado: não vou estourar as contas públicas, mas concentrar em um momento em que a demanda privada está pequena. Mas o governo não tem fôlego suficiente para fazer o papel de toda demanda", ressaltou. O economista da Fecomercio lembrou que a entidade já pleiteou junto ao governo isenções para transferência de imóveis e de automóveis, além de retirar o IPVA para veículos novos.

Já Oreiro foca suas propostas na capitalização do Banco do Brasil e da Caixa Econômica Federal pelo Tesouro para atender a demanda de crédito para capital de giro e reduzir o spread. "Aumentando o empréstimo e reduzindo as taxas, os dois vão forçar os bancos privados a acompanhar o movimento, até para não perderem participação no mercado", explicou o economista da UnB.

Até o Carnaval, o governou prometeu detalhar um pacote de incentivos para a construção de até um milhão de casas populares, direcionado a famílias com renda de até dez salários mínimos. "Estamos atentos a tudo o que está acontecendo e novas medidas serão tomadas caso haja uma avaliação de que sejam necessárias", disse o ministro da Fazenda, Guido Mantega, na última sexta-feira.
17:11
Anónimo disse...
Ex-ministro critica extensão do seguro-desemprego

Atualizada às 09h03

O ex-ministro do Trabalho Almir Pazzianotto criticou a decisão do governo federal de conceder o seguro-desemprego estendido a apenas alguns setores. "É certamente odioso e provavelmente inconstitucional", disse Pazzianotto, de acordo com o jornal O Estado de S. Paulo.

Na última qurta, dia do anúncio da medida, centrais sindicais elogiaram a atitude do governo. A Força Sindical divulgou nota dizendo que "o aumento ajudará a aquecer parte da economia, já que irá gerar mais consumo, produção e conseqüentemente, a criação de novos postos de trabalho". A União Geral dos Trabalhadores (UGT) afirmou que a medida "contribuirá para minimizar o drama dos trabalhadores que perderem seu emprego por conta da crise".

O ex-ministro, que instituiu o seguro-desemprego no País no governo de José Sarney, destacou a necessidade de as centrais sindicais se manifestarem contra a determinação. Para ele, as mudanças devem ser aplicadas a todas as categorias profissionais e a distinção é contrária ao artigo 3º da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT).

Pazzianotto atribui a medida a um possível temor do governo de que a crise econômica seja longa e não haja dinheiro para atender a todas as necessidades. Ainda assim, ele se mostra contrário ao método de concessão. "O seguro-desemprego ajuda a sanar necessidades básicas. Estendê-lo é paliativo, não a solução", disse ao jornal.

De acordo com o presidente do Conselho Deliberativo do Fundo de Amparo ao Trabalhador (Codefat) e conselheiro da Força Sindical, Luiz Fernando Emediato, a determinação já estava prevista na lei 8.900/94, que trata do seguro-desemprego.

O presidente da Comissão de Trabalho da Câmara, Pedro Fernandes (PTB-MA) vai além na crítica à concessão do seguro para apenas alguns setores. Ele acredita que a ampliação do benefício estimula o desemprego.

Quintino Severo, secretário geral da Central Única dos Trabalhadores (CUT), lembra que a ampliação do benefício sem critério e identificação pode incentivar demissões em outros setores.

Anónimo disse...

Os bombeiros combatem neste sábado os incêndios na Austrália favorecidos pelo bom tempo, enquanto os deslocados encotram em seu retorno casas derruídas, carros queimados nas ruas e destruição.

Depois de sete dias desde que começaram os incêndios no Estado de Victoria, a lista de mortos chega a 181, os desaparecidos somam 50, os edifícios destruídos totalizam 1,834 mil e o terreno arrasado, principalmente florestas, ocupa uma área de 4,13 mil quilômetros quadrados.

As equipes de bombeiros, formadas por 4 mil profissionais de Victoria, de outras partes da Austrália e de países amigos, combateram hoje 12 focos fora de controle e nenhum representava uma ameaça direta para a população.

O subdiretor do Serviço de Bombeiros, Geoff Conway, disse que este tempo favorável, que se prolongará durante o domingo, permite consolidar as linhas de contenção e avançar na extinção das chamas.

Cinzas apareceram arrastadas por ventos do nordeste sobre Melbourne, onde habitam 3,8 milhões de pessoas, e as autoridades alertaram aos cidadãos do risco para a saúde de idosos, crianças e pessoas com problemas respiratórios.

O número de pessoas deslocadas - a Cruz Vermelha chegou a receber 7 mil - começou a cair com a abertura de algumas localidades atingidas.

Os incêndios, alguns criminosos, começaram em 7 de fevereiro, quando a região sul da Austrália estava há duas semanas sob uma onda de calor sem precedentes.

Na sexta-feira passada, a polícia acusou uma pessoa de ter provocado o incêndio que atingiu a localidade de Churchill e matou 21 pessoas.
16:55
Anónimo disse...
A primeira chuva em seis dias reduziu a ameaça de incêndios no Estado de Victoria, ao sul da Austrália. As autoridades, porém, advertiram que ainda existem 12 focos, mas que nenhum deles ameaça áreas povoadas.

Mais de quatro mil bombeiros, mil provenientes de outras partes do país e de outras nações, trabalham contra o fogo. Cerca de 600 veículos e 28 helicópteros e pequenos aviões estão sendo usados.


Eles conseguiram construir linhas de contenção para evitar os incêndios de Yarra e Maroondah se juntassem. Também foram controlados os incêndios abertos de Yea e Murrindindi, que ameaçavam as comunidades de Connellys Creek, Crystal Creek, Scrubby Creek e Native Dog Creek.

O número de mortos chegou a 181, mas as autoridades acreditam que as vítimas devem passar de 200, já que ainda há muitos desaparecidos.
16:55
Anónimo disse...
Aqui nesta coluna, na semana passada, tive a oportunidade de comentar sobre a recente visita do professor brasileiro Pedrinho Guareschi à Austrália. Não dei, porém, os fatos, pois semana passada o assunto era outro.

Hoje, porém, vamos a eles.

No último dia 4 de fevereiro, aconteceu o Seminário "Paulo Freire: Education and Liberation", organizado pelo centro de estudos latino-americanos da Universidade Nacional da Austrália, ou ANU, como é mais conhecida por aqui.

A ANU, para quem não sabe, está entre as 20 melhores universidades do mundo! E tem sede aqui em Camberra, capital da Austrália.

Na abertura do evento, o professor John Minns, diretor do centro latino-americano, ao dar boas-vindas ao público presente, lembrou ser aquele o primeiro seminário exclusivamente dedicado a Paulo Freire na Austrália.

Em seguida, convidou Pedrinho Guareschi, palestrante principal do Seminário, a fazer sua apresentação.

A plateia pode então conhecer, pelas palavras de Pedrinho, um pouco da obra e da vida de Freire, esse brasileiro de fé e valor, que sempre acreditou na educação, sobretudo dos menos favorecidos, analfabetos, como força libertadora.

Como não podia deixar de ser, os conceitos e ideias revolucionários de Paulo Freire, expostos com clareza por Pedrinho, despertaram o interesse e a curiosidade de plateia. A qual, deve-se notar, era na maioria de estudantes, mas de várias nacionalidades, sobretudo australianos e asiáticos.

Na continuação do programa do seminário, que se estendeu por dois dias, outros professores fizeram palestras sobre temas ligados à obra de Paulo Freire.

Interessante, por exemplo, saber que a professora Anne Hickling-Hudson, jamaicana que mora na Austrália há muitos anos (é professora da ANU), conheceu e trabalhou com Freire num workshop educacional durante a revolução na Ilha de Granada, em 1980, antes da invasão dos Estados Unidos...

Ou, então, a palestra da Professora Gerda Roelvink, da Nova Zelândia, que participou do Fórum Social de Porto Alegre em 2005. E essa participação transformou-se em tema de doutorado.

No dia 10, terça-feira passada, o padre Pedrinho Guareschi voltou a falar ao público australiano em grande auditório localizado no belíssimo campus da ANU. Desta vez, sobre a Teologia da Libertação.

Depois da palestra, John Minns mostrou o filme mexicano "O Crime do Padre Amaro", no qual um dos personagens é um padre católico praticante da Teologia da Libertação.

Mais uma vez, foi grande o intersse da platéia, que pode aprender e conhecer um pouco como se desenvolveu aquele importante movimento católico na América Latina.

Fica, assim, ao Pedrinho, bem como a outros brasileiros estudiosos e de bom coração que saem pelo mundo a divulgar aspectos importantes da cultura brasileira, o respeito e a homenagem desta coluna. E... aquele abraço!
16:57
Anónimo disse...
Amanda Kitts perdeu o braço esquerdo em um acidente de automóvel acontecido três anos atrás, mas hoje em dia ela joga futebol americano com seu filho de 12 anos de idade, troca fraldas e abraça as crianças nas três creches Kiddie Cottage que opera em Knoxville, Tennessee. Kitts, 40 anos, faz tudo isso com a ajuda de um novo tipo de braço artificial que se movimenta com mais facilidade do que outros aparelhos e que ela pode controlar utilizando apenas seus pensamentos.

"Eu sou capaz de mexer a mão, o pulso e o cotovelo ao mesmo tempo", diz. "Você pensa e os músculos se movem em seguida".

A recuperação que ela conseguiu resulta de um novo procedimento que vem atraindo crescente atenção porque permite que pessoas movam braços protéticos de forma mais automática do que faziam no passado, simplesmente utilizando nervos reaproveitados em seus cérebros.

A técnica, conhecida como "renervação muscular dirigida", envolve utilizar os nervos que restam depois da amputação de um braço e conectá-los a outro músculo do corpo, em geral no peito. Eletrodos são instalados sobre os músculos do peito, e operam como se fossem antenas. Quando a pessoa deseja mover o braço, o cérebro envia sinais que primeiro resultam em contração dos músculos do peito, os quais enviam um sinal ao braço protético, instruindo-se a se movimentar. O processo não requer mais esforços consciente do que a pessoa teria de exercitar caso ainda tivesse seu braço natural.

Na terça-feira, pesquisadores reportaram em estudo publicado pela versão online do Journal of the American Medical Association que haviam levado a técnica ainda mais à frente, tornando possível a execução de 10 movimentos de mão, pulso e cotovelo diferentes, o que representa uma substancial melhora com relação ao típico repertório protético, que em geral envolve apenas dobrar o cotovelo, girar o pulso e abrir a mão.

"Os novos métodos tiveram impacto dramático em nosso campo de trabalho", disse Stuart Harshbarger, engenheiro biomédico na Universidade Johns Hopkins e diretor do programa de pesquisa sobre próteses, financiado pelas forças armadas, que inclui o trabalho com essa técnica. "O método já está em uso por médicos e cirurgiões comuns em todo o país. A capacidade de controlar um membro protético bastante robusto que ele confere surpreendeu a todos pela qualidade".

Tipicamente, uma pessoa que tenha um braço protético só é capaz de executar alguns poucos movimentos, e muitas vezes com tamanha lentidão que isso só permite a ela atividades limitadas.

Há um motor separado para cada movimento, diz Gerald Loeb, professor de engenharia biomédica na Universidade do Sul da Califórnia, "e esses motores precisam ser controlados de maneira explícita", usualmente por um esforço consciente da pessoa para contrair músculos nas costas ou no bíceps.

"Essencialmente, até agora os pacientes controlavam apenas um motor de cada vez", diz Loeb, "e precisavam pensar cuidadosamente sobre que motor desejavam controlar e como fazê-lo operar, em lugar de simplesmente pensarem em mover o braço e poderem fazê-lo sem delongas".

Antes que Kitts passasse pelo procedimento de renervação, em outubro de 2007, por exemplo, ela precisava movimentar os músculos de suas costas de determinada maneira para fazer com que seu pulso girasse, e flexionar seu bíceps e tríceps para fazer com que o cotovelo se movesse para cima e para baixo. "Era muito trabalho", ela conta. "E não me ajudava muito".

O procedimento de renervação é parte de uma recente explosão de idéias novas e técnicas inovadoras que estão sendo exploradas enquanto os cientistas se esforçam por ajudar as pessoas a compensar melhor a perda de membros ou problemas de paralisia. O esforço vem sendo alimentado pelo aumento no número de amputações causado por diabetes e por ferimentos sofridos pelos militares, e ao mesmo tempo pelos avanços na tecnologia médica.

Os braços se tornaram um dos focos essenciais desse tipo de trabalho. A ciência há muito vem obtendo sucessos no desenvolvimento de próteses de perna, mas é muito mais difícil imitar a complexidade e a destreza das mãos e dos braços.

Os esforços em curso incluem o desenvolvimento de projetos de pele e braços mais sensíveis e mais flexíveis, e o uso de dispositivos acionados por controles sem fio implantado nos braços protéticos, que permitiriam movimentos mais naturais.

Os pesquisadores também vêm usando sensores implantados nos cérebros de cobaias para permitir que dois macacos controlem um braço mecânico, e um teste com um homem paralítico permitiu, com esse método, que ele movimentasse um cursor em uma tela de computador.

Alguns desses métodos, caso venham a ser aperfeiçoados plenamente e consigam aprovação das autoridades regulatórias da saúde, podem no futuro se tornar mais viáveis para os pacientes de amputações.

E embora a técnica da renervação não requeira aprovação das autoridades regulatórias porque é executada por meios cirúrgicos e emprega aparelhos já existentes, ela apresenta limitações que até mesmo seus criadores reconhecem, entre as quais o fato de que não se pode utilizá-la para todos os pacientes, o seu alto custo e o prazo de meses requerido para que os nervos reconectados cresçam e se tornem efetivos.

Ainda assim, os especialistas dizem que é o mais avançado sistema em uso hoje para pacientes reais que permite que o sistema nervoso controle diretamente o movimento de um braço artificial.

Desde sua introdução por Todd Kuiken, médico fisioterapeuta e engenheiro biomédico do Instituto de Reabilitação de Chicago, o método foi empregado em cerca de 30 pacientes nos Estados Unidos, Canadá e Europa, entre os quais oito soldados feridos no Iraque e no Afeganistão.

Muitos dos pacientes, entre os quais o primeiro, Jesse Sullivan, um operário do setor elétrico no Tennessee que perdeu os dois braços quando foi eletrocutado por um cabo, conseguem não apenas manipular seus braços protéticos mas sentir a presença das mãos que já não têm quando alguém toca em seus peitos.

Sullivan, 62 anos, e Kitts, estavam entre os cinco pacientes que participaram do estudo reportado na terça-feira. Em companhia de cinco outras pessoas que não passaram por amputações, eles receberam os eletrodos e foram instruídos a usar pensamentos para fazer com que um braço virtual na tela reproduzisse 10 movimentos diferentes, entre os quais três formas diferentes de aperto de mão.

Os pacientes apresentaram desempenho bastante respeitável, apenas um pouco mais lento e menos preciso do que os dos participantes que não tinham amputações.

"As velocidades de movimento que encontramos em nossos pacientes foram realmente encorajadoras", disse Kuiken. "Eles conseguiram completar a tarefa. É claro que não foram tão competentes quanto as pessoas dotadas de plena capacidade física, mas foram bons o bastante".

Um braço virtual foi usado porque a maioria das próteses existentes não era capaz de acomodar todos aqueles movimentos, no momento da pesquisa, ainda que Sullivan, Kitts e uma terceira paciente, Claudia Mitchell, tenham experimentado dois novos protótipos mais versáteis de braços artificiais, executando tarefas complexas com bolas de tênis e outros objetos.

O trabalho de renervação em soldados apresenta outros desafios, diz Kuiken, porque os ferimentos militares muitas vezes "causam danos muitos extensos" a nervos, músculos ou ossos.

Daniel Acosta, 25 anos, um aviador ferido pela detonação de uma bomba em uma estrada do Iraque em 2005, passou pelo procedimento no ano passado e diz que seu braço esquerdo protético agora se movimenta "muito mais rápido" e de maneira muito mais natural.

"A diferença é que agora não preciso mais pensar para mover o braço", ele diz. "Ele simplesmente se mexe".

Ainda assim, Acosta, de San Antonio, diz que "o processo foi bastante longo" e que os eletrodos precisam ser ajustados para receber os sinais à medida que os nervos crescem ou mudam de posição.

E embora elogiem o método, os especialistas afirmam que a ciência das próteses de braço ainda tem muito por avançar.

"Trata-se de uma parte crucial, mas ainda assim apenas uma parte, das muitas coisas que compreendem a função normal de um braço", disse Loeb, que escreveu um editorial que acompanha o artigo no Journal of the American Medical Association.

"No momento estamos a meio do caminho entre o braço de 'Dr. Fantástico', que fazia involuntariamente a saudação nazista, e o braço de Luke Skywalker em 'Guerra nas Estrelas', que funciona sem nenhum problema assim que é conectado. Creio que precisaremos ainda de muitos anos para conectar todas as peças necessárias a produzir um braço capaz de funcionar normalmente".
17:04
Anónimo disse...
A Espanha disse neste sábado que está preparando uma reclamação oficial contra a decisão da Venezuela de expulsar um membro do Parlamento Europeu que criticou o conselho eleitoral venezuelano.
Luis Herrero, membro do partido conservador espanhol PP, foi deportado na sexta-feira depois que o Conselho Nacional Eleitoral (CNE) o acusou de questionar a imparcialidade da instituição antes de um referendo que pode permitir ao presidente Hugo Chávez permanecer no cargo indefinidamente.

Herrero estava na Venezuela como observador do referendo. Ele acusou Chávez de ter "comportamentos típicos de um ditador" por pedir a contenção de manifestações da oposição.

O governo da Espanha convocou um encontro com o embaixador da Venezuela em Madri para expressar a desaprovação sobre a expulsão de Herrero, disse um representante do Ministério das Relações Exteriores espanhol.

As relações da Venezuela com a Espanha tiveram seu ponto crítico em 2007, quando Chávez ameaçou rever acordos diplomáticos e comerciais depois de ouvir um "cala a boca" do rei espanhol Juan Carlos durante uma cúpula.

A fenda foi oficialmente reparada em 2008, com uma visita oficial de Chávez à Espanha, onde ele cumprimentou o rei e discutiu acordos para investimento no setor petroquímico com o primeiro-ministro José Luis Rodriguez Zapatero.
17:06
Anónimo disse...
A polícia do Zimbábue anunciou neste sábado que acusa de traição Roy Bennett, dirigente do até agora opositor Movimento para a Mudança Democrática (MDC), detido na sexta-feira, em Harare, poucas horas antes da cerimônia de posse dos membros do novo gabinete.

"A Polícia nos informou que vão apresentar acusações de traição", disse à agência EFE o advogado de defesa de Bennett, Trust Maanda.

"Tentam relacionar Roy com o caso de Mike Hitschmann, que foi detido em 2006 em relação à descoberta de um carregamento de armas, apesar de que Hitschmann não tenha sido declarado culpado das acusações de traição apresentadas contra ele, mas de um crime menor de descumprimento de leis", disse Maanda.

O político opositor, designado por seu partido como vice-ministro de Agricultura no Governo de união nacional, esteve no exílio na vizinha África do Sul desde 2006 e retornou ao Zimbábue há duas semanas.

Segundo a Polícia, que deteve Bennett ontem no aeroporto de Harare quando pretendia ir à África do Sul para visitar sua família, as armas apreendidas em 2006 seriam utilizadas em um golpe de Estado para derrubar o presidente do Zimbábue, Robert Mugabe.

Depois da detenção, Bennet foi levado a Mutar, onde vários simpatizantes do MDC se concentraram em frente à delegacia na qual estava detido, diante do que a Polícia respondeu com tiros para o alto para dispersar os manifestantes.
17:07
Anónimo disse...
Austrália: 14 mil se candidatam a 'emprego dos sonhos'

A secretaria de Turismo de Queensland, na Austrália, informou que até esta segunda-feira já recebeu cerca de 14 mil inscrições para o "o melhor emprego do mundo". O Estado australiano promove pela internet seleção para vaga de "zelador" da ilha Hamilton, por seis meses com um salário de R$ 40 mil.

Muitos candidatos tiveram problemas durante a inscrição por conta dos acessos simultâneos ao site. A secretaria aconselha enviar os vídeos de 60s explicando porque deve ser escolhido em horários alternativos do dia, além de recomendar tamanho em torno de 40MB.

As inscrições começaram em 12 de janeiro e vão até o próximo dia 22 e podem ser feitas pelo site www.islandreefjob.com. O governo australiano escolherá 50 candidatos para a próxima fase da seleção, que terá votos do público para eleger um dos 11 finalistas.

A última fase terá entrevistas e desafios físicos, no próprio local de trabalho: as ilhas da Grande Barreira Coralina - o maior recife de coral do mundo. A secretaria de Turismo anunciará o vencedor no dia 6 de maio.
17:09
Anónimo disse...
Mercado elogia governo na crise, mas pede maior queda no juro

Peter Fussy
Direto de São Paulo

Desde as primeiras medidas anunciadas para combater os efeitos da crise, o governo brasileiro avisou que a estratégia não contemplaria um pacote. Seriam doses pontuais, de acordo com a necessidade da economia diante do agravamento das turbulências. Da primeira liberação dos depósitos compulsórios em setembro até a ampliação do seguro-desemprego na última quarta-feira, o governo passou por redução de impostos, ampliação de crédito e incentivos à exportação. Quase 150 dias após a primeira medida, o Terra conversou com líderes do setor público e privado, representantes dos trabalhadores, acadêmicos e com o próprio governo para saber quais destas ações foram mais eficazes, quais foram mais ineficientes e o que mais pode ser feito pelo Estado brasileiro contra a crise.

Os maiores elogios foram direcionados à atitude de reduzir o Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) para a indústria automobilística, anunciada em dezembro e que fez com que os emplacamentos de carros novos subissem 1,9% no primeiro mês do ano em relação a dezembro de 2008. Já as maiores críticas foram para a lentidão no corte da taxa básica de juro do País.

Para o presidente do conselho administrativo do Grupo Pão de Açúcar, Abílio Diniz, o Estado não é responsável pela crise e mesmo assim está agindo "com extrema serenidade e muito acerto". "O governo está atento, fazendo a sua parte. É preciso coragem de baixar firmemente a taxa de juros. É uma arma que temos a nosso favor, já que não há clima para inflação, nem possibilidade de danos para a macroeconomia", afirmou Diniz.

Na última reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), em janeiro, a taxa Selic foi reduzida em um ponto percentual, de 13,75% para 12,75% ao ano. Porém, o professor de economia da Universidade de Brasília (UnB) José Luiz Oreiro lembra que este corte representa uma redução de apenas 0,25 ponto percentual com relação à taxa de setembro do ano passado, quando a crise se agravou.

"Pouco antes da eclosão da crise, o Banco Central aumentou a taxa em 0,75 ponto. Foram cinco meses de demora para reduzir em termos líquidos apenas 0,25 ponto", afirmou o economista, que também sugeriu redução do intervalo de cerca de 90 dias entre as reuniões do Copom e o corte de pelo menos um 1 ponto percentual em cada reunião.

Mesmo com o corte de janeiro, a taxa de juros real continua sendo a maior do mundo, lembrou o secretário-geral da Força Sindical, João Carlos Gonçalves, o Juruna. "A redução da taxa de juro ainda é pequena, porque ela continua uma das mais altas do mundo. Falta ousadia para baixar os juros e ajudar o cidadão. A permanência da taxa de juro alta é negativa para o País em meio a crise", afirmou Juruna.

Embora aprove as ações do governo, o senador Aloízio Mercadante (PT-SP) também acredita que o patamar da Selic está muito alto. "Sempre fomos os primeiros a entrar em qualquer crise, o que não aconteceu agora. A taxa Selic ainda é muito alta, mas o governo têm tomado medidas acertadas, como o aumento do salário mínimo, mesmo com um cenário de crise. Isso ajuda a movimentar o consumo. O governo está se esforçando para manter os investimentos e o crescimento", disse.

Tributos
De acordo com o economista Fabio Pina, da Fecomercio-SP, as ações mais positivas estão relacionadas à redução de tributos para alguns segmentos, como a indústria automobilística, que recuperou parte da queda nas vendas em janeiro com a isenção do IPI para carros 1.0 l e o corte para demais motorizações. A medida vale até o final de março.

"Essas medidas não só reduziram o preço, mas anteciparam o consumo daqueles que iriam comprar no futuro, dando um prêmio por conta da insegurança. Mexe diretamente com o principal problema que é a confiança do consumidor", afirmou. Juruna destacou que um bom ritmo de vendas é garantia de emprego. "É importante porque cada emprego na montadora significa 19 na cadeia produtiva", comentou o representante da Força Sindical.

Também em dezembro, o governo decidiu cortar pela metade a alíquota do Imposto de Renda para contribuintes que ganham entre R$ 1.434 e R$ 2.150 mensais. "O salário aumentava e a tabela não se modificava. As pessoas ganhavam mais e pagavam mais impostos", apontou Juruna. Outra redução de tributos do governo foi com relação ao Imposto sobre Operações Financeiras (IOF), que caiu de 3% ao ano para 1,5%.

Crédito
Na segunda metade de 2008, o colapso de bancos nos Estados Unidos por conta da crise do subprime provocou uma forte restrição de crédito no mundo inteiro. Uma das primeiras medidas anticrise do governo teve como objetivo restabelecer a oferta, com mudanças no recolhimento dos depósitos compulsórios por parte dos bancos. Segundo o presidente do Banco Central, Henrique Meirelles, as diversas modificações liberaram US$ 99,2 bilhões aos bancos até o final de janeiro.

Além disso, o governo concedeu R$ 36 bilhões das reservas internacionais para empresas brasileiras com dívidas no exterior e uma medida provisória autorizou o Banco do Brasil e a Caixa Econômica Federal a comprar carteiras de crédito de bancos privados. Para o diretor do Departamento de Pesquisas e Estudos Econômicos da Fiesp, Paulo Francini, estas medidas foram essenciais para combater os efeitos da crise.

"A crise se desenvolve no mundo em torno do tema crédito. E o crédito reduziu-se barbaridade no mundo. Então o governo lança mão de compulsório, lança mão de reservas, de medidas que permitem aos bancos comprar carteiras de bancos. Você vai tomando várias medidas para atender às demandas e o epicentro disso é crédito", afirmou.

No entanto, Oreiro, da UnB, adverte que a liberação dos compulsórios seria mais eficiente acompanhada de redução mais agressiva da taxa básica de juro. "Uma parte do crédito voltou, depois da forte retração em outubro e novembro. O que deveria ter sido feito junto à liberação do compulsório era uma redução mais drástica da taxa de juro. Sem isso, os bancos pegam as reservas e acabam comprando títulos públicos", explicou o economista.

Na opinião de Pina, as ações de distribuição de crédito via redução do compulsório e a disposição de capital de giro para empresas foram tomadas sem um cuidado maior na operação e não tiveram muito efeito. "O BNDES tem linhas que ficam paradas quase todo o ano, agora é pior ainda. Existem os recursos, mas as empresas e os bancos estão desconfiados. É preciso fazer com que os bancos tenham interesse em emprestar", afirmou o economista da Fecomercio-SP.

Futuro
Mesmo com todas essas medidas, a crise financeira ainda gera incertezas nos setores produtivos do País. Nos últimos meses, o medo do desemprego fez os consumidores adiarem compras. Por sua vez, a queda nas vendas pode obrigar as indústrias a cortarem a produção e demitir funcionários. Contra isso, empresários sugerem redução de jornada e de salários.

"Isto está previsto em lei. A Fiesp simplesmente manteve conversações com entidades sindicais quanto à aplicação daquilo que já está previsto em lei", afirmou Francini.

Segundo a ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff, uma das medidas que assegura um nível de emprego é a manutenção de investimentos no Programa de Aceleração do Crescimento (PAC). "Estamos esperando que a dificuldade ocorra em janeiro, fevereiro e março. Estamos certos que vamos manter o nível de investimento. É isso que funciona, é isso que significa investimento público. Ele funciona como um colchão. Por isso, nós colocamos R$ 100 bilhões no BNDES e a Petrobras ampliou o seu investimento em R$ 120 bilhões", afirmou.

Na mesma linha, Pina explica que a antecipação de gastos do governo substitui parte da demanda retraída do setor privado. "Ele dá o seguinte recado: não vou estourar as contas públicas, mas concentrar em um momento em que a demanda privada está pequena. Mas o governo não tem fôlego suficiente para fazer o papel de toda demanda", ressaltou. O economista da Fecomercio lembrou que a entidade já pleiteou junto ao governo isenções para transferência de imóveis e de automóveis, além de retirar o IPVA para veículos novos.

Já Oreiro foca suas propostas na capitalização do Banco do Brasil e da Caixa Econômica Federal pelo Tesouro para atender a demanda de crédito para capital de giro e reduzir o spread. "Aumentando o empréstimo e reduzindo as taxas, os dois vão forçar os bancos privados a acompanhar o movimento, até para não perderem participação no mercado", explicou o economista da UnB.

Até o Carnaval, o governou prometeu detalhar um pacote de incentivos para a construção de até um milhão de casas populares, direcionado a famílias com renda de até dez salários mínimos. "Estamos atentos a tudo o que está acontecendo e novas medidas serão tomadas caso haja uma avaliação de que sejam necessárias", disse o ministro da Fazenda, Guido Mantega, na última sexta-feira.
17:11
Anónimo disse...
Ex-ministro critica extensão do seguro-desemprego

Atualizada às 09h03

O ex-ministro do Trabalho Almir Pazzianotto criticou a decisão do governo federal de conceder o seguro-desemprego estendido a apenas alguns setores. "É certamente odioso e provavelmente inconstitucional", disse Pazzianotto, de acordo com o jornal O Estado de S. Paulo.

Na última qurta, dia do anúncio da medida, centrais sindicais elogiaram a atitude do governo. A Força Sindical divulgou nota dizendo que "o aumento ajudará a aquecer parte da economia, já que irá gerar mais consumo, produção e conseqüentemente, a criação de novos postos de trabalho". A União Geral dos Trabalhadores (UGT) afirmou que a medida "contribuirá para minimizar o drama dos trabalhadores que perderem seu emprego por conta da crise".

O ex-ministro, que instituiu o seguro-desemprego no País no governo de José Sarney, destacou a necessidade de as centrais sindicais se manifestarem contra a determinação. Para ele, as mudanças devem ser aplicadas a todas as categorias profissionais e a distinção é contrária ao artigo 3º da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT).

Pazzianotto atribui a medida a um possível temor do governo de que a crise econômica seja longa e não haja dinheiro para atender a todas as necessidades. Ainda assim, ele se mostra contrário ao método de concessão. "O seguro-desemprego ajuda a sanar necessidades básicas. Estendê-lo é paliativo, não a solução", disse ao jornal.

De acordo com o presidente do Conselho Deliberativo do Fundo de Amparo ao Trabalhador (Codefat) e conselheiro da Força Sindical, Luiz Fernando Emediato, a determinação já estava prevista na lei 8.900/94, que trata do seguro-desemprego.

O presidente da Comissão de Trabalho da Câmara, Pedro Fernandes (PTB-MA) vai além na crítica à concessão do seguro para apenas alguns setores. Ele acredita que a ampliação do benefício estimula o desemprego.

Quintino Severo, secretário geral da Central Única dos Trabalhadores (CUT), lembra que a ampliação do benefício sem critério e identificação pode incentivar demissões em outros setores.

Anónimo disse...

Os bombeiros combatem neste sábado os incêndios na Austrália favorecidos pelo bom tempo, enquanto os deslocados encotram em seu retorno casas derruídas, carros queimados nas ruas e destruição.

Depois de sete dias desde que começaram os incêndios no Estado de Victoria, a lista de mortos chega a 181, os desaparecidos somam 50, os edifícios destruídos totalizam 1,834 mil e o terreno arrasado, principalmente florestas, ocupa uma área de 4,13 mil quilômetros quadrados.

As equipes de bombeiros, formadas por 4 mil profissionais de Victoria, de outras partes da Austrália e de países amigos, combateram hoje 12 focos fora de controle e nenhum representava uma ameaça direta para a população.

O subdiretor do Serviço de Bombeiros, Geoff Conway, disse que este tempo favorável, que se prolongará durante o domingo, permite consolidar as linhas de contenção e avançar na extinção das chamas.

Cinzas apareceram arrastadas por ventos do nordeste sobre Melbourne, onde habitam 3,8 milhões de pessoas, e as autoridades alertaram aos cidadãos do risco para a saúde de idosos, crianças e pessoas com problemas respiratórios.

O número de pessoas deslocadas - a Cruz Vermelha chegou a receber 7 mil - começou a cair com a abertura de algumas localidades atingidas.

Os incêndios, alguns criminosos, começaram em 7 de fevereiro, quando a região sul da Austrália estava há duas semanas sob uma onda de calor sem precedentes.

Na sexta-feira passada, a polícia acusou uma pessoa de ter provocado o incêndio que atingiu a localidade de Churchill e matou 21 pessoas.
16:55
Anónimo disse...
A primeira chuva em seis dias reduziu a ameaça de incêndios no Estado de Victoria, ao sul da Austrália. As autoridades, porém, advertiram que ainda existem 12 focos, mas que nenhum deles ameaça áreas povoadas.

Mais de quatro mil bombeiros, mil provenientes de outras partes do país e de outras nações, trabalham contra o fogo. Cerca de 600 veículos e 28 helicópteros e pequenos aviões estão sendo usados.


Eles conseguiram construir linhas de contenção para evitar os incêndios de Yarra e Maroondah se juntassem. Também foram controlados os incêndios abertos de Yea e Murrindindi, que ameaçavam as comunidades de Connellys Creek, Crystal Creek, Scrubby Creek e Native Dog Creek.

O número de mortos chegou a 181, mas as autoridades acreditam que as vítimas devem passar de 200, já que ainda há muitos desaparecidos.
16:55
Anónimo disse...
Aqui nesta coluna, na semana passada, tive a oportunidade de comentar sobre a recente visita do professor brasileiro Pedrinho Guareschi à Austrália. Não dei, porém, os fatos, pois semana passada o assunto era outro.

Hoje, porém, vamos a eles.

No último dia 4 de fevereiro, aconteceu o Seminário "Paulo Freire: Education and Liberation", organizado pelo centro de estudos latino-americanos da Universidade Nacional da Austrália, ou ANU, como é mais conhecida por aqui.

A ANU, para quem não sabe, está entre as 20 melhores universidades do mundo! E tem sede aqui em Camberra, capital da Austrália.

Na abertura do evento, o professor John Minns, diretor do centro latino-americano, ao dar boas-vindas ao público presente, lembrou ser aquele o primeiro seminário exclusivamente dedicado a Paulo Freire na Austrália.

Em seguida, convidou Pedrinho Guareschi, palestrante principal do Seminário, a fazer sua apresentação.

A plateia pode então conhecer, pelas palavras de Pedrinho, um pouco da obra e da vida de Freire, esse brasileiro de fé e valor, que sempre acreditou na educação, sobretudo dos menos favorecidos, analfabetos, como força libertadora.

Como não podia deixar de ser, os conceitos e ideias revolucionários de Paulo Freire, expostos com clareza por Pedrinho, despertaram o interesse e a curiosidade de plateia. A qual, deve-se notar, era na maioria de estudantes, mas de várias nacionalidades, sobretudo australianos e asiáticos.

Na continuação do programa do seminário, que se estendeu por dois dias, outros professores fizeram palestras sobre temas ligados à obra de Paulo Freire.

Interessante, por exemplo, saber que a professora Anne Hickling-Hudson, jamaicana que mora na Austrália há muitos anos (é professora da ANU), conheceu e trabalhou com Freire num workshop educacional durante a revolução na Ilha de Granada, em 1980, antes da invasão dos Estados Unidos...

Ou, então, a palestra da Professora Gerda Roelvink, da Nova Zelândia, que participou do Fórum Social de Porto Alegre em 2005. E essa participação transformou-se em tema de doutorado.

No dia 10, terça-feira passada, o padre Pedrinho Guareschi voltou a falar ao público australiano em grande auditório localizado no belíssimo campus da ANU. Desta vez, sobre a Teologia da Libertação.

Depois da palestra, John Minns mostrou o filme mexicano "O Crime do Padre Amaro", no qual um dos personagens é um padre católico praticante da Teologia da Libertação.

Mais uma vez, foi grande o intersse da platéia, que pode aprender e conhecer um pouco como se desenvolveu aquele importante movimento católico na América Latina.

Fica, assim, ao Pedrinho, bem como a outros brasileiros estudiosos e de bom coração que saem pelo mundo a divulgar aspectos importantes da cultura brasileira, o respeito e a homenagem desta coluna. E... aquele abraço!
16:57
Anónimo disse...
Amanda Kitts perdeu o braço esquerdo em um acidente de automóvel acontecido três anos atrás, mas hoje em dia ela joga futebol americano com seu filho de 12 anos de idade, troca fraldas e abraça as crianças nas três creches Kiddie Cottage que opera em Knoxville, Tennessee. Kitts, 40 anos, faz tudo isso com a ajuda de um novo tipo de braço artificial que se movimenta com mais facilidade do que outros aparelhos e que ela pode controlar utilizando apenas seus pensamentos.

"Eu sou capaz de mexer a mão, o pulso e o cotovelo ao mesmo tempo", diz. "Você pensa e os músculos se movem em seguida".

A recuperação que ela conseguiu resulta de um novo procedimento que vem atraindo crescente atenção porque permite que pessoas movam braços protéticos de forma mais automática do que faziam no passado, simplesmente utilizando nervos reaproveitados em seus cérebros.

A técnica, conhecida como "renervação muscular dirigida", envolve utilizar os nervos que restam depois da amputação de um braço e conectá-los a outro músculo do corpo, em geral no peito. Eletrodos são instalados sobre os músculos do peito, e operam como se fossem antenas. Quando a pessoa deseja mover o braço, o cérebro envia sinais que primeiro resultam em contração dos músculos do peito, os quais enviam um sinal ao braço protético, instruindo-se a se movimentar. O processo não requer mais esforços consciente do que a pessoa teria de exercitar caso ainda tivesse seu braço natural.

Na terça-feira, pesquisadores reportaram em estudo publicado pela versão online do Journal of the American Medical Association que haviam levado a técnica ainda mais à frente, tornando possível a execução de 10 movimentos de mão, pulso e cotovelo diferentes, o que representa uma substancial melhora com relação ao típico repertório protético, que em geral envolve apenas dobrar o cotovelo, girar o pulso e abrir a mão.

"Os novos métodos tiveram impacto dramático em nosso campo de trabalho", disse Stuart Harshbarger, engenheiro biomédico na Universidade Johns Hopkins e diretor do programa de pesquisa sobre próteses, financiado pelas forças armadas, que inclui o trabalho com essa técnica. "O método já está em uso por médicos e cirurgiões comuns em todo o país. A capacidade de controlar um membro protético bastante robusto que ele confere surpreendeu a todos pela qualidade".

Tipicamente, uma pessoa que tenha um braço protético só é capaz de executar alguns poucos movimentos, e muitas vezes com tamanha lentidão que isso só permite a ela atividades limitadas.

Há um motor separado para cada movimento, diz Gerald Loeb, professor de engenharia biomédica na Universidade do Sul da Califórnia, "e esses motores precisam ser controlados de maneira explícita", usualmente por um esforço consciente da pessoa para contrair músculos nas costas ou no bíceps.

"Essencialmente, até agora os pacientes controlavam apenas um motor de cada vez", diz Loeb, "e precisavam pensar cuidadosamente sobre que motor desejavam controlar e como fazê-lo operar, em lugar de simplesmente pensarem em mover o braço e poderem fazê-lo sem delongas".

Antes que Kitts passasse pelo procedimento de renervação, em outubro de 2007, por exemplo, ela precisava movimentar os músculos de suas costas de determinada maneira para fazer com que seu pulso girasse, e flexionar seu bíceps e tríceps para fazer com que o cotovelo se movesse para cima e para baixo. "Era muito trabalho", ela conta. "E não me ajudava muito".

O procedimento de renervação é parte de uma recente explosão de idéias novas e técnicas inovadoras que estão sendo exploradas enquanto os cientistas se esforçam por ajudar as pessoas a compensar melhor a perda de membros ou problemas de paralisia. O esforço vem sendo alimentado pelo aumento no número de amputações causado por diabetes e por ferimentos sofridos pelos militares, e ao mesmo tempo pelos avanços na tecnologia médica.

Os braços se tornaram um dos focos essenciais desse tipo de trabalho. A ciência há muito vem obtendo sucessos no desenvolvimento de próteses de perna, mas é muito mais difícil imitar a complexidade e a destreza das mãos e dos braços.

Os esforços em curso incluem o desenvolvimento de projetos de pele e braços mais sensíveis e mais flexíveis, e o uso de dispositivos acionados por controles sem fio implantado nos braços protéticos, que permitiriam movimentos mais naturais.

Os pesquisadores também vêm usando sensores implantados nos cérebros de cobaias para permitir que dois macacos controlem um braço mecânico, e um teste com um homem paralítico permitiu, com esse método, que ele movimentasse um cursor em uma tela de computador.

Alguns desses métodos, caso venham a ser aperfeiçoados plenamente e consigam aprovação das autoridades regulatórias da saúde, podem no futuro se tornar mais viáveis para os pacientes de amputações.

E embora a técnica da renervação não requeira aprovação das autoridades regulatórias porque é executada por meios cirúrgicos e emprega aparelhos já existentes, ela apresenta limitações que até mesmo seus criadores reconhecem, entre as quais o fato de que não se pode utilizá-la para todos os pacientes, o seu alto custo e o prazo de meses requerido para que os nervos reconectados cresçam e se tornem efetivos.

Ainda assim, os especialistas dizem que é o mais avançado sistema em uso hoje para pacientes reais que permite que o sistema nervoso controle diretamente o movimento de um braço artificial.

Desde sua introdução por Todd Kuiken, médico fisioterapeuta e engenheiro biomédico do Instituto de Reabilitação de Chicago, o método foi empregado em cerca de 30 pacientes nos Estados Unidos, Canadá e Europa, entre os quais oito soldados feridos no Iraque e no Afeganistão.

Muitos dos pacientes, entre os quais o primeiro, Jesse Sullivan, um operário do setor elétrico no Tennessee que perdeu os dois braços quando foi eletrocutado por um cabo, conseguem não apenas manipular seus braços protéticos mas sentir a presença das mãos que já não têm quando alguém toca em seus peitos.

Sullivan, 62 anos, e Kitts, estavam entre os cinco pacientes que participaram do estudo reportado na terça-feira. Em companhia de cinco outras pessoas que não passaram por amputações, eles receberam os eletrodos e foram instruídos a usar pensamentos para fazer com que um braço virtual na tela reproduzisse 10 movimentos diferentes, entre os quais três formas diferentes de aperto de mão.

Os pacientes apresentaram desempenho bastante respeitável, apenas um pouco mais lento e menos preciso do que os dos participantes que não tinham amputações.

"As velocidades de movimento que encontramos em nossos pacientes foram realmente encorajadoras", disse Kuiken. "Eles conseguiram completar a tarefa. É claro que não foram tão competentes quanto as pessoas dotadas de plena capacidade física, mas foram bons o bastante".

Um braço virtual foi usado porque a maioria das próteses existentes não era capaz de acomodar todos aqueles movimentos, no momento da pesquisa, ainda que Sullivan, Kitts e uma terceira paciente, Claudia Mitchell, tenham experimentado dois novos protótipos mais versáteis de braços artificiais, executando tarefas complexas com bolas de tênis e outros objetos.

O trabalho de renervação em soldados apresenta outros desafios, diz Kuiken, porque os ferimentos militares muitas vezes "causam danos muitos extensos" a nervos, músculos ou ossos.

Daniel Acosta, 25 anos, um aviador ferido pela detonação de uma bomba em uma estrada do Iraque em 2005, passou pelo procedimento no ano passado e diz que seu braço esquerdo protético agora se movimenta "muito mais rápido" e de maneira muito mais natural.

"A diferença é que agora não preciso mais pensar para mover o braço", ele diz. "Ele simplesmente se mexe".

Ainda assim, Acosta, de San Antonio, diz que "o processo foi bastante longo" e que os eletrodos precisam ser ajustados para receber os sinais à medida que os nervos crescem ou mudam de posição.

E embora elogiem o método, os especialistas afirmam que a ciência das próteses de braço ainda tem muito por avançar.

"Trata-se de uma parte crucial, mas ainda assim apenas uma parte, das muitas coisas que compreendem a função normal de um braço", disse Loeb, que escreveu um editorial que acompanha o artigo no Journal of the American Medical Association.

"No momento estamos a meio do caminho entre o braço de 'Dr. Fantástico', que fazia involuntariamente a saudação nazista, e o braço de Luke Skywalker em 'Guerra nas Estrelas', que funciona sem nenhum problema assim que é conectado. Creio que precisaremos ainda de muitos anos para conectar todas as peças necessárias a produzir um braço capaz de funcionar normalmente".
17:04
Anónimo disse...
A Espanha disse neste sábado que está preparando uma reclamação oficial contra a decisão da Venezuela de expulsar um membro do Parlamento Europeu que criticou o conselho eleitoral venezuelano.
Luis Herrero, membro do partido conservador espanhol PP, foi deportado na sexta-feira depois que o Conselho Nacional Eleitoral (CNE) o acusou de questionar a imparcialidade da instituição antes de um referendo que pode permitir ao presidente Hugo Chávez permanecer no cargo indefinidamente.

Herrero estava na Venezuela como observador do referendo. Ele acusou Chávez de ter "comportamentos típicos de um ditador" por pedir a contenção de manifestações da oposição.

O governo da Espanha convocou um encontro com o embaixador da Venezuela em Madri para expressar a desaprovação sobre a expulsão de Herrero, disse um representante do Ministério das Relações Exteriores espanhol.

As relações da Venezuela com a Espanha tiveram seu ponto crítico em 2007, quando Chávez ameaçou rever acordos diplomáticos e comerciais depois de ouvir um "cala a boca" do rei espanhol Juan Carlos durante uma cúpula.

A fenda foi oficialmente reparada em 2008, com uma visita oficial de Chávez à Espanha, onde ele cumprimentou o rei e discutiu acordos para investimento no setor petroquímico com o primeiro-ministro José Luis Rodriguez Zapatero.
17:06
Anónimo disse...
A polícia do Zimbábue anunciou neste sábado que acusa de traição Roy Bennett, dirigente do até agora opositor Movimento para a Mudança Democrática (MDC), detido na sexta-feira, em Harare, poucas horas antes da cerimônia de posse dos membros do novo gabinete.

"A Polícia nos informou que vão apresentar acusações de traição", disse à agência EFE o advogado de defesa de Bennett, Trust Maanda.

"Tentam relacionar Roy com o caso de Mike Hitschmann, que foi detido em 2006 em relação à descoberta de um carregamento de armas, apesar de que Hitschmann não tenha sido declarado culpado das acusações de traição apresentadas contra ele, mas de um crime menor de descumprimento de leis", disse Maanda.

O político opositor, designado por seu partido como vice-ministro de Agricultura no Governo de união nacional, esteve no exílio na vizinha África do Sul desde 2006 e retornou ao Zimbábue há duas semanas.

Segundo a Polícia, que deteve Bennett ontem no aeroporto de Harare quando pretendia ir à África do Sul para visitar sua família, as armas apreendidas em 2006 seriam utilizadas em um golpe de Estado para derrubar o presidente do Zimbábue, Robert Mugabe.

Depois da detenção, Bennet foi levado a Mutar, onde vários simpatizantes do MDC se concentraram em frente à delegacia na qual estava detido, diante do que a Polícia respondeu com tiros para o alto para dispersar os manifestantes.
17:07
Anónimo disse...
Austrália: 14 mil se candidatam a 'emprego dos sonhos'

A secretaria de Turismo de Queensland, na Austrália, informou que até esta segunda-feira já recebeu cerca de 14 mil inscrições para o "o melhor emprego do mundo". O Estado australiano promove pela internet seleção para vaga de "zelador" da ilha Hamilton, por seis meses com um salário de R$ 40 mil.

Muitos candidatos tiveram problemas durante a inscrição por conta dos acessos simultâneos ao site. A secretaria aconselha enviar os vídeos de 60s explicando porque deve ser escolhido em horários alternativos do dia, além de recomendar tamanho em torno de 40MB.

As inscrições começaram em 12 de janeiro e vão até o próximo dia 22 e podem ser feitas pelo site www.islandreefjob.com. O governo australiano escolherá 50 candidatos para a próxima fase da seleção, que terá votos do público para eleger um dos 11 finalistas.

A última fase terá entrevistas e desafios físicos, no próprio local de trabalho: as ilhas da Grande Barreira Coralina - o maior recife de coral do mundo. A secretaria de Turismo anunciará o vencedor no dia 6 de maio.
17:09
Anónimo disse...
Mercado elogia governo na crise, mas pede maior queda no juro

Peter Fussy
Direto de São Paulo

Desde as primeiras medidas anunciadas para combater os efeitos da crise, o governo brasileiro avisou que a estratégia não contemplaria um pacote. Seriam doses pontuais, de acordo com a necessidade da economia diante do agravamento das turbulências. Da primeira liberação dos depósitos compulsórios em setembro até a ampliação do seguro-desemprego na última quarta-feira, o governo passou por redução de impostos, ampliação de crédito e incentivos à exportação. Quase 150 dias após a primeira medida, o Terra conversou com líderes do setor público e privado, representantes dos trabalhadores, acadêmicos e com o próprio governo para saber quais destas ações foram mais eficazes, quais foram mais ineficientes e o que mais pode ser feito pelo Estado brasileiro contra a crise.

Os maiores elogios foram direcionados à atitude de reduzir o Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) para a indústria automobilística, anunciada em dezembro e que fez com que os emplacamentos de carros novos subissem 1,9% no primeiro mês do ano em relação a dezembro de 2008. Já as maiores críticas foram para a lentidão no corte da taxa básica de juro do País.

Para o presidente do conselho administrativo do Grupo Pão de Açúcar, Abílio Diniz, o Estado não é responsável pela crise e mesmo assim está agindo "com extrema serenidade e muito acerto". "O governo está atento, fazendo a sua parte. É preciso coragem de baixar firmemente a taxa de juros. É uma arma que temos a nosso favor, já que não há clima para inflação, nem possibilidade de danos para a macroeconomia", afirmou Diniz.

Na última reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), em janeiro, a taxa Selic foi reduzida em um ponto percentual, de 13,75% para 12,75% ao ano. Porém, o professor de economia da Universidade de Brasília (UnB) José Luiz Oreiro lembra que este corte representa uma redução de apenas 0,25 ponto percentual com relação à taxa de setembro do ano passado, quando a crise se agravou.

"Pouco antes da eclosão da crise, o Banco Central aumentou a taxa em 0,75 ponto. Foram cinco meses de demora para reduzir em termos líquidos apenas 0,25 ponto", afirmou o economista, que também sugeriu redução do intervalo de cerca de 90 dias entre as reuniões do Copom e o corte de pelo menos um 1 ponto percentual em cada reunião.

Mesmo com o corte de janeiro, a taxa de juros real continua sendo a maior do mundo, lembrou o secretário-geral da Força Sindical, João Carlos Gonçalves, o Juruna. "A redução da taxa de juro ainda é pequena, porque ela continua uma das mais altas do mundo. Falta ousadia para baixar os juros e ajudar o cidadão. A permanência da taxa de juro alta é negativa para o País em meio a crise", afirmou Juruna.

Embora aprove as ações do governo, o senador Aloízio Mercadante (PT-SP) também acredita que o patamar da Selic está muito alto. "Sempre fomos os primeiros a entrar em qualquer crise, o que não aconteceu agora. A taxa Selic ainda é muito alta, mas o governo têm tomado medidas acertadas, como o aumento do salário mínimo, mesmo com um cenário de crise. Isso ajuda a movimentar o consumo. O governo está se esforçando para manter os investimentos e o crescimento", disse.

Tributos
De acordo com o economista Fabio Pina, da Fecomercio-SP, as ações mais positivas estão relacionadas à redução de tributos para alguns segmentos, como a indústria automobilística, que recuperou parte da queda nas vendas em janeiro com a isenção do IPI para carros 1.0 l e o corte para demais motorizações. A medida vale até o final de março.

"Essas medidas não só reduziram o preço, mas anteciparam o consumo daqueles que iriam comprar no futuro, dando um prêmio por conta da insegurança. Mexe diretamente com o principal problema que é a confiança do consumidor", afirmou. Juruna destacou que um bom ritmo de vendas é garantia de emprego. "É importante porque cada emprego na montadora significa 19 na cadeia produtiva", comentou o representante da Força Sindical.

Também em dezembro, o governo decidiu cortar pela metade a alíquota do Imposto de Renda para contribuintes que ganham entre R$ 1.434 e R$ 2.150 mensais. "O salário aumentava e a tabela não se modificava. As pessoas ganhavam mais e pagavam mais impostos", apontou Juruna. Outra redução de tributos do governo foi com relação ao Imposto sobre Operações Financeiras (IOF), que caiu de 3% ao ano para 1,5%.

Crédito
Na segunda metade de 2008, o colapso de bancos nos Estados Unidos por conta da crise do subprime provocou uma forte restrição de crédito no mundo inteiro. Uma das primeiras medidas anticrise do governo teve como objetivo restabelecer a oferta, com mudanças no recolhimento dos depósitos compulsórios por parte dos bancos. Segundo o presidente do Banco Central, Henrique Meirelles, as diversas modificações liberaram US$ 99,2 bilhões aos bancos até o final de janeiro.

Além disso, o governo concedeu R$ 36 bilhões das reservas internacionais para empresas brasileiras com dívidas no exterior e uma medida provisória autorizou o Banco do Brasil e a Caixa Econômica Federal a comprar carteiras de crédito de bancos privados. Para o diretor do Departamento de Pesquisas e Estudos Econômicos da Fiesp, Paulo Francini, estas medidas foram essenciais para combater os efeitos da crise.

"A crise se desenvolve no mundo em torno do tema crédito. E o crédito reduziu-se barbaridade no mundo. Então o governo lança mão de compulsório, lança mão de reservas, de medidas que permitem aos bancos comprar carteiras de bancos. Você vai tomando várias medidas para atender às demandas e o epicentro disso é crédito", afirmou.

No entanto, Oreiro, da UnB, adverte que a liberação dos compulsórios seria mais eficiente acompanhada de redução mais agressiva da taxa básica de juro. "Uma parte do crédito voltou, depois da forte retração em outubro e novembro. O que deveria ter sido feito junto à liberação do compulsório era uma redução mais drástica da taxa de juro. Sem isso, os bancos pegam as reservas e acabam comprando títulos públicos", explicou o economista.

Na opinião de Pina, as ações de distribuição de crédito via redução do compulsório e a disposição de capital de giro para empresas foram tomadas sem um cuidado maior na operação e não tiveram muito efeito. "O BNDES tem linhas que ficam paradas quase todo o ano, agora é pior ainda. Existem os recursos, mas as empresas e os bancos estão desconfiados. É preciso fazer com que os bancos tenham interesse em emprestar", afirmou o economista da Fecomercio-SP.

Futuro
Mesmo com todas essas medidas, a crise financeira ainda gera incertezas nos setores produtivos do País. Nos últimos meses, o medo do desemprego fez os consumidores adiarem compras. Por sua vez, a queda nas vendas pode obrigar as indústrias a cortarem a produção e demitir funcionários. Contra isso, empresários sugerem redução de jornada e de salários.

"Isto está previsto em lei. A Fiesp simplesmente manteve conversações com entidades sindicais quanto à aplicação daquilo que já está previsto em lei", afirmou Francini.

Segundo a ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff, uma das medidas que assegura um nível de emprego é a manutenção de investimentos no Programa de Aceleração do Crescimento (PAC). "Estamos esperando que a dificuldade ocorra em janeiro, fevereiro e março. Estamos certos que vamos manter o nível de investimento. É isso que funciona, é isso que significa investimento público. Ele funciona como um colchão. Por isso, nós colocamos R$ 100 bilhões no BNDES e a Petrobras ampliou o seu investimento em R$ 120 bilhões", afirmou.

Na mesma linha, Pina explica que a antecipação de gastos do governo substitui parte da demanda retraída do setor privado. "Ele dá o seguinte recado: não vou estourar as contas públicas, mas concentrar em um momento em que a demanda privada está pequena. Mas o governo não tem fôlego suficiente para fazer o papel de toda demanda", ressaltou. O economista da Fecomercio lembrou que a entidade já pleiteou junto ao governo isenções para transferência de imóveis e de automóveis, além de retirar o IPVA para veículos novos.

Já Oreiro foca suas propostas na capitalização do Banco do Brasil e da Caixa Econômica Federal pelo Tesouro para atender a demanda de crédito para capital de giro e reduzir o spread. "Aumentando o empréstimo e reduzindo as taxas, os dois vão forçar os bancos privados a acompanhar o movimento, até para não perderem participação no mercado", explicou o economista da UnB.

Até o Carnaval, o governou prometeu detalhar um pacote de incentivos para a construção de até um milhão de casas populares, direcionado a famílias com renda de até dez salários mínimos. "Estamos atentos a tudo o que está acontecendo e novas medidas serão tomadas caso haja uma avaliação de que sejam necessárias", disse o ministro da Fazenda, Guido Mantega, na última sexta-feira.
17:11
Anónimo disse...
Ex-ministro critica extensão do seguro-desemprego

Atualizada às 09h03

O ex-ministro do Trabalho Almir Pazzianotto criticou a decisão do governo federal de conceder o seguro-desemprego estendido a apenas alguns setores. "É certamente odioso e provavelmente inconstitucional", disse Pazzianotto, de acordo com o jornal O Estado de S. Paulo.

Na última qurta, dia do anúncio da medida, centrais sindicais elogiaram a atitude do governo. A Força Sindical divulgou nota dizendo que "o aumento ajudará a aquecer parte da economia, já que irá gerar mais consumo, produção e conseqüentemente, a criação de novos postos de trabalho". A União Geral dos Trabalhadores (UGT) afirmou que a medida "contribuirá para minimizar o drama dos trabalhadores que perderem seu emprego por conta da crise".

O ex-ministro, que instituiu o seguro-desemprego no País no governo de José Sarney, destacou a necessidade de as centrais sindicais se manifestarem contra a determinação. Para ele, as mudanças devem ser aplicadas a todas as categorias profissionais e a distinção é contrária ao artigo 3º da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT).

Pazzianotto atribui a medida a um possível temor do governo de que a crise econômica seja longa e não haja dinheiro para atender a todas as necessidades. Ainda assim, ele se mostra contrário ao método de concessão. "O seguro-desemprego ajuda a sanar necessidades básicas. Estendê-lo é paliativo, não a solução", disse ao jornal.

De acordo com o presidente do Conselho Deliberativo do Fundo de Amparo ao Trabalhador (Codefat) e conselheiro da Força Sindical, Luiz Fernando Emediato, a determinação já estava prevista na lei 8.900/94, que trata do seguro-desemprego.

O presidente da Comissão de Trabalho da Câmara, Pedro Fernandes (PTB-MA) vai além na crítica à concessão do seguro para apenas alguns setores. Ele acredita que a ampliação do benefício estimula o desemprego.

Quintino Severo, secretário geral da Central Única dos Trabalhadores (CUT), lembra que a ampliação do benefício sem critério e identificação pode incentivar demissões em outros setores.

Anónimo disse...

Os bombeiros combatem neste sábado os incêndios na Austrália favorecidos pelo bom tempo, enquanto os deslocados encotram em seu retorno casas derruídas, carros queimados nas ruas e destruição.

Depois de sete dias desde que começaram os incêndios no Estado de Victoria, a lista de mortos chega a 181, os desaparecidos somam 50, os edifícios destruídos totalizam 1,834 mil e o terreno arrasado, principalmente florestas, ocupa uma área de 4,13 mil quilômetros quadrados.

As equipes de bombeiros, formadas por 4 mil profissionais de Victoria, de outras partes da Austrália e de países amigos, combateram hoje 12 focos fora de controle e nenhum representava uma ameaça direta para a população.

O subdiretor do Serviço de Bombeiros, Geoff Conway, disse que este tempo favorável, que se prolongará durante o domingo, permite consolidar as linhas de contenção e avançar na extinção das chamas.

Cinzas apareceram arrastadas por ventos do nordeste sobre Melbourne, onde habitam 3,8 milhões de pessoas, e as autoridades alertaram aos cidadãos do risco para a saúde de idosos, crianças e pessoas com problemas respiratórios.

O número de pessoas deslocadas - a Cruz Vermelha chegou a receber 7 mil - começou a cair com a abertura de algumas localidades atingidas.

Os incêndios, alguns criminosos, começaram em 7 de fevereiro, quando a região sul da Austrália estava há duas semanas sob uma onda de calor sem precedentes.

Na sexta-feira passada, a polícia acusou uma pessoa de ter provocado o incêndio que atingiu a localidade de Churchill e matou 21 pessoas.
16:55
Anónimo disse...
A primeira chuva em seis dias reduziu a ameaça de incêndios no Estado de Victoria, ao sul da Austrália. As autoridades, porém, advertiram que ainda existem 12 focos, mas que nenhum deles ameaça áreas povoadas.

Mais de quatro mil bombeiros, mil provenientes de outras partes do país e de outras nações, trabalham contra o fogo. Cerca de 600 veículos e 28 helicópteros e pequenos aviões estão sendo usados.


Eles conseguiram construir linhas de contenção para evitar os incêndios de Yarra e Maroondah se juntassem. Também foram controlados os incêndios abertos de Yea e Murrindindi, que ameaçavam as comunidades de Connellys Creek, Crystal Creek, Scrubby Creek e Native Dog Creek.

O número de mortos chegou a 181, mas as autoridades acreditam que as vítimas devem passar de 200, já que ainda há muitos desaparecidos.
16:55
Anónimo disse...
Aqui nesta coluna, na semana passada, tive a oportunidade de comentar sobre a recente visita do professor brasileiro Pedrinho Guareschi à Austrália. Não dei, porém, os fatos, pois semana passada o assunto era outro.

Hoje, porém, vamos a eles.

No último dia 4 de fevereiro, aconteceu o Seminário "Paulo Freire: Education and Liberation", organizado pelo centro de estudos latino-americanos da Universidade Nacional da Austrália, ou ANU, como é mais conhecida por aqui.

A ANU, para quem não sabe, está entre as 20 melhores universidades do mundo! E tem sede aqui em Camberra, capital da Austrália.

Na abertura do evento, o professor John Minns, diretor do centro latino-americano, ao dar boas-vindas ao público presente, lembrou ser aquele o primeiro seminário exclusivamente dedicado a Paulo Freire na Austrália.

Em seguida, convidou Pedrinho Guareschi, palestrante principal do Seminário, a fazer sua apresentação.

A plateia pode então conhecer, pelas palavras de Pedrinho, um pouco da obra e da vida de Freire, esse brasileiro de fé e valor, que sempre acreditou na educação, sobretudo dos menos favorecidos, analfabetos, como força libertadora.

Como não podia deixar de ser, os conceitos e ideias revolucionários de Paulo Freire, expostos com clareza por Pedrinho, despertaram o interesse e a curiosidade de plateia. A qual, deve-se notar, era na maioria de estudantes, mas de várias nacionalidades, sobretudo australianos e asiáticos.

Na continuação do programa do seminário, que se estendeu por dois dias, outros professores fizeram palestras sobre temas ligados à obra de Paulo Freire.

Interessante, por exemplo, saber que a professora Anne Hickling-Hudson, jamaicana que mora na Austrália há muitos anos (é professora da ANU), conheceu e trabalhou com Freire num workshop educacional durante a revolução na Ilha de Granada, em 1980, antes da invasão dos Estados Unidos...

Ou, então, a palestra da Professora Gerda Roelvink, da Nova Zelândia, que participou do Fórum Social de Porto Alegre em 2005. E essa participação transformou-se em tema de doutorado.

No dia 10, terça-feira passada, o padre Pedrinho Guareschi voltou a falar ao público australiano em grande auditório localizado no belíssimo campus da ANU. Desta vez, sobre a Teologia da Libertação.

Depois da palestra, John Minns mostrou o filme mexicano "O Crime do Padre Amaro", no qual um dos personagens é um padre católico praticante da Teologia da Libertação.

Mais uma vez, foi grande o intersse da platéia, que pode aprender e conhecer um pouco como se desenvolveu aquele importante movimento católico na América Latina.

Fica, assim, ao Pedrinho, bem como a outros brasileiros estudiosos e de bom coração que saem pelo mundo a divulgar aspectos importantes da cultura brasileira, o respeito e a homenagem desta coluna. E... aquele abraço!
16:57
Anónimo disse...
Amanda Kitts perdeu o braço esquerdo em um acidente de automóvel acontecido três anos atrás, mas hoje em dia ela joga futebol americano com seu filho de 12 anos de idade, troca fraldas e abraça as crianças nas três creches Kiddie Cottage que opera em Knoxville, Tennessee. Kitts, 40 anos, faz tudo isso com a ajuda de um novo tipo de braço artificial que se movimenta com mais facilidade do que outros aparelhos e que ela pode controlar utilizando apenas seus pensamentos.

"Eu sou capaz de mexer a mão, o pulso e o cotovelo ao mesmo tempo", diz. "Você pensa e os músculos se movem em seguida".

A recuperação que ela conseguiu resulta de um novo procedimento que vem atraindo crescente atenção porque permite que pessoas movam braços protéticos de forma mais automática do que faziam no passado, simplesmente utilizando nervos reaproveitados em seus cérebros.

A técnica, conhecida como "renervação muscular dirigida", envolve utilizar os nervos que restam depois da amputação de um braço e conectá-los a outro músculo do corpo, em geral no peito. Eletrodos são instalados sobre os músculos do peito, e operam como se fossem antenas. Quando a pessoa deseja mover o braço, o cérebro envia sinais que primeiro resultam em contração dos músculos do peito, os quais enviam um sinal ao braço protético, instruindo-se a se movimentar. O processo não requer mais esforços consciente do que a pessoa teria de exercitar caso ainda tivesse seu braço natural.

Na terça-feira, pesquisadores reportaram em estudo publicado pela versão online do Journal of the American Medical Association que haviam levado a técnica ainda mais à frente, tornando possível a execução de 10 movimentos de mão, pulso e cotovelo diferentes, o que representa uma substancial melhora com relação ao típico repertório protético, que em geral envolve apenas dobrar o cotovelo, girar o pulso e abrir a mão.

"Os novos métodos tiveram impacto dramático em nosso campo de trabalho", disse Stuart Harshbarger, engenheiro biomédico na Universidade Johns Hopkins e diretor do programa de pesquisa sobre próteses, financiado pelas forças armadas, que inclui o trabalho com essa técnica. "O método já está em uso por médicos e cirurgiões comuns em todo o país. A capacidade de controlar um membro protético bastante robusto que ele confere surpreendeu a todos pela qualidade".

Tipicamente, uma pessoa que tenha um braço protético só é capaz de executar alguns poucos movimentos, e muitas vezes com tamanha lentidão que isso só permite a ela atividades limitadas.

Há um motor separado para cada movimento, diz Gerald Loeb, professor de engenharia biomédica na Universidade do Sul da Califórnia, "e esses motores precisam ser controlados de maneira explícita", usualmente por um esforço consciente da pessoa para contrair músculos nas costas ou no bíceps.

"Essencialmente, até agora os pacientes controlavam apenas um motor de cada vez", diz Loeb, "e precisavam pensar cuidadosamente sobre que motor desejavam controlar e como fazê-lo operar, em lugar de simplesmente pensarem em mover o braço e poderem fazê-lo sem delongas".

Antes que Kitts passasse pelo procedimento de renervação, em outubro de 2007, por exemplo, ela precisava movimentar os músculos de suas costas de determinada maneira para fazer com que seu pulso girasse, e flexionar seu bíceps e tríceps para fazer com que o cotovelo se movesse para cima e para baixo. "Era muito trabalho", ela conta. "E não me ajudava muito".

O procedimento de renervação é parte de uma recente explosão de idéias novas e técnicas inovadoras que estão sendo exploradas enquanto os cientistas se esforçam por ajudar as pessoas a compensar melhor a perda de membros ou problemas de paralisia. O esforço vem sendo alimentado pelo aumento no número de amputações causado por diabetes e por ferimentos sofridos pelos militares, e ao mesmo tempo pelos avanços na tecnologia médica.

Os braços se tornaram um dos focos essenciais desse tipo de trabalho. A ciência há muito vem obtendo sucessos no desenvolvimento de próteses de perna, mas é muito mais difícil imitar a complexidade e a destreza das mãos e dos braços.

Os esforços em curso incluem o desenvolvimento de projetos de pele e braços mais sensíveis e mais flexíveis, e o uso de dispositivos acionados por controles sem fio implantado nos braços protéticos, que permitiriam movimentos mais naturais.

Os pesquisadores também vêm usando sensores implantados nos cérebros de cobaias para permitir que dois macacos controlem um braço mecânico, e um teste com um homem paralítico permitiu, com esse método, que ele movimentasse um cursor em uma tela de computador.

Alguns desses métodos, caso venham a ser aperfeiçoados plenamente e consigam aprovação das autoridades regulatórias da saúde, podem no futuro se tornar mais viáveis para os pacientes de amputações.

E embora a técnica da renervação não requeira aprovação das autoridades regulatórias porque é executada por meios cirúrgicos e emprega aparelhos já existentes, ela apresenta limitações que até mesmo seus criadores reconhecem, entre as quais o fato de que não se pode utilizá-la para todos os pacientes, o seu alto custo e o prazo de meses requerido para que os nervos reconectados cresçam e se tornem efetivos.

Ainda assim, os especialistas dizem que é o mais avançado sistema em uso hoje para pacientes reais que permite que o sistema nervoso controle diretamente o movimento de um braço artificial.

Desde sua introdução por Todd Kuiken, médico fisioterapeuta e engenheiro biomédico do Instituto de Reabilitação de Chicago, o método foi empregado em cerca de 30 pacientes nos Estados Unidos, Canadá e Europa, entre os quais oito soldados feridos no Iraque e no Afeganistão.

Muitos dos pacientes, entre os quais o primeiro, Jesse Sullivan, um operário do setor elétrico no Tennessee que perdeu os dois braços quando foi eletrocutado por um cabo, conseguem não apenas manipular seus braços protéticos mas sentir a presença das mãos que já não têm quando alguém toca em seus peitos.

Sullivan, 62 anos, e Kitts, estavam entre os cinco pacientes que participaram do estudo reportado na terça-feira. Em companhia de cinco outras pessoas que não passaram por amputações, eles receberam os eletrodos e foram instruídos a usar pensamentos para fazer com que um braço virtual na tela reproduzisse 10 movimentos diferentes, entre os quais três formas diferentes de aperto de mão.

Os pacientes apresentaram desempenho bastante respeitável, apenas um pouco mais lento e menos preciso do que os dos participantes que não tinham amputações.

"As velocidades de movimento que encontramos em nossos pacientes foram realmente encorajadoras", disse Kuiken. "Eles conseguiram completar a tarefa. É claro que não foram tão competentes quanto as pessoas dotadas de plena capacidade física, mas foram bons o bastante".

Um braço virtual foi usado porque a maioria das próteses existentes não era capaz de acomodar todos aqueles movimentos, no momento da pesquisa, ainda que Sullivan, Kitts e uma terceira paciente, Claudia Mitchell, tenham experimentado dois novos protótipos mais versáteis de braços artificiais, executando tarefas complexas com bolas de tênis e outros objetos.

O trabalho de renervação em soldados apresenta outros desafios, diz Kuiken, porque os ferimentos militares muitas vezes "causam danos muitos extensos" a nervos, músculos ou ossos.

Daniel Acosta, 25 anos, um aviador ferido pela detonação de uma bomba em uma estrada do Iraque em 2005, passou pelo procedimento no ano passado e diz que seu braço esquerdo protético agora se movimenta "muito mais rápido" e de maneira muito mais natural.

"A diferença é que agora não preciso mais pensar para mover o braço", ele diz. "Ele simplesmente se mexe".

Ainda assim, Acosta, de San Antonio, diz que "o processo foi bastante longo" e que os eletrodos precisam ser ajustados para receber os sinais à medida que os nervos crescem ou mudam de posição.

E embora elogiem o método, os especialistas afirmam que a ciência das próteses de braço ainda tem muito por avançar.

"Trata-se de uma parte crucial, mas ainda assim apenas uma parte, das muitas coisas que compreendem a função normal de um braço", disse Loeb, que escreveu um editorial que acompanha o artigo no Journal of the American Medical Association.

"No momento estamos a meio do caminho entre o braço de 'Dr. Fantástico', que fazia involuntariamente a saudação nazista, e o braço de Luke Skywalker em 'Guerra nas Estrelas', que funciona sem nenhum problema assim que é conectado. Creio que precisaremos ainda de muitos anos para conectar todas as peças necessárias a produzir um braço capaz de funcionar normalmente".
17:04
Anónimo disse...
A Espanha disse neste sábado que está preparando uma reclamação oficial contra a decisão da Venezuela de expulsar um membro do Parlamento Europeu que criticou o conselho eleitoral venezuelano.
Luis Herrero, membro do partido conservador espanhol PP, foi deportado na sexta-feira depois que o Conselho Nacional Eleitoral (CNE) o acusou de questionar a imparcialidade da instituição antes de um referendo que pode permitir ao presidente Hugo Chávez permanecer no cargo indefinidamente.

Herrero estava na Venezuela como observador do referendo. Ele acusou Chávez de ter "comportamentos típicos de um ditador" por pedir a contenção de manifestações da oposição.

O governo da Espanha convocou um encontro com o embaixador da Venezuela em Madri para expressar a desaprovação sobre a expulsão de Herrero, disse um representante do Ministério das Relações Exteriores espanhol.

As relações da Venezuela com a Espanha tiveram seu ponto crítico em 2007, quando Chávez ameaçou rever acordos diplomáticos e comerciais depois de ouvir um "cala a boca" do rei espanhol Juan Carlos durante uma cúpula.

A fenda foi oficialmente reparada em 2008, com uma visita oficial de Chávez à Espanha, onde ele cumprimentou o rei e discutiu acordos para investimento no setor petroquímico com o primeiro-ministro José Luis Rodriguez Zapatero.
17:06
Anónimo disse...
A polícia do Zimbábue anunciou neste sábado que acusa de traição Roy Bennett, dirigente do até agora opositor Movimento para a Mudança Democrática (MDC), detido na sexta-feira, em Harare, poucas horas antes da cerimônia de posse dos membros do novo gabinete.

"A Polícia nos informou que vão apresentar acusações de traição", disse à agência EFE o advogado de defesa de Bennett, Trust Maanda.

"Tentam relacionar Roy com o caso de Mike Hitschmann, que foi detido em 2006 em relação à descoberta de um carregamento de armas, apesar de que Hitschmann não tenha sido declarado culpado das acusações de traição apresentadas contra ele, mas de um crime menor de descumprimento de leis", disse Maanda.

O político opositor, designado por seu partido como vice-ministro de Agricultura no Governo de união nacional, esteve no exílio na vizinha África do Sul desde 2006 e retornou ao Zimbábue há duas semanas.

Segundo a Polícia, que deteve Bennett ontem no aeroporto de Harare quando pretendia ir à África do Sul para visitar sua família, as armas apreendidas em 2006 seriam utilizadas em um golpe de Estado para derrubar o presidente do Zimbábue, Robert Mugabe.

Depois da detenção, Bennet foi levado a Mutar, onde vários simpatizantes do MDC se concentraram em frente à delegacia na qual estava detido, diante do que a Polícia respondeu com tiros para o alto para dispersar os manifestantes.
17:07
Anónimo disse...
Austrália: 14 mil se candidatam a 'emprego dos sonhos'

A secretaria de Turismo de Queensland, na Austrália, informou que até esta segunda-feira já recebeu cerca de 14 mil inscrições para o "o melhor emprego do mundo". O Estado australiano promove pela internet seleção para vaga de "zelador" da ilha Hamilton, por seis meses com um salário de R$ 40 mil.

Muitos candidatos tiveram problemas durante a inscrição por conta dos acessos simultâneos ao site. A secretaria aconselha enviar os vídeos de 60s explicando porque deve ser escolhido em horários alternativos do dia, além de recomendar tamanho em torno de 40MB.

As inscrições começaram em 12 de janeiro e vão até o próximo dia 22 e podem ser feitas pelo site www.islandreefjob.com. O governo australiano escolherá 50 candidatos para a próxima fase da seleção, que terá votos do público para eleger um dos 11 finalistas.

A última fase terá entrevistas e desafios físicos, no próprio local de trabalho: as ilhas da Grande Barreira Coralina - o maior recife de coral do mundo. A secretaria de Turismo anunciará o vencedor no dia 6 de maio.
17:09
Anónimo disse...
Mercado elogia governo na crise, mas pede maior queda no juro

Peter Fussy
Direto de São Paulo

Desde as primeiras medidas anunciadas para combater os efeitos da crise, o governo brasileiro avisou que a estratégia não contemplaria um pacote. Seriam doses pontuais, de acordo com a necessidade da economia diante do agravamento das turbulências. Da primeira liberação dos depósitos compulsórios em setembro até a ampliação do seguro-desemprego na última quarta-feira, o governo passou por redução de impostos, ampliação de crédito e incentivos à exportação. Quase 150 dias após a primeira medida, o Terra conversou com líderes do setor público e privado, representantes dos trabalhadores, acadêmicos e com o próprio governo para saber quais destas ações foram mais eficazes, quais foram mais ineficientes e o que mais pode ser feito pelo Estado brasileiro contra a crise.

Os maiores elogios foram direcionados à atitude de reduzir o Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) para a indústria automobilística, anunciada em dezembro e que fez com que os emplacamentos de carros novos subissem 1,9% no primeiro mês do ano em relação a dezembro de 2008. Já as maiores críticas foram para a lentidão no corte da taxa básica de juro do País.

Para o presidente do conselho administrativo do Grupo Pão de Açúcar, Abílio Diniz, o Estado não é responsável pela crise e mesmo assim está agindo "com extrema serenidade e muito acerto". "O governo está atento, fazendo a sua parte. É preciso coragem de baixar firmemente a taxa de juros. É uma arma que temos a nosso favor, já que não há clima para inflação, nem possibilidade de danos para a macroeconomia", afirmou Diniz.

Na última reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), em janeiro, a taxa Selic foi reduzida em um ponto percentual, de 13,75% para 12,75% ao ano. Porém, o professor de economia da Universidade de Brasília (UnB) José Luiz Oreiro lembra que este corte representa uma redução de apenas 0,25 ponto percentual com relação à taxa de setembro do ano passado, quando a crise se agravou.

"Pouco antes da eclosão da crise, o Banco Central aumentou a taxa em 0,75 ponto. Foram cinco meses de demora para reduzir em termos líquidos apenas 0,25 ponto", afirmou o economista, que também sugeriu redução do intervalo de cerca de 90 dias entre as reuniões do Copom e o corte de pelo menos um 1 ponto percentual em cada reunião.

Mesmo com o corte de janeiro, a taxa de juros real continua sendo a maior do mundo, lembrou o secretário-geral da Força Sindical, João Carlos Gonçalves, o Juruna. "A redução da taxa de juro ainda é pequena, porque ela continua uma das mais altas do mundo. Falta ousadia para baixar os juros e ajudar o cidadão. A permanência da taxa de juro alta é negativa para o País em meio a crise", afirmou Juruna.

Embora aprove as ações do governo, o senador Aloízio Mercadante (PT-SP) também acredita que o patamar da Selic está muito alto. "Sempre fomos os primeiros a entrar em qualquer crise, o que não aconteceu agora. A taxa Selic ainda é muito alta, mas o governo têm tomado medidas acertadas, como o aumento do salário mínimo, mesmo com um cenário de crise. Isso ajuda a movimentar o consumo. O governo está se esforçando para manter os investimentos e o crescimento", disse.

Tributos
De acordo com o economista Fabio Pina, da Fecomercio-SP, as ações mais positivas estão relacionadas à redução de tributos para alguns segmentos, como a indústria automobilística, que recuperou parte da queda nas vendas em janeiro com a isenção do IPI para carros 1.0 l e o corte para demais motorizações. A medida vale até o final de março.

"Essas medidas não só reduziram o preço, mas anteciparam o consumo daqueles que iriam comprar no futuro, dando um prêmio por conta da insegurança. Mexe diretamente com o principal problema que é a confiança do consumidor", afirmou. Juruna destacou que um bom ritmo de vendas é garantia de emprego. "É importante porque cada emprego na montadora significa 19 na cadeia produtiva", comentou o representante da Força Sindical.

Também em dezembro, o governo decidiu cortar pela metade a alíquota do Imposto de Renda para contribuintes que ganham entre R$ 1.434 e R$ 2.150 mensais. "O salário aumentava e a tabela não se modificava. As pessoas ganhavam mais e pagavam mais impostos", apontou Juruna. Outra redução de tributos do governo foi com relação ao Imposto sobre Operações Financeiras (IOF), que caiu de 3% ao ano para 1,5%.

Crédito
Na segunda metade de 2008, o colapso de bancos nos Estados Unidos por conta da crise do subprime provocou uma forte restrição de crédito no mundo inteiro. Uma das primeiras medidas anticrise do governo teve como objetivo restabelecer a oferta, com mudanças no recolhimento dos depósitos compulsórios por parte dos bancos. Segundo o presidente do Banco Central, Henrique Meirelles, as diversas modificações liberaram US$ 99,2 bilhões aos bancos até o final de janeiro.

Além disso, o governo concedeu R$ 36 bilhões das reservas internacionais para empresas brasileiras com dívidas no exterior e uma medida provisória autorizou o Banco do Brasil e a Caixa Econômica Federal a comprar carteiras de crédito de bancos privados. Para o diretor do Departamento de Pesquisas e Estudos Econômicos da Fiesp, Paulo Francini, estas medidas foram essenciais para combater os efeitos da crise.

"A crise se desenvolve no mundo em torno do tema crédito. E o crédito reduziu-se barbaridade no mundo. Então o governo lança mão de compulsório, lança mão de reservas, de medidas que permitem aos bancos comprar carteiras de bancos. Você vai tomando várias medidas para atender às demandas e o epicentro disso é crédito", afirmou.

No entanto, Oreiro, da UnB, adverte que a liberação dos compulsórios seria mais eficiente acompanhada de redução mais agressiva da taxa básica de juro. "Uma parte do crédito voltou, depois da forte retração em outubro e novembro. O que deveria ter sido feito junto à liberação do compulsório era uma redução mais drástica da taxa de juro. Sem isso, os bancos pegam as reservas e acabam comprando títulos públicos", explicou o economista.

Na opinião de Pina, as ações de distribuição de crédito via redução do compulsório e a disposição de capital de giro para empresas foram tomadas sem um cuidado maior na operação e não tiveram muito efeito. "O BNDES tem linhas que ficam paradas quase todo o ano, agora é pior ainda. Existem os recursos, mas as empresas e os bancos estão desconfiados. É preciso fazer com que os bancos tenham interesse em emprestar", afirmou o economista da Fecomercio-SP.

Futuro
Mesmo com todas essas medidas, a crise financeira ainda gera incertezas nos setores produtivos do País. Nos últimos meses, o medo do desemprego fez os consumidores adiarem compras. Por sua vez, a queda nas vendas pode obrigar as indústrias a cortarem a produção e demitir funcionários. Contra isso, empresários sugerem redução de jornada e de salários.

"Isto está previsto em lei. A Fiesp simplesmente manteve conversações com entidades sindicais quanto à aplicação daquilo que já está previsto em lei", afirmou Francini.

Segundo a ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff, uma das medidas que assegura um nível de emprego é a manutenção de investimentos no Programa de Aceleração do Crescimento (PAC). "Estamos esperando que a dificuldade ocorra em janeiro, fevereiro e março. Estamos certos que vamos manter o nível de investimento. É isso que funciona, é isso que significa investimento público. Ele funciona como um colchão. Por isso, nós colocamos R$ 100 bilhões no BNDES e a Petrobras ampliou o seu investimento em R$ 120 bilhões", afirmou.

Na mesma linha, Pina explica que a antecipação de gastos do governo substitui parte da demanda retraída do setor privado. "Ele dá o seguinte recado: não vou estourar as contas públicas, mas concentrar em um momento em que a demanda privada está pequena. Mas o governo não tem fôlego suficiente para fazer o papel de toda demanda", ressaltou. O economista da Fecomercio lembrou que a entidade já pleiteou junto ao governo isenções para transferência de imóveis e de automóveis, além de retirar o IPVA para veículos novos.

Já Oreiro foca suas propostas na capitalização do Banco do Brasil e da Caixa Econômica Federal pelo Tesouro para atender a demanda de crédito para capital de giro e reduzir o spread. "Aumentando o empréstimo e reduzindo as taxas, os dois vão forçar os bancos privados a acompanhar o movimento, até para não perderem participação no mercado", explicou o economista da UnB.

Até o Carnaval, o governou prometeu detalhar um pacote de incentivos para a construção de até um milhão de casas populares, direcionado a famílias com renda de até dez salários mínimos. "Estamos atentos a tudo o que está acontecendo e novas medidas serão tomadas caso haja uma avaliação de que sejam necessárias", disse o ministro da Fazenda, Guido Mantega, na última sexta-feira.
17:11
Anónimo disse...
Ex-ministro critica extensão do seguro-desemprego

Atualizada às 09h03

O ex-ministro do Trabalho Almir Pazzianotto criticou a decisão do governo federal de conceder o seguro-desemprego estendido a apenas alguns setores. "É certamente odioso e provavelmente inconstitucional", disse Pazzianotto, de acordo com o jornal O Estado de S. Paulo.

Na última qurta, dia do anúncio da medida, centrais sindicais elogiaram a atitude do governo. A Força Sindical divulgou nota dizendo que "o aumento ajudará a aquecer parte da economia, já que irá gerar mais consumo, produção e conseqüentemente, a criação de novos postos de trabalho". A União Geral dos Trabalhadores (UGT) afirmou que a medida "contribuirá para minimizar o drama dos trabalhadores que perderem seu emprego por conta da crise".

O ex-ministro, que instituiu o seguro-desemprego no País no governo de José Sarney, destacou a necessidade de as centrais sindicais se manifestarem contra a determinação. Para ele, as mudanças devem ser aplicadas a todas as categorias profissionais e a distinção é contrária ao artigo 3º da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT).

Pazzianotto atribui a medida a um possível temor do governo de que a crise econômica seja longa e não haja dinheiro para atender a todas as necessidades. Ainda assim, ele se mostra contrário ao método de concessão. "O seguro-desemprego ajuda a sanar necessidades básicas. Estendê-lo é paliativo, não a solução", disse ao jornal.

De acordo com o presidente do Conselho Deliberativo do Fundo de Amparo ao Trabalhador (Codefat) e conselheiro da Força Sindical, Luiz Fernando Emediato, a determinação já estava prevista na lei 8.900/94, que trata do seguro-desemprego.

O presidente da Comissão de Trabalho da Câmara, Pedro Fernandes (PTB-MA) vai além na crítica à concessão do seguro para apenas alguns setores. Ele acredita que a ampliação do benefício estimula o desemprego.

Quintino Severo, secretário geral da Central Única dos Trabalhadores (CUT), lembra que a ampliação do benefício sem critério e identificação pode incentivar demissões em outros setores.

Anónimo disse...

Os bombeiros combatem neste sábado os incêndios na Austrália favorecidos pelo bom tempo, enquanto os deslocados encotram em seu retorno casas derruídas, carros queimados nas ruas e destruição.

Depois de sete dias desde que começaram os incêndios no Estado de Victoria, a lista de mortos chega a 181, os desaparecidos somam 50, os edifícios destruídos totalizam 1,834 mil e o terreno arrasado, principalmente florestas, ocupa uma área de 4,13 mil quilômetros quadrados.

As equipes de bombeiros, formadas por 4 mil profissionais de Victoria, de outras partes da Austrália e de países amigos, combateram hoje 12 focos fora de controle e nenhum representava uma ameaça direta para a população.

O subdiretor do Serviço de Bombeiros, Geoff Conway, disse que este tempo favorável, que se prolongará durante o domingo, permite consolidar as linhas de contenção e avançar na extinção das chamas.

Cinzas apareceram arrastadas por ventos do nordeste sobre Melbourne, onde habitam 3,8 milhões de pessoas, e as autoridades alertaram aos cidadãos do risco para a saúde de idosos, crianças e pessoas com problemas respiratórios.

O número de pessoas deslocadas - a Cruz Vermelha chegou a receber 7 mil - começou a cair com a abertura de algumas localidades atingidas.

Os incêndios, alguns criminosos, começaram em 7 de fevereiro, quando a região sul da Austrália estava há duas semanas sob uma onda de calor sem precedentes.

Na sexta-feira passada, a polícia acusou uma pessoa de ter provocado o incêndio que atingiu a localidade de Churchill e matou 21 pessoas.
16:55
Anónimo disse...
A primeira chuva em seis dias reduziu a ameaça de incêndios no Estado de Victoria, ao sul da Austrália. As autoridades, porém, advertiram que ainda existem 12 focos, mas que nenhum deles ameaça áreas povoadas.

Mais de quatro mil bombeiros, mil provenientes de outras partes do país e de outras nações, trabalham contra o fogo. Cerca de 600 veículos e 28 helicópteros e pequenos aviões estão sendo usados.


Eles conseguiram construir linhas de contenção para evitar os incêndios de Yarra e Maroondah se juntassem. Também foram controlados os incêndios abertos de Yea e Murrindindi, que ameaçavam as comunidades de Connellys Creek, Crystal Creek, Scrubby Creek e Native Dog Creek.

O número de mortos chegou a 181, mas as autoridades acreditam que as vítimas devem passar de 200, já que ainda há muitos desaparecidos.
16:55
Anónimo disse...
Aqui nesta coluna, na semana passada, tive a oportunidade de comentar sobre a recente visita do professor brasileiro Pedrinho Guareschi à Austrália. Não dei, porém, os fatos, pois semana passada o assunto era outro.

Hoje, porém, vamos a eles.

No último dia 4 de fevereiro, aconteceu o Seminário "Paulo Freire: Education and Liberation", organizado pelo centro de estudos latino-americanos da Universidade Nacional da Austrália, ou ANU, como é mais conhecida por aqui.

A ANU, para quem não sabe, está entre as 20 melhores universidades do mundo! E tem sede aqui em Camberra, capital da Austrália.

Na abertura do evento, o professor John Minns, diretor do centro latino-americano, ao dar boas-vindas ao público presente, lembrou ser aquele o primeiro seminário exclusivamente dedicado a Paulo Freire na Austrália.

Em seguida, convidou Pedrinho Guareschi, palestrante principal do Seminário, a fazer sua apresentação.

A plateia pode então conhecer, pelas palavras de Pedrinho, um pouco da obra e da vida de Freire, esse brasileiro de fé e valor, que sempre acreditou na educação, sobretudo dos menos favorecidos, analfabetos, como força libertadora.

Como não podia deixar de ser, os conceitos e ideias revolucionários de Paulo Freire, expostos com clareza por Pedrinho, despertaram o interesse e a curiosidade de plateia. A qual, deve-se notar, era na maioria de estudantes, mas de várias nacionalidades, sobretudo australianos e asiáticos.

Na continuação do programa do seminário, que se estendeu por dois dias, outros professores fizeram palestras sobre temas ligados à obra de Paulo Freire.

Interessante, por exemplo, saber que a professora Anne Hickling-Hudson, jamaicana que mora na Austrália há muitos anos (é professora da ANU), conheceu e trabalhou com Freire num workshop educacional durante a revolução na Ilha de Granada, em 1980, antes da invasão dos Estados Unidos...

Ou, então, a palestra da Professora Gerda Roelvink, da Nova Zelândia, que participou do Fórum Social de Porto Alegre em 2005. E essa participação transformou-se em tema de doutorado.

No dia 10, terça-feira passada, o padre Pedrinho Guareschi voltou a falar ao público australiano em grande auditório localizado no belíssimo campus da ANU. Desta vez, sobre a Teologia da Libertação.

Depois da palestra, John Minns mostrou o filme mexicano "O Crime do Padre Amaro", no qual um dos personagens é um padre católico praticante da Teologia da Libertação.

Mais uma vez, foi grande o intersse da platéia, que pode aprender e conhecer um pouco como se desenvolveu aquele importante movimento católico na América Latina.

Fica, assim, ao Pedrinho, bem como a outros brasileiros estudiosos e de bom coração que saem pelo mundo a divulgar aspectos importantes da cultura brasileira, o respeito e a homenagem desta coluna. E... aquele abraço!
16:57
Anónimo disse...
Amanda Kitts perdeu o braço esquerdo em um acidente de automóvel acontecido três anos atrás, mas hoje em dia ela joga futebol americano com seu filho de 12 anos de idade, troca fraldas e abraça as crianças nas três creches Kiddie Cottage que opera em Knoxville, Tennessee. Kitts, 40 anos, faz tudo isso com a ajuda de um novo tipo de braço artificial que se movimenta com mais facilidade do que outros aparelhos e que ela pode controlar utilizando apenas seus pensamentos.

"Eu sou capaz de mexer a mão, o pulso e o cotovelo ao mesmo tempo", diz. "Você pensa e os músculos se movem em seguida".

A recuperação que ela conseguiu resulta de um novo procedimento que vem atraindo crescente atenção porque permite que pessoas movam braços protéticos de forma mais automática do que faziam no passado, simplesmente utilizando nervos reaproveitados em seus cérebros.

A técnica, conhecida como "renervação muscular dirigida", envolve utilizar os nervos que restam depois da amputação de um braço e conectá-los a outro músculo do corpo, em geral no peito. Eletrodos são instalados sobre os músculos do peito, e operam como se fossem antenas. Quando a pessoa deseja mover o braço, o cérebro envia sinais que primeiro resultam em contração dos músculos do peito, os quais enviam um sinal ao braço protético, instruindo-se a se movimentar. O processo não requer mais esforços consciente do que a pessoa teria de exercitar caso ainda tivesse seu braço natural.

Na terça-feira, pesquisadores reportaram em estudo publicado pela versão online do Journal of the American Medical Association que haviam levado a técnica ainda mais à frente, tornando possível a execução de 10 movimentos de mão, pulso e cotovelo diferentes, o que representa uma substancial melhora com relação ao típico repertório protético, que em geral envolve apenas dobrar o cotovelo, girar o pulso e abrir a mão.

"Os novos métodos tiveram impacto dramático em nosso campo de trabalho", disse Stuart Harshbarger, engenheiro biomédico na Universidade Johns Hopkins e diretor do programa de pesquisa sobre próteses, financiado pelas forças armadas, que inclui o trabalho com essa técnica. "O método já está em uso por médicos e cirurgiões comuns em todo o país. A capacidade de controlar um membro protético bastante robusto que ele confere surpreendeu a todos pela qualidade".

Tipicamente, uma pessoa que tenha um braço protético só é capaz de executar alguns poucos movimentos, e muitas vezes com tamanha lentidão que isso só permite a ela atividades limitadas.

Há um motor separado para cada movimento, diz Gerald Loeb, professor de engenharia biomédica na Universidade do Sul da Califórnia, "e esses motores precisam ser controlados de maneira explícita", usualmente por um esforço consciente da pessoa para contrair músculos nas costas ou no bíceps.

"Essencialmente, até agora os pacientes controlavam apenas um motor de cada vez", diz Loeb, "e precisavam pensar cuidadosamente sobre que motor desejavam controlar e como fazê-lo operar, em lugar de simplesmente pensarem em mover o braço e poderem fazê-lo sem delongas".

Antes que Kitts passasse pelo procedimento de renervação, em outubro de 2007, por exemplo, ela precisava movimentar os músculos de suas costas de determinada maneira para fazer com que seu pulso girasse, e flexionar seu bíceps e tríceps para fazer com que o cotovelo se movesse para cima e para baixo. "Era muito trabalho", ela conta. "E não me ajudava muito".

O procedimento de renervação é parte de uma recente explosão de idéias novas e técnicas inovadoras que estão sendo exploradas enquanto os cientistas se esforçam por ajudar as pessoas a compensar melhor a perda de membros ou problemas de paralisia. O esforço vem sendo alimentado pelo aumento no número de amputações causado por diabetes e por ferimentos sofridos pelos militares, e ao mesmo tempo pelos avanços na tecnologia médica.

Os braços se tornaram um dos focos essenciais desse tipo de trabalho. A ciência há muito vem obtendo sucessos no desenvolvimento de próteses de perna, mas é muito mais difícil imitar a complexidade e a destreza das mãos e dos braços.

Os esforços em curso incluem o desenvolvimento de projetos de pele e braços mais sensíveis e mais flexíveis, e o uso de dispositivos acionados por controles sem fio implantado nos braços protéticos, que permitiriam movimentos mais naturais.

Os pesquisadores também vêm usando sensores implantados nos cérebros de cobaias para permitir que dois macacos controlem um braço mecânico, e um teste com um homem paralítico permitiu, com esse método, que ele movimentasse um cursor em uma tela de computador.

Alguns desses métodos, caso venham a ser aperfeiçoados plenamente e consigam aprovação das autoridades regulatórias da saúde, podem no futuro se tornar mais viáveis para os pacientes de amputações.

E embora a técnica da renervação não requeira aprovação das autoridades regulatórias porque é executada por meios cirúrgicos e emprega aparelhos já existentes, ela apresenta limitações que até mesmo seus criadores reconhecem, entre as quais o fato de que não se pode utilizá-la para todos os pacientes, o seu alto custo e o prazo de meses requerido para que os nervos reconectados cresçam e se tornem efetivos.

Ainda assim, os especialistas dizem que é o mais avançado sistema em uso hoje para pacientes reais que permite que o sistema nervoso controle diretamente o movimento de um braço artificial.

Desde sua introdução por Todd Kuiken, médico fisioterapeuta e engenheiro biomédico do Instituto de Reabilitação de Chicago, o método foi empregado em cerca de 30 pacientes nos Estados Unidos, Canadá e Europa, entre os quais oito soldados feridos no Iraque e no Afeganistão.

Muitos dos pacientes, entre os quais o primeiro, Jesse Sullivan, um operário do setor elétrico no Tennessee que perdeu os dois braços quando foi eletrocutado por um cabo, conseguem não apenas manipular seus braços protéticos mas sentir a presença das mãos que já não têm quando alguém toca em seus peitos.

Sullivan, 62 anos, e Kitts, estavam entre os cinco pacientes que participaram do estudo reportado na terça-feira. Em companhia de cinco outras pessoas que não passaram por amputações, eles receberam os eletrodos e foram instruídos a usar pensamentos para fazer com que um braço virtual na tela reproduzisse 10 movimentos diferentes, entre os quais três formas diferentes de aperto de mão.

Os pacientes apresentaram desempenho bastante respeitável, apenas um pouco mais lento e menos preciso do que os dos participantes que não tinham amputações.

"As velocidades de movimento que encontramos em nossos pacientes foram realmente encorajadoras", disse Kuiken. "Eles conseguiram completar a tarefa. É claro que não foram tão competentes quanto as pessoas dotadas de plena capacidade física, mas foram bons o bastante".

Um braço virtual foi usado porque a maioria das próteses existentes não era capaz de acomodar todos aqueles movimentos, no momento da pesquisa, ainda que Sullivan, Kitts e uma terceira paciente, Claudia Mitchell, tenham experimentado dois novos protótipos mais versáteis de braços artificiais, executando tarefas complexas com bolas de tênis e outros objetos.

O trabalho de renervação em soldados apresenta outros desafios, diz Kuiken, porque os ferimentos militares muitas vezes "causam danos muitos extensos" a nervos, músculos ou ossos.

Daniel Acosta, 25 anos, um aviador ferido pela detonação de uma bomba em uma estrada do Iraque em 2005, passou pelo procedimento no ano passado e diz que seu braço esquerdo protético agora se movimenta "muito mais rápido" e de maneira muito mais natural.

"A diferença é que agora não preciso mais pensar para mover o braço", ele diz. "Ele simplesmente se mexe".

Ainda assim, Acosta, de San Antonio, diz que "o processo foi bastante longo" e que os eletrodos precisam ser ajustados para receber os sinais à medida que os nervos crescem ou mudam de posição.

E embora elogiem o método, os especialistas afirmam que a ciência das próteses de braço ainda tem muito por avançar.

"Trata-se de uma parte crucial, mas ainda assim apenas uma parte, das muitas coisas que compreendem a função normal de um braço", disse Loeb, que escreveu um editorial que acompanha o artigo no Journal of the American Medical Association.

"No momento estamos a meio do caminho entre o braço de 'Dr. Fantástico', que fazia involuntariamente a saudação nazista, e o braço de Luke Skywalker em 'Guerra nas Estrelas', que funciona sem nenhum problema assim que é conectado. Creio que precisaremos ainda de muitos anos para conectar todas as peças necessárias a produzir um braço capaz de funcionar normalmente".
17:04
Anónimo disse...
A Espanha disse neste sábado que está preparando uma reclamação oficial contra a decisão da Venezuela de expulsar um membro do Parlamento Europeu que criticou o conselho eleitoral venezuelano.
Luis Herrero, membro do partido conservador espanhol PP, foi deportado na sexta-feira depois que o Conselho Nacional Eleitoral (CNE) o acusou de questionar a imparcialidade da instituição antes de um referendo que pode permitir ao presidente Hugo Chávez permanecer no cargo indefinidamente.

Herrero estava na Venezuela como observador do referendo. Ele acusou Chávez de ter "comportamentos típicos de um ditador" por pedir a contenção de manifestações da oposição.

O governo da Espanha convocou um encontro com o embaixador da Venezuela em Madri para expressar a desaprovação sobre a expulsão de Herrero, disse um representante do Ministério das Relações Exteriores espanhol.

As relações da Venezuela com a Espanha tiveram seu ponto crítico em 2007, quando Chávez ameaçou rever acordos diplomáticos e comerciais depois de ouvir um "cala a boca" do rei espanhol Juan Carlos durante uma cúpula.

A fenda foi oficialmente reparada em 2008, com uma visita oficial de Chávez à Espanha, onde ele cumprimentou o rei e discutiu acordos para investimento no setor petroquímico com o primeiro-ministro José Luis Rodriguez Zapatero.
17:06
Anónimo disse...
A polícia do Zimbábue anunciou neste sábado que acusa de traição Roy Bennett, dirigente do até agora opositor Movimento para a Mudança Democrática (MDC), detido na sexta-feira, em Harare, poucas horas antes da cerimônia de posse dos membros do novo gabinete.

"A Polícia nos informou que vão apresentar acusações de traição", disse à agência EFE o advogado de defesa de Bennett, Trust Maanda.

"Tentam relacionar Roy com o caso de Mike Hitschmann, que foi detido em 2006 em relação à descoberta de um carregamento de armas, apesar de que Hitschmann não tenha sido declarado culpado das acusações de traição apresentadas contra ele, mas de um crime menor de descumprimento de leis", disse Maanda.

O político opositor, designado por seu partido como vice-ministro de Agricultura no Governo de união nacional, esteve no exílio na vizinha África do Sul desde 2006 e retornou ao Zimbábue há duas semanas.

Segundo a Polícia, que deteve Bennett ontem no aeroporto de Harare quando pretendia ir à África do Sul para visitar sua família, as armas apreendidas em 2006 seriam utilizadas em um golpe de Estado para derrubar o presidente do Zimbábue, Robert Mugabe.

Depois da detenção, Bennet foi levado a Mutar, onde vários simpatizantes do MDC se concentraram em frente à delegacia na qual estava detido, diante do que a Polícia respondeu com tiros para o alto para dispersar os manifestantes.
17:07
Anónimo disse...
Austrália: 14 mil se candidatam a 'emprego dos sonhos'

A secretaria de Turismo de Queensland, na Austrália, informou que até esta segunda-feira já recebeu cerca de 14 mil inscrições para o "o melhor emprego do mundo". O Estado australiano promove pela internet seleção para vaga de "zelador" da ilha Hamilton, por seis meses com um salário de R$ 40 mil.

Muitos candidatos tiveram problemas durante a inscrição por conta dos acessos simultâneos ao site. A secretaria aconselha enviar os vídeos de 60s explicando porque deve ser escolhido em horários alternativos do dia, além de recomendar tamanho em torno de 40MB.

As inscrições começaram em 12 de janeiro e vão até o próximo dia 22 e podem ser feitas pelo site www.islandreefjob.com. O governo australiano escolherá 50 candidatos para a próxima fase da seleção, que terá votos do público para eleger um dos 11 finalistas.

A última fase terá entrevistas e desafios físicos, no próprio local de trabalho: as ilhas da Grande Barreira Coralina - o maior recife de coral do mundo. A secretaria de Turismo anunciará o vencedor no dia 6 de maio.
17:09
Anónimo disse...
Mercado elogia governo na crise, mas pede maior queda no juro

Peter Fussy
Direto de São Paulo

Desde as primeiras medidas anunciadas para combater os efeitos da crise, o governo brasileiro avisou que a estratégia não contemplaria um pacote. Seriam doses pontuais, de acordo com a necessidade da economia diante do agravamento das turbulências. Da primeira liberação dos depósitos compulsórios em setembro até a ampliação do seguro-desemprego na última quarta-feira, o governo passou por redução de impostos, ampliação de crédito e incentivos à exportação. Quase 150 dias após a primeira medida, o Terra conversou com líderes do setor público e privado, representantes dos trabalhadores, acadêmicos e com o próprio governo para saber quais destas ações foram mais eficazes, quais foram mais ineficientes e o que mais pode ser feito pelo Estado brasileiro contra a crise.

Os maiores elogios foram direcionados à atitude de reduzir o Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) para a indústria automobilística, anunciada em dezembro e que fez com que os emplacamentos de carros novos subissem 1,9% no primeiro mês do ano em relação a dezembro de 2008. Já as maiores críticas foram para a lentidão no corte da taxa básica de juro do País.

Para o presidente do conselho administrativo do Grupo Pão de Açúcar, Abílio Diniz, o Estado não é responsável pela crise e mesmo assim está agindo "com extrema serenidade e muito acerto". "O governo está atento, fazendo a sua parte. É preciso coragem de baixar firmemente a taxa de juros. É uma arma que temos a nosso favor, já que não há clima para inflação, nem possibilidade de danos para a macroeconomia", afirmou Diniz.

Na última reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), em janeiro, a taxa Selic foi reduzida em um ponto percentual, de 13,75% para 12,75% ao ano. Porém, o professor de economia da Universidade de Brasília (UnB) José Luiz Oreiro lembra que este corte representa uma redução de apenas 0,25 ponto percentual com relação à taxa de setembro do ano passado, quando a crise se agravou.

"Pouco antes da eclosão da crise, o Banco Central aumentou a taxa em 0,75 ponto. Foram cinco meses de demora para reduzir em termos líquidos apenas 0,25 ponto", afirmou o economista, que também sugeriu redução do intervalo de cerca de 90 dias entre as reuniões do Copom e o corte de pelo menos um 1 ponto percentual em cada reunião.

Mesmo com o corte de janeiro, a taxa de juros real continua sendo a maior do mundo, lembrou o secretário-geral da Força Sindical, João Carlos Gonçalves, o Juruna. "A redução da taxa de juro ainda é pequena, porque ela continua uma das mais altas do mundo. Falta ousadia para baixar os juros e ajudar o cidadão. A permanência da taxa de juro alta é negativa para o País em meio a crise", afirmou Juruna.

Embora aprove as ações do governo, o senador Aloízio Mercadante (PT-SP) também acredita que o patamar da Selic está muito alto. "Sempre fomos os primeiros a entrar em qualquer crise, o que não aconteceu agora. A taxa Selic ainda é muito alta, mas o governo têm tomado medidas acertadas, como o aumento do salário mínimo, mesmo com um cenário de crise. Isso ajuda a movimentar o consumo. O governo está se esforçando para manter os investimentos e o crescimento", disse.

Tributos
De acordo com o economista Fabio Pina, da Fecomercio-SP, as ações mais positivas estão relacionadas à redução de tributos para alguns segmentos, como a indústria automobilística, que recuperou parte da queda nas vendas em janeiro com a isenção do IPI para carros 1.0 l e o corte para demais motorizações. A medida vale até o final de março.

"Essas medidas não só reduziram o preço, mas anteciparam o consumo daqueles que iriam comprar no futuro, dando um prêmio por conta da insegurança. Mexe diretamente com o principal problema que é a confiança do consumidor", afirmou. Juruna destacou que um bom ritmo de vendas é garantia de emprego. "É importante porque cada emprego na montadora significa 19 na cadeia produtiva", comentou o representante da Força Sindical.

Também em dezembro, o governo decidiu cortar pela metade a alíquota do Imposto de Renda para contribuintes que ganham entre R$ 1.434 e R$ 2.150 mensais. "O salário aumentava e a tabela não se modificava. As pessoas ganhavam mais e pagavam mais impostos", apontou Juruna. Outra redução de tributos do governo foi com relação ao Imposto sobre Operações Financeiras (IOF), que caiu de 3% ao ano para 1,5%.

Crédito
Na segunda metade de 2008, o colapso de bancos nos Estados Unidos por conta da crise do subprime provocou uma forte restrição de crédito no mundo inteiro. Uma das primeiras medidas anticrise do governo teve como objetivo restabelecer a oferta, com mudanças no recolhimento dos depósitos compulsórios por parte dos bancos. Segundo o presidente do Banco Central, Henrique Meirelles, as diversas modificações liberaram US$ 99,2 bilhões aos bancos até o final de janeiro.

Além disso, o governo concedeu R$ 36 bilhões das reservas internacionais para empresas brasileiras com dívidas no exterior e uma medida provisória autorizou o Banco do Brasil e a Caixa Econômica Federal a comprar carteiras de crédito de bancos privados. Para o diretor do Departamento de Pesquisas e Estudos Econômicos da Fiesp, Paulo Francini, estas medidas foram essenciais para combater os efeitos da crise.

"A crise se desenvolve no mundo em torno do tema crédito. E o crédito reduziu-se barbaridade no mundo. Então o governo lança mão de compulsório, lança mão de reservas, de medidas que permitem aos bancos comprar carteiras de bancos. Você vai tomando várias medidas para atender às demandas e o epicentro disso é crédito", afirmou.

No entanto, Oreiro, da UnB, adverte que a liberação dos compulsórios seria mais eficiente acompanhada de redução mais agressiva da taxa básica de juro. "Uma parte do crédito voltou, depois da forte retração em outubro e novembro. O que deveria ter sido feito junto à liberação do compulsório era uma redução mais drástica da taxa de juro. Sem isso, os bancos pegam as reservas e acabam comprando títulos públicos", explicou o economista.

Na opinião de Pina, as ações de distribuição de crédito via redução do compulsório e a disposição de capital de giro para empresas foram tomadas sem um cuidado maior na operação e não tiveram muito efeito. "O BNDES tem linhas que ficam paradas quase todo o ano, agora é pior ainda. Existem os recursos, mas as empresas e os bancos estão desconfiados. É preciso fazer com que os bancos tenham interesse em emprestar", afirmou o economista da Fecomercio-SP.

Futuro
Mesmo com todas essas medidas, a crise financeira ainda gera incertezas nos setores produtivos do País. Nos últimos meses, o medo do desemprego fez os consumidores adiarem compras. Por sua vez, a queda nas vendas pode obrigar as indústrias a cortarem a produção e demitir funcionários. Contra isso, empresários sugerem redução de jornada e de salários.

"Isto está previsto em lei. A Fiesp simplesmente manteve conversações com entidades sindicais quanto à aplicação daquilo que já está previsto em lei", afirmou Francini.

Segundo a ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff, uma das medidas que assegura um nível de emprego é a manutenção de investimentos no Programa de Aceleração do Crescimento (PAC). "Estamos esperando que a dificuldade ocorra em janeiro, fevereiro e março. Estamos certos que vamos manter o nível de investimento. É isso que funciona, é isso que significa investimento público. Ele funciona como um colchão. Por isso, nós colocamos R$ 100 bilhões no BNDES e a Petrobras ampliou o seu investimento em R$ 120 bilhões", afirmou.

Na mesma linha, Pina explica que a antecipação de gastos do governo substitui parte da demanda retraída do setor privado. "Ele dá o seguinte recado: não vou estourar as contas públicas, mas concentrar em um momento em que a demanda privada está pequena. Mas o governo não tem fôlego suficiente para fazer o papel de toda demanda", ressaltou. O economista da Fecomercio lembrou que a entidade já pleiteou junto ao governo isenções para transferência de imóveis e de automóveis, além de retirar o IPVA para veículos novos.

Já Oreiro foca suas propostas na capitalização do Banco do Brasil e da Caixa Econômica Federal pelo Tesouro para atender a demanda de crédito para capital de giro e reduzir o spread. "Aumentando o empréstimo e reduzindo as taxas, os dois vão forçar os bancos privados a acompanhar o movimento, até para não perderem participação no mercado", explicou o economista da UnB.

Até o Carnaval, o governou prometeu detalhar um pacote de incentivos para a construção de até um milhão de casas populares, direcionado a famílias com renda de até dez salários mínimos. "Estamos atentos a tudo o que está acontecendo e novas medidas serão tomadas caso haja uma avaliação de que sejam necessárias", disse o ministro da Fazenda, Guido Mantega, na última sexta-feira.
17:11
Anónimo disse...
Ex-ministro critica extensão do seguro-desemprego

Atualizada às 09h03

O ex-ministro do Trabalho Almir Pazzianotto criticou a decisão do governo federal de conceder o seguro-desemprego estendido a apenas alguns setores. "É certamente odioso e provavelmente inconstitucional", disse Pazzianotto, de acordo com o jornal O Estado de S. Paulo.

Na última qurta, dia do anúncio da medida, centrais sindicais elogiaram a atitude do governo. A Força Sindical divulgou nota dizendo que "o aumento ajudará a aquecer parte da economia, já que irá gerar mais consumo, produção e conseqüentemente, a criação de novos postos de trabalho". A União Geral dos Trabalhadores (UGT) afirmou que a medida "contribuirá para minimizar o drama dos trabalhadores que perderem seu emprego por conta da crise".

O ex-ministro, que instituiu o seguro-desemprego no País no governo de José Sarney, destacou a necessidade de as centrais sindicais se manifestarem contra a determinação. Para ele, as mudanças devem ser aplicadas a todas as categorias profissionais e a distinção é contrária ao artigo 3º da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT).

Pazzianotto atribui a medida a um possível temor do governo de que a crise econômica seja longa e não haja dinheiro para atender a todas as necessidades. Ainda assim, ele se mostra contrário ao método de concessão. "O seguro-desemprego ajuda a sanar necessidades básicas. Estendê-lo é paliativo, não a solução", disse ao jornal.

De acordo com o presidente do Conselho Deliberativo do Fundo de Amparo ao Trabalhador (Codefat) e conselheiro da Força Sindical, Luiz Fernando Emediato, a determinação já estava prevista na lei 8.900/94, que trata do seguro-desemprego.

O presidente da Comissão de Trabalho da Câmara, Pedro Fernandes (PTB-MA) vai além na crítica à concessão do seguro para apenas alguns setores. Ele acredita que a ampliação do benefício estimula o desemprego.

Quintino Severo, secretário geral da Central Única dos Trabalhadores (CUT), lembra que a ampliação do benefício sem critério e identificação pode incentivar demissões em outros setores.

Anónimo disse...

Os bombeiros combatem neste sábado os incêndios na Austrália favorecidos pelo bom tempo, enquanto os deslocados encotram em seu retorno casas derruídas, carros queimados nas ruas e destruição.

Depois de sete dias desde que começaram os incêndios no Estado de Victoria, a lista de mortos chega a 181, os desaparecidos somam 50, os edifícios destruídos totalizam 1,834 mil e o terreno arrasado, principalmente florestas, ocupa uma área de 4,13 mil quilômetros quadrados.

As equipes de bombeiros, formadas por 4 mil profissionais de Victoria, de outras partes da Austrália e de países amigos, combateram hoje 12 focos fora de controle e nenhum representava uma ameaça direta para a população.

O subdiretor do Serviço de Bombeiros, Geoff Conway, disse que este tempo favorável, que se prolongará durante o domingo, permite consolidar as linhas de contenção e avançar na extinção das chamas.

Cinzas apareceram arrastadas por ventos do nordeste sobre Melbourne, onde habitam 3,8 milhões de pessoas, e as autoridades alertaram aos cidadãos do risco para a saúde de idosos, crianças e pessoas com problemas respiratórios.

O número de pessoas deslocadas - a Cruz Vermelha chegou a receber 7 mil - começou a cair com a abertura de algumas localidades atingidas.

Os incêndios, alguns criminosos, começaram em 7 de fevereiro, quando a região sul da Austrália estava há duas semanas sob uma onda de calor sem precedentes.

Na sexta-feira passada, a polícia acusou uma pessoa de ter provocado o incêndio que atingiu a localidade de Churchill e matou 21 pessoas.
16:55
Anónimo disse...
A primeira chuva em seis dias reduziu a ameaça de incêndios no Estado de Victoria, ao sul da Austrália. As autoridades, porém, advertiram que ainda existem 12 focos, mas que nenhum deles ameaça áreas povoadas.

Mais de quatro mil bombeiros, mil provenientes de outras partes do país e de outras nações, trabalham contra o fogo. Cerca de 600 veículos e 28 helicópteros e pequenos aviões estão sendo usados.


Eles conseguiram construir linhas de contenção para evitar os incêndios de Yarra e Maroondah se juntassem. Também foram controlados os incêndios abertos de Yea e Murrindindi, que ameaçavam as comunidades de Connellys Creek, Crystal Creek, Scrubby Creek e Native Dog Creek.

O número de mortos chegou a 181, mas as autoridades acreditam que as vítimas devem passar de 200, já que ainda há muitos desaparecidos.
16:55
Anónimo disse...
Aqui nesta coluna, na semana passada, tive a oportunidade de comentar sobre a recente visita do professor brasileiro Pedrinho Guareschi à Austrália. Não dei, porém, os fatos, pois semana passada o assunto era outro.

Hoje, porém, vamos a eles.

No último dia 4 de fevereiro, aconteceu o Seminário "Paulo Freire: Education and Liberation", organizado pelo centro de estudos latino-americanos da Universidade Nacional da Austrália, ou ANU, como é mais conhecida por aqui.

A ANU, para quem não sabe, está entre as 20 melhores universidades do mundo! E tem sede aqui em Camberra, capital da Austrália.

Na abertura do evento, o professor John Minns, diretor do centro latino-americano, ao dar boas-vindas ao público presente, lembrou ser aquele o primeiro seminário exclusivamente dedicado a Paulo Freire na Austrália.

Em seguida, convidou Pedrinho Guareschi, palestrante principal do Seminário, a fazer sua apresentação.

A plateia pode então conhecer, pelas palavras de Pedrinho, um pouco da obra e da vida de Freire, esse brasileiro de fé e valor, que sempre acreditou na educação, sobretudo dos menos favorecidos, analfabetos, como força libertadora.

Como não podia deixar de ser, os conceitos e ideias revolucionários de Paulo Freire, expostos com clareza por Pedrinho, despertaram o interesse e a curiosidade de plateia. A qual, deve-se notar, era na maioria de estudantes, mas de várias nacionalidades, sobretudo australianos e asiáticos.

Na continuação do programa do seminário, que se estendeu por dois dias, outros professores fizeram palestras sobre temas ligados à obra de Paulo Freire.

Interessante, por exemplo, saber que a professora Anne Hickling-Hudson, jamaicana que mora na Austrália há muitos anos (é professora da ANU), conheceu e trabalhou com Freire num workshop educacional durante a revolução na Ilha de Granada, em 1980, antes da invasão dos Estados Unidos...

Ou, então, a palestra da Professora Gerda Roelvink, da Nova Zelândia, que participou do Fórum Social de Porto Alegre em 2005. E essa participação transformou-se em tema de doutorado.

No dia 10, terça-feira passada, o padre Pedrinho Guareschi voltou a falar ao público australiano em grande auditório localizado no belíssimo campus da ANU. Desta vez, sobre a Teologia da Libertação.

Depois da palestra, John Minns mostrou o filme mexicano "O Crime do Padre Amaro", no qual um dos personagens é um padre católico praticante da Teologia da Libertação.

Mais uma vez, foi grande o intersse da platéia, que pode aprender e conhecer um pouco como se desenvolveu aquele importante movimento católico na América Latina.

Fica, assim, ao Pedrinho, bem como a outros brasileiros estudiosos e de bom coração que saem pelo mundo a divulgar aspectos importantes da cultura brasileira, o respeito e a homenagem desta coluna. E... aquele abraço!
16:57
Anónimo disse...
Amanda Kitts perdeu o braço esquerdo em um acidente de automóvel acontecido três anos atrás, mas hoje em dia ela joga futebol americano com seu filho de 12 anos de idade, troca fraldas e abraça as crianças nas três creches Kiddie Cottage que opera em Knoxville, Tennessee. Kitts, 40 anos, faz tudo isso com a ajuda de um novo tipo de braço artificial que se movimenta com mais facilidade do que outros aparelhos e que ela pode controlar utilizando apenas seus pensamentos.

"Eu sou capaz de mexer a mão, o pulso e o cotovelo ao mesmo tempo", diz. "Você pensa e os músculos se movem em seguida".

A recuperação que ela conseguiu resulta de um novo procedimento que vem atraindo crescente atenção porque permite que pessoas movam braços protéticos de forma mais automática do que faziam no passado, simplesmente utilizando nervos reaproveitados em seus cérebros.

A técnica, conhecida como "renervação muscular dirigida", envolve utilizar os nervos que restam depois da amputação de um braço e conectá-los a outro músculo do corpo, em geral no peito. Eletrodos são instalados sobre os músculos do peito, e operam como se fossem antenas. Quando a pessoa deseja mover o braço, o cérebro envia sinais que primeiro resultam em contração dos músculos do peito, os quais enviam um sinal ao braço protético, instruindo-se a se movimentar. O processo não requer mais esforços consciente do que a pessoa teria de exercitar caso ainda tivesse seu braço natural.

Na terça-feira, pesquisadores reportaram em estudo publicado pela versão online do Journal of the American Medical Association que haviam levado a técnica ainda mais à frente, tornando possível a execução de 10 movimentos de mão, pulso e cotovelo diferentes, o que representa uma substancial melhora com relação ao típico repertório protético, que em geral envolve apenas dobrar o cotovelo, girar o pulso e abrir a mão.

"Os novos métodos tiveram impacto dramático em nosso campo de trabalho", disse Stuart Harshbarger, engenheiro biomédico na Universidade Johns Hopkins e diretor do programa de pesquisa sobre próteses, financiado pelas forças armadas, que inclui o trabalho com essa técnica. "O método já está em uso por médicos e cirurgiões comuns em todo o país. A capacidade de controlar um membro protético bastante robusto que ele confere surpreendeu a todos pela qualidade".

Tipicamente, uma pessoa que tenha um braço protético só é capaz de executar alguns poucos movimentos, e muitas vezes com tamanha lentidão que isso só permite a ela atividades limitadas.

Há um motor separado para cada movimento, diz Gerald Loeb, professor de engenharia biomédica na Universidade do Sul da Califórnia, "e esses motores precisam ser controlados de maneira explícita", usualmente por um esforço consciente da pessoa para contrair músculos nas costas ou no bíceps.

"Essencialmente, até agora os pacientes controlavam apenas um motor de cada vez", diz Loeb, "e precisavam pensar cuidadosamente sobre que motor desejavam controlar e como fazê-lo operar, em lugar de simplesmente pensarem em mover o braço e poderem fazê-lo sem delongas".

Antes que Kitts passasse pelo procedimento de renervação, em outubro de 2007, por exemplo, ela precisava movimentar os músculos de suas costas de determinada maneira para fazer com que seu pulso girasse, e flexionar seu bíceps e tríceps para fazer com que o cotovelo se movesse para cima e para baixo. "Era muito trabalho", ela conta. "E não me ajudava muito".

O procedimento de renervação é parte de uma recente explosão de idéias novas e técnicas inovadoras que estão sendo exploradas enquanto os cientistas se esforçam por ajudar as pessoas a compensar melhor a perda de membros ou problemas de paralisia. O esforço vem sendo alimentado pelo aumento no número de amputações causado por diabetes e por ferimentos sofridos pelos militares, e ao mesmo tempo pelos avanços na tecnologia médica.

Os braços se tornaram um dos focos essenciais desse tipo de trabalho. A ciência há muito vem obtendo sucessos no desenvolvimento de próteses de perna, mas é muito mais difícil imitar a complexidade e a destreza das mãos e dos braços.

Os esforços em curso incluem o desenvolvimento de projetos de pele e braços mais sensíveis e mais flexíveis, e o uso de dispositivos acionados por controles sem fio implantado nos braços protéticos, que permitiriam movimentos mais naturais.

Os pesquisadores também vêm usando sensores implantados nos cérebros de cobaias para permitir que dois macacos controlem um braço mecânico, e um teste com um homem paralítico permitiu, com esse método, que ele movimentasse um cursor em uma tela de computador.

Alguns desses métodos, caso venham a ser aperfeiçoados plenamente e consigam aprovação das autoridades regulatórias da saúde, podem no futuro se tornar mais viáveis para os pacientes de amputações.

E embora a técnica da renervação não requeira aprovação das autoridades regulatórias porque é executada por meios cirúrgicos e emprega aparelhos já existentes, ela apresenta limitações que até mesmo seus criadores reconhecem, entre as quais o fato de que não se pode utilizá-la para todos os pacientes, o seu alto custo e o prazo de meses requerido para que os nervos reconectados cresçam e se tornem efetivos.

Ainda assim, os especialistas dizem que é o mais avançado sistema em uso hoje para pacientes reais que permite que o sistema nervoso controle diretamente o movimento de um braço artificial.

Desde sua introdução por Todd Kuiken, médico fisioterapeuta e engenheiro biomédico do Instituto de Reabilitação de Chicago, o método foi empregado em cerca de 30 pacientes nos Estados Unidos, Canadá e Europa, entre os quais oito soldados feridos no Iraque e no Afeganistão.

Muitos dos pacientes, entre os quais o primeiro, Jesse Sullivan, um operário do setor elétrico no Tennessee que perdeu os dois braços quando foi eletrocutado por um cabo, conseguem não apenas manipular seus braços protéticos mas sentir a presença das mãos que já não têm quando alguém toca em seus peitos.

Sullivan, 62 anos, e Kitts, estavam entre os cinco pacientes que participaram do estudo reportado na terça-feira. Em companhia de cinco outras pessoas que não passaram por amputações, eles receberam os eletrodos e foram instruídos a usar pensamentos para fazer com que um braço virtual na tela reproduzisse 10 movimentos diferentes, entre os quais três formas diferentes de aperto de mão.

Os pacientes apresentaram desempenho bastante respeitável, apenas um pouco mais lento e menos preciso do que os dos participantes que não tinham amputações.

"As velocidades de movimento que encontramos em nossos pacientes foram realmente encorajadoras", disse Kuiken. "Eles conseguiram completar a tarefa. É claro que não foram tão competentes quanto as pessoas dotadas de plena capacidade física, mas foram bons o bastante".

Um braço virtual foi usado porque a maioria das próteses existentes não era capaz de acomodar todos aqueles movimentos, no momento da pesquisa, ainda que Sullivan, Kitts e uma terceira paciente, Claudia Mitchell, tenham experimentado dois novos protótipos mais versáteis de braços artificiais, executando tarefas complexas com bolas de tênis e outros objetos.

O trabalho de renervação em soldados apresenta outros desafios, diz Kuiken, porque os ferimentos militares muitas vezes "causam danos muitos extensos" a nervos, músculos ou ossos.

Daniel Acosta, 25 anos, um aviador ferido pela detonação de uma bomba em uma estrada do Iraque em 2005, passou pelo procedimento no ano passado e diz que seu braço esquerdo protético agora se movimenta "muito mais rápido" e de maneira muito mais natural.

"A diferença é que agora não preciso mais pensar para mover o braço", ele diz. "Ele simplesmente se mexe".

Ainda assim, Acosta, de San Antonio, diz que "o processo foi bastante longo" e que os eletrodos precisam ser ajustados para receber os sinais à medida que os nervos crescem ou mudam de posição.

E embora elogiem o método, os especialistas afirmam que a ciência das próteses de braço ainda tem muito por avançar.

"Trata-se de uma parte crucial, mas ainda assim apenas uma parte, das muitas coisas que compreendem a função normal de um braço", disse Loeb, que escreveu um editorial que acompanha o artigo no Journal of the American Medical Association.

"No momento estamos a meio do caminho entre o braço de 'Dr. Fantástico', que fazia involuntariamente a saudação nazista, e o braço de Luke Skywalker em 'Guerra nas Estrelas', que funciona sem nenhum problema assim que é conectado. Creio que precisaremos ainda de muitos anos para conectar todas as peças necessárias a produzir um braço capaz de funcionar normalmente".
17:04
Anónimo disse...
A Espanha disse neste sábado que está preparando uma reclamação oficial contra a decisão da Venezuela de expulsar um membro do Parlamento Europeu que criticou o conselho eleitoral venezuelano.
Luis Herrero, membro do partido conservador espanhol PP, foi deportado na sexta-feira depois que o Conselho Nacional Eleitoral (CNE) o acusou de questionar a imparcialidade da instituição antes de um referendo que pode permitir ao presidente Hugo Chávez permanecer no cargo indefinidamente.

Herrero estava na Venezuela como observador do referendo. Ele acusou Chávez de ter "comportamentos típicos de um ditador" por pedir a contenção de manifestações da oposição.

O governo da Espanha convocou um encontro com o embaixador da Venezuela em Madri para expressar a desaprovação sobre a expulsão de Herrero, disse um representante do Ministério das Relações Exteriores espanhol.

As relações da Venezuela com a Espanha tiveram seu ponto crítico em 2007, quando Chávez ameaçou rever acordos diplomáticos e comerciais depois de ouvir um "cala a boca" do rei espanhol Juan Carlos durante uma cúpula.

A fenda foi oficialmente reparada em 2008, com uma visita oficial de Chávez à Espanha, onde ele cumprimentou o rei e discutiu acordos para investimento no setor petroquímico com o primeiro-ministro José Luis Rodriguez Zapatero.
17:06
Anónimo disse...
A polícia do Zimbábue anunciou neste sábado que acusa de traição Roy Bennett, dirigente do até agora opositor Movimento para a Mudança Democrática (MDC), detido na sexta-feira, em Harare, poucas horas antes da cerimônia de posse dos membros do novo gabinete.

"A Polícia nos informou que vão apresentar acusações de traição", disse à agência EFE o advogado de defesa de Bennett, Trust Maanda.

"Tentam relacionar Roy com o caso de Mike Hitschmann, que foi detido em 2006 em relação à descoberta de um carregamento de armas, apesar de que Hitschmann não tenha sido declarado culpado das acusações de traição apresentadas contra ele, mas de um crime menor de descumprimento de leis", disse Maanda.

O político opositor, designado por seu partido como vice-ministro de Agricultura no Governo de união nacional, esteve no exílio na vizinha África do Sul desde 2006 e retornou ao Zimbábue há duas semanas.

Segundo a Polícia, que deteve Bennett ontem no aeroporto de Harare quando pretendia ir à África do Sul para visitar sua família, as armas apreendidas em 2006 seriam utilizadas em um golpe de Estado para derrubar o presidente do Zimbábue, Robert Mugabe.

Depois da detenção, Bennet foi levado a Mutar, onde vários simpatizantes do MDC se concentraram em frente à delegacia na qual estava detido, diante do que a Polícia respondeu com tiros para o alto para dispersar os manifestantes.
17:07
Anónimo disse...
Austrália: 14 mil se candidatam a 'emprego dos sonhos'

A secretaria de Turismo de Queensland, na Austrália, informou que até esta segunda-feira já recebeu cerca de 14 mil inscrições para o "o melhor emprego do mundo". O Estado australiano promove pela internet seleção para vaga de "zelador" da ilha Hamilton, por seis meses com um salário de R$ 40 mil.

Muitos candidatos tiveram problemas durante a inscrição por conta dos acessos simultâneos ao site. A secretaria aconselha enviar os vídeos de 60s explicando porque deve ser escolhido em horários alternativos do dia, além de recomendar tamanho em torno de 40MB.

As inscrições começaram em 12 de janeiro e vão até o próximo dia 22 e podem ser feitas pelo site www.islandreefjob.com. O governo australiano escolherá 50 candidatos para a próxima fase da seleção, que terá votos do público para eleger um dos 11 finalistas.

A última fase terá entrevistas e desafios físicos, no próprio local de trabalho: as ilhas da Grande Barreira Coralina - o maior recife de coral do mundo. A secretaria de Turismo anunciará o vencedor no dia 6 de maio.
17:09
Anónimo disse...
Mercado elogia governo na crise, mas pede maior queda no juro

Peter Fussy
Direto de São Paulo

Desde as primeiras medidas anunciadas para combater os efeitos da crise, o governo brasileiro avisou que a estratégia não contemplaria um pacote. Seriam doses pontuais, de acordo com a necessidade da economia diante do agravamento das turbulências. Da primeira liberação dos depósitos compulsórios em setembro até a ampliação do seguro-desemprego na última quarta-feira, o governo passou por redução de impostos, ampliação de crédito e incentivos à exportação. Quase 150 dias após a primeira medida, o Terra conversou com líderes do setor público e privado, representantes dos trabalhadores, acadêmicos e com o próprio governo para saber quais destas ações foram mais eficazes, quais foram mais ineficientes e o que mais pode ser feito pelo Estado brasileiro contra a crise.

Os maiores elogios foram direcionados à atitude de reduzir o Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) para a indústria automobilística, anunciada em dezembro e que fez com que os emplacamentos de carros novos subissem 1,9% no primeiro mês do ano em relação a dezembro de 2008. Já as maiores críticas foram para a lentidão no corte da taxa básica de juro do País.

Para o presidente do conselho administrativo do Grupo Pão de Açúcar, Abílio Diniz, o Estado não é responsável pela crise e mesmo assim está agindo "com extrema serenidade e muito acerto". "O governo está atento, fazendo a sua parte. É preciso coragem de baixar firmemente a taxa de juros. É uma arma que temos a nosso favor, já que não há clima para inflação, nem possibilidade de danos para a macroeconomia", afirmou Diniz.

Na última reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), em janeiro, a taxa Selic foi reduzida em um ponto percentual, de 13,75% para 12,75% ao ano. Porém, o professor de economia da Universidade de Brasília (UnB) José Luiz Oreiro lembra que este corte representa uma redução de apenas 0,25 ponto percentual com relação à taxa de setembro do ano passado, quando a crise se agravou.

"Pouco antes da eclosão da crise, o Banco Central aumentou a taxa em 0,75 ponto. Foram cinco meses de demora para reduzir em termos líquidos apenas 0,25 ponto", afirmou o economista, que também sugeriu redução do intervalo de cerca de 90 dias entre as reuniões do Copom e o corte de pelo menos um 1 ponto percentual em cada reunião.

Mesmo com o corte de janeiro, a taxa de juros real continua sendo a maior do mundo, lembrou o secretário-geral da Força Sindical, João Carlos Gonçalves, o Juruna. "A redução da taxa de juro ainda é pequena, porque ela continua uma das mais altas do mundo. Falta ousadia para baixar os juros e ajudar o cidadão. A permanência da taxa de juro alta é negativa para o País em meio a crise", afirmou Juruna.

Embora aprove as ações do governo, o senador Aloízio Mercadante (PT-SP) também acredita que o patamar da Selic está muito alto. "Sempre fomos os primeiros a entrar em qualquer crise, o que não aconteceu agora. A taxa Selic ainda é muito alta, mas o governo têm tomado medidas acertadas, como o aumento do salário mínimo, mesmo com um cenário de crise. Isso ajuda a movimentar o consumo. O governo está se esforçando para manter os investimentos e o crescimento", disse.

Tributos
De acordo com o economista Fabio Pina, da Fecomercio-SP, as ações mais positivas estão relacionadas à redução de tributos para alguns segmentos, como a indústria automobilística, que recuperou parte da queda nas vendas em janeiro com a isenção do IPI para carros 1.0 l e o corte para demais motorizações. A medida vale até o final de março.

"Essas medidas não só reduziram o preço, mas anteciparam o consumo daqueles que iriam comprar no futuro, dando um prêmio por conta da insegurança. Mexe diretamente com o principal problema que é a confiança do consumidor", afirmou. Juruna destacou que um bom ritmo de vendas é garantia de emprego. "É importante porque cada emprego na montadora significa 19 na cadeia produtiva", comentou o representante da Força Sindical.

Também em dezembro, o governo decidiu cortar pela metade a alíquota do Imposto de Renda para contribuintes que ganham entre R$ 1.434 e R$ 2.150 mensais. "O salário aumentava e a tabela não se modificava. As pessoas ganhavam mais e pagavam mais impostos", apontou Juruna. Outra redução de tributos do governo foi com relação ao Imposto sobre Operações Financeiras (IOF), que caiu de 3% ao ano para 1,5%.

Crédito
Na segunda metade de 2008, o colapso de bancos nos Estados Unidos por conta da crise do subprime provocou uma forte restrição de crédito no mundo inteiro. Uma das primeiras medidas anticrise do governo teve como objetivo restabelecer a oferta, com mudanças no recolhimento dos depósitos compulsórios por parte dos bancos. Segundo o presidente do Banco Central, Henrique Meirelles, as diversas modificações liberaram US$ 99,2 bilhões aos bancos até o final de janeiro.

Além disso, o governo concedeu R$ 36 bilhões das reservas internacionais para empresas brasileiras com dívidas no exterior e uma medida provisória autorizou o Banco do Brasil e a Caixa Econômica Federal a comprar carteiras de crédito de bancos privados. Para o diretor do Departamento de Pesquisas e Estudos Econômicos da Fiesp, Paulo Francini, estas medidas foram essenciais para combater os efeitos da crise.

"A crise se desenvolve no mundo em torno do tema crédito. E o crédito reduziu-se barbaridade no mundo. Então o governo lança mão de compulsório, lança mão de reservas, de medidas que permitem aos bancos comprar carteiras de bancos. Você vai tomando várias medidas para atender às demandas e o epicentro disso é crédito", afirmou.

No entanto, Oreiro, da UnB, adverte que a liberação dos compulsórios seria mais eficiente acompanhada de redução mais agressiva da taxa básica de juro. "Uma parte do crédito voltou, depois da forte retração em outubro e novembro. O que deveria ter sido feito junto à liberação do compulsório era uma redução mais drástica da taxa de juro. Sem isso, os bancos pegam as reservas e acabam comprando títulos públicos", explicou o economista.

Na opinião de Pina, as ações de distribuição de crédito via redução do compulsório e a disposição de capital de giro para empresas foram tomadas sem um cuidado maior na operação e não tiveram muito efeito. "O BNDES tem linhas que ficam paradas quase todo o ano, agora é pior ainda. Existem os recursos, mas as empresas e os bancos estão desconfiados. É preciso fazer com que os bancos tenham interesse em emprestar", afirmou o economista da Fecomercio-SP.

Futuro
Mesmo com todas essas medidas, a crise financeira ainda gera incertezas nos setores produtivos do País. Nos últimos meses, o medo do desemprego fez os consumidores adiarem compras. Por sua vez, a queda nas vendas pode obrigar as indústrias a cortarem a produção e demitir funcionários. Contra isso, empresários sugerem redução de jornada e de salários.

"Isto está previsto em lei. A Fiesp simplesmente manteve conversações com entidades sindicais quanto à aplicação daquilo que já está previsto em lei", afirmou Francini.

Segundo a ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff, uma das medidas que assegura um nível de emprego é a manutenção de investimentos no Programa de Aceleração do Crescimento (PAC). "Estamos esperando que a dificuldade ocorra em janeiro, fevereiro e março. Estamos certos que vamos manter o nível de investimento. É isso que funciona, é isso que significa investimento público. Ele funciona como um colchão. Por isso, nós colocamos R$ 100 bilhões no BNDES e a Petrobras ampliou o seu investimento em R$ 120 bilhões", afirmou.

Na mesma linha, Pina explica que a antecipação de gastos do governo substitui parte da demanda retraída do setor privado. "Ele dá o seguinte recado: não vou estourar as contas públicas, mas concentrar em um momento em que a demanda privada está pequena. Mas o governo não tem fôlego suficiente para fazer o papel de toda demanda", ressaltou. O economista da Fecomercio lembrou que a entidade já pleiteou junto ao governo isenções para transferência de imóveis e de automóveis, além de retirar o IPVA para veículos novos.

Já Oreiro foca suas propostas na capitalização do Banco do Brasil e da Caixa Econômica Federal pelo Tesouro para atender a demanda de crédito para capital de giro e reduzir o spread. "Aumentando o empréstimo e reduzindo as taxas, os dois vão forçar os bancos privados a acompanhar o movimento, até para não perderem participação no mercado", explicou o economista da UnB.

Até o Carnaval, o governou prometeu detalhar um pacote de incentivos para a construção de até um milhão de casas populares, direcionado a famílias com renda de até dez salários mínimos. "Estamos atentos a tudo o que está acontecendo e novas medidas serão tomadas caso haja uma avaliação de que sejam necessárias", disse o ministro da Fazenda, Guido Mantega, na última sexta-feira.
17:11
Anónimo disse...
Ex-ministro critica extensão do seguro-desemprego

Atualizada às 09h03

O ex-ministro do Trabalho Almir Pazzianotto criticou a decisão do governo federal de conceder o seguro-desemprego estendido a apenas alguns setores. "É certamente odioso e provavelmente inconstitucional", disse Pazzianotto, de acordo com o jornal O Estado de S. Paulo.

Na última qurta, dia do anúncio da medida, centrais sindicais elogiaram a atitude do governo. A Força Sindical divulgou nota dizendo que "o aumento ajudará a aquecer parte da economia, já que irá gerar mais consumo, produção e conseqüentemente, a criação de novos postos de trabalho". A União Geral dos Trabalhadores (UGT) afirmou que a medida "contribuirá para minimizar o drama dos trabalhadores que perderem seu emprego por conta da crise".

O ex-ministro, que instituiu o seguro-desemprego no País no governo de José Sarney, destacou a necessidade de as centrais sindicais se manifestarem contra a determinação. Para ele, as mudanças devem ser aplicadas a todas as categorias profissionais e a distinção é contrária ao artigo 3º da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT).

Pazzianotto atribui a medida a um possível temor do governo de que a crise econômica seja longa e não haja dinheiro para atender a todas as necessidades. Ainda assim, ele se mostra contrário ao método de concessão. "O seguro-desemprego ajuda a sanar necessidades básicas. Estendê-lo é paliativo, não a solução", disse ao jornal.

De acordo com o presidente do Conselho Deliberativo do Fundo de Amparo ao Trabalhador (Codefat) e conselheiro da Força Sindical, Luiz Fernando Emediato, a determinação já estava prevista na lei 8.900/94, que trata do seguro-desemprego.

O presidente da Comissão de Trabalho da Câmara, Pedro Fernandes (PTB-MA) vai além na crítica à concessão do seguro para apenas alguns setores. Ele acredita que a ampliação do benefício estimula o desemprego.

Quintino Severo, secretário geral da Central Única dos Trabalhadores (CUT), lembra que a ampliação do benefício sem critério e identificação pode incentivar demissões em outros setores.

Anónimo disse...

Os bombeiros combatem neste sábado os incêndios na Austrália favorecidos pelo bom tempo, enquanto os deslocados encotram em seu retorno casas derruídas, carros queimados nas ruas e destruição.

Depois de sete dias desde que começaram os incêndios no Estado de Victoria, a lista de mortos chega a 181, os desaparecidos somam 50, os edifícios destruídos totalizam 1,834 mil e o terreno arrasado, principalmente florestas, ocupa uma área de 4,13 mil quilômetros quadrados.

As equipes de bombeiros, formadas por 4 mil profissionais de Victoria, de outras partes da Austrália e de países amigos, combateram hoje 12 focos fora de controle e nenhum representava uma ameaça direta para a população.

O subdiretor do Serviço de Bombeiros, Geoff Conway, disse que este tempo favorável, que se prolongará durante o domingo, permite consolidar as linhas de contenção e avançar na extinção das chamas.

Cinzas apareceram arrastadas por ventos do nordeste sobre Melbourne, onde habitam 3,8 milhões de pessoas, e as autoridades alertaram aos cidadãos do risco para a saúde de idosos, crianças e pessoas com problemas respiratórios.

O número de pessoas deslocadas - a Cruz Vermelha chegou a receber 7 mil - começou a cair com a abertura de algumas localidades atingidas.

Os incêndios, alguns criminosos, começaram em 7 de fevereiro, quando a região sul da Austrália estava há duas semanas sob uma onda de calor sem precedentes.

Na sexta-feira passada, a polícia acusou uma pessoa de ter provocado o incêndio que atingiu a localidade de Churchill e matou 21 pessoas.
16:55
Anónimo disse...
A primeira chuva em seis dias reduziu a ameaça de incêndios no Estado de Victoria, ao sul da Austrália. As autoridades, porém, advertiram que ainda existem 12 focos, mas que nenhum deles ameaça áreas povoadas.

Mais de quatro mil bombeiros, mil provenientes de outras partes do país e de outras nações, trabalham contra o fogo. Cerca de 600 veículos e 28 helicópteros e pequenos aviões estão sendo usados.


Eles conseguiram construir linhas de contenção para evitar os incêndios de Yarra e Maroondah se juntassem. Também foram controlados os incêndios abertos de Yea e Murrindindi, que ameaçavam as comunidades de Connellys Creek, Crystal Creek, Scrubby Creek e Native Dog Creek.

O número de mortos chegou a 181, mas as autoridades acreditam que as vítimas devem passar de 200, já que ainda há muitos desaparecidos.
16:55
Anónimo disse...
Aqui nesta coluna, na semana passada, tive a oportunidade de comentar sobre a recente visita do professor brasileiro Pedrinho Guareschi à Austrália. Não dei, porém, os fatos, pois semana passada o assunto era outro.

Hoje, porém, vamos a eles.

No último dia 4 de fevereiro, aconteceu o Seminário "Paulo Freire: Education and Liberation", organizado pelo centro de estudos latino-americanos da Universidade Nacional da Austrália, ou ANU, como é mais conhecida por aqui.

A ANU, para quem não sabe, está entre as 20 melhores universidades do mundo! E tem sede aqui em Camberra, capital da Austrália.

Na abertura do evento, o professor John Minns, diretor do centro latino-americano, ao dar boas-vindas ao público presente, lembrou ser aquele o primeiro seminário exclusivamente dedicado a Paulo Freire na Austrália.

Em seguida, convidou Pedrinho Guareschi, palestrante principal do Seminário, a fazer sua apresentação.

A plateia pode então conhecer, pelas palavras de Pedrinho, um pouco da obra e da vida de Freire, esse brasileiro de fé e valor, que sempre acreditou na educação, sobretudo dos menos favorecidos, analfabetos, como força libertadora.

Como não podia deixar de ser, os conceitos e ideias revolucionários de Paulo Freire, expostos com clareza por Pedrinho, despertaram o interesse e a curiosidade de plateia. A qual, deve-se notar, era na maioria de estudantes, mas de várias nacionalidades, sobretudo australianos e asiáticos.

Na continuação do programa do seminário, que se estendeu por dois dias, outros professores fizeram palestras sobre temas ligados à obra de Paulo Freire.

Interessante, por exemplo, saber que a professora Anne Hickling-Hudson, jamaicana que mora na Austrália há muitos anos (é professora da ANU), conheceu e trabalhou com Freire num workshop educacional durante a revolução na Ilha de Granada, em 1980, antes da invasão dos Estados Unidos...

Ou, então, a palestra da Professora Gerda Roelvink, da Nova Zelândia, que participou do Fórum Social de Porto Alegre em 2005. E essa participação transformou-se em tema de doutorado.

No dia 10, terça-feira passada, o padre Pedrinho Guareschi voltou a falar ao público australiano em grande auditório localizado no belíssimo campus da ANU. Desta vez, sobre a Teologia da Libertação.

Depois da palestra, John Minns mostrou o filme mexicano "O Crime do Padre Amaro", no qual um dos personagens é um padre católico praticante da Teologia da Libertação.

Mais uma vez, foi grande o intersse da platéia, que pode aprender e conhecer um pouco como se desenvolveu aquele importante movimento católico na América Latina.

Fica, assim, ao Pedrinho, bem como a outros brasileiros estudiosos e de bom coração que saem pelo mundo a divulgar aspectos importantes da cultura brasileira, o respeito e a homenagem desta coluna. E... aquele abraço!
16:57
Anónimo disse...
Amanda Kitts perdeu o braço esquerdo em um acidente de automóvel acontecido três anos atrás, mas hoje em dia ela joga futebol americano com seu filho de 12 anos de idade, troca fraldas e abraça as crianças nas três creches Kiddie Cottage que opera em Knoxville, Tennessee. Kitts, 40 anos, faz tudo isso com a ajuda de um novo tipo de braço artificial que se movimenta com mais facilidade do que outros aparelhos e que ela pode controlar utilizando apenas seus pensamentos.

"Eu sou capaz de mexer a mão, o pulso e o cotovelo ao mesmo tempo", diz. "Você pensa e os músculos se movem em seguida".

A recuperação que ela conseguiu resulta de um novo procedimento que vem atraindo crescente atenção porque permite que pessoas movam braços protéticos de forma mais automática do que faziam no passado, simplesmente utilizando nervos reaproveitados em seus cérebros.

A técnica, conhecida como "renervação muscular dirigida", envolve utilizar os nervos que restam depois da amputação de um braço e conectá-los a outro músculo do corpo, em geral no peito. Eletrodos são instalados sobre os músculos do peito, e operam como se fossem antenas. Quando a pessoa deseja mover o braço, o cérebro envia sinais que primeiro resultam em contração dos músculos do peito, os quais enviam um sinal ao braço protético, instruindo-se a se movimentar. O processo não requer mais esforços consciente do que a pessoa teria de exercitar caso ainda tivesse seu braço natural.

Na terça-feira, pesquisadores reportaram em estudo publicado pela versão online do Journal of the American Medical Association que haviam levado a técnica ainda mais à frente, tornando possível a execução de 10 movimentos de mão, pulso e cotovelo diferentes, o que representa uma substancial melhora com relação ao típico repertório protético, que em geral envolve apenas dobrar o cotovelo, girar o pulso e abrir a mão.

"Os novos métodos tiveram impacto dramático em nosso campo de trabalho", disse Stuart Harshbarger, engenheiro biomédico na Universidade Johns Hopkins e diretor do programa de pesquisa sobre próteses, financiado pelas forças armadas, que inclui o trabalho com essa técnica. "O método já está em uso por médicos e cirurgiões comuns em todo o país. A capacidade de controlar um membro protético bastante robusto que ele confere surpreendeu a todos pela qualidade".

Tipicamente, uma pessoa que tenha um braço protético só é capaz de executar alguns poucos movimentos, e muitas vezes com tamanha lentidão que isso só permite a ela atividades limitadas.

Há um motor separado para cada movimento, diz Gerald Loeb, professor de engenharia biomédica na Universidade do Sul da Califórnia, "e esses motores precisam ser controlados de maneira explícita", usualmente por um esforço consciente da pessoa para contrair músculos nas costas ou no bíceps.

"Essencialmente, até agora os pacientes controlavam apenas um motor de cada vez", diz Loeb, "e precisavam pensar cuidadosamente sobre que motor desejavam controlar e como fazê-lo operar, em lugar de simplesmente pensarem em mover o braço e poderem fazê-lo sem delongas".

Antes que Kitts passasse pelo procedimento de renervação, em outubro de 2007, por exemplo, ela precisava movimentar os músculos de suas costas de determinada maneira para fazer com que seu pulso girasse, e flexionar seu bíceps e tríceps para fazer com que o cotovelo se movesse para cima e para baixo. "Era muito trabalho", ela conta. "E não me ajudava muito".

O procedimento de renervação é parte de uma recente explosão de idéias novas e técnicas inovadoras que estão sendo exploradas enquanto os cientistas se esforçam por ajudar as pessoas a compensar melhor a perda de membros ou problemas de paralisia. O esforço vem sendo alimentado pelo aumento no número de amputações causado por diabetes e por ferimentos sofridos pelos militares, e ao mesmo tempo pelos avanços na tecnologia médica.

Os braços se tornaram um dos focos essenciais desse tipo de trabalho. A ciência há muito vem obtendo sucessos no desenvolvimento de próteses de perna, mas é muito mais difícil imitar a complexidade e a destreza das mãos e dos braços.

Os esforços em curso incluem o desenvolvimento de projetos de pele e braços mais sensíveis e mais flexíveis, e o uso de dispositivos acionados por controles sem fio implantado nos braços protéticos, que permitiriam movimentos mais naturais.

Os pesquisadores também vêm usando sensores implantados nos cérebros de cobaias para permitir que dois macacos controlem um braço mecânico, e um teste com um homem paralítico permitiu, com esse método, que ele movimentasse um cursor em uma tela de computador.

Alguns desses métodos, caso venham a ser aperfeiçoados plenamente e consigam aprovação das autoridades regulatórias da saúde, podem no futuro se tornar mais viáveis para os pacientes de amputações.

E embora a técnica da renervação não requeira aprovação das autoridades regulatórias porque é executada por meios cirúrgicos e emprega aparelhos já existentes, ela apresenta limitações que até mesmo seus criadores reconhecem, entre as quais o fato de que não se pode utilizá-la para todos os pacientes, o seu alto custo e o prazo de meses requerido para que os nervos reconectados cresçam e se tornem efetivos.

Ainda assim, os especialistas dizem que é o mais avançado sistema em uso hoje para pacientes reais que permite que o sistema nervoso controle diretamente o movimento de um braço artificial.

Desde sua introdução por Todd Kuiken, médico fisioterapeuta e engenheiro biomédico do Instituto de Reabilitação de Chicago, o método foi empregado em cerca de 30 pacientes nos Estados Unidos, Canadá e Europa, entre os quais oito soldados feridos no Iraque e no Afeganistão.

Muitos dos pacientes, entre os quais o primeiro, Jesse Sullivan, um operário do setor elétrico no Tennessee que perdeu os dois braços quando foi eletrocutado por um cabo, conseguem não apenas manipular seus braços protéticos mas sentir a presença das mãos que já não têm quando alguém toca em seus peitos.

Sullivan, 62 anos, e Kitts, estavam entre os cinco pacientes que participaram do estudo reportado na terça-feira. Em companhia de cinco outras pessoas que não passaram por amputações, eles receberam os eletrodos e foram instruídos a usar pensamentos para fazer com que um braço virtual na tela reproduzisse 10 movimentos diferentes, entre os quais três formas diferentes de aperto de mão.

Os pacientes apresentaram desempenho bastante respeitável, apenas um pouco mais lento e menos preciso do que os dos participantes que não tinham amputações.

"As velocidades de movimento que encontramos em nossos pacientes foram realmente encorajadoras", disse Kuiken. "Eles conseguiram completar a tarefa. É claro que não foram tão competentes quanto as pessoas dotadas de plena capacidade física, mas foram bons o bastante".

Um braço virtual foi usado porque a maioria das próteses existentes não era capaz de acomodar todos aqueles movimentos, no momento da pesquisa, ainda que Sullivan, Kitts e uma terceira paciente, Claudia Mitchell, tenham experimentado dois novos protótipos mais versáteis de braços artificiais, executando tarefas complexas com bolas de tênis e outros objetos.

O trabalho de renervação em soldados apresenta outros desafios, diz Kuiken, porque os ferimentos militares muitas vezes "causam danos muitos extensos" a nervos, músculos ou ossos.

Daniel Acosta, 25 anos, um aviador ferido pela detonação de uma bomba em uma estrada do Iraque em 2005, passou pelo procedimento no ano passado e diz que seu braço esquerdo protético agora se movimenta "muito mais rápido" e de maneira muito mais natural.

"A diferença é que agora não preciso mais pensar para mover o braço", ele diz. "Ele simplesmente se mexe".

Ainda assim, Acosta, de San Antonio, diz que "o processo foi bastante longo" e que os eletrodos precisam ser ajustados para receber os sinais à medida que os nervos crescem ou mudam de posição.

E embora elogiem o método, os especialistas afirmam que a ciência das próteses de braço ainda tem muito por avançar.

"Trata-se de uma parte crucial, mas ainda assim apenas uma parte, das muitas coisas que compreendem a função normal de um braço", disse Loeb, que escreveu um editorial que acompanha o artigo no Journal of the American Medical Association.

"No momento estamos a meio do caminho entre o braço de 'Dr. Fantástico', que fazia involuntariamente a saudação nazista, e o braço de Luke Skywalker em 'Guerra nas Estrelas', que funciona sem nenhum problema assim que é conectado. Creio que precisaremos ainda de muitos anos para conectar todas as peças necessárias a produzir um braço capaz de funcionar normalmente".
17:04
Anónimo disse...
A Espanha disse neste sábado que está preparando uma reclamação oficial contra a decisão da Venezuela de expulsar um membro do Parlamento Europeu que criticou o conselho eleitoral venezuelano.
Luis Herrero, membro do partido conservador espanhol PP, foi deportado na sexta-feira depois que o Conselho Nacional Eleitoral (CNE) o acusou de questionar a imparcialidade da instituição antes de um referendo que pode permitir ao presidente Hugo Chávez permanecer no cargo indefinidamente.

Herrero estava na Venezuela como observador do referendo. Ele acusou Chávez de ter "comportamentos típicos de um ditador" por pedir a contenção de manifestações da oposição.

O governo da Espanha convocou um encontro com o embaixador da Venezuela em Madri para expressar a desaprovação sobre a expulsão de Herrero, disse um representante do Ministério das Relações Exteriores espanhol.

As relações da Venezuela com a Espanha tiveram seu ponto crítico em 2007, quando Chávez ameaçou rever acordos diplomáticos e comerciais depois de ouvir um "cala a boca" do rei espanhol Juan Carlos durante uma cúpula.

A fenda foi oficialmente reparada em 2008, com uma visita oficial de Chávez à Espanha, onde ele cumprimentou o rei e discutiu acordos para investimento no setor petroquímico com o primeiro-ministro José Luis Rodriguez Zapatero.
17:06
Anónimo disse...
A polícia do Zimbábue anunciou neste sábado que acusa de traição Roy Bennett, dirigente do até agora opositor Movimento para a Mudança Democrática (MDC), detido na sexta-feira, em Harare, poucas horas antes da cerimônia de posse dos membros do novo gabinete.

"A Polícia nos informou que vão apresentar acusações de traição", disse à agência EFE o advogado de defesa de Bennett, Trust Maanda.

"Tentam relacionar Roy com o caso de Mike Hitschmann, que foi detido em 2006 em relação à descoberta de um carregamento de armas, apesar de que Hitschmann não tenha sido declarado culpado das acusações de traição apresentadas contra ele, mas de um crime menor de descumprimento de leis", disse Maanda.

O político opositor, designado por seu partido como vice-ministro de Agricultura no Governo de união nacional, esteve no exílio na vizinha África do Sul desde 2006 e retornou ao Zimbábue há duas semanas.

Segundo a Polícia, que deteve Bennett ontem no aeroporto de Harare quando pretendia ir à África do Sul para visitar sua família, as armas apreendidas em 2006 seriam utilizadas em um golpe de Estado para derrubar o presidente do Zimbábue, Robert Mugabe.

Depois da detenção, Bennet foi levado a Mutar, onde vários simpatizantes do MDC se concentraram em frente à delegacia na qual estava detido, diante do que a Polícia respondeu com tiros para o alto para dispersar os manifestantes.
17:07
Anónimo disse...
Austrália: 14 mil se candidatam a 'emprego dos sonhos'

A secretaria de Turismo de Queensland, na Austrália, informou que até esta segunda-feira já recebeu cerca de 14 mil inscrições para o "o melhor emprego do mundo". O Estado australiano promove pela internet seleção para vaga de "zelador" da ilha Hamilton, por seis meses com um salário de R$ 40 mil.

Muitos candidatos tiveram problemas durante a inscrição por conta dos acessos simultâneos ao site. A secretaria aconselha enviar os vídeos de 60s explicando porque deve ser escolhido em horários alternativos do dia, além de recomendar tamanho em torno de 40MB.

As inscrições começaram em 12 de janeiro e vão até o próximo dia 22 e podem ser feitas pelo site www.islandreefjob.com. O governo australiano escolherá 50 candidatos para a próxima fase da seleção, que terá votos do público para eleger um dos 11 finalistas.

A última fase terá entrevistas e desafios físicos, no próprio local de trabalho: as ilhas da Grande Barreira Coralina - o maior recife de coral do mundo. A secretaria de Turismo anunciará o vencedor no dia 6 de maio.
17:09
Anónimo disse...
Mercado elogia governo na crise, mas pede maior queda no juro

Peter Fussy
Direto de São Paulo

Desde as primeiras medidas anunciadas para combater os efeitos da crise, o governo brasileiro avisou que a estratégia não contemplaria um pacote. Seriam doses pontuais, de acordo com a necessidade da economia diante do agravamento das turbulências. Da primeira liberação dos depósitos compulsórios em setembro até a ampliação do seguro-desemprego na última quarta-feira, o governo passou por redução de impostos, ampliação de crédito e incentivos à exportação. Quase 150 dias após a primeira medida, o Terra conversou com líderes do setor público e privado, representantes dos trabalhadores, acadêmicos e com o próprio governo para saber quais destas ações foram mais eficazes, quais foram mais ineficientes e o que mais pode ser feito pelo Estado brasileiro contra a crise.

Os maiores elogios foram direcionados à atitude de reduzir o Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) para a indústria automobilística, anunciada em dezembro e que fez com que os emplacamentos de carros novos subissem 1,9% no primeiro mês do ano em relação a dezembro de 2008. Já as maiores críticas foram para a lentidão no corte da taxa básica de juro do País.

Para o presidente do conselho administrativo do Grupo Pão de Açúcar, Abílio Diniz, o Estado não é responsável pela crise e mesmo assim está agindo "com extrema serenidade e muito acerto". "O governo está atento, fazendo a sua parte. É preciso coragem de baixar firmemente a taxa de juros. É uma arma que temos a nosso favor, já que não há clima para inflação, nem possibilidade de danos para a macroeconomia", afirmou Diniz.

Na última reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), em janeiro, a taxa Selic foi reduzida em um ponto percentual, de 13,75% para 12,75% ao ano. Porém, o professor de economia da Universidade de Brasília (UnB) José Luiz Oreiro lembra que este corte representa uma redução de apenas 0,25 ponto percentual com relação à taxa de setembro do ano passado, quando a crise se agravou.

"Pouco antes da eclosão da crise, o Banco Central aumentou a taxa em 0,75 ponto. Foram cinco meses de demora para reduzir em termos líquidos apenas 0,25 ponto", afirmou o economista, que também sugeriu redução do intervalo de cerca de 90 dias entre as reuniões do Copom e o corte de pelo menos um 1 ponto percentual em cada reunião.

Mesmo com o corte de janeiro, a taxa de juros real continua sendo a maior do mundo, lembrou o secretário-geral da Força Sindical, João Carlos Gonçalves, o Juruna. "A redução da taxa de juro ainda é pequena, porque ela continua uma das mais altas do mundo. Falta ousadia para baixar os juros e ajudar o cidadão. A permanência da taxa de juro alta é negativa para o País em meio a crise", afirmou Juruna.

Embora aprove as ações do governo, o senador Aloízio Mercadante (PT-SP) também acredita que o patamar da Selic está muito alto. "Sempre fomos os primeiros a entrar em qualquer crise, o que não aconteceu agora. A taxa Selic ainda é muito alta, mas o governo têm tomado medidas acertadas, como o aumento do salário mínimo, mesmo com um cenário de crise. Isso ajuda a movimentar o consumo. O governo está se esforçando para manter os investimentos e o crescimento", disse.

Tributos
De acordo com o economista Fabio Pina, da Fecomercio-SP, as ações mais positivas estão relacionadas à redução de tributos para alguns segmentos, como a indústria automobilística, que recuperou parte da queda nas vendas em janeiro com a isenção do IPI para carros 1.0 l e o corte para demais motorizações. A medida vale até o final de março.

"Essas medidas não só reduziram o preço, mas anteciparam o consumo daqueles que iriam comprar no futuro, dando um prêmio por conta da insegurança. Mexe diretamente com o principal problema que é a confiança do consumidor", afirmou. Juruna destacou que um bom ritmo de vendas é garantia de emprego. "É importante porque cada emprego na montadora significa 19 na cadeia produtiva", comentou o representante da Força Sindical.

Também em dezembro, o governo decidiu cortar pela metade a alíquota do Imposto de Renda para contribuintes que ganham entre R$ 1.434 e R$ 2.150 mensais. "O salário aumentava e a tabela não se modificava. As pessoas ganhavam mais e pagavam mais impostos", apontou Juruna. Outra redução de tributos do governo foi com relação ao Imposto sobre Operações Financeiras (IOF), que caiu de 3% ao ano para 1,5%.

Crédito
Na segunda metade de 2008, o colapso de bancos nos Estados Unidos por conta da crise do subprime provocou uma forte restrição de crédito no mundo inteiro. Uma das primeiras medidas anticrise do governo teve como objetivo restabelecer a oferta, com mudanças no recolhimento dos depósitos compulsórios por parte dos bancos. Segundo o presidente do Banco Central, Henrique Meirelles, as diversas modificações liberaram US$ 99,2 bilhões aos bancos até o final de janeiro.

Além disso, o governo concedeu R$ 36 bilhões das reservas internacionais para empresas brasileiras com dívidas no exterior e uma medida provisória autorizou o Banco do Brasil e a Caixa Econômica Federal a comprar carteiras de crédito de bancos privados. Para o diretor do Departamento de Pesquisas e Estudos Econômicos da Fiesp, Paulo Francini, estas medidas foram essenciais para combater os efeitos da crise.

"A crise se desenvolve no mundo em torno do tema crédito. E o crédito reduziu-se barbaridade no mundo. Então o governo lança mão de compulsório, lança mão de reservas, de medidas que permitem aos bancos comprar carteiras de bancos. Você vai tomando várias medidas para atender às demandas e o epicentro disso é crédito", afirmou.

No entanto, Oreiro, da UnB, adverte que a liberação dos compulsórios seria mais eficiente acompanhada de redução mais agressiva da taxa básica de juro. "Uma parte do crédito voltou, depois da forte retração em outubro e novembro. O que deveria ter sido feito junto à liberação do compulsório era uma redução mais drástica da taxa de juro. Sem isso, os bancos pegam as reservas e acabam comprando títulos públicos", explicou o economista.

Na opinião de Pina, as ações de distribuição de crédito via redução do compulsório e a disposição de capital de giro para empresas foram tomadas sem um cuidado maior na operação e não tiveram muito efeito. "O BNDES tem linhas que ficam paradas quase todo o ano, agora é pior ainda. Existem os recursos, mas as empresas e os bancos estão desconfiados. É preciso fazer com que os bancos tenham interesse em emprestar", afirmou o economista da Fecomercio-SP.

Futuro
Mesmo com todas essas medidas, a crise financeira ainda gera incertezas nos setores produtivos do País. Nos últimos meses, o medo do desemprego fez os consumidores adiarem compras. Por sua vez, a queda nas vendas pode obrigar as indústrias a cortarem a produção e demitir funcionários. Contra isso, empresários sugerem redução de jornada e de salários.

"Isto está previsto em lei. A Fiesp simplesmente manteve conversações com entidades sindicais quanto à aplicação daquilo que já está previsto em lei", afirmou Francini.

Segundo a ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff, uma das medidas que assegura um nível de emprego é a manutenção de investimentos no Programa de Aceleração do Crescimento (PAC). "Estamos esperando que a dificuldade ocorra em janeiro, fevereiro e março. Estamos certos que vamos manter o nível de investimento. É isso que funciona, é isso que significa investimento público. Ele funciona como um colchão. Por isso, nós colocamos R$ 100 bilhões no BNDES e a Petrobras ampliou o seu investimento em R$ 120 bilhões", afirmou.

Na mesma linha, Pina explica que a antecipação de gastos do governo substitui parte da demanda retraída do setor privado. "Ele dá o seguinte recado: não vou estourar as contas públicas, mas concentrar em um momento em que a demanda privada está pequena. Mas o governo não tem fôlego suficiente para fazer o papel de toda demanda", ressaltou. O economista da Fecomercio lembrou que a entidade já pleiteou junto ao governo isenções para transferência de imóveis e de automóveis, além de retirar o IPVA para veículos novos.

Já Oreiro foca suas propostas na capitalização do Banco do Brasil e da Caixa Econômica Federal pelo Tesouro para atender a demanda de crédito para capital de giro e reduzir o spread. "Aumentando o empréstimo e reduzindo as taxas, os dois vão forçar os bancos privados a acompanhar o movimento, até para não perderem participação no mercado", explicou o economista da UnB.

Até o Carnaval, o governou prometeu detalhar um pacote de incentivos para a construção de até um milhão de casas populares, direcionado a famílias com renda de até dez salários mínimos. "Estamos atentos a tudo o que está acontecendo e novas medidas serão tomadas caso haja uma avaliação de que sejam necessárias", disse o ministro da Fazenda, Guido Mantega, na última sexta-feira.
17:11
Anónimo disse...
Ex-ministro critica extensão do seguro-desemprego

Atualizada às 09h03

O ex-ministro do Trabalho Almir Pazzianotto criticou a decisão do governo federal de conceder o seguro-desemprego estendido a apenas alguns setores. "É certamente odioso e provavelmente inconstitucional", disse Pazzianotto, de acordo com o jornal O Estado de S. Paulo.

Na última qurta, dia do anúncio da medida, centrais sindicais elogiaram a atitude do governo. A Força Sindical divulgou nota dizendo que "o aumento ajudará a aquecer parte da economia, já que irá gerar mais consumo, produção e conseqüentemente, a criação de novos postos de trabalho". A União Geral dos Trabalhadores (UGT) afirmou que a medida "contribuirá para minimizar o drama dos trabalhadores que perderem seu emprego por conta da crise".

O ex-ministro, que instituiu o seguro-desemprego no País no governo de José Sarney, destacou a necessidade de as centrais sindicais se manifestarem contra a determinação. Para ele, as mudanças devem ser aplicadas a todas as categorias profissionais e a distinção é contrária ao artigo 3º da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT).

Pazzianotto atribui a medida a um possível temor do governo de que a crise econômica seja longa e não haja dinheiro para atender a todas as necessidades. Ainda assim, ele se mostra contrário ao método de concessão. "O seguro-desemprego ajuda a sanar necessidades básicas. Estendê-lo é paliativo, não a solução", disse ao jornal.

De acordo com o presidente do Conselho Deliberativo do Fundo de Amparo ao Trabalhador (Codefat) e conselheiro da Força Sindical, Luiz Fernando Emediato, a determinação já estava prevista na lei 8.900/94, que trata do seguro-desemprego.

O presidente da Comissão de Trabalho da Câmara, Pedro Fernandes (PTB-MA) vai além na crítica à concessão do seguro para apenas alguns setores. Ele acredita que a ampliação do benefício estimula o desemprego.

Quintino Severo, secretário geral da Central Única dos Trabalhadores (CUT), lembra que a ampliação do benefício sem critério e identificação pode incentivar demissões em outros setores.

Anónimo disse...

Os bombeiros combatem neste sábado os incêndios na Austrália favorecidos pelo bom tempo, enquanto os deslocados encotram em seu retorno casas derruídas, carros queimados nas ruas e destruição.

Depois de sete dias desde que começaram os incêndios no Estado de Victoria, a lista de mortos chega a 181, os desaparecidos somam 50, os edifícios destruídos totalizam 1,834 mil e o terreno arrasado, principalmente florestas, ocupa uma área de 4,13 mil quilômetros quadrados.

As equipes de bombeiros, formadas por 4 mil profissionais de Victoria, de outras partes da Austrália e de países amigos, combateram hoje 12 focos fora de controle e nenhum representava uma ameaça direta para a população.

O subdiretor do Serviço de Bombeiros, Geoff Conway, disse que este tempo favorável, que se prolongará durante o domingo, permite consolidar as linhas de contenção e avançar na extinção das chamas.

Cinzas apareceram arrastadas por ventos do nordeste sobre Melbourne, onde habitam 3,8 milhões de pessoas, e as autoridades alertaram aos cidadãos do risco para a saúde de idosos, crianças e pessoas com problemas respiratórios.

O número de pessoas deslocadas - a Cruz Vermelha chegou a receber 7 mil - começou a cair com a abertura de algumas localidades atingidas.

Os incêndios, alguns criminosos, começaram em 7 de fevereiro, quando a região sul da Austrália estava há duas semanas sob uma onda de calor sem precedentes.

Na sexta-feira passada, a polícia acusou uma pessoa de ter provocado o incêndio que atingiu a localidade de Churchill e matou 21 pessoas.
16:55
Anónimo disse...
A primeira chuva em seis dias reduziu a ameaça de incêndios no Estado de Victoria, ao sul da Austrália. As autoridades, porém, advertiram que ainda existem 12 focos, mas que nenhum deles ameaça áreas povoadas.

Mais de quatro mil bombeiros, mil provenientes de outras partes do país e de outras nações, trabalham contra o fogo. Cerca de 600 veículos e 28 helicópteros e pequenos aviões estão sendo usados.


Eles conseguiram construir linhas de contenção para evitar os incêndios de Yarra e Maroondah se juntassem. Também foram controlados os incêndios abertos de Yea e Murrindindi, que ameaçavam as comunidades de Connellys Creek, Crystal Creek, Scrubby Creek e Native Dog Creek.

O número de mortos chegou a 181, mas as autoridades acreditam que as vítimas devem passar de 200, já que ainda há muitos desaparecidos.
16:55
Anónimo disse...
Aqui nesta coluna, na semana passada, tive a oportunidade de comentar sobre a recente visita do professor brasileiro Pedrinho Guareschi à Austrália. Não dei, porém, os fatos, pois semana passada o assunto era outro.

Hoje, porém, vamos a eles.

No último dia 4 de fevereiro, aconteceu o Seminário "Paulo Freire: Education and Liberation", organizado pelo centro de estudos latino-americanos da Universidade Nacional da Austrália, ou ANU, como é mais conhecida por aqui.

A ANU, para quem não sabe, está entre as 20 melhores universidades do mundo! E tem sede aqui em Camberra, capital da Austrália.

Na abertura do evento, o professor John Minns, diretor do centro latino-americano, ao dar boas-vindas ao público presente, lembrou ser aquele o primeiro seminário exclusivamente dedicado a Paulo Freire na Austrália.

Em seguida, convidou Pedrinho Guareschi, palestrante principal do Seminário, a fazer sua apresentação.

A plateia pode então conhecer, pelas palavras de Pedrinho, um pouco da obra e da vida de Freire, esse brasileiro de fé e valor, que sempre acreditou na educação, sobretudo dos menos favorecidos, analfabetos, como força libertadora.

Como não podia deixar de ser, os conceitos e ideias revolucionários de Paulo Freire, expostos com clareza por Pedrinho, despertaram o interesse e a curiosidade de plateia. A qual, deve-se notar, era na maioria de estudantes, mas de várias nacionalidades, sobretudo australianos e asiáticos.

Na continuação do programa do seminário, que se estendeu por dois dias, outros professores fizeram palestras sobre temas ligados à obra de Paulo Freire.

Interessante, por exemplo, saber que a professora Anne Hickling-Hudson, jamaicana que mora na Austrália há muitos anos (é professora da ANU), conheceu e trabalhou com Freire num workshop educacional durante a revolução na Ilha de Granada, em 1980, antes da invasão dos Estados Unidos...

Ou, então, a palestra da Professora Gerda Roelvink, da Nova Zelândia, que participou do Fórum Social de Porto Alegre em 2005. E essa participação transformou-se em tema de doutorado.

No dia 10, terça-feira passada, o padre Pedrinho Guareschi voltou a falar ao público australiano em grande auditório localizado no belíssimo campus da ANU. Desta vez, sobre a Teologia da Libertação.

Depois da palestra, John Minns mostrou o filme mexicano "O Crime do Padre Amaro", no qual um dos personagens é um padre católico praticante da Teologia da Libertação.

Mais uma vez, foi grande o intersse da platéia, que pode aprender e conhecer um pouco como se desenvolveu aquele importante movimento católico na América Latina.

Fica, assim, ao Pedrinho, bem como a outros brasileiros estudiosos e de bom coração que saem pelo mundo a divulgar aspectos importantes da cultura brasileira, o respeito e a homenagem desta coluna. E... aquele abraço!
16:57
Anónimo disse...
Amanda Kitts perdeu o braço esquerdo em um acidente de automóvel acontecido três anos atrás, mas hoje em dia ela joga futebol americano com seu filho de 12 anos de idade, troca fraldas e abraça as crianças nas três creches Kiddie Cottage que opera em Knoxville, Tennessee. Kitts, 40 anos, faz tudo isso com a ajuda de um novo tipo de braço artificial que se movimenta com mais facilidade do que outros aparelhos e que ela pode controlar utilizando apenas seus pensamentos.

"Eu sou capaz de mexer a mão, o pulso e o cotovelo ao mesmo tempo", diz. "Você pensa e os músculos se movem em seguida".

A recuperação que ela conseguiu resulta de um novo procedimento que vem atraindo crescente atenção porque permite que pessoas movam braços protéticos de forma mais automática do que faziam no passado, simplesmente utilizando nervos reaproveitados em seus cérebros.

A técnica, conhecida como "renervação muscular dirigida", envolve utilizar os nervos que restam depois da amputação de um braço e conectá-los a outro músculo do corpo, em geral no peito. Eletrodos são instalados sobre os músculos do peito, e operam como se fossem antenas. Quando a pessoa deseja mover o braço, o cérebro envia sinais que primeiro resultam em contração dos músculos do peito, os quais enviam um sinal ao braço protético, instruindo-se a se movimentar. O processo não requer mais esforços consciente do que a pessoa teria de exercitar caso ainda tivesse seu braço natural.

Na terça-feira, pesquisadores reportaram em estudo publicado pela versão online do Journal of the American Medical Association que haviam levado a técnica ainda mais à frente, tornando possível a execução de 10 movimentos de mão, pulso e cotovelo diferentes, o que representa uma substancial melhora com relação ao típico repertório protético, que em geral envolve apenas dobrar o cotovelo, girar o pulso e abrir a mão.

"Os novos métodos tiveram impacto dramático em nosso campo de trabalho", disse Stuart Harshbarger, engenheiro biomédico na Universidade Johns Hopkins e diretor do programa de pesquisa sobre próteses, financiado pelas forças armadas, que inclui o trabalho com essa técnica. "O método já está em uso por médicos e cirurgiões comuns em todo o país. A capacidade de controlar um membro protético bastante robusto que ele confere surpreendeu a todos pela qualidade".

Tipicamente, uma pessoa que tenha um braço protético só é capaz de executar alguns poucos movimentos, e muitas vezes com tamanha lentidão que isso só permite a ela atividades limitadas.

Há um motor separado para cada movimento, diz Gerald Loeb, professor de engenharia biomédica na Universidade do Sul da Califórnia, "e esses motores precisam ser controlados de maneira explícita", usualmente por um esforço consciente da pessoa para contrair músculos nas costas ou no bíceps.

"Essencialmente, até agora os pacientes controlavam apenas um motor de cada vez", diz Loeb, "e precisavam pensar cuidadosamente sobre que motor desejavam controlar e como fazê-lo operar, em lugar de simplesmente pensarem em mover o braço e poderem fazê-lo sem delongas".

Antes que Kitts passasse pelo procedimento de renervação, em outubro de 2007, por exemplo, ela precisava movimentar os músculos de suas costas de determinada maneira para fazer com que seu pulso girasse, e flexionar seu bíceps e tríceps para fazer com que o cotovelo se movesse para cima e para baixo. "Era muito trabalho", ela conta. "E não me ajudava muito".

O procedimento de renervação é parte de uma recente explosão de idéias novas e técnicas inovadoras que estão sendo exploradas enquanto os cientistas se esforçam por ajudar as pessoas a compensar melhor a perda de membros ou problemas de paralisia. O esforço vem sendo alimentado pelo aumento no número de amputações causado por diabetes e por ferimentos sofridos pelos militares, e ao mesmo tempo pelos avanços na tecnologia médica.

Os braços se tornaram um dos focos essenciais desse tipo de trabalho. A ciência há muito vem obtendo sucessos no desenvolvimento de próteses de perna, mas é muito mais difícil imitar a complexidade e a destreza das mãos e dos braços.

Os esforços em curso incluem o desenvolvimento de projetos de pele e braços mais sensíveis e mais flexíveis, e o uso de dispositivos acionados por controles sem fio implantado nos braços protéticos, que permitiriam movimentos mais naturais.

Os pesquisadores também vêm usando sensores implantados nos cérebros de cobaias para permitir que dois macacos controlem um braço mecânico, e um teste com um homem paralítico permitiu, com esse método, que ele movimentasse um cursor em uma tela de computador.

Alguns desses métodos, caso venham a ser aperfeiçoados plenamente e consigam aprovação das autoridades regulatórias da saúde, podem no futuro se tornar mais viáveis para os pacientes de amputações.

E embora a técnica da renervação não requeira aprovação das autoridades regulatórias porque é executada por meios cirúrgicos e emprega aparelhos já existentes, ela apresenta limitações que até mesmo seus criadores reconhecem, entre as quais o fato de que não se pode utilizá-la para todos os pacientes, o seu alto custo e o prazo de meses requerido para que os nervos reconectados cresçam e se tornem efetivos.

Ainda assim, os especialistas dizem que é o mais avançado sistema em uso hoje para pacientes reais que permite que o sistema nervoso controle diretamente o movimento de um braço artificial.

Desde sua introdução por Todd Kuiken, médico fisioterapeuta e engenheiro biomédico do Instituto de Reabilitação de Chicago, o método foi empregado em cerca de 30 pacientes nos Estados Unidos, Canadá e Europa, entre os quais oito soldados feridos no Iraque e no Afeganistão.

Muitos dos pacientes, entre os quais o primeiro, Jesse Sullivan, um operário do setor elétrico no Tennessee que perdeu os dois braços quando foi eletrocutado por um cabo, conseguem não apenas manipular seus braços protéticos mas sentir a presença das mãos que já não têm quando alguém toca em seus peitos.

Sullivan, 62 anos, e Kitts, estavam entre os cinco pacientes que participaram do estudo reportado na terça-feira. Em companhia de cinco outras pessoas que não passaram por amputações, eles receberam os eletrodos e foram instruídos a usar pensamentos para fazer com que um braço virtual na tela reproduzisse 10 movimentos diferentes, entre os quais três formas diferentes de aperto de mão.

Os pacientes apresentaram desempenho bastante respeitável, apenas um pouco mais lento e menos preciso do que os dos participantes que não tinham amputações.

"As velocidades de movimento que encontramos em nossos pacientes foram realmente encorajadoras", disse Kuiken. "Eles conseguiram completar a tarefa. É claro que não foram tão competentes quanto as pessoas dotadas de plena capacidade física, mas foram bons o bastante".

Um braço virtual foi usado porque a maioria das próteses existentes não era capaz de acomodar todos aqueles movimentos, no momento da pesquisa, ainda que Sullivan, Kitts e uma terceira paciente, Claudia Mitchell, tenham experimentado dois novos protótipos mais versáteis de braços artificiais, executando tarefas complexas com bolas de tênis e outros objetos.

O trabalho de renervação em soldados apresenta outros desafios, diz Kuiken, porque os ferimentos militares muitas vezes "causam danos muitos extensos" a nervos, músculos ou ossos.

Daniel Acosta, 25 anos, um aviador ferido pela detonação de uma bomba em uma estrada do Iraque em 2005, passou pelo procedimento no ano passado e diz que seu braço esquerdo protético agora se movimenta "muito mais rápido" e de maneira muito mais natural.

"A diferença é que agora não preciso mais pensar para mover o braço", ele diz. "Ele simplesmente se mexe".

Ainda assim, Acosta, de San Antonio, diz que "o processo foi bastante longo" e que os eletrodos precisam ser ajustados para receber os sinais à medida que os nervos crescem ou mudam de posição.

E embora elogiem o método, os especialistas afirmam que a ciência das próteses de braço ainda tem muito por avançar.

"Trata-se de uma parte crucial, mas ainda assim apenas uma parte, das muitas coisas que compreendem a função normal de um braço", disse Loeb, que escreveu um editorial que acompanha o artigo no Journal of the American Medical Association.

"No momento estamos a meio do caminho entre o braço de 'Dr. Fantástico', que fazia involuntariamente a saudação nazista, e o braço de Luke Skywalker em 'Guerra nas Estrelas', que funciona sem nenhum problema assim que é conectado. Creio que precisaremos ainda de muitos anos para conectar todas as peças necessárias a produzir um braço capaz de funcionar normalmente".
17:04
Anónimo disse...
A Espanha disse neste sábado que está preparando uma reclamação oficial contra a decisão da Venezuela de expulsar um membro do Parlamento Europeu que criticou o conselho eleitoral venezuelano.
Luis Herrero, membro do partido conservador espanhol PP, foi deportado na sexta-feira depois que o Conselho Nacional Eleitoral (CNE) o acusou de questionar a imparcialidade da instituição antes de um referendo que pode permitir ao presidente Hugo Chávez permanecer no cargo indefinidamente.

Herrero estava na Venezuela como observador do referendo. Ele acusou Chávez de ter "comportamentos típicos de um ditador" por pedir a contenção de manifestações da oposição.

O governo da Espanha convocou um encontro com o embaixador da Venezuela em Madri para expressar a desaprovação sobre a expulsão de Herrero, disse um representante do Ministério das Relações Exteriores espanhol.

As relações da Venezuela com a Espanha tiveram seu ponto crítico em 2007, quando Chávez ameaçou rever acordos diplomáticos e comerciais depois de ouvir um "cala a boca" do rei espanhol Juan Carlos durante uma cúpula.

A fenda foi oficialmente reparada em 2008, com uma visita oficial de Chávez à Espanha, onde ele cumprimentou o rei e discutiu acordos para investimento no setor petroquímico com o primeiro-ministro José Luis Rodriguez Zapatero.
17:06
Anónimo disse...
A polícia do Zimbábue anunciou neste sábado que acusa de traição Roy Bennett, dirigente do até agora opositor Movimento para a Mudança Democrática (MDC), detido na sexta-feira, em Harare, poucas horas antes da cerimônia de posse dos membros do novo gabinete.

"A Polícia nos informou que vão apresentar acusações de traição", disse à agência EFE o advogado de defesa de Bennett, Trust Maanda.

"Tentam relacionar Roy com o caso de Mike Hitschmann, que foi detido em 2006 em relação à descoberta de um carregamento de armas, apesar de que Hitschmann não tenha sido declarado culpado das acusações de traição apresentadas contra ele, mas de um crime menor de descumprimento de leis", disse Maanda.

O político opositor, designado por seu partido como vice-ministro de Agricultura no Governo de união nacional, esteve no exílio na vizinha África do Sul desde 2006 e retornou ao Zimbábue há duas semanas.

Segundo a Polícia, que deteve Bennett ontem no aeroporto de Harare quando pretendia ir à África do Sul para visitar sua família, as armas apreendidas em 2006 seriam utilizadas em um golpe de Estado para derrubar o presidente do Zimbábue, Robert Mugabe.

Depois da detenção, Bennet foi levado a Mutar, onde vários simpatizantes do MDC se concentraram em frente à delegacia na qual estava detido, diante do que a Polícia respondeu com tiros para o alto para dispersar os manifestantes.
17:07
Anónimo disse...
Austrália: 14 mil se candidatam a 'emprego dos sonhos'

A secretaria de Turismo de Queensland, na Austrália, informou que até esta segunda-feira já recebeu cerca de 14 mil inscrições para o "o melhor emprego do mundo". O Estado australiano promove pela internet seleção para vaga de "zelador" da ilha Hamilton, por seis meses com um salário de R$ 40 mil.

Muitos candidatos tiveram problemas durante a inscrição por conta dos acessos simultâneos ao site. A secretaria aconselha enviar os vídeos de 60s explicando porque deve ser escolhido em horários alternativos do dia, além de recomendar tamanho em torno de 40MB.

As inscrições começaram em 12 de janeiro e vão até o próximo dia 22 e podem ser feitas pelo site www.islandreefjob.com. O governo australiano escolherá 50 candidatos para a próxima fase da seleção, que terá votos do público para eleger um dos 11 finalistas.

A última fase terá entrevistas e desafios físicos, no próprio local de trabalho: as ilhas da Grande Barreira Coralina - o maior recife de coral do mundo. A secretaria de Turismo anunciará o vencedor no dia 6 de maio.
17:09
Anónimo disse...
Mercado elogia governo na crise, mas pede maior queda no juro

Peter Fussy
Direto de São Paulo

Desde as primeiras medidas anunciadas para combater os efeitos da crise, o governo brasileiro avisou que a estratégia não contemplaria um pacote. Seriam doses pontuais, de acordo com a necessidade da economia diante do agravamento das turbulências. Da primeira liberação dos depósitos compulsórios em setembro até a ampliação do seguro-desemprego na última quarta-feira, o governo passou por redução de impostos, ampliação de crédito e incentivos à exportação. Quase 150 dias após a primeira medida, o Terra conversou com líderes do setor público e privado, representantes dos trabalhadores, acadêmicos e com o próprio governo para saber quais destas ações foram mais eficazes, quais foram mais ineficientes e o que mais pode ser feito pelo Estado brasileiro contra a crise.

Os maiores elogios foram direcionados à atitude de reduzir o Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) para a indústria automobilística, anunciada em dezembro e que fez com que os emplacamentos de carros novos subissem 1,9% no primeiro mês do ano em relação a dezembro de 2008. Já as maiores críticas foram para a lentidão no corte da taxa básica de juro do País.

Para o presidente do conselho administrativo do Grupo Pão de Açúcar, Abílio Diniz, o Estado não é responsável pela crise e mesmo assim está agindo "com extrema serenidade e muito acerto". "O governo está atento, fazendo a sua parte. É preciso coragem de baixar firmemente a taxa de juros. É uma arma que temos a nosso favor, já que não há clima para inflação, nem possibilidade de danos para a macroeconomia", afirmou Diniz.

Na última reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), em janeiro, a taxa Selic foi reduzida em um ponto percentual, de 13,75% para 12,75% ao ano. Porém, o professor de economia da Universidade de Brasília (UnB) José Luiz Oreiro lembra que este corte representa uma redução de apenas 0,25 ponto percentual com relação à taxa de setembro do ano passado, quando a crise se agravou.

"Pouco antes da eclosão da crise, o Banco Central aumentou a taxa em 0,75 ponto. Foram cinco meses de demora para reduzir em termos líquidos apenas 0,25 ponto", afirmou o economista, que também sugeriu redução do intervalo de cerca de 90 dias entre as reuniões do Copom e o corte de pelo menos um 1 ponto percentual em cada reunião.

Mesmo com o corte de janeiro, a taxa de juros real continua sendo a maior do mundo, lembrou o secretário-geral da Força Sindical, João Carlos Gonçalves, o Juruna. "A redução da taxa de juro ainda é pequena, porque ela continua uma das mais altas do mundo. Falta ousadia para baixar os juros e ajudar o cidadão. A permanência da taxa de juro alta é negativa para o País em meio a crise", afirmou Juruna.

Embora aprove as ações do governo, o senador Aloízio Mercadante (PT-SP) também acredita que o patamar da Selic está muito alto. "Sempre fomos os primeiros a entrar em qualquer crise, o que não aconteceu agora. A taxa Selic ainda é muito alta, mas o governo têm tomado medidas acertadas, como o aumento do salário mínimo, mesmo com um cenário de crise. Isso ajuda a movimentar o consumo. O governo está se esforçando para manter os investimentos e o crescimento", disse.

Tributos
De acordo com o economista Fabio Pina, da Fecomercio-SP, as ações mais positivas estão relacionadas à redução de tributos para alguns segmentos, como a indústria automobilística, que recuperou parte da queda nas vendas em janeiro com a isenção do IPI para carros 1.0 l e o corte para demais motorizações. A medida vale até o final de março.

"Essas medidas não só reduziram o preço, mas anteciparam o consumo daqueles que iriam comprar no futuro, dando um prêmio por conta da insegurança. Mexe diretamente com o principal problema que é a confiança do consumidor", afirmou. Juruna destacou que um bom ritmo de vendas é garantia de emprego. "É importante porque cada emprego na montadora significa 19 na cadeia produtiva", comentou o representante da Força Sindical.

Também em dezembro, o governo decidiu cortar pela metade a alíquota do Imposto de Renda para contribuintes que ganham entre R$ 1.434 e R$ 2.150 mensais. "O salário aumentava e a tabela não se modificava. As pessoas ganhavam mais e pagavam mais impostos", apontou Juruna. Outra redução de tributos do governo foi com relação ao Imposto sobre Operações Financeiras (IOF), que caiu de 3% ao ano para 1,5%.

Crédito
Na segunda metade de 2008, o colapso de bancos nos Estados Unidos por conta da crise do subprime provocou uma forte restrição de crédito no mundo inteiro. Uma das primeiras medidas anticrise do governo teve como objetivo restabelecer a oferta, com mudanças no recolhimento dos depósitos compulsórios por parte dos bancos. Segundo o presidente do Banco Central, Henrique Meirelles, as diversas modificações liberaram US$ 99,2 bilhões aos bancos até o final de janeiro.

Além disso, o governo concedeu R$ 36 bilhões das reservas internacionais para empresas brasileiras com dívidas no exterior e uma medida provisória autorizou o Banco do Brasil e a Caixa Econômica Federal a comprar carteiras de crédito de bancos privados. Para o diretor do Departamento de Pesquisas e Estudos Econômicos da Fiesp, Paulo Francini, estas medidas foram essenciais para combater os efeitos da crise.

"A crise se desenvolve no mundo em torno do tema crédito. E o crédito reduziu-se barbaridade no mundo. Então o governo lança mão de compulsório, lança mão de reservas, de medidas que permitem aos bancos comprar carteiras de bancos. Você vai tomando várias medidas para atender às demandas e o epicentro disso é crédito", afirmou.

No entanto, Oreiro, da UnB, adverte que a liberação dos compulsórios seria mais eficiente acompanhada de redução mais agressiva da taxa básica de juro. "Uma parte do crédito voltou, depois da forte retração em outubro e novembro. O que deveria ter sido feito junto à liberação do compulsório era uma redução mais drástica da taxa de juro. Sem isso, os bancos pegam as reservas e acabam comprando títulos públicos", explicou o economista.

Na opinião de Pina, as ações de distribuição de crédito via redução do compulsório e a disposição de capital de giro para empresas foram tomadas sem um cuidado maior na operação e não tiveram muito efeito. "O BNDES tem linhas que ficam paradas quase todo o ano, agora é pior ainda. Existem os recursos, mas as empresas e os bancos estão desconfiados. É preciso fazer com que os bancos tenham interesse em emprestar", afirmou o economista da Fecomercio-SP.

Futuro
Mesmo com todas essas medidas, a crise financeira ainda gera incertezas nos setores produtivos do País. Nos últimos meses, o medo do desemprego fez os consumidores adiarem compras. Por sua vez, a queda nas vendas pode obrigar as indústrias a cortarem a produção e demitir funcionários. Contra isso, empresários sugerem redução de jornada e de salários.

"Isto está previsto em lei. A Fiesp simplesmente manteve conversações com entidades sindicais quanto à aplicação daquilo que já está previsto em lei", afirmou Francini.

Segundo a ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff, uma das medidas que assegura um nível de emprego é a manutenção de investimentos no Programa de Aceleração do Crescimento (PAC). "Estamos esperando que a dificuldade ocorra em janeiro, fevereiro e março. Estamos certos que vamos manter o nível de investimento. É isso que funciona, é isso que significa investimento público. Ele funciona como um colchão. Por isso, nós colocamos R$ 100 bilhões no BNDES e a Petrobras ampliou o seu investimento em R$ 120 bilhões", afirmou.

Na mesma linha, Pina explica que a antecipação de gastos do governo substitui parte da demanda retraída do setor privado. "Ele dá o seguinte recado: não vou estourar as contas públicas, mas concentrar em um momento em que a demanda privada está pequena. Mas o governo não tem fôlego suficiente para fazer o papel de toda demanda", ressaltou. O economista da Fecomercio lembrou que a entidade já pleiteou junto ao governo isenções para transferência de imóveis e de automóveis, além de retirar o IPVA para veículos novos.

Já Oreiro foca suas propostas na capitalização do Banco do Brasil e da Caixa Econômica Federal pelo Tesouro para atender a demanda de crédito para capital de giro e reduzir o spread. "Aumentando o empréstimo e reduzindo as taxas, os dois vão forçar os bancos privados a acompanhar o movimento, até para não perderem participação no mercado", explicou o economista da UnB.

Até o Carnaval, o governou prometeu detalhar um pacote de incentivos para a construção de até um milhão de casas populares, direcionado a famílias com renda de até dez salários mínimos. "Estamos atentos a tudo o que está acontecendo e novas medidas serão tomadas caso haja uma avaliação de que sejam necessárias", disse o ministro da Fazenda, Guido Mantega, na última sexta-feira.
17:11
Anónimo disse...
Ex-ministro critica extensão do seguro-desemprego

Atualizada às 09h03

O ex-ministro do Trabalho Almir Pazzianotto criticou a decisão do governo federal de conceder o seguro-desemprego estendido a apenas alguns setores. "É certamente odioso e provavelmente inconstitucional", disse Pazzianotto, de acordo com o jornal O Estado de S. Paulo.

Na última qurta, dia do anúncio da medida, centrais sindicais elogiaram a atitude do governo. A Força Sindical divulgou nota dizendo que "o aumento ajudará a aquecer parte da economia, já que irá gerar mais consumo, produção e conseqüentemente, a criação de novos postos de trabalho". A União Geral dos Trabalhadores (UGT) afirmou que a medida "contribuirá para minimizar o drama dos trabalhadores que perderem seu emprego por conta da crise".

O ex-ministro, que instituiu o seguro-desemprego no País no governo de José Sarney, destacou a necessidade de as centrais sindicais se manifestarem contra a determinação. Para ele, as mudanças devem ser aplicadas a todas as categorias profissionais e a distinção é contrária ao artigo 3º da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT).

Pazzianotto atribui a medida a um possível temor do governo de que a crise econômica seja longa e não haja dinheiro para atender a todas as necessidades. Ainda assim, ele se mostra contrário ao método de concessão. "O seguro-desemprego ajuda a sanar necessidades básicas. Estendê-lo é paliativo, não a solução", disse ao jornal.

De acordo com o presidente do Conselho Deliberativo do Fundo de Amparo ao Trabalhador (Codefat) e conselheiro da Força Sindical, Luiz Fernando Emediato, a determinação já estava prevista na lei 8.900/94, que trata do seguro-desemprego.

O presidente da Comissão de Trabalho da Câmara, Pedro Fernandes (PTB-MA) vai além na crítica à concessão do seguro para apenas alguns setores. Ele acredita que a ampliação do benefício estimula o desemprego.

Quintino Severo, secretário geral da Central Única dos Trabalhadores (CUT), lembra que a ampliação do benefício sem critério e identificação pode incentivar demissões em outros setores.

Anónimo disse...

Os bombeiros combatem neste sábado os incêndios na Austrália favorecidos pelo bom tempo, enquanto os deslocados encotram em seu retorno casas derruídas, carros queimados nas ruas e destruição.

Depois de sete dias desde que começaram os incêndios no Estado de Victoria, a lista de mortos chega a 181, os desaparecidos somam 50, os edifícios destruídos totalizam 1,834 mil e o terreno arrasado, principalmente florestas, ocupa uma área de 4,13 mil quilômetros quadrados.

As equipes de bombeiros, formadas por 4 mil profissionais de Victoria, de outras partes da Austrália e de países amigos, combateram hoje 12 focos fora de controle e nenhum representava uma ameaça direta para a população.

O subdiretor do Serviço de Bombeiros, Geoff Conway, disse que este tempo favorável, que se prolongará durante o domingo, permite consolidar as linhas de contenção e avançar na extinção das chamas.

Cinzas apareceram arrastadas por ventos do nordeste sobre Melbourne, onde habitam 3,8 milhões de pessoas, e as autoridades alertaram aos cidadãos do risco para a saúde de idosos, crianças e pessoas com problemas respiratórios.

O número de pessoas deslocadas - a Cruz Vermelha chegou a receber 7 mil - começou a cair com a abertura de algumas localidades atingidas.

Os incêndios, alguns criminosos, começaram em 7 de fevereiro, quando a região sul da Austrália estava há duas semanas sob uma onda de calor sem precedentes.

Na sexta-feira passada, a polícia acusou uma pessoa de ter provocado o incêndio que atingiu a localidade de Churchill e matou 21 pessoas.
16:55
Anónimo disse...
A primeira chuva em seis dias reduziu a ameaça de incêndios no Estado de Victoria, ao sul da Austrália. As autoridades, porém, advertiram que ainda existem 12 focos, mas que nenhum deles ameaça áreas povoadas.

Mais de quatro mil bombeiros, mil provenientes de outras partes do país e de outras nações, trabalham contra o fogo. Cerca de 600 veículos e 28 helicópteros e pequenos aviões estão sendo usados.


Eles conseguiram construir linhas de contenção para evitar os incêndios de Yarra e Maroondah se juntassem. Também foram controlados os incêndios abertos de Yea e Murrindindi, que ameaçavam as comunidades de Connellys Creek, Crystal Creek, Scrubby Creek e Native Dog Creek.

O número de mortos chegou a 181, mas as autoridades acreditam que as vítimas devem passar de 200, já que ainda há muitos desaparecidos.
16:55
Anónimo disse...
Aqui nesta coluna, na semana passada, tive a oportunidade de comentar sobre a recente visita do professor brasileiro Pedrinho Guareschi à Austrália. Não dei, porém, os fatos, pois semana passada o assunto era outro.

Hoje, porém, vamos a eles.

No último dia 4 de fevereiro, aconteceu o Seminário "Paulo Freire: Education and Liberation", organizado pelo centro de estudos latino-americanos da Universidade Nacional da Austrália, ou ANU, como é mais conhecida por aqui.

A ANU, para quem não sabe, está entre as 20 melhores universidades do mundo! E tem sede aqui em Camberra, capital da Austrália.

Na abertura do evento, o professor John Minns, diretor do centro latino-americano, ao dar boas-vindas ao público presente, lembrou ser aquele o primeiro seminário exclusivamente dedicado a Paulo Freire na Austrália.

Em seguida, convidou Pedrinho Guareschi, palestrante principal do Seminário, a fazer sua apresentação.

A plateia pode então conhecer, pelas palavras de Pedrinho, um pouco da obra e da vida de Freire, esse brasileiro de fé e valor, que sempre acreditou na educação, sobretudo dos menos favorecidos, analfabetos, como força libertadora.

Como não podia deixar de ser, os conceitos e ideias revolucionários de Paulo Freire, expostos com clareza por Pedrinho, despertaram o interesse e a curiosidade de plateia. A qual, deve-se notar, era na maioria de estudantes, mas de várias nacionalidades, sobretudo australianos e asiáticos.

Na continuação do programa do seminário, que se estendeu por dois dias, outros professores fizeram palestras sobre temas ligados à obra de Paulo Freire.

Interessante, por exemplo, saber que a professora Anne Hickling-Hudson, jamaicana que mora na Austrália há muitos anos (é professora da ANU), conheceu e trabalhou com Freire num workshop educacional durante a revolução na Ilha de Granada, em 1980, antes da invasão dos Estados Unidos...

Ou, então, a palestra da Professora Gerda Roelvink, da Nova Zelândia, que participou do Fórum Social de Porto Alegre em 2005. E essa participação transformou-se em tema de doutorado.

No dia 10, terça-feira passada, o padre Pedrinho Guareschi voltou a falar ao público australiano em grande auditório localizado no belíssimo campus da ANU. Desta vez, sobre a Teologia da Libertação.

Depois da palestra, John Minns mostrou o filme mexicano "O Crime do Padre Amaro", no qual um dos personagens é um padre católico praticante da Teologia da Libertação.

Mais uma vez, foi grande o intersse da platéia, que pode aprender e conhecer um pouco como se desenvolveu aquele importante movimento católico na América Latina.

Fica, assim, ao Pedrinho, bem como a outros brasileiros estudiosos e de bom coração que saem pelo mundo a divulgar aspectos importantes da cultura brasileira, o respeito e a homenagem desta coluna. E... aquele abraço!
16:57
Anónimo disse...
Amanda Kitts perdeu o braço esquerdo em um acidente de automóvel acontecido três anos atrás, mas hoje em dia ela joga futebol americano com seu filho de 12 anos de idade, troca fraldas e abraça as crianças nas três creches Kiddie Cottage que opera em Knoxville, Tennessee. Kitts, 40 anos, faz tudo isso com a ajuda de um novo tipo de braço artificial que se movimenta com mais facilidade do que outros aparelhos e que ela pode controlar utilizando apenas seus pensamentos.

"Eu sou capaz de mexer a mão, o pulso e o cotovelo ao mesmo tempo", diz. "Você pensa e os músculos se movem em seguida".

A recuperação que ela conseguiu resulta de um novo procedimento que vem atraindo crescente atenção porque permite que pessoas movam braços protéticos de forma mais automática do que faziam no passado, simplesmente utilizando nervos reaproveitados em seus cérebros.

A técnica, conhecida como "renervação muscular dirigida", envolve utilizar os nervos que restam depois da amputação de um braço e conectá-los a outro músculo do corpo, em geral no peito. Eletrodos são instalados sobre os músculos do peito, e operam como se fossem antenas. Quando a pessoa deseja mover o braço, o cérebro envia sinais que primeiro resultam em contração dos músculos do peito, os quais enviam um sinal ao braço protético, instruindo-se a se movimentar. O processo não requer mais esforços consciente do que a pessoa teria de exercitar caso ainda tivesse seu braço natural.

Na terça-feira, pesquisadores reportaram em estudo publicado pela versão online do Journal of the American Medical Association que haviam levado a técnica ainda mais à frente, tornando possível a execução de 10 movimentos de mão, pulso e cotovelo diferentes, o que representa uma substancial melhora com relação ao típico repertório protético, que em geral envolve apenas dobrar o cotovelo, girar o pulso e abrir a mão.

"Os novos métodos tiveram impacto dramático em nosso campo de trabalho", disse Stuart Harshbarger, engenheiro biomédico na Universidade Johns Hopkins e diretor do programa de pesquisa sobre próteses, financiado pelas forças armadas, que inclui o trabalho com essa técnica. "O método já está em uso por médicos e cirurgiões comuns em todo o país. A capacidade de controlar um membro protético bastante robusto que ele confere surpreendeu a todos pela qualidade".

Tipicamente, uma pessoa que tenha um braço protético só é capaz de executar alguns poucos movimentos, e muitas vezes com tamanha lentidão que isso só permite a ela atividades limitadas.

Há um motor separado para cada movimento, diz Gerald Loeb, professor de engenharia biomédica na Universidade do Sul da Califórnia, "e esses motores precisam ser controlados de maneira explícita", usualmente por um esforço consciente da pessoa para contrair músculos nas costas ou no bíceps.

"Essencialmente, até agora os pacientes controlavam apenas um motor de cada vez", diz Loeb, "e precisavam pensar cuidadosamente sobre que motor desejavam controlar e como fazê-lo operar, em lugar de simplesmente pensarem em mover o braço e poderem fazê-lo sem delongas".

Antes que Kitts passasse pelo procedimento de renervação, em outubro de 2007, por exemplo, ela precisava movimentar os músculos de suas costas de determinada maneira para fazer com que seu pulso girasse, e flexionar seu bíceps e tríceps para fazer com que o cotovelo se movesse para cima e para baixo. "Era muito trabalho", ela conta. "E não me ajudava muito".

O procedimento de renervação é parte de uma recente explosão de idéias novas e técnicas inovadoras que estão sendo exploradas enquanto os cientistas se esforçam por ajudar as pessoas a compensar melhor a perda de membros ou problemas de paralisia. O esforço vem sendo alimentado pelo aumento no número de amputações causado por diabetes e por ferimentos sofridos pelos militares, e ao mesmo tempo pelos avanços na tecnologia médica.

Os braços se tornaram um dos focos essenciais desse tipo de trabalho. A ciência há muito vem obtendo sucessos no desenvolvimento de próteses de perna, mas é muito mais difícil imitar a complexidade e a destreza das mãos e dos braços.

Os esforços em curso incluem o desenvolvimento de projetos de pele e braços mais sensíveis e mais flexíveis, e o uso de dispositivos acionados por controles sem fio implantado nos braços protéticos, que permitiriam movimentos mais naturais.

Os pesquisadores também vêm usando sensores implantados nos cérebros de cobaias para permitir que dois macacos controlem um braço mecânico, e um teste com um homem paralítico permitiu, com esse método, que ele movimentasse um cursor em uma tela de computador.

Alguns desses métodos, caso venham a ser aperfeiçoados plenamente e consigam aprovação das autoridades regulatórias da saúde, podem no futuro se tornar mais viáveis para os pacientes de amputações.

E embora a técnica da renervação não requeira aprovação das autoridades regulatórias porque é executada por meios cirúrgicos e emprega aparelhos já existentes, ela apresenta limitações que até mesmo seus criadores reconhecem, entre as quais o fato de que não se pode utilizá-la para todos os pacientes, o seu alto custo e o prazo de meses requerido para que os nervos reconectados cresçam e se tornem efetivos.

Ainda assim, os especialistas dizem que é o mais avançado sistema em uso hoje para pacientes reais que permite que o sistema nervoso controle diretamente o movimento de um braço artificial.

Desde sua introdução por Todd Kuiken, médico fisioterapeuta e engenheiro biomédico do Instituto de Reabilitação de Chicago, o método foi empregado em cerca de 30 pacientes nos Estados Unidos, Canadá e Europa, entre os quais oito soldados feridos no Iraque e no Afeganistão.

Muitos dos pacientes, entre os quais o primeiro, Jesse Sullivan, um operário do setor elétrico no Tennessee que perdeu os dois braços quando foi eletrocutado por um cabo, conseguem não apenas manipular seus braços protéticos mas sentir a presença das mãos que já não têm quando alguém toca em seus peitos.

Sullivan, 62 anos, e Kitts, estavam entre os cinco pacientes que participaram do estudo reportado na terça-feira. Em companhia de cinco outras pessoas que não passaram por amputações, eles receberam os eletrodos e foram instruídos a usar pensamentos para fazer com que um braço virtual na tela reproduzisse 10 movimentos diferentes, entre os quais três formas diferentes de aperto de mão.

Os pacientes apresentaram desempenho bastante respeitável, apenas um pouco mais lento e menos preciso do que os dos participantes que não tinham amputações.

"As velocidades de movimento que encontramos em nossos pacientes foram realmente encorajadoras", disse Kuiken. "Eles conseguiram completar a tarefa. É claro que não foram tão competentes quanto as pessoas dotadas de plena capacidade física, mas foram bons o bastante".

Um braço virtual foi usado porque a maioria das próteses existentes não era capaz de acomodar todos aqueles movimentos, no momento da pesquisa, ainda que Sullivan, Kitts e uma terceira paciente, Claudia Mitchell, tenham experimentado dois novos protótipos mais versáteis de braços artificiais, executando tarefas complexas com bolas de tênis e outros objetos.

O trabalho de renervação em soldados apresenta outros desafios, diz Kuiken, porque os ferimentos militares muitas vezes "causam danos muitos extensos" a nervos, músculos ou ossos.

Daniel Acosta, 25 anos, um aviador ferido pela detonação de uma bomba em uma estrada do Iraque em 2005, passou pelo procedimento no ano passado e diz que seu braço esquerdo protético agora se movimenta "muito mais rápido" e de maneira muito mais natural.

"A diferença é que agora não preciso mais pensar para mover o braço", ele diz. "Ele simplesmente se mexe".

Ainda assim, Acosta, de San Antonio, diz que "o processo foi bastante longo" e que os eletrodos precisam ser ajustados para receber os sinais à medida que os nervos crescem ou mudam de posição.

E embora elogiem o método, os especialistas afirmam que a ciência das próteses de braço ainda tem muito por avançar.

"Trata-se de uma parte crucial, mas ainda assim apenas uma parte, das muitas coisas que compreendem a função normal de um braço", disse Loeb, que escreveu um editorial que acompanha o artigo no Journal of the American Medical Association.

"No momento estamos a meio do caminho entre o braço de 'Dr. Fantástico', que fazia involuntariamente a saudação nazista, e o braço de Luke Skywalker em 'Guerra nas Estrelas', que funciona sem nenhum problema assim que é conectado. Creio que precisaremos ainda de muitos anos para conectar todas as peças necessárias a produzir um braço capaz de funcionar normalmente".
17:04
Anónimo disse...
A Espanha disse neste sábado que está preparando uma reclamação oficial contra a decisão da Venezuela de expulsar um membro do Parlamento Europeu que criticou o conselho eleitoral venezuelano.
Luis Herrero, membro do partido conservador espanhol PP, foi deportado na sexta-feira depois que o Conselho Nacional Eleitoral (CNE) o acusou de questionar a imparcialidade da instituição antes de um referendo que pode permitir ao presidente Hugo Chávez permanecer no cargo indefinidamente.

Herrero estava na Venezuela como observador do referendo. Ele acusou Chávez de ter "comportamentos típicos de um ditador" por pedir a contenção de manifestações da oposição.

O governo da Espanha convocou um encontro com o embaixador da Venezuela em Madri para expressar a desaprovação sobre a expulsão de Herrero, disse um representante do Ministério das Relações Exteriores espanhol.

As relações da Venezuela com a Espanha tiveram seu ponto crítico em 2007, quando Chávez ameaçou rever acordos diplomáticos e comerciais depois de ouvir um "cala a boca" do rei espanhol Juan Carlos durante uma cúpula.

A fenda foi oficialmente reparada em 2008, com uma visita oficial de Chávez à Espanha, onde ele cumprimentou o rei e discutiu acordos para investimento no setor petroquímico com o primeiro-ministro José Luis Rodriguez Zapatero.
17:06
Anónimo disse...
A polícia do Zimbábue anunciou neste sábado que acusa de traição Roy Bennett, dirigente do até agora opositor Movimento para a Mudança Democrática (MDC), detido na sexta-feira, em Harare, poucas horas antes da cerimônia de posse dos membros do novo gabinete.

"A Polícia nos informou que vão apresentar acusações de traição", disse à agência EFE o advogado de defesa de Bennett, Trust Maanda.

"Tentam relacionar Roy com o caso de Mike Hitschmann, que foi detido em 2006 em relação à descoberta de um carregamento de armas, apesar de que Hitschmann não tenha sido declarado culpado das acusações de traição apresentadas contra ele, mas de um crime menor de descumprimento de leis", disse Maanda.

O político opositor, designado por seu partido como vice-ministro de Agricultura no Governo de união nacional, esteve no exílio na vizinha África do Sul desde 2006 e retornou ao Zimbábue há duas semanas.

Segundo a Polícia, que deteve Bennett ontem no aeroporto de Harare quando pretendia ir à África do Sul para visitar sua família, as armas apreendidas em 2006 seriam utilizadas em um golpe de Estado para derrubar o presidente do Zimbábue, Robert Mugabe.

Depois da detenção, Bennet foi levado a Mutar, onde vários simpatizantes do MDC se concentraram em frente à delegacia na qual estava detido, diante do que a Polícia respondeu com tiros para o alto para dispersar os manifestantes.
17:07
Anónimo disse...
Austrália: 14 mil se candidatam a 'emprego dos sonhos'

A secretaria de Turismo de Queensland, na Austrália, informou que até esta segunda-feira já recebeu cerca de 14 mil inscrições para o "o melhor emprego do mundo". O Estado australiano promove pela internet seleção para vaga de "zelador" da ilha Hamilton, por seis meses com um salário de R$ 40 mil.

Muitos candidatos tiveram problemas durante a inscrição por conta dos acessos simultâneos ao site. A secretaria aconselha enviar os vídeos de 60s explicando porque deve ser escolhido em horários alternativos do dia, além de recomendar tamanho em torno de 40MB.

As inscrições começaram em 12 de janeiro e vão até o próximo dia 22 e podem ser feitas pelo site www.islandreefjob.com. O governo australiano escolherá 50 candidatos para a próxima fase da seleção, que terá votos do público para eleger um dos 11 finalistas.

A última fase terá entrevistas e desafios físicos, no próprio local de trabalho: as ilhas da Grande Barreira Coralina - o maior recife de coral do mundo. A secretaria de Turismo anunciará o vencedor no dia 6 de maio.
17:09
Anónimo disse...
Mercado elogia governo na crise, mas pede maior queda no juro

Peter Fussy
Direto de São Paulo

Desde as primeiras medidas anunciadas para combater os efeitos da crise, o governo brasileiro avisou que a estratégia não contemplaria um pacote. Seriam doses pontuais, de acordo com a necessidade da economia diante do agravamento das turbulências. Da primeira liberação dos depósitos compulsórios em setembro até a ampliação do seguro-desemprego na última quarta-feira, o governo passou por redução de impostos, ampliação de crédito e incentivos à exportação. Quase 150 dias após a primeira medida, o Terra conversou com líderes do setor público e privado, representantes dos trabalhadores, acadêmicos e com o próprio governo para saber quais destas ações foram mais eficazes, quais foram mais ineficientes e o que mais pode ser feito pelo Estado brasileiro contra a crise.

Os maiores elogios foram direcionados à atitude de reduzir o Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) para a indústria automobilística, anunciada em dezembro e que fez com que os emplacamentos de carros novos subissem 1,9% no primeiro mês do ano em relação a dezembro de 2008. Já as maiores críticas foram para a lentidão no corte da taxa básica de juro do País.

Para o presidente do conselho administrativo do Grupo Pão de Açúcar, Abílio Diniz, o Estado não é responsável pela crise e mesmo assim está agindo "com extrema serenidade e muito acerto". "O governo está atento, fazendo a sua parte. É preciso coragem de baixar firmemente a taxa de juros. É uma arma que temos a nosso favor, já que não há clima para inflação, nem possibilidade de danos para a macroeconomia", afirmou Diniz.

Na última reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), em janeiro, a taxa Selic foi reduzida em um ponto percentual, de 13,75% para 12,75% ao ano. Porém, o professor de economia da Universidade de Brasília (UnB) José Luiz Oreiro lembra que este corte representa uma redução de apenas 0,25 ponto percentual com relação à taxa de setembro do ano passado, quando a crise se agravou.

"Pouco antes da eclosão da crise, o Banco Central aumentou a taxa em 0,75 ponto. Foram cinco meses de demora para reduzir em termos líquidos apenas 0,25 ponto", afirmou o economista, que também sugeriu redução do intervalo de cerca de 90 dias entre as reuniões do Copom e o corte de pelo menos um 1 ponto percentual em cada reunião.

Mesmo com o corte de janeiro, a taxa de juros real continua sendo a maior do mundo, lembrou o secretário-geral da Força Sindical, João Carlos Gonçalves, o Juruna. "A redução da taxa de juro ainda é pequena, porque ela continua uma das mais altas do mundo. Falta ousadia para baixar os juros e ajudar o cidadão. A permanência da taxa de juro alta é negativa para o País em meio a crise", afirmou Juruna.

Embora aprove as ações do governo, o senador Aloízio Mercadante (PT-SP) também acredita que o patamar da Selic está muito alto. "Sempre fomos os primeiros a entrar em qualquer crise, o que não aconteceu agora. A taxa Selic ainda é muito alta, mas o governo têm tomado medidas acertadas, como o aumento do salário mínimo, mesmo com um cenário de crise. Isso ajuda a movimentar o consumo. O governo está se esforçando para manter os investimentos e o crescimento", disse.

Tributos
De acordo com o economista Fabio Pina, da Fecomercio-SP, as ações mais positivas estão relacionadas à redução de tributos para alguns segmentos, como a indústria automobilística, que recuperou parte da queda nas vendas em janeiro com a isenção do IPI para carros 1.0 l e o corte para demais motorizações. A medida vale até o final de março.

"Essas medidas não só reduziram o preço, mas anteciparam o consumo daqueles que iriam comprar no futuro, dando um prêmio por conta da insegurança. Mexe diretamente com o principal problema que é a confiança do consumidor", afirmou. Juruna destacou que um bom ritmo de vendas é garantia de emprego. "É importante porque cada emprego na montadora significa 19 na cadeia produtiva", comentou o representante da Força Sindical.

Também em dezembro, o governo decidiu cortar pela metade a alíquota do Imposto de Renda para contribuintes que ganham entre R$ 1.434 e R$ 2.150 mensais. "O salário aumentava e a tabela não se modificava. As pessoas ganhavam mais e pagavam mais impostos", apontou Juruna. Outra redução de tributos do governo foi com relação ao Imposto sobre Operações Financeiras (IOF), que caiu de 3% ao ano para 1,5%.

Crédito
Na segunda metade de 2008, o colapso de bancos nos Estados Unidos por conta da crise do subprime provocou uma forte restrição de crédito no mundo inteiro. Uma das primeiras medidas anticrise do governo teve como objetivo restabelecer a oferta, com mudanças no recolhimento dos depósitos compulsórios por parte dos bancos. Segundo o presidente do Banco Central, Henrique Meirelles, as diversas modificações liberaram US$ 99,2 bilhões aos bancos até o final de janeiro.

Além disso, o governo concedeu R$ 36 bilhões das reservas internacionais para empresas brasileiras com dívidas no exterior e uma medida provisória autorizou o Banco do Brasil e a Caixa Econômica Federal a comprar carteiras de crédito de bancos privados. Para o diretor do Departamento de Pesquisas e Estudos Econômicos da Fiesp, Paulo Francini, estas medidas foram essenciais para combater os efeitos da crise.

"A crise se desenvolve no mundo em torno do tema crédito. E o crédito reduziu-se barbaridade no mundo. Então o governo lança mão de compulsório, lança mão de reservas, de medidas que permitem aos bancos comprar carteiras de bancos. Você vai tomando várias medidas para atender às demandas e o epicentro disso é crédito", afirmou.

No entanto, Oreiro, da UnB, adverte que a liberação dos compulsórios seria mais eficiente acompanhada de redução mais agressiva da taxa básica de juro. "Uma parte do crédito voltou, depois da forte retração em outubro e novembro. O que deveria ter sido feito junto à liberação do compulsório era uma redução mais drástica da taxa de juro. Sem isso, os bancos pegam as reservas e acabam comprando títulos públicos", explicou o economista.

Na opinião de Pina, as ações de distribuição de crédito via redução do compulsório e a disposição de capital de giro para empresas foram tomadas sem um cuidado maior na operação e não tiveram muito efeito. "O BNDES tem linhas que ficam paradas quase todo o ano, agora é pior ainda. Existem os recursos, mas as empresas e os bancos estão desconfiados. É preciso fazer com que os bancos tenham interesse em emprestar", afirmou o economista da Fecomercio-SP.

Futuro
Mesmo com todas essas medidas, a crise financeira ainda gera incertezas nos setores produtivos do País. Nos últimos meses, o medo do desemprego fez os consumidores adiarem compras. Por sua vez, a queda nas vendas pode obrigar as indústrias a cortarem a produção e demitir funcionários. Contra isso, empresários sugerem redução de jornada e de salários.

"Isto está previsto em lei. A Fiesp simplesmente manteve conversações com entidades sindicais quanto à aplicação daquilo que já está previsto em lei", afirmou Francini.

Segundo a ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff, uma das medidas que assegura um nível de emprego é a manutenção de investimentos no Programa de Aceleração do Crescimento (PAC). "Estamos esperando que a dificuldade ocorra em janeiro, fevereiro e março. Estamos certos que vamos manter o nível de investimento. É isso que funciona, é isso que significa investimento público. Ele funciona como um colchão. Por isso, nós colocamos R$ 100 bilhões no BNDES e a Petrobras ampliou o seu investimento em R$ 120 bilhões", afirmou.

Na mesma linha, Pina explica que a antecipação de gastos do governo substitui parte da demanda retraída do setor privado. "Ele dá o seguinte recado: não vou estourar as contas públicas, mas concentrar em um momento em que a demanda privada está pequena. Mas o governo não tem fôlego suficiente para fazer o papel de toda demanda", ressaltou. O economista da Fecomercio lembrou que a entidade já pleiteou junto ao governo isenções para transferência de imóveis e de automóveis, além de retirar o IPVA para veículos novos.

Já Oreiro foca suas propostas na capitalização do Banco do Brasil e da Caixa Econômica Federal pelo Tesouro para atender a demanda de crédito para capital de giro e reduzir o spread. "Aumentando o empréstimo e reduzindo as taxas, os dois vão forçar os bancos privados a acompanhar o movimento, até para não perderem participação no mercado", explicou o economista da UnB.

Até o Carnaval, o governou prometeu detalhar um pacote de incentivos para a construção de até um milhão de casas populares, direcionado a famílias com renda de até dez salários mínimos. "Estamos atentos a tudo o que está acontecendo e novas medidas serão tomadas caso haja uma avaliação de que sejam necessárias", disse o ministro da Fazenda, Guido Mantega, na última sexta-feira.
17:11
Anónimo disse...
Ex-ministro critica extensão do seguro-desemprego

Atualizada às 09h03

O ex-ministro do Trabalho Almir Pazzianotto criticou a decisão do governo federal de conceder o seguro-desemprego estendido a apenas alguns setores. "É certamente odioso e provavelmente inconstitucional", disse Pazzianotto, de acordo com o jornal O Estado de S. Paulo.

Na última qurta, dia do anúncio da medida, centrais sindicais elogiaram a atitude do governo. A Força Sindical divulgou nota dizendo que "o aumento ajudará a aquecer parte da economia, já que irá gerar mais consumo, produção e conseqüentemente, a criação de novos postos de trabalho". A União Geral dos Trabalhadores (UGT) afirmou que a medida "contribuirá para minimizar o drama dos trabalhadores que perderem seu emprego por conta da crise".

O ex-ministro, que instituiu o seguro-desemprego no País no governo de José Sarney, destacou a necessidade de as centrais sindicais se manifestarem contra a determinação. Para ele, as mudanças devem ser aplicadas a todas as categorias profissionais e a distinção é contrária ao artigo 3º da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT).

Pazzianotto atribui a medida a um possível temor do governo de que a crise econômica seja longa e não haja dinheiro para atender a todas as necessidades. Ainda assim, ele se mostra contrário ao método de concessão. "O seguro-desemprego ajuda a sanar necessidades básicas. Estendê-lo é paliativo, não a solução", disse ao jornal.

De acordo com o presidente do Conselho Deliberativo do Fundo de Amparo ao Trabalhador (Codefat) e conselheiro da Força Sindical, Luiz Fernando Emediato, a determinação já estava prevista na lei 8.900/94, que trata do seguro-desemprego.

O presidente da Comissão de Trabalho da Câmara, Pedro Fernandes (PTB-MA) vai além na crítica à concessão do seguro para apenas alguns setores. Ele acredita que a ampliação do benefício estimula o desemprego.

Quintino Severo, secretário geral da Central Única dos Trabalhadores (CUT), lembra que a ampliação do benefício sem critério e identificação pode incentivar demissões em outros setores.

Anónimo disse...

Os bombeiros combatem neste sábado os incêndios na Austrália favorecidos pelo bom tempo, enquanto os deslocados encotram em seu retorno casas derruídas, carros queimados nas ruas e destruição.

Depois de sete dias desde que começaram os incêndios no Estado de Victoria, a lista de mortos chega a 181, os desaparecidos somam 50, os edifícios destruídos totalizam 1,834 mil e o terreno arrasado, principalmente florestas, ocupa uma área de 4,13 mil quilômetros quadrados.

As equipes de bombeiros, formadas por 4 mil profissionais de Victoria, de outras partes da Austrália e de países amigos, combateram hoje 12 focos fora de controle e nenhum representava uma ameaça direta para a população.

O subdiretor do Serviço de Bombeiros, Geoff Conway, disse que este tempo favorável, que se prolongará durante o domingo, permite consolidar as linhas de contenção e avançar na extinção das chamas.

Cinzas apareceram arrastadas por ventos do nordeste sobre Melbourne, onde habitam 3,8 milhões de pessoas, e as autoridades alertaram aos cidadãos do risco para a saúde de idosos, crianças e pessoas com problemas respiratórios.

O número de pessoas deslocadas - a Cruz Vermelha chegou a receber 7 mil - começou a cair com a abertura de algumas localidades atingidas.

Os incêndios, alguns criminosos, começaram em 7 de fevereiro, quando a região sul da Austrália estava há duas semanas sob uma onda de calor sem precedentes.

Na sexta-feira passada, a polícia acusou uma pessoa de ter provocado o incêndio que atingiu a localidade de Churchill e matou 21 pessoas.
16:55
Anónimo disse...
A primeira chuva em seis dias reduziu a ameaça de incêndios no Estado de Victoria, ao sul da Austrália. As autoridades, porém, advertiram que ainda existem 12 focos, mas que nenhum deles ameaça áreas povoadas.

Mais de quatro mil bombeiros, mil provenientes de outras partes do país e de outras nações, trabalham contra o fogo. Cerca de 600 veículos e 28 helicópteros e pequenos aviões estão sendo usados.


Eles conseguiram construir linhas de contenção para evitar os incêndios de Yarra e Maroondah se juntassem. Também foram controlados os incêndios abertos de Yea e Murrindindi, que ameaçavam as comunidades de Connellys Creek, Crystal Creek, Scrubby Creek e Native Dog Creek.

O número de mortos chegou a 181, mas as autoridades acreditam que as vítimas devem passar de 200, já que ainda há muitos desaparecidos.
16:55
Anónimo disse...
Aqui nesta coluna, na semana passada, tive a oportunidade de comentar sobre a recente visita do professor brasileiro Pedrinho Guareschi à Austrália. Não dei, porém, os fatos, pois semana passada o assunto era outro.

Hoje, porém, vamos a eles.

No último dia 4 de fevereiro, aconteceu o Seminário "Paulo Freire: Education and Liberation", organizado pelo centro de estudos latino-americanos da Universidade Nacional da Austrália, ou ANU, como é mais conhecida por aqui.

A ANU, para quem não sabe, está entre as 20 melhores universidades do mundo! E tem sede aqui em Camberra, capital da Austrália.

Na abertura do evento, o professor John Minns, diretor do centro latino-americano, ao dar boas-vindas ao público presente, lembrou ser aquele o primeiro seminário exclusivamente dedicado a Paulo Freire na Austrália.

Em seguida, convidou Pedrinho Guareschi, palestrante principal do Seminário, a fazer sua apresentação.

A plateia pode então conhecer, pelas palavras de Pedrinho, um pouco da obra e da vida de Freire, esse brasileiro de fé e valor, que sempre acreditou na educação, sobretudo dos menos favorecidos, analfabetos, como força libertadora.

Como não podia deixar de ser, os conceitos e ideias revolucionários de Paulo Freire, expostos com clareza por Pedrinho, despertaram o interesse e a curiosidade de plateia. A qual, deve-se notar, era na maioria de estudantes, mas de várias nacionalidades, sobretudo australianos e asiáticos.

Na continuação do programa do seminário, que se estendeu por dois dias, outros professores fizeram palestras sobre temas ligados à obra de Paulo Freire.

Interessante, por exemplo, saber que a professora Anne Hickling-Hudson, jamaicana que mora na Austrália há muitos anos (é professora da ANU), conheceu e trabalhou com Freire num workshop educacional durante a revolução na Ilha de Granada, em 1980, antes da invasão dos Estados Unidos...

Ou, então, a palestra da Professora Gerda Roelvink, da Nova Zelândia, que participou do Fórum Social de Porto Alegre em 2005. E essa participação transformou-se em tema de doutorado.

No dia 10, terça-feira passada, o padre Pedrinho Guareschi voltou a falar ao público australiano em grande auditório localizado no belíssimo campus da ANU. Desta vez, sobre a Teologia da Libertação.

Depois da palestra, John Minns mostrou o filme mexicano "O Crime do Padre Amaro", no qual um dos personagens é um padre católico praticante da Teologia da Libertação.

Mais uma vez, foi grande o intersse da platéia, que pode aprender e conhecer um pouco como se desenvolveu aquele importante movimento católico na América Latina.

Fica, assim, ao Pedrinho, bem como a outros brasileiros estudiosos e de bom coração que saem pelo mundo a divulgar aspectos importantes da cultura brasileira, o respeito e a homenagem desta coluna. E... aquele abraço!
16:57
Anónimo disse...
Amanda Kitts perdeu o braço esquerdo em um acidente de automóvel acontecido três anos atrás, mas hoje em dia ela joga futebol americano com seu filho de 12 anos de idade, troca fraldas e abraça as crianças nas três creches Kiddie Cottage que opera em Knoxville, Tennessee. Kitts, 40 anos, faz tudo isso com a ajuda de um novo tipo de braço artificial que se movimenta com mais facilidade do que outros aparelhos e que ela pode controlar utilizando apenas seus pensamentos.

"Eu sou capaz de mexer a mão, o pulso e o cotovelo ao mesmo tempo", diz. "Você pensa e os músculos se movem em seguida".

A recuperação que ela conseguiu resulta de um novo procedimento que vem atraindo crescente atenção porque permite que pessoas movam braços protéticos de forma mais automática do que faziam no passado, simplesmente utilizando nervos reaproveitados em seus cérebros.

A técnica, conhecida como "renervação muscular dirigida", envolve utilizar os nervos que restam depois da amputação de um braço e conectá-los a outro músculo do corpo, em geral no peito. Eletrodos são instalados sobre os músculos do peito, e operam como se fossem antenas. Quando a pessoa deseja mover o braço, o cérebro envia sinais que primeiro resultam em contração dos músculos do peito, os quais enviam um sinal ao braço protético, instruindo-se a se movimentar. O processo não requer mais esforços consciente do que a pessoa teria de exercitar caso ainda tivesse seu braço natural.

Na terça-feira, pesquisadores reportaram em estudo publicado pela versão online do Journal of the American Medical Association que haviam levado a técnica ainda mais à frente, tornando possível a execução de 10 movimentos de mão, pulso e cotovelo diferentes, o que representa uma substancial melhora com relação ao típico repertório protético, que em geral envolve apenas dobrar o cotovelo, girar o pulso e abrir a mão.

"Os novos métodos tiveram impacto dramático em nosso campo de trabalho", disse Stuart Harshbarger, engenheiro biomédico na Universidade Johns Hopkins e diretor do programa de pesquisa sobre próteses, financiado pelas forças armadas, que inclui o trabalho com essa técnica. "O método já está em uso por médicos e cirurgiões comuns em todo o país. A capacidade de controlar um membro protético bastante robusto que ele confere surpreendeu a todos pela qualidade".

Tipicamente, uma pessoa que tenha um braço protético só é capaz de executar alguns poucos movimentos, e muitas vezes com tamanha lentidão que isso só permite a ela atividades limitadas.

Há um motor separado para cada movimento, diz Gerald Loeb, professor de engenharia biomédica na Universidade do Sul da Califórnia, "e esses motores precisam ser controlados de maneira explícita", usualmente por um esforço consciente da pessoa para contrair músculos nas costas ou no bíceps.

"Essencialmente, até agora os pacientes controlavam apenas um motor de cada vez", diz Loeb, "e precisavam pensar cuidadosamente sobre que motor desejavam controlar e como fazê-lo operar, em lugar de simplesmente pensarem em mover o braço e poderem fazê-lo sem delongas".

Antes que Kitts passasse pelo procedimento de renervação, em outubro de 2007, por exemplo, ela precisava movimentar os músculos de suas costas de determinada maneira para fazer com que seu pulso girasse, e flexionar seu bíceps e tríceps para fazer com que o cotovelo se movesse para cima e para baixo. "Era muito trabalho", ela conta. "E não me ajudava muito".

O procedimento de renervação é parte de uma recente explosão de idéias novas e técnicas inovadoras que estão sendo exploradas enquanto os cientistas se esforçam por ajudar as pessoas a compensar melhor a perda de membros ou problemas de paralisia. O esforço vem sendo alimentado pelo aumento no número de amputações causado por diabetes e por ferimentos sofridos pelos militares, e ao mesmo tempo pelos avanços na tecnologia médica.

Os braços se tornaram um dos focos essenciais desse tipo de trabalho. A ciência há muito vem obtendo sucessos no desenvolvimento de próteses de perna, mas é muito mais difícil imitar a complexidade e a destreza das mãos e dos braços.

Os esforços em curso incluem o desenvolvimento de projetos de pele e braços mais sensíveis e mais flexíveis, e o uso de dispositivos acionados por controles sem fio implantado nos braços protéticos, que permitiriam movimentos mais naturais.

Os pesquisadores também vêm usando sensores implantados nos cérebros de cobaias para permitir que dois macacos controlem um braço mecânico, e um teste com um homem paralítico permitiu, com esse método, que ele movimentasse um cursor em uma tela de computador.

Alguns desses métodos, caso venham a ser aperfeiçoados plenamente e consigam aprovação das autoridades regulatórias da saúde, podem no futuro se tornar mais viáveis para os pacientes de amputações.

E embora a técnica da renervação não requeira aprovação das autoridades regulatórias porque é executada por meios cirúrgicos e emprega aparelhos já existentes, ela apresenta limitações que até mesmo seus criadores reconhecem, entre as quais o fato de que não se pode utilizá-la para todos os pacientes, o seu alto custo e o prazo de meses requerido para que os nervos reconectados cresçam e se tornem efetivos.

Ainda assim, os especialistas dizem que é o mais avançado sistema em uso hoje para pacientes reais que permite que o sistema nervoso controle diretamente o movimento de um braço artificial.

Desde sua introdução por Todd Kuiken, médico fisioterapeuta e engenheiro biomédico do Instituto de Reabilitação de Chicago, o método foi empregado em cerca de 30 pacientes nos Estados Unidos, Canadá e Europa, entre os quais oito soldados feridos no Iraque e no Afeganistão.

Muitos dos pacientes, entre os quais o primeiro, Jesse Sullivan, um operário do setor elétrico no Tennessee que perdeu os dois braços quando foi eletrocutado por um cabo, conseguem não apenas manipular seus braços protéticos mas sentir a presença das mãos que já não têm quando alguém toca em seus peitos.

Sullivan, 62 anos, e Kitts, estavam entre os cinco pacientes que participaram do estudo reportado na terça-feira. Em companhia de cinco outras pessoas que não passaram por amputações, eles receberam os eletrodos e foram instruídos a usar pensamentos para fazer com que um braço virtual na tela reproduzisse 10 movimentos diferentes, entre os quais três formas diferentes de aperto de mão.

Os pacientes apresentaram desempenho bastante respeitável, apenas um pouco mais lento e menos preciso do que os dos participantes que não tinham amputações.

"As velocidades de movimento que encontramos em nossos pacientes foram realmente encorajadoras", disse Kuiken. "Eles conseguiram completar a tarefa. É claro que não foram tão competentes quanto as pessoas dotadas de plena capacidade física, mas foram bons o bastante".

Um braço virtual foi usado porque a maioria das próteses existentes não era capaz de acomodar todos aqueles movimentos, no momento da pesquisa, ainda que Sullivan, Kitts e uma terceira paciente, Claudia Mitchell, tenham experimentado dois novos protótipos mais versáteis de braços artificiais, executando tarefas complexas com bolas de tênis e outros objetos.

O trabalho de renervação em soldados apresenta outros desafios, diz Kuiken, porque os ferimentos militares muitas vezes "causam danos muitos extensos" a nervos, músculos ou ossos.

Daniel Acosta, 25 anos, um aviador ferido pela detonação de uma bomba em uma estrada do Iraque em 2005, passou pelo procedimento no ano passado e diz que seu braço esquerdo protético agora se movimenta "muito mais rápido" e de maneira muito mais natural.

"A diferença é que agora não preciso mais pensar para mover o braço", ele diz. "Ele simplesmente se mexe".

Ainda assim, Acosta, de San Antonio, diz que "o processo foi bastante longo" e que os eletrodos precisam ser ajustados para receber os sinais à medida que os nervos crescem ou mudam de posição.

E embora elogiem o método, os especialistas afirmam que a ciência das próteses de braço ainda tem muito por avançar.

"Trata-se de uma parte crucial, mas ainda assim apenas uma parte, das muitas coisas que compreendem a função normal de um braço", disse Loeb, que escreveu um editorial que acompanha o artigo no Journal of the American Medical Association.

"No momento estamos a meio do caminho entre o braço de 'Dr. Fantástico', que fazia involuntariamente a saudação nazista, e o braço de Luke Skywalker em 'Guerra nas Estrelas', que funciona sem nenhum problema assim que é conectado. Creio que precisaremos ainda de muitos anos para conectar todas as peças necessárias a produzir um braço capaz de funcionar normalmente".
17:04
Anónimo disse...
A Espanha disse neste sábado que está preparando uma reclamação oficial contra a decisão da Venezuela de expulsar um membro do Parlamento Europeu que criticou o conselho eleitoral venezuelano.
Luis Herrero, membro do partido conservador espanhol PP, foi deportado na sexta-feira depois que o Conselho Nacional Eleitoral (CNE) o acusou de questionar a imparcialidade da instituição antes de um referendo que pode permitir ao presidente Hugo Chávez permanecer no cargo indefinidamente.

Herrero estava na Venezuela como observador do referendo. Ele acusou Chávez de ter "comportamentos típicos de um ditador" por pedir a contenção de manifestações da oposição.

O governo da Espanha convocou um encontro com o embaixador da Venezuela em Madri para expressar a desaprovação sobre a expulsão de Herrero, disse um representante do Ministério das Relações Exteriores espanhol.

As relações da Venezuela com a Espanha tiveram seu ponto crítico em 2007, quando Chávez ameaçou rever acordos diplomáticos e comerciais depois de ouvir um "cala a boca" do rei espanhol Juan Carlos durante uma cúpula.

A fenda foi oficialmente reparada em 2008, com uma visita oficial de Chávez à Espanha, onde ele cumprimentou o rei e discutiu acordos para investimento no setor petroquímico com o primeiro-ministro José Luis Rodriguez Zapatero.
17:06
Anónimo disse...
A polícia do Zimbábue anunciou neste sábado que acusa de traição Roy Bennett, dirigente do até agora opositor Movimento para a Mudança Democrática (MDC), detido na sexta-feira, em Harare, poucas horas antes da cerimônia de posse dos membros do novo gabinete.

"A Polícia nos informou que vão apresentar acusações de traição", disse à agência EFE o advogado de defesa de Bennett, Trust Maanda.

"Tentam relacionar Roy com o caso de Mike Hitschmann, que foi detido em 2006 em relação à descoberta de um carregamento de armas, apesar de que Hitschmann não tenha sido declarado culpado das acusações de traição apresentadas contra ele, mas de um crime menor de descumprimento de leis", disse Maanda.

O político opositor, designado por seu partido como vice-ministro de Agricultura no Governo de união nacional, esteve no exílio na vizinha África do Sul desde 2006 e retornou ao Zimbábue há duas semanas.

Segundo a Polícia, que deteve Bennett ontem no aeroporto de Harare quando pretendia ir à África do Sul para visitar sua família, as armas apreendidas em 2006 seriam utilizadas em um golpe de Estado para derrubar o presidente do Zimbábue, Robert Mugabe.

Depois da detenção, Bennet foi levado a Mutar, onde vários simpatizantes do MDC se concentraram em frente à delegacia na qual estava detido, diante do que a Polícia respondeu com tiros para o alto para dispersar os manifestantes.
17:07
Anónimo disse...
Austrália: 14 mil se candidatam a 'emprego dos sonhos'

A secretaria de Turismo de Queensland, na Austrália, informou que até esta segunda-feira já recebeu cerca de 14 mil inscrições para o "o melhor emprego do mundo". O Estado australiano promove pela internet seleção para vaga de "zelador" da ilha Hamilton, por seis meses com um salário de R$ 40 mil.

Muitos candidatos tiveram problemas durante a inscrição por conta dos acessos simultâneos ao site. A secretaria aconselha enviar os vídeos de 60s explicando porque deve ser escolhido em horários alternativos do dia, além de recomendar tamanho em torno de 40MB.

As inscrições começaram em 12 de janeiro e vão até o próximo dia 22 e podem ser feitas pelo site www.islandreefjob.com. O governo australiano escolherá 50 candidatos para a próxima fase da seleção, que terá votos do público para eleger um dos 11 finalistas.

A última fase terá entrevistas e desafios físicos, no próprio local de trabalho: as ilhas da Grande Barreira Coralina - o maior recife de coral do mundo. A secretaria de Turismo anunciará o vencedor no dia 6 de maio.
17:09
Anónimo disse...
Mercado elogia governo na crise, mas pede maior queda no juro

Peter Fussy
Direto de São Paulo

Desde as primeiras medidas anunciadas para combater os efeitos da crise, o governo brasileiro avisou que a estratégia não contemplaria um pacote. Seriam doses pontuais, de acordo com a necessidade da economia diante do agravamento das turbulências. Da primeira liberação dos depósitos compulsórios em setembro até a ampliação do seguro-desemprego na última quarta-feira, o governo passou por redução de impostos, ampliação de crédito e incentivos à exportação. Quase 150 dias após a primeira medida, o Terra conversou com líderes do setor público e privado, representantes dos trabalhadores, acadêmicos e com o próprio governo para saber quais destas ações foram mais eficazes, quais foram mais ineficientes e o que mais pode ser feito pelo Estado brasileiro contra a crise.

Os maiores elogios foram direcionados à atitude de reduzir o Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) para a indústria automobilística, anunciada em dezembro e que fez com que os emplacamentos de carros novos subissem 1,9% no primeiro mês do ano em relação a dezembro de 2008. Já as maiores críticas foram para a lentidão no corte da taxa básica de juro do País.

Para o presidente do conselho administrativo do Grupo Pão de Açúcar, Abílio Diniz, o Estado não é responsável pela crise e mesmo assim está agindo "com extrema serenidade e muito acerto". "O governo está atento, fazendo a sua parte. É preciso coragem de baixar firmemente a taxa de juros. É uma arma que temos a nosso favor, já que não há clima para inflação, nem possibilidade de danos para a macroeconomia", afirmou Diniz.

Na última reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), em janeiro, a taxa Selic foi reduzida em um ponto percentual, de 13,75% para 12,75% ao ano. Porém, o professor de economia da Universidade de Brasília (UnB) José Luiz Oreiro lembra que este corte representa uma redução de apenas 0,25 ponto percentual com relação à taxa de setembro do ano passado, quando a crise se agravou.

"Pouco antes da eclosão da crise, o Banco Central aumentou a taxa em 0,75 ponto. Foram cinco meses de demora para reduzir em termos líquidos apenas 0,25 ponto", afirmou o economista, que também sugeriu redução do intervalo de cerca de 90 dias entre as reuniões do Copom e o corte de pelo menos um 1 ponto percentual em cada reunião.

Mesmo com o corte de janeiro, a taxa de juros real continua sendo a maior do mundo, lembrou o secretário-geral da Força Sindical, João Carlos Gonçalves, o Juruna. "A redução da taxa de juro ainda é pequena, porque ela continua uma das mais altas do mundo. Falta ousadia para baixar os juros e ajudar o cidadão. A permanência da taxa de juro alta é negativa para o País em meio a crise", afirmou Juruna.

Embora aprove as ações do governo, o senador Aloízio Mercadante (PT-SP) também acredita que o patamar da Selic está muito alto. "Sempre fomos os primeiros a entrar em qualquer crise, o que não aconteceu agora. A taxa Selic ainda é muito alta, mas o governo têm tomado medidas acertadas, como o aumento do salário mínimo, mesmo com um cenário de crise. Isso ajuda a movimentar o consumo. O governo está se esforçando para manter os investimentos e o crescimento", disse.

Tributos
De acordo com o economista Fabio Pina, da Fecomercio-SP, as ações mais positivas estão relacionadas à redução de tributos para alguns segmentos, como a indústria automobilística, que recuperou parte da queda nas vendas em janeiro com a isenção do IPI para carros 1.0 l e o corte para demais motorizações. A medida vale até o final de março.

"Essas medidas não só reduziram o preço, mas anteciparam o consumo daqueles que iriam comprar no futuro, dando um prêmio por conta da insegurança. Mexe diretamente com o principal problema que é a confiança do consumidor", afirmou. Juruna destacou que um bom ritmo de vendas é garantia de emprego. "É importante porque cada emprego na montadora significa 19 na cadeia produtiva", comentou o representante da Força Sindical.

Também em dezembro, o governo decidiu cortar pela metade a alíquota do Imposto de Renda para contribuintes que ganham entre R$ 1.434 e R$ 2.150 mensais. "O salário aumentava e a tabela não se modificava. As pessoas ganhavam mais e pagavam mais impostos", apontou Juruna. Outra redução de tributos do governo foi com relação ao Imposto sobre Operações Financeiras (IOF), que caiu de 3% ao ano para 1,5%.

Crédito
Na segunda metade de 2008, o colapso de bancos nos Estados Unidos por conta da crise do subprime provocou uma forte restrição de crédito no mundo inteiro. Uma das primeiras medidas anticrise do governo teve como objetivo restabelecer a oferta, com mudanças no recolhimento dos depósitos compulsórios por parte dos bancos. Segundo o presidente do Banco Central, Henrique Meirelles, as diversas modificações liberaram US$ 99,2 bilhões aos bancos até o final de janeiro.

Além disso, o governo concedeu R$ 36 bilhões das reservas internacionais para empresas brasileiras com dívidas no exterior e uma medida provisória autorizou o Banco do Brasil e a Caixa Econômica Federal a comprar carteiras de crédito de bancos privados. Para o diretor do Departamento de Pesquisas e Estudos Econômicos da Fiesp, Paulo Francini, estas medidas foram essenciais para combater os efeitos da crise.

"A crise se desenvolve no mundo em torno do tema crédito. E o crédito reduziu-se barbaridade no mundo. Então o governo lança mão de compulsório, lança mão de reservas, de medidas que permitem aos bancos comprar carteiras de bancos. Você vai tomando várias medidas para atender às demandas e o epicentro disso é crédito", afirmou.

No entanto, Oreiro, da UnB, adverte que a liberação dos compulsórios seria mais eficiente acompanhada de redução mais agressiva da taxa básica de juro. "Uma parte do crédito voltou, depois da forte retração em outubro e novembro. O que deveria ter sido feito junto à liberação do compulsório era uma redução mais drástica da taxa de juro. Sem isso, os bancos pegam as reservas e acabam comprando títulos públicos", explicou o economista.

Na opinião de Pina, as ações de distribuição de crédito via redução do compulsório e a disposição de capital de giro para empresas foram tomadas sem um cuidado maior na operação e não tiveram muito efeito. "O BNDES tem linhas que ficam paradas quase todo o ano, agora é pior ainda. Existem os recursos, mas as empresas e os bancos estão desconfiados. É preciso fazer com que os bancos tenham interesse em emprestar", afirmou o economista da Fecomercio-SP.

Futuro
Mesmo com todas essas medidas, a crise financeira ainda gera incertezas nos setores produtivos do País. Nos últimos meses, o medo do desemprego fez os consumidores adiarem compras. Por sua vez, a queda nas vendas pode obrigar as indústrias a cortarem a produção e demitir funcionários. Contra isso, empresários sugerem redução de jornada e de salários.

"Isto está previsto em lei. A Fiesp simplesmente manteve conversações com entidades sindicais quanto à aplicação daquilo que já está previsto em lei", afirmou Francini.

Segundo a ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff, uma das medidas que assegura um nível de emprego é a manutenção de investimentos no Programa de Aceleração do Crescimento (PAC). "Estamos esperando que a dificuldade ocorra em janeiro, fevereiro e março. Estamos certos que vamos manter o nível de investimento. É isso que funciona, é isso que significa investimento público. Ele funciona como um colchão. Por isso, nós colocamos R$ 100 bilhões no BNDES e a Petrobras ampliou o seu investimento em R$ 120 bilhões", afirmou.

Na mesma linha, Pina explica que a antecipação de gastos do governo substitui parte da demanda retraída do setor privado. "Ele dá o seguinte recado: não vou estourar as contas públicas, mas concentrar em um momento em que a demanda privada está pequena. Mas o governo não tem fôlego suficiente para fazer o papel de toda demanda", ressaltou. O economista da Fecomercio lembrou que a entidade já pleiteou junto ao governo isenções para transferência de imóveis e de automóveis, além de retirar o IPVA para veículos novos.

Já Oreiro foca suas propostas na capitalização do Banco do Brasil e da Caixa Econômica Federal pelo Tesouro para atender a demanda de crédito para capital de giro e reduzir o spread. "Aumentando o empréstimo e reduzindo as taxas, os dois vão forçar os bancos privados a acompanhar o movimento, até para não perderem participação no mercado", explicou o economista da UnB.

Até o Carnaval, o governou prometeu detalhar um pacote de incentivos para a construção de até um milhão de casas populares, direcionado a famílias com renda de até dez salários mínimos. "Estamos atentos a tudo o que está acontecendo e novas medidas serão tomadas caso haja uma avaliação de que sejam necessárias", disse o ministro da Fazenda, Guido Mantega, na última sexta-feira.
17:11
Anónimo disse...
Ex-ministro critica extensão do seguro-desemprego

Atualizada às 09h03

O ex-ministro do Trabalho Almir Pazzianotto criticou a decisão do governo federal de conceder o seguro-desemprego estendido a apenas alguns setores. "É certamente odioso e provavelmente inconstitucional", disse Pazzianotto, de acordo com o jornal O Estado de S. Paulo.

Na última qurta, dia do anúncio da medida, centrais sindicais elogiaram a atitude do governo. A Força Sindical divulgou nota dizendo que "o aumento ajudará a aquecer parte da economia, já que irá gerar mais consumo, produção e conseqüentemente, a criação de novos postos de trabalho". A União Geral dos Trabalhadores (UGT) afirmou que a medida "contribuirá para minimizar o drama dos trabalhadores que perderem seu emprego por conta da crise".

O ex-ministro, que instituiu o seguro-desemprego no País no governo de José Sarney, destacou a necessidade de as centrais sindicais se manifestarem contra a determinação. Para ele, as mudanças devem ser aplicadas a todas as categorias profissionais e a distinção é contrária ao artigo 3º da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT).

Pazzianotto atribui a medida a um possível temor do governo de que a crise econômica seja longa e não haja dinheiro para atender a todas as necessidades. Ainda assim, ele se mostra contrário ao método de concessão. "O seguro-desemprego ajuda a sanar necessidades básicas. Estendê-lo é paliativo, não a solução", disse ao jornal.

De acordo com o presidente do Conselho Deliberativo do Fundo de Amparo ao Trabalhador (Codefat) e conselheiro da Força Sindical, Luiz Fernando Emediato, a determinação já estava prevista na lei 8.900/94, que trata do seguro-desemprego.

O presidente da Comissão de Trabalho da Câmara, Pedro Fernandes (PTB-MA) vai além na crítica à concessão do seguro para apenas alguns setores. Ele acredita que a ampliação do benefício estimula o desemprego.

Quintino Severo, secretário geral da Central Única dos Trabalhadores (CUT), lembra que a ampliação do benefício sem critério e identificação pode incentivar demissões em outros setores.

Anónimo disse...

Os bombeiros combatem neste sábado os incêndios na Austrália favorecidos pelo bom tempo, enquanto os deslocados encotram em seu retorno casas derruídas, carros queimados nas ruas e destruição.

Depois de sete dias desde que começaram os incêndios no Estado de Victoria, a lista de mortos chega a 181, os desaparecidos somam 50, os edifícios destruídos totalizam 1,834 mil e o terreno arrasado, principalmente florestas, ocupa uma área de 4,13 mil quilômetros quadrados.

As equipes de bombeiros, formadas por 4 mil profissionais de Victoria, de outras partes da Austrália e de países amigos, combateram hoje 12 focos fora de controle e nenhum representava uma ameaça direta para a população.

O subdiretor do Serviço de Bombeiros, Geoff Conway, disse que este tempo favorável, que se prolongará durante o domingo, permite consolidar as linhas de contenção e avançar na extinção das chamas.

Cinzas apareceram arrastadas por ventos do nordeste sobre Melbourne, onde habitam 3,8 milhões de pessoas, e as autoridades alertaram aos cidadãos do risco para a saúde de idosos, crianças e pessoas com problemas respiratórios.

O número de pessoas deslocadas - a Cruz Vermelha chegou a receber 7 mil - começou a cair com a abertura de algumas localidades atingidas.

Os incêndios, alguns criminosos, começaram em 7 de fevereiro, quando a região sul da Austrália estava há duas semanas sob uma onda de calor sem precedentes.

Na sexta-feira passada, a polícia acusou uma pessoa de ter provocado o incêndio que atingiu a localidade de Churchill e matou 21 pessoas.
16:55
Anónimo disse...
A primeira chuva em seis dias reduziu a ameaça de incêndios no Estado de Victoria, ao sul da Austrália. As autoridades, porém, advertiram que ainda existem 12 focos, mas que nenhum deles ameaça áreas povoadas.

Mais de quatro mil bombeiros, mil provenientes de outras partes do país e de outras nações, trabalham contra o fogo. Cerca de 600 veículos e 28 helicópteros e pequenos aviões estão sendo usados.


Eles conseguiram construir linhas de contenção para evitar os incêndios de Yarra e Maroondah se juntassem. Também foram controlados os incêndios abertos de Yea e Murrindindi, que ameaçavam as comunidades de Connellys Creek, Crystal Creek, Scrubby Creek e Native Dog Creek.

O número de mortos chegou a 181, mas as autoridades acreditam que as vítimas devem passar de 200, já que ainda há muitos desaparecidos.
16:55
Anónimo disse...
Aqui nesta coluna, na semana passada, tive a oportunidade de comentar sobre a recente visita do professor brasileiro Pedrinho Guareschi à Austrália. Não dei, porém, os fatos, pois semana passada o assunto era outro.

Hoje, porém, vamos a eles.

No último dia 4 de fevereiro, aconteceu o Seminário "Paulo Freire: Education and Liberation", organizado pelo centro de estudos latino-americanos da Universidade Nacional da Austrália, ou ANU, como é mais conhecida por aqui.

A ANU, para quem não sabe, está entre as 20 melhores universidades do mundo! E tem sede aqui em Camberra, capital da Austrália.

Na abertura do evento, o professor John Minns, diretor do centro latino-americano, ao dar boas-vindas ao público presente, lembrou ser aquele o primeiro seminário exclusivamente dedicado a Paulo Freire na Austrália.

Em seguida, convidou Pedrinho Guareschi, palestrante principal do Seminário, a fazer sua apresentação.

A plateia pode então conhecer, pelas palavras de Pedrinho, um pouco da obra e da vida de Freire, esse brasileiro de fé e valor, que sempre acreditou na educação, sobretudo dos menos favorecidos, analfabetos, como força libertadora.

Como não podia deixar de ser, os conceitos e ideias revolucionários de Paulo Freire, expostos com clareza por Pedrinho, despertaram o interesse e a curiosidade de plateia. A qual, deve-se notar, era na maioria de estudantes, mas de várias nacionalidades, sobretudo australianos e asiáticos.

Na continuação do programa do seminário, que se estendeu por dois dias, outros professores fizeram palestras sobre temas ligados à obra de Paulo Freire.

Interessante, por exemplo, saber que a professora Anne Hickling-Hudson, jamaicana que mora na Austrália há muitos anos (é professora da ANU), conheceu e trabalhou com Freire num workshop educacional durante a revolução na Ilha de Granada, em 1980, antes da invasão dos Estados Unidos...

Ou, então, a palestra da Professora Gerda Roelvink, da Nova Zelândia, que participou do Fórum Social de Porto Alegre em 2005. E essa participação transformou-se em tema de doutorado.

No dia 10, terça-feira passada, o padre Pedrinho Guareschi voltou a falar ao público australiano em grande auditório localizado no belíssimo campus da ANU. Desta vez, sobre a Teologia da Libertação.

Depois da palestra, John Minns mostrou o filme mexicano "O Crime do Padre Amaro", no qual um dos personagens é um padre católico praticante da Teologia da Libertação.

Mais uma vez, foi grande o intersse da platéia, que pode aprender e conhecer um pouco como se desenvolveu aquele importante movimento católico na América Latina.

Fica, assim, ao Pedrinho, bem como a outros brasileiros estudiosos e de bom coração que saem pelo mundo a divulgar aspectos importantes da cultura brasileira, o respeito e a homenagem desta coluna. E... aquele abraço!
16:57
Anónimo disse...
Amanda Kitts perdeu o braço esquerdo em um acidente de automóvel acontecido três anos atrás, mas hoje em dia ela joga futebol americano com seu filho de 12 anos de idade, troca fraldas e abraça as crianças nas três creches Kiddie Cottage que opera em Knoxville, Tennessee. Kitts, 40 anos, faz tudo isso com a ajuda de um novo tipo de braço artificial que se movimenta com mais facilidade do que outros aparelhos e que ela pode controlar utilizando apenas seus pensamentos.

"Eu sou capaz de mexer a mão, o pulso e o cotovelo ao mesmo tempo", diz. "Você pensa e os músculos se movem em seguida".

A recuperação que ela conseguiu resulta de um novo procedimento que vem atraindo crescente atenção porque permite que pessoas movam braços protéticos de forma mais automática do que faziam no passado, simplesmente utilizando nervos reaproveitados em seus cérebros.

A técnica, conhecida como "renervação muscular dirigida", envolve utilizar os nervos que restam depois da amputação de um braço e conectá-los a outro músculo do corpo, em geral no peito. Eletrodos são instalados sobre os músculos do peito, e operam como se fossem antenas. Quando a pessoa deseja mover o braço, o cérebro envia sinais que primeiro resultam em contração dos músculos do peito, os quais enviam um sinal ao braço protético, instruindo-se a se movimentar. O processo não requer mais esforços consciente do que a pessoa teria de exercitar caso ainda tivesse seu braço natural.

Na terça-feira, pesquisadores reportaram em estudo publicado pela versão online do Journal of the American Medical Association que haviam levado a técnica ainda mais à frente, tornando possível a execução de 10 movimentos de mão, pulso e cotovelo diferentes, o que representa uma substancial melhora com relação ao típico repertório protético, que em geral envolve apenas dobrar o cotovelo, girar o pulso e abrir a mão.

"Os novos métodos tiveram impacto dramático em nosso campo de trabalho", disse Stuart Harshbarger, engenheiro biomédico na Universidade Johns Hopkins e diretor do programa de pesquisa sobre próteses, financiado pelas forças armadas, que inclui o trabalho com essa técnica. "O método já está em uso por médicos e cirurgiões comuns em todo o país. A capacidade de controlar um membro protético bastante robusto que ele confere surpreendeu a todos pela qualidade".

Tipicamente, uma pessoa que tenha um braço protético só é capaz de executar alguns poucos movimentos, e muitas vezes com tamanha lentidão que isso só permite a ela atividades limitadas.

Há um motor separado para cada movimento, diz Gerald Loeb, professor de engenharia biomédica na Universidade do Sul da Califórnia, "e esses motores precisam ser controlados de maneira explícita", usualmente por um esforço consciente da pessoa para contrair músculos nas costas ou no bíceps.

"Essencialmente, até agora os pacientes controlavam apenas um motor de cada vez", diz Loeb, "e precisavam pensar cuidadosamente sobre que motor desejavam controlar e como fazê-lo operar, em lugar de simplesmente pensarem em mover o braço e poderem fazê-lo sem delongas".

Antes que Kitts passasse pelo procedimento de renervação, em outubro de 2007, por exemplo, ela precisava movimentar os músculos de suas costas de determinada maneira para fazer com que seu pulso girasse, e flexionar seu bíceps e tríceps para fazer com que o cotovelo se movesse para cima e para baixo. "Era muito trabalho", ela conta. "E não me ajudava muito".

O procedimento de renervação é parte de uma recente explosão de idéias novas e técnicas inovadoras que estão sendo exploradas enquanto os cientistas se esforçam por ajudar as pessoas a compensar melhor a perda de membros ou problemas de paralisia. O esforço vem sendo alimentado pelo aumento no número de amputações causado por diabetes e por ferimentos sofridos pelos militares, e ao mesmo tempo pelos avanços na tecnologia médica.

Os braços se tornaram um dos focos essenciais desse tipo de trabalho. A ciência há muito vem obtendo sucessos no desenvolvimento de próteses de perna, mas é muito mais difícil imitar a complexidade e a destreza das mãos e dos braços.

Os esforços em curso incluem o desenvolvimento de projetos de pele e braços mais sensíveis e mais flexíveis, e o uso de dispositivos acionados por controles sem fio implantado nos braços protéticos, que permitiriam movimentos mais naturais.

Os pesquisadores também vêm usando sensores implantados nos cérebros de cobaias para permitir que dois macacos controlem um braço mecânico, e um teste com um homem paralítico permitiu, com esse método, que ele movimentasse um cursor em uma tela de computador.

Alguns desses métodos, caso venham a ser aperfeiçoados plenamente e consigam aprovação das autoridades regulatórias da saúde, podem no futuro se tornar mais viáveis para os pacientes de amputações.

E embora a técnica da renervação não requeira aprovação das autoridades regulatórias porque é executada por meios cirúrgicos e emprega aparelhos já existentes, ela apresenta limitações que até mesmo seus criadores reconhecem, entre as quais o fato de que não se pode utilizá-la para todos os pacientes, o seu alto custo e o prazo de meses requerido para que os nervos reconectados cresçam e se tornem efetivos.

Ainda assim, os especialistas dizem que é o mais avançado sistema em uso hoje para pacientes reais que permite que o sistema nervoso controle diretamente o movimento de um braço artificial.

Desde sua introdução por Todd Kuiken, médico fisioterapeuta e engenheiro biomédico do Instituto de Reabilitação de Chicago, o método foi empregado em cerca de 30 pacientes nos Estados Unidos, Canadá e Europa, entre os quais oito soldados feridos no Iraque e no Afeganistão.

Muitos dos pacientes, entre os quais o primeiro, Jesse Sullivan, um operário do setor elétrico no Tennessee que perdeu os dois braços quando foi eletrocutado por um cabo, conseguem não apenas manipular seus braços protéticos mas sentir a presença das mãos que já não têm quando alguém toca em seus peitos.

Sullivan, 62 anos, e Kitts, estavam entre os cinco pacientes que participaram do estudo reportado na terça-feira. Em companhia de cinco outras pessoas que não passaram por amputações, eles receberam os eletrodos e foram instruídos a usar pensamentos para fazer com que um braço virtual na tela reproduzisse 10 movimentos diferentes, entre os quais três formas diferentes de aperto de mão.

Os pacientes apresentaram desempenho bastante respeitável, apenas um pouco mais lento e menos preciso do que os dos participantes que não tinham amputações.

"As velocidades de movimento que encontramos em nossos pacientes foram realmente encorajadoras", disse Kuiken. "Eles conseguiram completar a tarefa. É claro que não foram tão competentes quanto as pessoas dotadas de plena capacidade física, mas foram bons o bastante".

Um braço virtual foi usado porque a maioria das próteses existentes não era capaz de acomodar todos aqueles movimentos, no momento da pesquisa, ainda que Sullivan, Kitts e uma terceira paciente, Claudia Mitchell, tenham experimentado dois novos protótipos mais versáteis de braços artificiais, executando tarefas complexas com bolas de tênis e outros objetos.

O trabalho de renervação em soldados apresenta outros desafios, diz Kuiken, porque os ferimentos militares muitas vezes "causam danos muitos extensos" a nervos, músculos ou ossos.

Daniel Acosta, 25 anos, um aviador ferido pela detonação de uma bomba em uma estrada do Iraque em 2005, passou pelo procedimento no ano passado e diz que seu braço esquerdo protético agora se movimenta "muito mais rápido" e de maneira muito mais natural.

"A diferença é que agora não preciso mais pensar para mover o braço", ele diz. "Ele simplesmente se mexe".

Ainda assim, Acosta, de San Antonio, diz que "o processo foi bastante longo" e que os eletrodos precisam ser ajustados para receber os sinais à medida que os nervos crescem ou mudam de posição.

E embora elogiem o método, os especialistas afirmam que a ciência das próteses de braço ainda tem muito por avançar.

"Trata-se de uma parte crucial, mas ainda assim apenas uma parte, das muitas coisas que compreendem a função normal de um braço", disse Loeb, que escreveu um editorial que acompanha o artigo no Journal of the American Medical Association.

"No momento estamos a meio do caminho entre o braço de 'Dr. Fantástico', que fazia involuntariamente a saudação nazista, e o braço de Luke Skywalker em 'Guerra nas Estrelas', que funciona sem nenhum problema assim que é conectado. Creio que precisaremos ainda de muitos anos para conectar todas as peças necessárias a produzir um braço capaz de funcionar normalmente".
17:04
Anónimo disse...
A Espanha disse neste sábado que está preparando uma reclamação oficial contra a decisão da Venezuela de expulsar um membro do Parlamento Europeu que criticou o conselho eleitoral venezuelano.
Luis Herrero, membro do partido conservador espanhol PP, foi deportado na sexta-feira depois que o Conselho Nacional Eleitoral (CNE) o acusou de questionar a imparcialidade da instituição antes de um referendo que pode permitir ao presidente Hugo Chávez permanecer no cargo indefinidamente.

Herrero estava na Venezuela como observador do referendo. Ele acusou Chávez de ter "comportamentos típicos de um ditador" por pedir a contenção de manifestações da oposição.

O governo da Espanha convocou um encontro com o embaixador da Venezuela em Madri para expressar a desaprovação sobre a expulsão de Herrero, disse um representante do Ministério das Relações Exteriores espanhol.

As relações da Venezuela com a Espanha tiveram seu ponto crítico em 2007, quando Chávez ameaçou rever acordos diplomáticos e comerciais depois de ouvir um "cala a boca" do rei espanhol Juan Carlos durante uma cúpula.

A fenda foi oficialmente reparada em 2008, com uma visita oficial de Chávez à Espanha, onde ele cumprimentou o rei e discutiu acordos para investimento no setor petroquímico com o primeiro-ministro José Luis Rodriguez Zapatero.
17:06
Anónimo disse...
A polícia do Zimbábue anunciou neste sábado que acusa de traição Roy Bennett, dirigente do até agora opositor Movimento para a Mudança Democrática (MDC), detido na sexta-feira, em Harare, poucas horas antes da cerimônia de posse dos membros do novo gabinete.

"A Polícia nos informou que vão apresentar acusações de traição", disse à agência EFE o advogado de defesa de Bennett, Trust Maanda.

"Tentam relacionar Roy com o caso de Mike Hitschmann, que foi detido em 2006 em relação à descoberta de um carregamento de armas, apesar de que Hitschmann não tenha sido declarado culpado das acusações de traição apresentadas contra ele, mas de um crime menor de descumprimento de leis", disse Maanda.

O político opositor, designado por seu partido como vice-ministro de Agricultura no Governo de união nacional, esteve no exílio na vizinha África do Sul desde 2006 e retornou ao Zimbábue há duas semanas.

Segundo a Polícia, que deteve Bennett ontem no aeroporto de Harare quando pretendia ir à África do Sul para visitar sua família, as armas apreendidas em 2006 seriam utilizadas em um golpe de Estado para derrubar o presidente do Zimbábue, Robert Mugabe.

Depois da detenção, Bennet foi levado a Mutar, onde vários simpatizantes do MDC se concentraram em frente à delegacia na qual estava detido, diante do que a Polícia respondeu com tiros para o alto para dispersar os manifestantes.
17:07
Anónimo disse...
Austrália: 14 mil se candidatam a 'emprego dos sonhos'

A secretaria de Turismo de Queensland, na Austrália, informou que até esta segunda-feira já recebeu cerca de 14 mil inscrições para o "o melhor emprego do mundo". O Estado australiano promove pela internet seleção para vaga de "zelador" da ilha Hamilton, por seis meses com um salário de R$ 40 mil.

Muitos candidatos tiveram problemas durante a inscrição por conta dos acessos simultâneos ao site. A secretaria aconselha enviar os vídeos de 60s explicando porque deve ser escolhido em horários alternativos do dia, além de recomendar tamanho em torno de 40MB.

As inscrições começaram em 12 de janeiro e vão até o próximo dia 22 e podem ser feitas pelo site www.islandreefjob.com. O governo australiano escolherá 50 candidatos para a próxima fase da seleção, que terá votos do público para eleger um dos 11 finalistas.

A última fase terá entrevistas e desafios físicos, no próprio local de trabalho: as ilhas da Grande Barreira Coralina - o maior recife de coral do mundo. A secretaria de Turismo anunciará o vencedor no dia 6 de maio.
17:09
Anónimo disse...
Mercado elogia governo na crise, mas pede maior queda no juro

Peter Fussy
Direto de São Paulo

Desde as primeiras medidas anunciadas para combater os efeitos da crise, o governo brasileiro avisou que a estratégia não contemplaria um pacote. Seriam doses pontuais, de acordo com a necessidade da economia diante do agravamento das turbulências. Da primeira liberação dos depósitos compulsórios em setembro até a ampliação do seguro-desemprego na última quarta-feira, o governo passou por redução de impostos, ampliação de crédito e incentivos à exportação. Quase 150 dias após a primeira medida, o Terra conversou com líderes do setor público e privado, representantes dos trabalhadores, acadêmicos e com o próprio governo para saber quais destas ações foram mais eficazes, quais foram mais ineficientes e o que mais pode ser feito pelo Estado brasileiro contra a crise.

Os maiores elogios foram direcionados à atitude de reduzir o Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) para a indústria automobilística, anunciada em dezembro e que fez com que os emplacamentos de carros novos subissem 1,9% no primeiro mês do ano em relação a dezembro de 2008. Já as maiores críticas foram para a lentidão no corte da taxa básica de juro do País.

Para o presidente do conselho administrativo do Grupo Pão de Açúcar, Abílio Diniz, o Estado não é responsável pela crise e mesmo assim está agindo "com extrema serenidade e muito acerto". "O governo está atento, fazendo a sua parte. É preciso coragem de baixar firmemente a taxa de juros. É uma arma que temos a nosso favor, já que não há clima para inflação, nem possibilidade de danos para a macroeconomia", afirmou Diniz.

Na última reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), em janeiro, a taxa Selic foi reduzida em um ponto percentual, de 13,75% para 12,75% ao ano. Porém, o professor de economia da Universidade de Brasília (UnB) José Luiz Oreiro lembra que este corte representa uma redução de apenas 0,25 ponto percentual com relação à taxa de setembro do ano passado, quando a crise se agravou.

"Pouco antes da eclosão da crise, o Banco Central aumentou a taxa em 0,75 ponto. Foram cinco meses de demora para reduzir em termos líquidos apenas 0,25 ponto", afirmou o economista, que também sugeriu redução do intervalo de cerca de 90 dias entre as reuniões do Copom e o corte de pelo menos um 1 ponto percentual em cada reunião.

Mesmo com o corte de janeiro, a taxa de juros real continua sendo a maior do mundo, lembrou o secretário-geral da Força Sindical, João Carlos Gonçalves, o Juruna. "A redução da taxa de juro ainda é pequena, porque ela continua uma das mais altas do mundo. Falta ousadia para baixar os juros e ajudar o cidadão. A permanência da taxa de juro alta é negativa para o País em meio a crise", afirmou Juruna.

Embora aprove as ações do governo, o senador Aloízio Mercadante (PT-SP) também acredita que o patamar da Selic está muito alto. "Sempre fomos os primeiros a entrar em qualquer crise, o que não aconteceu agora. A taxa Selic ainda é muito alta, mas o governo têm tomado medidas acertadas, como o aumento do salário mínimo, mesmo com um cenário de crise. Isso ajuda a movimentar o consumo. O governo está se esforçando para manter os investimentos e o crescimento", disse.

Tributos
De acordo com o economista Fabio Pina, da Fecomercio-SP, as ações mais positivas estão relacionadas à redução de tributos para alguns segmentos, como a indústria automobilística, que recuperou parte da queda nas vendas em janeiro com a isenção do IPI para carros 1.0 l e o corte para demais motorizações. A medida vale até o final de março.

"Essas medidas não só reduziram o preço, mas anteciparam o consumo daqueles que iriam comprar no futuro, dando um prêmio por conta da insegurança. Mexe diretamente com o principal problema que é a confiança do consumidor", afirmou. Juruna destacou que um bom ritmo de vendas é garantia de emprego. "É importante porque cada emprego na montadora significa 19 na cadeia produtiva", comentou o representante da Força Sindical.

Também em dezembro, o governo decidiu cortar pela metade a alíquota do Imposto de Renda para contribuintes que ganham entre R$ 1.434 e R$ 2.150 mensais. "O salário aumentava e a tabela não se modificava. As pessoas ganhavam mais e pagavam mais impostos", apontou Juruna. Outra redução de tributos do governo foi com relação ao Imposto sobre Operações Financeiras (IOF), que caiu de 3% ao ano para 1,5%.

Crédito
Na segunda metade de 2008, o colapso de bancos nos Estados Unidos por conta da crise do subprime provocou uma forte restrição de crédito no mundo inteiro. Uma das primeiras medidas anticrise do governo teve como objetivo restabelecer a oferta, com mudanças no recolhimento dos depósitos compulsórios por parte dos bancos. Segundo o presidente do Banco Central, Henrique Meirelles, as diversas modificações liberaram US$ 99,2 bilhões aos bancos até o final de janeiro.

Além disso, o governo concedeu R$ 36 bilhões das reservas internacionais para empresas brasileiras com dívidas no exterior e uma medida provisória autorizou o Banco do Brasil e a Caixa Econômica Federal a comprar carteiras de crédito de bancos privados. Para o diretor do Departamento de Pesquisas e Estudos Econômicos da Fiesp, Paulo Francini, estas medidas foram essenciais para combater os efeitos da crise.

"A crise se desenvolve no mundo em torno do tema crédito. E o crédito reduziu-se barbaridade no mundo. Então o governo lança mão de compulsório, lança mão de reservas, de medidas que permitem aos bancos comprar carteiras de bancos. Você vai tomando várias medidas para atender às demandas e o epicentro disso é crédito", afirmou.

No entanto, Oreiro, da UnB, adverte que a liberação dos compulsórios seria mais eficiente acompanhada de redução mais agressiva da taxa básica de juro. "Uma parte do crédito voltou, depois da forte retração em outubro e novembro. O que deveria ter sido feito junto à liberação do compulsório era uma redução mais drástica da taxa de juro. Sem isso, os bancos pegam as reservas e acabam comprando títulos públicos", explicou o economista.

Na opinião de Pina, as ações de distribuição de crédito via redução do compulsório e a disposição de capital de giro para empresas foram tomadas sem um cuidado maior na operação e não tiveram muito efeito. "O BNDES tem linhas que ficam paradas quase todo o ano, agora é pior ainda. Existem os recursos, mas as empresas e os bancos estão desconfiados. É preciso fazer com que os bancos tenham interesse em emprestar", afirmou o economista da Fecomercio-SP.

Futuro
Mesmo com todas essas medidas, a crise financeira ainda gera incertezas nos setores produtivos do País. Nos últimos meses, o medo do desemprego fez os consumidores adiarem compras. Por sua vez, a queda nas vendas pode obrigar as indústrias a cortarem a produção e demitir funcionários. Contra isso, empresários sugerem redução de jornada e de salários.

"Isto está previsto em lei. A Fiesp simplesmente manteve conversações com entidades sindicais quanto à aplicação daquilo que já está previsto em lei", afirmou Francini.

Segundo a ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff, uma das medidas que assegura um nível de emprego é a manutenção de investimentos no Programa de Aceleração do Crescimento (PAC). "Estamos esperando que a dificuldade ocorra em janeiro, fevereiro e março. Estamos certos que vamos manter o nível de investimento. É isso que funciona, é isso que significa investimento público. Ele funciona como um colchão. Por isso, nós colocamos R$ 100 bilhões no BNDES e a Petrobras ampliou o seu investimento em R$ 120 bilhões", afirmou.

Na mesma linha, Pina explica que a antecipação de gastos do governo substitui parte da demanda retraída do setor privado. "Ele dá o seguinte recado: não vou estourar as contas públicas, mas concentrar em um momento em que a demanda privada está pequena. Mas o governo não tem fôlego suficiente para fazer o papel de toda demanda", ressaltou. O economista da Fecomercio lembrou que a entidade já pleiteou junto ao governo isenções para transferência de imóveis e de automóveis, além de retirar o IPVA para veículos novos.

Já Oreiro foca suas propostas na capitalização do Banco do Brasil e da Caixa Econômica Federal pelo Tesouro para atender a demanda de crédito para capital de giro e reduzir o spread. "Aumentando o empréstimo e reduzindo as taxas, os dois vão forçar os bancos privados a acompanhar o movimento, até para não perderem participação no mercado", explicou o economista da UnB.

Até o Carnaval, o governou prometeu detalhar um pacote de incentivos para a construção de até um milhão de casas populares, direcionado a famílias com renda de até dez salários mínimos. "Estamos atentos a tudo o que está acontecendo e novas medidas serão tomadas caso haja uma avaliação de que sejam necessárias", disse o ministro da Fazenda, Guido Mantega, na última sexta-feira.
17:11
Anónimo disse...
Ex-ministro critica extensão do seguro-desemprego

Atualizada às 09h03

O ex-ministro do Trabalho Almir Pazzianotto criticou a decisão do governo federal de conceder o seguro-desemprego estendido a apenas alguns setores. "É certamente odioso e provavelmente inconstitucional", disse Pazzianotto, de acordo com o jornal O Estado de S. Paulo.

Na última qurta, dia do anúncio da medida, centrais sindicais elogiaram a atitude do governo. A Força Sindical divulgou nota dizendo que "o aumento ajudará a aquecer parte da economia, já que irá gerar mais consumo, produção e conseqüentemente, a criação de novos postos de trabalho". A União Geral dos Trabalhadores (UGT) afirmou que a medida "contribuirá para minimizar o drama dos trabalhadores que perderem seu emprego por conta da crise".

O ex-ministro, que instituiu o seguro-desemprego no País no governo de José Sarney, destacou a necessidade de as centrais sindicais se manifestarem contra a determinação. Para ele, as mudanças devem ser aplicadas a todas as categorias profissionais e a distinção é contrária ao artigo 3º da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT).

Pazzianotto atribui a medida a um possível temor do governo de que a crise econômica seja longa e não haja dinheiro para atender a todas as necessidades. Ainda assim, ele se mostra contrário ao método de concessão. "O seguro-desemprego ajuda a sanar necessidades básicas. Estendê-lo é paliativo, não a solução", disse ao jornal.

De acordo com o presidente do Conselho Deliberativo do Fundo de Amparo ao Trabalhador (Codefat) e conselheiro da Força Sindical, Luiz Fernando Emediato, a determinação já estava prevista na lei 8.900/94, que trata do seguro-desemprego.

O presidente da Comissão de Trabalho da Câmara, Pedro Fernandes (PTB-MA) vai além na crítica à concessão do seguro para apenas alguns setores. Ele acredita que a ampliação do benefício estimula o desemprego.

Quintino Severo, secretário geral da Central Única dos Trabalhadores (CUT), lembra que a ampliação do benefício sem critério e identificação pode incentivar demissões em outros setores.
Os bombeiros combatem neste sábado os incêndios na Austrália favorecidos pelo bom tempo, enquanto os deslocados encotram em seu retorno casas derruídas, carros queimados nas ruas e destruição.

Depois de sete dias desde que começaram os incêndios no Estado de Victoria, a lista de mortos chega a 181, os desaparecidos somam 50, os edifícios destruídos totalizam 1,834 mil e o terreno arrasado, principalmente florestas, ocupa uma área de 4,13 mil quilômetros quadrados.

As equipes de bombeiros, formadas por 4 mil profissionais de Victoria, de outras partes da Austrália e de países amigos, combateram hoje 12 focos fora de controle e nenhum representava uma ameaça direta para a população.

O subdiretor do Serviço de Bombeiros, Geoff Conway, disse que este tempo favorável, que se prolongará durante o domingo, permite consolidar as linhas de contenção e avançar na extinção das chamas.

Cinzas apareceram arrastadas por ventos do nordeste sobre Melbourne, onde habitam 3,8 milhões de pessoas, e as autoridades alertaram aos cidadãos do risco para a saúde de idosos, crianças e pessoas com problemas respiratórios.

O número de pessoas deslocadas - a Cruz Vermelha chegou a receber 7 mil - começou a cair com a abertura de algumas localidades atingidas.

Os incêndios, alguns criminosos, começaram em 7 de fevereiro, quando a região sul da Austrália estava há duas semanas sob uma onda de calor sem precedentes.

Na sexta-feira passada, a polícia acusou uma pessoa de ter provocado o incêndio que atingiu a localidade de Churchill e matou 21 pessoas.
16:55
Anónimo disse...
A primeira chuva em seis dias reduziu a ameaça de incêndios no Estado de Victoria, ao sul da Austrália. As autoridades, porém, advertiram que ainda existem 12 focos, mas que nenhum deles ameaça áreas povoadas.

Mais de quatro mil bombeiros, mil provenientes de outras partes do país e de outras nações, trabalham contra o fogo. Cerca de 600 veículos e 28 helicópteros e pequenos aviões estão sendo usados.


Eles conseguiram construir linhas de contenção para evitar os incêndios de Yarra e Maroondah se juntassem. Também foram controlados os incêndios abertos de Yea e Murrindindi, que ameaçavam as comunidades de Connellys Creek, Crystal Creek, Scrubby Creek e Native Dog Creek.

O número de mortos chegou a 181, mas as autoridades acreditam que as vítimas devem passar de 200, já que ainda há muitos desaparecidos.
16:55
Anónimo disse...
Aqui nesta coluna, na semana passada, tive a oportunidade de comentar sobre a recente visita do professor brasileiro Pedrinho Guareschi à Austrália. Não dei, porém, os fatos, pois semana passada o assunto era outro.

Hoje, porém, vamos a eles.

No último dia 4 de fevereiro, aconteceu o Seminário "Paulo Freire: Education and Liberation", organizado pelo centro de estudos latino-americanos da Universidade Nacional da Austrália, ou ANU, como é mais conhecida por aqui.

A ANU, para quem não sabe, está entre as 20 melhores universidades do mundo! E tem sede aqui em Camberra, capital da Austrália.

Na abertura do evento, o professor John Minns, diretor do centro latino-americano, ao dar boas-vindas ao público presente, lembrou ser aquele o primeiro seminário exclusivamente dedicado a Paulo Freire na Austrália.

Em seguida, convidou Pedrinho Guareschi, palestrante principal do Seminário, a fazer sua apresentação.

A plateia pode então conhecer, pelas palavras de Pedrinho, um pouco da obra e da vida de Freire, esse brasileiro de fé e valor, que sempre acreditou na educação, sobretudo dos menos favorecidos, analfabetos, como força libertadora.

Como não podia deixar de ser, os conceitos e ideias revolucionários de Paulo Freire, expostos com clareza por Pedrinho, despertaram o interesse e a curiosidade de plateia. A qual, deve-se notar, era na maioria de estudantes, mas de várias nacionalidades, sobretudo australianos e asiáticos.

Na continuação do programa do seminário, que se estendeu por dois dias, outros professores fizeram palestras sobre temas ligados à obra de Paulo Freire.

Interessante, por exemplo, saber que a professora Anne Hickling-Hudson, jamaicana que mora na Austrália há muitos anos (é professora da ANU), conheceu e trabalhou com Freire num workshop educacional durante a revolução na Ilha de Granada, em 1980, antes da invasão dos Estados Unidos...

Ou, então, a palestra da Professora Gerda Roelvink, da Nova Zelândia, que participou do Fórum Social de Porto Alegre em 2005. E essa participação transformou-se em tema de doutorado.

No dia 10, terça-feira passada, o padre Pedrinho Guareschi voltou a falar ao público australiano em grande auditório localizado no belíssimo campus da ANU. Desta vez, sobre a Teologia da Libertação.

Depois da palestra, John Minns mostrou o filme mexicano "O Crime do Padre Amaro", no qual um dos personagens é um padre católico praticante da Teologia da Libertação.

Mais uma vez, foi grande o intersse da platéia, que pode aprender e conhecer um pouco como se desenvolveu aquele importante movimento católico na América Latina.

Fica, assim, ao Pedrinho, bem como a outros brasileiros estudiosos e de bom coração que saem pelo mundo a divulgar aspectos importantes da cultura brasileira, o respeito e a homenagem desta coluna. E... aquele abraço!
16:57
Anónimo disse...
Amanda Kitts perdeu o braço esquerdo em um acidente de automóvel acontecido três anos atrás, mas hoje em dia ela joga futebol americano com seu filho de 12 anos de idade, troca fraldas e abraça as crianças nas três creches Kiddie Cottage que opera em Knoxville, Tennessee. Kitts, 40 anos, faz tudo isso com a ajuda de um novo tipo de braço artificial que se movimenta com mais facilidade do que outros aparelhos e que ela pode controlar utilizando apenas seus pensamentos.

"Eu sou capaz de mexer a mão, o pulso e o cotovelo ao mesmo tempo", diz. "Você pensa e os músculos se movem em seguida".

A recuperação que ela conseguiu resulta de um novo procedimento que vem atraindo crescente atenção porque permite que pessoas movam braços protéticos de forma mais automática do que faziam no passado, simplesmente utilizando nervos reaproveitados em seus cérebros.

A técnica, conhecida como "renervação muscular dirigida", envolve utilizar os nervos que restam depois da amputação de um braço e conectá-los a outro músculo do corpo, em geral no peito. Eletrodos são instalados sobre os músculos do peito, e operam como se fossem antenas. Quando a pessoa deseja mover o braço, o cérebro envia sinais que primeiro resultam em contração dos músculos do peito, os quais enviam um sinal ao braço protético, instruindo-se a se movimentar. O processo não requer mais esforços consciente do que a pessoa teria de exercitar caso ainda tivesse seu braço natural.

Na terça-feira, pesquisadores reportaram em estudo publicado pela versão online do Journal of the American Medical Association que haviam levado a técnica ainda mais à frente, tornando possível a execução de 10 movimentos de mão, pulso e cotovelo diferentes, o que representa uma substancial melhora com relação ao típico repertório protético, que em geral envolve apenas dobrar o cotovelo, girar o pulso e abrir a mão.

"Os novos métodos tiveram impacto dramático em nosso campo de trabalho", disse Stuart Harshbarger, engenheiro biomédico na Universidade Johns Hopkins e diretor do programa de pesquisa sobre próteses, financiado pelas forças armadas, que inclui o trabalho com essa técnica. "O método já está em uso por médicos e cirurgiões comuns em todo o país. A capacidade de controlar um membro protético bastante robusto que ele confere surpreendeu a todos pela qualidade".

Tipicamente, uma pessoa que tenha um braço protético só é capaz de executar alguns poucos movimentos, e muitas vezes com tamanha lentidão que isso só permite a ela atividades limitadas.

Há um motor separado para cada movimento, diz Gerald Loeb, professor de engenharia biomédica na Universidade do Sul da Califórnia, "e esses motores precisam ser controlados de maneira explícita", usualmente por um esforço consciente da pessoa para contrair músculos nas costas ou no bíceps.

"Essencialmente, até agora os pacientes controlavam apenas um motor de cada vez", diz Loeb, "e precisavam pensar cuidadosamente sobre que motor desejavam controlar e como fazê-lo operar, em lugar de simplesmente pensarem em mover o braço e poderem fazê-lo sem delongas".

Antes que Kitts passasse pelo procedimento de renervação, em outubro de 2007, por exemplo, ela precisava movimentar os músculos de suas costas de determinada maneira para fazer com que seu pulso girasse, e flexionar seu bíceps e tríceps para fazer com que o cotovelo se movesse para cima e para baixo. "Era muito trabalho", ela conta. "E não me ajudava muito".

O procedimento de renervação é parte de uma recente explosão de idéias novas e técnicas inovadoras que estão sendo exploradas enquanto os cientistas se esforçam por ajudar as pessoas a compensar melhor a perda de membros ou problemas de paralisia. O esforço vem sendo alimentado pelo aumento no número de amputações causado por diabetes e por ferimentos sofridos pelos militares, e ao mesmo tempo pelos avanços na tecnologia médica.

Os braços se tornaram um dos focos essenciais desse tipo de trabalho. A ciência há muito vem obtendo sucessos no desenvolvimento de próteses de perna, mas é muito mais difícil imitar a complexidade e a destreza das mãos e dos braços.

Os esforços em curso incluem o desenvolvimento de projetos de pele e braços mais sensíveis e mais flexíveis, e o uso de dispositivos acionados por controles sem fio implantado nos braços protéticos, que permitiriam movimentos mais naturais.

Os pesquisadores também vêm usando sensores implantados nos cérebros de cobaias para permitir que dois macacos controlem um braço mecânico, e um teste com um homem paralítico permitiu, com esse método, que ele movimentasse um cursor em uma tela de computador.

Alguns desses métodos, caso venham a ser aperfeiçoados plenamente e consigam aprovação das autoridades regulatórias da saúde, podem no futuro se tornar mais viáveis para os pacientes de amputações.

E embora a técnica da renervação não requeira aprovação das autoridades regulatórias porque é executada por meios cirúrgicos e emprega aparelhos já existentes, ela apresenta limitações que até mesmo seus criadores reconhecem, entre as quais o fato de que não se pode utilizá-la para todos os pacientes, o seu alto custo e o prazo de meses requerido para que os nervos reconectados cresçam e se tornem efetivos.

Ainda assim, os especialistas dizem que é o mais avançado sistema em uso hoje para pacientes reais que permite que o sistema nervoso controle diretamente o movimento de um braço artificial.

Desde sua introdução por Todd Kuiken, médico fisioterapeuta e engenheiro biomédico do Instituto de Reabilitação de Chicago, o método foi empregado em cerca de 30 pacientes nos Estados Unidos, Canadá e Europa, entre os quais oito soldados feridos no Iraque e no Afeganistão.

Muitos dos pacientes, entre os quais o primeiro, Jesse Sullivan, um operário do setor elétrico no Tennessee que perdeu os dois braços quando foi eletrocutado por um cabo, conseguem não apenas manipular seus braços protéticos mas sentir a presença das mãos que já não têm quando alguém toca em seus peitos.

Sullivan, 62 anos, e Kitts, estavam entre os cinco pacientes que participaram do estudo reportado na terça-feira. Em companhia de cinco outras pessoas que não passaram por amputações, eles receberam os eletrodos e foram instruídos a usar pensamentos para fazer com que um braço virtual na tela reproduzisse 10 movimentos diferentes, entre os quais três formas diferentes de aperto de mão.

Os pacientes apresentaram desempenho bastante respeitável, apenas um pouco mais lento e menos preciso do que os dos participantes que não tinham amputações.

"As velocidades de movimento que encontramos em nossos pacientes foram realmente encorajadoras", disse Kuiken. "Eles conseguiram completar a tarefa. É claro que não foram tão competentes quanto as pessoas dotadas de plena capacidade física, mas foram bons o bastante".

Um braço virtual foi usado porque a maioria das próteses existentes não era capaz de acomodar todos aqueles movimentos, no momento da pesquisa, ainda que Sullivan, Kitts e uma terceira paciente, Claudia Mitchell, tenham experimentado dois novos protótipos mais versáteis de braços artificiais, executando tarefas complexas com bolas de tênis e outros objetos.

O trabalho de renervação em soldados apresenta outros desafios, diz Kuiken, porque os ferimentos militares muitas vezes "causam danos muitos extensos" a nervos, músculos ou ossos.

Daniel Acosta, 25 anos, um aviador ferido pela detonação de uma bomba em uma estrada do Iraque em 2005, passou pelo procedimento no ano passado e diz que seu braço esquerdo protético agora se movimenta "muito mais rápido" e de maneira muito mais natural.

"A diferença é que agora não preciso mais pensar para mover o braço", ele diz. "Ele simplesmente se mexe".

Ainda assim, Acosta, de San Antonio, diz que "o processo foi bastante longo" e que os eletrodos precisam ser ajustados para receber os sinais à medida que os nervos crescem ou mudam de posição.

E embora elogiem o método, os especialistas afirmam que a ciência das próteses de braço ainda tem muito por avançar.

"Trata-se de uma parte crucial, mas ainda assim apenas uma parte, das muitas coisas que compreendem a função normal de um braço", disse Loeb, que escreveu um editorial que acompanha o artigo no Journal of the American Medical Association.

"No momento estamos a meio do caminho entre o braço de 'Dr. Fantástico', que fazia involuntariamente a saudação nazista, e o braço de Luke Skywalker em 'Guerra nas Estrelas', que funciona sem nenhum problema assim que é conectado. Creio que precisaremos ainda de muitos anos para conectar todas as peças necessárias a produzir um braço capaz de funcionar normalmente".
17:04
Anónimo disse...
A Espanha disse neste sábado que está preparando uma reclamação oficial contra a decisão da Venezuela de expulsar um membro do Parlamento Europeu que criticou o conselho eleitoral venezuelano.
Luis Herrero, membro do partido conservador espanhol PP, foi deportado na sexta-feira depois que o Conselho Nacional Eleitoral (CNE) o acusou de questionar a imparcialidade da instituição antes de um referendo que pode permitir ao presidente Hugo Chávez permanecer no cargo indefinidamente.

Herrero estava na Venezuela como observador do referendo. Ele acusou Chávez de ter "comportamentos típicos de um ditador" por pedir a contenção de manifestações da oposição.

O governo da Espanha convocou um encontro com o embaixador da Venezuela em Madri para expressar a desaprovação sobre a expulsão de Herrero, disse um representante do Ministério das Relações Exteriores espanhol.

As relações da Venezuela com a Espanha tiveram seu ponto crítico em 2007, quando Chávez ameaçou rever acordos diplomáticos e comerciais depois de ouvir um "cala a boca" do rei espanhol Juan Carlos durante uma cúpula.

A fenda foi oficialmente reparada em 2008, com uma visita oficial de Chávez à Espanha, onde ele cumprimentou o rei e discutiu acordos para investimento no setor petroquímico com o primeiro-ministro José Luis Rodriguez Zapatero.
17:06
Anónimo disse...
A polícia do Zimbábue anunciou neste sábado que acusa de traição Roy Bennett, dirigente do até agora opositor Movimento para a Mudança Democrática (MDC), detido na sexta-feira, em Harare, poucas horas antes da cerimônia de posse dos membros do novo gabinete.

"A Polícia nos informou que vão apresentar acusações de traição", disse à agência EFE o advogado de defesa de Bennett, Trust Maanda.

"Tentam relacionar Roy com o caso de Mike Hitschmann, que foi detido em 2006 em relação à descoberta de um carregamento de armas, apesar de que Hitschmann não tenha sido declarado culpado das acusações de traição apresentadas contra ele, mas de um crime menor de descumprimento de leis", disse Maanda.

O político opositor, designado por seu partido como vice-ministro de Agricultura no Governo de união nacional, esteve no exílio na vizinha África do Sul desde 2006 e retornou ao Zimbábue há duas semanas.

Segundo a Polícia, que deteve Bennett ontem no aeroporto de Harare quando pretendia ir à África do Sul para visitar sua família, as armas apreendidas em 2006 seriam utilizadas em um golpe de Estado para derrubar o presidente do Zimbábue, Robert Mugabe.

Depois da detenção, Bennet foi levado a Mutar, onde vários simpatizantes do MDC se concentraram em frente à delegacia na qual estava detido, diante do que a Polícia respondeu com tiros para o alto para dispersar os manifestantes.
17:07
Anónimo disse...
Austrália: 14 mil se candidatam a 'emprego dos sonhos'

A secretaria de Turismo de Queensland, na Austrália, informou que até esta segunda-feira já recebeu cerca de 14 mil inscrições para o "o melhor emprego do mundo". O Estado australiano promove pela internet seleção para vaga de "zelador" da ilha Hamilton, por seis meses com um salário de R$ 40 mil.

Muitos candidatos tiveram problemas durante a inscrição por conta dos acessos simultâneos ao site. A secretaria aconselha enviar os vídeos de 60s explicando porque deve ser escolhido em horários alternativos do dia, além de recomendar tamanho em torno de 40MB.

As inscrições começaram em 12 de janeiro e vão até o próximo dia 22 e podem ser feitas pelo site www.islandreefjob.com. O governo australiano escolherá 50 candidatos para a próxima fase da seleção, que terá votos do público para eleger um dos 11 finalistas.

A última fase terá entrevistas e desafios físicos, no próprio local de trabalho: as ilhas da Grande Barreira Coralina - o maior recife de coral do mundo. A secretaria de Turismo anunciará o vencedor no dia 6 de maio.
17:09
Anónimo disse...
Mercado elogia governo na crise, mas pede maior queda no juro

Peter Fussy
Direto de São Paulo

Desde as primeiras medidas anunciadas para combater os efeitos da crise, o governo brasileiro avisou que a estratégia não contemplaria um pacote. Seriam doses pontuais, de acordo com a necessidade da economia diante do agravamento das turbulências. Da primeira liberação dos depósitos compulsórios em setembro até a ampliação do seguro-desemprego na última quarta-feira, o governo passou por redução de impostos, ampliação de crédito e incentivos à exportação. Quase 150 dias após a primeira medida, o Terra conversou com líderes do setor público e privado, representantes dos trabalhadores, acadêmicos e com o próprio governo para saber quais destas ações foram mais eficazes, quais foram mais ineficientes e o que mais pode ser feito pelo Estado brasileiro contra a crise.

Os maiores elogios foram direcionados à atitude de reduzir o Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) para a indústria automobilística, anunciada em dezembro e que fez com que os emplacamentos de carros novos subissem 1,9% no primeiro mês do ano em relação a dezembro de 2008. Já as maiores críticas foram para a lentidão no corte da taxa básica de juro do País.

Para o presidente do conselho administrativo do Grupo Pão de Açúcar, Abílio Diniz, o Estado não é responsável pela crise e mesmo assim está agindo "com extrema serenidade e muito acerto". "O governo está atento, fazendo a sua parte. É preciso coragem de baixar firmemente a taxa de juros. É uma arma que temos a nosso favor, já que não há clima para inflação, nem possibilidade de danos para a macroeconomia", afirmou Diniz.

Na última reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), em janeiro, a taxa Selic foi reduzida em um ponto percentual, de 13,75% para 12,75% ao ano. Porém, o professor de economia da Universidade de Brasília (UnB) José Luiz Oreiro lembra que este corte representa uma redução de apenas 0,25 ponto percentual com relação à taxa de setembro do ano passado, quando a crise se agravou.

"Pouco antes da eclosão da crise, o Banco Central aumentou a taxa em 0,75 ponto. Foram cinco meses de demora para reduzir em termos líquidos apenas 0,25 ponto", afirmou o economista, que também sugeriu redução do intervalo de cerca de 90 dias entre as reuniões do Copom e o corte de pelo menos um 1 ponto percentual em cada reunião.

Mesmo com o corte de janeiro, a taxa de juros real continua sendo a maior do mundo, lembrou o secretário-geral da Força Sindical, João Carlos Gonçalves, o Juruna. "A redução da taxa de juro ainda é pequena, porque ela continua uma das mais altas do mundo. Falta ousadia para baixar os juros e ajudar o cidadão. A permanência da taxa de juro alta é negativa para o País em meio a crise", afirmou Juruna.

Embora aprove as ações do governo, o senador Aloízio Mercadante (PT-SP) também acredita que o patamar da Selic está muito alto. "Sempre fomos os primeiros a entrar em qualquer crise, o que não aconteceu agora. A taxa Selic ainda é muito alta, mas o governo têm tomado medidas acertadas, como o aumento do salário mínimo, mesmo com um cenário de crise. Isso ajuda a movimentar o consumo. O governo está se esforçando para manter os investimentos e o crescimento", disse.

Tributos
De acordo com o economista Fabio Pina, da Fecomercio-SP, as ações mais positivas estão relacionadas à redução de tributos para alguns segmentos, como a indústria automobilística, que recuperou parte da queda nas vendas em janeiro com a isenção do IPI para carros 1.0 l e o corte para demais motorizações. A medida vale até o final de março.

"Essas medidas não só reduziram o preço, mas anteciparam o consumo daqueles que iriam comprar no futuro, dando um prêmio por conta da insegurança. Mexe diretamente com o principal problema que é a confiança do consumidor", afirmou. Juruna destacou que um bom ritmo de vendas é garantia de emprego. "É importante porque cada emprego na montadora significa 19 na cadeia produtiva", comentou o representante da Força Sindical.

Também em dezembro, o governo decidiu cortar pela metade a alíquota do Imposto de Renda para contribuintes que ganham entre R$ 1.434 e R$ 2.150 mensais. "O salário aumentava e a tabela não se modificava. As pessoas ganhavam mais e pagavam mais impostos", apontou Juruna. Outra redução de tributos do governo foi com relação ao Imposto sobre Operações Financeiras (IOF), que caiu de 3% ao ano para 1,5%.

Crédito
Na segunda metade de 2008, o colapso de bancos nos Estados Unidos por conta da crise do subprime provocou uma forte restrição de crédito no mundo inteiro. Uma das primeiras medidas anticrise do governo teve como objetivo restabelecer a oferta, com mudanças no recolhimento dos depósitos compulsórios por parte dos bancos. Segundo o presidente do Banco Central, Henrique Meirelles, as diversas modificações liberaram US$ 99,2 bilhões aos bancos até o final de janeiro.

Além disso, o governo concedeu R$ 36 bilhões das reservas internacionais para empresas brasileiras com dívidas no exterior e uma medida provisória autorizou o Banco do Brasil e a Caixa Econômica Federal a comprar carteiras de crédito de bancos privados. Para o diretor do Departamento de Pesquisas e Estudos Econômicos da Fiesp, Paulo Francini, estas medidas foram essenciais para combater os efeitos da crise.

"A crise se desenvolve no mundo em torno do tema crédito. E o crédito reduziu-se barbaridade no mundo. Então o governo lança mão de compulsório, lança mão de reservas, de medidas que permitem aos bancos comprar carteiras de bancos. Você vai tomando várias medidas para atender às demandas e o epicentro disso é crédito", afirmou.

No entanto, Oreiro, da UnB, adverte que a liberação dos compulsórios seria mais eficiente acompanhada de redução mais agressiva da taxa básica de juro. "Uma parte do crédito voltou, depois da forte retração em outubro e novembro. O que deveria ter sido feito junto à liberação do compulsório era uma redução mais drástica da taxa de juro. Sem isso, os bancos pegam as reservas e acabam comprando títulos públicos", explicou o economista.

Na opinião de Pina, as ações de distribuição de crédito via redução do compulsório e a disposição de capital de giro para empresas foram tomadas sem um cuidado maior na operação e não tiveram muito efeito. "O BNDES tem linhas que ficam paradas quase todo o ano, agora é pior ainda. Existem os recursos, mas as empresas e os bancos estão desconfiados. É preciso fazer com que os bancos tenham interesse em emprestar", afirmou o economista da Fecomercio-SP.

Futuro
Mesmo com todas essas medidas, a crise financeira ainda gera incertezas nos setores produtivos do País. Nos últimos meses, o medo do desemprego fez os consumidores adiarem compras. Por sua vez, a queda nas vendas pode obrigar as indústrias a cortarem a produção e demitir funcionários. Contra isso, empresários sugerem redução de jornada e de salários.

"Isto está previsto em lei. A Fiesp simplesmente manteve conversações com entidades sindicais quanto à aplicação daquilo que já está previsto em lei", afirmou Francini.

Segundo a ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff, uma das medidas que assegura um nível de emprego é a manutenção de investimentos no Programa de Aceleração do Crescimento (PAC). "Estamos esperando que a dificuldade ocorra em janeiro, fevereiro e março. Estamos certos que vamos manter o nível de investimento. É isso que funciona, é isso que significa investimento público. Ele funciona como um colchão. Por isso, nós colocamos R$ 100 bilhões no BNDES e a Petrobras ampliou o seu investimento em R$ 120 bilhões", afirmou.

Na mesma linha, Pina explica que a antecipação de gastos do governo substitui parte da demanda retraída do setor privado. "Ele dá o seguinte recado: não vou estourar as contas públicas, mas concentrar em um momento em que a demanda privada está pequena. Mas o governo não tem fôlego suficiente para fazer o papel de toda demanda", ressaltou. O economista da Fecomercio lembrou que a entidade já pleiteou junto ao governo isenções para transferência de imóveis e de automóveis, além de retirar o IPVA para veículos novos.

Já Oreiro foca suas propostas na capitalização do Banco do Brasil e da Caixa Econômica Federal pelo Tesouro para atender a demanda de crédito para capital de giro e reduzir o spread. "Aumentando o empréstimo e reduzindo as taxas, os dois vão forçar os bancos privados a acompanhar o movimento, até para não perderem participação no mercado", explicou o economista da UnB.

Até o Carnaval, o governou prometeu detalhar um pacote de incentivos para a construção de até um milhão de casas populares, direcionado a famílias com renda de até dez salários mínimos. "Estamos atentos a tudo o que está acontecendo e novas medidas serão tomadas caso haja uma avaliação de que sejam necessárias", disse o ministro da Fazenda, Guido Mantega, na última sexta-feira.
17:11
Anónimo disse...
Ex-ministro critica extensão do seguro-desemprego

Atualizada às 09h03

O ex-ministro do Trabalho Almir Pazzianotto criticou a decisão do governo federal de conceder o seguro-desemprego estendido a apenas alguns setores. "É certamente odioso e provavelmente inconstitucional", disse Pazzianotto, de acordo com o jornal O Estado de S. Paulo.

Na última qurta, dia do anúncio da medida, centrais sindicais elogiaram a atitude do governo. A Força Sindical divulgou nota dizendo que "o aumento ajudará a aquecer parte da economia, já que irá gerar mais consumo, produção e conseqüentemente, a criação de novos postos de trabalho". A União Geral dos Trabalhadores (UGT) afirmou que a medida "contribuirá para minimizar o drama dos trabalhadores que perderem seu emprego por conta da crise".

O ex-ministro, que instituiu o seguro-desemprego no País no governo de José Sarney, destacou a necessidade de as centrais sindicais se manifestarem contra a determinação. Para ele, as mudanças devem ser aplicadas a todas as categorias profissionais e a distinção é contrária ao artigo 3º da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT).

Pazzianotto atribui a medida a um possível temor do governo de que a crise econômica seja longa e não haja dinheiro para atender a todas as necessidades. Ainda assim, ele se mostra contrário ao método de concessão. "O seguro-desemprego ajuda a sanar necessidades básicas. Estendê-lo é paliativo, não a solução", disse ao jornal.

De acordo com o presidente do Conselho Deliberativo do Fundo de Amparo ao Trabalhador (Codefat) e conselheiro da Força Sindical, Luiz Fernando Emediato, a determinação já estava prevista na lei 8.900/94, que trata do seguro-desemprego.

O presidente da Comissão de Trabalho da Câmara, Pedro Fernandes (PTB-MA) vai além na crítica à concessão do seguro para apenas alguns setores. Ele acredita que a ampliação do benefício estimula o desemprego.

Quintino Severo, secretário geral da Central Única dos Trabalhadores (CUT), lembra que a ampliação do benefício sem critério e identificação pode incentivar demissões em outros setores.
Os bombeiros combatem neste sábado os incêndios na Austrália favorecidos pelo bom tempo, enquanto os deslocados encotram em seu retorno casas derruídas, carros queimados nas ruas e destruição.

Depois de sete dias desde que começaram os incêndios no Estado de Victoria, a lista de mortos chega a 181, os desaparecidos somam 50, os edifícios destruídos totalizam 1,834 mil e o terreno arrasado, principalmente florestas, ocupa uma área de 4,13 mil quilômetros quadrados.

As equipes de bombeiros, formadas por 4 mil profissionais de Victoria, de outras partes da Austrália e de países amigos, combateram hoje 12 focos fora de controle e nenhum representava uma ameaça direta para a população.

O subdiretor do Serviço de Bombeiros, Geoff Conway, disse que este tempo favorável, que se prolongará durante o domingo, permite consolidar as linhas de contenção e avançar na extinção das chamas.

Cinzas apareceram arrastadas por ventos do nordeste sobre Melbourne, onde habitam 3,8 milhões de pessoas, e as autoridades alertaram aos cidadãos do risco para a saúde de idosos, crianças e pessoas com problemas respiratórios.

O número de pessoas deslocadas - a Cruz Vermelha chegou a receber 7 mil - começou a cair com a abertura de algumas localidades atingidas.

Os incêndios, alguns criminosos, começaram em 7 de fevereiro, quando a região sul da Austrália estava há duas semanas sob uma onda de calor sem precedentes.

Na sexta-feira passada, a polícia acusou uma pessoa de ter provocado o incêndio que atingiu a localidade de Churchill e matou 21 pessoas.
16:55
Anónimo disse...
A primeira chuva em seis dias reduziu a ameaça de incêndios no Estado de Victoria, ao sul da Austrália. As autoridades, porém, advertiram que ainda existem 12 focos, mas que nenhum deles ameaça áreas povoadas.

Mais de quatro mil bombeiros, mil provenientes de outras partes do país e de outras nações, trabalham contra o fogo. Cerca de 600 veículos e 28 helicópteros e pequenos aviões estão sendo usados.


Eles conseguiram construir linhas de contenção para evitar os incêndios de Yarra e Maroondah se juntassem. Também foram controlados os incêndios abertos de Yea e Murrindindi, que ameaçavam as comunidades de Connellys Creek, Crystal Creek, Scrubby Creek e Native Dog Creek.

O número de mortos chegou a 181, mas as autoridades acreditam que as vítimas devem passar de 200, já que ainda há muitos desaparecidos.
16:55
Anónimo disse...
Aqui nesta coluna, na semana passada, tive a oportunidade de comentar sobre a recente visita do professor brasileiro Pedrinho Guareschi à Austrália. Não dei, porém, os fatos, pois semana passada o assunto era outro.

Hoje, porém, vamos a eles.

No último dia 4 de fevereiro, aconteceu o Seminário "Paulo Freire: Education and Liberation", organizado pelo centro de estudos latino-americanos da Universidade Nacional da Austrália, ou ANU, como é mais conhecida por aqui.

A ANU, para quem não sabe, está entre as 20 melhores universidades do mundo! E tem sede aqui em Camberra, capital da Austrália.

Na abertura do evento, o professor John Minns, diretor do centro latino-americano, ao dar boas-vindas ao público presente, lembrou ser aquele o primeiro seminário exclusivamente dedicado a Paulo Freire na Austrália.

Em seguida, convidou Pedrinho Guareschi, palestrante principal do Seminário, a fazer sua apresentação.

A plateia pode então conhecer, pelas palavras de Pedrinho, um pouco da obra e da vida de Freire, esse brasileiro de fé e valor, que sempre acreditou na educação, sobretudo dos menos favorecidos, analfabetos, como força libertadora.

Como não podia deixar de ser, os conceitos e ideias revolucionários de Paulo Freire, expostos com clareza por Pedrinho, despertaram o interesse e a curiosidade de plateia. A qual, deve-se notar, era na maioria de estudantes, mas de várias nacionalidades, sobretudo australianos e asiáticos.

Na continuação do programa do seminário, que se estendeu por dois dias, outros professores fizeram palestras sobre temas ligados à obra de Paulo Freire.

Interessante, por exemplo, saber que a professora Anne Hickling-Hudson, jamaicana que mora na Austrália há muitos anos (é professora da ANU), conheceu e trabalhou com Freire num workshop educacional durante a revolução na Ilha de Granada, em 1980, antes da invasão dos Estados Unidos...

Ou, então, a palestra da Professora Gerda Roelvink, da Nova Zelândia, que participou do Fórum Social de Porto Alegre em 2005. E essa participação transformou-se em tema de doutorado.

No dia 10, terça-feira passada, o padre Pedrinho Guareschi voltou a falar ao público australiano em grande auditório localizado no belíssimo campus da ANU. Desta vez, sobre a Teologia da Libertação.

Depois da palestra, John Minns mostrou o filme mexicano "O Crime do Padre Amaro", no qual um dos personagens é um padre católico praticante da Teologia da Libertação.

Mais uma vez, foi grande o intersse da platéia, que pode aprender e conhecer um pouco como se desenvolveu aquele importante movimento católico na América Latina.

Fica, assim, ao Pedrinho, bem como a outros brasileiros estudiosos e de bom coração que saem pelo mundo a divulgar aspectos importantes da cultura brasileira, o respeito e a homenagem desta coluna. E... aquele abraço!
16:57
Anónimo disse...
Amanda Kitts perdeu o braço esquerdo em um acidente de automóvel acontecido três anos atrás, mas hoje em dia ela joga futebol americano com seu filho de 12 anos de idade, troca fraldas e abraça as crianças nas três creches Kiddie Cottage que opera em Knoxville, Tennessee. Kitts, 40 anos, faz tudo isso com a ajuda de um novo tipo de braço artificial que se movimenta com mais facilidade do que outros aparelhos e que ela pode controlar utilizando apenas seus pensamentos.

"Eu sou capaz de mexer a mão, o pulso e o cotovelo ao mesmo tempo", diz. "Você pensa e os músculos se movem em seguida".

A recuperação que ela conseguiu resulta de um novo procedimento que vem atraindo crescente atenção porque permite que pessoas movam braços protéticos de forma mais automática do que faziam no passado, simplesmente utilizando nervos reaproveitados em seus cérebros.

A técnica, conhecida como "renervação muscular dirigida", envolve utilizar os nervos que restam depois da amputação de um braço e conectá-los a outro músculo do corpo, em geral no peito. Eletrodos são instalados sobre os músculos do peito, e operam como se fossem antenas. Quando a pessoa deseja mover o braço, o cérebro envia sinais que primeiro resultam em contração dos músculos do peito, os quais enviam um sinal ao braço protético, instruindo-se a se movimentar. O processo não requer mais esforços consciente do que a pessoa teria de exercitar caso ainda tivesse seu braço natural.

Na terça-feira, pesquisadores reportaram em estudo publicado pela versão online do Journal of the American Medical Association que haviam levado a técnica ainda mais à frente, tornando possível a execução de 10 movimentos de mão, pulso e cotovelo diferentes, o que representa uma substancial melhora com relação ao típico repertório protético, que em geral envolve apenas dobrar o cotovelo, girar o pulso e abrir a mão.

"Os novos métodos tiveram impacto dramático em nosso campo de trabalho", disse Stuart Harshbarger, engenheiro biomédico na Universidade Johns Hopkins e diretor do programa de pesquisa sobre próteses, financiado pelas forças armadas, que inclui o trabalho com essa técnica. "O método já está em uso por médicos e cirurgiões comuns em todo o país. A capacidade de controlar um membro protético bastante robusto que ele confere surpreendeu a todos pela qualidade".

Tipicamente, uma pessoa que tenha um braço protético só é capaz de executar alguns poucos movimentos, e muitas vezes com tamanha lentidão que isso só permite a ela atividades limitadas.

Há um motor separado para cada movimento, diz Gerald Loeb, professor de engenharia biomédica na Universidade do Sul da Califórnia, "e esses motores precisam ser controlados de maneira explícita", usualmente por um esforço consciente da pessoa para contrair músculos nas costas ou no bíceps.

"Essencialmente, até agora os pacientes controlavam apenas um motor de cada vez", diz Loeb, "e precisavam pensar cuidadosamente sobre que motor desejavam controlar e como fazê-lo operar, em lugar de simplesmente pensarem em mover o braço e poderem fazê-lo sem delongas".

Antes que Kitts passasse pelo procedimento de renervação, em outubro de 2007, por exemplo, ela precisava movimentar os músculos de suas costas de determinada maneira para fazer com que seu pulso girasse, e flexionar seu bíceps e tríceps para fazer com que o cotovelo se movesse para cima e para baixo. "Era muito trabalho", ela conta. "E não me ajudava muito".

O procedimento de renervação é parte de uma recente explosão de idéias novas e técnicas inovadoras que estão sendo exploradas enquanto os cientistas se esforçam por ajudar as pessoas a compensar melhor a perda de membros ou problemas de paralisia. O esforço vem sendo alimentado pelo aumento no número de amputações causado por diabetes e por ferimentos sofridos pelos militares, e ao mesmo tempo pelos avanços na tecnologia médica.

Os braços se tornaram um dos focos essenciais desse tipo de trabalho. A ciência há muito vem obtendo sucessos no desenvolvimento de próteses de perna, mas é muito mais difícil imitar a complexidade e a destreza das mãos e dos braços.

Os esforços em curso incluem o desenvolvimento de projetos de pele e braços mais sensíveis e mais flexíveis, e o uso de dispositivos acionados por controles sem fio implantado nos braços protéticos, que permitiriam movimentos mais naturais.

Os pesquisadores também vêm usando sensores implantados nos cérebros de cobaias para permitir que dois macacos controlem um braço mecânico, e um teste com um homem paralítico permitiu, com esse método, que ele movimentasse um cursor em uma tela de computador.

Alguns desses métodos, caso venham a ser aperfeiçoados plenamente e consigam aprovação das autoridades regulatórias da saúde, podem no futuro se tornar mais viáveis para os pacientes de amputações.

E embora a técnica da renervação não requeira aprovação das autoridades regulatórias porque é executada por meios cirúrgicos e emprega aparelhos já existentes, ela apresenta limitações que até mesmo seus criadores reconhecem, entre as quais o fato de que não se pode utilizá-la para todos os pacientes, o seu alto custo e o prazo de meses requerido para que os nervos reconectados cresçam e se tornem efetivos.

Ainda assim, os especialistas dizem que é o mais avançado sistema em uso hoje para pacientes reais que permite que o sistema nervoso controle diretamente o movimento de um braço artificial.

Desde sua introdução por Todd Kuiken, médico fisioterapeuta e engenheiro biomédico do Instituto de Reabilitação de Chicago, o método foi empregado em cerca de 30 pacientes nos Estados Unidos, Canadá e Europa, entre os quais oito soldados feridos no Iraque e no Afeganistão.

Muitos dos pacientes, entre os quais o primeiro, Jesse Sullivan, um operário do setor elétrico no Tennessee que perdeu os dois braços quando foi eletrocutado por um cabo, conseguem não apenas manipular seus braços protéticos mas sentir a presença das mãos que já não têm quando alguém toca em seus peitos.

Sullivan, 62 anos, e Kitts, estavam entre os cinco pacientes que participaram do estudo reportado na terça-feira. Em companhia de cinco outras pessoas que não passaram por amputações, eles receberam os eletrodos e foram instruídos a usar pensamentos para fazer com que um braço virtual na tela reproduzisse 10 movimentos diferentes, entre os quais três formas diferentes de aperto de mão.

Os pacientes apresentaram desempenho bastante respeitável, apenas um pouco mais lento e menos preciso do que os dos participantes que não tinham amputações.

"As velocidades de movimento que encontramos em nossos pacientes foram realmente encorajadoras", disse Kuiken. "Eles conseguiram completar a tarefa. É claro que não foram tão competentes quanto as pessoas dotadas de plena capacidade física, mas foram bons o bastante".

Um braço virtual foi usado porque a maioria das próteses existentes não era capaz de acomodar todos aqueles movimentos, no momento da pesquisa, ainda que Sullivan, Kitts e uma terceira paciente, Claudia Mitchell, tenham experimentado dois novos protótipos mais versáteis de braços artificiais, executando tarefas complexas com bolas de tênis e outros objetos.

O trabalho de renervação em soldados apresenta outros desafios, diz Kuiken, porque os ferimentos militares muitas vezes "causam danos muitos extensos" a nervos, músculos ou ossos.

Daniel Acosta, 25 anos, um aviador ferido pela detonação de uma bomba em uma estrada do Iraque em 2005, passou pelo procedimento no ano passado e diz que seu braço esquerdo protético agora se movimenta "muito mais rápido" e de maneira muito mais natural.

"A diferença é que agora não preciso mais pensar para mover o braço", ele diz. "Ele simplesmente se mexe".

Ainda assim, Acosta, de San Antonio, diz que "o processo foi bastante longo" e que os eletrodos precisam ser ajustados para receber os sinais à medida que os nervos crescem ou mudam de posição.

E embora elogiem o método, os especialistas afirmam que a ciência das próteses de braço ainda tem muito por avançar.

"Trata-se de uma parte crucial, mas ainda assim apenas uma parte, das muitas coisas que compreendem a função normal de um braço", disse Loeb, que escreveu um editorial que acompanha o artigo no Journal of the American Medical Association.

"No momento estamos a meio do caminho entre o braço de 'Dr. Fantástico', que fazia involuntariamente a saudação nazista, e o braço de Luke Skywalker em 'Guerra nas Estrelas', que funciona sem nenhum problema assim que é conectado. Creio que precisaremos ainda de muitos anos para conectar todas as peças necessárias a produzir um braço capaz de funcionar normalmente".
17:04
Anónimo disse...
A Espanha disse neste sábado que está preparando uma reclamação oficial contra a decisão da Venezuela de expulsar um membro do Parlamento Europeu que criticou o conselho eleitoral venezuelano.
Luis Herrero, membro do partido conservador espanhol PP, foi deportado na sexta-feira depois que o Conselho Nacional Eleitoral (CNE) o acusou de questionar a imparcialidade da instituição antes de um referendo que pode permitir ao presidente Hugo Chávez permanecer no cargo indefinidamente.

Herrero estava na Venezuela como observador do referendo. Ele acusou Chávez de ter "comportamentos típicos de um ditador" por pedir a contenção de manifestações da oposição.

O governo da Espanha convocou um encontro com o embaixador da Venezuela em Madri para expressar a desaprovação sobre a expulsão de Herrero, disse um representante do Ministério das Relações Exteriores espanhol.

As relações da Venezuela com a Espanha tiveram seu ponto crítico em 2007, quando Chávez ameaçou rever acordos diplomáticos e comerciais depois de ouvir um "cala a boca" do rei espanhol Juan Carlos durante uma cúpula.

A fenda foi oficialmente reparada em 2008, com uma visita oficial de Chávez à Espanha, onde ele cumprimentou o rei e discutiu acordos para investimento no setor petroquímico com o primeiro-ministro José Luis Rodriguez Zapatero.
17:06
Anónimo disse...
A polícia do Zimbábue anunciou neste sábado que acusa de traição Roy Bennett, dirigente do até agora opositor Movimento para a Mudança Democrática (MDC), detido na sexta-feira, em Harare, poucas horas antes da cerimônia de posse dos membros do novo gabinete.

"A Polícia nos informou que vão apresentar acusações de traição", disse à agência EFE o advogado de defesa de Bennett, Trust Maanda.

"Tentam relacionar Roy com o caso de Mike Hitschmann, que foi detido em 2006 em relação à descoberta de um carregamento de armas, apesar de que Hitschmann não tenha sido declarado culpado das acusações de traição apresentadas contra ele, mas de um crime menor de descumprimento de leis", disse Maanda.

O político opositor, designado por seu partido como vice-ministro de Agricultura no Governo de união nacional, esteve no exílio na vizinha África do Sul desde 2006 e retornou ao Zimbábue há duas semanas.

Segundo a Polícia, que deteve Bennett ontem no aeroporto de Harare quando pretendia ir à África do Sul para visitar sua família, as armas apreendidas em 2006 seriam utilizadas em um golpe de Estado para derrubar o presidente do Zimbábue, Robert Mugabe.

Depois da detenção, Bennet foi levado a Mutar, onde vários simpatizantes do MDC se concentraram em frente à delegacia na qual estava detido, diante do que a Polícia respondeu com tiros para o alto para dispersar os manifestantes.
17:07
Anónimo disse...
Austrália: 14 mil se candidatam a 'emprego dos sonhos'

A secretaria de Turismo de Queensland, na Austrália, informou que até esta segunda-feira já recebeu cerca de 14 mil inscrições para o "o melhor emprego do mundo". O Estado australiano promove pela internet seleção para vaga de "zelador" da ilha Hamilton, por seis meses com um salário de R$ 40 mil.

Muitos candidatos tiveram problemas durante a inscrição por conta dos acessos simultâneos ao site. A secretaria aconselha enviar os vídeos de 60s explicando porque deve ser escolhido em horários alternativos do dia, além de recomendar tamanho em torno de 40MB.

As inscrições começaram em 12 de janeiro e vão até o próximo dia 22 e podem ser feitas pelo site www.islandreefjob.com. O governo australiano escolherá 50 candidatos para a próxima fase da seleção, que terá votos do público para eleger um dos 11 finalistas.

A última fase terá entrevistas e desafios físicos, no próprio local de trabalho: as ilhas da Grande Barreira Coralina - o maior recife de coral do mundo. A secretaria de Turismo anunciará o vencedor no dia 6 de maio.
17:09
Anónimo disse...
Mercado elogia governo na crise, mas pede maior queda no juro

Peter Fussy
Direto de São Paulo

Desde as primeiras medidas anunciadas para combater os efeitos da crise, o governo brasileiro avisou que a estratégia não contemplaria um pacote. Seriam doses pontuais, de acordo com a necessidade da economia diante do agravamento das turbulências. Da primeira liberação dos depósitos compulsórios em setembro até a ampliação do seguro-desemprego na última quarta-feira, o governo passou por redução de impostos, ampliação de crédito e incentivos à exportação. Quase 150 dias após a primeira medida, o Terra conversou com líderes do setor público e privado, representantes dos trabalhadores, acadêmicos e com o próprio governo para saber quais destas ações foram mais eficazes, quais foram mais ineficientes e o que mais pode ser feito pelo Estado brasileiro contra a crise.

Os maiores elogios foram direcionados à atitude de reduzir o Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) para a indústria automobilística, anunciada em dezembro e que fez com que os emplacamentos de carros novos subissem 1,9% no primeiro mês do ano em relação a dezembro de 2008. Já as maiores críticas foram para a lentidão no corte da taxa básica de juro do País.

Para o presidente do conselho administrativo do Grupo Pão de Açúcar, Abílio Diniz, o Estado não é responsável pela crise e mesmo assim está agindo "com extrema serenidade e muito acerto". "O governo está atento, fazendo a sua parte. É preciso coragem de baixar firmemente a taxa de juros. É uma arma que temos a nosso favor, já que não há clima para inflação, nem possibilidade de danos para a macroeconomia", afirmou Diniz.

Na última reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), em janeiro, a taxa Selic foi reduzida em um ponto percentual, de 13,75% para 12,75% ao ano. Porém, o professor de economia da Universidade de Brasília (UnB) José Luiz Oreiro lembra que este corte representa uma redução de apenas 0,25 ponto percentual com relação à taxa de setembro do ano passado, quando a crise se agravou.

"Pouco antes da eclosão da crise, o Banco Central aumentou a taxa em 0,75 ponto. Foram cinco meses de demora para reduzir em termos líquidos apenas 0,25 ponto", afirmou o economista, que também sugeriu redução do intervalo de cerca de 90 dias entre as reuniões do Copom e o corte de pelo menos um 1 ponto percentual em cada reunião.

Mesmo com o corte de janeiro, a taxa de juros real continua sendo a maior do mundo, lembrou o secretário-geral da Força Sindical, João Carlos Gonçalves, o Juruna. "A redução da taxa de juro ainda é pequena, porque ela continua uma das mais altas do mundo. Falta ousadia para baixar os juros e ajudar o cidadão. A permanência da taxa de juro alta é negativa para o País em meio a crise", afirmou Juruna.

Embora aprove as ações do governo, o senador Aloízio Mercadante (PT-SP) também acredita que o patamar da Selic está muito alto. "Sempre fomos os primeiros a entrar em qualquer crise, o que não aconteceu agora. A taxa Selic ainda é muito alta, mas o governo têm tomado medidas acertadas, como o aumento do salário mínimo, mesmo com um cenário de crise. Isso ajuda a movimentar o consumo. O governo está se esforçando para manter os investimentos e o crescimento", disse.

Tributos
De acordo com o economista Fabio Pina, da Fecomercio-SP, as ações mais positivas estão relacionadas à redução de tributos para alguns segmentos, como a indústria automobilística, que recuperou parte da queda nas vendas em janeiro com a isenção do IPI para carros 1.0 l e o corte para demais motorizações. A medida vale até o final de março.

"Essas medidas não só reduziram o preço, mas anteciparam o consumo daqueles que iriam comprar no futuro, dando um prêmio por conta da insegurança. Mexe diretamente com o principal problema que é a confiança do consumidor", afirmou. Juruna destacou que um bom ritmo de vendas é garantia de emprego. "É importante porque cada emprego na montadora significa 19 na cadeia produtiva", comentou o representante da Força Sindical.

Também em dezembro, o governo decidiu cortar pela metade a alíquota do Imposto de Renda para contribuintes que ganham entre R$ 1.434 e R$ 2.150 mensais. "O salário aumentava e a tabela não se modificava. As pessoas ganhavam mais e pagavam mais impostos", apontou Juruna. Outra redução de tributos do governo foi com relação ao Imposto sobre Operações Financeiras (IOF), que caiu de 3% ao ano para 1,5%.

Crédito
Na segunda metade de 2008, o colapso de bancos nos Estados Unidos por conta da crise do subprime provocou uma forte restrição de crédito no mundo inteiro. Uma das primeiras medidas anticrise do governo teve como objetivo restabelecer a oferta, com mudanças no recolhimento dos depósitos compulsórios por parte dos bancos. Segundo o presidente do Banco Central, Henrique Meirelles, as diversas modificações liberaram US$ 99,2 bilhões aos bancos até o final de janeiro.

Além disso, o governo concedeu R$ 36 bilhões das reservas internacionais para empresas brasileiras com dívidas no exterior e uma medida provisória autorizou o Banco do Brasil e a Caixa Econômica Federal a comprar carteiras de crédito de bancos privados. Para o diretor do Departamento de Pesquisas e Estudos Econômicos da Fiesp, Paulo Francini, estas medidas foram essenciais para combater os efeitos da crise.

"A crise se desenvolve no mundo em torno do tema crédito. E o crédito reduziu-se barbaridade no mundo. Então o governo lança mão de compulsório, lança mão de reservas, de medidas que permitem aos bancos comprar carteiras de bancos. Você vai tomando várias medidas para atender às demandas e o epicentro disso é crédito", afirmou.

No entanto, Oreiro, da UnB, adverte que a liberação dos compulsórios seria mais eficiente acompanhada de redução mais agressiva da taxa básica de juro. "Uma parte do crédito voltou, depois da forte retração em outubro e novembro. O que deveria ter sido feito junto à liberação do compulsório era uma redução mais drástica da taxa de juro. Sem isso, os bancos pegam as reservas e acabam comprando títulos públicos", explicou o economista.

Na opinião de Pina, as ações de distribuição de crédito via redução do compulsório e a disposição de capital de giro para empresas foram tomadas sem um cuidado maior na operação e não tiveram muito efeito. "O BNDES tem linhas que ficam paradas quase todo o ano, agora é pior ainda. Existem os recursos, mas as empresas e os bancos estão desconfiados. É preciso fazer com que os bancos tenham interesse em emprestar", afirmou o economista da Fecomercio-SP.

Futuro
Mesmo com todas essas medidas, a crise financeira ainda gera incertezas nos setores produtivos do País. Nos últimos meses, o medo do desemprego fez os consumidores adiarem compras. Por sua vez, a queda nas vendas pode obrigar as indústrias a cortarem a produção e demitir funcionários. Contra isso, empresários sugerem redução de jornada e de salários.

"Isto está previsto em lei. A Fiesp simplesmente manteve conversações com entidades sindicais quanto à aplicação daquilo que já está previsto em lei", afirmou Francini.

Segundo a ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff, uma das medidas que assegura um nível de emprego é a manutenção de investimentos no Programa de Aceleração do Crescimento (PAC). "Estamos esperando que a dificuldade ocorra em janeiro, fevereiro e março. Estamos certos que vamos manter o nível de investimento. É isso que funciona, é isso que significa investimento público. Ele funciona como um colchão. Por isso, nós colocamos R$ 100 bilhões no BNDES e a Petrobras ampliou o seu investimento em R$ 120 bilhões", afirmou.

Na mesma linha, Pina explica que a antecipação de gastos do governo substitui parte da demanda retraída do setor privado. "Ele dá o seguinte recado: não vou estourar as contas públicas, mas concentrar em um momento em que a demanda privada está pequena. Mas o governo não tem fôlego suficiente para fazer o papel de toda demanda", ressaltou. O economista da Fecomercio lembrou que a entidade já pleiteou junto ao governo isenções para transferência de imóveis e de automóveis, além de retirar o IPVA para veículos novos.

Já Oreiro foca suas propostas na capitalização do Banco do Brasil e da Caixa Econômica Federal pelo Tesouro para atender a demanda de crédito para capital de giro e reduzir o spread. "Aumentando o empréstimo e reduzindo as taxas, os dois vão forçar os bancos privados a acompanhar o movimento, até para não perderem participação no mercado", explicou o economista da UnB.

Até o Carnaval, o governou prometeu detalhar um pacote de incentivos para a construção de até um milhão de casas populares, direcionado a famílias com renda de até dez salários mínimos. "Estamos atentos a tudo o que está acontecendo e novas medidas serão tomadas caso haja uma avaliação de que sejam necessárias", disse o ministro da Fazenda, Guido Mantega, na última sexta-feira.
17:11
Anónimo disse...
Ex-ministro critica extensão do seguro-desemprego

Atualizada às 09h03

O ex-ministro do Trabalho Almir Pazzianotto criticou a decisão do governo federal de conceder o seguro-desemprego estendido a apenas alguns setores. "É certamente odioso e provavelmente inconstitucional", disse Pazzianotto, de acordo com o jornal O Estado de S. Paulo.

Na última qurta, dia do anúncio da medida, centrais sindicais elogiaram a atitude do governo. A Força Sindical divulgou nota dizendo que "o aumento ajudará a aquecer parte da economia, já que irá gerar mais consumo, produção e conseqüentemente, a criação de novos postos de trabalho". A União Geral dos Trabalhadores (UGT) afirmou que a medida "contribuirá para minimizar o drama dos trabalhadores que perderem seu emprego por conta da crise".

O ex-ministro, que instituiu o seguro-desemprego no País no governo de José Sarney, destacou a necessidade de as centrais sindicais se manifestarem contra a determinação. Para ele, as mudanças devem ser aplicadas a todas as categorias profissionais e a distinção é contrária ao artigo 3º da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT).

Pazzianotto atribui a medida a um possível temor do governo de que a crise econômica seja longa e não haja dinheiro para atender a todas as necessidades. Ainda assim, ele se mostra contrário ao método de concessão. "O seguro-desemprego ajuda a sanar necessidades básicas. Estendê-lo é paliativo, não a solução", disse ao jornal.

De acordo com o presidente do Conselho Deliberativo do Fundo de Amparo ao Trabalhador (Codefat) e conselheiro da Força Sindical, Luiz Fernando Emediato, a determinação já estava prevista na lei 8.900/94, que trata do seguro-desemprego.

O presidente da Comissão de Trabalho da Câmara, Pedro Fernandes (PTB-MA) vai além na crítica à concessão do seguro para apenas alguns setores. Ele acredita que a ampliação do benefício estimula o desemprego.

Quintino Severo, secretário geral da Central Única dos Trabalhadores (CUT), lembra que a ampliação do benefício sem critério e identificação pode incentivar demissões em outros setores.
Os bombeiros combatem neste sábado os incêndios na Austrália favorecidos pelo bom tempo, enquanto os deslocados encotram em seu retorno casas derruídas, carros queimados nas ruas e destruição.

Depois de sete dias desde que começaram os incêndios no Estado de Victoria, a lista de mortos chega a 181, os desaparecidos somam 50, os edifícios destruídos totalizam 1,834 mil e o terreno arrasado, principalmente florestas, ocupa uma área de 4,13 mil quilômetros quadrados.

As equipes de bombeiros, formadas por 4 mil profissionais de Victoria, de outras partes da Austrália e de países amigos, combateram hoje 12 focos fora de controle e nenhum representava uma ameaça direta para a população.

O subdiretor do Serviço de Bombeiros, Geoff Conway, disse que este tempo favorável, que se prolongará durante o domingo, permite consolidar as linhas de contenção e avançar na extinção das chamas.

Cinzas apareceram arrastadas por ventos do nordeste sobre Melbourne, onde habitam 3,8 milhões de pessoas, e as autoridades alertaram aos cidadãos do risco para a saúde de idosos, crianças e pessoas com problemas respiratórios.

O número de pessoas deslocadas - a Cruz Vermelha chegou a receber 7 mil - começou a cair com a abertura de algumas localidades atingidas.

Os incêndios, alguns criminosos, começaram em 7 de fevereiro, quando a região sul da Austrália estava há duas semanas sob uma onda de calor sem precedentes.

Na sexta-feira passada, a polícia acusou uma pessoa de ter provocado o incêndio que atingiu a localidade de Churchill e matou 21 pessoas.
16:55
Anónimo disse...
A primeira chuva em seis dias reduziu a ameaça de incêndios no Estado de Victoria, ao sul da Austrália. As autoridades, porém, advertiram que ainda existem 12 focos, mas que nenhum deles ameaça áreas povoadas.

Mais de quatro mil bombeiros, mil provenientes de outras partes do país e de outras nações, trabalham contra o fogo. Cerca de 600 veículos e 28 helicópteros e pequenos aviões estão sendo usados.


Eles conseguiram construir linhas de contenção para evitar os incêndios de Yarra e Maroondah se juntassem. Também foram controlados os incêndios abertos de Yea e Murrindindi, que ameaçavam as comunidades de Connellys Creek, Crystal Creek, Scrubby Creek e Native Dog Creek.

O número de mortos chegou a 181, mas as autoridades acreditam que as vítimas devem passar de 200, já que ainda há muitos desaparecidos.
16:55
Anónimo disse...
Aqui nesta coluna, na semana passada, tive a oportunidade de comentar sobre a recente visita do professor brasileiro Pedrinho Guareschi à Austrália. Não dei, porém, os fatos, pois semana passada o assunto era outro.

Hoje, porém, vamos a eles.

No último dia 4 de fevereiro, aconteceu o Seminário "Paulo Freire: Education and Liberation", organizado pelo centro de estudos latino-americanos da Universidade Nacional da Austrália, ou ANU, como é mais conhecida por aqui.

A ANU, para quem não sabe, está entre as 20 melhores universidades do mundo! E tem sede aqui em Camberra, capital da Austrália.

Na abertura do evento, o professor John Minns, diretor do centro latino-americano, ao dar boas-vindas ao público presente, lembrou ser aquele o primeiro seminário exclusivamente dedicado a Paulo Freire na Austrália.

Em seguida, convidou Pedrinho Guareschi, palestrante principal do Seminário, a fazer sua apresentação.

A plateia pode então conhecer, pelas palavras de Pedrinho, um pouco da obra e da vida de Freire, esse brasileiro de fé e valor, que sempre acreditou na educação, sobretudo dos menos favorecidos, analfabetos, como força libertadora.

Como não podia deixar de ser, os conceitos e ideias revolucionários de Paulo Freire, expostos com clareza por Pedrinho, despertaram o interesse e a curiosidade de plateia. A qual, deve-se notar, era na maioria de estudantes, mas de várias nacionalidades, sobretudo australianos e asiáticos.

Na continuação do programa do seminário, que se estendeu por dois dias, outros professores fizeram palestras sobre temas ligados à obra de Paulo Freire.

Interessante, por exemplo, saber que a professora Anne Hickling-Hudson, jamaicana que mora na Austrália há muitos anos (é professora da ANU), conheceu e trabalhou com Freire num workshop educacional durante a revolução na Ilha de Granada, em 1980, antes da invasão dos Estados Unidos...

Ou, então, a palestra da Professora Gerda Roelvink, da Nova Zelândia, que participou do Fórum Social de Porto Alegre em 2005. E essa participação transformou-se em tema de doutorado.

No dia 10, terça-feira passada, o padre Pedrinho Guareschi voltou a falar ao público australiano em grande auditório localizado no belíssimo campus da ANU. Desta vez, sobre a Teologia da Libertação.

Depois da palestra, John Minns mostrou o filme mexicano "O Crime do Padre Amaro", no qual um dos personagens é um padre católico praticante da Teologia da Libertação.

Mais uma vez, foi grande o intersse da platéia, que pode aprender e conhecer um pouco como se desenvolveu aquele importante movimento católico na América Latina.

Fica, assim, ao Pedrinho, bem como a outros brasileiros estudiosos e de bom coração que saem pelo mundo a divulgar aspectos importantes da cultura brasileira, o respeito e a homenagem desta coluna. E... aquele abraço!
16:57
Anónimo disse...
Amanda Kitts perdeu o braço esquerdo em um acidente de automóvel acontecido três anos atrás, mas hoje em dia ela joga futebol americano com seu filho de 12 anos de idade, troca fraldas e abraça as crianças nas três creches Kiddie Cottage que opera em Knoxville, Tennessee. Kitts, 40 anos, faz tudo isso com a ajuda de um novo tipo de braço artificial que se movimenta com mais facilidade do que outros aparelhos e que ela pode controlar utilizando apenas seus pensamentos.

"Eu sou capaz de mexer a mão, o pulso e o cotovelo ao mesmo tempo", diz. "Você pensa e os músculos se movem em seguida".

A recuperação que ela conseguiu resulta de um novo procedimento que vem atraindo crescente atenção porque permite que pessoas movam braços protéticos de forma mais automática do que faziam no passado, simplesmente utilizando nervos reaproveitados em seus cérebros.

A técnica, conhecida como "renervação muscular dirigida", envolve utilizar os nervos que restam depois da amputação de um braço e conectá-los a outro músculo do corpo, em geral no peito. Eletrodos são instalados sobre os músculos do peito, e operam como se fossem antenas. Quando a pessoa deseja mover o braço, o cérebro envia sinais que primeiro resultam em contração dos músculos do peito, os quais enviam um sinal ao braço protético, instruindo-se a se movimentar. O processo não requer mais esforços consciente do que a pessoa teria de exercitar caso ainda tivesse seu braço natural.

Na terça-feira, pesquisadores reportaram em estudo publicado pela versão online do Journal of the American Medical Association que haviam levado a técnica ainda mais à frente, tornando possível a execução de 10 movimentos de mão, pulso e cotovelo diferentes, o que representa uma substancial melhora com relação ao típico repertório protético, que em geral envolve apenas dobrar o cotovelo, girar o pulso e abrir a mão.

"Os novos métodos tiveram impacto dramático em nosso campo de trabalho", disse Stuart Harshbarger, engenheiro biomédico na Universidade Johns Hopkins e diretor do programa de pesquisa sobre próteses, financiado pelas forças armadas, que inclui o trabalho com essa técnica. "O método já está em uso por médicos e cirurgiões comuns em todo o país. A capacidade de controlar um membro protético bastante robusto que ele confere surpreendeu a todos pela qualidade".

Tipicamente, uma pessoa que tenha um braço protético só é capaz de executar alguns poucos movimentos, e muitas vezes com tamanha lentidão que isso só permite a ela atividades limitadas.

Há um motor separado para cada movimento, diz Gerald Loeb, professor de engenharia biomédica na Universidade do Sul da Califórnia, "e esses motores precisam ser controlados de maneira explícita", usualmente por um esforço consciente da pessoa para contrair músculos nas costas ou no bíceps.

"Essencialmente, até agora os pacientes controlavam apenas um motor de cada vez", diz Loeb, "e precisavam pensar cuidadosamente sobre que motor desejavam controlar e como fazê-lo operar, em lugar de simplesmente pensarem em mover o braço e poderem fazê-lo sem delongas".

Antes que Kitts passasse pelo procedimento de renervação, em outubro de 2007, por exemplo, ela precisava movimentar os músculos de suas costas de determinada maneira para fazer com que seu pulso girasse, e flexionar seu bíceps e tríceps para fazer com que o cotovelo se movesse para cima e para baixo. "Era muito trabalho", ela conta. "E não me ajudava muito".

O procedimento de renervação é parte de uma recente explosão de idéias novas e técnicas inovadoras que estão sendo exploradas enquanto os cientistas se esforçam por ajudar as pessoas a compensar melhor a perda de membros ou problemas de paralisia. O esforço vem sendo alimentado pelo aumento no número de amputações causado por diabetes e por ferimentos sofridos pelos militares, e ao mesmo tempo pelos avanços na tecnologia médica.

Os braços se tornaram um dos focos essenciais desse tipo de trabalho. A ciência há muito vem obtendo sucessos no desenvolvimento de próteses de perna, mas é muito mais difícil imitar a complexidade e a destreza das mãos e dos braços.

Os esforços em curso incluem o desenvolvimento de projetos de pele e braços mais sensíveis e mais flexíveis, e o uso de dispositivos acionados por controles sem fio implantado nos braços protéticos, que permitiriam movimentos mais naturais.

Os pesquisadores também vêm usando sensores implantados nos cérebros de cobaias para permitir que dois macacos controlem um braço mecânico, e um teste com um homem paralítico permitiu, com esse método, que ele movimentasse um cursor em uma tela de computador.

Alguns desses métodos, caso venham a ser aperfeiçoados plenamente e consigam aprovação das autoridades regulatórias da saúde, podem no futuro se tornar mais viáveis para os pacientes de amputações.

E embora a técnica da renervação não requeira aprovação das autoridades regulatórias porque é executada por meios cirúrgicos e emprega aparelhos já existentes, ela apresenta limitações que até mesmo seus criadores reconhecem, entre as quais o fato de que não se pode utilizá-la para todos os pacientes, o seu alto custo e o prazo de meses requerido para que os nervos reconectados cresçam e se tornem efetivos.

Ainda assim, os especialistas dizem que é o mais avançado sistema em uso hoje para pacientes reais que permite que o sistema nervoso controle diretamente o movimento de um braço artificial.

Desde sua introdução por Todd Kuiken, médico fisioterapeuta e engenheiro biomédico do Instituto de Reabilitação de Chicago, o método foi empregado em cerca de 30 pacientes nos Estados Unidos, Canadá e Europa, entre os quais oito soldados feridos no Iraque e no Afeganistão.

Muitos dos pacientes, entre os quais o primeiro, Jesse Sullivan, um operário do setor elétrico no Tennessee que perdeu os dois braços quando foi eletrocutado por um cabo, conseguem não apenas manipular seus braços protéticos mas sentir a presença das mãos que já não têm quando alguém toca em seus peitos.

Sullivan, 62 anos, e Kitts, estavam entre os cinco pacientes que participaram do estudo reportado na terça-feira. Em companhia de cinco outras pessoas que não passaram por amputações, eles receberam os eletrodos e foram instruídos a usar pensamentos para fazer com que um braço virtual na tela reproduzisse 10 movimentos diferentes, entre os quais três formas diferentes de aperto de mão.

Os pacientes apresentaram desempenho bastante respeitável, apenas um pouco mais lento e menos preciso do que os dos participantes que não tinham amputações.

"As velocidades de movimento que encontramos em nossos pacientes foram realmente encorajadoras", disse Kuiken. "Eles conseguiram completar a tarefa. É claro que não foram tão competentes quanto as pessoas dotadas de plena capacidade física, mas foram bons o bastante".

Um braço virtual foi usado porque a maioria das próteses existentes não era capaz de acomodar todos aqueles movimentos, no momento da pesquisa, ainda que Sullivan, Kitts e uma terceira paciente, Claudia Mitchell, tenham experimentado dois novos protótipos mais versáteis de braços artificiais, executando tarefas complexas com bolas de tênis e outros objetos.

O trabalho de renervação em soldados apresenta outros desafios, diz Kuiken, porque os ferimentos militares muitas vezes "causam danos muitos extensos" a nervos, músculos ou ossos.

Daniel Acosta, 25 anos, um aviador ferido pela detonação de uma bomba em uma estrada do Iraque em 2005, passou pelo procedimento no ano passado e diz que seu braço esquerdo protético agora se movimenta "muito mais rápido" e de maneira muito mais natural.

"A diferença é que agora não preciso mais pensar para mover o braço", ele diz. "Ele simplesmente se mexe".

Ainda assim, Acosta, de San Antonio, diz que "o processo foi bastante longo" e que os eletrodos precisam ser ajustados para receber os sinais à medida que os nervos crescem ou mudam de posição.

E embora elogiem o método, os especialistas afirmam que a ciência das próteses de braço ainda tem muito por avançar.

"Trata-se de uma parte crucial, mas ainda assim apenas uma parte, das muitas coisas que compreendem a função normal de um braço", disse Loeb, que escreveu um editorial que acompanha o artigo no Journal of the American Medical Association.

"No momento estamos a meio do caminho entre o braço de 'Dr. Fantástico', que fazia involuntariamente a saudação nazista, e o braço de Luke Skywalker em 'Guerra nas Estrelas', que funciona sem nenhum problema assim que é conectado. Creio que precisaremos ainda de muitos anos para conectar todas as peças necessárias a produzir um braço capaz de funcionar normalmente".
17:04
Anónimo disse...
A Espanha disse neste sábado que está preparando uma reclamação oficial contra a decisão da Venezuela de expulsar um membro do Parlamento Europeu que criticou o conselho eleitoral venezuelano.
Luis Herrero, membro do partido conservador espanhol PP, foi deportado na sexta-feira depois que o Conselho Nacional Eleitoral (CNE) o acusou de questionar a imparcialidade da instituição antes de um referendo que pode permitir ao presidente Hugo Chávez permanecer no cargo indefinidamente.

Herrero estava na Venezuela como observador do referendo. Ele acusou Chávez de ter "comportamentos típicos de um ditador" por pedir a contenção de manifestações da oposição.

O governo da Espanha convocou um encontro com o embaixador da Venezuela em Madri para expressar a desaprovação sobre a expulsão de Herrero, disse um representante do Ministério das Relações Exteriores espanhol.

As relações da Venezuela com a Espanha tiveram seu ponto crítico em 2007, quando Chávez ameaçou rever acordos diplomáticos e comerciais depois de ouvir um "cala a boca" do rei espanhol Juan Carlos durante uma cúpula.

A fenda foi oficialmente reparada em 2008, com uma visita oficial de Chávez à Espanha, onde ele cumprimentou o rei e discutiu acordos para investimento no setor petroquímico com o primeiro-ministro José Luis Rodriguez Zapatero.
17:06
Anónimo disse...
A polícia do Zimbábue anunciou neste sábado que acusa de traição Roy Bennett, dirigente do até agora opositor Movimento para a Mudança Democrática (MDC), detido na sexta-feira, em Harare, poucas horas antes da cerimônia de posse dos membros do novo gabinete.

"A Polícia nos informou que vão apresentar acusações de traição", disse à agência EFE o advogado de defesa de Bennett, Trust Maanda.

"Tentam relacionar Roy com o caso de Mike Hitschmann, que foi detido em 2006 em relação à descoberta de um carregamento de armas, apesar de que Hitschmann não tenha sido declarado culpado das acusações de traição apresentadas contra ele, mas de um crime menor de descumprimento de leis", disse Maanda.

O político opositor, designado por seu partido como vice-ministro de Agricultura no Governo de união nacional, esteve no exílio na vizinha África do Sul desde 2006 e retornou ao Zimbábue há duas semanas.

Segundo a Polícia, que deteve Bennett ontem no aeroporto de Harare quando pretendia ir à África do Sul para visitar sua família, as armas apreendidas em 2006 seriam utilizadas em um golpe de Estado para derrubar o presidente do Zimbábue, Robert Mugabe.

Depois da detenção, Bennet foi levado a Mutar, onde vários simpatizantes do MDC se concentraram em frente à delegacia na qual estava detido, diante do que a Polícia respondeu com tiros para o alto para dispersar os manifestantes.
17:07
Anónimo disse...
Austrália: 14 mil se candidatam a 'emprego dos sonhos'

A secretaria de Turismo de Queensland, na Austrália, informou que até esta segunda-feira já recebeu cerca de 14 mil inscrições para o "o melhor emprego do mundo". O Estado australiano promove pela internet seleção para vaga de "zelador" da ilha Hamilton, por seis meses com um salário de R$ 40 mil.

Muitos candidatos tiveram problemas durante a inscrição por conta dos acessos simultâneos ao site. A secretaria aconselha enviar os vídeos de 60s explicando porque deve ser escolhido em horários alternativos do dia, além de recomendar tamanho em torno de 40MB.

As inscrições começaram em 12 de janeiro e vão até o próximo dia 22 e podem ser feitas pelo site www.islandreefjob.com. O governo australiano escolherá 50 candidatos para a próxima fase da seleção, que terá votos do público para eleger um dos 11 finalistas.

A última fase terá entrevistas e desafios físicos, no próprio local de trabalho: as ilhas da Grande Barreira Coralina - o maior recife de coral do mundo. A secretaria de Turismo anunciará o vencedor no dia 6 de maio.
17:09
Anónimo disse...
Mercado elogia governo na crise, mas pede maior queda no juro

Peter Fussy
Direto de São Paulo

Desde as primeiras medidas anunciadas para combater os efeitos da crise, o governo brasileiro avisou que a estratégia não contemplaria um pacote. Seriam doses pontuais, de acordo com a necessidade da economia diante do agravamento das turbulências. Da primeira liberação dos depósitos compulsórios em setembro até a ampliação do seguro-desemprego na última quarta-feira, o governo passou por redução de impostos, ampliação de crédito e incentivos à exportação. Quase 150 dias após a primeira medida, o Terra conversou com líderes do setor público e privado, representantes dos trabalhadores, acadêmicos e com o próprio governo para saber quais destas ações foram mais eficazes, quais foram mais ineficientes e o que mais pode ser feito pelo Estado brasileiro contra a crise.

Os maiores elogios foram direcionados à atitude de reduzir o Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) para a indústria automobilística, anunciada em dezembro e que fez com que os emplacamentos de carros novos subissem 1,9% no primeiro mês do ano em relação a dezembro de 2008. Já as maiores críticas foram para a lentidão no corte da taxa básica de juro do País.

Para o presidente do conselho administrativo do Grupo Pão de Açúcar, Abílio Diniz, o Estado não é responsável pela crise e mesmo assim está agindo "com extrema serenidade e muito acerto". "O governo está atento, fazendo a sua parte. É preciso coragem de baixar firmemente a taxa de juros. É uma arma que temos a nosso favor, já que não há clima para inflação, nem possibilidade de danos para a macroeconomia", afirmou Diniz.

Na última reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), em janeiro, a taxa Selic foi reduzida em um ponto percentual, de 13,75% para 12,75% ao ano. Porém, o professor de economia da Universidade de Brasília (UnB) José Luiz Oreiro lembra que este corte representa uma redução de apenas 0,25 ponto percentual com relação à taxa de setembro do ano passado, quando a crise se agravou.

"Pouco antes da eclosão da crise, o Banco Central aumentou a taxa em 0,75 ponto. Foram cinco meses de demora para reduzir em termos líquidos apenas 0,25 ponto", afirmou o economista, que também sugeriu redução do intervalo de cerca de 90 dias entre as reuniões do Copom e o corte de pelo menos um 1 ponto percentual em cada reunião.

Mesmo com o corte de janeiro, a taxa de juros real continua sendo a maior do mundo, lembrou o secretário-geral da Força Sindical, João Carlos Gonçalves, o Juruna. "A redução da taxa de juro ainda é pequena, porque ela continua uma das mais altas do mundo. Falta ousadia para baixar os juros e ajudar o cidadão. A permanência da taxa de juro alta é negativa para o País em meio a crise", afirmou Juruna.

Embora aprove as ações do governo, o senador Aloízio Mercadante (PT-SP) também acredita que o patamar da Selic está muito alto. "Sempre fomos os primeiros a entrar em qualquer crise, o que não aconteceu agora. A taxa Selic ainda é muito alta, mas o governo têm tomado medidas acertadas, como o aumento do salário mínimo, mesmo com um cenário de crise. Isso ajuda a movimentar o consumo. O governo está se esforçando para manter os investimentos e o crescimento", disse.

Tributos
De acordo com o economista Fabio Pina, da Fecomercio-SP, as ações mais positivas estão relacionadas à redução de tributos para alguns segmentos, como a indústria automobilística, que recuperou parte da queda nas vendas em janeiro com a isenção do IPI para carros 1.0 l e o corte para demais motorizações. A medida vale até o final de março.

"Essas medidas não só reduziram o preço, mas anteciparam o consumo daqueles que iriam comprar no futuro, dando um prêmio por conta da insegurança. Mexe diretamente com o principal problema que é a confiança do consumidor", afirmou. Juruna destacou que um bom ritmo de vendas é garantia de emprego. "É importante porque cada emprego na montadora significa 19 na cadeia produtiva", comentou o representante da Força Sindical.

Também em dezembro, o governo decidiu cortar pela metade a alíquota do Imposto de Renda para contribuintes que ganham entre R$ 1.434 e R$ 2.150 mensais. "O salário aumentava e a tabela não se modificava. As pessoas ganhavam mais e pagavam mais impostos", apontou Juruna. Outra redução de tributos do governo foi com relação ao Imposto sobre Operações Financeiras (IOF), que caiu de 3% ao ano para 1,5%.

Crédito
Na segunda metade de 2008, o colapso de bancos nos Estados Unidos por conta da crise do subprime provocou uma forte restrição de crédito no mundo inteiro. Uma das primeiras medidas anticrise do governo teve como objetivo restabelecer a oferta, com mudanças no recolhimento dos depósitos compulsórios por parte dos bancos. Segundo o presidente do Banco Central, Henrique Meirelles, as diversas modificações liberaram US$ 99,2 bilhões aos bancos até o final de janeiro.

Além disso, o governo concedeu R$ 36 bilhões das reservas internacionais para empresas brasileiras com dívidas no exterior e uma medida provisória autorizou o Banco do Brasil e a Caixa Econômica Federal a comprar carteiras de crédito de bancos privados. Para o diretor do Departamento de Pesquisas e Estudos Econômicos da Fiesp, Paulo Francini, estas medidas foram essenciais para combater os efeitos da crise.

"A crise se desenvolve no mundo em torno do tema crédito. E o crédito reduziu-se barbaridade no mundo. Então o governo lança mão de compulsório, lança mão de reservas, de medidas que permitem aos bancos comprar carteiras de bancos. Você vai tomando várias medidas para atender às demandas e o epicentro disso é crédito", afirmou.

No entanto, Oreiro, da UnB, adverte que a liberação dos compulsórios seria mais eficiente acompanhada de redução mais agressiva da taxa básica de juro. "Uma parte do crédito voltou, depois da forte retração em outubro e novembro. O que deveria ter sido feito junto à liberação do compulsório era uma redução mais drástica da taxa de juro. Sem isso, os bancos pegam as reservas e acabam comprando títulos públicos", explicou o economista.

Na opinião de Pina, as ações de distribuição de crédito via redução do compulsório e a disposição de capital de giro para empresas foram tomadas sem um cuidado maior na operação e não tiveram muito efeito. "O BNDES tem linhas que ficam paradas quase todo o ano, agora é pior ainda. Existem os recursos, mas as empresas e os bancos estão desconfiados. É preciso fazer com que os bancos tenham interesse em emprestar", afirmou o economista da Fecomercio-SP.

Futuro
Mesmo com todas essas medidas, a crise financeira ainda gera incertezas nos setores produtivos do País. Nos últimos meses, o medo do desemprego fez os consumidores adiarem compras. Por sua vez, a queda nas vendas pode obrigar as indústrias a cortarem a produção e demitir funcionários. Contra isso, empresários sugerem redução de jornada e de salários.

"Isto está previsto em lei. A Fiesp simplesmente manteve conversações com entidades sindicais quanto à aplicação daquilo que já está previsto em lei", afirmou Francini.

Segundo a ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff, uma das medidas que assegura um nível de emprego é a manutenção de investimentos no Programa de Aceleração do Crescimento (PAC). "Estamos esperando que a dificuldade ocorra em janeiro, fevereiro e março. Estamos certos que vamos manter o nível de investimento. É isso que funciona, é isso que significa investimento público. Ele funciona como um colchão. Por isso, nós colocamos R$ 100 bilhões no BNDES e a Petrobras ampliou o seu investimento em R$ 120 bilhões", afirmou.

Na mesma linha, Pina explica que a antecipação de gastos do governo substitui parte da demanda retraída do setor privado. "Ele dá o seguinte recado: não vou estourar as contas públicas, mas concentrar em um momento em que a demanda privada está pequena. Mas o governo não tem fôlego suficiente para fazer o papel de toda demanda", ressaltou. O economista da Fecomercio lembrou que a entidade já pleiteou junto ao governo isenções para transferência de imóveis e de automóveis, além de retirar o IPVA para veículos novos.

Já Oreiro foca suas propostas na capitalização do Banco do Brasil e da Caixa Econômica Federal pelo Tesouro para atender a demanda de crédito para capital de giro e reduzir o spread. "Aumentando o empréstimo e reduzindo as taxas, os dois vão forçar os bancos privados a acompanhar o movimento, até para não perderem participação no mercado", explicou o economista da UnB.

Até o Carnaval, o governou prometeu detalhar um pacote de incentivos para a construção de até um milhão de casas populares, direcionado a famílias com renda de até dez salários mínimos. "Estamos atentos a tudo o que está acontecendo e novas medidas serão tomadas caso haja uma avaliação de que sejam necessárias", disse o ministro da Fazenda, Guido Mantega, na última sexta-feira.
17:11
Anónimo disse...
Ex-ministro critica extensão do seguro-desemprego

Atualizada às 09h03

O ex-ministro do Trabalho Almir Pazzianotto criticou a decisão do governo federal de conceder o seguro-desemprego estendido a apenas alguns setores. "É certamente odioso e provavelmente inconstitucional", disse Pazzianotto, de acordo com o jornal O Estado de S. Paulo.

Na última qurta, dia do anúncio da medida, centrais sindicais elogiaram a atitude do governo. A Força Sindical divulgou nota dizendo que "o aumento ajudará a aquecer parte da economia, já que irá gerar mais consumo, produção e conseqüentemente, a criação de novos postos de trabalho". A União Geral dos Trabalhadores (UGT) afirmou que a medida "contribuirá para minimizar o drama dos trabalhadores que perderem seu emprego por conta da crise".

O ex-ministro, que instituiu o seguro-desemprego no País no governo de José Sarney, destacou a necessidade de as centrais sindicais se manifestarem contra a determinação. Para ele, as mudanças devem ser aplicadas a todas as categorias profissionais e a distinção é contrária ao artigo 3º da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT).

Pazzianotto atribui a medida a um possível temor do governo de que a crise econômica seja longa e não haja dinheiro para atender a todas as necessidades. Ainda assim, ele se mostra contrário ao método de concessão. "O seguro-desemprego ajuda a sanar necessidades básicas. Estendê-lo é paliativo, não a solução", disse ao jornal.

De acordo com o presidente do Conselho Deliberativo do Fundo de Amparo ao Trabalhador (Codefat) e conselheiro da Força Sindical, Luiz Fernando Emediato, a determinação já estava prevista na lei 8.900/94, que trata do seguro-desemprego.

O presidente da Comissão de Trabalho da Câmara, Pedro Fernandes (PTB-MA) vai além na crítica à concessão do seguro para apenas alguns setores. Ele acredita que a ampliação do benefício estimula o desemprego.

Quintino Severo, secretário geral da Central Única dos Trabalhadores (CUT), lembra que a ampliação do benefício sem critério e identificação pode incentivar demissões em outros setores.

Anónimo disse...

17:09
Anónimo disse...
Mercado elogia governo na crise, mas pede maior queda no juro

Peter Fussy
Direto de São Paulo

Desde as primeiras medidas anunciadas para combater os efeitos da crise, o governo brasileiro avisou que a estratégia não contemplaria um pacote. Seriam doses pontuais, de acordo com a necessidade da economia diante do agravamento das turbulências. Da primeira liberação dos depósitos compulsórios em setembro até a ampliação do seguro-desemprego na última quarta-feira, o governo passou por redução de impostos, ampliação de crédito e incentivos à exportação. Quase 150 dias após a primeira medida, o Terra conversou com líderes do setor público e privado, representantes dos trabalhadores, acadêmicos e com o próprio governo para saber quais destas ações foram mais eficazes, quais foram mais ineficientes e o que mais pode ser feito pelo Estado brasileiro contra a crise.

Os maiores elogios foram direcionados à atitude de reduzir o Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) para a indústria automobilística, anunciada em dezembro e que fez com que os emplacamentos de carros novos subissem 1,9% no primeiro mês do ano em relação a dezembro de 2008. Já as maiores críticas foram para a lentidão no corte da taxa básica de juro do País.

Para o presidente do conselho administrativo do Grupo Pão de Açúcar, Abílio Diniz, o Estado não é responsável pela crise e mesmo assim está agindo "com extrema serenidade e muito acerto". "O governo está atento, fazendo a sua parte. É preciso coragem de baixar firmemente a taxa de juros. É uma arma que temos a nosso favor, já que não há clima para inflação, nem possibilidade de danos para a macroeconomia", afirmou Diniz.

Na última reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), em janeiro, a taxa Selic foi reduzida em um ponto percentual, de 13,75% para 12,75% ao ano. Porém, o professor de economia da Universidade de Brasília (UnB) José Luiz Oreiro lembra que este corte representa uma redução de apenas 0,25 ponto percentual com relação à taxa de setembro do ano passado, quando a crise se agravou.

"Pouco antes da eclosão da crise, o Banco Central aumentou a taxa em 0,75 ponto. Foram cinco meses de demora para reduzir em termos líquidos apenas 0,25 ponto", afirmou o economista, que também sugeriu redução do intervalo de cerca de 90 dias entre as reuniões do Copom e o corte de pelo menos um 1 ponto percentual em cada reunião.

Mesmo com o corte de janeiro, a taxa de juros real continua sendo a maior do mundo, lembrou o secretário-geral da Força Sindical, João Carlos Gonçalves, o Juruna. "A redução da taxa de juro ainda é pequena, porque ela continua uma das mais altas do mundo. Falta ousadia para baixar os juros e ajudar o cidadão. A permanência da taxa de juro alta é negativa para o País em meio a crise", afirmou Juruna.

Embora aprove as ações do governo, o senador Aloízio Mercadante (PT-SP) também acredita que o patamar da Selic está muito alto. "Sempre fomos os primeiros a entrar em qualquer crise, o que não aconteceu agora. A taxa Selic ainda é muito alta, mas o governo têm tomado medidas acertadas, como o aumento do salário mínimo, mesmo com um cenário de crise. Isso ajuda a movimentar o consumo. O governo está se esforçando para manter os investimentos e o crescimento", disse.

Tributos
De acordo com o economista Fabio Pina, da Fecomercio-SP, as ações mais positivas estão relacionadas à redução de tributos para alguns segmentos, como a indústria automobilística, que recuperou parte da queda nas vendas em janeiro com a isenção do IPI para carros 1.0 l e o corte para demais motorizações. A medida vale até o final de março.

"Essas medidas não só reduziram o preço, mas anteciparam o consumo daqueles que iriam comprar no futuro, dando um prêmio por conta da insegurança. Mexe diretamente com o principal problema que é a confiança do consumidor", afirmou. Juruna destacou que um bom ritmo de vendas é garantia de emprego. "É importante porque cada emprego na montadora significa 19 na cadeia produtiva", comentou o representante da Força Sindical.

Também em dezembro, o governo decidiu cortar pela metade a alíquota do Imposto de Renda para contribuintes que ganham entre R$ 1.434 e R$ 2.150 mensais. "O salário aumentava e a tabela não se modificava. As pessoas ganhavam mais e pagavam mais impostos", apontou Juruna. Outra redução de tributos do governo foi com relação ao Imposto sobre Operações Financeiras (IOF), que caiu de 3% ao ano para 1,5%.

Crédito
Na segunda metade de 2008, o colapso de bancos nos Estados Unidos por conta da crise do subprime provocou uma forte restrição de crédito no mundo inteiro. Uma das primeiras medidas anticrise do governo teve como objetivo restabelecer a oferta, com mudanças no recolhimento dos depósitos compulsórios por parte dos bancos. Segundo o presidente do Banco Central, Henrique Meirelles, as diversas modificações liberaram US$ 99,2 bilhões aos bancos até o final de janeiro.

Além disso, o governo concedeu R$ 36 bilhões das reservas internacionais para empresas brasileiras com dívidas no exterior e uma medida provisória autorizou o Banco do Brasil e a Caixa Econômica Federal a comprar carteiras de crédito de bancos privados. Para o diretor do Departamento de Pesquisas e Estudos Econômicos da Fiesp, Paulo Francini, estas medidas foram essenciais para combater os efeitos da crise.

"A crise se desenvolve no mundo em torno do tema crédito. E o crédito reduziu-se barbaridade no mundo. Então o governo lança mão de compulsório, lança mão de reservas, de medidas que permitem aos bancos comprar carteiras de bancos. Você vai tomando várias medidas para atender às demandas e o epicentro disso é crédito", afirmou.

No entanto, Oreiro, da UnB, adverte que a liberação dos compulsórios seria mais eficiente acompanhada de redução mais agressiva da taxa básica de juro. "Uma parte do crédito voltou, depois da forte retração em outubro e novembro. O que deveria ter sido feito junto à liberação do compulsório era uma redução mais drástica da taxa de juro. Sem isso, os bancos pegam as reservas e acabam comprando títulos públicos", explicou o economista.

Na opinião de Pina, as ações de distribuição de crédito via redução do compulsório e a disposição de capital de giro para empresas foram tomadas sem um cuidado maior na operação e não tiveram muito efeito. "O BNDES tem linhas que ficam paradas quase todo o ano, agora é pior ainda. Existem os recursos, mas as empresas e os bancos estão desconfiados. É preciso fazer com que os bancos tenham interesse em emprestar", afirmou o economista da Fecomercio-SP.

Futuro
Mesmo com todas essas medidas, a crise financeira ainda gera incertezas nos setores produtivos do País. Nos últimos meses, o medo do desemprego fez os consumidores adiarem compras. Por sua vez, a queda nas vendas pode obrigar as indústrias a cortarem a produção e demitir funcionários. Contra isso, empresários sugerem redução de jornada e de salários.

"Isto está previsto em lei. A Fiesp simplesmente manteve conversações com entidades sindicais quanto à aplicação daquilo que já está previsto em lei", afirmou Francini.

Segundo a ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff, uma das medidas que assegura um nível de emprego é a manutenção de investimentos no Programa de Aceleração do Crescimento (PAC). "Estamos esperando que a dificuldade ocorra em janeiro, fevereiro e março. Estamos certos que vamos manter o nível de investimento. É isso que funciona, é isso que significa investimento público. Ele funciona como um colchão. Por isso, nós colocamos R$ 100 bilhões no BNDES e a Petrobras ampliou o seu investimento em R$ 120 bilhões", afirmou.

Na mesma linha, Pina explica que a antecipação de gastos do governo substitui parte da demanda retraída do setor privado. "Ele dá o seguinte recado: não vou estourar as contas públicas, mas concentrar em um momento em que a demanda privada está pequena. Mas o governo não tem fôlego suficiente para fazer o papel de toda demanda", ressaltou. O economista da Fecomercio lembrou que a entidade já pleiteou junto ao governo isenções para transferência de imóveis e de automóveis, além de retirar o IPVA para veículos novos.

Já Oreiro foca suas propostas na capitalização do Banco do Brasil e da Caixa Econômica Federal pelo Tesouro para atender a demanda de crédito para capital de giro e reduzir o spread. "Aumentando o empréstimo e reduzindo as taxas, os dois vão forçar os bancos privados a acompanhar o movimento, até para não perderem participação no mercado", explicou o economista da UnB.

Até o Carnaval, o governou prometeu detalhar um pacote de incentivos para a construção de até um milhão de casas populares, direcionado a famílias com renda de até dez salários mínimos. "Estamos atentos a tudo o que está acontecendo e novas medidas serão tomadas caso haja uma avaliação de que sejam necessárias", disse o ministro da Fazenda, Guido Mantega, na última sexta-feira.
17:11
Anónimo disse...
Ex-ministro critica extensão do seguro-desemprego

Atualizada às 09h03

O ex-ministro do Trabalho Almir Pazzianotto criticou a decisão do governo federal de conceder o seguro-desemprego estendido a apenas alguns setores. "É certamente odioso e provavelmente inconstitucional", disse Pazzianotto, de acordo com o jornal O Estado de S. Paulo.

Na última qurta, dia do anúncio da medida, centrais sindicais elogiaram a atitude do governo. A Força Sindical divulgou nota dizendo que "o aumento ajudará a aquecer parte da economia, já que irá gerar mais consumo, produção e conseqüentemente, a criação de novos postos de trabalho". A União Geral dos Trabalhadores (UGT) afirmou que a medida "contribuirá para minimizar o drama dos trabalhadores que perderem seu emprego por conta da crise".

O ex-ministro, que instituiu o seguro-desemprego no País no governo de José Sarney, destacou a necessidade de as centrais sindicais se manifestarem contra a determinação. Para ele, as mudanças devem ser aplicadas a todas as categorias profissionais e a distinção é contrária ao artigo 3º da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT).

Pazzianotto atribui a medida a um possível temor do governo de que a crise econômica seja longa e não haja dinheiro para atender a todas as necessidades. Ainda assim, ele se mostra contrário ao método de concessão. "O seguro-desemprego ajuda a sanar necessidades básicas. Estendê-lo é paliativo, não a solução", disse ao jornal.

De acordo com o presidente do Conselho Deliberativo do Fundo de Amparo ao Trabalhador (Codefat) e conselheiro da Força Sindical, Luiz Fernando Emediato, a determinação já estava prevista na lei 8.900/94, que trata do seguro-desemprego.

O presidente da Comissão de Trabalho da Câmara, Pedro Fernandes (PTB-MA) vai além na crítica à concessão do seguro para apenas alguns setores. Ele acredita que a ampliação do benefício estimula o desemprego.

Quintino Severo, secretário geral da Central Única dos Trabalhadores (CUT), lembra que a ampliação do benefício sem critério e identificação pode incentivar demissões em outros setores.

Anónimo disse...

17:09
Anónimo disse...
Mercado elogia governo na crise, mas pede maior queda no juro

Peter Fussy
Direto de São Paulo

Desde as primeiras medidas anunciadas para combater os efeitos da crise, o governo brasileiro avisou que a estratégia não contemplaria um pacote. Seriam doses pontuais, de acordo com a necessidade da economia diante do agravamento das turbulências. Da primeira liberação dos depósitos compulsórios em setembro até a ampliação do seguro-desemprego na última quarta-feira, o governo passou por redução de impostos, ampliação de crédito e incentivos à exportação. Quase 150 dias após a primeira medida, o Terra conversou com líderes do setor público e privado, representantes dos trabalhadores, acadêmicos e com o próprio governo para saber quais destas ações foram mais eficazes, quais foram mais ineficientes e o que mais pode ser feito pelo Estado brasileiro contra a crise.

Os maiores elogios foram direcionados à atitude de reduzir o Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) para a indústria automobilística, anunciada em dezembro e que fez com que os emplacamentos de carros novos subissem 1,9% no primeiro mês do ano em relação a dezembro de 2008. Já as maiores críticas foram para a lentidão no corte da taxa básica de juro do País.

Para o presidente do conselho administrativo do Grupo Pão de Açúcar, Abílio Diniz, o Estado não é responsável pela crise e mesmo assim está agindo "com extrema serenidade e muito acerto". "O governo está atento, fazendo a sua parte. É preciso coragem de baixar firmemente a taxa de juros. É uma arma que temos a nosso favor, já que não há clima para inflação, nem possibilidade de danos para a macroeconomia", afirmou Diniz.

Na última reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), em janeiro, a taxa Selic foi reduzida em um ponto percentual, de 13,75% para 12,75% ao ano. Porém, o professor de economia da Universidade de Brasília (UnB) José Luiz Oreiro lembra que este corte representa uma redução de apenas 0,25 ponto percentual com relação à taxa de setembro do ano passado, quando a crise se agravou.

"Pouco antes da eclosão da crise, o Banco Central aumentou a taxa em 0,75 ponto. Foram cinco meses de demora para reduzir em termos líquidos apenas 0,25 ponto", afirmou o economista, que também sugeriu redução do intervalo de cerca de 90 dias entre as reuniões do Copom e o corte de pelo menos um 1 ponto percentual em cada reunião.

Mesmo com o corte de janeiro, a taxa de juros real continua sendo a maior do mundo, lembrou o secretário-geral da Força Sindical, João Carlos Gonçalves, o Juruna. "A redução da taxa de juro ainda é pequena, porque ela continua uma das mais altas do mundo. Falta ousadia para baixar os juros e ajudar o cidadão. A permanência da taxa de juro alta é negativa para o País em meio a crise", afirmou Juruna.

Embora aprove as ações do governo, o senador Aloízio Mercadante (PT-SP) também acredita que o patamar da Selic está muito alto. "Sempre fomos os primeiros a entrar em qualquer crise, o que não aconteceu agora. A taxa Selic ainda é muito alta, mas o governo têm tomado medidas acertadas, como o aumento do salário mínimo, mesmo com um cenário de crise. Isso ajuda a movimentar o consumo. O governo está se esforçando para manter os investimentos e o crescimento", disse.

Tributos
De acordo com o economista Fabio Pina, da Fecomercio-SP, as ações mais positivas estão relacionadas à redução de tributos para alguns segmentos, como a indústria automobilística, que recuperou parte da queda nas vendas em janeiro com a isenção do IPI para carros 1.0 l e o corte para demais motorizações. A medida vale até o final de março.

"Essas medidas não só reduziram o preço, mas anteciparam o consumo daqueles que iriam comprar no futuro, dando um prêmio por conta da insegurança. Mexe diretamente com o principal problema que é a confiança do consumidor", afirmou. Juruna destacou que um bom ritmo de vendas é garantia de emprego. "É importante porque cada emprego na montadora significa 19 na cadeia produtiva", comentou o representante da Força Sindical.

Também em dezembro, o governo decidiu cortar pela metade a alíquota do Imposto de Renda para contribuintes que ganham entre R$ 1.434 e R$ 2.150 mensais. "O salário aumentava e a tabela não se modificava. As pessoas ganhavam mais e pagavam mais impostos", apontou Juruna. Outra redução de tributos do governo foi com relação ao Imposto sobre Operações Financeiras (IOF), que caiu de 3% ao ano para 1,5%.

Crédito
Na segunda metade de 2008, o colapso de bancos nos Estados Unidos por conta da crise do subprime provocou uma forte restrição de crédito no mundo inteiro. Uma das primeiras medidas anticrise do governo teve como objetivo restabelecer a oferta, com mudanças no recolhimento dos depósitos compulsórios por parte dos bancos. Segundo o presidente do Banco Central, Henrique Meirelles, as diversas modificações liberaram US$ 99,2 bilhões aos bancos até o final de janeiro.

Além disso, o governo concedeu R$ 36 bilhões das reservas internacionais para empresas brasileiras com dívidas no exterior e uma medida provisória autorizou o Banco do Brasil e a Caixa Econômica Federal a comprar carteiras de crédito de bancos privados. Para o diretor do Departamento de Pesquisas e Estudos Econômicos da Fiesp, Paulo Francini, estas medidas foram essenciais para combater os efeitos da crise.

"A crise se desenvolve no mundo em torno do tema crédito. E o crédito reduziu-se barbaridade no mundo. Então o governo lança mão de compulsório, lança mão de reservas, de medidas que permitem aos bancos comprar carteiras de bancos. Você vai tomando várias medidas para atender às demandas e o epicentro disso é crédito", afirmou.

No entanto, Oreiro, da UnB, adverte que a liberação dos compulsórios seria mais eficiente acompanhada de redução mais agressiva da taxa básica de juro. "Uma parte do crédito voltou, depois da forte retração em outubro e novembro. O que deveria ter sido feito junto à liberação do compulsório era uma redução mais drástica da taxa de juro. Sem isso, os bancos pegam as reservas e acabam comprando títulos públicos", explicou o economista.

Na opinião de Pina, as ações de distribuição de crédito via redução do compulsório e a disposição de capital de giro para empresas foram tomadas sem um cuidado maior na operação e não tiveram muito efeito. "O BNDES tem linhas que ficam paradas quase todo o ano, agora é pior ainda. Existem os recursos, mas as empresas e os bancos estão desconfiados. É preciso fazer com que os bancos tenham interesse em emprestar", afirmou o economista da Fecomercio-SP.

Futuro
Mesmo com todas essas medidas, a crise financeira ainda gera incertezas nos setores produtivos do País. Nos últimos meses, o medo do desemprego fez os consumidores adiarem compras. Por sua vez, a queda nas vendas pode obrigar as indústrias a cortarem a produção e demitir funcionários. Contra isso, empresários sugerem redução de jornada e de salários.

"Isto está previsto em lei. A Fiesp simplesmente manteve conversações com entidades sindicais quanto à aplicação daquilo que já está previsto em lei", afirmou Francini.

Segundo a ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff, uma das medidas que assegura um nível de emprego é a manutenção de investimentos no Programa de Aceleração do Crescimento (PAC). "Estamos esperando que a dificuldade ocorra em janeiro, fevereiro e março. Estamos certos que vamos manter o nível de investimento. É isso que funciona, é isso que significa investimento público. Ele funciona como um colchão. Por isso, nós colocamos R$ 100 bilhões no BNDES e a Petrobras ampliou o seu investimento em R$ 120 bilhões", afirmou.

Na mesma linha, Pina explica que a antecipação de gastos do governo substitui parte da demanda retraída do setor privado. "Ele dá o seguinte recado: não vou estourar as contas públicas, mas concentrar em um momento em que a demanda privada está pequena. Mas o governo não tem fôlego suficiente para fazer o papel de toda demanda", ressaltou. O economista da Fecomercio lembrou que a entidade já pleiteou junto ao governo isenções para transferência de imóveis e de automóveis, além de retirar o IPVA para veículos novos.

Já Oreiro foca suas propostas na capitalização do Banco do Brasil e da Caixa Econômica Federal pelo Tesouro para atender a demanda de crédito para capital de giro e reduzir o spread. "Aumentando o empréstimo e reduzindo as taxas, os dois vão forçar os bancos privados a acompanhar o movimento, até para não perderem participação no mercado", explicou o economista da UnB.

Até o Carnaval, o governou prometeu detalhar um pacote de incentivos para a construção de até um milhão de casas populares, direcionado a famílias com renda de até dez salários mínimos. "Estamos atentos a tudo o que está acontecendo e novas medidas serão tomadas caso haja uma avaliação de que sejam necessárias", disse o ministro da Fazenda, Guido Mantega, na última sexta-feira.
17:11
Anónimo disse...
Ex-ministro critica extensão do seguro-desemprego

Atualizada às 09h03

O ex-ministro do Trabalho Almir Pazzianotto criticou a decisão do governo federal de conceder o seguro-desemprego estendido a apenas alguns setores. "É certamente odioso e provavelmente inconstitucional", disse Pazzianotto, de acordo com o jornal O Estado de S. Paulo.

Na última qurta, dia do anúncio da medida, centrais sindicais elogiaram a atitude do governo. A Força Sindical divulgou nota dizendo que "o aumento ajudará a aquecer parte da economia, já que irá gerar mais consumo, produção e conseqüentemente, a criação de novos postos de trabalho". A União Geral dos Trabalhadores (UGT) afirmou que a medida "contribuirá para minimizar o drama dos trabalhadores que perderem seu emprego por conta da crise".

O ex-ministro, que instituiu o seguro-desemprego no País no governo de José Sarney, destacou a necessidade de as centrais sindicais se manifestarem contra a determinação. Para ele, as mudanças devem ser aplicadas a todas as categorias profissionais e a distinção é contrária ao artigo 3º da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT).

Pazzianotto atribui a medida a um possível temor do governo de que a crise econômica seja longa e não haja dinheiro para atender a todas as necessidades. Ainda assim, ele se mostra contrário ao método de concessão. "O seguro-desemprego ajuda a sanar necessidades básicas. Estendê-lo é paliativo, não a solução", disse ao jornal.

De acordo com o presidente do Conselho Deliberativo do Fundo de Amparo ao Trabalhador (Codefat) e conselheiro da Força Sindical, Luiz Fernando Emediato, a determinação já estava prevista na lei 8.900/94, que trata do seguro-desemprego.

O presidente da Comissão de Trabalho da Câmara, Pedro Fernandes (PTB-MA) vai além na crítica à concessão do seguro para apenas alguns setores. Ele acredita que a ampliação do benefício estimula o desemprego.

Quintino Severo, secretário geral da Central Única dos Trabalhadores (CUT), lembra que a ampliação do benefício sem critério e identificação pode incentivar demissões em outros setores.

Anónimo disse...

17:09
Anónimo disse...
Mercado elogia governo na crise, mas pede maior queda no juro

Peter Fussy
Direto de São Paulo

Desde as primeiras medidas anunciadas para combater os efeitos da crise, o governo brasileiro avisou que a estratégia não contemplaria um pacote. Seriam doses pontuais, de acordo com a necessidade da economia diante do agravamento das turbulências. Da primeira liberação dos depósitos compulsórios em setembro até a ampliação do seguro-desemprego na última quarta-feira, o governo passou por redução de impostos, ampliação de crédito e incentivos à exportação. Quase 150 dias após a primeira medida, o Terra conversou com líderes do setor público e privado, representantes dos trabalhadores, acadêmicos e com o próprio governo para saber quais destas ações foram mais eficazes, quais foram mais ineficientes e o que mais pode ser feito pelo Estado brasileiro contra a crise.

Os maiores elogios foram direcionados à atitude de reduzir o Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) para a indústria automobilística, anunciada em dezembro e que fez com que os emplacamentos de carros novos subissem 1,9% no primeiro mês do ano em relação a dezembro de 2008. Já as maiores críticas foram para a lentidão no corte da taxa básica de juro do País.

Para o presidente do conselho administrativo do Grupo Pão de Açúcar, Abílio Diniz, o Estado não é responsável pela crise e mesmo assim está agindo "com extrema serenidade e muito acerto". "O governo está atento, fazendo a sua parte. É preciso coragem de baixar firmemente a taxa de juros. É uma arma que temos a nosso favor, já que não há clima para inflação, nem possibilidade de danos para a macroeconomia", afirmou Diniz.

Na última reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), em janeiro, a taxa Selic foi reduzida em um ponto percentual, de 13,75% para 12,75% ao ano. Porém, o professor de economia da Universidade de Brasília (UnB) José Luiz Oreiro lembra que este corte representa uma redução de apenas 0,25 ponto percentual com relação à taxa de setembro do ano passado, quando a crise se agravou.

"Pouco antes da eclosão da crise, o Banco Central aumentou a taxa em 0,75 ponto. Foram cinco meses de demora para reduzir em termos líquidos apenas 0,25 ponto", afirmou o economista, que também sugeriu redução do intervalo de cerca de 90 dias entre as reuniões do Copom e o corte de pelo menos um 1 ponto percentual em cada reunião.

Mesmo com o corte de janeiro, a taxa de juros real continua sendo a maior do mundo, lembrou o secretário-geral da Força Sindical, João Carlos Gonçalves, o Juruna. "A redução da taxa de juro ainda é pequena, porque ela continua uma das mais altas do mundo. Falta ousadia para baixar os juros e ajudar o cidadão. A permanência da taxa de juro alta é negativa para o País em meio a crise", afirmou Juruna.

Embora aprove as ações do governo, o senador Aloízio Mercadante (PT-SP) também acredita que o patamar da Selic está muito alto. "Sempre fomos os primeiros a entrar em qualquer crise, o que não aconteceu agora. A taxa Selic ainda é muito alta, mas o governo têm tomado medidas acertadas, como o aumento do salário mínimo, mesmo com um cenário de crise. Isso ajuda a movimentar o consumo. O governo está se esforçando para manter os investimentos e o crescimento", disse.

Tributos
De acordo com o economista Fabio Pina, da Fecomercio-SP, as ações mais positivas estão relacionadas à redução de tributos para alguns segmentos, como a indústria automobilística, que recuperou parte da queda nas vendas em janeiro com a isenção do IPI para carros 1.0 l e o corte para demais motorizações. A medida vale até o final de março.

"Essas medidas não só reduziram o preço, mas anteciparam o consumo daqueles que iriam comprar no futuro, dando um prêmio por conta da insegurança. Mexe diretamente com o principal problema que é a confiança do consumidor", afirmou. Juruna destacou que um bom ritmo de vendas é garantia de emprego. "É importante porque cada emprego na montadora significa 19 na cadeia produtiva", comentou o representante da Força Sindical.

Também em dezembro, o governo decidiu cortar pela metade a alíquota do Imposto de Renda para contribuintes que ganham entre R$ 1.434 e R$ 2.150 mensais. "O salário aumentava e a tabela não se modificava. As pessoas ganhavam mais e pagavam mais impostos", apontou Juruna. Outra redução de tributos do governo foi com relação ao Imposto sobre Operações Financeiras (IOF), que caiu de 3% ao ano para 1,5%.

Crédito
Na segunda metade de 2008, o colapso de bancos nos Estados Unidos por conta da crise do subprime provocou uma forte restrição de crédito no mundo inteiro. Uma das primeiras medidas anticrise do governo teve como objetivo restabelecer a oferta, com mudanças no recolhimento dos depósitos compulsórios por parte dos bancos. Segundo o presidente do Banco Central, Henrique Meirelles, as diversas modificações liberaram US$ 99,2 bilhões aos bancos até o final de janeiro.

Além disso, o governo concedeu R$ 36 bilhões das reservas internacionais para empresas brasileiras com dívidas no exterior e uma medida provisória autorizou o Banco do Brasil e a Caixa Econômica Federal a comprar carteiras de crédito de bancos privados. Para o diretor do Departamento de Pesquisas e Estudos Econômicos da Fiesp, Paulo Francini, estas medidas foram essenciais para combater os efeitos da crise.

"A crise se desenvolve no mundo em torno do tema crédito. E o crédito reduziu-se barbaridade no mundo. Então o governo lança mão de compulsório, lança mão de reservas, de medidas que permitem aos bancos comprar carteiras de bancos. Você vai tomando várias medidas para atender às demandas e o epicentro disso é crédito", afirmou.

No entanto, Oreiro, da UnB, adverte que a liberação dos compulsórios seria mais eficiente acompanhada de redução mais agressiva da taxa básica de juro. "Uma parte do crédito voltou, depois da forte retração em outubro e novembro. O que deveria ter sido feito junto à liberação do compulsório era uma redução mais drástica da taxa de juro. Sem isso, os bancos pegam as reservas e acabam comprando títulos públicos", explicou o economista.

Na opinião de Pina, as ações de distribuição de crédito via redução do compulsório e a disposição de capital de giro para empresas foram tomadas sem um cuidado maior na operação e não tiveram muito efeito. "O BNDES tem linhas que ficam paradas quase todo o ano, agora é pior ainda. Existem os recursos, mas as empresas e os bancos estão desconfiados. É preciso fazer com que os bancos tenham interesse em emprestar", afirmou o economista da Fecomercio-SP.

Futuro
Mesmo com todas essas medidas, a crise financeira ainda gera incertezas nos setores produtivos do País. Nos últimos meses, o medo do desemprego fez os consumidores adiarem compras. Por sua vez, a queda nas vendas pode obrigar as indústrias a cortarem a produção e demitir funcionários. Contra isso, empresários sugerem redução de jornada e de salários.

"Isto está previsto em lei. A Fiesp simplesmente manteve conversações com entidades sindicais quanto à aplicação daquilo que já está previsto em lei", afirmou Francini.

Segundo a ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff, uma das medidas que assegura um nível de emprego é a manutenção de investimentos no Programa de Aceleração do Crescimento (PAC). "Estamos esperando que a dificuldade ocorra em janeiro, fevereiro e março. Estamos certos que vamos manter o nível de investimento. É isso que funciona, é isso que significa investimento público. Ele funciona como um colchão. Por isso, nós colocamos R$ 100 bilhões no BNDES e a Petrobras ampliou o seu investimento em R$ 120 bilhões", afirmou.

Na mesma linha, Pina explica que a antecipação de gastos do governo substitui parte da demanda retraída do setor privado. "Ele dá o seguinte recado: não vou estourar as contas públicas, mas concentrar em um momento em que a demanda privada está pequena. Mas o governo não tem fôlego suficiente para fazer o papel de toda demanda", ressaltou. O economista da Fecomercio lembrou que a entidade já pleiteou junto ao governo isenções para transferência de imóveis e de automóveis, além de retirar o IPVA para veículos novos.

Já Oreiro foca suas propostas na capitalização do Banco do Brasil e da Caixa Econômica Federal pelo Tesouro para atender a demanda de crédito para capital de giro e reduzir o spread. "Aumentando o empréstimo e reduzindo as taxas, os dois vão forçar os bancos privados a acompanhar o movimento, até para não perderem participação no mercado", explicou o economista da UnB.

Até o Carnaval, o governou prometeu detalhar um pacote de incentivos para a construção de até um milhão de casas populares, direcionado a famílias com renda de até dez salários mínimos. "Estamos atentos a tudo o que está acontecendo e novas medidas serão tomadas caso haja uma avaliação de que sejam necessárias", disse o ministro da Fazenda, Guido Mantega, na última sexta-feira.
17:11
Anónimo disse...
Ex-ministro critica extensão do seguro-desemprego

Atualizada às 09h03

O ex-ministro do Trabalho Almir Pazzianotto criticou a decisão do governo federal de conceder o seguro-desemprego estendido a apenas alguns setores. "É certamente odioso e provavelmente inconstitucional", disse Pazzianotto, de acordo com o jornal O Estado de S. Paulo.

Na última qurta, dia do anúncio da medida, centrais sindicais elogiaram a atitude do governo. A Força Sindical divulgou nota dizendo que "o aumento ajudará a aquecer parte da economia, já que irá gerar mais consumo, produção e conseqüentemente, a criação de novos postos de trabalho". A União Geral dos Trabalhadores (UGT) afirmou que a medida "contribuirá para minimizar o drama dos trabalhadores que perderem seu emprego por conta da crise".

O ex-ministro, que instituiu o seguro-desemprego no País no governo de José Sarney, destacou a necessidade de as centrais sindicais se manifestarem contra a determinação. Para ele, as mudanças devem ser aplicadas a todas as categorias profissionais e a distinção é contrária ao artigo 3º da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT).

Pazzianotto atribui a medida a um possível temor do governo de que a crise econômica seja longa e não haja dinheiro para atender a todas as necessidades. Ainda assim, ele se mostra contrário ao método de concessão. "O seguro-desemprego ajuda a sanar necessidades básicas. Estendê-lo é paliativo, não a solução", disse ao jornal.

De acordo com o presidente do Conselho Deliberativo do Fundo de Amparo ao Trabalhador (Codefat) e conselheiro da Força Sindical, Luiz Fernando Emediato, a determinação já estava prevista na lei 8.900/94, que trata do seguro-desemprego.

O presidente da Comissão de Trabalho da Câmara, Pedro Fernandes (PTB-MA) vai além na crítica à concessão do seguro para apenas alguns setores. Ele acredita que a ampliação do benefício estimula o desemprego.

Quintino Severo, secretário geral da Central Única dos Trabalhadores (CUT), lembra que a ampliação do benefício sem critério e identificação pode incentivar demissões em outros setores.

Anónimo disse...

17:09
Anónimo disse...
Mercado elogia governo na crise, mas pede maior queda no juro

Peter Fussy
Direto de São Paulo

Desde as primeiras medidas anunciadas para combater os efeitos da crise, o governo brasileiro avisou que a estratégia não contemplaria um pacote. Seriam doses pontuais, de acordo com a necessidade da economia diante do agravamento das turbulências. Da primeira liberação dos depósitos compulsórios em setembro até a ampliação do seguro-desemprego na última quarta-feira, o governo passou por redução de impostos, ampliação de crédito e incentivos à exportação. Quase 150 dias após a primeira medida, o Terra conversou com líderes do setor público e privado, representantes dos trabalhadores, acadêmicos e com o próprio governo para saber quais destas ações foram mais eficazes, quais foram mais ineficientes e o que mais pode ser feito pelo Estado brasileiro contra a crise.

Os maiores elogios foram direcionados à atitude de reduzir o Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) para a indústria automobilística, anunciada em dezembro e que fez com que os emplacamentos de carros novos subissem 1,9% no primeiro mês do ano em relação a dezembro de 2008. Já as maiores críticas foram para a lentidão no corte da taxa básica de juro do País.

Para o presidente do conselho administrativo do Grupo Pão de Açúcar, Abílio Diniz, o Estado não é responsável pela crise e mesmo assim está agindo "com extrema serenidade e muito acerto". "O governo está atento, fazendo a sua parte. É preciso coragem de baixar firmemente a taxa de juros. É uma arma que temos a nosso favor, já que não há clima para inflação, nem possibilidade de danos para a macroeconomia", afirmou Diniz.

Na última reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), em janeiro, a taxa Selic foi reduzida em um ponto percentual, de 13,75% para 12,75% ao ano. Porém, o professor de economia da Universidade de Brasília (UnB) José Luiz Oreiro lembra que este corte representa uma redução de apenas 0,25 ponto percentual com relação à taxa de setembro do ano passado, quando a crise se agravou.

"Pouco antes da eclosão da crise, o Banco Central aumentou a taxa em 0,75 ponto. Foram cinco meses de demora para reduzir em termos líquidos apenas 0,25 ponto", afirmou o economista, que também sugeriu redução do intervalo de cerca de 90 dias entre as reuniões do Copom e o corte de pelo menos um 1 ponto percentual em cada reunião.

Mesmo com o corte de janeiro, a taxa de juros real continua sendo a maior do mundo, lembrou o secretário-geral da Força Sindical, João Carlos Gonçalves, o Juruna. "A redução da taxa de juro ainda é pequena, porque ela continua uma das mais altas do mundo. Falta ousadia para baixar os juros e ajudar o cidadão. A permanência da taxa de juro alta é negativa para o País em meio a crise", afirmou Juruna.

Embora aprove as ações do governo, o senador Aloízio Mercadante (PT-SP) também acredita que o patamar da Selic está muito alto. "Sempre fomos os primeiros a entrar em qualquer crise, o que não aconteceu agora. A taxa Selic ainda é muito alta, mas o governo têm tomado medidas acertadas, como o aumento do salário mínimo, mesmo com um cenário de crise. Isso ajuda a movimentar o consumo. O governo está se esforçando para manter os investimentos e o crescimento", disse.

Tributos
De acordo com o economista Fabio Pina, da Fecomercio-SP, as ações mais positivas estão relacionadas à redução de tributos para alguns segmentos, como a indústria automobilística, que recuperou parte da queda nas vendas em janeiro com a isenção do IPI para carros 1.0 l e o corte para demais motorizações. A medida vale até o final de março.

"Essas medidas não só reduziram o preço, mas anteciparam o consumo daqueles que iriam comprar no futuro, dando um prêmio por conta da insegurança. Mexe diretamente com o principal problema que é a confiança do consumidor", afirmou. Juruna destacou que um bom ritmo de vendas é garantia de emprego. "É importante porque cada emprego na montadora significa 19 na cadeia produtiva", comentou o representante da Força Sindical.

Também em dezembro, o governo decidiu cortar pela metade a alíquota do Imposto de Renda para contribuintes que ganham entre R$ 1.434 e R$ 2.150 mensais. "O salário aumentava e a tabela não se modificava. As pessoas ganhavam mais e pagavam mais impostos", apontou Juruna. Outra redução de tributos do governo foi com relação ao Imposto sobre Operações Financeiras (IOF), que caiu de 3% ao ano para 1,5%.

Crédito
Na segunda metade de 2008, o colapso de bancos nos Estados Unidos por conta da crise do subprime provocou uma forte restrição de crédito no mundo inteiro. Uma das primeiras medidas anticrise do governo teve como objetivo restabelecer a oferta, com mudanças no recolhimento dos depósitos compulsórios por parte dos bancos. Segundo o presidente do Banco Central, Henrique Meirelles, as diversas modificações liberaram US$ 99,2 bilhões aos bancos até o final de janeiro.

Além disso, o governo concedeu R$ 36 bilhões das reservas internacionais para empresas brasileiras com dívidas no exterior e uma medida provisória autorizou o Banco do Brasil e a Caixa Econômica Federal a comprar carteiras de crédito de bancos privados. Para o diretor do Departamento de Pesquisas e Estudos Econômicos da Fiesp, Paulo Francini, estas medidas foram essenciais para combater os efeitos da crise.

"A crise se desenvolve no mundo em torno do tema crédito. E o crédito reduziu-se barbaridade no mundo. Então o governo lança mão de compulsório, lança mão de reservas, de medidas que permitem aos bancos comprar carteiras de bancos. Você vai tomando várias medidas para atender às demandas e o epicentro disso é crédito", afirmou.

No entanto, Oreiro, da UnB, adverte que a liberação dos compulsórios seria mais eficiente acompanhada de redução mais agressiva da taxa básica de juro. "Uma parte do crédito voltou, depois da forte retração em outubro e novembro. O que deveria ter sido feito junto à liberação do compulsório era uma redução mais drástica da taxa de juro. Sem isso, os bancos pegam as reservas e acabam comprando títulos públicos", explicou o economista.

Na opinião de Pina, as ações de distribuição de crédito via redução do compulsório e a disposição de capital de giro para empresas foram tomadas sem um cuidado maior na operação e não tiveram muito efeito. "O BNDES tem linhas que ficam paradas quase todo o ano, agora é pior ainda. Existem os recursos, mas as empresas e os bancos estão desconfiados. É preciso fazer com que os bancos tenham interesse em emprestar", afirmou o economista da Fecomercio-SP.

Futuro
Mesmo com todas essas medidas, a crise financeira ainda gera incertezas nos setores produtivos do País. Nos últimos meses, o medo do desemprego fez os consumidores adiarem compras. Por sua vez, a queda nas vendas pode obrigar as indústrias a cortarem a produção e demitir funcionários. Contra isso, empresários sugerem redução de jornada e de salários.

"Isto está previsto em lei. A Fiesp simplesmente manteve conversações com entidades sindicais quanto à aplicação daquilo que já está previsto em lei", afirmou Francini.

Segundo a ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff, uma das medidas que assegura um nível de emprego é a manutenção de investimentos no Programa de Aceleração do Crescimento (PAC). "Estamos esperando que a dificuldade ocorra em janeiro, fevereiro e março. Estamos certos que vamos manter o nível de investimento. É isso que funciona, é isso que significa investimento público. Ele funciona como um colchão. Por isso, nós colocamos R$ 100 bilhões no BNDES e a Petrobras ampliou o seu investimento em R$ 120 bilhões", afirmou.

Na mesma linha, Pina explica que a antecipação de gastos do governo substitui parte da demanda retraída do setor privado. "Ele dá o seguinte recado: não vou estourar as contas públicas, mas concentrar em um momento em que a demanda privada está pequena. Mas o governo não tem fôlego suficiente para fazer o papel de toda demanda", ressaltou. O economista da Fecomercio lembrou que a entidade já pleiteou junto ao governo isenções para transferência de imóveis e de automóveis, além de retirar o IPVA para veículos novos.

Já Oreiro foca suas propostas na capitalização do Banco do Brasil e da Caixa Econômica Federal pelo Tesouro para atender a demanda de crédito para capital de giro e reduzir o spread. "Aumentando o empréstimo e reduzindo as taxas, os dois vão forçar os bancos privados a acompanhar o movimento, até para não perderem participação no mercado", explicou o economista da UnB.

Até o Carnaval, o governou prometeu detalhar um pacote de incentivos para a construção de até um milhão de casas populares, direcionado a famílias com renda de até dez salários mínimos. "Estamos atentos a tudo o que está acontecendo e novas medidas serão tomadas caso haja uma avaliação de que sejam necessárias", disse o ministro da Fazenda, Guido Mantega, na última sexta-feira.
17:11
Anónimo disse...
Ex-ministro critica extensão do seguro-desemprego

Atualizada às 09h03

O ex-ministro do Trabalho Almir Pazzianotto criticou a decisão do governo federal de conceder o seguro-desemprego estendido a apenas alguns setores. "É certamente odioso e provavelmente inconstitucional", disse Pazzianotto, de acordo com o jornal O Estado de S. Paulo.

Na última qurta, dia do anúncio da medida, centrais sindicais elogiaram a atitude do governo. A Força Sindical divulgou nota dizendo que "o aumento ajudará a aquecer parte da economia, já que irá gerar mais consumo, produção e conseqüentemente, a criação de novos postos de trabalho". A União Geral dos Trabalhadores (UGT) afirmou que a medida "contribuirá para minimizar o drama dos trabalhadores que perderem seu emprego por conta da crise".

O ex-ministro, que instituiu o seguro-desemprego no País no governo de José Sarney, destacou a necessidade de as centrais sindicais se manifestarem contra a determinação. Para ele, as mudanças devem ser aplicadas a todas as categorias profissionais e a distinção é contrária ao artigo 3º da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT).

Pazzianotto atribui a medida a um possível temor do governo de que a crise econômica seja longa e não haja dinheiro para atender a todas as necessidades. Ainda assim, ele se mostra contrário ao método de concessão. "O seguro-desemprego ajuda a sanar necessidades básicas. Estendê-lo é paliativo, não a solução", disse ao jornal.

De acordo com o presidente do Conselho Deliberativo do Fundo de Amparo ao Trabalhador (Codefat) e conselheiro da Força Sindical, Luiz Fernando Emediato, a determinação já estava prevista na lei 8.900/94, que trata do seguro-desemprego.

O presidente da Comissão de Trabalho da Câmara, Pedro Fernandes (PTB-MA) vai além na crítica à concessão do seguro para apenas alguns setores. Ele acredita que a ampliação do benefício estimula o desemprego.

Quintino Severo, secretário geral da Central Única dos Trabalhadores (CUT), lembra que a ampliação do benefício sem critério e identificação pode incentivar demissões em outros setores.

Anónimo disse...

17:09
Anónimo disse...
Mercado elogia governo na crise, mas pede maior queda no juro

Peter Fussy
Direto de São Paulo

Desde as primeiras medidas anunciadas para combater os efeitos da crise, o governo brasileiro avisou que a estratégia não contemplaria um pacote. Seriam doses pontuais, de acordo com a necessidade da economia diante do agravamento das turbulências. Da primeira liberação dos depósitos compulsórios em setembro até a ampliação do seguro-desemprego na última quarta-feira, o governo passou por redução de impostos, ampliação de crédito e incentivos à exportação. Quase 150 dias após a primeira medida, o Terra conversou com líderes do setor público e privado, representantes dos trabalhadores, acadêmicos e com o próprio governo para saber quais destas ações foram mais eficazes, quais foram mais ineficientes e o que mais pode ser feito pelo Estado brasileiro contra a crise.

Os maiores elogios foram direcionados à atitude de reduzir o Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) para a indústria automobilística, anunciada em dezembro e que fez com que os emplacamentos de carros novos subissem 1,9% no primeiro mês do ano em relação a dezembro de 2008. Já as maiores críticas foram para a lentidão no corte da taxa básica de juro do País.

Para o presidente do conselho administrativo do Grupo Pão de Açúcar, Abílio Diniz, o Estado não é responsável pela crise e mesmo assim está agindo "com extrema serenidade e muito acerto". "O governo está atento, fazendo a sua parte. É preciso coragem de baixar firmemente a taxa de juros. É uma arma que temos a nosso favor, já que não há clima para inflação, nem possibilidade de danos para a macroeconomia", afirmou Diniz.

Na última reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), em janeiro, a taxa Selic foi reduzida em um ponto percentual, de 13,75% para 12,75% ao ano. Porém, o professor de economia da Universidade de Brasília (UnB) José Luiz Oreiro lembra que este corte representa uma redução de apenas 0,25 ponto percentual com relação à taxa de setembro do ano passado, quando a crise se agravou.

"Pouco antes da eclosão da crise, o Banco Central aumentou a taxa em 0,75 ponto. Foram cinco meses de demora para reduzir em termos líquidos apenas 0,25 ponto", afirmou o economista, que também sugeriu redução do intervalo de cerca de 90 dias entre as reuniões do Copom e o corte de pelo menos um 1 ponto percentual em cada reunião.

Mesmo com o corte de janeiro, a taxa de juros real continua sendo a maior do mundo, lembrou o secretário-geral da Força Sindical, João Carlos Gonçalves, o Juruna. "A redução da taxa de juro ainda é pequena, porque ela continua uma das mais altas do mundo. Falta ousadia para baixar os juros e ajudar o cidadão. A permanência da taxa de juro alta é negativa para o País em meio a crise", afirmou Juruna.

Embora aprove as ações do governo, o senador Aloízio Mercadante (PT-SP) também acredita que o patamar da Selic está muito alto. "Sempre fomos os primeiros a entrar em qualquer crise, o que não aconteceu agora. A taxa Selic ainda é muito alta, mas o governo têm tomado medidas acertadas, como o aumento do salário mínimo, mesmo com um cenário de crise. Isso ajuda a movimentar o consumo. O governo está se esforçando para manter os investimentos e o crescimento", disse.

Tributos
De acordo com o economista Fabio Pina, da Fecomercio-SP, as ações mais positivas estão relacionadas à redução de tributos para alguns segmentos, como a indústria automobilística, que recuperou parte da queda nas vendas em janeiro com a isenção do IPI para carros 1.0 l e o corte para demais motorizações. A medida vale até o final de março.

"Essas medidas não só reduziram o preço, mas anteciparam o consumo daqueles que iriam comprar no futuro, dando um prêmio por conta da insegurança. Mexe diretamente com o principal problema que é a confiança do consumidor", afirmou. Juruna destacou que um bom ritmo de vendas é garantia de emprego. "É importante porque cada emprego na montadora significa 19 na cadeia produtiva", comentou o representante da Força Sindical.

Também em dezembro, o governo decidiu cortar pela metade a alíquota do Imposto de Renda para contribuintes que ganham entre R$ 1.434 e R$ 2.150 mensais. "O salário aumentava e a tabela não se modificava. As pessoas ganhavam mais e pagavam mais impostos", apontou Juruna. Outra redução de tributos do governo foi com relação ao Imposto sobre Operações Financeiras (IOF), que caiu de 3% ao ano para 1,5%.

Crédito
Na segunda metade de 2008, o colapso de bancos nos Estados Unidos por conta da crise do subprime provocou uma forte restrição de crédito no mundo inteiro. Uma das primeiras medidas anticrise do governo teve como objetivo restabelecer a oferta, com mudanças no recolhimento dos depósitos compulsórios por parte dos bancos. Segundo o presidente do Banco Central, Henrique Meirelles, as diversas modificações liberaram US$ 99,2 bilhões aos bancos até o final de janeiro.

Além disso, o governo concedeu R$ 36 bilhões das reservas internacionais para empresas brasileiras com dívidas no exterior e uma medida provisória autorizou o Banco do Brasil e a Caixa Econômica Federal a comprar carteiras de crédito de bancos privados. Para o diretor do Departamento de Pesquisas e Estudos Econômicos da Fiesp, Paulo Francini, estas medidas foram essenciais para combater os efeitos da crise.

"A crise se desenvolve no mundo em torno do tema crédito. E o crédito reduziu-se barbaridade no mundo. Então o governo lança mão de compulsório, lança mão de reservas, de medidas que permitem aos bancos comprar carteiras de bancos. Você vai tomando várias medidas para atender às demandas e o epicentro disso é crédito", afirmou.

No entanto, Oreiro, da UnB, adverte que a liberação dos compulsórios seria mais eficiente acompanhada de redução mais agressiva da taxa básica de juro. "Uma parte do crédito voltou, depois da forte retração em outubro e novembro. O que deveria ter sido feito junto à liberação do compulsório era uma redução mais drástica da taxa de juro. Sem isso, os bancos pegam as reservas e acabam comprando títulos públicos", explicou o economista.

Na opinião de Pina, as ações de distribuição de crédito via redução do compulsório e a disposição de capital de giro para empresas foram tomadas sem um cuidado maior na operação e não tiveram muito efeito. "O BNDES tem linhas que ficam paradas quase todo o ano, agora é pior ainda. Existem os recursos, mas as empresas e os bancos estão desconfiados. É preciso fazer com que os bancos tenham interesse em emprestar", afirmou o economista da Fecomercio-SP.

Futuro
Mesmo com todas essas medidas, a crise financeira ainda gera incertezas nos setores produtivos do País. Nos últimos meses, o medo do desemprego fez os consumidores adiarem compras. Por sua vez, a queda nas vendas pode obrigar as indústrias a cortarem a produção e demitir funcionários. Contra isso, empresários sugerem redução de jornada e de salários.

"Isto está previsto em lei. A Fiesp simplesmente manteve conversações com entidades sindicais quanto à aplicação daquilo que já está previsto em lei", afirmou Francini.

Segundo a ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff, uma das medidas que assegura um nível de emprego é a manutenção de investimentos no Programa de Aceleração do Crescimento (PAC). "Estamos esperando que a dificuldade ocorra em janeiro, fevereiro e março. Estamos certos que vamos manter o nível de investimento. É isso que funciona, é isso que significa investimento público. Ele funciona como um colchão. Por isso, nós colocamos R$ 100 bilhões no BNDES e a Petrobras ampliou o seu investimento em R$ 120 bilhões", afirmou.

Na mesma linha, Pina explica que a antecipação de gastos do governo substitui parte da demanda retraída do setor privado. "Ele dá o seguinte recado: não vou estourar as contas públicas, mas concentrar em um momento em que a demanda privada está pequena. Mas o governo não tem fôlego suficiente para fazer o papel de toda demanda", ressaltou. O economista da Fecomercio lembrou que a entidade já pleiteou junto ao governo isenções para transferência de imóveis e de automóveis, além de retirar o IPVA para veículos novos.

Já Oreiro foca suas propostas na capitalização do Banco do Brasil e da Caixa Econômica Federal pelo Tesouro para atender a demanda de crédito para capital de giro e reduzir o spread. "Aumentando o empréstimo e reduzindo as taxas, os dois vão forçar os bancos privados a acompanhar o movimento, até para não perderem participação no mercado", explicou o economista da UnB.

Até o Carnaval, o governou prometeu detalhar um pacote de incentivos para a construção de até um milhão de casas populares, direcionado a famílias com renda de até dez salários mínimos. "Estamos atentos a tudo o que está acontecendo e novas medidas serão tomadas caso haja uma avaliação de que sejam necessárias", disse o ministro da Fazenda, Guido Mantega, na última sexta-feira.
17:11
Anónimo disse...
Ex-ministro critica extensão do seguro-desemprego

Atualizada às 09h03

O ex-ministro do Trabalho Almir Pazzianotto criticou a decisão do governo federal de conceder o seguro-desemprego estendido a apenas alguns setores. "É certamente odioso e provavelmente inconstitucional", disse Pazzianotto, de acordo com o jornal O Estado de S. Paulo.

Na última qurta, dia do anúncio da medida, centrais sindicais elogiaram a atitude do governo. A Força Sindical divulgou nota dizendo que "o aumento ajudará a aquecer parte da economia, já que irá gerar mais consumo, produção e conseqüentemente, a criação de novos postos de trabalho". A União Geral dos Trabalhadores (UGT) afirmou que a medida "contribuirá para minimizar o drama dos trabalhadores que perderem seu emprego por conta da crise".

O ex-ministro, que instituiu o seguro-desemprego no País no governo de José Sarney, destacou a necessidade de as centrais sindicais se manifestarem contra a determinação. Para ele, as mudanças devem ser aplicadas a todas as categorias profissionais e a distinção é contrária ao artigo 3º da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT).

Pazzianotto atribui a medida a um possível temor do governo de que a crise econômica seja longa e não haja dinheiro para atender a todas as necessidades. Ainda assim, ele se mostra contrário ao método de concessão. "O seguro-desemprego ajuda a sanar necessidades básicas. Estendê-lo é paliativo, não a solução", disse ao jornal.

De acordo com o presidente do Conselho Deliberativo do Fundo de Amparo ao Trabalhador (Codefat) e conselheiro da Força Sindical, Luiz Fernando Emediato, a determinação já estava prevista na lei 8.900/94, que trata do seguro-desemprego.

O presidente da Comissão de Trabalho da Câmara, Pedro Fernandes (PTB-MA) vai além na crítica à concessão do seguro para apenas alguns setores. Ele acredita que a ampliação do benefício estimula o desemprego.

Quintino Severo, secretário geral da Central Única dos Trabalhadores (CUT), lembra que a ampliação do benefício sem critério e identificação pode incentivar demissões em outros setores.

Anónimo disse...

17:09
Anónimo disse...
Mercado elogia governo na crise, mas pede maior queda no juro

Peter Fussy
Direto de São Paulo

Desde as primeiras medidas anunciadas para combater os efeitos da crise, o governo brasileiro avisou que a estratégia não contemplaria um pacote. Seriam doses pontuais, de acordo com a necessidade da economia diante do agravamento das turbulências. Da primeira liberação dos depósitos compulsórios em setembro até a ampliação do seguro-desemprego na última quarta-feira, o governo passou por redução de impostos, ampliação de crédito e incentivos à exportação. Quase 150 dias após a primeira medida, o Terra conversou com líderes do setor público e privado, representantes dos trabalhadores, acadêmicos e com o próprio governo para saber quais destas ações foram mais eficazes, quais foram mais ineficientes e o que mais pode ser feito pelo Estado brasileiro contra a crise.

Os maiores elogios foram direcionados à atitude de reduzir o Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) para a indústria automobilística, anunciada em dezembro e que fez com que os emplacamentos de carros novos subissem 1,9% no primeiro mês do ano em relação a dezembro de 2008. Já as maiores críticas foram para a lentidão no corte da taxa básica de juro do País.

Para o presidente do conselho administrativo do Grupo Pão de Açúcar, Abílio Diniz, o Estado não é responsável pela crise e mesmo assim está agindo "com extrema serenidade e muito acerto". "O governo está atento, fazendo a sua parte. É preciso coragem de baixar firmemente a taxa de juros. É uma arma que temos a nosso favor, já que não há clima para inflação, nem possibilidade de danos para a macroeconomia", afirmou Diniz.

Na última reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), em janeiro, a taxa Selic foi reduzida em um ponto percentual, de 13,75% para 12,75% ao ano. Porém, o professor de economia da Universidade de Brasília (UnB) José Luiz Oreiro lembra que este corte representa uma redução de apenas 0,25 ponto percentual com relação à taxa de setembro do ano passado, quando a crise se agravou.

"Pouco antes da eclosão da crise, o Banco Central aumentou a taxa em 0,75 ponto. Foram cinco meses de demora para reduzir em termos líquidos apenas 0,25 ponto", afirmou o economista, que também sugeriu redução do intervalo de cerca de 90 dias entre as reuniões do Copom e o corte de pelo menos um 1 ponto percentual em cada reunião.

Mesmo com o corte de janeiro, a taxa de juros real continua sendo a maior do mundo, lembrou o secretário-geral da Força Sindical, João Carlos Gonçalves, o Juruna. "A redução da taxa de juro ainda é pequena, porque ela continua uma das mais altas do mundo. Falta ousadia para baixar os juros e ajudar o cidadão. A permanência da taxa de juro alta é negativa para o País em meio a crise", afirmou Juruna.

Embora aprove as ações do governo, o senador Aloízio Mercadante (PT-SP) também acredita que o patamar da Selic está muito alto. "Sempre fomos os primeiros a entrar em qualquer crise, o que não aconteceu agora. A taxa Selic ainda é muito alta, mas o governo têm tomado medidas acertadas, como o aumento do salário mínimo, mesmo com um cenário de crise. Isso ajuda a movimentar o consumo. O governo está se esforçando para manter os investimentos e o crescimento", disse.

Tributos
De acordo com o economista Fabio Pina, da Fecomercio-SP, as ações mais positivas estão relacionadas à redução de tributos para alguns segmentos, como a indústria automobilística, que recuperou parte da queda nas vendas em janeiro com a isenção do IPI para carros 1.0 l e o corte para demais motorizações. A medida vale até o final de março.

"Essas medidas não só reduziram o preço, mas anteciparam o consumo daqueles que iriam comprar no futuro, dando um prêmio por conta da insegurança. Mexe diretamente com o principal problema que é a confiança do consumidor", afirmou. Juruna destacou que um bom ritmo de vendas é garantia de emprego. "É importante porque cada emprego na montadora significa 19 na cadeia produtiva", comentou o representante da Força Sindical.

Também em dezembro, o governo decidiu cortar pela metade a alíquota do Imposto de Renda para contribuintes que ganham entre R$ 1.434 e R$ 2.150 mensais. "O salário aumentava e a tabela não se modificava. As pessoas ganhavam mais e pagavam mais impostos", apontou Juruna. Outra redução de tributos do governo foi com relação ao Imposto sobre Operações Financeiras (IOF), que caiu de 3% ao ano para 1,5%.

Crédito
Na segunda metade de 2008, o colapso de bancos nos Estados Unidos por conta da crise do subprime provocou uma forte restrição de crédito no mundo inteiro. Uma das primeiras medidas anticrise do governo teve como objetivo restabelecer a oferta, com mudanças no recolhimento dos depósitos compulsórios por parte dos bancos. Segundo o presidente do Banco Central, Henrique Meirelles, as diversas modificações liberaram US$ 99,2 bilhões aos bancos até o final de janeiro.

Além disso, o governo concedeu R$ 36 bilhões das reservas internacionais para empresas brasileiras com dívidas no exterior e uma medida provisória autorizou o Banco do Brasil e a Caixa Econômica Federal a comprar carteiras de crédito de bancos privados. Para o diretor do Departamento de Pesquisas e Estudos Econômicos da Fiesp, Paulo Francini, estas medidas foram essenciais para combater os efeitos da crise.

"A crise se desenvolve no mundo em torno do tema crédito. E o crédito reduziu-se barbaridade no mundo. Então o governo lança mão de compulsório, lança mão de reservas, de medidas que permitem aos bancos comprar carteiras de bancos. Você vai tomando várias medidas para atender às demandas e o epicentro disso é crédito", afirmou.

No entanto, Oreiro, da UnB, adverte que a liberação dos compulsórios seria mais eficiente acompanhada de redução mais agressiva da taxa básica de juro. "Uma parte do crédito voltou, depois da forte retração em outubro e novembro. O que deveria ter sido feito junto à liberação do compulsório era uma redução mais drástica da taxa de juro. Sem isso, os bancos pegam as reservas e acabam comprando títulos públicos", explicou o economista.

Na opinião de Pina, as ações de distribuição de crédito via redução do compulsório e a disposição de capital de giro para empresas foram tomadas sem um cuidado maior na operação e não tiveram muito efeito. "O BNDES tem linhas que ficam paradas quase todo o ano, agora é pior ainda. Existem os recursos, mas as empresas e os bancos estão desconfiados. É preciso fazer com que os bancos tenham interesse em emprestar", afirmou o economista da Fecomercio-SP.

Futuro
Mesmo com todas essas medidas, a crise financeira ainda gera incertezas nos setores produtivos do País. Nos últimos meses, o medo do desemprego fez os consumidores adiarem compras. Por sua vez, a queda nas vendas pode obrigar as indústrias a cortarem a produção e demitir funcionários. Contra isso, empresários sugerem redução de jornada e de salários.

"Isto está previsto em lei. A Fiesp simplesmente manteve conversações com entidades sindicais quanto à aplicação daquilo que já está previsto em lei", afirmou Francini.

Segundo a ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff, uma das medidas que assegura um nível de emprego é a manutenção de investimentos no Programa de Aceleração do Crescimento (PAC). "Estamos esperando que a dificuldade ocorra em janeiro, fevereiro e março. Estamos certos que vamos manter o nível de investimento. É isso que funciona, é isso que significa investimento público. Ele funciona como um colchão. Por isso, nós colocamos R$ 100 bilhões no BNDES e a Petrobras ampliou o seu investimento em R$ 120 bilhões", afirmou.

Na mesma linha, Pina explica que a antecipação de gastos do governo substitui parte da demanda retraída do setor privado. "Ele dá o seguinte recado: não vou estourar as contas públicas, mas concentrar em um momento em que a demanda privada está pequena. Mas o governo não tem fôlego suficiente para fazer o papel de toda demanda", ressaltou. O economista da Fecomercio lembrou que a entidade já pleiteou junto ao governo isenções para transferência de imóveis e de automóveis, além de retirar o IPVA para veículos novos.

Já Oreiro foca suas propostas na capitalização do Banco do Brasil e da Caixa Econômica Federal pelo Tesouro para atender a demanda de crédito para capital de giro e reduzir o spread. "Aumentando o empréstimo e reduzindo as taxas, os dois vão forçar os bancos privados a acompanhar o movimento, até para não perderem participação no mercado", explicou o economista da UnB.

Até o Carnaval, o governou prometeu detalhar um pacote de incentivos para a construção de até um milhão de casas populares, direcionado a famílias com renda de até dez salários mínimos. "Estamos atentos a tudo o que está acontecendo e novas medidas serão tomadas caso haja uma avaliação de que sejam necessárias", disse o ministro da Fazenda, Guido Mantega, na última sexta-feira.
17:11
Anónimo disse...
Ex-ministro critica extensão do seguro-desemprego

Atualizada às 09h03

O ex-ministro do Trabalho Almir Pazzianotto criticou a decisão do governo federal de conceder o seguro-desemprego estendido a apenas alguns setores. "É certamente odioso e provavelmente inconstitucional", disse Pazzianotto, de acordo com o jornal O Estado de S. Paulo.

Na última qurta, dia do anúncio da medida, centrais sindicais elogiaram a atitude do governo. A Força Sindical divulgou nota dizendo que "o aumento ajudará a aquecer parte da economia, já que irá gerar mais consumo, produção e conseqüentemente, a criação de novos postos de trabalho". A União Geral dos Trabalhadores (UGT) afirmou que a medida "contribuirá para minimizar o drama dos trabalhadores que perderem seu emprego por conta da crise".

O ex-ministro, que instituiu o seguro-desemprego no País no governo de José Sarney, destacou a necessidade de as centrais sindicais se manifestarem contra a determinação. Para ele, as mudanças devem ser aplicadas a todas as categorias profissionais e a distinção é contrária ao artigo 3º da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT).

Pazzianotto atribui a medida a um possível temor do governo de que a crise econômica seja longa e não haja dinheiro para atender a todas as necessidades. Ainda assim, ele se mostra contrário ao método de concessão. "O seguro-desemprego ajuda a sanar necessidades básicas. Estendê-lo é paliativo, não a solução", disse ao jornal.

De acordo com o presidente do Conselho Deliberativo do Fundo de Amparo ao Trabalhador (Codefat) e conselheiro da Força Sindical, Luiz Fernando Emediato, a determinação já estava prevista na lei 8.900/94, que trata do seguro-desemprego.

O presidente da Comissão de Trabalho da Câmara, Pedro Fernandes (PTB-MA) vai além na crítica à concessão do seguro para apenas alguns setores. Ele acredita que a ampliação do benefício estimula o desemprego.

Quintino Severo, secretário geral da Central Única dos Trabalhadores (CUT), lembra que a ampliação do benefício sem critério e identificação pode incentivar demissões em outros setores.

Anónimo disse...

Anónimo disse...
Ex-ministro critica extensão do seguro-desemprego

Atualizada às 09h03

O ex-ministro do Trabalho Almir Pazzianotto criticou a decisão do governo federal de conceder o seguro-desemprego estendido a apenas alguns setores. "É certamente odioso e provavelmente inconstitucional", disse Pazzianotto, de acordo com o jornal O Estado de S. Paulo.

Na última qurta, dia do anúncio da medida, centrais sindicais elogiaram a atitude do governo. A Força Sindical divulgou nota dizendo que "o aumento ajudará a aquecer parte da economia, já que irá gerar mais consumo, produção e conseqüentemente, a criação de novos postos de trabalho". A União Geral dos Trabalhadores (UGT) afirmou que a medida "contribuirá para minimizar o drama dos trabalhadores que perderem seu emprego por conta da crise".

O ex-ministro, que instituiu o seguro-desemprego no País no governo de José Sarney, destacou a necessidade de as centrais sindicais se manifestarem contra a determinação. Para ele, as mudanças devem ser aplicadas a todas as categorias profissionais e a distinção é contrária ao artigo 3º da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT).

Pazzianotto atribui a medida a um possível temor do governo de que a crise econômica seja longa e não haja dinheiro para atender a todas as necessidades. Ainda assim, ele se mostra contrário ao método de concessão. "O seguro-desemprego ajuda a sanar necessidades básicas. Estendê-lo é paliativo, não a solução", disse ao jornal.

De acordo com o presidente do Conselho Deliberativo do Fundo de Amparo ao Trabalhador (Codefat) e conselheiro da Força Sindical, Luiz Fernando Emediato, a determinação já estava prevista na lei 8.900/94, que trata do seguro-desemprego.

O presidente da Comissão de Trabalho da Câmara, Pedro Fernandes (PTB-MA) vai além na crítica à concessão do seguro para apenas alguns setores. Ele acredita que a ampliação do benefício estimula o desemprego.

Quintino Severo, secretário geral da Central Única dos Trabalhadores (CUT), lembra que a ampliação do benefício sem critério e identificação pode incentivar demissões em outros setores.

23:31
Anónimo disse...
Os bombeiros combatem neste sábado os incêndios na Austrália favorecidos pelo bom tempo, enquanto os deslocados encotram em seu retorno casas derruídas, carros queimados nas ruas e destruição.

Depois de sete dias desde que começaram os incêndios no Estado de Victoria, a lista de mortos chega a 181, os desaparecidos somam 50, os edifícios destruídos totalizam 1,834 mil e o terreno arrasado, principalmente florestas, ocupa uma área de 4,13 mil quilômetros quadrados.

As equipes de bombeiros, formadas por 4 mil profissionais de Victoria, de outras partes da Austrália e de países amigos, combateram hoje 12 focos fora de controle e nenhum representava uma ameaça direta para a população.

O subdiretor do Serviço de Bombeiros, Geoff Conway, disse que este tempo favorável, que se prolongará durante o domingo, permite consolidar as linhas de contenção e avançar na extinção das chamas.

Cinzas apareceram arrastadas por ventos do nordeste sobre Melbourne, onde habitam 3,8 milhões de pessoas, e as autoridades alertaram aos cidadãos do risco para a saúde de idosos, crianças e pessoas com problemas respiratórios.

O número de pessoas deslocadas - a Cruz Vermelha chegou a receber 7 mil - começou a cair com a abertura de algumas localidades atingidas.

Os incêndios, alguns criminosos, começaram em 7 de fevereiro, quando a região sul da Austrália estava há duas semanas sob uma onda de calor sem precedentes.

Na sexta-feira passada, a polícia acusou uma pessoa de ter provocado o incêndio que atingiu a localidade de Churchill e matou 21 pessoas.
16:55
Anónimo disse...
A primeira chuva em seis dias reduziu a ameaça de incêndios no Estado de Victoria, ao sul da Austrália. As autoridades, porém, advertiram que ainda existem 12 focos, mas que nenhum deles ameaça áreas povoadas.

Mais de quatro mil bombeiros, mil provenientes de outras partes do país e de outras nações, trabalham contra o fogo. Cerca de 600 veículos e 28 helicópteros e pequenos aviões estão sendo usados.


Eles conseguiram construir linhas de contenção para evitar os incêndios de Yarra e Maroondah se juntassem. Também foram controlados os incêndios abertos de Yea e Murrindindi, que ameaçavam as comunidades de Connellys Creek, Crystal Creek, Scrubby Creek e Native Dog Creek.

O número de mortos chegou a 181, mas as autoridades acreditam que as vítimas devem passar de 200, já que ainda há muitos desaparecidos.
16:55
Anónimo disse...
Aqui nesta coluna, na semana passada, tive a oportunidade de comentar sobre a recente visita do professor brasileiro Pedrinho Guareschi à Austrália. Não dei, porém, os fatos, pois semana passada o assunto era outro.

Hoje, porém, vamos a eles.

No último dia 4 de fevereiro, aconteceu o Seminário "Paulo Freire: Education and Liberation", organizado pelo centro de estudos latino-americanos da Universidade Nacional da Austrália, ou ANU, como é mais conhecida por aqui.

A ANU, para quem não sabe, está entre as 20 melhores universidades do mundo! E tem sede aqui em Camberra, capital da Austrália.

Na abertura do evento, o professor John Minns, diretor do centro latino-americano, ao dar boas-vindas ao público presente, lembrou ser aquele o primeiro seminário exclusivamente dedicado a Paulo Freire na Austrália.

Em seguida, convidou Pedrinho Guareschi, palestrante principal do Seminário, a fazer sua apresentação.

A plateia pode então conhecer, pelas palavras de Pedrinho, um pouco da obra e da vida de Freire, esse brasileiro de fé e valor, que sempre acreditou na educação, sobretudo dos menos favorecidos, analfabetos, como força libertadora.

Como não podia deixar de ser, os conceitos e ideias revolucionários de Paulo Freire, expostos com clareza por Pedrinho, despertaram o interesse e a curiosidade de plateia. A qual, deve-se notar, era na maioria de estudantes, mas de várias nacionalidades, sobretudo australianos e asiáticos.

Na continuação do programa do seminário, que se estendeu por dois dias, outros professores fizeram palestras sobre temas ligados à obra de Paulo Freire.

Interessante, por exemplo, saber que a professora Anne Hickling-Hudson, jamaicana que mora na Austrália há muitos anos (é professora da ANU), conheceu e trabalhou com Freire num workshop educacional durante a revolução na Ilha de Granada, em 1980, antes da invasão dos Estados Unidos...

Ou, então, a palestra da Professora Gerda Roelvink, da Nova Zelândia, que participou do Fórum Social de Porto Alegre em 2005. E essa participação transformou-se em tema de doutorado.

No dia 10, terça-feira passada, o padre Pedrinho Guareschi voltou a falar ao público australiano em grande auditório localizado no belíssimo campus da ANU. Desta vez, sobre a Teologia da Libertação.

Depois da palestra, John Minns mostrou o filme mexicano "O Crime do Padre Amaro", no qual um dos personagens é um padre católico praticante da Teologia da Libertação.

Mais uma vez, foi grande o intersse da platéia, que pode aprender e conhecer um pouco como se desenvolveu aquele importante movimento católico na América Latina.

Fica, assim, ao Pedrinho, bem como a outros brasileiros estudiosos e de bom coração que saem pelo mundo a divulgar aspectos importantes da cultura brasileira, o respeito e a homenagem desta coluna. E... aquele abraço!
16:57
Anónimo disse...
Amanda Kitts perdeu o braço esquerdo em um acidente de automóvel acontecido três anos atrás, mas hoje em dia ela joga futebol americano com seu filho de 12 anos de idade, troca fraldas e abraça as crianças nas três creches Kiddie Cottage que opera em Knoxville, Tennessee. Kitts, 40 anos, faz tudo isso com a ajuda de um novo tipo de braço artificial que se movimenta com mais facilidade do que outros aparelhos e que ela pode controlar utilizando apenas seus pensamentos.

"Eu sou capaz de mexer a mão, o pulso e o cotovelo ao mesmo tempo", diz. "Você pensa e os músculos se movem em seguida".

A recuperação que ela conseguiu resulta de um novo procedimento que vem atraindo crescente atenção porque permite que pessoas movam braços protéticos de forma mais automática do que faziam no passado, simplesmente utilizando nervos reaproveitados em seus cérebros.

A técnica, conhecida como "renervação muscular dirigida", envolve utilizar os nervos que restam depois da amputação de um braço e conectá-los a outro músculo do corpo, em geral no peito. Eletrodos são instalados sobre os músculos do peito, e operam como se fossem antenas. Quando a pessoa deseja mover o braço, o cérebro envia sinais que primeiro resultam em contração dos músculos do peito, os quais enviam um sinal ao braço protético, instruindo-se a se movimentar. O processo não requer mais esforços consciente do que a pessoa teria de exercitar caso ainda tivesse seu braço natural.

Na terça-feira, pesquisadores reportaram em estudo publicado pela versão online do Journal of the American Medical Association que haviam levado a técnica ainda mais à frente, tornando possível a execução de 10 movimentos de mão, pulso e cotovelo diferentes, o que representa uma substancial melhora com relação ao típico repertório protético, que em geral envolve apenas dobrar o cotovelo, girar o pulso e abrir a mão.

"Os novos métodos tiveram impacto dramático em nosso campo de trabalho", disse Stuart Harshbarger, engenheiro biomédico na Universidade Johns Hopkins e diretor do programa de pesquisa sobre próteses, financiado pelas forças armadas, que inclui o trabalho com essa técnica. "O método já está em uso por médicos e cirurgiões comuns em todo o país. A capacidade de controlar um membro protético bastante robusto que ele confere surpreendeu a todos pela qualidade".

Tipicamente, uma pessoa que tenha um braço protético só é capaz de executar alguns poucos movimentos, e muitas vezes com tamanha lentidão que isso só permite a ela atividades limitadas.

Há um motor separado para cada movimento, diz Gerald Loeb, professor de engenharia biomédica na Universidade do Sul da Califórnia, "e esses motores precisam ser controlados de maneira explícita", usualmente por um esforço consciente da pessoa para contrair músculos nas costas ou no bíceps.

"Essencialmente, até agora os pacientes controlavam apenas um motor de cada vez", diz Loeb, "e precisavam pensar cuidadosamente sobre que motor desejavam controlar e como fazê-lo operar, em lugar de simplesmente pensarem em mover o braço e poderem fazê-lo sem delongas".

Antes que Kitts passasse pelo procedimento de renervação, em outubro de 2007, por exemplo, ela precisava movimentar os músculos de suas costas de determinada maneira para fazer com que seu pulso girasse, e flexionar seu bíceps e tríceps para fazer com que o cotovelo se movesse para cima e para baixo. "Era muito trabalho", ela conta. "E não me ajudava muito".

O procedimento de renervação é parte de uma recente explosão de idéias novas e técnicas inovadoras que estão sendo exploradas enquanto os cientistas se esforçam por ajudar as pessoas a compensar melhor a perda de membros ou problemas de paralisia. O esforço vem sendo alimentado pelo aumento no número de amputações causado por diabetes e por ferimentos sofridos pelos militares, e ao mesmo tempo pelos avanços na tecnologia médica.

Os braços se tornaram um dos focos essenciais desse tipo de trabalho. A ciência há muito vem obtendo sucessos no desenvolvimento de próteses de perna, mas é muito mais difícil imitar a complexidade e a destreza das mãos e dos braços.

Os esforços em curso incluem o desenvolvimento de projetos de pele e braços mais sensíveis e mais flexíveis, e o uso de dispositivos acionados por controles sem fio implantado nos braços protéticos, que permitiriam movimentos mais naturais.

Os pesquisadores também vêm usando sensores implantados nos cérebros de cobaias para permitir que dois macacos controlem um braço mecânico, e um teste com um homem paralítico permitiu, com esse método, que ele movimentasse um cursor em uma tela de computador.

Alguns desses métodos, caso venham a ser aperfeiçoados plenamente e consigam aprovação das autoridades regulatórias da saúde, podem no futuro se tornar mais viáveis para os pacientes de amputações.

E embora a técnica da renervação não requeira aprovação das autoridades regulatórias porque é executada por meios cirúrgicos e emprega aparelhos já existentes, ela apresenta limitações que até mesmo seus criadores reconhecem, entre as quais o fato de que não se pode utilizá-la para todos os pacientes, o seu alto custo e o prazo de meses requerido para que os nervos reconectados cresçam e se tornem efetivos.

Ainda assim, os especialistas dizem que é o mais avançado sistema em uso hoje para pacientes reais que permite que o sistema nervoso controle diretamente o movimento de um braço artificial.

Desde sua introdução por Todd Kuiken, médico fisioterapeuta e engenheiro biomédico do Instituto de Reabilitação de Chicago, o método foi empregado em cerca de 30 pacientes nos Estados Unidos, Canadá e Europa, entre os quais oito soldados feridos no Iraque e no Afeganistão.

Muitos dos pacientes, entre os quais o primeiro, Jesse Sullivan, um operário do setor elétrico no Tennessee que perdeu os dois braços quando foi eletrocutado por um cabo, conseguem não apenas manipular seus braços protéticos mas sentir a presença das mãos que já não têm quando alguém toca em seus peitos.

Sullivan, 62 anos, e Kitts, estavam entre os cinco pacientes que participaram do estudo reportado na terça-feira. Em companhia de cinco outras pessoas que não passaram por amputações, eles receberam os eletrodos e foram instruídos a usar pensamentos para fazer com que um braço virtual na tela reproduzisse 10 movimentos diferentes, entre os quais três formas diferentes de aperto de mão.

Os pacientes apresentaram desempenho bastante respeitável, apenas um pouco mais lento e menos preciso do que os dos participantes que não tinham amputações.

"As velocidades de movimento que encontramos em nossos pacientes foram realmente encorajadoras", disse Kuiken. "Eles conseguiram completar a tarefa. É claro que não foram tão competentes quanto as pessoas dotadas de plena capacidade física, mas foram bons o bastante".

Um braço virtual foi usado porque a maioria das próteses existentes não era capaz de acomodar todos aqueles movimentos, no momento da pesquisa, ainda que Sullivan, Kitts e uma terceira paciente, Claudia Mitchell, tenham experimentado dois novos protótipos mais versáteis de braços artificiais, executando tarefas complexas com bolas de tênis e outros objetos.

O trabalho de renervação em soldados apresenta outros desafios, diz Kuiken, porque os ferimentos militares muitas vezes "causam danos muitos extensos" a nervos, músculos ou ossos.

Daniel Acosta, 25 anos, um aviador ferido pela detonação de uma bomba em uma estrada do Iraque em 2005, passou pelo procedimento no ano passado e diz que seu braço esquerdo protético agora se movimenta "muito mais rápido" e de maneira muito mais natural.

"A diferença é que agora não preciso mais pensar para mover o braço", ele diz. "Ele simplesmente se mexe".

Ainda assim, Acosta, de San Antonio, diz que "o processo foi bastante longo" e que os eletrodos precisam ser ajustados para receber os sinais à medida que os nervos crescem ou mudam de posição.

E embora elogiem o método, os especialistas afirmam que a ciência das próteses de braço ainda tem muito por avançar.

"Trata-se de uma parte crucial, mas ainda assim apenas uma parte, das muitas coisas que compreendem a função normal de um braço", disse Loeb, que escreveu um editorial que acompanha o artigo no Journal of the American Medical Association.

"No momento estamos a meio do caminho entre o braço de 'Dr. Fantástico', que fazia involuntariamente a saudação nazista, e o braço de Luke Skywalker em 'Guerra nas Estrelas', que funciona sem nenhum problema assim que é conectado. Creio que precisaremos ainda de muitos anos para conectar todas as peças necessárias a produzir um braço capaz de funcionar normalmente".
17:04
Anónimo disse...
A Espanha disse neste sábado que está preparando uma reclamação oficial contra a decisão da Venezuela de expulsar um membro do Parlamento Europeu que criticou o conselho eleitoral venezuelano.
Luis Herrero, membro do partido conservador espanhol PP, foi deportado na sexta-feira depois que o Conselho Nacional Eleitoral (CNE) o acusou de questionar a imparcialidade da instituição antes de um referendo que pode permitir ao presidente Hugo Chávez permanecer no cargo indefinidamente.

Herrero estava na Venezuela como observador do referendo. Ele acusou Chávez de ter "comportamentos típicos de um ditador" por pedir a contenção de manifestações da oposição.

O governo da Espanha convocou um encontro com o embaixador da Venezuela em Madri para expressar a desaprovação sobre a expulsão de Herrero, disse um representante do Ministério das Relações Exteriores espanhol.

As relações da Venezuela com a Espanha tiveram seu ponto crítico em 2007, quando Chávez ameaçou rever acordos diplomáticos e comerciais depois de ouvir um "cala a boca" do rei espanhol Juan Carlos durante uma cúpula.

A fenda foi oficialmente reparada em 2008, com uma visita oficial de Chávez à Espanha, onde ele cumprimentou o rei e discutiu acordos para investimento no setor petroquímico com o primeiro-ministro José Luis Rodriguez Zapatero.
17:06
Anónimo disse...
A polícia do Zimbábue anunciou neste sábado que acusa de traição Roy Bennett, dirigente do até agora opositor Movimento para a Mudança Democrática (MDC), detido na sexta-feira, em Harare, poucas horas antes da cerimônia de posse dos membros do novo gabinete.

"A Polícia nos informou que vão apresentar acusações de traição", disse à agência EFE o advogado de defesa de Bennett, Trust Maanda.

"Tentam relacionar Roy com o caso de Mike Hitschmann, que foi detido em 2006 em relação à descoberta de um carregamento de armas, apesar de que Hitschmann não tenha sido declarado culpado das acusações de traição apresentadas contra ele, mas de um crime menor de descumprimento de leis", disse Maanda.

O político opositor, designado por seu partido como vice-ministro de Agricultura no Governo de união nacional, esteve no exílio na vizinha África do Sul desde 2006 e retornou ao Zimbábue há duas semanas.

Segundo a Polícia, que deteve Bennett ontem no aeroporto de Harare quando pretendia ir à África do Sul para visitar sua família, as armas apreendidas em 2006 seriam utilizadas em um golpe de Estado para derrubar o presidente do Zimbábue, Robert Mugabe.

Depois da detenção, Bennet foi levado a Mutar, onde vários simpatizantes do MDC se concentraram em frente à delegacia na qual estava detido, diante do que a Polícia respondeu com tiros para o alto para dispersar os manifestantes.
17:07
Anónimo disse...
Austrália: 14 mil se candidatam a 'emprego dos sonhos'

A secretaria de Turismo de Queensland, na Austrália, informou que até esta segunda-feira já recebeu cerca de 14 mil inscrições para o "o melhor emprego do mundo". O Estado australiano promove pela internet seleção para vaga de "zelador" da ilha Hamilton, por seis meses com um salário de R$ 40 mil.

Muitos candidatos tiveram problemas durante a inscrição por conta dos acessos simultâneos ao site. A secretaria aconselha enviar os vídeos de 60s explicando porque deve ser escolhido em horários alternativos do dia, além de recomendar tamanho em torno de 40MB.

As inscrições começaram em 12 de janeiro e vão até o próximo dia 22 e podem ser feitas pelo site www.islandreefjob.com. O governo australiano escolherá 50 candidatos para a próxima fase da seleção, que terá votos do público para eleger um dos 11 finalistas.

A última fase terá entrevistas e desafios físicos, no próprio local de trabalho: as ilhas da Grande Barreira Coralina - o maior recife de coral do mundo. A secretaria de Turismo anunciará o vencedor no dia 6 de maio.
17:09
Anónimo disse...
Mercado elogia governo na crise, mas pede maior queda no juro

Peter Fussy
Direto de São Paulo

Desde as primeiras medidas anunciadas para combater os efeitos da crise, o governo brasileiro avisou que a estratégia não contemplaria um pacote. Seriam doses pontuais, de acordo com a necessidade da economia diante do agravamento das turbulências. Da primeira liberação dos depósitos compulsórios em setembro até a ampliação do seguro-desemprego na última quarta-feira, o governo passou por redução de impostos, ampliação de crédito e incentivos à exportação. Quase 150 dias após a primeira medida, o Terra conversou com líderes do setor público e privado, representantes dos trabalhadores, acadêmicos e com o próprio governo para saber quais destas ações foram mais eficazes, quais foram mais ineficientes e o que mais pode ser feito pelo Estado brasileiro contra a crise.

Os maiores elogios foram direcionados à atitude de reduzir o Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) para a indústria automobilística, anunciada em dezembro e que fez com que os emplacamentos de carros novos subissem 1,9% no primeiro mês do ano em relação a dezembro de 2008. Já as maiores críticas foram para a lentidão no corte da taxa básica de juro do País.

Para o presidente do conselho administrativo do Grupo Pão de Açúcar, Abílio Diniz, o Estado não é responsável pela crise e mesmo assim está agindo "com extrema serenidade e muito acerto". "O governo está atento, fazendo a sua parte. É preciso coragem de baixar firmemente a taxa de juros. É uma arma que temos a nosso favor, já que não há clima para inflação, nem possibilidade de danos para a macroeconomia", afirmou Diniz.

Na última reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), em janeiro, a taxa Selic foi reduzida em um ponto percentual, de 13,75% para 12,75% ao ano. Porém, o professor de economia da Universidade de Brasília (UnB) José Luiz Oreiro lembra que este corte representa uma redução de apenas 0,25 ponto percentual com relação à taxa de setembro do ano passado, quando a crise se agravou.

"Pouco antes da eclosão da crise, o Banco Central aumentou a taxa em 0,75 ponto. Foram cinco meses de demora para reduzir em termos líquidos apenas 0,25 ponto", afirmou o economista, que também sugeriu redução do intervalo de cerca de 90 dias entre as reuniões do Copom e o corte de pelo menos um 1 ponto percentual em cada reunião.

Mesmo com o corte de janeiro, a taxa de juros real continua sendo a maior do mundo, lembrou o secretário-geral da Força Sindical, João Carlos Gonçalves, o Juruna. "A redução da taxa de juro ainda é pequena, porque ela continua uma das mais altas do mundo. Falta ousadia para baixar os juros e ajudar o cidadão. A permanência da taxa de juro alta é negativa para o País em meio a crise", afirmou Juruna.

Embora aprove as ações do governo, o senador Aloízio Mercadante (PT-SP) também acredita que o patamar da Selic está muito alto. "Sempre fomos os primeiros a entrar em qualquer crise, o que não aconteceu agora. A taxa Selic ainda é muito alta, mas o governo têm tomado medidas acertadas, como o aumento do salário mínimo, mesmo com um cenário de crise. Isso ajuda a movimentar o consumo. O governo está se esforçando para manter os investimentos e o crescimento", disse.

Tributos
De acordo com o economista Fabio Pina, da Fecomercio-SP, as ações mais positivas estão relacionadas à redução de tributos para alguns segmentos, como a indústria automobilística, que recuperou parte da queda nas vendas em janeiro com a isenção do IPI para carros 1.0 l e o corte para demais motorizações. A medida vale até o final de março.

"Essas medidas não só reduziram o preço, mas anteciparam o consumo daqueles que iriam comprar no futuro, dando um prêmio por conta da insegurança. Mexe diretamente com o principal problema que é a confiança do consumidor", afirmou. Juruna destacou que um bom ritmo de vendas é garantia de emprego. "É importante porque cada emprego na montadora significa 19 na cadeia produtiva", comentou o representante da Força Sindical.

Também em dezembro, o governo decidiu cortar pela metade a alíquota do Imposto de Renda para contribuintes que ganham entre R$ 1.434 e R$ 2.150 mensais. "O salário aumentava e a tabela não se modificava. As pessoas ganhavam mais e pagavam mais impostos", apontou Juruna. Outra redução de tributos do governo foi com relação ao Imposto sobre Operações Financeiras (IOF), que caiu de 3% ao ano para 1,5%.

Crédito
Na segunda metade de 2008, o colapso de bancos nos Estados Unidos por conta da crise do subprime provocou uma forte restrição de crédito no mundo inteiro. Uma das primeiras medidas anticrise do governo teve como objetivo restabelecer a oferta, com mudanças no recolhimento dos depósitos compulsórios por parte dos bancos. Segundo o presidente do Banco Central, Henrique Meirelles, as diversas modificações liberaram US$ 99,2 bilhões aos bancos até o final de janeiro.

Além disso, o governo concedeu R$ 36 bilhões das reservas internacionais para empresas brasileiras com dívidas no exterior e uma medida provisória autorizou o Banco do Brasil e a Caixa Econômica Federal a comprar carteiras de crédito de bancos privados. Para o diretor do Departamento de Pesquisas e Estudos Econômicos da Fiesp, Paulo Francini, estas medidas foram essenciais para combater os efeitos da crise.

"A crise se desenvolve no mundo em torno do tema crédito. E o crédito reduziu-se barbaridade no mundo. Então o governo lança mão de compulsório, lança mão de reservas, de medidas que permitem aos bancos comprar carteiras de bancos. Você vai tomando várias medidas para atender às demandas e o epicentro disso é crédito", afirmou.

No entanto, Oreiro, da UnB, adverte que a liberação dos compulsórios seria mais eficiente acompanhada de redução mais agressiva da taxa básica de juro. "Uma parte do crédito voltou, depois da forte retração em outubro e novembro. O que deveria ter sido feito junto à liberação do compulsório era uma redução mais drástica da taxa de juro. Sem isso, os bancos pegam as reservas e acabam comprando títulos públicos", explicou o economista.

Na opinião de Pina, as ações de distribuição de crédito via redução do compulsório e a disposição de capital de giro para empresas foram tomadas sem um cuidado maior na operação e não tiveram muito efeito. "O BNDES tem linhas que ficam paradas quase todo o ano, agora é pior ainda. Existem os recursos, mas as empresas e os bancos estão desconfiados. É preciso fazer com que os bancos tenham interesse em emprestar", afirmou o economista da Fecomercio-SP.

Futuro
Mesmo com todas essas medidas, a crise financeira ainda gera incertezas nos setores produtivos do País. Nos últimos meses, o medo do desemprego fez os consumidores adiarem compras. Por sua vez, a queda nas vendas pode obrigar as indústrias a cortarem a produção e demitir funcionários. Contra isso, empresários sugerem redução de jornada e de salários.

"Isto está previsto em lei. A Fiesp simplesmente manteve conversações com entidades sindicais quanto à aplicação daquilo que já está previsto em lei", afirmou Francini.

Segundo a ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff, uma das medidas que assegura um nível de emprego é a manutenção de investimentos no Programa de Aceleração do Crescimento (PAC). "Estamos esperando que a dificuldade ocorra em janeiro, fevereiro e março. Estamos certos que vamos manter o nível de investimento. É isso que funciona, é isso que significa investimento público. Ele funciona como um colchão. Por isso, nós colocamos R$ 100 bilhões no BNDES e a Petrobras ampliou o seu investimento em R$ 120 bilhões", afirmou.

Na mesma linha, Pina explica que a antecipação de gastos do governo substitui parte da demanda retraída do setor privado. "Ele dá o seguinte recado: não vou estourar as contas públicas, mas concentrar em um momento em que a demanda privada está pequena. Mas o governo não tem fôlego suficiente para fazer o papel de toda demanda", ressaltou. O economista da Fecomercio lembrou que a entidade já pleiteou junto ao governo isenções para transferência de imóveis e de automóveis, além de retirar o IPVA para veículos novos.

Já Oreiro foca suas propostas na capitalização do Banco do Brasil e da Caixa Econômica Federal pelo Tesouro para atender a demanda de crédito para capital de giro e reduzir o spread. "Aumentando o empréstimo e reduzindo as taxas, os dois vão forçar os bancos privados a acompanhar o movimento, até para não perderem participação no mercado", explicou o economista da UnB.

Até o Carnaval, o governou prometeu detalhar um pacote de incentivos para a construção de até um milhão de casas populares, direcionado a famílias com renda de até dez salários mínimos. "Estamos atentos a tudo o que está acontecendo e novas medidas serão tomadas caso haja uma avaliação de que sejam necessárias", disse o ministro da Fazenda, Guido Mantega, na última sexta-feira.
17:11
Anónimo disse...
Ex-ministro critica extensão do seguro-desemprego

Atualizada às 09h03

O ex-ministro do Trabalho Almir Pazzianotto criticou a decisão do governo federal de conceder o seguro-desemprego estendido a apenas alguns setores. "É certamente odioso e provavelmente inconstitucional", disse Pazzianotto, de acordo com o jornal O Estado de S. Paulo.

Na última qurta, dia do anúncio da medida, centrais sindicais elogiaram a atitude do governo. A Força Sindical divulgou nota dizendo que "o aumento ajudará a aquecer parte da economia, já que irá gerar mais consumo, produção e conseqüentemente, a criação de novos postos de trabalho". A União Geral dos Trabalhadores (UGT) afirmou que a medida "contribuirá para minimizar o drama dos trabalhadores que perderem seu emprego por conta da crise".

O ex-ministro, que instituiu o seguro-desemprego no País no governo de José Sarney, destacou a necessidade de as centrais sindicais se manifestarem contra a determinação. Para ele, as mudanças devem ser aplicadas a todas as categorias profissionais e a distinção é contrária ao artigo 3º da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT).

Pazzianotto atribui a medida a um possível temor do governo de que a crise econômica seja longa e não haja dinheiro para atender a todas as necessidades. Ainda assim, ele se mostra contrário ao método de concessão. "O seguro-desemprego ajuda a sanar necessidades básicas. Estendê-lo é paliativo, não a solução", disse ao jornal.

De acordo com o presidente do Conselho Deliberativo do Fundo de Amparo ao Trabalhador (Codefat) e conselheiro da Força Sindical, Luiz Fernando Emediato, a determinação já estava prevista na lei 8.900/94, que trata do seguro-desemprego.

O presidente da Comissão de Trabalho da Câmara, Pedro Fernandes (PTB-MA) vai além na crítica à concessão do seguro para apenas alguns setores. Ele acredita que a ampliação do benefício estimula o desemprego.

Quintino Severo, secretário geral da Central Única dos Trabalhadores (CUT), lembra que a ampliação do benefício sem critério e identificação pode incentivar demissões em outros setores.

23:32
Anónimo disse...
Os bombeiros combatem neste sábado os incêndios na Austrália favorecidos pelo bom tempo, enquanto os deslocados encotram em seu retorno casas derruídas, carros queimados nas ruas e destruição.

Depois de sete dias desde que começaram os incêndios no Estado de Victoria, a lista de mortos chega a 181, os desaparecidos somam 50, os edifícios destruídos totalizam 1,834 mil e o terreno arrasado, principalmente florestas, ocupa uma área de 4,13 mil quilômetros quadrados.

As equipes de bombeiros, formadas por 4 mil profissionais de Victoria, de outras partes da Austrália e de países amigos, combateram hoje 12 focos fora de controle e nenhum representava uma ameaça direta para a população.

O subdiretor do Serviço de Bombeiros, Geoff Conway, disse que este tempo favorável, que se prolongará durante o domingo, permite consolidar as linhas de contenção e avançar na extinção das chamas.

Cinzas apareceram arrastadas por ventos do nordeste sobre Melbourne, onde habitam 3,8 milhões de pessoas, e as autoridades alertaram aos cidadãos do risco para a saúde de idosos, crianças e pessoas com problemas respiratórios.

O número de pessoas deslocadas - a Cruz Vermelha chegou a receber 7 mil - começou a cair com a abertura de algumas localidades atingidas.

Os incêndios, alguns criminosos, começaram em 7 de fevereiro, quando a região sul da Austrália estava há duas semanas sob uma onda de calor sem precedentes.

Na sexta-feira passada, a polícia acusou uma pessoa de ter provocado o incêndio que atingiu a localidade de Churchill e matou 21 pessoas.
16:55
Anónimo disse...
A primeira chuva em seis dias reduziu a ameaça de incêndios no Estado de Victoria, ao sul da Austrália. As autoridades, porém, advertiram que ainda existem 12 focos, mas que nenhum deles ameaça áreas povoadas.

Mais de quatro mil bombeiros, mil provenientes de outras partes do país e de outras nações, trabalham contra o fogo. Cerca de 600 veículos e 28 helicópteros e pequenos aviões estão sendo usados.


Eles conseguiram construir linhas de contenção para evitar os incêndios de Yarra e Maroondah se juntassem. Também foram controlados os incêndios abertos de Yea e Murrindindi, que ameaçavam as comunidades de Connellys Creek, Crystal Creek, Scrubby Creek e Native Dog Creek.

O número de mortos chegou a 181, mas as autoridades acreditam que as vítimas devem passar de 200, já que ainda há muitos desaparecidos.
16:55
Anónimo disse...
Aqui nesta coluna, na semana passada, tive a oportunidade de comentar sobre a recente visita do professor brasileiro Pedrinho Guareschi à Austrália. Não dei, porém, os fatos, pois semana passada o assunto era outro.

Hoje, porém, vamos a eles.

No último dia 4 de fevereiro, aconteceu o Seminário "Paulo Freire: Education and Liberation", organizado pelo centro de estudos latino-americanos da Universidade Nacional da Austrália, ou ANU, como é mais conhecida por aqui.

A ANU, para quem não sabe, está entre as 20 melhores universidades do mundo! E tem sede aqui em Camberra, capital da Austrália.

Na abertura do evento, o professor John Minns, diretor do centro latino-americano, ao dar boas-vindas ao público presente, lembrou ser aquele o primeiro seminário exclusivamente dedicado a Paulo Freire na Austrália.

Em seguida, convidou Pedrinho Guareschi, palestrante principal do Seminário, a fazer sua apresentação.

A plateia pode então conhecer, pelas palavras de Pedrinho, um pouco da obra e da vida de Freire, esse brasileiro de fé e valor, que sempre acreditou na educação, sobretudo dos menos favorecidos, analfabetos, como força libertadora.

Como não podia deixar de ser, os conceitos e ideias revolucionários de Paulo Freire, expostos com clareza por Pedrinho, despertaram o interesse e a curiosidade de plateia. A qual, deve-se notar, era na maioria de estudantes, mas de várias nacionalidades, sobretudo australianos e asiáticos.

Na continuação do programa do seminário, que se estendeu por dois dias, outros professores fizeram palestras sobre temas ligados à obra de Paulo Freire.

Interessante, por exemplo, saber que a professora Anne Hickling-Hudson, jamaicana que mora na Austrália há muitos anos (é professora da ANU), conheceu e trabalhou com Freire num workshop educacional durante a revolução na Ilha de Granada, em 1980, antes da invasão dos Estados Unidos...

Ou, então, a palestra da Professora Gerda Roelvink, da Nova Zelândia, que participou do Fórum Social de Porto Alegre em 2005. E essa participação transformou-se em tema de doutorado.

No dia 10, terça-feira passada, o padre Pedrinho Guareschi voltou a falar ao público australiano em grande auditório localizado no belíssimo campus da ANU. Desta vez, sobre a Teologia da Libertação.

Depois da palestra, John Minns mostrou o filme mexicano "O Crime do Padre Amaro", no qual um dos personagens é um padre católico praticante da Teologia da Libertação.

Mais uma vez, foi grande o intersse da platéia, que pode aprender e conhecer um pouco como se desenvolveu aquele importante movimento católico na América Latina.

Fica, assim, ao Pedrinho, bem como a outros brasileiros estudiosos e de bom coração que saem pelo mundo a divulgar aspectos importantes da cultura brasileira, o respeito e a homenagem desta coluna. E... aquele abraço!
16:57
Anónimo disse...
Amanda Kitts perdeu o braço esquerdo em um acidente de automóvel acontecido três anos atrás, mas hoje em dia ela joga futebol americano com seu filho de 12 anos de idade, troca fraldas e abraça as crianças nas três creches Kiddie Cottage que opera em Knoxville, Tennessee. Kitts, 40 anos, faz tudo isso com a ajuda de um novo tipo de braço artificial que se movimenta com mais facilidade do que outros aparelhos e que ela pode controlar utilizando apenas seus pensamentos.

"Eu sou capaz de mexer a mão, o pulso e o cotovelo ao mesmo tempo", diz. "Você pensa e os músculos se movem em seguida".

A recuperação que ela conseguiu resulta de um novo procedimento que vem atraindo crescente atenção porque permite que pessoas movam braços protéticos de forma mais automática do que faziam no passado, simplesmente utilizando nervos reaproveitados em seus cérebros.

A técnica, conhecida como "renervação muscular dirigida", envolve utilizar os nervos que restam depois da amputação de um braço e conectá-los a outro músculo do corpo, em geral no peito. Eletrodos são instalados sobre os músculos do peito, e operam como se fossem antenas. Quando a pessoa deseja mover o braço, o cérebro envia sinais que primeiro resultam em contração dos músculos do peito, os quais enviam um sinal ao braço protético, instruindo-se a se movimentar. O processo não requer mais esforços consciente do que a pessoa teria de exercitar caso ainda tivesse seu braço natural.

Na terça-feira, pesquisadores reportaram em estudo publicado pela versão online do Journal of the American Medical Association que haviam levado a técnica ainda mais à frente, tornando possível a execução de 10 movimentos de mão, pulso e cotovelo diferentes, o que representa uma substancial melhora com relação ao típico repertório protético, que em geral envolve apenas dobrar o cotovelo, girar o pulso e abrir a mão.

"Os novos métodos tiveram impacto dramático em nosso campo de trabalho", disse Stuart Harshbarger, engenheiro biomédico na Universidade Johns Hopkins e diretor do programa de pesquisa sobre próteses, financiado pelas forças armadas, que inclui o trabalho com essa técnica. "O método já está em uso por médicos e cirurgiões comuns em todo o país. A capacidade de controlar um membro protético bastante robusto que ele confere surpreendeu a todos pela qualidade".

Tipicamente, uma pessoa que tenha um braço protético só é capaz de executar alguns poucos movimentos, e muitas vezes com tamanha lentidão que isso só permite a ela atividades limitadas.

Há um motor separado para cada movimento, diz Gerald Loeb, professor de engenharia biomédica na Universidade

Anónimo disse...

Anónimo disse...
Ex-ministro critica extensão do seguro-desemprego

Atualizada às 09h03

O ex-ministro do Trabalho Almir Pazzianotto criticou a decisão do governo federal de conceder o seguro-desemprego estendido a apenas alguns setores. "É certamente odioso e provavelmente inconstitucional", disse Pazzianotto, de acordo com o jornal O Estado de S. Paulo.

Na última qurta, dia do anúncio da medida, centrais sindicais elogiaram a atitude do governo. A Força Sindical divulgou nota dizendo que "o aumento ajudará a aquecer parte da economia, já que irá gerar mais consumo, produção e conseqüentemente, a criação de novos postos de trabalho". A União Geral dos Trabalhadores (UGT) afirmou que a medida "contribuirá para minimizar o drama dos trabalhadores que perderem seu emprego por conta da crise".

O ex-ministro, que instituiu o seguro-desemprego no País no governo de José Sarney, destacou a necessidade de as centrais sindicais se manifestarem contra a determinação. Para ele, as mudanças devem ser aplicadas a todas as categorias profissionais e a distinção é contrária ao artigo 3º da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT).

Pazzianotto atribui a medida a um possível temor do governo de que a crise econômica seja longa e não haja dinheiro para atender a todas as necessidades. Ainda assim, ele se mostra contrário ao método de concessão. "O seguro-desemprego ajuda a sanar necessidades básicas. Estendê-lo é paliativo, não a solução", disse ao jornal.

De acordo com o presidente do Conselho Deliberativo do Fundo de Amparo ao Trabalhador (Codefat) e conselheiro da Força Sindical, Luiz Fernando Emediato, a determinação já estava prevista na lei 8.900/94, que trata do seguro-desemprego.

O presidente da Comissão de Trabalho da Câmara, Pedro Fernandes (PTB-MA) vai além na crítica à concessão do seguro para apenas alguns setores. Ele acredita que a ampliação do benefício estimula o desemprego.

Quintino Severo, secretário geral da Central Única dos Trabalhadores (CUT), lembra que a ampliação do benefício sem critério e identificação pode incentivar demissões em outros setores.

23:31
Anónimo disse...
Os bombeiros combatem neste sábado os incêndios na Austrália favorecidos pelo bom tempo, enquanto os deslocados encotram em seu retorno casas derruídas, carros queimados nas ruas e destruição.

Depois de sete dias desde que começaram os incêndios no Estado de Victoria, a lista de mortos chega a 181, os desaparecidos somam 50, os edifícios destruídos totalizam 1,834 mil e o terreno arrasado, principalmente florestas, ocupa uma área de 4,13 mil quilômetros quadrados.

As equipes de bombeiros, formadas por 4 mil profissionais de Victoria, de outras partes da Austrália e de países amigos, combateram hoje 12 focos fora de controle e nenhum representava uma ameaça direta para a população.

O subdiretor do Serviço de Bombeiros, Geoff Conway, disse que este tempo favorável, que se prolongará durante o domingo, permite consolidar as linhas de contenção e avançar na extinção das chamas.

Cinzas apareceram arrastadas por ventos do nordeste sobre Melbourne, onde habitam 3,8 milhões de pessoas, e as autoridades alertaram aos cidadãos do risco para a saúde de idosos, crianças e pessoas com problemas respiratórios.

O número de pessoas deslocadas - a Cruz Vermelha chegou a receber 7 mil - começou a cair com a abertura de algumas localidades atingidas.

Os incêndios, alguns criminosos, começaram em 7 de fevereiro, quando a região sul da Austrália estava há duas semanas sob uma onda de calor sem precedentes.

Na sexta-feira passada, a polícia acusou uma pessoa de ter provocado o incêndio que atingiu a localidade de Churchill e matou 21 pessoas.
16:55
Anónimo disse...
A primeira chuva em seis dias reduziu a ameaça de incêndios no Estado de Victoria, ao sul da Austrália. As autoridades, porém, advertiram que ainda existem 12 focos, mas que nenhum deles ameaça áreas povoadas.

Mais de quatro mil bombeiros, mil provenientes de outras partes do país e de outras nações, trabalham contra o fogo. Cerca de 600 veículos e 28 helicópteros e pequenos aviões estão sendo usados.


Eles conseguiram construir linhas de contenção para evitar os incêndios de Yarra e Maroondah se juntassem. Também foram controlados os incêndios abertos de Yea e Murrindindi, que ameaçavam as comunidades de Connellys Creek, Crystal Creek, Scrubby Creek e Native Dog Creek.

O número de mortos chegou a 181, mas as autoridades acreditam que as vítimas devem passar de 200, já que ainda há muitos desaparecidos.
16:55
Anónimo disse...
Aqui nesta coluna, na semana passada, tive a oportunidade de comentar sobre a recente visita do professor brasileiro Pedrinho Guareschi à Austrália. Não dei, porém, os fatos, pois semana passada o assunto era outro.

Hoje, porém, vamos a eles.

No último dia 4 de fevereiro, aconteceu o Seminário "Paulo Freire: Education and Liberation", organizado pelo centro de estudos latino-americanos da Universidade Nacional da Austrália, ou ANU, como é mais conhecida por aqui.

A ANU, para quem não sabe, está entre as 20 melhores universidades do mundo! E tem sede aqui em Camberra, capital da Austrália.

Na abertura do evento, o professor John Minns, diretor do centro latino-americano, ao dar boas-vindas ao público presente, lembrou ser aquele o primeiro seminário exclusivamente dedicado a Paulo Freire na Austrália.

Em seguida, convidou Pedrinho Guareschi, palestrante principal do Seminário, a fazer sua apresentação.

A plateia pode então conhecer, pelas palavras de Pedrinho, um pouco da obra e da vida de Freire, esse brasileiro de fé e valor, que sempre acreditou na educação, sobretudo dos menos favorecidos, analfabetos, como força libertadora.

Como não podia deixar de ser, os conceitos e ideias revolucionários de Paulo Freire, expostos com clareza por Pedrinho, despertaram o interesse e a curiosidade de plateia. A qual, deve-se notar, era na maioria de estudantes, mas de várias nacionalidades, sobretudo australianos e asiáticos.

Na continuação do programa do seminário, que se estendeu por dois dias, outros professores fizeram palestras sobre temas ligados à obra de Paulo Freire.

Interessante, por exemplo, saber que a professora Anne Hickling-Hudson, jamaicana que mora na Austrália há muitos anos (é professora da ANU), conheceu e trabalhou com Freire num workshop educacional durante a revolução na Ilha de Granada, em 1980, antes da invasão dos Estados Unidos...

Ou, então, a palestra da Professora Gerda Roelvink, da Nova Zelândia, que participou do Fórum Social de Porto Alegre em 2005. E essa participação transformou-se em tema de doutorado.

No dia 10, terça-feira passada, o padre Pedrinho Guareschi voltou a falar ao público australiano em grande auditório localizado no belíssimo campus da ANU. Desta vez, sobre a Teologia da Libertação.

Depois da palestra, John Minns mostrou o filme mexicano "O Crime do Padre Amaro", no qual um dos personagens é um padre católico praticante da Teologia da Libertação.

Mais uma vez, foi grande o intersse da platéia, que pode aprender e conhecer um pouco como se desenvolveu aquele importante movimento católico na América Latina.

Fica, assim, ao Pedrinho, bem como a outros brasileiros estudiosos e de bom coração que saem pelo mundo a divulgar aspectos importantes da cultura brasileira, o respeito e a homenagem desta coluna. E... aquele abraço!
16:57
Anónimo disse...
Amanda Kitts perdeu o braço esquerdo em um acidente de automóvel acontecido três anos atrás, mas hoje em dia ela joga futebol americano com seu filho de 12 anos de idade, troca fraldas e abraça as crianças nas três creches Kiddie Cottage que opera em Knoxville, Tennessee. Kitts, 40 anos, faz tudo isso com a ajuda de um novo tipo de braço artificial que se movimenta com mais facilidade do que outros aparelhos e que ela pode controlar utilizando apenas seus pensamentos.

"Eu sou capaz de mexer a mão, o pulso e o cotovelo ao mesmo tempo", diz. "Você pensa e os músculos se movem em seguida".

A recuperação que ela conseguiu resulta de um novo procedimento que vem atraindo crescente atenção porque permite que pessoas movam braços protéticos de forma mais automática do que faziam no passado, simplesmente utilizando nervos reaproveitados em seus cérebros.

A técnica, conhecida como "renervação muscular dirigida", envolve utilizar os nervos que restam depois da amputação de um braço e conectá-los a outro músculo do corpo, em geral no peito. Eletrodos são instalados sobre os músculos do peito, e operam como se fossem antenas. Quando a pessoa deseja mover o braço, o cérebro envia sinais que primeiro resultam em contração dos músculos do peito, os quais enviam um sinal ao braço protético, instruindo-se a se movimentar. O processo não requer mais esforços consciente do que a pessoa teria de exercitar caso ainda tivesse seu braço natural.

Na terça-feira, pesquisadores reportaram em estudo publicado pela versão online do Journal of the American Medical Association que haviam levado a técnica ainda mais à frente, tornando possível a execução de 10 movimentos de mão, pulso e cotovelo diferentes, o que representa uma substancial melhora com relação ao típico repertório protético, que em geral envolve apenas dobrar o cotovelo, girar o pulso e abrir a mão.

"Os novos métodos tiveram impacto dramático em nosso campo de trabalho", disse Stuart Harshbarger, engenheiro biomédico na Universidade Johns Hopkins e diretor do programa de pesquisa sobre próteses, financiado pelas forças armadas, que inclui o trabalho com essa técnica. "O método já está em uso por médicos e cirurgiões comuns em todo o país. A capacidade de controlar um membro protético bastante robusto que ele confere surpreendeu a todos pela qualidade".

Tipicamente, uma pessoa que tenha um braço protético só é capaz de executar alguns poucos movimentos, e muitas vezes com tamanha lentidão que isso só permite a ela atividades limitadas.

Há um motor separado para cada movimento, diz Gerald Loeb, professor de engenharia biomédica na Universidade do Sul da Califórnia, "e esses motores precisam ser controlados de maneira explícita", usualmente por um esforço consciente da pessoa para contrair músculos nas costas ou no bíceps.

"Essencialmente, até agora os pacientes controlavam apenas um motor de cada vez", diz Loeb, "e precisavam pensar cuidadosamente sobre que motor desejavam controlar e como fazê-lo operar, em lugar de simplesmente pensarem em mover o braço e poderem fazê-lo sem delongas".

Antes que Kitts passasse pelo procedimento de renervação, em outubro de 2007, por exemplo, ela precisava movimentar os músculos de suas costas de determinada maneira para fazer com que seu pulso girasse, e flexionar seu bíceps e tríceps para fazer com que o cotovelo se movesse para cima e para baixo. "Era muito trabalho", ela conta. "E não me ajudava muito".

O procedimento de renervação é parte de uma recente explosão de idéias novas e técnicas inovadoras que estão sendo exploradas enquanto os cientistas se esforçam por ajudar as pessoas a compensar melhor a perda de membros ou problemas de paralisia. O esforço vem sendo alimentado pelo aumento no número de amputações causado por diabetes e por ferimentos sofridos pelos militares, e ao mesmo tempo pelos avanços na tecnologia médica.

Os braços se tornaram um dos focos essenciais desse tipo de trabalho. A ciência há muito vem obtendo sucessos no desenvolvimento de próteses de perna, mas é muito mais difícil imitar a complexidade e a destreza das mãos e dos braços.

Os esforços em curso incluem o desenvolvimento de projetos de pele e braços mais sensíveis e mais flexíveis, e o uso de dispositivos acionados por controles sem fio implantado nos braços protéticos, que permitiriam movimentos mais naturais.

Os pesquisadores também vêm usando sensores implantados nos cérebros de cobaias para permitir que dois macacos controlem um braço mecânico, e um teste com um homem paralítico permitiu, com esse método, que ele movimentasse um cursor em uma tela de computador.

Alguns desses métodos, caso venham a ser aperfeiçoados plenamente e consigam aprovação das autoridades regulatórias da saúde, podem no futuro se tornar mais viáveis para os pacientes de amputações.

E embora a técnica da renervação não requeira aprovação das autoridades regulatórias porque é executada por meios cirúrgicos e emprega aparelhos já existentes, ela apresenta limitações que até mesmo seus criadores reconhecem, entre as quais o fato de que não se pode utilizá-la para todos os pacientes, o seu alto custo e o prazo de meses requerido para que os nervos reconectados cresçam e se tornem efetivos.

Ainda assim, os especialistas dizem que é o mais avançado sistema em uso hoje para pacientes reais que permite que o sistema nervoso controle diretamente o movimento de um braço artificial.

Desde sua introdução por Todd Kuiken, médico fisioterapeuta e engenheiro biomédico do Instituto de Reabilitação de Chicago, o método foi empregado em cerca de 30 pacientes nos Estados Unidos, Canadá e Europa, entre os quais oito soldados feridos no Iraque e no Afeganistão.

Muitos dos pacientes, entre os quais o primeiro, Jesse Sullivan, um operário do setor elétrico no Tennessee que perdeu os dois braços quando foi eletrocutado por um cabo, conseguem não apenas manipular seus braços protéticos mas sentir a presença das mãos que já não têm quando alguém toca em seus peitos.

Sullivan, 62 anos, e Kitts, estavam entre os cinco pacientes que participaram do estudo reportado na terça-feira. Em companhia de cinco outras pessoas que não passaram por amputações, eles receberam os eletrodos e foram instruídos a usar pensamentos para fazer com que um braço virtual na tela reproduzisse 10 movimentos diferentes, entre os quais três formas diferentes de aperto de mão.

Os pacientes apresentaram desempenho bastante respeitável, apenas um pouco mais lento e menos preciso do que os dos participantes que não tinham amputações.

"As velocidades de movimento que encontramos em nossos pacientes foram realmente encorajadoras", disse Kuiken. "Eles conseguiram completar a tarefa. É claro que não foram tão competentes quanto as pessoas dotadas de plena capacidade física, mas foram bons o bastante".

Um braço virtual foi usado porque a maioria das próteses existentes não era capaz de acomodar todos aqueles movimentos, no momento da pesquisa, ainda que Sullivan, Kitts e uma terceira paciente, Claudia Mitchell, tenham experimentado dois novos protótipos mais versáteis de braços artificiais, executando tarefas complexas com bolas de tênis e outros objetos.

O trabalho de renervação em soldados apresenta outros desafios, diz Kuiken, porque os ferimentos militares muitas vezes "causam danos muitos extensos" a nervos, músculos ou ossos.

Daniel Acosta, 25 anos, um aviador ferido pela detonação de uma bomba em uma estrada do Iraque em 2005, passou pelo procedimento no ano passado e diz que seu braço esquerdo protético agora se movimenta "muito mais rápido" e de maneira muito mais natural.

"A diferença é que agora não preciso mais pensar para mover o braço", ele diz. "Ele simplesmente se mexe".

Ainda assim, Acosta, de San Antonio, diz que "o processo foi bastante longo" e que os eletrodos precisam ser ajustados para receber os sinais à medida que os nervos crescem ou mudam de posição.

E embora elogiem o método, os especialistas afirmam que a ciência das próteses de braço ainda tem muito por avançar.

"Trata-se de uma parte crucial, mas ainda assim apenas uma parte, das muitas coisas que compreendem a função normal de um braço", disse Loeb, que escreveu um editorial que acompanha o artigo no Journal of the American Medical Association.

"No momento estamos a meio do caminho entre o braço de 'Dr. Fantástico', que fazia involuntariamente a saudação nazista, e o braço de Luke Skywalker em 'Guerra nas Estrelas', que funciona sem nenhum problema assim que é conectado. Creio que precisaremos ainda de muitos anos para conectar todas as peças necessárias a produzir um braço capaz de funcionar normalmente".
17:04
Anónimo disse...
A Espanha disse neste sábado que está preparando uma reclamação oficial contra a decisão da Venezuela de expulsar um membro do Parlamento Europeu que criticou o conselho eleitoral venezuelano.
Luis Herrero, membro do partido conservador espanhol PP, foi deportado na sexta-feira depois que o Conselho Nacional Eleitoral (CNE) o acusou de questionar a imparcialidade da instituição antes de um referendo que pode permitir ao presidente Hugo Chávez permanecer no cargo indefinidamente.

Herrero estava na Venezuela como observador do referendo. Ele acusou Chávez de ter "comportamentos típicos de um ditador" por pedir a contenção de manifestações da oposição.

O governo da Espanha convocou um encontro com o embaixador da Venezuela em Madri para expressar a desaprovação sobre a expulsão de Herrero, disse um representante do Ministério das Relações Exteriores espanhol.

As relações da Venezuela com a Espanha tiveram seu ponto crítico em 2007, quando Chávez ameaçou rever acordos diplomáticos e comerciais depois de ouvir um "cala a boca" do rei espanhol Juan Carlos durante uma cúpula.

A fenda foi oficialmente reparada em 2008, com uma visita oficial de Chávez à Espanha, onde ele cumprimentou o rei e discutiu acordos para investimento no setor petroquímico com o primeiro-ministro José Luis Rodriguez Zapatero.
17:06
Anónimo disse...
A polícia do Zimbábue anunciou neste sábado que acusa de traição Roy Bennett, dirigente do até agora opositor Movimento para a Mudança Democrática (MDC), detido na sexta-feira, em Harare, poucas horas antes da cerimônia de posse dos membros do novo gabinete.

"A Polícia nos informou que vão apresentar acusações de traição", disse à agência EFE o advogado de defesa de Bennett, Trust Maanda.

"Tentam relacionar Roy com o caso de Mike Hitschmann, que foi detido em 2006 em relação à descoberta de um carregamento de armas, apesar de que Hitschmann não tenha sido declarado culpado das acusações de traição apresentadas contra ele, mas de um crime menor de descumprimento de leis", disse Maanda.

O político opositor, designado por seu partido como vice-ministro de Agricultura no Governo de união nacional, esteve no exílio na vizinha África do Sul desde 2006 e retornou ao Zimbábue há duas semanas.

Segundo a Polícia, que deteve Bennett ontem no aeroporto de Harare quando pretendia ir à África do Sul para visitar sua família, as armas apreendidas em 2006 seriam utilizadas em um golpe de Estado para derrubar o presidente do Zimbábue, Robert Mugabe.

Depois da detenção, Bennet foi levado a Mutar, onde vários simpatizantes do MDC se concentraram em frente à delegacia na qual estava detido, diante do que a Polícia respondeu com tiros para o alto para dispersar os manifestantes.
17:07
Anónimo disse...
Austrália: 14 mil se candidatam a 'emprego dos sonhos'

A secretaria de Turismo de Queensland, na Austrália, informou que até esta segunda-feira já recebeu cerca de 14 mil inscrições para o "o melhor emprego do mundo". O Estado australiano promove pela internet seleção para vaga de "zelador" da ilha Hamilton, por seis meses com um salário de R$ 40 mil.

Muitos candidatos tiveram problemas durante a inscrição por conta dos acessos simultâneos ao site. A secretaria aconselha enviar os vídeos de 60s explicando porque deve ser escolhido em horários alternativos do dia, além de recomendar tamanho em torno de 40MB.

As inscrições começaram em 12 de janeiro e vão até o próximo dia 22 e podem ser feitas pelo site www.islandreefjob.com. O governo australiano escolherá 50 candidatos para a próxima fase da seleção, que terá votos do público para eleger um dos 11 finalistas.

A última fase terá entrevistas e desafios físicos, no próprio local de trabalho: as ilhas da Grande Barreira Coralina - o maior recife de coral do mundo. A secretaria de Turismo anunciará o vencedor no dia 6 de maio.
17:09
Anónimo disse...
Mercado elogia governo na crise, mas pede maior queda no juro

Peter Fussy
Direto de São Paulo

Desde as primeiras medidas anunciadas para combater os efeitos da crise, o governo brasileiro avisou que a estratégia não contemplaria um pacote. Seriam doses pontuais, de acordo com a necessidade da economia diante do agravamento das turbulências. Da primeira liberação dos depósitos compulsórios em setembro até a ampliação do seguro-desemprego na última quarta-feira, o governo passou por redução de impostos, ampliação de crédito e incentivos à exportação. Quase 150 dias após a primeira medida, o Terra conversou com líderes do setor público e privado, representantes dos trabalhadores, acadêmicos e com o próprio governo para saber quais destas ações foram mais eficazes, quais foram mais ineficientes e o que mais pode ser feito pelo Estado brasileiro contra a crise.

Os maiores elogios foram direcionados à atitude de reduzir o Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) para a indústria automobilística, anunciada em dezembro e que fez com que os emplacamentos de carros novos subissem 1,9% no primeiro mês do ano em relação a dezembro de 2008. Já as maiores críticas foram para a lentidão no corte da taxa básica de juro do País.

Para o presidente do conselho administrativo do Grupo Pão de Açúcar, Abílio Diniz, o Estado não é responsável pela crise e mesmo assim está agindo "com extrema serenidade e muito acerto". "O governo está atento, fazendo a sua parte. É preciso coragem de baixar firmemente a taxa de juros. É uma arma que temos a nosso favor, já que não há clima para inflação, nem possibilidade de danos para a macroeconomia", afirmou Diniz.

Na última reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), em janeiro, a taxa Selic foi reduzida em um ponto percentual, de 13,75% para 12,75% ao ano. Porém, o professor de economia da Universidade de Brasília (UnB) José Luiz Oreiro lembra que este corte representa uma redução de apenas 0,25 ponto percentual com relação à taxa de setembro do ano passado, quando a crise se agravou.

"Pouco antes da eclosão da crise, o Banco Central aumentou a taxa em 0,75 ponto. Foram cinco meses de demora para reduzir em termos líquidos apenas 0,25 ponto", afirmou o economista, que também sugeriu redução do intervalo de cerca de 90 dias entre as reuniões do Copom e o corte de pelo menos um 1 ponto percentual em cada reunião.

Mesmo com o corte de janeiro, a taxa de juros real continua sendo a maior do mundo, lembrou o secretário-geral da Força Sindical, João Carlos Gonçalves, o Juruna. "A redução da taxa de juro ainda é pequena, porque ela continua uma das mais altas do mundo. Falta ousadia para baixar os juros e ajudar o cidadão. A permanência da taxa de juro alta é negativa para o País em meio a crise", afirmou Juruna.

Embora aprove as ações do governo, o senador Aloízio Mercadante (PT-SP) também acredita que o patamar da Selic está muito alto. "Sempre fomos os primeiros a entrar em qualquer crise, o que não aconteceu agora. A taxa Selic ainda é muito alta, mas o governo têm tomado medidas acertadas, como o aumento do salário mínimo, mesmo com um cenário de crise. Isso ajuda a movimentar o consumo. O governo está se esforçando para manter os investimentos e o crescimento", disse.

Tributos
De acordo com o economista Fabio Pina, da Fecomercio-SP, as ações mais positivas estão relacionadas à redução de tributos para alguns segmentos, como a indústria automobilística, que recuperou parte da queda nas vendas em janeiro com a isenção do IPI para carros 1.0 l e o corte para demais motorizações. A medida vale até o final de março.

"Essas medidas não só reduziram o preço, mas anteciparam o consumo daqueles que iriam comprar no futuro, dando um prêmio por conta da insegurança. Mexe diretamente com o principal problema que é a confiança do consumidor", afirmou. Juruna destacou que um bom ritmo de vendas é garantia de emprego. "É importante porque cada emprego na montadora significa 19 na cadeia produtiva", comentou o representante da Força Sindical.

Também em dezembro, o governo decidiu cortar pela metade a alíquota do Imposto de Renda para contribuintes que ganham entre R$ 1.434 e R$ 2.150 mensais. "O salário aumentava e a tabela não se modificava. As pessoas ganhavam mais e pagavam mais impostos", apontou Juruna. Outra redução de tributos do governo foi com relação ao Imposto sobre Operações Financeiras (IOF), que caiu de 3% ao ano para 1,5%.

Crédito
Na segunda metade de 2008, o colapso de bancos nos Estados Unidos por conta da crise do subprime provocou uma forte restrição de crédito no mundo inteiro. Uma das primeiras medidas anticrise do governo teve como objetivo restabelecer a oferta, com mudanças no recolhimento dos depósitos compulsórios por parte dos bancos. Segundo o presidente do Banco Central, Henrique Meirelles, as diversas modificações liberaram US$ 99,2 bilhões aos bancos até o final de janeiro.

Além disso, o governo concedeu R$ 36 bilhões das reservas internacionais para empresas brasileiras com dívidas no exterior e uma medida provisória autorizou o Banco do Brasil e a Caixa Econômica Federal a comprar carteiras de crédito de bancos privados. Para o diretor do Departamento de Pesquisas e Estudos Econômicos da Fiesp, Paulo Francini, estas medidas foram essenciais para combater os efeitos da crise.

"A crise se desenvolve no mundo em torno do tema crédito. E o crédito reduziu-se barbaridade no mundo. Então o governo lança mão de compulsório, lança mão de reservas, de medidas que permitem aos bancos comprar carteiras de bancos. Você vai tomando várias medidas para atender às demandas e o epicentro disso é crédito", afirmou.

No entanto, Oreiro, da UnB, adverte que a liberação dos compulsórios seria mais eficiente acompanhada de redução mais agressiva da taxa básica de juro. "Uma parte do crédito voltou, depois da forte retração em outubro e novembro. O que deveria ter sido feito junto à liberação do compulsório era uma redução mais drástica da taxa de juro. Sem isso, os bancos pegam as reservas e acabam comprando títulos públicos", explicou o economista.

Na opinião de Pina, as ações de distribuição de crédito via redução do compulsório e a disposição de capital de giro para empresas foram tomadas sem um cuidado maior na operação e não tiveram muito efeito. "O BNDES tem linhas que ficam paradas quase todo o ano, agora é pior ainda. Existem os recursos, mas as empresas e os bancos estão desconfiados. É preciso fazer com que os bancos tenham interesse em emprestar", afirmou o economista da Fecomercio-SP.

Futuro
Mesmo com todas essas medidas, a crise financeira ainda gera incertezas nos setores produtivos do País. Nos últimos meses, o medo do desemprego fez os consumidores adiarem compras. Por sua vez, a queda nas vendas pode obrigar as indústrias a cortarem a produção e demitir funcionários. Contra isso, empresários sugerem redução de jornada e de salários.

"Isto está previsto em lei. A Fiesp simplesmente manteve conversações com entidades sindicais quanto à aplicação daquilo que já está previsto em lei", afirmou Francini.

Segundo a ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff, uma das medidas que assegura um nível de emprego é a manutenção de investimentos no Programa de Aceleração do Crescimento (PAC). "Estamos esperando que a dificuldade ocorra em janeiro, fevereiro e março. Estamos certos que vamos manter o nível de investimento. É isso que funciona, é isso que significa investimento público. Ele funciona como um colchão. Por isso, nós colocamos R$ 100 bilhões no BNDES e a Petrobras ampliou o seu investimento em R$ 120 bilhões", afirmou.

Na mesma linha, Pina explica que a antecipação de gastos do governo substitui parte da demanda retraída do setor privado. "Ele dá o seguinte recado: não vou estourar as contas públicas, mas concentrar em um momento em que a demanda privada está pequena. Mas o governo não tem fôlego suficiente para fazer o papel de toda demanda", ressaltou. O economista da Fecomercio lembrou que a entidade já pleiteou junto ao governo isenções para transferência de imóveis e de automóveis, além de retirar o IPVA para veículos novos.

Já Oreiro foca suas propostas na capitalização do Banco do Brasil e da Caixa Econômica Federal pelo Tesouro para atender a demanda de crédito para capital de giro e reduzir o spread. "Aumentando o empréstimo e reduzindo as taxas, os dois vão forçar os bancos privados a acompanhar o movimento, até para não perderem participação no mercado", explicou o economista da UnB.

Até o Carnaval, o governou prometeu detalhar um pacote de incentivos para a construção de até um milhão de casas populares, direcionado a famílias com renda de até dez salários mínimos. "Estamos atentos a tudo o que está acontecendo e novas medidas serão tomadas caso haja uma avaliação de que sejam necessárias", disse o ministro da Fazenda, Guido Mantega, na última sexta-feira.
17:11
Anónimo disse...
Ex-ministro critica extensão do seguro-desemprego

Atualizada às 09h03

O ex-ministro do Trabalho Almir Pazzianotto criticou a decisão do governo federal de conceder o seguro-desemprego estendido a apenas alguns setores. "É certamente odioso e provavelmente inconstitucional", disse Pazzianotto, de acordo com o jornal O Estado de S. Paulo.

Na última qurta, dia do anúncio da medida, centrais sindicais elogiaram a atitude do governo. A Força Sindical divulgou nota dizendo que "o aumento ajudará a aquecer parte da economia, já que irá gerar mais consumo, produção e conseqüentemente, a criação de novos postos de trabalho". A União Geral dos Trabalhadores (UGT) afirmou que a medida "contribuirá para minimizar o drama dos trabalhadores que perderem seu emprego por conta da crise".

O ex-ministro, que instituiu o seguro-desemprego no País no governo de José Sarney, destacou a necessidade de as centrais sindicais se manifestarem contra a determinação. Para ele, as mudanças devem ser aplicadas a todas as categorias profissionais e a distinção é contrária ao artigo 3º da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT).

Pazzianotto atribui a medida a um possível temor do governo de que a crise econômica seja longa e não haja dinheiro para atender a todas as necessidades. Ainda assim, ele se mostra contrário ao método de concessão. "O seguro-desemprego ajuda a sanar necessidades básicas. Estendê-lo é paliativo, não a solução", disse ao jornal.

De acordo com o presidente do Conselho Deliberativo do Fundo de Amparo ao Trabalhador (Codefat) e conselheiro da Força Sindical, Luiz Fernando Emediato, a determinação já estava prevista na lei 8.900/94, que trata do seguro-desemprego.

O presidente da Comissão de Trabalho da Câmara, Pedro Fernandes (PTB-MA) vai além na crítica à concessão do seguro para apenas alguns setores. Ele acredita que a ampliação do benefício estimula o desemprego.

Quintino Severo, secretário geral da Central Única dos Trabalhadores (CUT), lembra que a ampliação do benefício sem critério e identificação pode incentivar demissões em outros setores.

23:32
Anónimo disse...
Os bombeiros combatem neste sábado os incêndios na Austrália favorecidos pelo bom tempo, enquanto os deslocados encotram em seu retorno casas derruídas, carros queimados nas ruas e destruição.

Depois de sete dias desde que começaram os incêndios no Estado de Victoria, a lista de mortos chega a 181, os desaparecidos somam 50, os edifícios destruídos totalizam 1,834 mil e o terreno arrasado, principalmente florestas, ocupa uma área de 4,13 mil quilômetros quadrados.

As equipes de bombeiros, formadas por 4 mil profissionais de Victoria, de outras partes da Austrália e de países amigos, combateram hoje 12 focos fora de controle e nenhum representava uma ameaça direta para a população.

O subdiretor do Serviço de Bombeiros, Geoff Conway, disse que este tempo favorável, que se prolongará durante o domingo, permite consolidar as linhas de contenção e avançar na extinção das chamas.

Cinzas apareceram arrastadas por ventos do nordeste sobre Melbourne, onde habitam 3,8 milhões de pessoas, e as autoridades alertaram aos cidadãos do risco para a saúde de idosos, crianças e pessoas com problemas respiratórios.

O número de pessoas deslocadas - a Cruz Vermelha chegou a receber 7 mil - começou a cair com a abertura de algumas localidades atingidas.

Os incêndios, alguns criminosos, começaram em 7 de fevereiro, quando a região sul da Austrália estava há duas semanas sob uma onda de calor sem precedentes.

Na sexta-feira passada, a polícia acusou uma pessoa de ter provocado o incêndio que atingiu a localidade de Churchill e matou 21 pessoas.
16:55
Anónimo disse...
A primeira chuva em seis dias reduziu a ameaça de incêndios no Estado de Victoria, ao sul da Austrália. As autoridades, porém, advertiram que ainda existem 12 focos, mas que nenhum deles ameaça áreas povoadas.

Mais de quatro mil bombeiros, mil provenientes de outras partes do país e de outras nações, trabalham contra o fogo. Cerca de 600 veículos e 28 helicópteros e pequenos aviões estão sendo usados.


Eles conseguiram construir linhas de contenção para evitar os incêndios de Yarra e Maroondah se juntassem. Também foram controlados os incêndios abertos de Yea e Murrindindi, que ameaçavam as comunidades de Connellys Creek, Crystal Creek, Scrubby Creek e Native Dog Creek.

O número de mortos chegou a 181, mas as autoridades acreditam que as vítimas devem passar de 200, já que ainda há muitos desaparecidos.
16:55
Anónimo disse...
Aqui nesta coluna, na semana passada, tive a oportunidade de comentar sobre a recente visita do professor brasileiro Pedrinho Guareschi à Austrália. Não dei, porém, os fatos, pois semana passada o assunto era outro.

Hoje, porém, vamos a eles.

No último dia 4 de fevereiro, aconteceu o Seminário "Paulo Freire: Education and Liberation", organizado pelo centro de estudos latino-americanos da Universidade Nacional da Austrália, ou ANU, como é mais conhecida por aqui.

A ANU, para quem não sabe, está entre as 20 melhores universidades do mundo! E tem sede aqui em Camberra, capital da Austrália.

Na abertura do evento, o professor John Minns, diretor do centro latino-americano, ao dar boas-vindas ao público presente, lembrou ser aquele o primeiro seminário exclusivamente dedicado a Paulo Freire na Austrália.

Em seguida, convidou Pedrinho Guareschi, palestrante principal do Seminário, a fazer sua apresentação.

A plateia pode então conhecer, pelas palavras de Pedrinho, um pouco da obra e da vida de Freire, esse brasileiro de fé e valor, que sempre acreditou na educação, sobretudo dos menos favorecidos, analfabetos, como força libertadora.

Como não podia deixar de ser, os conceitos e ideias revolucionários de Paulo Freire, expostos com clareza por Pedrinho, despertaram o interesse e a curiosidade de plateia. A qual, deve-se notar, era na maioria de estudantes, mas de várias nacionalidades, sobretudo australianos e asiáticos.

Na continuação do programa do seminário, que se estendeu por dois dias, outros professores fizeram palestras sobre temas ligados à obra de Paulo Freire.

Interessante, por exemplo, saber que a professora Anne Hickling-Hudson, jamaicana que mora na Austrália há muitos anos (é professora da ANU), conheceu e trabalhou com Freire num workshop educacional durante a revolução na Ilha de Granada, em 1980, antes da invasão dos Estados Unidos...

Ou, então, a palestra da Professora Gerda Roelvink, da Nova Zelândia, que participou do Fórum Social de Porto Alegre em 2005. E essa participação transformou-se em tema de doutorado.

No dia 10, terça-feira passada, o padre Pedrinho Guareschi voltou a falar ao público australiano em grande auditório localizado no belíssimo campus da ANU. Desta vez, sobre a Teologia da Libertação.

Depois da palestra, John Minns mostrou o filme mexicano "O Crime do Padre Amaro", no qual um dos personagens é um padre católico praticante da Teologia da Libertação.

Mais uma vez, foi grande o intersse da platéia, que pode aprender e conhecer um pouco como se desenvolveu aquele importante movimento católico na América Latina.

Fica, assim, ao Pedrinho, bem como a outros brasileiros estudiosos e de bom coração que saem pelo mundo a divulgar aspectos importantes da cultura brasileira, o respeito e a homenagem desta coluna. E... aquele abraço!
16:57
Anónimo disse...
Amanda Kitts perdeu o braço esquerdo em um acidente de automóvel acontecido três anos atrás, mas hoje em dia ela joga futebol americano com seu filho de 12 anos de idade, troca fraldas e abraça as crianças nas três creches Kiddie Cottage que opera em Knoxville, Tennessee. Kitts, 40 anos, faz tudo isso com a ajuda de um novo tipo de braço artificial que se movimenta com mais facilidade do que outros aparelhos e que ela pode controlar utilizando apenas seus pensamentos.

"Eu sou capaz de mexer a mão, o pulso e o cotovelo ao mesmo tempo", diz. "Você pensa e os músculos se movem em seguida".

A recuperação que ela conseguiu resulta de um novo procedimento que vem atraindo crescente atenção porque permite que pessoas movam braços protéticos de forma mais automática do que faziam no passado, simplesmente utilizando nervos reaproveitados em seus cérebros.

A técnica, conhecida como "renervação muscular dirigida", envolve utilizar os nervos que restam depois da amputação de um braço e conectá-los a outro músculo do corpo, em geral no peito. Eletrodos são instalados sobre os músculos do peito, e operam como se fossem antenas. Quando a pessoa deseja mover o braço, o cérebro envia sinais que primeiro resultam em contração dos músculos do peito, os quais enviam um sinal ao braço protético, instruindo-se a se movimentar. O processo não requer mais esforços consciente do que a pessoa teria de exercitar caso ainda tivesse seu braço natural.

Na terça-feira, pesquisadores reportaram em estudo publicado pela versão online do Journal of the American Medical Association que haviam levado a técnica ainda mais à frente, tornando possível a execução de 10 movimentos de mão, pulso e cotovelo diferentes, o que representa uma substancial melhora com relação ao típico repertório protético, que em geral envolve apenas dobrar o cotovelo, girar o pulso e abrir a mão.

"Os novos métodos tiveram impacto dramático em nosso campo de trabalho", disse Stuart Harshbarger, engenheiro biomédico na Universidade Johns Hopkins e diretor do programa de pesquisa sobre próteses, financiado pelas forças armadas, que inclui o trabalho com essa técnica. "O método já está em uso por médicos e cirurgiões comuns em todo o país. A capacidade de controlar um membro protético bastante robusto que ele confere surpreendeu a todos pela qualidade".

Tipicamente, uma pessoa que tenha um braço protético só é capaz de executar alguns poucos movimentos, e muitas vezes com tamanha lentidão que isso só permite a ela atividades limitadas.

Há um motor separado para cada movimento, diz Gerald Loeb, professor de engenharia biomédica na Universidade

Anónimo disse...

Anónimo disse...
Ex-ministro critica extensão do seguro-desemprego

Atualizada às 09h03

O ex-ministro do Trabalho Almir Pazzianotto criticou a decisão do governo federal de conceder o seguro-desemprego estendido a apenas alguns setores. "É certamente odioso e provavelmente inconstitucional", disse Pazzianotto, de acordo com o jornal O Estado de S. Paulo.

Na última qurta, dia do anúncio da medida, centrais sindicais elogiaram a atitude do governo. A Força Sindical divulgou nota dizendo que "o aumento ajudará a aquecer parte da economia, já que irá gerar mais consumo, produção e conseqüentemente, a criação de novos postos de trabalho". A União Geral dos Trabalhadores (UGT) afirmou que a medida "contribuirá para minimizar o drama dos trabalhadores que perderem seu emprego por conta da crise".

O ex-ministro, que instituiu o seguro-desemprego no País no governo de José Sarney, destacou a necessidade de as centrais sindicais se manifestarem contra a determinação. Para ele, as mudanças devem ser aplicadas a todas as categorias profissionais e a distinção é contrária ao artigo 3º da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT).

Pazzianotto atribui a medida a um possível temor do governo de que a crise econômica seja longa e não haja dinheiro para atender a todas as necessidades. Ainda assim, ele se mostra contrário ao método de concessão. "O seguro-desemprego ajuda a sanar necessidades básicas. Estendê-lo é paliativo, não a solução", disse ao jornal.

De acordo com o presidente do Conselho Deliberativo do Fundo de Amparo ao Trabalhador (Codefat) e conselheiro da Força Sindical, Luiz Fernando Emediato, a determinação já estava prevista na lei 8.900/94, que trata do seguro-desemprego.

O presidente da Comissão de Trabalho da Câmara, Pedro Fernandes (PTB-MA) vai além na crítica à concessão do seguro para apenas alguns setores. Ele acredita que a ampliação do benefício estimula o desemprego.

Quintino Severo, secretário geral da Central Única dos Trabalhadores (CUT), lembra que a ampliação do benefício sem critério e identificação pode incentivar demissões em outros setores.

23:31
Anónimo disse...
Os bombeiros combatem neste sábado os incêndios na Austrália favorecidos pelo bom tempo, enquanto os deslocados encotram em seu retorno casas derruídas, carros queimados nas ruas e destruição.

Depois de sete dias desde que começaram os incêndios no Estado de Victoria, a lista de mortos chega a 181, os desaparecidos somam 50, os edifícios destruídos totalizam 1,834 mil e o terreno arrasado, principalmente florestas, ocupa uma área de 4,13 mil quilômetros quadrados.

As equipes de bombeiros, formadas por 4 mil profissionais de Victoria, de outras partes da Austrália e de países amigos, combateram hoje 12 focos fora de controle e nenhum representava uma ameaça direta para a população.

O subdiretor do Serviço de Bombeiros, Geoff Conway, disse que este tempo favorável, que se prolongará durante o domingo, permite consolidar as linhas de contenção e avançar na extinção das chamas.

Cinzas apareceram arrastadas por ventos do nordeste sobre Melbourne, onde habitam 3,8 milhões de pessoas, e as autoridades alertaram aos cidadãos do risco para a saúde de idosos, crianças e pessoas com problemas respiratórios.

O número de pessoas deslocadas - a Cruz Vermelha chegou a receber 7 mil - começou a cair com a abertura de algumas localidades atingidas.

Os incêndios, alguns criminosos, começaram em 7 de fevereiro, quando a região sul da Austrália estava há duas semanas sob uma onda de calor sem precedentes.

Na sexta-feira passada, a polícia acusou uma pessoa de ter provocado o incêndio que atingiu a localidade de Churchill e matou 21 pessoas.
16:55
Anónimo disse...
A primeira chuva em seis dias reduziu a ameaça de incêndios no Estado de Victoria, ao sul da Austrália. As autoridades, porém, advertiram que ainda existem 12 focos, mas que nenhum deles ameaça áreas povoadas.

Mais de quatro mil bombeiros, mil provenientes de outras partes do país e de outras nações, trabalham contra o fogo. Cerca de 600 veículos e 28 helicópteros e pequenos aviões estão sendo usados.


Eles conseguiram construir linhas de contenção para evitar os incêndios de Yarra e Maroondah se juntassem. Também foram controlados os incêndios abertos de Yea e Murrindindi, que ameaçavam as comunidades de Connellys Creek, Crystal Creek, Scrubby Creek e Native Dog Creek.

O número de mortos chegou a 181, mas as autoridades acreditam que as vítimas devem passar de 200, já que ainda há muitos desaparecidos.
16:55
Anónimo disse...
Aqui nesta coluna, na semana passada, tive a oportunidade de comentar sobre a recente visita do professor brasileiro Pedrinho Guareschi à Austrália. Não dei, porém, os fatos, pois semana passada o assunto era outro.

Hoje, porém, vamos a eles.

No último dia 4 de fevereiro, aconteceu o Seminário "Paulo Freire: Education and Liberation", organizado pelo centro de estudos latino-americanos da Universidade Nacional da Austrália, ou ANU, como é mais conhecida por aqui.

A ANU, para quem não sabe, está entre as 20 melhores universidades do mundo! E tem sede aqui em Camberra, capital da Austrália.

Na abertura do evento, o professor John Minns, diretor do centro latino-americano, ao dar boas-vindas ao público presente, lembrou ser aquele o primeiro seminário exclusivamente dedicado a Paulo Freire na Austrália.

Em seguida, convidou Pedrinho Guareschi, palestrante principal do Seminário, a fazer sua apresentação.

A plateia pode então conhecer, pelas palavras de Pedrinho, um pouco da obra e da vida de Freire, esse brasileiro de fé e valor, que sempre acreditou na educação, sobretudo dos menos favorecidos, analfabetos, como força libertadora.

Como não podia deixar de ser, os conceitos e ideias revolucionários de Paulo Freire, expostos com clareza por Pedrinho, despertaram o interesse e a curiosidade de plateia. A qual, deve-se notar, era na maioria de estudantes, mas de várias nacionalidades, sobretudo australianos e asiáticos.

Na continuação do programa do seminário, que se estendeu por dois dias, outros professores fizeram palestras sobre temas ligados à obra de Paulo Freire.

Interessante, por exemplo, saber que a professora Anne Hickling-Hudson, jamaicana que mora na Austrália há muitos anos (é professora da ANU), conheceu e trabalhou com Freire num workshop educacional durante a revolução na Ilha de Granada, em 1980, antes da invasão dos Estados Unidos...

Ou, então, a palestra da Professora Gerda Roelvink, da Nova Zelândia, que participou do Fórum Social de Porto Alegre em 2005. E essa participação transformou-se em tema de doutorado.

No dia 10, terça-feira passada, o padre Pedrinho Guareschi voltou a falar ao público australiano em grande auditório localizado no belíssimo campus da ANU. Desta vez, sobre a Teologia da Libertação.

Depois da palestra, John Minns mostrou o filme mexicano "O Crime do Padre Amaro", no qual um dos personagens é um padre católico praticante da Teologia da Libertação.

Mais uma vez, foi grande o intersse da platéia, que pode aprender e conhecer um pouco como se desenvolveu aquele importante movimento católico na América Latina.

Fica, assim, ao Pedrinho, bem como a outros brasileiros estudiosos e de bom coração que saem pelo mundo a divulgar aspectos importantes da cultura brasileira, o respeito e a homenagem desta coluna. E... aquele abraço!
16:57
Anónimo disse...
Amanda Kitts perdeu o braço esquerdo em um acidente de automóvel acontecido três anos atrás, mas hoje em dia ela joga futebol americano com seu filho de 12 anos de idade, troca fraldas e abraça as crianças nas três creches Kiddie Cottage que opera em Knoxville, Tennessee. Kitts, 40 anos, faz tudo isso com a ajuda de um novo tipo de braço artificial que se movimenta com mais facilidade do que outros aparelhos e que ela pode controlar utilizando apenas seus pensamentos.

"Eu sou capaz de mexer a mão, o pulso e o cotovelo ao mesmo tempo", diz. "Você pensa e os músculos se movem em seguida".

A recuperação que ela conseguiu resulta de um novo procedimento que vem atraindo crescente atenção porque permite que pessoas movam braços protéticos de forma mais automática do que faziam no passado, simplesmente utilizando nervos reaproveitados em seus cérebros.

A técnica, conhecida como "renervação muscular dirigida", envolve utilizar os nervos que restam depois da amputação de um braço e conectá-los a outro músculo do corpo, em geral no peito. Eletrodos são instalados sobre os músculos do peito, e operam como se fossem antenas. Quando a pessoa deseja mover o braço, o cérebro envia sinais que primeiro resultam em contração dos músculos do peito, os quais enviam um sinal ao braço protético, instruindo-se a se movimentar. O processo não requer mais esforços consciente do que a pessoa teria de exercitar caso ainda tivesse seu braço natural.

Na terça-feira, pesquisadores reportaram em estudo publicado pela versão online do Journal of the American Medical Association que haviam levado a técnica ainda mais à frente, tornando possível a execução de 10 movimentos de mão, pulso e cotovelo diferentes, o que representa uma substancial melhora com relação ao típico repertório protético, que em geral envolve apenas dobrar o cotovelo, girar o pulso e abrir a mão.

"Os novos métodos tiveram impacto dramático em nosso campo de trabalho", disse Stuart Harshbarger, engenheiro biomédico na Universidade Johns Hopkins e diretor do programa de pesquisa sobre próteses, financiado pelas forças armadas, que inclui o trabalho com essa técnica. "O método já está em uso por médicos e cirurgiões comuns em todo o país. A capacidade de controlar um membro protético bastante robusto que ele confere surpreendeu a todos pela qualidade".

Tipicamente, uma pessoa que tenha um braço protético só é capaz de executar alguns poucos movimentos, e muitas vezes com tamanha lentidão que isso só permite a ela atividades limitadas.

Há um motor separado para cada movimento, diz Gerald Loeb, professor de engenharia biomédica na Universidade do Sul da Califórnia, "e esses motores precisam ser controlados de maneira explícita", usualmente por um esforço consciente da pessoa para contrair músculos nas costas ou no bíceps.

"Essencialmente, até agora os pacientes controlavam apenas um motor de cada vez", diz Loeb, "e precisavam pensar cuidadosamente sobre que motor desejavam controlar e como fazê-lo operar, em lugar de simplesmente pensarem em mover o braço e poderem fazê-lo sem delongas".

Antes que Kitts passasse pelo procedimento de renervação, em outubro de 2007, por exemplo, ela precisava movimentar os músculos de suas costas de determinada maneira para fazer com que seu pulso girasse, e flexionar seu bíceps e tríceps para fazer com que o cotovelo se movesse para cima e para baixo. "Era muito trabalho", ela conta. "E não me ajudava muito".

O procedimento de renervação é parte de uma recente explosão de idéias novas e técnicas inovadoras que estão sendo exploradas enquanto os cientistas se esforçam por ajudar as pessoas a compensar melhor a perda de membros ou problemas de paralisia. O esforço vem sendo alimentado pelo aumento no número de amputações causado por diabetes e por ferimentos sofridos pelos militares, e ao mesmo tempo pelos avanços na tecnologia médica.

Os braços se tornaram um dos focos essenciais desse tipo de trabalho. A ciência há muito vem obtendo sucessos no desenvolvimento de próteses de perna, mas é muito mais difícil imitar a complexidade e a destreza das mãos e dos braços.

Os esforços em curso incluem o desenvolvimento de projetos de pele e braços mais sensíveis e mais flexíveis, e o uso de dispositivos acionados por controles sem fio implantado nos braços protéticos, que permitiriam movimentos mais naturais.

Os pesquisadores também vêm usando sensores implantados nos cérebros de cobaias para permitir que dois macacos controlem um braço mecânico, e um teste com um homem paralítico permitiu, com esse método, que ele movimentasse um cursor em uma tela de computador.

Alguns desses métodos, caso venham a ser aperfeiçoados plenamente e consigam aprovação das autoridades regulatórias da saúde, podem no futuro se tornar mais viáveis para os pacientes de amputações.

E embora a técnica da renervação não requeira aprovação das autoridades regulatórias porque é executada por meios cirúrgicos e emprega aparelhos já existentes, ela apresenta limitações que até mesmo seus criadores reconhecem, entre as quais o fato de que não se pode utilizá-la para todos os pacientes, o seu alto custo e o prazo de meses requerido para que os nervos reconectados cresçam e se tornem efetivos.

Ainda assim, os especialistas dizem que é o mais avançado sistema em uso hoje para pacientes reais que permite que o sistema nervoso controle diretamente o movimento de um braço artificial.

Desde sua introdução por Todd Kuiken, médico fisioterapeuta e engenheiro biomédico do Instituto de Reabilitação de Chicago, o método foi empregado em cerca de 30 pacientes nos Estados Unidos, Canadá e Europa, entre os quais oito soldados feridos no Iraque e no Afeganistão.

Muitos dos pacientes, entre os quais o primeiro, Jesse Sullivan, um operário do setor elétrico no Tennessee que perdeu os dois braços quando foi eletrocutado por um cabo, conseguem não apenas manipular seus braços protéticos mas sentir a presença das mãos que já não têm quando alguém toca em seus peitos.

Sullivan, 62 anos, e Kitts, estavam entre os cinco pacientes que participaram do estudo reportado na terça-feira. Em companhia de cinco outras pessoas que não passaram por amputações, eles receberam os eletrodos e foram instruídos a usar pensamentos para fazer com que um braço virtual na tela reproduzisse 10 movimentos diferentes, entre os quais três formas diferentes de aperto de mão.

Os pacientes apresentaram desempenho bastante respeitável, apenas um pouco mais lento e menos preciso do que os dos participantes que não tinham amputações.

"As velocidades de movimento que encontramos em nossos pacientes foram realmente encorajadoras", disse Kuiken. "Eles conseguiram completar a tarefa. É claro que não foram tão competentes quanto as pessoas dotadas de plena capacidade física, mas foram bons o bastante".

Um braço virtual foi usado porque a maioria das próteses existentes não era capaz de acomodar todos aqueles movimentos, no momento da pesquisa, ainda que Sullivan, Kitts e uma terceira paciente, Claudia Mitchell, tenham experimentado dois novos protótipos mais versáteis de braços artificiais, executando tarefas complexas com bolas de tênis e outros objetos.

O trabalho de renervação em soldados apresenta outros desafios, diz Kuiken, porque os ferimentos militares muitas vezes "causam danos muitos extensos" a nervos, músculos ou ossos.

Daniel Acosta, 25 anos, um aviador ferido pela detonação de uma bomba em uma estrada do Iraque em 2005, passou pelo procedimento no ano passado e diz que seu braço esquerdo protético agora se movimenta "muito mais rápido" e de maneira muito mais natural.

"A diferença é que agora não preciso mais pensar para mover o braço", ele diz. "Ele simplesmente se mexe".

Ainda assim, Acosta, de San Antonio, diz que "o processo foi bastante longo" e que os eletrodos precisam ser ajustados para receber os sinais à medida que os nervos crescem ou mudam de posição.

E embora elogiem o método, os especialistas afirmam que a ciência das próteses de braço ainda tem muito por avançar.

"Trata-se de uma parte crucial, mas ainda assim apenas uma parte, das muitas coisas que compreendem a função normal de um braço", disse Loeb, que escreveu um editorial que acompanha o artigo no Journal of the American Medical Association.

"No momento estamos a meio do caminho entre o braço de 'Dr. Fantástico', que fazia involuntariamente a saudação nazista, e o braço de Luke Skywalker em 'Guerra nas Estrelas', que funciona sem nenhum problema assim que é conectado. Creio que precisaremos ainda de muitos anos para conectar todas as peças necessárias a produzir um braço capaz de funcionar normalmente".
17:04
Anónimo disse...
A Espanha disse neste sábado que está preparando uma reclamação oficial contra a decisão da Venezuela de expulsar um membro do Parlamento Europeu que criticou o conselho eleitoral venezuelano.
Luis Herrero, membro do partido conservador espanhol PP, foi deportado na sexta-feira depois que o Conselho Nacional Eleitoral (CNE) o acusou de questionar a imparcialidade da instituição antes de um referendo que pode permitir ao presidente Hugo Chávez permanecer no cargo indefinidamente.

Herrero estava na Venezuela como observador do referendo. Ele acusou Chávez de ter "comportamentos típicos de um ditador" por pedir a contenção de manifestações da oposição.

O governo da Espanha convocou um encontro com o embaixador da Venezuela em Madri para expressar a desaprovação sobre a expulsão de Herrero, disse um representante do Ministério das Relações Exteriores espanhol.

As relações da Venezuela com a Espanha tiveram seu ponto crítico em 2007, quando Chávez ameaçou rever acordos diplomáticos e comerciais depois de ouvir um "cala a boca" do rei espanhol Juan Carlos durante uma cúpula.

A fenda foi oficialmente reparada em 2008, com uma visita oficial de Chávez à Espanha, onde ele cumprimentou o rei e discutiu acordos para investimento no setor petroquímico com o primeiro-ministro José Luis Rodriguez Zapatero.
17:06
Anónimo disse...
A polícia do Zimbábue anunciou neste sábado que acusa de traição Roy Bennett, dirigente do até agora opositor Movimento para a Mudança Democrática (MDC), detido na sexta-feira, em Harare, poucas horas antes da cerimônia de posse dos membros do novo gabinete.

"A Polícia nos informou que vão apresentar acusações de traição", disse à agência EFE o advogado de defesa de Bennett, Trust Maanda.

"Tentam relacionar Roy com o caso de Mike Hitschmann, que foi detido em 2006 em relação à descoberta de um carregamento de armas, apesar de que Hitschmann não tenha sido declarado culpado das acusações de traição apresentadas contra ele, mas de um crime menor de descumprimento de leis", disse Maanda.

O político opositor, designado por seu partido como vice-ministro de Agricultura no Governo de união nacional, esteve no exílio na vizinha África do Sul desde 2006 e retornou ao Zimbábue há duas semanas.

Segundo a Polícia, que deteve Bennett ontem no aeroporto de Harare quando pretendia ir à África do Sul para visitar sua família, as armas apreendidas em 2006 seriam utilizadas em um golpe de Estado para derrubar o presidente do Zimbábue, Robert Mugabe.

Depois da detenção, Bennet foi levado a Mutar, onde vários simpatizantes do MDC se concentraram em frente à delegacia na qual estava detido, diante do que a Polícia respondeu com tiros para o alto para dispersar os manifestantes.
17:07
Anónimo disse...
Austrália: 14 mil se candidatam a 'emprego dos sonhos'

A secretaria de Turismo de Queensland, na Austrália, informou que até esta segunda-feira já recebeu cerca de 14 mil inscrições para o "o melhor emprego do mundo". O Estado australiano promove pela internet seleção para vaga de "zelador" da ilha Hamilton, por seis meses com um salário de R$ 40 mil.

Muitos candidatos tiveram problemas durante a inscrição por conta dos acessos simultâneos ao site. A secretaria aconselha enviar os vídeos de 60s explicando porque deve ser escolhido em horários alternativos do dia, além de recomendar tamanho em torno de 40MB.

As inscrições começaram em 12 de janeiro e vão até o próximo dia 22 e podem ser feitas pelo site www.islandreefjob.com. O governo australiano escolherá 50 candidatos para a próxima fase da seleção, que terá votos do público para eleger um dos 11 finalistas.

A última fase terá entrevistas e desafios físicos, no próprio local de trabalho: as ilhas da Grande Barreira Coralina - o maior recife de coral do mundo. A secretaria de Turismo anunciará o vencedor no dia 6 de maio.
17:09
Anónimo disse...
Mercado elogia governo na crise, mas pede maior queda no juro

Peter Fussy
Direto de São Paulo

Desde as primeiras medidas anunciadas para combater os efeitos da crise, o governo brasileiro avisou que a estratégia não contemplaria um pacote. Seriam doses pontuais, de acordo com a necessidade da economia diante do agravamento das turbulências. Da primeira liberação dos depósitos compulsórios em setembro até a ampliação do seguro-desemprego na última quarta-feira, o governo passou por redução de impostos, ampliação de crédito e incentivos à exportação. Quase 150 dias após a primeira medida, o Terra conversou com líderes do setor público e privado, representantes dos trabalhadores, acadêmicos e com o próprio governo para saber quais destas ações foram mais eficazes, quais foram mais ineficientes e o que mais pode ser feito pelo Estado brasileiro contra a crise.

Os maiores elogios foram direcionados à atitude de reduzir o Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) para a indústria automobilística, anunciada em dezembro e que fez com que os emplacamentos de carros novos subissem 1,9% no primeiro mês do ano em relação a dezembro de 2008. Já as maiores críticas foram para a lentidão no corte da taxa básica de juro do País.

Para o presidente do conselho administrativo do Grupo Pão de Açúcar, Abílio Diniz, o Estado não é responsável pela crise e mesmo assim está agindo "com extrema serenidade e muito acerto". "O governo está atento, fazendo a sua parte. É preciso coragem de baixar firmemente a taxa de juros. É uma arma que temos a nosso favor, já que não há clima para inflação, nem possibilidade de danos para a macroeconomia", afirmou Diniz.

Na última reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), em janeiro, a taxa Selic foi reduzida em um ponto percentual, de 13,75% para 12,75% ao ano. Porém, o professor de economia da Universidade de Brasília (UnB) José Luiz Oreiro lembra que este corte representa uma redução de apenas 0,25 ponto percentual com relação à taxa de setembro do ano passado, quando a crise se agravou.

"Pouco antes da eclosão da crise, o Banco Central aumentou a taxa em 0,75 ponto. Foram cinco meses de demora para reduzir em termos líquidos apenas 0,25 ponto", afirmou o economista, que também sugeriu redução do intervalo de cerca de 90 dias entre as reuniões do Copom e o corte de pelo menos um 1 ponto percentual em cada reunião.

Mesmo com o corte de janeiro, a taxa de juros real continua sendo a maior do mundo, lembrou o secretário-geral da Força Sindical, João Carlos Gonçalves, o Juruna. "A redução da taxa de juro ainda é pequena, porque ela continua uma das mais altas do mundo. Falta ousadia para baixar os juros e ajudar o cidadão. A permanência da taxa de juro alta é negativa para o País em meio a crise", afirmou Juruna.

Embora aprove as ações do governo, o senador Aloízio Mercadante (PT-SP) também acredita que o patamar da Selic está muito alto. "Sempre fomos os primeiros a entrar em qualquer crise, o que não aconteceu agora. A taxa Selic ainda é muito alta, mas o governo têm tomado medidas acertadas, como o aumento do salário mínimo, mesmo com um cenário de crise. Isso ajuda a movimentar o consumo. O governo está se esforçando para manter os investimentos e o crescimento", disse.

Tributos
De acordo com o economista Fabio Pina, da Fecomercio-SP, as ações mais positivas estão relacionadas à redução de tributos para alguns segmentos, como a indústria automobilística, que recuperou parte da queda nas vendas em janeiro com a isenção do IPI para carros 1.0 l e o corte para demais motorizações. A medida vale até o final de março.

"Essas medidas não só reduziram o preço, mas anteciparam o consumo daqueles que iriam comprar no futuro, dando um prêmio por conta da insegurança. Mexe diretamente com o principal problema que é a confiança do consumidor", afirmou. Juruna destacou que um bom ritmo de vendas é garantia de emprego. "É importante porque cada emprego na montadora significa 19 na cadeia produtiva", comentou o representante da Força Sindical.

Também em dezembro, o governo decidiu cortar pela metade a alíquota do Imposto de Renda para contribuintes que ganham entre R$ 1.434 e R$ 2.150 mensais. "O salário aumentava e a tabela não se modificava. As pessoas ganhavam mais e pagavam mais impostos", apontou Juruna. Outra redução de tributos do governo foi com relação ao Imposto sobre Operações Financeiras (IOF), que caiu de 3% ao ano para 1,5%.

Crédito
Na segunda metade de 2008, o colapso de bancos nos Estados Unidos por conta da crise do subprime provocou uma forte restrição de crédito no mundo inteiro. Uma das primeiras medidas anticrise do governo teve como objetivo restabelecer a oferta, com mudanças no recolhimento dos depósitos compulsórios por parte dos bancos. Segundo o presidente do Banco Central, Henrique Meirelles, as diversas modificações liberaram US$ 99,2 bilhões aos bancos até o final de janeiro.

Além disso, o governo concedeu R$ 36 bilhões das reservas internacionais para empresas brasileiras com dívidas no exterior e uma medida provisória autorizou o Banco do Brasil e a Caixa Econômica Federal a comprar carteiras de crédito de bancos privados. Para o diretor do Departamento de Pesquisas e Estudos Econômicos da Fiesp, Paulo Francini, estas medidas foram essenciais para combater os efeitos da crise.

"A crise se desenvolve no mundo em torno do tema crédito. E o crédito reduziu-se barbaridade no mundo. Então o governo lança mão de compulsório, lança mão de reservas, de medidas que permitem aos bancos comprar carteiras de bancos. Você vai tomando várias medidas para atender às demandas e o epicentro disso é crédito", afirmou.

No entanto, Oreiro, da UnB, adverte que a liberação dos compulsórios seria mais eficiente acompanhada de redução mais agressiva da taxa básica de juro. "Uma parte do crédito voltou, depois da forte retração em outubro e novembro. O que deveria ter sido feito junto à liberação do compulsório era uma redução mais drástica da taxa de juro. Sem isso, os bancos pegam as reservas e acabam comprando títulos públicos", explicou o economista.

Na opinião de Pina, as ações de distribuição de crédito via redução do compulsório e a disposição de capital de giro para empresas foram tomadas sem um cuidado maior na operação e não tiveram muito efeito. "O BNDES tem linhas que ficam paradas quase todo o ano, agora é pior ainda. Existem os recursos, mas as empresas e os bancos estão desconfiados. É preciso fazer com que os bancos tenham interesse em emprestar", afirmou o economista da Fecomercio-SP.

Futuro
Mesmo com todas essas medidas, a crise financeira ainda gera incertezas nos setores produtivos do País. Nos últimos meses, o medo do desemprego fez os consumidores adiarem compras. Por sua vez, a queda nas vendas pode obrigar as indústrias a cortarem a produção e demitir funcionários. Contra isso, empresários sugerem redução de jornada e de salários.

"Isto está previsto em lei. A Fiesp simplesmente manteve conversações com entidades sindicais quanto à aplicação daquilo que já está previsto em lei", afirmou Francini.

Segundo a ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff, uma das medidas que assegura um nível de emprego é a manutenção de investimentos no Programa de Aceleração do Crescimento (PAC). "Estamos esperando que a dificuldade ocorra em janeiro, fevereiro e março. Estamos certos que vamos manter o nível de investimento. É isso que funciona, é isso que significa investimento público. Ele funciona como um colchão. Por isso, nós colocamos R$ 100 bilhões no BNDES e a Petrobras ampliou o seu investimento em R$ 120 bilhões", afirmou.

Na mesma linha, Pina explica que a antecipação de gastos do governo substitui parte da demanda retraída do setor privado. "Ele dá o seguinte recado: não vou estourar as contas públicas, mas concentrar em um momento em que a demanda privada está pequena. Mas o governo não tem fôlego suficiente para fazer o papel de toda demanda", ressaltou. O economista da Fecomercio lembrou que a entidade já pleiteou junto ao governo isenções para transferência de imóveis e de automóveis, além de retirar o IPVA para veículos novos.

Já Oreiro foca suas propostas na capitalização do Banco do Brasil e da Caixa Econômica Federal pelo Tesouro para atender a demanda de crédito para capital de giro e reduzir o spread. "Aumentando o empréstimo e reduzindo as taxas, os dois vão forçar os bancos privados a acompanhar o movimento, até para não perderem participação no mercado", explicou o economista da UnB.

Até o Carnaval, o governou prometeu detalhar um pacote de incentivos para a construção de até um milhão de casas populares, direcionado a famílias com renda de até dez salários mínimos. "Estamos atentos a tudo o que está acontecendo e novas medidas serão tomadas caso haja uma avaliação de que sejam necessárias", disse o ministro da Fazenda, Guido Mantega, na última sexta-feira.
17:11
Anónimo disse...
Ex-ministro critica extensão do seguro-desemprego

Atualizada às 09h03

O ex-ministro do Trabalho Almir Pazzianotto criticou a decisão do governo federal de conceder o seguro-desemprego estendido a apenas alguns setores. "É certamente odioso e provavelmente inconstitucional", disse Pazzianotto, de acordo com o jornal O Estado de S. Paulo.

Na última qurta, dia do anúncio da medida, centrais sindicais elogiaram a atitude do governo. A Força Sindical divulgou nota dizendo que "o aumento ajudará a aquecer parte da economia, já que irá gerar mais consumo, produção e conseqüentemente, a criação de novos postos de trabalho". A União Geral dos Trabalhadores (UGT) afirmou que a medida "contribuirá para minimizar o drama dos trabalhadores que perderem seu emprego por conta da crise".

O ex-ministro, que instituiu o seguro-desemprego no País no governo de José Sarney, destacou a necessidade de as centrais sindicais se manifestarem contra a determinação. Para ele, as mudanças devem ser aplicadas a todas as categorias profissionais e a distinção é contrária ao artigo 3º da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT).

Pazzianotto atribui a medida a um possível temor do governo de que a crise econômica seja longa e não haja dinheiro para atender a todas as necessidades. Ainda assim, ele se mostra contrário ao método de concessão. "O seguro-desemprego ajuda a sanar necessidades básicas. Estendê-lo é paliativo, não a solução", disse ao jornal.

De acordo com o presidente do Conselho Deliberativo do Fundo de Amparo ao Trabalhador (Codefat) e conselheiro da Força Sindical, Luiz Fernando Emediato, a determinação já estava prevista na lei 8.900/94, que trata do seguro-desemprego.

O presidente da Comissão de Trabalho da Câmara, Pedro Fernandes (PTB-MA) vai além na crítica à concessão do seguro para apenas alguns setores. Ele acredita que a ampliação do benefício estimula o desemprego.

Quintino Severo, secretário geral da Central Única dos Trabalhadores (CUT), lembra que a ampliação do benefício sem critério e identificação pode incentivar demissões em outros setores.

23:32
Anónimo disse...
Os bombeiros combatem neste sábado os incêndios na Austrália favorecidos pelo bom tempo, enquanto os deslocados encotram em seu retorno casas derruídas, carros queimados nas ruas e destruição.

Depois de sete dias desde que começaram os incêndios no Estado de Victoria, a lista de mortos chega a 181, os desaparecidos somam 50, os edifícios destruídos totalizam 1,834 mil e o terreno arrasado, principalmente florestas, ocupa uma área de 4,13 mil quilômetros quadrados.

As equipes de bombeiros, formadas por 4 mil profissionais de Victoria, de outras partes da Austrália e de países amigos, combateram hoje 12 focos fora de controle e nenhum representava uma ameaça direta para a população.

O subdiretor do Serviço de Bombeiros, Geoff Conway, disse que este tempo favorável, que se prolongará durante o domingo, permite consolidar as linhas de contenção e avançar na extinção das chamas.

Cinzas apareceram arrastadas por ventos do nordeste sobre Melbourne, onde habitam 3,8 milhões de pessoas, e as autoridades alertaram aos cidadãos do risco para a saúde de idosos, crianças e pessoas com problemas respiratórios.

O número de pessoas deslocadas - a Cruz Vermelha chegou a receber 7 mil - começou a cair com a abertura de algumas localidades atingidas.

Os incêndios, alguns criminosos, começaram em 7 de fevereiro, quando a região sul da Austrália estava há duas semanas sob uma onda de calor sem precedentes.

Na sexta-feira passada, a polícia acusou uma pessoa de ter provocado o incêndio que atingiu a localidade de Churchill e matou 21 pessoas.
16:55
Anónimo disse...
A primeira chuva em seis dias reduziu a ameaça de incêndios no Estado de Victoria, ao sul da Austrália. As autoridades, porém, advertiram que ainda existem 12 focos, mas que nenhum deles ameaça áreas povoadas.

Mais de quatro mil bombeiros, mil provenientes de outras partes do país e de outras nações, trabalham contra o fogo. Cerca de 600 veículos e 28 helicópteros e pequenos aviões estão sendo usados.


Eles conseguiram construir linhas de contenção para evitar os incêndios de Yarra e Maroondah se juntassem. Também foram controlados os incêndios abertos de Yea e Murrindindi, que ameaçavam as comunidades de Connellys Creek, Crystal Creek, Scrubby Creek e Native Dog Creek.

O número de mortos chegou a 181, mas as autoridades acreditam que as vítimas devem passar de 200, já que ainda há muitos desaparecidos.
16:55
Anónimo disse...
Aqui nesta coluna, na semana passada, tive a oportunidade de comentar sobre a recente visita do professor brasileiro Pedrinho Guareschi à Austrália. Não dei, porém, os fatos, pois semana passada o assunto era outro.

Hoje, porém, vamos a eles.

No último dia 4 de fevereiro, aconteceu o Seminário "Paulo Freire: Education and Liberation", organizado pelo centro de estudos latino-americanos da Universidade Nacional da Austrália, ou ANU, como é mais conhecida por aqui.

A ANU, para quem não sabe, está entre as 20 melhores universidades do mundo! E tem sede aqui em Camberra, capital da Austrália.

Na abertura do evento, o professor John Minns, diretor do centro latino-americano, ao dar boas-vindas ao público presente, lembrou ser aquele o primeiro seminário exclusivamente dedicado a Paulo Freire na Austrália.

Em seguida, convidou Pedrinho Guareschi, palestrante principal do Seminário, a fazer sua apresentação.

A plateia pode então conhecer, pelas palavras de Pedrinho, um pouco da obra e da vida de Freire, esse brasileiro de fé e valor, que sempre acreditou na educação, sobretudo dos menos favorecidos, analfabetos, como força libertadora.

Como não podia deixar de ser, os conceitos e ideias revolucionários de Paulo Freire, expostos com clareza por Pedrinho, despertaram o interesse e a curiosidade de plateia. A qual, deve-se notar, era na maioria de estudantes, mas de várias nacionalidades, sobretudo australianos e asiáticos.

Na continuação do programa do seminário, que se estendeu por dois dias, outros professores fizeram palestras sobre temas ligados à obra de Paulo Freire.

Interessante, por exemplo, saber que a professora Anne Hickling-Hudson, jamaicana que mora na Austrália há muitos anos (é professora da ANU), conheceu e trabalhou com Freire num workshop educacional durante a revolução na Ilha de Granada, em 1980, antes da invasão dos Estados Unidos...

Ou, então, a palestra da Professora Gerda Roelvink, da Nova Zelândia, que participou do Fórum Social de Porto Alegre em 2005. E essa participação transformou-se em tema de doutorado.

No dia 10, terça-feira passada, o padre Pedrinho Guareschi voltou a falar ao público australiano em grande auditório localizado no belíssimo campus da ANU. Desta vez, sobre a Teologia da Libertação.

Depois da palestra, John Minns mostrou o filme mexicano "O Crime do Padre Amaro", no qual um dos personagens é um padre católico praticante da Teologia da Libertação.

Mais uma vez, foi grande o intersse da platéia, que pode aprender e conhecer um pouco como se desenvolveu aquele importante movimento católico na América Latina.

Fica, assim, ao Pedrinho, bem como a outros brasileiros estudiosos e de bom coração que saem pelo mundo a divulgar aspectos importantes da cultura brasileira, o respeito e a homenagem desta coluna. E... aquele abraço!
16:57
Anónimo disse...
Amanda Kitts perdeu o braço esquerdo em um acidente de automóvel acontecido três anos atrás, mas hoje em dia ela joga futebol americano com seu filho de 12 anos de idade, troca fraldas e abraça as crianças nas três creches Kiddie Cottage que opera em Knoxville, Tennessee. Kitts, 40 anos, faz tudo isso com a ajuda de um novo tipo de braço artificial que se movimenta com mais facilidade do que outros aparelhos e que ela pode controlar utilizando apenas seus pensamentos.

"Eu sou capaz de mexer a mão, o pulso e o cotovelo ao mesmo tempo", diz. "Você pensa e os músculos se movem em seguida".

A recuperação que ela conseguiu resulta de um novo procedimento que vem atraindo crescente atenção porque permite que pessoas movam braços protéticos de forma mais automática do que faziam no passado, simplesmente utilizando nervos reaproveitados em seus cérebros.

A técnica, conhecida como "renervação muscular dirigida", envolve utilizar os nervos que restam depois da amputação de um braço e conectá-los a outro músculo do corpo, em geral no peito. Eletrodos são instalados sobre os músculos do peito, e operam como se fossem antenas. Quando a pessoa deseja mover o braço, o cérebro envia sinais que primeiro resultam em contração dos músculos do peito, os quais enviam um sinal ao braço protético, instruindo-se a se movimentar. O processo não requer mais esforços consciente do que a pessoa teria de exercitar caso ainda tivesse seu braço natural.

Na terça-feira, pesquisadores reportaram em estudo publicado pela versão online do Journal of the American Medical Association que haviam levado a técnica ainda mais à frente, tornando possível a execução de 10 movimentos de mão, pulso e cotovelo diferentes, o que representa uma substancial melhora com relação ao típico repertório protético, que em geral envolve apenas dobrar o cotovelo, girar o pulso e abrir a mão.

"Os novos métodos tiveram impacto dramático em nosso campo de trabalho", disse Stuart Harshbarger, engenheiro biomédico na Universidade Johns Hopkins e diretor do programa de pesquisa sobre próteses, financiado pelas forças armadas, que inclui o trabalho com essa técnica. "O método já está em uso por médicos e cirurgiões comuns em todo o país. A capacidade de controlar um membro protético bastante robusto que ele confere surpreendeu a todos pela qualidade".

Tipicamente, uma pessoa que tenha um braço protético só é capaz de executar alguns poucos movimentos, e muitas vezes com tamanha lentidão que isso só permite a ela atividades limitadas.

Há um motor separado para cada movimento, diz Gerald Loeb, professor de engenharia biomédica na Universidade

Anónimo disse...

Anónimo disse...
Ex-ministro critica extensão do seguro-desemprego

Atualizada às 09h03

O ex-ministro do Trabalho Almir Pazzianotto criticou a decisão do governo federal de conceder o seguro-desemprego estendido a apenas alguns setores. "É certamente odioso e provavelmente inconstitucional", disse Pazzianotto, de acordo com o jornal O Estado de S. Paulo.

Na última qurta, dia do anúncio da medida, centrais sindicais elogiaram a atitude do governo. A Força Sindical divulgou nota dizendo que "o aumento ajudará a aquecer parte da economia, já que irá gerar mais consumo, produção e conseqüentemente, a criação de novos postos de trabalho". A União Geral dos Trabalhadores (UGT) afirmou que a medida "contribuirá para minimizar o drama dos trabalhadores que perderem seu emprego por conta da crise".

O ex-ministro, que instituiu o seguro-desemprego no País no governo de José Sarney, destacou a necessidade de as centrais sindicais se manifestarem contra a determinação. Para ele, as mudanças devem ser aplicadas a todas as categorias profissionais e a distinção é contrária ao artigo 3º da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT).

Pazzianotto atribui a medida a um possível temor do governo de que a crise econômica seja longa e não haja dinheiro para atender a todas as necessidades. Ainda assim, ele se mostra contrário ao método de concessão. "O seguro-desemprego ajuda a sanar necessidades básicas. Estendê-lo é paliativo, não a solução", disse ao jornal.

De acordo com o presidente do Conselho Deliberativo do Fundo de Amparo ao Trabalhador (Codefat) e conselheiro da Força Sindical, Luiz Fernando Emediato, a determinação já estava prevista na lei 8.900/94, que trata do seguro-desemprego.

O presidente da Comissão de Trabalho da Câmara, Pedro Fernandes (PTB-MA) vai além na crítica à concessão do seguro para apenas alguns setores. Ele acredita que a ampliação do benefício estimula o desemprego.

Quintino Severo, secretário geral da Central Única dos Trabalhadores (CUT), lembra que a ampliação do benefício sem critério e identificação pode incentivar demissões em outros setores.

23:31
Anónimo disse...
Os bombeiros combatem neste sábado os incêndios na Austrália favorecidos pelo bom tempo, enquanto os deslocados encotram em seu retorno casas derruídas, carros queimados nas ruas e destruição.

Depois de sete dias desde que começaram os incêndios no Estado de Victoria, a lista de mortos chega a 181, os desaparecidos somam 50, os edifícios destruídos totalizam 1,834 mil e o terreno arrasado, principalmente florestas, ocupa uma área de 4,13 mil quilômetros quadrados.

As equipes de bombeiros, formadas por 4 mil profissionais de Victoria, de outras partes da Austrália e de países amigos, combateram hoje 12 focos fora de controle e nenhum representava uma ameaça direta para a população.

O subdiretor do Serviço de Bombeiros, Geoff Conway, disse que este tempo favorável, que se prolongará durante o domingo, permite consolidar as linhas de contenção e avançar na extinção das chamas.

Cinzas apareceram arrastadas por ventos do nordeste sobre Melbourne, onde habitam 3,8 milhões de pessoas, e as autoridades alertaram aos cidadãos do risco para a saúde de idosos, crianças e pessoas com problemas respiratórios.

O número de pessoas deslocadas - a Cruz Vermelha chegou a receber 7 mil - começou a cair com a abertura de algumas localidades atingidas.

Os incêndios, alguns criminosos, começaram em 7 de fevereiro, quando a região sul da Austrália estava há duas semanas sob uma onda de calor sem precedentes.

Na sexta-feira passada, a polícia acusou uma pessoa de ter provocado o incêndio que atingiu a localidade de Churchill e matou 21 pessoas.
16:55
Anónimo disse...
A primeira chuva em seis dias reduziu a ameaça de incêndios no Estado de Victoria, ao sul da Austrália. As autoridades, porém, advertiram que ainda existem 12 focos, mas que nenhum deles ameaça áreas povoadas.

Mais de quatro mil bombeiros, mil provenientes de outras partes do país e de outras nações, trabalham contra o fogo. Cerca de 600 veículos e 28 helicópteros e pequenos aviões estão sendo usados.


Eles conseguiram construir linhas de contenção para evitar os incêndios de Yarra e Maroondah se juntassem. Também foram controlados os incêndios abertos de Yea e Murrindindi, que ameaçavam as comunidades de Connellys Creek, Crystal Creek, Scrubby Creek e Native Dog Creek.

O número de mortos chegou a 181, mas as autoridades acreditam que as vítimas devem passar de 200, já que ainda há muitos desaparecidos.
16:55
Anónimo disse...
Aqui nesta coluna, na semana passada, tive a oportunidade de comentar sobre a recente visita do professor brasileiro Pedrinho Guareschi à Austrália. Não dei, porém, os fatos, pois semana passada o assunto era outro.

Hoje, porém, vamos a eles.

No último dia 4 de fevereiro, aconteceu o Seminário "Paulo Freire: Education and Liberation", organizado pelo centro de estudos latino-americanos da Universidade Nacional da Austrália, ou ANU, como é mais conhecida por aqui.

A ANU, para quem não sabe, está entre as 20 melhores universidades do mundo! E tem sede aqui em Camberra, capital da Austrália.

Na abertura do evento, o professor John Minns, diretor do centro latino-americano, ao dar boas-vindas ao público presente, lembrou ser aquele o primeiro seminário exclusivamente dedicado a Paulo Freire na Austrália.

Em seguida, convidou Pedrinho Guareschi, palestrante principal do Seminário, a fazer sua apresentação.

A plateia pode então conhecer, pelas palavras de Pedrinho, um pouco da obra e da vida de Freire, esse brasileiro de fé e valor, que sempre acreditou na educação, sobretudo dos menos favorecidos, analfabetos, como força libertadora.

Como não podia deixar de ser, os conceitos e ideias revolucionários de Paulo Freire, expostos com clareza por Pedrinho, despertaram o interesse e a curiosidade de plateia. A qual, deve-se notar, era na maioria de estudantes, mas de várias nacionalidades, sobretudo australianos e asiáticos.

Na continuação do programa do seminário, que se estendeu por dois dias, outros professores fizeram palestras sobre temas ligados à obra de Paulo Freire.

Interessante, por exemplo, saber que a professora Anne Hickling-Hudson, jamaicana que mora na Austrália há muitos anos (é professora da ANU), conheceu e trabalhou com Freire num workshop educacional durante a revolução na Ilha de Granada, em 1980, antes da invasão dos Estados Unidos...

Ou, então, a palestra da Professora Gerda Roelvink, da Nova Zelândia, que participou do Fórum Social de Porto Alegre em 2005. E essa participação transformou-se em tema de doutorado.

No dia 10, terça-feira passada, o padre Pedrinho Guareschi voltou a falar ao público australiano em grande auditório localizado no belíssimo campus da ANU. Desta vez, sobre a Teologia da Libertação.

Depois da palestra, John Minns mostrou o filme mexicano "O Crime do Padre Amaro", no qual um dos personagens é um padre católico praticante da Teologia da Libertação.

Mais uma vez, foi grande o intersse da platéia, que pode aprender e conhecer um pouco como se desenvolveu aquele importante movimento católico na América Latina.

Fica, assim, ao Pedrinho, bem como a outros brasileiros estudiosos e de bom coração que saem pelo mundo a divulgar aspectos importantes da cultura brasileira, o respeito e a homenagem desta coluna. E... aquele abraço!
16:57
Anónimo disse...
Amanda Kitts perdeu o braço esquerdo em um acidente de automóvel acontecido três anos atrás, mas hoje em dia ela joga futebol americano com seu filho de 12 anos de idade, troca fraldas e abraça as crianças nas três creches Kiddie Cottage que opera em Knoxville, Tennessee. Kitts, 40 anos, faz tudo isso com a ajuda de um novo tipo de braço artificial que se movimenta com mais facilidade do que outros aparelhos e que ela pode controlar utilizando apenas seus pensamentos.

"Eu sou capaz de mexer a mão, o pulso e o cotovelo ao mesmo tempo", diz. "Você pensa e os músculos se movem em seguida".

A recuperação que ela conseguiu resulta de um novo procedimento que vem atraindo crescente atenção porque permite que pessoas movam braços protéticos de forma mais automática do que faziam no passado, simplesmente utilizando nervos reaproveitados em seus cérebros.

A técnica, conhecida como "renervação muscular dirigida", envolve utilizar os nervos que restam depois da amputação de um braço e conectá-los a outro músculo do corpo, em geral no peito. Eletrodos são instalados sobre os músculos do peito, e operam como se fossem antenas. Quando a pessoa deseja mover o braço, o cérebro envia sinais que primeiro resultam em contração dos músculos do peito, os quais enviam um sinal ao braço protético, instruindo-se a se movimentar. O processo não requer mais esforços consciente do que a pessoa teria de exercitar caso ainda tivesse seu braço natural.

Na terça-feira, pesquisadores reportaram em estudo publicado pela versão online do Journal of the American Medical Association que haviam levado a técnica ainda mais à frente, tornando possível a execução de 10 movimentos de mão, pulso e cotovelo diferentes, o que representa uma substancial melhora com relação ao típico repertório protético, que em geral envolve apenas dobrar o cotovelo, girar o pulso e abrir a mão.

"Os novos métodos tiveram impacto dramático em nosso campo de trabalho", disse Stuart Harshbarger, engenheiro biomédico na Universidade Johns Hopkins e diretor do programa de pesquisa sobre próteses, financiado pelas forças armadas, que inclui o trabalho com essa técnica. "O método já está em uso por médicos e cirurgiões comuns em todo o país. A capacidade de controlar um membro protético bastante robusto que ele confere surpreendeu a todos pela qualidade".

Tipicamente, uma pessoa que tenha um braço protético só é capaz de executar alguns poucos movimentos, e muitas vezes com tamanha lentidão que isso só permite a ela atividades limitadas.

Há um motor separado para cada movimento, diz Gerald Loeb, professor de engenharia biomédica na Universidade do Sul da Califórnia, "e esses motores precisam ser controlados de maneira explícita", usualmente por um esforço consciente da pessoa para contrair músculos nas costas ou no bíceps.

"Essencialmente, até agora os pacientes controlavam apenas um motor de cada vez", diz Loeb, "e precisavam pensar cuidadosamente sobre que motor desejavam controlar e como fazê-lo operar, em lugar de simplesmente pensarem em mover o braço e poderem fazê-lo sem delongas".

Antes que Kitts passasse pelo procedimento de renervação, em outubro de 2007, por exemplo, ela precisava movimentar os músculos de suas costas de determinada maneira para fazer com que seu pulso girasse, e flexionar seu bíceps e tríceps para fazer com que o cotovelo se movesse para cima e para baixo. "Era muito trabalho", ela conta. "E não me ajudava muito".

O procedimento de renervação é parte de uma recente explosão de idéias novas e técnicas inovadoras que estão sendo exploradas enquanto os cientistas se esforçam por ajudar as pessoas a compensar melhor a perda de membros ou problemas de paralisia. O esforço vem sendo alimentado pelo aumento no número de amputações causado por diabetes e por ferimentos sofridos pelos militares, e ao mesmo tempo pelos avanços na tecnologia médica.

Os braços se tornaram um dos focos essenciais desse tipo de trabalho. A ciência há muito vem obtendo sucessos no desenvolvimento de próteses de perna, mas é muito mais difícil imitar a complexidade e a destreza das mãos e dos braços.

Os esforços em curso incluem o desenvolvimento de projetos de pele e braços mais sensíveis e mais flexíveis, e o uso de dispositivos acionados por controles sem fio implantado nos braços protéticos, que permitiriam movimentos mais naturais.

Os pesquisadores também vêm usando sensores implantados nos cérebros de cobaias para permitir que dois macacos controlem um braço mecânico, e um teste com um homem paralítico permitiu, com esse método, que ele movimentasse um cursor em uma tela de computador.

Alguns desses métodos, caso venham a ser aperfeiçoados plenamente e consigam aprovação das autoridades regulatórias da saúde, podem no futuro se tornar mais viáveis para os pacientes de amputações.

E embora a técnica da renervação não requeira aprovação das autoridades regulatórias porque é executada por meios cirúrgicos e emprega aparelhos já existentes, ela apresenta limitações que até mesmo seus criadores reconhecem, entre as quais o fato de que não se pode utilizá-la para todos os pacientes, o seu alto custo e o prazo de meses requerido para que os nervos reconectados cresçam e se tornem efetivos.

Ainda assim, os especialistas dizem que é o mais avançado sistema em uso hoje para pacientes reais que permite que o sistema nervoso controle diretamente o movimento de um braço artificial.

Desde sua introdução por Todd Kuiken, médico fisioterapeuta e engenheiro biomédico do Instituto de Reabilitação de Chicago, o método foi empregado em cerca de 30 pacientes nos Estados Unidos, Canadá e Europa, entre os quais oito soldados feridos no Iraque e no Afeganistão.

Muitos dos pacientes, entre os quais o primeiro, Jesse Sullivan, um operário do setor elétrico no Tennessee que perdeu os dois braços quando foi eletrocutado por um cabo, conseguem não apenas manipular seus braços protéticos mas sentir a presença das mãos que já não têm quando alguém toca em seus peitos.

Sullivan, 62 anos, e Kitts, estavam entre os cinco pacientes que participaram do estudo reportado na terça-feira. Em companhia de cinco outras pessoas que não passaram por amputações, eles receberam os eletrodos e foram instruídos a usar pensamentos para fazer com que um braço virtual na tela reproduzisse 10 movimentos diferentes, entre os quais três formas diferentes de aperto de mão.

Os pacientes apresentaram desempenho bastante respeitável, apenas um pouco mais lento e menos preciso do que os dos participantes que não tinham amputações.

"As velocidades de movimento que encontramos em nossos pacientes foram realmente encorajadoras", disse Kuiken. "Eles conseguiram completar a tarefa. É claro que não foram tão competentes quanto as pessoas dotadas de plena capacidade física, mas foram bons o bastante".

Um braço virtual foi usado porque a maioria das próteses existentes não era capaz de acomodar todos aqueles movimentos, no momento da pesquisa, ainda que Sullivan, Kitts e uma terceira paciente, Claudia Mitchell, tenham experimentado dois novos protótipos mais versáteis de braços artificiais, executando tarefas complexas com bolas de tênis e outros objetos.

O trabalho de renervação em soldados apresenta outros desafios, diz Kuiken, porque os ferimentos militares muitas vezes "causam danos muitos extensos" a nervos, músculos ou ossos.

Daniel Acosta, 25 anos, um aviador ferido pela detonação de uma bomba em uma estrada do Iraque em 2005, passou pelo procedimento no ano passado e diz que seu braço esquerdo protético agora se movimenta "muito mais rápido" e de maneira muito mais natural.

"A diferença é que agora não preciso mais pensar para mover o braço", ele diz. "Ele simplesmente se mexe".

Ainda assim, Acosta, de San Antonio, diz que "o processo foi bastante longo" e que os eletrodos precisam ser ajustados para receber os sinais à medida que os nervos crescem ou mudam de posição.

E embora elogiem o método, os especialistas afirmam que a ciência das próteses de braço ainda tem muito por avançar.

"Trata-se de uma parte crucial, mas ainda assim apenas uma parte, das muitas coisas que compreendem a função normal de um braço", disse Loeb, que escreveu um editorial que acompanha o artigo no Journal of the American Medical Association.

"No momento estamos a meio do caminho entre o braço de 'Dr. Fantástico', que fazia involuntariamente a saudação nazista, e o braço de Luke Skywalker em 'Guerra nas Estrelas', que funciona sem nenhum problema assim que é conectado. Creio que precisaremos ainda de muitos anos para conectar todas as peças necessárias a produzir um braço capaz de funcionar normalmente".
17:04
Anónimo disse...
A Espanha disse neste sábado que está preparando uma reclamação oficial contra a decisão da Venezuela de expulsar um membro do Parlamento Europeu que criticou o conselho eleitoral venezuelano.
Luis Herrero, membro do partido conservador espanhol PP, foi deportado na sexta-feira depois que o Conselho Nacional Eleitoral (CNE) o acusou de questionar a imparcialidade da instituição antes de um referendo que pode permitir ao presidente Hugo Chávez permanecer no cargo indefinidamente.

Herrero estava na Venezuela como observador do referendo. Ele acusou Chávez de ter "comportamentos típicos de um ditador" por pedir a contenção de manifestações da oposição.

O governo da Espanha convocou um encontro com o embaixador da Venezuela em Madri para expressar a desaprovação sobre a expulsão de Herrero, disse um representante do Ministério das Relações Exteriores espanhol.

As relações da Venezuela com a Espanha tiveram seu ponto crítico em 2007, quando Chávez ameaçou rever acordos diplomáticos e comerciais depois de ouvir um "cala a boca" do rei espanhol Juan Carlos durante uma cúpula.

A fenda foi oficialmente reparada em 2008, com uma visita oficial de Chávez à Espanha, onde ele cumprimentou o rei e discutiu acordos para investimento no setor petroquímico com o primeiro-ministro José Luis Rodriguez Zapatero.
17:06
Anónimo disse...
A polícia do Zimbábue anunciou neste sábado que acusa de traição Roy Bennett, dirigente do até agora opositor Movimento para a Mudança Democrática (MDC), detido na sexta-feira, em Harare, poucas horas antes da cerimônia de posse dos membros do novo gabinete.

"A Polícia nos informou que vão apresentar acusações de traição", disse à agência EFE o advogado de defesa de Bennett, Trust Maanda.

"Tentam relacionar Roy com o caso de Mike Hitschmann, que foi detido em 2006 em relação à descoberta de um carregamento de armas, apesar de que Hitschmann não tenha sido declarado culpado das acusações de traição apresentadas contra ele, mas de um crime menor de descumprimento de leis", disse Maanda.

O político opositor, designado por seu partido como vice-ministro de Agricultura no Governo de união nacional, esteve no exílio na vizinha África do Sul desde 2006 e retornou ao Zimbábue há duas semanas.

Segundo a Polícia, que deteve Bennett ontem no aeroporto de Harare quando pretendia ir à África do Sul para visitar sua família, as armas apreendidas em 2006 seriam utilizadas em um golpe de Estado para derrubar o presidente do Zimbábue, Robert Mugabe.

Depois da detenção, Bennet foi levado a Mutar, onde vários simpatizantes do MDC se concentraram em frente à delegacia na qual estava detido, diante do que a Polícia respondeu com tiros para o alto para dispersar os manifestantes.
17:07
Anónimo disse...
Austrália: 14 mil se candidatam a 'emprego dos sonhos'

A secretaria de Turismo de Queensland, na Austrália, informou que até esta segunda-feira já recebeu cerca de 14 mil inscrições para o "o melhor emprego do mundo". O Estado australiano promove pela internet seleção para vaga de "zelador" da ilha Hamilton, por seis meses com um salário de R$ 40 mil.

Muitos candidatos tiveram problemas durante a inscrição por conta dos acessos simultâneos ao site. A secretaria aconselha enviar os vídeos de 60s explicando porque deve ser escolhido em horários alternativos do dia, além de recomendar tamanho em torno de 40MB.

As inscrições começaram em 12 de janeiro e vão até o próximo dia 22 e podem ser feitas pelo site www.islandreefjob.com. O governo australiano escolherá 50 candidatos para a próxima fase da seleção, que terá votos do público para eleger um dos 11 finalistas.

A última fase terá entrevistas e desafios físicos, no próprio local de trabalho: as ilhas da Grande Barreira Coralina - o maior recife de coral do mundo. A secretaria de Turismo anunciará o vencedor no dia 6 de maio.
17:09
Anónimo disse...
Mercado elogia governo na crise, mas pede maior queda no juro

Peter Fussy
Direto de São Paulo

Desde as primeiras medidas anunciadas para combater os efeitos da crise, o governo brasileiro avisou que a estratégia não contemplaria um pacote. Seriam doses pontuais, de acordo com a necessidade da economia diante do agravamento das turbulências. Da primeira liberação dos depósitos compulsórios em setembro até a ampliação do seguro-desemprego na última quarta-feira, o governo passou por redução de impostos, ampliação de crédito e incentivos à exportação. Quase 150 dias após a primeira medida, o Terra conversou com líderes do setor público e privado, representantes dos trabalhadores, acadêmicos e com o próprio governo para saber quais destas ações foram mais eficazes, quais foram mais ineficientes e o que mais pode ser feito pelo Estado brasileiro contra a crise.

Os maiores elogios foram direcionados à atitude de reduzir o Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) para a indústria automobilística, anunciada em dezembro e que fez com que os emplacamentos de carros novos subissem 1,9% no primeiro mês do ano em relação a dezembro de 2008. Já as maiores críticas foram para a lentidão no corte da taxa básica de juro do País.

Para o presidente do conselho administrativo do Grupo Pão de Açúcar, Abílio Diniz, o Estado não é responsável pela crise e mesmo assim está agindo "com extrema serenidade e muito acerto". "O governo está atento, fazendo a sua parte. É preciso coragem de baixar firmemente a taxa de juros. É uma arma que temos a nosso favor, já que não há clima para inflação, nem possibilidade de danos para a macroeconomia", afirmou Diniz.

Na última reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), em janeiro, a taxa Selic foi reduzida em um ponto percentual, de 13,75% para 12,75% ao ano. Porém, o professor de economia da Universidade de Brasília (UnB) José Luiz Oreiro lembra que este corte representa uma redução de apenas 0,25 ponto percentual com relação à taxa de setembro do ano passado, quando a crise se agravou.

"Pouco antes da eclosão da crise, o Banco Central aumentou a taxa em 0,75 ponto. Foram cinco meses de demora para reduzir em termos líquidos apenas 0,25 ponto", afirmou o economista, que também sugeriu redução do intervalo de cerca de 90 dias entre as reuniões do Copom e o corte de pelo menos um 1 ponto percentual em cada reunião.

Mesmo com o corte de janeiro, a taxa de juros real continua sendo a maior do mundo, lembrou o secretário-geral da Força Sindical, João Carlos Gonçalves, o Juruna. "A redução da taxa de juro ainda é pequena, porque ela continua uma das mais altas do mundo. Falta ousadia para baixar os juros e ajudar o cidadão. A permanência da taxa de juro alta é negativa para o País em meio a crise", afirmou Juruna.

Embora aprove as ações do governo, o senador Aloízio Mercadante (PT-SP) também acredita que o patamar da Selic está muito alto. "Sempre fomos os primeiros a entrar em qualquer crise, o que não aconteceu agora. A taxa Selic ainda é muito alta, mas o governo têm tomado medidas acertadas, como o aumento do salário mínimo, mesmo com um cenário de crise. Isso ajuda a movimentar o consumo. O governo está se esforçando para manter os investimentos e o crescimento", disse.

Tributos
De acordo com o economista Fabio Pina, da Fecomercio-SP, as ações mais positivas estão relacionadas à redução de tributos para alguns segmentos, como a indústria automobilística, que recuperou parte da queda nas vendas em janeiro com a isenção do IPI para carros 1.0 l e o corte para demais motorizações. A medida vale até o final de março.

"Essas medidas não só reduziram o preço, mas anteciparam o consumo daqueles que iriam comprar no futuro, dando um prêmio por conta da insegurança. Mexe diretamente com o principal problema que é a confiança do consumidor", afirmou. Juruna destacou que um bom ritmo de vendas é garantia de emprego. "É importante porque cada emprego na montadora significa 19 na cadeia produtiva", comentou o representante da Força Sindical.

Também em dezembro, o governo decidiu cortar pela metade a alíquota do Imposto de Renda para contribuintes que ganham entre R$ 1.434 e R$ 2.150 mensais. "O salário aumentava e a tabela não se modificava. As pessoas ganhavam mais e pagavam mais impostos", apontou Juruna. Outra redução de tributos do governo foi com relação ao Imposto sobre Operações Financeiras (IOF), que caiu de 3% ao ano para 1,5%.

Crédito
Na segunda metade de 2008, o colapso de bancos nos Estados Unidos por conta da crise do subprime provocou uma forte restrição de crédito no mundo inteiro. Uma das primeiras medidas anticrise do governo teve como objetivo restabelecer a oferta, com mudanças no recolhimento dos depósitos compulsórios por parte dos bancos. Segundo o presidente do Banco Central, Henrique Meirelles, as diversas modificações liberaram US$ 99,2 bilhões aos bancos até o final de janeiro.

Além disso, o governo concedeu R$ 36 bilhões das reservas internacionais para empresas brasileiras com dívidas no exterior e uma medida provisória autorizou o Banco do Brasil e a Caixa Econômica Federal a comprar carteiras de crédito de bancos privados. Para o diretor do Departamento de Pesquisas e Estudos Econômicos da Fiesp, Paulo Francini, estas medidas foram essenciais para combater os efeitos da crise.

"A crise se desenvolve no mundo em torno do tema crédito. E o crédito reduziu-se barbaridade no mundo. Então o governo lança mão de compulsório, lança mão de reservas, de medidas que permitem aos bancos comprar carteiras de bancos. Você vai tomando várias medidas para atender às demandas e o epicentro disso é crédito", afirmou.

No entanto, Oreiro, da UnB, adverte que a liberação dos compulsórios seria mais eficiente acompanhada de redução mais agressiva da taxa básica de juro. "Uma parte do crédito voltou, depois da forte retração em outubro e novembro. O que deveria ter sido feito junto à liberação do compulsório era uma redução mais drástica da taxa de juro. Sem isso, os bancos pegam as reservas e acabam comprando títulos públicos", explicou o economista.

Na opinião de Pina, as ações de distribuição de crédito via redução do compulsório e a disposição de capital de giro para empresas foram tomadas sem um cuidado maior na operação e não tiveram muito efeito. "O BNDES tem linhas que ficam paradas quase todo o ano, agora é pior ainda. Existem os recursos, mas as empresas e os bancos estão desconfiados. É preciso fazer com que os bancos tenham interesse em emprestar", afirmou o economista da Fecomercio-SP.

Futuro
Mesmo com todas essas medidas, a crise financeira ainda gera incertezas nos setores produtivos do País. Nos últimos meses, o medo do desemprego fez os consumidores adiarem compras. Por sua vez, a queda nas vendas pode obrigar as indústrias a cortarem a produção e demitir funcionários. Contra isso, empresários sugerem redução de jornada e de salários.

"Isto está previsto em lei. A Fiesp simplesmente manteve conversações com entidades sindicais quanto à aplicação daquilo que já está previsto em lei", afirmou Francini.

Segundo a ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff, uma das medidas que assegura um nível de emprego é a manutenção de investimentos no Programa de Aceleração do Crescimento (PAC). "Estamos esperando que a dificuldade ocorra em janeiro, fevereiro e março. Estamos certos que vamos manter o nível de investimento. É isso que funciona, é isso que significa investimento público. Ele funciona como um colchão. Por isso, nós colocamos R$ 100 bilhões no BNDES e a Petrobras ampliou o seu investimento em R$ 120 bilhões", afirmou.

Na mesma linha, Pina explica que a antecipação de gastos do governo substitui parte da demanda retraída do setor privado. "Ele dá o seguinte recado: não vou estourar as contas públicas, mas concentrar em um momento em que a demanda privada está pequena. Mas o governo não tem fôlego suficiente para fazer o papel de toda demanda", ressaltou. O economista da Fecomercio lembrou que a entidade já pleiteou junto ao governo isenções para transferência de imóveis e de automóveis, além de retirar o IPVA para veículos novos.

Já Oreiro foca suas propostas na capitalização do Banco do Brasil e da Caixa Econômica Federal pelo Tesouro para atender a demanda de crédito para capital de giro e reduzir o spread. "Aumentando o empréstimo e reduzindo as taxas, os dois vão forçar os bancos privados a acompanhar o movimento, até para não perderem participação no mercado", explicou o economista da UnB.

Até o Carnaval, o governou prometeu detalhar um pacote de incentivos para a construção de até um milhão de casas populares, direcionado a famílias com renda de até dez salários mínimos. "Estamos atentos a tudo o que está acontecendo e novas medidas serão tomadas caso haja uma avaliação de que sejam necessárias", disse o ministro da Fazenda, Guido Mantega, na última sexta-feira.
17:11
Anónimo disse...
Ex-ministro critica extensão do seguro-desemprego

Atualizada às 09h03

O ex-ministro do Trabalho Almir Pazzianotto criticou a decisão do governo federal de conceder o seguro-desemprego estendido a apenas alguns setores. "É certamente odioso e provavelmente inconstitucional", disse Pazzianotto, de acordo com o jornal O Estado de S. Paulo.

Na última qurta, dia do anúncio da medida, centrais sindicais elogiaram a atitude do governo. A Força Sindical divulgou nota dizendo que "o aumento ajudará a aquecer parte da economia, já que irá gerar mais consumo, produção e conseqüentemente, a criação de novos postos de trabalho". A União Geral dos Trabalhadores (UGT) afirmou que a medida "contribuirá para minimizar o drama dos trabalhadores que perderem seu emprego por conta da crise".

O ex-ministro, que instituiu o seguro-desemprego no País no governo de José Sarney, destacou a necessidade de as centrais sindicais se manifestarem contra a determinação. Para ele, as mudanças devem ser aplicadas a todas as categorias profissionais e a distinção é contrária ao artigo 3º da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT).

Pazzianotto atribui a medida a um possível temor do governo de que a crise econômica seja longa e não haja dinheiro para atender a todas as necessidades. Ainda assim, ele se mostra contrário ao método de concessão. "O seguro-desemprego ajuda a sanar necessidades básicas. Estendê-lo é paliativo, não a solução", disse ao jornal.

De acordo com o presidente do Conselho Deliberativo do Fundo de Amparo ao Trabalhador (Codefat) e conselheiro da Força Sindical, Luiz Fernando Emediato, a determinação já estava prevista na lei 8.900/94, que trata do seguro-desemprego.

O presidente da Comissão de Trabalho da Câmara, Pedro Fernandes (PTB-MA) vai além na crítica à concessão do seguro para apenas alguns setores. Ele acredita que a ampliação do benefício estimula o desemprego.

Quintino Severo, secretário geral da Central Única dos Trabalhadores (CUT), lembra que a ampliação do benefício sem critério e identificação pode incentivar demissões em outros setores.

23:32
Anónimo disse...
Os bombeiros combatem neste sábado os incêndios na Austrália favorecidos pelo bom tempo, enquanto os deslocados encotram em seu retorno casas derruídas, carros queimados nas ruas e destruição.

Depois de sete dias desde que começaram os incêndios no Estado de Victoria, a lista de mortos chega a 181, os desaparecidos somam 50, os edifícios destruídos totalizam 1,834 mil e o terreno arrasado, principalmente florestas, ocupa uma área de 4,13 mil quilômetros quadrados.

As equipes de bombeiros, formadas por 4 mil profissionais de Victoria, de outras partes da Austrália e de países amigos, combateram hoje 12 focos fora de controle e nenhum representava uma ameaça direta para a população.

O subdiretor do Serviço de Bombeiros, Geoff Conway, disse que este tempo favorável, que se prolongará durante o domingo, permite consolidar as linhas de contenção e avançar na extinção das chamas.

Cinzas apareceram arrastadas por ventos do nordeste sobre Melbourne, onde habitam 3,8 milhões de pessoas, e as autoridades alertaram aos cidadãos do risco para a saúde de idosos, crianças e pessoas com problemas respiratórios.

O número de pessoas deslocadas - a Cruz Vermelha chegou a receber 7 mil - começou a cair com a abertura de algumas localidades atingidas.

Os incêndios, alguns criminosos, começaram em 7 de fevereiro, quando a região sul da Austrália estava há duas semanas sob uma onda de calor sem precedentes.

Na sexta-feira passada, a polícia acusou uma pessoa de ter provocado o incêndio que atingiu a localidade de Churchill e matou 21 pessoas.
16:55
Anónimo disse...
A primeira chuva em seis dias reduziu a ameaça de incêndios no Estado de Victoria, ao sul da Austrália. As autoridades, porém, advertiram que ainda existem 12 focos, mas que nenhum deles ameaça áreas povoadas.

Mais de quatro mil bombeiros, mil provenientes de outras partes do país e de outras nações, trabalham contra o fogo. Cerca de 600 veículos e 28 helicópteros e pequenos aviões estão sendo usados.


Eles conseguiram construir linhas de contenção para evitar os incêndios de Yarra e Maroondah se juntassem. Também foram controlados os incêndios abertos de Yea e Murrindindi, que ameaçavam as comunidades de Connellys Creek, Crystal Creek, Scrubby Creek e Native Dog Creek.

O número de mortos chegou a 181, mas as autoridades acreditam que as vítimas devem passar de 200, já que ainda há muitos desaparecidos.
16:55
Anónimo disse...
Aqui nesta coluna, na semana passada, tive a oportunidade de comentar sobre a recente visita do professor brasileiro Pedrinho Guareschi à Austrália. Não dei, porém, os fatos, pois semana passada o assunto era outro.

Hoje, porém, vamos a eles.

No último dia 4 de fevereiro, aconteceu o Seminário "Paulo Freire: Education and Liberation", organizado pelo centro de estudos latino-americanos da Universidade Nacional da Austrália, ou ANU, como é mais conhecida por aqui.

A ANU, para quem não sabe, está entre as 20 melhores universidades do mundo! E tem sede aqui em Camberra, capital da Austrália.

Na abertura do evento, o professor John Minns, diretor do centro latino-americano, ao dar boas-vindas ao público presente, lembrou ser aquele o primeiro seminário exclusivamente dedicado a Paulo Freire na Austrália.

Em seguida, convidou Pedrinho Guareschi, palestrante principal do Seminário, a fazer sua apresentação.

A plateia pode então conhecer, pelas palavras de Pedrinho, um pouco da obra e da vida de Freire, esse brasileiro de fé e valor, que sempre acreditou na educação, sobretudo dos menos favorecidos, analfabetos, como força libertadora.

Como não podia deixar de ser, os conceitos e ideias revolucionários de Paulo Freire, expostos com clareza por Pedrinho, despertaram o interesse e a curiosidade de plateia. A qual, deve-se notar, era na maioria de estudantes, mas de várias nacionalidades, sobretudo australianos e asiáticos.

Na continuação do programa do seminário, que se estendeu por dois dias, outros professores fizeram palestras sobre temas ligados à obra de Paulo Freire.

Interessante, por exemplo, saber que a professora Anne Hickling-Hudson, jamaicana que mora na Austrália há muitos anos (é professora da ANU), conheceu e trabalhou com Freire num workshop educacional durante a revolução na Ilha de Granada, em 1980, antes da invasão dos Estados Unidos...

Ou, então, a palestra da Professora Gerda Roelvink, da Nova Zelândia, que participou do Fórum Social de Porto Alegre em 2005. E essa participação transformou-se em tema de doutorado.

No dia 10, terça-feira passada, o padre Pedrinho Guareschi voltou a falar ao público australiano em grande auditório localizado no belíssimo campus da ANU. Desta vez, sobre a Teologia da Libertação.

Depois da palestra, John Minns mostrou o filme mexicano "O Crime do Padre Amaro", no qual um dos personagens é um padre católico praticante da Teologia da Libertação.

Mais uma vez, foi grande o intersse da platéia, que pode aprender e conhecer um pouco como se desenvolveu aquele importante movimento católico na América Latina.

Fica, assim, ao Pedrinho, bem como a outros brasileiros estudiosos e de bom coração que saem pelo mundo a divulgar aspectos importantes da cultura brasileira, o respeito e a homenagem desta coluna. E... aquele abraço!
16:57
Anónimo disse...
Amanda Kitts perdeu o braço esquerdo em um acidente de automóvel acontecido três anos atrás, mas hoje em dia ela joga futebol americano com seu filho de 12 anos de idade, troca fraldas e abraça as crianças nas três creches Kiddie Cottage que opera em Knoxville, Tennessee. Kitts, 40 anos, faz tudo isso com a ajuda de um novo tipo de braço artificial que se movimenta com mais facilidade do que outros aparelhos e que ela pode controlar utilizando apenas seus pensamentos.

"Eu sou capaz de mexer a mão, o pulso e o cotovelo ao mesmo tempo", diz. "Você pensa e os músculos se movem em seguida".

A recuperação que ela conseguiu resulta de um novo procedimento que vem atraindo crescente atenção porque permite que pessoas movam braços protéticos de forma mais automática do que faziam no passado, simplesmente utilizando nervos reaproveitados em seus cérebros.

A técnica, conhecida como "renervação muscular dirigida", envolve utilizar os nervos que restam depois da amputação de um braço e conectá-los a outro músculo do corpo, em geral no peito. Eletrodos são instalados sobre os músculos do peito, e operam como se fossem antenas. Quando a pessoa deseja mover o braço, o cérebro envia sinais que primeiro resultam em contração dos músculos do peito, os quais enviam um sinal ao braço protético, instruindo-se a se movimentar. O processo não requer mais esforços consciente do que a pessoa teria de exercitar caso ainda tivesse seu braço natural.

Na terça-feira, pesquisadores reportaram em estudo publicado pela versão online do Journal of the American Medical Association que haviam levado a técnica ainda mais à frente, tornando possível a execução de 10 movimentos de mão, pulso e cotovelo diferentes, o que representa uma substancial melhora com relação ao típico repertório protético, que em geral envolve apenas dobrar o cotovelo, girar o pulso e abrir a mão.

"Os novos métodos tiveram impacto dramático em nosso campo de trabalho", disse Stuart Harshbarger, engenheiro biomédico na Universidade Johns Hopkins e diretor do programa de pesquisa sobre próteses, financiado pelas forças armadas, que inclui o trabalho com essa técnica. "O método já está em uso por médicos e cirurgiões comuns em todo o país. A capacidade de controlar um membro protético bastante robusto que ele confere surpreendeu a todos pela qualidade".

Tipicamente, uma pessoa que tenha um braço protético só é capaz de executar alguns poucos movimentos, e muitas vezes com tamanha lentidão que isso só permite a ela atividades limitadas.

Há um motor separado para cada movimento, diz Gerald Loeb, professor de engenharia biomédica na Universidade

Anónimo disse...

Anónimo disse...
Ex-ministro critica extensão do seguro-desemprego

Atualizada às 09h03

O ex-ministro do Trabalho Almir Pazzianotto criticou a decisão do governo federal de conceder o seguro-desemprego estendido a apenas alguns setores. "É certamente odioso e provavelmente inconstitucional", disse Pazzianotto, de acordo com o jornal O Estado de S. Paulo.

Na última qurta, dia do anúncio da medida, centrais sindicais elogiaram a atitude do governo. A Força Sindical divulgou nota dizendo que "o aumento ajudará a aquecer parte da economia, já que irá gerar mais consumo, produção e conseqüentemente, a criação de novos postos de trabalho". A União Geral dos Trabalhadores (UGT) afirmou que a medida "contribuirá para minimizar o drama dos trabalhadores que perderem seu emprego por conta da crise".

O ex-ministro, que instituiu o seguro-desemprego no País no governo de José Sarney, destacou a necessidade de as centrais sindicais se manifestarem contra a determinação. Para ele, as mudanças devem ser aplicadas a todas as categorias profissionais e a distinção é contrária ao artigo 3º da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT).

Pazzianotto atribui a medida a um possível temor do governo de que a crise econômica seja longa e não haja dinheiro para atender a todas as necessidades. Ainda assim, ele se mostra contrário ao método de concessão. "O seguro-desemprego ajuda a sanar necessidades básicas. Estendê-lo é paliativo, não a solução", disse ao jornal.

De acordo com o presidente do Conselho Deliberativo do Fundo de Amparo ao Trabalhador (Codefat) e conselheiro da Força Sindical, Luiz Fernando Emediato, a determinação já estava prevista na lei 8.900/94, que trata do seguro-desemprego.

O presidente da Comissão de Trabalho da Câmara, Pedro Fernandes (PTB-MA) vai além na crítica à concessão do seguro para apenas alguns setores. Ele acredita que a ampliação do benefício estimula o desemprego.

Quintino Severo, secretário geral da Central Única dos Trabalhadores (CUT), lembra que a ampliação do benefício sem critério e identificação pode incentivar demissões em outros setores.

23:31
Anónimo disse...
Os bombeiros combatem neste sábado os incêndios na Austrália favorecidos pelo bom tempo, enquanto os deslocados encotram em seu retorno casas derruídas, carros queimados nas ruas e destruição.

Depois de sete dias desde que começaram os incêndios no Estado de Victoria, a lista de mortos chega a 181, os desaparecidos somam 50, os edifícios destruídos totalizam 1,834 mil e o terreno arrasado, principalmente florestas, ocupa uma área de 4,13 mil quilômetros quadrados.

As equipes de bombeiros, formadas por 4 mil profissionais de Victoria, de outras partes da Austrália e de países amigos, combateram hoje 12 focos fora de controle e nenhum representava uma ameaça direta para a população.

O subdiretor do Serviço de Bombeiros, Geoff Conway, disse que este tempo favorável, que se prolongará durante o domingo, permite consolidar as linhas de contenção e avançar na extinção das chamas.

Cinzas apareceram arrastadas por ventos do nordeste sobre Melbourne, onde habitam 3,8 milhões de pessoas, e as autoridades alertaram aos cidadãos do risco para a saúde de idosos, crianças e pessoas com problemas respiratórios.

O número de pessoas deslocadas - a Cruz Vermelha chegou a receber 7 mil - começou a cair com a abertura de algumas localidades atingidas.

Os incêndios, alguns criminosos, começaram em 7 de fevereiro, quando a região sul da Austrália estava há duas semanas sob uma onda de calor sem precedentes.

Na sexta-feira passada, a polícia acusou uma pessoa de ter provocado o incêndio que atingiu a localidade de Churchill e matou 21 pessoas.
16:55
Anónimo disse...
A primeira chuva em seis dias reduziu a ameaça de incêndios no Estado de Victoria, ao sul da Austrália. As autoridades, porém, advertiram que ainda existem 12 focos, mas que nenhum deles ameaça áreas povoadas.

Mais de quatro mil bombeiros, mil provenientes de outras partes do país e de outras nações, trabalham contra o fogo. Cerca de 600 veículos e 28 helicópteros e pequenos aviões estão sendo usados.


Eles conseguiram construir linhas de contenção para evitar os incêndios de Yarra e Maroondah se juntassem. Também foram controlados os incêndios abertos de Yea e Murrindindi, que ameaçavam as comunidades de Connellys Creek, Crystal Creek, Scrubby Creek e Native Dog Creek.

O número de mortos chegou a 181, mas as autoridades acreditam que as vítimas devem passar de 200, já que ainda há muitos desaparecidos.
16:55
Anónimo disse...
Aqui nesta coluna, na semana passada, tive a oportunidade de comentar sobre a recente visita do professor brasileiro Pedrinho Guareschi à Austrália. Não dei, porém, os fatos, pois semana passada o assunto era outro.

Hoje, porém, vamos a eles.

No último dia 4 de fevereiro, aconteceu o Seminário "Paulo Freire: Education and Liberation", organizado pelo centro de estudos latino-americanos da Universidade Nacional da Austrália, ou ANU, como é mais conhecida por aqui.

A ANU, para quem não sabe, está entre as 20 melhores universidades do mundo! E tem sede aqui em Camberra, capital da Austrália.

Na abertura do evento, o professor John Minns, diretor do centro latino-americano, ao dar boas-vindas ao público presente, lembrou ser aquele o primeiro seminário exclusivamente dedicado a Paulo Freire na Austrália.

Em seguida, convidou Pedrinho Guareschi, palestrante principal do Seminário, a fazer sua apresentação.

A plateia pode então conhecer, pelas palavras de Pedrinho, um pouco da obra e da vida de Freire, esse brasileiro de fé e valor, que sempre acreditou na educação, sobretudo dos menos favorecidos, analfabetos, como força libertadora.

Como não podia deixar de ser, os conceitos e ideias revolucionários de Paulo Freire, expostos com clareza por Pedrinho, despertaram o interesse e a curiosidade de plateia. A qual, deve-se notar, era na maioria de estudantes, mas de várias nacionalidades, sobretudo australianos e asiáticos.

Na continuação do programa do seminário, que se estendeu por dois dias, outros professores fizeram palestras sobre temas ligados à obra de Paulo Freire.

Interessante, por exemplo, saber que a professora Anne Hickling-Hudson, jamaicana que mora na Austrália há muitos anos (é professora da ANU), conheceu e trabalhou com Freire num workshop educacional durante a revolução na Ilha de Granada, em 1980, antes da invasão dos Estados Unidos...

Ou, então, a palestra da Professora Gerda Roelvink, da Nova Zelândia, que participou do Fórum Social de Porto Alegre em 2005. E essa participação transformou-se em tema de doutorado.

No dia 10, terça-feira passada, o padre Pedrinho Guareschi voltou a falar ao público australiano em grande auditório localizado no belíssimo campus da ANU. Desta vez, sobre a Teologia da Libertação.

Depois da palestra, John Minns mostrou o filme mexicano "O Crime do Padre Amaro", no qual um dos personagens é um padre católico praticante da Teologia da Libertação.

Mais uma vez, foi grande o intersse da platéia, que pode aprender e conhecer um pouco como se desenvolveu aquele importante movimento católico na América Latina.

Fica, assim, ao Pedrinho, bem como a outros brasileiros estudiosos e de bom coração que saem pelo mundo a divulgar aspectos importantes da cultura brasileira, o respeito e a homenagem desta coluna. E... aquele abraço!
16:57
Anónimo disse...
Amanda Kitts perdeu o braço esquerdo em um acidente de automóvel acontecido três anos atrás, mas hoje em dia ela joga futebol americano com seu filho de 12 anos de idade, troca fraldas e abraça as crianças nas três creches Kiddie Cottage que opera em Knoxville, Tennessee. Kitts, 40 anos, faz tudo isso com a ajuda de um novo tipo de braço artificial que se movimenta com mais facilidade do que outros aparelhos e que ela pode controlar utilizando apenas seus pensamentos.

"Eu sou capaz de mexer a mão, o pulso e o cotovelo ao mesmo tempo", diz. "Você pensa e os músculos se movem em seguida".

A recuperação que ela conseguiu resulta de um novo procedimento que vem atraindo crescente atenção porque permite que pessoas movam braços protéticos de forma mais automática do que faziam no passado, simplesmente utilizando nervos reaproveitados em seus cérebros.

A técnica, conhecida como "renervação muscular dirigida", envolve utilizar os nervos que restam depois da amputação de um braço e conectá-los a outro músculo do corpo, em geral no peito. Eletrodos são instalados sobre os músculos do peito, e operam como se fossem antenas. Quando a pessoa deseja mover o braço, o cérebro envia sinais que primeiro resultam em contração dos músculos do peito, os quais enviam um sinal ao braço protético, instruindo-se a se movimentar. O processo não requer mais esforços consciente do que a pessoa teria de exercitar caso ainda tivesse seu braço natural.

Na terça-feira, pesquisadores reportaram em estudo publicado pela versão online do Journal of the American Medical Association que haviam levado a técnica ainda mais à frente, tornando possível a execução de 10 movimentos de mão, pulso e cotovelo diferentes, o que representa uma substancial melhora com relação ao típico repertório protético, que em geral envolve apenas dobrar o cotovelo, girar o pulso e abrir a mão.

"Os novos métodos tiveram impacto dramático em nosso campo de trabalho", disse Stuart Harshbarger, engenheiro biomédico na Universidade Johns Hopkins e diretor do programa de pesquisa sobre próteses, financiado pelas forças armadas, que inclui o trabalho com essa técnica. "O método já está em uso por médicos e cirurgiões comuns em todo o país. A capacidade de controlar um membro protético bastante robusto que ele confere surpreendeu a todos pela qualidade".

Tipicamente, uma pessoa que tenha um braço protético só é capaz de executar alguns poucos movimentos, e muitas vezes com tamanha lentidão que isso só permite a ela atividades limitadas.

Há um motor separado para cada movimento, diz Gerald Loeb, professor de engenharia biomédica na Universidade do Sul da Califórnia, "e esses motores precisam ser controlados de maneira explícita", usualmente por um esforço consciente da pessoa para contrair músculos nas costas ou no bíceps.

"Essencialmente, até agora os pacientes controlavam apenas um motor de cada vez", diz Loeb, "e precisavam pensar cuidadosamente sobre que motor desejavam controlar e como fazê-lo operar, em lugar de simplesmente pensarem em mover o braço e poderem fazê-lo sem delongas".

Antes que Kitts passasse pelo procedimento de renervação, em outubro de 2007, por exemplo, ela precisava movimentar os músculos de suas costas de determinada maneira para fazer com que seu pulso girasse, e flexionar seu bíceps e tríceps para fazer com que o cotovelo se movesse para cima e para baixo. "Era muito trabalho", ela conta. "E não me ajudava muito".

O procedimento de renervação é parte de uma recente explosão de idéias novas e técnicas inovadoras que estão sendo exploradas enquanto os cientistas se esforçam por ajudar as pessoas a compensar melhor a perda de membros ou problemas de paralisia. O esforço vem sendo alimentado pelo aumento no número de amputações causado por diabetes e por ferimentos sofridos pelos militares, e ao mesmo tempo pelos avanços na tecnologia médica.

Os braços se tornaram um dos focos essenciais desse tipo de trabalho. A ciência há muito vem obtendo sucessos no desenvolvimento de próteses de perna, mas é muito mais difícil imitar a complexidade e a destreza das mãos e dos braços.

Os esforços em curso incluem o desenvolvimento de projetos de pele e braços mais sensíveis e mais flexíveis, e o uso de dispositivos acionados por controles sem fio implantado nos braços protéticos, que permitiriam movimentos mais naturais.

Os pesquisadores também vêm usando sensores implantados nos cérebros de cobaias para permitir que dois macacos controlem um braço mecânico, e um teste com um homem paralítico permitiu, com esse método, que ele movimentasse um cursor em uma tela de computador.

Alguns desses métodos, caso venham a ser aperfeiçoados plenamente e consigam aprovação das autoridades regulatórias da saúde, podem no futuro se tornar mais viáveis para os pacientes de amputações.

E embora a técnica da renervação não requeira aprovação das autoridades regulatórias porque é executada por meios cirúrgicos e emprega aparelhos já existentes, ela apresenta limitações que até mesmo seus criadores reconhecem, entre as quais o fato de que não se pode utilizá-la para todos os pacientes, o seu alto custo e o prazo de meses requerido para que os nervos reconectados cresçam e se tornem efetivos.

Ainda assim, os especialistas dizem que é o mais avançado sistema em uso hoje para pacientes reais que permite que o sistema nervoso controle diretamente o movimento de um braço artificial.

Desde sua introdução por Todd Kuiken, médico fisioterapeuta e engenheiro biomédico do Instituto de Reabilitação de Chicago, o método foi empregado em cerca de 30 pacientes nos Estados Unidos, Canadá e Europa, entre os quais oito soldados feridos no Iraque e no Afeganistão.

Muitos dos pacientes, entre os quais o primeiro, Jesse Sullivan, um operário do setor elétrico no Tennessee que perdeu os dois braços quando foi eletrocutado por um cabo, conseguem não apenas manipular seus braços protéticos mas sentir a presença das mãos que já não têm quando alguém toca em seus peitos.

Sullivan, 62 anos, e Kitts, estavam entre os cinco pacientes que participaram do estudo reportado na terça-feira. Em companhia de cinco outras pessoas que não passaram por amputações, eles receberam os eletrodos e foram instruídos a usar pensamentos para fazer com que um braço virtual na tela reproduzisse 10 movimentos diferentes, entre os quais três formas diferentes de aperto de mão.

Os pacientes apresentaram desempenho bastante respeitável, apenas um pouco mais lento e menos preciso do que os dos participantes que não tinham amputações.

"As velocidades de movimento que encontramos em nossos pacientes foram realmente encorajadoras", disse Kuiken. "Eles conseguiram completar a tarefa. É claro que não foram tão competentes quanto as pessoas dotadas de plena capacidade física, mas foram bons o bastante".

Um braço virtual foi usado porque a maioria das próteses existentes não era capaz de acomodar todos aqueles movimentos, no momento da pesquisa, ainda que Sullivan, Kitts e uma terceira paciente, Claudia Mitchell, tenham experimentado dois novos protótipos mais versáteis de braços artificiais, executando tarefas complexas com bolas de tênis e outros objetos.

O trabalho de renervação em soldados apresenta outros desafios, diz Kuiken, porque os ferimentos militares muitas vezes "causam danos muitos extensos" a nervos, músculos ou ossos.

Daniel Acosta, 25 anos, um aviador ferido pela detonação de uma bomba em uma estrada do Iraque em 2005, passou pelo procedimento no ano passado e diz que seu braço esquerdo protético agora se movimenta "muito mais rápido" e de maneira muito mais natural.

"A diferença é que agora não preciso mais pensar para mover o braço", ele diz. "Ele simplesmente se mexe".

Ainda assim, Acosta, de San Antonio, diz que "o processo foi bastante longo" e que os eletrodos precisam ser ajustados para receber os sinais à medida que os nervos crescem ou mudam de posição.

E embora elogiem o método, os especialistas afirmam que a ciência das próteses de braço ainda tem muito por avançar.

"Trata-se de uma parte crucial, mas ainda assim apenas uma parte, das muitas coisas que compreendem a função normal de um braço", disse Loeb, que escreveu um editorial que acompanha o artigo no Journal of the American Medical Association.

"No momento estamos a meio do caminho entre o braço de 'Dr. Fantástico', que fazia involuntariamente a saudação nazista, e o braço de Luke Skywalker em 'Guerra nas Estrelas', que funciona sem nenhum problema assim que é conectado. Creio que precisaremos ainda de muitos anos para conectar todas as peças necessárias a produzir um braço capaz de funcionar normalmente".
17:04
Anónimo disse...
A Espanha disse neste sábado que está preparando uma reclamação oficial contra a decisão da Venezuela de expulsar um membro do Parlamento Europeu que criticou o conselho eleitoral venezuelano.
Luis Herrero, membro do partido conservador espanhol PP, foi deportado na sexta-feira depois que o Conselho Nacional Eleitoral (CNE) o acusou de questionar a imparcialidade da instituição antes de um referendo que pode permitir ao presidente Hugo Chávez permanecer no cargo indefinidamente.

Herrero estava na Venezuela como observador do referendo. Ele acusou Chávez de ter "comportamentos típicos de um ditador" por pedir a contenção de manifestações da oposição.

O governo da Espanha convocou um encontro com o embaixador da Venezuela em Madri para expressar a desaprovação sobre a expulsão de Herrero, disse um representante do Ministério das Relações Exteriores espanhol.

As relações da Venezuela com a Espanha tiveram seu ponto crítico em 2007, quando Chávez ameaçou rever acordos diplomáticos e comerciais depois de ouvir um "cala a boca" do rei espanhol Juan Carlos durante uma cúpula.

A fenda foi oficialmente reparada em 2008, com uma visita oficial de Chávez à Espanha, onde ele cumprimentou o rei e discutiu acordos para investimento no setor petroquímico com o primeiro-ministro José Luis Rodriguez Zapatero.
17:06
Anónimo disse...
A polícia do Zimbábue anunciou neste sábado que acusa de traição Roy Bennett, dirigente do até agora opositor Movimento para a Mudança Democrática (MDC), detido na sexta-feira, em Harare, poucas horas antes da cerimônia de posse dos membros do novo gabinete.

"A Polícia nos informou que vão apresentar acusações de traição", disse à agência EFE o advogado de defesa de Bennett, Trust Maanda.

"Tentam relacionar Roy com o caso de Mike Hitschmann, que foi detido em 2006 em relação à descoberta de um carregamento de armas, apesar de que Hitschmann não tenha sido declarado culpado das acusações de traição apresentadas contra ele, mas de um crime menor de descumprimento de leis", disse Maanda.

O político opositor, designado por seu partido como vice-ministro de Agricultura no Governo de união nacional, esteve no exílio na vizinha África do Sul desde 2006 e retornou ao Zimbábue há duas semanas.

Segundo a Polícia, que deteve Bennett ontem no aeroporto de Harare quando pretendia ir à África do Sul para visitar sua família, as armas apreendidas em 2006 seriam utilizadas em um golpe de Estado para derrubar o presidente do Zimbábue, Robert Mugabe.

Depois da detenção, Bennet foi levado a Mutar, onde vários simpatizantes do MDC se concentraram em frente à delegacia na qual estava detido, diante do que a Polícia respondeu com tiros para o alto para dispersar os manifestantes.
17:07
Anónimo disse...
Austrália: 14 mil se candidatam a 'emprego dos sonhos'

A secretaria de Turismo de Queensland, na Austrália, informou que até esta segunda-feira já recebeu cerca de 14 mil inscrições para o "o melhor emprego do mundo". O Estado australiano promove pela internet seleção para vaga de "zelador" da ilha Hamilton, por seis meses com um salário de R$ 40 mil.

Muitos candidatos tiveram problemas durante a inscrição por conta dos acessos simultâneos ao site. A secretaria aconselha enviar os vídeos de 60s explicando porque deve ser escolhido em horários alternativos do dia, além de recomendar tamanho em torno de 40MB.

As inscrições começaram em 12 de janeiro e vão até o próximo dia 22 e podem ser feitas pelo site www.islandreefjob.com. O governo australiano escolherá 50 candidatos para a próxima fase da seleção, que terá votos do público para eleger um dos 11 finalistas.

A última fase terá entrevistas e desafios físicos, no próprio local de trabalho: as ilhas da Grande Barreira Coralina - o maior recife de coral do mundo. A secretaria de Turismo anunciará o vencedor no dia 6 de maio.
17:09
Anónimo disse...
Mercado elogia governo na crise, mas pede maior queda no juro

Peter Fussy
Direto de São Paulo

Desde as primeiras medidas anunciadas para combater os efeitos da crise, o governo brasileiro avisou que a estratégia não contemplaria um pacote. Seriam doses pontuais, de acordo com a necessidade da economia diante do agravamento das turbulências. Da primeira liberação dos depósitos compulsórios em setembro até a ampliação do seguro-desemprego na última quarta-feira, o governo passou por redução de impostos, ampliação de crédito e incentivos à exportação. Quase 150 dias após a primeira medida, o Terra conversou com líderes do setor público e privado, representantes dos trabalhadores, acadêmicos e com o próprio governo para saber quais destas ações foram mais eficazes, quais foram mais ineficientes e o que mais pode ser feito pelo Estado brasileiro contra a crise.

Os maiores elogios foram direcionados à atitude de reduzir o Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) para a indústria automobilística, anunciada em dezembro e que fez com que os emplacamentos de carros novos subissem 1,9% no primeiro mês do ano em relação a dezembro de 2008. Já as maiores críticas foram para a lentidão no corte da taxa básica de juro do País.

Para o presidente do conselho administrativo do Grupo Pão de Açúcar, Abílio Diniz, o Estado não é responsável pela crise e mesmo assim está agindo "com extrema serenidade e muito acerto". "O governo está atento, fazendo a sua parte. É preciso coragem de baixar firmemente a taxa de juros. É uma arma que temos a nosso favor, já que não há clima para inflação, nem possibilidade de danos para a macroeconomia", afirmou Diniz.

Na última reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), em janeiro, a taxa Selic foi reduzida em um ponto percentual, de 13,75% para 12,75% ao ano. Porém, o professor de economia da Universidade de Brasília (UnB) José Luiz Oreiro lembra que este corte representa uma redução de apenas 0,25 ponto percentual com relação à taxa de setembro do ano passado, quando a crise se agravou.

"Pouco antes da eclosão da crise, o Banco Central aumentou a taxa em 0,75 ponto. Foram cinco meses de demora para reduzir em termos líquidos apenas 0,25 ponto", afirmou o economista, que também sugeriu redução do intervalo de cerca de 90 dias entre as reuniões do Copom e o corte de pelo menos um 1 ponto percentual em cada reunião.

Mesmo com o corte de janeiro, a taxa de juros real continua sendo a maior do mundo, lembrou o secretário-geral da Força Sindical, João Carlos Gonçalves, o Juruna. "A redução da taxa de juro ainda é pequena, porque ela continua uma das mais altas do mundo. Falta ousadia para baixar os juros e ajudar o cidadão. A permanência da taxa de juro alta é negativa para o País em meio a crise", afirmou Juruna.

Embora aprove as ações do governo, o senador Aloízio Mercadante (PT-SP) também acredita que o patamar da Selic está muito alto. "Sempre fomos os primeiros a entrar em qualquer crise, o que não aconteceu agora. A taxa Selic ainda é muito alta, mas o governo têm tomado medidas acertadas, como o aumento do salário mínimo, mesmo com um cenário de crise. Isso ajuda a movimentar o consumo. O governo está se esforçando para manter os investimentos e o crescimento", disse.

Tributos
De acordo com o economista Fabio Pina, da Fecomercio-SP, as ações mais positivas estão relacionadas à redução de tributos para alguns segmentos, como a indústria automobilística, que recuperou parte da queda nas vendas em janeiro com a isenção do IPI para carros 1.0 l e o corte para demais motorizações. A medida vale até o final de março.

"Essas medidas não só reduziram o preço, mas anteciparam o consumo daqueles que iriam comprar no futuro, dando um prêmio por conta da insegurança. Mexe diretamente com o principal problema que é a confiança do consumidor", afirmou. Juruna destacou que um bom ritmo de vendas é garantia de emprego. "É importante porque cada emprego na montadora significa 19 na cadeia produtiva", comentou o representante da Força Sindical.

Também em dezembro, o governo decidiu cortar pela metade a alíquota do Imposto de Renda para contribuintes que ganham entre R$ 1.434 e R$ 2.150 mensais. "O salário aumentava e a tabela não se modificava. As pessoas ganhavam mais e pagavam mais impostos", apontou Juruna. Outra redução de tributos do governo foi com relação ao Imposto sobre Operações Financeiras (IOF), que caiu de 3% ao ano para 1,5%.

Crédito
Na segunda metade de 2008, o colapso de bancos nos Estados Unidos por conta da crise do subprime provocou uma forte restrição de crédito no mundo inteiro. Uma das primeiras medidas anticrise do governo teve como objetivo restabelecer a oferta, com mudanças no recolhimento dos depósitos compulsórios por parte dos bancos. Segundo o presidente do Banco Central, Henrique Meirelles, as diversas modificações liberaram US$ 99,2 bilhões aos bancos até o final de janeiro.

Além disso, o governo concedeu R$ 36 bilhões das reservas internacionais para empresas brasileiras com dívidas no exterior e uma medida provisória autorizou o Banco do Brasil e a Caixa Econômica Federal a comprar carteiras de crédito de bancos privados. Para o diretor do Departamento de Pesquisas e Estudos Econômicos da Fiesp, Paulo Francini, estas medidas foram essenciais para combater os efeitos da crise.

"A crise se desenvolve no mundo em torno do tema crédito. E o crédito reduziu-se barbaridade no mundo. Então o governo lança mão de compulsório, lança mão de reservas, de medidas que permitem aos bancos comprar carteiras de bancos. Você vai tomando várias medidas para atender às demandas e o epicentro disso é crédito", afirmou.

No entanto, Oreiro, da UnB, adverte que a liberação dos compulsórios seria mais eficiente acompanhada de redução mais agressiva da taxa básica de juro. "Uma parte do crédito voltou, depois da forte retração em outubro e novembro. O que deveria ter sido feito junto à liberação do compulsório era uma redução mais drástica da taxa de juro. Sem isso, os bancos pegam as reservas e acabam comprando títulos públicos", explicou o economista.

Na opinião de Pina, as ações de distribuição de crédito via redução do compulsório e a disposição de capital de giro para empresas foram tomadas sem um cuidado maior na operação e não tiveram muito efeito. "O BNDES tem linhas que ficam paradas quase todo o ano, agora é pior ainda. Existem os recursos, mas as empresas e os bancos estão desconfiados. É preciso fazer com que os bancos tenham interesse em emprestar", afirmou o economista da Fecomercio-SP.

Futuro
Mesmo com todas essas medidas, a crise financeira ainda gera incertezas nos setores produtivos do País. Nos últimos meses, o medo do desemprego fez os consumidores adiarem compras. Por sua vez, a queda nas vendas pode obrigar as indústrias a cortarem a produção e demitir funcionários. Contra isso, empresários sugerem redução de jornada e de salários.

"Isto está previsto em lei. A Fiesp simplesmente manteve conversações com entidades sindicais quanto à aplicação daquilo que já está previsto em lei", afirmou Francini.

Segundo a ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff, uma das medidas que assegura um nível de emprego é a manutenção de investimentos no Programa de Aceleração do Crescimento (PAC). "Estamos esperando que a dificuldade ocorra em janeiro, fevereiro e março. Estamos certos que vamos manter o nível de investimento. É isso que funciona, é isso que significa investimento público. Ele funciona como um colchão. Por isso, nós colocamos R$ 100 bilhões no BNDES e a Petrobras ampliou o seu investimento em R$ 120 bilhões", afirmou.

Na mesma linha, Pina explica que a antecipação de gastos do governo substitui parte da demanda retraída do setor privado. "Ele dá o seguinte recado: não vou estourar as contas públicas, mas concentrar em um momento em que a demanda privada está pequena. Mas o governo não tem fôlego suficiente para fazer o papel de toda demanda", ressaltou. O economista da Fecomercio lembrou que a entidade já pleiteou junto ao governo isenções para transferência de imóveis e de automóveis, além de retirar o IPVA para veículos novos.

Já Oreiro foca suas propostas na capitalização do Banco do Brasil e da Caixa Econômica Federal pelo Tesouro para atender a demanda de crédito para capital de giro e reduzir o spread. "Aumentando o empréstimo e reduzindo as taxas, os dois vão forçar os bancos privados a acompanhar o movimento, até para não perderem participação no mercado", explicou o economista da UnB.

Até o Carnaval, o governou prometeu detalhar um pacote de incentivos para a construção de até um milhão de casas populares, direcionado a famílias com renda de até dez salários mínimos. "Estamos atentos a tudo o que está acontecendo e novas medidas serão tomadas caso haja uma avaliação de que sejam necessárias", disse o ministro da Fazenda, Guido Mantega, na última sexta-feira.
17:11
Anónimo disse...
Ex-ministro critica extensão do seguro-desemprego

Atualizada às 09h03

O ex-ministro do Trabalho Almir Pazzianotto criticou a decisão do governo federal de conceder o seguro-desemprego estendido a apenas alguns setores. "É certamente odioso e provavelmente inconstitucional", disse Pazzianotto, de acordo com o jornal O Estado de S. Paulo.

Na última qurta, dia do anúncio da medida, centrais sindicais elogiaram a atitude do governo. A Força Sindical divulgou nota dizendo que "o aumento ajudará a aquecer parte da economia, já que irá gerar mais consumo, produção e conseqüentemente, a criação de novos postos de trabalho". A União Geral dos Trabalhadores (UGT) afirmou que a medida "contribuirá para minimizar o drama dos trabalhadores que perderem seu emprego por conta da crise".

O ex-ministro, que instituiu o seguro-desemprego no País no governo de José Sarney, destacou a necessidade de as centrais sindicais se manifestarem contra a determinação. Para ele, as mudanças devem ser aplicadas a todas as categorias profissionais e a distinção é contrária ao artigo 3º da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT).

Pazzianotto atribui a medida a um possível temor do governo de que a crise econômica seja longa e não haja dinheiro para atender a todas as necessidades. Ainda assim, ele se mostra contrário ao método de concessão. "O seguro-desemprego ajuda a sanar necessidades básicas. Estendê-lo é paliativo, não a solução", disse ao jornal.

De acordo com o presidente do Conselho Deliberativo do Fundo de Amparo ao Trabalhador (Codefat) e conselheiro da Força Sindical, Luiz Fernando Emediato, a determinação já estava prevista na lei 8.900/94, que trata do seguro-desemprego.

O presidente da Comissão de Trabalho da Câmara, Pedro Fernandes (PTB-MA) vai além na crítica à concessão do seguro para apenas alguns setores. Ele acredita que a ampliação do benefício estimula o desemprego.

Quintino Severo, secretário geral da Central Única dos Trabalhadores (CUT), lembra que a ampliação do benefício sem critério e identificação pode incentivar demissões em outros setores.

23:32
Anónimo disse...
Os bombeiros combatem neste sábado os incêndios na Austrália favorecidos pelo bom tempo, enquanto os deslocados encotram em seu retorno casas derruídas, carros queimados nas ruas e destruição.

Depois de sete dias desde que começaram os incêndios no Estado de Victoria, a lista de mortos chega a 181, os desaparecidos somam 50, os edifícios destruídos totalizam 1,834 mil e o terreno arrasado, principalmente florestas, ocupa uma área de 4,13 mil quilômetros quadrados.

As equipes de bombeiros, formadas por 4 mil profissionais de Victoria, de outras partes da Austrália e de países amigos, combateram hoje 12 focos fora de controle e nenhum representava uma ameaça direta para a população.

O subdiretor do Serviço de Bombeiros, Geoff Conway, disse que este tempo favorável, que se prolongará durante o domingo, permite consolidar as linhas de contenção e avançar na extinção das chamas.

Cinzas apareceram arrastadas por ventos do nordeste sobre Melbourne, onde habitam 3,8 milhões de pessoas, e as autoridades alertaram aos cidadãos do risco para a saúde de idosos, crianças e pessoas com problemas respiratórios.

O número de pessoas deslocadas - a Cruz Vermelha chegou a receber 7 mil - começou a cair com a abertura de algumas localidades atingidas.

Os incêndios, alguns criminosos, começaram em 7 de fevereiro, quando a região sul da Austrália estava há duas semanas sob uma onda de calor sem precedentes.

Na sexta-feira passada, a polícia acusou uma pessoa de ter provocado o incêndio que atingiu a localidade de Churchill e matou 21 pessoas.
16:55
Anónimo disse...
A primeira chuva em seis dias reduziu a ameaça de incêndios no Estado de Victoria, ao sul da Austrália. As autoridades, porém, advertiram que ainda existem 12 focos, mas que nenhum deles ameaça áreas povoadas.

Mais de quatro mil bombeiros, mil provenientes de outras partes do país e de outras nações, trabalham contra o fogo. Cerca de 600 veículos e 28 helicópteros e pequenos aviões estão sendo usados.


Eles conseguiram construir linhas de contenção para evitar os incêndios de Yarra e Maroondah se juntassem. Também foram controlados os incêndios abertos de Yea e Murrindindi, que ameaçavam as comunidades de Connellys Creek, Crystal Creek, Scrubby Creek e Native Dog Creek.

O número de mortos chegou a 181, mas as autoridades acreditam que as vítimas devem passar de 200, já que ainda há muitos desaparecidos.
16:55
Anónimo disse...
Aqui nesta coluna, na semana passada, tive a oportunidade de comentar sobre a recente visita do professor brasileiro Pedrinho Guareschi à Austrália. Não dei, porém, os fatos, pois semana passada o assunto era outro.

Hoje, porém, vamos a eles.

No último dia 4 de fevereiro, aconteceu o Seminário "Paulo Freire: Education and Liberation", organizado pelo centro de estudos latino-americanos da Universidade Nacional da Austrália, ou ANU, como é mais conhecida por aqui.

A ANU, para quem não sabe, está entre as 20 melhores universidades do mundo! E tem sede aqui em Camberra, capital da Austrália.

Na abertura do evento, o professor John Minns, diretor do centro latino-americano, ao dar boas-vindas ao público presente, lembrou ser aquele o primeiro seminário exclusivamente dedicado a Paulo Freire na Austrália.

Em seguida, convidou Pedrinho Guareschi, palestrante principal do Seminário, a fazer sua apresentação.

A plateia pode então conhecer, pelas palavras de Pedrinho, um pouco da obra e da vida de Freire, esse brasileiro de fé e valor, que sempre acreditou na educação, sobretudo dos menos favorecidos, analfabetos, como força libertadora.

Como não podia deixar de ser, os conceitos e ideias revolucionários de Paulo Freire, expostos com clareza por Pedrinho, despertaram o interesse e a curiosidade de plateia. A qual, deve-se notar, era na maioria de estudantes, mas de várias nacionalidades, sobretudo australianos e asiáticos.

Na continuação do programa do seminário, que se estendeu por dois dias, outros professores fizeram palestras sobre temas ligados à obra de Paulo Freire.

Interessante, por exemplo, saber que a professora Anne Hickling-Hudson, jamaicana que mora na Austrália há muitos anos (é professora da ANU), conheceu e trabalhou com Freire num workshop educacional durante a revolução na Ilha de Granada, em 1980, antes da invasão dos Estados Unidos...

Ou, então, a palestra da Professora Gerda Roelvink, da Nova Zelândia, que participou do Fórum Social de Porto Alegre em 2005. E essa participação transformou-se em tema de doutorado.

No dia 10, terça-feira passada, o padre Pedrinho Guareschi voltou a falar ao público australiano em grande auditório localizado no belíssimo campus da ANU. Desta vez, sobre a Teologia da Libertação.

Depois da palestra, John Minns mostrou o filme mexicano "O Crime do Padre Amaro", no qual um dos personagens é um padre católico praticante da Teologia da Libertação.

Mais uma vez, foi grande o intersse da platéia, que pode aprender e conhecer um pouco como se desenvolveu aquele importante movimento católico na América Latina.

Fica, assim, ao Pedrinho, bem como a outros brasileiros estudiosos e de bom coração que saem pelo mundo a divulgar aspectos importantes da cultura brasileira, o respeito e a homenagem desta coluna. E... aquele abraço!
16:57
Anónimo disse...
Amanda Kitts perdeu o braço esquerdo em um acidente de automóvel acontecido três anos atrás, mas hoje em dia ela joga futebol americano com seu filho de 12 anos de idade, troca fraldas e abraça as crianças nas três creches Kiddie Cottage que opera em Knoxville, Tennessee. Kitts, 40 anos, faz tudo isso com a ajuda de um novo tipo de braço artificial que se movimenta com mais facilidade do que outros aparelhos e que ela pode controlar utilizando apenas seus pensamentos.

"Eu sou capaz de mexer a mão, o pulso e o cotovelo ao mesmo tempo", diz. "Você pensa e os músculos se movem em seguida".

A recuperação que ela conseguiu resulta de um novo procedimento que vem atraindo crescente atenção porque permite que pessoas movam braços protéticos de forma mais automática do que faziam no passado, simplesmente utilizando nervos reaproveitados em seus cérebros.

A técnica, conhecida como "renervação muscular dirigida", envolve utilizar os nervos que restam depois da amputação de um braço e conectá-los a outro músculo do corpo, em geral no peito. Eletrodos são instalados sobre os músculos do peito, e operam como se fossem antenas. Quando a pessoa deseja mover o braço, o cérebro envia sinais que primeiro resultam em contração dos músculos do peito, os quais enviam um sinal ao braço protético, instruindo-se a se movimentar. O processo não requer mais esforços consciente do que a pessoa teria de exercitar caso ainda tivesse seu braço natural.

Na terça-feira, pesquisadores reportaram em estudo publicado pela versão online do Journal of the American Medical Association que haviam levado a técnica ainda mais à frente, tornando possível a execução de 10 movimentos de mão, pulso e cotovelo diferentes, o que representa uma substancial melhora com relação ao típico repertório protético, que em geral envolve apenas dobrar o cotovelo, girar o pulso e abrir a mão.

"Os novos métodos tiveram impacto dramático em nosso campo de trabalho", disse Stuart Harshbarger, engenheiro biomédico na Universidade Johns Hopkins e diretor do programa de pesquisa sobre próteses, financiado pelas forças armadas, que inclui o trabalho com essa técnica. "O método já está em uso por médicos e cirurgiões comuns em todo o país. A capacidade de controlar um membro protético bastante robusto que ele confere surpreendeu a todos pela qualidade".

Tipicamente, uma pessoa que tenha um braço protético só é capaz de executar alguns poucos movimentos, e muitas vezes com tamanha lentidão que isso só permite a ela atividades limitadas.

Há um motor separado para cada movimento, diz Gerald Loeb, professor de engenharia biomédica na Universidade

Anónimo disse...

Anónimo disse...
Ex-ministro critica extensão do seguro-desemprego

Atualizada às 09h03

O ex-ministro do Trabalho Almir Pazzianotto criticou a decisão do governo federal de conceder o seguro-desemprego estendido a apenas alguns setores. "É certamente odioso e provavelmente inconstitucional", disse Pazzianotto, de acordo com o jornal O Estado de S. Paulo.

Na última qurta, dia do anúncio da medida, centrais sindicais elogiaram a atitude do governo. A Força Sindical divulgou nota dizendo que "o aumento ajudará a aquecer parte da economia, já que irá gerar mais consumo, produção e conseqüentemente, a criação de novos postos de trabalho". A União Geral dos Trabalhadores (UGT) afirmou que a medida "contribuirá para minimizar o drama dos trabalhadores que perderem seu emprego por conta da crise".

O ex-ministro, que instituiu o seguro-desemprego no País no governo de José Sarney, destacou a necessidade de as centrais sindicais se manifestarem contra a determinação. Para ele, as mudanças devem ser aplicadas a todas as categorias profissionais e a distinção é contrária ao artigo 3º da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT).

Pazzianotto atribui a medida a um possível temor do governo de que a crise econômica seja longa e não haja dinheiro para atender a todas as necessidades. Ainda assim, ele se mostra contrário ao método de concessão. "O seguro-desemprego ajuda a sanar necessidades básicas. Estendê-lo é paliativo, não a solução", disse ao jornal.

De acordo com o presidente do Conselho Deliberativo do Fundo de Amparo ao Trabalhador (Codefat) e conselheiro da Força Sindical, Luiz Fernando Emediato, a determinação já estava prevista na lei 8.900/94, que trata do seguro-desemprego.

O presidente da Comissão de Trabalho da Câmara, Pedro Fernandes (PTB-MA) vai além na crítica à concessão do seguro para apenas alguns setores. Ele acredita que a ampliação do benefício estimula o desemprego.

Quintino Severo, secretário geral da Central Única dos Trabalhadores (CUT), lembra que a ampliação do benefício sem critério e identificação pode incentivar demissões em outros setores.

23:31
Anónimo disse...
Os bombeiros combatem neste sábado os incêndios na Austrália favorecidos pelo bom tempo, enquanto os deslocados encotram em seu retorno casas derruídas, carros queimados nas ruas e destruição.

Depois de sete dias desde que começaram os incêndios no Estado de Victoria, a lista de mortos chega a 181, os desaparecidos somam 50, os edifícios destruídos totalizam 1,834 mil e o terreno arrasado, principalmente florestas, ocupa uma área de 4,13 mil quilômetros quadrados.

As equipes de bombeiros, formadas por 4 mil profissionais de Victoria, de outras partes da Austrália e de países amigos, combateram hoje 12 focos fora de controle e nenhum representava uma ameaça direta para a população.

O subdiretor do Serviço de Bombeiros, Geoff Conway, disse que este tempo favorável, que se prolongará durante o domingo, permite consolidar as linhas de contenção e avançar na extinção das chamas.

Cinzas apareceram arrastadas por ventos do nordeste sobre Melbourne, onde habitam 3,8 milhões de pessoas, e as autoridades alertaram aos cidadãos do risco para a saúde de idosos, crianças e pessoas com problemas respiratórios.

O número de pessoas deslocadas - a Cruz Vermelha chegou a receber 7 mil - começou a cair com a abertura de algumas localidades atingidas.

Os incêndios, alguns criminosos, começaram em 7 de fevereiro, quando a região sul da Austrália estava há duas semanas sob uma onda de calor sem precedentes.

Na sexta-feira passada, a polícia acusou uma pessoa de ter provocado o incêndio que atingiu a localidade de Churchill e matou 21 pessoas.
16:55
Anónimo disse...
A primeira chuva em seis dias reduziu a ameaça de incêndios no Estado de Victoria, ao sul da Austrália. As autoridades, porém, advertiram que ainda existem 12 focos, mas que nenhum deles ameaça áreas povoadas.

Mais de quatro mil bombeiros, mil provenientes de outras partes do país e de outras nações, trabalham contra o fogo. Cerca de 600 veículos e 28 helicópteros e pequenos aviões estão sendo usados.


Eles conseguiram construir linhas de contenção para evitar os incêndios de Yarra e Maroondah se juntassem. Também foram controlados os incêndios abertos de Yea e Murrindindi, que ameaçavam as comunidades de Connellys Creek, Crystal Creek, Scrubby Creek e Native Dog Creek.

O número de mortos chegou a 181, mas as autoridades acreditam que as vítimas devem passar de 200, já que ainda há muitos desaparecidos.
16:55
Anónimo disse...
Aqui nesta coluna, na semana passada, tive a oportunidade de comentar sobre a recente visita do professor brasileiro Pedrinho Guareschi à Austrália. Não dei, porém, os fatos, pois semana passada o assunto era outro.

Hoje, porém, vamos a eles.

No último dia 4 de fevereiro, aconteceu o Seminário "Paulo Freire: Education and Liberation", organizado pelo centro de estudos latino-americanos da Universidade Nacional da Austrália, ou ANU, como é mais conhecida por aqui.

A ANU, para quem não sabe, está entre as 20 melhores universidades do mundo! E tem sede aqui em Camberra, capital da Austrália.

Na abertura do evento, o professor John Minns, diretor do centro latino-americano, ao dar boas-vindas ao público presente, lembrou ser aquele o primeiro seminário exclusivamente dedicado a Paulo Freire na Austrália.

Em seguida, convidou Pedrinho Guareschi, palestrante principal do Seminário, a fazer sua apresentação.

A plateia pode então conhecer, pelas palavras de Pedrinho, um pouco da obra e da vida de Freire, esse brasileiro de fé e valor, que sempre acreditou na educação, sobretudo dos menos favorecidos, analfabetos, como força libertadora.

Como não podia deixar de ser, os conceitos e ideias revolucionários de Paulo Freire, expostos com clareza por Pedrinho, despertaram o interesse e a curiosidade de plateia. A qual, deve-se notar, era na maioria de estudantes, mas de várias nacionalidades, sobretudo australianos e asiáticos.

Na continuação do programa do seminário, que se estendeu por dois dias, outros professores fizeram palestras sobre temas ligados à obra de Paulo Freire.

Interessante, por exemplo, saber que a professora Anne Hickling-Hudson, jamaicana que mora na Austrália há muitos anos (é professora da ANU), conheceu e trabalhou com Freire num workshop educacional durante a revolução na Ilha de Granada, em 1980, antes da invasão dos Estados Unidos...

Ou, então, a palestra da Professora Gerda Roelvink, da Nova Zelândia, que participou do Fórum Social de Porto Alegre em 2005. E essa participação transformou-se em tema de doutorado.

No dia 10, terça-feira passada, o padre Pedrinho Guareschi voltou a falar ao público australiano em grande auditório localizado no belíssimo campus da ANU. Desta vez, sobre a Teologia da Libertação.

Depois da palestra, John Minns mostrou o filme mexicano "O Crime do Padre Amaro", no qual um dos personagens é um padre católico praticante da Teologia da Libertação.

Mais uma vez, foi grande o intersse da platéia, que pode aprender e conhecer um pouco como se desenvolveu aquele importante movimento católico na América Latina.

Fica, assim, ao Pedrinho, bem como a outros brasileiros estudiosos e de bom coração que saem pelo mundo a divulgar aspectos importantes da cultura brasileira, o respeito e a homenagem desta coluna. E... aquele abraço!
16:57
Anónimo disse...
Amanda Kitts perdeu o braço esquerdo em um acidente de automóvel acontecido três anos atrás, mas hoje em dia ela joga futebol americano com seu filho de 12 anos de idade, troca fraldas e abraça as crianças nas três creches Kiddie Cottage que opera em Knoxville, Tennessee. Kitts, 40 anos, faz tudo isso com a ajuda de um novo tipo de braço artificial que se movimenta com mais facilidade do que outros aparelhos e que ela pode controlar utilizando apenas seus pensamentos.

"Eu sou capaz de mexer a mão, o pulso e o cotovelo ao mesmo tempo", diz. "Você pensa e os músculos se movem em seguida".

A recuperação que ela conseguiu resulta de um novo procedimento que vem atraindo crescente atenção porque permite que pessoas movam braços protéticos de forma mais automática do que faziam no passado, simplesmente utilizando nervos reaproveitados em seus cérebros.

A técnica, conhecida como "renervação muscular dirigida", envolve utilizar os nervos que restam depois da amputação de um braço e conectá-los a outro músculo do corpo, em geral no peito. Eletrodos são instalados sobre os músculos do peito, e operam como se fossem antenas. Quando a pessoa deseja mover o braço, o cérebro envia sinais que primeiro resultam em contração dos músculos do peito, os quais enviam um sinal ao braço protético, instruindo-se a se movimentar. O processo não requer mais esforços consciente do que a pessoa teria de exercitar caso ainda tivesse seu braço natural.

Na terça-feira, pesquisadores reportaram em estudo publicado pela versão online do Journal of the American Medical Association que haviam levado a técnica ainda mais à frente, tornando possível a execução de 10 movimentos de mão, pulso e cotovelo diferentes, o que representa uma substancial melhora com relação ao típico repertório protético, que em geral envolve apenas dobrar o cotovelo, girar o pulso e abrir a mão.

"Os novos métodos tiveram impacto dramático em nosso campo de trabalho", disse Stuart Harshbarger, engenheiro biomédico na Universidade Johns Hopkins e diretor do programa de pesquisa sobre próteses, financiado pelas forças armadas, que inclui o trabalho com essa técnica. "O método já está em uso por médicos e cirurgiões comuns em todo o país. A capacidade de controlar um membro protético bastante robusto que ele confere surpreendeu a todos pela qualidade".

Tipicamente, uma pessoa que tenha um braço protético só é capaz de executar alguns poucos movimentos, e muitas vezes com tamanha lentidão que isso só permite a ela atividades limitadas.

Há um motor separado para cada movimento, diz Gerald Loeb, professor de engenharia biomédica na Universidade do Sul da Califórnia, "e esses motores precisam ser controlados de maneira explícita", usualmente por um esforço consciente da pessoa para contrair músculos nas costas ou no bíceps.

"Essencialmente, até agora os pacientes controlavam apenas um motor de cada vez", diz Loeb, "e precisavam pensar cuidadosamente sobre que motor desejavam controlar e como fazê-lo operar, em lugar de simplesmente pensarem em mover o braço e poderem fazê-lo sem delongas".

Antes que Kitts passasse pelo procedimento de renervação, em outubro de 2007, por exemplo, ela precisava movimentar os músculos de suas costas de determinada maneira para fazer com que seu pulso girasse, e flexionar seu bíceps e tríceps para fazer com que o cotovelo se movesse para cima e para baixo. "Era muito trabalho", ela conta. "E não me ajudava muito".

O procedimento de renervação é parte de uma recente explosão de idéias novas e técnicas inovadoras que estão sendo exploradas enquanto os cientistas se esforçam por ajudar as pessoas a compensar melhor a perda de membros ou problemas de paralisia. O esforço vem sendo alimentado pelo aumento no número de amputações causado por diabetes e por ferimentos sofridos pelos militares, e ao mesmo tempo pelos avanços na tecnologia médica.

Os braços se tornaram um dos focos essenciais desse tipo de trabalho. A ciência há muito vem obtendo sucessos no desenvolvimento de próteses de perna, mas é muito mais difícil imitar a complexidade e a destreza das mãos e dos braços.

Os esforços em curso incluem o desenvolvimento de projetos de pele e braços mais sensíveis e mais flexíveis, e o uso de dispositivos acionados por controles sem fio implantado nos braços protéticos, que permitiriam movimentos mais naturais.

Os pesquisadores também vêm usando sensores implantados nos cérebros de cobaias para permitir que dois macacos controlem um braço mecânico, e um teste com um homem paralítico permitiu, com esse método, que ele movimentasse um cursor em uma tela de computador.

Alguns desses métodos, caso venham a ser aperfeiçoados plenamente e consigam aprovação das autoridades regulatórias da saúde, podem no futuro se tornar mais viáveis para os pacientes de amputações.

E embora a técnica da renervação não requeira aprovação das autoridades regulatórias porque é executada por meios cirúrgicos e emprega aparelhos já existentes, ela apresenta limitações que até mesmo seus criadores reconhecem, entre as quais o fato de que não se pode utilizá-la para todos os pacientes, o seu alto custo e o prazo de meses requerido para que os nervos reconectados cresçam e se tornem efetivos.

Ainda assim, os especialistas dizem que é o mais avançado sistema em uso hoje para pacientes reais que permite que o sistema nervoso controle diretamente o movimento de um braço artificial.

Desde sua introdução por Todd Kuiken, médico fisioterapeuta e engenheiro biomédico do Instituto de Reabilitação de Chicago, o método foi empregado em cerca de 30 pacientes nos Estados Unidos, Canadá e Europa, entre os quais oito soldados feridos no Iraque e no Afeganistão.

Muitos dos pacientes, entre os quais o primeiro, Jesse Sullivan, um operário do setor elétrico no Tennessee que perdeu os dois braços quando foi eletrocutado por um cabo, conseguem não apenas manipular seus braços protéticos mas sentir a presença das mãos que já não têm quando alguém toca em seus peitos.

Sullivan, 62 anos, e Kitts, estavam entre os cinco pacientes que participaram do estudo reportado na terça-feira. Em companhia de cinco outras pessoas que não passaram por amputações, eles receberam os eletrodos e foram instruídos a usar pensamentos para fazer com que um braço virtual na tela reproduzisse 10 movimentos diferentes, entre os quais três formas diferentes de aperto de mão.

Os pacientes apresentaram desempenho bastante respeitável, apenas um pouco mais lento e menos preciso do que os dos participantes que não tinham amputações.

"As velocidades de movimento que encontramos em nossos pacientes foram realmente encorajadoras", disse Kuiken. "Eles conseguiram completar a tarefa. É claro que não foram tão competentes quanto as pessoas dotadas de plena capacidade física, mas foram bons o bastante".

Um braço virtual foi usado porque a maioria das próteses existentes não era capaz de acomodar todos aqueles movimentos, no momento da pesquisa, ainda que Sullivan, Kitts e uma terceira paciente, Claudia Mitchell, tenham experimentado dois novos protótipos mais versáteis de braços artificiais, executando tarefas complexas com bolas de tênis e outros objetos.

O trabalho de renervação em soldados apresenta outros desafios, diz Kuiken, porque os ferimentos militares muitas vezes "causam danos muitos extensos" a nervos, músculos ou ossos.

Daniel Acosta, 25 anos, um aviador ferido pela detonação de uma bomba em uma estrada do Iraque em 2005, passou pelo procedimento no ano passado e diz que seu braço esquerdo protético agora se movimenta "muito mais rápido" e de maneira muito mais natural.

"A diferença é que agora não preciso mais pensar para mover o braço", ele diz. "Ele simplesmente se mexe".

Ainda assim, Acosta, de San Antonio, diz que "o processo foi bastante longo" e que os eletrodos precisam ser ajustados para receber os sinais à medida que os nervos crescem ou mudam de posição.

E embora elogiem o método, os especialistas afirmam que a ciência das próteses de braço ainda tem muito por avançar.

"Trata-se de uma parte crucial, mas ainda assim apenas uma parte, das muitas coisas que compreendem a função normal de um braço", disse Loeb, que escreveu um editorial que acompanha o artigo no Journal of the American Medical Association.

"No momento estamos a meio do caminho entre o braço de 'Dr. Fantástico', que fazia involuntariamente a saudação nazista, e o braço de Luke Skywalker em 'Guerra nas Estrelas', que funciona sem nenhum problema assim que é conectado. Creio que precisaremos ainda de muitos anos para conectar todas as peças necessárias a produzir um braço capaz de funcionar normalmente".
17:04
Anónimo disse...
A Espanha disse neste sábado que está preparando uma reclamação oficial contra a decisão da Venezuela de expulsar um membro do Parlamento Europeu que criticou o conselho eleitoral venezuelano.
Luis Herrero, membro do partido conservador espanhol PP, foi deportado na sexta-feira depois que o Conselho Nacional Eleitoral (CNE) o acusou de questionar a imparcialidade da instituição antes de um referendo que pode permitir ao presidente Hugo Chávez permanecer no cargo indefinidamente.

Herrero estava na Venezuela como observador do referendo. Ele acusou Chávez de ter "comportamentos típicos de um ditador" por pedir a contenção de manifestações da oposição.

O governo da Espanha convocou um encontro com o embaixador da Venezuela em Madri para expressar a desaprovação sobre a expulsão de Herrero, disse um representante do Ministério das Relações Exteriores espanhol.

As relações da Venezuela com a Espanha tiveram seu ponto crítico em 2007, quando Chávez ameaçou rever acordos diplomáticos e comerciais depois de ouvir um "cala a boca" do rei espanhol Juan Carlos durante uma cúpula.

A fenda foi oficialmente reparada em 2008, com uma visita oficial de Chávez à Espanha, onde ele cumprimentou o rei e discutiu acordos para investimento no setor petroquímico com o primeiro-ministro José Luis Rodriguez Zapatero.
17:06
Anónimo disse...
A polícia do Zimbábue anunciou neste sábado que acusa de traição Roy Bennett, dirigente do até agora opositor Movimento para a Mudança Democrática (MDC), detido na sexta-feira, em Harare, poucas horas antes da cerimônia de posse dos membros do novo gabinete.

"A Polícia nos informou que vão apresentar acusações de traição", disse à agência EFE o advogado de defesa de Bennett, Trust Maanda.

"Tentam relacionar Roy com o caso de Mike Hitschmann, que foi detido em 2006 em relação à descoberta de um carregamento de armas, apesar de que Hitschmann não tenha sido declarado culpado das acusações de traição apresentadas contra ele, mas de um crime menor de descumprimento de leis", disse Maanda.

O político opositor, designado por seu partido como vice-ministro de Agricultura no Governo de união nacional, esteve no exílio na vizinha África do Sul desde 2006 e retornou ao Zimbábue há duas semanas.

Segundo a Polícia, que deteve Bennett ontem no aeroporto de Harare quando pretendia ir à África do Sul para visitar sua família, as armas apreendidas em 2006 seriam utilizadas em um golpe de Estado para derrubar o presidente do Zimbábue, Robert Mugabe.

Depois da detenção, Bennet foi levado a Mutar, onde vários simpatizantes do MDC se concentraram em frente à delegacia na qual estava detido, diante do que a Polícia respondeu com tiros para o alto para dispersar os manifestantes.
17:07
Anónimo disse...
Austrália: 14 mil se candidatam a 'emprego dos sonhos'

A secretaria de Turismo de Queensland, na Austrália, informou que até esta segunda-feira já recebeu cerca de 14 mil inscrições para o "o melhor emprego do mundo". O Estado australiano promove pela internet seleção para vaga de "zelador" da ilha Hamilton, por seis meses com um salário de R$ 40 mil.

Muitos candidatos tiveram problemas durante a inscrição por conta dos acessos simultâneos ao site. A secretaria aconselha enviar os vídeos de 60s explicando porque deve ser escolhido em horários alternativos do dia, além de recomendar tamanho em torno de 40MB.

As inscrições começaram em 12 de janeiro e vão até o próximo dia 22 e podem ser feitas pelo site www.islandreefjob.com. O governo australiano escolherá 50 candidatos para a próxima fase da seleção, que terá votos do público para eleger um dos 11 finalistas.

A última fase terá entrevistas e desafios físicos, no próprio local de trabalho: as ilhas da Grande Barreira Coralina - o maior recife de coral do mundo. A secretaria de Turismo anunciará o vencedor no dia 6 de maio.
17:09
Anónimo disse...
Mercado elogia governo na crise, mas pede maior queda no juro

Peter Fussy
Direto de São Paulo

Desde as primeiras medidas anunciadas para combater os efeitos da crise, o governo brasileiro avisou que a estratégia não contemplaria um pacote. Seriam doses pontuais, de acordo com a necessidade da economia diante do agravamento das turbulências. Da primeira liberação dos depósitos compulsórios em setembro até a ampliação do seguro-desemprego na última quarta-feira, o governo passou por redução de impostos, ampliação de crédito e incentivos à exportação. Quase 150 dias após a primeira medida, o Terra conversou com líderes do setor público e privado, representantes dos trabalhadores, acadêmicos e com o próprio governo para saber quais destas ações foram mais eficazes, quais foram mais ineficientes e o que mais pode ser feito pelo Estado brasileiro contra a crise.

Os maiores elogios foram direcionados à atitude de reduzir o Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) para a indústria automobilística, anunciada em dezembro e que fez com que os emplacamentos de carros novos subissem 1,9% no primeiro mês do ano em relação a dezembro de 2008. Já as maiores críticas foram para a lentidão no corte da taxa básica de juro do País.

Para o presidente do conselho administrativo do Grupo Pão de Açúcar, Abílio Diniz, o Estado não é responsável pela crise e mesmo assim está agindo "com extrema serenidade e muito acerto". "O governo está atento, fazendo a sua parte. É preciso coragem de baixar firmemente a taxa de juros. É uma arma que temos a nosso favor, já que não há clima para inflação, nem possibilidade de danos para a macroeconomia", afirmou Diniz.

Na última reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), em janeiro, a taxa Selic foi reduzida em um ponto percentual, de 13,75% para 12,75% ao ano. Porém, o professor de economia da Universidade de Brasília (UnB) José Luiz Oreiro lembra que este corte representa uma redução de apenas 0,25 ponto percentual com relação à taxa de setembro do ano passado, quando a crise se agravou.

"Pouco antes da eclosão da crise, o Banco Central aumentou a taxa em 0,75 ponto. Foram cinco meses de demora para reduzir em termos líquidos apenas 0,25 ponto", afirmou o economista, que também sugeriu redução do intervalo de cerca de 90 dias entre as reuniões do Copom e o corte de pelo menos um 1 ponto percentual em cada reunião.

Mesmo com o corte de janeiro, a taxa de juros real continua sendo a maior do mundo, lembrou o secretário-geral da Força Sindical, João Carlos Gonçalves, o Juruna. "A redução da taxa de juro ainda é pequena, porque ela continua uma das mais altas do mundo. Falta ousadia para baixar os juros e ajudar o cidadão. A permanência da taxa de juro alta é negativa para o País em meio a crise", afirmou Juruna.

Embora aprove as ações do governo, o senador Aloízio Mercadante (PT-SP) também acredita que o patamar da Selic está muito alto. "Sempre fomos os primeiros a entrar em qualquer crise, o que não aconteceu agora. A taxa Selic ainda é muito alta, mas o governo têm tomado medidas acertadas, como o aumento do salário mínimo, mesmo com um cenário de crise. Isso ajuda a movimentar o consumo. O governo está se esforçando para manter os investimentos e o crescimento", disse.

Tributos
De acordo com o economista Fabio Pina, da Fecomercio-SP, as ações mais positivas estão relacionadas à redução de tributos para alguns segmentos, como a indústria automobilística, que recuperou parte da queda nas vendas em janeiro com a isenção do IPI para carros 1.0 l e o corte para demais motorizações. A medida vale até o final de março.

"Essas medidas não só reduziram o preço, mas anteciparam o consumo daqueles que iriam comprar no futuro, dando um prêmio por conta da insegurança. Mexe diretamente com o principal problema que é a confiança do consumidor", afirmou. Juruna destacou que um bom ritmo de vendas é garantia de emprego. "É importante porque cada emprego na montadora significa 19 na cadeia produtiva", comentou o representante da Força Sindical.

Também em dezembro, o governo decidiu cortar pela metade a alíquota do Imposto de Renda para contribuintes que ganham entre R$ 1.434 e R$ 2.150 mensais. "O salário aumentava e a tabela não se modificava. As pessoas ganhavam mais e pagavam mais impostos", apontou Juruna. Outra redução de tributos do governo foi com relação ao Imposto sobre Operações Financeiras (IOF), que caiu de 3% ao ano para 1,5%.

Crédito
Na segunda metade de 2008, o colapso de bancos nos Estados Unidos por conta da crise do subprime provocou uma forte restrição de crédito no mundo inteiro. Uma das primeiras medidas anticrise do governo teve como objetivo restabelecer a oferta, com mudanças no recolhimento dos depósitos compulsórios por parte dos bancos. Segundo o presidente do Banco Central, Henrique Meirelles, as diversas modificações liberaram US$ 99,2 bilhões aos bancos até o final de janeiro.

Além disso, o governo concedeu R$ 36 bilhões das reservas internacionais para empresas brasileiras com dívidas no exterior e uma medida provisória autorizou o Banco do Brasil e a Caixa Econômica Federal a comprar carteiras de crédito de bancos privados. Para o diretor do Departamento de Pesquisas e Estudos Econômicos da Fiesp, Paulo Francini, estas medidas foram essenciais para combater os efeitos da crise.

"A crise se desenvolve no mundo em torno do tema crédito. E o crédito reduziu-se barbaridade no mundo. Então o governo lança mão de compulsório, lança mão de reservas, de medidas que permitem aos bancos comprar carteiras de bancos. Você vai tomando várias medidas para atender às demandas e o epicentro disso é crédito", afirmou.

No entanto, Oreiro, da UnB, adverte que a liberação dos compulsórios seria mais eficiente acompanhada de redução mais agressiva da taxa básica de juro. "Uma parte do crédito voltou, depois da forte retração em outubro e novembro. O que deveria ter sido feito junto à liberação do compulsório era uma redução mais drástica da taxa de juro. Sem isso, os bancos pegam as reservas e acabam comprando títulos públicos", explicou o economista.

Na opinião de Pina, as ações de distribuição de crédito via redução do compulsório e a disposição de capital de giro para empresas foram tomadas sem um cuidado maior na operação e não tiveram muito efeito. "O BNDES tem linhas que ficam paradas quase todo o ano, agora é pior ainda. Existem os recursos, mas as empresas e os bancos estão desconfiados. É preciso fazer com que os bancos tenham interesse em emprestar", afirmou o economista da Fecomercio-SP.

Futuro
Mesmo com todas essas medidas, a crise financeira ainda gera incertezas nos setores produtivos do País. Nos últimos meses, o medo do desemprego fez os consumidores adiarem compras. Por sua vez, a queda nas vendas pode obrigar as indústrias a cortarem a produção e demitir funcionários. Contra isso, empresários sugerem redução de jornada e de salários.

"Isto está previsto em lei. A Fiesp simplesmente manteve conversações com entidades sindicais quanto à aplicação daquilo que já está previsto em lei", afirmou Francini.

Segundo a ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff, uma das medidas que assegura um nível de emprego é a manutenção de investimentos no Programa de Aceleração do Crescimento (PAC). "Estamos esperando que a dificuldade ocorra em janeiro, fevereiro e março. Estamos certos que vamos manter o nível de investimento. É isso que funciona, é isso que significa investimento público. Ele funciona como um colchão. Por isso, nós colocamos R$ 100 bilhões no BNDES e a Petrobras ampliou o seu investimento em R$ 120 bilhões", afirmou.

Na mesma linha, Pina explica que a antecipação de gastos do governo substitui parte da demanda retraída do setor privado. "Ele dá o seguinte recado: não vou estourar as contas públicas, mas concentrar em um momento em que a demanda privada está pequena. Mas o governo não tem fôlego suficiente para fazer o papel de toda demanda", ressaltou. O economista da Fecomercio lembrou que a entidade já pleiteou junto ao governo isenções para transferência de imóveis e de automóveis, além de retirar o IPVA para veículos novos.

Já Oreiro foca suas propostas na capitalização do Banco do Brasil e da Caixa Econômica Federal pelo Tesouro para atender a demanda de crédito para capital de giro e reduzir o spread. "Aumentando o empréstimo e reduzindo as taxas, os dois vão forçar os bancos privados a acompanhar o movimento, até para não perderem participação no mercado", explicou o economista da UnB.

Até o Carnaval, o governou prometeu detalhar um pacote de incentivos para a construção de até um milhão de casas populares, direcionado a famílias com renda de até dez salários mínimos. "Estamos atentos a tudo o que está acontecendo e novas medidas serão tomadas caso haja uma avaliação de que sejam necessárias", disse o ministro da Fazenda, Guido Mantega, na última sexta-feira.
17:11
Anónimo disse...
Ex-ministro critica extensão do seguro-desemprego

Atualizada às 09h03

O ex-ministro do Trabalho Almir Pazzianotto criticou a decisão do governo federal de conceder o seguro-desemprego estendido a apenas alguns setores. "É certamente odioso e provavelmente inconstitucional", disse Pazzianotto, de acordo com o jornal O Estado de S. Paulo.

Na última qurta, dia do anúncio da medida, centrais sindicais elogiaram a atitude do governo. A Força Sindical divulgou nota dizendo que "o aumento ajudará a aquecer parte da economia, já que irá gerar mais consumo, produção e conseqüentemente, a criação de novos postos de trabalho". A União Geral dos Trabalhadores (UGT) afirmou que a medida "contribuirá para minimizar o drama dos trabalhadores que perderem seu emprego por conta da crise".

O ex-ministro, que instituiu o seguro-desemprego no País no governo de José Sarney, destacou a necessidade de as centrais sindicais se manifestarem contra a determinação. Para ele, as mudanças devem ser aplicadas a todas as categorias profissionais e a distinção é contrária ao artigo 3º da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT).

Pazzianotto atribui a medida a um possível temor do governo de que a crise econômica seja longa e não haja dinheiro para atender a todas as necessidades. Ainda assim, ele se mostra contrário ao método de concessão. "O seguro-desemprego ajuda a sanar necessidades básicas. Estendê-lo é paliativo, não a solução", disse ao jornal.

De acordo com o presidente do Conselho Deliberativo do Fundo de Amparo ao Trabalhador (Codefat) e conselheiro da Força Sindical, Luiz Fernando Emediato, a determinação já estava prevista na lei 8.900/94, que trata do seguro-desemprego.

O presidente da Comissão de Trabalho da Câmara, Pedro Fernandes (PTB-MA) vai além na crítica à concessão do seguro para apenas alguns setores. Ele acredita que a ampliação do benefício estimula o desemprego.

Quintino Severo, secretário geral da Central Única dos Trabalhadores (CUT), lembra que a ampliação do benefício sem critério e identificação pode incentivar demissões em outros setores.

23:32
Anónimo disse...
Os bombeiros combatem neste sábado os incêndios na Austrália favorecidos pelo bom tempo, enquanto os deslocados encotram em seu retorno casas derruídas, carros queimados nas ruas e destruição.

Depois de sete dias desde que começaram os incêndios no Estado de Victoria, a lista de mortos chega a 181, os desaparecidos somam 50, os edifícios destruídos totalizam 1,834 mil e o terreno arrasado, principalmente florestas, ocupa uma área de 4,13 mil quilômetros quadrados.

As equipes de bombeiros, formadas por 4 mil profissionais de Victoria, de outras partes da Austrália e de países amigos, combateram hoje 12 focos fora de controle e nenhum representava uma ameaça direta para a população.

O subdiretor do Serviço de Bombeiros, Geoff Conway, disse que este tempo favorável, que se prolongará durante o domingo, permite consolidar as linhas de contenção e avançar na extinção das chamas.

Cinzas apareceram arrastadas por ventos do nordeste sobre Melbourne, onde habitam 3,8 milhões de pessoas, e as autoridades alertaram aos cidadãos do risco para a saúde de idosos, crianças e pessoas com problemas respiratórios.

O número de pessoas deslocadas - a Cruz Vermelha chegou a receber 7 mil - começou a cair com a abertura de algumas localidades atingidas.

Os incêndios, alguns criminosos, começaram em 7 de fevereiro, quando a região sul da Austrália estava há duas semanas sob uma onda de calor sem precedentes.

Na sexta-feira passada, a polícia acusou uma pessoa de ter provocado o incêndio que atingiu a localidade de Churchill e matou 21 pessoas.
16:55
Anónimo disse...
A primeira chuva em seis dias reduziu a ameaça de incêndios no Estado de Victoria, ao sul da Austrália. As autoridades, porém, advertiram que ainda existem 12 focos, mas que nenhum deles ameaça áreas povoadas.

Mais de quatro mil bombeiros, mil provenientes de outras partes do país e de outras nações, trabalham contra o fogo. Cerca de 600 veículos e 28 helicópteros e pequenos aviões estão sendo usados.


Eles conseguiram construir linhas de contenção para evitar os incêndios de Yarra e Maroondah se juntassem. Também foram controlados os incêndios abertos de Yea e Murrindindi, que ameaçavam as comunidades de Connellys Creek, Crystal Creek, Scrubby Creek e Native Dog Creek.

O número de mortos chegou a 181, mas as autoridades acreditam que as vítimas devem passar de 200, já que ainda há muitos desaparecidos.
16:55
Anónimo disse...
Aqui nesta coluna, na semana passada, tive a oportunidade de comentar sobre a recente visita do professor brasileiro Pedrinho Guareschi à Austrália. Não dei, porém, os fatos, pois semana passada o assunto era outro.

Hoje, porém, vamos a eles.

No último dia 4 de fevereiro, aconteceu o Seminário "Paulo Freire: Education and Liberation", organizado pelo centro de estudos latino-americanos da Universidade Nacional da Austrália, ou ANU, como é mais conhecida por aqui.

A ANU, para quem não sabe, está entre as 20 melhores universidades do mundo! E tem sede aqui em Camberra, capital da Austrália.

Na abertura do evento, o professor John Minns, diretor do centro latino-americano, ao dar boas-vindas ao público presente, lembrou ser aquele o primeiro seminário exclusivamente dedicado a Paulo Freire na Austrália.

Em seguida, convidou Pedrinho Guareschi, palestrante principal do Seminário, a fazer sua apresentação.

A plateia pode então conhecer, pelas palavras de Pedrinho, um pouco da obra e da vida de Freire, esse brasileiro de fé e valor, que sempre acreditou na educação, sobretudo dos menos favorecidos, analfabetos, como força libertadora.

Como não podia deixar de ser, os conceitos e ideias revolucionários de Paulo Freire, expostos com clareza por Pedrinho, despertaram o interesse e a curiosidade de plateia. A qual, deve-se notar, era na maioria de estudantes, mas de várias nacionalidades, sobretudo australianos e asiáticos.

Na continuação do programa do seminário, que se estendeu por dois dias, outros professores fizeram palestras sobre temas ligados à obra de Paulo Freire.

Interessante, por exemplo, saber que a professora Anne Hickling-Hudson, jamaicana que mora na Austrália há muitos anos (é professora da ANU), conheceu e trabalhou com Freire num workshop educacional durante a revolução na Ilha de Granada, em 1980, antes da invasão dos Estados Unidos...

Ou, então, a palestra da Professora Gerda Roelvink, da Nova Zelândia, que participou do Fórum Social de Porto Alegre em 2005. E essa participação transformou-se em tema de doutorado.

No dia 10, terça-feira passada, o padre Pedrinho Guareschi voltou a falar ao público australiano em grande auditório localizado no belíssimo campus da ANU. Desta vez, sobre a Teologia da Libertação.

Depois da palestra, John Minns mostrou o filme mexicano "O Crime do Padre Amaro", no qual um dos personagens é um padre católico praticante da Teologia da Libertação.

Mais uma vez, foi grande o intersse da platéia, que pode aprender e conhecer um pouco como se desenvolveu aquele importante movimento católico na América Latina.

Fica, assim, ao Pedrinho, bem como a outros brasileiros estudiosos e de bom coração que saem pelo mundo a divulgar aspectos importantes da cultura brasileira, o respeito e a homenagem desta coluna. E... aquele abraço!
16:57
Anónimo disse...
Amanda Kitts perdeu o braço esquerdo em um acidente de automóvel acontecido três anos atrás, mas hoje em dia ela joga futebol americano com seu filho de 12 anos de idade, troca fraldas e abraça as crianças nas três creches Kiddie Cottage que opera em Knoxville, Tennessee. Kitts, 40 anos, faz tudo isso com a ajuda de um novo tipo de braço artificial que se movimenta com mais facilidade do que outros aparelhos e que ela pode controlar utilizando apenas seus pensamentos.

"Eu sou capaz de mexer a mão, o pulso e o cotovelo ao mesmo tempo", diz. "Você pensa e os músculos se movem em seguida".

A recuperação que ela conseguiu resulta de um novo procedimento que vem atraindo crescente atenção porque permite que pessoas movam braços protéticos de forma mais automática do que faziam no passado, simplesmente utilizando nervos reaproveitados em seus cérebros.

A técnica, conhecida como "renervação muscular dirigida", envolve utilizar os nervos que restam depois da amputação de um braço e conectá-los a outro músculo do corpo, em geral no peito. Eletrodos são instalados sobre os músculos do peito, e operam como se fossem antenas. Quando a pessoa deseja mover o braço, o cérebro envia sinais que primeiro resultam em contração dos músculos do peito, os quais enviam um sinal ao braço protético, instruindo-se a se movimentar. O processo não requer mais esforços consciente do que a pessoa teria de exercitar caso ainda tivesse seu braço natural.

Na terça-feira, pesquisadores reportaram em estudo publicado pela versão online do Journal of the American Medical Association que haviam levado a técnica ainda mais à frente, tornando possível a execução de 10 movimentos de mão, pulso e cotovelo diferentes, o que representa uma substancial melhora com relação ao típico repertório protético, que em geral envolve apenas dobrar o cotovelo, girar o pulso e abrir a mão.

"Os novos métodos tiveram impacto dramático em nosso campo de trabalho", disse Stuart Harshbarger, engenheiro biomédico na Universidade Johns Hopkins e diretor do programa de pesquisa sobre próteses, financiado pelas forças armadas, que inclui o trabalho com essa técnica. "O método já está em uso por médicos e cirurgiões comuns em todo o país. A capacidade de controlar um membro protético bastante robusto que ele confere surpreendeu a todos pela qualidade".

Tipicamente, uma pessoa que tenha um braço protético só é capaz de executar alguns poucos movimentos, e muitas vezes com tamanha lentidão que isso só permite a ela atividades limitadas.

Há um motor separado para cada movimento, diz Gerald Loeb, professor de engenharia biomédica na Universidade

Anónimo disse...

Anónimo disse...
Ex-ministro critica extensão do seguro-desemprego

Atualizada às 09h03

O ex-ministro do Trabalho Almir Pazzianotto criticou a decisão do governo federal de conceder o seguro-desemprego estendido a apenas alguns setores. "É certamente odioso e provavelmente inconstitucional", disse Pazzianotto, de acordo com o jornal O Estado de S. Paulo.

Na última qurta, dia do anúncio da medida, centrais sindicais elogiaram a atitude do governo. A Força Sindical divulgou nota dizendo que "o aumento ajudará a aquecer parte da economia, já que irá gerar mais consumo, produção e conseqüentemente, a criação de novos postos de trabalho". A União Geral dos Trabalhadores (UGT) afirmou que a medida "contribuirá para minimizar o drama dos trabalhadores que perderem seu emprego por conta da crise".

O ex-ministro, que instituiu o seguro-desemprego no País no governo de José Sarney, destacou a necessidade de as centrais sindicais se manifestarem contra a determinação. Para ele, as mudanças devem ser aplicadas a todas as categorias profissionais e a distinção é contrária ao artigo 3º da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT).

Pazzianotto atribui a medida a um possível temor do governo de que a crise econômica seja longa e não haja dinheiro para atender a todas as necessidades. Ainda assim, ele se mostra contrário ao método de concessão. "O seguro-desemprego ajuda a sanar necessidades básicas. Estendê-lo é paliativo, não a solução", disse ao jornal.

De acordo com o presidente do Conselho Deliberativo do Fundo de Amparo ao Trabalhador (Codefat) e conselheiro da Força Sindical, Luiz Fernando Emediato, a determinação já estava prevista na lei 8.900/94, que trata do seguro-desemprego.

O presidente da Comissão de Trabalho da Câmara, Pedro Fernandes (PTB-MA) vai além na crítica à concessão do seguro para apenas alguns setores. Ele acredita que a ampliação do benefício estimula o desemprego.

Quintino Severo, secretário geral da Central Única dos Trabalhadores (CUT), lembra que a ampliação do benefício sem critério e identificação pode incentivar demissões em outros setores.

23:31
Anónimo disse...
Os bombeiros combatem neste sábado os incêndios na Austrália favorecidos pelo bom tempo, enquanto os deslocados encotram em seu retorno casas derruídas, carros queimados nas ruas e destruição.

Depois de sete dias desde que começaram os incêndios no Estado de Victoria, a lista de mortos chega a 181, os desaparecidos somam 50, os edifícios destruídos totalizam 1,834 mil e o terreno arrasado, principalmente florestas, ocupa uma área de 4,13 mil quilômetros quadrados.

As equipes de bombeiros, formadas por 4 mil profissionais de Victoria, de outras partes da Austrália e de países amigos, combateram hoje 12 focos fora de controle e nenhum representava uma ameaça direta para a população.

O subdiretor do Serviço de Bombeiros, Geoff Conway, disse que este tempo favorável, que se prolongará durante o domingo, permite consolidar as linhas de contenção e avançar na extinção das chamas.

Cinzas apareceram arrastadas por ventos do nordeste sobre Melbourne, onde habitam 3,8 milhões de pessoas, e as autoridades alertaram aos cidadãos do risco para a saúde de idosos, crianças e pessoas com problemas respiratórios.

O número de pessoas deslocadas - a Cruz Vermelha chegou a receber 7 mil - começou a cair com a abertura de algumas localidades atingidas.

Os incêndios, alguns criminosos, começaram em 7 de fevereiro, quando a região sul da Austrália estava há duas semanas sob uma onda de calor sem precedentes.

Na sexta-feira passada, a polícia acusou uma pessoa de ter provocado o incêndio que atingiu a localidade de Churchill e matou 21 pessoas.
16:55
Anónimo disse...
A primeira chuva em seis dias reduziu a ameaça de incêndios no Estado de Victoria, ao sul da Austrália. As autoridades, porém, advertiram que ainda existem 12 focos, mas que nenhum deles ameaça áreas povoadas.

Mais de quatro mil bombeiros, mil provenientes de outras partes do país e de outras nações, trabalham contra o fogo. Cerca de 600 veículos e 28 helicópteros e pequenos aviões estão sendo usados.


Eles conseguiram construir linhas de contenção para evitar os incêndios de Yarra e Maroondah se juntassem. Também foram controlados os incêndios abertos de Yea e Murrindindi, que ameaçavam as comunidades de Connellys Creek, Crystal Creek, Scrubby Creek e Native Dog Creek.

O número de mortos chegou a 181, mas as autoridades acreditam que as vítimas devem passar de 200, já que ainda há muitos desaparecidos.
16:55
Anónimo disse...
Aqui nesta coluna, na semana passada, tive a oportunidade de comentar sobre a recente visita do professor brasileiro Pedrinho Guareschi à Austrália. Não dei, porém, os fatos, pois semana passada o assunto era outro.

Hoje, porém, vamos a eles.

No último dia 4 de fevereiro, aconteceu o Seminário "Paulo Freire: Education and Liberation", organizado pelo centro de estudos latino-americanos da Universidade Nacional da Austrália, ou ANU, como é mais conhecida por aqui.

A ANU, para quem não sabe, está entre as 20 melhores universidades do mundo! E tem sede aqui em Camberra, capital da Austrália.

Na abertura do evento, o professor John Minns, diretor do centro latino-americano, ao dar boas-vindas ao público presente, lembrou ser aquele o primeiro seminário exclusivamente dedicado a Paulo Freire na Austrália.

Em seguida, convidou Pedrinho Guareschi, palestrante principal do Seminário, a fazer sua apresentação.

A plateia pode então conhecer, pelas palavras de Pedrinho, um pouco da obra e da vida de Freire, esse brasileiro de fé e valor, que sempre acreditou na educação, sobretudo dos menos favorecidos, analfabetos, como força libertadora.

Como não podia deixar de ser, os conceitos e ideias revolucionários de Paulo Freire, expostos com clareza por Pedrinho, despertaram o interesse e a curiosidade de plateia. A qual, deve-se notar, era na maioria de estudantes, mas de várias nacionalidades, sobretudo australianos e asiáticos.

Na continuação do programa do seminário, que se estendeu por dois dias, outros professores fizeram palestras sobre temas ligados à obra de Paulo Freire.

Interessante, por exemplo, saber que a professora Anne Hickling-Hudson, jamaicana que mora na Austrália há muitos anos (é professora da ANU), conheceu e trabalhou com Freire num workshop educacional durante a revolução na Ilha de Granada, em 1980, antes da invasão dos Estados Unidos...

Ou, então, a palestra da Professora Gerda Roelvink, da Nova Zelândia, que participou do Fórum Social de Porto Alegre em 2005. E essa participação transformou-se em tema de doutorado.

No dia 10, terça-feira passada, o padre Pedrinho Guareschi voltou a falar ao público australiano em grande auditório localizado no belíssimo campus da ANU. Desta vez, sobre a Teologia da Libertação.

Depois da palestra, John Minns mostrou o filme mexicano "O Crime do Padre Amaro", no qual um dos personagens é um padre católico praticante da Teologia da Libertação.

Mais uma vez, foi grande o intersse da platéia, que pode aprender e conhecer um pouco como se desenvolveu aquele importante movimento católico na América Latina.

Fica, assim, ao Pedrinho, bem como a outros brasileiros estudiosos e de bom coração que saem pelo mundo a divulgar aspectos importantes da cultura brasileira, o respeito e a homenagem desta coluna. E... aquele abraço!
16:57
Anónimo disse...
Amanda Kitts perdeu o braço esquerdo em um acidente de automóvel acontecido três anos atrás, mas hoje em dia ela joga futebol americano com seu filho de 12 anos de idade, troca fraldas e abraça as crianças nas três creches Kiddie Cottage que opera em Knoxville, Tennessee. Kitts, 40 anos, faz tudo isso com a ajuda de um novo tipo de braço artificial que se movimenta com mais facilidade do que outros aparelhos e que ela pode controlar utilizando apenas seus pensamentos.

"Eu sou capaz de mexer a mão, o pulso e o cotovelo ao mesmo tempo", diz. "Você pensa e os músculos se movem em seguida".

A recuperação que ela conseguiu resulta de um novo procedimento que vem atraindo crescente atenção porque permite que pessoas movam braços protéticos de forma mais automática do que faziam no passado, simplesmente utilizando nervos reaproveitados em seus cérebros.

A técnica, conhecida como "renervação muscular dirigida", envolve utilizar os nervos que restam depois da amputação de um braço e conectá-los a outro músculo do corpo, em geral no peito. Eletrodos são instalados sobre os músculos do peito, e operam como se fossem antenas. Quando a pessoa deseja mover o braço, o cérebro envia sinais que primeiro resultam em contração dos músculos do peito, os quais enviam um sinal ao braço protético, instruindo-se a se movimentar. O processo não requer mais esforços consciente do que a pessoa teria de exercitar caso ainda tivesse seu braço natural.

Na terça-feira, pesquisadores reportaram em estudo publicado pela versão online do Journal of the American Medical Association que haviam levado a técnica ainda mais à frente, tornando possível a execução de 10 movimentos de mão, pulso e cotovelo diferentes, o que representa uma substancial melhora com relação ao típico repertório protético, que em geral envolve apenas dobrar o cotovelo, girar o pulso e abrir a mão.

"Os novos métodos tiveram impacto dramático em nosso campo de trabalho", disse Stuart Harshbarger, engenheiro biomédico na Universidade Johns Hopkins e diretor do programa de pesquisa sobre próteses, financiado pelas forças armadas, que inclui o trabalho com essa técnica. "O método já está em uso por médicos e cirurgiões comuns em todo o país. A capacidade de controlar um membro protético bastante robusto que ele confere surpreendeu a todos pela qualidade".

Tipicamente, uma pessoa que tenha um braço protético só é capaz de executar alguns poucos movimentos, e muitas vezes com tamanha lentidão que isso só permite a ela atividades limitadas.

Há um motor separado para cada movimento, diz Gerald Loeb, professor de engenharia biomédica na Universidade do Sul da Califórnia, "e esses motores precisam ser controlados de maneira explícita", usualmente por um esforço consciente da pessoa para contrair músculos nas costas ou no bíceps.

"Essencialmente, até agora os pacientes controlavam apenas um motor de cada vez", diz Loeb, "e precisavam pensar cuidadosamente sobre que motor desejavam controlar e como fazê-lo operar, em lugar de simplesmente pensarem em mover o braço e poderem fazê-lo sem delongas".

Antes que Kitts passasse pelo procedimento de renervação, em outubro de 2007, por exemplo, ela precisava movimentar os músculos de suas costas de determinada maneira para fazer com que seu pulso girasse, e flexionar seu bíceps e tríceps para fazer com que o cotovelo se movesse para cima e para baixo. "Era muito trabalho", ela conta. "E não me ajudava muito".

O procedimento de renervação é parte de uma recente explosão de idéias novas e técnicas inovadoras que estão sendo exploradas enquanto os cientistas se esforçam por ajudar as pessoas a compensar melhor a perda de membros ou problemas de paralisia. O esforço vem sendo alimentado pelo aumento no número de amputações causado por diabetes e por ferimentos sofridos pelos militares, e ao mesmo tempo pelos avanços na tecnologia médica.

Os braços se tornaram um dos focos essenciais desse tipo de trabalho. A ciência há muito vem obtendo sucessos no desenvolvimento de próteses de perna, mas é muito mais difícil imitar a complexidade e a destreza das mãos e dos braços.

Os esforços em curso incluem o desenvolvimento de projetos de pele e braços mais sensíveis e mais flexíveis, e o uso de dispositivos acionados por controles sem fio implantado nos braços protéticos, que permitiriam movimentos mais naturais.

Os pesquisadores também vêm usando sensores implantados nos cérebros de cobaias para permitir que dois macacos controlem um braço mecânico, e um teste com um homem paralítico permitiu, com esse método, que ele movimentasse um cursor em uma tela de computador.

Alguns desses métodos, caso venham a ser aperfeiçoados plenamente e consigam aprovação das autoridades regulatórias da saúde, podem no futuro se tornar mais viáveis para os pacientes de amputações.

E embora a técnica da renervação não requeira aprovação das autoridades regulatórias porque é executada por meios cirúrgicos e emprega aparelhos já existentes, ela apresenta limitações que até mesmo seus criadores reconhecem, entre as quais o fato de que não se pode utilizá-la para todos os pacientes, o seu alto custo e o prazo de meses requerido para que os nervos reconectados cresçam e se tornem efetivos.

Ainda assim, os especialistas dizem que é o mais avançado sistema em uso hoje para pacientes reais que permite que o sistema nervoso controle diretamente o movimento de um braço artificial.

Desde sua introdução por Todd Kuiken, médico fisioterapeuta e engenheiro biomédico do Instituto de Reabilitação de Chicago, o método foi empregado em cerca de 30 pacientes nos Estados Unidos, Canadá e Europa, entre os quais oito soldados feridos no Iraque e no Afeganistão.

Muitos dos pacientes, entre os quais o primeiro, Jesse Sullivan, um operário do setor elétrico no Tennessee que perdeu os dois braços quando foi eletrocutado por um cabo, conseguem não apenas manipular seus braços protéticos mas sentir a presença das mãos que já não têm quando alguém toca em seus peitos.

Sullivan, 62 anos, e Kitts, estavam entre os cinco pacientes que participaram do estudo reportado na terça-feira. Em companhia de cinco outras pessoas que não passaram por amputações, eles receberam os eletrodos e foram instruídos a usar pensamentos para fazer com que um braço virtual na tela reproduzisse 10 movimentos diferentes, entre os quais três formas diferentes de aperto de mão.

Os pacientes apresentaram desempenho bastante respeitável, apenas um pouco mais lento e menos preciso do que os dos participantes que não tinham amputações.

"As velocidades de movimento que encontramos em nossos pacientes foram realmente encorajadoras", disse Kuiken. "Eles conseguiram completar a tarefa. É claro que não foram tão competentes quanto as pessoas dotadas de plena capacidade física, mas foram bons o bastante".

Um braço virtual foi usado porque a maioria das próteses existentes não era capaz de acomodar todos aqueles movimentos, no momento da pesquisa, ainda que Sullivan, Kitts e uma terceira paciente, Claudia Mitchell, tenham experimentado dois novos protótipos mais versáteis de braços artificiais, executando tarefas complexas com bolas de tênis e outros objetos.

O trabalho de renervação em soldados apresenta outros desafios, diz Kuiken, porque os ferimentos militares muitas vezes "causam danos muitos extensos" a nervos, músculos ou ossos.

Daniel Acosta, 25 anos, um aviador ferido pela detonação de uma bomba em uma estrada do Iraque em 2005, passou pelo procedimento no ano passado e diz que seu braço esquerdo protético agora se movimenta "muito mais rápido" e de maneira muito mais natural.

"A diferença é que agora não preciso mais pensar para mover o braço", ele diz. "Ele simplesmente se mexe".

Ainda assim, Acosta, de San Antonio, diz que "o processo foi bastante longo" e que os eletrodos precisam ser ajustados para receber os sinais à medida que os nervos crescem ou mudam de posição.

E embora elogiem o método, os especialistas afirmam que a ciência das próteses de braço ainda tem muito por avançar.

"Trata-se de uma parte crucial, mas ainda assim apenas uma parte, das muitas coisas que compreendem a função normal de um braço", disse Loeb, que escreveu um editorial que acompanha o artigo no Journal of the American Medical Association.

"No momento estamos a meio do caminho entre o braço de 'Dr. Fantástico', que fazia involuntariamente a saudação nazista, e o braço de Luke Skywalker em 'Guerra nas Estrelas', que funciona sem nenhum problema assim que é conectado. Creio que precisaremos ainda de muitos anos para conectar todas as peças necessárias a produzir um braço capaz de funcionar normalmente".
17:04
Anónimo disse...
A Espanha disse neste sábado que está preparando uma reclamação oficial contra a decisão da Venezuela de expulsar um membro do Parlamento Europeu que criticou o conselho eleitoral venezuelano.
Luis Herrero, membro do partido conservador espanhol PP, foi deportado na sexta-feira depois que o Conselho Nacional Eleitoral (CNE) o acusou de questionar a imparcialidade da instituição antes de um referendo que pode permitir ao presidente Hugo Chávez permanecer no cargo indefinidamente.

Herrero estava na Venezuela como observador do referendo. Ele acusou Chávez de ter "comportamentos típicos de um ditador" por pedir a contenção de manifestações da oposição.

O governo da Espanha convocou um encontro com o embaixador da Venezuela em Madri para expressar a desaprovação sobre a expulsão de Herrero, disse um representante do Ministério das Relações Exteriores espanhol.

As relações da Venezuela com a Espanha tiveram seu ponto crítico em 2007, quando Chávez ameaçou rever acordos diplomáticos e comerciais depois de ouvir um "cala a boca" do rei espanhol Juan Carlos durante uma cúpula.

A fenda foi oficialmente reparada em 2008, com uma visita oficial de Chávez à Espanha, onde ele cumprimentou o rei e discutiu acordos para investimento no setor petroquímico com o primeiro-ministro José Luis Rodriguez Zapatero.
17:06
Anónimo disse...
A polícia do Zimbábue anunciou neste sábado que acusa de traição Roy Bennett, dirigente do até agora opositor Movimento para a Mudança Democrática (MDC), detido na sexta-feira, em Harare, poucas horas antes da cerimônia de posse dos membros do novo gabinete.

"A Polícia nos informou que vão apresentar acusações de traição", disse à agência EFE o advogado de defesa de Bennett, Trust Maanda.

"Tentam relacionar Roy com o caso de Mike Hitschmann, que foi detido em 2006 em relação à descoberta de um carregamento de armas, apesar de que Hitschmann não tenha sido declarado culpado das acusações de traição apresentadas contra ele, mas de um crime menor de descumprimento de leis", disse Maanda.

O político opositor, designado por seu partido como vice-ministro de Agricultura no Governo de união nacional, esteve no exílio na vizinha África do Sul desde 2006 e retornou ao Zimbábue há duas semanas.

Segundo a Polícia, que deteve Bennett ontem no aeroporto de Harare quando pretendia ir à África do Sul para visitar sua família, as armas apreendidas em 2006 seriam utilizadas em um golpe de Estado para derrubar o presidente do Zimbábue, Robert Mugabe.

Depois da detenção, Bennet foi levado a Mutar, onde vários simpatizantes do MDC se concentraram em frente à delegacia na qual estava detido, diante do que a Polícia respondeu com tiros para o alto para dispersar os manifestantes.
17:07
Anónimo disse...
Austrália: 14 mil se candidatam a 'emprego dos sonhos'

A secretaria de Turismo de Queensland, na Austrália, informou que até esta segunda-feira já recebeu cerca de 14 mil inscrições para o "o melhor emprego do mundo". O Estado australiano promove pela internet seleção para vaga de "zelador" da ilha Hamilton, por seis meses com um salário de R$ 40 mil.

Muitos candidatos tiveram problemas durante a inscrição por conta dos acessos simultâneos ao site. A secretaria aconselha enviar os vídeos de 60s explicando porque deve ser escolhido em horários alternativos do dia, além de recomendar tamanho em torno de 40MB.

As inscrições começaram em 12 de janeiro e vão até o próximo dia 22 e podem ser feitas pelo site www.islandreefjob.com. O governo australiano escolherá 50 candidatos para a próxima fase da seleção, que terá votos do público para eleger um dos 11 finalistas.

A última fase terá entrevistas e desafios físicos, no próprio local de trabalho: as ilhas da Grande Barreira Coralina - o maior recife de coral do mundo. A secretaria de Turismo anunciará o vencedor no dia 6 de maio.
17:09
Anónimo disse...
Mercado elogia governo na crise, mas pede maior queda no juro

Peter Fussy
Direto de São Paulo

Desde as primeiras medidas anunciadas para combater os efeitos da crise, o governo brasileiro avisou que a estratégia não contemplaria um pacote. Seriam doses pontuais, de acordo com a necessidade da economia diante do agravamento das turbulências. Da primeira liberação dos depósitos compulsórios em setembro até a ampliação do seguro-desemprego na última quarta-feira, o governo passou por redução de impostos, ampliação de crédito e incentivos à exportação. Quase 150 dias após a primeira medida, o Terra conversou com líderes do setor público e privado, representantes dos trabalhadores, acadêmicos e com o próprio governo para saber quais destas ações foram mais eficazes, quais foram mais ineficientes e o que mais pode ser feito pelo Estado brasileiro contra a crise.

Os maiores elogios foram direcionados à atitude de reduzir o Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) para a indústria automobilística, anunciada em dezembro e que fez com que os emplacamentos de carros novos subissem 1,9% no primeiro mês do ano em relação a dezembro de 2008. Já as maiores críticas foram para a lentidão no corte da taxa básica de juro do País.

Para o presidente do conselho administrativo do Grupo Pão de Açúcar, Abílio Diniz, o Estado não é responsável pela crise e mesmo assim está agindo "com extrema serenidade e muito acerto". "O governo está atento, fazendo a sua parte. É preciso coragem de baixar firmemente a taxa de juros. É uma arma que temos a nosso favor, já que não há clima para inflação, nem possibilidade de danos para a macroeconomia", afirmou Diniz.

Na última reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), em janeiro, a taxa Selic foi reduzida em um ponto percentual, de 13,75% para 12,75% ao ano. Porém, o professor de economia da Universidade de Brasília (UnB) José Luiz Oreiro lembra que este corte representa uma redução de apenas 0,25 ponto percentual com relação à taxa de setembro do ano passado, quando a crise se agravou.

"Pouco antes da eclosão da crise, o Banco Central aumentou a taxa em 0,75 ponto. Foram cinco meses de demora para reduzir em termos líquidos apenas 0,25 ponto", afirmou o economista, que também sugeriu redução do intervalo de cerca de 90 dias entre as reuniões do Copom e o corte de pelo menos um 1 ponto percentual em cada reunião.

Mesmo com o corte de janeiro, a taxa de juros real continua sendo a maior do mundo, lembrou o secretário-geral da Força Sindical, João Carlos Gonçalves, o Juruna. "A redução da taxa de juro ainda é pequena, porque ela continua uma das mais altas do mundo. Falta ousadia para baixar os juros e ajudar o cidadão. A permanência da taxa de juro alta é negativa para o País em meio a crise", afirmou Juruna.

Embora aprove as ações do governo, o senador Aloízio Mercadante (PT-SP) também acredita que o patamar da Selic está muito alto. "Sempre fomos os primeiros a entrar em qualquer crise, o que não aconteceu agora. A taxa Selic ainda é muito alta, mas o governo têm tomado medidas acertadas, como o aumento do salário mínimo, mesmo com um cenário de crise. Isso ajuda a movimentar o consumo. O governo está se esforçando para manter os investimentos e o crescimento", disse.

Tributos
De acordo com o economista Fabio Pina, da Fecomercio-SP, as ações mais positivas estão relacionadas à redução de tributos para alguns segmentos, como a indústria automobilística, que recuperou parte da queda nas vendas em janeiro com a isenção do IPI para carros 1.0 l e o corte para demais motorizações. A medida vale até o final de março.

"Essas medidas não só reduziram o preço, mas anteciparam o consumo daqueles que iriam comprar no futuro, dando um prêmio por conta da insegurança. Mexe diretamente com o principal problema que é a confiança do consumidor", afirmou. Juruna destacou que um bom ritmo de vendas é garantia de emprego. "É importante porque cada emprego na montadora significa 19 na cadeia produtiva", comentou o representante da Força Sindical.

Também em dezembro, o governo decidiu cortar pela metade a alíquota do Imposto de Renda para contribuintes que ganham entre R$ 1.434 e R$ 2.150 mensais. "O salário aumentava e a tabela não se modificava. As pessoas ganhavam mais e pagavam mais impostos", apontou Juruna. Outra redução de tributos do governo foi com relação ao Imposto sobre Operações Financeiras (IOF), que caiu de 3% ao ano para 1,5%.

Crédito
Na segunda metade de 2008, o colapso de bancos nos Estados Unidos por conta da crise do subprime provocou uma forte restrição de crédito no mundo inteiro. Uma das primeiras medidas anticrise do governo teve como objetivo restabelecer a oferta, com mudanças no recolhimento dos depósitos compulsórios por parte dos bancos. Segundo o presidente do Banco Central, Henrique Meirelles, as diversas modificações liberaram US$ 99,2 bilhões aos bancos até o final de janeiro.

Além disso, o governo concedeu R$ 36 bilhões das reservas internacionais para empresas brasileiras com dívidas no exterior e uma medida provisória autorizou o Banco do Brasil e a Caixa Econômica Federal a comprar carteiras de crédito de bancos privados. Para o diretor do Departamento de Pesquisas e Estudos Econômicos da Fiesp, Paulo Francini, estas medidas foram essenciais para combater os efeitos da crise.

"A crise se desenvolve no mundo em torno do tema crédito. E o crédito reduziu-se barbaridade no mundo. Então o governo lança mão de compulsório, lança mão de reservas, de medidas que permitem aos bancos comprar carteiras de bancos. Você vai tomando várias medidas para atender às demandas e o epicentro disso é crédito", afirmou.

No entanto, Oreiro, da UnB, adverte que a liberação dos compulsórios seria mais eficiente acompanhada de redução mais agressiva da taxa básica de juro. "Uma parte do crédito voltou, depois da forte retração em outubro e novembro. O que deveria ter sido feito junto à liberação do compulsório era uma redução mais drástica da taxa de juro. Sem isso, os bancos pegam as reservas e acabam comprando títulos públicos", explicou o economista.

Na opinião de Pina, as ações de distribuição de crédito via redução do compulsório e a disposição de capital de giro para empresas foram tomadas sem um cuidado maior na operação e não tiveram muito efeito. "O BNDES tem linhas que ficam paradas quase todo o ano, agora é pior ainda. Existem os recursos, mas as empresas e os bancos estão desconfiados. É preciso fazer com que os bancos tenham interesse em emprestar", afirmou o economista da Fecomercio-SP.

Futuro
Mesmo com todas essas medidas, a crise financeira ainda gera incertezas nos setores produtivos do País. Nos últimos meses, o medo do desemprego fez os consumidores adiarem compras. Por sua vez, a queda nas vendas pode obrigar as indústrias a cortarem a produção e demitir funcionários. Contra isso, empresários sugerem redução de jornada e de salários.

"Isto está previsto em lei. A Fiesp simplesmente manteve conversações com entidades sindicais quanto à aplicação daquilo que já está previsto em lei", afirmou Francini.

Segundo a ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff, uma das medidas que assegura um nível de emprego é a manutenção de investimentos no Programa de Aceleração do Crescimento (PAC). "Estamos esperando que a dificuldade ocorra em janeiro, fevereiro e março. Estamos certos que vamos manter o nível de investimento. É isso que funciona, é isso que significa investimento público. Ele funciona como um colchão. Por isso, nós colocamos R$ 100 bilhões no BNDES e a Petrobras ampliou o seu investimento em R$ 120 bilhões", afirmou.

Na mesma linha, Pina explica que a antecipação de gastos do governo substitui parte da demanda retraída do setor privado. "Ele dá o seguinte recado: não vou estourar as contas públicas, mas concentrar em um momento em que a demanda privada está pequena. Mas o governo não tem fôlego suficiente para fazer o papel de toda demanda", ressaltou. O economista da Fecomercio lembrou que a entidade já pleiteou junto ao governo isenções para transferência de imóveis e de automóveis, além de retirar o IPVA para veículos novos.

Já Oreiro foca suas propostas na capitalização do Banco do Brasil e da Caixa Econômica Federal pelo Tesouro para atender a demanda de crédito para capital de giro e reduzir o spread. "Aumentando o empréstimo e reduzindo as taxas, os dois vão forçar os bancos privados a acompanhar o movimento, até para não perderem participação no mercado", explicou o economista da UnB.

Até o Carnaval, o governou prometeu detalhar um pacote de incentivos para a construção de até um milhão de casas populares, direcionado a famílias com renda de até dez salários mínimos. "Estamos atentos a tudo o que está acontecendo e novas medidas serão tomadas caso haja uma avaliação de que sejam necessárias", disse o ministro da Fazenda, Guido Mantega, na última sexta-feira.
17:11
Anónimo disse...
Ex-ministro critica extensão do seguro-desemprego

Atualizada às 09h03

O ex-ministro do Trabalho Almir Pazzianotto criticou a decisão do governo federal de conceder o seguro-desemprego estendido a apenas alguns setores. "É certamente odioso e provavelmente inconstitucional", disse Pazzianotto, de acordo com o jornal O Estado de S. Paulo.

Na última qurta, dia do anúncio da medida, centrais sindicais elogiaram a atitude do governo. A Força Sindical divulgou nota dizendo que "o aumento ajudará a aquecer parte da economia, já que irá gerar mais consumo, produção e conseqüentemente, a criação de novos postos de trabalho". A União Geral dos Trabalhadores (UGT) afirmou que a medida "contribuirá para minimizar o drama dos trabalhadores que perderem seu emprego por conta da crise".

O ex-ministro, que instituiu o seguro-desemprego no País no governo de José Sarney, destacou a necessidade de as centrais sindicais se manifestarem contra a determinação. Para ele, as mudanças devem ser aplicadas a todas as categorias profissionais e a distinção é contrária ao artigo 3º da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT).

Pazzianotto atribui a medida a um possível temor do governo de que a crise econômica seja longa e não haja dinheiro para atender a todas as necessidades. Ainda assim, ele se mostra contrário ao método de concessão. "O seguro-desemprego ajuda a sanar necessidades básicas. Estendê-lo é paliativo, não a solução", disse ao jornal.

De acordo com o presidente do Conselho Deliberativo do Fundo de Amparo ao Trabalhador (Codefat) e conselheiro da Força Sindical, Luiz Fernando Emediato, a determinação já estava prevista na lei 8.900/94, que trata do seguro-desemprego.

O presidente da Comissão de Trabalho da Câmara, Pedro Fernandes (PTB-MA) vai além na crítica à concessão do seguro para apenas alguns setores. Ele acredita que a ampliação do benefício estimula o desemprego.

Quintino Severo, secretário geral da Central Única dos Trabalhadores (CUT), lembra que a ampliação do benefício sem critério e identificação pode incentivar demissões em outros setores.

23:32
Anónimo disse...
Os bombeiros combatem neste sábado os incêndios na Austrália favorecidos pelo bom tempo, enquanto os deslocados encotram em seu retorno casas derruídas, carros queimados nas ruas e destruição.

Depois de sete dias desde que começaram os incêndios no Estado de Victoria, a lista de mortos chega a 181, os desaparecidos somam 50, os edifícios destruídos totalizam 1,834 mil e o terreno arrasado, principalmente florestas, ocupa uma área de 4,13 mil quilômetros quadrados.

As equipes de bombeiros, formadas por 4 mil profissionais de Victoria, de outras partes da Austrália e de países amigos, combateram hoje 12 focos fora de controle e nenhum representava uma ameaça direta para a população.

O subdiretor do Serviço de Bombeiros, Geoff Conway, disse que este tempo favorável, que se prolongará durante o domingo, permite consolidar as linhas de contenção e avançar na extinção das chamas.

Cinzas apareceram arrastadas por ventos do nordeste sobre Melbourne, onde habitam 3,8 milhões de pessoas, e as autoridades alertaram aos cidadãos do risco para a saúde de idosos, crianças e pessoas com problemas respiratórios.

O número de pessoas deslocadas - a Cruz Vermelha chegou a receber 7 mil - começou a cair com a abertura de algumas localidades atingidas.

Os incêndios, alguns criminosos, começaram em 7 de fevereiro, quando a região sul da Austrália estava há duas semanas sob uma onda de calor sem precedentes.

Na sexta-feira passada, a polícia acusou uma pessoa de ter provocado o incêndio que atingiu a localidade de Churchill e matou 21 pessoas.
16:55
Anónimo disse...
A primeira chuva em seis dias reduziu a ameaça de incêndios no Estado de Victoria, ao sul da Austrália. As autoridades, porém, advertiram que ainda existem 12 focos, mas que nenhum deles ameaça áreas povoadas.

Mais de quatro mil bombeiros, mil provenientes de outras partes do país e de outras nações, trabalham contra o fogo. Cerca de 600 veículos e 28 helicópteros e pequenos aviões estão sendo usados.


Eles conseguiram construir linhas de contenção para evitar os incêndios de Yarra e Maroondah se juntassem. Também foram controlados os incêndios abertos de Yea e Murrindindi, que ameaçavam as comunidades de Connellys Creek, Crystal Creek, Scrubby Creek e Native Dog Creek.

O número de mortos chegou a 181, mas as autoridades acreditam que as vítimas devem passar de 200, já que ainda há muitos desaparecidos.
16:55
Anónimo disse...
Aqui nesta coluna, na semana passada, tive a oportunidade de comentar sobre a recente visita do professor brasileiro Pedrinho Guareschi à Austrália. Não dei, porém, os fatos, pois semana passada o assunto era outro.

Hoje, porém, vamos a eles.

No último dia 4 de fevereiro, aconteceu o Seminário "Paulo Freire: Education and Liberation", organizado pelo centro de estudos latino-americanos da Universidade Nacional da Austrália, ou ANU, como é mais conhecida por aqui.

A ANU, para quem não sabe, está entre as 20 melhores universidades do mundo! E tem sede aqui em Camberra, capital da Austrália.

Na abertura do evento, o professor John Minns, diretor do centro latino-americano, ao dar boas-vindas ao público presente, lembrou ser aquele o primeiro seminário exclusivamente dedicado a Paulo Freire na Austrália.

Em seguida, convidou Pedrinho Guareschi, palestrante principal do Seminário, a fazer sua apresentação.

A plateia pode então conhecer, pelas palavras de Pedrinho, um pouco da obra e da vida de Freire, esse brasileiro de fé e valor, que sempre acreditou na educação, sobretudo dos menos favorecidos, analfabetos, como força libertadora.

Como não podia deixar de ser, os conceitos e ideias revolucionários de Paulo Freire, expostos com clareza por Pedrinho, despertaram o interesse e a curiosidade de plateia. A qual, deve-se notar, era na maioria de estudantes, mas de várias nacionalidades, sobretudo australianos e asiáticos.

Na continuação do programa do seminário, que se estendeu por dois dias, outros professores fizeram palestras sobre temas ligados à obra de Paulo Freire.

Interessante, por exemplo, saber que a professora Anne Hickling-Hudson, jamaicana que mora na Austrália há muitos anos (é professora da ANU), conheceu e trabalhou com Freire num workshop educacional durante a revolução na Ilha de Granada, em 1980, antes da invasão dos Estados Unidos...

Ou, então, a palestra da Professora Gerda Roelvink, da Nova Zelândia, que participou do Fórum Social de Porto Alegre em 2005. E essa participação transformou-se em tema de doutorado.

No dia 10, terça-feira passada, o padre Pedrinho Guareschi voltou a falar ao público australiano em grande auditório localizado no belíssimo campus da ANU. Desta vez, sobre a Teologia da Libertação.

Depois da palestra, John Minns mostrou o filme mexicano "O Crime do Padre Amaro", no qual um dos personagens é um padre católico praticante da Teologia da Libertação.

Mais uma vez, foi grande o intersse da platéia, que pode aprender e conhecer um pouco como se desenvolveu aquele importante movimento católico na América Latina.

Fica, assim, ao Pedrinho, bem como a outros brasileiros estudiosos e de bom coração que saem pelo mundo a divulgar aspectos importantes da cultura brasileira, o respeito e a homenagem desta coluna. E... aquele abraço!
16:57
Anónimo disse...
Amanda Kitts perdeu o braço esquerdo em um acidente de automóvel acontecido três anos atrás, mas hoje em dia ela joga futebol americano com seu filho de 12 anos de idade, troca fraldas e abraça as crianças nas três creches Kiddie Cottage que opera em Knoxville, Tennessee. Kitts, 40 anos, faz tudo isso com a ajuda de um novo tipo de braço artificial que se movimenta com mais facilidade do que outros aparelhos e que ela pode controlar utilizando apenas seus pensamentos.

"Eu sou capaz de mexer a mão, o pulso e o cotovelo ao mesmo tempo", diz. "Você pensa e os músculos se movem em seguida".

A recuperação que ela conseguiu resulta de um novo procedimento que vem atraindo crescente atenção porque permite que pessoas movam braços protéticos de forma mais automática do que faziam no passado, simplesmente utilizando nervos reaproveitados em seus cérebros.

A técnica, conhecida como "renervação muscular dirigida", envolve utilizar os nervos que restam depois da amputação de um braço e conectá-los a outro músculo do corpo, em geral no peito. Eletrodos são instalados sobre os músculos do peito, e operam como se fossem antenas. Quando a pessoa deseja mover o braço, o cérebro envia sinais que primeiro resultam em contração dos músculos do peito, os quais enviam um sinal ao braço protético, instruindo-se a se movimentar. O processo não requer mais esforços consciente do que a pessoa teria de exercitar caso ainda tivesse seu braço natural.

Na terça-feira, pesquisadores reportaram em estudo publicado pela versão online do Journal of the American Medical Association que haviam levado a técnica ainda mais à frente, tornando possível a execução de 10 movimentos de mão, pulso e cotovelo diferentes, o que representa uma substancial melhora com relação ao típico repertório protético, que em geral envolve apenas dobrar o cotovelo, girar o pulso e abrir a mão.

"Os novos métodos tiveram impacto dramático em nosso campo de trabalho", disse Stuart Harshbarger, engenheiro biomédico na Universidade Johns Hopkins e diretor do programa de pesquisa sobre próteses, financiado pelas forças armadas, que inclui o trabalho com essa técnica. "O método já está em uso por médicos e cirurgiões comuns em todo o país. A capacidade de controlar um membro protético bastante robusto que ele confere surpreendeu a todos pela qualidade".

Tipicamente, uma pessoa que tenha um braço protético só é capaz de executar alguns poucos movimentos, e muitas vezes com tamanha lentidão que isso só permite a ela atividades limitadas.

Há um motor separado para cada movimento, diz Gerald Loeb, professor de engenharia biomédica na Universidade

Anónimo disse...

Anónimo disse...
Ex-ministro critica extensão do seguro-desemprego

Atualizada às 09h03

O ex-ministro do Trabalho Almir Pazzianotto criticou a decisão do governo federal de conceder o seguro-desemprego estendido a apenas alguns setores. "É certamente odioso e provavelmente inconstitucional", disse Pazzianotto, de acordo com o jornal O Estado de S. Paulo.

Na última qurta, dia do anúncio da medida, centrais sindicais elogiaram a atitude do governo. A Força Sindical divulgou nota dizendo que "o aumento ajudará a aquecer parte da economia, já que irá gerar mais consumo, produção e conseqüentemente, a criação de novos postos de trabalho". A União Geral dos Trabalhadores (UGT) afirmou que a medida "contribuirá para minimizar o drama dos trabalhadores que perderem seu emprego por conta da crise".

O ex-ministro, que instituiu o seguro-desemprego no País no governo de José Sarney, destacou a necessidade de as centrais sindicais se manifestarem contra a determinação. Para ele, as mudanças devem ser aplicadas a todas as categorias profissionais e a distinção é contrária ao artigo 3º da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT).

Pazzianotto atribui a medida a um possível temor do governo de que a crise econômica seja longa e não haja dinheiro para atender a todas as necessidades. Ainda assim, ele se mostra contrário ao método de concessão. "O seguro-desemprego ajuda a sanar necessidades básicas. Estendê-lo é paliativo, não a solução", disse ao jornal.

De acordo com o presidente do Conselho Deliberativo do Fundo de Amparo ao Trabalhador (Codefat) e conselheiro da Força Sindical, Luiz Fernando Emediato, a determinação já estava prevista na lei 8.900/94, que trata do seguro-desemprego.

O presidente da Comissão de Trabalho da Câmara, Pedro Fernandes (PTB-MA) vai além na crítica à concessão do seguro para apenas alguns setores. Ele acredita que a ampliação do benefício estimula o desemprego.

Quintino Severo, secretário geral da Central Única dos Trabalhadores (CUT), lembra que a ampliação do benefício sem critério e identificação pode incentivar demissões em outros setores.

23:31
Anónimo disse...
Os bombeiros combatem neste sábado os incêndios na Austrália favorecidos pelo bom tempo, enquanto os deslocados encotram em seu retorno casas derruídas, carros queimados nas ruas e destruição.

Depois de sete dias desde que começaram os incêndios no Estado de Victoria, a lista de mortos chega a 181, os desaparecidos somam 50, os edifícios destruídos totalizam 1,834 mil e o terreno arrasado, principalmente florestas, ocupa uma área de 4,13 mil quilômetros quadrados.

As equipes de bombeiros, formadas por 4 mil profissionais de Victoria, de outras partes da Austrália e de países amigos, combateram hoje 12 focos fora de controle e nenhum representava uma ameaça direta para a população.

O subdiretor do Serviço de Bombeiros, Geoff Conway, disse que este tempo favorável, que se prolongará durante o domingo, permite consolidar as linhas de contenção e avançar na extinção das chamas.

Cinzas apareceram arrastadas por ventos do nordeste sobre Melbourne, onde habitam 3,8 milhões de pessoas, e as autoridades alertaram aos cidadãos do risco para a saúde de idosos, crianças e pessoas com problemas respiratórios.

O número de pessoas deslocadas - a Cruz Vermelha chegou a receber 7 mil - começou a cair com a abertura de algumas localidades atingidas.

Os incêndios, alguns criminosos, começaram em 7 de fevereiro, quando a região sul da Austrália estava há duas semanas sob uma onda de calor sem precedentes.

Na sexta-feira passada, a polícia acusou uma pessoa de ter provocado o incêndio que atingiu a localidade de Churchill e matou 21 pessoas.
16:55
Anónimo disse...
A primeira chuva em seis dias reduziu a ameaça de incêndios no Estado de Victoria, ao sul da Austrália. As autoridades, porém, advertiram que ainda existem 12 focos, mas que nenhum deles ameaça áreas povoadas.

Mais de quatro mil bombeiros, mil provenientes de outras partes do país e de outras nações, trabalham contra o fogo. Cerca de 600 veículos e 28 helicópteros e pequenos aviões estão sendo usados.


Eles conseguiram construir linhas de contenção para evitar os incêndios de Yarra e Maroondah se juntassem. Também foram controlados os incêndios abertos de Yea e Murrindindi, que ameaçavam as comunidades de Connellys Creek, Crystal Creek, Scrubby Creek e Native Dog Creek.

O número de mortos chegou a 181, mas as autoridades acreditam que as vítimas devem passar de 200, já que ainda há muitos desaparecidos.
16:55
Anónimo disse...
Aqui nesta coluna, na semana passada, tive a oportunidade de comentar sobre a recente visita do professor brasileiro Pedrinho Guareschi à Austrália. Não dei, porém, os fatos, pois semana passada o assunto era outro.

Hoje, porém, vamos a eles.

No último dia 4 de fevereiro, aconteceu o Seminário "Paulo Freire: Education and Liberation", organizado pelo centro de estudos latino-americanos da Universidade Nacional da Austrália, ou ANU, como é mais conhecida por aqui.

A ANU, para quem não sabe, está entre as 20 melhores universidades do mundo! E tem sede aqui em Camberra, capital da Austrália.

Na abertura do evento, o professor John Minns, diretor do centro latino-americano, ao dar boas-vindas ao público presente, lembrou ser aquele o primeiro seminário exclusivamente dedicado a Paulo Freire na Austrália.

Em seguida, convidou Pedrinho Guareschi, palestrante principal do Seminário, a fazer sua apresentação.

A plateia pode então conhecer, pelas palavras de Pedrinho, um pouco da obra e da vida de Freire, esse brasileiro de fé e valor, que sempre acreditou na educação, sobretudo dos menos favorecidos, analfabetos, como força libertadora.

Como não podia deixar de ser, os conceitos e ideias revolucionários de Paulo Freire, expostos com clareza por Pedrinho, despertaram o interesse e a curiosidade de plateia. A qual, deve-se notar, era na maioria de estudantes, mas de várias nacionalidades, sobretudo australianos e asiáticos.

Na continuação do programa do seminário, que se estendeu por dois dias, outros professores fizeram palestras sobre temas ligados à obra de Paulo Freire.

Interessante, por exemplo, saber que a professora Anne Hickling-Hudson, jamaicana que mora na Austrália há muitos anos (é professora da ANU), conheceu e trabalhou com Freire num workshop educacional durante a revolução na Ilha de Granada, em 1980, antes da invasão dos Estados Unidos...

Ou, então, a palestra da Professora Gerda Roelvink, da Nova Zelândia, que participou do Fórum Social de Porto Alegre em 2005. E essa participação transformou-se em tema de doutorado.

No dia 10, terça-feira passada, o padre Pedrinho Guareschi voltou a falar ao público australiano em grande auditório localizado no belíssimo campus da ANU. Desta vez, sobre a Teologia da Libertação.

Depois da palestra, John Minns mostrou o filme mexicano "O Crime do Padre Amaro", no qual um dos personagens é um padre católico praticante da Teologia da Libertação.

Mais uma vez, foi grande o intersse da platéia, que pode aprender e conhecer um pouco como se desenvolveu aquele importante movimento católico na América Latina.

Fica, assim, ao Pedrinho, bem como a outros brasileiros estudiosos e de bom coração que saem pelo mundo a divulgar aspectos importantes da cultura brasileira, o respeito e a homenagem desta coluna. E... aquele abraço!
16:57
Anónimo disse...
Amanda Kitts perdeu o braço esquerdo em um acidente de automóvel acontecido três anos atrás, mas hoje em dia ela joga futebol americano com seu filho de 12 anos de idade, troca fraldas e abraça as crianças nas três creches Kiddie Cottage que opera em Knoxville, Tennessee. Kitts, 40 anos, faz tudo isso com a ajuda de um novo tipo de braço artificial que se movimenta com mais facilidade do que outros aparelhos e que ela pode controlar utilizando apenas seus pensamentos.

"Eu sou capaz de mexer a mão, o pulso e o cotovelo ao mesmo tempo", diz. "Você pensa e os músculos se movem em seguida".

A recuperação que ela conseguiu resulta de um novo procedimento que vem atraindo crescente atenção porque permite que pessoas movam braços protéticos de forma mais automática do que faziam no passado, simplesmente utilizando nervos reaproveitados em seus cérebros.

A técnica, conhecida como "renervação muscular dirigida", envolve utilizar os nervos que restam depois da amputação de um braço e conectá-los a outro músculo do corpo, em geral no peito. Eletrodos são instalados sobre os músculos do peito, e operam como se fossem antenas. Quando a pessoa deseja mover o braço, o cérebro envia sinais que primeiro resultam em contração dos músculos do peito, os quais enviam um sinal ao braço protético, instruindo-se a se movimentar. O processo não requer mais esforços consciente do que a pessoa teria de exercitar caso ainda tivesse seu braço natural.

Na terça-feira, pesquisadores reportaram em estudo publicado pela versão online do Journal of the American Medical Association que haviam levado a técnica ainda mais à frente, tornando possível a execução de 10 movimentos de mão, pulso e cotovelo diferentes, o que representa uma substancial melhora com relação ao típico repertório protético, que em geral envolve apenas dobrar o cotovelo, girar o pulso e abrir a mão.

"Os novos métodos tiveram impacto dramático em nosso campo de trabalho", disse Stuart Harshbarger, engenheiro biomédico na Universidade Johns Hopkins e diretor do programa de pesquisa sobre próteses, financiado pelas forças armadas, que inclui o trabalho com essa técnica. "O método já está em uso por médicos e cirurgiões comuns em todo o país. A capacidade de controlar um membro protético bastante robusto que ele confere surpreendeu a todos pela qualidade".

Tipicamente, uma pessoa que tenha um braço protético só é capaz de executar alguns poucos movimentos, e muitas vezes com tamanha lentidão que isso só permite a ela atividades limitadas.

Há um motor separado para cada movimento, diz Gerald Loeb, professor de engenharia biomédica na Universidade do Sul da Califórnia, "e esses motores precisam ser controlados de maneira explícita", usualmente por um esforço consciente da pessoa para contrair músculos nas costas ou no bíceps.

"Essencialmente, até agora os pacientes controlavam apenas um motor de cada vez", diz Loeb, "e precisavam pensar cuidadosamente sobre que motor desejavam controlar e como fazê-lo operar, em lugar de simplesmente pensarem em mover o braço e poderem fazê-lo sem delongas".

Antes que Kitts passasse pelo procedimento de renervação, em outubro de 2007, por exemplo, ela precisava movimentar os músculos de suas costas de determinada maneira para fazer com que seu pulso girasse, e flexionar seu bíceps e tríceps para fazer com que o cotovelo se movesse para cima e para baixo. "Era muito trabalho", ela conta. "E não me ajudava muito".

O procedimento de renervação é parte de uma recente explosão de idéias novas e técnicas inovadoras que estão sendo exploradas enquanto os cientistas se esforçam por ajudar as pessoas a compensar melhor a perda de membros ou problemas de paralisia. O esforço vem sendo alimentado pelo aumento no número de amputações causado por diabetes e por ferimentos sofridos pelos militares, e ao mesmo tempo pelos avanços na tecnologia médica.

Os braços se tornaram um dos focos essenciais desse tipo de trabalho. A ciência há muito vem obtendo sucessos no desenvolvimento de próteses de perna, mas é muito mais difícil imitar a complexidade e a destreza das mãos e dos braços.

Os esforços em curso incluem o desenvolvimento de projetos de pele e braços mais sensíveis e mais flexíveis, e o uso de dispositivos acionados por controles sem fio implantado nos braços protéticos, que permitiriam movimentos mais naturais.

Os pesquisadores também vêm usando sensores implantados nos cérebros de cobaias para permitir que dois macacos controlem um braço mecânico, e um teste com um homem paralítico permitiu, com esse método, que ele movimentasse um cursor em uma tela de computador.

Alguns desses métodos, caso venham a ser aperfeiçoados plenamente e consigam aprovação das autoridades regulatórias da saúde, podem no futuro se tornar mais viáveis para os pacientes de amputações.

E embora a técnica da renervação não requeira aprovação das autoridades regulatórias porque é executada por meios cirúrgicos e emprega aparelhos já existentes, ela apresenta limitações que até mesmo seus criadores reconhecem, entre as quais o fato de que não se pode utilizá-la para todos os pacientes, o seu alto custo e o prazo de meses requerido para que os nervos reconectados cresçam e se tornem efetivos.

Ainda assim, os especialistas dizem que é o mais avançado sistema em uso hoje para pacientes reais que permite que o sistema nervoso controle diretamente o movimento de um braço artificial.

Desde sua introdução por Todd Kuiken, médico fisioterapeuta e engenheiro biomédico do Instituto de Reabilitação de Chicago, o método foi empregado em cerca de 30 pacientes nos Estados Unidos, Canadá e Europa, entre os quais oito soldados feridos no Iraque e no Afeganistão.

Muitos dos pacientes, entre os quais o primeiro, Jesse Sullivan, um operário do setor elétrico no Tennessee que perdeu os dois braços quando foi eletrocutado por um cabo, conseguem não apenas manipular seus braços protéticos mas sentir a presença das mãos que já não têm quando alguém toca em seus peitos.

Sullivan, 62 anos, e Kitts, estavam entre os cinco pacientes que participaram do estudo reportado na terça-feira. Em companhia de cinco outras pessoas que não passaram por amputações, eles receberam os eletrodos e foram instruídos a usar pensamentos para fazer com que um braço virtual na tela reproduzisse 10 movimentos diferentes, entre os quais três formas diferentes de aperto de mão.

Os pacientes apresentaram desempenho bastante respeitável, apenas um pouco mais lento e menos preciso do que os dos participantes que não tinham amputações.

"As velocidades de movimento que encontramos em nossos pacientes foram realmente encorajadoras", disse Kuiken. "Eles conseguiram completar a tarefa. É claro que não foram tão competentes quanto as pessoas dotadas de plena capacidade física, mas foram bons o bastante".

Um braço virtual foi usado porque a maioria das próteses existentes não era capaz de acomodar todos aqueles movimentos, no momento da pesquisa, ainda que Sullivan, Kitts e uma terceira paciente, Claudia Mitchell, tenham experimentado dois novos protótipos mais versáteis de braços artificiais, executando tarefas complexas com bolas de tênis e outros objetos.

O trabalho de renervação em soldados apresenta outros desafios, diz Kuiken, porque os ferimentos militares muitas vezes "causam danos muitos extensos" a nervos, músculos ou ossos.

Daniel Acosta, 25 anos, um aviador ferido pela detonação de uma bomba em uma estrada do Iraque em 2005, passou pelo procedimento no ano passado e diz que seu braço esquerdo protético agora se movimenta "muito mais rápido" e de maneira muito mais natural.

"A diferença é que agora não preciso mais pensar para mover o braço", ele diz. "Ele simplesmente se mexe".

Ainda assim, Acosta, de San Antonio, diz que "o processo foi bastante longo" e que os eletrodos precisam ser ajustados para receber os sinais à medida que os nervos crescem ou mudam de posição.

E embora elogiem o método, os especialistas afirmam que a ciência das próteses de braço ainda tem muito por avançar.

"Trata-se de uma parte crucial, mas ainda assim apenas uma parte, das muitas coisas que compreendem a função normal de um braço", disse Loeb, que escreveu um editorial que acompanha o artigo no Journal of the American Medical Association.

"No momento estamos a meio do caminho entre o braço de 'Dr. Fantástico', que fazia involuntariamente a saudação nazista, e o braço de Luke Skywalker em 'Guerra nas Estrelas', que funciona sem nenhum problema assim que é conectado. Creio que precisaremos ainda de muitos anos para conectar todas as peças necessárias a produzir um braço capaz de funcionar normalmente".
17:04
Anónimo disse...
A Espanha disse neste sábado que está preparando uma reclamação oficial contra a decisão da Venezuela de expulsar um membro do Parlamento Europeu que criticou o conselho eleitoral venezuelano.
Luis Herrero, membro do partido conservador espanhol PP, foi deportado na sexta-feira depois que o Conselho Nacional Eleitoral (CNE) o acusou de questionar a imparcialidade da instituição antes de um referendo que pode permitir ao presidente Hugo Chávez permanecer no cargo indefinidamente.

Herrero estava na Venezuela como observador do referendo. Ele acusou Chávez de ter "comportamentos típicos de um ditador" por pedir a contenção de manifestações da oposição.

O governo da Espanha convocou um encontro com o embaixador da Venezuela em Madri para expressar a desaprovação sobre a expulsão de Herrero, disse um representante do Ministério das Relações Exteriores espanhol.

As relações da Venezuela com a Espanha tiveram seu ponto crítico em 2007, quando Chávez ameaçou rever acordos diplomáticos e comerciais depois de ouvir um "cala a boca" do rei espanhol Juan Carlos durante uma cúpula.

A fenda foi oficialmente reparada em 2008, com uma visita oficial de Chávez à Espanha, onde ele cumprimentou o rei e discutiu acordos para investimento no setor petroquímico com o primeiro-ministro José Luis Rodriguez Zapatero.
17:06
Anónimo disse...
A polícia do Zimbábue anunciou neste sábado que acusa de traição Roy Bennett, dirigente do até agora opositor Movimento para a Mudança Democrática (MDC), detido na sexta-feira, em Harare, poucas horas antes da cerimônia de posse dos membros do novo gabinete.

"A Polícia nos informou que vão apresentar acusações de traição", disse à agência EFE o advogado de defesa de Bennett, Trust Maanda.

"Tentam relacionar Roy com o caso de Mike Hitschmann, que foi detido em 2006 em relação à descoberta de um carregamento de armas, apesar de que Hitschmann não tenha sido declarado culpado das acusações de traição apresentadas contra ele, mas de um crime menor de descumprimento de leis", disse Maanda.

O político opositor, designado por seu partido como vice-ministro de Agricultura no Governo de união nacional, esteve no exílio na vizinha África do Sul desde 2006 e retornou ao Zimbábue há duas semanas.

Segundo a Polícia, que deteve Bennett ontem no aeroporto de Harare quando pretendia ir à África do Sul para visitar sua família, as armas apreendidas em 2006 seriam utilizadas em um golpe de Estado para derrubar o presidente do Zimbábue, Robert Mugabe.

Depois da detenção, Bennet foi levado a Mutar, onde vários simpatizantes do MDC se concentraram em frente à delegacia na qual estava detido, diante do que a Polícia respondeu com tiros para o alto para dispersar os manifestantes.
17:07
Anónimo disse...
Austrália: 14 mil se candidatam a 'emprego dos sonhos'

A secretaria de Turismo de Queensland, na Austrália, informou que até esta segunda-feira já recebeu cerca de 14 mil inscrições para o "o melhor emprego do mundo". O Estado australiano promove pela internet seleção para vaga de "zelador" da ilha Hamilton, por seis meses com um salário de R$ 40 mil.

Muitos candidatos tiveram problemas durante a inscrição por conta dos acessos simultâneos ao site. A secretaria aconselha enviar os vídeos de 60s explicando porque deve ser escolhido em horários alternativos do dia, além de recomendar tamanho em torno de 40MB.

As inscrições começaram em 12 de janeiro e vão até o próximo dia 22 e podem ser feitas pelo site www.islandreefjob.com. O governo australiano escolherá 50 candidatos para a próxima fase da seleção, que terá votos do público para eleger um dos 11 finalistas.

A última fase terá entrevistas e desafios físicos, no próprio local de trabalho: as ilhas da Grande Barreira Coralina - o maior recife de coral do mundo. A secretaria de Turismo anunciará o vencedor no dia 6 de maio.
17:09
Anónimo disse...
Mercado elogia governo na crise, mas pede maior queda no juro

Peter Fussy
Direto de São Paulo

Desde as primeiras medidas anunciadas para combater os efeitos da crise, o governo brasileiro avisou que a estratégia não contemplaria um pacote. Seriam doses pontuais, de acordo com a necessidade da economia diante do agravamento das turbulências. Da primeira liberação dos depósitos compulsórios em setembro até a ampliação do seguro-desemprego na última quarta-feira, o governo passou por redução de impostos, ampliação de crédito e incentivos à exportação. Quase 150 dias após a primeira medida, o Terra conversou com líderes do setor público e privado, representantes dos trabalhadores, acadêmicos e com o próprio governo para saber quais destas ações foram mais eficazes, quais foram mais ineficientes e o que mais pode ser feito pelo Estado brasileiro contra a crise.

Os maiores elogios foram direcionados à atitude de reduzir o Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) para a indústria automobilística, anunciada em dezembro e que fez com que os emplacamentos de carros novos subissem 1,9% no primeiro mês do ano em relação a dezembro de 2008. Já as maiores críticas foram para a lentidão no corte da taxa básica de juro do País.

Para o presidente do conselho administrativo do Grupo Pão de Açúcar, Abílio Diniz, o Estado não é responsável pela crise e mesmo assim está agindo "com extrema serenidade e muito acerto". "O governo está atento, fazendo a sua parte. É preciso coragem de baixar firmemente a taxa de juros. É uma arma que temos a nosso favor, já que não há clima para inflação, nem possibilidade de danos para a macroeconomia", afirmou Diniz.

Na última reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), em janeiro, a taxa Selic foi reduzida em um ponto percentual, de 13,75% para 12,75% ao ano. Porém, o professor de economia da Universidade de Brasília (UnB) José Luiz Oreiro lembra que este corte representa uma redução de apenas 0,25 ponto percentual com relação à taxa de setembro do ano passado, quando a crise se agravou.

"Pouco antes da eclosão da crise, o Banco Central aumentou a taxa em 0,75 ponto. Foram cinco meses de demora para reduzir em termos líquidos apenas 0,25 ponto", afirmou o economista, que também sugeriu redução do intervalo de cerca de 90 dias entre as reuniões do Copom e o corte de pelo menos um 1 ponto percentual em cada reunião.

Mesmo com o corte de janeiro, a taxa de juros real continua sendo a maior do mundo, lembrou o secretário-geral da Força Sindical, João Carlos Gonçalves, o Juruna. "A redução da taxa de juro ainda é pequena, porque ela continua uma das mais altas do mundo. Falta ousadia para baixar os juros e ajudar o cidadão. A permanência da taxa de juro alta é negativa para o País em meio a crise", afirmou Juruna.

Embora aprove as ações do governo, o senador Aloízio Mercadante (PT-SP) também acredita que o patamar da Selic está muito alto. "Sempre fomos os primeiros a entrar em qualquer crise, o que não aconteceu agora. A taxa Selic ainda é muito alta, mas o governo têm tomado medidas acertadas, como o aumento do salário mínimo, mesmo com um cenário de crise. Isso ajuda a movimentar o consumo. O governo está se esforçando para manter os investimentos e o crescimento", disse.

Tributos
De acordo com o economista Fabio Pina, da Fecomercio-SP, as ações mais positivas estão relacionadas à redução de tributos para alguns segmentos, como a indústria automobilística, que recuperou parte da queda nas vendas em janeiro com a isenção do IPI para carros 1.0 l e o corte para demais motorizações. A medida vale até o final de março.

"Essas medidas não só reduziram o preço, mas anteciparam o consumo daqueles que iriam comprar no futuro, dando um prêmio por conta da insegurança. Mexe diretamente com o principal problema que é a confiança do consumidor", afirmou. Juruna destacou que um bom ritmo de vendas é garantia de emprego. "É importante porque cada emprego na montadora significa 19 na cadeia produtiva", comentou o representante da Força Sindical.

Também em dezembro, o governo decidiu cortar pela metade a alíquota do Imposto de Renda para contribuintes que ganham entre R$ 1.434 e R$ 2.150 mensais. "O salário aumentava e a tabela não se modificava. As pessoas ganhavam mais e pagavam mais impostos", apontou Juruna. Outra redução de tributos do governo foi com relação ao Imposto sobre Operações Financeiras (IOF), que caiu de 3% ao ano para 1,5%.

Crédito
Na segunda metade de 2008, o colapso de bancos nos Estados Unidos por conta da crise do subprime provocou uma forte restrição de crédito no mundo inteiro. Uma das primeiras medidas anticrise do governo teve como objetivo restabelecer a oferta, com mudanças no recolhimento dos depósitos compulsórios por parte dos bancos. Segundo o presidente do Banco Central, Henrique Meirelles, as diversas modificações liberaram US$ 99,2 bilhões aos bancos até o final de janeiro.

Além disso, o governo concedeu R$ 36 bilhões das reservas internacionais para empresas brasileiras com dívidas no exterior e uma medida provisória autorizou o Banco do Brasil e a Caixa Econômica Federal a comprar carteiras de crédito de bancos privados. Para o diretor do Departamento de Pesquisas e Estudos Econômicos da Fiesp, Paulo Francini, estas medidas foram essenciais para combater os efeitos da crise.

"A crise se desenvolve no mundo em torno do tema crédito. E o crédito reduziu-se barbaridade no mundo. Então o governo lança mão de compulsório, lança mão de reservas, de medidas que permitem aos bancos comprar carteiras de bancos. Você vai tomando várias medidas para atender às demandas e o epicentro disso é crédito", afirmou.

No entanto, Oreiro, da UnB, adverte que a liberação dos compulsórios seria mais eficiente acompanhada de redução mais agressiva da taxa básica de juro. "Uma parte do crédito voltou, depois da forte retração em outubro e novembro. O que deveria ter sido feito junto à liberação do compulsório era uma redução mais drástica da taxa de juro. Sem isso, os bancos pegam as reservas e acabam comprando títulos públicos", explicou o economista.

Na opinião de Pina, as ações de distribuição de crédito via redução do compulsório e a disposição de capital de giro para empresas foram tomadas sem um cuidado maior na operação e não tiveram muito efeito. "O BNDES tem linhas que ficam paradas quase todo o ano, agora é pior ainda. Existem os recursos, mas as empresas e os bancos estão desconfiados. É preciso fazer com que os bancos tenham interesse em emprestar", afirmou o economista da Fecomercio-SP.

Futuro
Mesmo com todas essas medidas, a crise financeira ainda gera incertezas nos setores produtivos do País. Nos últimos meses, o medo do desemprego fez os consumidores adiarem compras. Por sua vez, a queda nas vendas pode obrigar as indústrias a cortarem a produção e demitir funcionários. Contra isso, empresários sugerem redução de jornada e de salários.

"Isto está previsto em lei. A Fiesp simplesmente manteve conversações com entidades sindicais quanto à aplicação daquilo que já está previsto em lei", afirmou Francini.

Segundo a ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff, uma das medidas que assegura um nível de emprego é a manutenção de investimentos no Programa de Aceleração do Crescimento (PAC). "Estamos esperando que a dificuldade ocorra em janeiro, fevereiro e março. Estamos certos que vamos manter o nível de investimento. É isso que funciona, é isso que significa investimento público. Ele funciona como um colchão. Por isso, nós colocamos R$ 100 bilhões no BNDES e a Petrobras ampliou o seu investimento em R$ 120 bilhões", afirmou.

Na mesma linha, Pina explica que a antecipação de gastos do governo substitui parte da demanda retraída do setor privado. "Ele dá o seguinte recado: não vou estourar as contas públicas, mas concentrar em um momento em que a demanda privada está pequena. Mas o governo não tem fôlego suficiente para fazer o papel de toda demanda", ressaltou. O economista da Fecomercio lembrou que a entidade já pleiteou junto ao governo isenções para transferência de imóveis e de automóveis, além de retirar o IPVA para veículos novos.

Já Oreiro foca suas propostas na capitalização do Banco do Brasil e da Caixa Econômica Federal pelo Tesouro para atender a demanda de crédito para capital de giro e reduzir o spread. "Aumentando o empréstimo e reduzindo as taxas, os dois vão forçar os bancos privados a acompanhar o movimento, até para não perderem participação no mercado", explicou o economista da UnB.

Até o Carnaval, o governou prometeu detalhar um pacote de incentivos para a construção de até um milhão de casas populares, direcionado a famílias com renda de até dez salários mínimos. "Estamos atentos a tudo o que está acontecendo e novas medidas serão tomadas caso haja uma avaliação de que sejam necessárias", disse o ministro da Fazenda, Guido Mantega, na última sexta-feira.
17:11
Anónimo disse...
Ex-ministro critica extensão do seguro-desemprego

Atualizada às 09h03

O ex-ministro do Trabalho Almir Pazzianotto criticou a decisão do governo federal de conceder o seguro-desemprego estendido a apenas alguns setores. "É certamente odioso e provavelmente inconstitucional", disse Pazzianotto, de acordo com o jornal O Estado de S. Paulo.

Na última qurta, dia do anúncio da medida, centrais sindicais elogiaram a atitude do governo. A Força Sindical divulgou nota dizendo que "o aumento ajudará a aquecer parte da economia, já que irá gerar mais consumo, produção e conseqüentemente, a criação de novos postos de trabalho". A União Geral dos Trabalhadores (UGT) afirmou que a medida "contribuirá para minimizar o drama dos trabalhadores que perderem seu emprego por conta da crise".

O ex-ministro, que instituiu o seguro-desemprego no País no governo de José Sarney, destacou a necessidade de as centrais sindicais se manifestarem contra a determinação. Para ele, as mudanças devem ser aplicadas a todas as categorias profissionais e a distinção é contrária ao artigo 3º da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT).

Pazzianotto atribui a medida a um possível temor do governo de que a crise econômica seja longa e não haja dinheiro para atender a todas as necessidades. Ainda assim, ele se mostra contrário ao método de concessão. "O seguro-desemprego ajuda a sanar necessidades básicas. Estendê-lo é paliativo, não a solução", disse ao jornal.

De acordo com o presidente do Conselho Deliberativo do Fundo de Amparo ao Trabalhador (Codefat) e conselheiro da Força Sindical, Luiz Fernando Emediato, a determinação já estava prevista na lei 8.900/94, que trata do seguro-desemprego.

O presidente da Comissão de Trabalho da Câmara, Pedro Fernandes (PTB-MA) vai além na crítica à concessão do seguro para apenas alguns setores. Ele acredita que a ampliação do benefício estimula o desemprego.

Quintino Severo, secretário geral da Central Única dos Trabalhadores (CUT), lembra que a ampliação do benefício sem critério e identificação pode incentivar demissões em outros setores.

23:32
Anónimo disse...
Os bombeiros combatem neste sábado os incêndios na Austrália favorecidos pelo bom tempo, enquanto os deslocados encotram em seu retorno casas derruídas, carros queimados nas ruas e destruição.

Depois de sete dias desde que começaram os incêndios no Estado de Victoria, a lista de mortos chega a 181, os desaparecidos somam 50, os edifícios destruídos totalizam 1,834 mil e o terreno arrasado, principalmente florestas, ocupa uma área de 4,13 mil quilômetros quadrados.

As equipes de bombeiros, formadas por 4 mil profissionais de Victoria, de outras partes da Austrália e de países amigos, combateram hoje 12 focos fora de controle e nenhum representava uma ameaça direta para a população.

O subdiretor do Serviço de Bombeiros, Geoff Conway, disse que este tempo favorável, que se prolongará durante o domingo, permite consolidar as linhas de contenção e avançar na extinção das chamas.

Cinzas apareceram arrastadas por ventos do nordeste sobre Melbourne, onde habitam 3,8 milhões de pessoas, e as autoridades alertaram aos cidadãos do risco para a saúde de idosos, crianças e pessoas com problemas respiratórios.

O número de pessoas deslocadas - a Cruz Vermelha chegou a receber 7 mil - começou a cair com a abertura de algumas localidades atingidas.

Os incêndios, alguns criminosos, começaram em 7 de fevereiro, quando a região sul da Austrália estava há duas semanas sob uma onda de calor sem precedentes.

Na sexta-feira passada, a polícia acusou uma pessoa de ter provocado o incêndio que atingiu a localidade de Churchill e matou 21 pessoas.
16:55
Anónimo disse...
A primeira chuva em seis dias reduziu a ameaça de incêndios no Estado de Victoria, ao sul da Austrália. As autoridades, porém, advertiram que ainda existem 12 focos, mas que nenhum deles ameaça áreas povoadas.

Mais de quatro mil bombeiros, mil provenientes de outras partes do país e de outras nações, trabalham contra o fogo. Cerca de 600 veículos e 28 helicópteros e pequenos aviões estão sendo usados.


Eles conseguiram construir linhas de contenção para evitar os incêndios de Yarra e Maroondah se juntassem. Também foram controlados os incêndios abertos de Yea e Murrindindi, que ameaçavam as comunidades de Connellys Creek, Crystal Creek, Scrubby Creek e Native Dog Creek.

O número de mortos chegou a 181, mas as autoridades acreditam que as vítimas devem passar de 200, já que ainda há muitos desaparecidos.
16:55
Anónimo disse...
Aqui nesta coluna, na semana passada, tive a oportunidade de comentar sobre a recente visita do professor brasileiro Pedrinho Guareschi à Austrália. Não dei, porém, os fatos, pois semana passada o assunto era outro.

Hoje, porém, vamos a eles.

No último dia 4 de fevereiro, aconteceu o Seminário "Paulo Freire: Education and Liberation", organizado pelo centro de estudos latino-americanos da Universidade Nacional da Austrália, ou ANU, como é mais conhecida por aqui.

A ANU, para quem não sabe, está entre as 20 melhores universidades do mundo! E tem sede aqui em Camberra, capital da Austrália.

Na abertura do evento, o professor John Minns, diretor do centro latino-americano, ao dar boas-vindas ao público presente, lembrou ser aquele o primeiro seminário exclusivamente dedicado a Paulo Freire na Austrália.

Em seguida, convidou Pedrinho Guareschi, palestrante principal do Seminário, a fazer sua apresentação.

A plateia pode então conhecer, pelas palavras de Pedrinho, um pouco da obra e da vida de Freire, esse brasileiro de fé e valor, que sempre acreditou na educação, sobretudo dos menos favorecidos, analfabetos, como força libertadora.

Como não podia deixar de ser, os conceitos e ideias revolucionários de Paulo Freire, expostos com clareza por Pedrinho, despertaram o interesse e a curiosidade de plateia. A qual, deve-se notar, era na maioria de estudantes, mas de várias nacionalidades, sobretudo australianos e asiáticos.

Na continuação do programa do seminário, que se estendeu por dois dias, outros professores fizeram palestras sobre temas ligados à obra de Paulo Freire.

Interessante, por exemplo, saber que a professora Anne Hickling-Hudson, jamaicana que mora na Austrália há muitos anos (é professora da ANU), conheceu e trabalhou com Freire num workshop educacional durante a revolução na Ilha de Granada, em 1980, antes da invasão dos Estados Unidos...

Ou, então, a palestra da Professora Gerda Roelvink, da Nova Zelândia, que participou do Fórum Social de Porto Alegre em 2005. E essa participação transformou-se em tema de doutorado.

No dia 10, terça-feira passada, o padre Pedrinho Guareschi voltou a falar ao público australiano em grande auditório localizado no belíssimo campus da ANU. Desta vez, sobre a Teologia da Libertação.

Depois da palestra, John Minns mostrou o filme mexicano "O Crime do Padre Amaro", no qual um dos personagens é um padre católico praticante da Teologia da Libertação.

Mais uma vez, foi grande o intersse da platéia, que pode aprender e conhecer um pouco como se desenvolveu aquele importante movimento católico na América Latina.

Fica, assim, ao Pedrinho, bem como a outros brasileiros estudiosos e de bom coração que saem pelo mundo a divulgar aspectos importantes da cultura brasileira, o respeito e a homenagem desta coluna. E... aquele abraço!
16:57
Anónimo disse...
Amanda Kitts perdeu o braço esquerdo em um acidente de automóvel acontecido três anos atrás, mas hoje em dia ela joga futebol americano com seu filho de 12 anos de idade, troca fraldas e abraça as crianças nas três creches Kiddie Cottage que opera em Knoxville, Tennessee. Kitts, 40 anos, faz tudo isso com a ajuda de um novo tipo de braço artificial que se movimenta com mais facilidade do que outros aparelhos e que ela pode controlar utilizando apenas seus pensamentos.

"Eu sou capaz de mexer a mão, o pulso e o cotovelo ao mesmo tempo", diz. "Você pensa e os músculos se movem em seguida".

A recuperação que ela conseguiu resulta de um novo procedimento que vem atraindo crescente atenção porque permite que pessoas movam braços protéticos de forma mais automática do que faziam no passado, simplesmente utilizando nervos reaproveitados em seus cérebros.

A técnica, conhecida como "renervação muscular dirigida", envolve utilizar os nervos que restam depois da amputação de um braço e conectá-los a outro músculo do corpo, em geral no peito. Eletrodos são instalados sobre os músculos do peito, e operam como se fossem antenas. Quando a pessoa deseja mover o braço, o cérebro envia sinais que primeiro resultam em contração dos músculos do peito, os quais enviam um sinal ao braço protético, instruindo-se a se movimentar. O processo não requer mais esforços consciente do que a pessoa teria de exercitar caso ainda tivesse seu braço natural.

Na terça-feira, pesquisadores reportaram em estudo publicado pela versão online do Journal of the American Medical Association que haviam levado a técnica ainda mais à frente, tornando possível a execução de 10 movimentos de mão, pulso e cotovelo diferentes, o que representa uma substancial melhora com relação ao típico repertório protético, que em geral envolve apenas dobrar o cotovelo, girar o pulso e abrir a mão.

"Os novos métodos tiveram impacto dramático em nosso campo de trabalho", disse Stuart Harshbarger, engenheiro biomédico na Universidade Johns Hopkins e diretor do programa de pesquisa sobre próteses, financiado pelas forças armadas, que inclui o trabalho com essa técnica. "O método já está em uso por médicos e cirurgiões comuns em todo o país. A capacidade de controlar um membro protético bastante robusto que ele confere surpreendeu a todos pela qualidade".

Tipicamente, uma pessoa que tenha um braço protético só é capaz de executar alguns poucos movimentos, e muitas vezes com tamanha lentidão que isso só permite a ela atividades limitadas.

Há um motor separado para cada movimento, diz Gerald Loeb, professor de engenharia biomédica na Universidade

Anónimo disse...

Anónimo disse...
Ex-ministro critica extensão do seguro-desemprego

Atualizada às 09h03

O ex-ministro do Trabalho Almir Pazzianotto criticou a decisão do governo federal de conceder o seguro-desemprego estendido a apenas alguns setores. "É certamente odioso e provavelmente inconstitucional", disse Pazzianotto, de acordo com o jornal O Estado de S. Paulo.

Na última qurta, dia do anúncio da medida, centrais sindicais elogiaram a atitude do governo. A Força Sindical divulgou nota dizendo que "o aumento ajudará a aquecer parte da economia, já que irá gerar mais consumo, produção e conseqüentemente, a criação de novos postos de trabalho". A União Geral dos Trabalhadores (UGT) afirmou que a medida "contribuirá para minimizar o drama dos trabalhadores que perderem seu emprego por conta da crise".

O ex-ministro, que instituiu o seguro-desemprego no País no governo de José Sarney, destacou a necessidade de as centrais sindicais se manifestarem contra a determinação. Para ele, as mudanças devem ser aplicadas a todas as categorias profissionais e a distinção é contrária ao artigo 3º da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT).

Pazzianotto atribui a medida a um possível temor do governo de que a crise econômica seja longa e não haja dinheiro para atender a todas as necessidades. Ainda assim, ele se mostra contrário ao método de concessão. "O seguro-desemprego ajuda a sanar necessidades básicas. Estendê-lo é paliativo, não a solução", disse ao jornal.

De acordo com o presidente do Conselho Deliberativo do Fundo de Amparo ao Trabalhador (Codefat) e conselheiro da Força Sindical, Luiz Fernando Emediato, a determinação já estava prevista na lei 8.900/94, que trata do seguro-desemprego.

O presidente da Comissão de Trabalho da Câmara, Pedro Fernandes (PTB-MA) vai além na crítica à concessão do seguro para apenas alguns setores. Ele acredita que a ampliação do benefício estimula o desemprego.

Quintino Severo, secretário geral da Central Única dos Trabalhadores (CUT), lembra que a ampliação do benefício sem critério e identificação pode incentivar demissões em outros setores.

23:31
Anónimo disse...
Os bombeiros combatem neste sábado os incêndios na Austrália favorecidos pelo bom tempo, enquanto os deslocados encotram em seu retorno casas derruídas, carros queimados nas ruas e destruição.

Depois de sete dias desde que começaram os incêndios no Estado de Victoria, a lista de mortos chega a 181, os desaparecidos somam 50, os edifícios destruídos totalizam 1,834 mil e o terreno arrasado, principalmente florestas, ocupa uma área de 4,13 mil quilômetros quadrados.

As equipes de bombeiros, formadas por 4 mil profissionais de Victoria, de outras partes da Austrália e de países amigos, combateram hoje 12 focos fora de controle e nenhum representava uma ameaça direta para a população.

O subdiretor do Serviço de Bombeiros, Geoff Conway, disse que este tempo favorável, que se prolongará durante o domingo, permite consolidar as linhas de contenção e avançar na extinção das chamas.

Cinzas apareceram arrastadas por ventos do nordeste sobre Melbourne, onde habitam 3,8 milhões de pessoas, e as autoridades alertaram aos cidadãos do risco para a saúde de idosos, crianças e pessoas com problemas respiratórios.

O número de pessoas deslocadas - a Cruz Vermelha chegou a receber 7 mil - começou a cair com a abertura de algumas localidades atingidas.

Os incêndios, alguns criminosos, começaram em 7 de fevereiro, quando a região sul da Austrália estava há duas semanas sob uma onda de calor sem precedentes.

Na sexta-feira passada, a polícia acusou uma pessoa de ter provocado o incêndio que atingiu a localidade de Churchill e matou 21 pessoas.
16:55
Anónimo disse...
A primeira chuva em seis dias reduziu a ameaça de incêndios no Estado de Victoria, ao sul da Austrália. As autoridades, porém, advertiram que ainda existem 12 focos, mas que nenhum deles ameaça áreas povoadas.

Mais de quatro mil bombeiros, mil provenientes de outras partes do país e de outras nações, trabalham contra o fogo. Cerca de 600 veículos e 28 helicópteros e pequenos aviões estão sendo usados.


Eles conseguiram construir linhas de contenção para evitar os incêndios de Yarra e Maroondah se juntassem. Também foram controlados os incêndios abertos de Yea e Murrindindi, que ameaçavam as comunidades de Connellys Creek, Crystal Creek, Scrubby Creek e Native Dog Creek.

O número de mortos chegou a 181, mas as autoridades acreditam que as vítimas devem passar de 200, já que ainda há muitos desaparecidos.
16:55
Anónimo disse...
Aqui nesta coluna, na semana passada, tive a oportunidade de comentar sobre a recente visita do professor brasileiro Pedrinho Guareschi à Austrália. Não dei, porém, os fatos, pois semana passada o assunto era outro.

Hoje, porém, vamos a eles.

No último dia 4 de fevereiro, aconteceu o Seminário "Paulo Freire: Education and Liberation", organizado pelo centro de estudos latino-americanos da Universidade Nacional da Austrália, ou ANU, como é mais conhecida por aqui.

A ANU, para quem não sabe, está entre as 20 melhores universidades do mundo! E tem sede aqui em Camberra, capital da Austrália.

Na abertura do evento, o professor John Minns, diretor do centro latino-americano, ao dar boas-vindas ao público presente, lembrou ser aquele o primeiro seminário exclusivamente dedicado a Paulo Freire na Austrália.

Em seguida, convidou Pedrinho Guareschi, palestrante principal do Seminário, a fazer sua apresentação.

A plateia pode então conhecer, pelas palavras de Pedrinho, um pouco da obra e da vida de Freire, esse brasileiro de fé e valor, que sempre acreditou na educação, sobretudo dos menos favorecidos, analfabetos, como força libertadora.

Como não podia deixar de ser, os conceitos e ideias revolucionários de Paulo Freire, expostos com clareza por Pedrinho, despertaram o interesse e a curiosidade de plateia. A qual, deve-se notar, era na maioria de estudantes, mas de várias nacionalidades, sobretudo australianos e asiáticos.

Na continuação do programa do seminário, que se estendeu por dois dias, outros professores fizeram palestras sobre temas ligados à obra de Paulo Freire.

Interessante, por exemplo, saber que a professora Anne Hickling-Hudson, jamaicana que mora na Austrália há muitos anos (é professora da ANU), conheceu e trabalhou com Freire num workshop educacional durante a revolução na Ilha de Granada, em 1980, antes da invasão dos Estados Unidos...

Ou, então, a palestra da Professora Gerda Roelvink, da Nova Zelândia, que participou do Fórum Social de Porto Alegre em 2005. E essa participação transformou-se em tema de doutorado.

No dia 10, terça-feira passada, o padre Pedrinho Guareschi voltou a falar ao público australiano em grande auditório localizado no belíssimo campus da ANU. Desta vez, sobre a Teologia da Libertação.

Depois da palestra, John Minns mostrou o filme mexicano "O Crime do Padre Amaro", no qual um dos personagens é um padre católico praticante da Teologia da Libertação.

Mais uma vez, foi grande o intersse da platéia, que pode aprender e conhecer um pouco como se desenvolveu aquele importante movimento católico na América Latina.

Fica, assim, ao Pedrinho, bem como a outros brasileiros estudiosos e de bom coração que saem pelo mundo a divulgar aspectos importantes da cultura brasileira, o respeito e a homenagem desta coluna. E... aquele abraço!
16:57
Anónimo disse...
Amanda Kitts perdeu o braço esquerdo em um acidente de automóvel acontecido três anos atrás, mas hoje em dia ela joga futebol americano com seu filho de 12 anos de idade, troca fraldas e abraça as crianças nas três creches Kiddie Cottage que opera em Knoxville, Tennessee. Kitts, 40 anos, faz tudo isso com a ajuda de um novo tipo de braço artificial que se movimenta com mais facilidade do que outros aparelhos e que ela pode controlar utilizando apenas seus pensamentos.

"Eu sou capaz de mexer a mão, o pulso e o cotovelo ao mesmo tempo", diz. "Você pensa e os músculos se movem em seguida".

A recuperação que ela conseguiu resulta de um novo procedimento que vem atraindo crescente atenção porque permite que pessoas movam braços protéticos de forma mais automática do que faziam no passado, simplesmente utilizando nervos reaproveitados em seus cérebros.

A técnica, conhecida como "renervação muscular dirigida", envolve utilizar os nervos que restam depois da amputação de um braço e conectá-los a outro músculo do corpo, em geral no peito. Eletrodos são instalados sobre os músculos do peito, e operam como se fossem antenas. Quando a pessoa deseja mover o braço, o cérebro envia sinais que primeiro resultam em contração dos músculos do peito, os quais enviam um sinal ao braço protético, instruindo-se a se movimentar. O processo não requer mais esforços consciente do que a pessoa teria de exercitar caso ainda tivesse seu braço natural.

Na terça-feira, pesquisadores reportaram em estudo publicado pela versão online do Journal of the American Medical Association que haviam levado a técnica ainda mais à frente, tornando possível a execução de 10 movimentos de mão, pulso e cotovelo diferentes, o que representa uma substancial melhora com relação ao típico repertório protético, que em geral envolve apenas dobrar o cotovelo, girar o pulso e abrir a mão.

"Os novos métodos tiveram impacto dramático em nosso campo de trabalho", disse Stuart Harshbarger, engenheiro biomédico na Universidade Johns Hopkins e diretor do programa de pesquisa sobre próteses, financiado pelas forças armadas, que inclui o trabalho com essa técnica. "O método já está em uso por médicos e cirurgiões comuns em todo o país. A capacidade de controlar um membro protético bastante robusto que ele confere surpreendeu a todos pela qualidade".

Tipicamente, uma pessoa que tenha um braço protético só é capaz de executar alguns poucos movimentos, e muitas vezes com tamanha lentidão que isso só permite a ela atividades limitadas.

Há um motor separado para cada movimento, diz Gerald Loeb, professor de engenharia biomédica na Universidade do Sul da Califórnia, "e esses motores precisam ser controlados de maneira explícita", usualmente por um esforço consciente da pessoa para contrair músculos nas costas ou no bíceps.

"Essencialmente, até agora os pacientes controlavam apenas um motor de cada vez", diz Loeb, "e precisavam pensar cuidadosamente sobre que motor desejavam controlar e como fazê-lo operar, em lugar de simplesmente pensarem em mover o braço e poderem fazê-lo sem delongas".

Antes que Kitts passasse pelo procedimento de renervação, em outubro de 2007, por exemplo, ela precisava movimentar os músculos de suas costas de determinada maneira para fazer com que seu pulso girasse, e flexionar seu bíceps e tríceps para fazer com que o cotovelo se movesse para cima e para baixo. "Era muito trabalho", ela conta. "E não me ajudava muito".

O procedimento de renervação é parte de uma recente explosão de idéias novas e técnicas inovadoras que estão sendo exploradas enquanto os cientistas se esforçam por ajudar as pessoas a compensar melhor a perda de membros ou problemas de paralisia. O esforço vem sendo alimentado pelo aumento no número de amputações causado por diabetes e por ferimentos sofridos pelos militares, e ao mesmo tempo pelos avanços na tecnologia médica.

Os braços se tornaram um dos focos essenciais desse tipo de trabalho. A ciência há muito vem obtendo sucessos no desenvolvimento de próteses de perna, mas é muito mais difícil imitar a complexidade e a destreza das mãos e dos braços.

Os esforços em curso incluem o desenvolvimento de projetos de pele e braços mais sensíveis e mais flexíveis, e o uso de dispositivos acionados por controles sem fio implantado nos braços protéticos, que permitiriam movimentos mais naturais.

Os pesquisadores também vêm usando sensores implantados nos cérebros de cobaias para permitir que dois macacos controlem um braço mecânico, e um teste com um homem paralítico permitiu, com esse método, que ele movimentasse um cursor em uma tela de computador.

Alguns desses métodos, caso venham a ser aperfeiçoados plenamente e consigam aprovação das autoridades regulatórias da saúde, podem no futuro se tornar mais viáveis para os pacientes de amputações.

E embora a técnica da renervação não requeira aprovação das autoridades regulatórias porque é executada por meios cirúrgicos e emprega aparelhos já existentes, ela apresenta limitações que até mesmo seus criadores reconhecem, entre as quais o fato de que não se pode utilizá-la para todos os pacientes, o seu alto custo e o prazo de meses requerido para que os nervos reconectados cresçam e se tornem efetivos.

Ainda assim, os especialistas dizem que é o mais avançado sistema em uso hoje para pacientes reais que permite que o sistema nervoso controle diretamente o movimento de um braço artificial.

Desde sua introdução por Todd Kuiken, médico fisioterapeuta e engenheiro biomédico do Instituto de Reabilitação de Chicago, o método foi empregado em cerca de 30 pacientes nos Estados Unidos, Canadá e Europa, entre os quais oito soldados feridos no Iraque e no Afeganistão.

Muitos dos pacientes, entre os quais o primeiro, Jesse Sullivan, um operário do setor elétrico no Tennessee que perdeu os dois braços quando foi eletrocutado por um cabo, conseguem não apenas manipular seus braços protéticos mas sentir a presença das mãos que já não têm quando alguém toca em seus peitos.

Sullivan, 62 anos, e Kitts, estavam entre os cinco pacientes que participaram do estudo reportado na terça-feira. Em companhia de cinco outras pessoas que não passaram por amputações, eles receberam os eletrodos e foram instruídos a usar pensamentos para fazer com que um braço virtual na tela reproduzisse 10 movimentos diferentes, entre os quais três formas diferentes de aperto de mão.

Os pacientes apresentaram desempenho bastante respeitável, apenas um pouco mais lento e menos preciso do que os dos participantes que não tinham amputações.

"As velocidades de movimento que encontramos em nossos pacientes foram realmente encorajadoras", disse Kuiken. "Eles conseguiram completar a tarefa. É claro que não foram tão competentes quanto as pessoas dotadas de plena capacidade física, mas foram bons o bastante".

Um braço virtual foi usado porque a maioria das próteses existentes não era capaz de acomodar todos aqueles movimentos, no momento da pesquisa, ainda que Sullivan, Kitts e uma terceira paciente, Claudia Mitchell, tenham experimentado dois novos protótipos mais versáteis de braços artificiais, executando tarefas complexas com bolas de tênis e outros objetos.

O trabalho de renervação em soldados apresenta outros desafios, diz Kuiken, porque os ferimentos militares muitas vezes "causam danos muitos extensos" a nervos, músculos ou ossos.

Daniel Acosta, 25 anos, um aviador ferido pela detonação de uma bomba em uma estrada do Iraque em 2005, passou pelo procedimento no ano passado e diz que seu braço esquerdo protético agora se movimenta "muito mais rápido" e de maneira muito mais natural.

"A diferença é que agora não preciso mais pensar para mover o braço", ele diz. "Ele simplesmente se mexe".

Ainda assim, Acosta, de San Antonio, diz que "o processo foi bastante longo" e que os eletrodos precisam ser ajustados para receber os sinais à medida que os nervos crescem ou mudam de posição.

E embora elogiem o método, os especialistas afirmam que a ciência das próteses de braço ainda tem muito por avançar.

"Trata-se de uma parte crucial, mas ainda assim apenas uma parte, das muitas coisas que compreendem a função normal de um braço", disse Loeb, que escreveu um editorial que acompanha o artigo no Journal of the American Medical Association.

"No momento estamos a meio do caminho entre o braço de 'Dr. Fantástico', que fazia involuntariamente a saudação nazista, e o braço de Luke Skywalker em 'Guerra nas Estrelas', que funciona sem nenhum problema assim que é conectado. Creio que precisaremos ainda de muitos anos para conectar todas as peças necessárias a produzir um braço capaz de funcionar normalmente".
17:04
Anónimo disse...
A Espanha disse neste sábado que está preparando uma reclamação oficial contra a decisão da Venezuela de expulsar um membro do Parlamento Europeu que criticou o conselho eleitoral venezuelano.
Luis Herrero, membro do partido conservador espanhol PP, foi deportado na sexta-feira depois que o Conselho Nacional Eleitoral (CNE) o acusou de questionar a imparcialidade da instituição antes de um referendo que pode permitir ao presidente Hugo Chávez permanecer no cargo indefinidamente.

Herrero estava na Venezuela como observador do referendo. Ele acusou Chávez de ter "comportamentos típicos de um ditador" por pedir a contenção de manifestações da oposição.

O governo da Espanha convocou um encontro com o embaixador da Venezuela em Madri para expressar a desaprovação sobre a expulsão de Herrero, disse um representante do Ministério das Relações Exteriores espanhol.

As relações da Venezuela com a Espanha tiveram seu ponto crítico em 2007, quando Chávez ameaçou rever acordos diplomáticos e comerciais depois de ouvir um "cala a boca" do rei espanhol Juan Carlos durante uma cúpula.

A fenda foi oficialmente reparada em 2008, com uma visita oficial de Chávez à Espanha, onde ele cumprimentou o rei e discutiu acordos para investimento no setor petroquímico com o primeiro-ministro José Luis Rodriguez Zapatero.
17:06
Anónimo disse...
A polícia do Zimbábue anunciou neste sábado que acusa de traição Roy Bennett, dirigente do até agora opositor Movimento para a Mudança Democrática (MDC), detido na sexta-feira, em Harare, poucas horas antes da cerimônia de posse dos membros do novo gabinete.

"A Polícia nos informou que vão apresentar acusações de traição", disse à agência EFE o advogado de defesa de Bennett, Trust Maanda.

"Tentam relacionar Roy com o caso de Mike Hitschmann, que foi detido em 2006 em relação à descoberta de um carregamento de armas, apesar de que Hitschmann não tenha sido declarado culpado das acusações de traição apresentadas contra ele, mas de um crime menor de descumprimento de leis", disse Maanda.

O político opositor, designado por seu partido como vice-ministro de Agricultura no Governo de união nacional, esteve no exílio na vizinha África do Sul desde 2006 e retornou ao Zimbábue há duas semanas.

Segundo a Polícia, que deteve Bennett ontem no aeroporto de Harare quando pretendia ir à África do Sul para visitar sua família, as armas apreendidas em 2006 seriam utilizadas em um golpe de Estado para derrubar o presidente do Zimbábue, Robert Mugabe.

Depois da detenção, Bennet foi levado a Mutar, onde vários simpatizantes do MDC se concentraram em frente à delegacia na qual estava detido, diante do que a Polícia respondeu com tiros para o alto para dispersar os manifestantes.
17:07
Anónimo disse...
Austrália: 14 mil se candidatam a 'emprego dos sonhos'

A secretaria de Turismo de Queensland, na Austrália, informou que até esta segunda-feira já recebeu cerca de 14 mil inscrições para o "o melhor emprego do mundo". O Estado australiano promove pela internet seleção para vaga de "zelador" da ilha Hamilton, por seis meses com um salário de R$ 40 mil.

Muitos candidatos tiveram problemas durante a inscrição por conta dos acessos simultâneos ao site. A secretaria aconselha enviar os vídeos de 60s explicando porque deve ser escolhido em horários alternativos do dia, além de recomendar tamanho em torno de 40MB.

As inscrições começaram em 12 de janeiro e vão até o próximo dia 22 e podem ser feitas pelo site www.islandreefjob.com. O governo australiano escolherá 50 candidatos para a próxima fase da seleção, que terá votos do público para eleger um dos 11 finalistas.

A última fase terá entrevistas e desafios físicos, no próprio local de trabalho: as ilhas da Grande Barreira Coralina - o maior recife de coral do mundo. A secretaria de Turismo anunciará o vencedor no dia 6 de maio.
17:09
Anónimo disse...
Mercado elogia governo na crise, mas pede maior queda no juro

Peter Fussy
Direto de São Paulo

Desde as primeiras medidas anunciadas para combater os efeitos da crise, o governo brasileiro avisou que a estratégia não contemplaria um pacote. Seriam doses pontuais, de acordo com a necessidade da economia diante do agravamento das turbulências. Da primeira liberação dos depósitos compulsórios em setembro até a ampliação do seguro-desemprego na última quarta-feira, o governo passou por redução de impostos, ampliação de crédito e incentivos à exportação. Quase 150 dias após a primeira medida, o Terra conversou com líderes do setor público e privado, representantes dos trabalhadores, acadêmicos e com o próprio governo para saber quais destas ações foram mais eficazes, quais foram mais ineficientes e o que mais pode ser feito pelo Estado brasileiro contra a crise.

Os maiores elogios foram direcionados à atitude de reduzir o Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) para a indústria automobilística, anunciada em dezembro e que fez com que os emplacamentos de carros novos subissem 1,9% no primeiro mês do ano em relação a dezembro de 2008. Já as maiores críticas foram para a lentidão no corte da taxa básica de juro do País.

Para o presidente do conselho administrativo do Grupo Pão de Açúcar, Abílio Diniz, o Estado não é responsável pela crise e mesmo assim está agindo "com extrema serenidade e muito acerto". "O governo está atento, fazendo a sua parte. É preciso coragem de baixar firmemente a taxa de juros. É uma arma que temos a nosso favor, já que não há clima para inflação, nem possibilidade de danos para a macroeconomia", afirmou Diniz.

Na última reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), em janeiro, a taxa Selic foi reduzida em um ponto percentual, de 13,75% para 12,75% ao ano. Porém, o professor de economia da Universidade de Brasília (UnB) José Luiz Oreiro lembra que este corte representa uma redução de apenas 0,25 ponto percentual com relação à taxa de setembro do ano passado, quando a crise se agravou.

"Pouco antes da eclosão da crise, o Banco Central aumentou a taxa em 0,75 ponto. Foram cinco meses de demora para reduzir em termos líquidos apenas 0,25 ponto", afirmou o economista, que também sugeriu redução do intervalo de cerca de 90 dias entre as reuniões do Copom e o corte de pelo menos um 1 ponto percentual em cada reunião.

Mesmo com o corte de janeiro, a taxa de juros real continua sendo a maior do mundo, lembrou o secretário-geral da Força Sindical, João Carlos Gonçalves, o Juruna. "A redução da taxa de juro ainda é pequena, porque ela continua uma das mais altas do mundo. Falta ousadia para baixar os juros e ajudar o cidadão. A permanência da taxa de juro alta é negativa para o País em meio a crise", afirmou Juruna.

Embora aprove as ações do governo, o senador Aloízio Mercadante (PT-SP) também acredita que o patamar da Selic está muito alto. "Sempre fomos os primeiros a entrar em qualquer crise, o que não aconteceu agora. A taxa Selic ainda é muito alta, mas o governo têm tomado medidas acertadas, como o aumento do salário mínimo, mesmo com um cenário de crise. Isso ajuda a movimentar o consumo. O governo está se esforçando para manter os investimentos e o crescimento", disse.

Tributos
De acordo com o economista Fabio Pina, da Fecomercio-SP, as ações mais positivas estão relacionadas à redução de tributos para alguns segmentos, como a indústria automobilística, que recuperou parte da queda nas vendas em janeiro com a isenção do IPI para carros 1.0 l e o corte para demais motorizações. A medida vale até o final de março.

"Essas medidas não só reduziram o preço, mas anteciparam o consumo daqueles que iriam comprar no futuro, dando um prêmio por conta da insegurança. Mexe diretamente com o principal problema que é a confiança do consumidor", afirmou. Juruna destacou que um bom ritmo de vendas é garantia de emprego. "É importante porque cada emprego na montadora significa 19 na cadeia produtiva", comentou o representante da Força Sindical.

Também em dezembro, o governo decidiu cortar pela metade a alíquota do Imposto de Renda para contribuintes que ganham entre R$ 1.434 e R$ 2.150 mensais. "O salário aumentava e a tabela não se modificava. As pessoas ganhavam mais e pagavam mais impostos", apontou Juruna. Outra redução de tributos do governo foi com relação ao Imposto sobre Operações Financeiras (IOF), que caiu de 3% ao ano para 1,5%.

Crédito
Na segunda metade de 2008, o colapso de bancos nos Estados Unidos por conta da crise do subprime provocou uma forte restrição de crédito no mundo inteiro. Uma das primeiras medidas anticrise do governo teve como objetivo restabelecer a oferta, com mudanças no recolhimento dos depósitos compulsórios por parte dos bancos. Segundo o presidente do Banco Central, Henrique Meirelles, as diversas modificações liberaram US$ 99,2 bilhões aos bancos até o final de janeiro.

Além disso, o governo concedeu R$ 36 bilhões das reservas internacionais para empresas brasileiras com dívidas no exterior e uma medida provisória autorizou o Banco do Brasil e a Caixa Econômica Federal a comprar carteiras de crédito de bancos privados. Para o diretor do Departamento de Pesquisas e Estudos Econômicos da Fiesp, Paulo Francini, estas medidas foram essenciais para combater os efeitos da crise.

"A crise se desenvolve no mundo em torno do tema crédito. E o crédito reduziu-se barbaridade no mundo. Então o governo lança mão de compulsório, lança mão de reservas, de medidas que permitem aos bancos comprar carteiras de bancos. Você vai tomando várias medidas para atender às demandas e o epicentro disso é crédito", afirmou.

No entanto, Oreiro, da UnB, adverte que a liberação dos compulsórios seria mais eficiente acompanhada de redução mais agressiva da taxa básica de juro. "Uma parte do crédito voltou, depois da forte retração em outubro e novembro. O que deveria ter sido feito junto à liberação do compulsório era uma redução mais drástica da taxa de juro. Sem isso, os bancos pegam as reservas e acabam comprando títulos públicos", explicou o economista.

Na opinião de Pina, as ações de distribuição de crédito via redução do compulsório e a disposição de capital de giro para empresas foram tomadas sem um cuidado maior na operação e não tiveram muito efeito. "O BNDES tem linhas que ficam paradas quase todo o ano, agora é pior ainda. Existem os recursos, mas as empresas e os bancos estão desconfiados. É preciso fazer com que os bancos tenham interesse em emprestar", afirmou o economista da Fecomercio-SP.

Futuro
Mesmo com todas essas medidas, a crise financeira ainda gera incertezas nos setores produtivos do País. Nos últimos meses, o medo do desemprego fez os consumidores adiarem compras. Por sua vez, a queda nas vendas pode obrigar as indústrias a cortarem a produção e demitir funcionários. Contra isso, empresários sugerem redução de jornada e de salários.

"Isto está previsto em lei. A Fiesp simplesmente manteve conversações com entidades sindicais quanto à aplicação daquilo que já está previsto em lei", afirmou Francini.

Segundo a ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff, uma das medidas que assegura um nível de emprego é a manutenção de investimentos no Programa de Aceleração do Crescimento (PAC). "Estamos esperando que a dificuldade ocorra em janeiro, fevereiro e março. Estamos certos que vamos manter o nível de investimento. É isso que funciona, é isso que significa investimento público. Ele funciona como um colchão. Por isso, nós colocamos R$ 100 bilhões no BNDES e a Petrobras ampliou o seu investimento em R$ 120 bilhões", afirmou.

Na mesma linha, Pina explica que a antecipação de gastos do governo substitui parte da demanda retraída do setor privado. "Ele dá o seguinte recado: não vou estourar as contas públicas, mas concentrar em um momento em que a demanda privada está pequena. Mas o governo não tem fôlego suficiente para fazer o papel de toda demanda", ressaltou. O economista da Fecomercio lembrou que a entidade já pleiteou junto ao governo isenções para transferência de imóveis e de automóveis, além de retirar o IPVA para veículos novos.

Já Oreiro foca suas propostas na capitalização do Banco do Brasil e da Caixa Econômica Federal pelo Tesouro para atender a demanda de crédito para capital de giro e reduzir o spread. "Aumentando o empréstimo e reduzindo as taxas, os dois vão forçar os bancos privados a acompanhar o movimento, até para não perderem participação no mercado", explicou o economista da UnB.

Até o Carnaval, o governou prometeu detalhar um pacote de incentivos para a construção de até um milhão de casas populares, direcionado a famílias com renda de até dez salários mínimos. "Estamos atentos a tudo o que está acontecendo e novas medidas serão tomadas caso haja uma avaliação de que sejam necessárias", disse o ministro da Fazenda, Guido Mantega, na última sexta-feira.
17:11
Anónimo disse...
Ex-ministro critica extensão do seguro-desemprego

Atualizada às 09h03

O ex-ministro do Trabalho Almir Pazzianotto criticou a decisão do governo federal de conceder o seguro-desemprego estendido a apenas alguns setores. "É certamente odioso e provavelmente inconstitucional", disse Pazzianotto, de acordo com o jornal O Estado de S. Paulo.

Na última qurta, dia do anúncio da medida, centrais sindicais elogiaram a atitude do governo. A Força Sindical divulgou nota dizendo que "o aumento ajudará a aquecer parte da economia, já que irá gerar mais consumo, produção e conseqüentemente, a criação de novos postos de trabalho". A União Geral dos Trabalhadores (UGT) afirmou que a medida "contribuirá para minimizar o drama dos trabalhadores que perderem seu emprego por conta da crise".

O ex-ministro, que instituiu o seguro-desemprego no País no governo de José Sarney, destacou a necessidade de as centrais sindicais se manifestarem contra a determinação. Para ele, as mudanças devem ser aplicadas a todas as categorias profissionais e a distinção é contrária ao artigo 3º da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT).

Pazzianotto atribui a medida a um possível temor do governo de que a crise econômica seja longa e não haja dinheiro para atender a todas as necessidades. Ainda assim, ele se mostra contrário ao método de concessão. "O seguro-desemprego ajuda a sanar necessidades básicas. Estendê-lo é paliativo, não a solução", disse ao jornal.

De acordo com o presidente do Conselho Deliberativo do Fundo de Amparo ao Trabalhador (Codefat) e conselheiro da Força Sindical, Luiz Fernando Emediato, a determinação já estava prevista na lei 8.900/94, que trata do seguro-desemprego.

O presidente da Comissão de Trabalho da Câmara, Pedro Fernandes (PTB-MA) vai além na crítica à concessão do seguro para apenas alguns setores. Ele acredita que a ampliação do benefício estimula o desemprego.

Quintino Severo, secretário geral da Central Única dos Trabalhadores (CUT), lembra que a ampliação do benefício sem critério e identificação pode incentivar demissões em outros setores.

23:32
Anónimo disse...
Os bombeiros combatem neste sábado os incêndios na Austrália favorecidos pelo bom tempo, enquanto os deslocados encotram em seu retorno casas derruídas, carros queimados nas ruas e destruição.

Depois de sete dias desde que começaram os incêndios no Estado de Victoria, a lista de mortos chega a 181, os desaparecidos somam 50, os edifícios destruídos totalizam 1,834 mil e o terreno arrasado, principalmente florestas, ocupa uma área de 4,13 mil quilômetros quadrados.

As equipes de bombeiros, formadas por 4 mil profissionais de Victoria, de outras partes da Austrália e de países amigos, combateram hoje 12 focos fora de controle e nenhum representava uma ameaça direta para a população.

O subdiretor do Serviço de Bombeiros, Geoff Conway, disse que este tempo favorável, que se prolongará durante o domingo, permite consolidar as linhas de contenção e avançar na extinção das chamas.

Cinzas apareceram arrastadas por ventos do nordeste sobre Melbourne, onde habitam 3,8 milhões de pessoas, e as autoridades alertaram aos cidadãos do risco para a saúde de idosos, crianças e pessoas com problemas respiratórios.

O número de pessoas deslocadas - a Cruz Vermelha chegou a receber 7 mil - começou a cair com a abertura de algumas localidades atingidas.

Os incêndios, alguns criminosos, começaram em 7 de fevereiro, quando a região sul da Austrália estava há duas semanas sob uma onda de calor sem precedentes.

Na sexta-feira passada, a polícia acusou uma pessoa de ter provocado o incêndio que atingiu a localidade de Churchill e matou 21 pessoas.
16:55
Anónimo disse...
A primeira chuva em seis dias reduziu a ameaça de incêndios no Estado de Victoria, ao sul da Austrália. As autoridades, porém, advertiram que ainda existem 12 focos, mas que nenhum deles ameaça áreas povoadas.

Mais de quatro mil bombeiros, mil provenientes de outras partes do país e de outras nações, trabalham contra o fogo. Cerca de 600 veículos e 28 helicópteros e pequenos aviões estão sendo usados.


Eles conseguiram construir linhas de contenção para evitar os incêndios de Yarra e Maroondah se juntassem. Também foram controlados os incêndios abertos de Yea e Murrindindi, que ameaçavam as comunidades de Connellys Creek, Crystal Creek, Scrubby Creek e Native Dog Creek.

O número de mortos chegou a 181, mas as autoridades acreditam que as vítimas devem passar de 200, já que ainda há muitos desaparecidos.
16:55
Anónimo disse...
Aqui nesta coluna, na semana passada, tive a oportunidade de comentar sobre a recente visita do professor brasileiro Pedrinho Guareschi à Austrália. Não dei, porém, os fatos, pois semana passada o assunto era outro.

Hoje, porém, vamos a eles.

No último dia 4 de fevereiro, aconteceu o Seminário "Paulo Freire: Education and Liberation", organizado pelo centro de estudos latino-americanos da Universidade Nacional da Austrália, ou ANU, como é mais conhecida por aqui.

A ANU, para quem não sabe, está entre as 20 melhores universidades do mundo! E tem sede aqui em Camberra, capital da Austrália.

Na abertura do evento, o professor John Minns, diretor do centro latino-americano, ao dar boas-vindas ao público presente, lembrou ser aquele o primeiro seminário exclusivamente dedicado a Paulo Freire na Austrália.

Em seguida, convidou Pedrinho Guareschi, palestrante principal do Seminário, a fazer sua apresentação.

A plateia pode então conhecer, pelas palavras de Pedrinho, um pouco da obra e da vida de Freire, esse brasileiro de fé e valor, que sempre acreditou na educação, sobretudo dos menos favorecidos, analfabetos, como força libertadora.

Como não podia deixar de ser, os conceitos e ideias revolucionários de Paulo Freire, expostos com clareza por Pedrinho, despertaram o interesse e a curiosidade de plateia. A qual, deve-se notar, era na maioria de estudantes, mas de várias nacionalidades, sobretudo australianos e asiáticos.

Na continuação do programa do seminário, que se estendeu por dois dias, outros professores fizeram palestras sobre temas ligados à obra de Paulo Freire.

Interessante, por exemplo, saber que a professora Anne Hickling-Hudson, jamaicana que mora na Austrália há muitos anos (é professora da ANU), conheceu e trabalhou com Freire num workshop educacional durante a revolução na Ilha de Granada, em 1980, antes da invasão dos Estados Unidos...

Ou, então, a palestra da Professora Gerda Roelvink, da Nova Zelândia, que participou do Fórum Social de Porto Alegre em 2005. E essa participação transformou-se em tema de doutorado.

No dia 10, terça-feira passada, o padre Pedrinho Guareschi voltou a falar ao público australiano em grande auditório localizado no belíssimo campus da ANU. Desta vez, sobre a Teologia da Libertação.

Depois da palestra, John Minns mostrou o filme mexicano "O Crime do Padre Amaro", no qual um dos personagens é um padre católico praticante da Teologia da Libertação.

Mais uma vez, foi grande o intersse da platéia, que pode aprender e conhecer um pouco como se desenvolveu aquele importante movimento católico na América Latina.

Fica, assim, ao Pedrinho, bem como a outros brasileiros estudiosos e de bom coração que saem pelo mundo a divulgar aspectos importantes da cultura brasileira, o respeito e a homenagem desta coluna. E... aquele abraço!
16:57
Anónimo disse...
Amanda Kitts perdeu o braço esquerdo em um acidente de automóvel acontecido três anos atrás, mas hoje em dia ela joga futebol americano com seu filho de 12 anos de idade, troca fraldas e abraça as crianças nas três creches Kiddie Cottage que opera em Knoxville, Tennessee. Kitts, 40 anos, faz tudo isso com a ajuda de um novo tipo de braço artificial que se movimenta com mais facilidade do que outros aparelhos e que ela pode controlar utilizando apenas seus pensamentos.

"Eu sou capaz de mexer a mão, o pulso e o cotovelo ao mesmo tempo", diz. "Você pensa e os músculos se movem em seguida".

A recuperação que ela conseguiu resulta de um novo procedimento que vem atraindo crescente atenção porque permite que pessoas movam braços protéticos de forma mais automática do que faziam no passado, simplesmente utilizando nervos reaproveitados em seus cérebros.

A técnica, conhecida como "renervação muscular dirigida", envolve utilizar os nervos que restam depois da amputação de um braço e conectá-los a outro músculo do corpo, em geral no peito. Eletrodos são instalados sobre os músculos do peito, e operam como se fossem antenas. Quando a pessoa deseja mover o braço, o cérebro envia sinais que primeiro resultam em contração dos músculos do peito, os quais enviam um sinal ao braço protético, instruindo-se a se movimentar. O processo não requer mais esforços consciente do que a pessoa teria de exercitar caso ainda tivesse seu braço natural.

Na terça-feira, pesquisadores reportaram em estudo publicado pela versão online do Journal of the American Medical Association que haviam levado a técnica ainda mais à frente, tornando possível a execução de 10 movimentos de mão, pulso e cotovelo diferentes, o que representa uma substancial melhora com relação ao típico repertório protético, que em geral envolve apenas dobrar o cotovelo, girar o pulso e abrir a mão.

"Os novos métodos tiveram impacto dramático em nosso campo de trabalho", disse Stuart Harshbarger, engenheiro biomédico na Universidade Johns Hopkins e diretor do programa de pesquisa sobre próteses, financiado pelas forças armadas, que inclui o trabalho com essa técnica. "O método já está em uso por médicos e cirurgiões comuns em todo o país. A capacidade de controlar um membro protético bastante robusto que ele confere surpreendeu a todos pela qualidade".

Tipicamente, uma pessoa que tenha um braço protético só é capaz de executar alguns poucos movimentos, e muitas vezes com tamanha lentidão que isso só permite a ela atividades limitadas.

Há um motor separado para cada movimento, diz Gerald Loeb, professor de engenharia biomédica na Universidade

Anónimo disse...

Anónimo disse...
Ex-ministro critica extensão do seguro-desemprego

Atualizada às 09h03

O ex-ministro do Trabalho Almir Pazzianotto criticou a decisão do governo federal de conceder o seguro-desemprego estendido a apenas alguns setores. "É certamente odioso e provavelmente inconstitucional", disse Pazzianotto, de acordo com o jornal O Estado de S. Paulo.

Na última qurta, dia do anúncio da medida, centrais sindicais elogiaram a atitude do governo. A Força Sindical divulgou nota dizendo que "o aumento ajudará a aquecer parte da economia, já que irá gerar mais consumo, produção e conseqüentemente, a criação de novos postos de trabalho". A União Geral dos Trabalhadores (UGT) afirmou que a medida "contribuirá para minimizar o drama dos trabalhadores que perderem seu emprego por conta da crise".

O ex-ministro, que instituiu o seguro-desemprego no País no governo de José Sarney, destacou a necessidade de as centrais sindicais se manifestarem contra a determinação. Para ele, as mudanças devem ser aplicadas a todas as categorias profissionais e a distinção é contrária ao artigo 3º da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT).

Pazzianotto atribui a medida a um possível temor do governo de que a crise econômica seja longa e não haja dinheiro para atender a todas as necessidades. Ainda assim, ele se mostra contrário ao método de concessão. "O seguro-desemprego ajuda a sanar necessidades básicas. Estendê-lo é paliativo, não a solução", disse ao jornal.

De acordo com o presidente do Conselho Deliberativo do Fundo de Amparo ao Trabalhador (Codefat) e conselheiro da Força Sindical, Luiz Fernando Emediato, a determinação já estava prevista na lei 8.900/94, que trata do seguro-desemprego.

O presidente da Comissão de Trabalho da Câmara, Pedro Fernandes (PTB-MA) vai além na crítica à concessão do seguro para apenas alguns setores. Ele acredita que a ampliação do benefício estimula o desemprego.

Quintino Severo, secretário geral da Central Única dos Trabalhadores (CUT), lembra que a ampliação do benefício sem critério e identificação pode incentivar demissões em outros setores.

23:31
Anónimo disse...
Os bombeiros combatem neste sábado os incêndios na Austrália favorecidos pelo bom tempo, enquanto os deslocados encotram em seu retorno casas derruídas, carros queimados nas ruas e destruição.

Depois de sete dias desde que começaram os incêndios no Estado de Victoria, a lista de mortos chega a 181, os desaparecidos somam 50, os edifícios destruídos totalizam 1,834 mil e o terreno arrasado, principalmente florestas, ocupa uma área de 4,13 mil quilômetros quadrados.

As equipes de bombeiros, formadas por 4 mil profissionais de Victoria, de outras partes da Austrália e de países amigos, combateram hoje 12 focos fora de controle e nenhum representava uma ameaça direta para a população.

O subdiretor do Serviço de Bombeiros, Geoff Conway, disse que este tempo favorável, que se prolongará durante o domingo, permite consolidar as linhas de contenção e avançar na extinção das chamas.

Cinzas apareceram arrastadas por ventos do nordeste sobre Melbourne, onde habitam 3,8 milhões de pessoas, e as autoridades alertaram aos cidadãos do risco para a saúde de idosos, crianças e pessoas com problemas respiratórios.

O número de pessoas deslocadas - a Cruz Vermelha chegou a receber 7 mil - começou a cair com a abertura de algumas localidades atingidas.

Os incêndios, alguns criminosos, começaram em 7 de fevereiro, quando a região sul da Austrália estava há duas semanas sob uma onda de calor sem precedentes.

Na sexta-feira passada, a polícia acusou uma pessoa de ter provocado o incêndio que atingiu a localidade de Churchill e matou 21 pessoas.
16:55
Anónimo disse...
A primeira chuva em seis dias reduziu a ameaça de incêndios no Estado de Victoria, ao sul da Austrália. As autoridades, porém, advertiram que ainda existem 12 focos, mas que nenhum deles ameaça áreas povoadas.

Mais de quatro mil bombeiros, mil provenientes de outras partes do país e de outras nações, trabalham contra o fogo. Cerca de 600 veículos e 28 helicópteros e pequenos aviões estão sendo usados.


Eles conseguiram construir linhas de contenção para evitar os incêndios de Yarra e Maroondah se juntassem. Também foram controlados os incêndios abertos de Yea e Murrindindi, que ameaçavam as comunidades de Connellys Creek, Crystal Creek, Scrubby Creek e Native Dog Creek.

O número de mortos chegou a 181, mas as autoridades acreditam que as vítimas devem passar de 200, já que ainda há muitos desaparecidos.
16:55
Anónimo disse...
Aqui nesta coluna, na semana passada, tive a oportunidade de comentar sobre a recente visita do professor brasileiro Pedrinho Guareschi à Austrália. Não dei, porém, os fatos, pois semana passada o assunto era outro.

Hoje, porém, vamos a eles.

No último dia 4 de fevereiro, aconteceu o Seminário "Paulo Freire: Education and Liberation", organizado pelo centro de estudos latino-americanos da Universidade Nacional da Austrália, ou ANU, como é mais conhecida por aqui.

A ANU, para quem não sabe, está entre as 20 melhores universidades do mundo! E tem sede aqui em Camberra, capital da Austrália.

Na abertura do evento, o professor John Minns, diretor do centro latino-americano, ao dar boas-vindas ao público presente, lembrou ser aquele o primeiro seminário exclusivamente dedicado a Paulo Freire na Austrália.

Em seguida, convidou Pedrinho Guareschi, palestrante principal do Seminário, a fazer sua apresentação.

A plateia pode então conhecer, pelas palavras de Pedrinho, um pouco da obra e da vida de Freire, esse brasileiro de fé e valor, que sempre acreditou na educação, sobretudo dos menos favorecidos, analfabetos, como força libertadora.

Como não podia deixar de ser, os conceitos e ideias revolucionários de Paulo Freire, expostos com clareza por Pedrinho, despertaram o interesse e a curiosidade de plateia. A qual, deve-se notar, era na maioria de estudantes, mas de várias nacionalidades, sobretudo australianos e asiáticos.

Na continuação do programa do seminário, que se estendeu por dois dias, outros professores fizeram palestras sobre temas ligados à obra de Paulo Freire.

Interessante, por exemplo, saber que a professora Anne Hickling-Hudson, jamaicana que mora na Austrália há muitos anos (é professora da ANU), conheceu e trabalhou com Freire num workshop educacional durante a revolução na Ilha de Granada, em 1980, antes da invasão dos Estados Unidos...

Ou, então, a palestra da Professora Gerda Roelvink, da Nova Zelândia, que participou do Fórum Social de Porto Alegre em 2005. E essa participação transformou-se em tema de doutorado.

No dia 10, terça-feira passada, o padre Pedrinho Guareschi voltou a falar ao público australiano em grande auditório localizado no belíssimo campus da ANU. Desta vez, sobre a Teologia da Libertação.

Depois da palestra, John Minns mostrou o filme mexicano "O Crime do Padre Amaro", no qual um dos personagens é um padre católico praticante da Teologia da Libertação.

Mais uma vez, foi grande o intersse da platéia, que pode aprender e conhecer um pouco como se desenvolveu aquele importante movimento católico na América Latina.

Fica, assim, ao Pedrinho, bem como a outros brasileiros estudiosos e de bom coração que saem pelo mundo a divulgar aspectos importantes da cultura brasileira, o respeito e a homenagem desta coluna. E... aquele abraço!
16:57
Anónimo disse...
Amanda Kitts perdeu o braço esquerdo em um acidente de automóvel acontecido três anos atrás, mas hoje em dia ela joga futebol americano com seu filho de 12 anos de idade, troca fraldas e abraça as crianças nas três creches Kiddie Cottage que opera em Knoxville, Tennessee. Kitts, 40 anos, faz tudo isso com a ajuda de um novo tipo de braço artificial que se movimenta com mais facilidade do que outros aparelhos e que ela pode controlar utilizando apenas seus pensamentos.

"Eu sou capaz de mexer a mão, o pulso e o cotovelo ao mesmo tempo", diz. "Você pensa e os músculos se movem em seguida".

A recuperação que ela conseguiu resulta de um novo procedimento que vem atraindo crescente atenção porque permite que pessoas movam braços protéticos de forma mais automática do que faziam no passado, simplesmente utilizando nervos reaproveitados em seus cérebros.

A técnica, conhecida como "renervação muscular dirigida", envolve utilizar os nervos que restam depois da amputação de um braço e conectá-los a outro músculo do corpo, em geral no peito. Eletrodos são instalados sobre os músculos do peito, e operam como se fossem antenas. Quando a pessoa deseja mover o braço, o cérebro envia sinais que primeiro resultam em contração dos músculos do peito, os quais enviam um sinal ao braço protético, instruindo-se a se movimentar. O processo não requer mais esforços consciente do que a pessoa teria de exercitar caso ainda tivesse seu braço natural.

Na terça-feira, pesquisadores reportaram em estudo publicado pela versão online do Journal of the American Medical Association que haviam levado a técnica ainda mais à frente, tornando possível a execução de 10 movimentos de mão, pulso e cotovelo diferentes, o que representa uma substancial melhora com relação ao típico repertório protético, que em geral envolve apenas dobrar o cotovelo, girar o pulso e abrir a mão.

"Os novos métodos tiveram impacto dramático em nosso campo de trabalho", disse Stuart Harshbarger, engenheiro biomédico na Universidade Johns Hopkins e diretor do programa de pesquisa sobre próteses, financiado pelas forças armadas, que inclui o trabalho com essa técnica. "O método já está em uso por médicos e cirurgiões comuns em todo o país. A capacidade de controlar um membro protético bastante robusto que ele confere surpreendeu a todos pela qualidade".

Tipicamente, uma pessoa que tenha um braço protético só é capaz de executar alguns poucos movimentos, e muitas vezes com tamanha lentidão que isso só permite a ela atividades limitadas.

Há um motor separado para cada movimento, diz Gerald Loeb, professor de engenharia biomédica na Universidade do Sul da Califórnia, "e esses motores precisam ser controlados de maneira explícita", usualmente por um esforço consciente da pessoa para contrair músculos nas costas ou no bíceps.

"Essencialmente, até agora os pacientes controlavam apenas um motor de cada vez", diz Loeb, "e precisavam pensar cuidadosamente sobre que motor desejavam controlar e como fazê-lo operar, em lugar de simplesmente pensarem em mover o braço e poderem fazê-lo sem delongas".

Antes que Kitts passasse pelo procedimento de renervação, em outubro de 2007, por exemplo, ela precisava movimentar os músculos de suas costas de determinada maneira para fazer com que seu pulso girasse, e flexionar seu bíceps e tríceps para fazer com que o cotovelo se movesse para cima e para baixo. "Era muito trabalho", ela conta. "E não me ajudava muito".

O procedimento de renervação é parte de uma recente explosão de idéias novas e técnicas inovadoras que estão sendo exploradas enquanto os cientistas se esforçam por ajudar as pessoas a compensar melhor a perda de membros ou problemas de paralisia. O esforço vem sendo alimentado pelo aumento no número de amputações causado por diabetes e por ferimentos sofridos pelos militares, e ao mesmo tempo pelos avanços na tecnologia médica.

Os braços se tornaram um dos focos essenciais desse tipo de trabalho. A ciência há muito vem obtendo sucessos no desenvolvimento de próteses de perna, mas é muito mais difícil imitar a complexidade e a destreza das mãos e dos braços.

Os esforços em curso incluem o desenvolvimento de projetos de pele e braços mais sensíveis e mais flexíveis, e o uso de dispositivos acionados por controles sem fio implantado nos braços protéticos, que permitiriam movimentos mais naturais.

Os pesquisadores também vêm usando sensores implantados nos cérebros de cobaias para permitir que dois macacos controlem um braço mecânico, e um teste com um homem paralítico permitiu, com esse método, que ele movimentasse um cursor em uma tela de computador.

Alguns desses métodos, caso venham a ser aperfeiçoados plenamente e consigam aprovação das autoridades regulatórias da saúde, podem no futuro se tornar mais viáveis para os pacientes de amputações.

E embora a técnica da renervação não requeira aprovação das autoridades regulatórias porque é executada por meios cirúrgicos e emprega aparelhos já existentes, ela apresenta limitações que até mesmo seus criadores reconhecem, entre as quais o fato de que não se pode utilizá-la para todos os pacientes, o seu alto custo e o prazo de meses requerido para que os nervos reconectados cresçam e se tornem efetivos.

Ainda assim, os especialistas dizem que é o mais avançado sistema em uso hoje para pacientes reais que permite que o sistema nervoso controle diretamente o movimento de um braço artificial.

Desde sua introdução por Todd Kuiken, médico fisioterapeuta e engenheiro biomédico do Instituto de Reabilitação de Chicago, o método foi empregado em cerca de 30 pacientes nos Estados Unidos, Canadá e Europa, entre os quais oito soldados feridos no Iraque e no Afeganistão.

Muitos dos pacientes, entre os quais o primeiro, Jesse Sullivan, um operário do setor elétrico no Tennessee que perdeu os dois braços quando foi eletrocutado por um cabo, conseguem não apenas manipular seus braços protéticos mas sentir a presença das mãos que já não têm quando alguém toca em seus peitos.

Sullivan, 62 anos, e Kitts, estavam entre os cinco pacientes que participaram do estudo reportado na terça-feira. Em companhia de cinco outras pessoas que não passaram por amputações, eles receberam os eletrodos e foram instruídos a usar pensamentos para fazer com que um braço virtual na tela reproduzisse 10 movimentos diferentes, entre os quais três formas diferentes de aperto de mão.

Os pacientes apresentaram desempenho bastante respeitável, apenas um pouco mais lento e menos preciso do que os dos participantes que não tinham amputações.

"As velocidades de movimento que encontramos em nossos pacientes foram realmente encorajadoras", disse Kuiken. "Eles conseguiram completar a tarefa. É claro que não foram tão competentes quanto as pessoas dotadas de plena capacidade física, mas foram bons o bastante".

Um braço virtual foi usado porque a maioria das próteses existentes não era capaz de acomodar todos aqueles movimentos, no momento da pesquisa, ainda que Sullivan, Kitts e uma terceira paciente, Claudia Mitchell, tenham experimentado dois novos protótipos mais versáteis de braços artificiais, executando tarefas complexas com bolas de tênis e outros objetos.

O trabalho de renervação em soldados apresenta outros desafios, diz Kuiken, porque os ferimentos militares muitas vezes "causam danos muitos extensos" a nervos, músculos ou ossos.

Daniel Acosta, 25 anos, um aviador ferido pela detonação de uma bomba em uma estrada do Iraque em 2005, passou pelo procedimento no ano passado e diz que seu braço esquerdo protético agora se movimenta "muito mais rápido" e de maneira muito mais natural.

"A diferença é que agora não preciso mais pensar para mover o braço", ele diz. "Ele simplesmente se mexe".

Ainda assim, Acosta, de San Antonio, diz que "o processo foi bastante longo" e que os eletrodos precisam ser ajustados para receber os sinais à medida que os nervos crescem ou mudam de posição.

E embora elogiem o método, os especialistas afirmam que a ciência das próteses de braço ainda tem muito por avançar.

"Trata-se de uma parte crucial, mas ainda assim apenas uma parte, das muitas coisas que compreendem a função normal de um braço", disse Loeb, que escreveu um editorial que acompanha o artigo no Journal of the American Medical Association.

"No momento estamos a meio do caminho entre o braço de 'Dr. Fantástico', que fazia involuntariamente a saudação nazista, e o braço de Luke Skywalker em 'Guerra nas Estrelas', que funciona sem nenhum problema assim que é conectado. Creio que precisaremos ainda de muitos anos para conectar todas as peças necessárias a produzir um braço capaz de funcionar normalmente".
17:04
Anónimo disse...
A Espanha disse neste sábado que está preparando uma reclamação oficial contra a decisão da Venezuela de expulsar um membro do Parlamento Europeu que criticou o conselho eleitoral venezuelano.
Luis Herrero, membro do partido conservador espanhol PP, foi deportado na sexta-feira depois que o Conselho Nacional Eleitoral (CNE) o acusou de questionar a imparcialidade da instituição antes de um referendo que pode permitir ao presidente Hugo Chávez permanecer no cargo indefinidamente.

Herrero estava na Venezuela como observador do referendo. Ele acusou Chávez de ter "comportamentos típicos de um ditador" por pedir a contenção de manifestações da oposição.

O governo da Espanha convocou um encontro com o embaixador da Venezuela em Madri para expressar a desaprovação sobre a expulsão de Herrero, disse um representante do Ministério das Relações Exteriores espanhol.

As relações da Venezuela com a Espanha tiveram seu ponto crítico em 2007, quando Chávez ameaçou rever acordos diplomáticos e comerciais depois de ouvir um "cala a boca" do rei espanhol Juan Carlos durante uma cúpula.

A fenda foi oficialmente reparada em 2008, com uma visita oficial de Chávez à Espanha, onde ele cumprimentou o rei e discutiu acordos para investimento no setor petroquímico com o primeiro-ministro José Luis Rodriguez Zapatero.
17:06
Anónimo disse...
A polícia do Zimbábue anunciou neste sábado que acusa de traição Roy Bennett, dirigente do até agora opositor Movimento para a Mudança Democrática (MDC), detido na sexta-feira, em Harare, poucas horas antes da cerimônia de posse dos membros do novo gabinete.

"A Polícia nos informou que vão apresentar acusações de traição", disse à agência EFE o advogado de defesa de Bennett, Trust Maanda.

"Tentam relacionar Roy com o caso de Mike Hitschmann, que foi detido em 2006 em relação à descoberta de um carregamento de armas, apesar de que Hitschmann não tenha sido declarado culpado das acusações de traição apresentadas contra ele, mas de um crime menor de descumprimento de leis", disse Maanda.

O político opositor, designado por seu partido como vice-ministro de Agricultura no Governo de união nacional, esteve no exílio na vizinha África do Sul desde 2006 e retornou ao Zimbábue há duas semanas.

Segundo a Polícia, que deteve Bennett ontem no aeroporto de Harare quando pretendia ir à África do Sul para visitar sua família, as armas apreendidas em 2006 seriam utilizadas em um golpe de Estado para derrubar o presidente do Zimbábue, Robert Mugabe.

Depois da detenção, Bennet foi levado a Mutar, onde vários simpatizantes do MDC se concentraram em frente à delegacia na qual estava detido, diante do que a Polícia respondeu com tiros para o alto para dispersar os manifestantes.
17:07
Anónimo disse...
Austrália: 14 mil se candidatam a 'emprego dos sonhos'

A secretaria de Turismo de Queensland, na Austrália, informou que até esta segunda-feira já recebeu cerca de 14 mil inscrições para o "o melhor emprego do mundo". O Estado australiano promove pela internet seleção para vaga de "zelador" da ilha Hamilton, por seis meses com um salário de R$ 40 mil.

Muitos candidatos tiveram problemas durante a inscrição por conta dos acessos simultâneos ao site. A secretaria aconselha enviar os vídeos de 60s explicando porque deve ser escolhido em horários alternativos do dia, além de recomendar tamanho em torno de 40MB.

As inscrições começaram em 12 de janeiro e vão até o próximo dia 22 e podem ser feitas pelo site www.islandreefjob.com. O governo australiano escolherá 50 candidatos para a próxima fase da seleção, que terá votos do público para eleger um dos 11 finalistas.

A última fase terá entrevistas e desafios físicos, no próprio local de trabalho: as ilhas da Grande Barreira Coralina - o maior recife de coral do mundo. A secretaria de Turismo anunciará o vencedor no dia 6 de maio.
17:09
Anónimo disse...
Mercado elogia governo na crise, mas pede maior queda no juro

Peter Fussy
Direto de São Paulo

Desde as primeiras medidas anunciadas para combater os efeitos da crise, o governo brasileiro avisou que a estratégia não contemplaria um pacote. Seriam doses pontuais, de acordo com a necessidade da economia diante do agravamento das turbulências. Da primeira liberação dos depósitos compulsórios em setembro até a ampliação do seguro-desemprego na última quarta-feira, o governo passou por redução de impostos, ampliação de crédito e incentivos à exportação. Quase 150 dias após a primeira medida, o Terra conversou com líderes do setor público e privado, representantes dos trabalhadores, acadêmicos e com o próprio governo para saber quais destas ações foram mais eficazes, quais foram mais ineficientes e o que mais pode ser feito pelo Estado brasileiro contra a crise.

Os maiores elogios foram direcionados à atitude de reduzir o Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) para a indústria automobilística, anunciada em dezembro e que fez com que os emplacamentos de carros novos subissem 1,9% no primeiro mês do ano em relação a dezembro de 2008. Já as maiores críticas foram para a lentidão no corte da taxa básica de juro do País.

Para o presidente do conselho administrativo do Grupo Pão de Açúcar, Abílio Diniz, o Estado não é responsável pela crise e mesmo assim está agindo "com extrema serenidade e muito acerto". "O governo está atento, fazendo a sua parte. É preciso coragem de baixar firmemente a taxa de juros. É uma arma que temos a nosso favor, já que não há clima para inflação, nem possibilidade de danos para a macroeconomia", afirmou Diniz.

Na última reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), em janeiro, a taxa Selic foi reduzida em um ponto percentual, de 13,75% para 12,75% ao ano. Porém, o professor de economia da Universidade de Brasília (UnB) José Luiz Oreiro lembra que este corte representa uma redução de apenas 0,25 ponto percentual com relação à taxa de setembro do ano passado, quando a crise se agravou.

"Pouco antes da eclosão da crise, o Banco Central aumentou a taxa em 0,75 ponto. Foram cinco meses de demora para reduzir em termos líquidos apenas 0,25 ponto", afirmou o economista, que também sugeriu redução do intervalo de cerca de 90 dias entre as reuniões do Copom e o corte de pelo menos um 1 ponto percentual em cada reunião.

Mesmo com o corte de janeiro, a taxa de juros real continua sendo a maior do mundo, lembrou o secretário-geral da Força Sindical, João Carlos Gonçalves, o Juruna. "A redução da taxa de juro ainda é pequena, porque ela continua uma das mais altas do mundo. Falta ousadia para baixar os juros e ajudar o cidadão. A permanência da taxa de juro alta é negativa para o País em meio a crise", afirmou Juruna.

Embora aprove as ações do governo, o senador Aloízio Mercadante (PT-SP) também acredita que o patamar da Selic está muito alto. "Sempre fomos os primeiros a entrar em qualquer crise, o que não aconteceu agora. A taxa Selic ainda é muito alta, mas o governo têm tomado medidas acertadas, como o aumento do salário mínimo, mesmo com um cenário de crise. Isso ajuda a movimentar o consumo. O governo está se esforçando para manter os investimentos e o crescimento", disse.

Tributos
De acordo com o economista Fabio Pina, da Fecomercio-SP, as ações mais positivas estão relacionadas à redução de tributos para alguns segmentos, como a indústria automobilística, que recuperou parte da queda nas vendas em janeiro com a isenção do IPI para carros 1.0 l e o corte para demais motorizações. A medida vale até o final de março.

"Essas medidas não só reduziram o preço, mas anteciparam o consumo daqueles que iriam comprar no futuro, dando um prêmio por conta da insegurança. Mexe diretamente com o principal problema que é a confiança do consumidor", afirmou. Juruna destacou que um bom ritmo de vendas é garantia de emprego. "É importante porque cada emprego na montadora significa 19 na cadeia produtiva", comentou o representante da Força Sindical.

Também em dezembro, o governo decidiu cortar pela metade a alíquota do Imposto de Renda para contribuintes que ganham entre R$ 1.434 e R$ 2.150 mensais. "O salário aumentava e a tabela não se modificava. As pessoas ganhavam mais e pagavam mais impostos", apontou Juruna. Outra redução de tributos do governo foi com relação ao Imposto sobre Operações Financeiras (IOF), que caiu de 3% ao ano para 1,5%.

Crédito
Na segunda metade de 2008, o colapso de bancos nos Estados Unidos por conta da crise do subprime provocou uma forte restrição de crédito no mundo inteiro. Uma das primeiras medidas anticrise do governo teve como objetivo restabelecer a oferta, com mudanças no recolhimento dos depósitos compulsórios por parte dos bancos. Segundo o presidente do Banco Central, Henrique Meirelles, as diversas modificações liberaram US$ 99,2 bilhões aos bancos até o final de janeiro.

Além disso, o governo concedeu R$ 36 bilhões das reservas internacionais para empresas brasileiras com dívidas no exterior e uma medida provisória autorizou o Banco do Brasil e a Caixa Econômica Federal a comprar carteiras de crédito de bancos privados. Para o diretor do Departamento de Pesquisas e Estudos Econômicos da Fiesp, Paulo Francini, estas medidas foram essenciais para combater os efeitos da crise.

"A crise se desenvolve no mundo em torno do tema crédito. E o crédito reduziu-se barbaridade no mundo. Então o governo lança mão de compulsório, lança mão de reservas, de medidas que permitem aos bancos comprar carteiras de bancos. Você vai tomando várias medidas para atender às demandas e o epicentro disso é crédito", afirmou.

No entanto, Oreiro, da UnB, adverte que a liberação dos compulsórios seria mais eficiente acompanhada de redução mais agressiva da taxa básica de juro. "Uma parte do crédito voltou, depois da forte retração em outubro e novembro. O que deveria ter sido feito junto à liberação do compulsório era uma redução mais drástica da taxa de juro. Sem isso, os bancos pegam as reservas e acabam comprando títulos públicos", explicou o economista.

Na opinião de Pina, as ações de distribuição de crédito via redução do compulsório e a disposição de capital de giro para empresas foram tomadas sem um cuidado maior na operação e não tiveram muito efeito. "O BNDES tem linhas que ficam paradas quase todo o ano, agora é pior ainda. Existem os recursos, mas as empresas e os bancos estão desconfiados. É preciso fazer com que os bancos tenham interesse em emprestar", afirmou o economista da Fecomercio-SP.

Futuro
Mesmo com todas essas medidas, a crise financeira ainda gera incertezas nos setores produtivos do País. Nos últimos meses, o medo do desemprego fez os consumidores adiarem compras. Por sua vez, a queda nas vendas pode obrigar as indústrias a cortarem a produção e demitir funcionários. Contra isso, empresários sugerem redução de jornada e de salários.

"Isto está previsto em lei. A Fiesp simplesmente manteve conversações com entidades sindicais quanto à aplicação daquilo que já está previsto em lei", afirmou Francini.

Segundo a ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff, uma das medidas que assegura um nível de emprego é a manutenção de investimentos no Programa de Aceleração do Crescimento (PAC). "Estamos esperando que a dificuldade ocorra em janeiro, fevereiro e março. Estamos certos que vamos manter o nível de investimento. É isso que funciona, é isso que significa investimento público. Ele funciona como um colchão. Por isso, nós colocamos R$ 100 bilhões no BNDES e a Petrobras ampliou o seu investimento em R$ 120 bilhões", afirmou.

Na mesma linha, Pina explica que a antecipação de gastos do governo substitui parte da demanda retraída do setor privado. "Ele dá o seguinte recado: não vou estourar as contas públicas, mas concentrar em um momento em que a demanda privada está pequena. Mas o governo não tem fôlego suficiente para fazer o papel de toda demanda", ressaltou. O economista da Fecomercio lembrou que a entidade já pleiteou junto ao governo isenções para transferência de imóveis e de automóveis, além de retirar o IPVA para veículos novos.

Já Oreiro foca suas propostas na capitalização do Banco do Brasil e da Caixa Econômica Federal pelo Tesouro para atender a demanda de crédito para capital de giro e reduzir o spread. "Aumentando o empréstimo e reduzindo as taxas, os dois vão forçar os bancos privados a acompanhar o movimento, até para não perderem participação no mercado", explicou o economista da UnB.

Até o Carnaval, o governou prometeu detalhar um pacote de incentivos para a construção de até um milhão de casas populares, direcionado a famílias com renda de até dez salários mínimos. "Estamos atentos a tudo o que está acontecendo e novas medidas serão tomadas caso haja uma avaliação de que sejam necessárias", disse o ministro da Fazenda, Guido Mantega, na última sexta-feira.
17:11
Anónimo disse...
Ex-ministro critica extensão do seguro-desemprego

Atualizada às 09h03

O ex-ministro do Trabalho Almir Pazzianotto criticou a decisão do governo federal de conceder o seguro-desemprego estendido a apenas alguns setores. "É certamente odioso e provavelmente inconstitucional", disse Pazzianotto, de acordo com o jornal O Estado de S. Paulo.

Na última qurta, dia do anúncio da medida, centrais sindicais elogiaram a atitude do governo. A Força Sindical divulgou nota dizendo que "o aumento ajudará a aquecer parte da economia, já que irá gerar mais consumo, produção e conseqüentemente, a criação de novos postos de trabalho". A União Geral dos Trabalhadores (UGT) afirmou que a medida "contribuirá para minimizar o drama dos trabalhadores que perderem seu emprego por conta da crise".

O ex-ministro, que instituiu o seguro-desemprego no País no governo de José Sarney, destacou a necessidade de as centrais sindicais se manifestarem contra a determinação. Para ele, as mudanças devem ser aplicadas a todas as categorias profissionais e a distinção é contrária ao artigo 3º da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT).

Pazzianotto atribui a medida a um possível temor do governo de que a crise econômica seja longa e não haja dinheiro para atender a todas as necessidades. Ainda assim, ele se mostra contrário ao método de concessão. "O seguro-desemprego ajuda a sanar necessidades básicas. Estendê-lo é paliativo, não a solução", disse ao jornal.

De acordo com o presidente do Conselho Deliberativo do Fundo de Amparo ao Trabalhador (Codefat) e conselheiro da Força Sindical, Luiz Fernando Emediato, a determinação já estava prevista na lei 8.900/94, que trata do seguro-desemprego.

O presidente da Comissão de Trabalho da Câmara, Pedro Fernandes (PTB-MA) vai além na crítica à concessão do seguro para apenas alguns setores. Ele acredita que a ampliação do benefício estimula o desemprego.

Quintino Severo, secretário geral da Central Única dos Trabalhadores (CUT), lembra que a ampliação do benefício sem critério e identificação pode incentivar demissões em outros setores.

23:32
Anónimo disse...
Os bombeiros combatem neste sábado os incêndios na Austrália favorecidos pelo bom tempo, enquanto os deslocados encotram em seu retorno casas derruídas, carros queimados nas ruas e destruição.

Depois de sete dias desde que começaram os incêndios no Estado de Victoria, a lista de mortos chega a 181, os desaparecidos somam 50, os edifícios destruídos totalizam 1,834 mil e o terreno arrasado, principalmente florestas, ocupa uma área de 4,13 mil quilômetros quadrados.

As equipes de bombeiros, formadas por 4 mil profissionais de Victoria, de outras partes da Austrália e de países amigos, combateram hoje 12 focos fora de controle e nenhum representava uma ameaça direta para a população.

O subdiretor do Serviço de Bombeiros, Geoff Conway, disse que este tempo favorável, que se prolongará durante o domingo, permite consolidar as linhas de contenção e avançar na extinção das chamas.

Cinzas apareceram arrastadas por ventos do nordeste sobre Melbourne, onde habitam 3,8 milhões de pessoas, e as autoridades alertaram aos cidadãos do risco para a saúde de idosos, crianças e pessoas com problemas respiratórios.

O número de pessoas deslocadas - a Cruz Vermelha chegou a receber 7 mil - começou a cair com a abertura de algumas localidades atingidas.

Os incêndios, alguns criminosos, começaram em 7 de fevereiro, quando a região sul da Austrália estava há duas semanas sob uma onda de calor sem precedentes.

Na sexta-feira passada, a polícia acusou uma pessoa de ter provocado o incêndio que atingiu a localidade de Churchill e matou 21 pessoas.
16:55
Anónimo disse...
A primeira chuva em seis dias reduziu a ameaça de incêndios no Estado de Victoria, ao sul da Austrália. As autoridades, porém, advertiram que ainda existem 12 focos, mas que nenhum deles ameaça áreas povoadas.

Mais de quatro mil bombeiros, mil provenientes de outras partes do país e de outras nações, trabalham contra o fogo. Cerca de 600 veículos e 28 helicópteros e pequenos aviões estão sendo usados.


Eles conseguiram construir linhas de contenção para evitar os incêndios de Yarra e Maroondah se juntassem. Também foram controlados os incêndios abertos de Yea e Murrindindi, que ameaçavam as comunidades de Connellys Creek, Crystal Creek, Scrubby Creek e Native Dog Creek.

O número de mortos chegou a 181, mas as autoridades acreditam que as vítimas devem passar de 200, já que ainda há muitos desaparecidos.
16:55
Anónimo disse...
Aqui nesta coluna, na semana passada, tive a oportunidade de comentar sobre a recente visita do professor brasileiro Pedrinho Guareschi à Austrália. Não dei, porém, os fatos, pois semana passada o assunto era outro.

Hoje, porém, vamos a eles.

No último dia 4 de fevereiro, aconteceu o Seminário "Paulo Freire: Education and Liberation", organizado pelo centro de estudos latino-americanos da Universidade Nacional da Austrália, ou ANU, como é mais conhecida por aqui.

A ANU, para quem não sabe, está entre as 20 melhores universidades do mundo! E tem sede aqui em Camberra, capital da Austrália.

Na abertura do evento, o professor John Minns, diretor do centro latino-americano, ao dar boas-vindas ao público presente, lembrou ser aquele o primeiro seminário exclusivamente dedicado a Paulo Freire na Austrália.

Em seguida, convidou Pedrinho Guareschi, palestrante principal do Seminário, a fazer sua apresentação.

A plateia pode então conhecer, pelas palavras de Pedrinho, um pouco da obra e da vida de Freire, esse brasileiro de fé e valor, que sempre acreditou na educação, sobretudo dos menos favorecidos, analfabetos, como força libertadora.

Como não podia deixar de ser, os conceitos e ideias revolucionários de Paulo Freire, expostos com clareza por Pedrinho, despertaram o interesse e a curiosidade de plateia. A qual, deve-se notar, era na maioria de estudantes, mas de várias nacionalidades, sobretudo australianos e asiáticos.

Na continuação do programa do seminário, que se estendeu por dois dias, outros professores fizeram palestras sobre temas ligados à obra de Paulo Freire.

Interessante, por exemplo, saber que a professora Anne Hickling-Hudson, jamaicana que mora na Austrália há muitos anos (é professora da ANU), conheceu e trabalhou com Freire num workshop educacional durante a revolução na Ilha de Granada, em 1980, antes da invasão dos Estados Unidos...

Ou, então, a palestra da Professora Gerda Roelvink, da Nova Zelândia, que participou do Fórum Social de Porto Alegre em 2005. E essa participação transformou-se em tema de doutorado.

No dia 10, terça-feira passada, o padre Pedrinho Guareschi voltou a falar ao público australiano em grande auditório localizado no belíssimo campus da ANU. Desta vez, sobre a Teologia da Libertação.

Depois da palestra, John Minns mostrou o filme mexicano "O Crime do Padre Amaro", no qual um dos personagens é um padre católico praticante da Teologia da Libertação.

Mais uma vez, foi grande o intersse da platéia, que pode aprender e conhecer um pouco como se desenvolveu aquele importante movimento católico na América Latina.

Fica, assim, ao Pedrinho, bem como a outros brasileiros estudiosos e de bom coração que saem pelo mundo a divulgar aspectos importantes da cultura brasileira, o respeito e a homenagem desta coluna. E... aquele abraço!
16:57
Anónimo disse...
Amanda Kitts perdeu o braço esquerdo em um acidente de automóvel acontecido três anos atrás, mas hoje em dia ela joga futebol americano com seu filho de 12 anos de idade, troca fraldas e abraça as crianças nas três creches Kiddie Cottage que opera em Knoxville, Tennessee. Kitts, 40 anos, faz tudo isso com a ajuda de um novo tipo de braço artificial que se movimenta com mais facilidade do que outros aparelhos e que ela pode controlar utilizando apenas seus pensamentos.

"Eu sou capaz de mexer a mão, o pulso e o cotovelo ao mesmo tempo", diz. "Você pensa e os músculos se movem em seguida".

A recuperação que ela conseguiu resulta de um novo procedimento que vem atraindo crescente atenção porque permite que pessoas movam braços protéticos de forma mais automática do que faziam no passado, simplesmente utilizando nervos reaproveitados em seus cérebros.

A técnica, conhecida como "renervação muscular dirigida", envolve utilizar os nervos que restam depois da amputação de um braço e conectá-los a outro músculo do corpo, em geral no peito. Eletrodos são instalados sobre os músculos do peito, e operam como se fossem antenas. Quando a pessoa deseja mover o braço, o cérebro envia sinais que primeiro resultam em contração dos músculos do peito, os quais enviam um sinal ao braço protético, instruindo-se a se movimentar. O processo não requer mais esforços consciente do que a pessoa teria de exercitar caso ainda tivesse seu braço natural.

Na terça-feira, pesquisadores reportaram em estudo publicado pela versão online do Journal of the American Medical Association que haviam levado a técnica ainda mais à frente, tornando possível a execução de 10 movimentos de mão, pulso e cotovelo diferentes, o que representa uma substancial melhora com relação ao típico repertório protético, que em geral envolve apenas dobrar o cotovelo, girar o pulso e abrir a mão.

"Os novos métodos tiveram impacto dramático em nosso campo de trabalho", disse Stuart Harshbarger, engenheiro biomédico na Universidade Johns Hopkins e diretor do programa de pesquisa sobre próteses, financiado pelas forças armadas, que inclui o trabalho com essa técnica. "O método já está em uso por médicos e cirurgiões comuns em todo o país. A capacidade de controlar um membro protético bastante robusto que ele confere surpreendeu a todos pela qualidade".

Tipicamente, uma pessoa que tenha um braço protético só é capaz de executar alguns poucos movimentos, e muitas vezes com tamanha lentidão que isso só permite a ela atividades limitadas.

Há um motor separado para cada movimento, diz Gerald Loeb, professor de engenharia biomédica na Universidade

Anónimo disse...

Presidente de Guiné-Bissau é assassinado02 de março de 2009 • 06h18 • atualizado às 07h22Notíciasimprimirreduzir tamanho da fonte tamanho de fonte normal aumentar tamanho da fonte


O presidente de Guiné-Bissau, João Bernardo Vieira, foi assassinado nesta segunda-feira após a morte no domingo em um atentado com explosivos do chefe do Estado-Maior do Exército, general Tagmé Na Wai, informou a Rádio França Internacional, que citou fontes diplomáticas.

Desde a madrugada, um forte dispositivo militar rodeava a sede da Presidência da Guiné-Bissau, enquanto eram registrados tiroteios na capital, após o atentado que matou Na Wai, segundo emissoras regionais de rádio.

Os tiroteios começaram em diferentes pontos do país, após o atentado e prosseguiram até a madrugada, segundo estas fontes. O atentado que causou a morte ontem à noite do general Na Wai foi realizado com uma bomba colocada na sede do Estado-Maior do Exército, que também deixou cinco feridos, entre eles dois graves, ao mesmo tempo em que derrubou parte do prédio, informaram as mesmas fontes.

Por sua parte, o primeiro-ministro, Carlos Gomes Júnior, tinha convocado para hoje uma reunião urgente do Governo e anunciado a criação de um comitê de crise para enfrentar a situação, após o atentado do domingo e antes de saber da morte do presidente Vieira.

Na Wai denunciou em janeiro um atentado frustrado do qual responsabilizou membros da guarda do presidente, que disse que abriram fogo durante a passagem de seu veículo diante do Palácio Presidencial.

Em 23 de novembro de 2008 um grupo de militares atacou à noite a residência do presidente Vieira, deixando um saldo de dois mortos. Guiné-Bissau é um dos países mais pobres do mundo e, desde que obteve a independência de Portugal em 1974, sofreu vários golpes de estado.

Nos últimos anos, Guiné-Bissau se transformou em centro da rota do tráfico de cocaína da América do Sul para a Europa e altos cargos do Governo e chefes militares foram acusados de participar deste negócio ilegal.

Anónimo disse...

Grupo de 20 turistas é feito refém no litoral de SP02 de março de 2009 • 07h27 • atualizado às 07h27Notíciasimprimirreduzir tamanho da fonte tamanho de fonte normal aumentar tamanho da fonte


Um grupo de 20 turistas de São Paulo que estava de férias em Mongaguá, no litoral paulista, foi feito refém por três homens neste domingo. Os turistas haviam acabado de chegar em casa quando foram rendidos. As informações são do Bom Dia São Paulo.

A polícia foi acionada por uma pessoa que passava na rua e percebeu a movimentação. Os três suspeitos, entre eles um adolescente, foram detidos. Um deles era do Guarujá e os outros dois, de Mongaguá

Anónimo disse...

Indústria Automobilística
Corte de 16,5 mil vagas não afeta Brasil, diz VW

O diretor de Assuntos Corporativos e de Relações com a Imprensa da Volkswagen, André Senador, afirmou neste sábado que o corte de 16,5 mil vagas de funcionários terceirizados em 2009 não afetará o Brasil. Segundo ele, o País não conta com mão-de-obra terceirizada na produção.

A Volkswagen emprega 22 mil pessoas no Brasil. Desse total, 1,6 mil são contratos temporários. De acordo com o diretor, o que vai determinar a continuidade ou a extinção desses postos "é a evolução da economia e do mercado" no decorrer de 2009, frente à crise.

O corte das 16,5 mil vagas foi anunciado pelo presidente da empresa, Martin Winterkorn, em entrevista à revista alemã Der Spiegel divulgada neste sábado. A VW emprega no total aproximadamente 330 mil pessoas no mundo.

Na edição da revista que entra em circulação neste domingo, Winterkorn admite que a medida não é "agradável". Ele justifica-se dizendo que as demissões são "inevitáveis", em virtude da crise que afeta o setor automobilístico.

As vendas do primeiro construtor automobilístico europeu caíram 15% em janeiro e a Volkswagen prevê ainda um recuo de 10% em 2009. A montadora alemã não exclui a possibilidade de registrar prejuízo no primeiro trimestre em razão da queda dos mercados no mundo.

No entanto, Winterkorn garantiu que os empregos do pessoal fixo da Volkswagen não estão ameaçados por enquanto. "Ninguém aqui ainda está pensando em demissões ou algo parecido", declarou.

"Com a carga horária de trabalho reduzida, conseguimos não fabricar estoques de carros. E temos uma semana de trabalho de 35 horas que podemos reduzir a 28 horas. Podemos também limitar a produção e garantir a manutenção do pessoal fixo. Para este ano, não vejo nenhum problema", acrescentou o executivo.

Anónimo disse...

Mercado Financeiro
Confira dicas para não errar ao investir em ações

Fabiano Klostermann
Direto de São Paulo

O investimento em bolsa de valores, impulsionado em parte pelos cinco anos consecutivos de alta da Bovespa - entre 2002 e 2007 -, foi afetado no ano passado por conta da crise financeira mundial, que levou a uma queda de 41,2% no principal índice do mercado. No entanto, o número de investidores continuou subindo em 2008, mostrando que o apetite não diminuiu, apesar da retração. Segundo analistas, a chave para lucrar na bolsa é ter controle emocional e buscar orientação profissional para lidar com as altas e baixas.

De 2002 para 2007, o número de investidores pessoa física na bolsa subiu 435%, de 85.249 para 456.557, segundo dados da própria Bovespa. De 2007 para 2008, a alta foi de 17,51%, para 536.483 investidores, mesmo com a crise internacional. Já a participação deste grupo no volume de compras e vendas da bolsa fechou o ano passado em 29,5%, ante 21,7% do ano anterior.

O sócio e diretor de operações da Hera Investment, Nicholas Barbarisi, explica que o principal erro cometido pelas pessoas em bolsas de valores é trocar o racional pelo emocional no momento de tomar as decisões. "As pessoas entram na bolsa quando todo mundo fala disso, na imprensa, entre amigos, e isto após várias altas sucessivas. Ou seja, quando o preço das ações está alto. E, quando todo mundo fala mal, há quedas e pessimismo, aí ela vai lá e tira", conta.

"A partir do momento que você vê manchetes no jornal que a bolsa foi o melhor investimento do mês, agora já pode não ser mais o melhor momento (para entrar). Nas grandes baixas é que você faz as grandes compras. Aquela baixa pode ser fruto de altas anteriores e do movimento de realização de lucros", diz Ricardo Tadeu Martins, vice-presidente da Associação dos Analistas e Profissionais de Investimento do Mercado de Capitais de São Paulo (Apimec-SP).

Segundo ele, a forma de evitar este erro é procurar orientação profissional certificada no momento de investir em ações. "(Muitas pessoas) vão por conta do círculo de amizades, um amigo ou parente que investiu e ganhou dinheiro. O que a gente mais recomenda é que ele (o investidor novato) esteja embasado e bem orientado por um profissional", aponta.

"Aí esse profissional vai orientá-lo que é um investimento de risco, de longo prazo, não é algo que você entra hoje e sai amanhã", completa.

Barbarisi diz que a orientação de um profissional é a melhor forma de eliminar alguns tipos de problemas, como o investimento em ações de empresas que não são sólidas ou desconhecimento da tributação que incide sobre o investimento.

Outro erro comum, segundo o diretor da Hera, é a falta de identificação do investidor com o perfil da aplicação em bolsa de valores, que é de longo prazo. De acordo com ele, as pessoas costumam entrar na bolsa com a expectativa de ganhos em pouco tempo e, depois de seis meses ou alguma queda mais forte, o investidor se decepciona com o resultado obtido.

"(Para investimento em bolsa) o período mínimo é de 12 meses, sendo a partir de 24 meses um bom prazo. Mas nós recomendamos que a pessoa invista por pelo menos cinco anos", aponta.

Essa identificação de que tipo de aplicador a pessoa é se torna importante, segundo o vice da Apimec-SP, porque vai ajudar na definição das prioridades no momento de comprar ou vender ações. De acordo com ele, há quem compre a empresa apostando em seu negócio e querendo colher os lucros (dividendos) dela por muitos anos.

"Tem que ser um negócio que você veja como futuro, que você diga 'quero receber o dividendo dessa empresa'. Você vai aproveitar baixas para comprar mais ações daquela companhia. 'Sempre que tiver um dinheiro sobrando vou investir em uma empresa em vez de colocar na poupança'", diz.

Por outro lado, há aqueles que Martins qualifica como investidores de um perfil mais especulativo, que buscam o lucro no curto prazo. Segundo ele, é bom lembrar que nessa modalidade os riscos são mais elevados. "Se você pega a variação até diária da Bovespa, vai ver que há uma boa oscilação. Mas quando você identificar a baixa, pode não ser o momento mais adequado para entrar assim como a alta pode já não ser o momento adequado para sair", explica.

Mesmo com as dificuldades do ano passado e a previsão de mais instabilidade, o diretor da Hera diz acreditar que o momento é bom para começar investimentos em ações.

"(Este momento é) uma oportunidade ímpar para a bolsa de valores. Esperamos mais um ano difícil e com muita volatilidade. (O investidor tem que) saber que este ano ainda pode ser complicado. Mas temos 'n' empresas que estão subavaliadas ou muito baratas", explica.

Anónimo disse...

Nem crise reduz procura por apartamento de R$ 17 mi em SP
Comercializado sob a publicidade possuir o maior apartamento de São Paulo, o edifício ACL Morumbi chama atenção não só pelo tamanho, mas também pelo preço. Com 1,2 mil metros quadrados por unidade, o imóvel está avaliado em, aproximadamente, R$ 14 milhões, segundo a Brasil São Paulo Sotheby's, responsável pela comercialização do empreendimento. De acordo com o diretor da empresa Celso Pinto, o proprietário de uma nova unidade chega a gastar até R$ 3 milhões na decoração do local, o que faz, numa conta simplificada, a obra alcançar o valor estimado de R$ 17 milhões.

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O executivo explica que o ACL é entregue ao proprietário sem pisos e gessos. "Quando entregamos com isso, na maior parte das vezes, eles (donos) arrebentam para refazer". Segundo o diretor da Sotheby's, a construtora coloca à disposição do cliente uma equipe de arquitetos para elaborar um projeto de decoração exclusivo.

O prédio localizado em uma rua sem saída, próxima à avenida Morumbi, e com vigilância 24 horas, cobra em torno de R$ 8 mil por apartamento a título de condomínio. As cifras não afugentam interessados, nem mesmo em tempos de crise.

"A procura para este empreendimento continua igual (a antes da crise). O público interessado em um apartamento como este não é aquele que na crise deixa de comprar um imóvel", explica o diretor da Sotheby's. Pinto diz que os apartamentos do ACL Morumbi recebem a visita de pelo menos um potencial comprador por semana.

Segundo ele, fazem parte deste grupo de possíveis donos de uma unidade no ACL Morumbi grandes empresários, banqueiros, executivos estrangeiros e famílias tradicionais paulistanas. Dos apartamentos vendidos no empreendimento, todos estão em nome de empresários. "Alguns pedem anonimato, inclusive incluindo uma cláusula de confidencialidade no contrato de compra".

O ACL Morumbi integra um conjunto de imóveis de altíssimo padrão, que compreende cerca de seis a oito empreendimentos na capital paulista. Segundo Pinto, para entrar neste rol, o edifício precisa ter classificação alta nos quesitos localização, segurança, luxo e serviços.

As unidades do ACL são entregues com espaços para sala de cinema, adega e escritório. São seis suítes com closet, piscina, terraço com vista para a zona sul de São Paulo e 12 vagas na garagem. Na área de lazer, o condomínio oferece quadra de tênis e piscina aquecida.

Os aspirantes a proprietário da obra milionária ainda podem negociar. Segundo o executivo da Sotheby's, quatro dos 12 apartamentos do empreendimento continuam à venda.

Anónimo disse...

Os bombeiros combatem neste sábado os incêndios na Austrália favorecidos pelo bom tempo, enquanto os deslocados encotram em seu retorno casas derruídas, carros queimados nas ruas e destruição.

Depois de sete dias desde que começaram os incêndios no Estado de Victoria, a lista de mortos chega a 181, os desaparecidos somam 50, os edifícios destruídos totalizam 1,834 mil e o terreno arrasado, principalmente florestas, ocupa uma área de 4,13 mil quilômetros quadrados.

As equipes de bombeiros, formadas por 4 mil profissionais de Victoria, de outras partes da Austrália e de países amigos, combateram hoje 12 focos fora de controle e nenhum representava uma ameaça direta para a população.

O subdiretor do Serviço de Bombeiros, Geoff Conway, disse que este tempo favorável, que se prolongará durante o domingo, permite consolidar as linhas de contenção e avançar na extinção das chamas.

Cinzas apareceram arrastadas por ventos do nordeste sobre Melbourne, onde habitam 3,8 milhões de pessoas, e as autoridades alertaram aos cidadãos do risco para a saúde de idosos, crianças e pessoas com problemas respiratórios.

O número de pessoas deslocadas - a Cruz Vermelha chegou a receber 7 mil - começou a cair com a abertura de algumas localidades atingidas.

Os incêndios, alguns criminosos, começaram em 7 de fevereiro, quando a região sul da Austrália estava há duas semanas sob uma onda de calor sem precedentes.

Na sexta-feira passada, a polícia acusou uma pessoa de ter provocado o incêndio que atingiu a localidade de Churchill e matou 21 pessoas.
16:55
Anónimo disse...
A primeira chuva em seis dias reduziu a ameaça de incêndios no Estado de Victoria, ao sul da Austrália. As autoridades, porém, advertiram que ainda existem 12 focos, mas que nenhum deles ameaça áreas povoadas.

Mais de quatro mil bombeiros, mil provenientes de outras partes do país e de outras nações, trabalham contra o fogo. Cerca de 600 veículos e 28 helicópteros e pequenos aviões estão sendo usados.


Eles conseguiram construir linhas de contenção para evitar os incêndios de Yarra e Maroondah se juntassem. Também foram controlados os incêndios abertos de Yea e Murrindindi, que ameaçavam as comunidades de Connellys Creek, Crystal Creek, Scrubby Creek e Native Dog Creek.

O número de mortos chegou a 181, mas as autoridades acreditam que as vítimas devem passar de 200, já que ainda há muitos desaparecidos.
16:55
Anónimo disse...
Aqui nesta coluna, na semana passada, tive a oportunidade de comentar sobre a recente visita do professor brasileiro Pedrinho Guareschi à Austrália. Não dei, porém, os fatos, pois semana passada o assunto era outro.

Hoje, porém, vamos a eles.

No último dia 4 de fevereiro, aconteceu o Seminário "Paulo Freire: Education and Liberation", organizado pelo centro de estudos latino-americanos da Universidade Nacional da Austrália, ou ANU, como é mais conhecida por aqui.

A ANU, para quem não sabe, está entre as 20 melhores universidades do mundo! E tem sede aqui em Camberra, capital da Austrália.

Na abertura do evento, o professor John Minns, diretor do centro latino-americano, ao dar boas-vindas ao público presente, lembrou ser aquele o primeiro seminário exclusivamente dedicado a Paulo Freire na Austrália.

Em seguida, convidou Pedrinho Guareschi, palestrante principal do Seminário, a fazer sua apresentação.

A plateia pode então conhecer, pelas palavras de Pedrinho, um pouco da obra e da vida de Freire, esse brasileiro de fé e valor, que sempre acreditou na educação, sobretudo dos menos favorecidos, analfabetos, como força libertadora.

Como não podia deixar de ser, os conceitos e ideias revolucionários de Paulo Freire, expostos com clareza por Pedrinho, despertaram o interesse e a curiosidade de plateia. A qual, deve-se notar, era na maioria de estudantes, mas de várias nacionalidades, sobretudo australianos e asiáticos.

Na continuação do programa do seminário, que se estendeu por dois dias, outros professores fizeram palestras sobre temas ligados à obra de Paulo Freire.

Interessante, por exemplo, saber que a professora Anne Hickling-Hudson, jamaicana que mora na Austrália há muitos anos (é professora da ANU), conheceu e trabalhou com Freire num workshop educacional durante a revolução na Ilha de Granada, em 1980, antes da invasão dos Estados Unidos...

Ou, então, a palestra da Professora Gerda Roelvink, da Nova Zelândia, que participou do Fórum Social de Porto Alegre em 2005. E essa participação transformou-se em tema de doutorado.

No dia 10, terça-feira passada, o padre Pedrinho Guareschi voltou a falar ao público australiano em grande auditório localizado no belíssimo campus da ANU. Desta vez, sobre a Teologia da Libertação.

Depois da palestra, John Minns mostrou o filme mexicano "O Crime do Padre Amaro", no qual um dos personagens é um padre católico praticante da Teologia da Libertação.

Mais uma vez, foi grande o intersse da platéia, que pode aprender e conhecer um pouco como se desenvolveu aquele importante movimento católico na América Latina.

Fica, assim, ao Pedrinho, bem como a outros brasileiros estudiosos e de bom coração que saem pelo mundo a divulgar aspectos importantes da cultura brasileira, o respeito e a homenagem desta coluna. E... aquele abraço!
16:57
Anónimo disse...
Amanda Kitts perdeu o braço esquerdo em um acidente de automóvel acontecido três anos atrás, mas hoje em dia ela joga futebol americano com seu filho de 12 anos de idade, troca fraldas e abraça as crianças nas três creches Kiddie Cottage que opera em Knoxville, Tennessee. Kitts, 40 anos, faz tudo isso com a ajuda de um novo tipo de braço artificial que se movimenta com mais facilidade do que outros aparelhos e que ela pode controlar utilizando apenas seus pensamentos.

"Eu sou capaz de mexer a mão, o pulso e o cotovelo ao mesmo tempo", diz. "Você pensa e os músculos se movem em seguida".

A recuperação que ela conseguiu resulta de um novo procedimento que vem atraindo crescente atenção porque permite que pessoas movam braços protéticos de forma mais automática do que faziam no passado, simplesmente utilizando nervos reaproveitados em seus cérebros.

A técnica, conhecida como "renervação muscular dirigida", envolve utilizar os nervos que restam depois da amputação de um braço e conectá-los a outro músculo do corpo, em geral no peito. Eletrodos são instalados sobre os músculos do peito, e operam como se fossem antenas. Quando a pessoa deseja mover o braço, o cérebro envia sinais que primeiro resultam em contração dos músculos do peito, os quais enviam um sinal ao braço protético, instruindo-se a se movimentar. O processo não requer mais esforços consciente do que a pessoa teria de exercitar caso ainda tivesse seu braço natural.

Na terça-feira, pesquisadores reportaram em estudo publicado pela versão online do Journal of the American Medical Association que haviam levado a técnica ainda mais à frente, tornando possível a execução de 10 movimentos de mão, pulso e cotovelo diferentes, o que representa uma substancial melhora com relação ao típico repertório protético, que em geral envolve apenas dobrar o cotovelo, girar o pulso e abrir a mão.

"Os novos métodos tiveram impacto dramático em nosso campo de trabalho", disse Stuart Harshbarger, engenheiro biomédico na Universidade Johns Hopkins e diretor do programa de pesquisa sobre próteses, financiado pelas forças armadas, que inclui o trabalho com essa técnica. "O método já está em uso por médicos e cirurgiões comuns em todo o país. A capacidade de controlar um membro protético bastante robusto que ele confere surpreendeu a todos pela qualidade".

Tipicamente, uma pessoa que tenha um braço protético só é capaz de executar alguns poucos movimentos, e muitas vezes com tamanha lentidão que isso só permite a ela atividades limitadas.

Há um motor separado para cada movimento, diz Gerald Loeb, professor de engenharia biomédica na Universidade do Sul da Califórnia, "e esses motores precisam ser controlados de maneira explícita", usualmente por um esforço consciente da pessoa para contrair músculos nas costas ou no bíceps.

"Essencialmente, até agora os pacientes controlavam apenas um motor de cada vez", diz Loeb, "e precisavam pensar cuidadosamente sobre que motor desejavam controlar e como fazê-lo operar, em lugar de simplesmente pensarem em mover o braço e poderem fazê-lo sem delongas".

Antes que Kitts passasse pelo procedimento de renervação, em outubro de 2007, por exemplo, ela precisava movimentar os músculos de suas costas de determinada maneira para fazer com que seu pulso girasse, e flexionar seu bíceps e tríceps para fazer com que o cotovelo se movesse para cima e para baixo. "Era muito trabalho", ela conta. "E não me ajudava muito".

O procedimento de renervação é parte de uma recente explosão de idéias novas e técnicas inovadoras que estão sendo exploradas enquanto os cientistas se esforçam por ajudar as pessoas a compensar melhor a perda de membros ou problemas de paralisia. O esforço vem sendo alimentado pelo aumento no número de amputações causado por diabetes e por ferimentos sofridos pelos militares, e ao mesmo tempo pelos avanços na tecnologia médica.

Os braços se tornaram um dos focos essenciais desse tipo de trabalho. A ciência há muito vem obtendo sucessos no desenvolvimento de próteses de perna, mas é muito mais difícil imitar a complexidade e a destreza das mãos e dos braços.

Os esforços em curso incluem o desenvolvimento de projetos de pele e braços mais sensíveis e mais flexíveis, e o uso de dispositivos acionados por controles sem fio implantado nos braços protéticos, que permitiriam movimentos mais naturais.

Os pesquisadores também vêm usando sensores implantados nos cérebros de cobaias para permitir que dois macacos controlem um braço mecânico, e um teste com um homem paralítico permitiu, com esse método, que ele movimentasse um cursor em uma tela de computador.

Alguns desses métodos, caso venham a ser aperfeiçoados plenamente e consigam aprovação das autoridades regulatórias da saúde, podem no futuro se tornar mais viáveis para os pacientes de amputações.

E embora a técnica da renervação não requeira aprovação das autoridades regulatórias porque é executada por meios cirúrgicos e emprega aparelhos já existentes, ela apresenta limitações que até mesmo seus criadores reconhecem, entre as quais o fato de que não se pode utilizá-la para todos os pacientes, o seu alto custo e o prazo de meses requerido para que os nervos reconectados cresçam e se tornem efetivos.

Ainda assim, os especialistas dizem que é o mais avançado sistema em uso hoje para pacientes reais que permite que o sistema nervoso controle diretamente o movimento de um braço artificial.

Desde sua introdução por Todd Kuiken, médico fisioterapeuta e engenheiro biomédico do Instituto de Reabilitação de Chicago, o método foi empregado em cerca de 30 pacientes nos Estados Unidos, Canadá e Europa, entre os quais oito soldados feridos no Iraque e no Afeganistão.

Muitos dos pacientes, entre os quais o primeiro, Jesse Sullivan, um operário do setor elétrico no Tennessee que perdeu os dois braços quando foi eletrocutado por um cabo, conseguem não apenas manipular seus braços protéticos mas sentir a presença das mãos que já não têm quando alguém toca em seus peitos.

Sullivan, 62 anos, e Kitts, estavam entre os cinco pacientes que participaram do estudo reportado na terça-feira. Em companhia de cinco outras pessoas que não passaram por amputações, eles receberam os eletrodos e foram instruídos a usar pensamentos para fazer com que um braço virtual na tela reproduzisse 10 movimentos diferentes, entre os quais três formas diferentes de aperto de mão.

Os pacientes apresentaram desempenho bastante respeitável, apenas um pouco mais lento e menos preciso do que os dos participantes que não tinham amputações.

"As velocidades de movimento que encontramos em nossos pacientes foram realmente encorajadoras", disse Kuiken. "Eles conseguiram completar a tarefa. É claro que não foram tão competentes quanto as pessoas dotadas de plena capacidade física, mas foram bons o bastante".

Um braço virtual foi usado porque a maioria das próteses existentes não era capaz de acomodar todos aqueles movimentos, no momento da pesquisa, ainda que Sullivan, Kitts e uma terceira paciente, Claudia Mitchell, tenham experimentado dois novos protótipos mais versáteis de braços artificiais, executando tarefas complexas com bolas de tênis e outros objetos.

O trabalho de renervação em soldados apresenta outros desafios, diz Kuiken, porque os ferimentos militares muitas vezes "causam danos muitos extensos" a nervos, músculos ou ossos.

Daniel Acosta, 25 anos, um aviador ferido pela detonação de uma bomba em uma estrada do Iraque em 2005, passou pelo procedimento no ano passado e diz que seu braço esquerdo protético agora se movimenta "muito mais rápido" e de maneira muito mais natural.

"A diferença é que agora não preciso mais pensar para mover o braço", ele diz. "Ele simplesmente se mexe".

Ainda assim, Acosta, de San Antonio, diz que "o processo foi bastante longo" e que os eletrodos precisam ser ajustados para receber os sinais à medida que os nervos crescem ou mudam de posição.

E embora elogiem o método, os especialistas afirmam que a ciência das próteses de braço ainda tem muito por avançar.

"Trata-se de uma parte crucial, mas ainda assim apenas uma parte, das muitas coisas que compreendem a função normal de um braço", disse Loeb, que escreveu um editorial que acompanha o artigo no Journal of the American Medical Association.

"No momento estamos a meio do caminho entre o braço de 'Dr. Fantástico', que fazia involuntariamente a saudação nazista, e o braço de Luke Skywalker em 'Guerra nas Estrelas', que funciona sem nenhum problema assim que é conectado. Creio que precisaremos ainda de muitos anos para conectar todas as peças necessárias a produzir um braço capaz de funcionar normalmente".

Anónimo disse...

Os bombeiros combatem neste sábado os incêndios na Austrália favorecidos pelo bom tempo, enquanto os deslocados encotram em seu retorno casas derruídas, carros queimados nas ruas e destruição.

Depois de sete dias desde que começaram os incêndios no Estado de Victoria, a lista de mortos chega a 181, os desaparecidos somam 50, os edifícios destruídos totalizam 1,834 mil e o terreno arrasado, principalmente florestas, ocupa uma área de 4,13 mil quilômetros quadrados.

As equipes de bombeiros, formadas por 4 mil profissionais de Victoria, de outras partes da Austrália e de países amigos, combateram hoje 12 focos fora de controle e nenhum representava uma ameaça direta para a população.

O subdiretor do Serviço de Bombeiros, Geoff Conway, disse que este tempo favorável, que se prolongará durante o domingo, permite consolidar as linhas de contenção e avançar na extinção das chamas.

Cinzas apareceram arrastadas por ventos do nordeste sobre Melbourne, onde habitam 3,8 milhões de pessoas, e as autoridades alertaram aos cidadãos do risco para a saúde de idosos, crianças e pessoas com problemas respiratórios.

O número de pessoas deslocadas - a Cruz Vermelha chegou a receber 7 mil - começou a cair com a abertura de algumas localidades atingidas.

Os incêndios, alguns criminosos, começaram em 7 de fevereiro, quando a região sul da Austrália estava há duas semanas sob uma onda de calor sem precedentes.

Na sexta-feira passada, a polícia acusou uma pessoa de ter provocado o incêndio que atingiu a localidade de Churchill e matou 21 pessoas.
16:55
Anónimo disse...
A primeira chuva em seis dias reduziu a ameaça de incêndios no Estado de Victoria, ao sul da Austrália. As autoridades, porém, advertiram que ainda existem 12 focos, mas que nenhum deles ameaça áreas povoadas.

Mais de quatro mil bombeiros, mil provenientes de outras partes do país e de outras nações, trabalham contra o fogo. Cerca de 600 veículos e 28 helicópteros e pequenos aviões estão sendo usados.


Eles conseguiram construir linhas de contenção para evitar os incêndios de Yarra e Maroondah se juntassem. Também foram controlados os incêndios abertos de Yea e Murrindindi, que ameaçavam as comunidades de Connellys Creek, Crystal Creek, Scrubby Creek e Native Dog Creek.

O número de mortos chegou a 181, mas as autoridades acreditam que as vítimas devem passar de 200, já que ainda há muitos desaparecidos.
16:55
Anónimo disse...
Aqui nesta coluna, na semana passada, tive a oportunidade de comentar sobre a recente visita do professor brasileiro Pedrinho Guareschi à Austrália. Não dei, porém, os fatos, pois semana passada o assunto era outro.

Hoje, porém, vamos a eles.

No último dia 4 de fevereiro, aconteceu o Seminário "Paulo Freire: Education and Liberation", organizado pelo centro de estudos latino-americanos da Universidade Nacional da Austrália, ou ANU, como é mais conhecida por aqui.

A ANU, para quem não sabe, está entre as 20 melhores universidades do mundo! E tem sede aqui em Camberra, capital da Austrália.

Na abertura do evento, o professor John Minns, diretor do centro latino-americano, ao dar boas-vindas ao público presente, lembrou ser aquele o primeiro seminário exclusivamente dedicado a Paulo Freire na Austrália.

Em seguida, convidou Pedrinho Guareschi, palestrante principal do Seminário, a fazer sua apresentação.

A plateia pode então conhecer, pelas palavras de Pedrinho, um pouco da obra e da vida de Freire, esse brasileiro de fé e valor, que sempre acreditou na educação, sobretudo dos menos favorecidos, analfabetos, como força libertadora.

Como não podia deixar de ser, os conceitos e ideias revolucionários de Paulo Freire, expostos com clareza por Pedrinho, despertaram o interesse e a curiosidade de plateia. A qual, deve-se notar, era na maioria de estudantes, mas de várias nacionalidades, sobretudo australianos e asiáticos.

Na continuação do programa do seminário, que se estendeu por dois dias, outros professores fizeram palestras sobre temas ligados à obra de Paulo Freire.

Interessante, por exemplo, saber que a professora Anne Hickling-Hudson, jamaicana que mora na Austrália há muitos anos (é professora da ANU), conheceu e trabalhou com Freire num workshop educacional durante a revolução na Ilha de Granada, em 1980, antes da invasão dos Estados Unidos...

Ou, então, a palestra da Professora Gerda Roelvink, da Nova Zelândia, que participou do Fórum Social de Porto Alegre em 2005. E essa participação transformou-se em tema de doutorado.

No dia 10, terça-feira passada, o padre Pedrinho Guareschi voltou a falar ao público australiano em grande auditório localizado no belíssimo campus da ANU. Desta vez, sobre a Teologia da Libertação.

Depois da palestra, John Minns mostrou o filme mexicano "O Crime do Padre Amaro", no qual um dos personagens é um padre católico praticante da Teologia da Libertação.

Mais uma vez, foi grande o intersse da platéia, que pode aprender e conhecer um pouco como se desenvolveu aquele importante movimento católico na América Latina.

Fica, assim, ao Pedrinho, bem como a outros brasileiros estudiosos e de bom coração que saem pelo mundo a divulgar aspectos importantes da cultura brasileira, o respeito e a homenagem desta coluna. E... aquele abraço!
16:57
Anónimo disse...
Amanda Kitts perdeu o braço esquerdo em um acidente de automóvel acontecido três anos atrás, mas hoje em dia ela joga futebol americano com seu filho de 12 anos de idade, troca fraldas e abraça as crianças nas três creches Kiddie Cottage que opera em Knoxville, Tennessee. Kitts, 40 anos, faz tudo isso com a ajuda de um novo tipo de braço artificial que se movimenta com mais facilidade do que outros aparelhos e que ela pode controlar utilizando apenas seus pensamentos.

"Eu sou capaz de mexer a mão, o pulso e o cotovelo ao mesmo tempo", diz. "Você pensa e os músculos se movem em seguida".

A recuperação que ela conseguiu resulta de um novo procedimento que vem atraindo crescente atenção porque permite que pessoas movam braços protéticos de forma mais automática do que faziam no passado, simplesmente utilizando nervos reaproveitados em seus cérebros.

A técnica, conhecida como "renervação muscular dirigida", envolve utilizar os nervos que restam depois da amputação de um braço e conectá-los a outro músculo do corpo, em geral no peito. Eletrodos são instalados sobre os músculos do peito, e operam como se fossem antenas. Quando a pessoa deseja mover o braço, o cérebro envia sinais que primeiro resultam em contração dos músculos do peito, os quais enviam um sinal ao braço protético, instruindo-se a se movimentar. O processo não requer mais esforços consciente do que a pessoa teria de exercitar caso ainda tivesse seu braço natural.

Na terça-feira, pesquisadores reportaram em estudo publicado pela versão online do Journal of the American Medical Association que haviam levado a técnica ainda mais à frente, tornando possível a execução de 10 movimentos de mão, pulso e cotovelo diferentes, o que representa uma substancial melhora com relação ao típico repertório protético, que em geral envolve apenas dobrar o cotovelo, girar o pulso e abrir a mão.

"Os novos métodos tiveram impacto dramático em nosso campo de trabalho", disse Stuart Harshbarger, engenheiro biomédico na Universidade Johns Hopkins e diretor do programa de pesquisa sobre próteses, financiado pelas forças armadas, que inclui o trabalho com essa técnica. "O método já está em uso por médicos e cirurgiões comuns em todo o país. A capacidade de controlar um membro protético bastante robusto que ele confere surpreendeu a todos pela qualidade".

Tipicamente, uma pessoa que tenha um braço protético só é capaz de executar alguns poucos movimentos, e muitas vezes com tamanha lentidão que isso só permite a ela atividades limitadas.

Há um motor separado para cada movimento, diz Gerald Loeb, professor de engenharia biomédica na Universidade do Sul da Califórnia, "e esses motores precisam ser controlados de maneira explícita", usualmente por um esforço consciente da pessoa para contrair músculos nas costas ou no bíceps.

"Essencialmente, até agora os pacientes controlavam apenas um motor de cada vez", diz Loeb, "e precisavam pensar cuidadosamente sobre que motor desejavam controlar e como fazê-lo operar, em lugar de simplesmente pensarem em mover o braço e poderem fazê-lo sem delongas".

Antes que Kitts passasse pelo procedimento de renervação, em outubro de 2007, por exemplo, ela precisava movimentar os músculos de suas costas de determinada maneira para fazer com que seu pulso girasse, e flexionar seu bíceps e tríceps para fazer com que o cotovelo se movesse para cima e para baixo. "Era muito trabalho", ela conta. "E não me ajudava muito".

O procedimento de renervação é parte de uma recente explosão de idéias novas e técnicas inovadoras que estão sendo exploradas enquanto os cientistas se esforçam por ajudar as pessoas a compensar melhor a perda de membros ou problemas de paralisia. O esforço vem sendo alimentado pelo aumento no número de amputações causado por diabetes e por ferimentos sofridos pelos militares, e ao mesmo tempo pelos avanços na tecnologia médica.

Os braços se tornaram um dos focos essenciais desse tipo de trabalho. A ciência há muito vem obtendo sucessos no desenvolvimento de próteses de perna, mas é muito mais difícil imitar a complexidade e a destreza das mãos e dos braços.

Os esforços em curso incluem o desenvolvimento de projetos de pele e braços mais sensíveis e mais flexíveis, e o uso de dispositivos acionados por controles sem fio implantado nos braços protéticos, que permitiriam movimentos mais naturais.

Os pesquisadores também vêm usando sensores implantados nos cérebros de cobaias para permitir que dois macacos controlem um braço mecânico, e um teste com um homem paralítico permitiu, com esse método, que ele movimentasse um cursor em uma tela de computador.

Alguns desses métodos, caso venham a ser aperfeiçoados plenamente e consigam aprovação das autoridades regulatórias da saúde, podem no futuro se tornar mais viáveis para os pacientes de amputações.

E embora a técnica da renervação não requeira aprovação das autoridades regulatórias porque é executada por meios cirúrgicos e emprega aparelhos já existentes, ela apresenta limitações que até mesmo seus criadores reconhecem, entre as quais o fato de que não se pode utilizá-la para todos os pacientes, o seu alto custo e o prazo de meses requerido para que os nervos reconectados cresçam e se tornem efetivos.

Ainda assim, os especialistas dizem que é o mais avançado sistema em uso hoje para pacientes reais que permite que o sistema nervoso controle diretamente o movimento de um braço artificial.

Desde sua introdução por Todd Kuiken, médico fisioterapeuta e engenheiro biomédico do Instituto de Reabilitação de Chicago, o método foi empregado em cerca de 30 pacientes nos Estados Unidos, Canadá e Europa, entre os quais oito soldados feridos no Iraque e no Afeganistão.

Muitos dos pacientes, entre os quais o primeiro, Jesse Sullivan, um operário do setor elétrico no Tennessee que perdeu os dois braços quando foi eletrocutado por um cabo, conseguem não apenas manipular seus braços protéticos mas sentir a presença das mãos que já não têm quando alguém toca em seus peitos.

Sullivan, 62 anos, e Kitts, estavam entre os cinco pacientes que participaram do estudo reportado na terça-feira. Em companhia de cinco outras pessoas que não passaram por amputações, eles receberam os eletrodos e foram instruídos a usar pensamentos para fazer com que um braço virtual na tela reproduzisse 10 movimentos diferentes, entre os quais três formas diferentes de aperto de mão.

Os pacientes apresentaram desempenho bastante respeitável, apenas um pouco mais lento e menos preciso do que os dos participantes que não tinham amputações.

"As velocidades de movimento que encontramos em nossos pacientes foram realmente encorajadoras", disse Kuiken. "Eles conseguiram completar a tarefa. É claro que não foram tão competentes quanto as pessoas dotadas de plena capacidade física, mas foram bons o bastante".

Um braço virtual foi usado porque a maioria das próteses existentes não era capaz de acomodar todos aqueles movimentos, no momento da pesquisa, ainda que Sullivan, Kitts e uma terceira paciente, Claudia Mitchell, tenham experimentado dois novos protótipos mais versáteis de braços artificiais, executando tarefas complexas com bolas de tênis e outros objetos.

O trabalho de renervação em soldados apresenta outros desafios, diz Kuiken, porque os ferimentos militares muitas vezes "causam danos muitos extensos" a nervos, músculos ou ossos.

Daniel Acosta, 25 anos, um aviador ferido pela detonação de uma bomba em uma estrada do Iraque em 2005, passou pelo procedimento no ano passado e diz que seu braço esquerdo protético agora se movimenta "muito mais rápido" e de maneira muito mais natural.

"A diferença é que agora não preciso mais pensar para mover o braço", ele diz. "Ele simplesmente se mexe".

Ainda assim, Acosta, de San Antonio, diz que "o processo foi bastante longo" e que os eletrodos precisam ser ajustados para receber os sinais à medida que os nervos crescem ou mudam de posição.

E embora elogiem o método, os especialistas afirmam que a ciência das próteses de braço ainda tem muito por avançar.

"Trata-se de uma parte crucial, mas ainda assim apenas uma parte, das muitas coisas que compreendem a função normal de um braço", disse Loeb, que escreveu um editorial que acompanha o artigo no Journal of the American Medical Association.

"No momento estamos a meio do caminho entre o braço de 'Dr. Fantástico', que fazia involuntariamente a saudação nazista, e o braço de Luke Skywalker em 'Guerra nas Estrelas', que funciona sem nenhum problema assim que é conectado. Creio que precisaremos ainda de muitos anos para conectar todas as peças necessárias a produzir um braço capaz de funcionar normalmente".

Anónimo disse...

17:04
Anónimo disse...
A Espanha disse neste sábado que está preparando uma reclamação oficial contra a decisão da Venezuela de expulsar um membro do Parlamento Europeu que criticou o conselho eleitoral venezuelano.
Luis Herrero, membro do partido conservador espanhol PP, foi deportado na sexta-feira depois que o Conselho Nacional Eleitoral (CNE) o acusou de questionar a imparcialidade da instituição antes de um referendo que pode permitir ao presidente Hugo Chávez permanecer no cargo indefinidamente.

Herrero estava na Venezuela como observador do referendo. Ele acusou Chávez de ter "comportamentos típicos de um ditador" por pedir a contenção de manifestações da oposição.

O governo da Espanha convocou um encontro com o embaixador da Venezuela em Madri para expressar a desaprovação sobre a expulsão de Herrero, disse um representante do Ministério das Relações Exteriores espanhol.

As relações da Venezuela com a Espanha tiveram seu ponto crítico em 2007, quando Chávez ameaçou rever acordos diplomáticos e comerciais depois de ouvir um "cala a boca" do rei espanhol Juan Carlos durante uma cúpula.

A fenda foi oficialmente reparada em 2008, com uma visita oficial de Chávez à Espanha, onde ele cumprimentou o rei e discutiu acordos para investimento no setor petroquímico com o primeiro-ministro José Luis Rodriguez Zapatero.
17:06
Anónimo disse...
A polícia do Zimbábue anunciou neste sábado que acusa de traição Roy Bennett, dirigente do até agora opositor Movimento para a Mudança Democrática (MDC), detido na sexta-feira, em Harare, poucas horas antes da cerimônia de posse dos membros do novo gabinete.

"A Polícia nos informou que vão apresentar acusações de traição", disse à agência EFE o advogado de defesa de Bennett, Trust Maanda.

"Tentam relacionar Roy com o caso de Mike Hitschmann, que foi detido em 2006 em relação à descoberta de um carregamento de armas, apesar de que Hitschmann não tenha sido declarado culpado das acusações de traição apresentadas contra ele, mas de um crime menor de descumprimento de leis", disse Maanda.

O político opositor, designado por seu partido como vice-ministro de Agricultura no Governo de união nacional, esteve no exílio na vizinha África do Sul desde 2006 e retornou ao Zimbábue há duas semanas.

Segundo a Polícia, que deteve Bennett ontem no aeroporto de Harare quando pretendia ir à África do Sul para visitar sua família, as armas apreendidas em 2006 seriam utilizadas em um golpe de Estado para derrubar o presidente do Zimbábue, Robert Mugabe.

Depois da detenção, Bennet foi levado a Mutar, onde vários simpatizantes do MDC se concentraram em frente à delegacia na qual estava detido, diante do que a Polícia respondeu com tiros para o alto para dispersar os manifestantes.
17:07
Anónimo disse...
Austrália: 14 mil se candidatam a 'emprego dos sonhos'

A secretaria de Turismo de Queensland, na Austrália, informou que até esta segunda-feira já recebeu cerca de 14 mil inscrições para o "o melhor emprego do mundo". O Estado australiano promove pela internet seleção para vaga de "zelador" da ilha Hamilton, por seis meses com um salário de R$ 40 mil.

Muitos candidatos tiveram problemas durante a inscrição por conta dos acessos simultâneos ao site. A secretaria aconselha enviar os vídeos de 60s explicando porque deve ser escolhido em horários alternativos do dia, além de recomendar tamanho em torno de 40MB.

As inscrições começaram em 12 de janeiro e vão até o próximo dia 22 e podem ser feitas pelo site www.islandreefjob.com. O governo australiano escolherá 50 candidatos para a próxima fase da seleção, que terá votos do público para eleger um dos 11 finalistas.

A última fase terá entrevistas e desafios físicos, no próprio local de trabalho: as ilhas da Grande Barreira Coralina - o maior recife de coral do mundo. A secretaria de Turismo anunciará o vencedor no dia 6 de maio.
17:09
Anónimo disse...
Mercado elogia governo na crise, mas pede maior queda no juro

Peter Fussy
Direto de São Paulo

Desde as primeiras medidas anunciadas para combater os efeitos da crise, o governo brasileiro avisou que a estratégia não contemplaria um pacote. Seriam doses pontuais, de acordo com a necessidade da economia diante do agravamento das turbulências. Da primeira liberação dos depósitos compulsórios em setembro até a ampliação do seguro-desemprego na última quarta-feira, o governo passou por redução de impostos, ampliação de crédito e incentivos à exportação. Quase 150 dias após a primeira medida, o Terra conversou com líderes do setor público e privado, representantes dos trabalhadores, acadêmicos e com o próprio governo para saber quais destas ações foram mais eficazes, quais foram mais ineficientes e o que mais pode ser feito pelo Estado brasileiro contra a crise.

Os maiores elogios foram direcionados à atitude de reduzir o Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) para a indústria automobilística, anunciada em dezembro e que fez com que os emplacamentos de carros novos subissem 1,9% no primeiro mês do ano em relação a dezembro de 2008. Já as maiores críticas foram para a lentidão no corte da taxa básica de juro do País.

Para o presidente do conselho administrativo do Grupo Pão de Açúcar, Abílio Diniz, o Estado não é responsável pela crise e mesmo assim está agindo "com extrema serenidade e muito acerto". "O governo está atento, fazendo a sua parte. É preciso coragem de baixar firmemente a taxa de juros. É uma arma que temos a nosso favor, já que não há clima para inflação, nem possibilidade de danos para a macroeconomia", afirmou Diniz.

Na última reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), em janeiro, a taxa Selic foi reduzida em um ponto percentual, de 13,75% para 12,75% ao ano. Porém, o professor de economia da Universidade de Brasília (UnB) José Luiz Oreiro lembra que este corte representa uma redução de apenas 0,25 ponto percentual com relação à taxa de setembro do ano passado, quando a crise se agravou.

"Pouco antes da eclosão da crise, o Banco Central aumentou a taxa em 0,75 ponto. Foram cinco meses de demora para reduzir em termos líquidos apenas 0,25 ponto", afirmou o economista, que também sugeriu redução do intervalo de cerca de 90 dias entre as reuniões do Copom e o corte de pelo menos um 1 ponto percentual em cada reunião.

Mesmo com o corte de janeiro, a taxa de juros real continua sendo a maior do mundo, lembrou o secretário-geral da Força Sindical, João Carlos Gonçalves, o Juruna. "A redução da taxa de juro ainda é pequena, porque ela continua uma das mais altas do mundo. Falta ousadia para baixar os juros e ajudar o cidadão. A permanência da taxa de juro alta é negativa para o País em meio a crise", afirmou Juruna.

Embora aprove as ações do governo, o senador Aloízio Mercadante (PT-SP) também acredita que o patamar da Selic está muito alto. "Sempre fomos os primeiros a entrar em qualquer crise, o que não aconteceu agora. A taxa Selic ainda é muito alta, mas o governo têm tomado medidas acertadas, como o aumento do salário mínimo, mesmo com um cenário de crise. Isso ajuda a movimentar o consumo. O governo está se esforçando para manter os investimentos e o crescimento", disse.

Tributos
De acordo com o economista Fabio Pina, da Fecomercio-SP, as ações mais positivas estão relacionadas à redução de tributos para alguns segmentos, como a indústria automobilística, que recuperou parte da queda nas vendas em janeiro com a isenção do IPI para carros 1.0 l e o corte para demais motorizações. A medida vale até o final de março.

"Essas medidas não só reduziram o preço, mas anteciparam o consumo daqueles que iriam comprar no futuro, dando um prêmio por conta da insegurança. Mexe diretamente com o principal problema que é a confiança do consumidor", afirmou. Juruna destacou que um bom ritmo de vendas é garantia de emprego. "É importante porque cada emprego na montadora significa 19 na cadeia produtiva", comentou o representante da Força Sindical.

Também em dezembro, o governo decidiu cortar pela metade a alíquota do Imposto de Renda para contribuintes que ganham entre R$ 1.434 e R$ 2.150 mensais. "O salário aumentava e a tabela não se modificava. As pessoas ganhavam mais e pagavam mais impostos", apontou Juruna. Outra redução de tributos do governo foi com relação ao Imposto sobre Operações Financeiras (IOF), que caiu de 3% ao ano para 1,5%.

Crédito
Na segunda metade de 2008, o colapso de bancos nos Estados Unidos por conta da crise do subprime provocou uma forte restrição de crédito no mundo inteiro. Uma das primeiras medidas anticrise do governo teve como objetivo restabelecer a oferta, com mudanças no recolhimento dos depósitos compulsórios por parte dos bancos. Segundo o presidente do Banco Central, Henrique Meirelles, as diversas modificações liberaram US$ 99,2 bilhões aos bancos até o final de janeiro.

Além disso, o governo concedeu R$ 36 bilhões das reservas internacionais para empresas brasileiras com dívidas no exterior e uma medida provisória autorizou o Banco do Brasil e a Caixa Econômica Federal a comprar carteiras de crédito de bancos privados. Para o diretor do Departamento de Pesquisas e Estudos Econômicos da Fiesp, Paulo Francini, estas medidas foram essenciais para combater os efeitos da crise.

"A crise se desenvolve no mundo em torno do tema crédito. E o crédito reduziu-se barbaridade no mundo. Então o governo lança mão de compulsório, lança mão de reservas, de medidas que permitem aos bancos comprar carteiras de bancos. Você vai tomando várias medidas para atender às demandas e o epicentro disso é crédito", afirmou.

No entanto, Oreiro, da UnB, adverte que a liberação dos compulsórios seria mais eficiente acompanhada de redução mais agressiva da taxa básica de juro. "Uma parte do crédito voltou, depois da forte retração em outubro e novembro. O que deveria ter sido feito junto à liberação do compulsório era uma redução mais drástica da taxa de juro. Sem isso, os bancos pegam as reservas e acabam comprando títulos públicos", explicou o economista.

Na opinião de Pina, as ações de distribuição de crédito via redução do compulsório e a disposição de capital de giro para empresas foram tomadas sem um cuidado maior na operação e não tiveram muito efeito. "O BNDES tem linhas que ficam paradas quase todo o ano, agora é pior ainda. Existem os recursos, mas as empresas e os bancos estão desconfiados. É preciso fazer com que os bancos tenham interesse em emprestar", afirmou o economista da Fecomercio-SP.

Futuro
Mesmo com todas essas medidas, a crise financeira ainda gera incertezas nos setores produtivos do País. Nos últimos meses, o medo do desemprego fez os consumidores adiarem compras. Por sua vez, a queda nas vendas pode obrigar as indústrias a cortarem a produção e demitir funcionários. Contra isso, empresários sugerem redução de jornada e de salários.

"Isto está previsto em lei. A Fiesp simplesmente manteve conversações com entidades sindicais quanto à aplicação daquilo que já está previsto em lei", afirmou Francini.

Segundo a ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff, uma das medidas que assegura um nível de emprego é a manutenção de investimentos no Programa de Aceleração do Crescimento (PAC). "Estamos esperando que a dificuldade ocorra em janeiro, fevereiro e março. Estamos certos que vamos manter o nível de investimento. É isso que funciona, é isso que significa investimento público. Ele funciona como um colchão. Por isso, nós colocamos R$ 100 bilhões no BNDES e a Petrobras ampliou o seu investimento em R$ 120 bilhões", afirmou.

Na mesma linha, Pina explica que a antecipação de gastos do governo substitui parte da demanda retraída do setor privado. "Ele dá o seguinte recado: não vou estourar as contas públicas, mas concentrar em um momento em que a demanda privada está pequena. Mas o governo não tem fôlego suficiente para fazer o papel de toda demanda", ressaltou. O economista da Fecomercio lembrou que a entidade já pleiteou junto ao governo isenções para transferência de imóveis e de automóveis, além de retirar o IPVA para veículos novos.

Já Oreiro foca suas propostas na capitalização do Banco do Brasil e da Caixa Econômica Federal pelo Tesouro para atender a demanda de crédito para capital de giro e reduzir o spread. "Aumentando o empréstimo e reduzindo as taxas, os dois vão forçar os bancos privados a acompanhar o movimento, até para não perderem participação no mercado", explicou o economista da UnB.

Até o Carnaval, o governou prometeu detalhar um pacote de incentivos para a construção de até um milhão de casas populares, direcionado a famílias com renda de até dez salários mínimos. "Estamos atentos a tudo o que está acontecendo e novas medidas serão tomadas caso haja uma avaliação de que sejam necessárias", disse o ministro da Fazenda, Guido Mantega, na última sexta-feira.
17:11
Anónimo disse...
Ex-ministro critica extensão do seguro-desemprego

Atualizada às 09h03

O ex-ministro do Trabalho Almir Pazzianotto criticou a decisão do governo federal de conceder o seguro-desemprego estendido a apenas alguns setores. "É certamente odioso e provavelmente inconstitucional", disse Pazzianotto, de acordo com o jornal O Estado de S. Paulo.

Na última qurta, dia do anúncio da medida, centrais sindicais elogiaram a atitude do governo. A Força Sindical divulgou nota dizendo que "o aumento ajudará a aquecer parte da economia, já que irá gerar mais consumo, produção e conseqüentemente, a criação de novos postos de trabalho". A União Geral dos Trabalhadores (UGT) afirmou que a medida "contribuirá para minimizar o drama dos trabalhadores que perderem seu emprego por conta da crise".

O ex-ministro, que instituiu o seguro-desemprego no País no governo de José Sarney, destacou a necessidade de as centrais sindicais se manifestarem contra a determinação. Para ele, as mudanças devem ser aplicadas a todas as categorias profissionais e a distinção é contrária ao artigo 3º da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT).

Pazzianotto atribui a medida a um possível temor do governo de que a crise econômica seja longa e não haja dinheiro para atender a todas as necessidades. Ainda assim, ele se mostra contrário ao método de concessão. "O seguro-desemprego ajuda a sanar necessidades básicas. Estendê-lo é paliativo, não a solução", disse ao jornal.

De acordo com o presidente do Conselho Deliberativo do Fundo de Amparo ao Trabalhador (Codefat) e conselheiro da Força Sindical, Luiz Fernando Emediato, a determinação já estava prevista na lei 8.900/94, que trata do seguro-desemprego.

O presidente da Comissão de Trabalho da Câmara, Pedro Fernandes (PTB-MA) vai além na crítica à concessão do seguro para apenas alguns setores. Ele acredita que a ampliação do benefício estimula o desemprego.

Quintino Severo, secretário geral da Central Única dos Trabalhadores (CUT), lembra que a ampliação do benefício sem critério e identificação pode incentivar demissões em outros setores.
17:13
Anónimo disse...
Empresas
TAM faz promoção para destinos internacionais

A companhia aérea TAM anunciou nesta sexta-feira tarifas promocionais para trechos internacionais. Os preços valem para bilhetes comprados entre 6h deste sábado e 23h59 deste domingo e são válidos para classe econômica. As tarifas, para ida e volta, serão vendidas a partir de US$ 99, mais taxas.

Segundo a aérea, a promoção vale para viagens feitas no período de 14 de fevereiro a 18 de junho de 2009. Para destinos na América do Sul, a permanência mínima é de dois dias; para bilhetes com destino nos Estados Unidos, cinco dias; e Europa, sete dias. A permanência máxima para as passagens para América do Sul e EUA é de dois meses e para Europa, três meses.

Entre os exemplos de tarifas promocionais, a TAM oferece São Paulo-Lima por US$ 99. Bilhetes para a rota São Paulo-Santiago serão vendidos a partir de US$ 199 e São Paulo-Nova York, US$ 799.

A emissão dos bilhetes deve ser feita obrigatoriamente no ato da reserva, obedecendo às regras estipuladas pela companhia. A compra está sujeita à disponibilidade de assentos nas classes tarifárias determinadas, trechos, horários e datas. A TAM afirmou que também há tarifas promocionais para a classe executiva.

Mais informações podem ser encontradas no site promocional (www.ofertastam.com.br), no site da empresa (www.tam.com.br) ou pelos telefones 4002-5700 ou 0800 5705700.
17:13
Anónimo disse...
Empresas
Consultoria negocia compra do parque temático Hopi Hari

A consultoria especializada em reestruturação de empresas Íntegra Associados informou nesta sexta-feira ter um acordo para comprar o parque de diversões Hopi Hari, localizado no interior de São Paulo. A empresa estaria disposta a investir R$ 10 milhões no parque, que tem dívida estimada em R$ 800 milhões. As informações são da edição deste sábado do jornal Folha de S. Paulo.

De acordo com o jornal, a transação ainda depende da negociação entre o Hopi Hari e seus credores, o que já estaria em andamento.

A consultoria paulista já atuou junto à Parmalat, durante 30 meses, quando reorganizou a gestão da empresa italiana.

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17:14
Anónimo disse...
Empresas
Disney de Tóquio contratará mais 2 mil apesar da crise


A Oriental Land, o operador da Disneylândia Tóquio e DisneySea, organizou neste domingo entrevistas para contratar cerca de 2 mil trabalhadores em tempo parcial, em um momento de grandes demissões deste tipo de empregados no Japão.

» Disney oferece demissão voluntária a 600
» Desaceleração prejudica resultados da Disney
» Entenda a crise do crédito
» Opine sobre a crise nos mercados financeiros

O operador deste parque temático, situado em Urayasu, na província de Chiba (leste de Tóquio), está em pleno processo de seleção de empregados para 20 tipos de postos trabalhistas diferentes.

Segundo a companhia, citada pela agência local de notícias Kyodo, o parque contratará novos trabalhadores para as atrações, para os restaurantes e guardas de segurança entre outros. Os novos contratados começarão a trabalhar a partir de fevereiro.

O processo de seleção acontece em um momento em que a maioria das grandes companhias japonesas começaram a se ver obrigadas a despedir uma elevada percentagem de seus trabalhadores temporários e a tempo parcial.

Algumas inclusive anunciaram demissões de seus trabalhadores fixos, uma medida muito pouco comum nas companhias japonesas, perante os efeitos piores que o esperado pela crise econômica global.

Cerca de uma centena de pessoas esperavam desde a primeira hora desta manhã a abertura do centro de conferências Tokyo International Forum, onde as entrevistas estão sendo feitas, para ser os primeiros a solicitar os postos de trabalho.


Todos os direitos reservados. É proibido todo tipo de reprodução sem autorização escrita da EFE.
17:15
Anónimo disse...
Economia Internacional
Senado dos EUA aprova plano de estímulo à economia

O Senado dos Estados Unidos aprovou com 60 votos a favor e 38 contra o plano de estímulo à economia de US$ 787 bilhões na madrugada deste sábado. Agora, ele segue para sanção ou veto do presidente Barack Obama, que espera colocar a lei em prática até o dia 16 de fevereiro.

O plano prevê a criação de três milhões de empregos, inclui cortes de impostos às famílias, fundos para programas sociais e obras públicas, além de ajuda aos governos estaduais, estudantes e desempregados.

A cláusula Buy American - que exige o uso de ferro, aço e produtos manufaturados dos Estados Unidos em obras realizadas com recursos do pacote - ficou de lado. Segundo o texto definitivo, a cláusula será aplicada sem violar as normas do comércio internacional.

Ontem à tarde, a Câmara de Representantes (deputados) havia aprovado, por 246 votos a favor e 183 contra, a versão final do plano. Todos os republicanos foram contrários ao pacote.

Pelo acordo de quarta-feira entre Câmara e Senado, em vez de custar US$ 819 bilhões, como queriam os deputados, ou US$ 838 bilhões como pretendiam os senadores, o pacote ficou em cerca de US$ 787 bilhões, com 65% desse total destinado a gastos do governo federal e 35%, a créditos tributários.
17:16
Anónimo disse...
Economia nacional
Na era Lula, aposentadoria sobe 54% menos que salário mínimo

Thatiane Faria
Especial para o Terra
Direto de São Paulo

Os índices de reajustes concedidos pelo governo em 2009 para aposentados e pensionistas e para o salário mínimo repetiram uma diferença que, só durante o governo de Luiz Inácio Lula da Silva, já chega a 54%. Enquanto o mínimo foi majorado em 12% este ano, as pensões e aposentadorias tiveram aumento de 5,92%. Aposentados que têm o benefício do governo como única fonte de renda reclamam que perdem poder de compra e que sua cesta de compras é composta por itens que aumentam mais em relação à inflação oficial.

Um exemplo prático pode ser entendido a partir da comparação entre um aposentado que ganhava R$ 600 em janeiro de 2003. Na época, o benefício era três vezes, ou 200%, maior que o valor do mínimo em vigência, que era de R$ 200. Aplicando-se os índices de reajuste para aposentadorias e para o mínimo durante os últimos seis anos, o mesmo aposentado estaria recebendo hoje R$ 938,47, comparado a um salário mínimo de R$ 465. A diferença entre os dois valores caiu para pouco mais de 100%.

Enquanto o índice acumulado de reajuste para a aposentadoria durante o governo Lula foi de 60%, para o salário mínimo está em 132%.

O diretor do Sindicato Nacional dos Aposentados, João Inocentini, reclama que os valores dos benefícios para aposentadorias não mantêm o poder de compra do grupo, principalmente dos aposentados que recebem menos que dez salários mínimos.

Nem mesmo o fato de o índice de reajuste das aposentadorias ter ficado acima da inflação acumulada no mesmo período (o IPCA entre janeiro de 2003 e janeiro de 2009 foi de 39,7%) serve de argumento, segundo os aposentados.

"Os idosos, principalmente, têm gastos além das contas gerais como gás, telefone e aluguel. Para eles o custo com remédios, e outros itens da área saúde costuma ser maior", afirmou Inocentini.

O presidente do sindicato afirmou que o grupo realiza um estudo com 100 itens de necessidade de um idoso para comparar o aumento dos produtos com o índice de reajuste do benefício recebido pelos aposentados.

"Daqui dois meses vamos abrir um processo na Justiça e levar essa pesquisa como prova. Segundo a lei, o governo é obrigado a manter o poder de compra com a aposentadoria", disse Inocentini.

Alternativas
O consultor financeiro Cláudio Boriola diz que os aposentados, especialmente nesse momento de crise econômica, devem evitar compras parceladas, pesquisar preços, negociar e fazer bom planejamento financeiro.

Segundo Boriola, alguns aposentados ganham um valor mensal muitas vezes insuficiente para o pagamento das contas e acabam pedindo crédito ou realizando pagamentos a prazo e são obrigados a pagar juros altos.

Na opinião do consultor, pagar uma previdência privada é uma alternativa indicada para quem ainda trabalha, considerando a característica de perda de poder de compra da aposentadoria.

"Na prática, infelizmente os valores encontram-se em um patamar que está deteriorando o poder de aquisição da população brasileira", completou Boriola.

De acordo com o diretor da Confederação Brasileira de Aposentados e Pensionistas (Cobap), Vicente Fernandes Barbosa, representantes dos aposentados tentarão um encontro com o presidente da Câmara, deputado Michel Temer (PMDB-SP), para discutir projetos que minimizem a perda dos aposentados
17:17
Anónimo disse...
Previdência
Previdência prorroga isenção de tarifas no benefício

O atual sistema de pagamento aos 26 milhões de aposentados e pensionistas do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) será mantido até o final deste ano. O acordo, que permite realizar a operação sem nenhum custo aos beneficiários, foi renovado nesta sexta-feira, entre o governo federal e 21 instituições financeiras.

Por meio desse acordo, vigente desde setembro de 2007, nem os segurados, nem os bancos e nem o governo arcam com o pagamento de tarifas, conforme explicou o ministro da Previdência Social, José Pimentel. A prorrogação vale até dezembro, data máxima para que a Previdência defina as regras para um novo contrato.

Ao assinar o termo de renovação, na sede da Federação Brasileira dos Bancos (Febraban), o ministro disse que a intenção do governo é mudar o atual modelo de gestão visando a reduzir os custos dessas operações em torno da folha mensal, que atinge R$ 15,8 bilhões. No entanto, qualquer alteração, conforme explicou, passará antes por audiências públicas a serem realizadas a partir do segundo semestre deste ano, atendendo a determinação do Tribunal de Contas da União (TCU).

De acordo com Pimentel, com um redesenho do mecanismo de repasse dos recursos aos bancos em torno da folha de pagamento dos segurados o que se busca é um aumento da participação de instituições financeiras. Ele informou que, desde 2007, cada benefício custa em média R$ 1,07 ao governo. "Quanto mais instituições financeiras estiverem prestando serviços à sociedade, maior é a competitividade, a agilidade no atendimento", justificou.

O ministro observou, ainda, que, para permitir uma redução para algo em torno de meia hora no tempo de atendimento para a concessão dos direitos previdenciários, o governo investiu R$ 280 milhões.

Questionado sobre o descontentamento dos segurados que ganham acima de um salário mínimo terem obtido apenas a correção com base na variação do Índice de Preços ao Consumidor (INPC) , ficando abaixo do reajuste dado a quem recebe apenas o mínimo, Pimentel argumentou que o governo seguiu o que determina a lei e descartou a possibilidade de uma revisão
17:17
Anónimo disse...
Empresas
Caterpillar oferece aposentadoria antecipada a 2 mil


A companhia americana Caterpillar ofereceu a cerca de dois mil funcionários incentivos para que se aposentem de forma voluntária antes do previsto, pela perspectiva de uma queda "significativa" da atividade industrial, informou nesta quarta-feira a empresa.

A iniciativa, destinada aos trabalhadores de diversas fábricas em Illinois, Colorado, Tennessee e Pensilvânia, se soma aos cortes de empregos anunciados em janeiro, explicou em comunicado de imprensa.

A empresa, a maior fabricante mundial de maquinaria pesada para a construção e a mineração, acrescentou que, "em função das condições de negócio, podem ser necessárias mais reduções de elenco voluntárias e involuntárias à medida que o ano avança".

O vice-presidente da companhia, Sid Banwart, explicou que a empresa prevê "demissões significativas em todas as regiões geográficas e na maioria dos setores devido às dific

Anónimo disse...

17:04
Anónimo disse...
A Espanha disse neste sábado que está preparando uma reclamação oficial contra a decisão da Venezuela de expulsar um membro do Parlamento Europeu que criticou o conselho eleitoral venezuelano.
Luis Herrero, membro do partido conservador espanhol PP, foi deportado na sexta-feira depois que o Conselho Nacional Eleitoral (CNE) o acusou de questionar a imparcialidade da instituição antes de um referendo que pode permitir ao presidente Hugo Chávez permanecer no cargo indefinidamente.

Herrero estava na Venezuela como observador do referendo. Ele acusou Chávez de ter "comportamentos típicos de um ditador" por pedir a contenção de manifestações da oposição.

O governo da Espanha convocou um encontro com o embaixador da Venezuela em Madri para expressar a desaprovação sobre a expulsão de Herrero, disse um representante do Ministério das Relações Exteriores espanhol.

As relações da Venezuela com a Espanha tiveram seu ponto crítico em 2007, quando Chávez ameaçou rever acordos diplomáticos e comerciais depois de ouvir um "cala a boca" do rei espanhol Juan Carlos durante uma cúpula.

A fenda foi oficialmente reparada em 2008, com uma visita oficial de Chávez à Espanha, onde ele cumprimentou o rei e discutiu acordos para investimento no setor petroquímico com o primeiro-ministro José Luis Rodriguez Zapatero.
17:06
Anónimo disse...
A polícia do Zimbábue anunciou neste sábado que acusa de traição Roy Bennett, dirigente do até agora opositor Movimento para a Mudança Democrática (MDC), detido na sexta-feira, em Harare, poucas horas antes da cerimônia de posse dos membros do novo gabinete.

"A Polícia nos informou que vão apresentar acusações de traição", disse à agência EFE o advogado de defesa de Bennett, Trust Maanda.

"Tentam relacionar Roy com o caso de Mike Hitschmann, que foi detido em 2006 em relação à descoberta de um carregamento de armas, apesar de que Hitschmann não tenha sido declarado culpado das acusações de traição apresentadas contra ele, mas de um crime menor de descumprimento de leis", disse Maanda.

O político opositor, designado por seu partido como vice-ministro de Agricultura no Governo de união nacional, esteve no exílio na vizinha África do Sul desde 2006 e retornou ao Zimbábue há duas semanas.

Segundo a Polícia, que deteve Bennett ontem no aeroporto de Harare quando pretendia ir à África do Sul para visitar sua família, as armas apreendidas em 2006 seriam utilizadas em um golpe de Estado para derrubar o presidente do Zimbábue, Robert Mugabe.

Depois da detenção, Bennet foi levado a Mutar, onde vários simpatizantes do MDC se concentraram em frente à delegacia na qual estava detido, diante do que a Polícia respondeu com tiros para o alto para dispersar os manifestantes.
17:07
Anónimo disse...
Austrália: 14 mil se candidatam a 'emprego dos sonhos'

A secretaria de Turismo de Queensland, na Austrália, informou que até esta segunda-feira já recebeu cerca de 14 mil inscrições para o "o melhor emprego do mundo". O Estado australiano promove pela internet seleção para vaga de "zelador" da ilha Hamilton, por seis meses com um salário de R$ 40 mil.

Muitos candidatos tiveram problemas durante a inscrição por conta dos acessos simultâneos ao site. A secretaria aconselha enviar os vídeos de 60s explicando porque deve ser escolhido em horários alternativos do dia, além de recomendar tamanho em torno de 40MB.

As inscrições começaram em 12 de janeiro e vão até o próximo dia 22 e podem ser feitas pelo site www.islandreefjob.com. O governo australiano escolherá 50 candidatos para a próxima fase da seleção, que terá votos do público para eleger um dos 11 finalistas.

A última fase terá entrevistas e desafios físicos, no próprio local de trabalho: as ilhas da Grande Barreira Coralina - o maior recife de coral do mundo. A secretaria de Turismo anunciará o vencedor no dia 6 de maio.
17:09
Anónimo disse...
Mercado elogia governo na crise, mas pede maior queda no juro

Peter Fussy
Direto de São Paulo

Desde as primeiras medidas anunciadas para combater os efeitos da crise, o governo brasileiro avisou que a estratégia não contemplaria um pacote. Seriam doses pontuais, de acordo com a necessidade da economia diante do agravamento das turbulências. Da primeira liberação dos depósitos compulsórios em setembro até a ampliação do seguro-desemprego na última quarta-feira, o governo passou por redução de impostos, ampliação de crédito e incentivos à exportação. Quase 150 dias após a primeira medida, o Terra conversou com líderes do setor público e privado, representantes dos trabalhadores, acadêmicos e com o próprio governo para saber quais destas ações foram mais eficazes, quais foram mais ineficientes e o que mais pode ser feito pelo Estado brasileiro contra a crise.

Os maiores elogios foram direcionados à atitude de reduzir o Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) para a indústria automobilística, anunciada em dezembro e que fez com que os emplacamentos de carros novos subissem 1,9% no primeiro mês do ano em relação a dezembro de 2008. Já as maiores críticas foram para a lentidão no corte da taxa básica de juro do País.

Para o presidente do conselho administrativo do Grupo Pão de Açúcar, Abílio Diniz, o Estado não é responsável pela crise e mesmo assim está agindo "com extrema serenidade e muito acerto". "O governo está atento, fazendo a sua parte. É preciso coragem de baixar firmemente a taxa de juros. É uma arma que temos a nosso favor, já que não há clima para inflação, nem possibilidade de danos para a macroeconomia", afirmou Diniz.

Na última reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), em janeiro, a taxa Selic foi reduzida em um ponto percentual, de 13,75% para 12,75% ao ano. Porém, o professor de economia da Universidade de Brasília (UnB) José Luiz Oreiro lembra que este corte representa uma redução de apenas 0,25 ponto percentual com relação à taxa de setembro do ano passado, quando a crise se agravou.

"Pouco antes da eclosão da crise, o Banco Central aumentou a taxa em 0,75 ponto. Foram cinco meses de demora para reduzir em termos líquidos apenas 0,25 ponto", afirmou o economista, que também sugeriu redução do intervalo de cerca de 90 dias entre as reuniões do Copom e o corte de pelo menos um 1 ponto percentual em cada reunião.

Mesmo com o corte de janeiro, a taxa de juros real continua sendo a maior do mundo, lembrou o secretário-geral da Força Sindical, João Carlos Gonçalves, o Juruna. "A redução da taxa de juro ainda é pequena, porque ela continua uma das mais altas do mundo. Falta ousadia para baixar os juros e ajudar o cidadão. A permanência da taxa de juro alta é negativa para o País em meio a crise", afirmou Juruna.

Embora aprove as ações do governo, o senador Aloízio Mercadante (PT-SP) também acredita que o patamar da Selic está muito alto. "Sempre fomos os primeiros a entrar em qualquer crise, o que não aconteceu agora. A taxa Selic ainda é muito alta, mas o governo têm tomado medidas acertadas, como o aumento do salário mínimo, mesmo com um cenário de crise. Isso ajuda a movimentar o consumo. O governo está se esforçando para manter os investimentos e o crescimento", disse.

Tributos
De acordo com o economista Fabio Pina, da Fecomercio-SP, as ações mais positivas estão relacionadas à redução de tributos para alguns segmentos, como a indústria automobilística, que recuperou parte da queda nas vendas em janeiro com a isenção do IPI para carros 1.0 l e o corte para demais motorizações. A medida vale até o final de março.

"Essas medidas não só reduziram o preço, mas anteciparam o consumo daqueles que iriam comprar no futuro, dando um prêmio por conta da insegurança. Mexe diretamente com o principal problema que é a confiança do consumidor", afirmou. Juruna destacou que um bom ritmo de vendas é garantia de emprego. "É importante porque cada emprego na montadora significa 19 na cadeia produtiva", comentou o representante da Força Sindical.

Também em dezembro, o governo decidiu cortar pela metade a alíquota do Imposto de Renda para contribuintes que ganham entre R$ 1.434 e R$ 2.150 mensais. "O salário aumentava e a tabela não se modificava. As pessoas ganhavam mais e pagavam mais impostos", apontou Juruna. Outra redução de tributos do governo foi com relação ao Imposto sobre Operações Financeiras (IOF), que caiu de 3% ao ano para 1,5%.

Crédito
Na segunda metade de 2008, o colapso de bancos nos Estados Unidos por conta da crise do subprime provocou uma forte restrição de crédito no mundo inteiro. Uma das primeiras medidas anticrise do governo teve como objetivo restabelecer a oferta, com mudanças no recolhimento dos depósitos compulsórios por parte dos bancos. Segundo o presidente do Banco Central, Henrique Meirelles, as diversas modificações liberaram US$ 99,2 bilhões aos bancos até o final de janeiro.

Além disso, o governo concedeu R$ 36 bilhões das reservas internacionais para empresas brasileiras com dívidas no exterior e uma medida provisória autorizou o Banco do Brasil e a Caixa Econômica Federal a comprar carteiras de crédito de bancos privados. Para o diretor do Departamento de Pesquisas e Estudos Econômicos da Fiesp, Paulo Francini, estas medidas foram essenciais para combater os efeitos da crise.

"A crise se desenvolve no mundo em torno do tema crédito. E o crédito reduziu-se barbaridade no mundo. Então o governo lança mão de compulsório, lança mão de reservas, de medidas que permitem aos bancos comprar carteiras de bancos. Você vai tomando várias medidas para atender às demandas e o epicentro disso é crédito", afirmou.

No entanto, Oreiro, da UnB, adverte que a liberação dos compulsórios seria mais eficiente acompanhada de redução mais agressiva da taxa básica de juro. "Uma parte do crédito voltou, depois da forte retração em outubro e novembro. O que deveria ter sido feito junto à liberação do compulsório era uma redução mais drástica da taxa de juro. Sem isso, os bancos pegam as reservas e acabam comprando títulos públicos", explicou o economista.

Na opinião de Pina, as ações de distribuição de crédito via redução do compulsório e a disposição de capital de giro para empresas foram tomadas sem um cuidado maior na operação e não tiveram muito efeito. "O BNDES tem linhas que ficam paradas quase todo o ano, agora é pior ainda. Existem os recursos, mas as empresas e os bancos estão desconfiados. É preciso fazer com que os bancos tenham interesse em emprestar", afirmou o economista da Fecomercio-SP.

Futuro
Mesmo com todas essas medidas, a crise financeira ainda gera incertezas nos setores produtivos do País. Nos últimos meses, o medo do desemprego fez os consumidores adiarem compras. Por sua vez, a queda nas vendas pode obrigar as indústrias a cortarem a produção e demitir funcionários. Contra isso, empresários sugerem redução de jornada e de salários.

"Isto está previsto em lei. A Fiesp simplesmente manteve conversações com entidades sindicais quanto à aplicação daquilo que já está previsto em lei", afirmou Francini.

Segundo a ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff, uma das medidas que assegura um nível de emprego é a manutenção de investimentos no Programa de Aceleração do Crescimento (PAC). "Estamos esperando que a dificuldade ocorra em janeiro, fevereiro e março. Estamos certos que vamos manter o nível de investimento. É isso que funciona, é isso que significa investimento público. Ele funciona como um colchão. Por isso, nós colocamos R$ 100 bilhões no BNDES e a Petrobras ampliou o seu investimento em R$ 120 bilhões", afirmou.

Na mesma linha, Pina explica que a antecipação de gastos do governo substitui parte da demanda retraída do setor privado. "Ele dá o seguinte recado: não vou estourar as contas públicas, mas concentrar em um momento em que a demanda privada está pequena. Mas o governo não tem fôlego suficiente para fazer o papel de toda demanda", ressaltou. O economista da Fecomercio lembrou que a entidade já pleiteou junto ao governo isenções para transferência de imóveis e de automóveis, além de retirar o IPVA para veículos novos.

Já Oreiro foca suas propostas na capitalização do Banco do Brasil e da Caixa Econômica Federal pelo Tesouro para atender a demanda de crédito para capital de giro e reduzir o spread. "Aumentando o empréstimo e reduzindo as taxas, os dois vão forçar os bancos privados a acompanhar o movimento, até para não perderem participação no mercado", explicou o economista da UnB.

Até o Carnaval, o governou prometeu detalhar um pacote de incentivos para a construção de até um milhão de casas populares, direcionado a famílias com renda de até dez salários mínimos. "Estamos atentos a tudo o que está acontecendo e novas medidas serão tomadas caso haja uma avaliação de que sejam necessárias", disse o ministro da Fazenda, Guido Mantega, na última sexta-feira.
17:11
Anónimo disse...
Ex-ministro critica extensão do seguro-desemprego

Atualizada às 09h03

O ex-ministro do Trabalho Almir Pazzianotto criticou a decisão do governo federal de conceder o seguro-desemprego estendido a apenas alguns setores. "É certamente odioso e provavelmente inconstitucional", disse Pazzianotto, de acordo com o jornal O Estado de S. Paulo.

Na última qurta, dia do anúncio da medida, centrais sindicais elogiaram a atitude do governo. A Força Sindical divulgou nota dizendo que "o aumento ajudará a aquecer parte da economia, já que irá gerar mais consumo, produção e conseqüentemente, a criação de novos postos de trabalho". A União Geral dos Trabalhadores (UGT) afirmou que a medida "contribuirá para minimizar o drama dos trabalhadores que perderem seu emprego por conta da crise".

O ex-ministro, que instituiu o seguro-desemprego no País no governo de José Sarney, destacou a necessidade de as centrais sindicais se manifestarem contra a determinação. Para ele, as mudanças devem ser aplicadas a todas as categorias profissionais e a distinção é contrária ao artigo 3º da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT).

Pazzianotto atribui a medida a um possível temor do governo de que a crise econômica seja longa e não haja dinheiro para atender a todas as necessidades. Ainda assim, ele se mostra contrário ao método de concessão. "O seguro-desemprego ajuda a sanar necessidades básicas. Estendê-lo é paliativo, não a solução", disse ao jornal.

De acordo com o presidente do Conselho Deliberativo do Fundo de Amparo ao Trabalhador (Codefat) e conselheiro da Força Sindical, Luiz Fernando Emediato, a determinação já estava prevista na lei 8.900/94, que trata do seguro-desemprego.

O presidente da Comissão de Trabalho da Câmara, Pedro Fernandes (PTB-MA) vai além na crítica à concessão do seguro para apenas alguns setores. Ele acredita que a ampliação do benefício estimula o desemprego.

Quintino Severo, secretário geral da Central Única dos Trabalhadores (CUT), lembra que a ampliação do benefício sem critério e identificação pode incentivar demissões em outros setores.
17:13
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TAM faz promoção para destinos internacionais

A companhia aérea TAM anunciou nesta sexta-feira tarifas promocionais para trechos internacionais. Os preços valem para bilhetes comprados entre 6h deste sábado e 23h59 deste domingo e são válidos para classe econômica. As tarifas, para ida e volta, serão vendidas a partir de US$ 99, mais taxas.

Segundo a aérea, a promoção vale para viagens feitas no período de 14 de fevereiro a 18 de junho de 2009. Para destinos na América do Sul, a permanência mínima é de dois dias; para bilhetes com destino nos Estados Unidos, cinco dias; e Europa, sete dias. A permanência máxima para as passagens para América do Sul e EUA é de dois meses e para Europa, três meses.

Entre os exemplos de tarifas promocionais, a TAM oferece São Paulo-Lima por US$ 99. Bilhetes para a rota São Paulo-Santiago serão vendidos a partir de US$ 199 e São Paulo-Nova York, US$ 799.

A emissão dos bilhetes deve ser feita obrigatoriamente no ato da reserva, obedecendo às regras estipuladas pela companhia. A compra está sujeita à disponibilidade de assentos nas classes tarifárias determinadas, trechos, horários e datas. A TAM afirmou que também há tarifas promocionais para a classe executiva.

Mais informações podem ser encontradas no site promocional (www.ofertastam.com.br), no site da empresa (www.tam.com.br) ou pelos telefones 4002-5700 ou 0800 5705700.
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Consultoria negocia compra do parque temático Hopi Hari

A consultoria especializada em reestruturação de empresas Íntegra Associados informou nesta sexta-feira ter um acordo para comprar o parque de diversões Hopi Hari, localizado no interior de São Paulo. A empresa estaria disposta a investir R$ 10 milhões no parque, que tem dívida estimada em R$ 800 milhões. As informações são da edição deste sábado do jornal Folha de S. Paulo.

De acordo com o jornal, a transação ainda depende da negociação entre o Hopi Hari e seus credores, o que já estaria em andamento.

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Disney de Tóquio contratará mais 2 mil apesar da crise


A Oriental Land, o operador da Disneylândia Tóquio e DisneySea, organizou neste domingo entrevistas para contratar cerca de 2 mil trabalhadores em tempo parcial, em um momento de grandes demissões deste tipo de empregados no Japão.

» Disney oferece demissão voluntária a 600
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O operador deste parque temático, situado em Urayasu, na província de Chiba (leste de Tóquio), está em pleno processo de seleção de empregados para 20 tipos de postos trabalhistas diferentes.

Segundo a companhia, citada pela agência local de notícias Kyodo, o parque contratará novos trabalhadores para as atrações, para os restaurantes e guardas de segurança entre outros. Os novos contratados começarão a trabalhar a partir de fevereiro.

O processo de seleção acontece em um momento em que a maioria das grandes companhias japonesas começaram a se ver obrigadas a despedir uma elevada percentagem de seus trabalhadores temporários e a tempo parcial.

Algumas inclusive anunciaram demissões de seus trabalhadores fixos, uma medida muito pouco comum nas companhias japonesas, perante os efeitos piores que o esperado pela crise econômica global.

Cerca de uma centena de pessoas esperavam desde a primeira hora desta manhã a abertura do centro de conferências Tokyo International Forum, onde as entrevistas estão sendo feitas, para ser os primeiros a solicitar os postos de trabalho.


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Economia Internacional
Senado dos EUA aprova plano de estímulo à economia

O Senado dos Estados Unidos aprovou com 60 votos a favor e 38 contra o plano de estímulo à economia de US$ 787 bilhões na madrugada deste sábado. Agora, ele segue para sanção ou veto do presidente Barack Obama, que espera colocar a lei em prática até o dia 16 de fevereiro.

O plano prevê a criação de três milhões de empregos, inclui cortes de impostos às famílias, fundos para programas sociais e obras públicas, além de ajuda aos governos estaduais, estudantes e desempregados.

A cláusula Buy American - que exige o uso de ferro, aço e produtos manufaturados dos Estados Unidos em obras realizadas com recursos do pacote - ficou de lado. Segundo o texto definitivo, a cláusula será aplicada sem violar as normas do comércio internacional.

Ontem à tarde, a Câmara de Representantes (deputados) havia aprovado, por 246 votos a favor e 183 contra, a versão final do plano. Todos os republicanos foram contrários ao pacote.

Pelo acordo de quarta-feira entre Câmara e Senado, em vez de custar US$ 819 bilhões, como queriam os deputados, ou US$ 838 bilhões como pretendiam os senadores, o pacote ficou em cerca de US$ 787 bilhões, com 65% desse total destinado a gastos do governo federal e 35%, a créditos tributários.
17:16
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Na era Lula, aposentadoria sobe 54% menos que salário mínimo

Thatiane Faria
Especial para o Terra
Direto de São Paulo

Os índices de reajustes concedidos pelo governo em 2009 para aposentados e pensionistas e para o salário mínimo repetiram uma diferença que, só durante o governo de Luiz Inácio Lula da Silva, já chega a 54%. Enquanto o mínimo foi majorado em 12% este ano, as pensões e aposentadorias tiveram aumento de 5,92%. Aposentados que têm o benefício do governo como única fonte de renda reclamam que perdem poder de compra e que sua cesta de compras é composta por itens que aumentam mais em relação à inflação oficial.

Um exemplo prático pode ser entendido a partir da comparação entre um aposentado que ganhava R$ 600 em janeiro de 2003. Na época, o benefício era três vezes, ou 200%, maior que o valor do mínimo em vigência, que era de R$ 200. Aplicando-se os índices de reajuste para aposentadorias e para o mínimo durante os últimos seis anos, o mesmo aposentado estaria recebendo hoje R$ 938,47, comparado a um salário mínimo de R$ 465. A diferença entre os dois valores caiu para pouco mais de 100%.

Enquanto o índice acumulado de reajuste para a aposentadoria durante o governo Lula foi de 60%, para o salário mínimo está em 132%.

O diretor do Sindicato Nacional dos Aposentados, João Inocentini, reclama que os valores dos benefícios para aposentadorias não mantêm o poder de compra do grupo, principalmente dos aposentados que recebem menos que dez salários mínimos.

Nem mesmo o fato de o índice de reajuste das aposentadorias ter ficado acima da inflação acumulada no mesmo período (o IPCA entre janeiro de 2003 e janeiro de 2009 foi de 39,7%) serve de argumento, segundo os aposentados.

"Os idosos, principalmente, têm gastos além das contas gerais como gás, telefone e aluguel. Para eles o custo com remédios, e outros itens da área saúde costuma ser maior", afirmou Inocentini.

O presidente do sindicato afirmou que o grupo realiza um estudo com 100 itens de necessidade de um idoso para comparar o aumento dos produtos com o índice de reajuste do benefício recebido pelos aposentados.

"Daqui dois meses vamos abrir um processo na Justiça e levar essa pesquisa como prova. Segundo a lei, o governo é obrigado a manter o poder de compra com a aposentadoria", disse Inocentini.

Alternativas
O consultor financeiro Cláudio Boriola diz que os aposentados, especialmente nesse momento de crise econômica, devem evitar compras parceladas, pesquisar preços, negociar e fazer bom planejamento financeiro.

Segundo Boriola, alguns aposentados ganham um valor mensal muitas vezes insuficiente para o pagamento das contas e acabam pedindo crédito ou realizando pagamentos a prazo e são obrigados a pagar juros altos.

Na opinião do consultor, pagar uma previdência privada é uma alternativa indicada para quem ainda trabalha, considerando a característica de perda de poder de compra da aposentadoria.

"Na prática, infelizmente os valores encontram-se em um patamar que está deteriorando o poder de aquisição da população brasileira", completou Boriola.

De acordo com o diretor da Confederação Brasileira de Aposentados e Pensionistas (Cobap), Vicente Fernandes Barbosa, representantes dos aposentados tentarão um encontro com o presidente da Câmara, deputado Michel Temer (PMDB-SP), para discutir projetos que minimizem a perda dos aposentados
17:17
Anónimo disse...
Previdência
Previdência prorroga isenção de tarifas no benefício

O atual sistema de pagamento aos 26 milhões de aposentados e pensionistas do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) será mantido até o final deste ano. O acordo, que permite realizar a operação sem nenhum custo aos beneficiários, foi renovado nesta sexta-feira, entre o governo federal e 21 instituições financeiras.

Por meio desse acordo, vigente desde setembro de 2007, nem os segurados, nem os bancos e nem o governo arcam com o pagamento de tarifas, conforme explicou o ministro da Previdência Social, José Pimentel. A prorrogação vale até dezembro, data máxima para que a Previdência defina as regras para um novo contrato.

Ao assinar o termo de renovação, na sede da Federação Brasileira dos Bancos (Febraban), o ministro disse que a intenção do governo é mudar o atual modelo de gestão visando a reduzir os custos dessas operações em torno da folha mensal, que atinge R$ 15,8 bilhões. No entanto, qualquer alteração, conforme explicou, passará antes por audiências públicas a serem realizadas a partir do segundo semestre deste ano, atendendo a determinação do Tribunal de Contas da União (TCU).

De acordo com Pimentel, com um redesenho do mecanismo de repasse dos recursos aos bancos em torno da folha de pagamento dos segurados o que se busca é um aumento da participação de instituições financeiras. Ele informou que, desde 2007, cada benefício custa em média R$ 1,07 ao governo. "Quanto mais instituições financeiras estiverem prestando serviços à sociedade, maior é a competitividade, a agilidade no atendimento", justificou.

O ministro observou, ainda, que, para permitir uma redução para algo em torno de meia hora no tempo de atendimento para a concessão dos direitos previdenciários, o governo investiu R$ 280 milhões.

Questionado sobre o descontentamento dos segurados que ganham acima de um salário mínimo terem obtido apenas a correção com base na variação do Índice de Preços ao Consumidor (INPC) , ficando abaixo do reajuste dado a quem recebe apenas o mínimo, Pimentel argumentou que o governo seguiu o que determina a lei e descartou a possibilidade de uma revisão
17:17
Anónimo disse...
Empresas
Caterpillar oferece aposentadoria antecipada a 2 mil


A companhia americana Caterpillar ofereceu a cerca de dois mil funcionários incentivos para que se aposentem de forma voluntária antes do previsto, pela perspectiva de uma queda "significativa" da atividade industrial, informou nesta quarta-feira a empresa.

A iniciativa, destinada aos trabalhadores de diversas fábricas em Illinois, Colorado, Tennessee e Pensilvânia, se soma aos cortes de empregos anunciados em janeiro, explicou em comunicado de imprensa.

A empresa, a maior fabricante mundial de maquinaria pesada para a construção e a mineração, acrescentou que, "em função das condições de negócio, podem ser necessárias mais reduções de elenco voluntárias e involuntárias à medida que o ano avança".

O vice-presidente da companhia, Sid Banwart, explicou que a empresa prevê "demissões significativas em todas as regiões geográficas e na maioria dos setores devido às dific

Anónimo disse...

Registro de habitação popular ficar mais barato em SP
Para facilitar o acesso dos paulistas à moradia, o governo de São Paulo aprovou um projeto de lei reduzindo o valor do primeiro registro de imóveis de interesse social. Nesse grupo estão os imóveis produzidos ou financiados com recursos públicos, construídos por cooperativas habitacionais, associações de moradia, ou edificados pela iniciativa privada em área declarada de interesse social pela prefeitura, com valor até R$ 70 mil.

No caso dos beneficiados da Fundação Instituto de Terras do Estado de São Paulo, órgão responsável por planejar e executar políticas agrárias e fundiárias, um imóvel que faça parte do Programa Minha Terra, voltado a pequenos posseiros, identifica áreas passíveis de regularização fundiária e outorga títulos de propriedade. A propriedade cujo valor venal fosse até R$ 4.915, pagaria R$ 272,90 no Registro de Imóveis.


Agora, considerando a nova legislação, esse valor cai para R$ 96 para cada registro. Com a medida, o governo do Estado espera incentivar a regularização, reduzindo o valor do primeiro registro para imóveis que entrarem em processo até 2013.

A nova lei nº 13.290 também prevê descontos nos atos anteriores ao registro do imóvel, como registro do parcelamento de solo, averbação de construção, instituição de condomínio e abertura de matrículas.

Para empresas públicas, associações e cooperativas de moradia, a redução será de 75%. Já para a iniciativa privada, esses custos cairão cerca de 50%.

Em relação aos cartórios, o governo promete que estes não sairão perdendo, já que o incentivo irá ampliar o número de imóveis regularizados, permitindo renda com futuras transferências de propriedade. A nova norma também irá favorecer os municípios e o poder público, possibilitando maior controle sobre a arrecadação de tributos.

Anónimo disse...

Recessão deve adiar planos de combate às mudanças climáticas das empresas
Fernanda B Müller, da CarbonoBrasil

Uma pesquisa feita pela Unidade de Inteligência da Economist, o braço de pesquisas do The Economist Group, revela que a maioria das empresas (67%) adiará medidas mais rígidas relacionadas à política climática devido à recessão econômica, apostando apenas na eficiência energética para cortar custos.

Entre as mais de 500 empresas pesquisadas, 73% têm planos de fazer da eficiência energética uma prioridade alta a moderada nos próximos dois anos, ressaltando a importância dos benefícios a curto prazo em um momento de crise econômica.

Uma pequena parte dos entrevistados (27%) disse que investiria na criação de produtos com baixas emissões de carbono para melhorar as vendas nos próximos dois anos quando as empresas ainda devem enfrentar dificuldades econômicas. Um pouco mais da metade (54%) revelou que possui algum tipo de estratégia climática, a maioria focada em eficiência energética e atividades internas, não levando em conta o impacto das suas cadeias de fornecimento, parceiros ou clientes.

Quase um quarto dos executivos (23%) disse que as empresas analisaram os impactos do ciclo de vida dos seus produtos e serviços, alegando que tal ponderação oferece resultados inesperados e novas oportunidades. Por exemplo, a Procter & Gamble descobriu que o aquecimento de água para os ciclos de lavagem era responsável por grande parte das emissões totais, levando ao desenvolvimento de um detergente para água fria. No geral, 40% dos pesquisados disseram que as empresas têm desenvolvido nos últimos dois anos novos produtos e serviços que ajudam a reduzir ou evitar danos ambientais.

Dos entrevistados, 79% concordam que muitas empresas usam as mudanças climáticas meramente como marketing.

A pesquisa também revelou que o setor bancário é um dos que mais provavelmente desviará as atenções das mudanças climáticas, sendo que 38% dos executivos alegaram que planejam reduzir o foco.

Sobre os preços do carbono, o valor atual ainda é considerado muito baixo para influenciar o uso energético, devendo alcançar entre € 30 e € 50 para causar algum efeito.

A pesquisa está no relatório “Contagem regressiva para Copenhague: Governos, Empresas e a batalha contra as mudanças climáticas”, que investiga o panorama regulatório atual nas principais regiões do mundo e as perspectivas de mudança no ambiente de mercado. Os principais patrocinadores são The Carbon Trust, KPMG, SAP e Shell.

Clique aqui para acessar o relatório na íntegra (em inglês).

Anónimo disse...

Em algumas regiões, comuidades quilombolas evoluem na luta pela terra
Antonio Carlos Quinto, da Agência USP de Notícias

Em algumas regiões do Brasil houve nítidos progressos nas disputas pela terra entre as comunidades quilombolas e os poderes público e privado. Em São Paulo, por exemplo, a resistência de uma população forçou o governo estadual a fazer um redesenho de um parque estadual, localizado no litoral Sul, em Cananéia. “Na Comunidade Mandira, o poder público criou o Parque Jacupiranga, que acabou sendo sobreposto à área do quilombo. Em 2008, após várias discussões, o governo decidiu preservar a comunidade dando novo desenho ao parque”, conta a geógrafa Simone Rezende da Silva. “Até mesmo o nome mudou. O local se chama hoje Mosaico Jacupiranga.”

Depois de mais de dez anos de interesse e estudos com o tema, Simone defendeu em agosto de 2008 sua pesquisa de doutorado intitulada Negros na Mata Atlântica, territórios quilombolas e a conservação da natureza, orientada pela professora Sueli Angelo Furlan. “Desde minha graduação me interessei pelo assunto, passando pelo mestrado e agora concluindo meu doutorado”, diz. Entre muitas viagens e entrevistas, a pesquisadora selecionou para este estudo três comunidades: Mandira, em Cananéia (litoral Sul de São Paulo); Comunidade São Jorge, em São Mateus (Norte do Espírito Santo); Povoação de São Lourenço, em Pernambuco, na cidade de Goiana, na Zona da Mata.

A pesquisadora alerta, no entanto, que nas outras comunidades a situação ainda não é satisfatória, como foi o caso paulista. Segundo ela, vários fatores implicam nas dificuldades de negociação para a preservação das terras quilombolas. No Espírito Santo, as comunidades lutam contra o poder privado. Indústrias de celulose e suas plantações de eucalipto, com a anuência do poder público local, passaram a colaborar decisivamente para a devastação da mata atlântica. “Lá, o conflito foi mais forte. Em alguns momentos, membros da comunidade chegaram a sofrer ameaças. Houve recuo da comunidade”, relata Simone.
Comunidade de São Lourenço, em Pernambuco: expansão da cana-de-açucar

Já em Pernambuco, ela cita que ainda há desinformação e muitos traços do “coronelismo”. “Contraditoriamente, a comunidade local, num certo episódio, chegou a defender junto ao poder público um fazendeiro que cultivava camarões e que se dizia dono das terras”, lembra a pesquisadora. Naquela região, uma área de manguezais, as comunidades são ameaçadas pela expansão da cana-de-açucar.

Desde o fim da escravidão

As comunidades estudadas por Simone têm em comum sua origem, no final do século 19, ao fim da escravidão no Brasil. A comunidade Mandira surgiu onde era uma fazenda de arroz, herdada de um filho nascido da relação do fazendeiro com uma escrava. No Espírito Santo, os territórios foram ocupados no final da escravidão. “Aquelas terras não eram objeto de desejo de ninguém”, relata a pesquisadora. Em Pernambuco, a comunidade quilombola se formou após um fazendeiro “ter doado a terra ao santo [São Lourenço] por uma graça recebida, o que era muito comum na época.”

Outro traço comum nesses povoados é a relação dos moradores com a preservação e manutenção dos recursos naturais. Para a pesquisadora, os poderes públicos no Brasil devem olhar esses territórios de maneira diferente. “As formas de conservação da natureza devem levar em conta as populações que colaboram intensamente para a preservação, convivendo com os recursos naturais locais”, aconselha. Ela também destaca o papel da igreja católica progressista, que foi e é decisiva nos processos de luta e conscientização dessas comunidades.

Mas há ainda mais um aspecto comum nas maioria das comunidades quilombolas. A quase totalidade não possui documentação regularizada das terras, mas apenas a posse e a certificação federal emitida pela Fundação Palmares, do Ministério da Cultura. “Mesmo assim, considero que a situação é favorável. A conscientização vem aumentando. Basta o poder público perceber que as estratégias de conservação serão muito mais eficazes com a ajuda destas populações”, afirma. Segundo a Fundação Palmares (http://www.palmares.gov.br/), há mais de mil comunidades quilombolas devidamente certificadas no Brasil.

Anónimo disse...

Prêmio dará US$ 40 mil a ação sustentável
Redação da PrimaPagina

Estão abertas até 16 de março as inscrições para o 4º Prêmio Seed (”semente”, em inglês), que reconhece e ajuda iniciativas voltadas para a sustentabilidade em países em desenvolvimento. A edição deste ano premiará 20 iniciativas, ao contrário das edições anteriores, que escolheram apenas cinco projetos. Dez dos premiados receberão US$ 40 mil cada, a serem entregues num período de seis a doze meses. O restante, receberá US$ 5 mil cada.

Os vencedores serão anunciados em agosto deste ano. Os projetos concorrentes devem estar em sintonia com os ODM (Objetivos de Desenvolvimento do Milênio) e com os compromissos assumidos na 2ª Conferência das Nações Unidas sobre Ambiente e Desenvolvimento Sustentável, realizada em 2002, em Johannesburgo (África do Sul). O objetivo é incentivar ações inovadoras, que estejam no início, tenham participação das comunidades locais, possam ser implantadas em outros locais e sejam focadas no combate à pobreza e no uso sustentável dos recursos naturais.

Fundada em 2002 por PNUD, PNUMA (Programa das Nações Unidas pro Meio Ambiente) e IUCN (União Internacional pela Conservação da Natureza, na sigla em inglês), a rede Seed, que promove o prêmio, já elegeu duas iniciativas brasileiras nas últimas edições. A primeira delas, escolhida em 2007, foi a ONG Projeto Bagagem, que apóia a criação de destinos turísticos alternativos e leva o turista a conhecer projetos sociais realizados nas regiões visitadas. A idéia é beneficiar as comunidades locais através da geração de renda e da participação direta da população na elaboração dos roteiros turísticos.

Pintadas Solar, segundo projeto brasileiro premiado, foi escolhido em 2008 e atua em Pintadas, município do semi-árido baiano. Seu objetivo é levar para lavouras da região tecnologias de bombeamento de água e de irrigação que usam energia solar. Desta forma, o projeto busca garantir a segurança alimentar, a agricultura em pequena escala e a geração de renda no mercado de biocombustíveis, numa região com escassez de água em razão da falta de chuvas. Com isso, a iniciativa pretende ainda incentivar a adaptação da comunidade local às mudanças climáticas.

Anónimo disse...

Educação financeira tem um efeito ‘cascata’
Mario Morán, de Hábitat *

Tradução: ADITAL - 26/02/2009

Hábitat para a Humanidade América Latina e Caribe implementou com êxito há mais de 3 anos um Programa de Educação Financeira em 15 países da região. O programa cresceu e se expandiu ano após ano, capacitando e orientando a mais de 7.000 famílias de escassos recursos em temas de educação financeira.

Essa educação financeira consiste em ferramentas e recursos básicos educativos que ajudam as famílias de baixa renda a ter mais controle na aplicação de seu dinheiro. Hábitat acredita que capacitando as famílias de escassos recursos em temas relacionados a suas finanças pessoais, ajudará a que, nessa época de crise financeira, possam manter suas casas e também possam vislumbrar melhores opções para usar seu dinheiro.

Hábitat e as famílias que solicitam seus serviços em programas de habitação e financeiros estão convictos sobre a utilidade do uso e dos resultados da educação financeira para uma melhor administração de seus ingressos. O programa os ajuda a priorizar seus gastos, a criar um orçamento familiar, a ter uma boa gestão de crédito, a desenvolver planos de poupança para uma solução habitacional e, inclusive, administrar financeiramente as remessas que as famílias recebem de seus familiares residentes no exterior.

Esse programa também lhes permite diferenciar entre o que é um investimento e um gasto, a estabelecer medidas e mudanças ao investir seu dinheiro e ingressos de maneira prática, como a melhoria da construção de sua casa ou investir em programas de poupança para aplicações futuras.

“O projeto tem um efeito de ‘cascata’ isto é, de multiplicação de maneira exponencial”, diz Mario Moran, Gerente do Programa de Educação Financeira (EF). O efeito vai além de melhorar a situação financeira de cada participante. A educação financeira contribui na criação de consciência nas pessoas para que invistam em suas casas e em suas famílias, para que mais famílias invistam em suas comunidades e comunidades invistam na sociedade e na economia do país.

“Na maioria da região, ninguém ensina como fazer um orçamento familiar”, diz Mario. “A educação financeira poucas vezes leva ao trabalho de campo dentro da educação formal”. Esses participantes regressam a suas comunidades e multiplicam as lições com seus familiares, vizinhos e outros conhecidos.

Depois da capacitação, cada participante recebe um folheto onde se pode revisar a maior parte dos conceitos e processos que relacionam a educação financeira com sua vivência diária. Esses folhetos são bem desenhados, atrativos e fáceis de usar, para que as famílias também possam partilhá-los com pessoas interessadas de sua comunidade.

Na maioria dos países, as capacitações consistem em uma sessão básica de trabalho de cinco a oito horas, ou em duas ou três sessões de 2,5 em média por sessão, dependendo da disponibilidade de tempo das famílias, o qual varia de um país a outro.

Mediante a metodologia de “educação de adultos”, que é uma metodologia que visa aprender juntos e aprender escutando-nos uns aos outros, estuda-se com as famílias, de uma forma participativa, parte ou a totalidade dos temas contemplados em um “Manual para Famílias de Alfabetização Financeira”, o qual se divide basicamente em três módulos:

* Módulo 1: Compreende o que é Hábitat e as características do crédito de Hábitat;

* Módulo 2: Sobre o Manejo dos gastos, diferenciação entre gastos necessários e desnecessários, elaboração do orçamento familiar e o tema da poupança;

* Módulo 3: Capacitação sobre os direitos e responsabilidades do prestatario de Hábitat.

Como parte do curso, as famílias recebem um caderno de exercícios de suas finanças pessoais e familiares para que ponham em prática os conhecimentos aprendidos.

Para facilitar as capacitações, o projeto utiliza um sistema chamado “Capacitação de capacitadores”. Através de um curso, voluntários podem converter-se em facilitadores dos cursos às demais famílias. Os cursos têm uma duração média de três dias e durante essa mesma semana e ao finalizar esse curso, é programado um primeiro curso piloto, multiplicador, com algumas famílias para que as pessoas recém capacitadas ponham em prática os conhecimentos aprendidos.

Leia mais, em espanhol, sobre os voluntários de Citi, que estão capacitando famílias em países como Colômbia e Costa Rica.
http://www.habitat.org/lac/historias_reales/2008/12_14_2008_edfinanciera_esp.aspx#TopOfPage

O projeto tem sócios estratégicos em nível regional e global como: Citi, Microfinance Opportunities, Freedom from Hunger, e Hábitat para a Humanidade.

Anónimo disse...

17:18
Anónimo disse...
Comércio
Comércio exterior da OCDE caiu no 3º trimestre de 2008


As exportações e as importações dos países da Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Econômico (OCDE) caíram 1,6% e 0,2%, respectivamente, no terceiro trimestre de 2008, em relação aos três meses anteriores.

» Entenda a crise do crédito
» Opine sobre a crise nos mercados financeiros

Trata-se da primeira queda destas atividades desde o terceiro trimestre de 2006, segundo o último relatório trimestral sobre fluxos comerciais divulgado pela OCDE.

As exportações e as importações em dólares dos 30 Estados-membros caíram 15,6% e 17%, respectivamente, na comparação anualizada.

Por sua vez, o comércio dos sete países mais ricos do mundo (G7) teve um pequeno crescimento no terceiro trimestre de 2008 com uma queda das exportações de mercadorias de 0,2% em relação ao trimestre anterior e um aumento de 0,4% das importações.

Em termos anualizados, as importações do G7 caíram 1,4% entre julho e setembro do ano passado, seu primeiro retrocesso desde o terceiro trimestre de 2006, enquanto as exportações aumentaram 1,9%, seu crescimento mais baixo no mesmo tempo.

Por países, a Alemanha aumentou suas importações em 3,4% - valor mais alto do G7 -, enquanto suas exportações caíram 2,9% do segundo para o terceiro trimestre de 2008.

Pelo contrário, as exportações americanas aumentaram 1,8% entre julho e setembro de 2008, enquanto as importações caíram 0,7% em relação ao trimestre anterior. No Japão, tanto as importações quanto as exportações caíram em torno de 1% no mesmo período.
17:19
Anónimo disse...
Economia Nacional
Lula: juros de crédito consignado a aposentados são altos

Atualizada às 17h29

O presidente Luis Inácio Lula da Silva afirmou nesta terça-feira, em São Paulo, que está lutando para reduzir as taxas de juros cobradas de aposentados em crédito consignado. A Previdência Social estabelece uma taxa máxima de 2,5% para empréstimo e de 3,5% para cartão. Para Lula, os valores são altos.

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"Acho que o juro que os aposentados estão pagando hoje com o crédito consignado é alto para o padrão brasileiro", disse o presidente durante a cerimônia de comemoração dos 86 anos do INSS.

A Previdência anunciou nesta terça-feira que aposentados e trabalhadoras com licença-maternidade poderão receber seus benefícios em 30 minutos. De acordo com Lula, em junho, a aposentadoria do trabalhador rural também será conseguida em meia hora.

Além disso, o presidente anunciou que, também em junho, os trabalhadores que alcançarem o direito à aposentadoria passarão a receber em suas casas um comunicado da Previdência informando o fato e o valor do salário que têm direito a receber. "É um comprometimento público que estou fazendo com os companheiros da Previdência Social", disse.

"Estamos retribuindo ao contribuinte da Previdência Social aquilo que é a cidadania que ele tem direito", afirmou Lula. "Se para cobrar nós somos tão precisos, para devolver o dinheiro, temos que chegar próximo à perfeição", completou.
17:20
Anónimo disse...
Economia Nacional
Salário maternidade sairá em 30 minutos, diz ministro

Toda trabalhadora autônoma que tiver contribuído pelo menos 10 meses com o Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) - ou as que possuírem carteira assinada - poderão receber em 30 minutos o salário maternidade a partir desta terça-feira. Da mesma forma, as mulheres com 30 anos de contribuição e os homens com 35 anos também terão direito ao benefício de forma mais rápida. A informação é do ministro da Previdência Social, José Pimentel.

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Para requerer o salário maternidade, é preciso que as autônomas levem a carteira de identidade e o carnê de contribuição. As demais trabalhadoras devem apresentar a identificação e a carteira de trabalho. Desde o início do mês, a nova forma de análise para a concessão de benefícios foi adotada para a aposentadoria por idade do trabalhador urbano e agora foi estendida para o salário maternidade e por tempo de contribuição.

O ministro disse que a qualificação do serviço da previdência social é o reconhecimento do direito dos trabalhadores e da afirmação da cidadania.

"Até pouco tempo na cabeça do cidadão o serviço devia ser de péssima qualidade. Agora não, nós modificamos toda a legislação no mês de dezembro numa ação conjunta do Congresso Nacional com o governo federal. Estamos implantando e concedendo os benefícios em até 30 minutos", afirmou.

O ministro destacou que para conseguir se aposentar ou ter acesso à licença maternidade em 30 minutos, em primeiro lugar, é necessário que o cidadão esteja vinculado à Previdência, o que inclui 65% da população acima de 16 anos de idade.

"Depois bastar marcar pelo sistema 135 o dia e a hora do atendimento e levar a documentação. Se todos os dados necessários estiverem corretos o contribuinte será atendido em até 30 minutos, como vem sendo feito com as aposentadorias por idade desde o dia cinco de janeiro", explicou.

Pimentel disse ainda que em 90% das agências da previdência social o atendimento é marcado em até 48 horas. Nos grandes centros, entretanto existe um volume maior o que torna mais lento o processo.

"Estamos criando mais 715 agências até 2010, em todo o território nacional, para descentralizar o atendimento. Em 2008, atendemos 295 mil benefícios e aposentadorias por idade. Temos 4 mil pessoas por dia procurando e se aposentando por idade no território nacional. Este serviço será agilizado", concluiu.
17:21
Anónimo disse...
Giuseppe Englaro, pai de Eluana, a italiana que morreu na segunda-feira passada por desidratação, recusou uma grande soma de dinheiro de um conhecido fotógrafo italiano que queria retratar a filha em estado de coma, disse neste sábado o neurologista que atendia a mulher desde 1996, Carlo Defanti.

O neurologista, que participou hoje de uma conferência sobre eutanásia, disse que Englaro respeitou a vontade da filha, que, antes do acidente, tinha pedido que, se lhe ocorresse qualquer coisa irreversível, apresentasse sua imagem de quando estava em boas condições.

Antes de sofrer o acidente de trânsito, em 1992, Eluana viveu o coma de um amigo, Alessandro, o que causou forte impacto na italiana e a levou a fazer o pai prometer que não a deixasse viver em estado vegetativo, disse o próprio Giuseppe Englaro.

Defanti, que dissera que Eluana poderia viver de dez a 12 dias depois da suspensão da alimentação e da hidratação, disse que, como médico, tinha que reprovar esta afirmação.

"Não se pode sobreviver após três ou quatro dias sem líquido e, em particular, água em um corpo. Sabemos bem que, quando há um terremoto, após quatro dias é difícil encontrar sobreviventes".

Defanti ressaltou que Eluana "não falava, não se comunicava com o exterior" e que, após vários exames, "nos deparamos com uma moça que tinha perdido a consciência", porque estava com o córtex cerebral prejudicado.

Eluana foi enterrada na quinta-feira passada no túmulo da família na localidade de Paluzza, em Udine, após um funeral que não contou com a presença dos pais.

16:53
Anónimo disse...
Os bombeiros combatem neste sábado os incêndios na Austrália favorecidos pelo bom tempo, enquanto os deslocados encotram em seu retorno casas derruídas, carros queimados nas ruas e destruição.

Depois de sete dias desde que começaram os incêndios no Estado de Victoria, a lista de mortos chega a 181, os desaparecidos somam 50, os edifícios destruídos totalizam 1,834 mil e o terreno arrasado, principalmente florestas, ocupa uma área de 4,13 mil quilômetros quadrados.

As equipes de bombeiros, formadas por 4 mil profissionais de Victoria, de outras partes da Austrália e de países amigos, combateram hoje 12 focos fora de controle e nenhum representava uma ameaça direta para a população.

O subdiretor do Serviço de Bombeiros, Geoff Conway, disse que este tempo favorável, que se prolongará durante o domingo, permite consolidar as linhas de contenção e avançar na extinção das chamas.

Cinzas apareceram arrastadas por ventos do nordeste sobre Melbourne, onde habitam 3,8 milhões de pessoas, e as autoridades alertaram aos cidadãos do risco para a saúde de idosos, crianças e pessoas com problemas respiratórios.

O número de pessoas deslocadas - a Cruz Vermelha chegou a receber 7 mil - começou a cair com a abertura de algumas localidades atingidas.

Os incêndios, alguns criminosos, começaram em 7 de fevereiro, quando a região sul da Austrália estava há duas semanas sob uma onda de calor sem precedentes.

Na sexta-feira passada, a polícia acusou uma pessoa de ter provocado o incêndio que atingiu a localidade de Churchill e matou 21 pessoas.

16:55
Anónimo disse...
A primeira chuva em seis dias reduziu a ameaça de incêndios no Estado de Victoria, ao sul da Austrália. As autoridades, porém, advertiram que ainda existem 12 focos, mas que nenhum deles ameaça áreas povoadas.

Mais de quatro mil bombeiros, mil provenientes de outras partes do país e de outras nações, trabalham contra o fogo. Cerca de 600 veículos e 28 helicópteros e pequenos aviões estão sendo usados.


Eles conseguiram construir linhas de contenção para evitar os incêndios de Yarra e Maroondah se juntassem. Também foram controlados os incêndios abertos de Yea e Murrindindi, que ameaçavam as comunidades de Connellys Creek, Crystal Creek, Scrubby Creek e Native Dog Creek.

O número de mortos chegou a 181, mas as autoridades acreditam que as vítimas devem passar de 200, já que ainda há muitos desaparecidos.

16:55
Anónimo disse...
Aqui nesta coluna, na semana passada, tive a oportunidade de comentar sobre a recente visita do professor brasileiro Pedrinho Guareschi à Austrália. Não dei, porém, os fatos, pois semana passada o assunto era outro.

Hoje, porém, vamos a eles.

No último dia 4 de fevereiro, aconteceu o Seminário "Paulo Freire: Education and Liberation", organizado pelo centro de estudos latino-americanos da Universidade Nacional da Austrália, ou ANU, como é mais conhecida por aqui.

A ANU, para quem não sabe, está entre as 20 melhores universidades do mundo! E tem sede aqui em Camberra, capital da Austrália.

Na abertura do evento, o professor John Minns, diretor do centro latino-americano, ao dar boas-vindas ao público presente, lembrou ser aquele o primeiro seminário exclusivamente dedicado a Paulo Freire na Austrália.

Em seguida, convidou Pedrinho Guareschi, palestrante principal do Seminário, a fazer sua apresentação.

A plateia pode então conhecer, pelas palavras de Pedrinho, um pouco da obra e da vida de Freire, esse brasileiro de fé e valor, que sempre acreditou na educação, sobretudo dos menos favorecidos, analfabetos, como força libertadora.

Como não podia deixar de ser, os conceitos e ideias revolucionários de Paulo Freire, expostos com clareza por Pedrinho, despertaram o interesse e a curiosidade de plateia. A qual, deve-se notar, era na maioria de estudantes, mas de várias nacionalidades, sobretudo australianos e asiáticos.

Na continuação do programa do seminário, que se estendeu por dois dias, outros professores fizeram palestras sobre temas ligados à obra de Paulo Freire.

Interessante, por exemplo, saber que a professora Anne Hickling-Hudson, jamaicana que mora na Austrália há muitos anos (é professora da ANU), conheceu e trabalhou com Freire num workshop educacional durante a revolução na Ilha de Granada, em 1980, antes da invasão dos Estados Unidos...

Ou, então, a palestra da Professora Gerda Roelvink, da Nova Zelândia, que participou do Fórum Social de Porto Alegre em 2005. E essa participação transformou-se em tema de doutorado.

No dia 10, terça-feira passada, o padre Pedrinho Guareschi voltou a falar ao público australiano em grande auditório localizado no belíssimo campus da ANU. Desta vez, sobre a Teologia da Libertação.

Depois da palestra, John Minns mostrou o filme mexicano "O Crime do Padre Amaro", no qual um dos personagens é um padre católico praticante da Teologia da Libertação.

Mais uma vez, foi grande o intersse da platéia, que pode aprender e conhecer um pouco como se desenvolveu aquele importante movimento católico na América Latina.

Fica, assim, ao Pedrinho, bem como a outros brasileiros estudiosos e de bom coração que saem pelo mundo a divulgar aspectos importantes da cultura brasileira, o respeito e a homenagem desta coluna. E... aquele abraço!

16:57
Anónimo disse...
Amanda Kitts perdeu o braço esquerdo em um acidente de automóvel acontecido três anos atrás, mas hoje em dia ela joga futebol americano com seu filho de 12 anos de idade, troca fraldas e abraça as crianças nas três creches Kiddie Cottage que opera em Knoxville, Tennessee. Kitts, 40 anos, faz tudo isso com a ajuda de um novo tipo de braço artificial que se movimenta com mais facilidade do que outros aparelhos e que ela pode controlar utilizando apenas seus pensamentos.

"Eu sou capaz de mexer a mão, o pulso e o cotovelo ao mesmo tempo", diz. "Você pensa e os músculos se movem em seguida".

A recuperação que ela conseguiu resulta de um novo procedimento que vem atraindo crescente atenção porque permite que pessoas movam braços protéticos de forma mais automática do que faziam no passado, simplesmente utilizando nervos reaproveitados em seus cérebros.

A técnica, conhecida como "renervação muscular dirigida", envolve utilizar os nervos que restam depois da amputação de um braço e conectá-los a outro músculo do corpo, em geral no peito. Eletrodos são instalados sobre os músculos do peito, e operam como se fossem antenas. Quando a pessoa deseja mover o braço, o cérebro envia sinais que primeiro resultam em contração dos músculos do peito, os quais enviam um sinal ao braço protético, instruindo-se a se movimentar. O processo não requer mais esforços consciente do que a pessoa teria de exercitar caso ainda tivesse seu braço natural.

Na terça-feira, pesquisadores reportaram em estudo publicado pela versão online do Journal of the American Medical Association que haviam levado a técnica ainda mais à frente, tornando possível a execução de 10 movimentos de mão, pulso e cotovelo diferentes, o que representa uma substancial melhora com relação ao típico repertório protético, que em geral envolve apenas dobrar o cotovelo, girar o pulso e abrir a mão.

"Os novos métodos tiveram impacto dramático em nosso campo de trabalho", disse Stuart Harshbarger, engenheiro biomédico na Universidade Johns Hopkins e diretor do programa de pesquisa sobre próteses, financiado pelas forças armadas, que inclui o trabalho com essa técnica. "O método já está em uso por médicos e cirurgiões comuns em todo o país. A capacidade de controlar um membro protético bastante robusto que ele confere surpreendeu a todos pela qualidade".

Tipicamente, uma pessoa que tenha um braço protético só é capaz de executar alguns poucos movimentos, e muitas vezes com tamanha lentidão que isso só permite a ela atividades limitadas.

Há um motor separado para cada movimento, diz Gerald Loeb, professor de engenharia biomédica na Universidade do Sul da Califórnia, "e esses motores precisam ser controlados de maneira explícita", usualmente por um esforço consciente da pessoa para contrair músculos nas costas ou no bíceps.

"Essencialmente, até agora os pacientes controlavam apenas um motor de cada vez", diz Loeb, "e precisavam pensar cuidadosamente sobre que motor desejavam controlar e como fazê-lo operar, em lugar de simplesmente pensarem em mover o braço e poderem fazê-lo sem delongas".

Antes que Kitts passasse pelo procedimento de renervação, em outubro de 2007, por exemplo, ela precisava movimentar os músculos de suas costas de determinada maneira para fazer com que seu pulso girasse, e flexionar seu bíceps e tríceps para fazer com que o cotovelo se movesse para cima e para baixo. "Era muito trabalho", ela conta. "E não me ajudava muito".

O procedimento de renervação é parte de uma recente explosão de idéias novas e técnicas inovadoras que estão sendo exploradas enquanto os cientistas se esforçam por ajudar as pessoas a compensar melhor a perda de membros ou problemas de paralisia. O esforço vem sendo alimentado pelo aumento no número de amputações causado por diabetes e por ferimentos sofridos pelos militares, e ao mesmo tempo pelos avanços na tecnologia médica.

Os braços se tornaram um dos focos essenciais desse tipo de trabalho. A ciência há muito vem obtendo sucessos no desenvolvimento de próteses de perna, mas é muito mais difícil imitar a complexidade e a destreza das mãos e dos braços.

Os esforços em curso incluem o desenvolvimento de projetos de pele e braços mais sensíveis e mais flexíveis, e o uso de dispositivos acionados por controles sem fio implantado nos braços protéticos, que permitiriam movimentos mais naturais.

Os pesquisadores também vêm usando sensores implantados nos cérebros de cobaias para permitir que dois macacos controlem um braço mecânico, e um teste com um homem paralítico permitiu, com esse método, que ele movimentasse um cursor em uma tela de computador.

Alguns desses métodos, caso venham a ser aperfeiçoados plenamente e consigam aprovação das autoridades regulatórias da saúde, podem no futuro se tornar mais viáveis para os pacientes de amputações.

E embora a técnica da renervação não requeira aprovação das autoridades regulatórias porque é executada por meios cirúrgicos e emprega aparelhos já existentes, ela apresenta limitações que até mesmo seus criadores reconhecem, entre as quais o fato de que não se pode utilizá-la para todos os pacientes, o seu alto custo e o prazo de meses requerido para que os nervos reconectados cresçam e se tornem efetivos.

Ainda assim, os especialistas dizem que é o mais avançado sistema em uso hoje para pacientes reais que permite que o sistema nervoso controle diretamente o movimento de um braço artificial.

Desde sua introdução por Todd Kuiken, médico fisioterapeuta e engenheiro biomédico do Instituto de Reabilitação de Chicago, o método foi empregado em cerca de 30 pacientes nos Estados Unidos, Canadá e Europa, entre os quais oito soldados feridos no Iraque e no Afeganistão.

Muitos dos pacientes, entre os quais o primeiro, Jesse Sullivan, um operário do setor elétrico no Tennessee que perdeu os dois braços quando foi eletrocutado por um cabo, conseguem não apenas manipular seus braços protéticos mas sentir a presença das mãos que já não têm quando alguém toca em seus peitos.

Sullivan, 62 anos, e Kitts, estavam entre os cinco pacientes que participaram do estudo reportado na terça-feira. Em companhia de cinco outras pessoas que não passaram por amputações, eles receberam os eletrodos e foram instruídos a usar pensamentos para fazer com que um braço virtual na tela reproduzisse 10 movimentos diferentes, entre os quais três formas diferentes de aperto de mão.

Os pacientes apresentaram desempenho bastante respeitável, apenas um pouco mais lento e menos preciso do que os dos participantes que não tinham amputações.

"As velocidades de movimento que encontramos em nossos pacientes foram realmente encorajadoras", disse Kuiken. "Eles conseguiram completar a tarefa. É claro que não foram tão competentes quanto as pessoas dotadas de plena capacidade física, mas foram bons o bastante".

Um braço virtual foi usado porque a maioria das próteses existentes não era capaz de acomodar todos aqueles movimentos, no momento da pesquisa, ainda que Sullivan, Kitts e uma terceira paciente, Claudia Mitchell, tenham experimentado dois novos protótipos mais versáteis de braços artificiais, executando tarefas complexas com bolas de tênis e outros objetos.

O trabalho de renervação em soldados apresenta outros desafios, diz Kuiken, porque os ferimentos militares muitas vezes "causam danos muitos extensos" a nervos, músculos ou ossos.

Daniel Acosta, 25 anos, um aviador ferido pela detonação de uma bomba em uma estrada do Iraque em 2005, passou pelo procedimento no ano passado e diz que seu braço esquerdo protético agora se movimenta "muito mais rápido" e de maneira muito mais natural.

"A diferença é que agora não preciso mais pensar para mover o braço", ele diz. "Ele simplesmente se mexe".

Ainda assim, Acosta, de San Antonio, diz que "o processo foi bastante longo" e que os eletrodos precisam ser ajustados para receber os sinais à medida que os nervos crescem ou mudam de posição.

E embora elogiem o método, os especialistas afirmam que a ciência das próteses de braço ainda tem muito por avançar.

"Trata-se de uma parte crucial, mas ainda assim apenas uma parte, das muitas coisas que compreendem a função normal de um braço", disse Loeb, que escreveu um editorial que acompanha o artigo no Journal of the American Medical Association.

"No momento estamos a meio do caminho entre o braço de 'Dr. Fantástico', que fazia involuntariamente a saudação nazista, e o braço de Luke Skywalker em 'Guerra nas Estrelas', que funciona sem nenhum problema assim que é conectado. Creio que precisaremos ainda de muitos anos para conectar todas as peças necessárias a produzir um braço capaz de funcionar normalmente".

17:04
Anónimo disse...
A Espanha disse neste sábado que está preparando uma reclamação oficial contra a decisão da Venezuela de expulsar um membro do Parlamento Europeu que criticou o conselho eleitoral venezuelano.
Luis Herrero, membro do partido conservador espanhol PP, foi deportado na sexta-feira depois que o Conselho Nacional Eleitoral (CNE) o acusou de questionar a imparcialidade da instituição antes de um referendo que pode permitir ao presidente Hugo Chávez permanecer no cargo indefinidamente.

Herrero estava na Venezuela como observador do referendo. Ele acusou Chávez de ter "comportamentos típicos de um ditador" por pedir a contenção de manifestações da oposição.

O governo da Espanha convocou um encontro com o embaixador da Venezuela em Madri para expressar a desaprovação sobre a expulsão de Herrero, disse um representante do Ministério das Relações Exteriores espanhol.

As relações da Venezuela com a Espanha tiveram seu ponto crítico em 2007, quando Chávez ameaçou rever acordos diplomáticos e comerciais depois de ouvir um "cala a boca" do rei espanhol Juan Carlos durante uma cúpula.

A fenda foi oficialmente reparada em 2008, com uma visita oficial de Chávez à Espanha, onde ele cumprimentou o rei e discutiu acordos para investimento no setor petroquímico com o primeiro-ministro José Luis Rodriguez Zapatero.

17:06
Anónimo disse...
A polícia do Zimbábue anunciou neste sábado que acusa de traição Roy Bennett, dirigente do até agora opositor Movimento para a Mudança Democrática (MDC), detido na sexta-feira, em Harare, poucas horas antes da cerimônia de posse dos membros do novo gabinete.

"A Polícia nos informou que vão apresentar acusações de traição", disse à agência EFE o advogado de defesa de Bennett, Trust Maanda.

"Tentam relacionar Roy com o caso de Mike Hitschmann, que foi detido em 2006 em relação à descoberta de um carregamento de armas, apesar de que Hitschmann não tenha sido declarado culpado das acusações de traição apresentadas contra ele, mas de um crime menor de descumprimento de leis", disse Maanda.

O político opositor, designado por seu partido como vice-ministro de Agricultura no Governo de união nacional, esteve no exílio na vizinha África do Sul desde 2006 e retornou ao Zimbábue há duas semanas.

Segundo a Polícia, que deteve Bennett ontem no aeroporto de Harare quando pretendia ir à África do Sul para visitar sua família, as armas apreendidas em 2006 seriam utilizadas em um golpe de Estado para derrubar o presidente do Zimbábue, Robert Mugabe.

Depois da detenção, Bennet foi levado a Mutar, onde vários simpatizantes do MDC se concentraram em frente à delegacia na qual estava detido, diante do que a Polícia respondeu com tiros para o alto para dispersar os manifestantes.

17:07
Anónimo disse...
Austrália: 14 mil se candidatam a 'emprego dos sonhos'

A secretaria de Turismo de Queensland, na Austrália, informou que até esta segunda-feira já recebeu cerca de 14 mil inscrições para o "o melhor emprego do mundo". O Estado australiano promove pela internet seleção para vaga de "zelador" da ilha Hamilton, por seis meses com um salário de R$ 40 mil.

Muitos candidatos tiveram problemas durante a inscrição por conta dos acessos simultâneos ao site. A secretaria aconselha enviar os vídeos de 60s explicando porque deve ser escolhido em horários alternativos do dia, além de recomendar tamanho em torno de 40MB.

As inscrições começaram em 12 de janeiro e vão até o próximo dia 22 e podem ser feitas pelo site www.islandreefjob.com. O governo australiano escolherá 50 candidatos para a próxima fase da seleção, que terá votos do público para eleger um dos 11 finalistas.

A última fase terá entrevistas e desafios físicos, no próprio local de trabalho: as ilhas da Grande Barreira Coralina - o maior recife de coral do mundo. A secretaria de Turismo anunciará o vencedor no dia 6 de maio.

17:09
Anónimo disse...
Mercado elogia governo na crise, mas pede maior queda no juro

Peter Fussy
Direto de São Paulo

Desde as primeiras medidas anunciadas para combater os efeitos da crise, o governo brasileiro avisou que a estratégia não contemplaria um pacote. Seriam doses pontuais, de acordo com a necessidade da economia diante do agravamento das turbulências. Da primeira liberação dos depósitos compulsórios em setembro até a ampliação do seguro-desemprego na última quarta-feira, o governo passou por redução de impostos, ampliação de crédito e incentivos à exportação. Quase 150 dias após a primeira medida, o Terra conversou com líderes do setor público e privado, representantes dos trabalhadores, acadêmicos e com o próprio governo para saber quais destas ações foram mais eficazes, quais foram mais ineficientes e o que mais pode ser feito pelo Estado brasileiro contra a crise.

Os maiores elogios foram direcionados à atitude de reduzir o Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) para a indústria automobilística, anunciada em dezembro e que fez com que os emplacamentos de carros novos subissem 1,9% no primeiro mês do ano em relação a dezembro de 2008. Já as maiores críticas foram para a lentidão no corte da taxa básica de juro do País.

Para o presidente do conselho administrativo do Grupo Pão de Açúcar, Abílio Diniz, o Estado não é responsável pela crise e mesmo assim está agindo "com extrema serenidade e muito acerto". "O governo está atento, fazendo a sua parte. É preciso coragem de baixar firmemente a taxa de juros. É uma arma que temos a nosso favor, já que não há clima para inflação, nem possibilidade de danos para a macroeconomia", afirmou Diniz.

Na última reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), em janeiro, a taxa Selic foi reduzida em um ponto percentual, de 13,75% para 12,75% ao ano. Porém, o professor de economia da Universidade de Brasília (UnB) José Luiz Oreiro lembra que este corte representa uma redução de apenas 0,25 ponto percentual com relação à taxa de setembro do ano passado, quando a crise se agravou.

"Pouco antes da eclosão da crise, o Banco Central aumentou a taxa em 0,75 ponto. Foram cinco meses de demora para reduzir em termos líquidos apenas 0,25 ponto", afirmou o economista, que também sugeriu redução do intervalo de cerca de 90 dias entre as reuniões do Copom e o corte de pelo menos um 1 ponto percentual em cada reunião.

Mesmo com o corte de janeiro, a taxa de juros real continua sendo a maior do mundo, lembrou o secretário-geral da Força Sindical, João Carlos Gonçalves, o Juruna. "A redução da taxa de juro ainda é pequena, porque ela continua uma das mais altas do mundo. Falta ousadia para baixar os juros e ajudar o cidadão. A permanência da taxa de juro alta é negativa para o País em meio a crise", afirmou Juruna.

Embora aprove as ações do governo, o senador Aloízio Mercadante (PT-SP) também acredita que o patamar da Selic está muito alto. "Sempre fomos os primeiros a entrar em qualquer crise, o que não aconteceu agora. A taxa Selic ainda é muito alta, mas o governo têm tomado medidas acertadas, como o aumento do salário mínimo, mesmo com um cenário de crise. Isso ajuda a movimentar o consumo. O governo está se esforçando para manter os investimentos e o crescimento", disse.

Tributos
De acordo com o economista Fabio Pina, da Fecomercio-SP, as ações mais positivas estão relacionadas à redução de tributos para alguns segmentos, como a indústria automobilística, que recuperou parte da queda nas vendas em janeiro com a isenção do IPI para carros 1.0 l e o corte para demais motorizações. A medida vale até o final de março.

"Essas medidas não só reduziram o preço, mas anteciparam o consumo daqueles que iriam comprar no futuro, dando um prêmio por conta da insegurança. Mexe diretamente com o principal problema que é a confiança do consumidor", afirmou. Juruna destacou que um bom ritmo de vendas é garantia de emprego. "É importante porque cada emprego na montadora significa 19 na cadeia produtiva", comentou o representante da Força Sindical.

Também em dezembro, o governo decidiu cortar pela metade a alíquota do Imposto de Renda para contribuintes que ganham entre R$ 1.434 e R$ 2.150 mensais. "O salário aumentava e a tabela não se modificava. As pessoas ganhavam mais e pagavam mais impostos", apontou Juruna. Outra redução de tributos do governo foi com relação ao Imposto sobre Operações Financeiras (IOF), que caiu de 3% ao ano para 1,5%.

Crédito
Na segunda metade de 2008, o colapso de bancos nos Estados Unidos por conta da crise do subprime provocou uma forte restrição de crédito no mundo inteiro. Uma das primeiras medidas anticrise do governo teve como objetivo restabelecer a oferta, com mudanças no recolhimento dos depósitos compulsórios por parte dos bancos. Segundo o presidente do Banco Central, Henrique Meirelles, as diversas modificações liberaram US$ 99,2 bilhões aos bancos até o final de janeiro.

Além disso, o governo concedeu R$ 36 bilhões das reservas internacionais para empresas brasileiras com dívidas no exterior e uma medida provisória autorizou o Banco do Brasil e a Caixa Econômica Federal a comprar carteiras de crédito de bancos privados. Para o diretor do Departamento de Pesquisas e Estudos Econômicos da Fiesp, Paulo Francini, estas medidas foram essenciais para combater os efeitos da crise.

"A crise se desenvolve no mundo em torno do tema crédito. E o crédito reduziu-se barbaridade no mundo. Então o governo lança mão de compulsório, lança mão de reservas, de medidas que permitem aos bancos comprar carteiras de bancos. Você vai tomando várias medidas para atender às demandas e o epicentro disso é crédito", afirmou.

No entanto, Oreiro, da UnB, adverte que a liberação dos compulsórios seria mais eficiente acompanhada de redução mais agressiva da taxa básica de juro. "Uma parte do crédito voltou, depois da forte retração em outubro e novembro. O que deveria ter sido feito junto à liberação do compulsório era uma redução mais drástica da taxa de juro. Sem isso, os bancos pegam as reservas e acabam comprando títulos públicos", explicou o economista.

Na opinião de Pina, as ações de distribuição de crédito via redução do compulsório e a disposição de capital de giro para empresas foram tomadas sem um cuidado maior na operação e não tiveram muito efeito. "O BNDES tem linhas que ficam paradas quase todo o ano, agora é pior ainda. Existem os recursos, mas as empresas e os bancos estão desconfiados. É preciso fazer com que os bancos tenham interesse em emprestar", afirmou o economista da Fecomercio-SP.

Futuro
Mesmo com todas essas medidas, a crise financeira ainda gera incertezas nos setores produtivos do País. Nos últimos meses, o medo do desemprego fez os consumidores adiarem compras. Por sua vez, a queda nas vendas pode obrigar as indústrias a cortarem a produção e demitir funcionários. Contra isso, empresários sugerem redução de jornada e de salários.

"Isto está previsto em lei. A Fiesp simplesmente manteve conversações com entidades sindicais quanto à aplicação daquilo que já está previsto em lei", afirmou Francini.

Segundo a ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff, uma das medidas que assegura um nível de emprego é a manutenção de investimentos no Programa de Aceleração do Crescimento (PAC). "Estamos esperando que a dificuldade ocorra em janeiro, fevereiro e março. Estamos certos que vamos manter o nível de investimento. É isso que funciona, é isso que significa investimento público. Ele funciona como um colchão. Por isso, nós colocamos R$ 100 bilhões no BNDES e a Petrobras ampliou o seu investimento em R$ 120 bilhões", afirmou.

Na mesma linha, Pina explica que a antecipação de gastos do governo substitui parte da demanda retraída do setor privado. "Ele dá o seguinte recado: não vou estourar as contas públicas, mas concentrar em um momento em que a demanda privada está pequena. Mas o governo não tem fôlego suficiente para fazer o papel de toda demanda", ressaltou. O economista da Fecomercio lembrou que a entidade já pleiteou junto ao governo isenções para transferência de imóveis e de automóveis, além de retirar o IPVA para veículos novos.

Já Oreiro foca suas propostas na capitalização do Banco do Brasil e da Caixa Econômica Federal pelo Tesouro para atender a demanda de crédito para capital de giro e reduzir o spread. "Aumentando o empréstimo e reduzindo as taxas, os dois vão forçar os bancos privados a acompanhar o movimento, até para não perderem participação no mercado", explicou o economista da UnB.

Até o Carnaval, o governou prometeu detalhar um pacote de incentivos para a construção de até um milhão de casas populares, direcionado a famílias com renda de até dez salários mínimos. "Estamos atentos a tudo o que está acontecendo e novas medidas serão tomadas caso haja uma avaliação de que sejam necessárias", disse o ministro da Fazenda, Guido Mantega, na última sexta-feira.

17:11
Anónimo disse...
Ex-ministro critica extensão do seguro-desemprego

Atualizada às 09h03

O ex-ministro do Trabalho Almir Pazzianotto criticou a decisão do governo federal de conceder o seguro-desemprego estendido a apenas alguns setores. "É certamente odioso e provavelmente inconstitucional", disse Pazzianotto, de acordo com o jornal O Estado de S. Paulo.

Na última qurta, dia do anúncio da medida, centrais sindicais elogiaram a atitude do governo. A Força Sindical divulgou nota dizendo que "o aumento ajudará a aquecer parte da economia, já que irá gerar mais consumo, produção e conseqüentemente, a criação de novos postos de trabalho". A União Geral dos Trabalhadores (UGT) afirmou que a medida "contribuirá para minimizar o drama dos trabalhadores que perderem seu emprego por conta da crise".

O ex-ministro, que instituiu o seguro-desemprego no País no governo de José Sarney, destacou a necessidade de as centrais sindicais se manifestarem contra a determinação. Para ele, as mudanças devem ser aplicadas a todas as categorias profissionais e a distinção é contrária ao artigo 3º da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT).

Pazzianotto atribui a medida a um possível temor do governo de que a crise econômica seja longa e não haja dinheiro para atender a todas as necessidades. Ainda assim, ele se mostra contrário ao método de concessão. "O seguro-desemprego ajuda a sanar necessidades básicas. Estendê-lo é paliativo, não a solução", disse ao jornal.

De acordo com o presidente do Conselho Deliberativo do Fundo de Amparo ao Trabalhador (Codefat) e conselheiro da Força Sindical, Luiz Fernando Emediato, a determinação já estava prevista na lei 8.900/94, que trata do seguro-desemprego.

O presidente da Comissão de Trabalho da Câmara, Pedro Fernandes (PTB-MA) vai além na crítica à concessão do seguro para apenas alguns setores. Ele acredita que a ampliação do benefício estimula o desemprego.

Quintino Severo, secretário geral da Central Única dos Trabalhadores (CUT), lembra que a ampliação do benefício sem critério e identificação pode incentivar demissões em outros setores.

17:13
Anónimo disse...
Empresas
TAM faz promoção para destinos internacionais

A companhia aérea TAM anunciou nesta sexta-feira tarifas promocionais para trechos internacionais. Os preços valem para bilhetes comprados entre 6h deste sábado e 23h59 deste domingo e são válidos para classe econômica. As tarifas, para ida e volta, serão vendidas a partir de US$ 99, mais taxas.

Segundo a aérea, a promoção vale para viagens feitas no período de 14 de fevereiro a 18 de junho de 2009. Para destinos na América do Sul, a permanência mínima é de dois dias; para bilhetes com destino nos Estados Unidos, cinco dias; e Europa, sete dias. A permanência máxima para as passagens para América do Sul e EUA é de dois meses e para Europa, três meses.

Entre os exemplos de tarifas promocionais, a TAM oferece São Paulo-Lima por US$ 99. Bilhetes para a rota São Paulo-Santiago serão vendidos a partir de US$ 199 e São Paulo-Nova York, US$ 799.

A emissão dos bilhetes deve ser feita obrigatoriamente no ato da reserva, obedecendo às regras estipuladas pela companhia. A compra está sujeita à disponibilidade de assentos nas classes tarifárias determinadas, trechos, horários e datas. A TAM afirmou que também há tarifas promocionais para a classe executiva.

Mais informações podem ser encontradas no site promocional (www.ofertastam.com.br), no site da empresa (www.tam.com.br) ou pelos telefones 4002-5700 ou 0800 5705700.

17:13
Anónimo disse...
Empresas
Consultoria negocia compra do parque temático Hopi Hari

A consultoria especializada em reestruturação de empresas Íntegra Associados informou nesta sexta-feira ter um acordo para comprar o parque de diversões Hopi Hari, localizado no interior de São Paulo. A empresa estaria disposta a investir R$ 10 milhões no parque, que tem dívida estimada em R$ 800 milhões. As informações são da edição deste sábado do jornal Folha de S. Paulo.

De acordo com o jornal, a transação ainda depende da negociação entre o Hopi Hari e seus credores, o que já estaria em andamento.

A consultoria paulista já atuou junto à Parmalat, durante 30 meses, quando reorganizou a gestão da empresa italiana.

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17:14
Anónimo disse...
Empresas
Disney de Tóquio contratará mais 2 mil apesar da crise


A Oriental Land, o operador da Disneylândia Tóquio e DisneySea, organizou neste domingo entrevistas para contratar cerca de 2 mil trabalhadores em tempo parcial, em um momento de grandes demissões deste tipo de empregados no Japão.

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O operador deste parque temático, situado em Urayasu, na província de Chiba (leste de Tóquio), está em pleno processo de seleção de empregados para 20 tipos de postos trabalhistas diferentes.

Segundo a companhia, citada pela agência local de notícias Kyodo, o parque contratará novos trabalhadores para as atrações, para os restaurantes e guardas de segurança entre outros. Os novos contratados começarão a trabalhar a partir de fevereiro.

O processo de seleção acontece em um momento em que a maioria das grandes companhias japonesas começaram a se ver obrigadas a despedir uma elevada percentagem de seus trabalhadores temporários e a tempo parcial.

Algumas inclusive anunciaram demissões de seus trabalhadores fixos, uma medida muito pouco comum nas companhias japonesas, perante os efeitos piores que o esperado pela crise econômica global.

Cerca de uma centena de pessoas esperavam desde a primeira hora desta manhã a abertura do centro de conferências Tokyo International Forum, onde as entrevistas estão sendo feitas, para ser os primeiros a solicitar os postos de trabalho.


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17:15
Anónimo disse...
Economia Internacional
Senado dos EUA aprova plano de estímulo à economia

O Senado dos Estados Unidos aprovou com 60 votos a favor e 38 contra o plano de estímulo à economia de US$ 787 bilhões na madrugada deste sábado. Agora, ele segue para sanção ou veto do presidente Barack Obama, que espera colocar a lei em prática até o dia 16 de fevereiro.

O plano prevê a criação de três milhões de empregos, inclui cortes de impostos às famílias, fundos para programas sociais e obras públicas, além de ajuda aos governos estaduais, estudantes e desempregados.

A cláusula Buy American - que exige o uso de ferro, aço e produtos manufaturados dos Estados Unidos em obras realizadas com recursos do pacote - ficou de lado. Segundo o texto definitivo, a cláusula será aplicada sem violar as normas do comércio internacional.

Ontem à tarde, a Câmara de Representantes (deputados) havia aprovado, por 246 votos a favor e 183 contra, a versão final do plano. Todos os republicanos foram contrários ao pacote.

Pelo acordo de quarta-feira entre Câmara e Senado, em vez de custar US$ 819 bilhões, como queriam os deputados, ou US$ 838 bilhões como pretendiam os senadores, o pacote ficou em cerca de US$ 787 bilhões, com 65% desse total destinado a gastos do governo federal e 35%, a créditos tributários.

17:16
Anónimo disse...
Economia nacional
Na era Lula, aposentadoria sobe 54% menos que salário mínimo

Thatiane Faria
Especial para o Terra
Direto de São Paulo

Os índices de reajustes concedidos pelo governo em 2009 para aposentados e pensionistas e para o salário mínimo repetiram uma diferença que, só durante o governo de Luiz Inácio Lula da Silva, já chega a 54%. Enquanto o mínimo foi majorado em 12% este ano, as pensões e aposentadorias tiveram aumento de 5,92%. Aposentados que têm o benefício do governo como única fonte de renda reclamam que perdem poder de compra e que sua cesta de compras é composta por itens que aumentam mais em relação à inflação oficial.

Um exemplo prático pode ser entendido a partir da comparação entre um aposentado que ganhava R$ 600 em janeiro de 2003. Na época, o benefício era três vezes, ou 200%, maior que o valor do mínimo em vigência, que era de R$ 200. Aplicando-se os índices de reajuste para aposentadorias e para o mínimo durante os últimos seis anos, o mesmo aposentado estaria recebendo hoje R$ 938,47, comparado a um salário mínimo de R$ 465. A diferença entre os dois valores caiu para pouco mais de 100%.

Enquanto o índice acumulado de reajuste para a aposentadoria durante o governo Lula foi de 60%, para o salário mínimo está em 132%.

O diretor do Sindicato Nacional dos Aposentados, João Inocentini, reclama que os valores dos benefícios para aposentadorias não mantêm o poder de compra do grupo, principalmente dos aposentados que recebem menos que dez salários mínimos.

Nem mesmo o fato de o índice de reajuste das aposentadorias ter ficado acima da inflação acumulada no mesmo período (o IPCA entre janeiro de 2003 e janeiro de 2009 foi de 39,7%) serve de argumento, segundo os aposentados.

"Os idosos, principalmente, têm gastos além das contas gerais como gás, telefone e aluguel. Para eles o custo com remédios, e outros itens da área saúde costuma ser maior", afirmou Inocentini.

O presidente do sindicato afirmou que o grupo realiza um estudo com 100 itens de necessidade de um idoso para comparar o aumento dos produtos com o índice de reajuste do benefício recebido pelos aposentados.

"Daqui dois meses vamos abrir um processo na Justiça e levar essa pesquisa como prova. Segundo a lei, o governo é obrigado a manter o poder de compra com a aposentadoria", disse Inocentini.

Alternativas
O consultor financeiro Cláudio Boriola diz que os aposentados, especialmente nesse momento de crise econômica, devem evitar compras parceladas, pesquisar preços, negociar e fazer bom planejamento financeiro.

Segundo Boriola, alguns aposentados ganham um valor mensal muitas vezes insuficiente para o pagamento das contas e acabam pedindo crédito ou realizando pagamentos a prazo e são obrigados a pagar juros altos.

Na opinião do consultor, pagar uma previdência privada é uma alternativa indicada para quem ainda trabalha, considerando a característica de perda de poder de compra da aposentadoria.

"Na prática, infelizmente os valores encontram-se em um patamar que está deteriorando o poder de aquisição da população brasileira", completou Boriola.

De acordo com o diretor da Confederação Brasileira de Aposentados e Pensionistas (Cobap), Vicente Fernandes Barbosa, representantes dos aposentados tentarão um encontro com o presidente da Câmara, deputado Michel Temer (PMDB-SP), para discutir projetos que minimizem a perda dos aposentados

17:17
Anónimo disse...
Previdência
Previdência prorroga isenção de tarifas no benefício

O atual sistema de pagamento aos 26 milhões de aposentados e pensionistas do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) será mantido até o final deste ano. O acordo, que permite realizar a operação sem nenhum custo aos beneficiários, foi renovado nesta sexta-feira, entre o governo federal e 21 instituições financeiras.

Por meio desse acordo, vigente desde setembro de 2007, nem os segurados, nem os bancos e nem o governo arcam com o pagamento de tarifas, conforme explicou o ministro da Previdência Social, José Pimentel. A prorrogação vale até dezembro, data máxima para que a Previdência defina as regras para um novo contrato.

Ao assinar o termo de renovação, na sede da Federação Brasileira dos Bancos (Febraban), o ministro disse que a intenção do governo é mudar o atual modelo de gestão visando a reduzir os custos dessas operações em torno da folha mensal, que atinge R$ 15,8 bilhões. No entanto, qualquer alteração, conforme explicou, passará antes por audiências públicas a serem realizadas a partir do segundo semestre deste ano, atendendo a determinação do Tribunal de Contas da União (TCU).

De acordo com Pimentel, com um redesenho do mecanismo de repasse dos recursos aos bancos em torno da folha de pagamento dos segurados o que se busca é um aumento da participação de instituições financeiras. Ele informou que, desde 2007, cada benefício custa em média R$ 1,07 ao governo. "Quanto mais instituições financeiras estiverem prestando serviços à sociedade, maior é a competitividade, a agilidade no atendimento", justificou.

O ministro observou, ainda, que, para permitir uma redução para algo em torno de meia hora no tempo de atendimento para a concessão dos direitos previdenciários, o governo investiu R$ 280 milhões.

Questionado sobre o descontentamento dos segurados que ganham acima de um salário mínimo terem obtido apenas a correção com base na variação do Índice de Preços ao Consumidor (INPC) , ficando abaixo do reajuste dado a quem recebe apenas o mínimo, Pimentel argumentou que o governo seguiu o que determina a lei e descartou a possibilidade de uma revisão

17:17
Anónimo disse...
Empresas
Caterpillar oferece aposentadoria antecipada a 2 mil


A companhia americana Caterpillar ofereceu a cerca de dois mil funcionários incentivos para que se aposentem de forma voluntária antes do previsto, pela perspectiva de uma queda "significativa" da atividade industrial, informou nesta quarta-feira a empresa.

A iniciativa, destinada aos trabalhadores de diversas fábricas em Illinois, Colorado, Tennessee e Pensilvânia, se soma aos cortes de empregos anunciados em janeiro, explicou em comunicado de imprensa.

A empresa, a maior fabricante mundial de maquinaria pesada para a construção e a mineração, acrescentou que, "em função das condições de negócio, podem ser necessárias mais reduções de elenco voluntárias e involuntárias à medida que o ano avança".

O vice-presidente da companhia, Sid Banwart, explicou que a empresa prevê "demissões significativas em todas as regiões geográficas e na maioria dos setores devido às dificuldades da economia mundial".

17:18
Anónimo disse...
Comércio
Comércio exterior da OCDE caiu no 3º trimestre de 2008


As exportações e as importações dos países da Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Econômico (OCDE) caíram 1,6% e 0,2%, respectivamente, no terceiro trimestre de 2008, em relação aos três meses anteriores.

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Trata-se da primeira queda destas atividades desde o terceiro trimestre de 2006, segundo o último relatório trimestral sobre fluxos comerciais divulgado pela OCDE.

As exportações e as importações em dólares dos 30 Estados-membros caíram 15,6% e 17%, respectivamente, na comparação anualizada.

Por sua vez, o comércio dos sete países mais ricos do mundo (G7) teve um pequeno crescimento no terceiro trimestre de 2008 com uma queda das exportações de mercadorias de 0,2% em relação ao trimestre anterior e um aumento de 0,4% das importações.

Em termos anualizados, as importações do G7 caíram 1,4% entre julho e setembro do ano passado, seu primeiro retrocesso desde o terceiro trimestre de 2006, enquanto as exportações aumentaram 1,9%, seu crescimento mais baixo no mesmo tempo.

Por países, a Alemanha aumentou suas importações em 3,4% - valor mais alto do G7 -, enquanto suas exportações caíram 2,9% do segundo para o terceiro trimestre de 2008.

Pelo contrário, as exportações americanas aumentaram 1,8% entre julho e setembro de 2008, enquanto as importações caíram 0,7% em relação ao trimestre anterior. No Japão, tanto as importações quanto as exportações caíram em torno de 1% no mesmo período.

17:19
Anónimo disse...
Economia Nacional
Lula: juros de crédito consignado a aposentados são altos

Atualizada às 17h29

O presidente Luis Inácio Lula da Silva afirmou nesta terça-feira, em São Paulo, que está lutando para reduzir as taxas de juros cobradas de aposentados em crédito consignado. A Previdência Social estabelece uma taxa máxima de 2,5% para empréstimo e de 3,5% para cartão. Para Lula, os valores são altos.

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"Acho que o juro que os aposentados estão pagando hoje com o crédito consignado é alto para o padrão brasileiro", disse o presidente durante a cerimônia de comemoração dos 86 anos do INSS.

A Previdência anunciou nesta terça-feira que aposentados e trabalhadoras com licença-maternidade poderão receber seus benefícios em 30 minutos. De acordo com Lula, em junho, a aposentadoria do trabalhador rural também será conseguida em meia hora.

Além disso, o presidente anunciou que, também em junho, os trabalhadores que alcançarem o direito à aposentadoria passarão a receber em suas casas um comunicado da Previdência informando o fato e o valor do salário que têm direito a receber. "É um comprometimento público que estou fazendo com os companheiros da Previdência Social", disse.

"Estamos retribuindo ao contribuinte da Previdência Social aquilo que é a cidadania que ele tem direito", afirmou Lula. "Se para cobrar nós somos tão precisos, para devolver o dinheiro, temos que chegar próximo à perfeição", completou.

17:20
Anónimo disse...
Economia Nacional
Salário maternidade sairá em 30 minutos, diz ministro

Toda trabalhadora autônoma que tiver contribuído pelo menos 10 meses com o Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) - ou as que possuírem carteira assinada - poderão receber em 30 minutos o salário maternidade a partir desta terça-feira. Da mesma forma, as mulheres com 30 anos de contribuição e os homens com 35 anos também terão direito ao benefício de forma mais rápida. A informação é do ministro da Previdência Social, José Pimentel.

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Para requerer o salário maternidade, é preciso que as autônomas levem a carteira de identidade e o carnê de contribuição. As demais trabalhadoras devem apresentar a identificação e a carteira de trabalho. Desde o início do mês, a nova forma de análise para a concessão de benefícios foi adotada para a aposentadoria por idade do trabalhador urbano e agora foi estendida para o salário maternidade e por tempo de contribuição.

O ministro disse que a qualificação do serviço da previdência social é o reconhecimento do direito dos trabalhadores e da afirmação da cidadania.

"Até pouco tempo na cabeça do cidadão o serviço devia ser de péssima qualidade. Agora não, nós modificamos toda a legislação no mês de dezembro numa ação conjunta do Congresso Nacional com o governo federal. Estamos implantando e concedendo os benefícios em até 30 minutos", afirmou.

O ministro destacou que para conseguir se aposentar ou ter acesso à licença maternidade em 30 minutos, em primeiro lugar, é necessário que o cidadão esteja vinculado à Previdência, o que inclui 65% da população acima de 16 anos de idade.

"Depois bastar marcar pelo sistema 135 o dia e a hora do atendimento e levar a documentação. Se todos os dados necessários estiverem corretos o contribuinte será atendido em até 30 minutos, como vem sendo feito com as aposentadorias por idade desde o dia cinco de janeiro", explicou.

Pimentel disse ainda que em 90% das agências da previdência social o atendimento é marcado em até 48 horas. Nos grandes centros, entretanto existe um volume maior o que torna mais lento o processo.

"Estamos criando mais 715 agências até 2010, em todo o território nacional, para descentralizar o atendimento. Em 2008, atendemos 295 mil benefícios e aposentadorias por idade. Temos 4 mil pessoas por dia procurando e se aposentando por idade no território nacional. Este serviço será agilizado", concluiu.
17:25
Anónimo disse...
Giuseppe Englaro, pai de Eluana, a italiana que morreu na segunda-feira passada por desidratação, recusou uma grande soma de dinheiro de um conhecido fotógrafo italiano que queria retratar a filha em estado de coma, disse neste sábado o neurologista que atendia a mulher desde 1996, Carlo Defanti.

O neurologista, que participou hoje de uma conferência sobre eutanásia, disse que Englaro respeitou a vontade da filha, que, antes do acidente, tinha pedido que, se lhe ocorresse qualquer coisa irreversível, apresentasse sua imagem de quando estava em boas condições.

Antes de sofrer o acidente de trânsito, em 1992, Eluana viveu o coma de um amigo, Alessandro, o que causou forte impacto na italiana e a levou a fazer o pai prometer que não a deixasse viver em estado vegetativo, disse o próprio Giuseppe Englaro.

Defanti, que dissera que Eluana poderia viver de dez a 12 dias depois da suspensão da alimentação e da hidratação, disse que, como médico, tinha que reprovar esta afirmação.

"Não se pode sobreviver após três ou quatro dias sem líquido e, em particular, água em um corpo. Sabemos bem que, quando há um terremoto, após quatro dias é difícil encontrar sobreviventes".

Defanti ressaltou que Eluana "não falava, não se comunicava com o exterior" e que, após vários exames, "nos deparamos com uma moça que tinha perdido a consciência", porque estava com o córtex cerebral prejudicado.

Eluana foi enterrada na quinta-feira passada no túmulo da família na localidade de Paluzza, em Udine, após um funeral que não contou com a presença dos pais.

16:53
Anónimo disse...
Os bombeiros combatem neste sábado os incêndios na Austrália favorecidos pelo bom tempo, enquanto os deslocados encotram em seu retorno casas derruídas, carros queimados nas ruas e destruição.

Depois de sete dias desde que começaram os incêndios no Estado de Victoria, a lista de mortos chega a 181, os desaparecidos somam 50, os edifícios destruídos totalizam 1,834 mil e o terreno arrasado, principalmente florestas, ocupa uma área de 4,13 mil quilômetros quadrados.

As equipes de bombeiros, formadas por 4 mil profissionais de Victoria, de outras partes da Austrália e de países amigos, combateram hoje 12 focos fora de controle e nenhum representava uma ameaça direta para a população.

O subdiretor do Serviço de Bombeiros, Geoff Conway, disse que este tempo favorável, que se prolongará durante o domingo, permite consolidar as linhas de contenção e avançar na extinção das chamas.

Cinzas apareceram arrastadas por ventos do nordeste sobre Melbourne, onde habitam 3,8 milhões de pessoas, e as autoridades alertaram aos cidadãos do risco para a saúde de idosos, crianças e pessoas com problemas respiratórios.

O número de pessoas deslocadas - a Cruz Vermelha chegou a receber 7 mil - começou a cair com a abertura de algumas localidades atingidas.

Os incêndios, alguns criminosos, começaram em 7 de fevereiro, quando a região sul da Austrália estava há duas semanas sob uma onda de calor sem precedentes.

Na sexta-feira passada, a polícia acusou uma pessoa de ter provocado o incêndio que atingiu a localidade de Churchill e matou 21 pessoas.

16:55
Anónimo disse...
A primeira chuva em seis dias reduziu a ameaça de incêndios no Estado de Victoria, ao sul da Austrália. As autoridades, porém, advertiram que ainda existem 12 focos, mas que nenhum deles ameaça áreas povoadas.

Mais de quatro mil bombeiros, mil provenientes de outras partes do país e de outras nações, trabalham contra o fogo. Cerca de 600 veículos e 28 helicópteros e pequenos aviões estão sendo usados.


Eles conseguiram construir linhas de contenção para evitar os incêndios de Yarra e Maroondah se juntassem. Também foram controlados os incêndios abertos de Yea e Murrindindi, que ameaçavam as comunidades de Connellys Creek, Crystal Creek, Scrubby Creek e Native Dog Creek.

O número de mortos chegou a 181, mas as autoridades acreditam que as vítimas devem passar de 200, já que ainda há muitos desaparecidos.

16:55
Anónimo disse...
Aqui nesta coluna, na semana passada, tive a oportunidade de comentar sobre a recente visita do professor brasileiro Pedrinho Guareschi à Austrália. Não dei, porém, os fatos, pois semana passada o assunto era outro.

Hoje, porém, vamos a eles.

No último dia 4 de fevereiro, aconteceu o Seminário "Paulo Freire: Education and Liberation", organizado pelo centro de estudos latino-americanos da Universidade Nacional da Austrália, ou ANU, como é mais conhecida por aqui.

A ANU, para quem não sabe, está entre as 20 melhores universidades do mundo! E tem sede aqui em Camberra, capital da Austrália.

Na abertura do evento, o professor John Minns, diretor do centro latino-americano, ao dar boas-vindas ao público presente, lembrou ser aquele o primeiro seminário exclusivamente dedicado a Paulo Freire na Austrália.

Em seguida, convidou Pedrinho Guareschi, palestrante principal do Seminário, a fazer sua apresentação.

A plateia pode então conhecer, pelas palavras de Pedrinho, um pouco da obra e da vida de Freire, esse brasileiro de fé e valor, que sempre acreditou na educação, sobretudo dos menos favorecidos, analfabetos, como força libertadora.

Como não podia deixar de ser, os conceitos e ideias revolucionários de Paulo Freire, expostos com clareza por Pedrinho, despertaram o interesse e a curiosidade de plateia. A qual, deve-se notar, era na maioria de estudantes, mas de várias nacionalidades, sobretudo australianos e asiáticos.

Na continuação do programa do seminário, que se estendeu por dois dias, outros professores fizeram palestras sobre temas ligados à obra de Paulo Freire.

Interessante, por exemplo, saber que a professora Anne Hickling-Hudson, jamaicana que mora na Austrália há muitos anos (é professora da ANU), conheceu e trabalhou com Freire num workshop educacional durante a revolução na Ilha de Granada, em 1980, antes da invasão dos Estados Unidos...

Ou, então, a palestra da Professora Gerda Roelvink, da Nova Zelândia, que participou do Fórum Social de Porto Alegre em 2005. E essa participação transformou-se em tema de doutorado.

No dia 10, terça-feira passada, o padre Pedrinho Guareschi voltou a falar ao público australiano em grande auditório localizado no belíssimo campus da ANU. Desta vez, sobre a Teologia da Libertação.

Depois da palestra, John Minns mostrou o filme mexicano "O Crime do Padre Amaro", no qual um dos personagens é um padre católico praticante da Teologia da Libertação.

Mais uma vez, foi grande o intersse da platéia, que pode aprender e conhecer um pouco como se desenvolveu aquele importante movimento católico na América Latina.

Fica, assim, ao Pedrinho, bem como a outros brasileiros estudiosos e de bom coração que saem pelo mundo a divulgar aspectos importantes da cultura brasileira, o respeito e a homenagem desta coluna. E... aquele abraço!

Anónimo disse...

16:57
Anónimo disse...
Amanda Kitts perdeu o braço esquerdo em um acidente de automóvel acontecido três anos atrás, mas hoje em dia ela joga futebol americano com seu filho de 12 anos de idade, troca fraldas e abraça as crianças nas três creches Kiddie Cottage que opera em Knoxville, Tennessee. Kitts, 40 anos, faz tudo isso com a ajuda de um novo tipo de braço artificial que se movimenta com mais facilidade do que outros aparelhos e que ela pode controlar utilizando apenas seus pensamentos.

"Eu sou capaz de mexer a mão, o pulso e o cotovelo ao mesmo tempo", diz. "Você pensa e os músculos se movem em seguida".

A recuperação que ela conseguiu resulta de um novo procedimento que vem atraindo crescente atenção porque permite que pessoas movam braços protéticos de forma mais automática do que faziam no passado, simplesmente utilizando nervos reaproveitados em seus cérebros.

A técnica, conhecida como "renervação muscular dirigida", envolve utilizar os nervos que restam depois da amputação de um braço e conectá-los a outro músculo do corpo, em geral no peito. Eletrodos são instalados sobre os músculos do peito, e operam como se fossem antenas. Quando a pessoa deseja mover o braço, o cérebro envia sinais que primeiro resultam em contração dos músculos do peito, os quais enviam um sinal ao braço protético, instruindo-se a se movimentar. O processo não requer mais esforços consciente do que a pessoa teria de exercitar caso ainda tivesse seu braço natural.

Na terça-feira, pesquisadores reportaram em estudo publicado pela versão online do Journal of the American Medical Association que haviam levado a técnica ainda mais à frente, tornando possível a execução de 10 movimentos de mão, pulso e cotovelo diferentes, o que representa uma substancial melhora com relação ao típico repertório protético, que em geral envolve apenas dobrar o cotovelo, girar o pulso e abrir a mão.

"Os novos métodos tiveram impacto dramático em nosso campo de trabalho", disse Stuart Harshbarger, engenheiro biomédico na Universidade Johns Hopkins e diretor do programa de pesquisa sobre próteses, financiado pelas forças armadas, que inclui o trabalho com essa técnica. "O método já está em uso por médicos e cirurgiões comuns em todo o país. A capacidade de controlar um membro protético bastante robusto que ele confere surpreendeu a todos pela qualidade".

Tipicamente, uma pessoa que tenha um braço protético só é capaz de executar alguns poucos movimentos, e muitas vezes com tamanha lentidão que isso só permite a ela atividades limitadas.

Há um motor separado para cada movimento, diz Gerald Loeb, professor de engenharia biomédica na Universidade do Sul da Califórnia, "e esses motores precisam ser controlados de maneira explícita", usualmente por um esforço consciente da pessoa para contrair músculos nas costas ou no bíceps.

"Essencialmente, até agora os pacientes controlavam apenas um motor de cada vez", diz Loeb, "e precisavam pensar cuidadosamente sobre que motor desejavam controlar e como fazê-lo operar, em lugar de simplesmente pensarem em mover o braço e poderem fazê-lo sem delongas".

Antes que Kitts passasse pelo procedimento de renervação, em outubro de 2007, por exemplo, ela precisava movimentar os músculos de suas costas de determinada maneira para fazer com que seu pulso girasse, e flexionar seu bíceps e tríceps para fazer com que o cotovelo se movesse para cima e para baixo. "Era muito trabalho", ela conta. "E não me ajudava muito".

O procedimento de renervação é parte de uma recente explosão de idéias novas e técnicas inovadoras que estão sendo exploradas enquanto os cientistas se esforçam por ajudar as pessoas a compensar melhor a perda de membros ou problemas de paralisia. O esforço vem sendo alimentado pelo aumento no número de amputações causado por diabetes e por ferimentos sofridos pelos militares, e ao mesmo tempo pelos avanços na tecnologia médica.

Os braços se tornaram um dos focos essenciais desse tipo de trabalho. A ciência há muito vem obtendo sucessos no desenvolvimento de próteses de perna, mas é muito mais difícil imitar a complexidade e a destreza das mãos e dos braços.

Os esforços em curso incluem o desenvolvimento de projetos de pele e braços mais sensíveis e mais flexíveis, e o uso de dispositivos acionados por controles sem fio implantado nos braços protéticos, que permitiriam movimentos mais naturais.

Os pesquisadores também vêm usando sensores implantados nos cérebros de cobaias para permitir que dois macacos controlem um braço mecânico, e um teste com um homem paralítico permitiu, com esse método, que ele movimentasse um cursor em uma tela de computador.

Alguns desses métodos, caso venham a ser aperfeiçoados plenamente e consigam aprovação das autoridades regulatórias da saúde, podem no futuro se tornar mais viáveis para os pacientes de amputações.

E embora a técnica da renervação não requeira aprovação das autoridades regulatórias porque é executada por meios cirúrgicos e emprega aparelhos já existentes, ela apresenta limitações que até mesmo seus criadores reconhecem, entre as quais o fato de que não se pode utilizá-la para todos os pacientes, o seu alto custo e o prazo de meses requerido para que os nervos reconectados cresçam e se tornem efetivos.

Ainda assim, os especialistas dizem que é o mais avançado sistema em uso hoje para pacientes reais que permite que o sistema nervoso controle diretamente o movimento de um braço artificial.

Desde sua introdução por Todd Kuiken, médico fisioterapeuta e engenheiro biomédico do Instituto de Reabilitação de Chicago, o método foi empregado em cerca de 30 pacientes nos Estados Unidos, Canadá e Europa, entre os quais oito soldados feridos no Iraque e no Afeganistão.

Muitos dos pacientes, entre os quais o primeiro, Jesse Sullivan, um operário do setor elétrico no Tennessee que perdeu os dois braços quando foi eletrocutado por um cabo, conseguem não apenas manipular seus braços protéticos mas sentir a presença das mãos que já não têm quando alguém toca em seus peitos.

Sullivan, 62 anos, e Kitts, estavam entre os cinco pacientes que participaram do estudo reportado na terça-feira. Em companhia de cinco outras pessoas que não passaram por amputações, eles receberam os eletrodos e foram instruídos a usar pensamentos para fazer com que um braço virtual na tela reproduzisse 10 movimentos diferentes, entre os quais três formas diferentes de aperto de mão.

Os pacientes apresentaram desempenho bastante respeitável, apenas um pouco mais lento e menos preciso do que os dos participantes que não tinham amputações.

"As velocidades de movimento que encontramos em nossos pacientes foram realmente encorajadoras", disse Kuiken. "Eles conseguiram completar a tarefa. É claro que não foram tão competentes quanto as pessoas dotadas de plena capacidade física, mas foram bons o bastante".

Um braço virtual foi usado porque a maioria das próteses existentes não era capaz de acomodar todos aqueles movimentos, no momento da pesquisa, ainda que Sullivan, Kitts e uma terceira paciente, Claudia Mitchell, tenham experimentado dois novos protótipos mais versáteis de braços artificiais, executando tarefas complexas com bolas de tênis e outros objetos.

O trabalho de renervação em soldados apresenta outros desafios, diz Kuiken, porque os ferimentos militares muitas vezes "causam danos muitos extensos" a nervos, músculos ou ossos.

Daniel Acosta, 25 anos, um aviador ferido pela detonação de uma bomba em uma estrada do Iraque em 2005, passou pelo procedimento no ano passado e diz que seu braço esquerdo protético agora se movimenta "muito mais rápido" e de maneira muito mais natural.

"A diferença é que agora não preciso mais pensar para mover o braço", ele diz. "Ele simplesmente se mexe".

Ainda assim, Acosta, de San Antonio, diz que "o processo foi bastante longo" e que os eletrodos precisam ser ajustados para receber os sinais à medida que os nervos crescem ou mudam de posição.

E embora elogiem o método, os especialistas afirmam que a ciência das próteses de braço ainda tem muito por avançar.

"Trata-se de uma parte crucial, mas ainda assim apenas uma parte, das muitas coisas que compreendem a função normal de um braço", disse Loeb, que escreveu um editorial que acompanha o artigo no Journal of the American Medical Association.

"No momento estamos a meio do caminho entre o braço de 'Dr. Fantástico', que fazia involuntariamente a saudação nazista, e o braço de Luke Skywalker em 'Guerra nas Estrelas', que funciona sem nenhum problema assim que é conectado. Creio que precisaremos ainda de muitos anos para conectar todas as peças necessárias a produzir um braço capaz de funcionar normalmente".

17:04
Anónimo disse...
A Espanha disse neste sábado que está preparando uma reclamação oficial contra a decisão da Venezuela de expulsar um membro do Parlamento Europeu que criticou o conselho eleitoral venezuelano.
Luis Herrero, membro do partido conservador espanhol PP, foi deportado na sexta-feira depois que o Conselho Nacional Eleitoral (CNE) o acusou de questionar a imparcialidade da instituição antes de um referendo que pode permitir ao presidente Hugo Chávez permanecer no cargo indefinidamente.

Herrero estava na Venezuela como observador do referendo. Ele acusou Chávez de ter "comportamentos típicos de um ditador" por pedir a contenção de manifestações da oposição.

O governo da Espanha convocou um encontro com o embaixador da Venezuela em Madri para expressar a desaprovação sobre a expulsão de Herrero, disse um representante do Ministério das Relações Exteriores espanhol.

As relações da Venezuela com a Espanha tiveram seu ponto crítico em 2007, quando Chávez ameaçou rever acordos diplomáticos e comerciais depois de ouvir um "cala a boca" do rei espanhol Juan Carlos durante uma cúpula.

A fenda foi oficialmente reparada em 2008, com uma visita oficial de Chávez à Espanha, onde ele cumprimentou o rei e discutiu acordos para investimento no setor petroquímico com o primeiro-ministro José Luis Rodriguez Zapatero.

17:06
Anónimo disse...
A polícia do Zimbábue anunciou neste sábado que acusa de traição Roy Bennett, dirigente do até agora opositor Movimento para a Mudança Democrática (MDC), detido na sexta-feira, em Harare, poucas horas antes da cerimônia de posse dos membros do novo gabinete.

"A Polícia nos informou que vão apresentar acusações de traição", disse à agência EFE o advogado de defesa de Bennett, Trust Maanda.

"Tentam relacionar Roy com o caso de Mike Hitschmann, que foi detido em 2006 em relação à descoberta de um carregamento de armas, apesar de que Hitschmann não tenha sido declarado culpado das acusações de traição apresentadas contra ele, mas de um crime menor de descumprimento de leis", disse Maanda.

O político opositor, designado por seu partido como vice-ministro de Agricultura no Governo de união nacional, esteve no exílio na vizinha África do Sul desde 2006 e retornou ao Zimbábue há duas semanas.

Segundo a Polícia, que deteve Bennett ontem no aeroporto de Harare quando pretendia ir à África do Sul para visitar sua família, as armas apreendidas em 2006 seriam utilizadas em um golpe de Estado para derrubar o presidente do Zimbábue, Robert Mugabe.

Depois da detenção, Bennet foi levado a Mutar, onde vários simpatizantes do MDC se concentraram em frente à delegacia na qual estava detido, diante do que a Polícia respondeu com tiros para o alto para dispersar os manifestantes.

17:07
Anónimo disse...
Austrália: 14 mil se candidatam a 'emprego dos sonhos'

A secretaria de Turismo de Queensland, na Austrália, informou que até esta segunda-feira já recebeu cerca de 14 mil inscrições para o "o melhor emprego do mundo". O Estado australiano promove pela internet seleção para vaga de "zelador" da ilha Hamilton, por seis meses com um salário de R$ 40 mil.

Muitos candidatos tiveram problemas durante a inscrição por conta dos acessos simultâneos ao site. A secretaria aconselha enviar os vídeos de 60s explicando porque deve ser escolhido em horários alternativos do dia, além de recomendar tamanho em torno de 40MB.

As inscrições começaram em 12 de janeiro e vão até o próximo dia 22 e podem ser feitas pelo site www.islandreefjob.com. O governo australiano escolherá 50 candidatos para a próxima fase da seleção, que terá votos do público para eleger um dos 11 finalistas.

A última fase terá entrevistas e desafios físicos, no próprio local de trabalho: as ilhas da Grande Barreira Coralina - o maior recife de coral do mundo. A secretaria de Turismo anunciará o vencedor no dia 6 de maio.

17:09
Anónimo disse...
Mercado elogia governo na crise, mas pede maior queda no juro

Peter Fussy
Direto de São Paulo

Desde as primeiras medidas anunciadas para combater os efeitos da crise, o governo brasileiro avisou que a estratégia não contemplaria um pacote. Seriam doses pontuais, de acordo com a necessidade da economia diante do agravamento das turbulências. Da primeira liberação dos depósitos compulsórios em setembro até a ampliação do seguro-desemprego na última quarta-feira, o governo passou por redução de impostos, ampliação de crédito e incentivos à exportação. Quase 150 dias após a primeira medida, o Terra conversou com líderes do setor público e privado, representantes dos trabalhadores, acadêmicos e com o próprio governo para saber quais destas ações foram mais eficazes, quais foram mais ineficientes e o que mais pode ser feito pelo Estado brasileiro contra a crise.

Os maiores elogios foram direcionados à atitude de reduzir o Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) para a indústria automobilística, anunciada em dezembro e que fez com que os emplacamentos de carros novos subissem 1,9% no primeiro mês do ano em relação a dezembro de 2008. Já as maiores críticas foram para a lentidão no corte da taxa básica de juro do País.

Para o presidente do conselho administrativo do Grupo Pão de Açúcar, Abílio Diniz, o Estado não é responsável pela crise e mesmo assim está agindo "com extrema serenidade e muito acerto". "O governo está atento, fazendo a sua parte. É preciso coragem de baixar firmemente a taxa de juros. É uma arma que temos a nosso favor, já que não há clima para inflação, nem possibilidade de danos para a macroeconomia", afirmou Diniz.

Na última reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), em janeiro, a taxa Selic foi reduzida em um ponto percentual, de 13,75% para 12,75% ao ano. Porém, o professor de economia da Universidade de Brasília (UnB) José Luiz Oreiro lembra que este corte representa uma redução de apenas 0,25 ponto percentual com relação à taxa de setembro do ano passado, quando a crise se agravou.

"Pouco antes da eclosão da crise, o Banco Central aumentou a taxa em 0,75 ponto. Foram cinco meses de demora para reduzir em termos líquidos apenas 0,25 ponto", afirmou o economista, que também sugeriu redução do intervalo de cerca de 90 dias entre as reuniões do Copom e o corte de pelo menos um 1 ponto percentual em cada reunião.

Mesmo com o corte de janeiro, a taxa de juros real continua sendo a maior do mundo, lembrou o secretário-geral da Força Sindical, João Carlos Gonçalves, o Juruna. "A redução da taxa de juro ainda é pequena, porque ela continua uma das mais altas do mundo. Falta ousadia para baixar os juros e ajudar o cidadão. A permanência da taxa de juro alta é negativa para o País em meio a crise", afirmou Juruna.

Embora aprove as ações do governo, o senador Aloízio Mercadante (PT-SP) também acredita que o patamar da Selic está muito alto. "Sempre fomos os primeiros a entrar em qualquer crise, o que não aconteceu agora. A taxa Selic ainda é muito alta, mas o governo têm tomado medidas acertadas, como o aumento do salário mínimo, mesmo com um cenário de crise. Isso ajuda a movimentar o consumo. O governo está se esforçando para manter os investimentos e o crescimento", disse.

Tributos
De acordo com o economista Fabio Pina, da Fecomercio-SP, as ações mais positivas estão relacionadas à redução de tributos para alguns segmentos, como a indústria automobilística, que recuperou parte da queda nas vendas em janeiro com a isenção do IPI para carros 1.0 l e o corte para demais motorizações. A medida vale até o final de março.

"Essas medidas não só reduziram o preço, mas anteciparam o consumo daqueles que iriam comprar no futuro, dando um prêmio por conta da insegurança. Mexe diretamente com o principal problema que é a confiança do consumidor", afirmou. Juruna destacou que um bom ritmo de vendas é garantia de emprego. "É importante porque cada emprego na montadora significa 19 na cadeia produtiva", comentou o representante da Força Sindical.

Também em dezembro, o governo decidiu cortar pela metade a alíquota do Imposto de Renda para contribuintes que ganham entre R$ 1.434 e R$ 2.150 mensais. "O salário aumentava e a tabela não se modificava. As pessoas ganhavam mais e pagavam mais impostos", apontou Juruna. Outra redução de tributos do governo foi com relação ao Imposto sobre Operações Financeiras (IOF), que caiu de 3% ao ano para 1,5%.

Crédito
Na segunda metade de 2008, o colapso de bancos nos Estados Unidos por conta da crise do subprime provocou uma forte restrição de crédito no mundo inteiro. Uma das primeiras medidas anticrise do governo teve como objetivo restabelecer a oferta, com mudanças no recolhimento dos depósitos compulsórios por parte dos bancos. Segundo o presidente do Banco Central, Henrique Meirelles, as diversas modificações liberaram US$ 99,2 bilhões aos bancos até o final de janeiro.

Além disso, o governo concedeu R$ 36 bilhões das reservas internacionais para empresas brasileiras com dívidas no exterior e uma medida provisória autorizou o Banco do Brasil e a Caixa Econômica Federal a comprar carteiras de crédito de bancos privados. Para o diretor do Departamento de Pesquisas e Estudos Econômicos da Fiesp, Paulo Francini, estas medidas foram essenciais para combater os efeitos da crise.

"A crise se desenvolve no mundo em torno do tema crédito. E o crédito reduziu-se barbaridade no mundo. Então o governo lança mão de compulsório, lança mão de reservas, de medidas que permitem aos bancos comprar carteiras de bancos. Você vai tomando várias medidas para atender às demandas e o epicentro disso é crédito", afirmou.

No entanto, Oreiro, da UnB, adverte que a liberação dos compulsórios seria mais eficiente acompanhada de redução mais agressiva da taxa básica de juro. "Uma parte do crédito voltou, depois da forte retração em outubro e novembro. O que deveria ter sido feito junto à liberação do compulsório era uma redução mais drástica da taxa de juro. Sem isso, os bancos pegam as reservas e acabam comprando títulos públicos", explicou o economista.

Na opinião de Pina, as ações de distribuição de crédito via redução do compulsório e a disposição de capital de giro para empresas foram tomadas sem um cuidado maior na operação e não tiveram muito efeito. "O BNDES tem linhas que ficam paradas quase todo o ano, agora é pior ainda. Existem os recursos, mas as empresas e os bancos estão desconfiados. É preciso fazer com que os bancos tenham interesse em emprestar", afirmou o economista da Fecomercio-SP.

Futuro
Mesmo com todas essas medidas, a crise financeira ainda gera incertezas nos setores produtivos do País. Nos últimos meses, o medo do desemprego fez os consumidores adiarem compras. Por sua vez, a queda nas vendas pode obrigar as indústrias a cortarem a produção e demitir funcionários. Contra isso, empresários sugerem redução de jornada e de salários.

"Isto está previsto em lei. A Fiesp simplesmente manteve conversações com entidades sindicais quanto à aplicação daquilo que já está previsto em lei", afirmou Francini.

Segundo a ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff, uma das medidas que assegura um nível de emprego é a manutenção de investimentos no Programa de Aceleração do Crescimento (PAC). "Estamos esperando que a dificuldade ocorra em janeiro, fevereiro e março. Estamos certos que vamos manter o nível de investimento. É isso que funciona, é isso que significa investimento público. Ele funciona como um colchão. Por isso, nós colocamos R$ 100 bilhões no BNDES e a Petrobras ampliou o seu investimento em R$ 120 bilhões", afirmou.

Na mesma linha, Pina explica que a antecipação de gastos do governo substitui parte da demanda retraída do setor privado. "Ele dá o seguinte recado: não vou estourar as contas públicas, mas concentrar em um momento em que a demanda privada está pequena. Mas o governo não tem fôlego suficiente para fazer o papel de toda demanda", ressaltou. O economista da Fecomercio lembrou que a entidade já pleiteou junto ao governo isenções para transferência de imóveis e de automóveis, além de retirar o IPVA para veículos novos.

Já Oreiro foca suas propostas na capitalização do Banco do Brasil e da Caixa Econômica Federal pelo Tesouro para atender a demanda de crédito para capital de giro e reduzir o spread. "Aumentando o empréstimo e reduzindo as taxas, os dois vão forçar os bancos privados a acompanhar o movimento, até para não perderem participação no mercado", explicou o economista da UnB.

Até o Carnaval, o governou prometeu detalhar um pacote de incentivos para a construção de até um milhão de casas populares, direcionado a famílias com renda de até dez salários mínimos. "Estamos atentos a tudo o que está acontecendo e novas medidas serão tomadas caso haja uma avaliação de que sejam necessárias", disse o ministro da Fazenda, Guido Mantega, na última sexta-feira.

17:11
Anónimo disse...
Ex-ministro critica extensão do seguro-desemprego

Atualizada às 09h03

O ex-ministro do Trabalho Almir Pazzianotto criticou a decisão do governo federal de conceder o seguro-desemprego estendido a apenas alguns setores. "É certamente odioso e provavelmente inconstitucional", disse Pazzianotto, de acordo com o jornal O Estado de S. Paulo.

Na última qurta, dia do anúncio da medida, centrais sindicais elogiaram a atitude do governo. A Força Sindical divulgou nota dizendo que "o aumento ajudará a aquecer parte da economia, já que irá gerar mais consumo, produção e conseqüentemente, a criação de novos postos de trabalho". A União Geral dos Trabalhadores (UGT) afirmou que a medida "contribuirá para minimizar o drama dos trabalhadores que perderem seu emprego por conta da crise".

O ex-ministro, que instituiu o seguro-desemprego no País no governo de José Sarney, destacou a necessidade de as centrais sindicais se manifestarem contra a determinação. Para ele, as mudanças devem ser aplicadas a todas as categorias profissionais e a distinção é contrária ao artigo 3º da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT).

Pazzianotto atribui a medida a um possível temor do governo de que a crise econômica seja longa e não haja dinheiro para atender a todas as necessidades. Ainda assim, ele se mostra contrário ao método de concessão. "O seguro-desemprego ajuda a sanar necessidades básicas. Estendê-lo é paliativo, não a solução", disse ao jornal.

De acordo com o presidente do Conselho Deliberativo do Fundo de Amparo ao Trabalhador (Codefat) e conselheiro da Força Sindical, Luiz Fernando Emediato, a determinação já estava prevista na lei 8.900/94, que trata do seguro-desemprego.

O presidente da Comissão de Trabalho da Câmara, Pedro Fernandes (PTB-MA) vai além na crítica à concessão do seguro para apenas alguns setores. Ele acredita que a ampliação do benefício estimula o desemprego.

Quintino Severo, secretário geral da Central Única dos Trabalhadores (CUT), lembra que a ampliação do benefício sem critério e identificação pode incentivar demissões em outros setores.

17:13
Anónimo disse...
Empresas
TAM faz promoção para destinos internacionais

A companhia aérea TAM anunciou nesta sexta-feira tarifas promocionais para trechos internacionais. Os preços valem para bilhetes comprados entre 6h deste sábado e 23h59 deste domingo e são válidos para classe econômica. As tarifas, para ida e volta, serão vendidas a partir de US$ 99, mais taxas.

Segundo a aérea, a promoção vale para viagens feitas no período de 14 de fevereiro a 18 de junho de 2009. Para destinos na América do Sul, a permanência mínima é de dois dias; para bilhetes com destino nos Estados Unidos, cinco dias; e Europa, sete dias. A permanência máxima para as passagens para América do Sul e EUA é de dois meses e para Europa, três meses.

Entre os exemplos de tarifas promocionais, a TAM oferece São Paulo-Lima por US$ 99. Bilhetes para a rota São Paulo-Santiago serão vendidos a partir de US$ 199 e São Paulo-Nova York, US$ 799.

A emissão dos bilhetes deve ser feita obrigatoriamente no ato da reserva, obedecendo às regras estipuladas pela companhia. A compra está sujeita à disponibilidade de assentos nas classes tarifárias determinadas, trechos, horários e datas. A TAM afirmou que também há tarifas promocionais para a classe executiva.

Mais informações podem ser encontradas no site promocional (www.ofertastam.com.br), no site da empresa (www.tam.com.br) ou pelos telefones 4002-5700 ou 0800 5705700.

17:13
Anónimo disse...
Empresas
Consultoria negocia compra do parque temático Hopi Hari

A consultoria especializada em reestruturação de empresas Íntegra Associados informou nesta sexta-feira ter um acordo para comprar o parque de diversões Hopi Hari, localizado no interior de São Paulo. A empresa estaria disposta a investir R$ 10 milhões no parque, que tem dívida estimada em R$ 800 milhões. As informações são da edição deste sábado do jornal Folha de S. Paulo.

De acordo com o jornal, a transação ainda depende da negociação entre o Hopi Hari e seus credores, o que já estaria em andamento.

A consultoria paulista já atuou junto à Parmalat, durante 30 meses, quando reorganizou a gestão da empresa italiana.

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17:14
Anónimo disse...
Empresas
Disney de Tóquio contratará mais 2 mil apesar da crise


A Oriental Land, o operador da Disneylândia Tóquio e DisneySea, organizou neste domingo entrevistas para contratar cerca de 2 mil trabalhadores em tempo parcial, em um momento de grandes demissões deste tipo de empregados no Japão.

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O operador deste parque temático, situado em Urayasu, na província de Chiba (leste de Tóquio), está em pleno processo de seleção de empregados para 20 tipos de postos trabalhistas diferentes.

Segundo a companhia, citada pela agência local de notícias Kyodo, o parque contratará novos trabalhadores para as atrações, para os restaurantes e guardas de segurança entre outros. Os novos contratados começarão a trabalhar a partir de fevereiro.

O processo de seleção acontece em um momento em que a maioria das grandes companhias japonesas começaram a se ver obrigadas a despedir uma elevada percentagem de seus trabalhadores temporários e a tempo parcial.

Algumas inclusive anunciaram demissões de seus trabalhadores fixos, uma medida muito pouco comum nas companhias japonesas, perante os efeitos piores que o esperado pela crise econômica global.

Cerca de uma centena de pessoas esperavam desde a primeira hora desta manhã a abertura do centro de conferências Tokyo International Forum, onde as entrevistas estão sendo feitas, para ser os primeiros a solicitar os postos de trabalho.


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17:15
Anónimo disse...
Economia Internacional
Senado dos EUA aprova plano de estímulo à economia

O Senado dos Estados Unidos aprovou com 60 votos a favor e 38 contra o plano de estímulo à economia de US$ 787 bilhões na madrugada deste sábado. Agora, ele segue para sanção ou veto do presidente Barack Obama, que espera colocar a lei em prática até o dia 16 de fevereiro.

O plano prevê a criação de três milhões de empregos, inclui cortes de impostos às famílias, fundos para programas sociais e obras públicas, além de ajuda aos governos estaduais, estudantes e desempregados.

A cláusula Buy American - que exige o uso de ferro, aço e produtos manufaturados dos Estados Unidos em obras realizadas com recursos do pacote - ficou de lado. Segundo o texto definitivo, a cláusula será aplicada sem violar as normas do comércio internacional.

Ontem à tarde, a Câmara de Representantes (deputados) havia aprovado, por 246 votos a favor e 183 contra, a versão final do plano. Todos os republicanos foram contrários ao pacote.

Pelo acordo de quarta-feira entre Câmara e Senado, em vez de custar US$ 819 bilhões, como queriam os deputados, ou US$ 838 bilhões como pretendiam os senadores, o pacote ficou em cerca de US$ 787 bilhões, com 65% desse total destinado a gastos do governo federal e 35%, a créditos tributários.

17:16
Anónimo disse...
Economia nacional
Na era Lula, aposentadoria sobe 54% menos que salário mínimo

Thatiane Faria
Especial para o Terra
Direto de São Paulo

Os índices de reajustes concedidos pelo governo em 2009 para aposentados e pensionistas e para o salário mínimo repetiram uma diferença que, só durante o governo de Luiz Inácio Lula da Silva, já chega a 54%. Enquanto o mínimo foi majorado em 12% este ano, as pensões e aposentadorias tiveram aumento de 5,92%. Aposentados que têm o benefício do governo como única fonte de renda reclamam que perdem poder de compra e que sua cesta de compras é composta por itens que aumentam mais em relação à inflação oficial.

Um exemplo prático pode ser entendido a partir da comparação entre um aposentado que ganhava R$ 600 em janeiro de 2003. Na época, o benefício era três vezes, ou 200%, maior que o valor do mínimo em vigência, que era de R$ 200. Aplicando-se os índices de reajuste para aposentadorias e para o mínimo durante os últimos seis anos, o mesmo aposentado estaria recebendo hoje R$ 938,47, comparado a um salário mínimo de R$ 465. A diferença entre os dois valores caiu para pouco mais de 100%.

Enquanto o índice acumulado de reajuste para a aposentadoria durante o governo Lula foi de 60%, para o salário mínimo está em 132%.

O diretor do Sindicato Nacional dos Aposentados, João Inocentini, reclama que os valores dos benefícios para aposentadorias não mantêm o poder de compra do grupo, principalmente dos aposentados que recebem menos que dez salários mínimos.

Nem mesmo o fato de o índice de reajuste das aposentadorias ter ficado acima da inflação acumulada no mesmo período (o IPCA entre janeiro de 2003 e janeiro de 2009 foi de 39,7%) serve de argumento, segundo os aposentados.

"Os idosos, principalmente, têm gastos além das contas gerais como gás, telefone e aluguel. Para eles o custo com remédios, e outros itens da área saúde costuma ser maior", afirmou Inocentini.

O presidente do sindicato afirmou que o grupo realiza um estudo com 100 itens de necessidade de um idoso para comparar o aumento dos produtos com o índice de reajuste do benefício recebido pelos aposentados.

"Daqui dois meses vamos abrir um processo na Justiça e levar essa pesquisa como prova. Segundo a lei, o governo é obrigado a manter o poder de compra com a aposentadoria", disse Inocentini.

Alternativas
O consultor financeiro Cláudio Boriola diz que os aposentados, especialmente nesse momento de crise econômica, devem evitar compras parceladas, pesquisar preços, negociar e fazer bom planejamento financeiro.

Segundo Boriola, alguns aposentados ganham um valor mensal muitas vezes insuficiente para o pagamento das contas e acabam pedindo crédito ou realizando pagamentos a prazo e são obrigados a pagar juros altos.

Na opinião do consultor, pagar uma previdência privada é uma alternativa indicada para quem ainda trabalha, considerando a característica de perda de poder de compra da aposentadoria.

"Na prática, infelizmente os valores encontram-se em um patamar que está deteriorando o poder de aquisição da população brasileira", completou Boriola.

De acordo com o diretor da Confederação Brasileira de Aposentados e Pensionistas (Cobap), Vicente Fernandes Barbosa, representantes dos aposentados tentarão um encontro com o presidente da Câmara, deputado Michel Temer (PMDB-SP), para discutir projetos que minimizem a perda dos aposentados

17:17
Anónimo disse...
Previdência
Previdência prorroga isenção de tarifas no benefício

O atual sistema de pagamento aos 26 milhões de aposentados e pensionistas do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) será mantido até o final deste ano. O acordo, que permite realizar a operação sem nenhum custo aos beneficiários, foi renovado nesta sexta-feira, entre o governo federal e 21 instituições financeiras.

Por meio desse acordo, vigente desde setembro de 2007, nem os segurados, nem os bancos e nem o governo arcam com o pagamento de tarifas, conforme explicou o ministro da Previdência Social, José Pimentel. A prorrogação vale até dezembro, data máxima para que a Previdência defina as regras para um novo contrato.

Ao assinar o termo de renovação, na sede da Federação Brasileira dos Bancos (Febraban), o ministro disse que a intenção do governo é mudar o atual modelo de gestão visando a reduzir os custos dessas operações em torno da folha mensal, que atinge R$ 15,8 bilhões. No entanto, qualquer alteração, conforme explicou, passará antes por audiências públicas a serem realizadas a partir do segundo semestre deste ano, atendendo a determinação do Tribunal de Contas da União (TCU).

De acordo com Pimentel, com um redesenho do mecanismo de repasse dos recursos aos bancos em torno da folha de pagamento dos segurados o que se busca é um aumento da participação de instituições financeiras. Ele informou que, desde 2007, cada benefício custa em média R$ 1,07 ao governo. "Quanto mais instituições financeiras estiverem prestando serviços à sociedade, maior é a competitividade, a agilidade no atendimento", justificou.

O ministro observou, ainda, que, para permitir uma redução para algo em torno de meia hora no tempo de atendimento para a concessão dos direitos previdenciários, o governo investiu R$ 280 milhões.

Questionado sobre o descontentamento dos segurados que ganham acima de um salário mínimo terem obtido apenas a correção com base na variação do Índice de Preços ao Consumidor (INPC) , ficando abaixo do reajuste dado a quem recebe apenas o mínimo, Pimentel argumentou que o governo seguiu o que determina a lei e descartou a possibilidade de uma revisão

17:17
Anónimo disse...
Empresas
Caterpillar oferece aposentadoria antecipada a 2 mil


A companhia americana Caterpillar ofereceu a cerca de dois mil funcionários incentivos para que se aposentem de forma voluntária antes do previsto, pela perspectiva de uma queda "significativa" da atividade industrial, informou nesta quarta-feira a empresa.

A iniciativa, destinada aos trabalhadores de diversas fábricas em Illinois, Colorado, Tennessee e Pensilvânia, se soma aos cortes de empregos anunciados em janeiro, explicou em comunicado de imprensa.

A empresa, a maior fabricante mundial de maquinaria pesada para a construção e a mineração, acrescentou que, "em função das condições de negócio, podem ser necessárias mais reduções de elenco voluntárias e involuntárias à medida que o ano avança".

O vice-presidente da companhia, Sid Banwart, explicou que a empresa prevê "demissões significativas em todas as regiões geográficas e na maioria dos setores devido às dificuldades da economia mundial".

17:18
Anónimo disse...
Comércio
Comércio exterior da OCDE caiu no 3º trimestre de 2008


As exportações e as importações dos países da Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Econômico (OCDE) caíram 1,6% e 0,2%, respectivamente, no terceiro trimestre de 2008, em relação aos três meses anteriores.

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Trata-se da primeira queda destas atividades desde o terceiro trimestre de 2006, segundo o último relatório trimestral sobre fluxos comerciais divulgado pela OCDE.

As exportações e as importações em dólares dos 30 Estados-membros caíram 15,6% e 17%, respectivamente, na comparação anualizada.

Por sua vez, o comércio dos sete países mais ricos do mundo (G7) teve um pequeno crescimento no terceiro trimestre de 2008 com uma queda das exportações de mercadorias de 0,2% em relação ao trimestre anterior e um aumento de 0,4% das importações.

Em termos anualizados, as importações do G7 caíram 1,4% entre julho e setembro do ano passado, seu primeiro retrocesso desde o terceiro trimestre de 2006, enquanto as exportações aumentaram 1,9%, seu crescimento mais baixo no mesmo tempo.

Por países, a Alemanha aumentou suas importações em 3,4% - valor mais alto do G7 -, enquanto suas exportações caíram 2,9% do segundo para o terceiro trimestre de 2008.

Pelo contrário, as exportações americanas aumentaram 1,8% entre julho e setembro de 2008, enquanto as importações caíram 0,7% em relação ao trimestre anterior. No Japão, tanto as importações quanto as exportações caíram em torno de 1% no mesmo período.

17:19
Anónimo disse...
Economia Nacional
Lula: juros de crédito consignado a aposentados são altos

Atualizada às 17h29

O presidente Luis Inácio Lula da Silva afirmou nesta terça-feira, em São Paulo, que está lutando para reduzir as taxas de juros cobradas de aposentados em crédito consignado. A Previdência Social estabelece uma taxa máxima de 2,5% para empréstimo e de 3,5% para cartão. Para Lula, os valores são altos.

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"Acho que o juro que os aposentados estão pagando hoje com o crédito consignado é alto para o padrão brasileiro", disse o presidente durante a cerimônia de comemoração dos 86 anos do INSS.

A Previdência anunciou nesta terça-feira que aposentados e trabalhadoras com licença-maternidade poderão receber seus benefícios em 30 minutos. De acordo com Lula, em junho, a aposentadoria do trabalhador rural também será conseguida em meia hora.

Além disso, o presidente anunciou que, também em junho, os trabalhadores que alcançarem o direito à aposentadoria passarão a receber em suas casas um comunicado da Previdência informando o fato e o valor do salário que têm direito a receber. "É um comprometimento público que estou fazendo com os companheiros da Previdência Social", disse.

"Estamos retribuindo ao contribuinte da Previdência Social aquilo que é a cidadania que ele tem direito", afirmou Lula. "Se para cobrar nós somos tão precisos, para devolver o dinheiro, temos que chegar próximo à perfeição", completou.

17:20
Anónimo disse...
Economia Nacional
Salário maternidade sairá em 30 minutos, diz ministro

Toda trabalhadora autônoma que tiver contribuído pelo menos 10 meses com o Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) - ou as que possuírem carteira assinada - poderão receber em 30 minutos o salário maternidade a partir desta terça-feira. Da mesma forma, as mulheres com 30 anos de contribuição e os homens com 35 anos também terão direito ao benefício de forma mais rápida. A informação é do ministro da Previdência Social, José Pimentel.

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Para requerer o salário maternidade, é preciso que as autônomas levem a carteira de identidade e o carnê de contribuição. As demais trabalhadoras devem apresentar a identificação e a carteira de trabalho. Desde o início do mês, a nova forma de análise para a concessão de benefícios foi adotada para a aposentadoria por idade do trabalhador urbano e agora foi estendida para o salário maternidade e por tempo de contribuição.

O ministro disse que a qualificação do serviço da previdência social é o reconhecimento do direito dos trabalhadores e da afirmação da cidadania.

"Até pouco tempo na cabeça do cidadão o serviço devia ser de péssima qualidade. Agora não, nós modificamos toda a legislação no mês de dezembro numa ação conjunta do Congresso Nacional com o governo federal. Estamos implantando e concedendo os benefícios em até 30 minutos", afirmou.

O ministro destacou que para conseguir se aposentar ou ter acesso à licença maternidade em 30 minutos, em primeiro lugar, é necessário que o cidadão esteja vinculado à Previdência, o que inclui 65% da população acima de 16 anos de idade.

"Depois bastar marcar pelo sistema 135 o dia e a hora do atendimento e levar a documentação. Se todos os dados necessários estiverem corretos o contribuinte será atendido em até 30 minutos, como vem sendo feito com as aposentadorias por idade desde o dia cinco de janeiro", explicou.

Pimentel disse ainda que em 90% das agências da previdência social o atendimento é marcado em até 48 horas. Nos grandes centros, entretanto existe um volume maior o que torna mais lento o processo.

"Estamos criando mais 715 agências até 2010, em todo o território nacional, para descentralizar o atendimento. Em 2008, atendemos 295 mil benefícios e aposentadorias por idade. Temos 4 mil pessoas por dia procurando e se aposentando por idade no território nacional. Este serviço será agilizado", concluiu.
17:25
Anónimo disse...
Giuseppe Englaro, pai de Eluana, a italiana que morreu na segunda-feira passada por desidratação, recusou uma grande soma de dinheiro de um conhecido fotógrafo italiano que queria retratar a filha em estado de coma, disse neste sábado o neurologista que atendia a mulher desde 1996, Carlo Defanti.

O neurologista, que participou hoje de uma conferência sobre eutanásia, disse que Englaro respeitou a vontade da filha, que, antes do acidente, tinha pedido que, se lhe ocorresse qualquer coisa irreversível, apresentasse sua imagem de quando estava em boas condições.

Antes de sofrer o acidente de trânsito, em 1992, Eluana viveu o coma de um amigo, Alessandro, o que causou forte impacto na italiana e a levou a fazer o pai prometer que não a deixasse viver em estado vegetativo, disse o próprio Giuseppe Englaro.

Defanti, que dissera que Eluana poderia viver de dez a 12 dias depois da suspensão da alimentação e da hidratação, disse que, como médico, tinha que reprovar esta afirmação.

"Não se pode sobreviver após três ou quatro dias sem líquido e, em particular, água em um corpo. Sabemos bem que, quando há um terremoto, após quatro dias é difícil encontrar sobreviventes".

Defanti ressaltou que Eluana "não falava, não se comunicava com o exterior" e que, após vários exames, "nos deparamos com uma moça que tinha perdido a consciência", porque estava com o córtex cerebral prejudicado.

Eluana foi enterrada na quinta-feira passada no túmulo da família na localidade de Paluzza, em Udine, após um funeral que não contou com a presença dos pais.

16:53
Anónimo disse...
Os bombeiros combatem neste sábado os incêndios na Austrália favorecidos pelo bom tempo, enquanto os deslocados encotram em seu retorno casas derruídas, carros queimados nas ruas e destruição.

Depois de sete dias desde que começaram os incêndios no Estado de Victoria, a lista de mortos chega a 181, os desaparecidos somam 50, os edifícios destruídos totalizam 1,834 mil e o terreno arrasado, principalmente florestas, ocupa uma área de 4,13 mil quilômetros quadrados.

As equipes de bombeiros, formadas por 4 mil profissionais de Victoria, de outras partes da Austrália e de países amigos, combateram hoje 12 focos fora de controle e nenhum representava uma ameaça direta para a população.

O subdiretor do Serviço de Bombeiros, Geoff Conway, disse que este tempo favorável, que se prolongará durante o domingo, permite consolidar as linhas de contenção e avançar na extinção das chamas.

Cinzas apareceram arrastadas por ventos do nordeste sobre Melbourne, onde habitam 3,8 milhões de pessoas, e as autoridades alertaram aos cidadãos do risco para a saúde de idosos, crianças e pessoas com problemas respiratórios.

O número de pessoas deslocadas - a Cruz Vermelha chegou a receber 7 mil - começou a cair com a abertura de algumas localidades atingidas.

Os incêndios, alguns criminosos, começaram em 7 de fevereiro, quando a região sul da Austrália estava há duas semanas sob uma onda de calor sem precedentes.

Na sexta-feira passada, a polícia acusou uma pessoa de ter provocado o incêndio que atingiu a localidade de Churchill e matou 21 pessoas.

16:55
Anónimo disse...
A primeira chuva em seis dias reduziu a ameaça de incêndios no Estado de Victoria, ao sul da Austrália. As autoridades, porém, advertiram que ainda existem 12 focos, mas que nenhum deles ameaça áreas povoadas.

Mais de quatro mil bombeiros, mil provenientes de outras partes do país e de outras nações, trabalham contra o fogo. Cerca de 600 veículos e 28 helicópteros e pequenos aviões estão sendo usados.


Eles conseguiram construir linhas de contenção para evitar os incêndios de Yarra e Maroondah se juntassem. Também foram controlados os incêndios abertos de Yea e Murrindindi, que ameaçavam as comunidades de Connellys Creek, Crystal Creek, Scrubby Creek e Native Dog Creek.

O número de mortos chegou a 181, mas as autoridades acreditam que as vítimas devem passar de 200, já que ainda há muitos desaparecidos.

16:55
Anónimo disse...
Aqui nesta coluna, na semana passada, tive a oportunidade de comentar sobre a recente visita do professor brasileiro Pedrinho Guareschi à Austrália. Não dei, porém, os fatos, pois semana passada o assunto era outro.

Hoje, porém, vamos a eles.

No último dia 4 de fevereiro, aconteceu o Seminário "Paulo Freire: Education and Liberation", organizado pelo centro de estudos latino-americanos da Universidade Nacional da Austrália, ou ANU, como é mais conhecida por aqui.

A ANU, para quem não sabe, está entre as 20 melhores universidades do mundo! E tem sede aqui em Camberra, capital da Austrália.

Na abertura do evento, o professor John Minns, diretor do centro latino-americano, ao dar boas-vindas ao público presente, lembrou ser aquele o primeiro seminário exclusivamente dedicado a Paulo Freire na Austrália.

Em seguida, convidou Pedrinho Guareschi, palestrante principal do Seminário, a fazer sua apresentação.

A plateia pode então conhecer, pelas palavras de Pedrinho, um pouco da obra e da vida de Freire, esse brasileiro de fé e valor, que sempre acreditou na educação, sobretudo dos menos favorecidos, analfabetos, como força libertadora.

Como não podia deixar de ser, os conceitos e ideias revolucionários de Paulo Freire, expostos com clareza por Pedrinho, despertaram o interesse e a curiosidade de plateia. A qual, deve-se notar, era na maioria de estudantes, mas de várias nacionalidades, sobretudo australianos e asiáticos.

Na continuação do programa do seminário, que se estendeu por dois dias, outros professores fizeram palestras sobre temas ligados à obra de Paulo Freire.

Interessante, por exemplo, saber que a professora Anne Hickling-Hudson, jamaicana que mora na Austrália há muitos anos (é professora da ANU), conheceu e trabalhou com Freire num workshop educacional durante a revolução na Ilha de Granada, em 1980, antes da invasão dos Estados Unidos...

Ou, então, a palestra da Professora Gerda Roelvink, da Nova Zelândia, que participou do Fórum Social de Porto Alegre em 2005. E essa participação transformou-se em tema de doutorado.

No dia 10, terça-feira passada, o padre Pedrinho Guareschi voltou a falar ao público australiano em grande auditório localizado no belíssimo campus da ANU. Desta vez, sobre a Teologia da Libertação.

Depois da palestra, John Minns mostrou o filme mexicano "O Crime do Padre Amaro", no qual um dos personagens é um padre católico praticante da Teologia da Libertação.

Mais uma vez, foi grande o intersse da platéia, que pode aprender e conhecer um pouco como se desenvolveu aquele importante movimento católico na América Latina.

Fica, assim, ao Pedrinho, bem como a outros brasileiros estudiosos e de bom coração que saem pelo mundo a divulgar aspectos importantes da cultura brasileira, o respeito e a homenagem desta coluna. E... aquele abraço!

16:57
Anónimo disse...
Amanda Kitts perdeu o braço esquerdo em um acidente de automóvel acontecido três anos atrás, mas hoje em dia ela joga futebol americano com seu filho de 12 anos de idade, troca fraldas e abraça as crianças nas três creches Kiddie Cottage que opera em Knoxville, Tennessee. Kitts, 40 anos, faz tudo isso com a ajuda de um novo tipo de braço artificial que se movimenta com mais facilidade do que outros aparelhos e que ela pode controlar utilizando apenas seus pensamentos.

"Eu sou capaz de mexer a mão, o pulso e o cotovelo ao mesmo tempo", diz. "Você pensa e os músculos se movem em seguida".

A recuperação que ela conseguiu resulta de um novo procedimento que vem atraindo crescente atenção porque permite que pessoas movam braços protéticos de forma mais automática do que faziam no passado, simplesmente utilizando nervos reaproveitados em seus cérebros.

A técnica, conhecida como "renervação muscular dirigida", envolve utilizar os nervos que restam depois da amputação de um braço e conectá-los a outro músculo do corpo, em geral no peito. Eletrodos são instalados sobre os músculos do peito, e operam como se fossem antenas. Quando a pessoa deseja mover o braço, o cérebro envia sinais que primeiro resultam em contração dos músculos do peito, os quais enviam um sinal ao braço protético, instruindo-se a se movimentar. O processo não requer mais esforços consciente do que a pessoa teria de exercitar caso ainda tivesse seu braço natural.

Na terça-feira, pesquisadores reportaram em estudo publicado pela versão online do Journal of the American Medical Association que haviam levado a técnica ainda mais à frente, tornando possível a execução de 10 movimentos de mão, pulso e cotovelo diferentes, o que representa uma substancial melhora com relação ao típico repertório protético, que em geral envolve apenas dobrar o cotovelo, girar o pulso e abrir a mão.

"Os novos métodos tiveram impacto dramático em nosso campo de trabalho", disse Stuart Harshbarger, engenheiro biomédico na Universidade Johns Hopkins e diretor do programa de pesquisa sobre próteses, financiado pelas forças armadas, que inclui o trabalho com essa técnica. "O método já está em uso por médicos e cirurgiões comuns em todo o país. A capacidade de controlar um membro protético bastante robusto que ele confere surpreendeu a todos pela qualidade".

Tipicamente, uma pessoa que tenha um braço protético só é capaz de executar alguns poucos movimentos, e muitas vezes com tamanha lentidão que isso só permite a ela atividades limitadas.

Há um motor separado para cada movimento, diz Gerald Loeb, professor de engenharia biomédica na Universidade do Sul da Califórnia, "e esses motores precisam ser controlados de maneira explícita", usualmente por um esforço consciente da pessoa para contrair músculos nas costas ou no bíceps.

"Essencialmente, até agora os pacientes controlavam apenas um motor de cada vez", diz Loeb, "e precisavam pensar cuidadosamente sobre que motor desejavam controlar e como fazê-lo operar, em lugar de simplesmente pensarem em mover o braço e poderem fazê-lo sem delongas".

Antes que Kitts passasse pelo procedimento de renervação, em outubro de 2007, por exemplo, ela precisava movimentar os músculos de suas costas de determinada maneira para fazer com que seu pulso girasse, e flexionar seu bíceps e tríceps para fazer com que o cotovelo se movesse para cima e para baixo. "Era muito trabalho", ela conta. "E não me ajudava muito".

O procedimento de renervação é parte de uma recente explosão de idéias novas e técnicas inovadoras que estão sendo exploradas enquanto os cientistas se esforçam por ajudar as pessoas a compensar melhor a perda de membros ou problemas de paralisia. O esforço vem sendo alimentado pelo aumento no número de amputações causado por diabetes e por ferimentos sofridos pelos militares, e ao mesmo tempo pelos avanços na tecnologia médica.

Os braços se tornaram um dos focos essenciais desse tipo de trabalho. A ciência há muito vem obtendo sucessos no desenvolvimento de próteses de perna, mas é muito mais difícil imitar a complexidade e a destreza das mãos e dos braços.

Os esforços em curso incluem o desenvolvimento de projetos de pele e braços mais sensíveis e mais flexíveis, e o uso de dispositivos acionados por controles sem fio implantado nos braços protéticos, que permitiriam movimentos mais naturais.

Os pesquisadores também vêm usando sensores implantados nos cérebros de cobaias para permitir que dois macacos controlem um braço mecânico, e um teste com um homem paralítico permitiu, com esse método, que ele movimentasse um cursor em uma tela de computador.

Alguns desses métodos, caso venham a ser aperfeiçoados plenamente e consigam aprovação das autoridades regulatórias da saúde, podem no futuro se tornar mais viáveis para os pacientes de amputações.

E embora a técnica da renervação não requeira aprovação das autoridades regulatórias porque é executada por meios cirúrgicos e emprega aparelhos já existentes, ela apresenta limitações que até mesmo seus criadores reconhecem, entre as quais o fato de que não se pode utilizá-la para todos os pacientes, o seu alto custo e o prazo de meses requerido para que os nervos reconectados cresçam e se tornem efetivos.

Ainda assim, os especialistas dizem que é o mais avançado sistema em uso hoje para pacientes reais que permite que o sistema nervoso controle diretamente o movimento de um braço artificial.

Desde sua introdução por Todd Kuiken, médico fisioterapeuta e engenheiro biomédico do Instituto de Reabilitação de Chicago, o método foi empregado em cerca de 30 pacientes nos Estados Unidos, Canadá e Europa, entre os quais oito soldados feridos no Iraque e no Afeganistão.

Muitos dos pacientes, entre os quais o primeiro, Jesse Sullivan, um operário do setor elétrico no Tennessee que perdeu os dois braços quando foi eletrocutado por um cabo, conseguem não apenas manipular seus braços protéticos mas sentir a presença das mãos que já não têm quando alguém toca em seus peitos.

Sullivan, 62 anos, e Kitts, estavam entre os cinco pacientes que participaram do estudo reportado na terça-feira. Em companhia de cinco outras pessoas que não passaram por amputações, eles receberam os eletrodos e foram instruídos a usar pensamentos para fazer com que um braço virtual na tela reproduzisse 10 movimentos diferentes, entre os quais três formas diferentes de aperto de mão.

Os pacientes apresentaram desempenho bastante respeitável, apenas um pouco mais lento e menos preciso do que os dos participantes que não tinham amputações.

"As velocidades de movimento que encontramos em nossos pacientes foram realmente encorajadoras", disse Kuiken. "Eles conseguiram completar a tarefa. É claro que não foram tão competentes quanto as pessoas dotadas de plena capacidade física, mas foram bons o bastante".

Um braço virtual foi usado porque a maioria das próteses existentes não era capaz de acomodar todos aqueles movimentos, no momento da pesquisa, ainda que Sullivan, Kitts e uma terceira paciente, Claudia Mitchell, tenham experimentado dois novos protótipos mais versáteis de braços artificiais, executando tarefas complexas com bolas de tênis e outros objetos.

O trabalho de renervação em soldados apresenta outros desafios, diz Kuiken, porque os ferimentos militares muitas vezes "causam danos muitos extensos" a nervos, músculos ou ossos.

Daniel Acosta, 25 anos, um aviador ferido pela detonação de uma bomba em uma estrada do Iraque em 2005, passou pelo procedimento no ano passado e diz que seu braço esquerdo protético agora se movimenta "muito mais rápido" e de maneira muito mais natural.

"A diferença é que agora não preciso mais pensar para mover o braço", ele diz. "Ele simplesmente se mexe".

Ainda assim, Acosta, de San Antonio, diz que "o processo foi bastante longo" e que os eletrodos precisam ser ajustados para receber os sinais à medida que os nervos crescem ou mudam de posição.

E embora elogiem o método, os especialistas afirmam que a ciência das próteses de braço ainda tem muito por avançar.

"Trata-se de uma parte crucial, mas ainda assim apenas uma parte, das muitas coisas que compreendem a função normal de um braço", disse Loeb, que escreveu um editorial que acompanha o artigo no Journal of the American Medical Association.

"No momento estamos a meio do caminho entre o braço de 'Dr. Fantástico', que fazia involuntariamente a saudação nazista, e o braço de Luke Skywalker em 'Guerra nas Estrelas', que funciona sem nenhum problema assim que é conectado. Creio que precisaremos ainda de muitos anos para conectar todas as peças necessárias a produzir um braço capaz de funcionar normalmente".

17:04
Anónimo disse...
A Espanha disse neste sábado que está preparando uma reclamação oficial contra a decisão da Venezuela de expulsar um membro do Parlamento Europeu que criticou o conselho eleitoral venezuelano.
Luis Herrero, membro do partido conservador espanhol PP, foi deportado na sexta-feira depois que o Conselho Nacional Eleitoral (CNE) o acusou de questionar a imparcialidade da instituição antes de um referendo que pode permitir ao presidente Hugo Chávez permanecer no cargo indefinidamente.

Herrero estava na Venezuela como observador do referendo. Ele acusou Chávez de ter "comportamentos típicos de um ditador" por pedir a contenção de manifestações da oposição.

O governo da Espanha convocou um encontro com o embaixador da Venezuela em Madri para expressar a desaprovação sobre a expulsão de Herrero, disse um representante do Ministério das Relações Exteriores espanhol.

As relações da Venezuela com a Espanha tiveram seu ponto crítico em 2007, quando Chávez ameaçou rever acordos diplomáticos e comerciais depois de ouvir um "cala a boca" do rei espanhol Juan Carlos durante uma cúpula.

A fenda foi oficialmente reparada em 2008, com uma visita oficial de Chávez à Espanha, onde ele cumprimentou o rei e discutiu acordos para investimento no setor petroquímico com o primeiro-ministro José Luis Rodriguez Zapatero.

17:06
Anónimo disse...
A polícia do Zimbábue anunciou neste sábado que acusa de traição Roy Bennett, dirigente do até agora opositor Movimento para a Mudança Democrática (MDC), detido na sexta-feira, em Harare, poucas horas antes da cerimônia de posse dos membros do novo gabinete.

"A Polícia nos informou que vão apresentar acusações de traição", disse à agência EFE o advogado de defesa de Bennett, Trust Maanda.

"Tentam relacionar Roy com o caso de Mike Hitschmann, que foi detido em 2006 em relação à descoberta de um carregamento de armas, apesar de que Hitschmann não tenha sido declarado culpado das acusações de traição apresentadas contra ele, mas de um crime menor de descumprimento de leis", disse Maanda.

O político opositor, designado por seu partido como vice-ministro de Agricultura no Governo de união nacional, esteve no exílio na vizinha África do Sul desde 2006 e retornou ao Zimbábue há duas semanas.

Segundo a Polícia, que deteve Bennett ontem no aeroporto de Harare quando pretendia ir à África do Sul para visitar sua família, as armas apreendidas em 2006 seriam utilizadas em um golpe de Estado para derrubar o presidente do Zimbábue, Robert Mugabe.

Depois da detenção, Bennet foi levado a Mutar, onde vários simpatizantes do MDC se concentraram em frente à delegacia na qual estava detido, diante do que a Polícia respondeu com tiros para o alto para dispersar os manifestantes.

17:07
Anónimo disse...
Austrália: 14 mil se candidatam a 'emprego dos sonhos'

A secretaria de Turismo de Queensland, na Austrália, informou que até esta segunda-feira já recebeu cerca de 14 mil inscrições para o "o melhor emprego do mundo". O Estado australiano promove pela internet seleção para vaga de "zelador" da ilha Hamilton, por seis meses com um salário de R$ 40 mil.

Muitos candidatos tiveram problemas durante a inscrição por conta dos acessos simultâneos ao site. A secretaria aconselha enviar os vídeos de 60s explicando porque deve ser escolhido em horários alternativos do dia, além de recomendar tamanho em torno de 40MB.

As inscrições começaram em 12 de janeiro e vão até o próximo dia 22 e podem ser feitas pelo site www.islandreefjob.com. O governo australiano escolherá 50 candidatos para a próxima fase da seleção, que terá votos do público para eleger um dos 11 finalistas.

A última fase terá entrevistas e desafios físicos, no próprio local de trabalho: as ilhas da Grande Barreira Coralina - o maior recife de coral do mundo. A secretaria de Turismo anunciará o vencedor no dia 6 de maio.

17:09
Anónimo disse...
Mercado elogia governo na crise, mas pede maior queda no juro

Peter Fussy
Direto de São Paulo

Desde as primeiras medidas anunciadas para combater os efeitos da crise, o governo brasileiro avisou que a estratégia não contemplaria um pacote. Seriam doses pontuais, de acordo com a necessidade da economia diante do agravamento das turbulências. Da primeira liberação dos depósitos compulsórios em setembro até a ampliação do seguro-desemprego na última quarta-feira, o governo passou por redução de impostos, ampliação de crédito e incentivos à exportação. Quase 150 dias após a primeira medida, o Terra conversou com líderes do setor público e privado, representantes dos trabalhadores, acadêmicos e com o próprio governo para saber quais destas ações foram mais eficazes, quais foram mais ineficientes e o que mais pode ser feito pelo Estado brasileiro contra a crise.

Os maiores elogios foram direcionados à atitude de reduzir o Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) para a indústria automobilística, anunciada em dezembro e que fez com que os emplacamentos de carros novos subissem 1,9% no primeiro mês do ano em relação a dezembro de 2008. Já as maiores críticas foram para a lentidão no corte da taxa básica de juro do País.

Para o presidente do conselho administrativo do Grupo Pão de Açúcar, Abílio Diniz, o Estado não é responsável pela crise e mesmo assim está agindo "com extrema serenidade e muito acerto". "O governo está atento, fazendo a sua parte. É preciso coragem de baixar firmemente a taxa de juros. É uma arma que temos a nosso favor, já que não há clima para inflação, nem possibilidade de danos para a macroeconomia", afirmou Diniz.

Na última reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), em janeiro, a taxa Selic foi reduzida em um ponto percentual, de 13,75% para 12,75% ao ano. Porém, o professor de economia da Universidade de Brasília (UnB) José Luiz Oreiro lembra que este corte representa uma redução de apenas 0,25 ponto percentual com relação à taxa de setembro do ano passado, quando a crise se agravou.

"Pouco antes da eclosão da crise, o Banco Central aumentou a taxa em 0,75 ponto. Foram cinco meses de demora para reduzir em termos líquidos apenas 0,25 ponto", afirmou o economista, que também sugeriu redução do intervalo de cerca de 90 dias entre as reuniões do Copom e o corte de pelo menos um 1 ponto percentual em cada reunião.

Mesmo com o corte de janeiro, a taxa de juros real continua sendo a maior do mundo, lembrou o secretário-geral da Força Sindical, João Carlos Gonçalves, o Juruna. "A redução da taxa de juro ainda é pequena, porque ela continua uma das mais altas do mundo. Falta ousadia para baixar os juros e ajudar o cidadão. A permanência da taxa de juro alta é negativa para o País em meio a crise", afirmou Juruna.

Embora aprove as ações do governo, o senador Aloízio Mercadante (PT-SP) também acredita que o patamar da Selic está muito alto. "Sempre fomos os primeiros a entrar em qualquer crise, o que não aconteceu agora. A taxa Selic ainda é muito alta, mas o governo têm tomado medidas acertadas, como o aumento do salário mínimo, mesmo com um cenário de crise. Isso ajuda a movimentar o consumo. O governo está se esforçando para manter os investimentos e o crescimento", disse.

Tributos
De acordo com o economista Fabio Pina, da Fecomercio-SP, as ações mais positivas estão relacionadas à redução de tributos para alguns segmentos, como a indústria automobilística, que recuperou parte da queda nas vendas em janeiro com a isenção do IPI para carros 1.0 l e o corte para demais motorizações. A medida vale até o final de março.

"Essas medidas não só reduziram o preço, mas anteciparam o consumo daqueles que iriam comprar no futuro, dando um prêmio por conta da insegurança. Mexe diretamente com o principal problema que é a confiança do consumidor", afirmou. Juruna destacou que um bom ritmo de vendas é garantia de emprego. "É importante porque cada emprego na montadora significa 19 na cadeia produtiva", comentou o representante da Força Sindical.

Também em dezembro, o governo decidiu cortar pela metade a alíquota do Imposto de Renda para contribuintes que ganham entre R$ 1.434 e R$ 2.150 mensais. "O salário aumentava e a tabela não se modificava. As pessoas ganhavam mais e pagavam mais impostos", apontou Juruna. Outra redução de tributos do governo foi com relação ao Imposto sobre Operações Financeiras (IOF), que caiu de 3% ao ano para 1,5%.

Crédito
Na segunda metade de 2008, o colapso de bancos nos Estados Unidos por conta da crise do subprime provocou uma forte restrição de crédito no mundo inteiro. Uma das primeiras medidas anticrise do governo teve como objetivo restabelecer a oferta, com mudanças no recolhimento dos depósitos compulsórios por parte dos bancos. Segundo o presidente do Banco Central, Henrique Meirelles, as diversas modificações liberaram US$ 99,2 bilhões aos bancos até o final de janeiro.

Além disso, o governo concedeu R$ 36 bilhões das reservas internacionais para empresas brasileiras com dívidas no exterior e uma medida provisória autorizou o Banco do Brasil e a Caixa Econômica Federal a comprar carteiras de crédito de bancos privados. Para o diretor do Departamento de Pesquisas e Estudos Econômicos da Fiesp, Paulo Francini, estas medidas foram essenciais para combater os efeitos da crise.

"A crise se desenvolve no mundo em torno do tema crédito. E o crédito reduziu-se barbaridade no mundo. Então o governo lança mão de compulsório, lança mão de reservas, de medidas que permitem aos bancos comprar carteiras de bancos. Você vai tomando várias medidas para atender às demandas e o epicentro disso é crédito", afirmou.

No entanto, Oreiro, da UnB, adverte que a liberação dos compulsórios seria mais eficiente acompanhada de redução mais agressiva da taxa básica de juro. "Uma parte do crédito voltou, depois da forte retração em outubro e novembro. O que deveria ter sido feito junto à liberação do compulsório era uma redução mais drástica da taxa de juro. Sem isso, os bancos pegam as reservas e acabam comprando títulos públicos", explicou o economista.

Na opinião de Pina, as ações de distribuição de crédito via redução do compulsório e a disposição de capital de giro para empresas foram tomadas sem um cuidado maior na operação e não tiveram muito efeito. "O BNDES tem linhas que ficam paradas quase todo o ano, agora é pior ainda. Existem os recursos, mas as empresas e os bancos estão desconfiados. É preciso fazer com que os bancos tenham interesse em emprestar", afirmou o economista da Fecomercio-SP.

Futuro
Mesmo com todas essas medidas, a crise financeira ainda gera incertezas nos setores produtivos do País. Nos últimos meses, o medo do desemprego fez os consumidores adiarem compras. Por sua vez, a queda nas vendas pode obrigar as indústrias a cortarem a produção e demitir funcionários. Contra isso, empresários sugerem redução de jornada e de salários.

"Isto está previsto em lei. A Fiesp simplesmente manteve conversações com entidades sindicais quanto à aplicação daquilo que já está previsto em lei", afirmou Francini.

Segundo a ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff, uma das medidas que assegura um nível de emprego é a manutenção de investimentos no Programa de Aceleração do Crescimento (PAC). "Estamos esperando que a dificuldade ocorra em janeiro, fevereiro e março. Estamos certos que vamos manter o nível de investimento. É isso que funciona, é isso que significa investimento público. Ele funciona como um colchão. Por isso, nós colocamos R$ 100 bilhões no BNDES e a Petrobras ampliou o seu investimento em R$ 120 bilhões", afirmou.

Na mesma linha, Pina explica que a antecipação de gastos do governo substitui parte da demanda retraída do setor privado. "Ele dá o seguinte recado: não vou estourar as contas públicas, mas concentrar em um momento em que a demanda privada está pequena. Mas o governo não tem fôlego suficiente para fazer o papel de toda demanda", ressaltou. O economista da Fecomercio lembrou que a entidade já pleiteou junto ao governo isenções para transferência de imóveis e de automóveis, além de retirar o IPVA para veículos novos.

Já Oreiro foca suas propostas na capitalização do Banco do Brasil e da Caixa Econômica Federal pelo Tesouro para atender a demanda de crédito para capital de giro e reduzir o spread. "Aumentando o empréstimo e reduzindo as taxas, os dois vão forçar os bancos privados a acompanhar o movimento, até para não perderem participação no mercado", explicou o economista da UnB.

Até o Carnaval, o governou prometeu detalhar um pacote de incentivos para a construção de até um milhão de casas populares, direcionado a famílias com renda de até dez salários mínimos. "Estamos atentos a tudo o que está acontecendo e novas medidas serão tomadas caso haja uma avaliação de que sejam necessárias", disse o ministro da Fazenda, Guido Mantega, na última sexta-feira.

Anónimo disse...

17:11
Anónimo disse...
Ex-ministro critica extensão do seguro-desemprego

Atualizada às 09h03

O ex-ministro do Trabalho Almir Pazzianotto criticou a decisão do governo federal de conceder o seguro-desemprego estendido a apenas alguns setores. "É certamente odioso e provavelmente inconstitucional", disse Pazzianotto, de acordo com o jornal O Estado de S. Paulo.

Na última qurta, dia do anúncio da medida, centrais sindicais elogiaram a atitude do governo. A Força Sindical divulgou nota dizendo que "o aumento ajudará a aquecer parte da economia, já que irá gerar mais consumo, produção e conseqüentemente, a criação de novos postos de trabalho". A União Geral dos Trabalhadores (UGT) afirmou que a medida "contribuirá para minimizar o drama dos trabalhadores que perderem seu emprego por conta da crise".

O ex-ministro, que instituiu o seguro-desemprego no País no governo de José Sarney, destacou a necessidade de as centrais sindicais se manifestarem contra a determinação. Para ele, as mudanças devem ser aplicadas a todas as categorias profissionais e a distinção é contrária ao artigo 3º da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT).

Pazzianotto atribui a medida a um possível temor do governo de que a crise econômica seja longa e não haja dinheiro para atender a todas as necessidades. Ainda assim, ele se mostra contrário ao método de concessão. "O seguro-desemprego ajuda a sanar necessidades básicas. Estendê-lo é paliativo, não a solução", disse ao jornal.

De acordo com o presidente do Conselho Deliberativo do Fundo de Amparo ao Trabalhador (Codefat) e conselheiro da Força Sindical, Luiz Fernando Emediato, a determinação já estava prevista na lei 8.900/94, que trata do seguro-desemprego.

O presidente da Comissão de Trabalho da Câmara, Pedro Fernandes (PTB-MA) vai além na crítica à concessão do seguro para apenas alguns setores. Ele acredita que a ampliação do benefício estimula o desemprego.

Quintino Severo, secretário geral da Central Única dos Trabalhadores (CUT), lembra que a ampliação do benefício sem critério e identificação pode incentivar demissões em outros setores.

17:13
Anónimo disse...
Empresas
TAM faz promoção para destinos internacionais

A companhia aérea TAM anunciou nesta sexta-feira tarifas promocionais para trechos internacionais. Os preços valem para bilhetes comprados entre 6h deste sábado e 23h59 deste domingo e são válidos para classe econômica. As tarifas, para ida e volta, serão vendidas a partir de US$ 99, mais taxas.

Segundo a aérea, a promoção vale para viagens feitas no período de 14 de fevereiro a 18 de junho de 2009. Para destinos na América do Sul, a permanência mínima é de dois dias; para bilhetes com destino nos Estados Unidos, cinco dias; e Europa, sete dias. A permanência máxima para as passagens para América do Sul e EUA é de dois meses e para Europa, três meses.

Entre os exemplos de tarifas promocionais, a TAM oferece São Paulo-Lima por US$ 99. Bilhetes para a rota São Paulo-Santiago serão vendidos a partir de US$ 199 e São Paulo-Nova York, US$ 799.

A emissão dos bilhetes deve ser feita obrigatoriamente no ato da reserva, obedecendo às regras estipuladas pela companhia. A compra está sujeita à disponibilidade de assentos nas classes tarifárias determinadas, trechos, horários e datas. A TAM afirmou que também há tarifas promocionais para a classe executiva.

Mais informações podem ser encontradas no site promocional (www.ofertastam.com.br), no site da empresa (www.tam.com.br) ou pelos telefones 4002-5700 ou 0800 5705700.

17:13
Anónimo disse...
Empresas
Consultoria negocia compra do parque temático Hopi Hari

A consultoria especializada em reestruturação de empresas Íntegra Associados informou nesta sexta-feira ter um acordo para comprar o parque de diversões Hopi Hari, localizado no interior de São Paulo. A empresa estaria disposta a investir R$ 10 milhões no parque, que tem dívida estimada em R$ 800 milhões. As informações são da edição deste sábado do jornal Folha de S. Paulo.

De acordo com o jornal, a transação ainda depende da negociação entre o Hopi Hari e seus credores, o que já estaria em andamento.

A consultoria paulista já atuou junto à Parmalat, durante 30 meses, quando reorganizou a gestão da empresa italiana.

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17:14
Anónimo disse...
Empresas
Disney de Tóquio contratará mais 2 mil apesar da crise


A Oriental Land, o operador da Disneylândia Tóquio e DisneySea, organizou neste domingo entrevistas para contratar cerca de 2 mil trabalhadores em tempo parcial, em um momento de grandes demissões deste tipo de empregados no Japão.

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O operador deste parque temático, situado em Urayasu, na província de Chiba (leste de Tóquio), está em pleno processo de seleção de empregados para 20 tipos de postos trabalhistas diferentes.

Segundo a companhia, citada pela agência local de notícias Kyodo, o parque contratará novos trabalhadores para as atrações, para os restaurantes e guardas de segurança entre outros. Os novos contratados começarão a trabalhar a partir de fevereiro.

O processo de seleção acontece em um momento em que a maioria das grandes companhias japonesas começaram a se ver obrigadas a despedir uma elevada percentagem de seus trabalhadores temporários e a tempo parcial.

Algumas inclusive anunciaram demissões de seus trabalhadores fixos, uma medida muito pouco comum nas companhias japonesas, perante os efeitos piores que o esperado pela crise econômica global.

Cerca de uma centena de pessoas esperavam desde a primeira hora desta manhã a abertura do centro de conferências Tokyo International Forum, onde as entrevistas estão sendo feitas, para ser os primeiros a solicitar os postos de trabalho.


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17:15
Anónimo disse...
Economia Internacional
Senado dos EUA aprova plano de estímulo à economia

O Senado dos Estados Unidos aprovou com 60 votos a favor e 38 contra o plano de estímulo à economia de US$ 787 bilhões na madrugada deste sábado. Agora, ele segue para sanção ou veto do presidente Barack Obama, que espera colocar a lei em prática até o dia 16 de fevereiro.

O plano prevê a criação de três milhões de empregos, inclui cortes de impostos às famílias, fundos para programas sociais e obras públicas, além de ajuda aos governos estaduais, estudantes e desempregados.

A cláusula Buy American - que exige o uso de ferro, aço e produtos manufaturados dos Estados Unidos em obras realizadas com recursos do pacote - ficou de lado. Segundo o texto definitivo, a cláusula será aplicada sem violar as normas do comércio internacional.

Ontem à tarde, a Câmara de Representantes (deputados) havia aprovado, por 246 votos a favor e 183 contra, a versão final do plano. Todos os republicanos foram contrários ao pacote.

Pelo acordo de quarta-feira entre Câmara e Senado, em vez de custar US$ 819 bilhões, como queriam os deputados, ou US$ 838 bilhões como pretendiam os senadores, o pacote ficou em cerca de US$ 787 bilhões, com 65% desse total destinado a gastos do governo federal e 35%, a créditos tributários.

17:16
Anónimo disse...
Economia nacional
Na era Lula, aposentadoria sobe 54% menos que salário mínimo

Thatiane Faria
Especial para o Terra
Direto de São Paulo

Os índices de reajustes concedidos pelo governo em 2009 para aposentados e pensionistas e para o salário mínimo repetiram uma diferença que, só durante o governo de Luiz Inácio Lula da Silva, já chega a 54%. Enquanto o mínimo foi majorado em 12% este ano, as pensões e aposentadorias tiveram aumento de 5,92%. Aposentados que têm o benefício do governo como única fonte de renda reclamam que perdem poder de compra e que sua cesta de compras é composta por itens que aumentam mais em relação à inflação oficial.

Um exemplo prático pode ser entendido a partir da comparação entre um aposentado que ganhava R$ 600 em janeiro de 2003. Na época, o benefício era três vezes, ou 200%, maior que o valor do mínimo em vigência, que era de R$ 200. Aplicando-se os índices de reajuste para aposentadorias e para o mínimo durante os últimos seis anos, o mesmo aposentado estaria recebendo hoje R$ 938,47, comparado a um salário mínimo de R$ 465. A diferença entre os dois valores caiu para pouco mais de 100%.

Enquanto o índice acumulado de reajuste para a aposentadoria durante o governo Lula foi de 60%, para o salário mínimo está em 132%.

O diretor do Sindicato Nacional dos Aposentados, João Inocentini, reclama que os valores dos benefícios para aposentadorias não mantêm o poder de compra do grupo, principalmente dos aposentados que recebem menos que dez salários mínimos.

Nem mesmo o fato de o índice de reajuste das aposentadorias ter ficado acima da inflação acumulada no mesmo período (o IPCA entre janeiro de 2003 e janeiro de 2009 foi de 39,7%) serve de argumento, segundo os aposentados.

"Os idosos, principalmente, têm gastos além das contas gerais como gás, telefone e aluguel. Para eles o custo com remédios, e outros itens da área saúde costuma ser maior", afirmou Inocentini.

O presidente do sindicato afirmou que o grupo realiza um estudo com 100 itens de necessidade de um idoso para comparar o aumento dos produtos com o índice de reajuste do benefício recebido pelos aposentados.

"Daqui dois meses vamos abrir um processo na Justiça e levar essa pesquisa como prova. Segundo a lei, o governo é obrigado a manter o poder de compra com a aposentadoria", disse Inocentini.

Alternativas
O consultor financeiro Cláudio Boriola diz que os aposentados, especialmente nesse momento de crise econômica, devem evitar compras parceladas, pesquisar preços, negociar e fazer bom planejamento financeiro.

Segundo Boriola, alguns aposentados ganham um valor mensal muitas vezes insuficiente para o pagamento das contas e acabam pedindo crédito ou realizando pagamentos a prazo e são obrigados a pagar juros altos.

Na opinião do consultor, pagar uma previdência privada é uma alternativa indicada para quem ainda trabalha, considerando a característica de perda de poder de compra da aposentadoria.

"Na prática, infelizmente os valores encontram-se em um patamar que está deteriorando o poder de aquisição da população brasileira", completou Boriola.

De acordo com o diretor da Confederação Brasileira de Aposentados e Pensionistas (Cobap), Vicente Fernandes Barbosa, representantes dos aposentados tentarão um encontro com o presidente da Câmara, deputado Michel Temer (PMDB-SP), para discutir projetos que minimizem a perda dos aposentados

17:17
Anónimo disse...
Previdência
Previdência prorroga isenção de tarifas no benefício

O atual sistema de pagamento aos 26 milhões de aposentados e pensionistas do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) será mantido até o final deste ano. O acordo, que permite realizar a operação sem nenhum custo aos beneficiários, foi renovado nesta sexta-feira, entre o governo federal e 21 instituições financeiras.

Por meio desse acordo, vigente desde setembro de 2007, nem os segurados, nem os bancos e nem o governo arcam com o pagamento de tarifas, conforme explicou o ministro da Previdência Social, José Pimentel. A prorrogação vale até dezembro, data máxima para que a Previdência defina as regras para um novo contrato.

Ao assinar o termo de renovação, na sede da Federação Brasileira dos Bancos (Febraban), o ministro disse que a intenção do governo é mudar o atual modelo de gestão visando a reduzir os custos dessas operações em torno da folha mensal, que atinge R$ 15,8 bilhões. No entanto, qualquer alteração, conforme explicou, passará antes por audiências públicas a serem realizadas a partir do segundo semestre deste ano, atendendo a determinação do Tribunal de Contas da União (TCU).

De acordo com Pimentel, com um redesenho do mecanismo de repasse dos recursos aos bancos em torno da folha de pagamento dos segurados o que se busca é um aumento da participação de instituições financeiras. Ele informou que, desde 2007, cada benefício custa em média R$ 1,07 ao governo. "Quanto mais instituições financeiras estiverem prestando serviços à sociedade, maior é a competitividade, a agilidade no atendimento", justificou.

O ministro observou, ainda, que, para permitir uma redução para algo em torno de meia hora no tempo de atendimento para a concessão dos direitos previdenciários, o governo investiu R$ 280 milhões.

Questionado sobre o descontentamento dos segurados que ganham acima de um salário mínimo terem obtido apenas a correção com base na variação do Índice de Preços ao Consumidor (INPC) , ficando abaixo do reajuste dado a quem recebe apenas o mínimo, Pimentel argumentou que o governo seguiu o que determina a lei e descartou a possibilidade de uma revisão

17:17
Anónimo disse...
Empresas
Caterpillar oferece aposentadoria antecipada a 2 mil


A companhia americana Caterpillar ofereceu a cerca de dois mil funcionários incentivos para que se aposentem de forma voluntária antes do previsto, pela perspectiva de uma queda "significativa" da atividade industrial, informou nesta quarta-feira a empresa.

A iniciativa, destinada aos trabalhadores de diversas fábricas em Illinois, Colorado, Tennessee e Pensilvânia, se soma aos cortes de empregos anunciados em janeiro, explicou em comunicado de imprensa.

A empresa, a maior fabricante mundial de maquinaria pesada para a construção e a mineração, acrescentou que, "em função das condições de negócio, podem ser necessárias mais reduções de elenco voluntárias e involuntárias à medida que o ano avança".

O vice-presidente da companhia, Sid Banwart, explicou que a empresa prevê "demissões significativas em todas as regiões geográficas e na maioria dos setores devido às dificuldades da economia mundial".

17:18
Anónimo disse...
Comércio
Comércio exterior da OCDE caiu no 3º trimestre de 2008


As exportações e as importações dos países da Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Econômico (OCDE) caíram 1,6% e 0,2%, respectivamente, no terceiro trimestre de 2008, em relação aos três meses anteriores.

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Trata-se da primeira queda destas atividades desde o terceiro trimestre de 2006, segundo o último relatório trimestral sobre fluxos comerciais divulgado pela OCDE.

As exportações e as importações em dólares dos 30 Estados-membros caíram 15,6% e 17%, respectivamente, na comparação anualizada.

Por sua vez, o comércio dos sete países mais ricos do mundo (G7) teve um pequeno crescimento no terceiro trimestre de 2008 com uma queda das exportações de mercadorias de 0,2% em relação ao trimestre anterior e um aumento de 0,4% das importações.

Em termos anualizados, as importações do G7 caíram 1,4% entre julho e setembro do ano passado, seu primeiro retrocesso desde o terceiro trimestre de 2006, enquanto as exportações aumentaram 1,9%, seu crescimento mais baixo no mesmo tempo.

Por países, a Alemanha aumentou suas importações em 3,4% - valor mais alto do G7 -, enquanto suas exportações caíram 2,9% do segundo para o terceiro trimestre de 2008.

Pelo contrário, as exportações americanas aumentaram 1,8% entre julho e setembro de 2008, enquanto as importações caíram 0,7% em relação ao trimestre anterior. No Japão, tanto as importações quanto as exportações caíram em torno de 1% no mesmo período.

17:19
Anónimo disse...
Economia Nacional
Lula: juros de crédito consignado a aposentados são altos

Atualizada às 17h29

O presidente Luis Inácio Lula da Silva afirmou nesta terça-feira, em São Paulo, que está lutando para reduzir as taxas de juros cobradas de aposentados em crédito consignado. A Previdência Social estabelece uma taxa máxima de 2,5% para empréstimo e de 3,5% para cartão. Para Lula, os valores são altos.

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"Acho que o juro que os aposentados estão pagando hoje com o crédito consignado é alto para o padrão brasileiro", disse o presidente durante a cerimônia de comemoração dos 86 anos do INSS.

A Previdência anunciou nesta terça-feira que aposentados e trabalhadoras com licença-maternidade poderão receber seus benefícios em 30 minutos. De acordo com Lula, em junho, a aposentadoria do trabalhador rural também será conseguida em meia hora.

Além disso, o presidente anunciou que, também em junho, os trabalhadores que alcançarem o direito à aposentadoria passarão a receber em suas casas um comunicado da Previdência informando o fato e o valor do salário que têm direito a receber. "É um comprometimento público que estou fazendo com os companheiros da Previdência Social", disse.

"Estamos retribuindo ao contribuinte da Previdência Social aquilo que é a cidadania que ele tem direito", afirmou Lula. "Se para cobrar nós somos tão precisos, para devolver o dinheiro, temos que chegar próximo à perfeição", completou.

17:20
Anónimo disse...
Economia Nacional
Salário maternidade sairá em 30 minutos, diz ministro

Toda trabalhadora autônoma que tiver contribuído pelo menos 10 meses com o Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) - ou as que possuírem carteira assinada - poderão receber em 30 minutos o salário maternidade a partir desta terça-feira. Da mesma forma, as mulheres com 30 anos de contribuição e os homens com 35 anos também terão direito ao benefício de forma mais rápida. A informação é do ministro da Previdência Social, José Pimentel.

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Para requerer o salário maternidade, é preciso que as autônomas levem a carteira de identidade e o carnê de contribuição. As demais trabalhadoras devem apresentar a identificação e a carteira de trabalho. Desde o início do mês, a nova forma de análise para a concessão de benefícios foi adotada para a aposentadoria por idade do trabalhador urbano e agora foi estendida para o salário maternidade e por tempo de contribuição.

O ministro disse que a qualificação do serviço da previdência social é o reconhecimento do direito dos trabalhadores e da afirmação da cidadania.

"Até pouco tempo na cabeça do cidadão o serviço devia ser de péssima qualidade. Agora não, nós modificamos toda a legislação no mês de dezembro numa ação conjunta do Congresso Nacional com o governo federal. Estamos implantando e concedendo os benefícios em até 30 minutos", afirmou.

O ministro destacou que para conseguir se aposentar ou ter acesso à licença maternidade em 30 minutos, em primeiro lugar, é necessário que o cidadão esteja vinculado à Previdência, o que inclui 65% da população acima de 16 anos de idade.

"Depois bastar marcar pelo sistema 135 o dia e a hora do atendimento e levar a documentação. Se todos os dados necessários estiverem corretos o contribuinte será atendido em até 30 minutos, como vem sendo feito com as aposentadorias por idade desde o dia cinco de janeiro", explicou.

Pimentel disse ainda que em 90% das agências da previdência social o atendimento é marcado em até 48 horas. Nos grandes centros, entretanto existe um volume maior o que torna mais lento o processo.

"Estamos criando mais 715 agências até 2010, em todo o território nacional, para descentralizar o atendimento. Em 2008, atendemos 295 mil benefícios e aposentadorias por idade. Temos 4 mil pessoas por dia procurando e se aposentando por idade no território nacional. Este serviço será agilizado", concluiu.
17:25
Anónimo disse...
Giuseppe Englaro, pai de Eluana, a italiana que morreu na segunda-feira passada por desidratação, recusou uma grande soma de dinheiro de um conhecido fotógrafo italiano que queria retratar a filha em estado de coma, disse neste sábado o neurologista que atendia a mulher desde 1996, Carlo Defanti.

O neurologista, que participou hoje de uma conferência sobre eutanásia, disse que Englaro respeitou a vontade da filha, que, antes do acidente, tinha pedido que, se lhe ocorresse qualquer coisa irreversível, apresentasse sua imagem de quando estava em boas condições.

Antes de sofrer o acidente de trânsito, em 1992, Eluana viveu o coma de um amigo, Alessandro, o que causou forte impacto na italiana e a levou a fazer o pai prometer que não a deixasse viver em estado vegetativo, disse o próprio Giuseppe Englaro.

Defanti, que dissera que Eluana poderia viver de dez a 12 dias depois da suspensão da alimentação e da hidratação, disse que, como médico, tinha que reprovar esta afirmação.

"Não se pode sobreviver após três ou quatro dias sem líquido e, em particular, água em um corpo. Sabemos bem que, quando há um terremoto, após quatro dias é difícil encontrar sobreviventes".

Defanti ressaltou que Eluana "não falava, não se comunicava com o exterior" e que, após vários exames, "nos deparamos com uma moça que tinha perdido a consciência", porque estava com o córtex cerebral prejudicado.

Eluana foi enterrada na quinta-feira passada no túmulo da família na localidade de Paluzza, em Udine, após um funeral que não contou com a presença dos pais.

16:53
Anónimo disse...
Os bombeiros combatem neste sábado os incêndios na Austrália favorecidos pelo bom tempo, enquanto os deslocados encotram em seu retorno casas derruídas, carros queimados nas ruas e destruição.

Depois de sete dias desde que começaram os incêndios no Estado de Victoria, a lista de mortos chega a 181, os desaparecidos somam 50, os edifícios destruídos totalizam 1,834 mil e o terreno arrasado, principalmente florestas, ocupa uma área de 4,13 mil quilômetros quadrados.

As equipes de bombeiros, formadas por 4 mil profissionais de Victoria, de outras partes da Austrália e de países amigos, combateram hoje 12 focos fora de controle e nenhum representava uma ameaça direta para a população.

O subdiretor do Serviço de Bombeiros, Geoff Conway, disse que este tempo favorável, que se prolongará durante o domingo, permite consolidar as linhas de contenção e avançar na extinção das chamas.

Cinzas apareceram arrastadas por ventos do nordeste sobre Melbourne, onde habitam 3,8 milhões de pessoas, e as autoridades alertaram aos cidadãos do risco para a saúde de idosos, crianças e pessoas com problemas respiratórios.

O número de pessoas deslocadas - a Cruz Vermelha chegou a receber 7 mil - começou a cair com a abertura de algumas localidades atingidas.

Os incêndios, alguns criminosos, começaram em 7 de fevereiro, quando a região sul da Austrália estava há duas semanas sob uma onda de calor sem precedentes.

Na sexta-feira passada, a polícia acusou uma pessoa de ter provocado o incêndio que atingiu a localidade de Churchill e matou 21 pessoas.

16:55
Anónimo disse...
A primeira chuva em seis dias reduziu a ameaça de incêndios no Estado de Victoria, ao sul da Austrália. As autoridades, porém, advertiram que ainda existem 12 focos, mas que nenhum deles ameaça áreas povoadas.

Mais de quatro mil bombeiros, mil provenientes de outras partes do país e de outras nações, trabalham contra o fogo. Cerca de 600 veículos e 28 helicópteros e pequenos aviões estão sendo usados.


Eles conseguiram construir linhas de contenção para evitar os incêndios de Yarra e Maroondah se juntassem. Também foram controlados os incêndios abertos de Yea e Murrindindi, que ameaçavam as comunidades de Connellys Creek, Crystal Creek, Scrubby Creek e Native Dog Creek.

O número de mortos chegou a 181, mas as autoridades acreditam que as vítimas devem passar de 200, já que ainda há muitos desaparecidos.

16:55
Anónimo disse...
Aqui nesta coluna, na semana passada, tive a oportunidade de comentar sobre a recente visita do professor brasileiro Pedrinho Guareschi à Austrália. Não dei, porém, os fatos, pois semana passada o assunto era outro.

Hoje, porém, vamos a eles.

No último dia 4 de fevereiro, aconteceu o Seminário "Paulo Freire: Education and Liberation", organizado pelo centro de estudos latino-americanos da Universidade Nacional da Austrália, ou ANU, como é mais conhecida por aqui.

A ANU, para quem não sabe, está entre as 20 melhores universidades do mundo! E tem sede aqui em Camberra, capital da Austrália.

Na abertura do evento, o professor John Minns, diretor do centro latino-americano, ao dar boas-vindas ao público presente, lembrou ser aquele o primeiro seminário exclusivamente dedicado a Paulo Freire na Austrália.

Em seguida, convidou Pedrinho Guareschi, palestrante principal do Seminário, a fazer sua apresentação.

A plateia pode então conhecer, pelas palavras de Pedrinho, um pouco da obra e da vida de Freire, esse brasileiro de fé e valor, que sempre acreditou na educação, sobretudo dos menos favorecidos, analfabetos, como força libertadora.

Como não podia deixar de ser, os conceitos e ideias revolucionários de Paulo Freire, expostos com clareza por Pedrinho, despertaram o interesse e a curiosidade de plateia. A qual, deve-se notar, era na maioria de estudantes, mas de várias nacionalidades, sobretudo australianos e asiáticos.

Na continuação do programa do seminário, que se estendeu por dois dias, outros professores fizeram palestras sobre temas ligados à obra de Paulo Freire.

Interessante, por exemplo, saber que a professora Anne Hickling-Hudson, jamaicana que mora na Austrália há muitos anos (é professora da ANU), conheceu e trabalhou com Freire num workshop educacional durante a revolução na Ilha de Granada, em 1980, antes da invasão dos Estados Unidos...

Ou, então, a palestra da Professora Gerda Roelvink, da Nova Zelândia, que participou do Fórum Social de Porto Alegre em 2005. E essa participação transformou-se em tema de doutorado.

No dia 10, terça-feira passada, o padre Pedrinho Guareschi voltou a falar ao público australiano em grande auditório localizado no belíssimo campus da ANU. Desta vez, sobre a Teologia da Libertação.

Depois da palestra, John Minns mostrou o filme mexicano "O Crime do Padre Amaro", no qual um dos personagens é um padre católico praticante da Teologia da Libertação.

Mais uma vez, foi grande o intersse da platéia, que pode aprender e conhecer um pouco como se desenvolveu aquele importante movimento católico na América Latina.

Fica, assim, ao Pedrinho, bem como a outros brasileiros estudiosos e de bom coração que saem pelo mundo a divulgar aspectos importantes da cultura brasileira, o respeito e a homenagem desta coluna. E... aquele abraço!

16:57
Anónimo disse...
Amanda Kitts perdeu o braço esquerdo em um acidente de automóvel acontecido três anos atrás, mas hoje em dia ela joga futebol americano com seu filho de 12 anos de idade, troca fraldas e abraça as crianças nas três creches Kiddie Cottage que opera em Knoxville, Tennessee. Kitts, 40 anos, faz tudo isso com a ajuda de um novo tipo de braço artificial que se movimenta com mais facilidade do que outros aparelhos e que ela pode controlar utilizando apenas seus pensamentos.

"Eu sou capaz de mexer a mão, o pulso e o cotovelo ao mesmo tempo", diz. "Você pensa e os músculos se movem em seguida".

A recuperação que ela conseguiu resulta de um novo procedimento que vem atraindo crescente atenção porque permite que pessoas movam braços protéticos de forma mais automática do que faziam no passado, simplesmente utilizando nervos reaproveitados em seus cérebros.

A técnica, conhecida como "renervação muscular dirigida", envolve utilizar os nervos que restam depois da amputação de um braço e conectá-los a outro músculo do corpo, em geral no peito. Eletrodos são instalados sobre os músculos do peito, e operam como se fossem antenas. Quando a pessoa deseja mover o braço, o cérebro envia sinais que primeiro resultam em contração dos músculos do peito, os quais enviam um sinal ao braço protético, instruindo-se a se movimentar. O processo não requer mais esforços consciente do que a pessoa teria de exercitar caso ainda tivesse seu braço natural.

Na terça-feira, pesquisadores reportaram em estudo publicado pela versão online do Journal of the American Medical Association que haviam levado a técnica ainda mais à frente, tornando possível a execução de 10 movimentos de mão, pulso e cotovelo diferentes, o que representa uma substancial melhora com relação ao típico repertório protético, que em geral envolve apenas dobrar o cotovelo, girar o pulso e abrir a mão.

"Os novos métodos tiveram impacto dramático em nosso campo de trabalho", disse Stuart Harshbarger, engenheiro biomédico na Universidade Johns Hopkins e diretor do programa de pesquisa sobre próteses, financiado pelas forças armadas, que inclui o trabalho com essa técnica. "O método já está em uso por médicos e cirurgiões comuns em todo o país. A capacidade de controlar um membro protético bastante robusto que ele confere surpreendeu a todos pela qualidade".

Tipicamente, uma pessoa que tenha um braço protético só é capaz de executar alguns poucos movimentos, e muitas vezes com tamanha lentidão que isso só permite a ela atividades limitadas.

Há um motor separado para cada movimento, diz Gerald Loeb, professor de engenharia biomédica na Universidade do Sul da Califórnia, "e esses motores precisam ser controlados de maneira explícita", usualmente por um esforço consciente da pessoa para contrair músculos nas costas ou no bíceps.

"Essencialmente, até agora os pacientes controlavam apenas um motor de cada vez", diz Loeb, "e precisavam pensar cuidadosamente sobre que motor desejavam controlar e como fazê-lo operar, em lugar de simplesmente pensarem em mover o braço e poderem fazê-lo sem delongas".

Antes que Kitts passasse pelo procedimento de renervação, em outubro de 2007, por exemplo, ela precisava movimentar os músculos de suas costas de determinada maneira para fazer com que seu pulso girasse, e flexionar seu bíceps e tríceps para fazer com que o cotovelo se movesse para cima e para baixo. "Era muito trabalho", ela conta. "E não me ajudava muito".

O procedimento de renervação é parte de uma recente explosão de idéias novas e técnicas inovadoras que estão sendo exploradas enquanto os cientistas se esforçam por ajudar as pessoas a compensar melhor a perda de membros ou problemas de paralisia. O esforço vem sendo alimentado pelo aumento no número de amputações causado por diabetes e por ferimentos sofridos pelos militares, e ao mesmo tempo pelos avanços na tecnologia médica.

Os braços se tornaram um dos focos essenciais desse tipo de trabalho. A ciência há muito vem obtendo sucessos no desenvolvimento de próteses de perna, mas é muito mais difícil imitar a complexidade e a destreza das mãos e dos braços.

Os esforços em curso incluem o desenvolvimento de projetos de pele e braços mais sensíveis e mais flexíveis, e o uso de dispositivos acionados por controles sem fio implantado nos braços protéticos, que permitiriam movimentos mais naturais.

Os pesquisadores também vêm usando sensores implantados nos cérebros de cobaias para permitir que dois macacos controlem um braço mecânico, e um teste com um homem paralítico permitiu, com esse método, que ele movimentasse um cursor em uma tela de computador.

Alguns desses métodos, caso venham a ser aperfeiçoados plenamente e consigam aprovação das autoridades regulatórias da saúde, podem no futuro se tornar mais viáveis para os pacientes de amputações.

E embora a técnica da renervação não requeira aprovação das autoridades regulatórias porque é executada por meios cirúrgicos e emprega aparelhos já existentes, ela apresenta limitações que até mesmo seus criadores reconhecem, entre as quais o fato de que não se pode utilizá-la para todos os pacientes, o seu alto custo e o prazo de meses requerido para que os nervos reconectados cresçam e se tornem efetivos.

Ainda assim, os especialistas dizem que é o mais avançado sistema em uso hoje para pacientes reais que permite que o sistema nervoso controle diretamente o movimento de um braço artificial.

Desde sua introdução por Todd Kuiken, médico fisioterapeuta e engenheiro biomédico do Instituto de Reabilitação de Chicago, o método foi empregado em cerca de 30 pacientes nos Estados Unidos, Canadá e Europa, entre os quais oito soldados feridos no Iraque e no Afeganistão.

Muitos dos pacientes, entre os quais o primeiro, Jesse Sullivan, um operário do setor elétrico no Tennessee que perdeu os dois braços quando foi eletrocutado por um cabo, conseguem não apenas manipular seus braços protéticos mas sentir a presença das mãos que já não têm quando alguém toca em seus peitos.

Sullivan, 62 anos, e Kitts, estavam entre os cinco pacientes que participaram do estudo reportado na terça-feira. Em companhia de cinco outras pessoas que não passaram por amputações, eles receberam os eletrodos e foram instruídos a usar pensamentos para fazer com que um braço virtual na tela reproduzisse 10 movimentos diferentes, entre os quais três formas diferentes de aperto de mão.

Os pacientes apresentaram desempenho bastante respeitável, apenas um pouco mais lento e menos preciso do que os dos participantes que não tinham amputações.

"As velocidades de movimento que encontramos em nossos pacientes foram realmente encorajadoras", disse Kuiken. "Eles conseguiram completar a tarefa. É claro que não foram tão competentes quanto as pessoas dotadas de plena capacidade física, mas foram bons o bastante".

Um braço virtual foi usado porque a maioria das próteses existentes não era capaz de acomodar todos aqueles movimentos, no momento da pesquisa, ainda que Sullivan, Kitts e uma terceira paciente, Claudia Mitchell, tenham experimentado dois novos protótipos mais versáteis de braços artificiais, executando tarefas complexas com bolas de tênis e outros objetos.

O trabalho de renervação em soldados apresenta outros desafios, diz Kuiken, porque os ferimentos militares muitas vezes "causam danos muitos extensos" a nervos, músculos ou ossos.

Daniel Acosta, 25 anos, um aviador ferido pela detonação de uma bomba em uma estrada do Iraque em 2005, passou pelo procedimento no ano passado e diz que seu braço esquerdo protético agora se movimenta "muito mais rápido" e de maneira muito mais natural.

"A diferença é que agora não preciso mais pensar para mover o braço", ele diz. "Ele simplesmente se mexe".

Ainda assim, Acosta, de San Antonio, diz que "o processo foi bastante longo" e que os eletrodos precisam ser ajustados para receber os sinais à medida que os nervos crescem ou mudam de posição.

E embora elogiem o método, os especialistas afirmam que a ciência das próteses de braço ainda tem muito por avançar.

"Trata-se de uma parte crucial, mas ainda assim apenas uma parte, das muitas coisas que compreendem a função normal de um braço", disse Loeb, que escreveu um editorial que acompanha o artigo no Journal of the American Medical Association.

"No momento estamos a meio do caminho entre o braço de 'Dr. Fantástico', que fazia involuntariamente a saudação nazista, e o braço de Luke Skywalker em 'Guerra nas Estrelas', que funciona sem nenhum problema assim que é conectado. Creio que precisaremos ainda de muitos anos para conectar todas as peças necessárias a produzir um braço capaz de funcionar normalmente".

17:04
Anónimo disse...
A Espanha disse neste sábado que está preparando uma reclamação oficial contra a decisão da Venezuela de expulsar um membro do Parlamento Europeu que criticou o conselho eleitoral venezuelano.
Luis Herrero, membro do partido conservador espanhol PP, foi deportado na sexta-feira depois que o Conselho Nacional Eleitoral (CNE) o acusou de questionar a imparcialidade da instituição antes de um referendo que pode permitir ao presidente Hugo Chávez permanecer no cargo indefinidamente.

Herrero estava na Venezuela como observador do referendo. Ele acusou Chávez de ter "comportamentos típicos de um ditador" por pedir a contenção de manifestações da oposição.

O governo da Espanha convocou um encontro com o embaixador da Venezuela em Madri para expressar a desaprovação sobre a expulsão de Herrero, disse um representante do Ministério das Relações Exteriores espanhol.

As relações da Venezuela com a Espanha tiveram seu ponto crítico em 2007, quando Chávez ameaçou rever acordos diplomáticos e comerciais depois de ouvir um "cala a boca" do rei espanhol Juan Carlos durante uma cúpula.

A fenda foi oficialmente reparada em 2008, com uma visita oficial de Chávez à Espanha, onde ele cumprimentou o rei e discutiu acordos para investimento no setor petroquímico com o primeiro-ministro José Luis Rodriguez Zapatero.

17:06
Anónimo disse...
A polícia do Zimbábue anunciou neste sábado que acusa de traição Roy Bennett, dirigente do até agora opositor Movimento para a Mudança Democrática (MDC), detido na sexta-feira, em Harare, poucas horas antes da cerimônia de posse dos membros do novo gabinete.

"A Polícia nos informou que vão apresentar acusações de traição", disse à agência EFE o advogado de defesa de Bennett, Trust Maanda.

"Tentam relacionar Roy com o caso de Mike Hitschmann, que foi detido em 2006 em relação à descoberta de um carregamento de armas, apesar de que Hitschmann não tenha sido declarado culpado das acusações de traição apresentadas contra ele, mas de um crime menor de descumprimento de leis", disse Maanda.

O político opositor, designado por seu partido como vice-ministro de Agricultura no Governo de união nacional, esteve no exílio na vizinha África do Sul desde 2006 e retornou ao Zimbábue há duas semanas.

Segundo a Polícia, que deteve Bennett ontem no aeroporto de Harare quando pretendia ir à África do Sul para visitar sua família, as armas apreendidas em 2006 seriam utilizadas em um golpe de Estado para derrubar o presidente do Zimbábue, Robert Mugabe.

Depois da detenção, Bennet foi levado a Mutar, onde vários simpatizantes do MDC se concentraram em frente à delegacia na qual estava detido, diante do que a Polícia respondeu com tiros para o alto para dispersar os manifestantes.

17:07
Anónimo disse...
Austrália: 14 mil se candidatam a 'emprego dos sonhos'

A secretaria de Turismo de Queensland, na Austrália, informou que até esta segunda-feira já recebeu cerca de 14 mil inscrições para o "o melhor emprego do mundo". O Estado australiano promove pela internet seleção para vaga de "zelador" da ilha Hamilton, por seis meses com um salário de R$ 40 mil.

Muitos candidatos tiveram problemas durante a inscrição por conta dos acessos simultâneos ao site. A secretaria aconselha enviar os vídeos de 60s explicando porque deve ser escolhido em horários alternativos do dia, além de recomendar tamanho em torno de 40MB.

As inscrições começaram em 12 de janeiro e vão até o próximo dia 22 e podem ser feitas pelo site www.islandreefjob.com. O governo australiano escolherá 50 candidatos para a próxima fase da seleção, que terá votos do público para eleger um dos 11 finalistas.

A última fase terá entrevistas e desafios físicos, no próprio local de trabalho: as ilhas da Grande Barreira Coralina - o maior recife de coral do mundo. A secretaria de Turismo anunciará o vencedor no dia 6 de maio.

17:09
Anónimo disse...
Mercado elogia governo na crise, mas pede maior queda no juro

Peter Fussy
Direto de São Paulo

Desde as primeiras medidas anunciadas para combater os efeitos da crise, o governo brasileiro avisou que a estratégia não contemplaria um pacote. Seriam doses pontuais, de acordo com a necessidade da economia diante do agravamento das turbulências. Da primeira liberação dos depósitos compulsórios em setembro até a ampliação do seguro-desemprego na última quarta-feira, o governo passou por redução de impostos, ampliação de crédito e incentivos à exportação. Quase 150 dias após a primeira medida, o Terra conversou com líderes do setor público e privado, representantes dos trabalhadores, acadêmicos e com o próprio governo para saber quais destas ações foram mais eficazes, quais foram mais ineficientes e o que mais pode ser feito pelo Estado brasileiro contra a crise.

Os maiores elogios foram direcionados à atitude de reduzir o Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) para a indústria automobilística, anunciada em dezembro e que fez com que os emplacamentos de carros novos subissem 1,9% no primeiro mês do ano em relação a dezembro de 2008. Já as maiores críticas foram para a lentidão no corte da taxa básica de juro do País.

Para o presidente do conselho administrativo do Grupo Pão de Açúcar, Abílio Diniz, o Estado não é responsável pela crise e mesmo assim está agindo "com extrema serenidade e muito acerto". "O governo está atento, fazendo a sua parte. É preciso coragem de baixar firmemente a taxa de juros. É uma arma que temos a nosso favor, já que não há clima para inflação, nem possibilidade de danos para a macroeconomia", afirmou Diniz.

Na última reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), em janeiro, a taxa Selic foi reduzida em um ponto percentual, de 13,75% para 12,75% ao ano. Porém, o professor de economia da Universidade de Brasília (UnB) José Luiz Oreiro lembra que este corte representa uma redução de apenas 0,25 ponto percentual com relação à taxa de setembro do ano passado, quando a crise se agravou.

"Pouco antes da eclosão da crise, o Banco Central aumentou a taxa em 0,75 ponto. Foram cinco meses de demora para reduzir em termos líquidos apenas 0,25 ponto", afirmou o economista, que também sugeriu redução do intervalo de cerca de 90 dias entre as reuniões do Copom e o corte de pelo menos um 1 ponto percentual em cada reunião.

Mesmo com o corte de janeiro, a taxa de juros real continua sendo a maior do mundo, lembrou o secretário-geral da Força Sindical, João Carlos Gonçalves, o Juruna. "A redução da taxa de juro ainda é pequena, porque ela continua uma das mais altas do mundo. Falta ousadia para baixar os juros e ajudar o cidadão. A permanência da taxa de juro alta é negativa para o País em meio a crise", afirmou Juruna.

Embora aprove as ações do governo, o senador Aloízio Mercadante (PT-SP) também acredita que o patamar da Selic está muito alto. "Sempre fomos os primeiros a entrar em qualquer crise, o que não aconteceu agora. A taxa Selic ainda é muito alta, mas o governo têm tomado medidas acertadas, como o aumento do salário mínimo, mesmo com um cenário de crise. Isso ajuda a movimentar o consumo. O governo está se esforçando para manter os investimentos e o crescimento", disse.

Tributos
De acordo com o economista Fabio Pina, da Fecomercio-SP, as ações mais positivas estão relacionadas à redução de tributos para alguns segmentos, como a indústria automobilística, que recuperou parte da queda nas vendas em janeiro com a isenção do IPI para carros 1.0 l e o corte para demais motorizações. A medida vale até o final de março.

"Essas medidas não só reduziram o preço, mas anteciparam o consumo daqueles que iriam comprar no futuro, dando um prêmio por conta da insegurança. Mexe diretamente com o principal problema que é a confiança do consumidor", afirmou. Juruna destacou que um bom ritmo de vendas é garantia de emprego. "É importante porque cada emprego na montadora significa 19 na cadeia produtiva", comentou o representante da Força Sindical.

Também em dezembro, o governo decidiu cortar pela metade a alíquota do Imposto de Renda para contribuintes que ganham entre R$ 1.434 e R$ 2.150 mensais. "O salário aumentava e a tabela não se modificava. As pessoas ganhavam mais e pagavam mais impostos", apontou Juruna. Outra redução de tributos do governo foi com relação ao Imposto sobre Operações Financeiras (IOF), que caiu de 3% ao ano para 1,5%.

Crédito
Na segunda metade de 2008, o colapso de bancos nos Estados Unidos por conta da crise do subprime provocou uma forte restrição de crédito no mundo inteiro. Uma das primeiras medidas anticrise do governo teve como objetivo restabelecer a oferta, com mudanças no recolhimento dos depósitos compulsórios por parte dos bancos. Segundo o presidente do Banco Central, Henrique Meirelles, as diversas modificações liberaram US$ 99,2 bilhões aos bancos até o final de janeiro.

Além disso, o governo concedeu R$ 36 bilhões das reservas internacionais para empresas brasileiras com dívidas no exterior e uma medida provisória autorizou o Banco do Brasil e a Caixa Econômica Federal a comprar carteiras de crédito de bancos privados. Para o diretor do Departamento de Pesquisas e Estudos Econômicos da Fiesp, Paulo Francini, estas medidas foram essenciais para combater os efeitos da crise.

"A crise se desenvolve no mundo em torno do tema crédito. E o crédito reduziu-se barbaridade no mundo. Então o governo lança mão de compulsório, lança mão de reservas, de medidas que permitem aos bancos comprar carteiras de bancos. Você vai tomando várias medidas para atender às demandas e o epicentro disso é crédito", afirmou.

No entanto, Oreiro, da UnB, adverte que a liberação dos compulsórios seria mais eficiente acompanhada de redução mais agressiva da taxa básica de juro. "Uma parte do crédito voltou, depois da forte retração em outubro e novembro. O que deveria ter sido feito junto à liberação do compulsório era uma redução mais drástica da taxa de juro. Sem isso, os bancos pegam as reservas e acabam comprando títulos públicos", explicou o economista.

Na opinião de Pina, as ações de distribuição de crédito via redução do compulsório e a disposição de capital de giro para empresas foram tomadas sem um cuidado maior na operação e não tiveram muito efeito. "O BNDES tem linhas que ficam paradas quase todo o ano, agora é pior ainda. Existem os recursos, mas as empresas e os bancos estão desconfiados. É preciso fazer com que os bancos tenham interesse em emprestar", afirmou o economista da Fecomercio-SP.

Futuro
Mesmo com todas essas medidas, a crise financeira ainda gera incertezas nos setores produtivos do País. Nos últimos meses, o medo do desemprego fez os consumidores adiarem compras. Por sua vez, a queda nas vendas pode obrigar as indústrias a cortarem a produção e demitir funcionários. Contra isso, empresários sugerem redução de jornada e de salários.

"Isto está previsto em lei. A Fiesp simplesmente manteve conversações com entidades sindicais quanto à aplicação daquilo que já está previsto em lei", afirmou Francini.

Segundo a ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff, uma das medidas que assegura um nível de emprego é a manutenção de investimentos no Programa de Aceleração do Crescimento (PAC). "Estamos esperando que a dificuldade ocorra em janeiro, fevereiro e março. Estamos certos que vamos manter o nível de investimento. É isso que funciona, é isso que significa investimento público. Ele funciona como um colchão. Por isso, nós colocamos R$ 100 bilhões no BNDES e a Petrobras ampliou o seu investimento em R$ 120 bilhões", afirmou.

Na mesma linha, Pina explica que a antecipação de gastos do governo substitui parte da demanda retraída do setor privado. "Ele dá o seguinte recado: não vou estourar as contas públicas, mas concentrar em um momento em que a demanda privada está pequena. Mas o governo não tem fôlego suficiente para fazer o papel de toda demanda", ressaltou. O economista da Fecomercio lembrou que a entidade já pleiteou junto ao governo isenções para transferência de imóveis e de automóveis, além de retirar o IPVA para veículos novos.

Já Oreiro foca suas propostas na capitalização do Banco do Brasil e da Caixa Econômica Federal pelo Tesouro para atender a demanda de crédito para capital de giro e reduzir o spread. "Aumentando o empréstimo e reduzindo as taxas, os dois vão forçar os bancos privados a acompanhar o movimento, até para não perderem participação no mercado", explicou o economista da UnB.

Até o Carnaval, o governou prometeu detalhar um pacote de incentivos para a construção de até um milhão de casas populares, direcionado a famílias com renda de até dez salários mínimos. "Estamos atentos a tudo o que está acontecendo e novas medidas serão tomadas caso haja uma avaliação de que sejam necessárias", disse o ministro da Fazenda, Guido Mantega, na última sexta-feira.

17:11
Anónimo disse...
Ex-ministro critica extensão do seguro-desemprego

Atualizada às 09h03

O ex-ministro do Trabalho Almir Pazzianotto criticou a decisão do governo federal de conceder o seguro-desemprego estendido a apenas alguns setores. "É certamente odioso e provavelmente inconstitucional", disse Pazzianotto, de acordo com o jornal O Estado de S. Paulo.

Na última qurta, dia do anúncio da medida, centrais sindicais elogiaram a atitude do governo. A Força Sindical divulgou nota dizendo que "o aumento ajudará a aquecer parte da economia, já que irá gerar mais consumo, produção e conseqüentemente, a criação de novos postos de trabalho". A União Geral dos Trabalhadores (UGT) afirmou que a medida "contribuirá para minimizar o drama dos trabalhadores que perderem seu emprego por conta da crise".

O ex-ministro, que instituiu o seguro-desemprego no País no governo de José Sarney, destacou a necessidade de as centrais sindicais se manifestarem contra a determinação. Para ele, as mudanças devem ser aplicadas a todas as categorias profissionais e a distinção é contrária ao artigo 3º da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT).

Pazzianotto atribui a medida a um possível temor do governo de que a crise econômica seja longa e não haja dinheiro para atender a todas as necessidades. Ainda assim, ele se mostra contrário ao método de concessão. "O seguro-desemprego ajuda a sanar necessidades básicas. Estendê-lo é paliativo, não a solução", disse ao jornal.

De acordo com o presidente do Conselho Deliberativo do Fundo de Amparo ao Trabalhador (Codefat) e conselheiro da Força Sindical, Luiz Fernando Emediato, a determinação já estava prevista na lei 8.900/94, que trata do seguro-desemprego.

O presidente da Comissão de Trabalho da Câmara, Pedro Fernandes (PTB-MA) vai além na crítica à concessão do seguro para apenas alguns setores. Ele acredita que a ampliação do benefício estimula o desemprego.

Quintino Severo, secretário geral da Central Única dos Trabalhadores (CUT), lembra que a ampliação do benefício sem critério e identificação pode incentivar demissões em outros setores.

17:13
Anónimo disse...
Empresas
TAM faz promoção para destinos internacionais

A companhia aérea TAM anunciou nesta sexta-feira tarifas promocionais para trechos internacionais. Os preços valem para bilhetes comprados entre 6h deste sábado e 23h59 deste domingo e são válidos para classe econômica. As tarifas, para ida e volta, serão vendidas a partir de US$ 99, mais taxas.

Segundo a aérea, a promoção vale para viagens feitas no período de 14 de fevereiro a 18 de junho de 2009. Para destinos na América do Sul, a permanência mínima é de dois dias; para bilhetes com destino nos Estados Unidos, cinco dias; e Europa, sete dias. A permanência máxima para as passagens para América do Sul e EUA é de dois meses e para Europa, três meses.

Entre os exemplos de tarifas promocionais, a TAM oferece São Paulo-Lima por US$ 99. Bilhetes para a rota São Paulo-Santiago serão vendidos a partir de US$ 199 e São Paulo-Nova York, US$ 799.

A emissão dos bilhetes deve ser feita obrigatoriamente no ato da reserva, obedecendo às regras estipuladas pela companhia. A compra está sujeita à disponibilidade de assentos nas classes tarifárias determinadas, trechos, horários e datas. A TAM afirmou que também há tarifas promocionais para a classe executiva.

Mais informações podem ser encontradas no site promocional (www.ofertastam.com.br), no site da empresa (www.tam.com.br) ou pelos telefones 4002-5700 ou 0800 5705700.

17:13
Anónimo disse...
Empresas
Consultoria negocia compra do parque temático Hopi Hari

A consultoria especializada em reestruturação de empresas Íntegra Associados informou nesta sexta-feira ter um acordo para comprar o parque de diversões Hopi Hari, localizado no interior de São Paulo. A empresa estaria disposta a investir R$ 10 milhões no parque, que tem dívida estimada em R$ 800 milhões. As informações são da edição deste sábado do jornal Folha de S. Paulo.

De acordo com o jornal, a transação ainda depende da negociação entre o Hopi Hari e seus credores, o que já estaria em andamento.

A consultoria paulista já atuou junto à Parmalat, durante 30 meses, quando reorganizou a gestão da empresa italiana.

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17:14
Anónimo disse...
Empresas
Disney de Tóquio contratará mais 2 mil apesar da crise


A Oriental Land, o operador da Disneylândia Tóquio e DisneySea, organizou neste domingo entrevistas para contratar cerca de 2 mil trabalhadores em tempo parcial, em um momento de grandes demissões deste tipo de empregados no Japão.

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O operador deste parque temático, situado em Urayasu, na província de Chiba (leste de Tóquio), está em pleno processo de seleção de empregados para 20 tipos de postos trabalhistas diferentes.

Segundo a companhia, citada pela agência local de notícias Kyodo, o parque contratará novos trabalhadores para as atrações, para os restaurantes e guardas de segurança entre outros. Os novos contratados começarão a trabalhar a partir de fevereiro.

O processo de seleção acontece em um momento em que a maioria das grandes companhias japonesas começaram a se ver obrigadas a despedir uma elevada percentagem de seus trabalhadores temporários e a tempo parcial.

Algumas inclusive anunciaram demissões de seus trabalhadores fixos, uma medida muito pouco comum nas companhias japonesas, perante os efeitos piores que o esperado pela crise econômica global.

Cerca de uma centena de pessoas esperavam desde a primeira hora desta manhã a abertura do centro de conferências Tokyo International Forum, onde as entrevistas estão sendo feitas, para ser os primeiros a solicitar os postos de trabalho.


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17:15
Anónimo disse...
Economia Internacional
Senado dos EUA aprova plano de estímulo à economia

O Senado dos Estados Unidos aprovou com 60 votos a favor e 38 contra o plano de estímulo à economia de US$ 787 bilhões na madrugada deste sábado. Agora, ele segue para sanção ou veto do presidente Barack Obama, que espera colocar a lei em prática até o dia 16 de fevereiro.

O plano prevê a criação de três milhões de empregos, inclui cortes de impostos às famílias, fundos para programas sociais e obras públicas, além de ajuda aos governos estaduais, estudantes e desempregados.

A cláusula Buy American - que exige o uso de ferro, aço e produtos manufaturados dos Estados Unidos em obras realizadas com recursos do pacote - ficou de lado. Segundo o texto definitivo, a cláusula será aplicada sem violar as normas do comércio internacional.

Ontem à tarde, a Câmara de Representantes (deputados) havia aprovado, por 246 votos a favor e 183 contra, a versão final do plano. Todos os republicanos foram contrários ao pacote.

Pelo acordo de quarta-feira entre Câmara e Senado, em vez de custar US$ 819 bilhões, como queriam os deputados, ou US$ 838 bilhões como pretendiam os senadores, o pacote ficou em cerca de US$ 787 bilhões, com 65% desse total destinado a gastos do governo federal e 35%, a créditos tributários.

17:16
Anónimo disse...
Economia nacional
Na era Lula, aposentadoria sobe 54% menos que salário mínimo

Thatiane Faria
Especial para o Terra
Direto de São Paulo

Os índices de reajustes concedidos pelo governo em 2009 para aposentados e pensionistas e para o salário mínimo repetiram uma diferença que, só durante o governo de Luiz Inácio Lula da Silva, já chega a 54%. Enquanto o mínimo foi majorado em 12% este ano, as pensões e aposentadorias tiveram aumento de 5,92%. Aposentados que têm o benefício do governo como única fonte de renda reclamam que perdem poder de compra e que sua cesta de compras é composta por itens que aumentam mais em relação à inflação oficial.

Um exemplo prático pode ser entendido a partir da comparação entre um aposentado que ganhava R$ 600 em janeiro de 2003. Na época, o benefício era três vezes, ou 200%, maior que o valor do mínimo em vigência, que era de R$ 200. Aplicando-se os índices de reajuste para aposentadorias e para o mínimo durante os últimos seis anos, o mesmo aposentado estaria recebendo hoje R$ 938,47, comparado a um salário mínimo de R$ 465. A diferença entre os dois valores caiu para pouco mais de 100%.

Enquanto o índice acumulado de reajuste para a aposentadoria durante o governo Lula foi de 60%, para o salário mínimo está em 132%.

O diretor do Sindicato Nacional dos Aposentados, João Inocentini, reclama que os valores dos benefícios para aposentadorias não mantêm o poder de compra do grupo, principalmente dos aposentados que recebem menos que dez salários mínimos.

Nem mesmo o fato de o índice de reajuste das aposentadorias ter ficado acima da inflação acumulada no mesmo período (o IPCA entre janeiro de 2003 e janeiro de 2009 foi de 39,7%) serve de argumento, segundo os aposentados.

"Os idosos, principalmente, têm gastos além das contas gerais como gás, telefone e aluguel. Para eles o custo com remédios, e outros itens da área saúde costuma ser maior", afirmou Inocentini.

O presidente do sindicato afirmou que o grupo realiza um estudo com 100 itens de necessidade de um idoso para comparar o aumento dos produtos com o índice de reajuste do benefício recebido pelos aposentados.

"Daqui dois meses vamos abrir um processo na Justiça e levar essa pesquisa como prova. Segundo a lei, o governo é obrigado a manter o poder de compra com a aposentadoria", disse Inocentini.

Alternativas
O consultor financeiro Cláudio Boriola diz que os aposentados, especialmente nesse momento de crise econômica, devem evitar compras parceladas, pesquisar preços, negociar e fazer bom planejamento financeiro.

Segundo Boriola, alguns aposentados ganham um valor mensal muitas vezes insuficiente para o pagamento das contas e acabam pedindo crédito ou realizando pagamentos a prazo e são obrigados a pagar juros altos.

Na opinião do consultor, pagar uma previdência privada é uma alternativa indicada para quem ainda trabalha, considerando a característica de perda de poder de compra da aposentadoria.

"Na prática, infelizmente os valores encontram-se em um patamar que está deteriorando o poder de aquisição da população brasileira", completou Boriola.

De acordo com o diretor da Confederação Brasileira de Aposentados e Pensionistas (Cobap), Vicente Fernandes Barbosa, representantes dos aposentados tentarão um encontro com o presidente da Câmara, deputado Michel Temer (PMDB-SP), para discutir projetos que minimizem a perda dos aposentados

17:17
Anónimo disse...
Previdência
Previdência prorroga isenção de tarifas no benefício

O atual sistema de pagamento aos 26 milhões de aposentados e pensionistas do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) será mantido até o final deste ano. O acordo, que permite realizar a operação sem nenhum custo aos beneficiários, foi renovado nesta sexta-feira, entre o governo federal e 21 instituições financeiras.

Por meio desse acordo, vigente desde setembro de 2007, nem os segurados, nem os bancos e nem o governo arcam com o pagamento de tarifas, conforme explicou o ministro da Previdência Social, José Pimentel. A prorrogação vale até dezembro, data máxima para que a Previdência defina as regras para um novo contrato.

Ao assinar o termo de renovação, na sede da Federação Brasileira dos Bancos (Febraban), o ministro disse que a intenção do governo é mudar o atual modelo de gestão visando a reduzir os custos dessas operações em torno da folha mensal, que atinge R$ 15,8 bilhões. No entanto, qualquer alteração, conforme explicou, passará antes por audiências públicas a serem realizadas a partir do segundo semestre deste ano, atendendo a determinação do Tribunal de Contas da União (TCU).

De acordo com Pimentel, com um redesenho do mecanismo de repasse dos recursos aos bancos em torno da folha de pagamento dos segurados o que se busca é um aumento da participação de instituições financeiras. Ele informou que, desde 2007, cada benefício custa em média R$ 1,07 ao governo. "Quanto mais instituições financeiras estiverem prestando serviços à sociedade, maior é a competitividade, a agilidade no atendimento", justificou.

O ministro observou, ainda, que, para permitir uma redução para algo em torno de meia hora no tempo de atendimento para a concessão dos direitos previdenciários, o governo investiu R$ 280 milhões.

Questionado sobre o descontentamento dos segurados que ganham acima de um salário mínimo terem obtido apenas a correção com base na variação do Índice de Preços ao Consumidor (INPC) , ficando abaixo do reajuste dado a quem recebe apenas o mínimo, Pimentel argumentou que o governo seguiu o que determina a lei e descartou a possibilidade de uma revisão

17:17
Anónimo disse...
Empresas
Caterpillar oferece aposentadoria antecipada a 2 mil


A companhia americana Caterpillar ofereceu a cerca de dois mil funcionários incentivos para que se aposentem de forma voluntária antes do previsto, pela perspectiva de uma queda "significativa" da atividade industrial, informou nesta quarta-feira a empresa.

A iniciativa, destinada aos trabalhadores de diversas fábricas em Illinois, Colorado, Tennessee e Pensilvânia, se soma aos cortes de empregos anunciados em janeiro, explicou em comunicado de imprensa.

A empresa, a maior fabricante mundial de maquinaria pesada para a construção e a mineração, acrescentou que, "em função das condições de negócio, podem ser necessárias mais reduções de elenco voluntárias e involuntárias à medida que o ano avança".

O vice-presidente da companhia, Sid Banwart, explicou que a empresa prevê "demissões significativas em todas as regiões geográficas e na maioria dos setores devido às dificuldades da economia mundial".

17:18
Anónimo disse...
Comércio
Comércio exterior da OCDE caiu no 3º trimestre de 2008


As exportações e as importações dos países da Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Econômico (OCDE) caíram 1,6% e 0,2%, respectivamente, no terceiro trimestre de 2008, em relação aos três meses anteriores.

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Trata-se da primeira queda destas atividades desde o terceiro trimestre de 2006, segundo o último relatório trimestral sobre fluxos comerciais divulgado pela OCDE.

As exportações e as importações em dólares dos 30 Estados-membros caíram 15,6% e 17%, respectivamente, na comparação anualizada.

Por sua vez, o comércio dos sete países mais ricos do mundo (G7) teve um pequeno crescimento no terceiro trimestre de 2008 com uma queda das exportações de mercadorias de 0,2% em relação ao trimestre anterior e um aumento de 0,4% das importações.

Em termos anualizados, as importações do G7 caíram 1,4% entre julho e setembro do ano passado, seu primeiro retrocesso desde o terceiro trimestre de 2006, enquanto as exportações aumentaram 1,9%, seu crescimento mais baixo no mesmo tempo.

Por países, a Alemanha aumentou suas importações em 3,4% - valor mais alto do G7 -, enquanto suas exportações caíram 2,9% do segundo para o terceiro trimestre de 2008.

Pelo contrário, as exportações americanas aumentaram 1,8% entre julho e setembro de 2008, enquanto as importações caíram 0,7% em relação ao trimestre anterior. No Japão, tanto as importações quanto as exportações caíram em torno de 1% no mesmo período.

17:19
Anónimo disse...
Economia Nacional
Lula: juros de crédito consignado a aposentados são altos

Atualizada às 17h29

O presidente Luis Inácio Lula da Silva afirmou nesta terça-feira, em São Paulo, que está lutando para reduzir as taxas de juros cobradas de aposentados em crédito consignado. A Previdência Social estabelece uma taxa máxima de 2,5% para empréstimo e de 3,5% para cartão. Para Lula, os valores são altos.

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"Acho que o juro que os aposentados estão pagando hoje com o crédito consignado é alto para o padrão brasileiro", disse o presidente durante a cerimônia de comemoração dos 86 anos do INSS.

A Previdência anunciou nesta terça-feira que aposentados e trabalhadoras com licença-maternidade poderão receber seus benefícios em 30 minutos. De acordo com Lula, em junho, a aposentadoria do trabalhador rural também será conseguida em meia hora.

Além disso, o presidente anunciou que, também em junho, os trabalhadores que alcançarem o direito à aposentadoria passarão a receber em suas casas um comunicado da Previdência informando o fato e o valor do salário que têm direito a receber. "É um comprometimento público que estou fazendo com os companheiros da Previdência Social", disse.

"Estamos retribuindo ao contribuinte da Previdência Social aquilo que é a cidadania que ele tem direito", afirmou Lula. "Se para cobrar nós somos tão precisos, para devolver o dinheiro, temos que chegar próximo à perfeição", completou.

17:20
Anónimo disse...
Economia Nacional
Salário maternidade sairá em 30 minutos, diz ministro

Toda trabalhadora autônoma que tiver contribuído pelo menos 10 meses com o Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) - ou as que possuírem carteira assinada - poderão receber em 30 minutos o salário maternidade a partir desta terça-feira. Da mesma forma, as mulheres com 30 anos de contribuição e os homens com 35 anos também terão direito ao benefício de forma mais rápida. A informação é do ministro da Previdência Social, José Pimentel.

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Para requerer o salário maternidade, é preciso que as autônomas levem a carteira de identidade e o carnê de contribuição. As demais trabalhadoras devem apresentar a identificação e a carteira de trabalho. Desde o início do mês, a nova forma de análise para a concessão de benefícios foi adotada para a aposentadoria por idade do trabalhador urbano e agora foi estendida para o salário maternidade e por tempo de contribuição.

O ministro disse que a qualificação do serviço da previdência social é o reconhecimento do direito dos trabalhadores e da afirmação da cidadania.

"Até pouco tempo na cabeça do cidadão o serviço devia ser de péssima qualidade. Agora não, nós modificamos toda a legislação no mês de dezembro numa ação conjunta do Congresso Nacional com o governo federal. Estamos implantando e concedendo os benefícios em até 30 minutos", afirmou.

O ministro destacou que para conseguir se aposentar ou ter acesso à licença maternidade em 30 minutos, em primeiro lugar, é necessário que o cidadão esteja vinculado à Previdência, o que inclui 65% da população acima de 16 anos de idade.

"Depois bastar marcar pelo sistema 135 o dia e a hora do atendimento e levar a documentação. Se todos os dados necessários estiverem corretos o contribuinte será atendido em até 30 minutos, como vem sendo feito com as aposentadorias por idade desde o dia cinco de janeiro", explicou.

Pimentel disse ainda que em 90% das agências da previdência social o atendimento é marcado em até 48 horas. Nos grandes centros, entretanto existe um volume maior o que torna mais lento o processo.

"Estamos criando mais 715 agências até 2010, em todo o território nacional, para descentralizar o atendimento. Em 2008, atendemos 295 mil benefícios e aposentadorias por idade. Temos 4 mil pessoas por dia procurando e se aposentando por idade no território nacional. Este serviço será agilizado", concluiu.
17:26
Anónimo disse...
Giuseppe Englaro, pai de Eluana, a italiana que morreu na segunda-feira passada por desidratação, recusou uma grande soma de dinheiro de um conhecido fotógrafo italiano que queria retratar a filha em estado de coma, disse neste sábado o neurologista que atendia a mulher desde 1996, Carlo Defanti.

O neurologista, que participou hoje de uma conferência sobre eutanásia, disse que Englaro respeitou a vontade da filha, que, antes do acidente, tinha pedido que, se lhe ocorresse qualquer coisa irreversível, apresentasse sua imagem de quando estava em boas condições.

Antes de sofrer o acidente de trânsito, em 1992, Eluana viveu o coma de um amigo, Alessandro, o que causou forte impacto na italiana e a levou a fazer o pai prometer que não a deixasse viver em estado vegetativo, disse o próprio Giuseppe Englaro.

Defanti, que dissera que Eluana poderia viver de dez a 12 dias depois da suspensão da alimentação e da hidratação, disse que, como médico, tinha que reprovar esta afirmação.

"Não se pode sobreviver após três ou quatro dias sem líquido e, em particular, água em um corpo. Sabemos bem que, quando há um terremoto, após quatro dias é difícil encontrar sobreviventes".

Defanti ressaltou que Eluana "não falava, não se comunicava com o exterior" e que, após vários exames, "nos deparamos com uma moça que tinha perdido a consciência", porque estava com o córtex cerebral prejudicado.

Eluana foi enterrada na quinta-feira passada no túmulo da família na localidade de Paluzza, em Udine, após um funeral que não contou com a presença dos pais.

16:53
Anónimo disse...
Os bombeiros combatem neste sábado os incêndios na Austrália favorecidos pelo bom tempo, enquanto os deslocados encotram em seu retorno casas derruídas, carros queimados nas ruas e destruição.

Depois de sete dias desde que começaram os incêndios no Estado de Victoria, a lista de mortos chega a 181, os desaparecidos somam 50, os edifícios destruídos totalizam 1,834 mil e o terreno arrasado, principalmente florestas, ocupa uma área de 4,13 mil quilômetros quadrados.

As equipes de bombeiros, formadas por 4 mil profissionais de Victoria, de outras partes da Austrália e de países amigos, combateram hoje 12 focos fora de controle e nenhum representava uma ameaça direta para a população.

O subdiretor do Serviço de Bombeiros, Geoff Conway, disse que este tempo favorável, que se prolongará durante o domingo, permite consolidar as linhas de contenção e avançar na extinção das chamas.

Cinzas apareceram arrastadas por ventos do nordeste sobre Melbourne, onde habitam 3,8 milhões de pessoas, e as autoridades alertaram aos cidadãos do risco para a saúde de idosos, crianças e pessoas com problemas respiratórios.

O número de pessoas deslocadas - a Cruz Vermelha chegou a receber 7 mil - começou a cair com a abertura de algumas localidades atingidas.

Os incêndios, alguns criminosos, começaram em 7 de fevereiro, quando a região sul da Austrália estava há duas semanas sob uma onda de calor sem precedentes.

Na sexta-feira passada, a polícia acusou uma pessoa de ter provocado o incêndio que atingiu a localidade de Churchill e matou 21 pessoas.

16:55
Anónimo disse...
A primeira chuva em seis dias reduziu a ameaça de incêndios no Estado de Victoria, ao sul da Austrália. As autoridades, porém, advertiram que ainda existem 12 focos, mas que nenhum deles ameaça áreas povoadas.

Mais de quatro mil bombeiros, mil provenientes de outras partes do país e de outras nações, trabalham contra o fogo. Cerca de 600 veículos e 28 helicópteros e pequenos aviões estão sendo usados.


Eles conseguiram construir linhas de contenção para evitar os incêndios de Yarra e Maroondah se juntassem. Também foram controlados os incêndios abertos de Yea e Murrindindi, que ameaçavam as comunidades de Connellys Creek, Crystal Creek, Scrubby Creek e Native Dog Creek.

O número de mortos chegou a 181, mas as autoridades acreditam que as vítimas devem passar de 200, já que ainda há muitos desaparecidos.

16:55
Anónimo disse...
Aqui nesta coluna, na semana passada, tive a oportunidade de comentar sobre a recente visita do professor brasileiro Pedrinho Guareschi à Austrália. Não dei, porém, os fatos, pois semana passada o assunto era outro.

Hoje, porém, vamos a eles.

No último dia 4 de fevereiro, aconteceu o Seminário "Paulo Freire: Education and Liberation", organizado pelo centro de estudos latino-americanos da Universidade Nacional da Austrália, ou ANU, como é mais conhecida por aqui.

A ANU, para quem não sabe, está entre as 20 melhores universidades do mundo! E tem sede aqui em Camberra, capital da Austrália.

Na abertura do evento, o professor John Minns, diretor do centro latino-americano, ao dar boas-vindas ao público presente, lembrou ser aquele o primeiro seminário exclusivamente dedicado a Paulo Freire na Austrália.

Em seguida, convidou Pedrinho Guareschi, palestrante principal do Seminário, a fazer sua apresentação.

A plateia pode então conhecer, pelas palavras de Pedrinho, um pouco da obra e da vida de Freire, esse brasileiro de fé e valor, que sempre acreditou na educação, sobretudo dos menos favorecidos, analfabetos, como força libertadora.

Como não podia deixar de ser, os conceitos e ideias revolucionários de Paulo Freire, expostos com clareza por Pedrinho, despertaram o interesse e a curiosidade de plateia. A qual, deve-se notar, era na maioria de estudantes, mas de várias nacionalidades, sobretudo australianos e asiáticos.

Na continuação do programa do seminário, que se estendeu por dois dias, outros professores fizeram palestras sobre temas ligados à obra de Paulo Freire.

Interessante, por exemplo, saber que a professora Anne Hickling-Hudson, jamaicana que mora na Austrália há muitos anos (é professora da ANU), conheceu e trabalhou com Freire num workshop educacional durante a revolução na Ilha de Granada, em 1980, antes da invasão dos Estados Unidos...

Ou, então, a palestra da Professora Gerda Roelvink, da Nova Zelândia, que participou do Fórum Social de Porto Alegre em 2005. E essa participação transformou-se em tema de doutorado.

No dia 10, terça-feira passada, o padre Pedrinho Guareschi voltou a falar ao público australiano em grande auditório localizado no belíssimo campus da ANU. Desta vez, sobre a Teologia da Libertação.

Depois da palestra, John Minns mostrou o filme mexicano "O Crime do Padre Amaro", no qual um dos personagens é um padre católico praticante da Teologia da Libertação.

Mais uma vez, foi grande o intersse da platéia, que pode aprender e conhecer um pouco como se desenvolveu aquele importante movimento católico na América Latina.

Fica, assim, ao Pedrinho, bem como a outros brasileiros estudiosos e de bom coração que saem pelo mundo a divulgar aspectos importantes da cultura brasileira, o respeito e a homenagem desta coluna. E... aquele abraço!

Anónimo disse...

16:57
Anónimo disse...
Amanda Kitts perdeu o braço esquerdo em um acidente de automóvel acontecido três anos atrás, mas hoje em dia ela joga futebol americano com seu filho de 12 anos de idade, troca fraldas e abraça as crianças nas três creches Kiddie Cottage que opera em Knoxville, Tennessee. Kitts, 40 anos, faz tudo isso com a ajuda de um novo tipo de braço artificial que se movimenta com mais facilidade do que outros aparelhos e que ela pode controlar utilizando apenas seus pensamentos.

"Eu sou capaz de mexer a mão, o pulso e o cotovelo ao mesmo tempo", diz. "Você pensa e os músculos se movem em seguida".

A recuperação que ela conseguiu resulta de um novo procedimento que vem atraindo crescente atenção porque permite que pessoas movam braços protéticos de forma mais automática do que faziam no passado, simplesmente utilizando nervos reaproveitados em seus cérebros.

A técnica, conhecida como "renervação muscular dirigida", envolve utilizar os nervos que restam depois da amputação de um braço e conectá-los a outro músculo do corpo, em geral no peito. Eletrodos são instalados sobre os músculos do peito, e operam como se fossem antenas. Quando a pessoa deseja mover o braço, o cérebro envia sinais que primeiro resultam em contração dos músculos do peito, os quais enviam um sinal ao braço protético, instruindo-se a se movimentar. O processo não requer mais esforços consciente do que a pessoa teria de exercitar caso ainda tivesse seu braço natural.

Na terça-feira, pesquisadores reportaram em estudo publicado pela versão online do Journal of the American Medical Association que haviam levado a técnica ainda mais à frente, tornando possível a execução de 10 movimentos de mão, pulso e cotovelo diferentes, o que representa uma substancial melhora com relação ao típico repertório protético, que em geral envolve apenas dobrar o cotovelo, girar o pulso e abrir a mão.

"Os novos métodos tiveram impacto dramático em nosso campo de trabalho", disse Stuart Harshbarger, engenheiro biomédico na Universidade Johns Hopkins e diretor do programa de pesquisa sobre próteses, financiado pelas forças armadas, que inclui o trabalho com essa técnica. "O método já está em uso por médicos e cirurgiões comuns em todo o país. A capacidade de controlar um membro protético bastante robusto que ele confere surpreendeu a todos pela qualidade".

Tipicamente, uma pessoa que tenha um braço protético só é capaz de executar alguns poucos movimentos, e muitas vezes com tamanha lentidão que isso só permite a ela atividades limitadas.

Há um motor separado para cada movimento, diz Gerald Loeb, professor de engenharia biomédica na Universidade do Sul da Califórnia, "e esses motores precisam ser controlados de maneira explícita", usualmente por um esforço consciente da pessoa para contrair músculos nas costas ou no bíceps.

"Essencialmente, até agora os pacientes controlavam apenas um motor de cada vez", diz Loeb, "e precisavam pensar cuidadosamente sobre que motor desejavam controlar e como fazê-lo operar, em lugar de simplesmente pensarem em mover o braço e poderem fazê-lo sem delongas".

Antes que Kitts passasse pelo procedimento de renervação, em outubro de 2007, por exemplo, ela precisava movimentar os músculos de suas costas de determinada maneira para fazer com que seu pulso girasse, e flexionar seu bíceps e tríceps para fazer com que o cotovelo se movesse para cima e para baixo. "Era muito trabalho", ela conta. "E não me ajudava muito".

O procedimento de renervação é parte de uma recente explosão de idéias novas e técnicas inovadoras que estão sendo exploradas enquanto os cientistas se esforçam por ajudar as pessoas a compensar melhor a perda de membros ou problemas de paralisia. O esforço vem sendo alimentado pelo aumento no número de amputações causado por diabetes e por ferimentos sofridos pelos militares, e ao mesmo tempo pelos avanços na tecnologia médica.

Os braços se tornaram um dos focos essenciais desse tipo de trabalho. A ciência há muito vem obtendo sucessos no desenvolvimento de próteses de perna, mas é muito mais difícil imitar a complexidade e a destreza das mãos e dos braços.

Os esforços em curso incluem o desenvolvimento de projetos de pele e braços mais sensíveis e mais flexíveis, e o uso de dispositivos acionados por controles sem fio implantado nos braços protéticos, que permitiriam movimentos mais naturais.

Os pesquisadores também vêm usando sensores implantados nos cérebros de cobaias para permitir que dois macacos controlem um braço mecânico, e um teste com um homem paralítico permitiu, com esse método, que ele movimentasse um cursor em uma tela de computador.

Alguns desses métodos, caso venham a ser aperfeiçoados plenamente e consigam aprovação das autoridades regulatórias da saúde, podem no futuro se tornar mais viáveis para os pacientes de amputações.

E embora a técnica da renervação não requeira aprovação das autoridades regulatórias porque é executada por meios cirúrgicos e emprega aparelhos já existentes, ela apresenta limitações que até mesmo seus criadores reconhecem, entre as quais o fato de que não se pode utilizá-la para todos os pacientes, o seu alto custo e o prazo de meses requerido para que os nervos reconectados cresçam e se tornem efetivos.

Ainda assim, os especialistas dizem que é o mais avançado sistema em uso hoje para pacientes reais que permite que o sistema nervoso controle diretamente o movimento de um braço artificial.

Desde sua introdução por Todd Kuiken, médico fisioterapeuta e engenheiro biomédico do Instituto de Reabilitação de Chicago, o método foi empregado em cerca de 30 pacientes nos Estados Unidos, Canadá e Europa, entre os quais oito soldados feridos no Iraque e no Afeganistão.

Muitos dos pacientes, entre os quais o primeiro, Jesse Sullivan, um operário do setor elétrico no Tennessee que perdeu os dois braços quando foi eletrocutado por um cabo, conseguem não apenas manipular seus braços protéticos mas sentir a presença das mãos que já não têm quando alguém toca em seus peitos.

Sullivan, 62 anos, e Kitts, estavam entre os cinco pacientes que participaram do estudo reportado na terça-feira. Em companhia de cinco outras pessoas que não passaram por amputações, eles receberam os eletrodos e foram instruídos a usar pensamentos para fazer com que um braço virtual na tela reproduzisse 10 movimentos diferentes, entre os quais três formas diferentes de aperto de mão.

Os pacientes apresentaram desempenho bastante respeitável, apenas um pouco mais lento e menos preciso do que os dos participantes que não tinham amputações.

"As velocidades de movimento que encontramos em nossos pacientes foram realmente encorajadoras", disse Kuiken. "Eles conseguiram completar a tarefa. É claro que não foram tão competentes quanto as pessoas dotadas de plena capacidade física, mas foram bons o bastante".

Um braço virtual foi usado porque a maioria das próteses existentes não era capaz de acomodar todos aqueles movimentos, no momento da pesquisa, ainda que Sullivan, Kitts e uma terceira paciente, Claudia Mitchell, tenham experimentado dois novos protótipos mais versáteis de braços artificiais, executando tarefas complexas com bolas de tênis e outros objetos.

O trabalho de renervação em soldados apresenta outros desafios, diz Kuiken, porque os ferimentos militares muitas vezes "causam danos muitos extensos" a nervos, músculos ou ossos.

Daniel Acosta, 25 anos, um aviador ferido pela detonação de uma bomba em uma estrada do Iraque em 2005, passou pelo procedimento no ano passado e diz que seu braço esquerdo protético agora se movimenta "muito mais rápido" e de maneira muito mais natural.

"A diferença é que agora não preciso mais pensar para mover o braço", ele diz. "Ele simplesmente se mexe".

Ainda assim, Acosta, de San Antonio, diz que "o processo foi bastante longo" e que os eletrodos precisam ser ajustados para receber os sinais à medida que os nervos crescem ou mudam de posição.

E embora elogiem o método, os especialistas afirmam que a ciência das próteses de braço ainda tem muito por avançar.

"Trata-se de uma parte crucial, mas ainda assim apenas uma parte, das muitas coisas que compreendem a função normal de um braço", disse Loeb, que escreveu um editorial que acompanha o artigo no Journal of the American Medical Association.

"No momento estamos a meio do caminho entre o braço de 'Dr. Fantástico', que fazia involuntariamente a saudação nazista, e o braço de Luke Skywalker em 'Guerra nas Estrelas', que funciona sem nenhum problema assim que é conectado. Creio que precisaremos ainda de muitos anos para conectar todas as peças necessárias a produzir um braço capaz de funcionar normalmente".

17:04
Anónimo disse...
A Espanha disse neste sábado que está preparando uma reclamação oficial contra a decisão da Venezuela de expulsar um membro do Parlamento Europeu que criticou o conselho eleitoral venezuelano.
Luis Herrero, membro do partido conservador espanhol PP, foi deportado na sexta-feira depois que o Conselho Nacional Eleitoral (CNE) o acusou de questionar a imparcialidade da instituição antes de um referendo que pode permitir ao presidente Hugo Chávez permanecer no cargo indefinidamente.

Herrero estava na Venezuela como observador do referendo. Ele acusou Chávez de ter "comportamentos típicos de um ditador" por pedir a contenção de manifestações da oposição.

O governo da Espanha convocou um encontro com o embaixador da Venezuela em Madri para expressar a desaprovação sobre a expulsão de Herrero, disse um representante do Ministério das Relações Exteriores espanhol.

As relações da Venezuela com a Espanha tiveram seu ponto crítico em 2007, quando Chávez ameaçou rever acordos diplomáticos e comerciais depois de ouvir um "cala a boca" do rei espanhol Juan Carlos durante uma cúpula.

A fenda foi oficialmente reparada em 2008, com uma visita oficial de Chávez à Espanha, onde ele cumprimentou o rei e discutiu acordos para investimento no setor petroquímico com o primeiro-ministro José Luis Rodriguez Zapatero.

17:06
Anónimo disse...
A polícia do Zimbábue anunciou neste sábado que acusa de traição Roy Bennett, dirigente do até agora opositor Movimento para a Mudança Democrática (MDC), detido na sexta-feira, em Harare, poucas horas antes da cerimônia de posse dos membros do novo gabinete.

"A Polícia nos informou que vão apresentar acusações de traição", disse à agência EFE o advogado de defesa de Bennett, Trust Maanda.

"Tentam relacionar Roy com o caso de Mike Hitschmann, que foi detido em 2006 em relação à descoberta de um carregamento de armas, apesar de que Hitschmann não tenha sido declarado culpado das acusações de traição apresentadas contra ele, mas de um crime menor de descumprimento de leis", disse Maanda.

O político opositor, designado por seu partido como vice-ministro de Agricultura no Governo de união nacional, esteve no exílio na vizinha África do Sul desde 2006 e retornou ao Zimbábue há duas semanas.

Segundo a Polícia, que deteve Bennett ontem no aeroporto de Harare quando pretendia ir à África do Sul para visitar sua família, as armas apreendidas em 2006 seriam utilizadas em um golpe de Estado para derrubar o presidente do Zimbábue, Robert Mugabe.

Depois da detenção, Bennet foi levado a Mutar, onde vários simpatizantes do MDC se concentraram em frente à delegacia na qual estava detido, diante do que a Polícia respondeu com tiros para o alto para dispersar os manifestantes.

17:07
Anónimo disse...
Austrália: 14 mil se candidatam a 'emprego dos sonhos'

A secretaria de Turismo de Queensland, na Austrália, informou que até esta segunda-feira já recebeu cerca de 14 mil inscrições para o "o melhor emprego do mundo". O Estado australiano promove pela internet seleção para vaga de "zelador" da ilha Hamilton, por seis meses com um salário de R$ 40 mil.

Muitos candidatos tiveram problemas durante a inscrição por conta dos acessos simultâneos ao site. A secretaria aconselha enviar os vídeos de 60s explicando porque deve ser escolhido em horários alternativos do dia, além de recomendar tamanho em torno de 40MB.

As inscrições começaram em 12 de janeiro e vão até o próximo dia 22 e podem ser feitas pelo site www.islandreefjob.com. O governo australiano escolherá 50 candidatos para a próxima fase da seleção, que terá votos do público para eleger um dos 11 finalistas.

A última fase terá entrevistas e desafios físicos, no próprio local de trabalho: as ilhas da Grande Barreira Coralina - o maior recife de coral do mundo. A secretaria de Turismo anunciará o vencedor no dia 6 de maio.

17:09
Anónimo disse...
Mercado elogia governo na crise, mas pede maior queda no juro

Peter Fussy
Direto de São Paulo

Desde as primeiras medidas anunciadas para combater os efeitos da crise, o governo brasileiro avisou que a estratégia não contemplaria um pacote. Seriam doses pontuais, de acordo com a necessidade da economia diante do agravamento das turbulências. Da primeira liberação dos depósitos compulsórios em setembro até a ampliação do seguro-desemprego na última quarta-feira, o governo passou por redução de impostos, ampliação de crédito e incentivos à exportação. Quase 150 dias após a primeira medida, o Terra conversou com líderes do setor público e privado, representantes dos trabalhadores, acadêmicos e com o próprio governo para saber quais destas ações foram mais eficazes, quais foram mais ineficientes e o que mais pode ser feito pelo Estado brasileiro contra a crise.

Os maiores elogios foram direcionados à atitude de reduzir o Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) para a indústria automobilística, anunciada em dezembro e que fez com que os emplacamentos de carros novos subissem 1,9% no primeiro mês do ano em relação a dezembro de 2008. Já as maiores críticas foram para a lentidão no corte da taxa básica de juro do País.

Para o presidente do conselho administrativo do Grupo Pão de Açúcar, Abílio Diniz, o Estado não é responsável pela crise e mesmo assim está agindo "com extrema serenidade e muito acerto". "O governo está atento, fazendo a sua parte. É preciso coragem de baixar firmemente a taxa de juros. É uma arma que temos a nosso favor, já que não há clima para inflação, nem possibilidade de danos para a macroeconomia", afirmou Diniz.

Na última reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), em janeiro, a taxa Selic foi reduzida em um ponto percentual, de 13,75% para 12,75% ao ano. Porém, o professor de economia da Universidade de Brasília (UnB) José Luiz Oreiro lembra que este corte representa uma redução de apenas 0,25 ponto percentual com relação à taxa de setembro do ano passado, quando a crise se agravou.

"Pouco antes da eclosão da crise, o Banco Central aumentou a taxa em 0,75 ponto. Foram cinco meses de demora para reduzir em termos líquidos apenas 0,25 ponto", afirmou o economista, que também sugeriu redução do intervalo de cerca de 90 dias entre as reuniões do Copom e o corte de pelo menos um 1 ponto percentual em cada reunião.

Mesmo com o corte de janeiro, a taxa de juros real continua sendo a maior do mundo, lembrou o secretário-geral da Força Sindical, João Carlos Gonçalves, o Juruna. "A redução da taxa de juro ainda é pequena, porque ela continua uma das mais altas do mundo. Falta ousadia para baixar os juros e ajudar o cidadão. A permanência da taxa de juro alta é negativa para o País em meio a crise", afirmou Juruna.

Embora aprove as ações do governo, o senador Aloízio Mercadante (PT-SP) também acredita que o patamar da Selic está muito alto. "Sempre fomos os primeiros a entrar em qualquer crise, o que não aconteceu agora. A taxa Selic ainda é muito alta, mas o governo têm tomado medidas acertadas, como o aumento do salário mínimo, mesmo com um cenário de crise. Isso ajuda a movimentar o consumo. O governo está se esforçando para manter os investimentos e o crescimento", disse.

Tributos
De acordo com o economista Fabio Pina, da Fecomercio-SP, as ações mais positivas estão relacionadas à redução de tributos para alguns segmentos, como a indústria automobilística, que recuperou parte da queda nas vendas em janeiro com a isenção do IPI para carros 1.0 l e o corte para demais motorizações. A medida vale até o final de março.

"Essas medidas não só reduziram o preço, mas anteciparam o consumo daqueles que iriam comprar no futuro, dando um prêmio por conta da insegurança. Mexe diretamente com o principal problema que é a confiança do consumidor", afirmou. Juruna destacou que um bom ritmo de vendas é garantia de emprego. "É importante porque cada emprego na montadora significa 19 na cadeia produtiva", comentou o representante da Força Sindical.

Também em dezembro, o governo decidiu cortar pela metade a alíquota do Imposto de Renda para contribuintes que ganham entre R$ 1.434 e R$ 2.150 mensais. "O salário aumentava e a tabela não se modificava. As pessoas ganhavam mais e pagavam mais impostos", apontou Juruna. Outra redução de tributos do governo foi com relação ao Imposto sobre Operações Financeiras (IOF), que caiu de 3% ao ano para 1,5%.

Crédito
Na segunda metade de 2008, o colapso de bancos nos Estados Unidos por conta da crise do subprime provocou uma forte restrição de crédito no mundo inteiro. Uma das primeiras medidas anticrise do governo teve como objetivo restabelecer a oferta, com mudanças no recolhimento dos depósitos compulsórios por parte dos bancos. Segundo o presidente do Banco Central, Henrique Meirelles, as diversas modificações liberaram US$ 99,2 bilhões aos bancos até o final de janeiro.

Além disso, o governo concedeu R$ 36 bilhões das reservas internacionais para empresas brasileiras com dívidas no exterior e uma medida provisória autorizou o Banco do Brasil e a Caixa Econômica Federal a comprar carteiras de crédito de bancos privados. Para o diretor do Departamento de Pesquisas e Estudos Econômicos da Fiesp, Paulo Francini, estas medidas foram essenciais para combater os efeitos da crise.

"A crise se desenvolve no mundo em torno do tema crédito. E o crédito reduziu-se barbaridade no mundo. Então o governo lança mão de compulsório, lança mão de reservas, de medidas que permitem aos bancos comprar carteiras de bancos. Você vai tomando várias medidas para atender às demandas e o epicentro disso é crédito", afirmou.

No entanto, Oreiro, da UnB, adverte que a liberação dos compulsórios seria mais eficiente acompanhada de redução mais agressiva da taxa básica de juro. "Uma parte do crédito voltou, depois da forte retração em outubro e novembro. O que deveria ter sido feito junto à liberação do compulsório era uma redução mais drástica da taxa de juro. Sem isso, os bancos pegam as reservas e acabam comprando títulos públicos", explicou o economista.

Na opinião de Pina, as ações de distribuição de crédito via redução do compulsório e a disposição de capital de giro para empresas foram tomadas sem um cuidado maior na operação e não tiveram muito efeito. "O BNDES tem linhas que ficam paradas quase todo o ano, agora é pior ainda. Existem os recursos, mas as empresas e os bancos estão desconfiados. É preciso fazer com que os bancos tenham interesse em emprestar", afirmou o economista da Fecomercio-SP.

Futuro
Mesmo com todas essas medidas, a crise financeira ainda gera incertezas nos setores produtivos do País. Nos últimos meses, o medo do desemprego fez os consumidores adiarem compras. Por sua vez, a queda nas vendas pode obrigar as indústrias a cortarem a produção e demitir funcionários. Contra isso, empresários sugerem redução de jornada e de salários.

"Isto está previsto em lei. A Fiesp simplesmente manteve conversações com entidades sindicais quanto à aplicação daquilo que já está previsto em lei", afirmou Francini.

Segundo a ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff, uma das medidas que assegura um nível de emprego é a manutenção de investimentos no Programa de Aceleração do Crescimento (PAC). "Estamos esperando que a dificuldade ocorra em janeiro, fevereiro e março. Estamos certos que vamos manter o nível de investimento. É isso que funciona, é isso que significa investimento público. Ele funciona como um colchão. Por isso, nós colocamos R$ 100 bilhões no BNDES e a Petrobras ampliou o seu investimento em R$ 120 bilhões", afirmou.

Na mesma linha, Pina explica que a antecipação de gastos do governo substitui parte da demanda retraída do setor privado. "Ele dá o seguinte recado: não vou estourar as contas públicas, mas concentrar em um momento em que a demanda privada está pequena. Mas o governo não tem fôlego suficiente para fazer o papel de toda demanda", ressaltou. O economista da Fecomercio lembrou que a entidade já pleiteou junto ao governo isenções para transferência de imóveis e de automóveis, além de retirar o IPVA para veículos novos.

Já Oreiro foca suas propostas na capitalização do Banco do Brasil e da Caixa Econômica Federal pelo Tesouro para atender a demanda de crédito para capital de giro e reduzir o spread. "Aumentando o empréstimo e reduzindo as taxas, os dois vão forçar os bancos privados a acompanhar o movimento, até para não perderem participação no mercado", explicou o economista da UnB.

Até o Carnaval, o governou prometeu detalhar um pacote de incentivos para a construção de até um milhão de casas populares, direcionado a famílias com renda de até dez salários mínimos. "Estamos atentos a tudo o que está acontecendo e novas medidas serão tomadas caso haja uma avaliação de que sejam necessárias", disse o ministro da Fazenda, Guido Mantega, na última sexta-feira.

17:11
Anónimo disse...
Ex-ministro critica extensão do seguro-desemprego

Atualizada às 09h03

O ex-ministro do Trabalho Almir Pazzianotto criticou a decisão do governo federal de conceder o seguro-desemprego estendido a apenas alguns setores. "É certamente odioso e provavelmente inconstitucional", disse Pazzianotto, de acordo com o jornal O Estado de S. Paulo.

Na última qurta, dia do anúncio da medida, centrais sindicais elogiaram a atitude do governo. A Força Sindical divulgou nota dizendo que "o aumento ajudará a aquecer parte da economia, já que irá gerar mais consumo, produção e conseqüentemente, a criação de novos postos de trabalho". A União Geral dos Trabalhadores (UGT) afirmou que a medida "contribuirá para minimizar o drama dos trabalhadores que perderem seu emprego por conta da crise".

O ex-ministro, que instituiu o seguro-desemprego no País no governo de José Sarney, destacou a necessidade de as centrais sindicais se manifestarem contra a determinação. Para ele, as mudanças devem ser aplicadas a todas as categorias profissionais e a distinção é contrária ao artigo 3º da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT).

Pazzianotto atribui a medida a um possível temor do governo de que a crise econômica seja longa e não haja dinheiro para atender a todas as necessidades. Ainda assim, ele se mostra contrário ao método de concessão. "O seguro-desemprego ajuda a sanar necessidades básicas. Estendê-lo é paliativo, não a solução", disse ao jornal.

De acordo com o presidente do Conselho Deliberativo do Fundo de Amparo ao Trabalhador (Codefat) e conselheiro da Força Sindical, Luiz Fernando Emediato, a determinação já estava prevista na lei 8.900/94, que trata do seguro-desemprego.

O presidente da Comissão de Trabalho da Câmara, Pedro Fernandes (PTB-MA) vai além na crítica à concessão do seguro para apenas alguns setores. Ele acredita que a ampliação do benefício estimula o desemprego.

Quintino Severo, secretário geral da Central Única dos Trabalhadores (CUT), lembra que a ampliação do benefício sem critério e identificação pode incentivar demissões em outros setores.

17:13
Anónimo disse...
Empresas
TAM faz promoção para destinos internacionais

A companhia aérea TAM anunciou nesta sexta-feira tarifas promocionais para trechos internacionais. Os preços valem para bilhetes comprados entre 6h deste sábado e 23h59 deste domingo e são válidos para classe econômica. As tarifas, para ida e volta, serão vendidas a partir de US$ 99, mais taxas.

Segundo a aérea, a promoção vale para viagens feitas no período de 14 de fevereiro a 18 de junho de 2009. Para destinos na América do Sul, a permanência mínima é de dois dias; para bilhetes com destino nos Estados Unidos, cinco dias; e Europa, sete dias. A permanência máxima para as passagens para América do Sul e EUA é de dois meses e para Europa, três meses.

Entre os exemplos de tarifas promocionais, a TAM oferece São Paulo-Lima por US$ 99. Bilhetes para a rota São Paulo-Santiago serão vendidos a partir de US$ 199 e São Paulo-Nova York, US$ 799.

A emissão dos bilhetes deve ser feita obrigatoriamente no ato da reserva, obedecendo às regras estipuladas pela companhia. A compra está sujeita à disponibilidade de assentos nas classes tarifárias determinadas, trechos, horários e datas. A TAM afirmou que também há tarifas promocionais para a classe executiva.

Mais informações podem ser encontradas no site promocional (www.ofertastam.com.br), no site da empresa (www.tam.com.br) ou pelos telefones 4002-5700 ou 0800 5705700.

17:13
Anónimo disse...
Empresas
Consultoria negocia compra do parque temático Hopi Hari

A consultoria especializada em reestruturação de empresas Íntegra Associados informou nesta sexta-feira ter um acordo para comprar o parque de diversões Hopi Hari, localizado no interior de São Paulo. A empresa estaria disposta a investir R$ 10 milhões no parque, que tem dívida estimada em R$ 800 milhões. As informações são da edição deste sábado do jornal Folha de S. Paulo.

De acordo com o jornal, a transação ainda depende da negociação entre o Hopi Hari e seus credores, o que já estaria em andamento.

A consultoria paulista já atuou junto à Parmalat, durante 30 meses, quando reorganizou a gestão da empresa italiana.

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17:14
Anónimo disse...
Empresas
Disney de Tóquio contratará mais 2 mil apesar da crise


A Oriental Land, o operador da Disneylândia Tóquio e DisneySea, organizou neste domingo entrevistas para contratar cerca de 2 mil trabalhadores em tempo parcial, em um momento de grandes demissões deste tipo de empregados no Japão.

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O operador deste parque temático, situado em Urayasu, na província de Chiba (leste de Tóquio), está em pleno processo de seleção de empregados para 20 tipos de postos trabalhistas diferentes.

Segundo a companhia, citada pela agência local de notícias Kyodo, o parque contratará novos trabalhadores para as atrações, para os restaurantes e guardas de segurança entre outros. Os novos contratados começarão a trabalhar a partir de fevereiro.

O processo de seleção acontece em um momento em que a maioria das grandes companhias japonesas começaram a se ver obrigadas a despedir uma elevada percentagem de seus trabalhadores temporários e a tempo parcial.

Algumas inclusive anunciaram demissões de seus trabalhadores fixos, uma medida muito pouco comum nas companhias japonesas, perante os efeitos piores que o esperado pela crise econômica global.

Cerca de uma centena de pessoas esperavam desde a primeira hora desta manhã a abertura do centro de conferências Tokyo International Forum, onde as entrevistas estão sendo feitas, para ser os primeiros a solicitar os postos de trabalho.


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17:15
Anónimo disse...
Economia Internacional
Senado dos EUA aprova plano de estímulo à economia

O Senado dos Estados Unidos aprovou com 60 votos a favor e 38 contra o plano de estímulo à economia de US$ 787 bilhões na madrugada deste sábado. Agora, ele segue para sanção ou veto do presidente Barack Obama, que espera colocar a lei em prática até o dia 16 de fevereiro.

O plano prevê a criação de três milhões de empregos, inclui cortes de impostos às famílias, fundos para programas sociais e obras públicas, além de ajuda aos governos estaduais, estudantes e desempregados.

A cláusula Buy American - que exige o uso de ferro, aço e produtos manufaturados dos Estados Unidos em obras realizadas com recursos do pacote - ficou de lado. Segundo o texto definitivo, a cláusula será aplicada sem violar as normas do comércio internacional.

Ontem à tarde, a Câmara de Representantes (deputados) havia aprovado, por 246 votos a favor e 183 contra, a versão final do plano. Todos os republicanos foram contrários ao pacote.

Pelo acordo de quarta-feira entre Câmara e Senado, em vez de custar US$ 819 bilhões, como queriam os deputados, ou US$ 838 bilhões como pretendiam os senadores, o pacote ficou em cerca de US$ 787 bilhões, com 65% desse total destinado a gastos do governo federal e 35%, a créditos tributários.

17:16
Anónimo disse...
Economia nacional
Na era Lula, aposentadoria sobe 54% menos que salário mínimo

Thatiane Faria
Especial para o Terra
Direto de São Paulo

Os índices de reajustes concedidos pelo governo em 2009 para aposentados e pensionistas e para o salário mínimo repetiram uma diferença que, só durante o governo de Luiz Inácio Lula da Silva, já chega a 54%. Enquanto o mínimo foi majorado em 12% este ano, as pensões e aposentadorias tiveram aumento de 5,92%. Aposentados que têm o benefício do governo como única fonte de renda reclamam que perdem poder de compra e que sua cesta de compras é composta por itens que aumentam mais em relação à inflação oficial.

Um exemplo prático pode ser entendido a partir da comparação entre um aposentado que ganhava R$ 600 em janeiro de 2003. Na época, o benefício era três vezes, ou 200%, maior que o valor do mínimo em vigência, que era de R$ 200. Aplicando-se os índices de reajuste para aposentadorias e para o mínimo durante os últimos seis anos, o mesmo aposentado estaria recebendo hoje R$ 938,47, comparado a um salário mínimo de R$ 465. A diferença entre os dois valores caiu para pouco mais de 100%.

Enquanto o índice acumulado de reajuste para a aposentadoria durante o governo Lula foi de 60%, para o salário mínimo está em 132%.

O diretor do Sindicato Nacional dos Aposentados, João Inocentini, reclama que os valores dos benefícios para aposentadorias não mantêm o poder de compra do grupo, principalmente dos aposentados que recebem menos que dez salários mínimos.

Nem mesmo o fato de o índice de reajuste das aposentadorias ter ficado acima da inflação acumulada no mesmo período (o IPCA entre janeiro de 2003 e janeiro de 2009 foi de 39,7%) serve de argumento, segundo os aposentados.

"Os idosos, principalmente, têm gastos além das contas gerais como gás, telefone e aluguel. Para eles o custo com remédios, e outros itens da área saúde costuma ser maior", afirmou Inocentini.

O presidente do sindicato afirmou que o grupo realiza um estudo com 100 itens de necessidade de um idoso para comparar o aumento dos produtos com o índice de reajuste do benefício recebido pelos aposentados.

"Daqui dois meses vamos abrir um processo na Justiça e levar essa pesquisa como prova. Segundo a lei, o governo é obrigado a manter o poder de compra com a aposentadoria", disse Inocentini.

Alternativas
O consultor financeiro Cláudio Boriola diz que os aposentados, especialmente nesse momento de crise econômica, devem evitar compras parceladas, pesquisar preços, negociar e fazer bom planejamento financeiro.

Segundo Boriola, alguns aposentados ganham um valor mensal muitas vezes insuficiente para o pagamento das contas e acabam pedindo crédito ou realizando pagamentos a prazo e são obrigados a pagar juros altos.

Na opinião do consultor, pagar uma previdência privada é uma alternativa indicada para quem ainda trabalha, considerando a característica de perda de poder de compra da aposentadoria.

"Na prática, infelizmente os valores encontram-se em um patamar que está deteriorando o poder de aquisição da população brasileira", completou Boriola.

De acordo com o diretor da Confederação Brasileira de Aposentados e Pensionistas (Cobap), Vicente Fernandes Barbosa, representantes dos aposentados tentarão um encontro com o presidente da Câmara, deputado Michel Temer (PMDB-SP), para discutir projetos que minimizem a perda dos aposentados

17:17
Anónimo disse...
Previdência
Previdência prorroga isenção de tarifas no benefício

O atual sistema de pagamento aos 26 milhões de aposentados e pensionistas do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) será mantido até o final deste ano. O acordo, que permite realizar a operação sem nenhum custo aos beneficiários, foi renovado nesta sexta-feira, entre o governo federal e 21 instituições financeiras.

Por meio desse acordo, vigente desde setembro de 2007, nem os segurados, nem os bancos e nem o governo arcam com o pagamento de tarifas, conforme explicou o ministro da Previdência Social, José Pimentel. A prorrogação vale até dezembro, data máxima para que a Previdência defina as regras para um novo contrato.

Ao assinar o termo de renovação, na sede da Federação Brasileira dos Bancos (Febraban), o ministro disse que a intenção do governo é mudar o atual modelo de gestão visando a reduzir os custos dessas operações em torno da folha mensal, que atinge R$ 15,8 bilhões. No entanto, qualquer alteração, conforme explicou, passará antes por audiências públicas a serem realizadas a partir do segundo semestre deste ano, atendendo a determinação do Tribunal de Contas da União (TCU).

De acordo com Pimentel, com um redesenho do mecanismo de repasse dos recursos aos bancos em torno da folha de pagamento dos segurados o que se busca é um aumento da participação de instituições financeiras. Ele informou que, desde 2007, cada benefício custa em média R$ 1,07 ao governo. "Quanto mais instituições financeiras estiverem prestando serviços à sociedade, maior é a competitividade, a agilidade no atendimento", justificou.

O ministro observou, ainda, que, para permitir uma redução para algo em torno de meia hora no tempo de atendimento para a concessão dos direitos previdenciários, o governo investiu R$ 280 milhões.

Questionado sobre o descontentamento dos segurados que ganham acima de um salário mínimo terem obtido apenas a correção com base na variação do Índice de Preços ao Consumidor (INPC) , ficando abaixo do reajuste dado a quem recebe apenas o mínimo, Pimentel argumentou que o governo seguiu o que determina a lei e descartou a possibilidade de uma revisão

17:17
Anónimo disse...
Empresas
Caterpillar oferece aposentadoria antecipada a 2 mil


A companhia americana Caterpillar ofereceu a cerca de dois mil funcionários incentivos para que se aposentem de forma voluntária antes do previsto, pela perspectiva de uma queda "significativa" da atividade industrial, informou nesta quarta-feira a empresa.

A iniciativa, destinada aos trabalhadores de diversas fábricas em Illinois, Colorado, Tennessee e Pensilvânia, se soma aos cortes de empregos anunciados em janeiro, explicou em comunicado de imprensa.

A empresa, a maior fabricante mundial de maquinaria pesada para a construção e a mineração, acrescentou que, "em função das condições de negócio, podem ser necessárias mais reduções de elenco voluntárias e involuntárias à medida que o ano avança".

O vice-presidente da companhia, Sid Banwart, explicou que a empresa prevê "demissões significativas em todas as regiões geográficas e na maioria dos setores devido às dificuldades da economia mundial".

17:18
Anónimo disse...
Comércio
Comércio exterior da OCDE caiu no 3º trimestre de 2008


As exportações e as importações dos países da Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Econômico (OCDE) caíram 1,6% e 0,2%, respectivamente, no terceiro trimestre de 2008, em relação aos três meses anteriores.

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Trata-se da primeira queda destas atividades desde o terceiro trimestre de 2006, segundo o último relatório trimestral sobre fluxos comerciais divulgado pela OCDE.

As exportações e as importações em dólares dos 30 Estados-membros caíram 15,6% e 17%, respectivamente, na comparação anualizada.

Por sua vez, o comércio dos sete países mais ricos do mundo (G7) teve um pequeno crescimento no terceiro trimestre de 2008 com uma queda das exportações de mercadorias de 0,2% em relação ao trimestre anterior e um aumento de 0,4% das importações.

Em termos anualizados, as importações do G7 caíram 1,4% entre julho e setembro do ano passado, seu primeiro retrocesso desde o terceiro trimestre de 2006, enquanto as exportações aumentaram 1,9%, seu crescimento mais baixo no mesmo tempo.

Por países, a Alemanha aumentou suas importações em 3,4% - valor mais alto do G7 -, enquanto suas exportações caíram 2,9% do segundo para o terceiro trimestre de 2008.

Pelo contrário, as exportações americanas aumentaram 1,8% entre julho e setembro de 2008, enquanto as importações caíram 0,7% em relação ao trimestre anterior. No Japão, tanto as importações quanto as exportações caíram em torno de 1% no mesmo período.

17:19
Anónimo disse...
Economia Nacional
Lula: juros de crédito consignado a aposentados são altos

Atualizada às 17h29

O presidente Luis Inácio Lula da Silva afirmou nesta terça-feira, em São Paulo, que está lutando para reduzir as taxas de juros cobradas de aposentados em crédito consignado. A Previdência Social estabelece uma taxa máxima de 2,5% para empréstimo e de 3,5% para cartão. Para Lula, os valores são altos.

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"Acho que o juro que os aposentados estão pagando hoje com o crédito consignado é alto para o padrão brasileiro", disse o presidente durante a cerimônia de comemoração dos 86 anos do INSS.

A Previdência anunciou nesta terça-feira que aposentados e trabalhadoras com licença-maternidade poderão receber seus benefícios em 30 minutos. De acordo com Lula, em junho, a aposentadoria do trabalhador rural também será conseguida em meia hora.

Além disso, o presidente anunciou que, também em junho, os trabalhadores que alcançarem o direito à aposentadoria passarão a receber em suas casas um comunicado da Previdência informando o fato e o valor do salário que têm direito a receber. "É um comprometimento público que estou fazendo com os companheiros da Previdência Social", disse.

"Estamos retribuindo ao contribuinte da Previdência Social aquilo que é a cidadania que ele tem direito", afirmou Lula. "Se para cobrar nós somos tão precisos, para devolver o dinheiro, temos que chegar próximo à perfeição", completou.

17:20
Anónimo disse...
Economia Nacional
Salário maternidade sairá em 30 minutos, diz ministro

Toda trabalhadora autônoma que tiver contribuído pelo menos 10 meses com o Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) - ou as que possuírem carteira assinada - poderão receber em 30 minutos o salário maternidade a partir desta terça-feira. Da mesma forma, as mulheres com 30 anos de contribuição e os homens com 35 anos também terão direito ao benefício de forma mais rápida. A informação é do ministro da Previdência Social, José Pimentel.

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Para requerer o salário maternidade, é preciso que as autônomas levem a carteira de identidade e o carnê de contribuição. As demais trabalhadoras devem apresentar a identificação e a carteira de trabalho. Desde o início do mês, a nova forma de análise para a concessão de benefícios foi adotada para a aposentadoria por idade do trabalhador urbano e agora foi estendida para o salário maternidade e por tempo de contribuição.

O ministro disse que a qualificação do serviço da previdência social é o reconhecimento do direito dos trabalhadores e da afirmação da cidadania.

"Até pouco tempo na cabeça do cidadão o serviço devia ser de péssima qualidade. Agora não, nós modificamos toda a legislação no mês de dezembro numa ação conjunta do Congresso Nacional com o governo federal. Estamos implantando e concedendo os benefícios em até 30 minutos", afirmou.

O ministro destacou que para conseguir se aposentar ou ter acesso à licença maternidade em 30 minutos, em primeiro lugar, é necessário que o cidadão esteja vinculado à Previdência, o que inclui 65% da população acima de 16 anos de idade.

"Depois bastar marcar pelo sistema 135 o dia e a hora do atendimento e levar a documentação. Se todos os dados necessários estiverem corretos o contribuinte será atendido em até 30 minutos, como vem sendo feito com as aposentadorias por idade desde o dia cinco de janeiro", explicou.

Pimentel disse ainda que em 90% das agências da previdência social o atendimento é marcado em até 48 horas. Nos grandes centros, entretanto existe um volume maior o que torna mais lento o processo.

"Estamos criando mais 715 agências até 2010, em todo o território nacional, para descentralizar o atendimento. Em 2008, atendemos 295 mil benefícios e aposentadorias por idade. Temos 4 mil pessoas por dia procurando e se aposentando por idade no território nacional. Este serviço será agilizado", concluiu.
17:26
Anónimo disse...
Giuseppe Englaro, pai de Eluana, a italiana que morreu na segunda-feira passada por desidratação, recusou uma grande soma de dinheiro de um conhecido fotógrafo italiano que queria retratar a filha em estado de coma, disse neste sábado o neurologista que atendia a mulher desde 1996, Carlo Defanti.

O neurologista, que participou hoje de uma conferência sobre eutanásia, disse que Englaro respeitou a vontade da filha, que, antes do acidente, tinha pedido que, se lhe ocorresse qualquer coisa irreversível, apresentasse sua imagem de quando estava em boas condições.

Antes de sofrer o acidente de trânsito, em 1992, Eluana viveu o coma de um amigo, Alessandro, o que causou forte impacto na italiana e a levou a fazer o pai prometer que não a deixasse viver em estado vegetativo, disse o próprio Giuseppe Englaro.

Defanti, que dissera que Eluana poderia viver de dez a 12 dias depois da suspensão da alimentação e da hidratação, disse que, como médico, tinha que reprovar esta afirmação.

"Não se pode sobreviver após três ou quatro dias sem líquido e, em particular, água em um corpo. Sabemos bem que, quando há um terremoto, após quatro dias é difícil encontrar sobreviventes".

Defanti ressaltou que Eluana "não falava, não se comunicava com o exterior" e que, após vários exames, "nos deparamos com uma moça que tinha perdido a consciência", porque estava com o córtex cerebral prejudicado.

Eluana foi enterrada na quinta-feira passada no túmulo da família na localidade de Paluzza, em Udine, após um funeral que não contou com a presença dos pais.

16:53
Anónimo disse...
Os bombeiros combatem neste sábado os incêndios na Austrália favorecidos pelo bom tempo, enquanto os deslocados encotram em seu retorno casas derruídas, carros queimados nas ruas e destruição.

Depois de sete dias desde que começaram os incêndios no Estado de Victoria, a lista de mortos chega a 181, os desaparecidos somam 50, os edifícios destruídos totalizam 1,834 mil e o terreno arrasado, principalmente florestas, ocupa uma área de 4,13 mil quilômetros quadrados.

As equipes de bombeiros, formadas por 4 mil profissionais de Victoria, de outras partes da Austrália e de países amigos, combateram hoje 12 focos fora de controle e nenhum representava uma ameaça direta para a população.

O subdiretor do Serviço de Bombeiros, Geoff Conway, disse que este tempo favorável, que se prolongará durante o domingo, permite consolidar as linhas de contenção e avançar na extinção das chamas.

Cinzas apareceram arrastadas por ventos do nordeste sobre Melbourne, onde habitam 3,8 milhões de pessoas, e as autoridades alertaram aos cidadãos do risco para a saúde de idosos, crianças e pessoas com problemas respiratórios.

O número de pessoas deslocadas - a Cruz Vermelha chegou a receber 7 mil - começou a cair com a abertura de algumas localidades atingidas.

Os incêndios, alguns criminosos, começaram em 7 de fevereiro, quando a região sul da Austrália estava há duas semanas sob uma onda de calor sem precedentes.

Na sexta-feira passada, a polícia acusou uma pessoa de ter provocado o incêndio que atingiu a localidade de Churchill e matou 21 pessoas.

16:55
Anónimo disse...
A primeira chuva em seis dias reduziu a ameaça de incêndios no Estado de Victoria, ao sul da Austrália. As autoridades, porém, advertiram que ainda existem 12 focos, mas que nenhum deles ameaça áreas povoadas.

Mais de quatro mil bombeiros, mil provenientes de outras partes do país e de outras nações, trabalham contra o fogo. Cerca de 600 veículos e 28 helicópteros e pequenos aviões estão sendo usados.


Eles conseguiram construir linhas de contenção para evitar os incêndios de Yarra e Maroondah se juntassem. Também foram controlados os incêndios abertos de Yea e Murrindindi, que ameaçavam as comunidades de Connellys Creek, Crystal Creek, Scrubby Creek e Native Dog Creek.

O número de mortos chegou a 181, mas as autoridades acreditam que as vítimas devem passar de 200, já que ainda há muitos desaparecidos.

16:55
Anónimo disse...
Aqui nesta coluna, na semana passada, tive a oportunidade de comentar sobre a recente visita do professor brasileiro Pedrinho Guareschi à Austrália. Não dei, porém, os fatos, pois semana passada o assunto era outro.

Hoje, porém, vamos a eles.

No último dia 4 de fevereiro, aconteceu o Seminário "Paulo Freire: Education and Liberation", organizado pelo centro de estudos latino-americanos da Universidade Nacional da Austrália, ou ANU, como é mais conhecida por aqui.

A ANU, para quem não sabe, está entre as 20 melhores universidades do mundo! E tem sede aqui em Camberra, capital da Austrália.

Na abertura do evento, o professor John Minns, diretor do centro latino-americano, ao dar boas-vindas ao público presente, lembrou ser aquele o primeiro seminário exclusivamente dedicado a Paulo Freire na Austrália.

Em seguida, convidou Pedrinho Guareschi, palestrante principal do Seminário, a fazer sua apresentação.

A plateia pode então conhecer, pelas palavras de Pedrinho, um pouco da obra e da vida de Freire, esse brasileiro de fé e valor, que sempre acreditou na educação, sobretudo dos menos favorecidos, analfabetos, como força libertadora.

Como não podia deixar de ser, os conceitos e ideias revolucionários de Paulo Freire, expostos com clareza por Pedrinho, despertaram o interesse e a curiosidade de plateia. A qual, deve-se notar, era na maioria de estudantes, mas de várias nacionalidades, sobretudo australianos e asiáticos.

Na continuação do programa do seminário, que se estendeu por dois dias, outros professores fizeram palestras sobre temas ligados à obra de Paulo Freire.

Interessante, por exemplo, saber que a professora Anne Hickling-Hudson, jamaicana que mora na Austrália há muitos anos (é professora da ANU), conheceu e trabalhou com Freire num workshop educacional durante a revolução na Ilha de Granada, em 1980, antes da invasão dos Estados Unidos...

Ou, então, a palestra da Professora Gerda Roelvink, da Nova Zelândia, que participou do Fórum Social de Porto Alegre em 2005. E essa participação transformou-se em tema de doutorado.

No dia 10, terça-feira passada, o padre Pedrinho Guareschi voltou a falar ao público australiano em grande auditório localizado no belíssimo campus da ANU. Desta vez, sobre a Teologia da Libertação.

Depois da palestra, John Minns mostrou o filme mexicano "O Crime do Padre Amaro", no qual um dos personagens é um padre católico praticante da Teologia da Libertação.

Mais uma vez, foi grande o intersse da platéia, que pode aprender e conhecer um pouco como se desenvolveu aquele importante movimento católico na América Latina.

Fica, assim, ao Pedrinho, bem como a outros brasileiros estudiosos e de bom coração que saem pelo mundo a divulgar aspectos importantes da cultura brasileira, o respeito e a homenagem desta coluna. E... aquele abraço!

16:57
Anónimo disse...
Amanda Kitts perdeu o braço esquerdo em um acidente de automóvel acontecido três anos atrás, mas hoje em dia ela joga futebol americano com seu filho de 12 anos de idade, troca fraldas e abraça as crianças nas três creches Kiddie Cottage que opera em Knoxville, Tennessee. Kitts, 40 anos, faz tudo isso com a ajuda de um novo tipo de braço artificial que se movimenta com mais facilidade do que outros aparelhos e que ela pode controlar utilizando apenas seus pensamentos.

"Eu sou capaz de mexer a mão, o pulso e o cotovelo ao mesmo tempo", diz. "Você pensa e os músculos se movem em seguida".

A recuperação que ela conseguiu resulta de um novo procedimento que vem atraindo crescente atenção porque permite que pessoas movam braços protéticos de forma mais automática do que faziam no passado, simplesmente utilizando nervos reaproveitados em seus cérebros.

A técnica, conhecida como "renervação muscular dirigida", envolve utilizar os nervos que restam depois da amputação de um braço e conectá-los a outro músculo do corpo, em geral no peito. Eletrodos são instalados sobre os músculos do peito, e operam como se fossem antenas. Quando a pessoa deseja mover o braço, o cérebro envia sinais que primeiro resultam em contração dos músculos do peito, os quais enviam um sinal ao braço protético, instruindo-se a se movimentar. O processo não requer mais esforços consciente do que a pessoa teria de exercitar caso ainda tivesse seu braço natural.

Na terça-feira, pesquisadores reportaram em estudo publicado pela versão online do Journal of the American Medical Association que haviam levado a técnica ainda mais à frente, tornando possível a execução de 10 movimentos de mão, pulso e cotovelo diferentes, o que representa uma substancial melhora com relação ao típico repertório protético, que em geral envolve apenas dobrar o cotovelo, girar o pulso e abrir a mão.

"Os novos métodos tiveram impacto dramático em nosso campo de trabalho", disse Stuart Harshbarger, engenheiro biomédico na Universidade Johns Hopkins e diretor do programa de pesquisa sobre próteses, financiado pelas forças armadas, que inclui o trabalho com essa técnica. "O método já está em uso por médicos e cirurgiões comuns em todo o país. A capacidade de controlar um membro protético bastante robusto que ele confere surpreendeu a todos pela qualidade".

Tipicamente, uma pessoa que tenha um braço protético só é capaz de executar alguns poucos movimentos, e muitas vezes com tamanha lentidão que isso só permite a ela atividades limitadas.

Há um motor separado para cada movimento, diz Gerald Loeb, professor de engenharia biomédica na Universidade do Sul da Califórnia, "e esses motores precisam ser controlados de maneira explícita", usualmente por um esforço consciente da pessoa para contrair músculos nas costas ou no bíceps.

"Essencialmente, até agora os pacientes controlavam apenas um motor de cada vez", diz Loeb, "e precisavam pensar cuidadosamente sobre que motor desejavam controlar e como fazê-lo operar, em lugar de simplesmente pensarem em mover o braço e poderem fazê-lo sem delongas".

Antes que Kitts passasse pelo procedimento de renervação, em outubro de 2007, por exemplo, ela precisava movimentar os músculos de suas costas de determinada maneira para fazer com que seu pulso girasse, e flexionar seu bíceps e tríceps para fazer com que o cotovelo se movesse para cima e para baixo. "Era muito trabalho", ela conta. "E não me ajudava muito".

O procedimento de renervação é parte de uma recente explosão de idéias novas e técnicas inovadoras que estão sendo exploradas enquanto os cientistas se esforçam por ajudar as pessoas a compensar melhor a perda de membros ou problemas de paralisia. O esforço vem sendo alimentado pelo aumento no número de amputações causado por diabetes e por ferimentos sofridos pelos militares, e ao mesmo tempo pelos avanços na tecnologia médica.

Os braços se tornaram um dos focos essenciais desse tipo de trabalho. A ciência há muito vem obtendo sucessos no desenvolvimento de próteses de perna, mas é muito mais difícil imitar a complexidade e a destreza das mãos e dos braços.

Os esforços em curso incluem o desenvolvimento de projetos de pele e braços mais sensíveis e mais flexíveis, e o uso de dispositivos acionados por controles sem fio implantado nos braços protéticos, que permitiriam movimentos mais naturais.

Os pesquisadores também vêm usando sensores implantados nos cérebros de cobaias para permitir que dois macacos controlem um braço mecânico, e um teste com um homem paralítico permitiu, com esse método, que ele movimentasse um cursor em uma tela de computador.

Alguns desses métodos, caso venham a ser aperfeiçoados plenamente e consigam aprovação das autoridades regulatórias da saúde, podem no futuro se tornar mais viáveis para os pacientes de amputações.

E embora a técnica da renervação não requeira aprovação das autoridades regulatórias porque é executada por meios cirúrgicos e emprega aparelhos já existentes, ela apresenta limitações que até mesmo seus criadores reconhecem, entre as quais o fato de que não se pode utilizá-la para todos os pacientes, o seu alto custo e o prazo de meses requerido para que os nervos reconectados cresçam e se tornem efetivos.

Ainda assim, os especialistas dizem que é o mais avançado sistema em uso hoje para pacientes reais que permite que o sistema nervoso controle diretamente o movimento de um braço artificial.

Desde sua introdução por Todd Kuiken, médico fisioterapeuta e engenheiro biomédico do Instituto de Reabilitação de Chicago, o método foi empregado em cerca de 30 pacientes nos Estados Unidos, Canadá e Europa, entre os quais oito soldados feridos no Iraque e no Afeganistão.

Muitos dos pacientes, entre os quais o primeiro, Jesse Sullivan, um operário do setor elétrico no Tennessee que perdeu os dois braços quando foi eletrocutado por um cabo, conseguem não apenas manipular seus braços protéticos mas sentir a presença das mãos que já não têm quando alguém toca em seus peitos.

Sullivan, 62 anos, e Kitts, estavam entre os cinco pacientes que participaram do estudo reportado na terça-feira. Em companhia de cinco outras pessoas que não passaram por amputações, eles receberam os eletrodos e foram instruídos a usar pensamentos para fazer com que um braço virtual na tela reproduzisse 10 movimentos diferentes, entre os quais três formas diferentes de aperto de mão.

Os pacientes apresentaram desempenho bastante respeitável, apenas um pouco mais lento e menos preciso do que os dos participantes que não tinham amputações.

"As velocidades de movimento que encontramos em nossos pacientes foram realmente encorajadoras", disse Kuiken. "Eles conseguiram completar a tarefa. É claro que não foram tão competentes quanto as pessoas dotadas de plena capacidade física, mas foram bons o bastante".

Um braço virtual foi usado porque a maioria das próteses existentes não era capaz de acomodar todos aqueles movimentos, no momento da pesquisa, ainda que Sullivan, Kitts e uma terceira paciente, Claudia Mitchell, tenham experimentado dois novos protótipos mais versáteis de braços artificiais, executando tarefas complexas com bolas de tênis e outros objetos.

O trabalho de renervação em soldados apresenta outros desafios, diz Kuiken, porque os ferimentos militares muitas vezes "causam danos muitos extensos" a nervos, músculos ou ossos.

Daniel Acosta, 25 anos, um aviador ferido pela detonação de uma bomba em uma estrada do Iraque em 2005, passou pelo procedimento no ano passado e diz que seu braço esquerdo protético agora se movimenta "muito mais rápido" e de maneira muito mais natural.

"A diferença é que agora não preciso mais pensar para mover o braço", ele diz. "Ele simplesmente se mexe".

Ainda assim, Acosta, de San Antonio, diz que "o processo foi bastante longo" e que os eletrodos precisam ser ajustados para receber os sinais à medida que os nervos crescem ou mudam de posição.

E embora elogiem o método, os especialistas afirmam que a ciência das próteses de braço ainda tem muito por avançar.

"Trata-se de uma parte crucial, mas ainda assim apenas uma parte, das muitas coisas que compreendem a função normal de um braço", disse Loeb, que escreveu um editorial que acompanha o artigo no Journal of the American Medical Association.

"No momento estamos a meio do caminho entre o braço de 'Dr. Fantástico', que fazia involuntariamente a saudação nazista, e o braço de Luke Skywalker em 'Guerra nas Estrelas', que funciona sem nenhum problema assim que é conectado. Creio que precisaremos ainda de muitos anos para conectar todas as peças necessárias a produzir um braço capaz de funcionar normalmente".

Anónimo disse...

17:04
Anónimo disse...
A Espanha disse neste sábado que está preparando uma reclamação oficial contra a decisão da Venezuela de expulsar um membro do Parlamento Europeu que criticou o conselho eleitoral venezuelano.
Luis Herrero, membro do partido conservador espanhol PP, foi deportado na sexta-feira depois que o Conselho Nacional Eleitoral (CNE) o acusou de questionar a imparcialidade da instituição antes de um referendo que pode permitir ao presidente Hugo Chávez permanecer no cargo indefinidamente.

Herrero estava na Venezuela como observador do referendo. Ele acusou Chávez de ter "comportamentos típicos de um ditador" por pedir a contenção de manifestações da oposição.

O governo da Espanha convocou um encontro com o embaixador da Venezuela em Madri para expressar a desaprovação sobre a expulsão de Herrero, disse um representante do Ministério das Relações Exteriores espanhol.

As relações da Venezuela com a Espanha tiveram seu ponto crítico em 2007, quando Chávez ameaçou rever acordos diplomáticos e comerciais depois de ouvir um "cala a boca" do rei espanhol Juan Carlos durante uma cúpula.

A fenda foi oficialmente reparada em 2008, com uma visita oficial de Chávez à Espanha, onde ele cumprimentou o rei e discutiu acordos para investimento no setor petroquímico com o primeiro-ministro José Luis Rodriguez Zapatero.

17:06
Anónimo disse...
A polícia do Zimbábue anunciou neste sábado que acusa de traição Roy Bennett, dirigente do até agora opositor Movimento para a Mudança Democrática (MDC), detido na sexta-feira, em Harare, poucas horas antes da cerimônia de posse dos membros do novo gabinete.

"A Polícia nos informou que vão apresentar acusações de traição", disse à agência EFE o advogado de defesa de Bennett, Trust Maanda.

"Tentam relacionar Roy com o caso de Mike Hitschmann, que foi detido em 2006 em relação à descoberta de um carregamento de armas, apesar de que Hitschmann não tenha sido declarado culpado das acusações de traição apresentadas contra ele, mas de um crime menor de descumprimento de leis", disse Maanda.

O político opositor, designado por seu partido como vice-ministro de Agricultura no Governo de união nacional, esteve no exílio na vizinha África do Sul desde 2006 e retornou ao Zimbábue há duas semanas.

Segundo a Polícia, que deteve Bennett ontem no aeroporto de Harare quando pretendia ir à África do Sul para visitar sua família, as armas apreendidas em 2006 seriam utilizadas em um golpe de Estado para derrubar o presidente do Zimbábue, Robert Mugabe.

Depois da detenção, Bennet foi levado a Mutar, onde vários simpatizantes do MDC se concentraram em frente à delegacia na qual estava detido, diante do que a Polícia respondeu com tiros para o alto para dispersar os manifestantes.

17:07
Anónimo disse...
Austrália: 14 mil se candidatam a 'emprego dos sonhos'

A secretaria de Turismo de Queensland, na Austrália, informou que até esta segunda-feira já recebeu cerca de 14 mil inscrições para o "o melhor emprego do mundo". O Estado australiano promove pela internet seleção para vaga de "zelador" da ilha Hamilton, por seis meses com um salário de R$ 40 mil.

Muitos candidatos tiveram problemas durante a inscrição por conta dos acessos simultâneos ao site. A secretaria aconselha enviar os vídeos de 60s explicando porque deve ser escolhido em horários alternativos do dia, além de recomendar tamanho em torno de 40MB.

As inscrições começaram em 12 de janeiro e vão até o próximo dia 22 e podem ser feitas pelo site www.islandreefjob.com. O governo australiano escolherá 50 candidatos para a próxima fase da seleção, que terá votos do público para eleger um dos 11 finalistas.

A última fase terá entrevistas e desafios físicos, no próprio local de trabalho: as ilhas da Grande Barreira Coralina - o maior recife de coral do mundo. A secretaria de Turismo anunciará o vencedor no dia 6 de maio.

17:09
Anónimo disse...
Mercado elogia governo na crise, mas pede maior queda no juro

Peter Fussy
Direto de São Paulo

Desde as primeiras medidas anunciadas para combater os efeitos da crise, o governo brasileiro avisou que a estratégia não contemplaria um pacote. Seriam doses pontuais, de acordo com a necessidade da economia diante do agravamento das turbulências. Da primeira liberação dos depósitos compulsórios em setembro até a ampliação do seguro-desemprego na última quarta-feira, o governo passou por redução de impostos, ampliação de crédito e incentivos à exportação. Quase 150 dias após a primeira medida, o Terra conversou com líderes do setor público e privado, representantes dos trabalhadores, acadêmicos e com o próprio governo para saber quais destas ações foram mais eficazes, quais foram mais ineficientes e o que mais pode ser feito pelo Estado brasileiro contra a crise.

Os maiores elogios foram direcionados à atitude de reduzir o Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) para a indústria automobilística, anunciada em dezembro e que fez com que os emplacamentos de carros novos subissem 1,9% no primeiro mês do ano em relação a dezembro de 2008. Já as maiores críticas foram para a lentidão no corte da taxa básica de juro do País.

Para o presidente do conselho administrativo do Grupo Pão de Açúcar, Abílio Diniz, o Estado não é responsável pela crise e mesmo assim está agindo "com extrema serenidade e muito acerto". "O governo está atento, fazendo a sua parte. É preciso coragem de baixar firmemente a taxa de juros. É uma arma que temos a nosso favor, já que não há clima para inflação, nem possibilidade de danos para a macroeconomia", afirmou Diniz.

Na última reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), em janeiro, a taxa Selic foi reduzida em um ponto percentual, de 13,75% para 12,75% ao ano. Porém, o professor de economia da Universidade de Brasília (UnB) José Luiz Oreiro lembra que este corte representa uma redução de apenas 0,25 ponto percentual com relação à taxa de setembro do ano passado, quando a crise se agravou.

"Pouco antes da eclosão da crise, o Banco Central aumentou a taxa em 0,75 ponto. Foram cinco meses de demora para reduzir em termos líquidos apenas 0,25 ponto", afirmou o economista, que também sugeriu redução do intervalo de cerca de 90 dias entre as reuniões do Copom e o corte de pelo menos um 1 ponto percentual em cada reunião.

Mesmo com o corte de janeiro, a taxa de juros real continua sendo a maior do mundo, lembrou o secretário-geral da Força Sindical, João Carlos Gonçalves, o Juruna. "A redução da taxa de juro ainda é pequena, porque ela continua uma das mais altas do mundo. Falta ousadia para baixar os juros e ajudar o cidadão. A permanência da taxa de juro alta é negativa para o País em meio a crise", afirmou Juruna.

Embora aprove as ações do governo, o senador Aloízio Mercadante (PT-SP) também acredita que o patamar da Selic está muito alto. "Sempre fomos os primeiros a entrar em qualquer crise, o que não aconteceu agora. A taxa Selic ainda é muito alta, mas o governo têm tomado medidas acertadas, como o aumento do salário mínimo, mesmo com um cenário de crise. Isso ajuda a movimentar o consumo. O governo está se esforçando para manter os investimentos e o crescimento", disse.

Tributos
De acordo com o economista Fabio Pina, da Fecomercio-SP, as ações mais positivas estão relacionadas à redução de tributos para alguns segmentos, como a indústria automobilística, que recuperou parte da queda nas vendas em janeiro com a isenção do IPI para carros 1.0 l e o corte para demais motorizações. A medida vale até o final de março.

"Essas medidas não só reduziram o preço, mas anteciparam o consumo daqueles que iriam comprar no futuro, dando um prêmio por conta da insegurança. Mexe diretamente com o principal problema que é a confiança do consumidor", afirmou. Juruna destacou que um bom ritmo de vendas é garantia de emprego. "É importante porque cada emprego na montadora significa 19 na cadeia produtiva", comentou o representante da Força Sindical.

Também em dezembro, o governo decidiu cortar pela metade a alíquota do Imposto de Renda para contribuintes que ganham entre R$ 1.434 e R$ 2.150 mensais. "O salário aumentava e a tabela não se modificava. As pessoas ganhavam mais e pagavam mais impostos", apontou Juruna. Outra redução de tributos do governo foi com relação ao Imposto sobre Operações Financeiras (IOF), que caiu de 3% ao ano para 1,5%.

Crédito
Na segunda metade de 2008, o colapso de bancos nos Estados Unidos por conta da crise do subprime provocou uma forte restrição de crédito no mundo inteiro. Uma das primeiras medidas anticrise do governo teve como objetivo restabelecer a oferta, com mudanças no recolhimento dos depósitos compulsórios por parte dos bancos. Segundo o presidente do Banco Central, Henrique Meirelles, as diversas modificações liberaram US$ 99,2 bilhões aos bancos até o final de janeiro.

Além disso, o governo concedeu R$ 36 bilhões das reservas internacionais para empresas brasileiras com dívidas no exterior e uma medida provisória autorizou o Banco do Brasil e a Caixa Econômica Federal a comprar carteiras de crédito de bancos privados. Para o diretor do Departamento de Pesquisas e Estudos Econômicos da Fiesp, Paulo Francini, estas medidas foram essenciais para combater os efeitos da crise.

"A crise se desenvolve no mundo em torno do tema crédito. E o crédito reduziu-se barbaridade no mundo. Então o governo lança mão de compulsório, lança mão de reservas, de medidas que permitem aos bancos comprar carteiras de bancos. Você vai tomando várias medidas para atender às demandas e o epicentro disso é crédito", afirmou.

No entanto, Oreiro, da UnB, adverte que a liberação dos compulsórios seria mais eficiente acompanhada de redução mais agressiva da taxa básica de juro. "Uma parte do crédito voltou, depois da forte retração em outubro e novembro. O que deveria ter sido feito junto à liberação do compulsório era uma redução mais drástica da taxa de juro. Sem isso, os bancos pegam as reservas e acabam comprando títulos públicos", explicou o economista.

Na opinião de Pina, as ações de distribuição de crédito via redução do compulsório e a disposição de capital de giro para empresas foram tomadas sem um cuidado maior na operação e não tiveram muito efeito. "O BNDES tem linhas que ficam paradas quase todo o ano, agora é pior ainda. Existem os recursos, mas as empresas e os bancos estão desconfiados. É preciso fazer com que os bancos tenham interesse em emprestar", afirmou o economista da Fecomercio-SP.

Futuro
Mesmo com todas essas medidas, a crise financeira ainda gera incertezas nos setores produtivos do País. Nos últimos meses, o medo do desemprego fez os consumidores adiarem compras. Por sua vez, a queda nas vendas pode obrigar as indústrias a cortarem a produção e demitir funcionários. Contra isso, empresários sugerem redução de jornada e de salários.

"Isto está previsto em lei. A Fiesp simplesmente manteve conversações com entidades sindicais quanto à aplicação daquilo que já está previsto em lei", afirmou Francini.

Segundo a ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff, uma das medidas que assegura um nível de emprego é a manutenção de investimentos no Programa de Aceleração do Crescimento (PAC). "Estamos esperando que a dificuldade ocorra em janeiro, fevereiro e março. Estamos certos que vamos manter o nível de investimento. É isso que funciona, é isso que significa investimento público. Ele funciona como um colchão. Por isso, nós colocamos R$ 100 bilhões no BNDES e a Petrobras ampliou o seu investimento em R$ 120 bilhões", afirmou.

Na mesma linha, Pina explica que a antecipação de gastos do governo substitui parte da demanda retraída do setor privado. "Ele dá o seguinte recado: não vou estourar as contas públicas, mas concentrar em um momento em que a demanda privada está pequena. Mas o governo não tem fôlego suficiente para fazer o papel de toda demanda", ressaltou. O economista da Fecomercio lembrou que a entidade já pleiteou junto ao governo isenções para transferência de imóveis e de automóveis, além de retirar o IPVA para veículos novos.

Já Oreiro foca suas propostas na capitalização do Banco do Brasil e da Caixa Econômica Federal pelo Tesouro para atender a demanda de crédito para capital de giro e reduzir o spread. "Aumentando o empréstimo e reduzindo as taxas, os dois vão forçar os bancos privados a acompanhar o movimento, até para não perderem participação no mercado", explicou o economista da UnB.

Até o Carnaval, o governou prometeu detalhar um pacote de incentivos para a construção de até um milhão de casas populares, direcionado a famílias com renda de até dez salários mínimos. "Estamos atentos a tudo o que está acontecendo e novas medidas serão tomadas caso haja uma avaliação de que sejam necessárias", disse o ministro da Fazenda, Guido Mantega, na última sexta-feira.

17:11
Anónimo disse...
Ex-ministro critica extensão do seguro-desemprego

Atualizada às 09h03

O ex-ministro do Trabalho Almir Pazzianotto criticou a decisão do governo federal de conceder o seguro-desemprego estendido a apenas alguns setores. "É certamente odioso e provavelmente inconstitucional", disse Pazzianotto, de acordo com o jornal O Estado de S. Paulo.

Na última qurta, dia do anúncio da medida, centrais sindicais elogiaram a atitude do governo. A Força Sindical divulgou nota dizendo que "o aumento ajudará a aquecer parte da economia, já que irá gerar mais consumo, produção e conseqüentemente, a criação de novos postos de trabalho". A União Geral dos Trabalhadores (UGT) afirmou que a medida "contribuirá para minimizar o drama dos trabalhadores que perderem seu emprego por conta da crise".

O ex-ministro, que instituiu o seguro-desemprego no País no governo de José Sarney, destacou a necessidade de as centrais sindicais se manifestarem contra a determinação. Para ele, as mudanças devem ser aplicadas a todas as categorias profissionais e a distinção é contrária ao artigo 3º da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT).

Pazzianotto atribui a medida a um possível temor do governo de que a crise econômica seja longa e não haja dinheiro para atender a todas as necessidades. Ainda assim, ele se mostra contrário ao método de concessão. "O seguro-desemprego ajuda a sanar necessidades básicas. Estendê-lo é paliativo, não a solução", disse ao jornal.

De acordo com o presidente do Conselho Deliberativo do Fundo de Amparo ao Trabalhador (Codefat) e conselheiro da Força Sindical, Luiz Fernando Emediato, a determinação já estava prevista na lei 8.900/94, que trata do seguro-desemprego.

O presidente da Comissão de Trabalho da Câmara, Pedro Fernandes (PTB-MA) vai além na crítica à concessão do seguro para apenas alguns setores. Ele acredita que a ampliação do benefício estimula o desemprego.

Quintino Severo, secretário geral da Central Única dos Trabalhadores (CUT), lembra que a ampliação do benefício sem critério e identificação pode incentivar demissões em outros setores.

17:13
Anónimo disse...
Empresas
TAM faz promoção para destinos internacionais

A companhia aérea TAM anunciou nesta sexta-feira tarifas promocionais para trechos internacionais. Os preços valem para bilhetes comprados entre 6h deste sábado e 23h59 deste domingo e são válidos para classe econômica. As tarifas, para ida e volta, serão vendidas a partir de US$ 99, mais taxas.

Segundo a aérea, a promoção vale para viagens feitas no período de 14 de fevereiro a 18 de junho de 2009. Para destinos na América do Sul, a permanência mínima é de dois dias; para bilhetes com destino nos Estados Unidos, cinco dias; e Europa, sete dias. A permanência máxima para as passagens para América do Sul e EUA é de dois meses e para Europa, três meses.

Entre os exemplos de tarifas promocionais, a TAM oferece São Paulo-Lima por US$ 99. Bilhetes para a rota São Paulo-Santiago serão vendidos a partir de US$ 199 e São Paulo-Nova York, US$ 799.

A emissão dos bilhetes deve ser feita obrigatoriamente no ato da reserva, obedecendo às regras estipuladas pela companhia. A compra está sujeita à disponibilidade de assentos nas classes tarifárias determinadas, trechos, horários e datas. A TAM afirmou que também há tarifas promocionais para a classe executiva.

Mais informações podem ser encontradas no site promocional (www.ofertastam.com.br), no site da empresa (www.tam.com.br) ou pelos telefones 4002-5700 ou 0800 5705700.

17:13
Anónimo disse...
Empresas
Consultoria negocia compra do parque temático Hopi Hari

A consultoria especializada em reestruturação de empresas Íntegra Associados informou nesta sexta-feira ter um acordo para comprar o parque de diversões Hopi Hari, localizado no interior de São Paulo. A empresa estaria disposta a investir R$ 10 milhões no parque, que tem dívida estimada em R$ 800 milhões. As informações são da edição deste sábado do jornal Folha de S. Paulo.

De acordo com o jornal, a transação ainda depende da negociação entre o Hopi Hari e seus credores, o que já estaria em andamento.

A consultoria paulista já atuou junto à Parmalat, durante 30 meses, quando reorganizou a gestão da empresa italiana.

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17:14
Anónimo disse...
Empresas
Disney de Tóquio contratará mais 2 mil apesar da crise


A Oriental Land, o operador da Disneylândia Tóquio e DisneySea, organizou neste domingo entrevistas para contratar cerca de 2 mil trabalhadores em tempo parcial, em um momento de grandes demissões deste tipo de empregados no Japão.

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O operador deste parque temático, situado em Urayasu, na província de Chiba (leste de Tóquio), está em pleno processo de seleção de empregados para 20 tipos de postos trabalhistas diferentes.

Segundo a companhia, citada pela agência local de notícias Kyodo, o parque contratará novos trabalhadores para as atrações, para os restaurantes e guardas de segurança entre outros. Os novos contratados começarão a trabalhar a partir de fevereiro.

O processo de seleção acontece em um momento em que a maioria das grandes companhias japonesas começaram a se ver obrigadas a despedir uma elevada percentagem de seus trabalhadores temporários e a tempo parcial.

Algumas inclusive anunciaram demissões de seus trabalhadores fixos, uma medida muito pouco comum nas companhias japonesas, perante os efeitos piores que o esperado pela crise econômica global.

Cerca de uma centena de pessoas esperavam desde a primeira hora desta manhã a abertura do centro de conferências Tokyo International Forum, onde as entrevistas estão sendo feitas, para ser os primeiros a solicitar os postos de trabalho.


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17:15
Anónimo disse...
Economia Internacional
Senado dos EUA aprova plano de estímulo à economia

O Senado dos Estados Unidos aprovou com 60 votos a favor e 38 contra o plano de estímulo à economia de US$ 787 bilhões na madrugada deste sábado. Agora, ele segue para sanção ou veto do presidente Barack Obama, que espera colocar a lei em prática até o dia 16 de fevereiro.

O plano prevê a criação de três milhões de empregos, inclui cortes de impostos às famílias, fundos para programas sociais e obras públicas, além de ajuda aos governos estaduais, estudantes e desempregados.

A cláusula Buy American - que exige o uso de ferro, aço e produtos manufaturados dos Estados Unidos em obras realizadas com recursos do pacote - ficou de lado. Segundo o texto definitivo, a cláusula será aplicada sem violar as normas do comércio internacional.

Ontem à tarde, a Câmara de Representantes (deputados) havia aprovado, por 246 votos a favor e 183 contra, a versão final do plano. Todos os republicanos foram contrários ao pacote.

Pelo acordo de quarta-feira entre Câmara e Senado, em vez de custar US$ 819 bilhões, como queriam os deputados, ou US$ 838 bilhões como pretendiam os senadores, o pacote ficou em cerca de US$ 787 bilhões, com 65% desse total destinado a gastos do governo federal e 35%, a créditos tributários.

17:16
Anónimo disse...
Economia nacional
Na era Lula, aposentadoria sobe 54% menos que salário mínimo

Thatiane Faria
Especial para o Terra
Direto de São Paulo

Os índices de reajustes concedidos pelo governo em 2009 para aposentados e pensionistas e para o salário mínimo repetiram uma diferença que, só durante o governo de Luiz Inácio Lula da Silva, já chega a 54%. Enquanto o mínimo foi majorado em 12% este ano, as pensões e aposentadorias tiveram aumento de 5,92%. Aposentados que têm o benefício do governo como única fonte de renda reclamam que perdem poder de compra e que sua cesta de compras é composta por itens que aumentam mais em relação à inflação oficial.

Um exemplo prático pode ser entendido a partir da comparação entre um aposentado que ganhava R$ 600 em janeiro de 2003. Na época, o benefício era três vezes, ou 200%, maior que o valor do mínimo em vigência, que era de R$ 200. Aplicando-se os índices de reajuste para aposentadorias e para o mínimo durante os últimos seis anos, o mesmo aposentado estaria recebendo hoje R$ 938,47, comparado a um salário mínimo de R$ 465. A diferença entre os dois valores caiu para pouco mais de 100%.

Enquanto o índice acumulado de reajuste para a aposentadoria durante o governo Lula foi de 60%, para o salário mínimo está em 132%.

O diretor do Sindicato Nacional dos Aposentados, João Inocentini, reclama que os valores dos benefícios para aposentadorias não mantêm o poder de compra do grupo, principalmente dos aposentados que recebem menos que dez salários mínimos.

Nem mesmo o fato de o índice de reajuste das aposentadorias ter ficado acima da inflação acumulada no mesmo período (o IPCA entre janeiro de 2003 e janeiro de 2009 foi de 39,7%) serve de argumento, segundo os aposentados.

"Os idosos, principalmente, têm gastos além das contas gerais como gás, telefone e aluguel. Para eles o custo com remédios, e outros itens da área saúde costuma ser maior", afirmou Inocentini.

O presidente do sindicato afirmou que o grupo realiza um estudo com 100 itens de necessidade de um idoso para comparar o aumento dos produtos com o índice de reajuste do benefício recebido pelos aposentados.

"Daqui dois meses vamos abrir um processo na Justiça e levar essa pesquisa como prova. Segundo a lei, o governo é obrigado a manter o poder de compra com a aposentadoria", disse Inocentini.

Alternativas
O consultor financeiro Cláudio Boriola diz que os aposentados, especialmente nesse momento de crise econômica, devem evitar compras parceladas, pesquisar preços, negociar e fazer bom planejamento financeiro.

Segundo Boriola, alguns aposentados ganham um valor mensal muitas vezes insuficiente para o pagamento das contas e acabam pedindo crédito ou realizando pagamentos a prazo e são obrigados a pagar juros altos.

Na opinião do consultor, pagar uma previdência privada é uma alternativa indicada para quem ainda trabalha, considerando a característica de perda de poder de compra da aposentadoria.

"Na prática, infelizmente os valores encontram-se em um patamar que está deteriorando o poder de aquisição da população brasileira", completou Boriola.

De acordo com o diretor da Confederação Brasileira de Aposentados e Pensionistas (Cobap), Vicente Fernandes Barbosa, representantes dos aposentados tentarão um encontro com o presidente da Câmara, deputado Michel Temer (PMDB-SP), para discutir projetos que minimizem a perda dos aposentados

17:17
Anónimo disse...
Previdência
Previdência prorroga isenção de tarifas no benefício

O atual sistema de pagamento aos 26 milhões de aposentados e pensionistas do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) será mantido até o final deste ano. O acordo, que permite realizar a operação sem nenhum custo aos beneficiários, foi renovado nesta sexta-feira, entre o governo federal e 21 instituições financeiras.

Por meio desse acordo, vigente desde setembro de 2007, nem os segurados, nem os bancos e nem o governo arcam com o pagamento de tarifas, conforme explicou o ministro da Previdência Social, José Pimentel. A prorrogação vale até dezembro, data máxima para que a Previdência defina as regras para um novo contrato.

Ao assinar o termo de renovação, na sede da Federação Brasileira dos Bancos (Febraban), o ministro disse que a intenção do governo é mudar o atual modelo de gestão visando a reduzir os custos dessas operações em torno da folha mensal, que atinge R$ 15,8 bilhões. No entanto, qualquer alteração, conforme explicou, passará antes por audiências públicas a serem realizadas a partir do segundo semestre deste ano, atendendo a determinação do Tribunal de Contas da União (TCU).

De acordo com Pimentel, com um redesenho do mecanismo de repasse dos recursos aos bancos em torno da folha de pagamento dos segurados o que se busca é um aumento da participação de instituições financeiras. Ele informou que, desde 2007, cada benefício custa em média R$ 1,07 ao governo. "Quanto mais instituições financeiras estiverem prestando serviços à sociedade, maior é a competitividade, a agilidade no atendimento", justificou.

O ministro observou, ainda, que, para permitir uma redução para algo em torno de meia hora no tempo de atendimento para a concessão dos direitos previdenciários, o governo investiu R$ 280 milhões.

Questionado sobre o descontentamento dos segurados que ganham acima de um salário mínimo terem obtido apenas a correção com base na variação do Índice de Preços ao Consumidor (INPC) , ficando abaixo do reajuste dado a quem recebe apenas o mínimo, Pimentel argumentou que o governo seguiu o que determina a lei e descartou a possibilidade de uma revisão

17:17
Anónimo disse...
Empresas
Caterpillar oferece aposentadoria antecipada a 2 mil


A companhia americana Caterpillar ofereceu a cerca de dois mil funcionários incentivos para que se aposentem de forma voluntária antes do previsto, pela perspectiva de uma queda "significativa" da atividade industrial, informou nesta quarta-feira a empresa.

A iniciativa, destinada aos trabalhadores de diversas fábricas em Illinois, Colorado, Tennessee e Pensilvânia, se soma aos cortes de empregos anunciados em janeiro, explicou em comunicado de imprensa.

A empresa, a maior fabricante mundial de maquinaria pesada para a construção e a mineração, acrescentou que, "em função das condições de negócio, podem ser necessárias mais reduções de elenco voluntárias e involuntárias à medida que o ano avança".

O vice-presidente da companhia, Sid Banwart, explicou que a empresa prevê "demissões significativas em todas as regiões geográficas e na maioria dos setores devido às dificuldades da economia mundial".

17:18
Anónimo disse...
Comércio
Comércio exterior da OCDE caiu no 3º trimestre de 2008


As exportações e as importações dos países da Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Econômico (OCDE) caíram 1,6% e 0,2%, respectivamente, no terceiro trimestre de 2008, em relação aos três meses anteriores.

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Trata-se da primeira queda destas atividades desde o terceiro trimestre de 2006, segundo o último relatório trimestral sobre fluxos comerciais divulgado pela OCDE.

As exportações e as importações em dólares dos 30 Estados-membros caíram 15,6% e 17%, respectivamente, na comparação anualizada.

Por sua vez, o comércio dos sete países mais ricos do mundo (G7) teve um pequeno crescimento no terceiro trimestre de 2008 com uma queda das exportações de mercadorias de 0,2% em relação ao trimestre anterior e um aumento de 0,4% das importações.

Em termos anualizados, as importações do G7 caíram 1,4% entre julho e setembro do ano passado, seu primeiro retrocesso desde o terceiro trimestre de 2006, enquanto as exportações aumentaram 1,9%, seu crescimento mais baixo no mesmo tempo.

Por países, a Alemanha aumentou suas importações em 3,4% - valor mais alto do G7 -, enquanto suas exportações caíram 2,9% do segundo para o terceiro trimestre de 2008.

Pelo contrário, as exportações americanas aumentaram 1,8% entre julho e setembro de 2008, enquanto as importações caíram 0,7% em relação ao trimestre anterior. No Japão, tanto as importações quanto as exportações caíram em torno de 1% no mesmo período.

17:19
Anónimo disse...
Economia Nacional
Lula: juros de crédito consignado a aposentados são altos

Atualizada às 17h29

O presidente Luis Inácio Lula da Silva afirmou nesta terça-feira, em São Paulo, que está lutando para reduzir as taxas de juros cobradas de aposentados em crédito consignado. A Previdência Social estabelece uma taxa máxima de 2,5% para empréstimo e de 3,5% para cartão. Para Lula, os valores são altos.

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"Acho que o juro que os aposentados estão pagando hoje com o crédito consignado é alto para o padrão brasileiro", disse o presidente durante a cerimônia de comemoração dos 86 anos do INSS.

A Previdência anunciou nesta terça-feira que aposentados e trabalhadoras com licença-maternidade poderão receber seus benefícios em 30 minutos. De acordo com Lula, em junho, a aposentadoria do trabalhador rural também será conseguida em meia hora.

Além disso, o presidente anunciou que, também em junho, os trabalhadores que alcançarem o direito à aposentadoria passarão a receber em suas casas um comunicado da Previdência informando o fato e o valor do salário que têm direito a receber. "É um comprometimento público que estou fazendo com os companheiros da Previdência Social", disse.

"Estamos retribuindo ao contribuinte da Previdência Social aquilo que é a cidadania que ele tem direito", afirmou Lula. "Se para cobrar nós somos tão precisos, para devolver o dinheiro, temos que chegar próximo à perfeição", completou.

17:20
Anónimo disse...
Economia Nacional
Salário maternidade sairá em 30 minutos, diz ministro

Toda trabalhadora autônoma que tiver contribuído pelo menos 10 meses com o Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) - ou as que possuírem carteira assinada - poderão receber em 30 minutos o salário maternidade a partir desta terça-feira. Da mesma forma, as mulheres com 30 anos de contribuição e os homens com 35 anos também terão direito ao benefício de forma mais rápida. A informação é do ministro da Previdência Social, José Pimentel.

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Para requerer o salário maternidade, é preciso que as autônomas levem a carteira de identidade e o carnê de contribuição. As demais trabalhadoras devem apresentar a identificação e a carteira de trabalho. Desde o início do mês, a nova forma de análise para a concessão de benefícios foi adotada para a aposentadoria por idade do trabalhador urbano e agora foi estendida para o salário maternidade e por tempo de contribuição.

O ministro disse que a qualificação do serviço da previdência social é o reconhecimento do direito dos trabalhadores e da afirmação da cidadania.

"Até pouco tempo na cabeça do cidadão o serviço devia ser de péssima qualidade. Agora não, nós modificamos toda a legislação no mês de dezembro numa ação conjunta do Congresso Nacional com o governo federal. Estamos implantando e concedendo os benefícios em até 30 minutos", afirmou.

O ministro destacou que para conseguir se aposentar ou ter acesso à licença maternidade em 30 minutos, em primeiro lugar, é necessário que o cidadão esteja vinculado à Previdência, o que inclui 65% da população acima de 16 anos de idade.

"Depois bastar marcar pelo sistema 135 o dia e a hora do atendimento e levar a documentação. Se todos os dados necessários estiverem corretos o contribuinte será atendido em até 30 minutos, como vem sendo feito com as aposentadorias por idade desde o dia cinco de janeiro", explicou.

Pimentel disse ainda que em 90% das agências da previdência social o atendimento é marcado em até 48 horas. Nos grandes centros, entretanto existe um volume maior o que torna mais lento o processo.

"Estamos criando mais 715 agências até 2010, em todo o território nacional, para descentralizar o atendimento. Em 2008, atendemos 295 mil benefícios e aposentadorias por idade. Temos 4 mil pessoas por dia procurando e se aposentando por idade no território nacional. Este serviço será agilizado", concluiu.
17:26
Anónimo disse...
Giuseppe Englaro, pai de Eluana, a italiana que morreu na segunda-feira passada por desidratação, recusou uma grande soma de dinheiro de um conhecido fotógrafo italiano que queria retratar a filha em estado de coma, disse neste sábado o neurologista que atendia a mulher desde 1996, Carlo Defanti.

O neurologista, que participou hoje de uma conferência sobre eutanásia, disse que Englaro respeitou a vontade da filha, que, antes do acidente, tinha pedido que, se lhe ocorresse qualquer coisa irreversível, apresentasse sua imagem de quando estava em boas condições.

Antes de sofrer o acidente de trânsito, em 1992, Eluana viveu o coma de um amigo, Alessandro, o que causou forte impacto na italiana e a levou a fazer o pai prometer que não a deixasse viver em estado vegetativo, disse o próprio Giuseppe Englaro.

Defanti, que dissera que Eluana poderia viver de dez a 12 dias depois da suspensão da alimentação e da hidratação, disse que, como médico, tinha que reprovar esta afirmação.

"Não se pode sobreviver após três ou quatro dias sem líquido e, em particular, água em um corpo. Sabemos bem que, quando há um terremoto, após quatro dias é difícil encontrar sobreviventes".

Defanti ressaltou que Eluana "não falava, não se comunicava com o exterior" e que, após vários exames, "nos deparamos com uma moça que tinha perdido a consciência", porque estava com o córtex cerebral prejudicado.

Eluana foi enterrada na quinta-feira passada no túmulo da família na localidade de Paluzza, em Udine, após um funeral que não contou com a presença dos pais.

16:53
Anónimo disse...
Os bombeiros combatem neste sábado os incêndios na Austrália favorecidos pelo bom tempo, enquanto os deslocados encotram em seu retorno casas derruídas, carros queimados nas ruas e destruição.

Depois de sete dias desde que começaram os incêndios no Estado de Victoria, a lista de mortos chega a 181, os desaparecidos somam 50, os edifícios destruídos totalizam 1,834 mil e o terreno arrasado, principalmente florestas, ocupa uma área de 4,13 mil quilômetros quadrados.

As equipes de bombeiros, formadas por 4 mil profissionais de Victoria, de outras partes da Austrália e de países amigos, combateram hoje 12 focos fora de controle e nenhum representava uma ameaça direta para a população.

O subdiretor do Serviço de Bombeiros, Geoff Conway, disse que este tempo favorável, que se prolongará durante o domingo, permite consolidar as linhas de contenção e avançar na extinção das chamas.

Cinzas apareceram arrastadas por ventos do nordeste sobre Melbourne, onde habitam 3,8 milhões de pessoas, e as autoridades alertaram aos cidadãos do risco para a saúde de idosos, crianças e pessoas com problemas respiratórios.

O número de pessoas deslocadas - a Cruz Vermelha chegou a receber 7 mil - começou a cair com a abertura de algumas localidades atingidas.

Os incêndios, alguns criminosos, começaram em 7 de fevereiro, quando a região sul da Austrália estava há duas semanas sob uma onda de calor sem precedentes.

Na sexta-feira passada, a polícia acusou uma pessoa de ter provocado o incêndio que atingiu a localidade de Churchill e matou 21 pessoas.

16:55
Anónimo disse...
A primeira chuva em seis dias reduziu a ameaça de incêndios no Estado de Victoria, ao sul da Austrália. As autoridades, porém, advertiram que ainda existem 12 focos, mas que nenhum deles ameaça áreas povoadas.

Mais de quatro mil bombeiros, mil provenientes de outras partes do país e de outras nações, trabalham contra o fogo. Cerca de 600 veículos e 28 helicópteros e pequenos aviões estão sendo usados.


Eles conseguiram construir linhas de contenção para evitar os incêndios de Yarra e Maroondah se juntassem. Também foram controlados os incêndios abertos de Yea e Murrindindi, que ameaçavam as comunidades de Connellys Creek, Crystal Creek, Scrubby Creek e Native Dog Creek.

O número de mortos chegou a 181, mas as autoridades acreditam que as vítimas devem passar de 200, já que ainda há muitos desaparecidos.

16:55
Anónimo disse...
Aqui nesta coluna, na semana passada, tive a oportunidade de comentar sobre a recente visita do professor brasileiro Pedrinho Guareschi à Austrália. Não dei, porém, os fatos, pois semana passada o assunto era outro.

Hoje, porém, vamos a eles.

No último dia 4 de fevereiro, aconteceu o Seminário "Paulo Freire: Education and Liberation", organizado pelo centro de estudos latino-americanos da Universidade Nacional da Austrália, ou ANU, como é mais conhecida por aqui.

A ANU, para quem não sabe, está entre as 20 melhores universidades do mundo! E tem sede aqui em Camberra, capital da Austrália.

Na abertura do evento, o professor John Minns, diretor do centro latino-americano, ao dar boas-vindas ao público presente, lembrou ser aquele o primeiro seminário exclusivamente dedicado a Paulo Freire na Austrália.

Em seguida, convidou Pedrinho Guareschi, palestrante principal do Seminário, a fazer sua apresentação.

A plateia pode então conhecer, pelas palavras de Pedrinho, um pouco da obra e da vida de Freire, esse brasileiro de fé e valor, que sempre acreditou na educação, sobretudo dos menos favorecidos, analfabetos, como força libertadora.

Como não podia deixar de ser, os conceitos e ideias revolucionários de Paulo Freire, expostos com clareza por Pedrinho, despertaram o interesse e a curiosidade de plateia. A qual, deve-se notar, era na maioria de estudantes, mas de várias nacionalidades, sobretudo australianos e asiáticos.

Na continuação do programa do seminário, que se estendeu por dois dias, outros professores fizeram palestras sobre temas ligados à obra de Paulo Freire.

Interessante, por exemplo, saber que a professora Anne Hickling-Hudson, jamaicana que mora na Austrália há muitos anos (é professora da ANU), conheceu e trabalhou com Freire num workshop educacional durante a revolução na Ilha de Granada, em 1980, antes da invasão dos Estados Unidos...

Ou, então, a palestra da Professora Gerda Roelvink, da Nova Zelândia, que participou do Fórum Social de Porto Alegre em 2005. E essa participação transformou-se em tema de doutorado.

No dia 10, terça-feira passada, o padre Pedrinho Guareschi voltou a falar ao público australiano em grande auditório localizado no belíssimo campus da ANU. Desta vez, sobre a Teologia da Libertação.

Depois da palestra, John Minns mostrou o filme mexicano "O Crime do Padre Amaro", no qual um dos personagens é um padre católico praticante da Teologia da Libertação.

Mais uma vez, foi grande o intersse da platéia, que pode aprender e conhecer um pouco como se desenvolveu aquele importante movimento católico na América Latina.

Fica, assim, ao Pedrinho, bem como a outros brasileiros estudiosos e de bom coração que saem pelo mundo a divulgar aspectos importantes da cultura brasileira, o respeito e a homenagem desta coluna. E... aquele abraço!

16:57
Anónimo disse...
Amanda Kitts perdeu o braço esquerdo em um acidente de automóvel acontecido três anos atrás, mas hoje em dia ela joga futebol americano com seu filho de 12 anos de idade, troca fraldas e abraça as crianças nas três creches Kiddie Cottage que opera em Knoxville, Tennessee. Kitts, 40 anos, faz tudo isso com a ajuda de um novo tipo de braço artificial que se movimenta com mais facilidade do que outros aparelhos e que ela pode controlar utilizando apenas seus pensamentos.

"Eu sou capaz de mexer a mão, o pulso e o cotovelo ao mesmo tempo", diz. "Você pensa e os músculos se movem em seguida".

A recuperação que ela conseguiu resulta de um novo procedimento que vem atraindo crescente atenção porque permite que pessoas movam braços protéticos de forma mais automática do que faziam no passado, simplesmente utilizando nervos reaproveitados em seus cérebros.

A técnica, conhecida como "renervação muscular dirigida", envolve utilizar os nervos que restam depois da amputação de um braço e conectá-los a outro músculo do corpo, em geral no peito. Eletrodos são instalados sobre os músculos do peito, e operam como se fossem antenas. Quando a pessoa deseja mover o braço, o cérebro envia sinais que primeiro resultam em contração dos músculos do peito, os quais enviam um sinal ao braço protético, instruindo-se a se movimentar. O processo não requer mais esforços consciente do que a pessoa teria de exercitar caso ainda tivesse seu braço natural.

Na terça-feira, pesquisadores reportaram em estudo publicado pela versão online do Journal of the American Medical Association que haviam levado a técnica ainda mais à frente, tornando possível a execução de 10 movimentos de mão, pulso e cotovelo diferentes, o que representa uma substancial melhora com relação ao típico repertório protético, que em geral envolve apenas dobrar o cotovelo, girar o pulso e abrir a mão.

"Os novos métodos tiveram impacto dramático em nosso campo de trabalho", disse Stuart Harshbarger, engenheiro biomédico na Universidade Johns Hopkins e diretor do programa de pesquisa sobre próteses, financiado pelas forças armadas, que inclui o trabalho com essa técnica. "O método já está em uso por médicos e cirurgiões comuns em todo o país. A capacidade de controlar um membro protético bastante robusto que ele confere surpreendeu a todos pela qualidade".

Tipicamente, uma pessoa que tenha um braço protético só é capaz de executar alguns poucos movimentos, e muitas vezes com tamanha lentidão que isso só permite a ela atividades limitadas.

Há um motor separado para cada movimento, diz Gerald Loeb, professor de engenharia biomédica na Universidade do Sul da Califórnia, "e esses motores precisam ser controlados de maneira explícita", usualmente por um esforço consciente da pessoa para contrair músculos nas costas ou no bíceps.

"Essencialmente, até agora os pacientes controlavam apenas um motor de cada vez", diz Loeb, "e precisavam pensar cuidadosamente sobre que motor desejavam controlar e como fazê-lo operar, em lugar de simplesmente pensarem em mover o braço e poderem fazê-lo sem delongas".

Antes que Kitts passasse pelo procedimento de renervação, em outubro de 2007, por exemplo, ela precisava movimentar os músculos de suas costas de determinada maneira para fazer com que seu pulso girasse, e flexionar seu bíceps e tríceps para fazer com que o cotovelo se movesse para cima e para baixo. "Era muito trabalho", ela conta. "E não me ajudava muito".

O procedimento de renervação é parte de uma recente explosão de idéias novas e técnicas inovadoras que estão sendo exploradas enquanto os cientistas se esforçam por ajudar as pessoas a compensar melhor a perda de membros ou problemas de paralisia. O esforço vem sendo alimentado pelo aumento no número de amputações causado por diabetes e por ferimentos sofridos pelos militares, e ao mesmo tempo pelos avanços na tecnologia médica.

Os braços se tornaram um dos focos essenciais desse tipo de trabalho. A ciência há muito vem obtendo sucessos no desenvolvimento de próteses de perna, mas é muito mais difícil imitar a complexidade e a destreza das mãos e dos braços.

Os esforços em curso incluem o desenvolvimento de projetos de pele e braços mais sensíveis e mais flexíveis, e o uso de dispositivos acionados por controles sem fio implantado nos braços protéticos, que permitiriam movimentos mais naturais.

Os pesquisadores também vêm usando sensores implantados nos cérebros de cobaias para permitir que dois macacos controlem um braço mecânico, e um teste com um homem paralítico permitiu, com esse método, que ele movimentasse um cursor em uma tela de computador.

Alguns desses métodos, caso venham a ser aperfeiçoados plenamente e consigam aprovação das autoridades regulatórias da saúde, podem no futuro se tornar mais viáveis para os pacientes de amputações.

E embora a técnica da renervação não requeira aprovação das autoridades regulatórias porque é executada por meios cirúrgicos e emprega aparelhos já existentes, ela apresenta limitações que até mesmo seus criadores reconhecem, entre as quais o fato de que não se pode utilizá-la para todos os pacientes, o seu alto custo e o prazo de meses requerido para que os nervos reconectados cresçam e se tornem efetivos.

Ainda assim, os especialistas dizem que é o mais avançado sistema em uso hoje para pacientes reais que permite que o sistema nervoso controle diretamente o movimento de um braço artificial.

Desde sua introdução por Todd Kuiken, médico fisioterapeuta e engenheiro biomédico do Instituto de Reabilitação de Chicago, o método foi empregado em cerca de 30 pacientes nos Estados Unidos, Canadá e Europa, entre os quais oito soldados feridos no Iraque e no Afeganistão.

Muitos dos pacientes, entre os quais o primeiro, Jesse Sullivan, um operário do setor elétrico no Tennessee que perdeu os dois braços quando foi eletrocutado por um cabo, conseguem não apenas manipular seus braços protéticos mas sentir a presença das mãos que já não têm quando alguém toca em seus peitos.

Sullivan, 62 anos, e Kitts, estavam entre os cinco pacientes que participaram do estudo reportado na terça-feira. Em companhia de cinco outras pessoas que não passaram por amputações, eles receberam os eletrodos e foram instruídos a usar pensamentos para fazer com que um braço virtual na tela reproduzisse 10 movimentos diferentes, entre os quais três formas diferentes de aperto de mão.

Os pacientes apresentaram desempenho bastante respeitável, apenas um pouco mais lento e menos preciso do que os dos participantes que não tinham amputações.

"As velocidades de movimento que encontramos em nossos pacientes foram realmente encorajadoras", disse Kuiken. "Eles conseguiram completar a tarefa. É claro que não foram tão competentes quanto as pessoas dotadas de plena capacidade física, mas foram bons o bastante".

Um braço virtual foi usado porque a maioria das próteses existentes não era capaz de acomodar todos aqueles movimentos, no momento da pesquisa, ainda que Sullivan, Kitts e uma terceira paciente, Claudia Mitchell, tenham experimentado dois novos protótipos mais versáteis de braços artificiais, executando tarefas complexas com bolas de tênis e outros objetos.

O trabalho de renervação em soldados apresenta outros desafios, diz Kuiken, porque os ferimentos militares muitas vezes "causam danos muitos extensos" a nervos, músculos ou ossos.

Daniel Acosta, 25 anos, um aviador ferido pela detonação de uma bomba em uma estrada do Iraque em 2005, passou pelo procedimento no ano passado e diz que seu braço esquerdo protético agora se movimenta "muito mais rápido" e de maneira muito mais natural.

"A diferença é que agora não preciso mais pensar para mover o braço", ele diz. "Ele simplesmente se mexe".

Ainda assim, Acosta, de San Antonio, diz que "o processo foi bastante longo" e que os eletrodos precisam ser ajustados para receber os sinais à medida que os nervos crescem ou mudam de posição.

E embora elogiem o método, os especialistas afirmam que a ciência das próteses de braço ainda tem muito por avançar.

"Trata-se de uma parte crucial, mas ainda assim apenas uma parte, das muitas coisas que compreendem a função normal de um braço", disse Loeb, que escreveu um editorial que acompanha o artigo no Journal of the American Medical Association.

"No momento estamos a meio do caminho entre o braço de 'Dr. Fantástico', que fazia involuntariamente a saudação nazista, e o braço de Luke Skywalker em 'Guerra nas Estrelas', que funciona sem nenhum problema assim que é conectado. Creio que precisaremos ainda de muitos anos para conectar todas as peças necessárias a produzir um braço capaz de funcionar normalmente".

17:04
Anónimo disse...
A Espanha disse neste sábado que está preparando uma reclamação oficial contra a decisão da Venezuela de expulsar um membro do Parlamento Europeu que criticou o conselho eleitoral venezuelano.
Luis Herrero, membro do partido conservador espanhol PP, foi deportado na sexta-feira depois que o Conselho Nacional Eleitoral (CNE) o acusou de questionar a imparcialidade da instituição antes de um referendo que pode permitir ao presidente Hugo Chávez permanecer no cargo indefinidamente.

Herrero estava na Venezuela como observador do referendo. Ele acusou Chávez de ter "comportamentos típicos de um ditador" por pedir a contenção de manifestações da oposição.

O governo da Espanha convocou um encontro com o embaixador da Venezuela em Madri para expressar a desaprovação sobre a expulsão de Herrero, disse um representante do Ministério das Relações Exteriores espanhol.

As relações da Venezuela com a Espanha tiveram seu ponto crítico em 2007, quando Chávez ameaçou rever acordos diplomáticos e comerciais depois de ouvir um "cala a boca" do rei espanhol Juan Carlos durante uma cúpula.

A fenda foi oficialmente reparada em 2008, com uma visita oficial de Chávez à Espanha, onde ele cumprimentou o rei e discutiu acordos para investimento no setor petroquímico com o primeiro-ministro José Luis Rodriguez Zapatero.

17:06
Anónimo disse...
A polícia do Zimbábue anunciou neste sábado que acusa de traição Roy Bennett, dirigente do até agora opositor Movimento para a Mudança Democrática (MDC), detido na sexta-feira, em Harare, poucas horas antes da cerimônia de posse dos membros do novo gabinete.

"A Polícia nos informou que vão apresentar acusações de traição", disse à agência EFE o advogado de defesa de Bennett, Trust Maanda.

"Tentam relacionar Roy com o caso de Mike Hitschmann, que foi detido em 2006 em relação à descoberta de um carregamento de armas, apesar de que Hitschmann não tenha sido declarado culpado das acusações de traição apresentadas contra ele, mas de um crime menor de descumprimento de leis", disse Maanda.

O político opositor, designado por seu partido como vice-ministro de Agricultura no Governo de união nacional, esteve no exílio na vizinha África do Sul desde 2006 e retornou ao Zimbábue há duas semanas.

Segundo a Polícia, que deteve Bennett ontem no aeroporto de Harare quando pretendia ir à África do Sul para visitar sua família, as armas apreendidas em 2006 seriam utilizadas em um golpe de Estado para derrubar o presidente do Zimbábue, Robert Mugabe.

Depois da detenção, Bennet foi levado a Mutar, onde vários simpatizantes do MDC se concentraram em frente à delegacia na qual estava detido, diante do que a Polícia respondeu com tiros para o alto para dispersar os manifestantes.

17:07
Anónimo disse...
Austrália: 14 mil se candidatam a 'emprego dos sonhos'

A secretaria de Turismo de Queensland, na Austrália, informou que até esta segunda-feira já recebeu cerca de 14 mil inscrições para o "o melhor emprego do mundo". O Estado australiano promove pela internet seleção para vaga de "zelador" da ilha Hamilton, por seis meses com um salário de R$ 40 mil.

Muitos candidatos tiveram problemas durante a inscrição por conta dos acessos simultâneos ao site. A secretaria aconselha enviar os vídeos de 60s explicando porque deve ser escolhido em horários alternativos do dia, além de recomendar tamanho em torno de 40MB.

As inscrições começaram em 12 de janeiro e vão até o próximo dia 22 e podem ser feitas pelo site www.islandreefjob.com. O governo australiano escolherá 50 candidatos para a próxima fase da seleção, que terá votos do público para eleger um dos 11 finalistas.

A última fase terá entrevistas e desafios físicos, no próprio local de trabalho: as ilhas da Grande Barreira Coralina - o maior recife de coral do mundo. A secretaria de Turismo anunciará o vencedor no dia 6 de maio.

17:09
Anónimo disse...
Mercado elogia governo na crise, mas pede maior queda no juro

Peter Fussy
Direto de São Paulo

Desde as primeiras medidas anunciadas para combater os efeitos da crise, o governo brasileiro avisou que a estratégia não contemplaria um pacote. Seriam doses pontuais, de acordo com a necessidade da economia diante do agravamento das turbulências. Da primeira liberação dos depósitos compulsórios em setembro até a ampliação do seguro-desemprego na última quarta-feira, o governo passou por redução de impostos, ampliação de crédito e incentivos à exportação. Quase 150 dias após a primeira medida, o Terra conversou com líderes do setor público e privado, representantes dos trabalhadores, acadêmicos e com o próprio governo para saber quais destas ações foram mais eficazes, quais foram mais ineficientes e o que mais pode ser feito pelo Estado brasileiro contra a crise.

Os maiores elogios foram direcionados à atitude de reduzir o Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) para a indústria automobilística, anunciada em dezembro e que fez com que os emplacamentos de carros novos subissem 1,9% no primeiro mês do ano em relação a dezembro de 2008. Já as maiores críticas foram para a lentidão no corte da taxa básica de juro do País.

Para o presidente do conselho administrativo do Grupo Pão de Açúcar, Abílio Diniz, o Estado não é responsável pela crise e mesmo assim está agindo "com extrema serenidade e muito acerto". "O governo está atento, fazendo a sua parte. É preciso coragem de baixar firmemente a taxa de juros. É uma arma que temos a nosso favor, já que não há clima para inflação, nem possibilidade de danos para a macroeconomia", afirmou Diniz.

Na última reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), em janeiro, a taxa Selic foi reduzida em um ponto percentual, de 13,75% para 12,75% ao ano. Porém, o professor de economia da Universidade de Brasília (UnB) José Luiz Oreiro lembra que este corte representa uma redução de apenas 0,25 ponto percentual com relação à taxa de setembro do ano passado, quando a crise se agravou.

"Pouco antes da eclosão da crise, o Banco Central aumentou a taxa em 0,75 ponto. Foram cinco meses de demora para reduzir em termos líquidos apenas 0,25 ponto", afirmou o economista, que também sugeriu redução do intervalo de cerca de 90 dias entre as reuniões do Copom e o corte de pelo menos um 1 ponto percentual em cada reunião.

Mesmo com o corte de janeiro, a taxa de juros real continua sendo a maior do mundo, lembrou o secretário-geral da Força Sindical, João Carlos Gonçalves, o Juruna. "A redução da taxa de juro ainda é pequena, porque ela continua uma das mais altas do mundo. Falta ousadia para baixar os juros e ajudar o cidadão. A permanência da taxa de juro alta é negativa para o País em meio a crise", afirmou Juruna.

Embora aprove as ações do governo, o senador Aloízio Mercadante (PT-SP) também acredita que o patamar da Selic está muito alto. "Sempre fomos os primeiros a entrar em qualquer crise, o que não aconteceu agora. A taxa Selic ainda é muito alta, mas o governo têm tomado medidas acertadas, como o aumento do salário mínimo, mesmo com um cenário de crise. Isso ajuda a movimentar o consumo. O governo está se esforçando para manter os investimentos e o crescimento", disse.

Tributos
De acordo com o economista Fabio Pina, da Fecomercio-SP, as ações mais positivas estão relacionadas à redução de tributos para alguns segmentos, como a indústria automobilística, que recuperou parte da queda nas vendas em janeiro com a isenção do IPI para carros 1.0 l e o corte para demais motorizações. A medida vale até o final de março.

"Essas medidas não só reduziram o preço, mas anteciparam o consumo daqueles que iriam comprar no futuro, dando um prêmio por conta da insegurança. Mexe diretamente com o principal problema que é a confiança do consumidor", afirmou. Juruna destacou que um bom ritmo de vendas é garantia de emprego. "É importante porque cada emprego na montadora significa 19 na cadeia produtiva", comentou o representante da Força Sindical.

Também em dezembro, o governo decidiu cortar pela metade a alíquota do Imposto de Renda para contribuintes que ganham entre R$ 1.434 e R$ 2.150 mensais. "O salário aumentava e a tabela não se modificava. As pessoas ganhavam mais e pagavam mais impostos", apontou Juruna. Outra redução de tributos do governo foi com relação ao Imposto sobre Operações Financeiras (IOF), que caiu de 3% ao ano para 1,5%.

Crédito
Na segunda metade de 2008, o colapso de bancos nos Estados Unidos por conta da crise do subprime provocou uma forte restrição de crédito no mundo inteiro. Uma das primeiras medidas anticrise do governo teve como objetivo restabelecer a oferta, com mudanças no recolhimento dos depósitos compulsórios por parte dos bancos. Segundo o presidente do Banco Central, Henrique Meirelles, as diversas modificações liberaram US$ 99,2 bilhões aos bancos até o final de janeiro.

Além disso, o governo concedeu R$ 36 bilhões das reservas internacionais para empresas brasileiras com dívidas no exterior e uma medida provisória autorizou o Banco do Brasil e a Caixa Econômica Federal a comprar carteiras de crédito de bancos privados. Para o diretor do Departamento de Pesquisas e Estudos Econômicos da Fiesp, Paulo Francini, estas medidas foram essenciais para combater os efeitos da crise.

"A crise se desenvolve no mundo em torno do tema crédito. E o crédito reduziu-se barbaridade no mundo. Então o governo lança mão de compulsório, lança mão de reservas, de medidas que permitem aos bancos comprar carteiras de bancos. Você vai tomando várias medidas para atender às demandas e o epicentro disso é crédito", afirmou.

No entanto, Oreiro, da UnB, adverte que a liberação dos compulsórios seria mais eficiente acompanhada de redução mais agressiva da taxa básica de juro. "Uma parte do crédito voltou, depois da forte retração em outubro e novembro. O que deveria ter sido feito junto à liberação do compulsório era uma redução mais drástica da taxa de juro. Sem isso, os bancos pegam as reservas e acabam comprando títulos públicos", explicou o economista.

Na opinião de Pina, as ações de distribuição de crédito via redução do compulsório e a disposição de capital de giro para empresas foram tomadas sem um cuidado maior na operação e não tiveram muito efeito. "O BNDES tem linhas que ficam paradas quase todo o ano, agora é pior ainda. Existem os recursos, mas as empresas e os bancos estão desconfiados. É preciso fazer com que os bancos tenham interesse em emprestar", afirmou o economista da Fecomercio-SP.

Futuro
Mesmo com todas essas medidas, a crise financeira ainda gera incertezas nos setores produtivos do País. Nos últimos meses, o medo do desemprego fez os consumidores adiarem compras. Por sua vez, a queda nas vendas pode obrigar as indústrias a cortarem a produção e demitir funcionários. Contra isso, empresários sugerem redução de jornada e de salários.

"Isto está previsto em lei. A Fiesp simplesmente manteve conversações com entidades sindicais quanto à aplicação daquilo que já está previsto em lei", afirmou Francini.

Segundo a ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff, uma das medidas que assegura um nível de emprego é a manutenção de investimentos no Programa de Aceleração do Crescimento (PAC). "Estamos esperando que a dificuldade ocorra em janeiro, fevereiro e março. Estamos certos que vamos manter o nível de investimento. É isso que funciona, é isso que significa investimento público. Ele funciona como um colchão. Por isso, nós colocamos R$ 100 bilhões no BNDES e a Petrobras ampliou o seu investimento em R$ 120 bilhões", afirmou.

Na mesma linha, Pina explica que a antecipação de gastos do governo substitui parte da demanda retraída do setor privado. "Ele dá o seguinte recado: não vou estourar as contas públicas, mas concentrar em um momento em que a demanda privada está pequena. Mas o governo não tem fôlego suficiente para fazer o papel de toda demanda", ressaltou. O economista da Fecomercio lembrou que a entidade já pleiteou junto ao governo isenções para transferência de imóveis e de automóveis, além de retirar o IPVA para veículos novos.

Já Oreiro foca suas propostas na capitalização do Banco do Brasil e da Caixa Econômica Federal pelo Tesouro para atender a demanda de crédito para capital de giro e reduzir o spread. "Aumentando o empréstimo e reduzindo as taxas, os dois vão forçar os bancos privados a acompanhar o movimento, até para não perderem participação no mercado", explicou o economista da UnB.

Até o Carnaval, o governou prometeu detalhar um pacote de incentivos para a construção de até um milhão de casas populares, direcionado a famílias com renda de até dez salários mínimos. "Estamos atentos a tudo o que está acontecendo e novas medidas serão tomadas caso haja uma avaliação de que sejam necessárias", disse o ministro da Fazenda, Guido Mantega, na última sexta-feira.

17:11
Anónimo disse...
Ex-ministro critica extensão do seguro-desemprego

Atualizada às 09h03

O ex-ministro do Trabalho Almir Pazzianotto criticou a decisão do governo federal de conceder o seguro-desemprego estendido a apenas alguns setores. "É certamente odioso e provavelmente inconstitucional", disse Pazzianotto, de acordo com o jornal O Estado de S. Paulo.

Na última qurta, dia do anúncio da medida, centrais sindicais elogiaram a atitude do governo. A Força Sindical divulgou nota dizendo que "o aumento ajudará a aquecer parte da economia, já que irá gerar mais consumo, produção e conseqüentemente, a criação de novos postos de trabalho". A União Geral dos Trabalhadores (UGT) afirmou que a medida "contribuirá para minimizar o drama dos trabalhadores que perderem seu emprego por conta da crise".

O ex-ministro, que instituiu o seguro-desemprego no País no governo de José Sarney, destacou a necessidade de as centrais sindicais se manifestarem contra a determinação. Para ele, as mudanças devem ser aplicadas a todas as categorias profissionais e a distinção é contrária ao artigo 3º da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT).

Pazzianotto atribui a medida a um possível temor do governo de que a crise econômica seja longa e não haja dinheiro para atender a todas as necessidades. Ainda assim, ele se mostra contrário ao método de concessão. "O seguro-desemprego ajuda a sanar necessidades básicas. Estendê-lo é paliativo, não a solução", disse ao jornal.

De acordo com o presidente do Conselho Deliberativo do Fundo de Amparo ao Trabalhador (Codefat) e conselheiro da Força Sindical, Luiz Fernando Emediato, a determinação já estava prevista na lei 8.900/94, que trata do seguro-desemprego.

O presidente da Comissão de Trabalho da Câmara, Pedro Fernandes (PTB-MA) vai além na crítica à concessão do seguro para apenas alguns setores. Ele acredita que a ampliação do benefício estimula o desemprego.

Quintino Severo, secretário geral da Central Única dos Trabalhadores (CUT), lembra que a ampliação do benefício sem critério e identificação pode incentivar demissões em outros setores.

17:13
Anónimo disse...
Empresas
TAM faz promoção para destinos internacionais

A companhia aérea TAM anunciou nesta sexta-feira tarifas promocionais para trechos internacionais. Os preços valem para bilhetes comprados entre 6h deste sábado e 23h59 deste domingo e são válidos para classe econômica. As tarifas, para ida e volta, serão vendidas a partir de US$ 99, mais taxas.

Segundo a aérea, a promoção vale para viagens feitas no período de 14 de fevereiro a 18 de junho de 2009. Para destinos na América do Sul, a permanência mínima é de dois dias; para bilhetes com destino nos Estados Unidos, cinco dias; e Europa, sete dias. A permanência máxima para as passagens para América do Sul e EUA é de dois meses e para Europa, três meses.

Entre os exemplos de tarifas promocionais, a TAM oferece São Paulo-Lima por US$ 99. Bilhetes para a rota São Paulo-Santiago serão vendidos a partir de US$ 199 e São Paulo-Nova York, US$ 799.

A emissão dos bilhetes deve ser feita obrigatoriamente no ato da reserva, obedecendo às regras estipuladas pela companhia. A compra está sujeita à disponibilidade de assentos nas classes tarifárias determinadas, trechos, horários e datas. A TAM afirmou que também há tarifas promocionais para a classe executiva.

Mais informações podem ser encontradas no site promocional (www.ofertastam.com.br), no site da empresa (www.tam.com.br) ou pelos telefones 4002-5700 ou 0800 5705700.

17:13
Anónimo disse...
Empresas
Consultoria negocia compra do parque temático Hopi Hari

A consultoria especializada em reestruturação de empresas Íntegra Associados informou nesta sexta-feira ter um acordo para comprar o parque de diversões Hopi Hari, localizado no interior de São Paulo. A empresa estaria disposta a investir R$ 10 milhões no parque, que tem dívida estimada em R$ 800 milhões. As informações são da edição deste sábado do jornal Folha de S. Paulo.

De acordo com o jornal, a transação ainda depende da negociação entre o Hopi Hari e seus credores, o que já estaria em andamento.

A consultoria paulista já atuou junto à Parmalat, durante 30 meses, quando reorganizou a gestão da empresa italiana.

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17:14
Anónimo disse...
Empresas
Disney de Tóquio contratará mais 2 mil apesar da crise


A Oriental Land, o operador da Disneylândia Tóquio e DisneySea, organizou neste domingo entrevistas para contratar cerca de 2 mil trabalhadores em tempo parcial, em um momento de grandes demissões deste tipo de empregados no Japão.

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O operador deste parque temático, situado em Urayasu, na província de Chiba (leste de Tóquio), está em pleno processo de seleção de empregados para 20 tipos de postos trabalhistas diferentes.

Segundo a companhia, citada pela agência local de notícias Kyodo, o parque contratará novos trabalhadores para as atrações, para os restaurantes e guardas de segurança entre outros. Os novos contratados começarão a trabalhar a partir de fevereiro.

O processo de seleção acontece em um momento em que a maioria das grandes companhias japonesas começaram a se ver obrigadas a despedir uma elevada percentagem de seus trabalhadores temporários e a tempo parcial.

Algumas inclusive anunciaram demissões de seus trabalhadores fixos, uma medida muito pouco comum nas companhias japonesas, perante os efeitos piores que o esperado pela crise econômica global.

Cerca de uma centena de pessoas esperavam desde a primeira hora desta manhã a abertura do centro de conferências Tokyo International Forum, onde as entrevistas estão sendo feitas, para ser os primeiros a solicitar os postos de trabalho.


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17:15
Anónimo disse...
Economia Internacional
Senado dos EUA aprova plano de estímulo à economia

O Senado dos Estados Unidos aprovou com 60 votos a favor e 38 contra o plano de estímulo à economia de US$ 787 bilhões na madrugada deste sábado. Agora, ele segue para sanção ou veto do presidente Barack Obama, que espera colocar a lei em prática até o dia 16 de fevereiro.

O plano prevê a criação de três milhões de empregos, inclui cortes de impostos às famílias, fundos para programas sociais e obras públicas, além de ajuda aos governos estaduais, estudantes e desempregados.

A cláusula Buy American - que exige o uso de ferro, aço e produtos manufaturados dos Estados Unidos em obras realizadas com recursos do pacote - ficou de lado. Segundo o texto definitivo, a cláusula será aplicada sem violar as normas do comércio internacional.

Ontem à tarde, a Câmara de Representantes (deputados) havia aprovado, por 246 votos a favor e 183 contra, a versão final do plano. Todos os republicanos foram contrários ao pacote.

Pelo acordo de quarta-feira entre Câmara e Senado, em vez de custar US$ 819 bilhões, como queriam os deputados, ou US$ 838 bilhões como pretendiam os senadores, o pacote ficou em cerca de US$ 787 bilhões, com 65% desse total destinado a gastos do governo federal e 35%, a créditos tributários.

17:16
Anónimo disse...
Economia nacional
Na era Lula, aposentadoria sobe 54% menos que salário mínimo

Thatiane Faria
Especial para o Terra
Direto de São Paulo

Os índices de reajustes concedidos pelo governo em 2009 para aposentados e pensionistas e para o salário mínimo repetiram uma diferença que, só durante o governo de Luiz Inácio Lula da Silva, já chega a 54%. Enquanto o mínimo foi majorado em 12% este ano, as pensões e aposentadorias tiveram aumento de 5,92%. Aposentados que têm o benefício do governo como única fonte de renda reclamam que perdem poder de compra e que sua cesta de compras é composta por itens que aumentam mais em relação à inflação oficial.

Um exemplo prático pode ser entendido a partir da comparação entre um aposentado que ganhava R$ 600 em janeiro de 2003. Na época, o benefício era três vezes, ou 200%, maior que o valor do mínimo em vigência, que era de R$ 200. Aplicando-se os índices de reajuste para aposentadorias e para o mínimo durante os últimos seis anos, o mesmo aposentado estaria recebendo hoje R$ 938,47, comparado a um salário mínimo de R$ 465. A diferença entre os dois valores caiu para pouco mais de 100%.

Enquanto o índice acumulado de reajuste para a aposentadoria durante o governo Lula foi de 60%, para o salário mínimo está em 132%.

O diretor do Sindicato Nacional dos Aposentados, João Inocentini, reclama que os valores dos benefícios para aposentadorias não mantêm o poder de compra do grupo, principalmente dos aposentados que recebem menos que dez salários mínimos.

Nem mesmo o fato de o índice de reajuste das aposentadorias ter ficado acima da inflação acumulada no mesmo período (o IPCA entre janeiro de 2003 e janeiro de 2009 foi de 39,7%) serve de argumento, segundo os aposentados.

"Os idosos, principalmente, têm gastos além das contas gerais como gás, telefone e aluguel. Para eles o custo com remédios, e outros itens da área saúde costuma ser maior", afirmou Inocentini.

O presidente do sindicato afirmou que o grupo realiza um estudo com 100 itens de necessidade de um idoso para comparar o aumento dos produtos com o índice de reajuste do benefício recebido pelos aposentados.

"Daqui dois meses vamos abrir um processo na Justiça e levar essa pesquisa como prova. Segundo a lei, o governo é obrigado a manter o poder de compra com a aposentadoria", disse Inocentini.

Alternativas
O consultor financeiro Cláudio Boriola diz que os aposentados, especialmente nesse momento de crise econômica, devem evitar compras parceladas, pesquisar preços, negociar e fazer bom planejamento financeiro.

Segundo Boriola, alguns aposentados ganham um valor mensal muitas vezes insuficiente para o pagamento das contas e acabam pedindo crédito ou realizando pagamentos a prazo e são obrigados a pagar juros altos.

Na opinião do consultor, pagar uma previdência privada é uma alternativa indicada para quem ainda trabalha, considerando a característica de perda de poder de compra da aposentadoria.

"Na prática, infelizmente os valores encontram-se em um patamar que está deteriorando o poder de aquisição da população brasileira", completou Boriola.

De acordo com o diretor da Confederação Brasileira de Aposentados e Pensionistas (Cobap), Vicente Fernandes Barbosa, representantes dos aposentados tentarão um encontro com o presidente da Câmara, deputado Michel Temer (PMDB-SP), para discutir projetos que minimizem a perda dos aposentados

17:17
Anónimo disse...
Previdência
Previdência prorroga isenção de tarifas no benefício

O atual sistema de pagamento aos 26 milhões de aposentados e pensionistas do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) será mantido até o final deste ano. O acordo, que permite realizar a operação sem nenhum custo aos beneficiários, foi renovado nesta sexta-feira, entre o governo federal e 21 instituições financeiras.

Por meio desse acordo, vigente desde setembro de 2007, nem os segurados, nem os bancos e nem o governo arcam com o pagamento de tarifas, conforme explicou o ministro da Previdência Social, José Pimentel. A prorrogação vale até dezembro, data máxima para que a Previdência defina as regras para um novo contrato.

Ao assinar o termo de renovação, na sede da Federação Brasileira dos Bancos (Febraban), o ministro disse que a intenção do governo é mudar o atual modelo de gestão visando a reduzir os custos dessas operações em torno da folha mensal, que atinge R$ 15,8 bilhões. No entanto, qualquer alteração, conforme explicou, passará antes por audiências públicas a serem realizadas a partir do segundo semestre deste ano, atendendo a determinação do Tribunal de Contas da União (TCU).

De acordo com Pimentel, com um redesenho do mecanismo de repasse dos recursos aos bancos em torno da folha de pagamento dos segurados o que se busca é um aumento da participação de instituições financeiras. Ele informou que, desde 2007, cada benefício custa em média R$ 1,07 ao governo. "Quanto mais instituições financeiras estiverem prestando serviços à sociedade, maior é a competitividade, a agilidade no atendimento", justificou.

O ministro observou, ainda, que, para permitir uma redução para algo em torno de meia hora no tempo de atendimento para a concessão dos direitos previdenciários, o governo investiu R$ 280 milhões.

Questionado sobre o descontentamento dos segurados que ganham acima de um salário mínimo terem obtido apenas a correção com base na variação do Índice de Preços ao Consumidor (INPC) , ficando abaixo do reajuste dado a quem recebe apenas o mínimo, Pimentel argumentou que o governo seguiu o que determina a lei e descartou a possibilidade de uma revisão

17:17
Anónimo disse...
Empresas
Caterpillar oferece aposentadoria antecipada a 2 mil


A companhia americana Caterpillar ofereceu a cerca de dois mil funcionários incentivos para que se aposentem de forma voluntária antes do previsto, pela perspectiva de uma queda "significativa" da atividade industrial, informou nesta quarta-feira a empresa.

A iniciativa, destinada aos trabalhadores de diversas fábricas em Illinois, Colorado, Tennessee e Pensilvânia, se soma aos cortes de empregos anunciados em janeiro, explicou em comunicado de imprensa.

A empresa, a maior fabricante mundial de maquinaria pesada para a construção e a mineração, acrescentou que, "em função das condições de negócio, podem ser necessárias mais reduções de elenco voluntárias e involuntárias à medida que o ano avança".

O vice-presidente da companhia, Sid Banwart, explicou que a empresa prevê "demissões significativas em todas as regiões geográficas e na maioria dos setores devido às dificuldades da economia mundial".

17:18
Anónimo disse...
Comércio
Comércio exterior da OCDE caiu no 3º trimestre de 2008


As exportações e as importações dos países da Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Econômico (OCDE) caíram 1,6% e 0,2%, respectivamente, no terceiro trimestre de 2008, em relação aos três meses anteriores.

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Trata-se da primeira queda destas atividades desde o terceiro trimestre de 2006, segundo o último relatório trimestral sobre fluxos comerciais divulgado pela OCDE.

As exportações e as importações em dólares dos 30 Estados-membros caíram 15,6% e 17%, respectivamente, na comparação anualizada.

Por sua vez, o comércio dos sete países mais ricos do mundo (G7) teve um pequeno crescimento no terceiro trimestre de 2008 com uma queda das exportações de mercadorias de 0,2% em relação ao trimestre anterior e um aumento de 0,4% das importações.

Em termos anualizados, as importações do G7 caíram 1,4% entre julho e setembro do ano passado, seu primeiro retrocesso desde o terceiro trimestre de 2006, enquanto as exportações aumentaram 1,9%, seu crescimento mais baixo no mesmo tempo.

Por países, a Alemanha aumentou suas importações em 3,4% - valor mais alto do G7 -, enquanto suas exportações caíram 2,9% do segundo para o terceiro trimestre de 2008.

Pelo contrário, as exportações americanas aumentaram 1,8% entre julho e setembro de 2008, enquanto as importações caíram 0,7% em relação ao trimestre anterior. No Japão, tanto as importações quanto as exportações caíram em torno de 1% no mesmo período.

17:19
Anónimo disse...
Economia Nacional
Lula: juros de crédito consignado a aposentados são altos

Atualizada às 17h29

O presidente Luis Inácio Lula da Silva afirmou nesta terça-feira, em São Paulo, que está lutando para reduzir as taxas de juros cobradas de aposentados em crédito consignado. A Previdência Social estabelece uma taxa máxima de 2,5% para empréstimo e de 3,5% para cartão. Para Lula, os valores são altos.

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"Acho que o juro que os aposentados estão pagando hoje com o crédito consignado é alto para o padrão brasileiro", disse o presidente durante a cerimônia de comemoração dos 86 anos do INSS.

A Previdência anunciou nesta terça-feira que aposentados e trabalhadoras com licença-maternidade poderão receber seus benefícios em 30 minutos. De acordo com Lula, em junho, a aposentadoria do trabalhador rural também será conseguida em meia hora.

Além disso, o presidente anunciou que, também em junho, os trabalhadores que alcançarem o direito à aposentadoria passarão a receber em suas casas um comunicado da Previdência informando o fato e o valor do salário que têm direito a receber. "É um comprometimento público que estou fazendo com os companheiros da Previdência Social", disse.

"Estamos retribuindo ao contribuinte da Previdência Social aquilo que é a cidadania que ele tem direito", afirmou Lula. "Se para cobrar nós somos tão precisos, para devolver o dinheiro, temos que chegar próximo à perfeição", completou.

17:20
Anónimo disse...
Economia Nacional
Salário maternidade sairá em 30 minutos, diz ministro

Toda trabalhadora autônoma que tiver contribuído pelo menos 10 meses com o Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) - ou as que possuírem carteira assinada - poderão receber em 30 minutos o salário maternidade a partir desta terça-feira. Da mesma forma, as mulheres com 30 anos de contribuição e os homens com 35 anos também terão direito ao benefício de forma mais rápida. A informação é do ministro da Previdência Social, José Pimentel.

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Para requerer o salário maternidade, é preciso que as autônomas levem a carteira de identidade e o carnê de contribuição. As demais trabalhadoras devem apresentar a identificação e a carteira de trabalho. Desde o início do mês, a nova forma de análise para a concessão de benefícios foi adotada para a aposentadoria por idade do trabalhador urbano e agora foi estendida para o salário maternidade e por tempo de contribuição.

O ministro disse que a qualificação do serviço da previdência social é o reconhecimento do direito dos trabalhadores e da afirmação da cidadania.

"Até pouco tempo na cabeça do cidadão o serviço devia ser de péssima qualidade. Agora não, nós modificamos toda a legislação no mês de dezembro numa ação conjunta do Congresso Nacional com o governo federal. Estamos implantando e concedendo os benefícios em até 30 minutos", afirmou.

O ministro destacou que para conseguir se aposentar ou ter acesso à licença maternidade em 30 minutos, em primeiro lugar, é necessário que o cidadão esteja vinculado à Previdência, o que inclui 65% da população acima de 16 anos de idade.

"Depois bastar marcar pelo sistema 135 o dia e a hora do atendimento e levar a documentação. Se todos os dados necessários estiverem corretos o contribuinte será atendido em até 30 minutos, como vem sendo feito com as aposentadorias por idade desde o dia cinco de janeiro", explicou.

Pimentel disse ainda que em 90% das agências da previdência social o atendimento é marcado em até 48 horas. Nos grandes centros, entretanto existe um volume maior o que torna mais lento o processo.

"Estamos criando mais 715 agências até 2010, em todo o território nacional, para descentralizar o atendimento. Em 2008, atendemos 295 mil benefícios e aposentadorias por idade. Temos 4 mil pessoas por dia procurando e se aposentando por idade no território nacional. Este serviço será agilizado", concluiu.
17:27
Anónimo disse...
Giuseppe Englaro, pai de Eluana, a italiana que morreu na segunda-feira passada por desidratação, recusou uma grande soma de dinheiro de um conhecido fotógrafo italiano que queria retratar a filha em estado de coma, disse neste sábado o neurologista que atendia a mulher desde 1996, Carlo Defanti.

O neurologista, que participou hoje de uma conferência sobre eutanásia, disse que Englaro respeitou a vontade da filha, que, antes do acidente, tinha pedido que, se lhe ocorresse qualquer coisa irreversível, apresentasse sua imagem de quando estava em boas condições.

Antes de sofrer o acidente de trânsito, em 1992, Eluana viveu o coma de um amigo, Alessandro, o que causou forte impacto na italiana e a levou a fazer o pai prometer que não a deixasse viver em estado vegetativo, disse o próprio Giuseppe Englaro.

Defanti, que dissera que Eluana poderia viver de dez a 12 dias depois da suspensão da alimentação e da hidratação, disse que, como médico, tinha que reprovar esta afirmação.

"Não se pode sobreviver após três ou quatro dias sem líquido e, em particular, água em um corpo. Sabemos bem que, quando há um terremoto, após quatro dias é difícil encontrar sobreviventes".

Defanti ressaltou que Eluana "não falava, não se comunicava com o exterior" e que, após vários exames, "nos deparamos com uma moça que tinha perdido a consciência", porque estava com o córtex cerebral prejudicado.

Eluana foi enterrada na quinta-feira passada no túmulo da família na localidade de Paluzza, em Udine, após um funeral que não contou com a presença dos pais.

16:53
Anónimo disse...
Os bombeiros combatem neste sábado os incêndios na Austrália favorecidos pelo bom tempo, enquanto os deslocados encotram em seu retorno casas derruídas, carros queimados nas ruas e destruição.

Depois de sete dias desde que começaram os incêndios no Estado de Victoria, a lista de mortos chega a 181, os desaparecidos somam 50, os edifícios destruídos totalizam 1,834 mil e o terreno arrasado, principalmente florestas, ocupa uma área de 4,13 mil quilômetros quadrados.

As equipes de bombeiros, formadas por 4 mil profissionais de Victoria, de outras partes da Austrália e de países amigos, combateram hoje 12 focos fora de controle e nenhum representava uma ameaça direta para a população.

O subdiretor do Serviço de Bombeiros, Geoff Conway, disse que este tempo favorável, que se prolongará durante o domingo, permite consolidar as linhas de contenção e avançar na extinção das chamas.

Cinzas apareceram arrastadas por ventos do nordeste sobre Melbourne, onde habitam 3,8 milhões de pessoas, e as autoridades alertaram aos cidadãos do risco para a saúde de idosos, crianças e pessoas com problemas respiratórios.

O número de pessoas deslocadas - a Cruz Vermelha chegou a receber 7 mil - começou a cair com a abertura de algumas localidades atingidas.

Os incêndios, alguns criminosos, começaram em 7 de fevereiro, quando a região sul da Austrália estava há duas semanas sob uma onda de calor sem precedentes.

Na sexta-feira passada, a polícia acusou uma pessoa de ter provocado o incêndio que atingiu a localidade de Churchill e matou 21 pessoas.

16:55
Anónimo disse...
A primeira chuva em seis dias reduziu a ameaça de incêndios no Estado de Victoria, ao sul da Austrália. As autoridades, porém, advertiram que ainda existem 12 focos, mas que nenhum deles ameaça áreas povoadas.

Mais de quatro mil bombeiros, mil provenientes de outras partes do país e de outras nações, trabalham contra o fogo. Cerca de 600 veículos e 28 helicópteros e pequenos aviões estão sendo usados.


Eles conseguiram construir linhas de contenção para evitar os incêndios de Yarra e Maroondah se juntassem. Também foram controlados os incêndios abertos de Yea e Murrindindi, que ameaçavam as comunidades de Connellys Creek, Crystal Creek, Scrubby Creek e Native Dog Creek.

O número de mortos chegou a 181, mas as autoridades acreditam que as vítimas devem passar de 200, já que ainda há muitos desaparecidos.

16:55
Anónimo disse...
Aqui nesta coluna, na semana passada, tive a oportunidade de comentar sobre a recente visita do professor brasileiro Pedrinho Guareschi à Austrália. Não dei, porém, os fatos, pois semana passada o assunto era outro.

Hoje, porém, vamos a eles.

No último dia 4 de fevereiro, aconteceu o Seminário "Paulo Freire: Education and Liberation", organizado pelo centro de estudos latino-americanos da Universidade Nacional da Austrália, ou ANU, como é mais conhecida por aqui.

A ANU, para quem não sabe, está entre as 20 melhores universidades do mundo! E tem sede aqui em Camberra, capital da Austrália.

Na abertura do evento, o professor John Minns, diretor do centro latino-americano, ao dar boas-vindas ao público presente, lembrou ser aquele o primeiro seminário exclusivamente dedicado a Paulo Freire na Austrália.

Em seguida, convidou Pedrinho Guareschi, palestrante principal do Seminário, a fazer sua apresentação.

A plateia pode então conhecer, pelas palavras de Pedrinho, um pouco da obra e da vida de Freire, esse brasileiro de fé e valor, que sempre acreditou na educação, sobretudo dos menos favorecidos, analfabetos, como força libertadora.

Como não podia deixar de ser, os conceitos e ideias revolucionários de Paulo Freire, expostos com clareza por Pedrinho, despertaram o interesse e a curiosidade de plateia. A qual, deve-se notar, era na maioria de estudantes, mas de várias nacionalidades, sobretudo australianos e asiáticos.

Na continuação do programa do seminário, que se estendeu por dois dias, outros professores fizeram palestras sobre temas ligados à obra de Paulo Freire.

Interessante, por exemplo, saber que a professora Anne Hickling-Hudson, jamaicana que mora na Austrália há muitos anos (é professora da ANU), conheceu e trabalhou com Freire num workshop educacional durante a revolução na Ilha de Granada, em 1980, antes da invasão dos Estados Unidos...

Ou, então, a palestra da Professora Gerda Roelvink, da Nova Zelândia, que participou do Fórum Social de Porto Alegre em 2005. E essa participação transformou-se em tema de doutorado.

No dia 10, terça-feira passada, o padre Pedrinho Guareschi voltou a falar ao público australiano em grande auditório localizado no belíssimo campus da ANU. Desta vez, sobre a Teologia da Libertação.

Depois da palestra, John Minns mostrou o filme mexicano "O Crime do Padre Amaro", no qual um dos personagens é um padre católico praticante da Teologia da Libertação.

Mais uma vez, foi grande o intersse da platéia, que pode aprender e conhecer um pouco como se desenvolveu aquele importante movimento católico na América Latina.

Fica, assim, ao Pedrinho, bem como a outros brasileiros estudiosos e de bom coração que saem pelo mundo a divulgar aspectos importantes da cultura brasileira, o respeito e a homenagem desta coluna. E... aquele abraço!

16:57
Anónimo disse...
Amanda Kitts perdeu o braço esquerdo em um acidente de automóvel acontecido três anos atrás, mas hoje em dia ela joga futebol americano com seu filho de 12 anos de idade, troca fraldas e abraça as crianças nas três creches Kiddie Cottage que opera em Knoxville, Tennessee. Kitts, 40 anos, faz tudo isso com a ajuda de um novo tipo de braço artificial que se movimenta com mais facilidade do que outros aparelhos e que ela pode controlar utilizando apenas seus pensamentos.

"Eu sou capaz de mexer a mão, o pulso e o cotovelo ao mesmo tempo", diz. "Você pensa e os músculos se movem em seguida".

A recuperação que ela conseguiu resulta de um novo procedimento que vem atraindo crescente atenção porque permite que pessoas movam braços protéticos de forma mais automática do que faziam no passado, simplesmente utilizando nervos reaproveitados em seus cérebros.

A técnica, conhecida como "renervação muscular dirigida", envolve utilizar os nervos que restam depois da amputação de um braço e conectá-los a outro músculo do corpo, em geral no peito. Eletrodos são instalados sobre os músculos do peito, e operam como se fossem antenas. Quando a pessoa deseja mover o braço, o cérebro envia sinais que primeiro resultam em contração dos músculos do peito, os quais enviam um sinal ao braço protético, instruindo-se a se movimentar. O processo não requer mais esforços consciente do que a pessoa teria de exercitar caso ainda tivesse seu braço natural.

Na terça-feira, pesquisadores reportaram em estudo publicado pela versão online do Journal of the American Medical Association que haviam levado a técnica ainda mais à frente, tornando possível a execução de 10 movimentos de mão, pulso e cotovelo diferentes, o que representa uma substancial melhora com relação ao típico repertório protético, que em geral envolve apenas dobrar o cotovelo, girar o pulso e abrir a mão.

"Os novos métodos tiveram impacto dramático em nosso campo de trabalho", disse Stuart Harshbarger, engenheiro biomédico na Universidade Johns Hopkins e diretor do programa de pesquisa sobre próteses, financiado pelas forças armadas, que inclui o trabalho com essa técnica. "O método já está em uso por médicos e cirurgiões comuns em todo o país. A capacidade de controlar um membro protético bastante robusto que ele confere surpreendeu a todos pela qualidade".

Tipicamente, uma pessoa que tenha um braço protético só é capaz de executar alguns poucos movimentos, e muitas vezes com tamanha lentidão que isso só permite a ela atividades limitadas.

Há um motor separado para cada movimento, diz Gerald Loeb, professor de engenharia biomédica na Universidade do Sul da Califórnia, "e esses motores precisam ser controlados de maneira explícita", usualmente por um esforço consciente da pessoa para contrair músculos nas costas ou no bíceps.

"Essencialmente, até agora os pacientes controlavam apenas um motor de cada vez", diz Loeb, "e precisavam pensar cuidadosamente sobre que motor desejavam controlar e como fazê-lo operar, em lugar de simplesmente pensarem em mover o braço e poderem fazê-lo sem delongas".

Antes que Kitts passasse pelo procedimento de renervação, em outubro de 2007, por exemplo, ela precisava movimentar os músculos de suas costas de determinada maneira para fazer com que seu pulso girasse, e flexionar seu bíceps e tríceps para fazer com que o cotovelo se movesse para cima e para baixo. "Era muito trabalho", ela conta. "E não me ajudava muito".

O procedimento de renervação é parte de uma recente explosão de idéias novas e técnicas inovadoras que estão sendo exploradas enquanto os cientistas se esforçam por ajudar as pessoas a compensar melhor a perda de membros ou problemas de paralisia. O esforço vem sendo alimentado pelo aumento no número de amputações causado por diabetes e por ferimentos sofridos pelos militares, e ao mesmo tempo pelos avanços na tecnologia médica.

Os braços se tornaram um dos focos essenciais desse tipo de trabalho. A ciência há muito vem obtendo sucessos no desenvolvimento de próteses de perna, mas é muito mais difícil imitar a complexidade e a destreza das mãos e dos braços.

Os esforços em curso incluem o desenvolvimento de projetos de pele e braços mais sensíveis e mais flexíveis, e o uso de dispositivos acionados por controles sem fio implantado nos braços protéticos, que permitiriam movimentos mais naturais.

Os pesquisadores também vêm usando sensores implantados nos cérebros de cobaias para permitir que dois macacos controlem um braço mecânico, e um teste com um homem paralítico permitiu, com esse método, que ele movimentasse um cursor em uma tela de computador.

Alguns desses métodos, caso venham a ser aperfeiçoados plenamente e consigam aprovação das autoridades regulatórias da saúde, podem no futuro se tornar mais viáveis para os pacientes de amputações.

E embora a técnica da renervação não requeira aprovação das autoridades regulatórias porque é executada por meios cirúrgicos e emprega aparelhos já existentes, ela apresenta limitações que até mesmo seus criadores reconhecem, entre as quais o fato de que não se pode utilizá-la para todos os pacientes, o seu alto custo e o prazo de meses requerido para que os nervos reconectados cresçam e se tornem efetivos.

Ainda assim, os especialistas dizem que é o mais avançado sistema em uso hoje para pacientes reais que permite que o sistema nervoso controle diretamente o movimento de um braço artificial.

Desde sua introdução por Todd Kuiken, médico fisioterapeuta e engenheiro biomédico do Instituto de Reabilitação de Chicago, o método foi empregado em cerca de 30 pacientes nos Estados Unidos, Canadá e Europa, entre os quais oito soldados feridos no Iraque e no Afeganistão.

Muitos dos pacientes, entre os quais o primeiro, Jesse Sullivan, um operário do setor elétrico no Tennessee que perdeu os dois braços quando foi eletrocutado por um cabo, conseguem não apenas manipular seus braços protéticos mas sentir a presença das mãos que já não têm quando alguém toca em seus peitos.

Sullivan, 62 anos, e Kitts, estavam entre os cinco pacientes que participaram do estudo reportado na terça-feira. Em companhia de cinco outras pessoas que não passaram por amputações, eles receberam os eletrodos e foram instruídos a usar pensamentos para fazer com que um braço virtual na tela reproduzisse 10 movimentos diferentes, entre os quais três formas diferentes de aperto de mão.

Os pacientes apresentaram desempenho bastante respeitável, apenas um pouco mais lento e menos preciso do que os dos participantes que não tinham amputações.

"As velocidades de movimento que encontramos em nossos pacientes foram realmente encorajadoras", disse Kuiken. "Eles conseguiram completar a tarefa. É claro que não foram tão competentes quanto as pessoas dotadas de plena capacidade física, mas foram bons o bastante".

Um braço virtual foi usado porque a maioria das próteses existentes não era capaz de acomodar todos aqueles movimentos, no momento da pesquisa, ainda que Sullivan, Kitts e uma terceira paciente, Claudia Mitchell, tenham experimentado dois novos protótipos mais versáteis de braços artificiais, executando tarefas complexas com bolas de tênis e outros objetos.

O trabalho de renervação em soldados apresenta outros desafios, diz Kuiken, porque os ferimentos militares muitas vezes "causam danos muitos extensos" a nervos, músculos ou ossos.

Daniel Acosta, 25 anos, um aviador ferido pela detonação de uma bomba em uma estrada do Iraque em 2005, passou pelo procedimento no ano passado e diz que seu braço esquerdo protético agora se movimenta "muito mais rápido" e de maneira muito mais natural.

"A diferença é que agora não preciso mais pensar para mover o braço", ele diz. "Ele simplesmente se mexe".

Ainda assim, Acosta, de San Antonio, diz que "o processo foi bastante longo" e que os eletrodos precisam ser ajustados para receber os sinais à medida que os nervos crescem ou mudam de posição.

E embora elogiem o método, os especialistas afirmam que a ciência das próteses de braço ainda tem muito por avançar.

"Trata-se de uma parte crucial, mas ainda assim apenas uma parte, das muitas coisas que compreendem a função normal de um braço", disse Loeb, que escreveu um editorial que acompanha o artigo no Journal of the American Medical Association.

"No momento estamos a meio do caminho entre o braço de 'Dr. Fantástico', que fazia involuntariamente a saudação nazista, e o braço de Luke Skywalker em 'Guerra nas Estrelas', que funciona sem nenhum problema assim que é conectado. Creio que precisaremos ainda de muitos anos para conectar todas as peças necessárias a produzir um braço capaz de funcionar normalmente".

17:04
Anónimo disse...
A Espanha disse neste sábado que está preparando uma reclamação oficial contra a decisão da Venezuela de expulsar um membro do Parlamento Europeu que criticou o conselho eleitoral venezuelano.
Luis Herrero, membro do partido conservador espanhol PP, foi deportado na sexta-feira depois que o Conselho Nacional Eleitoral (CNE) o acusou de questionar a imparcialidade da instituição antes de um referendo que pode permitir ao presidente Hugo Chávez permanecer no cargo indefinidamente.

Herrero estava na Venezuela como observador do referendo. Ele acusou Chávez de ter "comportamentos típicos de um ditador" por pedir a contenção de manifestações da oposição.

O governo da Espanha convocou um encontro com o embaixador da Venezuela em Madri para expressar a desaprovação sobre a expulsão de Herrero, disse um representante do Ministério das Relações Exteriores espanhol.

As relações da Venezuela com a Espanha tiveram seu ponto crítico em 2007, quando Chávez ameaçou rever acordos diplomáticos e comerciais depois de ouvir um "cala a boca" do rei espanhol Juan Carlos durante uma cúpula.

A fenda foi oficialmente reparada em 2008, com uma visita oficial de Chávez à Espanha, onde ele cumprimentou o rei e discutiu acordos para investimento no setor petroquímico com o primeiro-ministro José Luis Rodriguez Zapatero.

17:06
Anónimo disse...
A polícia do Zimbábue anunciou neste sábado que acusa de traição Roy Bennett, dirigente do até agora opositor Movimento para a Mudança Democrática (MDC), detido na sexta-feira, em Harare, poucas horas antes da cerimônia de posse dos membros do novo gabinete.

"A Polícia nos informou que vão apresentar acusações de traição", disse à agência EFE o advogado de defesa de Bennett, Trust Maanda.

"Tentam relacionar Roy com o caso de Mike Hitschmann, que foi detido em 2006 em relação à descoberta de um carregamento de armas, apesar de que Hitschmann não tenha sido declarado culpado das acusações de traição apresentadas contra ele, mas de um crime menor de descumprimento de leis", disse Maanda.

O político opositor, designado por seu partido como vice-ministro de Agricultura no Governo de união nacional, esteve no exílio na vizinha África do Sul desde 2006 e retornou ao Zimbábue há duas semanas.

Segundo a Polícia, que deteve Bennett ontem no aeroporto de Harare quando pretendia ir à África do Sul para visitar sua família, as armas apreendidas em 2006 seriam utilizadas em um golpe de Estado para derrubar o presidente do Zimbábue, Robert Mugabe.

Depois da detenção, Bennet foi levado a Mutar, onde vários simpatizantes do MDC se concentraram em frente à delegacia na qual estava detido, diante do que a Polícia respondeu com tiros para o alto para dispersar os manifestantes.

17:07
Anónimo disse...
Austrália: 14 mil se candidatam a 'emprego dos sonhos'

A secretaria de Turismo de Queensland, na Austrália, informou que até esta segunda-feira já recebeu cerca de 14 mil inscrições para o "o melhor emprego do mundo". O Estado australiano promove pela internet seleção para vaga de "zelador" da ilha Hamilton, por seis meses com um salário de R$ 40 mil.

Muitos candidatos tiveram problemas durante a inscrição por conta dos acessos simultâneos ao site. A secretaria aconselha enviar os vídeos de 60s explicando porque deve ser escolhido em horários alternativos do dia, além de recomendar tamanho em torno de 40MB.

As inscrições começaram em 12 de janeiro e vão até o próximo dia 22 e podem ser feitas pelo site www.islandreefjob.com. O governo australiano escolherá 50 candidatos para a próxima fase da seleção, que terá votos do público para eleger um dos 11 finalistas.

A última fase terá entrevistas e desafios físicos, no próprio local de trabalho: as ilhas da Grande Barreira Coralina - o maior recife de coral do mundo. A secretaria de Turismo anunciará o vencedor no dia 6 de maio.

17:09
Anónimo disse...
Mercado elogia governo na crise, mas pede maior queda no juro

Peter Fussy
Direto de São Paulo

Desde as primeiras medidas anunciadas para combater os efeitos da crise, o governo brasileiro avisou que a estratégia não contemplaria um pacote. Seriam doses pontuais, de acordo com a necessidade da economia diante do agravamento das turbulências. Da primeira liberação dos depósitos compulsórios em setembro até a ampliação do seguro-desemprego na última quarta-feira, o governo passou por redução de impostos, ampliação de crédito e incentivos à exportação. Quase 150 dias após a primeira medida, o Terra conversou com líderes do setor público e privado, representantes dos trabalhadores, acadêmicos e com o próprio governo para saber quais destas ações foram mais eficazes, quais foram mais ineficientes e o que mais pode ser feito pelo Estado brasileiro contra a crise.

Os maiores elogios foram direcionados à atitude de reduzir o Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) para a indústria automobilística, anunciada em dezembro e que fez com que os emplacamentos de carros novos subissem 1,9% no primeiro mês do ano em relação a dezembro de 2008. Já as maiores críticas foram para a lentidão no corte da taxa básica de juro do País.

Para o presidente do conselho administrativo do Grupo Pão de Açúcar, Abílio Diniz, o Estado não é responsável pela crise e mesmo assim está agindo "com extrema serenidade e muito acerto". "O governo está atento, fazendo a sua parte. É preciso coragem de baixar firmemente a taxa de juros. É uma arma que temos a nosso favor, já que não há clima para inflação, nem possibilidade de danos para a macroeconomia", afirmou Diniz.

Na última reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), em janeiro, a taxa Selic foi reduzida em um ponto percentual, de 13,75% para 12,75% ao ano. Porém, o professor de economia da Universidade de Brasília (UnB) José Luiz Oreiro lembra que este corte representa uma redução de apenas 0,25 ponto percentual com relação à taxa de setembro do ano passado, quando a crise se agravou.

"Pouco antes da eclosão da crise, o Banco Central aumentou a taxa em 0,75 ponto. Foram cinco meses de demora para reduzir em termos líquidos apenas 0,25 ponto", afirmou o economista, que também sugeriu redução do intervalo de cerca de 90 dias entre as reuniões do Copom e o corte de pelo menos um 1 ponto percentual em cada reunião.

Mesmo com o corte de janeiro, a taxa de juros real continua sendo a maior do mundo, lembrou o secretário-geral da Força Sindical, João Carlos Gonçalves, o Juruna. "A redução da taxa de juro ainda é pequena, porque ela continua uma das mais altas do mundo. Falta ousadia para baixar os juros e ajudar o cidadão. A permanência da taxa de juro alta é negativa para o País em meio a crise", afirmou Juruna.

Embora aprove as ações do governo, o senador Aloízio Mercadante (PT-SP) também acredita que o patamar da Selic está muito alto. "Sempre fomos os primeiros a entrar em qualquer crise, o que não aconteceu agora. A taxa Selic ainda é muito alta, mas o governo têm tomado medidas acertadas, como o aumento do salário mínimo, mesmo com um cenário de crise. Isso ajuda a movimentar o consumo. O governo está se esforçando para manter os investimentos e o crescimento", disse.

Tributos
De acordo com o economista Fabio Pina, da Fecomercio-SP, as ações mais positivas estão relacionadas à redução de tributos para alguns segmentos, como a indústria automobilística, que recuperou parte da queda nas vendas em janeiro com a isenção do IPI para carros 1.0 l e o corte para demais motorizações. A medida vale até o final de março.

"Essas medidas não só reduziram o preço, mas anteciparam o consumo daqueles que iriam comprar no futuro, dando um prêmio por conta da insegurança. Mexe diretamente com o principal problema que é a confiança do consumidor", afirmou. Juruna destacou que um bom ritmo de vendas é garantia de emprego. "É importante porque cada emprego na montadora significa 19 na cadeia produtiva", comentou o representante da Força Sindical.

Também em dezembro, o governo decidiu cortar pela metade a alíquota do Imposto de Renda para contribuintes que ganham entre R$ 1.434 e R$ 2.150 mensais. "O salário aumentava e a tabela não se modificava. As pessoas ganhavam mais e pagavam mais impostos", apontou Juruna. Outra redução de tributos do governo foi com relação ao Imposto sobre Operações Financeiras (IOF), que caiu de 3% ao ano para 1,5%.

Crédito
Na segunda metade de 2008, o colapso de bancos nos Estados Unidos por conta da crise do subprime provocou uma forte restrição de crédito no mundo inteiro. Uma das primeiras medidas anticrise do governo teve como objetivo restabelecer a oferta, com mudanças no recolhimento dos depósitos compulsórios por parte dos bancos. Segundo o presidente do Banco Central, Henrique Meirelles, as diversas modificações liberaram US$ 99,2 bilhões aos bancos até o final de janeiro.

Além disso, o governo concedeu R$ 36 bilhões das reservas internacionais para empresas brasileiras com dívidas no exterior e uma medida provisória autorizou o Banco do Brasil e a Caixa Econômica Federal a comprar carteiras de crédito de bancos privados. Para o diretor do Departamento de Pesquisas e Estudos Econômicos da Fiesp, Paulo Francini, estas medidas foram essenciais para combater os efeitos da crise.

"A crise se desenvolve no mundo em torno do tema crédito. E o crédito reduziu-se barbaridade no mundo. Então o governo lança mão de compulsório, lança mão de reservas, de medidas que permitem aos bancos comprar carteiras de bancos. Você vai tomando várias medidas para atender às demandas e o epicentro disso é crédito", afirmou.

No entanto, Oreiro, da UnB, adverte que a liberação dos compulsórios seria mais eficiente acompanhada de redução mais agressiva da taxa básica de juro. "Uma parte do crédito voltou, depois da forte retração em outubro e novembro. O que deveria ter sido feito junto à liberação do compulsório era uma redução mais drástica da taxa de juro. Sem isso, os bancos pegam as reservas e acabam comprando títulos públicos", explicou o economista.

Na opinião de Pina, as ações de distribuição de crédito via redução do compulsório e a disposição de capital de giro para empresas foram tomadas sem um cuidado maior na operação e não tiveram muito efeito. "O BNDES tem linhas que ficam paradas quase todo o ano, agora é pior ainda. Existem os recursos, mas as empresas e os bancos estão desconfiados. É preciso fazer com que os bancos tenham interesse em emprestar", afirmou o economista da Fecomercio-SP.

Futuro
Mesmo com todas essas medidas, a crise financeira ainda gera incertezas nos setores produtivos do País. Nos últimos meses, o medo do desemprego fez os consumidores adiarem compras. Por sua vez, a queda nas vendas pode obrigar as indústrias a cortarem a produção e demitir funcionários. Contra isso, empresários sugerem redução de jornada e de salários.

"Isto está previsto em lei. A Fiesp simplesmente manteve conversações com entidades sindicais quanto à aplicação daquilo que já está previsto em lei", afirmou Francini.

Segundo a ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff, uma das medidas que assegura um nível de emprego é a manutenção de investimentos no Programa de Aceleração do Crescimento (PAC). "Estamos esperando que a dificuldade ocorra em janeiro, fevereiro e março. Estamos certos que vamos manter o nível de investimento. É isso que funciona, é isso que significa investimento público. Ele funciona como um colchão. Por isso, nós colocamos R$ 100 bilhões no BNDES e a Petrobras ampliou o seu investimento em R$ 120 bilhões", afirmou.

Na mesma linha, Pina explica que a antecipação de gastos do governo substitui parte da demanda retraída do setor privado. "Ele dá o seguinte recado: não vou estourar as contas públicas, mas concentrar em um momento em que a demanda privada está pequena. Mas o governo não tem fôlego suficiente para fazer o papel de toda demanda", ressaltou. O economista da Fecomercio lembrou que a entidade já pleiteou junto ao governo isenções para transferência de imóveis e de automóveis, além de retirar o IPVA para veículos novos.

Já Oreiro foca suas propostas na capitalização do Banco do Brasil e da Caixa Econômica Federal pelo Tesouro para atender a demanda de crédito para capital de giro e reduzir o spread. "Aumentando o empréstimo e reduzindo as taxas, os dois vão forçar os bancos privados a acompanhar o movimento, até para não perderem participação no mercado", explicou o economista da UnB.

Até o Carnaval, o governou prometeu detalhar um pacote de incentivos para a construção de até um milhão de casas populares, direcionado a famílias com renda de até dez salários mínimos. "Estamos atentos a tudo o que está acontecendo e novas medidas serão tomadas caso haja uma avaliação de que sejam necessárias", disse o ministro da Fazenda, Guido Mantega, na última sexta-feira.

17:11
Anónimo disse...
Ex-ministro critica extensão do seguro-desemprego

Atualizada às 09h03

O ex-ministro do Trabalho Almir Pazzianotto criticou a decisão do governo federal de conceder o seguro-desemprego estendido a apenas alguns setores. "É certamente odioso e provavelmente inconstitucional", disse Pazzianotto, de acordo com o jornal O Estado de S. Paulo.

Na última qurta, dia do anúncio da medida, centrais sindicais elogiaram a atitude do governo. A Força Sindical divulgou nota dizendo que "o aumento ajudará a aquecer parte da economia, já que irá gerar mais consumo, produção e conseqüentemente, a criação de novos postos de trabalho". A União Geral dos Trabalhadores (UGT) afirmou que a medida "contribuirá para minimizar o drama dos trabalhadores que perderem seu emprego por conta da crise".

O ex-ministro, que instituiu o seguro-desemprego no País no governo de José Sarney, destacou a necessidade de as centrais sindicais se manifestarem contra a determinação. Para ele, as mudanças devem ser aplicadas a todas as categorias profissionais e a distinção é contrária ao artigo 3º da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT).

Pazzianotto atribui a medida a um possível temor do governo de que a crise econômica seja longa e não haja dinheiro para atender a todas as necessidades. Ainda assim, ele se mostra contrário ao método de concessão. "O seguro-desemprego ajuda a sanar necessidades básicas. Estendê-lo é paliativo, não a solução", disse ao jornal.

De acordo com o presidente do Conselho Deliberativo do Fundo de Amparo ao Trabalhador (Codefat) e conselheiro da Força Sindical, Luiz Fernando Emediato, a determinação já estava prevista na lei 8.900/94, que trata do seguro-desemprego.

O presidente da Comissão de Trabalho da Câmara, Pedro Fernandes (PTB-MA) vai além na crítica à concessão do seguro para apenas alguns setores. Ele acredita que a ampliação do benefício estimula o desemprego.

Quintino Severo, secretário geral da Central Única dos Trabalhadores (CUT), lembra que a ampliação do benefício sem critério e identificação pode incentivar demissões em outros setores.

17:13
Anónimo disse...
Empresas
TAM faz promoção para destinos internacionais

A companhia aérea TAM anunciou nesta sexta-feira tarifas promocionais para trechos internacionais. Os preços valem para bilhetes comprados entre 6h deste sábado e 23h59 deste domingo e são válidos para classe econômica. As tarifas, para ida e volta, serão vendidas a partir de US$ 99, mais taxas.

Segundo a aérea, a promoção vale para viagens feitas no período de 14 de fevereiro a 18 de junho de 2009. Para destinos na América do Sul, a permanência mínima é de dois dias; para bilhetes com destino nos Estados Unidos, cinco dias; e Europa, sete dias. A permanência máxima para as passagens para América do Sul e EUA é de dois meses e para Europa, três meses.

Entre os exemplos de tarifas promocionais, a TAM oferece São Paulo-Lima por US$ 99. Bilhetes para a rota São Paulo-Santiago serão vendidos a partir de US$ 199 e São Paulo-Nova York, US$ 799.

A emissão dos bilhetes deve ser feita obrigatoriamente no ato da reserva, obedecendo às regras estipuladas pela companhia. A compra está sujeita à disponibilidade de assentos nas classes tarifárias determinadas, trechos, horários e datas. A TAM afirmou que também há tarifas promocionais para a classe executiva.

Mais informações podem ser encontradas no site promocional (www.ofertastam.com.br), no site da empresa (www.tam.com.br) ou pelos telefones 4002-5700 ou 0800 5705700.

17:13
Anónimo disse...
Empresas
Consultoria negocia compra do parque temático Hopi Hari

A consultoria especializada em reestruturação de empresas Íntegra Associados informou nesta sexta-feira ter um acordo para comprar o parque de diversões Hopi Hari, localizado no interior de São Paulo. A empresa estaria disposta a investir R$ 10 milhões no parque, que tem dívida estimada em R$ 800 milhões. As informações são da edição deste sábado do jornal Folha de S. Paulo.

De acordo com o jornal, a transação ainda depende da negociação entre o Hopi Hari e seus credores, o que já estaria em andamento.

A consultoria paulista já atuou junto à Parmalat, durante 30 meses, quando reorganizou a gestão da empresa italiana.

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17:14
Anónimo disse...
Empresas
Disney de Tóquio contratará mais 2 mil apesar da crise


A Oriental Land, o operador da Disneylândia Tóquio e DisneySea, organizou neste domingo entrevistas para contratar cerca de 2 mil trabalhadores em tempo parcial, em um momento de grandes demissões deste tipo de empregados no Japão.

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O operador deste parque temático, situado em Urayasu, na província de Chiba (leste de Tóquio), está em pleno processo de seleção de empregados para 20 tipos de postos trabalhistas diferentes.

Segundo a companhia, citada pela agência local de notícias Kyodo, o parque contratará novos trabalhadores para as atrações, para os restaurantes e guardas de segurança entre outros. Os novos contratados começarão a trabalhar a partir de fevereiro.

O processo de seleção acontece em um momento em que a maioria das grandes companhias japonesas começaram a se ver obrigadas a despedir uma elevada percentagem de seus trabalhadores temporários e a tempo parcial.

Algumas inclusive anunciaram demissões de seus trabalhadores fixos, uma medida muito pouco comum nas companhias japonesas, perante os efeitos piores que o esperado pela crise econômica global.

Cerca de uma centena de pessoas esperavam desde a primeira hora desta manhã a abertura do centro de conferências Tokyo International Forum, onde as entrevistas estão sendo feitas, para ser os primeiros a solicitar os postos de trabalho.


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17:15
Anónimo disse...
Economia Internacional
Senado dos EUA aprova plano de estímulo à economia

O Senado dos Estados Unidos aprovou com 60 votos a favor e 38 contra o plano de estímulo à economia de US$ 787 bilhões na madrugada deste sábado. Agora, ele segue para sanção ou veto do presidente Barack Obama, que espera colocar a lei em prática até o dia 16 de fevereiro.

O plano prevê a criação de três milhões de empregos, inclui cortes de impostos às famílias, fundos para programas sociais e obras públicas, além de ajuda aos governos estaduais, estudantes e desempregados.

A cláusula Buy American - que exige o uso de ferro, aço e produtos manufaturados dos Estados Unidos em obras realizadas com recursos do pacote - ficou de lado. Segundo o texto definitivo, a cláusula será aplicada sem violar as normas do comércio internacional.

Ontem à tarde, a Câmara de Representantes (deputados) havia aprovado, por 246 votos a favor e 183 contra, a versão final do plano. Todos os republicanos foram contrários ao pacote.

Pelo acordo de quarta-feira entre Câmara e Senado, em vez de custar US$ 819 bilhões, como queriam os deputados, ou US$ 838 bilhões como pretendiam os senadores, o pacote ficou em cerca de US$ 787 bilhões, com 65% desse total destinado a gastos do governo federal e 35%, a créditos tributários.

17:16
Anónimo disse...
Economia nacional
Na era Lula, aposentadoria sobe 54% menos que salário mínimo

Thatiane Faria
Especial para o Terra
Direto de São Paulo

Os índices de reajustes concedidos pelo governo em 2009 para aposentados e pensionistas e para o salário mínimo repetiram uma diferença que, só durante o governo de Luiz Inácio Lula da Silva, já chega a 54%. Enquanto o mínimo foi majorado em 12% este ano, as pensões e aposentadorias tiveram aumento de 5,92%. Aposentados que têm o benefício do governo como única fonte de renda reclamam que perdem poder de compra e que sua cesta de compras é composta por itens que aumentam mais em relação à inflação oficial.

Um exemplo prático pode ser entendido a partir da comparação entre um aposentado que ganhava R$ 600 em janeiro de 2003. Na época, o benefício era três vezes, ou 200%, maior que o valor do mínimo em vigência, que era de R$ 200. Aplicando-se os índices de reajuste para aposentadorias e para o mínimo durante os últimos seis anos, o mesmo aposentado estaria recebendo hoje R$ 938,47, comparado a um salário mínimo de R$ 465. A diferença entre os dois valores caiu para pouco mais de 100%.

Enquanto o índice acumulado de reajuste para a aposentadoria durante o governo Lula foi de 60%, para o salário mínimo está em 132%.

O diretor do Sindicato Nacional dos Aposentados, João Inocentini, reclama que os valores dos benefícios para aposentadorias não mantêm o poder de compra do grupo, principalmente dos aposentados que recebem menos que dez salários mínimos.

Nem mesmo o fato de o índice de reajuste das aposentadorias ter ficado acima da inflação acumulada no mesmo período (o IPCA entre janeiro de 2003 e janeiro de 2009 foi de 39,7%) serve de argumento, segundo os aposentados.

"Os idosos, principalmente, têm gastos além das contas gerais como gás, telefone e aluguel. Para eles o custo com remédios, e outros itens da área saúde costuma ser maior", afirmou Inocentini.

O presidente do sindicato afirmou que o grupo realiza um estudo com 100 itens de necessidade de um idoso para comparar o aumento dos produtos com o índice de reajuste do benefício recebido pelos aposentados.

"Daqui dois meses vamos abrir um processo na Justiça e levar essa pesquisa como prova. Segundo a lei, o governo é obrigado a manter o poder de compra com a aposentadoria", disse Inocentini.

Alternativas
O consultor financeiro Cláudio Boriola diz que os aposentados, especialmente nesse momento de crise econômica, devem evitar compras parceladas, pesquisar preços, negociar e fazer bom planejamento financeiro.

Segundo Boriola, alguns aposentados ganham um valor mensal muitas vezes insuficiente para o pagamento das contas e acabam pedindo crédito ou realizando pagamentos a prazo e são obrigados a pagar juros altos.

Na opinião do consultor, pagar uma previdência privada é uma alternativa indicada para quem ainda trabalha, considerando a característica de perda de poder de compra da aposentadoria.

"Na prática, infelizmente os valores encontram-se em um patamar que está deteriorando o poder de aquisição da população brasileira", completou Boriola.

De acordo com o diretor da Confederação Brasileira de Aposentados e Pensionistas (Cobap), Vicente Fernandes Barbosa, representantes dos aposentados tentarão um encontro com o presidente da Câmara, deputado Michel Temer (PMDB-SP), para discutir projetos que minimizem a perda dos aposentados

17:17
Anónimo disse...
Previdência
Previdência prorroga isenção de tarifas no benefício

O atual sistema de pagamento aos 26 milhões de aposentados e pensionistas do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) será mantido até o final deste ano. O acordo, que permite realizar a operação sem nenhum custo aos beneficiários, foi renovado nesta sexta-feira, entre o governo federal e 21 instituições financeiras.

Por meio desse acordo, vigente desde setembro de 2007, nem os segurados, nem os bancos e nem o governo arcam com o pagamento de tarifas, conforme explicou o ministro da Previdência Social, José Pimentel. A prorrogação vale até dezembro, data máxima para que a Previdência defina as regras para um novo contrato.

Ao assinar o termo de renovação, na sede da Federação Brasileira dos Bancos (Febraban), o ministro disse que a intenção do governo é mudar o atual modelo de gestão visando a reduzir os custos dessas operações em torno da folha mensal, que atinge R$ 15,8 bilhões. No entanto, qualquer alteração, conforme explicou, passará antes por audiências públicas a serem realizadas a partir do segundo semestre deste ano, atendendo a determinação do Tribunal de Contas da União (TCU).

De acordo com Pimentel, com um redesenho do mecanismo de repasse dos recursos aos bancos em torno da folha de pagamento dos segurados o que se busca é um aumento da participação de instituições financeiras. Ele informou que, desde 2007, cada benefício custa em média R$ 1,07 ao governo. "Quanto mais instituições financeiras estiverem prestando serviços à sociedade, maior é a competitividade, a agilidade no atendimento", justificou.

O ministro observou, ainda, que, para permitir uma redução para algo em torno de meia hora no tempo de atendimento para a concessão dos direitos previdenciários, o governo investiu R$ 280 milhões.

Questionado sobre o descontentamento dos segurados que ganham acima de um salário mínimo terem obtido apenas a correção com base na variação do Índice de Preços ao Consumidor (INPC) , ficando abaixo do reajuste dado a quem recebe apenas o mínimo, Pimentel argumentou que o governo seguiu o que determina a lei e descartou a possibilidade de uma revisão

17:17
Anónimo disse...
Empresas
Caterpillar oferece aposentadoria antecipada a 2 mil


A companhia americana Caterpillar ofereceu a cerca de dois mil funcionários incentivos para que se aposentem de forma voluntária antes do previsto, pela perspectiva de uma queda "significativa" da atividade industrial, informou nesta quarta-feira a empresa.

A iniciativa, destinada aos trabalhadores de diversas fábricas em Illinois, Colorado, Tennessee e Pensilvânia, se soma aos cortes de empregos anunciados em janeiro, explicou em comunicado de imprensa.

A empresa, a maior fabricante mundial de maquinaria pesada para a construção e a mineração, acrescentou que, "em função das condições de negócio, podem ser necessárias mais reduções de elenco voluntárias e involuntárias à medida que o ano avança".

O vice-presidente da companhia, Sid Banwart, explicou que a empresa prevê "demissões significativas em todas as regiões geográficas e na maioria dos setores devido às dificuldades da economia mundial".

17:18
Anónimo disse...
Comércio
Comércio exterior da OCDE caiu no 3º trimestre de 2008


As exportações e as importações dos países da Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Econômico (OCDE) caíram 1,6% e 0,2%, respectivamente, no terceiro trimestre de 2008, em relação aos três meses anteriores.

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Trata-se da primeira queda destas atividades desde o terceiro trimestre de 2006, segundo o último relatório trimestral sobre fluxos comerciais divulgado pela OCDE.

As exportações e as importações em dólares dos 30 Estados-membros caíram 15,6% e 17%, respectivamente, na comparação anualizada.

Por sua vez, o comércio dos sete países mais ricos do mundo (G7) teve um pequeno crescimento no terceiro trimestre de 2008 com uma queda das exportações de mercadorias de 0,2% em relação ao trimestre anterior e um aumento de 0,4% das importações.

Em termos anualizados, as importações do G7 caíram 1,4% entre julho e setembro do ano passado, seu primeiro retrocesso desde o terceiro trimestre de 2006, enquanto as exportações aumentaram 1,9%, seu crescimento mais baixo no mesmo tempo.

Por países, a Alemanha aumentou suas importações em 3,4% - valor mais alto do G7 -, enquanto suas exportações caíram 2,9% do segundo para o terceiro trimestre de 2008.

Pelo contrário, as exportações americanas aumentaram 1,8% entre julho e setembro de 2008, enquanto as importações caíram 0,7% em relação ao trimestre anterior. No Japão, tanto as importações quanto as exportações caíram em torno de 1% no mesmo período.

17:19
Anónimo disse...
Economia Nacional
Lula: juros de crédito consignado a aposentados são altos

Atualizada às 17h29

O presidente Luis Inácio Lula da Silva afirmou nesta terça-feira, em São Paulo, que está lutando para reduzir as taxas de juros cobradas de aposentados em crédito consignado. A Previdência Social estabelece uma taxa máxima de 2,5% para empréstimo e de 3,5% para cartão. Para Lula, os valores são altos.

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"Acho que o juro que os aposentados estão pagando hoje com o crédito consignado é alto para o padrão brasileiro", disse o presidente durante a cerimônia de comemoração dos 86 anos do INSS.

A Previdência anunciou nesta terça-feira que aposentados e trabalhadoras com licença-maternidade poderão receber seus benefícios em 30 minutos. De acordo com Lula, em junho, a aposentadoria do trabalhador rural também será conseguida em meia hora.

Além disso, o presidente anunciou que, também em junho, os trabalhadores que alcançarem o direito à aposentadoria passarão a receber em suas casas um comunicado da Previdência informando o fato e o valor do salário que têm direito a receber. "É um comprometimento público que estou fazendo com os companheiros da Previdência Social", disse.

"Estamos retribuindo ao contribuinte da Previdência Social aquilo que é a cidadania que ele tem direito", afirmou Lula. "Se para cobrar nós somos tão precisos, para devolver o dinheiro, temos que chegar próximo à perfeição", completou.

17:20
Anónimo disse...
Economia Nacional
Salário maternidade sairá em 30 minutos, diz ministro

Toda trabalhadora autônoma que tiver contribuído pelo menos 10 meses com o Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) - ou as que possuírem carteira assinada - poderão receber em 30 minutos o salário maternidade a partir desta terça-feira. Da mesma forma, as mulheres com 30 anos de contribuição e os homens com 35 anos também terão direito ao benefício de forma mais rápida. A informação é do ministro da Previdência Social, José Pimentel.

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Para requerer o salário maternidade, é preciso que as autônomas levem a carteira de identidade e o carnê de contribuição. As demais trabalhadoras devem apresentar a identificação e a carteira de trabalho. Desde o início do mês, a nova forma de análise para a concessão de benefícios foi adotada para a aposentadoria por idade do trabalhador urbano e agora foi estendida para o salário maternidade e por tempo de contribuição.

O ministro disse que a qualificação do serviço da previdência social é o reconhecimento do direito dos trabalhadores e da afirmação da cidadania.

"Até pouco tempo na cabeça do cidadão o serviço devia ser de péssima qualidade. Agora não, nós modificamos toda a legislação no mês de dezembro numa ação conjunta do Congresso Nacional com o governo federal. Estamos implantando e concedendo os benefícios em até 30 minutos", afirmou.

O ministro destacou que para conseguir se aposentar ou ter acesso à licença maternidade em 30 minutos, em primeiro lugar, é necessário que o cidadão esteja vinculado à Previdência, o que inclui 65% da população acima de 16 anos de idade.

"Depois bastar marcar pelo sistema 135 o dia e a hora do atendimento e levar a documentação. Se todos os dados necessários estiverem corretos o contribuinte será atendido em até 30 minutos, como vem sendo feito com as aposentadorias por idade desde o dia cinco de janeiro", explicou.

Pimentel disse ainda que em 90% das agências da previdência social o atendimento é marcado em até 48 horas. Nos grandes centros, entretanto existe um volume maior o que torna mais lento o processo.

"Estamos criando mais 715 agências até 2010, em todo o território nacional, para descentralizar o atendimento. Em 2008, atendemos 295 mil benefícios e aposentadorias por idade. Temos 4 mil pessoas por dia procurando e se aposentando por idade no território nacional. Este serviço será agilizado", concluiu.
17:27
Anónimo disse...
Giuseppe Englaro, pai de Eluana, a italiana que morreu na segunda-feira passada por desidratação, recusou uma grande soma de dinheiro de um conhecido fotógrafo italiano que queria retratar a filha em estado de coma, disse neste sábado o neurologista que atendia a mulher desde 1996, Carlo Defanti.

O neurologista, que participou hoje de uma conferência sobre eutanásia, disse que Englaro respeitou a vontade da filha, que, antes do acidente, tinha pedido que, se lhe ocorresse qualquer coisa irreversível, apresentasse sua imagem de quando estava em boas condições.

Antes de sofrer o acidente de trânsito, em 1992, Eluana viveu o coma de um amigo, Alessandro, o que causou forte impacto na italiana e a levou a fazer o pai prometer que não a deixasse viver em estado vegetativo, disse o próprio Giuseppe Englaro.

Defanti, que dissera que Eluana poderia viver de dez a 12 dias depois da suspensão da alimentação e da hidratação, disse que, como médico, tinha que reprovar esta afirmação.

"Não se pode sobreviver após três ou quatro dias sem líquido e, em particular, água em um corpo. Sabemos bem que, quando há um terremoto, após quatro dias é difícil encontrar sobreviventes".

Defanti ressaltou que Eluana "não falava, não se comunicava com o exterior" e que, após vários exames, "nos deparamos com uma moça que tinha perdido a consciência", porque estava com o córtex cerebral prejudicado.

Eluana foi enterrada na quinta-feira passada no túmulo da família na localidade de Paluzza, em Udine, após um funeral que não contou com a presença dos pais.

16:53
Anónimo disse...
Os bombeiros combatem neste sábado os incêndios na Austrália favorecidos pelo bom tempo, enquanto os deslocados encotram em seu retorno casas derruídas, carros queimados nas ruas e destruição.

Depois de sete dias desde que começaram os incêndios no Estado de Victoria, a lista de mortos chega a 181, os desaparecidos somam 50, os edifícios destruídos totalizam 1,834 mil e o terreno arrasado, principalmente florestas, ocupa uma área de 4,13 mil quilômetros quadrados.

As equipes de bombeiros, formadas por 4 mil profissionais de Victoria, de outras partes da Austrália e de países amigos, combateram hoje 12 focos fora de controle e nenhum representava uma ameaça direta para a população.

O subdiretor do Serviço de Bombeiros, Geoff Conway, disse que este tempo favorável, que se prolongará durante o domingo, permite consolidar as linhas de contenção e avançar na extinção das chamas.

Cinzas apareceram arrastadas por ventos do nordeste sobre Melbourne, onde habitam 3,8 milhões de pessoas, e as autoridades alertaram aos cidadãos do risco para a saúde de idosos, crianças e pessoas com problemas respiratórios.

O número de pessoas deslocadas - a Cruz Vermelha chegou a receber 7 mil - começou a cair com a abertura de algumas localidades atingidas.

Os incêndios, alguns criminosos, começaram em 7 de fevereiro, quando a região sul da Austrália estava há duas semanas sob uma onda de calor sem precedentes.

Na sexta-feira passada, a polícia acusou uma pessoa de ter provocado o incêndio que atingiu a localidade de Churchill e matou 21 pessoas.

16:55
Anónimo disse...
A primeira chuva em seis dias reduziu a ameaça de incêndios no Estado de Victoria, ao sul da Austrália. As autoridades, porém, advertiram que ainda existem 12 focos, mas que nenhum deles ameaça áreas povoadas.

Mais de quatro mil bombeiros, mil provenientes de outras partes do país e de outras nações, trabalham contra o fogo. Cerca de 600 veículos e 28 helicópteros e pequenos aviões estão sendo usados.


Eles conseguiram construir linhas de contenção para evitar os incêndios de Yarra e Maroondah se juntassem. Também foram controlados os incêndios abertos de Yea e Murrindindi, que ameaçavam as comunidades de Connellys Creek, Crystal Creek, Scrubby Creek e Native Dog Creek.

O número de mortos chegou a 181, mas as autoridades acreditam que as vítimas devem passar de 200, já que ainda há muitos desaparecidos.

16:55
Anónimo disse...
Aqui nesta coluna, na semana passada, tive a oportunidade de comentar sobre a recente visita do professor brasileiro Pedrinho Guareschi à Austrália. Não dei, porém, os fatos, pois semana passada o assunto era outro.

Hoje, porém, vamos a eles.

No último dia 4 de fevereiro, aconteceu o Seminário "Paulo Freire: Education and Liberation", organizado pelo centro de estudos latino-americanos da Universidade Nacional da Austrália, ou ANU, como é mais conhecida por aqui.

A ANU, para quem não sabe, está entre as 20 melhores universidades do mundo! E tem sede aqui em Camberra, capital da Austrália.

Na abertura do evento, o professor John Minns, diretor do centro latino-americano, ao dar boas-vindas ao público presente, lembrou ser aquele o primeiro seminário exclusivamente dedicado a Paulo Freire na Austrália.

Em seguida, convidou Pedrinho Guareschi, palestrante principal do Seminário, a fazer sua apresentação.

A plateia pode então conhecer, pelas palavras de Pedrinho, um pouco da obra e da vida de Freire, esse brasileiro de fé e valor, que sempre acreditou na educação, sobretudo dos menos favorecidos, analfabetos, como força libertadora.

Como não podia deixar de ser, os conceitos e ideias revolucionários de Paulo Freire, expostos com clareza por Pedrinho, despertaram o interesse e a curiosidade de plateia. A qual, deve-se notar, era na maioria de estudantes, mas de várias nacionalidades, sobretudo australianos e asiáticos.

Na continuação do programa do seminário, que se estendeu por dois dias, outros professores fizeram palestras sobre temas ligados à obra de Paulo Freire.

Interessante, por exemplo, saber que a professora Anne Hickling-Hudson, jamaicana que mora na Austrália há muitos anos (é professora da ANU), conheceu e trabalhou com Freire num workshop educacional durante a revolução na Ilha de Granada, em 1980, antes da invasão dos Estados Unidos...

Ou, então, a palestra da Professora Gerda Roelvink, da Nova Zelândia, que participou do Fórum Social de Porto Alegre em 2005. E essa participação transformou-se em tema de doutorado.

No dia 10, terça-feira passada, o padre Pedrinho Guareschi voltou a falar ao público australiano em grande auditório localizado no belíssimo campus da ANU. Desta vez, sobre a Teologia da Libertação.

Depois da palestra, John Minns mostrou o filme mexicano "O Crime do Padre Amaro", no qual um dos personagens é um padre católico praticante da Teologia da Libertação.

Mais uma vez, foi grande o intersse da platéia, que pode aprender e conhecer um pouco como se desenvolveu aquele importante movimento católico na América Latina.

Fica, assim, ao Pedrinho, bem como a outros brasileiros estudiosos e de bom coração que saem pelo mundo a divulgar aspectos importantes da cultura brasileira, o respeito e a homenagem desta coluna. E... aquele abraço!

16:57
Anónimo disse...
Amanda Kitts perdeu o braço esquerdo em um acidente de automóvel acontecido três anos atrás, mas hoje em dia ela joga futebol americano com seu filho de 12 anos de idade, troca fraldas e abraça as crianças nas três creches Kiddie Cottage que opera em Knoxville, Tennessee. Kitts, 40 anos, faz tudo isso com a ajuda de um novo tipo de braço artificial que se movimenta com mais facilidade do que outros aparelhos e que ela pode controlar utilizando apenas seus pensamentos.

"Eu sou capaz de mexer a mão, o pulso e o cotovelo ao mesmo tempo", diz. "Você pensa e os músculos se movem em seguida".

A recuperação que ela conseguiu resulta de um novo procedimento que vem atraindo crescente atenção porque permite que pessoas movam braços protéticos de forma mais automática do que faziam no passado, simplesmente utilizando nervos reaproveitados em seus cérebros.

A técnica, conhecida como "renervação muscular dirigida", envolve utilizar os nervos que restam depois da amputação de um braço e conectá-los a outro músculo do corpo, em geral no peito. Eletrodos são instalados sobre os músculos do peito, e operam como se fossem antenas. Quando a pessoa deseja mover o braço, o cérebro envia sinais que primeiro resultam em contração dos músculos do peito, os quais enviam um sinal ao braço protético, instruindo-se a se movimentar. O processo não requer mais esforços consciente do que a pessoa teria de exercitar caso ainda tivesse seu braço natural.

Na terça-feira, pesquisadores reportaram em estudo publicado pela versão online do Journal of the American Medical Association que haviam levado a técnica ainda mais à frente, tornando possível a execução de 10 movimentos de mão, pulso e cotovelo diferentes, o que representa uma substancial melhora com relação ao típico repertório protético, que em geral envolve apenas dobrar o cotovelo, girar o pulso e abrir a mão.

"Os novos métodos tiveram impacto dramático em nosso campo de trabalho", disse Stuart Harshbarger, engenheiro biomédico na Universidade Johns Hopkins e diretor do programa de pesquisa sobre próteses, financiado pelas forças armadas, que inclui o trabalho com essa técnica. "O método já está em uso por médicos e cirurgiões comuns em todo o país. A capacidade de controlar um membro protético bastante robusto que ele confere surpreendeu a todos pela qualidade".

Tipicamente, uma pessoa que tenha um braço protético só é capaz de executar alguns poucos movimentos, e muitas vezes com tamanha lentidão que isso só permite a ela atividades limitadas.

Há um motor separado para cada movimento, diz Gerald Loeb, professor de engenharia biomédica na Universidade do Sul da Califórnia, "e esses motores precisam ser controlados de maneira explícita", usualmente por um esforço consciente da pessoa para contrair músculos nas costas ou no bíceps.

"Essencialmente, até agora os pacientes controlavam apenas um motor de cada vez", diz Loeb, "e precisavam pensar cuidadosamente sobre que motor desejavam controlar e como fazê-lo operar, em lugar de simplesmente pensarem em mover o braço e poderem fazê-lo sem delongas".

Antes que Kitts passasse pelo procedimento de renervação, em outubro de 2007, por exemplo, ela precisava movimentar os músculos de suas costas de determinada maneira para fazer com que seu pulso girasse, e flexionar seu bíceps e tríceps para fazer com que o cotovelo se movesse para cima e para baixo. "Era muito trabalho", ela conta. "E não me ajudava muito".

O procedimento de renervação é parte de uma recente explosão de idéias novas e técnicas inovadoras que estão sendo exploradas enquanto os cientistas se esforçam por ajudar as pessoas a compensar melhor a perda de membros ou problemas de paralisia. O esforço vem sendo alimentado pelo aumento no número de amputações causado por diabetes e por ferimentos sofridos pelos militares, e ao mesmo tempo pelos avanços na tecnologia médica.

Os braços se tornaram um dos focos essenciais desse tipo de trabalho. A ciência há muito vem obtendo sucessos no desenvolvimento de próteses de perna, mas é muito mais difícil imitar a complexidade e a destreza das mãos e dos braços.

Os esforços em curso incluem o desenvolvimento de projetos de pele e braços mais sensíveis e mais flexíveis, e o uso de dispositivos acionados por controles sem fio implantado nos braços protéticos, que permitiriam movimentos mais naturais.

Os pesquisadores também vêm usando sensores implantados nos cérebros de cobaias para permitir que dois macacos controlem um braço mecânico, e um teste com um homem paralítico permitiu, com esse método, que ele movimentasse um cursor em uma tela de computador.

Alguns desses métodos, caso venham a ser aperfeiçoados plenamente e consigam aprovação das autoridades regulatórias da saúde, podem no futuro se tornar mais viáveis para os pacientes de amputações.

E embora a técnica da renervação não requeira aprovação das autoridades regulatórias porque é executada por meios cirúrgicos e emprega aparelhos já existentes, ela apresenta limitações que até mesmo seus criadores reconhecem, entre as quais o fato de que não se pode utilizá-la para todos os pacientes, o seu alto custo e o prazo de meses requerido para que os nervos reconectados cresçam e se tornem efetivos.

Ainda assim, os especialistas dizem que é o mais avançado sistema em uso hoje para pacientes reais que permite que o sistema nervoso controle diretamente o movimento de um braço artificial.

Desde sua introdução por Todd Kuiken, médico fisioterapeuta e engenheiro biomédico do Instituto de Reabilitação de Chicago, o método foi empregado em cerca de 30 pacientes nos Estados Unidos, Canadá e Europa, entre os quais oito soldados feridos no Iraque e no Afeganistão.

Muitos dos pacientes, entre os quais o primeiro, Jesse Sullivan, um operário do setor elétrico no Tennessee que perdeu os dois braços quando foi eletrocutado por um cabo, conseguem não apenas manipular seus braços protéticos mas sentir a presença das mãos que já não têm quando alguém toca em seus peitos.

Sullivan, 62 anos, e Kitts, estavam entre os cinco pacientes que participaram do estudo reportado na terça-feira. Em companhia de cinco outras pessoas que não passaram por amputações, eles receberam os eletrodos e foram instruídos a usar pensamentos para fazer com que um braço virtual na tela reproduzisse 10 movimentos diferentes, entre os quais três formas diferentes de aperto de mão.

Os pacientes apresentaram desempenho bastante respeitável, apenas um pouco mais lento e menos preciso do que os dos participantes que não tinham amputações.

"As velocidades de movimento que encontramos em nossos pacientes foram realmente encorajadoras", disse Kuiken. "Eles conseguiram completar a tarefa. É claro que não foram tão competentes quanto as pessoas dotadas de plena capacidade física, mas foram bons o bastante".

Um braço virtual foi usado porque a maioria das próteses existentes não era capaz de acomodar todos aqueles movimentos, no momento da pesquisa, ainda que Sullivan, Kitts e uma terceira paciente, Claudia Mitchell, tenham experimentado dois novos protótipos mais versáteis de braços artificiais, executando tarefas complexas com bolas de tênis e outros objetos.

O trabalho de renervação em soldados apresenta outros desafios, diz Kuiken, porque os ferimentos militares muitas vezes "causam danos muitos extensos" a nervos, músculos ou ossos.

Daniel Acosta, 25 anos, um aviador ferido pela detonação de uma bomba em uma estrada do Iraque em 2005, passou pelo procedimento no ano passado e diz que seu braço esquerdo protético agora se movimenta "muito mais rápido" e de maneira muito mais natural.

"A diferença é que agora não preciso mais pensar para mover o braço", ele diz. "Ele simplesmente se mexe".

Ainda assim, Acosta, de San Antonio, diz que "o processo foi bastante longo" e que os eletrodos precisam ser ajustados para receber os sinais à medida que os nervos crescem ou mudam de posição.

E embora elogiem o método, os especialistas afirmam que a ciência das próteses de braço ainda tem muito por avançar.

"Trata-se de uma parte crucial, mas ainda assim apenas uma parte, das muitas coisas que compreendem a função normal de um braço", disse Loeb, que escreveu um editorial que acompanha o artigo no Journal of the American Medical Association.

"No momento estamos a meio do caminho entre o braço de 'Dr. Fantástico', que fazia involuntariamente a saudação nazista, e o braço de Luke Skywalker em 'Guerra nas Estrelas', que funciona sem nenhum problema assim que é conectado. Creio que precisaremos ainda de muitos anos para conectar todas as peças necessárias a produzir um braço capaz de funcionar normalmente".

17:04
Anónimo disse...
A Espanha disse neste sábado que está preparando uma reclamação oficial contra a decisão da Venezuela de expulsar um membro do Parlamento Europeu que criticou o conselho eleitoral venezuelano.
Luis Herrero, membro do partido conservador espanhol PP, foi deportado na sexta-feira depois que o Conselho Nacional Eleitoral (CNE) o acusou de questionar a imparcialidade da instituição antes de um referendo que pode permitir ao presidente Hugo Chávez permanecer no cargo indefinidamente.

Herrero estava na Venezuela como observador do referendo. Ele acusou Chávez de ter "comportamentos típicos de um ditador" por pedir a contenção de manifestações da oposição.

O governo da Espanha convocou um encontro com o embaixador da Venezuela em Madri para expressar a desaprovação sobre a expulsão de Herrero, disse um representante do Ministério das Relações Exteriores espanhol.

As relações da Venezuela com a Espanha tiveram seu ponto crítico em 2007, quando Chávez ameaçou rever acordos diplomáticos e comerciais depois de ouvir um "cala a boca" do rei espanhol Juan Carlos durante uma cúpula.

A fenda foi oficialmente reparada em 2008, com uma visita oficial de Chávez à Espanha, onde ele cumprimentou o rei e discutiu acordos para investimento no setor petroquímico com o primeiro-ministro José Luis Rodriguez Zapatero.

17:06
Anónimo disse...
A polícia do Zimbábue anunciou neste sábado que acusa de traição Roy Bennett, dirigente do até agora opositor Movimento para a Mudança Democrática (MDC), detido na sexta-feira, em Harare, poucas horas antes da cerimônia de posse dos membros do novo gabinete.

"A Polícia nos informou que vão apresentar acusações de traição", disse à agência EFE o advogado de defesa de Bennett, Trust Maanda.

"Tentam relacionar Roy com o caso de Mike Hitschmann, que foi detido em 2006 em relação à descoberta de um carregamento de armas, apesar de que Hitschmann não tenha sido declarado culpado das acusações de traição apresentadas contra ele, mas de um crime menor de descumprimento de leis", disse Maanda.

O político opositor, designado por seu partido como vice-ministro de Agricultura no Governo de união nacional, esteve no exílio na vizinha África do Sul desde 2006 e retornou ao Zimbábue há duas semanas.

Segundo a Polícia, que deteve Bennett ontem no aeroporto de Harare quando pretendia ir à África do Sul para visitar sua família, as armas apreendidas em 2006 seriam utilizadas em um golpe de Estado para derrubar o presidente do Zimbábue, Robert Mugabe.

Depois da detenção, Bennet foi levado a Mutar, onde vários simpatizantes do MDC se concentraram em frente à delegacia na qual estava detido, diante do que a Polícia respondeu com tiros para o alto para dispersar os manifestantes.

17:07
Anónimo disse...
Austrália: 14 mil se candidatam a 'emprego dos sonhos'

A secretaria de Turismo de Queensland, na Austrália, informou que até esta segunda-feira já recebeu cerca de 14 mil inscrições para o "o melhor emprego do mundo". O Estado australiano promove pela internet seleção para vaga de "zelador" da ilha Hamilton, por seis meses com um salário de R$ 40 mil.

Muitos candidatos tiveram problemas durante a inscrição por conta dos acessos simultâneos ao site. A secretaria aconselha enviar os vídeos de 60s explicando porque deve ser escolhido em horários alternativos do dia, além de recomendar tamanho em torno de 40MB.

As inscrições começaram em 12 de janeiro e vão até o próximo dia 22 e podem ser feitas pelo site www.islandreefjob.com. O governo australiano escolherá 50 candidatos para a próxima fase da seleção, que terá votos do público para eleger um dos 11 finalistas.

A última fase terá entrevistas e desafios físicos, no próprio local de trabalho: as ilhas da Grande Barreira Coralina - o maior recife de coral do mundo. A secretaria de Turismo anunciará o vencedor no dia 6 de maio.

17:09
Anónimo disse...
Mercado elogia governo na crise, mas pede maior queda no juro

Peter Fussy
Direto de São Paulo

Desde as primeiras medidas anunciadas para combater os efeitos da crise, o governo brasileiro avisou que a estratégia não contemplaria um pacote. Seriam doses pontuais, de acordo com a necessidade da economia diante do agravamento das turbulências. Da primeira liberação dos depósitos compulsórios em setembro até a ampliação do seguro-desemprego na última quarta-feira, o governo passou por redução de impostos, ampliação de crédito e incentivos à exportação. Quase 150 dias após a primeira medida, o Terra conversou com líderes do setor público e privado, representantes dos trabalhadores, acadêmicos e com o próprio governo para saber quais destas ações foram mais eficazes, quais foram mais ineficientes e o que mais pode ser feito pelo Estado brasileiro contra a crise.

Os maiores elogios foram direcionados à atitude de reduzir o Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) para a indústria automobilística, anunciada em dezembro e que fez com que os emplacamentos de carros novos subissem 1,9% no primeiro mês do ano em relação a dezembro de 2008. Já as maiores críticas foram para a lentidão no corte da taxa básica de juro do País.

Para o presidente do conselho administrativo do Grupo Pão de Açúcar, Abílio Diniz, o Estado não é responsável pela crise e mesmo assim está agindo "com extrema serenidade e muito acerto". "O governo está atento, fazendo a sua parte. É preciso coragem de baixar firmemente a taxa de juros. É uma arma que temos a nosso favor, já que não há clima para inflação, nem possibilidade de danos para a macroeconomia", afirmou Diniz.

Na última reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), em janeiro, a taxa Selic foi reduzida em um ponto percentual, de 13,75% para 12,75% ao ano. Porém, o professor de economia da Universidade de Brasília (UnB) José Luiz Oreiro lembra que este corte representa uma redução de apenas 0,25 ponto percentual com relação à taxa de setembro do ano passado, quando a crise se agravou.

"Pouco antes da eclosão da crise, o Banco Central aumentou a taxa em 0,75 ponto. Foram cinco meses de demora para reduzir em termos líquidos apenas 0,25 ponto", afirmou o economista, que também sugeriu redução do intervalo de cerca de 90 dias entre as reuniões do Copom e o corte de pelo menos um 1 ponto percentual em cada reunião.

Mesmo com o corte de janeiro, a taxa de juros real continua sendo a maior do mundo, lembrou o secretário-geral da Força Sindical, João Carlos Gonçalves, o Juruna. "A redução da taxa de juro ainda é pequena, porque ela continua uma das mais altas do mundo. Falta ousadia para baixar os juros e ajudar o cidadão. A permanência da taxa de juro alta é negativa para o País em meio a crise", afirmou Juruna.

Embora aprove as ações do governo, o senador Aloízio Mercadante (PT-SP) também acredita que o patamar da Selic está muito alto. "Sempre fomos os primeiros a entrar em qualquer crise, o que não aconteceu agora. A taxa Selic ainda é muito alta, mas o governo têm tomado medidas acertadas, como o aumento do salário mínimo, mesmo com um cenário de crise. Isso ajuda a movimentar o consumo. O governo está se esforçando para manter os investimentos e o crescimento", disse.

Tributos
De acordo com o economista Fabio Pina, da Fecomercio-SP, as ações mais positivas estão relacionadas à redução de tributos para alguns segmentos, como a indústria automobilística, que recuperou parte da queda nas vendas em janeiro com a isenção do IPI para carros 1.0 l e o corte para demais motorizações. A medida vale até o final de março.

"Essas medidas não só reduziram o preço, mas anteciparam o consumo daqueles que iriam comprar no futuro, dando um prêmio por conta da insegurança. Mexe diretamente com o principal problema que é a confiança do consumidor", afirmou. Juruna destacou que um bom ritmo de vendas é garantia de emprego. "É importante porque cada emprego na montadora significa 19 na cadeia produtiva", comentou o representante da Força Sindical.

Também em dezembro, o governo decidiu cortar pela metade a alíquota do Imposto de Renda para contribuintes que ganham entre R$ 1.434 e R$ 2.150 mensais. "O salário aumentava e a tabela não se modificava. As pessoas ganhavam mais e pagavam mais impostos", apontou Juruna. Outra redução de tributos do governo foi com relação ao Imposto sobre Operações Financeiras (IOF), que caiu de 3% ao ano para 1,5%.

Crédito
Na segunda metade de 2008, o colapso de bancos nos Estados Unidos por conta da crise do subprime provocou uma forte restrição de crédito no mundo inteiro. Uma das primeiras medidas anticrise do governo teve como objetivo restabelecer a oferta, com mudanças no recolhimento dos depósitos compulsórios por parte dos bancos. Segundo o presidente do Banco Central, Henrique Meirelles, as diversas modificações liberaram US$ 99,2 bilhões aos bancos até o final de janeiro.

Além disso, o governo concedeu R$ 36 bilhões das reservas internacionais para empresas brasileiras com dívidas no exterior e uma medida provisória autorizou o Banco do Brasil e a Caixa Econômica Federal a comprar carteiras de crédito de bancos privados. Para o diretor do Departamento de Pesquisas e Estudos Econômicos da Fiesp, Paulo Francini, estas medidas foram essenciais para combater os efeitos da crise.

"A crise se desenvolve no mundo em torno do tema crédito. E o crédito reduziu-se barbaridade no mundo. Então o governo lança mão de compulsório, lança mão de reservas, de medidas que permitem aos bancos comprar carteiras de bancos. Você vai tomando várias medidas para atender às demandas e o epicentro disso é crédito", afirmou.

No entanto, Oreiro, da UnB, adverte que a liberação dos compulsórios seria mais eficiente acompanhada de redução mais agressiva da taxa básica de juro. "Uma parte do crédito voltou, depois da forte retração em outubro e novembro. O que deveria ter sido feito junto à liberação do compulsório era uma redução mais drástica da taxa de juro. Sem isso, os bancos pegam as reservas e acabam comprando títulos públicos", explicou o economista.

Na opinião de Pina, as ações de distribuição de crédito via redução do compulsório e a disposição de capital de giro para empresas foram tomadas sem um cuidado maior na operação e não tiveram muito efeito. "O BNDES tem linhas que ficam paradas quase todo o ano, agora é pior ainda. Existem os recursos, mas as empresas e os bancos estão desconfiados. É preciso fazer com que os bancos tenham interesse em emprestar", afirmou o economista da Fecomercio-SP.

Futuro
Mesmo com todas essas medidas, a crise financeira ainda gera incertezas nos setores produtivos do País. Nos últimos meses, o medo do desemprego fez os consumidores adiarem compras. Por sua vez, a queda nas vendas pode obrigar as indústrias a cortarem a produção e demitir funcionários. Contra isso, empresários sugerem redução de jornada e de salários.

"Isto está previsto em lei. A Fiesp simplesmente manteve conversações com entidades sindicais quanto à aplicação daquilo que já está previsto em lei", afirmou Francini.

Segundo a ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff, uma das medidas que assegura um nível de emprego é a manutenção de investimentos no Programa de Aceleração do Crescimento (PAC). "Estamos esperando que a dificuldade ocorra em janeiro, fevereiro e março. Estamos certos que vamos manter o nível de investimento. É isso que funciona, é isso que significa investimento público. Ele funciona como um colchão. Por isso, nós colocamos R$ 100 bilhões no BNDES e a Petrobras ampliou o seu investimento em R$ 120 bilhões", afirmou.

Na mesma linha, Pina explica que a antecipação de gastos do governo substitui parte da demanda retraída do setor privado. "Ele dá o seguinte recado: não vou estourar as contas públicas, mas concentrar em um momento em que a demanda privada está pequena. Mas o governo não tem fôlego suficiente para fazer o papel de toda demanda", ressaltou. O economista da Fecomercio lembrou que a entidade já pleiteou junto ao governo isenções para transferência de imóveis e de automóveis, além de retirar o IPVA para veículos novos.

Já Oreiro foca suas propostas na capitalização do Banco do Brasil e da Caixa Econômica Federal pelo Tesouro para atender a demanda de crédito para capital de giro e reduzir o spread. "Aumentando o empréstimo e reduzindo as taxas, os dois vão forçar os bancos privados a acompanhar o movimento, até para não perderem participação no mercado", explicou o economista da UnB.

Até o Carnaval, o governou prometeu detalhar um pacote de incentivos para a construção de até um milhão de casas populares, direcionado a famílias com renda de até dez salários mínimos. "Estamos atentos a tudo o que está acontecendo e novas medidas serão tomadas caso haja uma avaliação de que sejam necessárias", disse o ministro da Fazenda, Guido Mantega, na última sexta-feira.

17:11
Anónimo disse...
Ex-ministro critica extensão do seguro-desemprego

Atualizada às 09h03

O ex-ministro do Trabalho Almir Pazzianotto criticou a decisão do governo federal de conceder o seguro-desemprego estendido a apenas alguns setores. "É certamente odioso e provavelmente inconstitucional", disse Pazzianotto, de acordo com o jornal O Estado de S. Paulo.

Na última qurta, dia do anúncio da medida, centrais sindicais elogiaram a atitude do governo. A Força Sindical divulgou nota dizendo que "o aumento ajudará a aquecer parte da economia, já que irá gerar mais consumo, produção e conseqüentemente, a criação de novos postos de trabalho". A União Geral dos Trabalhadores (UGT) afirmou que a medida "contribuirá para minimizar o drama dos trabalhadores que perderem seu emprego por conta da crise".

O ex-ministro, que instituiu o seguro-desemprego no País no governo de José Sarney, destacou a necessidade de as centrais sindicais se manifestarem contra a determinação. Para ele, as mudanças devem ser aplicadas a todas as categorias profissionais e a distinção é contrária ao artigo 3º da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT).

Pazzianotto atribui a medida a um possível temor do governo de que a crise econômica seja longa e não haja dinheiro para atender a todas as necessidades. Ainda assim, ele se mostra contrário ao método de concessão. "O seguro-desemprego ajuda a sanar necessidades básicas. Estendê-lo é paliativo, não a solução", disse ao jornal.

De acordo com o presidente do Conselho Deliberativo do Fundo de Amparo ao Trabalhador (Codefat) e conselheiro da Força Sindical, Luiz Fernando Emediato, a determinação já estava prevista na lei 8.900/94, que trata do seguro-desemprego.

O presidente da Comissão de Trabalho da Câmara, Pedro Fernandes (PTB-MA) vai além na crítica à concessão do seguro para apenas alguns setores. Ele acredita que a ampliação do benefício estimula o desemprego.

Quintino Severo, secretário geral da Central Única dos Trabalhadores (CUT), lembra que a ampliação do benefício sem critério e identificação pode incentivar demissões em outros setores.

17:13
Anónimo disse...
Empresas
TAM faz promoção para destinos internacionais

A companhia aérea TAM anunciou nesta sexta-feira tarifas promocionais para trechos internacionais. Os preços valem para bilhetes comprados entre 6h deste sábado e 23h59 deste domingo e são válidos para classe econômica. As tarifas, para ida e volta, serão vendidas a partir de US$ 99, mais taxas.

Segundo a aérea, a promoção vale para viagens feitas no período de 14 de fevereiro a 18 de junho de 2009. Para destinos na América do Sul, a permanência mínima é de dois dias; para bilhetes com destino nos Estados Unidos, cinco dias; e Europa, sete dias. A permanência máxima para as passagens para América do Sul e EUA é de dois meses e para Europa, três meses.

Entre os exemplos de tarifas promocionais, a TAM oferece São Paulo-Lima por US$ 99. Bilhetes para a rota São Paulo-Santiago serão vendidos a partir de US$ 199 e São Paulo-Nova York, US$ 799.

A emissão dos bilhetes deve ser feita obrigatoriamente no ato da reserva, obedecendo às regras estipuladas pela companhia. A compra está sujeita à disponibilidade de assentos nas classes tarifárias determinadas, trechos, horários e datas. A TAM afirmou que também há tarifas promocionais para a classe executiva.

Mais informações podem ser encontradas no site promocional (www.ofertastam.com.br), no site da empresa (www.tam.com.br) ou pelos telefones 4002-5700 ou 0800 5705700.

17:13
Anónimo disse...
Empresas
Consultoria negocia compra do parque temático Hopi Hari

A consultoria especializada em reestruturação de empresas Íntegra Associados informou nesta sexta-feira ter um acordo para comprar o parque de diversões Hopi Hari, localizado no interior de São Paulo. A empresa estaria disposta a investir R$ 10 milhões no parque, que tem dívida estimada em R$ 800 milhões. As informações são da edição deste sábado do jornal Folha de S. Paulo.

De acordo com o jornal, a transação ainda depende da negociação entre o Hopi Hari e seus credores, o que já estaria em andamento.

A consultoria paulista já atuou junto à Parmalat, durante 30 meses, quando reorganizou a gestão da empresa italiana.

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17:14
Anónimo disse...
Empresas
Disney de Tóquio contratará mais 2 mil apesar da crise


A Oriental Land, o operador da Disneylândia Tóquio e DisneySea, organizou neste domingo entrevistas para contratar cerca de 2 mil trabalhadores em tempo parcial, em um momento de grandes demissões deste tipo de empregados no Japão.

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O operador deste parque temático, situado em Urayasu, na província de Chiba (leste de Tóquio), está em pleno processo de seleção de empregados para 20 tipos de postos trabalhistas diferentes.

Segundo a companhia, citada pela agência local de notícias Kyodo, o parque contratará novos trabalhadores para as atrações, para os restaurantes e guardas de segurança entre outros. Os novos contratados começarão a trabalhar a partir de fevereiro.

O processo de seleção acontece em um momento em que a maioria das grandes companhias japonesas começaram a se ver obrigadas a despedir uma elevada percentagem de seus trabalhadores temporários e a tempo parcial.

Algumas inclusive anunciaram demissões de seus trabalhadores fixos, uma medida muito pouco comum nas companhias japonesas, perante os efeitos piores que o esperado pela crise econômica global.

Cerca de uma centena de pessoas esperavam desde a primeira hora desta manhã a abertura do centro de conferências Tokyo International Forum, onde as entrevistas estão sendo feitas, para ser os primeiros a solicitar os postos de trabalho.


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17:15
Anónimo disse...
Economia Internacional
Senado dos EUA aprova plano de estímulo à economia

O Senado dos Estados Unidos aprovou com 60 votos a favor e 38 contra o plano de estímulo à economia de US$ 787 bilhões na madrugada deste sábado. Agora, ele segue para sanção ou veto do presidente Barack Obama, que espera colocar a lei em prática até o dia 16 de fevereiro.

O plano prevê a criação de três milhões de empregos, inclui cortes de impostos às famílias, fundos para programas sociais e obras públicas, além de ajuda aos governos estaduais, estudantes e desempregados.

A cláusula Buy American - que exige o uso de ferro, aço e produtos manufaturados dos Estados Unidos em obras realizadas com recursos do pacote - ficou de lado. Segundo o texto definitivo, a cláusula será aplicada sem violar as normas do comércio internacional.

Ontem à tarde, a Câmara de Representantes (deputados) havia aprovado, por 246 votos a favor e 183 contra, a versão final do plano. Todos os republicanos foram contrários ao pacote.

Pelo acordo de quarta-feira entre Câmara e Senado, em vez de custar US$ 819 bilhões, como queriam os deputados, ou US$ 838 bilhões como pretendiam os senadores, o pacote ficou em cerca de US$ 787 bilhões, com 65% desse total destinado a gastos do governo federal e 35%, a créditos tributários.

17:16
Anónimo disse...
Economia nacional
Na era Lula, aposentadoria sobe 54% menos que salário mínimo

Thatiane Faria
Especial para o Terra
Direto de São Paulo

Os índices de reajustes concedidos pelo governo em 2009 para aposentados e pensionistas e para o salário mínimo repetiram uma diferença que, só durante o governo de Luiz Inácio Lula da Silva, já chega a 54%. Enquanto o mínimo foi majorado em 12% este ano, as pensões e aposentadorias tiveram aumento de 5,92%. Aposentados que têm o benefício do governo como única fonte de renda reclamam que perdem poder de compra e que sua cesta de compras é composta por itens que aumentam mais em relação à inflação oficial.

Um exemplo prático pode ser entendido a partir da comparação entre um aposentado que ganhava R$ 600 em janeiro de 2003. Na época, o benefício era três vezes, ou 200%, maior que o valor do mínimo em vigência, que era de R$ 200. Aplicando-se os índices de reajuste para aposentadorias e para o mínimo durante os últimos seis anos, o mesmo aposentado estaria recebendo hoje R$ 938,47, comparado a um salário mínimo de R$ 465. A diferença entre os dois valores caiu para pouco mais de 100%.

Enquanto o índice acumulado de reajuste para a aposentadoria durante o governo Lula foi de 60%, para o salário mínimo está em 132%.

O diretor do Sindicato Nacional dos Aposentados, João Inocentini, reclama que os valores dos benefícios para aposentadorias não mantêm o poder de compra do grupo, principalmente dos aposentados que recebem menos que dez salários mínimos.

Nem mesmo o fato de o índice de reajuste das aposentadorias ter ficado acima da inflação acumulada no mesmo período (o IPCA entre janeiro de 2003 e janeiro de 2009 foi de 39,7%) serve de argumento, segundo os aposentados.

"Os idosos, principalmente, têm gastos além das contas gerais como gás, telefone e aluguel. Para eles o custo com remédios, e outros itens da área saúde costuma ser maior", afirmou Inocentini.

O presidente do sindicato afirmou que o grupo realiza um estudo com 100 itens de necessidade de um idoso para comparar o aumento dos produtos com o índice de reajuste do benefício recebido pelos aposentados.

"Daqui dois meses vamos abrir um processo na Justiça e levar essa pesquisa como prova. Segundo a lei, o governo é obrigado a manter o poder de compra com a aposentadoria", disse Inocentini.

Alternativas
O consultor financeiro Cláudio Boriola diz que os aposentados, especialmente nesse momento de crise econômica, devem evitar compras parceladas, pesquisar preços, negociar e fazer bom planejamento financeiro.

Segundo Boriola, alguns aposentados ganham um valor mensal muitas vezes insuficiente para o pagamento das contas e acabam pedindo crédito ou realizando pagamentos a prazo e são obrigados a pagar juros altos.

Na opinião do consultor, pagar uma previdência privada é uma alternativa indicada para quem ainda trabalha, considerando a característica de perda de poder de compra da aposentadoria.

"Na prática, infelizmente os valores encontram-se em um patamar que está deteriorando o poder de aquisição da população brasileira", completou Boriola.

De acordo com o diretor da Confederação Brasileira de Aposentados e Pensionistas (Cobap), Vicente Fernandes Barbosa, representantes dos aposentados tentarão um encontro com o presidente da Câmara, deputado Michel Temer (PMDB-SP), para discutir projetos que minimizem a perda dos aposentados

17:17
Anónimo disse...
Previdência
Previdência prorroga isenção de tarifas no benefício

O atual sistema de pagamento aos 26 milhões de aposentados e pensionistas do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) será mantido até o final deste ano. O acordo, que permite realizar a operação sem nenhum custo aos beneficiários, foi renovado nesta sexta-feira, entre o governo federal e 21 instituições financeiras.

Por meio desse acordo, vigente desde setembro de 2007, nem os segurados, nem os bancos e nem o governo arcam com o pagamento de tarifas, conforme explicou o ministro da Previdência Social, José Pimentel. A prorrogação vale até dezembro, data máxima para que a Previdência defina as regras para um novo contrato.

Ao assinar o termo de renovação, na sede da Federação Brasileira dos Bancos (Febraban), o ministro disse que a intenção do governo é mudar o atual modelo de gestão visando a reduzir os custos dessas operações em torno da folha mensal, que atinge R$ 15,8 bilhões. No entanto, qualquer alteração, conforme explicou, passará antes por audiências públicas a serem realizadas a partir do segundo semestre deste ano, atendendo a determinação do Tribunal de Contas da União (TCU).

De acordo com Pimentel, com um redesenho do mecanismo de repasse dos recursos aos bancos em torno da folha de pagamento dos segurados o que se busca é um aumento da participação de instituições financeiras. Ele informou que, desde 2007, cada benefício custa em média R$ 1,07 ao governo. "Quanto mais instituições financeiras estiverem prestando serviços à sociedade, maior é a competitividade, a agilidade no atendimento", justificou.

O ministro observou, ainda, que, para permitir uma redução para algo em torno de meia hora no tempo de atendimento para a concessão dos direitos previdenciários, o governo investiu R$ 280 milhões.

Questionado sobre o descontentamento dos segurados que ganham acima de um salário mínimo terem obtido apenas a correção com base na variação do Índice de Preços ao Consumidor (INPC) , ficando abaixo do reajuste dado a quem recebe apenas o mínimo, Pimentel argumentou que o governo seguiu o que determina a lei e descartou a possibilidade de uma revisão

17:17
Anónimo disse...
Empresas
Caterpillar oferece aposentadoria antecipada a 2 mil


A companhia americana Caterpillar ofereceu a cerca de dois mil funcionários incentivos para que se aposentem de forma voluntária antes do previsto, pela perspectiva de uma queda "significativa" da atividade industrial, informou nesta quarta-feira a empresa.

A iniciativa, destinada aos trabalhadores de diversas fábricas em Illinois, Colorado, Tennessee e Pensilvânia, se soma aos cortes de empregos anunciados em janeiro, explicou em comunicado de imprensa.

A empresa, a maior fabricante mundial de maquinaria pesada para a construção e a mineração, acrescentou que, "em função das condições de negócio, podem ser necessárias mais reduções de elenco voluntárias e involuntárias à medida que o ano avança".

O vice-presidente da companhia, Sid Banwart, explicou que a empresa prevê "demissões significativas em todas as regiões geográficas e na maioria dos setores devido às dificuldades da economia mundial".

17:18
Anónimo disse...
Comércio
Comércio exterior da OCDE caiu no 3º trimestre de 2008


As exportações e as importações dos países da Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Econômico (OCDE) caíram 1,6% e 0,2%, respectivamente, no terceiro trimestre de 2008, em relação aos três meses anteriores.

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Trata-se da primeira queda destas atividades desde o terceiro trimestre de 2006, segundo o último relatório trimestral sobre fluxos comerciais divulgado pela OCDE.

As exportações e as importações em dólares dos 30 Estados-membros caíram 15,6% e 17%, respectivamente, na comparação anualizada.

Por sua vez, o comércio dos sete países mais ricos do mundo (G7) teve um pequeno crescimento no terceiro trimestre de 2008 com uma queda das exportações de mercadorias de 0,2% em relação ao trimestre anterior e um aumento de 0,4% das importações.

Em termos anualizados, as importações do G7 caíram 1,4% entre julho e setembro do ano passado, seu primeiro retrocesso desde o terceiro trimestre de 2006, enquanto as exportações aumentaram 1,9%, seu crescimento mais baixo no mesmo tempo.

Por países, a Alemanha aumentou suas importações em 3,4% - valor mais alto do G7 -, enquanto suas exportações caíram 2,9% do segundo para o terceiro trimestre de 2008.

Pelo contrário, as exportações americanas aumentaram 1,8% entre julho e setembro de 2008, enquanto as importações caíram 0,7% em relação ao trimestre anterior. No Japão, tanto as importações quanto as exportações caíram em torno de 1% no mesmo período.

17:19
Anónimo disse...
Economia Nacional
Lula: juros de crédito consignado a aposentados são altos

Atualizada às 17h29

O presidente Luis Inácio Lula da Silva afirmou nesta terça-feira, em São Paulo, que está lutando para reduzir as taxas de juros cobradas de aposentados em crédito consignado. A Previdência Social estabelece uma taxa máxima de 2,5% para empréstimo e de 3,5% para cartão. Para Lula, os valores são altos.

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"Acho que o juro que os aposentados estão pagando hoje com o crédito consignado é alto para o padrão brasileiro", disse o presidente durante a cerimônia de comemoração dos 86 anos do INSS.

A Previdência anunciou nesta terça-feira que aposentados e trabalhadoras com licença-maternidade poderão receber seus benefícios em 30 minutos. De acordo com Lula, em junho, a aposentadoria do trabalhador rural também será conseguida em meia hora.

Além disso, o presidente anunciou que, também em junho, os trabalhadores que alcançarem o direito à aposentadoria passarão a receber em suas casas um comunicado da Previdência informando o fato e o valor do salário que têm direito a receber. "É um comprometimento público que estou fazendo com os companheiros da Previdência Social", disse.

"Estamos retribuindo ao contribuinte da Previdência Social aquilo que é a cidadania que ele tem direito", afirmou Lula. "Se para cobrar nós somos tão precisos, para devolver o dinheiro, temos que chegar próximo à perfeição", completou.

17:20
Anónimo disse...
Economia Nacional
Salário maternidade sairá em 30 minutos, diz ministro

Toda trabalhadora autônoma que tiver contribuído pelo menos 10 meses com o Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) - ou as que possuírem carteira assinada - poderão receber em 30 minutos o salário maternidade a partir desta terça-feira. Da mesma forma, as mulheres com 30 anos de contribuição e os homens com 35 anos também terão direito ao benefício de forma mais rápida. A informação é do ministro da Previdência Social, José Pimentel.

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Para requerer o salário maternidade, é preciso que as autônomas levem a carteira de identidade e o carnê de contribuição. As demais trabalhadoras devem apresentar a identificação e a carteira de trabalho. Desde o início do mês, a nova forma de análise para a concessão de benefícios foi adotada para a aposentadoria por idade do trabalhador urbano e agora foi estendida para o salário maternidade e por tempo de contribuição.

O ministro disse que a qualificação do serviço da previdência social é o reconhecimento do direito dos trabalhadores e da afirmação da cidadania.

"Até pouco tempo na cabeça do cidadão o serviço devia ser de péssima qualidade. Agora não, nós modificamos toda a legislação no mês de dezembro numa ação conjunta do Congresso Nacional com o governo federal. Estamos implantando e concedendo os benefícios em até 30 minutos", afirmou.

O ministro destacou que para conseguir se aposentar ou ter acesso à licença maternidade em 30 minutos, em primeiro lugar, é necessário que o cidadão esteja vinculado à Previdência, o que inclui 65% da população acima de 16 anos de idade.

"Depois bastar marcar pelo sistema 135 o dia e a hora do atendimento e levar a documentação. Se todos os dados necessários estiverem corretos o contribuinte será atendido em até 30 minutos, como vem sendo feito com as aposentadorias por idade desde o dia cinco de janeiro", explicou.

Pimentel disse ainda que em 90% das agências da previdência social o atendimento é marcado em até 48 horas. Nos grandes centros, entretanto existe um volume maior o que torna mais lento o processo.

"Estamos criando mais 715 agências até 2010, em todo o território nacional, para descentralizar o atendimento. Em 2008, atendemos 295 mil benefícios e aposentadorias por idade. Temos 4 mil pessoas por dia procurando e se aposentando por idade no território nacional. Este serviço será agilizado", concluiu.
17:27
Anónimo disse...
Giuseppe Englaro, pai de Eluana, a italiana que morreu na segunda-feira passada por desidratação, recusou uma grande soma de dinheiro de um conhecido fotógrafo italiano que queria retratar a filha em estado de coma, disse neste sábado o neurologista que atendia a mulher desde 1996, Carlo Defanti.

O neurologista, que participou hoje de uma conferência sobre eutanásia, disse que Englaro respeitou a vontade da filha, que, antes do acidente, tinha pedido que, se lhe ocorresse qualquer coisa irreversível, apresentasse sua imagem de quando estava em boas condições.

Antes de sofrer o acidente de trânsito, em 1992, Eluana viveu o coma de um amigo, Alessandro, o que causou forte impacto na italiana e a levou a fazer o pai prometer que não a deixasse viver em estado vegetativo, disse o próprio Giuseppe Englaro.

Defanti, que dissera que Eluana poderia viver de dez a 12 dias depois da suspensão da alimentação e da hidratação, disse que, como médico, tinha que reprovar esta afirmação.

"Não se pode sobreviver após três ou quatro dias sem líquido e, em particular, água em um corpo. Sabemos bem que, quando há um terremoto, após quatro dias é difícil encontrar sobreviventes".

Defanti ressaltou que Eluana "não falava, não se comunicava com o exterior" e que, após vários exames, "nos deparamos com uma moça que tinha perdido a consciência", porque estava com o córtex cerebral prejudicado.

Eluana foi enterrada na quinta-feira passada no túmulo da família na localidade de Paluzza, em Udine, após um funeral que não contou com a presença dos pais.

16:53
Anónimo disse...
Os bombeiros combatem neste sábado os incêndios na Austrália favorecidos pelo bom tempo, enquanto os deslocados encotram em seu retorno casas derruídas, carros queimados nas ruas e destruição.

Depois de sete dias desde que começaram os incêndios no Estado de Victoria, a lista de mortos chega a 181, os desaparecidos somam 50, os edifícios destruídos totalizam 1,834 mil e o terreno arrasado, principalmente florestas, ocupa uma área de 4,13 mil quilômetros quadrados.

As equipes de bombeiros, formadas por 4 mil profissionais de Victoria, de outras partes da Austrália e de países amigos, combateram hoje 12 focos fora de controle e nenhum representava uma ameaça direta para a população.

O subdiretor do Serviço de Bombeiros, Geoff Conway, disse que este tempo favorável, que se prolongará durante o domingo, permite consolidar as linhas de contenção e avançar na extinção das chamas.

Cinzas apareceram arrastadas por ventos do nordeste sobre Melbourne, onde habitam 3,8 milhões de pessoas, e as autoridades alertaram aos cidadãos do risco para a saúde de idosos, crianças e pessoas com problemas respiratórios.

O número de pessoas deslocadas - a Cruz Vermelha chegou a receber 7 mil - começou a cair com a abertura de algumas localidades atingidas.

Os incêndios, alguns criminosos, começaram em 7 de fevereiro, quando a região sul da Austrália estava há duas semanas sob uma onda de calor sem precedentes.

Na sexta-feira passada, a polícia acusou uma pessoa de ter provocado o incêndio que atingiu a localidade de Churchill e matou 21 pessoas.

16:55
Anónimo disse...
A primeira chuva em seis dias reduziu a ameaça de incêndios no Estado de Victoria, ao sul da Austrália. As autoridades, porém, advertiram que ainda existem 12 focos, mas que nenhum deles ameaça áreas povoadas.

Mais de quatro mil bombeiros, mil provenientes de outras partes do país e de outras nações, trabalham contra o fogo. Cerca de 600 veículos e 28 helicópteros e pequenos aviões estão sendo usados.


Eles conseguiram construir linhas de contenção para evitar os incêndios de Yarra e Maroondah se juntassem. Também foram controlados os incêndios abertos de Yea e Murrindindi, que ameaçavam as comunidades de Connellys Creek, Crystal Creek, Scrubby Creek e Native Dog Creek.

O número de mortos chegou a 181, mas as autoridades acreditam que as vítimas devem passar de 200, já que ainda há muitos desaparecidos.

16:55
Anónimo disse...
Aqui nesta coluna, na semana passada, tive a oportunidade de comentar sobre a recente visita do professor brasileiro Pedrinho Guareschi à Austrália. Não dei, porém, os fatos, pois semana passada o assunto era outro.

Hoje, porém, vamos a eles.

No último dia 4 de fevereiro, aconteceu o Seminário "Paulo Freire: Education and Liberation", organizado pelo centro de estudos latino-americanos da Universidade Nacional da Austrália, ou ANU, como é mais conhecida por aqui.

A ANU, para quem não sabe, está entre as 20 melhores universidades do mundo! E tem sede aqui em Camberra, capital da Austrália.

Na abertura do evento, o professor John Minns, diretor do centro latino-americano, ao dar boas-vindas ao público presente, lembrou ser aquele o primeiro seminário exclusivamente dedicado a Paulo Freire na Austrália.

Em seguida, convidou Pedrinho Guareschi, palestrante principal do Seminário, a fazer sua apresentação.

A plateia pode então conhecer, pelas palavras de Pedrinho, um pouco da obra e da vida de Freire, esse brasileiro de fé e valor, que sempre acreditou na educação, sobretudo dos menos favorecidos, analfabetos, como força libertadora.

Como não podia deixar de ser, os conceitos e ideias revolucionários de Paulo Freire, expostos com clareza por Pedrinho, despertaram o interesse e a curiosidade de plateia. A qual, deve-se notar, era na maioria de estudantes, mas de várias nacionalidades, sobretudo australianos e asiáticos.

Na continuação do programa do seminário, que se estendeu por dois dias, outros professores fizeram palestras sobre temas ligados à obra de Paulo Freire.

Interessante, por exemplo, saber que a professora Anne Hickling-Hudson, jamaicana que mora na Austrália há muitos anos (é professora da ANU), conheceu e trabalhou com Freire num workshop educacional durante a revolução na Ilha de Granada, em 1980, antes da invasão dos Estados Unidos...

Ou, então, a palestra da Professora Gerda Roelvink, da Nova Zelândia, que participou do Fórum Social de Porto Alegre em 2005. E essa participação transformou-se em tema de doutorado.

No dia 10, terça-feira passada, o padre Pedrinho Guareschi voltou a falar ao público australiano em grande auditório localizado no belíssimo campus da ANU. Desta vez, sobre a Teologia da Libertação.

Depois da palestra, John Minns mostrou o filme mexicano "O Crime do Padre Amaro", no qual um dos personagens é um padre católico praticante da Teologia da Libertação.

Mais uma vez, foi grande o intersse da platéia, que pode aprender e conhecer um pouco como se desenvolveu aquele importante movimento católico na América Latina.

Fica, assim, ao Pedrinho, bem como a outros brasileiros estudiosos e de bom coração que saem pelo mundo a divulgar aspectos importantes da cultura brasileira, o respeito e a homenagem desta coluna. E... aquele abraço!

16:57
Anónimo disse...
Amanda Kitts perdeu o braço esquerdo em um acidente de automóvel acontecido três anos atrás, mas hoje em dia ela joga futebol americano com seu filho de 12 anos de idade, troca fraldas e abraça as crianças nas três creches Kiddie Cottage que opera em Knoxville, Tennessee. Kitts, 40 anos, faz tudo isso com a ajuda de um novo tipo de braço artificial que se movimenta com mais facilidade do que outros aparelhos e que ela pode controlar utilizando apenas seus pensamentos.

"Eu sou capaz de mexer a mão, o pulso e o cotovelo ao mesmo tempo", diz. "Você pensa e os músculos se movem em seguida".

A recuperação que ela conseguiu resulta de um novo procedimento que vem atraindo crescente atenção porque permite que pessoas movam braços protéticos de forma mais automática do que faziam no passado, simplesmente utilizando nervos reaproveitados em seus cérebros.

A técnica, conhecida como "renervação muscular dirigida", envolve utilizar os nervos que restam depois da amputação de um braço e conectá-los a outro músculo do corpo, em geral no peito. Eletrodos são instalados sobre os músculos do peito, e operam como se fossem antenas. Quando a pessoa deseja mover o braço, o cérebro envia sinais que primeiro resultam em contração dos músculos do peito, os quais enviam um sinal ao braço protético, instruindo-se a se movimentar. O processo não requer mais esforços consciente do que a pessoa teria de exercitar caso ainda tivesse seu braço natural.

Na terça-feira, pesquisadores reportaram em estudo publicado pela versão online do Journal of the American Medical Association que haviam levado a técnica ainda mais à frente, tornando possível a execução de 10 movimentos de mão, pulso e cotovelo diferentes, o que representa uma substancial melhora com relação ao típico repertório protético, que em geral envolve apenas dobrar o cotovelo, girar o pulso e abrir a mão.

"Os novos métodos tiveram impacto dramático em nosso campo de trabalho", disse Stuart Harshbarger, engenheiro biomédico na Universidade Johns Hopkins e diretor do programa de pesquisa sobre próteses, financiado pelas forças armadas, que inclui o trabalho com essa técnica. "O método já está em uso por médicos e cirurgiões comuns em todo o país. A capacidade de controlar um membro protético bastante robusto que ele confere surpreendeu a todos pela qualidade".

Tipicamente, uma pessoa que tenha um braço protético só é capaz de executar alguns poucos movimentos, e muitas vezes com tamanha lentidão que isso só permite a ela atividades limitadas.

Há um motor separado para cada movimento, diz Gerald Loeb, professor de engenharia biomédica na Universidade do Sul da Califórnia, "e esses motores precisam ser controlados de maneira explícita", usualmente por um esforço consciente da pessoa para contrair músculos nas costas ou no bíceps.

"Essencialmente, até agora os pacientes controlavam apenas um motor de cada vez", diz Loeb, "e precisavam pensar cuidadosamente sobre que motor desejavam controlar e como fazê-lo operar, em lugar de simplesmente pensarem em mover o braço e poderem fazê-lo sem delongas".

Antes que Kitts passasse pelo procedimento de renervação, em outubro de 2007, por exemplo, ela precisava movimentar os músculos de suas costas de determinada maneira para fazer com que seu pulso girasse, e flexionar seu bíceps e tríceps para fazer com que o cotovelo se movesse para cima e para baixo. "Era muito trabalho", ela conta. "E não me ajudava muito".

O procedimento de renervação é parte de uma recente explosão de idéias novas e técnicas inovadoras que estão sendo exploradas enquanto os cientistas se esforçam por ajudar as pessoas a compensar melhor a perda de membros ou problemas de paralisia. O esforço vem sendo alimentado pelo aumento no número de amputações causado por diabetes e por ferimentos sofridos pelos militares, e ao mesmo tempo pelos avanços na tecnologia médica.

Os braços se tornaram um dos focos essenciais desse tipo de trabalho. A ciência há muito vem obtendo sucessos no desenvolvimento de próteses de perna, mas é muito mais difícil imitar a complexidade e a destreza das mãos e dos braços.

Os esforços em curso incluem o desenvolvimento de projetos de pele e braços mais sensíveis e mais flexíveis, e o uso de dispositivos acionados por controles sem fio implantado nos braços protéticos, que permitiriam movimentos mais naturais.

Os pesquisadores também vêm usando sensores implantados nos cérebros de cobaias para permitir que dois macacos controlem um braço mecânico, e um teste com um homem paralítico permitiu, com esse método, que ele movimentasse um cursor em uma tela de computador.

Alguns desses métodos, caso venham a ser aperfeiçoados plenamente e consigam aprovação das autoridades regulatórias da saúde, podem no futuro se tornar mais viáveis para os pacientes de amputações.

E embora a técnica da renervação não requeira aprovação das autoridades regulatórias porque é executada por meios cirúrgicos e emprega aparelhos já existentes, ela apresenta limitações que até mesmo seus criadores reconhecem, entre as quais o fato de que não se pode utilizá-la para todos os pacientes, o seu alto custo e o prazo de meses requerido para que os nervos reconectados cresçam e se tornem efetivos.

Ainda assim, os especialistas dizem que é o mais avançado sistema em uso hoje para pacientes reais que permite que o sistema nervoso controle diretamente o movimento de um braço artificial.

Desde sua introdução por Todd Kuiken, médico fisioterapeuta e engenheiro biomédico do Instituto de Reabilitação de Chicago, o método foi empregado em cerca de 30 pacientes nos Estados Unidos, Canadá e Europa, entre os quais oito soldados feridos no Iraque e no Afeganistão.

Muitos dos pacientes, entre os quais o primeiro, Jesse Sullivan, um operário do setor elétrico no Tennessee que perdeu os dois braços quando foi eletrocutado por um cabo, conseguem não apenas manipular seus braços protéticos mas sentir a presença das mãos que já não têm quando alguém toca em seus peitos.

Sullivan, 62 anos, e Kitts, estavam entre os cinco pacientes que participaram do estudo reportado na terça-feira. Em companhia de cinco outras pessoas que não passaram por amputações, eles receberam os eletrodos e foram instruídos a usar pensamentos para fazer com que um braço virtual na tela reproduzisse 10 movimentos diferentes, entre os quais três formas diferentes de aperto de mão.

Os pacientes apresentaram desempenho bastante respeitável, apenas um pouco mais lento e menos preciso do que os dos participantes que não tinham amputações.

"As velocidades de movimento que encontramos em nossos pacientes foram realmente encorajadoras", disse Kuiken. "Eles conseguiram completar a tarefa. É claro que não foram tão competentes quanto as pessoas dotadas de plena capacidade física, mas foram bons o bastante".

Um braço virtual foi usado porque a maioria das próteses existentes não era capaz de acomodar todos aqueles movimentos, no momento da pesquisa, ainda que Sullivan, Kitts e uma terceira paciente, Claudia Mitchell, tenham experimentado dois novos protótipos mais versáteis de braços artificiais, executando tarefas complexas com bolas de tênis e outros objetos.

O trabalho de renervação em soldados apresenta outros desafios, diz Kuiken, porque os ferimentos militares muitas vezes "causam danos muitos extensos" a nervos, músculos ou ossos.

Daniel Acosta, 25 anos, um aviador ferido pela detonação de uma bomba em uma estrada do Iraque em 2005, passou pelo procedimento no ano passado e diz que seu braço esquerdo protético agora se movimenta "muito mais rápido" e de maneira muito mais natural.

"A diferença é que agora não preciso mais pensar para mover o braço", ele diz. "Ele simplesmente se mexe".

Ainda assim, Acosta, de San Antonio, diz que "o processo foi bastante longo" e que os eletrodos precisam ser ajustados para receber os sinais à medida que os nervos crescem ou mudam de posição.

E embora elogiem o método, os especialistas afirmam que a ciência das próteses de braço ainda tem muito por avançar.

"Trata-se de uma parte crucial, mas ainda assim apenas uma parte, das muitas coisas que compreendem a função normal de um braço", disse Loeb, que escreveu um editorial que acompanha o artigo no Journal of the American Medical Association.

"No momento estamos a meio do caminho entre o braço de 'Dr. Fantástico', que fazia involuntariamente a saudação nazista, e o braço de Luke Skywalker em 'Guerra nas Estrelas', que funciona sem nenhum problema assim que é conectado. Creio que precisaremos ainda de muitos anos para conectar todas as peças necessárias a produzir um braço capaz de funcionar normalmente".

17:04
Anónimo disse...
A Espanha disse neste sábado que está preparando uma reclamação oficial contra a decisão da Venezuela de expulsar um membro do Parlamento Europeu que criticou o conselho eleitoral venezuelano.
Luis Herrero, membro do partido conservador espanhol PP, foi deportado na sexta-feira depois que o Conselho Nacional Eleitoral (CNE) o acusou de questionar a imparcialidade da instituição antes de um referendo que pode permitir ao presidente Hugo Chávez permanecer no cargo indefinidamente.

Herrero estava na Venezuela como observador do referendo. Ele acusou Chávez de ter "comportamentos típicos de um ditador" por pedir a contenção de manifestações da oposição.

O governo da Espanha convocou um encontro com o embaixador da Venezuela em Madri para expressar a desaprovação sobre a expulsão de Herrero, disse um representante do Ministério das Relações Exteriores espanhol.

As relações da Venezuela com a Espanha tiveram seu ponto crítico em 2007, quando Chávez ameaçou rever acordos diplomáticos e comerciais depois de ouvir um "cala a boca" do rei espanhol Juan Carlos durante uma cúpula.

A fenda foi oficialmente reparada em 2008, com uma visita oficial de Chávez à Espanha, onde ele cumprimentou o rei e discutiu acordos para investimento no setor petroquímico com o primeiro-ministro José Luis Rodriguez Zapatero.

17:06
Anónimo disse...
A polícia do Zimbábue anunciou neste sábado que acusa de traição Roy Bennett, dirigente do até agora opositor Movimento para a Mudança Democrática (MDC), detido na sexta-feira, em Harare, poucas horas antes da cerimônia de posse dos membros do novo gabinete.

"A Polícia nos informou que vão apresentar acusações de traição", disse à agência EFE o advogado de defesa de Bennett, Trust Maanda.

"Tentam relacionar Roy com o caso de Mike Hitschmann, que foi detido em 2006 em relação à descoberta de um carregamento de armas, apesar de que Hitschmann não tenha sido declarado culpado das acusações de traição apresentadas contra ele, mas de um crime menor de descumprimento de leis", disse Maanda.

O político opositor, designado por seu partido como vice-ministro de Agricultura no Governo de união nacional, esteve no exílio na vizinha África do Sul desde 2006 e retornou ao Zimbábue há duas semanas.

Segundo a Polícia, que deteve Bennett ontem no aeroporto de Harare quando pretendia ir à África do Sul para visitar sua família, as armas apreendidas em 2006 seriam utilizadas em um golpe de Estado para derrubar o presidente do Zimbábue, Robert Mugabe.

Depois da detenção, Bennet foi levado a Mutar, onde vários simpatizantes do MDC se concentraram em frente à delegacia na qual estava detido, diante do que a Polícia respondeu com tiros para o alto para dispersar os manifestantes.

17:07
Anónimo disse...
Austrália: 14 mil se candidatam a 'emprego dos sonhos'

A secretaria de Turismo de Queensland, na Austrália, informou que até esta segunda-feira já recebeu cerca de 14 mil inscrições para o "o melhor emprego do mundo". O Estado australiano promove pela internet seleção para vaga de "zelador" da ilha Hamilton, por seis meses com um salário de R$ 40 mil.

Muitos candidatos tiveram problemas durante a inscrição por conta dos acessos simultâneos ao site. A secretaria aconselha enviar os vídeos de 60s explicando porque deve ser escolhido em horários alternativos do dia, além de recomendar tamanho em torno de 40MB.

As inscrições começaram em 12 de janeiro e vão até o próximo dia 22 e podem ser feitas pelo site www.islandreefjob.com. O governo australiano escolherá 50 candidatos para a próxima fase da seleção, que terá votos do público para eleger um dos 11 finalistas.

A última fase terá entrevistas e desafios físicos, no próprio local de trabalho: as ilhas da Grande Barreira Coralina - o maior recife de coral do mundo. A secretaria de Turismo anunciará o vencedor no dia 6 de maio.

17:09
Anónimo disse...
Mercado elogia governo na crise, mas pede maior queda no juro

Peter Fussy
Direto de São Paulo

Desde as primeiras medidas anunciadas para combater os efeitos da crise, o governo brasileiro avisou que a estratégia não contemplaria um pacote. Seriam doses pontuais, de acordo com a necessidade da economia diante do agravamento das turbulências. Da primeira liberação dos depósitos compulsórios em setembro até a ampliação do seguro-desemprego na última quarta-feira, o governo passou por redução de impostos, ampliação de crédito e incentivos à exportação. Quase 150 dias após a primeira medida, o Terra conversou com líderes do setor público e privado, representantes dos trabalhadores, acadêmicos e com o próprio governo para saber quais destas ações foram mais eficazes, quais foram mais ineficientes e o que mais pode ser feito pelo Estado brasileiro contra a crise.

Os maiores elogios foram direcionados à atitude de reduzir o Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) para a indústria automobilística, anunciada em dezembro e que fez com que os emplacamentos de carros novos subissem 1,9% no primeiro mês do ano em relação a dezembro de 2008. Já as maiores críticas foram para a lentidão no corte da taxa básica de juro do País.

Para o presidente do conselho administrativo do Grupo Pão de Açúcar, Abílio Diniz, o Estado não é responsável pela crise e mesmo assim está agindo "com extrema serenidade e muito acerto". "O governo está atento, fazendo a sua parte. É preciso coragem de baixar firmemente a taxa de juros. É uma arma que temos a nosso favor, já que não há clima para inflação, nem possibilidade de danos para a macroeconomia", afirmou Diniz.

Na última reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), em janeiro, a taxa Selic foi reduzida em um ponto percentual, de 13,75% para 12,75% ao ano. Porém, o professor de economia da Universidade de Brasília (UnB) José Luiz Oreiro lembra que este corte representa uma redução de apenas 0,25 ponto percentual com relação à taxa de setembro do ano passado, quando a crise se agravou.

"Pouco antes da eclosão da crise, o Banco Central aumentou a taxa em 0,75 ponto. Foram cinco meses de demora para reduzir em termos líquidos apenas 0,25 ponto", afirmou o economista, que também sugeriu redução do intervalo de cerca de 90 dias entre as reuniões do Copom e o corte de pelo menos um 1 ponto percentual em cada reunião.

Mesmo com o corte de janeiro, a taxa de juros real continua sendo a maior do mundo, lembrou o secretário-geral da Força Sindical, João Carlos Gonçalves, o Juruna. "A redução da taxa de juro ainda é pequena, porque ela continua uma das mais altas do mundo. Falta ousadia para baixar os juros e ajudar o cidadão. A permanência da taxa de juro alta é negativa para o País em meio a crise", afirmou Juruna.

Embora aprove as ações do governo, o senador Aloízio Mercadante (PT-SP) também acredita que o patamar da Selic está muito alto. "Sempre fomos os primeiros a entrar em qualquer crise, o que não aconteceu agora. A taxa Selic ainda é muito alta, mas o governo têm tomado medidas acertadas, como o aumento do salário mínimo, mesmo com um cenário de crise. Isso ajuda a movimentar o consumo. O governo está se esforçando para manter os investimentos e o crescimento", disse.

Tributos
De acordo com o economista Fabio Pina, da Fecomercio-SP, as ações mais positivas estão relacionadas à redução de tributos para alguns segmentos, como a indústria automobilística, que recuperou parte da queda nas vendas em janeiro com a isenção do IPI para carros 1.0 l e o corte para demais motorizações. A medida vale até o final de março.

"Essas medidas não só reduziram o preço, mas anteciparam o consumo daqueles que iriam comprar no futuro, dando um prêmio por conta da insegurança. Mexe diretamente com o principal problema que é a confiança do consumidor", afirmou. Juruna destacou que um bom ritmo de vendas é garantia de emprego. "É importante porque cada emprego na montadora significa 19 na cadeia produtiva", comentou o representante da Força Sindical.

Também em dezembro, o governo decidiu cortar pela metade a alíquota do Imposto de Renda para contribuintes que ganham entre R$ 1.434 e R$ 2.150 mensais. "O salário aumentava e a tabela não se modificava. As pessoas ganhavam mais e pagavam mais impostos", apontou Juruna. Outra redução de tributos do governo foi com relação ao Imposto sobre Operações Financeiras (IOF), que caiu de 3% ao ano para 1,5%.

Crédito
Na segunda metade de 2008, o colapso de bancos nos Estados Unidos por conta da crise do subprime provocou uma forte restrição de crédito no mundo inteiro. Uma das primeiras medidas anticrise do governo teve como objetivo restabelecer a oferta, com mudanças no recolhimento dos depósitos compulsórios por parte dos bancos. Segundo o presidente do Banco Central, Henrique Meirelles, as diversas modificações liberaram US$ 99,2 bilhões aos bancos até o final de janeiro.

Além disso, o governo concedeu R$ 36 bilhões das reservas internacionais para empresas brasileiras com dívidas no exterior e uma medida provisória autorizou o Banco do Brasil e a Caixa Econômica Federal a comprar carteiras de crédito de bancos privados. Para o diretor do Departamento de Pesquisas e Estudos Econômicos da Fiesp, Paulo Francini, estas medidas foram essenciais para combater os efeitos da crise.

"A crise se desenvolve no mundo em torno do tema crédito. E o crédito reduziu-se barbaridade no mundo. Então o governo lança mão de compulsório, lança mão de reservas, de medidas que permitem aos bancos comprar carteiras de bancos. Você vai tomando várias medidas para atender às demandas e o epicentro disso é crédito", afirmou.

No entanto, Oreiro, da UnB, adverte que a liberação dos compulsórios seria mais eficiente acompanhada de redução mais agressiva da taxa básica de juro. "Uma parte do crédito voltou, depois da forte retração em outubro e novembro. O que deveria ter sido feito junto à liberação do compulsório era uma redução mais drástica da taxa de juro. Sem isso, os bancos pegam as reservas e acabam comprando títulos públicos", explicou o economista.

Na opinião de Pina, as ações de distribuição de crédito via redução do compulsório e a disposição de capital de giro para empresas foram tomadas sem um cuidado maior na operação e não tiveram muito efeito. "O BNDES tem linhas que ficam paradas quase todo o ano, agora é pior ainda. Existem os recursos, mas as empresas e os bancos estão desconfiados. É preciso fazer com que os bancos tenham interesse em emprestar", afirmou o economista da Fecomercio-SP.

Futuro
Mesmo com todas essas medidas, a crise financeira ainda gera incertezas nos setores produtivos do País. Nos últimos meses, o medo do desemprego fez os consumidores adiarem compras. Por sua vez, a queda nas vendas pode obrigar as indústrias a cortarem a produção e demitir funcionários. Contra isso, empresários sugerem redução de jornada e de salários.

"Isto está previsto em lei. A Fiesp simplesmente manteve conversações com entidades sindicais quanto à aplicação daquilo que já está previsto em lei", afirmou Francini.

Segundo a ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff, uma das medidas que assegura um nível de emprego é a manutenção de investimentos no Programa de Aceleração do Crescimento (PAC). "Estamos esperando que a dificuldade ocorra em janeiro, fevereiro e março. Estamos certos que vamos manter o nível de investimento. É isso que funciona, é isso que significa investimento público. Ele funciona como um colchão. Por isso, nós colocamos R$ 100 bilhões no BNDES e a Petrobras ampliou o seu investimento em R$ 120 bilhões", afirmou.

Na mesma linha, Pina explica que a antecipação de gastos do governo substitui parte da demanda retraída do setor privado. "Ele dá o seguinte recado: não vou estourar as contas públicas, mas concentrar em um momento em que a demanda privada está pequena. Mas o governo não tem fôlego suficiente para fazer o papel de toda demanda", ressaltou. O economista da Fecomercio lembrou que a entidade já pleiteou junto ao governo isenções para transferência de imóveis e de automóveis, além de retirar o IPVA para veículos novos.

Já Oreiro foca suas propostas na capitalização do Banco do Brasil e da Caixa Econômica Federal pelo Tesouro para atender a demanda de crédito para capital de giro e reduzir o spread. "Aumentando o empréstimo e reduzindo as taxas, os dois vão forçar os bancos privados a acompanhar o movimento, até para não perderem participação no mercado", explicou o economista da UnB.

Até o Carnaval, o governou prometeu detalhar um pacote de incentivos para a construção de até um milhão de casas populares, direcionado a famílias com renda de até dez salários mínimos. "Estamos atentos a tudo o que está acontecendo e novas medidas serão tomadas caso haja uma avaliação de que sejam necessárias", disse o ministro da Fazenda, Guido Mantega, na última sexta-feira.

17:11
Anónimo disse...
Ex-ministro critica extensão do seguro-desemprego

Atualizada às 09h03

O ex-ministro do Trabalho Almir Pazzianotto criticou a decisão do governo federal de conceder o seguro-desemprego estendido a apenas alguns setores. "É certamente odioso e provavelmente inconstitucional", disse Pazzianotto, de acordo com o jornal O Estado de S. Paulo.

Na última qurta, dia do anúncio da medida, centrais sindicais elogiaram a atitude do governo. A Força Sindical divulgou nota dizendo que "o aumento ajudará a aquecer parte da economia, já que irá gerar mais consumo, produção e conseqüentemente, a criação de novos postos de trabalho". A União Geral dos Trabalhadores (UGT) afirmou que a medida "contribuirá para minimizar o drama dos trabalhadores que perderem seu emprego por conta da crise".

O ex-ministro, que instituiu o seguro-desemprego no País no governo de José Sarney, destacou a necessidade de as centrais sindicais se manifestarem contra a determinação. Para ele, as mudanças devem ser aplicadas a todas as categorias profissionais e a distinção é contrária ao artigo 3º da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT).

Pazzianotto atribui a medida a um possível temor do governo de que a crise econômica seja longa e não haja dinheiro para atender a todas as necessidades. Ainda assim, ele se mostra contrário ao método de concessão. "O seguro-desemprego ajuda a sanar necessidades básicas. Estendê-lo é paliativo, não a solução", disse ao jornal.

De acordo com o presidente do Conselho Deliberativo do Fundo de Amparo ao Trabalhador (Codefat) e conselheiro da Força Sindical, Luiz Fernando Emediato, a determinação já estava prevista na lei 8.900/94, que trata do seguro-desemprego.

O presidente da Comissão de Trabalho da Câmara, Pedro Fernandes (PTB-MA) vai além na crítica à concessão do seguro para apenas alguns setores. Ele acredita que a ampliação do benefício estimula o desemprego.

Quintino Severo, secretário geral da Central Única dos Trabalhadores (CUT), lembra que a ampliação do benefício sem critério e identificação pode incentivar demissões em outros setores.

17:13
Anónimo disse...
Empresas
TAM faz promoção para destinos internacionais

A companhia aérea TAM anunciou nesta sexta-feira tarifas promocionais para trechos internacionais. Os preços valem para bilhetes comprados entre 6h deste sábado e 23h59 deste domingo e são válidos para classe econômica. As tarifas, para ida e volta, serão vendidas a partir de US$ 99, mais taxas.

Segundo a aérea, a promoção vale para viagens feitas no período de 14 de fevereiro a 18 de junho de 2009. Para destinos na América do Sul, a permanência mínima é de dois dias; para bilhetes com destino nos Estados Unidos, cinco dias; e Europa, sete dias. A permanência máxima para as passagens para América do Sul e EUA é de dois meses e para Europa, três meses.

Entre os exemplos de tarifas promocionais, a TAM oferece São Paulo-Lima por US$ 99. Bilhetes para a rota São Paulo-Santiago serão vendidos a partir de US$ 199 e São Paulo-Nova York, US$ 799.

A emissão dos bilhetes deve ser feita obrigatoriamente no ato da reserva, obedecendo às regras estipuladas pela companhia. A compra está sujeita à disponibilidade de assentos nas classes tarifárias determinadas, trechos, horários e datas. A TAM afirmou que também há tarifas promocionais para a classe executiva.

Mais informações podem ser encontradas no site promocional (www.ofertastam.com.br), no site da empresa (www.tam.com.br) ou pelos telefones 4002-5700 ou 0800 5705700.

17:13
Anónimo disse...
Empresas
Consultoria negocia compra do parque temático Hopi Hari

A consultoria especializada em reestruturação de empresas Íntegra Associados informou nesta sexta-feira ter um acordo para comprar o parque de diversões Hopi Hari, localizado no interior de São Paulo. A empresa estaria disposta a investir R$ 10 milhões no parque, que tem dívida estimada em R$ 800 milhões. As informações são da edição deste sábado do jornal Folha de S. Paulo.

De acordo com o jornal, a transação ainda depende da negociação entre o Hopi Hari e seus credores, o que já estaria em andamento.

A consultoria paulista já atuou junto à Parmalat, durante 30 meses, quando reorganizou a gestão da empresa italiana.

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17:14
Anónimo disse...
Empresas
Disney de Tóquio contratará mais 2 mil apesar da crise


A Oriental Land, o operador da Disneylândia Tóquio e DisneySea, organizou neste domingo entrevistas para contratar cerca de 2 mil trabalhadores em tempo parcial, em um momento de grandes demissões deste tipo de empregados no Japão.

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O operador deste parque temático, situado em Urayasu, na província de Chiba (leste de Tóquio), está em pleno processo de seleção de empregados para 20 tipos de postos trabalhistas diferentes.

Segundo a companhia, citada pela agência local de notícias Kyodo, o parque contratará novos trabalhadores para as atrações, para os restaurantes e guardas de segurança entre outros. Os novos contratados começarão a trabalhar a partir de fevereiro.

O processo de seleção acontece em um momento em que a maioria das grandes companhias japonesas começaram a se ver obrigadas a despedir uma elevada percentagem de seus trabalhadores temporários e a tempo parcial.

Algumas inclusive anunciaram demissões de seus trabalhadores fixos, uma medida muito pouco comum nas companhias japonesas, perante os efeitos piores que o esperado pela crise econômica global.

Cerca de uma centena de pessoas esperavam desde a primeira hora desta manhã a abertura do centro de conferências Tokyo International Forum, onde as entrevistas estão sendo feitas, para ser os primeiros a solicitar os postos de trabalho.


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17:15
Anónimo disse...
Economia Internacional
Senado dos EUA aprova plano de estímulo à economia

O Senado dos Estados Unidos aprovou com 60 votos a favor e 38 contra o plano de estímulo à economia de US$ 787 bilhões na madrugada deste sábado. Agora, ele segue para sanção ou veto do presidente Barack Obama, que espera colocar a lei em prática até o dia 16 de fevereiro.

O plano prevê a criação de três milhões de empregos, inclui cortes de impostos às famílias, fundos para programas sociais e obras públicas, além de ajuda aos governos estaduais, estudantes e desempregados.

A cláusula Buy American - que exige o uso de ferro, aço e produtos manufaturados dos Estados Unidos em obras realizadas com recursos do pacote - ficou de lado. Segundo o texto definitivo, a cláusula será aplicada sem violar as normas do comércio internacional.

Ontem à tarde, a Câmara de Representantes (deputados) havia aprovado, por 246 votos a favor e 183 contra, a versão final do plano. Todos os republicanos foram contrários ao pacote.

Pelo acordo de quarta-feira entre Câmara e Senado, em vez de custar US$ 819 bilhões, como queriam os deputados, ou US$ 838 bilhões como pretendiam os senadores, o pacote ficou em cerca de US$ 787 bilhões, com 65% desse total destinado a gastos do governo federal e 35%, a créditos tributários.

17:16
Anónimo disse...
Economia nacional
Na era Lula, aposentadoria sobe 54% menos que salário mínimo

Thatiane Faria
Especial para o Terra
Direto de São Paulo

Os índices de reajustes concedidos pelo governo em 2009 para aposentados e pensionistas e para o salário mínimo repetiram uma diferença que, só durante o governo de Luiz Inácio Lula da Silva, já chega a 54%. Enquanto o mínimo foi majorado em 12% este ano, as pensões e aposentadorias tiveram aumento de 5,92%. Aposentados que têm o benefício do governo como única fonte de renda reclamam que perdem poder de compra e que sua cesta de compras é composta por itens que aumentam mais em relação à inflação oficial.

Um exemplo prático pode ser entendido a partir da comparação entre um aposentado que ganhava R$ 600 em janeiro de 2003. Na época, o benefício era três vezes, ou 200%, maior que o valor do mínimo em vigência, que era de R$ 200. Aplicando-se os índices de reajuste para aposentadorias e para o mínimo durante os últimos seis anos, o mesmo aposentado estaria recebendo hoje R$ 938,47, comparado a um salário mínimo de R$ 465. A diferença entre os dois valores caiu para pouco mais de 100%.

Enquanto o índice acumulado de reajuste para a aposentadoria durante o governo Lula foi de 60%, para o salário mínimo está em 132%.

O diretor do Sindicato Nacional dos Aposentados, João Inocentini, reclama que os valores dos benefícios para aposentadorias não mantêm o poder de compra do grupo, principalmente dos aposentados que recebem menos que dez salários mínimos.

Nem mesmo o fato de o índice de reajuste das aposentadorias ter ficado acima da inflação acumulada no mesmo período (o IPCA entre janeiro de 2003 e janeiro de 2009 foi de 39,7%) serve de argumento, segundo os aposentados.

"Os idosos, principalmente, têm gastos além das contas gerais como gás, telefone e aluguel. Para eles o custo com remédios, e outros itens da área saúde costuma ser maior", afirmou Inocentini.

O presidente do sindicato afirmou que o grupo realiza um estudo com 100 itens de necessidade de um idoso para comparar o aumento dos produtos com o índice de reajuste do benefício recebido pelos aposentados.

"Daqui dois meses vamos abrir um processo na Justiça e levar essa pesquisa como prova. Segundo a lei, o governo é obrigado a manter o poder de compra com a aposentadoria", disse Inocentini.

Alternativas
O consultor financeiro Cláudio Boriola diz que os aposentados, especialmente nesse momento de crise econômica, devem evitar compras parceladas, pesquisar preços, negociar e fazer bom planejamento financeiro.

Segundo Boriola, alguns aposentados ganham um valor mensal muitas vezes insuficiente para o pagamento das contas e acabam pedindo crédito ou realizando pagamentos a prazo e são obrigados a pagar juros altos.

Na opinião do consultor, pagar uma previdência privada é uma alternativa indicada para quem ainda trabalha, considerando a característica de perda de poder de compra da aposentadoria.

"Na prática, infelizmente os valores encontram-se em um patamar que está deteriorando o poder de aquisição da população brasileira", completou Boriola.

De acordo com o diretor da Confederação Brasileira de Aposentados e Pensionistas (Cobap), Vicente Fernandes Barbosa, representantes dos aposentados tentarão um encontro com o presidente da Câmara, deputado Michel Temer (PMDB-SP), para discutir projetos que minimizem a perda dos aposentados

17:17
Anónimo disse...
Previdência
Previdência prorroga isenção de tarifas no benefício

O atual sistema de pagamento aos 26 milhões de aposentados e pensionistas do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) será mantido até o final deste ano. O acordo, que permite realizar a operação sem nenhum custo aos beneficiários, foi renovado nesta sexta-feira, entre o governo federal e 21 instituições financeiras.

Por meio desse acordo, vigente desde setembro de 2007, nem os segurados, nem os bancos e nem o governo arcam com o pagamento de tarifas, conforme explicou o ministro da Previdência Social, José Pimentel. A prorrogação vale até dezembro, data máxima para que a Previdência defina as regras para um novo contrato.

Ao assinar o termo de renovação, na sede da Federação Brasileira dos Bancos (Febraban), o ministro disse que a intenção do governo é mudar o atual modelo de gestão visando a reduzir os custos dessas operações em torno da folha mensal, que atinge R$ 15,8 bilhões. No entanto, qualquer alteração, conforme explicou, passará antes por audiências públicas a serem realizadas a partir do segundo semestre deste ano, atendendo a determinação do Tribunal de Contas da União (TCU).

De acordo com Pimentel, com um redesenho do mecanismo de repasse dos recursos aos bancos em torno da folha de pagamento dos segurados o que se busca é um aumento da participação de instituições financeiras. Ele informou que, desde 2007, cada benefício custa em média R$ 1,07 ao governo. "Quanto mais instituições financeiras estiverem prestando serviços à sociedade, maior é a competitividade, a agilidade no atendimento", justificou.

O ministro observou, ainda, que, para permitir uma redução para algo em torno de meia hora no tempo de atendimento para a concessão dos direitos previdenciários, o governo investiu R$ 280 milhões.

Questionado sobre o descontentamento dos segurados que ganham acima de um salário mínimo terem obtido apenas a correção com base na variação do Índice de Preços ao Consumidor (INPC) , ficando abaixo do reajuste dado a quem recebe apenas o mínimo, Pimentel argumentou que o governo seguiu o que determina a lei e descartou a possibilidade de uma revisão

17:17
Anónimo disse...
Empresas
Caterpillar oferece aposentadoria antecipada a 2 mil


A companhia americana Caterpillar ofereceu a cerca de dois mil funcionários incentivos para que se aposentem de forma voluntária antes do previsto, pela perspectiva de uma queda "significativa" da atividade industrial, informou nesta quarta-feira a empresa.

A iniciativa, destinada aos trabalhadores de diversas fábricas em Illinois, Colorado, Tennessee e Pensilvânia, se soma aos cortes de empregos anunciados em janeiro, explicou em comunicado de imprensa.

A empresa, a maior fabricante mundial de maquinaria pesada para a construção e a mineração, acrescentou que, "em função das condições de negócio, podem ser necessárias mais reduções de elenco voluntárias e involuntárias à medida que o ano avança".

O vice-presidente da companhia, Sid Banwart, explicou que a empresa prevê "demissões significativas em todas as regiões geográficas e na maioria dos setores devido às dificuldades da economia mundial".

17:18
Anónimo disse...
Comércio
Comércio exterior da OCDE caiu no 3º trimestre de 2008


As exportações e as importações dos países da Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Econômico (OCDE) caíram 1,6% e 0,2%, respectivamente, no terceiro trimestre de 2008, em relação aos três meses anteriores.

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Trata-se da primeira queda destas atividades desde o terceiro trimestre de 2006, segundo o último relatório trimestral sobre fluxos comerciais divulgado pela OCDE.

As exportações e as importações em dólares dos 30 Estados-membros caíram 15,6% e 17%, respectivamente, na comparação anualizada.

Por sua vez, o comércio dos sete países mais ricos do mundo (G7) teve um pequeno crescimento no terceiro trimestre de 2008 com uma queda das exportações de mercadorias de 0,2% em relação ao trimestre anterior e um aumento de 0,4% das importações.

Em termos anualizados, as importações do G7 caíram 1,4% entre julho e setembro do ano passado, seu primeiro retrocesso desde o terceiro trimestre de 2006, enquanto as exportações aumentaram 1,9%, seu crescimento mais baixo no mesmo tempo.

Por países, a Alemanha aumentou suas importações em 3,4% - valor mais alto do G7 -, enquanto suas exportações caíram 2,9% do segundo para o terceiro trimestre de 2008.

Pelo contrário, as exportações americanas aumentaram 1,8% entre julho e setembro de 2008, enquanto as importações caíram 0,7% em relação ao trimestre anterior. No Japão, tanto as importações quanto as exportações caíram em torno de 1% no mesmo período.

17:19
Anónimo disse...
Economia Nacional
Lula: juros de crédito consignado a aposentados são altos

Atualizada às 17h29

O presidente Luis Inácio Lula da Silva afirmou nesta terça-feira, em São Paulo, que está lutando para reduzir as taxas de juros cobradas de aposentados em crédito consignado. A Previdência Social estabelece uma taxa máxima de 2,5% para empréstimo e de 3,5% para cartão. Para Lula, os valores são altos.

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"Acho que o juro que os aposentados estão pagando hoje com o crédito consignado é alto para o padrão brasileiro", disse o presidente durante a cerimônia de comemoração dos 86 anos do INSS.

A Previdência anunciou nesta terça-feira que aposentados e trabalhadoras com licença-maternidade poderão receber seus benefícios em 30 minutos. De acordo com Lula, em junho, a aposentadoria do trabalhador rural também será conseguida em meia hora.

Além disso, o presidente anunciou que, também em junho, os trabalhadores que alcançarem o direito à aposentadoria passarão a receber em suas casas um comunicado da Previdência informando o fato e o valor do salário que têm direito a receber. "É um comprometimento público que estou fazendo com os companheiros da Previdência Social", disse.

"Estamos retribuindo ao contribuinte da Previdência Social aquilo que é a cidadania que ele tem direito", afirmou Lula. "Se para cobrar nós somos tão precisos, para devolver o dinheiro, temos que chegar próximo à perfeição", completou.

17:20
Anónimo disse...
Economia Nacional
Salário maternidade sairá em 30 minutos, diz ministro

Toda trabalhadora autônoma que tiver contribuído pelo menos 10 meses com o Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) - ou as que possuírem carteira assinada - poderão receber em 30 minutos o salário maternidade a partir desta terça-feira. Da mesma forma, as mulheres com 30 anos de contribuição e os homens com 35 anos também terão direito ao benefício de forma mais rápida. A informação é do ministro da Previdência Social, José Pimentel.

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Para requerer o salário maternidade, é preciso que as autônomas levem a carteira de identidade e o carnê de contribuição. As demais trabalhadoras devem apresentar a identificação e a carteira de trabalho. Desde o início do mês, a nova forma de análise para a concessão de benefícios foi adotada para a aposentadoria por idade do trabalhador urbano e agora foi estendida para o salário maternidade e por tempo de contribuição.

O ministro disse que a qualificação do serviço da previdência social é o reconhecimento do direito dos trabalhadores e da afirmação da cidadania.

"Até pouco tempo na cabeça do cidadão o serviço devia ser de péssima qualidade. Agora não, nós modificamos toda a legislação no mês de dezembro numa ação conjunta do Congresso Nacional com o governo federal. Estamos implantando e concedendo os benefícios em até 30 minutos", afirmou.

O ministro destacou que para conseguir se aposentar ou ter acesso à licença maternidade em 30 minutos, em primeiro lugar, é necessário que o cidadão esteja vinculado à Previdência, o que inclui 65% da população acima de 16 anos de idade.

"Depois bastar marcar pelo sistema 135 o dia e a hora do atendimento e levar a documentação. Se todos os dados necessários estiverem corretos o contribuinte será atendido em até 30 minutos, como vem sendo feito com as aposentadorias por idade desde o dia cinco de janeiro", explicou.

Pimentel disse ainda que em 90% das agências da previdência social o atendimento é marcado em até 48 horas. Nos grandes centros, entretanto existe um volume maior o que torna mais lento o processo.

"Estamos criando mais 715 agências até 2010, em todo o território nacional, para descentralizar o atendimento. Em 2008, atendemos 295 mil benefícios e aposentadorias por idade. Temos 4 mil pessoas por dia procurando e se aposentando por idade no território nacional. Este serviço será agilizado", concluiu.
17:27
Anónimo disse...
Giuseppe Englaro, pai de Eluana, a italiana que morreu na segunda-feira passada por desidratação, recusou uma grande soma de dinheiro de um conhecido fotógrafo italiano que queria retratar a filha em estado de coma, disse neste sábado o neurologista que atendia a mulher desde 1996, Carlo Defanti.

O neurologista, que participou hoje de uma conferência sobre eutanásia, disse que Englaro respeitou a vontade da filha, que, antes do acidente, tinha pedido que, se lhe ocorresse qualquer coisa irreversível, apresentasse sua imagem de quando estava em boas condições.

Antes de sofrer o acidente de trânsito, em 1992, Eluana viveu o coma de um amigo, Alessandro, o que causou forte impacto na italiana e a levou a fazer o pai prometer que não a deixasse viver em estado vegetativo, disse o próprio Giuseppe Englaro.

Defanti, que dissera que Eluana poderia viver de dez a 12 dias depois da suspensão da alimentação e da hidratação, disse que, como médico, tinha que reprovar esta afirmação.

"Não se pode sobreviver após três ou quatro dias sem líquido e, em particular, água em um corpo. Sabemos bem que, quando há um terremoto, após quatro dias é difícil encontrar sobreviventes".

Defanti ressaltou que Eluana "não falava, não se comunicava com o exterior" e que, após vários exames, "nos deparamos com uma moça que tinha perdido a consciência", porque estava com o córtex cerebral prejudicado.

Eluana foi enterrada na quinta-feira passada no túmulo da família na localidade de Paluzza, em Udine, após um funeral que não contou com a presença dos pais.

16:53
Anónimo disse...
Os bombeiros combatem neste sábado os incêndios na Austrália favorecidos pelo bom tempo, enquanto os deslocados encotram em seu retorno casas derruídas, carros queimados nas ruas e destruição.

Depois de sete dias desde que começaram os incêndios no Estado de Victoria, a lista de mortos chega a 181, os desaparecidos somam 50, os edifícios destruídos totalizam 1,834 mil e o terreno arrasado, principalmente florestas, ocupa uma área de 4,13 mil quilômetros quadrados.

As equipes de bombeiros, formadas por 4 mil profissionais de Victoria, de outras partes da Austrália e de países amigos, combateram hoje 12 focos fora de controle e nenhum representava uma ameaça direta para a população.

O subdiretor do Serviço de Bombeiros, Geoff Conway, disse que este tempo favorável, que se prolongará durante o domingo, permite consolidar as linhas de contenção e avançar na extinção das chamas.

Cinzas apareceram arrastadas por ventos do nordeste sobre Melbourne, onde habitam 3,8 milhões de pessoas, e as autoridades alertaram aos cidadãos do risco para a saúde de idosos, crianças e pessoas com problemas respiratórios.

O número de pessoas deslocadas - a Cruz Vermelha chegou a receber 7 mil - começou a cair com a abertura de algumas localidades atingidas.

Os incêndios, alguns criminosos, começaram em 7 de fevereiro, quando a região sul da Austrália estava há duas semanas sob uma onda de calor sem precedentes.

Na sexta-feira passada, a polícia acusou uma pessoa de ter provocado o incêndio que atingiu a localidade de Churchill e matou 21 pessoas.

16:55
Anónimo disse...
A primeira chuva em seis dias reduziu a ameaça de incêndios no Estado de Victoria, ao sul da Austrália. As autoridades, porém, advertiram que ainda existem 12 focos, mas que nenhum deles ameaça áreas povoadas.

Mais de quatro mil bombeiros, mil provenientes de outras partes do país e de outras nações, trabalham contra o fogo. Cerca de 600 veículos e 28 helicópteros e pequenos aviões estão sendo usados.


Eles conseguiram construir linhas de contenção para evitar os incêndios de Yarra e Maroondah se juntassem. Também foram controlados os incêndios abertos de Yea e Murrindindi, que ameaçavam as comunidades de Connellys Creek, Crystal Creek, Scrubby Creek e Native Dog Creek.

O número de mortos chegou a 181, mas as autoridades acreditam que as vítimas devem passar de 200, já que ainda há muitos desaparecidos.

16:55
Anónimo disse...
Aqui nesta coluna, na semana passada, tive a oportunidade de comentar sobre a recente visita do professor brasileiro Pedrinho Guareschi à Austrália. Não dei, porém, os fatos, pois semana passada o assunto era outro.

Hoje, porém, vamos a eles.

No último dia 4 de fevereiro, aconteceu o Seminário "Paulo Freire: Education and Liberation", organizado pelo centro de estudos latino-americanos da Universidade Nacional da Austrália, ou ANU, como é mais conhecida por aqui.

A ANU, para quem não sabe, está entre as 20 melhores universidades do mundo! E tem sede aqui em Camberra, capital da Austrália.

Na abertura do evento, o professor John Minns, diretor do centro latino-americano, ao dar boas-vindas ao público presente, lembrou ser aquele o primeiro seminário exclusivamente dedicado a Paulo Freire na Austrália.

Em seguida, convidou Pedrinho Guareschi, palestrante principal do Seminário, a fazer sua apresentação.

A plateia pode então conhecer, pelas palavras de Pedrinho, um pouco da obra e da vida de Freire, esse brasileiro de fé e valor, que sempre acreditou na educação, sobretudo dos menos favorecidos, analfabetos, como força libertadora.

Como não podia deixar de ser, os conceitos e ideias revolucionários de Paulo Freire, expostos com clareza por Pedrinho, despertaram o interesse e a curiosidade de plateia. A qual, deve-se notar, era na maioria de estudantes, mas de várias nacionalidades, sobretudo australianos e asiáticos.

Na continuação do programa do seminário, que se estendeu por dois dias, outros professores fizeram palestras sobre temas ligados à obra de Paulo Freire.

Interessante, por exemplo, saber que a professora Anne Hickling-Hudson, jamaicana que mora na Austrália há muitos anos (é professora da ANU), conheceu e trabalhou com Freire num workshop educacional durante a revolução na Ilha de Granada, em 1980, antes da invasão dos Estados Unidos...

Ou, então, a palestra da Professora Gerda Roelvink, da Nova Zelândia, que participou do Fórum Social de Porto Alegre em 2005. E essa participação transformou-se em tema de doutorado.

No dia 10, terça-feira passada, o padre Pedrinho Guareschi voltou a falar ao público australiano em grande auditório localizado no belíssimo campus da ANU. Desta vez, sobre a Teologia da Libertação.

Depois da palestra, John Minns mostrou o filme mexicano "O Crime do Padre Amaro", no qual um dos personagens é um padre católico praticante da Teologia da Libertação.

Mais uma vez, foi grande o intersse da platéia, que pode aprender e conhecer um pouco como se desenvolveu aquele importante movimento católico na América Latina.

Fica, assim, ao Pedrinho, bem como a outros brasileiros estudiosos e de bom coração que saem pelo mundo a divulgar aspectos importantes da cultura brasileira, o respeito e a homenagem desta coluna. E... aquele abraço!

16:57
Anónimo disse...
Amanda Kitts perdeu o braço esquerdo em um acidente de automóvel acontecido três anos atrás, mas hoje em dia ela joga futebol americano com seu filho de 12 anos de idade, troca fraldas e abraça as crianças nas três creches Kiddie Cottage que opera em Knoxville, Tennessee. Kitts, 40 anos, faz tudo isso com a ajuda de um novo tipo de braço artificial que se movimenta com mais facilidade do que outros aparelhos e que ela pode controlar utilizando apenas seus pensamentos.

"Eu sou capaz de mexer a mão, o pulso e o cotovelo ao mesmo tempo", diz. "Você pensa e os músculos se movem em seguida".

A recuperação que ela conseguiu resulta de um novo procedimento que vem atraindo crescente atenção porque permite que pessoas movam braços protéticos de forma mais automática do que faziam no passado, simplesmente utilizando nervos reaproveitados em seus cérebros.

A técnica, conhecida como "renervação muscular dirigida", envolve utilizar os nervos que restam depois da amputação de um braço e conectá-los a outro músculo do corpo, em geral no peito. Eletrodos são instalados sobre os músculos do peito, e operam como se fossem antenas. Quando a pessoa deseja mover o braço, o cérebro envia sinais que primeiro resultam em contração dos músculos do peito, os quais enviam um sinal ao braço protético, instruindo-se a se movimentar. O processo não requer mais esforços consciente do que a pessoa teria de exercitar caso ainda tivesse seu braço natural.

Na terça-feira, pesquisadores reportaram em estudo publicado pela versão online do Journal of the American Medical Association que haviam levado a técnica ainda mais à frente, tornando possível a execução de 10 movimentos de mão, pulso e cotovelo diferentes, o que representa uma substancial melhora com relação ao típico repertório protético, que em geral envolve apenas dobrar o cotovelo, girar o pulso e abrir a mão.

"Os novos métodos tiveram impacto dramático em nosso campo de trabalho", disse Stuart Harshbarger, engenheiro biomédico na Universidade Johns Hopkins e diretor do programa de pesquisa sobre próteses, financiado pelas forças armadas, que inclui o trabalho com essa técnica. "O método já está em uso por médicos e cirurgiões comuns em todo o país. A capacidade de controlar um membro protético bastante robusto que ele confere surpreendeu a todos pela qualidade".

Tipicamente, uma pessoa que tenha um braço protético só é capaz de executar alguns poucos movimentos, e muitas vezes com tamanha lentidão que isso só permite a ela atividades limitadas.

Há um motor separado para cada movimento, diz Gerald Loeb, professor de engenharia biomédica na Universidade do Sul da Califórnia, "e esses motores precisam ser controlados de maneira explícita", usualmente por um esforço consciente da pessoa para contrair músculos nas costas ou no bíceps.

"Essencialmente, até agora os pacientes controlavam apenas um motor de cada vez", diz Loeb, "e precisavam pensar cuidadosamente sobre que motor desejavam controlar e como fazê-lo operar, em lugar de simplesmente pensarem em mover o braço e poderem fazê-lo sem delongas".

Antes que Kitts passasse pelo procedimento de renervação, em outubro de 2007, por exemplo, ela precisava movimentar os músculos de suas costas de determinada maneira para fazer com que seu pulso girasse, e flexionar seu bíceps e tríceps para fazer com que o cotovelo se movesse para cima e para baixo. "Era muito trabalho", ela conta. "E não me ajudava muito".

O procedimento de renervação é parte de uma recente explosão de idéias novas e técnicas inovadoras que estão sendo exploradas enquanto os cientistas se esforçam por ajudar as pessoas a compensar melhor a perda de membros ou problemas de paralisia. O esforço vem sendo alimentado pelo aumento no número de amputações causado por diabetes e por ferimentos sofridos pelos militares, e ao mesmo tempo pelos avanços na tecnologia médica.

Os braços se tornaram um dos focos essenciais desse tipo de trabalho. A ciência há muito vem obtendo sucessos no desenvolvimento de próteses de perna, mas é muito mais difícil imitar a complexidade e a destreza das mãos e dos braços.

Os esforços em curso incluem o desenvolvimento de projetos de pele e braços mais sensíveis e mais flexíveis, e o uso de dispositivos acionados por controles sem fio implantado nos braços protéticos, que permitiriam movimentos mais naturais.

Os pesquisadores também vêm usando sensores implantados nos cérebros de cobaias para permitir que dois macacos controlem um braço mecânico, e um teste com um homem paralítico permitiu, com esse método, que ele movimentasse um cursor em uma tela de computador.

Alguns desses métodos, caso venham a ser aperfeiçoados plenamente e consigam aprovação das autoridades regulatórias da saúde, podem no futuro se tornar mais viáveis para os pacientes de amputações.

E embora a técnica da renervação não requeira aprovação das autoridades regulatórias porque é executada por meios cirúrgicos e emprega aparelhos já existentes, ela apresenta limitações que até mesmo seus criadores reconhecem, entre as quais o fato de que não se pode utilizá-la para todos os pacientes, o seu alto custo e o prazo de meses requerido para que os nervos reconectados cresçam e se tornem efetivos.

Ainda assim, os especialistas dizem que é o mais avançado sistema em uso hoje para pacientes reais que permite que o sistema nervoso controle diretamente o movimento de um braço artificial.

Desde sua introdução por Todd Kuiken, médico fisioterapeuta e engenheiro biomédico do Instituto de Reabilitação de Chicago, o método foi empregado em cerca de 30 pacientes nos Estados Unidos, Canadá e Europa, entre os quais oito soldados feridos no Iraque e no Afeganistão.

Muitos dos pacientes, entre os quais o primeiro, Jesse Sullivan, um operário do setor elétrico no Tennessee que perdeu os dois braços quando foi eletrocutado por um cabo, conseguem não apenas manipular seus braços protéticos mas sentir a presença das mãos que já não têm quando alguém toca em seus peitos.

Sullivan, 62 anos, e Kitts, estavam entre os cinco pacientes que participaram do estudo reportado na terça-feira. Em companhia de cinco outras pessoas que não passaram por amputações, eles receberam os eletrodos e foram instruídos a usar pensamentos para fazer com que um braço virtual na tela reproduzisse 10 movimentos diferentes, entre os quais três formas diferentes de aperto de mão.

Os pacientes apresentaram desempenho bastante respeitável, apenas um pouco mais lento e menos preciso do que os dos participantes que não tinham amputações.

"As velocidades de movimento que encontramos em nossos pacientes foram realmente encorajadoras", disse Kuiken. "Eles conseguiram completar a tarefa. É claro que não foram tão competentes quanto as pessoas dotadas de plena capacidade física, mas foram bons o bastante".

Um braço virtual foi usado porque a maioria das próteses existentes não era capaz de acomodar todos aqueles movimentos, no momento da pesquisa, ainda que Sullivan, Kitts e uma terceira paciente, Claudia Mitchell, tenham experimentado dois novos protótipos mais versáteis de braços artificiais, executando tarefas complexas com bolas de tênis e outros objetos.

O trabalho de renervação em soldados apresenta outros desafios, diz Kuiken, porque os ferimentos militares muitas vezes "causam danos muitos extensos" a nervos, músculos ou ossos.

Daniel Acosta, 25 anos, um aviador ferido pela detonação de uma bomba em uma estrada do Iraque em 2005, passou pelo procedimento no ano passado e diz que seu braço esquerdo protético agora se movimenta "muito mais rápido" e de maneira muito mais natural.

"A diferença é que agora não preciso mais pensar para mover o braço", ele diz. "Ele simplesmente se mexe".

Ainda assim, Acosta, de San Antonio, diz que "o processo foi bastante longo" e que os eletrodos precisam ser ajustados para receber os sinais à medida que os nervos crescem ou mudam de posição.

E embora elogiem o método, os especialistas afirmam que a ciência das próteses de braço ainda tem muito por avançar.

"Trata-se de uma parte crucial, mas ainda assim apenas uma parte, das muitas coisas que compreendem a função normal de um braço", disse Loeb, que escreveu um editorial que acompanha o artigo no Journal of the American Medical Association.

"No momento estamos a meio do caminho entre o braço de 'Dr. Fantástico', que fazia involuntariamente a saudação nazista, e o braço de Luke Skywalker em 'Guerra nas Estrelas', que funciona sem nenhum problema assim que é conectado. Creio que precisaremos ainda de muitos anos para conectar todas as peças necessárias a produzir um braço capaz de funcionar normalmente".

17:04
Anónimo disse...
A Espanha disse neste sábado que está preparando uma reclamação oficial contra a decisão da Venezuela de expulsar um membro do Parlamento Europeu que criticou o conselho eleitoral venezuelano.
Luis Herrero, membro do partido conservador espanhol PP, foi deportado na sexta-feira depois que o Conselho Nacional Eleitoral (CNE) o acusou de questionar a imparcialidade da instituição antes de um referendo que pode permitir ao presidente Hugo Chávez permanecer no cargo indefinidamente.

Herrero estava na Venezuela como observador do referendo. Ele acusou Chávez de ter "comportamentos típicos de um ditador" por pedir a contenção de manifestações da oposição.

O governo da Espanha convocou um encontro com o embaixador da Venezuela em Madri para expressar a desaprovação sobre a expulsão de Herrero, disse um representante do Ministério das Relações Exteriores espanhol.

As relações da Venezuela com a Espanha tiveram seu ponto crítico em 2007, quando Chávez ameaçou rever acordos diplomáticos e comerciais depois de ouvir um "cala a boca" do rei espanhol Juan Carlos durante uma cúpula.

A fenda foi oficialmente reparada em 2008, com uma visita oficial de Chávez à Espanha, onde ele cumprimentou o rei e discutiu acordos para investimento no setor petroquímico com o primeiro-ministro José Luis Rodriguez Zapatero.

17:06
Anónimo disse...
A polícia do Zimbábue anunciou neste sábado que acusa de traição Roy Bennett, dirigente do até agora opositor Movimento para a Mudança Democrática (MDC), detido na sexta-feira, em Harare, poucas horas antes da cerimônia de posse dos membros do novo gabinete.

"A Polícia nos informou que vão apresentar acusações de traição", disse à agência EFE o advogado de defesa de Bennett, Trust Maanda.

"Tentam relacionar Roy com o caso de Mike Hitschmann, que foi detido em 2006 em relação à descoberta de um carregamento de armas, apesar de que Hitschmann não tenha sido declarado culpado das acusações de traição apresentadas contra ele, mas de um crime menor de descumprimento de leis", disse Maanda.

O político opositor, designado por seu partido como vice-ministro de Agricultura no Governo de união nacional, esteve no exílio na vizinha África do Sul desde 2006 e retornou ao Zimbábue há duas semanas.

Segundo a Polícia, que deteve Bennett ontem no aeroporto de Harare quando pretendia ir à África do Sul para visitar sua família, as armas apreendidas em 2006 seriam utilizadas em um golpe de Estado para derrubar o presidente do Zimbábue, Robert Mugabe.

Depois da detenção, Bennet foi levado a Mutar, onde vários simpatizantes do MDC se concentraram em frente à delegacia na qual estava detido, diante do que a Polícia respondeu com tiros para o alto para dispersar os manifestantes.

17:07
Anónimo disse...
Austrália: 14 mil se candidatam a 'emprego dos sonhos'

A secretaria de Turismo de Queensland, na Austrália, informou que até esta segunda-feira já recebeu cerca de 14 mil inscrições para o "o melhor emprego do mundo". O Estado australiano promove pela internet seleção para vaga de "zelador" da ilha Hamilton, por seis meses com um salário de R$ 40 mil.

Muitos candidatos tiveram problemas durante a inscrição por conta dos acessos simultâneos ao site. A secretaria aconselha enviar os vídeos de 60s explicando porque deve ser escolhido em horários alternativos do dia, além de recomendar tamanho em torno de 40MB.

As inscrições começaram em 12 de janeiro e vão até o próximo dia 22 e podem ser feitas pelo site www.islandreefjob.com. O governo australiano escolherá 50 candidatos para a próxima fase da seleção, que terá votos do público para eleger um dos 11 finalistas.

A última fase terá entrevistas e desafios físicos, no próprio local de trabalho: as ilhas da Grande Barreira Coralina - o maior recife de coral do mundo. A secretaria de Turismo anunciará o vencedor no dia 6 de maio.

17:09
Anónimo disse...
Mercado elogia governo na crise, mas pede maior queda no juro

Peter Fussy
Direto de São Paulo

Desde as primeiras medidas anunciadas para combater os efeitos da crise, o governo brasileiro avisou que a estratégia não contemplaria um pacote. Seriam doses pontuais, de acordo com a necessidade da economia diante do agravamento das turbulências. Da primeira liberação dos depósitos compulsórios em setembro até a ampliação do seguro-desemprego na última quarta-feira, o governo passou por redução de impostos, ampliação de crédito e incentivos à exportação. Quase 150 dias após a primeira medida, o Terra conversou com líderes do setor público e privado, representantes dos trabalhadores, acadêmicos e com o próprio governo para saber quais destas ações foram mais eficazes, quais foram mais ineficientes e o que mais pode ser feito pelo Estado brasileiro contra a crise.

Os maiores elogios foram direcionados à atitude de reduzir o Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) para a indústria automobilística, anunciada em dezembro e que fez com que os emplacamentos de carros novos subissem 1,9% no primeiro mês do ano em relação a dezembro de 2008. Já as maiores críticas foram para a lentidão no corte da taxa básica de juro do País.

Para o presidente do conselho administrativo do Grupo Pão de Açúcar, Abílio Diniz, o Estado não é responsável pela crise e mesmo assim está agindo "com extrema serenidade e muito acerto". "O governo está atento, fazendo a sua parte. É preciso coragem de baixar firmemente a taxa de juros. É uma arma que temos a nosso favor, já que não há clima para inflação, nem possibilidade de danos para a macroeconomia", afirmou Diniz.

Na última reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), em janeiro, a taxa Selic foi reduzida em um ponto percentual, de 13,75% para 12,75% ao ano. Porém, o professor de economia da Universidade de Brasília (UnB) José Luiz Oreiro lembra que este corte representa uma redução de apenas 0,25 ponto percentual com relação à taxa de setembro do ano passado, quando a crise se agravou.

"Pouco antes da eclosão da crise, o Banco Central aumentou a taxa em 0,75 ponto. Foram cinco meses de demora para reduzir em termos líquidos apenas 0,25 ponto", afirmou o economista, que também sugeriu redução do intervalo de cerca de 90 dias entre as reuniões do Copom e o corte de pelo menos um 1 ponto percentual em cada reunião.

Mesmo com o corte de janeiro, a taxa de juros real continua sendo a maior do mundo, lembrou o secretário-geral da Força Sindical, João Carlos Gonçalves, o Juruna. "A redução da taxa de juro ainda é pequena, porque ela continua uma das mais altas do mundo. Falta ousadia para baixar os juros e ajudar o cidadão. A permanência da taxa de juro alta é negativa para o País em meio a crise", afirmou Juruna.

Embora aprove as ações do governo, o senador Aloízio Mercadante (PT-SP) também acredita que o patamar da Selic está muito alto. "Sempre fomos os primeiros a entrar em qualquer crise, o que não aconteceu agora. A taxa Selic ainda é muito alta, mas o governo têm tomado medidas acertadas, como o aumento do salário mínimo, mesmo com um cenário de crise. Isso ajuda a movimentar o consumo. O governo está se esforçando para manter os investimentos e o crescimento", disse.

Tributos
De acordo com o economista Fabio Pina, da Fecomercio-SP, as ações mais positivas estão relacionadas à redução de tributos para alguns segmentos, como a indústria automobilística, que recuperou parte da queda nas vendas em janeiro com a isenção do IPI para carros 1.0 l e o corte para demais motorizações. A medida vale até o final de março.

"Essas medidas não só reduziram o preço, mas anteciparam o consumo daqueles que iriam comprar no futuro, dando um prêmio por conta da insegurança. Mexe diretamente com o principal problema que é a confiança do consumidor", afirmou. Juruna destacou que um bom ritmo de vendas é garantia de emprego. "É importante porque cada emprego na montadora significa 19 na cadeia produtiva", comentou o representante da Força Sindical.

Também em dezembro, o governo decidiu cortar pela metade a alíquota do Imposto de Renda para contribuintes que ganham entre R$ 1.434 e R$ 2.150 mensais. "O salário aumentava e a tabela não se modificava. As pessoas ganhavam mais e pagavam mais impostos", apontou Juruna. Outra redução de tributos do governo foi com relação ao Imposto sobre Operações Financeiras (IOF), que caiu de 3% ao ano para 1,5%.

Crédito
Na segunda metade de 2008, o colapso de bancos nos Estados Unidos por conta da crise do subprime provocou uma forte restrição de crédito no mundo inteiro. Uma das primeiras medidas anticrise do governo teve como objetivo restabelecer a oferta, com mudanças no recolhimento dos depósitos compulsórios por parte dos bancos. Segundo o presidente do Banco Central, Henrique Meirelles, as diversas modificações liberaram US$ 99,2 bilhões aos bancos até o final de janeiro.

Além disso, o governo concedeu R$ 36 bilhões das reservas internacionais para empresas brasileiras com dívidas no exterior e uma medida provisória autorizou o Banco do Brasil e a Caixa Econômica Federal a comprar carteiras de crédito de bancos privados. Para o diretor do Departamento de Pesquisas e Estudos Econômicos da Fiesp, Paulo Francini, estas medidas foram essenciais para combater os efeitos da crise.

"A crise se desenvolve no mundo em torno do tema crédito. E o crédito reduziu-se barbaridade no mundo. Então o governo lança mão de compulsório, lança mão de reservas, de medidas que permitem aos bancos comprar carteiras de bancos. Você vai tomando várias medidas para atender às demandas e o epicentro disso é crédito", afirmou.

No entanto, Oreiro, da UnB, adverte que a liberação dos compulsórios seria mais eficiente acompanhada de redução mais agressiva da taxa básica de juro. "Uma parte do crédito voltou, depois da forte retração em outubro e novembro. O que deveria ter sido feito junto à liberação do compulsório era uma redução mais drástica da taxa de juro. Sem isso, os bancos pegam as reservas e acabam comprando títulos públicos", explicou o economista.

Na opinião de Pina, as ações de distribuição de crédito via redução do compulsório e a disposição de capital de giro para empresas foram tomadas sem um cuidado maior na operação e não tiveram muito efeito. "O BNDES tem linhas que ficam paradas quase todo o ano, agora é pior ainda. Existem os recursos, mas as empresas e os bancos estão desconfiados. É preciso fazer com que os bancos tenham interesse em emprestar", afirmou o economista da Fecomercio-SP.

Futuro
Mesmo com todas essas medidas, a crise financeira ainda gera incertezas nos setores produtivos do País. Nos últimos meses, o medo do desemprego fez os consumidores adiarem compras. Por sua vez, a queda nas vendas pode obrigar as indústrias a cortarem a produção e demitir funcionários. Contra isso, empresários sugerem redução de jornada e de salários.

"Isto está previsto em lei. A Fiesp simplesmente manteve conversações com entidades sindicais quanto à aplicação daquilo que já está previsto em lei", afirmou Francini.

Segundo a ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff, uma das medidas que assegura um nível de emprego é a manutenção de investimentos no Programa de Aceleração do Crescimento (PAC). "Estamos esperando que a dificuldade ocorra em janeiro, fevereiro e março. Estamos certos que vamos manter o nível de investimento. É isso que funciona, é isso que significa investimento público. Ele funciona como um colchão. Por isso, nós colocamos R$ 100 bilhões no BNDES e a Petrobras ampliou o seu investimento em R$ 120 bilhões", afirmou.

Na mesma linha, Pina explica que a antecipação de gastos do governo substitui parte da demanda retraída do setor privado. "Ele dá o seguinte recado: não vou estourar as contas públicas, mas concentrar em um momento em que a demanda privada está pequena. Mas o governo não tem fôlego suficiente para fazer o papel de toda demanda", ressaltou. O economista da Fecomercio lembrou que a entidade já pleiteou junto ao governo isenções para transferência de imóveis e de automóveis, além de retirar o IPVA para veículos novos.

Já Oreiro foca suas propostas na capitalização do Banco do Brasil e da Caixa Econômica Federal pelo Tesouro para atender a demanda de crédito para capital de giro e reduzir o spread. "Aumentando o empréstimo e reduzindo as taxas, os dois vão forçar os bancos privados a acompanhar o movimento, até para não perderem participação no mercado", explicou o economista da UnB.

Até o Carnaval, o governou prometeu detalhar um pacote de incentivos para a construção de até um milhão de casas populares, direcionado a famílias com renda de até dez salários mínimos. "Estamos atentos a tudo o que está acontecendo e novas medidas serão tomadas caso haja uma avaliação de que sejam necessárias", disse o ministro da Fazenda, Guido Mantega, na última sexta-feira.

Anónimo disse...

17:11
Anónimo disse...
Ex-ministro critica extensão do seguro-desemprego

Atualizada às 09h03

O ex-ministro do Trabalho Almir Pazzianotto criticou a decisão do governo federal de conceder o seguro-desemprego estendido a apenas alguns setores. "É certamente odioso e provavelmente inconstitucional", disse Pazzianotto, de acordo com o jornal O Estado de S. Paulo.

Na última qurta, dia do anúncio da medida, centrais sindicais elogiaram a atitude do governo. A Força Sindical divulgou nota dizendo que "o aumento ajudará a aquecer parte da economia, já que irá gerar mais consumo, produção e conseqüentemente, a criação de novos postos de trabalho". A União Geral dos Trabalhadores (UGT) afirmou que a medida "contribuirá para minimizar o drama dos trabalhadores que perderem seu emprego por conta da crise".

O ex-ministro, que instituiu o seguro-desemprego no País no governo de José Sarney, destacou a necessidade de as centrais sindicais se manifestarem contra a determinação. Para ele, as mudanças devem ser aplicadas a todas as categorias profissionais e a distinção é contrária ao artigo 3º da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT).

Pazzianotto atribui a medida a um possível temor do governo de que a crise econômica seja longa e não haja dinheiro para atender a todas as necessidades. Ainda assim, ele se mostra contrário ao método de concessão. "O seguro-desemprego ajuda a sanar necessidades básicas. Estendê-lo é paliativo, não a solução", disse ao jornal.

De acordo com o presidente do Conselho Deliberativo do Fundo de Amparo ao Trabalhador (Codefat) e conselheiro da Força Sindical, Luiz Fernando Emediato, a determinação já estava prevista na lei 8.900/94, que trata do seguro-desemprego.

O presidente da Comissão de Trabalho da Câmara, Pedro Fernandes (PTB-MA) vai além na crítica à concessão do seguro para apenas alguns setores. Ele acredita que a ampliação do benefício estimula o desemprego.

Quintino Severo, secretário geral da Central Única dos Trabalhadores (CUT), lembra que a ampliação do benefício sem critério e identificação pode incentivar demissões em outros setores.

17:13
Anónimo disse...
Empresas
TAM faz promoção para destinos internacionais

A companhia aérea TAM anunciou nesta sexta-feira tarifas promocionais para trechos internacionais. Os preços valem para bilhetes comprados entre 6h deste sábado e 23h59 deste domingo e são válidos para classe econômica. As tarifas, para ida e volta, serão vendidas a partir de US$ 99, mais taxas.

Segundo a aérea, a promoção vale para viagens feitas no período de 14 de fevereiro a 18 de junho de 2009. Para destinos na América do Sul, a permanência mínima é de dois dias; para bilhetes com destino nos Estados Unidos, cinco dias; e Europa, sete dias. A permanência máxima para as passagens para América do Sul e EUA é de dois meses e para Europa, três meses.

Entre os exemplos de tarifas promocionais, a TAM oferece São Paulo-Lima por US$ 99. Bilhetes para a rota São Paulo-Santiago serão vendidos a partir de US$ 199 e São Paulo-Nova York, US$ 799.

A emissão dos bilhetes deve ser feita obrigatoriamente no ato da reserva, obedecendo às regras estipuladas pela companhia. A compra está sujeita à disponibilidade de assentos nas classes tarifárias determinadas, trechos, horários e datas. A TAM afirmou que também há tarifas promocionais para a classe executiva.

Mais informações podem ser encontradas no site promocional (www.ofertastam.com.br), no site da empresa (www.tam.com.br) ou pelos telefones 4002-5700 ou 0800 5705700.

17:13
Anónimo disse...
Empresas
Consultoria negocia compra do parque temático Hopi Hari

A consultoria especializada em reestruturação de empresas Íntegra Associados informou nesta sexta-feira ter um acordo para comprar o parque de diversões Hopi Hari, localizado no interior de São Paulo. A empresa estaria disposta a investir R$ 10 milhões no parque, que tem dívida estimada em R$ 800 milhões. As informações são da edição deste sábado do jornal Folha de S. Paulo.

De acordo com o jornal, a transação ainda depende da negociação entre o Hopi Hari e seus credores, o que já estaria em andamento.

A consultoria paulista já atuou junto à Parmalat, durante 30 meses, quando reorganizou a gestão da empresa italiana.

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17:14
Anónimo disse...
Empresas
Disney de Tóquio contratará mais 2 mil apesar da crise


A Oriental Land, o operador da Disneylândia Tóquio e DisneySea, organizou neste domingo entrevistas para contratar cerca de 2 mil trabalhadores em tempo parcial, em um momento de grandes demissões deste tipo de empregados no Japão.

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O operador deste parque temático, situado em Urayasu, na província de Chiba (leste de Tóquio), está em pleno processo de seleção de empregados para 20 tipos de postos trabalhistas diferentes.

Segundo a companhia, citada pela agência local de notícias Kyodo, o parque contratará novos trabalhadores para as atrações, para os restaurantes e guardas de segurança entre outros. Os novos contratados começarão a trabalhar a partir de fevereiro.

O processo de seleção acontece em um momento em que a maioria das grandes companhias japonesas começaram a se ver obrigadas a despedir uma elevada percentagem de seus trabalhadores temporários e a tempo parcial.

Algumas inclusive anunciaram demissões de seus trabalhadores fixos, uma medida muito pouco comum nas companhias japonesas, perante os efeitos piores que o esperado pela crise econômica global.

Cerca de uma centena de pessoas esperavam desde a primeira hora desta manhã a abertura do centro de conferências Tokyo International Forum, onde as entrevistas estão sendo feitas, para ser os primeiros a solicitar os postos de trabalho.


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17:15
Anónimo disse...
Economia Internacional
Senado dos EUA aprova plano de estímulo à economia

O Senado dos Estados Unidos aprovou com 60 votos a favor e 38 contra o plano de estímulo à economia de US$ 787 bilhões na madrugada deste sábado. Agora, ele segue para sanção ou veto do presidente Barack Obama, que espera colocar a lei em prática até o dia 16 de fevereiro.

O plano prevê a criação de três milhões de empregos, inclui cortes de impostos às famílias, fundos para programas sociais e obras públicas, além de ajuda aos governos estaduais, estudantes e desempregados.

A cláusula Buy American - que exige o uso de ferro, aço e produtos manufaturados dos Estados Unidos em obras realizadas com recursos do pacote - ficou de lado. Segundo o texto definitivo, a cláusula será aplicada sem violar as normas do comércio internacional.

Ontem à tarde, a Câmara de Representantes (deputados) havia aprovado, por 246 votos a favor e 183 contra, a versão final do plano. Todos os republicanos foram contrários ao pacote.

Pelo acordo de quarta-feira entre Câmara e Senado, em vez de custar US$ 819 bilhões, como queriam os deputados, ou US$ 838 bilhões como pretendiam os senadores, o pacote ficou em cerca de US$ 787 bilhões, com 65% desse total destinado a gastos do governo federal e 35%, a créditos tributários.

17:16
Anónimo disse...
Economia nacional
Na era Lula, aposentadoria sobe 54% menos que salário mínimo

Thatiane Faria
Especial para o Terra
Direto de São Paulo

Os índices de reajustes concedidos pelo governo em 2009 para aposentados e pensionistas e para o salário mínimo repetiram uma diferença que, só durante o governo de Luiz Inácio Lula da Silva, já chega a 54%. Enquanto o mínimo foi majorado em 12% este ano, as pensões e aposentadorias tiveram aumento de 5,92%. Aposentados que têm o benefício do governo como única fonte de renda reclamam que perdem poder de compra e que sua cesta de compras é composta por itens que aumentam mais em relação à inflação oficial.

Um exemplo prático pode ser entendido a partir da comparação entre um aposentado que ganhava R$ 600 em janeiro de 2003. Na época, o benefício era três vezes, ou 200%, maior que o valor do mínimo em vigência, que era de R$ 200. Aplicando-se os índices de reajuste para aposentadorias e para o mínimo durante os últimos seis anos, o mesmo aposentado estaria recebendo hoje R$ 938,47, comparado a um salário mínimo de R$ 465. A diferença entre os dois valores caiu para pouco mais de 100%.

Enquanto o índice acumulado de reajuste para a aposentadoria durante o governo Lula foi de 60%, para o salário mínimo está em 132%.

O diretor do Sindicato Nacional dos Aposentados, João Inocentini, reclama que os valores dos benefícios para aposentadorias não mantêm o poder de compra do grupo, principalmente dos aposentados que recebem menos que dez salários mínimos.

Nem mesmo o fato de o índice de reajuste das aposentadorias ter ficado acima da inflação acumulada no mesmo período (o IPCA entre janeiro de 2003 e janeiro de 2009 foi de 39,7%) serve de argumento, segundo os aposentados.

"Os idosos, principalmente, têm gastos além das contas gerais como gás, telefone e aluguel. Para eles o custo com remédios, e outros itens da área saúde costuma ser maior", afirmou Inocentini.

O presidente do sindicato afirmou que o grupo realiza um estudo com 100 itens de necessidade de um idoso para comparar o aumento dos produtos com o índice de reajuste do benefício recebido pelos aposentados.

"Daqui dois meses vamos abrir um processo na Justiça e levar essa pesquisa como prova. Segundo a lei, o governo é obrigado a manter o poder de compra com a aposentadoria", disse Inocentini.

Alternativas
O consultor financeiro Cláudio Boriola diz que os aposentados, especialmente nesse momento de crise econômica, devem evitar compras parceladas, pesquisar preços, negociar e fazer bom planejamento financeiro.

Segundo Boriola, alguns aposentados ganham um valor mensal muitas vezes insuficiente para o pagamento das contas e acabam pedindo crédito ou realizando pagamentos a prazo e são obrigados a pagar juros altos.

Na opinião do consultor, pagar uma previdência privada é uma alternativa indicada para quem ainda trabalha, considerando a característica de perda de poder de compra da aposentadoria.

"Na prática, infelizmente os valores encontram-se em um patamar que está deteriorando o poder de aquisição da população brasileira", completou Boriola.

De acordo com o diretor da Confederação Brasileira de Aposentados e Pensionistas (Cobap), Vicente Fernandes Barbosa, representantes dos aposentados tentarão um encontro com o presidente da Câmara, deputado Michel Temer (PMDB-SP), para discutir projetos que minimizem a perda dos aposentados

17:17
Anónimo disse...
Previdência
Previdência prorroga isenção de tarifas no benefício

O atual sistema de pagamento aos 26 milhões de aposentados e pensionistas do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) será mantido até o final deste ano. O acordo, que permite realizar a operação sem nenhum custo aos beneficiários, foi renovado nesta sexta-feira, entre o governo federal e 21 instituições financeiras.

Por meio desse acordo, vigente desde setembro de 2007, nem os segurados, nem os bancos e nem o governo arcam com o pagamento de tarifas, conforme explicou o ministro da Previdência Social, José Pimentel. A prorrogação vale até dezembro, data máxima para que a Previdência defina as regras para um novo contrato.

Ao assinar o termo de renovação, na sede da Federação Brasileira dos Bancos (Febraban), o ministro disse que a intenção do governo é mudar o atual modelo de gestão visando a reduzir os custos dessas operações em torno da folha mensal, que atinge R$ 15,8 bilhões. No entanto, qualquer alteração, conforme explicou, passará antes por audiências públicas a serem realizadas a partir do segundo semestre deste ano, atendendo a determinação do Tribunal de Contas da União (TCU).

De acordo com Pimentel, com um redesenho do mecanismo de repasse dos recursos aos bancos em torno da folha de pagamento dos segurados o que se busca é um aumento da participação de instituições financeiras. Ele informou que, desde 2007, cada benefício custa em média R$ 1,07 ao governo. "Quanto mais instituições financeiras estiverem prestando serviços à sociedade, maior é a competitividade, a agilidade no atendimento", justificou.

O ministro observou, ainda, que, para permitir uma redução para algo em torno de meia hora no tempo de atendimento para a concessão dos direitos previdenciários, o governo investiu R$ 280 milhões.

Questionado sobre o descontentamento dos segurados que ganham acima de um salário mínimo terem obtido apenas a correção com base na variação do Índice de Preços ao Consumidor (INPC) , ficando abaixo do reajuste dado a quem recebe apenas o mínimo, Pimentel argumentou que o governo seguiu o que determina a lei e descartou a possibilidade de uma revisão

17:17
Anónimo disse...
Empresas
Caterpillar oferece aposentadoria antecipada a 2 mil


A companhia americana Caterpillar ofereceu a cerca de dois mil funcionários incentivos para que se aposentem de forma voluntária antes do previsto, pela perspectiva de uma queda "significativa" da atividade industrial, informou nesta quarta-feira a empresa.

A iniciativa, destinada aos trabalhadores de diversas fábricas em Illinois, Colorado, Tennessee e Pensilvânia, se soma aos cortes de empregos anunciados em janeiro, explicou em comunicado de imprensa.

A empresa, a maior fabricante mundial de maquinaria pesada para a construção e a mineração, acrescentou que, "em função das condições de negócio, podem ser necessárias mais reduções de elenco voluntárias e involuntárias à medida que o ano avança".

O vice-presidente da companhia, Sid Banwart, explicou que a empresa prevê "demissões significativas em todas as regiões geográficas e na maioria dos setores devido às dificuldades da economia mundial".

17:18
Anónimo disse...
Comércio
Comércio exterior da OCDE caiu no 3º trimestre de 2008


As exportações e as importações dos países da Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Econômico (OCDE) caíram 1,6% e 0,2%, respectivamente, no terceiro trimestre de 2008, em relação aos três meses anteriores.

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Trata-se da primeira queda destas atividades desde o terceiro trimestre de 2006, segundo o último relatório trimestral sobre fluxos comerciais divulgado pela OCDE.

As exportações e as importações em dólares dos 30 Estados-membros caíram 15,6% e 17%, respectivamente, na comparação anualizada.

Por sua vez, o comércio dos sete países mais ricos do mundo (G7) teve um pequeno crescimento no terceiro trimestre de 2008 com uma queda das exportações de mercadorias de 0,2% em relação ao trimestre anterior e um aumento de 0,4% das importações.

Em termos anualizados, as importações do G7 caíram 1,4% entre julho e setembro do ano passado, seu primeiro retrocesso desde o terceiro trimestre de 2006, enquanto as exportações aumentaram 1,9%, seu crescimento mais baixo no mesmo tempo.

Por países, a Alemanha aumentou suas importações em 3,4% - valor mais alto do G7 -, enquanto suas exportações caíram 2,9% do segundo para o terceiro trimestre de 2008.

Pelo contrário, as exportações americanas aumentaram 1,8% entre julho e setembro de 2008, enquanto as importações caíram 0,7% em relação ao trimestre anterior. No Japão, tanto as importações quanto as exportações caíram em torno de 1% no mesmo período.

17:19
Anónimo disse...
Economia Nacional
Lula: juros de crédito consignado a aposentados são altos

Atualizada às 17h29

O presidente Luis Inácio Lula da Silva afirmou nesta terça-feira, em São Paulo, que está lutando para reduzir as taxas de juros cobradas de aposentados em crédito consignado. A Previdência Social estabelece uma taxa máxima de 2,5% para empréstimo e de 3,5% para cartão. Para Lula, os valores são altos.

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"Acho que o juro que os aposentados estão pagando hoje com o crédito consignado é alto para o padrão brasileiro", disse o presidente durante a cerimônia de comemoração dos 86 anos do INSS.

A Previdência anunciou nesta terça-feira que aposentados e trabalhadoras com licença-maternidade poderão receber seus benefícios em 30 minutos. De acordo com Lula, em junho, a aposentadoria do trabalhador rural também será conseguida em meia hora.

Além disso, o presidente anunciou que, também em junho, os trabalhadores que alcançarem o direito à aposentadoria passarão a receber em suas casas um comunicado da Previdência informando o fato e o valor do salário que têm direito a receber. "É um comprometimento público que estou fazendo com os companheiros da Previdência Social", disse.

"Estamos retribuindo ao contribuinte da Previdência Social aquilo que é a cidadania que ele tem direito", afirmou Lula. "Se para cobrar nós somos tão precisos, para devolver o dinheiro, temos que chegar próximo à perfeição", completou.

17:20
Anónimo disse...
Economia Nacional
Salário maternidade sairá em 30 minutos, diz ministro

Toda trabalhadora autônoma que tiver contribuído pelo menos 10 meses com o Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) - ou as que possuírem carteira assinada - poderão receber em 30 minutos o salário maternidade a partir desta terça-feira. Da mesma forma, as mulheres com 30 anos de contribuição e os homens com 35 anos também terão direito ao benefício de forma mais rápida. A informação é do ministro da Previdência Social, José Pimentel.

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Para requerer o salário maternidade, é preciso que as autônomas levem a carteira de identidade e o carnê de contribuição. As demais trabalhadoras devem apresentar a identificação e a carteira de trabalho. Desde o início do mês, a nova forma de análise para a concessão de benefícios foi adotada para a aposentadoria por idade do trabalhador urbano e agora foi estendida para o salário maternidade e por tempo de contribuição.

O ministro disse que a qualificação do serviço da previdência social é o reconhecimento do direito dos trabalhadores e da afirmação da cidadania.

"Até pouco tempo na cabeça do cidadão o serviço devia ser de péssima qualidade. Agora não, nós modificamos toda a legislação no mês de dezembro numa ação conjunta do Congresso Nacional com o governo federal. Estamos implantando e concedendo os benefícios em até 30 minutos", afirmou.

O ministro destacou que para conseguir se aposentar ou ter acesso à licença maternidade em 30 minutos, em primeiro lugar, é necessário que o cidadão esteja vinculado à Previdência, o que inclui 65% da população acima de 16 anos de idade.

"Depois bastar marcar pelo sistema 135 o dia e a hora do atendimento e levar a documentação. Se todos os dados necessários estiverem corretos o contribuinte será atendido em até 30 minutos, como vem sendo feito com as aposentadorias por idade desde o dia cinco de janeiro", explicou.

Pimentel disse ainda que em 90% das agências da previdência social o atendimento é marcado em até 48 horas. Nos grandes centros, entretanto existe um volume maior o que torna mais lento o processo.

"Estamos criando mais 715 agências até 2010, em todo o território nacional, para descentralizar o atendimento. Em 2008, atendemos 295 mil benefícios e aposentadorias por idade. Temos 4 mil pessoas por dia procurando e se aposentando por idade no território nacional. Este serviço será agilizado", concluiu.
17:28
Anónimo disse...
Giuseppe Englaro, pai de Eluana, a italiana que morreu na segunda-feira passada por desidratação, recusou uma grande soma de dinheiro de um conhecido fotógrafo italiano que queria retratar a filha em estado de coma, disse neste sábado o neurologista que atendia a mulher desde 1996, Carlo Defanti.

O neurologista, que participou hoje de uma conferência sobre eutanásia, disse que Englaro respeitou a vontade da filha, que, antes do acidente, tinha pedido que, se lhe ocorresse qualquer coisa irreversível, apresentasse sua imagem de quando estava em boas condições.

Antes de sofrer o acidente de trânsito, em 1992, Eluana viveu o coma de um amigo, Alessandro, o que causou forte impacto na italiana e a levou a fazer o pai prometer que não a deixasse viver em estado vegetativo, disse o próprio Giuseppe Englaro.

Defanti, que dissera que Eluana poderia viver de dez a 12 dias depois da suspensão da alimentação e da hidratação, disse que, como médico, tinha que reprovar esta afirmação.

"Não se pode sobreviver após três ou quatro dias sem líquido e, em particular, água em um corpo. Sabemos bem que, quando há um terremoto, após quatro dias é difícil encontrar sobreviventes".

Defanti ressaltou que Eluana "não falava, não se comunicava com o exterior" e que, após vários exames, "nos deparamos com uma moça que tinha perdido a consciência", porque estava com o córtex cerebral prejudicado.

Eluana foi enterrada na quinta-feira passada no túmulo da família na localidade de Paluzza, em Udine, após um funeral que não contou com a presença dos pais.

16:53
Anónimo disse...
Os bombeiros combatem neste sábado os incêndios na Austrália favorecidos pelo bom tempo, enquanto os deslocados encotram em seu retorno casas derruídas, carros queimados nas ruas e destruição.

Depois de sete dias desde que começaram os incêndios no Estado de Victoria, a lista de mortos chega a 181, os desaparecidos somam 50, os edifícios destruídos totalizam 1,834 mil e o terreno arrasado, principalmente florestas, ocupa uma área de 4,13 mil quilômetros quadrados.

As equipes de bombeiros, formadas por 4 mil profissionais de Victoria, de outras partes da Austrália e de países amigos, combateram hoje 12 focos fora de controle e nenhum representava uma ameaça direta para a população.

O subdiretor do Serviço de Bombeiros, Geoff Conway, disse que este tempo favorável, que se prolongará durante o domingo, permite consolidar as linhas de contenção e avançar na extinção das chamas.

Cinzas apareceram arrastadas por ventos do nordeste sobre Melbourne, onde habitam 3,8 milhões de pessoas, e as autoridades alertaram aos cidadãos do risco para a saúde de idosos, crianças e pessoas com problemas respiratórios.

O número de pessoas deslocadas - a Cruz Vermelha chegou a receber 7 mil - começou a cair com a abertura de algumas localidades atingidas.

Os incêndios, alguns criminosos, começaram em 7 de fevereiro, quando a região sul da Austrália estava há duas semanas sob uma onda de calor sem precedentes.

Na sexta-feira passada, a polícia acusou uma pessoa de ter provocado o incêndio que atingiu a localidade de Churchill e matou 21 pessoas.

16:55
Anónimo disse...
A primeira chuva em seis dias reduziu a ameaça de incêndios no Estado de Victoria, ao sul da Austrália. As autoridades, porém, advertiram que ainda existem 12 focos, mas que nenhum deles ameaça áreas povoadas.

Mais de quatro mil bombeiros, mil provenientes de outras partes do país e de outras nações, trabalham contra o fogo. Cerca de 600 veículos e 28 helicópteros e pequenos aviões estão sendo usados.


Eles conseguiram construir linhas de contenção para evitar os incêndios de Yarra e Maroondah se juntassem. Também foram controlados os incêndios abertos de Yea e Murrindindi, que ameaçavam as comunidades de Connellys Creek, Crystal Creek, Scrubby Creek e Native Dog Creek.

O número de mortos chegou a 181, mas as autoridades acreditam que as vítimas devem passar de 200, já que ainda há muitos desaparecidos.

16:55
Anónimo disse...
Aqui nesta coluna, na semana passada, tive a oportunidade de comentar sobre a recente visita do professor brasileiro Pedrinho Guareschi à Austrália. Não dei, porém, os fatos, pois semana passada o assunto era outro.

Hoje, porém, vamos a eles.

No último dia 4 de fevereiro, aconteceu o Seminário "Paulo Freire: Education and Liberation", organizado pelo centro de estudos latino-americanos da Universidade Nacional da Austrália, ou ANU, como é mais conhecida por aqui.

A ANU, para quem não sabe, está entre as 20 melhores universidades do mundo! E tem sede aqui em Camberra, capital da Austrália.

Na abertura do evento, o professor John Minns, diretor do centro latino-americano, ao dar boas-vindas ao público presente, lembrou ser aquele o primeiro seminário exclusivamente dedicado a Paulo Freire na Austrália.

Em seguida, convidou Pedrinho Guareschi, palestrante principal do Seminário, a fazer sua apresentação.

A plateia pode então conhecer, pelas palavras de Pedrinho, um pouco da obra e da vida de Freire, esse brasileiro de fé e valor, que sempre acreditou na educação, sobretudo dos menos favorecidos, analfabetos, como força libertadora.

Como não podia deixar de ser, os conceitos e ideias revolucionários de Paulo Freire, expostos com clareza por Pedrinho, despertaram o interesse e a curiosidade de plateia. A qual, deve-se notar, era na maioria de estudantes, mas de várias nacionalidades, sobretudo australianos e asiáticos.

Na continuação do programa do seminário, que se estendeu por dois dias, outros professores fizeram palestras sobre temas ligados à obra de Paulo Freire.

Interessante, por exemplo, saber que a professora Anne Hickling-Hudson, jamaicana que mora na Austrália há muitos anos (é professora da ANU), conheceu e trabalhou com Freire num workshop educacional durante a revolução na Ilha de Granada, em 1980, antes da invasão dos Estados Unidos...

Ou, então, a palestra da Professora Gerda Roelvink, da Nova Zelândia, que participou do Fórum Social de Porto Alegre em 2005. E essa participação transformou-se em tema de doutorado.

No dia 10, terça-feira passada, o padre Pedrinho Guareschi voltou a falar ao público australiano em grande auditório localizado no belíssimo campus da ANU. Desta vez, sobre a Teologia da Libertação.

Depois da palestra, John Minns mostrou o filme mexicano "O Crime do Padre Amaro", no qual um dos personagens é um padre católico praticante da Teologia da Libertação.

Mais uma vez, foi grande o intersse da platéia, que pode aprender e conhecer um pouco como se desenvolveu aquele importante movimento católico na América Latina.

Fica, assim, ao Pedrinho, bem como a outros brasileiros estudiosos e de bom coração que saem pelo mundo a divulgar aspectos importantes da cultura brasileira, o respeito e a homenagem desta coluna. E... aquele abraço!

16:57
Anónimo disse...
Amanda Kitts perdeu o braço esquerdo em um acidente de automóvel acontecido três anos atrás, mas hoje em dia ela joga futebol americano com seu filho de 12 anos de idade, troca fraldas e abraça as crianças nas três creches Kiddie Cottage que opera em Knoxville, Tennessee. Kitts, 40 anos, faz tudo isso com a ajuda de um novo tipo de braço artificial que se movimenta com mais facilidade do que outros aparelhos e que ela pode controlar utilizando apenas seus pensamentos.

"Eu sou capaz de mexer a mão, o pulso e o cotovelo ao mesmo tempo", diz. "Você pensa e os músculos se movem em seguida".

A recuperação que ela conseguiu resulta de um novo procedimento que vem atraindo crescente atenção porque permite que pessoas movam braços protéticos de forma mais automática do que faziam no passado, simplesmente utilizando nervos reaproveitados em seus cérebros.

A técnica, conhecida como "renervação muscular dirigida", envolve utilizar os nervos que restam depois da amputação de um braço e conectá-los a outro músculo do corpo, em geral no peito. Eletrodos são instalados sobre os músculos do peito, e operam como se fossem antenas. Quando a pessoa deseja mover o braço, o cérebro envia sinais que primeiro resultam em contração dos músculos do peito, os quais enviam um sinal ao braço protético, instruindo-se a se movimentar. O processo não requer mais esforços consciente do que a pessoa teria de exercitar caso ainda tivesse seu braço natural.

Na terça-feira, pesquisadores reportaram em estudo publicado pela versão online do Journal of the American Medical Association que haviam levado a técnica ainda mais à frente, tornando possível a execução de 10 movimentos de mão, pulso e cotovelo diferentes, o que representa uma substancial melhora com relação ao típico repertório protético, que em geral envolve apenas dobrar o cotovelo, girar o pulso e abrir a mão.

"Os novos métodos tiveram impacto dramático em nosso campo de trabalho", disse Stuart Harshbarger, engenheiro biomédico na Universidade Johns Hopkins e diretor do programa de pesquisa sobre próteses, financiado pelas forças armadas, que inclui o trabalho com essa técnica. "O método já está em uso por médicos e cirurgiões comuns em todo o país. A capacidade de controlar um membro protético bastante robusto que ele confere surpreendeu a todos pela qualidade".

Tipicamente, uma pessoa que tenha um braço protético só é capaz de executar alguns poucos movimentos, e muitas vezes com tamanha lentidão que isso só permite a ela atividades limitadas.

Há um motor separado para cada movimento, diz Gerald Loeb, professor de engenharia biomédica na Universidade do Sul da Califórnia, "e esses motores precisam ser controlados de maneira explícita", usualmente por um esforço consciente da pessoa para contrair músculos nas costas ou no bíceps.

"Essencialmente, até agora os pacientes controlavam apenas um motor de cada vez", diz Loeb, "e precisavam pensar cuidadosamente sobre que motor desejavam controlar e como fazê-lo operar, em lugar de simplesmente pensarem em mover o braço e poderem fazê-lo sem delongas".

Antes que Kitts passasse pelo procedimento de renervação, em outubro de 2007, por exemplo, ela precisava movimentar os músculos de suas costas de determinada maneira para fazer com que seu pulso girasse, e flexionar seu bíceps e tríceps para fazer com que o cotovelo se movesse para cima e para baixo. "Era muito trabalho", ela conta. "E não me ajudava muito".

O procedimento de renervação é parte de uma recente explosão de idéias novas e técnicas inovadoras que estão sendo exploradas enquanto os cientistas se esforçam por ajudar as pessoas a compensar melhor a perda de membros ou problemas de paralisia. O esforço vem sendo alimentado pelo aumento no número de amputações causado por diabetes e por ferimentos sofridos pelos militares, e ao mesmo tempo pelos avanços na tecnologia médica.

Os braços se tornaram um dos focos essenciais desse tipo de trabalho. A ciência há muito vem obtendo sucessos no desenvolvimento de próteses de perna, mas é muito mais difícil imitar a complexidade e a destreza das mãos e dos braços.

Os esforços em curso incluem o desenvolvimento de projetos de pele e braços mais sensíveis e mais flexíveis, e o uso de dispositivos acionados por controles sem fio implantado nos braços protéticos, que permitiriam movimentos mais naturais.

Os pesquisadores também vêm usando sensores implantados nos cérebros de cobaias para permitir que dois macacos controlem um braço mecânico, e um teste com um homem paralítico permitiu, com esse método, que ele movimentasse um cursor em uma tela de computador.

Alguns desses métodos, caso venham a ser aperfeiçoados plenamente e consigam aprovação das autoridades regulatórias da saúde, podem no futuro se tornar mais viáveis para os pacientes de amputações.

E embora a técnica da renervação não requeira aprovação das autoridades regulatórias porque é executada por meios cirúrgicos e emprega aparelhos já existentes, ela apresenta limitações que até mesmo seus criadores reconhecem, entre as quais o fato de que não se pode utilizá-la para todos os pacientes, o seu alto custo e o prazo de meses requerido para que os nervos reconectados cresçam e se tornem efetivos.

Ainda assim, os especialistas dizem que é o mais avançado sistema em uso hoje para pacientes reais que permite que o sistema nervoso controle diretamente o movimento de um braço artificial.

Desde sua introdução por Todd Kuiken, médico fisioterapeuta e engenheiro biomédico do Instituto de Reabilitação de Chicago, o método foi empregado em cerca de 30 pacientes nos Estados Unidos, Canadá e Europa, entre os quais oito soldados feridos no Iraque e no Afeganistão.

Muitos dos pacientes, entre os quais o primeiro, Jesse Sullivan, um operário do setor elétrico no Tennessee que perdeu os dois braços quando foi eletrocutado por um cabo, conseguem não apenas manipular seus braços protéticos mas sentir a presença das mãos que já não têm quando alguém toca em seus peitos.

Sullivan, 62 anos, e Kitts, estavam entre os cinco pacientes que participaram do estudo reportado na terça-feira. Em companhia de cinco outras pessoas que não passaram por amputações, eles receberam os eletrodos e foram instruídos a usar pensamentos para fazer com que um braço virtual na tela reproduzisse 10 movimentos diferentes, entre os quais três formas diferentes de aperto de mão.

Os pacientes apresentaram desempenho bastante respeitável, apenas um pouco mais lento e menos preciso do que os dos participantes que não tinham amputações.

"As velocidades de movimento que encontramos em nossos pacientes foram realmente encorajadoras", disse Kuiken. "Eles conseguiram completar a tarefa. É claro que não foram tão competentes quanto as pessoas dotadas de plena capacidade física, mas foram bons o bastante".

Um braço virtual foi usado porque a maioria das próteses existentes não era capaz de acomodar todos aqueles movimentos, no momento da pesquisa, ainda que Sullivan, Kitts e uma terceira paciente, Claudia Mitchell, tenham experimentado dois novos protótipos mais versáteis de braços artificiais, executando tarefas complexas com bolas de tênis e outros objetos.

O trabalho de renervação em soldados apresenta outros desafios, diz Kuiken, porque os ferimentos militares muitas vezes "causam danos muitos extensos" a nervos, músculos ou ossos.

Daniel Acosta, 25 anos, um aviador ferido pela detonação de uma bomba em uma estrada do Iraque em 2005, passou pelo procedimento no ano passado e diz que seu braço esquerdo protético agora se movimenta "muito mais rápido" e de maneira muito mais natural.

"A diferença é que agora não preciso mais pensar para mover o braço", ele diz. "Ele simplesmente se mexe".

Ainda assim, Acosta, de San Antonio, diz que "o processo foi bastante longo" e que os eletrodos precisam ser ajustados para receber os sinais à medida que os nervos crescem ou mudam de posição.

E embora elogiem o método, os especialistas afirmam que a ciência das próteses de braço ainda tem muito por avançar.

"Trata-se de uma parte crucial, mas ainda assim apenas uma parte, das muitas coisas que compreendem a função normal de um braço", disse Loeb, que escreveu um editorial que acompanha o artigo no Journal of the American Medical Association.

"No momento estamos a meio do caminho entre o braço de 'Dr. Fantástico', que fazia involuntariamente a saudação nazista, e o braço de Luke Skywalker em 'Guerra nas Estrelas', que funciona sem nenhum problema assim que é conectado. Creio que precisaremos ainda de muitos anos para conectar todas as peças necessárias a produzir um braço capaz de funcionar normalmente".

17:04
Anónimo disse...
A Espanha disse neste sábado que está preparando uma reclamação oficial contra a decisão da Venezuela de expulsar um membro do Parlamento Europeu que criticou o conselho eleitoral venezuelano.
Luis Herrero, membro do partido conservador espanhol PP, foi deportado na sexta-feira depois que o Conselho Nacional Eleitoral (CNE) o acusou de questionar a imparcialidade da instituição antes de um referendo que pode permitir ao presidente Hugo Chávez permanecer no cargo indefinidamente.

Herrero estava na Venezuela como observador do referendo. Ele acusou Chávez de ter "comportamentos típicos de um ditador" por pedir a contenção de manifestações da oposição.

O governo da Espanha convocou um encontro com o embaixador da Venezuela em Madri para expressar a desaprovação sobre a expulsão de Herrero, disse um representante do Ministério das Relações Exteriores espanhol.

As relações da Venezuela com a Espanha tiveram seu ponto crítico em 2007, quando Chávez ameaçou rever acordos diplomáticos e comerciais depois de ouvir um "cala a boca" do rei espanhol Juan Carlos durante uma cúpula.

A fenda foi oficialmente reparada em 2008, com uma visita oficial de Chávez à Espanha, onde ele cumprimentou o rei e discutiu acordos para investimento no setor petroquímico com o primeiro-ministro José Luis Rodriguez Zapatero.

17:06
Anónimo disse...
A polícia do Zimbábue anunciou neste sábado que acusa de traição Roy Bennett, dirigente do até agora opositor Movimento para a Mudança Democrática (MDC), detido na sexta-feira, em Harare, poucas horas antes da cerimônia de posse dos membros do novo gabinete.

"A Polícia nos informou que vão apresentar acusações de traição", disse à agência EFE o advogado de defesa de Bennett, Trust Maanda.

"Tentam relacionar Roy com o caso de Mike Hitschmann, que foi detido em 2006 em relação à descoberta de um carregamento de armas, apesar de que Hitschmann não tenha sido declarado culpado das acusações de traição apresentadas contra ele, mas de um crime menor de descumprimento de leis", disse Maanda.

O político opositor, designado por seu partido como vice-ministro de Agricultura no Governo de união nacional, esteve no exílio na vizinha África do Sul desde 2006 e retornou ao Zimbábue há duas semanas.

Segundo a Polícia, que deteve Bennett ontem no aeroporto de Harare quando pretendia ir à África do Sul para visitar sua família, as armas apreendidas em 2006 seriam utilizadas em um golpe de Estado para derrubar o presidente do Zimbábue, Robert Mugabe.

Depois da detenção, Bennet foi levado a Mutar, onde vários simpatizantes do MDC se concentraram em frente à delegacia na qual estava detido, diante do que a Polícia respondeu com tiros para o alto para dispersar os manifestantes.

17:07
Anónimo disse...
Austrália: 14 mil se candidatam a 'emprego dos sonhos'

A secretaria de Turismo de Queensland, na Austrália, informou que até esta segunda-feira já recebeu cerca de 14 mil inscrições para o "o melhor emprego do mundo". O Estado australiano promove pela internet seleção para vaga de "zelador" da ilha Hamilton, por seis meses com um salário de R$ 40 mil.

Muitos candidatos tiveram problemas durante a inscrição por conta dos acessos simultâneos ao site. A secretaria aconselha enviar os vídeos de 60s explicando porque deve ser escolhido em horários alternativos do dia, além de recomendar tamanho em torno de 40MB.

As inscrições começaram em 12 de janeiro e vão até o próximo dia 22 e podem ser feitas pelo site www.islandreefjob.com. O governo australiano escolherá 50 candidatos para a próxima fase da seleção, que terá votos do público para eleger um dos 11 finalistas.

A última fase terá entrevistas e desafios físicos, no próprio local de trabalho: as ilhas da Grande Barreira Coralina - o maior recife de coral do mundo. A secretaria de Turismo anunciará o vencedor no dia 6 de maio.

17:09
Anónimo disse...
Mercado elogia governo na crise, mas pede maior queda no juro

Peter Fussy
Direto de São Paulo

Desde as primeiras medidas anunciadas para combater os efeitos da crise, o governo brasileiro avisou que a estratégia não contemplaria um pacote. Seriam doses pontuais, de acordo com a necessidade da economia diante do agravamento das turbulências. Da primeira liberação dos depósitos compulsórios em setembro até a ampliação do seguro-desemprego na última quarta-feira, o governo passou por redução de impostos, ampliação de crédito e incentivos à exportação. Quase 150 dias após a primeira medida, o Terra conversou com líderes do setor público e privado, representantes dos trabalhadores, acadêmicos e com o próprio governo para saber quais destas ações foram mais eficazes, quais foram mais ineficientes e o que mais pode ser feito pelo Estado brasileiro contra a crise.

Os maiores elogios foram direcionados à atitude de reduzir o Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) para a indústria automobilística, anunciada em dezembro e que fez com que os emplacamentos de carros novos subissem 1,9% no primeiro mês do ano em relação a dezembro de 2008. Já as maiores críticas foram para a lentidão no corte da taxa básica de juro do País.

Para o presidente do conselho administrativo do Grupo Pão de Açúcar, Abílio Diniz, o Estado não é responsável pela crise e mesmo assim está agindo "com extrema serenidade e muito acerto". "O governo está atento, fazendo a sua parte. É preciso coragem de baixar firmemente a taxa de juros. É uma arma que temos a nosso favor, já que não há clima para inflação, nem possibilidade de danos para a macroeconomia", afirmou Diniz.

Na última reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), em janeiro, a taxa Selic foi reduzida em um ponto percentual, de 13,75% para 12,75% ao ano. Porém, o professor de economia da Universidade de Brasília (UnB) José Luiz Oreiro lembra que este corte representa uma redução de apenas 0,25 ponto percentual com relação à taxa de setembro do ano passado, quando a crise se agravou.

"Pouco antes da eclosão da crise, o Banco Central aumentou a taxa em 0,75 ponto. Foram cinco meses de demora para reduzir em termos líquidos apenas 0,25 ponto", afirmou o economista, que também sugeriu redução do intervalo de cerca de 90 dias entre as reuniões do Copom e o corte de pelo menos um 1 ponto percentual em cada reunião.

Mesmo com o corte de janeiro, a taxa de juros real continua sendo a maior do mundo, lembrou o secretário-geral da Força Sindical, João Carlos Gonçalves, o Juruna. "A redução da taxa de juro ainda é pequena, porque ela continua uma das mais altas do mundo. Falta ousadia para baixar os juros e ajudar o cidadão. A permanência da taxa de juro alta é negativa para o País em meio a crise", afirmou Juruna.

Embora aprove as ações do governo, o senador Aloízio Mercadante (PT-SP) também acredita que o patamar da Selic está muito alto. "Sempre fomos os primeiros a entrar em qualquer crise, o que não aconteceu agora. A taxa Selic ainda é muito alta, mas o governo têm tomado medidas acertadas, como o aumento do salário mínimo, mesmo com um cenário de crise. Isso ajuda a movimentar o consumo. O governo está se esforçando para manter os investimentos e o crescimento", disse.

Tributos
De acordo com o economista Fabio Pina, da Fecomercio-SP, as ações mais positivas estão relacionadas à redução de tributos para alguns segmentos, como a indústria automobilística, que recuperou parte da queda nas vendas em janeiro com a isenção do IPI para carros 1.0 l e o corte para demais motorizações. A medida vale até o final de março.

"Essas medidas não só reduziram o preço, mas anteciparam o consumo daqueles que iriam comprar no futuro, dando um prêmio por conta da insegurança. Mexe diretamente com o principal problema que é a confiança do consumidor", afirmou. Juruna destacou que um bom ritmo de vendas é garantia de emprego. "É importante porque cada emprego na montadora significa 19 na cadeia produtiva", comentou o representante da Força Sindical.

Também em dezembro, o governo decidiu cortar pela metade a alíquota do Imposto de Renda para contribuintes que ganham entre R$ 1.434 e R$ 2.150 mensais. "O salário aumentava e a tabela não se modificava. As pessoas ganhavam mais e pagavam mais impostos", apontou Juruna. Outra redução de tributos do governo foi com relação ao Imposto sobre Operações Financeiras (IOF), que caiu de 3% ao ano para 1,5%.

Crédito
Na segunda metade de 2008, o colapso de bancos nos Estados Unidos por conta da crise do subprime provocou uma forte restrição de crédito no mundo inteiro. Uma das primeiras medidas anticrise do governo teve como objetivo restabelecer a oferta, com mudanças no recolhimento dos depósitos compulsórios por parte dos bancos. Segundo o presidente do Banco Central, Henrique Meirelles, as diversas modificações liberaram US$ 99,2 bilhões aos bancos até o final de janeiro.

Além disso, o governo concedeu R$ 36 bilhões das reservas internacionais para empresas brasileiras com dívidas no exterior e uma medida provisória autorizou o Banco do Brasil e a Caixa Econômica Federal a comprar carteiras de crédito de bancos privados. Para o diretor do Departamento de Pesquisas e Estudos Econômicos da Fiesp, Paulo Francini, estas medidas foram essenciais para combater os efeitos da crise.

"A crise se desenvolve no mundo em torno do tema crédito. E o crédito reduziu-se barbaridade no mundo. Então o governo lança mão de compulsório, lança mão de reservas, de medidas que permitem aos bancos comprar carteiras de bancos. Você vai tomando várias medidas para atender às demandas e o epicentro disso é crédito", afirmou.

No entanto, Oreiro, da UnB, adverte que a liberação dos compulsórios seria mais eficiente acompanhada de redução mais agressiva da taxa básica de juro. "Uma parte do crédito voltou, depois da forte retração em outubro e novembro. O que deveria ter sido feito junto à liberação do compulsório era uma redução mais drástica da taxa de juro. Sem isso, os bancos pegam as reservas e acabam comprando títulos públicos", explicou o economista.

Na opinião de Pina, as ações de distribuição de crédito via redução do compulsório e a disposição de capital de giro para empresas foram tomadas sem um cuidado maior na operação e não tiveram muito efeito. "O BNDES tem linhas que ficam paradas quase todo o ano, agora é pior ainda. Existem os recursos, mas as empresas e os bancos estão desconfiados. É preciso fazer com que os bancos tenham interesse em emprestar", afirmou o economista da Fecomercio-SP.

Futuro
Mesmo com todas essas medidas, a crise financeira ainda gera incertezas nos setores produtivos do País. Nos últimos meses, o medo do desemprego fez os consumidores adiarem compras. Por sua vez, a queda nas vendas pode obrigar as indústrias a cortarem a produção e demitir funcionários. Contra isso, empresários sugerem redução de jornada e de salários.

"Isto está previsto em lei. A Fiesp simplesmente manteve conversações com entidades sindicais quanto à aplicação daquilo que já está previsto em lei", afirmou Francini.

Segundo a ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff, uma das medidas que assegura um nível de emprego é a manutenção de investimentos no Programa de Aceleração do Crescimento (PAC). "Estamos esperando que a dificuldade ocorra em janeiro, fevereiro e março. Estamos certos que vamos manter o nível de investimento. É isso que funciona, é isso que significa investimento público. Ele funciona como um colchão. Por isso, nós colocamos R$ 100 bilhões no BNDES e a Petrobras ampliou o seu investimento em R$ 120 bilhões", afirmou.

Na mesma linha, Pina explica que a antecipação de gastos do governo substitui parte da demanda retraída do setor privado. "Ele dá o seguinte recado: não vou estourar as contas públicas, mas concentrar em um momento em que a demanda privada está pequena. Mas o governo não tem fôlego suficiente para fazer o papel de toda demanda", ressaltou. O economista da Fecomercio lembrou que a entidade já pleiteou junto ao governo isenções para transferência de imóveis e de automóveis, além de retirar o IPVA para veículos novos.

Já Oreiro foca suas propostas na capitalização do Banco do Brasil e da Caixa Econômica Federal pelo Tesouro para atender a demanda de crédito para capital de giro e reduzir o spread. "Aumentando o empréstimo e reduzindo as taxas, os dois vão forçar os bancos privados a acompanhar o movimento, até para não perderem participação no mercado", explicou o economista da UnB.

Até o Carnaval, o governou prometeu detalhar um pacote de incentivos para a construção de até um milhão de casas populares, direcionado a famílias com renda de até dez salários mínimos. "Estamos atentos a tudo o que está acontecendo e novas medidas serão tomadas caso haja uma avaliação de que sejam necessárias", disse o ministro da Fazenda, Guido Mantega, na última sexta-feira.

17:11
Anónimo disse...
Ex-ministro critica extensão do seguro-desemprego

Atualizada às 09h03

O ex-ministro do Trabalho Almir Pazzianotto criticou a decisão do governo federal de conceder o seguro-desemprego estendido a apenas alguns setores. "É certamente odioso e provavelmente inconstitucional", disse Pazzianotto, de acordo com o jornal O Estado de S. Paulo.

Na última qurta, dia do anúncio da medida, centrais sindicais elogiaram a atitude do governo. A Força Sindical divulgou nota dizendo que "o aumento ajudará a aquecer parte da economia, já que irá gerar mais consumo, produção e conseqüentemente, a criação de novos postos de trabalho". A União Geral dos Trabalhadores (UGT) afirmou que a medida "contribuirá para minimizar o drama dos trabalhadores que perderem seu emprego por conta da crise".

O ex-ministro, que instituiu o seguro-desemprego no País no governo de José Sarney, destacou a necessidade de as centrais sindicais se manifestarem contra a determinação. Para ele, as mudanças devem ser aplicadas a todas as categorias profissionais e a distinção é contrária ao artigo 3º da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT).

Pazzianotto atribui a medida a um possível temor do governo de que a crise econômica seja longa e não haja dinheiro para atender a todas as necessidades. Ainda assim, ele se mostra contrário ao método de concessão. "O seguro-desemprego ajuda a sanar necessidades básicas. Estendê-lo é paliativo, não a solução", disse ao jornal.

De acordo com o presidente do Conselho Deliberativo do Fundo de Amparo ao Trabalhador (Codefat) e conselheiro da Força Sindical, Luiz Fernando Emediato, a determinação já estava prevista na lei 8.900/94, que trata do seguro-desemprego.

O presidente da Comissão de Trabalho da Câmara, Pedro Fernandes (PTB-MA) vai além na crítica à concessão do seguro para apenas alguns setores. Ele acredita que a ampliação do benefício estimula o desemprego.

Quintino Severo, secretário geral da Central Única dos Trabalhadores (CUT), lembra que a ampliação do benefício sem critério e identificação pode incentivar demissões em outros setores.

17:13
Anónimo disse...
Empresas
TAM faz promoção para destinos internacionais

A companhia aérea TAM anunciou nesta sexta-feira tarifas promocionais para trechos internacionais. Os preços valem para bilhetes comprados entre 6h deste sábado e 23h59 deste domingo e são válidos para classe econômica. As tarifas, para ida e volta, serão vendidas a partir de US$ 99, mais taxas.

Segundo a aérea, a promoção vale para viagens feitas no período de 14 de fevereiro a 18 de junho de 2009. Para destinos na América do Sul, a permanência mínima é de dois dias; para bilhetes com destino nos Estados Unidos, cinco dias; e Europa, sete dias. A permanência máxima para as passagens para América do Sul e EUA é de dois meses e para Europa, três meses.

Entre os exemplos de tarifas promocionais, a TAM oferece São Paulo-Lima por US$ 99. Bilhetes para a rota São Paulo-Santiago serão vendidos a partir de US$ 199 e São Paulo-Nova York, US$ 799.

A emissão dos bilhetes deve ser feita obrigatoriamente no ato da reserva, obedecendo às regras estipuladas pela companhia. A compra está sujeita à disponibilidade de assentos nas classes tarifárias determinadas, trechos, horários e datas. A TAM afirmou que também há tarifas promocionais para a classe executiva.

Mais informações podem ser encontradas no site promocional (www.ofertastam.com.br), no site da empresa (www.tam.com.br) ou pelos telefones 4002-5700 ou 0800 5705700.

17:13
Anónimo disse...
Empresas
Consultoria negocia compra do parque temático Hopi Hari

A consultoria especializada em reestruturação de empresas Íntegra Associados informou nesta sexta-feira ter um acordo para comprar o parque de diversões Hopi Hari, localizado no interior de São Paulo. A empresa estaria disposta a investir R$ 10 milhões no parque, que tem dívida estimada em R$ 800 milhões. As informações são da edição deste sábado do jornal Folha de S. Paulo.

De acordo com o jornal, a transação ainda depende da negociação entre o Hopi Hari e seus credores, o que já estaria em andamento.

A consultoria paulista já atuou junto à Parmalat, durante 30 meses, quando reorganizou a gestão da empresa italiana.

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17:14
Anónimo disse...
Empresas
Disney de Tóquio contratará mais 2 mil apesar da crise


A Oriental Land, o operador da Disneylândia Tóquio e DisneySea, organizou neste domingo entrevistas para contratar cerca de 2 mil trabalhadores em tempo parcial, em um momento de grandes demissões deste tipo de empregados no Japão.

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O operador deste parque temático, situado em Urayasu, na província de Chiba (leste de Tóquio), está em pleno processo de seleção de empregados para 20 tipos de postos trabalhistas diferentes.

Segundo a companhia, citada pela agência local de notícias Kyodo, o parque contratará novos trabalhadores para as atrações, para os restaurantes e guardas de segurança entre outros. Os novos contratados começarão a trabalhar a partir de fevereiro.

O processo de seleção acontece em um momento em que a maioria das grandes companhias japonesas começaram a se ver obrigadas a despedir uma elevada percentagem de seus trabalhadores temporários e a tempo parcial.

Algumas inclusive anunciaram demissões de seus trabalhadores fixos, uma medida muito pouco comum nas companhias japonesas, perante os efeitos piores que o esperado pela crise econômica global.

Cerca de uma centena de pessoas esperavam desde a primeira hora desta manhã a abertura do centro de conferências Tokyo International Forum, onde as entrevistas estão sendo feitas, para ser os primeiros a solicitar os postos de trabalho.


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17:15
Anónimo disse...
Economia Internacional
Senado dos EUA aprova plano de estímulo à economia

O Senado dos Estados Unidos aprovou com 60 votos a favor e 38 contra o plano de estímulo à economia de US$ 787 bilhões na madrugada deste sábado. Agora, ele segue para sanção ou veto do presidente Barack Obama, que espera colocar a lei em prática até o dia 16 de fevereiro.

O plano prevê a criação de três milhões de empregos, inclui cortes de impostos às famílias, fundos para programas sociais e obras públicas, além de ajuda aos governos estaduais, estudantes e desempregados.

A cláusula Buy American - que exige o uso de ferro, aço e produtos manufaturados dos Estados Unidos em obras realizadas com recursos do pacote - ficou de lado. Segundo o texto definitivo, a cláusula será aplicada sem violar as normas do comércio internacional.

Ontem à tarde, a Câmara de Representantes (deputados) havia aprovado, por 246 votos a favor e 183 contra, a versão final do plano. Todos os republicanos foram contrários ao pacote.

Pelo acordo de quarta-feira entre Câmara e Senado, em vez de custar US$ 819 bilhões, como queriam os deputados, ou US$ 838 bilhões como pretendiam os senadores, o pacote ficou em cerca de US$ 787 bilhões, com 65% desse total destinado a gastos do governo federal e 35%, a créditos tributários.

17:16
Anónimo disse...
Economia nacional
Na era Lula, aposentadoria sobe 54% menos que salário mínimo

Thatiane Faria
Especial para o Terra
Direto de São Paulo

Os índices de reajustes concedidos pelo governo em 2009 para aposentados e pensionistas e para o salário mínimo repetiram uma diferença que, só durante o governo de Luiz Inácio Lula da Silva, já chega a 54%. Enquanto o mínimo foi majorado em 12% este ano, as pensões e aposentadorias tiveram aumento de 5,92%. Aposentados que têm o benefício do governo como única fonte de renda reclamam que perdem poder de compra e que sua cesta de compras é composta por itens que aumentam mais em relação à inflação oficial.

Um exemplo prático pode ser entendido a partir da comparação entre um aposentado que ganhava R$ 600 em janeiro de 2003. Na época, o benefício era três vezes, ou 200%, maior que o valor do mínimo em vigência, que era de R$ 200. Aplicando-se os índices de reajuste para aposentadorias e para o mínimo durante os últimos seis anos, o mesmo aposentado estaria recebendo hoje R$ 938,47, comparado a um salário mínimo de R$ 465. A diferença entre os dois valores caiu para pouco mais de 100%.

Enquanto o índice acumulado de reajuste para a aposentadoria durante o governo Lula foi de 60%, para o salário mínimo está em 132%.

O diretor do Sindicato Nacional dos Aposentados, João Inocentini, reclama que os valores dos benefícios para aposentadorias não mantêm o poder de compra do grupo, principalmente dos aposentados que recebem menos que dez salários mínimos.

Nem mesmo o fato de o índice de reajuste das aposentadorias ter ficado acima da inflação acumulada no mesmo período (o IPCA entre janeiro de 2003 e janeiro de 2009 foi de 39,7%) serve de argumento, segundo os aposentados.

"Os idosos, principalmente, têm gastos além das contas gerais como gás, telefone e aluguel. Para eles o custo com remédios, e outros itens da área saúde costuma ser maior", afirmou Inocentini.

O presidente do sindicato afirmou que o grupo realiza um estudo com 100 itens de necessidade de um idoso para comparar o aumento dos produtos com o índice de reajuste do benefício recebido pelos aposentados.

"Daqui dois meses vamos abrir um processo na Justiça e levar essa pesquisa como prova. Segundo a lei, o governo é obrigado a manter o poder de compra com a aposentadoria", disse Inocentini.

Alternativas
O consultor financeiro Cláudio Boriola diz que os aposentados, especialmente nesse momento de crise econômica, devem evitar compras parceladas, pesquisar preços, negociar e fazer bom planejamento financeiro.

Segundo Boriola, alguns aposentados ganham um valor mensal muitas vezes insuficiente para o pagamento das contas e acabam pedindo crédito ou realizando pagamentos a prazo e são obrigados a pagar juros altos.

Na opinião do consultor, pagar uma previdência privada é uma alternativa indicada para quem ainda trabalha, considerando a característica de perda de poder de compra da aposentadoria.

"Na prática, infelizmente os valores encontram-se em um patamar que está deteriorando o poder de aquisição da população brasileira", completou Boriola.

De acordo com o diretor da Confederação Brasileira de Aposentados e Pensionistas (Cobap), Vicente Fernandes Barbosa, representantes dos aposentados tentarão um encontro com o presidente da Câmara, deputado Michel Temer (PMDB-SP), para discutir projetos que minimizem a perda dos aposentados

17:17
Anónimo disse...
Previdência
Previdência prorroga isenção de tarifas no benefício

O atual sistema de pagamento aos 26 milhões de aposentados e pensionistas do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) será mantido até o final deste ano. O acordo, que permite realizar a operação sem nenhum custo aos beneficiários, foi renovado nesta sexta-feira, entre o governo federal e 21 instituições financeiras.

Por meio desse acordo, vigente desde setembro de 2007, nem os segurados, nem os bancos e nem o governo arcam com o pagamento de tarifas, conforme explicou o ministro da Previdência Social, José Pimentel. A prorrogação vale até dezembro, data máxima para que a Previdência defina as regras para um novo contrato.

Ao assinar o termo de renovação, na sede da Federação Brasileira dos Bancos (Febraban), o ministro disse que a intenção do governo é mudar o atual modelo de gestão visando a reduzir os custos dessas operações em torno da folha mensal, que atinge R$ 15,8 bilhões. No entanto, qualquer alteração, conforme explicou, passará antes por audiências públicas a serem realizadas a partir do segundo semestre deste ano, atendendo a determinação do Tribunal de Contas da União (TCU).

De acordo com Pimentel, com um redesenho do mecanismo de repasse dos recursos aos bancos em torno da folha de pagamento dos segurados o que se busca é um aumento da participação de instituições financeiras. Ele informou que, desde 2007, cada benefício custa em média R$ 1,07 ao governo. "Quanto mais instituições financeiras estiverem prestando serviços à sociedade, maior é a competitividade, a agilidade no atendimento", justificou.

O ministro observou, ainda, que, para permitir uma redução para algo em torno de meia hora no tempo de atendimento para a concessão dos direitos previdenciários, o governo investiu R$ 280 milhões.

Questionado sobre o descontentamento dos segurados que ganham acima de um salário mínimo terem obtido apenas a correção com base na variação do Índice de Preços ao Consumidor (INPC) , ficando abaixo do reajuste dado a quem recebe apenas o mínimo, Pimentel argumentou que o governo seguiu o que determina a lei e descartou a possibilidade de uma revisão

17:17
Anónimo disse...
Empresas
Caterpillar oferece aposentadoria antecipada a 2 mil


A companhia americana Caterpillar ofereceu a cerca de dois mil funcionários incentivos para que se aposentem de forma voluntária antes do previsto, pela perspectiva de uma queda "significativa" da atividade industrial, informou nesta quarta-feira a empresa.

A iniciativa, destinada aos trabalhadores de diversas fábricas em Illinois, Colorado, Tennessee e Pensilvânia, se soma aos cortes de empregos anunciados em janeiro, explicou em comunicado de imprensa.

A empresa, a maior fabricante mundial de maquinaria pesada para a construção e a mineração, acrescentou que, "em função das condições de negócio, podem ser necessárias mais reduções de elenco voluntárias e involuntárias à medida que o ano avança".

O vice-presidente da companhia, Sid Banwart, explicou que a empresa prevê "demissões significativas em todas as regiões geográficas e na maioria dos setores devido às dificuldades da economia mundial".

17:18
Anónimo disse...
Comércio
Comércio exterior da OCDE caiu no 3º trimestre de 2008


As exportações e as importações dos países da Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Econômico (OCDE) caíram 1,6% e 0,2%, respectivamente, no terceiro trimestre de 2008, em relação aos três meses anteriores.

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Trata-se da primeira queda destas atividades desde o terceiro trimestre de 2006, segundo o último relatório trimestral sobre fluxos comerciais divulgado pela OCDE.

As exportações e as importações em dólares dos 30 Estados-membros caíram 15,6% e 17%, respectivamente, na comparação anualizada.

Por sua vez, o comércio dos sete países mais ricos do mundo (G7) teve um pequeno crescimento no terceiro trimestre de 2008 com uma queda das exportações de mercadorias de 0,2% em relação ao trimestre anterior e um aumento de 0,4% das importações.

Em termos anualizados, as importações do G7 caíram 1,4% entre julho e setembro do ano passado, seu primeiro retrocesso desde o terceiro trimestre de 2006, enquanto as exportações aumentaram 1,9%, seu crescimento mais baixo no mesmo tempo.

Por países, a Alemanha aumentou suas importações em 3,4% - valor mais alto do G7 -, enquanto suas exportações caíram 2,9% do segundo para o terceiro trimestre de 2008.

Pelo contrário, as exportações americanas aumentaram 1,8% entre julho e setembro de 2008, enquanto as importações caíram 0,7% em relação ao trimestre anterior. No Japão, tanto as importações quanto as exportações caíram em torno de 1% no mesmo período.

17:19
Anónimo disse...
Economia Nacional
Lula: juros de crédito consignado a aposentados são altos

Atualizada às 17h29

O presidente Luis Inácio Lula da Silva afirmou nesta terça-feira, em São Paulo, que está lutando para reduzir as taxas de juros cobradas de aposentados em crédito consignado. A Previdência Social estabelece uma taxa máxima de 2,5% para empréstimo e de 3,5% para cartão. Para Lula, os valores são altos.

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"Acho que o juro que os aposentados estão pagando hoje com o crédito consignado é alto para o padrão brasileiro", disse o presidente durante a cerimônia de comemoração dos 86 anos do INSS.

A Previdência anunciou nesta terça-feira que aposentados e trabalhadoras com licença-maternidade poderão receber seus benefícios em 30 minutos. De acordo com Lula, em junho, a aposentadoria do trabalhador rural também será conseguida em meia hora.

Além disso, o presidente anunciou que, também em junho, os trabalhadores que alcançarem o direito à aposentadoria passarão a receber em suas casas um comunicado da Previdência informando o fato e o valor do salário que têm direito a receber. "É um comprometimento público que estou fazendo com os companheiros da Previdência Social", disse.

"Estamos retribuindo ao contribuinte da Previdência Social aquilo que é a cidadania que ele tem direito", afirmou Lula. "Se para cobrar nós somos tão precisos, para devolver o dinheiro, temos que chegar próximo à perfeição", completou.

17:20
Anónimo disse...
Economia Nacional
Salário maternidade sairá em 30 minutos, diz ministro

Toda trabalhadora autônoma que tiver contribuído pelo menos 10 meses com o Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) - ou as que possuírem carteira assinada - poderão receber em 30 minutos o salário maternidade a partir desta terça-feira. Da mesma forma, as mulheres com 30 anos de contribuição e os homens com 35 anos também terão direito ao benefício de forma mais rápida. A informação é do ministro da Previdência Social, José Pimentel.

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Para requerer o salário maternidade, é preciso que as autônomas levem a carteira de identidade e o carnê de contribuição. As demais trabalhadoras devem apresentar a identificação e a carteira de trabalho. Desde o início do mês, a nova forma de análise para a concessão de benefícios foi adotada para a aposentadoria por idade do trabalhador urbano e agora foi estendida para o salário maternidade e por tempo de contribuição.

O ministro disse que a qualificação do serviço da previdência social é o reconhecimento do direito dos trabalhadores e da afirmação da cidadania.

"Até pouco tempo na cabeça do cidadão o serviço devia ser de péssima qualidade. Agora não, nós modificamos toda a legislação no mês de dezembro numa ação conjunta do Congresso Nacional com o governo federal. Estamos implantando e concedendo os benefícios em até 30 minutos", afirmou.

O ministro destacou que para conseguir se aposentar ou ter acesso à licença maternidade em 30 minutos, em primeiro lugar, é necessário que o cidadão esteja vinculado à Previdência, o que inclui 65% da população acima de 16 anos de idade.

"Depois bastar marcar pelo sistema 135 o dia e a hora do atendimento e levar a documentação. Se todos os dados necessários estiverem corretos o contribuinte será atendido em até 30 minutos, como vem sendo feito com as aposentadorias por idade desde o dia cinco de janeiro", explicou.

Pimentel disse ainda que em 90% das agências da previdência social o atendimento é marcado em até 48 horas. Nos grandes centros, entretanto existe um volume maior o que torna mais lento o processo.

"Estamos criando mais 715 agências até 2010, em todo o território nacional, para descentralizar o atendimento. Em 2008, atendemos 295 mil benefícios e aposentadorias por idade. Temos 4 mil pessoas por dia procurando e se aposentando por idade no território nacional. Este serviço será agilizado", concluiu.
17:28
Anónimo disse...
Giuseppe Englaro, pai de Eluana, a italiana que morreu na segunda-feira passada por desidratação, recusou uma grande soma de dinheiro de um conhecido fotógrafo italiano que queria retratar a filha em estado de coma, disse neste sábado o neurologista que atendia a mulher desde 1996, Carlo Defanti.

O neurologista, que participou hoje de uma conferência sobre eutanásia, disse que Englaro respeitou a vontade da filha, que, antes do acidente, tinha pedido que, se lhe ocorresse qualquer coisa irreversível, apresentasse sua imagem de quando estava em boas condições.

Antes de sofrer o acidente de trânsito, em 1992, Eluana viveu o coma de um amigo, Alessandro, o que causou forte impacto na italiana e a levou a fazer o pai prometer que não a deixasse viver em estado vegetativo, disse o próprio Giuseppe Englaro.

Defanti, que dissera que Eluana poderia viver de dez a 12 dias depois da suspensão da alimentação e da hidratação, disse que, como médico, tinha que reprovar esta afirmação.

"Não se pode sobreviver após três ou quatro dias sem líquido e, em particular, água em um corpo. Sabemos bem que, quando há um terremoto, após quatro dias é difícil encontrar sobreviventes".

Defanti ressaltou que Eluana "não falava, não se comunicava com o exterior" e que, após vários exames, "nos deparamos com uma moça que tinha perdido a consciência", porque estava com o córtex cerebral prejudicado.

Eluana foi enterrada na quinta-feira passada no túmulo da família na localidade de Paluzza, em Udine, após um funeral que não contou com a presença dos pais.

16:53
Anónimo disse...
Os bombeiros combatem neste sábado os incêndios na Austrália favorecidos pelo bom tempo, enquanto os deslocados encotram em seu retorno casas derruídas, carros queimados nas ruas e destruição.

Depois de sete dias desde que começaram os incêndios no Estado de Victoria, a lista de mortos chega a 181, os desaparecidos somam 50, os edifícios destruídos totalizam 1,834 mil e o terreno arrasado, principalmente florestas, ocupa uma área de 4,13 mil quilômetros quadrados.

As equipes de bombeiros, formadas por 4 mil profissionais de Victoria, de outras partes da Austrália e de países amigos, combateram hoje 12 focos fora de controle e nenhum representava uma ameaça direta para a população.

O subdiretor do Serviço de Bombeiros, Geoff Conway, disse que este tempo favorável, que se prolongará durante o domingo, permite consolidar as linhas de contenção e avançar na extinção das chamas.

Cinzas apareceram arrastadas por ventos do nordeste sobre Melbourne, onde habitam 3,8 milhões de pessoas, e as autoridades alertaram aos cidadãos do risco para a saúde de idosos, crianças e pessoas com problemas respiratórios.

O número de pessoas deslocadas - a Cruz Vermelha chegou a receber 7 mil - começou a cair com a abertura de algumas localidades atingidas.

Os incêndios, alguns criminosos, começaram em 7 de fevereiro, quando a região sul da Austrália estava há duas semanas sob uma onda de calor sem precedentes.

Na sexta-feira passada, a polícia acusou uma pessoa de ter provocado o incêndio que atingiu a localidade de Churchill e matou 21 pessoas.

16:55
Anónimo disse...
A primeira chuva em seis dias reduziu a ameaça de incêndios no Estado de Victoria, ao sul da Austrália. As autoridades, porém, advertiram que ainda existem 12 focos, mas que nenhum deles ameaça áreas povoadas.

Mais de quatro mil bombeiros, mil provenientes de outras partes do país e de outras nações, trabalham contra o fogo. Cerca de 600 veículos e 28 helicópteros e pequenos aviões estão sendo usados.


Eles conseguiram construir linhas de contenção para evitar os incêndios de Yarra e Maroondah se juntassem. Também foram controlados os incêndios abertos de Yea e Murrindindi, que ameaçavam as comunidades de Connellys Creek, Crystal Creek, Scrubby Creek e Native Dog Creek.

O número de mortos chegou a 181, mas as autoridades acreditam que as vítimas devem passar de 200, já que ainda há muitos desaparecidos.

16:55
Anónimo disse...
Aqui nesta coluna, na semana passada, tive a oportunidade de comentar sobre a recente visita do professor brasileiro Pedrinho Guareschi à Austrália. Não dei, porém, os fatos, pois semana passada o assunto era outro.

Hoje, porém, vamos a eles.

No último dia 4 de fevereiro, aconteceu o Seminário "Paulo Freire: Education and Liberation", organizado pelo centro de estudos latino-americanos da Universidade Nacional da Austrália, ou ANU, como é mais conhecida por aqui.

A ANU, para quem não sabe, está entre as 20 melhores universidades do mundo! E tem sede aqui em Camberra, capital da Austrália.

Na abertura do evento, o professor John Minns, diretor do centro latino-americano, ao dar boas-vindas ao público presente, lembrou ser aquele o primeiro seminário exclusivamente dedicado a Paulo Freire na Austrália.

Em seguida, convidou Pedrinho Guareschi, palestrante principal do Seminário, a fazer sua apresentação.

A plateia pode então conhecer, pelas palavras de Pedrinho, um pouco da obra e da vida de Freire, esse brasileiro de fé e valor, que sempre acreditou na educação, sobretudo dos menos favorecidos, analfabetos, como força libertadora.

Como não podia deixar de ser, os conceitos e ideias revolucionários de Paulo Freire, expostos com clareza por Pedrinho, despertaram o interesse e a curiosidade de plateia. A qual, deve-se notar, era na maioria de estudantes, mas de várias nacionalidades, sobretudo australianos e asiáticos.

Na continuação do programa do seminário, que se estendeu por dois dias, outros professores fizeram palestras sobre temas ligados à obra de Paulo Freire.

Interessante, por exemplo, saber que a professora Anne Hickling-Hudson, jamaicana que mora na Austrália há muitos anos (é professora da ANU), conheceu e trabalhou com Freire num workshop educacional durante a revolução na Ilha de Granada, em 1980, antes da invasão dos Estados Unidos...

Ou, então, a palestra da Professora Gerda Roelvink, da Nova Zelândia, que participou do Fórum Social de Porto Alegre em 2005. E essa participação transformou-se em tema de doutorado.

No dia 10, terça-feira passada, o padre Pedrinho Guareschi voltou a falar ao público australiano em grande auditório localizado no belíssimo campus da ANU. Desta vez, sobre a Teologia da Libertação.

Depois da palestra, John Minns mostrou o filme mexicano "O Crime do Padre Amaro", no qual um dos personagens é um padre católico praticante da Teologia da Libertação.

Mais uma vez, foi grande o intersse da platéia, que pode aprender e conhecer um pouco como se desenvolveu aquele importante movimento católico na América Latina.

Fica, assim, ao Pedrinho, bem como a outros brasileiros estudiosos e de bom coração que saem pelo mundo a divulgar aspectos importantes da cultura brasileira, o respeito e a homenagem desta coluna. E... aquele abraço!

16:57
Anónimo disse...
Amanda Kitts perdeu o braço esquerdo em um acidente de automóvel acontecido três anos atrás, mas hoje em dia ela joga futebol americano com seu filho de 12 anos de idade, troca fraldas e abraça as crianças nas três creches Kiddie Cottage que opera em Knoxville, Tennessee. Kitts, 40 anos, faz tudo isso com a ajuda de um novo tipo de braço artificial que se movimenta com mais facilidade do que outros aparelhos e que ela pode controlar utilizando apenas seus pensamentos.

"Eu sou capaz de mexer a mão, o pulso e o cotovelo ao mesmo tempo", diz. "Você pensa e os músculos se movem em seguida".

A recuperação que ela conseguiu resulta de um novo procedimento que vem atraindo crescente atenção porque permite que pessoas movam braços protéticos de forma mais automática do que faziam no passado, simplesmente utilizando nervos reaproveitados em seus cérebros.

A técnica, conhecida como "renervação muscular dirigida", envolve utilizar os nervos que restam depois da amputação de um braço e conectá-los a outro músculo do corpo, em geral no peito. Eletrodos são instalados sobre os músculos do peito, e operam como se fossem antenas. Quando a pessoa deseja mover o braço, o cérebro envia sinais que primeiro resultam em contração dos músculos do peito, os quais enviam um sinal ao braço protético, instruindo-se a se movimentar. O processo não requer mais esforços consciente do que a pessoa teria de exercitar caso ainda tivesse seu braço natural.

Na terça-feira, pesquisadores reportaram em estudo publicado pela versão online do Journal of the American Medical Association que haviam levado a técnica ainda mais à frente, tornando possível a execução de 10 movimentos de mão, pulso e cotovelo diferentes, o que representa uma substancial melhora com relação ao típico repertório protético, que em geral envolve apenas dobrar o cotovelo, girar o pulso e abrir a mão.

"Os novos métodos tiveram impacto dramático em nosso campo de trabalho", disse Stuart Harshbarger, engenheiro biomédico na Universidade Johns Hopkins e diretor do programa de pesquisa sobre próteses, financiado pelas forças armadas, que inclui o trabalho com essa técnica. "O método já está em uso por médicos e cirurgiões comuns em todo o país. A capacidade de controlar um membro protético bastante robusto que ele confere surpreendeu a todos pela qualidade".

Tipicamente, uma pessoa que tenha um braço protético só é capaz de executar alguns poucos movimentos, e muitas vezes com tamanha lentidão que isso só permite a ela atividades limitadas.

Há um motor separado para cada movimento, diz Gerald Loeb, professor de engenharia biomédica na Universidade do Sul da Califórnia, "e esses motores precisam ser controlados de maneira explícita", usualmente por um esforço consciente da pessoa para contrair músculos nas costas ou no bíceps.

"Essencialmente, até agora os pacientes controlavam apenas um motor de cada vez", diz Loeb, "e precisavam pensar cuidadosamente sobre que motor desejavam controlar e como fazê-lo operar, em lugar de simplesmente pensarem em mover o braço e poderem fazê-lo sem delongas".

Antes que Kitts passasse pelo procedimento de renervação, em outubro de 2007, por exemplo, ela precisava movimentar os músculos de suas costas de determinada maneira para fazer com que seu pulso girasse, e flexionar seu bíceps e tríceps para fazer com que o cotovelo se movesse para cima e para baixo. "Era muito trabalho", ela conta. "E não me ajudava muito".

O procedimento de renervação é parte de uma recente explosão de idéias novas e técnicas inovadoras que estão sendo exploradas enquanto os cientistas se esforçam por ajudar as pessoas a compensar melhor a perda de membros ou problemas de paralisia. O esforço vem sendo alimentado pelo aumento no número de amputações causado por diabetes e por ferimentos sofridos pelos militares, e ao mesmo tempo pelos avanços na tecnologia médica.

Os braços se tornaram um dos focos essenciais desse tipo de trabalho. A ciência há muito vem obtendo sucessos no desenvolvimento de próteses de perna, mas é muito mais difícil imitar a complexidade e a destreza das mãos e dos braços.

Os esforços em curso incluem o desenvolvimento de projetos de pele e braços mais sensíveis e mais flexíveis, e o uso de dispositivos acionados por controles sem fio implantado nos braços protéticos, que permitiriam movimentos mais naturais.

Os pesquisadores também vêm usando sensores implantados nos cérebros de cobaias para permitir que dois macacos controlem um braço mecânico, e um teste com um homem paralítico permitiu, com esse método, que ele movimentasse um cursor em uma tela de computador.

Alguns desses métodos, caso venham a ser aperfeiçoados plenamente e consigam aprovação das autoridades regulatórias da saúde, podem no futuro se tornar mais viáveis para os pacientes de amputações.

E embora a técnica da renervação não requeira aprovação das autoridades regulatórias porque é executada por meios cirúrgicos e emprega aparelhos já existentes, ela apresenta limitações que até mesmo seus criadores reconhecem, entre as quais o fato de que não se pode utilizá-la para todos os pacientes, o seu alto custo e o prazo de meses requerido para que os nervos reconectados cresçam e se tornem efetivos.

Ainda assim, os especialistas dizem que é o mais avançado sistema em uso hoje para pacientes reais que permite que o sistema nervoso controle diretamente o movimento de um braço artificial.

Desde sua introdução por Todd Kuiken, médico fisioterapeuta e engenheiro biomédico do Instituto de Reabilitação de Chicago, o método foi empregado em cerca de 30 pacientes nos Estados Unidos, Canadá e Europa, entre os quais oito soldados feridos no Iraque e no Afeganistão.

Muitos dos pacientes, entre os quais o primeiro, Jesse Sullivan, um operário do setor elétrico no Tennessee que perdeu os dois braços quando foi eletrocutado por um cabo, conseguem não apenas manipular seus braços protéticos mas sentir a presença das mãos que já não têm quando alguém toca em seus peitos.

Sullivan, 62 anos, e Kitts, estavam entre os cinco pacientes que participaram do estudo reportado na terça-feira. Em companhia de cinco outras pessoas que não passaram por amputações, eles receberam os eletrodos e foram instruídos a usar pensamentos para fazer com que um braço virtual na tela reproduzisse 10 movimentos diferentes, entre os quais três formas diferentes de aperto de mão.

Os pacientes apresentaram desempenho bastante respeitável, apenas um pouco mais lento e menos preciso do que os dos participantes que não tinham amputações.

"As velocidades de movimento que encontramos em nossos pacientes foram realmente encorajadoras", disse Kuiken. "Eles conseguiram completar a tarefa. É claro que não foram tão competentes quanto as pessoas dotadas de plena capacidade física, mas foram bons o bastante".

Um braço virtual foi usado porque a maioria das próteses existentes não era capaz de acomodar todos aqueles movimentos, no momento da pesquisa, ainda que Sullivan, Kitts e uma terceira paciente, Claudia Mitchell, tenham experimentado dois novos protótipos mais versáteis de braços artificiais, executando tarefas complexas com bolas de tênis e outros objetos.

O trabalho de renervação em soldados apresenta outros desafios, diz Kuiken, porque os ferimentos militares muitas vezes "causam danos muitos extensos" a nervos, músculos ou ossos.

Daniel Acosta, 25 anos, um aviador ferido pela detonação de uma bomba em uma estrada do Iraque em 2005, passou pelo procedimento no ano passado e diz que seu braço esquerdo protético agora se movimenta "muito mais rápido" e de maneira muito mais natural.

"A diferença é que agora não preciso mais pensar para mover o braço", ele diz. "Ele simplesmente se mexe".

Ainda assim, Acosta, de San Antonio, diz que "o processo foi bastante longo" e que os eletrodos precisam ser ajustados para receber os sinais à medida que os nervos crescem ou mudam de posição.

E embora elogiem o método, os especialistas afirmam que a ciência das próteses de braço ainda tem muito por avançar.

"Trata-se de uma parte crucial, mas ainda assim apenas uma parte, das muitas coisas que compreendem a função normal de um braço", disse Loeb, que escreveu um editorial que acompanha o artigo no Journal of the American Medical Association.

"No momento estamos a meio do caminho entre o braço de 'Dr. Fantástico', que fazia involuntariamente a saudação nazista, e o braço de Luke Skywalker em 'Guerra nas Estrelas', que funciona sem nenhum problema assim que é conectado. Creio que precisaremos ainda de muitos anos para conectar todas as peças necessárias a produzir um braço capaz de funcionar normalmente".

17:04
Anónimo disse...
A Espanha disse neste sábado que está preparando uma reclamação oficial contra a decisão da Venezuela de expulsar um membro do Parlamento Europeu que criticou o conselho eleitoral venezuelano.
Luis Herrero, membro do partido conservador espanhol PP, foi deportado na sexta-feira depois que o Conselho Nacional Eleitoral (CNE) o acusou de questionar a imparcialidade da instituição antes de um referendo que pode permitir ao presidente Hugo Chávez permanecer no cargo indefinidamente.

Herrero estava na Venezuela como observador do referendo. Ele acusou Chávez de ter "comportamentos típicos de um ditador" por pedir a contenção de manifestações da oposição.

O governo da Espanha convocou um encontro com o embaixador da Venezuela em Madri para expressar a desaprovação sobre a expulsão de Herrero, disse um representante do Ministério das Relações Exteriores espanhol.

As relações da Venezuela com a Espanha tiveram seu ponto crítico em 2007, quando Chávez ameaçou rever acordos diplomáticos e comerciais depois de ouvir um "cala a boca" do rei espanhol Juan Carlos durante uma cúpula.

A fenda foi oficialmente reparada em 2008, com uma visita oficial de Chávez à Espanha, onde ele cumprimentou o rei e discutiu acordos para investimento no setor petroquímico com o primeiro-ministro José Luis Rodriguez Zapatero.

17:06
Anónimo disse...
A polícia do Zimbábue anunciou neste sábado que acusa de traição Roy Bennett, dirigente do até agora opositor Movimento para a Mudança Democrática (MDC), detido na sexta-feira, em Harare, poucas horas antes da cerimônia de posse dos membros do novo gabinete.

"A Polícia nos informou que vão apresentar acusações de traição", disse à agência EFE o advogado de defesa de Bennett, Trust Maanda.

"Tentam relacionar Roy com o caso de Mike Hitschmann, que foi detido em 2006 em relação à descoberta de um carregamento de armas, apesar de que Hitschmann não tenha sido declarado culpado das acusações de traição apresentadas contra ele, mas de um crime menor de descumprimento de leis", disse Maanda.

O político opositor, designado por seu partido como vice-ministro de Agricultura no Governo de união nacional, esteve no exílio na vizinha África do Sul desde 2006 e retornou ao Zimbábue há duas semanas.

Segundo a Polícia, que deteve Bennett ontem no aeroporto de Harare quando pretendia ir à África do Sul para visitar sua família, as armas apreendidas em 2006 seriam utilizadas em um golpe de Estado para derrubar o presidente do Zimbábue, Robert Mugabe.

Depois da detenção, Bennet foi levado a Mutar, onde vários simpatizantes do MDC se concentraram em frente à delegacia na qual estava detido, diante do que a Polícia respondeu com tiros para o alto para dispersar os manifestantes.

17:07
Anónimo disse...
Austrália: 14 mil se candidatam a 'emprego dos sonhos'

A secretaria de Turismo de Queensland, na Austrália, informou que até esta segunda-feira já recebeu cerca de 14 mil inscrições para o "o melhor emprego do mundo". O Estado australiano promove pela internet seleção para vaga de "zelador" da ilha Hamilton, por seis meses com um salário de R$ 40 mil.

Muitos candidatos tiveram problemas durante a inscrição por conta dos acessos simultâneos ao site. A secretaria aconselha enviar os vídeos de 60s explicando porque deve ser escolhido em horários alternativos do dia, além de recomendar tamanho em torno de 40MB.

As inscrições começaram em 12 de janeiro e vão até o próximo dia 22 e podem ser feitas pelo site www.islandreefjob.com. O governo australiano escolherá 50 candidatos para a próxima fase da seleção, que terá votos do público para eleger um dos 11 finalistas.

A última fase terá entrevistas e desafios físicos, no próprio local de trabalho: as ilhas da Grande Barreira Coralina - o maior recife de coral do mundo. A secretaria de Turismo anunciará o vencedor no dia 6 de maio.

17:09
Anónimo disse...
Mercado elogia governo na crise, mas pede maior queda no juro

Peter Fussy
Direto de São Paulo

Desde as primeiras medidas anunciadas para combater os efeitos da crise, o governo brasileiro avisou que a estratégia não contemplaria um pacote. Seriam doses pontuais, de acordo com a necessidade da economia diante do agravamento das turbulências. Da primeira liberação dos depósitos compulsórios em setembro até a ampliação do seguro-desemprego na última quarta-feira, o governo passou por redução de impostos, ampliação de crédito e incentivos à exportação. Quase 150 dias após a primeira medida, o Terra conversou com líderes do setor público e privado, representantes dos trabalhadores, acadêmicos e com o próprio governo para saber quais destas ações foram mais eficazes, quais foram mais ineficientes e o que mais pode ser feito pelo Estado brasileiro contra a crise.

Os maiores elogios foram direcionados à atitude de reduzir o Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) para a indústria automobilística, anunciada em dezembro e que fez com que os emplacamentos de carros novos subissem 1,9% no primeiro mês do ano em relação a dezembro de 2008. Já as maiores críticas foram para a lentidão no corte da taxa básica de juro do País.

Para o presidente do conselho administrativo do Grupo Pão de Açúcar, Abílio Diniz, o Estado não é responsável pela crise e mesmo assim está agindo "com extrema serenidade e muito acerto". "O governo está atento, fazendo a sua parte. É preciso coragem de baixar firmemente a taxa de juros. É uma arma que temos a nosso favor, já que não há clima para inflação, nem possibilidade de danos para a macroeconomia", afirmou Diniz.

Na última reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), em janeiro, a taxa Selic foi reduzida em um ponto percentual, de 13,75% para 12,75% ao ano. Porém, o professor de economia da Universidade de Brasília (UnB) José Luiz Oreiro lembra que este corte representa uma redução de apenas 0,25 ponto percentual com relação à taxa de setembro do ano passado, quando a crise se agravou.

"Pouco antes da eclosão da crise, o Banco Central aumentou a taxa em 0,75 ponto. Foram cinco meses de demora para reduzir em termos líquidos apenas 0,25 ponto", afirmou o economista, que também sugeriu redução do intervalo de cerca de 90 dias entre as reuniões do Copom e o corte de pelo menos um 1 ponto percentual em cada reunião.

Mesmo com o corte de janeiro, a taxa de juros real continua sendo a maior do mundo, lembrou o secretário-geral da Força Sindical, João Carlos Gonçalves, o Juruna. "A redução da taxa de juro ainda é pequena, porque ela continua uma das mais altas do mundo. Falta ousadia para baixar os juros e ajudar o cidadão. A permanência da taxa de juro alta é negativa para o País em meio a crise", afirmou Juruna.

Embora aprove as ações do governo, o senador Aloízio Mercadante (PT-SP) também acredita que o patamar da Selic está muito alto. "Sempre fomos os primeiros a entrar em qualquer crise, o que não aconteceu agora. A taxa Selic ainda é muito alta, mas o governo têm tomado medidas acertadas, como o aumento do salário mínimo, mesmo com um cenário de crise. Isso ajuda a movimentar o consumo. O governo está se esforçando para manter os investimentos e o crescimento", disse.

Tributos
De acordo com o economista Fabio Pina, da Fecomercio-SP, as ações mais positivas estão relacionadas à redução de tributos para alguns segmentos, como a indústria automobilística, que recuperou parte da queda nas vendas em janeiro com a isenção do IPI para carros 1.0 l e o corte para demais motorizações. A medida vale até o final de março.

"Essas medidas não só reduziram o preço, mas anteciparam o consumo daqueles que iriam comprar no futuro, dando um prêmio por conta da insegurança. Mexe diretamente com o principal problema que é a confiança do consumidor", afirmou. Juruna destacou que um bom ritmo de vendas é garantia de emprego. "É importante porque cada emprego na montadora significa 19 na cadeia produtiva", comentou o representante da Força Sindical.

Também em dezembro, o governo decidiu cortar pela metade a alíquota do Imposto de Renda para contribuintes que ganham entre R$ 1.434 e R$ 2.150 mensais. "O salário aumentava e a tabela não se modificava. As pessoas ganhavam mais e pagavam mais impostos", apontou Juruna. Outra redução de tributos do governo foi com relação ao Imposto sobre Operações Financeiras (IOF), que caiu de 3% ao ano para 1,5%.

Crédito
Na segunda metade de 2008, o colapso de bancos nos Estados Unidos por conta da crise do subprime provocou uma forte restrição de crédito no mundo inteiro. Uma das primeiras medidas anticrise do governo teve como objetivo restabelecer a oferta, com mudanças no recolhimento dos depósitos compulsórios por parte dos bancos. Segundo o presidente do Banco Central, Henrique Meirelles, as diversas modificações liberaram US$ 99,2 bilhões aos bancos até o final de janeiro.

Além disso, o governo concedeu R$ 36 bilhões das reservas internacionais para empresas brasileiras com dívidas no exterior e uma medida provisória autorizou o Banco do Brasil e a Caixa Econômica Federal a comprar carteiras de crédito de bancos privados. Para o diretor do Departamento de Pesquisas e Estudos Econômicos da Fiesp, Paulo Francini, estas medidas foram essenciais para combater os efeitos da crise.

"A crise se desenvolve no mundo em torno do tema crédito. E o crédito reduziu-se barbaridade no mundo. Então o governo lança mão de compulsório, lança mão de reservas, de medidas que permitem aos bancos comprar carteiras de bancos. Você vai tomando várias medidas para atender às demandas e o epicentro disso é crédito", afirmou.

No entanto, Oreiro, da UnB, adverte que a liberação dos compulsórios seria mais eficiente acompanhada de redução mais agressiva da taxa básica de juro. "Uma parte do crédito voltou, depois da forte retração em outubro e novembro. O que deveria ter sido feito junto à liberação do compulsório era uma redução mais drástica da taxa de juro. Sem isso, os bancos pegam as reservas e acabam comprando títulos públicos", explicou o economista.

Na opinião de Pina, as ações de distribuição de crédito via redução do compulsório e a disposição de capital de giro para empresas foram tomadas sem um cuidado maior na operação e não tiveram muito efeito. "O BNDES tem linhas que ficam paradas quase todo o ano, agora é pior ainda. Existem os recursos, mas as empresas e os bancos estão desconfiados. É preciso fazer com que os bancos tenham interesse em emprestar", afirmou o economista da Fecomercio-SP.

Futuro
Mesmo com todas essas medidas, a crise financeira ainda gera incertezas nos setores produtivos do País. Nos últimos meses, o medo do desemprego fez os consumidores adiarem compras. Por sua vez, a queda nas vendas pode obrigar as indústrias a cortarem a produção e demitir funcionários. Contra isso, empresários sugerem redução de jornada e de salários.

"Isto está previsto em lei. A Fiesp simplesmente manteve conversações com entidades sindicais quanto à aplicação daquilo que já está previsto em lei", afirmou Francini.

Segundo a ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff, uma das medidas que assegura um nível de emprego é a manutenção de investimentos no Programa de Aceleração do Crescimento (PAC). "Estamos esperando que a dificuldade ocorra em janeiro, fevereiro e março. Estamos certos que vamos manter o nível de investimento. É isso que funciona, é isso que significa investimento público. Ele funciona como um colchão. Por isso, nós colocamos R$ 100 bilhões no BNDES e a Petrobras ampliou o seu investimento em R$ 120 bilhões", afirmou.

Na mesma linha, Pina explica que a antecipação de gastos do governo substitui parte da demanda retraída do setor privado. "Ele dá o seguinte recado: não vou estourar as contas públicas, mas concentrar em um momento em que a demanda privada está pequena. Mas o governo não tem fôlego suficiente para fazer o papel de toda demanda", ressaltou. O economista da Fecomercio lembrou que a entidade já pleiteou junto ao governo isenções para transferência de imóveis e de automóveis, além de retirar o IPVA para veículos novos.

Já Oreiro foca suas propostas na capitalização do Banco do Brasil e da Caixa Econômica Federal pelo Tesouro para atender a demanda de crédito para capital de giro e reduzir o spread. "Aumentando o empréstimo e reduzindo as taxas, os dois vão forçar os bancos privados a acompanhar o movimento, até para não perderem participação no mercado", explicou o economista da UnB.

Até o Carnaval, o governou prometeu detalhar um pacote de incentivos para a construção de até um milhão de casas populares, direcionado a famílias com renda de até dez salários mínimos. "Estamos atentos a tudo o que está acontecendo e novas medidas serão tomadas caso haja uma avaliação de que sejam necessárias", disse o ministro da Fazenda, Guido Mantega, na última sexta-feira.

17:11
Anónimo disse...
Ex-ministro critica extensão do seguro-desemprego

Atualizada às 09h03

O ex-ministro do Trabalho Almir Pazzianotto criticou a decisão do governo federal de conceder o seguro-desemprego estendido a apenas alguns setores. "É certamente odioso e provavelmente inconstitucional", disse Pazzianotto, de acordo com o jornal O Estado de S. Paulo.

Na última qurta, dia do anúncio da medida, centrais sindicais elogiaram a atitude do governo. A Força Sindical divulgou nota dizendo que "o aumento ajudará a aquecer parte da economia, já que irá gerar mais consumo, produção e conseqüentemente, a criação de novos postos de trabalho". A União Geral dos Trabalhadores (UGT) afirmou que a medida "contribuirá para minimizar o drama dos trabalhadores que perderem seu emprego por conta da crise".

O ex-ministro, que instituiu o seguro-desemprego no País no governo de José Sarney, destacou a necessidade de as centrais sindicais se manifestarem contra a determinação. Para ele, as mudanças devem ser aplicadas a todas as categorias profissionais e a distinção é contrária ao artigo 3º da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT).

Pazzianotto atribui a medida a um possível temor do governo de que a crise econômica seja longa e não haja dinheiro para atender a todas as necessidades. Ainda assim, ele se mostra contrário ao método de concessão. "O seguro-desemprego ajuda a sanar necessidades básicas. Estendê-lo é paliativo, não a solução", disse ao jornal.

De acordo com o presidente do Conselho Deliberativo do Fundo de Amparo ao Trabalhador (Codefat) e conselheiro da Força Sindical, Luiz Fernando Emediato, a determinação já estava prevista na lei 8.900/94, que trata do seguro-desemprego.

O presidente da Comissão de Trabalho da Câmara, Pedro Fernandes (PTB-MA) vai além na crítica à concessão do seguro para apenas alguns setores. Ele acredita que a ampliação do benefício estimula o desemprego.

Quintino Severo, secretário geral da Central Única dos Trabalhadores (CUT), lembra que a ampliação do benefício sem critério e identificação pode incentivar demissões em outros setores.

17:13
Anónimo disse...
Empresas
TAM faz promoção para destinos internacionais

A companhia aérea TAM anunciou nesta sexta-feira tarifas promocionais para trechos internacionais. Os preços valem para bilhetes comprados entre 6h deste sábado e 23h59 deste domingo e são válidos para classe econômica. As tarifas, para ida e volta, serão vendidas a partir de US$ 99, mais taxas.

Segundo a aérea, a promoção vale para viagens feitas no período de 14 de fevereiro a 18 de junho de 2009. Para destinos na América do Sul, a permanência mínima é de dois dias; para bilhetes com destino nos Estados Unidos, cinco dias; e Europa, sete dias. A permanência máxima para as passagens para América do Sul e EUA é de dois meses e para Europa, três meses.

Entre os exemplos de tarifas promocionais, a TAM oferece São Paulo-Lima por US$ 99. Bilhetes para a rota São Paulo-Santiago serão vendidos a partir de US$ 199 e São Paulo-Nova York, US$ 799.

A emissão dos bilhetes deve ser feita obrigatoriamente no ato da reserva, obedecendo às regras estipuladas pela companhia. A compra está sujeita à disponibilidade de assentos nas classes tarifárias determinadas, trechos, horários e datas. A TAM afirmou que também há tarifas promocionais para a classe executiva.

Mais informações podem ser encontradas no site promocional (www.ofertastam.com.br), no site da empresa (www.tam.com.br) ou pelos telefones 4002-5700 ou 0800 5705700.

17:13
Anónimo disse...
Empresas
Consultoria negocia compra do parque temático Hopi Hari

A consultoria especializada em reestruturação de empresas Íntegra Associados informou nesta sexta-feira ter um acordo para comprar o parque de diversões Hopi Hari, localizado no interior de São Paulo. A empresa estaria disposta a investir R$ 10 milhões no parque, que tem dívida estimada em R$ 800 milhões. As informações são da edição deste sábado do jornal Folha de S. Paulo.

De acordo com o jornal, a transação ainda depende da negociação entre o Hopi Hari e seus credores, o que já estaria em andamento.

A consultoria paulista já atuou junto à Parmalat, durante 30 meses, quando reorganizou a gestão da empresa italiana.

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17:14
Anónimo disse...
Empresas
Disney de Tóquio contratará mais 2 mil apesar da crise


A Oriental Land, o operador da Disneylândia Tóquio e DisneySea, organizou neste domingo entrevistas para contratar cerca de 2 mil trabalhadores em tempo parcial, em um momento de grandes demissões deste tipo de empregados no Japão.

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O operador deste parque temático, situado em Urayasu, na província de Chiba (leste de Tóquio), está em pleno processo de seleção de empregados para 20 tipos de postos trabalhistas diferentes.

Segundo a companhia, citada pela agência local de notícias Kyodo, o parque contratará novos trabalhadores para as atrações, para os restaurantes e guardas de segurança entre outros. Os novos contratados começarão a trabalhar a partir de fevereiro.

O processo de seleção acontece em um momento em que a maioria das grandes companhias japonesas começaram a se ver obrigadas a despedir uma elevada percentagem de seus trabalhadores temporários e a tempo parcial.

Algumas inclusive anunciaram demissões de seus trabalhadores fixos, uma medida muito pouco comum nas companhias japonesas, perante os efeitos piores que o esperado pela crise econômica global.

Cerca de uma centena de pessoas esperavam desde a primeira hora desta manhã a abertura do centro de conferências Tokyo International Forum, onde as entrevistas estão sendo feitas, para ser os primeiros a solicitar os postos de trabalho.


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17:15
Anónimo disse...
Economia Internacional
Senado dos EUA aprova plano de estímulo à economia

O Senado dos Estados Unidos aprovou com 60 votos a favor e 38 contra o plano de estímulo à economia de US$ 787 bilhões na madrugada deste sábado. Agora, ele segue para sanção ou veto do presidente Barack Obama, que espera colocar a lei em prática até o dia 16 de fevereiro.

O plano prevê a criação de três milhões de empregos, inclui cortes de impostos às famílias, fundos para programas sociais e obras públicas, além de ajuda aos governos estaduais, estudantes e desempregados.

A cláusula Buy American - que exige o uso de ferro, aço e produtos manufaturados dos Estados Unidos em obras realizadas com recursos do pacote - ficou de lado. Segundo o texto definitivo, a cláusula será aplicada sem violar as normas do comércio internacional.

Ontem à tarde, a Câmara de Representantes (deputados) havia aprovado, por 246 votos a favor e 183 contra, a versão final do plano. Todos os republicanos foram contrários ao pacote.

Pelo acordo de quarta-feira entre Câmara e Senado, em vez de custar US$ 819 bilhões, como queriam os deputados, ou US$ 838 bilhões como pretendiam os senadores, o pacote ficou em cerca de US$ 787 bilhões, com 65% desse total destinado a gastos do governo federal e 35%, a créditos tributários.

17:16
Anónimo disse...
Economia nacional
Na era Lula, aposentadoria sobe 54% menos que salário mínimo

Thatiane Faria
Especial para o Terra
Direto de São Paulo

Os índices de reajustes concedidos pelo governo em 2009 para aposentados e pensionistas e para o salário mínimo repetiram uma diferença que, só durante o governo de Luiz Inácio Lula da Silva, já chega a 54%. Enquanto o mínimo foi majorado em 12% este ano, as pensões e aposentadorias tiveram aumento de 5,92%. Aposentados que têm o benefício do governo como única fonte de renda reclamam que perdem poder de compra e que sua cesta de compras é composta por itens que aumentam mais em relação à inflação oficial.

Um exemplo prático pode ser entendido a partir da comparação entre um aposentado que ganhava R$ 600 em janeiro de 2003. Na época, o benefício era três vezes, ou 200%, maior que o valor do mínimo em vigência, que era de R$ 200. Aplicando-se os índices de reajuste para aposentadorias e para o mínimo durante os últimos seis anos, o mesmo aposentado estaria recebendo hoje R$ 938,47, comparado a um salário mínimo de R$ 465. A diferença entre os dois valores caiu para pouco mais de 100%.

Enquanto o índice acumulado de reajuste para a aposentadoria durante o governo Lula foi de 60%, para o salário mínimo está em 132%.

O diretor do Sindicato Nacional dos Aposentados, João Inocentini, reclama que os valores dos benefícios para aposentadorias não mantêm o poder de compra do grupo, principalmente dos aposentados que recebem menos que dez salários mínimos.

Nem mesmo o fato de o índice de reajuste das aposentadorias ter ficado acima da inflação acumulada no mesmo período (o IPCA entre janeiro de 2003 e janeiro de 2009 foi de 39,7%) serve de argumento, segundo os aposentados.

"Os idosos, principalmente, têm gastos além das contas gerais como gás, telefone e aluguel. Para eles o custo com remédios, e outros itens da área saúde costuma ser maior", afirmou Inocentini.

O presidente do sindicato afirmou que o grupo realiza um estudo com 100 itens de necessidade de um idoso para comparar o aumento dos produtos com o índice de reajuste do benefício recebido pelos aposentados.

"Daqui dois meses vamos abrir um processo na Justiça e levar essa pesquisa como prova. Segundo a lei, o governo é obrigado a manter o poder de compra com a aposentadoria", disse Inocentini.

Alternativas
O consultor financeiro Cláudio Boriola diz que os aposentados, especialmente nesse momento de crise econômica, devem evitar compras parceladas, pesquisar preços, negociar e fazer bom planejamento financeiro.

Segundo Boriola, alguns aposentados ganham um valor mensal muitas vezes insuficiente para o pagamento das contas e acabam pedindo crédito ou realizando pagamentos a prazo e são obrigados a pagar juros altos.

Na opinião do consultor, pagar uma previdência privada é uma alternativa indicada para quem ainda trabalha, considerando a característica de perda de poder de compra da aposentadoria.

"Na prática, infelizmente os valores encontram-se em um patamar que está deteriorando o poder de aquisição da população brasileira", completou Boriola.

De acordo com o diretor da Confederação Brasileira de Aposentados e Pensionistas (Cobap), Vicente Fernandes Barbosa, representantes dos aposentados tentarão um encontro com o presidente da Câmara, deputado Michel Temer (PMDB-SP), para discutir projetos que minimizem a perda dos aposentados

17:17
Anónimo disse...
Previdência
Previdência prorroga isenção de tarifas no benefício

O atual sistema de pagamento aos 26 milhões de aposentados e pensionistas do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) será mantido até o final deste ano. O acordo, que permite realizar a operação sem nenhum custo aos beneficiários, foi renovado nesta sexta-feira, entre o governo federal e 21 instituições financeiras.

Por meio desse acordo, vigente desde setembro de 2007, nem os segurados, nem os bancos e nem o governo arcam com o pagamento de tarifas, conforme explicou o ministro da Previdência Social, José Pimentel. A prorrogação vale até dezembro, data máxima para que a Previdência defina as regras para um novo contrato.

Ao assinar o termo de renovação, na sede da Federação Brasileira dos Bancos (Febraban), o ministro disse que a intenção do governo é mudar o atual modelo de gestão visando a reduzir os custos dessas operações em torno da folha mensal, que atinge R$ 15,8 bilhões. No entanto, qualquer alteração, conforme explicou, passará antes por audiências públicas a serem realizadas a partir do segundo semestre deste ano, atendendo a determinação do Tribunal de Contas da União (TCU).

De acordo com Pimentel, com um redesenho do mecanismo de repasse dos recursos aos bancos em torno da folha de pagamento dos segurados o que se busca é um aumento da participação de instituições financeiras. Ele informou que, desde 2007, cada benefício custa em média R$ 1,07 ao governo. "Quanto mais instituições financeiras estiverem prestando serviços à sociedade, maior é a competitividade, a agilidade no atendimento", justificou.

O ministro observou, ainda, que, para permitir uma redução para algo em torno de meia hora no tempo de atendimento para a concessão dos direitos previdenciários, o governo investiu R$ 280 milhões.

Questionado sobre o descontentamento dos segurados que ganham acima de um salário mínimo terem obtido apenas a correção com base na variação do Índice de Preços ao Consumidor (INPC) , ficando abaixo do reajuste dado a quem recebe apenas o mínimo, Pimentel argumentou que o governo seguiu o que determina a lei e descartou a possibilidade de uma revisão

17:17
Anónimo disse...
Empresas
Caterpillar oferece aposentadoria antecipada a 2 mil


A companhia americana Caterpillar ofereceu a cerca de dois mil funcionários incentivos para que se aposentem de forma voluntária antes do previsto, pela perspectiva de uma queda "significativa" da atividade industrial, informou nesta quarta-feira a empresa.

A iniciativa, destinada aos trabalhadores de diversas fábricas em Illinois, Colorado, Tennessee e Pensilvânia, se soma aos cortes de empregos anunciados em janeiro, explicou em comunicado de imprensa.

A empresa, a maior fabricante mundial de maquinaria pesada para a construção e a mineração, acrescentou que, "em função das condições de negócio, podem ser necessárias mais reduções de elenco voluntárias e involuntárias à medida que o ano avança".

O vice-presidente da companhia, Sid Banwart, explicou que a empresa prevê "demissões significativas em todas as regiões geográficas e na maioria dos setores devido às dificuldades da economia mundial".

17:18
Anónimo disse...
Comércio
Comércio exterior da OCDE caiu no 3º trimestre de 2008


As exportações e as importações dos países da Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Econômico (OCDE) caíram 1,6% e 0,2%, respectivamente, no terceiro trimestre de 2008, em relação aos três meses anteriores.

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Trata-se da primeira queda destas atividades desde o terceiro trimestre de 2006, segundo o último relatório trimestral sobre fluxos comerciais divulgado pela OCDE.

As exportações e as importações em dólares dos 30 Estados-membros caíram 15,6% e 17%, respectivamente, na comparação anualizada.

Por sua vez, o comércio dos sete países mais ricos do mundo (G7) teve um pequeno crescimento no terceiro trimestre de 2008 com uma queda das exportações de mercadorias de 0,2% em relação ao trimestre anterior e um aumento de 0,4% das importações.

Em termos anualizados, as importações do G7 caíram 1,4% entre julho e setembro do ano passado, seu primeiro retrocesso desde o terceiro trimestre de 2006, enquanto as exportações aumentaram 1,9%, seu crescimento mais baixo no mesmo tempo.

Por países, a Alemanha aumentou suas importações em 3,4% - valor mais alto do G7 -, enquanto suas exportações caíram 2,9% do segundo para o terceiro trimestre de 2008.

Pelo contrário, as exportações americanas aumentaram 1,8% entre julho e setembro de 2008, enquanto as importações caíram 0,7% em relação ao trimestre anterior. No Japão, tanto as importações quanto as exportações caíram em torno de 1% no mesmo período.

17:19
Anónimo disse...
Economia Nacional
Lula: juros de crédito consignado a aposentados são altos

Atualizada às 17h29

O presidente Luis Inácio Lula da Silva afirmou nesta terça-feira, em São Paulo, que está lutando para reduzir as taxas de juros cobradas de aposentados em crédito consignado. A Previdência Social estabelece uma taxa máxima de 2,5% para empréstimo e de 3,5% para cartão. Para Lula, os valores são altos.

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"Acho que o juro que os aposentados estão pagando hoje com o crédito consignado é alto para o padrão brasileiro", disse o presidente durante a cerimônia de comemoração dos 86 anos do INSS.

A Previdência anunciou nesta terça-feira que aposentados e trabalhadoras com licença-maternidade poderão receber seus benefícios em 30 minutos. De acordo com Lula, em junho, a aposentadoria do trabalhador rural também será conseguida em meia hora.

Além disso, o presidente anunciou que, também em junho, os trabalhadores que alcançarem o direito à aposentadoria passarão a receber em suas casas um comunicado da Previdência informando o fato e o valor do salário que têm direito a receber. "É um comprometimento público que estou fazendo com os companheiros da Previdência Social", disse.

"Estamos retribuindo ao contribuinte da Previdência Social aquilo que é a cidadania que ele tem direito", afirmou Lula. "Se para cobrar nós somos tão precisos, para devolver o dinheiro, temos que chegar próximo à perfeição", completou.

17:20
Anónimo disse...
Economia Nacional
Salário maternidade sairá em 30 minutos, diz ministro

Toda trabalhadora autônoma que tiver contribuído pelo menos 10 meses com o Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) - ou as que possuírem carteira assinada - poderão receber em 30 minutos o salário maternidade a partir desta terça-feira. Da mesma forma, as mulheres com 30 anos de contribuição e os homens com 35 anos também terão direito ao benefício de forma mais rápida. A informação é do ministro da Previdência Social, José Pimentel.

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Para requerer o salário maternidade, é preciso que as autônomas levem a carteira de identidade e o carnê de contribuição. As demais trabalhadoras devem apresentar a identificação e a carteira de trabalho. Desde o início do mês, a nova forma de análise para a concessão de benefícios foi adotada para a aposentadoria por idade do trabalhador urbano e agora foi estendida para o salário maternidade e por tempo de contribuição.

O ministro disse que a qualificação do serviço da previdência social é o reconhecimento do direito dos trabalhadores e da afirmação da cidadania.

"Até pouco tempo na cabeça do cidadão o serviço devia ser de péssima qualidade. Agora não, nós modificamos toda a legislação no mês de dezembro numa ação conjunta do Congresso Nacional com o governo federal. Estamos implantando e concedendo os benefícios em até 30 minutos", afirmou.

O ministro destacou que para conseguir se aposentar ou ter acesso à licença maternidade em 30 minutos, em primeiro lugar, é necessário que o cidadão esteja vinculado à Previdência, o que inclui 65% da população acima de 16 anos de idade.

"Depois bastar marcar pelo sistema 135 o dia e a hora do atendimento e levar a documentação. Se todos os dados necessários estiverem corretos o contribuinte será atendido em até 30 minutos, como vem sendo feito com as aposentadorias por idade desde o dia cinco de janeiro", explicou.

Pimentel disse ainda que em 90% das agências da previdência social o atendimento é marcado em até 48 horas. Nos grandes centros, entretanto existe um volume maior o que torna mais lento o processo.

"Estamos criando mais 715 agências até 2010, em todo o território nacional, para descentralizar o atendimento. Em 2008, atendemos 295 mil benefícios e aposentadorias por idade. Temos 4 mil pessoas por dia procurando e se aposentando por idade no território nacional. Este serviço será agilizado", concluiu.
17:28
Anónimo disse...
Giuseppe Englaro, pai de Eluana, a italiana que morreu na segunda-feira passada por desidratação, recusou uma grande soma de dinheiro de um conhecido fotógrafo italiano que queria retratar a filha em estado de coma, disse neste sábado o neurologista que atendia a mulher desde 1996, Carlo Defanti.

O neurologista, que participou hoje de uma conferência sobre eutanásia, disse que Englaro respeitou a vontade da filha, que, antes do acidente, tinha pedido que, se lhe ocorresse qualquer coisa irreversível, apresentasse sua imagem de quando estava em boas condições.

Antes de sofrer o acidente de trânsito, em 1992, Eluana viveu o coma de um amigo, Alessandro, o que causou forte impacto na italiana e a levou a fazer o pai prometer que não a deixasse viver em estado vegetativo, disse o próprio Giuseppe Englaro.

Defanti, que dissera que Eluana poderia viver de dez a 12 dias depois da suspensão da alimentação e da hidratação, disse que, como médico, tinha que reprovar esta afirmação.

"Não se pode sobreviver após três ou quatro dias sem líquido e, em particular, água em um corpo. Sabemos bem que, quando há um terremoto, após quatro dias é difícil encontrar sobreviventes".

Defanti ressaltou que Eluana "não falava, não se comunicava com o exterior" e que, após vários exames, "nos deparamos com uma moça que tinha perdido a consciência", porque estava com o córtex cerebral prejudicado.

Eluana foi enterrada na quinta-feira passada no túmulo da família na localidade de Paluzza, em Udine, após um funeral que não contou com a presença dos pais.

16:53
Anónimo disse...
Os bombeiros combatem neste sábado os incêndios na Austrália favorecidos pelo bom tempo, enquanto os deslocados encotram em seu retorno casas derruídas, carros queimados nas ruas e destruição.

Depois de sete dias desde que começaram os incêndios no Estado de Victoria, a lista de mortos chega a 181, os desaparecidos somam 50, os edifícios destruídos totalizam 1,834 mil e o terreno arrasado, principalmente florestas, ocupa uma área de 4,13 mil quilômetros quadrados.

As equipes de bombeiros, formadas por 4 mil profissionais de Victoria, de outras partes da Austrália e de países amigos, combateram hoje 12 focos fora de controle e nenhum representava uma ameaça direta para a população.

O subdiretor do Serviço de Bombeiros, Geoff Conway, disse que este tempo favorável, que se prolongará durante o domingo, permite consolidar as linhas de contenção e avançar na extinção das chamas.

Cinzas apareceram arrastadas por ventos do nordeste sobre Melbourne, onde habitam 3,8 milhões de pessoas, e as autoridades alertaram aos cidadãos do risco para a saúde de idosos, crianças e pessoas com problemas respiratórios.

O número de pessoas deslocadas - a Cruz Vermelha chegou a receber 7 mil - começou a cair com a abertura de algumas localidades atingidas.

Os incêndios, alguns criminosos, começaram em 7 de fevereiro, quando a região sul da Austrália estava há duas semanas sob uma onda de calor sem precedentes.

Na sexta-feira passada, a polícia acusou uma pessoa de ter provocado o incêndio que atingiu a localidade de Churchill e matou 21 pessoas.

16:55
Anónimo disse...
A primeira chuva em seis dias reduziu a ameaça de incêndios no Estado de Victoria, ao sul da Austrália. As autoridades, porém, advertiram que ainda existem 12 focos, mas que nenhum deles ameaça áreas povoadas.

Mais de quatro mil bombeiros, mil provenientes de outras partes do país e de outras nações, trabalham contra o fogo. Cerca de 600 veículos e 28 helicópteros e pequenos aviões estão sendo usados.


Eles conseguiram construir linhas de contenção para evitar os incêndios de Yarra e Maroondah se juntassem. Também foram controlados os incêndios abertos de Yea e Murrindindi, que ameaçavam as comunidades de Connellys Creek, Crystal Creek, Scrubby Creek e Native Dog Creek.

O número de mortos chegou a 181, mas as autoridades acreditam que as vítimas devem passar de 200, já que ainda há muitos desaparecidos.

16:55
Anónimo disse...
Aqui nesta coluna, na semana passada, tive a oportunidade de comentar sobre a recente visita do professor brasileiro Pedrinho Guareschi à Austrália. Não dei, porém, os fatos, pois semana passada o assunto era outro.

Hoje, porém, vamos a eles.

No último dia 4 de fevereiro, aconteceu o Seminário "Paulo Freire: Education and Liberation", organizado pelo centro de estudos latino-americanos da Universidade Nacional da Austrália, ou ANU, como é mais conhecida por aqui.

A ANU, para quem não sabe, está entre as 20 melhores universidades do mundo! E tem sede aqui em Camberra, capital da Austrália.

Na abertura do evento, o professor John Minns, diretor do centro latino-americano, ao dar boas-vindas ao público presente, lembrou ser aquele o primeiro seminário exclusivamente dedicado a Paulo Freire na Austrália.

Em seguida, convidou Pedrinho Guareschi, palestrante principal do Seminário, a fazer sua apresentação.

A plateia pode então conhecer, pelas palavras de Pedrinho, um pouco da obra e da vida de Freire, esse brasileiro de fé e valor, que sempre acreditou na educação, sobretudo dos menos favorecidos, analfabetos, como força libertadora.

Como não podia deixar de ser, os conceitos e ideias revolucionários de Paulo Freire, expostos com clareza por Pedrinho, despertaram o interesse e a curiosidade de plateia. A qual, deve-se notar, era na maioria de estudantes, mas de várias nacionalidades, sobretudo australianos e asiáticos.

Na continuação do programa do seminário, que se estendeu por dois dias, outros professores fizeram palestras sobre temas ligados à obra de Paulo Freire.

Interessante, por exemplo, saber que a professora Anne Hickling-Hudson, jamaicana que mora na Austrália há muitos anos (é professora da ANU), conheceu e trabalhou com Freire num workshop educacional durante a revolução na Ilha de Granada, em 1980, antes da invasão dos Estados Unidos...

Ou, então, a palestra da Professora Gerda Roelvink, da Nova Zelândia, que participou do Fórum Social de Porto Alegre em 2005. E essa participação transformou-se em tema de doutorado.

No dia 10, terça-feira passada, o padre Pedrinho Guareschi voltou a falar ao público australiano em grande auditório localizado no belíssimo campus da ANU. Desta vez, sobre a Teologia da Libertação.

Depois da palestra, John Minns mostrou o filme mexicano "O Crime do Padre Amaro", no qual um dos personagens é um padre católico praticante da Teologia da Libertação.

Mais uma vez, foi grande o intersse da platéia, que pode aprender e conhecer um pouco como se desenvolveu aquele importante movimento católico na América Latina.

Fica, assim, ao Pedrinho, bem como a outros brasileiros estudiosos e de bom coração que saem pelo mundo a divulgar aspectos importantes da cultura brasileira, o respeito e a homenagem desta coluna. E... aquele abraço!

16:57
Anónimo disse...
Amanda Kitts perdeu o braço esquerdo em um acidente de automóvel acontecido três anos atrás, mas hoje em dia ela joga futebol americano com seu filho de 12 anos de idade, troca fraldas e abraça as crianças nas três creches Kiddie Cottage que opera em Knoxville, Tennessee. Kitts, 40 anos, faz tudo isso com a ajuda de um novo tipo de braço artificial que se movimenta com mais facilidade do que outros aparelhos e que ela pode controlar utilizando apenas seus pensamentos.

"Eu sou capaz de mexer a mão, o pulso e o cotovelo ao mesmo tempo", diz. "Você pensa e os músculos se movem em seguida".

A recuperação que ela conseguiu resulta de um novo procedimento que vem atraindo crescente atenção porque permite que pessoas movam braços protéticos de forma mais automática do que faziam no passado, simplesmente utilizando nervos reaproveitados em seus cérebros.

A técnica, conhecida como "renervação muscular dirigida", envolve utilizar os nervos que restam depois da amputação de um braço e conectá-los a outro músculo do corpo, em geral no peito. Eletrodos são instalados sobre os músculos do peito, e operam como se fossem antenas. Quando a pessoa deseja mover o braço, o cérebro envia sinais que primeiro resultam em contração dos músculos do peito, os quais enviam um sinal ao braço protético, instruindo-se a se movimentar. O processo não requer mais esforços consciente do que a pessoa teria de exercitar caso ainda tivesse seu braço natural.

Na terça-feira, pesquisadores reportaram em estudo publicado pela versão online do Journal of the American Medical Association que haviam levado a técnica ainda mais à frente, tornando possível a execução de 10 movimentos de mão, pulso e cotovelo diferentes, o que representa uma substancial melhora com relação ao típico repertório protético, que em geral envolve apenas dobrar o cotovelo, girar o pulso e abrir a mão.

"Os novos métodos tiveram impacto dramático em nosso campo de trabalho", disse Stuart Harshbarger, engenheiro biomédico na Universidade Johns Hopkins e diretor do programa de pesquisa sobre próteses, financiado pelas forças armadas, que inclui o trabalho com essa técnica. "O método já está em uso por médicos e cirurgiões comuns em todo o país. A capacidade de controlar um membro protético bastante robusto que ele confere surpreendeu a todos pela qualidade".

Tipicamente, uma pessoa que tenha um braço protético só é capaz de executar alguns poucos movimentos, e muitas vezes com tamanha lentidão que isso só permite a ela atividades limitadas.

Há um motor separado para cada movimento, diz Gerald Loeb, professor de engenharia biomédica na Universidade do Sul da Califórnia, "e esses motores precisam ser controlados de maneira explícita", usualmente por um esforço consciente da pessoa para contrair músculos nas costas ou no bíceps.

"Essencialmente, até agora os pacientes controlavam apenas um motor de cada vez", diz Loeb, "e precisavam pensar cuidadosamente sobre que motor desejavam controlar e como fazê-lo operar, em lugar de simplesmente pensarem em mover o braço e poderem fazê-lo sem delongas".

Antes que Kitts passasse pelo procedimento de renervação, em outubro de 2007, por exemplo, ela precisava movimentar os músculos de suas costas de determinada maneira para fazer com que seu pulso girasse, e flexionar seu bíceps e tríceps para fazer com que o cotovelo se movesse para cima e para baixo. "Era muito trabalho", ela conta. "E não me ajudava muito".

O procedimento de renervação é parte de uma recente explosão de idéias novas e técnicas inovadoras que estão sendo exploradas enquanto os cientistas se esforçam por ajudar as pessoas a compensar melhor a perda de membros ou problemas de paralisia. O esforço vem sendo alimentado pelo aumento no número de amputações causado por diabetes e por ferimentos sofridos pelos militares, e ao mesmo tempo pelos avanços na tecnologia médica.

Os braços se tornaram um dos focos essenciais desse tipo de trabalho. A ciência há muito vem obtendo sucessos no desenvolvimento de próteses de perna, mas é muito mais difícil imitar a complexidade e a destreza das mãos e dos braços.

Os esforços em curso incluem o desenvolvimento de projetos de pele e braços mais sensíveis e mais flexíveis, e o uso de dispositivos acionados por controles sem fio implantado nos braços protéticos, que permitiriam movimentos mais naturais.

Os pesquisadores também vêm usando sensores implantados nos cérebros de cobaias para permitir que dois macacos controlem um braço mecânico, e um teste com um homem paralítico permitiu, com esse método, que ele movimentasse um cursor em uma tela de computador.

Alguns desses métodos, caso venham a ser aperfeiçoados plenamente e consigam aprovação das autoridades regulatórias da saúde, podem no futuro se tornar mais viáveis para os pacientes de amputações.

E embora a técnica da renervação não requeira aprovação das autoridades regulatórias porque é executada por meios cirúrgicos e emprega aparelhos já existentes, ela apresenta limitações que até mesmo seus criadores reconhecem, entre as quais o fato de que não se pode utilizá-la para todos os pacientes, o seu alto custo e o prazo de meses requerido para que os nervos reconectados cresçam e se tornem efetivos.

Ainda assim, os especialistas dizem que é o mais avançado sistema em uso hoje para pacientes reais que permite que o sistema nervoso controle diretamente o movimento de um braço artificial.

Desde sua introdução por Todd Kuiken, médico fisioterapeuta e engenheiro biomédico do Instituto de Reabilitação de Chicago, o método foi empregado em cerca de 30 pacientes nos Estados Unidos, Canadá e Europa, entre os quais oito soldados feridos no Iraque e no Afeganistão.

Muitos dos pacientes, entre os quais o primeiro, Jesse Sullivan, um operário do setor elétrico no Tennessee que perdeu os dois braços quando foi eletrocutado por um cabo, conseguem não apenas manipular seus braços protéticos mas sentir a presença das mãos que já não têm quando alguém toca em seus peitos.

Sullivan, 62 anos, e Kitts, estavam entre os cinco pacientes que participaram do estudo reportado na terça-feira. Em companhia de cinco outras pessoas que não passaram por amputações, eles receberam os eletrodos e foram instruídos a usar pensamentos para fazer com que um braço virtual na tela reproduzisse 10 movimentos diferentes, entre os quais três formas diferentes de aperto de mão.

Os pacientes apresentaram desempenho bastante respeitável, apenas um pouco mais lento e menos preciso do que os dos participantes que não tinham amputações.

"As velocidades de movimento que encontramos em nossos pacientes foram realmente encorajadoras", disse Kuiken. "Eles conseguiram completar a tarefa. É claro que não foram tão competentes quanto as pessoas dotadas de plena capacidade física, mas foram bons o bastante".

Um braço virtual foi usado porque a maioria das próteses existentes não era capaz de acomodar todos aqueles movimentos, no momento da pesquisa, ainda que Sullivan, Kitts e uma terceira paciente, Claudia Mitchell, tenham experimentado dois novos protótipos mais versáteis de braços artificiais, executando tarefas complexas com bolas de tênis e outros objetos.

O trabalho de renervação em soldados apresenta outros desafios, diz Kuiken, porque os ferimentos militares muitas vezes "causam danos muitos extensos" a nervos, músculos ou ossos.

Daniel Acosta, 25 anos, um aviador ferido pela detonação de uma bomba em uma estrada do Iraque em 2005, passou pelo procedimento no ano passado e diz que seu braço esquerdo protético agora se movimenta "muito mais rápido" e de maneira muito mais natural.

"A diferença é que agora não preciso mais pensar para mover o braço", ele diz. "Ele simplesmente se mexe".

Ainda assim, Acosta, de San Antonio, diz que "o processo foi bastante longo" e que os eletrodos precisam ser ajustados para receber os sinais à medida que os nervos crescem ou mudam de posição.

E embora elogiem o método, os especialistas afirmam que a ciência das próteses de braço ainda tem muito por avançar.

"Trata-se de uma parte crucial, mas ainda assim apenas uma parte, das muitas coisas que compreendem a função normal de um braço", disse Loeb, que escreveu um editorial que acompanha o artigo no Journal of the American Medical Association.

"No momento estamos a meio do caminho entre o braço de 'Dr. Fantástico', que fazia involuntariamente a saudação nazista, e o braço de Luke Skywalker em 'Guerra nas Estrelas', que funciona sem nenhum problema assim que é conectado. Creio que precisaremos ainda de muitos anos para conectar todas as peças necessárias a produzir um braço capaz de funcionar normalmente".

17:04
Anónimo disse...
A Espanha disse neste sábado que está preparando uma reclamação oficial contra a decisão da Venezuela de expulsar um membro do Parlamento Europeu que criticou o conselho eleitoral venezuelano.
Luis Herrero, membro do partido conservador espanhol PP, foi deportado na sexta-feira depois que o Conselho Nacional Eleitoral (CNE) o acusou de questionar a imparcialidade da instituição antes de um referendo que pode permitir ao presidente Hugo Chávez permanecer no cargo indefinidamente.

Herrero estava na Venezuela como observador do referendo. Ele acusou Chávez de ter "comportamentos típicos de um ditador" por pedir a contenção de manifestações da oposição.

O governo da Espanha convocou um encontro com o embaixador da Venezuela em Madri para expressar a desaprovação sobre a expulsão de Herrero, disse um representante do Ministério das Relações Exteriores espanhol.

As relações da Venezuela com a Espanha tiveram seu ponto crítico em 2007, quando Chávez ameaçou rever acordos diplomáticos e comerciais depois de ouvir um "cala a boca" do rei espanhol Juan Carlos durante uma cúpula.

A fenda foi oficialmente reparada em 2008, com uma visita oficial de Chávez à Espanha, onde ele cumprimentou o rei e discutiu acordos para investimento no setor petroquímico com o primeiro-ministro José Luis Rodriguez Zapatero.

17:06
Anónimo disse...
A polícia do Zimbábue anunciou neste sábado que acusa de traição Roy Bennett, dirigente do até agora opositor Movimento para a Mudança Democrática (MDC), detido na sexta-feira, em Harare, poucas horas antes da cerimônia de posse dos membros do novo gabinete.

"A Polícia nos informou que vão apresentar acusações de traição", disse à agência EFE o advogado de defesa de Bennett, Trust Maanda.

"Tentam relacionar Roy com o caso de Mike Hitschmann, que foi detido em 2006 em relação à descoberta de um carregamento de armas, apesar de que Hitschmann não tenha sido declarado culpado das acusações de traição apresentadas contra ele, mas de um crime menor de descumprimento de leis", disse Maanda.

O político opositor, designado por seu partido como vice-ministro de Agricultura no Governo de união nacional, esteve no exílio na vizinha África do Sul desde 2006 e retornou ao Zimbábue há duas semanas.

Segundo a Polícia, que deteve Bennett ontem no aeroporto de Harare quando pretendia ir à África do Sul para visitar sua família, as armas apreendidas em 2006 seriam utilizadas em um golpe de Estado para derrubar o presidente do Zimbábue, Robert Mugabe.

Depois da detenção, Bennet foi levado a Mutar, onde vários simpatizantes do MDC se concentraram em frente à delegacia na qual estava detido, diante do que a Polícia respondeu com tiros para o alto para dispersar os manifestantes.

17:07
Anónimo disse...
Austrália: 14 mil se candidatam a 'emprego dos sonhos'

A secretaria de Turismo de Queensland, na Austrália, informou que até esta segunda-feira já recebeu cerca de 14 mil inscrições para o "o melhor emprego do mundo". O Estado australiano promove pela internet seleção para vaga de "zelador" da ilha Hamilton, por seis meses com um salário de R$ 40 mil.

Muitos candidatos tiveram problemas durante a inscrição por conta dos acessos simultâneos ao site. A secretaria aconselha enviar os vídeos de 60s explicando porque deve ser escolhido em horários alternativos do dia, além de recomendar tamanho em torno de 40MB.

As inscrições começaram em 12 de janeiro e vão até o próximo dia 22 e podem ser feitas pelo site www.islandreefjob.com. O governo australiano escolherá 50 candidatos para a próxima fase da seleção, que terá votos do público para eleger um dos 11 finalistas.

A última fase terá entrevistas e desafios físicos, no próprio local de trabalho: as ilhas da Grande Barreira Coralina - o maior recife de coral do mundo. A secretaria de Turismo anunciará o vencedor no dia 6 de maio.

17:09
Anónimo disse...
Mercado elogia governo na crise, mas pede maior queda no juro

Peter Fussy
Direto de São Paulo

Desde as primeiras medidas anunciadas para combater os efeitos da crise, o governo brasileiro avisou que a estratégia não contemplaria um pacote. Seriam doses pontuais, de acordo com a necessidade da economia diante do agravamento das turbulências. Da primeira liberação dos depósitos compulsórios em setembro até a ampliação do seguro-desemprego na última quarta-feira, o governo passou por redução de impostos, ampliação de crédito e incentivos à exportação. Quase 150 dias após a primeira medida, o Terra conversou com líderes do setor público e privado, representantes dos trabalhadores, acadêmicos e com o próprio governo para saber quais destas ações foram mais eficazes, quais foram mais ineficientes e o que mais pode ser feito pelo Estado brasileiro contra a crise.

Os maiores elogios foram direcionados à atitude de reduzir o Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) para a indústria automobilística, anunciada em dezembro e que fez com que os emplacamentos de carros novos subissem 1,9% no primeiro mês do ano em relação a dezembro de 2008. Já as maiores críticas foram para a lentidão no corte da taxa básica de juro do País.

Para o presidente do conselho administrativo do Grupo Pão de Açúcar, Abílio Diniz, o Estado não é responsável pela crise e mesmo assim está agindo "com extrema serenidade e muito acerto". "O governo está atento, fazendo a sua parte. É preciso coragem de baixar firmemente a taxa de juros. É uma arma que temos a nosso favor, já que não há clima para inflação, nem possibilidade de danos para a macroeconomia", afirmou Diniz.

Na última reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), em janeiro, a taxa Selic foi reduzida em um ponto percentual, de 13,75% para 12,75% ao ano. Porém, o professor de economia da Universidade de Brasília (UnB) José Luiz Oreiro lembra que este corte representa uma redução de apenas 0,25 ponto percentual com relação à taxa de setembro do ano passado, quando a crise se agravou.

"Pouco antes da eclosão da crise, o Banco Central aumentou a taxa em 0,75 ponto. Foram cinco meses de demora para reduzir em termos líquidos apenas 0,25 ponto", afirmou o economista, que também sugeriu redução do intervalo de cerca de 90 dias entre as reuniões do Copom e o corte de pelo menos um 1 ponto percentual em cada reunião.

Mesmo com o corte de janeiro, a taxa de juros real continua sendo a maior do mundo, lembrou o secretário-geral da Força Sindical, João Carlos Gonçalves, o Juruna. "A redução da taxa de juro ainda é pequena, porque ela continua uma das mais altas do mundo. Falta ousadia para baixar os juros e ajudar o cidadão. A permanência da taxa de juro alta é negativa para o País em meio a crise", afirmou Juruna.

Embora aprove as ações do governo, o senador Aloízio Mercadante (PT-SP) também acredita que o patamar da Selic está muito alto. "Sempre fomos os primeiros a entrar em qualquer crise, o que não aconteceu agora. A taxa Selic ainda é muito alta, mas o governo têm tomado medidas acertadas, como o aumento do salário mínimo, mesmo com um cenário de crise. Isso ajuda a movimentar o consumo. O governo está se esforçando para manter os investimentos e o crescimento", disse.

Tributos
De acordo com o economista Fabio Pina, da Fecomercio-SP, as ações mais positivas estão relacionadas à redução de tributos para alguns segmentos, como a indústria automobilística, que recuperou parte da queda nas vendas em janeiro com a isenção do IPI para carros 1.0 l e o corte para demais motorizações. A medida vale até o final de março.

"Essas medidas não só reduziram o preço, mas anteciparam o consumo daqueles que iriam comprar no futuro, dando um prêmio por conta da insegurança. Mexe diretamente com o principal problema que é a confiança do consumidor", afirmou. Juruna destacou que um bom ritmo de vendas é garantia de emprego. "É importante porque cada emprego na montadora significa 19 na cadeia produtiva", comentou o representante da Força Sindical.

Também em dezembro, o governo decidiu cortar pela metade a alíquota do Imposto de Renda para contribuintes que ganham entre R$ 1.434 e R$ 2.150 mensais. "O salário aumentava e a tabela não se modificava. As pessoas ganhavam mais e pagavam mais impostos", apontou Juruna. Outra redução de tributos do governo foi com relação ao Imposto sobre Operações Financeiras (IOF), que caiu de 3% ao ano para 1,5%.

Crédito
Na segunda metade de 2008, o colapso de bancos nos Estados Unidos por conta da crise do subprime provocou uma forte restrição de crédito no mundo inteiro. Uma das primeiras medidas anticrise do governo teve como objetivo restabelecer a oferta, com mudanças no recolhimento dos depósitos compulsórios por parte dos bancos. Segundo o presidente do Banco Central, Henrique Meirelles, as diversas modificações liberaram US$ 99,2 bilhões aos bancos até o final de janeiro.

Além disso, o governo concedeu R$ 36 bilhões das reservas internacionais para empresas brasileiras com dívidas no exterior e uma medida provisória autorizou o Banco do Brasil e a Caixa Econômica Federal a comprar carteiras de crédito de bancos privados. Para o diretor do Departamento de Pesquisas e Estudos Econômicos da Fiesp, Paulo Francini, estas medidas foram essenciais para combater os efeitos da crise.

"A crise se desenvolve no mundo em torno do tema crédito. E o crédito reduziu-se barbaridade no mundo. Então o governo lança mão de compulsório, lança mão de reservas, de medidas que permitem aos bancos comprar carteiras de bancos. Você vai tomando várias medidas para atender às demandas e o epicentro disso é crédito", afirmou.

No entanto, Oreiro, da UnB, adverte que a liberação dos compulsórios seria mais eficiente acompanhada de redução mais agressiva da taxa básica de juro. "Uma parte do crédito voltou, depois da forte retração em outubro e novembro. O que deveria ter sido feito junto à liberação do compulsório era uma redução mais drástica da taxa de juro. Sem isso, os bancos pegam as reservas e acabam comprando títulos públicos", explicou o economista.

Na opinião de Pina, as ações de distribuição de crédito via redução do compulsório e a disposição de capital de giro para empresas foram tomadas sem um cuidado maior na operação e não tiveram muito efeito. "O BNDES tem linhas que ficam paradas quase todo o ano, agora é pior ainda. Existem os recursos, mas as empresas e os bancos estão desconfiados. É preciso fazer com que os bancos tenham interesse em emprestar", afirmou o economista da Fecomercio-SP.

Futuro
Mesmo com todas essas medidas, a crise financeira ainda gera incertezas nos setores produtivos do País. Nos últimos meses, o medo do desemprego fez os consumidores adiarem compras. Por sua vez, a queda nas vendas pode obrigar as indústrias a cortarem a produção e demitir funcionários. Contra isso, empresários sugerem redução de jornada e de salários.

"Isto está previsto em lei. A Fiesp simplesmente manteve conversações com entidades sindicais quanto à aplicação daquilo que já está previsto em lei", afirmou Francini.

Segundo a ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff, uma das medidas que assegura um nível de emprego é a manutenção de investimentos no Programa de Aceleração do Crescimento (PAC). "Estamos esperando que a dificuldade ocorra em janeiro, fevereiro e março. Estamos certos que vamos manter o nível de investimento. É isso que funciona, é isso que significa investimento público. Ele funciona como um colchão. Por isso, nós colocamos R$ 100 bilhões no BNDES e a Petrobras ampliou o seu investimento em R$ 120 bilhões", afirmou.

Na mesma linha, Pina explica que a antecipação de gastos do governo substitui parte da demanda retraída do setor privado. "Ele dá o seguinte recado: não vou estourar as contas públicas, mas concentrar em um momento em que a demanda privada está pequena. Mas o governo não tem fôlego suficiente para fazer o papel de toda demanda", ressaltou. O economista da Fecomercio lembrou que a entidade já pleiteou junto ao governo isenções para transferência de imóveis e de automóveis, além de retirar o IPVA para veículos novos.

Já Oreiro foca suas propostas na capitalização do Banco do Brasil e da Caixa Econômica Federal pelo Tesouro para atender a demanda de crédito para capital de giro e reduzir o spread. "Aumentando o empréstimo e reduzindo as taxas, os dois vão forçar os bancos privados a acompanhar o movimento, até para não perderem participação no mercado", explicou o economista da UnB.

Até o Carnaval, o governou prometeu detalhar um pacote de incentivos para a construção de até um milhão de casas populares, direcionado a famílias com renda de até dez salários mínimos. "Estamos atentos a tudo o que está acontecendo e novas medidas serão tomadas caso haja uma avaliação de que sejam necessárias", disse o ministro da Fazenda, Guido Mantega, na última sexta-feira.

17:11
Anónimo disse...
Ex-ministro critica extensão do seguro-desemprego

Atualizada às 09h03

O ex-ministro do Trabalho Almir Pazzianotto criticou a decisão do governo federal de conceder o seguro-desemprego estendido a apenas alguns setores. "É certamente odioso e provavelmente inconstitucional", disse Pazzianotto, de acordo com o jornal O Estado de S. Paulo.

Na última qurta, dia do anúncio da medida, centrais sindicais elogiaram a atitude do governo. A Força Sindical divulgou nota dizendo que "o aumento ajudará a aquecer parte da economia, já que irá gerar mais consumo, produção e conseqüentemente, a criação de novos postos de trabalho". A União Geral dos Trabalhadores (UGT) afirmou que a medida "contribuirá para minimizar o drama dos trabalhadores que perderem seu emprego por conta da crise".

O ex-ministro, que instituiu o seguro-desemprego no País no governo de José Sarney, destacou a necessidade de as centrais sindicais se manifestarem contra a determinação. Para ele, as mudanças devem ser aplicadas a todas as categorias profissionais e a distinção é contrária ao artigo 3º da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT).

Pazzianotto atribui a medida a um possível temor do governo de que a crise econômica seja longa e não haja dinheiro para atender a todas as necessidades. Ainda assim, ele se mostra contrário ao método de concessão. "O seguro-desemprego ajuda a sanar necessidades básicas. Estendê-lo é paliativo, não a solução", disse ao jornal.

De acordo com o presidente do Conselho Deliberativo do Fundo de Amparo ao Trabalhador (Codefat) e conselheiro da Força Sindical, Luiz Fernando Emediato, a determinação já estava prevista na lei 8.900/94, que trata do seguro-desemprego.

O presidente da Comissão de Trabalho da Câmara, Pedro Fernandes (PTB-MA) vai além na crítica à concessão do seguro para apenas alguns setores. Ele acredita que a ampliação do benefício estimula o desemprego.

Quintino Severo, secretário geral da Central Única dos Trabalhadores (CUT), lembra que a ampliação do benefício sem critério e identificação pode incentivar demissões em outros setores.

17:13
Anónimo disse...
Empresas
TAM faz promoção para destinos internacionais

A companhia aérea TAM anunciou nesta sexta-feira tarifas promocionais para trechos internacionais. Os preços valem para bilhetes comprados entre 6h deste sábado e 23h59 deste domingo e são válidos para classe econômica. As tarifas, para ida e volta, serão vendidas a partir de US$ 99, mais taxas.

Segundo a aérea, a promoção vale para viagens feitas no período de 14 de fevereiro a 18 de junho de 2009. Para destinos na América do Sul, a permanência mínima é de dois dias; para bilhetes com destino nos Estados Unidos, cinco dias; e Europa, sete dias. A permanência máxima para as passagens para América do Sul e EUA é de dois meses e para Europa, três meses.

Entre os exemplos de tarifas promocionais, a TAM oferece São Paulo-Lima por US$ 99. Bilhetes para a rota São Paulo-Santiago serão vendidos a partir de US$ 199 e São Paulo-Nova York, US$ 799.

A emissão dos bilhetes deve ser feita obrigatoriamente no ato da reserva, obedecendo às regras estipuladas pela companhia. A compra está sujeita à disponibilidade de assentos nas classes tarifárias determinadas, trechos, horários e datas. A TAM afirmou que também há tarifas promocionais para a classe executiva.

Mais informações podem ser encontradas no site promocional (www.ofertastam.com.br), no site da empresa (www.tam.com.br) ou pelos telefones 4002-5700 ou 0800 5705700.

17:13
Anónimo disse...
Empresas
Consultoria negocia compra do parque temático Hopi Hari

A consultoria especializada em reestruturação de empresas Íntegra Associados informou nesta sexta-feira ter um acordo para comprar o parque de diversões Hopi Hari, localizado no interior de São Paulo. A empresa estaria disposta a investir R$ 10 milhões no parque, que tem dívida estimada em R$ 800 milhões. As informações são da edição deste sábado do jornal Folha de S. Paulo.

De acordo com o jornal, a transação ainda depende da negociação entre o Hopi Hari e seus credores, o que já estaria em andamento.

A consultoria paulista já atuou junto à Parmalat, durante 30 meses, quando reorganizou a gestão da empresa italiana.

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17:14
Anónimo disse...
Empresas
Disney de Tóquio contratará mais 2 mil apesar da crise


A Oriental Land, o operador da Disneylândia Tóquio e DisneySea, organizou neste domingo entrevistas para contratar cerca de 2 mil trabalhadores em tempo parcial, em um momento de grandes demissões deste tipo de empregados no Japão.

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O operador deste parque temático, situado em Urayasu, na província de Chiba (leste de Tóquio), está em pleno processo de seleção de empregados para 20 tipos de postos trabalhistas diferentes.

Segundo a companhia, citada pela agência local de notícias Kyodo, o parque contratará novos trabalhadores para as atrações, para os restaurantes e guardas de segurança entre outros. Os novos contratados começarão a trabalhar a partir de fevereiro.

O processo de seleção acontece em um momento em que a maioria das grandes companhias japonesas começaram a se ver obrigadas a despedir uma elevada percentagem de seus trabalhadores temporários e a tempo parcial.

Algumas inclusive anunciaram demissões de seus trabalhadores fixos, uma medida muito pouco comum nas companhias japonesas, perante os efeitos piores que o esperado pela crise econômica global.

Cerca de uma centena de pessoas esperavam desde a primeira hora desta manhã a abertura do centro de conferências Tokyo International Forum, onde as entrevistas estão sendo feitas, para ser os primeiros a solicitar os postos de trabalho.


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17:15
Anónimo disse...
Economia Internacional
Senado dos EUA aprova plano de estímulo à economia

O Senado dos Estados Unidos aprovou com 60 votos a favor e 38 contra o plano de estímulo à economia de US$ 787 bilhões na madrugada deste sábado. Agora, ele segue para sanção ou veto do presidente Barack Obama, que espera colocar a lei em prática até o dia 16 de fevereiro.

O plano prevê a criação de três milhões de empregos, inclui cortes de impostos às famílias, fundos para programas sociais e obras públicas, além de ajuda aos governos estaduais, estudantes e desempregados.

A cláusula Buy American - que exige o uso de ferro, aço e produtos manufaturados dos Estados Unidos em obras realizadas com recursos do pacote - ficou de lado. Segundo o texto definitivo, a cláusula será aplicada sem violar as normas do comércio internacional.

Ontem à tarde, a Câmara de Representantes (deputados) havia aprovado, por 246 votos a favor e 183 contra, a versão final do plano. Todos os republicanos foram contrários ao pacote.

Pelo acordo de quarta-feira entre Câmara e Senado, em vez de custar US$ 819 bilhões, como queriam os deputados, ou US$ 838 bilhões como pretendiam os senadores, o pacote ficou em cerca de US$ 787 bilhões, com 65% desse total destinado a gastos do governo federal e 35%, a créditos tributários.

17:16
Anónimo disse...
Economia nacional
Na era Lula, aposentadoria sobe 54% menos que salário mínimo

Thatiane Faria
Especial para o Terra
Direto de São Paulo

Os índices de reajustes concedidos pelo governo em 2009 para aposentados e pensionistas e para o salário mínimo repetiram uma diferença que, só durante o governo de Luiz Inácio Lula da Silva, já chega a 54%. Enquanto o mínimo foi majorado em 12% este ano, as pensões e aposentadorias tiveram aumento de 5,92%. Aposentados que têm o benefício do governo como única fonte de renda reclamam que perdem poder de compra e que sua cesta de compras é composta por itens que aumentam mais em relação à inflação oficial.

Um exemplo prático pode ser entendido a partir da comparação entre um aposentado que ganhava R$ 600 em janeiro de 2003. Na época, o benefício era três vezes, ou 200%, maior que o valor do mínimo em vigência, que era de R$ 200. Aplicando-se os índices de reajuste para aposentadorias e para o mínimo durante os últimos seis anos, o mesmo aposentado estaria recebendo hoje R$ 938,47, comparado a um salário mínimo de R$ 465. A diferença entre os dois valores caiu para pouco mais de 100%.

Enquanto o índice acumulado de reajuste para a aposentadoria durante o governo Lula foi de 60%, para o salário mínimo está em 132%.

O diretor do Sindicato Nacional dos Aposentados, João Inocentini, reclama que os valores dos benefícios para aposentadorias não mantêm o poder de compra do grupo, principalmente dos aposentados que recebem menos que dez salários mínimos.

Nem mesmo o fato de o índice de reajuste das aposentadorias ter ficado acima da inflação acumulada no mesmo período (o IPCA entre janeiro de 2003 e janeiro de 2009 foi de 39,7%) serve de argumento, segundo os aposentados.

"Os idosos, principalmente, têm gastos além das contas gerais como gás, telefone e aluguel. Para eles o custo com remédios, e outros itens da área saúde costuma ser maior", afirmou Inocentini.

O presidente do sindicato afirmou que o grupo realiza um estudo com 100 itens de necessidade de um idoso para comparar o aumento dos produtos com o índice de reajuste do benefício recebido pelos aposentados.

"Daqui dois meses vamos abrir um processo na Justiça e levar essa pesquisa como prova. Segundo a lei, o governo é obrigado a manter o poder de compra com a aposentadoria", disse Inocentini.

Alternativas
O consultor financeiro Cláudio Boriola diz que os aposentados, especialmente nesse momento de crise econômica, devem evitar compras parceladas, pesquisar preços, negociar e fazer bom planejamento financeiro.

Segundo Boriola, alguns aposentados ganham um valor mensal muitas vezes insuficiente para o pagamento das contas e acabam pedindo crédito ou realizando pagamentos a prazo e são obrigados a pagar juros altos.

Na opinião do consultor, pagar uma previdência privada é uma alternativa indicada para quem ainda trabalha, considerando a característica de perda de poder de compra da aposentadoria.

"Na prática, infelizmente os valores encontram-se em um patamar que está deteriorando o poder de aquisição da população brasileira", completou Boriola.

De acordo com o diretor da Confederação Brasileira de Aposentados e Pensionistas (Cobap), Vicente Fernandes Barbosa, representantes dos aposentados tentarão um encontro com o presidente da Câmara, deputado Michel Temer (PMDB-SP), para discutir projetos que minimizem a perda dos aposentados

17:17
Anónimo disse...
Previdência
Previdência prorroga isenção de tarifas no benefício

O atual sistema de pagamento aos 26 milhões de aposentados e pensionistas do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) será mantido até o final deste ano. O acordo, que permite realizar a operação sem nenhum custo aos beneficiários, foi renovado nesta sexta-feira, entre o governo federal e 21 instituições financeiras.

Por meio desse acordo, vigente desde setembro de 2007, nem os segurados, nem os bancos e nem o governo arcam com o pagamento de tarifas, conforme explicou o ministro da Previdência Social, José Pimentel. A prorrogação vale até dezembro, data máxima para que a Previdência defina as regras para um novo contrato.

Ao assinar o termo de renovação, na sede da Federação Brasileira dos Bancos (Febraban), o ministro disse que a intenção do governo é mudar o atual modelo de gestão visando a reduzir os custos dessas operações em torno da folha mensal, que atinge R$ 15,8 bilhões. No entanto, qualquer alteração, conforme explicou, passará antes por audiências públicas a serem realizadas a partir do segundo semestre deste ano, atendendo a determinação do Tribunal de Contas da União (TCU).

De acordo com Pimentel, com um redesenho do mecanismo de repasse dos recursos aos bancos em torno da folha de pagamento dos segurados o que se busca é um aumento da participação de instituições financeiras. Ele informou que, desde 2007, cada benefício custa em média R$ 1,07 ao governo. "Quanto mais instituições financeiras estiverem prestando serviços à sociedade, maior é a competitividade, a agilidade no atendimento", justificou.

O ministro observou, ainda, que, para permitir uma redução para algo em torno de meia hora no tempo de atendimento para a concessão dos direitos previdenciários, o governo investiu R$ 280 milhões.

Questionado sobre o descontentamento dos segurados que ganham acima de um salário mínimo terem obtido apenas a correção com base na variação do Índice de Preços ao Consumidor (INPC) , ficando abaixo do reajuste dado a quem recebe apenas o mínimo, Pimentel argumentou que o governo seguiu o que determina a lei e descartou a possibilidade de uma revisão

17:17
Anónimo disse...
Empresas
Caterpillar oferece aposentadoria antecipada a 2 mil


A companhia americana Caterpillar ofereceu a cerca de dois mil funcionários incentivos para que se aposentem de forma voluntária antes do previsto, pela perspectiva de uma queda "significativa" da atividade industrial, informou nesta quarta-feira a empresa.

A iniciativa, destinada aos trabalhadores de diversas fábricas em Illinois, Colorado, Tennessee e Pensilvânia, se soma aos cortes de empregos anunciados em janeiro, explicou em comunicado de imprensa.

A empresa, a maior fabricante mundial de maquinaria pesada para a construção e a mineração, acrescentou que, "em função das condições de negócio, podem ser necessárias mais reduções de elenco voluntárias e involuntárias à medida que o ano avança".

O vice-presidente da companhia, Sid Banwart, explicou que a empresa prevê "demissões significativas em todas as regiões geográficas e na maioria dos setores devido às dificuldades da economia mundial".

17:18
Anónimo disse...
Comércio
Comércio exterior da OCDE caiu no 3º trimestre de 2008


As exportações e as importações dos países da Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Econômico (OCDE) caíram 1,6% e 0,2%, respectivamente, no terceiro trimestre de 2008, em relação aos três meses anteriores.

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Trata-se da primeira queda destas atividades desde o terceiro trimestre de 2006, segundo o último relatório trimestral sobre fluxos comerciais divulgado pela OCDE.

As exportações e as importações em dólares dos 30 Estados-membros caíram 15,6% e 17%, respectivamente, na comparação anualizada.

Por sua vez, o comércio dos sete países mais ricos do mundo (G7) teve um pequeno crescimento no terceiro trimestre de 2008 com uma queda das exportações de mercadorias de 0,2% em relação ao trimestre anterior e um aumento de 0,4% das importações.

Em termos anualizados, as importações do G7 caíram 1,4% entre julho e setembro do ano passado, seu primeiro retrocesso desde o terceiro trimestre de 2006, enquanto as exportações aumentaram 1,9%, seu crescimento mais baixo no mesmo tempo.

Por países, a Alemanha aumentou suas importações em 3,4% - valor mais alto do G7 -, enquanto suas exportações caíram 2,9% do segundo para o terceiro trimestre de 2008.

Pelo contrário, as exportações americanas aumentaram 1,8% entre julho e setembro de 2008, enquanto as importações caíram 0,7% em relação ao trimestre anterior. No Japão, tanto as importações quanto as exportações caíram em torno de 1% no mesmo período.

17:19
Anónimo disse...
Economia Nacional
Lula: juros de crédito consignado a aposentados são altos

Atualizada às 17h29

O presidente Luis Inácio Lula da Silva afirmou nesta terça-feira, em São Paulo, que está lutando para reduzir as taxas de juros cobradas de aposentados em crédito consignado. A Previdência Social estabelece uma taxa máxima de 2,5% para empréstimo e de 3,5% para cartão. Para Lula, os valores são altos.

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"Acho que o juro que os aposentados estão pagando hoje com o crédito consignado é alto para o padrão brasileiro", disse o presidente durante a cerimônia de comemoração dos 86 anos do INSS.

A Previdência anunciou nesta terça-feira que aposentados e trabalhadoras com licença-maternidade poderão receber seus benefícios em 30 minutos. De acordo com Lula, em junho, a aposentadoria do trabalhador rural também será conseguida em meia hora.

Além disso, o presidente anunciou que, também em junho, os trabalhadores que alcançarem o direito à aposentadoria passarão a receber em suas casas um comunicado da Previdência informando o fato e o valor do salário que têm direito a receber. "É um comprometimento público que estou fazendo com os companheiros da Previdência Social", disse.

"Estamos retribuindo ao contribuinte da Previdência Social aquilo que é a cidadania que ele tem direito", afirmou Lula. "Se para cobrar nós somos tão precisos, para devolver o dinheiro, temos que chegar próximo à perfeição", completou.

17:20
Anónimo disse...
Economia Nacional
Salário maternidade sairá em 30 minutos, diz ministro

Toda trabalhadora autônoma que tiver contribuído pelo menos 10 meses com o Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) - ou as que possuírem carteira assinada - poderão receber em 30 minutos o salário maternidade a partir desta terça-feira. Da mesma forma, as mulheres com 30 anos de contribuição e os homens com 35 anos também terão direito ao benefício de forma mais rápida. A informação é do ministro da Previdência Social, José Pimentel.

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Para requerer o salário maternidade, é preciso que as autônomas levem a carteira de identidade e o carnê de contribuição. As demais trabalhadoras devem apresentar a identificação e a carteira de trabalho. Desde o início do mês, a nova forma de análise para a concessão de benefícios foi adotada para a aposentadoria por idade do trabalhador urbano e agora foi estendida para o salário maternidade e por tempo de contribuição.

O ministro disse que a qualificação do serviço da previdência social é o reconhecimento do direito dos trabalhadores e da afirmação da cidadania.

"Até pouco tempo na cabeça do cidadão o serviço devia ser de péssima qualidade. Agora não, nós modificamos toda a legislação no mês de dezembro numa ação conjunta do Congresso Nacional com o governo federal. Estamos implantando e concedendo os benefícios em até 30 minutos", afirmou.

O ministro destacou que para conseguir se aposentar ou ter acesso à licença maternidade em 30 minutos, em primeiro lugar, é necessário que o cidadão esteja vinculado à Previdência, o que inclui 65% da população acima de 16 anos de idade.

"Depois bastar marcar pelo sistema 135 o dia e a hora do atendimento e levar a documentação. Se todos os dados necessários estiverem corretos o contribuinte será atendido em até 30 minutos, como vem sendo feito com as aposentadorias por idade desde o dia cinco de janeiro", explicou.

Pimentel disse ainda que em 90% das agências da previdência social o atendimento é marcado em até 48 horas. Nos grandes centros, entretanto existe um volume maior o que torna mais lento o processo.

"Estamos criando mais 715 agências até 2010, em todo o território nacional, para descentralizar o atendimento. Em 2008, atendemos 295 mil benefícios e aposentadorias por idade. Temos 4 mil pessoas por dia procurando e se aposentando por idade no território nacional
Os bombeiros combatem neste sábado os incêndios na Austrália favorecidos pelo bom tempo, enquanto os deslocados encotram em seu retorno casas derruídas, carros queimados nas ruas e destruição.

Depois de sete dias desde que começaram os incêndios no Estado de Victoria, a lista de mortos chega a 181, os desaparecidos somam 50, os edifícios destruídos totalizam 1,834 mil e o terreno arrasado, principalmente florestas, ocupa uma área de 4,13 mil quilômetros quadrados.

As equipes de bombeiros, formadas por 4 mil profissionais de Victoria, de outras partes da Austrália e de países amigos, combateram hoje 12 focos fora de controle e nenhum representava uma ameaça direta para a população.

O subdiretor do Serviço de Bombeiros, Geoff Conway, disse que este tempo favorável, que se prolongará durante o domingo, permite consolidar as linhas de contenção e avançar na extinção das chamas.

Cinzas apareceram arrastadas por ventos do nordeste sobre Melbourne, onde habitam 3,8 milhões de pessoas, e as autoridades alertaram aos cidadãos do risco para a saúde de idosos, crianças e pessoas com problemas respiratórios.

O número de pessoas deslocadas - a Cruz Vermelha chegou a receber 7 mil - começou a cair com a abertura de algumas localidades atingidas.

Os incêndios, alguns criminosos, começaram em 7 de fevereiro, quando a região sul da Austrália estava há duas semanas sob uma onda de calor sem precedentes.

Na sexta-feira passada, a polícia acusou uma pessoa de ter provocado o incêndio que atingiu a localidade de Churchill e matou 21 pessoas.
16:55
Anónimo disse...
A primeira chuva em seis dias reduziu a ameaça de incêndios no Estado de Victoria, ao sul da Austrália. As autoridades, porém, advertiram que ainda existem 12 focos, mas que nenhum deles ameaça áreas povoadas.

Mais de quatro mil bombeiros, mil provenientes de outras partes do país e de outras nações, trabalham contra o fogo. Cerca de 600 veículos e 28 helicópteros e pequenos aviões estão sendo usados.


Eles conseguiram construir linhas de contenção para evitar os incêndios de Yarra e Maroondah se juntassem. Também foram controlados os incêndios abertos de Yea e Murrindindi, que ameaçavam as comunidades de Connellys Creek, Crystal Creek, Scrubby Creek e Native Dog Creek.

O número de mortos chegou a 181, mas as autoridades acreditam que as vítimas devem passar de 200, já que ainda há muitos desaparecidos.
16:55
Anónimo disse...
Aqui nesta coluna, na semana passada, tive a oportunidade de comentar sobre a recente visita do professor brasileiro Pedrinho Guareschi à Austrália. Não dei, porém, os fatos, pois semana passada o assunto era outro.

Hoje, porém, vamos a eles.

No último dia 4 de fevereiro, aconteceu o Seminário "Paulo Freire: Education and Liberation", organizado pelo centro de estudos latino-americanos da Universidade Nacional da Austrália, ou ANU, como é mais conhecida por aqui.

A ANU, para quem não sabe, está entre as 20 melhores universidades do mundo! E tem sede aqui em Camberra, capital da Austrália.

Na abertura do evento, o professor John Minns, diretor do centro latino-americano, ao dar boas-vindas ao público presente, lembrou ser aquele o primeiro seminário exclusivamente dedicado a Paulo Freire na Austrália.

Em seguida, convidou Pedrinho Guareschi, palestrante principal do Seminário, a fazer sua apresentação.

A plateia pode então conhecer, pelas palavras de Pedrinho, um pouco da obra e da vida de Freire, esse brasileiro de fé e valor, que sempre acreditou na educação, sobretudo dos menos favorecidos, analfabetos, como força libertadora.

Como não podia deixar de ser, os conceitos e ideias revolucionários de Paulo Freire, expostos com clareza por Pedrinho, despertaram o interesse e a curiosidade de plateia. A qual, deve-se notar, era na maioria de estudantes, mas de várias nacionalidades, sobretudo australianos e asiáticos.

Na continuação do programa do seminário, que se estendeu por dois dias, outros professores fizeram palestras sobre temas ligados à obra de Paulo Freire.

Interessante, por exemplo, saber que a professora Anne Hickling-Hudson, jamaicana que mora na Austrália há muitos anos (é professora da ANU), conheceu e trabalhou com Freire num workshop educacional durante a revolução na Ilha de Granada, em 1980, antes da invasão dos Estados Unidos...

Ou, então, a palestra da Professora Gerda Roelvink, da Nova Zelândia, que participou do Fórum Social de Porto Alegre em 2005. E essa participação transformou-se em tema de doutorado.

No dia 10, terça-feira passada, o padre Pedrinho Guareschi voltou a falar ao público australiano em grande auditório localizado no belíssimo campus da ANU. Desta vez, sobre a Teologia da Libertação.

Depois da palestra, John Minns mostrou o filme mexicano "O Crime do Padre Amaro", no qual um dos personagens é um padre católico praticante da Teologia da Libertação.

Mais uma vez, foi grande o intersse da platéia, que pode aprender e conhecer um pouco como se desenvolveu aquele importante movimento católico na América Latina.

Fica, assim, ao Pedrinho, bem como a outros brasileiros estudiosos e de bom coração que saem pelo mundo a divulgar aspectos importantes da cultura brasileira, o respeito e a homenagem desta coluna. E... aquele abraço!
16:57
Anónimo disse...
Amanda Kitts perdeu o braço esquerdo em um acidente de automóvel acontecido três anos atrás, mas hoje em dia ela joga futebol americano com seu filho de 12 anos de idade, troca fraldas e abraça as crianças nas três creches Kiddie Cottage que opera em Knoxville, Tennessee. Kitts, 40 anos, faz tudo isso com a ajuda de um novo tipo de braço artificial que se movimenta com mais facilidade do que outros aparelhos e que ela pode controlar utilizando apenas seus pensamentos.

"Eu sou capaz de mexer a mão, o pulso e o cotovelo ao mesmo tempo", diz. "Você pensa e os músculos se movem em seguida".

A recuperação que ela conseguiu resulta de um novo procedimento que vem atraindo crescente atenção porque permite que pessoas movam braços protéticos de forma mais automática do que faziam no passado, simplesmente utilizando nervos reaproveitados em seus cérebros.

A técnica, conhecida como "renervação muscular dirigida", envolve utilizar os nervos que restam depois da amputação de um braço e conectá-los a outro músculo do corpo, em geral no peito. Eletrodos são instalados sobre os músculos do peito, e operam como se fossem antenas. Quando a pessoa deseja mover o braço, o cérebro envia sinais que primeiro resultam em contração dos músculos do peito, os quais enviam um sinal ao braço protético, instruindo-se a se movimentar. O processo não requer mais esforços consciente do que a pessoa teria de exercitar caso ainda tivesse seu braço natural.

Na terça-feira, pesquisadores reportaram em estudo publicado pela versão online do Journal of the American Medical Association que haviam levado a técnica ainda mais à frente, tornando possível a execução de 10 movimentos de mão, pulso e cotovelo diferentes, o que representa uma substancial melhora com relação ao típico repertório protético, que em geral envolve apenas dobrar o cotovelo, girar o pulso e abrir a mão.

"Os novos métodos tiveram impacto dramático em nosso campo de trabalho", disse Stuart Harshbarger, engenheiro biomédico na Universidade Johns Hopkins e diretor do programa de pesquisa sobre próteses, financiado pelas forças armadas, que inclui o trabalho com essa técnica. "O método já está em uso por médicos e cirurgiões comuns em todo o país. A capacidade de controlar um membro protético bastante robusto que ele confere surpreendeu a todos pela qualidade".

Tipicamente, uma pessoa que tenha um braço protético só é capaz de executar alguns poucos movimentos, e muitas vezes com tamanha lentidão que isso só permite a ela atividades limitadas.

Há um motor separado para cada movimento, diz Gerald Loeb, professor de engenharia biomédica na Universidade do Sul da Califórnia, "e esses motores precisam ser controlados de maneira explícita", usualmente por um esforço consciente da pessoa para contrair músculos nas costas ou no bíceps.

"Essencialmente, até agora os pacientes controlavam apenas um motor de cada vez", diz Loeb, "e precisavam pensar cuidadosamente sobre que motor desejavam controlar e como fazê-lo operar, em lugar de simplesmente pensarem em mover o braço e poderem fazê-lo sem delongas".

Antes que Kitts passasse pelo procedimento de renervação, em outubro de 2007, por exemplo, ela precisava movimentar os músculos de suas costas de determinada maneira para fazer com que seu pulso girasse, e flexionar seu bíceps e tríceps para fazer com que o cotovelo se movesse para cima e para baixo. "Era muito trabalho", ela conta. "E não me ajudava muito".

O procedimento de renervação é parte de uma recente explosão de idéias novas e técnicas inovadoras que estão sendo exploradas enquanto os cientistas se esforçam por ajudar as pessoas a compensar melhor a perda de membros ou problemas de paralisia. O esforço vem sendo alimentado pelo aumento no número de amputações causado por diabetes e por ferimentos sofridos pelos militares, e ao mesmo tempo pelos avanços na tecnologia médica.

Os braços se tornaram um dos focos essenciais desse tipo de trabalho. A ciência há muito vem obtendo sucessos no desenvolvimento de próteses de perna, mas é muito mais difícil imitar a complexidade e a destreza das mãos e dos braços.

Os esforços em curso incluem o desenvolvimento de projetos de pele e braços mais sensíveis e mais flexíveis, e o uso de dispositivos acionados por controles sem fio implantado nos braços protéticos, que permitiriam movimentos mais naturais.

Os pesquisadores também vêm usando sensores implantados nos cérebros de cobaias para permitir que dois macacos controlem um braço mecânico, e um teste com um homem paralítico permitiu, com esse método, que ele movimentasse um cursor em uma tela de computador.

Alguns desses métodos, caso venham a ser aperfeiçoados plenamente e consigam aprovação das autoridades regulatórias da saúde, podem no futuro se tornar mais viáveis para os pacientes de amputações.

E embora a técnica da renervação não requeira aprovação das autoridades regulatórias porque é executada por meios cirúrgicos e emprega aparelhos já existentes, ela apresenta limitações que até mesmo seus criadores reconhecem, entre as quais o fato de que não se pode utilizá-la para todos os pacientes, o seu alto custo e o prazo de meses requerido para que os nervos reconectados cresçam e se tornem efetivos.

Ainda assim, os especialistas dizem que é o mais avançado sistema em uso hoje para pacientes reais que permite que o sistema nervoso controle diretamente o movimento de um braço artificial.

Desde sua introdução por Todd Kuiken, médico fisioterapeuta e engenheiro biomédico do Instituto de Reabilitação de Chicago, o método foi empregado em cerca de 30 pacientes nos Estados Unidos, Canadá e Europa, entre os quais oito soldados feridos no Iraque e no Afeganistão.

Muitos dos pacientes, entre os quais o primeiro, Jesse Sullivan, um operário do setor elétrico no Tennessee que perdeu os dois braços quando foi eletrocutado por um cabo, conseguem não apenas manipular seus braços protéticos mas sentir a presença das mãos que já não têm quando alguém toca em seus peitos.

Sullivan, 62 anos, e Kitts, estavam entre os cinco pacientes que participaram do estudo reportado na terça-feira. Em companhia de cinco outras pessoas que não passaram por amputações, eles receberam os eletrodos e foram instruídos a usar pensamentos para fazer com que um braço virtual na tela reproduzisse 10 movimentos diferentes, entre os quais três formas diferentes de aperto de mão.

Os pacientes apresentaram desempenho bastante respeitável, apenas um pouco mais lento e menos preciso do que os dos participantes que não tinham amputações.

"As velocidades de movimento que encontramos em nossos pacientes foram realmente encorajadoras", disse Kuiken. "Eles conseguiram completar a tarefa. É claro que não foram tão competentes quanto as pessoas dotadas de plena capacidade física, mas foram bons o bastante".

Um braço virtual foi usado porque a maioria das próteses existentes não era capaz de acomodar todos aqueles movimentos, no momento da pesquisa, ainda que Sullivan, Kitts e uma terceira paciente, Claudia Mitchell, tenham experimentado dois novos protótipos mais versáteis de braços artificiais, executando tarefas complexas com bolas de tênis e outros objetos.

O trabalho de renervação em soldados apresenta outros desafios, diz Kuiken, porque os ferimentos militares muitas vezes "causam danos muitos extensos" a nervos, músculos ou ossos.

Daniel Acosta, 25 anos, um aviador ferido pela detonação de uma bomba em uma estrada do Iraque em 2005, passou pelo procedimento no ano passado e diz que seu braço esquerdo protético agora se movimenta "muito mais rápido" e de maneira muito mais natural.

"A diferença é que agora não preciso mais pensar para mover o braço", ele diz. "Ele simplesmente se mexe".

Ainda assim, Acosta, de San Antonio, diz que "o processo foi bastante longo" e que os eletrodos precisam ser ajustados para receber os sinais à medida que os nervos crescem ou mudam de posição.

E embora elogiem o método, os especialistas afirmam que a ciência das próteses de braço ainda tem muito por avançar.

"Trata-se de uma parte crucial, mas ainda assim apenas uma parte, das muitas coisas que compreendem a função normal de um braço", disse Loeb, que escreveu um editorial que acompanha o artigo no Journal of the American Medical Association.

"No momento estamos a meio do caminho entre o braço de 'Dr. Fantástico', que fazia involuntariamente a saudação nazista, e o braço de Luke Skywalker em 'Guerra nas Estrelas', que funciona sem nenhum problema assim que é conectado. Creio que precisaremos ainda de muitos anos para conectar todas as peças necessárias a produzir um braço capaz de funcionar normalmente".
17:04
Anónimo disse...
A Espanha disse neste sábado que está preparando uma reclamação oficial contra a decisão da Venezuela de expulsar um membro do Parlamento Europeu que criticou o conselho eleitoral venezuelano.
Luis Herrero, membro do partido conservador espanhol PP, foi deportado na sexta-feira depois que o Conselho Nacional Eleitoral (CNE) o acusou de questionar a imparcialidade da instituição antes de um referendo que pode permitir ao presidente Hugo Chávez permanecer no cargo indefinidamente.

Herrero estava na Venezuela como observador do referendo. Ele acusou Chávez de ter "comportamentos típicos de um ditador" por pedir a contenção de manifestações da oposição.

O governo da Espanha convocou um encontro com o embaixador da Venezuela em Madri para expressar a desaprovação sobre a expulsão de Herrero, disse um representante do Ministério das Relações Exteriores espanhol.

As relações da Venezuela com a Espanha tiveram seu ponto crítico em 2007, quando Chávez ameaçou rever acordos diplomáticos e comerciais depois de ouvir um "cala a boca" do rei espanhol Juan Carlos durante uma cúpula.

A fenda foi oficialmente reparada em 2008, com uma visita oficial de Chávez à Espanha, onde ele cumprimentou o rei e discutiu acordos para investimento no setor petroquímico com o primeiro-ministro José Luis Rodriguez Zapatero.
17:06
Anónimo disse...
A polícia do Zimbábue anunciou neste sábado que acusa de traição Roy Bennett, dirigente do até agora opositor Movimento para a Mudança Democrática (MDC), detido na sexta-feira, em Harare, poucas horas antes da cerimônia de posse dos membros do novo gabinete.

"A Polícia nos informou que vão apresentar acusações de traição", disse à agência EFE o advogado de defesa de Bennett, Trust Maanda.

"Tentam relacionar Roy com o caso de Mike Hitschmann, que foi detido em 2006 em relação à descoberta de um carregamento de armas, apesar de que Hitschmann não tenha sido declarado culpado das acusações de traição apresentadas contra ele, mas de um crime menor de descumprimento de leis", disse Maanda.

O político opositor, designado por seu partido como vice-ministro de Agricultura no Governo de união nacional, esteve no exílio na vizinha África do Sul desde 2006 e retornou ao Zimbábue há duas semanas.

Segundo a Polícia, que deteve Bennett ontem no aeroporto de Harare quando pretendia ir à África do Sul para visitar sua família, as armas apreendidas em 2006 seriam utilizadas em um golpe de Estado para derrubar o presidente do Zimbábue, Robert Mugabe.

Depois da detenção, Bennet foi levado a Mutar, onde vários simpatizantes do MDC se concentraram em frente à delegacia na qual estava detido, diante do que a Polícia respondeu com tiros para o alto para dispersar os manifestantes.
17:07
Anónimo disse...
Austrália: 14 mil se candidatam a 'emprego dos sonhos'

A secretaria de Turismo de Queensland, na Austrália, informou que até esta segunda-feira já recebeu cerca de 14 mil inscrições para o "o melhor emprego do mundo". O Estado australiano promove pela internet seleção para vaga de "zelador" da ilha Hamilton, por seis meses com um salário de R$ 40 mil.

Muitos candidatos tiveram problemas durante a inscrição por conta dos acessos simultâneos ao site. A secretaria aconselha enviar os vídeos de 60s explicando porque deve ser escolhido em horários alternativos do dia, além de recomendar tamanho em torno de 40MB.

As inscrições começaram em 12 de janeiro e vão até o próximo dia 22 e podem ser feitas pelo site www.islandreefjob.com. O governo australiano escolherá 50 candidatos para a próxima fase da seleção, que terá votos do público para eleger um dos 11 finalistas.

A última fase terá entrevistas e desafios físicos, no próprio local de trabalho: as ilhas da Grande Barreira Coralina - o maior recife de coral do mundo. A secretaria de Turismo anunciará o vencedor no dia 6 de maio.
17:09
Anónimo disse...
Mercado elogia governo na crise, mas pede maior queda no juro

Peter Fussy
Direto de São Paulo

Desde as primeiras medidas anunciadas para combater os efeitos da crise, o governo brasileiro avisou que a estratégia não contemplaria um pacote. Seriam doses pontuais, de acordo com a necessidade da economia diante do agravamento das turbulências. Da primeira liberação dos depósitos compulsórios em setembro até a ampliação do seguro-desemprego na última quarta-feira, o governo passou por redução de impostos, ampliação de crédito e incentivos à exportação. Quase 150 dias após a primeira medida, o Terra conversou com líderes do setor público e privado, representantes dos trabalhadores, acadêmicos e com o próprio governo para saber quais destas ações foram mais eficazes, quais foram mais ineficientes e o que mais pode ser feito pelo Estado brasileiro contra a crise.

Os maiores elogios foram direcionados à atitude de reduzir o Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) para a indústria automobilística, anunciada em dezembro e que fez com que os emplacamentos de carros novos subissem 1,9% no primeiro mês do ano em relação a dezembro de 2008. Já as maiores críticas foram para a lentidão no corte da taxa básica de juro do País.

Para o presidente do conselho administrativo do Grupo Pão de Açúcar, Abílio Diniz, o Estado não é responsável pela crise e mesmo assim está agindo "com extrema serenidade e muito acerto". "O governo está atento, fazendo a sua parte. É preciso coragem de baixar firmemente a taxa de juros. É uma arma que temos a nosso favor, já que não há clima para inflação, nem possibilidade de danos para a macroeconomia", afirmou Diniz.

Na última reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), em janeiro, a taxa Selic foi reduzida em um ponto percentual, de 13,75% para 12,75% ao ano. Porém, o professor de economia da Universidade de Brasília (UnB) José Luiz Oreiro lembra que este corte representa uma redução de apenas 0,25 ponto percentual com relação à taxa de setembro do ano passado, quando a crise se agravou.

"Pouco antes da eclosão da crise, o Banco Central aumentou a taxa em 0,75 ponto. Foram cinco meses de demora para reduzir em termos líquidos apenas 0,25 ponto", afirmou o economista, que também sugeriu redução do intervalo de cerca de 90 dias entre as reuniões do Copom e o corte de pelo menos um 1 ponto percentual em cada reunião.

Mesmo com o corte de janeiro, a taxa de juros real continua sendo a maior do mundo, lembrou o secretário-geral da Força Sindical, João Carlos Gonçalves, o Juruna. "A redução da taxa de juro ainda é pequena, porque ela continua uma das mais altas do mundo. Falta ousadia para baixar os juros e ajudar o cidadão. A permanência da taxa de juro alta é negativa para o País em meio a crise", afirmou Juruna.

Embora aprove as ações do governo, o senador Aloízio Mercadante (PT-SP) também acredita que o patamar da Selic está muito alto. "Sempre fomos os primeiros a entrar em qualquer crise, o que não aconteceu agora. A taxa Selic ainda é muito alta, mas o governo têm tomado medidas acertadas, como o aumento do salário mínimo, mesmo com um cenário de crise. Isso ajuda a movimentar o consumo. O governo está se esforçando para manter os investimentos e o crescimento", disse.

Tributos
De acordo com o economista Fabio Pina, da Fecomercio-SP, as ações mais positivas estão relacionadas à redução de tributos para alguns segmentos, como a indústria automobilística, que recuperou parte da queda nas vendas em janeiro com a isenção do IPI para carros 1.0 l e o corte para demais motorizações. A medida vale até o final de março.

"Essas medidas não só reduziram o preço, mas anteciparam o consumo daqueles que iriam comprar no futuro, dando um prêmio por conta da insegurança. Mexe diretamente com o principal problema que é a confiança do consumidor", afirmou. Juruna destacou que um bom ritmo de vendas é garantia de emprego. "É importante porque cada emprego na montadora significa 19 na cadeia produtiva", comentou o representante da Força Sindical.

Também em dezembro, o governo decidiu cortar pela metade a alíquota do Imposto de Renda para contribuintes que ganham entre R$ 1.434 e R$ 2.150 mensais. "O salário aumentava e a tabela não se modificava. As pessoas ganhavam mais e pagavam mais impostos", apontou Juruna. Outra redução de tributos do governo foi com relação ao Imposto sobre Operações Financeiras (IOF), que caiu de 3% ao ano para 1,5%.

Crédito
Na segunda metade de 2008, o colapso de bancos nos Estados Unidos por conta da crise do subprime provocou uma forte restrição de crédito no mundo inteiro. Uma das primeiras medidas anticrise do governo teve como objetivo restabelecer a oferta, com mudanças no recolhimento dos depósitos compulsórios por parte dos bancos. Segundo o presidente do Banco Central, Henrique Meirelles, as diversas modificações liberaram US$ 99,2 bilhões aos bancos até o final de janeiro.

Além disso, o governo concedeu R$ 36 bilhões das reservas internacionais para empresas brasileiras com dívidas no exterior e uma medida provisória autorizou o Banco do Brasil e a Caixa Econômica Federal a comprar carteiras de crédito de bancos privados. Para o diretor do Departamento de Pesquisas e Estudos Econômicos da Fiesp, Paulo Francini, estas medidas foram essenciais para combater os efeitos da crise.

"A crise se desenvolve no mundo em torno do tema crédito. E o crédito reduziu-se barbaridade no mundo. Então o governo lança mão de compulsório, lança mão de reservas, de medidas que permitem aos bancos comprar carteiras de bancos. Você vai tomando várias medidas para atender às demandas e o epicentro disso é crédito", afirmou.

No entanto, Oreiro, da UnB, adverte que a liberação dos compulsórios seria mais eficiente acompanhada de redução mais agressiva da taxa básica de juro. "Uma parte do crédito voltou, depois da forte retração em outubro e novembro. O que deveria ter sido feito junto à liberação do compulsório era uma redução mais drástica da taxa de juro. Sem isso, os bancos pegam as reservas e acabam comprando títulos públicos", explicou o economista.

Na opinião de Pina, as ações de distribuição de crédito via redução do compulsório e a disposição de capital de giro para empresas foram tomadas sem um cuidado maior na operação e não tiveram muito efeito. "O BNDES tem linhas que ficam paradas quase todo o ano, agora é pior ainda. Existem os recursos, mas as empresas e os bancos estão desconfiados. É preciso fazer com que os bancos tenham interesse em emprestar", afirmou o economista da Fecomercio-SP.

Futuro
Mesmo com todas essas medidas, a crise financeira ainda gera incertezas nos setores produtivos do País. Nos últimos meses, o medo do desemprego fez os consumidores adiarem compras. Por sua vez, a queda nas vendas pode obrigar as indústrias a cortarem a produção e demitir funcionários. Contra isso, empresários sugerem redução de jornada e de salários.

"Isto está previsto em lei. A Fiesp simplesmente manteve conversações com entidades sindicais quanto à aplicação daquilo que já está previsto em lei", afirmou Francini.

Segundo a ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff, uma das medidas que assegura um nível de emprego é a manutenção de investimentos no Programa de Aceleração do Crescimento (PAC). "Estamos esperando que a dificuldade ocorra em janeiro, fevereiro e março. Estamos certos que vamos manter o nível de investimento. É isso que funciona, é isso que significa investimento público. Ele funciona como um colchão. Por isso, nós colocamos R$ 100 bilhões no BNDES e a Petrobras ampliou o seu investimento em R$ 120 bilhões", afirmou.

Na mesma linha, Pina explica que a antecipação de gastos do governo substitui parte da demanda retraída do setor privado. "Ele dá o seguinte recado: não vou estourar as contas públicas, mas concentrar em um momento em que a demanda privada está pequena. Mas o governo não tem fôlego suficiente para fazer o papel de toda demanda", ressaltou. O economista da Fecomercio lembrou que a entidade já pleiteou junto ao governo isenções para transferência de imóveis e de automóveis, além de retirar o IPVA para veículos novos.

Já Oreiro foca suas propostas na capitalização do Banco do Brasil e da Caixa Econômica Federal pelo Tesouro para atender a demanda de crédito para capital de giro e reduzir o spread. "Aumentando o empréstimo e reduzindo as taxas, os dois vão forçar os bancos privados a acompanhar o movimento, até para não perderem participação no mercado", explicou o economista da UnB.

Até o Carnaval, o governou prometeu detalhar um pacote de incentivos para a construção de até um milhão de casas populares, direcionado a famílias com renda de até dez salários mínimos. "Estamos atentos a tudo o que está acontecendo e novas medidas serão tomadas caso haja uma avaliação de que sejam necessárias", disse o ministro da Fazenda, Guido Mantega, na última sexta-feira.
17:11
Anónimo disse...
Ex-ministro critica extensão do seguro-desemprego

Atualizada às 09h03

O ex-ministro do Trabalho Almir Pazzianotto criticou a decisão do governo federal de conceder o seguro-desemprego estendido a apenas alguns setores. "É certamente odioso e provavelmente inconstitucional", disse Pazzianotto, de acordo com o jornal O Estado de S. Paulo.

Na última qurta, dia do anúncio da medida, centrais sindicais elogiaram a atitude do governo. A Força Sindical divulgou nota dizendo que "o aumento ajudará a aquecer parte da economia, já que irá gerar mais consumo, produção e conseqüentemente, a criação de novos postos de trabalho". A União Geral dos Trabalhadores (UGT) afirmou que a medida "contribuirá para minimizar o drama dos trabalhadores que perderem seu emprego por conta da crise".

O ex-ministro, que instituiu o seguro-desemprego no País no governo de José Sarney, destacou a necessidade de as centrais sindicais se manifestarem contra a determinação. Para ele, as mudanças devem ser aplicadas a todas as categorias profissionais e a distinção é contrária ao artigo 3º da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT).

Pazzianotto atribui a medida a um possível temor do governo de que a crise econômica seja longa e não haja dinheiro para atender a todas as necessidades. Ainda assim, ele se mostra contrário ao método de concessão. "O seguro-desemprego ajuda a sanar necessidades básicas. Estendê-lo é paliativo, não a solução", disse ao jornal.

De acordo com o presidente do Conselho Deliberativo do Fundo de Amparo ao Trabalhador (Codefat) e conselheiro da Força Sindical, Luiz Fernando Emediato, a determinação já estava prevista na lei 8.900/94, que trata do seguro-desemprego.

O presidente da Comissão de Trabalho da Câmara, Pedro Fernandes (PTB-MA) vai além na crítica à concessão do seguro para apenas alguns setores. Ele acredita que a ampliação do benefício estimula o desemprego.

Quintino Severo, secretário geral da Central Única dos Trabalhadores (CUT), lembra que a ampliação do benefício sem critério e identificação pode incentivar demissões em outros setores.
17:13
Anónimo disse...
Empresas
TAM faz promoção para destinos internacionais

A companhia aérea TAM anunciou nesta sexta-feira tarifas promocionais para trechos internacionais. Os preços valem para bilhetes comprados entre 6h deste sábado e 23h59 deste domingo e são válidos para classe econômica. As tarifas, para ida e volta, serão vendidas a partir de US$ 99, mais taxas.

Segundo a aérea, a promoção vale para viagens feitas no período de 14 de fevereiro a 18 de junho de 2009. Para destinos na América do Sul, a permanência mínima é de dois dias; para bilhetes com destino nos Estados Unidos, cinco dias; e Europa, sete dias. A permanência máxima para as passagens para América do Sul e EUA é de dois meses e para Europa, três meses.

Entre os exemplos de tarifas promocionais, a TAM oferece São Paulo-Lima por US$ 99. Bilhetes para a rota São Paulo-Santiago serão vendidos a partir de US$ 199 e São Paulo-Nova York, US$ 799.

A emissão dos bilhetes deve ser feita obrigatoriamente no ato da reserva, obedecendo às regras estipuladas pela companhia. A compra está sujeita à disponibilidade de assentos nas classes tarifárias determinadas, trechos, horários e datas. A TAM afirmou que também há tarifas promocionais para a classe executiva.

Mais informações podem ser encontradas no site promocional (www.ofertastam.com.br), no site da empresa (www.tam.com.br) ou pelos telefones 4002-5700 ou 0800 5705700.
17:13
Anónimo disse...
Empresas
Consultoria negocia compra do parque temático Hopi Hari

A consultoria especializada em reestruturação de empresas Íntegra Associados informou nesta sexta-feira ter um acordo para comprar o parque de diversões Hopi Hari, localizado no interior de São Paulo. A empresa estaria disposta a investir R$ 10 milhões no parque, que tem dívida estimada em R$ 800 milhões. As informações são da edição deste sábado do jornal Folha de S. Paulo.

De acordo com o jornal, a transação ainda depende da negociação entre o Hopi Hari e seus credores, o que já estaria em andamento.

A consultoria paulista já atuou junto à Parmalat, durante 30 meses, quando reorganizou a gestão da empresa italiana.

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17:14
Anónimo disse...
Empresas
Disney de Tóquio contratará mais 2 mil apesar da crise


A Oriental Land, o operador da Disneylândia Tóquio e DisneySea, organizou neste domingo entrevistas para contratar cerca de 2 mil trabalhadores em tempo parcial, em um momento de grandes demissões deste tipo de empregados no Japão.

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O operador deste parque temático, situado em Urayasu, na província de Chiba (leste de Tóquio), está em pleno processo de seleção de empregados para 20 tipos de postos trabalhistas diferentes.

Segundo a companhia, citada pela agência local de notícias Kyodo, o parque contratará novos trabalhadores para as atrações, para os restaurantes e guardas de segurança entre outros. Os novos contratados começarão a trabalhar a partir de fevereiro.

O processo de seleção acontece em um momento em que a maioria das grandes companhias japonesas começaram a se ver obrigadas a despedir uma elevada percentagem de seus trabalhadores temporários e a tempo parcial.

Algumas inclusive anunciaram demissões de seus trabalhadores fixos, uma medida muito pouco comum nas companhias japonesas, perante os efeitos piores que o esperado pela crise econômica global.

Cerca de uma centena de pessoas esperavam desde a primeira hora desta manhã a abertura do centro de conferências Tokyo International Forum, onde as entrevistas estão sendo feitas, para ser os primeiros a solicitar os postos de trabalho.


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17:15
Anónimo disse...
Economia Internacional
Senado dos EUA aprova plano de estímulo à economia

O Senado dos Estados Unidos aprovou com 60 votos a favor e 38 contra o plano de estímulo à economia de US$ 787 bilhões na madrugada deste sábado. Agora, ele segue para sanção ou veto do presidente Barack Obama, que espera colocar a lei em prática até o dia 16 de fevereiro.

O plano prevê a criação de três milhões de empregos, inclui cortes de impostos às famílias, fundos para programas sociais e obras públicas, além de ajuda aos governos estaduais, estudantes e desempregados.

A cláusula Buy American - que exige o uso de ferro, aço e produtos manufaturados dos Estados Unidos em obras realizadas com recursos do pacote - ficou de lado. Segundo o texto definitivo, a cláusula será aplicada sem violar as normas do comércio internacional.

Ontem à tarde, a Câmara de Representantes (deputados) havia aprovado, por 246 votos a favor e 183 contra, a versão final do plano. Todos os republicanos foram contrários ao pacote.

Pelo acordo de quarta-feira entre Câmara e Senado, em vez de custar US$ 819 bilhões, como queriam os deputados, ou US$ 838 bilhões como pretendiam os senadores, o pacote ficou em cerca de US$ 787 bilhões, com 65% desse total destinado a gastos do governo federal e 35%, a créditos tributários.
17:16
Anónimo disse...
Economia nacional
Na era Lula, aposentadoria sobe 54% menos que salário mínimo

Thatiane Faria
Especial para o Terra
Direto de São Paulo

Os índices de reajustes concedidos pelo governo em 2009 para aposentados e pensionistas e para o salário mínimo repetiram uma diferença que, só durante o governo de Luiz Inácio Lula da Silva, já chega a 54%. Enquanto o mínimo foi majorado em 12% este ano, as pensões e aposentadorias tiveram aumento de 5,92%. Aposentados que têm o benefício do governo como única fonte de renda reclamam que perdem poder de compra e que sua cesta de compras é composta por itens que aumentam mais em relação à inflação oficial.

Um exemplo prático pode ser entendido a partir da comparação entre um aposentado que ganhava R$ 600 em janeiro de 2003. Na época, o benefício era três vezes, ou 200%, maior que o valor do mínimo em vigência, que era de R$ 200. Aplicando-se os índices de reajuste para aposentadorias e para o mínimo durante os últimos seis anos, o mesmo aposentado estaria recebendo hoje R$ 938,47, comparado a um salário mínimo de R$ 465. A diferença entre os dois valores caiu para pouco mais de 100%.

Enquanto o índice acumulado de reajuste para a aposentadoria durante o governo Lula foi de 60%, para o salário mínimo está em 132%.

O diretor do Sindicato Nacional dos Aposentados, João Inocentini, reclama que os valores dos benefícios para aposentadorias não mantêm o poder de compra do grupo, principalmente dos aposentados que recebem menos que dez salários mínimos.

Nem mesmo o fato de o índice de reajuste das aposentadorias ter ficado acima da inflação acumulada no mesmo período (o IPCA entre janeiro de 2003 e janeiro de 2009 foi de 39,7%) serve de argumento, segundo os aposentados.

"Os idosos, principalmente, têm gastos além das contas gerais como gás, telefone e aluguel. Para eles o custo com remédios, e outros itens da área saúde costuma ser maior", afirmou Inocentini.

O presidente do sindicato afirmou que o grupo realiza um estudo com 100 itens de necessidade de um idoso para comparar o aumento dos produtos com o índice de reajuste do benefício recebido pelos aposentados.

"Daqui dois meses vamos abrir um processo na Justiça e levar essa pesquisa como prova. Segundo a lei, o governo é obrigado a manter o poder de compra com a aposentadoria", disse Inocentini.

Alternativas
O consultor financeiro Cláudio Boriola diz que os aposentados, especialmente nesse momento de crise econômica, devem evitar compras parceladas, pesquisar preços, negociar e fazer bom planejamento financeiro.

Segundo Boriola, alguns aposentados ganham um valor mensal muitas vezes insuficiente para o pagamento das contas e acabam pedindo crédito ou realizando pagamentos a prazo e são obrigados a pagar juros altos.

Na opinião do consultor, pagar uma previdência privada é uma alternativa indicada para quem ainda trabalha, considerando a característica de perda de poder de compra da aposentadoria.

"Na prática, infelizmente os valores encontram-se em um patamar que está deteriorando o poder de aquisição da população brasileira", completou Boriola.

De acordo com o diretor da Confederação Brasileira de Aposentados e Pensionistas (Cobap), Vicente Fernandes Barbosa, representantes dos aposentados tentarão um encontro com o presidente da Câmara, deputado Michel Temer (PMDB-SP), para discutir projetos que minimizem a perda dos aposentados
17:17
Anónimo disse...
Previdência
Previdência prorroga isenção de tarifas no benefício

O atual sistema de pagamento aos 26 milhões de aposentados e pensionistas do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) será mantido até o final deste ano. O acordo, que permite realizar a operação sem nenhum custo aos beneficiários, foi renovado nesta sexta-feira, entre o governo federal e 21 instituições financeiras.

Por meio desse acordo, vigente desde setembro de 2007, nem os segurados, nem os bancos e nem o governo arcam com o pagamento de tarifas, conforme explicou o ministro da Previdência Social, José Pimentel. A prorrogação vale até dezembro, data máxima para que a Previdência defina as regras para um novo contrato.

Ao assinar o termo de renovação, na sede da Federação Brasileira dos Bancos (Febraban), o ministro disse que a intenção do governo é mudar o atual modelo de gestão visando a reduzir os custos dessas operações em torno da folha mensal, que atinge R$ 15,8 bilhões. No entanto, qualquer alteração, conforme explicou, passará antes por audiências públicas a serem realizadas a partir do segundo semestre deste ano, atendendo a determinação do Tribunal de Contas da União (TCU).

De acordo com Pimentel, com um redesenho do mecanismo de repasse dos recursos aos bancos em torno da folha de pagamento dos segurados o que se busca é um aumento da participação de instituições financeiras. Ele informou que, desde 2007, cada benefício custa em média R$ 1,07 ao governo. "Quanto mais instituições financeiras estiverem prestando serviços à sociedade, maior é a competitividade, a agilidade no atendimento", justificou.

O ministro observou, ainda, que, para permitir uma redução para algo em torno de meia hora no tempo de atendimento para a concessão dos direitos previdenciários, o governo investiu R$ 280 milhões.

Questionado sobre o descontentamento dos segurados que ganham acima de um salário mínimo terem obtido apenas a correção com base na variação do Índice de Preços ao Consumidor (INPC) , ficando abaixo do reajuste dado a quem recebe apenas o mínimo, Pimentel argumentou que o governo seguiu o que determina a lei e descartou a possibilidade de uma revisão
17:17
Anónimo disse...
Empresas
Caterpillar oferece aposentadoria antecipada a 2 mil


A companhia americana Caterpillar ofereceu a cerca de dois mil funcionários incentivos para que se aposentem de forma voluntária antes do previsto, pela perspectiva de uma queda "significativa" da atividade industrial, informou nesta quarta-feira a empresa.

A iniciativa, destinada aos trabalhadores de diversas fábricas em Illinois, Colorado, Tennessee e Pensilvânia, se soma aos cortes de empregos anunciados em janeiro, explicou em comunicado de imprensa.

A empresa, a maior fabricante mundial de maquinaria pesada para a construção e a mineração, acrescentou que, "em função das condições de negócio, podem ser necessárias mais reduções de elenco voluntárias e involuntárias à medida que o ano avança".

O vice-presidente da companhia, Sid Banwart, explicou que a empresa prevê "demissões significativas em todas as regiões geográficas e na maioria dos setores devido às dificuldades da economia mundial".
17:18
Anónimo disse...
Comércio
Comércio exterior da OCDE caiu no 3º trimestre de 2008


As exportações e as importações dos países da Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Econômico (OCDE) caíram 1,6% e 0,2%, respectivamente, no terceiro trimestre de 2008, em relação aos três meses anteriores.

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Trata-se da primeira queda destas atividades desde o terceiro trimestre de 2006, segundo o último relatório trimestral sobre fluxos comerciais divulgado pela OCDE.

As exportações e as importações em dólares dos 30 Estados-membros caíram 15,6% e 17%, respectivamente, na comparação anualizada.

Por sua vez, o comércio dos sete países mais ricos do mundo (G7) teve um pequeno crescimento no terceiro trimestre de 2008 com uma queda das exportações de mercadorias de 0,2% em relação ao trimestre anterior e um aumento de 0,4% das importações.

Em termos anualizados, as importações do G7 caíram 1,4% entre julho e setembro do ano passado, seu primeiro retrocesso desde o terceiro trimestre de 2006, enquanto as exportações aumentaram 1,9%, seu crescimento mais baixo no mesmo tempo.

Por países, a Alemanha aumentou suas importações em 3,4% - valor mais alto do G7 -, enquanto suas exportações caíram 2,9% do segundo para o terceiro trimestre de 2008.

Pelo contrário, as exportações americanas aumentaram 1,8% entre julho e setembro de 2008, enquanto as importações caíram 0,7% em relação ao trimestre anterior. No Japão, tanto as importações quanto as exportações caíram em torno de 1% no mesmo período.
17:19
Anónimo disse...
Economia Nacional
Lula: juros de crédito consignado a aposentados são altos

Atualizada às 17h29

O presidente Luis Inácio Lula da Silva afirmou nesta terça-feira, em São Paulo, que está lutando para reduzir as taxas de juros cobradas de aposentados em crédito consignado. A Previdência Social estabelece uma taxa máxima de 2,5% para empréstimo e de 3,5% para cartão. Para Lula, os valores são altos.

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"Acho que o juro que os aposentados estão pagando hoje com o crédito consignado é alto para o padrão brasileiro", disse o presidente durante a cerimônia de comemoração dos 86 anos do INSS.

A Previdência anunciou nesta terça-feira que aposentados e trabalhadoras com licença-maternidade poderão receber seus benefícios em 30 minutos. De acordo com Lula, em junho, a aposentadoria do trabalhador rural também será conseguida em meia hora.

Além disso, o presidente anunciou que, também em junho, os trabalhadores que alcançarem o direito à aposentadoria passarão a receber em suas casas um comunicado da Previdência informando o fato e o valor do salário que têm direito a receber. "É um comprometimento público que estou fazendo com os companheiros da Previdência Social", disse.

"Estamos retribuindo ao contribuinte da Previdência Social aquilo que é a cidadania que ele tem direito", afirmou Lula. "Se para cobrar nós somos tão precisos, para devolver o dinheiro, temos que chegar próximo à perfeição", completou.
17:20
Anónimo disse...
Economia Nacional
Salário maternidade sairá em 30 minutos, diz ministro

Toda trabalhadora autônoma que tiver contribuído pelo menos 10 meses com o Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) - ou as que possuírem carteira assinada - poderão receber em 30 minutos o salário maternidade a partir desta terça-feira. Da mesma forma, as mulheres com 30 anos de contribuição e os homens com 35 anos também terão direito ao benefício de forma mais rápida. A informação é do ministro da Previdência Social, José Pimentel.

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Para requerer o salário maternidade, é preciso que as autônomas levem a carteira de identidade e o carnê de contribuição. As demais trabalhadoras devem apresentar a identificação e a carteira de trabalho. Desde o início do mês, a nova forma de análise para a concessão de benefícios foi adotada para a aposentadoria por idade do trabalhador urbano e agora foi estendida para o salário maternidade e por tempo de contribuição.

O ministro disse que a qualificação do serviço da previdência social é o reconhecimento do direito dos trabalhadores e da afirmação da cidadania.

"Até pouco tempo na cabeça do cidadão o serviço devia ser de péssima qualidade. Agora não, nós modificamos toda a legislação no mês de dezembro numa ação conjunta do Congresso Nacional com o governo federal. Estamos implantando e concedendo os benefícios em até 30 minutos", afirmou.

O ministro destacou que para conseguir se aposentar ou ter acesso à licença maternidade em 30 minutos, em primeiro lugar, é necessário que o cidadão esteja vinculado à Previdência, o que inclui 65% da população acima de 16 anos de idade.

"Depois bastar marcar pelo sistema 135 o dia e a hora do atendimento e levar a documentação. Se todos os dados necessários estiverem corretos o contribuinte será atendido em até 30 minutos, como vem sendo feito com as aposentadorias por idade desde o dia cinco de janeiro", explicou.

Pimentel disse ainda que em 90% das agências da previdência social o atendimento é marcado em até 48 horas. Nos grandes centros, entretanto existe um volume maior o que torna mais lento o processo.

"Estamos criando mais 715 agências até 2010, em todo o território nacional, para descentralizar o atendimento. Em 2008, atendemos 295 mil benefícios e aposentadorias por idade. Temos 4 mil pessoas por dia procurando e se aposentando por idade no território nacional. Este serviço será agilizado", concluiu.
17:21
Anónimo disse...
Giuseppe Englaro, pai de Eluana, a italiana que morreu na segunda-feira passada por desidratação, recusou uma grande soma de dinheiro de um conhecido fotógrafo italiano que queria retratar a filha em estado de coma, disse neste sábado o neurologista que atendia a mulher desde 1996, Carlo Defanti.

O neurologista, que participou hoje de uma conferência sobre eutanásia, disse que Englaro respeitou a vontade da filha, que, antes do acidente, tinha pedido que, se lhe ocorresse qualquer coisa irreversível, apresentasse sua imagem de quando estava em boas condições.

Antes de sofrer o acidente de trânsito, em 1992, Eluana viveu o coma de um amigo, Alessandro, o que causou forte impacto na italiana e a levou a fazer o pai prometer que não a deixasse viver em estado vegetativo, disse o próprio Giuseppe Englaro.

Defanti, que dissera que Eluana poderia viver de dez a 12 dias depois da suspensão da alimentação e da hidratação, disse que, como médico, tinha que reprovar esta afirmação.

"Não se pode sobreviver após três ou quatro dias sem líquido e, em particular, água em um corpo. Sabemos bem que, quando há um terremoto, após quatro dias é difícil encontrar sobreviventes".

Defanti ressaltou que Eluana "não falava, não se comunicava com o exterior" e que, após vários exames, "nos deparamos com uma moça que tinha perdido a consciência", porque estava com o córtex cerebral prejudicado.

Eluana foi enterrada na quinta-feira passada no túmulo da família na localidade de Paluzza, em Udine, após um funeral que não contou com a presença dos pais.

16:53
Anónimo disse...
Os bombeiros combatem neste sábado os incêndios na Austrália favorecidos pelo bom tempo, enquanto os deslocados encotram em seu retorno casas derruídas, carros queimados nas ruas e destruição.

Depois de sete dias desde que começaram os incêndios no Estado de Victoria, a lista de mortos chega a 181, os desaparecidos somam 50, os edifícios destruídos totalizam 1,834 mil e o terreno arrasado, principalmente florestas, ocupa uma área de 4,13 mil quilômetros quadrados.

As equipes de bombeiros, formadas por 4 mil profissionais de Victoria, de outras partes da Austrália e de países amigos, combateram hoje 12 focos fora de controle e nenhum representava uma ameaça direta para a população.

O subdiretor do Serviço de Bombeiros, Geoff Conway, disse que este tempo favorável, que se prolongará durante o domingo, permite consolidar as linhas de contenção e avançar na extinção das chamas.

Cinzas apareceram arrastadas por ventos do nordeste sobre Melbourne, onde habitam 3,8 milhões de pessoas, e as autoridades alertaram aos cidadãos do risco para a saúde de idosos, crianças e pessoas com problemas respiratórios.

O número de pessoas deslocadas - a Cruz Vermelha chegou a receber 7 mil - começou a cair com a abertura de algumas localidades atingidas.

Os incêndios, alguns criminosos, começaram em 7 de fevereiro, quando a região sul da Austrália estava há duas semanas sob uma onda de calor sem precedentes.

Na sexta-feira passada, a polícia acusou uma pessoa de ter provocado o incêndio que atingiu a localidade de Churchill e matou 21 pessoas.

16:55
Anónimo disse...
A primeira chuva em seis dias reduziu a ameaça de incêndios no Estado de Victoria, ao sul da Austrália. As autoridades, porém, advertiram que ainda existem 12 focos, mas que nenhum deles ameaça áreas povoadas.

Mais de quatro mil bombeiros, mil provenientes de outras partes do país e de outras nações, trabalham contra o fogo. Cerca de 600 veículos e 28 helicópteros e pequenos aviões estão sendo usados.


Eles conseguiram construir linhas de contenção para evitar os incêndios de Yarra e Maroondah se juntassem. Também foram controlados os incêndios abertos de Yea e Murrindindi, que ameaçavam as comunidades de Connellys Creek, Crystal Creek, Scrubby Creek e Native Dog Creek.

O número de mortos chegou a 181, mas as autoridades acreditam que as vítimas devem passar de 200, já que ainda há muitos desaparecidos.

16:55
Anónimo disse...
Aqui nesta coluna, na semana passada, tive a oportunidade de comentar sobre a recente visita do professor brasileiro Pedrinho Guareschi à Austrália. Não dei, porém, os fatos, pois semana passada o assunto era outro.

Hoje, porém, vamos a eles.

No último dia 4 de fevereiro, aconteceu o Seminário "Paulo Freire: Education and Liberation", organizado pelo centro de estudos latino-americanos da Universidade Nacional da Austrália, ou ANU, como é mais conhecida por aqui.

A ANU, para quem não sabe, está entre as 20 melhores universidades do mundo! E tem sede aqui em Camberra, capital da Austrália.

Na abertura do evento, o professor John Minns, diretor do centro latino-americano, ao dar boas-vindas ao público presente, lembrou ser aquele o primeiro seminário exclusivamente dedicado a Paulo Freire na Austrália.

Em seguida, convidou Pedrinho Guareschi, palestrante principal do Seminário, a fazer sua apresentação.

A plateia pode então conhecer, pelas palavras de Pedrinho, um pouco da obra e da vida de Freire, esse brasileiro de fé e valor, que sempre acreditou na educação, sobretudo dos menos favorecidos, analfabetos, como força libertadora.

Como não podia deixar de ser, os conceitos e ideias revolucionários de Paulo Freire, expostos com clareza por Pedrinho, despertaram o interesse e a curiosidade de plateia. A qual, deve-se notar, era na maioria de estudantes, mas de várias nacionalidades, sobretudo australianos e asiáticos.

Na continuação do programa do seminário, que se estendeu por dois dias, outros professores fizeram palestras sobre temas ligados à obra de Paulo Freire.

Interessante, por exemplo, saber que a professora Anne Hickling-Hudson, jamaicana que mora na Austrália há muitos anos (é professora da ANU), conheceu e trabalhou com Freire num workshop educacional durante a revolução na Ilha de Granada, em 1980, antes da invasão dos Estados Unidos...

Ou, então, a palestra da Professora Gerda Roelvink, da Nova Zelândia, que participou do Fórum Social de Porto Alegre em 2005. E essa participação transformou-se em tema de doutorado.

No dia 10, terça-feira passada, o padre Pedrinho Guareschi voltou a falar ao público australiano em grande auditório localizado no belíssimo campus da ANU. Desta vez, sobre a Teologia da Libertação.

Depois da palestra, John Minns mostrou o filme mexicano "O Crime do Padre Amaro", no qual um dos personagens é um padre católico praticante da Teologia da Libertação.

Mais uma vez, foi grande o intersse da platéia, que pode aprender e conhecer um pouco como se desenvolveu aquele importante movimento católico na América Latina.

Fica, assim, ao Pedrinho, bem como a outros brasileiros estudiosos e de bom coração que saem pelo mundo a divulgar aspectos importantes da cultura brasileira, o respeito e a homenagem desta coluna. E... aquele abraço!

16:57
Anónimo disse...
Amanda Kitts perdeu o braço esquerdo em um acidente de automóvel acontecido três anos atrás, mas hoje em dia ela joga futebol americano com seu filho de 12 anos de idade, troca fraldas e abraça as crianças nas três creches Kiddie Cottage que opera em Knoxville, Tennessee. Kitts, 40 anos, faz tudo isso com a ajuda de um novo tipo de braço artificial que se movimenta com mais facilidade do que outros aparelhos e que ela pode controlar utilizando apenas seus pensamentos.

"Eu sou capaz de mexer a mão, o pulso e o cotovelo ao mesmo tempo", diz. "Você pensa e os músculos se movem em seguida".

A recuperação que ela conseguiu resulta de um novo procedimento que vem atraindo crescente atenção porque permite que pessoas movam braços protéticos de forma mais automática do que faziam no passado, simplesmente utilizando nervos reaproveitados em seus cérebros.

A técnica, conhecida como "renervação muscular dirigida", envolve utilizar os nervos que restam depois da amputação de um braço e conectá-los a outro músculo do corpo, em geral no peito. Eletrodos são instalados sobre os músculos do peito, e operam como se fossem antenas. Quando a pessoa deseja mover o braço, o cérebro envia sinais que primeiro resultam em contração dos músculos do peito, os quais enviam um sinal ao braço protético, instruindo-se a se movimentar. O processo não requer mais esforços consciente do que a pessoa teria de exercitar caso ainda tivesse seu braço natural.

Na terça-feira, pesquisadores reportaram em estudo publicado pela versão online do Journal of the American Medical Association que haviam levado a técnica ainda mais à frente, tornando possível a execução de 10 movimentos de mão, pulso e cotovelo diferentes, o que representa uma substancial melhora com relação ao típico repertório protético, que em geral envolve apenas dobrar o cotovelo, girar o pulso e abrir a mão.

"Os novos métodos tiveram impacto dramático em nosso campo de trabalho", disse Stuart Harshbarger, engenheiro biomédico na Universidade Johns Hopkins e diretor do programa de pesquisa sobre próteses, financiado pelas forças armadas, que inclui o trabalho com essa técnica. "O método já está em uso por médicos e cirurgiões comuns em todo o país. A capacidade de controlar um membro protético bastante robusto que ele confere surpreendeu a todos pela qualidade".

Tipicamente, uma pessoa que tenha um braço protético só é capaz de executar alguns poucos movimentos, e muitas vezes com tamanha lentidão que isso só permite a ela atividades limitadas.

Há um motor separado para cada movimento, diz Gerald Loeb, professor de engenharia biomédica na Universidade do Sul da Califórnia, "e esses motores precisam ser controlados de maneira explícita", usualmente por um esforço consciente da pessoa para contrair músculos nas costas ou no bíceps.

"Essencialmente, até agora os pacientes controlavam apenas um motor de cada vez", diz Loeb, "e precisavam pensar cuidadosamente sobre que motor desejavam controlar e como fazê-lo operar, em lugar de simplesmente pensarem em mover o braço e poderem fazê-lo sem delongas".

Antes que Kitts passasse pelo procedimento de renervação, em outubro de 2007, por exemplo, ela precisava movimentar os músculos de suas costas de determinada maneira para fazer com que seu pulso girasse, e flexionar seu bíceps e tríceps para fazer com que o cotovelo se movesse para cima e para baixo. "Era muito trabalho", ela conta. "E não me ajudava muito".

O procedimento de renervação é parte de uma recente explosão de idéias novas e técnicas inovadoras que estão sendo exploradas enquanto os cientistas se esforçam por ajudar as pessoas a compensar melhor a perda de membros ou problemas de paralisia. O esforço vem sendo alimentado pelo aumento no número de amputações causado por diabetes e por ferimentos sofridos pelos militares, e ao mesmo tempo pelos avanços na tecnologia médica.

Os braços se tornaram um dos focos essenciais desse tipo de trabalho. A ciência há muito vem obtendo sucessos no desenvolvimento de próteses de perna, mas é muito mais difícil imitar a complexidade e a destreza das mãos e dos braços.

Os esforços em curso incluem o desenvolvimento de projetos de pele e braços mais sensíveis e mais flexíveis, e o uso de dispositivos acionados por controles sem fio implantado nos braços protéticos, que permitiriam movimentos mais naturais.

Os pesquisadores também vêm usando sensores implantados nos cérebros de cobaias para permitir que dois macacos controlem um braço mecânico, e um teste com um homem paralítico permitiu, com esse método, que ele movimentasse um cursor em uma tela de computador.

Alguns desses métodos, caso venham a ser aperfeiçoados plenamente e consigam aprovação das autoridades regulatórias da saúde, podem no futuro se tornar mais viáveis para os pacientes de amputações.

E embora a técnica da renervação não requeira aprovação das autoridades regulatórias porque é executada por meios cirúrgicos e emprega aparelhos já existentes, ela apresenta limitações que até mesmo seus criadores reconhecem, entre as quais o fato de que não se pode utilizá-la para todos os pacientes, o seu alto custo e o prazo de meses requerido para que os nervos reconectados cresçam e se tornem efetivos.

Ainda assim, os especialistas dizem que é o mais avançado sistema em uso hoje para pacientes reais que permite que o sistema nervoso controle diretamente o movimento de um braço artificial.

Desde sua introdução por Todd Kuiken, médico fisioterapeuta e engenheiro biomédico do Instituto de Reabilitação de Chicago, o método foi empregado em cerca de 30 pacientes nos Estados Unidos, Canadá e Europa, entre os quais oito soldados feridos no Iraque e no Afeganistão.

Muitos dos pacientes, entre os quais o primeiro, Jesse Sullivan, um operário do setor elétrico no Tennessee que perdeu os dois braços quando foi eletrocutado por um cabo, conseguem não apenas manipular seus braços protéticos mas sentir a presença das mãos que já não têm quando alguém toca em seus peitos.

Sullivan, 62 anos, e Kitts, estavam entre os cinco pacientes que participaram do estudo reportado na terça-feira. Em companhia de cinco outras pessoas que não passaram por amputações, eles receberam os eletrodos e foram instruídos a usar pensamentos para fazer com que um braço virtual na tela reproduzisse 10 movimentos diferentes, entre os quais três formas diferentes de aperto de mão.

Os pacientes apresentaram desempenho bastante respeitável, apenas um pouco mais lento e menos preciso do que os dos participantes que não tinham amputações.

"As velocidades de movimento que encontramos em nossos pacientes foram realmente encorajadoras", disse Kuiken. "Eles conseguiram completar a tarefa. É claro que não foram tão competentes quanto as pessoas dotadas de plena capacidade física, mas foram bons o bastante".

Um braço virtual foi usado porque a maioria das próteses existentes não era capaz de acomodar todos aqueles movimentos, no momento da pesquisa, ainda que Sullivan, Kitts e uma terceira paciente, Claudia Mitchell, tenham experimentado dois novos protótipos mais versáteis de braços artificiais, executando tarefas complexas com bolas de tênis e outros objetos.

O trabalho de renervação em soldados apresenta outros desafios, diz Kuiken, porque os ferimentos militares muitas vezes "causam danos muitos extensos" a nervos, músculos ou ossos.

Daniel Acosta, 25 anos, um aviador ferido pela detonação de uma bomba em uma estrada do Iraque em 2005, passou pelo procedimento no ano passado e diz que seu braço esquerdo protético agora se movimenta "muito mais rápido" e de maneira muito mais natural.

"A diferença é que agora não preciso mais pensar para mover o braço", ele diz. "Ele simplesmente se mexe".

Ainda assim, Acosta, de San Antonio, diz que "o processo foi bastante longo" e que os eletrodos precisam ser ajustados para receber os sinais à medida que os nervos crescem ou mudam de posição.

E embora elogiem o método, os especialistas afirmam que a ciência das próteses de braço ainda tem muito por avançar.

"Trata-se de uma parte crucial, mas ainda assim apenas uma parte, das muitas coisas que compreendem a função normal de um braço", disse Loeb, que escreveu um editorial que acompanha o artigo no Journal of the American Medical Association.

"No momento estamos a meio do caminho entre o braço de 'Dr. Fantástico', que fazia involuntariamente a saudação nazista, e o braço de Luke Skywalker em 'Guerra nas Estrelas', que funciona sem nenhum problema assim que é conectado. Creio que precisaremos ainda de muitos anos para conectar todas as peças necessárias a produzir um braço capaz de funcionar normalmente".

17:04
Anónimo disse...
A Espanha disse neste sábado que está preparando uma reclamação oficial contra a decisão da Venezuela de expulsar um membro do Parlamento Europeu que criticou o conselho eleitoral venezuelano.
Luis Herrero, membro do partido conservador espanhol PP, foi deportado na sexta-feira depois que o Conselho Nacional Eleitoral (CNE) o acusou de questionar a imparcialidade da instituição antes de um referendo que pode permitir ao presidente Hugo Chávez permanecer no cargo indefinidamente.

Herrero estava na Venezuela como observador do referendo. Ele acusou Chávez de ter "comportamentos típicos de um ditador" por pedir a contenção de manifestações da oposição.

O governo da Espanha convocou um encontro com o embaixador da Venezuela em Madri para expressar a desaprovação sobre a expulsão de Herrero, disse um representante do Ministério das Relações Exteriores espanhol.

As relações da Venezuela com a Espanha tiveram seu ponto crítico em 2007, quando Chávez ameaçou rever acordos diplomáticos e comerciais depois de ouvir um "cala a boca" do rei espanhol Juan Carlos durante uma cúpula.

A fenda foi oficialmente reparada em 2008, com uma visita oficial de Chávez à Espanha, onde ele cumprimentou o rei e discutiu acordos para investimento no setor petroquímico com o primeiro-ministro José Luis Rodriguez Zapatero.

17:06
Anónimo disse...
A polícia do Zimbábue anunciou neste sábado que acusa de traição Roy Bennett, dirigente do até agora opositor Movimento para a Mudança Democrática (MDC), detido na sexta-feira, em Harare, poucas horas antes da cerimônia de posse dos membros do novo gabinete.

"A Polícia nos informou que vão apresentar acusações de traição", disse à agência EFE o advogado de defesa de Bennett, Trust Maanda.

"Tentam relacionar Roy com o caso de Mike Hitschmann, que foi detido em 2006 em relação à descoberta de um carregamento de armas, apesar de que Hitschmann não tenha sido declarado culpado das acusações de traição apresentadas contra ele, mas de um crime menor de descumprimento de leis", disse Maanda.

O político opositor, designado por seu partido como vice-ministro de Agricultura no Governo de união nacional, esteve no exílio na vizinha África do Sul desde 2006 e retornou ao Zimbábue há duas semanas.

Segundo a Polícia, que deteve Bennett ontem no aeroporto de Harare quando pretendia ir à África do Sul para visitar sua família, as armas apreendidas em 2006 seriam utilizadas em um golpe de Estado para derrubar o presidente do Zimbábue, Robert Mugabe.

Depois da detenção, Bennet foi levado a Mutar, onde vários simpatizantes do MDC se concentraram em frente à delegacia na qual estava detido, diante do que a Polícia respondeu com tiros para o alto para dispersar os manifestantes.

17:07
Anónimo disse...
Austrália: 14 mil se candidatam a 'emprego dos sonhos'

A secretaria de Turismo de Queensland, na Austrália, informou que até esta segunda-feira já recebeu cerca de 14 mil inscrições para o "o melhor emprego do mundo". O Estado australiano promove pela internet seleção para vaga de "zelador" da ilha Hamilton, por seis meses com um salário de R$ 40 mil.

Muitos candidatos tiveram problemas durante a inscrição por conta dos acessos simultâneos ao site. A secretaria aconselha enviar os vídeos de 60s explicando porque deve ser escolhido em horários alternativos do dia, além de recomendar tamanho em torno de 40MB.

As inscrições começaram em 12 de janeiro e vão até o próximo dia 22 e podem ser feitas pelo site www.islandreefjob.com. O governo australiano escolherá 50 candidatos para a próxima fase da seleção, que terá votos do público para eleger um dos 11 finalistas.

A última fase terá entrevistas e desafios físicos, no próprio local de trabalho: as ilhas da Grande Barreira Coralina - o maior recife de coral do mundo. A secretaria de Turismo anunciará o vencedor no dia 6 de maio.

17:09
Anónimo disse...
Mercado elogia governo na crise, mas pede maior queda no juro

Peter Fussy
Direto de São Paulo

Desde as primeiras medidas anunciadas para combater os efeitos da crise, o governo brasileiro avisou que a estratégia não contemplaria um pacote. Seriam doses pontuais, de acordo com a necessidade da economia diante do agravamento das turbulências. Da primeira liberação dos depósitos compulsórios em setembro até a ampliação do seguro-desemprego na última quarta-feira, o governo passou por redução de impostos, ampliação de crédito e incentivos à exportação. Quase 150 dias após a primeira medida, o Terra conversou com líderes do setor público e privado, representantes dos trabalhadores, acadêmicos e com o próprio governo para saber quais destas ações foram mais eficazes, quais foram mais ineficientes e o que mais pode ser feito pelo Estado brasileiro contra a crise.

Os maiores elogios foram direcionados à atitude de reduzir o Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) para a indústria automobilística, anunciada em dezembro e que fez com que os emplacamentos de carros novos subissem 1,9% no primeiro mês do ano em relação a dezembro de 2008. Já as maiores críticas foram para a lentidão no corte da taxa básica de juro do País.

Para o presidente do conselho administrativo do Grupo Pão de Açúcar, Abílio Diniz, o Estado não é responsável pela crise e mesmo assim está agindo "com extrema serenidade e muito acerto". "O governo está atento, fazendo a sua parte. É preciso coragem de baixar firmemente a taxa de juros. É uma arma que temos a nosso favor, já que não há clima para inflação, nem possibilidade de danos para a macroeconomia", afirmou Diniz.

Na última reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), em janeiro, a taxa Selic foi reduzida em um ponto percentual, de 13,75% para 12,75% ao ano. Porém, o professor de economia da Universidade de Brasília (UnB) José Luiz Oreiro lembra que este corte representa uma redução de apenas 0,25 ponto percentual com relação à taxa de setembro do ano passado, quando a crise se agravou.

"Pouco antes da eclosão da crise, o Banco Central aumentou a taxa em 0,75 ponto. Foram cinco meses de demora para reduzir em termos líquidos apenas 0,25 ponto", afirmou o economista, que também sugeriu redução do intervalo de cerca de 90 dias entre as reuniões do Copom e o corte de pelo menos um 1 ponto percentual em cada reunião.

Mesmo com o corte de janeiro, a taxa de juros real continua sendo a maior do mundo, lembrou o secretário-geral da Força Sindical, João Carlos Gonçalves, o Juruna. "A redução da taxa de juro ainda é pequena, porque ela continua uma das mais altas do mundo. Falta ousadia para baixar os juros e ajudar o cidadão. A permanência da taxa de juro alta é negativa para o País em meio a crise", afirmou Juruna.

Embora aprove as ações do governo, o senador Aloízio Mercadante (PT-SP) também acredita que o patamar da Selic está muito alto. "Sempre fomos os primeiros a entrar em qualquer crise, o que não aconteceu agora. A taxa Selic ainda é muito alta, mas o governo têm tomado medidas acertadas, como o aumento do salário mínimo, mesmo com um cenário de crise. Isso ajuda a movimentar o consumo. O governo está se esforçando para manter os investimentos e o crescimento", disse.

Tributos
De acordo com o economista Fabio Pina, da Fecomercio-SP, as ações mais positivas estão relacionadas à redução de tributos para alguns segmentos, como a indústria automobilística, que recuperou parte da queda nas vendas em janeiro com a isenção do IPI para carros 1.0 l e o corte para demais motorizações. A medida vale até o final de março.

"Essas medidas não só reduziram o preço, mas anteciparam o consumo daqueles que iriam comprar no futuro, dando um prêmio por conta da insegurança. Mexe diretamente com o principal problema que é a confiança do consumidor", afirmou. Juruna destacou que um bom ritmo de vendas é garantia de emprego. "É importante porque cada emprego na montadora significa 19 na cadeia produtiva", comentou o representante da Força Sindical.

Também em dezembro, o governo decidiu cortar pela metade a alíquota do Imposto de Renda para contribuintes que ganham entre R$ 1.434 e R$ 2.150 mensais. "O salário aumentava e a tabela não se modificava. As pessoas ganhavam mais e pagavam mais impostos", apontou Juruna. Outra redução de tributos do governo foi com relação ao Imposto sobre Operações Financeiras (IOF), que caiu de 3% ao ano para 1,5%.

Crédito
Na segunda metade de 2008, o colapso de bancos nos Estados Unidos por conta da crise do subprime provocou uma forte restrição de crédito no mundo inteiro. Uma das primeiras medidas anticrise do governo teve como objetivo restabelecer a oferta, com mudanças no recolhimento dos depósitos compulsórios por parte dos bancos. Segundo o presidente do Banco Central, Henrique Meirelles, as diversas modificações liberaram US$ 99,2 bilhões aos bancos até o final de janeiro.

Além disso, o governo concedeu R$ 36 bilhões das reservas internacionais para empresas brasileiras com dívidas no exterior e uma medida provisória autorizou o Banco do Brasil e a Caixa Econômica Federal a comprar carteiras de crédito de bancos privados. Para o diretor do Departamento de Pesquisas e Estudos Econômicos da Fiesp, Paulo Francini, estas medidas foram essenciais para combater os efeitos da crise.

"A crise se desenvolve no mundo em torno do tema crédito. E o crédito reduziu-se barbaridade no mundo. Então o governo lança mão de compulsório, lança mão de reservas, de medidas que permitem aos bancos comprar carteiras de bancos. Você vai tomando várias medidas para atender às demandas e o epicentro disso é crédito", afirmou.

No entanto, Oreiro, da UnB, adverte que a liberação dos compulsórios seria mais eficiente acompanhada de redução mais agressiva da taxa básica de juro. "Uma parte do crédito voltou, depois da forte retração em outubro e novembro. O que deveria ter sido feito junto à liberação do compulsório era uma redução mais drástica da taxa de juro. Sem isso, os bancos pegam as reservas e acabam comprando títulos públicos", explicou o economista.

Na opinião de Pina, as ações de distribuição de crédito via redução do compulsório e a disposição de capital de giro para empresas foram tomadas sem um cuidado maior na operação e não tiveram muito efeito. "O BNDES tem linhas que ficam paradas quase todo o ano, agora é pior ainda. Existem os recursos, mas as empresas e os bancos estão desconfiados. É preciso fazer com que os bancos tenham interesse em emprestar", afirmou o economista da Fecomercio-SP.

Futuro
Mesmo com todas essas medidas, a crise financeira ainda gera incertezas nos setores produtivos do País. Nos últimos meses, o medo do desemprego fez os consumidores adiarem compras. Por sua vez, a queda nas vendas pode obrigar as indústrias a cortarem a produção e demitir funcionários. Contra isso, empresários sugerem redução de jornada e de salários.

"Isto está previsto em lei. A Fiesp simplesmente manteve conversações com entidades sindicais quanto à aplicação daquilo que já está previsto em lei", afirmou Francini.

Segundo a ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff, uma das medidas que assegura um nível de emprego é a manutenção de investimentos no Programa de Aceleração do Crescimento (PAC). "Estamos esperando que a dificuldade ocorra em janeiro, fevereiro e março. Estamos certos que vamos manter o nível de investimento. É isso que funciona, é isso que significa investimento público. Ele funciona como um colchão. Por isso, nós colocamos R$ 100 bilhões no BNDES e a Petrobras ampliou o seu investimento em R$ 120 bilhões", afirmou.

Na mesma linha, Pina explica que a antecipação de gastos do governo substitui parte da demanda retraída do setor privado. "Ele dá o seguinte recado: não vou estourar as contas públicas, mas concentrar em um momento em que a demanda privada está pequena. Mas o governo não tem fôlego suficiente para fazer o papel de toda demanda", ressaltou. O economista da Fecomercio lembrou que a entidade já pleiteou junto ao governo isenções para transferência de imóveis e de automóveis, além de retirar o IPVA para veículos novos.

Já Oreiro foca suas propostas na capitalização do Banco do Brasil e da Caixa Econômica Federal pelo Tesouro para atender a demanda de crédito para capital de giro e reduzir o spread. "Aumentando o empréstimo e reduzindo as taxas, os dois vão forçar os bancos privados a acompanhar o movimento, até para não perderem participação no mercado", explicou o economista da UnB.

Até o Carnaval, o governou prometeu detalhar um pacote de incentivos para a construção de até um milhão de casas populares, direcionado a famílias com renda de até dez salários mínimos. "Estamos atentos a tudo o que está acontecendo e novas medidas serão tomadas caso haja uma avaliação de que sejam necessárias", disse o ministro da Fazenda, Guido Mantega, na última sexta-feira.

17:11
Anónimo disse...
Ex-ministro critica extensão do seguro-desemprego

Atualizada às 09h03

O ex-ministro do Trabalho Almir Pazzianotto criticou a decisão do governo federal de conceder o seguro-desemprego estendido a apenas alguns setores. "É certamente odioso e provavelmente inconstitucional", disse Pazzianotto, de acordo com o jornal O Estado de S. Paulo.

Na última qurta, dia do anúncio da medida, centrais sindicais elogiaram a atitude do governo. A Força Sindical divulgou nota dizendo que "o aumento ajudará a aquecer parte da economia, já que irá gerar mais consumo, produção e conseqüentemente, a criação de novos postos de trabalho". A União Geral dos Trabalhadores (UGT) afirmou que a medida "contribuirá para minimizar o drama dos trabalhadores que perderem seu emprego por conta da crise".

O ex-ministro, que instituiu o seguro-desemprego no País no governo de José Sarney, destacou a necessidade de as centrais sindicais se manifestarem contra a determinação. Para ele, as mudanças devem ser aplicadas a todas as categorias profissionais e a distinção é contrária ao artigo 3º da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT).

Pazzianotto atribui a medida a um possível temor do governo de que a crise econômica seja longa e não haja dinheiro para atender a todas as necessidades. Ainda assim, ele se mostra contrário ao método de concessão. "O seguro-desemprego ajuda a sanar necessidades básicas. Estendê-lo é paliativo, não a solução", disse ao jornal.

De acordo com o presidente do Conselho Deliberativo do Fundo de Amparo ao Trabalhador (Codefat) e conselheiro da Força Sindical, Luiz Fernando Emediato, a determinação já estava prevista na lei 8.900/94, que trata do seguro-desemprego.

O presidente da Comissão de Trabalho da Câmara, Pedro Fernandes (PTB-MA) vai além na crítica à concessão do seguro para apenas alguns setores. Ele acredita que a ampliação do benefício estimula o desemprego.

Quintino Severo, secretário geral da Central Única dos Trabalhadores (CUT), lembra que a ampliação do benefício sem critério e identificação pode incentivar demissões em outros setores.

17:13
Anónimo disse...
Empresas
TAM faz promoção para destinos internacionais

A companhia aérea TAM anunciou nesta sexta-feira tarifas promocionais para trechos internacionais. Os preços valem para bilhetes comprados entre 6h deste sábado e 23h59 deste domingo e são válidos para classe econômica. As tarifas, para ida e volta, serão vendidas a partir de US$ 99, mais taxas.

Segundo a aérea, a promoção vale para viagens feitas no período de 14 de fevereiro a 18 de junho de 2009. Para destinos na América do Sul, a permanência mínima é de dois dias; para bilhetes com destino nos Estados Unidos, cinco dias; e Europa, sete dias. A permanência máxima para as passagens para América do Sul e EUA é de dois meses e para Europa, três meses.

Entre os exemplos de tarifas promocionais, a TAM oferece São Paulo-Lima por US$ 99. Bilhetes para a rota São Paulo-Santiago serão vendidos a partir de US$ 199 e São Paulo-Nova York, US$ 799.

A emissão dos bilhetes deve ser feita obrigatoriamente no ato da reserva, obedecendo às regras estipuladas pela companhia. A compra está sujeita à disponibilidade de assentos nas classes tarifárias determinadas, trechos, horários e datas. A TAM afirmou que também há tarifas promocionais para a classe executiva.

Mais informações podem ser encontradas no site promocional (www.ofertastam.com.br), no site da empresa (www.tam.com.br) ou pelos telefones 4002-5700 ou 0800 5705700.

17:13
Anónimo disse...
Empresas
Consultoria negocia compra do parque temático Hopi Hari

A consultoria especializada em reestruturação de empresas Íntegra Associados informou nesta sexta-feira ter um acordo para comprar o parque de diversões Hopi Hari, localizado no interior de São Paulo. A empresa estaria disposta a investir R$ 10 milhões no parque, que tem dívida estimada em R$ 800 milhões. As informações são da edição deste sábado do jornal Folha de S. Paulo.

De acordo com o jornal, a transação ainda depende da negociação entre o Hopi Hari e seus credores, o que já estaria em andamento.

A consultoria paulista já atuou junto à Parmalat, durante 30 meses, quando reorganizou a gestão da empresa italiana.

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17:14
Anónimo disse...
Empresas
Disney de Tóquio contratará mais 2 mil apesar da crise


A Oriental Land, o operador da Disneylândia Tóquio e DisneySea, organizou neste domingo entrevistas para contratar cerca de 2 mil trabalhadores em tempo parcial, em um momento de grandes demissões deste tipo de empregados no Japão.

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O operador deste parque temático, situado em Urayasu, na província de Chiba (leste de Tóquio), está em pleno processo de seleção de empregados para 20 tipos de postos trabalhistas diferentes.

Segundo a companhia, citada pela agência local de notícias Kyodo, o parque contratará novos trabalhadores para as atrações, para os restaurantes e guardas de segurança entre outros. Os novos contratados começarão a trabalhar a partir de fevereiro.

O processo de seleção acontece em um momento em que a maioria das grandes companhias japonesas começaram a se ver obrigadas a despedir uma elevada percentagem de seus trabalhadores temporários e a tempo parcial.

Algumas inclusive anunciaram demissões de seus trabalhadores fixos, uma medida muito pouco comum nas companhias japonesas, perante os efeitos piores que o esperado pela crise econômica global.

Cerca de uma centena de pessoas esperavam desde a primeira hora desta manhã a abertura do centro de conferências Tokyo International Forum, onde as entrevistas estão sendo feitas, para ser os primeiros a solicitar os postos de trabalho.


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17:15
Anónimo disse...
Economia Internacional
Senado dos EUA aprova plano de estímulo à economia

O Senado dos Estados Unidos aprovou com 60 votos a favor e 38 contra o plano de estímulo à economia de US$ 787 bilhões na madrugada deste sábado. Agora, ele segue para sanção ou veto do presidente Barack Obama, que espera colocar a lei em prática até o dia 16 de fevereiro.

O plano prevê a criação de três milhões de empregos, inclui cortes de impostos às famílias, fundos para programas sociais e obras públicas, além de ajuda aos governos estaduais, estudantes e desempregados.

A cláusula Buy American - que exige o uso de ferro, aço e produtos manufaturados dos Estados Unidos em obras realizadas com recursos do pacote - ficou de lado. Segundo o texto definitivo, a cláusula será aplicada sem violar as normas do comércio internacional.

Ontem à tarde, a Câmara de Representantes (deputados) havia aprovado, por 246 votos a favor e 183 contra, a versão final do plano. Todos os republicanos foram contrários ao pacote.

Pelo acordo de quarta-feira entre Câmara e Senado, em vez de custar US$ 819 bilhões, como queriam os deputados, ou US$ 838 bilhões como pretendiam os senadores, o pacote ficou em cerca de US$ 787 bilhões, com 65% desse total destinado a gastos do governo federal e 35%, a créditos tributários.

17:16
Anónimo disse...
Economia nacional
Na era Lula, aposentadoria sobe 54% menos que salário mínimo

Thatiane Faria
Especial para o Terra
Direto de São Paulo

Os índices de reajustes concedidos pelo governo em 2009 para aposentados e pensionistas e para o salário mínimo repetiram uma diferença que, só durante o governo de Luiz Inácio Lula da Silva, já chega a 54%. Enquanto o mínimo foi majorado em 12% este ano, as pensões e aposentadorias tiveram aumento de 5,92%. Aposentados que têm o benefício do governo como única fonte de renda reclamam que perdem poder de compra e que sua cesta de compras é composta por itens que aumentam mais em relação à inflação oficial.

Um exemplo prático pode ser entendido a partir da comparação entre um aposentado que ganhava R$ 600 em janeiro de 2003. Na época, o benefício era três vezes, ou 200%, maior que o valor do mínimo em vigência, que era de R$ 200. Aplicando-se os índices de reajuste para aposentadorias e para o mínimo durante os últimos seis anos, o mesmo aposentado estaria recebendo hoje R$ 938,47, comparado a um salário mínimo de R$ 465. A diferença entre os dois valores caiu para pouco mais de 100%.

Enquanto o índice acumulado de reajuste para a aposentadoria durante o governo Lula foi de 60%, para o salário mínimo está em 132%.

O diretor do Sindicato Nacional dos Aposentados, João Inocentini, reclama que os valores dos benefícios para aposentadorias não mantêm o poder de compra do grupo, principalmente dos aposentados que recebem menos que dez salários mínimos.

Nem mesmo o fato de o índice de reajuste das aposentadorias ter ficado acima da inflação acumulada no mesmo período (o IPCA entre janeiro de 2003 e janeiro de 2009 foi de 39,7%) serve de argumento, segundo os aposentados.

"Os idosos, principalmente, têm gastos além das contas gerais como gás, telefone e aluguel. Para eles o custo com remédios, e outros itens da área saúde costuma ser maior", afirmou Inocentini.

O presidente do sindicato afirmou que o grupo realiza um estudo com 100 itens de necessidade de um idoso para comparar o aumento dos produtos com o índice de reajuste do benefício recebido pelos aposentados.

"Daqui dois meses vamos abrir um processo na Justiça e levar essa pesquisa como prova. Segundo a lei, o governo é obrigado a manter o poder de compra com a aposentadoria", disse Inocentini.

Alternativas
O consultor financeiro Cláudio Boriola diz que os aposentados, especialmente nesse momento de crise econômica, devem evitar compras parceladas, pesquisar preços, negociar e fazer bom planejamento financeiro.

Segundo Boriola, alguns aposentados ganham um valor mensal muitas vezes insuficiente para o pagamento das contas e acabam pedindo crédito ou realizando pagamentos a prazo e são obrigados a pagar juros altos.

Na opinião do consultor, pagar uma previdência privada é uma alternativa indicada para quem ainda trabalha, considerando a característica de perda de poder de compra da aposentadoria.

"Na prática, infelizmente os valores encontram-se em um patamar que está deteriorando o poder de aquisição da população brasileira", completou Boriola.

De acordo com o diretor da Confederação Brasileira de Aposentados e Pensionistas (Cobap), Vicente Fernandes Barbosa, representantes dos aposentados tentarão um encontro com o presidente da Câmara, deputado Michel Temer (PMDB-SP), para discutir projetos que minimizem a perda dos aposentados

17:17
Anónimo disse...
Previdência
Previdência prorroga isenção de tarifas no benefício

O atual sistema de pagamento aos 26 milhões de aposentados e pensionistas do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) será mantido até o final deste ano. O acordo, que permite realizar a operação sem nenhum custo aos beneficiários, foi renovado nesta sexta-feira, entre o governo federal e 21 instituições financeiras.

Por meio desse acordo, vigente desde setembro de 2007, nem os segurados, nem os bancos e nem o governo arcam com o pagamento de tarifas, conforme explicou o ministro da Previdência Social, José Pimentel. A prorrogação vale até dezembro, data máxima para que a Previdência defina as regras para um novo contrato.

Ao assinar o termo de renovação, na sede da Federação Brasileira dos Bancos (Febraban), o ministro disse que a intenção do governo é mudar o atual modelo de gestão visando a reduzir os custos dessas operações em torno da folha mensal, que atinge R$ 15,8 bilhões. No entanto, qualquer alteração, conforme explicou, passará antes por audiências públicas a serem realizadas a partir do segundo semestre deste ano, atendendo a determinação do Tribunal de Contas da União (TCU).

De acordo com Pimentel, com um redesenho do mecanismo de repasse dos recursos aos bancos em torno da folha de pagamento dos segurados o que se busca é um aumento da participação de instituições financeiras. Ele informou que, desde 2007, cada benefício custa em média R$ 1,07 ao governo. "Quanto mais instituições financeiras estiverem prestando serviços à sociedade, maior é a competitividade, a agilidade no atendimento", justificou.

O ministro observou, ainda, que, para permitir uma redução para algo em torno de meia hora no tempo de atendimento para a concessão dos direitos previdenciários, o governo investiu R$ 280 milhões.

Questionado sobre o descontentamento dos segurados que ganham acima de um salário mínimo terem obtido apenas a correção com base na variação do Índice de Preços ao Consumidor (INPC) , ficando abaixo do reajuste dado a quem recebe apenas o mínimo, Pimentel argumentou que o governo seguiu o que determina a lei e descartou a possibilidade de uma revisão

17:17
Anónimo disse...
Empresas
Caterpillar oferece aposentadoria antecipada a 2 mil


A companhia americana Caterpillar ofereceu a cerca de dois mil funcionários incentivos para que se aposentem de forma voluntária antes do previsto, pela perspectiva de uma queda "significativa" da atividade industrial, informou nesta quarta-feira a empresa.

A iniciativa, destinada aos trabalhadores de diversas fábricas em Illinois, Colorado, Tennessee e Pensilvânia, se soma aos cortes de empregos anunciados em janeiro, explicou em comunicado de imprensa.

A empresa, a maior fabricante mundial de maquinaria pesada para a construção e a mineração, acrescentou que, "em função das condições de negócio, podem ser necessárias mais reduções de elenco voluntárias e involuntárias à medida que o ano avança".

O vice-presidente da companhia, Sid Banwart, explicou que a empresa prevê "demissões significativas em todas as regiões geográficas e na maioria dos setores devido às dificuldades da economia mundial".

17:18
Anónimo disse...
Comércio
Comércio exterior da OCDE caiu no 3º trimestre de 2008


As exportações e as importações dos países da Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Econômico (OCDE) caíram 1,6% e 0,2%, respectivamente, no terceiro trimestre de 2008, em relação aos três meses anteriores.

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Trata-se da primeira queda destas atividades desde o terceiro trimestre de 2006, segundo o último relatório trimestral sobre fluxos comerciais divulgado pela OCDE.

As exportações e as importações em dólares dos 30 Estados-membros caíram 15,6% e 17%, respectivamente, na comparação anualizada.

Por sua vez, o comércio dos sete países mais ricos do mundo (G7) teve um pequeno crescimento no terceiro trimestre de 2008 com uma queda das exportações de mercadorias de 0,2% em relação ao trimestre anterior e um aumento de 0,4% das importações.

Em termos anualizados, as importações do G7 caíram 1,4% entre julho e setembro do ano passado, seu primeiro retrocesso desde o terceiro trimestre de 2006, enquanto as exportações aumentaram 1,9%, seu crescimento mais baixo no mesmo tempo.

Por países, a Alemanha aumentou suas importações em 3,4% - valor mais alto do G7 -, enquanto suas exportações caíram 2,9% do segundo para o terceiro trimestre de 2008.

Pelo contrário, as exportações americanas aumentaram 1,8% entre julho e setembro de 2008, enquanto as importações caíram 0,7% em relação ao trimestre anterior. No Japão, tanto as importações quanto as exportações caíram em torno de 1% no mesmo período.

17:19
Anónimo disse...
Economia Nacional
Lula: juros de crédito consignado a aposentados são altos

Atualizada às 17h29

O presidente Luis Inácio Lula da Silva afirmou nesta terça-feira, em São Paulo, que está lutando para reduzir as taxas de juros cobradas de aposentados em crédito consignado. A Previdência Social estabelece uma taxa máxima de 2,5% para empréstimo e de 3,5% para cartão. Para Lula, os valores são altos.

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"Acho que o juro que os aposentados estão pagando hoje com o crédito consignado é alto para o padrão brasileiro", disse o presidente durante a cerimônia de comemoração dos 86 anos do INSS.

A Previdência anunciou nesta terça-feira que aposentados e trabalhadoras com licença-maternidade poderão receber seus benefícios em 30 minutos. De acordo com Lula, em junho, a aposentadoria do trabalhador rural também será conseguida em meia hora.

Além disso, o presidente anunciou que, também em junho, os trabalhadores que alcançarem o direito à aposentadoria passarão a receber em suas casas um comunicado da Previdência informando o fato e o valor do salário que têm direito a receber. "É um comprometimento público que estou fazendo com os companheiros da Previdência Social", disse.

"Estamos retribuindo ao contribuinte da Previdência Social aquilo que é a cidadania que ele tem direito", afirmou Lula. "Se para cobrar nós somos tão precisos, para devolver o dinheiro, temos que chegar próximo à perfeição", completou.

17:20
Anónimo disse...
Economia Nacional
Salário maternidade sairá em 30 minutos, diz ministro

Toda trabalhadora autônoma que tiver contribuído pelo menos 10 meses com o Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) - ou as que possuírem carteira assinada - poderão receber em 30 minutos o salário maternidade a partir desta terça-feira. Da mesma forma, as mulheres com 30 anos de contribuição e os homens com 35 anos também terão direito ao benefício de forma mais rápida. A informação é do ministro da Previdência Social, José Pimentel.

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Para requerer o salário maternidade, é preciso que as autônomas levem a carteira de identidade e o carnê de contribuição. As demais trabalhadoras devem apresentar a identificação e a carteira de trabalho. Desde o início do mês, a nova forma de análise para a concessão de benefícios foi adotada para a aposentadoria por idade do trabalhador urbano e agora foi estendida para o salário maternidade e por tempo de contribuição.

O ministro disse que a qualificação do serviço da previdência social é o reconhecimento do direito dos trabalhadores e da afirmação da cidadania.

"Até pouco tempo na cabeça do cidadão o serviço devia ser de péssima qualidade. Agora não, nós modificamos toda a legislação no mês de dezembro numa ação conjunta do Congresso Nacional com o governo federal. Estamos implantando e concedendo os benefícios em até 30 minutos", afirmou.

O ministro destacou que para conseguir se aposentar ou ter acesso à licença maternidade em 30 minutos, em primeiro lugar, é necessário que o cidadão esteja vinculado à Previdência, o que inclui 65% da população acima de 16 anos de idade.

"Depois bastar marcar pelo sistema 135 o dia e a hora do atendimento e levar a documentação. Se todos os dados necessários estiverem corretos o contribuinte será atendido em até 30 minutos, como vem sendo feito com as aposentadorias por idade desde o dia cinco de janeiro", explicou.

Pimentel disse ainda que em 90% das agências da previdência social o atendimento é marcado em até 48 horas. Nos grandes centros, entretanto existe um volume maior o que torna mais lento o processo.

"Estamos criando mais 715 agências até 2010, em todo o território nacional, para descentralizar o atendimento. Em 2008, atendemos 295 mil benefícios e aposentadorias por idade. Temos 4 mil pessoas por dia procurando e se aposentando por idade no território nacional. Este serviço será agilizado", concluiu.
17:25
Anónimo disse...
Giuseppe Englaro, pai de Eluana, a italiana que morreu na segunda-feira passada por desidratação, recusou uma grande soma de dinheiro de um conhecido fotógrafo italiano que queria retratar a filha em estado de coma, disse neste sábado o neurologista que atendia a mulher desde 1996, Carlo Defanti.

O neurologista, que participou hoje de uma conferência sobre eutanásia, disse que Englaro respeitou a vontade da filha, que, antes do acidente, tinha pedido que, se lhe ocorresse qualquer coisa irreversível, apresentasse sua imagem de quando estava em boas condições.

Antes de sofrer o acidente de trânsito, em 1992, Eluana viveu o coma de um amigo, Alessandro, o que causou forte impacto na italiana e a levou a fazer o pai prometer que não a deixasse viver em estado vegetativo, disse o próprio Giuseppe Englaro.

Defanti, que dissera que Eluana poderia viver de dez a 12 dias depois da suspensão da alimentação e da hidratação, disse que, como médico, tinha que reprovar esta afirmação.

"Não se pode sobreviver após três ou quatro dias sem líquido e, em particular, água em um corpo. Sabemos bem que, quando há um terremoto, após quatro dias é difícil encontrar sobreviventes".

Defanti ressaltou que Eluana "não falava, não se comunicava com o exterior" e que, após vários exames, "nos deparamos com uma moça que tinha perdido a consciência", porque estava com o córtex cerebral prejudicado.

Eluana foi enterrada na quinta-feira passada no túmulo da família na localidade de Paluzza, em Udine, após um funeral que não contou com a presença dos pais.

16:53
Anónimo disse...
Os bombeiros combatem neste sábado os incêndios na Austrália favorecidos pelo bom tempo, enquanto os deslocados encotram em seu retorno casas derruídas, carros queimados nas ruas e destruição.

Depois de sete dias desde que começaram os incêndios no Estado de Victoria, a lista de mortos chega a 181, os desaparecidos somam 50, os edifícios destruídos totalizam 1,834 mil e o terreno arrasado, principalmente florestas, ocupa uma área de 4,13 mil quilômetros quadrados.

As equipes de bombeiros, formadas por 4 mil profissionais de Victoria, de outras partes da Austrália e de países amigos, combateram hoje 12 focos fora de controle e nenhum representava uma ameaça direta para a população.

O subdiretor do Serviço de Bombeiros, Geoff Conway, disse que este tempo favorável, que se prolongará durante o domingo, permite consolidar as linhas de contenção e avançar na extinção das chamas.

Cinzas apareceram arrastadas por ventos do nordeste sobre Melbourne, onde habitam 3,8 milhões de pessoas, e as autoridades alertaram aos cidadãos do risco para a saúde de idosos, crianças e pessoas com problemas respiratórios.

O número de pessoas deslocadas - a Cruz Vermelha chegou a receber 7 mil - começou a cair com a abertura de algumas localidades atingidas.

Os incêndios, alguns criminosos, começaram em 7 de fevereiro, quando a região sul da Austrália estava há duas semanas sob uma onda de calor sem precedentes.

Na sexta-feira passada, a polícia acusou uma pessoa de ter provocado o incêndio que atingiu a localidade de Churchill e matou 21 pessoas.

16:55
Anónimo disse...
A primeira chuva em seis dias reduziu a ameaça de incêndios no Estado de Victoria, ao sul da Austrália. As autoridades, porém, advertiram que ainda existem 12 focos, mas que nenhum deles ameaça áreas povoadas.

Mais de quatro mil bombeiros, mil provenientes de outras partes do país e de outras nações, trabalham contra o fogo. Cerca de 600 veículos e 28 helicópteros e pequenos aviões estão sendo usados.


Eles conseguiram construir linhas de contenção para evitar os incêndios de Yarra e Maroondah se juntassem. Também foram controlados os incêndios abertos de Yea e Murrindindi, que ameaçavam as comunidades de Connellys Creek, Crystal Creek, Scrubby Creek e Native Dog Creek.

O número de mortos chegou a 181, mas as autoridades acreditam que as vítimas devem passar de 200, já que ainda há muitos desaparecidos.

16:55
Anónimo disse...
Aqui nesta coluna, na semana passada, tive a oportunidade de comentar sobre a recente visita do professor brasileiro Pedrinho Guareschi à Austrália. Não dei, porém, os fatos, pois semana passada o assunto era outro.

Hoje, porém, vamos a eles.

No último dia 4 de fevereiro, aconteceu o Seminário "Paulo Freire: Education and Liberation", organizado pelo centro de estudos latino-americanos da Universidade Nacional da Austrália, ou ANU, como é mais conhecida por aqui.

A ANU, para quem não sabe, está entre as 20 melhores universidades do mundo! E tem sede aqui em Camberra, capital da Austrália.

Na abertura do evento, o professor John Minns, diretor do centro latino-americano, ao dar boas-vindas ao público presente, lembrou ser aquele o primeiro seminário exclusivamente dedicado a Paulo Freire na Austrália.

Em seguida, convidou Pedrinho Guareschi, palestrante principal do Seminário, a fazer sua apresentação.

A plateia pode então conhecer, pelas palavras de Pedrinho, um pouco da obra e da vida de Freire, esse brasileiro de fé e valor, que sempre acreditou na educação, sobretudo dos menos favorecidos, analfabetos, como força libertadora.

Como não podia deixar de ser, os conceitos e ideias revolucionários de Paulo Freire, expostos com clareza por Pedrinho, despertaram o interesse e a curiosidade de plateia. A qual, deve-se notar, era na maioria de estudantes, mas de várias nacionalidades, sobretudo australianos e asiáticos.

Na continuação do programa do seminário, que se estendeu por dois dias, outros professores fizeram palestras sobre temas ligados à obra de Paulo Freire.

Interessante, por exemplo, saber que a professora Anne Hickling-Hudson, jamaicana que mora na Austrália há muitos anos (é professora da ANU), conheceu e trabalhou com Freire num workshop educacional durante a revolução na Ilha de Granada, em 1980, antes da invasão dos Estados Unidos...

Ou, então, a palestra da Professora Gerda Roelvink, da Nova Zelândia, que participou do Fórum Social de Porto Alegre em 2005. E essa participação transformou-se em tema de doutorado.

No dia 10, terça-feira passada, o padre Pedrinho Guareschi voltou a falar ao público australiano em grande auditório localizado no belíssimo campus da ANU. Desta vez, sobre a Teologia da Libertação.

Depois da palestra, John Minns mostrou o filme mexicano "O Crime do Padre Amaro", no qual um dos personagens é um padre católico praticante da Teologia da Libertação.

Mais uma vez, foi grande o intersse da platéia, que pode aprender e conhecer um pouco como se desenvolveu aquele importante movimento católico na América Latina.

Fica, assim, ao Pedrinho, bem como a outros brasileiros estudiosos e de bom coração que saem pelo mundo a divulgar aspectos importantes da cultura brasileira, o respeito e a homenagem desta coluna. E... aquele abraço!

16:57
Anónimo disse...
Amanda Kitts perdeu o braço esquerdo em um acidente de automóvel acontecido três anos atrás, mas hoje em dia ela joga futebol americano com seu filho de 12 anos de idade, troca fraldas e abraça as crianças nas três creches Kiddie Cottage que opera em Knoxville, Tennessee. Kitts, 40 anos, faz tudo isso com a ajuda de um novo tipo de braço artificial que se movimenta com mais facilidade do que outros aparelhos e que ela pode controlar utilizando apenas seus pensamentos.

"Eu sou capaz de mexer a mão, o pulso e o cotovelo ao mesmo tempo", diz. "Você pensa e os músculos se movem em seguida".

A recuperação que ela conseguiu resulta de um novo procedimento que vem atraindo crescente atenção porque permite que pessoas movam braços protéticos de forma mais automática do que faziam no passado, simplesmente utilizando nervos reaproveitados em seus cérebros.

A técnica, conhecida como "renervação muscular dirigida", envolve utilizar os nervos que restam depois da amputação de um braço e conectá-los a outro músculo do corpo, em geral no peito. Eletrodos são instalados sobre os músculos do peito, e operam como se fossem antenas. Quando a pessoa deseja mover o braço, o cérebro envia sinais que primeiro resultam em contração dos músculos do peito, os quais enviam um sinal ao braço protético, instruindo-se a se movimentar. O processo não requer mais esforços consciente do que a pessoa teria de exercitar caso ainda tivesse seu braço natural.

Na terça-feira, pesquisadores reportaram em estudo publicado pela versão online do Journal of the American Medical Association que haviam levado a técnica ainda mais à frente, tornando possível a execução de 10 movimentos de mão, pulso e cotovelo diferentes, o que representa uma substancial melhora com relação ao típico repertório protético, que em geral envolve apenas dobrar o cotovelo, girar o pulso e abrir a mão.

"Os novos métodos tiveram impacto dramático em nosso campo de trabalho", disse Stuart Harshbarger, engenheiro biomédico na Universidade Johns Hopkins e diretor do programa de pesquisa sobre próteses, financiado pelas forças armadas, que inclui o trabalho com essa técnica. "O método já está em uso por médicos e cirurgiões comuns em todo o país. A capacidade de controlar um membro protético bastante robusto que ele confere surpreendeu a todos pela qualidade".

Tipicamente, uma pessoa que tenha um braço protético só é capaz de executar alguns poucos movimentos, e muitas vezes com tamanha lentidão que isso só permite a ela atividades limitadas.

Há um motor separado para cada movimento, diz Gerald Loeb, professor de engenharia biomédica na Universidade do Sul da Califórnia, "e esses motores precisam ser controlados de maneira explícita", usualmente por um esforço consciente da pessoa para contrair músculos nas costas ou no bíceps.

"Essencialmente, até agora os pacientes controlavam apenas um motor de cada vez", diz Loeb, "e precisavam pensar cuidadosamente sobre que motor desejavam controlar e como fazê-lo operar, em lugar de simplesmente pensarem em mover o braço e poderem fazê-lo sem delongas".

Antes que Kitts passasse pelo procedimento de renervação, em outubro de 2007, por exemplo, ela precisava movimentar os músculos de suas costas de determinada maneira para fazer com que seu pulso girasse, e flexionar seu bíceps e tríceps para fazer com que o cotovelo se movesse para cima e para baixo. "Era muito trabalho", ela conta. "E não me ajudava muito".

O procedimento de renervação é parte de uma recente explosão de idéias novas e técnicas inovadoras que estão sendo exploradas enquanto os cientistas se esforçam por ajudar as pessoas a compensar melhor a perda de membros ou problemas de paralisia. O esforço vem sendo alimentado pelo aumento no número de amputações causado por diabetes e por ferimentos sofridos pelos militares, e ao mesmo tempo pelos avanços na tecnologia médica.

Os braços se tornaram um dos focos essenciais desse tipo de trabalho. A ciência há muito vem obtendo sucessos no desenvolvimento de próteses de perna, mas é muito mais difícil imitar a complexidade e a destreza das mãos e dos braços.

Os esforços em curso incluem o desenvolvimento de projetos de pele e braços mais sensíveis e mais flexíveis, e o uso de dispositivos acionados por controles sem fio implantado nos braços protéticos, que permitiriam movimentos mais naturais.

Os pesquisadores também vêm usando sensores implantados nos cérebros de cobaias para permitir que dois macacos controlem um braço mecânico, e um teste com um homem paralítico permitiu, com esse método, que ele movimentasse um cursor em uma tela de computador.

Alguns desses métodos, caso venham a ser aperfeiçoados plenamente e consigam aprovação das autoridades regulatórias da saúde, podem no futuro se tornar mais viáveis para os pacientes de amputações.

E embora a técnica da renervação não requeira aprovação das autoridades regulatórias porque é executada por meios cirúrgicos e emprega aparelhos já existentes, ela apresenta limitações que até mesmo seus criadores reconhecem, entre as quais o fato de que não se pode utilizá-la para todos os pacientes, o seu alto custo e o prazo de meses requerido para que os nervos reconectados cresçam e se tornem efetivos.

Ainda assim, os especialistas dizem que é o mais avançado sistema em uso hoje para pacientes reais que permite que o sistema nervoso controle diretamente o movimento de um braço artificial.

Desde sua introdução por Todd Kuiken, médico fisioterapeuta e engenheiro biomédico do Instituto de Reabilitação de Chicago, o método foi empregado em cerca de 30 pacientes nos Estados Unidos, Canadá e Europa, entre os quais oito soldados feridos no Iraque e no Afeganistão.

Muitos dos pacientes, entre os quais o primeiro, Jesse Sullivan, um operário do setor elétrico no Tennessee que perdeu os dois braços quando foi eletrocutado por um cabo, conseguem não apenas manipular seus braços protéticos mas sentir a presença das mãos que já não têm quando alguém toca em seus peitos.

Sullivan, 62 anos, e Kitts, estavam entre os cinco pacientes que participaram do estudo reportado na terça-feira. Em companhia de cinco outras pessoas que não passaram por amputações, eles receberam os eletrodos e foram instruídos a usar pensamentos para fazer com que um braço virtual na tela reproduzisse 10 movimentos diferentes, entre os quais três formas diferentes de aperto de mão.

Os pacientes apresentaram desempenho bastante respeitável, apenas um pouco mais lento e menos preciso do que os dos participantes que não tinham amputações.

"As velocidades de movimento que encontramos em nossos pacientes foram realmente encorajadoras", disse Kuiken. "Eles conseguiram completar a tarefa. É claro que não foram tão competentes quanto as pessoas dotadas de plena capacidade física, mas foram bons o bastante".

Um braço virtual foi usado porque a maioria das próteses existentes não era capaz de acomodar todos aqueles movimentos, no momento da pesquisa, ainda que Sullivan, Kitts e uma terceira paciente, Claudia Mitchell, tenham experimentado dois novos protótipos mais versáteis de braços artificiais, executando tarefas complexas com bolas de tênis e outros objetos.

O trabalho de renervação em soldados apresenta outros desafios, diz Kuiken, porque os ferimentos militares muitas vezes "causam danos muitos extensos" a nervos, músculos ou ossos.

Daniel Acosta, 25 anos, um aviador ferido pela detonação de uma bomba em uma estrada do Iraque em 2005, passou pelo procedimento no ano passado e diz que seu braço esquerdo protético agora se movimenta "muito mais rápido" e de maneira muito mais natural.

"A diferença é que agora não preciso mais pensar para mover o braço", ele diz. "Ele simplesmente se mexe".

Ainda assim, Acosta, de San Antonio, diz que "o processo foi bastante longo" e que os eletrodos precisam ser ajustados para receber os sinais à medida que os nervos crescem ou mudam de posição.

E embora elogiem o método, os especialistas afirmam que a ciência das próteses de braço ainda tem muito por avançar.

"Trata-se de uma parte crucial, mas ainda assim apenas uma parte, das muitas coisas que compreendem a função normal de um braço", disse Loeb, que escreveu um editorial que acompanha o artigo no Journal of the American Medical Association.

"No momento estamos a meio do caminho entre o braço de 'Dr. Fantástico', que fazia involuntariamente a saudação nazista, e o braço de Luke Skywalker em 'Guerra nas Estrelas', que funciona sem nenhum problema assim que é conectado. Creio que precisaremos ainda de muitos anos para conectar todas as peças necessárias a produzir um braço capaz de funcionar normalmente".

17:04
Anónimo disse...
A Espanha disse neste sábado que está preparando uma reclamação oficial contra a decisão da Venezuela de expulsar um membro do Parlamento Europeu que criticou o conselho eleitoral venezuelano.
Luis Herrero, membro do partido conservador espanhol PP, foi deportado na sexta-feira depois que o Conselho Nacional Eleitoral (CNE) o acusou de questionar a imparcialidade da instituição antes de um referendo que pode permitir ao presidente Hugo Chávez permanecer no cargo indefinidamente.

Herrero estava na Venezuela como observador do referendo. Ele acusou Chávez de ter "comportamentos típicos de um ditador" por pedir a contenção de manifestações da oposição.

O governo da Espanha convocou um encontro com o embaixador da Venezuela em Madri para expressar a desaprovação sobre a expulsão de Herrero, disse um representante do Ministério das Relações Exteriores espanhol.

As relações da Venezuela com a Espanha tiveram seu ponto crítico em 2007, quando Chávez ameaçou rever acordos diplomáticos e comerciais depois de ouvir um "cala a boca" do rei espanhol Juan Carlos durante uma cúpula.

A fenda foi oficialmente reparada em 2008, com uma visita oficial de Chávez à Espanha, onde ele cumprimentou o rei e discutiu acordos para investimento no setor petroquímico com o primeiro-ministro José Luis Rodriguez Zapatero.

17:06
Anónimo disse...
A polícia do Zimbábue anunciou neste sábado que acusa de traição Roy Bennett, dirigente do até agora opositor Movimento para a Mudança Democrática (MDC), detido na sexta-feira, em Harare, poucas horas antes da cerimônia de posse dos membros do novo gabinete.

"A Polícia nos informou que vão apresentar acusações de traição", disse à agência EFE o advogado de defesa de Bennett, Trust Maanda.

"Tentam relacionar Roy com o caso de Mike Hitschmann, que foi detido em 2006 em relação à descoberta de um carregamento de armas, apesar de que Hitschmann não tenha sido declarado culpado das acusações de traição apresentadas contra ele, mas de um crime menor de descumprimento de leis", disse Maanda.

O político opositor, designado por seu partido como vice-ministro de Agricultura no Governo de união nacional, esteve no exílio na vizinha África do Sul desde 2006 e retornou ao Zimbábue há duas semanas.

Segundo a Polícia, que deteve Bennett ontem no aeroporto de Harare quando pretendia ir à África do Sul para visitar sua família, as armas apreendidas em 2006 seriam utilizadas em um golpe de Estado para derrubar o presidente do Zimbábue, Robert Mugabe.

Depois da detenção, Bennet foi levado a Mutar, onde vários simpatizantes do MDC se concentraram em frente à delegacia na qual estava detido, diante do que a Polícia respondeu com tiros para o alto para dispersar os manifestantes.

17:07
Anónimo disse...
Austrália: 14 mil se candidatam a 'emprego dos sonhos'

A secretaria de Turismo de Queensland, na Austrália, informou que até esta segunda-feira já recebeu cerca de 14 mil inscrições para o "o melhor emprego do mundo". O Estado australiano promove pela internet seleção para vaga de "zelador" da ilha Hamilton, por seis meses com um salário de R$ 40 mil.

Muitos candidatos tiveram problemas durante a inscrição por conta dos acessos simultâneos ao site. A secretaria aconselha enviar os vídeos de 60s explicando porque deve ser escolhido em horários alternativos do dia, além de recomendar tamanho em torno de 40MB.

As inscrições começaram em 12 de janeiro e vão até o próximo dia 22 e podem ser feitas pelo site www.islandreefjob.com. O governo australiano escolherá 50 candidatos para a próxima fase da seleção, que terá votos do público para eleger um dos 11 finalistas.

A última fase terá entrevistas e desafios físicos, no próprio local de trabalho: as ilhas da Grande Barreira Coralina - o maior recife de coral do mundo. A secretaria de Turismo anunciará o vencedor no dia 6 de maio.

17:09
Anónimo disse...
Mercado elogia governo na crise, mas pede maior queda no juro

Peter Fussy
Direto de São Paulo

Desde as primeiras medidas anunciadas para combater os efeitos da crise, o governo brasileiro avisou que a estratégia não contemplaria um pacote. Seriam doses pontuais, de acordo com a necessidade da economia diante do agravamento das turbulências. Da primeira liberação dos depósitos compulsórios em setembro até a ampliação do seguro-desemprego na última quarta-feira, o governo passou por redução de impostos, ampliação de crédito e incentivos à exportação. Quase 150 dias após a primeira medida, o Terra conversou com líderes do setor público e privado, representantes dos trabalhadores, acadêmicos e com o próprio governo para saber quais destas ações foram mais eficazes, quais foram mais ineficientes e o que mais pode ser feito pelo Estado brasileiro contra a crise.

Os maiores elogios foram direcionados à atitude de reduzir o Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) para a indústria automobilística, anunciada em dezembro e que fez com que os emplacamentos de carros novos subissem 1,9% no primeiro mês do ano em relação a dezembro de 2008. Já as maiores críticas foram para a lentidão no corte da taxa básica de juro do País.

Para o presidente do conselho administrativo do Grupo Pão de Açúcar, Abílio Diniz, o Estado não é responsável pela crise e mesmo assim está agindo "com extrema serenidade e muito acerto". "O governo está atento, fazendo a sua parte. É preciso coragem de baixar firmemente a taxa de juros. É uma arma que temos a nosso favor, já que não há clima para inflação, nem possibilidade de danos para a macroeconomia", afirmou Diniz.

Na última reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), em janeiro, a taxa Selic foi reduzida em um ponto percentual, de 13,75% para 12,75% ao ano. Porém, o professor de economia da Universidade de Brasília (UnB) José Luiz Oreiro lembra que este corte representa uma redução de apenas 0,25 ponto percentual com relação à taxa de setembro do ano passado, quando a crise se agravou.

"Pouco antes da eclosão da crise, o Banco Central aumentou a taxa em 0,75 ponto. Foram cinco meses de demora para reduzir em termos líquidos apenas 0,25 ponto", afirmou o economista, que também sugeriu redução do intervalo de cerca de 90 dias entre as reuniões do Copom e o corte de pelo menos um 1 ponto percentual em cada reunião.

Mesmo com o corte de janeiro, a taxa de juros real continua sendo a maior do mundo, lembrou o secretário-geral da Força Sindical, João Carlos Gonçalves, o Juruna. "A redução da taxa de juro ainda é pequena, porque ela continua uma das mais altas do mundo. Falta ousadia para baixar os juros e ajudar o cidadão. A permanência da taxa de juro alta é negativa para o País em meio a crise", afirmou Juruna.

Embora aprove as ações do governo, o senador Aloízio Mercadante (PT-SP) também acredita que o patamar da Selic está muito alto. "Sempre fomos os primeiros a entrar em qualquer crise, o que não aconteceu agora. A taxa Selic ainda é muito alta, mas o governo têm tomado medidas acertadas, como o aumento do salário mínimo, mesmo com um cenário de crise. Isso ajuda a movimentar o consumo. O governo está se esforçando para manter os investimentos e o crescimento", disse.

Tributos
De acordo com o economista Fabio Pina, da Fecomercio-SP, as ações mais positivas estão relacionadas à redução de tributos para alguns segmentos, como a indústria automobilística, que recuperou parte da queda nas vendas em janeiro com a isenção do IPI para carros 1.0 l e o corte para demais motorizações. A medida vale até o final de março.

"Essas medidas não só reduziram o preço, mas anteciparam o consumo daqueles que iriam comprar no futuro, dando um prêmio por conta da insegurança. Mexe diretamente com o principal problema que é a confiança do consumidor", afirmou. Juruna destacou que um bom ritmo de vendas é garantia de emprego. "É importante porque cada emprego na montadora significa 19 na cadeia produtiva", comentou o representante da Força Sindical.

Também em dezembro, o governo decidiu cortar pela metade a alíquota do Imposto de Renda para contribuintes que ganham entre R$ 1.434 e R$ 2.150 mensais. "O salário aumentava e a tabela não se modificava. As pessoas ganhavam mais e pagavam mais impostos", apontou Juruna. Outra redução de tributos do governo foi com relação ao Imposto sobre Operações Financeiras (IOF), que caiu de 3% ao ano para 1,5%.

Crédito
Na segunda metade de 2008, o colapso de bancos nos Estados Unidos por conta da crise do subprime provocou uma forte restrição de crédito no mundo inteiro. Uma das primeiras medidas anticrise do governo teve como objetivo restabelecer a oferta, com mudanças no recolhimento dos depósitos compulsórios por parte dos bancos. Segundo o presidente do Banco Central, Henrique Meirelles, as diversas modificações liberaram US$ 99,2 bilhões aos bancos até o final de janeiro.

Além disso, o governo concedeu R$ 36 bilhões das reservas internacionais para empresas brasileiras com dívidas no exterior e uma medida provisória autorizou o Banco do Brasil e a Caixa Econômica Federal a comprar carteiras de crédito de bancos privados. Para o diretor do Departamento de Pesquisas e Estudos Econômicos da Fiesp, Paulo Francini, estas medidas foram essenciais para combater os efeitos da crise.

"A crise se desenvolve no mundo em torno do tema crédito. E o crédito reduziu-se barbaridade no mundo. Então o governo lança mão de compulsório, lança mão de reservas, de medidas que permitem aos bancos comprar carteiras de bancos. Você vai tomando várias medidas para atender às demandas e o epicentro disso é crédito", afirmou.

No entanto, Oreiro, da UnB, adverte que a liberação dos compulsórios seria mais eficiente acompanhada de redução mais agressiva da taxa básica de juro. "Uma parte do crédito voltou, depois da forte retração em outubro e novembro. O que deveria ter sido feito junto à liberação do compulsório era uma redução mais drástica da taxa de juro. Sem isso, os bancos pegam as reservas e acabam comprando títulos públicos", explicou o economista.

Na opinião de Pina, as ações de distribuição de crédito via redução do compulsório e a disposição de capital de giro para empresas foram tomadas sem um cuidado maior na operação e não tiveram muito efeito. "O BNDES tem linhas que ficam paradas quase todo o ano, agora é pior ainda. Existem os recursos, mas as empresas e os bancos estão desconfiados. É preciso fazer com que os bancos tenham interesse em emprestar", afirmou o economista da Fecomercio-SP.

Futuro
Mesmo com todas essas medidas, a crise financeira ainda gera incertezas nos setores produtivos do País. Nos últimos meses, o medo do desemprego fez os consumidores adiarem compras. Por sua vez, a queda nas vendas pode obrigar as indústrias a cortarem a produção e demitir funcionários. Contra isso, empresários sugerem redução de jornada e de salários.

"Isto está previsto em lei. A Fiesp simplesmente manteve conversações com entidades sindicais quanto à aplicação daquilo que já está previsto em lei", afirmou Francini.

Segundo a ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff, uma das medidas que assegura um nível de emprego é a manutenção de investimentos no Programa de Aceleração do Crescimento (PAC). "Estamos esperando que a dificuldade ocorra em janeiro, fevereiro e março. Estamos certos que vamos manter o nível de investimento. É isso que funciona, é isso que significa investimento público. Ele funciona como um colchão. Por isso, nós colocamos R$ 100 bilhões no BNDES e a Petrobras ampliou o seu investimento em R$ 120 bilhões", afirmou.

Na mesma linha, Pina explica que a antecipação de gastos do governo substitui parte da demanda retraída do setor privado. "Ele dá o seguinte recado: não vou estourar as contas públicas, mas concentrar em um momento em que a demanda privada está pequena. Mas o governo não tem fôlego suficiente para fazer o papel de toda demanda", ressaltou. O economista da Fecomercio lembrou que a entidade já pleiteou junto ao governo isenções para transferência de imóveis e de automóveis, além de retirar o IPVA para veículos novos.

Já Oreiro foca suas propostas na capitalização do Banco do Brasil e da Caixa Econômica Federal pelo Tesouro para atender a demanda de crédito para capital de giro e reduzir o spread. "Aumentando o empréstimo e reduzindo as taxas, os dois vão forçar os bancos privados a acompanhar o movimento, até para não perderem participação no mercado", explicou o economista da UnB.

Até o Carnaval, o governou prometeu detalhar um pacote de incentivos para a construção de até um milhão de casas populares, direcionado a famílias com renda de até dez salários mínimos. "Estamos atentos a tudo o que está acontecendo e novas medidas serão tomadas caso haja uma avaliação de que sejam necessárias", disse o ministro da Fazenda, Guido Mantega, na última sexta-feira.

17:11
Anónimo disse...
Ex-ministro critica extensão do seguro-desemprego

Atualizada às 09h03

O ex-ministro do Trabalho Almir Pazzianotto criticou a decisão do governo federal de conceder o seguro-desemprego estendido a apenas alguns setores. "É certamente odioso e provavelmente inconstitucional", disse Pazzianotto, de acordo com o jornal O Estado de S. Paulo.

Na última qurta, dia do anúncio da medida, centrais sindicais elogiaram a atitude do governo. A Força Sindical divulgou nota dizendo que "o aumento ajudará a aquecer parte da economia, já que irá gerar mais consumo, produção e conseqüentemente, a criação de novos postos de trabalho". A União Geral dos Trabalhadores (UGT) afirmou que a medida "contribuirá para minimizar o drama dos trabalhadores que perderem seu emprego por conta da crise".

O ex-ministro, que instituiu o seguro-desemprego no País no governo de José Sarney, destacou a necessidade de as centrais sindicais se manifestarem contra a determinação. Para ele, as mudanças devem ser aplicadas a todas as categorias profissionais e a distinção é contrária ao artigo 3º da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT).

Pazzianotto atribui a medida a um possível temor do governo de que a crise econômica seja longa e não haja dinheiro para atender a todas as necessidades. Ainda assim, ele se mostra contrário ao método de concessão. "O seguro-desemprego ajuda a sanar necessidades básicas. Estendê-lo é paliativo, não a solução", disse ao jornal.

De acordo com o presidente do Conselho Deliberativo do Fundo de Amparo ao Trabalhador (Codefat) e conselheiro da Força Sindical, Luiz Fernando Emediato, a determinação já estava prevista na lei 8.900/94, que trata do seguro-desemprego.

O presidente da Comissão de Trabalho da Câmara, Pedro Fernandes (PTB-MA) vai além na crítica à concessão do seguro para apenas alguns setores. Ele acredita que a ampliação do benefício estimula o desemprego.

Quintino Severo, secretário geral da Central Única dos Trabalhadores (CUT), lembra que a ampliação do benefício sem critério e identificação pode incentivar demissões em outros setores.

17:13
Anónimo disse...
Empresas
TAM faz promoção para destinos internacionais

A companhia aérea TAM anunciou nesta sexta-feira tarifas promocionais para trechos internacionais. Os preços valem para bilhetes comprados entre 6h deste sábado e 23h59 deste domingo e são válidos para classe econômica. As tarifas, para ida e volta, serão vendidas a partir de US$ 99, mais taxas.

Segundo a aérea, a promoção vale para viagens feitas no período de 14 de fevereiro a 18 de junho de 2009. Para destinos na América do Sul, a permanência mínima é de dois dias; para bilhetes com destino nos Estados Unidos, cinco dias; e Europa, sete dias. A permanência máxima para as passagens para América do Sul e EUA é de dois meses e para Europa, três meses.

Entre os exemplos de tarifas promocionais, a TAM oferece São Paulo-Lima por US$ 99. Bilhetes para a rota São Paulo-Santiago serão vendidos a partir de US$ 199 e São Paulo-Nova York, US$ 799.

A emissão dos bilhetes deve ser feita obrigatoriamente no ato da reserva, obedecendo às regras estipuladas pela companhia. A compra está sujeita à disponibilidade de assentos nas classes tarifárias determinadas, trechos, horários e datas. A TAM afirmou que também há tarifas promocionais para a classe executiva.

Mais informações podem ser encontradas no site promocional (www.ofertastam.com.br), no site da empresa (www.tam.com.br) ou pelos telefones 4002-5700 ou 0800 5705700.

17:13
Anónimo disse...
Empresas
Consultoria negocia compra do parque temático Hopi Hari

A consultoria especializada em reestruturação de empresas Íntegra Associados informou nesta sexta-feira ter um acordo para comprar o parque de diversões Hopi Hari, localizado no interior de São Paulo. A empresa estaria disposta a investir R$ 10 milhões no parque, que tem dívida estimada em R$ 800 milhões. As informações são da edição deste sábado do jornal Folha de S. Paulo.

De acordo com o jornal, a transação ainda depende da negociação entre o Hopi Hari e seus credores, o que já estaria em andamento.

A consultoria paulista já atuou junto à Parmalat, durante 30 meses, quando reorganizou a gestão da empresa italiana.

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17:14
Anónimo disse...
Empresas
Disney de Tóquio contratará mais 2 mil apesar da crise


A Oriental Land, o operador da Disneylândia Tóquio e DisneySea, organizou neste domingo entrevistas para contratar cerca de 2 mil trabalhadores em tempo parcial, em um momento de grandes demissões deste tipo de empregados no Japão.

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O operador deste parque temático, situado em Urayasu, na província de Chiba (leste de Tóquio), está em pleno processo de seleção de empregados para 20 tipos de postos trabalhistas diferentes.

Segundo a companhia, citada pela agência local de notícias Kyodo, o parque contratará novos trabalhadores para as atrações, para os restaurantes e guardas de segurança entre outros. Os novos contratados começarão a trabalhar a partir de fevereiro.

O processo de seleção acontece em um momento em que a maioria das grandes companhias japonesas começaram a se ver obrigadas a despedir uma elevada percentagem de seus trabalhadores temporários e a tempo parcial.

Algumas inclusive anunciaram demissões de seus trabalhadores fixos, uma medida muito pouco comum nas companhias japonesas, perante os efeitos piores que o esperado pela crise econômica global.

Cerca de uma centena de pessoas esperavam desde a primeira hora desta manhã a abertura do centro de conferências Tokyo International Forum, onde as entrevistas estão sendo feitas, para ser os primeiros a solicitar os postos de trabalho.


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17:15
Anónimo disse...
Economia Internacional
Senado dos EUA aprova plano de estímulo à economia

O Senado dos Estados Unidos aprovou com 60 votos a favor e 38 contra o plano de estímulo à economia de US$ 787 bilhões na madrugada deste sábado. Agora, ele segue para sanção ou veto do presidente Barack Obama, que espera colocar a lei em prática até o dia 16 de fevereiro.

O plano prevê a criação de três milhões de empregos, inclui cortes de impostos às famílias, fundos para programas sociais e obras públicas, além de ajuda aos governos estaduais, estudantes e desempregados.

A cláusula Buy American - que exige o uso de ferro, aço e produtos manufaturados dos Estados Unidos em obras realizadas com recursos do pacote - ficou de lado. Segundo o texto definitivo, a cláusula será aplicada sem violar as normas do comércio internacional.

Ontem à tarde, a Câmara de Representantes (deputados) havia aprovado, por 246 votos a favor e 183 contra, a versão final do plano. Todos os republicanos foram contrários ao pacote.

Pelo acordo de quarta-feira entre Câmara e Senado, em vez de custar US$ 819 bilhões, como queriam os deputados, ou US$ 838 bilhões como pretendiam os senadores, o pacote ficou em cerca de US$ 787 bilhões, com 65% desse total destinado a gastos do governo federal e 35%, a créditos tributários.

17:16
Anónimo disse...
Economia nacional
Na era Lula, aposentadoria sobe 54% menos que salário mínimo

Thatiane Faria
Especial para o Terra
Direto de São Paulo

Os índices de reajustes concedidos pelo governo em 2009 para aposentados e pensionistas e para o salário mínimo repetiram uma diferença que, só durante o governo de Luiz Inácio Lula da Silva, já chega a 54%. Enquanto o mínimo foi majorado em 12% este ano, as pensões e aposentadorias tiveram aumento de 5,92%. Aposentados que têm o benefício do governo como única fonte de renda reclamam que perdem poder de compra e que sua cesta de compras é composta por itens que aumentam mais em relação à inflação oficial.

Um exemplo prático pode ser entendido a partir da comparação entre um aposentado que ganhava R$ 600 em janeiro de 2003. Na época, o benefício era três vezes, ou 200%, maior que o valor do mínimo em vigência, que era de R$ 200. Aplicando-se os índices de reajuste para aposentadorias e para o mínimo durante os últimos seis anos, o mesmo aposentado estaria recebendo hoje R$ 938,47, comparado a um salário mínimo de R$ 465. A diferença entre os dois valores caiu para pouco mais de 100%.

Enquanto o índice acumulado de reajuste para a aposentadoria durante o governo Lula foi de 60%, para o salário mínimo está em 132%.

O diretor do Sindicato Nacional dos Aposentados, João Inocentini, reclama que os valores dos benefícios para aposentadorias não mantêm o poder de compra do grupo, principalmente dos aposentados que recebem menos que dez salários mínimos.

Nem mesmo o fato de o índice de reajuste das aposentadorias ter ficado acima da inflação acumulada no mesmo período (o IPCA entre janeiro de 2003 e janeiro de 2009 foi de 39,7%) serve de argumento, segundo os aposentados.

"Os idosos, principalmente, têm gastos além das contas gerais como gás, telefone e aluguel. Para eles o custo com remédios, e outros itens da área saúde costuma ser maior", afirmou Inocentini.

O presidente do sindicato afirmou que o grupo realiza um estudo com 100 itens de necessidade de um idoso para comparar o aumento dos produtos com o índice de reajuste do benefício recebido pelos aposentados.

"Daqui dois meses vamos abrir um processo na Justiça e levar essa pesquisa como prova. Segundo a lei, o governo é obrigado a manter o poder de compra com a aposentadoria", disse Inocentini.

Alternativas
O consultor financeiro Cláudio Boriola diz que os aposentados, especialmente nesse momento de crise econômica, devem evitar compras parceladas, pesquisar preços, negociar e fazer bom planejamento financeiro.

Segundo Boriola, alguns aposentados ganham um valor mensal muitas vezes insuficiente para o pagamento das contas e acabam pedindo crédito ou realizando pagamentos a prazo e são obrigados a pagar juros altos.

Na opinião do consultor, pagar uma previdência privada é uma alternativa indicada para quem ainda trabalha, considerando a característica de perda de poder de compra da aposentadoria.

"Na prática, infelizmente os valores encontram-se em um patamar que está deteriorando o poder de aquisição da população brasileira", completou Boriola.

De acordo com o diretor da Confederação Brasileira de Aposentados e Pensionistas (Cobap), Vicente Fernandes Barbosa, representantes dos aposentados tentarão um encontro com o presidente da Câmara, deputado Michel Temer (PMDB-SP), para discutir projetos que minimizem a perda dos aposentados

17:17
Anónimo disse...
Previdência
Previdência prorroga isenção de tarifas no benefício

O atual sistema de pagamento aos 26 milhões de aposentados e pensionistas do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) será mantido até o final deste ano. O acordo, que permite realizar a operação sem nenhum custo aos beneficiários, foi renovado nesta sexta-feira, entre o governo federal e 21 instituições financeiras.

Por meio desse acordo, vigente desde setembro de 2007, nem os segurados, nem os bancos e nem o governo arcam com o pagamento de tarifas, conforme explicou o ministro da Previdência Social, José Pimentel. A prorrogação vale até dezembro, data máxima para que a Previdência defina as regras para um novo contrato.

Ao assinar o termo de renovação, na sede da Federação Brasileira dos Bancos (Febraban), o ministro disse que a intenção do governo é mudar o atual modelo de gestão visando a reduzir os custos dessas operações em torno da folha mensal, que atinge R$ 15,8 bilhões. No entanto, qualquer alteração, conforme explicou, passará antes por audiências públicas a serem realizadas a partir do segundo semestre deste ano, atendendo a determinação do Tribunal de Contas da União (TCU).

De acordo com Pimentel, com um redesenho do mecanismo de repasse dos recursos aos bancos em torno da folha de pagamento dos segurados o que se busca é um aumento da participação de instituições financeiras. Ele informou que, desde 2007, cada benefício custa em média R$ 1,07 ao governo. "Quanto mais instituições financeiras estiverem prestando serviços à sociedade, maior é a competitividade, a agilidade no atendimento", justificou.

O ministro observou, ainda, que, para permitir uma redução para algo em torno de meia hora no tempo de atendimento para a concessão dos direitos previdenciários, o governo investiu R$ 280 milhões.

Questionado sobre o descontentamento dos segurados que ganham acima de um salário mínimo terem obtido apenas a correção com base na variação do Índice de Preços ao Consumidor (INPC) , ficando abaixo do reajuste dado a quem recebe apenas o mínimo, Pimentel argumentou que o governo seguiu o que determina a lei e descartou a possibilidade de uma revisão

17:17
Anónimo disse...
Empresas
Caterpillar oferece aposentadoria antecipada a 2 mil


A companhia americana Caterpillar ofereceu a cerca de dois mil funcionários incentivos para que se aposentem de forma voluntária antes do previsto, pela perspectiva de uma queda "significativa" da atividade industrial, informou nesta quarta-feira a empresa.

A iniciativa, destinada aos trabalhadores de diversas fábricas em Illinois, Colorado, Tennessee e Pensilvânia, se soma aos cortes de empregos anunciados em janeiro, explicou em comunicado de imprensa.

A empresa, a maior fabricante mundial de maquinaria pesada para a construção e a mineração, acrescentou que, "em função das condições de negócio, podem ser necessárias mais reduções de elenco voluntárias e involuntárias à medida que o ano avança".

O vice-presidente da companhia, Sid Banwart, explicou que a empresa prevê "demissões significativas em todas as regiões geográficas e na maioria dos setores devido às dificuldades da economia mundial".

17:18
Anónimo disse...
Comércio
Comércio exterior da OCDE caiu no 3º trimestre de 2008


As exportações e as importações dos países da Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Econômico (OCDE) caíram 1,6% e 0,2%, respectivamente, no terceiro trimestre de 2008, em relação aos três meses anteriores.

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Trata-se da primeira queda destas atividades desde o terceiro trimestre de 2006, segundo o último relatório trimestral sobre fluxos comerciais divulgado pela OCDE.

As exportações e as importações em dólares dos 30 Estados-membros caíram 15,6% e 17%, respectivamente, na comparação anualizada.

Por sua vez, o comércio dos sete países mais ricos do mundo (G7) teve um pequeno crescimento no terceiro trimestre de 2008 com uma queda das exportações de mercadorias de 0,2% em relação ao trimestre anterior e um aumento de 0,4% das importações.

Em termos anualizados, as importações do G7 caíram 1,4% entre julho e setembro do ano passado, seu primeiro retrocesso desde o terceiro trimestre de 2006, enquanto as exportações aumentaram 1,9%, seu crescimento mais baixo no mesmo tempo.

Por países, a Alemanha aumentou suas importações em 3,4% - valor mais alto do G7 -, enquanto suas exportações caíram 2,9% do segundo para o terceiro trimestre de 2008.

Pelo contrário, as exportações americanas aumentaram 1,8% entre julho e setembro de 2008, enquanto as importações caíram 0,7% em relação ao trimestre anterior. No Japão, tanto as importações quanto as exportações caíram em torno de 1% no mesmo período.

17:19
Anónimo disse...
Economia Nacional
Lula: juros de crédito consignado a aposentados são altos

Atualizada às 17h29

O presidente Luis Inácio Lula da Silva afirmou nesta terça-feira, em São Paulo, que está lutando para reduzir as taxas de juros cobradas de aposentados em crédito consignado. A Previdência Social estabelece uma taxa máxima de 2,5% para empréstimo e de 3,5% para cartão. Para Lula, os valores são altos.

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"Acho que o juro que os aposentados estão pagando hoje com o crédito consignado é alto para o padrão brasileiro", disse o presidente durante a cerimônia de comemoração dos 86 anos do INSS.

A Previdência anunciou nesta terça-feira que aposentados e trabalhadoras com licença-maternidade poderão receber seus benefícios em 30 minutos. De acordo com Lula, em junho, a aposentadoria do trabalhador rural também será conseguida em meia hora.

Além disso, o presidente anunciou que, também em junho, os trabalhadores que alcançarem o direito à aposentadoria passarão a receber em suas casas um comunicado da Previdência informando o fato e o valor do salário que têm direito a receber. "É um comprometimento público que estou fazendo com os companheiros da Previdência Social", disse.

"Estamos retribuindo ao contribuinte da Previdência Social aquilo que é a cidadania que ele tem direito", afirmou Lula. "Se para cobrar nós somos tão precisos, para devolver o dinheiro, temos que chegar próximo à perfeição", completou.

17:20
Anónimo disse...
Economia Nacional
Salário maternidade sairá em 30 minutos, diz ministro

Toda trabalhadora autônoma que tiver contribuído pelo menos 10 meses com o Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) - ou as que possuírem carteira assinada - poderão receber em 30 minutos o salário maternidade a partir desta terça-feira. Da mesma forma, as mulheres com 30 anos de contribuição e os homens com 35 anos também terão direito ao benefício de forma mais rápida. A informação é do ministro da Previdência Social, José Pimentel.

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Para requerer o salário maternidade, é preciso que as autônomas levem a carteira de identidade e o carnê de contribuição. As demais trabalhadoras devem apresentar a identificação e a carteira de trabalho. Desde o início do mês, a nova forma de análise para a concessão de benefícios foi adotada para a aposentadoria por idade do trabalhador urbano e agora foi estendida para o salário maternidade e por tempo de contribuição.

O ministro disse que a qualificação do serviço da previdência social é o reconhecimento do direito dos trabalhadores e da afirmação da cidadania.

"Até pouco tempo na cabeça do cidadão o serviço devia ser de péssima qualidade. Agora não, nós modificamos toda a legislação no mês de dezembro numa ação conjunta do Congresso Nacional com o governo federal. Estamos implantando e concedendo os benefícios em até 30 minutos", afirmou.

O ministro destacou que para conseguir se aposentar ou ter acesso à licença maternidade em 30 minutos, em primeiro lugar, é necessário que o cidadão esteja vinculado à Previdência, o que inclui 65% da população acima de 16 anos de idade.

"Depois bastar marcar pelo sistema 135 o dia e a hora do atendimento e levar a documentação. Se todos os dados necessários estiverem corretos o contribuinte será atendido em até 30 minutos, como vem sendo feito com as aposentadorias por idade desde o dia cinco de janeiro", explicou.

Pimentel disse ainda que em 90% das agências da previdência social o atendimento é marcado em até 48 horas. Nos grandes centros, entretanto existe um volume maior o que torna mais lento o processo.

"Estamos criando mais 715 agências até 2010, em todo o território nacional, para descentralizar o atendimento. Em 2008, atendemos 295 mil benefícios e aposentadorias por idade. Temos 4 mil pessoas por dia procurando e se aposentando por idade no território nacional. Este serviço será agilizado", concluiu.
17:25
Anónimo disse...
Giuseppe Englaro, pai de Eluana, a italiana que morreu na segunda-feira passada por desidratação, recusou uma grande soma de dinheiro de um conhecido fotógrafo italiano que queria retratar a filha em estado de coma, disse neste sábado o neurologista que atendia a mulher desde 1996, Carlo Defanti.

O neurologista, que participou hoje de uma conferência sobre eutanásia, disse que Englaro respeitou a vontade da filha, que, antes do acidente, tinha pedido que, se lhe ocorresse qualquer coisa irreversível, apresentasse sua imagem de quando estava em boas condições.

Antes de sofrer o acidente de trânsito, em 1992, Eluana viveu o coma de um amigo, Alessandro, o que causou forte impacto na italiana e a levou a fazer o pai prometer que não a deixasse viver em estado vegetativo, disse o próprio Giuseppe Englaro.

Defanti, que dissera que Eluana poderia viver de dez a 12 dias depois da suspensão da alimentação e da hidratação, disse que, como médico, tinha que reprovar esta afirmação.

"Não se pode sobreviver após três ou quatro dias sem líquido e, em particular, água em um corpo. Sabemos bem que, quando há um terremoto, após quatro dias é difícil encontrar sobreviventes".

Defanti ressaltou que Eluana "não falava, não se comunicava com o exterior" e que, após vários exames, "nos deparamos com uma moça que tinha perdido a consciência", porque estava com o córtex cerebral prejudicado.

Eluana foi enterrada na quinta-feira passada no túmulo da família na localidade de Paluzza, em Udine, após um funeral que não contou com a presença dos pais.

16:53
Anónimo disse...
Os bombeiros combatem neste sábado os incêndios na Austrália favorecidos pelo bom tempo, enquanto os deslocados encotram em seu retorno casas derruídas, carros queimados nas ruas e destruição.

Depois de sete dias desde que começaram os incêndios no Estado de Victoria, a lista de mortos chega a 181, os desaparecidos somam 50, os edifícios destruídos totalizam 1,834 mil e o terreno arrasado, principalmente florestas, ocupa uma área de 4,13 mil quilômetros quadrados.

As equipes de bombeiros, formadas por 4 mil profissionais de Victoria, de outras partes da Austrália e de países amigos, combateram hoje 12 focos fora de controle e nenhum representava uma ameaça direta para a população.

O subdiretor do Serviço de Bombeiros, Geoff Conway, disse que este tempo favorável, que se prolongará durante o domingo, permite consolidar as linhas de contenção e avançar na extinção das chamas.

Cinzas apareceram arrastadas por ventos do nordeste sobre Melbourne, onde habitam 3,8 milhões de pessoas, e as autoridades alertaram aos cidadãos do risco para a saúde de idosos, crianças e pessoas com problemas respiratórios.

O número de pessoas deslocadas - a Cruz Vermelha chegou a receber 7 mil - começou a cair com a abertura de algumas localidades atingidas.

Os incêndios, alguns criminosos, começaram em 7 de fevereiro, quando a região sul da Austrália estava há duas semanas sob uma onda de calor sem precedentes.

Na sexta-feira passada, a polícia acusou uma pessoa de ter provocado o incêndio que atingiu a localidade de Churchill e matou 21 pessoas.

16:55
Anónimo disse...
A primeira chuva em seis dias reduziu a ameaça de incêndios no Estado de Victoria, ao sul da Austrália. As autoridades, porém, advertiram que ainda existem 12 focos, mas que nenhum deles ameaça áreas povoadas.

Mais de quatro mil bombeiros, mil provenientes de outras partes do país e de outras nações, trabalham contra o fogo. Cerca de 600 veículos e 28 helicópteros e pequenos aviões estão sendo usados.


Eles conseguiram construir linhas de contenção para evitar os incêndios de Yarra e Maroondah se juntassem. Também foram controlados os incêndios abertos de Yea e Murrindindi, que ameaçavam as comunidades de Connellys Creek, Crystal Creek, Scrubby Creek e Native Dog Creek.

O número de mortos chegou a 181, mas as autoridades acreditam que as vítimas devem passar de 200, já que ainda há muitos desaparecidos.

16:55
Anónimo disse...
Aqui nesta coluna, na semana passada, tive a oportunidade de comentar sobre a recente visita do professor brasileiro Pedrinho Guareschi à Austrália. Não dei, porém, os fatos, pois semana passada o assunto era outro.

Hoje, porém, vamos a eles.

No último dia 4 de fevereiro, aconteceu o Seminário "Paulo Freire: Education and Liberation", organizado pelo centro de estudos latino-americanos da Universidade Nacional da Austrália, ou ANU, como é mais conhecida por aqui.

A ANU, para quem não sabe, está entre as 20 melhores universidades do mundo! E tem sede aqui em Camberra, capital da Austrália.

Na abertura do evento, o professor John Minns, diretor do centro latino-americano, ao dar boas-vindas ao público presente, lembrou ser aquele o primeiro seminário exclusivamente dedicado a Paulo Freire na Austrália.

Em seguida, convidou Pedrinho Guareschi, palestrante principal do Seminário, a fazer sua apresentação.

A plateia pode então conhecer, pelas palavras de Pedrinho, um pouco da obra e da vida de Freire, esse brasileiro de fé e valor, que sempre acreditou na educação, sobretudo dos menos favorecidos, analfabetos, como força libertadora.

Como não podia deixar de ser, os conceitos e ideias revolucionários de Paulo Freire, expostos com clareza por Pedrinho, despertaram o interesse e a curiosidade de plateia. A qual, deve-se notar, era na maioria de estudantes, mas de várias nacionalidades, sobretudo australianos e asiáticos.

Na continuação do programa do seminário, que se estendeu por dois dias, outros professores fizeram palestras sobre temas ligados à obra de Paulo Freire.

Interessante, por exemplo, saber que a professora Anne Hickling-Hudson, jamaicana que mora na Austrália há muitos anos (é professora da ANU), conheceu e trabalhou com Freire num workshop educacional durante a revolução na Ilha de Granada, em 1980, antes da invasão dos Estados Unidos...

Ou, então, a palestra da Professora Gerda Roelvink, da Nova Zelândia, que participou do Fórum Social de Porto Alegre em 2005. E essa participação transformou-se em tema de doutorado.

No dia 10, terça-feira passada, o padre Pedrinho Guareschi voltou a falar ao público australiano em grande auditório localizado no belíssimo campus da ANU. Desta vez, sobre a Teologia da Libertação.

Depois da palestra, John Minns mostrou o filme mexicano "O Crime do Padre Amaro", no qual um dos personagens é um padre católico praticante da Teologia da Libertação.

Mais uma vez, foi grande o intersse da platéia, que pode aprender e conhecer um pouco como se desenvolveu aquele importante movimento católico na América Latina.

Fica, assim, ao Pedrinho, bem como a outros brasileiros estudiosos e de bom coração que saem pelo mundo a divulgar aspectos importantes da cultura brasileira, o respeito e a homenagem desta coluna. E... aquele abraço!

16:57
Anónimo disse...
Amanda Kitts perdeu o braço esquerdo em um acidente de automóvel acontecido três anos atrás, mas hoje em dia ela joga futebol americano com seu filho de 12 anos de idade, troca fraldas e abraça as crianças nas três creches Kiddie Cottage que opera em Knoxville, Tennessee. Kitts, 40 anos, faz tudo isso com a ajuda de um novo tipo de braço artificial que se movimenta com mais facilidade do que outros aparelhos e que ela pode controlar utilizando apenas seus pensamentos.

"Eu sou capaz de mexer a mão, o pulso e o cotovelo ao mesmo tempo", diz. "Você pensa e os músculos se movem em seguida".

A recuperação que ela conseguiu resulta de um novo procedimento que vem atraindo crescente atenção porque permite que pessoas movam braços protéticos de forma mais automática do que faziam no passado, simplesmente utilizando nervos reaproveitados em seus cérebros.

A técnica, conhecida como "renervação muscular dirigida", envolve utilizar os nervos que restam depois da amputação de um braço e conectá-los a outro músculo do corpo, em geral no peito. Eletrodos são instalados sobre os músculos do peito, e operam como se fossem antenas. Quando a pessoa deseja mover o braço, o cérebro envia sinais que primeiro resultam em contração dos músculos do peito, os quais enviam um sinal ao braço protético, instruindo-se a se movimentar. O processo não requer mais esforços consciente do que a pessoa teria de exercitar caso ainda tivesse seu braço natural.

Na terça-feira, pesquisadores reportaram em estudo publicado pela versão online do Journal of the American Medical Association que haviam levado a técnica ainda mais à frente, tornando possível a execução de 10 movimentos de mão, pulso e cotovelo diferentes, o que representa uma substancial melhora com relação ao típico repertório protético, que em geral envolve apenas dobrar o cotovelo, girar o pulso e abrir a mão.

"Os novos métodos tiveram impacto dramático em nosso campo de trabalho", disse Stuart Harshbarger, engenheiro biomédico na Universidade Johns Hopkins e diretor do programa de pesquisa sobre próteses, financiado pelas forças armadas, que inclui o trabalho com essa técnica. "O método já está em uso por médicos e cirurgiões comuns em todo o país. A capacidade de controlar um membro protético bastante robusto que ele confere surpreendeu a todos pela qualidade".

Tipicamente, uma pessoa que tenha um braço protético só é capaz de executar alguns poucos movimentos, e muitas vezes com tamanha lentidão que isso só permite a ela atividades limitadas.

Há um motor separado para cada movimento, diz Gerald Loeb, professor de engenharia biomédica na Universidade do Sul da Califórnia, "e esses motores precisam ser controlados de maneira explícita", usualmente por um esforço consciente da pessoa para contrair músculos nas costas ou no bíceps.

"Essencialmente, até agora os pacientes controlavam apenas um motor de cada vez", diz Loeb, "e precisavam pensar cuidadosamente sobre que motor desejavam controlar e como fazê-lo operar, em lugar de simplesmente pensarem em mover o braço e poderem fazê-lo sem delongas".

Antes que Kitts passasse pelo procedimento de renervação, em outubro de 2007, por exemplo, ela precisava movimentar os músculos de suas costas de determinada maneira para fazer com que seu pulso girasse, e flexionar seu bíceps e tríceps para fazer com que o cotovelo se movesse para cima e para baixo. "Era muito trabalho", ela conta. "E não me ajudava muito".

O procedimento de renervação é parte de uma recente explosão de idéias novas e técnicas inovadoras que estão sendo exploradas enquanto os cientistas se esforçam por ajudar as pessoas a compensar melhor a perda de membros ou problemas de paralisia. O esforço vem sendo alimentado pelo aumento no número de amputações causado por diabetes e por ferimentos sofridos pelos militares, e ao mesmo tempo pelos avanços na tecnologia médica.

Os braços se tornaram um dos focos essenciais desse tipo de trabalho. A ciência há muito vem obtendo sucessos no desenvolvimento de próteses de perna, mas é muito mais difícil imitar a complexidade e a destreza das mãos e dos braços.

Os esforços em curso incluem o desenvolvimento de projetos de pele e braços mais sensíveis e mais flexíveis, e o uso de dispositivos acionados por controles sem fio implantado nos braços protéticos, que permitiriam movimentos mais naturais.

Os pesquisadores também vêm usando sensores implantados nos cérebros de cobaias para permitir que dois macacos controlem um braço mecânico, e um teste com um homem paralítico permitiu, com esse método, que ele movimentasse um cursor em uma tela de computador.

Alguns desses métodos, caso venham a ser aperfeiçoados plenamente e consigam aprovação das autoridades regulatórias da saúde, podem no futuro se tornar mais viáveis para os pacientes de amputações.

E embora a técnica da renervação não requeira aprovação das autoridades regulatórias porque é executada por meios cirúrgicos e emprega aparelhos já existentes, ela apresenta limitações que até mesmo seus criadores reconhecem, entre as quais o fato de que não se pode utilizá-la para todos os pacientes, o seu alto custo e o prazo de meses requerido para que os nervos reconectados cresçam e se tornem efetivos.

Ainda assim, os especialistas dizem que é o mais avançado sistema em uso hoje para pacientes reais que permite que o sistema nervoso controle diretamente o movimento de um braço artificial.

Desde sua introdução por Todd Kuiken, médico fisioterapeuta e engenheiro biomédico do Instituto de Reabilitação de Chicago, o método foi empregado em cerca de 30 pacientes nos Estados Unidos, Canadá e Europa, entre os quais oito soldados feridos no Iraque e no Afeganistão.

Muitos dos pacientes, entre os quais o primeiro, Jesse Sullivan, um operário do setor elétrico no Tennessee que perdeu os dois braços quando foi eletrocutado por um cabo, conseguem não apenas manipular seus braços protéticos mas sentir a presença das mãos que já não têm quando alguém toca em seus peitos.

Sullivan, 62 anos, e Kitts, estavam entre os cinco pacientes que participaram do estudo reportado na terça-feira. Em companhia de cinco outras pessoas que não passaram por amputações, eles receberam os eletrodos e foram instruídos a usar pensamentos para fazer com que um braço virtual na tela reproduzisse 10 movimentos diferentes, entre os quais três formas diferentes de aperto de mão.

Os pacientes apresentaram desempenho bastante respeitável, apenas um pouco mais lento e menos preciso do que os dos participantes que não tinham amputações.

"As velocidades de movimento que encontramos em nossos pacientes foram realmente encorajadoras", disse Kuiken. "Eles conseguiram completar a tarefa. É claro que não foram tão competentes quanto as pessoas dotadas de plena capacidade física, mas foram bons o bastante".

Um braço virtual foi usado porque a maioria das próteses existentes não era capaz de acomodar todos aqueles movimentos, no momento da pesquisa, ainda que Sullivan, Kitts e uma terceira paciente, Claudia Mitchell, tenham experimentado dois novos protótipos mais versáteis de braços artificiais, executando tarefas complexas com bolas de tênis e outros objetos.

O trabalho de renervação em soldados apresenta outros desafios, diz Kuiken, porque os ferimentos militares muitas vezes "causam danos muitos extensos" a nervos, músculos ou ossos.

Daniel Acosta, 25 anos, um aviador ferido pela detonação de uma bomba em uma estrada do Iraque em 2005, passou pelo procedimento no ano passado e diz que seu braço esquerdo protético agora se movimenta "muito mais rápido" e de maneira muito mais natural.

"A diferença é que agora não preciso mais pensar para mover o braço", ele diz. "Ele simplesmente se mexe".

Ainda assim, Acosta, de San Antonio, diz que "o processo foi bastante longo" e que os eletrodos precisam ser ajustados para receber os sinais à medida que os nervos crescem ou mudam de posição.

E embora elogiem o método, os especialistas afirmam que a ciência das próteses de braço ainda tem muito por avançar.

"Trata-se de uma parte crucial, mas ainda assim apenas uma parte, das muitas coisas que compreendem a função normal de um braço", disse Loeb, que escreveu um editorial que acompanha o artigo no Journal of the American Medical Association.

"No momento estamos a meio do caminho entre o braço de 'Dr. Fantástico', que fazia involuntariamente a saudação nazista, e o braço de Luke Skywalker em 'Guerra nas Estrelas', que funciona sem nenhum problema assim que é conectado. Creio que precisaremos ainda de muitos anos para conectar todas as peças necessárias a produzir um braço capaz de funcionar normalmente".

17:04
Anónimo disse...
A Espanha disse neste sábado que está preparando uma reclamação oficial contra a decisão da Venezuela de expulsar um membro do Parlamento Europeu que criticou o conselho eleitoral venezuelano.
Luis Herrero, membro do partido conservador espanhol PP, foi deportado na sexta-feira depois que o Conselho Nacional Eleitoral (CNE) o acusou de questionar a imparcialidade da instituição antes de um referendo que pode permitir ao presidente Hugo Chávez permanecer no cargo indefinidamente.

Herrero estava na Venezuela como observador do referendo. Ele acusou Chávez de ter "comportamentos típicos de um ditador" por pedir a contenção de manifestações da oposição.

O governo da Espanha convocou um encontro com o embaixador da Venezuela em Madri para expressar a desaprovação sobre a expulsão de Herrero, disse um representante do Ministério das Relações Exteriores espanhol.

As relações da Venezuela com a Espanha tiveram seu ponto crítico em 2007, quando Chávez ameaçou rever acordos diplomáticos e comerciais depois de ouvir um "cala a boca" do rei espanhol Juan Carlos durante uma cúpula.

A fenda foi oficialmente reparada em 2008, com uma visita oficial de Chávez à Espanha, onde ele cumprimentou o rei e discutiu acordos para investimento no setor petroquímico com o primeiro-ministro José Luis Rodriguez Zapatero.

17:06
Anónimo disse...
A polícia do Zimbábue anunciou neste sábado que acusa de traição Roy Bennett, dirigente do até agora opositor Movimento para a Mudança Democrática (MDC), detido na sexta-feira, em Harare, poucas horas antes da cerimônia de posse dos membros do novo gabinete.

"A Polícia nos informou que vão apresentar acusações de traição", disse à agência EFE o advogado de defesa de Bennett, Trust Maanda.

"Tentam relacionar Roy com o caso de Mike Hitschmann, que foi detido em 2006 em relação à descoberta de um carregamento de armas, apesar de que Hitschmann não tenha sido declarado culpado das acusações de traição apresentadas contra ele, mas de um crime menor de descumprimento de leis", disse Maanda.

O político opositor, designado por seu partido como vice-ministro de Agricultura no Governo de união nacional, esteve no exílio na vizinha África do Sul desde 2006 e retornou ao Zimbábue há duas semanas.

Segundo a Polícia, que deteve Bennett ontem no aeroporto de Harare quando pretendia ir à África do Sul para visitar sua família, as armas apreendidas em 2006 seriam utilizadas em um golpe de Estado para derrubar o presidente do Zimbábue, Robert Mugabe.

Depois da detenção, Bennet foi levado a Mutar, onde vários simpatizantes do MDC se concentraram em frente à delegacia na qual estava detido, diante do que a Polícia respondeu com tiros para o alto para dispersar os manifestantes.

17:07
Anónimo disse...
Austrália: 14 mil se candidatam a 'emprego dos sonhos'

A secretaria de Turismo de Queensland, na Austrália, informou que até esta segunda-feira já recebeu cerca de 14 mil inscrições para o "o melhor emprego do mundo". O Estado australiano promove pela internet seleção para vaga de "zelador" da ilha Hamilton, por seis meses com um salário de R$ 40 mil.

Muitos candidatos tiveram problemas durante a inscrição por conta dos acessos simultâneos ao site. A secretaria aconselha enviar os vídeos de 60s explicando porque deve ser escolhido em horários alternativos do dia, além de recomendar tamanho em torno de 40MB.

As inscrições começaram em 12 de janeiro e vão até o próximo dia 22 e podem ser feitas pelo site www.islandreefjob.com. O governo australiano escolherá 50 candidatos para a próxima fase da seleção, que terá votos do público para eleger um dos 11 finalistas.

A última fase terá entrevistas e desafios físicos, no próprio local de trabalho: as ilhas da Grande Barreira Coralina - o maior recife de coral do mundo. A secretaria de Turismo anunciará o vencedor no dia 6 de maio.

17:09
Anónimo disse...
Mercado elogia governo na crise, mas pede maior queda no juro

Peter Fussy
Direto de São Paulo

Desde as primeiras medidas anunciadas para combater os efeitos da crise, o governo brasileiro avisou que a estratégia não contemplaria um pacote. Seriam doses pontuais, de acordo com a necessidade da economia diante do agravamento das turbulências. Da primeira liberação dos depósitos compulsórios em setembro até a ampliação do seguro-desemprego na última quarta-feira, o governo passou por redução de impostos, ampliação de crédito e incentivos à exportação. Quase 150 dias após a primeira medida, o Terra conversou com líderes do setor público e privado, representantes dos trabalhadores, acadêmicos e com o próprio governo para saber quais destas ações foram mais eficazes, quais foram mais ineficientes e o que mais pode ser feito pelo Estado brasileiro contra a crise.

Os maiores elogios foram direcionados à atitude de reduzir o Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) para a indústria automobilística, anunciada em dezembro e que fez com que os emplacamentos de carros novos subissem 1,9% no primeiro mês do ano em relação a dezembro de 2008. Já as maiores críticas foram para a lentidão no corte da taxa básica de juro do País.

Para o presidente do conselho administrativo do Grupo Pão de Açúcar, Abílio Diniz, o Estado não é responsável pela crise e mesmo assim está agindo "com extrema serenidade e muito acerto". "O governo está atento, fazendo a sua parte. É preciso coragem de baixar firmemente a taxa de juros. É uma arma que temos a nosso favor, já que não há clima para inflação, nem possibilidade de danos para a macroeconomia", afirmou Diniz.

Na última reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), em janeiro, a taxa Selic foi reduzida em um ponto percentual, de 13,75% para 12,75% ao ano. Porém, o professor de economia da Universidade de Brasília (UnB) José Luiz Oreiro lembra que este corte representa uma redução de apenas 0,25 ponto percentual com relação à taxa de setembro do ano passado, quando a crise se agravou.

"Pouco antes da eclosão da crise, o Banco Central aumentou a taxa em 0,75 ponto. Foram cinco meses de demora para reduzir em termos líquidos apenas 0,25 ponto", afirmou o economista, que também sugeriu redução do intervalo de cerca de 90 dias entre as reuniões do Copom e o corte de pelo menos um 1 ponto percentual em cada reunião.

Mesmo com o corte de janeiro, a taxa de juros real continua sendo a maior do mundo, lembrou o secretário-geral da Força Sindical, João Carlos Gonçalves, o Juruna. "A redução da taxa de juro ainda é pequena, porque ela continua uma das mais altas do mundo. Falta ousadia para baixar os juros e ajudar o cidadão. A permanência da taxa de juro alta é negativa para o País em meio a crise", afirmou Juruna.

Embora aprove as ações do governo, o senador Aloízio Mercadante (PT-SP) também acredita que o patamar da Selic está muito alto. "Sempre fomos os primeiros a entrar em qualquer crise, o que não aconteceu agora. A taxa Selic ainda é muito alta, mas o governo têm tomado medidas acertadas, como o aumento do salário mínimo, mesmo com um cenário de crise. Isso ajuda a movimentar o consumo. O governo está se esforçando para manter os investimentos e o crescimento", disse.

Tributos
De acordo com o economista Fabio Pina, da Fecomercio-SP, as ações mais positivas estão relacionadas à redução de tributos para alguns segmentos, como a indústria automobilística, que recuperou parte da queda nas vendas em janeiro com a isenção do IPI para carros 1.0 l e o corte para demais motorizações. A medida vale até o final de março.

"Essas medidas não só reduziram o preço, mas anteciparam o consumo daqueles que iriam comprar no futuro, dando um prêmio por conta da insegurança. Mexe diretamente com o principal problema que é a confiança do consumidor", afirmou. Juruna destacou que um bom ritmo de vendas é garantia de emprego. "É importante porque cada emprego na montadora significa 19 na cadeia produtiva", comentou o representante da Força Sindical.

Também em dezembro, o governo decidiu cortar pela metade a alíquota do Imposto de Renda para contribuintes que ganham entre R$ 1.434 e R$ 2.150 mensais. "O salário aumentava e a tabela não se modificava. As pessoas ganhavam mais e pagavam mais impostos", apontou Juruna. Outra redução de tributos do governo foi com relação ao Imposto sobre Operações Financeiras (IOF), que caiu de 3% ao ano para 1,5%.

Crédito
Na segunda metade de 2008, o colapso de bancos nos Estados Unidos por conta da crise do subprime provocou uma forte restrição de crédito no mundo inteiro. Uma das primeiras medidas anticrise do governo teve como objetivo restabelecer a oferta, com mudanças no recolhimento dos depósitos compulsórios por parte dos bancos. Segundo o presidente do Banco Central, Henrique Meirelles, as diversas modificações liberaram US$ 99,2 bilhões aos bancos até o final de janeiro.

Além disso, o governo concedeu R$ 36 bilhões das reservas internacionais para empresas brasileiras com dívidas no exterior e uma medida provisória autorizou o Banco do Brasil e a Caixa Econômica Federal a comprar carteiras de crédito de bancos privados. Para o diretor do Departamento de Pesquisas e Estudos Econômicos da Fiesp, Paulo Francini, estas medidas foram essenciais para combater os efeitos da crise.

"A crise se desenvolve no mundo em torno do tema crédito. E o crédito reduziu-se barbaridade no mundo. Então o governo lança mão de compulsório, lança mão de reservas, de medidas que permitem aos bancos comprar carteiras de bancos. Você vai tomando várias medidas para atender às demandas e o epicentro disso é crédito", afirmou.

No entanto, Oreiro, da UnB, adverte que a liberação dos compulsórios seria mais eficiente acompanhada de redução mais agressiva da taxa básica de juro. "Uma parte do crédito voltou, depois da forte retração em outubro e novembro. O que deveria ter sido feito junto à liberação do compulsório era uma redução mais drástica da taxa de juro. Sem isso, os bancos pegam as reservas e acabam comprando títulos públicos", explicou o economista.

Na opinião de Pina, as ações de distribuição de crédito via redução do compulsório e a disposição de capital de giro para empresas foram tomadas sem um cuidado maior na operação e não tiveram muito efeito. "O BNDES tem linhas que ficam paradas quase todo o ano, agora é pior ainda. Existem os recursos, mas as empresas e os bancos estão desconfiados. É preciso fazer com que os bancos tenham interesse em emprestar", afirmou o economista da Fecomercio-SP.

Futuro
Mesmo com todas essas medidas, a crise financeira ainda gera incertezas nos setores produtivos do País. Nos últimos meses, o medo do desemprego fez os consumidores adiarem compras. Por sua vez, a queda nas vendas pode obrigar as indústrias a cortarem a produção e demitir funcionários. Contra isso, empresários sugerem redução de jornada e de salários.

"Isto está previsto em lei. A Fiesp simplesmente manteve conversações com entidades sindicais quanto à aplicação daquilo que já está previsto em lei", afirmou Francini.

Segundo a ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff, uma das medidas que assegura um nível de emprego é a manutenção de investimentos no Programa de Aceleração do Crescimento (PAC). "Estamos esperando que a dificuldade ocorra em janeiro, fevereiro e março. Estamos certos que vamos manter o nível de investimento. É isso que funciona, é isso que significa investimento público. Ele funciona como um colchão. Por isso, nós colocamos R$ 100 bilhões no BNDES e a Petrobras ampliou o seu investimento em R$ 120 bilhões", afirmou.

Na mesma linha, Pina explica que a antecipação de gastos do governo substitui parte da demanda retraída do setor privado. "Ele dá o seguinte recado: não vou estourar as contas públicas, mas concentrar em um momento em que a demanda privada está pequena. Mas o governo não tem fôlego suficiente para fazer o papel de toda demanda", ressaltou. O economista da Fecomercio lembrou que a entidade já pleiteou junto ao governo isenções para transferência de imóveis e de automóveis, além de retirar o IPVA para veículos novos.

Já Oreiro foca suas propostas na capitalização do Banco do Brasil e da Caixa Econômica Federal pelo Tesouro para atender a demanda de crédito para capital de giro e reduzir o spread. "Aumentando o empréstimo e reduzindo as taxas, os dois vão forçar os bancos privados a acompanhar o movimento, até para não perderem participação no mercado", explicou o economista da UnB.

Até o Carnaval, o governou prometeu detalhar um pacote de incentivos para a construção de até um milhão de casas populares, direcionado a famílias com renda de até dez salários mínimos. "Estamos atentos a tudo o que está acontecendo e novas medidas serão tomadas caso haja uma avaliação de que sejam necessárias", disse o ministro da Fazenda, Guido Mantega, na última sexta-feira.

17:11
Anónimo disse...
Ex-ministro critica extensão do seguro-desemprego

Atualizada às 09h03

O ex-ministro do Trabalho Almir Pazzianotto criticou a decisão do governo federal de conceder o seguro-desemprego estendido a apenas alguns setores. "É certamente odioso e provavelmente inconstitucional", disse Pazzianotto, de acordo com o jornal O Estado de S. Paulo.

Na última qurta, dia do anúncio da medida, centrais sindicais elogiaram a atitude do governo. A Força Sindical divulgou nota dizendo que "o aumento ajudará a aquecer parte da economia, já que irá gerar mais consumo, produção e conseqüentemente, a criação de novos postos de trabalho". A União Geral dos Trabalhadores (UGT) afirmou que a medida "contribuirá para minimizar o drama dos trabalhadores que perderem seu emprego por conta da crise".

O ex-ministro, que instituiu o seguro-desemprego no País no governo de José Sarney, destacou a necessidade de as centrais sindicais se manifestarem contra a determinação. Para ele, as mudanças devem ser aplicadas a todas as categorias profissionais e a distinção é contrária ao artigo 3º da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT).

Pazzianotto atribui a medida a um possível temor do governo de que a crise econômica seja longa e não haja dinheiro para atender a todas as necessidades. Ainda assim, ele se mostra contrário ao método de concessão. "O seguro-desemprego ajuda a sanar necessidades básicas. Estendê-lo é paliativo, não a solução", disse ao jornal.

De acordo com o presidente do Conselho Deliberativo do Fundo de Amparo ao Trabalhador (Codefat) e conselheiro da Força Sindical, Luiz Fernando Emediato, a determinação já estava prevista na lei 8.900/94, que trata do seguro-desemprego.

O presidente da Comissão de Trabalho da Câmara, Pedro Fernandes (PTB-MA) vai além na crítica à concessão do seguro para apenas alguns setores. Ele acredita que a ampliação do benefício estimula o desemprego.

Quintino Severo, secretário geral da Central Única dos Trabalhadores (CUT), lembra que a ampliação do benefício sem critério e identificação pode incentivar demissões em outros setores.

17:13
Anónimo disse...
Empresas
TAM faz promoção para destinos internacionais

A companhia aérea TAM anunciou nesta sexta-feira tarifas promocionais para trechos internacionais. Os preços valem para bilhetes comprados entre 6h deste sábado e 23h59 deste domingo e são válidos para classe econômica. As tarifas, para ida e volta, serão vendidas a partir de US$ 99, mais taxas.

Segundo a aérea, a promoção vale para viagens feitas no período de 14 de fevereiro a 18 de junho de 2009. Para destinos na América do Sul, a permanência mínima é de dois dias; para bilhetes com destino nos Estados Unidos, cinco dias; e Europa, sete dias. A permanência máxima para as passagens para América do Sul e EUA é de dois meses e para Europa, três meses.

Entre os exemplos de tarifas promocionais, a TAM oferece São Paulo-Lima por US$ 99. Bilhetes para a rota São Paulo-Santiago serão vendidos a partir de US$ 199 e São Paulo-Nova York, US$ 799.

A emissão dos bilhetes deve ser feita obrigatoriamente no ato da reserva, obedecendo às regras estipuladas pela companhia. A compra está sujeita à disponibilidade de assentos nas classes tarifárias determinadas, trechos, horários e datas. A TAM afirmou que também há tarifas promocionais para a classe executiva.

Mais informações podem ser encontradas no site promocional (www.ofertastam.com.br), no site da empresa (www.tam.com.br) ou pelos telefones 4002-5700 ou 0800 5705700.

17:13
Anónimo disse...
Empresas
Consultoria negocia compra do parque temático Hopi Hari

A consultoria especializada em reestruturação de empresas Íntegra Associados informou nesta sexta-feira ter um acordo para comprar o parque de diversões Hopi Hari, localizado no interior de São Paulo. A empresa estaria disposta a investir R$ 10 milhões no parque, que tem dívida estimada em R$ 800 milhões. As informações são da edição deste sábado do jornal Folha de S. Paulo.

De acordo com o jornal, a transação ainda depende da negociação entre o Hopi Hari e seus credores, o que já estaria em andamento.

A consultoria paulista já atuou junto à Parmalat, durante 30 meses, quando reorganizou a gestão da empresa italiana.

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17:14
Anónimo disse...
Empresas
Disney de Tóquio contratará mais 2 mil apesar da crise


A Oriental Land, o operador da Disneylândia Tóquio e DisneySea, organizou neste domingo entrevistas para contratar cerca de 2 mil trabalhadores em tempo parcial, em um momento de grandes demissões deste tipo de empregados no Japão.

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O operador deste parque temático, situado em Urayasu, na província de Chiba (leste de Tóquio), está em pleno processo de seleção de empregados para 20 tipos de postos trabalhistas diferentes.

Segundo a companhia, citada pela agência local de notícias Kyodo, o parque contratará novos trabalhadores para as atrações, para os restaurantes e guardas de segurança entre outros. Os novos contratados começarão a trabalhar a partir de fevereiro.

O processo de seleção acontece em um momento em que a maioria das grandes companhias japonesas começaram a se ver obrigadas a despedir uma elevada percentagem de seus trabalhadores temporários e a tempo parcial.

Algumas inclusive anunciaram demissões de seus trabalhadores fixos, uma medida muito pouco comum nas companhias japonesas, perante os efeitos piores que o esperado pela crise econômica global.

Cerca de uma centena de pessoas esperavam desde a primeira hora desta manhã a abertura do centro de conferências Tokyo International Forum, onde as entrevistas estão sendo feitas, para ser os primeiros a solicitar os postos de trabalho.


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17:15
Anónimo disse...
Economia Internacional
Senado dos EUA aprova plano de estímulo à economia

O Senado dos Estados Unidos aprovou com 60 votos a favor e 38 contra o plano de estímulo à economia de US$ 787 bilhões na madrugada deste sábado. Agora, ele segue para sanção ou veto do presidente Barack Obama, que espera colocar a lei em prática até o dia 16 de fevereiro.

O plano prevê a criação de três milhões de empregos, inclui cortes de impostos às famílias, fundos para programas sociais e obras públicas, além de ajuda aos governos estaduais, estudantes e desempregados.

A cláusula Buy American - que exige o uso de ferro, aço e produtos manufaturados dos Estados Unidos em obras realizadas com recursos do pacote - ficou de lado. Segundo o texto definitivo, a cláusula será aplicada sem violar as normas do comércio internacional.

Ontem à tarde, a Câmara de Representantes (deputados) havia aprovado, por 246 votos a favor e 183 contra, a versão final do plano. Todos os republicanos foram contrários ao pacote.

Pelo acordo de quarta-feira entre Câmara e Senado, em vez de custar US$ 819 bilhões, como queriam os deputados, ou US$ 838 bilhões como pretendiam os senadores, o pacote ficou em cerca de US$ 787 bilhões, com 65% desse total destinado a gastos do governo federal e 35%, a créditos tributários.

17:16
Anónimo disse...
Economia nacional
Na era Lula, aposentadoria sobe 54% menos que salário mínimo

Thatiane Faria
Especial para o Terra
Direto de São Paulo

Os índices de reajustes concedidos pelo governo em 2009 para aposentados e pensionistas e para o salário mínimo repetiram uma diferença que, só durante o governo de Luiz Inácio Lula da Silva, já chega a 54%. Enquanto o mínimo foi majorado em 12% este ano, as pensões e aposentadorias tiveram aumento de 5,92%. Aposentados que têm o benefício do governo como única fonte de renda reclamam que perdem poder de compra e que sua cesta de compras é composta por itens que aumentam mais em relação à inflação oficial.

Um exemplo prático pode ser entendido a partir da comparação entre um aposentado que ganhava R$ 600 em janeiro de 2003. Na época, o benefício era três vezes, ou 200%, maior que o valor do mínimo em vigência, que era de R$ 200. Aplicando-se os índices de reajuste para aposentadorias e para o mínimo durante os últimos seis anos, o mesmo aposentado estaria recebendo hoje R$ 938,47, comparado a um salário mínimo de R$ 465. A diferença entre os dois valores caiu para pouco mais de 100%.

Enquanto o índice acumulado de reajuste para a aposentadoria durante o governo Lula foi de 60%, para o salário mínimo está em 132%.

O diretor do Sindicato Nacional dos Aposentados, João Inocentini, reclama que os valores dos benefícios para aposentadorias não mantêm o poder de compra do grupo, principalmente dos aposentados que recebem menos que dez salários mínimos.

Nem mesmo o fato de o índice de reajuste das aposentadorias ter ficado acima da inflação acumulada no mesmo período (o IPCA entre janeiro de 2003 e janeiro de 2009 foi de 39,7%) serve de argumento, segundo os aposentados.

"Os idosos, principalmente, têm gastos além das contas gerais como gás, telefone e aluguel. Para eles o custo com remédios, e outros itens da área saúde costuma ser maior", afirmou Inocentini.

O presidente do sindicato afirmou que o grupo realiza um estudo com 100 itens de necessidade de um idoso para comparar o aumento dos produtos com o índice de reajuste do benefício recebido pelos aposentados.

"Daqui dois meses vamos abrir um processo na Justiça e levar essa pesquisa como prova. Segundo a lei, o governo é obrigado a manter o poder de compra com a aposentadoria", disse Inocentini.

Alternativas
O consultor financeiro Cláudio Boriola diz que os aposentados, especialmente nesse momento de crise econômica, devem evitar compras parceladas, pesquisar preços, negociar e fazer bom planejamento financeiro.

Segundo Boriola, alguns aposentados ganham um valor mensal muitas vezes insuficiente para o pagamento das contas e acabam pedindo crédito ou realizando pagamentos a prazo e são obrigados a pagar juros altos.

Na opinião do consultor, pagar uma previdência privada é uma alternativa indicada para quem ainda trabalha, considerando a característica de perda de poder de compra da aposentadoria.

"Na prática, infelizmente os valores encontram-se em um patamar que está deteriorando o poder de aquisição da população brasileira", completou Boriola.

De acordo com o diretor da Confederação Brasileira de Aposentados e Pensionistas (Cobap), Vicente Fernandes Barbosa, representantes dos aposentados tentarão um encontro com o presidente da Câmara, deputado Michel Temer (PMDB-SP), para discutir projetos que minimizem a perda dos aposentados

17:17
Anónimo disse...
Previdência
Previdência prorroga isenção de tarifas no benefício

O atual sistema de pagamento aos 26 milhões de aposentados e pensionistas do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) será mantido até o final deste ano. O acordo, que permite realizar a operação sem nenhum custo aos beneficiários, foi renovado nesta sexta-feira, entre o governo federal e 21 instituições financeiras.

Por meio desse acordo, vigente desde setembro de 2007, nem os segurados, nem os bancos e nem o governo arcam com o pagamento de tarifas, conforme explicou o ministro da Previdência Social, José Pimentel. A prorrogação vale até dezembro, data máxima para que a Previdência defina as regras para um novo contrato.

Ao assinar o termo de renovação, na sede da Federação Brasileira dos Bancos (Febraban), o ministro disse que a intenção do governo é mudar o atual modelo de gestão visando a reduzir os custos dessas operações em torno da folha mensal, que atinge R$ 15,8 bilhões. No entanto, qualquer alteração, conforme explicou, passará antes por audiências públicas a serem realizadas a partir do segundo semestre deste ano, atendendo a determinação do Tribunal de Contas da União (TCU).

De acordo com Pimentel, com um redesenho do mecanismo de repasse dos recursos aos bancos em torno da folha de pagamento dos segurados o que se busca é um aumento da participação de instituições financeiras. Ele informou que, desde 2007, cada benefício custa em média R$ 1,07 ao governo. "Quanto mais instituições financeiras estiverem prestando serviços à sociedade, maior é a competitividade, a agilidade no atendimento", justificou.

O ministro observou, ainda, que, para permitir uma redução para algo em torno de meia hora no tempo de atendimento para a concessão dos direitos previdenciários, o governo investiu R$ 280 milhões.

Questionado sobre o descontentamento dos segurados que ganham acima de um salário mínimo terem obtido apenas a correção com base na variação do Índice de Preços ao Consumidor (INPC) , ficando abaixo do reajuste dado a quem recebe apenas o mínimo, Pimentel argumentou que o governo seguiu o que determina a lei e descartou a possibilidade de uma revisão

17:17
Anónimo disse...
Empresas
Caterpillar oferece aposentadoria antecipada a 2 mil


A companhia americana Caterpillar ofereceu a cerca de dois mil funcionários incentivos para que se aposentem de forma voluntária antes do previsto, pela perspectiva de uma queda "significativa" da atividade industrial, informou nesta quarta-feira a empresa.

A iniciativa, destinada aos trabalhadores de diversas fábricas em Illinois, Colorado, Tennessee e Pensilvânia, se soma aos cortes de empregos anunciados em janeiro, explicou em comunicado de imprensa.

A empresa, a maior fabricante mundial de maquinaria pesada para a construção e a mineração, acrescentou que, "em função das condições de negócio, podem ser necessárias mais reduções de elenco voluntárias e involuntárias à medida que o ano avança".

O vice-presidente da companhia, Sid Banwart, explicou que a empresa prevê "demissões significativas em todas as regiões geográficas e na maioria dos setores devido às dificuldades da economia mundial".

17:18
Anónimo disse...
Comércio
Comércio exterior da OCDE caiu no 3º trimestre de 2008


As exportações e as importações dos países da Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Econômico (OCDE) caíram 1,6% e 0,2%, respectivamente, no terceiro trimestre de 2008, em relação aos três meses anteriores.

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Trata-se da primeira queda destas atividades desde o terceiro trimestre de 2006, segundo o último relatório trimestral sobre fluxos comerciais divulgado pela OCDE.

As exportações e as importações em dólares dos 30 Estados-membros caíram 15,6% e 17%, respectivamente, na comparação anualizada.

Por sua vez, o comércio dos sete países mais ricos do mundo (G7) teve um pequeno crescimento no terceiro trimestre de 2008 com uma queda das exportações de mercadorias de 0,2% em relação ao trimestre anterior e um aumento de 0,4% das importações.

Em termos anualizados, as importações do G7 caíram 1,4% entre julho e setembro do ano passado, seu primeiro retrocesso desde o terceiro trimestre de 2006, enquanto as exportações aumentaram 1,9%, seu crescimento mais baixo no mesmo tempo.

Por países, a Alemanha aumentou suas importações em 3,4% - valor mais alto do G7 -, enquanto suas exportações caíram 2,9% do segundo para o terceiro trimestre de 2008.

Pelo contrário, as exportações americanas aumentaram 1,8% entre julho e setembro de 2008, enquanto as importações caíram 0,7% em relação ao trimestre anterior. No Japão, tanto as importações quanto as exportações caíram em torno de 1% no mesmo período.

17:19
Anónimo disse...
Economia Nacional
Lula: juros de crédito consignado a aposentados são altos

Atualizada às 17h29

O presidente Luis Inácio Lula da Silva afirmou nesta terça-feira, em São Paulo, que está lutando para reduzir as taxas de juros cobradas de aposentados em crédito consignado. A Previdência Social estabelece uma taxa máxima de 2,5% para empréstimo e de 3,5% para cartão. Para Lula, os valores são altos.

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"Acho que o juro que os aposentados estão pagando hoje com o crédito consignado é alto para o padrão brasileiro", disse o presidente durante a cerimônia de comemoração dos 86 anos do INSS.

A Previdência anunciou nesta terça-feira que aposentados e trabalhadoras com licença-maternidade poderão receber seus benefícios em 30 minutos. De acordo com Lula, em junho, a aposentadoria do trabalhador rural também será conseguida em meia hora.

Além disso, o presidente anunciou que, também em junho, os trabalhadores que alcançarem o direito à aposentadoria passarão a receber em suas casas um comunicado da Previdência informando o fato e o valor do salário que têm direito a receber. "É um comprometimento público que estou fazendo com os companheiros da Previdência Social", disse.

"Estamos retribuindo ao contribuinte da Previdência Social aquilo que é a cidadania que ele tem direito", afirmou Lula. "Se para cobrar nós somos tão precisos, para devolver o dinheiro, temos que chegar próximo à perfeição", completou.

17:20
Anónimo disse...
Economia Nacional
Salário maternidade sairá em 30 minutos, diz ministro

Toda trabalhadora autônoma que tiver contribuído pelo menos 10 meses com o Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) - ou as que possuírem carteira assinada - poderão receber em 30 minutos o salário maternidade a partir desta terça-feira. Da mesma forma, as mulheres com 30 anos de contribuição e os homens com 35 anos também terão direito ao benefício de forma mais rápida. A informação é do ministro da Previdência Social, José Pimentel.

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Para requerer o salário maternidade, é preciso que as autônomas levem a carteira de identidade e o carnê de contribuição. As demais trabalhadoras devem apresentar a identificação e a carteira de trabalho. Desde o início do mês, a nova forma de análise para a concessão de benefícios foi adotada para a aposentadoria por idade do trabalhador urbano e agora foi estendida para o salário maternidade e por tempo de contribuição.

O ministro disse que a qualificação do serviço da previdência social é o reconhecimento do direito dos trabalhadores e da afirmação da cidadania.

"Até pouco tempo na cabeça do cidadão o serviço devia ser de péssima qualidade. Agora não, nós modificamos toda a legislação no mês de dezembro numa ação conjunta do Congresso Nacional com o governo federal. Estamos implantando e concedendo os benefícios em até 30 minutos", afirmou.

O ministro destacou que para conseguir se aposentar ou ter acesso à licença maternidade em 30 minutos, em primeiro lugar, é necessário que o cidadão esteja vinculado à Previdência, o que inclui 65% da população acima de 16 anos de idade.

"Depois bastar marcar pelo sistema 135 o dia e a hora do atendimento e levar a documentação. Se todos os dados necessários estiverem corretos o contribuinte será atendido em até 30 minutos, como vem sendo feito com as aposentadorias por idade desde o dia cinco de janeiro", explicou.

Pimentel disse ainda que em 90% das agências da previdência social o atendimento é marcado em até 48 horas. Nos grandes centros, entretanto existe um volume maior o que torna mais lento o processo.

"Estamos criando mais 715 agências até 2010, em todo o território nacional, para descentralizar o atendimento. Em 2008, atendemos 295 mil benefícios e aposentadorias por idade. Temos 4 mil pessoas por dia procurando e se aposentando por idade no território nacional. Este serviço será agilizado", concluiu.
17:25
Anónimo disse...
Giuseppe Englaro, pai de Eluana, a italiana que morreu na segunda-feira passada por desidratação, recusou uma grande soma de dinheiro de um conhecido fotógrafo italiano que queria retratar a filha em estado de coma, disse neste sábado o neurologista que atendia a mulher desde 1996, Carlo Defanti.

O neurologista, que participou hoje de uma conferência sobre eutanásia, disse que Englaro respeitou a vontade da filha, que, antes do acidente, tinha pedido que, se lhe ocorresse qualquer coisa irreversível, apresentasse sua imagem de quando estava em boas condições.

Antes de sofrer o acidente de trânsito, em 1992, Eluana viveu o coma de um amigo, Alessandro, o que causou forte impacto na italiana e a levou a fazer o pai prometer que não a deixasse viver em estado vegetativo, disse o próprio Giuseppe Englaro.

Defanti, que dissera que Eluana poderia viver de dez a 12 dias depois da suspensão da alimentação e da hidratação, disse que, como médico, tinha que reprovar esta afirmação.

"Não se pode sobreviver após três ou quatro dias sem líquido e, em particular, água em um corpo. Sabemos bem que, quando há um terremoto, após quatro dias é difícil encontrar sobreviventes".

Defanti ressaltou que Eluana "não falava, não se comunicava com o exterior" e que, após vários exames, "nos deparamos com uma moça que tinha perdido a consciência", porque estava com o córtex cerebral prejudicado.

Eluana foi enterrada na quinta-feira passada no túmulo da família na localidade de Paluzza, em Udine, após um funeral que não contou com a presença dos pais.

16:53
Anónimo disse...
Os bombeiros combatem neste sábado os incêndios na Austrália favorecidos pelo bom tempo, enquanto os deslocados encotram em seu retorno casas derruídas, carros queimados nas ruas e destruição.

Depois de sete dias desde que começaram os incêndios no Estado de Victoria, a lista de mortos chega a 181, os desaparecidos somam 50, os edifícios destruídos totalizam 1,834 mil e o terreno arrasado, principalmente florestas, ocupa uma área de 4,13 mil quilômetros quadrados.

As equipes de bombeiros, formadas por 4 mil profissionais de Victoria, de outras partes da Austrália e de países amigos, combateram hoje 12 focos fora de controle e nenhum representava uma ameaça direta para a população.

O subdiretor do Serviço de Bombeiros, Geoff Conway, disse que este tempo favorável, que se prolongará durante o domingo, permite consolidar as linhas de contenção e avançar na extinção das chamas.

Cinzas apareceram arrastadas por ventos do nordeste sobre Melbourne, onde habitam 3,8 milhões de pessoas, e as autoridades alertaram aos cidadãos do risco para a saúde de idosos, crianças e pessoas com problemas respiratórios.

O número de pessoas deslocadas - a Cruz Vermelha chegou a receber 7 mil - começou a cair com a abertura de algumas localidades atingidas.

Os incêndios, alguns criminosos, começaram em 7 de fevereiro, quando a região sul da Austrália estava há duas semanas sob uma onda de calor sem precedentes.

Na sexta-feira passada, a polícia acusou uma pessoa de ter provocado o incêndio que atingiu a localidade de Churchill e matou 21 pessoas.

16:55
Anónimo disse...
A primeira chuva em seis dias reduziu a ameaça de incêndios no Estado de Victoria, ao sul da Austrália. As autoridades, porém, advertiram que ainda existem 12 focos, mas que nenhum deles ameaça áreas povoadas.

Mais de quatro mil bombeiros, mil provenientes de outras partes do país e de outras nações, trabalham contra o fogo. Cerca de 600 veículos e 28 helicópteros e pequenos aviões estão sendo usados.


Eles conseguiram construir linhas de contenção para evitar os incêndios de Yarra e Maroondah se juntassem. Também foram controlados os incêndios abertos de Yea e Murrindindi, que ameaçavam as comunidades de Connellys Creek, Crystal Creek, Scrubby Creek e Native Dog Creek.

O número de mortos chegou a 181, mas as autoridades acreditam que as vítimas devem passar de 200, já que ainda há muitos desaparecidos.

16:55
Anónimo disse...
Aqui nesta coluna, na semana passada, tive a oportunidade de comentar sobre a recente visita do professor brasileiro Pedrinho Guareschi à Austrália. Não dei, porém, os fatos, pois semana passada o assunto era outro.

Hoje, porém, vamos a eles.

No último dia 4 de fevereiro, aconteceu o Seminário "Paulo Freire: Education and Liberation", organizado pelo centro de estudos latino-americanos da Universidade Nacional da Austrália, ou ANU, como é mais conhecida por aqui.

A ANU, para quem não sabe, está entre as 20 melhores universidades do mundo! E tem sede aqui em Camberra, capital da Austrália.

Na abertura do evento, o professor John Minns, diretor do centro latino-americano, ao dar boas-vindas ao público presente, lembrou ser aquele o primeiro seminário exclusivamente dedicado a Paulo Freire na Austrália.

Em seguida, convidou Pedrinho Guareschi, palestrante principal do Seminário, a fazer sua apresentação.

A plateia pode então conhecer, pelas palavras de Pedrinho, um pouco da obra e da vida de Freire, esse brasileiro de fé e valor, que sempre acreditou na educação, sobretudo dos menos favorecidos, analfabetos, como força libertadora.

Como não podia deixar de ser, os conceitos e ideias revolucionários de Paulo Freire, expostos com clareza por Pedrinho, despertaram o interesse e a curiosidade de plateia. A qual, deve-se notar, era na maioria de estudantes, mas de várias nacionalidades, sobretudo australianos e asiáticos.

Na continuação do programa do seminário, que se estendeu por dois dias, outros professores fizeram palestras sobre temas ligados à obra de Paulo Freire.

Interessante, por exemplo, saber que a professora Anne Hickling-Hudson, jamaicana que mora na Austrália há muitos anos (é professora da ANU), conheceu e trabalhou com Freire num workshop educacional durante a revolução na Ilha de Granada, em 1980, antes da invasão dos Estados Unidos...

Ou, então, a palestra da Professora Gerda Roelvink, da Nova Zelândia, que participou do Fórum Social de Porto Alegre em 2005. E essa participação transformou-se em tema de doutorado.

No dia 10, terça-feira passada, o padre Pedrinho Guareschi voltou a falar ao público australiano em grande auditório localizado no belíssimo campus da ANU. Desta vez, sobre a Teologia da Libertação.

Depois da palestra, John Minns mostrou o filme mexicano "O Crime do Padre Amaro", no qual um dos personagens é um padre católico praticante da Teologia da Libertação.

Mais uma vez, foi grande o intersse da platéia, que pode aprender e conhecer um pouco como se desenvolveu aquele importante movimento católico na América Latina.

Fica, assim, ao Pedrinho, bem como a outros brasileiros estudiosos e de bom coração que saem pelo mundo a divulgar aspectos importantes da cultura brasileira, o respeito e a homenagem desta coluna. E... aquele abraço!

16:57
Anónimo disse...
Amanda Kitts perdeu o braço esquerdo em um acidente de automóvel acontecido três anos atrás, mas hoje em dia ela joga futebol americano com seu filho de 12 anos de idade, troca fraldas e abraça as crianças nas três creches Kiddie Cottage que opera em Knoxville, Tennessee. Kitts, 40 anos, faz tudo isso com a ajuda de um novo tipo de braço artificial que se movimenta com mais facilidade do que outros aparelhos e que ela pode controlar utilizando apenas seus pensamentos.

"Eu sou capaz de mexer a mão, o pulso e o cotovelo ao mesmo tempo", diz. "Você pensa e os músculos se movem em seguida".

A recuperação que ela conseguiu resulta de um novo procedimento que vem atraindo crescente atenção porque permite que pessoas movam braços protéticos de forma mais automática do que faziam no passado, simplesmente utilizando nervos reaproveitados em seus cérebros.

A técnica, conhecida como "renervação muscular dirigida", envolve utilizar os nervos que restam depois da amputação de um braço e conectá-los a outro músculo do corpo, em geral no peito. Eletrodos são instalados sobre os músculos do peito, e operam como se fossem antenas. Quando a pessoa deseja mover o braço, o cérebro envia sinais que primeiro resultam em contração dos músculos do peito, os quais enviam um sinal ao braço protético, instruindo-se a se movimentar. O processo não requer mais esforços consciente do que a pessoa teria de exercitar caso ainda tivesse seu braço natural.

Na terça-feira, pesquisadores reportaram em estudo publicado pela versão online do Journal of the American Medical Association que haviam levado a técnica ainda mais à frente, tornando possível a execução de 10 movimentos de mão, pulso e cotovelo diferentes, o que representa uma substancial melhora com relação ao típico repertório protético, que em geral envolve apenas dobrar o cotovelo, girar o pulso e abrir a mão.

"Os novos métodos tiveram impacto dramático em nosso campo de trabalho", disse Stuart Harshbarger, engenheiro biomédico na Universidade Johns Hopkins e diretor do programa de pesquisa sobre próteses, financiado pelas forças armadas, que inclui o trabalho com essa técnica. "O método já está em uso por médicos e cirurgiões comuns em todo o país. A capacidade de controlar um membro protético bastante robusto que ele confere surpreendeu a todos pela qualidade".

Tipicamente, uma pessoa que tenha um braço protético só é capaz de executar alguns poucos movimentos, e muitas vezes com tamanha lentidão que isso só permite a ela atividades limitadas.

Há um motor separado para cada movimento, diz Gerald Loeb, professor de engenharia biomédica na Universidade do Sul da Califórnia, "e esses motores precisam ser controlados de maneira explícita", usualmente por um esforço consciente da pessoa para contrair músculos nas costas ou no bíceps.

"Essencialmente, até agora os pacientes controlavam apenas um motor de cada vez", diz Loeb, "e precisavam pensar cuidadosamente sobre que motor desejavam controlar e como fazê-lo operar, em lugar de simplesmente pensarem em mover o braço e poderem fazê-lo sem delongas".

Antes que Kitts passasse pelo procedimento de renervação, em outubro de 2007, por exemplo, ela precisava movimentar os músculos de suas costas de determinada maneira para fazer com que seu pulso girasse, e flexionar seu bíceps e tríceps para fazer com que o cotovelo se movesse para cima e para baixo. "Era muito trabalho", ela conta. "E não me ajudava muito".

O procedimento de renervação é parte de uma recente explosão de idéias novas e técnicas inovadoras que estão sendo exploradas enquanto os cientistas se esforçam por ajudar as pessoas a compensar melhor a perda de membros ou problemas de paralisia. O esforço vem sendo alimentado pelo aumento no número de amputações causado por diabetes e por ferimentos sofridos pelos militares, e ao mesmo tempo pelos avanços na tecnologia médica.

Os braços se tornaram um dos focos essenciais desse tipo de trabalho. A ciência há muito vem obtendo sucessos no desenvolvimento de próteses de perna, mas é muito mais difícil imitar a complexidade e a destreza das mãos e dos braços.

Os esforços em curso incluem o desenvolvimento de projetos de pele e braços mais sensíveis e mais flexíveis, e o uso de dispositivos acionados por controles sem fio implantado nos braços protéticos, que permitiriam movimentos mais naturais.

Os pesquisadores também vêm usando sensores implantados nos cérebros de cobaias para permitir que dois macacos controlem um braço mecânico, e um teste com um homem paralítico permitiu, com esse método, que ele movimentasse um cursor em uma tela de computador.

Alguns desses métodos, caso venham a ser aperfeiçoados plenamente e consigam aprovação das autoridades regulatórias da saúde, podem no futuro se tornar mais viáveis para os pacientes de amputações.

E embora a técnica da renervação não requeira aprovação das autoridades regulatórias porque é executada por meios cirúrgicos e emprega aparelhos já existentes, ela apresenta limitações que até mesmo seus criadores reconhecem, entre as quais o fato de que não se pode utilizá-la para todos os pacientes, o seu alto custo e o prazo de meses requerido para que os nervos reconectados cresçam e se tornem efetivos.

Ainda assim, os especialistas dizem que é o mais avançado sistema em uso hoje para pacientes reais que permite que o sistema nervoso controle diretamente o movimento de um braço artificial.

Desde sua introdução por Todd Kuiken, médico fisioterapeuta e engenheiro biomédico do Instituto de Reabilitação de Chicago, o método foi empregado em cerca de 30 pacientes nos Estados Unidos, Canadá e Europa, entre os quais oito soldados feridos no Iraque e no Afeganistão.

Muitos dos pacientes, entre os quais o primeiro, Jesse Sullivan, um operário do setor elétrico no Tennessee que perdeu os dois braços quando foi eletrocutado por um cabo, conseguem não apenas manipular seus braços protéticos mas sentir a presença das mãos que já não têm quando alguém toca em seus peitos.

Sullivan, 62 anos, e Kitts, estavam entre os cinco pacientes que participaram do estudo reportado na terça-feira. Em companhia de cinco outras pessoas que não passaram por amputações, eles receberam os eletrodos e foram instruídos a usar pensamentos para fazer com que um braço virtual na tela reproduzisse 10 movimentos diferentes, entre os quais três formas diferentes de aperto de mão.

Os pacientes apresentaram desempenho bastante respeitável, apenas um pouco mais lento e menos preciso do que os dos participantes que não tinham amputações.

"As velocidades de movimento que encontramos em nossos pacientes foram realmente encorajadoras", disse Kuiken. "Eles conseguiram completar a tarefa. É claro que não foram tão competentes quanto as pessoas dotadas de plena capacidade física, mas foram bons o bastante".

Um braço virtual foi usado porque a maioria das próteses existentes não era capaz de acomodar todos aqueles movimentos, no momento da pesquisa, ainda que Sullivan, Kitts e uma terceira paciente, Claudia Mitchell, tenham experimentado dois novos protótipos mais versáteis de braços artificiais, executando tarefas complexas com bolas de tênis e outros objetos.

O trabalho de renervação em soldados apresenta outros desafios, diz Kuiken, porque os ferimentos militares muitas vezes "causam danos muitos extensos" a nervos, músculos ou ossos.

Daniel Acosta, 25 anos, um aviador ferido pela detonação de uma bomba em uma estrada do Iraque em 2005, passou pelo procedimento no ano passado e diz que seu braço esquerdo protético agora se movimenta "muito mais rápido" e de maneira muito mais natural.

"A diferença é que agora não preciso mais pensar para mover o braço", ele diz. "Ele simplesmente se mexe".

Ainda assim, Acosta, de San Antonio, diz que "o processo foi bastante longo" e que os eletrodos precisam ser ajustados para receber os sinais à medida que os nervos crescem ou mudam de posição.

E embora elogiem o método, os especialistas afirmam que a ciência das próteses de braço ainda tem muito por avançar.

"Trata-se de uma parte crucial, mas ainda assim apenas uma parte, das muitas coisas que compreendem a função normal de um braço", disse Loeb, que escreveu um editorial que acompanha o artigo no Journal of the American Medical Association.

"No momento estamos a meio do caminho entre o braço de 'Dr. Fantástico', que fazia involuntariamente a saudação nazista, e o braço de Luke Skywalker em 'Guerra nas Estrelas', que funciona sem nenhum problema assim que é conectado. Creio que precisaremos ainda de muitos anos para conectar todas as peças necessárias a produzir um braço capaz de funcionar normalmente".

17:04
Anónimo disse...
A Espanha disse neste sábado que está preparando uma reclamação oficial contra a decisão da Venezuela de expulsar um membro do Parlamento Europeu que criticou o conselho eleitoral venezuelano.
Luis Herrero, membro do partido conservador espanhol PP, foi deportado na sexta-feira depois que o Conselho Nacional Eleitoral (CNE) o acusou de questionar a imparcialidade da instituição antes de um referendo que pode permitir ao presidente Hugo Chávez permanecer no cargo indefinidamente.

Herrero estava na Venezuela como observador do referendo. Ele acusou Chávez de ter "comportamentos típicos de um ditador" por pedir a contenção de manifestações da oposição.

O governo da Espanha convocou um encontro com o embaixador da Venezuela em Madri para expressar a desaprovação sobre a expulsão de Herrero, disse um representante do Ministério das Relações Exteriores espanhol.

As relações da Venezuela com a Espanha tiveram seu ponto crítico em 2007, quando Chávez ameaçou rever acordos diplomáticos e comerciais depois de ouvir um "cala a boca" do rei espanhol Juan Carlos durante uma cúpula.

A fenda foi oficialmente reparada em 2008, com uma visita oficial de Chávez à Espanha, onde ele cumprimentou o rei e discutiu acordos para investimento no setor petroquímico com o primeiro-ministro José Luis Rodriguez Zapatero.

17:06
Anónimo disse...
A polícia do Zimbábue anunciou neste sábado que acusa de traição Roy Bennett, dirigente do até agora opositor Movimento para a Mudança Democrática (MDC), detido na sexta-feira, em Harare, poucas horas antes da cerimônia de posse dos membros do novo gabinete.

"A Polícia nos informou que vão apresentar acusações de traição", disse à agência EFE o advogado de defesa de Bennett, Trust Maanda.

"Tentam relacionar Roy com o caso de Mike Hitschmann, que foi detido em 2006 em relação à descoberta de um carregamento de armas, apesar de que Hitschmann não tenha sido declarado culpado das acusações de traição apresentadas contra ele, mas de um crime menor de descumprimento de leis", disse Maanda.

O político opositor, designado por seu partido como vice-ministro de Agricultura no Governo de união nacional, esteve no exílio na vizinha África do Sul desde 2006 e retornou ao Zimbábue há duas semanas.

Segundo a Polícia, que deteve Bennett ontem no aeroporto de Harare quando pretendia ir à África do Sul para visitar sua família, as armas apreendidas em 2006 seriam utilizadas em um golpe de Estado para derrubar o presidente do Zimbábue, Robert Mugabe.

Depois da detenção, Bennet foi levado a Mutar, onde vários simpatizantes do MDC se concentraram em frente à delegacia na qual estava detido, diante do que a Polícia respondeu com tiros para o alto para dispersar os manifestantes.

17:07
Anónimo disse...
Austrália: 14 mil se candidatam a 'emprego dos sonhos'

A secretaria de Turismo de Queensland, na Austrália, informou que até esta segunda-feira já recebeu cerca de 14 mil inscrições para o "o melhor emprego do mundo". O Estado australiano promove pela internet seleção para vaga de "zelador" da ilha Hamilton, por seis meses com um salário de R$ 40 mil.

Muitos candidatos tiveram problemas durante a inscrição por conta dos acessos simultâneos ao site. A secretaria aconselha enviar os vídeos de 60s explicando porque deve ser escolhido em horários alternativos do dia, além de recomendar tamanho em torno de 40MB.

As inscrições começaram em 12 de janeiro e vão até o próximo dia 22 e podem ser feitas pelo site www.islandreefjob.com. O governo australiano escolherá 50 candidatos para a próxima fase da seleção, que terá votos do público para eleger um dos 11 finalistas.

A última fase terá entrevistas e desafios físicos, no próprio local de trabalho: as ilhas da Grande Barreira Coralina - o maior recife de coral do mundo. A secretaria de Turismo anunciará o vencedor no dia 6 de maio.

17:09
Anónimo disse...
Mercado elogia governo na crise, mas pede maior queda no juro

Peter Fussy
Direto de São Paulo

Desde as primeiras medidas anunciadas para combater os efeitos da crise, o governo brasileiro avisou que a estratégia não contemplaria um pacote. Seriam doses pontuais, de acordo com a necessidade da economia diante do agravamento das turbulências. Da primeira liberação dos depósitos compulsórios em setembro até a ampliação do seguro-desemprego na última quarta-feira, o governo passou por redução de impostos, ampliação de crédito e incentivos à exportação. Quase 150 dias após a primeira medida, o Terra conversou com líderes do setor público e privado, representantes dos trabalhadores, acadêmicos e com o próprio governo para saber quais destas ações foram mais eficazes, quais foram mais ineficientes e o que mais pode ser feito pelo Estado brasileiro contra a crise.

Os maiores elogios foram direcionados à atitude de reduzir o Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) para a indústria automobilística, anunciada em dezembro e que fez com que os emplacamentos de carros novos subissem 1,9% no primeiro mês do ano em relação a dezembro de 2008. Já as maiores críticas foram para a lentidão no corte da taxa básica de juro do País.

Para o presidente do conselho administrativo do Grupo Pão de Açúcar, Abílio Diniz, o Estado não é responsável pela crise e mesmo assim está agindo "com extrema serenidade e muito acerto". "O governo está atento, fazendo a sua parte. É preciso coragem de baixar firmemente a taxa de juros. É uma arma que temos a nosso favor, já que não há clima para inflação, nem possibilidade de danos para a macroeconomia", afirmou Diniz.

Na última reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), em janeiro, a taxa Selic foi reduzida em um ponto percentual, de 13,75% para 12,75% ao ano. Porém, o professor de economia da Universidade de Brasília (UnB) José Luiz Oreiro lembra que este corte representa uma redução de apenas 0,25 ponto percentual com relação à taxa de setembro do ano passado, quando a crise se agravou.

"Pouco antes da eclosão da crise, o Banco Central aumentou a taxa em 0,75 ponto. Foram cinco meses de demora para reduzir em termos líquidos apenas 0,25 ponto", afirmou o economista, que também sugeriu redução do intervalo de cerca de 90 dias entre as reuniões do Copom e o corte de pelo menos um 1 ponto percentual em cada reunião.

Mesmo com o corte de janeiro, a taxa de juros real continua sendo a maior do mundo, lembrou o secretário-geral da Força Sindical, João Carlos Gonçalves, o Juruna. "A redução da taxa de juro ainda é pequena, porque ela continua uma das mais altas do mundo. Falta ousadia para baixar os juros e ajudar o cidadão. A permanência da taxa de juro alta é negativa para o País em meio a crise", afirmou Juruna.

Embora aprove as ações do governo, o senador Aloízio Mercadante (PT-SP) também acredita que o patamar da Selic está muito alto. "Sempre fomos os primeiros a entrar em qualquer crise, o que não aconteceu agora. A taxa Selic ainda é muito alta, mas o governo têm tomado medidas acertadas, como o aumento do salário mínimo, mesmo com um cenário de crise. Isso ajuda a movimentar o consumo. O governo está se esforçando para manter os investimentos e o crescimento", disse.

Tributos
De acordo com o economista Fabio Pina, da Fecomercio-SP, as ações mais positivas estão relacionadas à redução de tributos para alguns segmentos, como a indústria automobilística, que recuperou parte da queda nas vendas em janeiro com a isenção do IPI para carros 1.0 l e o corte para demais motorizações. A medida vale até o final de março.

"Essas medidas não só reduziram o preço, mas anteciparam o consumo daqueles que iriam comprar no futuro, dando um prêmio por conta da insegurança. Mexe diretamente com o principal problema que é a confiança do consumidor", afirmou. Juruna destacou que um bom ritmo de vendas é garantia de emprego. "É importante porque cada emprego na montadora significa 19 na cadeia produtiva", comentou o representante da Força Sindical.

Também em dezembro, o governo decidiu cortar pela metade a alíquota do Imposto de Renda para contribuintes que ganham entre R$ 1.434 e R$ 2.150 mensais. "O salário aumentava e a tabela não se modificava. As pessoas ganhavam mais e pagavam mais impostos", apontou Juruna. Outra redução de tributos do governo foi com relação ao Imposto sobre Operações Financeiras (IOF), que caiu de 3% ao ano para 1,5%.

Crédito
Na segunda metade de 2008, o colapso de bancos nos Estados Unidos por conta da crise do subprime provocou uma forte restrição de crédito no mundo inteiro. Uma das primeiras medidas anticrise do governo teve como objetivo restabelecer a oferta, com mudanças no recolhimento dos depósitos compulsórios por parte dos bancos. Segundo o presidente do Banco Central, Henrique Meirelles, as diversas modificações liberaram US$ 99,2 bilhões aos bancos até o final de janeiro.

Além disso, o governo concedeu R$ 36 bilhões das reservas internacionais para empresas brasileiras com dívidas no exterior e uma medida provisória autorizou o Banco do Brasil e a Caixa Econômica Federal a comprar carteiras de crédito de bancos privados. Para o diretor do Departamento de Pesquisas e Estudos Econômicos da Fiesp, Paulo Francini, estas medidas foram essenciais para combater os efeitos da crise.

"A crise se desenvolve no mundo em torno do tema crédito. E o crédito reduziu-se barbaridade no mundo. Então o governo lança mão de compulsório, lança mão de reservas, de medidas que permitem aos bancos comprar carteiras de bancos. Você vai tomando várias medidas para atender às demandas e o epicentro disso é crédito", afirmou.

No entanto, Oreiro, da UnB, adverte que a liberação dos compulsórios seria mais eficiente acompanhada de redução mais agressiva da taxa básica de juro. "Uma parte do crédito voltou, depois da forte retração em outubro e novembro. O que deveria ter sido feito junto à liberação do compulsório era uma redução mais drástica da taxa de juro. Sem isso, os bancos pegam as reservas e acabam comprando títulos públicos", explicou o economista.

Na opinião de Pina, as ações de distribuição de crédito via redução do compulsório e a disposição de capital de giro para empresas foram tomadas sem um cuidado maior na operação e não tiveram muito efeito. "O BNDES tem linhas que ficam paradas quase todo o ano, agora é pior ainda. Existem os recursos, mas as empresas e os bancos estão desconfiados. É preciso fazer com que os bancos tenham interesse em emprestar", afirmou o economista da Fecomercio-SP.

Futuro
Mesmo com todas essas medidas, a crise financeira ainda gera incertezas nos setores produtivos do País. Nos últimos meses, o medo do desemprego fez os consumidores adiarem compras. Por sua vez, a queda nas vendas pode obrigar as indústrias a cortarem a produção e demitir funcionários. Contra isso, empresários sugerem redução de jornada e de salários.

"Isto está previsto em lei. A Fiesp simplesmente manteve conversações com entidades sindicais quanto à aplicação daquilo que já está previsto em lei", afirmou Francini.

Segundo a ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff, uma das medidas que assegura um nível de emprego é a manutenção de investimentos no Programa de Aceleração do Crescimento (PAC). "Estamos esperando que a dificuldade ocorra em janeiro, fevereiro e março. Estamos certos que vamos manter o nível de investimento. É isso que funciona, é isso que significa investimento público. Ele funciona como um colchão. Por isso, nós colocamos R$ 100 bilhões no BNDES e a Petrobras ampliou o seu investimento em R$ 120 bilhões", afirmou.

Na mesma linha, Pina explica que a antecipação de gastos do governo substitui parte da demanda retraída do setor privado. "Ele dá o seguinte recado: não vou estourar as contas públicas, mas concentrar em um momento em que a demanda privada está pequena. Mas o governo não tem fôlego suficiente para fazer o papel de toda demanda", ressaltou. O economista da Fecomercio lembrou que a entidade já pleiteou junto ao governo isenções para transferência de imóveis e de automóveis, além de retirar o IPVA para veículos novos.

Já Oreiro foca suas propostas na capitalização do Banco do Brasil e da Caixa Econômica Federal pelo Tesouro para atender a demanda de crédito para capital de giro e reduzir o spread. "Aumentando o empréstimo e reduzindo as taxas, os dois vão forçar os bancos privados a acompanhar o movimento, até para não perderem participação no mercado", explicou o economista da UnB.

Até o Carnaval, o governou prometeu detalhar um pacote de incentivos para a construção de até um milhão de casas populares, direcionado a famílias com renda de até dez salários mínimos. "Estamos atentos a tudo o que está acontecendo e novas medidas serão tomadas caso haja uma avaliação de que sejam necessárias", disse o ministro da Fazenda, Guido Mantega, na última sexta-feira.

17:11
Anónimo disse...
Ex-ministro critica extensão do seguro-desemprego

Atualizada às 09h03

O ex-ministro do Trabalho Almir Pazzianotto criticou a decisão do governo federal de conceder o seguro-desemprego estendido a apenas alguns setores. "É certamente odioso e provavelmente inconstitucional", disse Pazzianotto, de acordo com o jornal O Estado de S. Paulo.

Na última qurta, dia do anúncio da medida, centrais sindicais elogiaram a atitude do governo. A Força Sindical divulgou nota dizendo que "o aumento ajudará a aquecer parte da economia, já que irá gerar mais consumo, produção e conseqüentemente, a criação de novos postos de trabalho". A União Geral dos Trabalhadores (UGT) afirmou que a medida "contribuirá para minimizar o drama dos trabalhadores que perderem seu emprego por conta da crise".

O ex-ministro, que instituiu o seguro-desemprego no País no governo de José Sarney, destacou a necessidade de as centrais sindicais se manifestarem contra a determinação. Para ele, as mudanças devem ser aplicadas a todas as categorias profissionais e a distinção é contrária ao artigo 3º da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT).

Pazzianotto atribui a medida a um possível temor do governo de que a crise econômica seja longa e não haja dinheiro para atender a todas as necessidades. Ainda assim, ele se mostra contrário ao método de concessão. "O seguro-desemprego ajuda a sanar necessidades básicas. Estendê-lo é paliativo, não a solução", disse ao jornal.

De acordo com o presidente do Conselho Deliberativo do Fundo de Amparo ao Trabalhador (Codefat) e conselheiro da Força Sindical, Luiz Fernando Emediato, a determinação já estava prevista na lei 8.900/94, que trata do seguro-desemprego.

O presidente da Comissão de Trabalho da Câmara, Pedro Fernandes (PTB-MA) vai além na crítica à concessão do seguro para apenas alguns setores. Ele acredita que a ampliação do benefício estimula o desemprego.

Quintino Severo, secretário geral da Central Única dos Trabalhadores (CUT), lembra que a ampliação do benefício sem critério e identificação pode incentivar demissões em outros setores.

17:13
Anónimo disse...
Empresas
TAM faz promoção para destinos internacionais

A companhia aérea TAM anunciou nesta sexta-feira tarifas promocionais para trechos internacionais. Os preços valem para bilhetes comprados entre 6h deste sábado e 23h59 deste domingo e são válidos para classe econômica. As tarifas, para ida e volta, serão vendidas a partir de US$ 99, mais taxas.

Segundo a aérea, a promoção vale para viagens feitas no período de 14 de fevereiro a 18 de junho de 2009. Para destinos na América do Sul, a permanência mínima é de dois dias; para bilhetes com destino nos Estados Unidos, cinco dias; e Europa, sete dias. A permanência máxima para as passagens para América do Sul e EUA é de dois meses e para Europa, três meses.

Entre os exemplos de tarifas promocionais, a TAM oferece São Paulo-Lima por US$ 99. Bilhetes para a rota São Paulo-Santiago serão vendidos a partir de US$ 199 e São Paulo-Nova York, US$ 799.

A emissão dos bilhetes deve ser feita obrigatoriamente no ato da reserva, obedecendo às regras estipuladas pela companhia. A compra está sujeita à disponibilidade de assentos nas classes tarifárias determinadas, trechos, horários e datas. A TAM afirmou que também há tarifas promocionais para a classe executiva.

Mais informações podem ser encontradas no site promocional (www.ofertastam.com.br), no site da empresa (www.tam.com.br) ou pelos telefones 4002-5700 ou 0800 5705700.

17:13
Anónimo disse...
Empresas
Consultoria negocia compra do parque temático Hopi Hari

A consultoria especializada em reestruturação de empresas Íntegra Associados informou nesta sexta-feira ter um acordo para comprar o parque de diversões Hopi Hari, localizado no interior de São Paulo. A empresa estaria disposta a investir R$ 10 milhões no parque, que tem dívida estimada em R$ 800 milhões. As informações são da edição deste sábado do jornal Folha de S. Paulo.

De acordo com o jornal, a transação ainda depende da negociação entre o Hopi Hari e seus credores, o que já estaria em andamento.

A consultoria paulista já atuou junto à Parmalat, durante 30 meses, quando reorganizou a gestão da empresa italiana.

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17:14
Anónimo disse...
Empresas
Disney de Tóquio contratará mais 2 mil apesar da crise


A Oriental Land, o operador da Disneylândia Tóquio e DisneySea, organizou neste domingo entrevistas para contratar cerca de 2 mil trabalhadores em tempo parcial, em um momento de grandes demissões deste tipo de empregados no Japão.

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O operador deste parque temático, situado em Urayasu, na província de Chiba (leste de Tóquio), está em pleno processo de seleção de empregados para 20 tipos de postos trabalhistas diferentes.

Segundo a companhia, citada pela agência local de notícias Kyodo, o parque contratará novos trabalhadores para as atrações, para os restaurantes e guardas de segurança entre outros. Os novos contratados começarão a trabalhar a partir de fevereiro.

O processo de seleção acontece em um momento em que a maioria das grandes companhias japonesas começaram a se ver obrigadas a despedir uma elevada percentagem de seus trabalhadores temporários e a tempo parcial.

Algumas inclusive anunciaram demissões de seus trabalhadores fixos, uma medida muito pouco comum nas companhias japonesas, perante os efeitos piores que o esperado pela crise econômica global.

Cerca de uma centena de pessoas esperavam desde a primeira hora desta manhã a abertura do centro de conferências Tokyo International Forum, onde as entrevistas estão sendo feitas, para ser os primeiros a solicitar os postos de trabalho.


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17:15
Anónimo disse...
Economia Internacional
Senado dos EUA aprova plano de estímulo à economia

O Senado dos Estados Unidos aprovou com 60 votos a favor e 38 contra o plano de estímulo à economia de US$ 787 bilhões na madrugada deste sábado. Agora, ele segue para sanção ou veto do presidente Barack Obama, que espera colocar a lei em prática até o dia 16 de fevereiro.

O plano prevê a criação de três milhões de empregos, inclui cortes de impostos às famílias, fundos para programas sociais e obras públicas, além de ajuda aos governos estaduais, estudantes e desempregados.

A cláusula Buy American - que exige o uso de ferro, aço e produtos manufaturados dos Estados Unidos em obras realizadas com recursos do pacote - ficou de lado. Segundo o texto definitivo, a cláusula será aplicada sem violar as normas do comércio internacional.

Ontem à tarde, a Câmara de Representantes (deputados) havia aprovado, por 246 votos a favor e 183 contra, a versão final do plano. Todos os republicanos foram contrários ao pacote.

Pelo acordo de quarta-feira entre Câmara e Senado, em vez de custar US$ 819 bilhões, como queriam os deputados, ou US$ 838 bilhões como pretendiam os senadores, o pacote ficou em cerca de US$ 787 bilhões, com 65% desse total destinado a gastos do governo federal e 35%, a créditos tributários.

17:16
Anónimo disse...
Economia nacional
Na era Lula, aposentadoria sobe 54% menos que salário mínimo

Thatiane Faria
Especial para o Terra
Direto de São Paulo

Os índices de reajustes concedidos pelo governo em 2009 para aposentados e pensionistas e para o salário mínimo repetiram uma diferença que, só durante o governo de Luiz Inácio Lula da Silva, já chega a 54%. Enquanto o mínimo foi majorado em 12% este ano, as pensões e aposentadorias tiveram aumento de 5,92%. Aposentados que têm o benefício do governo como única fonte de renda reclamam que perdem poder de compra e que sua cesta de compras é composta por itens que aumentam mais em relação à inflação oficial.

Um exemplo prático pode ser entendido a partir da comparação entre um aposentado que ganhava R$ 600 em janeiro de 2003. Na época, o benefício era três vezes, ou 200%, maior que o valor do mínimo em vigência, que era de R$ 200. Aplicando-se os índices de reajuste para aposentadorias e para o mínimo durante os últimos seis anos, o mesmo aposentado estaria recebendo hoje R$ 938,47, comparado a um salário mínimo de R$ 465. A diferença entre os dois valores caiu para pouco mais de 100%.

Enquanto o índice acumulado de reajuste para a aposentadoria durante o governo Lula foi de 60%, para o salário mínimo está em 132%.

O diretor do Sindicato Nacional dos Aposentados, João Inocentini, reclama que os valores dos benefícios para aposentadorias não mantêm o poder de compra do grupo, principalmente dos aposentados que recebem menos que dez salários mínimos.

Nem mesmo o fato de o índice de reajuste das aposentadorias ter ficado acima da inflação acumulada no mesmo período (o IPCA entre janeiro de 2003 e janeiro de 2009 foi de 39,7%) serve de argumento, segundo os aposentados.

"Os idosos, principalmente, têm gastos além das contas gerais como gás, telefone e aluguel. Para eles o custo com remédios, e outros itens da área saúde costuma ser maior", afirmou Inocentini.

O presidente do sindicato afirmou que o grupo realiza um estudo com 100 itens de necessidade de um idoso para comparar o aumento dos produtos com o índice de reajuste do benefício recebido pelos aposentados.

"Daqui dois meses vamos abrir um processo na Justiça e levar essa pesquisa como prova. Segundo a lei, o governo é obrigado a manter o poder de compra com a aposentadoria", disse Inocentini.

Alternativas
O consultor financeiro Cláudio Boriola diz que os aposentados, especialmente nesse momento de crise econômica, devem evitar compras parceladas, pesquisar preços, negociar e fazer bom planejamento financeiro.

Segundo Boriola, alguns aposentados ganham um valor mensal muitas vezes insuficiente para o pagamento das contas e acabam pedindo crédito ou realizando pagamentos a prazo e são obrigados a pagar juros altos.

Na opinião do consultor, pagar uma previdência privada é uma alternativa indicada para quem ainda trabalha, considerando a característica de perda de poder de compra da aposentadoria.

"Na prática, infelizmente os valores encontram-se em um patamar que está deteriorando o poder de aquisição da população brasileira", completou Boriola.

De acordo com o diretor da Confederação Brasileira de Aposentados e Pensionistas (Cobap), Vicente Fernandes Barbosa, representantes dos aposentados tentarão um encontro com o presidente da Câmara, deputado Michel Temer (PMDB-SP), para discutir projetos que minimizem a perda dos aposentados

17:17
Anónimo disse...
Previdência
Previdência prorroga isenção de tarifas no benefício

O atual sistema de pagamento aos 26 milhões de aposentados e pensionistas do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) será mantido até o final deste ano. O acordo, que permite realizar a operação sem nenhum custo aos beneficiários, foi renovado nesta sexta-feira, entre o governo federal e 21 instituições financeiras.

Por meio desse acordo, vigente desde setembro de 2007, nem os segurados, nem os bancos e nem o governo arcam com o pagamento de tarifas, conforme explicou o ministro da Previdência Social, José Pimentel. A prorrogação vale até dezembro, data máxima para que a Previdência defina as regras para um novo contrato.

Ao assinar o termo de renovação, na sede da Federação Brasileira dos Bancos (Febraban), o ministro disse que a intenção do governo é mudar o atual modelo de gestão visando a reduzir os custos dessas operações em torno da folha mensal, que atinge R$ 15,8 bilhões. No entanto, qualquer alteração, conforme explicou, passará antes por audiências públicas a serem realizadas a partir do segundo semestre deste ano, atendendo a determinação do Tribunal de Contas da União (TCU).

De acordo com Pimentel, com um redesenho do mecanismo de repasse dos recursos aos bancos em torno da folha de pagamento dos segurados o que se busca é um aumento da participação de instituições financeiras. Ele informou que, desde 2007, cada benefício custa em média R$ 1,07 ao governo. "Quanto mais instituições financeiras estiverem prestando serviços à sociedade, maior é a competitividade, a agilidade no atendimento", justificou.

O ministro observou, ainda, que, para permitir uma redução para algo em torno de meia hora no tempo de atendimento para a concessão dos direitos previdenciários, o governo investiu R$ 280 milhões.

Questionado sobre o descontentamento dos segurados que ganham acima de um salário mínimo terem obtido apenas a correção com base na variação do Índice de Preços ao Consumidor (INPC) , ficando abaixo do reajuste dado a quem recebe apenas o mínimo, Pimentel argumentou que o governo seguiu o que determina a lei e descartou a possibilidade de uma revisão

17:17
Anónimo disse...
Empresas
Caterpillar oferece aposentadoria antecipada a 2 mil


A companhia americana Caterpillar ofereceu a cerca de dois mil funcionários incentivos para que se aposentem de forma voluntária antes do previsto, pela perspectiva de uma queda "significativa" da atividade industrial, informou nesta quarta-feira a empresa.

A iniciativa, destinada aos trabalhadores de diversas fábricas em Illinois, Colorado, Tennessee e Pensilvânia, se soma aos cortes de empregos anunciados em janeiro, explicou em comunicado de imprensa.

A empresa, a maior fabricante mundial de maquinaria pesada para a construção e a mineração, acrescentou que, "em função das condições de negócio, podem ser necessárias mais reduções de elenco voluntárias e involuntárias à medida que o ano avança".

O vice-presidente da companhia, Sid Banwart, explicou que a empresa prevê "demissões significativas em todas as regiões geográficas e na maioria dos setores devido às dificuldades da economia mundial".

17:18
Anónimo disse...
Comércio
Comércio exterior da OCDE caiu no 3º trimestre de 2008


As exportações e as importações dos países da Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Econômico (OCDE) caíram 1,6% e 0,2%, respectivamente, no terceiro trimestre de 2008, em relação aos três meses anteriores.

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Trata-se da primeira queda destas atividades desde o terceiro trimestre de 2006, segundo o último relatório trimestral sobre fluxos comerciais divulgado pela OCDE.

As exportações e as importações em dólares dos 30 Estados-membros caíram 15,6% e 17%, respectivamente, na comparação anualizada.

Por sua vez, o comércio dos sete países mais ricos do mundo (G7) teve um pequeno crescimento no terceiro trimestre de 2008 com uma queda das exportações de mercadorias de 0,2% em relação ao trimestre anterior e um aumento de 0,4% das importações.

Em termos anualizados, as importações do G7 caíram 1,4% entre julho e setembro do ano passado, seu primeiro retrocesso desde o terceiro trimestre de 2006, enquanto as exportações aumentaram 1,9%, seu crescimento mais baixo no mesmo tempo.

Por países, a Alemanha aumentou suas importações em 3,4% - valor mais alto do G7 -, enquanto suas exportações caíram 2,9% do segundo para o terceiro trimestre de 2008.

Pelo contrário, as exportações americanas aumentaram 1,8% entre julho e setembro de 2008, enquanto as importações caíram 0,7% em relação ao trimestre anterior. No Japão, tanto as importações quanto as exportações caíram em torno de 1% no mesmo período.

17:19
Anónimo disse...
Economia Nacional
Lula: juros de crédito consignado a aposentados são altos

Atualizada às 17h29

O presidente Luis Inácio Lula da Silva afirmou nesta terça-feira, em São Paulo, que está lutando para reduzir as taxas de juros cobradas de aposentados em crédito consignado. A Previdência Social estabelece uma taxa máxima de 2,5% para empréstimo e de 3,5% para cartão. Para Lula, os valores são altos.

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"Acho que o juro que os aposentados estão pagando hoje com o crédito consignado é alto para o padrão brasileiro", disse o presidente durante a cerimônia de comemoração dos 86 anos do INSS.

A Previdência anunciou nesta terça-feira que aposentados e trabalhadoras com licença-maternidade poderão receber seus benefícios em 30 minutos. De acordo com Lula, em junho, a aposentadoria do trabalhador rural também será conseguida em meia hora.

Além disso, o presidente anunciou que, também em junho, os trabalhadores que alcançarem o direito à aposentadoria passarão a receber em suas casas um comunicado da Previdência informando o fato e o valor do salário que têm direito a receber. "É um comprometimento público que estou fazendo com os companheiros da Previdência Social", disse.

"Estamos retribuindo ao contribuinte da Previdência Social aquilo que é a cidadania que ele tem direito", afirmou Lula. "Se para cobrar nós somos tão precisos, para devolver o dinheiro, temos que chegar próximo à perfeição", completou.

17:20
Anónimo disse...
Economia Nacional
Salário maternidade sairá em 30 minutos, diz ministro

Toda trabalhadora autônoma que tiver contribuído pelo menos 10 meses com o Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) - ou as que possuírem carteira assinada - poderão receber em 30 minutos o salário maternidade a partir desta terça-feira. Da mesma forma, as mulheres com 30 anos de contribuição e os homens com 35 anos também terão direito ao benefício de forma mais rápida. A informação é do ministro da Previdência Social, José Pimentel.

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Para requerer o salário maternidade, é preciso que as autônomas levem a carteira de identidade e o carnê de contribuição. As demais trabalhadoras devem apresentar a identificação e a carteira de trabalho. Desde o início do mês, a nova forma de análise para a concessão de benefícios foi adotada para a aposentadoria por idade do trabalhador urbano e agora foi estendida para o salário maternidade e por tempo de contribuição.

O ministro disse que a qualificação do serviço da previdência social é o reconhecimento do direito dos trabalhadores e da afirmação da cidadania.

"Até pouco tempo na cabeça do cidadão o serviço devia ser de péssima qualidade. Agora não, nós modificamos toda a legislação no mês de dezembro numa ação conjunta do Congresso Nacional com o governo federal. Estamos implantando e concedendo os benefícios em até 30 minutos", afirmou.

O ministro destacou que para conseguir se aposentar ou ter acesso à licença maternidade em 30 minutos, em primeiro lugar, é necessário que o cidadão esteja vinculado à Previdência, o que inclui 65% da população acima de 16 anos de idade.

"Depois bastar marcar pelo sistema 135 o dia e a hora do atendimento e levar a documentação. Se todos os dados necessários estiverem corretos o contribuinte será atendido em até 30 minutos, como vem sendo feito com as aposentadorias por idade desde o dia cinco de janeiro", explicou.

Pimentel disse ainda que em 90% das agências da previdência social o atendimento é marcado em até 48 horas. Nos grandes centros, entretanto existe um volume maior o que torna mais lento o processo.

"Estamos criando mais 715 agências até 2010, em todo o território nacional, para descentralizar o atendimento. Em 2008, atendemos 295 mil benefícios e aposentadorias por idade. Temos 4 mil pessoas por dia procurando e se aposentando por idade no território nacional. Este serviço será agilizado", concluiu.
17:26
Anónimo disse...
Giuseppe Englaro, pai de Eluana, a italiana que morreu na segunda-feira passada por desidratação, recusou uma grande soma de dinheiro de um conhecido fotógrafo italiano que queria retratar a filha em estado de coma, disse neste sábado o neurologista que atendia a mulher desde 1996, Carlo Defanti.

O neurologista, que participou hoje de uma conferência sobre eutanásia, disse que Englaro respeitou a vontade da filha, que, antes do acidente, tinha pedido que, se lhe ocorresse qualquer coisa irreversível, apresentasse sua imagem de quando estava em boas condições.

Antes de sofrer o acidente de trânsito, em 1992, Eluana viveu o coma de um amigo, Alessandro, o que causou forte impacto na italiana e a levou a fazer o pai prometer que não a deixasse viver em estado vegetativo, disse o próprio Giuseppe Englaro.

Defanti, que dissera que Eluana poderia viver de dez a 12 dias depois da suspensão da alimentação e da hidratação, disse que, como médico, tinha que reprovar esta afirmação.

"Não se pode sobreviver após três ou quatro dias sem líquido e, em particular, água em um corpo. Sabemos bem que, quando há um terremoto, após quatro dias é difícil encontrar sobreviventes".

Defanti ressaltou que Eluana "não falava, não se comunicava com o exterior" e que, após vários exames, "nos deparamos com uma moça que tinha perdido a consciência", porque estava com o córtex cerebral prejudicado.

Eluana foi enterrada na quinta-feira passada no túmulo da família na localidade de Paluzza, em Udine, após um funeral que não contou com a presença dos pais.

16:53
Anónimo disse...
Os bombeiros combatem neste sábado os incêndios na Austrália favorecidos pelo bom tempo, enquanto os deslocados encotram em seu retorno casas derruídas, carros queimados nas ruas e destruição.

Depois de sete dias desde que começaram os incêndios no Estado de Victoria, a lista de mortos chega a 181, os desaparecidos somam 50, os edifícios destruídos totalizam 1,834 mil e o terreno arrasado, principalmente florestas, ocupa uma área de 4,13 mil quilômetros quadrados.

As equipes de bombeiros, formadas por 4 mil profissionais de Victoria, de outras partes da Austrália e de países amigos, combateram hoje 12 focos fora de controle e nenhum representava uma ameaça direta para a população.

O subdiretor do Serviço de Bombeiros, Geoff Conway, disse que este tempo favorável, que se prolongará durante o domingo, permite consolidar as linhas de contenção e avançar na extinção das chamas.

Cinzas apareceram arrastadas por ventos do nordeste sobre Melbourne, onde habitam 3,8 milhões de pessoas, e as autoridades alertaram aos cidadãos do risco para a saúde de idosos, crianças e pessoas com problemas respiratórios.

O número de pessoas deslocadas - a Cruz Vermelha chegou a receber 7 mil - começou a cair com a abertura de algumas localidades atingidas.

Os incêndios, alguns criminosos, começaram em 7 de fevereiro, quando a região sul da Austrália estava há duas semanas sob uma onda de calor sem precedentes.

Na sexta-feira passada, a polícia acusou uma pessoa de ter provocado o incêndio que atingiu a localidade de Churchill e matou 21 pessoas.

16:55
Anónimo disse...
A primeira chuva em seis dias reduziu a ameaça de incêndios no Estado de Victoria, ao sul da Austrália. As autoridades, porém, advertiram que ainda existem 12 focos, mas que nenhum deles ameaça áreas povoadas.

Mais de quatro mil bombeiros, mil provenientes de outras partes do país e de outras nações, trabalham contra o fogo. Cerca de 600 veículos e 28 helicópteros e pequenos aviões estão sendo usados.


Eles conseguiram construir linhas de contenção para evitar os incêndios de Yarra e Maroondah se juntassem. Também foram controlados os incêndios abertos de Yea e Murrindindi, que ameaçavam as comunidades de Connellys Creek, Crystal Creek, Scrubby Creek e Native Dog Creek.

O número de mortos chegou a 181, mas as autoridades acreditam que as vítimas devem passar de 200, já que ainda há muitos desaparecidos.

16:55
Anónimo disse...
Aqui nesta coluna, na semana passada, tive a oportunidade de comentar sobre a recente visita do professor brasileiro Pedrinho Guareschi à Austrália. Não dei, porém, os fatos, pois semana passada o assunto era outro.

Hoje, porém, vamos a eles.

No último dia 4 de fevereiro, aconteceu o Seminário "Paulo Freire: Education and Liberation", organizado pelo centro de estudos latino-americanos da Universidade Nacional da Austrália, ou ANU, como é mais conhecida por aqui.

A ANU, para quem não sabe, está entre as 20 melhores universidades do mundo! E tem sede aqui em Camberra, capital da Austrália.

Na abertura do evento, o professor John Minns, diretor do centro latino-americano, ao dar boas-vindas ao público presente, lembrou ser aquele o primeiro seminário exclusivamente dedicado a Paulo Freire na Austrália.

Em seguida, convidou Pedrinho Guareschi, palestrante principal do Seminário, a fazer sua apresentação.

A plateia pode então conhecer, pelas palavras de Pedrinho, um pouco da obra e da vida de Freire, esse brasileiro de fé e valor, que sempre acreditou na educação, sobretudo dos menos favorecidos, analfabetos, como força libertadora.

Como não podia deixar de ser, os conceitos e ideias revolucionários de Paulo Freire, expostos com clareza por Pedrinho, despertaram o interesse e a curiosidade de plateia. A qual, deve-se notar, era na maioria de estudantes, mas de várias nacionalidades, sobretudo australianos e asiáticos.

Na continuação do programa do seminário, que se estendeu por dois dias, outros professores fizeram palestras sobre temas ligados à obra de Paulo Freire.

Interessante, por exemplo, saber que a professora Anne Hickling-Hudson, jamaicana que mora na Austrália há muitos anos (é professora da ANU), conheceu e trabalhou com Freire num workshop educacional durante a revolução na Ilha de Granada, em 1980, antes da invasão dos Estados Unidos...

Ou, então, a palestra da Professora Gerda Roelvink, da Nova Zelândia, que participou do Fórum Social de Porto Alegre em 2005. E essa participação transformou-se em tema de doutorado.

No dia 10, terça-feira passada, o padre Pedrinho Guareschi voltou a falar ao público australiano em grande auditório localizado no belíssimo campus da ANU. Desta vez, sobre a Teologia da Libertação.

Depois da palestra, John Minns mostrou o filme mexicano "O Crime do Padre Amaro", no qual um dos personagens é um padre católico praticante da Teologia da Libertação.

Mais uma vez, foi grande o intersse da platéia, que pode aprender e conhecer um pouco como se desenvolveu aquele importante movimento católico na América Latina.

Fica, assim, ao Pedrinho, bem como a outros brasileiros estudiosos e de bom coração que saem pelo mundo a divulgar aspectos importantes da cultura brasileira, o respeito e a homenagem desta coluna. E... aquele abraço!

16:57
Anónimo disse...
Amanda Kitts perdeu o braço esquerdo em um acidente de automóvel acontecido três anos atrás, mas hoje em dia ela joga futebol americano com seu filho de 12 anos de idade, troca fraldas e abraça as crianças nas três creches Kiddie Cottage que opera em Knoxville, Tennessee. Kitts, 40 anos, faz tudo isso com a ajuda de um novo tipo de braço artificial que se movimenta com mais facilidade do que outros aparelhos e que ela pode controlar utilizando apenas seus pensamentos.

"Eu sou capaz de mexer a mão, o pulso e o cotovelo ao mesmo tempo", diz. "Você pensa e os músculos se movem em seguida".

A recuperação que ela conseguiu resulta de um novo procedimento que vem atraindo crescente atenção porque permite que pessoas movam braços protéticos de forma mais automática do que faziam no passado, simplesmente utilizando nervos reaproveitados em seus cérebros.

A técnica, conhecida como "renervação muscular dirigida", envolve utilizar os nervos que restam depois da amputação de um braço e conectá-los a outro músculo do corpo, em geral no peito. Eletrodos são instalados sobre os músculos do peito, e operam como se fossem antenas. Quando a pessoa deseja mover o braço, o cérebro envia sinais que primeiro resultam em contração dos músculos do peito, os quais enviam um sinal ao braço protético, instruindo-se a se movimentar. O processo não requer mais esforços consciente do que a pessoa teria de exercitar caso ainda tivesse seu braço natural.

Na terça-feira, pesquisadores reportaram em estudo publicado pela versão online do Journal of the American Medical Association que haviam levado a técnica ainda mais à frente, tornando possível a execução de 10 movimentos de mão, pulso e cotovelo diferentes, o que representa uma substancial melhora com relação ao típico repertório protético, que em geral envolve apenas dobrar o cotovelo, girar o pulso e abrir a mão.

"Os novos métodos tiveram impacto dramático em nosso campo de trabalho", disse Stuart Harshbarger, engenheiro biomédico na Universidade Johns Hopkins e diretor do programa de pesquisa sobre próteses, financiado pelas forças armadas, que inclui o trabalho com essa técnica. "O método já está em uso por médicos e cirurgiões comuns em todo o país. A capacidade de controlar um membro protético bastante robusto que ele confere surpreendeu a todos pela qualidade".

Tipicamente, uma pessoa que tenha um braço protético só é capaz de executar alguns poucos movimentos, e muitas vezes com tamanha lentidão que isso só permite a ela atividades limitadas.

Há um motor separado para cada movimento, diz Gerald Loeb, professor de engenharia biomédica na Universidade do Sul da Califórnia, "e esses motores precisam ser controlados de maneira explícita", usualmente por um esforço consciente da pessoa para contrair músculos nas costas ou no bíceps.

"Essencialmente, até agora os pacientes controlavam apenas um motor de cada vez", diz Loeb, "e precisavam pensar cuidadosamente sobre que motor desejavam controlar e como fazê-lo operar, em lugar de simplesmente pensarem em mover o braço e poderem fazê-lo sem delongas".

Antes que Kitts passasse pelo procedimento de renervação, em outubro de 2007, por exemplo, ela precisava movimentar os músculos de suas costas de determinada maneira para fazer com que seu pulso girasse, e flexionar seu bíceps e tríceps para fazer com que o cotovelo se movesse para cima e para baixo. "Era muito trabalho", ela conta. "E não me ajudava muito".

O procedimento de renervação é parte de uma recente explosão de idéias novas e técnicas inovadoras que estão sendo exploradas enquanto os cientistas se esforçam por ajudar as pessoas a compensar melhor a perda de membros ou problemas de paralisia. O esforço vem sendo alimentado pelo aumento no número de amputações causado por diabetes e por ferimentos sofridos pelos militares, e ao mesmo tempo pelos avanços na tecnologia médica.

Os braços se tornaram um dos focos essenciais desse tipo de trabalho. A ciência há muito vem obtendo sucessos no desenvolvimento de próteses de perna, mas é muito mais difícil imitar a complexidade e a destreza das mãos e dos braços.

Os esforços em curso incluem o desenvolvimento de projetos de pele e braços mais sensíveis e mais flexíveis, e o uso de dispositivos acionados por controles sem fio implantado nos braços protéticos, que permitiriam movimentos mais naturais.

Os pesquisadores também vêm usando sensores implantados nos cérebros de cobaias para permitir que dois macacos controlem um braço mecânico, e um teste com um homem paralítico permitiu, com esse método, que ele movimentasse um cursor em uma tela de computador.

Alguns desses métodos, caso venham a ser aperfeiçoados plenamente e consigam aprovação das autoridades regulatórias da saúde, podem no futuro se tornar mais viáveis para os pacientes de amputações.

E embora a técnica da renervação não requeira aprovação das autoridades regulatórias porque é executada por meios cirúrgicos e emprega aparelhos já existentes, ela apresenta limitações que até mesmo seus criadores reconhecem, entre as quais o fato de que não se pode utilizá-la para todos os pacientes, o seu alto custo e o prazo de meses requerido para que os nervos reconectados cresçam e se tornem efetivos.

Ainda assim, os especialistas dizem que é o mais avançado sistema em uso hoje para pacientes reais que permite que o sistema nervoso controle diretamente o movimento de um braço artificial.

Desde sua introdução por Todd Kuiken, médico fisioterapeuta e engenheiro biomédico do Instituto de Reabilitação de Chicago, o método foi empregado em cerca de 30 pacientes nos Estados Unidos, Canadá e Europa, entre os quais oito soldados feridos no Iraque e no Afeganistão.

Muitos dos pacientes, entre os quais o primeiro, Jesse Sullivan, um operário do setor elétrico no Tennessee que perdeu os dois braços quando foi eletrocutado por um cabo, conseguem não apenas manipular seus braços protéticos mas sentir a presença das mãos que já não têm quando alguém toca em seus peitos.

Sullivan, 62 anos, e Kitts, estavam entre os cinco pacientes que participaram do estudo reportado na terça-feira. Em companhia de cinco outras pessoas que não passaram por amputações, eles receberam os eletrodos e foram instruídos a usar pensamentos para fazer com que um braço virtual na tela reproduzisse 10 movimentos diferentes, entre os quais três formas diferentes de aperto de mão.

Os pacientes apresentaram desempenho bastante respeitável, apenas um pouco mais lento e menos preciso do que os dos participantes que não tinham amputações.

"As velocidades de movimento que encontramos em nossos pacientes foram realmente encorajadoras", disse Kuiken. "Eles conseguiram completar a tarefa. É claro que não foram tão competentes quanto as pessoas dotadas de plena capacidade física, mas foram bons o bastante".

Um braço virtual foi usado porque a maioria das próteses existentes não era capaz de acomodar todos aqueles movimentos, no momento da pesquisa, ainda que Sullivan, Kitts e uma terceira paciente, Claudia Mitchell, tenham experimentado dois novos protótipos mais versáteis de braços artificiais, executando tarefas complexas com bolas de tênis e outros objetos.

O trabalho de renervação em soldados apresenta outros desafios, diz Kuiken, porque os ferimentos militares muitas vezes "causam danos muitos extensos" a nervos, músculos ou ossos.

Daniel Acosta, 25 anos, um aviador ferido pela detonação de uma bomba em uma estrada do Iraque em 2005, passou pelo procedimento no ano passado e diz que seu braço esquerdo protético agora se movimenta "muito mais rápido" e de maneira muito mais natural.

"A diferença é que agora não preciso mais pensar para mover o braço", ele diz. "Ele simplesmente se mexe".

Ainda assim, Acosta, de San Antonio, diz que "o processo foi bastante longo" e que os eletrodos precisam ser ajustados para receber os sinais à medida que os nervos crescem ou mudam de posição.

E embora elogiem o método, os especialistas afirmam que a ciência das próteses de braço ainda tem muito por avançar.

"Trata-se de uma parte crucial, mas ainda assim apenas uma parte, das muitas coisas que compreendem a função normal de um braço", disse Loeb, que escreveu um editorial que acompanha o artigo no Journal of the American Medical Association.

"No momento estamos a meio do caminho entre o braço de 'Dr. Fantástico', que fazia involuntariamente a saudação nazista, e o braço de Luke Skywalker em 'Guerra nas Estrelas', que funciona sem nenhum problema assim que é conectado. Creio que precisaremos ainda de muitos anos para conectar todas as peças necessárias a produzir um braço capaz de funcionar normalmente".

17:04
Anónimo disse...
A Espanha disse neste sábado que está preparando uma reclamação oficial contra a decisão da Venezuela de expulsar um membro do Parlamento Europeu que criticou o conselho eleitoral venezuelano.
Luis Herrero, membro do partido conservador espanhol PP, foi deportado na sexta-feira depois que o Conselho Nacional Eleitoral (CNE) o acusou de questionar a imparcialidade da instituição antes de um referendo que pode permitir ao presidente Hugo Chávez permanecer no cargo indefinidamente.

Herrero estava na Venezuela como observador do referendo. Ele acusou Chávez de ter "comportamentos típicos de um ditador" por pedir a contenção de manifestações da oposição.

O governo da Espanha convocou um encontro com o embaixador da Venezuela em Madri para expressar a desaprovação sobre a expulsão de Herrero, disse um representante do Ministério das Relações Exteriores espanhol.

As relações da Venezuela com a Espanha tiveram seu ponto crítico em 2007, quando Chávez ameaçou rever acordos diplomáticos e comerciais depois de ouvir um "cala a boca" do rei espanhol Juan Carlos durante uma cúpula.

A fenda foi oficialmente reparada em 2008, com uma visita oficial de Chávez à Espanha, onde ele cumprimentou o rei e discutiu acordos para investimento no setor petroquímico com o primeiro-ministro José Luis Rodriguez Zapatero.

17:06
Anónimo disse...
A polícia do Zimbábue anunciou neste sábado que acusa de traição Roy Bennett, dirigente do até agora opositor Movimento para a Mudança Democrática (MDC), detido na sexta-feira, em Harare, poucas horas antes da cerimônia de posse dos membros do novo gabinete.

"A Polícia nos informou que vão apresentar acusações de traição", disse à agência EFE o advogado de defesa de Bennett, Trust Maanda.

"Tentam relacionar Roy com o caso de Mike Hitschmann, que foi detido em 2006 em relação à descoberta de um carregamento de armas, apesar de que Hitschmann não tenha sido declarado culpado das acusações de traição apresentadas contra ele, mas de um crime menor de descumprimento de leis", disse Maanda.

O político opositor, designado por seu partido como vice-ministro de Agricultura no Governo de união nacional, esteve no exílio na vizinha África do Sul desde 2006 e retornou ao Zimbábue há duas semanas.

Segundo a Polícia, que deteve Bennett ontem no aeroporto de Harare quando pretendia ir à África do Sul para visitar sua família, as armas apreendidas em 2006 seriam utilizadas em um golpe de Estado para derrubar o presidente do Zimbábue, Robert Mugabe.

Depois da detenção, Bennet foi levado a Mutar, onde vários simpatizantes do MDC se concentraram em frente à delegacia na qual estava detido, diante do que a Polícia respondeu com tiros para o alto para dispersar os manifestantes.

17:07
Anónimo disse...
Austrália: 14 mil se candidatam a 'emprego dos sonhos'

A secretaria de Turismo de Queensland, na Austrália, informou que até esta segunda-feira já recebeu cerca de 14 mil inscrições para o "o melhor emprego do mundo". O Estado australiano promove pela internet seleção para vaga de "zelador" da ilha Hamilton, por seis meses com um salário de R$ 40 mil.

Muitos candidatos tiveram problemas durante a inscrição por conta dos acessos simultâneos ao site. A secretaria aconselha enviar os vídeos de 60s explicando porque deve ser escolhido em horários alternativos do dia, além de recomendar tamanho em torno de 40MB.

As inscrições começaram em 12 de janeiro e vão até o próximo dia 22 e podem ser feitas pelo site www.islandreefjob.com. O governo australiano escolherá 50 candidatos para a próxima fase da seleção, que terá votos do público para eleger um dos 11 finalistas.

A última fase terá entrevistas e desafios físicos, no próprio local de trabalho: as ilhas da Grande Barreira Coralina - o maior recife de coral do mundo. A secretaria de Turismo anunciará o vencedor no dia 6 de maio.

17:09
Anónimo disse...
Mercado elogia governo na crise, mas pede maior queda no juro

Peter Fussy
Direto de São Paulo

Desde as primeiras medidas anunciadas para combater os efeitos da crise, o governo brasileiro avisou que a estratégia não contemplaria um pacote. Seriam doses pontuais, de acordo com a necessidade da economia diante do agravamento das turbulências. Da primeira liberação dos depósitos compulsórios em setembro até a ampliação do seguro-desemprego na última quarta-feira, o governo passou por redução de impostos, ampliação de crédito e incentivos à exportação. Quase 150 dias após a primeira medida, o Terra conversou com líderes do setor público e privado, representantes dos trabalhadores, acadêmicos e com o próprio governo para saber quais destas ações foram mais eficazes, quais foram mais ineficientes e o que mais pode ser feito pelo Estado brasileiro contra a crise.

Os maiores elogios foram direcionados à atitude de reduzir o Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) para a indústria automobilística, anunciada em dezembro e que fez com que os emplacamentos de carros novos subissem 1,9% no primeiro mês do ano em relação a dezembro de 2008. Já as maiores críticas foram para a lentidão no corte da taxa básica de juro do País.

Para o presidente do conselho administrativo do Grupo Pão de Açúcar, Abílio Diniz, o Estado não é responsável pela crise e mesmo assim está agindo "com extrema serenidade e muito acerto". "O governo está atento, fazendo a sua parte. É preciso coragem de baixar firmemente a taxa de juros. É uma arma que temos a nosso favor, já que não há clima para inflação, nem possibilidade de danos para a macroeconomia", afirmou Diniz.

Na última reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), em janeiro, a taxa Selic foi reduzida em um ponto percentual, de 13,75% para 12,75% ao ano. Porém, o professor de economia da Universidade de Brasília (UnB) José Luiz Oreiro lembra que este corte representa uma redução de apenas 0,25 ponto percentual com relação à taxa de setembro do ano passado, quando a crise se agravou.

"Pouco antes da eclosão da crise, o Banco Central aumentou a taxa em 0,75 ponto. Foram cinco meses de demora para reduzir em termos líquidos apenas 0,25 ponto", afirmou o economista, que também sugeriu redução do intervalo de cerca de 90 dias entre as reuniões do Copom e o corte de pelo menos um 1 ponto percentual em cada reunião.

Mesmo com o corte de janeiro, a taxa de juros real continua sendo a maior do mundo, lembrou o secretário-geral da Força Sindical, João Carlos Gonçalves, o Juruna. "A redução da taxa de juro ainda é pequena, porque ela continua uma das mais altas do mundo. Falta ousadia para baixar os juros e ajudar o cidadão. A permanência da taxa de juro alta é negativa para o País em meio a crise", afirmou Juruna.

Embora aprove as ações do governo, o senador Aloízio Mercadante (PT-SP) também acredita que o patamar da Selic está muito alto. "Sempre fomos os primeiros a entrar em qualquer crise, o que não aconteceu agora. A taxa Selic ainda é muito alta, mas o governo têm tomado medidas acertadas, como o aumento do salário mínimo, mesmo com um cenário de crise. Isso ajuda a movimentar o consumo. O governo está se esforçando para manter os investimentos e o crescimento", disse.

Tributos
De acordo com o economista Fabio Pina, da Fecomercio-SP, as ações mais positivas estão relacionadas à redução de tributos para alguns segmentos, como a indústria automobilística, que recuperou parte da queda nas vendas em janeiro com a isenção do IPI para carros 1.0 l e o corte para demais motorizações. A medida vale até o final de março.

"Essas medidas não só reduziram o preço, mas anteciparam o consumo daqueles que iriam comprar no futuro, dando um prêmio por conta da insegurança. Mexe diretamente com o principal problema que é a confiança do consumidor", afirmou. Juruna destacou que um bom ritmo de vendas é garantia de emprego. "É importante porque cada emprego na montadora significa 19 na cadeia produtiva", comentou o representante da Força Sindical.

Também em dezembro, o governo decidiu cortar pela metade a alíquota do Imposto de Renda para contribuintes que ganham entre R$ 1.434 e R$ 2.150 mensais. "O salário aumentava e a tabela não se modificava. As pessoas ganhavam mais e pagavam mais impostos", apontou Juruna. Outra redução de tributos do governo foi com relação ao Imposto sobre Operações Financeiras (IOF), que caiu de 3% ao ano para 1,5%.

Crédito
Na segunda metade de 2008, o colapso de bancos nos Estados Unidos por conta da crise do subprime provocou uma forte restrição de crédito no mundo inteiro. Uma das primeiras medidas anticrise do governo teve como objetivo restabelecer a oferta, com mudanças no recolhimento dos depósitos compulsórios por parte dos bancos. Segundo o presidente do Banco Central, Henrique Meirelles, as diversas modificações liberaram US$ 99,2 bilhões aos bancos até o final de janeiro.

Além disso, o governo concedeu R$ 36 bilhões das reservas internacionais para empresas brasileiras com dívidas no exterior e uma medida provisória autorizou o Banco do Brasil e a Caixa Econômica Federal a comprar carteiras de crédito de bancos privados. Para o diretor do Departamento de Pesquisas e Estudos Econômicos da Fiesp, Paulo Francini, estas medidas foram essenciais para combater os efeitos da crise.

"A crise se desenvolve no mundo em torno do tema crédito. E o crédito reduziu-se barbaridade no mundo. Então o governo lança mão de compulsório, lança mão de reservas, de medidas que permitem aos bancos comprar carteiras de bancos. Você vai tomando várias medidas para atender às demandas e o epicentro disso é crédito", afirmou.

No entanto, Oreiro, da UnB, adverte que a liberação dos compulsórios seria mais eficiente acompanhada de redução mais agressiva da taxa básica de juro. "Uma parte do crédito voltou, depois da forte retração em outubro e novembro. O que deveria ter sido feito junto à liberação do compulsório era uma redução mais drástica da taxa de juro. Sem isso, os bancos pegam as reservas e acabam comprando títulos públicos", explicou o economista.

Na opinião de Pina, as ações de distribuição de crédito via redução do compulsório e a disposição de capital de giro para empresas foram tomadas sem um cuidado maior na operação e não tiveram muito efeito. "O BNDES tem linhas que ficam paradas quase todo o ano, agora é pior ainda. Existem os recursos, mas as empresas e os bancos estão desconfiados. É preciso fazer com que os bancos tenham interesse em emprestar", afirmou o economista da Fecomercio-SP.

Futuro
Mesmo com todas essas medidas, a crise financeira ainda gera incertezas nos setores produtivos do País. Nos últimos meses, o medo do desemprego fez os consumidores adiarem compras. Por sua vez, a queda nas vendas pode obrigar as indústrias a cortarem a produção e demitir funcionários. Contra isso, empresários sugerem redução de jornada e de salários.

"Isto está previsto em lei. A Fiesp simplesmente manteve conversações com entidades sindicais quanto à aplicação daquilo que já está previsto em lei", afirmou Francini.

Segundo a ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff, uma das medidas que assegura um nível de emprego é a manutenção de investimentos no Programa de Aceleração do Crescimento (PAC). "Estamos esperando que a dificuldade ocorra em janeiro, fevereiro e março. Estamos certos que vamos manter o nível de investimento. É isso que funciona, é isso que significa investimento público. Ele funciona como um colchão. Por isso, nós colocamos R$ 100 bilhões no BNDES e a Petrobras ampliou o seu investimento em R$ 120 bilhões", afirmou.

Na mesma linha, Pina explica que a antecipação de gastos do governo substitui parte da demanda retraída do setor privado. "Ele dá o seguinte recado: não vou estourar as contas públicas, mas concentrar em um momento em que a demanda privada está pequena. Mas o governo não tem fôlego suficiente para fazer o papel de toda demanda", ressaltou. O economista da Fecomercio lembrou que a entidade já pleiteou junto ao governo isenções para transferência de imóveis e de automóveis, além de retirar o IPVA para veículos novos.

Já Oreiro foca suas propostas na capitalização do Banco do Brasil e da Caixa Econômica Federal pelo Tesouro para atender a demanda de crédito para capital de giro e reduzir o spread. "Aumentando o empréstimo e reduzindo as taxas, os dois vão forçar os bancos privados a acompanhar o movimento, até para não perderem participação no mercado", explicou o economista da UnB.

Até o Carnaval, o governou prometeu detalhar um pacote de incentivos para a construção de até um milhão de casas populares, direcionado a famílias com renda de até dez salários mínimos. "Estamos atentos a tudo o que está acontecendo e novas medidas serão tomadas caso haja uma avaliação de que sejam necessárias", disse o ministro da Fazenda, Guido Mantega, na última sexta-feira.

17:11
Anónimo disse...
Ex-ministro critica extensão do seguro-desemprego

Atualizada às 09h03

O ex-ministro do Trabalho Almir Pazzianotto criticou a decisão do governo federal de conceder o seguro-desemprego estendido a apenas alguns setores. "É certamente odioso e provavelmente inconstitucional", disse Pazzianotto, de acordo com o jornal O Estado de S. Paulo.

Na última qurta, dia do anúncio da medida, centrais sindicais elogiaram a atitude do governo. A Força Sindical divulgou nota dizendo que "o aumento ajudará a aquecer parte da economia, já que irá gerar mais consumo, produção e conseqüentemente, a criação de novos postos de trabalho". A União Geral dos Trabalhadores (UGT) afirmou que a medida "contribuirá para minimizar o drama dos trabalhadores que perderem seu emprego por conta da crise".

O ex-ministro, que instituiu o seguro-desemprego no País no governo de José Sarney, destacou a necessidade de as centrais sindicais se manifestarem contra a determinação. Para ele, as mudanças devem ser aplicadas a todas as categorias profissionais e a distinção é contrária ao artigo 3º da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT).

Pazzianotto atribui a medida a um possível temor do governo de que a crise econômica seja longa e não haja dinheiro para atender a todas as necessidades. Ainda assim, ele se mostra contrário ao método de concessão. "O seguro-desemprego ajuda a sanar necessidades básicas. Estendê-lo é paliativo, não a solução", disse ao jornal.

De acordo com o presidente do Conselho Deliberativo do Fundo de Amparo ao Trabalhador (Codefat) e conselheiro da Força Sindical, Luiz Fernando Emediato, a determinação já estava prevista na lei 8.900/94, que trata do seguro-desemprego.

O presidente da Comissão de Trabalho da Câmara, Pedro Fernandes (PTB-MA) vai além na crítica à concessão do seguro para apenas alguns setores. Ele acredita que a ampliação do benefício estimula o desemprego.

Quintino Severo, secretário geral da Central Única dos Trabalhadores (CUT), lembra que a ampliação do benefício sem critério e identificação pode incentivar demissões em outros setores.

17:13
Anónimo disse...
Empresas
TAM faz promoção para destinos internacionais

A companhia aérea TAM anunciou nesta sexta-feira tarifas promocionais para trechos internacionais. Os preços valem para bilhetes comprados entre 6h deste sábado e 23h59 deste domingo e são válidos para classe econômica. As tarifas, para ida e volta, serão vendidas a partir de US$ 99, mais taxas.

Segundo a aérea, a promoção vale para viagens feitas no período de 14 de fevereiro a 18 de junho de 2009. Para destinos na América do Sul, a permanência mínima é de dois dias; para bilhetes com destino nos Estados Unidos, cinco dias; e Europa, sete dias. A permanência máxima para as passagens para América do Sul e EUA é de dois meses e para Europa, três meses.

Entre os exemplos de tarifas promocionais, a TAM oferece São Paulo-Lima por US$ 99. Bilhetes para a rota São Paulo-Santiago serão vendidos a partir de US$ 199 e São Paulo-Nova York, US$ 799.

A emissão dos bilhetes deve ser feita obrigatoriamente no ato da reserva, obedecendo às regras estipuladas pela companhia. A compra está sujeita à disponibilidade de assentos nas classes tarifárias determinadas, trechos, horários e datas. A TAM afirmou que também há tarifas promocionais para a classe executiva.

Mais informações podem ser encontradas no site promocional (www.ofertastam.com.br), no site da empresa (www.tam.com.br) ou pelos telefones 4002-5700 ou 0800 5705700.

Anónimo disse...

17:13
Anónimo disse...
Empresas
Consultoria negocia compra do parque temático Hopi Hari

A consultoria especializada em reestruturação de empresas Íntegra Associados informou nesta sexta-feira ter um acordo para comprar o parque de diversões Hopi Hari, localizado no interior de São Paulo. A empresa estaria disposta a investir R$ 10 milhões no parque, que tem dívida estimada em R$ 800 milhões. As informações são da edição deste sábado do jornal Folha de S. Paulo.

De acordo com o jornal, a transação ainda depende da negociação entre o Hopi Hari e seus credores, o que já estaria em andamento.

A consultoria paulista já atuou junto à Parmalat, durante 30 meses, quando reorganizou a gestão da empresa italiana.

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17:14
Anónimo disse...
Empresas
Disney de Tóquio contratará mais 2 mil apesar da crise


A Oriental Land, o operador da Disneylândia Tóquio e DisneySea, organizou neste domingo entrevistas para contratar cerca de 2 mil trabalhadores em tempo parcial, em um momento de grandes demissões deste tipo de empregados no Japão.

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O operador deste parque temático, situado em Urayasu, na província de Chiba (leste de Tóquio), está em pleno processo de seleção de empregados para 20 tipos de postos trabalhistas diferentes.

Segundo a companhia, citada pela agência local de notícias Kyodo, o parque contratará novos trabalhadores para as atrações, para os restaurantes e guardas de segurança entre outros. Os novos contratados começarão a trabalhar a partir de fevereiro.

O processo de seleção acontece em um momento em que a maioria das grandes companhias japonesas começaram a se ver obrigadas a despedir uma elevada percentagem de seus trabalhadores temporários e a tempo parcial.

Algumas inclusive anunciaram demissões de seus trabalhadores fixos, uma medida muito pouco comum nas companhias japonesas, perante os efeitos piores que o esperado pela crise econômica global.

Cerca de uma centena de pessoas esperavam desde a primeira hora desta manhã a abertura do centro de conferências Tokyo International Forum, onde as entrevistas estão sendo feitas, para ser os primeiros a solicitar os postos de trabalho.


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17:15
Anónimo disse...
Economia Internacional
Senado dos EUA aprova plano de estímulo à economia

O Senado dos Estados Unidos aprovou com 60 votos a favor e 38 contra o plano de estímulo à economia de US$ 787 bilhões na madrugada deste sábado. Agora, ele segue para sanção ou veto do presidente Barack Obama, que espera colocar a lei em prática até o dia 16 de fevereiro.

O plano prevê a criação de três milhões de empregos, inclui cortes de impostos às famílias, fundos para programas sociais e obras públicas, além de ajuda aos governos estaduais, estudantes e desempregados.

A cláusula Buy American - que exige o uso de ferro, aço e produtos manufaturados dos Estados Unidos em obras realizadas com recursos do pacote - ficou de lado. Segundo o texto definitivo, a cláusula será aplicada sem violar as normas do comércio internacional.

Ontem à tarde, a Câmara de Representantes (deputados) havia aprovado, por 246 votos a favor e 183 contra, a versão final do plano. Todos os republicanos foram contrários ao pacote.

Pelo acordo de quarta-feira entre Câmara e Senado, em vez de custar US$ 819 bilhões, como queriam os deputados, ou US$ 838 bilhões como pretendiam os senadores, o pacote ficou em cerca de US$ 787 bilhões, com 65% desse total destinado a gastos do governo federal e 35%, a créditos tributários.

17:16
Anónimo disse...
Economia nacional
Na era Lula, aposentadoria sobe 54% menos que salário mínimo

Thatiane Faria
Especial para o Terra
Direto de São Paulo

Os índices de reajustes concedidos pelo governo em 2009 para aposentados e pensionistas e para o salário mínimo repetiram uma diferença que, só durante o governo de Luiz Inácio Lula da Silva, já chega a 54%. Enquanto o mínimo foi majorado em 12% este ano, as pensões e aposentadorias tiveram aumento de 5,92%. Aposentados que têm o benefício do governo como única fonte de renda reclamam que perdem poder de compra e que sua cesta de compras é composta por itens que aumentam mais em relação à inflação oficial.

Um exemplo prático pode ser entendido a partir da comparação entre um aposentado que ganhava R$ 600 em janeiro de 2003. Na época, o benefício era três vezes, ou 200%, maior que o valor do mínimo em vigência, que era de R$ 200. Aplicando-se os índices de reajuste para aposentadorias e para o mínimo durante os últimos seis anos, o mesmo aposentado estaria recebendo hoje R$ 938,47, comparado a um salário mínimo de R$ 465. A diferença entre os dois valores caiu para pouco mais de 100%.

Enquanto o índice acumulado de reajuste para a aposentadoria durante o governo Lula foi de 60%, para o salário mínimo está em 132%.

O diretor do Sindicato Nacional dos Aposentados, João Inocentini, reclama que os valores dos benefícios para aposentadorias não mantêm o poder de compra do grupo, principalmente dos aposentados que recebem menos que dez salários mínimos.

Nem mesmo o fato de o índice de reajuste das aposentadorias ter ficado acima da inflação acumulada no mesmo período (o IPCA entre janeiro de 2003 e janeiro de 2009 foi de 39,7%) serve de argumento, segundo os aposentados.

"Os idosos, principalmente, têm gastos além das contas gerais como gás, telefone e aluguel. Para eles o custo com remédios, e outros itens da área saúde costuma ser maior", afirmou Inocentini.

O presidente do sindicato afirmou que o grupo realiza um estudo com 100 itens de necessidade de um idoso para comparar o aumento dos produtos com o índice de reajuste do benefício recebido pelos aposentados.

"Daqui dois meses vamos abrir um processo na Justiça e levar essa pesquisa como prova. Segundo a lei, o governo é obrigado a manter o poder de compra com a aposentadoria", disse Inocentini.

Alternativas
O consultor financeiro Cláudio Boriola diz que os aposentados, especialmente nesse momento de crise econômica, devem evitar compras parceladas, pesquisar preços, negociar e fazer bom planejamento financeiro.

Segundo Boriola, alguns aposentados ganham um valor mensal muitas vezes insuficiente para o pagamento das contas e acabam pedindo crédito ou realizando pagamentos a prazo e são obrigados a pagar juros altos.

Na opinião do consultor, pagar uma previdência privada é uma alternativa indicada para quem ainda trabalha, considerando a característica de perda de poder de compra da aposentadoria.

"Na prática, infelizmente os valores encontram-se em um patamar que está deteriorando o poder de aquisição da população brasileira", completou Boriola.

De acordo com o diretor da Confederação Brasileira de Aposentados e Pensionistas (Cobap), Vicente Fernandes Barbosa, representantes dos aposentados tentarão um encontro com o presidente da Câmara, deputado Michel Temer (PMDB-SP), para discutir projetos que minimizem a perda dos aposentados

17:17
Anónimo disse...
Previdência
Previdência prorroga isenção de tarifas no benefício

O atual sistema de pagamento aos 26 milhões de aposentados e pensionistas do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) será mantido até o final deste ano. O acordo, que permite realizar a operação sem nenhum custo aos beneficiários, foi renovado nesta sexta-feira, entre o governo federal e 21 instituições financeiras.

Por meio desse acordo, vigente desde setembro de 2007, nem os segurados, nem os bancos e nem o governo arcam com o pagamento de tarifas, conforme explicou o ministro da Previdência Social, José Pimentel. A prorrogação vale até dezembro, data máxima para que a Previdência defina as regras para um novo contrato.

Ao assinar o termo de renovação, na sede da Federação Brasileira dos Bancos (Febraban), o ministro disse que a intenção do governo é mudar o atual modelo de gestão visando a reduzir os custos dessas operações em torno da folha mensal, que atinge R$ 15,8 bilhões. No entanto, qualquer alteração, conforme explicou, passará antes por audiências públicas a serem realizadas a partir do segundo semestre deste ano, atendendo a determinação do Tribunal de Contas da União (TCU).

De acordo com Pimentel, com um redesenho do mecanismo de repasse dos recursos aos bancos em torno da folha de pagamento dos segurados o que se busca é um aumento da participação de instituições financeiras. Ele informou que, desde 2007, cada benefício custa em média R$ 1,07 ao governo. "Quanto mais instituições financeiras estiverem prestando serviços à sociedade, maior é a competitividade, a agilidade no atendimento", justificou.

O ministro observou, ainda, que, para permitir uma redução para algo em torno de meia hora no tempo de atendimento para a concessão dos direitos previdenciários, o governo investiu R$ 280 milhões.

Questionado sobre o descontentamento dos segurados que ganham acima de um salário mínimo terem obtido apenas a correção com base na variação do Índice de Preços ao Consumidor (INPC) , ficando abaixo do reajuste dado a quem recebe apenas o mínimo, Pimentel argumentou que o governo seguiu o que determina a lei e descartou a possibilidade de uma revisão

17:17
Anónimo disse...
Empresas
Caterpillar oferece aposentadoria antecipada a 2 mil


A companhia americana Caterpillar ofereceu a cerca de dois mil funcionários incentivos para que se aposentem de forma voluntária antes do previsto, pela perspectiva de uma queda "significativa" da atividade industrial, informou nesta quarta-feira a empresa.

A iniciativa, destinada aos trabalhadores de diversas fábricas em Illinois, Colorado, Tennessee e Pensilvânia, se soma aos cortes de empregos anunciados em janeiro, explicou em comunicado de imprensa.

A empresa, a maior fabricante mundial de maquinaria pesada para a construção e a mineração, acrescentou que, "em função das condições de negócio, podem ser necessárias mais reduções de elenco voluntárias e involuntárias à medida que o ano avança".

O vice-presidente da companhia, Sid Banwart, explicou que a empresa prevê "demissões significativas em todas as regiões geográficas e na maioria dos setores devido às dificuldades da economia mundial".

17:18
Anónimo disse...
Comércio
Comércio exterior da OCDE caiu no 3º trimestre de 2008


As exportações e as importações dos países da Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Econômico (OCDE) caíram 1,6% e 0,2%, respectivamente, no terceiro trimestre de 2008, em relação aos três meses anteriores.

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Trata-se da primeira queda destas atividades desde o terceiro trimestre de 2006, segundo o último relatório trimestral sobre fluxos comerciais divulgado pela OCDE.

As exportações e as importações em dólares dos 30 Estados-membros caíram 15,6% e 17%, respectivamente, na comparação anualizada.

Por sua vez, o comércio dos sete países mais ricos do mundo (G7) teve um pequeno crescimento no terceiro trimestre de 2008 com uma queda das exportações de mercadorias de 0,2% em relação ao trimestre anterior e um aumento de 0,4% das importações.

Em termos anualizados, as importações do G7 caíram 1,4% entre julho e setembro do ano passado, seu primeiro retrocesso desde o terceiro trimestre de 2006, enquanto as exportações aumentaram 1,9%, seu crescimento mais baixo no mesmo tempo.

Por países, a Alemanha aumentou suas importações em 3,4% - valor mais alto do G7 -, enquanto suas exportações caíram 2,9% do segundo para o terceiro trimestre de 2008.

Pelo contrário, as exportações americanas aumentaram 1,8% entre julho e setembro de 2008, enquanto as importações caíram 0,7% em relação ao trimestre anterior. No Japão, tanto as importações quanto as exportações caíram em torno de 1% no mesmo período.

17:19
Anónimo disse...
Economia Nacional
Lula: juros de crédito consignado a aposentados são altos

Atualizada às 17h29

O presidente Luis Inácio Lula da Silva afirmou nesta terça-feira, em São Paulo, que está lutando para reduzir as taxas de juros cobradas de aposentados em crédito consignado. A Previdência Social estabelece uma taxa máxima de 2,5% para empréstimo e de 3,5% para cartão. Para Lula, os valores são altos.

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"Acho que o juro que os aposentados estão pagando hoje com o crédito consignado é alto para o padrão brasileiro", disse o presidente durante a cerimônia de comemoração dos 86 anos do INSS.

A Previdência anunciou nesta terça-feira que aposentados e trabalhadoras com licença-maternidade poderão receber seus benefícios em 30 minutos. De acordo com Lula, em junho, a aposentadoria do trabalhador rural também será conseguida em meia hora.

Além disso, o presidente anunciou que, também em junho, os trabalhadores que alcançarem o direito à aposentadoria passarão a receber em suas casas um comunicado da Previdência informando o fato e o valor do salário que têm direito a receber. "É um comprometimento público que estou fazendo com os companheiros da Previdência Social", disse.

"Estamos retribuindo ao contribuinte da Previdência Social aquilo que é a cidadania que ele tem direito", afirmou Lula. "Se para cobrar nós somos tão precisos, para devolver o dinheiro, temos que chegar próximo à perfeição", completou.

17:20
Anónimo disse...
Economia Nacional
Salário maternidade sairá em 30 minutos, diz ministro

Toda trabalhadora autônoma que tiver contribuído pelo menos 10 meses com o Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) - ou as que possuírem carteira assinada - poderão receber em 30 minutos o salário maternidade a partir desta terça-feira. Da mesma forma, as mulheres com 30 anos de contribuição e os homens com 35 anos também terão direito ao benefício de forma mais rápida. A informação é do ministro da Previdência Social, José Pimentel.

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Para requerer o salário maternidade, é preciso que as autônomas levem a carteira de identidade e o carnê de contribuição. As demais trabalhadoras devem apresentar a identificação e a carteira de trabalho. Desde o início do mês, a nova forma de análise para a concessão de benefícios foi adotada para a aposentadoria por idade do trabalhador urbano e agora foi estendida para o salário maternidade e por tempo de contribuição.

O ministro disse que a qualificação do serviço da previdência social é o reconhecimento do direito dos trabalhadores e da afirmação da cidadania.

"Até pouco tempo na cabeça do cidadão o serviço devia ser de péssima qualidade. Agora não, nós modificamos toda a legislação no mês de dezembro numa ação conjunta do Congresso Nacional com o governo federal. Estamos implantando e concedendo os benefícios em até 30 minutos", afirmou.

O ministro destacou que para conseguir se aposentar ou ter acesso à licença maternidade em 30 minutos, em primeiro lugar, é necessário que o cidadão esteja vinculado à Previdência, o que inclui 65% da população acima de 16 anos de idade.

"Depois bastar marcar pelo sistema 135 o dia e a hora do atendimento e levar a documentação. Se todos os dados necessários estiverem corretos o contribuinte será atendido em até 30 minutos, como vem sendo feito com as aposentadorias por idade desde o dia cinco de janeiro", explicou.

Pimentel disse ainda que em 90% das agências da previdência social o atendimento é marcado em até 48 horas. Nos grandes centros, entretanto existe um volume maior o que torna mais lento o processo.

"Estamos criando mais 715 agências até 2010, em todo o território nacional, para descentralizar o atendimento. Em 2008, atendemos 295 mil benefícios e aposentadorias por idade. Temos 4 mil pessoas por dia procurando e se aposentando por idade no território nacional. Este serviço será agilizado", concluiu.
17:26
Anónimo disse...
Giuseppe Englaro, pai de Eluana, a italiana que morreu na segunda-feira passada por desidratação, recusou uma grande soma de dinheiro de um conhecido fotógrafo italiano que queria retratar a filha em estado de coma, disse neste sábado o neurologista que atendia a mulher desde 1996, Carlo Defanti.

O neurologista, que participou hoje de uma conferência sobre eutanásia, disse que Englaro respeitou a vontade da filha, que, antes do acidente, tinha pedido que, se lhe ocorresse qualquer coisa irreversível, apresentasse sua imagem de quando estava em boas condições.

Antes de sofrer o acidente de trânsito, em 1992, Eluana viveu o coma de um amigo, Alessandro, o que causou forte impacto na italiana e a levou a fazer o pai prometer que não a deixasse viver em estado vegetativo, disse o próprio Giuseppe Englaro.

Defanti, que dissera que Eluana poderia viver de dez a 12 dias depois da suspensão da alimentação e da hidratação, disse que, como médico, tinha que reprovar esta afirmação.

"Não se pode sobreviver após três ou quatro dias sem líquido e, em particular, água em um corpo. Sabemos bem que, quando há um terremoto, após quatro dias é difícil encontrar sobreviventes".

Defanti ressaltou que Eluana "não falava, não se comunicava com o exterior" e que, após vários exames, "nos deparamos com uma moça que tinha perdido a consciência", porque estava com o córtex cerebral prejudicado.

Eluana foi enterrada na quinta-feira passada no túmulo da família na localidade de Paluzza, em Udine, após um funeral que não contou com a presença dos pais.

16:53
Anónimo disse...
Os bombeiros combatem neste sábado os incêndios na Austrália favorecidos pelo bom tempo, enquanto os deslocados encotram em seu retorno casas derruídas, carros queimados nas ruas e destruição.

Depois de sete dias desde que começaram os incêndios no Estado de Victoria, a lista de mortos chega a 181, os desaparecidos somam 50, os edifícios destruídos totalizam 1,834 mil e o terreno arrasado, principalmente florestas, ocupa uma área de 4,13 mil quilômetros quadrados.

As equipes de bombeiros, formadas por 4 mil profissionais de Victoria, de outras partes da Austrália e de países amigos, combateram hoje 12 focos fora de controle e nenhum representava uma ameaça direta para a população.

O subdiretor do Serviço de Bombeiros, Geoff Conway, disse que este tempo favorável, que se prolongará durante o domingo, permite consolidar as linhas de contenção e avançar na extinção das chamas.

Cinzas apareceram arrastadas por ventos do nordeste sobre Melbourne, onde habitam 3,8 milhões de pessoas, e as autoridades alertaram aos cidadãos do risco para a saúde de idosos, crianças e pessoas com problemas respiratórios.

O número de pessoas deslocadas - a Cruz Vermelha chegou a receber 7 mil - começou a cair com a abertura de algumas localidades atingidas.

Os incêndios, alguns criminosos, começaram em 7 de fevereiro, quando a região sul da Austrália estava há duas semanas sob uma onda de calor sem precedentes.

Na sexta-feira passada, a polícia acusou uma pessoa de ter provocado o incêndio que atingiu a localidade de Churchill e matou 21 pessoas.

16:55
Anónimo disse...
A primeira chuva em seis dias reduziu a ameaça de incêndios no Estado de Victoria, ao sul da Austrália. As autoridades, porém, advertiram que ainda existem 12 focos, mas que nenhum deles ameaça áreas povoadas.

Mais de quatro mil bombeiros, mil provenientes de outras partes do país e de outras nações, trabalham contra o fogo. Cerca de 600 veículos e 28 helicópteros e pequenos aviões estão sendo usados.


Eles conseguiram construir linhas de contenção para evitar os incêndios de Yarra e Maroondah se juntassem. Também foram controlados os incêndios abertos de Yea e Murrindindi, que ameaçavam as comunidades de Connellys Creek, Crystal Creek, Scrubby Creek e Native Dog Creek.

O número de mortos chegou a 181, mas as autoridades acreditam que as vítimas devem passar de 200, já que ainda há muitos desaparecidos.

16:55
Anónimo disse...
Aqui nesta coluna, na semana passada, tive a oportunidade de comentar sobre a recente visita do professor brasileiro Pedrinho Guareschi à Austrália. Não dei, porém, os fatos, pois semana passada o assunto era outro.

Hoje, porém, vamos a eles.

No último dia 4 de fevereiro, aconteceu o Seminário "Paulo Freire: Education and Liberation", organizado pelo centro de estudos latino-americanos da Universidade Nacional da Austrália, ou ANU, como é mais conhecida por aqui.

A ANU, para quem não sabe, está entre as 20 melhores universidades do mundo! E tem sede aqui em Camberra, capital da Austrália.

Na abertura do evento, o professor John Minns, diretor do centro latino-americano, ao dar boas-vindas ao público presente, lembrou ser aquele o primeiro seminário exclusivamente dedicado a Paulo Freire na Austrália.

Em seguida, convidou Pedrinho Guareschi, palestrante principal do Seminário, a fazer sua apresentação.

A plateia pode então conhecer, pelas palavras de Pedrinho, um pouco da obra e da vida de Freire, esse brasileiro de fé e valor, que sempre acreditou na educação, sobretudo dos menos favorecidos, analfabetos, como força libertadora.

Como não podia deixar de ser, os conceitos e ideias revolucionários de Paulo Freire, expostos com clareza por Pedrinho, despertaram o interesse e a curiosidade de plateia. A qual, deve-se notar, era na maioria de estudantes, mas de várias nacionalidades, sobretudo australianos e asiáticos.

Na continuação do programa do seminário, que se estendeu por dois dias, outros professores fizeram palestras sobre temas ligados à obra de Paulo Freire.

Interessante, por exemplo, saber que a professora Anne Hickling-Hudson, jamaicana que mora na Austrália há muitos anos (é professora da ANU), conheceu e trabalhou com Freire num workshop educacional durante a revolução na Ilha de Granada, em 1980, antes da invasão dos Estados Unidos...

Ou, então, a palestra da Professora Gerda Roelvink, da Nova Zelândia, que participou do Fórum Social de Porto Alegre em 2005. E essa participação transformou-se em tema de doutorado.

No dia 10, terça-feira passada, o padre Pedrinho Guareschi voltou a falar ao público australiano em grande auditório localizado no belíssimo campus da ANU. Desta vez, sobre a Teologia da Libertação.

Depois da palestra, John Minns mostrou o filme mexicano "O Crime do Padre Amaro", no qual um dos personagens é um padre católico praticante da Teologia da Libertação.

Mais uma vez, foi grande o intersse da platéia, que pode aprender e conhecer um pouco como se desenvolveu aquele importante movimento católico na América Latina.

Fica, assim, ao Pedrinho, bem como a outros brasileiros estudiosos e de bom coração que saem pelo mundo a divulgar aspectos importantes da cultura brasileira, o respeito e a homenagem desta coluna. E... aquele abraço!

16:57
Anónimo disse...
Amanda Kitts perdeu o braço esquerdo em um acidente de automóvel acontecido três anos atrás, mas hoje em dia ela joga futebol americano com seu filho de 12 anos de idade, troca fraldas e abraça as crianças nas três creches Kiddie Cottage que opera em Knoxville, Tennessee. Kitts, 40 anos, faz tudo isso com a ajuda de um novo tipo de braço artificial que se movimenta com mais facilidade do que outros aparelhos e que ela pode controlar utilizando apenas seus pensamentos.

"Eu sou capaz de mexer a mão, o pulso e o cotovelo ao mesmo tempo", diz. "Você pensa e os músculos se movem em seguida".

A recuperação que ela conseguiu resulta de um novo procedimento que vem atraindo crescente atenção porque permite que pessoas movam braços protéticos de forma mais automática do que faziam no passado, simplesmente utilizando nervos reaproveitados em seus cérebros.

A técnica, conhecida como "renervação muscular dirigida", envolve utilizar os nervos que restam depois da amputação de um braço e conectá-los a outro músculo do corpo, em geral no peito. Eletrodos são instalados sobre os músculos do peito, e operam como se fossem antenas. Quando a pessoa deseja mover o braço, o cérebro envia sinais que primeiro resultam em contração dos músculos do peito, os quais enviam um sinal ao braço protético, instruindo-se a se movimentar. O processo não requer mais esforços consciente do que a pessoa teria de exercitar caso ainda tivesse seu braço natural.

Na terça-feira, pesquisadores reportaram em estudo publicado pela versão online do Journal of the American Medical Association que haviam levado a técnica ainda mais à frente, tornando possível a execução de 10 movimentos de mão, pulso e cotovelo diferentes, o que representa uma substancial melhora com relação ao típico repertório protético, que em geral envolve apenas dobrar o cotovelo, girar o pulso e abrir a mão.

"Os novos métodos tiveram impacto dramático em nosso campo de trabalho", disse Stuart Harshbarger, engenheiro biomédico na Universidade Johns Hopkins e diretor do programa de pesquisa sobre próteses, financiado pelas forças armadas, que inclui o trabalho com essa técnica. "O método já está em uso por médicos e cirurgiões comuns em todo o país. A capacidade de controlar um membro protético bastante robusto que ele confere surpreendeu a todos pela qualidade".

Tipicamente, uma pessoa que tenha um braço protético só é capaz de executar alguns poucos movimentos, e muitas vezes com tamanha lentidão que isso só permite a ela atividades limitadas.

Há um motor separado para cada movimento, diz Gerald Loeb, professor de engenharia biomédica na Universidade do Sul da Califórnia, "e esses motores precisam ser controlados de maneira explícita", usualmente por um esforço consciente da pessoa para contrair músculos nas costas ou no bíceps.

"Essencialmente, até agora os pacientes controlavam apenas um motor de cada vez", diz Loeb, "e precisavam pensar cuidadosamente sobre que motor desejavam controlar e como fazê-lo operar, em lugar de simplesmente pensarem em mover o braço e poderem fazê-lo sem delongas".

Antes que Kitts passasse pelo procedimento de renervação, em outubro de 2007, por exemplo, ela precisava movimentar os músculos de suas costas de determinada maneira para fazer com que seu pulso girasse, e flexionar seu bíceps e tríceps para fazer com que o cotovelo se movesse para cima e para baixo. "Era muito trabalho", ela conta. "E não me ajudava muito".

O procedimento de renervação é parte de uma recente explosão de idéias novas e técnicas inovadoras que estão sendo exploradas enquanto os cientistas se esforçam por ajudar as pessoas a compensar melhor a perda de membros ou problemas de paralisia. O esforço vem sendo alimentado pelo aumento no número de amputações causado por diabetes e por ferimentos sofridos pelos militares, e ao mesmo tempo pelos avanços na tecnologia médica.

Os braços se tornaram um dos focos essenciais desse tipo de trabalho. A ciência há muito vem obtendo sucessos no desenvolvimento de próteses de perna, mas é muito mais difícil imitar a complexidade e a destreza das mãos e dos braços.

Os esforços em curso incluem o desenvolvimento de projetos de pele e braços mais sensíveis e mais flexíveis, e o uso de dispositivos acionados por controles sem fio implantado nos braços protéticos, que permitiriam movimentos mais naturais.

Os pesquisadores também vêm usando sensores implantados nos cérebros de cobaias para permitir que dois macacos controlem um braço mecânico, e um teste com um homem paralítico permitiu, com esse método, que ele movimentasse um cursor em uma tela de computador.

Alguns desses métodos, caso venham a ser aperfeiçoados plenamente e consigam aprovação das autoridades regulatórias da saúde, podem no futuro se tornar mais viáveis para os pacientes de amputações.

E embora a técnica da renervação não requeira aprovação das autoridades regulatórias porque é executada por meios cirúrgicos e emprega aparelhos já existentes, ela apresenta limitações que até mesmo seus criadores reconhecem, entre as quais o fato de que não se pode utilizá-la para todos os pacientes, o seu alto custo e o prazo de meses requerido para que os nervos reconectados cresçam e se tornem efetivos.

Ainda assim, os especialistas dizem que é o mais avançado sistema em uso hoje para pacientes reais que permite que o sistema nervoso controle diretamente o movimento de um braço artificial.

Desde sua introdução por Todd Kuiken, médico fisioterapeuta e engenheiro biomédico do Instituto de Reabilitação de Chicago, o método foi empregado em cerca de 30 pacientes nos Estados Unidos, Canadá e Europa, entre os quais oito soldados feridos no Iraque e no Afeganistão.

Muitos dos pacientes, entre os quais o primeiro, Jesse Sullivan, um operário do setor elétrico no Tennessee que perdeu os dois braços quando foi eletrocutado por um cabo, conseguem não apenas manipular seus braços protéticos mas sentir a presença das mãos que já não têm quando alguém toca em seus peitos.

Sullivan, 62 anos, e Kitts, estavam entre os cinco pacientes que participaram do estudo reportado na terça-feira. Em companhia de cinco outras pessoas que não passaram por amputações, eles receberam os eletrodos e foram instruídos a usar pensamentos para fazer com que um braço virtual na tela reproduzisse 10 movimentos diferentes, entre os quais três formas diferentes de aperto de mão.

Os pacientes apresentaram desempenho bastante respeitável, apenas um pouco mais lento e menos preciso do que os dos participantes que não tinham amputações.

"As velocidades de movimento que encontramos em nossos pacientes foram realmente encorajadoras", disse Kuiken. "Eles conseguiram completar a tarefa. É claro que não foram tão competentes quanto as pessoas dotadas de plena capacidade física, mas foram bons o bastante".

Um braço virtual foi usado porque a maioria das próteses existentes não era capaz de acomodar todos aqueles movimentos, no momento da pesquisa, ainda que Sullivan, Kitts e uma terceira paciente, Claudia Mitchell, tenham experimentado dois novos protótipos mais versáteis de braços artificiais, executando tarefas complexas com bolas de tênis e outros objetos.

O trabalho de renervação em soldados apresenta outros desafios, diz Kuiken, porque os ferimentos militares muitas vezes "causam danos muitos extensos" a nervos, músculos ou ossos.

Daniel Acosta, 25 anos, um aviador ferido pela detonação de uma bomba em uma estrada do Iraque em 2005, passou pelo procedimento no ano passado e diz que seu braço esquerdo protético agora se movimenta "muito mais rápido" e de maneira muito mais natural.

"A diferença é que agora não preciso mais pensar para mover o braço", ele diz. "Ele simplesmente se mexe".

Ainda assim, Acosta, de San Antonio, diz que "o processo foi bastante longo" e que os eletrodos precisam ser ajustados para receber os sinais à medida que os nervos crescem ou mudam de posição.

E embora elogiem o método, os especialistas afirmam que a ciência das próteses de braço ainda tem muito por avançar.

"Trata-se de uma parte crucial, mas ainda assim apenas uma parte, das muitas coisas que compreendem a função normal de um braço", disse Loeb, que escreveu um editorial que acompanha o artigo no Journal of the American Medical Association.

"No momento estamos a meio do caminho entre o braço de 'Dr. Fantástico', que fazia involuntariamente a saudação nazista, e o braço de Luke Skywalker em 'Guerra nas Estrelas', que funciona sem nenhum problema assim que é conectado. Creio que precisaremos ainda de muitos anos para conectar todas as peças necessárias a produzir um braço capaz de funcionar normalmente".

17:04
Anónimo disse...
A Espanha disse neste sábado que está preparando uma reclamação oficial contra a decisão da Venezuela de expulsar um membro do Parlamento Europeu que criticou o conselho eleitoral venezuelano.
Luis Herrero, membro do partido conservador espanhol PP, foi deportado na sexta-feira depois que o Conselho Nacional Eleitoral (CNE) o acusou de questionar a imparcialidade da instituição antes de um referendo que pode permitir ao presidente Hugo Chávez permanecer no cargo indefinidamente.

Herrero estava na Venezuela como observador do referendo. Ele acusou Chávez de ter "comportamentos típicos de um ditador" por pedir a contenção de manifestações da oposição.

O governo da Espanha convocou um encontro com o embaixador da Venezuela em Madri para expressar a desaprovação sobre a expulsão de Herrero, disse um representante do Ministério das Relações Exteriores espanhol.

As relações da Venezuela com a Espanha tiveram seu ponto crítico em 2007, quando Chávez ameaçou rever acordos diplomáticos e comerciais depois de ouvir um "cala a boca" do rei espanhol Juan Carlos durante uma cúpula.

A fenda foi oficialmente reparada em 2008, com uma visita oficial de Chávez à Espanha, onde ele cumprimentou o rei e discutiu acordos para investimento no setor petroquímico com o primeiro-ministro José Luis Rodriguez Zapatero.

17:06
Anónimo disse...
A polícia do Zimbábue anunciou neste sábado que acusa de traição Roy Bennett, dirigente do até agora opositor Movimento para a Mudança Democrática (MDC), detido na sexta-feira, em Harare, poucas horas antes da cerimônia de posse dos membros do novo gabinete.

"A Polícia nos informou que vão apresentar acusações de traição", disse à agência EFE o advogado de defesa de Bennett, Trust Maanda.

"Tentam relacionar Roy com o caso de Mike Hitschmann, que foi detido em 2006 em relação à descoberta de um carregamento de armas, apesar de que Hitschmann não tenha sido declarado culpado das acusações de traição apresentadas contra ele, mas de um crime menor de descumprimento de leis", disse Maanda.

O político opositor, designado por seu partido como vice-ministro de Agricultura no Governo de união nacional, esteve no exílio na vizinha África do Sul desde 2006 e retornou ao Zimbábue há duas semanas.

Segundo a Polícia, que deteve Bennett ontem no aeroporto de Harare quando pretendia ir à África do Sul para visitar sua família, as armas apreendidas em 2006 seriam utilizadas em um golpe de Estado para derrubar o presidente do Zimbábue, Robert Mugabe.

Depois da detenção, Bennet foi levado a Mutar, onde vários simpatizantes do MDC se concentraram em frente à delegacia na qual estava detido, diante do que a Polícia respondeu com tiros para o alto para dispersar os manifestantes.

17:07
Anónimo disse...
Austrália: 14 mil se candidatam a 'emprego dos sonhos'

A secretaria de Turismo de Queensland, na Austrália, informou que até esta segunda-feira já recebeu cerca de 14 mil inscrições para o "o melhor emprego do mundo". O Estado australiano promove pela internet seleção para vaga de "zelador" da ilha Hamilton, por seis meses com um salário de R$ 40 mil.

Muitos candidatos tiveram problemas durante a inscrição por conta dos acessos simultâneos ao site. A secretaria aconselha enviar os vídeos de 60s explicando porque deve ser escolhido em horários alternativos do dia, além de recomendar tamanho em torno de 40MB.

As inscrições começaram em 12 de janeiro e vão até o próximo dia 22 e podem ser feitas pelo site www.islandreefjob.com. O governo australiano escolherá 50 candidatos para a próxima fase da seleção, que terá votos do público para eleger um dos 11 finalistas.

A última fase terá entrevistas e desafios físicos, no próprio local de trabalho: as ilhas da Grande Barreira Coralina - o maior recife de coral do mundo. A secretaria de Turismo anunciará o vencedor no dia 6 de maio.

17:09
Anónimo disse...
Mercado elogia governo na crise, mas pede maior queda no juro

Peter Fussy
Direto de São Paulo

Desde as primeiras medidas anunciadas para combater os efeitos da crise, o governo brasileiro avisou que a estratégia não contemplaria um pacote. Seriam doses pontuais, de acordo com a necessidade da economia diante do agravamento das turbulências. Da primeira liberação dos depósitos compulsórios em setembro até a ampliação do seguro-desemprego na última quarta-feira, o governo passou por redução de impostos, ampliação de crédito e incentivos à exportação. Quase 150 dias após a primeira medida, o Terra conversou com líderes do setor público e privado, representantes dos trabalhadores, acadêmicos e com o próprio governo para saber quais destas ações foram mais eficazes, quais foram mais ineficientes e o que mais pode ser feito pelo Estado brasileiro contra a crise.

Os maiores elogios foram direcionados à atitude de reduzir o Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) para a indústria automobilística, anunciada em dezembro e que fez com que os emplacamentos de carros novos subissem 1,9% no primeiro mês do ano em relação a dezembro de 2008. Já as maiores críticas foram para a lentidão no corte da taxa básica de juro do País.

Para o presidente do conselho administrativo do Grupo Pão de Açúcar, Abílio Diniz, o Estado não é responsável pela crise e mesmo assim está agindo "com extrema serenidade e muito acerto". "O governo está atento, fazendo a sua parte. É preciso coragem de baixar firmemente a taxa de juros. É uma arma que temos a nosso favor, já que não há clima para inflação, nem possibilidade de danos para a macroeconomia", afirmou Diniz.

Na última reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), em janeiro, a taxa Selic foi reduzida em um ponto percentual, de 13,75% para 12,75% ao ano. Porém, o professor de economia da Universidade de Brasília (UnB) José Luiz Oreiro lembra que este corte representa uma redução de apenas 0,25 ponto percentual com relação à taxa de setembro do ano passado, quando a crise se agravou.

"Pouco antes da eclosão da crise, o Banco Central aumentou a taxa em 0,75 ponto. Foram cinco meses de demora para reduzir em termos líquidos apenas 0,25 ponto", afirmou o economista, que também sugeriu redução do intervalo de cerca de 90 dias entre as reuniões do Copom e o corte de pelo menos um 1 ponto percentual em cada reunião.

Mesmo com o corte de janeiro, a taxa de juros real continua sendo a maior do mundo, lembrou o secretário-geral da Força Sindical, João Carlos Gonçalves, o Juruna. "A redução da taxa de juro ainda é pequena, porque ela continua uma das mais altas do mundo. Falta ousadia para baixar os juros e ajudar o cidadão. A permanência da taxa de juro alta é negativa para o País em meio a crise", afirmou Juruna.

Embora aprove as ações do governo, o senador Aloízio Mercadante (PT-SP) também acredita que o patamar da Selic está muito alto. "Sempre fomos os primeiros a entrar em qualquer crise, o que não aconteceu agora. A taxa Selic ainda é muito alta, mas o governo têm tomado medidas acertadas, como o aumento do salário mínimo, mesmo com um cenário de crise. Isso ajuda a movimentar o consumo. O governo está se esforçando para manter os investimentos e o crescimento", disse.

Tributos
De acordo com o economista Fabio Pina, da Fecomercio-SP, as ações mais positivas estão relacionadas à redução de tributos para alguns segmentos, como a indústria automobilística, que recuperou parte da queda nas vendas em janeiro com a isenção do IPI para carros 1.0 l e o corte para demais motorizações. A medida vale até o final de março.

"Essas medidas não só reduziram o preço, mas anteciparam o consumo daqueles que iriam comprar no futuro, dando um prêmio por conta da insegurança. Mexe diretamente com o principal problema que é a confiança do consumidor", afirmou. Juruna destacou que um bom ritmo de vendas é garantia de emprego. "É importante porque cada emprego na montadora significa 19 na cadeia produtiva", comentou o representante da Força Sindical.

Também em dezembro, o governo decidiu cortar pela metade a alíquota do Imposto de Renda para contribuintes que ganham entre R$ 1.434 e R$ 2.150 mensais. "O salário aumentava e a tabela não se modificava. As pessoas ganhavam mais e pagavam mais impostos", apontou Juruna. Outra redução de tributos do governo foi com relação ao Imposto sobre Operações Financeiras (IOF), que caiu de 3% ao ano para 1,5%.

Crédito
Na segunda metade de 2008, o colapso de bancos nos Estados Unidos por conta da crise do subprime provocou uma forte restrição de crédito no mundo inteiro. Uma das primeiras medidas anticrise do governo teve como objetivo restabelecer a oferta, com mudanças no recolhimento dos depósitos compulsórios por parte dos bancos. Segundo o presidente do Banco Central, Henrique Meirelles, as diversas modificações liberaram US$ 99,2 bilhões aos bancos até o final de janeiro.

Além disso, o governo concedeu R$ 36 bilhões das reservas internacionais para empresas brasileiras com dívidas no exterior e uma medida provisória autorizou o Banco do Brasil e a Caixa Econômica Federal a comprar carteiras de crédito de bancos privados. Para o diretor do Departamento de Pesquisas e Estudos Econômicos da Fiesp, Paulo Francini, estas medidas foram essenciais para combater os efeitos da crise.

"A crise se desenvolve no mundo em torno do tema crédito. E o crédito reduziu-se barbaridade no mundo. Então o governo lança mão de compulsório, lança mão de reservas, de medidas que permitem aos bancos comprar carteiras de bancos. Você vai tomando várias medidas para atender às demandas e o epicentro disso é crédito", afirmou.

No entanto, Oreiro, da UnB, adverte que a liberação dos compulsórios seria mais eficiente acompanhada de redução mais agressiva da taxa básica de juro. "Uma parte do crédito voltou, depois da forte retração em outubro e novembro. O que deveria ter sido feito junto à liberação do compulsório era uma redução mais drástica da taxa de juro. Sem isso, os bancos pegam as reservas e acabam comprando títulos públicos", explicou o economista.

Na opinião de Pina, as ações de distribuição de crédito via redução do compulsório e a disposição de capital de giro para empresas foram tomadas sem um cuidado maior na operação e não tiveram muito efeito. "O BNDES tem linhas que ficam paradas quase todo o ano, agora é pior ainda. Existem os recursos, mas as empresas e os bancos estão desconfiados. É preciso fazer com que os bancos tenham interesse em emprestar", afirmou o economista da Fecomercio-SP.

Futuro
Mesmo com todas essas medidas, a crise financeira ainda gera incertezas nos setores produtivos do País. Nos últimos meses, o medo do desemprego fez os consumidores adiarem compras. Por sua vez, a queda nas vendas pode obrigar as indústrias a cortarem a produção e demitir funcionários. Contra isso, empresários sugerem redução de jornada e de salários.

"Isto está previsto em lei. A Fiesp simplesmente manteve conversações com entidades sindicais quanto à aplicação daquilo que já está previsto em lei", afirmou Francini.

Segundo a ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff, uma das medidas que assegura um nível de emprego é a manutenção de investimentos no Programa de Aceleração do Crescimento (PAC). "Estamos esperando que a dificuldade ocorra em janeiro, fevereiro e março. Estamos certos que vamos manter o nível de investimento. É isso que funciona, é isso que significa investimento público. Ele funciona como um colchão. Por isso, nós colocamos R$ 100 bilhões no BNDES e a Petrobras ampliou o seu investimento em R$ 120 bilhões", afirmou.

Na mesma linha, Pina explica que a antecipação de gastos do governo substitui parte da demanda retraída do setor privado. "Ele dá o seguinte recado: não vou estourar as contas públicas, mas concentrar em um momento em que a demanda privada está pequena. Mas o governo não tem fôlego suficiente para fazer o papel de toda demanda", ressaltou. O economista da Fecomercio lembrou que a entidade já pleiteou junto ao governo isenções para transferência de imóveis e de automóveis, além de retirar o IPVA para veículos novos.

Já Oreiro foca suas propostas na capitalização do Banco do Brasil e da Caixa Econômica Federal pelo Tesouro para atender a demanda de crédito para capital de giro e reduzir o spread. "Aumentando o empréstimo e reduzindo as taxas, os dois vão forçar os bancos privados a acompanhar o movimento, até para não perderem participação no mercado", explicou o economista da UnB.

Até o Carnaval, o governou prometeu detalhar um pacote de incentivos para a construção de até um milhão de casas populares, direcionado a famílias com renda de até dez salários mínimos. "Estamos atentos a tudo o que está acontecendo e novas medidas serão tomadas caso haja uma avaliação de que sejam necessárias", disse o ministro da Fazenda, Guido Mantega, na última sexta-feira.

17:11
Anónimo disse...
Ex-ministro critica extensão do seguro-desemprego

Atualizada às 09h03

O ex-ministro do Trabalho Almir Pazzianotto criticou a decisão do governo federal de conceder o seguro-desemprego estendido a apenas alguns setores. "É certamente odioso e provavelmente inconstitucional", disse Pazzianotto, de acordo com o jornal O Estado de S. Paulo.

Na última qurta, dia do anúncio da medida, centrais sindicais elogiaram a atitude do governo. A Força Sindical divulgou nota dizendo que "o aumento ajudará a aquecer parte da economia, já que irá gerar mais consumo, produção e conseqüentemente, a criação de novos postos de trabalho". A União Geral dos Trabalhadores (UGT) afirmou que a medida "contribuirá para minimizar o drama dos trabalhadores que perderem seu emprego por conta da crise".

O ex-ministro, que instituiu o seguro-desemprego no País no governo de José Sarney, destacou a necessidade de as centrais sindicais se manifestarem contra a determinação. Para ele, as mudanças devem ser aplicadas a todas as categorias profissionais e a distinção é contrária ao artigo 3º da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT).

Pazzianotto atribui a medida a um possível temor do governo de que a crise econômica seja longa e não haja dinheiro para atender a todas as necessidades. Ainda assim, ele se mostra contrário ao método de concessão. "O seguro-desemprego ajuda a sanar necessidades básicas. Estendê-lo é paliativo, não a solução", disse ao jornal.

De acordo com o presidente do Conselho Deliberativo do Fundo de Amparo ao Trabalhador (Codefat) e conselheiro da Força Sindical, Luiz Fernando Emediato, a determinação já estava prevista na lei 8.900/94, que trata do seguro-desemprego.

O presidente da Comissão de Trabalho da Câmara, Pedro Fernandes (PTB-MA) vai além na crítica à concessão do seguro para apenas alguns setores. Ele acredita que a ampliação do benefício estimula o desemprego.

Quintino Severo, secretário geral da Central Única dos Trabalhadores (CUT), lembra que a ampliação do benefício sem critério e identificação pode incentivar demissões em outros setores.

17:13
Anónimo disse...
Empresas
TAM faz promoção para destinos internacionais

A companhia aérea TAM anunciou nesta sexta-feira tarifas promocionais para trechos internacionais. Os preços valem para bilhetes comprados entre 6h deste sábado e 23h59 deste domingo e são válidos para classe econômica. As tarifas, para ida e volta, serão vendidas a partir de US$ 99, mais taxas.

Segundo a aérea, a promoção vale para viagens feitas no período de 14 de fevereiro a 18 de junho de 2009. Para destinos na América do Sul, a permanência mínima é de dois dias; para bilhetes com destino nos Estados Unidos, cinco dias; e Europa, sete dias. A permanência máxima para as passagens para América do Sul e EUA é de dois meses e para Europa, três meses.

Entre os exemplos de tarifas promocionais, a TAM oferece São Paulo-Lima por US$ 99. Bilhetes para a rota São Paulo-Santiago serão vendidos a partir de US$ 199 e São Paulo-Nova York, US$ 799.

A emissão dos bilhetes deve ser feita obrigatoriamente no ato da reserva, obedecendo às regras estipuladas pela companhia. A compra está sujeita à disponibilidade de assentos nas classes tarifárias determinadas, trechos, horários e datas. A TAM afirmou que também há tarifas promocionais para a classe executiva.

Mais informações podem ser encontradas no site promocional (www.ofertastam.com.br), no site da empresa (www.tam.com.br) ou pelos telefones 4002-5700 ou 0800 5705700.

17:13
Anónimo disse...
Empresas
Consultoria negocia compra do parque temático Hopi Hari

A consultoria especializada em reestruturação de empresas Íntegra Associados informou nesta sexta-feira ter um acordo para comprar o parque de diversões Hopi Hari, localizado no interior de São Paulo. A empresa estaria disposta a investir R$ 10 milhões no parque, que tem dívida estimada em R$ 800 milhões. As informações são da edição deste sábado do jornal Folha de S. Paulo.

De acordo com o jornal, a transação ainda depende da negociação entre o Hopi Hari e seus credores, o que já estaria em andamento.

A consultoria paulista já atuou junto à Parmalat, durante 30 meses, quando reorganizou a gestão da empresa italiana.

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17:14
Anónimo disse...
Empresas
Disney de Tóquio contratará mais 2 mil apesar da crise


A Oriental Land, o operador da Disneylândia Tóquio e DisneySea, organizou neste domingo entrevistas para contratar cerca de 2 mil trabalhadores em tempo parcial, em um momento de grandes demissões deste tipo de empregados no Japão.

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O operador deste parque temático, situado em Urayasu, na província de Chiba (leste de Tóquio), está em pleno processo de seleção de empregados para 20 tipos de postos trabalhistas diferentes.

Segundo a companhia, citada pela agência local de notícias Kyodo, o parque contratará novos trabalhadores para as atrações, para os restaurantes e guardas de segurança entre outros. Os novos contratados começarão a trabalhar a partir de fevereiro.

O processo de seleção acontece em um momento em que a maioria das grandes companhias japonesas começaram a se ver obrigadas a despedir uma elevada percentagem de seus trabalhadores temporários e a tempo parcial.

Algumas inclusive anunciaram demissões de seus trabalhadores fixos, uma medida muito pouco comum nas companhias japonesas, perante os efeitos piores que o esperado pela crise econômica global.

Cerca de uma centena de pessoas esperavam desde a primeira hora desta manhã a abertura do centro de conferências Tokyo International Forum, onde as entrevistas estão sendo feitas, para ser os primeiros a solicitar os postos de trabalho.


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17:15
Anónimo disse...
Economia Internacional
Senado dos EUA aprova plano de estímulo à economia

O Senado dos Estados Unidos aprovou com 60 votos a favor e 38 contra o plano de estímulo à economia de US$ 787 bilhões na madrugada deste sábado. Agora, ele segue para sanção ou veto do presidente Barack Obama, que espera colocar a lei em prática até o dia 16 de fevereiro.

O plano prevê a criação de três milhões de empregos, inclui cortes de impostos às famílias, fundos para programas sociais e obras públicas, além de ajuda aos governos estaduais, estudantes e desempregados.

A cláusula Buy American - que exige o uso de ferro, aço e produtos manufaturados dos Estados Unidos em obras realizadas com recursos do pacote - ficou de lado. Segundo o texto definitivo, a cláusula será aplicada sem violar as normas do comércio internacional.

Ontem à tarde, a Câmara de Representantes (deputados) havia aprovado, por 246 votos a favor e 183 contra, a versão final do plano. Todos os republicanos foram contrários ao pacote.

Pelo acordo de quarta-feira entre Câmara e Senado, em vez de custar US$ 819 bilhões, como queriam os deputados, ou US$ 838 bilhões como pretendiam os senadores, o pacote ficou em cerca de US$ 787 bilhões, com 65% desse total destinado a gastos do governo federal e 35%, a créditos tributários.

17:16
Anónimo disse...
Economia nacional
Na era Lula, aposentadoria sobe 54% menos que salário mínimo

Thatiane Faria
Especial para o Terra
Direto de São Paulo

Os índices de reajustes concedidos pelo governo em 2009 para aposentados e pensionistas e para o salário mínimo repetiram uma diferença que, só durante o governo de Luiz Inácio Lula da Silva, já chega a 54%. Enquanto o mínimo foi majorado em 12% este ano, as pensões e aposentadorias tiveram aumento de 5,92%. Aposentados que têm o benefício do governo como única fonte de renda reclamam que perdem poder de compra e que sua cesta de compras é composta por itens que aumentam mais em relação à inflação oficial.

Um exemplo prático pode ser entendido a partir da comparação entre um aposentado que ganhava R$ 600 em janeiro de 2003. Na época, o benefício era três vezes, ou 200%, maior que o valor do mínimo em vigência, que era de R$ 200. Aplicando-se os índices de reajuste para aposentadorias e para o mínimo durante os últimos seis anos, o mesmo aposentado estaria recebendo hoje R$ 938,47, comparado a um salário mínimo de R$ 465. A diferença entre os dois valores caiu para pouco mais de 100%.

Enquanto o índice acumulado de reajuste para a aposentadoria durante o governo Lula foi de 60%, para o salário mínimo está em 132%.

O diretor do Sindicato Nacional dos Aposentados, João Inocentini, reclama que os valores dos benefícios para aposentadorias não mantêm o poder de compra do grupo, principalmente dos aposentados que recebem menos que dez salários mínimos.

Nem mesmo o fato de o índice de reajuste das aposentadorias ter ficado acima da inflação acumulada no mesmo período (o IPCA entre janeiro de 2003 e janeiro de 2009 foi de 39,7%) serve de argumento, segundo os aposentados.

"Os idosos, principalmente, têm gastos além das contas gerais como gás, telefone e aluguel. Para eles o custo com remédios, e outros itens da área saúde costuma ser maior", afirmou Inocentini.

O presidente do sindicato afirmou que o grupo realiza um estudo com 100 itens de necessidade de um idoso para comparar o aumento dos produtos com o índice de reajuste do benefício recebido pelos aposentados.

"Daqui dois meses vamos abrir um processo na Justiça e levar essa pesquisa como prova. Segundo a lei, o governo é obrigado a manter o poder de compra com a aposentadoria", disse Inocentini.

Alternativas
O consultor financeiro Cláudio Boriola diz que os aposentados, especialmente nesse momento de crise econômica, devem evitar compras parceladas, pesquisar preços, negociar e fazer bom planejamento financeiro.

Segundo Boriola, alguns aposentados ganham um valor mensal muitas vezes insuficiente para o pagamento das contas e acabam pedindo crédito ou realizando pagamentos a prazo e são obrigados a pagar juros altos.

Na opinião do consultor, pagar uma previdência privada é uma alternativa indicada para quem ainda trabalha, considerando a característica de perda de poder de compra da aposentadoria.

"Na prática, infelizmente os valores encontram-se em um patamar que está deteriorando o poder de aquisição da população brasileira", completou Boriola.

De acordo com o diretor da Confederação Brasileira de Aposentados e Pensionistas (Cobap), Vicente Fernandes Barbosa, representantes dos aposentados tentarão um encontro com o presidente da Câmara, deputado Michel Temer (PMDB-SP), para discutir projetos que minimizem a perda dos aposentados

17:17
Anónimo disse...
Previdência
Previdência prorroga isenção de tarifas no benefício

O atual sistema de pagamento aos 26 milhões de aposentados e pensionistas do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) será mantido até o final deste ano. O acordo, que permite realizar a operação sem nenhum custo aos beneficiários, foi renovado nesta sexta-feira, entre o governo federal e 21 instituições financeiras.

Por meio desse acordo, vigente desde setembro de 2007, nem os segurados, nem os bancos e nem o governo arcam com o pagamento de tarifas, conforme explicou o ministro da Previdência Social, José Pimentel. A prorrogação vale até dezembro, data máxima para que a Previdência defina as regras para um novo contrato.

Ao assinar o termo de renovação, na sede da Federação Brasileira dos Bancos (Febraban), o ministro disse que a intenção do governo é mudar o atual modelo de gestão visando a reduzir os custos dessas operações em torno da folha mensal, que atinge R$ 15,8 bilhões. No entanto, qualquer alteração, conforme explicou, passará antes por audiências públicas a serem realizadas a partir do segundo semestre deste ano, atendendo a determinação do Tribunal de Contas da União (TCU).

De acordo com Pimentel, com um redesenho do mecanismo de repasse dos recursos aos bancos em torno da folha de pagamento dos segurados o que se busca é um aumento da participação de instituições financeiras. Ele informou que, desde 2007, cada benefício custa em média R$ 1,07 ao governo. "Quanto mais instituições financeiras estiverem prestando serviços à sociedade, maior é a competitividade, a agilidade no atendimento", justificou.

O ministro observou, ainda, que, para permitir uma redução para algo em torno de meia hora no tempo de atendimento para a concessão dos direitos previdenciários, o governo investiu R$ 280 milhões.

Questionado sobre o descontentamento dos segurados que ganham acima de um salário mínimo terem obtido apenas a correção com base na variação do Índice de Preços ao Consumidor (INPC) , ficando abaixo do reajuste dado a quem recebe apenas o mínimo, Pimentel argumentou que o governo seguiu o que determina a lei e descartou a possibilidade de uma revisão

17:17
Anónimo disse...
Empresas
Caterpillar oferece aposentadoria antecipada a 2 mil


A companhia americana Caterpillar ofereceu a cerca de dois mil funcionários incentivos para que se aposentem de forma voluntária antes do previsto, pela perspectiva de uma queda "significativa" da atividade industrial, informou nesta quarta-feira a empresa.

A iniciativa, destinada aos trabalhadores de diversas fábricas em Illinois, Colorado, Tennessee e Pensilvânia, se soma aos cortes de empregos anunciados em janeiro, explicou em comunicado de imprensa.

A empresa, a maior fabricante mundial de maquinaria pesada para a construção e a mineração, acrescentou que, "em função das condições de negócio, podem ser necessárias mais reduções de elenco voluntárias e involuntárias à medida que o ano avança".

O vice-presidente da companhia, Sid Banwart, explicou que a empresa prevê "demissões significativas em todas as regiões geográficas e na maioria dos setores devido às dificuldades da economia mundial".

17:18
Anónimo disse...
Comércio
Comércio exterior da OCDE caiu no 3º trimestre de 2008


As exportações e as importações dos países da Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Econômico (OCDE) caíram 1,6% e 0,2%, respectivamente, no terceiro trimestre de 2008, em relação aos três meses anteriores.

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Trata-se da primeira queda destas atividades desde o terceiro trimestre de 2006, segundo o último relatório trimestral sobre fluxos comerciais divulgado pela OCDE.

As exportações e as importações em dólares dos 30 Estados-membros caíram 15,6% e 17%, respectivamente, na comparação anualizada.

Por sua vez, o comércio dos sete países mais ricos do mundo (G7) teve um pequeno crescimento no terceiro trimestre de 2008 com uma queda das exportações de mercadorias de 0,2% em relação ao trimestre anterior e um aumento de 0,4% das importações.

Em termos anualizados, as importações do G7 caíram 1,4% entre julho e setembro do ano passado, seu primeiro retrocesso desde o terceiro trimestre de 2006, enquanto as exportações aumentaram 1,9%, seu crescimento mais baixo no mesmo tempo.

Por países, a Alemanha aumentou suas importações em 3,4% - valor mais alto do G7 -, enquanto suas exportações caíram 2,9% do segundo para o terceiro trimestre de 2008.

Pelo contrário, as exportações americanas aumentaram 1,8% entre julho e setembro de 2008, enquanto as importações caíram 0,7% em relação ao trimestre anterior. No Japão, tanto as importações quanto as exportações caíram em torno de 1% no mesmo período.

17:19
Anónimo disse...
Economia Nacional
Lula: juros de crédito consignado a aposentados são altos

Atualizada às 17h29

O presidente Luis Inácio Lula da Silva afirmou nesta terça-feira, em São Paulo, que está lutando para reduzir as taxas de juros cobradas de aposentados em crédito consignado. A Previdência Social estabelece uma taxa máxima de 2,5% para empréstimo e de 3,5% para cartão. Para Lula, os valores são altos.

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"Acho que o juro que os aposentados estão pagando hoje com o crédito consignado é alto para o padrão brasileiro", disse o presidente durante a cerimônia de comemoração dos 86 anos do INSS.

A Previdência anunciou nesta terça-feira que aposentados e trabalhadoras com licença-maternidade poderão receber seus benefícios em 30 minutos. De acordo com Lula, em junho, a aposentadoria do trabalhador rural também será conseguida em meia hora.

Além disso, o presidente anunciou que, também em junho, os trabalhadores que alcançarem o direito à aposentadoria passarão a receber em suas casas um comunicado da Previdência informando o fato e o valor do salário que têm direito a receber. "É um comprometimento público que estou fazendo com os companheiros da Previdência Social", disse.

"Estamos retribuindo ao contribuinte da Previdência Social aquilo que é a cidadania que ele tem direito", afirmou Lula. "Se para cobrar nós somos tão precisos, para devolver o dinheiro, temos que chegar próximo à perfeição", completou.

17:20
Anónimo disse...
Economia Nacional
Salário maternidade sairá em 30 minutos, diz ministro

Toda trabalhadora autônoma que tiver contribuído pelo menos 10 meses com o Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) - ou as que possuírem carteira assinada - poderão receber em 30 minutos o salário maternidade a partir desta terça-feira. Da mesma forma, as mulheres com 30 anos de contribuição e os homens com 35 anos também terão direito ao benefício de forma mais rápida. A informação é do ministro da Previdência Social, José Pimentel.

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Para requerer o salário maternidade, é preciso que as autônomas levem a carteira de identidade e o carnê de contribuição. As demais trabalhadoras devem apresentar a identificação e a carteira de trabalho. Desde o início do mês, a nova forma de análise para a concessão de benefícios foi adotada para a aposentadoria por idade do trabalhador urbano e agora foi estendida para o salário maternidade e por tempo de contribuição.

O ministro disse que a qualificação do serviço da previdência social é o reconhecimento do direito dos trabalhadores e da afirmação da cidadania.

"Até pouco tempo na cabeça do cidadão o serviço devia ser de péssima qualidade. Agora não, nós modificamos toda a legislação no mês de dezembro numa ação conjunta do Congresso Nacional com o governo federal. Estamos implantando e concedendo os benefícios em até 30 minutos", afirmou.

O ministro destacou que para conseguir se aposentar ou ter acesso à licença maternidade em 30 minutos, em primeiro lugar, é necessário que o cidadão esteja vinculado à Previdência, o que inclui 65% da população acima de 16 anos de idade.

"Depois bastar marcar pelo sistema 135 o dia e a hora do atendimento e levar a documentação. Se todos os dados necessários estiverem corretos o contribuinte será atendido em até 30 minutos, como vem sendo feito com as aposentadorias por idade desde o dia cinco de janeiro", explicou.

Pimentel disse ainda que em 90% das agências da previdência social o atendimento é marcado em até 48 horas. Nos grandes centros, entretanto existe um volume maior o que torna mais lento o processo.

"Estamos criando mais 715 agências até 2010, em todo o território nacional, para descentralizar o atendimento. Em 2008, atendemos 295 mil benefícios e aposentadorias por idade. Temos 4 mil pessoas por dia procurando e se aposentando por idade no território nacional. Este serviço será agilizado", concluiu.
17:26
Anónimo disse...
Giuseppe Englaro, pai de Eluana, a italiana que morreu na segunda-feira passada por desidratação, recusou uma grande soma de dinheiro de um conhecido fotógrafo italiano que queria retratar a filha em estado de coma, disse neste sábado o neurologista que atendia a mulher desde 1996, Carlo Defanti.

O neurologista, que participou hoje de uma conferência sobre eutanásia, disse que Englaro respeitou a vontade da filha, que, antes do acidente, tinha pedido que, se lhe ocorresse qualquer coisa irreversível, apresentasse sua imagem de quando estava em boas condições.

Antes de sofrer o acidente de trânsito, em 1992, Eluana viveu o coma de um amigo, Alessandro, o que causou forte impacto na italiana e a levou a fazer o pai prometer que não a deixasse viver em estado vegetativo, disse o próprio Giuseppe Englaro.

Defanti, que dissera que Eluana poderia viver de dez a 12 dias depois da suspensão da alimentação e da hidratação, disse que, como médico, tinha que reprovar esta afirmação.

"Não se pode sobreviver após três ou quatro dias sem líquido e, em particular, água em um corpo. Sabemos bem que, quando há um terremoto, após quatro dias é difícil encontrar sobreviventes".

Defanti ressaltou que Eluana "não falava, não se comunicava com o exterior" e que, após vários exames, "nos deparamos com uma moça que tinha perdido a consciência", porque estava com o córtex cerebral prejudicado.

Eluana foi enterrada na quinta-feira passada no túmulo da família na localidade de Paluzza, em Udine, após um funeral que não contou com a presença dos pais.

16:53
Anónimo disse...
Os bombeiros combatem neste sábado os incêndios na Austrália favorecidos pelo bom tempo, enquanto os deslocados encotram em seu retorno casas derruídas, carros queimados nas ruas e destruição.

Depois de sete dias desde que começaram os incêndios no Estado de Victoria, a lista de mortos chega a 181, os desaparecidos somam 50, os edifícios destruídos totalizam 1,834 mil e o terreno arrasado, principalmente florestas, ocupa uma área de 4,13 mil quilômetros quadrados.

As equipes de bombeiros, formadas por 4 mil profissionais de Victoria, de outras partes da Austrália e de países amigos, combateram hoje 12 focos fora de controle e nenhum representava uma ameaça direta para a população.

O subdiretor do Serviço de Bombeiros, Geoff Conway, disse que este tempo favorável, que se prolongará durante o domingo, permite consolidar as linhas de contenção e avançar na extinção das chamas.

Cinzas apareceram arrastadas por ventos do nordeste sobre Melbourne, onde habitam 3,8 milhões de pessoas, e as autoridades alertaram aos cidadãos do risco para a saúde de idosos, crianças e pessoas com problemas respiratórios.

O número de pessoas deslocadas - a Cruz Vermelha chegou a receber 7 mil - começou a cair com a abertura de algumas localidades atingidas.

Os incêndios, alguns criminosos, começaram em 7 de fevereiro, quando a região sul da Austrália estava há duas semanas sob uma onda de calor sem precedentes.

Na sexta-feira passada, a polícia acusou uma pessoa de ter provocado o incêndio que atingiu a localidade de Churchill e matou 21 pessoas.

16:55
Anónimo disse...
A primeira chuva em seis dias reduziu a ameaça de incêndios no Estado de Victoria, ao sul da Austrália. As autoridades, porém, advertiram que ainda existem 12 focos, mas que nenhum deles ameaça áreas povoadas.

Mais de quatro mil bombeiros, mil provenientes de outras partes do país e de outras nações, trabalham contra o fogo. Cerca de 600 veículos e 28 helicópteros e pequenos aviões estão sendo usados.


Eles conseguiram construir linhas de contenção para evitar os incêndios de Yarra e Maroondah se juntassem. Também foram controlados os incêndios abertos de Yea e Murrindindi, que ameaçavam as comunidades de Connellys Creek, Crystal Creek, Scrubby Creek e Native Dog Creek.

O número de mortos chegou a 181, mas as autoridades acreditam que as vítimas devem passar de 200, já que ainda há muitos desaparecidos.

16:55
Anónimo disse...
Aqui nesta coluna, na semana passada, tive a oportunidade de comentar sobre a recente visita do professor brasileiro Pedrinho Guareschi à Austrália. Não dei, porém, os fatos, pois semana passada o assunto era outro.

Hoje, porém, vamos a eles.

No último dia 4 de fevereiro, aconteceu o Seminário "Paulo Freire: Education and Liberation", organizado pelo centro de estudos latino-americanos da Universidade Nacional da Austrália, ou ANU, como é mais conhecida por aqui.

A ANU, para quem não sabe, está entre as 20 melhores universidades do mundo! E tem sede aqui em Camberra, capital da Austrália.

Na abertura do evento, o professor John Minns, diretor do centro latino-americano, ao dar boas-vindas ao público presente, lembrou ser aquele o primeiro seminário exclusivamente dedicado a Paulo Freire na Austrália.

Em seguida, convidou Pedrinho Guareschi, palestrante principal do Seminário, a fazer sua apresentação.

A plateia pode então conhecer, pelas palavras de Pedrinho, um pouco da obra e da vida de Freire, esse brasileiro de fé e valor, que sempre acreditou na educação, sobretudo dos menos favorecidos, analfabetos, como força libertadora.

Como não podia deixar de ser, os conceitos e ideias revolucionários de Paulo Freire, expostos com clareza por Pedrinho, despertaram o interesse e a curiosidade de plateia. A qual, deve-se notar, era na maioria de estudantes, mas de várias nacionalidades, sobretudo australianos e asiáticos.

Na continuação do programa do seminário, que se estendeu por dois dias, outros professores fizeram palestras sobre temas ligados à obra de Paulo Freire.

Interessante, por exemplo, saber que a professora Anne Hickling-Hudson, jamaicana que mora na Austrália há muitos anos (é professora da ANU), conheceu e trabalhou com Freire num workshop educacional durante a revolução na Ilha de Granada, em 1980, antes da invasão dos Estados Unidos...

Ou, então, a palestra da Professora Gerda Roelvink, da Nova Zelândia, que participou do Fórum Social de Porto Alegre em 2005. E essa participação transformou-se em tema de doutorado.

No dia 10, terça-feira passada, o padre Pedrinho Guareschi voltou a falar ao público australiano em grande auditório localizado no belíssimo campus da ANU. Desta vez, sobre a Teologia da Libertação.

Depois da palestra, John Minns mostrou o filme mexicano "O Crime do Padre Amaro", no qual um dos personagens é um padre católico praticante da Teologia da Libertação.

Mais uma vez, foi grande o intersse da platéia, que pode aprender e conhecer um pouco como se desenvolveu aquele importante movimento católico na América Latina.

Fica, assim, ao Pedrinho, bem como a outros brasileiros estudiosos e de bom coração que saem pelo mundo a divulgar aspectos importantes da cultura brasileira, o respeito e a homenagem desta coluna. E... aquele abraço!

16:57
Anónimo disse...
Amanda Kitts perdeu o braço esquerdo em um acidente de automóvel acontecido três anos atrás, mas hoje em dia ela joga futebol americano com seu filho de 12 anos de idade, troca fraldas e abraça as crianças nas três creches Kiddie Cottage que opera em Knoxville, Tennessee. Kitts, 40 anos, faz tudo isso com a ajuda de um novo tipo de braço artificial que se movimenta com mais facilidade do que outros aparelhos e que ela pode controlar utilizando apenas seus pensamentos.

"Eu sou capaz de mexer a mão, o pulso e o cotovelo ao mesmo tempo", diz. "Você pensa e os músculos se movem em seguida".

A recuperação que ela conseguiu resulta de um novo procedimento que vem atraindo crescente atenção porque permite que pessoas movam braços protéticos de forma mais automática do que faziam no passado, simplesmente utilizando nervos reaproveitados em seus cérebros.

A técnica, conhecida como "renervação muscular dirigida", envolve utilizar os nervos que restam depois da amputação de um braço e conectá-los a outro músculo do corpo, em geral no peito. Eletrodos são instalados sobre os músculos do peito, e operam como se fossem antenas. Quando a pessoa deseja mover o braço, o cérebro envia sinais que primeiro resultam em contração dos músculos do peito, os quais enviam um sinal ao braço protético, instruindo-se a se movimentar. O processo não requer mais esforços consciente do que a pessoa teria de exercitar caso ainda tivesse seu braço natural.

Na terça-feira, pesquisadores reportaram em estudo publicado pela versão online do Journal of the American Medical Association que haviam levado a técnica ainda mais à frente, tornando possível a execução de 10 movimentos de mão, pulso e cotovelo diferentes, o que representa uma substancial melhora com relação ao típico repertório protético, que em geral envolve apenas dobrar o cotovelo, girar o pulso e abrir a mão.

"Os novos métodos tiveram impacto dramático em nosso campo de trabalho", disse Stuart Harshbarger, engenheiro biomédico na Universidade Johns Hopkins e diretor do programa de pesquisa sobre próteses, financiado pelas forças armadas, que inclui o trabalho com essa técnica. "O método já está em uso por médicos e cirurgiões comuns em todo o país. A capacidade de controlar um membro protético bastante robusto que ele confere surpreendeu a todos pela qualidade".

Tipicamente, uma pessoa que tenha um braço protético só é capaz de executar alguns poucos movimentos, e muitas vezes com tamanha lentidão que isso só permite a ela atividades limitadas.

Há um motor separado para cada movimento, diz Gerald Loeb, professor de engenharia biomédica na Universidade do Sul da Califórnia, "e esses motores precisam ser controlados de maneira explícita", usualmente por um esforço consciente da pessoa para contrair músculos nas costas ou no bíceps.

"Essencialmente, até agora os pacientes controlavam apenas um motor de cada vez", diz Loeb, "e precisavam pensar cuidadosamente sobre que motor desejavam controlar e como fazê-lo operar, em lugar de simplesmente pensarem em mover o braço e poderem fazê-lo sem delongas".

Antes que Kitts passasse pelo procedimento de renervação, em outubro de 2007, por exemplo, ela precisava movimentar os músculos de suas costas de determinada maneira para fazer com que seu pulso girasse, e flexionar seu bíceps e tríceps para fazer com que o cotovelo se movesse para cima e para baixo. "Era muito trabalho", ela conta. "E não me ajudava muito".

O procedimento de renervação é parte de uma recente explosão de idéias novas e técnicas inovadoras que estão sendo exploradas enquanto os cientistas se esforçam por ajudar as pessoas a compensar melhor a perda de membros ou problemas de paralisia. O esforço vem sendo alimentado pelo aumento no número de amputações causado por diabetes e por ferimentos sofridos pelos militares, e ao mesmo tempo pelos avanços na tecnologia médica.

Os braços se tornaram um dos focos essenciais desse tipo de trabalho. A ciência há muito vem obtendo sucessos no desenvolvimento de próteses de perna, mas é muito mais difícil imitar a complexidade e a destreza das mãos e dos braços.

Os esforços em curso incluem o desenvolvimento de projetos de pele e braços mais sensíveis e mais flexíveis, e o uso de dispositivos acionados por controles sem fio implantado nos braços protéticos, que permitiriam movimentos mais naturais.

Os pesquisadores também vêm usando sensores implantados nos cérebros de cobaias para permitir que dois macacos controlem um braço mecânico, e um teste com um homem paralítico permitiu, com esse método, que ele movimentasse um cursor em uma tela de computador.

Alguns desses métodos, caso venham a ser aperfeiçoados plenamente e consigam aprovação das autoridades regulatórias da saúde, podem no futuro se tornar mais viáveis para os pacientes de amputações.

E embora a técnica da renervação não requeira aprovação das autoridades regulatórias porque é executada por meios cirúrgicos e emprega aparelhos já existentes, ela apresenta limitações que até mesmo seus criadores reconhecem, entre as quais o fato de que não se pode utilizá-la para todos os pacientes, o seu alto custo e o prazo de meses requerido para que os nervos reconectados cresçam e se tornem efetivos.

Ainda assim, os especialistas dizem que é o mais avançado sistema em uso hoje para pacientes reais que permite que o sistema nervoso controle diretamente o movimento de um braço artificial.

Desde sua introdução por Todd Kuiken, médico fisioterapeuta e engenheiro biomédico do Instituto de Reabilitação de Chicago, o método foi empregado em cerca de 30 pacientes nos Estados Unidos, Canadá e Europa, entre os quais oito soldados feridos no Iraque e no Afeganistão.

Muitos dos pacientes, entre os quais o primeiro, Jesse Sullivan, um operário do setor elétrico no Tennessee que perdeu os dois braços quando foi eletrocutado por um cabo, conseguem não apenas manipular seus braços protéticos mas sentir a presença das mãos que já não têm quando alguém toca em seus peitos.

Sullivan, 62 anos, e Kitts, estavam entre os cinco pacientes que participaram do estudo reportado na terça-feira. Em companhia de cinco outras pessoas que não passaram por amputações, eles receberam os eletrodos e foram instruídos a usar pensamentos para fazer com que um braço virtual na tela reproduzisse 10 movimentos diferentes, entre os quais três formas diferentes de aperto de mão.

Os pacientes apresentaram desempenho bastante respeitável, apenas um pouco mais lento e menos preciso do que os dos participantes que não tinham amputações.

"As velocidades de movimento que encontramos em nossos pacientes foram realmente encorajadoras", disse Kuiken. "Eles conseguiram completar a tarefa. É claro que não foram tão competentes quanto as pessoas dotadas de plena capacidade física, mas foram bons o bastante".

Um braço virtual foi usado porque a maioria das próteses existentes não era capaz de acomodar todos aqueles movimentos, no momento da pesquisa, ainda que Sullivan, Kitts e uma terceira paciente, Claudia Mitchell, tenham experimentado dois novos protótipos mais versáteis de braços artificiais, executando tarefas complexas com bolas de tênis e outros objetos.

O trabalho de renervação em soldados apresenta outros desafios, diz Kuiken, porque os ferimentos militares muitas vezes "causam danos muitos extensos" a nervos, músculos ou ossos.

Daniel Acosta, 25 anos, um aviador ferido pela detonação de uma bomba em uma estrada do Iraque em 2005, passou pelo procedimento no ano passado e diz que seu braço esquerdo protético agora se movimenta "muito mais rápido" e de maneira muito mais natural.

"A diferença é que agora não preciso mais pensar para mover o braço", ele diz. "Ele simplesmente se mexe".

Ainda assim, Acosta, de San Antonio, diz que "o processo foi bastante longo" e que os eletrodos precisam ser ajustados para receber os sinais à medida que os nervos crescem ou mudam de posição.

E embora elogiem o método, os especialistas afirmam que a ciência das próteses de braço ainda tem muito por avançar.

"Trata-se de uma parte crucial, mas ainda assim apenas uma parte, das muitas coisas que compreendem a função normal de um braço", disse Loeb, que escreveu um editorial que acompanha o artigo no Journal of the American Medical Association.

"No momento estamos a meio do caminho entre o braço de 'Dr. Fantástico', que fazia involuntariamente a saudação nazista, e o braço de Luke Skywalker em 'Guerra nas Estrelas', que funciona sem nenhum problema assim que é conectado. Creio que precisaremos ainda de muitos anos para conectar todas as peças necessárias a produzir um braço capaz de funcionar normalmente".

17:04
Anónimo disse...
A Espanha disse neste sábado que está preparando uma reclamação oficial contra a decisão da Venezuela de expulsar um membro do Parlamento Europeu que criticou o conselho eleitoral venezuelano.
Luis Herrero, membro do partido conservador espanhol PP, foi deportado na sexta-feira depois que o Conselho Nacional Eleitoral (CNE) o acusou de questionar a imparcialidade da instituição antes de um referendo que pode permitir ao presidente Hugo Chávez permanecer no cargo indefinidamente.

Herrero estava na Venezuela como observador do referendo. Ele acusou Chávez de ter "comportamentos típicos de um ditador" por pedir a contenção de manifestações da oposição.

O governo da Espanha convocou um encontro com o embaixador da Venezuela em Madri para expressar a desaprovação sobre a expulsão de Herrero, disse um representante do Ministério das Relações Exteriores espanhol.

As relações da Venezuela com a Espanha tiveram seu ponto crítico em 2007, quando Chávez ameaçou rever acordos diplomáticos e comerciais depois de ouvir um "cala a boca" do rei espanhol Juan Carlos durante uma cúpula.

A fenda foi oficialmente reparada em 2008, com uma visita oficial de Chávez à Espanha, onde ele cumprimentou o rei e discutiu acordos para investimento no setor petroquímico com o primeiro-ministro José Luis Rodriguez Zapatero.

17:06
Anónimo disse...
A polícia do Zimbábue anunciou neste sábado que acusa de traição Roy Bennett, dirigente do até agora opositor Movimento para a Mudança Democrática (MDC), detido na sexta-feira, em Harare, poucas horas antes da cerimônia de posse dos membros do novo gabinete.

"A Polícia nos informou que vão apresentar acusações de traição", disse à agência EFE o advogado de defesa de Bennett, Trust Maanda.

"Tentam relacionar Roy com o caso de Mike Hitschmann, que foi detido em 2006 em relação à descoberta de um carregamento de armas, apesar de que Hitschmann não tenha sido declarado culpado das acusações de traição apresentadas contra ele, mas de um crime menor de descumprimento de leis", disse Maanda.

O político opositor, designado por seu partido como vice-ministro de Agricultura no Governo de união nacional, esteve no exílio na vizinha África do Sul desde 2006 e retornou ao Zimbábue há duas semanas.

Segundo a Polícia, que deteve Bennett ontem no aeroporto de Harare quando pretendia ir à África do Sul para visitar sua família, as armas apreendidas em 2006 seriam utilizadas em um golpe de Estado para derrubar o presidente do Zimbábue, Robert Mugabe.

Depois da detenção, Bennet foi levado a Mutar, onde vários simpatizantes do MDC se concentraram em frente à delegacia na qual estava detido, diante do que a Polícia respondeu com tiros para o alto para dispersar os manifestantes.

17:07
Anónimo disse...
Austrália: 14 mil se candidatam a 'emprego dos sonhos'

A secretaria de Turismo de Queensland, na Austrália, informou que até esta segunda-feira já recebeu cerca de 14 mil inscrições para o "o melhor emprego do mundo". O Estado australiano promove pela internet seleção para vaga de "zelador" da ilha Hamilton, por seis meses com um salário de R$ 40 mil.

Muitos candidatos tiveram problemas durante a inscrição por conta dos acessos simultâneos ao site. A secretaria aconselha enviar os vídeos de 60s explicando porque deve ser escolhido em horários alternativos do dia, além de recomendar tamanho em torno de 40MB.

As inscrições começaram em 12 de janeiro e vão até o próximo dia 22 e podem ser feitas pelo site www.islandreefjob.com. O governo australiano escolherá 50 candidatos para a próxima fase da seleção, que terá votos do público para eleger um dos 11 finalistas.

A última fase terá entrevistas e desafios físicos, no próprio local de trabalho: as ilhas da Grande Barreira Coralina - o maior recife de coral do mundo. A secretaria de Turismo anunciará o vencedor no dia 6 de maio.

17:09
Anónimo disse...
Mercado elogia governo na crise, mas pede maior queda no juro

Peter Fussy
Direto de São Paulo

Desde as primeiras medidas anunciadas para combater os efeitos da crise, o governo brasileiro avisou que a estratégia não contemplaria um pacote. Seriam doses pontuais, de acordo com a necessidade da economia diante do agravamento das turbulências. Da primeira liberação dos depósitos compulsórios em setembro até a ampliação do seguro-desemprego na última quarta-feira, o governo passou por redução de impostos, ampliação de crédito e incentivos à exportação. Quase 150 dias após a primeira medida, o Terra conversou com líderes do setor público e privado, representantes dos trabalhadores, acadêmicos e com o próprio governo para saber quais destas ações foram mais eficazes, quais foram mais ineficientes e o que mais pode ser feito pelo Estado brasileiro contra a crise.

Os maiores elogios foram direcionados à atitude de reduzir o Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) para a indústria automobilística, anunciada em dezembro e que fez com que os emplacamentos de carros novos subissem 1,9% no primeiro mês do ano em relação a dezembro de 2008. Já as maiores críticas foram para a lentidão no corte da taxa básica de juro do País.

Para o presidente do conselho administrativo do Grupo Pão de Açúcar, Abílio Diniz, o Estado não é responsável pela crise e mesmo assim está agindo "com extrema serenidade e muito acerto". "O governo está atento, fazendo a sua parte. É preciso coragem de baixar firmemente a taxa de juros. É uma arma que temos a nosso favor, já que não há clima para inflação, nem possibilidade de danos para a macroeconomia", afirmou Diniz.

Na última reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), em janeiro, a taxa Selic foi reduzida em um ponto percentual, de 13,75% para 12,75% ao ano. Porém, o professor de economia da Universidade de Brasília (UnB) José Luiz Oreiro lembra que este corte representa uma redução de apenas 0,25 ponto percentual com relação à taxa de setembro do ano passado, quando a crise se agravou.

"Pouco antes da eclosão da crise, o Banco Central aumentou a taxa em 0,75 ponto. Foram cinco meses de demora para reduzir em termos líquidos apenas 0,25 ponto", afirmou o economista, que também sugeriu redução do intervalo de cerca de 90 dias entre as reuniões do Copom e o corte de pelo menos um 1 ponto percentual em cada reunião.

Mesmo com o corte de janeiro, a taxa de juros real continua sendo a maior do mundo, lembrou o secretário-geral da Força Sindical, João Carlos Gonçalves, o Juruna. "A redução da taxa de juro ainda é pequena, porque ela continua uma das mais altas do mundo. Falta ousadia para baixar os juros e ajudar o cidadão. A permanência da taxa de juro alta é negativa para o País em meio a crise", afirmou Juruna.

Embora aprove as ações do governo, o senador Aloízio Mercadante (PT-SP) também acredita que o patamar da Selic está muito alto. "Sempre fomos os primeiros a entrar em qualquer crise, o que não aconteceu agora. A taxa Selic ainda é muito alta, mas o governo têm tomado medidas acertadas, como o aumento do salário mínimo, mesmo com um cenário de crise. Isso ajuda a movimentar o consumo. O governo está se esforçando para manter os investimentos e o crescimento", disse.

Tributos
De acordo com o economista Fabio Pina, da Fecomercio-SP, as ações mais positivas estão relacionadas à redução de tributos para alguns segmentos, como a indústria automobilística, que recuperou parte da queda nas vendas em janeiro com a isenção do IPI para carros 1.0 l e o corte para demais motorizações. A medida vale até o final de março.

"Essas medidas não só reduziram o preço, mas anteciparam o consumo daqueles que iriam comprar no futuro, dando um prêmio por conta da insegurança. Mexe diretamente com o principal problema que é a confiança do consumidor", afirmou. Juruna destacou que um bom ritmo de vendas é garantia de emprego. "É importante porque cada emprego na montadora significa 19 na cadeia produtiva", comentou o representante da Força Sindical.

Também em dezembro, o governo decidiu cortar pela metade a alíquota do Imposto de Renda para contribuintes que ganham entre R$ 1.434 e R$ 2.150 mensais. "O salário aumentava e a tabela não se modificava. As pessoas ganhavam mais e pagavam mais impostos", apontou Juruna. Outra redução de tributos do governo foi com relação ao Imposto sobre Operações Financeiras (IOF), que caiu de 3% ao ano para 1,5%.

Crédito
Na segunda metade de 2008, o colapso de bancos nos Estados Unidos por conta da crise do subprime provocou uma forte restrição de crédito no mundo inteiro. Uma das primeiras medidas anticrise do governo teve como objetivo restabelecer a oferta, com mudanças no recolhimento dos depósitos compulsórios por parte dos bancos. Segundo o presidente do Banco Central, Henrique Meirelles, as diversas modificações liberaram US$ 99,2 bilhões aos bancos até o final de janeiro.

Além disso, o governo concedeu R$ 36 bilhões das reservas internacionais para empresas brasileiras com dívidas no exterior e uma medida provisória autorizou o Banco do Brasil e a Caixa Econômica Federal a comprar carteiras de crédito de bancos privados. Para o diretor do Departamento de Pesquisas e Estudos Econômicos da Fiesp, Paulo Francini, estas medidas foram essenciais para combater os efeitos da crise.

"A crise se desenvolve no mundo em torno do tema crédito. E o crédito reduziu-se barbaridade no mundo. Então o governo lança mão de compulsório, lança mão de reservas, de medidas que permitem aos bancos comprar carteiras de bancos. Você vai tomando várias medidas para atender às demandas e o epicentro disso é crédito", afirmou.

No entanto, Oreiro, da UnB, adverte que a liberação dos compulsórios seria mais eficiente acompanhada de redução mais agressiva da taxa básica de juro. "Uma parte do crédito voltou, depois da forte retração em outubro e novembro. O que deveria ter sido feito junto à liberação do compulsório era uma redução mais drástica da taxa de juro. Sem isso, os bancos pegam as reservas e acabam comprando títulos públicos", explicou o economista.

Na opinião de Pina, as ações de distribuição de crédito via redução do compulsório e a disposição de capital de giro para empresas foram tomadas sem um cuidado maior na operação e não tiveram muito efeito. "O BNDES tem linhas que ficam paradas quase todo o ano, agora é pior ainda. Existem os recursos, mas as empresas e os bancos estão desconfiados. É preciso fazer com que os bancos tenham interesse em emprestar", afirmou o economista da Fecomercio-SP.

Futuro
Mesmo com todas essas medidas, a crise financeira ainda gera incertezas nos setores produtivos do País. Nos últimos meses, o medo do desemprego fez os consumidores adiarem compras. Por sua vez, a queda nas vendas pode obrigar as indústrias a cortarem a produção e demitir funcionários. Contra isso, empresários sugerem redução de jornada e de salários.

"Isto está previsto em lei. A Fiesp simplesmente manteve conversações com entidades sindicais quanto à aplicação daquilo que já está previsto em lei", afirmou Francini.

Segundo a ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff, uma das medidas que assegura um nível de emprego é a manutenção de investimentos no Programa de Aceleração do Crescimento (PAC). "Estamos esperando que a dificuldade ocorra em janeiro, fevereiro e março. Estamos certos que vamos manter o nível de investimento. É isso que funciona, é isso que significa investimento público. Ele funciona como um colchão. Por isso, nós colocamos R$ 100 bilhões no BNDES e a Petrobras ampliou o seu investimento em R$ 120 bilhões", afirmou.

Na mesma linha, Pina explica que a antecipação de gastos do governo substitui parte da demanda retraída do setor privado. "Ele dá o seguinte recado: não vou estourar as contas públicas, mas concentrar em um momento em que a demanda privada está pequena. Mas o governo não tem fôlego suficiente para fazer o papel de toda demanda", ressaltou. O economista da Fecomercio lembrou que a entidade já pleiteou junto ao governo isenções para transferência de imóveis e de automóveis, além de retirar o IPVA para veículos novos.

Já Oreiro foca suas propostas na capitalização do Banco do Brasil e da Caixa Econômica Federal pelo Tesouro para atender a demanda de crédito para capital de giro e reduzir o spread. "Aumentando o empréstimo e reduzindo as taxas, os dois vão forçar os bancos privados a acompanhar o movimento, até para não perderem participação no mercado", explicou o economista da UnB.

Até o Carnaval, o governou prometeu detalhar um pacote de incentivos para a construção de até um milhão de casas populares, direcionado a famílias com renda de até dez salários mínimos. "Estamos atentos a tudo o que está acontecendo e novas medidas serão tomadas caso haja uma avaliação de que sejam necessárias", disse o ministro da Fazenda, Guido Mantega, na última sexta-feira.

17:11
Anónimo disse...
Ex-ministro critica extensão do seguro-desemprego

Atualizada às 09h03

O ex-ministro do Trabalho Almir Pazzianotto criticou a decisão do governo federal de conceder o seguro-desemprego estendido a apenas alguns setores. "É certamente odioso e provavelmente inconstitucional", disse Pazzianotto, de acordo com o jornal O Estado de S. Paulo.

Na última qurta, dia do anúncio da medida, centrais sindicais elogiaram a atitude do governo. A Força Sindical divulgou nota dizendo que "o aumento ajudará a aquecer parte da economia, já que irá gerar mais consumo, produção e conseqüentemente, a criação de novos postos de trabalho". A União Geral dos Trabalhadores (UGT) afirmou que a medida "contribuirá para minimizar o drama dos trabalhadores que perderem seu emprego por conta da crise".

O ex-ministro, que instituiu o seguro-desemprego no País no governo de José Sarney, destacou a necessidade de as centrais sindicais se manifestarem contra a determinação. Para ele, as mudanças devem ser aplicadas a todas as categorias profissionais e a distinção é contrária ao artigo 3º da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT).

Pazzianotto atribui a medida a um possível temor do governo de que a crise econômica seja longa e não haja dinheiro para atender a todas as necessidades. Ainda assim, ele se mostra contrário ao método de concessão. "O seguro-desemprego ajuda a sanar necessidades básicas. Estendê-lo é paliativo, não a solução", disse ao jornal.

De acordo com o presidente do Conselho Deliberativo do Fundo de Amparo ao Trabalhador (Codefat) e conselheiro da Força Sindical, Luiz Fernando Emediato, a determinação já estava prevista na lei 8.900/94, que trata do seguro-desemprego.

O presidente da Comissão de Trabalho da Câmara, Pedro Fernandes (PTB-MA) vai além na crítica à concessão do seguro para apenas alguns setores. Ele acredita que a ampliação do benefício estimula o desemprego.

Quintino Severo, secretário geral da Central Única dos Trabalhadores (CUT), lembra que a ampliação do benefício sem critério e identificação pode incentivar demissões em outros setores.

17:13
Anónimo disse...
Empresas
TAM faz promoção para destinos internacionais

A companhia aérea TAM anunciou nesta sexta-feira tarifas promocionais para trechos internacionais. Os preços valem para bilhetes comprados entre 6h deste sábado e 23h59 deste domingo e são válidos para classe econômica. As tarifas, para ida e volta, serão vendidas a partir de US$ 99, mais taxas.

Segundo a aérea, a promoção vale para viagens feitas no período de 14 de fevereiro a 18 de junho de 2009. Para destinos na América do Sul, a permanência mínima é de dois dias; para bilhetes com destino nos Estados Unidos, cinco dias; e Europa, sete dias. A permanência máxima para as passagens para América do Sul e EUA é de dois meses e para Europa, três meses.

Entre os exemplos de tarifas promocionais, a TAM oferece São Paulo-Lima por US$ 99. Bilhetes para a rota São Paulo-Santiago serão vendidos a partir de US$ 199 e São Paulo-Nova York, US$ 799.

A emissão dos bilhetes deve ser feita obrigatoriamente no ato da reserva, obedecendo às regras estipuladas pela companhia. A compra está sujeita à disponibilidade de assentos nas classes tarifárias determinadas, trechos, horários e datas. A TAM afirmou que também há tarifas promocionais para a classe executiva.

Mais informações podem ser encontradas no site promocional (www.ofertastam.com.br), no site da empresa (www.tam.com.br) ou pelos telefones 4002-5700 ou 0800 5705700.

17:13
Anónimo disse...
Empresas
Consultoria negocia compra do parque temático Hopi Hari

A consultoria especializada em reestruturação de empresas Íntegra Associados informou nesta sexta-feira ter um acordo para comprar o parque de diversões Hopi Hari, localizado no interior de São Paulo. A empresa estaria disposta a investir R$ 10 milhões no parque, que tem dívida estimada em R$ 800 milhões. As informações são da edição deste sábado do jornal Folha de S. Paulo.

De acordo com o jornal, a transação ainda depende da negociação entre o Hopi Hari e seus credores, o que já estaria em andamento.

A consultoria paulista já atuou junto à Parmalat, durante 30 meses, quando reorganizou a gestão da empresa italiana.

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17:14
Anónimo disse...
Empresas
Disney de Tóquio contratará mais 2 mil apesar da crise


A Oriental Land, o operador da Disneylândia Tóquio e DisneySea, organizou neste domingo entrevistas para contratar cerca de 2 mil trabalhadores em tempo parcial, em um momento de grandes demissões deste tipo de empregados no Japão.

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O operador deste parque temático, situado em Urayasu, na província de Chiba (leste de Tóquio), está em pleno processo de seleção de empregados para 20 tipos de postos trabalhistas diferentes.

Segundo a companhia, citada pela agência local de notícias Kyodo, o parque contratará novos trabalhadores para as atrações, para os restaurantes e guardas de segurança entre outros. Os novos contratados começarão a trabalhar a partir de fevereiro.

O processo de seleção acontece em um momento em que a maioria das grandes companhias japonesas começaram a se ver obrigadas a despedir uma elevada percentagem de seus trabalhadores temporários e a tempo parcial.

Algumas inclusive anunciaram demissões de seus trabalhadores fixos, uma medida muito pouco comum nas companhias japonesas, perante os efeitos piores que o esperado pela crise econômica global.

Cerca de uma centena de pessoas esperavam desde a primeira hora desta manhã a abertura do centro de conferências Tokyo International Forum, onde as entrevistas estão sendo feitas, para ser os primeiros a solicitar os postos de trabalho.


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17:15
Anónimo disse...
Economia Internacional
Senado dos EUA aprova plano de estímulo à economia

O Senado dos Estados Unidos aprovou com 60 votos a favor e 38 contra o plano de estímulo à economia de US$ 787 bilhões na madrugada deste sábado. Agora, ele segue para sanção ou veto do presidente Barack Obama, que espera colocar a lei em prática até o dia 16 de fevereiro.

O plano prevê a criação de três milhões de empregos, inclui cortes de impostos às famílias, fundos para programas sociais e obras públicas, além de ajuda aos governos estaduais, estudantes e desempregados.

A cláusula Buy American - que exige o uso de ferro, aço e produtos manufaturados dos Estados Unidos em obras realizadas com recursos do pacote - ficou de lado. Segundo o texto definitivo, a cláusula será aplicada sem violar as normas do comércio internacional.

Ontem à tarde, a Câmara de Representantes (deputados) havia aprovado, por 246 votos a favor e 183 contra, a versão final do plano. Todos os republicanos foram contrários ao pacote.

Pelo acordo de quarta-feira entre Câmara e Senado, em vez de custar US$ 819 bilhões, como queriam os deputados, ou US$ 838 bilhões como pretendiam os senadores, o pacote ficou em cerca de US$ 787 bilhões, com 65% desse total destinado a gastos do governo federal e 35%, a créditos tributários.

17:16
Anónimo disse...
Economia nacional
Na era Lula, aposentadoria sobe 54% menos que salário mínimo

Thatiane Faria
Especial para o Terra
Direto de São Paulo

Os índices de reajustes concedidos pelo governo em 2009 para aposentados e pensionistas e para o salário mínimo repetiram uma diferença que, só durante o governo de Luiz Inácio Lula da Silva, já chega a 54%. Enquanto o mínimo foi majorado em 12% este ano, as pensões e aposentadorias tiveram aumento de 5,92%. Aposentados que têm o benefício do governo como única fonte de renda reclamam que perdem poder de compra e que sua cesta de compras é composta por itens que aumentam mais em relação à inflação oficial.

Um exemplo prático pode ser entendido a partir da comparação entre um aposentado que ganhava R$ 600 em janeiro de 2003. Na época, o benefício era três vezes, ou 200%, maior que o valor do mínimo em vigência, que era de R$ 200. Aplicando-se os índices de reajuste para aposentadorias e para o mínimo durante os últimos seis anos, o mesmo aposentado estaria recebendo hoje R$ 938,47, comparado a um salário mínimo de R$ 465. A diferença entre os dois valores caiu para pouco mais de 100%.

Enquanto o índice acumulado de reajuste para a aposentadoria durante o governo Lula foi de 60%, para o salário mínimo está em 132%.

O diretor do Sindicato Nacional dos Aposentados, João Inocentini, reclama que os valores dos benefícios para aposentadorias não mantêm o poder de compra do grupo, principalmente dos aposentados que recebem menos que dez salários mínimos.

Nem mesmo o fato de o índice de reajuste das aposentadorias ter ficado acima da inflação acumulada no mesmo período (o IPCA entre janeiro de 2003 e janeiro de 2009 foi de 39,7%) serve de argumento, segundo os aposentados.

"Os idosos, principalmente, têm gastos além das contas gerais como gás, telefone e aluguel. Para eles o custo com remédios, e outros itens da área saúde costuma ser maior", afirmou Inocentini.

O presidente do sindicato afirmou que o grupo realiza um estudo com 100 itens de necessidade de um idoso para comparar o aumento dos produtos com o índice de reajuste do benefício recebido pelos aposentados.

"Daqui dois meses vamos abrir um processo na Justiça e levar essa pesquisa como prova. Segundo a lei, o governo é obrigado a manter o poder de compra com a aposentadoria", disse Inocentini.

Alternativas
O consultor financeiro Cláudio Boriola diz que os aposentados, especialmente nesse momento de crise econômica, devem evitar compras parceladas, pesquisar preços, negociar e fazer bom planejamento financeiro.

Segundo Boriola, alguns aposentados ganham um valor mensal muitas vezes insuficiente para o pagamento das contas e acabam pedindo crédito ou realizando pagamentos a prazo e são obrigados a pagar juros altos.

Na opinião do consultor, pagar uma previdência privada é uma alternativa indicada para quem ainda trabalha, considerando a característica de perda de poder de compra da aposentadoria.

"Na prática, infelizmente os valores encontram-se em um patamar que está deteriorando o poder de aquisição da população brasileira", completou Boriola.

De acordo com o diretor da Confederação Brasileira de Aposentados e Pensionistas (Cobap), Vicente Fernandes Barbosa, representantes dos aposentados tentarão um encontro com o presidente da Câmara, deputado Michel Temer (PMDB-SP), para discutir projetos que minimizem a perda dos aposentados

17:17
Anónimo disse...
Previdência
Previdência prorroga isenção de tarifas no benefício

O atual sistema de pagamento aos 26 milhões de aposentados e pensionistas do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) será mantido até o final deste ano. O acordo, que permite realizar a operação sem nenhum custo aos beneficiários, foi renovado nesta sexta-feira, entre o governo federal e 21 instituições financeiras.

Por meio desse acordo, vigente desde setembro de 2007, nem os segurados, nem os bancos e nem o governo arcam com o pagamento de tarifas, conforme explicou o ministro da Previdência Social, José Pimentel. A prorrogação vale até dezembro, data máxima para que a Previdência defina as regras para um novo contrato.

Ao assinar o termo de renovação, na sede da Federação Brasileira dos Bancos (Febraban), o ministro disse que a intenção do governo é mudar o atual modelo de gestão visando a reduzir os custos dessas operações em torno da folha mensal, que atinge R$ 15,8 bilhões. No entanto, qualquer alteração, conforme explicou, passará antes por audiências públicas a serem realizadas a partir do segundo semestre deste ano, atendendo a determinação do Tribunal de Contas da União (TCU).

De acordo com Pimentel, com um redesenho do mecanismo de repasse dos recursos aos bancos em torno da folha de pagamento dos segurados o que se busca é um aumento da participação de instituições financeiras. Ele informou que, desde 2007, cada benefício custa em média R$ 1,07 ao governo. "Quanto mais instituições financeiras estiverem prestando serviços à sociedade, maior é a competitividade, a agilidade no atendimento", justificou.

O ministro observou, ainda, que, para permitir uma redução para algo em torno de meia hora no tempo de atendimento para a concessão dos direitos previdenciários, o governo investiu R$ 280 milhões.

Questionado sobre o descontentamento dos segurados que ganham acima de um salário mínimo terem obtido apenas a correção com base na variação do Índice de Preços ao Consumidor (INPC) , ficando abaixo do reajuste dado a quem recebe apenas o mínimo, Pimentel argumentou que o governo seguiu o que determina a lei e descartou a possibilidade de uma revisão

17:17
Anónimo disse...
Empresas
Caterpillar oferece aposentadoria antecipada a 2 mil


A companhia americana Caterpillar ofereceu a cerca de dois mil funcionários incentivos para que se aposentem de forma voluntária antes do previsto, pela perspectiva de uma queda "significativa" da atividade industrial, informou nesta quarta-feira a empresa.

A iniciativa, destinada aos trabalhadores de diversas fábricas em Illinois, Colorado, Tennessee e Pensilvânia, se soma aos cortes de empregos anunciados em janeiro, explicou em comunicado de imprensa.

A empresa, a maior fabricante mundial de maquinaria pesada para a construção e a mineração, acrescentou que, "em função das condições de negócio, podem ser necessárias mais reduções de elenco voluntárias e involuntárias à medida que o ano avança".

O vice-presidente da companhia, Sid Banwart, explicou que a empresa prevê "demissões significativas em todas as regiões geográficas e na maioria dos setores devido às dificuldades da economia mundial".

17:18
Anónimo disse...
Comércio
Comércio exterior da OCDE caiu no 3º trimestre de 2008


As exportações e as importações dos países da Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Econômico (OCDE) caíram 1,6% e 0,2%, respectivamente, no terceiro trimestre de 2008, em relação aos três meses anteriores.

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Trata-se da primeira queda destas atividades desde o terceiro trimestre de 2006, segundo o último relatório trimestral sobre fluxos comerciais divulgado pela OCDE.

As exportações e as importações em dólares dos 30 Estados-membros caíram 15,6% e 17%, respectivamente, na comparação anualizada.

Por sua vez, o comércio dos sete países mais ricos do mundo (G7) teve um pequeno crescimento no terceiro trimestre de 2008 com uma queda das exportações de mercadorias de 0,2% em relação ao trimestre anterior e um aumento de 0,4% das importações.

Em termos anualizados, as importações do G7 caíram 1,4% entre julho e setembro do ano passado, seu primeiro retrocesso desde o terceiro trimestre de 2006, enquanto as exportações aumentaram 1,9%, seu crescimento mais baixo no mesmo tempo.

Por países, a Alemanha aumentou suas importações em 3,4% - valor mais alto do G7 -, enquanto suas exportações caíram 2,9% do segundo para o terceiro trimestre de 2008.

Pelo contrário, as exportações americanas aumentaram 1,8% entre julho e setembro de 2008, enquanto as importações caíram 0,7% em relação ao trimestre anterior. No Japão, tanto as importações quanto as exportações caíram em torno de 1% no mesmo período.

17:19
Anónimo disse...
Economia Nacional
Lula: juros de crédito consignado a aposentados são altos

Atualizada às 17h29

O presidente Luis Inácio Lula da Silva afirmou nesta terça-feira, em São Paulo, que está lutando para reduzir as taxas de juros cobradas de aposentados em crédito consignado. A Previdência Social estabelece uma taxa máxima de 2,5% para empréstimo e de 3,5% para cartão. Para Lula, os valores são altos.

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"Acho que o juro que os aposentados estão pagando hoje com o crédito consignado é alto para o padrão brasileiro", disse o presidente durante a cerimônia de comemoração dos 86 anos do INSS.

A Previdência anunciou nesta terça-feira que aposentados e trabalhadoras com licença-maternidade poderão receber seus benefícios em 30 minutos. De acordo com Lula, em junho, a aposentadoria do trabalhador rural também será conseguida em meia hora.

Além disso, o presidente anunciou que, também em junho, os trabalhadores que alcançarem o direito à aposentadoria passarão a receber em suas casas um comunicado da Previdência informando o fato e o valor do salário que têm direito a receber. "É um comprometimento público que estou fazendo com os companheiros da Previdência Social", disse.

"Estamos retribuindo ao contribuinte da Previdência Social aquilo que é a cidadania que ele tem direito", afirmou Lula. "Se para cobrar nós somos tão precisos, para devolver o dinheiro, temos que chegar próximo à perfeição", completou.

17:20
Anónimo disse...
Economia Nacional
Salário maternidade sairá em 30 minutos, diz ministro

Toda trabalhadora autônoma que tiver contribuído pelo menos 10 meses com o Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) - ou as que possuírem carteira assinada - poderão receber em 30 minutos o salário maternidade a partir desta terça-feira. Da mesma forma, as mulheres com 30 anos de contribuição e os homens com 35 anos também terão direito ao benefício de forma mais rápida. A informação é do ministro da Previdência Social, José Pimentel.

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Para requerer o salário maternidade, é preciso que as autônomas levem a carteira de identidade e o carnê de contribuição. As demais trabalhadoras devem apresentar a identificação e a carteira de trabalho. Desde o início do mês, a nova forma de análise para a concessão de benefícios foi adotada para a aposentadoria por idade do trabalhador urbano e agora foi estendida para o salário maternidade e por tempo de contribuição.

O ministro disse que a qualificação do serviço da previdência social é o reconhecimento do direito dos trabalhadores e da afirmação da cidadania.

"Até pouco tempo na cabeça do cidadão o serviço devia ser de péssima qualidade. Agora não, nós modificamos toda a legislação no mês de dezembro numa ação conjunta do Congresso Nacional com o governo federal. Estamos implantando e concedendo os benefícios em até 30 minutos", afirmou.

O ministro destacou que para conseguir se aposentar ou ter acesso à licença maternidade em 30 minutos, em primeiro lugar, é necessário que o cidadão esteja vinculado à Previdência, o que inclui 65% da população acima de 16 anos de idade.

"Depois bastar marcar pelo sistema 135 o dia e a hora do atendimento e levar a documentação. Se todos os dados necessários estiverem corretos o contribuinte será atendido em até 30 minutos, como vem sendo feito com as aposentadorias por idade desde o dia cinco de janeiro", explicou.

Pimentel disse ainda que em 90% das agências da previdência social o atendimento é marcado em até 48 horas. Nos grandes centros, entretanto existe um volume maior o que torna mais lento o processo.

"Estamos criando mais 715 agências até 2010, em todo o território nacional, para descentralizar o atendimento. Em 2008, atendemos 295 mil benefícios e aposentadorias por idade. Temos 4 mil pessoas por dia procurando e se aposentando por idade no território nacional. Este serviço será agilizado", concluiu.
17:26
Anónimo disse...
Giuseppe Englaro, pai de Eluana, a italiana que morreu na segunda-feira passada por desidratação, recusou uma grande soma de dinheiro de um conhecido fotógrafo italiano que queria retratar a filha em estado de coma, disse neste sábado o neurologista que atendia a mulher desde 1996, Carlo Defanti.

O neurologista, que participou hoje de uma conferência sobre eutanásia, disse que Englaro respeitou a vontade da filha, que, antes do acidente, tinha pedido que, se lhe ocorresse qualquer coisa irreversível, apresentasse sua imagem de quando estava em boas condições.

Antes de sofrer o acidente de trânsito, em 1992, Eluana viveu o coma de um amigo, Alessandro, o que causou forte impacto na italiana e a levou a fazer o pai prometer que não a deixasse viver em estado vegetativo, disse o próprio Giuseppe Englaro.

Defanti, que dissera que Eluana poderia viver de dez a 12 dias depois da suspensão da alimentação e da hidratação, disse que, como médico, tinha que reprovar esta afirmação.

"Não se pode sobreviver após três ou quatro dias sem líquido e, em particular, água em um corpo. Sabemos bem que, quando há um terremoto, após quatro dias é difícil encontrar sobreviventes".

Defanti ressaltou que Eluana "não falava, não se comunicava com o exterior" e que, após vários exames, "nos deparamos com uma moça que tinha perdido a consciência", porque estava com o córtex cerebral prejudicado.

Eluana foi enterrada na quinta-feira passada no túmulo da família na localidade de Paluzza, em Udine, após um funeral que não contou com a presença dos pais.

16:53
Anónimo disse...
Os bombeiros combatem neste sábado os incêndios na Austrália favorecidos pelo bom tempo, enquanto os deslocados encotram em seu retorno casas derruídas, carros queimados nas ruas e destruição.

Depois de sete dias desde que começaram os incêndios no Estado de Victoria, a lista de mortos chega a 181, os desaparecidos somam 50, os edifícios destruídos totalizam 1,834 mil e o terreno arrasado, principalmente florestas, ocupa uma área de 4,13 mil quilômetros quadrados.

As equipes de bombeiros, formadas por 4 mil profissionais de Victoria, de outras partes da Austrália e de países amigos, combateram hoje 12 focos fora de controle e nenhum representava uma ameaça direta para a população.

O subdiretor do Serviço de Bombeiros, Geoff Conway, disse que este tempo favorável, que se prolongará durante o domingo, permite consolidar as linhas de contenção e avançar na extinção das chamas.

Cinzas apareceram arrastadas por ventos do nordeste sobre Melbourne, onde habitam 3,8 milhões de pessoas, e as autoridades alertaram aos cidadãos do risco para a saúde de idosos, crianças e pessoas com problemas respiratórios.

O número de pessoas deslocadas - a Cruz Vermelha chegou a receber 7 mil - começou a cair com a abertura de algumas localidades atingidas.

Os incêndios, alguns criminosos, começaram em 7 de fevereiro, quando a região sul da Austrália estava há duas semanas sob uma onda de calor sem precedentes.

Na sexta-feira passada, a polícia acusou uma pessoa de ter provocado o incêndio que atingiu a localidade de Churchill e matou 21 pessoas.

16:55
Anónimo disse...
A primeira chuva em seis dias reduziu a ameaça de incêndios no Estado de Victoria, ao sul da Austrália. As autoridades, porém, advertiram que ainda existem 12 focos, mas que nenhum deles ameaça áreas povoadas.

Mais de quatro mil bombeiros, mil provenientes de outras partes do país e de outras nações, trabalham contra o fogo. Cerca de 600 veículos e 28 helicópteros e pequenos aviões estão sendo usados.


Eles conseguiram construir linhas de contenção para evitar os incêndios de Yarra e Maroondah se juntassem. Também foram controlados os incêndios abertos de Yea e Murrindindi, que ameaçavam as comunidades de Connellys Creek, Crystal Creek, Scrubby Creek e Native Dog Creek.

O número de mortos chegou a 181, mas as autoridades acreditam que as vítimas devem passar de 200, já que ainda há muitos desaparecidos.

16:55
Anónimo disse...
Aqui nesta coluna, na semana passada, tive a oportunidade de comentar sobre a recente visita do professor brasileiro Pedrinho Guareschi à Austrália. Não dei, porém, os fatos, pois semana passada o assunto era outro.

Hoje, porém, vamos a eles.

No último dia 4 de fevereiro, aconteceu o Seminário "Paulo Freire: Education and Liberation", organizado pelo centro de estudos latino-americanos da Universidade Nacional da Austrália, ou ANU, como é mais conhecida por aqui.

A ANU, para quem não sabe, está entre as 20 melhores universidades do mundo! E tem sede aqui em Camberra, capital da Austrália.

Na abertura do evento, o professor John Minns, diretor do centro latino-americano, ao dar boas-vindas ao público presente, lembrou ser aquele o primeiro seminário exclusivamente dedicado a Paulo Freire na Austrália.

Em seguida, convidou Pedrinho Guareschi, palestrante principal do Seminário, a fazer sua apresentação.

A plateia pode então conhecer, pelas palavras de Pedrinho, um pouco da obra e da vida de Freire, esse brasileiro de fé e valor, que sempre acreditou na educação, sobretudo dos menos favorecidos, analfabetos, como força libertadora.

Como não podia deixar de ser, os conceitos e ideias revolucionários de Paulo Freire, expostos com clareza por Pedrinho, despertaram o interesse e a curiosidade de plateia. A qual, deve-se notar, era na maioria de estudantes, mas de várias nacionalidades, sobretudo australianos e asiáticos.

Na continuação do programa do seminário, que se estendeu por dois dias, outros professores fizeram palestras sobre temas ligados à obra de Paulo Freire.

Interessante, por exemplo, saber que a professora Anne Hickling-Hudson, jamaicana que mora na Austrália há muitos anos (é professora da ANU), conheceu e trabalhou com Freire num workshop educacional durante a revolução na Ilha de Granada, em 1980, antes da invasão dos Estados Unidos...

Ou, então, a palestra da Professora Gerda Roelvink, da Nova Zelândia, que participou do Fórum Social de Porto Alegre em 2005. E essa participação transformou-se em tema de doutorado.

No dia 10, terça-feira passada, o padre Pedrinho Guareschi voltou a falar ao público australiano em grande auditório localizado no belíssimo campus da ANU. Desta vez, sobre a Teologia da Libertação.

Depois da palestra, John Minns mostrou o filme mexicano "O Crime do Padre Amaro", no qual um dos personagens é um padre católico praticante da Teologia da Libertação.

Mais uma vez, foi grande o intersse da platéia, que pode aprender e conhecer um pouco como se desenvolveu aquele importante movimento católico na América Latina.

Fica, assim, ao Pedrinho, bem como a outros brasileiros estudiosos e de bom coração que saem pelo mundo a divulgar aspectos importantes da cultura brasileira, o respeito e a homenagem desta coluna. E... aquele abraço!

16:57
Anónimo disse...
Amanda Kitts perdeu o braço esquerdo em um acidente de automóvel acontecido três anos atrás, mas hoje em dia ela joga futebol americano com seu filho de 12 anos de idade, troca fraldas e abraça as crianças nas três creches Kiddie Cottage que opera em Knoxville, Tennessee. Kitts, 40 anos, faz tudo isso com a ajuda de um novo tipo de braço artificial que se movimenta com mais facilidade do que outros aparelhos e que ela pode controlar utilizando apenas seus pensamentos.

"Eu sou capaz de mexer a mão, o pulso e o cotovelo ao mesmo tempo", diz. "Você pensa e os músculos se movem em seguida".

A recuperação que ela conseguiu resulta de um novo procedimento que vem atraindo crescente atenção porque permite que pessoas movam braços protéticos de forma mais automática do que faziam no passado, simplesmente utilizando nervos reaproveitados em seus cérebros.

A técnica, conhecida como "renervação muscular dirigida", envolve utilizar os nervos que restam depois da amputação de um braço e conectá-los a outro músculo do corpo, em geral no peito. Eletrodos são instalados sobre os músculos do peito, e operam como se fossem antenas. Quando a pessoa deseja mover o braço, o cérebro envia sinais que primeiro resultam em contração dos músculos do peito, os quais enviam um sinal ao braço protético, instruindo-se a se movimentar. O processo não requer mais esforços consciente do que a pessoa teria de exercitar caso ainda tivesse seu braço natural.

Na terça-feira, pesquisadores reportaram em estudo publicado pela versão online do Journal of the American Medical Association que haviam levado a técnica ainda mais à frente, tornando possível a execução de 10 movimentos de mão, pulso e cotovelo diferentes, o que representa uma substancial melhora com relação ao típico repertório protético, que em geral envolve apenas dobrar o cotovelo, girar o pulso e abrir a mão.

"Os novos métodos tiveram impacto dramático em nosso campo de trabalho", disse Stuart Harshbarger, engenheiro biomédico na Universidade Johns Hopkins e diretor do programa de pesquisa sobre próteses, financiado pelas forças armadas, que inclui o trabalho com essa técnica. "O método já está em uso por médicos e cirurgiões comuns em todo o país. A capacidade de controlar um membro protético bastante robusto que ele confere surpreendeu a todos pela qualidade".

Tipicamente, uma pessoa que tenha um braço protético só é capaz de executar alguns poucos movimentos, e muitas vezes com tamanha lentidão que isso só permite a ela atividades limitadas.

Há um motor separado para cada movimento, diz Gerald Loeb, professor de engenharia biomédica na Universidade do Sul da Califórnia, "e esses motores precisam ser controlados de maneira explícita", usualmente por um esforço consciente da pessoa para contrair músculos nas costas ou no bíceps.

"Essencialmente, até agora os pacientes controlavam apenas um motor de cada vez", diz Loeb, "e precisavam pensar cuidadosamente sobre que motor desejavam controlar e como fazê-lo operar, em lugar de simplesmente pensarem em mover o braço e poderem fazê-lo sem delongas".

Antes que Kitts passasse pelo procedimento de renervação, em outubro de 2007, por exemplo, ela precisava movimentar os músculos de suas costas de determinada maneira para fazer com que seu pulso girasse, e flexionar seu bíceps e tríceps para fazer com que o cotovelo se movesse para cima e para baixo. "Era muito trabalho", ela conta. "E não me ajudava muito".

O procedimento de renervação é parte de uma recente explosão de idéias novas e técnicas inovadoras que estão sendo exploradas enquanto os cientistas se esforçam por ajudar as pessoas a compensar melhor a perda de membros ou problemas de paralisia. O esforço vem sendo alimentado pelo aumento no número de amputações causado por diabetes e por ferimentos sofridos pelos militares, e ao mesmo tempo pelos avanços na tecnologia médica.

Os braços se tornaram um dos focos essenciais desse tipo de trabalho. A ciência há muito vem obtendo sucessos no desenvolvimento de próteses de perna, mas é muito mais difícil imitar a complexidade e a destreza das mãos e dos braços.

Os esforços em curso incluem o desenvolvimento de projetos de pele e braços mais sensíveis e mais flexíveis, e o uso de dispositivos acionados por controles sem fio implantado nos braços protéticos, que permitiriam movimentos mais naturais.

Os pesquisadores também vêm usando sensores implantados nos cérebros de cobaias para permitir que dois macacos controlem um braço mecânico, e um teste com um homem paralítico permitiu, com esse método, que ele movimentasse um cursor em uma tela de computador.

Alguns desses métodos, caso venham a ser aperfeiçoados plenamente e consigam aprovação das autoridades regulatórias da saúde, podem no futuro se tornar mais viáveis para os pacientes de amputações.

E embora a técnica da renervação não requeira aprovação das autoridades regulatórias porque é executada por meios cirúrgicos e emprega aparelhos já existentes, ela apresenta limitações que até mesmo seus criadores reconhecem, entre as quais o fato de que não se pode utilizá-la para todos os pacientes, o seu alto custo e o prazo de meses requerido para que os nervos reconectados cresçam e se tornem efetivos.

Ainda assim, os especialistas dizem que é o mais avançado sistema em uso hoje para pacientes reais que permite que o sistema nervoso controle diretamente o movimento de um braço artificial.

Desde sua introdução por Todd Kuiken, médico fisioterapeuta e engenheiro biomédico do Instituto de Reabilitação de Chicago, o método foi empregado em cerca de 30 pacientes nos Estados Unidos, Canadá e Europa, entre os quais oito soldados feridos no Iraque e no Afeganistão.

Muitos dos pacientes, entre os quais o primeiro, Jesse Sullivan, um operário do setor elétrico no Tennessee que perdeu os dois braços quando foi eletrocutado por um cabo, conseguem não apenas manipular seus braços protéticos mas sentir a presença das mãos que já não têm quando alguém toca em seus peitos.

Sullivan, 62 anos, e Kitts, estavam entre os cinco pacientes que participaram do estudo reportado na terça-feira. Em companhia de cinco outras pessoas que não passaram por amputações, eles receberam os eletrodos e foram instruídos a usar pensamentos para fazer com que um braço virtual na tela reproduzisse 10 movimentos diferentes, entre os quais três formas diferentes de aperto de mão.

Os pacientes apresentaram desempenho bastante respeitável, apenas um pouco mais lento e menos preciso do que os dos participantes que não tinham amputações.

"As velocidades de movimento que encontramos em nossos pacientes foram realmente encorajadoras", disse Kuiken. "Eles conseguiram completar a tarefa. É claro que não foram tão competentes quanto as pessoas dotadas de plena capacidade física, mas foram bons o bastante".

Um braço virtual foi usado porque a maioria das próteses existentes não era capaz de acomodar todos aqueles movimentos, no momento da pesquisa, ainda que Sullivan, Kitts e uma terceira paciente, Claudia Mitchell, tenham experimentado dois novos protótipos mais versáteis de braços artificiais, executando tarefas complexas com bolas de tênis e outros objetos.

O trabalho de renervação em soldados apresenta outros desafios, diz Kuiken, porque os ferimentos militares muitas vezes "causam danos muitos extensos" a nervos, músculos ou ossos.

Daniel Acosta, 25 anos, um aviador ferido pela detonação de uma bomba em uma estrada do Iraque em 2005, passou pelo procedimento no ano passado e diz que seu braço esquerdo protético agora se movimenta "muito mais rápido" e de maneira muito mais natural.

"A diferença é que agora não preciso mais pensar para mover o braço", ele diz. "Ele simplesmente se mexe".

Ainda assim, Acosta, de San Antonio, diz que "o processo foi bastante longo" e que os eletrodos precisam ser ajustados para receber os sinais à medida que os nervos crescem ou mudam de posição.

E embora elogiem o método, os especialistas afirmam que a ciência das próteses de braço ainda tem muito por avançar.

"Trata-se de uma parte crucial, mas ainda assim apenas uma parte, das muitas coisas que compreendem a função normal de um braço", disse Loeb, que escreveu um editorial que acompanha o artigo no Journal of the American Medical Association.

"No momento estamos a meio do caminho entre o braço de 'Dr. Fantástico', que fazia involuntariamente a saudação nazista, e o braço de Luke Skywalker em 'Guerra nas Estrelas', que funciona sem nenhum problema assim que é conectado. Creio que precisaremos ainda de muitos anos para conectar todas as peças necessárias a produzir um braço capaz de funcionar normalmente".

17:04
Anónimo disse...
A Espanha disse neste sábado que está preparando uma reclamação oficial contra a decisão da Venezuela de expulsar um membro do Parlamento Europeu que criticou o conselho eleitoral venezuelano.
Luis Herrero, membro do partido conservador espanhol PP, foi deportado na sexta-feira depois que o Conselho Nacional Eleitoral (CNE) o acusou de questionar a imparcialidade da instituição antes de um referendo que pode permitir ao presidente Hugo Chávez permanecer no cargo indefinidamente.

Herrero estava na Venezuela como observador do referendo. Ele acusou Chávez de ter "comportamentos típicos de um ditador" por pedir a contenção de manifestações da oposição.

O governo da Espanha convocou um encontro com o embaixador da Venezuela em Madri para expressar a desaprovação sobre a expulsão de Herrero, disse um representante do Ministério das Relações Exteriores espanhol.

As relações da Venezuela com a Espanha tiveram seu ponto crítico em 2007, quando Chávez ameaçou rever acordos diplomáticos e comerciais depois de ouvir um "cala a boca" do rei espanhol Juan Carlos durante uma cúpula.

A fenda foi oficialmente reparada em 2008, com uma visita oficial de Chávez à Espanha, onde ele cumprimentou o rei e discutiu acordos para investimento no setor petroquímico com o primeiro-ministro José Luis Rodriguez Zapatero.

17:06
Anónimo disse...
A polícia do Zimbábue anunciou neste sábado que acusa de traição Roy Bennett, dirigente do até agora opositor Movimento para a Mudança Democrática (MDC), detido na sexta-feira, em Harare, poucas horas antes da cerimônia de posse dos membros do novo gabinete.

"A Polícia nos informou que vão apresentar acusações de traição", disse à agência EFE o advogado de defesa de Bennett, Trust Maanda.

"Tentam relacionar Roy com o caso de Mike Hitschmann, que foi detido em 2006 em relação à descoberta de um carregamento de armas, apesar de que Hitschmann não tenha sido declarado culpado das acusações de traição apresentadas contra ele, mas de um crime menor de descumprimento de leis", disse Maanda.

O político opositor, designado por seu partido como vice-ministro de Agricultura no Governo de união nacional, esteve no exílio na vizinha África do Sul desde 2006 e retornou ao Zimbábue há duas semanas.

Segundo a Polícia, que deteve Bennett ontem no aeroporto de Harare quando pretendia ir à África do Sul para visitar sua família, as armas apreendidas em 2006 seriam utilizadas em um golpe de Estado para derrubar o presidente do Zimbábue, Robert Mugabe.

Depois da detenção, Bennet foi levado a Mutar, onde vários simpatizantes do MDC se concentraram em frente à delegacia na qual estava detido, diante do que a Polícia respondeu com tiros para o alto para dispersar os manifestantes.

17:07
Anónimo disse...
Austrália: 14 mil se candidatam a 'emprego dos sonhos'

A secretaria de Turismo de Queensland, na Austrália, informou que até esta segunda-feira já recebeu cerca de 14 mil inscrições para o "o melhor emprego do mundo". O Estado australiano promove pela internet seleção para vaga de "zelador" da ilha Hamilton, por seis meses com um salário de R$ 40 mil.

Muitos candidatos tiveram problemas durante a inscrição por conta dos acessos simultâneos ao site. A secretaria aconselha enviar os vídeos de 60s explicando porque deve ser escolhido em horários alternativos do dia, além de recomendar tamanho em torno de 40MB.

As inscrições começaram em 12 de janeiro e vão até o próximo dia 22 e podem ser feitas pelo site www.islandreefjob.com. O governo australiano escolherá 50 candidatos para a próxima fase da seleção, que terá votos do público para eleger um dos 11 finalistas.

A última fase terá entrevistas e desafios físicos, no próprio local de trabalho: as ilhas da Grande Barreira Coralina - o maior recife de coral do mundo. A secretaria de Turismo anunciará o vencedor no dia 6 de maio.

17:09
Anónimo disse...
Mercado elogia governo na crise, mas pede maior queda no juro

Peter Fussy
Direto de São Paulo

Desde as primeiras medidas anunciadas para combater os efeitos da crise, o governo brasileiro avisou que a estratégia não contemplaria um pacote. Seriam doses pontuais, de acordo com a necessidade da economia diante do agravamento das turbulências. Da primeira liberação dos depósitos compulsórios em setembro até a ampliação do seguro-desemprego na última quarta-feira, o governo passou por redução de impostos, ampliação de crédito e incentivos à exportação. Quase 150 dias após a primeira medida, o Terra conversou com líderes do setor público e privado, representantes dos trabalhadores, acadêmicos e com o próprio governo para saber quais destas ações foram mais eficazes, quais foram mais ineficientes e o que mais pode ser feito pelo Estado brasileiro contra a crise.

Os maiores elogios foram direcionados à atitude de reduzir o Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) para a indústria automobilística, anunciada em dezembro e que fez com que os emplacamentos de carros novos subissem 1,9% no primeiro mês do ano em relação a dezembro de 2008. Já as maiores críticas foram para a lentidão no corte da taxa básica de juro do País.

Para o presidente do conselho administrativo do Grupo Pão de Açúcar, Abílio Diniz, o Estado não é responsável pela crise e mesmo assim está agindo "com extrema serenidade e muito acerto". "O governo está atento, fazendo a sua parte. É preciso coragem de baixar firmemente a taxa de juros. É uma arma que temos a nosso favor, já que não há clima para inflação, nem possibilidade de danos para a macroeconomia", afirmou Diniz.

Na última reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), em janeiro, a taxa Selic foi reduzida em um ponto percentual, de 13,75% para 12,75% ao ano. Porém, o professor de economia da Universidade de Brasília (UnB) José Luiz Oreiro lembra que este corte representa uma redução de apenas 0,25 ponto percentual com relação à taxa de setembro do ano passado, quando a crise se agravou.

"Pouco antes da eclosão da crise, o Banco Central aumentou a taxa em 0,75 ponto. Foram cinco meses de demora para reduzir em termos líquidos apenas 0,25 ponto", afirmou o economista, que também sugeriu redução do intervalo de cerca de 90 dias entre as reuniões do Copom e o corte de pelo menos um 1 ponto percentual em cada reunião.

Mesmo com o corte de janeiro, a taxa de juros real continua sendo a maior do mundo, lembrou o secretário-geral da Força Sindical, João Carlos Gonçalves, o Juruna. "A redução da taxa de juro ainda é pequena, porque ela continua uma das mais altas do mundo. Falta ousadia para baixar os juros e ajudar o cidadão. A permanência da taxa de juro alta é negativa para o País em meio a crise", afirmou Juruna.

Embora aprove as ações do governo, o senador Aloízio Mercadante (PT-SP) também acredita que o patamar da Selic está muito alto. "Sempre fomos os primeiros a entrar em qualquer crise, o que não aconteceu agora. A taxa Selic ainda é muito alta, mas o governo têm tomado medidas acertadas, como o aumento do salário mínimo, mesmo com um cenário de crise. Isso ajuda a movimentar o consumo. O governo está se esforçando para manter os investimentos e o crescimento", disse.

Tributos
De acordo com o economista Fabio Pina, da Fecomercio-SP, as ações mais positivas estão relacionadas à redução de tributos para alguns segmentos, como a indústria automobilística, que recuperou parte da queda nas vendas em janeiro com a isenção do IPI para carros 1.0 l e o corte para demais motorizações. A medida vale até o final de março.

"Essas medidas não só reduziram o preço, mas anteciparam o consumo daqueles que iriam comprar no futuro, dando um prêmio por conta da insegurança. Mexe diretamente com o principal problema que é a confiança do consumidor", afirmou. Juruna destacou que um bom ritmo de vendas é garantia de emprego. "É importante porque cada emprego na montadora significa 19 na cadeia produtiva", comentou o representante da Força Sindical.

Também em dezembro, o governo decidiu cortar pela metade a alíquota do Imposto de Renda para contribuintes que ganham entre R$ 1.434 e R$ 2.150 mensais. "O salário aumentava e a tabela não se modificava. As pessoas ganhavam mais e pagavam mais impostos", apontou Juruna. Outra redução de tributos do governo foi com relação ao Imposto sobre Operações Financeiras (IOF), que caiu de 3% ao ano para 1,5%.

Crédito
Na segunda metade de 2008, o colapso de bancos nos Estados Unidos por conta da crise do subprime provocou uma forte restrição de crédito no mundo inteiro. Uma das primeiras medidas anticrise do governo teve como objetivo restabelecer a oferta, com mudanças no recolhimento dos depósitos compulsórios por parte dos bancos. Segundo o presidente do Banco Central, Henrique Meirelles, as diversas modificações liberaram US$ 99,2 bilhões aos bancos até o final de janeiro.

Além disso, o governo concedeu R$ 36 bilhões das reservas internacionais para empresas brasileiras com dívidas no exterior e uma medida provisória autorizou o Banco do Brasil e a Caixa Econômica Federal a comprar carteiras de crédito de bancos privados. Para o diretor do Departamento de Pesquisas e Estudos Econômicos da Fiesp, Paulo Francini, estas medidas foram essenciais para combater os efeitos da crise.

"A crise se desenvolve no mundo em torno do tema crédito. E o crédito reduziu-se barbaridade no mundo. Então o governo lança mão de compulsório, lança mão de reservas, de medidas que permitem aos bancos comprar carteiras de bancos. Você vai tomando várias medidas para atender às demandas e o epicentro disso é crédito", afirmou.

No entanto, Oreiro, da UnB, adverte que a liberação dos compulsórios seria mais eficiente acompanhada de redução mais agressiva da taxa básica de juro. "Uma parte do crédito voltou, depois da forte retração em outubro e novembro. O que deveria ter sido feito junto à liberação do compulsório era uma redução mais drástica da taxa de juro. Sem isso, os bancos pegam as reservas e acabam comprando títulos públicos", explicou o economista.

Na opinião de Pina, as ações de distribuição de crédito via redução do compulsório e a disposição de capital de giro para empresas foram tomadas sem um cuidado maior na operação e não tiveram muito efeito. "O BNDES tem linhas que ficam paradas quase todo o ano, agora é pior ainda. Existem os recursos, mas as empresas e os bancos estão desconfiados. É preciso fazer com que os bancos tenham interesse em emprestar", afirmou o economista da Fecomercio-SP.

Futuro
Mesmo com todas essas medidas, a crise financeira ainda gera incertezas nos setores produtivos do País. Nos últimos meses, o medo do desemprego fez os consumidores adiarem compras. Por sua vez, a queda nas vendas pode obrigar as indústrias a cortarem a produção e demitir funcionários. Contra isso, empresários sugerem redução de jornada e de salários.

"Isto está previsto em lei. A Fiesp simplesmente manteve conversações com entidades sindicais quanto à aplicação daquilo que já está previsto em lei", afirmou Francini.

Segundo a ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff, uma das medidas que assegura um nível de emprego é a manutenção de investimentos no Programa de Aceleração do Crescimento (PAC). "Estamos esperando que a dificuldade ocorra em janeiro, fevereiro e março. Estamos certos que vamos manter o nível de investimento. É isso que funciona, é isso que significa investimento público. Ele funciona como um colchão. Por isso, nós colocamos R$ 100 bilhões no BNDES e a Petrobras ampliou o seu investimento em R$ 120 bilhões", afirmou.

Na mesma linha, Pina explica que a antecipação de gastos do governo substitui parte da demanda retraída do setor privado. "Ele dá o seguinte recado: não vou estourar as contas públicas, mas concentrar em um momento em que a demanda privada está pequena. Mas o governo não tem fôlego suficiente para fazer o papel de toda demanda", ressaltou. O economista da Fecomercio lembrou que a entidade já pleiteou junto ao governo isenções para transferência de imóveis e de automóveis, além de retirar o IPVA para veículos novos.

Já Oreiro foca suas propostas na capitalização do Banco do Brasil e da Caixa Econômica Federal pelo Tesouro para atender a demanda de crédito para capital de giro e reduzir o spread. "Aumentando o empréstimo e reduzindo as taxas, os dois vão forçar os bancos privados a acompanhar o movimento, até para não perderem participação no mercado", explicou o economista da UnB.

Até o Carnaval, o governou prometeu detalhar um pacote de incentivos para a construção de até um milhão de casas populares, direcionado a famílias com renda de até dez salários mínimos. "Estamos atentos a tudo o que está acontecendo e novas medidas serão tomadas caso haja uma avaliação de que sejam necessárias", disse o ministro da Fazenda, Guido Mantega, na última sexta-feira.

17:11
Anónimo disse...
Ex-ministro critica extensão do seguro-desemprego

Atualizada às 09h03

O ex-ministro do Trabalho Almir Pazzianotto criticou a decisão do governo federal de conceder o seguro-desemprego estendido a apenas alguns setores. "É certamente odioso e provavelmente inconstitucional", disse Pazzianotto, de acordo com o jornal O Estado de S. Paulo.

Na última qurta, dia do anúncio da medida, centrais sindicais elogiaram a atitude do governo. A Força Sindical divulgou nota dizendo que "o aumento ajudará a aquecer parte da economia, já que irá gerar mais consumo, produção e conseqüentemente, a criação de novos postos de trabalho". A União Geral dos Trabalhadores (UGT) afirmou que a medida "contribuirá para minimizar o drama dos trabalhadores que perderem seu emprego por conta da crise".

O ex-ministro, que instituiu o seguro-desemprego no País no governo de José Sarney, destacou a necessidade de as centrais sindicais se manifestarem contra a determinação. Para ele, as mudanças devem ser aplicadas a todas as categorias profissionais e a distinção é contrária ao artigo 3º da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT).

Pazzianotto atribui a medida a um possível temor do governo de que a crise econômica seja longa e não haja dinheiro para atender a todas as necessidades. Ainda assim, ele se mostra contrário ao método de concessão. "O seguro-desemprego ajuda a sanar necessidades básicas. Estendê-lo é paliativo, não a solução", disse ao jornal.

De acordo com o presidente do Conselho Deliberativo do Fundo de Amparo ao Trabalhador (Codefat) e conselheiro da Força Sindical, Luiz Fernando Emediato, a determinação já estava prevista na lei 8.900/94, que trata do seguro-desemprego.

O presidente da Comissão de Trabalho da Câmara, Pedro Fernandes (PTB-MA) vai além na crítica à concessão do seguro para apenas alguns setores. Ele acredita que a ampliação do benefício estimula o desemprego.

Quintino Severo, secretário geral da Central Única dos Trabalhadores (CUT), lembra que a ampliação do benefício sem critério e identificação pode incentivar demissões em outros setores.

17:13
Anónimo disse...
Empresas
TAM faz promoção para destinos internacionais

A companhia aérea TAM anunciou nesta sexta-feira tarifas promocionais para trechos internacionais. Os preços valem para bilhetes comprados entre 6h deste sábado e 23h59 deste domingo e são válidos para classe econômica. As tarifas, para ida e volta, serão vendidas a partir de US$ 99, mais taxas.

Segundo a aérea, a promoção vale para viagens feitas no período de 14 de fevereiro a 18 de junho de 2009. Para destinos na América do Sul, a permanência mínima é de dois dias; para bilhetes com destino nos Estados Unidos, cinco dias; e Europa, sete dias. A permanência máxima para as passagens para América do Sul e EUA é de dois meses e para Europa, três meses.

Entre os exemplos de tarifas promocionais, a TAM oferece São Paulo-Lima por US$ 99. Bilhetes para a rota São Paulo-Santiago serão vendidos a partir de US$ 199 e São Paulo-Nova York, US$ 799.

A emissão dos bilhetes deve ser feita obrigatoriamente no ato da reserva, obedecendo às regras estipuladas pela companhia. A compra está sujeita à disponibilidade de assentos nas classes tarifárias determinadas, trechos, horários e datas. A TAM afirmou que também há tarifas promocionais para a classe executiva.

Mais informações podem ser encontradas no site promocional (www.ofertastam.com.br), no site da empresa (www.tam.com.br) ou pelos telefones 4002-5700 ou 0800 5705700.

17:13
Anónimo disse...
Empresas
Consultoria negocia compra do parque temático Hopi Hari

A consultoria especializada em reestruturação de empresas Íntegra Associados informou nesta sexta-feira ter um acordo para comprar o parque de diversões Hopi Hari, localizado no interior de São Paulo. A empresa estaria disposta a investir R$ 10 milhões no parque, que tem dívida estimada em R$ 800 milhões. As informações são da edição deste sábado do jornal Folha de S. Paulo.

De acordo com o jornal, a transação ainda depende da negociação entre o Hopi Hari e seus credores, o que já estaria em andamento.

A consultoria paulista já atuou junto à Parmalat, durante 30 meses, quando reorganizou a gestão da empresa italiana.

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17:14
Anónimo disse...
Empresas
Disney de Tóquio contratará mais 2 mil apesar da crise


A Oriental Land, o operador da Disneylândia Tóquio e DisneySea, organizou neste domingo entrevistas para contratar cerca de 2 mil trabalhadores em tempo parcial, em um momento de grandes demissões deste tipo de empregados no Japão.

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O operador deste parque temático, situado em Urayasu, na província de Chiba (leste de Tóquio), está em pleno processo de seleção de empregados para 20 tipos de postos trabalhistas diferentes.

Segundo a companhia, citada pela agência local de notícias Kyodo, o parque contratará novos trabalhadores para as atrações, para os restaurantes e guardas de segurança entre outros. Os novos contratados começarão a trabalhar a partir de fevereiro.

O processo de seleção acontece em um momento em que a maioria das grandes companhias japonesas começaram a se ver obrigadas a despedir uma elevada percentagem de seus trabalhadores temporários e a tempo parcial.

Algumas inclusive anunciaram demissões de seus trabalhadores fixos, uma medida muito pouco comum nas companhias japonesas, perante os efeitos piores que o esperado pela crise econômica global.

Cerca de uma centena de pessoas esperavam desde a primeira hora desta manhã a abertura do centro de conferências Tokyo International Forum, onde as entrevistas estão sendo feitas, para ser os primeiros a solicitar os postos de trabalho.


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17:15
Anónimo disse...
Economia Internacional
Senado dos EUA aprova plano de estímulo à economia

O Senado dos Estados Unidos aprovou com 60 votos a favor e 38 contra o plano de estímulo à economia de US$ 787 bilhões na madrugada deste sábado. Agora, ele segue para sanção ou veto do presidente Barack Obama, que espera colocar a lei em prática até o dia 16 de fevereiro.

O plano prevê a criação de três milhões de empregos, inclui cortes de impostos às famílias, fundos para programas sociais e obras públicas, além de ajuda aos governos estaduais, estudantes e desempregados.

A cláusula Buy American - que exige o uso de ferro, aço e produtos manufaturados dos Estados Unidos em obras realizadas com recursos do pacote - ficou de lado. Segundo o texto definitivo, a cláusula será aplicada sem violar as normas do comércio internacional.

Ontem à tarde, a Câmara de Representantes (deputados) havia aprovado, por 246 votos a favor e 183 contra, a versão final do plano. Todos os republicanos foram contrários ao pacote.

Pelo acordo de quarta-feira entre Câmara e Senado, em vez de custar US$ 819 bilhões, como queriam os deputados, ou US$ 838 bilhões como pretendiam os senadores, o pacote ficou em cerca de US$ 787 bilhões, com 65% desse total destinado a gastos do governo federal e 35%, a créditos tributários.

17:16
Anónimo disse...
Economia nacional
Na era Lula, aposentadoria sobe 54% menos que salário mínimo

Thatiane Faria
Especial para o Terra
Direto de São Paulo

Os índices de reajustes concedidos pelo governo em 2009 para aposentados e pensionistas e para o salário mínimo repetiram uma diferença que, só durante o governo de Luiz Inácio Lula da Silva, já chega a 54%. Enquanto o mínimo foi majorado em 12% este ano, as pensões e aposentadorias tiveram aumento de 5,92%. Aposentados que têm o benefício do governo como única fonte de renda reclamam que perdem poder de compra e que sua cesta de compras é composta por itens que aumentam mais em relação à inflação oficial.

Um exemplo prático pode ser entendido a partir da comparação entre um aposentado que ganhava R$ 600 em janeiro de 2003. Na época, o benefício era três vezes, ou 200%, maior que o valor do mínimo em vigência, que era de R$ 200. Aplicando-se os índices de reajuste para aposentadorias e para o mínimo durante os últimos seis anos, o mesmo aposentado estaria recebendo hoje R$ 938,47, comparado a um salário mínimo de R$ 465. A diferença entre os dois valores caiu para pouco mais de 100%.

Enquanto o índice acumulado de reajuste para a aposentadoria durante o governo Lula foi de 60%, para o salário mínimo está em 132%.

O diretor do Sindicato Nacional dos Aposentados, João Inocentini, reclama que os valores dos benefícios para aposentadorias não mantêm o poder de compra do grupo, principalmente dos aposentados que recebem menos que dez salários mínimos.

Nem mesmo o fato de o índice de reajuste das aposentadorias ter ficado acima da inflação acumulada no mesmo período (o IPCA entre janeiro de 2003 e janeiro de 2009 foi de 39,7%) serve de argumento, segundo os aposentados.

"Os idosos, principalmente, têm gastos além das contas gerais como gás, telefone e aluguel. Para eles o custo com remédios, e outros itens da área saúde costuma ser maior", afirmou Inocentini.

O presidente do sindicato afirmou que o grupo realiza um estudo com 100 itens de necessidade de um idoso para comparar o aumento dos produtos com o índice de reajuste do benefício recebido pelos aposentados.

"Daqui dois meses vamos abrir um processo na Justiça e levar essa pesquisa como prova. Segundo a lei, o governo é obrigado a manter o poder de compra com a aposentadoria", disse Inocentini.

Alternativas
O consultor financeiro Cláudio Boriola diz que os aposentados, especialmente nesse momento de crise econômica, devem evitar compras parceladas, pesquisar preços, negociar e fazer bom planejamento financeiro.

Segundo Boriola, alguns aposentados ganham um valor mensal muitas vezes insuficiente para o pagamento das contas e acabam pedindo crédito ou realizando pagamentos a prazo e são obrigados a pagar juros altos.

Na opinião do consultor, pagar uma previdência privada é uma alternativa indicada para quem ainda trabalha, considerando a característica de perda de poder de compra da aposentadoria.

"Na prática, infelizmente os valores encontram-se em um patamar que está deteriorando o poder de aquisição da população brasileira", completou Boriola.

De acordo com o diretor da Confederação Brasileira de Aposentados e Pensionistas (Cobap), Vicente Fernandes Barbosa, representantes dos aposentados tentarão um encontro com o presidente da Câmara, deputado Michel Temer (PMDB-SP), para discutir projetos que minimizem a perda dos aposentados

17:17
Anónimo disse...
Previdência
Previdência prorroga isenção de tarifas no benefício

O atual sistema de pagamento aos 26 milhões de aposentados e pensionistas do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) será mantido até o final deste ano. O acordo, que permite realizar a operação sem nenhum custo aos beneficiários, foi renovado nesta sexta-feira, entre o governo federal e 21 instituições financeiras.

Por meio desse acordo, vigente desde setembro de 2007, nem os segurados, nem os bancos e nem o governo arcam com o pagamento de tarifas, conforme explicou o ministro da Previdência Social, José Pimentel. A prorrogação vale até dezembro, data máxima para que a Previdência defina as regras para um novo contrato.

Ao assinar o termo de renovação, na sede da Federação Brasileira dos Bancos (Febraban), o ministro disse que a intenção do governo é mudar o atual modelo de gestão visando a reduzir os custos dessas operações em torno da folha mensal, que atinge R$ 15,8 bilhões. No entanto, qualquer alteração, conforme explicou, passará antes por audiências públicas a serem realizadas a partir do segundo semestre deste ano, atendendo a determinação do Tribunal de Contas da União (TCU).

De acordo com Pimentel, com um redesenho do mecanismo de repasse dos recursos aos bancos em torno da folha de pagamento dos segurados o que se busca é um aumento da participação de instituições financeiras. Ele informou que, desde 2007, cada benefício custa em média R$ 1,07 ao governo. "Quanto mais instituições financeiras estiverem prestando serviços à sociedade, maior é a competitividade, a agilidade no atendimento", justificou.

O ministro observou, ainda, que, para permitir uma redução para algo em torno de meia hora no tempo de atendimento para a concessão dos direitos previdenciários, o governo investiu R$ 280 milhões.

Questionado sobre o descontentamento dos segurados que ganham acima de um salário mínimo terem obtido apenas a correção com base na variação do Índice de Preços ao Consumidor (INPC) , ficando abaixo do reajuste dado a quem recebe apenas o mínimo, Pimentel argumentou que o governo seguiu o que determina a lei e descartou a possibilidade de uma revisão

17:17
Anónimo disse...
Empresas
Caterpillar oferece aposentadoria antecipada a 2 mil


A companhia americana Caterpillar ofereceu a cerca de dois mil funcionários incentivos para que se aposentem de forma voluntária antes do previsto, pela perspectiva de uma queda "significativa" da atividade industrial, informou nesta quarta-feira a empresa.

A iniciativa, destinada aos trabalhadores de diversas fábricas em Illinois, Colorado, Tennessee e Pensilvânia, se soma aos cortes de empregos anunciados em janeiro, explicou em comunicado de imprensa.

A empresa, a maior fabricante mundial de maquinaria pesada para a construção e a mineração, acrescentou que, "em função das condições de negócio, podem ser necessárias mais reduções de elenco voluntárias e involuntárias à medida que o ano avança".

O vice-presidente da companhia, Sid Banwart, explicou que a empresa prevê "demissões significativas em todas as regiões geográficas e na maioria dos setores devido às dificuldades da economia mundial".

17:18
Anónimo disse...
Comércio
Comércio exterior da OCDE caiu no 3º trimestre de 2008


As exportações e as importações dos países da Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Econômico (OCDE) caíram 1,6% e 0,2%, respectivamente, no terceiro trimestre de 2008, em relação aos três meses anteriores.

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Trata-se da primeira queda destas atividades desde o terceiro trimestre de 2006, segundo o último relatório trimestral sobre fluxos comerciais divulgado pela OCDE.

As exportações e as importações em dólares dos 30 Estados-membros caíram 15,6% e 17%, respectivamente, na comparação anualizada.

Por sua vez, o comércio dos sete países mais ricos do mundo (G7) teve um pequeno crescimento no terceiro trimestre de 2008 com uma queda das exportações de mercadorias de 0,2% em relação ao trimestre anterior e um aumento de 0,4% das importações.

Em termos anualizados, as importações do G7 caíram 1,4% entre julho e setembro do ano passado, seu primeiro retrocesso desde o terceiro trimestre de 2006, enquanto as exportações aumentaram 1,9%, seu crescimento mais baixo no mesmo tempo.

Por países, a Alemanha aumentou suas importações em 3,4% - valor mais alto do G7 -, enquanto suas exportações caíram 2,9% do segundo para o terceiro trimestre de 2008.

Pelo contrário, as exportações americanas aumentaram 1,8% entre julho e setembro de 2008, enquanto as importações caíram 0,7% em relação ao trimestre anterior. No Japão, tanto as importações quanto as exportações caíram em torno de 1% no mesmo período.

17:19
Anónimo disse...
Economia Nacional
Lula: juros de crédito consignado a aposentados são altos

Atualizada às 17h29

O presidente Luis Inácio Lula da Silva afirmou nesta terça-feira, em São Paulo, que está lutando para reduzir as taxas de juros cobradas de aposentados em crédito consignado. A Previdência Social estabelece uma taxa máxima de 2,5% para empréstimo e de 3,5% para cartão. Para Lula, os valores são altos.

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"Acho que o juro que os aposentados estão pagando hoje com o crédito consignado é alto para o padrão brasileiro", disse o presidente durante a cerimônia de comemoração dos 86 anos do INSS.

A Previdência anunciou nesta terça-feira que aposentados e trabalhadoras com licença-maternidade poderão receber seus benefícios em 30 minutos. De acordo com Lula, em junho, a aposentadoria do trabalhador rural também será conseguida em meia hora.

Além disso, o presidente anunciou que, também em junho, os trabalhadores que alcançarem o direito à aposentadoria passarão a receber em suas casas um comunicado da Previdência informando o fato e o valor do salário que têm direito a receber. "É um comprometimento público que estou fazendo com os companheiros da Previdência Social", disse.

"Estamos retribuindo ao contribuinte da Previdência Social aquilo que é a cidadania que ele tem direito", afirmou Lula. "Se para cobrar nós somos tão precisos, para devolver o dinheiro, temos que chegar próximo à perfeição", completou.

17:20
Anónimo disse...
Economia Nacional
Salário maternidade sairá em 30 minutos, diz ministro

Toda trabalhadora autônoma que tiver contribuído pelo menos 10 meses com o Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) - ou as que possuírem carteira assinada - poderão receber em 30 minutos o salário maternidade a partir desta terça-feira. Da mesma forma, as mulheres com 30 anos de contribuição e os homens com 35 anos também terão direito ao benefício de forma mais rápida. A informação é do ministro da Previdência Social, José Pimentel.

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Para requerer o salário maternidade, é preciso que as autônomas levem a carteira de identidade e o carnê de contribuição. As demais trabalhadoras devem apresentar a identificação e a carteira de trabalho. Desde o início do mês, a nova forma de análise para a concessão de benefícios foi adotada para a aposentadoria por idade do trabalhador urbano e agora foi estendida para o salário maternidade e por tempo de contribuição.

O ministro disse que a qualificação do serviço da previdência social é o reconhecimento do direito dos trabalhadores e da afirmação da cidadania.

"Até pouco tempo na cabeça do cidadão o serviço devia ser de péssima qualidade. Agora não, nós modificamos toda a legislação no mês de dezembro numa ação conjunta do Congresso Nacional com o governo federal. Estamos implantando e concedendo os benefícios em até 30 minutos", afirmou.

O ministro destacou que para conseguir se aposentar ou ter acesso à licença maternidade em 30 minutos, em primeiro lugar, é necessário que o cidadão esteja vinculado à Previdência, o que inclui 65% da população acima de 16 anos de idade.

"Depois bastar marcar pelo sistema 135 o dia e a hora do atendimento e levar a documentação. Se todos os dados necessários estiverem corretos o contribuinte será atendido em até 30 minutos, como vem sendo feito com as aposentadorias por idade desde o dia cinco de janeiro", explicou.

Pimentel disse ainda que em 90% das agências da previdência social o atendimento é marcado em até 48 horas. Nos grandes centros, entretanto existe um volume maior o que torna mais lento o processo.

"Estamos criando mais 715 agências até 2010, em todo o território nacional, para descentralizar o atendimento. Em 2008, atendemos 295 mil benefícios e aposentadorias por idade. Temos 4 mil pessoas por dia procurando e se aposentando por idade no território nacional. Este serviço será agilizado", concluiu.
17:27
Anónimo disse...
Giuseppe Englaro, pai de Eluana, a italiana que morreu na segunda-feira passada por desidratação, recusou uma grande soma de dinheiro de um conhecido fotógrafo italiano que queria retratar a filha em estado de coma, disse neste sábado o neurologista que atendia a mulher desde 1996, Carlo Defanti.

O neurologista, que participou hoje de uma conferência sobre eutanásia, disse que Englaro respeitou a vontade da filha, que, antes do acidente, tinha pedido que, se lhe ocorresse qualquer coisa irreversível, apresentasse sua imagem de quando estava em boas condições.

Antes de sofrer o acidente de trânsito, em 1992, Eluana viveu o coma de um amigo, Alessandro, o que causou forte impacto na italiana e a levou a fazer o pai prometer que não a deixasse viver em estado vegetativo, disse o próprio Giuseppe Englaro.

Defanti, que dissera que Eluana poderia viver de dez a 12 dias depois da suspensão da alimentação e da hidratação, disse que, como médico, tinha que reprovar esta afirmação.

"Não se pode sobreviver após três ou quatro dias sem líquido e, em particular, água em um corpo. Sabemos bem que, quando há um terremoto, após quatro dias é difícil encontrar sobreviventes".

Defanti ressaltou que Eluana "não falava, não se comunicava com o exterior" e que, após vários exames, "nos deparamos com uma moça que tinha perdido a consciência", porque estava com o córtex cerebral prejudicado.

Eluana foi enterrada na quinta-feira passada no túmulo da família na localidade de Paluzza, em Udine, após um funeral que não contou com a presença dos pais.

16:53
Anónimo disse...
Os bombeiros combatem neste sábado os incêndios na Austrália favorecidos pelo bom tempo, enquanto os deslocados encotram em seu retorno casas derruídas, carros queimados nas ruas e destruição.

Depois de sete dias desde que começaram os incêndios no Estado de Victoria, a lista de mortos chega a 181, os desaparecidos somam 50, os edifícios destruídos totalizam 1,834 mil e o terreno arrasado, principalmente florestas, ocupa uma área de 4,13 mil quilômetros quadrados.

As equipes de bombeiros, formadas por 4 mil profissionais de Victoria, de outras partes da Austrália e de países amigos, combateram hoje 12 focos fora de controle e nenhum representava uma ameaça direta para a população.

O subdiretor do Serviço de Bombeiros, Geoff Conway, disse que este tempo favorável, que se prolongará durante o domingo, permite consolidar as linhas de contenção e avançar na extinção das chamas.

Cinzas apareceram arrastadas por ventos do nordeste sobre Melbourne, onde habitam 3,8 milhões de pessoas, e as autoridades alertaram aos cidadãos do risco para a saúde de idosos, crianças e pessoas com problemas respiratórios.

O número de pessoas deslocadas - a Cruz Vermelha chegou a receber 7 mil - começou a cair com a abertura de algumas localidades atingidas.

Os incêndios, alguns criminosos, começaram em 7 de fevereiro, quando a região sul da Austrália estava há duas semanas sob uma onda de calor sem precedentes.

Na sexta-feira passada, a polícia acusou uma pessoa de ter provocado o incêndio que atingiu a localidade de Churchill e matou 21 pessoas.

16:55
Anónimo disse...
A primeira chuva em seis dias reduziu a ameaça de incêndios no Estado de Victoria, ao sul da Austrália. As autoridades, porém, advertiram que ainda existem 12 focos, mas que nenhum deles ameaça áreas povoadas.

Mais de quatro mil bombeiros, mil provenientes de outras partes do país e de outras nações, trabalham contra o fogo. Cerca de 600 veículos e 28 helicópteros e pequenos aviões estão sendo usados.


Eles conseguiram construir linhas de contenção para evitar os incêndios de Yarra e Maroondah se juntassem. Também foram controlados os incêndios abertos de Yea e Murrindindi, que ameaçavam as comunidades de Connellys Creek, Crystal Creek, Scrubby Creek e Native Dog Creek.

O número de mortos chegou a 181, mas as autoridades acreditam que as vítimas devem passar de 200, já que ainda há muitos desaparecidos.

16:55
Anónimo disse...
Aqui nesta coluna, na semana passada, tive a oportunidade de comentar sobre a recente visita do professor brasileiro Pedrinho Guareschi à Austrália. Não dei, porém, os fatos, pois semana passada o assunto era outro.

Hoje, porém, vamos a eles.

No último dia 4 de fevereiro, aconteceu o Seminário "Paulo Freire: Education and Liberation", organizado pelo centro de estudos latino-americanos da Universidade Nacional da Austrália, ou ANU, como é mais conhecida por aqui.

A ANU, para quem não sabe, está entre as 20 melhores universidades do mundo! E tem sede aqui em Camberra, capital da Austrália.

Na abertura do evento, o professor John Minns, diretor do centro latino-americano, ao dar boas-vindas ao público presente, lembrou ser aquele o primeiro seminário exclusivamente dedicado a Paulo Freire na Austrália.

Em seguida, convidou Pedrinho Guareschi, palestrante principal do Seminário, a fazer sua apresentação.

A plateia pode então conhecer, pelas palavras de Pedrinho, um pouco da obra e da vida de Freire, esse brasileiro de fé e valor, que sempre acreditou na educação, sobretudo dos menos favorecidos, analfabetos, como força libertadora.

Como não podia deixar de ser, os conceitos e ideias revolucionários de Paulo Freire, expostos com clareza por Pedrinho, despertaram o interesse e a curiosidade de plateia. A qual, deve-se notar, era na maioria de estudantes, mas de várias nacionalidades, sobretudo australianos e asiáticos.

Na continuação do programa do seminário, que se estendeu por dois dias, outros professores fizeram palestras sobre temas ligados à obra de Paulo Freire.

Interessante, por exemplo, saber que a professora Anne Hickling-Hudson, jamaicana que mora na Austrália há muitos anos (é professora da ANU), conheceu e trabalhou com Freire num workshop educacional durante a revolução na Ilha de Granada, em 1980, antes da invasão dos Estados Unidos...

Ou, então, a palestra da Professora Gerda Roelvink, da Nova Zelândia, que participou do Fórum Social de Porto Alegre em 2005. E essa participação transformou-se em tema de doutorado.

No dia 10, terça-feira passada, o padre Pedrinho Guareschi voltou a falar ao público australiano em grande auditório localizado no belíssimo campus da ANU. Desta vez, sobre a Teologia da Libertação.

Depois da palestra, John Minns mostrou o filme mexicano "O Crime do Padre Amaro", no qual um dos personagens é um padre católico praticante da Teologia da Libertação.

Mais uma vez, foi grande o intersse da platéia, que pode aprender e conhecer um pouco como se desenvolveu aquele importante movimento católico na América Latina.

Fica, assim, ao Pedrinho, bem como a outros brasileiros estudiosos e de bom coração que saem pelo mundo a divulgar aspectos importantes da cultura brasileira, o respeito e a homenagem desta coluna. E... aquele abraço!

16:57
Anónimo disse...
Amanda Kitts perdeu o braço esquerdo em um acidente de automóvel acontecido três anos atrás, mas hoje em dia ela joga futebol americano com seu filho de 12 anos de idade, troca fraldas e abraça as crianças nas três creches Kiddie Cottage que opera em Knoxville, Tennessee. Kitts, 40 anos, faz tudo isso com a ajuda de um novo tipo de braço artificial que se movimenta com mais facilidade do que outros aparelhos e que ela pode controlar utilizando apenas seus pensamentos.

"Eu sou capaz de mexer a mão, o pulso e o cotovelo ao mesmo tempo", diz. "Você pensa e os músculos se movem em seguida".

A recuperação que ela conseguiu resulta de um novo procedimento que vem atraindo crescente atenção porque permite que pessoas movam braços protéticos de forma mais automática do que faziam no passado, simplesmente utilizando nervos reaproveitados em seus cérebros.

A técnica, conhecida como "renervação muscular dirigida", envolve utilizar os nervos que restam depois da amputação de um braço e conectá-los a outro músculo do corpo, em geral no peito. Eletrodos são instalados sobre os músculos do peito, e operam como se fossem antenas. Quando a pessoa deseja mover o braço, o cérebro envia sinais que primeiro resultam em contração dos músculos do peito, os quais enviam um sinal ao braço protético, instruindo-se a se movimentar. O processo não requer mais esforços consciente do que a pessoa teria de exercitar caso ainda tivesse seu braço natural.

Na terça-feira, pesquisadores reportaram em estudo publicado pela versão online do Journal of the American Medical Association que haviam levado a técnica ainda mais à frente, tornando possível a execução de 10 movimentos de mão, pulso e cotovelo diferentes, o que representa uma substancial melhora com relação ao típico repertório protético, que em geral envolve apenas dobrar o cotovelo, girar o pulso e abrir a mão.

"Os novos métodos tiveram impacto dramático em nosso campo de trabalho", disse Stuart Harshbarger, engenheiro biomédico na Universidade Johns Hopkins e diretor do programa de pesquisa sobre próteses, financiado pelas forças armadas, que inclui o trabalho com essa técnica. "O método já está em uso por médicos e cirurgiões comuns em todo o país. A capacidade de controlar um membro protético bastante robusto que ele confere surpreendeu a todos pela qualidade".

Tipicamente, uma pessoa que tenha um braço protético só é capaz de executar alguns poucos movimentos, e muitas vezes com tamanha lentidão que isso só permite a ela atividades limitadas.

Há um motor separado para cada movimento, diz Gerald Loeb, professor de engenharia biomédica na Universidade do Sul da Califórnia, "e esses motores precisam ser controlados de maneira explícita", usualmente por um esforço consciente da pessoa para contrair músculos nas costas ou no bíceps.

"Essencialmente, até agora os pacientes controlavam apenas um motor de cada vez", diz Loeb, "e precisavam pensar cuidadosamente sobre que motor desejavam controlar e como fazê-lo operar, em lugar de simplesmente pensarem em mover o braço e poderem fazê-lo sem delongas".

Antes que Kitts passasse pelo procedimento de renervação, em outubro de 2007, por exemplo, ela precisava movimentar os músculos de suas costas de determinada maneira para fazer com que seu pulso girasse, e flexionar seu bíceps e tríceps para fazer com que o cotovelo se movesse para cima e para baixo. "Era muito trabalho", ela conta. "E não me ajudava muito".

O procedimento de renervação é parte de uma recente explosão de idéias novas e técnicas inovadoras que estão sendo exploradas enquanto os cientistas se esforçam por ajudar as pessoas a compensar melhor a perda de membros ou problemas de paralisia. O esforço vem sendo alimentado pelo aumento no número de amputações causado por diabetes e por ferimentos sofridos pelos militares, e ao mesmo tempo pelos avanços na tecnologia médica.

Os braços se tornaram um dos focos essenciais desse tipo de trabalho. A ciência há muito vem obtendo sucessos no desenvolvimento de próteses de perna, mas é muito mais difícil imitar a complexidade e a destreza das mãos e dos braços.

Os esforços em curso incluem o desenvolvimento de projetos de pele e braços mais sensíveis e mais flexíveis, e o uso de dispositivos acionados por controles sem fio implantado nos braços protéticos, que permitiriam movimentos mais naturais.

Os pesquisadores também vêm usando sensores implantados nos cérebros de cobaias para permitir que dois macacos controlem um braço mecânico, e um teste com um homem paralítico permitiu, com esse método, que ele movimentasse um cursor em uma tela de computador.

Alguns desses métodos, caso venham a ser aperfeiçoados plenamente e consigam aprovação das autoridades regulatórias da saúde, podem no futuro se tornar mais viáveis para os pacientes de amputações.

E embora a técnica da renervação não requeira aprovação das autoridades regulatórias porque é executada por meios cirúrgicos e emprega aparelhos já existentes, ela apresenta limitações que até mesmo seus criadores reconhecem, entre as quais o fato de que não se pode utilizá-la para todos os pacientes, o seu alto custo e o prazo de meses requerido para que os nervos reconectados cresçam e se tornem efetivos.

Ainda assim, os especialistas dizem que é o mais avançado sistema em uso hoje para pacientes reais que permite que o sistema nervoso controle diretamente o movimento de um braço artificial.

Desde sua introdução por Todd Kuiken, médico fisioterapeuta e engenheiro biomédico do Instituto de Reabilitação de Chicago, o método foi empregado em cerca de 30 pacientes nos Estados Unidos, Canadá e Europa, entre os quais oito soldados feridos no Iraque e no Afeganistão.

Muitos dos pacientes, entre os quais o primeiro, Jesse Sullivan, um operário do setor elétrico no Tennessee que perdeu os dois braços quando foi eletrocutado por um cabo, conseguem não apenas manipular seus braços protéticos mas sentir a presença das mãos que já não têm quando alguém toca em seus peitos.

Sullivan, 62 anos, e Kitts, estavam entre os cinco pacientes que participaram do estudo reportado na terça-feira. Em companhia de cinco outras pessoas que não passaram por amputações, eles receberam os eletrodos e foram instruídos a usar pensamentos para fazer com que um braço virtual na tela reproduzisse 10 movimentos diferentes, entre os quais três formas diferentes de aperto de mão.

Os pacientes apresentaram desempenho bastante respeitável, apenas um pouco mais lento e menos preciso do que os dos participantes que não tinham amputações.

"As velocidades de movimento que encontramos em nossos pacientes foram realmente encorajadoras", disse Kuiken. "Eles conseguiram completar a tarefa. É claro que não foram tão competentes quanto as pessoas dotadas de plena capacidade física, mas foram bons o bastante".

Um braço virtual foi usado porque a maioria das próteses existentes não era capaz de acomodar todos aqueles movimentos, no momento da pesquisa, ainda que Sullivan, Kitts e uma terceira paciente, Claudia Mitchell, tenham experimentado dois novos protótipos mais versáteis de braços artificiais, executando tarefas complexas com bolas de tênis e outros objetos.

O trabalho de renervação em soldados apresenta outros desafios, diz Kuiken, porque os ferimentos militares muitas vezes "causam danos muitos extensos" a nervos, músculos ou ossos.

Daniel Acosta, 25 anos, um aviador ferido pela detonação de uma bomba em uma estrada do Iraque em 2005, passou pelo procedimento no ano passado e diz que seu braço esquerdo protético agora se movimenta "muito mais rápido" e de maneira muito mais natural.

"A diferença é que agora não preciso mais pensar para mover o braço", ele diz. "Ele simplesmente se mexe".

Ainda assim, Acosta, de San Antonio, diz que "o processo foi bastante longo" e que os eletrodos precisam ser ajustados para receber os sinais à medida que os nervos crescem ou mudam de posição.

E embora elogiem o método, os especialistas afirmam que a ciência das próteses de braço ainda tem muito por avançar.

"Trata-se de uma parte crucial, mas ainda assim apenas uma parte, das muitas coisas que compreendem a função normal de um braço", disse Loeb, que escreveu um editorial que acompanha o artigo no Journal of the American Medical Association.

"No momento estamos a meio do caminho entre o braço de 'Dr. Fantástico', que fazia involuntariamente a saudação nazista, e o braço de Luke Skywalker em 'Guerra nas Estrelas', que funciona sem nenhum problema assim que é conectado. Creio que precisaremos ainda de muitos anos para conectar todas as peças necessárias a produzir um braço capaz de funcionar normalmente".

17:04
Anónimo disse...
A Espanha disse neste sábado que está preparando uma reclamação oficial contra a decisão da Venezuela de expulsar um membro do Parlamento Europeu que criticou o conselho eleitoral venezuelano.
Luis Herrero, membro do partido conservador espanhol PP, foi deportado na sexta-feira depois que o Conselho Nacional Eleitoral (CNE) o acusou de questionar a imparcialidade da instituição antes de um referendo que pode permitir ao presidente Hugo Chávez permanecer no cargo indefinidamente.

Herrero estava na Venezuela como observador do referendo. Ele acusou Chávez de ter "comportamentos típicos de um ditador" por pedir a contenção de manifestações da oposição.

O governo da Espanha convocou um encontro com o embaixador da Venezuela em Madri para expressar a desaprovação sobre a expulsão de Herrero, disse um representante do Ministério das Relações Exteriores espanhol.

As relações da Venezuela com a Espanha tiveram seu ponto crítico em 2007, quando Chávez ameaçou rever acordos diplomáticos e comerciais depois de ouvir um "cala a boca" do rei espanhol Juan Carlos durante uma cúpula.

A fenda foi oficialmente reparada em 2008, com uma visita oficial de Chávez à Espanha, onde ele cumprimentou o rei e discutiu acordos para investimento no setor petroquímico com o primeiro-ministro José Luis Rodriguez Zapatero.

17:06
Anónimo disse...
A polícia do Zimbábue anunciou neste sábado que acusa de traição Roy Bennett, dirigente do até agora opositor Movimento para a Mudança Democrática (MDC), detido na sexta-feira, em Harare, poucas horas antes da cerimônia de posse dos membros do novo gabinete.

"A Polícia nos informou que vão apresentar acusações de traição", disse à agência EFE o advogado de defesa de Bennett, Trust Maanda.

"Tentam relacionar Roy com o caso de Mike Hitschmann, que foi detido em 2006 em relação à descoberta de um carregamento de armas, apesar de que Hitschmann não tenha sido declarado culpado das acusações de traição apresentadas contra ele, mas de um crime menor de descumprimento de leis", disse Maanda.

O político opositor, designado por seu partido como vice-ministro de Agricultura no Governo de união nacional, esteve no exílio na vizinha África do Sul desde 2006 e retornou ao Zimbábue há duas semanas.

Segundo a Polícia, que deteve Bennett ontem no aeroporto de Harare quando pretendia ir à África do Sul para visitar sua família, as armas apreendidas em 2006 seriam utilizadas em um golpe de Estado para derrubar o presidente do Zimbábue, Robert Mugabe.

Depois da detenção, Bennet foi levado a Mutar, onde vários simpatizantes do MDC se concentraram em frente à delegacia na qual estava detido, diante do que a Polícia respondeu com tiros para o alto para dispersar os manifestantes.

17:07
Anónimo disse...
Austrália: 14 mil se candidatam a 'emprego dos sonhos'

A secretaria de Turismo de Queensland, na Austrália, informou que até esta segunda-feira já recebeu cerca de 14 mil inscrições para o "o melhor emprego do mundo". O Estado australiano promove pela internet seleção para vaga de "zelador" da ilha Hamilton, por seis meses com um salário de R$ 40 mil.

Muitos candidatos tiveram problemas durante a inscrição por conta dos acessos simultâneos ao site. A secretaria aconselha enviar os vídeos de 60s explicando porque deve ser escolhido em horários alternativos do dia, além de recomendar tamanho em torno de 40MB.

As inscrições começaram em 12 de janeiro e vão até o próximo dia 22 e podem ser feitas pelo site www.islandreefjob.com. O governo australiano escolherá 50 candidatos para a próxima fase da seleção, que terá votos do público para eleger um dos 11 finalistas.

A última fase terá entrevistas e desafios físicos, no próprio local de trabalho: as ilhas da Grande Barreira Coralina - o maior recife de coral do mundo. A secretaria de Turismo anunciará o vencedor no dia 6 de maio.

17:09
Anónimo disse...
Mercado elogia governo na crise, mas pede maior queda no juro

Peter Fussy
Direto de São Paulo

Desde as primeiras medidas anunciadas para combater os efeitos da crise, o governo brasileiro avisou que a estratégia não contemplaria um pacote. Seriam doses pontuais, de acordo com a necessidade da economia diante do agravamento das turbulências. Da primeira liberação dos depósitos compulsórios em setembro até a ampliação do seguro-desemprego na última quarta-feira, o governo passou por redução de impostos, ampliação de crédito e incentivos à exportação. Quase 150 dias após a primeira medida, o Terra conversou com líderes do setor público e privado, representantes dos trabalhadores, acadêmicos e com o próprio governo para saber quais destas ações foram mais eficazes, quais foram mais ineficientes e o que mais pode ser feito pelo Estado brasileiro contra a crise.

Os maiores elogios foram direcionados à atitude de reduzir o Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) para a indústria automobilística, anunciada em dezembro e que fez com que os emplacamentos de carros novos subissem 1,9% no primeiro mês do ano em relação a dezembro de 2008. Já as maiores críticas foram para a lentidão no corte da taxa básica de juro do País.

Para o presidente do conselho administrativo do Grupo Pão de Açúcar, Abílio Diniz, o Estado não é responsável pela crise e mesmo assim está agindo "com extrema serenidade e muito acerto". "O governo está atento, fazendo a sua parte. É preciso coragem de baixar firmemente a taxa de juros. É uma arma que temos a nosso favor, já que não há clima para inflação, nem possibilidade de danos para a macroeconomia", afirmou Diniz.

Na última reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), em janeiro, a taxa Selic foi reduzida em um ponto percentual, de 13,75% para 12,75% ao ano. Porém, o professor de economia da Universidade de Brasília (UnB) José Luiz Oreiro lembra que este corte representa uma redução de apenas 0,25 ponto percentual com relação à taxa de setembro do ano passado, quando a crise se agravou.

"Pouco antes da eclosão da crise, o Banco Central aumentou a taxa em 0,75 ponto. Foram cinco meses de demora para reduzir em termos líquidos apenas 0,25 ponto", afirmou o economista, que também sugeriu redução do intervalo de cerca de 90 dias entre as reuniões do Copom e o corte de pelo menos um 1 ponto percentual em cada reunião.

Mesmo com o corte de janeiro, a taxa de juros real continua sendo a maior do mundo, lembrou o secretário-geral da Força Sindical, João Carlos Gonçalves, o Juruna. "A redução da taxa de juro ainda é pequena, porque ela continua uma das mais altas do mundo. Falta ousadia para baixar os juros e ajudar o cidadão. A permanência da taxa de juro alta é negativa para o País em meio a crise", afirmou Juruna.

Embora aprove as ações do governo, o senador Aloízio Mercadante (PT-SP) também acredita que o patamar da Selic está muito alto. "Sempre fomos os primeiros a entrar em qualquer crise, o que não aconteceu agora. A taxa Selic ainda é muito alta, mas o governo têm tomado medidas acertadas, como o aumento do salário mínimo, mesmo com um cenário de crise. Isso ajuda a movimentar o consumo. O governo está se esforçando para manter os investimentos e o crescimento", disse.

Tributos
De acordo com o economista Fabio Pina, da Fecomercio-SP, as ações mais positivas estão relacionadas à redução de tributos para alguns segmentos, como a indústria automobilística, que recuperou parte da queda nas vendas em janeiro com a isenção do IPI para carros 1.0 l e o corte para demais motorizações. A medida vale até o final de março.

"Essas medidas não só reduziram o preço, mas anteciparam o consumo daqueles que iriam comprar no futuro, dando um prêmio por conta da insegurança. Mexe diretamente com o principal problema que é a confiança do consumidor", afirmou. Juruna destacou que um bom ritmo de vendas é garantia de emprego. "É importante porque cada emprego na montadora significa 19 na cadeia produtiva", comentou o representante da Força Sindical.

Também em dezembro, o governo decidiu cortar pela metade a alíquota do Imposto de Renda para contribuintes que ganham entre R$ 1.434 e R$ 2.150 mensais. "O salário aumentava e a tabela não se modificava. As pessoas ganhavam mais e pagavam mais impostos", apontou Juruna. Outra redução de tributos do governo foi com relação ao Imposto sobre Operações Financeiras (IOF), que caiu de 3% ao ano para 1,5%.

Crédito
Na segunda metade de 2008, o colapso de bancos nos Estados Unidos por conta da crise do subprime provocou uma forte restrição de crédito no mundo inteiro. Uma das primeiras medidas anticrise do governo teve como objetivo restabelecer a oferta, com mudanças no recolhimento dos depósitos compulsórios por parte dos bancos. Segundo o presidente do Banco Central, Henrique Meirelles, as diversas modificações liberaram US$ 99,2 bilhões aos bancos até o final de janeiro.

Além disso, o governo concedeu R$ 36 bilhões das reservas internacionais para empresas brasileiras com dívidas no exterior e uma medida provisória autorizou o Banco do Brasil e a Caixa Econômica Federal a comprar carteiras de crédito de bancos privados. Para o diretor do Departamento de Pesquisas e Estudos Econômicos da Fiesp, Paulo Francini, estas medidas foram essenciais para combater os efeitos da crise.

"A crise se desenvolve no mundo em torno do tema crédito. E o crédito reduziu-se barbaridade no mundo. Então o governo lança mão de compulsório, lança mão de reservas, de medidas que permitem aos bancos comprar carteiras de bancos. Você vai tomando várias medidas para atender às demandas e o epicentro disso é crédito", afirmou.

No entanto, Oreiro, da UnB, adverte que a liberação dos compulsórios seria mais eficiente acompanhada de redução mais agressiva da taxa básica de juro. "Uma parte do crédito voltou, depois da forte retração em outubro e novembro. O que deveria ter sido feito junto à liberação do compulsório era uma redução mais drástica da taxa de juro. Sem isso, os bancos pegam as reservas e acabam comprando títulos públicos", explicou o economista.

Na opinião de Pina, as ações de distribuição de crédito via redução do compulsório e a disposição de capital de giro para empresas foram tomadas sem um cuidado maior na operação e não tiveram muito efeito. "O BNDES tem linhas que ficam paradas quase todo o ano, agora é pior ainda. Existem os recursos, mas as empresas e os bancos estão desconfiados. É preciso fazer com que os bancos tenham interesse em emprestar", afirmou o economista da Fecomercio-SP.

Futuro
Mesmo com todas essas medidas, a crise financeira ainda gera incertezas nos setores produtivos do País. Nos últimos meses, o medo do desemprego fez os consumidores adiarem compras. Por sua vez, a queda nas vendas pode obrigar as indústrias a cortarem a produção e demitir funcionários. Contra isso, empresários sugerem redução de jornada e de salários.

"Isto está previsto em lei. A Fiesp simplesmente manteve conversações com entidades sindicais quanto à aplicação daquilo que já está previsto em lei", afirmou Francini.

Segundo a ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff, uma das medidas que assegura um nível de emprego é a manutenção de investimentos no Programa de Aceleração do Crescimento (PAC). "Estamos esperando que a dificuldade ocorra em janeiro, fevereiro e março. Estamos certos que vamos manter o nível de investimento. É isso que funciona, é isso que significa investimento público. Ele funciona como um colchão. Por isso, nós colocamos R$ 100 bilhões no BNDES e a Petrobras ampliou o seu investimento em R$ 120 bilhões", afirmou.

Na mesma linha, Pina explica que a antecipação de gastos do governo substitui parte da demanda retraída do setor privado. "Ele dá o seguinte recado: não vou estourar as contas públicas, mas concentrar em um momento em que a demanda privada está pequena. Mas o governo não tem fôlego suficiente para fazer o papel de toda demanda", ressaltou. O economista da Fecomercio lembrou que a entidade já pleiteou junto ao governo isenções para transferência de imóveis e de automóveis, além de retirar o IPVA para veículos novos.

Já Oreiro foca suas propostas na capitalização do Banco do Brasil e da Caixa Econômica Federal pelo Tesouro para atender a demanda de crédito para capital de giro e reduzir o spread. "Aumentando o empréstimo e reduzindo as taxas, os dois vão forçar os bancos privados a acompanhar o movimento, até para não perderem participação no mercado", explicou o economista da UnB.

Até o Carnaval, o governou prometeu detalhar um pacote de incentivos para a construção de até um milhão de casas populares, direcionado a famílias com renda de até dez salários mínimos. "Estamos atentos a tudo o que está acontecendo e novas medidas serão tomadas caso haja uma avaliação de que sejam necessárias", disse o ministro da Fazenda, Guido Mantega, na última sexta-feira.

17:11
Anónimo disse...
Ex-ministro critica extensão do seguro-desemprego

Atualizada às 09h03

O ex-ministro do Trabalho Almir Pazzianotto criticou a decisão do governo federal de conceder o seguro-desemprego estendido a apenas alguns setores. "É certamente odioso e provavelmente inconstitucional", disse Pazzianotto, de acordo com o jornal O Estado de S. Paulo.

Na última qurta, dia do anúncio da medida, centrais sindicais elogiaram a atitude do governo. A Força Sindical divulgou nota dizendo que "o aumento ajudará a aquecer parte da economia, já que irá gerar mais consumo, produção e conseqüentemente, a criação de novos postos de trabalho". A União Geral dos Trabalhadores (UGT) afirmou que a medida "contribuirá para minimizar o drama dos trabalhadores que perderem seu emprego por conta da crise".

O ex-ministro, que instituiu o seguro-desemprego no País no governo de José Sarney, destacou a necessidade de as centrais sindicais se manifestarem contra a determinação. Para ele, as mudanças devem ser aplicadas a todas as categorias profissionais e a distinção é contrária ao artigo 3º da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT).

Pazzianotto atribui a medida a um possível temor do governo de que a crise econômica seja longa e não haja dinheiro para atender a todas as necessidades. Ainda assim, ele se mostra contrário ao método de concessão. "O seguro-desemprego ajuda a sanar necessidades básicas. Estendê-lo é paliativo, não a solução", disse ao jornal.

De acordo com o presidente do Conselho Deliberativo do Fundo de Amparo ao Trabalhador (Codefat) e conselheiro da Força Sindical, Luiz Fernando Emediato, a determinação já estava prevista na lei 8.900/94, que trata do seguro-desemprego.

O presidente da Comissão de Trabalho da Câmara, Pedro Fernandes (PTB-MA) vai além na crítica à concessão do seguro para apenas alguns setores. Ele acredita que a ampliação do benefício estimula o desemprego.

Quintino Severo, secretário geral da Central Única dos Trabalhadores (CUT), lembra que a ampliação do benefício sem critério e identificação pode incentivar demissões em outros setores.

17:13
Anónimo disse...
Empresas
TAM faz promoção para destinos internacionais

A companhia aérea TAM anunciou nesta sexta-feira tarifas promocionais para trechos internacionais. Os preços valem para bilhetes comprados entre 6h deste sábado e 23h59 deste domingo e são válidos para classe econômica. As tarifas, para ida e volta, serão vendidas a partir de US$ 99, mais taxas.

Segundo a aérea, a promoção vale para viagens feitas no período de 14 de fevereiro a 18 de junho de 2009. Para destinos na América do Sul, a permanência mínima é de dois dias; para bilhetes com destino nos Estados Unidos, cinco dias; e Europa, sete dias. A permanência máxima para as passagens para América do Sul e EUA é de dois meses e para Europa, três meses.

Entre os exemplos de tarifas promocionais, a TAM oferece São Paulo-Lima por US$ 99. Bilhetes para a rota São Paulo-Santiago serão vendidos a partir de US$ 199 e São Paulo-Nova York, US$ 799.

A emissão dos bilhetes deve ser feita obrigatoriamente no ato da reserva, obedecendo às regras estipuladas pela companhia. A compra está sujeita à disponibilidade de assentos nas classes tarifárias determinadas, trechos, horários e datas. A TAM afirmou que também há tarifas promocionais para a classe executiva.

Mais informações podem ser encontradas no site promocional (www.ofertastam.com.br), no site da empresa (www.tam.com.br) ou pelos telefones 4002-5700 ou 0800 5705700.

17:13
Anónimo disse...
Empresas
Consultoria negocia compra do parque temático Hopi Hari

A consultoria especializada em reestruturação de empresas Íntegra Associados informou nesta sexta-feira ter um acordo para comprar o parque de diversões Hopi Hari, localizado no interior de São Paulo. A empresa estaria disposta a investir R$ 10 milhões no parque, que tem dívida estimada em R$ 800 milhões. As informações são da edição deste sábado do jornal Folha de S. Paulo.

De acordo com o jornal, a transação ainda depende da negociação entre o Hopi Hari e seus credores, o que já estaria em andamento.

A consultoria paulista já atuou junto à Parmalat, durante 30 meses, quando reorganizou a gestão da empresa italiana.

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17:14
Anónimo disse...
Empresas
Disney de Tóquio contratará mais 2 mil apesar da crise


A Oriental Land, o operador da Disneylândia Tóquio e DisneySea, organizou neste domingo entrevistas para contratar cerca de 2 mil trabalhadores em tempo parcial, em um momento de grandes demissões deste tipo de empregados no Japão.

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O operador deste parque temático, situado em Urayasu, na província de Chiba (leste de Tóquio), está em pleno processo de seleção de empregados para 20 tipos de postos trabalhistas diferentes.

Segundo a companhia, citada pela agência local de notícias Kyodo, o parque contratará novos trabalhadores para as atrações, para os restaurantes e guardas de segurança entre outros. Os novos contratados começarão a trabalhar a partir de fevereiro.

O processo de seleção acontece em um momento em que a maioria das grandes companhias japonesas começaram a se ver obrigadas a despedir uma elevada percentagem de seus trabalhadores temporários e a tempo parcial.

Algumas inclusive anunciaram demissões de seus trabalhadores fixos, uma medida muito pouco comum nas companhias japonesas, perante os efeitos piores que o esperado pela crise econômica global.

Cerca de uma centena de pessoas esperavam desde a primeira hora desta manhã a abertura do centro de conferências Tokyo International Forum, onde as entrevistas estão sendo feitas, para ser os primeiros a solicitar os postos de trabalho.


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17:15
Anónimo disse...
Economia Internacional
Senado dos EUA aprova plano de estímulo à economia

O Senado dos Estados Unidos aprovou com 60 votos a favor e 38 contra o plano de estímulo à economia de US$ 787 bilhões na madrugada deste sábado. Agora, ele segue para sanção ou veto do presidente Barack Obama, que espera colocar a lei em prática até o dia 16 de fevereiro.

O plano prevê a criação de três milhões de empregos, inclui cortes de impostos às famílias, fundos para programas sociais e obras públicas, além de ajuda aos governos estaduais, estudantes e desempregados.

A cláusula Buy American - que exige o uso de ferro, aço e produtos manufaturados dos Estados Unidos em obras realizadas com recursos do pacote - ficou de lado. Segundo o texto definitivo, a cláusula será aplicada sem violar as normas do comércio internacional.

Ontem à tarde, a Câmara de Representantes (deputados) havia aprovado, por 246 votos a favor e 183 contra, a versão final do plano. Todos os republicanos foram contrários ao pacote.

Pelo acordo de quarta-feira entre Câmara e Senado, em vez de custar US$ 819 bilhões, como queriam os deputados, ou US$ 838 bilhões como pretendiam os senadores, o pacote ficou em cerca de US$ 787 bilhões, com 65% desse total destinado a gastos do governo federal e 35%, a créditos tributários.

17:16
Anónimo disse...
Economia nacional
Na era Lula, aposentadoria sobe 54% menos que salário mínimo

Thatiane Faria
Especial para o Terra
Direto de São Paulo

Os índices de reajustes concedidos pelo governo em 2009 para aposentados e pensionistas e para o salário mínimo repetiram uma diferença que, só durante o governo de Luiz Inácio Lula da Silva, já chega a 54%. Enquanto o mínimo foi majorado em 12% este ano, as pensões e aposentadorias tiveram aumento de 5,92%. Aposentados que têm o benefício do governo como única fonte de renda reclamam que perdem poder de compra e que sua cesta de compras é composta por itens que aumentam mais em relação à inflação oficial.

Um exemplo prático pode ser entendido a partir da comparação entre um aposentado que ganhava R$ 600 em janeiro de 2003. Na época, o benefício era três vezes, ou 200%, maior que o valor do mínimo em vigência, que era de R$ 200. Aplicando-se os índices de reajuste para aposentadorias e para o mínimo durante os últimos seis anos, o mesmo aposentado estaria recebendo hoje R$ 938,47, comparado a um salário mínimo de R$ 465. A diferença entre os dois valores caiu para pouco mais de 100%.

Enquanto o índice acumulado de reajuste para a aposentadoria durante o governo Lula foi de 60%, para o salário mínimo está em 132%.

O diretor do Sindicato Nacional dos Aposentados, João Inocentini, reclama que os valores dos benefícios para aposentadorias não mantêm o poder de compra do grupo, principalmente dos aposentados que recebem menos que dez salários mínimos.

Nem mesmo o fato de o índice de reajuste das aposentadorias ter ficado acima da inflação acumulada no mesmo período (o IPCA entre janeiro de 2003 e janeiro de 2009 foi de 39,7%) serve de argumento, segundo os aposentados.

"Os idosos, principalmente, têm gastos além das contas gerais como gás, telefone e aluguel. Para eles o custo com remédios, e outros itens da área saúde costuma ser maior", afirmou Inocentini.

O presidente do sindicato afirmou que o grupo realiza um estudo com 100 itens de necessidade de um idoso para comparar o aumento dos produtos com o índice de reajuste do benefício recebido pelos aposentados.

"Daqui dois meses vamos abrir um processo na Justiça e levar essa pesquisa como prova. Segundo a lei, o governo é obrigado a manter o poder de compra com a aposentadoria", disse Inocentini.

Alternativas
O consultor financeiro Cláudio Boriola diz que os aposentados, especialmente nesse momento de crise econômica, devem evitar compras parceladas, pesquisar preços, negociar e fazer bom planejamento financeiro.

Segundo Boriola, alguns aposentados ganham um valor mensal muitas vezes insuficiente para o pagamento das contas e acabam pedindo crédito ou realizando pagamentos a prazo e são obrigados a pagar juros altos.

Na opinião do consultor, pagar uma previdência privada é uma alternativa indicada para quem ainda trabalha, considerando a característica de perda de poder de compra da aposentadoria.

"Na prática, infelizmente os valores encontram-se em um patamar que está deteriorando o poder de aquisição da população brasileira", completou Boriola.

De acordo com o diretor da Confederação Brasileira de Aposentados e Pensionistas (Cobap), Vicente Fernandes Barbosa, representantes dos aposentados tentarão um encontro com o presidente da Câmara, deputado Michel Temer (PMDB-SP), para discutir projetos que minimizem a perda dos aposentados

17:17
Anónimo disse...
Previdência
Previdência prorroga isenção de tarifas no benefício

O atual sistema de pagamento aos 26 milhões de aposentados e pensionistas do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) será mantido até o final deste ano. O acordo, que permite realizar a operação sem nenhum custo aos beneficiários, foi renovado nesta sexta-feira, entre o governo federal e 21 instituições financeiras.

Por meio desse acordo, vigente desde setembro de 2007, nem os segurados, nem os bancos e nem o governo arcam com o pagamento de tarifas, conforme explicou o ministro da Previdência Social, José Pimentel. A prorrogação vale até dezembro, data máxima para que a Previdência defina as regras para um novo contrato.

Ao assinar o termo de renovação, na sede da Federação Brasileira dos Bancos (Febraban), o ministro disse que a intenção do governo é mudar o atual modelo de gestão visando a reduzir os custos dessas operações em torno da folha mensal, que atinge R$ 15,8 bilhões. No entanto, qualquer alteração, conforme explicou, passará antes por audiências públicas a serem realizadas a partir do segundo semestre deste ano, atendendo a determinação do Tribunal de Contas da União (TCU).

De acordo com Pimentel, com um redesenho do mecanismo de repasse dos recursos aos bancos em torno da folha de pagamento dos segurados o que se busca é um aumento da participação de instituições financeiras. Ele informou que, desde 2007, cada benefício custa em média R$ 1,07 ao governo. "Quanto mais instituições financeiras estiverem prestando serviços à sociedade, maior é a competitividade, a agilidade no atendimento", justificou.

O ministro observou, ainda, que, para permitir uma redução para algo em torno de meia hora no tempo de atendimento para a concessão dos direitos previdenciários, o governo investiu R$ 280 milhões.

Questionado sobre o descontentamento dos segurados que ganham acima de um salário mínimo terem obtido apenas a correção com base na variação do Índice de Preços ao Consumidor (INPC) , ficando abaixo do reajuste dado a quem recebe apenas o mínimo, Pimentel argumentou que o governo seguiu o que determina a lei e descartou a possibilidade de uma revisão

17:17
Anónimo disse...
Empresas
Caterpillar oferece aposentadoria antecipada a 2 mil


A companhia americana Caterpillar ofereceu a cerca de dois mil funcionários incentivos para que se aposentem de forma voluntária antes do previsto, pela perspectiva de uma queda "significativa" da atividade industrial, informou nesta quarta-feira a empresa.

A iniciativa, destinada aos trabalhadores de diversas fábricas em Illinois, Colorado, Tennessee e Pensilvânia, se soma aos cortes de empregos anunciados em janeiro, explicou em comunicado de imprensa.

A empresa, a maior fabricante mundial de maquinaria pesada para a construção e a mineração, acrescentou que, "em função das condições de negócio, podem ser necessárias mais reduções de elenco voluntárias e involuntárias à medida que o ano avança".

O vice-presidente da companhia, Sid Banwart, explicou que a empresa prevê "demissões significativas em todas as regiões geográficas e na maioria dos setores devido às dificuldades da economia mundial".

17:18
Anónimo disse...
Comércio
Comércio exterior da OCDE caiu no 3º trimestre de 2008


As exportações e as importações dos países da Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Econômico (OCDE) caíram 1,6% e 0,2%, respectivamente, no terceiro trimestre de 2008, em relação aos três meses anteriores.

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Trata-se da primeira queda destas atividades desde o terceiro trimestre de 2006, segundo o último relatório trimestral sobre fluxos comerciais divulgado pela OCDE.

As exportações e as importações em dólares dos 30 Estados-membros caíram 15,6% e 17%, respectivamente, na comparação anualizada.

Por sua vez, o comércio dos sete países mais ricos do mundo (G7) teve um pequeno crescimento no terceiro trimestre de 2008 com uma queda das exportações de mercadorias de 0,2% em relação ao trimestre anterior e um aumento de 0,4% das importações.

Em termos anualizados, as importações do G7 caíram 1,4% entre julho e setembro do ano passado, seu primeiro retrocesso desde o terceiro trimestre de 2006, enquanto as exportações aumentaram 1,9%, seu crescimento mais baixo no mesmo tempo.

Por países, a Alemanha aumentou suas importações em 3,4% - valor mais alto do G7 -, enquanto suas exportações caíram 2,9% do segundo para o terceiro trimestre de 2008.

Pelo contrário, as exportações americanas aumentaram 1,8% entre julho e setembro de 2008, enquanto as importações caíram 0,7% em relação ao trimestre anterior. No Japão, tanto as importações quanto as exportações caíram em torno de 1% no mesmo período.

17:19
Anónimo disse...
Economia Nacional
Lula: juros de crédito consignado a aposentados são altos

Atualizada às 17h29

O presidente Luis Inácio Lula da Silva afirmou nesta terça-feira, em São Paulo, que está lutando para reduzir as taxas de juros cobradas de aposentados em crédito consignado. A Previdência Social estabelece uma taxa máxima de 2,5% para empréstimo e de 3,5% para cartão. Para Lula, os valores são altos.

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"Acho que o juro que os aposentados estão pagando hoje com o crédito consignado é alto para o padrão brasileiro", disse o presidente durante a cerimônia de comemoração dos 86 anos do INSS.

A Previdência anunciou nesta terça-feira que aposentados e trabalhadoras com licença-maternidade poderão receber seus benefícios em 30 minutos. De acordo com Lula, em junho, a aposentadoria do trabalhador rural também será conseguida em meia hora.

Além disso, o presidente anunciou que, também em junho, os trabalhadores que alcançarem o direito à aposentadoria passarão a receber em suas casas um comunicado da Previdência informando o fato e o valor do salário que têm direito a receber. "É um comprometimento público que estou fazendo com os companheiros da Previdência Social", disse.

"Estamos retribuindo ao contribuinte da Previdência Social aquilo que é a cidadania que ele tem direito", afirmou Lula. "Se para cobrar nós somos tão precisos, para devolver o dinheiro, temos que chegar próximo à perfeição", completou.

17:20
Anónimo disse...
Economia Nacional
Salário maternidade sairá em 30 minutos, diz ministro

Toda trabalhadora autônoma que tiver contribuído pelo menos 10 meses com o Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) - ou as que possuírem carteira assinada - poderão receber em 30 minutos o salário maternidade a partir desta terça-feira. Da mesma forma, as mulheres com 30 anos de contribuição e os homens com 35 anos também terão direito ao benefício de forma mais rápida. A informação é do ministro da Previdência Social, José Pimentel.

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Para requerer o salário maternidade, é preciso que as autônomas levem a carteira de identidade e o carnê de contribuição. As demais trabalhadoras devem apresentar a identificação e a carteira de trabalho. Desde o início do mês, a nova forma de análise para a concessão de benefícios foi adotada para a aposentadoria por idade do trabalhador urbano e agora foi estendida para o salário maternidade e por tempo de contribuição.

O ministro disse que a qualificação do serviço da previdência social é o reconhecimento do direito dos trabalhadores e da afirmação da cidadania.

"Até pouco tempo na cabeça do cidadão o serviço devia ser de péssima qualidade. Agora não, nós modificamos toda a legislação no mês de dezembro numa ação conjunta do Congresso Nacional com o governo federal. Estamos implantando e concedendo os benefícios em até 30 minutos", afirmou.

O ministro destacou que para conseguir se aposentar ou ter acesso à licença maternidade em 30 minutos, em primeiro lugar, é necessário que o cidadão esteja vinculado à Previdência, o que inclui 65% da população acima de 16 anos de idade.

"Depois bastar marcar pelo sistema 135 o dia e a hora do atendimento e levar a documentação. Se todos os dados necessários estiverem corretos o contribuinte será atendido em até 30 minutos, como vem sendo feito com as aposentadorias por idade desde o dia cinco de janeiro", explicou.

Pimentel disse ainda que em 90% das agências da previdência social o atendimento é marcado em até 48 horas. Nos grandes centros, entretanto existe um volume maior o que torna mais lento o processo.

"Estamos criando mais 715 agências até 2010, em todo o território nacional, para descentralizar o atendimento. Em 2008, atendemos 295 mil benefícios e aposentadorias por idade. Temos 4 mil pessoas por dia procurando e se aposentando por idade no território nacional. Este serviço será agilizado", concluiu.
17:27
Anónimo disse...
Giuseppe Englaro, pai de Eluana, a italiana que morreu na segunda-feira passada por desidratação, recusou uma grande soma de dinheiro de um conhecido fotógrafo italiano que queria retratar a filha em estado de coma, disse neste sábado o neurologista que atendia a mulher desde 1996, Carlo Defanti.

O neurologista, que participou hoje de uma conferência sobre eutanásia, disse que Englaro respeitou a vontade da filha, que, antes do acidente, tinha pedido que, se lhe ocorresse qualquer coisa irreversível, apresentasse sua imagem de quando estava em boas condições.

Antes de sofrer o acidente de trânsito, em 1992, Eluana viveu o coma de um amigo, Alessandro, o que causou forte impacto na italiana e a levou a fazer o pai prometer que não a deixasse viver em estado vegetativo, disse o próprio Giuseppe Englaro.

Defanti, que dissera que Eluana poderia viver de dez a 12 dias depois da suspensão da alimentação e da hidratação, disse que, como médico, tinha que reprovar esta afirmação.

"Não se pode sobreviver após três ou quatro dias sem líquido e, em particular, água em um corpo. Sabemos bem que, quando há um terremoto, após quatro dias é difícil encontrar sobreviventes".

Defanti ressaltou que Eluana "não falava, não se comunicava com o exterior" e que, após vários exames, "nos deparamos com uma moça que tinha perdido a consciência", porque estava com o córtex cerebral prejudicado.

Eluana foi enterrada na quinta-feira passada no túmulo da família na localidade de Paluzza, em Udine, após um funeral que não contou com a presença dos pais.

16:53
Anónimo disse...
Os bombeiros combatem neste sábado os incêndios na Austrália favorecidos pelo bom tempo, enquanto os deslocados encotram em seu retorno casas derruídas, carros queimados nas ruas e destruição.

Depois de sete dias desde que começaram os incêndios no Estado de Victoria, a lista de mortos chega a 181, os desaparecidos somam 50, os edifícios destruídos totalizam 1,834 mil e o terreno arrasado, principalmente florestas, ocupa uma área de 4,13 mil quilômetros quadrados.

As equipes de bombeiros, formadas por 4 mil profissionais de Victoria, de outras partes da Austrália e de países amigos, combateram hoje 12 focos fora de controle e nenhum representava uma ameaça direta para a população.

O subdiretor do Serviço de Bombeiros, Geoff Conway, disse que este tempo favorável, que se prolongará durante o domingo, permite consolidar as linhas de contenção e avançar na extinção das chamas.

Cinzas apareceram arrastadas por ventos do nordeste sobre Melbourne, onde habitam 3,8 milhões de pessoas, e as autoridades alertaram aos cidadãos do risco para a saúde de idosos, crianças e pessoas com problemas respiratórios.

O número de pessoas deslocadas - a Cruz Vermelha chegou a receber 7 mil - começou a cair com a abertura de algumas localidades atingidas.

Os incêndios, alguns criminosos, começaram em 7 de fevereiro, quando a região sul da Austrália estava há duas semanas sob uma onda de calor sem precedentes.

Na sexta-feira passada, a polícia acusou uma pessoa de ter provocado o incêndio que atingiu a localidade de Churchill e matou 21 pessoas.

16:55
Anónimo disse...
A primeira chuva em seis dias reduziu a ameaça de incêndios no Estado de Victoria, ao sul da Austrália. As autoridades, porém, advertiram que ainda existem 12 focos, mas que nenhum deles ameaça áreas povoadas.

Mais de quatro mil bombeiros, mil provenientes de outras partes do país e de outras nações, trabalham contra o fogo. Cerca de 600 veículos e 28 helicópteros e pequenos aviões estão sendo usados.


Eles conseguiram construir linhas de contenção para evitar os incêndios de Yarra e Maroondah se juntassem. Também foram controlados os incêndios abertos de Yea e Murrindindi, que ameaçavam as comunidades de Connellys Creek, Crystal Creek, Scrubby Creek e Native Dog Creek.

O número de mortos chegou a 181, mas as autoridades acreditam que as vítimas devem passar de 200, já que ainda há muitos desaparecidos.

16:55
Anónimo disse...
Aqui nesta coluna, na semana passada, tive a oportunidade de comentar sobre a recente visita do professor brasileiro Pedrinho Guareschi à Austrália. Não dei, porém, os fatos, pois semana passada o assunto era outro.

Hoje, porém, vamos a eles.

No último dia 4 de fevereiro, aconteceu o Seminário "Paulo Freire: Education and Liberation", organizado pelo centro de estudos latino-americanos da Universidade Nacional da Austrália, ou ANU, como é mais conhecida por aqui.

A ANU, para quem não sabe, está entre as 20 melhores universidades do mundo! E tem sede aqui em Camberra, capital da Austrália.

Na abertura do evento, o professor John Minns, diretor do centro latino-americano, ao dar boas-vindas ao público presente, lembrou ser aquele o primeiro seminário exclusivamente dedicado a Paulo Freire na Austrália.

Em seguida, convidou Pedrinho Guareschi, palestrante principal do Seminário, a fazer sua apresentação.

A plateia pode então conhecer, pelas palavras de Pedrinho, um pouco da obra e da vida de Freire, esse brasileiro de fé e valor, que sempre acreditou na educação, sobretudo dos menos favorecidos, analfabetos, como força libertadora.

Como não podia deixar de ser, os conceitos e ideias revolucionários de Paulo Freire, expostos com clareza por Pedrinho, despertaram o interesse e a curiosidade de plateia. A qual, deve-se notar, era na maioria de estudantes, mas de várias nacionalidades, sobretudo australianos e asiáticos.

Na continuação do programa do seminário, que se estendeu por dois dias, outros professores fizeram palestras sobre temas ligados à obra de Paulo Freire.

Interessante, por exemplo, saber que a professora Anne Hickling-Hudson, jamaicana que mora na Austrália há muitos anos (é professora da ANU), conheceu e trabalhou com Freire num workshop educacional durante a revolução na Ilha de Granada, em 1980, antes da invasão dos Estados Unidos...

Ou, então, a palestra da Professora Gerda Roelvink, da Nova Zelândia, que participou do Fórum Social de Porto Alegre em 2005. E essa participação transformou-se em tema de doutorado.

No dia 10, terça-feira passada, o padre Pedrinho Guareschi voltou a falar ao público australiano em grande auditório localizado no belíssimo campus da ANU. Desta vez, sobre a Teologia da Libertação.

Depois da palestra, John Minns mostrou o filme mexicano "O Crime do Padre Amaro", no qual um dos personagens é um padre católico praticante da Teologia da Libertação.

Mais uma vez, foi grande o intersse da platéia, que pode aprender e conhecer um pouco como se desenvolveu aquele importante movimento católico na América Latina.

Fica, assim, ao Pedrinho, bem como a outros brasileiros estudiosos e de bom coração que saem pelo mundo a divulgar aspectos importantes da cultura brasileira, o respeito e a homenagem desta coluna. E... aquele abraço!

16:57
Anónimo disse...
Amanda Kitts perdeu o braço esquerdo em um acidente de automóvel acontecido três anos atrás, mas hoje em dia ela joga futebol americano com seu filho de 12 anos de idade, troca fraldas e abraça as crianças nas três creches Kiddie Cottage que opera em Knoxville, Tennessee. Kitts, 40 anos, faz tudo isso com a ajuda de um novo tipo de braço artificial que se movimenta com mais facilidade do que outros aparelhos e que ela pode controlar utilizando apenas seus pensamentos.

"Eu sou capaz de mexer a mão, o pulso e o cotovelo ao mesmo tempo", diz. "Você pensa e os músculos se movem em seguida".

A recuperação que ela conseguiu resulta de um novo procedimento que vem atraindo crescente atenção porque permite que pessoas movam braços protéticos de forma mais automática do que faziam no passado, simplesmente utilizando nervos reaproveitados em seus cérebros.

A técnica, conhecida como "renervação muscular dirigida", envolve utilizar os nervos que restam depois da amputação de um braço e conectá-los a outro músculo do corpo, em geral no peito. Eletrodos são instalados sobre os músculos do peito, e operam como se fossem antenas. Quando a pessoa deseja mover o braço, o cérebro envia sinais que primeiro resultam em contração dos músculos do peito, os quais enviam um sinal ao braço protético, instruindo-se a se movimentar. O processo não requer mais esforços consciente do que a pessoa teria de exercitar caso ainda tivesse seu braço natural.

Na terça-feira, pesquisadores reportaram em estudo publicado pela versão online do Journal of the American Medical Association que haviam levado a técnica ainda mais à frente, tornando possível a execução de 10 movimentos de mão, pulso e cotovelo diferentes, o que representa uma substancial melhora com relação ao típico repertório protético, que em geral envolve apenas dobrar o cotovelo, girar o pulso e abrir a mão.

"Os novos métodos tiveram impacto dramático em nosso campo de trabalho", disse Stuart Harshbarger, engenheiro biomédico na Universidade Johns Hopkins e diretor do programa de pesquisa sobre próteses, financiado pelas forças armadas, que inclui o trabalho com essa técnica. "O método já está em uso por médicos e cirurgiões comuns em todo o país. A capacidade de controlar um membro protético bastante robusto que ele confere surpreendeu a todos pela qualidade".

Tipicamente, uma pessoa que tenha um braço protético só é capaz de executar alguns poucos movimentos, e muitas vezes com tamanha lentidão que isso só permite a ela atividades limitadas.

Há um motor separado para cada movimento, diz Gerald Loeb, professor de engenharia biomédica na Universidade do Sul da Califórnia, "e esses motores precisam ser controlados de maneira explícita", usualmente por um esforço consciente da pessoa para contrair músculos nas costas ou no bíceps.

"Essencialmente, até agora os pacientes controlavam apenas um motor de cada vez", diz Loeb, "e precisavam pensar cuidadosamente sobre que motor desejavam controlar e como fazê-lo operar, em lugar de simplesmente pensarem em mover o braço e poderem fazê-lo sem delongas".

Antes que Kitts passasse pelo procedimento de renervação, em outubro de 2007, por exemplo, ela precisava movimentar os músculos de suas costas de determinada maneira para fazer com que seu pulso girasse, e flexionar seu bíceps e tríceps para fazer com que o cotovelo se movesse para cima e para baixo. "Era muito trabalho", ela conta. "E não me ajudava muito".

O procedimento de renervação é parte de uma recente explosão de idéias novas e técnicas inovadoras que estão sendo exploradas enquanto os cientistas se esforçam por ajudar as pessoas a compensar melhor a perda de membros ou problemas de paralisia. O esforço vem sendo alimentado pelo aumento no número de amputações causado por diabetes e por ferimentos sofridos pelos militares, e ao mesmo tempo pelos avanços na tecnologia médica.

Os braços se tornaram um dos focos essenciais desse tipo de trabalho. A ciência há muito vem obtendo sucessos no desenvolvimento de próteses de perna, mas é muito mais difícil imitar a complexidade e a destreza das mãos e dos braços.

Os esforços em curso incluem o desenvolvimento de projetos de pele e braços mais sensíveis e mais flexíveis, e o uso de dispositivos acionados por controles sem fio implantado nos braços protéticos, que permitiriam movimentos mais naturais.

Os pesquisadores também vêm usando sensores implantados nos cérebros de cobaias para permitir que dois macacos controlem um braço mecânico, e um teste com um homem paralítico permitiu, com esse método, que ele movimentasse um cursor em uma tela de computador.

Alguns desses métodos, caso venham a ser aperfeiçoados plenamente e consigam aprovação das autoridades regulatórias da saúde, podem no futuro se tornar mais viáveis para os pacientes de amputações.

E embora a técnica da renervação não requeira aprovação das autoridades regulatórias porque é executada por meios cirúrgicos e emprega aparelhos já existentes, ela apresenta limitações que até mesmo seus criadores reconhecem, entre as quais o fato de que não se pode utilizá-la para todos os pacientes, o seu alto custo e o prazo de meses requerido para que os nervos reconectados cresçam e se tornem efetivos.

Ainda assim, os especialistas dizem que é o mais avançado sistema em uso hoje para pacientes reais que permite que o sistema nervoso controle diretamente o movimento de um braço artificial.

Desde sua introdução por Todd Kuiken, médico fisioterapeuta e engenheiro biomédico do Instituto de Reabilitação de Chicago, o método foi empregado em cerca de 30 pacientes nos Estados Unidos, Canadá e Europa, entre os quais oito soldados feridos no Iraque e no Afeganistão.

Muitos dos pacientes, entre os quais o primeiro, Jesse Sullivan, um operário do setor elétrico no Tennessee que perdeu os dois braços quando foi eletrocutado por um cabo, conseguem não apenas manipular seus braços protéticos mas sentir a presença das mãos que já não têm quando alguém toca em seus peitos.

Sullivan, 62 anos, e Kitts, estavam entre os cinco pacientes que participaram do estudo reportado na terça-feira. Em companhia de cinco outras pessoas que não passaram por amputações, eles receberam os eletrodos e foram instruídos a usar pensamentos para fazer com que um braço virtual na tela reproduzisse 10 movimentos diferentes, entre os quais três formas diferentes de aperto de mão.

Os pacientes apresentaram desempenho bastante respeitável, apenas um pouco mais lento e menos preciso do que os dos participantes que não tinham amputações.

"As velocidades de movimento que encontramos em nossos pacientes foram realmente encorajadoras", disse Kuiken. "Eles conseguiram completar a tarefa. É claro que não foram tão competentes quanto as pessoas dotadas de plena capacidade física, mas foram bons o bastante".

Um braço virtual foi usado porque a maioria das próteses existentes não era capaz de acomodar todos aqueles movimentos, no momento da pesquisa, ainda que Sullivan, Kitts e uma terceira paciente, Claudia Mitchell, tenham experimentado dois novos protótipos mais versáteis de braços artificiais, executando tarefas complexas com bolas de tênis e outros objetos.

O trabalho de renervação em soldados apresenta outros desafios, diz Kuiken, porque os ferimentos militares muitas vezes "causam danos muitos extensos" a nervos, músculos ou ossos.

Daniel Acosta, 25 anos, um aviador ferido pela detonação de uma bomba em uma estrada do Iraque em 2005, passou pelo procedimento no ano passado e diz que seu braço esquerdo protético agora se movimenta "muito mais rápido" e de maneira muito mais natural.

"A diferença é que agora não preciso mais pensar para mover o braço", ele diz. "Ele simplesmente se mexe".

Ainda assim, Acosta, de San Antonio, diz que "o processo foi bastante longo" e que os eletrodos precisam ser ajustados para receber os sinais à medida que os nervos crescem ou mudam de posição.

E embora elogiem o método, os especialistas afirmam que a ciência das próteses de braço ainda tem muito por avançar.

"Trata-se de uma parte crucial, mas ainda assim apenas uma parte, das muitas coisas que compreendem a função normal de um braço", disse Loeb, que escreveu um editorial que acompanha o artigo no Journal of the American Medical Association.

"No momento estamos a meio do caminho entre o braço de 'Dr. Fantástico', que fazia involuntariamente a saudação nazista, e o braço de Luke Skywalker em 'Guerra nas Estrelas', que funciona sem nenhum problema assim que é conectado. Creio que precisaremos ainda de muitos anos para conectar todas as peças necessárias a produzir um braço capaz de funcionar normalmente".

17:04
Anónimo disse...
A Espanha disse neste sábado que está preparando uma reclamação oficial contra a decisão da Venezuela de expulsar um membro do Parlamento Europeu que criticou o conselho eleitoral venezuelano.
Luis Herrero, membro do partido conservador espanhol PP, foi deportado na sexta-feira depois que o Conselho Nacional Eleitoral (CNE) o acusou de questionar a imparcialidade da instituição antes de um referendo que pode permitir ao presidente Hugo Chávez permanecer no cargo indefinidamente.

Herrero estava na Venezuela como observador do referendo. Ele acusou Chávez de ter "comportamentos típicos de um ditador" por pedir a contenção de manifestações da oposição.

O governo da Espanha convocou um encontro com o embaixador da Venezuela em Madri para expressar a desaprovação sobre a expulsão de Herrero, disse um representante do Ministério das Relações Exteriores espanhol.

As relações da Venezuela com a Espanha tiveram seu ponto crítico em 2007, quando Chávez ameaçou rever acordos diplomáticos e comerciais depois de ouvir um "cala a boca" do rei espanhol Juan Carlos durante uma cúpula.

A fenda foi oficialmente reparada em 2008, com uma visita oficial de Chávez à Espanha, onde ele cumprimentou o rei e discutiu acordos para investimento no setor petroquímico com o primeiro-ministro José Luis Rodriguez Zapatero.

17:06
Anónimo disse...
A polícia do Zimbábue anunciou neste sábado que acusa de traição Roy Bennett, dirigente do até agora opositor Movimento para a Mudança Democrática (MDC), detido na sexta-feira, em Harare, poucas horas antes da cerimônia de posse dos membros do novo gabinete.

"A Polícia nos informou que vão apresentar acusações de traição", disse à agência EFE o advogado de defesa de Bennett, Trust Maanda.

"Tentam relacionar Roy com o caso de Mike Hitschmann, que foi detido em 2006 em relação à descoberta de um carregamento de armas, apesar de que Hitschmann não tenha sido declarado culpado das acusações de traição apresentadas contra ele, mas de um crime menor de descumprimento de leis", disse Maanda.

O político opositor, designado por seu partido como vice-ministro de Agricultura no Governo de união nacional, esteve no exílio na vizinha África do Sul desde 2006 e retornou ao Zimbábue há duas semanas.

Segundo a Polícia, que deteve Bennett ontem no aeroporto de Harare quando pretendia ir à África do Sul para visitar sua família, as armas apreendidas em 2006 seriam utilizadas em um golpe de Estado para derrubar o presidente do Zimbábue, Robert Mugabe.

Depois da detenção, Bennet foi levado a Mutar, onde vários simpatizantes do MDC se concentraram em frente à delegacia na qual estava detido, diante do que a Polícia respondeu com tiros para o alto para dispersar os manifestantes.

17:07
Anónimo disse...
Austrália: 14 mil se candidatam a 'emprego dos sonhos'

A secretaria de Turismo de Queensland, na Austrália, informou que até esta segunda-feira já recebeu cerca de 14 mil inscrições para o "o melhor emprego do mundo". O Estado australiano promove pela internet seleção para vaga de "zelador" da ilha Hamilton, por seis meses com um salário de R$ 40 mil.

Muitos candidatos tiveram problemas durante a inscrição por conta dos acessos simultâneos ao site. A secretaria aconselha enviar os vídeos de 60s explicando porque deve ser escolhido em horários alternativos do dia, além de recomendar tamanho em torno de 40MB.

As inscrições começaram em 12 de janeiro e vão até o próximo dia 22 e podem ser feitas pelo site www.islandreefjob.com. O governo australiano escolherá 50 candidatos para a próxima fase da seleção, que terá votos do público para eleger um dos 11 finalistas.

A última fase terá entrevistas e desafios físicos, no próprio local de trabalho: as ilhas da Grande Barreira Coralina - o maior recife de coral do mundo. A secretaria de Turismo anunciará o vencedor no dia 6 de maio.

17:09
Anónimo disse...
Mercado elogia governo na crise, mas pede maior queda no juro

Peter Fussy
Direto de São Paulo

Desde as primeiras medidas anunciadas para combater os efeitos da crise, o governo brasileiro avisou que a estratégia não contemplaria um pacote. Seriam doses pontuais, de acordo com a necessidade da economia diante do agravamento das turbulências. Da primeira liberação dos depósitos compulsórios em setembro até a ampliação do seguro-desemprego na última quarta-feira, o governo passou por redução de impostos, ampliação de crédito e incentivos à exportação. Quase 150 dias após a primeira medida, o Terra conversou com líderes do setor público e privado, representantes dos trabalhadores, acadêmicos e com o próprio governo para saber quais destas ações foram mais eficazes, quais foram mais ineficientes e o que mais pode ser feito pelo Estado brasileiro contra a crise.

Os maiores elogios foram direcionados à atitude de reduzir o Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) para a indústria automobilística, anunciada em dezembro e que fez com que os emplacamentos de carros novos subissem 1,9% no primeiro mês do ano em relação a dezembro de 2008. Já as maiores críticas foram para a lentidão no corte da taxa básica de juro do País.

Para o presidente do conselho administrativo do Grupo Pão de Açúcar, Abílio Diniz, o Estado não é responsável pela crise e mesmo assim está agindo "com extrema serenidade e muito acerto". "O governo está atento, fazendo a sua parte. É preciso coragem de baixar firmemente a taxa de juros. É uma arma que temos a nosso favor, já que não há clima para inflação, nem possibilidade de danos para a macroeconomia", afirmou Diniz.

Na última reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), em janeiro, a taxa Selic foi reduzida em um ponto percentual, de 13,75% para 12,75% ao ano. Porém, o professor de economia da Universidade de Brasília (UnB) José Luiz Oreiro lembra que este corte representa uma redução de apenas 0,25 ponto percentual com relação à taxa de setembro do ano passado, quando a crise se agravou.

"Pouco antes da eclosão da crise, o Banco Central aumentou a taxa em 0,75 ponto. Foram cinco meses de demora para reduzir em termos líquidos apenas 0,25 ponto", afirmou o economista, que também sugeriu redução do intervalo de cerca de 90 dias entre as reuniões do Copom e o corte de pelo menos um 1 ponto percentual em cada reunião.

Mesmo com o corte de janeiro, a taxa de juros real continua sendo a maior do mundo, lembrou o secretário-geral da Força Sindical, João Carlos Gonçalves, o Juruna. "A redução da taxa de juro ainda é pequena, porque ela continua uma das mais altas do mundo. Falta ousadia para baixar os juros e ajudar o cidadão. A permanência da taxa de juro alta é negativa para o País em meio a crise", afirmou Juruna.

Embora aprove as ações do governo, o senador Aloízio Mercadante (PT-SP) também acredita que o patamar da Selic está muito alto. "Sempre fomos os primeiros a entrar em qualquer crise, o que não aconteceu agora. A taxa Selic ainda é muito alta, mas o governo têm tomado medidas acertadas, como o aumento do salário mínimo, mesmo com um cenário de crise. Isso ajuda a movimentar o consumo. O governo está se esforçando para manter os investimentos e o crescimento", disse.

Tributos
De acordo com o economista Fabio Pina, da Fecomercio-SP, as ações mais positivas estão relacionadas à redução de tributos para alguns segmentos, como a indústria automobilística, que recuperou parte da queda nas vendas em janeiro com a isenção do IPI para carros 1.0 l e o corte para demais motorizações. A medida vale até o final de março.

"Essas medidas não só reduziram o preço, mas anteciparam o consumo daqueles que iriam comprar no futuro, dando um prêmio por conta da insegurança. Mexe diretamente com o principal problema que é a confiança do consumidor", afirmou. Juruna destacou que um bom ritmo de vendas é garantia de emprego. "É importante porque cada emprego na montadora significa 19 na cadeia produtiva", comentou o representante da Força Sindical.

Também em dezembro, o governo decidiu cortar pela metade a alíquota do Imposto de Renda para contribuintes que ganham entre R$ 1.434 e R$ 2.150 mensais. "O salário aumentava e a tabela não se modificava. As pessoas ganhavam mais e pagavam mais impostos", apontou Juruna. Outra redução de tributos do governo foi com relação ao Imposto sobre Operações Financeiras (IOF), que caiu de 3% ao ano para 1,5%.

Crédito
Na segunda metade de 2008, o colapso de bancos nos Estados Unidos por conta da crise do subprime provocou uma forte restrição de crédito no mundo inteiro. Uma das primeiras medidas anticrise do governo teve como objetivo restabelecer a oferta, com mudanças no recolhimento dos depósitos compulsórios por parte dos bancos. Segundo o presidente do Banco Central, Henrique Meirelles, as diversas modificações liberaram US$ 99,2 bilhões aos bancos até o final de janeiro.

Além disso, o governo concedeu R$ 36 bilhões das reservas internacionais para empresas brasileiras com dívidas no exterior e uma medida provisória autorizou o Banco do Brasil e a Caixa Econômica Federal a comprar carteiras de crédito de bancos privados. Para o diretor do Departamento de Pesquisas e Estudos Econômicos da Fiesp, Paulo Francini, estas medidas foram essenciais para combater os efeitos da crise.

"A crise se desenvolve no mundo em torno do tema crédito. E o crédito reduziu-se barbaridade no mundo. Então o governo lança mão de compulsório, lança mão de reservas, de medidas que permitem aos bancos comprar carteiras de bancos. Você vai tomando várias medidas para atender às demandas e o epicentro disso é crédito", afirmou.

No entanto, Oreiro, da UnB, adverte que a liberação dos compulsórios seria mais eficiente acompanhada de redução mais agressiva da taxa básica de juro. "Uma parte do crédito voltou, depois da forte retração em outubro e novembro. O que deveria ter sido feito junto à liberação do compulsório era uma redução mais drástica da taxa de juro. Sem isso, os bancos pegam as reservas e acabam comprando títulos públicos", explicou o economista.

Na opinião de Pina, as ações de distribuição de crédito via redução do compulsório e a disposição de capital de giro para empresas foram tomadas sem um cuidado maior na operação e não tiveram muito efeito. "O BNDES tem linhas que ficam paradas quase todo o ano, agora é pior ainda. Existem os recursos, mas as empresas e os bancos estão desconfiados. É preciso fazer com que os bancos tenham interesse em emprestar", afirmou o economista da Fecomercio-SP.

Futuro
Mesmo com todas essas medidas, a crise financeira ainda gera incertezas nos setores produtivos do País. Nos últimos meses, o medo do desemprego fez os consumidores adiarem compras. Por sua vez, a queda nas vendas pode obrigar as indústrias a cortarem a produção e demitir funcionários. Contra isso, empresários sugerem redução de jornada e de salários.

"Isto está previsto em lei. A Fiesp simplesmente manteve conversações com entidades sindicais quanto à aplicação daquilo que já está previsto em lei", afirmou Francini.

Segundo a ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff, uma das medidas que assegura um nível de emprego é a manutenção de investimentos no Programa de Aceleração do Crescimento (PAC). "Estamos esperando que a dificuldade ocorra em janeiro, fevereiro e março. Estamos certos que vamos manter o nível de investimento. É isso que funciona, é isso que significa investimento público. Ele funciona como um colchão. Por isso, nós colocamos R$ 100 bilhões no BNDES e a Petrobras ampliou o seu investimento em R$ 120 bilhões", afirmou.

Na mesma linha, Pina explica que a antecipação de gastos do governo substitui parte da demanda retraída do setor privado. "Ele dá o seguinte recado: não vou estourar as contas públicas, mas concentrar em um momento em que a demanda privada está pequena. Mas o governo não tem fôlego suficiente para fazer o papel de toda demanda", ressaltou. O economista da Fecomercio lembrou que a entidade já pleiteou junto ao governo isenções para transferência de imóveis e de automóveis, além de retirar o IPVA para veículos novos.

Já Oreiro foca suas propostas na capitalização do Banco do Brasil e da Caixa Econômica Federal pelo Tesouro para atender a demanda de crédito para capital de giro e reduzir o spread. "Aumentando o empréstimo e reduzindo as taxas, os dois vão forçar os bancos privados a acompanhar o movimento, até para não perderem participação no mercado", explicou o economista da UnB.

Até o Carnaval, o governou prometeu detalhar um pacote de incentivos para a construção de até um milhão de casas populares, direcionado a famílias com renda de até dez salários mínimos. "Estamos atentos a tudo o que está acontecendo e novas medidas serão tomadas caso haja uma avaliação de que sejam necessárias", disse o ministro da Fazenda, Guido Mantega, na última sexta-feira.

17:11
Anónimo disse...
Ex-ministro critica extensão do seguro-desemprego

Atualizada às 09h03

O ex-ministro do Trabalho Almir Pazzianotto criticou a decisão do governo federal de conceder o seguro-desemprego estendido a apenas alguns setores. "É certamente odioso e provavelmente inconstitucional", disse Pazzianotto, de acordo com o jornal O Estado de S. Paulo.

Na última qurta, dia do anúncio da medida, centrais sindicais elogiaram a atitude do governo. A Força Sindical divulgou nota dizendo que "o aumento ajudará a aquecer parte da economia, já que irá gerar mais consumo, produção e conseqüentemente, a criação de novos postos de trabalho". A União Geral dos Trabalhadores (UGT) afirmou que a medida "contribuirá para minimizar o drama dos trabalhadores que perderem seu emprego por conta da crise".

O ex-ministro, que instituiu o seguro-desemprego no País no governo de José Sarney, destacou a necessidade de as centrais sindicais se manifestarem contra a determinação. Para ele, as mudanças devem ser aplicadas a todas as categorias profissionais e a distinção é contrária ao artigo 3º da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT).

Pazzianotto atribui a medida a um possível temor do governo de que a crise econômica seja longa e não haja dinheiro para atender a todas as necessidades. Ainda assim, ele se mostra contrário ao método de concessão. "O seguro-desemprego ajuda a sanar necessidades básicas. Estendê-lo é paliativo, não a solução", disse ao jornal.

De acordo com o presidente do Conselho Deliberativo do Fundo de Amparo ao Trabalhador (Codefat) e conselheiro da Força Sindical, Luiz Fernando Emediato, a determinação já estava prevista na lei 8.900/94, que trata do seguro-desemprego.

O presidente da Comissão de Trabalho da Câmara, Pedro Fernandes (PTB-MA) vai além na crítica à concessão do seguro para apenas alguns setores. Ele acredita que a ampliação do benefício estimula o desemprego.

Quintino Severo, secretário geral da Central Única dos Trabalhadores (CUT), lembra que a ampliação do benefício sem critério e identificação pode incentivar demissões em outros setores.

17:13
Anónimo disse...
Empresas
TAM faz promoção para destinos internacionais

A companhia aérea TAM anunciou nesta sexta-feira tarifas promocionais para trechos internacionais. Os preços valem para bilhetes comprados entre 6h deste sábado e 23h59 deste domingo e são válidos para classe econômica. As tarifas, para ida e volta, serão vendidas a partir de US$ 99, mais taxas.

Segundo a aérea, a promoção vale para viagens feitas no período de 14 de fevereiro a 18 de junho de 2009. Para destinos na América do Sul, a permanência mínima é de dois dias; para bilhetes com destino nos Estados Unidos, cinco dias; e Europa, sete dias. A permanência máxima para as passagens para América do Sul e EUA é de dois meses e para Europa, três meses.

Entre os exemplos de tarifas promocionais, a TAM oferece São Paulo-Lima por US$ 99. Bilhetes para a rota São Paulo-Santiago serão vendidos a partir de US$ 199 e São Paulo-Nova York, US$ 799.

A emissão dos bilhetes deve ser feita obrigatoriamente no ato da reserva, obedecendo às regras estipuladas pela companhia. A compra está sujeita à disponibilidade de assentos nas classes tarifárias determinadas, trechos, horários e datas. A TAM afirmou que também há tarifas promocionais para a classe executiva.

Mais informações podem ser encontradas no site promocional (www.ofertastam.com.br), no site da empresa (www.tam.com.br) ou pelos telefones 4002-5700 ou 0800 5705700.

17:13
Anónimo disse...
Empresas
Consultoria negocia compra do parque temático Hopi Hari

A consultoria especializada em reestruturação de empresas Íntegra Associados informou nesta sexta-feira ter um acordo para comprar o parque de diversões Hopi Hari, localizado no interior de São Paulo. A empresa estaria disposta a investir R$ 10 milhões no parque, que tem dívida estimada em R$ 800 milhões. As informações são da edição deste sábado do jornal Folha de S. Paulo.

De acordo com o jornal, a transação ainda depende da negociação entre o Hopi Hari e seus credores, o que já estaria em andamento.

A consultoria paulista já atuou junto à Parmalat, durante 30 meses, quando reorganizou a gestão da empresa italiana.

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17:14
Anónimo disse...
Empresas
Disney de Tóquio contratará mais 2 mil apesar da crise


A Oriental Land, o operador da Disneylândia Tóquio e DisneySea, organizou neste domingo entrevistas para contratar cerca de 2 mil trabalhadores em tempo parcial, em um momento de grandes demissões deste tipo de empregados no Japão.

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O operador deste parque temático, situado em Urayasu, na província de Chiba (leste de Tóquio), está em pleno processo de seleção de empregados para 20 tipos de postos trabalhistas diferentes.

Segundo a companhia, citada pela agência local de notícias Kyodo, o parque contratará novos trabalhadores para as atrações, para os restaurantes e guardas de segurança entre outros. Os novos contratados começarão a trabalhar a partir de fevereiro.

O processo de seleção acontece em um momento em que a maioria das grandes companhias japonesas começaram a se ver obrigadas a despedir uma elevada percentagem de seus trabalhadores temporários e a tempo parcial.

Algumas inclusive anunciaram demissões de seus trabalhadores fixos, uma medida muito pouco comum nas companhias japonesas, perante os efeitos piores que o esperado pela crise econômica global.

Cerca de uma centena de pessoas esperavam desde a primeira hora desta manhã a abertura do centro de conferências Tokyo International Forum, onde as entrevistas estão sendo feitas, para ser os primeiros a solicitar os postos de trabalho.


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17:15
Anónimo disse...
Economia Internacional
Senado dos EUA aprova plano de estímulo à economia

O Senado dos Estados Unidos aprovou com 60 votos a favor e 38 contra o plano de estímulo à economia de US$ 787 bilhões na madrugada deste sábado. Agora, ele segue para sanção ou veto do presidente Barack Obama, que espera colocar a lei em prática até o dia 16 de fevereiro.

O plano prevê a criação de três milhões de empregos, inclui cortes de impostos às famílias, fundos para programas sociais e obras públicas, além de ajuda aos governos estaduais, estudantes e desempregados.

A cláusula Buy American - que exige o uso de ferro, aço e produtos manufaturados dos Estados Unidos em obras realizadas com recursos do pacote - ficou de lado. Segundo o texto definitivo, a cláusula será aplicada sem violar as normas do comércio internacional.

Ontem à tarde, a Câmara de Representantes (deputados) havia aprovado, por 246 votos a favor e 183 contra, a versão final do plano. Todos os republicanos foram contrários ao pacote.

Pelo acordo de quarta-feira entre Câmara e Senado, em vez de custar US$ 819 bilhões, como queriam os deputados, ou US$ 838 bilhões como pretendiam os senadores, o pacote ficou em cerca de US$ 787 bilhões, com 65% desse total destinado a gastos do governo federal e 35%, a créditos tributários.

17:16
Anónimo disse...
Economia nacional
Na era Lula, aposentadoria sobe 54% menos que salário mínimo

Thatiane Faria
Especial para o Terra
Direto de São Paulo

Os índices de reajustes concedidos pelo governo em 2009 para aposentados e pensionistas e para o salário mínimo repetiram uma diferença que, só durante o governo de Luiz Inácio Lula da Silva, já chega a 54%. Enquanto o mínimo foi majorado em 12% este ano, as pensões e aposentadorias tiveram aumento de 5,92%. Aposentados que têm o benefício do governo como única fonte de renda reclamam que perdem poder de compra e que sua cesta de compras é composta por itens que aumentam mais em relação à inflação oficial.

Um exemplo prático pode ser entendido a partir da comparação entre um aposentado que ganhava R$ 600 em janeiro de 2003. Na época, o benefício era três vezes, ou 200%, maior que o valor do mínimo em vigência, que era de R$ 200. Aplicando-se os índices de reajuste para aposentadorias e para o mínimo durante os últimos seis anos, o mesmo aposentado estaria recebendo hoje R$ 938,47, comparado a um salário mínimo de R$ 465. A diferença entre os dois valores caiu para pouco mais de 100%.

Enquanto o índice acumulado de reajuste para a aposentadoria durante o governo Lula foi de 60%, para o salário mínimo está em 132%.

O diretor do Sindicato Nacional dos Aposentados, João Inocentini, reclama que os valores dos benefícios para aposentadorias não mantêm o poder de compra do grupo, principalmente dos aposentados que recebem menos que dez salários mínimos.

Nem mesmo o fato de o índice de reajuste das aposentadorias ter ficado acima da inflação acumulada no mesmo período (o IPCA entre janeiro de 2003 e janeiro de 2009 foi de 39,7%) serve de argumento, segundo os aposentados.

"Os idosos, principalmente, têm gastos além das contas gerais como gás, telefone e aluguel. Para eles o custo com remédios, e outros itens da área saúde costuma ser maior", afirmou Inocentini.

O presidente do sindicato afirmou que o grupo realiza um estudo com 100 itens de necessidade de um idoso para comparar o aumento dos produtos com o índice de reajuste do benefício recebido pelos aposentados.

"Daqui dois meses vamos abrir um processo na Justiça e levar essa pesquisa como prova. Segundo a lei, o governo é obrigado a manter o poder de compra com a aposentadoria", disse Inocentini.

Alternativas
O consultor financeiro Cláudio Boriola diz que os aposentados, especialmente nesse momento de crise econômica, devem evitar compras parceladas, pesquisar preços, negociar e fazer bom planejamento financeiro.

Segundo Boriola, alguns aposentados ganham um valor mensal muitas vezes insuficiente para o pagamento das contas e acabam pedindo crédito ou realizando pagamentos a prazo e são obrigados a pagar juros altos.

Na opinião do consultor, pagar uma previdência privada é uma alternativa indicada para quem ainda trabalha, considerando a característica de perda de poder de compra da aposentadoria.

"Na prática, infelizmente os valores encontram-se em um patamar que está deteriorando o poder de aquisição da população brasileira", completou Boriola.

De acordo com o diretor da Confederação Brasileira de Aposentados e Pensionistas (Cobap), Vicente Fernandes Barbosa, representantes dos aposentados tentarão um encontro com o presidente da Câmara, deputado Michel Temer (PMDB-SP), para discutir projetos que minimizem a perda dos aposentados

17:17
Anónimo disse...
Previdência
Previdência prorroga isenção de tarifas no benefício

O atual sistema de pagamento aos 26 milhões de aposentados e pensionistas do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) será mantido até o final deste ano. O acordo, que permite realizar a operação sem nenhum custo aos beneficiários, foi renovado nesta sexta-feira, entre o governo federal e 21 instituições financeiras.

Por meio desse acordo, vigente desde setembro de 2007, nem os segurados, nem os bancos e nem o governo arcam com o pagamento de tarifas, conforme explicou o ministro da Previdência Social, José Pimentel. A prorrogação vale até dezembro, data máxima para que a Previdência defina as regras para um novo contrato.

Ao assinar o termo de renovação, na sede da Federação Brasileira dos Bancos (Febraban), o ministro disse que a intenção do governo é mudar o atual modelo de gestão visando a reduzir os custos dessas operações em torno da folha mensal, que atinge R$ 15,8 bilhões. No entanto, qualquer alteração, conforme explicou, passará antes por audiências públicas a serem realizadas a partir do segundo semestre deste ano, atendendo a determinação do Tribunal de Contas da União (TCU).

De acordo com Pimentel, com um redesenho do mecanismo de repasse dos recursos aos bancos em torno da folha de pagamento dos segurados o que se busca é um aumento da participação de instituições financeiras. Ele informou que, desde 2007, cada benefício custa em média R$ 1,07 ao governo. "Quanto mais instituições financeiras estiverem prestando serviços à sociedade, maior é a competitividade, a agilidade no atendimento", justificou.

O ministro observou, ainda, que, para permitir uma redução para algo em torno de meia hora no tempo de atendimento para a concessão dos direitos previdenciários, o governo investiu R$ 280 milhões.

Questionado sobre o descontentamento dos segurados que ganham acima de um salário mínimo terem obtido apenas a correção com base na variação do Índice de Preços ao Consumidor (INPC) , ficando abaixo do reajuste dado a quem recebe apenas o mínimo, Pimentel argumentou que o governo seguiu o que determina a lei e descartou a possibilidade de uma revisão

17:17
Anónimo disse...
Empresas
Caterpillar oferece aposentadoria antecipada a 2 mil


A companhia americana Caterpillar ofereceu a cerca de dois mil funcionários incentivos para que se aposentem de forma voluntária antes do previsto, pela perspectiva de uma queda "significativa" da atividade industrial, informou nesta quarta-feira a empresa.

A iniciativa, destinada aos trabalhadores de diversas fábricas em Illinois, Colorado, Tennessee e Pensilvânia, se soma aos cortes de empregos anunciados em janeiro, explicou em comunicado de imprensa.

A empresa, a maior fabricante mundial de maquinaria pesada para a construção e a mineração, acrescentou que, "em função das condições de negócio, podem ser necessárias mais reduções de elenco voluntárias e involuntárias à medida que o ano avança".

O vice-presidente da companhia, Sid Banwart, explicou que a empresa prevê "demissões significativas em todas as regiões geográficas e na maioria dos setores devido às dificuldades da economia mundial".

17:18
Anónimo disse...
Comércio
Comércio exterior da OCDE caiu no 3º trimestre de 2008


As exportações e as importações dos países da Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Econômico (OCDE) caíram 1,6% e 0,2%, respectivamente, no terceiro trimestre de 2008, em relação aos três meses anteriores.

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Trata-se da primeira queda destas atividades desde o terceiro trimestre de 2006, segundo o último relatório trimestral sobre fluxos comerciais divulgado pela OCDE.

As exportações e as importações em dólares dos 30 Estados-membros caíram 15,6% e 17%, respectivamente, na comparação anualizada.

Por sua vez, o comércio dos sete países mais ricos do mundo (G7) teve um pequeno crescimento no terceiro trimestre de 2008 com uma queda das exportações de mercadorias de 0,2% em relação ao trimestre anterior e um aumento de 0,4% das importações.

Em termos anualizados, as importações do G7 caíram 1,4% entre julho e setembro do ano passado, seu primeiro retrocesso desde o terceiro trimestre de 2006, enquanto as exportações aumentaram 1,9%, seu crescimento mais baixo no mesmo tempo.

Por países, a Alemanha aumentou suas importações em 3,4% - valor mais alto do G7 -, enquanto suas exportações caíram 2,9% do segundo para o terceiro trimestre de 2008.

Pelo contrário, as exportações americanas aumentaram 1,8% entre julho e setembro de 2008, enquanto as importações caíram 0,7% em relação ao trimestre anterior. No Japão, tanto as importações quanto as exportações caíram em torno de 1% no mesmo período.

17:19
Anónimo disse...
Economia Nacional
Lula: juros de crédito consignado a aposentados são altos

Atualizada às 17h29

O presidente Luis Inácio Lula da Silva afirmou nesta terça-feira, em São Paulo, que está lutando para reduzir as taxas de juros cobradas de aposentados em crédito consignado. A Previdência Social estabelece uma taxa máxima de 2,5% para empréstimo e de 3,5% para cartão. Para Lula, os valores são altos.

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"Acho que o juro que os aposentados estão pagando hoje com o crédito consignado é alto para o padrão brasileiro", disse o presidente durante a cerimônia de comemoração dos 86 anos do INSS.

A Previdência anunciou nesta terça-feira que aposentados e trabalhadoras com licença-maternidade poderão receber seus benefícios em 30 minutos. De acordo com Lula, em junho, a aposentadoria do trabalhador rural também será conseguida em meia hora.

Além disso, o presidente anunciou que, também em junho, os trabalhadores que alcançarem o direito à aposentadoria passarão a receber em suas casas um comunicado da Previdência informando o fato e o valor do salário que têm direito a receber. "É um comprometimento público que estou fazendo com os companheiros da Previdência Social", disse.

"Estamos retribuindo ao contribuinte da Previdência Social aquilo que é a cidadania que ele tem direito", afirmou Lula. "Se para cobrar nós somos tão precisos, para devolver o dinheiro, temos que chegar próximo à perfeição", completou.

17:20
Anónimo disse...
Economia Nacional
Salário maternidade sairá em 30 minutos, diz ministro

Toda trabalhadora autônoma que tiver contribuído pelo menos 10 meses com o Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) - ou as que possuírem carteira assinada - poderão receber em 30 minutos o salário maternidade a partir desta terça-feira. Da mesma forma, as mulheres com 30 anos de contribuição e os homens com 35 anos também terão direito ao benefício de forma mais rápida. A informação é do ministro da Previdência Social, José Pimentel.

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Para requerer o salário maternidade, é preciso que as autônomas levem a carteira de identidade e o carnê de contribuição. As demais trabalhadoras devem apresentar a identificação e a carteira de trabalho. Desde o início do mês, a nova forma de análise para a concessão de benefícios foi adotada para a aposentadoria por idade do trabalhador urbano e agora foi estendida para o salário maternidade e por tempo de contribuição.

O ministro disse que a qualificação do serviço da previdência social é o reconhecimento do direito dos trabalhadores e da afirmação da cidadania.

"Até pouco tempo na cabeça do cidadão o serviço devia ser de péssima qualidade. Agora não, nós modificamos toda a legislação no mês de dezembro numa ação conjunta do Congresso Nacional com o governo federal. Estamos implantando e concedendo os benefícios em até 30 minutos", afirmou.

O ministro destacou que para conseguir se aposentar ou ter acesso à licença maternidade em 30 minutos, em primeiro lugar, é necessário que o cidadão esteja vinculado à Previdência, o que inclui 65% da população acima de 16 anos de idade.

"Depois bastar marcar pelo sistema 135 o dia e a hora do atendimento e levar a documentação. Se todos os dados necessários estiverem corretos o contribuinte será atendido em até 30 minutos, como vem sendo feito com as aposentadorias por idade desde o dia cinco de janeiro", explicou.

Pimentel disse ainda que em 90% das agências da previdência social o atendimento é marcado em até 48 horas. Nos grandes centros, entretanto existe um volume maior o que torna mais lento o processo.

"Estamos criando mais 715 agências até 2010, em todo o território nacional, para descentralizar o atendimento. Em 2008, atendemos 295 mil benefícios e aposentadorias por idade. Temos 4 mil pessoas por dia procurando e se aposentando por idade no território nacional. Este serviço será agilizado", concluiu.
17:27
Anónimo disse...
Giuseppe Englaro, pai de Eluana, a italiana que morreu na segunda-feira passada por desidratação, recusou uma grande soma de dinheiro de um conhecido fotógrafo italiano que queria retratar a filha em estado de coma, disse neste sábado o neurologista que atendia a mulher desde 1996, Carlo Defanti.

O neurologista, que participou hoje de uma conferência sobre eutanásia, disse que Englaro respeitou a vontade da filha, que, antes do acidente, tinha pedido que, se lhe ocorresse qualquer coisa irreversível, apresentasse sua imagem de quando estava em boas condições.

Antes de sofrer o acidente de trânsito, em 1992, Eluana viveu o coma de um amigo, Alessandro, o que causou forte impacto na italiana e a levou a fazer o pai prometer que não a deixasse viver em estado vegetativo, disse o próprio Giuseppe Englaro.

Defanti, que dissera que Eluana poderia viver de dez a 12 dias depois da suspensão da alimentação e da hidratação, disse que, como médico, tinha que reprovar esta afirmação.

"Não se pode sobreviver após três ou quatro dias sem líquido e, em particular, água em um corpo. Sabemos bem que, quando há um terremoto, após quatro dias é difícil encontrar sobreviventes".

Defanti ressaltou que Eluana "não falava, não se comunicava com o exterior" e que, após vários exames, "nos deparamos com uma moça que tinha perdido a consciência", porque estava com o córtex cerebral prejudicado.

Eluana foi enterrada na quinta-feira passada no túmulo da família na localidade de Paluzza, em Udine, após um funeral que não contou com a presença dos pais.

16:53
Anónimo disse...
Os bombeiros combatem neste sábado os incêndios na Austrália favorecidos pelo bom tempo, enquanto os deslocados encotram em seu retorno casas derruídas, carros queimados nas ruas e destruição.

Depois de sete dias desde que começaram os incêndios no Estado de Victoria, a lista de mortos chega a 181, os desaparecidos somam 50, os edifícios destruídos totalizam 1,834 mil e o terreno arrasado, principalmente florestas, ocupa uma área de 4,13 mil quilômetros quadrados.

As equipes de bombeiros, formadas por 4 mil profissionais de Victoria, de outras partes da Austrália e de países amigos, combateram hoje 12 focos fora de controle e nenhum representava uma ameaça direta para a população.

O subdiretor do Serviço de Bombeiros, Geoff Conway, disse que este tempo favorável, que se prolongará durante o domingo, permite consolidar as linhas de contenção e avançar na extinção das chamas.

Cinzas apareceram arrastadas por ventos do nordeste sobre Melbourne, onde habitam 3,8 milhões de pessoas, e as autoridades alertaram aos cidadãos do risco para a saúde de idosos, crianças e pessoas com problemas respiratórios.

O número de pessoas deslocadas - a Cruz Vermelha chegou a receber 7 mil - começou a cair com a abertura de algumas localidades atingidas.

Os incêndios, alguns criminosos, começaram em 7 de fevereiro, quando a região sul da Austrália estava há duas semanas sob uma onda de calor sem precedentes.

Na sexta-feira passada, a polícia acusou uma pessoa de ter provocado o incêndio que atingiu a localidade de Churchill e matou 21 pessoas.

16:55
Anónimo disse...
A primeira chuva em seis dias reduziu a ameaça de incêndios no Estado de Victoria, ao sul da Austrália. As autoridades, porém, advertiram que ainda existem 12 focos, mas que nenhum deles ameaça áreas povoadas.

Mais de quatro mil bombeiros, mil provenientes de outras partes do país e de outras nações, trabalham contra o fogo. Cerca de 600 veículos e 28 helicópteros e pequenos aviões estão sendo usados.


Eles conseguiram construir linhas de contenção para evitar os incêndios de Yarra e Maroondah se juntassem. Também foram controlados os incêndios abertos de Yea e Murrindindi, que ameaçavam as comunidades de Connellys Creek, Crystal Creek, Scrubby Creek e Native Dog Creek.

O número de mortos chegou a 181, mas as autoridades acreditam que as vítimas devem passar de 200, já que ainda há muitos desaparecidos.

16:55
Anónimo disse...
Aqui nesta coluna, na semana passada, tive a oportunidade de comentar sobre a recente visita do professor brasileiro Pedrinho Guareschi à Austrália. Não dei, porém, os fatos, pois semana passada o assunto era outro.

Hoje, porém, vamos a eles.

No último dia 4 de fevereiro, aconteceu o Seminário "Paulo Freire: Education and Liberation", organizado pelo centro de estudos latino-americanos da Universidade Nacional da Austrália, ou ANU, como é mais conhecida por aqui.

A ANU, para quem não sabe, está entre as 20 melhores universidades do mundo! E tem sede aqui em Camberra, capital da Austrália.

Na abertura do evento, o professor John Minns, diretor do centro latino-americano, ao dar boas-vindas ao público presente, lembrou ser aquele o primeiro seminário exclusivamente dedicado a Paulo Freire na Austrália.

Em seguida, convidou Pedrinho Guareschi, palestrante principal do Seminário, a fazer sua apresentação.

A plateia pode então conhecer, pelas palavras de Pedrinho, um pouco da obra e da vida de Freire, esse brasileiro de fé e valor, que sempre acreditou na educação, sobretudo dos menos favorecidos, analfabetos, como força libertadora.

Como não podia deixar de ser, os conceitos e ideias revolucionários de Paulo Freire, expostos com clareza por Pedrinho, despertaram o interesse e a curiosidade de plateia. A qual, deve-se notar, era na maioria de estudantes, mas de várias nacionalidades, sobretudo australianos e asiáticos.

Na continuação do programa do seminário, que se estendeu por dois dias, outros professores fizeram palestras sobre temas ligados à obra de Paulo Freire.

Interessante, por exemplo, saber que a professora Anne Hickling-Hudson, jamaicana que mora na Austrália há muitos anos (é professora da ANU), conheceu e trabalhou com Freire num workshop educacional durante a revolução na Ilha de Granada, em 1980, antes da invasão dos Estados Unidos...

Ou, então, a palestra da Professora Gerda Roelvink, da Nova Zelândia, que participou do Fórum Social de Porto Alegre em 2005. E essa participação transformou-se em tema de doutorado.

No dia 10, terça-feira passada, o padre Pedrinho Guareschi voltou a falar ao público australiano em grande auditório localizado no belíssimo campus da ANU. Desta vez, sobre a Teologia da Libertação.

Depois da palestra, John Minns mostrou o filme mexicano "O Crime do Padre Amaro", no qual um dos personagens é um padre católico praticante da Teologia da Libertação.

Mais uma vez, foi grande o intersse da platéia, que pode aprender e conhecer um pouco como se desenvolveu aquele importante movimento católico na América Latina.

Fica, assim, ao Pedrinho, bem como a outros brasileiros estudiosos e de bom coração que saem pelo mundo a divulgar aspectos importantes da cultura brasileira, o respeito e a homenagem desta coluna. E... aquele abraço!

16:57
Anónimo disse...
Amanda Kitts perdeu o braço esquerdo em um acidente de automóvel acontecido três anos atrás, mas hoje em dia ela joga futebol americano com seu filho de 12 anos de idade, troca fraldas e abraça as crianças nas três creches Kiddie Cottage que opera em Knoxville, Tennessee. Kitts, 40 anos, faz tudo isso com a ajuda de um novo tipo de braço artificial que se movimenta com mais facilidade do que outros aparelhos e que ela pode controlar utilizando apenas seus pensamentos.

"Eu sou capaz de mexer a mão, o pulso e o cotovelo ao mesmo tempo", diz. "Você pensa e os músculos se movem em seguida".

A recuperação que ela conseguiu resulta de um novo procedimento que vem atraindo crescente atenção porque permite que pessoas movam braços protéticos de forma mais automática do que faziam no passado, simplesmente utilizando nervos reaproveitados em seus cérebros.

A técnica, conhecida como "renervação muscular dirigida", envolve utilizar os nervos que restam depois da amputação de um braço e conectá-los a outro músculo do corpo, em geral no peito. Eletrodos são instalados sobre os músculos do peito, e operam como se fossem antenas. Quando a pessoa deseja mover o braço, o cérebro envia sinais que primeiro resultam em contração dos músculos do peito, os quais enviam um sinal ao braço protético, instruindo-se a se movimentar. O processo não requer mais esforços consciente do que a pessoa teria de exercitar caso ainda tivesse seu braço natural.

Na terça-feira, pesquisadores reportaram em estudo publicado pela versão online do Journal of the American Medical Association que haviam levado a técnica ainda mais à frente, tornando possível a execução de 10 movimentos de mão, pulso e cotovelo diferentes, o que representa uma substancial melhora com relação ao típico repertório protético, que em geral envolve apenas dobrar o cotovelo, girar o pulso e abrir a mão.

"Os novos métodos tiveram impacto dramático em nosso campo de trabalho", disse Stuart Harshbarger, engenheiro biomédico na Universidade Johns Hopkins e diretor do programa de pesquisa sobre próteses, financiado pelas forças armadas, que inclui o trabalho com essa técnica. "O método já está em uso por médicos e cirurgiões comuns em todo o país. A capacidade de controlar um membro protético bastante robusto que ele confere surpreendeu a todos pela qualidade".

Tipicamente, uma pessoa que tenha um braço protético só é capaz de executar alguns poucos movimentos, e muitas vezes com tamanha lentidão que isso só permite a ela atividades limitadas.

Há um motor separado para cada movimento, diz Gerald Loeb, professor de engenharia biomédica na Universidade do Sul da Califórnia, "e esses motores precisam ser controlados de maneira explícita", usualmente por um esforço consciente da pessoa para contrair músculos nas costas ou no bíceps.

"Essencialmente, até agora os pacientes controlavam apenas um motor de cada vez", diz Loeb, "e precisavam pensar cuidadosamente sobre que motor desejavam controlar e como fazê-lo operar, em lugar de simplesmente pensarem em mover o braço e poderem fazê-lo sem delongas".

Antes que Kitts passasse pelo procedimento de renervação, em outubro de 2007, por exemplo, ela precisava movimentar os músculos de suas costas de determinada maneira para fazer com que seu pulso girasse, e flexionar seu bíceps e tríceps para fazer com que o cotovelo se movesse para cima e para baixo. "Era muito trabalho", ela conta. "E não me ajudava muito".

O procedimento de renervação é parte de uma recente explosão de idéias novas e técnicas inovadoras que estão sendo exploradas enquanto os cientistas se esforçam por ajudar as pessoas a compensar melhor a perda de membros ou problemas de paralisia. O esforço vem sendo alimentado pelo aumento no número de amputações causado por diabetes e por ferimentos sofridos pelos militares, e ao mesmo tempo pelos avanços na tecnologia médica.

Os braços se tornaram um dos focos essenciais desse tipo de trabalho. A ciência há muito vem obtendo sucessos no desenvolvimento de próteses de perna, mas é muito mais difícil imitar a complexidade e a destreza das mãos e dos braços.

Os esforços em curso incluem o desenvolvimento de projetos de pele e braços mais sensíveis e mais flexíveis, e o uso de dispositivos acionados por controles sem fio implantado nos braços protéticos, que permitiriam movimentos mais naturais.

Os pesquisadores também vêm usando sensores implantados nos cérebros de cobaias para permitir que dois macacos controlem um braço mecânico, e um teste com um homem paralítico permitiu, com esse método, que ele movimentasse um cursor em uma tela de computador.

Alguns desses métodos, caso venham a ser aperfeiçoados plenamente e consigam aprovação das autoridades regulatórias da saúde, podem no futuro se tornar mais viáveis para os pacientes de amputações.

E embora a técnica da renervação não requeira aprovação das autoridades regulatórias porque é executada por meios cirúrgicos e emprega aparelhos já existentes, ela apresenta limitações que até mesmo seus criadores reconhecem, entre as quais o fato de que não se pode utilizá-la para todos os pacientes, o seu alto custo e o prazo de meses requerido para que os nervos reconectados cresçam e se tornem efetivos.

Ainda assim, os especialistas dizem que é o mais avançado sistema em uso hoje para pacientes reais que permite que o sistema nervoso controle diretamente o movimento de um braço artificial.

Desde sua introdução por Todd Kuiken, médico fisioterapeuta e engenheiro biomédico do Instituto de Reabilitação de Chicago, o método foi empregado em cerca de 30 pacientes nos Estados Unidos, Canadá e Europa, entre os quais oito soldados feridos no Iraque e no Afeganistão.

Muitos dos pacientes, entre os quais o primeiro, Jesse Sullivan, um operário do setor elétrico no Tennessee que perdeu os dois braços quando foi eletrocutado por um cabo, conseguem não apenas manipular seus braços protéticos mas sentir a presença das mãos que já não têm quando alguém toca em seus peitos.

Sullivan, 62 anos, e Kitts, estavam entre os cinco pacientes que participaram do estudo reportado na terça-feira. Em companhia de cinco outras pessoas que não passaram por amputações, eles receberam os eletrodos e foram instruídos a usar pensamentos para fazer com que um braço virtual na tela reproduzisse 10 movimentos diferentes, entre os quais três formas diferentes de aperto de mão.

Os pacientes apresentaram desempenho bastante respeitável, apenas um pouco mais lento e menos preciso do que os dos participantes que não tinham amputações.

"As velocidades de movimento que encontramos em nossos pacientes foram realmente encorajadoras", disse Kuiken. "Eles conseguiram completar a tarefa. É claro que não foram tão competentes quanto as pessoas dotadas de plena capacidade física, mas foram bons o bastante".

Um braço virtual foi usado porque a maioria das próteses existentes não era capaz de acomodar todos aqueles movimentos, no momento da pesquisa, ainda que Sullivan, Kitts e uma terceira paciente, Claudia Mitchell, tenham experimentado dois novos protótipos mais versáteis de braços artificiais, executando tarefas complexas com bolas de tênis e outros objetos.

O trabalho de renervação em soldados apresenta outros desafios, diz Kuiken, porque os ferimentos militares muitas vezes "causam danos muitos extensos" a nervos, músculos ou ossos.

Daniel Acosta, 25 anos, um aviador ferido pela detonação de uma bomba em uma estrada do Iraque em 2005, passou pelo procedimento no ano passado e diz que seu braço esquerdo protético agora se movimenta "muito mais rápido" e de maneira muito mais natural.

"A diferença é que agora não preciso mais pensar para mover o braço", ele diz. "Ele simplesmente se mexe".

Ainda assim, Acosta, de San Antonio, diz que "o processo foi bastante longo" e que os eletrodos precisam ser ajustados para receber os sinais à medida que os nervos crescem ou mudam de posição.

E embora elogiem o método, os especialistas afirmam que a ciência das próteses de braço ainda tem muito por avançar.

"Trata-se de uma parte crucial, mas ainda assim apenas uma parte, das muitas coisas que compreendem a função normal de um braço", disse Loeb, que escreveu um editorial que acompanha o artigo no Journal of the American Medical Association.

"No momento estamos a meio do caminho entre o braço de 'Dr. Fantástico', que fazia involuntariamente a saudação nazista, e o braço de Luke Skywalker em 'Guerra nas Estrelas', que funciona sem nenhum problema assim que é conectado. Creio que precisaremos ainda de muitos anos para conectar todas as peças necessárias a produzir um braço capaz de funcionar normalmente".

17:04
Anónimo disse...
A Espanha disse neste sábado que está preparando uma reclamação oficial contra a decisão da Venezuela de expulsar um membro do Parlamento Europeu que criticou o conselho eleitoral venezuelano.
Luis Herrero, membro do partido conservador espanhol PP, foi deportado na sexta-feira depois que o Conselho Nacional Eleitoral (CNE) o acusou de questionar a imparcialidade da instituição antes de um referendo que pode permitir ao presidente Hugo Chávez permanecer no cargo indefinidamente.

Herrero estava na Venezuela como observador do referendo. Ele acusou Chávez de ter "comportamentos típicos de um ditador" por pedir a contenção de manifestações da oposição.

O governo da Espanha convocou um encontro com o embaixador da Venezuela em Madri para expressar a desaprovação sobre a expulsão de Herrero, disse um representante do Ministério das Relações Exteriores espanhol.

As relações da Venezuela com a Espanha tiveram seu ponto crítico em 2007, quando Chávez ameaçou rever acordos diplomáticos e comerciais depois de ouvir um "cala a boca" do rei espanhol Juan Carlos durante uma cúpula.

A fenda foi oficialmente reparada em 2008, com uma visita oficial de Chávez à Espanha, onde ele cumprimentou o rei e discutiu acordos para investimento no setor petroquímico com o primeiro-ministro José Luis Rodriguez Zapatero.

17:06
Anónimo disse...
A polícia do Zimbábue anunciou neste sábado que acusa de traição Roy Bennett, dirigente do até agora opositor Movimento para a Mudança Democrática (MDC), detido na sexta-feira, em Harare, poucas horas antes da cerimônia de posse dos membros do novo gabinete.

"A Polícia nos informou que vão apresentar acusações de traição", disse à agência EFE o advogado de defesa de Bennett, Trust Maanda.

"Tentam relacionar Roy com o caso de Mike Hitschmann, que foi detido em 2006 em relação à descoberta de um carregamento de armas, apesar de que Hitschmann não tenha sido declarado culpado das acusações de traição apresentadas contra ele, mas de um crime menor de descumprimento de leis", disse Maanda.

O político opositor, designado por seu partido como vice-ministro de Agricultura no Governo de união nacional, esteve no exílio na vizinha África do Sul desde 2006 e retornou ao Zimbábue há duas semanas.

Segundo a Polícia, que deteve Bennett ontem no aeroporto de Harare quando pretendia ir à África do Sul para visitar sua família, as armas apreendidas em 2006 seriam utilizadas em um golpe de Estado para derrubar o presidente do Zimbábue, Robert Mugabe.

Depois da detenção, Bennet foi levado a Mutar, onde vários simpatizantes do MDC se concentraram em frente à delegacia na qual estava detido, diante do que a Polícia respondeu com tiros para o alto para dispersar os manifestantes.

17:07
Anónimo disse...
Austrália: 14 mil se candidatam a 'emprego dos sonhos'

A secretaria de Turismo de Queensland, na Austrália, informou que até esta segunda-feira já recebeu cerca de 14 mil inscrições para o "o melhor emprego do mundo". O Estado australiano promove pela internet seleção para vaga de "zelador" da ilha Hamilton, por seis meses com um salário de R$ 40 mil.

Muitos candidatos tiveram problemas durante a inscrição por conta dos acessos simultâneos ao site. A secretaria aconselha enviar os vídeos de 60s explicando porque deve ser escolhido em horários alternativos do dia, além de recomendar tamanho em torno de 40MB.

As inscrições começaram em 12 de janeiro e vão até o próximo dia 22 e podem ser feitas pelo site www.islandreefjob.com. O governo australiano escolherá 50 candidatos para a próxima fase da seleção, que terá votos do público para eleger um dos 11 finalistas.

A última fase terá entrevistas e desafios físicos, no próprio local de trabalho: as ilhas da Grande Barreira Coralina - o maior recife de coral do mundo. A secretaria de Turismo anunciará o vencedor no dia 6 de maio.

17:09
Anónimo disse...
Mercado elogia governo na crise, mas pede maior queda no juro

Peter Fussy
Direto de São Paulo

Desde as primeiras medidas anunciadas para combater os efeitos da crise, o governo brasileiro avisou que a estratégia não contemplaria um pacote. Seriam doses pontuais, de acordo com a necessidade da economia diante do agravamento das turbulências. Da primeira liberação dos depósitos compulsórios em setembro até a ampliação do seguro-desemprego na última quarta-feira, o governo passou por redução de impostos, ampliação de crédito e incentivos à exportação. Quase 150 dias após a primeira medida, o Terra conversou com líderes do setor público e privado, representantes dos trabalhadores, acadêmicos e com o próprio governo para saber quais destas ações foram mais eficazes, quais foram mais ineficientes e o que mais pode ser feito pelo Estado brasileiro contra a crise.

Os maiores elogios foram direcionados à atitude de reduzir o Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) para a indústria automobilística, anunciada em dezembro e que fez com que os emplacamentos de carros novos subissem 1,9% no primeiro mês do ano em relação a dezembro de 2008. Já as maiores críticas foram para a lentidão no corte da taxa básica de juro do País.

Para o presidente do conselho administrativo do Grupo Pão de Açúcar, Abílio Diniz, o Estado não é responsável pela crise e mesmo assim está agindo "com extrema serenidade e muito acerto". "O governo está atento, fazendo a sua parte. É preciso coragem de baixar firmemente a taxa de juros. É uma arma que temos a nosso favor, já que não há clima para inflação, nem possibilidade de danos para a macroeconomia", afirmou Diniz.

Na última reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), em janeiro, a taxa Selic foi reduzida em um ponto percentual, de 13,75% para 12,75% ao ano. Porém, o professor de economia da Universidade de Brasília (UnB) José Luiz Oreiro lembra que este corte representa uma redução de apenas 0,25 ponto percentual com relação à taxa de setembro do ano passado, quando a crise se agravou.

"Pouco antes da eclosão da crise, o Banco Central aumentou a taxa em 0,75 ponto. Foram cinco meses de demora para reduzir em termos líquidos apenas 0,25 ponto", afirmou o economista, que também sugeriu redução do intervalo de cerca de 90 dias entre as reuniões do Copom e o corte de pelo menos um 1 ponto percentual em cada reunião.

Mesmo com o corte de janeiro, a taxa de juros real continua sendo a maior do mundo, lembrou o secretário-geral da Força Sindical, João Carlos Gonçalves, o Juruna. "A redução da taxa de juro ainda é pequena, porque ela continua uma das mais altas do mundo. Falta ousadia para baixar os juros e ajudar o cidadão. A permanência da taxa de juro alta é negativa para o País em meio a crise", afirmou Juruna.

Embora aprove as ações do governo, o senador Aloízio Mercadante (PT-SP) também acredita que o patamar da Selic está muito alto. "Sempre fomos os primeiros a entrar em qualquer crise, o que não aconteceu agora. A taxa Selic ainda é muito alta, mas o governo têm tomado medidas acertadas, como o aumento do salário mínimo, mesmo com um cenário de crise. Isso ajuda a movimentar o consumo. O governo está se esforçando para manter os investimentos e o crescimento", disse.

Tributos
De acordo com o economista Fabio Pina, da Fecomercio-SP, as ações mais positivas estão relacionadas à redução de tributos para alguns segmentos, como a indústria automobilística, que recuperou parte da queda nas vendas em janeiro com a isenção do IPI para carros 1.0 l e o corte para demais motorizações. A medida vale até o final de março.

"Essas medidas não só reduziram o preço, mas anteciparam o consumo daqueles que iriam comprar no futuro, dando um prêmio por conta da insegurança. Mexe diretamente com o principal problema que é a confiança do consumidor", afirmou. Juruna destacou que um bom ritmo de vendas é garantia de emprego. "É importante porque cada emprego na montadora significa 19 na cadeia produtiva", comentou o representante da Força Sindical.

Também em dezembro, o governo decidiu cortar pela metade a alíquota do Imposto de Renda para contribuintes que ganham entre R$ 1.434 e R$ 2.150 mensais. "O salário aumentava e a tabela não se modificava. As pessoas ganhavam mais e pagavam mais impostos", apontou Juruna. Outra redução de tributos do governo foi com relação ao Imposto sobre Operações Financeiras (IOF), que caiu de 3% ao ano para 1,5%.

Crédito
Na segunda metade de 2008, o colapso de bancos nos Estados Unidos por conta da crise do subprime provocou uma forte restrição de crédito no mundo inteiro. Uma das primeiras medidas anticrise do governo teve como objetivo restabelecer a oferta, com mudanças no recolhimento dos depósitos compulsórios por parte dos bancos. Segundo o presidente do Banco Central, Henrique Meirelles, as diversas modificações liberaram US$ 99,2 bilhões aos bancos até o final de janeiro.

Além disso, o governo concedeu R$ 36 bilhões das reservas internacionais para empresas brasileiras com dívidas no exterior e uma medida provisória autorizou o Banco do Brasil e a Caixa Econômica Federal a comprar carteiras de crédito de bancos privados. Para o diretor do Departamento de Pesquisas e Estudos Econômicos da Fiesp, Paulo Francini, estas medidas foram essenciais para combater os efeitos da crise.

"A crise se desenvolve no mundo em torno do tema crédito. E o crédito reduziu-se barbaridade no mundo. Então o governo lança mão de compulsório, lança mão de reservas, de medidas que permitem aos bancos comprar carteiras de bancos. Você vai tomando várias medidas para atender às demandas e o epicentro disso é crédito", afirmou.

No entanto, Oreiro, da UnB, adverte que a liberação dos compulsórios seria mais eficiente acompanhada de redução mais agressiva da taxa básica de juro. "Uma parte do crédito voltou, depois da forte retração em outubro e novembro. O que deveria ter sido feito junto à liberação do compulsório era uma redução mais drástica da taxa de juro. Sem isso, os bancos pegam as reservas e acabam comprando títulos públicos", explicou o economista.

Na opinião de Pina, as ações de distribuição de crédito via redução do compulsório e a disposição de capital de giro para empresas foram tomadas sem um cuidado maior na operação e não tiveram muito efeito. "O BNDES tem linhas que ficam paradas quase todo o ano, agora é pior ainda. Existem os recursos, mas as empresas e os bancos estão desconfiados. É preciso fazer com que os bancos tenham interesse em emprestar", afirmou o economista da Fecomercio-SP.

Futuro
Mesmo com todas essas medidas, a crise financeira ainda gera incertezas nos setores produtivos do País. Nos últimos meses, o medo do desemprego fez os consumidores adiarem compras. Por sua vez, a queda nas vendas pode obrigar as indústrias a cortarem a produção e demitir funcionários. Contra isso, empresários sugerem redução de jornada e de salários.

"Isto está previsto em lei. A Fiesp simplesmente manteve conversações com entidades sindicais quanto à aplicação daquilo que já está previsto em lei", afirmou Francini.

Segundo a ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff, uma das medidas que assegura um nível de emprego é a manutenção de investimentos no Programa de Aceleração do Crescimento (PAC). "Estamos esperando que a dificuldade ocorra em janeiro, fevereiro e março. Estamos certos que vamos manter o nível de investimento. É isso que funciona, é isso que significa investimento público. Ele funciona como um colchão. Por isso, nós colocamos R$ 100 bilhões no BNDES e a Petrobras ampliou o seu investimento em R$ 120 bilhões", afirmou.

Na mesma linha, Pina explica que a antecipação de gastos do governo substitui parte da demanda retraída do setor privado. "Ele dá o seguinte recado: não vou estourar as contas públicas, mas concentrar em um momento em que a demanda privada está pequena. Mas o governo não tem fôlego suficiente para fazer o papel de toda demanda", ressaltou. O economista da Fecomercio lembrou que a entidade já pleiteou junto ao governo isenções para transferência de imóveis e de automóveis, além de retirar o IPVA para veículos novos.

Já Oreiro foca suas propostas na capitalização do Banco do Brasil e da Caixa Econômica Federal pelo Tesouro para atender a demanda de crédito para capital de giro e reduzir o spread. "Aumentando o empréstimo e reduzindo as taxas, os dois vão forçar os bancos privados a acompanhar o movimento, até para não perderem participação no mercado", explicou o economista da UnB.

Até o Carnaval, o governou prometeu detalhar um pacote de incentivos para a construção de até um milhão de casas populares, direcionado a famílias com renda de até dez salários mínimos. "Estamos atentos a tudo o que está acontecendo e novas medidas serão tomadas caso haja uma avaliação de que sejam necessárias", disse o ministro da Fazenda, Guido Mantega, na última sexta-feira.

17:11
Anónimo disse...
Ex-ministro critica extensão do seguro-desemprego

Atualizada às 09h03

O ex-ministro do Trabalho Almir Pazzianotto criticou a decisão do governo federal de conceder o seguro-desemprego estendido a apenas alguns setores. "É certamente odioso e provavelmente inconstitucional", disse Pazzianotto, de acordo com o jornal O Estado de S. Paulo.

Na última qurta, dia do anúncio da medida, centrais sindicais elogiaram a atitude do governo. A Força Sindical divulgou nota dizendo que "o aumento ajudará a aquecer parte da economia, já que irá gerar mais consumo, produção e conseqüentemente, a criação de novos postos de trabalho". A União Geral dos Trabalhadores (UGT) afirmou que a medida "contribuirá para minimizar o drama dos trabalhadores que perderem seu emprego por conta da crise".

O ex-ministro, que instituiu o seguro-desemprego no País no governo de José Sarney, destacou a necessidade de as centrais sindicais se manifestarem contra a determinação. Para ele, as mudanças devem ser aplicadas a todas as categorias profissionais e a distinção é contrária ao artigo 3º da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT).

Pazzianotto atribui a medida a um possível temor do governo de que a crise econômica seja longa e não haja dinheiro para atender a todas as necessidades. Ainda assim, ele se mostra contrário ao método de concessão. "O seguro-desemprego ajuda a sanar necessidades básicas. Estendê-lo é paliativo, não a solução", disse ao jornal.

De acordo com o presidente do Conselho Deliberativo do Fundo de Amparo ao Trabalhador (Codefat) e conselheiro da Força Sindical, Luiz Fernando Emediato, a determinação já estava prevista na lei 8.900/94, que trata do seguro-desemprego.

O presidente da Comissão de Trabalho da Câmara, Pedro Fernandes (PTB-MA) vai além na crítica à concessão do seguro para apenas alguns setores. Ele acredita que a ampliação do benefício estimula o desemprego.

Quintino Severo, secretário geral da Central Única dos Trabalhadores (CUT), lembra que a ampliação do benefício sem critério e identificação pode incentivar demissões em outros setores.

17:13
Anónimo disse...
Empresas
TAM faz promoção para destinos internacionais

A companhia aérea TAM anunciou nesta sexta-feira tarifas promocionais para trechos internacionais. Os preços valem para bilhetes comprados entre 6h deste sábado e 23h59 deste domingo e são válidos para classe econômica. As tarifas, para ida e volta, serão vendidas a partir de US$ 99, mais taxas.

Segundo a aérea, a promoção vale para viagens feitas no período de 14 de fevereiro a 18 de junho de 2009. Para destinos na América do Sul, a permanência mínima é de dois dias; para bilhetes com destino nos Estados Unidos, cinco dias; e Europa, sete dias. A permanência máxima para as passagens para América do Sul e EUA é de dois meses e para Europa, três meses.

Entre os exemplos de tarifas promocionais, a TAM oferece São Paulo-Lima por US$ 99. Bilhetes para a rota São Paulo-Santiago serão vendidos a partir de US$ 199 e São Paulo-Nova York, US$ 799.

A emissão dos bilhetes deve ser feita obrigatoriamente no ato da reserva, obedecendo às regras estipuladas pela companhia. A compra está sujeita à disponibilidade de assentos nas classes tarifárias determinadas, trechos, horários e datas. A TAM afirmou que também há tarifas promocionais para a classe executiva.

Mais informações podem ser encontradas no site promocional (www.ofertastam.com.br), no site da empresa (www.tam.com.br) ou pelos telefones 4002-5700 ou 0800 5705700.

17:13
Anónimo disse...
Empresas
Consultoria negocia compra do parque temático Hopi Hari

A consultoria especializada em reestruturação de empresas Íntegra Associados informou nesta sexta-feira ter um acordo para comprar o parque de diversões Hopi Hari, localizado no interior de São Paulo. A empresa estaria disposta a investir R$ 10 milhões no parque, que tem dívida estimada em R$ 800 milhões. As informações são da edição deste sábado do jornal Folha de S. Paulo.

De acordo com o jornal, a transação ainda depende da negociação entre o Hopi Hari e seus credores, o que já estaria em andamento.

A consultoria paulista já atuou junto à Parmalat, durante 30 meses, quando reorganizou a gestão da empresa italiana.

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17:14
Anónimo disse...
Empresas
Disney de Tóquio contratará mais 2 mil apesar da crise


A Oriental Land, o operador da Disneylândia Tóquio e DisneySea, organizou neste domingo entrevistas para contratar cerca de 2 mil trabalhadores em tempo parcial, em um momento de grandes demissões deste tipo de empregados no Japão.

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O operador deste parque temático, situado em Urayasu, na província de Chiba (leste de Tóquio), está em pleno processo de seleção de empregados para 20 tipos de postos trabalhistas diferentes.

Segundo a companhia, citada pela agência local de notícias Kyodo, o parque contratará novos trabalhadores para as atrações, para os restaurantes e guardas de segurança entre outros. Os novos contratados começarão a trabalhar a partir de fevereiro.

O processo de seleção acontece em um momento em que a maioria das grandes companhias japonesas começaram a se ver obrigadas a despedir uma elevada percentagem de seus trabalhadores temporários e a tempo parcial.

Algumas inclusive anunciaram demissões de seus trabalhadores fixos, uma medida muito pouco comum nas companhias japonesas, perante os efeitos piores que o esperado pela crise econômica global.

Cerca de uma centena de pessoas esperavam desde a primeira hora desta manhã a abertura do centro de conferências Tokyo International Forum, onde as entrevistas estão sendo feitas, para ser os primeiros a solicitar os postos de trabalho.


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17:15
Anónimo disse...
Economia Internacional
Senado dos EUA aprova plano de estímulo à economia

O Senado dos Estados Unidos aprovou com 60 votos a favor e 38 contra o plano de estímulo à economia de US$ 787 bilhões na madrugada deste sábado. Agora, ele segue para sanção ou veto do presidente Barack Obama, que espera colocar a lei em prática até o dia 16 de fevereiro.

O plano prevê a criação de três milhões de empregos, inclui cortes de impostos às famílias, fundos para programas sociais e obras públicas, além de ajuda aos governos estaduais, estudantes e desempregados.

A cláusula Buy American - que exige o uso de ferro, aço e produtos manufaturados dos Estados Unidos em obras realizadas com recursos do pacote - ficou de lado. Segundo o texto definitivo, a cláusula será aplicada sem violar as normas do comércio internacional.

Ontem à tarde, a Câmara de Representantes (deputados) havia aprovado, por 246 votos a favor e 183 contra, a versão final do plano. Todos os republicanos foram contrários ao pacote.

Pelo acordo de quarta-feira entre Câmara e Senado, em vez de custar US$ 819 bilhões, como queriam os deputados, ou US$ 838 bilhões como pretendiam os senadores, o pacote ficou em cerca de US$ 787 bilhões, com 65% desse total destinado a gastos do governo federal e 35%, a créditos tributários.

17:16
Anónimo disse...
Economia nacional
Na era Lula, aposentadoria sobe 54% menos que salário mínimo

Thatiane Faria
Especial para o Terra
Direto de São Paulo

Os índices de reajustes concedidos pelo governo em 2009 para aposentados e pensionistas e para o salário mínimo repetiram uma diferença que, só durante o governo de Luiz Inácio Lula da Silva, já chega a 54%. Enquanto o mínimo foi majorado em 12% este ano, as pensões e aposentadorias tiveram aumento de 5,92%. Aposentados que têm o benefício do governo como única fonte de renda reclamam que perdem poder de compra e que sua cesta de compras é composta por itens que aumentam mais em relação à inflação oficial.

Um exemplo prático pode ser entendido a partir da comparação entre um aposentado que ganhava R$ 600 em janeiro de 2003. Na época, o benefício era três vezes, ou 200%, maior que o valor do mínimo em vigência, que era de R$ 200. Aplicando-se os índices de reajuste para aposentadorias e para o mínimo durante os últimos seis anos, o mesmo aposentado estaria recebendo hoje R$ 938,47, comparado a um salário mínimo de R$ 465. A diferença entre os dois valores caiu para pouco mais de 100%.

Enquanto o índice acumulado de reajuste para a aposentadoria durante o governo Lula foi de 60%, para o salário mínimo está em 132%.

O diretor do Sindicato Nacional dos Aposentados, João Inocentini, reclama que os valores dos benefícios para aposentadorias não mantêm o poder de compra do grupo, principalmente dos aposentados que recebem menos que dez salários mínimos.

Nem mesmo o fato de o índice de reajuste das aposentadorias ter ficado acima da inflação acumulada no mesmo período (o IPCA entre janeiro de 2003 e janeiro de 2009 foi de 39,7%) serve de argumento, segundo os aposentados.

"Os idosos, principalmente, têm gastos além das contas gerais como gás, telefone e aluguel. Para eles o custo com remédios, e outros itens da área saúde costuma ser maior", afirmou Inocentini.

O presidente do sindicato afirmou que o grupo realiza um estudo com 100 itens de necessidade de um idoso para comparar o aumento dos produtos com o índice de reajuste do benefício recebido pelos aposentados.

"Daqui dois meses vamos abrir um processo na Justiça e levar essa pesquisa como prova. Segundo a lei, o governo é obrigado a manter o poder de compra com a aposentadoria", disse Inocentini.

Alternativas
O consultor financeiro Cláudio Boriola diz que os aposentados, especialmente nesse momento de crise econômica, devem evitar compras parceladas, pesquisar preços, negociar e fazer bom planejamento financeiro.

Segundo Boriola, alguns aposentados ganham um valor mensal muitas vezes insuficiente para o pagamento das contas e acabam pedindo crédito ou realizando pagamentos a prazo e são obrigados a pagar juros altos.

Na opinião do consultor, pagar uma previdência privada é uma alternativa indicada para quem ainda trabalha, considerando a característica de perda de poder de compra da aposentadoria.

"Na prática, infelizmente os valores encontram-se em um patamar que está deteriorando o poder de aquisição da população brasileira", completou Boriola.

De acordo com o diretor da Confederação Brasileira de Aposentados e Pensionistas (Cobap), Vicente Fernandes Barbosa, representantes dos aposentados tentarão um encontro com o presidente da Câmara, deputado Michel Temer (PMDB-SP), para discutir projetos que minimizem a perda dos aposentados

17:17
Anónimo disse...
Previdência
Previdência prorroga isenção de tarifas no benefício

O atual sistema de pagamento aos 26 milhões de aposentados e pensionistas do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) será mantido até o final deste ano. O acordo, que permite realizar a operação sem nenhum custo aos beneficiários, foi renovado nesta sexta-feira, entre o governo federal e 21 instituições financeiras.

Por meio desse acordo, vigente desde setembro de 2007, nem os segurados, nem os bancos e nem o governo arcam com o pagamento de tarifas, conforme explicou o ministro da Previdência Social, José Pimentel. A prorrogação vale até dezembro, data máxima para que a Previdência defina as regras para um novo contrato.

Ao assinar o termo de renovação, na sede da Federação Brasileira dos Bancos (Febraban), o ministro disse que a intenção do governo é mudar o atual modelo de gestão visando a reduzir os custos dessas operações em torno da folha mensal, que atinge R$ 15,8 bilhões. No entanto, qualquer alteração, conforme explicou, passará antes por audiências públicas a serem realizadas a partir do segundo semestre deste ano, atendendo a determinação do Tribunal de Contas da União (TCU).

De acordo com Pimentel, com um redesenho do mecanismo de repasse dos recursos aos bancos em torno da folha de pagamento dos segurados o que se busca é um aumento da participação de instituições financeiras. Ele informou que, desde 2007, cada benefício custa em média R$ 1,07 ao governo. "Quanto mais instituições financeiras estiverem prestando serviços à sociedade, maior é a competitividade, a agilidade no atendimento", justificou.

O ministro observou, ainda, que, para permitir uma redução para algo em torno de meia hora no tempo de atendimento para a concessão dos direitos previdenciários, o governo investiu R$ 280 milhões.

Questionado sobre o descontentamento dos segurados que ganham acima de um salário mínimo terem obtido apenas a correção com base na variação do Índice de Preços ao Consumidor (INPC) , ficando abaixo do reajuste dado a quem recebe apenas o mínimo, Pimentel argumentou que o governo seguiu o que determina a lei e descartou a possibilidade de uma revisão

17:17
Anónimo disse...
Empresas
Caterpillar oferece aposentadoria antecipada a 2 mil


A companhia americana Caterpillar ofereceu a cerca de dois mil funcionários incentivos para que se aposentem de forma voluntária antes do previsto, pela perspectiva de uma queda "significativa" da atividade industrial, informou nesta quarta-feira a empresa.

A iniciativa, destinada aos trabalhadores de diversas fábricas em Illinois, Colorado, Tennessee e Pensilvânia, se soma aos cortes de empregos anunciados em janeiro, explicou em comunicado de imprensa.

A empresa, a maior fabricante mundial de maquinaria pesada para a construção e a mineração, acrescentou que, "em função das condições de negócio, podem ser necessárias mais reduções de elenco voluntárias e involuntárias à medida que o ano avança".

O vice-presidente da companhia, Sid Banwart, explicou que a empresa prevê "demissões significativas em todas as regiões geográficas e na maioria dos setores devido às dificuldades da economia mundial".

17:18
Anónimo disse...
Comércio
Comércio exterior da OCDE caiu no 3º trimestre de 2008


As exportações e as importações dos países da Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Econômico (OCDE) caíram 1,6% e 0,2%, respectivamente, no terceiro trimestre de 2008, em relação aos três meses anteriores.

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Trata-se da primeira queda destas atividades desde o terceiro trimestre de 2006, segundo o último relatório trimestral sobre fluxos comerciais divulgado pela OCDE.

As exportações e as importações em dólares dos 30 Estados-membros caíram 15,6% e 17%, respectivamente, na comparação anualizada.

Por sua vez, o comércio dos sete países mais ricos do mundo (G7) teve um pequeno crescimento no terceiro trimestre de 2008 com uma queda das exportações de mercadorias de 0,2% em relação ao trimestre anterior e um aumento de 0,4% das importações.

Em termos anualizados, as importações do G7 caíram 1,4% entre julho e setembro do ano passado, seu primeiro retrocesso desde o terceiro trimestre de 2006, enquanto as exportações aumentaram 1,9%, seu crescimento mais baixo no mesmo tempo.

Por países, a Alemanha aumentou suas importações em 3,4% - valor mais alto do G7 -, enquanto suas exportações caíram 2,9% do segundo para o terceiro trimestre de 2008.

Pelo contrário, as exportações americanas aumentaram 1,8% entre julho e setembro de 2008, enquanto as importações caíram 0,7% em relação ao trimestre anterior. No Japão, tanto as importações quanto as exportações caíram em torno de 1% no mesmo período.

17:19
Anónimo disse...
Economia Nacional
Lula: juros de crédito consignado a aposentados são altos

Atualizada às 17h29

O presidente Luis Inácio Lula da Silva afirmou nesta terça-feira, em São Paulo, que está lutando para reduzir as taxas de juros cobradas de aposentados em crédito consignado. A Previdência Social estabelece uma taxa máxima de 2,5% para empréstimo e de 3,5% para cartão. Para Lula, os valores são altos.

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"Acho que o juro que os aposentados estão pagando hoje com o crédito consignado é alto para o padrão brasileiro", disse o presidente durante a cerimônia de comemoração dos 86 anos do INSS.

A Previdência anunciou nesta terça-feira que aposentados e trabalhadoras com licença-maternidade poderão receber seus benefícios em 30 minutos. De acordo com Lula, em junho, a aposentadoria do trabalhador rural também será conseguida em meia hora.

Além disso, o presidente anunciou que, também em junho, os trabalhadores que alcançarem o direito à aposentadoria passarão a receber em suas casas um comunicado da Previdência informando o fato e o valor do salário que têm direito a receber. "É um comprometimento público que estou fazendo com os companheiros da Previdência Social", disse.

"Estamos retribuindo ao contribuinte da Previdência Social aquilo que é a cidadania que ele tem direito", afirmou Lula. "Se para cobrar nós somos tão precisos, para devolver o dinheiro, temos que chegar próximo à perfeição", completou.

17:20
Anónimo disse...
Economia Nacional
Salário maternidade sairá em 30 minutos, diz ministro

Toda trabalhadora autônoma que tiver contribuído pelo menos 10 meses com o Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) - ou as que possuírem carteira assinada - poderão receber em 30 minutos o salário maternidade a partir desta terça-feira. Da mesma forma, as mulheres com 30 anos de contribuição e os homens com 35 anos também terão direito ao benefício de forma mais rápida. A informação é do ministro da Previdência Social, José Pimentel.

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Para requerer o salário maternidade, é preciso que as autônomas levem a carteira de identidade e o carnê de contribuição. As demais trabalhadoras devem apresentar a identificação e a carteira de trabalho. Desde o início do mês, a nova forma de análise para a concessão de benefícios foi adotada para a aposentadoria por idade do trabalhador urbano e agora foi estendida para o salário maternidade e por tempo de contribuição.

O ministro disse que a qualificação do serviço da previdência social é o reconhecimento do direito dos trabalhadores e da afirmação da cidadania.

"Até pouco tempo na cabeça do cidadão o serviço devia ser de péssima qualidade. Agora não, nós modificamos toda a legislação no mês de dezembro numa ação conjunta do Congresso Nacional com o governo federal. Estamos implantando e concedendo os benefícios em até 30 minutos", afirmou.

O ministro destacou que para conseguir se aposentar ou ter acesso à licença maternidade em 30 minutos, em primeiro lugar, é necessário que o cidadão esteja vinculado à Previdência, o que inclui 65% da população acima de 16 anos de idade.

"Depois bastar marcar pelo sistema 135 o dia e a hora do atendimento e levar a documentação. Se todos os dados necessários estiverem corretos o contribuinte será atendido em até 30 minutos, como vem sendo feito com as aposentadorias por idade desde o dia cinco de janeiro", explicou.

Pimentel disse ainda que em 90% das agências da previdência social o atendimento é marcado em até 48 horas. Nos grandes centros, entretanto existe um volume maior o que torna mais lento o processo.

"Estamos criando mais 715 agências até 2010, em todo o território nacional, para descentralizar o atendimento. Em 2008, atendemos 295 mil benefícios e aposentadorias por idade. Temos 4 mil pessoas por dia procurando e se aposentando por idade no território nacional. Este serviço será agilizado", concluiu.
17:27
Anónimo disse...
Giuseppe Englaro, pai de Eluana, a italiana que morreu na segunda-feira passada por desidratação, recusou uma grande soma de dinheiro de um conhecido fotógrafo italiano que queria retratar a filha em estado de coma, disse neste sábado o neurologista que atendia a mulher desde 1996, Carlo Defanti.

O neurologista, que participou hoje de uma conferência sobre eutanásia, disse que Englaro respeitou a vontade da filha, que, antes do acidente, tinha pedido que, se lhe ocorresse qualquer coisa irreversível, apresentasse sua imagem de quando estava em boas condições.

Antes de sofrer o acidente de trânsito, em 1992, Eluana viveu o coma de um amigo, Alessandro, o que causou forte impacto na italiana e a levou a fazer o pai prometer que não a deixasse viver em estado vegetativo, disse o próprio Giuseppe Englaro.

Defanti, que dissera que Eluana poderia viver de dez a 12 dias depois da suspensão da alimentação e da hidratação, disse que, como médico, tinha que reprovar esta afirmação.

"Não se pode sobreviver após três ou quatro dias sem líquido e, em particular, água em um corpo. Sabemos bem que, quando há um terremoto, após quatro dias é difícil encontrar sobreviventes".

Defanti ressaltou que Eluana "não falava, não se comunicava com o exterior" e que, após vários exames, "nos deparamos com uma moça que tinha perdido a consciência", porque estava com o córtex cerebral prejudicado.

Eluana foi enterrada na quinta-feira passada no túmulo da família na localidade de Paluzza, em Udine, após um funeral que não contou com a presença dos pais.

16:53
Anónimo disse...
Os bombeiros combatem neste sábado os incêndios na Austrália favorecidos pelo bom tempo, enquanto os deslocados encotram em seu retorno casas derruídas, carros queimados nas ruas e destruição.

Depois de sete dias desde que começaram os incêndios no Estado de Victoria, a lista de mortos chega a 181, os desaparecidos somam 50, os edifícios destruídos totalizam 1,834 mil e o terreno arrasado, principalmente florestas, ocupa uma área de 4,13 mil quilômetros quadrados.

As equipes de bombeiros, formadas por 4 mil profissionais de Victoria, de outras partes da Austrália e de países amigos, combateram hoje 12 focos fora de controle e nenhum representava uma ameaça direta para a população.

O subdiretor do Serviço de Bombeiros, Geoff Conway, disse que este tempo favorável, que se prolongará durante o domingo, permite consolidar as linhas de contenção e avançar na extinção das chamas.

Cinzas apareceram arrastadas por ventos do nordeste sobre Melbourne, onde habitam 3,8 milhões de pessoas, e as autoridades alertaram aos cidadãos do risco para a saúde de idosos, crianças e pessoas com problemas respiratórios.

O número de pessoas deslocadas - a Cruz Vermelha chegou a receber 7 mil - começou a cair com a abertura de algumas localidades atingidas.

Os incêndios, alguns criminosos, começaram em 7 de fevereiro, quando a região sul da Austrália estava há duas semanas sob uma onda de calor sem precedentes.

Na sexta-feira passada, a polícia acusou uma pessoa de ter provocado o incêndio que atingiu a localidade de Churchill e matou 21 pessoas.

16:55
Anónimo disse...
A primeira chuva em seis dias reduziu a ameaça de incêndios no Estado de Victoria, ao sul da Austrália. As autoridades, porém, advertiram que ainda existem 12 focos, mas que nenhum deles ameaça áreas povoadas.

Mais de quatro mil bombeiros, mil provenientes de outras partes do país e de outras nações, trabalham contra o fogo. Cerca de 600 veículos e 28 helicópteros e pequenos aviões estão sendo usados.


Eles conseguiram construir linhas de contenção para evitar os incêndios de Yarra e Maroondah se juntassem. Também foram controlados os incêndios abertos de Yea e Murrindindi, que ameaçavam as comunidades de Connellys Creek, Crystal Creek, Scrubby Creek e Native Dog Creek.

O número de mortos chegou a 181, mas as autoridades acreditam que as vítimas devem passar de 200, já que ainda há muitos desaparecidos.

16:55
Anónimo disse...
Aqui nesta coluna, na semana passada, tive a oportunidade de comentar sobre a recente visita do professor brasileiro Pedrinho Guareschi à Austrália. Não dei, porém, os fatos, pois semana passada o assunto era outro.

Hoje, porém, vamos a eles.

No último dia 4 de fevereiro, aconteceu o Seminário "Paulo Freire: Education and Liberation", organizado pelo centro de estudos latino-americanos da Universidade Nacional da Austrália, ou ANU, como é mais conhecida por aqui.

A ANU, para quem não sabe, está entre as 20 melhores universidades do mundo! E tem sede aqui em Camberra, capital da Austrália.

Na abertura do evento, o professor John Minns, diretor do centro latino-americano, ao dar boas-vindas ao público presente, lembrou ser aquele o primeiro seminário exclusivamente dedicado a Paulo Freire na Austrália.

Em seguida, convidou Pedrinho Guareschi, palestrante principal do Seminário, a fazer sua apresentação.

A plateia pode então conhecer, pelas palavras de Pedrinho, um pouco da obra e da vida de Freire, esse brasileiro de fé e valor, que sempre acreditou na educação, sobretudo dos menos favorecidos, analfabetos, como força libertadora.

Como não podia deixar de ser, os conceitos e ideias revolucionários de Paulo Freire, expostos com clareza por Pedrinho, despertaram o interesse e a curiosidade de plateia. A qual, deve-se notar, era na maioria de estudantes, mas de várias nacionalidades, sobretudo australianos e asiáticos.

Na continuação do programa do seminário, que se estendeu por dois dias, outros professores fizeram palestras sobre temas ligados à obra de Paulo Freire.

Interessante, por exemplo, saber que a professora Anne Hickling-Hudson, jamaicana que mora na Austrália há muitos anos (é professora da ANU), conheceu e trabalhou com Freire num workshop educacional durante a revolução na Ilha de Granada, em 1980, antes da invasão dos Estados Unidos...

Ou, então, a palestra da Professora Gerda Roelvink, da Nova Zelândia, que participou do Fórum Social de Porto Alegre em 2005. E essa participação transformou-se em tema de doutorado.

No dia 10, terça-feira passada, o padre Pedrinho Guareschi voltou a falar ao público australiano em grande auditório localizado no belíssimo campus da ANU. Desta vez, sobre a Teologia da Libertação.

Depois da palestra, John Minns mostrou o filme mexicano "O Crime do Padre Amaro", no qual um dos personagens é um padre católico praticante da Teologia da Libertação.

Mais uma vez, foi grande o intersse da platéia, que pode aprender e conhecer um pouco como se desenvolveu aquele importante movimento católico na América Latina.

Fica, assim, ao Pedrinho, bem como a outros brasileiros estudiosos e de bom coração que saem pelo mundo a divulgar aspectos importantes da cultura brasileira, o respeito e a homenagem desta coluna. E... aquele abraço!

16:57
Anónimo disse...
Amanda Kitts perdeu o braço esquerdo em um acidente de automóvel acontecido três anos atrás, mas hoje em dia ela joga futebol americano com seu filho de 12 anos de idade, troca fraldas e abraça as crianças nas três creches Kiddie Cottage que opera em Knoxville, Tennessee. Kitts, 40 anos, faz tudo isso com a ajuda de um novo tipo de braço artificial que se movimenta com mais facilidade do que outros aparelhos e que ela pode controlar utilizando apenas seus pensamentos.

"Eu sou capaz de mexer a mão, o pulso e o cotovelo ao mesmo tempo", diz. "Você pensa e os músculos se movem em seguida".

A recuperação que ela conseguiu resulta de um novo procedimento que vem atraindo crescente atenção porque permite que pessoas movam braços protéticos de forma mais automática do que faziam no passado, simplesmente utilizando nervos reaproveitados em seus cérebros.

A técnica, conhecida como "renervação muscular dirigida", envolve utilizar os nervos que restam depois da amputação de um braço e conectá-los a outro músculo do corpo, em geral no peito. Eletrodos são instalados sobre os músculos do peito, e operam como se fossem antenas. Quando a pessoa deseja mover o braço, o cérebro envia sinais que primeiro resultam em contração dos músculos do peito, os quais enviam um sinal ao braço protético, instruindo-se a se movimentar. O processo não requer mais esforços consciente do que a pessoa teria de exercitar caso ainda tivesse seu braço natural.

Na terça-feira, pesquisadores reportaram em estudo publicado pela versão online do Journal of the American Medical Association que haviam levado a técnica ainda mais à frente, tornando possível a execução de 10 movimentos de mão, pulso e cotovelo diferentes, o que representa uma substancial melhora com relação ao típico repertório protético, que em geral envolve apenas dobrar o cotovelo, girar o pulso e abrir a mão.

"Os novos métodos tiveram impacto dramático em nosso campo de trabalho", disse Stuart Harshbarger, engenheiro biomédico na Universidade Johns Hopkins e diretor do programa de pesquisa sobre próteses, financiado pelas forças armadas, que inclui o trabalho com essa técnica. "O método já está em uso por médicos e cirurgiões comuns em todo o país. A capacidade de controlar um membro protético bastante robusto que ele confere surpreendeu a todos pela qualidade".

Tipicamente, uma pessoa que tenha um braço protético só é capaz de executar alguns poucos movimentos, e muitas vezes com tamanha lentidão que isso só permite a ela atividades limitadas.

Há um motor separado para cada movimento, diz Gerald Loeb, professor de engenharia biomédica na Universidade do Sul da Califórnia, "e esses motores precisam ser controlados de maneira explícita", usualmente por um esforço consciente da pessoa para contrair músculos nas costas ou no bíceps.

"Essencialmente, até agora os pacientes controlavam apenas um motor de cada vez", diz Loeb, "e precisavam pensar cuidadosamente sobre que motor desejavam controlar e como fazê-lo operar, em lugar de simplesmente pensarem em mover o braço e poderem fazê-lo sem delongas".

Antes que Kitts passasse pelo procedimento de renervação, em outubro de 2007, por exemplo, ela precisava movimentar os músculos de suas costas de determinada maneira para fazer com que seu pulso girasse, e flexionar seu bíceps e tríceps para fazer com que o cotovelo se movesse para cima e para baixo. "Era muito trabalho", ela conta. "E não me ajudava muito".

O procedimento de renervação é parte de uma recente explosão de idéias novas e técnicas inovadoras que estão sendo exploradas enquanto os cientistas se esforçam por ajudar as pessoas a compensar melhor a perda de membros ou problemas de paralisia. O esforço vem sendo alimentado pelo aumento no número de amputações causado por diabetes e por ferimentos sofridos pelos militares, e ao mesmo tempo pelos avanços na tecnologia médica.

Os braços se tornaram um dos focos essenciais desse tipo de trabalho. A ciência há muito vem obtendo sucessos no desenvolvimento de próteses de perna, mas é muito mais difícil imitar a complexidade e a destreza das mãos e dos braços.

Os esforços em curso incluem o desenvolvimento de projetos de pele e braços mais sensíveis e mais flexíveis, e o uso de dispositivos acionados por controles sem fio implantado nos braços protéticos, que permitiriam movimentos mais naturais.

Os pesquisadores também vêm usando sensores implantados nos cérebros de cobaias para permitir que dois macacos controlem um braço mecânico, e um teste com um homem paralítico permitiu, com esse método, que ele movimentasse um cursor em uma tela de computador.

Alguns desses métodos, caso venham a ser aperfeiçoados plenamente e consigam aprovação das autoridades regulatórias da saúde, podem no futuro se tornar mais viáveis para os pacientes de amputações.

E embora a técnica da renervação não requeira aprovação das autoridades regulatórias porque é executada por meios cirúrgicos e emprega aparelhos já existentes, ela apresenta limitações que até mesmo seus criadores reconhecem, entre as quais o fato de que não se pode utilizá-la para todos os pacientes, o seu alto custo e o prazo de meses requerido para que os nervos reconectados cresçam e se tornem efetivos.

Ainda assim, os especialistas dizem que é o mais avançado sistema em uso hoje para pacientes reais que permite que o sistema nervoso controle diretamente o movimento de um braço artificial.

Desde sua introdução por Todd Kuiken, médico fisioterapeuta e engenheiro biomédico do Instituto de Reabilitação de Chicago, o método foi empregado em cerca de 30 pacientes nos Estados Unidos, Canadá e Europa, entre os quais oito soldados feridos no Iraque e no Afeganistão.

Muitos dos pacientes, entre os quais o primeiro, Jesse Sullivan, um operário do setor elétrico no Tennessee que perdeu os dois braços quando foi eletrocutado por um cabo, conseguem não apenas manipular seus braços protéticos mas sentir a presença das mãos que já não têm quando alguém toca em seus peitos.

Sullivan, 62 anos, e Kitts, estavam entre os cinco pacientes que participaram do estudo reportado na terça-feira. Em companhia de cinco outras pessoas que não passaram por amputações, eles receberam os eletrodos e foram instruídos a usar pensamentos para fazer com que um braço virtual na tela reproduzisse 10 movimentos diferentes, entre os quais três formas diferentes de aperto de mão.

Os pacientes apresentaram desempenho bastante respeitável, apenas um pouco mais lento e menos preciso do que os dos participantes que não tinham amputações.

"As velocidades de movimento que encontramos em nossos pacientes foram realmente encorajadoras", disse Kuiken. "Eles conseguiram completar a tarefa. É claro que não foram tão competentes quanto as pessoas dotadas de plena capacidade física, mas foram bons o bastante".

Um braço virtual foi usado porque a maioria das próteses existentes não era capaz de acomodar todos aqueles movimentos, no momento da pesquisa, ainda que Sullivan, Kitts e uma terceira paciente, Claudia Mitchell, tenham experimentado dois novos protótipos mais versáteis de braços artificiais, executando tarefas complexas com bolas de tênis e outros objetos.

O trabalho de renervação em soldados apresenta outros desafios, diz Kuiken, porque os ferimentos militares muitas vezes "causam danos muitos extensos" a nervos, músculos ou ossos.

Daniel Acosta, 25 anos, um aviador ferido pela detonação de uma bomba em uma estrada do Iraque em 2005, passou pelo procedimento no ano passado e diz que seu braço esquerdo protético agora se movimenta "muito mais rápido" e de maneira muito mais natural.

"A diferença é que agora não preciso mais pensar para mover o braço", ele diz. "Ele simplesmente se mexe".

Ainda assim, Acosta, de San Antonio, diz que "o processo foi bastante longo" e que os eletrodos precisam ser ajustados para receber os sinais à medida que os nervos crescem ou mudam de posição.

E embora elogiem o método, os especialistas afirmam que a ciência das próteses de braço ainda tem muito por avançar.

"Trata-se de uma parte crucial, mas ainda assim apenas uma parte, das muitas coisas que compreendem a função normal de um braço", disse Loeb, que escreveu um editorial que acompanha o artigo no Journal of the American Medical Association.

"No momento estamos a meio do caminho entre o braço de 'Dr. Fantástico', que fazia involuntariamente a saudação nazista, e o braço de Luke Skywalker em 'Guerra nas Estrelas', que funciona sem nenhum problema assim que é conectado. Creio que precisaremos ainda de muitos anos para conectar todas as peças necessárias a produzir um braço capaz de funcionar normalmente".

17:04
Anónimo disse...
A Espanha disse neste sábado que está preparando uma reclamação oficial contra a decisão da Venezuela de expulsar um membro do Parlamento Europeu que criticou o conselho eleitoral venezuelano.
Luis Herrero, membro do partido conservador espanhol PP, foi deportado na sexta-feira depois que o Conselho Nacional Eleitoral (CNE) o acusou de questionar a imparcialidade da instituição antes de um referendo que pode permitir ao presidente Hugo Chávez permanecer no cargo indefinidamente.

Herrero estava na Venezuela como observador do referendo. Ele acusou Chávez de ter "comportamentos típicos de um ditador" por pedir a contenção de manifestações da oposição.

O governo da Espanha convocou um encontro com o embaixador da Venezuela em Madri para expressar a desaprovação sobre a expulsão de Herrero, disse um representante do Ministério das Relações Exteriores espanhol.

As relações da Venezuela com a Espanha tiveram seu ponto crítico em 2007, quando Chávez ameaçou rever acordos diplomáticos e comerciais depois de ouvir um "cala a boca" do rei espanhol Juan Carlos durante uma cúpula.

A fenda foi oficialmente reparada em 2008, com uma visita oficial de Chávez à Espanha, onde ele cumprimentou o rei e discutiu acordos para investimento no setor petroquímico com o primeiro-ministro José Luis Rodriguez Zapatero.

17:06
Anónimo disse...
A polícia do Zimbábue anunciou neste sábado que acusa de traição Roy Bennett, dirigente do até agora opositor Movimento para a Mudança Democrática (MDC), detido na sexta-feira, em Harare, poucas horas antes da cerimônia de posse dos membros do novo gabinete.

"A Polícia nos informou que vão apresentar acusações de traição", disse à agência EFE o advogado de defesa de Bennett, Trust Maanda.

"Tentam relacionar Roy com o caso de Mike Hitschmann, que foi detido em 2006 em relação à descoberta de um carregamento de armas, apesar de que Hitschmann não tenha sido declarado culpado das acusações de traição apresentadas contra ele, mas de um crime menor de descumprimento de leis", disse Maanda.

O político opositor, designado por seu partido como vice-ministro de Agricultura no Governo de união nacional, esteve no exílio na vizinha África do Sul desde 2006 e retornou ao Zimbábue há duas semanas.

Segundo a Polícia, que deteve Bennett ontem no aeroporto de Harare quando pretendia ir à África do Sul para visitar sua família, as armas apreendidas em 2006 seriam utilizadas em um golpe de Estado para derrubar o presidente do Zimbábue, Robert Mugabe.

Depois da detenção, Bennet foi levado a Mutar, onde vários simpatizantes do MDC se concentraram em frente à delegacia na qual estava detido, diante do que a Polícia respondeu com tiros para o alto para dispersar os manifestantes.

17:07
Anónimo disse...
Austrália: 14 mil se candidatam a 'emprego dos sonhos'

A secretaria de Turismo de Queensland, na Austrália, informou que até esta segunda-feira já recebeu cerca de 14 mil inscrições para o "o melhor emprego do mundo". O Estado australiano promove pela internet seleção para vaga de "zelador" da ilha Hamilton, por seis meses com um salário de R$ 40 mil.

Muitos candidatos tiveram problemas durante a inscrição por conta dos acessos simultâneos ao site. A secretaria aconselha enviar os vídeos de 60s explicando porque deve ser escolhido em horários alternativos do dia, além de recomendar tamanho em torno de 40MB.

As inscrições começaram em 12 de janeiro e vão até o próximo dia 22 e podem ser feitas pelo site www.islandreefjob.com. O governo australiano escolherá 50 candidatos para a próxima fase da seleção, que terá votos do público para eleger um dos 11 finalistas.

A última fase terá entrevistas e desafios físicos, no próprio local de trabalho: as ilhas da Grande Barreira Coralina - o maior recife de coral do mundo. A secretaria de Turismo anunciará o vencedor no dia 6 de maio.

17:09
Anónimo disse...
Mercado elogia governo na crise, mas pede maior queda no juro

Peter Fussy
Direto de São Paulo

Desde as primeiras medidas anunciadas para combater os efeitos da crise, o governo brasileiro avisou que a estratégia não contemplaria um pacote. Seriam doses pontuais, de acordo com a necessidade da economia diante do agravamento das turbulências. Da primeira liberação dos depósitos compulsórios em setembro até a ampliação do seguro-desemprego na última quarta-feira, o governo passou por redução de impostos, ampliação de crédito e incentivos à exportação. Quase 150 dias após a primeira medida, o Terra conversou com líderes do setor público e privado, representantes dos trabalhadores, acadêmicos e com o próprio governo para saber quais destas ações foram mais eficazes, quais foram mais ineficientes e o que mais pode ser feito pelo Estado brasileiro contra a crise.

Os maiores elogios foram direcionados à atitude de reduzir o Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) para a indústria automobilística, anunciada em dezembro e que fez com que os emplacamentos de carros novos subissem 1,9% no primeiro mês do ano em relação a dezembro de 2008. Já as maiores críticas foram para a lentidão no corte da taxa básica de juro do País.

Para o presidente do conselho administrativo do Grupo Pão de Açúcar, Abílio Diniz, o Estado não é responsável pela crise e mesmo assim está agindo "com extrema serenidade e muito acerto". "O governo está atento, fazendo a sua parte. É preciso coragem de baixar firmemente a taxa de juros. É uma arma que temos a nosso favor, já que não há clima para inflação, nem possibilidade de danos para a macroeconomia", afirmou Diniz.

Na última reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), em janeiro, a taxa Selic foi reduzida em um ponto percentual, de 13,75% para 12,75% ao ano. Porém, o professor de economia da Universidade de Brasília (UnB) José Luiz Oreiro lembra que este corte representa uma redução de apenas 0,25 ponto percentual com relação à taxa de setembro do ano passado, quando a crise se agravou.

"Pouco antes da eclosão da crise, o Banco Central aumentou a taxa em 0,75 ponto. Foram cinco meses de demora para reduzir em termos líquidos apenas 0,25 ponto", afirmou o economista, que também sugeriu redução do intervalo de cerca de 90 dias entre as reuniões do Copom e o corte de pelo menos um 1 ponto percentual em cada reunião.

Mesmo com o corte de janeiro, a taxa de juros real continua sendo a maior do mundo, lembrou o secretário-geral da Força Sindical, João Carlos Gonçalves, o Juruna. "A redução da taxa de juro ainda é pequena, porque ela continua uma das mais altas do mundo. Falta ousadia para baixar os juros e ajudar o cidadão. A permanência da taxa de juro alta é negativa para o País em meio a crise", afirmou Juruna.

Embora aprove as ações do governo, o senador Aloízio Mercadante (PT-SP) também acredita que o patamar da Selic está muito alto. "Sempre fomos os primeiros a entrar em qualquer crise, o que não aconteceu agora. A taxa Selic ainda é muito alta, mas o governo têm tomado medidas acertadas, como o aumento do salário mínimo, mesmo com um cenário de crise. Isso ajuda a movimentar o consumo. O governo está se esforçando para manter os investimentos e o crescimento", disse.

Tributos
De acordo com o economista Fabio Pina, da Fecomercio-SP, as ações mais positivas estão relacionadas à redução de tributos para alguns segmentos, como a indústria automobilística, que recuperou parte da queda nas vendas em janeiro com a isenção do IPI para carros 1.0 l e o corte para demais motorizações. A medida vale até o final de março.

"Essas medidas não só reduziram o preço, mas anteciparam o consumo daqueles que iriam comprar no futuro, dando um prêmio por conta da insegurança. Mexe diretamente com o principal problema que é a confiança do consumidor", afirmou. Juruna destacou que um bom ritmo de vendas é garantia de emprego. "É importante porque cada emprego na montadora significa 19 na cadeia produtiva", comentou o representante da Força Sindical.

Também em dezembro, o governo decidiu cortar pela metade a alíquota do Imposto de Renda para contribuintes que ganham entre R$ 1.434 e R$ 2.150 mensais. "O salário aumentava e a tabela não se modificava. As pessoas ganhavam mais e pagavam mais impostos", apontou Juruna. Outra redução de tributos do governo foi com relação ao Imposto sobre Operações Financeiras (IOF), que caiu de 3% ao ano para 1,5%.

Crédito
Na segunda metade de 2008, o colapso de bancos nos Estados Unidos por conta da crise do subprime provocou uma forte restrição de crédito no mundo inteiro. Uma das primeiras medidas anticrise do governo teve como objetivo restabelecer a oferta, com mudanças no recolhimento dos depósitos compulsórios por parte dos bancos. Segundo o presidente do Banco Central, Henrique Meirelles, as diversas modificações liberaram US$ 99,2 bilhões aos bancos até o final de janeiro.

Além disso, o governo concedeu R$ 36 bilhões das reservas internacionais para empresas brasileiras com dívidas no exterior e uma medida provisória autorizou o Banco do Brasil e a Caixa Econômica Federal a comprar carteiras de crédito de bancos privados. Para o diretor do Departamento de Pesquisas e Estudos Econômicos da Fiesp, Paulo Francini, estas medidas foram essenciais para combater os efeitos da crise.

"A crise se desenvolve no mundo em torno do tema crédito. E o crédito reduziu-se barbaridade no mundo. Então o governo lança mão de compulsório, lança mão de reservas, de medidas que permitem aos bancos comprar carteiras de bancos. Você vai tomando várias medidas para atender às demandas e o epicentro disso é crédito", afirmou.

No entanto, Oreiro, da UnB, adverte que a liberação dos compulsórios seria mais eficiente acompanhada de redução mais agressiva da taxa básica de juro. "Uma parte do crédito voltou, depois da forte retração em outubro e novembro. O que deveria ter sido feito junto à liberação do compulsório era uma redução mais drástica da taxa de juro. Sem isso, os bancos pegam as reservas e acabam comprando títulos públicos", explicou o economista.

Na opinião de Pina, as ações de distribuição de crédito via redução do compulsório e a disposição de capital de giro para empresas foram tomadas sem um cuidado maior na operação e não tiveram muito efeito. "O BNDES tem linhas que ficam paradas quase todo o ano, agora é pior ainda. Existem os recursos, mas as empresas e os bancos estão desconfiados. É preciso fazer com que os bancos tenham interesse em emprestar", afirmou o economista da Fecomercio-SP.

Futuro
Mesmo com todas essas medidas, a crise financeira ainda gera incertezas nos setores produtivos do País. Nos últimos meses, o medo do desemprego fez os consumidores adiarem compras. Por sua vez, a queda nas vendas pode obrigar as indústrias a cortarem a produção e demitir funcionários. Contra isso, empresários sugerem redução de jornada e de salários.

"Isto está previsto em lei. A Fiesp simplesmente manteve conversações com entidades sindicais quanto à aplicação daquilo que já está previsto em lei", afirmou Francini.

Segundo a ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff, uma das medidas que assegura um nível de emprego é a manutenção de investimentos no Programa de Aceleração do Crescimento (PAC). "Estamos esperando que a dificuldade ocorra em janeiro, fevereiro e março. Estamos certos que vamos manter o nível de investimento. É isso que funciona, é isso que significa investimento público. Ele funciona como um colchão. Por isso, nós colocamos R$ 100 bilhões no BNDES e a Petrobras ampliou o seu investimento em R$ 120 bilhões", afirmou.

Na mesma linha, Pina explica que a antecipação de gastos do governo substitui parte da demanda retraída do setor privado. "Ele dá o seguinte recado: não vou estourar as contas públicas, mas concentrar em um momento em que a demanda privada está pequena. Mas o governo não tem fôlego suficiente para fazer o papel de toda demanda", ressaltou. O economista da Fecomercio lembrou que a entidade já pleiteou junto ao governo isenções para transferência de imóveis e de automóveis, além de retirar o IPVA para veículos novos.

Já Oreiro foca suas propostas na capitalização do Banco do Brasil e da Caixa Econômica Federal pelo Tesouro para atender a demanda de crédito para capital de giro e reduzir o spread. "Aumentando o empréstimo e reduzindo as taxas, os dois vão forçar os bancos privados a acompanhar o movimento, até para não perderem participação no mercado", explicou o economista da UnB.

Até o Carnaval, o governou prometeu detalhar um pacote de incentivos para a construção de até um milhão de casas populares, direcionado a famílias com renda de até dez salários mínimos. "Estamos atentos a tudo o que está acontecendo e novas medidas serão tomadas caso haja uma avaliação de que sejam necessárias", disse o ministro da Fazenda, Guido Mantega, na última sexta-feira.

17:11
Anónimo disse...
Ex-ministro critica extensão do seguro-desemprego

Atualizada às 09h03

O ex-ministro do Trabalho Almir Pazzianotto criticou a decisão do governo federal de conceder o seguro-desemprego estendido a apenas alguns setores. "É certamente odioso e provavelmente inconstitucional", disse Pazzianotto, de acordo com o jornal O Estado de S. Paulo.

Na última qurta, dia do anúncio da medida, centrais sindicais elogiaram a atitude do governo. A Força Sindical divulgou nota dizendo que "o aumento ajudará a aquecer parte da economia, já que irá gerar mais consumo, produção e conseqüentemente, a criação de novos postos de trabalho". A União Geral dos Trabalhadores (UGT) afirmou que a medida "contribuirá para minimizar o drama dos trabalhadores que perderem seu emprego por conta da crise".

O ex-ministro, que instituiu o seguro-desemprego no País no governo de José Sarney, destacou a necessidade de as centrais sindicais se manifestarem contra a determinação. Para ele, as mudanças devem ser aplicadas a todas as categorias profissionais e a distinção é contrária ao artigo 3º da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT).

Pazzianotto atribui a medida a um possível temor do governo de que a crise econômica seja longa e não haja dinheiro para atender a todas as necessidades. Ainda assim, ele se mostra contrário ao método de concessão. "O seguro-desemprego ajuda a sanar necessidades básicas. Estendê-lo é paliativo, não a solução", disse ao jornal.

De acordo com o presidente do Conselho Deliberativo do Fundo de Amparo ao Trabalhador (Codefat) e conselheiro da Força Sindical, Luiz Fernando Emediato, a determinação já estava prevista na lei 8.900/94, que trata do seguro-desemprego.

O presidente da Comissão de Trabalho da Câmara, Pedro Fernandes (PTB-MA) vai além na crítica à concessão do seguro para apenas alguns setores. Ele acredita que a ampliação do benefício estimula o desemprego.

Quintino Severo, secretário geral da Central Única dos Trabalhadores (CUT), lembra que a ampliação do benefício sem critério e identificação pode incentivar demissões em outros setores.

17:13
Anónimo disse...
Empresas
TAM faz promoção para destinos internacionais

A companhia aérea TAM anunciou nesta sexta-feira tarifas promocionais para trechos internacionais. Os preços valem para bilhetes comprados entre 6h deste sábado e 23h59 deste domingo e são válidos para classe econômica. As tarifas, para ida e volta, serão vendidas a partir de US$ 99, mais taxas.

Segundo a aérea, a promoção vale para viagens feitas no período de 14 de fevereiro a 18 de junho de 2009. Para destinos na América do Sul, a permanência mínima é de dois dias; para bilhetes com destino nos Estados Unidos, cinco dias; e Europa, sete dias. A permanência máxima para as passagens para América do Sul e EUA é de dois meses e para Europa, três meses.

Entre os exemplos de tarifas promocionais, a TAM oferece São Paulo-Lima por US$ 99. Bilhetes para a rota São Paulo-Santiago serão vendidos a partir de US$ 199 e São Paulo-Nova York, US$ 799.

A emissão dos bilhetes deve ser feita obrigatoriamente no ato da reserva, obedecendo às regras estipuladas pela companhia. A compra está sujeita à disponibilidade de assentos nas classes tarifárias determinadas, trechos, horários e datas. A TAM afirmou que também há tarifas promocionais para a classe executiva.

Mais informações podem ser encontradas no site promocional (www.ofertastam.com.br), no site da empresa (www.tam.com.br) ou pelos telefones 4002-5700 ou 0800 5705700.

Anónimo disse...

17:13
Anónimo disse...
Empresas
Consultoria negocia compra do parque temático Hopi Hari

A consultoria especializada em reestruturação de empresas Íntegra Associados informou nesta sexta-feira ter um acordo para comprar o parque de diversões Hopi Hari, localizado no interior de São Paulo. A empresa estaria disposta a investir R$ 10 milhões no parque, que tem dívida estimada em R$ 800 milhões. As informações são da edição deste sábado do jornal Folha de S. Paulo.

De acordo com o jornal, a transação ainda depende da negociação entre o Hopi Hari e seus credores, o que já estaria em andamento.

A consultoria paulista já atuou junto à Parmalat, durante 30 meses, quando reorganizou a gestão da empresa italiana.

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17:14
Anónimo disse...
Empresas
Disney de Tóquio contratará mais 2 mil apesar da crise


A Oriental Land, o operador da Disneylândia Tóquio e DisneySea, organizou neste domingo entrevistas para contratar cerca de 2 mil trabalhadores em tempo parcial, em um momento de grandes demissões deste tipo de empregados no Japão.

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O operador deste parque temático, situado em Urayasu, na província de Chiba (leste de Tóquio), está em pleno processo de seleção de empregados para 20 tipos de postos trabalhistas diferentes.

Segundo a companhia, citada pela agência local de notícias Kyodo, o parque contratará novos trabalhadores para as atrações, para os restaurantes e guardas de segurança entre outros. Os novos contratados começarão a trabalhar a partir de fevereiro.

O processo de seleção acontece em um momento em que a maioria das grandes companhias japonesas começaram a se ver obrigadas a despedir uma elevada percentagem de seus trabalhadores temporários e a tempo parcial.

Algumas inclusive anunciaram demissões de seus trabalhadores fixos, uma medida muito pouco comum nas companhias japonesas, perante os efeitos piores que o esperado pela crise econômica global.

Cerca de uma centena de pessoas esperavam desde a primeira hora desta manhã a abertura do centro de conferências Tokyo International Forum, onde as entrevistas estão sendo feitas, para ser os primeiros a solicitar os postos de trabalho.


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17:15
Anónimo disse...
Economia Internacional
Senado dos EUA aprova plano de estímulo à economia

O Senado dos Estados Unidos aprovou com 60 votos a favor e 38 contra o plano de estímulo à economia de US$ 787 bilhões na madrugada deste sábado. Agora, ele segue para sanção ou veto do presidente Barack Obama, que espera colocar a lei em prática até o dia 16 de fevereiro.

O plano prevê a criação de três milhões de empregos, inclui cortes de impostos às famílias, fundos para programas sociais e obras públicas, além de ajuda aos governos estaduais, estudantes e desempregados.

A cláusula Buy American - que exige o uso de ferro, aço e produtos manufaturados dos Estados Unidos em obras realizadas com recursos do pacote - ficou de lado. Segundo o texto definitivo, a cláusula será aplicada sem violar as normas do comércio internacional.

Ontem à tarde, a Câmara de Representantes (deputados) havia aprovado, por 246 votos a favor e 183 contra, a versão final do plano. Todos os republicanos foram contrários ao pacote.

Pelo acordo de quarta-feira entre Câmara e Senado, em vez de custar US$ 819 bilhões, como queriam os deputados, ou US$ 838 bilhões como pretendiam os senadores, o pacote ficou em cerca de US$ 787 bilhões, com 65% desse total destinado a gastos do governo federal e 35%, a créditos tributários.

17:16
Anónimo disse...
Economia nacional
Na era Lula, aposentadoria sobe 54% menos que salário mínimo

Thatiane Faria
Especial para o Terra
Direto de São Paulo

Os índices de reajustes concedidos pelo governo em 2009 para aposentados e pensionistas e para o salário mínimo repetiram uma diferença que, só durante o governo de Luiz Inácio Lula da Silva, já chega a 54%. Enquanto o mínimo foi majorado em 12% este ano, as pensões e aposentadorias tiveram aumento de 5,92%. Aposentados que têm o benefício do governo como única fonte de renda reclamam que perdem poder de compra e que sua cesta de compras é composta por itens que aumentam mais em relação à inflação oficial.

Um exemplo prático pode ser entendido a partir da comparação entre um aposentado que ganhava R$ 600 em janeiro de 2003. Na época, o benefício era três vezes, ou 200%, maior que o valor do mínimo em vigência, que era de R$ 200. Aplicando-se os índices de reajuste para aposentadorias e para o mínimo durante os últimos seis anos, o mesmo aposentado estaria recebendo hoje R$ 938,47, comparado a um salário mínimo de R$ 465. A diferença entre os dois valores caiu para pouco mais de 100%.

Enquanto o índice acumulado de reajuste para a aposentadoria durante o governo Lula foi de 60%, para o salário mínimo está em 132%.

O diretor do Sindicato Nacional dos Aposentados, João Inocentini, reclama que os valores dos benefícios para aposentadorias não mantêm o poder de compra do grupo, principalmente dos aposentados que recebem menos que dez salários mínimos.

Nem mesmo o fato de o índice de reajuste das aposentadorias ter ficado acima da inflação acumulada no mesmo período (o IPCA entre janeiro de 2003 e janeiro de 2009 foi de 39,7%) serve de argumento, segundo os aposentados.

"Os idosos, principalmente, têm gastos além das contas gerais como gás, telefone e aluguel. Para eles o custo com remédios, e outros itens da área saúde costuma ser maior", afirmou Inocentini.

O presidente do sindicato afirmou que o grupo realiza um estudo com 100 itens de necessidade de um idoso para comparar o aumento dos produtos com o índice de reajuste do benefício recebido pelos aposentados.

"Daqui dois meses vamos abrir um processo na Justiça e levar essa pesquisa como prova. Segundo a lei, o governo é obrigado a manter o poder de compra com a aposentadoria", disse Inocentini.

Alternativas
O consultor financeiro Cláudio Boriola diz que os aposentados, especialmente nesse momento de crise econômica, devem evitar compras parceladas, pesquisar preços, negociar e fazer bom planejamento financeiro.

Segundo Boriola, alguns aposentados ganham um valor mensal muitas vezes insuficiente para o pagamento das contas e acabam pedindo crédito ou realizando pagamentos a prazo e são obrigados a pagar juros altos.

Na opinião do consultor, pagar uma previdência privada é uma alternativa indicada para quem ainda trabalha, considerando a característica de perda de poder de compra da aposentadoria.

"Na prática, infelizmente os valores encontram-se em um patamar que está deteriorando o poder de aquisição da população brasileira", completou Boriola.

De acordo com o diretor da Confederação Brasileira de Aposentados e Pensionistas (Cobap), Vicente Fernandes Barbosa, representantes dos aposentados tentarão um encontro com o presidente da Câmara, deputado Michel Temer (PMDB-SP), para discutir projetos que minimizem a perda dos aposentados

17:17
Anónimo disse...
Previdência
Previdência prorroga isenção de tarifas no benefício

O atual sistema de pagamento aos 26 milhões de aposentados e pensionistas do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) será mantido até o final deste ano. O acordo, que permite realizar a operação sem nenhum custo aos beneficiários, foi renovado nesta sexta-feira, entre o governo federal e 21 instituições financeiras.

Por meio desse acordo, vigente desde setembro de 2007, nem os segurados, nem os bancos e nem o governo arcam com o pagamento de tarifas, conforme explicou o ministro da Previdência Social, José Pimentel. A prorrogação vale até dezembro, data máxima para que a Previdência defina as regras para um novo contrato.

Ao assinar o termo de renovação, na sede da Federação Brasileira dos Bancos (Febraban), o ministro disse que a intenção do governo é mudar o atual modelo de gestão visando a reduzir os custos dessas operações em torno da folha mensal, que atinge R$ 15,8 bilhões. No entanto, qualquer alteração, conforme explicou, passará antes por audiências públicas a serem realizadas a partir do segundo semestre deste ano, atendendo a determinação do Tribunal de Contas da União (TCU).

De acordo com Pimentel, com um redesenho do mecanismo de repasse dos recursos aos bancos em torno da folha de pagamento dos segurados o que se busca é um aumento da participação de instituições financeiras. Ele informou que, desde 2007, cada benefício custa em média R$ 1,07 ao governo. "Quanto mais instituições financeiras estiverem prestando serviços à sociedade, maior é a competitividade, a agilidade no atendimento", justificou.

O ministro observou, ainda, que, para permitir uma redução para algo em torno de meia hora no tempo de atendimento para a concessão dos direitos previdenciários, o governo investiu R$ 280 milhões.

Questionado sobre o descontentamento dos segurados que ganham acima de um salário mínimo terem obtido apenas a correção com base na variação do Índice de Preços ao Consumidor (INPC) , ficando abaixo do reajuste dado a quem recebe apenas o mínimo, Pimentel argumentou que o governo seguiu o que determina a lei e descartou a possibilidade de uma revisão

17:17
Anónimo disse...
Empresas
Caterpillar oferece aposentadoria antecipada a 2 mil


A companhia americana Caterpillar ofereceu a cerca de dois mil funcionários incentivos para que se aposentem de forma voluntária antes do previsto, pela perspectiva de uma queda "significativa" da atividade industrial, informou nesta quarta-feira a empresa.

A iniciativa, destinada aos trabalhadores de diversas fábricas em Illinois, Colorado, Tennessee e Pensilvânia, se soma aos cortes de empregos anunciados em janeiro, explicou em comunicado de imprensa.

A empresa, a maior fabricante mundial de maquinaria pesada para a construção e a mineração, acrescentou que, "em função das condições de negócio, podem ser necessárias mais reduções de elenco voluntárias e involuntárias à medida que o ano avança".

O vice-presidente da companhia, Sid Banwart, explicou que a empresa prevê "demissões significativas em todas as regiões geográficas e na maioria dos setores devido às dificuldades da economia mundial".

17:18
Anónimo disse...
Comércio
Comércio exterior da OCDE caiu no 3º trimestre de 2008


As exportações e as importações dos países da Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Econômico (OCDE) caíram 1,6% e 0,2%, respectivamente, no terceiro trimestre de 2008, em relação aos três meses anteriores.

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Trata-se da primeira queda destas atividades desde o terceiro trimestre de 2006, segundo o último relatório trimestral sobre fluxos comerciais divulgado pela OCDE.

As exportações e as importações em dólares dos 30 Estados-membros caíram 15,6% e 17%, respectivamente, na comparação anualizada.

Por sua vez, o comércio dos sete países mais ricos do mundo (G7) teve um pequeno crescimento no terceiro trimestre de 2008 com uma queda das exportações de mercadorias de 0,2% em relação ao trimestre anterior e um aumento de 0,4% das importações.

Em termos anualizados, as importações do G7 caíram 1,4% entre julho e setembro do ano passado, seu primeiro retrocesso desde o terceiro trimestre de 2006, enquanto as exportações aumentaram 1,9%, seu crescimento mais baixo no mesmo tempo.

Por países, a Alemanha aumentou suas importações em 3,4% - valor mais alto do G7 -, enquanto suas exportações caíram 2,9% do segundo para o terceiro trimestre de 2008.

Pelo contrário, as exportações americanas aumentaram 1,8% entre julho e setembro de 2008, enquanto as importações caíram 0,7% em relação ao trimestre anterior. No Japão, tanto as importações quanto as exportações caíram em torno de 1% no mesmo período.

17:19
Anónimo disse...
Economia Nacional
Lula: juros de crédito consignado a aposentados são altos

Atualizada às 17h29

O presidente Luis Inácio Lula da Silva afirmou nesta terça-feira, em São Paulo, que está lutando para reduzir as taxas de juros cobradas de aposentados em crédito consignado. A Previdência Social estabelece uma taxa máxima de 2,5% para empréstimo e de 3,5% para cartão. Para Lula, os valores são altos.

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"Acho que o juro que os aposentados estão pagando hoje com o crédito consignado é alto para o padrão brasileiro", disse o presidente durante a cerimônia de comemoração dos 86 anos do INSS.

A Previdência anunciou nesta terça-feira que aposentados e trabalhadoras com licença-maternidade poderão receber seus benefícios em 30 minutos. De acordo com Lula, em junho, a aposentadoria do trabalhador rural também será conseguida em meia hora.

Além disso, o presidente anunciou que, também em junho, os trabalhadores que alcançarem o direito à aposentadoria passarão a receber em suas casas um comunicado da Previdência informando o fato e o valor do salário que têm direito a receber. "É um comprometimento público que estou fazendo com os companheiros da Previdência Social", disse.

"Estamos retribuindo ao contribuinte da Previdência Social aquilo que é a cidadania que ele tem direito", afirmou Lula. "Se para cobrar nós somos tão precisos, para devolver o dinheiro, temos que chegar próximo à perfeição", completou.

17:20
Anónimo disse...
Economia Nacional
Salário maternidade sairá em 30 minutos, diz ministro

Toda trabalhadora autônoma que tiver contribuído pelo menos 10 meses com o Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) - ou as que possuírem carteira assinada - poderão receber em 30 minutos o salário maternidade a partir desta terça-feira. Da mesma forma, as mulheres com 30 anos de contribuição e os homens com 35 anos também terão direito ao benefício de forma mais rápida. A informação é do ministro da Previdência Social, José Pimentel.

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Para requerer o salário maternidade, é preciso que as autônomas levem a carteira de identidade e o carnê de contribuição. As demais trabalhadoras devem apresentar a identificação e a carteira de trabalho. Desde o início do mês, a nova forma de análise para a concessão de benefícios foi adotada para a aposentadoria por idade do trabalhador urbano e agora foi estendida para o salário maternidade e por tempo de contribuição.

O ministro disse que a qualificação do serviço da previdência social é o reconhecimento do direito dos trabalhadores e da afirmação da cidadania.

"Até pouco tempo na cabeça do cidadão o serviço devia ser de péssima qualidade. Agora não, nós modificamos toda a legislação no mês de dezembro numa ação conjunta do Congresso Nacional com o governo federal. Estamos implantando e concedendo os benefícios em até 30 minutos", afirmou.

O ministro destacou que para conseguir se aposentar ou ter acesso à licença maternidade em 30 minutos, em primeiro lugar, é necessário que o cidadão esteja vinculado à Previdência, o que inclui 65% da população acima de 16 anos de idade.

"Depois bastar marcar pelo sistema 135 o dia e a hora do atendimento e levar a documentação. Se todos os dados necessários estiverem corretos o contribuinte será atendido em até 30 minutos, como vem sendo feito com as aposentadorias por idade desde o dia cinco de janeiro", explicou.

Pimentel disse ainda que em 90% das agências da previdência social o atendimento é marcado em até 48 horas. Nos grandes centros, entretanto existe um volume maior o que torna mais lento o processo.

"Estamos criando mais 715 agências até 2010, em todo o território nacional, para descentralizar o atendimento. Em 2008, atendemos 295 mil benefícios e aposentadorias por idade. Temos 4 mil pessoas por dia procurando e se aposentando por idade no território nacional. Este serviço será agilizado", concluiu.
17:28
Anónimo disse...
Giuseppe Englaro, pai de Eluana, a italiana que morreu na segunda-feira passada por desidratação, recusou uma grande soma de dinheiro de um conhecido fotógrafo italiano que queria retratar a filha em estado de coma, disse neste sábado o neurologista que atendia a mulher desde 1996, Carlo Defanti.

O neurologista, que participou hoje de uma conferência sobre eutanásia, disse que Englaro respeitou a vontade da filha, que, antes do acidente, tinha pedido que, se lhe ocorresse qualquer coisa irreversível, apresentasse sua imagem de quando estava em boas condições.

Antes de sofrer o acidente de trânsito, em 1992, Eluana viveu o coma de um amigo, Alessandro, o que causou forte impacto na italiana e a levou a fazer o pai prometer que não a deixasse viver em estado vegetativo, disse o próprio Giuseppe Englaro.

Defanti, que dissera que Eluana poderia viver de dez a 12 dias depois da suspensão da alimentação e da hidratação, disse que, como médico, tinha que reprovar esta afirmação.

"Não se pode sobreviver após três ou quatro dias sem líquido e, em particular, água em um corpo. Sabemos bem que, quando há um terremoto, após quatro dias é difícil encontrar sobreviventes".

Defanti ressaltou que Eluana "não falava, não se comunicava com o exterior" e que, após vários exames, "nos deparamos com uma moça que tinha perdido a consciência", porque estava com o córtex cerebral prejudicado.

Eluana foi enterrada na quinta-feira passada no túmulo da família na localidade de Paluzza, em Udine, após um funeral que não contou com a presença dos pais.

16:53
Anónimo disse...
Os bombeiros combatem neste sábado os incêndios na Austrália favorecidos pelo bom tempo, enquanto os deslocados encotram em seu retorno casas derruídas, carros queimados nas ruas e destruição.

Depois de sete dias desde que começaram os incêndios no Estado de Victoria, a lista de mortos chega a 181, os desaparecidos somam 50, os edifícios destruídos totalizam 1,834 mil e o terreno arrasado, principalmente florestas, ocupa uma área de 4,13 mil quilômetros quadrados.

As equipes de bombeiros, formadas por 4 mil profissionais de Victoria, de outras partes da Austrália e de países amigos, combateram hoje 12 focos fora de controle e nenhum representava uma ameaça direta para a população.

O subdiretor do Serviço de Bombeiros, Geoff Conway, disse que este tempo favorável, que se prolongará durante o domingo, permite consolidar as linhas de contenção e avançar na extinção das chamas.

Cinzas apareceram arrastadas por ventos do nordeste sobre Melbourne, onde habitam 3,8 milhões de pessoas, e as autoridades alertaram aos cidadãos do risco para a saúde de idosos, crianças e pessoas com problemas respiratórios.

O número de pessoas deslocadas - a Cruz Vermelha chegou a receber 7 mil - começou a cair com a abertura de algumas localidades atingidas.

Os incêndios, alguns criminosos, começaram em 7 de fevereiro, quando a região sul da Austrália estava há duas semanas sob uma onda de calor sem precedentes.

Na sexta-feira passada, a polícia acusou uma pessoa de ter provocado o incêndio que atingiu a localidade de Churchill e matou 21 pessoas.

16:55
Anónimo disse...
A primeira chuva em seis dias reduziu a ameaça de incêndios no Estado de Victoria, ao sul da Austrália. As autoridades, porém, advertiram que ainda existem 12 focos, mas que nenhum deles ameaça áreas povoadas.

Mais de quatro mil bombeiros, mil provenientes de outras partes do país e de outras nações, trabalham contra o fogo. Cerca de 600 veículos e 28 helicópteros e pequenos aviões estão sendo usados.


Eles conseguiram construir linhas de contenção para evitar os incêndios de Yarra e Maroondah se juntassem. Também foram controlados os incêndios abertos de Yea e Murrindindi, que ameaçavam as comunidades de Connellys Creek, Crystal Creek, Scrubby Creek e Native Dog Creek.

O número de mortos chegou a 181, mas as autoridades acreditam que as vítimas devem passar de 200, já que ainda há muitos desaparecidos.

16:55
Anónimo disse...
Aqui nesta coluna, na semana passada, tive a oportunidade de comentar sobre a recente visita do professor brasileiro Pedrinho Guareschi à Austrália. Não dei, porém, os fatos, pois semana passada o assunto era outro.

Hoje, porém, vamos a eles.

No último dia 4 de fevereiro, aconteceu o Seminário "Paulo Freire: Education and Liberation", organizado pelo centro de estudos latino-americanos da Universidade Nacional da Austrália, ou ANU, como é mais conhecida por aqui.

A ANU, para quem não sabe, está entre as 20 melhores universidades do mundo! E tem sede aqui em Camberra, capital da Austrália.

Na abertura do evento, o professor John Minns, diretor do centro latino-americano, ao dar boas-vindas ao público presente, lembrou ser aquele o primeiro seminário exclusivamente dedicado a Paulo Freire na Austrália.

Em seguida, convidou Pedrinho Guareschi, palestrante principal do Seminário, a fazer sua apresentação.

A plateia pode então conhecer, pelas palavras de Pedrinho, um pouco da obra e da vida de Freire, esse brasileiro de fé e valor, que sempre acreditou na educação, sobretudo dos menos favorecidos, analfabetos, como força libertadora.

Como não podia deixar de ser, os conceitos e ideias revolucionários de Paulo Freire, expostos com clareza por Pedrinho, despertaram o interesse e a curiosidade de plateia. A qual, deve-se notar, era na maioria de estudantes, mas de várias nacionalidades, sobretudo australianos e asiáticos.

Na continuação do programa do seminário, que se estendeu por dois dias, outros professores fizeram palestras sobre temas ligados à obra de Paulo Freire.

Interessante, por exemplo, saber que a professora Anne Hickling-Hudson, jamaicana que mora na Austrália há muitos anos (é professora da ANU), conheceu e trabalhou com Freire num workshop educacional durante a revolução na Ilha de Granada, em 1980, antes da invasão dos Estados Unidos...

Ou, então, a palestra da Professora Gerda Roelvink, da Nova Zelândia, que participou do Fórum Social de Porto Alegre em 2005. E essa participação transformou-se em tema de doutorado.

No dia 10, terça-feira passada, o padre Pedrinho Guareschi voltou a falar ao público australiano em grande auditório localizado no belíssimo campus da ANU. Desta vez, sobre a Teologia da Libertação.

Depois da palestra, John Minns mostrou o filme mexicano "O Crime do Padre Amaro", no qual um dos personagens é um padre católico praticante da Teologia da Libertação.

Mais uma vez, foi grande o intersse da platéia, que pode aprender e conhecer um pouco como se desenvolveu aquele importante movimento católico na América Latina.

Fica, assim, ao Pedrinho, bem como a outros brasileiros estudiosos e de bom coração que saem pelo mundo a divulgar aspectos importantes da cultura brasileira, o respeito e a homenagem desta coluna. E... aquele abraço!

16:57
Anónimo disse...
Amanda Kitts perdeu o braço esquerdo em um acidente de automóvel acontecido três anos atrás, mas hoje em dia ela joga futebol americano com seu filho de 12 anos de idade, troca fraldas e abraça as crianças nas três creches Kiddie Cottage que opera em Knoxville, Tennessee. Kitts, 40 anos, faz tudo isso com a ajuda de um novo tipo de braço artificial que se movimenta com mais facilidade do que outros aparelhos e que ela pode controlar utilizando apenas seus pensamentos.

"Eu sou capaz de mexer a mão, o pulso e o cotovelo ao mesmo tempo", diz. "Você pensa e os músculos se movem em seguida".

A recuperação que ela conseguiu resulta de um novo procedimento que vem atraindo crescente atenção porque permite que pessoas movam braços protéticos de forma mais automática do que faziam no passado, simplesmente utilizando nervos reaproveitados em seus cérebros.

A técnica, conhecida como "renervação muscular dirigida", envolve utilizar os nervos que restam depois da amputação de um braço e conectá-los a outro músculo do corpo, em geral no peito. Eletrodos são instalados sobre os músculos do peito, e operam como se fossem antenas. Quando a pessoa deseja mover o braço, o cérebro envia sinais que primeiro resultam em contração dos músculos do peito, os quais enviam um sinal ao braço protético, instruindo-se a se movimentar. O processo não requer mais esforços consciente do que a pessoa teria de exercitar caso ainda tivesse seu braço natural.

Na terça-feira, pesquisadores reportaram em estudo publicado pela versão online do Journal of the American Medical Association que haviam levado a técnica ainda mais à frente, tornando possível a execução de 10 movimentos de mão, pulso e cotovelo diferentes, o que representa uma substancial melhora com relação ao típico repertório protético, que em geral envolve apenas dobrar o cotovelo, girar o pulso e abrir a mão.

"Os novos métodos tiveram impacto dramático em nosso campo de trabalho", disse Stuart Harshbarger, engenheiro biomédico na Universidade Johns Hopkins e diretor do programa de pesquisa sobre próteses, financiado pelas forças armadas, que inclui o trabalho com essa técnica. "O método já está em uso por médicos e cirurgiões comuns em todo o país. A capacidade de controlar um membro protético bastante robusto que ele confere surpreendeu a todos pela qualidade".

Tipicamente, uma pessoa que tenha um braço protético só é capaz de executar alguns poucos movimentos, e muitas vezes com tamanha lentidão que isso só permite a ela atividades limitadas.

Há um motor separado para cada movimento, diz Gerald Loeb, professor de engenharia biomédica na Universidade do Sul da Califórnia, "e esses motores precisam ser controlados de maneira explícita", usualmente por um esforço consciente da pessoa para contrair músculos nas costas ou no bíceps.

"Essencialmente, até agora os pacientes controlavam apenas um motor de cada vez", diz Loeb, "e precisavam pensar cuidadosamente sobre que motor desejavam controlar e como fazê-lo operar, em lugar de simplesmente pensarem em mover o braço e poderem fazê-lo sem delongas".

Antes que Kitts passasse pelo procedimento de renervação, em outubro de 2007, por exemplo, ela precisava movimentar os músculos de suas costas de determinada maneira para fazer com que seu pulso girasse, e flexionar seu bíceps e tríceps para fazer com que o cotovelo se movesse para cima e para baixo. "Era muito trabalho", ela conta. "E não me ajudava muito".

O procedimento de renervação é parte de uma recente explosão de idéias novas e técnicas inovadoras que estão sendo exploradas enquanto os cientistas se esforçam por ajudar as pessoas a compensar melhor a perda de membros ou problemas de paralisia. O esforço vem sendo alimentado pelo aumento no número de amputações causado por diabetes e por ferimentos sofridos pelos militares, e ao mesmo tempo pelos avanços na tecnologia médica.

Os braços se tornaram um dos focos essenciais desse tipo de trabalho. A ciência há muito vem obtendo sucessos no desenvolvimento de próteses de perna, mas é muito mais difícil imitar a complexidade e a destreza das mãos e dos braços.

Os esforços em curso incluem o desenvolvimento de projetos de pele e braços mais sensíveis e mais flexíveis, e o uso de dispositivos acionados por controles sem fio implantado nos braços protéticos, que permitiriam movimentos mais naturais.

Os pesquisadores também vêm usando sensores implantados nos cérebros de cobaias para permitir que dois macacos controlem um braço mecânico, e um teste com um homem paralítico permitiu, com esse método, que ele movimentasse um cursor em uma tela de computador.

Alguns desses métodos, caso venham a ser aperfeiçoados plenamente e consigam aprovação das autoridades regulatórias da saúde, podem no futuro se tornar mais viáveis para os pacientes de amputações.

E embora a técnica da renervação não requeira aprovação das autoridades regulatórias porque é executada por meios cirúrgicos e emprega aparelhos já existentes, ela apresenta limitações que até mesmo seus criadores reconhecem, entre as quais o fato de que não se pode utilizá-la para todos os pacientes, o seu alto custo e o prazo de meses requerido para que os nervos reconectados cresçam e se tornem efetivos.

Ainda assim, os especialistas dizem que é o mais avançado sistema em uso hoje para pacientes reais que permite que o sistema nervoso controle diretamente o movimento de um braço artificial.

Desde sua introdução por Todd Kuiken, médico fisioterapeuta e engenheiro biomédico do Instituto de Reabilitação de Chicago, o método foi empregado em cerca de 30 pacientes nos Estados Unidos, Canadá e Europa, entre os quais oito soldados feridos no Iraque e no Afeganistão.

Muitos dos pacientes, entre os quais o primeiro, Jesse Sullivan, um operário do setor elétrico no Tennessee que perdeu os dois braços quando foi eletrocutado por um cabo, conseguem não apenas manipular seus braços protéticos mas sentir a presença das mãos que já não têm quando alguém toca em seus peitos.

Sullivan, 62 anos, e Kitts, estavam entre os cinco pacientes que participaram do estudo reportado na terça-feira. Em companhia de cinco outras pessoas que não passaram por amputações, eles receberam os eletrodos e foram instruídos a usar pensamentos para fazer com que um braço virtual na tela reproduzisse 10 movimentos diferentes, entre os quais três formas diferentes de aperto de mão.

Os pacientes apresentaram desempenho bastante respeitável, apenas um pouco mais lento e menos preciso do que os dos participantes que não tinham amputações.

"As velocidades de movimento que encontramos em nossos pacientes foram realmente encorajadoras", disse Kuiken. "Eles conseguiram completar a tarefa. É claro que não foram tão competentes quanto as pessoas dotadas de plena capacidade física, mas foram bons o bastante".

Um braço virtual foi usado porque a maioria das próteses existentes não era capaz de acomodar todos aqueles movimentos, no momento da pesquisa, ainda que Sullivan, Kitts e uma terceira paciente, Claudia Mitchell, tenham experimentado dois novos protótipos mais versáteis de braços artificiais, executando tarefas complexas com bolas de tênis e outros objetos.

O trabalho de renervação em soldados apresenta outros desafios, diz Kuiken, porque os ferimentos militares muitas vezes "causam danos muitos extensos" a nervos, músculos ou ossos.

Daniel Acosta, 25 anos, um aviador ferido pela detonação de uma bomba em uma estrada do Iraque em 2005, passou pelo procedimento no ano passado e diz que seu braço esquerdo protético agora se movimenta "muito mais rápido" e de maneira muito mais natural.

"A diferença é que agora não preciso mais pensar para mover o braço", ele diz. "Ele simplesmente se mexe".

Ainda assim, Acosta, de San Antonio, diz que "o processo foi bastante longo" e que os eletrodos precisam ser ajustados para receber os sinais à medida que os nervos crescem ou mudam de posição.

E embora elogiem o método, os especialistas afirmam que a ciência das próteses de braço ainda tem muito por avançar.

"Trata-se de uma parte crucial, mas ainda assim apenas uma parte, das muitas coisas que compreendem a função normal de um braço", disse Loeb, que escreveu um editorial que acompanha o artigo no Journal of the American Medical Association.

"No momento estamos a meio do caminho entre o braço de 'Dr. Fantástico', que fazia involuntariamente a saudação nazista, e o braço de Luke Skywalker em 'Guerra nas Estrelas', que funciona sem nenhum problema assim que é conectado. Creio que precisaremos ainda de muitos anos para conectar todas as peças necessárias a produzir um braço capaz de funcionar normalmente".

17:04
Anónimo disse...
A Espanha disse neste sábado que está preparando uma reclamação oficial contra a decisão da Venezuela de expulsar um membro do Parlamento Europeu que criticou o conselho eleitoral venezuelano.
Luis Herrero, membro do partido conservador espanhol PP, foi deportado na sexta-feira depois que o Conselho Nacional Eleitoral (CNE) o acusou de questionar a imparcialidade da instituição antes de um referendo que pode permitir ao presidente Hugo Chávez permanecer no cargo indefinidamente.

Herrero estava na Venezuela como observador do referendo. Ele acusou Chávez de ter "comportamentos típicos de um ditador" por pedir a contenção de manifestações da oposição.

O governo da Espanha convocou um encontro com o embaixador da Venezuela em Madri para expressar a desaprovação sobre a expulsão de Herrero, disse um representante do Ministério das Relações Exteriores espanhol.

As relações da Venezuela com a Espanha tiveram seu ponto crítico em 2007, quando Chávez ameaçou rever acordos diplomáticos e comerciais depois de ouvir um "cala a boca" do rei espanhol Juan Carlos durante uma cúpula.

A fenda foi oficialmente reparada em 2008, com uma visita oficial de Chávez à Espanha, onde ele cumprimentou o rei e discutiu acordos para investimento no setor petroquímico com o primeiro-ministro José Luis Rodriguez Zapatero.

17:06
Anónimo disse...
A polícia do Zimbábue anunciou neste sábado que acusa de traição Roy Bennett, dirigente do até agora opositor Movimento para a Mudança Democrática (MDC), detido na sexta-feira, em Harare, poucas horas antes da cerimônia de posse dos membros do novo gabinete.

"A Polícia nos informou que vão apresentar acusações de traição", disse à agência EFE o advogado de defesa de Bennett, Trust Maanda.

"Tentam relacionar Roy com o caso de Mike Hitschmann, que foi detido em 2006 em relação à descoberta de um carregamento de armas, apesar de que Hitschmann não tenha sido declarado culpado das acusações de traição apresentadas contra ele, mas de um crime menor de descumprimento de leis", disse Maanda.

O político opositor, designado por seu partido como vice-ministro de Agricultura no Governo de união nacional, esteve no exílio na vizinha África do Sul desde 2006 e retornou ao Zimbábue há duas semanas.

Segundo a Polícia, que deteve Bennett ontem no aeroporto de Harare quando pretendia ir à África do Sul para visitar sua família, as armas apreendidas em 2006 seriam utilizadas em um golpe de Estado para derrubar o presidente do Zimbábue, Robert Mugabe.

Depois da detenção, Bennet foi levado a Mutar, onde vários simpatizantes do MDC se concentraram em frente à delegacia na qual estava detido, diante do que a Polícia respondeu com tiros para o alto para dispersar os manifestantes.

17:07
Anónimo disse...
Austrália: 14 mil se candidatam a 'emprego dos sonhos'

A secretaria de Turismo de Queensland, na Austrália, informou que até esta segunda-feira já recebeu cerca de 14 mil inscrições para o "o melhor emprego do mundo". O Estado australiano promove pela internet seleção para vaga de "zelador" da ilha Hamilton, por seis meses com um salário de R$ 40 mil.

Muitos candidatos tiveram problemas durante a inscrição por conta dos acessos simultâneos ao site. A secretaria aconselha enviar os vídeos de 60s explicando porque deve ser escolhido em horários alternativos do dia, além de recomendar tamanho em torno de 40MB.

As inscrições começaram em 12 de janeiro e vão até o próximo dia 22 e podem ser feitas pelo site www.islandreefjob.com. O governo australiano escolherá 50 candidatos para a próxima fase da seleção, que terá votos do público para eleger um dos 11 finalistas.

A última fase terá entrevistas e desafios físicos, no próprio local de trabalho: as ilhas da Grande Barreira Coralina - o maior recife de coral do mundo. A secretaria de Turismo anunciará o vencedor no dia 6 de maio.

17:09
Anónimo disse...
Mercado elogia governo na crise, mas pede maior queda no juro

Peter Fussy
Direto de São Paulo

Desde as primeiras medidas anunciadas para combater os efeitos da crise, o governo brasileiro avisou que a estratégia não contemplaria um pacote. Seriam doses pontuais, de acordo com a necessidade da economia diante do agravamento das turbulências. Da primeira liberação dos depósitos compulsórios em setembro até a ampliação do seguro-desemprego na última quarta-feira, o governo passou por redução de impostos, ampliação de crédito e incentivos à exportação. Quase 150 dias após a primeira medida, o Terra conversou com líderes do setor público e privado, representantes dos trabalhadores, acadêmicos e com o próprio governo para saber quais destas ações foram mais eficazes, quais foram mais ineficientes e o que mais pode ser feito pelo Estado brasileiro contra a crise.

Os maiores elogios foram direcionados à atitude de reduzir o Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) para a indústria automobilística, anunciada em dezembro e que fez com que os emplacamentos de carros novos subissem 1,9% no primeiro mês do ano em relação a dezembro de 2008. Já as maiores críticas foram para a lentidão no corte da taxa básica de juro do País.

Para o presidente do conselho administrativo do Grupo Pão de Açúcar, Abílio Diniz, o Estado não é responsável pela crise e mesmo assim está agindo "com extrema serenidade e muito acerto". "O governo está atento, fazendo a sua parte. É preciso coragem de baixar firmemente a taxa de juros. É uma arma que temos a nosso favor, já que não há clima para inflação, nem possibilidade de danos para a macroeconomia", afirmou Diniz.

Na última reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), em janeiro, a taxa Selic foi reduzida em um ponto percentual, de 13,75% para 12,75% ao ano. Porém, o professor de economia da Universidade de Brasília (UnB) José Luiz Oreiro lembra que este corte representa uma redução de apenas 0,25 ponto percentual com relação à taxa de setembro do ano passado, quando a crise se agravou.

"Pouco antes da eclosão da crise, o Banco Central aumentou a taxa em 0,75 ponto. Foram cinco meses de demora para reduzir em termos líquidos apenas 0,25 ponto", afirmou o economista, que também sugeriu redução do intervalo de cerca de 90 dias entre as reuniões do Copom e o corte de pelo menos um 1 ponto percentual em cada reunião.

Mesmo com o corte de janeiro, a taxa de juros real continua sendo a maior do mundo, lembrou o secretário-geral da Força Sindical, João Carlos Gonçalves, o Juruna. "A redução da taxa de juro ainda é pequena, porque ela continua uma das mais altas do mundo. Falta ousadia para baixar os juros e ajudar o cidadão. A permanência da taxa de juro alta é negativa para o País em meio a crise", afirmou Juruna.

Embora aprove as ações do governo, o senador Aloízio Mercadante (PT-SP) também acredita que o patamar da Selic está muito alto. "Sempre fomos os primeiros a entrar em qualquer crise, o que não aconteceu agora. A taxa Selic ainda é muito alta, mas o governo têm tomado medidas acertadas, como o aumento do salário mínimo, mesmo com um cenário de crise. Isso ajuda a movimentar o consumo. O governo está se esforçando para manter os investimentos e o crescimento", disse.

Tributos
De acordo com o economista Fabio Pina, da Fecomercio-SP, as ações mais positivas estão relacionadas à redução de tributos para alguns segmentos, como a indústria automobilística, que recuperou parte da queda nas vendas em janeiro com a isenção do IPI para carros 1.0 l e o corte para demais motorizações. A medida vale até o final de março.

"Essas medidas não só reduziram o preço, mas anteciparam o consumo daqueles que iriam comprar no futuro, dando um prêmio por conta da insegurança. Mexe diretamente com o principal problema que é a confiança do consumidor", afirmou. Juruna destacou que um bom ritmo de vendas é garantia de emprego. "É importante porque cada emprego na montadora significa 19 na cadeia produtiva", comentou o representante da Força Sindical.

Também em dezembro, o governo decidiu cortar pela metade a alíquota do Imposto de Renda para contribuintes que ganham entre R$ 1.434 e R$ 2.150 mensais. "O salário aumentava e a tabela não se modificava. As pessoas ganhavam mais e pagavam mais impostos", apontou Juruna. Outra redução de tributos do governo foi com relação ao Imposto sobre Operações Financeiras (IOF), que caiu de 3% ao ano para 1,5%.

Crédito
Na segunda metade de 2008, o colapso de bancos nos Estados Unidos por conta da crise do subprime provocou uma forte restrição de crédito no mundo inteiro. Uma das primeiras medidas anticrise do governo teve como objetivo restabelecer a oferta, com mudanças no recolhimento dos depósitos compulsórios por parte dos bancos. Segundo o presidente do Banco Central, Henrique Meirelles, as diversas modificações liberaram US$ 99,2 bilhões aos bancos até o final de janeiro.

Além disso, o governo concedeu R$ 36 bilhões das reservas internacionais para empresas brasileiras com dívidas no exterior e uma medida provisória autorizou o Banco do Brasil e a Caixa Econômica Federal a comprar carteiras de crédito de bancos privados. Para o diretor do Departamento de Pesquisas e Estudos Econômicos da Fiesp, Paulo Francini, estas medidas foram essenciais para combater os efeitos da crise.

"A crise se desenvolve no mundo em torno do tema crédito. E o crédito reduziu-se barbaridade no mundo. Então o governo lança mão de compulsório, lança mão de reservas, de medidas que permitem aos bancos comprar carteiras de bancos. Você vai tomando várias medidas para atender às demandas e o epicentro disso é crédito", afirmou.

No entanto, Oreiro, da UnB, adverte que a liberação dos compulsórios seria mais eficiente acompanhada de redução mais agressiva da taxa básica de juro. "Uma parte do crédito voltou, depois da forte retração em outubro e novembro. O que deveria ter sido feito junto à liberação do compulsório era uma redução mais drástica da taxa de juro. Sem isso, os bancos pegam as reservas e acabam comprando títulos públicos", explicou o economista.

Na opinião de Pina, as ações de distribuição de crédito via redução do compulsório e a disposição de capital de giro para empresas foram tomadas sem um cuidado maior na operação e não tiveram muito efeito. "O BNDES tem linhas que ficam paradas quase todo o ano, agora é pior ainda. Existem os recursos, mas as empresas e os bancos estão desconfiados. É preciso fazer com que os bancos tenham interesse em emprestar", afirmou o economista da Fecomercio-SP.

Futuro
Mesmo com todas essas medidas, a crise financeira ainda gera incertezas nos setores produtivos do País. Nos últimos meses, o medo do desemprego fez os consumidores adiarem compras. Por sua vez, a queda nas vendas pode obrigar as indústrias a cortarem a produção e demitir funcionários. Contra isso, empresários sugerem redução de jornada e de salários.

"Isto está previsto em lei. A Fiesp simplesmente manteve conversações com entidades sindicais quanto à aplicação daquilo que já está previsto em lei", afirmou Francini.

Segundo a ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff, uma das medidas que assegura um nível de emprego é a manutenção de investimentos no Programa de Aceleração do Crescimento (PAC). "Estamos esperando que a dificuldade ocorra em janeiro, fevereiro e março. Estamos certos que vamos manter o nível de investimento. É isso que funciona, é isso que significa investimento público. Ele funciona como um colchão. Por isso, nós colocamos R$ 100 bilhões no BNDES e a Petrobras ampliou o seu investimento em R$ 120 bilhões", afirmou.

Na mesma linha, Pina explica que a antecipação de gastos do governo substitui parte da demanda retraída do setor privado. "Ele dá o seguinte recado: não vou estourar as contas públicas, mas concentrar em um momento em que a demanda privada está pequena. Mas o governo não tem fôlego suficiente para fazer o papel de toda demanda", ressaltou. O economista da Fecomercio lembrou que a entidade já pleiteou junto ao governo isenções para transferência de imóveis e de automóveis, além de retirar o IPVA para veículos novos.

Já Oreiro foca suas propostas na capitalização do Banco do Brasil e da Caixa Econômica Federal pelo Tesouro para atender a demanda de crédito para capital de giro e reduzir o spread. "Aumentando o empréstimo e reduzindo as taxas, os dois vão forçar os bancos privados a acompanhar o movimento, até para não perderem participação no mercado", explicou o economista da UnB.

Até o Carnaval, o governou prometeu detalhar um pacote de incentivos para a construção de até um milhão de casas populares, direcionado a famílias com renda de até dez salários mínimos. "Estamos atentos a tudo o que está acontecendo e novas medidas serão tomadas caso haja uma avaliação de que sejam necessárias", disse o ministro da Fazenda, Guido Mantega, na última sexta-feira.

17:11
Anónimo disse...
Ex-ministro critica extensão do seguro-desemprego

Atualizada às 09h03

O ex-ministro do Trabalho Almir Pazzianotto criticou a decisão do governo federal de conceder o seguro-desemprego estendido a apenas alguns setores. "É certamente odioso e provavelmente inconstitucional", disse Pazzianotto, de acordo com o jornal O Estado de S. Paulo.

Na última qurta, dia do anúncio da medida, centrais sindicais elogiaram a atitude do governo. A Força Sindical divulgou nota dizendo que "o aumento ajudará a aquecer parte da economia, já que irá gerar mais consumo, produção e conseqüentemente, a criação de novos postos de trabalho". A União Geral dos Trabalhadores (UGT) afirmou que a medida "contribuirá para minimizar o drama dos trabalhadores que perderem seu emprego por conta da crise".

O ex-ministro, que instituiu o seguro-desemprego no País no governo de José Sarney, destacou a necessidade de as centrais sindicais se manifestarem contra a determinação. Para ele, as mudanças devem ser aplicadas a todas as categorias profissionais e a distinção é contrária ao artigo 3º da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT).

Pazzianotto atribui a medida a um possível temor do governo de que a crise econômica seja longa e não haja dinheiro para atender a todas as necessidades. Ainda assim, ele se mostra contrário ao método de concessão. "O seguro-desemprego ajuda a sanar necessidades básicas. Estendê-lo é paliativo, não a solução", disse ao jornal.

De acordo com o presidente do Conselho Deliberativo do Fundo de Amparo ao Trabalhador (Codefat) e conselheiro da Força Sindical, Luiz Fernando Emediato, a determinação já estava prevista na lei 8.900/94, que trata do seguro-desemprego.

O presidente da Comissão de Trabalho da Câmara, Pedro Fernandes (PTB-MA) vai além na crítica à concessão do seguro para apenas alguns setores. Ele acredita que a ampliação do benefício estimula o desemprego.

Quintino Severo, secretário geral da Central Única dos Trabalhadores (CUT), lembra que a ampliação do benefício sem critério e identificação pode incentivar demissões em outros setores.

17:13
Anónimo disse...
Empresas
TAM faz promoção para destinos internacionais

A companhia aérea TAM anunciou nesta sexta-feira tarifas promocionais para trechos internacionais. Os preços valem para bilhetes comprados entre 6h deste sábado e 23h59 deste domingo e são válidos para classe econômica. As tarifas, para ida e volta, serão vendidas a partir de US$ 99, mais taxas.

Segundo a aérea, a promoção vale para viagens feitas no período de 14 de fevereiro a 18 de junho de 2009. Para destinos na América do Sul, a permanência mínima é de dois dias; para bilhetes com destino nos Estados Unidos, cinco dias; e Europa, sete dias. A permanência máxima para as passagens para América do Sul e EUA é de dois meses e para Europa, três meses.

Entre os exemplos de tarifas promocionais, a TAM oferece São Paulo-Lima por US$ 99. Bilhetes para a rota São Paulo-Santiago serão vendidos a partir de US$ 199 e São Paulo-Nova York, US$ 799.

A emissão dos bilhetes deve ser feita obrigatoriamente no ato da reserva, obedecendo às regras estipuladas pela companhia. A compra está sujeita à disponibilidade de assentos nas classes tarifárias determinadas, trechos, horários e datas. A TAM afirmou que também há tarifas promocionais para a classe executiva.

Mais informações podem ser encontradas no site promocional (www.ofertastam.com.br), no site da empresa (www.tam.com.br) ou pelos telefones 4002-5700 ou 0800 5705700.

17:13
Anónimo disse...
Empresas
Consultoria negocia compra do parque temático Hopi Hari

A consultoria especializada em reestruturação de empresas Íntegra Associados informou nesta sexta-feira ter um acordo para comprar o parque de diversões Hopi Hari, localizado no interior de São Paulo. A empresa estaria disposta a investir R$ 10 milhões no parque, que tem dívida estimada em R$ 800 milhões. As informações são da edição deste sábado do jornal Folha de S. Paulo.

De acordo com o jornal, a transação ainda depende da negociação entre o Hopi Hari e seus credores, o que já estaria em andamento.

A consultoria paulista já atuou junto à Parmalat, durante 30 meses, quando reorganizou a gestão da empresa italiana.

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17:14
Anónimo disse...
Empresas
Disney de Tóquio contratará mais 2 mil apesar da crise


A Oriental Land, o operador da Disneylândia Tóquio e DisneySea, organizou neste domingo entrevistas para contratar cerca de 2 mil trabalhadores em tempo parcial, em um momento de grandes demissões deste tipo de empregados no Japão.

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O operador deste parque temático, situado em Urayasu, na província de Chiba (leste de Tóquio), está em pleno processo de seleção de empregados para 20 tipos de postos trabalhistas diferentes.

Segundo a companhia, citada pela agência local de notícias Kyodo, o parque contratará novos trabalhadores para as atrações, para os restaurantes e guardas de segurança entre outros. Os novos contratados começarão a trabalhar a partir de fevereiro.

O processo de seleção acontece em um momento em que a maioria das grandes companhias japonesas começaram a se ver obrigadas a despedir uma elevada percentagem de seus trabalhadores temporários e a tempo parcial.

Algumas inclusive anunciaram demissões de seus trabalhadores fixos, uma medida muito pouco comum nas companhias japonesas, perante os efeitos piores que o esperado pela crise econômica global.

Cerca de uma centena de pessoas esperavam desde a primeira hora desta manhã a abertura do centro de conferências Tokyo International Forum, onde as entrevistas estão sendo feitas, para ser os primeiros a solicitar os postos de trabalho.


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17:15
Anónimo disse...
Economia Internacional
Senado dos EUA aprova plano de estímulo à economia

O Senado dos Estados Unidos aprovou com 60 votos a favor e 38 contra o plano de estímulo à economia de US$ 787 bilhões na madrugada deste sábado. Agora, ele segue para sanção ou veto do presidente Barack Obama, que espera colocar a lei em prática até o dia 16 de fevereiro.

O plano prevê a criação de três milhões de empregos, inclui cortes de impostos às famílias, fundos para programas sociais e obras públicas, além de ajuda aos governos estaduais, estudantes e desempregados.

A cláusula Buy American - que exige o uso de ferro, aço e produtos manufaturados dos Estados Unidos em obras realizadas com recursos do pacote - ficou de lado. Segundo o texto definitivo, a cláusula será aplicada sem violar as normas do comércio internacional.

Ontem à tarde, a Câmara de Representantes (deputados) havia aprovado, por 246 votos a favor e 183 contra, a versão final do plano. Todos os republicanos foram contrários ao pacote.

Pelo acordo de quarta-feira entre Câmara e Senado, em vez de custar US$ 819 bilhões, como queriam os deputados, ou US$ 838 bilhões como pretendiam os senadores, o pacote ficou em cerca de US$ 787 bilhões, com 65% desse total destinado a gastos do governo federal e 35%, a créditos tributários.

17:16
Anónimo disse...
Economia nacional
Na era Lula, aposentadoria sobe 54% menos que salário mínimo

Thatiane Faria
Especial para o Terra
Direto de São Paulo

Os índices de reajustes concedidos pelo governo em 2009 para aposentados e pensionistas e para o salário mínimo repetiram uma diferença que, só durante o governo de Luiz Inácio Lula da Silva, já chega a 54%. Enquanto o mínimo foi majorado em 12% este ano, as pensões e aposentadorias tiveram aumento de 5,92%. Aposentados que têm o benefício do governo como única fonte de renda reclamam que perdem poder de compra e que sua cesta de compras é composta por itens que aumentam mais em relação à inflação oficial.

Um exemplo prático pode ser entendido a partir da comparação entre um aposentado que ganhava R$ 600 em janeiro de 2003. Na época, o benefício era três vezes, ou 200%, maior que o valor do mínimo em vigência, que era de R$ 200. Aplicando-se os índices de reajuste para aposentadorias e para o mínimo durante os últimos seis anos, o mesmo aposentado estaria recebendo hoje R$ 938,47, comparado a um salário mínimo de R$ 465. A diferença entre os dois valores caiu para pouco mais de 100%.

Enquanto o índice acumulado de reajuste para a aposentadoria durante o governo Lula foi de 60%, para o salário mínimo está em 132%.

O diretor do Sindicato Nacional dos Aposentados, João Inocentini, reclama que os valores dos benefícios para aposentadorias não mantêm o poder de compra do grupo, principalmente dos aposentados que recebem menos que dez salários mínimos.

Nem mesmo o fato de o índice de reajuste das aposentadorias ter ficado acima da inflação acumulada no mesmo período (o IPCA entre janeiro de 2003 e janeiro de 2009 foi de 39,7%) serve de argumento, segundo os aposentados.

"Os idosos, principalmente, têm gastos além das contas gerais como gás, telefone e aluguel. Para eles o custo com remédios, e outros itens da área saúde costuma ser maior", afirmou Inocentini.

O presidente do sindicato afirmou que o grupo realiza um estudo com 100 itens de necessidade de um idoso para comparar o aumento dos produtos com o índice de reajuste do benefício recebido pelos aposentados.

"Daqui dois meses vamos abrir um processo na Justiça e levar essa pesquisa como prova. Segundo a lei, o governo é obrigado a manter o poder de compra com a aposentadoria", disse Inocentini.

Alternativas
O consultor financeiro Cláudio Boriola diz que os aposentados, especialmente nesse momento de crise econômica, devem evitar compras parceladas, pesquisar preços, negociar e fazer bom planejamento financeiro.

Segundo Boriola, alguns aposentados ganham um valor mensal muitas vezes insuficiente para o pagamento das contas e acabam pedindo crédito ou realizando pagamentos a prazo e são obrigados a pagar juros altos.

Na opinião do consultor, pagar uma previdência privada é uma alternativa indicada para quem ainda trabalha, considerando a característica de perda de poder de compra da aposentadoria.

"Na prática, infelizmente os valores encontram-se em um patamar que está deteriorando o poder de aquisição da população brasileira", completou Boriola.

De acordo com o diretor da Confederação Brasileira de Aposentados e Pensionistas (Cobap), Vicente Fernandes Barbosa, representantes dos aposentados tentarão um encontro com o presidente da Câmara, deputado Michel Temer (PMDB-SP), para discutir projetos que minimizem a perda dos aposentados

17:17
Anónimo disse...
Previdência
Previdência prorroga isenção de tarifas no benefício

O atual sistema de pagamento aos 26 milhões de aposentados e pensionistas do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) será mantido até o final deste ano. O acordo, que permite realizar a operação sem nenhum custo aos beneficiários, foi renovado nesta sexta-feira, entre o governo federal e 21 instituições financeiras.

Por meio desse acordo, vigente desde setembro de 2007, nem os segurados, nem os bancos e nem o governo arcam com o pagamento de tarifas, conforme explicou o ministro da Previdência Social, José Pimentel. A prorrogação vale até dezembro, data máxima para que a Previdência defina as regras para um novo contrato.

Ao assinar o termo de renovação, na sede da Federação Brasileira dos Bancos (Febraban), o ministro disse que a intenção do governo é mudar o atual modelo de gestão visando a reduzir os custos dessas operações em torno da folha mensal, que atinge R$ 15,8 bilhões. No entanto, qualquer alteração, conforme explicou, passará antes por audiências públicas a serem realizadas a partir do segundo semestre deste ano, atendendo a determinação do Tribunal de Contas da União (TCU).

De acordo com Pimentel, com um redesenho do mecanismo de repasse dos recursos aos bancos em torno da folha de pagamento dos segurados o que se busca é um aumento da participação de instituições financeiras. Ele informou que, desde 2007, cada benefício custa em média R$ 1,07 ao governo. "Quanto mais instituições financeiras estiverem prestando serviços à sociedade, maior é a competitividade, a agilidade no atendimento", justificou.

O ministro observou, ainda, que, para permitir uma redução para algo em torno de meia hora no tempo de atendimento para a concessão dos direitos previdenciários, o governo investiu R$ 280 milhões.

Questionado sobre o descontentamento dos segurados que ganham acima de um salário mínimo terem obtido apenas a correção com base na variação do Índice de Preços ao Consumidor (INPC) , ficando abaixo do reajuste dado a quem recebe apenas o mínimo, Pimentel argumentou que o governo seguiu o que determina a lei e descartou a possibilidade de uma revisão

17:17
Anónimo disse...
Empresas
Caterpillar oferece aposentadoria antecipada a 2 mil


A companhia americana Caterpillar ofereceu a cerca de dois mil funcionários incentivos para que se aposentem de forma voluntária antes do previsto, pela perspectiva de uma queda "significativa" da atividade industrial, informou nesta quarta-feira a empresa.

A iniciativa, destinada aos trabalhadores de diversas fábricas em Illinois, Colorado, Tennessee e Pensilvânia, se soma aos cortes de empregos anunciados em janeiro, explicou em comunicado de imprensa.

A empresa, a maior fabricante mundial de maquinaria pesada para a construção e a mineração, acrescentou que, "em função das condições de negócio, podem ser necessárias mais reduções de elenco voluntárias e involuntárias à medida que o ano avança".

O vice-presidente da companhia, Sid Banwart, explicou que a empresa prevê "demissões significativas em todas as regiões geográficas e na maioria dos setores devido às dificuldades da economia mundial".

17:18
Anónimo disse...
Comércio
Comércio exterior da OCDE caiu no 3º trimestre de 2008


As exportações e as importações dos países da Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Econômico (OCDE) caíram 1,6% e 0,2%, respectivamente, no terceiro trimestre de 2008, em relação aos três meses anteriores.

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Trata-se da primeira queda destas atividades desde o terceiro trimestre de 2006, segundo o último relatório trimestral sobre fluxos comerciais divulgado pela OCDE.

As exportações e as importações em dólares dos 30 Estados-membros caíram 15,6% e 17%, respectivamente, na comparação anualizada.

Por sua vez, o comércio dos sete países mais ricos do mundo (G7) teve um pequeno crescimento no terceiro trimestre de 2008 com uma queda das exportações de mercadorias de 0,2% em relação ao trimestre anterior e um aumento de 0,4% das importações.

Em termos anualizados, as importações do G7 caíram 1,4% entre julho e setembro do ano passado, seu primeiro retrocesso desde o terceiro trimestre de 2006, enquanto as exportações aumentaram 1,9%, seu crescimento mais baixo no mesmo tempo.

Por países, a Alemanha aumentou suas importações em 3,4% - valor mais alto do G7 -, enquanto suas exportações caíram 2,9% do segundo para o terceiro trimestre de 2008.

Pelo contrário, as exportações americanas aumentaram 1,8% entre julho e setembro de 2008, enquanto as importações caíram 0,7% em relação ao trimestre anterior. No Japão, tanto as importações quanto as exportações caíram em torno de 1% no mesmo período.

17:19
Anónimo disse...
Economia Nacional
Lula: juros de crédito consignado a aposentados são altos

Atualizada às 17h29

O presidente Luis Inácio Lula da Silva afirmou nesta terça-feira, em São Paulo, que está lutando para reduzir as taxas de juros cobradas de aposentados em crédito consignado. A Previdência Social estabelece uma taxa máxima de 2,5% para empréstimo e de 3,5% para cartão. Para Lula, os valores são altos.

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"Acho que o juro que os aposentados estão pagando hoje com o crédito consignado é alto para o padrão brasileiro", disse o presidente durante a cerimônia de comemoração dos 86 anos do INSS.

A Previdência anunciou nesta terça-feira que aposentados e trabalhadoras com licença-maternidade poderão receber seus benefícios em 30 minutos. De acordo com Lula, em junho, a aposentadoria do trabalhador rural também será conseguida em meia hora.

Além disso, o presidente anunciou que, também em junho, os trabalhadores que alcançarem o direito à aposentadoria passarão a receber em suas casas um comunicado da Previdência informando o fato e o valor do salário que têm direito a receber. "É um comprometimento público que estou fazendo com os companheiros da Previdência Social", disse.

"Estamos retribuindo ao contribuinte da Previdência Social aquilo que é a cidadania que ele tem direito", afirmou Lula. "Se para cobrar nós somos tão precisos, para devolver o dinheiro, temos que chegar próximo à perfeição", completou.

17:20
Anónimo disse...
Economia Nacional
Salário maternidade sairá em 30 minutos, diz ministro

Toda trabalhadora autônoma que tiver contribuído pelo menos 10 meses com o Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) - ou as que possuírem carteira assinada - poderão receber em 30 minutos o salário maternidade a partir desta terça-feira. Da mesma forma, as mulheres com 30 anos de contribuição e os homens com 35 anos também terão direito ao benefício de forma mais rápida. A informação é do ministro da Previdência Social, José Pimentel.

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Para requerer o salário maternidade, é preciso que as autônomas levem a carteira de identidade e o carnê de contribuição. As demais trabalhadoras devem apresentar a identificação e a carteira de trabalho. Desde o início do mês, a nova forma de análise para a concessão de benefícios foi adotada para a aposentadoria por idade do trabalhador urbano e agora foi estendida para o salário maternidade e por tempo de contribuição.

O ministro disse que a qualificação do serviço da previdência social é o reconhecimento do direito dos trabalhadores e da afirmação da cidadania.

"Até pouco tempo na cabeça do cidadão o serviço devia ser de péssima qualidade. Agora não, nós modificamos toda a legislação no mês de dezembro numa ação conjunta do Congresso Nacional com o governo federal. Estamos implantando e concedendo os benefícios em até 30 minutos", afirmou.

O ministro destacou que para conseguir se aposentar ou ter acesso à licença maternidade em 30 minutos, em primeiro lugar, é necessário que o cidadão esteja vinculado à Previdência, o que inclui 65% da população acima de 16 anos de idade.

"Depois bastar marcar pelo sistema 135 o dia e a hora do atendimento e levar a documentação. Se todos os dados necessários estiverem corretos o contribuinte será atendido em até 30 minutos, como vem sendo feito com as aposentadorias por idade desde o dia cinco de janeiro", explicou.

Pimentel disse ainda que em 90% das agências da previdência social o atendimento é marcado em até 48 horas. Nos grandes centros, entretanto existe um volume maior o que torna mais lento o processo.

"Estamos criando mais 715 agências até 2010, em todo o território nacional, para descentralizar o atendimento. Em 2008, atendemos 295 mil benefícios e aposentadorias por idade. Temos 4 mil pessoas por dia procurando e se aposentando por idade no território nacional. Este serviço será agilizado", concluiu.
17:28
Anónimo disse...
Giuseppe Englaro, pai de Eluana, a italiana que morreu na segunda-feira passada por desidratação, recusou uma grande soma de dinheiro de um conhecido fotógrafo italiano que queria retratar a filha em estado de coma, disse neste sábado o neurologista que atendia a mulher desde 1996, Carlo Defanti.

O neurologista, que participou hoje de uma conferência sobre eutanásia, disse que Englaro respeitou a vontade da filha, que, antes do acidente, tinha pedido que, se lhe ocorresse qualquer coisa irreversível, apresentasse sua imagem de quando estava em boas condições.

Antes de sofrer o acidente de trânsito, em 1992, Eluana viveu o coma de um amigo, Alessandro, o que causou forte impacto na italiana e a levou a fazer o pai prometer que não a deixasse viver em estado vegetativo, disse o próprio Giuseppe Englaro.

Defanti, que dissera que Eluana poderia viver de dez a 12 dias depois da suspensão da alimentação e da hidratação, disse que, como médico, tinha que reprovar esta afirmação.

"Não se pode sobreviver após três ou quatro dias sem líquido e, em particular, água em um corpo. Sabemos bem que, quando há um terremoto, após quatro dias é difícil encontrar sobreviventes".

Defanti ressaltou que Eluana "não falava, não se comunicava com o exterior" e que, após vários exames, "nos deparamos com uma moça que tinha perdido a consciência", porque estava com o córtex cerebral prejudicado.

Eluana foi enterrada na quinta-feira passada no túmulo da família na localidade de Paluzza, em Udine, após um funeral que não contou com a presença dos pais.

16:53
Anónimo disse...
Os bombeiros combatem neste sábado os incêndios na Austrália favorecidos pelo bom tempo, enquanto os deslocados encotram em seu retorno casas derruídas, carros queimados nas ruas e destruição.

Depois de sete dias desde que começaram os incêndios no Estado de Victoria, a lista de mortos chega a 181, os desaparecidos somam 50, os edifícios destruídos totalizam 1,834 mil e o terreno arrasado, principalmente florestas, ocupa uma área de 4,13 mil quilômetros quadrados.

As equipes de bombeiros, formadas por 4 mil profissionais de Victoria, de outras partes da Austrália e de países amigos, combateram hoje 12 focos fora de controle e nenhum representava uma ameaça direta para a população.

O subdiretor do Serviço de Bombeiros, Geoff Conway, disse que este tempo favorável, que se prolongará durante o domingo, permite consolidar as linhas de contenção e avançar na extinção das chamas.

Cinzas apareceram arrastadas por ventos do nordeste sobre Melbourne, onde habitam 3,8 milhões de pessoas, e as autoridades alertaram aos cidadãos do risco para a saúde de idosos, crianças e pessoas com problemas respiratórios.

O número de pessoas deslocadas - a Cruz Vermelha chegou a receber 7 mil - começou a cair com a abertura de algumas localidades atingidas.

Os incêndios, alguns criminosos, começaram em 7 de fevereiro, quando a região sul da Austrália estava há duas semanas sob uma onda de calor sem precedentes.

Na sexta-feira passada, a polícia acusou uma pessoa de ter provocado o incêndio que atingiu a localidade de Churchill e matou 21 pessoas.

16:55
Anónimo disse...
A primeira chuva em seis dias reduziu a ameaça de incêndios no Estado de Victoria, ao sul da Austrália. As autoridades, porém, advertiram que ainda existem 12 focos, mas que nenhum deles ameaça áreas povoadas.

Mais de quatro mil bombeiros, mil provenientes de outras partes do país e de outras nações, trabalham contra o fogo. Cerca de 600 veículos e 28 helicópteros e pequenos aviões estão sendo usados.


Eles conseguiram construir linhas de contenção para evitar os incêndios de Yarra e Maroondah se juntassem. Também foram controlados os incêndios abertos de Yea e Murrindindi, que ameaçavam as comunidades de Connellys Creek, Crystal Creek, Scrubby Creek e Native Dog Creek.

O número de mortos chegou a 181, mas as autoridades acreditam que as vítimas devem passar de 200, já que ainda há muitos desaparecidos.

16:55
Anónimo disse...
Aqui nesta coluna, na semana passada, tive a oportunidade de comentar sobre a recente visita do professor brasileiro Pedrinho Guareschi à Austrália. Não dei, porém, os fatos, pois semana passada o assunto era outro.

Hoje, porém, vamos a eles.

No último dia 4 de fevereiro, aconteceu o Seminário "Paulo Freire: Education and Liberation", organizado pelo centro de estudos latino-americanos da Universidade Nacional da Austrália, ou ANU, como é mais conhecida por aqui.

A ANU, para quem não sabe, está entre as 20 melhores universidades do mundo! E tem sede aqui em Camberra, capital da Austrália.

Na abertura do evento, o professor John Minns, diretor do centro latino-americano, ao dar boas-vindas ao público presente, lembrou ser aquele o primeiro seminário exclusivamente dedicado a Paulo Freire na Austrália.

Em seguida, convidou Pedrinho Guareschi, palestrante principal do Seminário, a fazer sua apresentação.

A plateia pode então conhecer, pelas palavras de Pedrinho, um pouco da obra e da vida de Freire, esse brasileiro de fé e valor, que sempre acreditou na educação, sobretudo dos menos favorecidos, analfabetos, como força libertadora.

Como não podia deixar de ser, os conceitos e ideias revolucionários de Paulo Freire, expostos com clareza por Pedrinho, despertaram o interesse e a curiosidade de plateia. A qual, deve-se notar, era na maioria de estudantes, mas de várias nacionalidades, sobretudo australianos e asiáticos.

Na continuação do programa do seminário, que se estendeu por dois dias, outros professores fizeram palestras sobre temas ligados à obra de Paulo Freire.

Interessante, por exemplo, saber que a professora Anne Hickling-Hudson, jamaicana que mora na Austrália há muitos anos (é professora da ANU), conheceu e trabalhou com Freire num workshop educacional durante a revolução na Ilha de Granada, em 1980, antes da invasão dos Estados Unidos...

Ou, então, a palestra da Professora Gerda Roelvink, da Nova Zelândia, que participou do Fórum Social de Porto Alegre em 2005. E essa participação transformou-se em tema de doutorado.

No dia 10, terça-feira passada, o padre Pedrinho Guareschi voltou a falar ao público australiano em grande auditório localizado no belíssimo campus da ANU. Desta vez, sobre a Teologia da Libertação.

Depois da palestra, John Minns mostrou o filme mexicano "O Crime do Padre Amaro", no qual um dos personagens é um padre católico praticante da Teologia da Libertação.

Mais uma vez, foi grande o intersse da platéia, que pode aprender e conhecer um pouco como se desenvolveu aquele importante movimento católico na América Latina.

Fica, assim, ao Pedrinho, bem como a outros brasileiros estudiosos e de bom coração que saem pelo mundo a divulgar aspectos importantes da cultura brasileira, o respeito e a homenagem desta coluna. E... aquele abraço!

16:57
Anónimo disse...
Amanda Kitts perdeu o braço esquerdo em um acidente de automóvel acontecido três anos atrás, mas hoje em dia ela joga futebol americano com seu filho de 12 anos de idade, troca fraldas e abraça as crianças nas três creches Kiddie Cottage que opera em Knoxville, Tennessee. Kitts, 40 anos, faz tudo isso com a ajuda de um novo tipo de braço artificial que se movimenta com mais facilidade do que outros aparelhos e que ela pode controlar utilizando apenas seus pensamentos.

"Eu sou capaz de mexer a mão, o pulso e o cotovelo ao mesmo tempo", diz. "Você pensa e os músculos se movem em seguida".

A recuperação que ela conseguiu resulta de um novo procedimento que vem atraindo crescente atenção porque permite que pessoas movam braços protéticos de forma mais automática do que faziam no passado, simplesmente utilizando nervos reaproveitados em seus cérebros.

A técnica, conhecida como "renervação muscular dirigida", envolve utilizar os nervos que restam depois da amputação de um braço e conectá-los a outro músculo do corpo, em geral no peito. Eletrodos são instalados sobre os músculos do peito, e operam como se fossem antenas. Quando a pessoa deseja mover o braço, o cérebro envia sinais que primeiro resultam em contração dos músculos do peito, os quais enviam um sinal ao braço protético, instruindo-se a se movimentar. O processo não requer mais esforços consciente do que a pessoa teria de exercitar caso ainda tivesse seu braço natural.

Na terça-feira, pesquisadores reportaram em estudo publicado pela versão online do Journal of the American Medical Association que haviam levado a técnica ainda mais à frente, tornando possível a execução de 10 movimentos de mão, pulso e cotovelo diferentes, o que representa uma substancial melhora com relação ao típico repertório protético, que em geral envolve apenas dobrar o cotovelo, girar o pulso e abrir a mão.

"Os novos métodos tiveram impacto dramático em nosso campo de trabalho", disse Stuart Harshbarger, engenheiro biomédico na Universidade Johns Hopkins e diretor do programa de pesquisa sobre próteses, financiado pelas forças armadas, que inclui o trabalho com essa técnica. "O método já está em uso por médicos e cirurgiões comuns em todo o país. A capacidade de controlar um membro protético bastante robusto que ele confere surpreendeu a todos pela qualidade".

Tipicamente, uma pessoa que tenha um braço protético só é capaz de executar alguns poucos movimentos, e muitas vezes com tamanha lentidão que isso só permite a ela atividades limitadas.

Há um motor separado para cada movimento, diz Gerald Loeb, professor de engenharia biomédica na Universidade do Sul da Califórnia, "e esses motores precisam ser controlados de maneira explícita", usualmente por um esforço consciente da pessoa para contrair músculos nas costas ou no bíceps.

"Essencialmente, até agora os pacientes controlavam apenas um motor de cada vez", diz Loeb, "e precisavam pensar cuidadosamente sobre que motor desejavam controlar e como fazê-lo operar, em lugar de simplesmente pensarem em mover o braço e poderem fazê-lo sem delongas".

Antes que Kitts passasse pelo procedimento de renervação, em outubro de 2007, por exemplo, ela precisava movimentar os músculos de suas costas de determinada maneira para fazer com que seu pulso girasse, e flexionar seu bíceps e tríceps para fazer com que o cotovelo se movesse para cima e para baixo. "Era muito trabalho", ela conta. "E não me ajudava muito".

O procedimento de renervação é parte de uma recente explosão de idéias novas e técnicas inovadoras que estão sendo exploradas enquanto os cientistas se esforçam por ajudar as pessoas a compensar melhor a perda de membros ou problemas de paralisia. O esforço vem sendo alimentado pelo aumento no número de amputações causado por diabetes e por ferimentos sofridos pelos militares, e ao mesmo tempo pelos avanços na tecnologia médica.

Os braços se tornaram um dos focos essenciais desse tipo de trabalho. A ciência há muito vem obtendo sucessos no desenvolvimento de próteses de perna, mas é muito mais difícil imitar a complexidade e a destreza das mãos e dos braços.

Os esforços em curso incluem o desenvolvimento de projetos de pele e braços mais sensíveis e mais flexíveis, e o uso de dispositivos acionados por controles sem fio implantado nos braços protéticos, que permitiriam movimentos mais naturais.

Os pesquisadores também vêm usando sensores implantados nos cérebros de cobaias para permitir que dois macacos controlem um braço mecânico, e um teste com um homem paralítico permitiu, com esse método, que ele movimentasse um cursor em uma tela de computador.

Alguns desses métodos, caso venham a ser aperfeiçoados plenamente e consigam aprovação das autoridades regulatórias da saúde, podem no futuro se tornar mais viáveis para os pacientes de amputações.

E embora a técnica da renervação não requeira aprovação das autoridades regulatórias porque é executada por meios cirúrgicos e emprega aparelhos já existentes, ela apresenta limitações que até mesmo seus criadores reconhecem, entre as quais o fato de que não se pode utilizá-la para todos os pacientes, o seu alto custo e o prazo de meses requerido para que os nervos reconectados cresçam e se tornem efetivos.

Ainda assim, os especialistas dizem que é o mais avançado sistema em uso hoje para pacientes reais que permite que o sistema nervoso controle diretamente o movimento de um braço artificial.

Desde sua introdução por Todd Kuiken, médico fisioterapeuta e engenheiro biomédico do Instituto de Reabilitação de Chicago, o método foi empregado em cerca de 30 pacientes nos Estados Unidos, Canadá e Europa, entre os quais oito soldados feridos no Iraque e no Afeganistão.

Muitos dos pacientes, entre os quais o primeiro, Jesse Sullivan, um operário do setor elétrico no Tennessee que perdeu os dois braços quando foi eletrocutado por um cabo, conseguem não apenas manipular seus braços protéticos mas sentir a presença das mãos que já não têm quando alguém toca em seus peitos.

Sullivan, 62 anos, e Kitts, estavam entre os cinco pacientes que participaram do estudo reportado na terça-feira. Em companhia de cinco outras pessoas que não passaram por amputações, eles receberam os eletrodos e foram instruídos a usar pensamentos para fazer com que um braço virtual na tela reproduzisse 10 movimentos diferentes, entre os quais três formas diferentes de aperto de mão.

Os pacientes apresentaram desempenho bastante respeitável, apenas um pouco mais lento e menos preciso do que os dos participantes que não tinham amputações.

"As velocidades de movimento que encontramos em nossos pacientes foram realmente encorajadoras", disse Kuiken. "Eles conseguiram completar a tarefa. É claro que não foram tão competentes quanto as pessoas dotadas de plena capacidade física, mas foram bons o bastante".

Um braço virtual foi usado porque a maioria das próteses existentes não era capaz de acomodar todos aqueles movimentos, no momento da pesquisa, ainda que Sullivan, Kitts e uma terceira paciente, Claudia Mitchell, tenham experimentado dois novos protótipos mais versáteis de braços artificiais, executando tarefas complexas com bolas de tênis e outros objetos.

O trabalho de renervação em soldados apresenta outros desafios, diz Kuiken, porque os ferimentos militares muitas vezes "causam danos muitos extensos" a nervos, músculos ou ossos.

Daniel Acosta, 25 anos, um aviador ferido pela detonação de uma bomba em uma estrada do Iraque em 2005, passou pelo procedimento no ano passado e diz que seu braço esquerdo protético agora se movimenta "muito mais rápido" e de maneira muito mais natural.

"A diferença é que agora não preciso mais pensar para mover o braço", ele diz. "Ele simplesmente se mexe".

Ainda assim, Acosta, de San Antonio, diz que "o processo foi bastante longo" e que os eletrodos precisam ser ajustados para receber os sinais à medida que os nervos crescem ou mudam de posição.

E embora elogiem o método, os especialistas afirmam que a ciência das próteses de braço ainda tem muito por avançar.

"Trata-se de uma parte crucial, mas ainda assim apenas uma parte, das muitas coisas que compreendem a função normal de um braço", disse Loeb, que escreveu um editorial que acompanha o artigo no Journal of the American Medical Association.

"No momento estamos a meio do caminho entre o braço de 'Dr. Fantástico', que fazia involuntariamente a saudação nazista, e o braço de Luke Skywalker em 'Guerra nas Estrelas', que funciona sem nenhum problema assim que é conectado. Creio que precisaremos ainda de muitos anos para conectar todas as peças necessárias a produzir um braço capaz de funcionar normalmente".

17:04
Anónimo disse...
A Espanha disse neste sábado que está preparando uma reclamação oficial contra a decisão da Venezuela de expulsar um membro do Parlamento Europeu que criticou o conselho eleitoral venezuelano.
Luis Herrero, membro do partido conservador espanhol PP, foi deportado na sexta-feira depois que o Conselho Nacional Eleitoral (CNE) o acusou de questionar a imparcialidade da instituição antes de um referendo que pode permitir ao presidente Hugo Chávez permanecer no cargo indefinidamente.

Herrero estava na Venezuela como observador do referendo. Ele acusou Chávez de ter "comportamentos típicos de um ditador" por pedir a contenção de manifestações da oposição.

O governo da Espanha convocou um encontro com o embaixador da Venezuela em Madri para expressar a desaprovação sobre a expulsão de Herrero, disse um representante do Ministério das Relações Exteriores espanhol.

As relações da Venezuela com a Espanha tiveram seu ponto crítico em 2007, quando Chávez ameaçou rever acordos diplomáticos e comerciais depois de ouvir um "cala a boca" do rei espanhol Juan Carlos durante uma cúpula.

A fenda foi oficialmente reparada em 2008, com uma visita oficial de Chávez à Espanha, onde ele cumprimentou o rei e discutiu acordos para investimento no setor petroquímico com o primeiro-ministro José Luis Rodriguez Zapatero.

17:06
Anónimo disse...
A polícia do Zimbábue anunciou neste sábado que acusa de traição Roy Bennett, dirigente do até agora opositor Movimento para a Mudança Democrática (MDC), detido na sexta-feira, em Harare, poucas horas antes da cerimônia de posse dos membros do novo gabinete.

"A Polícia nos informou que vão apresentar acusações de traição", disse à agência EFE o advogado de defesa de Bennett, Trust Maanda.

"Tentam relacionar Roy com o caso de Mike Hitschmann, que foi detido em 2006 em relação à descoberta de um carregamento de armas, apesar de que Hitschmann não tenha sido declarado culpado das acusações de traição apresentadas contra ele, mas de um crime menor de descumprimento de leis", disse Maanda.

O político opositor, designado por seu partido como vice-ministro de Agricultura no Governo de união nacional, esteve no exílio na vizinha África do Sul desde 2006 e retornou ao Zimbábue há duas semanas.

Segundo a Polícia, que deteve Bennett ontem no aeroporto de Harare quando pretendia ir à África do Sul para visitar sua família, as armas apreendidas em 2006 seriam utilizadas em um golpe de Estado para derrubar o presidente do Zimbábue, Robert Mugabe.

Depois da detenção, Bennet foi levado a Mutar, onde vários simpatizantes do MDC se concentraram em frente à delegacia na qual estava detido, diante do que a Polícia respondeu com tiros para o alto para dispersar os manifestantes.

17:07
Anónimo disse...
Austrália: 14 mil se candidatam a 'emprego dos sonhos'

A secretaria de Turismo de Queensland, na Austrália, informou que até esta segunda-feira já recebeu cerca de 14 mil inscrições para o "o melhor emprego do mundo". O Estado australiano promove pela internet seleção para vaga de "zelador" da ilha Hamilton, por seis meses com um salário de R$ 40 mil.

Muitos candidatos tiveram problemas durante a inscrição por conta dos acessos simultâneos ao site. A secretaria aconselha enviar os vídeos de 60s explicando porque deve ser escolhido em horários alternativos do dia, além de recomendar tamanho em torno de 40MB.

As inscrições começaram em 12 de janeiro e vão até o próximo dia 22 e podem ser feitas pelo site www.islandreefjob.com. O governo australiano escolherá 50 candidatos para a próxima fase da seleção, que terá votos do público para eleger um dos 11 finalistas.

A última fase terá entrevistas e desafios físicos, no próprio local de trabalho: as ilhas da Grande Barreira Coralina - o maior recife de coral do mundo. A secretaria de Turismo anunciará o vencedor no dia 6 de maio.

17:09
Anónimo disse...
Mercado elogia governo na crise, mas pede maior queda no juro

Peter Fussy
Direto de São Paulo

Desde as primeiras medidas anunciadas para combater os efeitos da crise, o governo brasileiro avisou que a estratégia não contemplaria um pacote. Seriam doses pontuais, de acordo com a necessidade da economia diante do agravamento das turbulências. Da primeira liberação dos depósitos compulsórios em setembro até a ampliação do seguro-desemprego na última quarta-feira, o governo passou por redução de impostos, ampliação de crédito e incentivos à exportação. Quase 150 dias após a primeira medida, o Terra conversou com líderes do setor público e privado, representantes dos trabalhadores, acadêmicos e com o próprio governo para saber quais destas ações foram mais eficazes, quais foram mais ineficientes e o que mais pode ser feito pelo Estado brasileiro contra a crise.

Os maiores elogios foram direcionados à atitude de reduzir o Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) para a indústria automobilística, anunciada em dezembro e que fez com que os emplacamentos de carros novos subissem 1,9% no primeiro mês do ano em relação a dezembro de 2008. Já as maiores críticas foram para a lentidão no corte da taxa básica de juro do País.

Para o presidente do conselho administrativo do Grupo Pão de Açúcar, Abílio Diniz, o Estado não é responsável pela crise e mesmo assim está agindo "com extrema serenidade e muito acerto". "O governo está atento, fazendo a sua parte. É preciso coragem de baixar firmemente a taxa de juros. É uma arma que temos a nosso favor, já que não há clima para inflação, nem possibilidade de danos para a macroeconomia", afirmou Diniz.

Na última reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), em janeiro, a taxa Selic foi reduzida em um ponto percentual, de 13,75% para 12,75% ao ano. Porém, o professor de economia da Universidade de Brasília (UnB) José Luiz Oreiro lembra que este corte representa uma redução de apenas 0,25 ponto percentual com relação à taxa de setembro do ano passado, quando a crise se agravou.

"Pouco antes da eclosão da crise, o Banco Central aumentou a taxa em 0,75 ponto. Foram cinco meses de demora para reduzir em termos líquidos apenas 0,25 ponto", afirmou o economista, que também sugeriu redução do intervalo de cerca de 90 dias entre as reuniões do Copom e o corte de pelo menos um 1 ponto percentual em cada reunião.

Mesmo com o corte de janeiro, a taxa de juros real continua sendo a maior do mundo, lembrou o secretário-geral da Força Sindical, João Carlos Gonçalves, o Juruna. "A redução da taxa de juro ainda é pequena, porque ela continua uma das mais altas do mundo. Falta ousadia para baixar os juros e ajudar o cidadão. A permanência da taxa de juro alta é negativa para o País em meio a crise", afirmou Juruna.

Embora aprove as ações do governo, o senador Aloízio Mercadante (PT-SP) também acredita que o patamar da Selic está muito alto. "Sempre fomos os primeiros a entrar em qualquer crise, o que não aconteceu agora. A taxa Selic ainda é muito alta, mas o governo têm tomado medidas acertadas, como o aumento do salário mínimo, mesmo com um cenário de crise. Isso ajuda a movimentar o consumo. O governo está se esforçando para manter os investimentos e o crescimento", disse.

Tributos
De acordo com o economista Fabio Pina, da Fecomercio-SP, as ações mais positivas estão relacionadas à redução de tributos para alguns segmentos, como a indústria automobilística, que recuperou parte da queda nas vendas em janeiro com a isenção do IPI para carros 1.0 l e o corte para demais motorizações. A medida vale até o final de março.

"Essas medidas não só reduziram o preço, mas anteciparam o consumo daqueles que iriam comprar no futuro, dando um prêmio por conta da insegurança. Mexe diretamente com o principal problema que é a confiança do consumidor", afirmou. Juruna destacou que um bom ritmo de vendas é garantia de emprego. "É importante porque cada emprego na montadora significa 19 na cadeia produtiva", comentou o representante da Força Sindical.

Também em dezembro, o governo decidiu cortar pela metade a alíquota do Imposto de Renda para contribuintes que ganham entre R$ 1.434 e R$ 2.150 mensais. "O salário aumentava e a tabela não se modificava. As pessoas ganhavam mais e pagavam mais impostos", apontou Juruna. Outra redução de tributos do governo foi com relação ao Imposto sobre Operações Financeiras (IOF), que caiu de 3% ao ano para 1,5%.

Crédito
Na segunda metade de 2008, o colapso de bancos nos Estados Unidos por conta da crise do subprime provocou uma forte restrição de crédito no mundo inteiro. Uma das primeiras medidas anticrise do governo teve como objetivo restabelecer a oferta, com mudanças no recolhimento dos depósitos compulsórios por parte dos bancos. Segundo o presidente do Banco Central, Henrique Meirelles, as diversas modificações liberaram US$ 99,2 bilhões aos bancos até o final de janeiro.

Além disso, o governo concedeu R$ 36 bilhões das reservas internacionais para empresas brasileiras com dívidas no exterior e uma medida provisória autorizou o Banco do Brasil e a Caixa Econômica Federal a comprar carteiras de crédito de bancos privados. Para o diretor do Departamento de Pesquisas e Estudos Econômicos da Fiesp, Paulo Francini, estas medidas foram essenciais para combater os efeitos da crise.

"A crise se desenvolve no mundo em torno do tema crédito. E o crédito reduziu-se barbaridade no mundo. Então o governo lança mão de compulsório, lança mão de reservas, de medidas que permitem aos bancos comprar carteiras de bancos. Você vai tomando várias medidas para atender às demandas e o epicentro disso é crédito", afirmou.

No entanto, Oreiro, da UnB, adverte que a liberação dos compulsórios seria mais eficiente acompanhada de redução mais agressiva da taxa básica de juro. "Uma parte do crédito voltou, depois da forte retração em outubro e novembro. O que deveria ter sido feito junto à liberação do compulsório era uma redução mais drástica da taxa de juro. Sem isso, os bancos pegam as reservas e acabam comprando títulos públicos", explicou o economista.

Na opinião de Pina, as ações de distribuição de crédito via redução do compulsório e a disposição de capital de giro para empresas foram tomadas sem um cuidado maior na operação e não tiveram muito efeito. "O BNDES tem linhas que ficam paradas quase todo o ano, agora é pior ainda. Existem os recursos, mas as empresas e os bancos estão desconfiados. É preciso fazer com que os bancos tenham interesse em emprestar", afirmou o economista da Fecomercio-SP.

Futuro
Mesmo com todas essas medidas, a crise financeira ainda gera incertezas nos setores produtivos do País. Nos últimos meses, o medo do desemprego fez os consumidores adiarem compras. Por sua vez, a queda nas vendas pode obrigar as indústrias a cortarem a produção e demitir funcionários. Contra isso, empresários sugerem redução de jornada e de salários.

"Isto está previsto em lei. A Fiesp simplesmente manteve conversações com entidades sindicais quanto à aplicação daquilo que já está previsto em lei", afirmou Francini.

Segundo a ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff, uma das medidas que assegura um nível de emprego é a manutenção de investimentos no Programa de Aceleração do Crescimento (PAC). "Estamos esperando que a dificuldade ocorra em janeiro, fevereiro e março. Estamos certos que vamos manter o nível de investimento. É isso que funciona, é isso que significa investimento público. Ele funciona como um colchão. Por isso, nós colocamos R$ 100 bilhões no BNDES e a Petrobras ampliou o seu investimento em R$ 120 bilhões", afirmou.

Na mesma linha, Pina explica que a antecipação de gastos do governo substitui parte da demanda retraída do setor privado. "Ele dá o seguinte recado: não vou estourar as contas públicas, mas concentrar em um momento em que a demanda privada está pequena. Mas o governo não tem fôlego suficiente para fazer o papel de toda demanda", ressaltou. O economista da Fecomercio lembrou que a entidade já pleiteou junto ao governo isenções para transferência de imóveis e de automóveis, além de retirar o IPVA para veículos novos.

Já Oreiro foca suas propostas na capitalização do Banco do Brasil e da Caixa Econômica Federal pelo Tesouro para atender a demanda de crédito para capital de giro e reduzir o spread. "Aumentando o empréstimo e reduzindo as taxas, os dois vão forçar os bancos privados a acompanhar o movimento, até para não perderem participação no mercado", explicou o economista da UnB.

Até o Carnaval, o governou prometeu detalhar um pacote de incentivos para a construção de até um milhão de casas populares, direcionado a famílias com renda de até dez salários mínimos. "Estamos atentos a tudo o que está acontecendo e novas medidas serão tomadas caso haja uma avaliação de que sejam necessárias", disse o ministro da Fazenda, Guido Mantega, na última sexta-feira.

17:11
Anónimo disse...
Ex-ministro critica extensão do seguro-desemprego

Atualizada às 09h03

O ex-ministro do Trabalho Almir Pazzianotto criticou a decisão do governo federal de conceder o seguro-desemprego estendido a apenas alguns setores. "É certamente odioso e provavelmente inconstitucional", disse Pazzianotto, de acordo com o jornal O Estado de S. Paulo.

Na última qurta, dia do anúncio da medida, centrais sindicais elogiaram a atitude do governo. A Força Sindical divulgou nota dizendo que "o aumento ajudará a aquecer parte da economia, já que irá gerar mais consumo, produção e conseqüentemente, a criação de novos postos de trabalho". A União Geral dos Trabalhadores (UGT) afirmou que a medida "contribuirá para minimizar o drama dos trabalhadores que perderem seu emprego por conta da crise".

O ex-ministro, que instituiu o seguro-desemprego no País no governo de José Sarney, destacou a necessidade de as centrais sindicais se manifestarem contra a determinação. Para ele, as mudanças devem ser aplicadas a todas as categorias profissionais e a distinção é contrária ao artigo 3º da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT).

Pazzianotto atribui a medida a um possível temor do governo de que a crise econômica seja longa e não haja dinheiro para atender a todas as necessidades. Ainda assim, ele se mostra contrário ao método de concessão. "O seguro-desemprego ajuda a sanar necessidades básicas. Estendê-lo é paliativo, não a solução", disse ao jornal.

De acordo com o presidente do Conselho Deliberativo do Fundo de Amparo ao Trabalhador (Codefat) e conselheiro da Força Sindical, Luiz Fernando Emediato, a determinação já estava prevista na lei 8.900/94, que trata do seguro-desemprego.

O presidente da Comissão de Trabalho da Câmara, Pedro Fernandes (PTB-MA) vai além na crítica à concessão do seguro para apenas alguns setores. Ele acredita que a ampliação do benefício estimula o desemprego.

Quintino Severo, secretário geral da Central Única dos Trabalhadores (CUT), lembra que a ampliação do benefício sem critério e identificação pode incentivar demissões em outros setores.

17:13
Anónimo disse...
Empresas
TAM faz promoção para destinos internacionais

A companhia aérea TAM anunciou nesta sexta-feira tarifas promocionais para trechos internacionais. Os preços valem para bilhetes comprados entre 6h deste sábado e 23h59 deste domingo e são válidos para classe econômica. As tarifas, para ida e volta, serão vendidas a partir de US$ 99, mais taxas.

Segundo a aérea, a promoção vale para viagens feitas no período de 14 de fevereiro a 18 de junho de 2009. Para destinos na América do Sul, a permanência mínima é de dois dias; para bilhetes com destino nos Estados Unidos, cinco dias; e Europa, sete dias. A permanência máxima para as passagens para América do Sul e EUA é de dois meses e para Europa, três meses.

Entre os exemplos de tarifas promocionais, a TAM oferece São Paulo-Lima por US$ 99. Bilhetes para a rota São Paulo-Santiago serão vendidos a partir de US$ 199 e São Paulo-Nova York, US$ 799.

A emissão dos bilhetes deve ser feita obrigatoriamente no ato da reserva, obedecendo às regras estipuladas pela companhia. A compra está sujeita à disponibilidade de assentos nas classes tarifárias determinadas, trechos, horários e datas. A TAM afirmou que também há tarifas promocionais para a classe executiva.

Mais informações podem ser encontradas no site promocional (www.ofertastam.com.br), no site da empresa (www.tam.com.br) ou pelos telefones 4002-5700 ou 0800 5705700.

17:13
Anónimo disse...
Empresas
Consultoria negocia compra do parque temático Hopi Hari

A consultoria especializada em reestruturação de empresas Íntegra Associados informou nesta sexta-feira ter um acordo para comprar o parque de diversões Hopi Hari, localizado no interior de São Paulo. A empresa estaria disposta a investir R$ 10 milhões no parque, que tem dívida estimada em R$ 800 milhões. As informações são da edição deste sábado do jornal Folha de S. Paulo.

De acordo com o jornal, a transação ainda depende da negociação entre o Hopi Hari e seus credores, o que já estaria em andamento.

A consultoria paulista já atuou junto à Parmalat, durante 30 meses, quando reorganizou a gestão da empresa italiana.

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17:14
Anónimo disse...
Empresas
Disney de Tóquio contratará mais 2 mil apesar da crise


A Oriental Land, o operador da Disneylândia Tóquio e DisneySea, organizou neste domingo entrevistas para contratar cerca de 2 mil trabalhadores em tempo parcial, em um momento de grandes demissões deste tipo de empregados no Japão.

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O operador deste parque temático, situado em Urayasu, na província de Chiba (leste de Tóquio), está em pleno processo de seleção de empregados para 20 tipos de postos trabalhistas diferentes.

Segundo a companhia, citada pela agência local de notícias Kyodo, o parque contratará novos trabalhadores para as atrações, para os restaurantes e guardas de segurança entre outros. Os novos contratados começarão a trabalhar a partir de fevereiro.

O processo de seleção acontece em um momento em que a maioria das grandes companhias japonesas começaram a se ver obrigadas a despedir uma elevada percentagem de seus trabalhadores temporários e a tempo parcial.

Algumas inclusive anunciaram demissões de seus trabalhadores fixos, uma medida muito pouco comum nas companhias japonesas, perante os efeitos piores que o esperado pela crise econômica global.

Cerca de uma centena de pessoas esperavam desde a primeira hora desta manhã a abertura do centro de conferências Tokyo International Forum, onde as entrevistas estão sendo feitas, para ser os primeiros a solicitar os postos de trabalho.


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17:15
Anónimo disse...
Economia Internacional
Senado dos EUA aprova plano de estímulo à economia

O Senado dos Estados Unidos aprovou com 60 votos a favor e 38 contra o plano de estímulo à economia de US$ 787 bilhões na madrugada deste sábado. Agora, ele segue para sanção ou veto do presidente Barack Obama, que espera colocar a lei em prática até o dia 16 de fevereiro.

O plano prevê a criação de três milhões de empregos, inclui cortes de impostos às famílias, fundos para programas sociais e obras públicas, além de ajuda aos governos estaduais, estudantes e desempregados.

A cláusula Buy American - que exige o uso de ferro, aço e produtos manufaturados dos Estados Unidos em obras realizadas com recursos do pacote - ficou de lado. Segundo o texto definitivo, a cláusula será aplicada sem violar as normas do comércio internacional.

Ontem à tarde, a Câmara de Representantes (deputados) havia aprovado, por 246 votos a favor e 183 contra, a versão final do plano. Todos os republicanos foram contrários ao pacote.

Pelo acordo de quarta-feira entre Câmara e Senado, em vez de custar US$ 819 bilhões, como queriam os deputados, ou US$ 838 bilhões como pretendiam os senadores, o pacote ficou em cerca de US$ 787 bilhões, com 65% desse total destinado a gastos do governo federal e 35%, a créditos tributários.

17:16
Anónimo disse...
Economia nacional
Na era Lula, aposentadoria sobe 54% menos que salário mínimo

Thatiane Faria
Especial para o Terra
Direto de São Paulo

Os índices de reajustes concedidos pelo governo em 2009 para aposentados e pensionistas e para o salário mínimo repetiram uma diferença que, só durante o governo de Luiz Inácio Lula da Silva, já chega a 54%. Enquanto o mínimo foi majorado em 12% este ano, as pensões e aposentadorias tiveram aumento de 5,92%. Aposentados que têm o benefício do governo como única fonte de renda reclamam que perdem poder de compra e que sua cesta de compras é composta por itens que aumentam mais em relação à inflação oficial.

Um exemplo prático pode ser entendido a partir da comparação entre um aposentado que ganhava R$ 600 em janeiro de 2003. Na época, o benefício era três vezes, ou 200%, maior que o valor do mínimo em vigência, que era de R$ 200. Aplicando-se os índices de reajuste para aposentadorias e para o mínimo durante os últimos seis anos, o mesmo aposentado estaria recebendo hoje R$ 938,47, comparado a um salário mínimo de R$ 465. A diferença entre os dois valores caiu para pouco mais de 100%.

Enquanto o índice acumulado de reajuste para a aposentadoria durante o governo Lula foi de 60%, para o salário mínimo está em 132%.

O diretor do Sindicato Nacional dos Aposentados, João Inocentini, reclama que os valores dos benefícios para aposentadorias não mantêm o poder de compra do grupo, principalmente dos aposentados que recebem menos que dez salários mínimos.

Nem mesmo o fato de o índice de reajuste das aposentadorias ter ficado acima da inflação acumulada no mesmo período (o IPCA entre janeiro de 2003 e janeiro de 2009 foi de 39,7%) serve de argumento, segundo os aposentados.

"Os idosos, principalmente, têm gastos além das contas gerais como gás, telefone e aluguel. Para eles o custo com remédios, e outros itens da área saúde costuma ser maior", afirmou Inocentini.

O presidente do sindicato afirmou que o grupo realiza um estudo com 100 itens de necessidade de um idoso para comparar o aumento dos produtos com o índice de reajuste do benefício recebido pelos aposentados.

"Daqui dois meses vamos abrir um processo na Justiça e levar essa pesquisa como prova. Segundo a lei, o governo é obrigado a manter o poder de compra com a aposentadoria", disse Inocentini.

Alternativas
O consultor financeiro Cláudio Boriola diz que os aposentados, especialmente nesse momento de crise econômica, devem evitar compras parceladas, pesquisar preços, negociar e fazer bom planejamento financeiro.

Segundo Boriola, alguns aposentados ganham um valor mensal muitas vezes insuficiente para o pagamento das contas e acabam pedindo crédito ou realizando pagamentos a prazo e são obrigados a pagar juros altos.

Na opinião do consultor, pagar uma previdência privada é uma alternativa indicada para quem ainda trabalha, considerando a característica de perda de poder de compra da aposentadoria.

"Na prática, infelizmente os valores encontram-se em um patamar que está deteriorando o poder de aquisição da população brasileira", completou Boriola.

De acordo com o diretor da Confederação Brasileira de Aposentados e Pensionistas (Cobap), Vicente Fernandes Barbosa, representantes dos aposentados tentarão um encontro com o presidente da Câmara, deputado Michel Temer (PMDB-SP), para discutir projetos que minimizem a perda dos aposentados

17:17
Anónimo disse...
Previdência
Previdência prorroga isenção de tarifas no benefício

O atual sistema de pagamento aos 26 milhões de aposentados e pensionistas do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) será mantido até o final deste ano. O acordo, que permite realizar a operação sem nenhum custo aos beneficiários, foi renovado nesta sexta-feira, entre o governo federal e 21 instituições financeiras.

Por meio desse acordo, vigente desde setembro de 2007, nem os segurados, nem os bancos e nem o governo arcam com o pagamento de tarifas, conforme explicou o ministro da Previdência Social, José Pimentel. A prorrogação vale até dezembro, data máxima para que a Previdência defina as regras para um novo contrato.

Ao assinar o termo de renovação, na sede da Federação Brasileira dos Bancos (Febraban), o ministro disse que a intenção do governo é mudar o atual modelo de gestão visando a reduzir os custos dessas operações em torno da folha mensal, que atinge R$ 15,8 bilhões. No entanto, qualquer alteração, conforme explicou, passará antes por audiências públicas a serem realizadas a partir do segundo semestre deste ano, atendendo a determinação do Tribunal de Contas da União (TCU).

De acordo com Pimentel, com um redesenho do mecanismo de repasse dos recursos aos bancos em torno da folha de pagamento dos segurados o que se busca é um aumento da participação de instituições financeiras. Ele informou que, desde 2007, cada benefício custa em média R$ 1,07 ao governo. "Quanto mais instituições financeiras estiverem prestando serviços à sociedade, maior é a competitividade, a agilidade no atendimento", justificou.

O ministro observou, ainda, que, para permitir uma redução para algo em torno de meia hora no tempo de atendimento para a concessão dos direitos previdenciários, o governo investiu R$ 280 milhões.

Questionado sobre o descontentamento dos segurados que ganham acima de um salário mínimo terem obtido apenas a correção com base na variação do Índice de Preços ao Consumidor (INPC) , ficando abaixo do reajuste dado a quem recebe apenas o mínimo, Pimentel argumentou que o governo seguiu o que determina a lei e descartou a possibilidade de uma revisão

17:17
Anónimo disse...
Empresas
Caterpillar oferece aposentadoria antecipada a 2 mil


A companhia americana Caterpillar ofereceu a cerca de dois mil funcionários incentivos para que se aposentem de forma voluntária antes do previsto, pela perspectiva de uma queda "significativa" da atividade industrial, informou nesta quarta-feira a empresa.

A iniciativa, destinada aos trabalhadores de diversas fábricas em Illinois, Colorado, Tennessee e Pensilvânia, se soma aos cortes de empregos anunciados em janeiro, explicou em comunicado de imprensa.

A empresa, a maior fabricante mundial de maquinaria pesada para a construção e a mineração, acrescentou que, "em função das condições de negócio, podem ser necessárias mais reduções de elenco voluntárias e involuntárias à medida que o ano avança".

O vice-presidente da companhia, Sid Banwart, explicou que a empresa prevê "demissões significativas em todas as regiões geográficas e na maioria dos setores devido às dificuldades da economia mundial".

17:18
Anónimo disse...
Comércio
Comércio exterior da OCDE caiu no 3º trimestre de 2008


As exportações e as importações dos países da Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Econômico (OCDE) caíram 1,6% e 0,2%, respectivamente, no terceiro trimestre de 2008, em relação aos três meses anteriores.

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Trata-se da primeira queda destas atividades desde o terceiro trimestre de 2006, segundo o último relatório trimestral sobre fluxos comerciais divulgado pela OCDE.

As exportações e as importações em dólares dos 30 Estados-membros caíram 15,6% e 17%, respectivamente, na comparação anualizada.

Por sua vez, o comércio dos sete países mais ricos do mundo (G7) teve um pequeno crescimento no terceiro trimestre de 2008 com uma queda das exportações de mercadorias de 0,2% em relação ao trimestre anterior e um aumento de 0,4% das importações.

Em termos anualizados, as importações do G7 caíram 1,4% entre julho e setembro do ano passado, seu primeiro retrocesso desde o terceiro trimestre de 2006, enquanto as exportações aumentaram 1,9%, seu crescimento mais baixo no mesmo tempo.

Por países, a Alemanha aumentou suas importações em 3,4% - valor mais alto do G7 -, enquanto suas exportações caíram 2,9% do segundo para o terceiro trimestre de 2008.

Pelo contrário, as exportações americanas aumentaram 1,8% entre julho e setembro de 2008, enquanto as importações caíram 0,7% em relação ao trimestre anterior. No Japão, tanto as importações quanto as exportações caíram em torno de 1% no mesmo período.

17:19
Anónimo disse...
Economia Nacional
Lula: juros de crédito consignado a aposentados são altos

Atualizada às 17h29

O presidente Luis Inácio Lula da Silva afirmou nesta terça-feira, em São Paulo, que está lutando para reduzir as taxas de juros cobradas de aposentados em crédito consignado. A Previdência Social estabelece uma taxa máxima de 2,5% para empréstimo e de 3,5% para cartão. Para Lula, os valores são altos.

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"Acho que o juro que os aposentados estão pagando hoje com o crédito consignado é alto para o padrão brasileiro", disse o presidente durante a cerimônia de comemoração dos 86 anos do INSS.

A Previdência anunciou nesta terça-feira que aposentados e trabalhadoras com licença-maternidade poderão receber seus benefícios em 30 minutos. De acordo com Lula, em junho, a aposentadoria do trabalhador rural também será conseguida em meia hora.

Além disso, o presidente anunciou que, também em junho, os trabalhadores que alcançarem o direito à aposentadoria passarão a receber em suas casas um comunicado da Previdência informando o fato e o valor do salário que têm direito a receber. "É um comprometimento público que estou fazendo com os companheiros da Previdência Social", disse.

"Estamos retribuindo ao contribuinte da Previdência Social aquilo que é a cidadania que ele tem direito", afirmou Lula. "Se para cobrar nós somos tão precisos, para devolver o dinheiro, temos que chegar próximo à perfeição", completou.

17:20
Anónimo disse...
Economia Nacional
Salário maternidade sairá em 30 minutos, diz ministro

Toda trabalhadora autônoma que tiver contribuído pelo menos 10 meses com o Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) - ou as que possuírem carteira assinada - poderão receber em 30 minutos o salário maternidade a partir desta terça-feira. Da mesma forma, as mulheres com 30 anos de contribuição e os homens com 35 anos também terão direito ao benefício de forma mais rápida. A informação é do ministro da Previdência Social, José Pimentel.

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Para requerer o salário maternidade, é preciso que as autônomas levem a carteira de identidade e o carnê de contribuição. As demais trabalhadoras devem apresentar a identificação e a carteira de trabalho. Desde o início do mês, a nova forma de análise para a concessão de benefícios foi adotada para a aposentadoria por idade do trabalhador urbano e agora foi estendida para o salário maternidade e por tempo de contribuição.

O ministro disse que a qualificação do serviço da previdência social é o reconhecimento do direito dos trabalhadores e da afirmação da cidadania.

"Até pouco tempo na cabeça do cidadão o serviço devia ser de péssima qualidade. Agora não, nós modificamos toda a legislação no mês de dezembro numa ação conjunta do Congresso Nacional com o governo federal. Estamos implantando e concedendo os benefícios em até 30 minutos", afirmou.

O ministro destacou que para conseguir se aposentar ou ter acesso à licença maternidade em 30 minutos, em primeiro lugar, é necessário que o cidadão esteja vinculado à Previdência, o que inclui 65% da população acima de 16 anos de idade.

"Depois bastar marcar pelo sistema 135 o dia e a hora do atendimento e levar a documentação. Se todos os dados necessários estiverem corretos o contribuinte será atendido em até 30 minutos, como vem sendo feito com as aposentadorias por idade desde o dia cinco de janeiro", explicou.

Pimentel disse ainda que em 90% das agências da previdência social o atendimento é marcado em até 48 horas. Nos grandes centros, entretanto existe um volume maior o que torna mais lento o processo.

"Estamos criando mais 715 agências até 2010, em todo o território nacional, para descentralizar o atendimento. Em 2008, atendemos 295 mil benefícios e aposentadorias por idade. Temos 4 mil pessoas por dia procurando e se aposentando por idade no território nacional. Este serviço será agilizado", concluiu.
17:28
Anónimo disse...
Giuseppe Englaro, pai de Eluana, a italiana que morreu na segunda-feira passada por desidratação, recusou uma grande soma de dinheiro de um conhecido fotógrafo italiano que queria retratar a filha em estado de coma, disse neste sábado o neurologista que atendia a mulher desde 1996, Carlo Defanti.

O neurologista, que participou hoje de uma conferência sobre eutanásia, disse que Englaro respeitou a vontade da filha, que, antes do acidente, tinha pedido que, se lhe ocorresse qualquer coisa irreversível, apresentasse sua imagem de quando estava em boas condições.

Antes de sofrer o acidente de trânsito, em 1992, Eluana viveu o coma de um amigo, Alessandro, o que causou forte impacto na italiana e a levou a fazer o pai prometer que não a deixasse viver em estado vegetativo, disse o próprio Giuseppe Englaro.

Defanti, que dissera que Eluana poderia viver de dez a 12 dias depois da suspensão da alimentação e da hidratação, disse que, como médico, tinha que reprovar esta afirmação.

"Não se pode sobreviver após três ou quatro dias sem líquido e, em particular, água em um corpo. Sabemos bem que, quando há um terremoto, após quatro dias é difícil encontrar sobreviventes".

Defanti ressaltou que Eluana "não falava, não se comunicava com o exterior" e que, após vários exames, "nos deparamos com uma moça que tinha perdido a consciência", porque estava com o córtex cerebral prejudicado.

Eluana foi enterrada na quinta-feira passada no túmulo da família na localidade de Paluzza, em Udine, após um funeral que não contou com a presença dos pais.

16:53
Anónimo disse...
Os bombeiros combatem neste sábado os incêndios na Austrália favorecidos pelo bom tempo, enquanto os deslocados encotram em seu retorno casas derruídas, carros queimados nas ruas e destruição.

Depois de sete dias desde que começaram os incêndios no Estado de Victoria, a lista de mortos chega a 181, os desaparecidos somam 50, os edifícios destruídos totalizam 1,834 mil e o terreno arrasado, principalmente florestas, ocupa uma área de 4,13 mil quilômetros quadrados.

As equipes de bombeiros, formadas por 4 mil profissionais de Victoria, de outras partes da Austrália e de países amigos, combateram hoje 12 focos fora de controle e nenhum representava uma ameaça direta para a população.

O subdiretor do Serviço de Bombeiros, Geoff Conway, disse que este tempo favorável, que se prolongará durante o domingo, permite consolidar as linhas de contenção e avançar na extinção das chamas.

Cinzas apareceram arrastadas por ventos do nordeste sobre Melbourne, onde habitam 3,8 milhões de pessoas, e as autoridades alertaram aos cidadãos do risco para a saúde de idosos, crianças e pessoas com problemas respiratórios.

O número de pessoas deslocadas - a Cruz Vermelha chegou a receber 7 mil - começou a cair com a abertura de algumas localidades atingidas.

Os incêndios, alguns criminosos, começaram em 7 de fevereiro, quando a região sul da Austrália estava há duas semanas sob uma onda de calor sem precedentes.

Na sexta-feira passada, a polícia acusou uma pessoa de ter provocado o incêndio que atingiu a localidade de Churchill e matou 21 pessoas.

16:55
Anónimo disse...
A primeira chuva em seis dias reduziu a ameaça de incêndios no Estado de Victoria, ao sul da Austrália. As autoridades, porém, advertiram que ainda existem 12 focos, mas que nenhum deles ameaça áreas povoadas.

Mais de quatro mil bombeiros, mil provenientes de outras partes do país e de outras nações, trabalham contra o fogo. Cerca de 600 veículos e 28 helicópteros e pequenos aviões estão sendo usados.


Eles conseguiram construir linhas de contenção para evitar os incêndios de Yarra e Maroondah se juntassem. Também foram controlados os incêndios abertos de Yea e Murrindindi, que ameaçavam as comunidades de Connellys Creek, Crystal Creek, Scrubby Creek e Native Dog Creek.

O número de mortos chegou a 181, mas as autoridades acreditam que as vítimas devem passar de 200, já que ainda há muitos desaparecidos.

16:55
Anónimo disse...
Aqui nesta coluna, na semana passada, tive a oportunidade de comentar sobre a recente visita do professor brasileiro Pedrinho Guareschi à Austrália. Não dei, porém, os fatos, pois semana passada o assunto era outro.

Hoje, porém, vamos a eles.

No último dia 4 de fevereiro, aconteceu o Seminário "Paulo Freire: Education and Liberation", organizado pelo centro de estudos latino-americanos da Universidade Nacional da Austrália, ou ANU, como é mais conhecida por aqui.

A ANU, para quem não sabe, está entre as 20 melhores universidades do mundo! E tem sede aqui em Camberra, capital da Austrália.

Na abertura do evento, o professor John Minns, diretor do centro latino-americano, ao dar boas-vindas ao público presente, lembrou ser aquele o primeiro seminário exclusivamente dedicado a Paulo Freire na Austrália.

Em seguida, convidou Pedrinho Guareschi, palestrante principal do Seminário, a fazer sua apresentação.

A plateia pode então conhecer, pelas palavras de Pedrinho, um pouco da obra e da vida de Freire, esse brasileiro de fé e valor, que sempre acreditou na educação, sobretudo dos menos favorecidos, analfabetos, como força libertadora.

Como não podia deixar de ser, os conceitos e ideias revolucionários de Paulo Freire, expostos com clareza por Pedrinho, despertaram o interesse e a curiosidade de plateia. A qual, deve-se notar, era na maioria de estudantes, mas de várias nacionalidades, sobretudo australianos e asiáticos.

Na continuação do programa do seminário, que se estendeu por dois dias, outros professores fizeram palestras sobre temas ligados à obra de Paulo Freire.

Interessante, por exemplo, saber que a professora Anne Hickling-Hudson, jamaicana que mora na Austrália há muitos anos (é professora da ANU), conheceu e trabalhou com Freire num workshop educacional durante a revolução na Ilha de Granada, em 1980, antes da invasão dos Estados Unidos...

Ou, então, a palestra da Professora Gerda Roelvink, da Nova Zelândia, que participou do Fórum Social de Porto Alegre em 2005. E essa participação transformou-se em tema de doutorado.

No dia 10, terça-feira passada, o padre Pedrinho Guareschi voltou a falar ao público australiano em grande auditório localizado no belíssimo campus da ANU. Desta vez, sobre a Teologia da Libertação.

Depois da palestra, John Minns mostrou o filme mexicano "O Crime do Padre Amaro", no qual um dos personagens é um padre católico praticante da Teologia da Libertação.

Mais uma vez, foi grande o intersse da platéia, que pode aprender e conhecer um pouco como se desenvolveu aquele importante movimento católico na América Latina.

Fica, assim, ao Pedrinho, bem como a outros brasileiros estudiosos e de bom coração que saem pelo mundo a divulgar aspectos importantes da cultura brasileira, o respeito e a homenagem desta coluna. E... aquele abraço!

16:57
Anónimo disse...
Amanda Kitts perdeu o braço esquerdo em um acidente de automóvel acontecido três anos atrás, mas hoje em dia ela joga futebol americano com seu filho de 12 anos de idade, troca fraldas e abraça as crianças nas três creches Kiddie Cottage que opera em Knoxville, Tennessee. Kitts, 40 anos, faz tudo isso com a ajuda de um novo tipo de braço artificial que se movimenta com mais facilidade do que outros aparelhos e que ela pode controlar utilizando apenas seus pensamentos.

"Eu sou capaz de mexer a mão, o pulso e o cotovelo ao mesmo tempo", diz. "Você pensa e os músculos se movem em seguida".

A recuperação que ela conseguiu resulta de um novo procedimento que vem atraindo crescente atenção porque permite que pessoas movam braços protéticos de forma mais automática do que faziam no passado, simplesmente utilizando nervos reaproveitados em seus cérebros.

A técnica, conhecida como "renervação muscular dirigida", envolve utilizar os nervos que restam depois da amputação de um braço e conectá-los a outro músculo do corpo, em geral no peito. Eletrodos são instalados sobre os músculos do peito, e operam como se fossem antenas. Quando a pessoa deseja mover o braço, o cérebro envia sinais que primeiro resultam em contração dos músculos do peito, os quais enviam um sinal ao braço protético, instruindo-se a se movimentar. O processo não requer mais esforços consciente do que a pessoa teria de exercitar caso ainda tivesse seu braço natural.

Na terça-feira, pesquisadores reportaram em estudo publicado pela versão online do Journal of the American Medical Association que haviam levado a técnica ainda mais à frente, tornando possível a execução de 10 movimentos de mão, pulso e cotovelo diferentes, o que representa uma substancial melhora com relação ao típico repertório protético, que em geral envolve apenas dobrar o cotovelo, girar o pulso e abrir a mão.

"Os novos métodos tiveram impacto dramático em nosso campo de trabalho", disse Stuart Harshbarger, engenheiro biomédico na Universidade Johns Hopkins e diretor do programa de pesquisa sobre próteses, financiado pelas forças armadas, que inclui o trabalho com essa técnica. "O método já está em uso por médicos e cirurgiões comuns em todo o país. A capacidade de controlar um membro protético bastante robusto que ele confere surpreendeu a todos pela qualidade".

Tipicamente, uma pessoa que tenha um braço protético só é capaz de executar alguns poucos movimentos, e muitas vezes com tamanha lentidão que isso só permite a ela atividades limitadas.

Há um motor separado para cada movimento, diz Gerald Loeb, professor de engenharia biomédica na Universidade do Sul da Califórnia, "e esses motores precisam ser controlados de maneira explícita", usualmente por um esforço consciente da pessoa para contrair músculos nas costas ou no bíceps.

"Essencialmente, até agora os pacientes controlavam apenas um motor de cada vez", diz Loeb, "e precisavam pensar cuidadosamente sobre que motor desejavam controlar e como fazê-lo operar, em lugar de simplesmente pensarem em mover o braço e poderem fazê-lo sem delongas".

Antes que Kitts passasse pelo procedimento de renervação, em outubro de 2007, por exemplo, ela precisava movimentar os músculos de suas costas de determinada maneira para fazer com que seu pulso girasse, e flexionar seu bíceps e tríceps para fazer com que o cotovelo se movesse para cima e para baixo. "Era muito trabalho", ela conta. "E não me ajudava muito".

O procedimento de renervação é parte de uma recente explosão de idéias novas e técnicas inovadoras que estão sendo exploradas enquanto os cientistas se esforçam por ajudar as pessoas a compensar melhor a perda de membros ou problemas de paralisia. O esforço vem sendo alimentado pelo aumento no número de amputações causado por diabetes e por ferimentos sofridos pelos militares, e ao mesmo tempo pelos avanços na tecnologia médica.

Os braços se tornaram um dos focos essenciais desse tipo de trabalho. A ciência há muito vem obtendo sucessos no desenvolvimento de próteses de perna, mas é muito mais difícil imitar a complexidade e a destreza das mãos e dos braços.

Os esforços em curso incluem o desenvolvimento de projetos de pele e braços mais sensíveis e mais flexíveis, e o uso de dispositivos acionados por controles sem fio implantado nos braços protéticos, que permitiriam movimentos mais naturais.

Os pesquisadores também vêm usando sensores implantados nos cérebros de cobaias para permitir que dois macacos controlem um braço mecânico, e um teste com um homem paralítico permitiu, com esse método, que ele movimentasse um cursor em uma tela de computador.

Alguns desses métodos, caso venham a ser aperfeiçoados plenamente e consigam aprovação das autoridades regulatórias da saúde, podem no futuro se tornar mais viáveis para os pacientes de amputações.

E embora a técnica da renervação não requeira aprovação das autoridades regulatórias porque é executada por meios cirúrgicos e emprega aparelhos já existentes, ela apresenta limitações que até mesmo seus criadores reconhecem, entre as quais o fato de que não se pode utilizá-la para todos os pacientes, o seu alto custo e o prazo de meses requerido para que os nervos reconectados cresçam e se tornem efetivos.

Ainda assim, os especialistas dizem que é o mais avançado sistema em uso hoje para pacientes reais que permite que o sistema nervoso controle diretamente o movimento de um braço artificial.

Desde sua introdução por Todd Kuiken, médico fisioterapeuta e engenheiro biomédico do Instituto de Reabilitação de Chicago, o método foi empregado em cerca de 30 pacientes nos Estados Unidos, Canadá e Europa, entre os quais oito soldados feridos no Iraque e no Afeganistão.

Muitos dos pacientes, entre os quais o primeiro, Jesse Sullivan, um operário do setor elétrico no Tennessee que perdeu os dois braços quando foi eletrocutado por um cabo, conseguem não apenas manipular seus braços protéticos mas sentir a presença das mãos que já não têm quando alguém toca em seus peitos.

Sullivan, 62 anos, e Kitts, estavam entre os cinco pacientes que participaram do estudo reportado na terça-feira. Em companhia de cinco outras pessoas que não passaram por amputações, eles receberam os eletrodos e foram instruídos a usar pensamentos para fazer com que um braço virtual na tela reproduzisse 10 movimentos diferentes, entre os quais três formas diferentes de aperto de mão.

Os pacientes apresentaram desempenho bastante respeitável, apenas um pouco mais lento e menos preciso do que os dos participantes que não tinham amputações.

"As velocidades de movimento que encontramos em nossos pacientes foram realmente encorajadoras", disse Kuiken. "Eles conseguiram completar a tarefa. É claro que não foram tão competentes quanto as pessoas dotadas de plena capacidade física, mas foram bons o bastante".

Um braço virtual foi usado porque a maioria das próteses existentes não era capaz de acomodar todos aqueles movimentos, no momento da pesquisa, ainda que Sullivan, Kitts e uma terceira paciente, Claudia Mitchell, tenham experimentado dois novos protótipos mais versáteis de braços artificiais, executando tarefas complexas com bolas de tênis e outros objetos.

O trabalho de renervação em soldados apresenta outros desafios, diz Kuiken, porque os ferimentos militares muitas vezes "causam danos muitos extensos" a nervos, músculos ou ossos.

Daniel Acosta, 25 anos, um aviador ferido pela detonação de uma bomba em uma estrada do Iraque em 2005, passou pelo procedimento no ano passado e diz que seu braço esquerdo protético agora se movimenta "muito mais rápido" e de maneira muito mais natural.

"A diferença é que agora não preciso mais pensar para mover o braço", ele diz. "Ele simplesmente se mexe".

Ainda assim, Acosta, de San Antonio, diz que "o processo foi bastante longo" e que os eletrodos precisam ser ajustados para receber os sinais à medida que os nervos crescem ou mudam de posição.

E embora elogiem o método, os especialistas afirmam que a ciência das próteses de braço ainda tem muito por avançar.

"Trata-se de uma parte crucial, mas ainda assim apenas uma parte, das muitas coisas que compreendem a função normal de um braço", disse Loeb, que escreveu um editorial que acompanha o artigo no Journal of the American Medical Association.

"No momento estamos a meio do caminho entre o braço de 'Dr. Fantástico', que fazia involuntariamente a saudação nazista, e o braço de Luke Skywalker em 'Guerra nas Estrelas', que funciona sem nenhum problema assim que é conectado. Creio que precisaremos ainda de muitos anos para conectar todas as peças necessárias a produzir um braço capaz de funcionar normalmente".

17:04
Anónimo disse...
A Espanha disse neste sábado que está preparando uma reclamação oficial contra a decisão da Venezuela de expulsar um membro do Parlamento Europeu que criticou o conselho eleitoral venezuelano.
Luis Herrero, membro do partido conservador espanhol PP, foi deportado na sexta-feira depois que o Conselho Nacional Eleitoral (CNE) o acusou de questionar a imparcialidade da instituição antes de um referendo que pode permitir ao presidente Hugo Chávez permanecer no cargo indefinidamente.

Herrero estava na Venezuela como observador do referendo. Ele acusou Chávez de ter "comportamentos típicos de um ditador" por pedir a contenção de manifestações da oposição.

O governo da Espanha convocou um encontro com o embaixador da Venezuela em Madri para expressar a desaprovação sobre a expulsão de Herrero, disse um representante do Ministério das Relações Exteriores espanhol.

As relações da Venezuela com a Espanha tiveram seu ponto crítico em 2007, quando Chávez ameaçou rever acordos diplomáticos e comerciais depois de ouvir um "cala a boca" do rei espanhol Juan Carlos durante uma cúpula.

A fenda foi oficialmente reparada em 2008, com uma visita oficial de Chávez à Espanha, onde ele cumprimentou o rei e discutiu acordos para investimento no setor petroquímico com o primeiro-ministro José Luis Rodriguez Zapatero.

17:06
Anónimo disse...
A polícia do Zimbábue anunciou neste sábado que acusa de traição Roy Bennett, dirigente do até agora opositor Movimento para a Mudança Democrática (MDC), detido na sexta-feira, em Harare, poucas horas antes da cerimônia de posse dos membros do novo gabinete.

"A Polícia nos informou que vão apresentar acusações de traição", disse à agência EFE o advogado de defesa de Bennett, Trust Maanda.

"Tentam relacionar Roy com o caso de Mike Hitschmann, que foi detido em 2006 em relação à descoberta de um carregamento de armas, apesar de que Hitschmann não tenha sido declarado culpado das acusações de traição apresentadas contra ele, mas de um crime menor de descumprimento de leis", disse Maanda.

O político opositor, designado por seu partido como vice-ministro de Agricultura no Governo de união nacional, esteve no exílio na vizinha África do Sul desde 2006 e retornou ao Zimbábue há duas semanas.

Segundo a Polícia, que deteve Bennett ontem no aeroporto de Harare quando pretendia ir à África do Sul para visitar sua família, as armas apreendidas em 2006 seriam utilizadas em um golpe de Estado para derrubar o presidente do Zimbábue, Robert Mugabe.

Depois da detenção, Bennet foi levado a Mutar, onde vários simpatizantes do MDC se concentraram em frente à delegacia na qual estava detido, diante do que a Polícia respondeu com tiros para o alto para dispersar os manifestantes.

17:07
Anónimo disse...
Austrália: 14 mil se candidatam a 'emprego dos sonhos'

A secretaria de Turismo de Queensland, na Austrália, informou que até esta segunda-feira já recebeu cerca de 14 mil inscrições para o "o melhor emprego do mundo". O Estado australiano promove pela internet seleção para vaga de "zelador" da ilha Hamilton, por seis meses com um salário de R$ 40 mil.

Muitos candidatos tiveram problemas durante a inscrição por conta dos acessos simultâneos ao site. A secretaria aconselha enviar os vídeos de 60s explicando porque deve ser escolhido em horários alternativos do dia, além de recomendar tamanho em torno de 40MB.

As inscrições começaram em 12 de janeiro e vão até o próximo dia 22 e podem ser feitas pelo site www.islandreefjob.com. O governo australiano escolherá 50 candidatos para a próxima fase da seleção, que terá votos do público para eleger um dos 11 finalistas.

A última fase terá entrevistas e desafios físicos, no próprio local de trabalho: as ilhas da Grande Barreira Coralina - o maior recife de coral do mundo. A secretaria de Turismo anunciará o vencedor no dia 6 de maio.

17:09
Anónimo disse...
Mercado elogia governo na crise, mas pede maior queda no juro

Peter Fussy
Direto de São Paulo

Desde as primeiras medidas anunciadas para combater os efeitos da crise, o governo brasileiro avisou que a estratégia não contemplaria um pacote. Seriam doses pontuais, de acordo com a necessidade da economia diante do agravamento das turbulências. Da primeira liberação dos depósitos compulsórios em setembro até a ampliação do seguro-desemprego na última quarta-feira, o governo passou por redução de impostos, ampliação de crédito e incentivos à exportação. Quase 150 dias após a primeira medida, o Terra conversou com líderes do setor público e privado, representantes dos trabalhadores, acadêmicos e com o próprio governo para saber quais destas ações foram mais eficazes, quais foram mais ineficientes e o que mais pode ser feito pelo Estado brasileiro contra a crise.

Os maiores elogios foram direcionados à atitude de reduzir o Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) para a indústria automobilística, anunciada em dezembro e que fez com que os emplacamentos de carros novos subissem 1,9% no primeiro mês do ano em relação a dezembro de 2008. Já as maiores críticas foram para a lentidão no corte da taxa básica de juro do País.

Para o presidente do conselho administrativo do Grupo Pão de Açúcar, Abílio Diniz, o Estado não é responsável pela crise e mesmo assim está agindo "com extrema serenidade e muito acerto". "O governo está atento, fazendo a sua parte. É preciso coragem de baixar firmemente a taxa de juros. É uma arma que temos a nosso favor, já que não há clima para inflação, nem possibilidade de danos para a macroeconomia", afirmou Diniz.

Na última reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), em janeiro, a taxa Selic foi reduzida em um ponto percentual, de 13,75% para 12,75% ao ano. Porém, o professor de economia da Universidade de Brasília (UnB) José Luiz Oreiro lembra que este corte representa uma redução de apenas 0,25 ponto percentual com relação à taxa de setembro do ano passado, quando a crise se agravou.

"Pouco antes da eclosão da crise, o Banco Central aumentou a taxa em 0,75 ponto. Foram cinco meses de demora para reduzir em termos líquidos apenas 0,25 ponto", afirmou o economista, que também sugeriu redução do intervalo de cerca de 90 dias entre as reuniões do Copom e o corte de pelo menos um 1 ponto percentual em cada reunião.

Mesmo com o corte de janeiro, a taxa de juros real continua sendo a maior do mundo, lembrou o secretário-geral da Força Sindical, João Carlos Gonçalves, o Juruna. "A redução da taxa de juro ainda é pequena, porque ela continua uma das mais altas do mundo. Falta ousadia para baixar os juros e ajudar o cidadão. A permanência da taxa de juro alta é negativa para o País em meio a crise", afirmou Juruna.

Embora aprove as ações do governo, o senador Aloízio Mercadante (PT-SP) também acredita que o patamar da Selic está muito alto. "Sempre fomos os primeiros a entrar em qualquer crise, o que não aconteceu agora. A taxa Selic ainda é muito alta, mas o governo têm tomado medidas acertadas, como o aumento do salário mínimo, mesmo com um cenário de crise. Isso ajuda a movimentar o consumo. O governo está se esforçando para manter os investimentos e o crescimento", disse.

Tributos
De acordo com o economista Fabio Pina, da Fecomercio-SP, as ações mais positivas estão relacionadas à redução de tributos para alguns segmentos, como a indústria automobilística, que recuperou parte da queda nas vendas em janeiro com a isenção do IPI para carros 1.0 l e o corte para demais motorizações. A medida vale até o final de março.

"Essas medidas não só reduziram o preço, mas anteciparam o consumo daqueles que iriam comprar no futuro, dando um prêmio por conta da insegurança. Mexe diretamente com o principal problema que é a confiança do consumidor", afirmou. Juruna destacou que um bom ritmo de vendas é garantia de emprego. "É importante porque cada emprego na montadora significa 19 na cadeia produtiva", comentou o representante da Força Sindical.

Também em dezembro, o governo decidiu cortar pela metade a alíquota do Imposto de Renda para contribuintes que ganham entre R$ 1.434 e R$ 2.150 mensais. "O salário aumentava e a tabela não se modificava. As pessoas ganhavam mais e pagavam mais impostos", apontou Juruna. Outra redução de tributos do governo foi com relação ao Imposto sobre Operações Financeiras (IOF), que caiu de 3% ao ano para 1,5%.

Crédito
Na segunda metade de 2008, o colapso de bancos nos Estados Unidos por conta da crise do subprime provocou uma forte restrição de crédito no mundo inteiro. Uma das primeiras medidas anticrise do governo teve como objetivo restabelecer a oferta, com mudanças no recolhimento dos depósitos compulsórios por parte dos bancos. Segundo o presidente do Banco Central, Henrique Meirelles, as diversas modificações liberaram US$ 99,2 bilhões aos bancos até o final de janeiro.

Além disso, o governo concedeu R$ 36 bilhões das reservas internacionais para empresas brasileiras com dívidas no exterior e uma medida provisória autorizou o Banco do Brasil e a Caixa Econômica Federal a comprar carteiras de crédito de bancos privados. Para o diretor do Departamento de Pesquisas e Estudos Econômicos da Fiesp, Paulo Francini, estas medidas foram essenciais para combater os efeitos da crise.

"A crise se desenvolve no mundo em torno do tema crédito. E o crédito reduziu-se barbaridade no mundo. Então o governo lança mão de compulsório, lança mão de reservas, de medidas que permitem aos bancos comprar carteiras de bancos. Você vai tomando várias medidas para atender às demandas e o epicentro disso é crédito", afirmou.

No entanto, Oreiro, da UnB, adverte que a liberação dos compulsórios seria mais eficiente acompanhada de redução mais agressiva da taxa básica de juro. "Uma parte do crédito voltou, depois da forte retração em outubro e novembro. O que deveria ter sido feito junto à liberação do compulsório era uma redução mais drástica da taxa de juro. Sem isso, os bancos pegam as reservas e acabam comprando títulos públicos", explicou o economista.

Na opinião de Pina, as ações de distribuição de crédito via redução do compulsório e a disposição de capital de giro para empresas foram tomadas sem um cuidado maior na operação e não tiveram muito efeito. "O BNDES tem linhas que ficam paradas quase todo o ano, agora é pior ainda. Existem os recursos, mas as empresas e os bancos estão desconfiados. É preciso fazer com que os bancos tenham interesse em emprestar", afirmou o economista da Fecomercio-SP.

Futuro
Mesmo com todas essas medidas, a crise financeira ainda gera incertezas nos setores produtivos do País. Nos últimos meses, o medo do desemprego fez os consumidores adiarem compras. Por sua vez, a queda nas vendas pode obrigar as indústrias a cortarem a produção e demitir funcionários. Contra isso, empresários sugerem redução de jornada e de salários.

"Isto está previsto em lei. A Fiesp simplesmente manteve conversações com entidades sindicais quanto à aplicação daquilo que já está previsto em lei", afirmou Francini.

Segundo a ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff, uma das medidas que assegura um nível de emprego é a manutenção de investimentos no Programa de Aceleração do Crescimento (PAC). "Estamos esperando que a dificuldade ocorra em janeiro, fevereiro e março. Estamos certos que vamos manter o nível de investimento. É isso que funciona, é isso que significa investimento público. Ele funciona como um colchão. Por isso, nós colocamos R$ 100 bilhões no BNDES e a Petrobras ampliou o seu investimento em R$ 120 bilhões", afirmou.

Na mesma linha, Pina explica que a antecipação de gastos do governo substitui parte da demanda retraída do setor privado. "Ele dá o seguinte recado: não vou estourar as contas públicas, mas concentrar em um momento em que a demanda privada está pequena. Mas o governo não tem fôlego suficiente para fazer o papel de toda demanda", ressaltou. O economista da Fecomercio lembrou que a entidade já pleiteou junto ao governo isenções para transferência de imóveis e de automóveis, além de retirar o IPVA para veículos novos.

Já Oreiro foca suas propostas na capitalização do Banco do Brasil e da Caixa Econômica Federal pelo Tesouro para atender a demanda de crédito para capital de giro e reduzir o spread. "Aumentando o empréstimo e reduzindo as taxas, os dois vão forçar os bancos privados a acompanhar o movimento, até para não perderem participação no mercado", explicou o economista da UnB.

Até o Carnaval, o governou prometeu detalhar um pacote de incentivos para a construção de até um milhão de casas populares, direcionado a famílias com renda de até dez salários mínimos. "Estamos atentos a tudo o que está acontecendo e novas medidas serão tomadas caso haja uma avaliação de que sejam necessárias", disse o ministro da Fazenda, Guido Mantega, na última sexta-feira.

17:11
Anónimo disse...
Ex-ministro critica extensão do seguro-desemprego

Atualizada às 09h03

O ex-ministro do Trabalho Almir Pazzianotto criticou a decisão do governo federal de conceder o seguro-desemprego estendido a apenas alguns setores. "É certamente odioso e provavelmente inconstitucional", disse Pazzianotto, de acordo com o jornal O Estado de S. Paulo.

Na última qurta, dia do anúncio da medida, centrais sindicais elogiaram a atitude do governo. A Força Sindical divulgou nota dizendo que "o aumento ajudará a aquecer parte da economia, já que irá gerar mais consumo, produção e conseqüentemente, a criação de novos postos de trabalho". A União Geral dos Trabalhadores (UGT) afirmou que a medida "contribuirá para minimizar o drama dos trabalhadores que perderem seu emprego por conta da crise".

O ex-ministro, que instituiu o seguro-desemprego no País no governo de José Sarney, destacou a necessidade de as centrais sindicais se manifestarem contra a determinação. Para ele, as mudanças devem ser aplicadas a todas as categorias profissionais e a distinção é contrária ao artigo 3º da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT).

Pazzianotto atribui a medida a um possível temor do governo de que a crise econômica seja longa e não haja dinheiro para atender a todas as necessidades. Ainda assim, ele se mostra contrário ao método de concessão. "O seguro-desemprego ajuda a sanar necessidades básicas. Estendê-lo é paliativo, não a solução", disse ao jornal.

De acordo com o presidente do Conselho Deliberativo do Fundo de Amparo ao Trabalhador (Codefat) e conselheiro da Força Sindical, Luiz Fernando Emediato, a determinação já estava prevista na lei 8.900/94, que trata do seguro-desemprego.

O presidente da Comissão de Trabalho da Câmara, Pedro Fernandes (PTB-MA) vai além na crítica à concessão do seguro para apenas alguns setores. Ele acredita que a ampliação do benefício estimula o desemprego.

Quintino Severo, secretário geral da Central Única dos Trabalhadores (CUT), lembra que a ampliação do benefício sem critério e identificação pode incentivar demissões em outros setores.

17:13
Anónimo disse...
Empresas
TAM faz promoção para destinos internacionais

A companhia aérea TAM anunciou nesta sexta-feira tarifas promocionais para trechos internacionais. Os preços valem para bilhetes comprados entre 6h deste sábado e 23h59 deste domingo e são válidos para classe econômica. As tarifas, para ida e volta, serão vendidas a partir de US$ 99, mais taxas.

Segundo a aérea, a promoção vale para viagens feitas no período de 14 de fevereiro a 18 de junho de 2009. Para destinos na América do Sul, a permanência mínima é de dois dias; para bilhetes com destino nos Estados Unidos, cinco dias; e Europa, sete dias. A permanência máxima para as passagens para América do Sul e EUA é de dois meses e para Europa, três meses.

Entre os exemplos de tarifas promocionais, a TAM oferece São Paulo-Lima por US$ 99. Bilhetes para a rota São Paulo-Santiago serão vendidos a partir de US$ 199 e São Paulo-Nova York, US$ 799.

A emissão dos bilhetes deve ser feita obrigatoriamente no ato da reserva, obedecendo às regras estipuladas pela companhia. A compra está sujeita à disponibilidade de assentos nas classes tarifárias determinadas, trechos, horários e datas. A TAM afirmou que também há tarifas promocionais para a classe executiva.

Mais informações podem ser encontradas no site promocional (www.ofertastam.com.br), no site da empresa (www.tam.com.br) ou pelos telefones 4002-5700 ou 0800 5705700.

17:13
Anónimo disse...
Empresas
Consultoria negocia compra do parque temático Hopi Hari

A consultoria especializada em reestruturação de empresas Íntegra Associados informou nesta sexta-feira ter um acordo para comprar o parque de diversões Hopi Hari, localizado no interior de São Paulo. A empresa estaria disposta a investir R$ 10 milhões no parque, que tem dívida estimada em R$ 800 milhões. As informações são da edição deste sábado do jornal Folha de S. Paulo.

De acordo com o jornal, a transação ainda depende da negociação entre o Hopi Hari e seus credores, o que já estaria em andamento.

A consultoria paulista já atuou junto à Parmalat, durante 30 meses, quando reorganizou a gestão da empresa italiana.

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17:14
Anónimo disse...
Empresas
Disney de Tóquio contratará mais 2 mil apesar da crise


A Oriental Land, o operador da Disneylândia Tóquio e DisneySea, organizou neste domingo entrevistas para contratar cerca de 2 mil trabalhadores em tempo parcial, em um momento de grandes demissões deste tipo de empregados no Japão.

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O operador deste parque temático, situado em Urayasu, na província de Chiba (leste de Tóquio), está em pleno processo de seleção de empregados para 20 tipos de postos trabalhistas diferentes.

Segundo a companhia, citada pela agência local de notícias Kyodo, o parque contratará novos trabalhadores para as atrações, para os restaurantes e guardas de segurança entre outros. Os novos contratados começarão a trabalhar a partir de fevereiro.

O processo de seleção acontece em um momento em que a maioria das grandes companhias japonesas começaram a se ver obrigadas a despedir uma elevada percentagem de seus trabalhadores temporários e a tempo parcial.

Algumas inclusive anunciaram demissões de seus trabalhadores fixos, uma medida muito pouco comum nas companhias japonesas, perante os efeitos piores que o esperado pela crise econômica global.

Cerca de uma centena de pessoas esperavam desde a primeira hora desta manhã a abertura do centro de conferências Tokyo International Forum, onde as entrevistas estão sendo feitas, para ser os primeiros a solicitar os postos de trabalho.


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17:15
Anónimo disse...
Economia Internacional
Senado dos EUA aprova plano de estímulo à economia

O Senado dos Estados Unidos aprovou com 60 votos a favor e 38 contra o plano de estímulo à economia de US$ 787 bilhões na madrugada deste sábado. Agora, ele segue para sanção ou veto do presidente Barack Obama, que espera colocar a lei em prática até o dia 16 de fevereiro.

O plano prevê a criação de três milhões de empregos, inclui cortes de impostos às famílias, fundos para programas sociais e obras públicas, além de ajuda aos governos estaduais, estudantes e desempregados.

A cláusula Buy American - que exige o uso de ferro, aço e produtos manufaturados dos Estados Unidos em obras realizadas com recursos do pacote - ficou de lado. Segundo o texto definitivo, a cláusula será aplicada sem violar as normas do comércio internacional.

Ontem à tarde, a Câmara de Representantes (deputados) havia aprovado, por 246 votos a favor e 183 contra, a versão final do plano. Todos os republicanos foram contrários ao pacote.

Pelo acordo de quarta-feira entre Câmara e Senado, em vez de custar US$ 819 bilhões, como queriam os deputados, ou US$ 838 bilhões como pretendiam os senadores, o pacote ficou em cerca de US$ 787 bilhões, com 65% desse total destinado a gastos do governo federal e 35%, a créditos tributários.

17:16
Anónimo disse...
Economia nacional
Na era Lula, aposentadoria sobe 54% menos que salário mínimo

Thatiane Faria
Especial para o Terra
Direto de São Paulo

Os índices de reajustes concedidos pelo governo em 2009 para aposentados e pensionistas e para o salário mínimo repetiram uma diferença que, só durante o governo de Luiz Inácio Lula da Silva, já chega a 54%. Enquanto o mínimo foi majorado em 12% este ano, as pensões e aposentadorias tiveram aumento de 5,92%. Aposentados que têm o benefício do governo como única fonte de renda reclamam que perdem poder de compra e que sua cesta de compras é composta por itens que aumentam mais em relação à inflação oficial.

Um exemplo prático pode ser entendido a partir da comparação entre um aposentado que ganhava R$ 600 em janeiro de 2003. Na época, o benefício era três vezes, ou 200%, maior que o valor do mínimo em vigência, que era de R$ 200. Aplicando-se os índices de reajuste para aposentadorias e para o mínimo durante os últimos seis anos, o mesmo aposentado estaria recebendo hoje R$ 938,47, comparado a um salário mínimo de R$ 465. A diferença entre os dois valores caiu para pouco mais de 100%.

Enquanto o índice acumulado de reajuste para a aposentadoria durante o governo Lula foi de 60%, para o salário mínimo está em 132%.

O diretor do Sindicato Nacional dos Aposentados, João Inocentini, reclama que os valores dos benefícios para aposentadorias não mantêm o poder de compra do grupo, principalmente dos aposentados que recebem menos que dez salários mínimos.

Nem mesmo o fato de o índice de reajuste das aposentadorias ter ficado acima da inflação acumulada no mesmo período (o IPCA entre janeiro de 2003 e janeiro de 2009 foi de 39,7%) serve de argumento, segundo os aposentados.

"Os idosos, principalmente, têm gastos além das contas gerais como gás, telefone e aluguel. Para eles o custo com remédios, e outros itens da área saúde costuma ser maior", afirmou Inocentini.

O presidente do sindicato afirmou que o grupo realiza um estudo com 100 itens de necessidade de um idoso para comparar o aumento dos produtos com o índice de reajuste do benefício recebido pelos aposentados.

"Daqui dois meses vamos abrir um processo na Justiça e levar essa pesquisa como prova. Segundo a lei, o governo é obrigado a manter o poder de compra com a aposentadoria", disse Inocentini.

Alternativas
O consultor financeiro Cláudio Boriola diz que os aposentados, especialmente nesse momento de crise econômica, devem evitar compras parceladas, pesquisar preços, negociar e fazer bom planejamento financeiro.

Segundo Boriola, alguns aposentados ganham um valor mensal muitas vezes insuficiente para o pagamento das contas e acabam pedindo crédito ou realizando pagamentos a prazo e são obrigados a pagar juros altos.

Na opinião do consultor, pagar uma previdência privada é uma alternativa indicada para quem ainda trabalha, considerando a característica de perda de poder de compra da aposentadoria.

"Na prática, infelizmente os valores encontram-se em um patamar que está deteriorando o poder de aquisição da população brasileira", completou Boriola.

De acordo com o diretor da Confederação Brasileira de Aposentados e Pensionistas (Cobap), Vicente Fernandes Barbosa, representantes dos aposentados tentarão um encontro com o presidente da Câmara, deputado Michel Temer (PMDB-SP), para discutir projetos que minimizem a perda dos aposentados

17:17
Anónimo disse...
Previdência
Previdência prorroga isenção de tarifas no benefício

O atual sistema de pagamento aos 26 milhões de aposentados e pensionistas do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) será mantido até o final deste ano. O acordo, que permite realizar a operação sem nenhum custo aos beneficiários, foi renovado nesta sexta-feira, entre o governo federal e 21 instituições financeiras.

Por meio desse acordo, vigente desde setembro de 2007, nem os segurados, nem os bancos e nem o governo arcam com o pagamento de tarifas, conforme explicou o ministro da Previdência Social, José Pimentel. A prorrogação vale até dezembro, data máxima para que a Previdência defina as regras para um novo contrato.

Ao assinar o termo de renovação, na sede da Federação Brasileira dos Bancos (Febraban), o ministro disse que a intenção do governo é mudar o atual modelo de gestão visando a reduzir os custos dessas operações em torno da folha mensal, que atinge R$ 15,8 bilhões. No entanto, qualquer alteração, conforme explicou, passará antes por audiências públicas a serem realizadas a partir do segundo semestre deste ano, atendendo a determinação do Tribunal de Contas da União (TCU).

De acordo com Pimentel, com um redesenho do mecanismo de repasse dos recursos aos bancos em torno da folha de pagamento dos segurados o que se busca é um aumento da participação de instituições financeiras. Ele informou que, desde 2007, cada benefício custa em média R$ 1,07 ao governo. "Quanto mais instituições financeiras estiverem prestando serviços à sociedade, maior é a competitividade, a agilidade no atendimento", justificou.

O ministro observou, ainda, que, para permitir uma redução para algo em torno de meia hora no tempo de atendimento para a concessão dos direitos previdenciários, o governo investiu R$ 280 milhões.

Questionado sobre o descontentamento dos segurados que ganham acima de um salário mínimo terem obtido apenas a correção com base na variação do Índice de Preços ao Consumidor (INPC) , ficando abaixo do reajuste dado a quem recebe apenas o mínimo, Pimentel argumentou que o governo seguiu o que determina a lei e descartou a possibilidade de uma revisão

17:17
Anónimo disse...
Empresas
Caterpillar oferece aposentadoria antecipada a 2 mil


A companhia americana Caterpillar ofereceu a cerca de dois mil funcionários incentivos para que se aposentem de forma voluntária antes do previsto, pela perspectiva de uma queda "significativa" da atividade industrial, informou nesta quarta-feira a empresa.

A iniciativa, destinada aos trabalhadores de diversas fábricas em Illinois, Colorado, Tennessee e Pensilvânia, se soma aos cortes de empregos anunciados em janeiro, explicou em comunicado de imprensa.

A empresa, a maior fabricante mundial de maquinaria pesada para a construção e a mineração, acrescentou que, "em função das condições de negócio, podem ser necessárias mais reduções de elenco voluntárias e involuntárias à medida que o ano avança".

O vice-presidente da companhia, Sid Banwart, explicou que a empresa prevê "demissões significativas em todas as regiões geográficas e na maioria dos setores devido às dificuldades da economia mundial".

17:18
Anónimo disse...
Comércio
Comércio exterior da OCDE caiu no 3º trimestre de 2008


As exportações e as importações dos países da Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Econômico (OCDE) caíram 1,6% e 0,2%, respectivamente, no terceiro trimestre de 2008, em relação aos três meses anteriores.

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Trata-se da primeira queda destas atividades desde o terceiro trimestre de 2006, segundo o último relatório trimestral sobre fluxos comerciais divulgado pela OCDE.

As exportações e as importações em dólares dos 30 Estados-membros caíram 15,6% e 17%, respectivamente, na comparação anualizada.

Por sua vez, o comércio dos sete países mais ricos do mundo (G7) teve um pequeno crescimento no terceiro trimestre de 2008 com uma queda das exportações de mercadorias de 0,2% em relação ao trimestre anterior e um aumento de 0,4% das importações.

Em termos anualizados, as importações do G7 caíram 1,4% entre julho e setembro do ano passado, seu primeiro retrocesso desde o terceiro trimestre de 2006, enquanto as exportações aumentaram 1,9%, seu crescimento mais baixo no mesmo tempo.

Por países, a Alemanha aumentou suas importações em 3,4% - valor mais alto do G7 -, enquanto suas exportações caíram 2,9% do segundo para o terceiro trimestre de 2008.

Pelo contrário, as exportações americanas aumentaram 1,8% entre julho e setembro de 2008, enquanto as importações caíram 0,7% em relação ao trimestre anterior. No Japão, tanto as importações quanto as exportações caíram em torno de 1% no mesmo período.

17:19
Anónimo disse...
Economia Nacional
Lula: juros de crédito consignado a aposentados são altos

Atualizada às 17h29

O presidente Luis Inácio Lula da Silva afirmou nesta terça-feira, em São Paulo, que está lutando para reduzir as taxas de juros cobradas de aposentados em crédito consignado. A Previdência Social estabelece uma taxa máxima de 2,5% para empréstimo e de 3,5% para cartão. Para Lula, os valores são altos.

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"Acho que o juro que os aposentados estão pagando hoje com o crédito consignado é alto para o padrão brasileiro", disse o presidente durante a cerimônia de comemoração dos 86 anos do INSS.

A Previdência anunciou nesta terça-feira que aposentados e trabalhadoras com licença-maternidade poderão receber seus benefícios em 30 minutos. De acordo com Lula, em junho, a aposentadoria do trabalhador rural também será conseguida em meia hora.

Além disso, o presidente anunciou que, também em junho, os trabalhadores que alcançarem o direito à aposentadoria passarão a receber em suas casas um comunicado da Previdência informando o fato e o valor do salário que têm direito a receber. "É um comprometimento público que estou fazendo com os companheiros da Previdência Social", disse.

"Estamos retribuindo ao contribuinte da Previdência Social aquilo que é a cidadania que ele tem direito", afirmou Lula. "Se para cobrar nós somos tão precisos, para devolver o dinheiro, temos que chegar próximo à perfeição", completou.

17:20
Anónimo disse...
Economia Nacional
Salário maternidade sairá em 30 minutos, diz ministro

Toda trabalhadora autônoma que tiver contribuído pelo menos 10 meses com o Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) - ou as que possuírem carteira assinada - poderão receber em 30 minutos o salário maternidade a partir desta terça-feira. Da mesma forma, as mulheres com 30 anos de contribuição e os homens com 35 anos também terão direito ao benefício de forma mais rápida. A informação é do ministro da Previdência Social, José Pimentel.

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Para requerer o salário maternidade, é preciso que as autônomas levem a carteira de identidade e o carnê de contribuição. As demais trabalhadoras devem apresentar a identificação e a carteira de trabalho. Desde o início do mês, a nova forma de análise para a concessão de benefícios foi adotada para a aposentadoria por idade do trabalhador urbano e agora foi estendida para o salário maternidade e por tempo de contribuição.

O ministro disse que a qualificação do serviço da previdência social é o reconhecimento do direito dos trabalhadores e da afirmação da cidadania.

"Até pouco tempo na cabeça do cidadão o serviço devia ser de péssima qualidade. Agora não, nós modificamos toda a legislação no mês de dezembro numa ação conjunta do Congresso Nacional com o governo federal. Estamos implantando e concedendo os benefícios em até 30 minutos", afirmou.

O ministro destacou que para conseguir se aposentar ou ter acesso à licença maternidade em 30 minutos, em primeiro lugar, é necessário que o cidadão esteja vinculado à Previdência, o que inclui 65% da população acima de 16 anos de idade.

"Depois bastar marcar pelo sistema 135 o dia e a hora do atendimento e levar a documentação. Se todos os dados necessários estiverem corretos o contribuinte será atendido em até 30 minutos, como vem sendo feito com as aposentadorias por idade desde o dia cinco de janeiro", explicou.

Pimentel disse ainda que em 90% das agências da previdência social o atendimento é marcado em até 48 horas. Nos grandes centros, entretanto existe um volume maior o que torna mais lento o processo.

"Estamos criando mais 715 agências até 2010, em todo o território nacional, para descentralizar o atendimento. Em 2008, atendemos 295 mil benefícios e aposentadorias por idade. Temos 4 mil pessoas por dia procurando e se aposentando por idade no território nacional

Os bombeiros combatem neste sábado os incêndios na Austrália favorecidos pelo bom tempo, enquanto os deslocados encotram em seu retorno casas derruídas, carros queimados nas ruas e destruição.

Depois de sete dias desde que começaram os incêndios no Estado de Victoria, a lista de mortos chega a 181, os desaparecidos somam 50, os edifícios destruídos totalizam 1,834 mil e o terreno arrasado, principalmente florestas, ocupa uma área de 4,13 mil quilômetros quadrados.

As equipes de bombeiros, formadas por 4 mil profissionais de Victoria, de outras partes da Austrália e de países amigos, combateram hoje 12 focos fora de controle e nenhum representava uma ameaça direta para a população.

O subdiretor do Serviço de Bombeiros, Geoff Conway, disse que este tempo favorável, que se prolongará durante o domingo, permite consolidar as linhas de contenção e avançar na extinção das chamas.

Cinzas apareceram arrastadas por ventos do nordeste sobre Melbourne, onde habitam 3,8 milhões de pessoas, e as autoridades alertaram aos cidadãos do risco para a saúde de idosos, crianças e pessoas com problemas respiratórios.

O número de pessoas deslocadas - a Cruz Vermelha chegou a receber 7 mil - começou a cair com a abertura de algumas localidades atingidas.

Os incêndios, alguns criminosos, começaram em 7 de fevereiro, quando a região sul da Austrália estava há duas semanas sob uma onda de calor sem precedentes.

Na sexta-feira passada, a polícia acusou uma pessoa de ter provocado o incêndio que atingiu a localidade de Churchill e matou 21 pessoas.
16:55
Anónimo disse...
A primeira chuva em seis dias reduziu a ameaça de incêndios no Estado de Victoria, ao sul da Austrália. As autoridades, porém, advertiram que ainda existem 12 focos, mas que nenhum deles ameaça áreas povoadas.

Mais de quatro mil bombeiros, mil provenientes de outras partes do país e de outras nações, trabalham contra o fogo. Cerca de 600 veículos e 28 helicópteros e pequenos aviões estão sendo usados.


Eles conseguiram construir linhas de contenção para evitar os incêndios de Yarra e Maroondah se juntassem. Também foram controlados os incêndios abertos de Yea e Murrindindi, que ameaçavam as comunidades de Connellys Creek, Crystal Creek, Scrubby Creek e Native Dog Creek.

O número de mortos chegou a 181, mas as autoridades acreditam que as vítimas devem passar de 200, já que ainda há muitos desaparecidos.
16:55
Anónimo disse...
Aqui nesta coluna, na semana passada, tive a oportunidade de comentar sobre a recente visita do professor brasileiro Pedrinho Guareschi à Austrália. Não dei, porém, os fatos, pois semana passada o assunto era outro.

Hoje, porém, vamos a eles.

No último dia 4 de fevereiro, aconteceu o Seminário "Paulo Freire: Education and Liberation", organizado pelo centro de estudos latino-americanos da Universidade Nacional da Austrália, ou ANU, como é mais conhecida por aqui.

A ANU, para quem não sabe, está entre as 20 melhores universidades do mundo! E tem sede aqui em Camberra, capital da Austrália.

Na abertura do evento, o professor John Minns, diretor do centro latino-americano, ao dar boas-vindas ao público presente, lembrou ser aquele o primeiro seminário exclusivamente dedicado a Paulo Freire na Austrália.

Em seguida, convidou Pedrinho Guareschi, palestrante principal do Seminário, a fazer sua apresentação.

A plateia pode então conhecer, pelas palavras de Pedrinho, um pouco da obra e da vida de Freire, esse brasileiro de fé e valor, que sempre acreditou na educação, sobretudo dos menos favorecidos, analfabetos, como força libertadora.

Como não podia deixar de ser, os conceitos e ideias revolucionários de Paulo Freire, expostos com clareza por Pedrinho, despertaram o interesse e a curiosidade de plateia. A qual, deve-se notar, era na maioria de estudantes, mas de várias nacionalidades, sobretudo australianos e asiáticos.

Na continuação do programa do seminário, que se estendeu por dois dias, outros professores fizeram palestras sobre temas ligados à obra de Paulo Freire.

Interessante, por exemplo, saber que a professora Anne Hickling-Hudson, jamaicana que mora na Austrália há muitos anos (é professora da ANU), conheceu e trabalhou com Freire num workshop educacional durante a revolução na Ilha de Granada, em 1980, antes da invasão dos Estados Unidos...

Ou, então, a palestra da Professora Gerda Roelvink, da Nova Zelândia, que participou do Fórum Social de Porto Alegre em 2005. E essa participação transformou-se em tema de doutorado.

No dia 10, terça-feira passada, o padre Pedrinho Guareschi voltou a falar ao público australiano em grande auditório localizado no belíssimo campus da ANU. Desta vez, sobre a Teologia da Libertação.

Depois da palestra, John Minns mostrou o filme mexicano "O Crime do Padre Amaro", no qual um dos personagens é um padre católico praticante da Teologia da Libertação.

Mais uma vez, foi grande o intersse da platéia, que pode aprender e conhecer um pouco como se desenvolveu aquele importante movimento católico na América Latina.

Fica, assim, ao Pedrinho, bem como a outros brasileiros estudiosos e de bom coração que saem pelo mundo a divulgar aspectos importantes da cultura brasileira, o respeito e a homenagem desta coluna. E... aquele abraço!
16:57
Anónimo disse...
Amanda Kitts perdeu o braço esquerdo em um acidente de automóvel acontecido três anos atrás, mas hoje em dia ela joga futebol americano com seu filho de 12 anos de idade, troca fraldas e abraça as crianças nas três creches Kiddie Cottage que opera em Knoxville, Tennessee. Kitts, 40 anos, faz tudo isso com a ajuda de um novo tipo de braço artificial que se movimenta com mais facilidade do que outros aparelhos e que ela pode controlar utilizando apenas seus pensamentos.

"Eu sou capaz de mexer a mão, o pulso e o cotovelo ao mesmo tempo", diz. "Você pensa e os músculos se movem em seguida".

A recuperação que ela conseguiu resulta de um novo procedimento que vem atraindo crescente atenção porque permite que pessoas movam braços protéticos de forma mais automática do que faziam no passado, simplesmente utilizando nervos reaproveitados em seus cérebros.

A técnica, conhecida como "renervação muscular dirigida", envolve utilizar os nervos que restam depois da amputação de um braço e conectá-los a outro músculo do corpo, em geral no peito. Eletrodos são instalados sobre os músculos do peito, e operam como se fossem antenas. Quando a pessoa deseja mover o braço, o cérebro envia sinais que primeiro resultam em contração dos músculos do peito, os quais enviam um sinal ao braço protético, instruindo-se a se movimentar. O processo não requer mais esforços consciente do que a pessoa teria de exercitar caso ainda tivesse seu braço natural.

Na terça-feira, pesquisadores reportaram em estudo publicado pela versão online do Journal of the American Medical Association que haviam levado a técnica ainda mais à frente, tornando possível a execução de 10 movimentos de mão, pulso e cotovelo diferentes, o que representa uma substancial melhora com relação ao típico repertório protético, que em geral envolve apenas dobrar o cotovelo, girar o pulso e abrir a mão.

"Os novos métodos tiveram impacto dramático em nosso campo de trabalho", disse Stuart Harshbarger, engenheiro biomédico na Universidade Johns Hopkins e diretor do programa de pesquisa sobre próteses, financiado pelas forças armadas, que inclui o trabalho com essa técnica. "O método já está em uso por médicos e cirurgiões comuns em todo o país. A capacidade de controlar um membro protético bastante robusto que ele confere surpreendeu a todos pela qualidade".

Tipicamente, uma pessoa que tenha um braço protético só é capaz de executar alguns poucos movimentos, e muitas vezes com tamanha lentidão que isso só permite a ela atividades limitadas.

Há um motor separado para cada movimento, diz Gerald Loeb, professor de engenharia biomédica na Universidade do Sul da Califórnia, "e esses motores precisam ser controlados de maneira explícita", usualmente por um esforço consciente da pessoa para contrair músculos nas costas ou no bíceps.

"Essencialmente, até agora os pacientes controlavam apenas um motor de cada vez", diz Loeb, "e precisavam pensar cuidadosamente sobre que motor desejavam controlar e como fazê-lo operar, em lugar de simplesmente pensarem em mover o braço e poderem fazê-lo sem delongas".

Antes que Kitts passasse pelo procedimento de renervação, em outubro de 2007, por exemplo, ela precisava movimentar os músculos de suas costas de determinada maneira para fazer com que seu pulso girasse, e flexionar seu bíceps e tríceps para fazer com que o cotovelo se movesse para cima e para baixo. "Era muito trabalho", ela conta. "E não me ajudava muito".

O procedimento de renervação é parte de uma recente explosão de idéias novas e técnicas inovadoras que estão sendo exploradas enquanto os cientistas se esforçam por ajudar as pessoas a compensar melhor a perda de membros ou problemas de paralisia. O esforço vem sendo alimentado pelo aumento no número de amputações causado por diabetes e por ferimentos sofridos pelos militares, e ao mesmo tempo pelos avanços na tecnologia médica.

Os braços se tornaram um dos focos essenciais desse tipo de trabalho. A ciência há muito vem obtendo sucessos no desenvolvimento de próteses de perna, mas é muito mais difícil imitar a complexidade e a destreza das mãos e dos braços.

Os esforços em curso incluem o desenvolvimento de projetos de pele e braços mais sensíveis e mais flexíveis, e o uso de dispositivos acionados por controles sem fio implantado nos braços protéticos, que permitiriam movimentos mais naturais.

Os pesquisadores também vêm usando sensores implantados nos cérebros de cobaias para permitir que dois macacos controlem um braço mecânico, e um teste com um homem paralítico permitiu, com esse método, que ele movimentasse um cursor em uma tela de computador.

Alguns desses métodos, caso venham a ser aperfeiçoados plenamente e consigam aprovação das autoridades regulatórias da saúde, podem no futuro se tornar mais viáveis para os pacientes de amputações.

E embora a técnica da renervação não requeira aprovação das autoridades regulatórias porque é executada por meios cirúrgicos e emprega aparelhos já existentes, ela apresenta limitações que até mesmo seus criadores reconhecem, entre as quais o fato de que não se pode utilizá-la para todos os pacientes, o seu alto custo e o prazo de meses requerido para que os nervos reconectados cresçam e se tornem efetivos.

Ainda assim, os especialistas dizem que é o mais avançado sistema em uso hoje para pacientes reais que permite que o sistema nervoso controle diretamente o movimento de um braço artificial.

Desde sua introdução por Todd Kuiken, médico fisioterapeuta e engenheiro biomédico do Instituto de Reabilitação de Chicago, o método foi empregado em cerca de 30 pacientes nos Estados Unidos, Canadá e Europa, entre os quais oito soldados feridos no Iraque e no Afeganistão.

Muitos dos pacientes, entre os quais o primeiro, Jesse Sullivan, um operário do setor elétrico no Tennessee que perdeu os dois braços quando foi eletrocutado por um cabo, conseguem não apenas manipular seus braços protéticos mas sentir a presença das mãos que já não têm quando alguém toca em seus peitos.

Sullivan, 62 anos, e Kitts, estavam entre os cinco pacientes que participaram do estudo reportado na terça-feira. Em companhia de cinco outras pessoas que não passaram por amputações, eles receberam os eletrodos e foram instruídos a usar pensamentos para fazer com que um braço virtual na tela reproduzisse 10 movimentos diferentes, entre os quais três formas diferentes de aperto de mão.

Os pacientes apresentaram desempenho bastante respeitável, apenas um pouco mais lento e menos preciso do que os dos participantes que não tinham amputações.

"As velocidades de movimento que encontramos em nossos pacientes foram realmente encorajadoras", disse Kuiken. "Eles conseguiram completar a tarefa. É claro que não foram tão competentes quanto as pessoas dotadas de plena capacidade física, mas foram bons o bastante".

Um braço virtual foi usado porque a maioria das próteses existentes não era capaz de acomodar todos aqueles movimentos, no momento da pesquisa, ainda que Sullivan, Kitts e uma terceira paciente, Claudia Mitchell, tenham experimentado dois novos protótipos mais versáteis de braços artificiais, executando tarefas complexas com bolas de tênis e outros objetos.

O trabalho de renervação em soldados apresenta outros desafios, diz Kuiken, porque os ferimentos militares muitas vezes "causam danos muitos extensos" a nervos, músculos ou ossos.

Daniel Acosta, 25 anos, um aviador ferido pela detonação de uma bomba em uma estrada do Iraque em 2005, passou pelo procedimento no ano passado e diz que seu braço esquerdo protético agora se movimenta "muito mais rápido" e de maneira muito mais natural.

"A diferença é que agora não preciso mais pensar para mover o braço", ele diz. "Ele simplesmente se mexe".

Ainda assim, Acosta, de San Antonio, diz que "o processo foi bastante longo" e que os eletrodos precisam ser ajustados para receber os sinais à medida que os nervos crescem ou mudam de posição.

E embora elogiem o método, os especialistas afirmam que a ciência das próteses de braço ainda tem muito por avançar.

"Trata-se de uma parte crucial, mas ainda assim apenas uma parte, das muitas coisas que compreendem a função normal de um braço", disse Loeb, que escreveu um editorial que acompanha o artigo no Journal of the American Medical Association.

"No momento estamos a meio do caminho entre o braço de 'Dr. Fantástico', que fazia involuntariamente a saudação nazista, e o braço de Luke Skywalker em 'Guerra nas Estrelas', que funciona sem nenhum problema assim que é conectado. Creio que precisaremos ainda de muitos anos para conectar todas as peças necessárias a produzir um braço capaz de funcionar normalmente".
17:04
Anónimo disse...
A Espanha disse neste sábado que está preparando uma reclamação oficial contra a decisão da Venezuela de expulsar um membro do Parlamento Europeu que criticou o conselho eleitoral venezuelano.
Luis Herrero, membro do partido conservador espanhol PP, foi deportado na sexta-feira depois que o Conselho Nacional Eleitoral (CNE) o acusou de questionar a imparcialidade da instituição antes de um referendo que pode permitir ao presidente Hugo Chávez permanecer no cargo indefinidamente.

Herrero estava na Venezuela como observador do referendo. Ele acusou Chávez de ter "comportamentos típicos de um ditador" por pedir a contenção de manifestações da oposição.

O governo da Espanha convocou um encontro com o embaixador da Venezuela em Madri para expressar a desaprovação sobre a expulsão de Herrero, disse um representante do Ministério das Relações Exteriores espanhol.

As relações da Venezuela com a Espanha tiveram seu ponto crítico em 2007, quando Chávez ameaçou rever acordos diplomáticos e comerciais depois de ouvir um "cala a boca" do rei espanhol Juan Carlos durante uma cúpula.

A fenda foi oficialmente reparada em 2008, com uma visita oficial de Chávez à Espanha, onde ele cumprimentou o rei e discutiu acordos para investimento no setor petroquímico com o primeiro-ministro José Luis Rodriguez Zapatero.
17:06
Anónimo disse...
A polícia do Zimbábue anunciou neste sábado que acusa de traição Roy Bennett, dirigente do até agora opositor Movimento para a Mudança Democrática (MDC), detido na sexta-feira, em Harare, poucas horas antes da cerimônia de posse dos membros do novo gabinete.

"A Polícia nos informou que vão apresentar acusações de traição", disse à agência EFE o advogado de defesa de Bennett, Trust Maanda.

"Tentam relacionar Roy com o caso de Mike Hitschmann, que foi detido em 2006 em relação à descoberta de um carregamento de armas, apesar de que Hitschmann não tenha sido declarado culpado das acusações de traição apresentadas contra ele, mas de um crime menor de descumprimento de leis", disse Maanda.

O político opositor, designado por seu partido como vice-ministro de Agricultura no Governo de união nacional, esteve no exílio na vizinha África do Sul desde 2006 e retornou ao Zimbábue há duas semanas.

Segundo a Polícia, que deteve Bennett ontem no aeroporto de Harare quando pretendia ir à África do Sul para visitar sua família, as armas apreendidas em 2006 seriam utilizadas em um golpe de Estado para derrubar o presidente do Zimbábue, Robert Mugabe.

Depois da detenção, Bennet foi levado a Mutar, onde vários simpatizantes do MDC se concentraram em frente à delegacia na qual estava detido, diante do que a Polícia respondeu com tiros para o alto para dispersar os manifestantes.
17:07
Anónimo disse...
Austrália: 14 mil se candidatam a 'emprego dos sonhos'

A secretaria de Turismo de Queensland, na Austrália, informou que até esta segunda-feira já recebeu cerca de 14 mil inscrições para o "o melhor emprego do mundo". O Estado australiano promove pela internet seleção para vaga de "zelador" da ilha Hamilton, por seis meses com um salário de R$ 40 mil.

Muitos candidatos tiveram problemas durante a inscrição por conta dos acessos simultâneos ao site. A secretaria aconselha enviar os vídeos de 60s explicando porque deve ser escolhido em horários alternativos do dia, além de recomendar tamanho em torno de 40MB.

As inscrições começaram em 12 de janeiro e vão até o próximo dia 22 e podem ser feitas pelo site www.islandreefjob.com. O governo australiano escolherá 50 candidatos para a próxima fase da seleção, que terá votos do público para eleger um dos 11 finalistas.

A última fase terá entrevistas e desafios físicos, no próprio local de trabalho: as ilhas da Grande Barreira Coralina - o maior recife de coral do mundo. A secretaria de Turismo anunciará o vencedor no dia 6 de maio.
17:09
Anónimo disse...
Mercado elogia governo na crise, mas pede maior queda no juro

Peter Fussy
Direto de São Paulo

Desde as primeiras medidas anunciadas para combater os efeitos da crise, o governo brasileiro avisou que a estratégia não contemplaria um pacote. Seriam doses pontuais, de acordo com a necessidade da economia diante do agravamento das turbulências. Da primeira liberação dos depósitos compulsórios em setembro até a ampliação do seguro-desemprego na última quarta-feira, o governo passou por redução de impostos, ampliação de crédito e incentivos à exportação. Quase 150 dias após a primeira medida, o Terra conversou com líderes do setor público e privado, representantes dos trabalhadores, acadêmicos e com o próprio governo para saber quais destas ações foram mais eficazes, quais foram mais ineficientes e o que mais pode ser feito pelo Estado brasileiro contra a crise.

Os maiores elogios foram direcionados à atitude de reduzir o Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) para a indústria automobilística, anunciada em dezembro e que fez com que os emplacamentos de carros novos subissem 1,9% no primeiro mês do ano em relação a dezembro de 2008. Já as maiores críticas foram para a lentidão no corte da taxa básica de juro do País.

Para o presidente do conselho administrativo do Grupo Pão de Açúcar, Abílio Diniz, o Estado não é responsável pela crise e mesmo assim está agindo "com extrema serenidade e muito acerto". "O governo está atento, fazendo a sua parte. É preciso coragem de baixar firmemente a taxa de juros. É uma arma que temos a nosso favor, já que não há clima para inflação, nem possibilidade de danos para a macroeconomia", afirmou Diniz.

Na última reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), em janeiro, a taxa Selic foi reduzida em um ponto percentual, de 13,75% para 12,75% ao ano. Porém, o professor de economia da Universidade de Brasília (UnB) José Luiz Oreiro lembra que este corte representa uma redução de apenas 0,25 ponto percentual com relação à taxa de setembro do ano passado, quando a crise se agravou.

"Pouco antes da eclosão da crise, o Banco Central aumentou a taxa em 0,75 ponto. Foram cinco meses de demora para reduzir em termos líquidos apenas 0,25 ponto", afirmou o economista, que também sugeriu redução do intervalo de cerca de 90 dias entre as reuniões do Copom e o corte de pelo menos um 1 ponto percentual em cada reunião.

Mesmo com o corte de janeiro, a taxa de juros real continua sendo a maior do mundo, lembrou o secretário-geral da Força Sindical, João Carlos Gonçalves, o Juruna. "A redução da taxa de juro ainda é pequena, porque ela continua uma das mais altas do mundo. Falta ousadia para baixar os juros e ajudar o cidadão. A permanência da taxa de juro alta é negativa para o País em meio a crise", afirmou Juruna.

Embora aprove as ações do governo, o senador Aloízio Mercadante (PT-SP) também acredita que o patamar da Selic está muito alto. "Sempre fomos os primeiros a entrar em qualquer crise, o que não aconteceu agora. A taxa Selic ainda é muito alta, mas o governo têm tomado medidas acertadas, como o aumento do salário mínimo, mesmo com um cenário de crise. Isso ajuda a movimentar o consumo. O governo está se esforçando para manter os investimentos e o crescimento", disse.

Tributos
De acordo com o economista Fabio Pina, da Fecomercio-SP, as ações mais positivas estão relacionadas à redução de tributos para alguns segmentos, como a indústria automobilística, que recuperou parte da queda nas vendas em janeiro com a isenção do IPI para carros 1.0 l e o corte para demais motorizações. A medida vale até o final de março.

"Essas medidas não só reduziram o preço, mas anteciparam o consumo daqueles que iriam comprar no futuro, dando um prêmio por conta da insegurança. Mexe diretamente com o principal problema que é a confiança do consumidor", afirmou. Juruna destacou que um bom ritmo de vendas é garantia de emprego. "É importante porque cada emprego na montadora significa 19 na cadeia produtiva", comentou o representante da Força Sindical.

Também em dezembro, o governo decidiu cortar pela metade a alíquota do Imposto de Renda para contribuintes que ganham entre R$ 1.434 e R$ 2.150 mensais. "O salário aumentava e a tabela não se modificava. As pessoas ganhavam mais e pagavam mais impostos", apontou Juruna. Outra redução de tributos do governo foi com relação ao Imposto sobre Operações Financeiras (IOF), que caiu de 3% ao ano para 1,5%.

Crédito
Na segunda metade de 2008, o colapso de bancos nos Estados Unidos por conta da crise do subprime provocou uma forte restrição de crédito no mundo inteiro. Uma das primeiras medidas anticrise do governo teve como objetivo restabelecer a oferta, com mudanças no recolhimento dos depósitos compulsórios por parte dos bancos. Segundo o presidente do Banco Central, Henrique Meirelles, as diversas modificações liberaram US$ 99,2 bilhões aos bancos até o final de janeiro.

Além disso, o governo concedeu R$ 36 bilhões das reservas internacionais para empresas brasileiras com dívidas no exterior e uma medida provisória autorizou o Banco do Brasil e a Caixa Econômica Federal a comprar carteiras de crédito de bancos privados. Para o diretor do Departamento de Pesquisas e Estudos Econômicos da Fiesp, Paulo Francini, estas medidas foram essenciais para combater os efeitos da crise.

"A crise se desenvolve no mundo em torno do tema crédito. E o crédito reduziu-se barbaridade no mundo. Então o governo lança mão de compulsório, lança mão de reservas, de medidas que permitem aos bancos comprar carteiras de bancos. Você vai tomando várias medidas para atender às demandas e o epicentro disso é crédito", afirmou.

No entanto, Oreiro, da UnB, adverte que a liberação dos compulsórios seria mais eficiente acompanhada de redução mais agressiva da taxa básica de juro. "Uma parte do crédito voltou, depois da forte retração em outubro e novembro. O que deveria ter sido feito junto à liberação do compulsório era uma redução mais drástica da taxa de juro. Sem isso, os bancos pegam as reservas e acabam comprando títulos públicos", explicou o economista.

Na opinião de Pina, as ações de distribuição de crédito via redução do compulsório e a disposição de capital de giro para empresas foram tomadas sem um cuidado maior na operação e não tiveram muito efeito. "O BNDES tem linhas que ficam paradas quase todo o ano, agora é pior ainda. Existem os recursos, mas as empresas e os bancos estão desconfiados. É preciso fazer com que os bancos tenham interesse em emprestar", afirmou o economista da Fecomercio-SP.

Futuro
Mesmo com todas essas medidas, a crise financeira ainda gera incertezas nos setores produtivos do País. Nos últimos meses, o medo do desemprego fez os consumidores adiarem compras. Por sua vez, a queda nas vendas pode obrigar as indústrias a cortarem a produção e demitir funcionários. Contra isso, empresários sugerem redução de jornada e de salários.

"Isto está previsto em lei. A Fiesp simplesmente manteve conversações com entidades sindicais quanto à aplicação daquilo que já está previsto em lei", afirmou Francini.

Segundo a ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff, uma das medidas que assegura um nível de emprego é a manutenção de investimentos no Programa de Aceleração do Crescimento (PAC). "Estamos esperando que a dificuldade ocorra em janeiro, fevereiro e março. Estamos certos que vamos manter o nível de investimento. É isso que funciona, é isso que significa investimento público. Ele funciona como um colchão. Por isso, nós colocamos R$ 100 bilhões no BNDES e a Petrobras ampliou o seu investimento em R$ 120 bilhões", afirmou.

Na mesma linha, Pina explica que a antecipação de gastos do governo substitui parte da demanda retraída do setor privado. "Ele dá o seguinte recado: não vou estourar as contas públicas, mas concentrar em um momento em que a demanda privada está pequena. Mas o governo não tem fôlego suficiente para fazer o papel de toda demanda", ressaltou. O economista da Fecomercio lembrou que a entidade já pleiteou junto ao governo isenções para transferência de imóveis e de automóveis, além de retirar o IPVA para veículos novos.

Já Oreiro foca suas propostas na capitalização do Banco do Brasil e da Caixa Econômica Federal pelo Tesouro para atender a demanda de crédito para capital de giro e reduzir o spread. "Aumentando o empréstimo e reduzindo as taxas, os dois vão forçar os bancos privados a acompanhar o movimento, até para não perderem participação no mercado", explicou o economista da UnB.

Até o Carnaval, o governou prometeu detalhar um pacote de incentivos para a construção de até um milhão de casas populares, direcionado a famílias com renda de até dez salários mínimos. "Estamos atentos a tudo o que está acontecendo e novas medidas serão tomadas caso haja uma avaliação de que sejam necessárias", disse o ministro da Fazenda, Guido Mantega, na última sexta-feira.
17:11
Anónimo disse...
Ex-ministro critica extensão do seguro-desemprego

Atualizada às 09h03

O ex-ministro do Trabalho Almir Pazzianotto criticou a decisão do governo federal de conceder o seguro-desemprego estendido a apenas alguns setores. "É certamente odioso e provavelmente inconstitucional", disse Pazzianotto, de acordo com o jornal O Estado de S. Paulo.

Na última qurta, dia do anúncio da medida, centrais sindicais elogiaram a atitude do governo. A Força Sindical divulgou nota dizendo que "o aumento ajudará a aquecer parte da economia, já que irá gerar mais consumo, produção e conseqüentemente, a criação de novos postos de trabalho". A União Geral dos Trabalhadores (UGT) afirmou que a medida "contribuirá para minimizar o drama dos trabalhadores que perderem seu emprego por conta da crise".

O ex-ministro, que instituiu o seguro-desemprego no País no governo de José Sarney, destacou a necessidade de as centrais sindicais se manifestarem contra a determinação. Para ele, as mudanças devem ser aplicadas a todas as categorias profissionais e a distinção é contrária ao artigo 3º da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT).

Pazzianotto atribui a medida a um possível temor do governo de que a crise econômica seja longa e não haja dinheiro para atender a todas as necessidades. Ainda assim, ele se mostra contrário ao método de concessão. "O seguro-desemprego ajuda a sanar necessidades básicas. Estendê-lo é paliativo, não a solução", disse ao jornal.

De acordo com o presidente do Conselho Deliberativo do Fundo de Amparo ao Trabalhador (Codefat) e conselheiro da Força Sindical, Luiz Fernando Emediato, a determinação já estava prevista na lei 8.900/94, que trata do seguro-desemprego.

O presidente da Comissão de Trabalho da Câmara, Pedro Fernandes (PTB-MA) vai além na crítica à concessão do seguro para apenas alguns setores. Ele acredita que a ampliação do benefício estimula o desemprego.

Quintino Severo, secretário geral da Central Única dos Trabalhadores (CUT), lembra que a ampliação do benefício sem critério e identificação pode incentivar demissões em outros setores.
17:13
Anónimo disse...
Empresas
TAM faz promoção para destinos internacionais

A companhia aérea TAM anunciou nesta sexta-feira tarifas promocionais para trechos internacionais. Os preços valem para bilhetes comprados entre 6h deste sábado e 23h59 deste domingo e são válidos para classe econômica. As tarifas, para ida e volta, serão vendidas a partir de US$ 99, mais taxas.

Segundo a aérea, a promoção vale para viagens feitas no período de 14 de fevereiro a 18 de junho de 2009. Para destinos na América do Sul, a permanência mínima é de dois dias; para bilhetes com destino nos Estados Unidos, cinco dias; e Europa, sete dias. A permanência máxima para as passagens para América do Sul e EUA é de dois meses e para Europa, três meses.

Entre os exemplos de tarifas promocionais, a TAM oferece São Paulo-Lima por US$ 99. Bilhetes para a rota São Paulo-Santiago serão vendidos a partir de US$ 199 e São Paulo-Nova York, US$ 799.

A emissão dos bilhetes deve ser feita obrigatoriamente no ato da reserva, obedecendo às regras estipuladas pela companhia. A compra está sujeita à disponibilidade de assentos nas classes tarifárias determinadas, trechos, horários e datas. A TAM afirmou que também há tarifas promocionais para a classe executiva.

Mais informações podem ser encontradas no site promocional (www.ofertastam.com.br), no site da empresa (www.tam.com.br) ou pelos telefones 4002-5700 ou 0800 5705700.
17:13
Anónimo disse...
Empresas
Consultoria negocia compra do parque temático Hopi Hari

A consultoria especializada em reestruturação de empresas Íntegra Associados informou nesta sexta-feira ter um acordo para comprar o parque de diversões Hopi Hari, localizado no interior de São Paulo. A empresa estaria disposta a investir R$ 10 milhões no parque, que tem dívida estimada em R$ 800 milhões. As informações são da edição deste sábado do jornal Folha de S. Paulo.

De acordo com o jornal, a transação ainda depende da negociação entre o Hopi Hari e seus credores, o que já estaria em andamento.

A consultoria paulista já atuou junto à Parmalat, durante 30 meses, quando reorganizou a gestão da empresa italiana.

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17:14
Anónimo disse...
Empresas
Disney de Tóquio contratará mais 2 mil apesar da crise


A Oriental Land, o operador da Disneylândia Tóquio e DisneySea, organizou neste domingo entrevistas para contratar cerca de 2 mil trabalhadores em tempo parcial, em um momento de grandes demissões deste tipo de empregados no Japão.

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O operador deste parque temático, situado em Urayasu, na província de Chiba (leste de Tóquio), está em pleno processo de seleção de empregados para 20 tipos de postos trabalhistas diferentes.

Segundo a companhia, citada pela agência local de notícias Kyodo, o parque contratará novos trabalhadores para as atrações, para os restaurantes e guardas de segurança entre outros. Os novos contratados começarão a trabalhar a partir de fevereiro.

O processo de seleção acontece em um momento em que a maioria das grandes companhias japonesas começaram a se ver obrigadas a despedir uma elevada percentagem de seus trabalhadores temporários e a tempo parcial.

Algumas inclusive anunciaram demissões de seus trabalhadores fixos, uma medida muito pouco comum nas companhias japonesas, perante os efeitos piores que o esperado pela crise econômica global.

Cerca de uma centena de pessoas esperavam desde a primeira hora desta manhã a abertura do centro de conferências Tokyo International Forum, onde as entrevistas estão sendo feitas, para ser os primeiros a solicitar os postos de trabalho.


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17:15
Anónimo disse...
Economia Internacional
Senado dos EUA aprova plano de estímulo à economia

O Senado dos Estados Unidos aprovou com 60 votos a favor e 38 contra o plano de estímulo à economia de US$ 787 bilhões na madrugada deste sábado. Agora, ele segue para sanção ou veto do presidente Barack Obama, que espera colocar a lei em prática até o dia 16 de fevereiro.

O plano prevê a criação de três milhões de empregos, inclui cortes de impostos às famílias, fundos para programas sociais e obras públicas, além de ajuda aos governos estaduais, estudantes e desempregados.

A cláusula Buy American - que exige o uso de ferro, aço e produtos manufaturados dos Estados Unidos em obras realizadas com recursos do pacote - ficou de lado. Segundo o texto definitivo, a cláusula será aplicada sem violar as normas do comércio internacional.

Ontem à tarde, a Câmara de Representantes (deputados) havia aprovado, por 246 votos a favor e 183 contra, a versão final do plano. Todos os republicanos foram contrários ao pacote.

Pelo acordo de quarta-feira entre Câmara e Senado, em vez de custar US$ 819 bilhões, como queriam os deputados, ou US$ 838 bilhões como pretendiam os senadores, o pacote ficou em cerca de US$ 787 bilhões, com 65% desse total destinado a gastos do governo federal e 35%, a créditos tributários.
17:16
Anónimo disse...
Economia nacional
Na era Lula, aposentadoria sobe 54% menos que salário mínimo

Thatiane Faria
Especial para o Terra
Direto de São Paulo

Os índices de reajustes concedidos pelo governo em 2009 para aposentados e pensionistas e para o salário mínimo repetiram uma diferença que, só durante o governo de Luiz Inácio Lula da Silva, já chega a 54%. Enquanto o mínimo foi majorado em 12% este ano, as pensões e aposentadorias tiveram aumento de 5,92%. Aposentados que têm o benefício do governo como única fonte de renda reclamam que perdem poder de compra e que sua cesta de compras é composta por itens que aumentam mais em relação à inflação oficial.

Um exemplo prático pode ser entendido a partir da comparação entre um aposentado que ganhava R$ 600 em janeiro de 2003. Na época, o benefício era três vezes, ou 200%, maior que o valor do mínimo em vigência, que era de R$ 200. Aplicando-se os índices de reajuste para aposentadorias e para o mínimo durante os últimos seis anos, o mesmo aposentado estaria recebendo hoje R$ 938,47, comparado a um salário mínimo de R$ 465. A diferença entre os dois valores caiu para pouco mais de 100%.

Enquanto o índice acumulado de reajuste para a aposentadoria durante o governo Lula foi de 60%, para o salário mínimo está em 132%.

O diretor do Sindicato Nacional dos Aposentados, João Inocentini, reclama que os valores dos benefícios para aposentadorias não mantêm o poder de compra do grupo, principalmente dos aposentados que recebem menos que dez salários mínimos.

Nem mesmo o fato de o índice de reajuste das aposentadorias ter ficado acima da inflação acumulada no mesmo período (o IPCA entre janeiro de 2003 e janeiro de 2009 foi de 39,7%) serve de argumento, segundo os aposentados.

"Os idosos, principalmente, têm gastos além das contas gerais como gás, telefone e aluguel. Para eles o custo com remédios, e outros itens da área saúde costuma ser maior", afirmou Inocentini.

O presidente do sindicato afirmou que o grupo realiza um estudo com 100 itens de necessidade de um idoso para comparar o aumento dos produtos com o índice de reajuste do benefício recebido pelos aposentados.

"Daqui dois meses vamos abrir um processo na Justiça e levar essa pesquisa como prova. Segundo a lei, o governo é obrigado a manter o poder de compra com a aposentadoria", disse Inocentini.

Alternativas
O consultor financeiro Cláudio Boriola diz que os aposentados, especialmente nesse momento de crise econômica, devem evitar compras parceladas, pesquisar preços, negociar e fazer bom planejamento financeiro.

Segundo Boriola, alguns aposentados ganham um valor mensal muitas vezes insuficiente para o pagamento das contas e acabam pedindo crédito ou realizando pagamentos a prazo e são obrigados a pagar juros altos.

Na opinião do consultor, pagar uma previdência privada é uma alternativa indicada para quem ainda trabalha, considerando a característica de perda de poder de compra da aposentadoria.

"Na prática, infelizmente os valores encontram-se em um patamar que está deteriorando o poder de aquisição da população brasileira", completou Boriola.

De acordo com o diretor da Confederação Brasileira de Aposentados e Pensionistas (Cobap), Vicente Fernandes Barbosa, representantes dos aposentados tentarão um encontro com o presidente da Câmara, deputado Michel Temer (PMDB-SP), para discutir projetos que minimizem a perda dos aposentados
17:17
Anónimo disse...
Previdência
Previdência prorroga isenção de tarifas no benefício

O atual sistema de pagamento aos 26 milhões de aposentados e pensionistas do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) será mantido até o final deste ano. O acordo, que permite realizar a operação sem nenhum custo aos beneficiários, foi renovado nesta sexta-feira, entre o governo federal e 21 instituições financeiras.

Por meio desse acordo, vigente desde setembro de 2007, nem os segurados, nem os bancos e nem o governo arcam com o pagamento de tarifas, conforme explicou o ministro da Previdência Social, José Pimentel. A prorrogação vale até dezembro, data máxima para que a Previdência defina as regras para um novo contrato.

Ao assinar o termo de renovação, na sede da Federação Brasileira dos Bancos (Febraban), o ministro disse que a intenção do governo é mudar o atual modelo de gestão visando a reduzir os custos dessas operações em torno da folha mensal, que atinge R$ 15,8 bilhões. No entanto, qualquer alteração, conforme explicou, passará antes por audiências públicas a serem realizadas a partir do segundo semestre deste ano, atendendo a determinação do Tribunal de Contas da União (TCU).

De acordo com Pimentel, com um redesenho do mecanismo de repasse dos recursos aos bancos em torno da folha de pagamento dos segurados o que se busca é um aumento da participação de instituições financeiras. Ele informou que, desde 2007, cada benefício custa em média R$ 1,07 ao governo. "Quanto mais instituições financeiras estiverem prestando serviços à sociedade, maior é a competitividade, a agilidade no atendimento", justificou.

O ministro observou, ainda, que, para permitir uma redução para algo em torno de meia hora no tempo de atendimento para a concessão dos direitos previdenciários, o governo investiu R$ 280 milhões.

Questionado sobre o descontentamento dos segurados que ganham acima de um salário mínimo terem obtido apenas a correção com base na variação do Índice de Preços ao Consumidor (INPC) , ficando abaixo do reajuste dado a quem recebe apenas o mínimo, Pimentel argumentou que o governo seguiu o que determina a lei e descartou a possibilidade de uma revisão
17:17
Anónimo disse...
Empresas
Caterpillar oferece aposentadoria antecipada a 2 mil


A companhia americana Caterpillar ofereceu a cerca de dois mil funcionários incentivos para que se aposentem de forma voluntária antes do previsto, pela perspectiva de uma queda "significativa" da atividade industrial, informou nesta quarta-feira a empresa.

A iniciativa, destinada aos trabalhadores de diversas fábricas em Illinois, Colorado, Tennessee e Pensilvânia, se soma aos cortes de empregos anunciados em janeiro, explicou em comunicado de imprensa.

A empresa, a maior fabricante mundial de maquinaria pesada para a construção e a mineração, acrescentou que, "em função das condições de negócio, podem ser necessárias mais reduções de elenco voluntárias e involuntárias à medida que o ano avança".

O vice-presidente da companhia, Sid Banwart, explicou que a empresa prevê "demissões significativas em todas as regiões geográficas e na maioria dos setores devido às dificuldades da economia mundial".
17:18
Anónimo disse...
Comércio
Comércio exterior da OCDE caiu no 3º trimestre de 2008


As exportações e as importações dos países da Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Econômico (OCDE) caíram 1,6% e 0,2%, respectivamente, no terceiro trimestre de 2008, em relação aos três meses anteriores.

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Trata-se da primeira queda destas atividades desde o terceiro trimestre de 2006, segundo o último relatório trimestral sobre fluxos comerciais divulgado pela OCDE.

As exportações e as importações em dólares dos 30 Estados-membros caíram 15,6% e 17%, respectivamente, na comparação anualizada.

Por sua vez, o comércio dos sete países mais ricos do mundo (G7) teve um pequeno crescimento no terceiro trimestre de 2008 com uma queda das exportações de mercadorias de 0,2% em relação ao trimestre anterior e um aumento de 0,4% das importações.

Em termos anualizados, as importações do G7 caíram 1,4% entre julho e setembro do ano passado, seu primeiro retrocesso desde o terceiro trimestre de 2006, enquanto as exportações aumentaram 1,9%, seu crescimento mais baixo no mesmo tempo.

Por países, a Alemanha aumentou suas importações em 3,4% - valor mais alto do G7 -, enquanto suas exportações caíram 2,9% do segundo para o terceiro trimestre de 2008.

Pelo contrário, as exportações americanas aumentaram 1,8% entre julho e setembro de 2008, enquanto as importações caíram 0,7% em relação ao trimestre anterior. No Japão, tanto as importações quanto as exportações caíram em torno de 1% no mesmo período.
17:19
Anónimo disse...
Economia Nacional
Lula: juros de crédito consignado a aposentados são altos

Atualizada às 17h29

O presidente Luis Inácio Lula da Silva afirmou nesta terça-feira, em São Paulo, que está lutando para reduzir as taxas de juros cobradas de aposentados em crédito consignado. A Previdência Social estabelece uma taxa máxima de 2,5% para empréstimo e de 3,5% para cartão. Para Lula, os valores são altos.

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"Acho que o juro que os aposentados estão pagando hoje com o crédito consignado é alto para o padrão brasileiro", disse o presidente durante a cerimônia de comemoração dos 86 anos do INSS.

A Previdência anunciou nesta terça-feira que aposentados e trabalhadoras com licença-maternidade poderão receber seus benefícios em 30 minutos. De acordo com Lula, em junho, a aposentadoria do trabalhador rural também será conseguida em meia hora.

Além disso, o presidente anunciou que, também em junho, os trabalhadores que alcançarem o direito à aposentadoria passarão a receber em suas casas um comunicado da Previdência informando o fato e o valor do salário que têm direito a receber. "É um comprometimento público que estou fazendo com os companheiros da Previdência Social", disse.

"Estamos retribuindo ao contribuinte da Previdência Social aquilo que é a cidadania que ele tem direito", afirmou Lula. "Se para cobrar nós somos tão precisos, para devolver o dinheiro, temos que chegar próximo à perfeição", completou.
17:20
Anónimo disse...
Economia Nacional
Salário maternidade sairá em 30 minutos, diz ministro

Toda trabalhadora autônoma que tiver contribuído pelo menos 10 meses com o Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) - ou as que possuírem carteira assinada - poderão receber em 30 minutos o salário maternidade a partir desta terça-feira. Da mesma forma, as mulheres com 30 anos de contribuição e os homens com 35 anos também terão direito ao benefício de forma mais rápida. A informação é do ministro da Previdência Social, José Pimentel.

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Para requerer o salário maternidade, é preciso que as autônomas levem a carteira de identidade e o carnê de contribuição. As demais trabalhadoras devem apresentar a identificação e a carteira de trabalho. Desde o início do mês, a nova forma de análise para a concessão de benefícios foi adotada para a aposentadoria por idade do trabalhador urbano e agora foi estendida para o salário maternidade e por tempo de contribuição.

O ministro disse que a qualificação do serviço da previdência social é o reconhecimento do direito dos trabalhadores e da afirmação da cidadania.

"Até pouco tempo na cabeça do cidadão o serviço devia ser de péssima qualidade. Agora não, nós modificamos toda a legislação no mês de dezembro numa ação conjunta do Congresso Nacional com o governo federal. Estamos implantando e concedendo os benefícios em até 30 minutos", afirmou.

O ministro destacou que para conseguir se aposentar ou ter acesso à licença maternidade em 30 minutos, em primeiro lugar, é necessário que o cidadão esteja vinculado à Previdência, o que inclui 65% da população acima de 16 anos de idade.

"Depois bastar marcar pelo sistema 135 o dia e a hora do atendimento e levar a documentação. Se todos os dados necessários estiverem corretos o contribuinte será atendido em até 30 minutos, como vem sendo feito com as aposentadorias por idade desde o dia cinco de janeiro", explicou.

Pimentel disse ainda que em 90% das agências da previdência social o atendimento é marcado em até 48 horas. Nos grandes centros, entretanto existe um volume maior o que torna mais lento o processo.

"Estamos criando mais 715 agências até 2010, em todo o território nacional, para descentralizar o atendimento. Em 2008, atendemos 295 mil benefícios e aposentadorias por idade. Temos 4 mil pessoas por dia procurando e se aposentando por idade no território nacional. Este serviço será agilizado", concluiu.
17:21
Anónimo disse...
Giuseppe Englaro, pai de Eluana, a italiana que morreu na segunda-feira passada por desidratação, recusou uma grande soma de dinheiro de um conhecido fotógrafo italiano que queria retratar a filha em estado de coma, disse neste sábado o neurologista que atendia a mulher desde 1996, Carlo Defanti.

O neurologista, que participou hoje de uma conferência sobre eutanásia, disse que Englaro respeitou a vontade da filha, que, antes do acidente, tinha pedido que, se lhe ocorresse qualquer coisa irreversível, apresentasse sua imagem de quando estava em boas condições.

Antes de sofrer o acidente de trânsito, em 1992, Eluana viveu o coma de um amigo, Alessandro, o que causou forte impacto na italiana e a levou a fazer o pai prometer que não a deixasse viver em estado vegetativo, disse o próprio Giuseppe Englaro.

Defanti, que dissera que Eluana poderia viver de dez a 12 dias depois da suspensão da alimentação e da hidratação, disse que, como médico, tinha que reprovar esta afirmação.

"Não se pode sobreviver após três ou quatro dias sem líquido e, em particular, água em um corpo. Sabemos bem que, quando há um terremoto, após quatro dias é difícil encontrar sobreviventes".

Defanti ressaltou que Eluana "não falava, não se comunicava com o exterior" e que, após vários exames, "nos deparamos com uma moça que tinha perdido a consciência", porque estava com o córtex cerebral prejudicado.

Eluana foi enterrada na quinta-feira passada no túmulo da família na localidade de Paluzza, em Udine, após um funeral que não contou com a presença dos pais.

16:53
Anónimo disse...
Os bombeiros combatem neste sábado os incêndios na Austrália favorecidos pelo bom tempo, enquanto os deslocados encotram em seu retorno casas derruídas, carros queimados nas ruas e destruição.

Depois de sete dias desde que começaram os incêndios no Estado de Victoria, a lista de mortos chega a 181, os desaparecidos somam 50, os edifícios destruídos totalizam 1,834 mil e o terreno arrasado, principalmente florestas, ocupa uma área de 4,13 mil quilômetros quadrados.

As equipes de bombeiros, formadas por 4 mil profissionais de Victoria, de outras partes da Austrália e de países amigos, combateram hoje 12 focos fora de controle e nenhum representava uma ameaça direta para a população.

O subdiretor do Serviço de Bombeiros, Geoff Conway, disse que este tempo favorável, que se prolongará durante o domingo, permite consolidar as linhas de contenção e avançar na extinção das chamas.

Cinzas apareceram arrastadas por ventos do nordeste sobre Melbourne, onde habitam 3,8 milhões de pessoas, e as autoridades alertaram aos cidadãos do risco para a saúde de idosos, crianças e pessoas com problemas respiratórios.

O número de pessoas deslocadas - a Cruz Vermelha chegou a receber 7 mil - começou a cair com a abertura de algumas localidades atingidas.

Os incêndios, alguns criminosos, começaram em 7 de fevereiro, quando a região sul da Austrália estava há duas semanas sob uma onda de calor sem precedentes.

Na sexta-feira passada, a polícia acusou uma pessoa de ter provocado o incêndio que atingiu a localidade de Churchill e matou 21 pessoas.

16:55
Anónimo disse...
A primeira chuva em seis dias reduziu a ameaça de incêndios no Estado de Victoria, ao sul da Austrália. As autoridades, porém, advertiram que ainda existem 12 focos, mas que nenhum deles ameaça áreas povoadas.

Mais de quatro mil bombeiros, mil provenientes de outras partes do país e de outras nações, trabalham contra o fogo. Cerca de 600 veículos e 28 helicópteros e pequenos aviões estão sendo usados.


Eles conseguiram construir linhas de contenção para evitar os incêndios de Yarra e Maroondah se juntassem. Também foram controlados os incêndios abertos de Yea e Murrindindi, que ameaçavam as comunidades de Connellys Creek, Crystal Creek, Scrubby Creek e Native Dog Creek.

O número de mortos chegou a 181, mas as autoridades acreditam que as vítimas devem passar de 200, já que ainda há muitos desaparecidos.

16:55
Anónimo disse...
Aqui nesta coluna, na semana passada, tive a oportunidade de comentar sobre a recente visita do professor brasileiro Pedrinho Guareschi à Austrália. Não dei, porém, os fatos, pois semana passada o assunto era outro.

Hoje, porém, vamos a eles.

No último dia 4 de fevereiro, aconteceu o Seminário "Paulo Freire: Education and Liberation", organizado pelo centro de estudos latino-americanos da Universidade Nacional da Austrália, ou ANU, como é mais conhecida por aqui.

A ANU, para quem não sabe, está entre as 20 melhores universidades do mundo! E tem sede aqui em Camberra, capital da Austrália.

Na abertura do evento, o professor John Minns, diretor do centro latino-americano, ao dar boas-vindas ao público presente, lembrou ser aquele o primeiro seminário exclusivamente dedicado a Paulo Freire na Austrália.

Em seguida, convidou Pedrinho Guareschi, palestrante principal do Seminário, a fazer sua apresentação.

A plateia pode então conhecer, pelas palavras de Pedrinho, um pouco da obra e da vida de Freire, esse brasileiro de fé e valor, que sempre acreditou na educação, sobretudo dos menos favorecidos, analfabetos, como força libertadora.

Como não podia deixar de ser, os conceitos e ideias revolucionários de Paulo Freire, expostos com clareza por Pedrinho, despertaram o interesse e a curiosidade de plateia. A qual, deve-se notar, era na maioria de estudantes, mas de várias nacionalidades, sobretudo australianos e asiáticos.

Na continuação do programa do seminário, que se estendeu por dois dias, outros professores fizeram palestras sobre temas ligados à obra de Paulo Freire.

Interessante, por exemplo, saber que a professora Anne Hickling-Hudson, jamaicana que mora na Austrália há muitos anos (é professora da ANU), conheceu e trabalhou com Freire num workshop educacional durante a revolução na Ilha de Granada, em 1980, antes da invasão dos Estados Unidos...

Ou, então, a palestra da Professora Gerda Roelvink, da Nova Zelândia, que participou do Fórum Social de Porto Alegre em 2005. E essa participação transformou-se em tema de doutorado.

No dia 10, terça-feira passada, o padre Pedrinho Guareschi voltou a falar ao público australiano em grande auditório localizado no belíssimo campus da ANU. Desta vez, sobre a Teologia da Libertação.

Depois da palestra, John Minns mostrou o filme mexicano "O Crime do Padre Amaro", no qual um dos personagens é um padre católico praticante da Teologia da Libertação.

Mais uma vez, foi grande o intersse da platéia, que pode aprender e conhecer um pouco como se desenvolveu aquele importante movimento católico na América Latina.

Fica, assim, ao Pedrinho, bem como a outros brasileiros estudiosos e de bom coração que saem pelo mundo a divulgar aspectos importantes da cultura brasileira, o respeito e a homenagem desta coluna. E... aquele abraço!

16:57
Anónimo disse...
Amanda Kitts perdeu o braço esquerdo em um acidente de automóvel acontecido três anos atrás, mas hoje em dia ela joga futebol americano com seu filho de 12 anos de idade, troca fraldas e abraça as crianças nas três creches Kiddie Cottage que opera em Knoxville, Tennessee. Kitts, 40 anos, faz tudo isso com a ajuda de um novo tipo de braço artificial que se movimenta com mais facilidade do que outros aparelhos e que ela pode controlar utilizando apenas seus pensamentos.

"Eu sou capaz de mexer a mão, o pulso e o cotovelo ao mesmo tempo", diz. "Você pensa e os músculos se movem em seguida".

A recuperação que ela conseguiu resulta de um novo procedimento que vem atraindo crescente atenção porque permite que pessoas movam braços protéticos de forma mais automática do que faziam no passado, simplesmente utilizando nervos reaproveitados em seus cérebros.

A técnica, conhecida como "renervação muscular dirigida", envolve utilizar os nervos que restam depois da amputação de um braço e conectá-los a outro músculo do corpo, em geral no peito. Eletrodos são instalados sobre os músculos do peito, e operam como se fossem antenas. Quando a pessoa deseja mover o braço, o cérebro envia sinais que primeiro resultam em contração dos músculos do peito, os quais enviam um sinal ao braço protético, instruindo-se a se movimentar. O processo não requer mais esforços consciente do que a pessoa teria de exercitar caso ainda tivesse seu braço natural.

Na terça-feira, pesquisadores reportaram em estudo publicado pela versão online do Journal of the American Medical Association que haviam levado a técnica ainda mais à frente, tornando possível a execução de 10 movimentos de mão, pulso e cotovelo diferentes, o que representa uma substancial melhora com relação ao típico repertório protético, que em geral envolve apenas dobrar o cotovelo, girar o pulso e abrir a mão.

"Os novos métodos tiveram impacto dramático em nosso campo de trabalho", disse Stuart Harshbarger, engenheiro biomédico na Universidade Johns Hopkins e diretor do programa de pesquisa sobre próteses, financiado pelas forças armadas, que inclui o trabalho com essa técnica. "O método já está em uso por médicos e cirurgiões comuns em todo o país. A capacidade de controlar um membro protético bastante robusto que ele confere surpreendeu a todos pela qualidade".

Tipicamente, uma pessoa que tenha um braço protético só é capaz de executar alguns poucos movimentos, e muitas vezes com tamanha lentidão que isso só permite a ela atividades limitadas.

Há um motor separado para cada movimento, diz Gerald Loeb, professor de engenharia biomédica na Universidade do Sul da Califórnia, "e esses motores precisam ser controlados de maneira explícita", usualmente por um esforço consciente da pessoa para contrair músculos nas costas ou no bíceps.

"Essencialmente, até agora os pacientes controlavam apenas um motor de cada vez", diz Loeb, "e precisavam pensar cuidadosamente sobre que motor desejavam controlar e como fazê-lo operar, em lugar de simplesmente pensarem em mover o braço e poderem fazê-lo sem delongas".

Antes que Kitts passasse pelo procedimento de renervação, em outubro de 2007, por exemplo, ela precisava movimentar os músculos de suas costas de determinada maneira para fazer com que seu pulso girasse, e flexionar seu bíceps e tríceps para fazer com que o cotovelo se movesse para cima e para baixo. "Era muito trabalho", ela conta. "E não me ajudava muito".

O procedimento de renervação é parte de uma recente explosão de idéias novas e técnicas inovadoras que estão sendo exploradas enquanto os cientistas se esforçam por ajudar as pessoas a compensar melhor a perda de membros ou problemas de paralisia. O esforço vem sendo alimentado pelo aumento no número de amputações causado por diabetes e por ferimentos sofridos pelos militares, e ao mesmo tempo pelos avanços na tecnologia médica.

Os braços se tornaram um dos focos essenciais desse tipo de trabalho. A ciência há muito vem obtendo sucessos no desenvolvimento de próteses de perna, mas é muito mais difícil imitar a complexidade e a destreza das mãos e dos braços.

Os esforços em curso incluem o desenvolvimento de projetos de pele e braços mais sensíveis e mais flexíveis, e o uso de dispositivos acionados por controles sem fio implantado nos braços protéticos, que permitiriam movimentos mais naturais.

Os pesquisadores também vêm usando sensores implantados nos cérebros de cobaias para permitir que dois macacos controlem um braço mecânico, e um teste com um homem paralítico permitiu, com esse método, que ele movimentasse um cursor em uma tela de computador.

Alguns desses métodos, caso venham a ser aperfeiçoados plenamente e consigam aprovação das autoridades regulatórias da saúde, podem no futuro se tornar mais viáveis para os pacientes de amputações.

E embora a técnica da renervação não requeira aprovação das autoridades regulatórias porque é executada por meios cirúrgicos e emprega aparelhos já existentes, ela apresenta limitações que até mesmo seus criadores reconhecem, entre as quais o fato de que não se pode utilizá-la para todos os pacientes, o seu alto custo e o prazo de meses requerido para que os nervos reconectados cresçam e se tornem efetivos.

Ainda assim, os especialistas dizem que é o mais avançado sistema em uso hoje para pacientes reais que permite que o sistema nervoso controle diretamente o movimento de um braço artificial.

Desde sua introdução por Todd Kuiken, médico fisioterapeuta e engenheiro biomédico do Instituto de Reabilitação de Chicago, o método foi empregado em cerca de 30 pacientes nos Estados Unidos, Canadá e Europa, entre os quais oito soldados feridos no Iraque e no Afeganistão.

Muitos dos pacientes, entre os quais o primeiro, Jesse Sullivan, um operário do setor elétrico no Tennessee que perdeu os dois braços quando foi eletrocutado por um cabo, conseguem não apenas manipular seus braços protéticos mas sentir a presença das mãos que já não têm quando alguém toca em seus peitos.

Sullivan, 62 anos, e Kitts, estavam entre os cinco pacientes que participaram do estudo reportado na terça-feira. Em companhia de cinco outras pessoas que não passaram por amputações, eles receberam os eletrodos e foram instruídos a usar pensamentos para fazer com que um braço virtual na tela reproduzisse 10 movimentos diferentes, entre os quais três formas diferentes de aperto de mão.

Os pacientes apresentaram desempenho bastante respeitável, apenas um pouco mais lento e menos preciso do que os dos participantes que não tinham amputações.

"As velocidades de movimento que encontramos em nossos pacientes foram realmente encorajadoras", disse Kuiken. "Eles conseguiram completar a tarefa. É claro que não foram tão competentes quanto as pessoas dotadas de plena capacidade física, mas foram bons o bastante".

Um braço virtual foi usado porque a maioria das próteses existentes não era capaz de acomodar todos aqueles movimentos, no momento da pesquisa, ainda que Sullivan, Kitts e uma terceira paciente, Claudia Mitchell, tenham experimentado dois novos protótipos mais versáteis de braços artificiais, executando tarefas complexas com bolas de tênis e outros objetos.

O trabalho de renervação em soldados apresenta outros desafios, diz Kuiken, porque os ferimentos militares muitas vezes "causam danos muitos extensos" a nervos, músculos ou ossos.

Daniel Acosta, 25 anos, um aviador ferido pela detonação de uma bomba em uma estrada do Iraque em 2005, passou pelo procedimento no ano passado e diz que seu braço esquerdo protético agora se movimenta "muito mais rápido" e de maneira muito mais natural.

"A diferença é que agora não preciso mais pensar para mover o braço", ele diz. "Ele simplesmente se mexe".

Ainda assim, Acosta, de San Antonio, diz que "o processo foi bastante longo" e que os eletrodos precisam ser ajustados para receber os sinais à medida que os nervos crescem ou mudam de posição.

E embora elogiem o método, os especialistas afirmam que a ciência das próteses de braço ainda tem muito por avançar.

"Trata-se de uma parte crucial, mas ainda assim apenas uma parte, das muitas coisas que compreendem a função normal de um braço", disse Loeb, que escreveu um editorial que acompanha o artigo no Journal of the American Medical Association.

"No momento estamos a meio do caminho entre o braço de 'Dr. Fantástico', que fazia involuntariamente a saudação nazista, e o braço de Luke Skywalker em 'Guerra nas Estrelas', que funciona sem nenhum problema assim que é conectado. Creio que precisaremos ainda de muitos anos para conectar todas as peças necessárias a produzir um braço capaz de funcionar normalmente".

17:04
Anónimo disse...
A Espanha disse neste sábado que está preparando uma reclamação oficial contra a decisão da Venezuela de expulsar um membro do Parlamento Europeu que criticou o conselho eleitoral venezuelano.
Luis Herrero, membro do partido conservador espanhol PP, foi deportado na sexta-feira depois que o Conselho Nacional Eleitoral (CNE) o acusou de questionar a imparcialidade da instituição antes de um referendo que pode permitir ao presidente Hugo Chávez permanecer no cargo indefinidamente.

Herrero estava na Venezuela como observador do referendo. Ele acusou Chávez de ter "comportamentos típicos de um ditador" por pedir a contenção de manifestações da oposição.

O governo da Espanha convocou um encontro com o embaixador da Venezuela em Madri para expressar a desaprovação sobre a expulsão de Herrero, disse um representante do Ministério das Relações Exteriores espanhol.

As relações da Venezuela com a Espanha tiveram seu ponto crítico em 2007, quando Chávez ameaçou rever acordos diplomáticos e comerciais depois de ouvir um "cala a boca" do rei espanhol Juan Carlos durante uma cúpula.

A fenda foi oficialmente reparada em 2008, com uma visita oficial de Chávez à Espanha, onde ele cumprimentou o rei e discutiu acordos para investimento no setor petroquímico com o primeiro-ministro José Luis Rodriguez Zapatero.

17:06
Anónimo disse...
A polícia do Zimbábue anunciou neste sábado que acusa de traição Roy Bennett, dirigente do até agora opositor Movimento para a Mudança Democrática (MDC), detido na sexta-feira, em Harare, poucas horas antes da cerimônia de posse dos membros do novo gabinete.

"A Polícia nos informou que vão apresentar acusações de traição", disse à agência EFE o advogado de defesa de Bennett, Trust Maanda.

"Tentam relacionar Roy com o caso de Mike Hitschmann, que foi detido em 2006 em relação à descoberta de um carregamento de armas, apesar de que Hitschmann não tenha sido declarado culpado das acusações de traição apresentadas contra ele, mas de um crime menor de descumprimento de leis", disse Maanda.

O político opositor, designado por seu partido como vice-ministro de Agricultura no Governo de união nacional, esteve no exílio na vizinha África do Sul desde 2006 e retornou ao Zimbábue há duas semanas.

Segundo a Polícia, que deteve Bennett ontem no aeroporto de Harare quando pretendia ir à África do Sul para visitar sua família, as armas apreendidas em 2006 seriam utilizadas em um golpe de Estado para derrubar o presidente do Zimbábue, Robert Mugabe.

Depois da detenção, Bennet foi levado a Mutar, onde vários simpatizantes do MDC se concentraram em frente à delegacia na qual estava detido, diante do que a Polícia respondeu com tiros para o alto para dispersar os manifestantes.

17:07
Anónimo disse...
Austrália: 14 mil se candidatam a 'emprego dos sonhos'

A secretaria de Turismo de Queensland, na Austrália, informou que até esta segunda-feira já recebeu cerca de 14 mil inscrições para o "o melhor emprego do mundo". O Estado australiano promove pela internet seleção para vaga de "zelador" da ilha Hamilton, por seis meses com um salário de R$ 40 mil.

Muitos candidatos tiveram problemas durante a inscrição por conta dos acessos simultâneos ao site. A secretaria aconselha enviar os vídeos de 60s explicando porque deve ser escolhido em horários alternativos do dia, além de recomendar tamanho em torno de 40MB.

As inscrições começaram em 12 de janeiro e vão até o próximo dia 22 e podem ser feitas pelo site www.islandreefjob.com. O governo australiano escolherá 50 candidatos para a próxima fase da seleção, que terá votos do público para eleger um dos 11 finalistas.

A última fase terá entrevistas e desafios físicos, no próprio local de trabalho: as ilhas da Grande Barreira Coralina - o maior recife de coral do mundo. A secretaria de Turismo anunciará o vencedor no dia 6 de maio.

17:09
Anónimo disse...
Mercado elogia governo na crise, mas pede maior queda no juro

Peter Fussy
Direto de São Paulo

Desde as primeiras medidas anunciadas para combater os efeitos da crise, o governo brasileiro avisou que a estratégia não contemplaria um pacote. Seriam doses pontuais, de acordo com a necessidade da economia diante do agravamento das turbulências. Da primeira liberação dos depósitos compulsórios em setembro até a ampliação do seguro-desemprego na última quarta-feira, o governo passou por redução de impostos, ampliação de crédito e incentivos à exportação. Quase 150 dias após a primeira medida, o Terra conversou com líderes do setor público e privado, representantes dos trabalhadores, acadêmicos e com o próprio governo para saber quais destas ações foram mais eficazes, quais foram mais ineficientes e o que mais pode ser feito pelo Estado brasileiro contra a crise.

Os maiores elogios foram direcionados à atitude de reduzir o Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) para a indústria automobilística, anunciada em dezembro e que fez com que os emplacamentos de carros novos subissem 1,9% no primeiro mês do ano em relação a dezembro de 2008. Já as maiores críticas foram para a lentidão no corte da taxa básica de juro do País.

Para o presidente do conselho administrativo do Grupo Pão de Açúcar, Abílio Diniz, o Estado não é responsável pela crise e mesmo assim está agindo "com extrema serenidade e muito acerto". "O governo está atento, fazendo a sua parte. É preciso coragem de baixar firmemente a taxa de juros. É uma arma que temos a nosso favor, já que não há clima para inflação, nem possibilidade de danos para a macroeconomia", afirmou Diniz.

Na última reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), em janeiro, a taxa Selic foi reduzida em um ponto percentual, de 13,75% para 12,75% ao ano. Porém, o professor de economia da Universidade de Brasília (UnB) José Luiz Oreiro lembra que este corte representa uma redução de apenas 0,25 ponto percentual com relação à taxa de setembro do ano passado, quando a crise se agravou.

"Pouco antes da eclosão da crise, o Banco Central aumentou a taxa em 0,75 ponto. Foram cinco meses de demora para reduzir em termos líquidos apenas 0,25 ponto", afirmou o economista, que também sugeriu redução do intervalo de cerca de 90 dias entre as reuniões do Copom e o corte de pelo menos um 1 ponto percentual em cada reunião.

Mesmo com o corte de janeiro, a taxa de juros real continua sendo a maior do mundo, lembrou o secretário-geral da Força Sindical, João Carlos Gonçalves, o Juruna. "A redução da taxa de juro ainda é pequena, porque ela continua uma das mais altas do mundo. Falta ousadia para baixar os juros e ajudar o cidadão. A permanência da taxa de juro alta é negativa para o País em meio a crise", afirmou Juruna.

Embora aprove as ações do governo, o senador Aloízio Mercadante (PT-SP) também acredita que o patamar da Selic está muito alto. "Sempre fomos os primeiros a entrar em qualquer crise, o que não aconteceu agora. A taxa Selic ainda é muito alta, mas o governo têm tomado medidas acertadas, como o aumento do salário mínimo, mesmo com um cenário de crise. Isso ajuda a movimentar o consumo. O governo está se esforçando para manter os investimentos e o crescimento", disse.

Tributos
De acordo com o economista Fabio Pina, da Fecomercio-SP, as ações mais positivas estão relacionadas à redução de tributos para alguns segmentos, como a indústria automobilística, que recuperou parte da queda nas vendas em janeiro com a isenção do IPI para carros 1.0 l e o corte para demais motorizações. A medida vale até o final de março.

"Essas medidas não só reduziram o preço, mas anteciparam o consumo daqueles que iriam comprar no futuro, dando um prêmio por conta da insegurança. Mexe diretamente com o principal problema que é a confiança do consumidor", afirmou. Juruna destacou que um bom ritmo de vendas é garantia de emprego. "É importante porque cada emprego na montadora significa 19 na cadeia produtiva", comentou o representante da Força Sindical.

Também em dezembro, o governo decidiu cortar pela metade a alíquota do Imposto de Renda para contribuintes que ganham entre R$ 1.434 e R$ 2.150 mensais. "O salário aumentava e a tabela não se modificava. As pessoas ganhavam mais e pagavam mais impostos", apontou Juruna. Outra redução de tributos do governo foi com relação ao Imposto sobre Operações Financeiras (IOF), que caiu de 3% ao ano para 1,5%.

Crédito
Na segunda metade de 2008, o colapso de bancos nos Estados Unidos por conta da crise do subprime provocou uma forte restrição de crédito no mundo inteiro. Uma das primeiras medidas anticrise do governo teve como objetivo restabelecer a oferta, com mudanças no recolhimento dos depósitos compulsórios por parte dos bancos. Segundo o presidente do Banco Central, Henrique Meirelles, as diversas modificações liberaram US$ 99,2 bilhões aos bancos até o final de janeiro.

Além disso, o governo concedeu R$ 36 bilhões das reservas internacionais para empresas brasileiras com dívidas no exterior e uma medida provisória autorizou o Banco do Brasil e a Caixa Econômica Federal a comprar carteiras de crédito de bancos privados. Para o diretor do Departamento de Pesquisas e Estudos Econômicos da Fiesp, Paulo Francini, estas medidas foram essenciais para combater os efeitos da crise.

"A crise se desenvolve no mundo em torno do tema crédito. E o crédito reduziu-se barbaridade no mundo. Então o governo lança mão de compulsório, lança mão de reservas, de medidas que permitem aos bancos comprar carteiras de bancos. Você vai tomando várias medidas para atender às demandas e o epicentro disso é crédito", afirmou.

No entanto, Oreiro, da UnB, adverte que a liberação dos compulsórios seria mais eficiente acompanhada de redução mais agressiva da taxa básica de juro. "Uma parte do crédito voltou, depois da forte retração em outubro e novembro. O que deveria ter sido feito junto à liberação do compulsório era uma redução mais drástica da taxa de juro. Sem isso, os bancos pegam as reservas e acabam comprando títulos públicos", explicou o economista.

Na opinião de Pina, as ações de distribuição de crédito via redução do compulsório e a disposição de capital de giro para empresas foram tomadas sem um cuidado maior na operação e não tiveram muito efeito. "O BNDES tem linhas que ficam paradas quase todo o ano, agora é pior ainda. Existem os recursos, mas as empresas e os bancos estão desconfiados. É preciso fazer com que os bancos tenham interesse em emprestar", afirmou o economista da Fecomercio-SP.

Futuro
Mesmo com todas essas medidas, a crise financeira ainda gera incertezas nos setores produtivos do País. Nos últimos meses, o medo do desemprego fez os consumidores adiarem compras. Por sua vez, a queda nas vendas pode obrigar as indústrias a cortarem a produção e demitir funcionários. Contra isso, empresários sugerem redução de jornada e de salários.

"Isto está previsto em lei. A Fiesp simplesmente manteve conversações com entidades sindicais quanto à aplicação daquilo que já está previsto em lei", afirmou Francini.

Segundo a ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff, uma das medidas que assegura um nível de emprego é a manutenção de investimentos no Programa de Aceleração do Crescimento (PAC). "Estamos esperando que a dificuldade ocorra em janeiro, fevereiro e março. Estamos certos que vamos manter o nível de investimento. É isso que funciona, é isso que significa investimento público. Ele funciona como um colchão. Por isso, nós colocamos R$ 100 bilhões no BNDES e a Petrobras ampliou o seu investimento em R$ 120 bilhões", afirmou.

Na mesma linha, Pina explica que a antecipação de gastos do governo substitui parte da demanda retraída do setor privado. "Ele dá o seguinte recado: não vou estourar as contas públicas, mas concentrar em um momento em que a demanda privada está pequena. Mas o governo não tem fôlego suficiente para fazer o papel de toda demanda", ressaltou. O economista da Fecomercio lembrou que a entidade já pleiteou junto ao governo isenções para transferência de imóveis e de automóveis, além de retirar o IPVA para veículos novos.

Já Oreiro foca suas propostas na capitalização do Banco do Brasil e da Caixa Econômica Federal pelo Tesouro para atender a demanda de crédito para capital de giro e reduzir o spread. "Aumentando o empréstimo e reduzindo as taxas, os dois vão forçar os bancos privados a acompanhar o movimento, até para não perderem participação no mercado", explicou o economista da UnB.

Até o Carnaval, o governou prometeu detalhar um pacote de incentivos para a construção de até um milhão de casas populares, direcionado a famílias com renda de até dez salários mínimos. "Estamos atentos a tudo o que está acontecendo e novas medidas serão tomadas caso haja uma avaliação de que sejam necessárias", disse o ministro da Fazenda, Guido Mantega, na última sexta-feira.

17:11
Anónimo disse...
Ex-ministro critica extensão do seguro-desemprego

Atualizada às 09h03

O ex-ministro do Trabalho Almir Pazzianotto criticou a decisão do governo federal de conceder o seguro-desemprego estendido a apenas alguns setores. "É certamente odioso e provavelmente inconstitucional", disse Pazzianotto, de acordo com o jornal O Estado de S. Paulo.

Na última qurta, dia do anúncio da medida, centrais sindicais elogiaram a atitude do governo. A Força Sindical divulgou nota dizendo que "o aumento ajudará a aquecer parte da economia, já que irá gerar mais consumo, produção e conseqüentemente, a criação de novos postos de trabalho". A União Geral dos Trabalhadores (UGT) afirmou que a medida "contribuirá para minimizar o drama dos trabalhadores que perderem seu emprego por conta da crise".

O ex-ministro, que instituiu o seguro-desemprego no País no governo de José Sarney, destacou a necessidade de as centrais sindicais se manifestarem contra a determinação. Para ele, as mudanças devem ser aplicadas a todas as categorias profissionais e a distinção é contrária ao artigo 3º da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT).

Pazzianotto atribui a medida a um possível temor do governo de que a crise econômica seja longa e não haja dinheiro para atender a todas as necessidades. Ainda assim, ele se mostra contrário ao método de concessão. "O seguro-desemprego ajuda a sanar necessidades básicas. Estendê-lo é paliativo, não a solução", disse ao jornal.

De acordo com o presidente do Conselho Deliberativo do Fundo de Amparo ao Trabalhador (Codefat) e conselheiro da Força Sindical, Luiz Fernando Emediato, a determinação já estava prevista na lei 8.900/94, que trata do seguro-desemprego.

O presidente da Comissão de Trabalho da Câmara, Pedro Fernandes (PTB-MA) vai além na crítica à concessão do seguro para apenas alguns setores. Ele acredita que a ampliação do benefício estimula o desemprego.

Quintino Severo, secretário geral da Central Única dos Trabalhadores (CUT), lembra que a ampliação do benefício sem critério e identificação pode incentivar demissões em outros setores.

17:13
Anónimo disse...
Empresas
TAM faz promoção para destinos internacionais

A companhia aérea TAM anunciou nesta sexta-feira tarifas promocionais para trechos internacionais. Os preços valem para bilhetes comprados entre 6h deste sábado e 23h59 deste domingo e são válidos para classe econômica. As tarifas, para ida e volta, serão vendidas a partir de US$ 99, mais taxas.

Segundo a aérea, a promoção vale para viagens feitas no período de 14 de fevereiro a 18 de junho de 2009. Para destinos na América do Sul, a permanência mínima é de dois dias; para bilhetes com destino nos Estados Unidos, cinco dias; e Europa, sete dias. A permanência máxima para as passagens para América do Sul e EUA é de dois meses e para Europa, três meses.

Entre os exemplos de tarifas promocionais, a TAM oferece São Paulo-Lima por US$ 99. Bilhetes para a rota São Paulo-Santiago serão vendidos a partir de US$ 199 e São Paulo-Nova York, US$ 799.

A emissão dos bilhetes deve ser feita obrigatoriamente no ato da reserva, obedecendo às regras estipuladas pela companhia. A compra está sujeita à disponibilidade de assentos nas classes tarifárias determinadas, trechos, horários e datas. A TAM afirmou que também há tarifas promocionais para a classe executiva.

Mais informações podem ser encontradas no site promocional (www.ofertastam.com.br), no site da empresa (www.tam.com.br) ou pelos telefones 4002-5700 ou 0800 5705700.

17:13
Anónimo disse...
Empresas
Consultoria negocia compra do parque temático Hopi Hari

A consultoria especializada em reestruturação de empresas Íntegra Associados informou nesta sexta-feira ter um acordo para comprar o parque de diversões Hopi Hari, localizado no interior de São Paulo. A empresa estaria disposta a investir R$ 10 milhões no parque, que tem dívida estimada em R$ 800 milhões. As informações são da edição deste sábado do jornal Folha de S. Paulo.

De acordo com o jornal, a transação ainda depende da negociação entre o Hopi Hari e seus credores, o que já estaria em andamento.

A consultoria paulista já atuou junto à Parmalat, durante 30 meses, quando reorganizou a gestão da empresa italiana.

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17:14
Anónimo disse...
Empresas
Disney de Tóquio contratará mais 2 mil apesar da crise


A Oriental Land, o operador da Disneylândia Tóquio e DisneySea, organizou neste domingo entrevistas para contratar cerca de 2 mil trabalhadores em tempo parcial, em um momento de grandes demissões deste tipo de empregados no Japão.

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O operador deste parque temático, situado em Urayasu, na província de Chiba (leste de Tóquio), está em pleno processo de seleção de empregados para 20 tipos de postos trabalhistas diferentes.

Segundo a companhia, citada pela agência local de notícias Kyodo, o parque contratará novos trabalhadores para as atrações, para os restaurantes e guardas de segurança entre outros. Os novos contratados começarão a trabalhar a partir de fevereiro.

O processo de seleção acontece em um momento em que a maioria das grandes companhias japonesas começaram a se ver obrigadas a despedir uma elevada percentagem de seus trabalhadores temporários e a tempo parcial.

Algumas inclusive anunciaram demissões de seus trabalhadores fixos, uma medida muito pouco comum nas companhias japonesas, perante os efeitos piores que o esperado pela crise econômica global.

Cerca de uma centena de pessoas esperavam desde a primeira hora desta manhã a abertura do centro de conferências Tokyo International Forum, onde as entrevistas estão sendo feitas, para ser os primeiros a solicitar os postos de trabalho.


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17:15
Anónimo disse...
Economia Internacional
Senado dos EUA aprova plano de estímulo à economia

O Senado dos Estados Unidos aprovou com 60 votos a favor e 38 contra o plano de estímulo à economia de US$ 787 bilhões na madrugada deste sábado. Agora, ele segue para sanção ou veto do presidente Barack Obama, que espera colocar a lei em prática até o dia 16 de fevereiro.

O plano prevê a criação de três milhões de empregos, inclui cortes de impostos às famílias, fundos para programas sociais e obras públicas, além de ajuda aos governos estaduais, estudantes e desempregados.

A cláusula Buy American - que exige o uso de ferro, aço e produtos manufaturados dos Estados Unidos em obras realizadas com recursos do pacote - ficou de lado. Segundo o texto definitivo, a cláusula será aplicada sem violar as normas do comércio internacional.

Ontem à tarde, a Câmara de Representantes (deputados) havia aprovado, por 246 votos a favor e 183 contra, a versão final do plano. Todos os republicanos foram contrários ao pacote.

Pelo acordo de quarta-feira entre Câmara e Senado, em vez de custar US$ 819 bilhões, como queriam os deputados, ou US$ 838 bilhões como pretendiam os senadores, o pacote ficou em cerca de US$ 787 bilhões, com 65% desse total destinado a gastos do governo federal e 35%, a créditos tributários.

17:16
Anónimo disse...
Economia nacional
Na era Lula, aposentadoria sobe 54% menos que salário mínimo

Thatiane Faria
Especial para o Terra
Direto de São Paulo

Os índices de reajustes concedidos pelo governo em 2009 para aposentados e pensionistas e para o salário mínimo repetiram uma diferença que, só durante o governo de Luiz Inácio Lula da Silva, já chega a 54%. Enquanto o mínimo foi majorado em 12% este ano, as pensões e aposentadorias tiveram aumento de 5,92%. Aposentados que têm o benefício do governo como única fonte de renda reclamam que perdem poder de compra e que sua cesta de compras é composta por itens que aumentam mais em relação à inflação oficial.

Um exemplo prático pode ser entendido a partir da comparação entre um aposentado que ganhava R$ 600 em janeiro de 2003. Na época, o benefício era três vezes, ou 200%, maior que o valor do mínimo em vigência, que era de R$ 200. Aplicando-se os índices de reajuste para aposentadorias e para o mínimo durante os últimos seis anos, o mesmo aposentado estaria recebendo hoje R$ 938,47, comparado a um salário mínimo de R$ 465. A diferença entre os dois valores caiu para pouco mais de 100%.

Enquanto o índice acumulado de reajuste para a aposentadoria durante o governo Lula foi de 60%, para o salário mínimo está em 132%.

O diretor do Sindicato Nacional dos Aposentados, João Inocentini, reclama que os valores dos benefícios para aposentadorias não mantêm o poder de compra do grupo, principalmente dos aposentados que recebem menos que dez salários mínimos.

Nem mesmo o fato de o índice de reajuste das aposentadorias ter ficado acima da inflação acumulada no mesmo período (o IPCA entre janeiro de 2003 e janeiro de 2009 foi de 39,7%) serve de argumento, segundo os aposentados.

"Os idosos, principalmente, têm gastos além das contas gerais como gás, telefone e aluguel. Para eles o custo com remédios, e outros itens da área saúde costuma ser maior", afirmou Inocentini.

O presidente do sindicato afirmou que o grupo realiza um estudo com 100 itens de necessidade de um idoso para comparar o aumento dos produtos com o índice de reajuste do benefício recebido pelos aposentados.

"Daqui dois meses vamos abrir um processo na Justiça e levar essa pesquisa como prova. Segundo a lei, o governo é obrigado a manter o poder de compra com a aposentadoria", disse Inocentini.

Alternativas
O consultor financeiro Cláudio Boriola diz que os aposentados, especialmente nesse momento de crise econômica, devem evitar compras parceladas, pesquisar preços, negociar e fazer bom planejamento financeiro.

Segundo Boriola, alguns aposentados ganham um valor mensal muitas vezes insuficiente para o pagamento das contas e acabam pedindo crédito ou realizando pagamentos a prazo e são obrigados a pagar juros altos.

Na opinião do consultor, pagar uma previdência privada é uma alternativa indicada para quem ainda trabalha, considerando a característica de perda de poder de compra da aposentadoria.

"Na prática, infelizmente os valores encontram-se em um patamar que está deteriorando o poder de aquisição da população brasileira", completou Boriola.

De acordo com o diretor da Confederação Brasileira de Aposentados e Pensionistas (Cobap), Vicente Fernandes Barbosa, representantes dos aposentados tentarão um encontro com o presidente da Câmara, deputado Michel Temer (PMDB-SP), para discutir projetos que minimizem a perda dos aposentados

17:17
Anónimo disse...
Previdência
Previdência prorroga isenção de tarifas no benefício

O atual sistema de pagamento aos 26 milhões de aposentados e pensionistas do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) será mantido até o final deste ano. O acordo, que permite realizar a operação sem nenhum custo aos beneficiários, foi renovado nesta sexta-feira, entre o governo federal e 21 instituições financeiras.

Por meio desse acordo, vigente desde setembro de 2007, nem os segurados, nem os bancos e nem o governo arcam com o pagamento de tarifas, conforme explicou o ministro da Previdência Social, José Pimentel. A prorrogação vale até dezembro, data máxima para que a Previdência defina as regras para um novo contrato.

Ao assinar o termo de renovação, na sede da Federação Brasileira dos Bancos (Febraban), o ministro disse que a intenção do governo é mudar o atual modelo de gestão visando a reduzir os custos dessas operações em torno da folha mensal, que atinge R$ 15,8 bilhões. No entanto, qualquer alteração, conforme explicou, passará antes por audiências públicas a serem realizadas a partir do segundo semestre deste ano, atendendo a determinação do Tribunal de Contas da União (TCU).

De acordo com Pimentel, com um redesenho do mecanismo de repasse dos recursos aos bancos em torno da folha de pagamento dos segurados o que se busca é um aumento da participação de instituições financeiras. Ele informou que, desde 2007, cada benefício custa em média R$ 1,07 ao governo. "Quanto mais instituições financeiras estiverem prestando serviços à sociedade, maior é a competitividade, a agilidade no atendimento", justificou.

O ministro observou, ainda, que, para permitir uma redução para algo em torno de meia hora no tempo de atendimento para a concessão dos direitos previdenciários, o governo investiu R$ 280 milhões.

Questionado sobre o descontentamento dos segurados que ganham acima de um salário mínimo terem obtido apenas a correção com base na variação do Índice de Preços ao Consumidor (INPC) , ficando abaixo do reajuste dado a quem recebe apenas o mínimo, Pimentel argumentou que o governo seguiu o que determina a lei e descartou a possibilidade de uma revisão

17:17
Anónimo disse...
Empresas
Caterpillar oferece aposentadoria antecipada a 2 mil


A companhia americana Caterpillar ofereceu a cerca de dois mil funcionários incentivos para que se aposentem de forma voluntária antes do previsto, pela perspectiva de uma queda "significativa" da atividade industrial, informou nesta quarta-feira a empresa.

A iniciativa, destinada aos trabalhadores de diversas fábricas em Illinois, Colorado, Tennessee e Pensilvânia, se soma aos cortes de empregos anunciados em janeiro, explicou em comunicado de imprensa.

A empresa, a maior fabricante mundial de maquinaria pesada para a construção e a mineração, acrescentou que, "em função das condições de negócio, podem ser necessárias mais reduções de elenco voluntárias e involuntárias à medida que o ano avança".

O vice-presidente da companhia, Sid Banwart, explicou que a empresa prevê "demissões significativas em todas as regiões geográficas e na maioria dos setores devido às dificuldades da economia mundial".

17:18
Anónimo disse...
Comércio
Comércio exterior da OCDE caiu no 3º trimestre de 2008


As exportações e as importações dos países da Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Econômico (OCDE) caíram 1,6% e 0,2%, respectivamente, no terceiro trimestre de 2008, em relação aos três meses anteriores.

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Trata-se da primeira queda destas atividades desde o terceiro trimestre de 2006, segundo o último relatório trimestral sobre fluxos comerciais divulgado pela OCDE.

As exportações e as importações em dólares dos 30 Estados-membros caíram 15,6% e 17%, respectivamente, na comparação anualizada.

Por sua vez, o comércio dos sete países mais ricos do mundo (G7) teve um pequeno crescimento no terceiro trimestre de 2008 com uma queda das exportações de mercadorias de 0,2% em relação ao trimestre anterior e um aumento de 0,4% das importações.

Em termos anualizados, as importações do G7 caíram 1,4% entre julho e setembro do ano passado, seu primeiro retrocesso desde o terceiro trimestre de 2006, enquanto as exportações aumentaram 1,9%, seu crescimento mais baixo no mesmo tempo.

Por países, a Alemanha aumentou suas importações em 3,4% - valor mais alto do G7 -, enquanto suas exportações caíram 2,9% do segundo para o terceiro trimestre de 2008.

Pelo contrário, as exportações americanas aumentaram 1,8% entre julho e setembro de 2008, enquanto as importações caíram 0,7% em relação ao trimestre anterior. No Japão, tanto as importações quanto as exportações caíram em torno de 1% no mesmo período.

17:19
Anónimo disse...
Economia Nacional
Lula: juros de crédito consignado a aposentados são altos

Atualizada às 17h29

O presidente Luis Inácio Lula da Silva afirmou nesta terça-feira, em São Paulo, que está lutando para reduzir as taxas de juros cobradas de aposentados em crédito consignado. A Previdência Social estabelece uma taxa máxima de 2,5% para empréstimo e de 3,5% para cartão. Para Lula, os valores são altos.

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"Acho que o juro que os aposentados estão pagando hoje com o crédito consignado é alto para o padrão brasileiro", disse o presidente durante a cerimônia de comemoração dos 86 anos do INSS.

A Previdência anunciou nesta terça-feira que aposentados e trabalhadoras com licença-maternidade poderão receber seus benefícios em 30 minutos. De acordo com Lula, em junho, a aposentadoria do trabalhador rural também será conseguida em meia hora.

Além disso, o presidente anunciou que, também em junho, os trabalhadores que alcançarem o direito à aposentadoria passarão a receber em suas casas um comunicado da Previdência informando o fato e o valor do salário que têm direito a receber. "É um comprometimento público que estou fazendo com os companheiros da Previdência Social", disse.

"Estamos retribuindo ao contribuinte da Previdência Social aquilo que é a cidadania que ele tem direito", afirmou Lula. "Se para cobrar nós somos tão precisos, para devolver o dinheiro, temos que chegar próximo à perfeição", completou.

17:20
Anónimo disse...
Economia Nacional
Salário maternidade sairá em 30 minutos, diz ministro

Toda trabalhadora autônoma que tiver contribuído pelo menos 10 meses com o Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) - ou as que possuírem carteira assinada - poderão receber em 30 minutos o salário maternidade a partir desta terça-feira. Da mesma forma, as mulheres com 30 anos de contribuição e os homens com 35 anos também terão direito ao benefício de forma mais rápida. A informação é do ministro da Previdência Social, José Pimentel.

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Para requerer o salário maternidade, é preciso que as autônomas levem a carteira de identidade e o carnê de contribuição. As demais trabalhadoras devem apresentar a identificação e a carteira de trabalho. Desde o início do mês, a nova forma de análise para a concessão de benefícios foi adotada para a aposentadoria por idade do trabalhador urbano e agora foi estendida para o salário maternidade e por tempo de contribuição.

O ministro disse que a qualificação do serviço da previdência social é o reconhecimento do direito dos trabalhadores e da afirmação da cidadania.

"Até pouco tempo na cabeça do cidadão o serviço devia ser de péssima qualidade. Agora não, nós modificamos toda a legislação no mês de dezembro numa ação conjunta do Congresso Nacional com o governo federal. Estamos implantando e concedendo os benefícios em até 30 minutos", afirmou.

O ministro destacou que para conseguir se aposentar ou ter acesso à licença maternidade em 30 minutos, em primeiro lugar, é necessário que o cidadão esteja vinculado à Previdência, o que inclui 65% da população acima de 16 anos de idade.

"Depois bastar marcar pelo sistema 135 o dia e a hora do atendimento e levar a documentação. Se todos os dados necessários estiverem corretos o contribuinte será atendido em até 30 minutos, como vem sendo feito com as aposentadorias por idade desde o dia cinco de janeiro", explicou.

Pimentel disse ainda que em 90% das agências da previdência social o atendimento é marcado em até 48 horas. Nos grandes centros, entretanto existe um volume maior o que torna mais lento o processo.

"Estamos criando mais 715 agências até 2010, em todo o território nacional, para descentralizar o atendimento. Em 2008, atendemos 295 mil benefícios e aposentadorias por idade. Temos 4 mil pessoas por dia procurando e se aposentando por idade no território nacional. Este serviço será agilizado", concluiu.
17:25
Anónimo disse...
Giuseppe Englaro, pai de Eluana, a italiana que morreu na segunda-feira passada por desidratação, recusou uma grande soma de dinheiro de um conhecido fotógrafo italiano que queria retratar a filha em estado de coma, disse neste sábado o neurologista que atendia a mulher desde 1996, Carlo Defanti.

O neurologista, que participou hoje de uma conferência sobre eutanásia, disse que Englaro respeitou a vontade da filha, que, antes do acidente, tinha pedido que, se lhe ocorresse qualquer coisa irreversível, apresentasse sua imagem de quando estava em boas condições.

Antes de sofrer o acidente de trânsito, em 1992, Eluana viveu o coma de um amigo, Alessandro, o que causou forte impacto na italiana e a levou a fazer o pai prometer que não a deixasse viver em estado vegetativo, disse o próprio Giuseppe Englaro.

Defanti, que dissera que Eluana poderia viver de dez a 12 dias depois da suspensão da alimentação e da hidratação, disse que, como médico, tinha que reprovar esta afirmação.

"Não se pode sobreviver após três ou quatro dias sem líquido e, em particular, água em um corpo. Sabemos bem que, quando há um terremoto, após quatro dias é difícil encontrar sobreviventes".

Defanti ressaltou que Eluana "não falava, não se comunicava com o exterior" e que, após vários exames, "nos deparamos com uma moça que tinha perdido a consciência", porque estava com o córtex cerebral prejudicado.

Eluana foi enterrada na quinta-feira passada no túmulo da família na localidade de Paluzza, em Udine, após um funeral que não contou com a presença dos pais.

16:53
Anónimo disse...
Os bombeiros combatem neste sábado os incêndios na Austrália favorecidos pelo bom tempo, enquanto os deslocados encotram em seu retorno casas derruídas, carros queimados nas ruas e destruição.

Depois de sete dias desde que começaram os incêndios no Estado de Victoria, a lista de mortos chega a 181, os desaparecidos somam 50, os edifícios destruídos totalizam 1,834 mil e o terreno arrasado, principalmente florestas, ocupa uma área de 4,13 mil quilômetros quadrados.

As equipes de bombeiros, formadas por 4 mil profissionais de Victoria, de outras partes da Austrália e de países amigos, combateram hoje 12 focos fora de controle e nenhum representava uma ameaça direta para a população.

O subdiretor do Serviço de Bombeiros, Geoff Conway, disse que este tempo favorável, que se prolongará durante o domingo, permite consolidar as linhas de contenção e avançar na extinção das chamas.

Cinzas apareceram arrastadas por ventos do nordeste sobre Melbourne, onde habitam 3,8 milhões de pessoas, e as autoridades alertaram aos cidadãos do risco para a saúde de idosos, crianças e pessoas com problemas respiratórios.

O número de pessoas deslocadas - a Cruz Vermelha chegou a receber 7 mil - começou a cair com a abertura de algumas localidades atingidas.

Os incêndios, alguns criminosos, começaram em 7 de fevereiro, quando a região sul da Austrália estava há duas semanas sob uma onda de calor sem precedentes.

Na sexta-feira passada, a polícia acusou uma pessoa de ter provocado o incêndio que atingiu a localidade de Churchill e matou 21 pessoas.

16:55
Anónimo disse...
A primeira chuva em seis dias reduziu a ameaça de incêndios no Estado de Victoria, ao sul da Austrália. As autoridades, porém, advertiram que ainda existem 12 focos, mas que nenhum deles ameaça áreas povoadas.

Mais de quatro mil bombeiros, mil provenientes de outras partes do país e de outras nações, trabalham contra o fogo. Cerca de 600 veículos e 28 helicópteros e pequenos aviões estão sendo usados.


Eles conseguiram construir linhas de contenção para evitar os incêndios de Yarra e Maroondah se juntassem. Também foram controlados os incêndios abertos de Yea e Murrindindi, que ameaçavam as comunidades de Connellys Creek, Crystal Creek, Scrubby Creek e Native Dog Creek.

O número de mortos chegou a 181, mas as autoridades acreditam que as vítimas devem passar de 200, já que ainda há muitos desaparecidos.

16:55
Anónimo disse...
Aqui nesta coluna, na semana passada, tive a oportunidade de comentar sobre a recente visita do professor brasileiro Pedrinho Guareschi à Austrália. Não dei, porém, os fatos, pois semana passada o assunto era outro.

Hoje, porém, vamos a eles.

No último dia 4 de fevereiro, aconteceu o Seminário "Paulo Freire: Education and Liberation", organizado pelo centro de estudos latino-americanos da Universidade Nacional da Austrália, ou ANU, como é mais conhecida por aqui.

A ANU, para quem não sabe, está entre as 20 melhores universidades do mundo! E tem sede aqui em Camberra, capital da Austrália.

Na abertura do evento, o professor John Minns, diretor do centro latino-americano, ao dar boas-vindas ao público presente, lembrou ser aquele o primeiro seminário exclusivamente dedicado a Paulo Freire na Austrália.

Em seguida, convidou Pedrinho Guareschi, palestrante principal do Seminário, a fazer sua apresentação.

A plateia pode então conhecer, pelas palavras de Pedrinho, um pouco da obra e da vida de Freire, esse brasileiro de fé e valor, que sempre acreditou na educação, sobretudo dos menos favorecidos, analfabetos, como força libertadora.

Como não podia deixar de ser, os conceitos e ideias revolucionários de Paulo Freire, expostos com clareza por Pedrinho, despertaram o interesse e a curiosidade de plateia. A qual, deve-se notar, era na maioria de estudantes, mas de várias nacionalidades, sobretudo australianos e asiáticos.

Na continuação do programa do seminário, que se estendeu por dois dias, outros professores fizeram palestras sobre temas ligados à obra de Paulo Freire.

Interessante, por exemplo, saber que a professora Anne Hickling-Hudson, jamaicana que mora na Austrália há muitos anos (é professora da ANU), conheceu e trabalhou com Freire num workshop educacional durante a revolução na Ilha de Granada, em 1980, antes da invasão dos Estados Unidos...

Ou, então, a palestra da Professora Gerda Roelvink, da Nova Zelândia, que participou do Fórum Social de Porto Alegre em 2005. E essa participação transformou-se em tema de doutorado.

No dia 10, terça-feira passada, o padre Pedrinho Guareschi voltou a falar ao público australiano em grande auditório localizado no belíssimo campus da ANU. Desta vez, sobre a Teologia da Libertação.

Depois da palestra, John Minns mostrou o filme mexicano "O Crime do Padre Amaro", no qual um dos personagens é um padre católico praticante da Teologia da Libertação.

Mais uma vez, foi grande o intersse da platéia, que pode aprender e conhecer um pouco como se desenvolveu aquele importante movimento católico na América Latina.

Fica, assim, ao Pedrinho, bem como a outros brasileiros estudiosos e de bom coração que saem pelo mundo a divulgar aspectos importantes da cultura brasileira, o respeito e a homenagem desta coluna. E... aquele abraço!

16:57
Anónimo disse...
Amanda Kitts perdeu o braço esquerdo em um acidente de automóvel acontecido três anos atrás, mas hoje em dia ela joga futebol americano com seu filho de 12 anos de idade, troca fraldas e abraça as crianças nas três creches Kiddie Cottage que opera em Knoxville, Tennessee. Kitts, 40 anos, faz tudo isso com a ajuda de um novo tipo de braço artificial que se movimenta com mais facilidade do que outros aparelhos e que ela pode controlar utilizando apenas seus pensamentos.

"Eu sou capaz de mexer a mão, o pulso e o cotovelo ao mesmo tempo", diz. "Você pensa e os músculos se movem em seguida".

A recuperação que ela conseguiu resulta de um novo procedimento que vem atraindo crescente atenção porque permite que pessoas movam braços protéticos de forma mais automática do que faziam no passado, simplesmente utilizando nervos reaproveitados em seus cérebros.

A técnica, conhecida como "renervação muscular dirigida", envolve utilizar os nervos que restam depois da amputação de um braço e conectá-los a outro músculo do corpo, em geral no peito. Eletrodos são instalados sobre os músculos do peito, e operam como se fossem antenas. Quando a pessoa deseja mover o braço, o cérebro envia sinais que primeiro resultam em contração dos músculos do peito, os quais enviam um sinal ao braço protético, instruindo-se a se movimentar. O processo não requer mais esforços consciente do que a pessoa teria de exercitar caso ainda tivesse seu braço natural.

Na terça-feira, pesquisadores reportaram em estudo publicado pela versão online do Journal of the American Medical Association que haviam levado a técnica ainda mais à frente, tornando possível a execução de 10 movimentos de mão, pulso e cotovelo diferentes, o que representa uma substancial melhora com relação ao típico repertório protético, que em geral envolve apenas dobrar o cotovelo, girar o pulso e abrir a mão.

"Os novos métodos tiveram impacto dramático em nosso campo de trabalho", disse Stuart Harshbarger, engenheiro biomédico na Universidade Johns Hopkins e diretor do programa de pesquisa sobre próteses, financiado pelas forças armadas, que inclui o trabalho com essa técnica. "O método já está em uso por médicos e cirurgiões comuns em todo o país. A capacidade de controlar um membro protético bastante robusto que ele confere surpreendeu a todos pela qualidade".

Tipicamente, uma pessoa que tenha um braço protético só é capaz de executar alguns poucos movimentos, e muitas vezes com tamanha lentidão que isso só permite a ela atividades limitadas.

Há um motor separado para cada movimento, diz Gerald Loeb, professor de engenharia biomédica na Universidade do Sul da Califórnia, "e esses motores precisam ser controlados de maneira explícita", usualmente por um esforço consciente da pessoa para contrair músculos nas costas ou no bíceps.

"Essencialmente, até agora os pacientes controlavam apenas um motor de cada vez", diz Loeb, "e precisavam pensar cuidadosamente sobre que motor desejavam controlar e como fazê-lo operar, em lugar de simplesmente pensarem em mover o braço e poderem fazê-lo sem delongas".

Antes que Kitts passasse pelo procedimento de renervação, em outubro de 2007, por exemplo, ela precisava movimentar os músculos de suas costas de determinada maneira para fazer com que seu pulso girasse, e flexionar seu bíceps e tríceps para fazer com que o cotovelo se movesse para cima e para baixo. "Era muito trabalho", ela conta. "E não me ajudava muito".

O procedimento de renervação é parte de uma recente explosão de idéias novas e técnicas inovadoras que estão sendo exploradas enquanto os cientistas se esforçam por ajudar as pessoas a compensar melhor a perda de membros ou problemas de paralisia. O esforço vem sendo alimentado pelo aumento no número de amputações causado por diabetes e por ferimentos sofridos pelos militares, e ao mesmo tempo pelos avanços na tecnologia médica.

Os braços se tornaram um dos focos essenciais desse tipo de trabalho. A ciência há muito vem obtendo sucessos no desenvolvimento de próteses de perna, mas é muito mais difícil imitar a complexidade e a destreza das mãos e dos braços.

Os esforços em curso incluem o desenvolvimento de projetos de pele e braços mais sensíveis e mais flexíveis, e o uso de dispositivos acionados por controles sem fio implantado nos braços protéticos, que permitiriam movimentos mais naturais.

Os pesquisadores também vêm usando sensores implantados nos cérebros de cobaias para permitir que dois macacos controlem um braço mecânico, e um teste com um homem paralítico permitiu, com esse método, que ele movimentasse um cursor em uma tela de computador.

Alguns desses métodos, caso venham a ser aperfeiçoados plenamente e consigam aprovação das autoridades regulatórias da saúde, podem no futuro se tornar mais viáveis para os pacientes de amputações.

E embora a técnica da renervação não requeira aprovação das autoridades regulatórias porque é executada por meios cirúrgicos e emprega aparelhos já existentes, ela apresenta limitações que até mesmo seus criadores reconhecem, entre as quais o fato de que não se pode utilizá-la para todos os pacientes, o seu alto custo e o prazo de meses requerido para que os nervos reconectados cresçam e se tornem efetivos.

Ainda assim, os especialistas dizem que é o mais avançado sistema em uso hoje para pacientes reais que permite que o sistema nervoso controle diretamente o movimento de um braço artificial.

Desde sua introdução por Todd Kuiken, médico fisioterapeuta e engenheiro biomédico do Instituto de Reabilitação de Chicago, o método foi empregado em cerca de 30 pacientes nos Estados Unidos, Canadá e Europa, entre os quais oito soldados feridos no Iraque e no Afeganistão.

Muitos dos pacientes, entre os quais o primeiro, Jesse Sullivan, um operário do setor elétrico no Tennessee que perdeu os dois braços quando foi eletrocutado por um cabo, conseguem não apenas manipular seus braços protéticos mas sentir a presença das mãos que já não têm quando alguém toca em seus peitos.

Sullivan, 62 anos, e Kitts, estavam entre os cinco pacientes que participaram do estudo reportado na terça-feira. Em companhia de cinco outras pessoas que não passaram por amputações, eles receberam os eletrodos e foram instruídos a usar pensamentos para fazer com que um braço virtual na tela reproduzisse 10 movimentos diferentes, entre os quais três formas diferentes de aperto de mão.

Os pacientes apresentaram desempenho bastante respeitável, apenas um pouco mais lento e menos preciso do que os dos participantes que não tinham amputações.

"As velocidades de movimento que encontramos em nossos pacientes foram realmente encorajadoras", disse Kuiken. "Eles conseguiram completar a tarefa. É claro que não foram tão competentes quanto as pessoas dotadas de plena capacidade física, mas foram bons o bastante".

Um braço virtual foi usado porque a maioria das próteses existentes não era capaz de acomodar todos aqueles movimentos, no momento da pesquisa, ainda que Sullivan, Kitts e uma terceira paciente, Claudia Mitchell, tenham experimentado dois novos protótipos mais versáteis de braços artificiais, executando tarefas complexas com bolas de tênis e outros objetos.

O trabalho de renervação em soldados apresenta outros desafios, diz Kuiken, porque os ferimentos militares muitas vezes "causam danos muitos extensos" a nervos, músculos ou ossos.

Daniel Acosta, 25 anos, um aviador ferido pela detonação de uma bomba em uma estrada do Iraque em 2005, passou pelo procedimento no ano passado e diz que seu braço esquerdo protético agora se movimenta "muito mais rápido" e de maneira muito mais natural.

"A diferença é que agora não preciso mais pensar para mover o braço", ele diz. "Ele simplesmente se mexe".

Ainda assim, Acosta, de San Antonio, diz que "o processo foi bastante longo" e que os eletrodos precisam ser ajustados para receber os sinais à medida que os nervos crescem ou mudam de posição.

E embora elogiem o método, os especialistas afirmam que a ciência das próteses de braço ainda tem muito por avançar.

"Trata-se de uma parte crucial, mas ainda assim apenas uma parte, das muitas coisas que compreendem a função normal de um braço", disse Loeb, que escreveu um editorial que acompanha o artigo no Journal of the American Medical Association.

"No momento estamos a meio do caminho entre o braço de 'Dr. Fantástico', que fazia involuntariamente a saudação nazista, e o braço de Luke Skywalker em 'Guerra nas Estrelas', que funciona sem nenhum problema assim que é conectado. Creio que precisaremos ainda de muitos anos para conectar todas as peças necessárias a produzir um braço capaz de funcionar normalmente".

17:04
Anónimo disse...
A Espanha disse neste sábado que está preparando uma reclamação oficial contra a decisão da Venezuela de expulsar um membro do Parlamento Europeu que criticou o conselho eleitoral venezuelano.
Luis Herrero, membro do partido conservador espanhol PP, foi deportado na sexta-feira depois que o Conselho Nacional Eleitoral (CNE) o acusou de questionar a imparcialidade da instituição antes de um referendo que pode permitir ao presidente Hugo Chávez permanecer no cargo indefinidamente.

Herrero estava na Venezuela como observador do referendo. Ele acusou Chávez de ter "comportamentos típicos de um ditador" por pedir a contenção de manifestações da oposição.

O governo da Espanha convocou um encontro com o embaixador da Venezuela em Madri para expressar a desaprovação sobre a expulsão de Herrero, disse um representante do Ministério das Relações Exteriores espanhol.

As relações da Venezuela com a Espanha tiveram seu ponto crítico em 2007, quando Chávez ameaçou rever acordos diplomáticos e comerciais depois de ouvir um "cala a boca" do rei espanhol Juan Carlos durante uma cúpula.

A fenda foi oficialmente reparada em 2008, com uma visita oficial de Chávez à Espanha, onde ele cumprimentou o rei e discutiu acordos para investimento no setor petroquímico com o primeiro-ministro José Luis Rodriguez Zapatero.

17:06
Anónimo disse...
A polícia do Zimbábue anunciou neste sábado que acusa de traição Roy Bennett, dirigente do até agora opositor Movimento para a Mudança Democrática (MDC), detido na sexta-feira, em Harare, poucas horas antes da cerimônia de posse dos membros do novo gabinete.

"A Polícia nos informou que vão apresentar acusações de traição", disse à agência EFE o advogado de defesa de Bennett, Trust Maanda.

"Tentam relacionar Roy com o caso de Mike Hitschmann, que foi detido em 2006 em relação à descoberta de um carregamento de armas, apesar de que Hitschmann não tenha sido declarado culpado das acusações de traição apresentadas contra ele, mas de um crime menor de descumprimento de leis", disse Maanda.

O político opositor, designado por seu partido como vice-ministro de Agricultura no Governo de união nacional, esteve no exílio na vizinha África do Sul desde 2006 e retornou ao Zimbábue há duas semanas.

Segundo a Polícia, que deteve Bennett ontem no aeroporto de Harare quando pretendia ir à África do Sul para visitar sua família, as armas apreendidas em 2006 seriam utilizadas em um golpe de Estado para derrubar o presidente do Zimbábue, Robert Mugabe.

Depois da detenção, Bennet foi levado a Mutar, onde vários simpatizantes do MDC se concentraram em frente à delegacia na qual estava detido, diante do que a Polícia respondeu com tiros para o alto para dispersar os manifestantes.

17:07
Anónimo disse...
Austrália: 14 mil se candidatam a 'emprego dos sonhos'

A secretaria de Turismo de Queensland, na Austrália, informou que até esta segunda-feira já recebeu cerca de 14 mil inscrições para o "o melhor emprego do mundo". O Estado australiano promove pela internet seleção para vaga de "zelador" da ilha Hamilton, por seis meses com um salário de R$ 40 mil.

Muitos candidatos tiveram problemas durante a inscrição por conta dos acessos simultâneos ao site. A secretaria aconselha enviar os vídeos de 60s explicando porque deve ser escolhido em horários alternativos do dia, além de recomendar tamanho em torno de 40MB.

As inscrições começaram em 12 de janeiro e vão até o próximo dia 22 e podem ser feitas pelo site www.islandreefjob.com. O governo australiano escolherá 50 candidatos para a próxima fase da seleção, que terá votos do público para eleger um dos 11 finalistas.

A última fase terá entrevistas e desafios físicos, no próprio local de trabalho: as ilhas da Grande Barreira Coralina - o maior recife de coral do mundo. A secretaria de Turismo anunciará o vencedor no dia 6 de maio.

17:09
Anónimo disse...
Mercado elogia governo na crise, mas pede maior queda no juro

Peter Fussy
Direto de São Paulo

Desde as primeiras medidas anunciadas para combater os efeitos da crise, o governo brasileiro avisou que a estratégia não contemplaria um pacote. Seriam doses pontuais, de acordo com a necessidade da economia diante do agravamento das turbulências. Da primeira liberação dos depósitos compulsórios em setembro até a ampliação do seguro-desemprego na última quarta-feira, o governo passou por redução de impostos, ampliação de crédito e incentivos à exportação. Quase 150 dias após a primeira medida, o Terra conversou com líderes do setor público e privado, representantes dos trabalhadores, acadêmicos e com o próprio governo para saber quais destas ações foram mais eficazes, quais foram mais ineficientes e o que mais pode ser feito pelo Estado brasileiro contra a crise.

Os maiores elogios foram direcionados à atitude de reduzir o Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) para a indústria automobilística, anunciada em dezembro e que fez com que os emplacamentos de carros novos subissem 1,9% no primeiro mês do ano em relação a dezembro de 2008. Já as maiores críticas foram para a lentidão no corte da taxa básica de juro do País.

Para o presidente do conselho administrativo do Grupo Pão de Açúcar, Abílio Diniz, o Estado não é responsável pela crise e mesmo assim está agindo "com extrema serenidade e muito acerto". "O governo está atento, fazendo a sua parte. É preciso coragem de baixar firmemente a taxa de juros. É uma arma que temos a nosso favor, já que não há clima para inflação, nem possibilidade de danos para a macroeconomia", afirmou Diniz.

Na última reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), em janeiro, a taxa Selic foi reduzida em um ponto percentual, de 13,75% para 12,75% ao ano. Porém, o professor de economia da Universidade de Brasília (UnB) José Luiz Oreiro lembra que este corte representa uma redução de apenas 0,25 ponto percentual com relação à taxa de setembro do ano passado, quando a crise se agravou.

"Pouco antes da eclosão da crise, o Banco Central aumentou a taxa em 0,75 ponto. Foram cinco meses de demora para reduzir em termos líquidos apenas 0,25 ponto", afirmou o economista, que também sugeriu redução do intervalo de cerca de 90 dias entre as reuniões do Copom e o corte de pelo menos um 1 ponto percentual em cada reunião.

Mesmo com o corte de janeiro, a taxa de juros real continua sendo a maior do mundo, lembrou o secretário-geral da Força Sindical, João Carlos Gonçalves, o Juruna. "A redução da taxa de juro ainda é pequena, porque ela continua uma das mais altas do mundo. Falta ousadia para baixar os juros e ajudar o cidadão. A permanência da taxa de juro alta é negativa para o País em meio a crise", afirmou Juruna.

Embora aprove as ações do governo, o senador Aloízio Mercadante (PT-SP) também acredita que o patamar da Selic está muito alto. "Sempre fomos os primeiros a entrar em qualquer crise, o que não aconteceu agora. A taxa Selic ainda é muito alta, mas o governo têm tomado medidas acertadas, como o aumento do salário mínimo, mesmo com um cenário de crise. Isso ajuda a movimentar o consumo. O governo está se esforçando para manter os investimentos e o crescimento", disse.

Tributos
De acordo com o economista Fabio Pina, da Fecomercio-SP, as ações mais positivas estão relacionadas à redução de tributos para alguns segmentos, como a indústria automobilística, que recuperou parte da queda nas vendas em janeiro com a isenção do IPI para carros 1.0 l e o corte para demais motorizações. A medida vale até o final de março.

"Essas medidas não só reduziram o preço, mas anteciparam o consumo daqueles que iriam comprar no futuro, dando um prêmio por conta da insegurança. Mexe diretamente com o principal problema que é a confiança do consumidor", afirmou. Juruna destacou que um bom ritmo de vendas é garantia de emprego. "É importante porque cada emprego na montadora significa 19 na cadeia produtiva", comentou o representante da Força Sindical.

Também em dezembro, o governo decidiu cortar pela metade a alíquota do Imposto de Renda para contribuintes que ganham entre R$ 1.434 e R$ 2.150 mensais. "O salário aumentava e a tabela não se modificava. As pessoas ganhavam mais e pagavam mais impostos", apontou Juruna. Outra redução de tributos do governo foi com relação ao Imposto sobre Operações Financeiras (IOF), que caiu de 3% ao ano para 1,5%.

Crédito
Na segunda metade de 2008, o colapso de bancos nos Estados Unidos por conta da crise do subprime provocou uma forte restrição de crédito no mundo inteiro. Uma das primeiras medidas anticrise do governo teve como objetivo restabelecer a oferta, com mudanças no recolhimento dos depósitos compulsórios por parte dos bancos. Segundo o presidente do Banco Central, Henrique Meirelles, as diversas modificações liberaram US$ 99,2 bilhões aos bancos até o final de janeiro.

Além disso, o governo concedeu R$ 36 bilhões das reservas internacionais para empresas brasileiras com dívidas no exterior e uma medida provisória autorizou o Banco do Brasil e a Caixa Econômica Federal a comprar carteiras de crédito de bancos privados. Para o diretor do Departamento de Pesquisas e Estudos Econômicos da Fiesp, Paulo Francini, estas medidas foram essenciais para combater os efeitos da crise.

"A crise se desenvolve no mundo em torno do tema crédito. E o crédito reduziu-se barbaridade no mundo. Então o governo lança mão de compulsório, lança mão de reservas, de medidas que permitem aos bancos comprar carteiras de bancos. Você vai tomando várias medidas para atender às demandas e o epicentro disso é crédito", afirmou.

No entanto, Oreiro, da UnB, adverte que a liberação dos compulsórios seria mais eficiente acompanhada de redução mais agressiva da taxa básica de juro. "Uma parte do crédito voltou, depois da forte retração em outubro e novembro. O que deveria ter sido feito junto à liberação do compulsório era uma redução mais drástica da taxa de juro. Sem isso, os bancos pegam as reservas e acabam comprando títulos públicos", explicou o economista.

Na opinião de Pina, as ações de distribuição de crédito via redução do compulsório e a disposição de capital de giro para empresas foram tomadas sem um cuidado maior na operação e não tiveram muito efeito. "O BNDES tem linhas que ficam paradas quase todo o ano, agora é pior ainda. Existem os recursos, mas as empresas e os bancos estão desconfiados. É preciso fazer com que os bancos tenham interesse em emprestar", afirmou o economista da Fecomercio-SP.

Futuro
Mesmo com todas essas medidas, a crise financeira ainda gera incertezas nos setores produtivos do País. Nos últimos meses, o medo do desemprego fez os consumidores adiarem compras. Por sua vez, a queda nas vendas pode obrigar as indústrias a cortarem a produção e demitir funcionários. Contra isso, empresários sugerem redução de jornada e de salários.

"Isto está previsto em lei. A Fiesp simplesmente manteve conversações com entidades sindicais quanto à aplicação daquilo que já está previsto em lei", afirmou Francini.

Segundo a ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff, uma das medidas que assegura um nível de emprego é a manutenção de investimentos no Programa de Aceleração do Crescimento (PAC). "Estamos esperando que a dificuldade ocorra em janeiro, fevereiro e março. Estamos certos que vamos manter o nível de investimento. É isso que funciona, é isso que significa investimento público. Ele funciona como um colchão. Por isso, nós colocamos R$ 100 bilhões no BNDES e a Petrobras ampliou o seu investimento em R$ 120 bilhões", afirmou.

Na mesma linha, Pina explica que a antecipação de gastos do governo substitui parte da demanda retraída do setor privado. "Ele dá o seguinte recado: não vou estourar as contas públicas, mas concentrar em um momento em que a demanda privada está pequena. Mas o governo não tem fôlego suficiente para fazer o papel de toda demanda", ressaltou. O economista da Fecomercio lembrou que a entidade já pleiteou junto ao governo isenções para transferência de imóveis e de automóveis, além de retirar o IPVA para veículos novos.

Já Oreiro foca suas propostas na capitalização do Banco do Brasil e da Caixa Econômica Federal pelo Tesouro para atender a demanda de crédito para capital de giro e reduzir o spread. "Aumentando o empréstimo e reduzindo as taxas, os dois vão forçar os bancos privados a acompanhar o movimento, até para não perderem participação no mercado", explicou o economista da UnB.

Até o Carnaval, o governou prometeu detalhar um pacote de incentivos para a construção de até um milhão de casas populares, direcionado a famílias com renda de até dez salários mínimos. "Estamos atentos a tudo o que está acontecendo e novas medidas serão tomadas caso haja uma avaliação de que sejam necessárias", disse o ministro da Fazenda, Guido Mantega, na última sexta-feira.

17:11
Anónimo disse...
Ex-ministro critica extensão do seguro-desemprego

Atualizada às 09h03

O ex-ministro do Trabalho Almir Pazzianotto criticou a decisão do governo federal de conceder o seguro-desemprego estendido a apenas alguns setores. "É certamente odioso e provavelmente inconstitucional", disse Pazzianotto, de acordo com o jornal O Estado de S. Paulo.

Na última qurta, dia do anúncio da medida, centrais sindicais elogiaram a atitude do governo. A Força Sindical divulgou nota dizendo que "o aumento ajudará a aquecer parte da economia, já que irá gerar mais consumo, produção e conseqüentemente, a criação de novos postos de trabalho". A União Geral dos Trabalhadores (UGT) afirmou que a medida "contribuirá para minimizar o drama dos trabalhadores que perderem seu emprego por conta da crise".

O ex-ministro, que instituiu o seguro-desemprego no País no governo de José Sarney, destacou a necessidade de as centrais sindicais se manifestarem contra a determinação. Para ele, as mudanças devem ser aplicadas a todas as categorias profissionais e a distinção é contrária ao artigo 3º da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT).

Pazzianotto atribui a medida a um possível temor do governo de que a crise econômica seja longa e não haja dinheiro para atender a todas as necessidades. Ainda assim, ele se mostra contrário ao método de concessão. "O seguro-desemprego ajuda a sanar necessidades básicas. Estendê-lo é paliativo, não a solução", disse ao jornal.

De acordo com o presidente do Conselho Deliberativo do Fundo de Amparo ao Trabalhador (Codefat) e conselheiro da Força Sindical, Luiz Fernando Emediato, a determinação já estava prevista na lei 8.900/94, que trata do seguro-desemprego.

O presidente da Comissão de Trabalho da Câmara, Pedro Fernandes (PTB-MA) vai além na crítica à concessão do seguro para apenas alguns setores. Ele acredita que a ampliação do benefício estimula o desemprego.

Quintino Severo, secretário geral da Central Única dos Trabalhadores (CUT), lembra que a ampliação do benefício sem critério e identificação pode incentivar demissões em outros setores.

17:13
Anónimo disse...
Empresas
TAM faz promoção para destinos internacionais

A companhia aérea TAM anunciou nesta sexta-feira tarifas promocionais para trechos internacionais. Os preços valem para bilhetes comprados entre 6h deste sábado e 23h59 deste domingo e são válidos para classe econômica. As tarifas, para ida e volta, serão vendidas a partir de US$ 99, mais taxas.

Segundo a aérea, a promoção vale para viagens feitas no período de 14 de fevereiro a 18 de junho de 2009. Para destinos na América do Sul, a permanência mínima é de dois dias; para bilhetes com destino nos Estados Unidos, cinco dias; e Europa, sete dias. A permanência máxima para as passagens para América do Sul e EUA é de dois meses e para Europa, três meses.

Entre os exemplos de tarifas promocionais, a TAM oferece São Paulo-Lima por US$ 99. Bilhetes para a rota São Paulo-Santiago serão vendidos a partir de US$ 199 e São Paulo-Nova York, US$ 799.

A emissão dos bilhetes deve ser feita obrigatoriamente no ato da reserva, obedecendo às regras estipuladas pela companhia. A compra está sujeita à disponibilidade de assentos nas classes tarifárias determinadas, trechos, horários e datas. A TAM afirmou que também há tarifas promocionais para a classe executiva.

Mais informações podem ser encontradas no site promocional (www.ofertastam.com.br), no site da empresa (www.tam.com.br) ou pelos telefones 4002-5700 ou 0800 5705700.

17:13
Anónimo disse...
Empresas
Consultoria negocia compra do parque temático Hopi Hari

A consultoria especializada em reestruturação de empresas Íntegra Associados informou nesta sexta-feira ter um acordo para comprar o parque de diversões Hopi Hari, localizado no interior de São Paulo. A empresa estaria disposta a investir R$ 10 milhões no parque, que tem dívida estimada em R$ 800 milhões. As informações são da edição deste sábado do jornal Folha de S. Paulo.

De acordo com o jornal, a transação ainda depende da negociação entre o Hopi Hari e seus credores, o que já estaria em andamento.

A consultoria paulista já atuou junto à Parmalat, durante 30 meses, quando reorganizou a gestão da empresa italiana.

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17:14
Anónimo disse...
Empresas
Disney de Tóquio contratará mais 2 mil apesar da crise


A Oriental Land, o operador da Disneylândia Tóquio e DisneySea, organizou neste domingo entrevistas para contratar cerca de 2 mil trabalhadores em tempo parcial, em um momento de grandes demissões deste tipo de empregados no Japão.

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O operador deste parque temático, situado em Urayasu, na província de Chiba (leste de Tóquio), está em pleno processo de seleção de empregados para 20 tipos de postos trabalhistas diferentes.

Segundo a companhia, citada pela agência local de notícias Kyodo, o parque contratará novos trabalhadores para as atrações, para os restaurantes e guardas de segurança entre outros. Os novos contratados começarão a trabalhar a partir de fevereiro.

O processo de seleção acontece em um momento em que a maioria das grandes companhias japonesas começaram a se ver obrigadas a despedir uma elevada percentagem de seus trabalhadores temporários e a tempo parcial.

Algumas inclusive anunciaram demissões de seus trabalhadores fixos, uma medida muito pouco comum nas companhias japonesas, perante os efeitos piores que o esperado pela crise econômica global.

Cerca de uma centena de pessoas esperavam desde a primeira hora desta manhã a abertura do centro de conferências Tokyo International Forum, onde as entrevistas estão sendo feitas, para ser os primeiros a solicitar os postos de trabalho.


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17:15
Anónimo disse...
Economia Internacional
Senado dos EUA aprova plano de estímulo à economia

O Senado dos Estados Unidos aprovou com 60 votos a favor e 38 contra o plano de estímulo à economia de US$ 787 bilhões na madrugada deste sábado. Agora, ele segue para sanção ou veto do presidente Barack Obama, que espera colocar a lei em prática até o dia 16 de fevereiro.

O plano prevê a criação de três milhões de empregos, inclui cortes de impostos às famílias, fundos para programas sociais e obras públicas, além de ajuda aos governos estaduais, estudantes e desempregados.

A cláusula Buy American - que exige o uso de ferro, aço e produtos manufaturados dos Estados Unidos em obras realizadas com recursos do pacote - ficou de lado. Segundo o texto definitivo, a cláusula será aplicada sem violar as normas do comércio internacional.

Ontem à tarde, a Câmara de Representantes (deputados) havia aprovado, por 246 votos a favor e 183 contra, a versão final do plano. Todos os republicanos foram contrários ao pacote.

Pelo acordo de quarta-feira entre Câmara e Senado, em vez de custar US$ 819 bilhões, como queriam os deputados, ou US$ 838 bilhões como pretendiam os senadores, o pacote ficou em cerca de US$ 787 bilhões, com 65% desse total destinado a gastos do governo federal e 35%, a créditos tributários.

17:16
Anónimo disse...
Economia nacional
Na era Lula, aposentadoria sobe 54% menos que salário mínimo

Thatiane Faria
Especial para o Terra
Direto de São Paulo

Os índices de reajustes concedidos pelo governo em 2009 para aposentados e pensionistas e para o salário mínimo repetiram uma diferença que, só durante o governo de Luiz Inácio Lula da Silva, já chega a 54%. Enquanto o mínimo foi majorado em 12% este ano, as pensões e aposentadorias tiveram aumento de 5,92%. Aposentados que têm o benefício do governo como única fonte de renda reclamam que perdem poder de compra e que sua cesta de compras é composta por itens que aumentam mais em relação à inflação oficial.

Um exemplo prático pode ser entendido a partir da comparação entre um aposentado que ganhava R$ 600 em janeiro de 2003. Na época, o benefício era três vezes, ou 200%, maior que o valor do mínimo em vigência, que era de R$ 200. Aplicando-se os índices de reajuste para aposentadorias e para o mínimo durante os últimos seis anos, o mesmo aposentado estaria recebendo hoje R$ 938,47, comparado a um salário mínimo de R$ 465. A diferença entre os dois valores caiu para pouco mais de 100%.

Enquanto o índice acumulado de reajuste para a aposentadoria durante o governo Lula foi de 60%, para o salário mínimo está em 132%.

O diretor do Sindicato Nacional dos Aposentados, João Inocentini, reclama que os valores dos benefícios para aposentadorias não mantêm o poder de compra do grupo, principalmente dos aposentados que recebem menos que dez salários mínimos.

Nem mesmo o fato de o índice de reajuste das aposentadorias ter ficado acima da inflação acumulada no mesmo período (o IPCA entre janeiro de 2003 e janeiro de 2009 foi de 39,7%) serve de argumento, segundo os aposentados.

"Os idosos, principalmente, têm gastos além das contas gerais como gás, telefone e aluguel. Para eles o custo com remédios, e outros itens da área saúde costuma ser maior", afirmou Inocentini.

O presidente do sindicato afirmou que o grupo realiza um estudo com 100 itens de necessidade de um idoso para comparar o aumento dos produtos com o índice de reajuste do benefício recebido pelos aposentados.

"Daqui dois meses vamos abrir um processo na Justiça e levar essa pesquisa como prova. Segundo a lei, o governo é obrigado a manter o poder de compra com a aposentadoria", disse Inocentini.

Alternativas
O consultor financeiro Cláudio Boriola diz que os aposentados, especialmente nesse momento de crise econômica, devem evitar compras parceladas, pesquisar preços, negociar e fazer bom planejamento financeiro.

Segundo Boriola, alguns aposentados ganham um valor mensal muitas vezes insuficiente para o pagamento das contas e acabam pedindo crédito ou realizando pagamentos a prazo e são obrigados a pagar juros altos.

Na opinião do consultor, pagar uma previdência privada é uma alternativa indicada para quem ainda trabalha, considerando a característica de perda de poder de compra da aposentadoria.

"Na prática, infelizmente os valores encontram-se em um patamar que está deteriorando o poder de aquisição da população brasileira", completou Boriola.

De acordo com o diretor da Confederação Brasileira de Aposentados e Pensionistas (Cobap), Vicente Fernandes Barbosa, representantes dos aposentados tentarão um encontro com o presidente da Câmara, deputado Michel Temer (PMDB-SP), para discutir projetos que minimizem a perda dos aposentados

17:17
Anónimo disse...
Previdência
Previdência prorroga isenção de tarifas no benefício

O atual sistema de pagamento aos 26 milhões de aposentados e pensionistas do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) será mantido até o final deste ano. O acordo, que permite realizar a operação sem nenhum custo aos beneficiários, foi renovado nesta sexta-feira, entre o governo federal e 21 instituições financeiras.

Por meio desse acordo, vigente desde setembro de 2007, nem os segurados, nem os bancos e nem o governo arcam com o pagamento de tarifas, conforme explicou o ministro da Previdência Social, José Pimentel. A prorrogação vale até dezembro, data máxima para que a Previdência defina as regras para um novo contrato.

Ao assinar o termo de renovação, na sede da Federação Brasileira dos Bancos (Febraban), o ministro disse que a intenção do governo é mudar o atual modelo de gestão visando a reduzir os custos dessas operações em torno da folha mensal, que atinge R$ 15,8 bilhões. No entanto, qualquer alteração, conforme explicou, passará antes por audiências públicas a serem realizadas a partir do segundo semestre deste ano, atendendo a determinação do Tribunal de Contas da União (TCU).

De acordo com Pimentel, com um redesenho do mecanismo de repasse dos recursos aos bancos em torno da folha de pagamento dos segurados o que se busca é um aumento da participação de instituições financeiras. Ele informou que, desde 2007, cada benefício custa em média R$ 1,07 ao governo. "Quanto mais instituições financeiras estiverem prestando serviços à sociedade, maior é a competitividade, a agilidade no atendimento", justificou.

O ministro observou, ainda, que, para permitir uma redução para algo em torno de meia hora no tempo de atendimento para a concessão dos direitos previdenciários, o governo investiu R$ 280 milhões.

Questionado sobre o descontentamento dos segurados que ganham acima de um salário mínimo terem obtido apenas a correção com base na variação do Índice de Preços ao Consumidor (INPC) , ficando abaixo do reajuste dado a quem recebe apenas o mínimo, Pimentel argumentou que o governo seguiu o que determina a lei e descartou a possibilidade de uma revisão

17:17
Anónimo disse...
Empresas
Caterpillar oferece aposentadoria antecipada a 2 mil


A companhia americana Caterpillar ofereceu a cerca de dois mil funcionários incentivos para que se aposentem de forma voluntária antes do previsto, pela perspectiva de uma queda "significativa" da atividade industrial, informou nesta quarta-feira a empresa.

A iniciativa, destinada aos trabalhadores de diversas fábricas em Illinois, Colorado, Tennessee e Pensilvânia, se soma aos cortes de empregos anunciados em janeiro, explicou em comunicado de imprensa.

A empresa, a maior fabricante mundial de maquinaria pesada para a construção e a mineração, acrescentou que, "em função das condições de negócio, podem ser necessárias mais reduções de elenco voluntárias e involuntárias à medida que o ano avança".

O vice-presidente da companhia, Sid Banwart, explicou que a empresa prevê "demissões significativas em todas as regiões geográficas e na maioria dos setores devido às dificuldades da economia mundial".

17:18
Anónimo disse...
Comércio
Comércio exterior da OCDE caiu no 3º trimestre de 2008


As exportações e as importações dos países da Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Econômico (OCDE) caíram 1,6% e 0,2%, respectivamente, no terceiro trimestre de 2008, em relação aos três meses anteriores.

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Trata-se da primeira queda destas atividades desde o terceiro trimestre de 2006, segundo o último relatório trimestral sobre fluxos comerciais divulgado pela OCDE.

As exportações e as importações em dólares dos 30 Estados-membros caíram 15,6% e 17%, respectivamente, na comparação anualizada.

Por sua vez, o comércio dos sete países mais ricos do mundo (G7) teve um pequeno crescimento no terceiro trimestre de 2008 com uma queda das exportações de mercadorias de 0,2% em relação ao trimestre anterior e um aumento de 0,4% das importações.

Em termos anualizados, as importações do G7 caíram 1,4% entre julho e setembro do ano passado, seu primeiro retrocesso desde o terceiro trimestre de 2006, enquanto as exportações aumentaram 1,9%, seu crescimento mais baixo no mesmo tempo.

Por países, a Alemanha aumentou suas importações em 3,4% - valor mais alto do G7 -, enquanto suas exportações caíram 2,9% do segundo para o terceiro trimestre de 2008.

Pelo contrário, as exportações americanas aumentaram 1,8% entre julho e setembro de 2008, enquanto as importações caíram 0,7% em relação ao trimestre anterior. No Japão, tanto as importações quanto as exportações caíram em torno de 1% no mesmo período.

17:19
Anónimo disse...
Economia Nacional
Lula: juros de crédito consignado a aposentados são altos

Atualizada às 17h29

O presidente Luis Inácio Lula da Silva afirmou nesta terça-feira, em São Paulo, que está lutando para reduzir as taxas de juros cobradas de aposentados em crédito consignado. A Previdência Social estabelece uma taxa máxima de 2,5% para empréstimo e de 3,5% para cartão. Para Lula, os valores são altos.

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"Acho que o juro que os aposentados estão pagando hoje com o crédito consignado é alto para o padrão brasileiro", disse o presidente durante a cerimônia de comemoração dos 86 anos do INSS.

A Previdência anunciou nesta terça-feira que aposentados e trabalhadoras com licença-maternidade poderão receber seus benefícios em 30 minutos. De acordo com Lula, em junho, a aposentadoria do trabalhador rural também será conseguida em meia hora.

Além disso, o presidente anunciou que, também em junho, os trabalhadores que alcançarem o direito à aposentadoria passarão a receber em suas casas um comunicado da Previdência informando o fato e o valor do salário que têm direito a receber. "É um comprometimento público que estou fazendo com os companheiros da Previdência Social", disse.

"Estamos retribuindo ao contribuinte da Previdência Social aquilo que é a cidadania que ele tem direito", afirmou Lula. "Se para cobrar nós somos tão precisos, para devolver o dinheiro, temos que chegar próximo à perfeição", completou.

17:20
Anónimo disse...
Economia Nacional
Salário maternidade sairá em 30 minutos, diz ministro

Toda trabalhadora autônoma que tiver contribuído pelo menos 10 meses com o Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) - ou as que possuírem carteira assinada - poderão receber em 30 minutos o salário maternidade a partir desta terça-feira. Da mesma forma, as mulheres com 30 anos de contribuição e os homens com 35 anos também terão direito ao benefício de forma mais rápida. A informação é do ministro da Previdência Social, José Pimentel.

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Para requerer o salário maternidade, é preciso que as autônomas levem a carteira de identidade e o carnê de contribuição. As demais trabalhadoras devem apresentar a identificação e a carteira de trabalho. Desde o início do mês, a nova forma de análise para a concessão de benefícios foi adotada para a aposentadoria por idade do trabalhador urbano e agora foi estendida para o salário maternidade e por tempo de contribuição.

O ministro disse que a qualificação do serviço da previdência social é o reconhecimento do direito dos trabalhadores e da afirmação da cidadania.

"Até pouco tempo na cabeça do cidadão o serviço devia ser de péssima qualidade. Agora não, nós modificamos toda a legislação no mês de dezembro numa ação conjunta do Congresso Nacional com o governo federal. Estamos implantando e concedendo os benefícios em até 30 minutos", afirmou.

O ministro destacou que para conseguir se aposentar ou ter acesso à licença maternidade em 30 minutos, em primeiro lugar, é necessário que o cidadão esteja vinculado à Previdência, o que inclui 65% da população acima de 16 anos de idade.

"Depois bastar marcar pelo sistema 135 o dia e a hora do atendimento e levar a documentação. Se todos os dados necessários estiverem corretos o contribuinte será atendido em até 30 minutos, como vem sendo feito com as aposentadorias por idade desde o dia cinco de janeiro", explicou.

Pimentel disse ainda que em 90% das agências da previdência social o atendimento é marcado em até 48 horas. Nos grandes centros, entretanto existe um volume maior o que torna mais lento o processo.

"Estamos criando mais 715 agências até 2010, em todo o território nacional, para descentralizar o atendimento. Em 2008, atendemos 295 mil benefícios e aposentadorias por idade. Temos 4 mil pessoas por dia procurando e se aposentando por idade no território nacional. Este serviço será agilizado", concluiu.
17:25
Anónimo disse...
Giuseppe Englaro, pai de Eluana, a italiana que morreu na segunda-feira passada por desidratação, recusou uma grande soma de dinheiro de um conhecido fotógrafo italiano que queria retratar a filha em estado de coma, disse neste sábado o neurologista que atendia a mulher desde 1996, Carlo Defanti.

O neurologista, que participou hoje de uma conferência sobre eutanásia, disse que Englaro respeitou a vontade da filha, que, antes do acidente, tinha pedido que, se lhe ocorresse qualquer coisa irreversível, apresentasse sua imagem de quando estava em boas condições.

Antes de sofrer o acidente de trânsito, em 1992, Eluana viveu o coma de um amigo, Alessandro, o que causou forte impacto na italiana e a levou a fazer o pai prometer que não a deixasse viver em estado vegetativo, disse o próprio Giuseppe Englaro.

Defanti, que dissera que Eluana poderia viver de dez a 12 dias depois da suspensão da alimentação e da hidratação, disse que, como médico, tinha que reprovar esta afirmação.

"Não se pode sobreviver após três ou quatro dias sem líquido e, em particular, água em um corpo. Sabemos bem que, quando há um terremoto, após quatro dias é difícil encontrar sobreviventes".

Defanti ressaltou que Eluana "não falava, não se comunicava com o exterior" e que, após vários exames, "nos deparamos com uma moça que tinha perdido a consciência", porque estava com o córtex cerebral prejudicado.

Eluana foi enterrada na quinta-feira passada no túmulo da família na localidade de Paluzza, em Udine, após um funeral que não contou com a presença dos pais.

16:53
Anónimo disse...
Os bombeiros combatem neste sábado os incêndios na Austrália favorecidos pelo bom tempo, enquanto os deslocados encotram em seu retorno casas derruídas, carros queimados nas ruas e destruição.

Depois de sete dias desde que começaram os incêndios no Estado de Victoria, a lista de mortos chega a 181, os desaparecidos somam 50, os edifícios destruídos totalizam 1,834 mil e o terreno arrasado, principalmente florestas, ocupa uma área de 4,13 mil quilômetros quadrados.

As equipes de bombeiros, formadas por 4 mil profissionais de Victoria, de outras partes da Austrália e de países amigos, combateram hoje 12 focos fora de controle e nenhum representava uma ameaça direta para a população.

O subdiretor do Serviço de Bombeiros, Geoff Conway, disse que este tempo favorável, que se prolongará durante o domingo, permite consolidar as linhas de contenção e avançar na extinção das chamas.

Cinzas apareceram arrastadas por ventos do nordeste sobre Melbourne, onde habitam 3,8 milhões de pessoas, e as autoridades alertaram aos cidadãos do risco para a saúde de idosos, crianças e pessoas com problemas respiratórios.

O número de pessoas deslocadas - a Cruz Vermelha chegou a receber 7 mil - começou a cair com a abertura de algumas localidades atingidas.

Os incêndios, alguns criminosos, começaram em 7 de fevereiro, quando a região sul da Austrália estava há duas semanas sob uma onda de calor sem precedentes.

Na sexta-feira passada, a polícia acusou uma pessoa de ter provocado o incêndio que atingiu a localidade de Churchill e matou 21 pessoas.

16:55
Anónimo disse...
A primeira chuva em seis dias reduziu a ameaça de incêndios no Estado de Victoria, ao sul da Austrália. As autoridades, porém, advertiram que ainda existem 12 focos, mas que nenhum deles ameaça áreas povoadas.

Mais de quatro mil bombeiros, mil provenientes de outras partes do país e de outras nações, trabalham contra o fogo. Cerca de 600 veículos e 28 helicópteros e pequenos aviões estão sendo usados.


Eles conseguiram construir linhas de contenção para evitar os incêndios de Yarra e Maroondah se juntassem. Também foram controlados os incêndios abertos de Yea e Murrindindi, que ameaçavam as comunidades de Connellys Creek, Crystal Creek, Scrubby Creek e Native Dog Creek.

O número de mortos chegou a 181, mas as autoridades acreditam que as vítimas devem passar de 200, já que ainda há muitos desaparecidos.

16:55
Anónimo disse...
Aqui nesta coluna, na semana passada, tive a oportunidade de comentar sobre a recente visita do professor brasileiro Pedrinho Guareschi à Austrália. Não dei, porém, os fatos, pois semana passada o assunto era outro.

Hoje, porém, vamos a eles.

No último dia 4 de fevereiro, aconteceu o Seminário "Paulo Freire: Education and Liberation", organizado pelo centro de estudos latino-americanos da Universidade Nacional da Austrália, ou ANU, como é mais conhecida por aqui.

A ANU, para quem não sabe, está entre as 20 melhores universidades do mundo! E tem sede aqui em Camberra, capital da Austrália.

Na abertura do evento, o professor John Minns, diretor do centro latino-americano, ao dar boas-vindas ao público presente, lembrou ser aquele o primeiro seminário exclusivamente dedicado a Paulo Freire na Austrália.

Em seguida, convidou Pedrinho Guareschi, palestrante principal do Seminário, a fazer sua apresentação.

A plateia pode então conhecer, pelas palavras de Pedrinho, um pouco da obra e da vida de Freire, esse brasileiro de fé e valor, que sempre acreditou na educação, sobretudo dos menos favorecidos, analfabetos, como força libertadora.

Como não podia deixar de ser, os conceitos e ideias revolucionários de Paulo Freire, expostos com clareza por Pedrinho, despertaram o interesse e a curiosidade de plateia. A qual, deve-se notar, era na maioria de estudantes, mas de várias nacionalidades, sobretudo australianos e asiáticos.

Na continuação do programa do seminário, que se estendeu por dois dias, outros professores fizeram palestras sobre temas ligados à obra de Paulo Freire.

Interessante, por exemplo, saber que a professora Anne Hickling-Hudson, jamaicana que mora na Austrália há muitos anos (é professora da ANU), conheceu e trabalhou com Freire num workshop educacional durante a revolução na Ilha de Granada, em 1980, antes da invasão dos Estados Unidos...

Ou, então, a palestra da Professora Gerda Roelvink, da Nova Zelândia, que participou do Fórum Social de Porto Alegre em 2005. E essa participação transformou-se em tema de doutorado.

No dia 10, terça-feira passada, o padre Pedrinho Guareschi voltou a falar ao público australiano em grande auditório localizado no belíssimo campus da ANU. Desta vez, sobre a Teologia da Libertação.

Depois da palestra, John Minns mostrou o filme mexicano "O Crime do Padre Amaro", no qual um dos personagens é um padre católico praticante da Teologia da Libertação.

Mais uma vez, foi grande o intersse da platéia, que pode aprender e conhecer um pouco como se desenvolveu aquele importante movimento católico na América Latina.

Fica, assim, ao Pedrinho, bem como a outros brasileiros estudiosos e de bom coração que saem pelo mundo a divulgar aspectos importantes da cultura brasileira, o respeito e a homenagem desta coluna. E... aquele abraço!

16:57
Anónimo disse...
Amanda Kitts perdeu o braço esquerdo em um acidente de automóvel acontecido três anos atrás, mas hoje em dia ela joga futebol americano com seu filho de 12 anos de idade, troca fraldas e abraça as crianças nas três creches Kiddie Cottage que opera em Knoxville, Tennessee. Kitts, 40 anos, faz tudo isso com a ajuda de um novo tipo de braço artificial que se movimenta com mais facilidade do que outros aparelhos e que ela pode controlar utilizando apenas seus pensamentos.

"Eu sou capaz de mexer a mão, o pulso e o cotovelo ao mesmo tempo", diz. "Você pensa e os músculos se movem em seguida".

A recuperação que ela conseguiu resulta de um novo procedimento que vem atraindo crescente atenção porque permite que pessoas movam braços protéticos de forma mais automática do que faziam no passado, simplesmente utilizando nervos reaproveitados em seus cérebros.

A técnica, conhecida como "renervação muscular dirigida", envolve utilizar os nervos que restam depois da amputação de um braço e conectá-los a outro músculo do corpo, em geral no peito. Eletrodos são instalados sobre os músculos do peito, e operam como se fossem antenas. Quando a pessoa deseja mover o braço, o cérebro envia sinais que primeiro resultam em contração dos músculos do peito, os quais enviam um sinal ao braço protético, instruindo-se a se movimentar. O processo não requer mais esforços consciente do que a pessoa teria de exercitar caso ainda tivesse seu braço natural.

Na terça-feira, pesquisadores reportaram em estudo publicado pela versão online do Journal of the American Medical Association que haviam levado a técnica ainda mais à frente, tornando possível a execução de 10 movimentos de mão, pulso e cotovelo diferentes, o que representa uma substancial melhora com relação ao típico repertório protético, que em geral envolve apenas dobrar o cotovelo, girar o pulso e abrir a mão.

"Os novos métodos tiveram impacto dramático em nosso campo de trabalho", disse Stuart Harshbarger, engenheiro biomédico na Universidade Johns Hopkins e diretor do programa de pesquisa sobre próteses, financiado pelas forças armadas, que inclui o trabalho com essa técnica. "O método já está em uso por médicos e cirurgiões comuns em todo o país. A capacidade de controlar um membro protético bastante robusto que ele confere surpreendeu a todos pela qualidade".

Tipicamente, uma pessoa que tenha um braço protético só é capaz de executar alguns poucos movimentos, e muitas vezes com tamanha lentidão que isso só permite a ela atividades limitadas.

Há um motor separado para cada movimento, diz Gerald Loeb, professor de engenharia biomédica na Universidade do Sul da Califórnia, "e esses motores precisam ser controlados de maneira explícita", usualmente por um esforço consciente da pessoa para contrair músculos nas costas ou no bíceps.

"Essencialmente, até agora os pacientes controlavam apenas um motor de cada vez", diz Loeb, "e precisavam pensar cuidadosamente sobre que motor desejavam controlar e como fazê-lo operar, em lugar de simplesmente pensarem em mover o braço e poderem fazê-lo sem delongas".

Antes que Kitts passasse pelo procedimento de renervação, em outubro de 2007, por exemplo, ela precisava movimentar os músculos de suas costas de determinada maneira para fazer com que seu pulso girasse, e flexionar seu bíceps e tríceps para fazer com que o cotovelo se movesse para cima e para baixo. "Era muito trabalho", ela conta. "E não me ajudava muito".

O procedimento de renervação é parte de uma recente explosão de idéias novas e técnicas inovadoras que estão sendo exploradas enquanto os cientistas se esforçam por ajudar as pessoas a compensar melhor a perda de membros ou problemas de paralisia. O esforço vem sendo alimentado pelo aumento no número de amputações causado por diabetes e por ferimentos sofridos pelos militares, e ao mesmo tempo pelos avanços na tecnologia médica.

Os braços se tornaram um dos focos essenciais desse tipo de trabalho. A ciência há muito vem obtendo sucessos no desenvolvimento de próteses de perna, mas é muito mais difícil imitar a complexidade e a destreza das mãos e dos braços.

Os esforços em curso incluem o desenvolvimento de projetos de pele e braços mais sensíveis e mais flexíveis, e o uso de dispositivos acionados por controles sem fio implantado nos braços protéticos, que permitiriam movimentos mais naturais.

Os pesquisadores também vêm usando sensores implantados nos cérebros de cobaias para permitir que dois macacos controlem um braço mecânico, e um teste com um homem paralítico permitiu, com esse método, que ele movimentasse um cursor em uma tela de computador.

Alguns desses métodos, caso venham a ser aperfeiçoados plenamente e consigam aprovação das autoridades regulatórias da saúde, podem no futuro se tornar mais viáveis para os pacientes de amputações.

E embora a técnica da renervação não requeira aprovação das autoridades regulatórias porque é executada por meios cirúrgicos e emprega aparelhos já existentes, ela apresenta limitações que até mesmo seus criadores reconhecem, entre as quais o fato de que não se pode utilizá-la para todos os pacientes, o seu alto custo e o prazo de meses requerido para que os nervos reconectados cresçam e se tornem efetivos.

Ainda assim, os especialistas dizem que é o mais avançado sistema em uso hoje para pacientes reais que permite que o sistema nervoso controle diretamente o movimento de um braço artificial.

Desde sua introdução por Todd Kuiken, médico fisioterapeuta e engenheiro biomédico do Instituto de Reabilitação de Chicago, o método foi empregado em cerca de 30 pacientes nos Estados Unidos, Canadá e Europa, entre os quais oito soldados feridos no Iraque e no Afeganistão.

Muitos dos pacientes, entre os quais o primeiro, Jesse Sullivan, um operário do setor elétrico no Tennessee que perdeu os dois braços quando foi eletrocutado por um cabo, conseguem não apenas manipular seus braços protéticos mas sentir a presença das mãos que já não têm quando alguém toca em seus peitos.

Sullivan, 62 anos, e Kitts, estavam entre os cinco pacientes que participaram do estudo reportado na terça-feira. Em companhia de cinco outras pessoas que não passaram por amputações, eles receberam os eletrodos e foram instruídos a usar pensamentos para fazer com que um braço virtual na tela reproduzisse 10 movimentos diferentes, entre os quais três formas diferentes de aperto de mão.

Os pacientes apresentaram desempenho bastante respeitável, apenas um pouco mais lento e menos preciso do que os dos participantes que não tinham amputações.

"As velocidades de movimento que encontramos em nossos pacientes foram realmente encorajadoras", disse Kuiken. "Eles conseguiram completar a tarefa. É claro que não foram tão competentes quanto as pessoas dotadas de plena capacidade física, mas foram bons o bastante".

Um braço virtual foi usado porque a maioria das próteses existentes não era capaz de acomodar todos aqueles movimentos, no momento da pesquisa, ainda que Sullivan, Kitts e uma terceira paciente, Claudia Mitchell, tenham experimentado dois novos protótipos mais versáteis de braços artificiais, executando tarefas complexas com bolas de tênis e outros objetos.

O trabalho de renervação em soldados apresenta outros desafios, diz Kuiken, porque os ferimentos militares muitas vezes "causam danos muitos extensos" a nervos, músculos ou ossos.

Daniel Acosta, 25 anos, um aviador ferido pela detonação de uma bomba em uma estrada do Iraque em 2005, passou pelo procedimento no ano passado e diz que seu braço esquerdo protético agora se movimenta "muito mais rápido" e de maneira muito mais natural.

"A diferença é que agora não preciso mais pensar para mover o braço", ele diz. "Ele simplesmente se mexe".

Ainda assim, Acosta, de San Antonio, diz que "o processo foi bastante longo" e que os eletrodos precisam ser ajustados para receber os sinais à medida que os nervos crescem ou mudam de posição.

E embora elogiem o método, os especialistas afirmam que a ciência das próteses de braço ainda tem muito por avançar.

"Trata-se de uma parte crucial, mas ainda assim apenas uma parte, das muitas coisas que compreendem a função normal de um braço", disse Loeb, que escreveu um editorial que acompanha o artigo no Journal of the American Medical Association.

"No momento estamos a meio do caminho entre o braço de 'Dr. Fantástico', que fazia involuntariamente a saudação nazista, e o braço de Luke Skywalker em 'Guerra nas Estrelas', que funciona sem nenhum problema assim que é conectado. Creio que precisaremos ainda de muitos anos para conectar todas as peças necessárias a produzir um braço capaz de funcionar normalmente".

17:04
Anónimo disse...
A Espanha disse neste sábado que está preparando uma reclamação oficial contra a decisão da Venezuela de expulsar um membro do Parlamento Europeu que criticou o conselho eleitoral venezuelano.
Luis Herrero, membro do partido conservador espanhol PP, foi deportado na sexta-feira depois que o Conselho Nacional Eleitoral (CNE) o acusou de questionar a imparcialidade da instituição antes de um referendo que pode permitir ao presidente Hugo Chávez permanecer no cargo indefinidamente.

Herrero estava na Venezuela como observador do referendo. Ele acusou Chávez de ter "comportamentos típicos de um ditador" por pedir a contenção de manifestações da oposição.

O governo da Espanha convocou um encontro com o embaixador da Venezuela em Madri para expressar a desaprovação sobre a expulsão de Herrero, disse um representante do Ministério das Relações Exteriores espanhol.

As relações da Venezuela com a Espanha tiveram seu ponto crítico em 2007, quando Chávez ameaçou rever acordos diplomáticos e comerciais depois de ouvir um "cala a boca" do rei espanhol Juan Carlos durante uma cúpula.

A fenda foi oficialmente reparada em 2008, com uma visita oficial de Chávez à Espanha, onde ele cumprimentou o rei e discutiu acordos para investimento no setor petroquímico com o primeiro-ministro José Luis Rodriguez Zapatero.

17:06
Anónimo disse...
A polícia do Zimbábue anunciou neste sábado que acusa de traição Roy Bennett, dirigente do até agora opositor Movimento para a Mudança Democrática (MDC), detido na sexta-feira, em Harare, poucas horas antes da cerimônia de posse dos membros do novo gabinete.

"A Polícia nos informou que vão apresentar acusações de traição", disse à agência EFE o advogado de defesa de Bennett, Trust Maanda.

"Tentam relacionar Roy com o caso de Mike Hitschmann, que foi detido em 2006 em relação à descoberta de um carregamento de armas, apesar de que Hitschmann não tenha sido declarado culpado das acusações de traição apresentadas contra ele, mas de um crime menor de descumprimento de leis", disse Maanda.

O político opositor, designado por seu partido como vice-ministro de Agricultura no Governo de união nacional, esteve no exílio na vizinha África do Sul desde 2006 e retornou ao Zimbábue há duas semanas.

Segundo a Polícia, que deteve Bennett ontem no aeroporto de Harare quando pretendia ir à África do Sul para visitar sua família, as armas apreendidas em 2006 seriam utilizadas em um golpe de Estado para derrubar o presidente do Zimbábue, Robert Mugabe.

Depois da detenção, Bennet foi levado a Mutar, onde vários simpatizantes do MDC se concentraram em frente à delegacia na qual estava detido, diante do que a Polícia respondeu com tiros para o alto para dispersar os manifestantes.

17:07
Anónimo disse...
Austrália: 14 mil se candidatam a 'emprego dos sonhos'

A secretaria de Turismo de Queensland, na Austrália, informou que até esta segunda-feira já recebeu cerca de 14 mil inscrições para o "o melhor emprego do mundo". O Estado australiano promove pela internet seleção para vaga de "zelador" da ilha Hamilton, por seis meses com um salário de R$ 40 mil.

Muitos candidatos tiveram problemas durante a inscrição por conta dos acessos simultâneos ao site. A secretaria aconselha enviar os vídeos de 60s explicando porque deve ser escolhido em horários alternativos do dia, além de recomendar tamanho em torno de 40MB.

As inscrições começaram em 12 de janeiro e vão até o próximo dia 22 e podem ser feitas pelo site www.islandreefjob.com. O governo australiano escolherá 50 candidatos para a próxima fase da seleção, que terá votos do público para eleger um dos 11 finalistas.

A última fase terá entrevistas e desafios físicos, no próprio local de trabalho: as ilhas da Grande Barreira Coralina - o maior recife de coral do mundo. A secretaria de Turismo anunciará o vencedor no dia 6 de maio.

17:09
Anónimo disse...
Mercado elogia governo na crise, mas pede maior queda no juro

Peter Fussy
Direto de São Paulo

Desde as primeiras medidas anunciadas para combater os efeitos da crise, o governo brasileiro avisou que a estratégia não contemplaria um pacote. Seriam doses pontuais, de acordo com a necessidade da economia diante do agravamento das turbulências. Da primeira liberação dos depósitos compulsórios em setembro até a ampliação do seguro-desemprego na última quarta-feira, o governo passou por redução de impostos, ampliação de crédito e incentivos à exportação. Quase 150 dias após a primeira medida, o Terra conversou com líderes do setor público e privado, representantes dos trabalhadores, acadêmicos e com o próprio governo para saber quais destas ações foram mais eficazes, quais foram mais ineficientes e o que mais pode ser feito pelo Estado brasileiro contra a crise.

Os maiores elogios foram direcionados à atitude de reduzir o Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) para a indústria automobilística, anunciada em dezembro e que fez com que os emplacamentos de carros novos subissem 1,9% no primeiro mês do ano em relação a dezembro de 2008. Já as maiores críticas foram para a lentidão no corte da taxa básica de juro do País.

Para o presidente do conselho administrativo do Grupo Pão de Açúcar, Abílio Diniz, o Estado não é responsável pela crise e mesmo assim está agindo "com extrema serenidade e muito acerto". "O governo está atento, fazendo a sua parte. É preciso coragem de baixar firmemente a taxa de juros. É uma arma que temos a nosso favor, já que não há clima para inflação, nem possibilidade de danos para a macroeconomia", afirmou Diniz.

Na última reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), em janeiro, a taxa Selic foi reduzida em um ponto percentual, de 13,75% para 12,75% ao ano. Porém, o professor de economia da Universidade de Brasília (UnB) José Luiz Oreiro lembra que este corte representa uma redução de apenas 0,25 ponto percentual com relação à taxa de setembro do ano passado, quando a crise se agravou.

"Pouco antes da eclosão da crise, o Banco Central aumentou a taxa em 0,75 ponto. Foram cinco meses de demora para reduzir em termos líquidos apenas 0,25 ponto", afirmou o economista, que também sugeriu redução do intervalo de cerca de 90 dias entre as reuniões do Copom e o corte de pelo menos um 1 ponto percentual em cada reunião.

Mesmo com o corte de janeiro, a taxa de juros real continua sendo a maior do mundo, lembrou o secretário-geral da Força Sindical, João Carlos Gonçalves, o Juruna. "A redução da taxa de juro ainda é pequena, porque ela continua uma das mais altas do mundo. Falta ousadia para baixar os juros e ajudar o cidadão. A permanência da taxa de juro alta é negativa para o País em meio a crise", afirmou Juruna.

Embora aprove as ações do governo, o senador Aloízio Mercadante (PT-SP) também acredita que o patamar da Selic está muito alto. "Sempre fomos os primeiros a entrar em qualquer crise, o que não aconteceu agora. A taxa Selic ainda é muito alta, mas o governo têm tomado medidas acertadas, como o aumento do salário mínimo, mesmo com um cenário de crise. Isso ajuda a movimentar o consumo. O governo está se esforçando para manter os investimentos e o crescimento", disse.

Tributos
De acordo com o economista Fabio Pina, da Fecomercio-SP, as ações mais positivas estão relacionadas à redução de tributos para alguns segmentos, como a indústria automobilística, que recuperou parte da queda nas vendas em janeiro com a isenção do IPI para carros 1.0 l e o corte para demais motorizações. A medida vale até o final de março.

"Essas medidas não só reduziram o preço, mas anteciparam o consumo daqueles que iriam comprar no futuro, dando um prêmio por conta da insegurança. Mexe diretamente com o principal problema que é a confiança do consumidor", afirmou. Juruna destacou que um bom ritmo de vendas é garantia de emprego. "É importante porque cada emprego na montadora significa 19 na cadeia produtiva", comentou o representante da Força Sindical.

Também em dezembro, o governo decidiu cortar pela metade a alíquota do Imposto de Renda para contribuintes que ganham entre R$ 1.434 e R$ 2.150 mensais. "O salário aumentava e a tabela não se modificava. As pessoas ganhavam mais e pagavam mais impostos", apontou Juruna. Outra redução de tributos do governo foi com relação ao Imposto sobre Operações Financeiras (IOF), que caiu de 3% ao ano para 1,5%.

Crédito
Na segunda metade de 2008, o colapso de bancos nos Estados Unidos por conta da crise do subprime provocou uma forte restrição de crédito no mundo inteiro. Uma das primeiras medidas anticrise do governo teve como objetivo restabelecer a oferta, com mudanças no recolhimento dos depósitos compulsórios por parte dos bancos. Segundo o presidente do Banco Central, Henrique Meirelles, as diversas modificações liberaram US$ 99,2 bilhões aos bancos até o final de janeiro.

Além disso, o governo concedeu R$ 36 bilhões das reservas internacionais para empresas brasileiras com dívidas no exterior e uma medida provisória autorizou o Banco do Brasil e a Caixa Econômica Federal a comprar carteiras de crédito de bancos privados. Para o diretor do Departamento de Pesquisas e Estudos Econômicos da Fiesp, Paulo Francini, estas medidas foram essenciais para combater os efeitos da crise.

"A crise se desenvolve no mundo em torno do tema crédito. E o crédito reduziu-se barbaridade no mundo. Então o governo lança mão de compulsório, lança mão de reservas, de medidas que permitem aos bancos comprar carteiras de bancos. Você vai tomando várias medidas para atender às demandas e o epicentro disso é crédito", afirmou.

No entanto, Oreiro, da UnB, adverte que a liberação dos compulsórios seria mais eficiente acompanhada de redução mais agressiva da taxa básica de juro. "Uma parte do crédito voltou, depois da forte retração em outubro e novembro. O que deveria ter sido feito junto à liberação do compulsório era uma redução mais drástica da taxa de juro. Sem isso, os bancos pegam as reservas e acabam comprando títulos públicos", explicou o economista.

Na opinião de Pina, as ações de distribuição de crédito via redução do compulsório e a disposição de capital de giro para empresas foram tomadas sem um cuidado maior na operação e não tiveram muito efeito. "O BNDES tem linhas que ficam paradas quase todo o ano, agora é pior ainda. Existem os recursos, mas as empresas e os bancos estão desconfiados. É preciso fazer com que os bancos tenham interesse em emprestar", afirmou o economista da Fecomercio-SP.

Futuro
Mesmo com todas essas medidas, a crise financeira ainda gera incertezas nos setores produtivos do País. Nos últimos meses, o medo do desemprego fez os consumidores adiarem compras. Por sua vez, a queda nas vendas pode obrigar as indústrias a cortarem a produção e demitir funcionários. Contra isso, empresários sugerem redução de jornada e de salários.

"Isto está previsto em lei. A Fiesp simplesmente manteve conversações com entidades sindicais quanto à aplicação daquilo que já está previsto em lei", afirmou Francini.

Segundo a ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff, uma das medidas que assegura um nível de emprego é a manutenção de investimentos no Programa de Aceleração do Crescimento (PAC). "Estamos esperando que a dificuldade ocorra em janeiro, fevereiro e março. Estamos certos que vamos manter o nível de investimento. É isso que funciona, é isso que significa investimento público. Ele funciona como um colchão. Por isso, nós colocamos R$ 100 bilhões no BNDES e a Petrobras ampliou o seu investimento em R$ 120 bilhões", afirmou.

Na mesma linha, Pina explica que a antecipação de gastos do governo substitui parte da demanda retraída do setor privado. "Ele dá o seguinte recado: não vou estourar as contas públicas, mas concentrar em um momento em que a demanda privada está pequena. Mas o governo não tem fôlego suficiente para fazer o papel de toda demanda", ressaltou. O economista da Fecomercio lembrou que a entidade já pleiteou junto ao governo isenções para transferência de imóveis e de automóveis, além de retirar o IPVA para veículos novos.

Já Oreiro foca suas propostas na capitalização do Banco do Brasil e da Caixa Econômica Federal pelo Tesouro para atender a demanda de crédito para capital de giro e reduzir o spread. "Aumentando o empréstimo e reduzindo as taxas, os dois vão forçar os bancos privados a acompanhar o movimento, até para não perderem participação no mercado", explicou o economista da UnB.

Até o Carnaval, o governou prometeu detalhar um pacote de incentivos para a construção de até um milhão de casas populares, direcionado a famílias com renda de até dez salários mínimos. "Estamos atentos a tudo o que está acontecendo e novas medidas serão tomadas caso haja uma avaliação de que sejam necessárias", disse o ministro da Fazenda, Guido Mantega, na última sexta-feira.

17:11
Anónimo disse...
Ex-ministro critica extensão do seguro-desemprego

Atualizada às 09h03

O ex-ministro do Trabalho Almir Pazzianotto criticou a decisão do governo federal de conceder o seguro-desemprego estendido a apenas alguns setores. "É certamente odioso e provavelmente inconstitucional", disse Pazzianotto, de acordo com o jornal O Estado de S. Paulo.

Na última qurta, dia do anúncio da medida, centrais sindicais elogiaram a atitude do governo. A Força Sindical divulgou nota dizendo que "o aumento ajudará a aquecer parte da economia, já que irá gerar mais consumo, produção e conseqüentemente, a criação de novos postos de trabalho". A União Geral dos Trabalhadores (UGT) afirmou que a medida "contribuirá para minimizar o drama dos trabalhadores que perderem seu emprego por conta da crise".

O ex-ministro, que instituiu o seguro-desemprego no País no governo de José Sarney, destacou a necessidade de as centrais sindicais se manifestarem contra a determinação. Para ele, as mudanças devem ser aplicadas a todas as categorias profissionais e a distinção é contrária ao artigo 3º da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT).

Pazzianotto atribui a medida a um possível temor do governo de que a crise econômica seja longa e não haja dinheiro para atender a todas as necessidades. Ainda assim, ele se mostra contrário ao método de concessão. "O seguro-desemprego ajuda a sanar necessidades básicas. Estendê-lo é paliativo, não a solução", disse ao jornal.

De acordo com o presidente do Conselho Deliberativo do Fundo de Amparo ao Trabalhador (Codefat) e conselheiro da Força Sindical, Luiz Fernando Emediato, a determinação já estava prevista na lei 8.900/94, que trata do seguro-desemprego.

O presidente da Comissão de Trabalho da Câmara, Pedro Fernandes (PTB-MA) vai além na crítica à concessão do seguro para apenas alguns setores. Ele acredita que a ampliação do benefício estimula o desemprego.

Quintino Severo, secretário geral da Central Única dos Trabalhadores (CUT), lembra que a ampliação do benefício sem critério e identificação pode incentivar demissões em outros setores.

17:13
Anónimo disse...
Empresas
TAM faz promoção para destinos internacionais

A companhia aérea TAM anunciou nesta sexta-feira tarifas promocionais para trechos internacionais. Os preços valem para bilhetes comprados entre 6h deste sábado e 23h59 deste domingo e são válidos para classe econômica. As tarifas, para ida e volta, serão vendidas a partir de US$ 99, mais taxas.

Segundo a aérea, a promoção vale para viagens feitas no período de 14 de fevereiro a 18 de junho de 2009. Para destinos na América do Sul, a permanência mínima é de dois dias; para bilhetes com destino nos Estados Unidos, cinco dias; e Europa, sete dias. A permanência máxima para as passagens para América do Sul e EUA é de dois meses e para Europa, três meses.

Entre os exemplos de tarifas promocionais, a TAM oferece São Paulo-Lima por US$ 99. Bilhetes para a rota São Paulo-Santiago serão vendidos a partir de US$ 199 e São Paulo-Nova York, US$ 799.

A emissão dos bilhetes deve ser feita obrigatoriamente no ato da reserva, obedecendo às regras estipuladas pela companhia. A compra está sujeita à disponibilidade de assentos nas classes tarifárias determinadas, trechos, horários e datas. A TAM afirmou que também há tarifas promocionais para a classe executiva.

Mais informações podem ser encontradas no site promocional (www.ofertastam.com.br), no site da empresa (www.tam.com.br) ou pelos telefones 4002-5700 ou 0800 5705700.

17:13
Anónimo disse...
Empresas
Consultoria negocia compra do parque temático Hopi Hari

A consultoria especializada em reestruturação de empresas Íntegra Associados informou nesta sexta-feira ter um acordo para comprar o parque de diversões Hopi Hari, localizado no interior de São Paulo. A empresa estaria disposta a investir R$ 10 milhões no parque, que tem dívida estimada em R$ 800 milhões. As informações são da edição deste sábado do jornal Folha de S. Paulo.

De acordo com o jornal, a transação ainda depende da negociação entre o Hopi Hari e seus credores, o que já estaria em andamento.

A consultoria paulista já atuou junto à Parmalat, durante 30 meses, quando reorganizou a gestão da empresa italiana.

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17:14
Anónimo disse...
Empresas
Disney de Tóquio contratará mais 2 mil apesar da crise


A Oriental Land, o operador da Disneylândia Tóquio e DisneySea, organizou neste domingo entrevistas para contratar cerca de 2 mil trabalhadores em tempo parcial, em um momento de grandes demissões deste tipo de empregados no Japão.

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O operador deste parque temático, situado em Urayasu, na província de Chiba (leste de Tóquio), está em pleno processo de seleção de empregados para 20 tipos de postos trabalhistas diferentes.

Segundo a companhia, citada pela agência local de notícias Kyodo, o parque contratará novos trabalhadores para as atrações, para os restaurantes e guardas de segurança entre outros. Os novos contratados começarão a trabalhar a partir de fevereiro.

O processo de seleção acontece em um momento em que a maioria das grandes companhias japonesas começaram a se ver obrigadas a despedir uma elevada percentagem de seus trabalhadores temporários e a tempo parcial.

Algumas inclusive anunciaram demissões de seus trabalhadores fixos, uma medida muito pouco comum nas companhias japonesas, perante os efeitos piores que o esperado pela crise econômica global.

Cerca de uma centena de pessoas esperavam desde a primeira hora desta manhã a abertura do centro de conferências Tokyo International Forum, onde as entrevistas estão sendo feitas, para ser os primeiros a solicitar os postos de trabalho.


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17:15
Anónimo disse...
Economia Internacional
Senado dos EUA aprova plano de estímulo à economia

O Senado dos Estados Unidos aprovou com 60 votos a favor e 38 contra o plano de estímulo à economia de US$ 787 bilhões na madrugada deste sábado. Agora, ele segue para sanção ou veto do presidente Barack Obama, que espera colocar a lei em prática até o dia 16 de fevereiro.

O plano prevê a criação de três milhões de empregos, inclui cortes de impostos às famílias, fundos para programas sociais e obras públicas, além de ajuda aos governos estaduais, estudantes e desempregados.

A cláusula Buy American - que exige o uso de ferro, aço e produtos manufaturados dos Estados Unidos em obras realizadas com recursos do pacote - ficou de lado. Segundo o texto definitivo, a cláusula será aplicada sem violar as normas do comércio internacional.

Ontem à tarde, a Câmara de Representantes (deputados) havia aprovado, por 246 votos a favor e 183 contra, a versão final do plano. Todos os republicanos foram contrários ao pacote.

Pelo acordo de quarta-feira entre Câmara e Senado, em vez de custar US$ 819 bilhões, como queriam os deputados, ou US$ 838 bilhões como pretendiam os senadores, o pacote ficou em cerca de US$ 787 bilhões, com 65% desse total destinado a gastos do governo federal e 35%, a créditos tributários.

17:16
Anónimo disse...
Economia nacional
Na era Lula, aposentadoria sobe 54% menos que salário mínimo

Thatiane Faria
Especial para o Terra
Direto de São Paulo

Os índices de reajustes concedidos pelo governo em 2009 para aposentados e pensionistas e para o salário mínimo repetiram uma diferença que, só durante o governo de Luiz Inácio Lula da Silva, já chega a 54%. Enquanto o mínimo foi majorado em 12% este ano, as pensões e aposentadorias tiveram aumento de 5,92%. Aposentados que têm o benefício do governo como única fonte de renda reclamam que perdem poder de compra e que sua cesta de compras é composta por itens que aumentam mais em relação à inflação oficial.

Um exemplo prático pode ser entendido a partir da comparação entre um aposentado que ganhava R$ 600 em janeiro de 2003. Na época, o benefício era três vezes, ou 200%, maior que o valor do mínimo em vigência, que era de R$ 200. Aplicando-se os índices de reajuste para aposentadorias e para o mínimo durante os últimos seis anos, o mesmo aposentado estaria recebendo hoje R$ 938,47, comparado a um salário mínimo de R$ 465. A diferença entre os dois valores caiu para pouco mais de 100%.

Enquanto o índice acumulado de reajuste para a aposentadoria durante o governo Lula foi de 60%, para o salário mínimo está em 132%.

O diretor do Sindicato Nacional dos Aposentados, João Inocentini, reclama que os valores dos benefícios para aposentadorias não mantêm o poder de compra do grupo, principalmente dos aposentados que recebem menos que dez salários mínimos.

Nem mesmo o fato de o índice de reajuste das aposentadorias ter ficado acima da inflação acumulada no mesmo período (o IPCA entre janeiro de 2003 e janeiro de 2009 foi de 39,7%) serve de argumento, segundo os aposentados.

"Os idosos, principalmente, têm gastos além das contas gerais como gás, telefone e aluguel. Para eles o custo com remédios, e outros itens da área saúde costuma ser maior", afirmou Inocentini.

O presidente do sindicato afirmou que o grupo realiza um estudo com 100 itens de necessidade de um idoso para comparar o aumento dos produtos com o índice de reajuste do benefício recebido pelos aposentados.

"Daqui dois meses vamos abrir um processo na Justiça e levar essa pesquisa como prova. Segundo a lei, o governo é obrigado a manter o poder de compra com a aposentadoria", disse Inocentini.

Alternativas
O consultor financeiro Cláudio Boriola diz que os aposentados, especialmente nesse momento de crise econômica, devem evitar compras parceladas, pesquisar preços, negociar e fazer bom planejamento financeiro.

Segundo Boriola, alguns aposentados ganham um valor mensal muitas vezes insuficiente para o pagamento das contas e acabam pedindo crédito ou realizando pagamentos a prazo e são obrigados a pagar juros altos.

Na opinião do consultor, pagar uma previdência privada é uma alternativa indicada para quem ainda trabalha, considerando a característica de perda de poder de compra da aposentadoria.

"Na prática, infelizmente os valores encontram-se em um patamar que está deteriorando o poder de aquisição da população brasileira", completou Boriola.

De acordo com o diretor da Confederação Brasileira de Aposentados e Pensionistas (Cobap), Vicente Fernandes Barbosa, representantes dos aposentados tentarão um encontro com o presidente da Câmara, deputado Michel Temer (PMDB-SP), para discutir projetos que minimizem a perda dos aposentados

17:17
Anónimo disse...
Previdência
Previdência prorroga isenção de tarifas no benefício

O atual sistema de pagamento aos 26 milhões de aposentados e pensionistas do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) será mantido até o final deste ano. O acordo, que permite realizar a operação sem nenhum custo aos beneficiários, foi renovado nesta sexta-feira, entre o governo federal e 21 instituições financeiras.

Por meio desse acordo, vigente desde setembro de 2007, nem os segurados, nem os bancos e nem o governo arcam com o pagamento de tarifas, conforme explicou o ministro da Previdência Social, José Pimentel. A prorrogação vale até dezembro, data máxima para que a Previdência defina as regras para um novo contrato.

Ao assinar o termo de renovação, na sede da Federação Brasileira dos Bancos (Febraban), o ministro disse que a intenção do governo é mudar o atual modelo de gestão visando a reduzir os custos dessas operações em torno da folha mensal, que atinge R$ 15,8 bilhões. No entanto, qualquer alteração, conforme explicou, passará antes por audiências públicas a serem realizadas a partir do segundo semestre deste ano, atendendo a determinação do Tribunal de Contas da União (TCU).

De acordo com Pimentel, com um redesenho do mecanismo de repasse dos recursos aos bancos em torno da folha de pagamento dos segurados o que se busca é um aumento da participação de instituições financeiras. Ele informou que, desde 2007, cada benefício custa em média R$ 1,07 ao governo. "Quanto mais instituições financeiras estiverem prestando serviços à sociedade, maior é a competitividade, a agilidade no atendimento", justificou.

O ministro observou, ainda, que, para permitir uma redução para algo em torno de meia hora no tempo de atendimento para a concessão dos direitos previdenciários, o governo investiu R$ 280 milhões.

Questionado sobre o descontentamento dos segurados que ganham acima de um salário mínimo terem obtido apenas a correção com base na variação do Índice de Preços ao Consumidor (INPC) , ficando abaixo do reajuste dado a quem recebe apenas o mínimo, Pimentel argumentou que o governo seguiu o que determina a lei e descartou a possibilidade de uma revisão

17:17
Anónimo disse...
Empresas
Caterpillar oferece aposentadoria antecipada a 2 mil


A companhia americana Caterpillar ofereceu a cerca de dois mil funcionários incentivos para que se aposentem de forma voluntária antes do previsto, pela perspectiva de uma queda "significativa" da atividade industrial, informou nesta quarta-feira a empresa.

A iniciativa, destinada aos trabalhadores de diversas fábricas em Illinois, Colorado, Tennessee e Pensilvânia, se soma aos cortes de empregos anunciados em janeiro, explicou em comunicado de imprensa.

A empresa, a maior fabricante mundial de maquinaria pesada para a construção e a mineração, acrescentou que, "em função das condições de negócio, podem ser necessárias mais reduções de elenco voluntárias e involuntárias à medida que o ano avança".

O vice-presidente da companhia, Sid Banwart, explicou que a empresa prevê "demissões significativas em todas as regiões geográficas e na maioria dos setores devido às dificuldades da economia mundial".

17:18
Anónimo disse...
Comércio
Comércio exterior da OCDE caiu no 3º trimestre de 2008


As exportações e as importações dos países da Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Econômico (OCDE) caíram 1,6% e 0,2%, respectivamente, no terceiro trimestre de 2008, em relação aos três meses anteriores.

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Trata-se da primeira queda destas atividades desde o terceiro trimestre de 2006, segundo o último relatório trimestral sobre fluxos comerciais divulgado pela OCDE.

As exportações e as importações em dólares dos 30 Estados-membros caíram 15,6% e 17%, respectivamente, na comparação anualizada.

Por sua vez, o comércio dos sete países mais ricos do mundo (G7) teve um pequeno crescimento no terceiro trimestre de 2008 com uma queda das exportações de mercadorias de 0,2% em relação ao trimestre anterior e um aumento de 0,4% das importações.

Em termos anualizados, as importações do G7 caíram 1,4% entre julho e setembro do ano passado, seu primeiro retrocesso desde o terceiro trimestre de 2006, enquanto as exportações aumentaram 1,9%, seu crescimento mais baixo no mesmo tempo.

Por países, a Alemanha aumentou suas importações em 3,4% - valor mais alto do G7 -, enquanto suas exportações caíram 2,9% do segundo para o terceiro trimestre de 2008.

Pelo contrário, as exportações americanas aumentaram 1,8% entre julho e setembro de 2008, enquanto as importações caíram 0,7% em relação ao trimestre anterior. No Japão, tanto as importações quanto as exportações caíram em torno de 1% no mesmo período.

17:19
Anónimo disse...
Economia Nacional
Lula: juros de crédito consignado a aposentados são altos

Atualizada às 17h29

O presidente Luis Inácio Lula da Silva afirmou nesta terça-feira, em São Paulo, que está lutando para reduzir as taxas de juros cobradas de aposentados em crédito consignado. A Previdência Social estabelece uma taxa máxima de 2,5% para empréstimo e de 3,5% para cartão. Para Lula, os valores são altos.

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"Acho que o juro que os aposentados estão pagando hoje com o crédito consignado é alto para o padrão brasileiro", disse o presidente durante a cerimônia de comemoração dos 86 anos do INSS.

A Previdência anunciou nesta terça-feira que aposentados e trabalhadoras com licença-maternidade poderão receber seus benefícios em 30 minutos. De acordo com Lula, em junho, a aposentadoria do trabalhador rural também será conseguida em meia hora.

Além disso, o presidente anunciou que, também em junho, os trabalhadores que alcançarem o direito à aposentadoria passarão a receber em suas casas um comunicado da Previdência informando o fato e o valor do salário que têm direito a receber. "É um comprometimento público que estou fazendo com os companheiros da Previdência Social", disse.

"Estamos retribuindo ao contribuinte da Previdência Social aquilo que é a cidadania que ele tem direito", afirmou Lula. "Se para cobrar nós somos tão precisos, para devolver o dinheiro, temos que chegar próximo à perfeição", completou.

17:20
Anónimo disse...
Economia Nacional
Salário maternidade sairá em 30 minutos, diz ministro

Toda trabalhadora autônoma que tiver contribuído pelo menos 10 meses com o Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) - ou as que possuírem carteira assinada - poderão receber em 30 minutos o salário maternidade a partir desta terça-feira. Da mesma forma, as mulheres com 30 anos de contribuição e os homens com 35 anos também terão direito ao benefício de forma mais rápida. A informação é do ministro da Previdência Social, José Pimentel.

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Para requerer o salário maternidade, é preciso que as autônomas levem a carteira de identidade e o carnê de contribuição. As demais trabalhadoras devem apresentar a identificação e a carteira de trabalho. Desde o início do mês, a nova forma de análise para a concessão de benefícios foi adotada para a aposentadoria por idade do trabalhador urbano e agora foi estendida para o salário maternidade e por tempo de contribuição.

O ministro disse que a qualificação do serviço da previdência social é o reconhecimento do direito dos trabalhadores e da afirmação da cidadania.

"Até pouco tempo na cabeça do cidadão o serviço devia ser de péssima qualidade. Agora não, nós modificamos toda a legislação no mês de dezembro numa ação conjunta do Congresso Nacional com o governo federal. Estamos implantando e concedendo os benefícios em até 30 minutos", afirmou.

O ministro destacou que para conseguir se aposentar ou ter acesso à licença maternidade em 30 minutos, em primeiro lugar, é necessário que o cidadão esteja vinculado à Previdência, o que inclui 65% da população acima de 16 anos de idade.

"Depois bastar marcar pelo sistema 135 o dia e a hora do atendimento e levar a documentação. Se todos os dados necessários estiverem corretos o contribuinte será atendido em até 30 minutos, como vem sendo feito com as aposentadorias por idade desde o dia cinco de janeiro", explicou.

Pimentel disse ainda que em 90% das agências da previdência social o atendimento é marcado em até 48 horas. Nos grandes centros, entretanto existe um volume maior o que torna mais lento o processo.

"Estamos criando mais 715 agências até 2010, em todo o território nacional, para descentralizar o atendimento. Em 2008, atendemos 295 mil benefícios e aposentadorias por idade. Temos 4 mil pessoas por dia procurando e se aposentando por idade no território nacional. Este serviço será agilizado", concluiu.
17:25
Anónimo disse...
Giuseppe Englaro, pai de Eluana, a italiana que morreu na segunda-feira passada por desidratação, recusou uma grande soma de dinheiro de um conhecido fotógrafo italiano que queria retratar a filha em estado de coma, disse neste sábado o neurologista que atendia a mulher desde 1996, Carlo Defanti.

O neurologista, que participou hoje de uma conferência sobre eutanásia, disse que Englaro respeitou a vontade da filha, que, antes do acidente, tinha pedido que, se lhe ocorresse qualquer coisa irreversível, apresentasse sua imagem de quando estava em boas condições.

Antes de sofrer o acidente de trânsito, em 1992, Eluana viveu o coma de um amigo, Alessandro, o que causou forte impacto na italiana e a levou a fazer o pai prometer que não a deixasse viver em estado vegetativo, disse o próprio Giuseppe Englaro.

Defanti, que dissera que Eluana poderia viver de dez a 12 dias depois da suspensão da alimentação e da hidratação, disse que, como médico, tinha que reprovar esta afirmação.

"Não se pode sobreviver após três ou quatro dias sem líquido e, em particular, água em um corpo. Sabemos bem que, quando há um terremoto, após quatro dias é difícil encontrar sobreviventes".

Defanti ressaltou que Eluana "não falava, não se comunicava com o exterior" e que, após vários exames, "nos deparamos com uma moça que tinha perdido a consciência", porque estava com o córtex cerebral prejudicado.

Eluana foi enterrada na quinta-feira passada no túmulo da família na localidade de Paluzza, em Udine, após um funeral que não contou com a presença dos pais.

16:53
Anónimo disse...
Os bombeiros combatem neste sábado os incêndios na Austrália favorecidos pelo bom tempo, enquanto os deslocados encotram em seu retorno casas derruídas, carros queimados nas ruas e destruição.

Depois de sete dias desde que começaram os incêndios no Estado de Victoria, a lista de mortos chega a 181, os desaparecidos somam 50, os edifícios destruídos totalizam 1,834 mil e o terreno arrasado, principalmente florestas, ocupa uma área de 4,13 mil quilômetros quadrados.

As equipes de bombeiros, formadas por 4 mil profissionais de Victoria, de outras partes da Austrália e de países amigos, combateram hoje 12 focos fora de controle e nenhum representava uma ameaça direta para a população.

O subdiretor do Serviço de Bombeiros, Geoff Conway, disse que este tempo favorável, que se prolongará durante o domingo, permite consolidar as linhas de contenção e avançar na extinção das chamas.

Cinzas apareceram arrastadas por ventos do nordeste sobre Melbourne, onde habitam 3,8 milhões de pessoas, e as autoridades alertaram aos cidadãos do risco para a saúde de idosos, crianças e pessoas com problemas respiratórios.

O número de pessoas deslocadas - a Cruz Vermelha chegou a receber 7 mil - começou a cair com a abertura de algumas localidades atingidas.

Os incêndios, alguns criminosos, começaram em 7 de fevereiro, quando a região sul da Austrália estava há duas semanas sob uma onda de calor sem precedentes.

Na sexta-feira passada, a polícia acusou uma pessoa de ter provocado o incêndio que atingiu a localidade de Churchill e matou 21 pessoas.

16:55
Anónimo disse...
A primeira chuva em seis dias reduziu a ameaça de incêndios no Estado de Victoria, ao sul da Austrália. As autoridades, porém, advertiram que ainda existem 12 focos, mas que nenhum deles ameaça áreas povoadas.

Mais de quatro mil bombeiros, mil provenientes de outras partes do país e de outras nações, trabalham contra o fogo. Cerca de 600 veículos e 28 helicópteros e pequenos aviões estão sendo usados.


Eles conseguiram construir linhas de contenção para evitar os incêndios de Yarra e Maroondah se juntassem. Também foram controlados os incêndios abertos de Yea e Murrindindi, que ameaçavam as comunidades de Connellys Creek, Crystal Creek, Scrubby Creek e Native Dog Creek.

O número de mortos chegou a 181, mas as autoridades acreditam que as vítimas devem passar de 200, já que ainda há muitos desaparecidos.

16:55
Anónimo disse...
Aqui nesta coluna, na semana passada, tive a oportunidade de comentar sobre a recente visita do professor brasileiro Pedrinho Guareschi à Austrália. Não dei, porém, os fatos, pois semana passada o assunto era outro.

Hoje, porém, vamos a eles.

No último dia 4 de fevereiro, aconteceu o Seminário "Paulo Freire: Education and Liberation", organizado pelo centro de estudos latino-americanos da Universidade Nacional da Austrália, ou ANU, como é mais conhecida por aqui.

A ANU, para quem não sabe, está entre as 20 melhores universidades do mundo! E tem sede aqui em Camberra, capital da Austrália.

Na abertura do evento, o professor John Minns, diretor do centro latino-americano, ao dar boas-vindas ao público presente, lembrou ser aquele o primeiro seminário exclusivamente dedicado a Paulo Freire na Austrália.

Em seguida, convidou Pedrinho Guareschi, palestrante principal do Seminário, a fazer sua apresentação.

A plateia pode então conhecer, pelas palavras de Pedrinho, um pouco da obra e da vida de Freire, esse brasileiro de fé e valor, que sempre acreditou na educação, sobretudo dos menos favorecidos, analfabetos, como força libertadora.

Como não podia deixar de ser, os conceitos e ideias revolucionários de Paulo Freire, expostos com clareza por Pedrinho, despertaram o interesse e a curiosidade de plateia. A qual, deve-se notar, era na maioria de estudantes, mas de várias nacionalidades, sobretudo australianos e asiáticos.

Na continuação do programa do seminário, que se estendeu por dois dias, outros professores fizeram palestras sobre temas ligados à obra de Paulo Freire.

Interessante, por exemplo, saber que a professora Anne Hickling-Hudson, jamaicana que mora na Austrália há muitos anos (é professora da ANU), conheceu e trabalhou com Freire num workshop educacional durante a revolução na Ilha de Granada, em 1980, antes da invasão dos Estados Unidos...

Ou, então, a palestra da Professora Gerda Roelvink, da Nova Zelândia, que participou do Fórum Social de Porto Alegre em 2005. E essa participação transformou-se em tema de doutorado.

No dia 10, terça-feira passada, o padre Pedrinho Guareschi voltou a falar ao público australiano em grande auditório localizado no belíssimo campus da ANU. Desta vez, sobre a Teologia da Libertação.

Depois da palestra, John Minns mostrou o filme mexicano "O Crime do Padre Amaro", no qual um dos personagens é um padre católico praticante da Teologia da Libertação.

Mais uma vez, foi grande o intersse da platéia, que pode aprender e conhecer um pouco como se desenvolveu aquele importante movimento católico na América Latina.

Fica, assim, ao Pedrinho, bem como a outros brasileiros estudiosos e de bom coração que saem pelo mundo a divulgar aspectos importantes da cultura brasileira, o respeito e a homenagem desta coluna. E... aquele abraço!

16:57
Anónimo disse...
Amanda Kitts perdeu o braço esquerdo em um acidente de automóvel acontecido três anos atrás, mas hoje em dia ela joga futebol americano com seu filho de 12 anos de idade, troca fraldas e abraça as crianças nas três creches Kiddie Cottage que opera em Knoxville, Tennessee. Kitts, 40 anos, faz tudo isso com a ajuda de um novo tipo de braço artificial que se movimenta com mais facilidade do que outros aparelhos e que ela pode controlar utilizando apenas seus pensamentos.

"Eu sou capaz de mexer a mão, o pulso e o cotovelo ao mesmo tempo", diz. "Você pensa e os músculos se movem em seguida".

A recuperação que ela conseguiu resulta de um novo procedimento que vem atraindo crescente atenção porque permite que pessoas movam braços protéticos de forma mais automática do que faziam no passado, simplesmente utilizando nervos reaproveitados em seus cérebros.

A técnica, conhecida como "renervação muscular dirigida", envolve utilizar os nervos que restam depois da amputação de um braço e conectá-los a outro músculo do corpo, em geral no peito. Eletrodos são instalados sobre os músculos do peito, e operam como se fossem antenas. Quando a pessoa deseja mover o braço, o cérebro envia sinais que primeiro resultam em contração dos músculos do peito, os quais enviam um sinal ao braço protético, instruindo-se a se movimentar. O processo não requer mais esforços consciente do que a pessoa teria de exercitar caso ainda tivesse seu braço natural.

Na terça-feira, pesquisadores reportaram em estudo publicado pela versão online do Journal of the American Medical Association que haviam levado a técnica ainda mais à frente, tornando possível a execução de 10 movimentos de mão, pulso e cotovelo diferentes, o que representa uma substancial melhora com relação ao típico repertório protético, que em geral envolve apenas dobrar o cotovelo, girar o pulso e abrir a mão.

"Os novos métodos tiveram impacto dramático em nosso campo de trabalho", disse Stuart Harshbarger, engenheiro biomédico na Universidade Johns Hopkins e diretor do programa de pesquisa sobre próteses, financiado pelas forças armadas, que inclui o trabalho com essa técnica. "O método já está em uso por médicos e cirurgiões comuns em todo o país. A capacidade de controlar um membro protético bastante robusto que ele confere surpreendeu a todos pela qualidade".

Tipicamente, uma pessoa que tenha um braço protético só é capaz de executar alguns poucos movimentos, e muitas vezes com tamanha lentidão que isso só permite a ela atividades limitadas.

Há um motor separado para cada movimento, diz Gerald Loeb, professor de engenharia biomédica na Universidade do Sul da Califórnia, "e esses motores precisam ser controlados de maneira explícita", usualmente por um esforço consciente da pessoa para contrair músculos nas costas ou no bíceps.

"Essencialmente, até agora os pacientes controlavam apenas um motor de cada vez", diz Loeb, "e precisavam pensar cuidadosamente sobre que motor desejavam controlar e como fazê-lo operar, em lugar de simplesmente pensarem em mover o braço e poderem fazê-lo sem delongas".

Antes que Kitts passasse pelo procedimento de renervação, em outubro de 2007, por exemplo, ela precisava movimentar os músculos de suas costas de determinada maneira para fazer com que seu pulso girasse, e flexionar seu bíceps e tríceps para fazer com que o cotovelo se movesse para cima e para baixo. "Era muito trabalho", ela conta. "E não me ajudava muito".

O procedimento de renervação é parte de uma recente explosão de idéias novas e técnicas inovadoras que estão sendo exploradas enquanto os cientistas se esforçam por ajudar as pessoas a compensar melhor a perda de membros ou problemas de paralisia. O esforço vem sendo alimentado pelo aumento no número de amputações causado por diabetes e por ferimentos sofridos pelos militares, e ao mesmo tempo pelos avanços na tecnologia médica.

Os braços se tornaram um dos focos essenciais desse tipo de trabalho. A ciência há muito vem obtendo sucessos no desenvolvimento de próteses de perna, mas é muito mais difícil imitar a complexidade e a destreza das mãos e dos braços.

Os esforços em curso incluem o desenvolvimento de projetos de pele e braços mais sensíveis e mais flexíveis, e o uso de dispositivos acionados por controles sem fio implantado nos braços protéticos, que permitiriam movimentos mais naturais.

Os pesquisadores também vêm usando sensores implantados nos cérebros de cobaias para permitir que dois macacos controlem um braço mecânico, e um teste com um homem paralítico permitiu, com esse método, que ele movimentasse um cursor em uma tela de computador.

Alguns desses métodos, caso venham a ser aperfeiçoados plenamente e consigam aprovação das autoridades regulatórias da saúde, podem no futuro se tornar mais viáveis para os pacientes de amputações.

E embora a técnica da renervação não requeira aprovação das autoridades regulatórias porque é executada por meios cirúrgicos e emprega aparelhos já existentes, ela apresenta limitações que até mesmo seus criadores reconhecem, entre as quais o fato de que não se pode utilizá-la para todos os pacientes, o seu alto custo e o prazo de meses requerido para que os nervos reconectados cresçam e se tornem efetivos.

Ainda assim, os especialistas dizem que é o mais avançado sistema em uso hoje para pacientes reais que permite que o sistema nervoso controle diretamente o movimento de um braço artificial.

Desde sua introdução por Todd Kuiken, médico fisioterapeuta e engenheiro biomédico do Instituto de Reabilitação de Chicago, o método foi empregado em cerca de 30 pacientes nos Estados Unidos, Canadá e Europa, entre os quais oito soldados feridos no Iraque e no Afeganistão.

Muitos dos pacientes, entre os quais o primeiro, Jesse Sullivan, um operário do setor elétrico no Tennessee que perdeu os dois braços quando foi eletrocutado por um cabo, conseguem não apenas manipular seus braços protéticos mas sentir a presença das mãos que já não têm quando alguém toca em seus peitos.

Sullivan, 62 anos, e Kitts, estavam entre os cinco pacientes que participaram do estudo reportado na terça-feira. Em companhia de cinco outras pessoas que não passaram por amputações, eles receberam os eletrodos e foram instruídos a usar pensamentos para fazer com que um braço virtual na tela reproduzisse 10 movimentos diferentes, entre os quais três formas diferentes de aperto de mão.

Os pacientes apresentaram desempenho bastante respeitável, apenas um pouco mais lento e menos preciso do que os dos participantes que não tinham amputações.

"As velocidades de movimento que encontramos em nossos pacientes foram realmente encorajadoras", disse Kuiken. "Eles conseguiram completar a tarefa. É claro que não foram tão competentes quanto as pessoas dotadas de plena capacidade física, mas foram bons o bastante".

Um braço virtual foi usado porque a maioria das próteses existentes não era capaz de acomodar todos aqueles movimentos, no momento da pesquisa, ainda que Sullivan, Kitts e uma terceira paciente, Claudia Mitchell, tenham experimentado dois novos protótipos mais versáteis de braços artificiais, executando tarefas complexas com bolas de tênis e outros objetos.

O trabalho de renervação em soldados apresenta outros desafios, diz Kuiken, porque os ferimentos militares muitas vezes "causam danos muitos extensos" a nervos, músculos ou ossos.

Daniel Acosta, 25 anos, um aviador ferido pela detonação de uma bomba em uma estrada do Iraque em 2005, passou pelo procedimento no ano passado e diz que seu braço esquerdo protético agora se movimenta "muito mais rápido" e de maneira muito mais natural.

"A diferença é que agora não preciso mais pensar para mover o braço", ele diz. "Ele simplesmente se mexe".

Ainda assim, Acosta, de San Antonio, diz que "o processo foi bastante longo" e que os eletrodos precisam ser ajustados para receber os sinais à medida que os nervos crescem ou mudam de posição.

E embora elogiem o método, os especialistas afirmam que a ciência das próteses de braço ainda tem muito por avançar.

"Trata-se de uma parte crucial, mas ainda assim apenas uma parte, das muitas coisas que compreendem a função normal de um braço", disse Loeb, que escreveu um editorial que acompanha o artigo no Journal of the American Medical Association.

"No momento estamos a meio do caminho entre o braço de 'Dr. Fantástico', que fazia involuntariamente a saudação nazista, e o braço de Luke Skywalker em 'Guerra nas Estrelas', que funciona sem nenhum problema assim que é conectado. Creio que precisaremos ainda de muitos anos para conectar todas as peças necessárias a produzir um braço capaz de funcionar normalmente".

17:04
Anónimo disse...
A Espanha disse neste sábado que está preparando uma reclamação oficial contra a decisão da Venezuela de expulsar um membro do Parlamento Europeu que criticou o conselho eleitoral venezuelano.
Luis Herrero, membro do partido conservador espanhol PP, foi deportado na sexta-feira depois que o Conselho Nacional Eleitoral (CNE) o acusou de questionar a imparcialidade da instituição antes de um referendo que pode permitir ao presidente Hugo Chávez permanecer no cargo indefinidamente.

Herrero estava na Venezuela como observador do referendo. Ele acusou Chávez de ter "comportamentos típicos de um ditador" por pedir a contenção de manifestações da oposição.

O governo da Espanha convocou um encontro com o embaixador da Venezuela em Madri para expressar a desaprovação sobre a expulsão de Herrero, disse um representante do Ministério das Relações Exteriores espanhol.

As relações da Venezuela com a Espanha tiveram seu ponto crítico em 2007, quando Chávez ameaçou rever acordos diplomáticos e comerciais depois de ouvir um "cala a boca" do rei espanhol Juan Carlos durante uma cúpula.

A fenda foi oficialmente reparada em 2008, com uma visita oficial de Chávez à Espanha, onde ele cumprimentou o rei e discutiu acordos para investimento no setor petroquímico com o primeiro-ministro José Luis Rodriguez Zapatero.

17:06
Anónimo disse...
A polícia do Zimbábue anunciou neste sábado que acusa de traição Roy Bennett, dirigente do até agora opositor Movimento para a Mudança Democrática (MDC), detido na sexta-feira, em Harare, poucas horas antes da cerimônia de posse dos membros do novo gabinete.

"A Polícia nos informou que vão apresentar acusações de traição", disse à agência EFE o advogado de defesa de Bennett, Trust Maanda.

"Tentam relacionar Roy com o caso de Mike Hitschmann, que foi detido em 2006 em relação à descoberta de um carregamento de armas, apesar de que Hitschmann não tenha sido declarado culpado das acusações de traição apresentadas contra ele, mas de um crime menor de descumprimento de leis", disse Maanda.

O político opositor, designado por seu partido como vice-ministro de Agricultura no Governo de união nacional, esteve no exílio na vizinha África do Sul desde 2006 e retornou ao Zimbábue há duas semanas.

Segundo a Polícia, que deteve Bennett ontem no aeroporto de Harare quando pretendia ir à África do Sul para visitar sua família, as armas apreendidas em 2006 seriam utilizadas em um golpe de Estado para derrubar o presidente do Zimbábue, Robert Mugabe.

Depois da detenção, Bennet foi levado a Mutar, onde vários simpatizantes do MDC se concentraram em frente à delegacia na qual estava detido, diante do que a Polícia respondeu com tiros para o alto para dispersar os manifestantes.

17:07
Anónimo disse...
Austrália: 14 mil se candidatam a 'emprego dos sonhos'

A secretaria de Turismo de Queensland, na Austrália, informou que até esta segunda-feira já recebeu cerca de 14 mil inscrições para o "o melhor emprego do mundo". O Estado australiano promove pela internet seleção para vaga de "zelador" da ilha Hamilton, por seis meses com um salário de R$ 40 mil.

Muitos candidatos tiveram problemas durante a inscrição por conta dos acessos simultâneos ao site. A secretaria aconselha enviar os vídeos de 60s explicando porque deve ser escolhido em horários alternativos do dia, além de recomendar tamanho em torno de 40MB.

As inscrições começaram em 12 de janeiro e vão até o próximo dia 22 e podem ser feitas pelo site www.islandreefjob.com. O governo australiano escolherá 50 candidatos para a próxima fase da seleção, que terá votos do público para eleger um dos 11 finalistas.

A última fase terá entrevistas e desafios físicos, no próprio local de trabalho: as ilhas da Grande Barreira Coralina - o maior recife de coral do mundo. A secretaria de Turismo anunciará o vencedor no dia 6 de maio.

17:09
Anónimo disse...
Mercado elogia governo na crise, mas pede maior queda no juro

Peter Fussy
Direto de São Paulo

Desde as primeiras medidas anunciadas para combater os efeitos da crise, o governo brasileiro avisou que a estratégia não contemplaria um pacote. Seriam doses pontuais, de acordo com a necessidade da economia diante do agravamento das turbulências. Da primeira liberação dos depósitos compulsórios em setembro até a ampliação do seguro-desemprego na última quarta-feira, o governo passou por redução de impostos, ampliação de crédito e incentivos à exportação. Quase 150 dias após a primeira medida, o Terra conversou com líderes do setor público e privado, representantes dos trabalhadores, acadêmicos e com o próprio governo para saber quais destas ações foram mais eficazes, quais foram mais ineficientes e o que mais pode ser feito pelo Estado brasileiro contra a crise.

Os maiores elogios foram direcionados à atitude de reduzir o Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) para a indústria automobilística, anunciada em dezembro e que fez com que os emplacamentos de carros novos subissem 1,9% no primeiro mês do ano em relação a dezembro de 2008. Já as maiores críticas foram para a lentidão no corte da taxa básica de juro do País.

Para o presidente do conselho administrativo do Grupo Pão de Açúcar, Abílio Diniz, o Estado não é responsável pela crise e mesmo assim está agindo "com extrema serenidade e muito acerto". "O governo está atento, fazendo a sua parte. É preciso coragem de baixar firmemente a taxa de juros. É uma arma que temos a nosso favor, já que não há clima para inflação, nem possibilidade de danos para a macroeconomia", afirmou Diniz.

Na última reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), em janeiro, a taxa Selic foi reduzida em um ponto percentual, de 13,75% para 12,75% ao ano. Porém, o professor de economia da Universidade de Brasília (UnB) José Luiz Oreiro lembra que este corte representa uma redução de apenas 0,25 ponto percentual com relação à taxa de setembro do ano passado, quando a crise se agravou.

"Pouco antes da eclosão da crise, o Banco Central aumentou a taxa em 0,75 ponto. Foram cinco meses de demora para reduzir em termos líquidos apenas 0,25 ponto", afirmou o economista, que também sugeriu redução do intervalo de cerca de 90 dias entre as reuniões do Copom e o corte de pelo menos um 1 ponto percentual em cada reunião.

Mesmo com o corte de janeiro, a taxa de juros real continua sendo a maior do mundo, lembrou o secretário-geral da Força Sindical, João Carlos Gonçalves, o Juruna. "A redução da taxa de juro ainda é pequena, porque ela continua uma das mais altas do mundo. Falta ousadia para baixar os juros e ajudar o cidadão. A permanência da taxa de juro alta é negativa para o País em meio a crise", afirmou Juruna.

Embora aprove as ações do governo, o senador Aloízio Mercadante (PT-SP) também acredita que o patamar da Selic está muito alto. "Sempre fomos os primeiros a entrar em qualquer crise, o que não aconteceu agora. A taxa Selic ainda é muito alta, mas o governo têm tomado medidas acertadas, como o aumento do salário mínimo, mesmo com um cenário de crise. Isso ajuda a movimentar o consumo. O governo está se esforçando para manter os investimentos e o crescimento", disse.

Tributos
De acordo com o economista Fabio Pina, da Fecomercio-SP, as ações mais positivas estão relacionadas à redução de tributos para alguns segmentos, como a indústria automobilística, que recuperou parte da queda nas vendas em janeiro com a isenção do IPI para carros 1.0 l e o corte para demais motorizações. A medida vale até o final de março.

"Essas medidas não só reduziram o preço, mas anteciparam o consumo daqueles que iriam comprar no futuro, dando um prêmio por conta da insegurança. Mexe diretamente com o principal problema que é a confiança do consumidor", afirmou. Juruna destacou que um bom ritmo de vendas é garantia de emprego. "É importante porque cada emprego na montadora significa 19 na cadeia produtiva", comentou o representante da Força Sindical.

Também em dezembro, o governo decidiu cortar pela metade a alíquota do Imposto de Renda para contribuintes que ganham entre R$ 1.434 e R$ 2.150 mensais. "O salário aumentava e a tabela não se modificava. As pessoas ganhavam mais e pagavam mais impostos", apontou Juruna. Outra redução de tributos do governo foi com relação ao Imposto sobre Operações Financeiras (IOF), que caiu de 3% ao ano para 1,5%.

Crédito
Na segunda metade de 2008, o colapso de bancos nos Estados Unidos por conta da crise do subprime provocou uma forte restrição de crédito no mundo inteiro. Uma das primeiras medidas anticrise do governo teve como objetivo restabelecer a oferta, com mudanças no recolhimento dos depósitos compulsórios por parte dos bancos. Segundo o presidente do Banco Central, Henrique Meirelles, as diversas modificações liberaram US$ 99,2 bilhões aos bancos até o final de janeiro.

Além disso, o governo concedeu R$ 36 bilhões das reservas internacionais para empresas brasileiras com dívidas no exterior e uma medida provisória autorizou o Banco do Brasil e a Caixa Econômica Federal a comprar carteiras de crédito de bancos privados. Para o diretor do Departamento de Pesquisas e Estudos Econômicos da Fiesp, Paulo Francini, estas medidas foram essenciais para combater os efeitos da crise.

"A crise se desenvolve no mundo em torno do tema crédito. E o crédito reduziu-se barbaridade no mundo. Então o governo lança mão de compulsório, lança mão de reservas, de medidas que permitem aos bancos comprar carteiras de bancos. Você vai tomando várias medidas para atender às demandas e o epicentro disso é crédito", afirmou.

No entanto, Oreiro, da UnB, adverte que a liberação dos compulsórios seria mais eficiente acompanhada de redução mais agressiva da taxa básica de juro. "Uma parte do crédito voltou, depois da forte retração em outubro e novembro. O que deveria ter sido feito junto à liberação do compulsório era uma redução mais drástica da taxa de juro. Sem isso, os bancos pegam as reservas e acabam comprando títulos públicos", explicou o economista.

Na opinião de Pina, as ações de distribuição de crédito via redução do compulsório e a disposição de capital de giro para empresas foram tomadas sem um cuidado maior na operação e não tiveram muito efeito. "O BNDES tem linhas que ficam paradas quase todo o ano, agora é pior ainda. Existem os recursos, mas as empresas e os bancos estão desconfiados. É preciso fazer com que os bancos tenham interesse em emprestar", afirmou o economista da Fecomercio-SP.

Futuro
Mesmo com todas essas medidas, a crise financeira ainda gera incertezas nos setores produtivos do País. Nos últimos meses, o medo do desemprego fez os consumidores adiarem compras. Por sua vez, a queda nas vendas pode obrigar as indústrias a cortarem a produção e demitir funcionários. Contra isso, empresários sugerem redução de jornada e de salários.

"Isto está previsto em lei. A Fiesp simplesmente manteve conversações com entidades sindicais quanto à aplicação daquilo que já está previsto em lei", afirmou Francini.

Segundo a ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff, uma das medidas que assegura um nível de emprego é a manutenção de investimentos no Programa de Aceleração do Crescimento (PAC). "Estamos esperando que a dificuldade ocorra em janeiro, fevereiro e março. Estamos certos que vamos manter o nível de investimento. É isso que funciona, é isso que significa investimento público. Ele funciona como um colchão. Por isso, nós colocamos R$ 100 bilhões no BNDES e a Petrobras ampliou o seu investimento em R$ 120 bilhões", afirmou.

Na mesma linha, Pina explica que a antecipação de gastos do governo substitui parte da demanda retraída do setor privado. "Ele dá o seguinte recado: não vou estourar as contas públicas, mas concentrar em um momento em que a demanda privada está pequena. Mas o governo não tem fôlego suficiente para fazer o papel de toda demanda", ressaltou. O economista da Fecomercio lembrou que a entidade já pleiteou junto ao governo isenções para transferência de imóveis e de automóveis, além de retirar o IPVA para veículos novos.

Já Oreiro foca suas propostas na capitalização do Banco do Brasil e da Caixa Econômica Federal pelo Tesouro para atender a demanda de crédito para capital de giro e reduzir o spread. "Aumentando o empréstimo e reduzindo as taxas, os dois vão forçar os bancos privados a acompanhar o movimento, até para não perderem participação no mercado", explicou o economista da UnB.

Até o Carnaval, o governou prometeu detalhar um pacote de incentivos para a construção de até um milhão de casas populares, direcionado a famílias com renda de até dez salários mínimos. "Estamos atentos a tudo o que está acontecendo e novas medidas serão tomadas caso haja uma avaliação de que sejam necessárias", disse o ministro da Fazenda, Guido Mantega, na última sexta-feira.

17:11
Anónimo disse...
Ex-ministro critica extensão do seguro-desemprego

Atualizada às 09h03

O ex-ministro do Trabalho Almir Pazzianotto criticou a decisão do governo federal de conceder o seguro-desemprego estendido a apenas alguns setores. "É certamente odioso e provavelmente inconstitucional", disse Pazzianotto, de acordo com o jornal O Estado de S. Paulo.

Na última qurta, dia do anúncio da medida, centrais sindicais elogiaram a atitude do governo. A Força Sindical divulgou nota dizendo que "o aumento ajudará a aquecer parte da economia, já que irá gerar mais consumo, produção e conseqüentemente, a criação de novos postos de trabalho". A União Geral dos Trabalhadores (UGT) afirmou que a medida "contribuirá para minimizar o drama dos trabalhadores que perderem seu emprego por conta da crise".

O ex-ministro, que instituiu o seguro-desemprego no País no governo de José Sarney, destacou a necessidade de as centrais sindicais se manifestarem contra a determinação. Para ele, as mudanças devem ser aplicadas a todas as categorias profissionais e a distinção é contrária ao artigo 3º da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT).

Pazzianotto atribui a medida a um possível temor do governo de que a crise econômica seja longa e não haja dinheiro para atender a todas as necessidades. Ainda assim, ele se mostra contrário ao método de concessão. "O seguro-desemprego ajuda a sanar necessidades básicas. Estendê-lo é paliativo, não a solução", disse ao jornal.

De acordo com o presidente do Conselho Deliberativo do Fundo de Amparo ao Trabalhador (Codefat) e conselheiro da Força Sindical, Luiz Fernando Emediato, a determinação já estava prevista na lei 8.900/94, que trata do seguro-desemprego.

O presidente da Comissão de Trabalho da Câmara, Pedro Fernandes (PTB-MA) vai além na crítica à concessão do seguro para apenas alguns setores. Ele acredita que a ampliação do benefício estimula o desemprego.

Quintino Severo, secretário geral da Central Única dos Trabalhadores (CUT), lembra que a ampliação do benefício sem critério e identificação pode incentivar demissões em outros setores.

17:13
Anónimo disse...
Empresas
TAM faz promoção para destinos internacionais

A companhia aérea TAM anunciou nesta sexta-feira tarifas promocionais para trechos internacionais. Os preços valem para bilhetes comprados entre 6h deste sábado e 23h59 deste domingo e são válidos para classe econômica. As tarifas, para ida e volta, serão vendidas a partir de US$ 99, mais taxas.

Segundo a aérea, a promoção vale para viagens feitas no período de 14 de fevereiro a 18 de junho de 2009. Para destinos na América do Sul, a permanência mínima é de dois dias; para bilhetes com destino nos Estados Unidos, cinco dias; e Europa, sete dias. A permanência máxima para as passagens para América do Sul e EUA é de dois meses e para Europa, três meses.

Entre os exemplos de tarifas promocionais, a TAM oferece São Paulo-Lima por US$ 99. Bilhetes para a rota São Paulo-Santiago serão vendidos a partir de US$ 199 e São Paulo-Nova York, US$ 799.

A emissão dos bilhetes deve ser feita obrigatoriamente no ato da reserva, obedecendo às regras estipuladas pela companhia. A compra está sujeita à disponibilidade de assentos nas classes tarifárias determinadas, trechos, horários e datas. A TAM afirmou que também há tarifas promocionais para a classe executiva.

Mais informações podem ser encontradas no site promocional (www.ofertastam.com.br), no site da empresa (www.tam.com.br) ou pelos telefones 4002-5700 ou 0800 5705700.

17:13
Anónimo disse...
Empresas
Consultoria negocia compra do parque temático Hopi Hari

A consultoria especializada em reestruturação de empresas Íntegra Associados informou nesta sexta-feira ter um acordo para comprar o parque de diversões Hopi Hari, localizado no interior de São Paulo. A empresa estaria disposta a investir R$ 10 milhões no parque, que tem dívida estimada em R$ 800 milhões. As informações são da edição deste sábado do jornal Folha de S. Paulo.

De acordo com o jornal, a transação ainda depende da negociação entre o Hopi Hari e seus credores, o que já estaria em andamento.

A consultoria paulista já atuou junto à Parmalat, durante 30 meses, quando reorganizou a gestão da empresa italiana.

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17:14
Anónimo disse...
Empresas
Disney de Tóquio contratará mais 2 mil apesar da crise


A Oriental Land, o operador da Disneylândia Tóquio e DisneySea, organizou neste domingo entrevistas para contratar cerca de 2 mil trabalhadores em tempo parcial, em um momento de grandes demissões deste tipo de empregados no Japão.

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O operador deste parque temático, situado em Urayasu, na província de Chiba (leste de Tóquio), está em pleno processo de seleção de empregados para 20 tipos de postos trabalhistas diferentes.

Segundo a companhia, citada pela agência local de notícias Kyodo, o parque contratará novos trabalhadores para as atrações, para os restaurantes e guardas de segurança entre outros. Os novos contratados começarão a trabalhar a partir de fevereiro.

O processo de seleção acontece em um momento em que a maioria das grandes companhias japonesas começaram a se ver obrigadas a despedir uma elevada percentagem de seus trabalhadores temporários e a tempo parcial.

Algumas inclusive anunciaram demissões de seus trabalhadores fixos, uma medida muito pouco comum nas companhias japonesas, perante os efeitos piores que o esperado pela crise econômica global.

Cerca de uma centena de pessoas esperavam desde a primeira hora desta manhã a abertura do centro de conferências Tokyo International Forum, onde as entrevistas estão sendo feitas, para ser os primeiros a solicitar os postos de trabalho.


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17:15
Anónimo disse...
Economia Internacional
Senado dos EUA aprova plano de estímulo à economia

O Senado dos Estados Unidos aprovou com 60 votos a favor e 38 contra o plano de estímulo à economia de US$ 787 bilhões na madrugada deste sábado. Agora, ele segue para sanção ou veto do presidente Barack Obama, que espera colocar a lei em prática até o dia 16 de fevereiro.

O plano prevê a criação de três milhões de empregos, inclui cortes de impostos às famílias, fundos para programas sociais e obras públicas, além de ajuda aos governos estaduais, estudantes e desempregados.

A cláusula Buy American - que exige o uso de ferro, aço e produtos manufaturados dos Estados Unidos em obras realizadas com recursos do pacote - ficou de lado. Segundo o texto definitivo, a cláusula será aplicada sem violar as normas do comércio internacional.

Ontem à tarde, a Câmara de Representantes (deputados) havia aprovado, por 246 votos a favor e 183 contra, a versão final do plano. Todos os republicanos foram contrários ao pacote.

Pelo acordo de quarta-feira entre Câmara e Senado, em vez de custar US$ 819 bilhões, como queriam os deputados, ou US$ 838 bilhões como pretendiam os senadores, o pacote ficou em cerca de US$ 787 bilhões, com 65% desse total destinado a gastos do governo federal e 35%, a créditos tributários.

17:16
Anónimo disse...
Economia nacional
Na era Lula, aposentadoria sobe 54% menos que salário mínimo

Thatiane Faria
Especial para o Terra
Direto de São Paulo

Os índices de reajustes concedidos pelo governo em 2009 para aposentados e pensionistas e para o salário mínimo repetiram uma diferença que, só durante o governo de Luiz Inácio Lula da Silva, já chega a 54%. Enquanto o mínimo foi majorado em 12% este ano, as pensões e aposentadorias tiveram aumento de 5,92%. Aposentados que têm o benefício do governo como única fonte de renda reclamam que perdem poder de compra e que sua cesta de compras é composta por itens que aumentam mais em relação à inflação oficial.

Um exemplo prático pode ser entendido a partir da comparação entre um aposentado que ganhava R$ 600 em janeiro de 2003. Na época, o benefício era três vezes, ou 200%, maior que o valor do mínimo em vigência, que era de R$ 200. Aplicando-se os índices de reajuste para aposentadorias e para o mínimo durante os últimos seis anos, o mesmo aposentado estaria recebendo hoje R$ 938,47, comparado a um salário mínimo de R$ 465. A diferença entre os dois valores caiu para pouco mais de 100%.

Enquanto o índice acumulado de reajuste para a aposentadoria durante o governo Lula foi de 60%, para o salário mínimo está em 132%.

O diretor do Sindicato Nacional dos Aposentados, João Inocentini, reclama que os valores dos benefícios para aposentadorias não mantêm o poder de compra do grupo, principalmente dos aposentados que recebem menos que dez salários mínimos.

Nem mesmo o fato de o índice de reajuste das aposentadorias ter ficado acima da inflação acumulada no mesmo período (o IPCA entre janeiro de 2003 e janeiro de 2009 foi de 39,7%) serve de argumento, segundo os aposentados.

"Os idosos, principalmente, têm gastos além das contas gerais como gás, telefone e aluguel. Para eles o custo com remédios, e outros itens da área saúde costuma ser maior", afirmou Inocentini.

O presidente do sindicato afirmou que o grupo realiza um estudo com 100 itens de necessidade de um idoso para comparar o aumento dos produtos com o índice de reajuste do benefício recebido pelos aposentados.

"Daqui dois meses vamos abrir um processo na Justiça e levar essa pesquisa como prova. Segundo a lei, o governo é obrigado a manter o poder de compra com a aposentadoria", disse Inocentini.

Alternativas
O consultor financeiro Cláudio Boriola diz que os aposentados, especialmente nesse momento de crise econômica, devem evitar compras parceladas, pesquisar preços, negociar e fazer bom planejamento financeiro.

Segundo Boriola, alguns aposentados ganham um valor mensal muitas vezes insuficiente para o pagamento das contas e acabam pedindo crédito ou realizando pagamentos a prazo e são obrigados a pagar juros altos.

Na opinião do consultor, pagar uma previdência privada é uma alternativa indicada para quem ainda trabalha, considerando a característica de perda de poder de compra da aposentadoria.

"Na prática, infelizmente os valores encontram-se em um patamar que está deteriorando o poder de aquisição da população brasileira", completou Boriola.

De acordo com o diretor da Confederação Brasileira de Aposentados e Pensionistas (Cobap), Vicente Fernandes Barbosa, representantes dos aposentados tentarão um encontro com o presidente da Câmara, deputado Michel Temer (PMDB-SP), para discutir projetos que minimizem a perda dos aposentados

17:17
Anónimo disse...
Previdência
Previdência prorroga isenção de tarifas no benefício

O atual sistema de pagamento aos 26 milhões de aposentados e pensionistas do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) será mantido até o final deste ano. O acordo, que permite realizar a operação sem nenhum custo aos beneficiários, foi renovado nesta sexta-feira, entre o governo federal e 21 instituições financeiras.

Por meio desse acordo, vigente desde setembro de 2007, nem os segurados, nem os bancos e nem o governo arcam com o pagamento de tarifas, conforme explicou o ministro da Previdência Social, José Pimentel. A prorrogação vale até dezembro, data máxima para que a Previdência defina as regras para um novo contrato.

Ao assinar o termo de renovação, na sede da Federação Brasileira dos Bancos (Febraban), o ministro disse que a intenção do governo é mudar o atual modelo de gestão visando a reduzir os custos dessas operações em torno da folha mensal, que atinge R$ 15,8 bilhões. No entanto, qualquer alteração, conforme explicou, passará antes por audiências públicas a serem realizadas a partir do segundo semestre deste ano, atendendo a determinação do Tribunal de Contas da União (TCU).

De acordo com Pimentel, com um redesenho do mecanismo de repasse dos recursos aos bancos em torno da folha de pagamento dos segurados o que se busca é um aumento da participação de instituições financeiras. Ele informou que, desde 2007, cada benefício custa em média R$ 1,07 ao governo. "Quanto mais instituições financeiras estiverem prestando serviços à sociedade, maior é a competitividade, a agilidade no atendimento", justificou.

O ministro observou, ainda, que, para permitir uma redução para algo em torno de meia hora no tempo de atendimento para a concessão dos direitos previdenciários, o governo investiu R$ 280 milhões.

Questionado sobre o descontentamento dos segurados que ganham acima de um salário mínimo terem obtido apenas a correção com base na variação do Índice de Preços ao Consumidor (INPC) , ficando abaixo do reajuste dado a quem recebe apenas o mínimo, Pimentel argumentou que o governo seguiu o que determina a lei e descartou a possibilidade de uma revisão

17:17
Anónimo disse...
Empresas
Caterpillar oferece aposentadoria antecipada a 2 mil


A companhia americana Caterpillar ofereceu a cerca de dois mil funcionários incentivos para que se aposentem de forma voluntária antes do previsto, pela perspectiva de uma queda "significativa" da atividade industrial, informou nesta quarta-feira a empresa.

A iniciativa, destinada aos trabalhadores de diversas fábricas em Illinois, Colorado, Tennessee e Pensilvânia, se soma aos cortes de empregos anunciados em janeiro, explicou em comunicado de imprensa.

A empresa, a maior fabricante mundial de maquinaria pesada para a construção e a mineração, acrescentou que, "em função das condições de negócio, podem ser necessárias mais reduções de elenco voluntárias e involuntárias à medida que o ano avança".

O vice-presidente da companhia, Sid Banwart, explicou que a empresa prevê "demissões significativas em todas as regiões geográficas e na maioria dos setores devido às dificuldades da economia mundial".

17:18
Anónimo disse...
Comércio
Comércio exterior da OCDE caiu no 3º trimestre de 2008


As exportações e as importações dos países da Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Econômico (OCDE) caíram 1,6% e 0,2%, respectivamente, no terceiro trimestre de 2008, em relação aos três meses anteriores.

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Trata-se da primeira queda destas atividades desde o terceiro trimestre de 2006, segundo o último relatório trimestral sobre fluxos comerciais divulgado pela OCDE.

As exportações e as importações em dólares dos 30 Estados-membros caíram 15,6% e 17%, respectivamente, na comparação anualizada.

Por sua vez, o comércio dos sete países mais ricos do mundo (G7) teve um pequeno crescimento no terceiro trimestre de 2008 com uma queda das exportações de mercadorias de 0,2% em relação ao trimestre anterior e um aumento de 0,4% das importações.

Em termos anualizados, as importações do G7 caíram 1,4% entre julho e setembro do ano passado, seu primeiro retrocesso desde o terceiro trimestre de 2006, enquanto as exportações aumentaram 1,9%, seu crescimento mais baixo no mesmo tempo.

Por países, a Alemanha aumentou suas importações em 3,4% - valor mais alto do G7 -, enquanto suas exportações caíram 2,9% do segundo para o terceiro trimestre de 2008.

Pelo contrário, as exportações americanas aumentaram 1,8% entre julho e setembro de 2008, enquanto as importações caíram 0,7% em relação ao trimestre anterior. No Japão, tanto as importações quanto as exportações caíram em torno de 1% no mesmo período.

17:19
Anónimo disse...
Economia Nacional
Lula: juros de crédito consignado a aposentados são altos

Atualizada às 17h29

O presidente Luis Inácio Lula da Silva afirmou nesta terça-feira, em São Paulo, que está lutando para reduzir as taxas de juros cobradas de aposentados em crédito consignado. A Previdência Social estabelece uma taxa máxima de 2,5% para empréstimo e de 3,5% para cartão. Para Lula, os valores são altos.

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"Acho que o juro que os aposentados estão pagando hoje com o crédito consignado é alto para o padrão brasileiro", disse o presidente durante a cerimônia de comemoração dos 86 anos do INSS.

A Previdência anunciou nesta terça-feira que aposentados e trabalhadoras com licença-maternidade poderão receber seus benefícios em 30 minutos. De acordo com Lula, em junho, a aposentadoria do trabalhador rural também será conseguida em meia hora.

Além disso, o presidente anunciou que, também em junho, os trabalhadores que alcançarem o direito à aposentadoria passarão a receber em suas casas um comunicado da Previdência informando o fato e o valor do salário que têm direito a receber. "É um comprometimento público que estou fazendo com os companheiros da Previdência Social", disse.

"Estamos retribuindo ao contribuinte da Previdência Social aquilo que é a cidadania que ele tem direito", afirmou Lula. "Se para cobrar nós somos tão precisos, para devolver o dinheiro, temos que chegar próximo à perfeição", completou.

17:20
Anónimo disse...
Economia Nacional
Salário maternidade sairá em 30 minutos, diz ministro

Toda trabalhadora autônoma que tiver contribuído pelo menos 10 meses com o Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) - ou as que possuírem carteira assinada - poderão receber em 30 minutos o salário maternidade a partir desta terça-feira. Da mesma forma, as mulheres com 30 anos de contribuição e os homens com 35 anos também terão direito ao benefício de forma mais rápida. A informação é do ministro da Previdência Social, José Pimentel.

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Para requerer o salário maternidade, é preciso que as autônomas levem a carteira de identidade e o carnê de contribuição. As demais trabalhadoras devem apresentar a identificação e a carteira de trabalho. Desde o início do mês, a nova forma de análise para a concessão de benefícios foi adotada para a aposentadoria por idade do trabalhador urbano e agora foi estendida para o salário maternidade e por tempo de contribuição.

O ministro disse que a qualificação do serviço da previdência social é o reconhecimento do direito dos trabalhadores e da afirmação da cidadania.

"Até pouco tempo na cabeça do cidadão o serviço devia ser de péssima qualidade. Agora não, nós modificamos toda a legislação no mês de dezembro numa ação conjunta do Congresso Nacional com o governo federal. Estamos implantando e concedendo os benefícios em até 30 minutos", afirmou.

O ministro destacou que para conseguir se aposentar ou ter acesso à licença maternidade em 30 minutos, em primeiro lugar, é necessário que o cidadão esteja vinculado à Previdência, o que inclui 65% da população acima de 16 anos de idade.

"Depois bastar marcar pelo sistema 135 o dia e a hora do atendimento e levar a documentação. Se todos os dados necessários estiverem corretos o contribuinte será atendido em até 30 minutos, como vem sendo feito com as aposentadorias por idade desde o dia cinco de janeiro", explicou.

Pimentel disse ainda que em 90% das agências da previdência social o atendimento é marcado em até 48 horas. Nos grandes centros, entretanto existe um volume maior o que torna mais lento o processo.

"Estamos criando mais 715 agências até 2010, em todo o território nacional, para descentralizar o atendimento. Em 2008, atendemos 295 mil benefícios e aposentadorias por idade. Temos 4 mil pessoas por dia procurando e se aposentando por idade no território nacional. Este serviço será agilizado", concluiu.
17:26
Anónimo disse...
Giuseppe Englaro, pai de Eluana, a italiana que morreu na segunda-feira passada por desidratação, recusou uma grande soma de dinheiro de um conhecido fotógrafo italiano que queria retratar a filha em estado de coma, disse neste sábado o neurologista que atendia a mulher desde 1996, Carlo Defanti.

O neurologista, que participou hoje de uma conferência sobre eutanásia, disse que Englaro respeitou a vontade da filha, que, antes do acidente, tinha pedido que, se lhe ocorresse qualquer coisa irreversível, apresentasse sua imagem de quando estava em boas condições.

Antes de sofrer o acidente de trânsito, em 1992, Eluana viveu o coma de um amigo, Alessandro, o que causou forte impacto na italiana e a levou a fazer o pai prometer que não a deixasse viver em estado vegetativo, disse o próprio Giuseppe Englaro.

Defanti, que dissera que Eluana poderia viver de dez a 12 dias depois da suspensão da alimentação e da hidratação, disse que, como médico, tinha que reprovar esta afirmação.

"Não se pode sobreviver após três ou quatro dias sem líquido e, em particular, água em um corpo. Sabemos bem que, quando há um terremoto, após quatro dias é difícil encontrar sobreviventes".

Defanti ressaltou que Eluana "não falava, não se comunicava com o exterior" e que, após vários exames, "nos deparamos com uma moça que tinha perdido a consciência", porque estava com o córtex cerebral prejudicado.

Eluana foi enterrada na quinta-feira passada no túmulo da família na localidade de Paluzza, em Udine, após um funeral que não contou com a presença dos pais.

16:53
Anónimo disse...
Os bombeiros combatem neste sábado os incêndios na Austrália favorecidos pelo bom tempo, enquanto os deslocados encotram em seu retorno casas derruídas, carros queimados nas ruas e destruição.

Depois de sete dias desde que começaram os incêndios no Estado de Victoria, a lista de mortos chega a 181, os desaparecidos somam 50, os edifícios destruídos totalizam 1,834 mil e o terreno arrasado, principalmente florestas, ocupa uma área de 4,13 mil quilômetros quadrados.

As equipes de bombeiros, formadas por 4 mil profissionais de Victoria, de outras partes da Austrália e de países amigos, combateram hoje 12 focos fora de controle e nenhum representava uma ameaça direta para a população.

O subdiretor do Serviço de Bombeiros, Geoff Conway, disse que este tempo favorável, que se prolongará durante o domingo, permite consolidar as linhas de contenção e avançar na extinção das chamas.

Cinzas apareceram arrastadas por ventos do nordeste sobre Melbourne, onde habitam 3,8 milhões de pessoas, e as autoridades alertaram aos cidadãos do risco para a saúde de idosos, crianças e pessoas com problemas respiratórios.

O número de pessoas deslocadas - a Cruz Vermelha chegou a receber 7 mil - começou a cair com a abertura de algumas localidades atingidas.

Os incêndios, alguns criminosos, começaram em 7 de fevereiro, quando a região sul da Austrália estava há duas semanas sob uma onda de calor sem precedentes.

Na sexta-feira passada, a polícia acusou uma pessoa de ter provocado o incêndio que atingiu a localidade de Churchill e matou 21 pessoas.

16:55
Anónimo disse...
A primeira chuva em seis dias reduziu a ameaça de incêndios no Estado de Victoria, ao sul da Austrália. As autoridades, porém, advertiram que ainda existem 12 focos, mas que nenhum deles ameaça áreas povoadas.

Mais de quatro mil bombeiros, mil provenientes de outras partes do país e de outras nações, trabalham contra o fogo. Cerca de 600 veículos e 28 helicópteros e pequenos aviões estão sendo usados.


Eles conseguiram construir linhas de contenção para evitar os incêndios de Yarra e Maroondah se juntassem. Também foram controlados os incêndios abertos de Yea e Murrindindi, que ameaçavam as comunidades de Connellys Creek, Crystal Creek, Scrubby Creek e Native Dog Creek.

O número de mortos chegou a 181, mas as autoridades acreditam que as vítimas devem passar de 200, já que ainda há muitos desaparecidos.

16:55
Anónimo disse...
Aqui nesta coluna, na semana passada, tive a oportunidade de comentar sobre a recente visita do professor brasileiro Pedrinho Guareschi à Austrália. Não dei, porém, os fatos, pois semana passada o assunto era outro.

Hoje, porém, vamos a eles.

No último dia 4 de fevereiro, aconteceu o Seminário "Paulo Freire: Education and Liberation", organizado pelo centro de estudos latino-americanos da Universidade Nacional da Austrália, ou ANU, como é mais conhecida por aqui.

A ANU, para quem não sabe, está entre as 20 melhores universidades do mundo! E tem sede aqui em Camberra, capital da Austrália.

Na abertura do evento, o professor John Minns, diretor do centro latino-americano, ao dar boas-vindas ao público presente, lembrou ser aquele o primeiro seminário exclusivamente dedicado a Paulo Freire na Austrália.

Em seguida, convidou Pedrinho Guareschi, palestrante principal do Seminário, a fazer sua apresentação.

A plateia pode então conhecer, pelas palavras de Pedrinho, um pouco da obra e da vida de Freire, esse brasileiro de fé e valor, que sempre acreditou na educação, sobretudo dos menos favorecidos, analfabetos, como força libertadora.

Como não podia deixar de ser, os conceitos e ideias revolucionários de Paulo Freire, expostos com clareza por Pedrinho, despertaram o interesse e a curiosidade de plateia. A qual, deve-se notar, era na maioria de estudantes, mas de várias nacionalidades, sobretudo australianos e asiáticos.

Na continuação do programa do seminário, que se estendeu por dois dias, outros professores fizeram palestras sobre temas ligados à obra de Paulo Freire.

Interessante, por exemplo, saber que a professora Anne Hickling-Hudson, jamaicana que mora na Austrália há muitos anos (é professora da ANU), conheceu e trabalhou com Freire num workshop educacional durante a revolução na Ilha de Granada, em 1980, antes da invasão dos Estados Unidos...

Ou, então, a palestra da Professora Gerda Roelvink, da Nova Zelândia, que participou do Fórum Social de Porto Alegre em 2005. E essa participação transformou-se em tema de doutorado.

No dia 10, terça-feira passada, o padre Pedrinho Guareschi voltou a falar ao público australiano em grande auditório localizado no belíssimo campus da ANU. Desta vez, sobre a Teologia da Libertação.

Depois da palestra, John Minns mostrou o filme mexicano "O Crime do Padre Amaro", no qual um dos personagens é um padre católico praticante da Teologia da Libertação.

Mais uma vez, foi grande o intersse da platéia, que pode aprender e conhecer um pouco como se desenvolveu aquele importante movimento católico na América Latina.

Fica, assim, ao Pedrinho, bem como a outros brasileiros estudiosos e de bom coração que saem pelo mundo a divulgar aspectos importantes da cultura brasileira, o respeito e a homenagem desta coluna. E... aquele abraço!

16:57
Anónimo disse...
Amanda Kitts perdeu o braço esquerdo em um acidente de automóvel acontecido três anos atrás, mas hoje em dia ela joga futebol americano com seu filho de 12 anos de idade, troca fraldas e abraça as crianças nas três creches Kiddie Cottage que opera em Knoxville, Tennessee. Kitts, 40 anos, faz tudo isso com a ajuda de um novo tipo de braço artificial que se movimenta com mais facilidade do que outros aparelhos e que ela pode controlar utilizando apenas seus pensamentos.

"Eu sou capaz de mexer a mão, o pulso e o cotovelo ao mesmo tempo", diz. "Você pensa e os músculos se movem em seguida".

A recuperação que ela conseguiu resulta de um novo procedimento que vem atraindo crescente atenção porque permite que pessoas movam braços protéticos de forma mais automática do que faziam no passado, simplesmente utilizando nervos reaproveitados em seus cérebros.

A técnica, conhecida como "renervação muscular dirigida", envolve utilizar os nervos que restam depois da amputação de um braço e conectá-los a outro músculo do corpo, em geral no peito. Eletrodos são instalados sobre os músculos do peito, e operam como se fossem antenas. Quando a pessoa deseja mover o braço, o cérebro envia sinais que primeiro resultam em contração dos músculos do peito, os quais enviam um sinal ao braço protético, instruindo-se a se movimentar. O processo não requer mais esforços consciente do que a pessoa teria de exercitar caso ainda tivesse seu braço natural.

Na terça-feira, pesquisadores reportaram em estudo publicado pela versão online do Journal of the American Medical Association que haviam levado a técnica ainda mais à frente, tornando possível a execução de 10 movimentos de mão, pulso e cotovelo diferentes, o que representa uma substancial melhora com relação ao típico repertório protético, que em geral envolve apenas dobrar o cotovelo, girar o pulso e abrir a mão.

"Os novos métodos tiveram impacto dramático em nosso campo de trabalho", disse Stuart Harshbarger, engenheiro biomédico na Universidade Johns Hopkins e diretor do programa de pesquisa sobre próteses, financiado pelas forças armadas, que inclui o trabalho com essa técnica. "O método já está em uso por médicos e cirurgiões comuns em todo o país. A capacidade de controlar um membro protético bastante robusto que ele confere surpreendeu a todos pela qualidade".

Tipicamente, uma pessoa que tenha um braço protético só é capaz de executar alguns poucos movimentos, e muitas vezes com tamanha lentidão que isso só permite a ela atividades limitadas.

Há um motor separado para cada movimento, diz Gerald Loeb, professor de engenharia biomédica na Universidade do Sul da Califórnia, "e esses motores precisam ser controlados de maneira explícita", usualmente por um esforço consciente da pessoa para contrair músculos nas costas ou no bíceps.

"Essencialmente, até agora os pacientes controlavam apenas um motor de cada vez", diz Loeb, "e precisavam pensar cuidadosamente sobre que motor desejavam controlar e como fazê-lo operar, em lugar de simplesmente pensarem em mover o braço e poderem fazê-lo sem delongas".

Antes que Kitts passasse pelo procedimento de renervação, em outubro de 2007, por exemplo, ela precisava movimentar os músculos de suas costas de determinada maneira para fazer com que seu pulso girasse, e flexionar seu bíceps e tríceps para fazer com que o cotovelo se movesse para cima e para baixo. "Era muito trabalho", ela conta. "E não me ajudava muito".

O procedimento de renervação é parte de uma recente explosão de idéias novas e técnicas inovadoras que estão sendo exploradas enquanto os cientistas se esforçam por ajudar as pessoas a compensar melhor a perda de membros ou problemas de paralisia. O esforço vem sendo alimentado pelo aumento no número de amputações causado por diabetes e por ferimentos sofridos pelos militares, e ao mesmo tempo pelos avanços na tecnologia médica.

Os braços se tornaram um dos focos essenciais desse tipo de trabalho. A ciência há muito vem obtendo sucessos no desenvolvimento de próteses de perna, mas é muito mais difícil imitar a complexidade e a destreza das mãos e dos braços.

Os esforços em curso incluem o desenvolvimento de projetos de pele e braços mais sensíveis e mais flexíveis, e o uso de dispositivos acionados por controles sem fio implantado nos braços protéticos, que permitiriam movimentos mais naturais.

Os pesquisadores também vêm usando sensores implantados nos cérebros de cobaias para permitir que dois macacos controlem um braço mecânico, e um teste com um homem paralítico permitiu, com esse método, que ele movimentasse um cursor em uma tela de computador.

Alguns desses métodos, caso venham a ser aperfeiçoados plenamente e consigam aprovação das autoridades regulatórias da saúde, podem no futuro se tornar mais viáveis para os pacientes de amputações.

E embora a técnica da renervação não requeira aprovação das autoridades regulatórias porque é executada por meios cirúrgicos e emprega aparelhos já existentes, ela apresenta limitações que até mesmo seus criadores reconhecem, entre as quais o fato de que não se pode utilizá-la para todos os pacientes, o seu alto custo e o prazo de meses requerido para que os nervos reconectados cresçam e se tornem efetivos.

Ainda assim, os especialistas dizem que é o mais avançado sistema em uso hoje para pacientes reais que permite que o sistema nervoso controle diretamente o movimento de um braço artificial.

Desde sua introdução por Todd Kuiken, médico fisioterapeuta e engenheiro biomédico do Instituto de Reabilitação de Chicago, o método foi empregado em cerca de 30 pacientes nos Estados Unidos, Canadá e Europa, entre os quais oito soldados feridos no Iraque e no Afeganistão.

Muitos dos pacientes, entre os quais o primeiro, Jesse Sullivan, um operário do setor elétrico no Tennessee que perdeu os dois braços quando foi eletrocutado por um cabo, conseguem não apenas manipular seus braços protéticos mas sentir a presença das mãos que já não têm quando alguém toca em seus peitos.

Sullivan, 62 anos, e Kitts, estavam entre os cinco pacientes que participaram do estudo reportado na terça-feira. Em companhia de cinco outras pessoas que não passaram por amputações, eles receberam os eletrodos e foram instruídos a usar pensamentos para fazer com que um braço virtual na tela reproduzisse 10 movimentos diferentes, entre os quais três formas diferentes de aperto de mão.

Os pacientes apresentaram desempenho bastante respeitável, apenas um pouco mais lento e menos preciso do que os dos participantes que não tinham amputações.

"As velocidades de movimento que encontramos em nossos pacientes foram realmente encorajadoras", disse Kuiken. "Eles conseguiram completar a tarefa. É claro que não foram tão competentes quanto as pessoas dotadas de plena capacidade física, mas foram bons o bastante".

Um braço virtual foi usado porque a maioria das próteses existentes não era capaz de acomodar todos aqueles movimentos, no momento da pesquisa, ainda que Sullivan, Kitts e uma terceira paciente, Claudia Mitchell, tenham experimentado dois novos protótipos mais versáteis de braços artificiais, executando tarefas complexas com bolas de tênis e outros objetos.

O trabalho de renervação em soldados apresenta outros desafios, diz Kuiken, porque os ferimentos militares muitas vezes "causam danos muitos extensos" a nervos, músculos ou ossos.

Daniel Acosta, 25 anos, um aviador ferido pela detonação de uma bomba em uma estrada do Iraque em 2005, passou pelo procedimento no ano passado e diz que seu braço esquerdo protético agora se movimenta "muito mais rápido" e de maneira muito mais natural.

"A diferença é que agora não preciso mais pensar para mover o braço", ele diz. "Ele simplesmente se mexe".

Ainda assim, Acosta, de San Antonio, diz que "o processo foi bastante longo" e que os eletrodos precisam ser ajustados para receber os sinais à medida que os nervos crescem ou mudam de posição.

E embora elogiem o método, os especialistas afirmam que a ciência das próteses de braço ainda tem muito por avançar.

"Trata-se de uma parte crucial, mas ainda assim apenas uma parte, das muitas coisas que compreendem a função normal de um braço", disse Loeb, que escreveu um editorial que acompanha o artigo no Journal of the American Medical Association.

"No momento estamos a meio do caminho entre o braço de 'Dr. Fantástico', que fazia involuntariamente a saudação nazista, e o braço de Luke Skywalker em 'Guerra nas Estrelas', que funciona sem nenhum problema assim que é conectado. Creio que precisaremos ainda de muitos anos para conectar todas as peças necessárias a produzir um braço capaz de funcionar normalmente".

17:04
Anónimo disse...
A Espanha disse neste sábado que está preparando uma reclamação oficial contra a decisão da Venezuela de expulsar um membro do Parlamento Europeu que criticou o conselho eleitoral venezuelano.
Luis Herrero, membro do partido conservador espanhol PP, foi deportado na sexta-feira depois que o Conselho Nacional Eleitoral (CNE) o acusou de questionar a imparcialidade da instituição antes de um referendo que pode permitir ao presidente Hugo Chávez permanecer no cargo indefinidamente.

Herrero estava na Venezuela como observador do referendo. Ele acusou Chávez de ter "comportamentos típicos de um ditador" por pedir a contenção de manifestações da oposição.

O governo da Espanha convocou um encontro com o embaixador da Venezuela em Madri para expressar a desaprovação sobre a expulsão de Herrero, disse um representante do Ministério das Relações Exteriores espanhol.

As relações da Venezuela com a Espanha tiveram seu ponto crítico em 2007, quando Chávez ameaçou rever acordos diplomáticos e comerciais depois de ouvir um "cala a boca" do rei espanhol Juan Carlos durante uma cúpula.

A fenda foi oficialmente reparada em 2008, com uma visita oficial de Chávez à Espanha, onde ele cumprimentou o rei e discutiu acordos para investimento no setor petroquímico com o primeiro-ministro José Luis Rodriguez Zapatero.

17:06
Anónimo disse...
A polícia do Zimbábue anunciou neste sábado que acusa de traição Roy Bennett, dirigente do até agora opositor Movimento para a Mudança Democrática (MDC), detido na sexta-feira, em Harare, poucas horas antes da cerimônia de posse dos membros do novo gabinete.

"A Polícia nos informou que vão apresentar acusações de traição", disse à agência EFE o advogado de defesa de Bennett, Trust Maanda.

"Tentam relacionar Roy com o caso de Mike Hitschmann, que foi detido em 2006 em relação à descoberta de um carregamento de armas, apesar de que Hitschmann não tenha sido declarado culpado das acusações de traição apresentadas contra ele, mas de um crime menor de descumprimento de leis", disse Maanda.

O político opositor, designado por seu partido como vice-ministro de Agricultura no Governo de união nacional, esteve no exílio na vizinha África do Sul desde 2006 e retornou ao Zimbábue há duas semanas.

Segundo a Polícia, que deteve Bennett ontem no aeroporto de Harare quando pretendia ir à África do Sul para visitar sua família, as armas apreendidas em 2006 seriam utilizadas em um golpe de Estado para derrubar o presidente do Zimbábue, Robert Mugabe.

Depois da detenção, Bennet foi levado a Mutar, onde vários simpatizantes do MDC se concentraram em frente à delegacia na qual estava detido, diante do que a Polícia respondeu com tiros para o alto para dispersar os manifestantes.

17:07
Anónimo disse...
Austrália: 14 mil se candidatam a 'emprego dos sonhos'

A secretaria de Turismo de Queensland, na Austrália, informou que até esta segunda-feira já recebeu cerca de 14 mil inscrições para o "o melhor emprego do mundo". O Estado australiano promove pela internet seleção para vaga de "zelador" da ilha Hamilton, por seis meses com um salário de R$ 40 mil.

Muitos candidatos tiveram problemas durante a inscrição por conta dos acessos simultâneos ao site. A secretaria aconselha enviar os vídeos de 60s explicando porque deve ser escolhido em horários alternativos do dia, além de recomendar tamanho em torno de 40MB.

As inscrições começaram em 12 de janeiro e vão até o próximo dia 22 e podem ser feitas pelo site www.islandreefjob.com. O governo australiano escolherá 50 candidatos para a próxima fase da seleção, que terá votos do público para eleger um dos 11 finalistas.

A última fase terá entrevistas e desafios físicos, no próprio local de trabalho: as ilhas da Grande Barreira Coralina - o maior recife de coral do mundo. A secretaria de Turismo anunciará o vencedor no dia 6 de maio.

17:09
Anónimo disse...
Mercado elogia governo na crise, mas pede maior queda no juro

Peter Fussy
Direto de São Paulo

Desde as primeiras medidas anunciadas para combater os efeitos da crise, o governo brasileiro avisou que a estratégia não contemplaria um pacote. Seriam doses pontuais, de acordo com a necessidade da economia diante do agravamento das turbulências. Da primeira liberação dos depósitos compulsórios em setembro até a ampliação do seguro-desemprego na última quarta-feira, o governo passou por redução de impostos, ampliação de crédito e incentivos à exportação. Quase 150 dias após a primeira medida, o Terra conversou com líderes do setor público e privado, representantes dos trabalhadores, acadêmicos e com o próprio governo para saber quais destas ações foram mais eficazes, quais foram mais ineficientes e o que mais pode ser feito pelo Estado brasileiro contra a crise.

Os maiores elogios foram direcionados à atitude de reduzir o Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) para a indústria automobilística, anunciada em dezembro e que fez com que os emplacamentos de carros novos subissem 1,9% no primeiro mês do ano em relação a dezembro de 2008. Já as maiores críticas foram para a lentidão no corte da taxa básica de juro do País.

Para o presidente do conselho administrativo do Grupo Pão de Açúcar, Abílio Diniz, o Estado não é responsável pela crise e mesmo assim está agindo "com extrema serenidade e muito acerto". "O governo está atento, fazendo a sua parte. É preciso coragem de baixar firmemente a taxa de juros. É uma arma que temos a nosso favor, já que não há clima para inflação, nem possibilidade de danos para a macroeconomia", afirmou Diniz.

Na última reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), em janeiro, a taxa Selic foi reduzida em um ponto percentual, de 13,75% para 12,75% ao ano. Porém, o professor de economia da Universidade de Brasília (UnB) José Luiz Oreiro lembra que este corte representa uma redução de apenas 0,25 ponto percentual com relação à taxa de setembro do ano passado, quando a crise se agravou.

"Pouco antes da eclosão da crise, o Banco Central aumentou a taxa em 0,75 ponto. Foram cinco meses de demora para reduzir em termos líquidos apenas 0,25 ponto", afirmou o economista, que também sugeriu redução do intervalo de cerca de 90 dias entre as reuniões do Copom e o corte de pelo menos um 1 ponto percentual em cada reunião.

Mesmo com o corte de janeiro, a taxa de juros real continua sendo a maior do mundo, lembrou o secretário-geral da Força Sindical, João Carlos Gonçalves, o Juruna. "A redução da taxa de juro ainda é pequena, porque ela continua uma das mais altas do mundo. Falta ousadia para baixar os juros e ajudar o cidadão. A permanência da taxa de juro alta é negativa para o País em meio a crise", afirmou Juruna.

Embora aprove as ações do governo, o senador Aloízio Mercadante (PT-SP) também acredita que o patamar da Selic está muito alto. "Sempre fomos os primeiros a entrar em qualquer crise, o que não aconteceu agora. A taxa Selic ainda é muito alta, mas o governo têm tomado medidas acertadas, como o aumento do salário mínimo, mesmo com um cenário de crise. Isso ajuda a movimentar o consumo. O governo está se esforçando para manter os investimentos e o crescimento", disse.

Tributos
De acordo com o economista Fabio Pina, da Fecomercio-SP, as ações mais positivas estão relacionadas à redução de tributos para alguns segmentos, como a indústria automobilística, que recuperou parte da queda nas vendas em janeiro com a isenção do IPI para carros 1.0 l e o corte para demais motorizações. A medida vale até o final de março.

"Essas medidas não só reduziram o preço, mas anteciparam o consumo daqueles que iriam comprar no futuro, dando um prêmio por conta da insegurança. Mexe diretamente com o principal problema que é a confiança do consumidor", afirmou. Juruna destacou que um bom ritmo de vendas é garantia de emprego. "É importante porque cada emprego na montadora significa 19 na cadeia produtiva", comentou o representante da Força Sindical.

Também em dezembro, o governo decidiu cortar pela metade a alíquota do Imposto de Renda para contribuintes que ganham entre R$ 1.434 e R$ 2.150 mensais. "O salário aumentava e a tabela não se modificava. As pessoas ganhavam mais e pagavam mais impostos", apontou Juruna. Outra redução de tributos do governo foi com relação ao Imposto sobre Operações Financeiras (IOF), que caiu de 3% ao ano para 1,5%.

Crédito
Na segunda metade de 2008, o colapso de bancos nos Estados Unidos por conta da crise do subprime provocou uma forte restrição de crédito no mundo inteiro. Uma das primeiras medidas anticrise do governo teve como objetivo restabelecer a oferta, com mudanças no recolhimento dos depósitos compulsórios por parte dos bancos. Segundo o presidente do Banco Central, Henrique Meirelles, as diversas modificações liberaram US$ 99,2 bilhões aos bancos até o final de janeiro.

Além disso, o governo concedeu R$ 36 bilhões das reservas internacionais para empresas brasileiras com dívidas no exterior e uma medida provisória autorizou o Banco do Brasil e a Caixa Econômica Federal a comprar carteiras de crédito de bancos privados. Para o diretor do Departamento de Pesquisas e Estudos Econômicos da Fiesp, Paulo Francini, estas medidas foram essenciais para combater os efeitos da crise.

"A crise se desenvolve no mundo em torno do tema crédito. E o crédito reduziu-se barbaridade no mundo. Então o governo lança mão de compulsório, lança mão de reservas, de medidas que permitem aos bancos comprar carteiras de bancos. Você vai tomando várias medidas para atender às demandas e o epicentro disso é crédito", afirmou.

No entanto, Oreiro, da UnB, adverte que a liberação dos compulsórios seria mais eficiente acompanhada de redução mais agressiva da taxa básica de juro. "Uma parte do crédito voltou, depois da forte retração em outubro e novembro. O que deveria ter sido feito junto à liberação do compulsório era uma redução mais drástica da taxa de juro. Sem isso, os bancos pegam as reservas e acabam comprando títulos públicos", explicou o economista.

Na opinião de Pina, as ações de distribuição de crédito via redução do compulsório e a disposição de capital de giro para empresas foram tomadas sem um cuidado maior na operação e não tiveram muito efeito. "O BNDES tem linhas que ficam paradas quase todo o ano, agora é pior ainda. Existem os recursos, mas as empresas e os bancos estão desconfiados. É preciso fazer com que os bancos tenham interesse em emprestar", afirmou o economista da Fecomercio-SP.

Futuro
Mesmo com todas essas medidas, a crise financeira ainda gera incertezas nos setores produtivos do País. Nos últimos meses, o medo do desemprego fez os consumidores adiarem compras. Por sua vez, a queda nas vendas pode obrigar as indústrias a cortarem a produção e demitir funcionários. Contra isso, empresários sugerem redução de jornada e de salários.

"Isto está previsto em lei. A Fiesp simplesmente manteve conversações com entidades sindicais quanto à aplicação daquilo que já está previsto em lei", afirmou Francini.

Segundo a ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff, uma das medidas que assegura um nível de emprego é a manutenção de investimentos no Programa de Aceleração do Crescimento (PAC). "Estamos esperando que a dificuldade ocorra em janeiro, fevereiro e março. Estamos certos que vamos manter o nível de investimento. É isso que funciona, é isso que significa investimento público. Ele funciona como um colchão. Por isso, nós colocamos R$ 100 bilhões no BNDES e a Petrobras ampliou o seu investimento em R$ 120 bilhões", afirmou.

Na mesma linha, Pina explica que a antecipação de gastos do governo substitui parte da demanda retraída do setor privado. "Ele dá o seguinte recado: não vou estourar as contas públicas, mas concentrar em um momento em que a demanda privada está pequena. Mas o governo não tem fôlego suficiente para fazer o papel de toda demanda", ressaltou. O economista da Fecomercio lembrou que a entidade já pleiteou junto ao governo isenções para transferência de imóveis e de automóveis, além de retirar o IPVA para veículos novos.

Já Oreiro foca suas propostas na capitalização do Banco do Brasil e da Caixa Econômica Federal pelo Tesouro para atender a demanda de crédito para capital de giro e reduzir o spread. "Aumentando o empréstimo e reduzindo as taxas, os dois vão forçar os bancos privados a acompanhar o movimento, até para não perderem participação no mercado", explicou o economista da UnB.

Até o Carnaval, o governou prometeu detalhar um pacote de incentivos para a construção de até um milhão de casas populares, direcionado a famílias com renda de até dez salários mínimos. "Estamos atentos a tudo o que está acontecendo e novas medidas serão tomadas caso haja uma avaliação de que sejam necessárias", disse o ministro da Fazenda, Guido Mantega, na última sexta-feira.

17:11
Anónimo disse...
Ex-ministro critica extensão do seguro-desemprego

Atualizada às 09h03

O ex-ministro do Trabalho Almir Pazzianotto criticou a decisão do governo federal de conceder o seguro-desemprego estendido a apenas alguns setores. "É certamente odioso e provavelmente inconstitucional", disse Pazzianotto, de acordo com o jornal O Estado de S. Paulo.

Na última qurta, dia do anúncio da medida, centrais sindicais elogiaram a atitude do governo. A Força Sindical divulgou nota dizendo que "o aumento ajudará a aquecer parte da economia, já que irá gerar mais consumo, produção e conseqüentemente, a criação de novos postos de trabalho". A União Geral dos Trabalhadores (UGT) afirmou que a medida "contribuirá para minimizar o drama dos trabalhadores que perderem seu emprego por conta da crise".

O ex-ministro, que instituiu o seguro-desemprego no País no governo de José Sarney, destacou a necessidade de as centrais sindicais se manifestarem contra a determinação. Para ele, as mudanças devem ser aplicadas a todas as categorias profissionais e a distinção é contrária ao artigo 3º da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT).

Pazzianotto atribui a medida a um possível temor do governo de que a crise econômica seja longa e não haja dinheiro para atender a todas as necessidades. Ainda assim, ele se mostra contrário ao método de concessão. "O seguro-desemprego ajuda a sanar necessidades básicas. Estendê-lo é paliativo, não a solução", disse ao jornal.

De acordo com o presidente do Conselho Deliberativo do Fundo de Amparo ao Trabalhador (Codefat) e conselheiro da Força Sindical, Luiz Fernando Emediato, a determinação já estava prevista na lei 8.900/94, que trata do seguro-desemprego.

O presidente da Comissão de Trabalho da Câmara, Pedro Fernandes (PTB-MA) vai além na crítica à concessão do seguro para apenas alguns setores. Ele acredita que a ampliação do benefício estimula o desemprego.

Quintino Severo, secretário geral da Central Única dos Trabalhadores (CUT), lembra que a ampliação do benefício sem critério e identificação pode incentivar demissões em outros setores.

17:13
Anónimo disse...
Empresas
TAM faz promoção para destinos internacionais

A companhia aérea TAM anunciou nesta sexta-feira tarifas promocionais para trechos internacionais. Os preços valem para bilhetes comprados entre 6h deste sábado e 23h59 deste domingo e são válidos para classe econômica. As tarifas, para ida e volta, serão vendidas a partir de US$ 99, mais taxas.

Segundo a aérea, a promoção vale para viagens feitas no período de 14 de fevereiro a 18 de junho de 2009. Para destinos na América do Sul, a permanência mínima é de dois dias; para bilhetes com destino nos Estados Unidos, cinco dias; e Europa, sete dias. A permanência máxima para as passagens para América do Sul e EUA é de dois meses e para Europa, três meses.

Entre os exemplos de tarifas promocionais, a TAM oferece São Paulo-Lima por US$ 99. Bilhetes para a rota São Paulo-Santiago serão vendidos a partir de US$ 199 e São Paulo-Nova York, US$ 799.

A emissão dos bilhetes deve ser feita obrigatoriamente no ato da reserva, obedecendo às regras estipuladas pela companhia. A compra está sujeita à disponibilidade de assentos nas classes tarifárias determinadas, trechos, horários e datas. A TAM afirmou que também há tarifas promocionais para a classe executiva.

Mais informações podem ser encontradas no site promocional (www.ofertastam.com.br), no site da empresa (www.tam.com.br) ou pelos telefones 4002-5700 ou 0800 5705700.

17:13
Anónimo disse...
Empresas
Consultoria negocia compra do parque temático Hopi Hari

A consultoria especializada em reestruturação de empresas Íntegra Associados informou nesta sexta-feira ter um acordo para comprar o parque de diversões Hopi Hari, localizado no interior de São Paulo. A empresa estaria disposta a investir R$ 10 milhões no parque, que tem dívida estimada em R$ 800 milhões. As informações são da edição deste sábado do jornal Folha de S. Paulo.

De acordo com o jornal, a transação ainda depende da negociação entre o Hopi Hari e seus credores, o que já estaria em andamento.

A consultoria paulista já atuou junto à Parmalat, durante 30 meses, quando reorganizou a gestão da empresa italiana.

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17:14
Anónimo disse...
Empresas
Disney de Tóquio contratará mais 2 mil apesar da crise


A Oriental Land, o operador da Disneylândia Tóquio e DisneySea, organizou neste domingo entrevistas para contratar cerca de 2 mil trabalhadores em tempo parcial, em um momento de grandes demissões deste tipo de empregados no Japão.

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O operador deste parque temático, situado em Urayasu, na província de Chiba (leste de Tóquio), está em pleno processo de seleção de empregados para 20 tipos de postos trabalhistas diferentes.

Segundo a companhia, citada pela agência local de notícias Kyodo, o parque contratará novos trabalhadores para as atrações, para os restaurantes e guardas de segurança entre outros. Os novos contratados começarão a trabalhar a partir de fevereiro.

O processo de seleção acontece em um momento em que a maioria das grandes companhias japonesas começaram a se ver obrigadas a despedir uma elevada percentagem de seus trabalhadores temporários e a tempo parcial.

Algumas inclusive anunciaram demissões de seus trabalhadores fixos, uma medida muito pouco comum nas companhias japonesas, perante os efeitos piores que o esperado pela crise econômica global.

Cerca de uma centena de pessoas esperavam desde a primeira hora desta manhã a abertura do centro de conferências Tokyo International Forum, onde as entrevistas estão sendo feitas, para ser os primeiros a solicitar os postos de trabalho.


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17:15
Anónimo disse...
Economia Internacional
Senado dos EUA aprova plano de estímulo à economia

O Senado dos Estados Unidos aprovou com 60 votos a favor e 38 contra o plano de estímulo à economia de US$ 787 bilhões na madrugada deste sábado. Agora, ele segue para sanção ou veto do presidente Barack Obama, que espera colocar a lei em prática até o dia 16 de fevereiro.

O plano prevê a criação de três milhões de empregos, inclui cortes de impostos às famílias, fundos para programas sociais e obras públicas, além de ajuda aos governos estaduais, estudantes e desempregados.

A cláusula Buy American - que exige o uso de ferro, aço e produtos manufaturados dos Estados Unidos em obras realizadas com recursos do pacote - ficou de lado. Segundo o texto definitivo, a cláusula será aplicada sem violar as normas do comércio internacional.

Ontem à tarde, a Câmara de Representantes (deputados) havia aprovado, por 246 votos a favor e 183 contra, a versão final do plano. Todos os republicanos foram contrários ao pacote.

Pelo acordo de quarta-feira entre Câmara e Senado, em vez de custar US$ 819 bilhões, como queriam os deputados, ou US$ 838 bilhões como pretendiam os senadores, o pacote ficou em cerca de US$ 787 bilhões, com 65% desse total destinado a gastos do governo federal e 35%, a créditos tributários.

17:16
Anónimo disse...
Economia nacional
Na era Lula, aposentadoria sobe 54% menos que salário mínimo

Thatiane Faria
Especial para o Terra
Direto de São Paulo

Os índices de reajustes concedidos pelo governo em 2009 para aposentados e pensionistas e para o salário mínimo repetiram uma diferença que, só durante o governo de Luiz Inácio Lula da Silva, já chega a 54%. Enquanto o mínimo foi majorado em 12% este ano, as pensões e aposentadorias tiveram aumento de 5,92%. Aposentados que têm o benefício do governo como única fonte de renda reclamam que perdem poder de compra e que sua cesta de compras é composta por itens que aumentam mais em relação à inflação oficial.

Um exemplo prático pode ser entendido a partir da comparação entre um aposentado que ganhava R$ 600 em janeiro de 2003. Na época, o benefício era três vezes, ou 200%, maior que o valor do mínimo em vigência, que era de R$ 200. Aplicando-se os índices de reajuste para aposentadorias e para o mínimo durante os últimos seis anos, o mesmo aposentado estaria recebendo hoje R$ 938,47, comparado a um salário mínimo de R$ 465. A diferença entre os dois valores caiu para pouco mais de 100%.

Enquanto o índice acumulado de reajuste para a aposentadoria durante o governo Lula foi de 60%, para o salário mínimo está em 132%.

O diretor do Sindicato Nacional dos Aposentados, João Inocentini, reclama que os valores dos benefícios para aposentadorias não mantêm o poder de compra do grupo, principalmente dos aposentados que recebem menos que dez salários mínimos.

Nem mesmo o fato de o índice de reajuste das aposentadorias ter ficado acima da inflação acumulada no mesmo período (o IPCA entre janeiro de 2003 e janeiro de 2009 foi de 39,7%) serve de argumento, segundo os aposentados.

"Os idosos, principalmente, têm gastos além das contas gerais como gás, telefone e aluguel. Para eles o custo com remédios, e outros itens da área saúde costuma ser maior", afirmou Inocentini.

O presidente do sindicato afirmou que o grupo realiza um estudo com 100 itens de necessidade de um idoso para comparar o aumento dos produtos com o índice de reajuste do benefício recebido pelos aposentados.

"Daqui dois meses vamos abrir um processo na Justiça e levar essa pesquisa como prova. Segundo a lei, o governo é obrigado a manter o poder de compra com a aposentadoria", disse Inocentini.

Alternativas
O consultor financeiro Cláudio Boriola diz que os aposentados, especialmente nesse momento de crise econômica, devem evitar compras parceladas, pesquisar preços, negociar e fazer bom planejamento financeiro.

Segundo Boriola, alguns aposentados ganham um valor mensal muitas vezes insuficiente para o pagamento das contas e acabam pedindo crédito ou realizando pagamentos a prazo e são obrigados a pagar juros altos.

Na opinião do consultor, pagar uma previdência privada é uma alternativa indicada para quem ainda trabalha, considerando a característica de perda de poder de compra da aposentadoria.

"Na prática, infelizmente os valores encontram-se em um patamar que está deteriorando o poder de aquisição da população brasileira", completou Boriola.

De acordo com o diretor da Confederação Brasileira de Aposentados e Pensionistas (Cobap), Vicente Fernandes Barbosa, representantes dos aposentados tentarão um encontro com o presidente da Câmara, deputado Michel Temer (PMDB-SP), para discutir projetos que minimizem a perda dos aposentados

17:17
Anónimo disse...
Previdência
Previdência prorroga isenção de tarifas no benefício

O atual sistema de pagamento aos 26 milhões de aposentados e pensionistas do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) será mantido até o final deste ano. O acordo, que permite realizar a operação sem nenhum custo aos beneficiários, foi renovado nesta sexta-feira, entre o governo federal e 21 instituições financeiras.

Por meio desse acordo, vigente desde setembro de 2007, nem os segurados, nem os bancos e nem o governo arcam com o pagamento de tarifas, conforme explicou o ministro da Previdência Social, José Pimentel. A prorrogação vale até dezembro, data máxima para que a Previdência defina as regras para um novo contrato.

Ao assinar o termo de renovação, na sede da Federação Brasileira dos Bancos (Febraban), o ministro disse que a intenção do governo é mudar o atual modelo de gestão visando a reduzir os custos dessas operações em torno da folha mensal, que atinge R$ 15,8 bilhões. No entanto, qualquer alteração, conforme explicou, passará antes por audiências públicas a serem realizadas a partir do segundo semestre deste ano, atendendo a determinação do Tribunal de Contas da União (TCU).

De acordo com Pimentel, com um redesenho do mecanismo de repasse dos recursos aos bancos em torno da folha de pagamento dos segurados o que se busca é um aumento da participação de instituições financeiras. Ele informou que, desde 2007, cada benefício custa em média R$ 1,07 ao governo. "Quanto mais instituições financeiras estiverem prestando serviços à sociedade, maior é a competitividade, a agilidade no atendimento", justificou.

O ministro observou, ainda, que, para permitir uma redução para algo em torno de meia hora no tempo de atendimento para a concessão dos direitos previdenciários, o governo investiu R$ 280 milhões.

Questionado sobre o descontentamento dos segurados que ganham acima de um salário mínimo terem obtido apenas a correção com base na variação do Índice de Preços ao Consumidor (INPC) , ficando abaixo do reajuste dado a quem recebe apenas o mínimo, Pimentel argumentou que o governo seguiu o que determina a lei e descartou a possibilidade de uma revisão

17:17
Anónimo disse...
Empresas
Caterpillar oferece aposentadoria antecipada a 2 mil


A companhia americana Caterpillar ofereceu a cerca de dois mil funcionários incentivos para que se aposentem de forma voluntária antes do previsto, pela perspectiva de uma queda "significativa" da atividade industrial, informou nesta quarta-feira a empresa.

A iniciativa, destinada aos trabalhadores de diversas fábricas em Illinois, Colorado, Tennessee e Pensilvânia, se soma aos cortes de empregos anunciados em janeiro, explicou em comunicado de imprensa.

A empresa, a maior fabricante mundial de maquinaria pesada para a construção e a mineração, acrescentou que, "em função das condições de negócio, podem ser necessárias mais reduções de elenco voluntárias e involuntárias à medida que o ano avança".

O vice-presidente da companhia, Sid Banwart, explicou que a empresa prevê "demissões significativas em todas as regiões geográficas e na maioria dos setores devido às dificuldades da economia mundial".

17:18
Anónimo disse...
Comércio
Comércio exterior da OCDE caiu no 3º trimestre de 2008


As exportações e as importações dos países da Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Econômico (OCDE) caíram 1,6% e 0,2%, respectivamente, no terceiro trimestre de 2008, em relação aos três meses anteriores.

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Trata-se da primeira queda destas atividades desde o terceiro trimestre de 2006, segundo o último relatório trimestral sobre fluxos comerciais divulgado pela OCDE.

As exportações e as importações em dólares dos 30 Estados-membros caíram 15,6% e 17%, respectivamente, na comparação anualizada.

Por sua vez, o comércio dos sete países mais ricos do mundo (G7) teve um pequeno crescimento no terceiro trimestre de 2008 com uma queda das exportações de mercadorias de 0,2% em relação ao trimestre anterior e um aumento de 0,4% das importações.

Em termos anualizados, as importações do G7 caíram 1,4% entre julho e setembro do ano passado, seu primeiro retrocesso desde o terceiro trimestre de 2006, enquanto as exportações aumentaram 1,9%, seu crescimento mais baixo no mesmo tempo.

Por países, a Alemanha aumentou suas importações em 3,4% - valor mais alto do G7 -, enquanto suas exportações caíram 2,9% do segundo para o terceiro trimestre de 2008.

Pelo contrário, as exportações americanas aumentaram 1,8% entre julho e setembro de 2008, enquanto as importações caíram 0,7% em relação ao trimestre anterior. No Japão, tanto as importações quanto as exportações caíram em torno de 1% no mesmo período.

17:19
Anónimo disse...
Economia Nacional
Lula: juros de crédito consignado a aposentados são altos

Atualizada às 17h29

O presidente Luis Inácio Lula da Silva afirmou nesta terça-feira, em São Paulo, que está lutando para reduzir as taxas de juros cobradas de aposentados em crédito consignado. A Previdência Social estabelece uma taxa máxima de 2,5% para empréstimo e de 3,5% para cartão. Para Lula, os valores são altos.

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"Acho que o juro que os aposentados estão pagando hoje com o crédito consignado é alto para o padrão brasileiro", disse o presidente durante a cerimônia de comemoração dos 86 anos do INSS.

A Previdência anunciou nesta terça-feira que aposentados e trabalhadoras com licença-maternidade poderão receber seus benefícios em 30 minutos. De acordo com Lula, em junho, a aposentadoria do trabalhador rural também será conseguida em meia hora.

Além disso, o presidente anunciou que, também em junho, os trabalhadores que alcançarem o direito à aposentadoria passarão a receber em suas casas um comunicado da Previdência informando o fato e o valor do salário que têm direito a receber. "É um comprometimento público que estou fazendo com os companheiros da Previdência Social", disse.

"Estamos retribuindo ao contribuinte da Previdência Social aquilo que é a cidadania que ele tem direito", afirmou Lula. "Se para cobrar nós somos tão precisos, para devolver o dinheiro, temos que chegar próximo à perfeição", completou.

17:20
Anónimo disse...
Economia Nacional
Salário maternidade sairá em 30 minutos, diz ministro

Toda trabalhadora autônoma que tiver contribuído pelo menos 10 meses com o Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) - ou as que possuírem carteira assinada - poderão receber em 30 minutos o salário maternidade a partir desta terça-feira. Da mesma forma, as mulheres com 30 anos de contribuição e os homens com 35 anos também terão direito ao benefício de forma mais rápida. A informação é do ministro da Previdência Social, José Pimentel.

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Para requerer o salário maternidade, é preciso que as autônomas levem a carteira de identidade e o carnê de contribuição. As demais trabalhadoras devem apresentar a identificação e a carteira de trabalho. Desde o início do mês, a nova forma de análise para a concessão de benefícios foi adotada para a aposentadoria por idade do trabalhador urbano e agora foi estendida para o salário maternidade e por tempo de contribuição.

O ministro disse que a qualificação do serviço da previdência social é o reconhecimento do direito dos trabalhadores e da afirmação da cidadania.

"Até pouco tempo na cabeça do cidadão o serviço devia ser de péssima qualidade. Agora não, nós modificamos toda a legislação no mês de dezembro numa ação conjunta do Congresso Nacional com o governo federal. Estamos implantando e concedendo os benefícios em até 30 minutos", afirmou.

O ministro destacou que para conseguir se aposentar ou ter acesso à licença maternidade em 30 minutos, em primeiro lugar, é necessário que o cidadão esteja vinculado à Previdência, o que inclui 65% da população acima de 16 anos de idade.

"Depois bastar marcar pelo sistema 135 o dia e a hora do atendimento e levar a documentação. Se todos os dados necessários estiverem corretos o contribuinte será atendido em até 30 minutos, como vem sendo feito com as aposentadorias por idade desde o dia cinco de janeiro", explicou.

Pimentel disse ainda que em 90% das agências da previdência social o atendimento é marcado em até 48 horas. Nos grandes centros, entretanto existe um volume maior o que torna mais lento o processo.

"Estamos criando mais 715 agências até 2010, em todo o território nacional, para descentralizar o atendimento. Em 2008, atendemos 295 mil benefícios e aposentadorias por idade. Temos 4 mil pessoas por dia procurando e se aposentando por idade no território nacional. Este serviço será agilizado", concluiu.
17:26
Anónimo disse...
Giuseppe Englaro, pai de Eluana, a italiana que morreu na segunda-feira passada por desidratação, recusou uma grande soma de dinheiro de um conhecido fotógrafo italiano que queria retratar a filha em estado de coma, disse neste sábado o neurologista que atendia a mulher desde 1996, Carlo Defanti.

O neurologista, que participou hoje de uma conferência sobre eutanásia, disse que Englaro respeitou a vontade da filha, que, antes do acidente, tinha pedido que, se lhe ocorresse qualquer coisa irreversível, apresentasse sua imagem de quando estava em boas condições.

Antes de sofrer o acidente de trânsito, em 1992, Eluana viveu o coma de um amigo, Alessandro, o que causou forte impacto na italiana e a levou a fazer o pai prometer que não a deixasse viver em estado vegetativo, disse o próprio Giuseppe Englaro.

Defanti, que dissera que Eluana poderia viver de dez a 12 dias depois da suspensão da alimentação e da hidratação, disse que, como médico, tinha que reprovar esta afirmação.

"Não se pode sobreviver após três ou quatro dias sem líquido e, em particular, água em um corpo. Sabemos bem que, quando há um terremoto, após quatro dias é difícil encontrar sobreviventes".

Defanti ressaltou que Eluana "não falava, não se comunicava com o exterior" e que, após vários exames, "nos deparamos com uma moça que tinha perdido a consciência", porque estava com o córtex cerebral prejudicado.

Eluana foi enterrada na quinta-feira passada no túmulo da família na localidade de Paluzza, em Udine, após um funeral que não contou com a presença dos pais.

16:53
Anónimo disse...
Os bombeiros combatem neste sábado os incêndios na Austrália favorecidos pelo bom tempo, enquanto os deslocados encotram em seu retorno casas derruídas, carros queimados nas ruas e destruição.

Depois de sete dias desde que começaram os incêndios no Estado de Victoria, a lista de mortos chega a 181, os desaparecidos somam 50, os edifícios destruídos totalizam 1,834 mil e o terreno arrasado, principalmente florestas, ocupa uma área de 4,13 mil quilômetros quadrados.

As equipes de bombeiros, formadas por 4 mil profissionais de Victoria, de outras partes da Austrália e de países amigos, combateram hoje 12 focos fora de controle e nenhum representava uma ameaça direta para a população.

O subdiretor do Serviço de Bombeiros, Geoff Conway, disse que este tempo favorável, que se prolongará durante o domingo, permite consolidar as linhas de contenção e avançar na extinção das chamas.

Cinzas apareceram arrastadas por ventos do nordeste sobre Melbourne, onde habitam 3,8 milhões de pessoas, e as autoridades alertaram aos cidadãos do risco para a saúde de idosos, crianças e pessoas com problemas respiratórios.

O número de pessoas deslocadas - a Cruz Vermelha chegou a receber 7 mil - começou a cair com a abertura de algumas localidades atingidas.

Os incêndios, alguns criminosos, começaram em 7 de fevereiro, quando a região sul da Austrália estava há duas semanas sob uma onda de calor sem precedentes.

Na sexta-feira passada, a polícia acusou uma pessoa de ter provocado o incêndio que atingiu a localidade de Churchill e matou 21 pessoas.

16:55
Anónimo disse...
A primeira chuva em seis dias reduziu a ameaça de incêndios no Estado de Victoria, ao sul da Austrália. As autoridades, porém, advertiram que ainda existem 12 focos, mas que nenhum deles ameaça áreas povoadas.

Mais de quatro mil bombeiros, mil provenientes de outras partes do país e de outras nações, trabalham contra o fogo. Cerca de 600 veículos e 28 helicópteros e pequenos aviões estão sendo usados.


Eles conseguiram construir linhas de contenção para evitar os incêndios de Yarra e Maroondah se juntassem. Também foram controlados os incêndios abertos de Yea e Murrindindi, que ameaçavam as comunidades de Connellys Creek, Crystal Creek, Scrubby Creek e Native Dog Creek.

O número de mortos chegou a 181, mas as autoridades acreditam que as vítimas devem passar de 200, já que ainda há muitos desaparecidos.

16:55
Anónimo disse...
Aqui nesta coluna, na semana passada, tive a oportunidade de comentar sobre a recente visita do professor brasileiro Pedrinho Guareschi à Austrália. Não dei, porém, os fatos, pois semana passada o assunto era outro.

Hoje, porém, vamos a eles.

No último dia 4 de fevereiro, aconteceu o Seminário "Paulo Freire: Education and Liberation", organizado pelo centro de estudos latino-americanos da Universidade Nacional da Austrália, ou ANU, como é mais conhecida por aqui.

A ANU, para quem não sabe, está entre as 20 melhores universidades do mundo! E tem sede aqui em Camberra, capital da Austrália.

Na abertura do evento, o professor John Minns, diretor do centro latino-americano, ao dar boas-vindas ao público presente, lembrou ser aquele o primeiro seminário exclusivamente dedicado a Paulo Freire na Austrália.

Em seguida, convidou Pedrinho Guareschi, palestrante principal do Seminário, a fazer sua apresentação.

A plateia pode então conhecer, pelas palavras de Pedrinho, um pouco da obra e da vida de Freire, esse brasileiro de fé e valor, que sempre acreditou na educação, sobretudo dos menos favorecidos, analfabetos, como força libertadora.

Como não podia deixar de ser, os conceitos e ideias revolucionários de Paulo Freire, expostos com clareza por Pedrinho, despertaram o interesse e a curiosidade de plateia. A qual, deve-se notar, era na maioria de estudantes, mas de várias nacionalidades, sobretudo australianos e asiáticos.

Na continuação do programa do seminário, que se estendeu por dois dias, outros professores fizeram palestras sobre temas ligados à obra de Paulo Freire.

Interessante, por exemplo, saber que a professora Anne Hickling-Hudson, jamaicana que mora na Austrália há muitos anos (é professora da ANU), conheceu e trabalhou com Freire num workshop educacional durante a revolução na Ilha de Granada, em 1980, antes da invasão dos Estados Unidos...

Ou, então, a palestra da Professora Gerda Roelvink, da Nova Zelândia, que participou do Fórum Social de Porto Alegre em 2005. E essa participação transformou-se em tema de doutorado.

No dia 10, terça-feira passada, o padre Pedrinho Guareschi voltou a falar ao público australiano em grande auditório localizado no belíssimo campus da ANU. Desta vez, sobre a Teologia da Libertação.

Depois da palestra, John Minns mostrou o filme mexicano "O Crime do Padre Amaro", no qual um dos personagens é um padre católico praticante da Teologia da Libertação.

Mais uma vez, foi grande o intersse da platéia, que pode aprender e conhecer um pouco como se desenvolveu aquele importante movimento católico na América Latina.

Fica, assim, ao Pedrinho, bem como a outros brasileiros estudiosos e de bom coração que saem pelo mundo a divulgar aspectos importantes da cultura brasileira, o respeito e a homenagem desta coluna. E... aquele abraço!

16:57
Anónimo disse...
Amanda Kitts perdeu o braço esquerdo em um acidente de automóvel acontecido três anos atrás, mas hoje em dia ela joga futebol americano com seu filho de 12 anos de idade, troca fraldas e abraça as crianças nas três creches Kiddie Cottage que opera em Knoxville, Tennessee. Kitts, 40 anos, faz tudo isso com a ajuda de um novo tipo de braço artificial que se movimenta com mais facilidade do que outros aparelhos e que ela pode controlar utilizando apenas seus pensamentos.

"Eu sou capaz de mexer a mão, o pulso e o cotovelo ao mesmo tempo", diz. "Você pensa e os músculos se movem em seguida".

A recuperação que ela conseguiu resulta de um novo procedimento que vem atraindo crescente atenção porque permite que pessoas movam braços protéticos de forma mais automática do que faziam no passado, simplesmente utilizando nervos reaproveitados em seus cérebros.

A técnica, conhecida como "renervação muscular dirigida", envolve utilizar os nervos que restam depois da amputação de um braço e conectá-los a outro músculo do corpo, em geral no peito. Eletrodos são instalados sobre os músculos do peito, e operam como se fossem antenas. Quando a pessoa deseja mover o braço, o cérebro envia sinais que primeiro resultam em contração dos músculos do peito, os quais enviam um sinal ao braço protético, instruindo-se a se movimentar. O processo não requer mais esforços consciente do que a pessoa teria de exercitar caso ainda tivesse seu braço natural.

Na terça-feira, pesquisadores reportaram em estudo publicado pela versão online do Journal of the American Medical Association que haviam levado a técnica ainda mais à frente, tornando possível a execução de 10 movimentos de mão, pulso e cotovelo diferentes, o que representa uma substancial melhora com relação ao típico repertório protético, que em geral envolve apenas dobrar o cotovelo, girar o pulso e abrir a mão.

"Os novos métodos tiveram impacto dramático em nosso campo de trabalho", disse Stuart Harshbarger, engenheiro biomédico na Universidade Johns Hopkins e diretor do programa de pesquisa sobre próteses, financiado pelas forças armadas, que inclui o trabalho com essa técnica. "O método já está em uso por médicos e cirurgiões comuns em todo o país. A capacidade de controlar um membro protético bastante robusto que ele confere surpreendeu a todos pela qualidade".

Tipicamente, uma pessoa que tenha um braço protético só é capaz de executar alguns poucos movimentos, e muitas vezes com tamanha lentidão que isso só permite a ela atividades limitadas.

Há um motor separado para cada movimento, diz Gerald Loeb, professor de engenharia biomédica na Universidade do Sul da Califórnia, "e esses motores precisam ser controlados de maneira explícita", usualmente por um esforço consciente da pessoa para contrair músculos nas costas ou no bíceps.

"Essencialmente, até agora os pacientes controlavam apenas um motor de cada vez", diz Loeb, "e precisavam pensar cuidadosamente sobre que motor desejavam controlar e como fazê-lo operar, em lugar de simplesmente pensarem em mover o braço e poderem fazê-lo sem delongas".

Antes que Kitts passasse pelo procedimento de renervação, em outubro de 2007, por exemplo, ela precisava movimentar os músculos de suas costas de determinada maneira para fazer com que seu pulso girasse, e flexionar seu bíceps e tríceps para fazer com que o cotovelo se movesse para cima e para baixo. "Era muito trabalho", ela conta. "E não me ajudava muito".

O procedimento de renervação é parte de uma recente explosão de idéias novas e técnicas inovadoras que estão sendo exploradas enquanto os cientistas se esforçam por ajudar as pessoas a compensar melhor a perda de membros ou problemas de paralisia. O esforço vem sendo alimentado pelo aumento no número de amputações causado por diabetes e por ferimentos sofridos pelos militares, e ao mesmo tempo pelos avanços na tecnologia médica.

Os braços se tornaram um dos focos essenciais desse tipo de trabalho. A ciência há muito vem obtendo sucessos no desenvolvimento de próteses de perna, mas é muito mais difícil imitar a complexidade e a destreza das mãos e dos braços.

Os esforços em curso incluem o desenvolvimento de projetos de pele e braços mais sensíveis e mais flexíveis, e o uso de dispositivos acionados por controles sem fio implantado nos braços protéticos, que permitiriam movimentos mais naturais.

Os pesquisadores também vêm usando sensores implantados nos cérebros de cobaias para permitir que dois macacos controlem um braço mecânico, e um teste com um homem paralítico permitiu, com esse método, que ele movimentasse um cursor em uma tela de computador.

Alguns desses métodos, caso venham a ser aperfeiçoados plenamente e consigam aprovação das autoridades regulatórias da saúde, podem no futuro se tornar mais viáveis para os pacientes de amputações.

E embora a técnica da renervação não requeira aprovação das autoridades regulatórias porque é executada por meios cirúrgicos e emprega aparelhos já existentes, ela apresenta limitações que até mesmo seus criadores reconhecem, entre as quais o fato de que não se pode utilizá-la para todos os pacientes, o seu alto custo e o prazo de meses requerido para que os nervos reconectados cresçam e se tornem efetivos.

Ainda assim, os especialistas dizem que é o mais avançado sistema em uso hoje para pacientes reais que permite que o sistema nervoso controle diretamente o movimento de um braço artificial.

Desde sua introdução por Todd Kuiken, médico fisioterapeuta e engenheiro biomédico do Instituto de Reabilitação de Chicago, o método foi empregado em cerca de 30 pacientes nos Estados Unidos, Canadá e Europa, entre os quais oito soldados feridos no Iraque e no Afeganistão.

Muitos dos pacientes, entre os quais o primeiro, Jesse Sullivan, um operário do setor elétrico no Tennessee que perdeu os dois braços quando foi eletrocutado por um cabo, conseguem não apenas manipular seus braços protéticos mas sentir a presença das mãos que já não têm quando alguém toca em seus peitos.

Sullivan, 62 anos, e Kitts, estavam entre os cinco pacientes que participaram do estudo reportado na terça-feira. Em companhia de cinco outras pessoas que não passaram por amputações, eles receberam os eletrodos e foram instruídos a usar pensamentos para fazer com que um braço virtual na tela reproduzisse 10 movimentos diferentes, entre os quais três formas diferentes de aperto de mão.

Os pacientes apresentaram desempenho bastante respeitável, apenas um pouco mais lento e menos preciso do que os dos participantes que não tinham amputações.

"As velocidades de movimento que encontramos em nossos pacientes foram realmente encorajadoras", disse Kuiken. "Eles conseguiram completar a tarefa. É claro que não foram tão competentes quanto as pessoas dotadas de plena capacidade física, mas foram bons o bastante".

Um braço virtual foi usado porque a maioria das próteses existentes não era capaz de acomodar todos aqueles movimentos, no momento da pesquisa, ainda que Sullivan, Kitts e uma terceira paciente, Claudia Mitchell, tenham experimentado dois novos protótipos mais versáteis de braços artificiais, executando tarefas complexas com bolas de tênis e outros objetos.

O trabalho de renervação em soldados apresenta outros desafios, diz Kuiken, porque os ferimentos militares muitas vezes "causam danos muitos extensos" a nervos, músculos ou ossos.

Daniel Acosta, 25 anos, um aviador ferido pela detonação de uma bomba em uma estrada do Iraque em 2005, passou pelo procedimento no ano passado e diz que seu braço esquerdo protético agora se movimenta "muito mais rápido" e de maneira muito mais natural.

"A diferença é que agora não preciso mais pensar para mover o braço", ele diz. "Ele simplesmente se mexe".

Ainda assim, Acosta, de San Antonio, diz que "o processo foi bastante longo" e que os eletrodos precisam ser ajustados para receber os sinais à medida que os nervos crescem ou mudam de posição.

E embora elogiem o método, os especialistas afirmam que a ciência das próteses de braço ainda tem muito por avançar.

"Trata-se de uma parte crucial, mas ainda assim apenas uma parte, das muitas coisas que compreendem a função normal de um braço", disse Loeb, que escreveu um editorial que acompanha o artigo no Journal of the American Medical Association.

"No momento estamos a meio do caminho entre o braço de 'Dr. Fantástico', que fazia involuntariamente a saudação nazista, e o braço de Luke Skywalker em 'Guerra nas Estrelas', que funciona sem nenhum problema assim que é conectado. Creio que precisaremos ainda de muitos anos para conectar todas as peças necessárias a produzir um braço capaz de funcionar normalmente".

17:04
Anónimo disse...
A Espanha disse neste sábado que está preparando uma reclamação oficial contra a decisão da Venezuela de expulsar um membro do Parlamento Europeu que criticou o conselho eleitoral venezuelano.
Luis Herrero, membro do partido conservador espanhol PP, foi deportado na sexta-feira depois que o Conselho Nacional Eleitoral (CNE) o acusou de questionar a imparcialidade da instituição antes de um referendo que pode permitir ao presidente Hugo Chávez permanecer no cargo indefinidamente.

Herrero estava na Venezuela como observador do referendo. Ele acusou Chávez de ter "comportamentos típicos de um ditador" por pedir a contenção de manifestações da oposição.

O governo da Espanha convocou um encontro com o embaixador da Venezuela em Madri para expressar a desaprovação sobre a expulsão de Herrero, disse um representante do Ministério das Relações Exteriores espanhol.

As relações da Venezuela com a Espanha tiveram seu ponto crítico em 2007, quando Chávez ameaçou rever acordos diplomáticos e comerciais depois de ouvir um "cala a boca" do rei espanhol Juan Carlos durante uma cúpula.

A fenda foi oficialmente reparada em 2008, com uma visita oficial de Chávez à Espanha, onde ele cumprimentou o rei e discutiu acordos para investimento no setor petroquímico com o primeiro-ministro José Luis Rodriguez Zapatero.

17:06
Anónimo disse...
A polícia do Zimbábue anunciou neste sábado que acusa de traição Roy Bennett, dirigente do até agora opositor Movimento para a Mudança Democrática (MDC), detido na sexta-feira, em Harare, poucas horas antes da cerimônia de posse dos membros do novo gabinete.

"A Polícia nos informou que vão apresentar acusações de traição", disse à agência EFE o advogado de defesa de Bennett, Trust Maanda.

"Tentam relacionar Roy com o caso de Mike Hitschmann, que foi detido em 2006 em relação à descoberta de um carregamento de armas, apesar de que Hitschmann não tenha sido declarado culpado das acusações de traição apresentadas contra ele, mas de um crime menor de descumprimento de leis", disse Maanda.

O político opositor, designado por seu partido como vice-ministro de Agricultura no Governo de união nacional, esteve no exílio na vizinha África do Sul desde 2006 e retornou ao Zimbábue há duas semanas.

Segundo a Polícia, que deteve Bennett ontem no aeroporto de Harare quando pretendia ir à África do Sul para visitar sua família, as armas apreendidas em 2006 seriam utilizadas em um golpe de Estado para derrubar o presidente do Zimbábue, Robert Mugabe.

Depois da detenção, Bennet foi levado a Mutar, onde vários simpatizantes do MDC se concentraram em frente à delegacia na qual estava detido, diante do que a Polícia respondeu com tiros para o alto para dispersar os manifestantes.

17:07
Anónimo disse...
Austrália: 14 mil se candidatam a 'emprego dos sonhos'

A secretaria de Turismo de Queensland, na Austrália, informou que até esta segunda-feira já recebeu cerca de 14 mil inscrições para o "o melhor emprego do mundo". O Estado australiano promove pela internet seleção para vaga de "zelador" da ilha Hamilton, por seis meses com um salário de R$ 40 mil.

Muitos candidatos tiveram problemas durante a inscrição por conta dos acessos simultâneos ao site. A secretaria aconselha enviar os vídeos de 60s explicando porque deve ser escolhido em horários alternativos do dia, além de recomendar tamanho em torno de 40MB.

As inscrições começaram em 12 de janeiro e vão até o próximo dia 22 e podem ser feitas pelo site www.islandreefjob.com. O governo australiano escolherá 50 candidatos para a próxima fase da seleção, que terá votos do público para eleger um dos 11 finalistas.

A última fase terá entrevistas e desafios físicos, no próprio local de trabalho: as ilhas da Grande Barreira Coralina - o maior recife de coral do mundo. A secretaria de Turismo anunciará o vencedor no dia 6 de maio.

17:09
Anónimo disse...
Mercado elogia governo na crise, mas pede maior queda no juro

Peter Fussy
Direto de São Paulo

Desde as primeiras medidas anunciadas para combater os efeitos da crise, o governo brasileiro avisou que a estratégia não contemplaria um pacote. Seriam doses pontuais, de acordo com a necessidade da economia diante do agravamento das turbulências. Da primeira liberação dos depósitos compulsórios em setembro até a ampliação do seguro-desemprego na última quarta-feira, o governo passou por redução de impostos, ampliação de crédito e incentivos à exportação. Quase 150 dias após a primeira medida, o Terra conversou com líderes do setor público e privado, representantes dos trabalhadores, acadêmicos e com o próprio governo para saber quais destas ações foram mais eficazes, quais foram mais ineficientes e o que mais pode ser feito pelo Estado brasileiro contra a crise.

Os maiores elogios foram direcionados à atitude de reduzir o Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) para a indústria automobilística, anunciada em dezembro e que fez com que os emplacamentos de carros novos subissem 1,9% no primeiro mês do ano em relação a dezembro de 2008. Já as maiores críticas foram para a lentidão no corte da taxa básica de juro do País.

Para o presidente do conselho administrativo do Grupo Pão de Açúcar, Abílio Diniz, o Estado não é responsável pela crise e mesmo assim está agindo "com extrema serenidade e muito acerto". "O governo está atento, fazendo a sua parte. É preciso coragem de baixar firmemente a taxa de juros. É uma arma que temos a nosso favor, já que não há clima para inflação, nem possibilidade de danos para a macroeconomia", afirmou Diniz.

Na última reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), em janeiro, a taxa Selic foi reduzida em um ponto percentual, de 13,75% para 12,75% ao ano. Porém, o professor de economia da Universidade de Brasília (UnB) José Luiz Oreiro lembra que este corte representa uma redução de apenas 0,25 ponto percentual com relação à taxa de setembro do ano passado, quando a crise se agravou.

"Pouco antes da eclosão da crise, o Banco Central aumentou a taxa em 0,75 ponto. Foram cinco meses de demora para reduzir em termos líquidos apenas 0,25 ponto", afirmou o economista, que também sugeriu redução do intervalo de cerca de 90 dias entre as reuniões do Copom e o corte de pelo menos um 1 ponto percentual em cada reunião.

Mesmo com o corte de janeiro, a taxa de juros real continua sendo a maior do mundo, lembrou o secretário-geral da Força Sindical, João Carlos Gonçalves, o Juruna. "A redução da taxa de juro ainda é pequena, porque ela continua uma das mais altas do mundo. Falta ousadia para baixar os juros e ajudar o cidadão. A permanência da taxa de juro alta é negativa para o País em meio a crise", afirmou Juruna.

Embora aprove as ações do governo, o senador Aloízio Mercadante (PT-SP) também acredita que o patamar da Selic está muito alto. "Sempre fomos os primeiros a entrar em qualquer crise, o que não aconteceu agora. A taxa Selic ainda é muito alta, mas o governo têm tomado medidas acertadas, como o aumento do salário mínimo, mesmo com um cenário de crise. Isso ajuda a movimentar o consumo. O governo está se esforçando para manter os investimentos e o crescimento", disse.

Tributos
De acordo com o economista Fabio Pina, da Fecomercio-SP, as ações mais positivas estão relacionadas à redução de tributos para alguns segmentos, como a indústria automobilística, que recuperou parte da queda nas vendas em janeiro com a isenção do IPI para carros 1.0 l e o corte para demais motorizações. A medida vale até o final de março.

"Essas medidas não só reduziram o preço, mas anteciparam o consumo daqueles que iriam comprar no futuro, dando um prêmio por conta da insegurança. Mexe diretamente com o principal problema que é a confiança do consumidor", afirmou. Juruna destacou que um bom ritmo de vendas é garantia de emprego. "É importante porque cada emprego na montadora significa 19 na cadeia produtiva", comentou o representante da Força Sindical.

Também em dezembro, o governo decidiu cortar pela metade a alíquota do Imposto de Renda para contribuintes que ganham entre R$ 1.434 e R$ 2.150 mensais. "O salário aumentava e a tabela não se modificava. As pessoas ganhavam mais e pagavam mais impostos", apontou Juruna. Outra redução de tributos do governo foi com relação ao Imposto sobre Operações Financeiras (IOF), que caiu de 3% ao ano para 1,5%.

Crédito
Na segunda metade de 2008, o colapso de bancos nos Estados Unidos por conta da crise do subprime provocou uma forte restrição de crédito no mundo inteiro. Uma das primeiras medidas anticrise do governo teve como objetivo restabelecer a oferta, com mudanças no recolhimento dos depósitos compulsórios por parte dos bancos. Segundo o presidente do Banco Central, Henrique Meirelles, as diversas modificações liberaram US$ 99,2 bilhões aos bancos até o final de janeiro.

Além disso, o governo concedeu R$ 36 bilhões das reservas internacionais para empresas brasileiras com dívidas no exterior e uma medida provisória autorizou o Banco do Brasil e a Caixa Econômica Federal a comprar carteiras de crédito de bancos privados. Para o diretor do Departamento de Pesquisas e Estudos Econômicos da Fiesp, Paulo Francini, estas medidas foram essenciais para combater os efeitos da crise.

"A crise se desenvolve no mundo em torno do tema crédito. E o crédito reduziu-se barbaridade no mundo. Então o governo lança mão de compulsório, lança mão de reservas, de medidas que permitem aos bancos comprar carteiras de bancos. Você vai tomando várias medidas para atender às demandas e o epicentro disso é crédito", afirmou.

No entanto, Oreiro, da UnB, adverte que a liberação dos compulsórios seria mais eficiente acompanhada de redução mais agressiva da taxa básica de juro. "Uma parte do crédito voltou, depois da forte retração em outubro e novembro. O que deveria ter sido feito junto à liberação do compulsório era uma redução mais drástica da taxa de juro. Sem isso, os bancos pegam as reservas e acabam comprando títulos públicos", explicou o economista.

Na opinião de Pina, as ações de distribuição de crédito via redução do compulsório e a disposição de capital de giro para empresas foram tomadas sem um cuidado maior na operação e não tiveram muito efeito. "O BNDES tem linhas que ficam paradas quase todo o ano, agora é pior ainda. Existem os recursos, mas as empresas e os bancos estão desconfiados. É preciso fazer com que os bancos tenham interesse em emprestar", afirmou o economista da Fecomercio-SP.

Futuro
Mesmo com todas essas medidas, a crise financeira ainda gera incertezas nos setores produtivos do País. Nos últimos meses, o medo do desemprego fez os consumidores adiarem compras. Por sua vez, a queda nas vendas pode obrigar as indústrias a cortarem a produção e demitir funcionários. Contra isso, empresários sugerem redução de jornada e de salários.

"Isto está previsto em lei. A Fiesp simplesmente manteve conversações com entidades sindicais quanto à aplicação daquilo que já está previsto em lei", afirmou Francini.

Segundo a ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff, uma das medidas que assegura um nível de emprego é a manutenção de investimentos no Programa de Aceleração do Crescimento (PAC). "Estamos esperando que a dificuldade ocorra em janeiro, fevereiro e março. Estamos certos que vamos manter o nível de investimento. É isso que funciona, é isso que significa investimento público. Ele funciona como um colchão. Por isso, nós colocamos R$ 100 bilhões no BNDES e a Petrobras ampliou o seu investimento em R$ 120 bilhões", afirmou.

Na mesma linha, Pina explica que a antecipação de gastos do governo substitui parte da demanda retraída do setor privado. "Ele dá o seguinte recado: não vou estourar as contas públicas, mas concentrar em um momento em que a demanda privada está pequena. Mas o governo não tem fôlego suficiente para fazer o papel de toda demanda", ressaltou. O economista da Fecomercio lembrou que a entidade já pleiteou junto ao governo isenções para transferência de imóveis e de automóveis, além de retirar o IPVA para veículos novos.

Já Oreiro foca suas propostas na capitalização do Banco do Brasil e da Caixa Econômica Federal pelo Tesouro para atender a demanda de crédito para capital de giro e reduzir o spread. "Aumentando o empréstimo e reduzindo as taxas, os dois vão forçar os bancos privados a acompanhar o movimento, até para não perderem participação no mercado", explicou o economista da UnB.

Até o Carnaval, o governou prometeu detalhar um pacote de incentivos para a construção de até um milhão de casas populares, direcionado a famílias com renda de até dez salários mínimos. "Estamos atentos a tudo o que está acontecendo e novas medidas serão tomadas caso haja uma avaliação de que sejam necessárias", disse o ministro da Fazenda, Guido Mantega, na última sexta-feira.

17:11
Anónimo disse...
Ex-ministro critica extensão do seguro-desemprego

Atualizada às 09h03

O ex-ministro do Trabalho Almir Pazzianotto criticou a decisão do governo federal de conceder o seguro-desemprego estendido a apenas alguns setores. "É certamente odioso e provavelmente inconstitucional", disse Pazzianotto, de acordo com o jornal O Estado de S. Paulo.

Na última qurta, dia do anúncio da medida, centrais sindicais elogiaram a atitude do governo. A Força Sindical divulgou nota dizendo que "o aumento ajudará a aquecer parte da economia, já que irá gerar mais consumo, produção e conseqüentemente, a criação de novos postos de trabalho". A União Geral dos Trabalhadores (UGT) afirmou que a medida "contribuirá para minimizar o drama dos trabalhadores que perderem seu emprego por conta da crise".

O ex-ministro, que instituiu o seguro-desemprego no País no governo de José Sarney, destacou a necessidade de as centrais sindicais se manifestarem contra a determinação. Para ele, as mudanças devem ser aplicadas a todas as categorias profissionais e a distinção é contrária ao artigo 3º da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT).

Pazzianotto atribui a medida a um possível temor do governo de que a crise econômica seja longa e não haja dinheiro para atender a todas as necessidades. Ainda assim, ele se mostra contrário ao método de concessão. "O seguro-desemprego ajuda a sanar necessidades básicas. Estendê-lo é paliativo, não a solução", disse ao jornal.

De acordo com o presidente do Conselho Deliberativo do Fundo de Amparo ao Trabalhador (Codefat) e conselheiro da Força Sindical, Luiz Fernando Emediato, a determinação já estava prevista na lei 8.900/94, que trata do seguro-desemprego.

O presidente da Comissão de Trabalho da Câmara, Pedro Fernandes (PTB-MA) vai além na crítica à concessão do seguro para apenas alguns setores. Ele acredita que a ampliação do benefício estimula o desemprego.

Quintino Severo, secretário geral da Central Única dos Trabalhadores (CUT), lembra que a ampliação do benefício sem critério e identificação pode incentivar demissões em outros setores.

17:13
Anónimo disse...
Empresas
TAM faz promoção para destinos internacionais

A companhia aérea TAM anunciou nesta sexta-feira tarifas promocionais para trechos internacionais. Os preços valem para bilhetes comprados entre 6h deste sábado e 23h59 deste domingo e são válidos para classe econômica. As tarifas, para ida e volta, serão vendidas a partir de US$ 99, mais taxas.

Segundo a aérea, a promoção vale para viagens feitas no período de 14 de fevereiro a 18 de junho de 2009. Para destinos na América do Sul, a permanência mínima é de dois dias; para bilhetes com destino nos Estados Unidos, cinco dias; e Europa, sete dias. A permanência máxima para as passagens para América do Sul e EUA é de dois meses e para Europa, três meses.

Entre os exemplos de tarifas promocionais, a TAM oferece São Paulo-Lima por US$ 99. Bilhetes para a rota São Paulo-Santiago serão vendidos a partir de US$ 199 e São Paulo-Nova York, US$ 799.

A emissão dos bilhetes deve ser feita obrigatoriamente no ato da reserva, obedecendo às regras estipuladas pela companhia. A compra está sujeita à disponibilidade de assentos nas classes tarifárias determinadas, trechos, horários e datas. A TAM afirmou que também há tarifas promocionais para a classe executiva.

Mais informações podem ser encontradas no site promocional (www.ofertastam.com.br), no site da empresa (www.tam.com.br) ou pelos telefones 4002-5700 ou 0800 5705700.

17:13
Anónimo disse...
Empresas
Consultoria negocia compra do parque temático Hopi Hari

A consultoria especializada em reestruturação de empresas Íntegra Associados informou nesta sexta-feira ter um acordo para comprar o parque de diversões Hopi Hari, localizado no interior de São Paulo. A empresa estaria disposta a investir R$ 10 milhões no parque, que tem dívida estimada em R$ 800 milhões. As informações são da edição deste sábado do jornal Folha de S. Paulo.

De acordo com o jornal, a transação ainda depende da negociação entre o Hopi Hari e seus credores, o que já estaria em andamento.

A consultoria paulista já atuou junto à Parmalat, durante 30 meses, quando reorganizou a gestão da empresa italiana.

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17:14
Anónimo disse...
Empresas
Disney de Tóquio contratará mais 2 mil apesar da crise


A Oriental Land, o operador da Disneylândia Tóquio e DisneySea, organizou neste domingo entrevistas para contratar cerca de 2 mil trabalhadores em tempo parcial, em um momento de grandes demissões deste tipo de empregados no Japão.

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O operador deste parque temático, situado em Urayasu, na província de Chiba (leste de Tóquio), está em pleno processo de seleção de empregados para 20 tipos de postos trabalhistas diferentes.

Segundo a companhia, citada pela agência local de notícias Kyodo, o parque contratará novos trabalhadores para as atrações, para os restaurantes e guardas de segurança entre outros. Os novos contratados começarão a trabalhar a partir de fevereiro.

O processo de seleção acontece em um momento em que a maioria das grandes companhias japonesas começaram a se ver obrigadas a despedir uma elevada percentagem de seus trabalhadores temporários e a tempo parcial.

Algumas inclusive anunciaram demissões de seus trabalhadores fixos, uma medida muito pouco comum nas companhias japonesas, perante os efeitos piores que o esperado pela crise econômica global.

Cerca de uma centena de pessoas esperavam desde a primeira hora desta manhã a abertura do centro de conferências Tokyo International Forum, onde as entrevistas estão sendo feitas, para ser os primeiros a solicitar os postos de trabalho.


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17:15
Anónimo disse...
Economia Internacional
Senado dos EUA aprova plano de estímulo à economia

O Senado dos Estados Unidos aprovou com 60 votos a favor e 38 contra o plano de estímulo à economia de US$ 787 bilhões na madrugada deste sábado. Agora, ele segue para sanção ou veto do presidente Barack Obama, que espera colocar a lei em prática até o dia 16 de fevereiro.

O plano prevê a criação de três milhões de empregos, inclui cortes de impostos às famílias, fundos para programas sociais e obras públicas, além de ajuda aos governos estaduais, estudantes e desempregados.

A cláusula Buy American - que exige o uso de ferro, aço e produtos manufaturados dos Estados Unidos em obras realizadas com recursos do pacote - ficou de lado. Segundo o texto definitivo, a cláusula será aplicada sem violar as normas do comércio internacional.

Ontem à tarde, a Câmara de Representantes (deputados) havia aprovado, por 246 votos a favor e 183 contra, a versão final do plano. Todos os republicanos foram contrários ao pacote.

Pelo acordo de quarta-feira entre Câmara e Senado, em vez de custar US$ 819 bilhões, como queriam os deputados, ou US$ 838 bilhões como pretendiam os senadores, o pacote ficou em cerca de US$ 787 bilhões, com 65% desse total destinado a gastos do governo federal e 35%, a créditos tributários.

17:16
Anónimo disse...
Economia nacional
Na era Lula, aposentadoria sobe 54% menos que salário mínimo

Thatiane Faria
Especial para o Terra
Direto de São Paulo

Os índices de reajustes concedidos pelo governo em 2009 para aposentados e pensionistas e para o salário mínimo repetiram uma diferença que, só durante o governo de Luiz Inácio Lula da Silva, já chega a 54%. Enquanto o mínimo foi majorado em 12% este ano, as pensões e aposentadorias tiveram aumento de 5,92%. Aposentados que têm o benefício do governo como única fonte de renda reclamam que perdem poder de compra e que sua cesta de compras é composta por itens que aumentam mais em relação à inflação oficial.

Um exemplo prático pode ser entendido a partir da comparação entre um aposentado que ganhava R$ 600 em janeiro de 2003. Na época, o benefício era três vezes, ou 200%, maior que o valor do mínimo em vigência, que era de R$ 200. Aplicando-se os índices de reajuste para aposentadorias e para o mínimo durante os últimos seis anos, o mesmo aposentado estaria recebendo hoje R$ 938,47, comparado a um salário mínimo de R$ 465. A diferença entre os dois valores caiu para pouco mais de 100%.

Enquanto o índice acumulado de reajuste para a aposentadoria durante o governo Lula foi de 60%, para o salário mínimo está em 132%.

O diretor do Sindicato Nacional dos Aposentados, João Inocentini, reclama que os valores dos benefícios para aposentadorias não mantêm o poder de compra do grupo, principalmente dos aposentados que recebem menos que dez salários mínimos.

Nem mesmo o fato de o índice de reajuste das aposentadorias ter ficado acima da inflação acumulada no mesmo período (o IPCA entre janeiro de 2003 e janeiro de 2009 foi de 39,7%) serve de argumento, segundo os aposentados.

"Os idosos, principalmente, têm gastos além das contas gerais como gás, telefone e aluguel. Para eles o custo com remédios, e outros itens da área saúde costuma ser maior", afirmou Inocentini.

O presidente do sindicato afirmou que o grupo realiza um estudo com 100 itens de necessidade de um idoso para comparar o aumento dos produtos com o índice de reajuste do benefício recebido pelos aposentados.

"Daqui dois meses vamos abrir um processo na Justiça e levar essa pesquisa como prova. Segundo a lei, o governo é obrigado a manter o poder de compra com a aposentadoria", disse Inocentini.

Alternativas
O consultor financeiro Cláudio Boriola diz que os aposentados, especialmente nesse momento de crise econômica, devem evitar compras parceladas, pesquisar preços, negociar e fazer bom planejamento financeiro.

Segundo Boriola, alguns aposentados ganham um valor mensal muitas vezes insuficiente para o pagamento das contas e acabam pedindo crédito ou realizando pagamentos a prazo e são obrigados a pagar juros altos.

Na opinião do consultor, pagar uma previdência privada é uma alternativa indicada para quem ainda trabalha, considerando a característica de perda de poder de compra da aposentadoria.

"Na prática, infelizmente os valores encontram-se em um patamar que está deteriorando o poder de aquisição da população brasileira", completou Boriola.

De acordo com o diretor da Confederação Brasileira de Aposentados e Pensionistas (Cobap), Vicente Fernandes Barbosa, representantes dos aposentados tentarão um encontro com o presidente da Câmara, deputado Michel Temer (PMDB-SP), para discutir projetos que minimizem a perda dos aposentados

17:17
Anónimo disse...
Previdência
Previdência prorroga isenção de tarifas no benefício

O atual sistema de pagamento aos 26 milhões de aposentados e pensionistas do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) será mantido até o final deste ano. O acordo, que permite realizar a operação sem nenhum custo aos beneficiários, foi renovado nesta sexta-feira, entre o governo federal e 21 instituições financeiras.

Por meio desse acordo, vigente desde setembro de 2007, nem os segurados, nem os bancos e nem o governo arcam com o pagamento de tarifas, conforme explicou o ministro da Previdência Social, José Pimentel. A prorrogação vale até dezembro, data máxima para que a Previdência defina as regras para um novo contrato.

Ao assinar o termo de renovação, na sede da Federação Brasileira dos Bancos (Febraban), o ministro disse que a intenção do governo é mudar o atual modelo de gestão visando a reduzir os custos dessas operações em torno da folha mensal, que atinge R$ 15,8 bilhões. No entanto, qualquer alteração, conforme explicou, passará antes por audiências públicas a serem realizadas a partir do segundo semestre deste ano, atendendo a determinação do Tribunal de Contas da União (TCU).

De acordo com Pimentel, com um redesenho do mecanismo de repasse dos recursos aos bancos em torno da folha de pagamento dos segurados o que se busca é um aumento da participação de instituições financeiras. Ele informou que, desde 2007, cada benefício custa em média R$ 1,07 ao governo. "Quanto mais instituições financeiras estiverem prestando serviços à sociedade, maior é a competitividade, a agilidade no atendimento", justificou.

O ministro observou, ainda, que, para permitir uma redução para algo em torno de meia hora no tempo de atendimento para a concessão dos direitos previdenciários, o governo investiu R$ 280 milhões.

Questionado sobre o descontentamento dos segurados que ganham acima de um salário mínimo terem obtido apenas a correção com base na variação do Índice de Preços ao Consumidor (INPC) , ficando abaixo do reajuste dado a quem recebe apenas o mínimo, Pimentel argumentou que o governo seguiu o que determina a lei e descartou a possibilidade de uma revisão

17:17
Anónimo disse...
Empresas
Caterpillar oferece aposentadoria antecipada a 2 mil


A companhia americana Caterpillar ofereceu a cerca de dois mil funcionários incentivos para que se aposentem de forma voluntária antes do previsto, pela perspectiva de uma queda "significativa" da atividade industrial, informou nesta quarta-feira a empresa.

A iniciativa, destinada aos trabalhadores de diversas fábricas em Illinois, Colorado, Tennessee e Pensilvânia, se soma aos cortes de empregos anunciados em janeiro, explicou em comunicado de imprensa.

A empresa, a maior fabricante mundial de maquinaria pesada para a construção e a mineração, acrescentou que, "em função das condições de negócio, podem ser necessárias mais reduções de elenco voluntárias e involuntárias à medida que o ano avança".

O vice-presidente da companhia, Sid Banwart, explicou que a empresa prevê "demissões significativas em todas as regiões geográficas e na maioria dos setores devido às dificuldades da economia mundial".

17:18
Anónimo disse...
Comércio
Comércio exterior da OCDE caiu no 3º trimestre de 2008


As exportações e as importações dos países da Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Econômico (OCDE) caíram 1,6% e 0,2%, respectivamente, no terceiro trimestre de 2008, em relação aos três meses anteriores.

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Trata-se da primeira queda destas atividades desde o terceiro trimestre de 2006, segundo o último relatório trimestral sobre fluxos comerciais divulgado pela OCDE.

As exportações e as importações em dólares dos 30 Estados-membros caíram 15,6% e 17%, respectivamente, na comparação anualizada.

Por sua vez, o comércio dos sete países mais ricos do mundo (G7) teve um pequeno crescimento no terceiro trimestre de 2008 com uma queda das exportações de mercadorias de 0,2% em relação ao trimestre anterior e um aumento de 0,4% das importações.

Em termos anualizados, as importações do G7 caíram 1,4% entre julho e setembro do ano passado, seu primeiro retrocesso desde o terceiro trimestre de 2006, enquanto as exportações aumentaram 1,9%, seu crescimento mais baixo no mesmo tempo.

Por países, a Alemanha aumentou suas importações em 3,4% - valor mais alto do G7 -, enquanto suas exportações caíram 2,9% do segundo para o terceiro trimestre de 2008.

Pelo contrário, as exportações americanas aumentaram 1,8% entre julho e setembro de 2008, enquanto as importações caíram 0,7% em relação ao trimestre anterior. No Japão, tanto as importações quanto as exportações caíram em torno de 1% no mesmo período.

17:19
Anónimo disse...
Economia Nacional
Lula: juros de crédito consignado a aposentados são altos

Atualizada às 17h29

O presidente Luis Inácio Lula da Silva afirmou nesta terça-feira, em São Paulo, que está lutando para reduzir as taxas de juros cobradas de aposentados em crédito consignado. A Previdência Social estabelece uma taxa máxima de 2,5% para empréstimo e de 3,5% para cartão. Para Lula, os valores são altos.

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"Acho que o juro que os aposentados estão pagando hoje com o crédito consignado é alto para o padrão brasileiro", disse o presidente durante a cerimônia de comemoração dos 86 anos do INSS.

A Previdência anunciou nesta terça-feira que aposentados e trabalhadoras com licença-maternidade poderão receber seus benefícios em 30 minutos. De acordo com Lula, em junho, a aposentadoria do trabalhador rural também será conseguida em meia hora.

Além disso, o presidente anunciou que, também em junho, os trabalhadores que alcançarem o direito à aposentadoria passarão a receber em suas casas um comunicado da Previdência informando o fato e o valor do salário que têm direito a receber. "É um comprometimento público que estou fazendo com os companheiros da Previdência Social", disse.

"Estamos retribuindo ao contribuinte da Previdência Social aquilo que é a cidadania que ele tem direito", afirmou Lula. "Se para cobrar nós somos tão precisos, para devolver o dinheiro, temos que chegar próximo à perfeição", completou.

17:20
Anónimo disse...
Economia Nacional
Salário maternidade sairá em 30 minutos, diz ministro

Toda trabalhadora autônoma que tiver contribuído pelo menos 10 meses com o Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) - ou as que possuírem carteira assinada - poderão receber em 30 minutos o salário maternidade a partir desta terça-feira. Da mesma forma, as mulheres com 30 anos de contribuição e os homens com 35 anos também terão direito ao benefício de forma mais rápida. A informação é do ministro da Previdência Social, José Pimentel.

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Para requerer o salário maternidade, é preciso que as autônomas levem a carteira de identidade e o carnê de contribuição. As demais trabalhadoras devem apresentar a identificação e a carteira de trabalho. Desde o início do mês, a nova forma de análise para a concessão de benefícios foi adotada para a aposentadoria por idade do trabalhador urbano e agora foi estendida para o salário maternidade e por tempo de contribuição.

O ministro disse que a qualificação do serviço da previdência social é o reconhecimento do direito dos trabalhadores e da afirmação da cidadania.

"Até pouco tempo na cabeça do cidadão o serviço devia ser de péssima qualidade. Agora não, nós modificamos toda a legislação no mês de dezembro numa ação conjunta do Congresso Nacional com o governo federal. Estamos implantando e concedendo os benefícios em até 30 minutos", afirmou.

O ministro destacou que para conseguir se aposentar ou ter acesso à licença maternidade em 30 minutos, em primeiro lugar, é necessário que o cidadão esteja vinculado à Previdência, o que inclui 65% da população acima de 16 anos de idade.

"Depois bastar marcar pelo sistema 135 o dia e a hora do atendimento e levar a documentação. Se todos os dados necessários estiverem corretos o contribuinte será atendido em até 30 minutos, como vem sendo feito com as aposentadorias por idade desde o dia cinco de janeiro", explicou.

Pimentel disse ainda que em 90% das agências da previdência social o atendimento é marcado em até 48 horas. Nos grandes centros, entretanto existe um volume maior o que torna mais lento o processo.

"Estamos criando mais 715 agências até 2010, em todo o território nacional, para descentralizar o atendimento. Em 2008, atendemos 295 mil benefícios e aposentadorias por idade. Temos 4 mil pessoas por dia procurando e se aposentando por idade no território nacional. Este serviço será agilizado", concluiu.
17:26
Anónimo disse...
Giuseppe Englaro, pai de Eluana, a italiana que morreu na segunda-feira passada por desidratação, recusou uma grande soma de dinheiro de um conhecido fotógrafo italiano que queria retratar a filha em estado de coma, disse neste sábado o neurologista que atendia a mulher desde 1996, Carlo Defanti.

O neurologista, que participou hoje de uma conferência sobre eutanásia, disse que Englaro respeitou a vontade da filha, que, antes do acidente, tinha pedido que, se lhe ocorresse qualquer coisa irreversível, apresentasse sua imagem de quando estava em boas condições.

Antes de sofrer o acidente de trânsito, em 1992, Eluana viveu o coma de um amigo, Alessandro, o que causou forte impacto na italiana e a levou a fazer o pai prometer que não a deixasse viver em estado vegetativo, disse o próprio Giuseppe Englaro.

Defanti, que dissera que Eluana poderia viver de dez a 12 dias depois da suspensão da alimentação e da hidratação, disse que, como médico, tinha que reprovar esta afirmação.

"Não se pode sobreviver após três ou quatro dias sem líquido e, em particular, água em um corpo. Sabemos bem que, quando há um terremoto, após quatro dias é difícil encontrar sobreviventes".

Defanti ressaltou que Eluana "não falava, não se comunicava com o exterior" e que, após vários exames, "nos deparamos com uma moça que tinha perdido a consciência", porque estava com o córtex cerebral prejudicado.

Eluana foi enterrada na quinta-feira passada no túmulo da família na localidade de Paluzza, em Udine, após um funeral que não contou com a presença dos pais.

16:53
Anónimo disse...
Os bombeiros combatem neste sábado os incêndios na Austrália favorecidos pelo bom tempo, enquanto os deslocados encotram em seu retorno casas derruídas, carros queimados nas ruas e destruição.

Depois de sete dias desde que começaram os incêndios no Estado de Victoria, a lista de mortos chega a 181, os desaparecidos somam 50, os edifícios destruídos totalizam 1,834 mil e o terreno arrasado, principalmente florestas, ocupa uma área de 4,13 mil quilômetros quadrados.

As equipes de bombeiros, formadas por 4 mil profissionais de Victoria, de outras partes da Austrália e de países amigos, combateram hoje 12 focos fora de controle e nenhum representava uma ameaça direta para a população.

O subdiretor do Serviço de Bombeiros, Geoff Conway, disse que este tempo favorável, que se prolongará durante o domingo, permite consolidar as linhas de contenção e avançar na extinção das chamas.

Cinzas apareceram arrastadas por ventos do nordeste sobre Melbourne, onde habitam 3,8 milhões de pessoas, e as autoridades alertaram aos cidadãos do risco para a saúde de idosos, crianças e pessoas com problemas respiratórios.

O número de pessoas deslocadas - a Cruz Vermelha chegou a receber 7 mil - começou a cair com a abertura de algumas localidades atingidas.

Os incêndios, alguns criminosos, começaram em 7 de fevereiro, quando a região sul da Austrália estava há duas semanas sob uma onda de calor sem precedentes.

Na sexta-feira passada, a polícia acusou uma pessoa de ter provocado o incêndio que atingiu a localidade de Churchill e matou 21 pessoas.

16:55
Anónimo disse...
A primeira chuva em seis dias reduziu a ameaça de incêndios no Estado de Victoria, ao sul da Austrália. As autoridades, porém, advertiram que ainda existem 12 focos, mas que nenhum deles ameaça áreas povoadas.

Mais de quatro mil bombeiros, mil provenientes de outras partes do país e de outras nações, trabalham contra o fogo. Cerca de 600 veículos e 28 helicópteros e pequenos aviões estão sendo usados.


Eles conseguiram construir linhas de contenção para evitar os incêndios de Yarra e Maroondah se juntassem. Também foram controlados os incêndios abertos de Yea e Murrindindi, que ameaçavam as comunidades de Connellys Creek, Crystal Creek, Scrubby Creek e Native Dog Creek.

O número de mortos chegou a 181, mas as autoridades acreditam que as vítimas devem passar de 200, já que ainda há muitos desaparecidos.

16:55
Anónimo disse...
Aqui nesta coluna, na semana passada, tive a oportunidade de comentar sobre a recente visita do professor brasileiro Pedrinho Guareschi à Austrália. Não dei, porém, os fatos, pois semana passada o assunto era outro.

Hoje, porém, vamos a eles.

No último dia 4 de fevereiro, aconteceu o Seminário "Paulo Freire: Education and Liberation", organizado pelo centro de estudos latino-americanos da Universidade Nacional da Austrália, ou ANU, como é mais conhecida por aqui.

A ANU, para quem não sabe, está entre as 20 melhores universidades do mundo! E tem sede aqui em Camberra, capital da Austrália.

Na abertura do evento, o professor John Minns, diretor do centro latino-americano, ao dar boas-vindas ao público presente, lembrou ser aquele o primeiro seminário exclusivamente dedicado a Paulo Freire na Austrália.

Em seguida, convidou Pedrinho Guareschi, palestrante principal do Seminário, a fazer sua apresentação.

A plateia pode então conhecer, pelas palavras de Pedrinho, um pouco da obra e da vida de Freire, esse brasileiro de fé e valor, que sempre acreditou na educação, sobretudo dos menos favorecidos, analfabetos, como força libertadora.

Como não podia deixar de ser, os conceitos e ideias revolucionários de Paulo Freire, expostos com clareza por Pedrinho, despertaram o interesse e a curiosidade de plateia. A qual, deve-se notar, era na maioria de estudantes, mas de várias nacionalidades, sobretudo australianos e asiáticos.

Na continuação do programa do seminário, que se estendeu por dois dias, outros professores fizeram palestras sobre temas ligados à obra de Paulo Freire.

Interessante, por exemplo, saber que a professora Anne Hickling-Hudson, jamaicana que mora na Austrália há muitos anos (é professora da ANU), conheceu e trabalhou com Freire num workshop educacional durante a revolução na Ilha de Granada, em 1980, antes da invasão dos Estados Unidos...

Ou, então, a palestra da Professora Gerda Roelvink, da Nova Zelândia, que participou do Fórum Social de Porto Alegre em 2005. E essa participação transformou-se em tema de doutorado.

No dia 10, terça-feira passada, o padre Pedrinho Guareschi voltou a falar ao público australiano em grande auditório localizado no belíssimo campus da ANU. Desta vez, sobre a Teologia da Libertação.

Depois da palestra, John Minns mostrou o filme mexicano "O Crime do Padre Amaro", no qual um dos personagens é um padre católico praticante da Teologia da Libertação.

Mais uma vez, foi grande o intersse da platéia, que pode aprender e conhecer um pouco como se desenvolveu aquele importante movimento católico na América Latina.

Fica, assim, ao Pedrinho, bem como a outros brasileiros estudiosos e de bom coração que saem pelo mundo a divulgar aspectos importantes da cultura brasileira, o respeito e a homenagem desta coluna. E... aquele abraço!

16:57
Anónimo disse...
Amanda Kitts perdeu o braço esquerdo em um acidente de automóvel acontecido três anos atrás, mas hoje em dia ela joga futebol americano com seu filho de 12 anos de idade, troca fraldas e abraça as crianças nas três creches Kiddie Cottage que opera em Knoxville, Tennessee. Kitts, 40 anos, faz tudo isso com a ajuda de um novo tipo de braço artificial que se movimenta com mais facilidade do que outros aparelhos e que ela pode controlar utilizando apenas seus pensamentos.

"Eu sou capaz de mexer a mão, o pulso e o cotovelo ao mesmo tempo", diz. "Você pensa e os músculos se movem em seguida".

A recuperação que ela conseguiu resulta de um novo procedimento que vem atraindo crescente atenção porque permite que pessoas movam braços protéticos de forma mais automática do que faziam no passado, simplesmente utilizando nervos reaproveitados em seus cérebros.

A técnica, conhecida como "renervação muscular dirigida", envolve utilizar os nervos que restam depois da amputação de um braço e conectá-los a outro músculo do corpo, em geral no peito. Eletrodos são instalados sobre os músculos do peito, e operam como se fossem antenas. Quando a pessoa deseja mover o braço, o cérebro envia sinais que primeiro resultam em contração dos músculos do peito, os quais enviam um sinal ao braço protético, instruindo-se a se movimentar. O processo não requer mais esforços consciente do que a pessoa teria de exercitar caso ainda tivesse seu braço natural.

Na terça-feira, pesquisadores reportaram em estudo publicado pela versão online do Journal of the American Medical Association que haviam levado a técnica ainda mais à frente, tornando possível a execução de 10 movimentos de mão, pulso e cotovelo diferentes, o que representa uma substancial melhora com relação ao típico repertório protético, que em geral envolve apenas dobrar o cotovelo, girar o pulso e abrir a mão.

"Os novos métodos tiveram impacto dramático em nosso campo de trabalho", disse Stuart Harshbarger, engenheiro biomédico na Universidade Johns Hopkins e diretor do programa de pesquisa sobre próteses, financiado pelas forças armadas, que inclui o trabalho com essa técnica. "O método já está em uso por médicos e cirurgiões comuns em todo o país. A capacidade de controlar um membro protético bastante robusto que ele confere surpreendeu a todos pela qualidade".

Tipicamente, uma pessoa que tenha um braço protético só é capaz de executar alguns poucos movimentos, e muitas vezes com tamanha lentidão que isso só permite a ela atividades limitadas.

Há um motor separado para cada movimento, diz Gerald Loeb, professor de engenharia biomédica na Universidade do Sul da Califórnia, "e esses motores precisam ser controlados de maneira explícita", usualmente por um esforço consciente da pessoa para contrair músculos nas costas ou no bíceps.

"Essencialmente, até agora os pacientes controlavam apenas um motor de cada vez", diz Loeb, "e precisavam pensar cuidadosamente sobre que motor desejavam controlar e como fazê-lo operar, em lugar de simplesmente pensarem em mover o braço e poderem fazê-lo sem delongas".

Antes que Kitts passasse pelo procedimento de renervação, em outubro de 2007, por exemplo, ela precisava movimentar os músculos de suas costas de determinada maneira para fazer com que seu pulso girasse, e flexionar seu bíceps e tríceps para fazer com que o cotovelo se movesse para cima e para baixo. "Era muito trabalho", ela conta. "E não me ajudava muito".

O procedimento de renervação é parte de uma recente explosão de idéias novas e técnicas inovadoras que estão sendo exploradas enquanto os cientistas se esforçam por ajudar as pessoas a compensar melhor a perda de membros ou problemas de paralisia. O esforço vem sendo alimentado pelo aumento no número de amputações causado por diabetes e por ferimentos sofridos pelos militares, e ao mesmo tempo pelos avanços na tecnologia médica.

Os braços se tornaram um dos focos essenciais desse tipo de trabalho. A ciência há muito vem obtendo sucessos no desenvolvimento de próteses de perna, mas é muito mais difícil imitar a complexidade e a destreza das mãos e dos braços.

Os esforços em curso incluem o desenvolvimento de projetos de pele e braços mais sensíveis e mais flexíveis, e o uso de dispositivos acionados por controles sem fio implantado nos braços protéticos, que permitiriam movimentos mais naturais.

Os pesquisadores também vêm usando sensores implantados nos cérebros de cobaias para permitir que dois macacos controlem um braço mecânico, e um teste com um homem paralítico permitiu, com esse método, que ele movimentasse um cursor em uma tela de computador.

Alguns desses métodos, caso venham a ser aperfeiçoados plenamente e consigam aprovação das autoridades regulatórias da saúde, podem no futuro se tornar mais viáveis para os pacientes de amputações.

E embora a técnica da renervação não requeira aprovação das autoridades regulatórias porque é executada por meios cirúrgicos e emprega aparelhos já existentes, ela apresenta limitações que até mesmo seus criadores reconhecem, entre as quais o fato de que não se pode utilizá-la para todos os pacientes, o seu alto custo e o prazo de meses requerido para que os nervos reconectados cresçam e se tornem efetivos.

Ainda assim, os especialistas dizem que é o mais avançado sistema em uso hoje para pacientes reais que permite que o sistema nervoso controle diretamente o movimento de um braço artificial.

Desde sua introdução por Todd Kuiken, médico fisioterapeuta e engenheiro biomédico do Instituto de Reabilitação de Chicago, o método foi empregado em cerca de 30 pacientes nos Estados Unidos, Canadá e Europa, entre os quais oito soldados feridos no Iraque e no Afeganistão.

Muitos dos pacientes, entre os quais o primeiro, Jesse Sullivan, um operário do setor elétrico no Tennessee que perdeu os dois braços quando foi eletrocutado por um cabo, conseguem não apenas manipular seus braços protéticos mas sentir a presença das mãos que já não têm quando alguém toca em seus peitos.

Sullivan, 62 anos, e Kitts, estavam entre os cinco pacientes que participaram do estudo reportado na terça-feira. Em companhia de cinco outras pessoas que não passaram por amputações, eles receberam os eletrodos e foram instruídos a usar pensamentos para fazer com que um braço virtual na tela reproduzisse 10 movimentos diferentes, entre os quais três formas diferentes de aperto de mão.

Os pacientes apresentaram desempenho bastante respeitável, apenas um pouco mais lento e menos preciso do que os dos participantes que não tinham amputações.

"As velocidades de movimento que encontramos em nossos pacientes foram realmente encorajadoras", disse Kuiken. "Eles conseguiram completar a tarefa. É claro que não foram tão competentes quanto as pessoas dotadas de plena capacidade física, mas foram bons o bastante".

Um braço virtual foi usado porque a maioria das próteses existentes não era capaz de acomodar todos aqueles movimentos, no momento da pesquisa, ainda que Sullivan, Kitts e uma terceira paciente, Claudia Mitchell, tenham experimentado dois novos protótipos mais versáteis de braços artificiais, executando tarefas complexas com bolas de tênis e outros objetos.

O trabalho de renervação em soldados apresenta outros desafios, diz Kuiken, porque os ferimentos militares muitas vezes "causam danos muitos extensos" a nervos, músculos ou ossos.

Daniel Acosta, 25 anos, um aviador ferido pela detonação de uma bomba em uma estrada do Iraque em 2005, passou pelo procedimento no ano passado e diz que seu braço esquerdo protético agora se movimenta "muito mais rápido" e de maneira muito mais natural.

"A diferença é que agora não preciso mais pensar para mover o braço", ele diz. "Ele simplesmente se mexe".

Ainda assim, Acosta, de San Antonio, diz que "o processo foi bastante longo" e que os eletrodos precisam ser ajustados para receber os sinais à medida que os nervos crescem ou mudam de posição.

E embora elogiem o método, os especialistas afirmam que a ciência das próteses de braço ainda tem muito por avançar.

"Trata-se de uma parte crucial, mas ainda assim apenas uma parte, das muitas coisas que compreendem a função normal de um braço", disse Loeb, que escreveu um editorial que acompanha o artigo no Journal of the American Medical Association.

"No momento estamos a meio do caminho entre o braço de 'Dr. Fantástico', que fazia involuntariamente a saudação nazista, e o braço de Luke Skywalker em 'Guerra nas Estrelas', que funciona sem nenhum problema assim que é conectado. Creio que precisaremos ainda de muitos anos para conectar todas as peças necessárias a produzir um braço capaz de funcionar normalmente".

17:04
Anónimo disse...
A Espanha disse neste sábado que está preparando uma reclamação oficial contra a decisão da Venezuela de expulsar um membro do Parlamento Europeu que criticou o conselho eleitoral venezuelano.
Luis Herrero, membro do partido conservador espanhol PP, foi deportado na sexta-feira depois que o Conselho Nacional Eleitoral (CNE) o acusou de questionar a imparcialidade da instituição antes de um referendo que pode permitir ao presidente Hugo Chávez permanecer no cargo indefinidamente.

Herrero estava na Venezuela como observador do referendo. Ele acusou Chávez de ter "comportamentos típicos de um ditador" por pedir a contenção de manifestações da oposição.

O governo da Espanha convocou um encontro com o embaixador da Venezuela em Madri para expressar a desaprovação sobre a expulsão de Herrero, disse um representante do Ministério das Relações Exteriores espanhol.

As relações da Venezuela com a Espanha tiveram seu ponto crítico em 2007, quando Chávez ameaçou rever acordos diplomáticos e comerciais depois de ouvir um "cala a boca" do rei espanhol Juan Carlos durante uma cúpula.

A fenda foi oficialmente reparada em 2008, com uma visita oficial de Chávez à Espanha, onde ele cumprimentou o rei e discutiu acordos para investimento no setor petroquímico com o primeiro-ministro José Luis Rodriguez Zapatero.

17:06
Anónimo disse...
A polícia do Zimbábue anunciou neste sábado que acusa de traição Roy Bennett, dirigente do até agora opositor Movimento para a Mudança Democrática (MDC), detido na sexta-feira, em Harare, poucas horas antes da cerimônia de posse dos membros do novo gabinete.

"A Polícia nos informou que vão apresentar acusações de traição", disse à agência EFE o advogado de defesa de Bennett, Trust Maanda.

"Tentam relacionar Roy com o caso de Mike Hitschmann, que foi detido em 2006 em relação à descoberta de um carregamento de armas, apesar de que Hitschmann não tenha sido declarado culpado das acusações de traição apresentadas contra ele, mas de um crime menor de descumprimento de leis", disse Maanda.

O político opositor, designado por seu partido como vice-ministro de Agricultura no Governo de união nacional, esteve no exílio na vizinha África do Sul desde 2006 e retornou ao Zimbábue há duas semanas.

Segundo a Polícia, que deteve Bennett ontem no aeroporto de Harare quando pretendia ir à África do Sul para visitar sua família, as armas apreendidas em 2006 seriam utilizadas em um golpe de Estado para derrubar o presidente do Zimbábue, Robert Mugabe.

Depois da detenção, Bennet foi levado a Mutar, onde vários simpatizantes do MDC se concentraram em frente à delegacia na qual estava detido, diante do que a Polícia respondeu com tiros para o alto para dispersar os manifestantes.

17:07
Anónimo disse...
Austrália: 14 mil se candidatam a 'emprego dos sonhos'

A secretaria de Turismo de Queensland, na Austrália, informou que até esta segunda-feira já recebeu cerca de 14 mil inscrições para o "o melhor emprego do mundo". O Estado australiano promove pela internet seleção para vaga de "zelador" da ilha Hamilton, por seis meses com um salário de R$ 40 mil.

Muitos candidatos tiveram problemas durante a inscrição por conta dos acessos simultâneos ao site. A secretaria aconselha enviar os vídeos de 60s explicando porque deve ser escolhido em horários alternativos do dia, além de recomendar tamanho em torno de 40MB.

As inscrições começaram em 12 de janeiro e vão até o próximo dia 22 e podem ser feitas pelo site www.islandreefjob.com. O governo australiano escolherá 50 candidatos para a próxima fase da seleção, que terá votos do público para eleger um dos 11 finalistas.

A última fase terá entrevistas e desafios físicos, no próprio local de trabalho: as ilhas da Grande Barreira Coralina - o maior recife de coral do mundo. A secretaria de Turismo anunciará o vencedor no dia 6 de maio.

17:09
Anónimo disse...
Mercado elogia governo na crise, mas pede maior queda no juro

Peter Fussy
Direto de São Paulo

Desde as primeiras medidas anunciadas para combater os efeitos da crise, o governo brasileiro avisou que a estratégia não contemplaria um pacote. Seriam doses pontuais, de acordo com a necessidade da economia diante do agravamento das turbulências. Da primeira liberação dos depósitos compulsórios em setembro até a ampliação do seguro-desemprego na última quarta-feira, o governo passou por redução de impostos, ampliação de crédito e incentivos à exportação. Quase 150 dias após a primeira medida, o Terra conversou com líderes do setor público e privado, representantes dos trabalhadores, acadêmicos e com o próprio governo para saber quais destas ações foram mais eficazes, quais foram mais ineficientes e o que mais pode ser feito pelo Estado brasileiro contra a crise.

Os maiores elogios foram direcionados à atitude de reduzir o Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) para a indústria automobilística, anunciada em dezembro e que fez com que os emplacamentos de carros novos subissem 1,9% no primeiro mês do ano em relação a dezembro de 2008. Já as maiores críticas foram para a lentidão no corte da taxa básica de juro do País.

Para o presidente do conselho administrativo do Grupo Pão de Açúcar, Abílio Diniz, o Estado não é responsável pela crise e mesmo assim está agindo "com extrema serenidade e muito acerto". "O governo está atento, fazendo a sua parte. É preciso coragem de baixar firmemente a taxa de juros. É uma arma que temos a nosso favor, já que não há clima para inflação, nem possibilidade de danos para a macroeconomia", afirmou Diniz.

Na última reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), em janeiro, a taxa Selic foi reduzida em um ponto percentual, de 13,75% para 12,75% ao ano. Porém, o professor de economia da Universidade de Brasília (UnB) José Luiz Oreiro lembra que este corte representa uma redução de apenas 0,25 ponto percentual com relação à taxa de setembro do ano passado, quando a crise se agravou.

"Pouco antes da eclosão da crise, o Banco Central aumentou a taxa em 0,75 ponto. Foram cinco meses de demora para reduzir em termos líquidos apenas 0,25 ponto", afirmou o economista, que também sugeriu redução do intervalo de cerca de 90 dias entre as reuniões do Copom e o corte de pelo menos um 1 ponto percentual em cada reunião.

Mesmo com o corte de janeiro, a taxa de juros real continua sendo a maior do mundo, lembrou o secretário-geral da Força Sindical, João Carlos Gonçalves, o Juruna. "A redução da taxa de juro ainda é pequena, porque ela continua uma das mais altas do mundo. Falta ousadia para baixar os juros e ajudar o cidadão. A permanência da taxa de juro alta é negativa para o País em meio a crise", afirmou Juruna.

Embora aprove as ações do governo, o senador Aloízio Mercadante (PT-SP) também acredita que o patamar da Selic está muito alto. "Sempre fomos os primeiros a entrar em qualquer crise, o que não aconteceu agora. A taxa Selic ainda é muito alta, mas o governo têm tomado medidas acertadas, como o aumento do salário mínimo, mesmo com um cenário de crise. Isso ajuda a movimentar o consumo. O governo está se esforçando para manter os investimentos e o crescimento", disse.

Tributos
De acordo com o economista Fabio Pina, da Fecomercio-SP, as ações mais positivas estão relacionadas à redução de tributos para alguns segmentos, como a indústria automobilística, que recuperou parte da queda nas vendas em janeiro com a isenção do IPI para carros 1.0 l e o corte para demais motorizações. A medida vale até o final de março.

"Essas medidas não só reduziram o preço, mas anteciparam o consumo daqueles que iriam comprar no futuro, dando um prêmio por conta da insegurança. Mexe diretamente com o principal problema que é a confiança do consumidor", afirmou. Juruna destacou que um bom ritmo de vendas é garantia de emprego. "É importante porque cada emprego na montadora significa 19 na cadeia produtiva", comentou o representante da Força Sindical.

Também em dezembro, o governo decidiu cortar pela metade a alíquota do Imposto de Renda para contribuintes que ganham entre R$ 1.434 e R$ 2.150 mensais. "O salário aumentava e a tabela não se modificava. As pessoas ganhavam mais e pagavam mais impostos", apontou Juruna. Outra redução de tributos do governo foi com relação ao Imposto sobre Operações Financeiras (IOF), que caiu de 3% ao ano para 1,5%.

Crédito
Na segunda metade de 2008, o colapso de bancos nos Estados Unidos por conta da crise do subprime provocou uma forte restrição de crédito no mundo inteiro. Uma das primeiras medidas anticrise do governo teve como objetivo restabelecer a oferta, com mudanças no recolhimento dos depósitos compulsórios por parte dos bancos. Segundo o presidente do Banco Central, Henrique Meirelles, as diversas modificações liberaram US$ 99,2 bilhões aos bancos até o final de janeiro.

Além disso, o governo concedeu R$ 36 bilhões das reservas internacionais para empresas brasileiras com dívidas no exterior e uma medida provisória autorizou o Banco do Brasil e a Caixa Econômica Federal a comprar carteiras de crédito de bancos privados. Para o diretor do Departamento de Pesquisas e Estudos Econômicos da Fiesp, Paulo Francini, estas medidas foram essenciais para combater os efeitos da crise.

"A crise se desenvolve no mundo em torno do tema crédito. E o crédito reduziu-se barbaridade no mundo. Então o governo lança mão de compulsório, lança mão de reservas, de medidas que permitem aos bancos comprar carteiras de bancos. Você vai tomando várias medidas para atender às demandas e o epicentro disso é crédito", afirmou.

No entanto, Oreiro, da UnB, adverte que a liberação dos compulsórios seria mais eficiente acompanhada de redução mais agressiva da taxa básica de juro. "Uma parte do crédito voltou, depois da forte retração em outubro e novembro. O que deveria ter sido feito junto à liberação do compulsório era uma redução mais drástica da taxa de juro. Sem isso, os bancos pegam as reservas e acabam comprando títulos públicos", explicou o economista.

Na opinião de Pina, as ações de distribuição de crédito via redução do compulsório e a disposição de capital de giro para empresas foram tomadas sem um cuidado maior na operação e não tiveram muito efeito. "O BNDES tem linhas que ficam paradas quase todo o ano, agora é pior ainda. Existem os recursos, mas as empresas e os bancos estão desconfiados. É preciso fazer com que os bancos tenham interesse em emprestar", afirmou o economista da Fecomercio-SP.

Futuro
Mesmo com todas essas medidas, a crise financeira ainda gera incertezas nos setores produtivos do País. Nos últimos meses, o medo do desemprego fez os consumidores adiarem compras. Por sua vez, a queda nas vendas pode obrigar as indústrias a cortarem a produção e demitir funcionários. Contra isso, empresários sugerem redução de jornada e de salários.

"Isto está previsto em lei. A Fiesp simplesmente manteve conversações com entidades sindicais quanto à aplicação daquilo que já está previsto em lei", afirmou Francini.

Segundo a ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff, uma das medidas que assegura um nível de emprego é a manutenção de investimentos no Programa de Aceleração do Crescimento (PAC). "Estamos esperando que a dificuldade ocorra em janeiro, fevereiro e março. Estamos certos que vamos manter o nível de investimento. É isso que funciona, é isso que significa investimento público. Ele funciona como um colchão. Por isso, nós colocamos R$ 100 bilhões no BNDES e a Petrobras ampliou o seu investimento em R$ 120 bilhões", afirmou.

Na mesma linha, Pina explica que a antecipação de gastos do governo substitui parte da demanda retraída do setor privado. "Ele dá o seguinte recado: não vou estourar as contas públicas, mas concentrar em um momento em que a demanda privada está pequena. Mas o governo não tem fôlego suficiente para fazer o papel de toda demanda", ressaltou. O economista da Fecomercio lembrou que a entidade já pleiteou junto ao governo isenções para transferência de imóveis e de automóveis, além de retirar o IPVA para veículos novos.

Já Oreiro foca suas propostas na capitalização do Banco do Brasil e da Caixa Econômica Federal pelo Tesouro para atender a demanda de crédito para capital de giro e reduzir o spread. "Aumentando o empréstimo e reduzindo as taxas, os dois vão forçar os bancos privados a acompanhar o movimento, até para não perderem participação no mercado", explicou o economista da UnB.

Até o Carnaval, o governou prometeu detalhar um pacote de incentivos para a construção de até um milhão de casas populares, direcionado a famílias com renda de até dez salários mínimos. "Estamos atentos a tudo o que está acontecendo e novas medidas serão tomadas caso haja uma avaliação de que sejam necessárias", disse o ministro da Fazenda, Guido Mantega, na última sexta-feira.

17:11
Anónimo disse...
Ex-ministro critica extensão do seguro-desemprego

Atualizada às 09h03

O ex-ministro do Trabalho Almir Pazzianotto criticou a decisão do governo federal de conceder o seguro-desemprego estendido a apenas alguns setores. "É certamente odioso e provavelmente inconstitucional", disse Pazzianotto, de acordo com o jornal O Estado de S. Paulo.

Na última qurta, dia do anúncio da medida, centrais sindicais elogiaram a atitude do governo. A Força Sindical divulgou nota dizendo que "o aumento ajudará a aquecer parte da economia, já que irá gerar mais consumo, produção e conseqüentemente, a criação de novos postos de trabalho". A União Geral dos Trabalhadores (UGT) afirmou que a medida "contribuirá para minimizar o drama dos trabalhadores que perderem seu emprego por conta da crise".

O ex-ministro, que instituiu o seguro-desemprego no País no governo de José Sarney, destacou a necessidade de as centrais sindicais se manifestarem contra a determinação. Para ele, as mudanças devem ser aplicadas a todas as categorias profissionais e a distinção é contrária ao artigo 3º da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT).

Pazzianotto atribui a medida a um possível temor do governo de que a crise econômica seja longa e não haja dinheiro para atender a todas as necessidades. Ainda assim, ele se mostra contrário ao método de concessão. "O seguro-desemprego ajuda a sanar necessidades básicas. Estendê-lo é paliativo, não a solução", disse ao jornal.

De acordo com o presidente do Conselho Deliberativo do Fundo de Amparo ao Trabalhador (Codefat) e conselheiro da Força Sindical, Luiz Fernando Emediato, a determinação já estava prevista na lei 8.900/94, que trata do seguro-desemprego.

O presidente da Comissão de Trabalho da Câmara, Pedro Fernandes (PTB-MA) vai além na crítica à concessão do seguro para apenas alguns setores. Ele acredita que a ampliação do benefício estimula o desemprego.

Quintino Severo, secretário geral da Central Única dos Trabalhadores (CUT), lembra que a ampliação do benefício sem critério e identificação pode incentivar demissões em outros setores.

17:13
Anónimo disse...
Empresas
TAM faz promoção para destinos internacionais

A companhia aérea TAM anunciou nesta sexta-feira tarifas promocionais para trechos internacionais. Os preços valem para bilhetes comprados entre 6h deste sábado e 23h59 deste domingo e são válidos para classe econômica. As tarifas, para ida e volta, serão vendidas a partir de US$ 99, mais taxas.

Segundo a aérea, a promoção vale para viagens feitas no período de 14 de fevereiro a 18 de junho de 2009. Para destinos na América do Sul, a permanência mínima é de dois dias; para bilhetes com destino nos Estados Unidos, cinco dias; e Europa, sete dias. A permanência máxima para as passagens para América do Sul e EUA é de dois meses e para Europa, três meses.

Entre os exemplos de tarifas promocionais, a TAM oferece São Paulo-Lima por US$ 99. Bilhetes para a rota São Paulo-Santiago serão vendidos a partir de US$ 199 e São Paulo-Nova York, US$ 799.

A emissão dos bilhetes deve ser feita obrigatoriamente no ato da reserva, obedecendo às regras estipuladas pela companhia. A compra está sujeita à disponibilidade de assentos nas classes tarifárias determinadas, trechos, horários e datas. A TAM afirmou que também há tarifas promocionais para a classe executiva.

Mais informações podem ser encontradas no site promocional (www.ofertastam.com.br), no site da empresa (www.tam.com.br) ou pelos telefones 4002-5700 ou 0800 5705700.

17:13
Anónimo disse...
Empresas
Consultoria negocia compra do parque temático Hopi Hari

A consultoria especializada em reestruturação de empresas Íntegra Associados informou nesta sexta-feira ter um acordo para comprar o parque de diversões Hopi Hari, localizado no interior de São Paulo. A empresa estaria disposta a investir R$ 10 milhões no parque, que tem dívida estimada em R$ 800 milhões. As informações são da edição deste sábado do jornal Folha de S. Paulo.

De acordo com o jornal, a transação ainda depende da negociação entre o Hopi Hari e seus credores, o que já estaria em andamento.

A consultoria paulista já atuou junto à Parmalat, durante 30 meses, quando reorganizou a gestão da empresa italiana.

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17:14
Anónimo disse...
Empresas
Disney de Tóquio contratará mais 2 mil apesar da crise


A Oriental Land, o operador da Disneylândia Tóquio e DisneySea, organizou neste domingo entrevistas para contratar cerca de 2 mil trabalhadores em tempo parcial, em um momento de grandes demissões deste tipo de empregados no Japão.

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O operador deste parque temático, situado em Urayasu, na província de Chiba (leste de Tóquio), está em pleno processo de seleção de empregados para 20 tipos de postos trabalhistas diferentes.

Segundo a companhia, citada pela agência local de notícias Kyodo, o parque contratará novos trabalhadores para as atrações, para os restaurantes e guardas de segurança entre outros. Os novos contratados começarão a trabalhar a partir de fevereiro.

O processo de seleção acontece em um momento em que a maioria das grandes companhias japonesas começaram a se ver obrigadas a despedir uma elevada percentagem de seus trabalhadores temporários e a tempo parcial.

Algumas inclusive anunciaram demissões de seus trabalhadores fixos, uma medida muito pouco comum nas companhias japonesas, perante os efeitos piores que o esperado pela crise econômica global.

Cerca de uma centena de pessoas esperavam desde a primeira hora desta manhã a abertura do centro de conferências Tokyo International Forum, onde as entrevistas estão sendo feitas, para ser os primeiros a solicitar os postos de trabalho.


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17:15
Anónimo disse...
Economia Internacional
Senado dos EUA aprova plano de estímulo à economia

O Senado dos Estados Unidos aprovou com 60 votos a favor e 38 contra o plano de estímulo à economia de US$ 787 bilhões na madrugada deste sábado. Agora, ele segue para sanção ou veto do presidente Barack Obama, que espera colocar a lei em prática até o dia 16 de fevereiro.

O plano prevê a criação de três milhões de empregos, inclui cortes de impostos às famílias, fundos para programas sociais e obras públicas, além de ajuda aos governos estaduais, estudantes e desempregados.

A cláusula Buy American - que exige o uso de ferro, aço e produtos manufaturados dos Estados Unidos em obras realizadas com recursos do pacote - ficou de lado. Segundo o texto definitivo, a cláusula será aplicada sem violar as normas do comércio internacional.

Ontem à tarde, a Câmara de Representantes (deputados) havia aprovado, por 246 votos a favor e 183 contra, a versão final do plano. Todos os republicanos foram contrários ao pacote.

Pelo acordo de quarta-feira entre Câmara e Senado, em vez de custar US$ 819 bilhões, como queriam os deputados, ou US$ 838 bilhões como pretendiam os senadores, o pacote ficou em cerca de US$ 787 bilhões, com 65% desse total destinado a gastos do governo federal e 35%, a créditos tributários.

17:16
Anónimo disse...
Economia nacional
Na era Lula, aposentadoria sobe 54% menos que salário mínimo

Thatiane Faria
Especial para o Terra
Direto de São Paulo

Os índices de reajustes concedidos pelo governo em 2009 para aposentados e pensionistas e para o salário mínimo repetiram uma diferença que, só durante o governo de Luiz Inácio Lula da Silva, já chega a 54%. Enquanto o mínimo foi majorado em 12% este ano, as pensões e aposentadorias tiveram aumento de 5,92%. Aposentados que têm o benefício do governo como única fonte de renda reclamam que perdem poder de compra e que sua cesta de compras é composta por itens que aumentam mais em relação à inflação oficial.

Um exemplo prático pode ser entendido a partir da comparação entre um aposentado que ganhava R$ 600 em janeiro de 2003. Na época, o benefício era três vezes, ou 200%, maior que o valor do mínimo em vigência, que era de R$ 200. Aplicando-se os índices de reajuste para aposentadorias e para o mínimo durante os últimos seis anos, o mesmo aposentado estaria recebendo hoje R$ 938,47, comparado a um salário mínimo de R$ 465. A diferença entre os dois valores caiu para pouco mais de 100%.

Enquanto o índice acumulado de reajuste para a aposentadoria durante o governo Lula foi de 60%, para o salário mínimo está em 132%.

O diretor do Sindicato Nacional dos Aposentados, João Inocentini, reclama que os valores dos benefícios para aposentadorias não mantêm o poder de compra do grupo, principalmente dos aposentados que recebem menos que dez salários mínimos.

Nem mesmo o fato de o índice de reajuste das aposentadorias ter ficado acima da inflação acumulada no mesmo período (o IPCA entre janeiro de 2003 e janeiro de 2009 foi de 39,7%) serve de argumento, segundo os aposentados.

"Os idosos, principalmente, têm gastos além das contas gerais como gás, telefone e aluguel. Para eles o custo com remédios, e outros itens da área saúde costuma ser maior", afirmou Inocentini.

O presidente do sindicato afirmou que o grupo realiza um estudo com 100 itens de necessidade de um idoso para comparar o aumento dos produtos com o índice de reajuste do benefício recebido pelos aposentados.

"Daqui dois meses vamos abrir um processo na Justiça e levar essa pesquisa como prova. Segundo a lei, o governo é obrigado a manter o poder de compra com a aposentadoria", disse Inocentini.

Alternativas
O consultor financeiro Cláudio Boriola diz que os aposentados, especialmente nesse momento de crise econômica, devem evitar compras parceladas, pesquisar preços, negociar e fazer bom planejamento financeiro.

Segundo Boriola, alguns aposentados ganham um valor mensal muitas vezes insuficiente para o pagamento das contas e acabam pedindo crédito ou realizando pagamentos a prazo e são obrigados a pagar juros altos.

Na opinião do consultor, pagar uma previdência privada é uma alternativa indicada para quem ainda trabalha, considerando a característica de perda de poder de compra da aposentadoria.

"Na prática, infelizmente os valores encontram-se em um patamar que está deteriorando o poder de aquisição da população brasileira", completou Boriola.

De acordo com o diretor da Confederação Brasileira de Aposentados e Pensionistas (Cobap), Vicente Fernandes Barbosa, representantes dos aposentados tentarão um encontro com o presidente da Câmara, deputado Michel Temer (PMDB-SP), para discutir projetos que minimizem a perda dos aposentados

17:17
Anónimo disse...
Previdência
Previdência prorroga isenção de tarifas no benefício

O atual sistema de pagamento aos 26 milhões de aposentados e pensionistas do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) será mantido até o final deste ano. O acordo, que permite realizar a operação sem nenhum custo aos beneficiários, foi renovado nesta sexta-feira, entre o governo federal e 21 instituições financeiras.

Por meio desse acordo, vigente desde setembro de 2007, nem os segurados, nem os bancos e nem o governo arcam com o pagamento de tarifas, conforme explicou o ministro da Previdência Social, José Pimentel. A prorrogação vale até dezembro, data máxima para que a Previdência defina as regras para um novo contrato.

Ao assinar o termo de renovação, na sede da Federação Brasileira dos Bancos (Febraban), o ministro disse que a intenção do governo é mudar o atual modelo de gestão visando a reduzir os custos dessas operações em torno da folha mensal, que atinge R$ 15,8 bilhões. No entanto, qualquer alteração, conforme explicou, passará antes por audiências públicas a serem realizadas a partir do segundo semestre deste ano, atendendo a determinação do Tribunal de Contas da União (TCU).

De acordo com Pimentel, com um redesenho do mecanismo de repasse dos recursos aos bancos em torno da folha de pagamento dos segurados o que se busca é um aumento da participação de instituições financeiras. Ele informou que, desde 2007, cada benefício custa em média R$ 1,07 ao governo. "Quanto mais instituições financeiras estiverem prestando serviços à sociedade, maior é a competitividade, a agilidade no atendimento", justificou.

O ministro observou, ainda, que, para permitir uma redução para algo em torno de meia hora no tempo de atendimento para a concessão dos direitos previdenciários, o governo investiu R$ 280 milhões.

Questionado sobre o descontentamento dos segurados que ganham acima de um salário mínimo terem obtido apenas a correção com base na variação do Índice de Preços ao Consumidor (INPC) , ficando abaixo do reajuste dado a quem recebe apenas o mínimo, Pimentel argumentou que o governo seguiu o que determina a lei e descartou a possibilidade de uma revisão

17:17
Anónimo disse...
Empresas
Caterpillar oferece aposentadoria antecipada a 2 mil


A companhia americana Caterpillar ofereceu a cerca de dois mil funcionários incentivos para que se aposentem de forma voluntária antes do previsto, pela perspectiva de uma queda "significativa" da atividade industrial, informou nesta quarta-feira a empresa.

A iniciativa, destinada aos trabalhadores de diversas fábricas em Illinois, Colorado, Tennessee e Pensilvânia, se soma aos cortes de empregos anunciados em janeiro, explicou em comunicado de imprensa.

A empresa, a maior fabricante mundial de maquinaria pesada para a construção e a mineração, acrescentou que, "em função das condições de negócio, podem ser necessárias mais reduções de elenco voluntárias e involuntárias à medida que o ano avança".

O vice-presidente da companhia, Sid Banwart, explicou que a empresa prevê "demissões significativas em todas as regiões geográficas e na maioria dos setores devido às dificuldades da economia mundial".

17:18
Anónimo disse...
Comércio
Comércio exterior da OCDE caiu no 3º trimestre de 2008


As exportações e as importações dos países da Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Econômico (OCDE) caíram 1,6% e 0,2%, respectivamente, no terceiro trimestre de 2008, em relação aos três meses anteriores.

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Trata-se da primeira queda destas atividades desde o terceiro trimestre de 2006, segundo o último relatório trimestral sobre fluxos comerciais divulgado pela OCDE.

As exportações e as importações em dólares dos 30 Estados-membros caíram 15,6% e 17%, respectivamente, na comparação anualizada.

Por sua vez, o comércio dos sete países mais ricos do mundo (G7) teve um pequeno crescimento no terceiro trimestre de 2008 com uma queda das exportações de mercadorias de 0,2% em relação ao trimestre anterior e um aumento de 0,4% das importações.

Em termos anualizados, as importações do G7 caíram 1,4% entre julho e setembro do ano passado, seu primeiro retrocesso desde o terceiro trimestre de 2006, enquanto as exportações aumentaram 1,9%, seu crescimento mais baixo no mesmo tempo.

Por países, a Alemanha aumentou suas importações em 3,4% - valor mais alto do G7 -, enquanto suas exportações caíram 2,9% do segundo para o terceiro trimestre de 2008.

Pelo contrário, as exportações americanas aumentaram 1,8% entre julho e setembro de 2008, enquanto as importações caíram 0,7% em relação ao trimestre anterior. No Japão, tanto as importações quanto as exportações caíram em torno de 1% no mesmo período.

17:19
Anónimo disse...
Economia Nacional
Lula: juros de crédito consignado a aposentados são altos

Atualizada às 17h29

O presidente Luis Inácio Lula da Silva afirmou nesta terça-feira, em São Paulo, que está lutando para reduzir as taxas de juros cobradas de aposentados em crédito consignado. A Previdência Social estabelece uma taxa máxima de 2,5% para empréstimo e de 3,5% para cartão. Para Lula, os valores são altos.

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"Acho que o juro que os aposentados estão pagando hoje com o crédito consignado é alto para o padrão brasileiro", disse o presidente durante a cerimônia de comemoração dos 86 anos do INSS.

A Previdência anunciou nesta terça-feira que aposentados e trabalhadoras com licença-maternidade poderão receber seus benefícios em 30 minutos. De acordo com Lula, em junho, a aposentadoria do trabalhador rural também será conseguida em meia hora.

Além disso, o presidente anunciou que, também em junho, os trabalhadores que alcançarem o direito à aposentadoria passarão a receber em suas casas um comunicado da Previdência informando o fato e o valor do salário que têm direito a receber. "É um comprometimento público que estou fazendo com os companheiros da Previdência Social", disse.

"Estamos retribuindo ao contribuinte da Previdência Social aquilo que é a cidadania que ele tem direito", afirmou Lula. "Se para cobrar nós somos tão precisos, para devolver o dinheiro, temos que chegar próximo à perfeição", completou.

17:20
Anónimo disse...
Economia Nacional
Salário maternidade sairá em 30 minutos, diz ministro

Toda trabalhadora autônoma que tiver contribuído pelo menos 10 meses com o Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) - ou as que possuírem carteira assinada - poderão receber em 30 minutos o salário maternidade a partir desta terça-feira. Da mesma forma, as mulheres com 30 anos de contribuição e os homens com 35 anos também terão direito ao benefício de forma mais rápida. A informação é do ministro da Previdência Social, José Pimentel.

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Para requerer o salário maternidade, é preciso que as autônomas levem a carteira de identidade e o carnê de contribuição. As demais trabalhadoras devem apresentar a identificação e a carteira de trabalho. Desde o início do mês, a nova forma de análise para a concessão de benefícios foi adotada para a aposentadoria por idade do trabalhador urbano e agora foi estendida para o salário maternidade e por tempo de contribuição.

O ministro disse que a qualificação do serviço da previdência social é o reconhecimento do direito dos trabalhadores e da afirmação da cidadania.

"Até pouco tempo na cabeça do cidadão o serviço devia ser de péssima qualidade. Agora não, nós modificamos toda a legislação no mês de dezembro numa ação conjunta do Congresso Nacional com o governo federal. Estamos implantando e concedendo os benefícios em até 30 minutos", afirmou.

O ministro destacou que para conseguir se aposentar ou ter acesso à licença maternidade em 30 minutos, em primeiro lugar, é necessário que o cidadão esteja vinculado à Previdência, o que inclui 65% da população acima de 16 anos de idade.

"Depois bastar marcar pelo sistema 135 o dia e a hora do atendimento e levar a documentação. Se todos os dados necessários estiverem corretos o contribuinte será atendido em até 30 minutos, como vem sendo feito com as aposentadorias por idade desde o dia cinco de janeiro", explicou.

Pimentel disse ainda que em 90% das agências da previdência social o atendimento é marcado em até 48 horas. Nos grandes centros, entretanto existe um volume maior o que torna mais lento o processo.

"Estamos criando mais 715 agências até 2010, em todo o território nacional, para descentralizar o atendimento. Em 2008, atendemos 295 mil benefícios e aposentadorias por idade. Temos 4 mil pessoas por dia procurando e se aposentando por idade no território nacional. Este serviço será agilizado", concluiu.
17:26
Anónimo disse...
Giuseppe Englaro, pai de Eluana, a italiana que morreu na segunda-feira passada por desidratação, recusou uma grande soma de dinheiro de um conhecido fotógrafo italiano que queria retratar a filha em estado de coma, disse neste sábado o neurologista que atendia a mulher desde 1996, Carlo Defanti.

O neurologista, que participou hoje de uma conferência sobre eutanásia, disse que Englaro respeitou a vontade da filha, que, antes do acidente, tinha pedido que, se lhe ocorresse qualquer coisa irreversível, apresentasse sua imagem de quando estava em boas condições.

Antes de sofrer o acidente de trânsito, em 1992, Eluana viveu o coma de um amigo, Alessandro, o que causou forte impacto na italiana e a levou a fazer o pai prometer que não a deixasse viver em estado vegetativo, disse o próprio Giuseppe Englaro.

Defanti, que dissera que Eluana poderia viver de dez a 12 dias depois da suspensão da alimentação e da hidratação, disse que, como médico, tinha que reprovar esta afirmação.

"Não se pode sobreviver após três ou quatro dias sem líquido e, em particular, água em um corpo. Sabemos bem que, quando há um terremoto, após quatro dias é difícil encontrar sobreviventes".

Defanti ressaltou que Eluana "não falava, não se comunicava com o exterior" e que, após vários exames, "nos deparamos com uma moça que tinha perdido a consciência", porque estava com o córtex cerebral prejudicado.

Eluana foi enterrada na quinta-feira passada no túmulo da família na localidade de Paluzza, em Udine, após um funeral que não contou com a presença dos pais.

16:53
Anónimo disse...
Os bombeiros combatem neste sábado os incêndios na Austrália favorecidos pelo bom tempo, enquanto os deslocados encotram em seu retorno casas derruídas, carros queimados nas ruas e destruição.

Depois de sete dias desde que começaram os incêndios no Estado de Victoria, a lista de mortos chega a 181, os desaparecidos somam 50, os edifícios destruídos totalizam 1,834 mil e o terreno arrasado, principalmente florestas, ocupa uma área de 4,13 mil quilômetros quadrados.

As equipes de bombeiros, formadas por 4 mil profissionais de Victoria, de outras partes da Austrália e de países amigos, combateram hoje 12 focos fora de controle e nenhum representava uma ameaça direta para a população.

O subdiretor do Serviço de Bombeiros, Geoff Conway, disse que este tempo favorável, que se prolongará durante o domingo, permite consolidar as linhas de contenção e avançar na extinção das chamas.

Cinzas apareceram arrastadas por ventos do nordeste sobre Melbourne, onde habitam 3,8 milhões de pessoas, e as autoridades alertaram aos cidadãos do risco para a saúde de idosos, crianças e pessoas com problemas respiratórios.

O número de pessoas deslocadas - a Cruz Vermelha chegou a receber 7 mil - começou a cair com a abertura de algumas localidades atingidas.

Os incêndios, alguns criminosos, começaram em 7 de fevereiro, quando a região sul da Austrália estava há duas semanas sob uma onda de calor sem precedentes.

Na sexta-feira passada, a polícia acusou uma pessoa de ter provocado o incêndio que atingiu a localidade de Churchill e matou 21 pessoas.

16:55
Anónimo disse...
A primeira chuva em seis dias reduziu a ameaça de incêndios no Estado de Victoria, ao sul da Austrália. As autoridades, porém, advertiram que ainda existem 12 focos, mas que nenhum deles ameaça áreas povoadas.

Mais de quatro mil bombeiros, mil provenientes de outras partes do país e de outras nações, trabalham contra o fogo. Cerca de 600 veículos e 28 helicópteros e pequenos aviões estão sendo usados.


Eles conseguiram construir linhas de contenção para evitar os incêndios de Yarra e Maroondah se juntassem. Também foram controlados os incêndios abertos de Yea e Murrindindi, que ameaçavam as comunidades de Connellys Creek, Crystal Creek, Scrubby Creek e Native Dog Creek.

O número de mortos chegou a 181, mas as autoridades acreditam que as vítimas devem passar de 200, já que ainda há muitos desaparecidos.

16:55
Anónimo disse...
Aqui nesta coluna, na semana passada, tive a oportunidade de comentar sobre a recente visita do professor brasileiro Pedrinho Guareschi à Austrália. Não dei, porém, os fatos, pois semana passada o assunto era outro.

Hoje, porém, vamos a eles.

No último dia 4 de fevereiro, aconteceu o Seminário "Paulo Freire: Education and Liberation", organizado pelo centro de estudos latino-americanos da Universidade Nacional da Austrália, ou ANU, como é mais conhecida por aqui.

A ANU, para quem não sabe, está entre as 20 melhores universidades do mundo! E tem sede aqui em Camberra, capital da Austrália.

Na abertura do evento, o professor John Minns, diretor do centro latino-americano, ao dar boas-vindas ao público presente, lembrou ser aquele o primeiro seminário exclusivamente dedicado a Paulo Freire na Austrália.

Em seguida, convidou Pedrinho Guareschi, palestrante principal do Seminário, a fazer sua apresentação.

A plateia pode então conhecer, pelas palavras de Pedrinho, um pouco da obra e da vida de Freire, esse brasileiro de fé e valor, que sempre acreditou na educação, sobretudo dos menos favorecidos, analfabetos, como força libertadora.

Como não podia deixar de ser, os conceitos e ideias revolucionários de Paulo Freire, expostos com clareza por Pedrinho, despertaram o interesse e a curiosidade de plateia. A qual, deve-se notar, era na maioria de estudantes, mas de várias nacionalidades, sobretudo australianos e asiáticos.

Na continuação do programa do seminário, que se estendeu por dois dias, outros professores fizeram palestras sobre temas ligados à obra de Paulo Freire.

Interessante, por exemplo, saber que a professora Anne Hickling-Hudson, jamaicana que mora na Austrália há muitos anos (é professora da ANU), conheceu e trabalhou com Freire num workshop educacional durante a revolução na Ilha de Granada, em 1980, antes da invasão dos Estados Unidos...

Ou, então, a palestra da Professora Gerda Roelvink, da Nova Zelândia, que participou do Fórum Social de Porto Alegre em 2005. E essa participação transformou-se em tema de doutorado.

No dia 10, terça-feira passada, o padre Pedrinho Guareschi voltou a falar ao público australiano em grande auditório localizado no belíssimo campus da ANU. Desta vez, sobre a Teologia da Libertação.

Depois da palestra, John Minns mostrou o filme mexicano "O Crime do Padre Amaro", no qual um dos personagens é um padre católico praticante da Teologia da Libertação.

Mais uma vez, foi grande o intersse da platéia, que pode aprender e conhecer um pouco como se desenvolveu aquele importante movimento católico na América Latina.

Fica, assim, ao Pedrinho, bem como a outros brasileiros estudiosos e de bom coração que saem pelo mundo a divulgar aspectos importantes da cultura brasileira, o respeito e a homenagem desta coluna. E... aquele abraço!

16:57
Anónimo disse...
Amanda Kitts perdeu o braço esquerdo em um acidente de automóvel acontecido três anos atrás, mas hoje em dia ela joga futebol americano com seu filho de 12 anos de idade, troca fraldas e abraça as crianças nas três creches Kiddie Cottage que opera em Knoxville, Tennessee. Kitts, 40 anos, faz tudo isso com a ajuda de um novo tipo de braço artificial que se movimenta com mais facilidade do que outros aparelhos e que ela pode controlar utilizando apenas seus pensamentos.

"Eu sou capaz de mexer a mão, o pulso e o cotovelo ao mesmo tempo", diz. "Você pensa e os músculos se movem em seguida".

A recuperação que ela conseguiu resulta de um novo procedimento que vem atraindo crescente atenção porque permite que pessoas movam braços protéticos de forma mais automática do que faziam no passado, simplesmente utilizando nervos reaproveitados em seus cérebros.

A técnica, conhecida como "renervação muscular dirigida", envolve utilizar os nervos que restam depois da amputação de um braço e conectá-los a outro músculo do corpo, em geral no peito. Eletrodos são instalados sobre os músculos do peito, e operam como se fossem antenas. Quando a pessoa deseja mover o braço, o cérebro envia sinais que primeiro resultam em contração dos músculos do peito, os quais enviam um sinal ao braço protético, instruindo-se a se movimentar. O processo não requer mais esforços consciente do que a pessoa teria de exercitar caso ainda tivesse seu braço natural.

Na terça-feira, pesquisadores reportaram em estudo publicado pela versão online do Journal of the American Medical Association que haviam levado a técnica ainda mais à frente, tornando possível a execução de 10 movimentos de mão, pulso e cotovelo diferentes, o que representa uma substancial melhora com relação ao típico repertório protético, que em geral envolve apenas dobrar o cotovelo, girar o pulso e abrir a mão.

"Os novos métodos tiveram impacto dramático em nosso campo de trabalho", disse Stuart Harshbarger, engenheiro biomédico na Universidade Johns Hopkins e diretor do programa de pesquisa sobre próteses, financiado pelas forças armadas, que inclui o trabalho com essa técnica. "O método já está em uso por médicos e cirurgiões comuns em todo o país. A capacidade de controlar um membro protético bastante robusto que ele confere surpreendeu a todos pela qualidade".

Tipicamente, uma pessoa que tenha um braço protético só é capaz de executar alguns poucos movimentos, e muitas vezes com tamanha lentidão que isso só permite a ela atividades limitadas.

Há um motor separado para cada movimento, diz Gerald Loeb, professor de engenharia biomédica na Universidade do Sul da Califórnia, "e esses motores precisam ser controlados de maneira explícita", usualmente por um esforço consciente da pessoa para contrair músculos nas costas ou no bíceps.

"Essencialmente, até agora os pacientes controlavam apenas um motor de cada vez", diz Loeb, "e precisavam pensar cuidadosamente sobre que motor desejavam controlar e como fazê-lo operar, em lugar de simplesmente pensarem em mover o braço e poderem fazê-lo sem delongas".

Antes que Kitts passasse pelo procedimento de renervação, em outubro de 2007, por exemplo, ela precisava movimentar os músculos de suas costas de determinada maneira para fazer com que seu pulso girasse, e flexionar seu bíceps e tríceps para fazer com que o cotovelo se movesse para cima e para baixo. "Era muito trabalho", ela conta. "E não me ajudava muito".

O procedimento de renervação é parte de uma recente explosão de idéias novas e técnicas inovadoras que estão sendo exploradas enquanto os cientistas se esforçam por ajudar as pessoas a compensar melhor a perda de membros ou problemas de paralisia. O esforço vem sendo alimentado pelo aumento no número de amputações causado por diabetes e por ferimentos sofridos pelos militares, e ao mesmo tempo pelos avanços na tecnologia médica.

Os braços se tornaram um dos focos essenciais desse tipo de trabalho. A ciência há muito vem obtendo sucessos no desenvolvimento de próteses de perna, mas é muito mais difícil imitar a complexidade e a destreza das mãos e dos braços.

Os esforços em curso incluem o desenvolvimento de projetos de pele e braços mais sensíveis e mais flexíveis, e o uso de dispositivos acionados por controles sem fio implantado nos braços protéticos, que permitiriam movimentos mais naturais.

Os pesquisadores também vêm usando sensores implantados nos cérebros de cobaias para permitir que dois macacos controlem um braço mecânico, e um teste com um homem paralítico permitiu, com esse método, que ele movimentasse um cursor em uma tela de computador.

Alguns desses métodos, caso venham a ser aperfeiçoados plenamente e consigam aprovação das autoridades regulatórias da saúde, podem no futuro se tornar mais viáveis para os pacientes de amputações.

E embora a técnica da renervação não requeira aprovação das autoridades regulatórias porque é executada por meios cirúrgicos e emprega aparelhos já existentes, ela apresenta limitações que até mesmo seus criadores reconhecem, entre as quais o fato de que não se pode utilizá-la para todos os pacientes, o seu alto custo e o prazo de meses requerido para que os nervos reconectados cresçam e se tornem efetivos.

Ainda assim, os especialistas dizem que é o mais avançado sistema em uso hoje para pacientes reais que permite que o sistema nervoso controle diretamente o movimento de um braço artificial.

Desde sua introdução por Todd Kuiken, médico fisioterapeuta e engenheiro biomédico do Instituto de Reabilitação de Chicago, o método foi empregado em cerca de 30 pacientes nos Estados Unidos, Canadá e Europa, entre os quais oito soldados feridos no Iraque e no Afeganistão.

Muitos dos pacientes, entre os quais o primeiro, Jesse Sullivan, um operário do setor elétrico no Tennessee que perdeu os dois braços quando foi eletrocutado por um cabo, conseguem não apenas manipular seus braços protéticos mas sentir a presença das mãos que já não têm quando alguém toca em seus peitos.

Sullivan, 62 anos, e Kitts, estavam entre os cinco pacientes que participaram do estudo reportado na terça-feira. Em companhia de cinco outras pessoas que não passaram por amputações, eles receberam os eletrodos e foram instruídos a usar pensamentos para fazer com que um braço virtual na tela reproduzisse 10 movimentos diferentes, entre os quais três formas diferentes de aperto de mão.

Os pacientes apresentaram desempenho bastante respeitável, apenas um pouco mais lento e menos preciso do que os dos participantes que não tinham amputações.

"As velocidades de movimento que encontramos em nossos pacientes foram realmente encorajadoras", disse Kuiken. "Eles conseguiram completar a tarefa. É claro que não foram tão competentes quanto as pessoas dotadas de plena capacidade física, mas foram bons o bastante".

Um braço virtual foi usado porque a maioria das próteses existentes não era capaz de acomodar todos aqueles movimentos, no momento da pesquisa, ainda que Sullivan, Kitts e uma terceira paciente, Claudia Mitchell, tenham experimentado dois novos protótipos mais versáteis de braços artificiais, executando tarefas complexas com bolas de tênis e outros objetos.

O trabalho de renervação em soldados apresenta outros desafios, diz Kuiken, porque os ferimentos militares muitas vezes "causam danos muitos extensos" a nervos, músculos ou ossos.

Daniel Acosta, 25 anos, um aviador ferido pela detonação de uma bomba em uma estrada do Iraque em 2005, passou pelo procedimento no ano passado e diz que seu braço esquerdo protético agora se movimenta "muito mais rápido" e de maneira muito mais natural.

"A diferença é que agora não preciso mais pensar para mover o braço", ele diz. "Ele simplesmente se mexe".

Ainda assim, Acosta, de San Antonio, diz que "o processo foi bastante longo" e que os eletrodos precisam ser ajustados para receber os sinais à medida que os nervos crescem ou mudam de posição.

E embora elogiem o método, os especialistas afirmam que a ciência das próteses de braço ainda tem muito por avançar.

"Trata-se de uma parte crucial, mas ainda assim apenas uma parte, das muitas coisas que compreendem a função normal de um braço", disse Loeb, que escreveu um editorial que acompanha o artigo no Journal of the American Medical Association.

"No momento estamos a meio do caminho entre o braço de 'Dr. Fantástico', que fazia involuntariamente a saudação nazista, e o braço de Luke Skywalker em 'Guerra nas Estrelas', que funciona sem nenhum problema assim que é conectado. Creio que precisaremos ainda de muitos anos para conectar todas as peças necessárias a produzir um braço capaz de funcionar normalmente".

17:04
Anónimo disse...
A Espanha disse neste sábado que está preparando uma reclamação oficial contra a decisão da Venezuela de expulsar um membro do Parlamento Europeu que criticou o conselho eleitoral venezuelano.
Luis Herrero, membro do partido conservador espanhol PP, foi deportado na sexta-feira depois que o Conselho Nacional Eleitoral (CNE) o acusou de questionar a imparcialidade da instituição antes de um referendo que pode permitir ao presidente Hugo Chávez permanecer no cargo indefinidamente.

Herrero estava na Venezuela como observador do referendo. Ele acusou Chávez de ter "comportamentos típicos de um ditador" por pedir a contenção de manifestações da oposição.

O governo da Espanha convocou um encontro com o embaixador da Venezuela em Madri para expressar a desaprovação sobre a expulsão de Herrero, disse um representante do Ministério das Relações Exteriores espanhol.

As relações da Venezuela com a Espanha tiveram seu ponto crítico em 2007, quando Chávez ameaçou rever acordos diplomáticos e comerciais depois de ouvir um "cala a boca" do rei espanhol Juan Carlos durante uma cúpula.

A fenda foi oficialmente reparada em 2008, com uma visita oficial de Chávez à Espanha, onde ele cumprimentou o rei e discutiu acordos para investimento no setor petroquímico com o primeiro-ministro José Luis Rodriguez Zapatero.

17:06
Anónimo disse...
A polícia do Zimbábue anunciou neste sábado que acusa de traição Roy Bennett, dirigente do até agora opositor Movimento para a Mudança Democrática (MDC), detido na sexta-feira, em Harare, poucas horas antes da cerimônia de posse dos membros do novo gabinete.

"A Polícia nos informou que vão apresentar acusações de traição", disse à agência EFE o advogado de defesa de Bennett, Trust Maanda.

"Tentam relacionar Roy com o caso de Mike Hitschmann, que foi detido em 2006 em relação à descoberta de um carregamento de armas, apesar de que Hitschmann não tenha sido declarado culpado das acusações de traição apresentadas contra ele, mas de um crime menor de descumprimento de leis", disse Maanda.

O político opositor, designado por seu partido como vice-ministro de Agricultura no Governo de união nacional, esteve no exílio na vizinha África do Sul desde 2006 e retornou ao Zimbábue há duas semanas.

Segundo a Polícia, que deteve Bennett ontem no aeroporto de Harare quando pretendia ir à África do Sul para visitar sua família, as armas apreendidas em 2006 seriam utilizadas em um golpe de Estado para derrubar o presidente do Zimbábue, Robert Mugabe.

Depois da detenção, Bennet foi levado a Mutar, onde vários simpatizantes do MDC se concentraram em frente à delegacia na qual estava detido, diante do que a Polícia respondeu com tiros para o alto para dispersar os manifestantes.

17:07
Anónimo disse...
Austrália: 14 mil se candidatam a 'emprego dos sonhos'

A secretaria de Turismo de Queensland, na Austrália, informou que até esta segunda-feira já recebeu cerca de 14 mil inscrições para o "o melhor emprego do mundo". O Estado australiano promove pela internet seleção para vaga de "zelador" da ilha Hamilton, por seis meses com um salário de R$ 40 mil.

Muitos candidatos tiveram problemas durante a inscrição por conta dos acessos simultâneos ao site. A secretaria aconselha enviar os vídeos de 60s explicando porque deve ser escolhido em horários alternativos do dia, além de recomendar tamanho em torno de 40MB.

As inscrições começaram em 12 de janeiro e vão até o próximo dia 22 e podem ser feitas pelo site www.islandreefjob.com. O governo australiano escolherá 50 candidatos para a próxima fase da seleção, que terá votos do público para eleger um dos 11 finalistas.

A última fase terá entrevistas e desafios físicos, no próprio local de trabalho: as ilhas da Grande Barreira Coralina - o maior recife de coral do mundo. A secretaria de Turismo anunciará o vencedor no dia 6 de maio.

17:09
Anónimo disse...
Mercado elogia governo na crise, mas pede maior queda no juro

Peter Fussy
Direto de São Paulo

Desde as primeiras medidas anunciadas para combater os efeitos da crise, o governo brasileiro avisou que a estratégia não contemplaria um pacote. Seriam doses pontuais, de acordo com a necessidade da economia diante do agravamento das turbulências. Da primeira liberação dos depósitos compulsórios em setembro até a ampliação do seguro-desemprego na última quarta-feira, o governo passou por redução de impostos, ampliação de crédito e incentivos à exportação. Quase 150 dias após a primeira medida, o Terra conversou com líderes do setor público e privado, representantes dos trabalhadores, acadêmicos e com o próprio governo para saber quais destas ações foram mais eficazes, quais foram mais ineficientes e o que mais pode ser feito pelo Estado brasileiro contra a crise.

Os maiores elogios foram direcionados à atitude de reduzir o Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) para a indústria automobilística, anunciada em dezembro e que fez com que os emplacamentos de carros novos subissem 1,9% no primeiro mês do ano em relação a dezembro de 2008. Já as maiores críticas foram para a lentidão no corte da taxa básica de juro do País.

Para o presidente do conselho administrativo do Grupo Pão de Açúcar, Abílio Diniz, o Estado não é responsável pela crise e mesmo assim está agindo "com extrema serenidade e muito acerto". "O governo está atento, fazendo a sua parte. É preciso coragem de baixar firmemente a taxa de juros. É uma arma que temos a nosso favor, já que não há clima para inflação, nem possibilidade de danos para a macroeconomia", afirmou Diniz.

Na última reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), em janeiro, a taxa Selic foi reduzida em um ponto percentual, de 13,75% para 12,75% ao ano. Porém, o professor de economia da Universidade de Brasília (UnB) José Luiz Oreiro lembra que este corte representa uma redução de apenas 0,25 ponto percentual com relação à taxa de setembro do ano passado, quando a crise se agravou.

"Pouco antes da eclosão da crise, o Banco Central aumentou a taxa em 0,75 ponto. Foram cinco meses de demora para reduzir em termos líquidos apenas 0,25 ponto", afirmou o economista, que também sugeriu redução do intervalo de cerca de 90 dias entre as reuniões do Copom e o corte de pelo menos um 1 ponto percentual em cada reunião.

Mesmo com o corte de janeiro, a taxa de juros real continua sendo a maior do mundo, lembrou o secretário-geral da Força Sindical, João Carlos Gonçalves, o Juruna. "A redução da taxa de juro ainda é pequena, porque ela continua uma das mais altas do mundo. Falta ousadia para baixar os juros e ajudar o cidadão. A permanência da taxa de juro alta é negativa para o País em meio a crise", afirmou Juruna.

Embora aprove as ações do governo, o senador Aloízio Mercadante (PT-SP) também acredita que o patamar da Selic está muito alto. "Sempre fomos os primeiros a entrar em qualquer crise, o que não aconteceu agora. A taxa Selic ainda é muito alta, mas o governo têm tomado medidas acertadas, como o aumento do salário mínimo, mesmo com um cenário de crise. Isso ajuda a movimentar o consumo. O governo está se esforçando para manter os investimentos e o crescimento", disse.

Tributos
De acordo com o economista Fabio Pina, da Fecomercio-SP, as ações mais positivas estão relacionadas à redução de tributos para alguns segmentos, como a indústria automobilística, que recuperou parte da queda nas vendas em janeiro com a isenção do IPI para carros 1.0 l e o corte para demais motorizações. A medida vale até o final de março.

"Essas medidas não só reduziram o preço, mas anteciparam o consumo daqueles que iriam comprar no futuro, dando um prêmio por conta da insegurança. Mexe diretamente com o principal problema que é a confiança do consumidor", afirmou. Juruna destacou que um bom ritmo de vendas é garantia de emprego. "É importante porque cada emprego na montadora significa 19 na cadeia produtiva", comentou o representante da Força Sindical.

Também em dezembro, o governo decidiu cortar pela metade a alíquota do Imposto de Renda para contribuintes que ganham entre R$ 1.434 e R$ 2.150 mensais. "O salário aumentava e a tabela não se modificava. As pessoas ganhavam mais e pagavam mais impostos", apontou Juruna. Outra redução de tributos do governo foi com relação ao Imposto sobre Operações Financeiras (IOF), que caiu de 3% ao ano para 1,5%.

Crédito
Na segunda metade de 2008, o colapso de bancos nos Estados Unidos por conta da crise do subprime provocou uma forte restrição de crédito no mundo inteiro. Uma das primeiras medidas anticrise do governo teve como objetivo restabelecer a oferta, com mudanças no recolhimento dos depósitos compulsórios por parte dos bancos. Segundo o presidente do Banco Central, Henrique Meirelles, as diversas modificações liberaram US$ 99,2 bilhões aos bancos até o final de janeiro.

Além disso, o governo concedeu R$ 36 bilhões das reservas internacionais para empresas brasileiras com dívidas no exterior e uma medida provisória autorizou o Banco do Brasil e a Caixa Econômica Federal a comprar carteiras de crédito de bancos privados. Para o diretor do Departamento de Pesquisas e Estudos Econômicos da Fiesp, Paulo Francini, estas medidas foram essenciais para combater os efeitos da crise.

"A crise se desenvolve no mundo em torno do tema crédito. E o crédito reduziu-se barbaridade no mundo. Então o governo lança mão de compulsório, lança mão de reservas, de medidas que permitem aos bancos comprar carteiras de bancos. Você vai tomando várias medidas para atender às demandas e o epicentro disso é crédito", afirmou.

No entanto, Oreiro, da UnB, adverte que a liberação dos compulsórios seria mais eficiente acompanhada de redução mais agressiva da taxa básica de juro. "Uma parte do crédito voltou, depois da forte retração em outubro e novembro. O que deveria ter sido feito junto à liberação do compulsório era uma redução mais drástica da taxa de juro. Sem isso, os bancos pegam as reservas e acabam comprando títulos públicos", explicou o economista.

Na opinião de Pina, as ações de distribuição de crédito via redução do compulsório e a disposição de capital de giro para empresas foram tomadas sem um cuidado maior na operação e não tiveram muito efeito. "O BNDES tem linhas que ficam paradas quase todo o ano, agora é pior ainda. Existem os recursos, mas as empresas e os bancos estão desconfiados. É preciso fazer com que os bancos tenham interesse em emprestar", afirmou o economista da Fecomercio-SP.

Futuro
Mesmo com todas essas medidas, a crise financeira ainda gera incertezas nos setores produtivos do País. Nos últimos meses, o medo do desemprego fez os consumidores adiarem compras. Por sua vez, a queda nas vendas pode obrigar as indústrias a cortarem a produção e demitir funcionários. Contra isso, empresários sugerem redução de jornada e de salários.

"Isto está previsto em lei. A Fiesp simplesmente manteve conversações com entidades sindicais quanto à aplicação daquilo que já está previsto em lei", afirmou Francini.

Segundo a ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff, uma das medidas que assegura um nível de emprego é a manutenção de investimentos no Programa de Aceleração do Crescimento (PAC). "Estamos esperando que a dificuldade ocorra em janeiro, fevereiro e março. Estamos certos que vamos manter o nível de investimento. É isso que funciona, é isso que significa investimento público. Ele funciona como um colchão. Por isso, nós colocamos R$ 100 bilhões no BNDES e a Petrobras ampliou o seu investimento em R$ 120 bilhões", afirmou.

Na mesma linha, Pina explica que a antecipação de gastos do governo substitui parte da demanda retraída do setor privado. "Ele dá o seguinte recado: não vou estourar as contas públicas, mas concentrar em um momento em que a demanda privada está pequena. Mas o governo não tem fôlego suficiente para fazer o papel de toda demanda", ressaltou. O economista da Fecomercio lembrou que a entidade já pleiteou junto ao governo isenções para transferência de imóveis e de automóveis, além de retirar o IPVA para veículos novos.

Já Oreiro foca suas propostas na capitalização do Banco do Brasil e da Caixa Econômica Federal pelo Tesouro para atender a demanda de crédito para capital de giro e reduzir o spread. "Aumentando o empréstimo e reduzindo as taxas, os dois vão forçar os bancos privados a acompanhar o movimento, até para não perderem participação no mercado", explicou o economista da UnB.

Até o Carnaval, o governou prometeu detalhar um pacote de incentivos para a construção de até um milhão de casas populares, direcionado a famílias com renda de até dez salários mínimos. "Estamos atentos a tudo o que está acontecendo e novas medidas serão tomadas caso haja uma avaliação de que sejam necessárias", disse o ministro da Fazenda, Guido Mantega, na última sexta-feira.

Anónimo disse...

17:11
Anónimo disse...
Ex-ministro critica extensão do seguro-desemprego

Atualizada às 09h03

O ex-ministro do Trabalho Almir Pazzianotto criticou a decisão do governo federal de conceder o seguro-desemprego estendido a apenas alguns setores. "É certamente odioso e provavelmente inconstitucional", disse Pazzianotto, de acordo com o jornal O Estado de S. Paulo.

Na última qurta, dia do anúncio da medida, centrais sindicais elogiaram a atitude do governo. A Força Sindical divulgou nota dizendo que "o aumento ajudará a aquecer parte da economia, já que irá gerar mais consumo, produção e conseqüentemente, a criação de novos postos de trabalho". A União Geral dos Trabalhadores (UGT) afirmou que a medida "contribuirá para minimizar o drama dos trabalhadores que perderem seu emprego por conta da crise".

O ex-ministro, que instituiu o seguro-desemprego no País no governo de José Sarney, destacou a necessidade de as centrais sindicais se manifestarem contra a determinação. Para ele, as mudanças devem ser aplicadas a todas as categorias profissionais e a distinção é contrária ao artigo 3º da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT).

Pazzianotto atribui a medida a um possível temor do governo de que a crise econômica seja longa e não haja dinheiro para atender a todas as necessidades. Ainda assim, ele se mostra contrário ao método de concessão. "O seguro-desemprego ajuda a sanar necessidades básicas. Estendê-lo é paliativo, não a solução", disse ao jornal.

De acordo com o presidente do Conselho Deliberativo do Fundo de Amparo ao Trabalhador (Codefat) e conselheiro da Força Sindical, Luiz Fernando Emediato, a determinação já estava prevista na lei 8.900/94, que trata do seguro-desemprego.

O presidente da Comissão de Trabalho da Câmara, Pedro Fernandes (PTB-MA) vai além na crítica à concessão do seguro para apenas alguns setores. Ele acredita que a ampliação do benefício estimula o desemprego.

Quintino Severo, secretário geral da Central Única dos Trabalhadores (CUT), lembra que a ampliação do benefício sem critério e identificação pode incentivar demissões em outros setores.

17:13
Anónimo disse...
Empresas
TAM faz promoção para destinos internacionais

A companhia aérea TAM anunciou nesta sexta-feira tarifas promocionais para trechos internacionais. Os preços valem para bilhetes comprados entre 6h deste sábado e 23h59 deste domingo e são válidos para classe econômica. As tarifas, para ida e volta, serão vendidas a partir de US$ 99, mais taxas.

Segundo a aérea, a promoção vale para viagens feitas no período de 14 de fevereiro a 18 de junho de 2009. Para destinos na América do Sul, a permanência mínima é de dois dias; para bilhetes com destino nos Estados Unidos, cinco dias; e Europa, sete dias. A permanência máxima para as passagens para América do Sul e EUA é de dois meses e para Europa, três meses.

Entre os exemplos de tarifas promocionais, a TAM oferece São Paulo-Lima por US$ 99. Bilhetes para a rota São Paulo-Santiago serão vendidos a partir de US$ 199 e São Paulo-Nova York, US$ 799.

A emissão dos bilhetes deve ser feita obrigatoriamente no ato da reserva, obedecendo às regras estipuladas pela companhia. A compra está sujeita à disponibilidade de assentos nas classes tarifárias determinadas, trechos, horários e datas. A TAM afirmou que também há tarifas promocionais para a classe executiva.

Mais informações podem ser encontradas no site promocional (www.ofertastam.com.br), no site da empresa (www.tam.com.br) ou pelos telefones 4002-5700 ou 0800 5705700.

17:13
Anónimo disse...
Empresas
Consultoria negocia compra do parque temático Hopi Hari

A consultoria especializada em reestruturação de empresas Íntegra Associados informou nesta sexta-feira ter um acordo para comprar o parque de diversões Hopi Hari, localizado no interior de São Paulo. A empresa estaria disposta a investir R$ 10 milhões no parque, que tem dívida estimada em R$ 800 milhões. As informações são da edição deste sábado do jornal Folha de S. Paulo.

De acordo com o jornal, a transação ainda depende da negociação entre o Hopi Hari e seus credores, o que já estaria em andamento.

A consultoria paulista já atuou junto à Parmalat, durante 30 meses, quando reorganizou a gestão da empresa italiana.

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17:14
Anónimo disse...
Empresas
Disney de Tóquio contratará mais 2 mil apesar da crise


A Oriental Land, o operador da Disneylândia Tóquio e DisneySea, organizou neste domingo entrevistas para contratar cerca de 2 mil trabalhadores em tempo parcial, em um momento de grandes demissões deste tipo de empregados no Japão.

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O operador deste parque temático, situado em Urayasu, na província de Chiba (leste de Tóquio), está em pleno processo de seleção de empregados para 20 tipos de postos trabalhistas diferentes.

Segundo a companhia, citada pela agência local de notícias Kyodo, o parque contratará novos trabalhadores para as atrações, para os restaurantes e guardas de segurança entre outros. Os novos contratados começarão a trabalhar a partir de fevereiro.

O processo de seleção acontece em um momento em que a maioria das grandes companhias japonesas começaram a se ver obrigadas a despedir uma elevada percentagem de seus trabalhadores temporários e a tempo parcial.

Algumas inclusive anunciaram demissões de seus trabalhadores fixos, uma medida muito pouco comum nas companhias japonesas, perante os efeitos piores que o esperado pela crise econômica global.

Cerca de uma centena de pessoas esperavam desde a primeira hora desta manhã a abertura do centro de conferências Tokyo International Forum, onde as entrevistas estão sendo feitas, para ser os primeiros a solicitar os postos de trabalho.


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17:15
Anónimo disse...
Economia Internacional
Senado dos EUA aprova plano de estímulo à economia

O Senado dos Estados Unidos aprovou com 60 votos a favor e 38 contra o plano de estímulo à economia de US$ 787 bilhões na madrugada deste sábado. Agora, ele segue para sanção ou veto do presidente Barack Obama, que espera colocar a lei em prática até o dia 16 de fevereiro.

O plano prevê a criação de três milhões de empregos, inclui cortes de impostos às famílias, fundos para programas sociais e obras públicas, além de ajuda aos governos estaduais, estudantes e desempregados.

A cláusula Buy American - que exige o uso de ferro, aço e produtos manufaturados dos Estados Unidos em obras realizadas com recursos do pacote - ficou de lado. Segundo o texto definitivo, a cláusula será aplicada sem violar as normas do comércio internacional.

Ontem à tarde, a Câmara de Representantes (deputados) havia aprovado, por 246 votos a favor e 183 contra, a versão final do plano. Todos os republicanos foram contrários ao pacote.

Pelo acordo de quarta-feira entre Câmara e Senado, em vez de custar US$ 819 bilhões, como queriam os deputados, ou US$ 838 bilhões como pretendiam os senadores, o pacote ficou em cerca de US$ 787 bilhões, com 65% desse total destinado a gastos do governo federal e 35%, a créditos tributários.

17:16
Anónimo disse...
Economia nacional
Na era Lula, aposentadoria sobe 54% menos que salário mínimo

Thatiane Faria
Especial para o Terra
Direto de São Paulo

Os índices de reajustes concedidos pelo governo em 2009 para aposentados e pensionistas e para o salário mínimo repetiram uma diferença que, só durante o governo de Luiz Inácio Lula da Silva, já chega a 54%. Enquanto o mínimo foi majorado em 12% este ano, as pensões e aposentadorias tiveram aumento de 5,92%. Aposentados que têm o benefício do governo como única fonte de renda reclamam que perdem poder de compra e que sua cesta de compras é composta por itens que aumentam mais em relação à inflação oficial.

Um exemplo prático pode ser entendido a partir da comparação entre um aposentado que ganhava R$ 600 em janeiro de 2003. Na época, o benefício era três vezes, ou 200%, maior que o valor do mínimo em vigência, que era de R$ 200. Aplicando-se os índices de reajuste para aposentadorias e para o mínimo durante os últimos seis anos, o mesmo aposentado estaria recebendo hoje R$ 938,47, comparado a um salário mínimo de R$ 465. A diferença entre os dois valores caiu para pouco mais de 100%.

Enquanto o índice acumulado de reajuste para a aposentadoria durante o governo Lula foi de 60%, para o salário mínimo está em 132%.

O diretor do Sindicato Nacional dos Aposentados, João Inocentini, reclama que os valores dos benefícios para aposentadorias não mantêm o poder de compra do grupo, principalmente dos aposentados que recebem menos que dez salários mínimos.

Nem mesmo o fato de o índice de reajuste das aposentadorias ter ficado acima da inflação acumulada no mesmo período (o IPCA entre janeiro de 2003 e janeiro de 2009 foi de 39,7%) serve de argumento, segundo os aposentados.

"Os idosos, principalmente, têm gastos além das contas gerais como gás, telefone e aluguel. Para eles o custo com remédios, e outros itens da área saúde costuma ser maior", afirmou Inocentini.

O presidente do sindicato afirmou que o grupo realiza um estudo com 100 itens de necessidade de um idoso para comparar o aumento dos produtos com o índice de reajuste do benefício recebido pelos aposentados.

"Daqui dois meses vamos abrir um processo na Justiça e levar essa pesquisa como prova. Segundo a lei, o governo é obrigado a manter o poder de compra com a aposentadoria", disse Inocentini.

Alternativas
O consultor financeiro Cláudio Boriola diz que os aposentados, especialmente nesse momento de crise econômica, devem evitar compras parceladas, pesquisar preços, negociar e fazer bom planejamento financeiro.

Segundo Boriola, alguns aposentados ganham um valor mensal muitas vezes insuficiente para o pagamento das contas e acabam pedindo crédito ou realizando pagamentos a prazo e são obrigados a pagar juros altos.

Na opinião do consultor, pagar uma previdência privada é uma alternativa indicada para quem ainda trabalha, considerando a característica de perda de poder de compra da aposentadoria.

"Na prática, infelizmente os valores encontram-se em um patamar que está deteriorando o poder de aquisição da população brasileira", completou Boriola.

De acordo com o diretor da Confederação Brasileira de Aposentados e Pensionistas (Cobap), Vicente Fernandes Barbosa, representantes dos aposentados tentarão um encontro com o presidente da Câmara, deputado Michel Temer (PMDB-SP), para discutir projetos que minimizem a perda dos aposentados

17:17
Anónimo disse...
Previdência
Previdência prorroga isenção de tarifas no benefício

O atual sistema de pagamento aos 26 milhões de aposentados e pensionistas do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) será mantido até o final deste ano. O acordo, que permite realizar a operação sem nenhum custo aos beneficiários, foi renovado nesta sexta-feira, entre o governo federal e 21 instituições financeiras.

Por meio desse acordo, vigente desde setembro de 2007, nem os segurados, nem os bancos e nem o governo arcam com o pagamento de tarifas, conforme explicou o ministro da Previdência Social, José Pimentel. A prorrogação vale até dezembro, data máxima para que a Previdência defina as regras para um novo contrato.

Ao assinar o termo de renovação, na sede da Federação Brasileira dos Bancos (Febraban), o ministro disse que a intenção do governo é mudar o atual modelo de gestão visando a reduzir os custos dessas operações em torno da folha mensal, que atinge R$ 15,8 bilhões. No entanto, qualquer alteração, conforme explicou, passará antes por audiências públicas a serem realizadas a partir do segundo semestre deste ano, atendendo a determinação do Tribunal de Contas da União (TCU).

De acordo com Pimentel, com um redesenho do mecanismo de repasse dos recursos aos bancos em torno da folha de pagamento dos segurados o que se busca é um aumento da participação de instituições financeiras. Ele informou que, desde 2007, cada benefício custa em média R$ 1,07 ao governo. "Quanto mais instituições financeiras estiverem prestando serviços à sociedade, maior é a competitividade, a agilidade no atendimento", justificou.

O ministro observou, ainda, que, para permitir uma redução para algo em torno de meia hora no tempo de atendimento para a concessão dos direitos previdenciários, o governo investiu R$ 280 milhões.

Questionado sobre o descontentamento dos segurados que ganham acima de um salário mínimo terem obtido apenas a correção com base na variação do Índice de Preços ao Consumidor (INPC) , ficando abaixo do reajuste dado a quem recebe apenas o mínimo, Pimentel argumentou que o governo seguiu o que determina a lei e descartou a possibilidade de uma revisão

17:17
Anónimo disse...
Empresas
Caterpillar oferece aposentadoria antecipada a 2 mil


A companhia americana Caterpillar ofereceu a cerca de dois mil funcionários incentivos para que se aposentem de forma voluntária antes do previsto, pela perspectiva de uma queda "significativa" da atividade industrial, informou nesta quarta-feira a empresa.

A iniciativa, destinada aos trabalhadores de diversas fábricas em Illinois, Colorado, Tennessee e Pensilvânia, se soma aos cortes de empregos anunciados em janeiro, explicou em comunicado de imprensa.

A empresa, a maior fabricante mundial de maquinaria pesada para a construção e a mineração, acrescentou que, "em função das condições de negócio, podem ser necessárias mais reduções de elenco voluntárias e involuntárias à medida que o ano avança".

O vice-presidente da companhia, Sid Banwart, explicou que a empresa prevê "demissões significativas em todas as regiões geográficas e na maioria dos setores devido às dificuldades da economia mundial".

17:18
Anónimo disse...
Comércio
Comércio exterior da OCDE caiu no 3º trimestre de 2008


As exportações e as importações dos países da Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Econômico (OCDE) caíram 1,6% e 0,2%, respectivamente, no terceiro trimestre de 2008, em relação aos três meses anteriores.

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Trata-se da primeira queda destas atividades desde o terceiro trimestre de 2006, segundo o último relatório trimestral sobre fluxos comerciais divulgado pela OCDE.

As exportações e as importações em dólares dos 30 Estados-membros caíram 15,6% e 17%, respectivamente, na comparação anualizada.

Por sua vez, o comércio dos sete países mais ricos do mundo (G7) teve um pequeno crescimento no terceiro trimestre de 2008 com uma queda das exportações de mercadorias de 0,2% em relação ao trimestre anterior e um aumento de 0,4% das importações.

Em termos anualizados, as importações do G7 caíram 1,4% entre julho e setembro do ano passado, seu primeiro retrocesso desde o terceiro trimestre de 2006, enquanto as exportações aumentaram 1,9%, seu crescimento mais baixo no mesmo tempo.

Por países, a Alemanha aumentou suas importações em 3,4% - valor mais alto do G7 -, enquanto suas exportações caíram 2,9% do segundo para o terceiro trimestre de 2008.

Pelo contrário, as exportações americanas aumentaram 1,8% entre julho e setembro de 2008, enquanto as importações caíram 0,7% em relação ao trimestre anterior. No Japão, tanto as importações quanto as exportações caíram em torno de 1% no mesmo período.

17:19
Anónimo disse...
Economia Nacional
Lula: juros de crédito consignado a aposentados são altos

Atualizada às 17h29

O presidente Luis Inácio Lula da Silva afirmou nesta terça-feira, em São Paulo, que está lutando para reduzir as taxas de juros cobradas de aposentados em crédito consignado. A Previdência Social estabelece uma taxa máxima de 2,5% para empréstimo e de 3,5% para cartão. Para Lula, os valores são altos.

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"Acho que o juro que os aposentados estão pagando hoje com o crédito consignado é alto para o padrão brasileiro", disse o presidente durante a cerimônia de comemoração dos 86 anos do INSS.

A Previdência anunciou nesta terça-feira que aposentados e trabalhadoras com licença-maternidade poderão receber seus benefícios em 30 minutos. De acordo com Lula, em junho, a aposentadoria do trabalhador rural também será conseguida em meia hora.

Além disso, o presidente anunciou que, também em junho, os trabalhadores que alcançarem o direito à aposentadoria passarão a receber em suas casas um comunicado da Previdência informando o fato e o valor do salário que têm direito a receber. "É um comprometimento público que estou fazendo com os companheiros da Previdência Social", disse.

"Estamos retribuindo ao contribuinte da Previdência Social aquilo que é a cidadania que ele tem direito", afirmou Lula. "Se para cobrar nós somos tão precisos, para devolver o dinheiro, temos que chegar próximo à perfeição", completou.

17:20
Anónimo disse...
Economia Nacional
Salário maternidade sairá em 30 minutos, diz ministro

Toda trabalhadora autônoma que tiver contribuído pelo menos 10 meses com o Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) - ou as que possuírem carteira assinada - poderão receber em 30 minutos o salário maternidade a partir desta terça-feira. Da mesma forma, as mulheres com 30 anos de contribuição e os homens com 35 anos também terão direito ao benefício de forma mais rápida. A informação é do ministro da Previdência Social, José Pimentel.

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Para requerer o salário maternidade, é preciso que as autônomas levem a carteira de identidade e o carnê de contribuição. As demais trabalhadoras devem apresentar a identificação e a carteira de trabalho. Desde o início do mês, a nova forma de análise para a concessão de benefícios foi adotada para a aposentadoria por idade do trabalhador urbano e agora foi estendida para o salário maternidade e por tempo de contribuição.

O ministro disse que a qualificação do serviço da previdência social é o reconhecimento do direito dos trabalhadores e da afirmação da cidadania.

"Até pouco tempo na cabeça do cidadão o serviço devia ser de péssima qualidade. Agora não, nós modificamos toda a legislação no mês de dezembro numa ação conjunta do Congresso Nacional com o governo federal. Estamos implantando e concedendo os benefícios em até 30 minutos", afirmou.

O ministro destacou que para conseguir se aposentar ou ter acesso à licença maternidade em 30 minutos, em primeiro lugar, é necessário que o cidadão esteja vinculado à Previdência, o que inclui 65% da população acima de 16 anos de idade.

"Depois bastar marcar pelo sistema 135 o dia e a hora do atendimento e levar a documentação. Se todos os dados necessários estiverem corretos o contribuinte será atendido em até 30 minutos, como vem sendo feito com as aposentadorias por idade desde o dia cinco de janeiro", explicou.

Pimentel disse ainda que em 90% das agências da previdência social o atendimento é marcado em até 48 horas. Nos grandes centros, entretanto existe um volume maior o que torna mais lento o processo.

"Estamos criando mais 715 agências até 2010, em todo o território nacional, para descentralizar o atendimento. Em 2008, atendemos 295 mil benefícios e aposentadorias por idade. Temos 4 mil pessoas por dia procurando e se aposentando por idade no território nacional. Este serviço será agilizado", concluiu.
17:27
Anónimo disse...
Giuseppe Englaro, pai de Eluana, a italiana que morreu na segunda-feira passada por desidratação, recusou uma grande soma de dinheiro de um conhecido fotógrafo italiano que queria retratar a filha em estado de coma, disse neste sábado o neurologista que atendia a mulher desde 1996, Carlo Defanti.

O neurologista, que participou hoje de uma conferência sobre eutanásia, disse que Englaro respeitou a vontade da filha, que, antes do acidente, tinha pedido que, se lhe ocorresse qualquer coisa irreversível, apresentasse sua imagem de quando estava em boas condições.

Antes de sofrer o acidente de trânsito, em 1992, Eluana viveu o coma de um amigo, Alessandro, o que causou forte impacto na italiana e a levou a fazer o pai prometer que não a deixasse viver em estado vegetativo, disse o próprio Giuseppe Englaro.

Defanti, que dissera que Eluana poderia viver de dez a 12 dias depois da suspensão da alimentação e da hidratação, disse que, como médico, tinha que reprovar esta afirmação.

"Não se pode sobreviver após três ou quatro dias sem líquido e, em particular, água em um corpo. Sabemos bem que, quando há um terremoto, após quatro dias é difícil encontrar sobreviventes".

Defanti ressaltou que Eluana "não falava, não se comunicava com o exterior" e que, após vários exames, "nos deparamos com uma moça que tinha perdido a consciência", porque estava com o córtex cerebral prejudicado.

Eluana foi enterrada na quinta-feira passada no túmulo da família na localidade de Paluzza, em Udine, após um funeral que não contou com a presença dos pais.

16:53
Anónimo disse...
Os bombeiros combatem neste sábado os incêndios na Austrália favorecidos pelo bom tempo, enquanto os deslocados encotram em seu retorno casas derruídas, carros queimados nas ruas e destruição.

Depois de sete dias desde que começaram os incêndios no Estado de Victoria, a lista de mortos chega a 181, os desaparecidos somam 50, os edifícios destruídos totalizam 1,834 mil e o terreno arrasado, principalmente florestas, ocupa uma área de 4,13 mil quilômetros quadrados.

As equipes de bombeiros, formadas por 4 mil profissionais de Victoria, de outras partes da Austrália e de países amigos, combateram hoje 12 focos fora de controle e nenhum representava uma ameaça direta para a população.

O subdiretor do Serviço de Bombeiros, Geoff Conway, disse que este tempo favorável, que se prolongará durante o domingo, permite consolidar as linhas de contenção e avançar na extinção das chamas.

Cinzas apareceram arrastadas por ventos do nordeste sobre Melbourne, onde habitam 3,8 milhões de pessoas, e as autoridades alertaram aos cidadãos do risco para a saúde de idosos, crianças e pessoas com problemas respiratórios.

O número de pessoas deslocadas - a Cruz Vermelha chegou a receber 7 mil - começou a cair com a abertura de algumas localidades atingidas.

Os incêndios, alguns criminosos, começaram em 7 de fevereiro, quando a região sul da Austrália estava há duas semanas sob uma onda de calor sem precedentes.

Na sexta-feira passada, a polícia acusou uma pessoa de ter provocado o incêndio que atingiu a localidade de Churchill e matou 21 pessoas.

16:55
Anónimo disse...
A primeira chuva em seis dias reduziu a ameaça de incêndios no Estado de Victoria, ao sul da Austrália. As autoridades, porém, advertiram que ainda existem 12 focos, mas que nenhum deles ameaça áreas povoadas.

Mais de quatro mil bombeiros, mil provenientes de outras partes do país e de outras nações, trabalham contra o fogo. Cerca de 600 veículos e 28 helicópteros e pequenos aviões estão sendo usados.


Eles conseguiram construir linhas de contenção para evitar os incêndios de Yarra e Maroondah se juntassem. Também foram controlados os incêndios abertos de Yea e Murrindindi, que ameaçavam as comunidades de Connellys Creek, Crystal Creek, Scrubby Creek e Native Dog Creek.

O número de mortos chegou a 181, mas as autoridades acreditam que as vítimas devem passar de 200, já que ainda há muitos desaparecidos.

16:55
Anónimo disse...
Aqui nesta coluna, na semana passada, tive a oportunidade de comentar sobre a recente visita do professor brasileiro Pedrinho Guareschi à Austrália. Não dei, porém, os fatos, pois semana passada o assunto era outro.

Hoje, porém, vamos a eles.

No último dia 4 de fevereiro, aconteceu o Seminário "Paulo Freire: Education and Liberation", organizado pelo centro de estudos latino-americanos da Universidade Nacional da Austrália, ou ANU, como é mais conhecida por aqui.

A ANU, para quem não sabe, está entre as 20 melhores universidades do mundo! E tem sede aqui em Camberra, capital da Austrália.

Na abertura do evento, o professor John Minns, diretor do centro latino-americano, ao dar boas-vindas ao público presente, lembrou ser aquele o primeiro seminário exclusivamente dedicado a Paulo Freire na Austrália.

Em seguida, convidou Pedrinho Guareschi, palestrante principal do Seminário, a fazer sua apresentação.

A plateia pode então conhecer, pelas palavras de Pedrinho, um pouco da obra e da vida de Freire, esse brasileiro de fé e valor, que sempre acreditou na educação, sobretudo dos menos favorecidos, analfabetos, como força libertadora.

Como não podia deixar de ser, os conceitos e ideias revolucionários de Paulo Freire, expostos com clareza por Pedrinho, despertaram o interesse e a curiosidade de plateia. A qual, deve-se notar, era na maioria de estudantes, mas de várias nacionalidades, sobretudo australianos e asiáticos.

Na continuação do programa do seminário, que se estendeu por dois dias, outros professores fizeram palestras sobre temas ligados à obra de Paulo Freire.

Interessante, por exemplo, saber que a professora Anne Hickling-Hudson, jamaicana que mora na Austrália há muitos anos (é professora da ANU), conheceu e trabalhou com Freire num workshop educacional durante a revolução na Ilha de Granada, em 1980, antes da invasão dos Estados Unidos...

Ou, então, a palestra da Professora Gerda Roelvink, da Nova Zelândia, que participou do Fórum Social de Porto Alegre em 2005. E essa participação transformou-se em tema de doutorado.

No dia 10, terça-feira passada, o padre Pedrinho Guareschi voltou a falar ao público australiano em grande auditório localizado no belíssimo campus da ANU. Desta vez, sobre a Teologia da Libertação.

Depois da palestra, John Minns mostrou o filme mexicano "O Crime do Padre Amaro", no qual um dos personagens é um padre católico praticante da Teologia da Libertação.

Mais uma vez, foi grande o intersse da platéia, que pode aprender e conhecer um pouco como se desenvolveu aquele importante movimento católico na América Latina.

Fica, assim, ao Pedrinho, bem como a outros brasileiros estudiosos e de bom coração que saem pelo mundo a divulgar aspectos importantes da cultura brasileira, o respeito e a homenagem desta coluna. E... aquele abraço!

16:57
Anónimo disse...
Amanda Kitts perdeu o braço esquerdo em um acidente de automóvel acontecido três anos atrás, mas hoje em dia ela joga futebol americano com seu filho de 12 anos de idade, troca fraldas e abraça as crianças nas três creches Kiddie Cottage que opera em Knoxville, Tennessee. Kitts, 40 anos, faz tudo isso com a ajuda de um novo tipo de braço artificial que se movimenta com mais facilidade do que outros aparelhos e que ela pode controlar utilizando apenas seus pensamentos.

"Eu sou capaz de mexer a mão, o pulso e o cotovelo ao mesmo tempo", diz. "Você pensa e os músculos se movem em seguida".

A recuperação que ela conseguiu resulta de um novo procedimento que vem atraindo crescente atenção porque permite que pessoas movam braços protéticos de forma mais automática do que faziam no passado, simplesmente utilizando nervos reaproveitados em seus cérebros.

A técnica, conhecida como "renervação muscular dirigida", envolve utilizar os nervos que restam depois da amputação de um braço e conectá-los a outro músculo do corpo, em geral no peito. Eletrodos são instalados sobre os músculos do peito, e operam como se fossem antenas. Quando a pessoa deseja mover o braço, o cérebro envia sinais que primeiro resultam em contração dos músculos do peito, os quais enviam um sinal ao braço protético, instruindo-se a se movimentar. O processo não requer mais esforços consciente do que a pessoa teria de exercitar caso ainda tivesse seu braço natural.

Na terça-feira, pesquisadores reportaram em estudo publicado pela versão online do Journal of the American Medical Association que haviam levado a técnica ainda mais à frente, tornando possível a execução de 10 movimentos de mão, pulso e cotovelo diferentes, o que representa uma substancial melhora com relação ao típico repertório protético, que em geral envolve apenas dobrar o cotovelo, girar o pulso e abrir a mão.

"Os novos métodos tiveram impacto dramático em nosso campo de trabalho", disse Stuart Harshbarger, engenheiro biomédico na Universidade Johns Hopkins e diretor do programa de pesquisa sobre próteses, financiado pelas forças armadas, que inclui o trabalho com essa técnica. "O método já está em uso por médicos e cirurgiões comuns em todo o país. A capacidade de controlar um membro protético bastante robusto que ele confere surpreendeu a todos pela qualidade".

Tipicamente, uma pessoa que tenha um braço protético só é capaz de executar alguns poucos movimentos, e muitas vezes com tamanha lentidão que isso só permite a ela atividades limitadas.

Há um motor separado para cada movimento, diz Gerald Loeb, professor de engenharia biomédica na Universidade do Sul da Califórnia, "e esses motores precisam ser controlados de maneira explícita", usualmente por um esforço consciente da pessoa para contrair músculos nas costas ou no bíceps.

"Essencialmente, até agora os pacientes controlavam apenas um motor de cada vez", diz Loeb, "e precisavam pensar cuidadosamente sobre que motor desejavam controlar e como fazê-lo operar, em lugar de simplesmente pensarem em mover o braço e poderem fazê-lo sem delongas".

Antes que Kitts passasse pelo procedimento de renervação, em outubro de 2007, por exemplo, ela precisava movimentar os músculos de suas costas de determinada maneira para fazer com que seu pulso girasse, e flexionar seu bíceps e tríceps para fazer com que o cotovelo se movesse para cima e para baixo. "Era muito trabalho", ela conta. "E não me ajudava muito".

O procedimento de renervação é parte de uma recente explosão de idéias novas e técnicas inovadoras que estão sendo exploradas enquanto os cientistas se esforçam por ajudar as pessoas a compensar melhor a perda de membros ou problemas de paralisia. O esforço vem sendo alimentado pelo aumento no número de amputações causado por diabetes e por ferimentos sofridos pelos militares, e ao mesmo tempo pelos avanços na tecnologia médica.

Os braços se tornaram um dos focos essenciais desse tipo de trabalho. A ciência há muito vem obtendo sucessos no desenvolvimento de próteses de perna, mas é muito mais difícil imitar a complexidade e a destreza das mãos e dos braços.

Os esforços em curso incluem o desenvolvimento de projetos de pele e braços mais sensíveis e mais flexíveis, e o uso de dispositivos acionados por controles sem fio implantado nos braços protéticos, que permitiriam movimentos mais naturais.

Os pesquisadores também vêm usando sensores implantados nos cérebros de cobaias para permitir que dois macacos controlem um braço mecânico, e um teste com um homem paralítico permitiu, com esse método, que ele movimentasse um cursor em uma tela de computador.

Alguns desses métodos, caso venham a ser aperfeiçoados plenamente e consigam aprovação das autoridades regulatórias da saúde, podem no futuro se tornar mais viáveis para os pacientes de amputações.

E embora a técnica da renervação não requeira aprovação das autoridades regulatórias porque é executada por meios cirúrgicos e emprega aparelhos já existentes, ela apresenta limitações que até mesmo seus criadores reconhecem, entre as quais o fato de que não se pode utilizá-la para todos os pacientes, o seu alto custo e o prazo de meses requerido para que os nervos reconectados cresçam e se tornem efetivos.

Ainda assim, os especialistas dizem que é o mais avançado sistema em uso hoje para pacientes reais que permite que o sistema nervoso controle diretamente o movimento de um braço artificial.

Desde sua introdução por Todd Kuiken, médico fisioterapeuta e engenheiro biomédico do Instituto de Reabilitação de Chicago, o método foi empregado em cerca de 30 pacientes nos Estados Unidos, Canadá e Europa, entre os quais oito soldados feridos no Iraque e no Afeganistão.

Muitos dos pacientes, entre os quais o primeiro, Jesse Sullivan, um operário do setor elétrico no Tennessee que perdeu os dois braços quando foi eletrocutado por um cabo, conseguem não apenas manipular seus braços protéticos mas sentir a presença das mãos que já não têm quando alguém toca em seus peitos.

Sullivan, 62 anos, e Kitts, estavam entre os cinco pacientes que participaram do estudo reportado na terça-feira. Em companhia de cinco outras pessoas que não passaram por amputações, eles receberam os eletrodos e foram instruídos a usar pensamentos para fazer com que um braço virtual na tela reproduzisse 10 movimentos diferentes, entre os quais três formas diferentes de aperto de mão.

Os pacientes apresentaram desempenho bastante respeitável, apenas um pouco mais lento e menos preciso do que os dos participantes que não tinham amputações.

"As velocidades de movimento que encontramos em nossos pacientes foram realmente encorajadoras", disse Kuiken. "Eles conseguiram completar a tarefa. É claro que não foram tão competentes quanto as pessoas dotadas de plena capacidade física, mas foram bons o bastante".

Um braço virtual foi usado porque a maioria das próteses existentes não era capaz de acomodar todos aqueles movimentos, no momento da pesquisa, ainda que Sullivan, Kitts e uma terceira paciente, Claudia Mitchell, tenham experimentado dois novos protótipos mais versáteis de braços artificiais, executando tarefas complexas com bolas de tênis e outros objetos.

O trabalho de renervação em soldados apresenta outros desafios, diz Kuiken, porque os ferimentos militares muitas vezes "causam danos muitos extensos" a nervos, músculos ou ossos.

Daniel Acosta, 25 anos, um aviador ferido pela detonação de uma bomba em uma estrada do Iraque em 2005, passou pelo procedimento no ano passado e diz que seu braço esquerdo protético agora se movimenta "muito mais rápido" e de maneira muito mais natural.

"A diferença é que agora não preciso mais pensar para mover o braço", ele diz. "Ele simplesmente se mexe".

Ainda assim, Acosta, de San Antonio, diz que "o processo foi bastante longo" e que os eletrodos precisam ser ajustados para receber os sinais à medida que os nervos crescem ou mudam de posição.

E embora elogiem o método, os especialistas afirmam que a ciência das próteses de braço ainda tem muito por avançar.

"Trata-se de uma parte crucial, mas ainda assim apenas uma parte, das muitas coisas que compreendem a função normal de um braço", disse Loeb, que escreveu um editorial que acompanha o artigo no Journal of the American Medical Association.

"No momento estamos a meio do caminho entre o braço de 'Dr. Fantástico', que fazia involuntariamente a saudação nazista, e o braço de Luke Skywalker em 'Guerra nas Estrelas', que funciona sem nenhum problema assim que é conectado. Creio que precisaremos ainda de muitos anos para conectar todas as peças necessárias a produzir um braço capaz de funcionar normalmente".

17:04
Anónimo disse...
A Espanha disse neste sábado que está preparando uma reclamação oficial contra a decisão da Venezuela de expulsar um membro do Parlamento Europeu que criticou o conselho eleitoral venezuelano.
Luis Herrero, membro do partido conservador espanhol PP, foi deportado na sexta-feira depois que o Conselho Nacional Eleitoral (CNE) o acusou de questionar a imparcialidade da instituição antes de um referendo que pode permitir ao presidente Hugo Chávez permanecer no cargo indefinidamente.

Herrero estava na Venezuela como observador do referendo. Ele acusou Chávez de ter "comportamentos típicos de um ditador" por pedir a contenção de manifestações da oposição.

O governo da Espanha convocou um encontro com o embaixador da Venezuela em Madri para expressar a desaprovação sobre a expulsão de Herrero, disse um representante do Ministério das Relações Exteriores espanhol.

As relações da Venezuela com a Espanha tiveram seu ponto crítico em 2007, quando Chávez ameaçou rever acordos diplomáticos e comerciais depois de ouvir um "cala a boca" do rei espanhol Juan Carlos durante uma cúpula.

A fenda foi oficialmente reparada em 2008, com uma visita oficial de Chávez à Espanha, onde ele cumprimentou o rei e discutiu acordos para investimento no setor petroquímico com o primeiro-ministro José Luis Rodriguez Zapatero.

17:06
Anónimo disse...
A polícia do Zimbábue anunciou neste sábado que acusa de traição Roy Bennett, dirigente do até agora opositor Movimento para a Mudança Democrática (MDC), detido na sexta-feira, em Harare, poucas horas antes da cerimônia de posse dos membros do novo gabinete.

"A Polícia nos informou que vão apresentar acusações de traição", disse à agência EFE o advogado de defesa de Bennett, Trust Maanda.

"Tentam relacionar Roy com o caso de Mike Hitschmann, que foi detido em 2006 em relação à descoberta de um carregamento de armas, apesar de que Hitschmann não tenha sido declarado culpado das acusações de traição apresentadas contra ele, mas de um crime menor de descumprimento de leis", disse Maanda.

O político opositor, designado por seu partido como vice-ministro de Agricultura no Governo de união nacional, esteve no exílio na vizinha África do Sul desde 2006 e retornou ao Zimbábue há duas semanas.

Segundo a Polícia, que deteve Bennett ontem no aeroporto de Harare quando pretendia ir à África do Sul para visitar sua família, as armas apreendidas em 2006 seriam utilizadas em um golpe de Estado para derrubar o presidente do Zimbábue, Robert Mugabe.

Depois da detenção, Bennet foi levado a Mutar, onde vários simpatizantes do MDC se concentraram em frente à delegacia na qual estava detido, diante do que a Polícia respondeu com tiros para o alto para dispersar os manifestantes.

17:07
Anónimo disse...
Austrália: 14 mil se candidatam a 'emprego dos sonhos'

A secretaria de Turismo de Queensland, na Austrália, informou que até esta segunda-feira já recebeu cerca de 14 mil inscrições para o "o melhor emprego do mundo". O Estado australiano promove pela internet seleção para vaga de "zelador" da ilha Hamilton, por seis meses com um salário de R$ 40 mil.

Muitos candidatos tiveram problemas durante a inscrição por conta dos acessos simultâneos ao site. A secretaria aconselha enviar os vídeos de 60s explicando porque deve ser escolhido em horários alternativos do dia, além de recomendar tamanho em torno de 40MB.

As inscrições começaram em 12 de janeiro e vão até o próximo dia 22 e podem ser feitas pelo site www.islandreefjob.com. O governo australiano escolherá 50 candidatos para a próxima fase da seleção, que terá votos do público para eleger um dos 11 finalistas.

A última fase terá entrevistas e desafios físicos, no próprio local de trabalho: as ilhas da Grande Barreira Coralina - o maior recife de coral do mundo. A secretaria de Turismo anunciará o vencedor no dia 6 de maio.

17:09
Anónimo disse...
Mercado elogia governo na crise, mas pede maior queda no juro

Peter Fussy
Direto de São Paulo

Desde as primeiras medidas anunciadas para combater os efeitos da crise, o governo brasileiro avisou que a estratégia não contemplaria um pacote. Seriam doses pontuais, de acordo com a necessidade da economia diante do agravamento das turbulências. Da primeira liberação dos depósitos compulsórios em setembro até a ampliação do seguro-desemprego na última quarta-feira, o governo passou por redução de impostos, ampliação de crédito e incentivos à exportação. Quase 150 dias após a primeira medida, o Terra conversou com líderes do setor público e privado, representantes dos trabalhadores, acadêmicos e com o próprio governo para saber quais destas ações foram mais eficazes, quais foram mais ineficientes e o que mais pode ser feito pelo Estado brasileiro contra a crise.

Os maiores elogios foram direcionados à atitude de reduzir o Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) para a indústria automobilística, anunciada em dezembro e que fez com que os emplacamentos de carros novos subissem 1,9% no primeiro mês do ano em relação a dezembro de 2008. Já as maiores críticas foram para a lentidão no corte da taxa básica de juro do País.

Para o presidente do conselho administrativo do Grupo Pão de Açúcar, Abílio Diniz, o Estado não é responsável pela crise e mesmo assim está agindo "com extrema serenidade e muito acerto". "O governo está atento, fazendo a sua parte. É preciso coragem de baixar firmemente a taxa de juros. É uma arma que temos a nosso favor, já que não há clima para inflação, nem possibilidade de danos para a macroeconomia", afirmou Diniz.

Na última reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), em janeiro, a taxa Selic foi reduzida em um ponto percentual, de 13,75% para 12,75% ao ano. Porém, o professor de economia da Universidade de Brasília (UnB) José Luiz Oreiro lembra que este corte representa uma redução de apenas 0,25 ponto percentual com relação à taxa de setembro do ano passado, quando a crise se agravou.

"Pouco antes da eclosão da crise, o Banco Central aumentou a taxa em 0,75 ponto. Foram cinco meses de demora para reduzir em termos líquidos apenas 0,25 ponto", afirmou o economista, que também sugeriu redução do intervalo de cerca de 90 dias entre as reuniões do Copom e o corte de pelo menos um 1 ponto percentual em cada reunião.

Mesmo com o corte de janeiro, a taxa de juros real continua sendo a maior do mundo, lembrou o secretário-geral da Força Sindical, João Carlos Gonçalves, o Juruna. "A redução da taxa de juro ainda é pequena, porque ela continua uma das mais altas do mundo. Falta ousadia para baixar os juros e ajudar o cidadão. A permanência da taxa de juro alta é negativa para o País em meio a crise", afirmou Juruna.

Embora aprove as ações do governo, o senador Aloízio Mercadante (PT-SP) também acredita que o patamar da Selic está muito alto. "Sempre fomos os primeiros a entrar em qualquer crise, o que não aconteceu agora. A taxa Selic ainda é muito alta, mas o governo têm tomado medidas acertadas, como o aumento do salário mínimo, mesmo com um cenário de crise. Isso ajuda a movimentar o consumo. O governo está se esforçando para manter os investimentos e o crescimento", disse.

Tributos
De acordo com o economista Fabio Pina, da Fecomercio-SP, as ações mais positivas estão relacionadas à redução de tributos para alguns segmentos, como a indústria automobilística, que recuperou parte da queda nas vendas em janeiro com a isenção do IPI para carros 1.0 l e o corte para demais motorizações. A medida vale até o final de março.

"Essas medidas não só reduziram o preço, mas anteciparam o consumo daqueles que iriam comprar no futuro, dando um prêmio por conta da insegurança. Mexe diretamente com o principal problema que é a confiança do consumidor", afirmou. Juruna destacou que um bom ritmo de vendas é garantia de emprego. "É importante porque cada emprego na montadora significa 19 na cadeia produtiva", comentou o representante da Força Sindical.

Também em dezembro, o governo decidiu cortar pela metade a alíquota do Imposto de Renda para contribuintes que ganham entre R$ 1.434 e R$ 2.150 mensais. "O salário aumentava e a tabela não se modificava. As pessoas ganhavam mais e pagavam mais impostos", apontou Juruna. Outra redução de tributos do governo foi com relação ao Imposto sobre Operações Financeiras (IOF), que caiu de 3% ao ano para 1,5%.

Crédito
Na segunda metade de 2008, o colapso de bancos nos Estados Unidos por conta da crise do subprime provocou uma forte restrição de crédito no mundo inteiro. Uma das primeiras medidas anticrise do governo teve como objetivo restabelecer a oferta, com mudanças no recolhimento dos depósitos compulsórios por parte dos bancos. Segundo o presidente do Banco Central, Henrique Meirelles, as diversas modificações liberaram US$ 99,2 bilhões aos bancos até o final de janeiro.

Além disso, o governo concedeu R$ 36 bilhões das reservas internacionais para empresas brasileiras com dívidas no exterior e uma medida provisória autorizou o Banco do Brasil e a Caixa Econômica Federal a comprar carteiras de crédito de bancos privados. Para o diretor do Departamento de Pesquisas e Estudos Econômicos da Fiesp, Paulo Francini, estas medidas foram essenciais para combater os efeitos da crise.

"A crise se desenvolve no mundo em torno do tema crédito. E o crédito reduziu-se barbaridade no mundo. Então o governo lança mão de compulsório, lança mão de reservas, de medidas que permitem aos bancos comprar carteiras de bancos. Você vai tomando várias medidas para atender às demandas e o epicentro disso é crédito", afirmou.

No entanto, Oreiro, da UnB, adverte que a liberação dos compulsórios seria mais eficiente acompanhada de redução mais agressiva da taxa básica de juro. "Uma parte do crédito voltou, depois da forte retração em outubro e novembro. O que deveria ter sido feito junto à liberação do compulsório era uma redução mais drástica da taxa de juro. Sem isso, os bancos pegam as reservas e acabam comprando títulos públicos", explicou o economista.

Na opinião de Pina, as ações de distribuição de crédito via redução do compulsório e a disposição de capital de giro para empresas foram tomadas sem um cuidado maior na operação e não tiveram muito efeito. "O BNDES tem linhas que ficam paradas quase todo o ano, agora é pior ainda. Existem os recursos, mas as empresas e os bancos estão desconfiados. É preciso fazer com que os bancos tenham interesse em emprestar", afirmou o economista da Fecomercio-SP.

Futuro
Mesmo com todas essas medidas, a crise financeira ainda gera incertezas nos setores produtivos do País. Nos últimos meses, o medo do desemprego fez os consumidores adiarem compras. Por sua vez, a queda nas vendas pode obrigar as indústrias a cortarem a produção e demitir funcionários. Contra isso, empresários sugerem redução de jornada e de salários.

"Isto está previsto em lei. A Fiesp simplesmente manteve conversações com entidades sindicais quanto à aplicação daquilo que já está previsto em lei", afirmou Francini.

Segundo a ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff, uma das medidas que assegura um nível de emprego é a manutenção de investimentos no Programa de Aceleração do Crescimento (PAC). "Estamos esperando que a dificuldade ocorra em janeiro, fevereiro e março. Estamos certos que vamos manter o nível de investimento. É isso que funciona, é isso que significa investimento público. Ele funciona como um colchão. Por isso, nós colocamos R$ 100 bilhões no BNDES e a Petrobras ampliou o seu investimento em R$ 120 bilhões", afirmou.

Na mesma linha, Pina explica que a antecipação de gastos do governo substitui parte da demanda retraída do setor privado. "Ele dá o seguinte recado: não vou estourar as contas públicas, mas concentrar em um momento em que a demanda privada está pequena. Mas o governo não tem fôlego suficiente para fazer o papel de toda demanda", ressaltou. O economista da Fecomercio lembrou que a entidade já pleiteou junto ao governo isenções para transferência de imóveis e de automóveis, além de retirar o IPVA para veículos novos.

Já Oreiro foca suas propostas na capitalização do Banco do Brasil e da Caixa Econômica Federal pelo Tesouro para atender a demanda de crédito para capital de giro e reduzir o spread. "Aumentando o empréstimo e reduzindo as taxas, os dois vão forçar os bancos privados a acompanhar o movimento, até para não perderem participação no mercado", explicou o economista da UnB.

Até o Carnaval, o governou prometeu detalhar um pacote de incentivos para a construção de até um milhão de casas populares, direcionado a famílias com renda de até dez salários mínimos. "Estamos atentos a tudo o que está acontecendo e novas medidas serão tomadas caso haja uma avaliação de que sejam necessárias", disse o ministro da Fazenda, Guido Mantega, na última sexta-feira.

17:11
Anónimo disse...
Ex-ministro critica extensão do seguro-desemprego

Atualizada às 09h03

O ex-ministro do Trabalho Almir Pazzianotto criticou a decisão do governo federal de conceder o seguro-desemprego estendido a apenas alguns setores. "É certamente odioso e provavelmente inconstitucional", disse Pazzianotto, de acordo com o jornal O Estado de S. Paulo.

Na última qurta, dia do anúncio da medida, centrais sindicais elogiaram a atitude do governo. A Força Sindical divulgou nota dizendo que "o aumento ajudará a aquecer parte da economia, já que irá gerar mais consumo, produção e conseqüentemente, a criação de novos postos de trabalho". A União Geral dos Trabalhadores (UGT) afirmou que a medida "contribuirá para minimizar o drama dos trabalhadores que perderem seu emprego por conta da crise".

O ex-ministro, que instituiu o seguro-desemprego no País no governo de José Sarney, destacou a necessidade de as centrais sindicais se manifestarem contra a determinação. Para ele, as mudanças devem ser aplicadas a todas as categorias profissionais e a distinção é contrária ao artigo 3º da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT).

Pazzianotto atribui a medida a um possível temor do governo de que a crise econômica seja longa e não haja dinheiro para atender a todas as necessidades. Ainda assim, ele se mostra contrário ao método de concessão. "O seguro-desemprego ajuda a sanar necessidades básicas. Estendê-lo é paliativo, não a solução", disse ao jornal.

De acordo com o presidente do Conselho Deliberativo do Fundo de Amparo ao Trabalhador (Codefat) e conselheiro da Força Sindical, Luiz Fernando Emediato, a determinação já estava prevista na lei 8.900/94, que trata do seguro-desemprego.

O presidente da Comissão de Trabalho da Câmara, Pedro Fernandes (PTB-MA) vai além na crítica à concessão do seguro para apenas alguns setores. Ele acredita que a ampliação do benefício estimula o desemprego.

Quintino Severo, secretário geral da Central Única dos Trabalhadores (CUT), lembra que a ampliação do benefício sem critério e identificação pode incentivar demissões em outros setores.

17:13
Anónimo disse...
Empresas
TAM faz promoção para destinos internacionais

A companhia aérea TAM anunciou nesta sexta-feira tarifas promocionais para trechos internacionais. Os preços valem para bilhetes comprados entre 6h deste sábado e 23h59 deste domingo e são válidos para classe econômica. As tarifas, para ida e volta, serão vendidas a partir de US$ 99, mais taxas.

Segundo a aérea, a promoção vale para viagens feitas no período de 14 de fevereiro a 18 de junho de 2009. Para destinos na América do Sul, a permanência mínima é de dois dias; para bilhetes com destino nos Estados Unidos, cinco dias; e Europa, sete dias. A permanência máxima para as passagens para América do Sul e EUA é de dois meses e para Europa, três meses.

Entre os exemplos de tarifas promocionais, a TAM oferece São Paulo-Lima por US$ 99. Bilhetes para a rota São Paulo-Santiago serão vendidos a partir de US$ 199 e São Paulo-Nova York, US$ 799.

A emissão dos bilhetes deve ser feita obrigatoriamente no ato da reserva, obedecendo às regras estipuladas pela companhia. A compra está sujeita à disponibilidade de assentos nas classes tarifárias determinadas, trechos, horários e datas. A TAM afirmou que também há tarifas promocionais para a classe executiva.

Mais informações podem ser encontradas no site promocional (www.ofertastam.com.br), no site da empresa (www.tam.com.br) ou pelos telefones 4002-5700 ou 0800 5705700.

17:13
Anónimo disse...
Empresas
Consultoria negocia compra do parque temático Hopi Hari

A consultoria especializada em reestruturação de empresas Íntegra Associados informou nesta sexta-feira ter um acordo para comprar o parque de diversões Hopi Hari, localizado no interior de São Paulo. A empresa estaria disposta a investir R$ 10 milhões no parque, que tem dívida estimada em R$ 800 milhões. As informações são da edição deste sábado do jornal Folha de S. Paulo.

De acordo com o jornal, a transação ainda depende da negociação entre o Hopi Hari e seus credores, o que já estaria em andamento.

A consultoria paulista já atuou junto à Parmalat, durante 30 meses, quando reorganizou a gestão da empresa italiana.

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17:14
Anónimo disse...
Empresas
Disney de Tóquio contratará mais 2 mil apesar da crise


A Oriental Land, o operador da Disneylândia Tóquio e DisneySea, organizou neste domingo entrevistas para contratar cerca de 2 mil trabalhadores em tempo parcial, em um momento de grandes demissões deste tipo de empregados no Japão.

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O operador deste parque temático, situado em Urayasu, na província de Chiba (leste de Tóquio), está em pleno processo de seleção de empregados para 20 tipos de postos trabalhistas diferentes.

Segundo a companhia, citada pela agência local de notícias Kyodo, o parque contratará novos trabalhadores para as atrações, para os restaurantes e guardas de segurança entre outros. Os novos contratados começarão a trabalhar a partir de fevereiro.

O processo de seleção acontece em um momento em que a maioria das grandes companhias japonesas começaram a se ver obrigadas a despedir uma elevada percentagem de seus trabalhadores temporários e a tempo parcial.

Algumas inclusive anunciaram demissões de seus trabalhadores fixos, uma medida muito pouco comum nas companhias japonesas, perante os efeitos piores que o esperado pela crise econômica global.

Cerca de uma centena de pessoas esperavam desde a primeira hora desta manhã a abertura do centro de conferências Tokyo International Forum, onde as entrevistas estão sendo feitas, para ser os primeiros a solicitar os postos de trabalho.


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17:15
Anónimo disse...
Economia Internacional
Senado dos EUA aprova plano de estímulo à economia

O Senado dos Estados Unidos aprovou com 60 votos a favor e 38 contra o plano de estímulo à economia de US$ 787 bilhões na madrugada deste sábado. Agora, ele segue para sanção ou veto do presidente Barack Obama, que espera colocar a lei em prática até o dia 16 de fevereiro.

O plano prevê a criação de três milhões de empregos, inclui cortes de impostos às famílias, fundos para programas sociais e obras públicas, além de ajuda aos governos estaduais, estudantes e desempregados.

A cláusula Buy American - que exige o uso de ferro, aço e produtos manufaturados dos Estados Unidos em obras realizadas com recursos do pacote - ficou de lado. Segundo o texto definitivo, a cláusula será aplicada sem violar as normas do comércio internacional.

Ontem à tarde, a Câmara de Representantes (deputados) havia aprovado, por 246 votos a favor e 183 contra, a versão final do plano. Todos os republicanos foram contrários ao pacote.

Pelo acordo de quarta-feira entre Câmara e Senado, em vez de custar US$ 819 bilhões, como queriam os deputados, ou US$ 838 bilhões como pretendiam os senadores, o pacote ficou em cerca de US$ 787 bilhões, com 65% desse total destinado a gastos do governo federal e 35%, a créditos tributários.

17:16
Anónimo disse...
Economia nacional
Na era Lula, aposentadoria sobe 54% menos que salário mínimo

Thatiane Faria
Especial para o Terra
Direto de São Paulo

Os índices de reajustes concedidos pelo governo em 2009 para aposentados e pensionistas e para o salário mínimo repetiram uma diferença que, só durante o governo de Luiz Inácio Lula da Silva, já chega a 54%. Enquanto o mínimo foi majorado em 12% este ano, as pensões e aposentadorias tiveram aumento de 5,92%. Aposentados que têm o benefício do governo como única fonte de renda reclamam que perdem poder de compra e que sua cesta de compras é composta por itens que aumentam mais em relação à inflação oficial.

Um exemplo prático pode ser entendido a partir da comparação entre um aposentado que ganhava R$ 600 em janeiro de 2003. Na época, o benefício era três vezes, ou 200%, maior que o valor do mínimo em vigência, que era de R$ 200. Aplicando-se os índices de reajuste para aposentadorias e para o mínimo durante os últimos seis anos, o mesmo aposentado estaria recebendo hoje R$ 938,47, comparado a um salário mínimo de R$ 465. A diferença entre os dois valores caiu para pouco mais de 100%.

Enquanto o índice acumulado de reajuste para a aposentadoria durante o governo Lula foi de 60%, para o salário mínimo está em 132%.

O diretor do Sindicato Nacional dos Aposentados, João Inocentini, reclama que os valores dos benefícios para aposentadorias não mantêm o poder de compra do grupo, principalmente dos aposentados que recebem menos que dez salários mínimos.

Nem mesmo o fato de o índice de reajuste das aposentadorias ter ficado acima da inflação acumulada no mesmo período (o IPCA entre janeiro de 2003 e janeiro de 2009 foi de 39,7%) serve de argumento, segundo os aposentados.

"Os idosos, principalmente, têm gastos além das contas gerais como gás, telefone e aluguel. Para eles o custo com remédios, e outros itens da área saúde costuma ser maior", afirmou Inocentini.

O presidente do sindicato afirmou que o grupo realiza um estudo com 100 itens de necessidade de um idoso para comparar o aumento dos produtos com o índice de reajuste do benefício recebido pelos aposentados.

"Daqui dois meses vamos abrir um processo na Justiça e levar essa pesquisa como prova. Segundo a lei, o governo é obrigado a manter o poder de compra com a aposentadoria", disse Inocentini.

Alternativas
O consultor financeiro Cláudio Boriola diz que os aposentados, especialmente nesse momento de crise econômica, devem evitar compras parceladas, pesquisar preços, negociar e fazer bom planejamento financeiro.

Segundo Boriola, alguns aposentados ganham um valor mensal muitas vezes insuficiente para o pagamento das contas e acabam pedindo crédito ou realizando pagamentos a prazo e são obrigados a pagar juros altos.

Na opinião do consultor, pagar uma previdência privada é uma alternativa indicada para quem ainda trabalha, considerando a característica de perda de poder de compra da aposentadoria.

"Na prática, infelizmente os valores encontram-se em um patamar que está deteriorando o poder de aquisição da população brasileira", completou Boriola.

De acordo com o diretor da Confederação Brasileira de Aposentados e Pensionistas (Cobap), Vicente Fernandes Barbosa, representantes dos aposentados tentarão um encontro com o presidente da Câmara, deputado Michel Temer (PMDB-SP), para discutir projetos que minimizem a perda dos aposentados

17:17
Anónimo disse...
Previdência
Previdência prorroga isenção de tarifas no benefício

O atual sistema de pagamento aos 26 milhões de aposentados e pensionistas do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) será mantido até o final deste ano. O acordo, que permite realizar a operação sem nenhum custo aos beneficiários, foi renovado nesta sexta-feira, entre o governo federal e 21 instituições financeiras.

Por meio desse acordo, vigente desde setembro de 2007, nem os segurados, nem os bancos e nem o governo arcam com o pagamento de tarifas, conforme explicou o ministro da Previdência Social, José Pimentel. A prorrogação vale até dezembro, data máxima para que a Previdência defina as regras para um novo contrato.

Ao assinar o termo de renovação, na sede da Federação Brasileira dos Bancos (Febraban), o ministro disse que a intenção do governo é mudar o atual modelo de gestão visando a reduzir os custos dessas operações em torno da folha mensal, que atinge R$ 15,8 bilhões. No entanto, qualquer alteração, conforme explicou, passará antes por audiências públicas a serem realizadas a partir do segundo semestre deste ano, atendendo a determinação do Tribunal de Contas da União (TCU).

De acordo com Pimentel, com um redesenho do mecanismo de repasse dos recursos aos bancos em torno da folha de pagamento dos segurados o que se busca é um aumento da participação de instituições financeiras. Ele informou que, desde 2007, cada benefício custa em média R$ 1,07 ao governo. "Quanto mais instituições financeiras estiverem prestando serviços à sociedade, maior é a competitividade, a agilidade no atendimento", justificou.

O ministro observou, ainda, que, para permitir uma redução para algo em torno de meia hora no tempo de atendimento para a concessão dos direitos previdenciários, o governo investiu R$ 280 milhões.

Questionado sobre o descontentamento dos segurados que ganham acima de um salário mínimo terem obtido apenas a correção com base na variação do Índice de Preços ao Consumidor (INPC) , ficando abaixo do reajuste dado a quem recebe apenas o mínimo, Pimentel argumentou que o governo seguiu o que determina a lei e descartou a possibilidade de uma revisão

17:17
Anónimo disse...
Empresas
Caterpillar oferece aposentadoria antecipada a 2 mil


A companhia americana Caterpillar ofereceu a cerca de dois mil funcionários incentivos para que se aposentem de forma voluntária antes do previsto, pela perspectiva de uma queda "significativa" da atividade industrial, informou nesta quarta-feira a empresa.

A iniciativa, destinada aos trabalhadores de diversas fábricas em Illinois, Colorado, Tennessee e Pensilvânia, se soma aos cortes de empregos anunciados em janeiro, explicou em comunicado de imprensa.

A empresa, a maior fabricante mundial de maquinaria pesada para a construção e a mineração, acrescentou que, "em função das condições de negócio, podem ser necessárias mais reduções de elenco voluntárias e involuntárias à medida que o ano avança".

O vice-presidente da companhia, Sid Banwart, explicou que a empresa prevê "demissões significativas em todas as regiões geográficas e na maioria dos setores devido às dificuldades da economia mundial".

17:18
Anónimo disse...
Comércio
Comércio exterior da OCDE caiu no 3º trimestre de 2008


As exportações e as importações dos países da Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Econômico (OCDE) caíram 1,6% e 0,2%, respectivamente, no terceiro trimestre de 2008, em relação aos três meses anteriores.

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Trata-se da primeira queda destas atividades desde o terceiro trimestre de 2006, segundo o último relatório trimestral sobre fluxos comerciais divulgado pela OCDE.

As exportações e as importações em dólares dos 30 Estados-membros caíram 15,6% e 17%, respectivamente, na comparação anualizada.

Por sua vez, o comércio dos sete países mais ricos do mundo (G7) teve um pequeno crescimento no terceiro trimestre de 2008 com uma queda das exportações de mercadorias de 0,2% em relação ao trimestre anterior e um aumento de 0,4% das importações.

Em termos anualizados, as importações do G7 caíram 1,4% entre julho e setembro do ano passado, seu primeiro retrocesso desde o terceiro trimestre de 2006, enquanto as exportações aumentaram 1,9%, seu crescimento mais baixo no mesmo tempo.

Por países, a Alemanha aumentou suas importações em 3,4% - valor mais alto do G7 -, enquanto suas exportações caíram 2,9% do segundo para o terceiro trimestre de 2008.

Pelo contrário, as exportações americanas aumentaram 1,8% entre julho e setembro de 2008, enquanto as importações caíram 0,7% em relação ao trimestre anterior. No Japão, tanto as importações quanto as exportações caíram em torno de 1% no mesmo período.

17:19
Anónimo disse...
Economia Nacional
Lula: juros de crédito consignado a aposentados são altos

Atualizada às 17h29

O presidente Luis Inácio Lula da Silva afirmou nesta terça-feira, em São Paulo, que está lutando para reduzir as taxas de juros cobradas de aposentados em crédito consignado. A Previdência Social estabelece uma taxa máxima de 2,5% para empréstimo e de 3,5% para cartão. Para Lula, os valores são altos.

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"Acho que o juro que os aposentados estão pagando hoje com o crédito consignado é alto para o padrão brasileiro", disse o presidente durante a cerimônia de comemoração dos 86 anos do INSS.

A Previdência anunciou nesta terça-feira que aposentados e trabalhadoras com licença-maternidade poderão receber seus benefícios em 30 minutos. De acordo com Lula, em junho, a aposentadoria do trabalhador rural também será conseguida em meia hora.

Além disso, o presidente anunciou que, também em junho, os trabalhadores que alcançarem o direito à aposentadoria passarão a receber em suas casas um comunicado da Previdência informando o fato e o valor do salário que têm direito a receber. "É um comprometimento público que estou fazendo com os companheiros da Previdência Social", disse.

"Estamos retribuindo ao contribuinte da Previdência Social aquilo que é a cidadania que ele tem direito", afirmou Lula. "Se para cobrar nós somos tão precisos, para devolver o dinheiro, temos que chegar próximo à perfeição", completou.

17:20
Anónimo disse...
Economia Nacional
Salário maternidade sairá em 30 minutos, diz ministro

Toda trabalhadora autônoma que tiver contribuído pelo menos 10 meses com o Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) - ou as que possuírem carteira assinada - poderão receber em 30 minutos o salário maternidade a partir desta terça-feira. Da mesma forma, as mulheres com 30 anos de contribuição e os homens com 35 anos também terão direito ao benefício de forma mais rápida. A informação é do ministro da Previdência Social, José Pimentel.

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Para requerer o salário maternidade, é preciso que as autônomas levem a carteira de identidade e o carnê de contribuição. As demais trabalhadoras devem apresentar a identificação e a carteira de trabalho. Desde o início do mês, a nova forma de análise para a concessão de benefícios foi adotada para a aposentadoria por idade do trabalhador urbano e agora foi estendida para o salário maternidade e por tempo de contribuição.

O ministro disse que a qualificação do serviço da previdência social é o reconhecimento do direito dos trabalhadores e da afirmação da cidadania.

"Até pouco tempo na cabeça do cidadão o serviço devia ser de péssima qualidade. Agora não, nós modificamos toda a legislação no mês de dezembro numa ação conjunta do Congresso Nacional com o governo federal. Estamos implantando e concedendo os benefícios em até 30 minutos", afirmou.

O ministro destacou que para conseguir se aposentar ou ter acesso à licença maternidade em 30 minutos, em primeiro lugar, é necessário que o cidadão esteja vinculado à Previdência, o que inclui 65% da população acima de 16 anos de idade.

"Depois bastar marcar pelo sistema 135 o dia e a hora do atendimento e levar a documentação. Se todos os dados necessários estiverem corretos o contribuinte será atendido em até 30 minutos, como vem sendo feito com as aposentadorias por idade desde o dia cinco de janeiro", explicou.

Pimentel disse ainda que em 90% das agências da previdência social o atendimento é marcado em até 48 horas. Nos grandes centros, entretanto existe um volume maior o que torna mais lento o processo.

"Estamos criando mais 715 agências até 2010, em todo o território nacional, para descentralizar o atendimento. Em 2008, atendemos 295 mil benefícios e aposentadorias por idade. Temos 4 mil pessoas por dia procurando e se aposentando por idade no território nacional. Este serviço será agilizado", concluiu.
17:27
Anónimo disse...
Giuseppe Englaro, pai de Eluana, a italiana que morreu na segunda-feira passada por desidratação, recusou uma grande soma de dinheiro de um conhecido fotógrafo italiano que queria retratar a filha em estado de coma, disse neste sábado o neurologista que atendia a mulher desde 1996, Carlo Defanti.

O neurologista, que participou hoje de uma conferência sobre eutanásia, disse que Englaro respeitou a vontade da filha, que, antes do acidente, tinha pedido que, se lhe ocorresse qualquer coisa irreversível, apresentasse sua imagem de quando estava em boas condições.

Antes de sofrer o acidente de trânsito, em 1992, Eluana viveu o coma de um amigo, Alessandro, o que causou forte impacto na italiana e a levou a fazer o pai prometer que não a deixasse viver em estado vegetativo, disse o próprio Giuseppe Englaro.

Defanti, que dissera que Eluana poderia viver de dez a 12 dias depois da suspensão da alimentação e da hidratação, disse que, como médico, tinha que reprovar esta afirmação.

"Não se pode sobreviver após três ou quatro dias sem líquido e, em particular, água em um corpo. Sabemos bem que, quando há um terremoto, após quatro dias é difícil encontrar sobreviventes".

Defanti ressaltou que Eluana "não falava, não se comunicava com o exterior" e que, após vários exames, "nos deparamos com uma moça que tinha perdido a consciência", porque estava com o córtex cerebral prejudicado.

Eluana foi enterrada na quinta-feira passada no túmulo da família na localidade de Paluzza, em Udine, após um funeral que não contou com a presença dos pais.

16:53
Anónimo disse...
Os bombeiros combatem neste sábado os incêndios na Austrália favorecidos pelo bom tempo, enquanto os deslocados encotram em seu retorno casas derruídas, carros queimados nas ruas e destruição.

Depois de sete dias desde que começaram os incêndios no Estado de Victoria, a lista de mortos chega a 181, os desaparecidos somam 50, os edifícios destruídos totalizam 1,834 mil e o terreno arrasado, principalmente florestas, ocupa uma área de 4,13 mil quilômetros quadrados.

As equipes de bombeiros, formadas por 4 mil profissionais de Victoria, de outras partes da Austrália e de países amigos, combateram hoje 12 focos fora de controle e nenhum representava uma ameaça direta para a população.

O subdiretor do Serviço de Bombeiros, Geoff Conway, disse que este tempo favorável, que se prolongará durante o domingo, permite consolidar as linhas de contenção e avançar na extinção das chamas.

Cinzas apareceram arrastadas por ventos do nordeste sobre Melbourne, onde habitam 3,8 milhões de pessoas, e as autoridades alertaram aos cidadãos do risco para a saúde de idosos, crianças e pessoas com problemas respiratórios.

O número de pessoas deslocadas - a Cruz Vermelha chegou a receber 7 mil - começou a cair com a abertura de algumas localidades atingidas.

Os incêndios, alguns criminosos, começaram em 7 de fevereiro, quando a região sul da Austrália estava há duas semanas sob uma onda de calor sem precedentes.

Na sexta-feira passada, a polícia acusou uma pessoa de ter provocado o incêndio que atingiu a localidade de Churchill e matou 21 pessoas.

16:55
Anónimo disse...
A primeira chuva em seis dias reduziu a ameaça de incêndios no Estado de Victoria, ao sul da Austrália. As autoridades, porém, advertiram que ainda existem 12 focos, mas que nenhum deles ameaça áreas povoadas.

Mais de quatro mil bombeiros, mil provenientes de outras partes do país e de outras nações, trabalham contra o fogo. Cerca de 600 veículos e 28 helicópteros e pequenos aviões estão sendo usados.


Eles conseguiram construir linhas de contenção para evitar os incêndios de Yarra e Maroondah se juntassem. Também foram controlados os incêndios abertos de Yea e Murrindindi, que ameaçavam as comunidades de Connellys Creek, Crystal Creek, Scrubby Creek e Native Dog Creek.

O número de mortos chegou a 181, mas as autoridades acreditam que as vítimas devem passar de 200, já que ainda há muitos desaparecidos.

16:55
Anónimo disse...
Aqui nesta coluna, na semana passada, tive a oportunidade de comentar sobre a recente visita do professor brasileiro Pedrinho Guareschi à Austrália. Não dei, porém, os fatos, pois semana passada o assunto era outro.

Hoje, porém, vamos a eles.

No último dia 4 de fevereiro, aconteceu o Seminário "Paulo Freire: Education and Liberation", organizado pelo centro de estudos latino-americanos da Universidade Nacional da Austrália, ou ANU, como é mais conhecida por aqui.

A ANU, para quem não sabe, está entre as 20 melhores universidades do mundo! E tem sede aqui em Camberra, capital da Austrália.

Na abertura do evento, o professor John Minns, diretor do centro latino-americano, ao dar boas-vindas ao público presente, lembrou ser aquele o primeiro seminário exclusivamente dedicado a Paulo Freire na Austrália.

Em seguida, convidou Pedrinho Guareschi, palestrante principal do Seminário, a fazer sua apresentação.

A plateia pode então conhecer, pelas palavras de Pedrinho, um pouco da obra e da vida de Freire, esse brasileiro de fé e valor, que sempre acreditou na educação, sobretudo dos menos favorecidos, analfabetos, como força libertadora.

Como não podia deixar de ser, os conceitos e ideias revolucionários de Paulo Freire, expostos com clareza por Pedrinho, despertaram o interesse e a curiosidade de plateia. A qual, deve-se notar, era na maioria de estudantes, mas de várias nacionalidades, sobretudo australianos e asiáticos.

Na continuação do programa do seminário, que se estendeu por dois dias, outros professores fizeram palestras sobre temas ligados à obra de Paulo Freire.

Interessante, por exemplo, saber que a professora Anne Hickling-Hudson, jamaicana que mora na Austrália há muitos anos (é professora da ANU), conheceu e trabalhou com Freire num workshop educacional durante a revolução na Ilha de Granada, em 1980, antes da invasão dos Estados Unidos...

Ou, então, a palestra da Professora Gerda Roelvink, da Nova Zelândia, que participou do Fórum Social de Porto Alegre em 2005. E essa participação transformou-se em tema de doutorado.

No dia 10, terça-feira passada, o padre Pedrinho Guareschi voltou a falar ao público australiano em grande auditório localizado no belíssimo campus da ANU. Desta vez, sobre a Teologia da Libertação.

Depois da palestra, John Minns mostrou o filme mexicano "O Crime do Padre Amaro", no qual um dos personagens é um padre católico praticante da Teologia da Libertação.

Mais uma vez, foi grande o intersse da platéia, que pode aprender e conhecer um pouco como se desenvolveu aquele importante movimento católico na América Latina.

Fica, assim, ao Pedrinho, bem como a outros brasileiros estudiosos e de bom coração que saem pelo mundo a divulgar aspectos importantes da cultura brasileira, o respeito e a homenagem desta coluna. E... aquele abraço!

16:57
Anónimo disse...
Amanda Kitts perdeu o braço esquerdo em um acidente de automóvel acontecido três anos atrás, mas hoje em dia ela joga futebol americano com seu filho de 12 anos de idade, troca fraldas e abraça as crianças nas três creches Kiddie Cottage que opera em Knoxville, Tennessee. Kitts, 40 anos, faz tudo isso com a ajuda de um novo tipo de braço artificial que se movimenta com mais facilidade do que outros aparelhos e que ela pode controlar utilizando apenas seus pensamentos.

"Eu sou capaz de mexer a mão, o pulso e o cotovelo ao mesmo tempo", diz. "Você pensa e os músculos se movem em seguida".

A recuperação que ela conseguiu resulta de um novo procedimento que vem atraindo crescente atenção porque permite que pessoas movam braços protéticos de forma mais automática do que faziam no passado, simplesmente utilizando nervos reaproveitados em seus cérebros.

A técnica, conhecida como "renervação muscular dirigida", envolve utilizar os nervos que restam depois da amputação de um braço e conectá-los a outro músculo do corpo, em geral no peito. Eletrodos são instalados sobre os músculos do peito, e operam como se fossem antenas. Quando a pessoa deseja mover o braço, o cérebro envia sinais que primeiro resultam em contração dos músculos do peito, os quais enviam um sinal ao braço protético, instruindo-se a se movimentar. O processo não requer mais esforços consciente do que a pessoa teria de exercitar caso ainda tivesse seu braço natural.

Na terça-feira, pesquisadores reportaram em estudo publicado pela versão online do Journal of the American Medical Association que haviam levado a técnica ainda mais à frente, tornando possível a execução de 10 movimentos de mão, pulso e cotovelo diferentes, o que representa uma substancial melhora com relação ao típico repertório protético, que em geral envolve apenas dobrar o cotovelo, girar o pulso e abrir a mão.

"Os novos métodos tiveram impacto dramático em nosso campo de trabalho", disse Stuart Harshbarger, engenheiro biomédico na Universidade Johns Hopkins e diretor do programa de pesquisa sobre próteses, financiado pelas forças armadas, que inclui o trabalho com essa técnica. "O método já está em uso por médicos e cirurgiões comuns em todo o país. A capacidade de controlar um membro protético bastante robusto que ele confere surpreendeu a todos pela qualidade".

Tipicamente, uma pessoa que tenha um braço protético só é capaz de executar alguns poucos movimentos, e muitas vezes com tamanha lentidão que isso só permite a ela atividades limitadas.

Há um motor separado para cada movimento, diz Gerald Loeb, professor de engenharia biomédica na Universidade do Sul da Califórnia, "e esses motores precisam ser controlados de maneira explícita", usualmente por um esforço consciente da pessoa para contrair músculos nas costas ou no bíceps.

"Essencialmente, até agora os pacientes controlavam apenas um motor de cada vez", diz Loeb, "e precisavam pensar cuidadosamente sobre que motor desejavam controlar e como fazê-lo operar, em lugar de simplesmente pensarem em mover o braço e poderem fazê-lo sem delongas".

Antes que Kitts passasse pelo procedimento de renervação, em outubro de 2007, por exemplo, ela precisava movimentar os músculos de suas costas de determinada maneira para fazer com que seu pulso girasse, e flexionar seu bíceps e tríceps para fazer com que o cotovelo se movesse para cima e para baixo. "Era muito trabalho", ela conta. "E não me ajudava muito".

O procedimento de renervação é parte de uma recente explosão de idéias novas e técnicas inovadoras que estão sendo exploradas enquanto os cientistas se esforçam por ajudar as pessoas a compensar melhor a perda de membros ou problemas de paralisia. O esforço vem sendo alimentado pelo aumento no número de amputações causado por diabetes e por ferimentos sofridos pelos militares, e ao mesmo tempo pelos avanços na tecnologia médica.

Os braços se tornaram um dos focos essenciais desse tipo de trabalho. A ciência há muito vem obtendo sucessos no desenvolvimento de próteses de perna, mas é muito mais difícil imitar a complexidade e a destreza das mãos e dos braços.

Os esforços em curso incluem o desenvolvimento de projetos de pele e braços mais sensíveis e mais flexíveis, e o uso de dispositivos acionados por controles sem fio implantado nos braços protéticos, que permitiriam movimentos mais naturais.

Os pesquisadores também vêm usando sensores implantados nos cérebros de cobaias para permitir que dois macacos controlem um braço mecânico, e um teste com um homem paralítico permitiu, com esse método, que ele movimentasse um cursor em uma tela de computador.

Alguns desses métodos, caso venham a ser aperfeiçoados plenamente e consigam aprovação das autoridades regulatórias da saúde, podem no futuro se tornar mais viáveis para os pacientes de amputações.

E embora a técnica da renervação não requeira aprovação das autoridades regulatórias porque é executada por meios cirúrgicos e emprega aparelhos já existentes, ela apresenta limitações que até mesmo seus criadores reconhecem, entre as quais o fato de que não se pode utilizá-la para todos os pacientes, o seu alto custo e o prazo de meses requerido para que os nervos reconectados cresçam e se tornem efetivos.

Ainda assim, os especialistas dizem que é o mais avançado sistema em uso hoje para pacientes reais que permite que o sistema nervoso controle diretamente o movimento de um braço artificial.

Desde sua introdução por Todd Kuiken, médico fisioterapeuta e engenheiro biomédico do Instituto de Reabilitação de Chicago, o método foi empregado em cerca de 30 pacientes nos Estados Unidos, Canadá e Europa, entre os quais oito soldados feridos no Iraque e no Afeganistão.

Muitos dos pacientes, entre os quais o primeiro, Jesse Sullivan, um operário do setor elétrico no Tennessee que perdeu os dois braços quando foi eletrocutado por um cabo, conseguem não apenas manipular seus braços protéticos mas sentir a presença das mãos que já não têm quando alguém toca em seus peitos.

Sullivan, 62 anos, e Kitts, estavam entre os cinco pacientes que participaram do estudo reportado na terça-feira. Em companhia de cinco outras pessoas que não passaram por amputações, eles receberam os eletrodos e foram instruídos a usar pensamentos para fazer com que um braço virtual na tela reproduzisse 10 movimentos diferentes, entre os quais três formas diferentes de aperto de mão.

Os pacientes apresentaram desempenho bastante respeitável, apenas um pouco mais lento e menos preciso do que os dos participantes que não tinham amputações.

"As velocidades de movimento que encontramos em nossos pacientes foram realmente encorajadoras", disse Kuiken. "Eles conseguiram completar a tarefa. É claro que não foram tão competentes quanto as pessoas dotadas de plena capacidade física, mas foram bons o bastante".

Um braço virtual foi usado porque a maioria das próteses existentes não era capaz de acomodar todos aqueles movimentos, no momento da pesquisa, ainda que Sullivan, Kitts e uma terceira paciente, Claudia Mitchell, tenham experimentado dois novos protótipos mais versáteis de braços artificiais, executando tarefas complexas com bolas de tênis e outros objetos.

O trabalho de renervação em soldados apresenta outros desafios, diz Kuiken, porque os ferimentos militares muitas vezes "causam danos muitos extensos" a nervos, músculos ou ossos.

Daniel Acosta, 25 anos, um aviador ferido pela detonação de uma bomba em uma estrada do Iraque em 2005, passou pelo procedimento no ano passado e diz que seu braço esquerdo protético agora se movimenta "muito mais rápido" e de maneira muito mais natural.

"A diferença é que agora não preciso mais pensar para mover o braço", ele diz. "Ele simplesmente se mexe".

Ainda assim, Acosta, de San Antonio, diz que "o processo foi bastante longo" e que os eletrodos precisam ser ajustados para receber os sinais à medida que os nervos crescem ou mudam de posição.

E embora elogiem o método, os especialistas afirmam que a ciência das próteses de braço ainda tem muito por avançar.

"Trata-se de uma parte crucial, mas ainda assim apenas uma parte, das muitas coisas que compreendem a função normal de um braço", disse Loeb, que escreveu um editorial que acompanha o artigo no Journal of the American Medical Association.

"No momento estamos a meio do caminho entre o braço de 'Dr. Fantástico', que fazia involuntariamente a saudação nazista, e o braço de Luke Skywalker em 'Guerra nas Estrelas', que funciona sem nenhum problema assim que é conectado. Creio que precisaremos ainda de muitos anos para conectar todas as peças necessárias a produzir um braço capaz de funcionar normalmente".

17:04
Anónimo disse...
A Espanha disse neste sábado que está preparando uma reclamação oficial contra a decisão da Venezuela de expulsar um membro do Parlamento Europeu que criticou o conselho eleitoral venezuelano.
Luis Herrero, membro do partido conservador espanhol PP, foi deportado na sexta-feira depois que o Conselho Nacional Eleitoral (CNE) o acusou de questionar a imparcialidade da instituição antes de um referendo que pode permitir ao presidente Hugo Chávez permanecer no cargo indefinidamente.

Herrero estava na Venezuela como observador do referendo. Ele acusou Chávez de ter "comportamentos típicos de um ditador" por pedir a contenção de manifestações da oposição.

O governo da Espanha convocou um encontro com o embaixador da Venezuela em Madri para expressar a desaprovação sobre a expulsão de Herrero, disse um representante do Ministério das Relações Exteriores espanhol.

As relações da Venezuela com a Espanha tiveram seu ponto crítico em 2007, quando Chávez ameaçou rever acordos diplomáticos e comerciais depois de ouvir um "cala a boca" do rei espanhol Juan Carlos durante uma cúpula.

A fenda foi oficialmente reparada em 2008, com uma visita oficial de Chávez à Espanha, onde ele cumprimentou o rei e discutiu acordos para investimento no setor petroquímico com o primeiro-ministro José Luis Rodriguez Zapatero.

17:06
Anónimo disse...
A polícia do Zimbábue anunciou neste sábado que acusa de traição Roy Bennett, dirigente do até agora opositor Movimento para a Mudança Democrática (MDC), detido na sexta-feira, em Harare, poucas horas antes da cerimônia de posse dos membros do novo gabinete.

"A Polícia nos informou que vão apresentar acusações de traição", disse à agência EFE o advogado de defesa de Bennett, Trust Maanda.

"Tentam relacionar Roy com o caso de Mike Hitschmann, que foi detido em 2006 em relação à descoberta de um carregamento de armas, apesar de que Hitschmann não tenha sido declarado culpado das acusações de traição apresentadas contra ele, mas de um crime menor de descumprimento de leis", disse Maanda.

O político opositor, designado por seu partido como vice-ministro de Agricultura no Governo de união nacional, esteve no exílio na vizinha África do Sul desde 2006 e retornou ao Zimbábue há duas semanas.

Segundo a Polícia, que deteve Bennett ontem no aeroporto de Harare quando pretendia ir à África do Sul para visitar sua família, as armas apreendidas em 2006 seriam utilizadas em um golpe de Estado para derrubar o presidente do Zimbábue, Robert Mugabe.

Depois da detenção, Bennet foi levado a Mutar, onde vários simpatizantes do MDC se concentraram em frente à delegacia na qual estava detido, diante do que a Polícia respondeu com tiros para o alto para dispersar os manifestantes.

17:07
Anónimo disse...
Austrália: 14 mil se candidatam a 'emprego dos sonhos'

A secretaria de Turismo de Queensland, na Austrália, informou que até esta segunda-feira já recebeu cerca de 14 mil inscrições para o "o melhor emprego do mundo". O Estado australiano promove pela internet seleção para vaga de "zelador" da ilha Hamilton, por seis meses com um salário de R$ 40 mil.

Muitos candidatos tiveram problemas durante a inscrição por conta dos acessos simultâneos ao site. A secretaria aconselha enviar os vídeos de 60s explicando porque deve ser escolhido em horários alternativos do dia, além de recomendar tamanho em torno de 40MB.

As inscrições começaram em 12 de janeiro e vão até o próximo dia 22 e podem ser feitas pelo site www.islandreefjob.com. O governo australiano escolherá 50 candidatos para a próxima fase da seleção, que terá votos do público para eleger um dos 11 finalistas.

A última fase terá entrevistas e desafios físicos, no próprio local de trabalho: as ilhas da Grande Barreira Coralina - o maior recife de coral do mundo. A secretaria de Turismo anunciará o vencedor no dia 6 de maio.

17:09
Anónimo disse...
Mercado elogia governo na crise, mas pede maior queda no juro

Peter Fussy
Direto de São Paulo

Desde as primeiras medidas anunciadas para combater os efeitos da crise, o governo brasileiro avisou que a estratégia não contemplaria um pacote. Seriam doses pontuais, de acordo com a necessidade da economia diante do agravamento das turbulências. Da primeira liberação dos depósitos compulsórios em setembro até a ampliação do seguro-desemprego na última quarta-feira, o governo passou por redução de impostos, ampliação de crédito e incentivos à exportação. Quase 150 dias após a primeira medida, o Terra conversou com líderes do setor público e privado, representantes dos trabalhadores, acadêmicos e com o próprio governo para saber quais destas ações foram mais eficazes, quais foram mais ineficientes e o que mais pode ser feito pelo Estado brasileiro contra a crise.

Os maiores elogios foram direcionados à atitude de reduzir o Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) para a indústria automobilística, anunciada em dezembro e que fez com que os emplacamentos de carros novos subissem 1,9% no primeiro mês do ano em relação a dezembro de 2008. Já as maiores críticas foram para a lentidão no corte da taxa básica de juro do País.

Para o presidente do conselho administrativo do Grupo Pão de Açúcar, Abílio Diniz, o Estado não é responsável pela crise e mesmo assim está agindo "com extrema serenidade e muito acerto". "O governo está atento, fazendo a sua parte. É preciso coragem de baixar firmemente a taxa de juros. É uma arma que temos a nosso favor, já que não há clima para inflação, nem possibilidade de danos para a macroeconomia", afirmou Diniz.

Na última reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), em janeiro, a taxa Selic foi reduzida em um ponto percentual, de 13,75% para 12,75% ao ano. Porém, o professor de economia da Universidade de Brasília (UnB) José Luiz Oreiro lembra que este corte representa uma redução de apenas 0,25 ponto percentual com relação à taxa de setembro do ano passado, quando a crise se agravou.

"Pouco antes da eclosão da crise, o Banco Central aumentou a taxa em 0,75 ponto. Foram cinco meses de demora para reduzir em termos líquidos apenas 0,25 ponto", afirmou o economista, que também sugeriu redução do intervalo de cerca de 90 dias entre as reuniões do Copom e o corte de pelo menos um 1 ponto percentual em cada reunião.

Mesmo com o corte de janeiro, a taxa de juros real continua sendo a maior do mundo, lembrou o secretário-geral da Força Sindical, João Carlos Gonçalves, o Juruna. "A redução da taxa de juro ainda é pequena, porque ela continua uma das mais altas do mundo. Falta ousadia para baixar os juros e ajudar o cidadão. A permanência da taxa de juro alta é negativa para o País em meio a crise", afirmou Juruna.

Embora aprove as ações do governo, o senador Aloízio Mercadante (PT-SP) também acredita que o patamar da Selic está muito alto. "Sempre fomos os primeiros a entrar em qualquer crise, o que não aconteceu agora. A taxa Selic ainda é muito alta, mas o governo têm tomado medidas acertadas, como o aumento do salário mínimo, mesmo com um cenário de crise. Isso ajuda a movimentar o consumo. O governo está se esforçando para manter os investimentos e o crescimento", disse.

Tributos
De acordo com o economista Fabio Pina, da Fecomercio-SP, as ações mais positivas estão relacionadas à redução de tributos para alguns segmentos, como a indústria automobilística, que recuperou parte da queda nas vendas em janeiro com a isenção do IPI para carros 1.0 l e o corte para demais motorizações. A medida vale até o final de março.

"Essas medidas não só reduziram o preço, mas anteciparam o consumo daqueles que iriam comprar no futuro, dando um prêmio por conta da insegurança. Mexe diretamente com o principal problema que é a confiança do consumidor", afirmou. Juruna destacou que um bom ritmo de vendas é garantia de emprego. "É importante porque cada emprego na montadora significa 19 na cadeia produtiva", comentou o representante da Força Sindical.

Também em dezembro, o governo decidiu cortar pela metade a alíquota do Imposto de Renda para contribuintes que ganham entre R$ 1.434 e R$ 2.150 mensais. "O salário aumentava e a tabela não se modificava. As pessoas ganhavam mais e pagavam mais impostos", apontou Juruna. Outra redução de tributos do governo foi com relação ao Imposto sobre Operações Financeiras (IOF), que caiu de 3% ao ano para 1,5%.

Crédito
Na segunda metade de 2008, o colapso de bancos nos Estados Unidos por conta da crise do subprime provocou uma forte restrição de crédito no mundo inteiro. Uma das primeiras medidas anticrise do governo teve como objetivo restabelecer a oferta, com mudanças no recolhimento dos depósitos compulsórios por parte dos bancos. Segundo o presidente do Banco Central, Henrique Meirelles, as diversas modificações liberaram US$ 99,2 bilhões aos bancos até o final de janeiro.

Além disso, o governo concedeu R$ 36 bilhões das reservas internacionais para empresas brasileiras com dívidas no exterior e uma medida provisória autorizou o Banco do Brasil e a Caixa Econômica Federal a comprar carteiras de crédito de bancos privados. Para o diretor do Departamento de Pesquisas e Estudos Econômicos da Fiesp, Paulo Francini, estas medidas foram essenciais para combater os efeitos da crise.

"A crise se desenvolve no mundo em torno do tema crédito. E o crédito reduziu-se barbaridade no mundo. Então o governo lança mão de compulsório, lança mão de reservas, de medidas que permitem aos bancos comprar carteiras de bancos. Você vai tomando várias medidas para atender às demandas e o epicentro disso é crédito", afirmou.

No entanto, Oreiro, da UnB, adverte que a liberação dos compulsórios seria mais eficiente acompanhada de redução mais agressiva da taxa básica de juro. "Uma parte do crédito voltou, depois da forte retração em outubro e novembro. O que deveria ter sido feito junto à liberação do compulsório era uma redução mais drástica da taxa de juro. Sem isso, os bancos pegam as reservas e acabam comprando títulos públicos", explicou o economista.

Na opinião de Pina, as ações de distribuição de crédito via redução do compulsório e a disposição de capital de giro para empresas foram tomadas sem um cuidado maior na operação e não tiveram muito efeito. "O BNDES tem linhas que ficam paradas quase todo o ano, agora é pior ainda. Existem os recursos, mas as empresas e os bancos estão desconfiados. É preciso fazer com que os bancos tenham interesse em emprestar", afirmou o economista da Fecomercio-SP.

Futuro
Mesmo com todas essas medidas, a crise financeira ainda gera incertezas nos setores produtivos do País. Nos últimos meses, o medo do desemprego fez os consumidores adiarem compras. Por sua vez, a queda nas vendas pode obrigar as indústrias a cortarem a produção e demitir funcionários. Contra isso, empresários sugerem redução de jornada e de salários.

"Isto está previsto em lei. A Fiesp simplesmente manteve conversações com entidades sindicais quanto à aplicação daquilo que já está previsto em lei", afirmou Francini.

Segundo a ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff, uma das medidas que assegura um nível de emprego é a manutenção de investimentos no Programa de Aceleração do Crescimento (PAC). "Estamos esperando que a dificuldade ocorra em janeiro, fevereiro e março. Estamos certos que vamos manter o nível de investimento. É isso que funciona, é isso que significa investimento público. Ele funciona como um colchão. Por isso, nós colocamos R$ 100 bilhões no BNDES e a Petrobras ampliou o seu investimento em R$ 120 bilhões", afirmou.

Na mesma linha, Pina explica que a antecipação de gastos do governo substitui parte da demanda retraída do setor privado. "Ele dá o seguinte recado: não vou estourar as contas públicas, mas concentrar em um momento em que a demanda privada está pequena. Mas o governo não tem fôlego suficiente para fazer o papel de toda demanda", ressaltou. O economista da Fecomercio lembrou que a entidade já pleiteou junto ao governo isenções para transferência de imóveis e de automóveis, além de retirar o IPVA para veículos novos.

Já Oreiro foca suas propostas na capitalização do Banco do Brasil e da Caixa Econômica Federal pelo Tesouro para atender a demanda de crédito para capital de giro e reduzir o spread. "Aumentando o empréstimo e reduzindo as taxas, os dois vão forçar os bancos privados a acompanhar o movimento, até para não perderem participação no mercado", explicou o economista da UnB.

Até o Carnaval, o governou prometeu detalhar um pacote de incentivos para a construção de até um milhão de casas populares, direcionado a famílias com renda de até dez salários mínimos. "Estamos atentos a tudo o que está acontecendo e novas medidas serão tomadas caso haja uma avaliação de que sejam necessárias", disse o ministro da Fazenda, Guido Mantega, na última sexta-feira.

17:11
Anónimo disse...
Ex-ministro critica extensão do seguro-desemprego

Atualizada às 09h03

O ex-ministro do Trabalho Almir Pazzianotto criticou a decisão do governo federal de conceder o seguro-desemprego estendido a apenas alguns setores. "É certamente odioso e provavelmente inconstitucional", disse Pazzianotto, de acordo com o jornal O Estado de S. Paulo.

Na última qurta, dia do anúncio da medida, centrais sindicais elogiaram a atitude do governo. A Força Sindical divulgou nota dizendo que "o aumento ajudará a aquecer parte da economia, já que irá gerar mais consumo, produção e conseqüentemente, a criação de novos postos de trabalho". A União Geral dos Trabalhadores (UGT) afirmou que a medida "contribuirá para minimizar o drama dos trabalhadores que perderem seu emprego por conta da crise".

O ex-ministro, que instituiu o seguro-desemprego no País no governo de José Sarney, destacou a necessidade de as centrais sindicais se manifestarem contra a determinação. Para ele, as mudanças devem ser aplicadas a todas as categorias profissionais e a distinção é contrária ao artigo 3º da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT).

Pazzianotto atribui a medida a um possível temor do governo de que a crise econômica seja longa e não haja dinheiro para atender a todas as necessidades. Ainda assim, ele se mostra contrário ao método de concessão. "O seguro-desemprego ajuda a sanar necessidades básicas. Estendê-lo é paliativo, não a solução", disse ao jornal.

De acordo com o presidente do Conselho Deliberativo do Fundo de Amparo ao Trabalhador (Codefat) e conselheiro da Força Sindical, Luiz Fernando Emediato, a determinação já estava prevista na lei 8.900/94, que trata do seguro-desemprego.

O presidente da Comissão de Trabalho da Câmara, Pedro Fernandes (PTB-MA) vai além na crítica à concessão do seguro para apenas alguns setores. Ele acredita que a ampliação do benefício estimula o desemprego.

Quintino Severo, secretário geral da Central Única dos Trabalhadores (CUT), lembra que a ampliação do benefício sem critério e identificação pode incentivar demissões em outros setores.

17:13
Anónimo disse...
Empresas
TAM faz promoção para destinos internacionais

A companhia aérea TAM anunciou nesta sexta-feira tarifas promocionais para trechos internacionais. Os preços valem para bilhetes comprados entre 6h deste sábado e 23h59 deste domingo e são válidos para classe econômica. As tarifas, para ida e volta, serão vendidas a partir de US$ 99, mais taxas.

Segundo a aérea, a promoção vale para viagens feitas no período de 14 de fevereiro a 18 de junho de 2009. Para destinos na América do Sul, a permanência mínima é de dois dias; para bilhetes com destino nos Estados Unidos, cinco dias; e Europa, sete dias. A permanência máxima para as passagens para América do Sul e EUA é de dois meses e para Europa, três meses.

Entre os exemplos de tarifas promocionais, a TAM oferece São Paulo-Lima por US$ 99. Bilhetes para a rota São Paulo-Santiago serão vendidos a partir de US$ 199 e São Paulo-Nova York, US$ 799.

A emissão dos bilhetes deve ser feita obrigatoriamente no ato da reserva, obedecendo às regras estipuladas pela companhia. A compra está sujeita à disponibilidade de assentos nas classes tarifárias determinadas, trechos, horários e datas. A TAM afirmou que também há tarifas promocionais para a classe executiva.

Mais informações podem ser encontradas no site promocional (www.ofertastam.com.br), no site da empresa (www.tam.com.br) ou pelos telefones 4002-5700 ou 0800 5705700.

17:13
Anónimo disse...
Empresas
Consultoria negocia compra do parque temático Hopi Hari

A consultoria especializada em reestruturação de empresas Íntegra Associados informou nesta sexta-feira ter um acordo para comprar o parque de diversões Hopi Hari, localizado no interior de São Paulo. A empresa estaria disposta a investir R$ 10 milhões no parque, que tem dívida estimada em R$ 800 milhões. As informações são da edição deste sábado do jornal Folha de S. Paulo.

De acordo com o jornal, a transação ainda depende da negociação entre o Hopi Hari e seus credores, o que já estaria em andamento.

A consultoria paulista já atuou junto à Parmalat, durante 30 meses, quando reorganizou a gestão da empresa italiana.

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17:14
Anónimo disse...
Empresas
Disney de Tóquio contratará mais 2 mil apesar da crise


A Oriental Land, o operador da Disneylândia Tóquio e DisneySea, organizou neste domingo entrevistas para contratar cerca de 2 mil trabalhadores em tempo parcial, em um momento de grandes demissões deste tipo de empregados no Japão.

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O operador deste parque temático, situado em Urayasu, na província de Chiba (leste de Tóquio), está em pleno processo de seleção de empregados para 20 tipos de postos trabalhistas diferentes.

Segundo a companhia, citada pela agência local de notícias Kyodo, o parque contratará novos trabalhadores para as atrações, para os restaurantes e guardas de segurança entre outros. Os novos contratados começarão a trabalhar a partir de fevereiro.

O processo de seleção acontece em um momento em que a maioria das grandes companhias japonesas começaram a se ver obrigadas a despedir uma elevada percentagem de seus trabalhadores temporários e a tempo parcial.

Algumas inclusive anunciaram demissões de seus trabalhadores fixos, uma medida muito pouco comum nas companhias japonesas, perante os efeitos piores que o esperado pela crise econômica global.

Cerca de uma centena de pessoas esperavam desde a primeira hora desta manhã a abertura do centro de conferências Tokyo International Forum, onde as entrevistas estão sendo feitas, para ser os primeiros a solicitar os postos de trabalho.


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17:15
Anónimo disse...
Economia Internacional
Senado dos EUA aprova plano de estímulo à economia

O Senado dos Estados Unidos aprovou com 60 votos a favor e 38 contra o plano de estímulo à economia de US$ 787 bilhões na madrugada deste sábado. Agora, ele segue para sanção ou veto do presidente Barack Obama, que espera colocar a lei em prática até o dia 16 de fevereiro.

O plano prevê a criação de três milhões de empregos, inclui cortes de impostos às famílias, fundos para programas sociais e obras públicas, além de ajuda aos governos estaduais, estudantes e desempregados.

A cláusula Buy American - que exige o uso de ferro, aço e produtos manufaturados dos Estados Unidos em obras realizadas com recursos do pacote - ficou de lado. Segundo o texto definitivo, a cláusula será aplicada sem violar as normas do comércio internacional.

Ontem à tarde, a Câmara de Representantes (deputados) havia aprovado, por 246 votos a favor e 183 contra, a versão final do plano. Todos os republicanos foram contrários ao pacote.

Pelo acordo de quarta-feira entre Câmara e Senado, em vez de custar US$ 819 bilhões, como queriam os deputados, ou US$ 838 bilhões como pretendiam os senadores, o pacote ficou em cerca de US$ 787 bilhões, com 65% desse total destinado a gastos do governo federal e 35%, a créditos tributários.

17:16
Anónimo disse...
Economia nacional
Na era Lula, aposentadoria sobe 54% menos que salário mínimo

Thatiane Faria
Especial para o Terra
Direto de São Paulo

Os índices de reajustes concedidos pelo governo em 2009 para aposentados e pensionistas e para o salário mínimo repetiram uma diferença que, só durante o governo de Luiz Inácio Lula da Silva, já chega a 54%. Enquanto o mínimo foi majorado em 12% este ano, as pensões e aposentadorias tiveram aumento de 5,92%. Aposentados que têm o benefício do governo como única fonte de renda reclamam que perdem poder de compra e que sua cesta de compras é composta por itens que aumentam mais em relação à inflação oficial.

Um exemplo prático pode ser entendido a partir da comparação entre um aposentado que ganhava R$ 600 em janeiro de 2003. Na época, o benefício era três vezes, ou 200%, maior que o valor do mínimo em vigência, que era de R$ 200. Aplicando-se os índices de reajuste para aposentadorias e para o mínimo durante os últimos seis anos, o mesmo aposentado estaria recebendo hoje R$ 938,47, comparado a um salário mínimo de R$ 465. A diferença entre os dois valores caiu para pouco mais de 100%.

Enquanto o índice acumulado de reajuste para a aposentadoria durante o governo Lula foi de 60%, para o salário mínimo está em 132%.

O diretor do Sindicato Nacional dos Aposentados, João Inocentini, reclama que os valores dos benefícios para aposentadorias não mantêm o poder de compra do grupo, principalmente dos aposentados que recebem menos que dez salários mínimos.

Nem mesmo o fato de o índice de reajuste das aposentadorias ter ficado acima da inflação acumulada no mesmo período (o IPCA entre janeiro de 2003 e janeiro de 2009 foi de 39,7%) serve de argumento, segundo os aposentados.

"Os idosos, principalmente, têm gastos além das contas gerais como gás, telefone e aluguel. Para eles o custo com remédios, e outros itens da área saúde costuma ser maior", afirmou Inocentini.

O presidente do sindicato afirmou que o grupo realiza um estudo com 100 itens de necessidade de um idoso para comparar o aumento dos produtos com o índice de reajuste do benefício recebido pelos aposentados.

"Daqui dois meses vamos abrir um processo na Justiça e levar essa pesquisa como prova. Segundo a lei, o governo é obrigado a manter o poder de compra com a aposentadoria", disse Inocentini.

Alternativas
O consultor financeiro Cláudio Boriola diz que os aposentados, especialmente nesse momento de crise econômica, devem evitar compras parceladas, pesquisar preços, negociar e fazer bom planejamento financeiro.

Segundo Boriola, alguns aposentados ganham um valor mensal muitas vezes insuficiente para o pagamento das contas e acabam pedindo crédito ou realizando pagamentos a prazo e são obrigados a pagar juros altos.

Na opinião do consultor, pagar uma previdência privada é uma alternativa indicada para quem ainda trabalha, considerando a característica de perda de poder de compra da aposentadoria.

"Na prática, infelizmente os valores encontram-se em um patamar que está deteriorando o poder de aquisição da população brasileira", completou Boriola.

De acordo com o diretor da Confederação Brasileira de Aposentados e Pensionistas (Cobap), Vicente Fernandes Barbosa, representantes dos aposentados tentarão um encontro com o presidente da Câmara, deputado Michel Temer (PMDB-SP), para discutir projetos que minimizem a perda dos aposentados

17:17
Anónimo disse...
Previdência
Previdência prorroga isenção de tarifas no benefício

O atual sistema de pagamento aos 26 milhões de aposentados e pensionistas do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) será mantido até o final deste ano. O acordo, que permite realizar a operação sem nenhum custo aos beneficiários, foi renovado nesta sexta-feira, entre o governo federal e 21 instituições financeiras.

Por meio desse acordo, vigente desde setembro de 2007, nem os segurados, nem os bancos e nem o governo arcam com o pagamento de tarifas, conforme explicou o ministro da Previdência Social, José Pimentel. A prorrogação vale até dezembro, data máxima para que a Previdência defina as regras para um novo contrato.

Ao assinar o termo de renovação, na sede da Federação Brasileira dos Bancos (Febraban), o ministro disse que a intenção do governo é mudar o atual modelo de gestão visando a reduzir os custos dessas operações em torno da folha mensal, que atinge R$ 15,8 bilhões. No entanto, qualquer alteração, conforme explicou, passará antes por audiências públicas a serem realizadas a partir do segundo semestre deste ano, atendendo a determinação do Tribunal de Contas da União (TCU).

De acordo com Pimentel, com um redesenho do mecanismo de repasse dos recursos aos bancos em torno da folha de pagamento dos segurados o que se busca é um aumento da participação de instituições financeiras. Ele informou que, desde 2007, cada benefício custa em média R$ 1,07 ao governo. "Quanto mais instituições financeiras estiverem prestando serviços à sociedade, maior é a competitividade, a agilidade no atendimento", justificou.

O ministro observou, ainda, que, para permitir uma redução para algo em torno de meia hora no tempo de atendimento para a concessão dos direitos previdenciários, o governo investiu R$ 280 milhões.

Questionado sobre o descontentamento dos segurados que ganham acima de um salário mínimo terem obtido apenas a correção com base na variação do Índice de Preços ao Consumidor (INPC) , ficando abaixo do reajuste dado a quem recebe apenas o mínimo, Pimentel argumentou que o governo seguiu o que determina a lei e descartou a possibilidade de uma revisão

17:17
Anónimo disse...
Empresas
Caterpillar oferece aposentadoria antecipada a 2 mil


A companhia americana Caterpillar ofereceu a cerca de dois mil funcionários incentivos para que se aposentem de forma voluntária antes do previsto, pela perspectiva de uma queda "significativa" da atividade industrial, informou nesta quarta-feira a empresa.

A iniciativa, destinada aos trabalhadores de diversas fábricas em Illinois, Colorado, Tennessee e Pensilvânia, se soma aos cortes de empregos anunciados em janeiro, explicou em comunicado de imprensa.

A empresa, a maior fabricante mundial de maquinaria pesada para a construção e a mineração, acrescentou que, "em função das condições de negócio, podem ser necessárias mais reduções de elenco voluntárias e involuntárias à medida que o ano avança".

O vice-presidente da companhia, Sid Banwart, explicou que a empresa prevê "demissões significativas em todas as regiões geográficas e na maioria dos setores devido às dificuldades da economia mundial".

17:18
Anónimo disse...
Comércio
Comércio exterior da OCDE caiu no 3º trimestre de 2008


As exportações e as importações dos países da Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Econômico (OCDE) caíram 1,6% e 0,2%, respectivamente, no terceiro trimestre de 2008, em relação aos três meses anteriores.

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Trata-se da primeira queda destas atividades desde o terceiro trimestre de 2006, segundo o último relatório trimestral sobre fluxos comerciais divulgado pela OCDE.

As exportações e as importações em dólares dos 30 Estados-membros caíram 15,6% e 17%, respectivamente, na comparação anualizada.

Por sua vez, o comércio dos sete países mais ricos do mundo (G7) teve um pequeno crescimento no terceiro trimestre de 2008 com uma queda das exportações de mercadorias de 0,2% em relação ao trimestre anterior e um aumento de 0,4% das importações.

Em termos anualizados, as importações do G7 caíram 1,4% entre julho e setembro do ano passado, seu primeiro retrocesso desde o terceiro trimestre de 2006, enquanto as exportações aumentaram 1,9%, seu crescimento mais baixo no mesmo tempo.

Por países, a Alemanha aumentou suas importações em 3,4% - valor mais alto do G7 -, enquanto suas exportações caíram 2,9% do segundo para o terceiro trimestre de 2008.

Pelo contrário, as exportações americanas aumentaram 1,8% entre julho e setembro de 2008, enquanto as importações caíram 0,7% em relação ao trimestre anterior. No Japão, tanto as importações quanto as exportações caíram em torno de 1% no mesmo período.

17:19
Anónimo disse...
Economia Nacional
Lula: juros de crédito consignado a aposentados são altos

Atualizada às 17h29

O presidente Luis Inácio Lula da Silva afirmou nesta terça-feira, em São Paulo, que está lutando para reduzir as taxas de juros cobradas de aposentados em crédito consignado. A Previdência Social estabelece uma taxa máxima de 2,5% para empréstimo e de 3,5% para cartão. Para Lula, os valores são altos.

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"Acho que o juro que os aposentados estão pagando hoje com o crédito consignado é alto para o padrão brasileiro", disse o presidente durante a cerimônia de comemoração dos 86 anos do INSS.

A Previdência anunciou nesta terça-feira que aposentados e trabalhadoras com licença-maternidade poderão receber seus benefícios em 30 minutos. De acordo com Lula, em junho, a aposentadoria do trabalhador rural também será conseguida em meia hora.

Além disso, o presidente anunciou que, também em junho, os trabalhadores que alcançarem o direito à aposentadoria passarão a receber em suas casas um comunicado da Previdência informando o fato e o valor do salário que têm direito a receber. "É um comprometimento público que estou fazendo com os companheiros da Previdência Social", disse.

"Estamos retribuindo ao contribuinte da Previdência Social aquilo que é a cidadania que ele tem direito", afirmou Lula. "Se para cobrar nós somos tão precisos, para devolver o dinheiro, temos que chegar próximo à perfeição", completou.

17:20
Anónimo disse...
Economia Nacional
Salário maternidade sairá em 30 minutos, diz ministro

Toda trabalhadora autônoma que tiver contribuído pelo menos 10 meses com o Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) - ou as que possuírem carteira assinada - poderão receber em 30 minutos o salário maternidade a partir desta terça-feira. Da mesma forma, as mulheres com 30 anos de contribuição e os homens com 35 anos também terão direito ao benefício de forma mais rápida. A informação é do ministro da Previdência Social, José Pimentel.

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Para requerer o salário maternidade, é preciso que as autônomas levem a carteira de identidade e o carnê de contribuição. As demais trabalhadoras devem apresentar a identificação e a carteira de trabalho. Desde o início do mês, a nova forma de análise para a concessão de benefícios foi adotada para a aposentadoria por idade do trabalhador urbano e agora foi estendida para o salário maternidade e por tempo de contribuição.

O ministro disse que a qualificação do serviço da previdência social é o reconhecimento do direito dos trabalhadores e da afirmação da cidadania.

"Até pouco tempo na cabeça do cidadão o serviço devia ser de péssima qualidade. Agora não, nós modificamos toda a legislação no mês de dezembro numa ação conjunta do Congresso Nacional com o governo federal. Estamos implantando e concedendo os benefícios em até 30 minutos", afirmou.

O ministro destacou que para conseguir se aposentar ou ter acesso à licença maternidade em 30 minutos, em primeiro lugar, é necessário que o cidadão esteja vinculado à Previdência, o que inclui 65% da população acima de 16 anos de idade.

"Depois bastar marcar pelo sistema 135 o dia e a hora do atendimento e levar a documentação. Se todos os dados necessários estiverem corretos o contribuinte será atendido em até 30 minutos, como vem sendo feito com as aposentadorias por idade desde o dia cinco de janeiro", explicou.

Pimentel disse ainda que em 90% das agências da previdência social o atendimento é marcado em até 48 horas. Nos grandes centros, entretanto existe um volume maior o que torna mais lento o processo.

"Estamos criando mais 715 agências até 2010, em todo o território nacional, para descentralizar o atendimento. Em 2008, atendemos 295 mil benefícios e aposentadorias por idade. Temos 4 mil pessoas por dia procurando e se aposentando por idade no território nacional. Este serviço será agilizado", concluiu.
17:27
Anónimo disse...
Giuseppe Englaro, pai de Eluana, a italiana que morreu na segunda-feira passada por desidratação, recusou uma grande soma de dinheiro de um conhecido fotógrafo italiano que queria retratar a filha em estado de coma, disse neste sábado o neurologista que atendia a mulher desde 1996, Carlo Defanti.

O neurologista, que participou hoje de uma conferência sobre eutanásia, disse que Englaro respeitou a vontade da filha, que, antes do acidente, tinha pedido que, se lhe ocorresse qualquer coisa irreversível, apresentasse sua imagem de quando estava em boas condições.

Antes de sofrer o acidente de trânsito, em 1992, Eluana viveu o coma de um amigo, Alessandro, o que causou forte impacto na italiana e a levou a fazer o pai prometer que não a deixasse viver em estado vegetativo, disse o próprio Giuseppe Englaro.

Defanti, que dissera que Eluana poderia viver de dez a 12 dias depois da suspensão da alimentação e da hidratação, disse que, como médico, tinha que reprovar esta afirmação.

"Não se pode sobreviver após três ou quatro dias sem líquido e, em particular, água em um corpo. Sabemos bem que, quando há um terremoto, após quatro dias é difícil encontrar sobreviventes".

Defanti ressaltou que Eluana "não falava, não se comunicava com o exterior" e que, após vários exames, "nos deparamos com uma moça que tinha perdido a consciência", porque estava com o córtex cerebral prejudicado.

Eluana foi enterrada na quinta-feira passada no túmulo da família na localidade de Paluzza, em Udine, após um funeral que não contou com a presença dos pais.

16:53
Anónimo disse...
Os bombeiros combatem neste sábado os incêndios na Austrália favorecidos pelo bom tempo, enquanto os deslocados encotram em seu retorno casas derruídas, carros queimados nas ruas e destruição.

Depois de sete dias desde que começaram os incêndios no Estado de Victoria, a lista de mortos chega a 181, os desaparecidos somam 50, os edifícios destruídos totalizam 1,834 mil e o terreno arrasado, principalmente florestas, ocupa uma área de 4,13 mil quilômetros quadrados.

As equipes de bombeiros, formadas por 4 mil profissionais de Victoria, de outras partes da Austrália e de países amigos, combateram hoje 12 focos fora de controle e nenhum representava uma ameaça direta para a população.

O subdiretor do Serviço de Bombeiros, Geoff Conway, disse que este tempo favorável, que se prolongará durante o domingo, permite consolidar as linhas de contenção e avançar na extinção das chamas.

Cinzas apareceram arrastadas por ventos do nordeste sobre Melbourne, onde habitam 3,8 milhões de pessoas, e as autoridades alertaram aos cidadãos do risco para a saúde de idosos, crianças e pessoas com problemas respiratórios.

O número de pessoas deslocadas - a Cruz Vermelha chegou a receber 7 mil - começou a cair com a abertura de algumas localidades atingidas.

Os incêndios, alguns criminosos, começaram em 7 de fevereiro, quando a região sul da Austrália estava há duas semanas sob uma onda de calor sem precedentes.

Na sexta-feira passada, a polícia acusou uma pessoa de ter provocado o incêndio que atingiu a localidade de Churchill e matou 21 pessoas.

16:55
Anónimo disse...
A primeira chuva em seis dias reduziu a ameaça de incêndios no Estado de Victoria, ao sul da Austrália. As autoridades, porém, advertiram que ainda existem 12 focos, mas que nenhum deles ameaça áreas povoadas.

Mais de quatro mil bombeiros, mil provenientes de outras partes do país e de outras nações, trabalham contra o fogo. Cerca de 600 veículos e 28 helicópteros e pequenos aviões estão sendo usados.


Eles conseguiram construir linhas de contenção para evitar os incêndios de Yarra e Maroondah se juntassem. Também foram controlados os incêndios abertos de Yea e Murrindindi, que ameaçavam as comunidades de Connellys Creek, Crystal Creek, Scrubby Creek e Native Dog Creek.

O número de mortos chegou a 181, mas as autoridades acreditam que as vítimas devem passar de 200, já que ainda há muitos desaparecidos.

16:55
Anónimo disse...
Aqui nesta coluna, na semana passada, tive a oportunidade de comentar sobre a recente visita do professor brasileiro Pedrinho Guareschi à Austrália. Não dei, porém, os fatos, pois semana passada o assunto era outro.

Hoje, porém, vamos a eles.

No último dia 4 de fevereiro, aconteceu o Seminário "Paulo Freire: Education and Liberation", organizado pelo centro de estudos latino-americanos da Universidade Nacional da Austrália, ou ANU, como é mais conhecida por aqui.

A ANU, para quem não sabe, está entre as 20 melhores universidades do mundo! E tem sede aqui em Camberra, capital da Austrália.

Na abertura do evento, o professor John Minns, diretor do centro latino-americano, ao dar boas-vindas ao público presente, lembrou ser aquele o primeiro seminário exclusivamente dedicado a Paulo Freire na Austrália.

Em seguida, convidou Pedrinho Guareschi, palestrante principal do Seminário, a fazer sua apresentação.

A plateia pode então conhecer, pelas palavras de Pedrinho, um pouco da obra e da vida de Freire, esse brasileiro de fé e valor, que sempre acreditou na educação, sobretudo dos menos favorecidos, analfabetos, como força libertadora.

Como não podia deixar de ser, os conceitos e ideias revolucionários de Paulo Freire, expostos com clareza por Pedrinho, despertaram o interesse e a curiosidade de plateia. A qual, deve-se notar, era na maioria de estudantes, mas de várias nacionalidades, sobretudo australianos e asiáticos.

Na continuação do programa do seminário, que se estendeu por dois dias, outros professores fizeram palestras sobre temas ligados à obra de Paulo Freire.

Interessante, por exemplo, saber que a professora Anne Hickling-Hudson, jamaicana que mora na Austrália há muitos anos (é professora da ANU), conheceu e trabalhou com Freire num workshop educacional durante a revolução na Ilha de Granada, em 1980, antes da invasão dos Estados Unidos...

Ou, então, a palestra da Professora Gerda Roelvink, da Nova Zelândia, que participou do Fórum Social de Porto Alegre em 2005. E essa participação transformou-se em tema de doutorado.

No dia 10, terça-feira passada, o padre Pedrinho Guareschi voltou a falar ao público australiano em grande auditório localizado no belíssimo campus da ANU. Desta vez, sobre a Teologia da Libertação.

Depois da palestra, John Minns mostrou o filme mexicano "O Crime do Padre Amaro", no qual um dos personagens é um padre católico praticante da Teologia da Libertação.

Mais uma vez, foi grande o intersse da platéia, que pode aprender e conhecer um pouco como se desenvolveu aquele importante movimento católico na América Latina.

Fica, assim, ao Pedrinho, bem como a outros brasileiros estudiosos e de bom coração que saem pelo mundo a divulgar aspectos importantes da cultura brasileira, o respeito e a homenagem desta coluna. E... aquele abraço!

16:57
Anónimo disse...
Amanda Kitts perdeu o braço esquerdo em um acidente de automóvel acontecido três anos atrás, mas hoje em dia ela joga futebol americano com seu filho de 12 anos de idade, troca fraldas e abraça as crianças nas três creches Kiddie Cottage que opera em Knoxville, Tennessee. Kitts, 40 anos, faz tudo isso com a ajuda de um novo tipo de braço artificial que se movimenta com mais facilidade do que outros aparelhos e que ela pode controlar utilizando apenas seus pensamentos.

"Eu sou capaz de mexer a mão, o pulso e o cotovelo ao mesmo tempo", diz. "Você pensa e os músculos se movem em seguida".

A recuperação que ela conseguiu resulta de um novo procedimento que vem atraindo crescente atenção porque permite que pessoas movam braços protéticos de forma mais automática do que faziam no passado, simplesmente utilizando nervos reaproveitados em seus cérebros.

A técnica, conhecida como "renervação muscular dirigida", envolve utilizar os nervos que restam depois da amputação de um braço e conectá-los a outro músculo do corpo, em geral no peito. Eletrodos são instalados sobre os músculos do peito, e operam como se fossem antenas. Quando a pessoa deseja mover o braço, o cérebro envia sinais que primeiro resultam em contração dos músculos do peito, os quais enviam um sinal ao braço protético, instruindo-se a se movimentar. O processo não requer mais esforços consciente do que a pessoa teria de exercitar caso ainda tivesse seu braço natural.

Na terça-feira, pesquisadores reportaram em estudo publicado pela versão online do Journal of the American Medical Association que haviam levado a técnica ainda mais à frente, tornando possível a execução de 10 movimentos de mão, pulso e cotovelo diferentes, o que representa uma substancial melhora com relação ao típico repertório protético, que em geral envolve apenas dobrar o cotovelo, girar o pulso e abrir a mão.

"Os novos métodos tiveram impacto dramático em nosso campo de trabalho", disse Stuart Harshbarger, engenheiro biomédico na Universidade Johns Hopkins e diretor do programa de pesquisa sobre próteses, financiado pelas forças armadas, que inclui o trabalho com essa técnica. "O método já está em uso por médicos e cirurgiões comuns em todo o país. A capacidade de controlar um membro protético bastante robusto que ele confere surpreendeu a todos pela qualidade".

Tipicamente, uma pessoa que tenha um braço protético só é capaz de executar alguns poucos movimentos, e muitas vezes com tamanha lentidão que isso só permite a ela atividades limitadas.

Há um motor separado para cada movimento, diz Gerald Loeb, professor de engenharia biomédica na Universidade do Sul da Califórnia, "e esses motores precisam ser controlados de maneira explícita", usualmente por um esforço consciente da pessoa para contrair músculos nas costas ou no bíceps.

"Essencialmente, até agora os pacientes controlavam apenas um motor de cada vez", diz Loeb, "e precisavam pensar cuidadosamente sobre que motor desejavam controlar e como fazê-lo operar, em lugar de simplesmente pensarem em mover o braço e poderem fazê-lo sem delongas".

Antes que Kitts passasse pelo procedimento de renervação, em outubro de 2007, por exemplo, ela precisava movimentar os músculos de suas costas de determinada maneira para fazer com que seu pulso girasse, e flexionar seu bíceps e tríceps para fazer com que o cotovelo se movesse para cima e para baixo. "Era muito trabalho", ela conta. "E não me ajudava muito".

O procedimento de renervação é parte de uma recente explosão de idéias novas e técnicas inovadoras que estão sendo exploradas enquanto os cientistas se esforçam por ajudar as pessoas a compensar melhor a perda de membros ou problemas de paralisia. O esforço vem sendo alimentado pelo aumento no número de amputações causado por diabetes e por ferimentos sofridos pelos militares, e ao mesmo tempo pelos avanços na tecnologia médica.

Os braços se tornaram um dos focos essenciais desse tipo de trabalho. A ciência há muito vem obtendo sucessos no desenvolvimento de próteses de perna, mas é muito mais difícil imitar a complexidade e a destreza das mãos e dos braços.

Os esforços em curso incluem o desenvolvimento de projetos de pele e braços mais sensíveis e mais flexíveis, e o uso de dispositivos acionados por controles sem fio implantado nos braços protéticos, que permitiriam movimentos mais naturais.

Os pesquisadores também vêm usando sensores implantados nos cérebros de cobaias para permitir que dois macacos controlem um braço mecânico, e um teste com um homem paralítico permitiu, com esse método, que ele movimentasse um cursor em uma tela de computador.

Alguns desses métodos, caso venham a ser aperfeiçoados plenamente e consigam aprovação das autoridades regulatórias da saúde, podem no futuro se tornar mais viáveis para os pacientes de amputações.

E embora a técnica da renervação não requeira aprovação das autoridades regulatórias porque é executada por meios cirúrgicos e emprega aparelhos já existentes, ela apresenta limitações que até mesmo seus criadores reconhecem, entre as quais o fato de que não se pode utilizá-la para todos os pacientes, o seu alto custo e o prazo de meses requerido para que os nervos reconectados cresçam e se tornem efetivos.

Ainda assim, os especialistas dizem que é o mais avançado sistema em uso hoje para pacientes reais que permite que o sistema nervoso controle diretamente o movimento de um braço artificial.

Desde sua introdução por Todd Kuiken, médico fisioterapeuta e engenheiro biomédico do Instituto de Reabilitação de Chicago, o método foi empregado em cerca de 30 pacientes nos Estados Unidos, Canadá e Europa, entre os quais oito soldados feridos no Iraque e no Afeganistão.

Muitos dos pacientes, entre os quais o primeiro, Jesse Sullivan, um operário do setor elétrico no Tennessee que perdeu os dois braços quando foi eletrocutado por um cabo, conseguem não apenas manipular seus braços protéticos mas sentir a presença das mãos que já não têm quando alguém toca em seus peitos.

Sullivan, 62 anos, e Kitts, estavam entre os cinco pacientes que participaram do estudo reportado na terça-feira. Em companhia de cinco outras pessoas que não passaram por amputações, eles receberam os eletrodos e foram instruídos a usar pensamentos para fazer com que um braço virtual na tela reproduzisse 10 movimentos diferentes, entre os quais três formas diferentes de aperto de mão.

Os pacientes apresentaram desempenho bastante respeitável, apenas um pouco mais lento e menos preciso do que os dos participantes que não tinham amputações.

"As velocidades de movimento que encontramos em nossos pacientes foram realmente encorajadoras", disse Kuiken. "Eles conseguiram completar a tarefa. É claro que não foram tão competentes quanto as pessoas dotadas de plena capacidade física, mas foram bons o bastante".

Um braço virtual foi usado porque a maioria das próteses existentes não era capaz de acomodar todos aqueles movimentos, no momento da pesquisa, ainda que Sullivan, Kitts e uma terceira paciente, Claudia Mitchell, tenham experimentado dois novos protótipos mais versáteis de braços artificiais, executando tarefas complexas com bolas de tênis e outros objetos.

O trabalho de renervação em soldados apresenta outros desafios, diz Kuiken, porque os ferimentos militares muitas vezes "causam danos muitos extensos" a nervos, músculos ou ossos.

Daniel Acosta, 25 anos, um aviador ferido pela detonação de uma bomba em uma estrada do Iraque em 2005, passou pelo procedimento no ano passado e diz que seu braço esquerdo protético agora se movimenta "muito mais rápido" e de maneira muito mais natural.

"A diferença é que agora não preciso mais pensar para mover o braço", ele diz. "Ele simplesmente se mexe".

Ainda assim, Acosta, de San Antonio, diz que "o processo foi bastante longo" e que os eletrodos precisam ser ajustados para receber os sinais à medida que os nervos crescem ou mudam de posição.

E embora elogiem o método, os especialistas afirmam que a ciência das próteses de braço ainda tem muito por avançar.

"Trata-se de uma parte crucial, mas ainda assim apenas uma parte, das muitas coisas que compreendem a função normal de um braço", disse Loeb, que escreveu um editorial que acompanha o artigo no Journal of the American Medical Association.

"No momento estamos a meio do caminho entre o braço de 'Dr. Fantástico', que fazia involuntariamente a saudação nazista, e o braço de Luke Skywalker em 'Guerra nas Estrelas', que funciona sem nenhum problema assim que é conectado. Creio que precisaremos ainda de muitos anos para conectar todas as peças necessárias a produzir um braço capaz de funcionar normalmente".

17:04
Anónimo disse...
A Espanha disse neste sábado que está preparando uma reclamação oficial contra a decisão da Venezuela de expulsar um membro do Parlamento Europeu que criticou o conselho eleitoral venezuelano.
Luis Herrero, membro do partido conservador espanhol PP, foi deportado na sexta-feira depois que o Conselho Nacional Eleitoral (CNE) o acusou de questionar a imparcialidade da instituição antes de um referendo que pode permitir ao presidente Hugo Chávez permanecer no cargo indefinidamente.

Herrero estava na Venezuela como observador do referendo. Ele acusou Chávez de ter "comportamentos típicos de um ditador" por pedir a contenção de manifestações da oposição.

O governo da Espanha convocou um encontro com o embaixador da Venezuela em Madri para expressar a desaprovação sobre a expulsão de Herrero, disse um representante do Ministério das Relações Exteriores espanhol.

As relações da Venezuela com a Espanha tiveram seu ponto crítico em 2007, quando Chávez ameaçou rever acordos diplomáticos e comerciais depois de ouvir um "cala a boca" do rei espanhol Juan Carlos durante uma cúpula.

A fenda foi oficialmente reparada em 2008, com uma visita oficial de Chávez à Espanha, onde ele cumprimentou o rei e discutiu acordos para investimento no setor petroquímico com o primeiro-ministro José Luis Rodriguez Zapatero.

17:06
Anónimo disse...
A polícia do Zimbábue anunciou neste sábado que acusa de traição Roy Bennett, dirigente do até agora opositor Movimento para a Mudança Democrática (MDC), detido na sexta-feira, em Harare, poucas horas antes da cerimônia de posse dos membros do novo gabinete.

"A Polícia nos informou que vão apresentar acusações de traição", disse à agência EFE o advogado de defesa de Bennett, Trust Maanda.

"Tentam relacionar Roy com o caso de Mike Hitschmann, que foi detido em 2006 em relação à descoberta de um carregamento de armas, apesar de que Hitschmann não tenha sido declarado culpado das acusações de traição apresentadas contra ele, mas de um crime menor de descumprimento de leis", disse Maanda.

O político opositor, designado por seu partido como vice-ministro de Agricultura no Governo de união nacional, esteve no exílio na vizinha África do Sul desde 2006 e retornou ao Zimbábue há duas semanas.

Segundo a Polícia, que deteve Bennett ontem no aeroporto de Harare quando pretendia ir à África do Sul para visitar sua família, as armas apreendidas em 2006 seriam utilizadas em um golpe de Estado para derrubar o presidente do Zimbábue, Robert Mugabe.

Depois da detenção, Bennet foi levado a Mutar, onde vários simpatizantes do MDC se concentraram em frente à delegacia na qual estava detido, diante do que a Polícia respondeu com tiros para o alto para dispersar os manifestantes.

17:07
Anónimo disse...
Austrália: 14 mil se candidatam a 'emprego dos sonhos'

A secretaria de Turismo de Queensland, na Austrália, informou que até esta segunda-feira já recebeu cerca de 14 mil inscrições para o "o melhor emprego do mundo". O Estado australiano promove pela internet seleção para vaga de "zelador" da ilha Hamilton, por seis meses com um salário de R$ 40 mil.

Muitos candidatos tiveram problemas durante a inscrição por conta dos acessos simultâneos ao site. A secretaria aconselha enviar os vídeos de 60s explicando porque deve ser escolhido em horários alternativos do dia, além de recomendar tamanho em torno de 40MB.

As inscrições começaram em 12 de janeiro e vão até o próximo dia 22 e podem ser feitas pelo site www.islandreefjob.com. O governo australiano escolherá 50 candidatos para a próxima fase da seleção, que terá votos do público para eleger um dos 11 finalistas.

A última fase terá entrevistas e desafios físicos, no próprio local de trabalho: as ilhas da Grande Barreira Coralina - o maior recife de coral do mundo. A secretaria de Turismo anunciará o vencedor no dia 6 de maio.

17:09
Anónimo disse...
Mercado elogia governo na crise, mas pede maior queda no juro

Peter Fussy
Direto de São Paulo

Desde as primeiras medidas anunciadas para combater os efeitos da crise, o governo brasileiro avisou que a estratégia não contemplaria um pacote. Seriam doses pontuais, de acordo com a necessidade da economia diante do agravamento das turbulências. Da primeira liberação dos depósitos compulsórios em setembro até a ampliação do seguro-desemprego na última quarta-feira, o governo passou por redução de impostos, ampliação de crédito e incentivos à exportação. Quase 150 dias após a primeira medida, o Terra conversou com líderes do setor público e privado, representantes dos trabalhadores, acadêmicos e com o próprio governo para saber quais destas ações foram mais eficazes, quais foram mais ineficientes e o que mais pode ser feito pelo Estado brasileiro contra a crise.

Os maiores elogios foram direcionados à atitude de reduzir o Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) para a indústria automobilística, anunciada em dezembro e que fez com que os emplacamentos de carros novos subissem 1,9% no primeiro mês do ano em relação a dezembro de 2008. Já as maiores críticas foram para a lentidão no corte da taxa básica de juro do País.

Para o presidente do conselho administrativo do Grupo Pão de Açúcar, Abílio Diniz, o Estado não é responsável pela crise e mesmo assim está agindo "com extrema serenidade e muito acerto". "O governo está atento, fazendo a sua parte. É preciso coragem de baixar firmemente a taxa de juros. É uma arma que temos a nosso favor, já que não há clima para inflação, nem possibilidade de danos para a macroeconomia", afirmou Diniz.

Na última reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), em janeiro, a taxa Selic foi reduzida em um ponto percentual, de 13,75% para 12,75% ao ano. Porém, o professor de economia da Universidade de Brasília (UnB) José Luiz Oreiro lembra que este corte representa uma redução de apenas 0,25 ponto percentual com relação à taxa de setembro do ano passado, quando a crise se agravou.

"Pouco antes da eclosão da crise, o Banco Central aumentou a taxa em 0,75 ponto. Foram cinco meses de demora para reduzir em termos líquidos apenas 0,25 ponto", afirmou o economista, que também sugeriu redução do intervalo de cerca de 90 dias entre as reuniões do Copom e o corte de pelo menos um 1 ponto percentual em cada reunião.

Mesmo com o corte de janeiro, a taxa de juros real continua sendo a maior do mundo, lembrou o secretário-geral da Força Sindical, João Carlos Gonçalves, o Juruna. "A redução da taxa de juro ainda é pequena, porque ela continua uma das mais altas do mundo. Falta ousadia para baixar os juros e ajudar o cidadão. A permanência da taxa de juro alta é negativa para o País em meio a crise", afirmou Juruna.

Embora aprove as ações do governo, o senador Aloízio Mercadante (PT-SP) também acredita que o patamar da Selic está muito alto. "Sempre fomos os primeiros a entrar em qualquer crise, o que não aconteceu agora. A taxa Selic ainda é muito alta, mas o governo têm tomado medidas acertadas, como o aumento do salário mínimo, mesmo com um cenário de crise. Isso ajuda a movimentar o consumo. O governo está se esforçando para manter os investimentos e o crescimento", disse.

Tributos
De acordo com o economista Fabio Pina, da Fecomercio-SP, as ações mais positivas estão relacionadas à redução de tributos para alguns segmentos, como a indústria automobilística, que recuperou parte da queda nas vendas em janeiro com a isenção do IPI para carros 1.0 l e o corte para demais motorizações. A medida vale até o final de março.

"Essas medidas não só reduziram o preço, mas anteciparam o consumo daqueles que iriam comprar no futuro, dando um prêmio por conta da insegurança. Mexe diretamente com o principal problema que é a confiança do consumidor", afirmou. Juruna destacou que um bom ritmo de vendas é garantia de emprego. "É importante porque cada emprego na montadora significa 19 na cadeia produtiva", comentou o representante da Força Sindical.

Também em dezembro, o governo decidiu cortar pela metade a alíquota do Imposto de Renda para contribuintes que ganham entre R$ 1.434 e R$ 2.150 mensais. "O salário aumentava e a tabela não se modificava. As pessoas ganhavam mais e pagavam mais impostos", apontou Juruna. Outra redução de tributos do governo foi com relação ao Imposto sobre Operações Financeiras (IOF), que caiu de 3% ao ano para 1,5%.

Crédito
Na segunda metade de 2008, o colapso de bancos nos Estados Unidos por conta da crise do subprime provocou uma forte restrição de crédito no mundo inteiro. Uma das primeiras medidas anticrise do governo teve como objetivo restabelecer a oferta, com mudanças no recolhimento dos depósitos compulsórios por parte dos bancos. Segundo o presidente do Banco Central, Henrique Meirelles, as diversas modificações liberaram US$ 99,2 bilhões aos bancos até o final de janeiro.

Além disso, o governo concedeu R$ 36 bilhões das reservas internacionais para empresas brasileiras com dívidas no exterior e uma medida provisória autorizou o Banco do Brasil e a Caixa Econômica Federal a comprar carteiras de crédito de bancos privados. Para o diretor do Departamento de Pesquisas e Estudos Econômicos da Fiesp, Paulo Francini, estas medidas foram essenciais para combater os efeitos da crise.

"A crise se desenvolve no mundo em torno do tema crédito. E o crédito reduziu-se barbaridade no mundo. Então o governo lança mão de compulsório, lança mão de reservas, de medidas que permitem aos bancos comprar carteiras de bancos. Você vai tomando várias medidas para atender às demandas e o epicentro disso é crédito", afirmou.

No entanto, Oreiro, da UnB, adverte que a liberação dos compulsórios seria mais eficiente acompanhada de redução mais agressiva da taxa básica de juro. "Uma parte do crédito voltou, depois da forte retração em outubro e novembro. O que deveria ter sido feito junto à liberação do compulsório era uma redução mais drástica da taxa de juro. Sem isso, os bancos pegam as reservas e acabam comprando títulos públicos", explicou o economista.

Na opinião de Pina, as ações de distribuição de crédito via redução do compulsório e a disposição de capital de giro para empresas foram tomadas sem um cuidado maior na operação e não tiveram muito efeito. "O BNDES tem linhas que ficam paradas quase todo o ano, agora é pior ainda. Existem os recursos, mas as empresas e os bancos estão desconfiados. É preciso fazer com que os bancos tenham interesse em emprestar", afirmou o economista da Fecomercio-SP.

Futuro
Mesmo com todas essas medidas, a crise financeira ainda gera incertezas nos setores produtivos do País. Nos últimos meses, o medo do desemprego fez os consumidores adiarem compras. Por sua vez, a queda nas vendas pode obrigar as indústrias a cortarem a produção e demitir funcionários. Contra isso, empresários sugerem redução de jornada e de salários.

"Isto está previsto em lei. A Fiesp simplesmente manteve conversações com entidades sindicais quanto à aplicação daquilo que já está previsto em lei", afirmou Francini.

Segundo a ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff, uma das medidas que assegura um nível de emprego é a manutenção de investimentos no Programa de Aceleração do Crescimento (PAC). "Estamos esperando que a dificuldade ocorra em janeiro, fevereiro e março. Estamos certos que vamos manter o nível de investimento. É isso que funciona, é isso que significa investimento público. Ele funciona como um colchão. Por isso, nós colocamos R$ 100 bilhões no BNDES e a Petrobras ampliou o seu investimento em R$ 120 bilhões", afirmou.

Na mesma linha, Pina explica que a antecipação de gastos do governo substitui parte da demanda retraída do setor privado. "Ele dá o seguinte recado: não vou estourar as contas públicas, mas concentrar em um momento em que a demanda privada está pequena. Mas o governo não tem fôlego suficiente para fazer o papel de toda demanda", ressaltou. O economista da Fecomercio lembrou que a entidade já pleiteou junto ao governo isenções para transferência de imóveis e de automóveis, além de retirar o IPVA para veículos novos.

Já Oreiro foca suas propostas na capitalização do Banco do Brasil e da Caixa Econômica Federal pelo Tesouro para atender a demanda de crédito para capital de giro e reduzir o spread. "Aumentando o empréstimo e reduzindo as taxas, os dois vão forçar os bancos privados a acompanhar o movimento, até para não perderem participação no mercado", explicou o economista da UnB.

Até o Carnaval, o governou prometeu detalhar um pacote de incentivos para a construção de até um milhão de casas populares, direcionado a famílias com renda de até dez salários mínimos. "Estamos atentos a tudo o que está acontecendo e novas medidas serão tomadas caso haja uma avaliação de que sejam necessárias", disse o ministro da Fazenda, Guido Mantega, na última sexta-feira.

17:11
Anónimo disse...
Ex-ministro critica extensão do seguro-desemprego

Atualizada às 09h03

O ex-ministro do Trabalho Almir Pazzianotto criticou a decisão do governo federal de conceder o seguro-desemprego estendido a apenas alguns setores. "É certamente odioso e provavelmente inconstitucional", disse Pazzianotto, de acordo com o jornal O Estado de S. Paulo.

Na última qurta, dia do anúncio da medida, centrais sindicais elogiaram a atitude do governo. A Força Sindical divulgou nota dizendo que "o aumento ajudará a aquecer parte da economia, já que irá gerar mais consumo, produção e conseqüentemente, a criação de novos postos de trabalho". A União Geral dos Trabalhadores (UGT) afirmou que a medida "contribuirá para minimizar o drama dos trabalhadores que perderem seu emprego por conta da crise".

O ex-ministro, que instituiu o seguro-desemprego no País no governo de José Sarney, destacou a necessidade de as centrais sindicais se manifestarem contra a determinação. Para ele, as mudanças devem ser aplicadas a todas as categorias profissionais e a distinção é contrária ao artigo 3º da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT).

Pazzianotto atribui a medida a um possível temor do governo de que a crise econômica seja longa e não haja dinheiro para atender a todas as necessidades. Ainda assim, ele se mostra contrário ao método de concessão. "O seguro-desemprego ajuda a sanar necessidades básicas. Estendê-lo é paliativo, não a solução", disse ao jornal.

De acordo com o presidente do Conselho Deliberativo do Fundo de Amparo ao Trabalhador (Codefat) e conselheiro da Força Sindical, Luiz Fernando Emediato, a determinação já estava prevista na lei 8.900/94, que trata do seguro-desemprego.

O presidente da Comissão de Trabalho da Câmara, Pedro Fernandes (PTB-MA) vai além na crítica à concessão do seguro para apenas alguns setores. Ele acredita que a ampliação do benefício estimula o desemprego.

Quintino Severo, secretário geral da Central Única dos Trabalhadores (CUT), lembra que a ampliação do benefício sem critério e identificação pode incentivar demissões em outros setores.

17:13
Anónimo disse...
Empresas
TAM faz promoção para destinos internacionais

A companhia aérea TAM anunciou nesta sexta-feira tarifas promocionais para trechos internacionais. Os preços valem para bilhetes comprados entre 6h deste sábado e 23h59 deste domingo e são válidos para classe econômica. As tarifas, para ida e volta, serão vendidas a partir de US$ 99, mais taxas.

Segundo a aérea, a promoção vale para viagens feitas no período de 14 de fevereiro a 18 de junho de 2009. Para destinos na América do Sul, a permanência mínima é de dois dias; para bilhetes com destino nos Estados Unidos, cinco dias; e Europa, sete dias. A permanência máxima para as passagens para América do Sul e EUA é de dois meses e para Europa, três meses.

Entre os exemplos de tarifas promocionais, a TAM oferece São Paulo-Lima por US$ 99. Bilhetes para a rota São Paulo-Santiago serão vendidos a partir de US$ 199 e São Paulo-Nova York, US$ 799.

A emissão dos bilhetes deve ser feita obrigatoriamente no ato da reserva, obedecendo às regras estipuladas pela companhia. A compra está sujeita à disponibilidade de assentos nas classes tarifárias determinadas, trechos, horários e datas. A TAM afirmou que também há tarifas promocionais para a classe executiva.

Mais informações podem ser encontradas no site promocional (www.ofertastam.com.br), no site da empresa (www.tam.com.br) ou pelos telefones 4002-5700 ou 0800 5705700.

17:13
Anónimo disse...
Empresas
Consultoria negocia compra do parque temático Hopi Hari

A consultoria especializada em reestruturação de empresas Íntegra Associados informou nesta sexta-feira ter um acordo para comprar o parque de diversões Hopi Hari, localizado no interior de São Paulo. A empresa estaria disposta a investir R$ 10 milhões no parque, que tem dívida estimada em R$ 800 milhões. As informações são da edição deste sábado do jornal Folha de S. Paulo.

De acordo com o jornal, a transação ainda depende da negociação entre o Hopi Hari e seus credores, o que já estaria em andamento.

A consultoria paulista já atuou junto à Parmalat, durante 30 meses, quando reorganizou a gestão da empresa italiana.

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17:14
Anónimo disse...
Empresas
Disney de Tóquio contratará mais 2 mil apesar da crise


A Oriental Land, o operador da Disneylândia Tóquio e DisneySea, organizou neste domingo entrevistas para contratar cerca de 2 mil trabalhadores em tempo parcial, em um momento de grandes demissões deste tipo de empregados no Japão.

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O operador deste parque temático, situado em Urayasu, na província de Chiba (leste de Tóquio), está em pleno processo de seleção de empregados para 20 tipos de postos trabalhistas diferentes.

Segundo a companhia, citada pela agência local de notícias Kyodo, o parque contratará novos trabalhadores para as atrações, para os restaurantes e guardas de segurança entre outros. Os novos contratados começarão a trabalhar a partir de fevereiro.

O processo de seleção acontece em um momento em que a maioria das grandes companhias japonesas começaram a se ver obrigadas a despedir uma elevada percentagem de seus trabalhadores temporários e a tempo parcial.

Algumas inclusive anunciaram demissões de seus trabalhadores fixos, uma medida muito pouco comum nas companhias japonesas, perante os efeitos piores que o esperado pela crise econômica global.

Cerca de uma centena de pessoas esperavam desde a primeira hora desta manhã a abertura do centro de conferências Tokyo International Forum, onde as entrevistas estão sendo feitas, para ser os primeiros a solicitar os postos de trabalho.


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17:15
Anónimo disse...
Economia Internacional
Senado dos EUA aprova plano de estímulo à economia

O Senado dos Estados Unidos aprovou com 60 votos a favor e 38 contra o plano de estímulo à economia de US$ 787 bilhões na madrugada deste sábado. Agora, ele segue para sanção ou veto do presidente Barack Obama, que espera colocar a lei em prática até o dia 16 de fevereiro.

O plano prevê a criação de três milhões de empregos, inclui cortes de impostos às famílias, fundos para programas sociais e obras públicas, além de ajuda aos governos estaduais, estudantes e desempregados.

A cláusula Buy American - que exige o uso de ferro, aço e produtos manufaturados dos Estados Unidos em obras realizadas com recursos do pacote - ficou de lado. Segundo o texto definitivo, a cláusula será aplicada sem violar as normas do comércio internacional.

Ontem à tarde, a Câmara de Representantes (deputados) havia aprovado, por 246 votos a favor e 183 contra, a versão final do plano. Todos os republicanos foram contrários ao pacote.

Pelo acordo de quarta-feira entre Câmara e Senado, em vez de custar US$ 819 bilhões, como queriam os deputados, ou US$ 838 bilhões como pretendiam os senadores, o pacote ficou em cerca de US$ 787 bilhões, com 65% desse total destinado a gastos do governo federal e 35%, a créditos tributários.

17:16
Anónimo disse...
Economia nacional
Na era Lula, aposentadoria sobe 54% menos que salário mínimo

Thatiane Faria
Especial para o Terra
Direto de São Paulo

Os índices de reajustes concedidos pelo governo em 2009 para aposentados e pensionistas e para o salário mínimo repetiram uma diferença que, só durante o governo de Luiz Inácio Lula da Silva, já chega a 54%. Enquanto o mínimo foi majorado em 12% este ano, as pensões e aposentadorias tiveram aumento de 5,92%. Aposentados que têm o benefício do governo como única fonte de renda reclamam que perdem poder de compra e que sua cesta de compras é composta por itens que aumentam mais em relação à inflação oficial.

Um exemplo prático pode ser entendido a partir da comparação entre um aposentado que ganhava R$ 600 em janeiro de 2003. Na época, o benefício era três vezes, ou 200%, maior que o valor do mínimo em vigência, que era de R$ 200. Aplicando-se os índices de reajuste para aposentadorias e para o mínimo durante os últimos seis anos, o mesmo aposentado estaria recebendo hoje R$ 938,47, comparado a um salário mínimo de R$ 465. A diferença entre os dois valores caiu para pouco mais de 100%.

Enquanto o índice acumulado de reajuste para a aposentadoria durante o governo Lula foi de 60%, para o salário mínimo está em 132%.

O diretor do Sindicato Nacional dos Aposentados, João Inocentini, reclama que os valores dos benefícios para aposentadorias não mantêm o poder de compra do grupo, principalmente dos aposentados que recebem menos que dez salários mínimos.

Nem mesmo o fato de o índice de reajuste das aposentadorias ter ficado acima da inflação acumulada no mesmo período (o IPCA entre janeiro de 2003 e janeiro de 2009 foi de 39,7%) serve de argumento, segundo os aposentados.

"Os idosos, principalmente, têm gastos além das contas gerais como gás, telefone e aluguel. Para eles o custo com remédios, e outros itens da área saúde costuma ser maior", afirmou Inocentini.

O presidente do sindicato afirmou que o grupo realiza um estudo com 100 itens de necessidade de um idoso para comparar o aumento dos produtos com o índice de reajuste do benefício recebido pelos aposentados.

"Daqui dois meses vamos abrir um processo na Justiça e levar essa pesquisa como prova. Segundo a lei, o governo é obrigado a manter o poder de compra com a aposentadoria", disse Inocentini.

Alternativas
O consultor financeiro Cláudio Boriola diz que os aposentados, especialmente nesse momento de crise econômica, devem evitar compras parceladas, pesquisar preços, negociar e fazer bom planejamento financeiro.

Segundo Boriola, alguns aposentados ganham um valor mensal muitas vezes insuficiente para o pagamento das contas e acabam pedindo crédito ou realizando pagamentos a prazo e são obrigados a pagar juros altos.

Na opinião do consultor, pagar uma previdência privada é uma alternativa indicada para quem ainda trabalha, considerando a característica de perda de poder de compra da aposentadoria.

"Na prática, infelizmente os valores encontram-se em um patamar que está deteriorando o poder de aquisição da população brasileira", completou Boriola.

De acordo com o diretor da Confederação Brasileira de Aposentados e Pensionistas (Cobap), Vicente Fernandes Barbosa, representantes dos aposentados tentarão um encontro com o presidente da Câmara, deputado Michel Temer (PMDB-SP), para discutir projetos que minimizem a perda dos aposentados

17:17
Anónimo disse...
Previdência
Previdência prorroga isenção de tarifas no benefício

O atual sistema de pagamento aos 26 milhões de aposentados e pensionistas do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) será mantido até o final deste ano. O acordo, que permite realizar a operação sem nenhum custo aos beneficiários, foi renovado nesta sexta-feira, entre o governo federal e 21 instituições financeiras.

Por meio desse acordo, vigente desde setembro de 2007, nem os segurados, nem os bancos e nem o governo arcam com o pagamento de tarifas, conforme explicou o ministro da Previdência Social, José Pimentel. A prorrogação vale até dezembro, data máxima para que a Previdência defina as regras para um novo contrato.

Ao assinar o termo de renovação, na sede da Federação Brasileira dos Bancos (Febraban), o ministro disse que a intenção do governo é mudar o atual modelo de gestão visando a reduzir os custos dessas operações em torno da folha mensal, que atinge R$ 15,8 bilhões. No entanto, qualquer alteração, conforme explicou, passará antes por audiências públicas a serem realizadas a partir do segundo semestre deste ano, atendendo a determinação do Tribunal de Contas da União (TCU).

De acordo com Pimentel, com um redesenho do mecanismo de repasse dos recursos aos bancos em torno da folha de pagamento dos segurados o que se busca é um aumento da participação de instituições financeiras. Ele informou que, desde 2007, cada benefício custa em média R$ 1,07 ao governo. "Quanto mais instituições financeiras estiverem prestando serviços à sociedade, maior é a competitividade, a agilidade no atendimento", justificou.

O ministro observou, ainda, que, para permitir uma redução para algo em torno de meia hora no tempo de atendimento para a concessão dos direitos previdenciários, o governo investiu R$ 280 milhões.

Questionado sobre o descontentamento dos segurados que ganham acima de um salário mínimo terem obtido apenas a correção com base na variação do Índice de Preços ao Consumidor (INPC) , ficando abaixo do reajuste dado a quem recebe apenas o mínimo, Pimentel argumentou que o governo seguiu o que determina a lei e descartou a possibilidade de uma revisão

17:17
Anónimo disse...
Empresas
Caterpillar oferece aposentadoria antecipada a 2 mil


A companhia americana Caterpillar ofereceu a cerca de dois mil funcionários incentivos para que se aposentem de forma voluntária antes do previsto, pela perspectiva de uma queda "significativa" da atividade industrial, informou nesta quarta-feira a empresa.

A iniciativa, destinada aos trabalhadores de diversas fábricas em Illinois, Colorado, Tennessee e Pensilvânia, se soma aos cortes de empregos anunciados em janeiro, explicou em comunicado de imprensa.

A empresa, a maior fabricante mundial de maquinaria pesada para a construção e a mineração, acrescentou que, "em função das condições de negócio, podem ser necessárias mais reduções de elenco voluntárias e involuntárias à medida que o ano avança".

O vice-presidente da companhia, Sid Banwart, explicou que a empresa prevê "demissões significativas em todas as regiões geográficas e na maioria dos setores devido às dificuldades da economia mundial".

17:18
Anónimo disse...
Comércio
Comércio exterior da OCDE caiu no 3º trimestre de 2008


As exportações e as importações dos países da Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Econômico (OCDE) caíram 1,6% e 0,2%, respectivamente, no terceiro trimestre de 2008, em relação aos três meses anteriores.

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Trata-se da primeira queda destas atividades desde o terceiro trimestre de 2006, segundo o último relatório trimestral sobre fluxos comerciais divulgado pela OCDE.

As exportações e as importações em dólares dos 30 Estados-membros caíram 15,6% e 17%, respectivamente, na comparação anualizada.

Por sua vez, o comércio dos sete países mais ricos do mundo (G7) teve um pequeno crescimento no terceiro trimestre de 2008 com uma queda das exportações de mercadorias de 0,2% em relação ao trimestre anterior e um aumento de 0,4% das importações.

Em termos anualizados, as importações do G7 caíram 1,4% entre julho e setembro do ano passado, seu primeiro retrocesso desde o terceiro trimestre de 2006, enquanto as exportações aumentaram 1,9%, seu crescimento mais baixo no mesmo tempo.

Por países, a Alemanha aumentou suas importações em 3,4% - valor mais alto do G7 -, enquanto suas exportações caíram 2,9% do segundo para o terceiro trimestre de 2008.

Pelo contrário, as exportações americanas aumentaram 1,8% entre julho e setembro de 2008, enquanto as importações caíram 0,7% em relação ao trimestre anterior. No Japão, tanto as importações quanto as exportações caíram em torno de 1% no mesmo período.

17:19
Anónimo disse...
Economia Nacional
Lula: juros de crédito consignado a aposentados são altos

Atualizada às 17h29

O presidente Luis Inácio Lula da Silva afirmou nesta terça-feira, em São Paulo, que está lutando para reduzir as taxas de juros cobradas de aposentados em crédito consignado. A Previdência Social estabelece uma taxa máxima de 2,5% para empréstimo e de 3,5% para cartão. Para Lula, os valores são altos.

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"Acho que o juro que os aposentados estão pagando hoje com o crédito consignado é alto para o padrão brasileiro", disse o presidente durante a cerimônia de comemoração dos 86 anos do INSS.

A Previdência anunciou nesta terça-feira que aposentados e trabalhadoras com licença-maternidade poderão receber seus benefícios em 30 minutos. De acordo com Lula, em junho, a aposentadoria do trabalhador rural também será conseguida em meia hora.

Além disso, o presidente anunciou que, também em junho, os trabalhadores que alcançarem o direito à aposentadoria passarão a receber em suas casas um comunicado da Previdência informando o fato e o valor do salário que têm direito a receber. "É um comprometimento público que estou fazendo com os companheiros da Previdência Social", disse.

"Estamos retribuindo ao contribuinte da Previdência Social aquilo que é a cidadania que ele tem direito", afirmou Lula. "Se para cobrar nós somos tão precisos, para devolver o dinheiro, temos que chegar próximo à perfeição", completou.

17:20
Anónimo disse...
Economia Nacional
Salário maternidade sairá em 30 minutos, diz ministro

Toda trabalhadora autônoma que tiver contribuído pelo menos 10 meses com o Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) - ou as que possuírem carteira assinada - poderão receber em 30 minutos o salário maternidade a partir desta terça-feira. Da mesma forma, as mulheres com 30 anos de contribuição e os homens com 35 anos também terão direito ao benefício de forma mais rápida. A informação é do ministro da Previdência Social, José Pimentel.

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Para requerer o salário maternidade, é preciso que as autônomas levem a carteira de identidade e o carnê de contribuição. As demais trabalhadoras devem apresentar a identificação e a carteira de trabalho. Desde o início do mês, a nova forma de análise para a concessão de benefícios foi adotada para a aposentadoria por idade do trabalhador urbano e agora foi estendida para o salário maternidade e por tempo de contribuição.

O ministro disse que a qualificação do serviço da previdência social é o reconhecimento do direito dos trabalhadores e da afirmação da cidadania.

"Até pouco tempo na cabeça do cidadão o serviço devia ser de péssima qualidade. Agora não, nós modificamos toda a legislação no mês de dezembro numa ação conjunta do Congresso Nacional com o governo federal. Estamos implantando e concedendo os benefícios em até 30 minutos", afirmou.

O ministro destacou que para conseguir se aposentar ou ter acesso à licença maternidade em 30 minutos, em primeiro lugar, é necessário que o cidadão esteja vinculado à Previdência, o que inclui 65% da população acima de 16 anos de idade.

"Depois bastar marcar pelo sistema 135 o dia e a hora do atendimento e levar a documentação. Se todos os dados necessários estiverem corretos o contribuinte será atendido em até 30 minutos, como vem sendo feito com as aposentadorias por idade desde o dia cinco de janeiro", explicou.

Pimentel disse ainda que em 90% das agências da previdência social o atendimento é marcado em até 48 horas. Nos grandes centros, entretanto existe um volume maior o que torna mais lento o processo.

"Estamos criando mais 715 agências até 2010, em todo o território nacional, para descentralizar o atendimento. Em 2008, atendemos 295 mil benefícios e aposentadorias por idade. Temos 4 mil pessoas por dia procurando e se aposentando por idade no território nacional. Este serviço será agilizado", concluiu.
17:27
Anónimo disse...
Giuseppe Englaro, pai de Eluana, a italiana que morreu na segunda-feira passada por desidratação, recusou uma grande soma de dinheiro de um conhecido fotógrafo italiano que queria retratar a filha em estado de coma, disse neste sábado o neurologista que atendia a mulher desde 1996, Carlo Defanti.

O neurologista, que participou hoje de uma conferência sobre eutanásia, disse que Englaro respeitou a vontade da filha, que, antes do acidente, tinha pedido que, se lhe ocorresse qualquer coisa irreversível, apresentasse sua imagem de quando estava em boas condições.

Antes de sofrer o acidente de trânsito, em 1992, Eluana viveu o coma de um amigo, Alessandro, o que causou forte impacto na italiana e a levou a fazer o pai prometer que não a deixasse viver em estado vegetativo, disse o próprio Giuseppe Englaro.

Defanti, que dissera que Eluana poderia viver de dez a 12 dias depois da suspensão da alimentação e da hidratação, disse que, como médico, tinha que reprovar esta afirmação.

"Não se pode sobreviver após três ou quatro dias sem líquido e, em particular, água em um corpo. Sabemos bem que, quando há um terremoto, após quatro dias é difícil encontrar sobreviventes".

Defanti ressaltou que Eluana "não falava, não se comunicava com o exterior" e que, após vários exames, "nos deparamos com uma moça que tinha perdido a consciência", porque estava com o córtex cerebral prejudicado.

Eluana foi enterrada na quinta-feira passada no túmulo da família na localidade de Paluzza, em Udine, após um funeral que não contou com a presença dos pais.

16:53
Anónimo disse...
Os bombeiros combatem neste sábado os incêndios na Austrália favorecidos pelo bom tempo, enquanto os deslocados encotram em seu retorno casas derruídas, carros queimados nas ruas e destruição.

Depois de sete dias desde que começaram os incêndios no Estado de Victoria, a lista de mortos chega a 181, os desaparecidos somam 50, os edifícios destruídos totalizam 1,834 mil e o terreno arrasado, principalmente florestas, ocupa uma área de 4,13 mil quilômetros quadrados.

As equipes de bombeiros, formadas por 4 mil profissionais de Victoria, de outras partes da Austrália e de países amigos, combateram hoje 12 focos fora de controle e nenhum representava uma ameaça direta para a população.

O subdiretor do Serviço de Bombeiros, Geoff Conway, disse que este tempo favorável, que se prolongará durante o domingo, permite consolidar as linhas de contenção e avançar na extinção das chamas.

Cinzas apareceram arrastadas por ventos do nordeste sobre Melbourne, onde habitam 3,8 milhões de pessoas, e as autoridades alertaram aos cidadãos do risco para a saúde de idosos, crianças e pessoas com problemas respiratórios.

O número de pessoas deslocadas - a Cruz Vermelha chegou a receber 7 mil - começou a cair com a abertura de algumas localidades atingidas.

Os incêndios, alguns criminosos, começaram em 7 de fevereiro, quando a região sul da Austrália estava há duas semanas sob uma onda de calor sem precedentes.

Na sexta-feira passada, a polícia acusou uma pessoa de ter provocado o incêndio que atingiu a localidade de Churchill e matou 21 pessoas.

16:55
Anónimo disse...
A primeira chuva em seis dias reduziu a ameaça de incêndios no Estado de Victoria, ao sul da Austrália. As autoridades, porém, advertiram que ainda existem 12 focos, mas que nenhum deles ameaça áreas povoadas.

Mais de quatro mil bombeiros, mil provenientes de outras partes do país e de outras nações, trabalham contra o fogo. Cerca de 600 veículos e 28 helicópteros e pequenos aviões estão sendo usados.


Eles conseguiram construir linhas de contenção para evitar os incêndios de Yarra e Maroondah se juntassem. Também foram controlados os incêndios abertos de Yea e Murrindindi, que ameaçavam as comunidades de Connellys Creek, Crystal Creek, Scrubby Creek e Native Dog Creek.

O número de mortos chegou a 181, mas as autoridades acreditam que as vítimas devem passar de 200, já que ainda há muitos desaparecidos.

16:55
Anónimo disse...
Aqui nesta coluna, na semana passada, tive a oportunidade de comentar sobre a recente visita do professor brasileiro Pedrinho Guareschi à Austrália. Não dei, porém, os fatos, pois semana passada o assunto era outro.

Hoje, porém, vamos a eles.

No último dia 4 de fevereiro, aconteceu o Seminário "Paulo Freire: Education and Liberation", organizado pelo centro de estudos latino-americanos da Universidade Nacional da Austrália, ou ANU, como é mais conhecida por aqui.

A ANU, para quem não sabe, está entre as 20 melhores universidades do mundo! E tem sede aqui em Camberra, capital da Austrália.

Na abertura do evento, o professor John Minns, diretor do centro latino-americano, ao dar boas-vindas ao público presente, lembrou ser aquele o primeiro seminário exclusivamente dedicado a Paulo Freire na Austrália.

Em seguida, convidou Pedrinho Guareschi, palestrante principal do Seminário, a fazer sua apresentação.

A plateia pode então conhecer, pelas palavras de Pedrinho, um pouco da obra e da vida de Freire, esse brasileiro de fé e valor, que sempre acreditou na educação, sobretudo dos menos favorecidos, analfabetos, como força libertadora.

Como não podia deixar de ser, os conceitos e ideias revolucionários de Paulo Freire, expostos com clareza por Pedrinho, despertaram o interesse e a curiosidade de plateia. A qual, deve-se notar, era na maioria de estudantes, mas de várias nacionalidades, sobretudo australianos e asiáticos.

Na continuação do programa do seminário, que se estendeu por dois dias, outros professores fizeram palestras sobre temas ligados à obra de Paulo Freire.

Interessante, por exemplo, saber que a professora Anne Hickling-Hudson, jamaicana que mora na Austrália há muitos anos (é professora da ANU), conheceu e trabalhou com Freire num workshop educacional durante a revolução na Ilha de Granada, em 1980, antes da invasão dos Estados Unidos...

Ou, então, a palestra da Professora Gerda Roelvink, da Nova Zelândia, que participou do Fórum Social de Porto Alegre em 2005. E essa participação transformou-se em tema de doutorado.

No dia 10, terça-feira passada, o padre Pedrinho Guareschi voltou a falar ao público australiano em grande auditório localizado no belíssimo campus da ANU. Desta vez, sobre a Teologia da Libertação.

Depois da palestra, John Minns mostrou o filme mexicano "O Crime do Padre Amaro", no qual um dos personagens é um padre católico praticante da Teologia da Libertação.

Mais uma vez, foi grande o intersse da platéia, que pode aprender e conhecer um pouco como se desenvolveu aquele importante movimento católico na América Latina.

Fica, assim, ao Pedrinho, bem como a outros brasileiros estudiosos e de bom coração que saem pelo mundo a divulgar aspectos importantes da cultura brasileira, o respeito e a homenagem desta coluna. E... aquele abraço!

16:57
Anónimo disse...
Amanda Kitts perdeu o braço esquerdo em um acidente de automóvel acontecido três anos atrás, mas hoje em dia ela joga futebol americano com seu filho de 12 anos de idade, troca fraldas e abraça as crianças nas três creches Kiddie Cottage que opera em Knoxville, Tennessee. Kitts, 40 anos, faz tudo isso com a ajuda de um novo tipo de braço artificial que se movimenta com mais facilidade do que outros aparelhos e que ela pode controlar utilizando apenas seus pensamentos.

"Eu sou capaz de mexer a mão, o pulso e o cotovelo ao mesmo tempo", diz. "Você pensa e os músculos se movem em seguida".

A recuperação que ela conseguiu resulta de um novo procedimento que vem atraindo crescente atenção porque permite que pessoas movam braços protéticos de forma mais automática do que faziam no passado, simplesmente utilizando nervos reaproveitados em seus cérebros.

A técnica, conhecida como "renervação muscular dirigida", envolve utilizar os nervos que restam depois da amputação de um braço e conectá-los a outro músculo do corpo, em geral no peito. Eletrodos são instalados sobre os músculos do peito, e operam como se fossem antenas. Quando a pessoa deseja mover o braço, o cérebro envia sinais que primeiro resultam em contração dos músculos do peito, os quais enviam um sinal ao braço protético, instruindo-se a se movimentar. O processo não requer mais esforços consciente do que a pessoa teria de exercitar caso ainda tivesse seu braço natural.

Na terça-feira, pesquisadores reportaram em estudo publicado pela versão online do Journal of the American Medical Association que haviam levado a técnica ainda mais à frente, tornando possível a execução de 10 movimentos de mão, pulso e cotovelo diferentes, o que representa uma substancial melhora com relação ao típico repertório protético, que em geral envolve apenas dobrar o cotovelo, girar o pulso e abrir a mão.

"Os novos métodos tiveram impacto dramático em nosso campo de trabalho", disse Stuart Harshbarger, engenheiro biomédico na Universidade Johns Hopkins e diretor do programa de pesquisa sobre próteses, financiado pelas forças armadas, que inclui o trabalho com essa técnica. "O método já está em uso por médicos e cirurgiões comuns em todo o país. A capacidade de controlar um membro protético bastante robusto que ele confere surpreendeu a todos pela qualidade".

Tipicamente, uma pessoa que tenha um braço protético só é capaz de executar alguns poucos movimentos, e muitas vezes com tamanha lentidão que isso só permite a ela atividades limitadas.

Há um motor separado para cada movimento, diz Gerald Loeb, professor de engenharia biomédica na Universidade do Sul da Califórnia, "e esses motores precisam ser controlados de maneira explícita", usualmente por um esforço consciente da pessoa para contrair músculos nas costas ou no bíceps.

"Essencialmente, até agora os pacientes controlavam apenas um motor de cada vez", diz Loeb, "e precisavam pensar cuidadosamente sobre que motor desejavam controlar e como fazê-lo operar, em lugar de simplesmente pensarem em mover o braço e poderem fazê-lo sem delongas".

Antes que Kitts passasse pelo procedimento de renervação, em outubro de 2007, por exemplo, ela precisava movimentar os músculos de suas costas de determinada maneira para fazer com que seu pulso girasse, e flexionar seu bíceps e tríceps para fazer com que o cotovelo se movesse para cima e para baixo. "Era muito trabalho", ela conta. "E não me ajudava muito".

O procedimento de renervação é parte de uma recente explosão de idéias novas e técnicas inovadoras que estão sendo exploradas enquanto os cientistas se esforçam por ajudar as pessoas a compensar melhor a perda de membros ou problemas de paralisia. O esforço vem sendo alimentado pelo aumento no número de amputações causado por diabetes e por ferimentos sofridos pelos militares, e ao mesmo tempo pelos avanços na tecnologia médica.

Os braços se tornaram um dos focos essenciais desse tipo de trabalho. A ciência há muito vem obtendo sucessos no desenvolvimento de próteses de perna, mas é muito mais difícil imitar a complexidade e a destreza das mãos e dos braços.

Os esforços em curso incluem o desenvolvimento de projetos de pele e braços mais sensíveis e mais flexíveis, e o uso de dispositivos acionados por controles sem fio implantado nos braços protéticos, que permitiriam movimentos mais naturais.

Os pesquisadores também vêm usando sensores implantados nos cérebros de cobaias para permitir que dois macacos controlem um braço mecânico, e um teste com um homem paralítico permitiu, com esse método, que ele movimentasse um cursor em uma tela de computador.

Alguns desses métodos, caso venham a ser aperfeiçoados plenamente e consigam aprovação das autoridades regulatórias da saúde, podem no futuro se tornar mais viáveis para os pacientes de amputações.

E embora a técnica da renervação não requeira aprovação das autoridades regulatórias porque é executada por meios cirúrgicos e emprega aparelhos já existentes, ela apresenta limitações que até mesmo seus criadores reconhecem, entre as quais o fato de que não se pode utilizá-la para todos os pacientes, o seu alto custo e o prazo de meses requerido para que os nervos reconectados cresçam e se tornem efetivos.

Ainda assim, os especialistas dizem que é o mais avançado sistema em uso hoje para pacientes reais que permite que o sistema nervoso controle diretamente o movimento de um braço artificial.

Desde sua introdução por Todd Kuiken, médico fisioterapeuta e engenheiro biomédico do Instituto de Reabilitação de Chicago, o método foi empregado em cerca de 30 pacientes nos Estados Unidos, Canadá e Europa, entre os quais oito soldados feridos no Iraque e no Afeganistão.

Muitos dos pacientes, entre os quais o primeiro, Jesse Sullivan, um operário do setor elétrico no Tennessee que perdeu os dois braços quando foi eletrocutado por um cabo, conseguem não apenas manipular seus braços protéticos mas sentir a presença das mãos que já não têm quando alguém toca em seus peitos.

Sullivan, 62 anos, e Kitts, estavam entre os cinco pacientes que participaram do estudo reportado na terça-feira. Em companhia de cinco outras pessoas que não passaram por amputações, eles receberam os eletrodos e foram instruídos a usar pensamentos para fazer com que um braço virtual na tela reproduzisse 10 movimentos diferentes, entre os quais três formas diferentes de aperto de mão.

Os pacientes apresentaram desempenho bastante respeitável, apenas um pouco mais lento e menos preciso do que os dos participantes que não tinham amputações.

"As velocidades de movimento que encontramos em nossos pacientes foram realmente encorajadoras", disse Kuiken. "Eles conseguiram completar a tarefa. É claro que não foram tão competentes quanto as pessoas dotadas de plena capacidade física, mas foram bons o bastante".

Um braço virtual foi usado porque a maioria das próteses existentes não era capaz de acomodar todos aqueles movimentos, no momento da pesquisa, ainda que Sullivan, Kitts e uma terceira paciente, Claudia Mitchell, tenham experimentado dois novos protótipos mais versáteis de braços artificiais, executando tarefas complexas com bolas de tênis e outros objetos.

O trabalho de renervação em soldados apresenta outros desafios, diz Kuiken, porque os ferimentos militares muitas vezes "causam danos muitos extensos" a nervos, músculos ou ossos.

Daniel Acosta, 25 anos, um aviador ferido pela detonação de uma bomba em uma estrada do Iraque em 2005, passou pelo procedimento no ano passado e diz que seu braço esquerdo protético agora se movimenta "muito mais rápido" e de maneira muito mais natural.

"A diferença é que agora não preciso mais pensar para mover o braço", ele diz. "Ele simplesmente se mexe".

Ainda assim, Acosta, de San Antonio, diz que "o processo foi bastante longo" e que os eletrodos precisam ser ajustados para receber os sinais à medida que os nervos crescem ou mudam de posição.

E embora elogiem o método, os especialistas afirmam que a ciência das próteses de braço ainda tem muito por avançar.

"Trata-se de uma parte crucial, mas ainda assim apenas uma parte, das muitas coisas que compreendem a função normal de um braço", disse Loeb, que escreveu um editorial que acompanha o artigo no Journal of the American Medical Association.

"No momento estamos a meio do caminho entre o braço de 'Dr. Fantástico', que fazia involuntariamente a saudação nazista, e o braço de Luke Skywalker em 'Guerra nas Estrelas', que funciona sem nenhum problema assim que é conectado. Creio que precisaremos ainda de muitos anos para conectar todas as peças necessárias a produzir um braço capaz de funcionar normalmente".

17:04
Anónimo disse...
A Espanha disse neste sábado que está preparando uma reclamação oficial contra a decisão da Venezuela de expulsar um membro do Parlamento Europeu que criticou o conselho eleitoral venezuelano.
Luis Herrero, membro do partido conservador espanhol PP, foi deportado na sexta-feira depois que o Conselho Nacional Eleitoral (CNE) o acusou de questionar a imparcialidade da instituição antes de um referendo que pode permitir ao presidente Hugo Chávez permanecer no cargo indefinidamente.

Herrero estava na Venezuela como observador do referendo. Ele acusou Chávez de ter "comportamentos típicos de um ditador" por pedir a contenção de manifestações da oposição.

O governo da Espanha convocou um encontro com o embaixador da Venezuela em Madri para expressar a desaprovação sobre a expulsão de Herrero, disse um representante do Ministério das Relações Exteriores espanhol.

As relações da Venezuela com a Espanha tiveram seu ponto crítico em 2007, quando Chávez ameaçou rever acordos diplomáticos e comerciais depois de ouvir um "cala a boca" do rei espanhol Juan Carlos durante uma cúpula.

A fenda foi oficialmente reparada em 2008, com uma visita oficial de Chávez à Espanha, onde ele cumprimentou o rei e discutiu acordos para investimento no setor petroquímico com o primeiro-ministro José Luis Rodriguez Zapatero.

17:06
Anónimo disse...
A polícia do Zimbábue anunciou neste sábado que acusa de traição Roy Bennett, dirigente do até agora opositor Movimento para a Mudança Democrática (MDC), detido na sexta-feira, em Harare, poucas horas antes da cerimônia de posse dos membros do novo gabinete.

"A Polícia nos informou que vão apresentar acusações de traição", disse à agência EFE o advogado de defesa de Bennett, Trust Maanda.

"Tentam relacionar Roy com o caso de Mike Hitschmann, que foi detido em 2006 em relação à descoberta de um carregamento de armas, apesar de que Hitschmann não tenha sido declarado culpado das acusações de traição apresentadas contra ele, mas de um crime menor de descumprimento de leis", disse Maanda.

O político opositor, designado por seu partido como vice-ministro de Agricultura no Governo de união nacional, esteve no exílio na vizinha África do Sul desde 2006 e retornou ao Zimbábue há duas semanas.

Segundo a Polícia, que deteve Bennett ontem no aeroporto de Harare quando pretendia ir à África do Sul para visitar sua família, as armas apreendidas em 2006 seriam utilizadas em um golpe de Estado para derrubar o presidente do Zimbábue, Robert Mugabe.

Depois da detenção, Bennet foi levado a Mutar, onde vários simpatizantes do MDC se concentraram em frente à delegacia na qual estava detido, diante do que a Polícia respondeu com tiros para o alto para dispersar os manifestantes.

17:07
Anónimo disse...
Austrália: 14 mil se candidatam a 'emprego dos sonhos'

A secretaria de Turismo de Queensland, na Austrália, informou que até esta segunda-feira já recebeu cerca de 14 mil inscrições para o "o melhor emprego do mundo". O Estado australiano promove pela internet seleção para vaga de "zelador" da ilha Hamilton, por seis meses com um salário de R$ 40 mil.

Muitos candidatos tiveram problemas durante a inscrição por conta dos acessos simultâneos ao site. A secretaria aconselha enviar os vídeos de 60s explicando porque deve ser escolhido em horários alternativos do dia, além de recomendar tamanho em torno de 40MB.

As inscrições começaram em 12 de janeiro e vão até o próximo dia 22 e podem ser feitas pelo site www.islandreefjob.com. O governo australiano escolherá 50 candidatos para a próxima fase da seleção, que terá votos do público para eleger um dos 11 finalistas.

A última fase terá entrevistas e desafios físicos, no próprio local de trabalho: as ilhas da Grande Barreira Coralina - o maior recife de coral do mundo. A secretaria de Turismo anunciará o vencedor no dia 6 de maio.

17:09
Anónimo disse...
Mercado elogia governo na crise, mas pede maior queda no juro

Peter Fussy
Direto de São Paulo

Desde as primeiras medidas anunciadas para combater os efeitos da crise, o governo brasileiro avisou que a estratégia não contemplaria um pacote. Seriam doses pontuais, de acordo com a necessidade da economia diante do agravamento das turbulências. Da primeira liberação dos depósitos compulsórios em setembro até a ampliação do seguro-desemprego na última quarta-feira, o governo passou por redução de impostos, ampliação de crédito e incentivos à exportação. Quase 150 dias após a primeira medida, o Terra conversou com líderes do setor público e privado, representantes dos trabalhadores, acadêmicos e com o próprio governo para saber quais destas ações foram mais eficazes, quais foram mais ineficientes e o que mais pode ser feito pelo Estado brasileiro contra a crise.

Os maiores elogios foram direcionados à atitude de reduzir o Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) para a indústria automobilística, anunciada em dezembro e que fez com que os emplacamentos de carros novos subissem 1,9% no primeiro mês do ano em relação a dezembro de 2008. Já as maiores críticas foram para a lentidão no corte da taxa básica de juro do País.

Para o presidente do conselho administrativo do Grupo Pão de Açúcar, Abílio Diniz, o Estado não é responsável pela crise e mesmo assim está agindo "com extrema serenidade e muito acerto". "O governo está atento, fazendo a sua parte. É preciso coragem de baixar firmemente a taxa de juros. É uma arma que temos a nosso favor, já que não há clima para inflação, nem possibilidade de danos para a macroeconomia", afirmou Diniz.

Na última reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), em janeiro, a taxa Selic foi reduzida em um ponto percentual, de 13,75% para 12,75% ao ano. Porém, o professor de economia da Universidade de Brasília (UnB) José Luiz Oreiro lembra que este corte representa uma redução de apenas 0,25 ponto percentual com relação à taxa de setembro do ano passado, quando a crise se agravou.

"Pouco antes da eclosão da crise, o Banco Central aumentou a taxa em 0,75 ponto. Foram cinco meses de demora para reduzir em termos líquidos apenas 0,25 ponto", afirmou o economista, que também sugeriu redução do intervalo de cerca de 90 dias entre as reuniões do Copom e o corte de pelo menos um 1 ponto percentual em cada reunião.

Mesmo com o corte de janeiro, a taxa de juros real continua sendo a maior do mundo, lembrou o secretário-geral da Força Sindical, João Carlos Gonçalves, o Juruna. "A redução da taxa de juro ainda é pequena, porque ela continua uma das mais altas do mundo. Falta ousadia para baixar os juros e ajudar o cidadão. A permanência da taxa de juro alta é negativa para o País em meio a crise", afirmou Juruna.

Embora aprove as ações do governo, o senador Aloízio Mercadante (PT-SP) também acredita que o patamar da Selic está muito alto. "Sempre fomos os primeiros a entrar em qualquer crise, o que não aconteceu agora. A taxa Selic ainda é muito alta, mas o governo têm tomado medidas acertadas, como o aumento do salário mínimo, mesmo com um cenário de crise. Isso ajuda a movimentar o consumo. O governo está se esforçando para manter os investimentos e o crescimento", disse.

Tributos
De acordo com o economista Fabio Pina, da Fecomercio-SP, as ações mais positivas estão relacionadas à redução de tributos para alguns segmentos, como a indústria automobilística, que recuperou parte da queda nas vendas em janeiro com a isenção do IPI para carros 1.0 l e o corte para demais motorizações. A medida vale até o final de março.

"Essas medidas não só reduziram o preço, mas anteciparam o consumo daqueles que iriam comprar no futuro, dando um prêmio por conta da insegurança. Mexe diretamente com o principal problema que é a confiança do consumidor", afirmou. Juruna destacou que um bom ritmo de vendas é garantia de emprego. "É importante porque cada emprego na montadora significa 19 na cadeia produtiva", comentou o representante da Força Sindical.

Também em dezembro, o governo decidiu cortar pela metade a alíquota do Imposto de Renda para contribuintes que ganham entre R$ 1.434 e R$ 2.150 mensais. "O salário aumentava e a tabela não se modificava. As pessoas ganhavam mais e pagavam mais impostos", apontou Juruna. Outra redução de tributos do governo foi com relação ao Imposto sobre Operações Financeiras (IOF), que caiu de 3% ao ano para 1,5%.

Crédito
Na segunda metade de 2008, o colapso de bancos nos Estados Unidos por conta da crise do subprime provocou uma forte restrição de crédito no mundo inteiro. Uma das primeiras medidas anticrise do governo teve como objetivo restabelecer a oferta, com mudanças no recolhimento dos depósitos compulsórios por parte dos bancos. Segundo o presidente do Banco Central, Henrique Meirelles, as diversas modificações liberaram US$ 99,2 bilhões aos bancos até o final de janeiro.

Além disso, o governo concedeu R$ 36 bilhões das reservas internacionais para empresas brasileiras com dívidas no exterior e uma medida provisória autorizou o Banco do Brasil e a Caixa Econômica Federal a comprar carteiras de crédito de bancos privados. Para o diretor do Departamento de Pesquisas e Estudos Econômicos da Fiesp, Paulo Francini, estas medidas foram essenciais para combater os efeitos da crise.

"A crise se desenvolve no mundo em torno do tema crédito. E o crédito reduziu-se barbaridade no mundo. Então o governo lança mão de compulsório, lança mão de reservas, de medidas que permitem aos bancos comprar carteiras de bancos. Você vai tomando várias medidas para atender às demandas e o epicentro disso é crédito", afirmou.

No entanto, Oreiro, da UnB, adverte que a liberação dos compulsórios seria mais eficiente acompanhada de redução mais agressiva da taxa básica de juro. "Uma parte do crédito voltou, depois da forte retração em outubro e novembro. O que deveria ter sido feito junto à liberação do compulsório era uma redução mais drástica da taxa de juro. Sem isso, os bancos pegam as reservas e acabam comprando títulos públicos", explicou o economista.

Na opinião de Pina, as ações de distribuição de crédito via redução do compulsório e a disposição de capital de giro para empresas foram tomadas sem um cuidado maior na operação e não tiveram muito efeito. "O BNDES tem linhas que ficam paradas quase todo o ano, agora é pior ainda. Existem os recursos, mas as empresas e os bancos estão desconfiados. É preciso fazer com que os bancos tenham interesse em emprestar", afirmou o economista da Fecomercio-SP.

Futuro
Mesmo com todas essas medidas, a crise financeira ainda gera incertezas nos setores produtivos do País. Nos últimos meses, o medo do desemprego fez os consumidores adiarem compras. Por sua vez, a queda nas vendas pode obrigar as indústrias a cortarem a produção e demitir funcionários. Contra isso, empresários sugerem redução de jornada e de salários.

"Isto está previsto em lei. A Fiesp simplesmente manteve conversações com entidades sindicais quanto à aplicação daquilo que já está previsto em lei", afirmou Francini.

Segundo a ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff, uma das medidas que assegura um nível de emprego é a manutenção de investimentos no Programa de Aceleração do Crescimento (PAC). "Estamos esperando que a dificuldade ocorra em janeiro, fevereiro e março. Estamos certos que vamos manter o nível de investimento. É isso que funciona, é isso que significa investimento público. Ele funciona como um colchão. Por isso, nós colocamos R$ 100 bilhões no BNDES e a Petrobras ampliou o seu investimento em R$ 120 bilhões", afirmou.

Na mesma linha, Pina explica que a antecipação de gastos do governo substitui parte da demanda retraída do setor privado. "Ele dá o seguinte recado: não vou estourar as contas públicas, mas concentrar em um momento em que a demanda privada está pequena. Mas o governo não tem fôlego suficiente para fazer o papel de toda demanda", ressaltou. O economista da Fecomercio lembrou que a entidade já pleiteou junto ao governo isenções para transferência de imóveis e de automóveis, além de retirar o IPVA para veículos novos.

Já Oreiro foca suas propostas na capitalização do Banco do Brasil e da Caixa Econômica Federal pelo Tesouro para atender a demanda de crédito para capital de giro e reduzir o spread. "Aumentando o empréstimo e reduzindo as taxas, os dois vão forçar os bancos privados a acompanhar o movimento, até para não perderem participação no mercado", explicou o economista da UnB.

Até o Carnaval, o governou prometeu detalhar um pacote de incentivos para a construção de até um milhão de casas populares, direcionado a famílias com renda de até dez salários mínimos. "Estamos atentos a tudo o que está acontecendo e novas medidas serão tomadas caso haja uma avaliação de que sejam necessárias", disse o ministro da Fazenda, Guido Mantega, na última sexta-feira.

17:11
Anónimo disse...
Ex-ministro critica extensão do seguro-desemprego

Atualizada às 09h03

O ex-ministro do Trabalho Almir Pazzianotto criticou a decisão do governo federal de conceder o seguro-desemprego estendido a apenas alguns setores. "É certamente odioso e provavelmente inconstitucional", disse Pazzianotto, de acordo com o jornal O Estado de S. Paulo.

Na última qurta, dia do anúncio da medida, centrais sindicais elogiaram a atitude do governo. A Força Sindical divulgou nota dizendo que "o aumento ajudará a aquecer parte da economia, já que irá gerar mais consumo, produção e conseqüentemente, a criação de novos postos de trabalho". A União Geral dos Trabalhadores (UGT) afirmou que a medida "contribuirá para minimizar o drama dos trabalhadores que perderem seu emprego por conta da crise".

O ex-ministro, que instituiu o seguro-desemprego no País no governo de José Sarney, destacou a necessidade de as centrais sindicais se manifestarem contra a determinação. Para ele, as mudanças devem ser aplicadas a todas as categorias profissionais e a distinção é contrária ao artigo 3º da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT).

Pazzianotto atribui a medida a um possível temor do governo de que a crise econômica seja longa e não haja dinheiro para atender a todas as necessidades. Ainda assim, ele se mostra contrário ao método de concessão. "O seguro-desemprego ajuda a sanar necessidades básicas. Estendê-lo é paliativo, não a solução", disse ao jornal.

De acordo com o presidente do Conselho Deliberativo do Fundo de Amparo ao Trabalhador (Codefat) e conselheiro da Força Sindical, Luiz Fernando Emediato, a determinação já estava prevista na lei 8.900/94, que trata do seguro-desemprego.

O presidente da Comissão de Trabalho da Câmara, Pedro Fernandes (PTB-MA) vai além na crítica à concessão do seguro para apenas alguns setores. Ele acredita que a ampliação do benefício estimula o desemprego.

Quintino Severo, secretário geral da Central Única dos Trabalhadores (CUT), lembra que a ampliação do benefício sem critério e identificação pode incentivar demissões em outros setores.

17:13
Anónimo disse...
Empresas
TAM faz promoção para destinos internacionais

A companhia aérea TAM anunciou nesta sexta-feira tarifas promocionais para trechos internacionais. Os preços valem para bilhetes comprados entre 6h deste sábado e 23h59 deste domingo e são válidos para classe econômica. As tarifas, para ida e volta, serão vendidas a partir de US$ 99, mais taxas.

Segundo a aérea, a promoção vale para viagens feitas no período de 14 de fevereiro a 18 de junho de 2009. Para destinos na América do Sul, a permanência mínima é de dois dias; para bilhetes com destino nos Estados Unidos, cinco dias; e Europa, sete dias. A permanência máxima para as passagens para América do Sul e EUA é de dois meses e para Europa, três meses.

Entre os exemplos de tarifas promocionais, a TAM oferece São Paulo-Lima por US$ 99. Bilhetes para a rota São Paulo-Santiago serão vendidos a partir de US$ 199 e São Paulo-Nova York, US$ 799.

A emissão dos bilhetes deve ser feita obrigatoriamente no ato da reserva, obedecendo às regras estipuladas pela companhia. A compra está sujeita à disponibilidade de assentos nas classes tarifárias determinadas, trechos, horários e datas. A TAM afirmou que também há tarifas promocionais para a classe executiva.

Mais informações podem ser encontradas no site promocional (www.ofertastam.com.br), no site da empresa (www.tam.com.br) ou pelos telefones 4002-5700 ou 0800 5705700.

17:13
Anónimo disse...
Empresas
Consultoria negocia compra do parque temático Hopi Hari

A consultoria especializada em reestruturação de empresas Íntegra Associados informou nesta sexta-feira ter um acordo para comprar o parque de diversões Hopi Hari, localizado no interior de São Paulo. A empresa estaria disposta a investir R$ 10 milhões no parque, que tem dívida estimada em R$ 800 milhões. As informações são da edição deste sábado do jornal Folha de S. Paulo.

De acordo com o jornal, a transação ainda depende da negociação entre o Hopi Hari e seus credores, o que já estaria em andamento.

A consultoria paulista já atuou junto à Parmalat, durante 30 meses, quando reorganizou a gestão da empresa italiana.

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17:14
Anónimo disse...
Empresas
Disney de Tóquio contratará mais 2 mil apesar da crise


A Oriental Land, o operador da Disneylândia Tóquio e DisneySea, organizou neste domingo entrevistas para contratar cerca de 2 mil trabalhadores em tempo parcial, em um momento de grandes demissões deste tipo de empregados no Japão.

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O operador deste parque temático, situado em Urayasu, na província de Chiba (leste de Tóquio), está em pleno processo de seleção de empregados para 20 tipos de postos trabalhistas diferentes.

Segundo a companhia, citada pela agência local de notícias Kyodo, o parque contratará novos trabalhadores para as atrações, para os restaurantes e guardas de segurança entre outros. Os novos contratados começarão a trabalhar a partir de fevereiro.

O processo de seleção acontece em um momento em que a maioria das grandes companhias japonesas começaram a se ver obrigadas a despedir uma elevada percentagem de seus trabalhadores temporários e a tempo parcial.

Algumas inclusive anunciaram demissões de seus trabalhadores fixos, uma medida muito pouco comum nas companhias japonesas, perante os efeitos piores que o esperado pela crise econômica global.

Cerca de uma centena de pessoas esperavam desde a primeira hora desta manhã a abertura do centro de conferências Tokyo International Forum, onde as entrevistas estão sendo feitas, para ser os primeiros a solicitar os postos de trabalho.


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17:15
Anónimo disse...
Economia Internacional
Senado dos EUA aprova plano de estímulo à economia

O Senado dos Estados Unidos aprovou com 60 votos a favor e 38 contra o plano de estímulo à economia de US$ 787 bilhões na madrugada deste sábado. Agora, ele segue para sanção ou veto do presidente Barack Obama, que espera colocar a lei em prática até o dia 16 de fevereiro.

O plano prevê a criação de três milhões de empregos, inclui cortes de impostos às famílias, fundos para programas sociais e obras públicas, além de ajuda aos governos estaduais, estudantes e desempregados.

A cláusula Buy American - que exige o uso de ferro, aço e produtos manufaturados dos Estados Unidos em obras realizadas com recursos do pacote - ficou de lado. Segundo o texto definitivo, a cláusula será aplicada sem violar as normas do comércio internacional.

Ontem à tarde, a Câmara de Representantes (deputados) havia aprovado, por 246 votos a favor e 183 contra, a versão final do plano. Todos os republicanos foram contrários ao pacote.

Pelo acordo de quarta-feira entre Câmara e Senado, em vez de custar US$ 819 bilhões, como queriam os deputados, ou US$ 838 bilhões como pretendiam os senadores, o pacote ficou em cerca de US$ 787 bilhões, com 65% desse total destinado a gastos do governo federal e 35%, a créditos tributários.

17:16
Anónimo disse...
Economia nacional
Na era Lula, aposentadoria sobe 54% menos que salário mínimo

Thatiane Faria
Especial para o Terra
Direto de São Paulo

Os índices de reajustes concedidos pelo governo em 2009 para aposentados e pensionistas e para o salário mínimo repetiram uma diferença que, só durante o governo de Luiz Inácio Lula da Silva, já chega a 54%. Enquanto o mínimo foi majorado em 12% este ano, as pensões e aposentadorias tiveram aumento de 5,92%. Aposentados que têm o benefício do governo como única fonte de renda reclamam que perdem poder de compra e que sua cesta de compras é composta por itens que aumentam mais em relação à inflação oficial.

Um exemplo prático pode ser entendido a partir da comparação entre um aposentado que ganhava R$ 600 em janeiro de 2003. Na época, o benefício era três vezes, ou 200%, maior que o valor do mínimo em vigência, que era de R$ 200. Aplicando-se os índices de reajuste para aposentadorias e para o mínimo durante os últimos seis anos, o mesmo aposentado estaria recebendo hoje R$ 938,47, comparado a um salário mínimo de R$ 465. A diferença entre os dois valores caiu para pouco mais de 100%.

Enquanto o índice acumulado de reajuste para a aposentadoria durante o governo Lula foi de 60%, para o salário mínimo está em 132%.

O diretor do Sindicato Nacional dos Aposentados, João Inocentini, reclama que os valores dos benefícios para aposentadorias não mantêm o poder de compra do grupo, principalmente dos aposentados que recebem menos que dez salários mínimos.

Nem mesmo o fato de o índice de reajuste das aposentadorias ter ficado acima da inflação acumulada no mesmo período (o IPCA entre janeiro de 2003 e janeiro de 2009 foi de 39,7%) serve de argumento, segundo os aposentados.

"Os idosos, principalmente, têm gastos além das contas gerais como gás, telefone e aluguel. Para eles o custo com remédios, e outros itens da área saúde costuma ser maior", afirmou Inocentini.

O presidente do sindicato afirmou que o grupo realiza um estudo com 100 itens de necessidade de um idoso para comparar o aumento dos produtos com o índice de reajuste do benefício recebido pelos aposentados.

"Daqui dois meses vamos abrir um processo na Justiça e levar essa pesquisa como prova. Segundo a lei, o governo é obrigado a manter o poder de compra com a aposentadoria", disse Inocentini.

Alternativas
O consultor financeiro Cláudio Boriola diz que os aposentados, especialmente nesse momento de crise econômica, devem evitar compras parceladas, pesquisar preços, negociar e fazer bom planejamento financeiro.

Segundo Boriola, alguns aposentados ganham um valor mensal muitas vezes insuficiente para o pagamento das contas e acabam pedindo crédito ou realizando pagamentos a prazo e são obrigados a pagar juros altos.

Na opinião do consultor, pagar uma previdência privada é uma alternativa indicada para quem ainda trabalha, considerando a característica de perda de poder de compra da aposentadoria.

"Na prática, infelizmente os valores encontram-se em um patamar que está deteriorando o poder de aquisição da população brasileira", completou Boriola.

De acordo com o diretor da Confederação Brasileira de Aposentados e Pensionistas (Cobap), Vicente Fernandes Barbosa, representantes dos aposentados tentarão um encontro com o presidente da Câmara, deputado Michel Temer (PMDB-SP), para discutir projetos que minimizem a perda dos aposentados

17:17
Anónimo disse...
Previdência
Previdência prorroga isenção de tarifas no benefício

O atual sistema de pagamento aos 26 milhões de aposentados e pensionistas do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) será mantido até o final deste ano. O acordo, que permite realizar a operação sem nenhum custo aos beneficiários, foi renovado nesta sexta-feira, entre o governo federal e 21 instituições financeiras.

Por meio desse acordo, vigente desde setembro de 2007, nem os segurados, nem os bancos e nem o governo arcam com o pagamento de tarifas, conforme explicou o ministro da Previdência Social, José Pimentel. A prorrogação vale até dezembro, data máxima para que a Previdência defina as regras para um novo contrato.

Ao assinar o termo de renovação, na sede da Federação Brasileira dos Bancos (Febraban), o ministro disse que a intenção do governo é mudar o atual modelo de gestão visando a reduzir os custos dessas operações em torno da folha mensal, que atinge R$ 15,8 bilhões. No entanto, qualquer alteração, conforme explicou, passará antes por audiências públicas a serem realizadas a partir do segundo semestre deste ano, atendendo a determinação do Tribunal de Contas da União (TCU).

De acordo com Pimentel, com um redesenho do mecanismo de repasse dos recursos aos bancos em torno da folha de pagamento dos segurados o que se busca é um aumento da participação de instituições financeiras. Ele informou que, desde 2007, cada benefício custa em média R$ 1,07 ao governo. "Quanto mais instituições financeiras estiverem prestando serviços à sociedade, maior é a competitividade, a agilidade no atendimento", justificou.

O ministro observou, ainda, que, para permitir uma redução para algo em torno de meia hora no tempo de atendimento para a concessão dos direitos previdenciários, o governo investiu R$ 280 milhões.

Questionado sobre o descontentamento dos segurados que ganham acima de um salário mínimo terem obtido apenas a correção com base na variação do Índice de Preços ao Consumidor (INPC) , ficando abaixo do reajuste dado a quem recebe apenas o mínimo, Pimentel argumentou que o governo seguiu o que determina a lei e descartou a possibilidade de uma revisão

17:17
Anónimo disse...
Empresas
Caterpillar oferece aposentadoria antecipada a 2 mil


A companhia americana Caterpillar ofereceu a cerca de dois mil funcionários incentivos para que se aposentem de forma voluntária antes do previsto, pela perspectiva de uma queda "significativa" da atividade industrial, informou nesta quarta-feira a empresa.

A iniciativa, destinada aos trabalhadores de diversas fábricas em Illinois, Colorado, Tennessee e Pensilvânia, se soma aos cortes de empregos anunciados em janeiro, explicou em comunicado de imprensa.

A empresa, a maior fabricante mundial de maquinaria pesada para a construção e a mineração, acrescentou que, "em função das condições de negócio, podem ser necessárias mais reduções de elenco voluntárias e involuntárias à medida que o ano avança".

O vice-presidente da companhia, Sid Banwart, explicou que a empresa prevê "demissões significativas em todas as regiões geográficas e na maioria dos setores devido às dificuldades da economia mundial".

17:18
Anónimo disse...
Comércio
Comércio exterior da OCDE caiu no 3º trimestre de 2008


As exportações e as importações dos países da Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Econômico (OCDE) caíram 1,6% e 0,2%, respectivamente, no terceiro trimestre de 2008, em relação aos três meses anteriores.

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Trata-se da primeira queda destas atividades desde o terceiro trimestre de 2006, segundo o último relatório trimestral sobre fluxos comerciais divulgado pela OCDE.

As exportações e as importações em dólares dos 30 Estados-membros caíram 15,6% e 17%, respectivamente, na comparação anualizada.

Por sua vez, o comércio dos sete países mais ricos do mundo (G7) teve um pequeno crescimento no terceiro trimestre de 2008 com uma queda das exportações de mercadorias de 0,2% em relação ao trimestre anterior e um aumento de 0,4% das importações.

Em termos anualizados, as importações do G7 caíram 1,4% entre julho e setembro do ano passado, seu primeiro retrocesso desde o terceiro trimestre de 2006, enquanto as exportações aumentaram 1,9%, seu crescimento mais baixo no mesmo tempo.

Por países, a Alemanha aumentou suas importações em 3,4% - valor mais alto do G7 -, enquanto suas exportações caíram 2,9% do segundo para o terceiro trimestre de 2008.

Pelo contrário, as exportações americanas aumentaram 1,8% entre julho e setembro de 2008, enquanto as importações caíram 0,7% em relação ao trimestre anterior. No Japão, tanto as importações quanto as exportações caíram em torno de 1% no mesmo período.

17:19
Anónimo disse...
Economia Nacional
Lula: juros de crédito consignado a aposentados são altos

Atualizada às 17h29

O presidente Luis Inácio Lula da Silva afirmou nesta terça-feira, em São Paulo, que está lutando para reduzir as taxas de juros cobradas de aposentados em crédito consignado. A Previdência Social estabelece uma taxa máxima de 2,5% para empréstimo e de 3,5% para cartão. Para Lula, os valores são altos.

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"Acho que o juro que os aposentados estão pagando hoje com o crédito consignado é alto para o padrão brasileiro", disse o presidente durante a cerimônia de comemoração dos 86 anos do INSS.

A Previdência anunciou nesta terça-feira que aposentados e trabalhadoras com licença-maternidade poderão receber seus benefícios em 30 minutos. De acordo com Lula, em junho, a aposentadoria do trabalhador rural também será conseguida em meia hora.

Além disso, o presidente anunciou que, também em junho, os trabalhadores que alcançarem o direito à aposentadoria passarão a receber em suas casas um comunicado da Previdência informando o fato e o valor do salário que têm direito a receber. "É um comprometimento público que estou fazendo com os companheiros da Previdência Social", disse.

"Estamos retribuindo ao contribuinte da Previdência Social aquilo que é a cidadania que ele tem direito", afirmou Lula. "Se para cobrar nós somos tão precisos, para devolver o dinheiro, temos que chegar próximo à perfeição", completou.

17:20
Anónimo disse...
Economia Nacional
Salário maternidade sairá em 30 minutos, diz ministro

Toda trabalhadora autônoma que tiver contribuído pelo menos 10 meses com o Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) - ou as que possuírem carteira assinada - poderão receber em 30 minutos o salário maternidade a partir desta terça-feira. Da mesma forma, as mulheres com 30 anos de contribuição e os homens com 35 anos também terão direito ao benefício de forma mais rápida. A informação é do ministro da Previdência Social, José Pimentel.

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Para requerer o salário maternidade, é preciso que as autônomas levem a carteira de identidade e o carnê de contribuição. As demais trabalhadoras devem apresentar a identificação e a carteira de trabalho. Desde o início do mês, a nova forma de análise para a concessão de benefícios foi adotada para a aposentadoria por idade do trabalhador urbano e agora foi estendida para o salário maternidade e por tempo de contribuição.

O ministro disse que a qualificação do serviço da previdência social é o reconhecimento do direito dos trabalhadores e da afirmação da cidadania.

"Até pouco tempo na cabeça do cidadão o serviço devia ser de péssima qualidade. Agora não, nós modificamos toda a legislação no mês de dezembro numa ação conjunta do Congresso Nacional com o governo federal. Estamos implantando e concedendo os benefícios em até 30 minutos", afirmou.

O ministro destacou que para conseguir se aposentar ou ter acesso à licença maternidade em 30 minutos, em primeiro lugar, é necessário que o cidadão esteja vinculado à Previdência, o que inclui 65% da população acima de 16 anos de idade.

"Depois bastar marcar pelo sistema 135 o dia e a hora do atendimento e levar a documentação. Se todos os dados necessários estiverem corretos o contribuinte será atendido em até 30 minutos, como vem sendo feito com as aposentadorias por idade desde o dia cinco de janeiro", explicou.

Pimentel disse ainda que em 90% das agências da previdência social o atendimento é marcado em até 48 horas. Nos grandes centros, entretanto existe um volume maior o que torna mais lento o processo.

"Estamos criando mais 715 agências até 2010, em todo o território nacional, para descentralizar o atendimento. Em 2008, atendemos 295 mil benefícios e aposentadorias por idade. Temos 4 mil pessoas por dia procurando e se aposentando por idade no território nacional. Este serviço será agilizado", concluiu.
17:28
Anónimo disse...
Giuseppe Englaro, pai de Eluana, a italiana que morreu na segunda-feira passada por desidratação, recusou uma grande soma de dinheiro de um conhecido fotógrafo italiano que queria retratar a filha em estado de coma, disse neste sábado o neurologista que atendia a mulher desde 1996, Carlo Defanti.

O neurologista, que participou hoje de uma conferência sobre eutanásia, disse que Englaro respeitou a vontade da filha, que, antes do acidente, tinha pedido que, se lhe ocorresse qualquer coisa irreversível, apresentasse sua imagem de quando estava em boas condições.

Antes de sofrer o acidente de trânsito, em 1992, Eluana viveu o coma de um amigo, Alessandro, o que causou forte impacto na italiana e a levou a fazer o pai prometer que não a deixasse viver em estado vegetativo, disse o próprio Giuseppe Englaro.

Defanti, que dissera que Eluana poderia viver de dez a 12 dias depois da suspensão da alimentação e da hidratação, disse que, como médico, tinha que reprovar esta afirmação.

"Não se pode sobreviver após três ou quatro dias sem líquido e, em particular, água em um corpo. Sabemos bem que, quando há um terremoto, após quatro dias é difícil encontrar sobreviventes".

Defanti ressaltou que Eluana "não falava, não se comunicava com o exterior" e que, após vários exames, "nos deparamos com uma moça que tinha perdido a consciência", porque estava com o córtex cerebral prejudicado.

Eluana foi enterrada na quinta-feira passada no túmulo da família na localidade de Paluzza, em Udine, após um funeral que não contou com a presença dos pais.

16:53
Anónimo disse...
Os bombeiros combatem neste sábado os incêndios na Austrália favorecidos pelo bom tempo, enquanto os deslocados encotram em seu retorno casas derruídas, carros queimados nas ruas e destruição.

Depois de sete dias desde que começaram os incêndios no Estado de Victoria, a lista de mortos chega a 181, os desaparecidos somam 50, os edifícios destruídos totalizam 1,834 mil e o terreno arrasado, principalmente florestas, ocupa uma área de 4,13 mil quilômetros quadrados.

As equipes de bombeiros, formadas por 4 mil profissionais de Victoria, de outras partes da Austrália e de países amigos, combateram hoje 12 focos fora de controle e nenhum representava uma ameaça direta para a população.

O subdiretor do Serviço de Bombeiros, Geoff Conway, disse que este tempo favorável, que se prolongará durante o domingo, permite consolidar as linhas de contenção e avançar na extinção das chamas.

Cinzas apareceram arrastadas por ventos do nordeste sobre Melbourne, onde habitam 3,8 milhões de pessoas, e as autoridades alertaram aos cidadãos do risco para a saúde de idosos, crianças e pessoas com problemas respiratórios.

O número de pessoas deslocadas - a Cruz Vermelha chegou a receber 7 mil - começou a cair com a abertura de algumas localidades atingidas.

Os incêndios, alguns criminosos, começaram em 7 de fevereiro, quando a região sul da Austrália estava há duas semanas sob uma onda de calor sem precedentes.

Na sexta-feira passada, a polícia acusou uma pessoa de ter provocado o incêndio que atingiu a localidade de Churchill e matou 21 pessoas.

16:55
Anónimo disse...
A primeira chuva em seis dias reduziu a ameaça de incêndios no Estado de Victoria, ao sul da Austrália. As autoridades, porém, advertiram que ainda existem 12 focos, mas que nenhum deles ameaça áreas povoadas.

Mais de quatro mil bombeiros, mil provenientes de outras partes do país e de outras nações, trabalham contra o fogo. Cerca de 600 veículos e 28 helicópteros e pequenos aviões estão sendo usados.


Eles conseguiram construir linhas de contenção para evitar os incêndios de Yarra e Maroondah se juntassem. Também foram controlados os incêndios abertos de Yea e Murrindindi, que ameaçavam as comunidades de Connellys Creek, Crystal Creek, Scrubby Creek e Native Dog Creek.

O número de mortos chegou a 181, mas as autoridades acreditam que as vítimas devem passar de 200, já que ainda há muitos desaparecidos.

16:55
Anónimo disse...
Aqui nesta coluna, na semana passada, tive a oportunidade de comentar sobre a recente visita do professor brasileiro Pedrinho Guareschi à Austrália. Não dei, porém, os fatos, pois semana passada o assunto era outro.

Hoje, porém, vamos a eles.

No último dia 4 de fevereiro, aconteceu o Seminário "Paulo Freire: Education and Liberation", organizado pelo centro de estudos latino-americanos da Universidade Nacional da Austrália, ou ANU, como é mais conhecida por aqui.

A ANU, para quem não sabe, está entre as 20 melhores universidades do mundo! E tem sede aqui em Camberra, capital da Austrália.

Na abertura do evento, o professor John Minns, diretor do centro latino-americano, ao dar boas-vindas ao público presente, lembrou ser aquele o primeiro seminário exclusivamente dedicado a Paulo Freire na Austrália.

Em seguida, convidou Pedrinho Guareschi, palestrante principal do Seminário, a fazer sua apresentação.

A plateia pode então conhecer, pelas palavras de Pedrinho, um pouco da obra e da vida de Freire, esse brasileiro de fé e valor, que sempre acreditou na educação, sobretudo dos menos favorecidos, analfabetos, como força libertadora.

Como não podia deixar de ser, os conceitos e ideias revolucionários de Paulo Freire, expostos com clareza por Pedrinho, despertaram o interesse e a curiosidade de plateia. A qual, deve-se notar, era na maioria de estudantes, mas de várias nacionalidades, sobretudo australianos e asiáticos.

Na continuação do programa do seminário, que se estendeu por dois dias, outros professores fizeram palestras sobre temas ligados à obra de Paulo Freire.

Interessante, por exemplo, saber que a professora Anne Hickling-Hudson, jamaicana que mora na Austrália há muitos anos (é professora da ANU), conheceu e trabalhou com Freire num workshop educacional durante a revolução na Ilha de Granada, em 1980, antes da invasão dos Estados Unidos...

Ou, então, a palestra da Professora Gerda Roelvink, da Nova Zelândia, que participou do Fórum Social de Porto Alegre em 2005. E essa participação transformou-se em tema de doutorado.

No dia 10, terça-feira passada, o padre Pedrinho Guareschi voltou a falar ao público australiano em grande auditório localizado no belíssimo campus da ANU. Desta vez, sobre a Teologia da Libertação.

Depois da palestra, John Minns mostrou o filme mexicano "O Crime do Padre Amaro", no qual um dos personagens é um padre católico praticante da Teologia da Libertação.

Mais uma vez, foi grande o intersse da platéia, que pode aprender e conhecer um pouco como se desenvolveu aquele importante movimento católico na América Latina.

Fica, assim, ao Pedrinho, bem como a outros brasileiros estudiosos e de bom coração que saem pelo mundo a divulgar aspectos importantes da cultura brasileira, o respeito e a homenagem desta coluna. E... aquele abraço!

16:57
Anónimo disse...
Amanda Kitts perdeu o braço esquerdo em um acidente de automóvel acontecido três anos atrás, mas hoje em dia ela joga futebol americano com seu filho de 12 anos de idade, troca fraldas e abraça as crianças nas três creches Kiddie Cottage que opera em Knoxville, Tennessee. Kitts, 40 anos, faz tudo isso com a ajuda de um novo tipo de braço artificial que se movimenta com mais facilidade do que outros aparelhos e que ela pode controlar utilizando apenas seus pensamentos.

"Eu sou capaz de mexer a mão, o pulso e o cotovelo ao mesmo tempo", diz. "Você pensa e os músculos se movem em seguida".

A recuperação que ela conseguiu resulta de um novo procedimento que vem atraindo crescente atenção porque permite que pessoas movam braços protéticos de forma mais automática do que faziam no passado, simplesmente utilizando nervos reaproveitados em seus cérebros.

A técnica, conhecida como "renervação muscular dirigida", envolve utilizar os nervos que restam depois da amputação de um braço e conectá-los a outro músculo do corpo, em geral no peito. Eletrodos são instalados sobre os músculos do peito, e operam como se fossem antenas. Quando a pessoa deseja mover o braço, o cérebro envia sinais que primeiro resultam em contração dos músculos do peito, os quais enviam um sinal ao braço protético, instruindo-se a se movimentar. O processo não requer mais esforços consciente do que a pessoa teria de exercitar caso ainda tivesse seu braço natural.

Na terça-feira, pesquisadores reportaram em estudo publicado pela versão online do Journal of the American Medical Association que haviam levado a técnica ainda mais à frente, tornando possível a execução de 10 movimentos de mão, pulso e cotovelo diferentes, o que representa uma substancial melhora com relação ao típico repertório protético, que em geral envolve apenas dobrar o cotovelo, girar o pulso e abrir a mão.

"Os novos métodos tiveram impacto dramático em nosso campo de trabalho", disse Stuart Harshbarger, engenheiro biomédico na Universidade Johns Hopkins e diretor do programa de pesquisa sobre próteses, financiado pelas forças armadas, que inclui o trabalho com essa técnica. "O método já está em uso por médicos e cirurgiões comuns em todo o país. A capacidade de controlar um membro protético bastante robusto que ele confere surpreendeu a todos pela qualidade".

Tipicamente, uma pessoa que tenha um braço protético só é capaz de executar alguns poucos movimentos, e muitas vezes com tamanha lentidão que isso só permite a ela atividades limitadas.

Há um motor separado para cada movimento, diz Gerald Loeb, professor de engenharia biomédica na Universidade do Sul da Califórnia, "e esses motores precisam ser controlados de maneira explícita", usualmente por um esforço consciente da pessoa para contrair músculos nas costas ou no bíceps.

"Essencialmente, até agora os pacientes controlavam apenas um motor de cada vez", diz Loeb, "e precisavam pensar cuidadosamente sobre que motor desejavam controlar e como fazê-lo operar, em lugar de simplesmente pensarem em mover o braço e poderem fazê-lo sem delongas".

Antes que Kitts passasse pelo procedimento de renervação, em outubro de 2007, por exemplo, ela precisava movimentar os músculos de suas costas de determinada maneira para fazer com que seu pulso girasse, e flexionar seu bíceps e tríceps para fazer com que o cotovelo se movesse para cima e para baixo. "Era muito trabalho", ela conta. "E não me ajudava muito".

O procedimento de renervação é parte de uma recente explosão de idéias novas e técnicas inovadoras que estão sendo exploradas enquanto os cientistas se esforçam por ajudar as pessoas a compensar melhor a perda de membros ou problemas de paralisia. O esforço vem sendo alimentado pelo aumento no número de amputações causado por diabetes e por ferimentos sofridos pelos militares, e ao mesmo tempo pelos avanços na tecnologia médica.

Os braços se tornaram um dos focos essenciais desse tipo de trabalho. A ciência há muito vem obtendo sucessos no desenvolvimento de próteses de perna, mas é muito mais difícil imitar a complexidade e a destreza das mãos e dos braços.

Os esforços em curso incluem o desenvolvimento de projetos de pele e braços mais sensíveis e mais flexíveis, e o uso de dispositivos acionados por controles sem fio implantado nos braços protéticos, que permitiriam movimentos mais naturais.

Os pesquisadores também vêm usando sensores implantados nos cérebros de cobaias para permitir que dois macacos controlem um braço mecânico, e um teste com um homem paralítico permitiu, com esse método, que ele movimentasse um cursor em uma tela de computador.

Alguns desses métodos, caso venham a ser aperfeiçoados plenamente e consigam aprovação das autoridades regulatórias da saúde, podem no futuro se tornar mais viáveis para os pacientes de amputações.

E embora a técnica da renervação não requeira aprovação das autoridades regulatórias porque é executada por meios cirúrgicos e emprega aparelhos já existentes, ela apresenta limitações que até mesmo seus criadores reconhecem, entre as quais o fato de que não se pode utilizá-la para todos os pacientes, o seu alto custo e o prazo de meses requerido para que os nervos reconectados cresçam e se tornem efetivos.

Ainda assim, os especialistas dizem que é o mais avançado sistema em uso hoje para pacientes reais que permite que o sistema nervoso controle diretamente o movimento de um braço artificial.

Desde sua introdução por Todd Kuiken, médico fisioterapeuta e engenheiro biomédico do Instituto de Reabilitação de Chicago, o método foi empregado em cerca de 30 pacientes nos Estados Unidos, Canadá e Europa, entre os quais oito soldados feridos no Iraque e no Afeganistão.

Muitos dos pacientes, entre os quais o primeiro, Jesse Sullivan, um operário do setor elétrico no Tennessee que perdeu os dois braços quando foi eletrocutado por um cabo, conseguem não apenas manipular seus braços protéticos mas sentir a presença das mãos que já não têm quando alguém toca em seus peitos.

Sullivan, 62 anos, e Kitts, estavam entre os cinco pacientes que participaram do estudo reportado na terça-feira. Em companhia de cinco outras pessoas que não passaram por amputações, eles receberam os eletrodos e foram instruídos a usar pensamentos para fazer com que um braço virtual na tela reproduzisse 10 movimentos diferentes, entre os quais três formas diferentes de aperto de mão.

Os pacientes apresentaram desempenho bastante respeitável, apenas um pouco mais lento e menos preciso do que os dos participantes que não tinham amputações.

"As velocidades de movimento que encontramos em nossos pacientes foram realmente encorajadoras", disse Kuiken. "Eles conseguiram completar a tarefa. É claro que não foram tão competentes quanto as pessoas dotadas de plena capacidade física, mas foram bons o bastante".

Um braço virtual foi usado porque a maioria das próteses existentes não era capaz de acomodar todos aqueles movimentos, no momento da pesquisa, ainda que Sullivan, Kitts e uma terceira paciente, Claudia Mitchell, tenham experimentado dois novos protótipos mais versáteis de braços artificiais, executando tarefas complexas com bolas de tênis e outros objetos.

O trabalho de renervação em soldados apresenta outros desafios, diz Kuiken, porque os ferimentos militares muitas vezes "causam danos muitos extensos" a nervos, músculos ou ossos.

Daniel Acosta, 25 anos, um aviador ferido pela detonação de uma bomba em uma estrada do Iraque em 2005, passou pelo procedimento no ano passado e diz que seu braço esquerdo protético agora se movimenta "muito mais rápido" e de maneira muito mais natural.

"A diferença é que agora não preciso mais pensar para mover o braço", ele diz. "Ele simplesmente se mexe".

Ainda assim, Acosta, de San Antonio, diz que "o processo foi bastante longo" e que os eletrodos precisam ser ajustados para receber os sinais à medida que os nervos crescem ou mudam de posição.

E embora elogiem o método, os especialistas afirmam que a ciência das próteses de braço ainda tem muito por avançar.

"Trata-se de uma parte crucial, mas ainda assim apenas uma parte, das muitas coisas que compreendem a função normal de um braço", disse Loeb, que escreveu um editorial que acompanha o artigo no Journal of the American Medical Association.

"No momento estamos a meio do caminho entre o braço de 'Dr. Fantástico', que fazia involuntariamente a saudação nazista, e o braço de Luke Skywalker em 'Guerra nas Estrelas', que funciona sem nenhum problema assim que é conectado. Creio que precisaremos ainda de muitos anos para conectar todas as peças necessárias a produzir um braço capaz de funcionar normalmente".

17:04
Anónimo disse...
A Espanha disse neste sábado que está preparando uma reclamação oficial contra a decisão da Venezuela de expulsar um membro do Parlamento Europeu que criticou o conselho eleitoral venezuelano.
Luis Herrero, membro do partido conservador espanhol PP, foi deportado na sexta-feira depois que o Conselho Nacional Eleitoral (CNE) o acusou de questionar a imparcialidade da instituição antes de um referendo que pode permitir ao presidente Hugo Chávez permanecer no cargo indefinidamente.

Herrero estava na Venezuela como observador do referendo. Ele acusou Chávez de ter "comportamentos típicos de um ditador" por pedir a contenção de manifestações da oposição.

O governo da Espanha convocou um encontro com o embaixador da Venezuela em Madri para expressar a desaprovação sobre a expulsão de Herrero, disse um representante do Ministério das Relações Exteriores espanhol.

As relações da Venezuela com a Espanha tiveram seu ponto crítico em 2007, quando Chávez ameaçou rever acordos diplomáticos e comerciais depois de ouvir um "cala a boca" do rei espanhol Juan Carlos durante uma cúpula.

A fenda foi oficialmente reparada em 2008, com uma visita oficial de Chávez à Espanha, onde ele cumprimentou o rei e discutiu acordos para investimento no setor petroquímico com o primeiro-ministro José Luis Rodriguez Zapatero.

17:06
Anónimo disse...
A polícia do Zimbábue anunciou neste sábado que acusa de traição Roy Bennett, dirigente do até agora opositor Movimento para a Mudança Democrática (MDC), detido na sexta-feira, em Harare, poucas horas antes da cerimônia de posse dos membros do novo gabinete.

"A Polícia nos informou que vão apresentar acusações de traição", disse à agência EFE o advogado de defesa de Bennett, Trust Maanda.

"Tentam relacionar Roy com o caso de Mike Hitschmann, que foi detido em 2006 em relação à descoberta de um carregamento de armas, apesar de que Hitschmann não tenha sido declarado culpado das acusações de traição apresentadas contra ele, mas de um crime menor de descumprimento de leis", disse Maanda.

O político opositor, designado por seu partido como vice-ministro de Agricultura no Governo de união nacional, esteve no exílio na vizinha África do Sul desde 2006 e retornou ao Zimbábue há duas semanas.

Segundo a Polícia, que deteve Bennett ontem no aeroporto de Harare quando pretendia ir à África do Sul para visitar sua família, as armas apreendidas em 2006 seriam utilizadas em um golpe de Estado para derrubar o presidente do Zimbábue, Robert Mugabe.

Depois da detenção, Bennet foi levado a Mutar, onde vários simpatizantes do MDC se concentraram em frente à delegacia na qual estava detido, diante do que a Polícia respondeu com tiros para o alto para dispersar os manifestantes.

17:07
Anónimo disse...
Austrália: 14 mil se candidatam a 'emprego dos sonhos'

A secretaria de Turismo de Queensland, na Austrália, informou que até esta segunda-feira já recebeu cerca de 14 mil inscrições para o "o melhor emprego do mundo". O Estado australiano promove pela internet seleção para vaga de "zelador" da ilha Hamilton, por seis meses com um salário de R$ 40 mil.

Muitos candidatos tiveram problemas durante a inscrição por conta dos acessos simultâneos ao site. A secretaria aconselha enviar os vídeos de 60s explicando porque deve ser escolhido em horários alternativos do dia, além de recomendar tamanho em torno de 40MB.

As inscrições começaram em 12 de janeiro e vão até o próximo dia 22 e podem ser feitas pelo site www.islandreefjob.com. O governo australiano escolherá 50 candidatos para a próxima fase da seleção, que terá votos do público para eleger um dos 11 finalistas.

A última fase terá entrevistas e desafios físicos, no próprio local de trabalho: as ilhas da Grande Barreira Coralina - o maior recife de coral do mundo. A secretaria de Turismo anunciará o vencedor no dia 6 de maio.

17:09
Anónimo disse...
Mercado elogia governo na crise, mas pede maior queda no juro

Peter Fussy
Direto de São Paulo

Desde as primeiras medidas anunciadas para combater os efeitos da crise, o governo brasileiro avisou que a estratégia não contemplaria um pacote. Seriam doses pontuais, de acordo com a necessidade da economia diante do agravamento das turbulências. Da primeira liberação dos depósitos compulsórios em setembro até a ampliação do seguro-desemprego na última quarta-feira, o governo passou por redução de impostos, ampliação de crédito e incentivos à exportação. Quase 150 dias após a primeira medida, o Terra conversou com líderes do setor público e privado, representantes dos trabalhadores, acadêmicos e com o próprio governo para saber quais destas ações foram mais eficazes, quais foram mais ineficientes e o que mais pode ser feito pelo Estado brasileiro contra a crise.

Os maiores elogios foram direcionados à atitude de reduzir o Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) para a indústria automobilística, anunciada em dezembro e que fez com que os emplacamentos de carros novos subissem 1,9% no primeiro mês do ano em relação a dezembro de 2008. Já as maiores críticas foram para a lentidão no corte da taxa básica de juro do País.

Para o presidente do conselho administrativo do Grupo Pão de Açúcar, Abílio Diniz, o Estado não é responsável pela crise e mesmo assim está agindo "com extrema serenidade e muito acerto". "O governo está atento, fazendo a sua parte. É preciso coragem de baixar firmemente a taxa de juros. É uma arma que temos a nosso favor, já que não há clima para inflação, nem possibilidade de danos para a macroeconomia", afirmou Diniz.

Na última reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), em janeiro, a taxa Selic foi reduzida em um ponto percentual, de 13,75% para 12,75% ao ano. Porém, o professor de economia da Universidade de Brasília (UnB) José Luiz Oreiro lembra que este corte representa uma redução de apenas 0,25 ponto percentual com relação à taxa de setembro do ano passado, quando a crise se agravou.

"Pouco antes da eclosão da crise, o Banco Central aumentou a taxa em 0,75 ponto. Foram cinco meses de demora para reduzir em termos líquidos apenas 0,25 ponto", afirmou o economista, que também sugeriu redução do intervalo de cerca de 90 dias entre as reuniões do Copom e o corte de pelo menos um 1 ponto percentual em cada reunião.

Mesmo com o corte de janeiro, a taxa de juros real continua sendo a maior do mundo, lembrou o secretário-geral da Força Sindical, João Carlos Gonçalves, o Juruna. "A redução da taxa de juro ainda é pequena, porque ela continua uma das mais altas do mundo. Falta ousadia para baixar os juros e ajudar o cidadão. A permanência da taxa de juro alta é negativa para o País em meio a crise", afirmou Juruna.

Embora aprove as ações do governo, o senador Aloízio Mercadante (PT-SP) também acredita que o patamar da Selic está muito alto. "Sempre fomos os primeiros a entrar em qualquer crise, o que não aconteceu agora. A taxa Selic ainda é muito alta, mas o governo têm tomado medidas acertadas, como o aumento do salário mínimo, mesmo com um cenário de crise. Isso ajuda a movimentar o consumo. O governo está se esforçando para manter os investimentos e o crescimento", disse.

Tributos
De acordo com o economista Fabio Pina, da Fecomercio-SP, as ações mais positivas estão relacionadas à redução de tributos para alguns segmentos, como a indústria automobilística, que recuperou parte da queda nas vendas em janeiro com a isenção do IPI para carros 1.0 l e o corte para demais motorizações. A medida vale até o final de março.

"Essas medidas não só reduziram o preço, mas anteciparam o consumo daqueles que iriam comprar no futuro, dando um prêmio por conta da insegurança. Mexe diretamente com o principal problema que é a confiança do consumidor", afirmou. Juruna destacou que um bom ritmo de vendas é garantia de emprego. "É importante porque cada emprego na montadora significa 19 na cadeia produtiva", comentou o representante da Força Sindical.

Também em dezembro, o governo decidiu cortar pela metade a alíquota do Imposto de Renda para contribuintes que ganham entre R$ 1.434 e R$ 2.150 mensais. "O salário aumentava e a tabela não se modificava. As pessoas ganhavam mais e pagavam mais impostos", apontou Juruna. Outra redução de tributos do governo foi com relação ao Imposto sobre Operações Financeiras (IOF), que caiu de 3% ao ano para 1,5%.

Crédito
Na segunda metade de 2008, o colapso de bancos nos Estados Unidos por conta da crise do subprime provocou uma forte restrição de crédito no mundo inteiro. Uma das primeiras medidas anticrise do governo teve como objetivo restabelecer a oferta, com mudanças no recolhimento dos depósitos compulsórios por parte dos bancos. Segundo o presidente do Banco Central, Henrique Meirelles, as diversas modificações liberaram US$ 99,2 bilhões aos bancos até o final de janeiro.

Além disso, o governo concedeu R$ 36 bilhões das reservas internacionais para empresas brasileiras com dívidas no exterior e uma medida provisória autorizou o Banco do Brasil e a Caixa Econômica Federal a comprar carteiras de crédito de bancos privados. Para o diretor do Departamento de Pesquisas e Estudos Econômicos da Fiesp, Paulo Francini, estas medidas foram essenciais para combater os efeitos da crise.

"A crise se desenvolve no mundo em torno do tema crédito. E o crédito reduziu-se barbaridade no mundo. Então o governo lança mão de compulsório, lança mão de reservas, de medidas que permitem aos bancos comprar carteiras de bancos. Você vai tomando várias medidas para atender às demandas e o epicentro disso é crédito", afirmou.

No entanto, Oreiro, da UnB, adverte que a liberação dos compulsórios seria mais eficiente acompanhada de redução mais agressiva da taxa básica de juro. "Uma parte do crédito voltou, depois da forte retração em outubro e novembro. O que deveria ter sido feito junto à liberação do compulsório era uma redução mais drástica da taxa de juro. Sem isso, os bancos pegam as reservas e acabam comprando títulos públicos", explicou o economista.

Na opinião de Pina, as ações de distribuição de crédito via redução do compulsório e a disposição de capital de giro para empresas foram tomadas sem um cuidado maior na operação e não tiveram muito efeito. "O BNDES tem linhas que ficam paradas quase todo o ano, agora é pior ainda. Existem os recursos, mas as empresas e os bancos estão desconfiados. É preciso fazer com que os bancos tenham interesse em emprestar", afirmou o economista da Fecomercio-SP.

Futuro
Mesmo com todas essas medidas, a crise financeira ainda gera incertezas nos setores produtivos do País. Nos últimos meses, o medo do desemprego fez os consumidores adiarem compras. Por sua vez, a queda nas vendas pode obrigar as indústrias a cortarem a produção e demitir funcionários. Contra isso, empresários sugerem redução de jornada e de salários.

"Isto está previsto em lei. A Fiesp simplesmente manteve conversações com entidades sindicais quanto à aplicação daquilo que já está previsto em lei", afirmou Francini.

Segundo a ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff, uma das medidas que assegura um nível de emprego é a manutenção de investimentos no Programa de Aceleração do Crescimento (PAC). "Estamos esperando que a dificuldade ocorra em janeiro, fevereiro e março. Estamos certos que vamos manter o nível de investimento. É isso que funciona, é isso que significa investimento público. Ele funciona como um colchão. Por isso, nós colocamos R$ 100 bilhões no BNDES e a Petrobras ampliou o seu investimento em R$ 120 bilhões", afirmou.

Na mesma linha, Pina explica que a antecipação de gastos do governo substitui parte da demanda retraída do setor privado. "Ele dá o seguinte recado: não vou estourar as contas públicas, mas concentrar em um momento em que a demanda privada está pequena. Mas o governo não tem fôlego suficiente para fazer o papel de toda demanda", ressaltou. O economista da Fecomercio lembrou que a entidade já pleiteou junto ao governo isenções para transferência de imóveis e de automóveis, além de retirar o IPVA para veículos novos.

Já Oreiro foca suas propostas na capitalização do Banco do Brasil e da Caixa Econômica Federal pelo Tesouro para atender a demanda de crédito para capital de giro e reduzir o spread. "Aumentando o empréstimo e reduzindo as taxas, os dois vão forçar os bancos privados a acompanhar o movimento, até para não perderem participação no mercado", explicou o economista da UnB.

Até o Carnaval, o governou prometeu detalhar um pacote de incentivos para a construção de até um milhão de casas populares, direcionado a famílias com renda de até dez salários mínimos. "Estamos atentos a tudo o que está acontecendo e novas medidas serão tomadas caso haja uma avaliação de que sejam necessárias", disse o ministro da Fazenda, Guido Mantega, na última sexta-feira.

17:11
Anónimo disse...
Ex-ministro critica extensão do seguro-desemprego

Atualizada às 09h03

O ex-ministro do Trabalho Almir Pazzianotto criticou a decisão do governo federal de conceder o seguro-desemprego estendido a apenas alguns setores. "É certamente odioso e provavelmente inconstitucional", disse Pazzianotto, de acordo com o jornal O Estado de S. Paulo.

Na última qurta, dia do anúncio da medida, centrais sindicais elogiaram a atitude do governo. A Força Sindical divulgou nota dizendo que "o aumento ajudará a aquecer parte da economia, já que irá gerar mais consumo, produção e conseqüentemente, a criação de novos postos de trabalho". A União Geral dos Trabalhadores (UGT) afirmou que a medida "contribuirá para minimizar o drama dos trabalhadores que perderem seu emprego por conta da crise".

O ex-ministro, que instituiu o seguro-desemprego no País no governo de José Sarney, destacou a necessidade de as centrais sindicais se manifestarem contra a determinação. Para ele, as mudanças devem ser aplicadas a todas as categorias profissionais e a distinção é contrária ao artigo 3º da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT).

Pazzianotto atribui a medida a um possível temor do governo de que a crise econômica seja longa e não haja dinheiro para atender a todas as necessidades. Ainda assim, ele se mostra contrário ao método de concessão. "O seguro-desemprego ajuda a sanar necessidades básicas. Estendê-lo é paliativo, não a solução", disse ao jornal.

De acordo com o presidente do Conselho Deliberativo do Fundo de Amparo ao Trabalhador (Codefat) e conselheiro da Força Sindical, Luiz Fernando Emediato, a determinação já estava prevista na lei 8.900/94, que trata do seguro-desemprego.

O presidente da Comissão de Trabalho da Câmara, Pedro Fernandes (PTB-MA) vai além na crítica à concessão do seguro para apenas alguns setores. Ele acredita que a ampliação do benefício estimula o desemprego.

Quintino Severo, secretário geral da Central Única dos Trabalhadores (CUT), lembra que a ampliação do benefício sem critério e identificação pode incentivar demissões em outros setores.

17:13
Anónimo disse...
Empresas
TAM faz promoção para destinos internacionais

A companhia aérea TAM anunciou nesta sexta-feira tarifas promocionais para trechos internacionais. Os preços valem para bilhetes comprados entre 6h deste sábado e 23h59 deste domingo e são válidos para classe econômica. As tarifas, para ida e volta, serão vendidas a partir de US$ 99, mais taxas.

Segundo a aérea, a promoção vale para viagens feitas no período de 14 de fevereiro a 18 de junho de 2009. Para destinos na América do Sul, a permanência mínima é de dois dias; para bilhetes com destino nos Estados Unidos, cinco dias; e Europa, sete dias. A permanência máxima para as passagens para América do Sul e EUA é de dois meses e para Europa, três meses.

Entre os exemplos de tarifas promocionais, a TAM oferece São Paulo-Lima por US$ 99. Bilhetes para a rota São Paulo-Santiago serão vendidos a partir de US$ 199 e São Paulo-Nova York, US$ 799.

A emissão dos bilhetes deve ser feita obrigatoriamente no ato da reserva, obedecendo às regras estipuladas pela companhia. A compra está sujeita à disponibilidade de assentos nas classes tarifárias determinadas, trechos, horários e datas. A TAM afirmou que também há tarifas promocionais para a classe executiva.

Mais informações podem ser encontradas no site promocional (www.ofertastam.com.br), no site da empresa (www.tam.com.br) ou pelos telefones 4002-5700 ou 0800 5705700.

17:13
Anónimo disse...
Empresas
Consultoria negocia compra do parque temático Hopi Hari

A consultoria especializada em reestruturação de empresas Íntegra Associados informou nesta sexta-feira ter um acordo para comprar o parque de diversões Hopi Hari, localizado no interior de São Paulo. A empresa estaria disposta a investir R$ 10 milhões no parque, que tem dívida estimada em R$ 800 milhões. As informações são da edição deste sábado do jornal Folha de S. Paulo.

De acordo com o jornal, a transação ainda depende da negociação entre o Hopi Hari e seus credores, o que já estaria em andamento.

A consultoria paulista já atuou junto à Parmalat, durante 30 meses, quando reorganizou a gestão da empresa italiana.

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17:14
Anónimo disse...
Empresas
Disney de Tóquio contratará mais 2 mil apesar da crise


A Oriental Land, o operador da Disneylândia Tóquio e DisneySea, organizou neste domingo entrevistas para contratar cerca de 2 mil trabalhadores em tempo parcial, em um momento de grandes demissões deste tipo de empregados no Japão.

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O operador deste parque temático, situado em Urayasu, na província de Chiba (leste de Tóquio), está em pleno processo de seleção de empregados para 20 tipos de postos trabalhistas diferentes.

Segundo a companhia, citada pela agência local de notícias Kyodo, o parque contratará novos trabalhadores para as atrações, para os restaurantes e guardas de segurança entre outros. Os novos contratados começarão a trabalhar a partir de fevereiro.

O processo de seleção acontece em um momento em que a maioria das grandes companhias japonesas começaram a se ver obrigadas a despedir uma elevada percentagem de seus trabalhadores temporários e a tempo parcial.

Algumas inclusive anunciaram demissões de seus trabalhadores fixos, uma medida muito pouco comum nas companhias japonesas, perante os efeitos piores que o esperado pela crise econômica global.

Cerca de uma centena de pessoas esperavam desde a primeira hora desta manhã a abertura do centro de conferências Tokyo International Forum, onde as entrevistas estão sendo feitas, para ser os primeiros a solicitar os postos de trabalho.


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17:15
Anónimo disse...
Economia Internacional
Senado dos EUA aprova plano de estímulo à economia

O Senado dos Estados Unidos aprovou com 60 votos a favor e 38 contra o plano de estímulo à economia de US$ 787 bilhões na madrugada deste sábado. Agora, ele segue para sanção ou veto do presidente Barack Obama, que espera colocar a lei em prática até o dia 16 de fevereiro.

O plano prevê a criação de três milhões de empregos, inclui cortes de impostos às famílias, fundos para programas sociais e obras públicas, além de ajuda aos governos estaduais, estudantes e desempregados.

A cláusula Buy American - que exige o uso de ferro, aço e produtos manufaturados dos Estados Unidos em obras realizadas com recursos do pacote - ficou de lado. Segundo o texto definitivo, a cláusula será aplicada sem violar as normas do comércio internacional.

Ontem à tarde, a Câmara de Representantes (deputados) havia aprovado, por 246 votos a favor e 183 contra, a versão final do plano. Todos os republicanos foram contrários ao pacote.

Pelo acordo de quarta-feira entre Câmara e Senado, em vez de custar US$ 819 bilhões, como queriam os deputados, ou US$ 838 bilhões como pretendiam os senadores, o pacote ficou em cerca de US$ 787 bilhões, com 65% desse total destinado a gastos do governo federal e 35%, a créditos tributários.

17:16
Anónimo disse...
Economia nacional
Na era Lula, aposentadoria sobe 54% menos que salário mínimo

Thatiane Faria
Especial para o Terra
Direto de São Paulo

Os índices de reajustes concedidos pelo governo em 2009 para aposentados e pensionistas e para o salário mínimo repetiram uma diferença que, só durante o governo de Luiz Inácio Lula da Silva, já chega a 54%. Enquanto o mínimo foi majorado em 12% este ano, as pensões e aposentadorias tiveram aumento de 5,92%. Aposentados que têm o benefício do governo como única fonte de renda reclamam que perdem poder de compra e que sua cesta de compras é composta por itens que aumentam mais em relação à inflação oficial.

Um exemplo prático pode ser entendido a partir da comparação entre um aposentado que ganhava R$ 600 em janeiro de 2003. Na época, o benefício era três vezes, ou 200%, maior que o valor do mínimo em vigência, que era de R$ 200. Aplicando-se os índices de reajuste para aposentadorias e para o mínimo durante os últimos seis anos, o mesmo aposentado estaria recebendo hoje R$ 938,47, comparado a um salário mínimo de R$ 465. A diferença entre os dois valores caiu para pouco mais de 100%.

Enquanto o índice acumulado de reajuste para a aposentadoria durante o governo Lula foi de 60%, para o salário mínimo está em 132%.

O diretor do Sindicato Nacional dos Aposentados, João Inocentini, reclama que os valores dos benefícios para aposentadorias não mantêm o poder de compra do grupo, principalmente dos aposentados que recebem menos que dez salários mínimos.

Nem mesmo o fato de o índice de reajuste das aposentadorias ter ficado acima da inflação acumulada no mesmo período (o IPCA entre janeiro de 2003 e janeiro de 2009 foi de 39,7%) serve de argumento, segundo os aposentados.

"Os idosos, principalmente, têm gastos além das contas gerais como gás, telefone e aluguel. Para eles o custo com remédios, e outros itens da área saúde costuma ser maior", afirmou Inocentini.

O presidente do sindicato afirmou que o grupo realiza um estudo com 100 itens de necessidade de um idoso para comparar o aumento dos produtos com o índice de reajuste do benefício recebido pelos aposentados.

"Daqui dois meses vamos abrir um processo na Justiça e levar essa pesquisa como prova. Segundo a lei, o governo é obrigado a manter o poder de compra com a aposentadoria", disse Inocentini.

Alternativas
O consultor financeiro Cláudio Boriola diz que os aposentados, especialmente nesse momento de crise econômica, devem evitar compras parceladas, pesquisar preços, negociar e fazer bom planejamento financeiro.

Segundo Boriola, alguns aposentados ganham um valor mensal muitas vezes insuficiente para o pagamento das contas e acabam pedindo crédito ou realizando pagamentos a prazo e são obrigados a pagar juros altos.

Na opinião do consultor, pagar uma previdência privada é uma alternativa indicada para quem ainda trabalha, considerando a característica de perda de poder de compra da aposentadoria.

"Na prática, infelizmente os valores encontram-se em um patamar que está deteriorando o poder de aquisição da população brasileira", completou Boriola.

De acordo com o diretor da Confederação Brasileira de Aposentados e Pensionistas (Cobap), Vicente Fernandes Barbosa, representantes dos aposentados tentarão um encontro com o presidente da Câmara, deputado Michel Temer (PMDB-SP), para discutir projetos que minimizem a perda dos aposentados

17:17
Anónimo disse...
Previdência
Previdência prorroga isenção de tarifas no benefício

O atual sistema de pagamento aos 26 milhões de aposentados e pensionistas do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) será mantido até o final deste ano. O acordo, que permite realizar a operação sem nenhum custo aos beneficiários, foi renovado nesta sexta-feira, entre o governo federal e 21 instituições financeiras.

Por meio desse acordo, vigente desde setembro de 2007, nem os segurados, nem os bancos e nem o governo arcam com o pagamento de tarifas, conforme explicou o ministro da Previdência Social, José Pimentel. A prorrogação vale até dezembro, data máxima para que a Previdência defina as regras para um novo contrato.

Ao assinar o termo de renovação, na sede da Federação Brasileira dos Bancos (Febraban), o ministro disse que a intenção do governo é mudar o atual modelo de gestão visando a reduzir os custos dessas operações em torno da folha mensal, que atinge R$ 15,8 bilhões. No entanto, qualquer alteração, conforme explicou, passará antes por audiências públicas a serem realizadas a partir do segundo semestre deste ano, atendendo a determinação do Tribunal de Contas da União (TCU).

De acordo com Pimentel, com um redesenho do mecanismo de repasse dos recursos aos bancos em torno da folha de pagamento dos segurados o que se busca é um aumento da participação de instituições financeiras. Ele informou que, desde 2007, cada benefício custa em média R$ 1,07 ao governo. "Quanto mais instituições financeiras estiverem prestando serviços à sociedade, maior é a competitividade, a agilidade no atendimento", justificou.

O ministro observou, ainda, que, para permitir uma redução para algo em torno de meia hora no tempo de atendimento para a concessão dos direitos previdenciários, o governo investiu R$ 280 milhões.

Questionado sobre o descontentamento dos segurados que ganham acima de um salário mínimo terem obtido apenas a correção com base na variação do Índice de Preços ao Consumidor (INPC) , ficando abaixo do reajuste dado a quem recebe apenas o mínimo, Pimentel argumentou que o governo seguiu o que determina a lei e descartou a possibilidade de uma revisão

17:17
Anónimo disse...
Empresas
Caterpillar oferece aposentadoria antecipada a 2 mil


A companhia americana Caterpillar ofereceu a cerca de dois mil funcionários incentivos para que se aposentem de forma voluntária antes do previsto, pela perspectiva de uma queda "significativa" da atividade industrial, informou nesta quarta-feira a empresa.

A iniciativa, destinada aos trabalhadores de diversas fábricas em Illinois, Colorado, Tennessee e Pensilvânia, se soma aos cortes de empregos anunciados em janeiro, explicou em comunicado de imprensa.

A empresa, a maior fabricante mundial de maquinaria pesada para a construção e a mineração, acrescentou que, "em função das condições de negócio, podem ser necessárias mais reduções de elenco voluntárias e involuntárias à medida que o ano avança".

O vice-presidente da companhia, Sid Banwart, explicou que a empresa prevê "demissões significativas em todas as regiões geográficas e na maioria dos setores devido às dificuldades da economia mundial".

17:18
Anónimo disse...
Comércio
Comércio exterior da OCDE caiu no 3º trimestre de 2008


As exportações e as importações dos países da Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Econômico (OCDE) caíram 1,6% e 0,2%, respectivamente, no terceiro trimestre de 2008, em relação aos três meses anteriores.

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Trata-se da primeira queda destas atividades desde o terceiro trimestre de 2006, segundo o último relatório trimestral sobre fluxos comerciais divulgado pela OCDE.

As exportações e as importações em dólares dos 30 Estados-membros caíram 15,6% e 17%, respectivamente, na comparação anualizada.

Por sua vez, o comércio dos sete países mais ricos do mundo (G7) teve um pequeno crescimento no terceiro trimestre de 2008 com uma queda das exportações de mercadorias de 0,2% em relação ao trimestre anterior e um aumento de 0,4% das importações.

Em termos anualizados, as importações do G7 caíram 1,4% entre julho e setembro do ano passado, seu primeiro retrocesso desde o terceiro trimestre de 2006, enquanto as exportações aumentaram 1,9%, seu crescimento mais baixo no mesmo tempo.

Por países, a Alemanha aumentou suas importações em 3,4% - valor mais alto do G7 -, enquanto suas exportações caíram 2,9% do segundo para o terceiro trimestre de 2008.

Pelo contrário, as exportações americanas aumentaram 1,8% entre julho e setembro de 2008, enquanto as importações caíram 0,7% em relação ao trimestre anterior. No Japão, tanto as importações quanto as exportações caíram em torno de 1% no mesmo período.

17:19
Anónimo disse...
Economia Nacional
Lula: juros de crédito consignado a aposentados são altos

Atualizada às 17h29

O presidente Luis Inácio Lula da Silva afirmou nesta terça-feira, em São Paulo, que está lutando para reduzir as taxas de juros cobradas de aposentados em crédito consignado. A Previdência Social estabelece uma taxa máxima de 2,5% para empréstimo e de 3,5% para cartão. Para Lula, os valores são altos.

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"Acho que o juro que os aposentados estão pagando hoje com o crédito consignado é alto para o padrão brasileiro", disse o presidente durante a cerimônia de comemoração dos 86 anos do INSS.

A Previdência anunciou nesta terça-feira que aposentados e trabalhadoras com licença-maternidade poderão receber seus benefícios em 30 minutos. De acordo com Lula, em junho, a aposentadoria do trabalhador rural também será conseguida em meia hora.

Além disso, o presidente anunciou que, também em junho, os trabalhadores que alcançarem o direito à aposentadoria passarão a receber em suas casas um comunicado da Previdência informando o fato e o valor do salário que têm direito a receber. "É um comprometimento público que estou fazendo com os companheiros da Previdência Social", disse.

"Estamos retribuindo ao contribuinte da Previdência Social aquilo que é a cidadania que ele tem direito", afirmou Lula. "Se para cobrar nós somos tão precisos, para devolver o dinheiro, temos que chegar próximo à perfeição", completou.

17:20
Anónimo disse...
Economia Nacional
Salário maternidade sairá em 30 minutos, diz ministro

Toda trabalhadora autônoma que tiver contribuído pelo menos 10 meses com o Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) - ou as que possuírem carteira assinada - poderão receber em 30 minutos o salário maternidade a partir desta terça-feira. Da mesma forma, as mulheres com 30 anos de contribuição e os homens com 35 anos também terão direito ao benefício de forma mais rápida. A informação é do ministro da Previdência Social, José Pimentel.

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Para requerer o salário maternidade, é preciso que as autônomas levem a carteira de identidade e o carnê de contribuição. As demais trabalhadoras devem apresentar a identificação e a carteira de trabalho. Desde o início do mês, a nova forma de análise para a concessão de benefícios foi adotada para a aposentadoria por idade do trabalhador urbano e agora foi estendida para o salário maternidade e por tempo de contribuição.

O ministro disse que a qualificação do serviço da previdência social é o reconhecimento do direito dos trabalhadores e da afirmação da cidadania.

"Até pouco tempo na cabeça do cidadão o serviço devia ser de péssima qualidade. Agora não, nós modificamos toda a legislação no mês de dezembro numa ação conjunta do Congresso Nacional com o governo federal. Estamos implantando e concedendo os benefícios em até 30 minutos", afirmou.

O ministro destacou que para conseguir se aposentar ou ter acesso à licença maternidade em 30 minutos, em primeiro lugar, é necessário que o cidadão esteja vinculado à Previdência, o que inclui 65% da população acima de 16 anos de idade.

"Depois bastar marcar pelo sistema 135 o dia e a hora do atendimento e levar a documentação. Se todos os dados necessários estiverem corretos o contribuinte será atendido em até 30 minutos, como vem sendo feito com as aposentadorias por idade desde o dia cinco de janeiro", explicou.

Pimentel disse ainda que em 90% das agências da previdência social o atendimento é marcado em até 48 horas. Nos grandes centros, entretanto existe um volume maior o que torna mais lento o processo.

"Estamos criando mais 715 agências até 2010, em todo o território nacional, para descentralizar o atendimento. Em 2008, atendemos 295 mil benefícios e aposentadorias por idade. Temos 4 mil pessoas por dia procurando e se aposentando por idade no território nacional. Este serviço será agilizado", concluiu.
17:28
Anónimo disse...
Giuseppe Englaro, pai de Eluana, a italiana que morreu na segunda-feira passada por desidratação, recusou uma grande soma de dinheiro de um conhecido fotógrafo italiano que queria retratar a filha em estado de coma, disse neste sábado o neurologista que atendia a mulher desde 1996, Carlo Defanti.

O neurologista, que participou hoje de uma conferência sobre eutanásia, disse que Englaro respeitou a vontade da filha, que, antes do acidente, tinha pedido que, se lhe ocorresse qualquer coisa irreversível, apresentasse sua imagem de quando estava em boas condições.

Antes de sofrer o acidente de trânsito, em 1992, Eluana viveu o coma de um amigo, Alessandro, o que causou forte impacto na italiana e a levou a fazer o pai prometer que não a deixasse viver em estado vegetativo, disse o próprio Giuseppe Englaro.

Defanti, que dissera que Eluana poderia viver de dez a 12 dias depois da suspensão da alimentação e da hidratação, disse que, como médico, tinha que reprovar esta afirmação.

"Não se pode sobreviver após três ou quatro dias sem líquido e, em particular, água em um corpo. Sabemos bem que, quando há um terremoto, após quatro dias é difícil encontrar sobreviventes".

Defanti ressaltou que Eluana "não falava, não se comunicava com o exterior" e que, após vários exames, "nos deparamos com uma moça que tinha perdido a consciência", porque estava com o córtex cerebral prejudicado.

Eluana foi enterrada na quinta-feira passada no túmulo da família na localidade de Paluzza, em Udine, após um funeral que não contou com a presença dos pais.

16:53
Anónimo disse...
Os bombeiros combatem neste sábado os incêndios na Austrália favorecidos pelo bom tempo, enquanto os deslocados encotram em seu retorno casas derruídas, carros queimados nas ruas e destruição.

Depois de sete dias desde que começaram os incêndios no Estado de Victoria, a lista de mortos chega a 181, os desaparecidos somam 50, os edifícios destruídos totalizam 1,834 mil e o terreno arrasado, principalmente florestas, ocupa uma área de 4,13 mil quilômetros quadrados.

As equipes de bombeiros, formadas por 4 mil profissionais de Victoria, de outras partes da Austrália e de países amigos, combateram hoje 12 focos fora de controle e nenhum representava uma ameaça direta para a população.

O subdiretor do Serviço de Bombeiros, Geoff Conway, disse que este tempo favorável, que se prolongará durante o domingo, permite consolidar as linhas de contenção e avançar na extinção das chamas.

Cinzas apareceram arrastadas por ventos do nordeste sobre Melbourne, onde habitam 3,8 milhões de pessoas, e as autoridades alertaram aos cidadãos do risco para a saúde de idosos, crianças e pessoas com problemas respiratórios.

O número de pessoas deslocadas - a Cruz Vermelha chegou a receber 7 mil - começou a cair com a abertura de algumas localidades atingidas.

Os incêndios, alguns criminosos, começaram em 7 de fevereiro, quando a região sul da Austrália estava há duas semanas sob uma onda de calor sem precedentes.

Na sexta-feira passada, a polícia acusou uma pessoa de ter provocado o incêndio que atingiu a localidade de Churchill e matou 21 pessoas.

16:55
Anónimo disse...
A primeira chuva em seis dias reduziu a ameaça de incêndios no Estado de Victoria, ao sul da Austrália. As autoridades, porém, advertiram que ainda existem 12 focos, mas que nenhum deles ameaça áreas povoadas.

Mais de quatro mil bombeiros, mil provenientes de outras partes do país e de outras nações, trabalham contra o fogo. Cerca de 600 veículos e 28 helicópteros e pequenos aviões estão sendo usados.


Eles conseguiram construir linhas de contenção para evitar os incêndios de Yarra e Maroondah se juntassem. Também foram controlados os incêndios abertos de Yea e Murrindindi, que ameaçavam as comunidades de Connellys Creek, Crystal Creek, Scrubby Creek e Native Dog Creek.

O número de mortos chegou a 181, mas as autoridades acreditam que as vítimas devem passar de 200, já que ainda há muitos desaparecidos.

16:55
Anónimo disse...
Aqui nesta coluna, na semana passada, tive a oportunidade de comentar sobre a recente visita do professor brasileiro Pedrinho Guareschi à Austrália. Não dei, porém, os fatos, pois semana passada o assunto era outro.

Hoje, porém, vamos a eles.

No último dia 4 de fevereiro, aconteceu o Seminário "Paulo Freire: Education and Liberation", organizado pelo centro de estudos latino-americanos da Universidade Nacional da Austrália, ou ANU, como é mais conhecida por aqui.

A ANU, para quem não sabe, está entre as 20 melhores universidades do mundo! E tem sede aqui em Camberra, capital da Austrália.

Na abertura do evento, o professor John Minns, diretor do centro latino-americano, ao dar boas-vindas ao público presente, lembrou ser aquele o primeiro seminário exclusivamente dedicado a Paulo Freire na Austrália.

Em seguida, convidou Pedrinho Guareschi, palestrante principal do Seminário, a fazer sua apresentação.

A plateia pode então conhecer, pelas palavras de Pedrinho, um pouco da obra e da vida de Freire, esse brasileiro de fé e valor, que sempre acreditou na educação, sobretudo dos menos favorecidos, analfabetos, como força libertadora.

Como não podia deixar de ser, os conceitos e ideias revolucionários de Paulo Freire, expostos com clareza por Pedrinho, despertaram o interesse e a curiosidade de plateia. A qual, deve-se notar, era na maioria de estudantes, mas de várias nacionalidades, sobretudo australianos e asiáticos.

Na continuação do programa do seminário, que se estendeu por dois dias, outros professores fizeram palestras sobre temas ligados à obra de Paulo Freire.

Interessante, por exemplo, saber que a professora Anne Hickling-Hudson, jamaicana que mora na Austrália há muitos anos (é professora da ANU), conheceu e trabalhou com Freire num workshop educacional durante a revolução na Ilha de Granada, em 1980, antes da invasão dos Estados Unidos...

Ou, então, a palestra da Professora Gerda Roelvink, da Nova Zelândia, que participou do Fórum Social de Porto Alegre em 2005. E essa participação transformou-se em tema de doutorado.

No dia 10, terça-feira passada, o padre Pedrinho Guareschi voltou a falar ao público australiano em grande auditório localizado no belíssimo campus da ANU. Desta vez, sobre a Teologia da Libertação.

Depois da palestra, John Minns mostrou o filme mexicano "O Crime do Padre Amaro", no qual um dos personagens é um padre católico praticante da Teologia da Libertação.

Mais uma vez, foi grande o intersse da platéia, que pode aprender e conhecer um pouco como se desenvolveu aquele importante movimento católico na América Latina.

Fica, assim, ao Pedrinho, bem como a outros brasileiros estudiosos e de bom coração que saem pelo mundo a divulgar aspectos importantes da cultura brasileira, o respeito e a homenagem desta coluna. E... aquele abraço!

16:57
Anónimo disse...
Amanda Kitts perdeu o braço esquerdo em um acidente de automóvel acontecido três anos atrás, mas hoje em dia ela joga futebol americano com seu filho de 12 anos de idade, troca fraldas e abraça as crianças nas três creches Kiddie Cottage que opera em Knoxville, Tennessee. Kitts, 40 anos, faz tudo isso com a ajuda de um novo tipo de braço artificial que se movimenta com mais facilidade do que outros aparelhos e que ela pode controlar utilizando apenas seus pensamentos.

"Eu sou capaz de mexer a mão, o pulso e o cotovelo ao mesmo tempo", diz. "Você pensa e os músculos se movem em seguida".

A recuperação que ela conseguiu resulta de um novo procedimento que vem atraindo crescente atenção porque permite que pessoas movam braços protéticos de forma mais automática do que faziam no passado, simplesmente utilizando nervos reaproveitados em seus cérebros.

A técnica, conhecida como "renervação muscular dirigida", envolve utilizar os nervos que restam depois da amputação de um braço e conectá-los a outro músculo do corpo, em geral no peito. Eletrodos são instalados sobre os músculos do peito, e operam como se fossem antenas. Quando a pessoa deseja mover o braço, o cérebro envia sinais que primeiro resultam em contração dos músculos do peito, os quais enviam um sinal ao braço protético, instruindo-se a se movimentar. O processo não requer mais esforços consciente do que a pessoa teria de exercitar caso ainda tivesse seu braço natural.

Na terça-feira, pesquisadores reportaram em estudo publicado pela versão online do Journal of the American Medical Association que haviam levado a técnica ainda mais à frente, tornando possível a execução de 10 movimentos de mão, pulso e cotovelo diferentes, o que representa uma substancial melhora com relação ao típico repertório protético, que em geral envolve apenas dobrar o cotovelo, girar o pulso e abrir a mão.

"Os novos métodos tiveram impacto dramático em nosso campo de trabalho", disse Stuart Harshbarger, engenheiro biomédico na Universidade Johns Hopkins e diretor do programa de pesquisa sobre próteses, financiado pelas forças armadas, que inclui o trabalho com essa técnica. "O método já está em uso por médicos e cirurgiões comuns em todo o país. A capacidade de controlar um membro protético bastante robusto que ele confere surpreendeu a todos pela qualidade".

Tipicamente, uma pessoa que tenha um braço protético só é capaz de executar alguns poucos movimentos, e muitas vezes com tamanha lentidão que isso só permite a ela atividades limitadas.

Há um motor separado para cada movimento, diz Gerald Loeb, professor de engenharia biomédica na Universidade do Sul da Califórnia, "e esses motores precisam ser controlados de maneira explícita", usualmente por um esforço consciente da pessoa para contrair músculos nas costas ou no bíceps.

"Essencialmente, até agora os pacientes controlavam apenas um motor de cada vez", diz Loeb, "e precisavam pensar cuidadosamente sobre que motor desejavam controlar e como fazê-lo operar, em lugar de simplesmente pensarem em mover o braço e poderem fazê-lo sem delongas".

Antes que Kitts passasse pelo procedimento de renervação, em outubro de 2007, por exemplo, ela precisava movimentar os músculos de suas costas de determinada maneira para fazer com que seu pulso girasse, e flexionar seu bíceps e tríceps para fazer com que o cotovelo se movesse para cima e para baixo. "Era muito trabalho", ela conta. "E não me ajudava muito".

O procedimento de renervação é parte de uma recente explosão de idéias novas e técnicas inovadoras que estão sendo exploradas enquanto os cientistas se esforçam por ajudar as pessoas a compensar melhor a perda de membros ou problemas de paralisia. O esforço vem sendo alimentado pelo aumento no número de amputações causado por diabetes e por ferimentos sofridos pelos militares, e ao mesmo tempo pelos avanços na tecnologia médica.

Os braços se tornaram um dos focos essenciais desse tipo de trabalho. A ciência há muito vem obtendo sucessos no desenvolvimento de próteses de perna, mas é muito mais difícil imitar a complexidade e a destreza das mãos e dos braços.

Os esforços em curso incluem o desenvolvimento de projetos de pele e braços mais sensíveis e mais flexíveis, e o uso de dispositivos acionados por controles sem fio implantado nos braços protéticos, que permitiriam movimentos mais naturais.

Os pesquisadores também vêm usando sensores implantados nos cérebros de cobaias para permitir que dois macacos controlem um braço mecânico, e um teste com um homem paralítico permitiu, com esse método, que ele movimentasse um cursor em uma tela de computador.

Alguns desses métodos, caso venham a ser aperfeiçoados plenamente e consigam aprovação das autoridades regulatórias da saúde, podem no futuro se tornar mais viáveis para os pacientes de amputações.

E embora a técnica da renervação não requeira aprovação das autoridades regulatórias porque é executada por meios cirúrgicos e emprega aparelhos já existentes, ela apresenta limitações que até mesmo seus criadores reconhecem, entre as quais o fato de que não se pode utilizá-la para todos os pacientes, o seu alto custo e o prazo de meses requerido para que os nervos reconectados cresçam e se tornem efetivos.

Ainda assim, os especialistas dizem que é o mais avançado sistema em uso hoje para pacientes reais que permite que o sistema nervoso controle diretamente o movimento de um braço artificial.

Desde sua introdução por Todd Kuiken, médico fisioterapeuta e engenheiro biomédico do Instituto de Reabilitação de Chicago, o método foi empregado em cerca de 30 pacientes nos Estados Unidos, Canadá e Europa, entre os quais oito soldados feridos no Iraque e no Afeganistão.

Muitos dos pacientes, entre os quais o primeiro, Jesse Sullivan, um operário do setor elétrico no Tennessee que perdeu os dois braços quando foi eletrocutado por um cabo, conseguem não apenas manipular seus braços protéticos mas sentir a presença das mãos que já não têm quando alguém toca em seus peitos.

Sullivan, 62 anos, e Kitts, estavam entre os cinco pacientes que participaram do estudo reportado na terça-feira. Em companhia de cinco outras pessoas que não passaram por amputações, eles receberam os eletrodos e foram instruídos a usar pensamentos para fazer com que um braço virtual na tela reproduzisse 10 movimentos diferentes, entre os quais três formas diferentes de aperto de mão.

Os pacientes apresentaram desempenho bastante respeitável, apenas um pouco mais lento e menos preciso do que os dos participantes que não tinham amputações.

"As velocidades de movimento que encontramos em nossos pacientes foram realmente encorajadoras", disse Kuiken. "Eles conseguiram completar a tarefa. É claro que não foram tão competentes quanto as pessoas dotadas de plena capacidade física, mas foram bons o bastante".

Um braço virtual foi usado porque a maioria das próteses existentes não era capaz de acomodar todos aqueles movimentos, no momento da pesquisa, ainda que Sullivan, Kitts e uma terceira paciente, Claudia Mitchell, tenham experimentado dois novos protótipos mais versáteis de braços artificiais, executando tarefas complexas com bolas de tênis e outros objetos.

O trabalho de renervação em soldados apresenta outros desafios, diz Kuiken, porque os ferimentos militares muitas vezes "causam danos muitos extensos" a nervos, músculos ou ossos.

Daniel Acosta, 25 anos, um aviador ferido pela detonação de uma bomba em uma estrada do Iraque em 2005, passou pelo procedimento no ano passado e diz que seu braço esquerdo protético agora se movimenta "muito mais rápido" e de maneira muito mais natural.

"A diferença é que agora não preciso mais pensar para mover o braço", ele diz. "Ele simplesmente se mexe".

Ainda assim, Acosta, de San Antonio, diz que "o processo foi bastante longo" e que os eletrodos precisam ser ajustados para receber os sinais à medida que os nervos crescem ou mudam de posição.

E embora elogiem o método, os especialistas afirmam que a ciência das próteses de braço ainda tem muito por avançar.

"Trata-se de uma parte crucial, mas ainda assim apenas uma parte, das muitas coisas que compreendem a função normal de um braço", disse Loeb, que escreveu um editorial que acompanha o artigo no Journal of the American Medical Association.

"No momento estamos a meio do caminho entre o braço de 'Dr. Fantástico', que fazia involuntariamente a saudação nazista, e o braço de Luke Skywalker em 'Guerra nas Estrelas', que funciona sem nenhum problema assim que é conectado. Creio que precisaremos ainda de muitos anos para conectar todas as peças necessárias a produzir um braço capaz de funcionar normalmente".

17:04
Anónimo disse...
A Espanha disse neste sábado que está preparando uma reclamação oficial contra a decisão da Venezuela de expulsar um membro do Parlamento Europeu que criticou o conselho eleitoral venezuelano.
Luis Herrero, membro do partido conservador espanhol PP, foi deportado na sexta-feira depois que o Conselho Nacional Eleitoral (CNE) o acusou de questionar a imparcialidade da instituição antes de um referendo que pode permitir ao presidente Hugo Chávez permanecer no cargo indefinidamente.

Herrero estava na Venezuela como observador do referendo. Ele acusou Chávez de ter "comportamentos típicos de um ditador" por pedir a contenção de manifestações da oposição.

O governo da Espanha convocou um encontro com o embaixador da Venezuela em Madri para expressar a desaprovação sobre a expulsão de Herrero, disse um representante do Ministério das Relações Exteriores espanhol.

As relações da Venezuela com a Espanha tiveram seu ponto crítico em 2007, quando Chávez ameaçou rever acordos diplomáticos e comerciais depois de ouvir um "cala a boca" do rei espanhol Juan Carlos durante uma cúpula.

A fenda foi oficialmente reparada em 2008, com uma visita oficial de Chávez à Espanha, onde ele cumprimentou o rei e discutiu acordos para investimento no setor petroquímico com o primeiro-ministro José Luis Rodriguez Zapatero.

17:06
Anónimo disse...
A polícia do Zimbábue anunciou neste sábado que acusa de traição Roy Bennett, dirigente do até agora opositor Movimento para a Mudança Democrática (MDC), detido na sexta-feira, em Harare, poucas horas antes da cerimônia de posse dos membros do novo gabinete.

"A Polícia nos informou que vão apresentar acusações de traição", disse à agência EFE o advogado de defesa de Bennett, Trust Maanda.

"Tentam relacionar Roy com o caso de Mike Hitschmann, que foi detido em 2006 em relação à descoberta de um carregamento de armas, apesar de que Hitschmann não tenha sido declarado culpado das acusações de traição apresentadas contra ele, mas de um crime menor de descumprimento de leis", disse Maanda.

O político opositor, designado por seu partido como vice-ministro de Agricultura no Governo de união nacional, esteve no exílio na vizinha África do Sul desde 2006 e retornou ao Zimbábue há duas semanas.

Segundo a Polícia, que deteve Bennett ontem no aeroporto de Harare quando pretendia ir à África do Sul para visitar sua família, as armas apreendidas em 2006 seriam utilizadas em um golpe de Estado para derrubar o presidente do Zimbábue, Robert Mugabe.

Depois da detenção, Bennet foi levado a Mutar, onde vários simpatizantes do MDC se concentraram em frente à delegacia na qual estava detido, diante do que a Polícia respondeu com tiros para o alto para dispersar os manifestantes.

17:07
Anónimo disse...
Austrália: 14 mil se candidatam a 'emprego dos sonhos'

A secretaria de Turismo de Queensland, na Austrália, informou que até esta segunda-feira já recebeu cerca de 14 mil inscrições para o "o melhor emprego do mundo". O Estado australiano promove pela internet seleção para vaga de "zelador" da ilha Hamilton, por seis meses com um salário de R$ 40 mil.

Muitos candidatos tiveram problemas durante a inscrição por conta dos acessos simultâneos ao site. A secretaria aconselha enviar os vídeos de 60s explicando porque deve ser escolhido em horários alternativos do dia, além de recomendar tamanho em torno de 40MB.

As inscrições começaram em 12 de janeiro e vão até o próximo dia 22 e podem ser feitas pelo site www.islandreefjob.com. O governo australiano escolherá 50 candidatos para a próxima fase da seleção, que terá votos do público para eleger um dos 11 finalistas.

A última fase terá entrevistas e desafios físicos, no próprio local de trabalho: as ilhas da Grande Barreira Coralina - o maior recife de coral do mundo. A secretaria de Turismo anunciará o vencedor no dia 6 de maio.

17:09
Anónimo disse...
Mercado elogia governo na crise, mas pede maior queda no juro

Peter Fussy
Direto de São Paulo

Desde as primeiras medidas anunciadas para combater os efeitos da crise, o governo brasileiro avisou que a estratégia não contemplaria um pacote. Seriam doses pontuais, de acordo com a necessidade da economia diante do agravamento das turbulências. Da primeira liberação dos depósitos compulsórios em setembro até a ampliação do seguro-desemprego na última quarta-feira, o governo passou por redução de impostos, ampliação de crédito e incentivos à exportação. Quase 150 dias após a primeira medida, o Terra conversou com líderes do setor público e privado, representantes dos trabalhadores, acadêmicos e com o próprio governo para saber quais destas ações foram mais eficazes, quais foram mais ineficientes e o que mais pode ser feito pelo Estado brasileiro contra a crise.

Os maiores elogios foram direcionados à atitude de reduzir o Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) para a indústria automobilística, anunciada em dezembro e que fez com que os emplacamentos de carros novos subissem 1,9% no primeiro mês do ano em relação a dezembro de 2008. Já as maiores críticas foram para a lentidão no corte da taxa básica de juro do País.

Para o presidente do conselho administrativo do Grupo Pão de Açúcar, Abílio Diniz, o Estado não é responsável pela crise e mesmo assim está agindo "com extrema serenidade e muito acerto". "O governo está atento, fazendo a sua parte. É preciso coragem de baixar firmemente a taxa de juros. É uma arma que temos a nosso favor, já que não há clima para inflação, nem possibilidade de danos para a macroeconomia", afirmou Diniz.

Na última reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), em janeiro, a taxa Selic foi reduzida em um ponto percentual, de 13,75% para 12,75% ao ano. Porém, o professor de economia da Universidade de Brasília (UnB) José Luiz Oreiro lembra que este corte representa uma redução de apenas 0,25 ponto percentual com relação à taxa de setembro do ano passado, quando a crise se agravou.

"Pouco antes da eclosão da crise, o Banco Central aumentou a taxa em 0,75 ponto. Foram cinco meses de demora para reduzir em termos líquidos apenas 0,25 ponto", afirmou o economista, que também sugeriu redução do intervalo de cerca de 90 dias entre as reuniões do Copom e o corte de pelo menos um 1 ponto percentual em cada reunião.

Mesmo com o corte de janeiro, a taxa de juros real continua sendo a maior do mundo, lembrou o secretário-geral da Força Sindical, João Carlos Gonçalves, o Juruna. "A redução da taxa de juro ainda é pequena, porque ela continua uma das mais altas do mundo. Falta ousadia para baixar os juros e ajudar o cidadão. A permanência da taxa de juro alta é negativa para o País em meio a crise", afirmou Juruna.

Embora aprove as ações do governo, o senador Aloízio Mercadante (PT-SP) também acredita que o patamar da Selic está muito alto. "Sempre fomos os primeiros a entrar em qualquer crise, o que não aconteceu agora. A taxa Selic ainda é muito alta, mas o governo têm tomado medidas acertadas, como o aumento do salário mínimo, mesmo com um cenário de crise. Isso ajuda a movimentar o consumo. O governo está se esforçando para manter os investimentos e o crescimento", disse.

Tributos
De acordo com o economista Fabio Pina, da Fecomercio-SP, as ações mais positivas estão relacionadas à redução de tributos para alguns segmentos, como a indústria automobilística, que recuperou parte da queda nas vendas em janeiro com a isenção do IPI para carros 1.0 l e o corte para demais motorizações. A medida vale até o final de março.

"Essas medidas não só reduziram o preço, mas anteciparam o consumo daqueles que iriam comprar no futuro, dando um prêmio por conta da insegurança. Mexe diretamente com o principal problema que é a confiança do consumidor", afirmou. Juruna destacou que um bom ritmo de vendas é garantia de emprego. "É importante porque cada emprego na montadora significa 19 na cadeia produtiva", comentou o representante da Força Sindical.

Também em dezembro, o governo decidiu cortar pela metade a alíquota do Imposto de Renda para contribuintes que ganham entre R$ 1.434 e R$ 2.150 mensais. "O salário aumentava e a tabela não se modificava. As pessoas ganhavam mais e pagavam mais impostos", apontou Juruna. Outra redução de tributos do governo foi com relação ao Imposto sobre Operações Financeiras (IOF), que caiu de 3% ao ano para 1,5%.

Crédito
Na segunda metade de 2008, o colapso de bancos nos Estados Unidos por conta da crise do subprime provocou uma forte restrição de crédito no mundo inteiro. Uma das primeiras medidas anticrise do governo teve como objetivo restabelecer a oferta, com mudanças no recolhimento dos depósitos compulsórios por parte dos bancos. Segundo o presidente do Banco Central, Henrique Meirelles, as diversas modificações liberaram US$ 99,2 bilhões aos bancos até o final de janeiro.

Além disso, o governo concedeu R$ 36 bilhões das reservas internacionais para empresas brasileiras com dívidas no exterior e uma medida provisória autorizou o Banco do Brasil e a Caixa Econômica Federal a comprar carteiras de crédito de bancos privados. Para o diretor do Departamento de Pesquisas e Estudos Econômicos da Fiesp, Paulo Francini, estas medidas foram essenciais para combater os efeitos da crise.

"A crise se desenvolve no mundo em torno do tema crédito. E o crédito reduziu-se barbaridade no mundo. Então o governo lança mão de compulsório, lança mão de reservas, de medidas que permitem aos bancos comprar carteiras de bancos. Você vai tomando várias medidas para atender às demandas e o epicentro disso é crédito", afirmou.

No entanto, Oreiro, da UnB, adverte que a liberação dos compulsórios seria mais eficiente acompanhada de redução mais agressiva da taxa básica de juro. "Uma parte do crédito voltou, depois da forte retração em outubro e novembro. O que deveria ter sido feito junto à liberação do compulsório era uma redução mais drástica da taxa de juro. Sem isso, os bancos pegam as reservas e acabam comprando títulos públicos", explicou o economista.

Na opinião de Pina, as ações de distribuição de crédito via redução do compulsório e a disposição de capital de giro para empresas foram tomadas sem um cuidado maior na operação e não tiveram muito efeito. "O BNDES tem linhas que ficam paradas quase todo o ano, agora é pior ainda. Existem os recursos, mas as empresas e os bancos estão desconfiados. É preciso fazer com que os bancos tenham interesse em emprestar", afirmou o economista da Fecomercio-SP.

Futuro
Mesmo com todas essas medidas, a crise financeira ainda gera incertezas nos setores produtivos do País. Nos últimos meses, o medo do desemprego fez os consumidores adiarem compras. Por sua vez, a queda nas vendas pode obrigar as indústrias a cortarem a produção e demitir funcionários. Contra isso, empresários sugerem redução de jornada e de salários.

"Isto está previsto em lei. A Fiesp simplesmente manteve conversações com entidades sindicais quanto à aplicação daquilo que já está previsto em lei", afirmou Francini.

Segundo a ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff, uma das medidas que assegura um nível de emprego é a manutenção de investimentos no Programa de Aceleração do Crescimento (PAC). "Estamos esperando que a dificuldade ocorra em janeiro, fevereiro e março. Estamos certos que vamos manter o nível de investimento. É isso que funciona, é isso que significa investimento público. Ele funciona como um colchão. Por isso, nós colocamos R$ 100 bilhões no BNDES e a Petrobras ampliou o seu investimento em R$ 120 bilhões", afirmou.

Na mesma linha, Pina explica que a antecipação de gastos do governo substitui parte da demanda retraída do setor privado. "Ele dá o seguinte recado: não vou estourar as contas públicas, mas concentrar em um momento em que a demanda privada está pequena. Mas o governo não tem fôlego suficiente para fazer o papel de toda demanda", ressaltou. O economista da Fecomercio lembrou que a entidade já pleiteou junto ao governo isenções para transferência de imóveis e de automóveis, além de retirar o IPVA para veículos novos.

Já Oreiro foca suas propostas na capitalização do Banco do Brasil e da Caixa Econômica Federal pelo Tesouro para atender a demanda de crédito para capital de giro e reduzir o spread. "Aumentando o empréstimo e reduzindo as taxas, os dois vão forçar os bancos privados a acompanhar o movimento, até para não perderem participação no mercado", explicou o economista da UnB.

Até o Carnaval, o governou prometeu detalhar um pacote de incentivos para a construção de até um milhão de casas populares, direcionado a famílias com renda de até dez salários mínimos. "Estamos atentos a tudo o que está acontecendo e novas medidas serão tomadas caso haja uma avaliação de que sejam necessárias", disse o ministro da Fazenda, Guido Mantega, na última sexta-feira.

17:11
Anónimo disse...
Ex-ministro critica extensão do seguro-desemprego

Atualizada às 09h03

O ex-ministro do Trabalho Almir Pazzianotto criticou a decisão do governo federal de conceder o seguro-desemprego estendido a apenas alguns setores. "É certamente odioso e provavelmente inconstitucional", disse Pazzianotto, de acordo com o jornal O Estado de S. Paulo.

Na última qurta, dia do anúncio da medida, centrais sindicais elogiaram a atitude do governo. A Força Sindical divulgou nota dizendo que "o aumento ajudará a aquecer parte da economia, já que irá gerar mais consumo, produção e conseqüentemente, a criação de novos postos de trabalho". A União Geral dos Trabalhadores (UGT) afirmou que a medida "contribuirá para minimizar o drama dos trabalhadores que perderem seu emprego por conta da crise".

O ex-ministro, que instituiu o seguro-desemprego no País no governo de José Sarney, destacou a necessidade de as centrais sindicais se manifestarem contra a determinação. Para ele, as mudanças devem ser aplicadas a todas as categorias profissionais e a distinção é contrária ao artigo 3º da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT).

Pazzianotto atribui a medida a um possível temor do governo de que a crise econômica seja longa e não haja dinheiro para atender a todas as necessidades. Ainda assim, ele se mostra contrário ao método de concessão. "O seguro-desemprego ajuda a sanar necessidades básicas. Estendê-lo é paliativo, não a solução", disse ao jornal.

De acordo com o presidente do Conselho Deliberativo do Fundo de Amparo ao Trabalhador (Codefat) e conselheiro da Força Sindical, Luiz Fernando Emediato, a determinação já estava prevista na lei 8.900/94, que trata do seguro-desemprego.

O presidente da Comissão de Trabalho da Câmara, Pedro Fernandes (PTB-MA) vai além na crítica à concessão do seguro para apenas alguns setores. Ele acredita que a ampliação do benefício estimula o desemprego.

Quintino Severo, secretário geral da Central Única dos Trabalhadores (CUT), lembra que a ampliação do benefício sem critério e identificação pode incentivar demissões em outros setores.

17:13
Anónimo disse...
Empresas
TAM faz promoção para destinos internacionais

A companhia aérea TAM anunciou nesta sexta-feira tarifas promocionais para trechos internacionais. Os preços valem para bilhetes comprados entre 6h deste sábado e 23h59 deste domingo e são válidos para classe econômica. As tarifas, para ida e volta, serão vendidas a partir de US$ 99, mais taxas.

Segundo a aérea, a promoção vale para viagens feitas no período de 14 de fevereiro a 18 de junho de 2009. Para destinos na América do Sul, a permanência mínima é de dois dias; para bilhetes com destino nos Estados Unidos, cinco dias; e Europa, sete dias. A permanência máxima para as passagens para América do Sul e EUA é de dois meses e para Europa, três meses.

Entre os exemplos de tarifas promocionais, a TAM oferece São Paulo-Lima por US$ 99. Bilhetes para a rota São Paulo-Santiago serão vendidos a partir de US$ 199 e São Paulo-Nova York, US$ 799.

A emissão dos bilhetes deve ser feita obrigatoriamente no ato da reserva, obedecendo às regras estipuladas pela companhia. A compra está sujeita à disponibilidade de assentos nas classes tarifárias determinadas, trechos, horários e datas. A TAM afirmou que também há tarifas promocionais para a classe executiva.

Mais informações podem ser encontradas no site promocional (www.ofertastam.com.br), no site da empresa (www.tam.com.br) ou pelos telefones 4002-5700 ou 0800 5705700.

17:13
Anónimo disse...
Empresas
Consultoria negocia compra do parque temático Hopi Hari

A consultoria especializada em reestruturação de empresas Íntegra Associados informou nesta sexta-feira ter um acordo para comprar o parque de diversões Hopi Hari, localizado no interior de São Paulo. A empresa estaria disposta a investir R$ 10 milhões no parque, que tem dívida estimada em R$ 800 milhões. As informações são da edição deste sábado do jornal Folha de S. Paulo.

De acordo com o jornal, a transação ainda depende da negociação entre o Hopi Hari e seus credores, o que já estaria em andamento.

A consultoria paulista já atuou junto à Parmalat, durante 30 meses, quando reorganizou a gestão da empresa italiana.

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17:14
Anónimo disse...
Empresas
Disney de Tóquio contratará mais 2 mil apesar da crise


A Oriental Land, o operador da Disneylândia Tóquio e DisneySea, organizou neste domingo entrevistas para contratar cerca de 2 mil trabalhadores em tempo parcial, em um momento de grandes demissões deste tipo de empregados no Japão.

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O operador deste parque temático, situado em Urayasu, na província de Chiba (leste de Tóquio), está em pleno processo de seleção de empregados para 20 tipos de postos trabalhistas diferentes.

Segundo a companhia, citada pela agência local de notícias Kyodo, o parque contratará novos trabalhadores para as atrações, para os restaurantes e guardas de segurança entre outros. Os novos contratados começarão a trabalhar a partir de fevereiro.

O processo de seleção acontece em um momento em que a maioria das grandes companhias japonesas começaram a se ver obrigadas a despedir uma elevada percentagem de seus trabalhadores temporários e a tempo parcial.

Algumas inclusive anunciaram demissões de seus trabalhadores fixos, uma medida muito pouco comum nas companhias japonesas, perante os efeitos piores que o esperado pela crise econômica global.

Cerca de uma centena de pessoas esperavam desde a primeira hora desta manhã a abertura do centro de conferências Tokyo International Forum, onde as entrevistas estão sendo feitas, para ser os primeiros a solicitar os postos de trabalho.


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17:15
Anónimo disse...
Economia Internacional
Senado dos EUA aprova plano de estímulo à economia

O Senado dos Estados Unidos aprovou com 60 votos a favor e 38 contra o plano de estímulo à economia de US$ 787 bilhões na madrugada deste sábado. Agora, ele segue para sanção ou veto do presidente Barack Obama, que espera colocar a lei em prática até o dia 16 de fevereiro.

O plano prevê a criação de três milhões de empregos, inclui cortes de impostos às famílias, fundos para programas sociais e obras públicas, além de ajuda aos governos estaduais, estudantes e desempregados.

A cláusula Buy American - que exige o uso de ferro, aço e produtos manufaturados dos Estados Unidos em obras realizadas com recursos do pacote - ficou de lado. Segundo o texto definitivo, a cláusula será aplicada sem violar as normas do comércio internacional.

Ontem à tarde, a Câmara de Representantes (deputados) havia aprovado, por 246 votos a favor e 183 contra, a versão final do plano. Todos os republicanos foram contrários ao pacote.

Pelo acordo de quarta-feira entre Câmara e Senado, em vez de custar US$ 819 bilhões, como queriam os deputados, ou US$ 838 bilhões como pretendiam os senadores, o pacote ficou em cerca de US$ 787 bilhões, com 65% desse total destinado a gastos do governo federal e 35%, a créditos tributários.

17:16
Anónimo disse...
Economia nacional
Na era Lula, aposentadoria sobe 54% menos que salário mínimo

Thatiane Faria
Especial para o Terra
Direto de São Paulo

Os índices de reajustes concedidos pelo governo em 2009 para aposentados e pensionistas e para o salário mínimo repetiram uma diferença que, só durante o governo de Luiz Inácio Lula da Silva, já chega a 54%. Enquanto o mínimo foi majorado em 12% este ano, as pensões e aposentadorias tiveram aumento de 5,92%. Aposentados que têm o benefício do governo como única fonte de renda reclamam que perdem poder de compra e que sua cesta de compras é composta por itens que aumentam mais em relação à inflação oficial.

Um exemplo prático pode ser entendido a partir da comparação entre um aposentado que ganhava R$ 600 em janeiro de 2003. Na época, o benefício era três vezes, ou 200%, maior que o valor do mínimo em vigência, que era de R$ 200. Aplicando-se os índices de reajuste para aposentadorias e para o mínimo durante os últimos seis anos, o mesmo aposentado estaria recebendo hoje R$ 938,47, comparado a um salário mínimo de R$ 465. A diferença entre os dois valores caiu para pouco mais de 100%.

Enquanto o índice acumulado de reajuste para a aposentadoria durante o governo Lula foi de 60%, para o salário mínimo está em 132%.

O diretor do Sindicato Nacional dos Aposentados, João Inocentini, reclama que os valores dos benefícios para aposentadorias não mantêm o poder de compra do grupo, principalmente dos aposentados que recebem menos que dez salários mínimos.

Nem mesmo o fato de o índice de reajuste das aposentadorias ter ficado acima da inflação acumulada no mesmo período (o IPCA entre janeiro de 2003 e janeiro de 2009 foi de 39,7%) serve de argumento, segundo os aposentados.

"Os idosos, principalmente, têm gastos além das contas gerais como gás, telefone e aluguel. Para eles o custo com remédios, e outros itens da área saúde costuma ser maior", afirmou Inocentini.

O presidente do sindicato afirmou que o grupo realiza um estudo com 100 itens de necessidade de um idoso para comparar o aumento dos produtos com o índice de reajuste do benefício recebido pelos aposentados.

"Daqui dois meses vamos abrir um processo na Justiça e levar essa pesquisa como prova. Segundo a lei, o governo é obrigado a manter o poder de compra com a aposentadoria", disse Inocentini.

Alternativas
O consultor financeiro Cláudio Boriola diz que os aposentados, especialmente nesse momento de crise econômica, devem evitar compras parceladas, pesquisar preços, negociar e fazer bom planejamento financeiro.

Segundo Boriola, alguns aposentados ganham um valor mensal muitas vezes insuficiente para o pagamento das contas e acabam pedindo crédito ou realizando pagamentos a prazo e são obrigados a pagar juros altos.

Na opinião do consultor, pagar uma previdência privada é uma alternativa indicada para quem ainda trabalha, considerando a característica de perda de poder de compra da aposentadoria.

"Na prática, infelizmente os valores encontram-se em um patamar que está deteriorando o poder de aquisição da população brasileira", completou Boriola.

De acordo com o diretor da Confederação Brasileira de Aposentados e Pensionistas (Cobap), Vicente Fernandes Barbosa, representantes dos aposentados tentarão um encontro com o presidente da Câmara, deputado Michel Temer (PMDB-SP), para discutir projetos que minimizem a perda dos aposentados

17:17
Anónimo disse...
Previdência
Previdência prorroga isenção de tarifas no benefício

O atual sistema de pagamento aos 26 milhões de aposentados e pensionistas do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) será mantido até o final deste ano. O acordo, que permite realizar a operação sem nenhum custo aos beneficiários, foi renovado nesta sexta-feira, entre o governo federal e 21 instituições financeiras.

Por meio desse acordo, vigente desde setembro de 2007, nem os segurados, nem os bancos e nem o governo arcam com o pagamento de tarifas, conforme explicou o ministro da Previdência Social, José Pimentel. A prorrogação vale até dezembro, data máxima para que a Previdência defina as regras para um novo contrato.

Ao assinar o termo de renovação, na sede da Federação Brasileira dos Bancos (Febraban), o ministro disse que a intenção do governo é mudar o atual modelo de gestão visando a reduzir os custos dessas operações em torno da folha mensal, que atinge R$ 15,8 bilhões. No entanto, qualquer alteração, conforme explicou, passará antes por audiências públicas a serem realizadas a partir do segundo semestre deste ano, atendendo a determinação do Tribunal de Contas da União (TCU).

De acordo com Pimentel, com um redesenho do mecanismo de repasse dos recursos aos bancos em torno da folha de pagamento dos segurados o que se busca é um aumento da participação de instituições financeiras. Ele informou que, desde 2007, cada benefício custa em média R$ 1,07 ao governo. "Quanto mais instituições financeiras estiverem prestando serviços à sociedade, maior é a competitividade, a agilidade no atendimento", justificou.

O ministro observou, ainda, que, para permitir uma redução para algo em torno de meia hora no tempo de atendimento para a concessão dos direitos previdenciários, o governo investiu R$ 280 milhões.

Questionado sobre o descontentamento dos segurados que ganham acima de um salário mínimo terem obtido apenas a correção com base na variação do Índice de Preços ao Consumidor (INPC) , ficando abaixo do reajuste dado a quem recebe apenas o mínimo, Pimentel argumentou que o governo seguiu o que determina a lei e descartou a possibilidade de uma revisão

17:17
Anónimo disse...
Empresas
Caterpillar oferece aposentadoria antecipada a 2 mil


A companhia americana Caterpillar ofereceu a cerca de dois mil funcionários incentivos para que se aposentem de forma voluntária antes do previsto, pela perspectiva de uma queda "significativa" da atividade industrial, informou nesta quarta-feira a empresa.

A iniciativa, destinada aos trabalhadores de diversas fábricas em Illinois, Colorado, Tennessee e Pensilvânia, se soma aos cortes de empregos anunciados em janeiro, explicou em comunicado de imprensa.

A empresa, a maior fabricante mundial de maquinaria pesada para a construção e a mineração, acrescentou que, "em função das condições de negócio, podem ser necessárias mais reduções de elenco voluntárias e involuntárias à medida que o ano avança".

O vice-presidente da companhia, Sid Banwart, explicou que a empresa prevê "demissões significativas em todas as regiões geográficas e na maioria dos setores devido às dificuldades da economia mundial".

17:18
Anónimo disse...
Comércio
Comércio exterior da OCDE caiu no 3º trimestre de 2008


As exportações e as importações dos países da Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Econômico (OCDE) caíram 1,6% e 0,2%, respectivamente, no terceiro trimestre de 2008, em relação aos três meses anteriores.

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Trata-se da primeira queda destas atividades desde o terceiro trimestre de 2006, segundo o último relatório trimestral sobre fluxos comerciais divulgado pela OCDE.

As exportações e as importações em dólares dos 30 Estados-membros caíram 15,6% e 17%, respectivamente, na comparação anualizada.

Por sua vez, o comércio dos sete países mais ricos do mundo (G7) teve um pequeno crescimento no terceiro trimestre de 2008 com uma queda das exportações de mercadorias de 0,2% em relação ao trimestre anterior e um aumento de 0,4% das importações.

Em termos anualizados, as importações do G7 caíram 1,4% entre julho e setembro do ano passado, seu primeiro retrocesso desde o terceiro trimestre de 2006, enquanto as exportações aumentaram 1,9%, seu crescimento mais baixo no mesmo tempo.

Por países, a Alemanha aumentou suas importações em 3,4% - valor mais alto do G7 -, enquanto suas exportações caíram 2,9% do segundo para o terceiro trimestre de 2008.

Pelo contrário, as exportações americanas aumentaram 1,8% entre julho e setembro de 2008, enquanto as importações caíram 0,7% em relação ao trimestre anterior. No Japão, tanto as importações quanto as exportações caíram em torno de 1% no mesmo período.

17:19
Anónimo disse...
Economia Nacional
Lula: juros de crédito consignado a aposentados são altos

Atualizada às 17h29

O presidente Luis Inácio Lula da Silva afirmou nesta terça-feira, em São Paulo, que está lutando para reduzir as taxas de juros cobradas de aposentados em crédito consignado. A Previdência Social estabelece uma taxa máxima de 2,5% para empréstimo e de 3,5% para cartão. Para Lula, os valores são altos.

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"Acho que o juro que os aposentados estão pagando hoje com o crédito consignado é alto para o padrão brasileiro", disse o presidente durante a cerimônia de comemoração dos 86 anos do INSS.

A Previdência anunciou nesta terça-feira que aposentados e trabalhadoras com licença-maternidade poderão receber seus benefícios em 30 minutos. De acordo com Lula, em junho, a aposentadoria do trabalhador rural também será conseguida em meia hora.

Além disso, o presidente anunciou que, também em junho, os trabalhadores que alcançarem o direito à aposentadoria passarão a receber em suas casas um comunicado da Previdência informando o fato e o valor do salário que têm direito a receber. "É um comprometimento público que estou fazendo com os companheiros da Previdência Social", disse.

"Estamos retribuindo ao contribuinte da Previdência Social aquilo que é a cidadania que ele tem direito", afirmou Lula. "Se para cobrar nós somos tão precisos, para devolver o dinheiro, temos que chegar próximo à perfeição", completou.

17:20
Anónimo disse...
Economia Nacional
Salário maternidade sairá em 30 minutos, diz ministro

Toda trabalhadora autônoma que tiver contribuído pelo menos 10 meses com o Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) - ou as que possuírem carteira assinada - poderão receber em 30 minutos o salário maternidade a partir desta terça-feira. Da mesma forma, as mulheres com 30 anos de contribuição e os homens com 35 anos também terão direito ao benefício de forma mais rápida. A informação é do ministro da Previdência Social, José Pimentel.

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Para requerer o salário maternidade, é preciso que as autônomas levem a carteira de identidade e o carnê de contribuição. As demais trabalhadoras devem apresentar a identificação e a carteira de trabalho. Desde o início do mês, a nova forma de análise para a concessão de benefícios foi adotada para a aposentadoria por idade do trabalhador urbano e agora foi estendida para o salário maternidade e por tempo de contribuição.

O ministro disse que a qualificação do serviço da previdência social é o reconhecimento do direito dos trabalhadores e da afirmação da cidadania.

"Até pouco tempo na cabeça do cidadão o serviço devia ser de péssima qualidade. Agora não, nós modificamos toda a legislação no mês de dezembro numa ação conjunta do Congresso Nacional com o governo federal. Estamos implantando e concedendo os benefícios em até 30 minutos", afirmou.

O ministro destacou que para conseguir se aposentar ou ter acesso à licença maternidade em 30 minutos, em primeiro lugar, é necessário que o cidadão esteja vinculado à Previdência, o que inclui 65% da população acima de 16 anos de idade.

"Depois bastar marcar pelo sistema 135 o dia e a hora do atendimento e levar a documentação. Se todos os dados necessários estiverem corretos o contribuinte será atendido em até 30 minutos, como vem sendo feito com as aposentadorias por idade desde o dia cinco de janeiro", explicou.

Pimentel disse ainda que em 90% das agências da previdência social o atendimento é marcado em até 48 horas. Nos grandes centros, entretanto existe um volume maior o que torna mais lento o processo.

"Estamos criando mais 715 agências até 2010, em todo o território nacional, para descentralizar o atendimento. Em 2008, atendemos 295 mil benefícios e aposentadorias por idade. Temos 4 mil pessoas por dia procurando e se aposentando por idade no território nacional. Este serviço será agilizado", concluiu.
17:28
Anónimo disse...
Giuseppe Englaro, pai de Eluana, a italiana que morreu na segunda-feira passada por desidratação, recusou uma grande soma de dinheiro de um conhecido fotógrafo italiano que queria retratar a filha em estado de coma, disse neste sábado o neurologista que atendia a mulher desde 1996, Carlo Defanti.

O neurologista, que participou hoje de uma conferência sobre eutanásia, disse que Englaro respeitou a vontade da filha, que, antes do acidente, tinha pedido que, se lhe ocorresse qualquer coisa irreversível, apresentasse sua imagem de quando estava em boas condições.

Antes de sofrer o acidente de trânsito, em 1992, Eluana viveu o coma de um amigo, Alessandro, o que causou forte impacto na italiana e a levou a fazer o pai prometer que não a deixasse viver em estado vegetativo, disse o próprio Giuseppe Englaro.

Defanti, que dissera que Eluana poderia viver de dez a 12 dias depois da suspensão da alimentação e da hidratação, disse que, como médico, tinha que reprovar esta afirmação.

"Não se pode sobreviver após três ou quatro dias sem líquido e, em particular, água em um corpo. Sabemos bem que, quando há um terremoto, após quatro dias é difícil encontrar sobreviventes".

Defanti ressaltou que Eluana "não falava, não se comunicava com o exterior" e que, após vários exames, "nos deparamos com uma moça que tinha perdido a consciência", porque estava com o córtex cerebral prejudicado.

Eluana foi enterrada na quinta-feira passada no túmulo da família na localidade de Paluzza, em Udine, após um funeral que não contou com a presença dos pais.

16:53
Anónimo disse...
Os bombeiros combatem neste sábado os incêndios na Austrália favorecidos pelo bom tempo, enquanto os deslocados encotram em seu retorno casas derruídas, carros queimados nas ruas e destruição.

Depois de sete dias desde que começaram os incêndios no Estado de Victoria, a lista de mortos chega a 181, os desaparecidos somam 50, os edifícios destruídos totalizam 1,834 mil e o terreno arrasado, principalmente florestas, ocupa uma área de 4,13 mil quilômetros quadrados.

As equipes de bombeiros, formadas por 4 mil profissionais de Victoria, de outras partes da Austrália e de países amigos, combateram hoje 12 focos fora de controle e nenhum representava uma ameaça direta para a população.

O subdiretor do Serviço de Bombeiros, Geoff Conway, disse que este tempo favorável, que se prolongará durante o domingo, permite consolidar as linhas de contenção e avançar na extinção das chamas.

Cinzas apareceram arrastadas por ventos do nordeste sobre Melbourne, onde habitam 3,8 milhões de pessoas, e as autoridades alertaram aos cidadãos do risco para a saúde de idosos, crianças e pessoas com problemas respiratórios.

O número de pessoas deslocadas - a Cruz Vermelha chegou a receber 7 mil - começou a cair com a abertura de algumas localidades atingidas.

Os incêndios, alguns criminosos, começaram em 7 de fevereiro, quando a região sul da Austrália estava há duas semanas sob uma onda de calor sem precedentes.

Na sexta-feira passada, a polícia acusou uma pessoa de ter provocado o incêndio que atingiu a localidade de Churchill e matou 21 pessoas.

16:55
Anónimo disse...
A primeira chuva em seis dias reduziu a ameaça de incêndios no Estado de Victoria, ao sul da Austrália. As autoridades, porém, advertiram que ainda existem 12 focos, mas que nenhum deles ameaça áreas povoadas.

Mais de quatro mil bombeiros, mil provenientes de outras partes do país e de outras nações, trabalham contra o fogo. Cerca de 600 veículos e 28 helicópteros e pequenos aviões estão sendo usados.


Eles conseguiram construir linhas de contenção para evitar os incêndios de Yarra e Maroondah se juntassem. Também foram controlados os incêndios abertos de Yea e Murrindindi, que ameaçavam as comunidades de Connellys Creek, Crystal Creek, Scrubby Creek e Native Dog Creek.

O número de mortos chegou a 181, mas as autoridades acreditam que as vítimas devem passar de 200, já que ainda há muitos desaparecidos.

16:55
Anónimo disse...
Aqui nesta coluna, na semana passada, tive a oportunidade de comentar sobre a recente visita do professor brasileiro Pedrinho Guareschi à Austrália. Não dei, porém, os fatos, pois semana passada o assunto era outro.

Hoje, porém, vamos a eles.

No último dia 4 de fevereiro, aconteceu o Seminário "Paulo Freire: Education and Liberation", organizado pelo centro de estudos latino-americanos da Universidade Nacional da Austrália, ou ANU, como é mais conhecida por aqui.

A ANU, para quem não sabe, está entre as 20 melhores universidades do mundo! E tem sede aqui em Camberra, capital da Austrália.

Na abertura do evento, o professor John Minns, diretor do centro latino-americano, ao dar boas-vindas ao público presente, lembrou ser aquele o primeiro seminário exclusivamente dedicado a Paulo Freire na Austrália.

Em seguida, convidou Pedrinho Guareschi, palestrante principal do Seminário, a fazer sua apresentação.

A plateia pode então conhecer, pelas palavras de Pedrinho, um pouco da obra e da vida de Freire, esse brasileiro de fé e valor, que sempre acreditou na educação, sobretudo dos menos favorecidos, analfabetos, como força libertadora.

Como não podia deixar de ser, os conceitos e ideias revolucionários de Paulo Freire, expostos com clareza por Pedrinho, despertaram o interesse e a curiosidade de plateia. A qual, deve-se notar, era na maioria de estudantes, mas de várias nacionalidades, sobretudo australianos e asiáticos.

Na continuação do programa do seminário, que se estendeu por dois dias, outros professores fizeram palestras sobre temas ligados à obra de Paulo Freire.

Interessante, por exemplo, saber que a professora Anne Hickling-Hudson, jamaicana que mora na Austrália há muitos anos (é professora da ANU), conheceu e trabalhou com Freire num workshop educacional durante a revolução na Ilha de Granada, em 1980, antes da invasão dos Estados Unidos...

Ou, então, a palestra da Professora Gerda Roelvink, da Nova Zelândia, que participou do Fórum Social de Porto Alegre em 2005. E essa participação transformou-se em tema de doutorado.

No dia 10, terça-feira passada, o padre Pedrinho Guareschi voltou a falar ao público australiano em grande auditório localizado no belíssimo campus da ANU. Desta vez, sobre a Teologia da Libertação.

Depois da palestra, John Minns mostrou o filme mexicano "O Crime do Padre Amaro", no qual um dos personagens é um padre católico praticante da Teologia da Libertação.

Mais uma vez, foi grande o intersse da platéia, que pode aprender e conhecer um pouco como se desenvolveu aquele importante movimento católico na América Latina.

Fica, assim, ao Pedrinho, bem como a outros brasileiros estudiosos e de bom coração que saem pelo mundo a divulgar aspectos importantes da cultura brasileira, o respeito e a homenagem desta coluna. E... aquele abraço!

16:57
Anónimo disse...
Amanda Kitts perdeu o braço esquerdo em um acidente de automóvel acontecido três anos atrás, mas hoje em dia ela joga futebol americano com seu filho de 12 anos de idade, troca fraldas e abraça as crianças nas três creches Kiddie Cottage que opera em Knoxville, Tennessee. Kitts, 40 anos, faz tudo isso com a ajuda de um novo tipo de braço artificial que se movimenta com mais facilidade do que outros aparelhos e que ela pode controlar utilizando apenas seus pensamentos.

"Eu sou capaz de mexer a mão, o pulso e o cotovelo ao mesmo tempo", diz. "Você pensa e os músculos se movem em seguida".

A recuperação que ela conseguiu resulta de um novo procedimento que vem atraindo crescente atenção porque permite que pessoas movam braços protéticos de forma mais automática do que faziam no passado, simplesmente utilizando nervos reaproveitados em seus cérebros.

A técnica, conhecida como "renervação muscular dirigida", envolve utilizar os nervos que restam depois da amputação de um braço e conectá-los a outro músculo do corpo, em geral no peito. Eletrodos são instalados sobre os músculos do peito, e operam como se fossem antenas. Quando a pessoa deseja mover o braço, o cérebro envia sinais que primeiro resultam em contração dos músculos do peito, os quais enviam um sinal ao braço protético, instruindo-se a se movimentar. O processo não requer mais esforços consciente do que a pessoa teria de exercitar caso ainda tivesse seu braço natural.

Na terça-feira, pesquisadores reportaram em estudo publicado pela versão online do Journal of the American Medical Association que haviam levado a técnica ainda mais à frente, tornando possível a execução de 10 movimentos de mão, pulso e cotovelo diferentes, o que representa uma substancial melhora com relação ao típico repertório protético, que em geral envolve apenas dobrar o cotovelo, girar o pulso e abrir a mão.

"Os novos métodos tiveram impacto dramático em nosso campo de trabalho", disse Stuart Harshbarger, engenheiro biomédico na Universidade Johns Hopkins e diretor do programa de pesquisa sobre próteses, financiado pelas forças armadas, que inclui o trabalho com essa técnica. "O método já está em uso por médicos e cirurgiões comuns em todo o país. A capacidade de controlar um membro protético bastante robusto que ele confere surpreendeu a todos pela qualidade".

Tipicamente, uma pessoa que tenha um braço protético só é capaz de executar alguns poucos movimentos, e muitas vezes com tamanha lentidão que isso só permite a ela atividades limitadas.

Há um motor separado para cada movimento, diz Gerald Loeb, professor de engenharia biomédica na Universidade do Sul da Califórnia, "e esses motores precisam ser controlados de maneira explícita", usualmente por um esforço consciente da pessoa para contrair músculos nas costas ou no bíceps.

"Essencialmente, até agora os pacientes controlavam apenas um motor de cada vez", diz Loeb, "e precisavam pensar cuidadosamente sobre que motor desejavam controlar e como fazê-lo operar, em lugar de simplesmente pensarem em mover o braço e poderem fazê-lo sem delongas".

Antes que Kitts passasse pelo procedimento de renervação, em outubro de 2007, por exemplo, ela precisava movimentar os músculos de suas costas de determinada maneira para fazer com que seu pulso girasse, e flexionar seu bíceps e tríceps para fazer com que o cotovelo se movesse para cima e para baixo. "Era muito trabalho", ela conta. "E não me ajudava muito".

O procedimento de renervação é parte de uma recente explosão de idéias novas e técnicas inovadoras que estão sendo exploradas enquanto os cientistas se esforçam por ajudar as pessoas a compensar melhor a perda de membros ou problemas de paralisia. O esforço vem sendo alimentado pelo aumento no número de amputações causado por diabetes e por ferimentos sofridos pelos militares, e ao mesmo tempo pelos avanços na tecnologia médica.

Os braços se tornaram um dos focos essenciais desse tipo de trabalho. A ciência há muito vem obtendo sucessos no desenvolvimento de próteses de perna, mas é muito mais difícil imitar a complexidade e a destreza das mãos e dos braços.

Os esforços em curso incluem o desenvolvimento de projetos de pele e braços mais sensíveis e mais flexíveis, e o uso de dispositivos acionados por controles sem fio implantado nos braços protéticos, que permitiriam movimentos mais naturais.

Os pesquisadores também vêm usando sensores implantados nos cérebros de cobaias para permitir que dois macacos controlem um braço mecânico, e um teste com um homem paralítico permitiu, com esse método, que ele movimentasse um cursor em uma tela de computador.

Alguns desses métodos, caso venham a ser aperfeiçoados plenamente e consigam aprovação das autoridades regulatórias da saúde, podem no futuro se tornar mais viáveis para os pacientes de amputações.

E embora a técnica da renervação não requeira aprovação das autoridades regulatórias porque é executada por meios cirúrgicos e emprega aparelhos já existentes, ela apresenta limitações que até mesmo seus criadores reconhecem, entre as quais o fato de que não se pode utilizá-la para todos os pacientes, o seu alto custo e o prazo de meses requerido para que os nervos reconectados cresçam e se tornem efetivos.

Ainda assim, os especialistas dizem que é o mais avançado sistema em uso hoje para pacientes reais que permite que o sistema nervoso controle diretamente o movimento de um braço artificial.

Desde sua introdução por Todd Kuiken, médico fisioterapeuta e engenheiro biomédico do Instituto de Reabilitação de Chicago, o método foi empregado em cerca de 30 pacientes nos Estados Unidos, Canadá e Europa, entre os quais oito soldados feridos no Iraque e no Afeganistão.

Muitos dos pacientes, entre os quais o primeiro, Jesse Sullivan, um operário do setor elétrico no Tennessee que perdeu os dois braços quando foi eletrocutado por um cabo, conseguem não apenas manipular seus braços protéticos mas sentir a presença das mãos que já não têm quando alguém toca em seus peitos.

Sullivan, 62 anos, e Kitts, estavam entre os cinco pacientes que participaram do estudo reportado na terça-feira. Em companhia de cinco outras pessoas que não passaram por amputações, eles receberam os eletrodos e foram instruídos a usar pensamentos para fazer com que um braço virtual na tela reproduzisse 10 movimentos diferentes, entre os quais três formas diferentes de aperto de mão.

Os pacientes apresentaram desempenho bastante respeitável, apenas um pouco mais lento e menos preciso do que os dos participantes que não tinham amputações.

"As velocidades de movimento que encontramos em nossos pacientes foram realmente encorajadoras", disse Kuiken. "Eles conseguiram completar a tarefa. É claro que não foram tão competentes quanto as pessoas dotadas de plena capacidade física, mas foram bons o bastante".

Um braço virtual foi usado porque a maioria das próteses existentes não era capaz de acomodar todos aqueles movimentos, no momento da pesquisa, ainda que Sullivan, Kitts e uma terceira paciente, Claudia Mitchell, tenham experimentado dois novos protótipos mais versáteis de braços artificiais, executando tarefas complexas com bolas de tênis e outros objetos.

O trabalho de renervação em soldados apresenta outros desafios, diz Kuiken, porque os ferimentos militares muitas vezes "causam danos muitos extensos" a nervos, músculos ou ossos.

Daniel Acosta, 25 anos, um aviador ferido pela detonação de uma bomba em uma estrada do Iraque em 2005, passou pelo procedimento no ano passado e diz que seu braço esquerdo protético agora se movimenta "muito mais rápido" e de maneira muito mais natural.

"A diferença é que agora não preciso mais pensar para mover o braço", ele diz. "Ele simplesmente se mexe".

Ainda assim, Acosta, de San Antonio, diz que "o processo foi bastante longo" e que os eletrodos precisam ser ajustados para receber os sinais à medida que os nervos crescem ou mudam de posição.

E embora elogiem o método, os especialistas afirmam que a ciência das próteses de braço ainda tem muito por avançar.

"Trata-se de uma parte crucial, mas ainda assim apenas uma parte, das muitas coisas que compreendem a função normal de um braço", disse Loeb, que escreveu um editorial que acompanha o artigo no Journal of the American Medical Association.

"No momento estamos a meio do caminho entre o braço de 'Dr. Fantástico', que fazia involuntariamente a saudação nazista, e o braço de Luke Skywalker em 'Guerra nas Estrelas', que funciona sem nenhum problema assim que é conectado. Creio que precisaremos ainda de muitos anos para conectar todas as peças necessárias a produzir um braço capaz de funcionar normalmente".

17:04
Anónimo disse...
A Espanha disse neste sábado que está preparando uma reclamação oficial contra a decisão da Venezuela de expulsar um membro do Parlamento Europeu que criticou o conselho eleitoral venezuelano.
Luis Herrero, membro do partido conservador espanhol PP, foi deportado na sexta-feira depois que o Conselho Nacional Eleitoral (CNE) o acusou de questionar a imparcialidade da instituição antes de um referendo que pode permitir ao presidente Hugo Chávez permanecer no cargo indefinidamente.

Herrero estava na Venezuela como observador do referendo. Ele acusou Chávez de ter "comportamentos típicos de um ditador" por pedir a contenção de manifestações da oposição.

O governo da Espanha convocou um encontro com o embaixador da Venezuela em Madri para expressar a desaprovação sobre a expulsão de Herrero, disse um representante do Ministério das Relações Exteriores espanhol.

As relações da Venezuela com a Espanha tiveram seu ponto crítico em 2007, quando Chávez ameaçou rever acordos diplomáticos e comerciais depois de ouvir um "cala a boca" do rei espanhol Juan Carlos durante uma cúpula.

A fenda foi oficialmente reparada em 2008, com uma visita oficial de Chávez à Espanha, onde ele cumprimentou o rei e discutiu acordos para investimento no setor petroquímico com o primeiro-ministro José Luis Rodriguez Zapatero.

17:06
Anónimo disse...
A polícia do Zimbábue anunciou neste sábado que acusa de traição Roy Bennett, dirigente do até agora opositor Movimento para a Mudança Democrática (MDC), detido na sexta-feira, em Harare, poucas horas antes da cerimônia de posse dos membros do novo gabinete.

"A Polícia nos informou que vão apresentar acusações de traição", disse à agência EFE o advogado de defesa de Bennett, Trust Maanda.

"Tentam relacionar Roy com o caso de Mike Hitschmann, que foi detido em 2006 em relação à descoberta de um carregamento de armas, apesar de que Hitschmann não tenha sido declarado culpado das acusações de traição apresentadas contra ele, mas de um crime menor de descumprimento de leis", disse Maanda.

O político opositor, designado por seu partido como vice-ministro de Agricultura no Governo de união nacional, esteve no exílio na vizinha África do Sul desde 2006 e retornou ao Zimbábue há duas semanas.

Segundo a Polícia, que deteve Bennett ontem no aeroporto de Harare quando pretendia ir à África do Sul para visitar sua família, as armas apreendidas em 2006 seriam utilizadas em um golpe de Estado para derrubar o presidente do Zimbábue, Robert Mugabe.

Depois da detenção, Bennet foi levado a Mutar, onde vários simpatizantes do MDC se concentraram em frente à delegacia na qual estava detido, diante do que a Polícia respondeu com tiros para o alto para dispersar os manifestantes.

17:07
Anónimo disse...
Austrália: 14 mil se candidatam a 'emprego dos sonhos'

A secretaria de Turismo de Queensland, na Austrália, informou que até esta segunda-feira já recebeu cerca de 14 mil inscrições para o "o melhor emprego do mundo". O Estado australiano promove pela internet seleção para vaga de "zelador" da ilha Hamilton, por seis meses com um salário de R$ 40 mil.

Muitos candidatos tiveram problemas durante a inscrição por conta dos acessos simultâneos ao site. A secretaria aconselha enviar os vídeos de 60s explicando porque deve ser escolhido em horários alternativos do dia, além de recomendar tamanho em torno de 40MB.

As inscrições começaram em 12 de janeiro e vão até o próximo dia 22 e podem ser feitas pelo site www.islandreefjob.com. O governo australiano escolherá 50 candidatos para a próxima fase da seleção, que terá votos do público para eleger um dos 11 finalistas.

A última fase terá entrevistas e desafios físicos, no próprio local de trabalho: as ilhas da Grande Barreira Coralina - o maior recife de coral do mundo. A secretaria de Turismo anunciará o vencedor no dia 6 de maio.

17:09
Anónimo disse...
Mercado elogia governo na crise, mas pede maior queda no juro

Peter Fussy
Direto de São Paulo

Desde as primeiras medidas anunciadas para combater os efeitos da crise, o governo brasileiro avisou que a estratégia não contemplaria um pacote. Seriam doses pontuais, de acordo com a necessidade da economia diante do agravamento das turbulências. Da primeira liberação dos depósitos compulsórios em setembro até a ampliação do seguro-desemprego na última quarta-feira, o governo passou por redução de impostos, ampliação de crédito e incentivos à exportação. Quase 150 dias após a primeira medida, o Terra conversou com líderes do setor público e privado, representantes dos trabalhadores, acadêmicos e com o próprio governo para saber quais destas ações foram mais eficazes, quais foram mais ineficientes e o que mais pode ser feito pelo Estado brasileiro contra a crise.

Os maiores elogios foram direcionados à atitude de reduzir o Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) para a indústria automobilística, anunciada em dezembro e que fez com que os emplacamentos de carros novos subissem 1,9% no primeiro mês do ano em relação a dezembro de 2008. Já as maiores críticas foram para a lentidão no corte da taxa básica de juro do País.

Para o presidente do conselho administrativo do Grupo Pão de Açúcar, Abílio Diniz, o Estado não é responsável pela crise e mesmo assim está agindo "com extrema serenidade e muito acerto". "O governo está atento, fazendo a sua parte. É preciso coragem de baixar firmemente a taxa de juros. É uma arma que temos a nosso favor, já que não há clima para inflação, nem possibilidade de danos para a macroeconomia", afirmou Diniz.

Na última reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), em janeiro, a taxa Selic foi reduzida em um ponto percentual, de 13,75% para 12,75% ao ano. Porém, o professor de economia da Universidade de Brasília (UnB) José Luiz Oreiro lembra que este corte representa uma redução de apenas 0,25 ponto percentual com relação à taxa de setembro do ano passado, quando a crise se agravou.

"Pouco antes da eclosão da crise, o Banco Central aumentou a taxa em 0,75 ponto. Foram cinco meses de demora para reduzir em termos líquidos apenas 0,25 ponto", afirmou o economista, que também sugeriu redução do intervalo de cerca de 90 dias entre as reuniões do Copom e o corte de pelo menos um 1 ponto percentual em cada reunião.

Mesmo com o corte de janeiro, a taxa de juros real continua sendo a maior do mundo, lembrou o secretário-geral da Força Sindical, João Carlos Gonçalves, o Juruna. "A redução da taxa de juro ainda é pequena, porque ela continua uma das mais altas do mundo. Falta ousadia para baixar os juros e ajudar o cidadão. A permanência da taxa de juro alta é negativa para o País em meio a crise", afirmou Juruna.

Embora aprove as ações do governo, o senador Aloízio Mercadante (PT-SP) também acredita que o patamar da Selic está muito alto. "Sempre fomos os primeiros a entrar em qualquer crise, o que não aconteceu agora. A taxa Selic ainda é muito alta, mas o governo têm tomado medidas acertadas, como o aumento do salário mínimo, mesmo com um cenário de crise. Isso ajuda a movimentar o consumo. O governo está se esforçando para manter os investimentos e o crescimento", disse.

Tributos
De acordo com o economista Fabio Pina, da Fecomercio-SP, as ações mais positivas estão relacionadas à redução de tributos para alguns segmentos, como a indústria automobilística, que recuperou parte da queda nas vendas em janeiro com a isenção do IPI para carros 1.0 l e o corte para demais motorizações. A medida vale até o final de março.

"Essas medidas não só reduziram o preço, mas anteciparam o consumo daqueles que iriam comprar no futuro, dando um prêmio por conta da insegurança. Mexe diretamente com o principal problema que é a confiança do consumidor", afirmou. Juruna destacou que um bom ritmo de vendas é garantia de emprego. "É importante porque cada emprego na montadora significa 19 na cadeia produtiva", comentou o representante da Força Sindical.

Também em dezembro, o governo decidiu cortar pela metade a alíquota do Imposto de Renda para contribuintes que ganham entre R$ 1.434 e R$ 2.150 mensais. "O salário aumentava e a tabela não se modificava. As pessoas ganhavam mais e pagavam mais impostos", apontou Juruna. Outra redução de tributos do governo foi com relação ao Imposto sobre Operações Financeiras (IOF), que caiu de 3% ao ano para 1,5%.

Crédito
Na segunda metade de 2008, o colapso de bancos nos Estados Unidos por conta da crise do subprime provocou uma forte restrição de crédito no mundo inteiro. Uma das primeiras medidas anticrise do governo teve como objetivo restabelecer a oferta, com mudanças no recolhimento dos depósitos compulsórios por parte dos bancos. Segundo o presidente do Banco Central, Henrique Meirelles, as diversas modificações liberaram US$ 99,2 bilhões aos bancos até o final de janeiro.

Além disso, o governo concedeu R$ 36 bilhões das reservas internacionais para empresas brasileiras com dívidas no exterior e uma medida provisória autorizou o Banco do Brasil e a Caixa Econômica Federal a comprar carteiras de crédito de bancos privados. Para o diretor do Departamento de Pesquisas e Estudos Econômicos da Fiesp, Paulo Francini, estas medidas foram essenciais para combater os efeitos da crise.

"A crise se desenvolve no mundo em torno do tema crédito. E o crédito reduziu-se barbaridade no mundo. Então o governo lança mão de compulsório, lança mão de reservas, de medidas que permitem aos bancos comprar carteiras de bancos. Você vai tomando várias medidas para atender às demandas e o epicentro disso é crédito", afirmou.

No entanto, Oreiro, da UnB, adverte que a liberação dos compulsórios seria mais eficiente acompanhada de redução mais agressiva da taxa básica de juro. "Uma parte do crédito voltou, depois da forte retração em outubro e novembro. O que deveria ter sido feito junto à liberação do compulsório era uma redução mais drástica da taxa de juro. Sem isso, os bancos pegam as reservas e acabam comprando títulos públicos", explicou o economista.

Na opinião de Pina, as ações de distribuição de crédito via redução do compulsório e a disposição de capital de giro para empresas foram tomadas sem um cuidado maior na operação e não tiveram muito efeito. "O BNDES tem linhas que ficam paradas quase todo o ano, agora é pior ainda. Existem os recursos, mas as empresas e os bancos estão desconfiados. É preciso fazer com que os bancos tenham interesse em emprestar", afirmou o economista da Fecomercio-SP.

Futuro
Mesmo com todas essas medidas, a crise financeira ainda gera incertezas nos setores produtivos do País. Nos últimos meses, o medo do desemprego fez os consumidores adiarem compras. Por sua vez, a queda nas vendas pode obrigar as indústrias a cortarem a produção e demitir funcionários. Contra isso, empresários sugerem redução de jornada e de salários.

"Isto está previsto em lei. A Fiesp simplesmente manteve conversações com entidades sindicais quanto à aplicação daquilo que já está previsto em lei", afirmou Francini.

Segundo a ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff, uma das medidas que assegura um nível de emprego é a manutenção de investimentos no Programa de Aceleração do Crescimento (PAC). "Estamos esperando que a dificuldade ocorra em janeiro, fevereiro e março. Estamos certos que vamos manter o nível de investimento. É isso que funciona, é isso que significa investimento público. Ele funciona como um colchão. Por isso, nós colocamos R$ 100 bilhões no BNDES e a Petrobras ampliou o seu investimento em R$ 120 bilhões", afirmou.

Na mesma linha, Pina explica que a antecipação de gastos do governo substitui parte da demanda retraída do setor privado. "Ele dá o seguinte recado: não vou estourar as contas públicas, mas concentrar em um momento em que a demanda privada está pequena. Mas o governo não tem fôlego suficiente para fazer o papel de toda demanda", ressaltou. O economista da Fecomercio lembrou que a entidade já pleiteou junto ao governo isenções para transferência de imóveis e de automóveis, além de retirar o IPVA para veículos novos.

Já Oreiro foca suas propostas na capitalização do Banco do Brasil e da Caixa Econômica Federal pelo Tesouro para atender a demanda de crédito para capital de giro e reduzir o spread. "Aumentando o empréstimo e reduzindo as taxas, os dois vão forçar os bancos privados a acompanhar o movimento, até para não perderem participação no mercado", explicou o economista da UnB.

Até o Carnaval, o governou prometeu detalhar um pacote de incentivos para a construção de até um milhão de casas populares, direcionado a famílias com renda de até dez salários mínimos. "Estamos atentos a tudo o que está acontecendo e novas medidas serão tomadas caso haja uma avaliação de que sejam necessárias", disse o ministro da Fazenda, Guido Mantega, na última sexta-feira.

17:11
Anónimo disse...
Ex-ministro critica extensão do seguro-desemprego

Atualizada às 09h03

O ex-ministro do Trabalho Almir Pazzianotto criticou a decisão do governo federal de conceder o seguro-desemprego estendido a apenas alguns setores. "É certamente odioso e provavelmente inconstitucional", disse Pazzianotto, de acordo com o jornal O Estado de S. Paulo.

Na última qurta, dia do anúncio da medida, centrais sindicais elogiaram a atitude do governo. A Força Sindical divulgou nota dizendo que "o aumento ajudará a aquecer parte da economia, já que irá gerar mais consumo, produção e conseqüentemente, a criação de novos postos de trabalho". A União Geral dos Trabalhadores (UGT) afirmou que a medida "contribuirá para minimizar o drama dos trabalhadores que perderem seu emprego por conta da crise".

O ex-ministro, que instituiu o seguro-desemprego no País no governo de José Sarney, destacou a necessidade de as centrais sindicais se manifestarem contra a determinação. Para ele, as mudanças devem ser aplicadas a todas as categorias profissionais e a distinção é contrária ao artigo 3º da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT).

Pazzianotto atribui a medida a um possível temor do governo de que a crise econômica seja longa e não haja dinheiro para atender a todas as necessidades. Ainda assim, ele se mostra contrário ao método de concessão. "O seguro-desemprego ajuda a sanar necessidades básicas. Estendê-lo é paliativo, não a solução", disse ao jornal.

De acordo com o presidente do Conselho Deliberativo do Fundo de Amparo ao Trabalhador (Codefat) e conselheiro da Força Sindical, Luiz Fernando Emediato, a determinação já estava prevista na lei 8.900/94, que trata do seguro-desemprego.

O presidente da Comissão de Trabalho da Câmara, Pedro Fernandes (PTB-MA) vai além na crítica à concessão do seguro para apenas alguns setores. Ele acredita que a ampliação do benefício estimula o desemprego.

Quintino Severo, secretário geral da Central Única dos Trabalhadores (CUT), lembra que a ampliação do benefício sem critério e identificação pode incentivar demissões em outros setores.

17:13
Anónimo disse...
Empresas
TAM faz promoção para destinos internacionais

A companhia aérea TAM anunciou nesta sexta-feira tarifas promocionais para trechos internacionais. Os preços valem para bilhetes comprados entre 6h deste sábado e 23h59 deste domingo e são válidos para classe econômica. As tarifas, para ida e volta, serão vendidas a partir de US$ 99, mais taxas.

Segundo a aérea, a promoção vale para viagens feitas no período de 14 de fevereiro a 18 de junho de 2009. Para destinos na América do Sul, a permanência mínima é de dois dias; para bilhetes com destino nos Estados Unidos, cinco dias; e Europa, sete dias. A permanência máxima para as passagens para América do Sul e EUA é de dois meses e para Europa, três meses.

Entre os exemplos de tarifas promocionais, a TAM oferece São Paulo-Lima por US$ 99. Bilhetes para a rota São Paulo-Santiago serão vendidos a partir de US$ 199 e São Paulo-Nova York, US$ 799.

A emissão dos bilhetes deve ser feita obrigatoriamente no ato da reserva, obedecendo às regras estipuladas pela companhia. A compra está sujeita à disponibilidade de assentos nas classes tarifárias determinadas, trechos, horários e datas. A TAM afirmou que também há tarifas promocionais para a classe executiva.

Mais informações podem ser encontradas no site promocional (www.ofertastam.com.br), no site da empresa (www.tam.com.br) ou pelos telefones 4002-5700 ou 0800 5705700.

17:13
Anónimo disse...
Empresas
Consultoria negocia compra do parque temático Hopi Hari

A consultoria especializada em reestruturação de empresas Íntegra Associados informou nesta sexta-feira ter um acordo para comprar o parque de diversões Hopi Hari, localizado no interior de São Paulo. A empresa estaria disposta a investir R$ 10 milhões no parque, que tem dívida estimada em R$ 800 milhões. As informações são da edição deste sábado do jornal Folha de S. Paulo.

De acordo com o jornal, a transação ainda depende da negociação entre o Hopi Hari e seus credores, o que já estaria em andamento.

A consultoria paulista já atuou junto à Parmalat, durante 30 meses, quando reorganizou a gestão da empresa italiana.

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17:14
Anónimo disse...
Empresas
Disney de Tóquio contratará mais 2 mil apesar da crise


A Oriental Land, o operador da Disneylândia Tóquio e DisneySea, organizou neste domingo entrevistas para contratar cerca de 2 mil trabalhadores em tempo parcial, em um momento de grandes demissões deste tipo de empregados no Japão.

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O operador deste parque temático, situado em Urayasu, na província de Chiba (leste de Tóquio), está em pleno processo de seleção de empregados para 20 tipos de postos trabalhistas diferentes.

Segundo a companhia, citada pela agência local de notícias Kyodo, o parque contratará novos trabalhadores para as atrações, para os restaurantes e guardas de segurança entre outros. Os novos contratados começarão a trabalhar a partir de fevereiro.

O processo de seleção acontece em um momento em que a maioria das grandes companhias japonesas começaram a se ver obrigadas a despedir uma elevada percentagem de seus trabalhadores temporários e a tempo parcial.

Algumas inclusive anunciaram demissões de seus trabalhadores fixos, uma medida muito pouco comum nas companhias japonesas, perante os efeitos piores que o esperado pela crise econômica global.

Cerca de uma centena de pessoas esperavam desde a primeira hora desta manhã a abertura do centro de conferências Tokyo International Forum, onde as entrevistas estão sendo feitas, para ser os primeiros a solicitar os postos de trabalho.


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17:15
Anónimo disse...
Economia Internacional
Senado dos EUA aprova plano de estímulo à economia

O Senado dos Estados Unidos aprovou com 60 votos a favor e 38 contra o plano de estímulo à economia de US$ 787 bilhões na madrugada deste sábado. Agora, ele segue para sanção ou veto do presidente Barack Obama, que espera colocar a lei em prática até o dia 16 de fevereiro.

O plano prevê a criação de três milhões de empregos, inclui cortes de impostos às famílias, fundos para programas sociais e obras públicas, além de ajuda aos governos estaduais, estudantes e desempregados.

A cláusula Buy American - que exige o uso de ferro, aço e produtos manufaturados dos Estados Unidos em obras realizadas com recursos do pacote - ficou de lado. Segundo o texto definitivo, a cláusula será aplicada sem violar as normas do comércio internacional.

Ontem à tarde, a Câmara de Representantes (deputados) havia aprovado, por 246 votos a favor e 183 contra, a versão final do plano. Todos os republicanos foram contrários ao pacote.

Pelo acordo de quarta-feira entre Câmara e Senado, em vez de custar US$ 819 bilhões, como queriam os deputados, ou US$ 838 bilhões como pretendiam os senadores, o pacote ficou em cerca de US$ 787 bilhões, com 65% desse total destinado a gastos do governo federal e 35%, a créditos tributários.

17:16
Anónimo disse...
Economia nacional
Na era Lula, aposentadoria sobe 54% menos que salário mínimo

Thatiane Faria
Especial para o Terra
Direto de São Paulo

Os índices de reajustes concedidos pelo governo em 2009 para aposentados e pensionistas e para o salário mínimo repetiram uma diferença que, só durante o governo de Luiz Inácio Lula da Silva, já chega a 54%. Enquanto o mínimo foi majorado em 12% este ano, as pensões e aposentadorias tiveram aumento de 5,92%. Aposentados que têm o benefício do governo como única fonte de renda reclamam que perdem poder de compra e que sua cesta de compras é composta por itens que aumentam mais em relação à inflação oficial.

Um exemplo prático pode ser entendido a partir da comparação entre um aposentado que ganhava R$ 600 em janeiro de 2003. Na época, o benefício era três vezes, ou 200%, maior que o valor do mínimo em vigência, que era de R$ 200. Aplicando-se os índices de reajuste para aposentadorias e para o mínimo durante os últimos seis anos, o mesmo aposentado estaria recebendo hoje R$ 938,47, comparado a um salário mínimo de R$ 465. A diferença entre os dois valores caiu para pouco mais de 100%.

Enquanto o índice acumulado de reajuste para a aposentadoria durante o governo Lula foi de 60%, para o salário mínimo está em 132%.

O diretor do Sindicato Nacional dos Aposentados, João Inocentini, reclama que os valores dos benefícios para aposentadorias não mantêm o poder de compra do grupo, principalmente dos aposentados que recebem menos que dez salários mínimos.

Nem mesmo o fato de o índice de reajuste das aposentadorias ter ficado acima da inflação acumulada no mesmo período (o IPCA entre janeiro de 2003 e janeiro de 2009 foi de 39,7%) serve de argumento, segundo os aposentados.

"Os idosos, principalmente, têm gastos além das contas gerais como gás, telefone e aluguel. Para eles o custo com remédios, e outros itens da área saúde costuma ser maior", afirmou Inocentini.

O presidente do sindicato afirmou que o grupo realiza um estudo com 100 itens de necessidade de um idoso para comparar o aumento dos produtos com o índice de reajuste do benefício recebido pelos aposentados.

"Daqui dois meses vamos abrir um processo na Justiça e levar essa pesquisa como prova. Segundo a lei, o governo é obrigado a manter o poder de compra com a aposentadoria", disse Inocentini.

Alternativas
O consultor financeiro Cláudio Boriola diz que os aposentados, especialmente nesse momento de crise econômica, devem evitar compras parceladas, pesquisar preços, negociar e fazer bom planejamento financeiro.

Segundo Boriola, alguns aposentados ganham um valor mensal muitas vezes insuficiente para o pagamento das contas e acabam pedindo crédito ou realizando pagamentos a prazo e são obrigados a pagar juros altos.

Na opinião do consultor, pagar uma previdência privada é uma alternativa indicada para quem ainda trabalha, considerando a característica de perda de poder de compra da aposentadoria.

"Na prática, infelizmente os valores encontram-se em um patamar que está deteriorando o poder de aquisição da população brasileira", completou Boriola.

De acordo com o diretor da Confederação Brasileira de Aposentados e Pensionistas (Cobap), Vicente Fernandes Barbosa, representantes dos aposentados tentarão um encontro com o presidente da Câmara, deputado Michel Temer (PMDB-SP), para discutir projetos que minimizem a perda dos aposentados

17:17
Anónimo disse...
Previdência
Previdência prorroga isenção de tarifas no benefício

O atual sistema de pagamento aos 26 milhões de aposentados e pensionistas do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) será mantido até o final deste ano. O acordo, que permite realizar a operação sem nenhum custo aos beneficiários, foi renovado nesta sexta-feira, entre o governo federal e 21 instituições financeiras.

Por meio desse acordo, vigente desde setembro de 2007, nem os segurados, nem os bancos e nem o governo arcam com o pagamento de tarifas, conforme explicou o ministro da Previdência Social, José Pimentel. A prorrogação vale até dezembro, data máxima para que a Previdência defina as regras para um novo contrato.

Ao assinar o termo de renovação, na sede da Federação Brasileira dos Bancos (Febraban), o ministro disse que a intenção do governo é mudar o atual modelo de gestão visando a reduzir os custos dessas operações em torno da folha mensal, que atinge R$ 15,8 bilhões. No entanto, qualquer alteração, conforme explicou, passará antes por audiências públicas a serem realizadas a partir do segundo semestre deste ano, atendendo a determinação do Tribunal de Contas da União (TCU).

De acordo com Pimentel, com um redesenho do mecanismo de repasse dos recursos aos bancos em torno da folha de pagamento dos segurados o que se busca é um aumento da participação de instituições financeiras. Ele informou que, desde 2007, cada benefício custa em média R$ 1,07 ao governo. "Quanto mais instituições financeiras estiverem prestando serviços à sociedade, maior é a competitividade, a agilidade no atendimento", justificou.

O ministro observou, ainda, que, para permitir uma redução para algo em torno de meia hora no tempo de atendimento para a concessão dos direitos previdenciários, o governo investiu R$ 280 milhões.

Questionado sobre o descontentamento dos segurados que ganham acima de um salário mínimo terem obtido apenas a correção com base na variação do Índice de Preços ao Consumidor (INPC) , ficando abaixo do reajuste dado a quem recebe apenas o mínimo, Pimentel argumentou que o governo seguiu o que determina a lei e descartou a possibilidade de uma revisão

17:17
Anónimo disse...
Empresas
Caterpillar oferece aposentadoria antecipada a 2 mil


A companhia americana Caterpillar ofereceu a cerca de dois mil funcionários incentivos para que se aposentem de forma voluntária antes do previsto, pela perspectiva de uma queda "significativa" da atividade industrial, informou nesta quarta-feira a empresa.

A iniciativa, destinada aos trabalhadores de diversas fábricas em Illinois, Colorado, Tennessee e Pensilvânia, se soma aos cortes de empregos anunciados em janeiro, explicou em comunicado de imprensa.

A empresa, a maior fabricante mundial de maquinaria pesada para a construção e a mineração, acrescentou que, "em função das condições de negócio, podem ser necessárias mais reduções de elenco voluntárias e involuntárias à medida que o ano avança".

O vice-presidente da companhia, Sid Banwart, explicou que a empresa prevê "demissões significativas em todas as regiões geográficas e na maioria dos setores devido às dificuldades da economia mundial".

17:18
Anónimo disse...
Comércio
Comércio exterior da OCDE caiu no 3º trimestre de 2008


As exportações e as importações dos países da Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Econômico (OCDE) caíram 1,6% e 0,2%, respectivamente, no terceiro trimestre de 2008, em relação aos três meses anteriores.

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Trata-se da primeira queda destas atividades desde o terceiro trimestre de 2006, segundo o último relatório trimestral sobre fluxos comerciais divulgado pela OCDE.

As exportações e as importações em dólares dos 30 Estados-membros caíram 15,6% e 17%, respectivamente, na comparação anualizada.

Por sua vez, o comércio dos sete países mais ricos do mundo (G7) teve um pequeno crescimento no terceiro trimestre de 2008 com uma queda das exportações de mercadorias de 0,2% em relação ao trimestre anterior e um aumento de 0,4% das importações.

Em termos anualizados, as importações do G7 caíram 1,4% entre julho e setembro do ano passado, seu primeiro retrocesso desde o terceiro trimestre de 2006, enquanto as exportações aumentaram 1,9%, seu crescimento mais baixo no mesmo tempo.

Por países, a Alemanha aumentou suas importações em 3,4% - valor mais alto do G7 -, enquanto suas exportações caíram 2,9% do segundo para o terceiro trimestre de 2008.

Pelo contrário, as exportações americanas aumentaram 1,8% entre julho e setembro de 2008, enquanto as importações caíram 0,7% em relação ao trimestre anterior. No Japão, tanto as importações quanto as exportações caíram em torno de 1% no mesmo período.

17:19
Anónimo disse...
Economia Nacional
Lula: juros de crédito consignado a aposentados são altos

Atualizada às 17h29

O presidente Luis Inácio Lula da Silva afirmou nesta terça-feira, em São Paulo, que está lutando para reduzir as taxas de juros cobradas de aposentados em crédito consignado. A Previdência Social estabelece uma taxa máxima de 2,5% para empréstimo e de 3,5% para cartão. Para Lula, os valores são altos.

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"Acho que o juro que os aposentados estão pagando hoje com o crédito consignado é alto para o padrão brasileiro", disse o presidente durante a cerimônia de comemoração dos 86 anos do INSS.

A Previdência anunciou nesta terça-feira que aposentados e trabalhadoras com licença-maternidade poderão receber seus benefícios em 30 minutos. De acordo com Lula, em junho, a aposentadoria do trabalhador rural também será conseguida em meia hora.

Além disso, o presidente anunciou que, também em junho, os trabalhadores que alcançarem o direito à aposentadoria passarão a receber em suas casas um comunicado da Previdência informando o fato e o valor do salário que têm direito a receber. "É um comprometimento público que estou fazendo com os companheiros da Previdência Social", disse.

"Estamos retribuindo ao contribuinte da Previdência Social aquilo que é a cidadania que ele tem direito", afirmou Lula. "Se para cobrar nós somos tão precisos, para devolver o dinheiro, temos que chegar próximo à perfeição", completou.

17:20
Anónimo disse...
Economia Nacional
Salário maternidade sairá em 30 minutos, diz ministro

Toda trabalhadora autônoma que tiver contribuído pelo menos 10 meses com o Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) - ou as que possuírem carteira assinada - poderão receber em 30 minutos o salário maternidade a partir desta terça-feira. Da mesma forma, as mulheres com 30 anos de contribuição e os homens com 35 anos também terão direito ao benefício de forma mais rápida. A informação é do ministro da Previdência Social, José Pimentel.

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Para requerer o salário maternidade, é preciso que as autônomas levem a carteira de identidade e o carnê de contribuição. As demais trabalhadoras devem apresentar a identificação e a carteira de trabalho. Desde o início do mês, a nova forma de análise para a concessão de benefícios foi adotada para a aposentadoria por idade do trabalhador urbano e agora foi estendida para o salário maternidade e por tempo de contribuição.

O ministro disse que a qualificação do serviço da previdência social é o reconhecimento do direito dos trabalhadores e da afirmação da cidadania.

"Até pouco tempo na cabeça do cidadão o serviço devia ser de péssima qualidade. Agora não, nós modificamos toda a legislação no mês de dezembro numa ação conjunta do Congresso Nacional com o governo federal. Estamos implantando e concedendo os benefícios em até 30 minutos", afirmou.

O ministro destacou que para conseguir se aposentar ou ter acesso à licença maternidade em 30 minutos, em primeiro lugar, é necessário que o cidadão esteja vinculado à Previdência, o que inclui 65% da população acima de 16 anos de idade.

"Depois bastar marcar pelo sistema 135 o dia e a hora do atendimento e levar a documentação. Se todos os dados necessários estiverem corretos o contribuinte será atendido em até 30 minutos, como vem sendo feito com as aposentadorias por idade desde o dia cinco de janeiro", explicou.

Pimentel disse ainda que em 90% das agências da previdência social o atendimento é marcado em até 48 horas. Nos grandes centros, entretanto existe um volume maior o que torna mais lento o processo.

"Estamos criando mais 715 agências até 2010, em todo o território nacional, para descentralizar o atendimento. Em 2008, atendemos 295 mil benefícios e aposentadorias por idade. Temos 4 mil pessoas por dia procurando e se aposentando por idade no território nacional

Os bombeiros combatem neste sábado os incêndios na Austrália favorecidos pelo bom tempo, enquanto os deslocados encotram em seu retorno casas derruídas, carros queimados nas ruas e destruição.

Depois de sete dias desde que começaram os incêndios no Estado de Victoria, a lista de mortos chega a 181, os desaparecidos somam 50, os edifícios destruídos totalizam 1,834 mil e o terreno arrasado, principalmente florestas, ocupa uma área de 4,13 mil quilômetros quadrados.

As equipes de bombeiros, formadas por 4 mil profissionais de Victoria, de outras partes da Austrália e de países amigos, combateram hoje 12 focos fora de controle e nenhum representava uma ameaça direta para a população.

O subdiretor do Serviço de Bombeiros, Geoff Conway, disse que este tempo favorável, que se prolongará durante o domingo, permite consolidar as linhas de contenção e avançar na extinção das chamas.

Cinzas apareceram arrastadas por ventos do nordeste sobre Melbourne, onde habitam 3,8 milhões de pessoas, e as autoridades alertaram aos cidadãos do risco para a saúde de idosos, crianças e pessoas com problemas respiratórios.

O número de pessoas deslocadas - a Cruz Vermelha chegou a receber 7 mil - começou a cair com a abertura de algumas localidades atingidas.

Os incêndios, alguns criminosos, começaram em 7 de fevereiro, quando a região sul da Austrália estava há duas semanas sob uma onda de calor sem precedentes.

Na sexta-feira passada, a polícia acusou uma pessoa de ter provocado o incêndio que atingiu a localidade de Churchill e matou 21 pessoas.
16:55
Anónimo disse...
A primeira chuva em seis dias reduziu a ameaça de incêndios no Estado de Victoria, ao sul da Austrália. As autoridades, porém, advertiram que ainda existem 12 focos, mas que nenhum deles ameaça áreas povoadas.

Mais de quatro mil bombeiros, mil provenientes de outras partes do país e de outras nações, trabalham contra o fogo. Cerca de 600 veículos e 28 helicópteros e pequenos aviões estão sendo usados.


Eles conseguiram construir linhas de contenção para evitar os incêndios de Yarra e Maroondah se juntassem. Também foram controlados os incêndios abertos de Yea e Murrindindi, que ameaçavam as comunidades de Connellys Creek, Crystal Creek, Scrubby Creek e Native Dog Creek.

O número de mortos chegou a 181, mas as autoridades acreditam que as vítimas devem passar de 200, já que ainda há muitos desaparecidos.
16:55
Anónimo disse...
Aqui nesta coluna, na semana passada, tive a oportunidade de comentar sobre a recente visita do professor brasileiro Pedrinho Guareschi à Austrália. Não dei, porém, os fatos, pois semana passada o assunto era outro.

Hoje, porém, vamos a eles.

No último dia 4 de fevereiro, aconteceu o Seminário "Paulo Freire: Education and Liberation", organizado pelo centro de estudos latino-americanos da Universidade Nacional da Austrália, ou ANU, como é mais conhecida por aqui.

A ANU, para quem não sabe, está entre as 20 melhores universidades do mundo! E tem sede aqui em Camberra, capital da Austrália.

Na abertura do evento, o professor John Minns, diretor do centro latino-americano, ao dar boas-vindas ao público presente, lembrou ser aquele o primeiro seminário exclusivamente dedicado a Paulo Freire na Austrália.

Em seguida, convidou Pedrinho Guareschi, palestrante principal do Seminário, a fazer sua apresentação.

A plateia pode então conhecer, pelas palavras de Pedrinho, um pouco da obra e da vida de Freire, esse brasileiro de fé e valor, que sempre acreditou na educação, sobretudo dos menos favorecidos, analfabetos, como força libertadora.

Como não podia deixar de ser, os conceitos e ideias revolucionários de Paulo Freire, expostos com clareza por Pedrinho, despertaram o interesse e a curiosidade de plateia. A qual, deve-se notar, era na maioria de estudantes, mas de várias nacionalidades, sobretudo australianos e asiáticos.

Na continuação do programa do seminário, que se estendeu por dois dias, outros professores fizeram palestras sobre temas ligados à obra de Paulo Freire.

Interessante, por exemplo, saber que a professora Anne Hickling-Hudson, jamaicana que mora na Austrália há muitos anos (é professora da ANU), conheceu e trabalhou com Freire num workshop educacional durante a revolução na Ilha de Granada, em 1980, antes da invasão dos Estados Unidos...

Ou, então, a palestra da Professora Gerda Roelvink, da Nova Zelândia, que participou do Fórum Social de Porto Alegre em 2005. E essa participação transformou-se em tema de doutorado.

No dia 10, terça-feira passada, o padre Pedrinho Guareschi voltou a falar ao público australiano em grande auditório localizado no belíssimo campus da ANU. Desta vez, sobre a Teologia da Libertação.

Depois da palestra, John Minns mostrou o filme mexicano "O Crime do Padre Amaro", no qual um dos personagens é um padre católico praticante da Teologia da Libertação.

Mais uma vez, foi grande o intersse da platéia, que pode aprender e conhecer um pouco como se desenvolveu aquele importante movimento católico na América Latina.

Fica, assim, ao Pedrinho, bem como a outros brasileiros estudiosos e de bom coração que saem pelo mundo a divulgar aspectos importantes da cultura brasileira, o respeito e a homenagem desta coluna. E... aquele abraço!
16:57
Anónimo disse...
Amanda Kitts perdeu o braço esquerdo em um acidente de automóvel acontecido três anos atrás, mas hoje em dia ela joga futebol americano com seu filho de 12 anos de idade, troca fraldas e abraça as crianças nas três creches Kiddie Cottage que opera em Knoxville, Tennessee. Kitts, 40 anos, faz tudo isso com a ajuda de um novo tipo de braço artificial que se movimenta com mais facilidade do que outros aparelhos e que ela pode controlar utilizando apenas seus pensamentos.

"Eu sou capaz de mexer a mão, o pulso e o cotovelo ao mesmo tempo", diz. "Você pensa e os músculos se movem em seguida".

A recuperação que ela conseguiu resulta de um novo procedimento que vem atraindo crescente atenção porque permite que pessoas movam braços protéticos de forma mais automática do que faziam no passado, simplesmente utilizando nervos reaproveitados em seus cérebros.

A técnica, conhecida como "renervação muscular dirigida", envolve utilizar os nervos que restam depois da amputação de um braço e conectá-los a outro músculo do corpo, em geral no peito. Eletrodos são instalados sobre os músculos do peito, e operam como se fossem antenas. Quando a pessoa deseja mover o braço, o cérebro envia sinais que primeiro resultam em contração dos músculos do peito, os quais enviam um sinal ao braço protético, instruindo-se a se movimentar. O processo não requer mais esforços consciente do que a pessoa teria de exercitar caso ainda tivesse seu braço natural.

Na terça-feira, pesquisadores reportaram em estudo publicado pela versão online do Journal of the American Medical Association que haviam levado a técnica ainda mais à frente, tornando possível a execução de 10 movimentos de mão, pulso e cotovelo diferentes, o que representa uma substancial melhora com relação ao típico repertório protético, que em geral envolve apenas dobrar o cotovelo, girar o pulso e abrir a mão.

"Os novos métodos tiveram impacto dramático em nosso campo de trabalho", disse Stuart Harshbarger, engenheiro biomédico na Universidade Johns Hopkins e diretor do programa de pesquisa sobre próteses, financiado pelas forças armadas, que inclui o trabalho com essa técnica. "O método já está em uso por médicos e cirurgiões comuns em todo o país. A capacidade de controlar um membro protético bastante robusto que ele confere surpreendeu a todos pela qualidade".

Tipicamente, uma pessoa que tenha um braço protético só é capaz de executar alguns poucos movimentos, e muitas vezes com tamanha lentidão que isso só permite a ela atividades limitadas.

Há um motor separado para cada movimento, diz Gerald Loeb, professor de engenharia biomédica na Universidade do Sul da Califórnia, "e esses motores precisam ser controlados de maneira explícita", usualmente por um esforço consciente da pessoa para contrair músculos nas costas ou no bíceps.

"Essencialmente, até agora os pacientes controlavam apenas um motor de cada vez", diz Loeb, "e precisavam pensar cuidadosamente sobre que motor desejavam controlar e como fazê-lo operar, em lugar de simplesmente pensarem em mover o braço e poderem fazê-lo sem delongas".

Antes que Kitts passasse pelo procedimento de renervação, em outubro de 2007, por exemplo, ela precisava movimentar os músculos de suas costas de determinada maneira para fazer com que seu pulso girasse, e flexionar seu bíceps e tríceps para fazer com que o cotovelo se movesse para cima e para baixo. "Era muito trabalho", ela conta. "E não me ajudava muito".

O procedimento de renervação é parte de uma recente explosão de idéias novas e técnicas inovadoras que estão sendo exploradas enquanto os cientistas se esforçam por ajudar as pessoas a compensar melhor a perda de membros ou problemas de paralisia. O esforço vem sendo alimentado pelo aumento no número de amputações causado por diabetes e por ferimentos sofridos pelos militares, e ao mesmo tempo pelos avanços na tecnologia médica.

Os braços se tornaram um dos focos essenciais desse tipo de trabalho. A ciência há muito vem obtendo sucessos no desenvolvimento de próteses de perna, mas é muito mais difícil imitar a complexidade e a destreza das mãos e dos braços.

Os esforços em curso incluem o desenvolvimento de projetos de pele e braços mais sensíveis e mais flexíveis, e o uso de dispositivos acionados por controles sem fio implantado nos braços protéticos, que permitiriam movimentos mais naturais.

Os pesquisadores também vêm usando sensores implantados nos cérebros de cobaias para permitir que dois macacos controlem um braço mecânico, e um teste com um homem paralítico permitiu, com esse método, que ele movimentasse um cursor em uma tela de computador.

Alguns desses métodos, caso venham a ser aperfeiçoados plenamente e consigam aprovação das autoridades regulatórias da saúde, podem no futuro se tornar mais viáveis para os pacientes de amputações.

E embora a técnica da renervação não requeira aprovação das autoridades regulatórias porque é executada por meios cirúrgicos e emprega aparelhos já existentes, ela apresenta limitações que até mesmo seus criadores reconhecem, entre as quais o fato de que não se pode utilizá-la para todos os pacientes, o seu alto custo e o prazo de meses requerido para que os nervos reconectados cresçam e se tornem efetivos.

Ainda assim, os especialistas dizem que é o mais avançado sistema em uso hoje para pacientes reais que permite que o sistema nervoso controle diretamente o movimento de um braço artificial.

Desde sua introdução por Todd Kuiken, médico fisioterapeuta e engenheiro biomédico do Instituto de Reabilitação de Chicago, o método foi empregado em cerca de 30 pacientes nos Estados Unidos, Canadá e Europa, entre os quais oito soldados feridos no Iraque e no Afeganistão.

Muitos dos pacientes, entre os quais o primeiro, Jesse Sullivan, um operário do setor elétrico no Tennessee que perdeu os dois braços quando foi eletrocutado por um cabo, conseguem não apenas manipular seus braços protéticos mas sentir a presença das mãos que já não têm quando alguém toca em seus peitos.

Sullivan, 62 anos, e Kitts, estavam entre os cinco pacientes que participaram do estudo reportado na terça-feira. Em companhia de cinco outras pessoas que não passaram por amputações, eles receberam os eletrodos e foram instruídos a usar pensamentos para fazer com que um braço virtual na tela reproduzisse 10 movimentos diferentes, entre os quais três formas diferentes de aperto de mão.

Os pacientes apresentaram desempenho bastante respeitável, apenas um pouco mais lento e menos preciso do que os dos participantes que não tinham amputações.

"As velocidades de movimento que encontramos em nossos pacientes foram realmente encorajadoras", disse Kuiken. "Eles conseguiram completar a tarefa. É claro que não foram tão competentes quanto as pessoas dotadas de plena capacidade física, mas foram bons o bastante".

Um braço virtual foi usado porque a maioria das próteses existentes não era capaz de acomodar todos aqueles movimentos, no momento da pesquisa, ainda que Sullivan, Kitts e uma terceira paciente, Claudia Mitchell, tenham experimentado dois novos protótipos mais versáteis de braços artificiais, executando tarefas complexas com bolas de tênis e outros objetos.

O trabalho de renervação em soldados apresenta outros desafios, diz Kuiken, porque os ferimentos militares muitas vezes "causam danos muitos extensos" a nervos, músculos ou ossos.

Daniel Acosta, 25 anos, um aviador ferido pela detonação de uma bomba em uma estrada do Iraque em 2005, passou pelo procedimento no ano passado e diz que seu braço esquerdo protético agora se movimenta "muito mais rápido" e de maneira muito mais natural.

"A diferença é que agora não preciso mais pensar para mover o braço", ele diz. "Ele simplesmente se mexe".

Ainda assim, Acosta, de San Antonio, diz que "o processo foi bastante longo" e que os eletrodos precisam ser ajustados para receber os sinais à medida que os nervos crescem ou mudam de posição.

E embora elogiem o método, os especialistas afirmam que a ciência das próteses de braço ainda tem muito por avançar.

"Trata-se de uma parte crucial, mas ainda assim apenas uma parte, das muitas coisas que compreendem a função normal de um braço", disse Loeb, que escreveu um editorial que acompanha o artigo no Journal of the American Medical Association.

"No momento estamos a meio do caminho entre o braço de 'Dr. Fantástico', que fazia involuntariamente a saudação nazista, e o braço de Luke Skywalker em 'Guerra nas Estrelas', que funciona sem nenhum problema assim que é conectado. Creio que precisaremos ainda de muitos anos para conectar todas as peças necessárias a produzir um braço capaz de funcionar normalmente".
17:04
Anónimo disse...
A Espanha disse neste sábado que está preparando uma reclamação oficial contra a decisão da Venezuela de expulsar um membro do Parlamento Europeu que criticou o conselho eleitoral venezuelano.
Luis Herrero, membro do partido conservador espanhol PP, foi deportado na sexta-feira depois que o Conselho Nacional Eleitoral (CNE) o acusou de questionar a imparcialidade da instituição antes de um referendo que pode permitir ao presidente Hugo Chávez permanecer no cargo indefinidamente.

Herrero estava na Venezuela como observador do referendo. Ele acusou Chávez de ter "comportamentos típicos de um ditador" por pedir a contenção de manifestações da oposição.

O governo da Espanha convocou um encontro com o embaixador da Venezuela em Madri para expressar a desaprovação sobre a expulsão de Herrero, disse um representante do Ministério das Relações Exteriores espanhol.

As relações da Venezuela com a Espanha tiveram seu ponto crítico em 2007, quando Chávez ameaçou rever acordos diplomáticos e comerciais depois de ouvir um "cala a boca" do rei espanhol Juan Carlos durante uma cúpula.

A fenda foi oficialmente reparada em 2008, com uma visita oficial de Chávez à Espanha, onde ele cumprimentou o rei e discutiu acordos para investimento no setor petroquímico com o primeiro-ministro José Luis Rodriguez Zapatero.
17:06
Anónimo disse...
A polícia do Zimbábue anunciou neste sábado que acusa de traição Roy Bennett, dirigente do até agora opositor Movimento para a Mudança Democrática (MDC), detido na sexta-feira, em Harare, poucas horas antes da cerimônia de posse dos membros do novo gabinete.

"A Polícia nos informou que vão apresentar acusações de traição", disse à agência EFE o advogado de defesa de Bennett, Trust Maanda.

"Tentam relacionar Roy com o caso de Mike Hitschmann, que foi detido em 2006 em relação à descoberta de um carregamento de armas, apesar de que Hitschmann não tenha sido declarado culpado das acusações de traição apresentadas contra ele, mas de um crime menor de descumprimento de leis", disse Maanda.

O político opositor, designado por seu partido como vice-ministro de Agricultura no Governo de união nacional, esteve no exílio na vizinha África do Sul desde 2006 e retornou ao Zimbábue há duas semanas.

Segundo a Polícia, que deteve Bennett ontem no aeroporto de Harare quando pretendia ir à África do Sul para visitar sua família, as armas apreendidas em 2006 seriam utilizadas em um golpe de Estado para derrubar o presidente do Zimbábue, Robert Mugabe.

Depois da detenção, Bennet foi levado a Mutar, onde vários simpatizantes do MDC se concentraram em frente à delegacia na qual estava detido, diante do que a Polícia respondeu com tiros para o alto para dispersar os manifestantes.
17:07
Anónimo disse...
Austrália: 14 mil se candidatam a 'emprego dos sonhos'

A secretaria de Turismo de Queensland, na Austrália, informou que até esta segunda-feira já recebeu cerca de 14 mil inscrições para o "o melhor emprego do mundo". O Estado australiano promove pela internet seleção para vaga de "zelador" da ilha Hamilton, por seis meses com um salário de R$ 40 mil.

Muitos candidatos tiveram problemas durante a inscrição por conta dos acessos simultâneos ao site. A secretaria aconselha enviar os vídeos de 60s explicando porque deve ser escolhido em horários alternativos do dia, além de recomendar tamanho em torno de 40MB.

As inscrições começaram em 12 de janeiro e vão até o próximo dia 22 e podem ser feitas pelo site www.islandreefjob.com. O governo australiano escolherá 50 candidatos para a próxima fase da seleção, que terá votos do público para eleger um dos 11 finalistas.

A última fase terá entrevistas e desafios físicos, no próprio local de trabalho: as ilhas da Grande Barreira Coralina - o maior recife de coral do mundo. A secretaria de Turismo anunciará o vencedor no dia 6 de maio.
17:09
Anónimo disse...
Mercado elogia governo na crise, mas pede maior queda no juro

Peter Fussy
Direto de São Paulo

Desde as primeiras medidas anunciadas para combater os efeitos da crise, o governo brasileiro avisou que a estratégia não contemplaria um pacote. Seriam doses pontuais, de acordo com a necessidade da economia diante do agravamento das turbulências. Da primeira liberação dos depósitos compulsórios em setembro até a ampliação do seguro-desemprego na última quarta-feira, o governo passou por redução de impostos, ampliação de crédito e incentivos à exportação. Quase 150 dias após a primeira medida, o Terra conversou com líderes do setor público e privado, representantes dos trabalhadores, acadêmicos e com o próprio governo para saber quais destas ações foram mais eficazes, quais foram mais ineficientes e o que mais pode ser feito pelo Estado brasileiro contra a crise.

Os maiores elogios foram direcionados à atitude de reduzir o Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) para a indústria automobilística, anunciada em dezembro e que fez com que os emplacamentos de carros novos subissem 1,9% no primeiro mês do ano em relação a dezembro de 2008. Já as maiores críticas foram para a lentidão no corte da taxa básica de juro do País.

Para o presidente do conselho administrativo do Grupo Pão de Açúcar, Abílio Diniz, o Estado não é responsável pela crise e mesmo assim está agindo "com extrema serenidade e muito acerto". "O governo está atento, fazendo a sua parte. É preciso coragem de baixar firmemente a taxa de juros. É uma arma que temos a nosso favor, já que não há clima para inflação, nem possibilidade de danos para a macroeconomia", afirmou Diniz.

Na última reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), em janeiro, a taxa Selic foi reduzida em um ponto percentual, de 13,75% para 12,75% ao ano. Porém, o professor de economia da Universidade de Brasília (UnB) José Luiz Oreiro lembra que este corte representa uma redução de apenas 0,25 ponto percentual com relação à taxa de setembro do ano passado, quando a crise se agravou.

"Pouco antes da eclosão da crise, o Banco Central aumentou a taxa em 0,75 ponto. Foram cinco meses de demora para reduzir em termos líquidos apenas 0,25 ponto", afirmou o economista, que também sugeriu redução do intervalo de cerca de 90 dias entre as reuniões do Copom e o corte de pelo menos um 1 ponto percentual em cada reunião.

Mesmo com o corte de janeiro, a taxa de juros real continua sendo a maior do mundo, lembrou o secretário-geral da Força Sindical, João Carlos Gonçalves, o Juruna. "A redução da taxa de juro ainda é pequena, porque ela continua uma das mais altas do mundo. Falta ousadia para baixar os juros e ajudar o cidadão. A permanência da taxa de juro alta é negativa para o País em meio a crise", afirmou Juruna.

Embora aprove as ações do governo, o senador Aloízio Mercadante (PT-SP) também acredita que o patamar da Selic está muito alto. "Sempre fomos os primeiros a entrar em qualquer crise, o que não aconteceu agora. A taxa Selic ainda é muito alta, mas o governo têm tomado medidas acertadas, como o aumento do salário mínimo, mesmo com um cenário de crise. Isso ajuda a movimentar o consumo. O governo está se esforçando para manter os investimentos e o crescimento", disse.

Tributos
De acordo com o economista Fabio Pina, da Fecomercio-SP, as ações mais positivas estão relacionadas à redução de tributos para alguns segmentos, como a indústria automobilística, que recuperou parte da queda nas vendas em janeiro com a isenção do IPI para carros 1.0 l e o corte para demais motorizações. A medida vale até o final de março.

"Essas medidas não só reduziram o preço, mas anteciparam o consumo daqueles que iriam comprar no futuro, dando um prêmio por conta da insegurança. Mexe diretamente com o principal problema que é a confiança do consumidor", afirmou. Juruna destacou que um bom ritmo de vendas é garantia de emprego. "É importante porque cada emprego na montadora significa 19 na cadeia produtiva", comentou o representante da Força Sindical.

Também em dezembro, o governo decidiu cortar pela metade a alíquota do Imposto de Renda para contribuintes que ganham entre R$ 1.434 e R$ 2.150 mensais. "O salário aumentava e a tabela não se modificava. As pessoas ganhavam mais e pagavam mais impostos", apontou Juruna. Outra redução de tributos do governo foi com relação ao Imposto sobre Operações Financeiras (IOF), que caiu de 3% ao ano para 1,5%.

Crédito
Na segunda metade de 2008, o colapso de bancos nos Estados Unidos por conta da crise do subprime provocou uma forte restrição de crédito no mundo inteiro. Uma das primeiras medidas anticrise do governo teve como objetivo restabelecer a oferta, com mudanças no recolhimento dos depósitos compulsórios por parte dos bancos. Segundo o presidente do Banco Central, Henrique Meirelles, as diversas modificações liberaram US$ 99,2 bilhões aos bancos até o final de janeiro.

Além disso, o governo concedeu R$ 36 bilhões das reservas internacionais para empresas brasileiras com dívidas no exterior e uma medida provisória autorizou o Banco do Brasil e a Caixa Econômica Federal a comprar carteiras de crédito de bancos privados. Para o diretor do Departamento de Pesquisas e Estudos Econômicos da Fiesp, Paulo Francini, estas medidas foram essenciais para combater os efeitos da crise.

"A crise se desenvolve no mundo em torno do tema crédito. E o crédito reduziu-se barbaridade no mundo. Então o governo lança mão de compulsório, lança mão de reservas, de medidas que permitem aos bancos comprar carteiras de bancos. Você vai tomando várias medidas para atender às demandas e o epicentro disso é crédito", afirmou.

No entanto, Oreiro, da UnB, adverte que a liberação dos compulsórios seria mais eficiente acompanhada de redução mais agressiva da taxa básica de juro. "Uma parte do crédito voltou, depois da forte retração em outubro e novembro. O que deveria ter sido feito junto à liberação do compulsório era uma redução mais drástica da taxa de juro. Sem isso, os bancos pegam as reservas e acabam comprando títulos públicos", explicou o economista.

Na opinião de Pina, as ações de distribuição de crédito via redução do compulsório e a disposição de capital de giro para empresas foram tomadas sem um cuidado maior na operação e não tiveram muito efeito. "O BNDES tem linhas que ficam paradas quase todo o ano, agora é pior ainda. Existem os recursos, mas as empresas e os bancos estão desconfiados. É preciso fazer com que os bancos tenham interesse em emprestar", afirmou o economista da Fecomercio-SP.

Futuro
Mesmo com todas essas medidas, a crise financeira ainda gera incertezas nos setores produtivos do País. Nos últimos meses, o medo do desemprego fez os consumidores adiarem compras. Por sua vez, a queda nas vendas pode obrigar as indústrias a cortarem a produção e demitir funcionários. Contra isso, empresários sugerem redução de jornada e de salários.

"Isto está previsto em lei. A Fiesp simplesmente manteve conversações com entidades sindicais quanto à aplicação daquilo que já está previsto em lei", afirmou Francini.

Segundo a ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff, uma das medidas que assegura um nível de emprego é a manutenção de investimentos no Programa de Aceleração do Crescimento (PAC). "Estamos esperando que a dificuldade ocorra em janeiro, fevereiro e março. Estamos certos que vamos manter o nível de investimento. É isso que funciona, é isso que significa investimento público. Ele funciona como um colchão. Por isso, nós colocamos R$ 100 bilhões no BNDES e a Petrobras ampliou o seu investimento em R$ 120 bilhões", afirmou.

Na mesma linha, Pina explica que a antecipação de gastos do governo substitui parte da demanda retraída do setor privado. "Ele dá o seguinte recado: não vou estourar as contas públicas, mas concentrar em um momento em que a demanda privada está pequena. Mas o governo não tem fôlego suficiente para fazer o papel de toda demanda", ressaltou. O economista da Fecomercio lembrou que a entidade já pleiteou junto ao governo isenções para transferência de imóveis e de automóveis, além de retirar o IPVA para veículos novos.

Já Oreiro foca suas propostas na capitalização do Banco do Brasil e da Caixa Econômica Federal pelo Tesouro para atender a demanda de crédito para capital de giro e reduzir o spread. "Aumentando o empréstimo e reduzindo as taxas, os dois vão forçar os bancos privados a acompanhar o movimento, até para não perderem participação no mercado", explicou o economista da UnB.

Até o Carnaval, o governou prometeu detalhar um pacote de incentivos para a construção de até um milhão de casas populares, direcionado a famílias com renda de até dez salários mínimos. "Estamos atentos a tudo o que está acontecendo e novas medidas serão tomadas caso haja uma avaliação de que sejam necessárias", disse o ministro da Fazenda, Guido Mantega, na última sexta-feira.
17:11
Anónimo disse...
Ex-ministro critica extensão do seguro-desemprego

Atualizada às 09h03

O ex-ministro do Trabalho Almir Pazzianotto criticou a decisão do governo federal de conceder o seguro-desemprego estendido a apenas alguns setores. "É certamente odioso e provavelmente inconstitucional", disse Pazzianotto, de acordo com o jornal O Estado de S. Paulo.

Na última qurta, dia do anúncio da medida, centrais sindicais elogiaram a atitude do governo. A Força Sindical divulgou nota dizendo que "o aumento ajudará a aquecer parte da economia, já que irá gerar mais consumo, produção e conseqüentemente, a criação de novos postos de trabalho". A União Geral dos Trabalhadores (UGT) afirmou que a medida "contribuirá para minimizar o drama dos trabalhadores que perderem seu emprego por conta da crise".

O ex-ministro, que instituiu o seguro-desemprego no País no governo de José Sarney, destacou a necessidade de as centrais sindicais se manifestarem contra a determinação. Para ele, as mudanças devem ser aplicadas a todas as categorias profissionais e a distinção é contrária ao artigo 3º da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT).

Pazzianotto atribui a medida a um possível temor do governo de que a crise econômica seja longa e não haja dinheiro para atender a todas as necessidades. Ainda assim, ele se mostra contrário ao método de concessão. "O seguro-desemprego ajuda a sanar necessidades básicas. Estendê-lo é paliativo, não a solução", disse ao jornal.

De acordo com o presidente do Conselho Deliberativo do Fundo de Amparo ao Trabalhador (Codefat) e conselheiro da Força Sindical, Luiz Fernando Emediato, a determinação já estava prevista na lei 8.900/94, que trata do seguro-desemprego.

O presidente da Comissão de Trabalho da Câmara, Pedro Fernandes (PTB-MA) vai além na crítica à concessão do seguro para apenas alguns setores. Ele acredita que a ampliação do benefício estimula o desemprego.

Quintino Severo, secretário geral da Central Única dos Trabalhadores (CUT), lembra que a ampliação do benefício sem critério e identificação pode incentivar demissões em outros setores.
17:13
Anónimo disse...
Empresas
TAM faz promoção para destinos internacionais

A companhia aérea TAM anunciou nesta sexta-feira tarifas promocionais para trechos internacionais. Os preços valem para bilhetes comprados entre 6h deste sábado e 23h59 deste domingo e são válidos para classe econômica. As tarifas, para ida e volta, serão vendidas a partir de US$ 99, mais taxas.

Segundo a aérea, a promoção vale para viagens feitas no período de 14 de fevereiro a 18 de junho de 2009. Para destinos na América do Sul, a permanência mínima é de dois dias; para bilhetes com destino nos Estados Unidos, cinco dias; e Europa, sete dias. A permanência máxima para as passagens para América do Sul e EUA é de dois meses e para Europa, três meses.

Entre os exemplos de tarifas promocionais, a TAM oferece São Paulo-Lima por US$ 99. Bilhetes para a rota São Paulo-Santiago serão vendidos a partir de US$ 199 e São Paulo-Nova York, US$ 799.

A emissão dos bilhetes deve ser feita obrigatoriamente no ato da reserva, obedecendo às regras estipuladas pela companhia. A compra está sujeita à disponibilidade de assentos nas classes tarifárias determinadas, trechos, horários e datas. A TAM afirmou que também há tarifas promocionais para a classe executiva.

Mais informações podem ser encontradas no site promocional (www.ofertastam.com.br), no site da empresa (www.tam.com.br) ou pelos telefones 4002-5700 ou 0800 5705700.
17:13
Anónimo disse...
Empresas
Consultoria negocia compra do parque temático Hopi Hari

A consultoria especializada em reestruturação de empresas Íntegra Associados informou nesta sexta-feira ter um acordo para comprar o parque de diversões Hopi Hari, localizado no interior de São Paulo. A empresa estaria disposta a investir R$ 10 milhões no parque, que tem dívida estimada em R$ 800 milhões. As informações são da edição deste sábado do jornal Folha de S. Paulo.

De acordo com o jornal, a transação ainda depende da negociação entre o Hopi Hari e seus credores, o que já estaria em andamento.

A consultoria paulista já atuou junto à Parmalat, durante 30 meses, quando reorganizou a gestão da empresa italiana.

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17:14
Anónimo disse...
Empresas
Disney de Tóquio contratará mais 2 mil apesar da crise


A Oriental Land, o operador da Disneylândia Tóquio e DisneySea, organizou neste domingo entrevistas para contratar cerca de 2 mil trabalhadores em tempo parcial, em um momento de grandes demissões deste tipo de empregados no Japão.

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O operador deste parque temático, situado em Urayasu, na província de Chiba (leste de Tóquio), está em pleno processo de seleção de empregados para 20 tipos de postos trabalhistas diferentes.

Segundo a companhia, citada pela agência local de notícias Kyodo, o parque contratará novos trabalhadores para as atrações, para os restaurantes e guardas de segurança entre outros. Os novos contratados começarão a trabalhar a partir de fevereiro.

O processo de seleção acontece em um momento em que a maioria das grandes companhias japonesas começaram a se ver obrigadas a despedir uma elevada percentagem de seus trabalhadores temporários e a tempo parcial.

Algumas inclusive anunciaram demissões de seus trabalhadores fixos, uma medida muito pouco comum nas companhias japonesas, perante os efeitos piores que o esperado pela crise econômica global.

Cerca de uma centena de pessoas esperavam desde a primeira hora desta manhã a abertura do centro de conferências Tokyo International Forum, onde as entrevistas estão sendo feitas, para ser os primeiros a solicitar os postos de trabalho.


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17:15
Anónimo disse...
Economia Internacional
Senado dos EUA aprova plano de estímulo à economia

O Senado dos Estados Unidos aprovou com 60 votos a favor e 38 contra o plano de estímulo à economia de US$ 787 bilhões na madrugada deste sábado. Agora, ele segue para sanção ou veto do presidente Barack Obama, que espera colocar a lei em prática até o dia 16 de fevereiro.

O plano prevê a criação de três milhões de empregos, inclui cortes de impostos às famílias, fundos para programas sociais e obras públicas, além de ajuda aos governos estaduais, estudantes e desempregados.

A cláusula Buy American - que exige o uso de ferro, aço e produtos manufaturados dos Estados Unidos em obras realizadas com recursos do pacote - ficou de lado. Segundo o texto definitivo, a cláusula será aplicada sem violar as normas do comércio internacional.

Ontem à tarde, a Câmara de Representantes (deputados) havia aprovado, por 246 votos a favor e 183 contra, a versão final do plano. Todos os republicanos foram contrários ao pacote.

Pelo acordo de quarta-feira entre Câmara e Senado, em vez de custar US$ 819 bilhões, como queriam os deputados, ou US$ 838 bilhões como pretendiam os senadores, o pacote ficou em cerca de US$ 787 bilhões, com 65% desse total destinado a gastos do governo federal e 35%, a créditos tributários.
17:16
Anónimo disse...
Economia nacional
Na era Lula, aposentadoria sobe 54% menos que salário mínimo

Thatiane Faria
Especial para o Terra
Direto de São Paulo

Os índices de reajustes concedidos pelo governo em 2009 para aposentados e pensionistas e para o salário mínimo repetiram uma diferença que, só durante o governo de Luiz Inácio Lula da Silva, já chega a 54%. Enquanto o mínimo foi majorado em 12% este ano, as pensões e aposentadorias tiveram aumento de 5,92%. Aposentados que têm o benefício do governo como única fonte de renda reclamam que perdem poder de compra e que sua cesta de compras é composta por itens que aumentam mais em relação à inflação oficial.

Um exemplo prático pode ser entendido a partir da comparação entre um aposentado que ganhava R$ 600 em janeiro de 2003. Na época, o benefício era três vezes, ou 200%, maior que o valor do mínimo em vigência, que era de R$ 200. Aplicando-se os índices de reajuste para aposentadorias e para o mínimo durante os últimos seis anos, o mesmo aposentado estaria recebendo hoje R$ 938,47, comparado a um salário mínimo de R$ 465. A diferença entre os dois valores caiu para pouco mais de 100%.

Enquanto o índice acumulado de reajuste para a aposentadoria durante o governo Lula foi de 60%, para o salário mínimo está em 132%.

O diretor do Sindicato Nacional dos Aposentados, João Inocentini, reclama que os valores dos benefícios para aposentadorias não mantêm o poder de compra do grupo, principalmente dos aposentados que recebem menos que dez salários mínimos.

Nem mesmo o fato de o índice de reajuste das aposentadorias ter ficado acima da inflação acumulada no mesmo período (o IPCA entre janeiro de 2003 e janeiro de 2009 foi de 39,7%) serve de argumento, segundo os aposentados.

"Os idosos, principalmente, têm gastos além das contas gerais como gás, telefone e aluguel. Para eles o custo com remédios, e outros itens da área saúde costuma ser maior", afirmou Inocentini.

O presidente do sindicato afirmou que o grupo realiza um estudo com 100 itens de necessidade de um idoso para comparar o aumento dos produtos com o índice de reajuste do benefício recebido pelos aposentados.

"Daqui dois meses vamos abrir um processo na Justiça e levar essa pesquisa como prova. Segundo a lei, o governo é obrigado a manter o poder de compra com a aposentadoria", disse Inocentini.

Alternativas
O consultor financeiro Cláudio Boriola diz que os aposentados, especialmente nesse momento de crise econômica, devem evitar compras parceladas, pesquisar preços, negociar e fazer bom planejamento financeiro.

Segundo Boriola, alguns aposentados ganham um valor mensal muitas vezes insuficiente para o pagamento das contas e acabam pedindo crédito ou realizando pagamentos a prazo e são obrigados a pagar juros altos.

Na opinião do consultor, pagar uma previdência privada é uma alternativa indicada para quem ainda trabalha, considerando a característica de perda de poder de compra da aposentadoria.

"Na prática, infelizmente os valores encontram-se em um patamar que está deteriorando o poder de aquisição da população brasileira", completou Boriola.

De acordo com o diretor da Confederação Brasileira de Aposentados e Pensionistas (Cobap), Vicente Fernandes Barbosa, representantes dos aposentados tentarão um encontro com o presidente da Câmara, deputado Michel Temer (PMDB-SP), para discutir projetos que minimizem a perda dos aposentados
17:17
Anónimo disse...
Previdência
Previdência prorroga isenção de tarifas no benefício

O atual sistema de pagamento aos 26 milhões de aposentados e pensionistas do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) será mantido até o final deste ano. O acordo, que permite realizar a operação sem nenhum custo aos beneficiários, foi renovado nesta sexta-feira, entre o governo federal e 21 instituições financeiras.

Por meio desse acordo, vigente desde setembro de 2007, nem os segurados, nem os bancos e nem o governo arcam com o pagamento de tarifas, conforme explicou o ministro da Previdência Social, José Pimentel. A prorrogação vale até dezembro, data máxima para que a Previdência defina as regras para um novo contrato.

Ao assinar o termo de renovação, na sede da Federação Brasileira dos Bancos (Febraban), o ministro disse que a intenção do governo é mudar o atual modelo de gestão visando a reduzir os custos dessas operações em torno da folha mensal, que atinge R$ 15,8 bilhões. No entanto, qualquer alteração, conforme explicou, passará antes por audiências públicas a serem realizadas a partir do segundo semestre deste ano, atendendo a determinação do Tribunal de Contas da União (TCU).

De acordo com Pimentel, com um redesenho do mecanismo de repasse dos recursos aos bancos em torno da folha de pagamento dos segurados o que se busca é um aumento da participação de instituições financeiras. Ele informou que, desde 2007, cada benefício custa em média R$ 1,07 ao governo. "Quanto mais instituições financeiras estiverem prestando serviços à sociedade, maior é a competitividade, a agilidade no atendimento", justificou.

O ministro observou, ainda, que, para permitir uma redução para algo em torno de meia hora no tempo de atendimento para a concessão dos direitos previdenciários, o governo investiu R$ 280 milhões.

Questionado sobre o descontentamento dos segurados que ganham acima de um salário mínimo terem obtido apenas a correção com base na variação do Índice de Preços ao Consumidor (INPC) , ficando abaixo do reajuste dado a quem recebe apenas o mínimo, Pimentel argumentou que o governo seguiu o que determina a lei e descartou a possibilidade de uma revisão
17:17
Anónimo disse...
Empresas
Caterpillar oferece aposentadoria antecipada a 2 mil


A companhia americana Caterpillar ofereceu a cerca de dois mil funcionários incentivos para que se aposentem de forma voluntária antes do previsto, pela perspectiva de uma queda "significativa" da atividade industrial, informou nesta quarta-feira a empresa.

A iniciativa, destinada aos trabalhadores de diversas fábricas em Illinois, Colorado, Tennessee e Pensilvânia, se soma aos cortes de empregos anunciados em janeiro, explicou em comunicado de imprensa.

A empresa, a maior fabricante mundial de maquinaria pesada para a construção e a mineração, acrescentou que, "em função das condições de negócio, podem ser necessárias mais reduções de elenco voluntárias e involuntárias à medida que o ano avança".

O vice-presidente da companhia, Sid Banwart, explicou que a empresa prevê "demissões significativas em todas as regiões geográficas e na maioria dos setores devido às dificuldades da economia mundial".
17:18
Anónimo disse...
Comércio
Comércio exterior da OCDE caiu no 3º trimestre de 2008


As exportações e as importações dos países da Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Econômico (OCDE) caíram 1,6% e 0,2%, respectivamente, no terceiro trimestre de 2008, em relação aos três meses anteriores.

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Trata-se da primeira queda destas atividades desde o terceiro trimestre de 2006, segundo o último relatório trimestral sobre fluxos comerciais divulgado pela OCDE.

As exportações e as importações em dólares dos 30 Estados-membros caíram 15,6% e 17%, respectivamente, na comparação anualizada.

Por sua vez, o comércio dos sete países mais ricos do mundo (G7) teve um pequeno crescimento no terceiro trimestre de 2008 com uma queda das exportações de mercadorias de 0,2% em relação ao trimestre anterior e um aumento de 0,4% das importações.

Em termos anualizados, as importações do G7 caíram 1,4% entre julho e setembro do ano passado, seu primeiro retrocesso desde o terceiro trimestre de 2006, enquanto as exportações aumentaram 1,9%, seu crescimento mais baixo no mesmo tempo.

Por países, a Alemanha aumentou suas importações em 3,4% - valor mais alto do G7 -, enquanto suas exportações caíram 2,9% do segundo para o terceiro trimestre de 2008.

Pelo contrário, as exportações americanas aumentaram 1,8% entre julho e setembro de 2008, enquanto as importações caíram 0,7% em relação ao trimestre anterior. No Japão, tanto as importações quanto as exportações caíram em torno de 1% no mesmo período.
17:19
Anónimo disse...
Economia Nacional
Lula: juros de crédito consignado a aposentados são altos

Atualizada às 17h29

O presidente Luis Inácio Lula da Silva afirmou nesta terça-feira, em São Paulo, que está lutando para reduzir as taxas de juros cobradas de aposentados em crédito consignado. A Previdência Social estabelece uma taxa máxima de 2,5% para empréstimo e de 3,5% para cartão. Para Lula, os valores são altos.

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"Acho que o juro que os aposentados estão pagando hoje com o crédito consignado é alto para o padrão brasileiro", disse o presidente durante a cerimônia de comemoração dos 86 anos do INSS.

A Previdência anunciou nesta terça-feira que aposentados e trabalhadoras com licença-maternidade poderão receber seus benefícios em 30 minutos. De acordo com Lula, em junho, a aposentadoria do trabalhador rural também será conseguida em meia hora.

Além disso, o presidente anunciou que, também em junho, os trabalhadores que alcançarem o direito à aposentadoria passarão a receber em suas casas um comunicado da Previdência informando o fato e o valor do salário que têm direito a receber. "É um comprometimento público que estou fazendo com os companheiros da Previdência Social", disse.

"Estamos retribuindo ao contribuinte da Previdência Social aquilo que é a cidadania que ele tem direito", afirmou Lula. "Se para cobrar nós somos tão precisos, para devolver o dinheiro, temos que chegar próximo à perfeição", completou.
17:20
Anónimo disse...
Economia Nacional
Salário maternidade sairá em 30 minutos, diz ministro

Toda trabalhadora autônoma que tiver contribuído pelo menos 10 meses com o Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) - ou as que possuírem carteira assinada - poderão receber em 30 minutos o salário maternidade a partir desta terça-feira. Da mesma forma, as mulheres com 30 anos de contribuição e os homens com 35 anos também terão direito ao benefício de forma mais rápida. A informação é do ministro da Previdência Social, José Pimentel.

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Para requerer o salário maternidade, é preciso que as autônomas levem a carteira de identidade e o carnê de contribuição. As demais trabalhadoras devem apresentar a identificação e a carteira de trabalho. Desde o início do mês, a nova forma de análise para a concessão de benefícios foi adotada para a aposentadoria por idade do trabalhador urbano e agora foi estendida para o salário maternidade e por tempo de contribuição.

O ministro disse que a qualificação do serviço da previdência social é o reconhecimento do direito dos trabalhadores e da afirmação da cidadania.

"Até pouco tempo na cabeça do cidadão o serviço devia ser de péssima qualidade. Agora não, nós modificamos toda a legislação no mês de dezembro numa ação conjunta do Congresso Nacional com o governo federal. Estamos implantando e concedendo os benefícios em até 30 minutos", afirmou.

O ministro destacou que para conseguir se aposentar ou ter acesso à licença maternidade em 30 minutos, em primeiro lugar, é necessário que o cidadão esteja vinculado à Previdência, o que inclui 65% da população acima de 16 anos de idade.

"Depois bastar marcar pelo sistema 135 o dia e a hora do atendimento e levar a documentação. Se todos os dados necessários estiverem corretos o contribuinte será atendido em até 30 minutos, como vem sendo feito com as aposentadorias por idade desde o dia cinco de janeiro", explicou.

Pimentel disse ainda que em 90% das agências da previdência social o atendimento é marcado em até 48 horas. Nos grandes centros, entretanto existe um volume maior o que torna mais lento o processo.

"Estamos criando mais 715 agências até 2010, em todo o território nacional, para descentralizar o atendimento. Em 2008, atendemos 295 mil benefícios e aposentadorias por idade. Temos 4 mil pessoas por dia procurando e se aposentando por idade no território nacional. Este serviço será agilizado", concluiu.
17:21
Anónimo disse...
Giuseppe Englaro, pai de Eluana, a italiana que morreu na segunda-feira passada por desidratação, recusou uma grande soma de dinheiro de um conhecido fotógrafo italiano que queria retratar a filha em estado de coma, disse neste sábado o neurologista que atendia a mulher desde 1996, Carlo Defanti.

O neurologista, que participou hoje de uma conferência sobre eutanásia, disse que Englaro respeitou a vontade da filha, que, antes do acidente, tinha pedido que, se lhe ocorresse qualquer coisa irreversível, apresentasse sua imagem de quando estava em boas condições.

Antes de sofrer o acidente de trânsito, em 1992, Eluana viveu o coma de um amigo, Alessandro, o que causou forte impacto na italiana e a levou a fazer o pai prometer que não a deixasse viver em estado vegetativo, disse o próprio Giuseppe Englaro.

Defanti, que dissera que Eluana poderia viver de dez a 12 dias depois da suspensão da alimentação e da hidratação, disse que, como médico, tinha que reprovar esta afirmação.

"Não se pode sobreviver após três ou quatro dias sem líquido e, em particular, água em um corpo. Sabemos bem que, quando há um terremoto, após quatro dias é difícil encontrar sobreviventes".

Defanti ressaltou que Eluana "não falava, não se comunicava com o exterior" e que, após vários exames, "nos deparamos com uma moça que tinha perdido a consciência", porque estava com o córtex cerebral prejudicado.

Eluana foi enterrada na quinta-feira passada no túmulo da família na localidade de Paluzza, em Udine, após um funeral que não contou com a presença dos pais.

16:53
Anónimo disse...
Os bombeiros combatem neste sábado os incêndios na Austrália favorecidos pelo bom tempo, enquanto os deslocados encotram em seu retorno casas derruídas, carros queimados nas ruas e destruição.

Depois de sete dias desde que começaram os incêndios no Estado de Victoria, a lista de mortos chega a 181, os desaparecidos somam 50, os edifícios destruídos totalizam 1,834 mil e o terreno arrasado, principalmente florestas, ocupa uma área de 4,13 mil quilômetros quadrados.

As equipes de bombeiros, formadas por 4 mil profissionais de Victoria, de outras partes da Austrália e de países amigos, combateram hoje 12 focos fora de controle e nenhum representava uma ameaça direta para a população.

O subdiretor do Serviço de Bombeiros, Geoff Conway, disse que este tempo favorável, que se prolongará durante o domingo, permite consolidar as linhas de contenção e avançar na extinção das chamas.

Cinzas apareceram arrastadas por ventos do nordeste sobre Melbourne, onde habitam 3,8 milhões de pessoas, e as autoridades alertaram aos cidadãos do risco para a saúde de idosos, crianças e pessoas com problemas respiratórios.

O número de pessoas deslocadas - a Cruz Vermelha chegou a receber 7 mil - começou a cair com a abertura de algumas localidades atingidas.

Os incêndios, alguns criminosos, começaram em 7 de fevereiro, quando a região sul da Austrália estava há duas semanas sob uma onda de calor sem precedentes.

Na sexta-feira passada, a polícia acusou uma pessoa de ter provocado o incêndio que atingiu a localidade de Churchill e matou 21 pessoas.

16:55
Anónimo disse...
A primeira chuva em seis dias reduziu a ameaça de incêndios no Estado de Victoria, ao sul da Austrália. As autoridades, porém, advertiram que ainda existem 12 focos, mas que nenhum deles ameaça áreas povoadas.

Mais de quatro mil bombeiros, mil provenientes de outras partes do país e de outras nações, trabalham contra o fogo. Cerca de 600 veículos e 28 helicópteros e pequenos aviões estão sendo usados.


Eles conseguiram construir linhas de contenção para evitar os incêndios de Yarra e Maroondah se juntassem. Também foram controlados os incêndios abertos de Yea e Murrindindi, que ameaçavam as comunidades de Connellys Creek, Crystal Creek, Scrubby Creek e Native Dog Creek.

O número de mortos chegou a 181, mas as autoridades acreditam que as vítimas devem passar de 200, já que ainda há muitos desaparecidos.

16:55
Anónimo disse...
Aqui nesta coluna, na semana passada, tive a oportunidade de comentar sobre a recente visita do professor brasileiro Pedrinho Guareschi à Austrália. Não dei, porém, os fatos, pois semana passada o assunto era outro.

Hoje, porém, vamos a eles.

No último dia 4 de fevereiro, aconteceu o Seminário "Paulo Freire: Education and Liberation", organizado pelo centro de estudos latino-americanos da Universidade Nacional da Austrália, ou ANU, como é mais conhecida por aqui.

A ANU, para quem não sabe, está entre as 20 melhores universidades do mundo! E tem sede aqui em Camberra, capital da Austrália.

Na abertura do evento, o professor John Minns, diretor do centro latino-americano, ao dar boas-vindas ao público presente, lembrou ser aquele o primeiro seminário exclusivamente dedicado a Paulo Freire na Austrália.

Em seguida, convidou Pedrinho Guareschi, palestrante principal do Seminário, a fazer sua apresentação.

A plateia pode então conhecer, pelas palavras de Pedrinho, um pouco da obra e da vida de Freire, esse brasileiro de fé e valor, que sempre acreditou na educação, sobretudo dos menos favorecidos, analfabetos, como força libertadora.

Como não podia deixar de ser, os conceitos e ideias revolucionários de Paulo Freire, expostos com clareza por Pedrinho, despertaram o interesse e a curiosidade de plateia. A qual, deve-se notar, era na maioria de estudantes, mas de várias nacionalidades, sobretudo australianos e asiáticos.

Na continuação do programa do seminário, que se estendeu por dois dias, outros professores fizeram palestras sobre temas ligados à obra de Paulo Freire.

Interessante, por exemplo, saber que a professora Anne Hickling-Hudson, jamaicana que mora na Austrália há muitos anos (é professora da ANU), conheceu e trabalhou com Freire num workshop educacional durante a revolução na Ilha de Granada, em 1980, antes da invasão dos Estados Unidos...

Ou, então, a palestra da Professora Gerda Roelvink, da Nova Zelândia, que participou do Fórum Social de Porto Alegre em 2005. E essa participação transformou-se em tema de doutorado.

No dia 10, terça-feira passada, o padre Pedrinho Guareschi voltou a falar ao público australiano em grande auditório localizado no belíssimo campus da ANU. Desta vez, sobre a Teologia da Libertação.

Depois da palestra, John Minns mostrou o filme mexicano "O Crime do Padre Amaro", no qual um dos personagens é um padre católico praticante da Teologia da Libertação.

Mais uma vez, foi grande o intersse da platéia, que pode aprender e conhecer um pouco como se desenvolveu aquele importante movimento católico na América Latina.

Fica, assim, ao Pedrinho, bem como a outros brasileiros estudiosos e de bom coração que saem pelo mundo a divulgar aspectos importantes da cultura brasileira, o respeito e a homenagem desta coluna. E... aquele abraço!

16:57
Anónimo disse...
Amanda Kitts perdeu o braço esquerdo em um acidente de automóvel acontecido três anos atrás, mas hoje em dia ela joga futebol americano com seu filho de 12 anos de idade, troca fraldas e abraça as crianças nas três creches Kiddie Cottage que opera em Knoxville, Tennessee. Kitts, 40 anos, faz tudo isso com a ajuda de um novo tipo de braço artificial que se movimenta com mais facilidade do que outros aparelhos e que ela pode controlar utilizando apenas seus pensamentos.

"Eu sou capaz de mexer a mão, o pulso e o cotovelo ao mesmo tempo", diz. "Você pensa e os músculos se movem em seguida".

A recuperação que ela conseguiu resulta de um novo procedimento que vem atraindo crescente atenção porque permite que pessoas movam braços protéticos de forma mais automática do que faziam no passado, simplesmente utilizando nervos reaproveitados em seus cérebros.

A técnica, conhecida como "renervação muscular dirigida", envolve utilizar os nervos que restam depois da amputação de um braço e conectá-los a outro músculo do corpo, em geral no peito. Eletrodos são instalados sobre os músculos do peito, e operam como se fossem antenas. Quando a pessoa deseja mover o braço, o cérebro envia sinais que primeiro resultam em contração dos músculos do peito, os quais enviam um sinal ao braço protético, instruindo-se a se movimentar. O processo não requer mais esforços consciente do que a pessoa teria de exercitar caso ainda tivesse seu braço natural.

Na terça-feira, pesquisadores reportaram em estudo publicado pela versão online do Journal of the American Medical Association que haviam levado a técnica ainda mais à frente, tornando possível a execução de 10 movimentos de mão, pulso e cotovelo diferentes, o que representa uma substancial melhora com relação ao típico repertório protético, que em geral envolve apenas dobrar o cotovelo, girar o pulso e abrir a mão.

"Os novos métodos tiveram impacto dramático em nosso campo de trabalho", disse Stuart Harshbarger, engenheiro biomédico na Universidade Johns Hopkins e diretor do programa de pesquisa sobre próteses, financiado pelas forças armadas, que inclui o trabalho com essa técnica. "O método já está em uso por médicos e cirurgiões comuns em todo o país. A capacidade de controlar um membro protético bastante robusto que ele confere surpreendeu a todos pela qualidade".

Tipicamente, uma pessoa que tenha um braço protético só é capaz de executar alguns poucos movimentos, e muitas vezes com tamanha lentidão que isso só permite a ela atividades limitadas.

Há um motor separado para cada movimento, diz Gerald Loeb, professor de engenharia biomédica na Universidade do Sul da Califórnia, "e esses motores precisam ser controlados de maneira explícita", usualmente por um esforço consciente da pessoa para contrair músculos nas costas ou no bíceps.

"Essencialmente, até agora os pacientes controlavam apenas um motor de cada vez", diz Loeb, "e precisavam pensar cuidadosamente sobre que motor desejavam controlar e como fazê-lo operar, em lugar de simplesmente pensarem em mover o braço e poderem fazê-lo sem delongas".

Antes que Kitts passasse pelo procedimento de renervação, em outubro de 2007, por exemplo, ela precisava movimentar os músculos de suas costas de determinada maneira para fazer com que seu pulso girasse, e flexionar seu bíceps e tríceps para fazer com que o cotovelo se movesse para cima e para baixo. "Era muito trabalho", ela conta. "E não me ajudava muito".

O procedimento de renervação é parte de uma recente explosão de idéias novas e técnicas inovadoras que estão sendo exploradas enquanto os cientistas se esforçam por ajudar as pessoas a compensar melhor a perda de membros ou problemas de paralisia. O esforço vem sendo alimentado pelo aumento no número de amputações causado por diabetes e por ferimentos sofridos pelos militares, e ao mesmo tempo pelos avanços na tecnologia médica.

Os braços se tornaram um dos focos essenciais desse tipo de trabalho. A ciência há muito vem obtendo sucessos no desenvolvimento de próteses de perna, mas é muito mais difícil imitar a complexidade e a destreza das mãos e dos braços.

Os esforços em curso incluem o desenvolvimento de projetos de pele e braços mais sensíveis e mais flexíveis, e o uso de dispositivos acionados por controles sem fio implantado nos braços protéticos, que permitiriam movimentos mais naturais.

Os pesquisadores também vêm usando sensores implantados nos cérebros de cobaias para permitir que dois macacos controlem um braço mecânico, e um teste com um homem paralítico permitiu, com esse método, que ele movimentasse um cursor em uma tela de computador.

Alguns desses métodos, caso venham a ser aperfeiçoados plenamente e consigam aprovação das autoridades regulatórias da saúde, podem no futuro se tornar mais viáveis para os pacientes de amputações.

E embora a técnica da renervação não requeira aprovação das autoridades regulatórias porque é executada por meios cirúrgicos e emprega aparelhos já existentes, ela apresenta limitações que até mesmo seus criadores reconhecem, entre as quais o fato de que não se pode utilizá-la para todos os pacientes, o seu alto custo e o prazo de meses requerido para que os nervos reconectados cresçam e se tornem efetivos.

Ainda assim, os especialistas dizem que é o mais avançado sistema em uso hoje para pacientes reais que permite que o sistema nervoso controle diretamente o movimento de um braço artificial.

Desde sua introdução por Todd Kuiken, médico fisioterapeuta e engenheiro biomédico do Instituto de Reabilitação de Chicago, o método foi empregado em cerca de 30 pacientes nos Estados Unidos, Canadá e Europa, entre os quais oito soldados feridos no Iraque e no Afeganistão.

Muitos dos pacientes, entre os quais o primeiro, Jesse Sullivan, um operário do setor elétrico no Tennessee que perdeu os dois braços quando foi eletrocutado por um cabo, conseguem não apenas manipular seus braços protéticos mas sentir a presença das mãos que já não têm quando alguém toca em seus peitos.

Sullivan, 62 anos, e Kitts, estavam entre os cinco pacientes que participaram do estudo reportado na terça-feira. Em companhia de cinco outras pessoas que não passaram por amputações, eles receberam os eletrodos e foram instruídos a usar pensamentos para fazer com que um braço virtual na tela reproduzisse 10 movimentos diferentes, entre os quais três formas diferentes de aperto de mão.

Os pacientes apresentaram desempenho bastante respeitável, apenas um pouco mais lento e menos preciso do que os dos participantes que não tinham amputações.

"As velocidades de movimento que encontramos em nossos pacientes foram realmente encorajadoras", disse Kuiken. "Eles conseguiram completar a tarefa. É claro que não foram tão competentes quanto as pessoas dotadas de plena capacidade física, mas foram bons o bastante".

Um braço virtual foi usado porque a maioria das próteses existentes não era capaz de acomodar todos aqueles movimentos, no momento da pesquisa, ainda que Sullivan, Kitts e uma terceira paciente, Claudia Mitchell, tenham experimentado dois novos protótipos mais versáteis de braços artificiais, executando tarefas complexas com bolas de tênis e outros objetos.

O trabalho de renervação em soldados apresenta outros desafios, diz Kuiken, porque os ferimentos militares muitas vezes "causam danos muitos extensos" a nervos, músculos ou ossos.

Daniel Acosta, 25 anos, um aviador ferido pela detonação de uma bomba em uma estrada do Iraque em 2005, passou pelo procedimento no ano passado e diz que seu braço esquerdo protético agora se movimenta "muito mais rápido" e de maneira muito mais natural.

"A diferença é que agora não preciso mais pensar para mover o braço", ele diz. "Ele simplesmente se mexe".

Ainda assim, Acosta, de San Antonio, diz que "o processo foi bastante longo" e que os eletrodos precisam ser ajustados para receber os sinais à medida que os nervos crescem ou mudam de posição.

E embora elogiem o método, os especialistas afirmam que a ciência das próteses de braço ainda tem muito por avançar.

"Trata-se de uma parte crucial, mas ainda assim apenas uma parte, das muitas coisas que compreendem a função normal de um braço", disse Loeb, que escreveu um editorial que acompanha o artigo no Journal of the American Medical Association.

"No momento estamos a meio do caminho entre o braço de 'Dr. Fantástico', que fazia involuntariamente a saudação nazista, e o braço de Luke Skywalker em 'Guerra nas Estrelas', que funciona sem nenhum problema assim que é conectado. Creio que precisaremos ainda de muitos anos para conectar todas as peças necessárias a produzir um braço capaz de funcionar normalmente".

17:04
Anónimo disse...
A Espanha disse neste sábado que está preparando uma reclamação oficial contra a decisão da Venezuela de expulsar um membro do Parlamento Europeu que criticou o conselho eleitoral venezuelano.
Luis Herrero, membro do partido conservador espanhol PP, foi deportado na sexta-feira depois que o Conselho Nacional Eleitoral (CNE) o acusou de questionar a imparcialidade da instituição antes de um referendo que pode permitir ao presidente Hugo Chávez permanecer no cargo indefinidamente.

Herrero estava na Venezuela como observador do referendo. Ele acusou Chávez de ter "comportamentos típicos de um ditador" por pedir a contenção de manifestações da oposição.

O governo da Espanha convocou um encontro com o embaixador da Venezuela em Madri para expressar a desaprovação sobre a expulsão de Herrero, disse um representante do Ministério das Relações Exteriores espanhol.

As relações da Venezuela com a Espanha tiveram seu ponto crítico em 2007, quando Chávez ameaçou rever acordos diplomáticos e comerciais depois de ouvir um "cala a boca" do rei espanhol Juan Carlos durante uma cúpula.

A fenda foi oficialmente reparada em 2008, com uma visita oficial de Chávez à Espanha, onde ele cumprimentou o rei e discutiu acordos para investimento no setor petroquímico com o primeiro-ministro José Luis Rodriguez Zapatero.

17:06
Anónimo disse...
A polícia do Zimbábue anunciou neste sábado que acusa de traição Roy Bennett, dirigente do até agora opositor Movimento para a Mudança Democrática (MDC), detido na sexta-feira, em Harare, poucas horas antes da cerimônia de posse dos membros do novo gabinete.

"A Polícia nos informou que vão apresentar acusações de traição", disse à agência EFE o advogado de defesa de Bennett, Trust Maanda.

"Tentam relacionar Roy com o caso de Mike Hitschmann, que foi detido em 2006 em relação à descoberta de um carregamento de armas, apesar de que Hitschmann não tenha sido declarado culpado das acusações de traição apresentadas contra ele, mas de um crime menor de descumprimento de leis", disse Maanda.

O político opositor, designado por seu partido como vice-ministro de Agricultura no Governo de união nacional, esteve no exílio na vizinha África do Sul desde 2006 e retornou ao Zimbábue há duas semanas.

Segundo a Polícia, que deteve Bennett ontem no aeroporto de Harare quando pretendia ir à África do Sul para visitar sua família, as armas apreendidas em 2006 seriam utilizadas em um golpe de Estado para derrubar o presidente do Zimbábue, Robert Mugabe.

Depois da detenção, Bennet foi levado a Mutar, onde vários simpatizantes do MDC se concentraram em frente à delegacia na qual estava detido, diante do que a Polícia respondeu com tiros para o alto para dispersar os manifestantes.

17:07
Anónimo disse...
Austrália: 14 mil se candidatam a 'emprego dos sonhos'

A secretaria de Turismo de Queensland, na Austrália, informou que até esta segunda-feira já recebeu cerca de 14 mil inscrições para o "o melhor emprego do mundo". O Estado australiano promove pela internet seleção para vaga de "zelador" da ilha Hamilton, por seis meses com um salário de R$ 40 mil.

Muitos candidatos tiveram problemas durante a inscrição por conta dos acessos simultâneos ao site. A secretaria aconselha enviar os vídeos de 60s explicando porque deve ser escolhido em horários alternativos do dia, além de recomendar tamanho em torno de 40MB.

As inscrições começaram em 12 de janeiro e vão até o próximo dia 22 e podem ser feitas pelo site www.islandreefjob.com. O governo australiano escolherá 50 candidatos para a próxima fase da seleção, que terá votos do público para eleger um dos 11 finalistas.

A última fase terá entrevistas e desafios físicos, no próprio local de trabalho: as ilhas da Grande Barreira Coralina - o maior recife de coral do mundo. A secretaria de Turismo anunciará o vencedor no dia 6 de maio.

17:09
Anónimo disse...
Mercado elogia governo na crise, mas pede maior queda no juro

Peter Fussy
Direto de São Paulo

Desde as primeiras medidas anunciadas para combater os efeitos da crise, o governo brasileiro avisou que a estratégia não contemplaria um pacote. Seriam doses pontuais, de acordo com a necessidade da economia diante do agravamento das turbulências. Da primeira liberação dos depósitos compulsórios em setembro até a ampliação do seguro-desemprego na última quarta-feira, o governo passou por redução de impostos, ampliação de crédito e incentivos à exportação. Quase 150 dias após a primeira medida, o Terra conversou com líderes do setor público e privado, representantes dos trabalhadores, acadêmicos e com o próprio governo para saber quais destas ações foram mais eficazes, quais foram mais ineficientes e o que mais pode ser feito pelo Estado brasileiro contra a crise.

Os maiores elogios foram direcionados à atitude de reduzir o Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) para a indústria automobilística, anunciada em dezembro e que fez com que os emplacamentos de carros novos subissem 1,9% no primeiro mês do ano em relação a dezembro de 2008. Já as maiores críticas foram para a lentidão no corte da taxa básica de juro do País.

Para o presidente do conselho administrativo do Grupo Pão de Açúcar, Abílio Diniz, o Estado não é responsável pela crise e mesmo assim está agindo "com extrema serenidade e muito acerto". "O governo está atento, fazendo a sua parte. É preciso coragem de baixar firmemente a taxa de juros. É uma arma que temos a nosso favor, já que não há clima para inflação, nem possibilidade de danos para a macroeconomia", afirmou Diniz.

Na última reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), em janeiro, a taxa Selic foi reduzida em um ponto percentual, de 13,75% para 12,75% ao ano. Porém, o professor de economia da Universidade de Brasília (UnB) José Luiz Oreiro lembra que este corte representa uma redução de apenas 0,25 ponto percentual com relação à taxa de setembro do ano passado, quando a crise se agravou.

"Pouco antes da eclosão da crise, o Banco Central aumentou a taxa em 0,75 ponto. Foram cinco meses de demora para reduzir em termos líquidos apenas 0,25 ponto", afirmou o economista, que também sugeriu redução do intervalo de cerca de 90 dias entre as reuniões do Copom e o corte de pelo menos um 1 ponto percentual em cada reunião.

Mesmo com o corte de janeiro, a taxa de juros real continua sendo a maior do mundo, lembrou o secretário-geral da Força Sindical, João Carlos Gonçalves, o Juruna. "A redução da taxa de juro ainda é pequena, porque ela continua uma das mais altas do mundo. Falta ousadia para baixar os juros e ajudar o cidadão. A permanência da taxa de juro alta é negativa para o País em meio a crise", afirmou Juruna.

Embora aprove as ações do governo, o senador Aloízio Mercadante (PT-SP) também acredita que o patamar da Selic está muito alto. "Sempre fomos os primeiros a entrar em qualquer crise, o que não aconteceu agora. A taxa Selic ainda é muito alta, mas o governo têm tomado medidas acertadas, como o aumento do salário mínimo, mesmo com um cenário de crise. Isso ajuda a movimentar o consumo. O governo está se esforçando para manter os investimentos e o crescimento", disse.

Tributos
De acordo com o economista Fabio Pina, da Fecomercio-SP, as ações mais positivas estão relacionadas à redução de tributos para alguns segmentos, como a indústria automobilística, que recuperou parte da queda nas vendas em janeiro com a isenção do IPI para carros 1.0 l e o corte para demais motorizações. A medida vale até o final de março.

"Essas medidas não só reduziram o preço, mas anteciparam o consumo daqueles que iriam comprar no futuro, dando um prêmio por conta da insegurança. Mexe diretamente com o principal problema que é a confiança do consumidor", afirmou. Juruna destacou que um bom ritmo de vendas é garantia de emprego. "É importante porque cada emprego na montadora significa 19 na cadeia produtiva", comentou o representante da Força Sindical.

Também em dezembro, o governo decidiu cortar pela metade a alíquota do Imposto de Renda para contribuintes que ganham entre R$ 1.434 e R$ 2.150 mensais. "O salário aumentava e a tabela não se modificava. As pessoas ganhavam mais e pagavam mais impostos", apontou Juruna. Outra redução de tributos do governo foi com relação ao Imposto sobre Operações Financeiras (IOF), que caiu de 3% ao ano para 1,5%.

Crédito
Na segunda metade de 2008, o colapso de bancos nos Estados Unidos por conta da crise do subprime provocou uma forte restrição de crédito no mundo inteiro. Uma das primeiras medidas anticrise do governo teve como objetivo restabelecer a oferta, com mudanças no recolhimento dos depósitos compulsórios por parte dos bancos. Segundo o presidente do Banco Central, Henrique Meirelles, as diversas modificações liberaram US$ 99,2 bilhões aos bancos até o final de janeiro.

Além disso, o governo concedeu R$ 36 bilhões das reservas internacionais para empresas brasileiras com dívidas no exterior e uma medida provisória autorizou o Banco do Brasil e a Caixa Econômica Federal a comprar carteiras de crédito de bancos privados. Para o diretor do Departamento de Pesquisas e Estudos Econômicos da Fiesp, Paulo Francini, estas medidas foram essenciais para combater os efeitos da crise.

"A crise se desenvolve no mundo em torno do tema crédito. E o crédito reduziu-se barbaridade no mundo. Então o governo lança mão de compulsório, lança mão de reservas, de medidas que permitem aos bancos comprar carteiras de bancos. Você vai tomando várias medidas para atender às demandas e o epicentro disso é crédito", afirmou.

No entanto, Oreiro, da UnB, adverte que a liberação dos compulsórios seria mais eficiente acompanhada de redução mais agressiva da taxa básica de juro. "Uma parte do crédito voltou, depois da forte retração em outubro e novembro. O que deveria ter sido feito junto à liberação do compulsório era uma redução mais drástica da taxa de juro. Sem isso, os bancos pegam as reservas e acabam comprando títulos públicos", explicou o economista.

Na opinião de Pina, as ações de distribuição de crédito via redução do compulsório e a disposição de capital de giro para empresas foram tomadas sem um cuidado maior na operação e não tiveram muito efeito. "O BNDES tem linhas que ficam paradas quase todo o ano, agora é pior ainda. Existem os recursos, mas as empresas e os bancos estão desconfiados. É preciso fazer com que os bancos tenham interesse em emprestar", afirmou o economista da Fecomercio-SP.

Futuro
Mesmo com todas essas medidas, a crise financeira ainda gera incertezas nos setores produtivos do País. Nos últimos meses, o medo do desemprego fez os consumidores adiarem compras. Por sua vez, a queda nas vendas pode obrigar as indústrias a cortarem a produção e demitir funcionários. Contra isso, empresários sugerem redução de jornada e de salários.

"Isto está previsto em lei. A Fiesp simplesmente manteve conversações com entidades sindicais quanto à aplicação daquilo que já está previsto em lei", afirmou Francini.

Segundo a ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff, uma das medidas que assegura um nível de emprego é a manutenção de investimentos no Programa de Aceleração do Crescimento (PAC). "Estamos esperando que a dificuldade ocorra em janeiro, fevereiro e março. Estamos certos que vamos manter o nível de investimento. É isso que funciona, é isso que significa investimento público. Ele funciona como um colchão. Por isso, nós colocamos R$ 100 bilhões no BNDES e a Petrobras ampliou o seu investimento em R$ 120 bilhões", afirmou.

Na mesma linha, Pina explica que a antecipação de gastos do governo substitui parte da demanda retraída do setor privado. "Ele dá o seguinte recado: não vou estourar as contas públicas, mas concentrar em um momento em que a demanda privada está pequena. Mas o governo não tem fôlego suficiente para fazer o papel de toda demanda", ressaltou. O economista da Fecomercio lembrou que a entidade já pleiteou junto ao governo isenções para transferência de imóveis e de automóveis, além de retirar o IPVA para veículos novos.

Já Oreiro foca suas propostas na capitalização do Banco do Brasil e da Caixa Econômica Federal pelo Tesouro para atender a demanda de crédito para capital de giro e reduzir o spread. "Aumentando o empréstimo e reduzindo as taxas, os dois vão forçar os bancos privados a acompanhar o movimento, até para não perderem participação no mercado", explicou o economista da UnB.

Até o Carnaval, o governou prometeu detalhar um pacote de incentivos para a construção de até um milhão de casas populares, direcionado a famílias com renda de até dez salários mínimos. "Estamos atentos a tudo o que está acontecendo e novas medidas serão tomadas caso haja uma avaliação de que sejam necessárias", disse o ministro da Fazenda, Guido Mantega, na última sexta-feira.

17:11
Anónimo disse...
Ex-ministro critica extensão do seguro-desemprego

Atualizada às 09h03

O ex-ministro do Trabalho Almir Pazzianotto criticou a decisão do governo federal de conceder o seguro-desemprego estendido a apenas alguns setores. "É certamente odioso e provavelmente inconstitucional", disse Pazzianotto, de acordo com o jornal O Estado de S. Paulo.

Na última qurta, dia do anúncio da medida, centrais sindicais elogiaram a atitude do governo. A Força Sindical divulgou nota dizendo que "o aumento ajudará a aquecer parte da economia, já que irá gerar mais consumo, produção e conseqüentemente, a criação de novos postos de trabalho". A União Geral dos Trabalhadores (UGT) afirmou que a medida "contribuirá para minimizar o drama dos trabalhadores que perderem seu emprego por conta da crise".

O ex-ministro, que instituiu o seguro-desemprego no País no governo de José Sarney, destacou a necessidade de as centrais sindicais se manifestarem contra a determinação. Para ele, as mudanças devem ser aplicadas a todas as categorias profissionais e a distinção é contrária ao artigo 3º da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT).

Pazzianotto atribui a medida a um possível temor do governo de que a crise econômica seja longa e não haja dinheiro para atender a todas as necessidades. Ainda assim, ele se mostra contrário ao método de concessão. "O seguro-desemprego ajuda a sanar necessidades básicas. Estendê-lo é paliativo, não a solução", disse ao jornal.

De acordo com o presidente do Conselho Deliberativo do Fundo de Amparo ao Trabalhador (Codefat) e conselheiro da Força Sindical, Luiz Fernando Emediato, a determinação já estava prevista na lei 8.900/94, que trata do seguro-desemprego.

O presidente da Comissão de Trabalho da Câmara, Pedro Fernandes (PTB-MA) vai além na crítica à concessão do seguro para apenas alguns setores. Ele acredita que a ampliação do benefício estimula o desemprego.

Quintino Severo, secretário geral da Central Única dos Trabalhadores (CUT), lembra que a ampliação do benefício sem critério e identificação pode incentivar demissões em outros setores.

17:13
Anónimo disse...
Empresas
TAM faz promoção para destinos internacionais

A companhia aérea TAM anunciou nesta sexta-feira tarifas promocionais para trechos internacionais. Os preços valem para bilhetes comprados entre 6h deste sábado e 23h59 deste domingo e são válidos para classe econômica. As tarifas, para ida e volta, serão vendidas a partir de US$ 99, mais taxas.

Segundo a aérea, a promoção vale para viagens feitas no período de 14 de fevereiro a 18 de junho de 2009. Para destinos na América do Sul, a permanência mínima é de dois dias; para bilhetes com destino nos Estados Unidos, cinco dias; e Europa, sete dias. A permanência máxima para as passagens para América do Sul e EUA é de dois meses e para Europa, três meses.

Entre os exemplos de tarifas promocionais, a TAM oferece São Paulo-Lima por US$ 99. Bilhetes para a rota São Paulo-Santiago serão vendidos a partir de US$ 199 e São Paulo-Nova York, US$ 799.

A emissão dos bilhetes deve ser feita obrigatoriamente no ato da reserva, obedecendo às regras estipuladas pela companhia. A compra está sujeita à disponibilidade de assentos nas classes tarifárias determinadas, trechos, horários e datas. A TAM afirmou que também há tarifas promocionais para a classe executiva.

Mais informações podem ser encontradas no site promocional (www.ofertastam.com.br), no site da empresa (www.tam.com.br) ou pelos telefones 4002-5700 ou 0800 5705700.

17:13
Anónimo disse...
Empresas
Consultoria negocia compra do parque temático Hopi Hari

A consultoria especializada em reestruturação de empresas Íntegra Associados informou nesta sexta-feira ter um acordo para comprar o parque de diversões Hopi Hari, localizado no interior de São Paulo. A empresa estaria disposta a investir R$ 10 milhões no parque, que tem dívida estimada em R$ 800 milhões. As informações são da edição deste sábado do jornal Folha de S. Paulo.

De acordo com o jornal, a transação ainda depende da negociação entre o Hopi Hari e seus credores, o que já estaria em andamento.

A consultoria paulista já atuou junto à Parmalat, durante 30 meses, quando reorganizou a gestão da empresa italiana.

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17:14
Anónimo disse...
Empresas
Disney de Tóquio contratará mais 2 mil apesar da crise


A Oriental Land, o operador da Disneylândia Tóquio e DisneySea, organizou neste domingo entrevistas para contratar cerca de 2 mil trabalhadores em tempo parcial, em um momento de grandes demissões deste tipo de empregados no Japão.

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O operador deste parque temático, situado em Urayasu, na província de Chiba (leste de Tóquio), está em pleno processo de seleção de empregados para 20 tipos de postos trabalhistas diferentes.

Segundo a companhia, citada pela agência local de notícias Kyodo, o parque contratará novos trabalhadores para as atrações, para os restaurantes e guardas de segurança entre outros. Os novos contratados começarão a trabalhar a partir de fevereiro.

O processo de seleção acontece em um momento em que a maioria das grandes companhias japonesas começaram a se ver obrigadas a despedir uma elevada percentagem de seus trabalhadores temporários e a tempo parcial.

Algumas inclusive anunciaram demissões de seus trabalhadores fixos, uma medida muito pouco comum nas companhias japonesas, perante os efeitos piores que o esperado pela crise econômica global.

Cerca de uma centena de pessoas esperavam desde a primeira hora desta manhã a abertura do centro de conferências Tokyo International Forum, onde as entrevistas estão sendo feitas, para ser os primeiros a solicitar os postos de trabalho.


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17:15
Anónimo disse...
Economia Internacional
Senado dos EUA aprova plano de estímulo à economia

O Senado dos Estados Unidos aprovou com 60 votos a favor e 38 contra o plano de estímulo à economia de US$ 787 bilhões na madrugada deste sábado. Agora, ele segue para sanção ou veto do presidente Barack Obama, que espera colocar a lei em prática até o dia 16 de fevereiro.

O plano prevê a criação de três milhões de empregos, inclui cortes de impostos às famílias, fundos para programas sociais e obras públicas, além de ajuda aos governos estaduais, estudantes e desempregados.

A cláusula Buy American - que exige o uso de ferro, aço e produtos manufaturados dos Estados Unidos em obras realizadas com recursos do pacote - ficou de lado. Segundo o texto definitivo, a cláusula será aplicada sem violar as normas do comércio internacional.

Ontem à tarde, a Câmara de Representantes (deputados) havia aprovado, por 246 votos a favor e 183 contra, a versão final do plano. Todos os republicanos foram contrários ao pacote.

Pelo acordo de quarta-feira entre Câmara e Senado, em vez de custar US$ 819 bilhões, como queriam os deputados, ou US$ 838 bilhões como pretendiam os senadores, o pacote ficou em cerca de US$ 787 bilhões, com 65% desse total destinado a gastos do governo federal e 35%, a créditos tributários.

17:16
Anónimo disse...
Economia nacional
Na era Lula, aposentadoria sobe 54% menos que salário mínimo

Thatiane Faria
Especial para o Terra
Direto de São Paulo

Os índices de reajustes concedidos pelo governo em 2009 para aposentados e pensionistas e para o salário mínimo repetiram uma diferença que, só durante o governo de Luiz Inácio Lula da Silva, já chega a 54%. Enquanto o mínimo foi majorado em 12% este ano, as pensões e aposentadorias tiveram aumento de 5,92%. Aposentados que têm o benefício do governo como única fonte de renda reclamam que perdem poder de compra e que sua cesta de compras é composta por itens que aumentam mais em relação à inflação oficial.

Um exemplo prático pode ser entendido a partir da comparação entre um aposentado que ganhava R$ 600 em janeiro de 2003. Na época, o benefício era três vezes, ou 200%, maior que o valor do mínimo em vigência, que era de R$ 200. Aplicando-se os índices de reajuste para aposentadorias e para o mínimo durante os últimos seis anos, o mesmo aposentado estaria recebendo hoje R$ 938,47, comparado a um salário mínimo de R$ 465. A diferença entre os dois valores caiu para pouco mais de 100%.

Enquanto o índice acumulado de reajuste para a aposentadoria durante o governo Lula foi de 60%, para o salário mínimo está em 132%.

O diretor do Sindicato Nacional dos Aposentados, João Inocentini, reclama que os valores dos benefícios para aposentadorias não mantêm o poder de compra do grupo, principalmente dos aposentados que recebem menos que dez salários mínimos.

Nem mesmo o fato de o índice de reajuste das aposentadorias ter ficado acima da inflação acumulada no mesmo período (o IPCA entre janeiro de 2003 e janeiro de 2009 foi de 39,7%) serve de argumento, segundo os aposentados.

"Os idosos, principalmente, têm gastos além das contas gerais como gás, telefone e aluguel. Para eles o custo com remédios, e outros itens da área saúde costuma ser maior", afirmou Inocentini.

O presidente do sindicato afirmou que o grupo realiza um estudo com 100 itens de necessidade de um idoso para comparar o aumento dos produtos com o índice de reajuste do benefício recebido pelos aposentados.

"Daqui dois meses vamos abrir um processo na Justiça e levar essa pesquisa como prova. Segundo a lei, o governo é obrigado a manter o poder de compra com a aposentadoria", disse Inocentini.

Alternativas
O consultor financeiro Cláudio Boriola diz que os aposentados, especialmente nesse momento de crise econômica, devem evitar compras parceladas, pesquisar preços, negociar e fazer bom planejamento financeiro.

Segundo Boriola, alguns aposentados ganham um valor mensal muitas vezes insuficiente para o pagamento das contas e acabam pedindo crédito ou realizando pagamentos a prazo e são obrigados a pagar juros altos.

Na opinião do consultor, pagar uma previdência privada é uma alternativa indicada para quem ainda trabalha, considerando a característica de perda de poder de compra da aposentadoria.

"Na prática, infelizmente os valores encontram-se em um patamar que está deteriorando o poder de aquisição da população brasileira", completou Boriola.

De acordo com o diretor da Confederação Brasileira de Aposentados e Pensionistas (Cobap), Vicente Fernandes Barbosa, representantes dos aposentados tentarão um encontro com o presidente da Câmara, deputado Michel Temer (PMDB-SP), para discutir projetos que minimizem a perda dos aposentados

17:17
Anónimo disse...
Previdência
Previdência prorroga isenção de tarifas no benefício

O atual sistema de pagamento aos 26 milhões de aposentados e pensionistas do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) será mantido até o final deste ano. O acordo, que permite realizar a operação sem nenhum custo aos beneficiários, foi renovado nesta sexta-feira, entre o governo federal e 21 instituições financeiras.

Por meio desse acordo, vigente desde setembro de 2007, nem os segurados, nem os bancos e nem o governo arcam com o pagamento de tarifas, conforme explicou o ministro da Previdência Social, José Pimentel. A prorrogação vale até dezembro, data máxima para que a Previdência defina as regras para um novo contrato.

Ao assinar o termo de renovação, na sede da Federação Brasileira dos Bancos (Febraban), o ministro disse que a intenção do governo é mudar o atual modelo de gestão visando a reduzir os custos dessas operações em torno da folha mensal, que atinge R$ 15,8 bilhões. No entanto, qualquer alteração, conforme explicou, passará antes por audiências públicas a serem realizadas a partir do segundo semestre deste ano, atendendo a determinação do Tribunal de Contas da União (TCU).

De acordo com Pimentel, com um redesenho do mecanismo de repasse dos recursos aos bancos em torno da folha de pagamento dos segurados o que se busca é um aumento da participação de instituições financeiras. Ele informou que, desde 2007, cada benefício custa em média R$ 1,07 ao governo. "Quanto mais instituições financeiras estiverem prestando serviços à sociedade, maior é a competitividade, a agilidade no atendimento", justificou.

O ministro observou, ainda, que, para permitir uma redução para algo em torno de meia hora no tempo de atendimento para a concessão dos direitos previdenciários, o governo investiu R$ 280 milhões.

Questionado sobre o descontentamento dos segurados que ganham acima de um salário mínimo terem obtido apenas a correção com base na variação do Índice de Preços ao Consumidor (INPC) , ficando abaixo do reajuste dado a quem recebe apenas o mínimo, Pimentel argumentou que o governo seguiu o que determina a lei e descartou a possibilidade de uma revisão

17:17
Anónimo disse...
Empresas
Caterpillar oferece aposentadoria antecipada a 2 mil


A companhia americana Caterpillar ofereceu a cerca de dois mil funcionários incentivos para que se aposentem de forma voluntária antes do previsto, pela perspectiva de uma queda "significativa" da atividade industrial, informou nesta quarta-feira a empresa.

A iniciativa, destinada aos trabalhadores de diversas fábricas em Illinois, Colorado, Tennessee e Pensilvânia, se soma aos cortes de empregos anunciados em janeiro, explicou em comunicado de imprensa.

A empresa, a maior fabricante mundial de maquinaria pesada para a construção e a mineração, acrescentou que, "em função das condições de negócio, podem ser necessárias mais reduções de elenco voluntárias e involuntárias à medida que o ano avança".

O vice-presidente da companhia, Sid Banwart, explicou que a empresa prevê "demissões significativas em todas as regiões geográficas e na maioria dos setores devido às dificuldades da economia mundial".

17:18
Anónimo disse...
Comércio
Comércio exterior da OCDE caiu no 3º trimestre de 2008


As exportações e as importações dos países da Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Econômico (OCDE) caíram 1,6% e 0,2%, respectivamente, no terceiro trimestre de 2008, em relação aos três meses anteriores.

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Trata-se da primeira queda destas atividades desde o terceiro trimestre de 2006, segundo o último relatório trimestral sobre fluxos comerciais divulgado pela OCDE.

As exportações e as importações em dólares dos 30 Estados-membros caíram 15,6% e 17%, respectivamente, na comparação anualizada.

Por sua vez, o comércio dos sete países mais ricos do mundo (G7) teve um pequeno crescimento no terceiro trimestre de 2008 com uma queda das exportações de mercadorias de 0,2% em relação ao trimestre anterior e um aumento de 0,4% das importações.

Em termos anualizados, as importações do G7 caíram 1,4% entre julho e setembro do ano passado, seu primeiro retrocesso desde o terceiro trimestre de 2006, enquanto as exportações aumentaram 1,9%, seu crescimento mais baixo no mesmo tempo.

Por países, a Alemanha aumentou suas importações em 3,4% - valor mais alto do G7 -, enquanto suas exportações caíram 2,9% do segundo para o terceiro trimestre de 2008.

Pelo contrário, as exportações americanas aumentaram 1,8% entre julho e setembro de 2008, enquanto as importações caíram 0,7% em relação ao trimestre anterior. No Japão, tanto as importações quanto as exportações caíram em torno de 1% no mesmo período.

17:19
Anónimo disse...
Economia Nacional
Lula: juros de crédito consignado a aposentados são altos

Atualizada às 17h29

O presidente Luis Inácio Lula da Silva afirmou nesta terça-feira, em São Paulo, que está lutando para reduzir as taxas de juros cobradas de aposentados em crédito consignado. A Previdência Social estabelece uma taxa máxima de 2,5% para empréstimo e de 3,5% para cartão. Para Lula, os valores são altos.

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"Acho que o juro que os aposentados estão pagando hoje com o crédito consignado é alto para o padrão brasileiro", disse o presidente durante a cerimônia de comemoração dos 86 anos do INSS.

A Previdência anunciou nesta terça-feira que aposentados e trabalhadoras com licença-maternidade poderão receber seus benefícios em 30 minutos. De acordo com Lula, em junho, a aposentadoria do trabalhador rural também será conseguida em meia hora.

Além disso, o presidente anunciou que, também em junho, os trabalhadores que alcançarem o direito à aposentadoria passarão a receber em suas casas um comunicado da Previdência informando o fato e o valor do salário que têm direito a receber. "É um comprometimento público que estou fazendo com os companheiros da Previdência Social", disse.

"Estamos retribuindo ao contribuinte da Previdência Social aquilo que é a cidadania que ele tem direito", afirmou Lula. "Se para cobrar nós somos tão precisos, para devolver o dinheiro, temos que chegar próximo à perfeição", completou.

17:20
Anónimo disse...
Economia Nacional
Salário maternidade sairá em 30 minutos, diz ministro

Toda trabalhadora autônoma que tiver contribuído pelo menos 10 meses com o Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) - ou as que possuírem carteira assinada - poderão receber em 30 minutos o salário maternidade a partir desta terça-feira. Da mesma forma, as mulheres com 30 anos de contribuição e os homens com 35 anos também terão direito ao benefício de forma mais rápida. A informação é do ministro da Previdência Social, José Pimentel.

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Para requerer o salário maternidade, é preciso que as autônomas levem a carteira de identidade e o carnê de contribuição. As demais trabalhadoras devem apresentar a identificação e a carteira de trabalho. Desde o início do mês, a nova forma de análise para a concessão de benefícios foi adotada para a aposentadoria por idade do trabalhador urbano e agora foi estendida para o salário maternidade e por tempo de contribuição.

O ministro disse que a qualificação do serviço da previdência social é o reconhecimento do direito dos trabalhadores e da afirmação da cidadania.

"Até pouco tempo na cabeça do cidadão o serviço devia ser de péssima qualidade. Agora não, nós modificamos toda a legislação no mês de dezembro numa ação conjunta do Congresso Nacional com o governo federal. Estamos implantando e concedendo os benefícios em até 30 minutos", afirmou.

O ministro destacou que para conseguir se aposentar ou ter acesso à licença maternidade em 30 minutos, em primeiro lugar, é necessário que o cidadão esteja vinculado à Previdência, o que inclui 65% da população acima de 16 anos de idade.

"Depois bastar marcar pelo sistema 135 o dia e a hora do atendimento e levar a documentação. Se todos os dados necessários estiverem corretos o contribuinte será atendido em até 30 minutos, como vem sendo feito com as aposentadorias por idade desde o dia cinco de janeiro", explicou.

Pimentel disse ainda que em 90% das agências da previdência social o atendimento é marcado em até 48 horas. Nos grandes centros, entretanto existe um volume maior o que torna mais lento o processo.

"Estamos criando mais 715 agências até 2010, em todo o território nacional, para descentralizar o atendimento. Em 2008, atendemos 295 mil benefícios e aposentadorias por idade. Temos 4 mil pessoas por dia procurando e se aposentando por idade no território nacional. Este serviço será agilizado", concluiu.
17:25
Anónimo disse...
Giuseppe Englaro, pai de Eluana, a italiana que morreu na segunda-feira passada por desidratação, recusou uma grande soma de dinheiro de um conhecido fotógrafo italiano que queria retratar a filha em estado de coma, disse neste sábado o neurologista que atendia a mulher desde 1996, Carlo Defanti.

O neurologista, que participou hoje de uma conferência sobre eutanásia, disse que Englaro respeitou a vontade da filha, que, antes do acidente, tinha pedido que, se lhe ocorresse qualquer coisa irreversível, apresentasse sua imagem de quando estava em boas condições.

Antes de sofrer o acidente de trânsito, em 1992, Eluana viveu o coma de um amigo, Alessandro, o que causou forte impacto na italiana e a levou a fazer o pai prometer que não a deixasse viver em estado vegetativo, disse o próprio Giuseppe Englaro.

Defanti, que dissera que Eluana poderia viver de dez a 12 dias depois da suspensão da alimentação e da hidratação, disse que, como médico, tinha que reprovar esta afirmação.

"Não se pode sobreviver após três ou quatro dias sem líquido e, em particular, água em um corpo. Sabemos bem que, quando há um terremoto, após quatro dias é difícil encontrar sobreviventes".

Defanti ressaltou que Eluana "não falava, não se comunicava com o exterior" e que, após vários exames, "nos deparamos com uma moça que tinha perdido a consciência", porque estava com o córtex cerebral prejudicado.

Eluana foi enterrada na quinta-feira passada no túmulo da família na localidade de Paluzza, em Udine, após um funeral que não contou com a presença dos pais.

16:53
Anónimo disse...
Os bombeiros combatem neste sábado os incêndios na Austrália favorecidos pelo bom tempo, enquanto os deslocados encotram em seu retorno casas derruídas, carros queimados nas ruas e destruição.

Depois de sete dias desde que começaram os incêndios no Estado de Victoria, a lista de mortos chega a 181, os desaparecidos somam 50, os edifícios destruídos totalizam 1,834 mil e o terreno arrasado, principalmente florestas, ocupa uma área de 4,13 mil quilômetros quadrados.

As equipes de bombeiros, formadas por 4 mil profissionais de Victoria, de outras partes da Austrália e de países amigos, combateram hoje 12 focos fora de controle e nenhum representava uma ameaça direta para a população.

O subdiretor do Serviço de Bombeiros, Geoff Conway, disse que este tempo favorável, que se prolongará durante o domingo, permite consolidar as linhas de contenção e avançar na extinção das chamas.

Cinzas apareceram arrastadas por ventos do nordeste sobre Melbourne, onde habitam 3,8 milhões de pessoas, e as autoridades alertaram aos cidadãos do risco para a saúde de idosos, crianças e pessoas com problemas respiratórios.

O número de pessoas deslocadas - a Cruz Vermelha chegou a receber 7 mil - começou a cair com a abertura de algumas localidades atingidas.

Os incêndios, alguns criminosos, começaram em 7 de fevereiro, quando a região sul da Austrália estava há duas semanas sob uma onda de calor sem precedentes.

Na sexta-feira passada, a polícia acusou uma pessoa de ter provocado o incêndio que atingiu a localidade de Churchill e matou 21 pessoas.

16:55
Anónimo disse...
A primeira chuva em seis dias reduziu a ameaça de incêndios no Estado de Victoria, ao sul da Austrália. As autoridades, porém, advertiram que ainda existem 12 focos, mas que nenhum deles ameaça áreas povoadas.

Mais de quatro mil bombeiros, mil provenientes de outras partes do país e de outras nações, trabalham contra o fogo. Cerca de 600 veículos e 28 helicópteros e pequenos aviões estão sendo usados.


Eles conseguiram construir linhas de contenção para evitar os incêndios de Yarra e Maroondah se juntassem. Também foram controlados os incêndios abertos de Yea e Murrindindi, que ameaçavam as comunidades de Connellys Creek, Crystal Creek, Scrubby Creek e Native Dog Creek.

O número de mortos chegou a 181, mas as autoridades acreditam que as vítimas devem passar de 200, já que ainda há muitos desaparecidos.

16:55
Anónimo disse...
Aqui nesta coluna, na semana passada, tive a oportunidade de comentar sobre a recente visita do professor brasileiro Pedrinho Guareschi à Austrália. Não dei, porém, os fatos, pois semana passada o assunto era outro.

Hoje, porém, vamos a eles.

No último dia 4 de fevereiro, aconteceu o Seminário "Paulo Freire: Education and Liberation", organizado pelo centro de estudos latino-americanos da Universidade Nacional da Austrália, ou ANU, como é mais conhecida por aqui.

A ANU, para quem não sabe, está entre as 20 melhores universidades do mundo! E tem sede aqui em Camberra, capital da Austrália.

Na abertura do evento, o professor John Minns, diretor do centro latino-americano, ao dar boas-vindas ao público presente, lembrou ser aquele o primeiro seminário exclusivamente dedicado a Paulo Freire na Austrália.

Em seguida, convidou Pedrinho Guareschi, palestrante principal do Seminário, a fazer sua apresentação.

A plateia pode então conhecer, pelas palavras de Pedrinho, um pouco da obra e da vida de Freire, esse brasileiro de fé e valor, que sempre acreditou na educação, sobretudo dos menos favorecidos, analfabetos, como força libertadora.

Como não podia deixar de ser, os conceitos e ideias revolucionários de Paulo Freire, expostos com clareza por Pedrinho, despertaram o interesse e a curiosidade de plateia. A qual, deve-se notar, era na maioria de estudantes, mas de várias nacionalidades, sobretudo australianos e asiáticos.

Na continuação do programa do seminário, que se estendeu por dois dias, outros professores fizeram palestras sobre temas ligados à obra de Paulo Freire.

Interessante, por exemplo, saber que a professora Anne Hickling-Hudson, jamaicana que mora na Austrália há muitos anos (é professora da ANU), conheceu e trabalhou com Freire num workshop educacional durante a revolução na Ilha de Granada, em 1980, antes da invasão dos Estados Unidos...

Ou, então, a palestra da Professora Gerda Roelvink, da Nova Zelândia, que participou do Fórum Social de Porto Alegre em 2005. E essa participação transformou-se em tema de doutorado.

No dia 10, terça-feira passada, o padre Pedrinho Guareschi voltou a falar ao público australiano em grande auditório localizado no belíssimo campus da ANU. Desta vez, sobre a Teologia da Libertação.

Depois da palestra, John Minns mostrou o filme mexicano "O Crime do Padre Amaro", no qual um dos personagens é um padre católico praticante da Teologia da Libertação.

Mais uma vez, foi grande o intersse da platéia, que pode aprender e conhecer um pouco como se desenvolveu aquele importante movimento católico na América Latina.

Fica, assim, ao Pedrinho, bem como a outros brasileiros estudiosos e de bom coração que saem pelo mundo a divulgar aspectos importantes da cultura brasileira, o respeito e a homenagem desta coluna. E... aquele abraço!

16:57
Anónimo disse...
Amanda Kitts perdeu o braço esquerdo em um acidente de automóvel acontecido três anos atrás, mas hoje em dia ela joga futebol americano com seu filho de 12 anos de idade, troca fraldas e abraça as crianças nas três creches Kiddie Cottage que opera em Knoxville, Tennessee. Kitts, 40 anos, faz tudo isso com a ajuda de um novo tipo de braço artificial que se movimenta com mais facilidade do que outros aparelhos e que ela pode controlar utilizando apenas seus pensamentos.

"Eu sou capaz de mexer a mão, o pulso e o cotovelo ao mesmo tempo", diz. "Você pensa e os músculos se movem em seguida".

A recuperação que ela conseguiu resulta de um novo procedimento que vem atraindo crescente atenção porque permite que pessoas movam braços protéticos de forma mais automática do que faziam no passado, simplesmente utilizando nervos reaproveitados em seus cérebros.

A técnica, conhecida como "renervação muscular dirigida", envolve utilizar os nervos que restam depois da amputação de um braço e conectá-los a outro músculo do corpo, em geral no peito. Eletrodos são instalados sobre os músculos do peito, e operam como se fossem antenas. Quando a pessoa deseja mover o braço, o cérebro envia sinais que primeiro resultam em contração dos músculos do peito, os quais enviam um sinal ao braço protético, instruindo-se a se movimentar. O processo não requer mais esforços consciente do que a pessoa teria de exercitar caso ainda tivesse seu braço natural.

Na terça-feira, pesquisadores reportaram em estudo publicado pela versão online do Journal of the American Medical Association que haviam levado a técnica ainda mais à frente, tornando possível a execução de 10 movimentos de mão, pulso e cotovelo diferentes, o que representa uma substancial melhora com relação ao típico repertório protético, que em geral envolve apenas dobrar o cotovelo, girar o pulso e abrir a mão.

"Os novos métodos tiveram impacto dramático em nosso campo de trabalho", disse Stuart Harshbarger, engenheiro biomédico na Universidade Johns Hopkins e diretor do programa de pesquisa sobre próteses, financiado pelas forças armadas, que inclui o trabalho com essa técnica. "O método já está em uso por médicos e cirurgiões comuns em todo o país. A capacidade de controlar um membro protético bastante robusto que ele confere surpreendeu a todos pela qualidade".

Tipicamente, uma pessoa que tenha um braço protético só é capaz de executar alguns poucos movimentos, e muitas vezes com tamanha lentidão que isso só permite a ela atividades limitadas.

Há um motor separado para cada movimento, diz Gerald Loeb, professor de engenharia biomédica na Universidade do Sul da Califórnia, "e esses motores precisam ser controlados de maneira explícita", usualmente por um esforço consciente da pessoa para contrair músculos nas costas ou no bíceps.

"Essencialmente, até agora os pacientes controlavam apenas um motor de cada vez", diz Loeb, "e precisavam pensar cuidadosamente sobre que motor desejavam controlar e como fazê-lo operar, em lugar de simplesmente pensarem em mover o braço e poderem fazê-lo sem delongas".

Antes que Kitts passasse pelo procedimento de renervação, em outubro de 2007, por exemplo, ela precisava movimentar os músculos de suas costas de determinada maneira para fazer com que seu pulso girasse, e flexionar seu bíceps e tríceps para fazer com que o cotovelo se movesse para cima e para baixo. "Era muito trabalho", ela conta. "E não me ajudava muito".

O procedimento de renervação é parte de uma recente explosão de idéias novas e técnicas inovadoras que estão sendo exploradas enquanto os cientistas se esforçam por ajudar as pessoas a compensar melhor a perda de membros ou problemas de paralisia. O esforço vem sendo alimentado pelo aumento no número de amputações causado por diabetes e por ferimentos sofridos pelos militares, e ao mesmo tempo pelos avanços na tecnologia médica.

Os braços se tornaram um dos focos essenciais desse tipo de trabalho. A ciência há muito vem obtendo sucessos no desenvolvimento de próteses de perna, mas é muito mais difícil imitar a complexidade e a destreza das mãos e dos braços.

Os esforços em curso incluem o desenvolvimento de projetos de pele e braços mais sensíveis e mais flexíveis, e o uso de dispositivos acionados por controles sem fio implantado nos braços protéticos, que permitiriam movimentos mais naturais.

Os pesquisadores também vêm usando sensores implantados nos cérebros de cobaias para permitir que dois macacos controlem um braço mecânico, e um teste com um homem paralítico permitiu, com esse método, que ele movimentasse um cursor em uma tela de computador.

Alguns desses métodos, caso venham a ser aperfeiçoados plenamente e consigam aprovação das autoridades regulatórias da saúde, podem no futuro se tornar mais viáveis para os pacientes de amputações.

E embora a técnica da renervação não requeira aprovação das autoridades regulatórias porque é executada por meios cirúrgicos e emprega aparelhos já existentes, ela apresenta limitações que até mesmo seus criadores reconhecem, entre as quais o fato de que não se pode utilizá-la para todos os pacientes, o seu alto custo e o prazo de meses requerido para que os nervos reconectados cresçam e se tornem efetivos.

Ainda assim, os especialistas dizem que é o mais avançado sistema em uso hoje para pacientes reais que permite que o sistema nervoso controle diretamente o movimento de um braço artificial.

Desde sua introdução por Todd Kuiken, médico fisioterapeuta e engenheiro biomédico do Instituto de Reabilitação de Chicago, o método foi empregado em cerca de 30 pacientes nos Estados Unidos, Canadá e Europa, entre os quais oito soldados feridos no Iraque e no Afeganistão.

Muitos dos pacientes, entre os quais o primeiro, Jesse Sullivan, um operário do setor elétrico no Tennessee que perdeu os dois braços quando foi eletrocutado por um cabo, conseguem não apenas manipular seus braços protéticos mas sentir a presença das mãos que já não têm quando alguém toca em seus peitos.

Sullivan, 62 anos, e Kitts, estavam entre os cinco pacientes que participaram do estudo reportado na terça-feira. Em companhia de cinco outras pessoas que não passaram por amputações, eles receberam os eletrodos e foram instruídos a usar pensamentos para fazer com que um braço virtual na tela reproduzisse 10 movimentos diferentes, entre os quais três formas diferentes de aperto de mão.

Os pacientes apresentaram desempenho bastante respeitável, apenas um pouco mais lento e menos preciso do que os dos participantes que não tinham amputações.

"As velocidades de movimento que encontramos em nossos pacientes foram realmente encorajadoras", disse Kuiken. "Eles conseguiram completar a tarefa. É claro que não foram tão competentes quanto as pessoas dotadas de plena capacidade física, mas foram bons o bastante".

Um braço virtual foi usado porque a maioria das próteses existentes não era capaz de acomodar todos aqueles movimentos, no momento da pesquisa, ainda que Sullivan, Kitts e uma terceira paciente, Claudia Mitchell, tenham experimentado dois novos protótipos mais versáteis de braços artificiais, executando tarefas complexas com bolas de tênis e outros objetos.

O trabalho de renervação em soldados apresenta outros desafios, diz Kuiken, porque os ferimentos militares muitas vezes "causam danos muitos extensos" a nervos, músculos ou ossos.

Daniel Acosta, 25 anos, um aviador ferido pela detonação de uma bomba em uma estrada do Iraque em 2005, passou pelo procedimento no ano passado e diz que seu braço esquerdo protético agora se movimenta "muito mais rápido" e de maneira muito mais natural.

"A diferença é que agora não preciso mais pensar para mover o braço", ele diz. "Ele simplesmente se mexe".

Ainda assim, Acosta, de San Antonio, diz que "o processo foi bastante longo" e que os eletrodos precisam ser ajustados para receber os sinais à medida que os nervos crescem ou mudam de posição.

E embora elogiem o método, os especialistas afirmam que a ciência das próteses de braço ainda tem muito por avançar.

"Trata-se de uma parte crucial, mas ainda assim apenas uma parte, das muitas coisas que compreendem a função normal de um braço", disse Loeb, que escreveu um editorial que acompanha o artigo no Journal of the American Medical Association.

"No momento estamos a meio do caminho entre o braço de 'Dr. Fantástico', que fazia involuntariamente a saudação nazista, e o braço de Luke Skywalker em 'Guerra nas Estrelas', que funciona sem nenhum problema assim que é conectado. Creio que precisaremos ainda de muitos anos para conectar todas as peças necessárias a produzir um braço capaz de funcionar normalmente".

17:04
Anónimo disse...
A Espanha disse neste sábado que está preparando uma reclamação oficial contra a decisão da Venezuela de expulsar um membro do Parlamento Europeu que criticou o conselho eleitoral venezuelano.
Luis Herrero, membro do partido conservador espanhol PP, foi deportado na sexta-feira depois que o Conselho Nacional Eleitoral (CNE) o acusou de questionar a imparcialidade da instituição antes de um referendo que pode permitir ao presidente Hugo Chávez permanecer no cargo indefinidamente.

Herrero estava na Venezuela como observador do referendo. Ele acusou Chávez de ter "comportamentos típicos de um ditador" por pedir a contenção de manifestações da oposição.

O governo da Espanha convocou um encontro com o embaixador da Venezuela em Madri para expressar a desaprovação sobre a expulsão de Herrero, disse um representante do Ministério das Relações Exteriores espanhol.

As relações da Venezuela com a Espanha tiveram seu ponto crítico em 2007, quando Chávez ameaçou rever acordos diplomáticos e comerciais depois de ouvir um "cala a boca" do rei espanhol Juan Carlos durante uma cúpula.

A fenda foi oficialmente reparada em 2008, com uma visita oficial de Chávez à Espanha, onde ele cumprimentou o rei e discutiu acordos para investimento no setor petroquímico com o primeiro-ministro José Luis Rodriguez Zapatero.

17:06
Anónimo disse...
A polícia do Zimbábue anunciou neste sábado que acusa de traição Roy Bennett, dirigente do até agora opositor Movimento para a Mudança Democrática (MDC), detido na sexta-feira, em Harare, poucas horas antes da cerimônia de posse dos membros do novo gabinete.

"A Polícia nos informou que vão apresentar acusações de traição", disse à agência EFE o advogado de defesa de Bennett, Trust Maanda.

"Tentam relacionar Roy com o caso de Mike Hitschmann, que foi detido em 2006 em relação à descoberta de um carregamento de armas, apesar de que Hitschmann não tenha sido declarado culpado das acusações de traição apresentadas contra ele, mas de um crime menor de descumprimento de leis", disse Maanda.

O político opositor, designado por seu partido como vice-ministro de Agricultura no Governo de união nacional, esteve no exílio na vizinha África do Sul desde 2006 e retornou ao Zimbábue há duas semanas.

Segundo a Polícia, que deteve Bennett ontem no aeroporto de Harare quando pretendia ir à África do Sul para visitar sua família, as armas apreendidas em 2006 seriam utilizadas em um golpe de Estado para derrubar o presidente do Zimbábue, Robert Mugabe.

Depois da detenção, Bennet foi levado a Mutar, onde vários simpatizantes do MDC se concentraram em frente à delegacia na qual estava detido, diante do que a Polícia respondeu com tiros para o alto para dispersar os manifestantes.

17:07
Anónimo disse...
Austrália: 14 mil se candidatam a 'emprego dos sonhos'

A secretaria de Turismo de Queensland, na Austrália, informou que até esta segunda-feira já recebeu cerca de 14 mil inscrições para o "o melhor emprego do mundo". O Estado australiano promove pela internet seleção para vaga de "zelador" da ilha Hamilton, por seis meses com um salário de R$ 40 mil.

Muitos candidatos tiveram problemas durante a inscrição por conta dos acessos simultâneos ao site. A secretaria aconselha enviar os vídeos de 60s explicando porque deve ser escolhido em horários alternativos do dia, além de recomendar tamanho em torno de 40MB.

As inscrições começaram em 12 de janeiro e vão até o próximo dia 22 e podem ser feitas pelo site www.islandreefjob.com. O governo australiano escolherá 50 candidatos para a próxima fase da seleção, que terá votos do público para eleger um dos 11 finalistas.

A última fase terá entrevistas e desafios físicos, no próprio local de trabalho: as ilhas da Grande Barreira Coralina - o maior recife de coral do mundo. A secretaria de Turismo anunciará o vencedor no dia 6 de maio.

17:09
Anónimo disse...
Mercado elogia governo na crise, mas pede maior queda no juro

Peter Fussy
Direto de São Paulo

Desde as primeiras medidas anunciadas para combater os efeitos da crise, o governo brasileiro avisou que a estratégia não contemplaria um pacote. Seriam doses pontuais, de acordo com a necessidade da economia diante do agravamento das turbulências. Da primeira liberação dos depósitos compulsórios em setembro até a ampliação do seguro-desemprego na última quarta-feira, o governo passou por redução de impostos, ampliação de crédito e incentivos à exportação. Quase 150 dias após a primeira medida, o Terra conversou com líderes do setor público e privado, representantes dos trabalhadores, acadêmicos e com o próprio governo para saber quais destas ações foram mais eficazes, quais foram mais ineficientes e o que mais pode ser feito pelo Estado brasileiro contra a crise.

Os maiores elogios foram direcionados à atitude de reduzir o Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) para a indústria automobilística, anunciada em dezembro e que fez com que os emplacamentos de carros novos subissem 1,9% no primeiro mês do ano em relação a dezembro de 2008. Já as maiores críticas foram para a lentidão no corte da taxa básica de juro do País.

Para o presidente do conselho administrativo do Grupo Pão de Açúcar, Abílio Diniz, o Estado não é responsável pela crise e mesmo assim está agindo "com extrema serenidade e muito acerto". "O governo está atento, fazendo a sua parte. É preciso coragem de baixar firmemente a taxa de juros. É uma arma que temos a nosso favor, já que não há clima para inflação, nem possibilidade de danos para a macroeconomia", afirmou Diniz.

Na última reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), em janeiro, a taxa Selic foi reduzida em um ponto percentual, de 13,75% para 12,75% ao ano. Porém, o professor de economia da Universidade de Brasília (UnB) José Luiz Oreiro lembra que este corte representa uma redução de apenas 0,25 ponto percentual com relação à taxa de setembro do ano passado, quando a crise se agravou.

"Pouco antes da eclosão da crise, o Banco Central aumentou a taxa em 0,75 ponto. Foram cinco meses de demora para reduzir em termos líquidos apenas 0,25 ponto", afirmou o economista, que também sugeriu redução do intervalo de cerca de 90 dias entre as reuniões do Copom e o corte de pelo menos um 1 ponto percentual em cada reunião.

Mesmo com o corte de janeiro, a taxa de juros real continua sendo a maior do mundo, lembrou o secretário-geral da Força Sindical, João Carlos Gonçalves, o Juruna. "A redução da taxa de juro ainda é pequena, porque ela continua uma das mais altas do mundo. Falta ousadia para baixar os juros e ajudar o cidadão. A permanência da taxa de juro alta é negativa para o País em meio a crise", afirmou Juruna.

Embora aprove as ações do governo, o senador Aloízio Mercadante (PT-SP) também acredita que o patamar da Selic está muito alto. "Sempre fomos os primeiros a entrar em qualquer crise, o que não aconteceu agora. A taxa Selic ainda é muito alta, mas o governo têm tomado medidas acertadas, como o aumento do salário mínimo, mesmo com um cenário de crise. Isso ajuda a movimentar o consumo. O governo está se esforçando para manter os investimentos e o crescimento", disse.

Tributos
De acordo com o economista Fabio Pina, da Fecomercio-SP, as ações mais positivas estão relacionadas à redução de tributos para alguns segmentos, como a indústria automobilística, que recuperou parte da queda nas vendas em janeiro com a isenção do IPI para carros 1.0 l e o corte para demais motorizações. A medida vale até o final de março.

"Essas medidas não só reduziram o preço, mas anteciparam o consumo daqueles que iriam comprar no futuro, dando um prêmio por conta da insegurança. Mexe diretamente com o principal problema que é a confiança do consumidor", afirmou. Juruna destacou que um bom ritmo de vendas é garantia de emprego. "É importante porque cada emprego na montadora significa 19 na cadeia produtiva", comentou o representante da Força Sindical.

Também em dezembro, o governo decidiu cortar pela metade a alíquota do Imposto de Renda para contribuintes que ganham entre R$ 1.434 e R$ 2.150 mensais. "O salário aumentava e a tabela não se modificava. As pessoas ganhavam mais e pagavam mais impostos", apontou Juruna. Outra redução de tributos do governo foi com relação ao Imposto sobre Operações Financeiras (IOF), que caiu de 3% ao ano para 1,5%.

Crédito
Na segunda metade de 2008, o colapso de bancos nos Estados Unidos por conta da crise do subprime provocou uma forte restrição de crédito no mundo inteiro. Uma das primeiras medidas anticrise do governo teve como objetivo restabelecer a oferta, com mudanças no recolhimento dos depósitos compulsórios por parte dos bancos. Segundo o presidente do Banco Central, Henrique Meirelles, as diversas modificações liberaram US$ 99,2 bilhões aos bancos até o final de janeiro.

Além disso, o governo concedeu R$ 36 bilhões das reservas internacionais para empresas brasileiras com dívidas no exterior e uma medida provisória autorizou o Banco do Brasil e a Caixa Econômica Federal a comprar carteiras de crédito de bancos privados. Para o diretor do Departamento de Pesquisas e Estudos Econômicos da Fiesp, Paulo Francini, estas medidas foram essenciais para combater os efeitos da crise.

"A crise se desenvolve no mundo em torno do tema crédito. E o crédito reduziu-se barbaridade no mundo. Então o governo lança mão de compulsório, lança mão de reservas, de medidas que permitem aos bancos comprar carteiras de bancos. Você vai tomando várias medidas para atender às demandas e o epicentro disso é crédito", afirmou.

No entanto, Oreiro, da UnB, adverte que a liberação dos compulsórios seria mais eficiente acompanhada de redução mais agressiva da taxa básica de juro. "Uma parte do crédito voltou, depois da forte retração em outubro e novembro. O que deveria ter sido feito junto à liberação do compulsório era uma redução mais drástica da taxa de juro. Sem isso, os bancos pegam as reservas e acabam comprando títulos públicos", explicou o economista.

Na opinião de Pina, as ações de distribuição de crédito via redução do compulsório e a disposição de capital de giro para empresas foram tomadas sem um cuidado maior na operação e não tiveram muito efeito. "O BNDES tem linhas que ficam paradas quase todo o ano, agora é pior ainda. Existem os recursos, mas as empresas e os bancos estão desconfiados. É preciso fazer com que os bancos tenham interesse em emprestar", afirmou o economista da Fecomercio-SP.

Futuro
Mesmo com todas essas medidas, a crise financeira ainda gera incertezas nos setores produtivos do País. Nos últimos meses, o medo do desemprego fez os consumidores adiarem compras. Por sua vez, a queda nas vendas pode obrigar as indústrias a cortarem a produção e demitir funcionários. Contra isso, empresários sugerem redução de jornada e de salários.

"Isto está previsto em lei. A Fiesp simplesmente manteve conversações com entidades sindicais quanto à aplicação daquilo que já está previsto em lei", afirmou Francini.

Segundo a ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff, uma das medidas que assegura um nível de emprego é a manutenção de investimentos no Programa de Aceleração do Crescimento (PAC). "Estamos esperando que a dificuldade ocorra em janeiro, fevereiro e março. Estamos certos que vamos manter o nível de investimento. É isso que funciona, é isso que significa investimento público. Ele funciona como um colchão. Por isso, nós colocamos R$ 100 bilhões no BNDES e a Petrobras ampliou o seu investimento em R$ 120 bilhões", afirmou.

Na mesma linha, Pina explica que a antecipação de gastos do governo substitui parte da demanda retraída do setor privado. "Ele dá o seguinte recado: não vou estourar as contas públicas, mas concentrar em um momento em que a demanda privada está pequena. Mas o governo não tem fôlego suficiente para fazer o papel de toda demanda", ressaltou. O economista da Fecomercio lembrou que a entidade já pleiteou junto ao governo isenções para transferência de imóveis e de automóveis, além de retirar o IPVA para veículos novos.

Já Oreiro foca suas propostas na capitalização do Banco do Brasil e da Caixa Econômica Federal pelo Tesouro para atender a demanda de crédito para capital de giro e reduzir o spread. "Aumentando o empréstimo e reduzindo as taxas, os dois vão forçar os bancos privados a acompanhar o movimento, até para não perderem participação no mercado", explicou o economista da UnB.

Até o Carnaval, o governou prometeu detalhar um pacote de incentivos para a construção de até um milhão de casas populares, direcionado a famílias com renda de até dez salários mínimos. "Estamos atentos a tudo o que está acontecendo e novas medidas serão tomadas caso haja uma avaliação de que sejam necessárias", disse o ministro da Fazenda, Guido Mantega, na última sexta-feira.

Anónimo disse...

17:11
Anónimo disse...
Ex-ministro critica extensão do seguro-desemprego

Atualizada às 09h03

O ex-ministro do Trabalho Almir Pazzianotto criticou a decisão do governo federal de conceder o seguro-desemprego estendido a apenas alguns setores. "É certamente odioso e provavelmente inconstitucional", disse Pazzianotto, de acordo com o jornal O Estado de S. Paulo.

Na última qurta, dia do anúncio da medida, centrais sindicais elogiaram a atitude do governo. A Força Sindical divulgou nota dizendo que "o aumento ajudará a aquecer parte da economia, já que irá gerar mais consumo, produção e conseqüentemente, a criação de novos postos de trabalho". A União Geral dos Trabalhadores (UGT) afirmou que a medida "contribuirá para minimizar o drama dos trabalhadores que perderem seu emprego por conta da crise".

O ex-ministro, que instituiu o seguro-desemprego no País no governo de José Sarney, destacou a necessidade de as centrais sindicais se manifestarem contra a determinação. Para ele, as mudanças devem ser aplicadas a todas as categorias profissionais e a distinção é contrária ao artigo 3º da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT).

Pazzianotto atribui a medida a um possível temor do governo de que a crise econômica seja longa e não haja dinheiro para atender a todas as necessidades. Ainda assim, ele se mostra contrário ao método de concessão. "O seguro-desemprego ajuda a sanar necessidades básicas. Estendê-lo é paliativo, não a solução", disse ao jornal.

De acordo com o presidente do Conselho Deliberativo do Fundo de Amparo ao Trabalhador (Codefat) e conselheiro da Força Sindical, Luiz Fernando Emediato, a determinação já estava prevista na lei 8.900/94, que trata do seguro-desemprego.

O presidente da Comissão de Trabalho da Câmara, Pedro Fernandes (PTB-MA) vai além na crítica à concessão do seguro para apenas alguns setores. Ele acredita que a ampliação do benefício estimula o desemprego.

Quintino Severo, secretário geral da Central Única dos Trabalhadores (CUT), lembra que a ampliação do benefício sem critério e identificação pode incentivar demissões em outros setores.

17:13
Anónimo disse...
Empresas
TAM faz promoção para destinos internacionais

A companhia aérea TAM anunciou nesta sexta-feira tarifas promocionais para trechos internacionais. Os preços valem para bilhetes comprados entre 6h deste sábado e 23h59 deste domingo e são válidos para classe econômica. As tarifas, para ida e volta, serão vendidas a partir de US$ 99, mais taxas.

Segundo a aérea, a promoção vale para viagens feitas no período de 14 de fevereiro a 18 de junho de 2009. Para destinos na América do Sul, a permanência mínima é de dois dias; para bilhetes com destino nos Estados Unidos, cinco dias; e Europa, sete dias. A permanência máxima para as passagens para América do Sul e EUA é de dois meses e para Europa, três meses.

Entre os exemplos de tarifas promocionais, a TAM oferece São Paulo-Lima por US$ 99. Bilhetes para a rota São Paulo-Santiago serão vendidos a partir de US$ 199 e São Paulo-Nova York, US$ 799.

A emissão dos bilhetes deve ser feita obrigatoriamente no ato da reserva, obedecendo às regras estipuladas pela companhia. A compra está sujeita à disponibilidade de assentos nas classes tarifárias determinadas, trechos, horários e datas. A TAM afirmou que também há tarifas promocionais para a classe executiva.

Mais informações podem ser encontradas no site promocional (www.ofertastam.com.br), no site da empresa (www.tam.com.br) ou pelos telefones 4002-5700 ou 0800 5705700.

17:13
Anónimo disse...
Empresas
Consultoria negocia compra do parque temático Hopi Hari

A consultoria especializada em reestruturação de empresas Íntegra Associados informou nesta sexta-feira ter um acordo para comprar o parque de diversões Hopi Hari, localizado no interior de São Paulo. A empresa estaria disposta a investir R$ 10 milhões no parque, que tem dívida estimada em R$ 800 milhões. As informações são da edição deste sábado do jornal Folha de S. Paulo.

De acordo com o jornal, a transação ainda depende da negociação entre o Hopi Hari e seus credores, o que já estaria em andamento.

A consultoria paulista já atuou junto à Parmalat, durante 30 meses, quando reorganizou a gestão da empresa italiana.

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17:14
Anónimo disse...
Empresas
Disney de Tóquio contratará mais 2 mil apesar da crise


A Oriental Land, o operador da Disneylândia Tóquio e DisneySea, organizou neste domingo entrevistas para contratar cerca de 2 mil trabalhadores em tempo parcial, em um momento de grandes demissões deste tipo de empregados no Japão.

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O operador deste parque temático, situado em Urayasu, na província de Chiba (leste de Tóquio), está em pleno processo de seleção de empregados para 20 tipos de postos trabalhistas diferentes.

Segundo a companhia, citada pela agência local de notícias Kyodo, o parque contratará novos trabalhadores para as atrações, para os restaurantes e guardas de segurança entre outros. Os novos contratados começarão a trabalhar a partir de fevereiro.

O processo de seleção acontece em um momento em que a maioria das grandes companhias japonesas começaram a se ver obrigadas a despedir uma elevada percentagem de seus trabalhadores temporários e a tempo parcial.

Algumas inclusive anunciaram demissões de seus trabalhadores fixos, uma medida muito pouco comum nas companhias japonesas, perante os efeitos piores que o esperado pela crise econômica global.

Cerca de uma centena de pessoas esperavam desde a primeira hora desta manhã a abertura do centro de conferências Tokyo International Forum, onde as entrevistas estão sendo feitas, para ser os primeiros a solicitar os postos de trabalho.


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17:15
Anónimo disse...
Economia Internacional
Senado dos EUA aprova plano de estímulo à economia

O Senado dos Estados Unidos aprovou com 60 votos a favor e 38 contra o plano de estímulo à economia de US$ 787 bilhões na madrugada deste sábado. Agora, ele segue para sanção ou veto do presidente Barack Obama, que espera colocar a lei em prática até o dia 16 de fevereiro.

O plano prevê a criação de três milhões de empregos, inclui cortes de impostos às famílias, fundos para programas sociais e obras públicas, além de ajuda aos governos estaduais, estudantes e desempregados.

A cláusula Buy American - que exige o uso de ferro, aço e produtos manufaturados dos Estados Unidos em obras realizadas com recursos do pacote - ficou de lado. Segundo o texto definitivo, a cláusula será aplicada sem violar as normas do comércio internacional.

Ontem à tarde, a Câmara de Representantes (deputados) havia aprovado, por 246 votos a favor e 183 contra, a versão final do plano. Todos os republicanos foram contrários ao pacote.

Pelo acordo de quarta-feira entre Câmara e Senado, em vez de custar US$ 819 bilhões, como queriam os deputados, ou US$ 838 bilhões como pretendiam os senadores, o pacote ficou em cerca de US$ 787 bilhões, com 65% desse total destinado a gastos do governo federal e 35%, a créditos tributários.

17:16
Anónimo disse...
Economia nacional
Na era Lula, aposentadoria sobe 54% menos que salário mínimo

Thatiane Faria
Especial para o Terra
Direto de São Paulo

Os índices de reajustes concedidos pelo governo em 2009 para aposentados e pensionistas e para o salário mínimo repetiram uma diferença que, só durante o governo de Luiz Inácio Lula da Silva, já chega a 54%. Enquanto o mínimo foi majorado em 12% este ano, as pensões e aposentadorias tiveram aumento de 5,92%. Aposentados que têm o benefício do governo como única fonte de renda reclamam que perdem poder de compra e que sua cesta de compras é composta por itens que aumentam mais em relação à inflação oficial.

Um exemplo prático pode ser entendido a partir da comparação entre um aposentado que ganhava R$ 600 em janeiro de 2003. Na época, o benefício era três vezes, ou 200%, maior que o valor do mínimo em vigência, que era de R$ 200. Aplicando-se os índices de reajuste para aposentadorias e para o mínimo durante os últimos seis anos, o mesmo aposentado estaria recebendo hoje R$ 938,47, comparado a um salário mínimo de R$ 465. A diferença entre os dois valores caiu para pouco mais de 100%.

Enquanto o índice acumulado de reajuste para a aposentadoria durante o governo Lula foi de 60%, para o salário mínimo está em 132%.

O diretor do Sindicato Nacional dos Aposentados, João Inocentini, reclama que os valores dos benefícios para aposentadorias não mantêm o poder de compra do grupo, principalmente dos aposentados que recebem menos que dez salários mínimos.

Nem mesmo o fato de o índice de reajuste das aposentadorias ter ficado acima da inflação acumulada no mesmo período (o IPCA entre janeiro de 2003 e janeiro de 2009 foi de 39,7%) serve de argumento, segundo os aposentados.

"Os idosos, principalmente, têm gastos além das contas gerais como gás, telefone e aluguel. Para eles o custo com remédios, e outros itens da área saúde costuma ser maior", afirmou Inocentini.

O presidente do sindicato afirmou que o grupo realiza um estudo com 100 itens de necessidade de um idoso para comparar o aumento dos produtos com o índice de reajuste do benefício recebido pelos aposentados.

"Daqui dois meses vamos abrir um processo na Justiça e levar essa pesquisa como prova. Segundo a lei, o governo é obrigado a manter o poder de compra com a aposentadoria", disse Inocentini.

Alternativas
O consultor financeiro Cláudio Boriola diz que os aposentados, especialmente nesse momento de crise econômica, devem evitar compras parceladas, pesquisar preços, negociar e fazer bom planejamento financeiro.

Segundo Boriola, alguns aposentados ganham um valor mensal muitas vezes insuficiente para o pagamento das contas e acabam pedindo crédito ou realizando pagamentos a prazo e são obrigados a pagar juros altos.

Na opinião do consultor, pagar uma previdência privada é uma alternativa indicada para quem ainda trabalha, considerando a característica de perda de poder de compra da aposentadoria.

"Na prática, infelizmente os valores encontram-se em um patamar que está deteriorando o poder de aquisição da população brasileira", completou Boriola.

De acordo com o diretor da Confederação Brasileira de Aposentados e Pensionistas (Cobap), Vicente Fernandes Barbosa, representantes dos aposentados tentarão um encontro com o presidente da Câmara, deputado Michel Temer (PMDB-SP), para discutir projetos que minimizem a perda dos aposentados

17:17
Anónimo disse...
Previdência
Previdência prorroga isenção de tarifas no benefício

O atual sistema de pagamento aos 26 milhões de aposentados e pensionistas do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) será mantido até o final deste ano. O acordo, que permite realizar a operação sem nenhum custo aos beneficiários, foi renovado nesta sexta-feira, entre o governo federal e 21 instituições financeiras.

Por meio desse acordo, vigente desde setembro de 2007, nem os segurados, nem os bancos e nem o governo arcam com o pagamento de tarifas, conforme explicou o ministro da Previdência Social, José Pimentel. A prorrogação vale até dezembro, data máxima para que a Previdência defina as regras para um novo contrato.

Ao assinar o termo de renovação, na sede da Federação Brasileira dos Bancos (Febraban), o ministro disse que a intenção do governo é mudar o atual modelo de gestão visando a reduzir os custos dessas operações em torno da folha mensal, que atinge R$ 15,8 bilhões. No entanto, qualquer alteração, conforme explicou, passará antes por audiências públicas a serem realizadas a partir do segundo semestre deste ano, atendendo a determinação do Tribunal de Contas da União (TCU).

De acordo com Pimentel, com um redesenho do mecanismo de repasse dos recursos aos bancos em torno da folha de pagamento dos segurados o que se busca é um aumento da participação de instituições financeiras. Ele informou que, desde 2007, cada benefício custa em média R$ 1,07 ao governo. "Quanto mais instituições financeiras estiverem prestando serviços à sociedade, maior é a competitividade, a agilidade no atendimento", justificou.

O ministro observou, ainda, que, para permitir uma redução para algo em torno de meia hora no tempo de atendimento para a concessão dos direitos previdenciários, o governo investiu R$ 280 milhões.

Questionado sobre o descontentamento dos segurados que ganham acima de um salário mínimo terem obtido apenas a correção com base na variação do Índice de Preços ao Consumidor (INPC) , ficando abaixo do reajuste dado a quem recebe apenas o mínimo, Pimentel argumentou que o governo seguiu o que determina a lei e descartou a possibilidade de uma revisão

17:17
Anónimo disse...
Empresas
Caterpillar oferece aposentadoria antecipada a 2 mil


A companhia americana Caterpillar ofereceu a cerca de dois mil funcionários incentivos para que se aposentem de forma voluntária antes do previsto, pela perspectiva de uma queda "significativa" da atividade industrial, informou nesta quarta-feira a empresa.

A iniciativa, destinada aos trabalhadores de diversas fábricas em Illinois, Colorado, Tennessee e Pensilvânia, se soma aos cortes de empregos anunciados em janeiro, explicou em comunicado de imprensa.

A empresa, a maior fabricante mundial de maquinaria pesada para a construção e a mineração, acrescentou que, "em função das condições de negócio, podem ser necessárias mais reduções de elenco voluntárias e involuntárias à medida que o ano avança".

O vice-presidente da companhia, Sid Banwart, explicou que a empresa prevê "demissões significativas em todas as regiões geográficas e na maioria dos setores devido às dificuldades da economia mundial".

17:18
Anónimo disse...
Comércio
Comércio exterior da OCDE caiu no 3º trimestre de 2008


As exportações e as importações dos países da Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Econômico (OCDE) caíram 1,6% e 0,2%, respectivamente, no terceiro trimestre de 2008, em relação aos três meses anteriores.

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Trata-se da primeira queda destas atividades desde o terceiro trimestre de 2006, segundo o último relatório trimestral sobre fluxos comerciais divulgado pela OCDE.

As exportações e as importações em dólares dos 30 Estados-membros caíram 15,6% e 17%, respectivamente, na comparação anualizada.

Por sua vez, o comércio dos sete países mais ricos do mundo (G7) teve um pequeno crescimento no terceiro trimestre de 2008 com uma queda das exportações de mercadorias de 0,2% em relação ao trimestre anterior e um aumento de 0,4% das importações.

Em termos anualizados, as importações do G7 caíram 1,4% entre julho e setembro do ano passado, seu primeiro retrocesso desde o terceiro trimestre de 2006, enquanto as exportações aumentaram 1,9%, seu crescimento mais baixo no mesmo tempo.

Por países, a Alemanha aumentou suas importações em 3,4% - valor mais alto do G7 -, enquanto suas exportações caíram 2,9% do segundo para o terceiro trimestre de 2008.

Pelo contrário, as exportações americanas aumentaram 1,8% entre julho e setembro de 2008, enquanto as importações caíram 0,7% em relação ao trimestre anterior. No Japão, tanto as importações quanto as exportações caíram em torno de 1% no mesmo período.

17:19
Anónimo disse...
Economia Nacional
Lula: juros de crédito consignado a aposentados são altos

Atualizada às 17h29

O presidente Luis Inácio Lula da Silva afirmou nesta terça-feira, em São Paulo, que está lutando para reduzir as taxas de juros cobradas de aposentados em crédito consignado. A Previdência Social estabelece uma taxa máxima de 2,5% para empréstimo e de 3,5% para cartão. Para Lula, os valores são altos.

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"Acho que o juro que os aposentados estão pagando hoje com o crédito consignado é alto para o padrão brasileiro", disse o presidente durante a cerimônia de comemoração dos 86 anos do INSS.

A Previdência anunciou nesta terça-feira que aposentados e trabalhadoras com licença-maternidade poderão receber seus benefícios em 30 minutos. De acordo com Lula, em junho, a aposentadoria do trabalhador rural também será conseguida em meia hora.

Além disso, o presidente anunciou que, também em junho, os trabalhadores que alcançarem o direito à aposentadoria passarão a receber em suas casas um comunicado da Previdência informando o fato e o valor do salário que têm direito a receber. "É um comprometimento público que estou fazendo com os companheiros da Previdência Social", disse.

"Estamos retribuindo ao contribuinte da Previdência Social aquilo que é a cidadania que ele tem direito", afirmou Lula. "Se para cobrar nós somos tão precisos, para devolver o dinheiro, temos que chegar próximo à perfeição", completou.

17:20
Anónimo disse...
Economia Nacional
Salário maternidade sairá em 30 minutos, diz ministro

Toda trabalhadora autônoma que tiver contribuído pelo menos 10 meses com o Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) - ou as que possuírem carteira assinada - poderão receber em 30 minutos o salário maternidade a partir desta terça-feira. Da mesma forma, as mulheres com 30 anos de contribuição e os homens com 35 anos também terão direito ao benefício de forma mais rápida. A informação é do ministro da Previdência Social, José Pimentel.

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Para requerer o salário maternidade, é preciso que as autônomas levem a carteira de identidade e o carnê de contribuição. As demais trabalhadoras devem apresentar a identificação e a carteira de trabalho. Desde o início do mês, a nova forma de análise para a concessão de benefícios foi adotada para a aposentadoria por idade do trabalhador urbano e agora foi estendida para o salário maternidade e por tempo de contribuição.

O ministro disse que a qualificação do serviço da previdência social é o reconhecimento do direito dos trabalhadores e da afirmação da cidadania.

"Até pouco tempo na cabeça do cidadão o serviço devia ser de péssima qualidade. Agora não, nós modificamos toda a legislação no mês de dezembro numa ação conjunta do Congresso Nacional com o governo federal. Estamos implantando e concedendo os benefícios em até 30 minutos", afirmou.

O ministro destacou que para conseguir se aposentar ou ter acesso à licença maternidade em 30 minutos, em primeiro lugar, é necessário que o cidadão esteja vinculado à Previdência, o que inclui 65% da população acima de 16 anos de idade.

"Depois bastar marcar pelo sistema 135 o dia e a hora do atendimento e levar a documentação. Se todos os dados necessários estiverem corretos o contribuinte será atendido em até 30 minutos, como vem sendo feito com as aposentadorias por idade desde o dia cinco de janeiro", explicou.

Pimentel disse ainda que em 90% das agências da previdência social o atendimento é marcado em até 48 horas. Nos grandes centros, entretanto existe um volume maior o que torna mais lento o processo.

"Estamos criando mais 715 agências até 2010, em todo o território nacional, para descentralizar o atendimento. Em 2008, atendemos 295 mil benefícios e aposentadorias por idade. Temos 4 mil pessoas por dia procurando e se aposentando por idade no território nacional. Este serviço será agilizado", concluiu.
17:25
Anónimo disse...
Giuseppe Englaro, pai de Eluana, a italiana que morreu na segunda-feira passada por desidratação, recusou uma grande soma de dinheiro de um conhecido fotógrafo italiano que queria retratar a filha em estado de coma, disse neste sábado o neurologista que atendia a mulher desde 1996, Carlo Defanti.

O neurologista, que participou hoje de uma conferência sobre eutanásia, disse que Englaro respeitou a vontade da filha, que, antes do acidente, tinha pedido que, se lhe ocorresse qualquer coisa irreversível, apresentasse sua imagem de quando estava em boas condições.

Antes de sofrer o acidente de trânsito, em 1992, Eluana viveu o coma de um amigo, Alessandro, o que causou forte impacto na italiana e a levou a fazer o pai prometer que não a deixasse viver em estado vegetativo, disse o próprio Giuseppe Englaro.

Defanti, que dissera que Eluana poderia viver de dez a 12 dias depois da suspensão da alimentação e da hidratação, disse que, como médico, tinha que reprovar esta afirmação.

"Não se pode sobreviver após três ou quatro dias sem líquido e, em particular, água em um corpo. Sabemos bem que, quando há um terremoto, após quatro dias é difícil encontrar sobreviventes".

Defanti ressaltou que Eluana "não falava, não se comunicava com o exterior" e que, após vários exames, "nos deparamos com uma moça que tinha perdido a consciência", porque estava com o córtex cerebral prejudicado.

Eluana foi enterrada na quinta-feira passada no túmulo da família na localidade de Paluzza, em Udine, após um funeral que não contou com a presença dos pais.

16:53
Anónimo disse...
Os bombeiros combatem neste sábado os incêndios na Austrália favorecidos pelo bom tempo, enquanto os deslocados encotram em seu retorno casas derruídas, carros queimados nas ruas e destruição.

Depois de sete dias desde que começaram os incêndios no Estado de Victoria, a lista de mortos chega a 181, os desaparecidos somam 50, os edifícios destruídos totalizam 1,834 mil e o terreno arrasado, principalmente florestas, ocupa uma área de 4,13 mil quilômetros quadrados.

As equipes de bombeiros, formadas por 4 mil profissionais de Victoria, de outras partes da Austrália e de países amigos, combateram hoje 12 focos fora de controle e nenhum representava uma ameaça direta para a população.

O subdiretor do Serviço de Bombeiros, Geoff Conway, disse que este tempo favorável, que se prolongará durante o domingo, permite consolidar as linhas de contenção e avançar na extinção das chamas.

Cinzas apareceram arrastadas por ventos do nordeste sobre Melbourne, onde habitam 3,8 milhões de pessoas, e as autoridades alertaram aos cidadãos do risco para a saúde de idosos, crianças e pessoas com problemas respiratórios.

O número de pessoas deslocadas - a Cruz Vermelha chegou a receber 7 mil - começou a cair com a abertura de algumas localidades atingidas.

Os incêndios, alguns criminosos, começaram em 7 de fevereiro, quando a região sul da Austrália estava há duas semanas sob uma onda de calor sem precedentes.

Na sexta-feira passada, a polícia acusou uma pessoa de ter provocado o incêndio que atingiu a localidade de Churchill e matou 21 pessoas.

16:55
Anónimo disse...
A primeira chuva em seis dias reduziu a ameaça de incêndios no Estado de Victoria, ao sul da Austrália. As autoridades, porém, advertiram que ainda existem 12 focos, mas que nenhum deles ameaça áreas povoadas.

Mais de quatro mil bombeiros, mil provenientes de outras partes do país e de outras nações, trabalham contra o fogo. Cerca de 600 veículos e 28 helicópteros e pequenos aviões estão sendo usados.


Eles conseguiram construir linhas de contenção para evitar os incêndios de Yarra e Maroondah se juntassem. Também foram controlados os incêndios abertos de Yea e Murrindindi, que ameaçavam as comunidades de Connellys Creek, Crystal Creek, Scrubby Creek e Native Dog Creek.

O número de mortos chegou a 181, mas as autoridades acreditam que as vítimas devem passar de 200, já que ainda há muitos desaparecidos.

16:55
Anónimo disse...
Aqui nesta coluna, na semana passada, tive a oportunidade de comentar sobre a recente visita do professor brasileiro Pedrinho Guareschi à Austrália. Não dei, porém, os fatos, pois semana passada o assunto era outro.

Hoje, porém, vamos a eles.

No último dia 4 de fevereiro, aconteceu o Seminário "Paulo Freire: Education and Liberation", organizado pelo centro de estudos latino-americanos da Universidade Nacional da Austrália, ou ANU, como é mais conhecida por aqui.

A ANU, para quem não sabe, está entre as 20 melhores universidades do mundo! E tem sede aqui em Camberra, capital da Austrália.

Na abertura do evento, o professor John Minns, diretor do centro latino-americano, ao dar boas-vindas ao público presente, lembrou ser aquele o primeiro seminário exclusivamente dedicado a Paulo Freire na Austrália.

Em seguida, convidou Pedrinho Guareschi, palestrante principal do Seminário, a fazer sua apresentação.

A plateia pode então conhecer, pelas palavras de Pedrinho, um pouco da obra e da vida de Freire, esse brasileiro de fé e valor, que sempre acreditou na educação, sobretudo dos menos favorecidos, analfabetos, como força libertadora.

Como não podia deixar de ser, os conceitos e ideias revolucionários de Paulo Freire, expostos com clareza por Pedrinho, despertaram o interesse e a curiosidade de plateia. A qual, deve-se notar, era na maioria de estudantes, mas de várias nacionalidades, sobretudo australianos e asiáticos.

Na continuação do programa do seminário, que se estendeu por dois dias, outros professores fizeram palestras sobre temas ligados à obra de Paulo Freire.

Interessante, por exemplo, saber que a professora Anne Hickling-Hudson, jamaicana que mora na Austrália há muitos anos (é professora da ANU), conheceu e trabalhou com Freire num workshop educacional durante a revolução na Ilha de Granada, em 1980, antes da invasão dos Estados Unidos...

Ou, então, a palestra da Professora Gerda Roelvink, da Nova Zelândia, que participou do Fórum Social de Porto Alegre em 2005. E essa participação transformou-se em tema de doutorado.

No dia 10, terça-feira passada, o padre Pedrinho Guareschi voltou a falar ao público australiano em grande auditório localizado no belíssimo campus da ANU. Desta vez, sobre a Teologia da Libertação.

Depois da palestra, John Minns mostrou o filme mexicano "O Crime do Padre Amaro", no qual um dos personagens é um padre católico praticante da Teologia da Libertação.

Mais uma vez, foi grande o intersse da platéia, que pode aprender e conhecer um pouco como se desenvolveu aquele importante movimento católico na América Latina.

Fica, assim, ao Pedrinho, bem como a outros brasileiros estudiosos e de bom coração que saem pelo mundo a divulgar aspectos importantes da cultura brasileira, o respeito e a homenagem desta coluna. E... aquele abraço!

16:57
Anónimo disse...
Amanda Kitts perdeu o braço esquerdo em um acidente de automóvel acontecido três anos atrás, mas hoje em dia ela joga futebol americano com seu filho de 12 anos de idade, troca fraldas e abraça as crianças nas três creches Kiddie Cottage que opera em Knoxville, Tennessee. Kitts, 40 anos, faz tudo isso com a ajuda de um novo tipo de braço artificial que se movimenta com mais facilidade do que outros aparelhos e que ela pode controlar utilizando apenas seus pensamentos.

"Eu sou capaz de mexer a mão, o pulso e o cotovelo ao mesmo tempo", diz. "Você pensa e os músculos se movem em seguida".

A recuperação que ela conseguiu resulta de um novo procedimento que vem atraindo crescente atenção porque permite que pessoas movam braços protéticos de forma mais automática do que faziam no passado, simplesmente utilizando nervos reaproveitados em seus cérebros.

A técnica, conhecida como "renervação muscular dirigida", envolve utilizar os nervos que restam depois da amputação de um braço e conectá-los a outro músculo do corpo, em geral no peito. Eletrodos são instalados sobre os músculos do peito, e operam como se fossem antenas. Quando a pessoa deseja mover o braço, o cérebro envia sinais que primeiro resultam em contração dos músculos do peito, os quais enviam um sinal ao braço protético, instruindo-se a se movimentar. O processo não requer mais esforços consciente do que a pessoa teria de exercitar caso ainda tivesse seu braço natural.

Na terça-feira, pesquisadores reportaram em estudo publicado pela versão online do Journal of the American Medical Association que haviam levado a técnica ainda mais à frente, tornando possível a execução de 10 movimentos de mão, pulso e cotovelo diferentes, o que representa uma substancial melhora com relação ao típico repertório protético, que em geral envolve apenas dobrar o cotovelo, girar o pulso e abrir a mão.

"Os novos métodos tiveram impacto dramático em nosso campo de trabalho", disse Stuart Harshbarger, engenheiro biomédico na Universidade Johns Hopkins e diretor do programa de pesquisa sobre próteses, financiado pelas forças armadas, que inclui o trabalho com essa técnica. "O método já está em uso por médicos e cirurgiões comuns em todo o país. A capacidade de controlar um membro protético bastante robusto que ele confere surpreendeu a todos pela qualidade".

Tipicamente, uma pessoa que tenha um braço protético só é capaz de executar alguns poucos movimentos, e muitas vezes com tamanha lentidão que isso só permite a ela atividades limitadas.

Há um motor separado para cada movimento, diz Gerald Loeb, professor de engenharia biomédica na Universidade do Sul da Califórnia, "e esses motores precisam ser controlados de maneira explícita", usualmente por um esforço consciente da pessoa para contrair músculos nas costas ou no bíceps.

"Essencialmente, até agora os pacientes controlavam apenas um motor de cada vez", diz Loeb, "e precisavam pensar cuidadosamente sobre que motor desejavam controlar e como fazê-lo operar, em lugar de simplesmente pensarem em mover o braço e poderem fazê-lo sem delongas".

Antes que Kitts passasse pelo procedimento de renervação, em outubro de 2007, por exemplo, ela precisava movimentar os músculos de suas costas de determinada maneira para fazer com que seu pulso girasse, e flexionar seu bíceps e tríceps para fazer com que o cotovelo se movesse para cima e para baixo. "Era muito trabalho", ela conta. "E não me ajudava muito".

O procedimento de renervação é parte de uma recente explosão de idéias novas e técnicas inovadoras que estão sendo exploradas enquanto os cientistas se esforçam por ajudar as pessoas a compensar melhor a perda de membros ou problemas de paralisia. O esforço vem sendo alimentado pelo aumento no número de amputações causado por diabetes e por ferimentos sofridos pelos militares, e ao mesmo tempo pelos avanços na tecnologia médica.

Os braços se tornaram um dos focos essenciais desse tipo de trabalho. A ciência há muito vem obtendo sucessos no desenvolvimento de próteses de perna, mas é muito mais difícil imitar a complexidade e a destreza das mãos e dos braços.

Os esforços em curso incluem o desenvolvimento de projetos de pele e braços mais sensíveis e mais flexíveis, e o uso de dispositivos acionados por controles sem fio implantado nos braços protéticos, que permitiriam movimentos mais naturais.

Os pesquisadores também vêm usando sensores implantados nos cérebros de cobaias para permitir que dois macacos controlem um braço mecânico, e um teste com um homem paralítico permitiu, com esse método, que ele movimentasse um cursor em uma tela de computador.

Alguns desses métodos, caso venham a ser aperfeiçoados plenamente e consigam aprovação das autoridades regulatórias da saúde, podem no futuro se tornar mais viáveis para os pacientes de amputações.

E embora a técnica da renervação não requeira aprovação das autoridades regulatórias porque é executada por meios cirúrgicos e emprega aparelhos já existentes, ela apresenta limitações que até mesmo seus criadores reconhecem, entre as quais o fato de que não se pode utilizá-la para todos os pacientes, o seu alto custo e o prazo de meses requerido para que os nervos reconectados cresçam e se tornem efetivos.

Ainda assim, os especialistas dizem que é o mais avançado sistema em uso hoje para pacientes reais que permite que o sistema nervoso controle diretamente o movimento de um braço artificial.

Desde sua introdução por Todd Kuiken, médico fisioterapeuta e engenheiro biomédico do Instituto de Reabilitação de Chicago, o método foi empregado em cerca de 30 pacientes nos Estados Unidos, Canadá e Europa, entre os quais oito soldados feridos no Iraque e no Afeganistão.

Muitos dos pacientes, entre os quais o primeiro, Jesse Sullivan, um operário do setor elétrico no Tennessee que perdeu os dois braços quando foi eletrocutado por um cabo, conseguem não apenas manipular seus braços protéticos mas sentir a presença das mãos que já não têm quando alguém toca em seus peitos.

Sullivan, 62 anos, e Kitts, estavam entre os cinco pacientes que participaram do estudo reportado na terça-feira. Em companhia de cinco outras pessoas que não passaram por amputações, eles receberam os eletrodos e foram instruídos a usar pensamentos para fazer com que um braço virtual na tela reproduzisse 10 movimentos diferentes, entre os quais três formas diferentes de aperto de mão.

Os pacientes apresentaram desempenho bastante respeitável, apenas um pouco mais lento e menos preciso do que os dos participantes que não tinham amputações.

"As velocidades de movimento que encontramos em nossos pacientes foram realmente encorajadoras", disse Kuiken. "Eles conseguiram completar a tarefa. É claro que não foram tão competentes quanto as pessoas dotadas de plena capacidade física, mas foram bons o bastante".

Um braço virtual foi usado porque a maioria das próteses existentes não era capaz de acomodar todos aqueles movimentos, no momento da pesquisa, ainda que Sullivan, Kitts e uma terceira paciente, Claudia Mitchell, tenham experimentado dois novos protótipos mais versáteis de braços artificiais, executando tarefas complexas com bolas de tênis e outros objetos.

O trabalho de renervação em soldados apresenta outros desafios, diz Kuiken, porque os ferimentos militares muitas vezes "causam danos muitos extensos" a nervos, músculos ou ossos.

Daniel Acosta, 25 anos, um aviador ferido pela detonação de uma bomba em uma estrada do Iraque em 2005, passou pelo procedimento no ano passado e diz que seu braço esquerdo protético agora se movimenta "muito mais rápido" e de maneira muito mais natural.

"A diferença é que agora não preciso mais pensar para mover o braço", ele diz. "Ele simplesmente se mexe".

Ainda assim, Acosta, de San Antonio, diz que "o processo foi bastante longo" e que os eletrodos precisam ser ajustados para receber os sinais à medida que os nervos crescem ou mudam de posição.

E embora elogiem o método, os especialistas afirmam que a ciência das próteses de braço ainda tem muito por avançar.

"Trata-se de uma parte crucial, mas ainda assim apenas uma parte, das muitas coisas que compreendem a função normal de um braço", disse Loeb, que escreveu um editorial que acompanha o artigo no Journal of the American Medical Association.

"No momento estamos a meio do caminho entre o braço de 'Dr. Fantástico', que fazia involuntariamente a saudação nazista, e o braço de Luke Skywalker em 'Guerra nas Estrelas', que funciona sem nenhum problema assim que é conectado. Creio que precisaremos ainda de muitos anos para conectar todas as peças necessárias a produzir um braço capaz de funcionar normalmente".

17:04
Anónimo disse...
A Espanha disse neste sábado que está preparando uma reclamação oficial contra a decisão da Venezuela de expulsar um membro do Parlamento Europeu que criticou o conselho eleitoral venezuelano.
Luis Herrero, membro do partido conservador espanhol PP, foi deportado na sexta-feira depois que o Conselho Nacional Eleitoral (CNE) o acusou de questionar a imparcialidade da instituição antes de um referendo que pode permitir ao presidente Hugo Chávez permanecer no cargo indefinidamente.

Herrero estava na Venezuela como observador do referendo. Ele acusou Chávez de ter "comportamentos típicos de um ditador" por pedir a contenção de manifestações da oposição.

O governo da Espanha convocou um encontro com o embaixador da Venezuela em Madri para expressar a desaprovação sobre a expulsão de Herrero, disse um representante do Ministério das Relações Exteriores espanhol.

As relações da Venezuela com a Espanha tiveram seu ponto crítico em 2007, quando Chávez ameaçou rever acordos diplomáticos e comerciais depois de ouvir um "cala a boca" do rei espanhol Juan Carlos durante uma cúpula.

A fenda foi oficialmente reparada em 2008, com uma visita oficial de Chávez à Espanha, onde ele cumprimentou o rei e discutiu acordos para investimento no setor petroquímico com o primeiro-ministro José Luis Rodriguez Zapatero.

17:06
Anónimo disse...
A polícia do Zimbábue anunciou neste sábado que acusa de traição Roy Bennett, dirigente do até agora opositor Movimento para a Mudança Democrática (MDC), detido na sexta-feira, em Harare, poucas horas antes da cerimônia de posse dos membros do novo gabinete.

"A Polícia nos informou que vão apresentar acusações de traição", disse à agência EFE o advogado de defesa de Bennett, Trust Maanda.

"Tentam relacionar Roy com o caso de Mike Hitschmann, que foi detido em 2006 em relação à descoberta de um carregamento de armas, apesar de que Hitschmann não tenha sido declarado culpado das acusações de traição apresentadas contra ele, mas de um crime menor de descumprimento de leis", disse Maanda.

O político opositor, designado por seu partido como vice-ministro de Agricultura no Governo de união nacional, esteve no exílio na vizinha África do Sul desde 2006 e retornou ao Zimbábue há duas semanas.

Segundo a Polícia, que deteve Bennett ontem no aeroporto de Harare quando pretendia ir à África do Sul para visitar sua família, as armas apreendidas em 2006 seriam utilizadas em um golpe de Estado para derrubar o presidente do Zimbábue, Robert Mugabe.

Depois da detenção, Bennet foi levado a Mutar, onde vários simpatizantes do MDC se concentraram em frente à delegacia na qual estava detido, diante do que a Polícia respondeu com tiros para o alto para dispersar os manifestantes.

17:07
Anónimo disse...
Austrália: 14 mil se candidatam a 'emprego dos sonhos'

A secretaria de Turismo de Queensland, na Austrália, informou que até esta segunda-feira já recebeu cerca de 14 mil inscrições para o "o melhor emprego do mundo". O Estado australiano promove pela internet seleção para vaga de "zelador" da ilha Hamilton, por seis meses com um salário de R$ 40 mil.

Muitos candidatos tiveram problemas durante a inscrição por conta dos acessos simultâneos ao site. A secretaria aconselha enviar os vídeos de 60s explicando porque deve ser escolhido em horários alternativos do dia, além de recomendar tamanho em torno de 40MB.

As inscrições começaram em 12 de janeiro e vão até o próximo dia 22 e podem ser feitas pelo site www.islandreefjob.com. O governo australiano escolherá 50 candidatos para a próxima fase da seleção, que terá votos do público para eleger um dos 11 finalistas.

A última fase terá entrevistas e desafios físicos, no próprio local de trabalho: as ilhas da Grande Barreira Coralina - o maior recife de coral do mundo. A secretaria de Turismo anunciará o vencedor no dia 6 de maio.

17:09
Anónimo disse...
Mercado elogia governo na crise, mas pede maior queda no juro

Peter Fussy
Direto de São Paulo

Desde as primeiras medidas anunciadas para combater os efeitos da crise, o governo brasileiro avisou que a estratégia não contemplaria um pacote. Seriam doses pontuais, de acordo com a necessidade da economia diante do agravamento das turbulências. Da primeira liberação dos depósitos compulsórios em setembro até a ampliação do seguro-desemprego na última quarta-feira, o governo passou por redução de impostos, ampliação de crédito e incentivos à exportação. Quase 150 dias após a primeira medida, o Terra conversou com líderes do setor público e privado, representantes dos trabalhadores, acadêmicos e com o próprio governo para saber quais destas ações foram mais eficazes, quais foram mais ineficientes e o que mais pode ser feito pelo Estado brasileiro contra a crise.

Os maiores elogios foram direcionados à atitude de reduzir o Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) para a indústria automobilística, anunciada em dezembro e que fez com que os emplacamentos de carros novos subissem 1,9% no primeiro mês do ano em relação a dezembro de 2008. Já as maiores críticas foram para a lentidão no corte da taxa básica de juro do País.

Para o presidente do conselho administrativo do Grupo Pão de Açúcar, Abílio Diniz, o Estado não é responsável pela crise e mesmo assim está agindo "com extrema serenidade e muito acerto". "O governo está atento, fazendo a sua parte. É preciso coragem de baixar firmemente a taxa de juros. É uma arma que temos a nosso favor, já que não há clima para inflação, nem possibilidade de danos para a macroeconomia", afirmou Diniz.

Na última reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), em janeiro, a taxa Selic foi reduzida em um ponto percentual, de 13,75% para 12,75% ao ano. Porém, o professor de economia da Universidade de Brasília (UnB) José Luiz Oreiro lembra que este corte representa uma redução de apenas 0,25 ponto percentual com relação à taxa de setembro do ano passado, quando a crise se agravou.

"Pouco antes da eclosão da crise, o Banco Central aumentou a taxa em 0,75 ponto. Foram cinco meses de demora para reduzir em termos líquidos apenas 0,25 ponto", afirmou o economista, que também sugeriu redução do intervalo de cerca de 90 dias entre as reuniões do Copom e o corte de pelo menos um 1 ponto percentual em cada reunião.

Mesmo com o corte de janeiro, a taxa de juros real continua sendo a maior do mundo, lembrou o secretário-geral da Força Sindical, João Carlos Gonçalves, o Juruna. "A redução da taxa de juro ainda é pequena, porque ela continua uma das mais altas do mundo. Falta ousadia para baixar os juros e ajudar o cidadão. A permanência da taxa de juro alta é negativa para o País em meio a crise", afirmou Juruna.

Embora aprove as ações do governo, o senador Aloízio Mercadante (PT-SP) também acredita que o patamar da Selic está muito alto. "Sempre fomos os primeiros a entrar em qualquer crise, o que não aconteceu agora. A taxa Selic ainda é muito alta, mas o governo têm tomado medidas acertadas, como o aumento do salário mínimo, mesmo com um cenário de crise. Isso ajuda a movimentar o consumo. O governo está se esforçando para manter os investimentos e o crescimento", disse.

Tributos
De acordo com o economista Fabio Pina, da Fecomercio-SP, as ações mais positivas estão relacionadas à redução de tributos para alguns segmentos, como a indústria automobilística, que recuperou parte da queda nas vendas em janeiro com a isenção do IPI para carros 1.0 l e o corte para demais motorizações. A medida vale até o final de março.

"Essas medidas não só reduziram o preço, mas anteciparam o consumo daqueles que iriam comprar no futuro, dando um prêmio por conta da insegurança. Mexe diretamente com o principal problema que é a confiança do consumidor", afirmou. Juruna destacou que um bom ritmo de vendas é garantia de emprego. "É importante porque cada emprego na montadora significa 19 na cadeia produtiva", comentou o representante da Força Sindical.

Também em dezembro, o governo decidiu cortar pela metade a alíquota do Imposto de Renda para contribuintes que ganham entre R$ 1.434 e R$ 2.150 mensais. "O salário aumentava e a tabela não se modificava. As pessoas ganhavam mais e pagavam mais impostos", apontou Juruna. Outra redução de tributos do governo foi com relação ao Imposto sobre Operações Financeiras (IOF), que caiu de 3% ao ano para 1,5%.

Crédito
Na segunda metade de 2008, o colapso de bancos nos Estados Unidos por conta da crise do subprime provocou uma forte restrição de crédito no mundo inteiro. Uma das primeiras medidas anticrise do governo teve como objetivo restabelecer a oferta, com mudanças no recolhimento dos depósitos compulsórios por parte dos bancos. Segundo o presidente do Banco Central, Henrique Meirelles, as diversas modificações liberaram US$ 99,2 bilhões aos bancos até o final de janeiro.

Além disso, o governo concedeu R$ 36 bilhões das reservas internacionais para empresas brasileiras com dívidas no exterior e uma medida provisória autorizou o Banco do Brasil e a Caixa Econômica Federal a comprar carteiras de crédito de bancos privados. Para o diretor do Departamento de Pesquisas e Estudos Econômicos da Fiesp, Paulo Francini, estas medidas foram essenciais para combater os efeitos da crise.

"A crise se desenvolve no mundo em torno do tema crédito. E o crédito reduziu-se barbaridade no mundo. Então o governo lança mão de compulsório, lança mão de reservas, de medidas que permitem aos bancos comprar carteiras de bancos. Você vai tomando várias medidas para atender às demandas e o epicentro disso é crédito", afirmou.

No entanto, Oreiro, da UnB, adverte que a liberação dos compulsórios seria mais eficiente acompanhada de redução mais agressiva da taxa básica de juro. "Uma parte do crédito voltou, depois da forte retração em outubro e novembro. O que deveria ter sido feito junto à liberação do compulsório era uma redução mais drástica da taxa de juro. Sem isso, os bancos pegam as reservas e acabam comprando títulos públicos", explicou o economista.

Na opinião de Pina, as ações de distribuição de crédito via redução do compulsório e a disposição de capital de giro para empresas foram tomadas sem um cuidado maior na operação e não tiveram muito efeito. "O BNDES tem linhas que ficam paradas quase todo o ano, agora é pior ainda. Existem os recursos, mas as empresas e os bancos estão desconfiados. É preciso fazer com que os bancos tenham interesse em emprestar", afirmou o economista da Fecomercio-SP.

Futuro
Mesmo com todas essas medidas, a crise financeira ainda gera incertezas nos setores produtivos do País. Nos últimos meses, o medo do desemprego fez os consumidores adiarem compras. Por sua vez, a queda nas vendas pode obrigar as indústrias a cortarem a produção e demitir funcionários. Contra isso, empresários sugerem redução de jornada e de salários.

"Isto está previsto em lei. A Fiesp simplesmente manteve conversações com entidades sindicais quanto à aplicação daquilo que já está previsto em lei", afirmou Francini.

Segundo a ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff, uma das medidas que assegura um nível de emprego é a manutenção de investimentos no Programa de Aceleração do Crescimento (PAC). "Estamos esperando que a dificuldade ocorra em janeiro, fevereiro e março. Estamos certos que vamos manter o nível de investimento. É isso que funciona, é isso que significa investimento público. Ele funciona como um colchão. Por isso, nós colocamos R$ 100 bilhões no BNDES e a Petrobras ampliou o seu investimento em R$ 120 bilhões", afirmou.

Na mesma linha, Pina explica que a antecipação de gastos do governo substitui parte da demanda retraída do setor privado. "Ele dá o seguinte recado: não vou estourar as contas públicas, mas concentrar em um momento em que a demanda privada está pequena. Mas o governo não tem fôlego suficiente para fazer o papel de toda demanda", ressaltou. O economista da Fecomercio lembrou que a entidade já pleiteou junto ao governo isenções para transferência de imóveis e de automóveis, além de retirar o IPVA para veículos novos.

Já Oreiro foca suas propostas na capitalização do Banco do Brasil e da Caixa Econômica Federal pelo Tesouro para atender a demanda de crédito para capital de giro e reduzir o spread. "Aumentando o empréstimo e reduzindo as taxas, os dois vão forçar os bancos privados a acompanhar o movimento, até para não perderem participação no mercado", explicou o economista da UnB.

Até o Carnaval, o governou prometeu detalhar um pacote de incentivos para a construção de até um milhão de casas populares, direcionado a famílias com renda de até dez salários mínimos. "Estamos atentos a tudo o que está acontecendo e novas medidas serão tomadas caso haja uma avaliação de que sejam necessárias", disse o ministro da Fazenda, Guido Mantega, na última sexta-feira.

17:11
Anónimo disse...
Ex-ministro critica extensão do seguro-desemprego

Atualizada às 09h03

O ex-ministro do Trabalho Almir Pazzianotto criticou a decisão do governo federal de conceder o seguro-desemprego estendido a apenas alguns setores. "É certamente odioso e provavelmente inconstitucional", disse Pazzianotto, de acordo com o jornal O Estado de S. Paulo.

Na última qurta, dia do anúncio da medida, centrais sindicais elogiaram a atitude do governo. A Força Sindical divulgou nota dizendo que "o aumento ajudará a aquecer parte da economia, já que irá gerar mais consumo, produção e conseqüentemente, a criação de novos postos de trabalho". A União Geral dos Trabalhadores (UGT) afirmou que a medida "contribuirá para minimizar o drama dos trabalhadores que perderem seu emprego por conta da crise".

O ex-ministro, que instituiu o seguro-desemprego no País no governo de José Sarney, destacou a necessidade de as centrais sindicais se manifestarem contra a determinação. Para ele, as mudanças devem ser aplicadas a todas as categorias profissionais e a distinção é contrária ao artigo 3º da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT).

Pazzianotto atribui a medida a um possível temor do governo de que a crise econômica seja longa e não haja dinheiro para atender a todas as necessidades. Ainda assim, ele se mostra contrário ao método de concessão. "O seguro-desemprego ajuda a sanar necessidades básicas. Estendê-lo é paliativo, não a solução", disse ao jornal.

De acordo com o presidente do Conselho Deliberativo do Fundo de Amparo ao Trabalhador (Codefat) e conselheiro da Força Sindical, Luiz Fernando Emediato, a determinação já estava prevista na lei 8.900/94, que trata do seguro-desemprego.

O presidente da Comissão de Trabalho da Câmara, Pedro Fernandes (PTB-MA) vai além na crítica à concessão do seguro para apenas alguns setores. Ele acredita que a ampliação do benefício estimula o desemprego.

Quintino Severo, secretário geral da Central Única dos Trabalhadores (CUT), lembra que a ampliação do benefício sem critério e identificação pode incentivar demissões em outros setores.

17:13
Anónimo disse...
Empresas
TAM faz promoção para destinos internacionais

A companhia aérea TAM anunciou nesta sexta-feira tarifas promocionais para trechos internacionais. Os preços valem para bilhetes comprados entre 6h deste sábado e 23h59 deste domingo e são válidos para classe econômica. As tarifas, para ida e volta, serão vendidas a partir de US$ 99, mais taxas.

Segundo a aérea, a promoção vale para viagens feitas no período de 14 de fevereiro a 18 de junho de 2009. Para destinos na América do Sul, a permanência mínima é de dois dias; para bilhetes com destino nos Estados Unidos, cinco dias; e Europa, sete dias. A permanência máxima para as passagens para América do Sul e EUA é de dois meses e para Europa, três meses.

Entre os exemplos de tarifas promocionais, a TAM oferece São Paulo-Lima por US$ 99. Bilhetes para a rota São Paulo-Santiago serão vendidos a partir de US$ 199 e São Paulo-Nova York, US$ 799.

A emissão dos bilhetes deve ser feita obrigatoriamente no ato da reserva, obedecendo às regras estipuladas pela companhia. A compra está sujeita à disponibilidade de assentos nas classes tarifárias determinadas, trechos, horários e datas. A TAM afirmou que também há tarifas promocionais para a classe executiva.

Mais informações podem ser encontradas no site promocional (www.ofertastam.com.br), no site da empresa (www.tam.com.br) ou pelos telefones 4002-5700 ou 0800 5705700.

17:13
Anónimo disse...
Empresas
Consultoria negocia compra do parque temático Hopi Hari

A consultoria especializada em reestruturação de empresas Íntegra Associados informou nesta sexta-feira ter um acordo para comprar o parque de diversões Hopi Hari, localizado no interior de São Paulo. A empresa estaria disposta a investir R$ 10 milhões no parque, que tem dívida estimada em R$ 800 milhões. As informações são da edição deste sábado do jornal Folha de S. Paulo.

De acordo com o jornal, a transação ainda depende da negociação entre o Hopi Hari e seus credores, o que já estaria em andamento.

A consultoria paulista já atuou junto à Parmalat, durante 30 meses, quando reorganizou a gestão da empresa italiana.

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17:14
Anónimo disse...
Empresas
Disney de Tóquio contratará mais 2 mil apesar da crise


A Oriental Land, o operador da Disneylândia Tóquio e DisneySea, organizou neste domingo entrevistas para contratar cerca de 2 mil trabalhadores em tempo parcial, em um momento de grandes demissões deste tipo de empregados no Japão.

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O operador deste parque temático, situado em Urayasu, na província de Chiba (leste de Tóquio), está em pleno processo de seleção de empregados para 20 tipos de postos trabalhistas diferentes.

Segundo a companhia, citada pela agência local de notícias Kyodo, o parque contratará novos trabalhadores para as atrações, para os restaurantes e guardas de segurança entre outros. Os novos contratados começarão a trabalhar a partir de fevereiro.

O processo de seleção acontece em um momento em que a maioria das grandes companhias japonesas começaram a se ver obrigadas a despedir uma elevada percentagem de seus trabalhadores temporários e a tempo parcial.

Algumas inclusive anunciaram demissões de seus trabalhadores fixos, uma medida muito pouco comum nas companhias japonesas, perante os efeitos piores que o esperado pela crise econômica global.

Cerca de uma centena de pessoas esperavam desde a primeira hora desta manhã a abertura do centro de conferências Tokyo International Forum, onde as entrevistas estão sendo feitas, para ser os primeiros a solicitar os postos de trabalho.


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17:15
Anónimo disse...
Economia Internacional
Senado dos EUA aprova plano de estímulo à economia

O Senado dos Estados Unidos aprovou com 60 votos a favor e 38 contra o plano de estímulo à economia de US$ 787 bilhões na madrugada deste sábado. Agora, ele segue para sanção ou veto do presidente Barack Obama, que espera colocar a lei em prática até o dia 16 de fevereiro.

O plano prevê a criação de três milhões de empregos, inclui cortes de impostos às famílias, fundos para programas sociais e obras públicas, além de ajuda aos governos estaduais, estudantes e desempregados.

A cláusula Buy American - que exige o uso de ferro, aço e produtos manufaturados dos Estados Unidos em obras realizadas com recursos do pacote - ficou de lado. Segundo o texto definitivo, a cláusula será aplicada sem violar as normas do comércio internacional.

Ontem à tarde, a Câmara de Representantes (deputados) havia aprovado, por 246 votos a favor e 183 contra, a versão final do plano. Todos os republicanos foram contrários ao pacote.

Pelo acordo de quarta-feira entre Câmara e Senado, em vez de custar US$ 819 bilhões, como queriam os deputados, ou US$ 838 bilhões como pretendiam os senadores, o pacote ficou em cerca de US$ 787 bilhões, com 65% desse total destinado a gastos do governo federal e 35%, a créditos tributários.

17:16
Anónimo disse...
Economia nacional
Na era Lula, aposentadoria sobe 54% menos que salário mínimo

Thatiane Faria
Especial para o Terra
Direto de São Paulo

Os índices de reajustes concedidos pelo governo em 2009 para aposentados e pensionistas e para o salário mínimo repetiram uma diferença que, só durante o governo de Luiz Inácio Lula da Silva, já chega a 54%. Enquanto o mínimo foi majorado em 12% este ano, as pensões e aposentadorias tiveram aumento de 5,92%. Aposentados que têm o benefício do governo como única fonte de renda reclamam que perdem poder de compra e que sua cesta de compras é composta por itens que aumentam mais em relação à inflação oficial.

Um exemplo prático pode ser entendido a partir da comparação entre um aposentado que ganhava R$ 600 em janeiro de 2003. Na época, o benefício era três vezes, ou 200%, maior que o valor do mínimo em vigência, que era de R$ 200. Aplicando-se os índices de reajuste para aposentadorias e para o mínimo durante os últimos seis anos, o mesmo aposentado estaria recebendo hoje R$ 938,47, comparado a um salário mínimo de R$ 465. A diferença entre os dois valores caiu para pouco mais de 100%.

Enquanto o índice acumulado de reajuste para a aposentadoria durante o governo Lula foi de 60%, para o salário mínimo está em 132%.

O diretor do Sindicato Nacional dos Aposentados, João Inocentini, reclama que os valores dos benefícios para aposentadorias não mantêm o poder de compra do grupo, principalmente dos aposentados que recebem menos que dez salários mínimos.

Nem mesmo o fato de o índice de reajuste das aposentadorias ter ficado acima da inflação acumulada no mesmo período (o IPCA entre janeiro de 2003 e janeiro de 2009 foi de 39,7%) serve de argumento, segundo os aposentados.

"Os idosos, principalmente, têm gastos além das contas gerais como gás, telefone e aluguel. Para eles o custo com remédios, e outros itens da área saúde costuma ser maior", afirmou Inocentini.

O presidente do sindicato afirmou que o grupo realiza um estudo com 100 itens de necessidade de um idoso para comparar o aumento dos produtos com o índice de reajuste do benefício recebido pelos aposentados.

"Daqui dois meses vamos abrir um processo na Justiça e levar essa pesquisa como prova. Segundo a lei, o governo é obrigado a manter o poder de compra com a aposentadoria", disse Inocentini.

Alternativas
O consultor financeiro Cláudio Boriola diz que os aposentados, especialmente nesse momento de crise econômica, devem evitar compras parceladas, pesquisar preços, negociar e fazer bom planejamento financeiro.

Segundo Boriola, alguns aposentados ganham um valor mensal muitas vezes insuficiente para o pagamento das contas e acabam pedindo crédito ou realizando pagamentos a prazo e são obrigados a pagar juros altos.

Na opinião do consultor, pagar uma previdência privada é uma alternativa indicada para quem ainda trabalha, considerando a característica de perda de poder de compra da aposentadoria.

"Na prática, infelizmente os valores encontram-se em um patamar que está deteriorando o poder de aquisição da população brasileira", completou Boriola.

De acordo com o diretor da Confederação Brasileira de Aposentados e Pensionistas (Cobap), Vicente Fernandes Barbosa, representantes dos aposentados tentarão um encontro com o presidente da Câmara, deputado Michel Temer (PMDB-SP), para discutir projetos que minimizem a perda dos aposentados

17:17
Anónimo disse...
Previdência
Previdência prorroga isenção de tarifas no benefício

O atual sistema de pagamento aos 26 milhões de aposentados e pensionistas do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) será mantido até o final deste ano. O acordo, que permite realizar a operação sem nenhum custo aos beneficiários, foi renovado nesta sexta-feira, entre o governo federal e 21 instituições financeiras.

Por meio desse acordo, vigente desde setembro de 2007, nem os segurados, nem os bancos e nem o governo arcam com o pagamento de tarifas, conforme explicou o ministro da Previdência Social, José Pimentel. A prorrogação vale até dezembro, data máxima para que a Previdência defina as regras para um novo contrato.

Ao assinar o termo de renovação, na sede da Federação Brasileira dos Bancos (Febraban), o ministro disse que a intenção do governo é mudar o atual modelo de gestão visando a reduzir os custos dessas operações em torno da folha mensal, que atinge R$ 15,8 bilhões. No entanto, qualquer alteração, conforme explicou, passará antes por audiências públicas a serem realizadas a partir do segundo semestre deste ano, atendendo a determinação do Tribunal de Contas da União (TCU).

De acordo com Pimentel, com um redesenho do mecanismo de repasse dos recursos aos bancos em torno da folha de pagamento dos segurados o que se busca é um aumento da participação de instituições financeiras. Ele informou que, desde 2007, cada benefício custa em média R$ 1,07 ao governo. "Quanto mais instituições financeiras estiverem prestando serviços à sociedade, maior é a competitividade, a agilidade no atendimento", justificou.

O ministro observou, ainda, que, para permitir uma redução para algo em torno de meia hora no tempo de atendimento para a concessão dos direitos previdenciários, o governo investiu R$ 280 milhões.

Questionado sobre o descontentamento dos segurados que ganham acima de um salário mínimo terem obtido apenas a correção com base na variação do Índice de Preços ao Consumidor (INPC) , ficando abaixo do reajuste dado a quem recebe apenas o mínimo, Pimentel argumentou que o governo seguiu o que determina a lei e descartou a possibilidade de uma revisão

17:17
Anónimo disse...
Empresas
Caterpillar oferece aposentadoria antecipada a 2 mil


A companhia americana Caterpillar ofereceu a cerca de dois mil funcionários incentivos para que se aposentem de forma voluntária antes do previsto, pela perspectiva de uma queda "significativa" da atividade industrial, informou nesta quarta-feira a empresa.

A iniciativa, destinada aos trabalhadores de diversas fábricas em Illinois, Colorado, Tennessee e Pensilvânia, se soma aos cortes de empregos anunciados em janeiro, explicou em comunicado de imprensa.

A empresa, a maior fabricante mundial de maquinaria pesada para a construção e a mineração, acrescentou que, "em função das condições de negócio, podem ser necessárias mais reduções de elenco voluntárias e involuntárias à medida que o ano avança".

O vice-presidente da companhia, Sid Banwart, explicou que a empresa prevê "demissões significativas em todas as regiões geográficas e na maioria dos setores devido às dificuldades da economia mundial".

17:18
Anónimo disse...
Comércio
Comércio exterior da OCDE caiu no 3º trimestre de 2008


As exportações e as importações dos países da Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Econômico (OCDE) caíram 1,6% e 0,2%, respectivamente, no terceiro trimestre de 2008, em relação aos três meses anteriores.

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Trata-se da primeira queda destas atividades desde o terceiro trimestre de 2006, segundo o último relatório trimestral sobre fluxos comerciais divulgado pela OCDE.

As exportações e as importações em dólares dos 30 Estados-membros caíram 15,6% e 17%, respectivamente, na comparação anualizada.

Por sua vez, o comércio dos sete países mais ricos do mundo (G7) teve um pequeno crescimento no terceiro trimestre de 2008 com uma queda das exportações de mercadorias de 0,2% em relação ao trimestre anterior e um aumento de 0,4% das importações.

Em termos anualizados, as importações do G7 caíram 1,4% entre julho e setembro do ano passado, seu primeiro retrocesso desde o terceiro trimestre de 2006, enquanto as exportações aumentaram 1,9%, seu crescimento mais baixo no mesmo tempo.

Por países, a Alemanha aumentou suas importações em 3,4% - valor mais alto do G7 -, enquanto suas exportações caíram 2,9% do segundo para o terceiro trimestre de 2008.

Pelo contrário, as exportações americanas aumentaram 1,8% entre julho e setembro de 2008, enquanto as importações caíram 0,7% em relação ao trimestre anterior. No Japão, tanto as importações quanto as exportações caíram em torno de 1% no mesmo período.

17:19
Anónimo disse...
Economia Nacional
Lula: juros de crédito consignado a aposentados são altos

Atualizada às 17h29

O presidente Luis Inácio Lula da Silva afirmou nesta terça-feira, em São Paulo, que está lutando para reduzir as taxas de juros cobradas de aposentados em crédito consignado. A Previdência Social estabelece uma taxa máxima de 2,5% para empréstimo e de 3,5% para cartão. Para Lula, os valores são altos.

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"Acho que o juro que os aposentados estão pagando hoje com o crédito consignado é alto para o padrão brasileiro", disse o presidente durante a cerimônia de comemoração dos 86 anos do INSS.

A Previdência anunciou nesta terça-feira que aposentados e trabalhadoras com licença-maternidade poderão receber seus benefícios em 30 minutos. De acordo com Lula, em junho, a aposentadoria do trabalhador rural também será conseguida em meia hora.

Além disso, o presidente anunciou que, também em junho, os trabalhadores que alcançarem o direito à aposentadoria passarão a receber em suas casas um comunicado da Previdência informando o fato e o valor do salário que têm direito a receber. "É um comprometimento público que estou fazendo com os companheiros da Previdência Social", disse.

"Estamos retribuindo ao contribuinte da Previdência Social aquilo que é a cidadania que ele tem direito", afirmou Lula. "Se para cobrar nós somos tão precisos, para devolver o dinheiro, temos que chegar próximo à perfeição", completou.

17:20
Anónimo disse...
Economia Nacional
Salário maternidade sairá em 30 minutos, diz ministro

Toda trabalhadora autônoma que tiver contribuído pelo menos 10 meses com o Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) - ou as que possuírem carteira assinada - poderão receber em 30 minutos o salário maternidade a partir desta terça-feira. Da mesma forma, as mulheres com 30 anos de contribuição e os homens com 35 anos também terão direito ao benefício de forma mais rápida. A informação é do ministro da Previdência Social, José Pimentel.

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Para requerer o salário maternidade, é preciso que as autônomas levem a carteira de identidade e o carnê de contribuição. As demais trabalhadoras devem apresentar a identificação e a carteira de trabalho. Desde o início do mês, a nova forma de análise para a concessão de benefícios foi adotada para a aposentadoria por idade do trabalhador urbano e agora foi estendida para o salário maternidade e por tempo de contribuição.

O ministro disse que a qualificação do serviço da previdência social é o reconhecimento do direito dos trabalhadores e da afirmação da cidadania.

"Até pouco tempo na cabeça do cidadão o serviço devia ser de péssima qualidade. Agora não, nós modificamos toda a legislação no mês de dezembro numa ação conjunta do Congresso Nacional com o governo federal. Estamos implantando e concedendo os benefícios em até 30 minutos", afirmou.

O ministro destacou que para conseguir se aposentar ou ter acesso à licença maternidade em 30 minutos, em primeiro lugar, é necessário que o cidadão esteja vinculado à Previdência, o que inclui 65% da população acima de 16 anos de idade.

"Depois bastar marcar pelo sistema 135 o dia e a hora do atendimento e levar a documentação. Se todos os dados necessários estiverem corretos o contribuinte será atendido em até 30 minutos, como vem sendo feito com as aposentadorias por idade desde o dia cinco de janeiro", explicou.

Pimentel disse ainda que em 90% das agências da previdência social o atendimento é marcado em até 48 horas. Nos grandes centros, entretanto existe um volume maior o que torna mais lento o processo.

"Estamos criando mais 715 agências até 2010, em todo o território nacional, para descentralizar o atendimento. Em 2008, atendemos 295 mil benefícios e aposentadorias por idade. Temos 4 mil pessoas por dia procurando e se aposentando por idade no território nacional. Este serviço será agilizado", concluiu.
17:25
Anónimo disse...
Giuseppe Englaro, pai de Eluana, a italiana que morreu na segunda-feira passada por desidratação, recusou uma grande soma de dinheiro de um conhecido fotógrafo italiano que queria retratar a filha em estado de coma, disse neste sábado o neurologista que atendia a mulher desde 1996, Carlo Defanti.

O neurologista, que participou hoje de uma conferência sobre eutanásia, disse que Englaro respeitou a vontade da filha, que, antes do acidente, tinha pedido que, se lhe ocorresse qualquer coisa irreversível, apresentasse sua imagem de quando estava em boas condições.

Antes de sofrer o acidente de trânsito, em 1992, Eluana viveu o coma de um amigo, Alessandro, o que causou forte impacto na italiana e a levou a fazer o pai prometer que não a deixasse viver em estado vegetativo, disse o próprio Giuseppe Englaro.

Defanti, que dissera que Eluana poderia viver de dez a 12 dias depois da suspensão da alimentação e da hidratação, disse que, como médico, tinha que reprovar esta afirmação.

"Não se pode sobreviver após três ou quatro dias sem líquido e, em particular, água em um corpo. Sabemos bem que, quando há um terremoto, após quatro dias é difícil encontrar sobreviventes".

Defanti ressaltou que Eluana "não falava, não se comunicava com o exterior" e que, após vários exames, "nos deparamos com uma moça que tinha perdido a consciência", porque estava com o córtex cerebral prejudicado.

Eluana foi enterrada na quinta-feira passada no túmulo da família na localidade de Paluzza, em Udine, após um funeral que não contou com a presença dos pais.

16:53
Anónimo disse...
Os bombeiros combatem neste sábado os incêndios na Austrália favorecidos pelo bom tempo, enquanto os deslocados encotram em seu retorno casas derruídas, carros queimados nas ruas e destruição.

Depois de sete dias desde que começaram os incêndios no Estado de Victoria, a lista de mortos chega a 181, os desaparecidos somam 50, os edifícios destruídos totalizam 1,834 mil e o terreno arrasado, principalmente florestas, ocupa uma área de 4,13 mil quilômetros quadrados.

As equipes de bombeiros, formadas por 4 mil profissionais de Victoria, de outras partes da Austrália e de países amigos, combateram hoje 12 focos fora de controle e nenhum representava uma ameaça direta para a população.

O subdiretor do Serviço de Bombeiros, Geoff Conway, disse que este tempo favorável, que se prolongará durante o domingo, permite consolidar as linhas de contenção e avançar na extinção das chamas.

Cinzas apareceram arrastadas por ventos do nordeste sobre Melbourne, onde habitam 3,8 milhões de pessoas, e as autoridades alertaram aos cidadãos do risco para a saúde de idosos, crianças e pessoas com problemas respiratórios.

O número de pessoas deslocadas - a Cruz Vermelha chegou a receber 7 mil - começou a cair com a abertura de algumas localidades atingidas.

Os incêndios, alguns criminosos, começaram em 7 de fevereiro, quando a região sul da Austrália estava há duas semanas sob uma onda de calor sem precedentes.

Na sexta-feira passada, a polícia acusou uma pessoa de ter provocado o incêndio que atingiu a localidade de Churchill e matou 21 pessoas.

16:55
Anónimo disse...
A primeira chuva em seis dias reduziu a ameaça de incêndios no Estado de Victoria, ao sul da Austrália. As autoridades, porém, advertiram que ainda existem 12 focos, mas que nenhum deles ameaça áreas povoadas.

Mais de quatro mil bombeiros, mil provenientes de outras partes do país e de outras nações, trabalham contra o fogo. Cerca de 600 veículos e 28 helicópteros e pequenos aviões estão sendo usados.


Eles conseguiram construir linhas de contenção para evitar os incêndios de Yarra e Maroondah se juntassem. Também foram controlados os incêndios abertos de Yea e Murrindindi, que ameaçavam as comunidades de Connellys Creek, Crystal Creek, Scrubby Creek e Native Dog Creek.

O número de mortos chegou a 181, mas as autoridades acreditam que as vítimas devem passar de 200, já que ainda há muitos desaparecidos.

16:55
Anónimo disse...
Aqui nesta coluna, na semana passada, tive a oportunidade de comentar sobre a recente visita do professor brasileiro Pedrinho Guareschi à Austrália. Não dei, porém, os fatos, pois semana passada o assunto era outro.

Hoje, porém, vamos a eles.

No último dia 4 de fevereiro, aconteceu o Seminário "Paulo Freire: Education and Liberation", organizado pelo centro de estudos latino-americanos da Universidade Nacional da Austrália, ou ANU, como é mais conhecida por aqui.

A ANU, para quem não sabe, está entre as 20 melhores universidades do mundo! E tem sede aqui em Camberra, capital da Austrália.

Na abertura do evento, o professor John Minns, diretor do centro latino-americano, ao dar boas-vindas ao público presente, lembrou ser aquele o primeiro seminário exclusivamente dedicado a Paulo Freire na Austrália.

Em seguida, convidou Pedrinho Guareschi, palestrante principal do Seminário, a fazer sua apresentação.

A plateia pode então conhecer, pelas palavras de Pedrinho, um pouco da obra e da vida de Freire, esse brasileiro de fé e valor, que sempre acreditou na educação, sobretudo dos menos favorecidos, analfabetos, como força libertadora.

Como não podia deixar de ser, os conceitos e ideias revolucionários de Paulo Freire, expostos com clareza por Pedrinho, despertaram o interesse e a curiosidade de plateia. A qual, deve-se notar, era na maioria de estudantes, mas de várias nacionalidades, sobretudo australianos e asiáticos.

Na continuação do programa do seminário, que se estendeu por dois dias, outros professores fizeram palestras sobre temas ligados à obra de Paulo Freire.

Interessante, por exemplo, saber que a professora Anne Hickling-Hudson, jamaicana que mora na Austrália há muitos anos (é professora da ANU), conheceu e trabalhou com Freire num workshop educacional durante a revolução na Ilha de Granada, em 1980, antes da invasão dos Estados Unidos...

Ou, então, a palestra da Professora Gerda Roelvink, da Nova Zelândia, que participou do Fórum Social de Porto Alegre em 2005. E essa participação transformou-se em tema de doutorado.

No dia 10, terça-feira passada, o padre Pedrinho Guareschi voltou a falar ao público australiano em grande auditório localizado no belíssimo campus da ANU. Desta vez, sobre a Teologia da Libertação.

Depois da palestra, John Minns mostrou o filme mexicano "O Crime do Padre Amaro", no qual um dos personagens é um padre católico praticante da Teologia da Libertação.

Mais uma vez, foi grande o intersse da platéia, que pode aprender e conhecer um pouco como se desenvolveu aquele importante movimento católico na América Latina.

Fica, assim, ao Pedrinho, bem como a outros brasileiros estudiosos e de bom coração que saem pelo mundo a divulgar aspectos importantes da cultura brasileira, o respeito e a homenagem desta coluna. E... aquele abraço!

16:57
Anónimo disse...
Amanda Kitts perdeu o braço esquerdo em um acidente de automóvel acontecido três anos atrás, mas hoje em dia ela joga futebol americano com seu filho de 12 anos de idade, troca fraldas e abraça as crianças nas três creches Kiddie Cottage que opera em Knoxville, Tennessee. Kitts, 40 anos, faz tudo isso com a ajuda de um novo tipo de braço artificial que se movimenta com mais facilidade do que outros aparelhos e que ela pode controlar utilizando apenas seus pensamentos.

"Eu sou capaz de mexer a mão, o pulso e o cotovelo ao mesmo tempo", diz. "Você pensa e os músculos se movem em seguida".

A recuperação que ela conseguiu resulta de um novo procedimento que vem atraindo crescente atenção porque permite que pessoas movam braços protéticos de forma mais automática do que faziam no passado, simplesmente utilizando nervos reaproveitados em seus cérebros.

A técnica, conhecida como "renervação muscular dirigida", envolve utilizar os nervos que restam depois da amputação de um braço e conectá-los a outro músculo do corpo, em geral no peito. Eletrodos são instalados sobre os músculos do peito, e operam como se fossem antenas. Quando a pessoa deseja mover o braço, o cérebro envia sinais que primeiro resultam em contração dos músculos do peito, os quais enviam um sinal ao braço protético, instruindo-se a se movimentar. O processo não requer mais esforços consciente do que a pessoa teria de exercitar caso ainda tivesse seu braço natural.

Na terça-feira, pesquisadores reportaram em estudo publicado pela versão online do Journal of the American Medical Association que haviam levado a técnica ainda mais à frente, tornando possível a execução de 10 movimentos de mão, pulso e cotovelo diferentes, o que representa uma substancial melhora com relação ao típico repertório protético, que em geral envolve apenas dobrar o cotovelo, girar o pulso e abrir a mão.

"Os novos métodos tiveram impacto dramático em nosso campo de trabalho", disse Stuart Harshbarger, engenheiro biomédico na Universidade Johns Hopkins e diretor do programa de pesquisa sobre próteses, financiado pelas forças armadas, que inclui o trabalho com essa técnica. "O método já está em uso por médicos e cirurgiões comuns em todo o país. A capacidade de controlar um membro protético bastante robusto que ele confere surpreendeu a todos pela qualidade".

Tipicamente, uma pessoa que tenha um braço protético só é capaz de executar alguns poucos movimentos, e muitas vezes com tamanha lentidão que isso só permite a ela atividades limitadas.

Há um motor separado para cada movimento, diz Gerald Loeb, professor de engenharia biomédica na Universidade do Sul da Califórnia, "e esses motores precisam ser controlados de maneira explícita", usualmente por um esforço consciente da pessoa para contrair músculos nas costas ou no bíceps.

"Essencialmente, até agora os pacientes controlavam apenas um motor de cada vez", diz Loeb, "e precisavam pensar cuidadosamente sobre que motor desejavam controlar e como fazê-lo operar, em lugar de simplesmente pensarem em mover o braço e poderem fazê-lo sem delongas".

Antes que Kitts passasse pelo procedimento de renervação, em outubro de 2007, por exemplo, ela precisava movimentar os músculos de suas costas de determinada maneira para fazer com que seu pulso girasse, e flexionar seu bíceps e tríceps para fazer com que o cotovelo se movesse para cima e para baixo. "Era muito trabalho", ela conta. "E não me ajudava muito".

O procedimento de renervação é parte de uma recente explosão de idéias novas e técnicas inovadoras que estão sendo exploradas enquanto os cientistas se esforçam por ajudar as pessoas a compensar melhor a perda de membros ou problemas de paralisia. O esforço vem sendo alimentado pelo aumento no número de amputações causado por diabetes e por ferimentos sofridos pelos militares, e ao mesmo tempo pelos avanços na tecnologia médica.

Os braços se tornaram um dos focos essenciais desse tipo de trabalho. A ciência há muito vem obtendo sucessos no desenvolvimento de próteses de perna, mas é muito mais difícil imitar a complexidade e a destreza das mãos e dos braços.

Os esforços em curso incluem o desenvolvimento de projetos de pele e braços mais sensíveis e mais flexíveis, e o uso de dispositivos acionados por controles sem fio implantado nos braços protéticos, que permitiriam movimentos mais naturais.

Os pesquisadores também vêm usando sensores implantados nos cérebros de cobaias para permitir que dois macacos controlem um braço mecânico, e um teste com um homem paralítico permitiu, com esse método, que ele movimentasse um cursor em uma tela de computador.

Alguns desses métodos, caso venham a ser aperfeiçoados plenamente e consigam aprovação das autoridades regulatórias da saúde, podem no futuro se tornar mais viáveis para os pacientes de amputações.

E embora a técnica da renervação não requeira aprovação das autoridades regulatórias porque é executada por meios cirúrgicos e emprega aparelhos já existentes, ela apresenta limitações que até mesmo seus criadores reconhecem, entre as quais o fato de que não se pode utilizá-la para todos os pacientes, o seu alto custo e o prazo de meses requerido para que os nervos reconectados cresçam e se tornem efetivos.

Ainda assim, os especialistas dizem que é o mais avançado sistema em uso hoje para pacientes reais que permite que o sistema nervoso controle diretamente o movimento de um braço artificial.

Desde sua introdução por Todd Kuiken, médico fisioterapeuta e engenheiro biomédico do Instituto de Reabilitação de Chicago, o método foi empregado em cerca de 30 pacientes nos Estados Unidos, Canadá e Europa, entre os quais oito soldados feridos no Iraque e no Afeganistão.

Muitos dos pacientes, entre os quais o primeiro, Jesse Sullivan, um operário do setor elétrico no Tennessee que perdeu os dois braços quando foi eletrocutado por um cabo, conseguem não apenas manipular seus braços protéticos mas sentir a presença das mãos que já não têm quando alguém toca em seus peitos.

Sullivan, 62 anos, e Kitts, estavam entre os cinco pacientes que participaram do estudo reportado na terça-feira. Em companhia de cinco outras pessoas que não passaram por amputações, eles receberam os eletrodos e foram instruídos a usar pensamentos para fazer com que um braço virtual na tela reproduzisse 10 movimentos diferentes, entre os quais três formas diferentes de aperto de mão.

Os pacientes apresentaram desempenho bastante respeitável, apenas um pouco mais lento e menos preciso do que os dos participantes que não tinham amputações.

"As velocidades de movimento que encontramos em nossos pacientes foram realmente encorajadoras", disse Kuiken. "Eles conseguiram completar a tarefa. É claro que não foram tão competentes quanto as pessoas dotadas de plena capacidade física, mas foram bons o bastante".

Um braço virtual foi usado porque a maioria das próteses existentes não era capaz de acomodar todos aqueles movimentos, no momento da pesquisa, ainda que Sullivan, Kitts e uma terceira paciente, Claudia Mitchell, tenham experimentado dois novos protótipos mais versáteis de braços artificiais, executando tarefas complexas com bolas de tênis e outros objetos.

O trabalho de renervação em soldados apresenta outros desafios, diz Kuiken, porque os ferimentos militares muitas vezes "causam danos muitos extensos" a nervos, músculos ou ossos.

Daniel Acosta, 25 anos, um aviador ferido pela detonação de uma bomba em uma estrada do Iraque em 2005, passou pelo procedimento no ano passado e diz que seu braço esquerdo protético agora se movimenta "muito mais rápido" e de maneira muito mais natural.

"A diferença é que agora não preciso mais pensar para mover o braço", ele diz. "Ele simplesmente se mexe".

Ainda assim, Acosta, de San Antonio, diz que "o processo foi bastante longo" e que os eletrodos precisam ser ajustados para receber os sinais à medida que os nervos crescem ou mudam de posição.

E embora elogiem o método, os especialistas afirmam que a ciência das próteses de braço ainda tem muito por avançar.

"Trata-se de uma parte crucial, mas ainda assim apenas uma parte, das muitas coisas que compreendem a função normal de um braço", disse Loeb, que escreveu um editorial que acompanha o artigo no Journal of the American Medical Association.

"No momento estamos a meio do caminho entre o braço de 'Dr. Fantástico', que fazia involuntariamente a saudação nazista, e o braço de Luke Skywalker em 'Guerra nas Estrelas', que funciona sem nenhum problema assim que é conectado. Creio que precisaremos ainda de muitos anos para conectar todas as peças necessárias a produzir um braço capaz de funcionar normalmente".

17:04
Anónimo disse...
A Espanha disse neste sábado que está preparando uma reclamação oficial contra a decisão da Venezuela de expulsar um membro do Parlamento Europeu que criticou o conselho eleitoral venezuelano.
Luis Herrero, membro do partido conservador espanhol PP, foi deportado na sexta-feira depois que o Conselho Nacional Eleitoral (CNE) o acusou de questionar a imparcialidade da instituição antes de um referendo que pode permitir ao presidente Hugo Chávez permanecer no cargo indefinidamente.

Herrero estava na Venezuela como observador do referendo. Ele acusou Chávez de ter "comportamentos típicos de um ditador" por pedir a contenção de manifestações da oposição.

O governo da Espanha convocou um encontro com o embaixador da Venezuela em Madri para expressar a desaprovação sobre a expulsão de Herrero, disse um representante do Ministério das Relações Exteriores espanhol.

As relações da Venezuela com a Espanha tiveram seu ponto crítico em 2007, quando Chávez ameaçou rever acordos diplomáticos e comerciais depois de ouvir um "cala a boca" do rei espanhol Juan Carlos durante uma cúpula.

A fenda foi oficialmente reparada em 2008, com uma visita oficial de Chávez à Espanha, onde ele cumprimentou o rei e discutiu acordos para investimento no setor petroquímico com o primeiro-ministro José Luis Rodriguez Zapatero.

17:06
Anónimo disse...
A polícia do Zimbábue anunciou neste sábado que acusa de traição Roy Bennett, dirigente do até agora opositor Movimento para a Mudança Democrática (MDC), detido na sexta-feira, em Harare, poucas horas antes da cerimônia de posse dos membros do novo gabinete.

"A Polícia nos informou que vão apresentar acusações de traição", disse à agência EFE o advogado de defesa de Bennett, Trust Maanda.

"Tentam relacionar Roy com o caso de Mike Hitschmann, que foi detido em 2006 em relação à descoberta de um carregamento de armas, apesar de que Hitschmann não tenha sido declarado culpado das acusações de traição apresentadas contra ele, mas de um crime menor de descumprimento de leis", disse Maanda.

O político opositor, designado por seu partido como vice-ministro de Agricultura no Governo de união nacional, esteve no exílio na vizinha África do Sul desde 2006 e retornou ao Zimbábue há duas semanas.

Segundo a Polícia, que deteve Bennett ontem no aeroporto de Harare quando pretendia ir à África do Sul para visitar sua família, as armas apreendidas em 2006 seriam utilizadas em um golpe de Estado para derrubar o presidente do Zimbábue, Robert Mugabe.

Depois da detenção, Bennet foi levado a Mutar, onde vários simpatizantes do MDC se concentraram em frente à delegacia na qual estava detido, diante do que a Polícia respondeu com tiros para o alto para dispersar os manifestantes.

17:07
Anónimo disse...
Austrália: 14 mil se candidatam a 'emprego dos sonhos'

A secretaria de Turismo de Queensland, na Austrália, informou que até esta segunda-feira já recebeu cerca de 14 mil inscrições para o "o melhor emprego do mundo". O Estado australiano promove pela internet seleção para vaga de "zelador" da ilha Hamilton, por seis meses com um salário de R$ 40 mil.

Muitos candidatos tiveram problemas durante a inscrição por conta dos acessos simultâneos ao site. A secretaria aconselha enviar os vídeos de 60s explicando porque deve ser escolhido em horários alternativos do dia, além de recomendar tamanho em torno de 40MB.

As inscrições começaram em 12 de janeiro e vão até o próximo dia 22 e podem ser feitas pelo site www.islandreefjob.com. O governo australiano escolherá 50 candidatos para a próxima fase da seleção, que terá votos do público para eleger um dos 11 finalistas.

A última fase terá entrevistas e desafios físicos, no próprio local de trabalho: as ilhas da Grande Barreira Coralina - o maior recife de coral do mundo. A secretaria de Turismo anunciará o vencedor no dia 6 de maio.

17:09
Anónimo disse...
Mercado elogia governo na crise, mas pede maior queda no juro

Peter Fussy
Direto de São Paulo

Desde as primeiras medidas anunciadas para combater os efeitos da crise, o governo brasileiro avisou que a estratégia não contemplaria um pacote. Seriam doses pontuais, de acordo com a necessidade da economia diante do agravamento das turbulências. Da primeira liberação dos depósitos compulsórios em setembro até a ampliação do seguro-desemprego na última quarta-feira, o governo passou por redução de impostos, ampliação de crédito e incentivos à exportação. Quase 150 dias após a primeira medida, o Terra conversou com líderes do setor público e privado, representantes dos trabalhadores, acadêmicos e com o próprio governo para saber quais destas ações foram mais eficazes, quais foram mais ineficientes e o que mais pode ser feito pelo Estado brasileiro contra a crise.

Os maiores elogios foram direcionados à atitude de reduzir o Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) para a indústria automobilística, anunciada em dezembro e que fez com que os emplacamentos de carros novos subissem 1,9% no primeiro mês do ano em relação a dezembro de 2008. Já as maiores críticas foram para a lentidão no corte da taxa básica de juro do País.

Para o presidente do conselho administrativo do Grupo Pão de Açúcar, Abílio Diniz, o Estado não é responsável pela crise e mesmo assim está agindo "com extrema serenidade e muito acerto". "O governo está atento, fazendo a sua parte. É preciso coragem de baixar firmemente a taxa de juros. É uma arma que temos a nosso favor, já que não há clima para inflação, nem possibilidade de danos para a macroeconomia", afirmou Diniz.

Na última reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), em janeiro, a taxa Selic foi reduzida em um ponto percentual, de 13,75% para 12,75% ao ano. Porém, o professor de economia da Universidade de Brasília (UnB) José Luiz Oreiro lembra que este corte representa uma redução de apenas 0,25 ponto percentual com relação à taxa de setembro do ano passado, quando a crise se agravou.

"Pouco antes da eclosão da crise, o Banco Central aumentou a taxa em 0,75 ponto. Foram cinco meses de demora para reduzir em termos líquidos apenas 0,25 ponto", afirmou o economista, que também sugeriu redução do intervalo de cerca de 90 dias entre as reuniões do Copom e o corte de pelo menos um 1 ponto percentual em cada reunião.

Mesmo com o corte de janeiro, a taxa de juros real continua sendo a maior do mundo, lembrou o secretário-geral da Força Sindical, João Carlos Gonçalves, o Juruna. "A redução da taxa de juro ainda é pequena, porque ela continua uma das mais altas do mundo. Falta ousadia para baixar os juros e ajudar o cidadão. A permanência da taxa de juro alta é negativa para o País em meio a crise", afirmou Juruna.

Embora aprove as ações do governo, o senador Aloízio Mercadante (PT-SP) também acredita que o patamar da Selic está muito alto. "Sempre fomos os primeiros a entrar em qualquer crise, o que não aconteceu agora. A taxa Selic ainda é muito alta, mas o governo têm tomado medidas acertadas, como o aumento do salário mínimo, mesmo com um cenário de crise. Isso ajuda a movimentar o consumo. O governo está se esforçando para manter os investimentos e o crescimento", disse.

Tributos
De acordo com o economista Fabio Pina, da Fecomercio-SP, as ações mais positivas estão relacionadas à redução de tributos para alguns segmentos, como a indústria automobilística, que recuperou parte da queda nas vendas em janeiro com a isenção do IPI para carros 1.0 l e o corte para demais motorizações. A medida vale até o final de março.

"Essas medidas não só reduziram o preço, mas anteciparam o consumo daqueles que iriam comprar no futuro, dando um prêmio por conta da insegurança. Mexe diretamente com o principal problema que é a confiança do consumidor", afirmou. Juruna destacou que um bom ritmo de vendas é garantia de emprego. "É importante porque cada emprego na montadora significa 19 na cadeia produtiva", comentou o representante da Força Sindical.

Também em dezembro, o governo decidiu cortar pela metade a alíquota do Imposto de Renda para contribuintes que ganham entre R$ 1.434 e R$ 2.150 mensais. "O salário aumentava e a tabela não se modificava. As pessoas ganhavam mais e pagavam mais impostos", apontou Juruna. Outra redução de tributos do governo foi com relação ao Imposto sobre Operações Financeiras (IOF), que caiu de 3% ao ano para 1,5%.

Crédito
Na segunda metade de 2008, o colapso de bancos nos Estados Unidos por conta da crise do subprime provocou uma forte restrição de crédito no mundo inteiro. Uma das primeiras medidas anticrise do governo teve como objetivo restabelecer a oferta, com mudanças no recolhimento dos depósitos compulsórios por parte dos bancos. Segundo o presidente do Banco Central, Henrique Meirelles, as diversas modificações liberaram US$ 99,2 bilhões aos bancos até o final de janeiro.

Além disso, o governo concedeu R$ 36 bilhões das reservas internacionais para empresas brasileiras com dívidas no exterior e uma medida provisória autorizou o Banco do Brasil e a Caixa Econômica Federal a comprar carteiras de crédito de bancos privados. Para o diretor do Departamento de Pesquisas e Estudos Econômicos da Fiesp, Paulo Francini, estas medidas foram essenciais para combater os efeitos da crise.

"A crise se desenvolve no mundo em torno do tema crédito. E o crédito reduziu-se barbaridade no mundo. Então o governo lança mão de compulsório, lança mão de reservas, de medidas que permitem aos bancos comprar carteiras de bancos. Você vai tomando várias medidas para atender às demandas e o epicentro disso é crédito", afirmou.

No entanto, Oreiro, da UnB, adverte que a liberação dos compulsórios seria mais eficiente acompanhada de redução mais agressiva da taxa básica de juro. "Uma parte do crédito voltou, depois da forte retração em outubro e novembro. O que deveria ter sido feito junto à liberação do compulsório era uma redução mais drástica da taxa de juro. Sem isso, os bancos pegam as reservas e acabam comprando títulos públicos", explicou o economista.

Na opinião de Pina, as ações de distribuição de crédito via redução do compulsório e a disposição de capital de giro para empresas foram tomadas sem um cuidado maior na operação e não tiveram muito efeito. "O BNDES tem linhas que ficam paradas quase todo o ano, agora é pior ainda. Existem os recursos, mas as empresas e os bancos estão desconfiados. É preciso fazer com que os bancos tenham interesse em emprestar", afirmou o economista da Fecomercio-SP.

Futuro
Mesmo com todas essas medidas, a crise financeira ainda gera incertezas nos setores produtivos do País. Nos últimos meses, o medo do desemprego fez os consumidores adiarem compras. Por sua vez, a queda nas vendas pode obrigar as indústrias a cortarem a produção e demitir funcionários. Contra isso, empresários sugerem redução de jornada e de salários.

"Isto está previsto em lei. A Fiesp simplesmente manteve conversações com entidades sindicais quanto à aplicação daquilo que já está previsto em lei", afirmou Francini.

Segundo a ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff, uma das medidas que assegura um nível de emprego é a manutenção de investimentos no Programa de Aceleração do Crescimento (PAC). "Estamos esperando que a dificuldade ocorra em janeiro, fevereiro e março. Estamos certos que vamos manter o nível de investimento. É isso que funciona, é isso que significa investimento público. Ele funciona como um colchão. Por isso, nós colocamos R$ 100 bilhões no BNDES e a Petrobras ampliou o seu investimento em R$ 120 bilhões", afirmou.

Na mesma linha, Pina explica que a antecipação de gastos do governo substitui parte da demanda retraída do setor privado. "Ele dá o seguinte recado: não vou estourar as contas públicas, mas concentrar em um momento em que a demanda privada está pequena. Mas o governo não tem fôlego suficiente para fazer o papel de toda demanda", ressaltou. O economista da Fecomercio lembrou que a entidade já pleiteou junto ao governo isenções para transferência de imóveis e de automóveis, além de retirar o IPVA para veículos novos.

Já Oreiro foca suas propostas na capitalização do Banco do Brasil e da Caixa Econômica Federal pelo Tesouro para atender a demanda de crédito para capital de giro e reduzir o spread. "Aumentando o empréstimo e reduzindo as taxas, os dois vão forçar os bancos privados a acompanhar o movimento, até para não perderem participação no mercado", explicou o economista da UnB.

Até o Carnaval, o governou prometeu detalhar um pacote de incentivos para a construção de até um milhão de casas populares, direcionado a famílias com renda de até dez salários mínimos. "Estamos atentos a tudo o que está acontecendo e novas medidas serão tomadas caso haja uma avaliação de que sejam necessárias", disse o ministro da Fazenda, Guido Mantega, na última sexta-feira.

17:11
Anónimo disse...
Ex-ministro critica extensão do seguro-desemprego

Atualizada às 09h03

O ex-ministro do Trabalho Almir Pazzianotto criticou a decisão do governo federal de conceder o seguro-desemprego estendido a apenas alguns setores. "É certamente odioso e provavelmente inconstitucional", disse Pazzianotto, de acordo com o jornal O Estado de S. Paulo.

Na última qurta, dia do anúncio da medida, centrais sindicais elogiaram a atitude do governo. A Força Sindical divulgou nota dizendo que "o aumento ajudará a aquecer parte da economia, já que irá gerar mais consumo, produção e conseqüentemente, a criação de novos postos de trabalho". A União Geral dos Trabalhadores (UGT) afirmou que a medida "contribuirá para minimizar o drama dos trabalhadores que perderem seu emprego por conta da crise".

O ex-ministro, que instituiu o seguro-desemprego no País no governo de José Sarney, destacou a necessidade de as centrais sindicais se manifestarem contra a determinação. Para ele, as mudanças devem ser aplicadas a todas as categorias profissionais e a distinção é contrária ao artigo 3º da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT).

Pazzianotto atribui a medida a um possível temor do governo de que a crise econômica seja longa e não haja dinheiro para atender a todas as necessidades. Ainda assim, ele se mostra contrário ao método de concessão. "O seguro-desemprego ajuda a sanar necessidades básicas. Estendê-lo é paliativo, não a solução", disse ao jornal.

De acordo com o presidente do Conselho Deliberativo do Fundo de Amparo ao Trabalhador (Codefat) e conselheiro da Força Sindical, Luiz Fernando Emediato, a determinação já estava prevista na lei 8.900/94, que trata do seguro-desemprego.

O presidente da Comissão de Trabalho da Câmara, Pedro Fernandes (PTB-MA) vai além na crítica à concessão do seguro para apenas alguns setores. Ele acredita que a ampliação do benefício estimula o desemprego.

Quintino Severo, secretário geral da Central Única dos Trabalhadores (CUT), lembra que a ampliação do benefício sem critério e identificação pode incentivar demissões em outros setores.

17:13
Anónimo disse...
Empresas
TAM faz promoção para destinos internacionais

A companhia aérea TAM anunciou nesta sexta-feira tarifas promocionais para trechos internacionais. Os preços valem para bilhetes comprados entre 6h deste sábado e 23h59 deste domingo e são válidos para classe econômica. As tarifas, para ida e volta, serão vendidas a partir de US$ 99, mais taxas.

Segundo a aérea, a promoção vale para viagens feitas no período de 14 de fevereiro a 18 de junho de 2009. Para destinos na América do Sul, a permanência mínima é de dois dias; para bilhetes com destino nos Estados Unidos, cinco dias; e Europa, sete dias. A permanência máxima para as passagens para América do Sul e EUA é de dois meses e para Europa, três meses.

Entre os exemplos de tarifas promocionais, a TAM oferece São Paulo-Lima por US$ 99. Bilhetes para a rota São Paulo-Santiago serão vendidos a partir de US$ 199 e São Paulo-Nova York, US$ 799.

A emissão dos bilhetes deve ser feita obrigatoriamente no ato da reserva, obedecendo às regras estipuladas pela companhia. A compra está sujeita à disponibilidade de assentos nas classes tarifárias determinadas, trechos, horários e datas. A TAM afirmou que também há tarifas promocionais para a classe executiva.

Mais informações podem ser encontradas no site promocional (www.ofertastam.com.br), no site da empresa (www.tam.com.br) ou pelos telefones 4002-5700 ou 0800 5705700.

17:13
Anónimo disse...
Empresas
Consultoria negocia compra do parque temático Hopi Hari

A consultoria especializada em reestruturação de empresas Íntegra Associados informou nesta sexta-feira ter um acordo para comprar o parque de diversões Hopi Hari, localizado no interior de São Paulo. A empresa estaria disposta a investir R$ 10 milhões no parque, que tem dívida estimada em R$ 800 milhões. As informações são da edição deste sábado do jornal Folha de S. Paulo.

De acordo com o jornal, a transação ainda depende da negociação entre o Hopi Hari e seus credores, o que já estaria em andamento.

A consultoria paulista já atuou junto à Parmalat, durante 30 meses, quando reorganizou a gestão da empresa italiana.

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17:14
Anónimo disse...
Empresas
Disney de Tóquio contratará mais 2 mil apesar da crise


A Oriental Land, o operador da Disneylândia Tóquio e DisneySea, organizou neste domingo entrevistas para contratar cerca de 2 mil trabalhadores em tempo parcial, em um momento de grandes demissões deste tipo de empregados no Japão.

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O operador deste parque temático, situado em Urayasu, na província de Chiba (leste de Tóquio), está em pleno processo de seleção de empregados para 20 tipos de postos trabalhistas diferentes.

Segundo a companhia, citada pela agência local de notícias Kyodo, o parque contratará novos trabalhadores para as atrações, para os restaurantes e guardas de segurança entre outros. Os novos contratados começarão a trabalhar a partir de fevereiro.

O processo de seleção acontece em um momento em que a maioria das grandes companhias japonesas começaram a se ver obrigadas a despedir uma elevada percentagem de seus trabalhadores temporários e a tempo parcial.

Algumas inclusive anunciaram demissões de seus trabalhadores fixos, uma medida muito pouco comum nas companhias japonesas, perante os efeitos piores que o esperado pela crise econômica global.

Cerca de uma centena de pessoas esperavam desde a primeira hora desta manhã a abertura do centro de conferências Tokyo International Forum, onde as entrevistas estão sendo feitas, para ser os primeiros a solicitar os postos de trabalho.


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17:15
Anónimo disse...
Economia Internacional
Senado dos EUA aprova plano de estímulo à economia

O Senado dos Estados Unidos aprovou com 60 votos a favor e 38 contra o plano de estímulo à economia de US$ 787 bilhões na madrugada deste sábado. Agora, ele segue para sanção ou veto do presidente Barack Obama, que espera colocar a lei em prática até o dia 16 de fevereiro.

O plano prevê a criação de três milhões de empregos, inclui cortes de impostos às famílias, fundos para programas sociais e obras públicas, além de ajuda aos governos estaduais, estudantes e desempregados.

A cláusula Buy American - que exige o uso de ferro, aço e produtos manufaturados dos Estados Unidos em obras realizadas com recursos do pacote - ficou de lado. Segundo o texto definitivo, a cláusula será aplicada sem violar as normas do comércio internacional.

Ontem à tarde, a Câmara de Representantes (deputados) havia aprovado, por 246 votos a favor e 183 contra, a versão final do plano. Todos os republicanos foram contrários ao pacote.

Pelo acordo de quarta-feira entre Câmara e Senado, em vez de custar US$ 819 bilhões, como queriam os deputados, ou US$ 838 bilhões como pretendiam os senadores, o pacote ficou em cerca de US$ 787 bilhões, com 65% desse total destinado a gastos do governo federal e 35%, a créditos tributários.

17:16
Anónimo disse...
Economia nacional
Na era Lula, aposentadoria sobe 54% menos que salário mínimo

Thatiane Faria
Especial para o Terra
Direto de São Paulo

Os índices de reajustes concedidos pelo governo em 2009 para aposentados e pensionistas e para o salário mínimo repetiram uma diferença que, só durante o governo de Luiz Inácio Lula da Silva, já chega a 54%. Enquanto o mínimo foi majorado em 12% este ano, as pensões e aposentadorias tiveram aumento de 5,92%. Aposentados que têm o benefício do governo como única fonte de renda reclamam que perdem poder de compra e que sua cesta de compras é composta por itens que aumentam mais em relação à inflação oficial.

Um exemplo prático pode ser entendido a partir da comparação entre um aposentado que ganhava R$ 600 em janeiro de 2003. Na época, o benefício era três vezes, ou 200%, maior que o valor do mínimo em vigência, que era de R$ 200. Aplicando-se os índices de reajuste para aposentadorias e para o mínimo durante os últimos seis anos, o mesmo aposentado estaria recebendo hoje R$ 938,47, comparado a um salário mínimo de R$ 465. A diferença entre os dois valores caiu para pouco mais de 100%.

Enquanto o índice acumulado de reajuste para a aposentadoria durante o governo Lula foi de 60%, para o salário mínimo está em 132%.

O diretor do Sindicato Nacional dos Aposentados, João Inocentini, reclama que os valores dos benefícios para aposentadorias não mantêm o poder de compra do grupo, principalmente dos aposentados que recebem menos que dez salários mínimos.

Nem mesmo o fato de o índice de reajuste das aposentadorias ter ficado acima da inflação acumulada no mesmo período (o IPCA entre janeiro de 2003 e janeiro de 2009 foi de 39,7%) serve de argumento, segundo os aposentados.

"Os idosos, principalmente, têm gastos além das contas gerais como gás, telefone e aluguel. Para eles o custo com remédios, e outros itens da área saúde costuma ser maior", afirmou Inocentini.

O presidente do sindicato afirmou que o grupo realiza um estudo com 100 itens de necessidade de um idoso para comparar o aumento dos produtos com o índice de reajuste do benefício recebido pelos aposentados.

"Daqui dois meses vamos abrir um processo na Justiça e levar essa pesquisa como prova. Segundo a lei, o governo é obrigado a manter o poder de compra com a aposentadoria", disse Inocentini.

Alternativas
O consultor financeiro Cláudio Boriola diz que os aposentados, especialmente nesse momento de crise econômica, devem evitar compras parceladas, pesquisar preços, negociar e fazer bom planejamento financeiro.

Segundo Boriola, alguns aposentados ganham um valor mensal muitas vezes insuficiente para o pagamento das contas e acabam pedindo crédito ou realizando pagamentos a prazo e são obrigados a pagar juros altos.

Na opinião do consultor, pagar uma previdência privada é uma alternativa indicada para quem ainda trabalha, considerando a característica de perda de poder de compra da aposentadoria.

"Na prática, infelizmente os valores encontram-se em um patamar que está deteriorando o poder de aquisição da população brasileira", completou Boriola.

De acordo com o diretor da Confederação Brasileira de Aposentados e Pensionistas (Cobap), Vicente Fernandes Barbosa, representantes dos aposentados tentarão um encontro com o presidente da Câmara, deputado Michel Temer (PMDB-SP), para discutir projetos que minimizem a perda dos aposentados

17:17
Anónimo disse...
Previdência
Previdência prorroga isenção de tarifas no benefício

O atual sistema de pagamento aos 26 milhões de aposentados e pensionistas do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) será mantido até o final deste ano. O acordo, que permite realizar a operação sem nenhum custo aos beneficiários, foi renovado nesta sexta-feira, entre o governo federal e 21 instituições financeiras.

Por meio desse acordo, vigente desde setembro de 2007, nem os segurados, nem os bancos e nem o governo arcam com o pagamento de tarifas, conforme explicou o ministro da Previdência Social, José Pimentel. A prorrogação vale até dezembro, data máxima para que a Previdência defina as regras para um novo contrato.

Ao assinar o termo de renovação, na sede da Federação Brasileira dos Bancos (Febraban), o ministro disse que a intenção do governo é mudar o atual modelo de gestão visando a reduzir os custos dessas operações em torno da folha mensal, que atinge R$ 15,8 bilhões. No entanto, qualquer alteração, conforme explicou, passará antes por audiências públicas a serem realizadas a partir do segundo semestre deste ano, atendendo a determinação do Tribunal de Contas da União (TCU).

De acordo com Pimentel, com um redesenho do mecanismo de repasse dos recursos aos bancos em torno da folha de pagamento dos segurados o que se busca é um aumento da participação de instituições financeiras. Ele informou que, desde 2007, cada benefício custa em média R$ 1,07 ao governo. "Quanto mais instituições financeiras estiverem prestando serviços à sociedade, maior é a competitividade, a agilidade no atendimento", justificou.

O ministro observou, ainda, que, para permitir uma redução para algo em torno de meia hora no tempo de atendimento para a concessão dos direitos previdenciários, o governo investiu R$ 280 milhões.

Questionado sobre o descontentamento dos segurados que ganham acima de um salário mínimo terem obtido apenas a correção com base na variação do Índice de Preços ao Consumidor (INPC) , ficando abaixo do reajuste dado a quem recebe apenas o mínimo, Pimentel argumentou que o governo seguiu o que determina a lei e descartou a possibilidade de uma revisão

17:17
Anónimo disse...
Empresas
Caterpillar oferece aposentadoria antecipada a 2 mil


A companhia americana Caterpillar ofereceu a cerca de dois mil funcionários incentivos para que se aposentem de forma voluntária antes do previsto, pela perspectiva de uma queda "significativa" da atividade industrial, informou nesta quarta-feira a empresa.

A iniciativa, destinada aos trabalhadores de diversas fábricas em Illinois, Colorado, Tennessee e Pensilvânia, se soma aos cortes de empregos anunciados em janeiro, explicou em comunicado de imprensa.

A empresa, a maior fabricante mundial de maquinaria pesada para a construção e a mineração, acrescentou que, "em função das condições de negócio, podem ser necessárias mais reduções de elenco voluntárias e involuntárias à medida que o ano avança".

O vice-presidente da companhia, Sid Banwart, explicou que a empresa prevê "demissões significativas em todas as regiões geográficas e na maioria dos setores devido às dificuldades da economia mundial".

17:18
Anónimo disse...
Comércio
Comércio exterior da OCDE caiu no 3º trimestre de 2008


As exportações e as importações dos países da Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Econômico (OCDE) caíram 1,6% e 0,2%, respectivamente, no terceiro trimestre de 2008, em relação aos três meses anteriores.

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Trata-se da primeira queda destas atividades desde o terceiro trimestre de 2006, segundo o último relatório trimestral sobre fluxos comerciais divulgado pela OCDE.

As exportações e as importações em dólares dos 30 Estados-membros caíram 15,6% e 17%, respectivamente, na comparação anualizada.

Por sua vez, o comércio dos sete países mais ricos do mundo (G7) teve um pequeno crescimento no terceiro trimestre de 2008 com uma queda das exportações de mercadorias de 0,2% em relação ao trimestre anterior e um aumento de 0,4% das importações.

Em termos anualizados, as importações do G7 caíram 1,4% entre julho e setembro do ano passado, seu primeiro retrocesso desde o terceiro trimestre de 2006, enquanto as exportações aumentaram 1,9%, seu crescimento mais baixo no mesmo tempo.

Por países, a Alemanha aumentou suas importações em 3,4% - valor mais alto do G7 -, enquanto suas exportações caíram 2,9% do segundo para o terceiro trimestre de 2008.

Pelo contrário, as exportações americanas aumentaram 1,8% entre julho e setembro de 2008, enquanto as importações caíram 0,7% em relação ao trimestre anterior. No Japão, tanto as importações quanto as exportações caíram em torno de 1% no mesmo período.

17:19
Anónimo disse...
Economia Nacional
Lula: juros de crédito consignado a aposentados são altos

Atualizada às 17h29

O presidente Luis Inácio Lula da Silva afirmou nesta terça-feira, em São Paulo, que está lutando para reduzir as taxas de juros cobradas de aposentados em crédito consignado. A Previdência Social estabelece uma taxa máxima de 2,5% para empréstimo e de 3,5% para cartão. Para Lula, os valores são altos.

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"Acho que o juro que os aposentados estão pagando hoje com o crédito consignado é alto para o padrão brasileiro", disse o presidente durante a cerimônia de comemoração dos 86 anos do INSS.

A Previdência anunciou nesta terça-feira que aposentados e trabalhadoras com licença-maternidade poderão receber seus benefícios em 30 minutos. De acordo com Lula, em junho, a aposentadoria do trabalhador rural também será conseguida em meia hora.

Além disso, o presidente anunciou que, também em junho, os trabalhadores que alcançarem o direito à aposentadoria passarão a receber em suas casas um comunicado da Previdência informando o fato e o valor do salário que têm direito a receber. "É um comprometimento público que estou fazendo com os companheiros da Previdência Social", disse.

"Estamos retribuindo ao contribuinte da Previdência Social aquilo que é a cidadania que ele tem direito", afirmou Lula. "Se para cobrar nós somos tão precisos, para devolver o dinheiro, temos que chegar próximo à perfeição", completou.

17:20
Anónimo disse...
Economia Nacional
Salário maternidade sairá em 30 minutos, diz ministro

Toda trabalhadora autônoma que tiver contribuído pelo menos 10 meses com o Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) - ou as que possuírem carteira assinada - poderão receber em 30 minutos o salário maternidade a partir desta terça-feira. Da mesma forma, as mulheres com 30 anos de contribuição e os homens com 35 anos também terão direito ao benefício de forma mais rápida. A informação é do ministro da Previdência Social, José Pimentel.

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Para requerer o salário maternidade, é preciso que as autônomas levem a carteira de identidade e o carnê de contribuição. As demais trabalhadoras devem apresentar a identificação e a carteira de trabalho. Desde o início do mês, a nova forma de análise para a concessão de benefícios foi adotada para a aposentadoria por idade do trabalhador urbano e agora foi estendida para o salário maternidade e por tempo de contribuição.

O ministro disse que a qualificação do serviço da previdência social é o reconhecimento do direito dos trabalhadores e da afirmação da cidadania.

"Até pouco tempo na cabeça do cidadão o serviço devia ser de péssima qualidade. Agora não, nós modificamos toda a legislação no mês de dezembro numa ação conjunta do Congresso Nacional com o governo federal. Estamos implantando e concedendo os benefícios em até 30 minutos", afirmou.

O ministro destacou que para conseguir se aposentar ou ter acesso à licença maternidade em 30 minutos, em primeiro lugar, é necessário que o cidadão esteja vinculado à Previdência, o que inclui 65% da população acima de 16 anos de idade.

"Depois bastar marcar pelo sistema 135 o dia e a hora do atendimento e levar a documentação. Se todos os dados necessários estiverem corretos o contribuinte será atendido em até 30 minutos, como vem sendo feito com as aposentadorias por idade desde o dia cinco de janeiro", explicou.

Pimentel disse ainda que em 90% das agências da previdência social o atendimento é marcado em até 48 horas. Nos grandes centros, entretanto existe um volume maior o que torna mais lento o processo.

"Estamos criando mais 715 agências até 2010, em todo o território nacional, para descentralizar o atendimento. Em 2008, atendemos 295 mil benefícios e aposentadorias por idade. Temos 4 mil pessoas por dia procurando e se aposentando por idade no território nacional. Este serviço será agilizado", concluiu.
17:26
Anónimo disse...
Giuseppe Englaro, pai de Eluana, a italiana que morreu na segunda-feira passada por desidratação, recusou uma grande soma de dinheiro de um conhecido fotógrafo italiano que queria retratar a filha em estado de coma, disse neste sábado o neurologista que atendia a mulher desde 1996, Carlo Defanti.

O neurologista, que participou hoje de uma conferência sobre eutanásia, disse que Englaro respeitou a vontade da filha, que, antes do acidente, tinha pedido que, se lhe ocorresse qualquer coisa irreversível, apresentasse sua imagem de quando estava em boas condições.

Antes de sofrer o acidente de trânsito, em 1992, Eluana viveu o coma de um amigo, Alessandro, o que causou forte impacto na italiana e a levou a fazer o pai prometer que não a deixasse viver em estado vegetativo, disse o próprio Giuseppe Englaro.

Defanti, que dissera que Eluana poderia viver de dez a 12 dias depois da suspensão da alimentação e da hidratação, disse que, como médico, tinha que reprovar esta afirmação.

"Não se pode sobreviver após três ou quatro dias sem líquido e, em particular, água em um corpo. Sabemos bem que, quando há um terremoto, após quatro dias é difícil encontrar sobreviventes".

Defanti ressaltou que Eluana "não falava, não se comunicava com o exterior" e que, após vários exames, "nos deparamos com uma moça que tinha perdido a consciência", porque estava com o córtex cerebral prejudicado.

Eluana foi enterrada na quinta-feira passada no túmulo da família na localidade de Paluzza, em Udine, após um funeral que não contou com a presença dos pais.

16:53
Anónimo disse...
Os bombeiros combatem neste sábado os incêndios na Austrália favorecidos pelo bom tempo, enquanto os deslocados encotram em seu retorno casas derruídas, carros queimados nas ruas e destruição.

Depois de sete dias desde que começaram os incêndios no Estado de Victoria, a lista de mortos chega a 181, os desaparecidos somam 50, os edifícios destruídos totalizam 1,834 mil e o terreno arrasado, principalmente florestas, ocupa uma área de 4,13 mil quilômetros quadrados.

As equipes de bombeiros, formadas por 4 mil profissionais de Victoria, de outras partes da Austrália e de países amigos, combateram hoje 12 focos fora de controle e nenhum representava uma ameaça direta para a população.

O subdiretor do Serviço de Bombeiros, Geoff Conway, disse que este tempo favorável, que se prolongará durante o domingo, permite consolidar as linhas de contenção e avançar na extinção das chamas.

Cinzas apareceram arrastadas por ventos do nordeste sobre Melbourne, onde habitam 3,8 milhões de pessoas, e as autoridades alertaram aos cidadãos do risco para a saúde de idosos, crianças e pessoas com problemas respiratórios.

O número de pessoas deslocadas - a Cruz Vermelha chegou a receber 7 mil - começou a cair com a abertura de algumas localidades atingidas.

Os incêndios, alguns criminosos, começaram em 7 de fevereiro, quando a região sul da Austrália estava há duas semanas sob uma onda de calor sem precedentes.

Na sexta-feira passada, a polícia acusou uma pessoa de ter provocado o incêndio que atingiu a localidade de Churchill e matou 21 pessoas.

16:55
Anónimo disse...
A primeira chuva em seis dias reduziu a ameaça de incêndios no Estado de Victoria, ao sul da Austrália. As autoridades, porém, advertiram que ainda existem 12 focos, mas que nenhum deles ameaça áreas povoadas.

Mais de quatro mil bombeiros, mil provenientes de outras partes do país e de outras nações, trabalham contra o fogo. Cerca de 600 veículos e 28 helicópteros e pequenos aviões estão sendo usados.


Eles conseguiram construir linhas de contenção para evitar os incêndios de Yarra e Maroondah se juntassem. Também foram controlados os incêndios abertos de Yea e Murrindindi, que ameaçavam as comunidades de Connellys Creek, Crystal Creek, Scrubby Creek e Native Dog Creek.

O número de mortos chegou a 181, mas as autoridades acreditam que as vítimas devem passar de 200, já que ainda há muitos desaparecidos.

16:55
Anónimo disse...
Aqui nesta coluna, na semana passada, tive a oportunidade de comentar sobre a recente visita do professor brasileiro Pedrinho Guareschi à Austrália. Não dei, porém, os fatos, pois semana passada o assunto era outro.

Hoje, porém, vamos a eles.

No último dia 4 de fevereiro, aconteceu o Seminário "Paulo Freire: Education and Liberation", organizado pelo centro de estudos latino-americanos da Universidade Nacional da Austrália, ou ANU, como é mais conhecida por aqui.

A ANU, para quem não sabe, está entre as 20 melhores universidades do mundo! E tem sede aqui em Camberra, capital da Austrália.

Na abertura do evento, o professor John Minns, diretor do centro latino-americano, ao dar boas-vindas ao público presente, lembrou ser aquele o primeiro seminário exclusivamente dedicado a Paulo Freire na Austrália.

Em seguida, convidou Pedrinho Guareschi, palestrante principal do Seminário, a fazer sua apresentação.

A plateia pode então conhecer, pelas palavras de Pedrinho, um pouco da obra e da vida de Freire, esse brasileiro de fé e valor, que sempre acreditou na educação, sobretudo dos menos favorecidos, analfabetos, como força libertadora.

Como não podia deixar de ser, os conceitos e ideias revolucionários de Paulo Freire, expostos com clareza por Pedrinho, despertaram o interesse e a curiosidade de plateia. A qual, deve-se notar, era na maioria de estudantes, mas de várias nacionalidades, sobretudo australianos e asiáticos.

Na continuação do programa do seminário, que se estendeu por dois dias, outros professores fizeram palestras sobre temas ligados à obra de Paulo Freire.

Interessante, por exemplo, saber que a professora Anne Hickling-Hudson, jamaicana que mora na Austrália há muitos anos (é professora da ANU), conheceu e trabalhou com Freire num workshop educacional durante a revolução na Ilha de Granada, em 1980, antes da invasão dos Estados Unidos...

Ou, então, a palestra da Professora Gerda Roelvink, da Nova Zelândia, que participou do Fórum Social de Porto Alegre em 2005. E essa participação transformou-se em tema de doutorado.

No dia 10, terça-feira passada, o padre Pedrinho Guareschi voltou a falar ao público australiano em grande auditório localizado no belíssimo campus da ANU. Desta vez, sobre a Teologia da Libertação.

Depois da palestra, John Minns mostrou o filme mexicano "O Crime do Padre Amaro", no qual um dos personagens é um padre católico praticante da Teologia da Libertação.

Mais uma vez, foi grande o intersse da platéia, que pode aprender e conhecer um pouco como se desenvolveu aquele importante movimento católico na América Latina.

Fica, assim, ao Pedrinho, bem como a outros brasileiros estudiosos e de bom coração que saem pelo mundo a divulgar aspectos importantes da cultura brasileira, o respeito e a homenagem desta coluna. E... aquele abraço!

16:57
Anónimo disse...
Amanda Kitts perdeu o braço esquerdo em um acidente de automóvel acontecido três anos atrás, mas hoje em dia ela joga futebol americano com seu filho de 12 anos de idade, troca fraldas e abraça as crianças nas três creches Kiddie Cottage que opera em Knoxville, Tennessee. Kitts, 40 anos, faz tudo isso com a ajuda de um novo tipo de braço artificial que se movimenta com mais facilidade do que outros aparelhos e que ela pode controlar utilizando apenas seus pensamentos.

"Eu sou capaz de mexer a mão, o pulso e o cotovelo ao mesmo tempo", diz. "Você pensa e os músculos se movem em seguida".

A recuperação que ela conseguiu resulta de um novo procedimento que vem atraindo crescente atenção porque permite que pessoas movam braços protéticos de forma mais automática do que faziam no passado, simplesmente utilizando nervos reaproveitados em seus cérebros.

A técnica, conhecida como "renervação muscular dirigida", envolve utilizar os nervos que restam depois da amputação de um braço e conectá-los a outro músculo do corpo, em geral no peito. Eletrodos são instalados sobre os músculos do peito, e operam como se fossem antenas. Quando a pessoa deseja mover o braço, o cérebro envia sinais que primeiro resultam em contração dos músculos do peito, os quais enviam um sinal ao braço protético, instruindo-se a se movimentar. O processo não requer mais esforços consciente do que a pessoa teria de exercitar caso ainda tivesse seu braço natural.

Na terça-feira, pesquisadores reportaram em estudo publicado pela versão online do Journal of the American Medical Association que haviam levado a técnica ainda mais à frente, tornando possível a execução de 10 movimentos de mão, pulso e cotovelo diferentes, o que representa uma substancial melhora com relação ao típico repertório protético, que em geral envolve apenas dobrar o cotovelo, girar o pulso e abrir a mão.

"Os novos métodos tiveram impacto dramático em nosso campo de trabalho", disse Stuart Harshbarger, engenheiro biomédico na Universidade Johns Hopkins e diretor do programa de pesquisa sobre próteses, financiado pelas forças armadas, que inclui o trabalho com essa técnica. "O método já está em uso por médicos e cirurgiões comuns em todo o país. A capacidade de controlar um membro protético bastante robusto que ele confere surpreendeu a todos pela qualidade".

Tipicamente, uma pessoa que tenha um braço protético só é capaz de executar alguns poucos movimentos, e muitas vezes com tamanha lentidão que isso só permite a ela atividades limitadas.

Há um motor separado para cada movimento, diz Gerald Loeb, professor de engenharia biomédica na Universidade do Sul da Califórnia, "e esses motores precisam ser controlados de maneira explícita", usualmente por um esforço consciente da pessoa para contrair músculos nas costas ou no bíceps.

"Essencialmente, até agora os pacientes controlavam apenas um motor de cada vez", diz Loeb, "e precisavam pensar cuidadosamente sobre que motor desejavam controlar e como fazê-lo operar, em lugar de simplesmente pensarem em mover o braço e poderem fazê-lo sem delongas".

Antes que Kitts passasse pelo procedimento de renervação, em outubro de 2007, por exemplo, ela precisava movimentar os músculos de suas costas de determinada maneira para fazer com que seu pulso girasse, e flexionar seu bíceps e tríceps para fazer com que o cotovelo se movesse para cima e para baixo. "Era muito trabalho", ela conta. "E não me ajudava muito".

O procedimento de renervação é parte de uma recente explosão de idéias novas e técnicas inovadoras que estão sendo exploradas enquanto os cientistas se esforçam por ajudar as pessoas a compensar melhor a perda de membros ou problemas de paralisia. O esforço vem sendo alimentado pelo aumento no número de amputações causado por diabetes e por ferimentos sofridos pelos militares, e ao mesmo tempo pelos avanços na tecnologia médica.

Os braços se tornaram um dos focos essenciais desse tipo de trabalho. A ciência há muito vem obtendo sucessos no desenvolvimento de próteses de perna, mas é muito mais difícil imitar a complexidade e a destreza das mãos e dos braços.

Os esforços em curso incluem o desenvolvimento de projetos de pele e braços mais sensíveis e mais flexíveis, e o uso de dispositivos acionados por controles sem fio implantado nos braços protéticos, que permitiriam movimentos mais naturais.

Os pesquisadores também vêm usando sensores implantados nos cérebros de cobaias para permitir que dois macacos controlem um braço mecânico, e um teste com um homem paralítico permitiu, com esse método, que ele movimentasse um cursor em uma tela de computador.

Alguns desses métodos, caso venham a ser aperfeiçoados plenamente e consigam aprovação das autoridades regulatórias da saúde, podem no futuro se tornar mais viáveis para os pacientes de amputações.

E embora a técnica da renervação não requeira aprovação das autoridades regulatórias porque é executada por meios cirúrgicos e emprega aparelhos já existentes, ela apresenta limitações que até mesmo seus criadores reconhecem, entre as quais o fato de que não se pode utilizá-la para todos os pacientes, o seu alto custo e o prazo de meses requerido para que os nervos reconectados cresçam e se tornem efetivos.

Ainda assim, os especialistas dizem que é o mais avançado sistema em uso hoje para pacientes reais que permite que o sistema nervoso controle diretamente o movimento de um braço artificial.

Desde sua introdução por Todd Kuiken, médico fisioterapeuta e engenheiro biomédico do Instituto de Reabilitação de Chicago, o método foi empregado em cerca de 30 pacientes nos Estados Unidos, Canadá e Europa, entre os quais oito soldados feridos no Iraque e no Afeganistão.

Muitos dos pacientes, entre os quais o primeiro, Jesse Sullivan, um operário do setor elétrico no Tennessee que perdeu os dois braços quando foi eletrocutado por um cabo, conseguem não apenas manipular seus braços protéticos mas sentir a presença das mãos que já não têm quando alguém toca em seus peitos.

Sullivan, 62 anos, e Kitts, estavam entre os cinco pacientes que participaram do estudo reportado na terça-feira. Em companhia de cinco outras pessoas que não passaram por amputações, eles receberam os eletrodos e foram instruídos a usar pensamentos para fazer com que um braço virtual na tela reproduzisse 10 movimentos diferentes, entre os quais três formas diferentes de aperto de mão.

Os pacientes apresentaram desempenho bastante respeitável, apenas um pouco mais lento e menos preciso do que os dos participantes que não tinham amputações.

"As velocidades de movimento que encontramos em nossos pacientes foram realmente encorajadoras", disse Kuiken. "Eles conseguiram completar a tarefa. É claro que não foram tão competentes quanto as pessoas dotadas de plena capacidade física, mas foram bons o bastante".

Um braço virtual foi usado porque a maioria das próteses existentes não era capaz de acomodar todos aqueles movimentos, no momento da pesquisa, ainda que Sullivan, Kitts e uma terceira paciente, Claudia Mitchell, tenham experimentado dois novos protótipos mais versáteis de braços artificiais, executando tarefas complexas com bolas de tênis e outros objetos.

O trabalho de renervação em soldados apresenta outros desafios, diz Kuiken, porque os ferimentos militares muitas vezes "causam danos muitos extensos" a nervos, músculos ou ossos.

Daniel Acosta, 25 anos, um aviador ferido pela detonação de uma bomba em uma estrada do Iraque em 2005, passou pelo procedimento no ano passado e diz que seu braço esquerdo protético agora se movimenta "muito mais rápido" e de maneira muito mais natural.

"A diferença é que agora não preciso mais pensar para mover o braço", ele diz. "Ele simplesmente se mexe".

Ainda assim, Acosta, de San Antonio, diz que "o processo foi bastante longo" e que os eletrodos precisam ser ajustados para receber os sinais à medida que os nervos crescem ou mudam de posição.

E embora elogiem o método, os especialistas afirmam que a ciência das próteses de braço ainda tem muito por avançar.

"Trata-se de uma parte crucial, mas ainda assim apenas uma parte, das muitas coisas que compreendem a função normal de um braço", disse Loeb, que escreveu um editorial que acompanha o artigo no Journal of the American Medical Association.

"No momento estamos a meio do caminho entre o braço de 'Dr. Fantástico', que fazia involuntariamente a saudação nazista, e o braço de Luke Skywalker em 'Guerra nas Estrelas', que funciona sem nenhum problema assim que é conectado. Creio que precisaremos ainda de muitos anos para conectar todas as peças necessárias a produzir um braço capaz de funcionar normalmente".

17:04
Anónimo disse...
A Espanha disse neste sábado que está preparando uma reclamação oficial contra a decisão da Venezuela de expulsar um membro do Parlamento Europeu que criticou o conselho eleitoral venezuelano.
Luis Herrero, membro do partido conservador espanhol PP, foi deportado na sexta-feira depois que o Conselho Nacional Eleitoral (CNE) o acusou de questionar a imparcialidade da instituição antes de um referendo que pode permitir ao presidente Hugo Chávez permanecer no cargo indefinidamente.

Herrero estava na Venezuela como observador do referendo. Ele acusou Chávez de ter "comportamentos típicos de um ditador" por pedir a contenção de manifestações da oposição.

O governo da Espanha convocou um encontro com o embaixador da Venezuela em Madri para expressar a desaprovação sobre a expulsão de Herrero, disse um representante do Ministério das Relações Exteriores espanhol.

As relações da Venezuela com a Espanha tiveram seu ponto crítico em 2007, quando Chávez ameaçou rever acordos diplomáticos e comerciais depois de ouvir um "cala a boca" do rei espanhol Juan Carlos durante uma cúpula.

A fenda foi oficialmente reparada em 2008, com uma visita oficial de Chávez à Espanha, onde ele cumprimentou o rei e discutiu acordos para investimento no setor petroquímico com o primeiro-ministro José Luis Rodriguez Zapatero.

17:06
Anónimo disse...
A polícia do Zimbábue anunciou neste sábado que acusa de traição Roy Bennett, dirigente do até agora opositor Movimento para a Mudança Democrática (MDC), detido na sexta-feira, em Harare, poucas horas antes da cerimônia de posse dos membros do novo gabinete.

"A Polícia nos informou que vão apresentar acusações de traição", disse à agência EFE o advogado de defesa de Bennett, Trust Maanda.

"Tentam relacionar Roy com o caso de Mike Hitschmann, que foi detido em 2006 em relação à descoberta de um carregamento de armas, apesar de que Hitschmann não tenha sido declarado culpado das acusações de traição apresentadas contra ele, mas de um crime menor de descumprimento de leis", disse Maanda.

O político opositor, designado por seu partido como vice-ministro de Agricultura no Governo de união nacional, esteve no exílio na vizinha África do Sul desde 2006 e retornou ao Zimbábue há duas semanas.

Segundo a Polícia, que deteve Bennett ontem no aeroporto de Harare quando pretendia ir à África do Sul para visitar sua família, as armas apreendidas em 2006 seriam utilizadas em um golpe de Estado para derrubar o presidente do Zimbábue, Robert Mugabe.

Depois da detenção, Bennet foi levado a Mutar, onde vários simpatizantes do MDC se concentraram em frente à delegacia na qual estava detido, diante do que a Polícia respondeu com tiros para o alto para dispersar os manifestantes.

17:07
Anónimo disse...
Austrália: 14 mil se candidatam a 'emprego dos sonhos'

A secretaria de Turismo de Queensland, na Austrália, informou que até esta segunda-feira já recebeu cerca de 14 mil inscrições para o "o melhor emprego do mundo". O Estado australiano promove pela internet seleção para vaga de "zelador" da ilha Hamilton, por seis meses com um salário de R$ 40 mil.

Muitos candidatos tiveram problemas durante a inscrição por conta dos acessos simultâneos ao site. A secretaria aconselha enviar os vídeos de 60s explicando porque deve ser escolhido em horários alternativos do dia, além de recomendar tamanho em torno de 40MB.

As inscrições começaram em 12 de janeiro e vão até o próximo dia 22 e podem ser feitas pelo site www.islandreefjob.com. O governo australiano escolherá 50 candidatos para a próxima fase da seleção, que terá votos do público para eleger um dos 11 finalistas.

A última fase terá entrevistas e desafios físicos, no próprio local de trabalho: as ilhas da Grande Barreira Coralina - o maior recife de coral do mundo. A secretaria de Turismo anunciará o vencedor no dia 6 de maio.

17:09
Anónimo disse...
Mercado elogia governo na crise, mas pede maior queda no juro

Peter Fussy
Direto de São Paulo

Desde as primeiras medidas anunciadas para combater os efeitos da crise, o governo brasileiro avisou que a estratégia não contemplaria um pacote. Seriam doses pontuais, de acordo com a necessidade da economia diante do agravamento das turbulências. Da primeira liberação dos depósitos compulsórios em setembro até a ampliação do seguro-desemprego na última quarta-feira, o governo passou por redução de impostos, ampliação de crédito e incentivos à exportação. Quase 150 dias após a primeira medida, o Terra conversou com líderes do setor público e privado, representantes dos trabalhadores, acadêmicos e com o próprio governo para saber quais destas ações foram mais eficazes, quais foram mais ineficientes e o que mais pode ser feito pelo Estado brasileiro contra a crise.

Os maiores elogios foram direcionados à atitude de reduzir o Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) para a indústria automobilística, anunciada em dezembro e que fez com que os emplacamentos de carros novos subissem 1,9% no primeiro mês do ano em relação a dezembro de 2008. Já as maiores críticas foram para a lentidão no corte da taxa básica de juro do País.

Para o presidente do conselho administrativo do Grupo Pão de Açúcar, Abílio Diniz, o Estado não é responsável pela crise e mesmo assim está agindo "com extrema serenidade e muito acerto". "O governo está atento, fazendo a sua parte. É preciso coragem de baixar firmemente a taxa de juros. É uma arma que temos a nosso favor, já que não há clima para inflação, nem possibilidade de danos para a macroeconomia", afirmou Diniz.

Na última reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), em janeiro, a taxa Selic foi reduzida em um ponto percentual, de 13,75% para 12,75% ao ano. Porém, o professor de economia da Universidade de Brasília (UnB) José Luiz Oreiro lembra que este corte representa uma redução de apenas 0,25 ponto percentual com relação à taxa de setembro do ano passado, quando a crise se agravou.

"Pouco antes da eclosão da crise, o Banco Central aumentou a taxa em 0,75 ponto. Foram cinco meses de demora para reduzir em termos líquidos apenas 0,25 ponto", afirmou o economista, que também sugeriu redução do intervalo de cerca de 90 dias entre as reuniões do Copom e o corte de pelo menos um 1 ponto percentual em cada reunião.

Mesmo com o corte de janeiro, a taxa de juros real continua sendo a maior do mundo, lembrou o secretário-geral da Força Sindical, João Carlos Gonçalves, o Juruna. "A redução da taxa de juro ainda é pequena, porque ela continua uma das mais altas do mundo. Falta ousadia para baixar os juros e ajudar o cidadão. A permanência da taxa de juro alta é negativa para o País em meio a crise", afirmou Juruna.

Embora aprove as ações do governo, o senador Aloízio Mercadante (PT-SP) também acredita que o patamar da Selic está muito alto. "Sempre fomos os primeiros a entrar em qualquer crise, o que não aconteceu agora. A taxa Selic ainda é muito alta, mas o governo têm tomado medidas acertadas, como o aumento do salário mínimo, mesmo com um cenário de crise. Isso ajuda a movimentar o consumo. O governo está se esforçando para manter os investimentos e o crescimento", disse.

Tributos
De acordo com o economista Fabio Pina, da Fecomercio-SP, as ações mais positivas estão relacionadas à redução de tributos para alguns segmentos, como a indústria automobilística, que recuperou parte da queda nas vendas em janeiro com a isenção do IPI para carros 1.0 l e o corte para demais motorizações. A medida vale até o final de março.

"Essas medidas não só reduziram o preço, mas anteciparam o consumo daqueles que iriam comprar no futuro, dando um prêmio por conta da insegurança. Mexe diretamente com o principal problema que é a confiança do consumidor", afirmou. Juruna destacou que um bom ritmo de vendas é garantia de emprego. "É importante porque cada emprego na montadora significa 19 na cadeia produtiva", comentou o representante da Força Sindical.

Também em dezembro, o governo decidiu cortar pela metade a alíquota do Imposto de Renda para contribuintes que ganham entre R$ 1.434 e R$ 2.150 mensais. "O salário aumentava e a tabela não se modificava. As pessoas ganhavam mais e pagavam mais impostos", apontou Juruna. Outra redução de tributos do governo foi com relação ao Imposto sobre Operações Financeiras (IOF), que caiu de 3% ao ano para 1,5%.

Crédito
Na segunda metade de 2008, o colapso de bancos nos Estados Unidos por conta da crise do subprime provocou uma forte restrição de crédito no mundo inteiro. Uma das primeiras medidas anticrise do governo teve como objetivo restabelecer a oferta, com mudanças no recolhimento dos depósitos compulsórios por parte dos bancos. Segundo o presidente do Banco Central, Henrique Meirelles, as diversas modificações liberaram US$ 99,2 bilhões aos bancos até o final de janeiro.

Além disso, o governo concedeu R$ 36 bilhões das reservas internacionais para empresas brasileiras com dívidas no exterior e uma medida provisória autorizou o Banco do Brasil e a Caixa Econômica Federal a comprar carteiras de crédito de bancos privados. Para o diretor do Departamento de Pesquisas e Estudos Econômicos da Fiesp, Paulo Francini, estas medidas foram essenciais para combater os efeitos da crise.

"A crise se desenvolve no mundo em torno do tema crédito. E o crédito reduziu-se barbaridade no mundo. Então o governo lança mão de compulsório, lança mão de reservas, de medidas que permitem aos bancos comprar carteiras de bancos. Você vai tomando várias medidas para atender às demandas e o epicentro disso é crédito", afirmou.

No entanto, Oreiro, da UnB, adverte que a liberação dos compulsórios seria mais eficiente acompanhada de redução mais agressiva da taxa básica de juro. "Uma parte do crédito voltou, depois da forte retração em outubro e novembro. O que deveria ter sido feito junto à liberação do compulsório era uma redução mais drástica da taxa de juro. Sem isso, os bancos pegam as reservas e acabam comprando títulos públicos", explicou o economista.

Na opinião de Pina, as ações de distribuição de crédito via redução do compulsório e a disposição de capital de giro para empresas foram tomadas sem um cuidado maior na operação e não tiveram muito efeito. "O BNDES tem linhas que ficam paradas quase todo o ano, agora é pior ainda. Existem os recursos, mas as empresas e os bancos estão desconfiados. É preciso fazer com que os bancos tenham interesse em emprestar", afirmou o economista da Fecomercio-SP.

Futuro
Mesmo com todas essas medidas, a crise financeira ainda gera incertezas nos setores produtivos do País. Nos últimos meses, o medo do desemprego fez os consumidores adiarem compras. Por sua vez, a queda nas vendas pode obrigar as indústrias a cortarem a produção e demitir funcionários. Contra isso, empresários sugerem redução de jornada e de salários.

"Isto está previsto em lei. A Fiesp simplesmente manteve conversações com entidades sindicais quanto à aplicação daquilo que já está previsto em lei", afirmou Francini.

Segundo a ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff, uma das medidas que assegura um nível de emprego é a manutenção de investimentos no Programa de Aceleração do Crescimento (PAC). "Estamos esperando que a dificuldade ocorra em janeiro, fevereiro e março. Estamos certos que vamos manter o nível de investimento. É isso que funciona, é isso que significa investimento público. Ele funciona como um colchão. Por isso, nós colocamos R$ 100 bilhões no BNDES e a Petrobras ampliou o seu investimento em R$ 120 bilhões", afirmou.

Na mesma linha, Pina explica que a antecipação de gastos do governo substitui parte da demanda retraída do setor privado. "Ele dá o seguinte recado: não vou estourar as contas públicas, mas concentrar em um momento em que a demanda privada está pequena. Mas o governo não tem fôlego suficiente para fazer o papel de toda demanda", ressaltou. O economista da Fecomercio lembrou que a entidade já pleiteou junto ao governo isenções para transferência de imóveis e de automóveis, além de retirar o IPVA para veículos novos.

Já Oreiro foca suas propostas na capitalização do Banco do Brasil e da Caixa Econômica Federal pelo Tesouro para atender a demanda de crédito para capital de giro e reduzir o spread. "Aumentando o empréstimo e reduzindo as taxas, os dois vão forçar os bancos privados a acompanhar o movimento, até para não perderem participação no mercado", explicou o economista da UnB.

Até o Carnaval, o governou prometeu detalhar um pacote de incentivos para a construção de até um milhão de casas populares, direcionado a famílias com renda de até dez salários mínimos. "Estamos atentos a tudo o que está acontecendo e novas medidas serão tomadas caso haja uma avaliação de que sejam necessárias", disse o ministro da Fazenda, Guido Mantega, na última sexta-feira.

17:11
Anónimo disse...
Ex-ministro critica extensão do seguro-desemprego

Atualizada às 09h03

O ex-ministro do Trabalho Almir Pazzianotto criticou a decisão do governo federal de conceder o seguro-desemprego estendido a apenas alguns setores. "É certamente odioso e provavelmente inconstitucional", disse Pazzianotto, de acordo com o jornal O Estado de S. Paulo.

Na última qurta, dia do anúncio da medida, centrais sindicais elogiaram a atitude do governo. A Força Sindical divulgou nota dizendo que "o aumento ajudará a aquecer parte da economia, já que irá gerar mais consumo, produção e conseqüentemente, a criação de novos postos de trabalho". A União Geral dos Trabalhadores (UGT) afirmou que a medida "contribuirá para minimizar o drama dos trabalhadores que perderem seu emprego por conta da crise".

O ex-ministro, que instituiu o seguro-desemprego no País no governo de José Sarney, destacou a necessidade de as centrais sindicais se manifestarem contra a determinação. Para ele, as mudanças devem ser aplicadas a todas as categorias profissionais e a distinção é contrária ao artigo 3º da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT).

Pazzianotto atribui a medida a um possível temor do governo de que a crise econômica seja longa e não haja dinheiro para atender a todas as necessidades. Ainda assim, ele se mostra contrário ao método de concessão. "O seguro-desemprego ajuda a sanar necessidades básicas. Estendê-lo é paliativo, não a solução", disse ao jornal.

De acordo com o presidente do Conselho Deliberativo do Fundo de Amparo ao Trabalhador (Codefat) e conselheiro da Força Sindical, Luiz Fernando Emediato, a determinação já estava prevista na lei 8.900/94, que trata do seguro-desemprego.

O presidente da Comissão de Trabalho da Câmara, Pedro Fernandes (PTB-MA) vai além na crítica à concessão do seguro para apenas alguns setores. Ele acredita que a ampliação do benefício estimula o desemprego.

Quintino Severo, secretário geral da Central Única dos Trabalhadores (CUT), lembra que a ampliação do benefício sem critério e identificação pode incentivar demissões em outros setores.

17:13
Anónimo disse...
Empresas
TAM faz promoção para destinos internacionais

A companhia aérea TAM anunciou nesta sexta-feira tarifas promocionais para trechos internacionais. Os preços valem para bilhetes comprados entre 6h deste sábado e 23h59 deste domingo e são válidos para classe econômica. As tarifas, para ida e volta, serão vendidas a partir de US$ 99, mais taxas.

Segundo a aérea, a promoção vale para viagens feitas no período de 14 de fevereiro a 18 de junho de 2009. Para destinos na América do Sul, a permanência mínima é de dois dias; para bilhetes com destino nos Estados Unidos, cinco dias; e Europa, sete dias. A permanência máxima para as passagens para América do Sul e EUA é de dois meses e para Europa, três meses.

Entre os exemplos de tarifas promocionais, a TAM oferece São Paulo-Lima por US$ 99. Bilhetes para a rota São Paulo-Santiago serão vendidos a partir de US$ 199 e São Paulo-Nova York, US$ 799.

A emissão dos bilhetes deve ser feita obrigatoriamente no ato da reserva, obedecendo às regras estipuladas pela companhia. A compra está sujeita à disponibilidade de assentos nas classes tarifárias determinadas, trechos, horários e datas. A TAM afirmou que também há tarifas promocionais para a classe executiva.

Mais informações podem ser encontradas no site promocional (www.ofertastam.com.br), no site da empresa (www.tam.com.br) ou pelos telefones 4002-5700 ou 0800 5705700.

17:13
Anónimo disse...
Empresas
Consultoria negocia compra do parque temático Hopi Hari

A consultoria especializada em reestruturação de empresas Íntegra Associados informou nesta sexta-feira ter um acordo para comprar o parque de diversões Hopi Hari, localizado no interior de São Paulo. A empresa estaria disposta a investir R$ 10 milhões no parque, que tem dívida estimada em R$ 800 milhões. As informações são da edição deste sábado do jornal Folha de S. Paulo.

De acordo com o jornal, a transação ainda depende da negociação entre o Hopi Hari e seus credores, o que já estaria em andamento.

A consultoria paulista já atuou junto à Parmalat, durante 30 meses, quando reorganizou a gestão da empresa italiana.

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17:14
Anónimo disse...
Empresas
Disney de Tóquio contratará mais 2 mil apesar da crise


A Oriental Land, o operador da Disneylândia Tóquio e DisneySea, organizou neste domingo entrevistas para contratar cerca de 2 mil trabalhadores em tempo parcial, em um momento de grandes demissões deste tipo de empregados no Japão.

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O operador deste parque temático, situado em Urayasu, na província de Chiba (leste de Tóquio), está em pleno processo de seleção de empregados para 20 tipos de postos trabalhistas diferentes.

Segundo a companhia, citada pela agência local de notícias Kyodo, o parque contratará novos trabalhadores para as atrações, para os restaurantes e guardas de segurança entre outros. Os novos contratados começarão a trabalhar a partir de fevereiro.

O processo de seleção acontece em um momento em que a maioria das grandes companhias japonesas começaram a se ver obrigadas a despedir uma elevada percentagem de seus trabalhadores temporários e a tempo parcial.

Algumas inclusive anunciaram demissões de seus trabalhadores fixos, uma medida muito pouco comum nas companhias japonesas, perante os efeitos piores que o esperado pela crise econômica global.

Cerca de uma centena de pessoas esperavam desde a primeira hora desta manhã a abertura do centro de conferências Tokyo International Forum, onde as entrevistas estão sendo feitas, para ser os primeiros a solicitar os postos de trabalho.


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17:15
Anónimo disse...
Economia Internacional
Senado dos EUA aprova plano de estímulo à economia

O Senado dos Estados Unidos aprovou com 60 votos a favor e 38 contra o plano de estímulo à economia de US$ 787 bilhões na madrugada deste sábado. Agora, ele segue para sanção ou veto do presidente Barack Obama, que espera colocar a lei em prática até o dia 16 de fevereiro.

O plano prevê a criação de três milhões de empregos, inclui cortes de impostos às famílias, fundos para programas sociais e obras públicas, além de ajuda aos governos estaduais, estudantes e desempregados.

A cláusula Buy American - que exige o uso de ferro, aço e produtos manufaturados dos Estados Unidos em obras realizadas com recursos do pacote - ficou de lado. Segundo o texto definitivo, a cláusula será aplicada sem violar as normas do comércio internacional.

Ontem à tarde, a Câmara de Representantes (deputados) havia aprovado, por 246 votos a favor e 183 contra, a versão final do plano. Todos os republicanos foram contrários ao pacote.

Pelo acordo de quarta-feira entre Câmara e Senado, em vez de custar US$ 819 bilhões, como queriam os deputados, ou US$ 838 bilhões como pretendiam os senadores, o pacote ficou em cerca de US$ 787 bilhões, com 65% desse total destinado a gastos do governo federal e 35%, a créditos tributários.

17:16
Anónimo disse...
Economia nacional
Na era Lula, aposentadoria sobe 54% menos que salário mínimo

Thatiane Faria
Especial para o Terra
Direto de São Paulo

Os índices de reajustes concedidos pelo governo em 2009 para aposentados e pensionistas e para o salário mínimo repetiram uma diferença que, só durante o governo de Luiz Inácio Lula da Silva, já chega a 54%. Enquanto o mínimo foi majorado em 12% este ano, as pensões e aposentadorias tiveram aumento de 5,92%. Aposentados que têm o benefício do governo como única fonte de renda reclamam que perdem poder de compra e que sua cesta de compras é composta por itens que aumentam mais em relação à inflação oficial.

Um exemplo prático pode ser entendido a partir da comparação entre um aposentado que ganhava R$ 600 em janeiro de 2003. Na época, o benefício era três vezes, ou 200%, maior que o valor do mínimo em vigência, que era de R$ 200. Aplicando-se os índices de reajuste para aposentadorias e para o mínimo durante os últimos seis anos, o mesmo aposentado estaria recebendo hoje R$ 938,47, comparado a um salário mínimo de R$ 465. A diferença entre os dois valores caiu para pouco mais de 100%.

Enquanto o índice acumulado de reajuste para a aposentadoria durante o governo Lula foi de 60%, para o salário mínimo está em 132%.

O diretor do Sindicato Nacional dos Aposentados, João Inocentini, reclama que os valores dos benefícios para aposentadorias não mantêm o poder de compra do grupo, principalmente dos aposentados que recebem menos que dez salários mínimos.

Nem mesmo o fato de o índice de reajuste das aposentadorias ter ficado acima da inflação acumulada no mesmo período (o IPCA entre janeiro de 2003 e janeiro de 2009 foi de 39,7%) serve de argumento, segundo os aposentados.

"Os idosos, principalmente, têm gastos além das contas gerais como gás, telefone e aluguel. Para eles o custo com remédios, e outros itens da área saúde costuma ser maior", afirmou Inocentini.

O presidente do sindicato afirmou que o grupo realiza um estudo com 100 itens de necessidade de um idoso para comparar o aumento dos produtos com o índice de reajuste do benefício recebido pelos aposentados.

"Daqui dois meses vamos abrir um processo na Justiça e levar essa pesquisa como prova. Segundo a lei, o governo é obrigado a manter o poder de compra com a aposentadoria", disse Inocentini.

Alternativas
O consultor financeiro Cláudio Boriola diz que os aposentados, especialmente nesse momento de crise econômica, devem evitar compras parceladas, pesquisar preços, negociar e fazer bom planejamento financeiro.

Segundo Boriola, alguns aposentados ganham um valor mensal muitas vezes insuficiente para o pagamento das contas e acabam pedindo crédito ou realizando pagamentos a prazo e são obrigados a pagar juros altos.

Na opinião do consultor, pagar uma previdência privada é uma alternativa indicada para quem ainda trabalha, considerando a característica de perda de poder de compra da aposentadoria.

"Na prática, infelizmente os valores encontram-se em um patamar que está deteriorando o poder de aquisição da população brasileira", completou Boriola.

De acordo com o diretor da Confederação Brasileira de Aposentados e Pensionistas (Cobap), Vicente Fernandes Barbosa, representantes dos aposentados tentarão um encontro com o presidente da Câmara, deputado Michel Temer (PMDB-SP), para discutir projetos que minimizem a perda dos aposentados

17:17
Anónimo disse...
Previdência
Previdência prorroga isenção de tarifas no benefício

O atual sistema de pagamento aos 26 milhões de aposentados e pensionistas do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) será mantido até o final deste ano. O acordo, que permite realizar a operação sem nenhum custo aos beneficiários, foi renovado nesta sexta-feira, entre o governo federal e 21 instituições financeiras.

Por meio desse acordo, vigente desde setembro de 2007, nem os segurados, nem os bancos e nem o governo arcam com o pagamento de tarifas, conforme explicou o ministro da Previdência Social, José Pimentel. A prorrogação vale até dezembro, data máxima para que a Previdência defina as regras para um novo contrato.

Ao assinar o termo de renovação, na sede da Federação Brasileira dos Bancos (Febraban), o ministro disse que a intenção do governo é mudar o atual modelo de gestão visando a reduzir os custos dessas operações em torno da folha mensal, que atinge R$ 15,8 bilhões. No entanto, qualquer alteração, conforme explicou, passará antes por audiências públicas a serem realizadas a partir do segundo semestre deste ano, atendendo a determinação do Tribunal de Contas da União (TCU).

De acordo com Pimentel, com um redesenho do mecanismo de repasse dos recursos aos bancos em torno da folha de pagamento dos segurados o que se busca é um aumento da participação de instituições financeiras. Ele informou que, desde 2007, cada benefício custa em média R$ 1,07 ao governo. "Quanto mais instituições financeiras estiverem prestando serviços à sociedade, maior é a competitividade, a agilidade no atendimento", justificou.

O ministro observou, ainda, que, para permitir uma redução para algo em torno de meia hora no tempo de atendimento para a concessão dos direitos previdenciários, o governo investiu R$ 280 milhões.

Questionado sobre o descontentamento dos segurados que ganham acima de um salário mínimo terem obtido apenas a correção com base na variação do Índice de Preços ao Consumidor (INPC) , ficando abaixo do reajuste dado a quem recebe apenas o mínimo, Pimentel argumentou que o governo seguiu o que determina a lei e descartou a possibilidade de uma revisão

17:17
Anónimo disse...
Empresas
Caterpillar oferece aposentadoria antecipada a 2 mil


A companhia americana Caterpillar ofereceu a cerca de dois mil funcionários incentivos para que se aposentem de forma voluntária antes do previsto, pela perspectiva de uma queda "significativa" da atividade industrial, informou nesta quarta-feira a empresa.

A iniciativa, destinada aos trabalhadores de diversas fábricas em Illinois, Colorado, Tennessee e Pensilvânia, se soma aos cortes de empregos anunciados em janeiro, explicou em comunicado de imprensa.

A empresa, a maior fabricante mundial de maquinaria pesada para a construção e a mineração, acrescentou que, "em função das condições de negócio, podem ser necessárias mais reduções de elenco voluntárias e involuntárias à medida que o ano avança".

O vice-presidente da companhia, Sid Banwart, explicou que a empresa prevê "demissões significativas em todas as regiões geográficas e na maioria dos setores devido às dificuldades da economia mundial".

17:18
Anónimo disse...
Comércio
Comércio exterior da OCDE caiu no 3º trimestre de 2008


As exportações e as importações dos países da Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Econômico (OCDE) caíram 1,6% e 0,2%, respectivamente, no terceiro trimestre de 2008, em relação aos três meses anteriores.

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Trata-se da primeira queda destas atividades desde o terceiro trimestre de 2006, segundo o último relatório trimestral sobre fluxos comerciais divulgado pela OCDE.

As exportações e as importações em dólares dos 30 Estados-membros caíram 15,6% e 17%, respectivamente, na comparação anualizada.

Por sua vez, o comércio dos sete países mais ricos do mundo (G7) teve um pequeno crescimento no terceiro trimestre de 2008 com uma queda das exportações de mercadorias de 0,2% em relação ao trimestre anterior e um aumento de 0,4% das importações.

Em termos anualizados, as importações do G7 caíram 1,4% entre julho e setembro do ano passado, seu primeiro retrocesso desde o terceiro trimestre de 2006, enquanto as exportações aumentaram 1,9%, seu crescimento mais baixo no mesmo tempo.

Por países, a Alemanha aumentou suas importações em 3,4% - valor mais alto do G7 -, enquanto suas exportações caíram 2,9% do segundo para o terceiro trimestre de 2008.

Pelo contrário, as exportações americanas aumentaram 1,8% entre julho e setembro de 2008, enquanto as importações caíram 0,7% em relação ao trimestre anterior. No Japão, tanto as importações quanto as exportações caíram em torno de 1% no mesmo período.

17:19
Anónimo disse...
Economia Nacional
Lula: juros de crédito consignado a aposentados são altos

Atualizada às 17h29

O presidente Luis Inácio Lula da Silva afirmou nesta terça-feira, em São Paulo, que está lutando para reduzir as taxas de juros cobradas de aposentados em crédito consignado. A Previdência Social estabelece uma taxa máxima de 2,5% para empréstimo e de 3,5% para cartão. Para Lula, os valores são altos.

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"Acho que o juro que os aposentados estão pagando hoje com o crédito consignado é alto para o padrão brasileiro", disse o presidente durante a cerimônia de comemoração dos 86 anos do INSS.

A Previdência anunciou nesta terça-feira que aposentados e trabalhadoras com licença-maternidade poderão receber seus benefícios em 30 minutos. De acordo com Lula, em junho, a aposentadoria do trabalhador rural também será conseguida em meia hora.

Além disso, o presidente anunciou que, também em junho, os trabalhadores que alcançarem o direito à aposentadoria passarão a receber em suas casas um comunicado da Previdência informando o fato e o valor do salário que têm direito a receber. "É um comprometimento público que estou fazendo com os companheiros da Previdência Social", disse.

"Estamos retribuindo ao contribuinte da Previdência Social aquilo que é a cidadania que ele tem direito", afirmou Lula. "Se para cobrar nós somos tão precisos, para devolver o dinheiro, temos que chegar próximo à perfeição", completou.

17:20
Anónimo disse...
Economia Nacional
Salário maternidade sairá em 30 minutos, diz ministro

Toda trabalhadora autônoma que tiver contribuído pelo menos 10 meses com o Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) - ou as que possuírem carteira assinada - poderão receber em 30 minutos o salário maternidade a partir desta terça-feira. Da mesma forma, as mulheres com 30 anos de contribuição e os homens com 35 anos também terão direito ao benefício de forma mais rápida. A informação é do ministro da Previdência Social, José Pimentel.

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Para requerer o salário maternidade, é preciso que as autônomas levem a carteira de identidade e o carnê de contribuição. As demais trabalhadoras devem apresentar a identificação e a carteira de trabalho. Desde o início do mês, a nova forma de análise para a concessão de benefícios foi adotada para a aposentadoria por idade do trabalhador urbano e agora foi estendida para o salário maternidade e por tempo de contribuição.

O ministro disse que a qualificação do serviço da previdência social é o reconhecimento do direito dos trabalhadores e da afirmação da cidadania.

"Até pouco tempo na cabeça do cidadão o serviço devia ser de péssima qualidade. Agora não, nós modificamos toda a legislação no mês de dezembro numa ação conjunta do Congresso Nacional com o governo federal. Estamos implantando e concedendo os benefícios em até 30 minutos", afirmou.

O ministro destacou que para conseguir se aposentar ou ter acesso à licença maternidade em 30 minutos, em primeiro lugar, é necessário que o cidadão esteja vinculado à Previdência, o que inclui 65% da população acima de 16 anos de idade.

"Depois bastar marcar pelo sistema 135 o dia e a hora do atendimento e levar a documentação. Se todos os dados necessários estiverem corretos o contribuinte será atendido em até 30 minutos, como vem sendo feito com as aposentadorias por idade desde o dia cinco de janeiro", explicou.

Pimentel disse ainda que em 90% das agências da previdência social o atendimento é marcado em até 48 horas. Nos grandes centros, entretanto existe um volume maior o que torna mais lento o processo.

"Estamos criando mais 715 agências até 2010, em todo o território nacional, para descentralizar o atendimento. Em 2008, atendemos 295 mil benefícios e aposentadorias por idade. Temos 4 mil pessoas por dia procurando e se aposentando por idade no território nacional. Este serviço será agilizado", concluiu.
17:26
Anónimo disse...
Giuseppe Englaro, pai de Eluana, a italiana que morreu na segunda-feira passada por desidratação, recusou uma grande soma de dinheiro de um conhecido fotógrafo italiano que queria retratar a filha em estado de coma, disse neste sábado o neurologista que atendia a mulher desde 1996, Carlo Defanti.

O neurologista, que participou hoje de uma conferência sobre eutanásia, disse que Englaro respeitou a vontade da filha, que, antes do acidente, tinha pedido que, se lhe ocorresse qualquer coisa irreversível, apresentasse sua imagem de quando estava em boas condições.

Antes de sofrer o acidente de trânsito, em 1992, Eluana viveu o coma de um amigo, Alessandro, o que causou forte impacto na italiana e a levou a fazer o pai prometer que não a deixasse viver em estado vegetativo, disse o próprio Giuseppe Englaro.

Defanti, que dissera que Eluana poderia viver de dez a 12 dias depois da suspensão da alimentação e da hidratação, disse que, como médico, tinha que reprovar esta afirmação.

"Não se pode sobreviver após três ou quatro dias sem líquido e, em particular, água em um corpo. Sabemos bem que, quando há um terremoto, após quatro dias é difícil encontrar sobreviventes".

Defanti ressaltou que Eluana "não falava, não se comunicava com o exterior" e que, após vários exames, "nos deparamos com uma moça que tinha perdido a consciência", porque estava com o córtex cerebral prejudicado.

Eluana foi enterrada na quinta-feira passada no túmulo da família na localidade de Paluzza, em Udine, após um funeral que não contou com a presença dos pais.

16:53
Anónimo disse...
Os bombeiros combatem neste sábado os incêndios na Austrália favorecidos pelo bom tempo, enquanto os deslocados encotram em seu retorno casas derruídas, carros queimados nas ruas e destruição.

Depois de sete dias desde que começaram os incêndios no Estado de Victoria, a lista de mortos chega a 181, os desaparecidos somam 50, os edifícios destruídos totalizam 1,834 mil e o terreno arrasado, principalmente florestas, ocupa uma área de 4,13 mil quilômetros quadrados.

As equipes de bombeiros, formadas por 4 mil profissionais de Victoria, de outras partes da Austrália e de países amigos, combateram hoje 12 focos fora de controle e nenhum representava uma ameaça direta para a população.

O subdiretor do Serviço de Bombeiros, Geoff Conway, disse que este tempo favorável, que se prolongará durante o domingo, permite consolidar as linhas de contenção e avançar na extinção das chamas.

Cinzas apareceram arrastadas por ventos do nordeste sobre Melbourne, onde habitam 3,8 milhões de pessoas, e as autoridades alertaram aos cidadãos do risco para a saúde de idosos, crianças e pessoas com problemas respiratórios.

O número de pessoas deslocadas - a Cruz Vermelha chegou a receber 7 mil - começou a cair com a abertura de algumas localidades atingidas.

Os incêndios, alguns criminosos, começaram em 7 de fevereiro, quando a região sul da Austrália estava há duas semanas sob uma onda de calor sem precedentes.

Na sexta-feira passada, a polícia acusou uma pessoa de ter provocado o incêndio que atingiu a localidade de Churchill e matou 21 pessoas.

16:55
Anónimo disse...
A primeira chuva em seis dias reduziu a ameaça de incêndios no Estado de Victoria, ao sul da Austrália. As autoridades, porém, advertiram que ainda existem 12 focos, mas que nenhum deles ameaça áreas povoadas.

Mais de quatro mil bombeiros, mil provenientes de outras partes do país e de outras nações, trabalham contra o fogo. Cerca de 600 veículos e 28 helicópteros e pequenos aviões estão sendo usados.


Eles conseguiram construir linhas de contenção para evitar os incêndios de Yarra e Maroondah se juntassem. Também foram controlados os incêndios abertos de Yea e Murrindindi, que ameaçavam as comunidades de Connellys Creek, Crystal Creek, Scrubby Creek e Native Dog Creek.

O número de mortos chegou a 181, mas as autoridades acreditam que as vítimas devem passar de 200, já que ainda há muitos desaparecidos.

16:55
Anónimo disse...
Aqui nesta coluna, na semana passada, tive a oportunidade de comentar sobre a recente visita do professor brasileiro Pedrinho Guareschi à Austrália. Não dei, porém, os fatos, pois semana passada o assunto era outro.

Hoje, porém, vamos a eles.

No último dia 4 de fevereiro, aconteceu o Seminário "Paulo Freire: Education and Liberation", organizado pelo centro de estudos latino-americanos da Universidade Nacional da Austrália, ou ANU, como é mais conhecida por aqui.

A ANU, para quem não sabe, está entre as 20 melhores universidades do mundo! E tem sede aqui em Camberra, capital da Austrália.

Na abertura do evento, o professor John Minns, diretor do centro latino-americano, ao dar boas-vindas ao público presente, lembrou ser aquele o primeiro seminário exclusivamente dedicado a Paulo Freire na Austrália.

Em seguida, convidou Pedrinho Guareschi, palestrante principal do Seminário, a fazer sua apresentação.

A plateia pode então conhecer, pelas palavras de Pedrinho, um pouco da obra e da vida de Freire, esse brasileiro de fé e valor, que sempre acreditou na educação, sobretudo dos menos favorecidos, analfabetos, como força libertadora.

Como não podia deixar de ser, os conceitos e ideias revolucionários de Paulo Freire, expostos com clareza por Pedrinho, despertaram o interesse e a curiosidade de plateia. A qual, deve-se notar, era na maioria de estudantes, mas de várias nacionalidades, sobretudo australianos e asiáticos.

Na continuação do programa do seminário, que se estendeu por dois dias, outros professores fizeram palestras sobre temas ligados à obra de Paulo Freire.

Interessante, por exemplo, saber que a professora Anne Hickling-Hudson, jamaicana que mora na Austrália há muitos anos (é professora da ANU), conheceu e trabalhou com Freire num workshop educacional durante a revolução na Ilha de Granada, em 1980, antes da invasão dos Estados Unidos...

Ou, então, a palestra da Professora Gerda Roelvink, da Nova Zelândia, que participou do Fórum Social de Porto Alegre em 2005. E essa participação transformou-se em tema de doutorado.

No dia 10, terça-feira passada, o padre Pedrinho Guareschi voltou a falar ao público australiano em grande auditório localizado no belíssimo campus da ANU. Desta vez, sobre a Teologia da Libertação.

Depois da palestra, John Minns mostrou o filme mexicano "O Crime do Padre Amaro", no qual um dos personagens é um padre católico praticante da Teologia da Libertação.

Mais uma vez, foi grande o intersse da platéia, que pode aprender e conhecer um pouco como se desenvolveu aquele importante movimento católico na América Latina.

Fica, assim, ao Pedrinho, bem como a outros brasileiros estudiosos e de bom coração que saem pelo mundo a divulgar aspectos importantes da cultura brasileira, o respeito e a homenagem desta coluna. E... aquele abraço!

16:57
Anónimo disse...
Amanda Kitts perdeu o braço esquerdo em um acidente de automóvel acontecido três anos atrás, mas hoje em dia ela joga futebol americano com seu filho de 12 anos de idade, troca fraldas e abraça as crianças nas três creches Kiddie Cottage que opera em Knoxville, Tennessee. Kitts, 40 anos, faz tudo isso com a ajuda de um novo tipo de braço artificial que se movimenta com mais facilidade do que outros aparelhos e que ela pode controlar utilizando apenas seus pensamentos.

"Eu sou capaz de mexer a mão, o pulso e o cotovelo ao mesmo tempo", diz. "Você pensa e os músculos se movem em seguida".

A recuperação que ela conseguiu resulta de um novo procedimento que vem atraindo crescente atenção porque permite que pessoas movam braços protéticos de forma mais automática do que faziam no passado, simplesmente utilizando nervos reaproveitados em seus cérebros.

A técnica, conhecida como "renervação muscular dirigida", envolve utilizar os nervos que restam depois da amputação de um braço e conectá-los a outro músculo do corpo, em geral no peito. Eletrodos são instalados sobre os músculos do peito, e operam como se fossem antenas. Quando a pessoa deseja mover o braço, o cérebro envia sinais que primeiro resultam em contração dos músculos do peito, os quais enviam um sinal ao braço protético, instruindo-se a se movimentar. O processo não requer mais esforços consciente do que a pessoa teria de exercitar caso ainda tivesse seu braço natural.

Na terça-feira, pesquisadores reportaram em estudo publicado pela versão online do Journal of the American Medical Association que haviam levado a técnica ainda mais à frente, tornando possível a execução de 10 movimentos de mão, pulso e cotovelo diferentes, o que representa uma substancial melhora com relação ao típico repertório protético, que em geral envolve apenas dobrar o cotovelo, girar o pulso e abrir a mão.

"Os novos métodos tiveram impacto dramático em nosso campo de trabalho", disse Stuart Harshbarger, engenheiro biomédico na Universidade Johns Hopkins e diretor do programa de pesquisa sobre próteses, financiado pelas forças armadas, que inclui o trabalho com essa técnica. "O método já está em uso por médicos e cirurgiões comuns em todo o país. A capacidade de controlar um membro protético bastante robusto que ele confere surpreendeu a todos pela qualidade".

Tipicamente, uma pessoa que tenha um braço protético só é capaz de executar alguns poucos movimentos, e muitas vezes com tamanha lentidão que isso só permite a ela atividades limitadas.

Há um motor separado para cada movimento, diz Gerald Loeb, professor de engenharia biomédica na Universidade do Sul da Califórnia, "e esses motores precisam ser controlados de maneira explícita", usualmente por um esforço consciente da pessoa para contrair músculos nas costas ou no bíceps.

"Essencialmente, até agora os pacientes controlavam apenas um motor de cada vez", diz Loeb, "e precisavam pensar cuidadosamente sobre que motor desejavam controlar e como fazê-lo operar, em lugar de simplesmente pensarem em mover o braço e poderem fazê-lo sem delongas".

Antes que Kitts passasse pelo procedimento de renervação, em outubro de 2007, por exemplo, ela precisava movimentar os músculos de suas costas de determinada maneira para fazer com que seu pulso girasse, e flexionar seu bíceps e tríceps para fazer com que o cotovelo se movesse para cima e para baixo. "Era muito trabalho", ela conta. "E não me ajudava muito".

O procedimento de renervação é parte de uma recente explosão de idéias novas e técnicas inovadoras que estão sendo exploradas enquanto os cientistas se esforçam por ajudar as pessoas a compensar melhor a perda de membros ou problemas de paralisia. O esforço vem sendo alimentado pelo aumento no número de amputações causado por diabetes e por ferimentos sofridos pelos militares, e ao mesmo tempo pelos avanços na tecnologia médica.

Os braços se tornaram um dos focos essenciais desse tipo de trabalho. A ciência há muito vem obtendo sucessos no desenvolvimento de próteses de perna, mas é muito mais difícil imitar a complexidade e a destreza das mãos e dos braços.

Os esforços em curso incluem o desenvolvimento de projetos de pele e braços mais sensíveis e mais flexíveis, e o uso de dispositivos acionados por controles sem fio implantado nos braços protéticos, que permitiriam movimentos mais naturais.

Os pesquisadores também vêm usando sensores implantados nos cérebros de cobaias para permitir que dois macacos controlem um braço mecânico, e um teste com um homem paralítico permitiu, com esse método, que ele movimentasse um cursor em uma tela de computador.

Alguns desses métodos, caso venham a ser aperfeiçoados plenamente e consigam aprovação das autoridades regulatórias da saúde, podem no futuro se tornar mais viáveis para os pacientes de amputações.

E embora a técnica da renervação não requeira aprovação das autoridades regulatórias porque é executada por meios cirúrgicos e emprega aparelhos já existentes, ela apresenta limitações que até mesmo seus criadores reconhecem, entre as quais o fato de que não se pode utilizá-la para todos os pacientes, o seu alto custo e o prazo de meses requerido para que os nervos reconectados cresçam e se tornem efetivos.

Ainda assim, os especialistas dizem que é o mais avançado sistema em uso hoje para pacientes reais que permite que o sistema nervoso controle diretamente o movimento de um braço artificial.

Desde sua introdução por Todd Kuiken, médico fisioterapeuta e engenheiro biomédico do Instituto de Reabilitação de Chicago, o método foi empregado em cerca de 30 pacientes nos Estados Unidos, Canadá e Europa, entre os quais oito soldados feridos no Iraque e no Afeganistão.

Muitos dos pacientes, entre os quais o primeiro, Jesse Sullivan, um operário do setor elétrico no Tennessee que perdeu os dois braços quando foi eletrocutado por um cabo, conseguem não apenas manipular seus braços protéticos mas sentir a presença das mãos que já não têm quando alguém toca em seus peitos.

Sullivan, 62 anos, e Kitts, estavam entre os cinco pacientes que participaram do estudo reportado na terça-feira. Em companhia de cinco outras pessoas que não passaram por amputações, eles receberam os eletrodos e foram instruídos a usar pensamentos para fazer com que um braço virtual na tela reproduzisse 10 movimentos diferentes, entre os quais três formas diferentes de aperto de mão.

Os pacientes apresentaram desempenho bastante respeitável, apenas um pouco mais lento e menos preciso do que os dos participantes que não tinham amputações.

"As velocidades de movimento que encontramos em nossos pacientes foram realmente encorajadoras", disse Kuiken. "Eles conseguiram completar a tarefa. É claro que não foram tão competentes quanto as pessoas dotadas de plena capacidade física, mas foram bons o bastante".

Um braço virtual foi usado porque a maioria das próteses existentes não era capaz de acomodar todos aqueles movimentos, no momento da pesquisa, ainda que Sullivan, Kitts e uma terceira paciente, Claudia Mitchell, tenham experimentado dois novos protótipos mais versáteis de braços artificiais, executando tarefas complexas com bolas de tênis e outros objetos.

O trabalho de renervação em soldados apresenta outros desafios, diz Kuiken, porque os ferimentos militares muitas vezes "causam danos muitos extensos" a nervos, músculos ou ossos.

Daniel Acosta, 25 anos, um aviador ferido pela detonação de uma bomba em uma estrada do Iraque em 2005, passou pelo procedimento no ano passado e diz que seu braço esquerdo protético agora se movimenta "muito mais rápido" e de maneira muito mais natural.

"A diferença é que agora não preciso mais pensar para mover o braço", ele diz. "Ele simplesmente se mexe".

Ainda assim, Acosta, de San Antonio, diz que "o processo foi bastante longo" e que os eletrodos precisam ser ajustados para receber os sinais à medida que os nervos crescem ou mudam de posição.

E embora elogiem o método, os especialistas afirmam que a ciência das próteses de braço ainda tem muito por avançar.

"Trata-se de uma parte crucial, mas ainda assim apenas uma parte, das muitas coisas que compreendem a função normal de um braço", disse Loeb, que escreveu um editorial que acompanha o artigo no Journal of the American Medical Association.

"No momento estamos a meio do caminho entre o braço de 'Dr. Fantástico', que fazia involuntariamente a saudação nazista, e o braço de Luke Skywalker em 'Guerra nas Estrelas', que funciona sem nenhum problema assim que é conectado. Creio que precisaremos ainda de muitos anos para conectar todas as peças necessárias a produzir um braço capaz de funcionar normalmente".

17:04
Anónimo disse...
A Espanha disse neste sábado que está preparando uma reclamação oficial contra a decisão da Venezuela de expulsar um membro do Parlamento Europeu que criticou o conselho eleitoral venezuelano.
Luis Herrero, membro do partido conservador espanhol PP, foi deportado na sexta-feira depois que o Conselho Nacional Eleitoral (CNE) o acusou de questionar a imparcialidade da instituição antes de um referendo que pode permitir ao presidente Hugo Chávez permanecer no cargo indefinidamente.

Herrero estava na Venezuela como observador do referendo. Ele acusou Chávez de ter "comportamentos típicos de um ditador" por pedir a contenção de manifestações da oposição.

O governo da Espanha convocou um encontro com o embaixador da Venezuela em Madri para expressar a desaprovação sobre a expulsão de Herrero, disse um representante do Ministério das Relações Exteriores espanhol.

As relações da Venezuela com a Espanha tiveram seu ponto crítico em 2007, quando Chávez ameaçou rever acordos diplomáticos e comerciais depois de ouvir um "cala a boca" do rei espanhol Juan Carlos durante uma cúpula.

A fenda foi oficialmente reparada em 2008, com uma visita oficial de Chávez à Espanha, onde ele cumprimentou o rei e discutiu acordos para investimento no setor petroquímico com o primeiro-ministro José Luis Rodriguez Zapatero.

17:06
Anónimo disse...
A polícia do Zimbábue anunciou neste sábado que acusa de traição Roy Bennett, dirigente do até agora opositor Movimento para a Mudança Democrática (MDC), detido na sexta-feira, em Harare, poucas horas antes da cerimônia de posse dos membros do novo gabinete.

"A Polícia nos informou que vão apresentar acusações de traição", disse à agência EFE o advogado de defesa de Bennett, Trust Maanda.

"Tentam relacionar Roy com o caso de Mike Hitschmann, que foi detido em 2006 em relação à descoberta de um carregamento de armas, apesar de que Hitschmann não tenha sido declarado culpado das acusações de traição apresentadas contra ele, mas de um crime menor de descumprimento de leis", disse Maanda.

O político opositor, designado por seu partido como vice-ministro de Agricultura no Governo de união nacional, esteve no exílio na vizinha África do Sul desde 2006 e retornou ao Zimbábue há duas semanas.

Segundo a Polícia, que deteve Bennett ontem no aeroporto de Harare quando pretendia ir à África do Sul para visitar sua família, as armas apreendidas em 2006 seriam utilizadas em um golpe de Estado para derrubar o presidente do Zimbábue, Robert Mugabe.

Depois da detenção, Bennet foi levado a Mutar, onde vários simpatizantes do MDC se concentraram em frente à delegacia na qual estava detido, diante do que a Polícia respondeu com tiros para o alto para dispersar os manifestantes.

17:07
Anónimo disse...
Austrália: 14 mil se candidatam a 'emprego dos sonhos'

A secretaria de Turismo de Queensland, na Austrália, informou que até esta segunda-feira já recebeu cerca de 14 mil inscrições para o "o melhor emprego do mundo". O Estado australiano promove pela internet seleção para vaga de "zelador" da ilha Hamilton, por seis meses com um salário de R$ 40 mil.

Muitos candidatos tiveram problemas durante a inscrição por conta dos acessos simultâneos ao site. A secretaria aconselha enviar os vídeos de 60s explicando porque deve ser escolhido em horários alternativos do dia, além de recomendar tamanho em torno de 40MB.

As inscrições começaram em 12 de janeiro e vão até o próximo dia 22 e podem ser feitas pelo site www.islandreefjob.com. O governo australiano escolherá 50 candidatos para a próxima fase da seleção, que terá votos do público para eleger um dos 11 finalistas.

A última fase terá entrevistas e desafios físicos, no próprio local de trabalho: as ilhas da Grande Barreira Coralina - o maior recife de coral do mundo. A secretaria de Turismo anunciará o vencedor no dia 6 de maio.

17:09
Anónimo disse...
Mercado elogia governo na crise, mas pede maior queda no juro

Peter Fussy
Direto de São Paulo

Desde as primeiras medidas anunciadas para combater os efeitos da crise, o governo brasileiro avisou que a estratégia não contemplaria um pacote. Seriam doses pontuais, de acordo com a necessidade da economia diante do agravamento das turbulências. Da primeira liberação dos depósitos compulsórios em setembro até a ampliação do seguro-desemprego na última quarta-feira, o governo passou por redução de impostos, ampliação de crédito e incentivos à exportação. Quase 150 dias após a primeira medida, o Terra conversou com líderes do setor público e privado, representantes dos trabalhadores, acadêmicos e com o próprio governo para saber quais destas ações foram mais eficazes, quais foram mais ineficientes e o que mais pode ser feito pelo Estado brasileiro contra a crise.

Os maiores elogios foram direcionados à atitude de reduzir o Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) para a indústria automobilística, anunciada em dezembro e que fez com que os emplacamentos de carros novos subissem 1,9% no primeiro mês do ano em relação a dezembro de 2008. Já as maiores críticas foram para a lentidão no corte da taxa básica de juro do País.

Para o presidente do conselho administrativo do Grupo Pão de Açúcar, Abílio Diniz, o Estado não é responsável pela crise e mesmo assim está agindo "com extrema serenidade e muito acerto". "O governo está atento, fazendo a sua parte. É preciso coragem de baixar firmemente a taxa de juros. É uma arma que temos a nosso favor, já que não há clima para inflação, nem possibilidade de danos para a macroeconomia", afirmou Diniz.

Na última reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), em janeiro, a taxa Selic foi reduzida em um ponto percentual, de 13,75% para 12,75% ao ano. Porém, o professor de economia da Universidade de Brasília (UnB) José Luiz Oreiro lembra que este corte representa uma redução de apenas 0,25 ponto percentual com relação à taxa de setembro do ano passado, quando a crise se agravou.

"Pouco antes da eclosão da crise, o Banco Central aumentou a taxa em 0,75 ponto. Foram cinco meses de demora para reduzir em termos líquidos apenas 0,25 ponto", afirmou o economista, que também sugeriu redução do intervalo de cerca de 90 dias entre as reuniões do Copom e o corte de pelo menos um 1 ponto percentual em cada reunião.

Mesmo com o corte de janeiro, a taxa de juros real continua sendo a maior do mundo, lembrou o secretário-geral da Força Sindical, João Carlos Gonçalves, o Juruna. "A redução da taxa de juro ainda é pequena, porque ela continua uma das mais altas do mundo. Falta ousadia para baixar os juros e ajudar o cidadão. A permanência da taxa de juro alta é negativa para o País em meio a crise", afirmou Juruna.

Embora aprove as ações do governo, o senador Aloízio Mercadante (PT-SP) também acredita que o patamar da Selic está muito alto. "Sempre fomos os primeiros a entrar em qualquer crise, o que não aconteceu agora. A taxa Selic ainda é muito alta, mas o governo têm tomado medidas acertadas, como o aumento do salário mínimo, mesmo com um cenário de crise. Isso ajuda a movimentar o consumo. O governo está se esforçando para manter os investimentos e o crescimento", disse.

Tributos
De acordo com o economista Fabio Pina, da Fecomercio-SP, as ações mais positivas estão relacionadas à redução de tributos para alguns segmentos, como a indústria automobilística, que recuperou parte da queda nas vendas em janeiro com a isenção do IPI para carros 1.0 l e o corte para demais motorizações. A medida vale até o final de março.

"Essas medidas não só reduziram o preço, mas anteciparam o consumo daqueles que iriam comprar no futuro, dando um prêmio por conta da insegurança. Mexe diretamente com o principal problema que é a confiança do consumidor", afirmou. Juruna destacou que um bom ritmo de vendas é garantia de emprego. "É importante porque cada emprego na montadora significa 19 na cadeia produtiva", comentou o representante da Força Sindical.

Também em dezembro, o governo decidiu cortar pela metade a alíquota do Imposto de Renda para contribuintes que ganham entre R$ 1.434 e R$ 2.150 mensais. "O salário aumentava e a tabela não se modificava. As pessoas ganhavam mais e pagavam mais impostos", apontou Juruna. Outra redução de tributos do governo foi com relação ao Imposto sobre Operações Financeiras (IOF), que caiu de 3% ao ano para 1,5%.

Crédito
Na segunda metade de 2008, o colapso de bancos nos Estados Unidos por conta da crise do subprime provocou uma forte restrição de crédito no mundo inteiro. Uma das primeiras medidas anticrise do governo teve como objetivo restabelecer a oferta, com mudanças no recolhimento dos depósitos compulsórios por parte dos bancos. Segundo o presidente do Banco Central, Henrique Meirelles, as diversas modificações liberaram US$ 99,2 bilhões aos bancos até o final de janeiro.

Além disso, o governo concedeu R$ 36 bilhões das reservas internacionais para empresas brasileiras com dívidas no exterior e uma medida provisória autorizou o Banco do Brasil e a Caixa Econômica Federal a comprar carteiras de crédito de bancos privados. Para o diretor do Departamento de Pesquisas e Estudos Econômicos da Fiesp, Paulo Francini, estas medidas foram essenciais para combater os efeitos da crise.

"A crise se desenvolve no mundo em torno do tema crédito. E o crédito reduziu-se barbaridade no mundo. Então o governo lança mão de compulsório, lança mão de reservas, de medidas que permitem aos bancos comprar carteiras de bancos. Você vai tomando várias medidas para atender às demandas e o epicentro disso é crédito", afirmou.

No entanto, Oreiro, da UnB, adverte que a liberação dos compulsórios seria mais eficiente acompanhada de redução mais agressiva da taxa básica de juro. "Uma parte do crédito voltou, depois da forte retração em outubro e novembro. O que deveria ter sido feito junto à liberação do compulsório era uma redução mais drástica da taxa de juro. Sem isso, os bancos pegam as reservas e acabam comprando títulos públicos", explicou o economista.

Na opinião de Pina, as ações de distribuição de crédito via redução do compulsório e a disposição de capital de giro para empresas foram tomadas sem um cuidado maior na operação e não tiveram muito efeito. "O BNDES tem linhas que ficam paradas quase todo o ano, agora é pior ainda. Existem os recursos, mas as empresas e os bancos estão desconfiados. É preciso fazer com que os bancos tenham interesse em emprestar", afirmou o economista da Fecomercio-SP.

Futuro
Mesmo com todas essas medidas, a crise financeira ainda gera incertezas nos setores produtivos do País. Nos últimos meses, o medo do desemprego fez os consumidores adiarem compras. Por sua vez, a queda nas vendas pode obrigar as indústrias a cortarem a produção e demitir funcionários. Contra isso, empresários sugerem redução de jornada e de salários.

"Isto está previsto em lei. A Fiesp simplesmente manteve conversações com entidades sindicais quanto à aplicação daquilo que já está previsto em lei", afirmou Francini.

Segundo a ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff, uma das medidas que assegura um nível de emprego é a manutenção de investimentos no Programa de Aceleração do Crescimento (PAC). "Estamos esperando que a dificuldade ocorra em janeiro, fevereiro e março. Estamos certos que vamos manter o nível de investimento. É isso que funciona, é isso que significa investimento público. Ele funciona como um colchão. Por isso, nós colocamos R$ 100 bilhões no BNDES e a Petrobras ampliou o seu investimento em R$ 120 bilhões", afirmou.

Na mesma linha, Pina explica que a antecipação de gastos do governo substitui parte da demanda retraída do setor privado. "Ele dá o seguinte recado: não vou estourar as contas públicas, mas concentrar em um momento em que a demanda privada está pequena. Mas o governo não tem fôlego suficiente para fazer o papel de toda demanda", ressaltou. O economista da Fecomercio lembrou que a entidade já pleiteou junto ao governo isenções para transferência de imóveis e de automóveis, além de retirar o IPVA para veículos novos.

Já Oreiro foca suas propostas na capitalização do Banco do Brasil e da Caixa Econômica Federal pelo Tesouro para atender a demanda de crédito para capital de giro e reduzir o spread. "Aumentando o empréstimo e reduzindo as taxas, os dois vão forçar os bancos privados a acompanhar o movimento, até para não perderem participação no mercado", explicou o economista da UnB.

Até o Carnaval, o governou prometeu detalhar um pacote de incentivos para a construção de até um milhão de casas populares, direcionado a famílias com renda de até dez salários mínimos. "Estamos atentos a tudo o que está acontecendo e novas medidas serão tomadas caso haja uma avaliação de que sejam necessárias", disse o ministro da Fazenda, Guido Mantega, na última sexta-feira.

17:11
Anónimo disse...
Ex-ministro critica extensão do seguro-desemprego

Atualizada às 09h03

O ex-ministro do Trabalho Almir Pazzianotto criticou a decisão do governo federal de conceder o seguro-desemprego estendido a apenas alguns setores. "É certamente odioso e provavelmente inconstitucional", disse Pazzianotto, de acordo com o jornal O Estado de S. Paulo.

Na última qurta, dia do anúncio da medida, centrais sindicais elogiaram a atitude do governo. A Força Sindical divulgou nota dizendo que "o aumento ajudará a aquecer parte da economia, já que irá gerar mais consumo, produção e conseqüentemente, a criação de novos postos de trabalho". A União Geral dos Trabalhadores (UGT) afirmou que a medida "contribuirá para minimizar o drama dos trabalhadores que perderem seu emprego por conta da crise".

O ex-ministro, que instituiu o seguro-desemprego no País no governo de José Sarney, destacou a necessidade de as centrais sindicais se manifestarem contra a determinação. Para ele, as mudanças devem ser aplicadas a todas as categorias profissionais e a distinção é contrária ao artigo 3º da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT).

Pazzianotto atribui a medida a um possível temor do governo de que a crise econômica seja longa e não haja dinheiro para atender a todas as necessidades. Ainda assim, ele se mostra contrário ao método de concessão. "O seguro-desemprego ajuda a sanar necessidades básicas. Estendê-lo é paliativo, não a solução", disse ao jornal.

De acordo com o presidente do Conselho Deliberativo do Fundo de Amparo ao Trabalhador (Codefat) e conselheiro da Força Sindical, Luiz Fernando Emediato, a determinação já estava prevista na lei 8.900/94, que trata do seguro-desemprego.

O presidente da Comissão de Trabalho da Câmara, Pedro Fernandes (PTB-MA) vai além na crítica à concessão do seguro para apenas alguns setores. Ele acredita que a ampliação do benefício estimula o desemprego.

Quintino Severo, secretário geral da Central Única dos Trabalhadores (CUT), lembra que a ampliação do benefício sem critério e identificação pode incentivar demissões em outros setores.

17:13
Anónimo disse...
Empresas
TAM faz promoção para destinos internacionais

A companhia aérea TAM anunciou nesta sexta-feira tarifas promocionais para trechos internacionais. Os preços valem para bilhetes comprados entre 6h deste sábado e 23h59 deste domingo e são válidos para classe econômica. As tarifas, para ida e volta, serão vendidas a partir de US$ 99, mais taxas.

Segundo a aérea, a promoção vale para viagens feitas no período de 14 de fevereiro a 18 de junho de 2009. Para destinos na América do Sul, a permanência mínima é de dois dias; para bilhetes com destino nos Estados Unidos, cinco dias; e Europa, sete dias. A permanência máxima para as passagens para América do Sul e EUA é de dois meses e para Europa, três meses.

Entre os exemplos de tarifas promocionais, a TAM oferece São Paulo-Lima por US$ 99. Bilhetes para a rota São Paulo-Santiago serão vendidos a partir de US$ 199 e São Paulo-Nova York, US$ 799.

A emissão dos bilhetes deve ser feita obrigatoriamente no ato da reserva, obedecendo às regras estipuladas pela companhia. A compra está sujeita à disponibilidade de assentos nas classes tarifárias determinadas, trechos, horários e datas. A TAM afirmou que também há tarifas promocionais para a classe executiva.

Mais informações podem ser encontradas no site promocional (www.ofertastam.com.br), no site da empresa (www.tam.com.br) ou pelos telefones 4002-5700 ou 0800 5705700.

17:13
Anónimo disse...
Empresas
Consultoria negocia compra do parque temático Hopi Hari

A consultoria especializada em reestruturação de empresas Íntegra Associados informou nesta sexta-feira ter um acordo para comprar o parque de diversões Hopi Hari, localizado no interior de São Paulo. A empresa estaria disposta a investir R$ 10 milhões no parque, que tem dívida estimada em R$ 800 milhões. As informações são da edição deste sábado do jornal Folha de S. Paulo.

De acordo com o jornal, a transação ainda depende da negociação entre o Hopi Hari e seus credores, o que já estaria em andamento.

A consultoria paulista já atuou junto à Parmalat, durante 30 meses, quando reorganizou a gestão da empresa italiana.

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17:14
Anónimo disse...
Empresas
Disney de Tóquio contratará mais 2 mil apesar da crise


A Oriental Land, o operador da Disneylândia Tóquio e DisneySea, organizou neste domingo entrevistas para contratar cerca de 2 mil trabalhadores em tempo parcial, em um momento de grandes demissões deste tipo de empregados no Japão.

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O operador deste parque temático, situado em Urayasu, na província de Chiba (leste de Tóquio), está em pleno processo de seleção de empregados para 20 tipos de postos trabalhistas diferentes.

Segundo a companhia, citada pela agência local de notícias Kyodo, o parque contratará novos trabalhadores para as atrações, para os restaurantes e guardas de segurança entre outros. Os novos contratados começarão a trabalhar a partir de fevereiro.

O processo de seleção acontece em um momento em que a maioria das grandes companhias japonesas começaram a se ver obrigadas a despedir uma elevada percentagem de seus trabalhadores temporários e a tempo parcial.

Algumas inclusive anunciaram demissões de seus trabalhadores fixos, uma medida muito pouco comum nas companhias japonesas, perante os efeitos piores que o esperado pela crise econômica global.

Cerca de uma centena de pessoas esperavam desde a primeira hora desta manhã a abertura do centro de conferências Tokyo International Forum, onde as entrevistas estão sendo feitas, para ser os primeiros a solicitar os postos de trabalho.


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17:15
Anónimo disse...
Economia Internacional
Senado dos EUA aprova plano de estímulo à economia

O Senado dos Estados Unidos aprovou com 60 votos a favor e 38 contra o plano de estímulo à economia de US$ 787 bilhões na madrugada deste sábado. Agora, ele segue para sanção ou veto do presidente Barack Obama, que espera colocar a lei em prática até o dia 16 de fevereiro.

O plano prevê a criação de três milhões de empregos, inclui cortes de impostos às famílias, fundos para programas sociais e obras públicas, além de ajuda aos governos estaduais, estudantes e desempregados.

A cláusula Buy American - que exige o uso de ferro, aço e produtos manufaturados dos Estados Unidos em obras realizadas com recursos do pacote - ficou de lado. Segundo o texto definitivo, a cláusula será aplicada sem violar as normas do comércio internacional.

Ontem à tarde, a Câmara de Representantes (deputados) havia aprovado, por 246 votos a favor e 183 contra, a versão final do plano. Todos os republicanos foram contrários ao pacote.

Pelo acordo de quarta-feira entre Câmara e Senado, em vez de custar US$ 819 bilhões, como queriam os deputados, ou US$ 838 bilhões como pretendiam os senadores, o pacote ficou em cerca de US$ 787 bilhões, com 65% desse total destinado a gastos do governo federal e 35%, a créditos tributários.

17:16
Anónimo disse...
Economia nacional
Na era Lula, aposentadoria sobe 54% menos que salário mínimo

Thatiane Faria
Especial para o Terra
Direto de São Paulo

Os índices de reajustes concedidos pelo governo em 2009 para aposentados e pensionistas e para o salário mínimo repetiram uma diferença que, só durante o governo de Luiz Inácio Lula da Silva, já chega a 54%. Enquanto o mínimo foi majorado em 12% este ano, as pensões e aposentadorias tiveram aumento de 5,92%. Aposentados que têm o benefício do governo como única fonte de renda reclamam que perdem poder de compra e que sua cesta de compras é composta por itens que aumentam mais em relação à inflação oficial.

Um exemplo prático pode ser entendido a partir da comparação entre um aposentado que ganhava R$ 600 em janeiro de 2003. Na época, o benefício era três vezes, ou 200%, maior que o valor do mínimo em vigência, que era de R$ 200. Aplicando-se os índices de reajuste para aposentadorias e para o mínimo durante os últimos seis anos, o mesmo aposentado estaria recebendo hoje R$ 938,47, comparado a um salário mínimo de R$ 465. A diferença entre os dois valores caiu para pouco mais de 100%.

Enquanto o índice acumulado de reajuste para a aposentadoria durante o governo Lula foi de 60%, para o salário mínimo está em 132%.

O diretor do Sindicato Nacional dos Aposentados, João Inocentini, reclama que os valores dos benefícios para aposentadorias não mantêm o poder de compra do grupo, principalmente dos aposentados que recebem menos que dez salários mínimos.

Nem mesmo o fato de o índice de reajuste das aposentadorias ter ficado acima da inflação acumulada no mesmo período (o IPCA entre janeiro de 2003 e janeiro de 2009 foi de 39,7%) serve de argumento, segundo os aposentados.

"Os idosos, principalmente, têm gastos além das contas gerais como gás, telefone e aluguel. Para eles o custo com remédios, e outros itens da área saúde costuma ser maior", afirmou Inocentini.

O presidente do sindicato afirmou que o grupo realiza um estudo com 100 itens de necessidade de um idoso para comparar o aumento dos produtos com o índice de reajuste do benefício recebido pelos aposentados.

"Daqui dois meses vamos abrir um processo na Justiça e levar essa pesquisa como prova. Segundo a lei, o governo é obrigado a manter o poder de compra com a aposentadoria", disse Inocentini.

Alternativas
O consultor financeiro Cláudio Boriola diz que os aposentados, especialmente nesse momento de crise econômica, devem evitar compras parceladas, pesquisar preços, negociar e fazer bom planejamento financeiro.

Segundo Boriola, alguns aposentados ganham um valor mensal muitas vezes insuficiente para o pagamento das contas e acabam pedindo crédito ou realizando pagamentos a prazo e são obrigados a pagar juros altos.

Na opinião do consultor, pagar uma previdência privada é uma alternativa indicada para quem ainda trabalha, considerando a característica de perda de poder de compra da aposentadoria.

"Na prática, infelizmente os valores encontram-se em um patamar que está deteriorando o poder de aquisição da população brasileira", completou Boriola.

De acordo com o diretor da Confederação Brasileira de Aposentados e Pensionistas (Cobap), Vicente Fernandes Barbosa, representantes dos aposentados tentarão um encontro com o presidente da Câmara, deputado Michel Temer (PMDB-SP), para discutir projetos que minimizem a perda dos aposentados

17:17
Anónimo disse...
Previdência
Previdência prorroga isenção de tarifas no benefício

O atual sistema de pagamento aos 26 milhões de aposentados e pensionistas do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) será mantido até o final deste ano. O acordo, que permite realizar a operação sem nenhum custo aos beneficiários, foi renovado nesta sexta-feira, entre o governo federal e 21 instituições financeiras.

Por meio desse acordo, vigente desde setembro de 2007, nem os segurados, nem os bancos e nem o governo arcam com o pagamento de tarifas, conforme explicou o ministro da Previdência Social, José Pimentel. A prorrogação vale até dezembro, data máxima para que a Previdência defina as regras para um novo contrato.

Ao assinar o termo de renovação, na sede da Federação Brasileira dos Bancos (Febraban), o ministro disse que a intenção do governo é mudar o atual modelo de gestão visando a reduzir os custos dessas operações em torno da folha mensal, que atinge R$ 15,8 bilhões. No entanto, qualquer alteração, conforme explicou, passará antes por audiências públicas a serem realizadas a partir do segundo semestre deste ano, atendendo a determinação do Tribunal de Contas da União (TCU).

De acordo com Pimentel, com um redesenho do mecanismo de repasse dos recursos aos bancos em torno da folha de pagamento dos segurados o que se busca é um aumento da participação de instituições financeiras. Ele informou que, desde 2007, cada benefício custa em média R$ 1,07 ao governo. "Quanto mais instituições financeiras estiverem prestando serviços à sociedade, maior é a competitividade, a agilidade no atendimento", justificou.

O ministro observou, ainda, que, para permitir uma redução para algo em torno de meia hora no tempo de atendimento para a concessão dos direitos previdenciários, o governo investiu R$ 280 milhões.

Questionado sobre o descontentamento dos segurados que ganham acima de um salário mínimo terem obtido apenas a correção com base na variação do Índice de Preços ao Consumidor (INPC) , ficando abaixo do reajuste dado a quem recebe apenas o mínimo, Pimentel argumentou que o governo seguiu o que determina a lei e descartou a possibilidade de uma revisão

17:17
Anónimo disse...
Empresas
Caterpillar oferece aposentadoria antecipada a 2 mil


A companhia americana Caterpillar ofereceu a cerca de dois mil funcionários incentivos para que se aposentem de forma voluntária antes do previsto, pela perspectiva de uma queda "significativa" da atividade industrial, informou nesta quarta-feira a empresa.

A iniciativa, destinada aos trabalhadores de diversas fábricas em Illinois, Colorado, Tennessee e Pensilvânia, se soma aos cortes de empregos anunciados em janeiro, explicou em comunicado de imprensa.

A empresa, a maior fabricante mundial de maquinaria pesada para a construção e a mineração, acrescentou que, "em função das condições de negócio, podem ser necessárias mais reduções de elenco voluntárias e involuntárias à medida que o ano avança".

O vice-presidente da companhia, Sid Banwart, explicou que a empresa prevê "demissões significativas em todas as regiões geográficas e na maioria dos setores devido às dificuldades da economia mundial".

17:18
Anónimo disse...
Comércio
Comércio exterior da OCDE caiu no 3º trimestre de 2008


As exportações e as importações dos países da Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Econômico (OCDE) caíram 1,6% e 0,2%, respectivamente, no terceiro trimestre de 2008, em relação aos três meses anteriores.

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Trata-se da primeira queda destas atividades desde o terceiro trimestre de 2006, segundo o último relatório trimestral sobre fluxos comerciais divulgado pela OCDE.

As exportações e as importações em dólares dos 30 Estados-membros caíram 15,6% e 17%, respectivamente, na comparação anualizada.

Por sua vez, o comércio dos sete países mais ricos do mundo (G7) teve um pequeno crescimento no terceiro trimestre de 2008 com uma queda das exportações de mercadorias de 0,2% em relação ao trimestre anterior e um aumento de 0,4% das importações.

Em termos anualizados, as importações do G7 caíram 1,4% entre julho e setembro do ano passado, seu primeiro retrocesso desde o terceiro trimestre de 2006, enquanto as exportações aumentaram 1,9%, seu crescimento mais baixo no mesmo tempo.

Por países, a Alemanha aumentou suas importações em 3,4% - valor mais alto do G7 -, enquanto suas exportações caíram 2,9% do segundo para o terceiro trimestre de 2008.

Pelo contrário, as exportações americanas aumentaram 1,8% entre julho e setembro de 2008, enquanto as importações caíram 0,7% em relação ao trimestre anterior. No Japão, tanto as importações quanto as exportações caíram em torno de 1% no mesmo período.

17:19
Anónimo disse...
Economia Nacional
Lula: juros de crédito consignado a aposentados são altos

Atualizada às 17h29

O presidente Luis Inácio Lula da Silva afirmou nesta terça-feira, em São Paulo, que está lutando para reduzir as taxas de juros cobradas de aposentados em crédito consignado. A Previdência Social estabelece uma taxa máxima de 2,5% para empréstimo e de 3,5% para cartão. Para Lula, os valores são altos.

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"Acho que o juro que os aposentados estão pagando hoje com o crédito consignado é alto para o padrão brasileiro", disse o presidente durante a cerimônia de comemoração dos 86 anos do INSS.

A Previdência anunciou nesta terça-feira que aposentados e trabalhadoras com licença-maternidade poderão receber seus benefícios em 30 minutos. De acordo com Lula, em junho, a aposentadoria do trabalhador rural também será conseguida em meia hora.

Além disso, o presidente anunciou que, também em junho, os trabalhadores que alcançarem o direito à aposentadoria passarão a receber em suas casas um comunicado da Previdência informando o fato e o valor do salário que têm direito a receber. "É um comprometimento público que estou fazendo com os companheiros da Previdência Social", disse.

"Estamos retribuindo ao contribuinte da Previdência Social aquilo que é a cidadania que ele tem direito", afirmou Lula. "Se para cobrar nós somos tão precisos, para devolver o dinheiro, temos que chegar próximo à perfeição", completou.

17:20
Anónimo disse...
Economia Nacional
Salário maternidade sairá em 30 minutos, diz ministro

Toda trabalhadora autônoma que tiver contribuído pelo menos 10 meses com o Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) - ou as que possuírem carteira assinada - poderão receber em 30 minutos o salário maternidade a partir desta terça-feira. Da mesma forma, as mulheres com 30 anos de contribuição e os homens com 35 anos também terão direito ao benefício de forma mais rápida. A informação é do ministro da Previdência Social, José Pimentel.

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Para requerer o salário maternidade, é preciso que as autônomas levem a carteira de identidade e o carnê de contribuição. As demais trabalhadoras devem apresentar a identificação e a carteira de trabalho. Desde o início do mês, a nova forma de análise para a concessão de benefícios foi adotada para a aposentadoria por idade do trabalhador urbano e agora foi estendida para o salário maternidade e por tempo de contribuição.

O ministro disse que a qualificação do serviço da previdência social é o reconhecimento do direito dos trabalhadores e da afirmação da cidadania.

"Até pouco tempo na cabeça do cidadão o serviço devia ser de péssima qualidade. Agora não, nós modificamos toda a legislação no mês de dezembro numa ação conjunta do Congresso Nacional com o governo federal. Estamos implantando e concedendo os benefícios em até 30 minutos", afirmou.

O ministro destacou que para conseguir se aposentar ou ter acesso à licença maternidade em 30 minutos, em primeiro lugar, é necessário que o cidadão esteja vinculado à Previdência, o que inclui 65% da população acima de 16 anos de idade.

"Depois bastar marcar pelo sistema 135 o dia e a hora do atendimento e levar a documentação. Se todos os dados necessários estiverem corretos o contribuinte será atendido em até 30 minutos, como vem sendo feito com as aposentadorias por idade desde o dia cinco de janeiro", explicou.

Pimentel disse ainda que em 90% das agências da previdência social o atendimento é marcado em até 48 horas. Nos grandes centros, entretanto existe um volume maior o que torna mais lento o processo.

"Estamos criando mais 715 agências até 2010, em todo o território nacional, para descentralizar o atendimento. Em 2008, atendemos 295 mil benefícios e aposentadorias por idade. Temos 4 mil pessoas por dia procurando e se aposentando por idade no território nacional. Este serviço será agilizado", concluiu.
17:26
Anónimo disse...
Giuseppe Englaro, pai de Eluana, a italiana que morreu na segunda-feira passada por desidratação, recusou uma grande soma de dinheiro de um conhecido fotógrafo italiano que queria retratar a filha em estado de coma, disse neste sábado o neurologista que atendia a mulher desde 1996, Carlo Defanti.

O neurologista, que participou hoje de uma conferência sobre eutanásia, disse que Englaro respeitou a vontade da filha, que, antes do acidente, tinha pedido que, se lhe ocorresse qualquer coisa irreversível, apresentasse sua imagem de quando estava em boas condições.

Antes de sofrer o acidente de trânsito, em 1992, Eluana viveu o coma de um amigo, Alessandro, o que causou forte impacto na italiana e a levou a fazer o pai prometer que não a deixasse viver em estado vegetativo, disse o próprio Giuseppe Englaro.

Defanti, que dissera que Eluana poderia viver de dez a 12 dias depois da suspensão da alimentação e da hidratação, disse que, como médico, tinha que reprovar esta afirmação.

"Não se pode sobreviver após três ou quatro dias sem líquido e, em particular, água em um corpo. Sabemos bem que, quando há um terremoto, após quatro dias é difícil encontrar sobreviventes".

Defanti ressaltou que Eluana "não falava, não se comunicava com o exterior" e que, após vários exames, "nos deparamos com uma moça que tinha perdido a consciência", porque estava com o córtex cerebral prejudicado.

Eluana foi enterrada na quinta-feira passada no túmulo da família na localidade de Paluzza, em Udine, após um funeral que não contou com a presença dos pais.

16:53
Anónimo disse...
Os bombeiros combatem neste sábado os incêndios na Austrália favorecidos pelo bom tempo, enquanto os deslocados encotram em seu retorno casas derruídas, carros queimados nas ruas e destruição.

Depois de sete dias desde que começaram os incêndios no Estado de Victoria, a lista de mortos chega a 181, os desaparecidos somam 50, os edifícios destruídos totalizam 1,834 mil e o terreno arrasado, principalmente florestas, ocupa uma área de 4,13 mil quilômetros quadrados.

As equipes de bombeiros, formadas por 4 mil profissionais de Victoria, de outras partes da Austrália e de países amigos, combateram hoje 12 focos fora de controle e nenhum representava uma ameaça direta para a população.

O subdiretor do Serviço de Bombeiros, Geoff Conway, disse que este tempo favorável, que se prolongará durante o domingo, permite consolidar as linhas de contenção e avançar na extinção das chamas.

Cinzas apareceram arrastadas por ventos do nordeste sobre Melbourne, onde habitam 3,8 milhões de pessoas, e as autoridades alertaram aos cidadãos do risco para a saúde de idosos, crianças e pessoas com problemas respiratórios.

O número de pessoas deslocadas - a Cruz Vermelha chegou a receber 7 mil - começou a cair com a abertura de algumas localidades atingidas.

Os incêndios, alguns criminosos, começaram em 7 de fevereiro, quando a região sul da Austrália estava há duas semanas sob uma onda de calor sem precedentes.

Na sexta-feira passada, a polícia acusou uma pessoa de ter provocado o incêndio que atingiu a localidade de Churchill e matou 21 pessoas.

16:55
Anónimo disse...
A primeira chuva em seis dias reduziu a ameaça de incêndios no Estado de Victoria, ao sul da Austrália. As autoridades, porém, advertiram que ainda existem 12 focos, mas que nenhum deles ameaça áreas povoadas.

Mais de quatro mil bombeiros, mil provenientes de outras partes do país e de outras nações, trabalham contra o fogo. Cerca de 600 veículos e 28 helicópteros e pequenos aviões estão sendo usados.


Eles conseguiram construir linhas de contenção para evitar os incêndios de Yarra e Maroondah se juntassem. Também foram controlados os incêndios abertos de Yea e Murrindindi, que ameaçavam as comunidades de Connellys Creek, Crystal Creek, Scrubby Creek e Native Dog Creek.

O número de mortos chegou a 181, mas as autoridades acreditam que as vítimas devem passar de 200, já que ainda há muitos desaparecidos.

16:55
Anónimo disse...
Aqui nesta coluna, na semana passada, tive a oportunidade de comentar sobre a recente visita do professor brasileiro Pedrinho Guareschi à Austrália. Não dei, porém, os fatos, pois semana passada o assunto era outro.

Hoje, porém, vamos a eles.

No último dia 4 de fevereiro, aconteceu o Seminário "Paulo Freire: Education and Liberation", organizado pelo centro de estudos latino-americanos da Universidade Nacional da Austrália, ou ANU, como é mais conhecida por aqui.

A ANU, para quem não sabe, está entre as 20 melhores universidades do mundo! E tem sede aqui em Camberra, capital da Austrália.

Na abertura do evento, o professor John Minns, diretor do centro latino-americano, ao dar boas-vindas ao público presente, lembrou ser aquele o primeiro seminário exclusivamente dedicado a Paulo Freire na Austrália.

Em seguida, convidou Pedrinho Guareschi, palestrante principal do Seminário, a fazer sua apresentação.

A plateia pode então conhecer, pelas palavras de Pedrinho, um pouco da obra e da vida de Freire, esse brasileiro de fé e valor, que sempre acreditou na educação, sobretudo dos menos favorecidos, analfabetos, como força libertadora.

Como não podia deixar de ser, os conceitos e ideias revolucionários de Paulo Freire, expostos com clareza por Pedrinho, despertaram o interesse e a curiosidade de plateia. A qual, deve-se notar, era na maioria de estudantes, mas de várias nacionalidades, sobretudo australianos e asiáticos.

Na continuação do programa do seminário, que se estendeu por dois dias, outros professores fizeram palestras sobre temas ligados à obra de Paulo Freire.

Interessante, por exemplo, saber que a professora Anne Hickling-Hudson, jamaicana que mora na Austrália há muitos anos (é professora da ANU), conheceu e trabalhou com Freire num workshop educacional durante a revolução na Ilha de Granada, em 1980, antes da invasão dos Estados Unidos...

Ou, então, a palestra da Professora Gerda Roelvink, da Nova Zelândia, que participou do Fórum Social de Porto Alegre em 2005. E essa participação transformou-se em tema de doutorado.

No dia 10, terça-feira passada, o padre Pedrinho Guareschi voltou a falar ao público australiano em grande auditório localizado no belíssimo campus da ANU. Desta vez, sobre a Teologia da Libertação.

Depois da palestra, John Minns mostrou o filme mexicano "O Crime do Padre Amaro", no qual um dos personagens é um padre católico praticante da Teologia da Libertação.

Mais uma vez, foi grande o intersse da platéia, que pode aprender e conhecer um pouco como se desenvolveu aquele importante movimento católico na América Latina.

Fica, assim, ao Pedrinho, bem como a outros brasileiros estudiosos e de bom coração que saem pelo mundo a divulgar aspectos importantes da cultura brasileira, o respeito e a homenagem desta coluna. E... aquele abraço!

16:57
Anónimo disse...
Amanda Kitts perdeu o braço esquerdo em um acidente de automóvel acontecido três anos atrás, mas hoje em dia ela joga futebol americano com seu filho de 12 anos de idade, troca fraldas e abraça as crianças nas três creches Kiddie Cottage que opera em Knoxville, Tennessee. Kitts, 40 anos, faz tudo isso com a ajuda de um novo tipo de braço artificial que se movimenta com mais facilidade do que outros aparelhos e que ela pode controlar utilizando apenas seus pensamentos.

"Eu sou capaz de mexer a mão, o pulso e o cotovelo ao mesmo tempo", diz. "Você pensa e os músculos se movem em seguida".

A recuperação que ela conseguiu resulta de um novo procedimento que vem atraindo crescente atenção porque permite que pessoas movam braços protéticos de forma mais automática do que faziam no passado, simplesmente utilizando nervos reaproveitados em seus cérebros.

A técnica, conhecida como "renervação muscular dirigida", envolve utilizar os nervos que restam depois da amputação de um braço e conectá-los a outro músculo do corpo, em geral no peito. Eletrodos são instalados sobre os músculos do peito, e operam como se fossem antenas. Quando a pessoa deseja mover o braço, o cérebro envia sinais que primeiro resultam em contração dos músculos do peito, os quais enviam um sinal ao braço protético, instruindo-se a se movimentar. O processo não requer mais esforços consciente do que a pessoa teria de exercitar caso ainda tivesse seu braço natural.

Na terça-feira, pesquisadores reportaram em estudo publicado pela versão online do Journal of the American Medical Association que haviam levado a técnica ainda mais à frente, tornando possível a execução de 10 movimentos de mão, pulso e cotovelo diferentes, o que representa uma substancial melhora com relação ao típico repertório protético, que em geral envolve apenas dobrar o cotovelo, girar o pulso e abrir a mão.

"Os novos métodos tiveram impacto dramático em nosso campo de trabalho", disse Stuart Harshbarger, engenheiro biomédico na Universidade Johns Hopkins e diretor do programa de pesquisa sobre próteses, financiado pelas forças armadas, que inclui o trabalho com essa técnica. "O método já está em uso por médicos e cirurgiões comuns em todo o país. A capacidade de controlar um membro protético bastante robusto que ele confere surpreendeu a todos pela qualidade".

Tipicamente, uma pessoa que tenha um braço protético só é capaz de executar alguns poucos movimentos, e muitas vezes com tamanha lentidão que isso só permite a ela atividades limitadas.

Há um motor separado para cada movimento, diz Gerald Loeb, professor de engenharia biomédica na Universidade do Sul da Califórnia, "e esses motores precisam ser controlados de maneira explícita", usualmente por um esforço consciente da pessoa para contrair músculos nas costas ou no bíceps.

"Essencialmente, até agora os pacientes controlavam apenas um motor de cada vez", diz Loeb, "e precisavam pensar cuidadosamente sobre que motor desejavam controlar e como fazê-lo operar, em lugar de simplesmente pensarem em mover o braço e poderem fazê-lo sem delongas".

Antes que Kitts passasse pelo procedimento de renervação, em outubro de 2007, por exemplo, ela precisava movimentar os músculos de suas costas de determinada maneira para fazer com que seu pulso girasse, e flexionar seu bíceps e tríceps para fazer com que o cotovelo se movesse para cima e para baixo. "Era muito trabalho", ela conta. "E não me ajudava muito".

O procedimento de renervação é parte de uma recente explosão de idéias novas e técnicas inovadoras que estão sendo exploradas enquanto os cientistas se esforçam por ajudar as pessoas a compensar melhor a perda de membros ou problemas de paralisia. O esforço vem sendo alimentado pelo aumento no número de amputações causado por diabetes e por ferimentos sofridos pelos militares, e ao mesmo tempo pelos avanços na tecnologia médica.

Os braços se tornaram um dos focos essenciais desse tipo de trabalho. A ciência há muito vem obtendo sucessos no desenvolvimento de próteses de perna, mas é muito mais difícil imitar a complexidade e a destreza das mãos e dos braços.

Os esforços em curso incluem o desenvolvimento de projetos de pele e braços mais sensíveis e mais flexíveis, e o uso de dispositivos acionados por controles sem fio implantado nos braços protéticos, que permitiriam movimentos mais naturais.

Os pesquisadores também vêm usando sensores implantados nos cérebros de cobaias para permitir que dois macacos controlem um braço mecânico, e um teste com um homem paralítico permitiu, com esse método, que ele movimentasse um cursor em uma tela de computador.

Alguns desses métodos, caso venham a ser aperfeiçoados plenamente e consigam aprovação das autoridades regulatórias da saúde, podem no futuro se tornar mais viáveis para os pacientes de amputações.

E embora a técnica da renervação não requeira aprovação das autoridades regulatórias porque é executada por meios cirúrgicos e emprega aparelhos já existentes, ela apresenta limitações que até mesmo seus criadores reconhecem, entre as quais o fato de que não se pode utilizá-la para todos os pacientes, o seu alto custo e o prazo de meses requerido para que os nervos reconectados cresçam e se tornem efetivos.

Ainda assim, os especialistas dizem que é o mais avançado sistema em uso hoje para pacientes reais que permite que o sistema nervoso controle diretamente o movimento de um braço artificial.

Desde sua introdução por Todd Kuiken, médico fisioterapeuta e engenheiro biomédico do Instituto de Reabilitação de Chicago, o método foi empregado em cerca de 30 pacientes nos Estados Unidos, Canadá e Europa, entre os quais oito soldados feridos no Iraque e no Afeganistão.

Muitos dos pacientes, entre os quais o primeiro, Jesse Sullivan, um operário do setor elétrico no Tennessee que perdeu os dois braços quando foi eletrocutado por um cabo, conseguem não apenas manipular seus braços protéticos mas sentir a presença das mãos que já não têm quando alguém toca em seus peitos.

Sullivan, 62 anos, e Kitts, estavam entre os cinco pacientes que participaram do estudo reportado na terça-feira. Em companhia de cinco outras pessoas que não passaram por amputações, eles receberam os eletrodos e foram instruídos a usar pensamentos para fazer com que um braço virtual na tela reproduzisse 10 movimentos diferentes, entre os quais três formas diferentes de aperto de mão.

Os pacientes apresentaram desempenho bastante respeitável, apenas um pouco mais lento e menos preciso do que os dos participantes que não tinham amputações.

"As velocidades de movimento que encontramos em nossos pacientes foram realmente encorajadoras", disse Kuiken. "Eles conseguiram completar a tarefa. É claro que não foram tão competentes quanto as pessoas dotadas de plena capacidade física, mas foram bons o bastante".

Um braço virtual foi usado porque a maioria das próteses existentes não era capaz de acomodar todos aqueles movimentos, no momento da pesquisa, ainda que Sullivan, Kitts e uma terceira paciente, Claudia Mitchell, tenham experimentado dois novos protótipos mais versáteis de braços artificiais, executando tarefas complexas com bolas de tênis e outros objetos.

O trabalho de renervação em soldados apresenta outros desafios, diz Kuiken, porque os ferimentos militares muitas vezes "causam danos muitos extensos" a nervos, músculos ou ossos.

Daniel Acosta, 25 anos, um aviador ferido pela detonação de uma bomba em uma estrada do Iraque em 2005, passou pelo procedimento no ano passado e diz que seu braço esquerdo protético agora se movimenta "muito mais rápido" e de maneira muito mais natural.

"A diferença é que agora não preciso mais pensar para mover o braço", ele diz. "Ele simplesmente se mexe".

Ainda assim, Acosta, de San Antonio, diz que "o processo foi bastante longo" e que os eletrodos precisam ser ajustados para receber os sinais à medida que os nervos crescem ou mudam de posição.

E embora elogiem o método, os especialistas afirmam que a ciência das próteses de braço ainda tem muito por avançar.

"Trata-se de uma parte crucial, mas ainda assim apenas uma parte, das muitas coisas que compreendem a função normal de um braço", disse Loeb, que escreveu um editorial que acompanha o artigo no Journal of the American Medical Association.

"No momento estamos a meio do caminho entre o braço de 'Dr. Fantástico', que fazia involuntariamente a saudação nazista, e o braço de Luke Skywalker em 'Guerra nas Estrelas', que funciona sem nenhum problema assim que é conectado. Creio que precisaremos ainda de muitos anos para conectar todas as peças necessárias a produzir um braço capaz de funcionar normalmente".

17:04
Anónimo disse...
A Espanha disse neste sábado que está preparando uma reclamação oficial contra a decisão da Venezuela de expulsar um membro do Parlamento Europeu que criticou o conselho eleitoral venezuelano.
Luis Herrero, membro do partido conservador espanhol PP, foi deportado na sexta-feira depois que o Conselho Nacional Eleitoral (CNE) o acusou de questionar a imparcialidade da instituição antes de um referendo que pode permitir ao presidente Hugo Chávez permanecer no cargo indefinidamente.

Herrero estava na Venezuela como observador do referendo. Ele acusou Chávez de ter "comportamentos típicos de um ditador" por pedir a contenção de manifestações da oposição.

O governo da Espanha convocou um encontro com o embaixador da Venezuela em Madri para expressar a desaprovação sobre a expulsão de Herrero, disse um representante do Ministério das Relações Exteriores espanhol.

As relações da Venezuela com a Espanha tiveram seu ponto crítico em 2007, quando Chávez ameaçou rever acordos diplomáticos e comerciais depois de ouvir um "cala a boca" do rei espanhol Juan Carlos durante uma cúpula.

A fenda foi oficialmente reparada em 2008, com uma visita oficial de Chávez à Espanha, onde ele cumprimentou o rei e discutiu acordos para investimento no setor petroquímico com o primeiro-ministro José Luis Rodriguez Zapatero.

17:06
Anónimo disse...
A polícia do Zimbábue anunciou neste sábado que acusa de traição Roy Bennett, dirigente do até agora opositor Movimento para a Mudança Democrática (MDC), detido na sexta-feira, em Harare, poucas horas antes da cerimônia de posse dos membros do novo gabinete.

"A Polícia nos informou que vão apresentar acusações de traição", disse à agência EFE o advogado de defesa de Bennett, Trust Maanda.

"Tentam relacionar Roy com o caso de Mike Hitschmann, que foi detido em 2006 em relação à descoberta de um carregamento de armas, apesar de que Hitschmann não tenha sido declarado culpado das acusações de traição apresentadas contra ele, mas de um crime menor de descumprimento de leis", disse Maanda.

O político opositor, designado por seu partido como vice-ministro de Agricultura no Governo de união nacional, esteve no exílio na vizinha África do Sul desde 2006 e retornou ao Zimbábue há duas semanas.

Segundo a Polícia, que deteve Bennett ontem no aeroporto de Harare quando pretendia ir à África do Sul para visitar sua família, as armas apreendidas em 2006 seriam utilizadas em um golpe de Estado para derrubar o presidente do Zimbábue, Robert Mugabe.

Depois da detenção, Bennet foi levado a Mutar, onde vários simpatizantes do MDC se concentraram em frente à delegacia na qual estava detido, diante do que a Polícia respondeu com tiros para o alto para dispersar os manifestantes.

17:07
Anónimo disse...
Austrália: 14 mil se candidatam a 'emprego dos sonhos'

A secretaria de Turismo de Queensland, na Austrália, informou que até esta segunda-feira já recebeu cerca de 14 mil inscrições para o "o melhor emprego do mundo". O Estado australiano promove pela internet seleção para vaga de "zelador" da ilha Hamilton, por seis meses com um salário de R$ 40 mil.

Muitos candidatos tiveram problemas durante a inscrição por conta dos acessos simultâneos ao site. A secretaria aconselha enviar os vídeos de 60s explicando porque deve ser escolhido em horários alternativos do dia, além de recomendar tamanho em torno de 40MB.

As inscrições começaram em 12 de janeiro e vão até o próximo dia 22 e podem ser feitas pelo site www.islandreefjob.com. O governo australiano escolherá 50 candidatos para a próxima fase da seleção, que terá votos do público para eleger um dos 11 finalistas.

A última fase terá entrevistas e desafios físicos, no próprio local de trabalho: as ilhas da Grande Barreira Coralina - o maior recife de coral do mundo. A secretaria de Turismo anunciará o vencedor no dia 6 de maio.

17:09
Anónimo disse...
Mercado elogia governo na crise, mas pede maior queda no juro

Peter Fussy
Direto de São Paulo

Desde as primeiras medidas anunciadas para combater os efeitos da crise, o governo brasileiro avisou que a estratégia não contemplaria um pacote. Seriam doses pontuais, de acordo com a necessidade da economia diante do agravamento das turbulências. Da primeira liberação dos depósitos compulsórios em setembro até a ampliação do seguro-desemprego na última quarta-feira, o governo passou por redução de impostos, ampliação de crédito e incentivos à exportação. Quase 150 dias após a primeira medida, o Terra conversou com líderes do setor público e privado, representantes dos trabalhadores, acadêmicos e com o próprio governo para saber quais destas ações foram mais eficazes, quais foram mais ineficientes e o que mais pode ser feito pelo Estado brasileiro contra a crise.

Os maiores elogios foram direcionados à atitude de reduzir o Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) para a indústria automobilística, anunciada em dezembro e que fez com que os emplacamentos de carros novos subissem 1,9% no primeiro mês do ano em relação a dezembro de 2008. Já as maiores críticas foram para a lentidão no corte da taxa básica de juro do País.

Para o presidente do conselho administrativo do Grupo Pão de Açúcar, Abílio Diniz, o Estado não é responsável pela crise e mesmo assim está agindo "com extrema serenidade e muito acerto". "O governo está atento, fazendo a sua parte. É preciso coragem de baixar firmemente a taxa de juros. É uma arma que temos a nosso favor, já que não há clima para inflação, nem possibilidade de danos para a macroeconomia", afirmou Diniz.

Na última reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), em janeiro, a taxa Selic foi reduzida em um ponto percentual, de 13,75% para 12,75% ao ano. Porém, o professor de economia da Universidade de Brasília (UnB) José Luiz Oreiro lembra que este corte representa uma redução de apenas 0,25 ponto percentual com relação à taxa de setembro do ano passado, quando a crise se agravou.

"Pouco antes da eclosão da crise, o Banco Central aumentou a taxa em 0,75 ponto. Foram cinco meses de demora para reduzir em termos líquidos apenas 0,25 ponto", afirmou o economista, que também sugeriu redução do intervalo de cerca de 90 dias entre as reuniões do Copom e o corte de pelo menos um 1 ponto percentual em cada reunião.

Mesmo com o corte de janeiro, a taxa de juros real continua sendo a maior do mundo, lembrou o secretário-geral da Força Sindical, João Carlos Gonçalves, o Juruna. "A redução da taxa de juro ainda é pequena, porque ela continua uma das mais altas do mundo. Falta ousadia para baixar os juros e ajudar o cidadão. A permanência da taxa de juro alta é negativa para o País em meio a crise", afirmou Juruna.

Embora aprove as ações do governo, o senador Aloízio Mercadante (PT-SP) também acredita que o patamar da Selic está muito alto. "Sempre fomos os primeiros a entrar em qualquer crise, o que não aconteceu agora. A taxa Selic ainda é muito alta, mas o governo têm tomado medidas acertadas, como o aumento do salário mínimo, mesmo com um cenário de crise. Isso ajuda a movimentar o consumo. O governo está se esforçando para manter os investimentos e o crescimento", disse.

Tributos
De acordo com o economista Fabio Pina, da Fecomercio-SP, as ações mais positivas estão relacionadas à redução de tributos para alguns segmentos, como a indústria automobilística, que recuperou parte da queda nas vendas em janeiro com a isenção do IPI para carros 1.0 l e o corte para demais motorizações. A medida vale até o final de março.

"Essas medidas não só reduziram o preço, mas anteciparam o consumo daqueles que iriam comprar no futuro, dando um prêmio por conta da insegurança. Mexe diretamente com o principal problema que é a confiança do consumidor", afirmou. Juruna destacou que um bom ritmo de vendas é garantia de emprego. "É importante porque cada emprego na montadora significa 19 na cadeia produtiva", comentou o representante da Força Sindical.

Também em dezembro, o governo decidiu cortar pela metade a alíquota do Imposto de Renda para contribuintes que ganham entre R$ 1.434 e R$ 2.150 mensais. "O salário aumentava e a tabela não se modificava. As pessoas ganhavam mais e pagavam mais impostos", apontou Juruna. Outra redução de tributos do governo foi com relação ao Imposto sobre Operações Financeiras (IOF), que caiu de 3% ao ano para 1,5%.

Crédito
Na segunda metade de 2008, o colapso de bancos nos Estados Unidos por conta da crise do subprime provocou uma forte restrição de crédito no mundo inteiro. Uma das primeiras medidas anticrise do governo teve como objetivo restabelecer a oferta, com mudanças no recolhimento dos depósitos compulsórios por parte dos bancos. Segundo o presidente do Banco Central, Henrique Meirelles, as diversas modificações liberaram US$ 99,2 bilhões aos bancos até o final de janeiro.

Além disso, o governo concedeu R$ 36 bilhões das reservas internacionais para empresas brasileiras com dívidas no exterior e uma medida provisória autorizou o Banco do Brasil e a Caixa Econômica Federal a comprar carteiras de crédito de bancos privados. Para o diretor do Departamento de Pesquisas e Estudos Econômicos da Fiesp, Paulo Francini, estas medidas foram essenciais para combater os efeitos da crise.

"A crise se desenvolve no mundo em torno do tema crédito. E o crédito reduziu-se barbaridade no mundo. Então o governo lança mão de compulsório, lança mão de reservas, de medidas que permitem aos bancos comprar carteiras de bancos. Você vai tomando várias medidas para atender às demandas e o epicentro disso é crédito", afirmou.

No entanto, Oreiro, da UnB, adverte que a liberação dos compulsórios seria mais eficiente acompanhada de redução mais agressiva da taxa básica de juro. "Uma parte do crédito voltou, depois da forte retração em outubro e novembro. O que deveria ter sido feito junto à liberação do compulsório era uma redução mais drástica da taxa de juro. Sem isso, os bancos pegam as reservas e acabam comprando títulos públicos", explicou o economista.

Na opinião de Pina, as ações de distribuição de crédito via redução do compulsório e a disposição de capital de giro para empresas foram tomadas sem um cuidado maior na operação e não tiveram muito efeito. "O BNDES tem linhas que ficam paradas quase todo o ano, agora é pior ainda. Existem os recursos, mas as empresas e os bancos estão desconfiados. É preciso fazer com que os bancos tenham interesse em emprestar", afirmou o economista da Fecomercio-SP.

Futuro
Mesmo com todas essas medidas, a crise financeira ainda gera incertezas nos setores produtivos do País. Nos últimos meses, o medo do desemprego fez os consumidores adiarem compras. Por sua vez, a queda nas vendas pode obrigar as indústrias a cortarem a produção e demitir funcionários. Contra isso, empresários sugerem redução de jornada e de salários.

"Isto está previsto em lei. A Fiesp simplesmente manteve conversações com entidades sindicais quanto à aplicação daquilo que já está previsto em lei", afirmou Francini.

Segundo a ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff, uma das medidas que assegura um nível de emprego é a manutenção de investimentos no Programa de Aceleração do Crescimento (PAC). "Estamos esperando que a dificuldade ocorra em janeiro, fevereiro e março. Estamos certos que vamos manter o nível de investimento. É isso que funciona, é isso que significa investimento público. Ele funciona como um colchão. Por isso, nós colocamos R$ 100 bilhões no BNDES e a Petrobras ampliou o seu investimento em R$ 120 bilhões", afirmou.

Na mesma linha, Pina explica que a antecipação de gastos do governo substitui parte da demanda retraída do setor privado. "Ele dá o seguinte recado: não vou estourar as contas públicas, mas concentrar em um momento em que a demanda privada está pequena. Mas o governo não tem fôlego suficiente para fazer o papel de toda demanda", ressaltou. O economista da Fecomercio lembrou que a entidade já pleiteou junto ao governo isenções para transferência de imóveis e de automóveis, além de retirar o IPVA para veículos novos.

Já Oreiro foca suas propostas na capitalização do Banco do Brasil e da Caixa Econômica Federal pelo Tesouro para atender a demanda de crédito para capital de giro e reduzir o spread. "Aumentando o empréstimo e reduzindo as taxas, os dois vão forçar os bancos privados a acompanhar o movimento, até para não perderem participação no mercado", explicou o economista da UnB.

Até o Carnaval, o governou prometeu detalhar um pacote de incentivos para a construção de até um milhão de casas populares, direcionado a famílias com renda de até dez salários mínimos. "Estamos atentos a tudo o que está acontecendo e novas medidas serão tomadas caso haja uma avaliação de que sejam necessárias", disse o ministro da Fazenda, Guido Mantega, na última sexta-feira.

17:11
Anónimo disse...
Ex-ministro critica extensão do seguro-desemprego

Atualizada às 09h03

O ex-ministro do Trabalho Almir Pazzianotto criticou a decisão do governo federal de conceder o seguro-desemprego estendido a apenas alguns setores. "É certamente odioso e provavelmente inconstitucional", disse Pazzianotto, de acordo com o jornal O Estado de S. Paulo.

Na última qurta, dia do anúncio da medida, centrais sindicais elogiaram a atitude do governo. A Força Sindical divulgou nota dizendo que "o aumento ajudará a aquecer parte da economia, já que irá gerar mais consumo, produção e conseqüentemente, a criação de novos postos de trabalho". A União Geral dos Trabalhadores (UGT) afirmou que a medida "contribuirá para minimizar o drama dos trabalhadores que perderem seu emprego por conta da crise".

O ex-ministro, que instituiu o seguro-desemprego no País no governo de José Sarney, destacou a necessidade de as centrais sindicais se manifestarem contra a determinação. Para ele, as mudanças devem ser aplicadas a todas as categorias profissionais e a distinção é contrária ao artigo 3º da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT).

Pazzianotto atribui a medida a um possível temor do governo de que a crise econômica seja longa e não haja dinheiro para atender a todas as necessidades. Ainda assim, ele se mostra contrário ao método de concessão. "O seguro-desemprego ajuda a sanar necessidades básicas. Estendê-lo é paliativo, não a solução", disse ao jornal.

De acordo com o presidente do Conselho Deliberativo do Fundo de Amparo ao Trabalhador (Codefat) e conselheiro da Força Sindical, Luiz Fernando Emediato, a determinação já estava prevista na lei 8.900/94, que trata do seguro-desemprego.

O presidente da Comissão de Trabalho da Câmara, Pedro Fernandes (PTB-MA) vai além na crítica à concessão do seguro para apenas alguns setores. Ele acredita que a ampliação do benefício estimula o desemprego.

Quintino Severo, secretário geral da Central Única dos Trabalhadores (CUT), lembra que a ampliação do benefício sem critério e identificação pode incentivar demissões em outros setores.

17:13
Anónimo disse...
Empresas
TAM faz promoção para destinos internacionais

A companhia aérea TAM anunciou nesta sexta-feira tarifas promocionais para trechos internacionais. Os preços valem para bilhetes comprados entre 6h deste sábado e 23h59 deste domingo e são válidos para classe econômica. As tarifas, para ida e volta, serão vendidas a partir de US$ 99, mais taxas.

Segundo a aérea, a promoção vale para viagens feitas no período de 14 de fevereiro a 18 de junho de 2009. Para destinos na América do Sul, a permanência mínima é de dois dias; para bilhetes com destino nos Estados Unidos, cinco dias; e Europa, sete dias. A permanência máxima para as passagens para América do Sul e EUA é de dois meses e para Europa, três meses.

Entre os exemplos de tarifas promocionais, a TAM oferece São Paulo-Lima por US$ 99. Bilhetes para a rota São Paulo-Santiago serão vendidos a partir de US$ 199 e São Paulo-Nova York, US$ 799.

A emissão dos bilhetes deve ser feita obrigatoriamente no ato da reserva, obedecendo às regras estipuladas pela companhia. A compra está sujeita à disponibilidade de assentos nas classes tarifárias determinadas, trechos, horários e datas. A TAM afirmou que também há tarifas promocionais para a classe executiva.

Mais informações podem ser encontradas no site promocional (www.ofertastam.com.br), no site da empresa (www.tam.com.br) ou pelos telefones 4002-5700 ou 0800 5705700.

17:13
Anónimo disse...
Empresas
Consultoria negocia compra do parque temático Hopi Hari

A consultoria especializada em reestruturação de empresas Íntegra Associados informou nesta sexta-feira ter um acordo para comprar o parque de diversões Hopi Hari, localizado no interior de São Paulo. A empresa estaria disposta a investir R$ 10 milhões no parque, que tem dívida estimada em R$ 800 milhões. As informações são da edição deste sábado do jornal Folha de S. Paulo.

De acordo com o jornal, a transação ainda depende da negociação entre o Hopi Hari e seus credores, o que já estaria em andamento.

A consultoria paulista já atuou junto à Parmalat, durante 30 meses, quando reorganizou a gestão da empresa italiana.

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17:14
Anónimo disse...
Empresas
Disney de Tóquio contratará mais 2 mil apesar da crise


A Oriental Land, o operador da Disneylândia Tóquio e DisneySea, organizou neste domingo entrevistas para contratar cerca de 2 mil trabalhadores em tempo parcial, em um momento de grandes demissões deste tipo de empregados no Japão.

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O operador deste parque temático, situado em Urayasu, na província de Chiba (leste de Tóquio), está em pleno processo de seleção de empregados para 20 tipos de postos trabalhistas diferentes.

Segundo a companhia, citada pela agência local de notícias Kyodo, o parque contratará novos trabalhadores para as atrações, para os restaurantes e guardas de segurança entre outros. Os novos contratados começarão a trabalhar a partir de fevereiro.

O processo de seleção acontece em um momento em que a maioria das grandes companhias japonesas começaram a se ver obrigadas a despedir uma elevada percentagem de seus trabalhadores temporários e a tempo parcial.

Algumas inclusive anunciaram demissões de seus trabalhadores fixos, uma medida muito pouco comum nas companhias japonesas, perante os efeitos piores que o esperado pela crise econômica global.

Cerca de uma centena de pessoas esperavam desde a primeira hora desta manhã a abertura do centro de conferências Tokyo International Forum, onde as entrevistas estão sendo feitas, para ser os primeiros a solicitar os postos de trabalho.


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17:15
Anónimo disse...
Economia Internacional
Senado dos EUA aprova plano de estímulo à economia

O Senado dos Estados Unidos aprovou com 60 votos a favor e 38 contra o plano de estímulo à economia de US$ 787 bilhões na madrugada deste sábado. Agora, ele segue para sanção ou veto do presidente Barack Obama, que espera colocar a lei em prática até o dia 16 de fevereiro.

O plano prevê a criação de três milhões de empregos, inclui cortes de impostos às famílias, fundos para programas sociais e obras públicas, além de ajuda aos governos estaduais, estudantes e desempregados.

A cláusula Buy American - que exige o uso de ferro, aço e produtos manufaturados dos Estados Unidos em obras realizadas com recursos do pacote - ficou de lado. Segundo o texto definitivo, a cláusula será aplicada sem violar as normas do comércio internacional.

Ontem à tarde, a Câmara de Representantes (deputados) havia aprovado, por 246 votos a favor e 183 contra, a versão final do plano. Todos os republicanos foram contrários ao pacote.

Pelo acordo de quarta-feira entre Câmara e Senado, em vez de custar US$ 819 bilhões, como queriam os deputados, ou US$ 838 bilhões como pretendiam os senadores, o pacote ficou em cerca de US$ 787 bilhões, com 65% desse total destinado a gastos do governo federal e 35%, a créditos tributários.

17:16
Anónimo disse...
Economia nacional
Na era Lula, aposentadoria sobe 54% menos que salário mínimo

Thatiane Faria
Especial para o Terra
Direto de São Paulo

Os índices de reajustes concedidos pelo governo em 2009 para aposentados e pensionistas e para o salário mínimo repetiram uma diferença que, só durante o governo de Luiz Inácio Lula da Silva, já chega a 54%. Enquanto o mínimo foi majorado em 12% este ano, as pensões e aposentadorias tiveram aumento de 5,92%. Aposentados que têm o benefício do governo como única fonte de renda reclamam que perdem poder de compra e que sua cesta de compras é composta por itens que aumentam mais em relação à inflação oficial.

Um exemplo prático pode ser entendido a partir da comparação entre um aposentado que ganhava R$ 600 em janeiro de 2003. Na época, o benefício era três vezes, ou 200%, maior que o valor do mínimo em vigência, que era de R$ 200. Aplicando-se os índices de reajuste para aposentadorias e para o mínimo durante os últimos seis anos, o mesmo aposentado estaria recebendo hoje R$ 938,47, comparado a um salário mínimo de R$ 465. A diferença entre os dois valores caiu para pouco mais de 100%.

Enquanto o índice acumulado de reajuste para a aposentadoria durante o governo Lula foi de 60%, para o salário mínimo está em 132%.

O diretor do Sindicato Nacional dos Aposentados, João Inocentini, reclama que os valores dos benefícios para aposentadorias não mantêm o poder de compra do grupo, principalmente dos aposentados que recebem menos que dez salários mínimos.

Nem mesmo o fato de o índice de reajuste das aposentadorias ter ficado acima da inflação acumulada no mesmo período (o IPCA entre janeiro de 2003 e janeiro de 2009 foi de 39,7%) serve de argumento, segundo os aposentados.

"Os idosos, principalmente, têm gastos além das contas gerais como gás, telefone e aluguel. Para eles o custo com remédios, e outros itens da área saúde costuma ser maior", afirmou Inocentini.

O presidente do sindicato afirmou que o grupo realiza um estudo com 100 itens de necessidade de um idoso para comparar o aumento dos produtos com o índice de reajuste do benefício recebido pelos aposentados.

"Daqui dois meses vamos abrir um processo na Justiça e levar essa pesquisa como prova. Segundo a lei, o governo é obrigado a manter o poder de compra com a aposentadoria", disse Inocentini.

Alternativas
O consultor financeiro Cláudio Boriola diz que os aposentados, especialmente nesse momento de crise econômica, devem evitar compras parceladas, pesquisar preços, negociar e fazer bom planejamento financeiro.

Segundo Boriola, alguns aposentados ganham um valor mensal muitas vezes insuficiente para o pagamento das contas e acabam pedindo crédito ou realizando pagamentos a prazo e são obrigados a pagar juros altos.

Na opinião do consultor, pagar uma previdência privada é uma alternativa indicada para quem ainda trabalha, considerando a característica de perda de poder de compra da aposentadoria.

"Na prática, infelizmente os valores encontram-se em um patamar que está deteriorando o poder de aquisição da população brasileira", completou Boriola.

De acordo com o diretor da Confederação Brasileira de Aposentados e Pensionistas (Cobap), Vicente Fernandes Barbosa, representantes dos aposentados tentarão um encontro com o presidente da Câmara, deputado Michel Temer (PMDB-SP), para discutir projetos que minimizem a perda dos aposentados

17:17
Anónimo disse...
Previdência
Previdência prorroga isenção de tarifas no benefício

O atual sistema de pagamento aos 26 milhões de aposentados e pensionistas do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) será mantido até o final deste ano. O acordo, que permite realizar a operação sem nenhum custo aos beneficiários, foi renovado nesta sexta-feira, entre o governo federal e 21 instituições financeiras.

Por meio desse acordo, vigente desde setembro de 2007, nem os segurados, nem os bancos e nem o governo arcam com o pagamento de tarifas, conforme explicou o ministro da Previdência Social, José Pimentel. A prorrogação vale até dezembro, data máxima para que a Previdência defina as regras para um novo contrato.

Ao assinar o termo de renovação, na sede da Federação Brasileira dos Bancos (Febraban), o ministro disse que a intenção do governo é mudar o atual modelo de gestão visando a reduzir os custos dessas operações em torno da folha mensal, que atinge R$ 15,8 bilhões. No entanto, qualquer alteração, conforme explicou, passará antes por audiências públicas a serem realizadas a partir do segundo semestre deste ano, atendendo a determinação do Tribunal de Contas da União (TCU).

De acordo com Pimentel, com um redesenho do mecanismo de repasse dos recursos aos bancos em torno da folha de pagamento dos segurados o que se busca é um aumento da participação de instituições financeiras. Ele informou que, desde 2007, cada benefício custa em média R$ 1,07 ao governo. "Quanto mais instituições financeiras estiverem prestando serviços à sociedade, maior é a competitividade, a agilidade no atendimento", justificou.

O ministro observou, ainda, que, para permitir uma redução para algo em torno de meia hora no tempo de atendimento para a concessão dos direitos previdenciários, o governo investiu R$ 280 milhões.

Questionado sobre o descontentamento dos segurados que ganham acima de um salário mínimo terem obtido apenas a correção com base na variação do Índice de Preços ao Consumidor (INPC) , ficando abaixo do reajuste dado a quem recebe apenas o mínimo, Pimentel argumentou que o governo seguiu o que determina a lei e descartou a possibilidade de uma revisão

17:17
Anónimo disse...
Empresas
Caterpillar oferece aposentadoria antecipada a 2 mil


A companhia americana Caterpillar ofereceu a cerca de dois mil funcionários incentivos para que se aposentem de forma voluntária antes do previsto, pela perspectiva de uma queda "significativa" da atividade industrial, informou nesta quarta-feira a empresa.

A iniciativa, destinada aos trabalhadores de diversas fábricas em Illinois, Colorado, Tennessee e Pensilvânia, se soma aos cortes de empregos anunciados em janeiro, explicou em comunicado de imprensa.

A empresa, a maior fabricante mundial de maquinaria pesada para a construção e a mineração, acrescentou que, "em função das condições de negócio, podem ser necessárias mais reduções de elenco voluntárias e involuntárias à medida que o ano avança".

O vice-presidente da companhia, Sid Banwart, explicou que a empresa prevê "demissões significativas em todas as regiões geográficas e na maioria dos setores devido às dificuldades da economia mundial".

17:18
Anónimo disse...
Comércio
Comércio exterior da OCDE caiu no 3º trimestre de 2008


As exportações e as importações dos países da Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Econômico (OCDE) caíram 1,6% e 0,2%, respectivamente, no terceiro trimestre de 2008, em relação aos três meses anteriores.

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Trata-se da primeira queda destas atividades desde o terceiro trimestre de 2006, segundo o último relatório trimestral sobre fluxos comerciais divulgado pela OCDE.

As exportações e as importações em dólares dos 30 Estados-membros caíram 15,6% e 17%, respectivamente, na comparação anualizada.

Por sua vez, o comércio dos sete países mais ricos do mundo (G7) teve um pequeno crescimento no terceiro trimestre de 2008 com uma queda das exportações de mercadorias de 0,2% em relação ao trimestre anterior e um aumento de 0,4% das importações.

Em termos anualizados, as importações do G7 caíram 1,4% entre julho e setembro do ano passado, seu primeiro retrocesso desde o terceiro trimestre de 2006, enquanto as exportações aumentaram 1,9%, seu crescimento mais baixo no mesmo tempo.

Por países, a Alemanha aumentou suas importações em 3,4% - valor mais alto do G7 -, enquanto suas exportações caíram 2,9% do segundo para o terceiro trimestre de 2008.

Pelo contrário, as exportações americanas aumentaram 1,8% entre julho e setembro de 2008, enquanto as importações caíram 0,7% em relação ao trimestre anterior. No Japão, tanto as importações quanto as exportações caíram em torno de 1% no mesmo período.

17:19
Anónimo disse...
Economia Nacional
Lula: juros de crédito consignado a aposentados são altos

Atualizada às 17h29

O presidente Luis Inácio Lula da Silva afirmou nesta terça-feira, em São Paulo, que está lutando para reduzir as taxas de juros cobradas de aposentados em crédito consignado. A Previdência Social estabelece uma taxa máxima de 2,5% para empréstimo e de 3,5% para cartão. Para Lula, os valores são altos.

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"Acho que o juro que os aposentados estão pagando hoje com o crédito consignado é alto para o padrão brasileiro", disse o presidente durante a cerimônia de comemoração dos 86 anos do INSS.

A Previdência anunciou nesta terça-feira que aposentados e trabalhadoras com licença-maternidade poderão receber seus benefícios em 30 minutos. De acordo com Lula, em junho, a aposentadoria do trabalhador rural também será conseguida em meia hora.

Além disso, o presidente anunciou que, também em junho, os trabalhadores que alcançarem o direito à aposentadoria passarão a receber em suas casas um comunicado da Previdência informando o fato e o valor do salário que têm direito a receber. "É um comprometimento público que estou fazendo com os companheiros da Previdência Social", disse.

"Estamos retribuindo ao contribuinte da Previdência Social aquilo que é a cidadania que ele tem direito", afirmou Lula. "Se para cobrar nós somos tão precisos, para devolver o dinheiro, temos que chegar próximo à perfeição", completou.

17:20
Anónimo disse...
Economia Nacional
Salário maternidade sairá em 30 minutos, diz ministro

Toda trabalhadora autônoma que tiver contribuído pelo menos 10 meses com o Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) - ou as que possuírem carteira assinada - poderão receber em 30 minutos o salário maternidade a partir desta terça-feira. Da mesma forma, as mulheres com 30 anos de contribuição e os homens com 35 anos também terão direito ao benefício de forma mais rápida. A informação é do ministro da Previdência Social, José Pimentel.

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Para requerer o salário maternidade, é preciso que as autônomas levem a carteira de identidade e o carnê de contribuição. As demais trabalhadoras devem apresentar a identificação e a carteira de trabalho. Desde o início do mês, a nova forma de análise para a concessão de benefícios foi adotada para a aposentadoria por idade do trabalhador urbano e agora foi estendida para o salário maternidade e por tempo de contribuição.

O ministro disse que a qualificação do serviço da previdência social é o reconhecimento do direito dos trabalhadores e da afirmação da cidadania.

"Até pouco tempo na cabeça do cidadão o serviço devia ser de péssima qualidade. Agora não, nós modificamos toda a legislação no mês de dezembro numa ação conjunta do Congresso Nacional com o governo federal. Estamos implantando e concedendo os benefícios em até 30 minutos", afirmou.

O ministro destacou que para conseguir se aposentar ou ter acesso à licença maternidade em 30 minutos, em primeiro lugar, é necessário que o cidadão esteja vinculado à Previdência, o que inclui 65% da população acima de 16 anos de idade.

"Depois bastar marcar pelo sistema 135 o dia e a hora do atendimento e levar a documentação. Se todos os dados necessários estiverem corretos o contribuinte será atendido em até 30 minutos, como vem sendo feito com as aposentadorias por idade desde o dia cinco de janeiro", explicou.

Pimentel disse ainda que em 90% das agências da previdência social o atendimento é marcado em até 48 horas. Nos grandes centros, entretanto existe um volume maior o que torna mais lento o processo.

"Estamos criando mais 715 agências até 2010, em todo o território nacional, para descentralizar o atendimento. Em 2008, atendemos 295 mil benefícios e aposentadorias por idade. Temos 4 mil pessoas por dia procurando e se aposentando por idade no território nacional. Este serviço será agilizado", concluiu.
17:26
Anónimo disse...
Giuseppe Englaro, pai de Eluana, a italiana que morreu na segunda-feira passada por desidratação, recusou uma grande soma de dinheiro de um conhecido fotógrafo italiano que queria retratar a filha em estado de coma, disse neste sábado o neurologista que atendia a mulher desde 1996, Carlo Defanti.

O neurologista, que participou hoje de uma conferência sobre eutanásia, disse que Englaro respeitou a vontade da filha, que, antes do acidente, tinha pedido que, se lhe ocorresse qualquer coisa irreversível, apresentasse sua imagem de quando estava em boas condições.

Antes de sofrer o acidente de trânsito, em 1992, Eluana viveu o coma de um amigo, Alessandro, o que causou forte impacto na italiana e a levou a fazer o pai prometer que não a deixasse viver em estado vegetativo, disse o próprio Giuseppe Englaro.

Defanti, que dissera que Eluana poderia viver de dez a 12 dias depois da suspensão da alimentação e da hidratação, disse que, como médico, tinha que reprovar esta afirmação.

"Não se pode sobreviver após três ou quatro dias sem líquido e, em particular, água em um corpo. Sabemos bem que, quando há um terremoto, após quatro dias é difícil encontrar sobreviventes".

Defanti ressaltou que Eluana "não falava, não se comunicava com o exterior" e que, após vários exames, "nos deparamos com uma moça que tinha perdido a consciência", porque estava com o córtex cerebral prejudicado.

Eluana foi enterrada na quinta-feira passada no túmulo da família na localidade de Paluzza, em Udine, após um funeral que não contou com a presença dos pais.

16:53
Anónimo disse...
Os bombeiros combatem neste sábado os incêndios na Austrália favorecidos pelo bom tempo, enquanto os deslocados encotram em seu retorno casas derruídas, carros queimados nas ruas e destruição.

Depois de sete dias desde que começaram os incêndios no Estado de Victoria, a lista de mortos chega a 181, os desaparecidos somam 50, os edifícios destruídos totalizam 1,834 mil e o terreno arrasado, principalmente florestas, ocupa uma área de 4,13 mil quilômetros quadrados.

As equipes de bombeiros, formadas por 4 mil profissionais de Victoria, de outras partes da Austrália e de países amigos, combateram hoje 12 focos fora de controle e nenhum representava uma ameaça direta para a população.

O subdiretor do Serviço de Bombeiros, Geoff Conway, disse que este tempo favorável, que se prolongará durante o domingo, permite consolidar as linhas de contenção e avançar na extinção das chamas.

Cinzas apareceram arrastadas por ventos do nordeste sobre Melbourne, onde habitam 3,8 milhões de pessoas, e as autoridades alertaram aos cidadãos do risco para a saúde de idosos, crianças e pessoas com problemas respiratórios.

O número de pessoas deslocadas - a Cruz Vermelha chegou a receber 7 mil - começou a cair com a abertura de algumas localidades atingidas.

Os incêndios, alguns criminosos, começaram em 7 de fevereiro, quando a região sul da Austrália estava há duas semanas sob uma onda de calor sem precedentes.

Na sexta-feira passada, a polícia acusou uma pessoa de ter provocado o incêndio que atingiu a localidade de Churchill e matou 21 pessoas.

16:55
Anónimo disse...
A primeira chuva em seis dias reduziu a ameaça de incêndios no Estado de Victoria, ao sul da Austrália. As autoridades, porém, advertiram que ainda existem 12 focos, mas que nenhum deles ameaça áreas povoadas.

Mais de quatro mil bombeiros, mil provenientes de outras partes do país e de outras nações, trabalham contra o fogo. Cerca de 600 veículos e 28 helicópteros e pequenos aviões estão sendo usados.


Eles conseguiram construir linhas de contenção para evitar os incêndios de Yarra e Maroondah se juntassem. Também foram controlados os incêndios abertos de Yea e Murrindindi, que ameaçavam as comunidades de Connellys Creek, Crystal Creek, Scrubby Creek e Native Dog Creek.

O número de mortos chegou a 181, mas as autoridades acreditam que as vítimas devem passar de 200, já que ainda há muitos desaparecidos.

16:55
Anónimo disse...
Aqui nesta coluna, na semana passada, tive a oportunidade de comentar sobre a recente visita do professor brasileiro Pedrinho Guareschi à Austrália. Não dei, porém, os fatos, pois semana passada o assunto era outro.

Hoje, porém, vamos a eles.

No último dia 4 de fevereiro, aconteceu o Seminário "Paulo Freire: Education and Liberation", organizado pelo centro de estudos latino-americanos da Universidade Nacional da Austrália, ou ANU, como é mais conhecida por aqui.

A ANU, para quem não sabe, está entre as 20 melhores universidades do mundo! E tem sede aqui em Camberra, capital da Austrália.

Na abertura do evento, o professor John Minns, diretor do centro latino-americano, ao dar boas-vindas ao público presente, lembrou ser aquele o primeiro seminário exclusivamente dedicado a Paulo Freire na Austrália.

Em seguida, convidou Pedrinho Guareschi, palestrante principal do Seminário, a fazer sua apresentação.

A plateia pode então conhecer, pelas palavras de Pedrinho, um pouco da obra e da vida de Freire, esse brasileiro de fé e valor, que sempre acreditou na educação, sobretudo dos menos favorecidos, analfabetos, como força libertadora.

Como não podia deixar de ser, os conceitos e ideias revolucionários de Paulo Freire, expostos com clareza por Pedrinho, despertaram o interesse e a curiosidade de plateia. A qual, deve-se notar, era na maioria de estudantes, mas de várias nacionalidades, sobretudo australianos e asiáticos.

Na continuação do programa do seminário, que se estendeu por dois dias, outros professores fizeram palestras sobre temas ligados à obra de Paulo Freire.

Interessante, por exemplo, saber que a professora Anne Hickling-Hudson, jamaicana que mora na Austrália há muitos anos (é professora da ANU), conheceu e trabalhou com Freire num workshop educacional durante a revolução na Ilha de Granada, em 1980, antes da invasão dos Estados Unidos...

Ou, então, a palestra da Professora Gerda Roelvink, da Nova Zelândia, que participou do Fórum Social de Porto Alegre em 2005. E essa participação transformou-se em tema de doutorado.

No dia 10, terça-feira passada, o padre Pedrinho Guareschi voltou a falar ao público australiano em grande auditório localizado no belíssimo campus da ANU. Desta vez, sobre a Teologia da Libertação.

Depois da palestra, John Minns mostrou o filme mexicano "O Crime do Padre Amaro", no qual um dos personagens é um padre católico praticante da Teologia da Libertação.

Mais uma vez, foi grande o intersse da platéia, que pode aprender e conhecer um pouco como se desenvolveu aquele importante movimento católico na América Latina.

Fica, assim, ao Pedrinho, bem como a outros brasileiros estudiosos e de bom coração que saem pelo mundo a divulgar aspectos importantes da cultura brasileira, o respeito e a homenagem desta coluna. E... aquele abraço!

16:57
Anónimo disse...
Amanda Kitts perdeu o braço esquerdo em um acidente de automóvel acontecido três anos atrás, mas hoje em dia ela joga futebol americano com seu filho de 12 anos de idade, troca fraldas e abraça as crianças nas três creches Kiddie Cottage que opera em Knoxville, Tennessee. Kitts, 40 anos, faz tudo isso com a ajuda de um novo tipo de braço artificial que se movimenta com mais facilidade do que outros aparelhos e que ela pode controlar utilizando apenas seus pensamentos.

"Eu sou capaz de mexer a mão, o pulso e o cotovelo ao mesmo tempo", diz. "Você pensa e os músculos se movem em seguida".

A recuperação que ela conseguiu resulta de um novo procedimento que vem atraindo crescente atenção porque permite que pessoas movam braços protéticos de forma mais automática do que faziam no passado, simplesmente utilizando nervos reaproveitados em seus cérebros.

A técnica, conhecida como "renervação muscular dirigida", envolve utilizar os nervos que restam depois da amputação de um braço e conectá-los a outro músculo do corpo, em geral no peito. Eletrodos são instalados sobre os músculos do peito, e operam como se fossem antenas. Quando a pessoa deseja mover o braço, o cérebro envia sinais que primeiro resultam em contração dos músculos do peito, os quais enviam um sinal ao braço protético, instruindo-se a se movimentar. O processo não requer mais esforços consciente do que a pessoa teria de exercitar caso ainda tivesse seu braço natural.

Na terça-feira, pesquisadores reportaram em estudo publicado pela versão online do Journal of the American Medical Association que haviam levado a técnica ainda mais à frente, tornando possível a execução de 10 movimentos de mão, pulso e cotovelo diferentes, o que representa uma substancial melhora com relação ao típico repertório protético, que em geral envolve apenas dobrar o cotovelo, girar o pulso e abrir a mão.

"Os novos métodos tiveram impacto dramático em nosso campo de trabalho", disse Stuart Harshbarger, engenheiro biomédico na Universidade Johns Hopkins e diretor do programa de pesquisa sobre próteses, financiado pelas forças armadas, que inclui o trabalho com essa técnica. "O método já está em uso por médicos e cirurgiões comuns em todo o país. A capacidade de controlar um membro protético bastante robusto que ele confere surpreendeu a todos pela qualidade".

Tipicamente, uma pessoa que tenha um braço protético só é capaz de executar alguns poucos movimentos, e muitas vezes com tamanha lentidão que isso só permite a ela atividades limitadas.

Há um motor separado para cada movimento, diz Gerald Loeb, professor de engenharia biomédica na Universidade do Sul da Califórnia, "e esses motores precisam ser controlados de maneira explícita", usualmente por um esforço consciente da pessoa para contrair músculos nas costas ou no bíceps.

"Essencialmente, até agora os pacientes controlavam apenas um motor de cada vez", diz Loeb, "e precisavam pensar cuidadosamente sobre que motor desejavam controlar e como fazê-lo operar, em lugar de simplesmente pensarem em mover o braço e poderem fazê-lo sem delongas".

Antes que Kitts passasse pelo procedimento de renervação, em outubro de 2007, por exemplo, ela precisava movimentar os músculos de suas costas de determinada maneira para fazer com que seu pulso girasse, e flexionar seu bíceps e tríceps para fazer com que o cotovelo se movesse para cima e para baixo. "Era muito trabalho", ela conta. "E não me ajudava muito".

O procedimento de renervação é parte de uma recente explosão de idéias novas e técnicas inovadoras que estão sendo exploradas enquanto os cientistas se esforçam por ajudar as pessoas a compensar melhor a perda de membros ou problemas de paralisia. O esforço vem sendo alimentado pelo aumento no número de amputações causado por diabetes e por ferimentos sofridos pelos militares, e ao mesmo tempo pelos avanços na tecnologia médica.

Os braços se tornaram um dos focos essenciais desse tipo de trabalho. A ciência há muito vem obtendo sucessos no desenvolvimento de próteses de perna, mas é muito mais difícil imitar a complexidade e a destreza das mãos e dos braços.

Os esforços em curso incluem o desenvolvimento de projetos de pele e braços mais sensíveis e mais flexíveis, e o uso de dispositivos acionados por controles sem fio implantado nos braços protéticos, que permitiriam movimentos mais naturais.

Os pesquisadores também vêm usando sensores implantados nos cérebros de cobaias para permitir que dois macacos controlem um braço mecânico, e um teste com um homem paralítico permitiu, com esse método, que ele movimentasse um cursor em uma tela de computador.

Alguns desses métodos, caso venham a ser aperfeiçoados plenamente e consigam aprovação das autoridades regulatórias da saúde, podem no futuro se tornar mais viáveis para os pacientes de amputações.

E embora a técnica da renervação não requeira aprovação das autoridades regulatórias porque é executada por meios cirúrgicos e emprega aparelhos já existentes, ela apresenta limitações que até mesmo seus criadores reconhecem, entre as quais o fato de que não se pode utilizá-la para todos os pacientes, o seu alto custo e o prazo de meses requerido para que os nervos reconectados cresçam e se tornem efetivos.

Ainda assim, os especialistas dizem que é o mais avançado sistema em uso hoje para pacientes reais que permite que o sistema nervoso controle diretamente o movimento de um braço artificial.

Desde sua introdução por Todd Kuiken, médico fisioterapeuta e engenheiro biomédico do Instituto de Reabilitação de Chicago, o método foi empregado em cerca de 30 pacientes nos Estados Unidos, Canadá e Europa, entre os quais oito soldados feridos no Iraque e no Afeganistão.

Muitos dos pacientes, entre os quais o primeiro, Jesse Sullivan, um operário do setor elétrico no Tennessee que perdeu os dois braços quando foi eletrocutado por um cabo, conseguem não apenas manipular seus braços protéticos mas sentir a presença das mãos que já não têm quando alguém toca em seus peitos.

Sullivan, 62 anos, e Kitts, estavam entre os cinco pacientes que participaram do estudo reportado na terça-feira. Em companhia de cinco outras pessoas que não passaram por amputações, eles receberam os eletrodos e foram instruídos a usar pensamentos para fazer com que um braço virtual na tela reproduzisse 10 movimentos diferentes, entre os quais três formas diferentes de aperto de mão.

Os pacientes apresentaram desempenho bastante respeitável, apenas um pouco mais lento e menos preciso do que os dos participantes que não tinham amputações.

"As velocidades de movimento que encontramos em nossos pacientes foram realmente encorajadoras", disse Kuiken. "Eles conseguiram completar a tarefa. É claro que não foram tão competentes quanto as pessoas dotadas de plena capacidade física, mas foram bons o bastante".

Um braço virtual foi usado porque a maioria das próteses existentes não era capaz de acomodar todos aqueles movimentos, no momento da pesquisa, ainda que Sullivan, Kitts e uma terceira paciente, Claudia Mitchell, tenham experimentado dois novos protótipos mais versáteis de braços artificiais, executando tarefas complexas com bolas de tênis e outros objetos.

O trabalho de renervação em soldados apresenta outros desafios, diz Kuiken, porque os ferimentos militares muitas vezes "causam danos muitos extensos" a nervos, músculos ou ossos.

Daniel Acosta, 25 anos, um aviador ferido pela detonação de uma bomba em uma estrada do Iraque em 2005, passou pelo procedimento no ano passado e diz que seu braço esquerdo protético agora se movimenta "muito mais rápido" e de maneira muito mais natural.

"A diferença é que agora não preciso mais pensar para mover o braço", ele diz. "Ele simplesmente se mexe".

Ainda assim, Acosta, de San Antonio, diz que "o processo foi bastante longo" e que os eletrodos precisam ser ajustados para receber os sinais à medida que os nervos crescem ou mudam de posição.

E embora elogiem o método, os especialistas afirmam que a ciência das próteses de braço ainda tem muito por avançar.

"Trata-se de uma parte crucial, mas ainda assim apenas uma parte, das muitas coisas que compreendem a função normal de um braço", disse Loeb, que escreveu um editorial que acompanha o artigo no Journal of the American Medical Association.

"No momento estamos a meio do caminho entre o braço de 'Dr. Fantástico', que fazia involuntariamente a saudação nazista, e o braço de Luke Skywalker em 'Guerra nas Estrelas', que funciona sem nenhum problema assim que é conectado. Creio que precisaremos ainda de muitos anos para conectar todas as peças necessárias a produzir um braço capaz de funcionar normalmente".

17:04
Anónimo disse...
A Espanha disse neste sábado que está preparando uma reclamação oficial contra a decisão da Venezuela de expulsar um membro do Parlamento Europeu que criticou o conselho eleitoral venezuelano.
Luis Herrero, membro do partido conservador espanhol PP, foi deportado na sexta-feira depois que o Conselho Nacional Eleitoral (CNE) o acusou de questionar a imparcialidade da instituição antes de um referendo que pode permitir ao presidente Hugo Chávez permanecer no cargo indefinidamente.

Herrero estava na Venezuela como observador do referendo. Ele acusou Chávez de ter "comportamentos típicos de um ditador" por pedir a contenção de manifestações da oposição.

O governo da Espanha convocou um encontro com o embaixador da Venezuela em Madri para expressar a desaprovação sobre a expulsão de Herrero, disse um representante do Ministério das Relações Exteriores espanhol.

As relações da Venezuela com a Espanha tiveram seu ponto crítico em 2007, quando Chávez ameaçou rever acordos diplomáticos e comerciais depois de ouvir um "cala a boca" do rei espanhol Juan Carlos durante uma cúpula.

A fenda foi oficialmente reparada em 2008, com uma visita oficial de Chávez à Espanha, onde ele cumprimentou o rei e discutiu acordos para investimento no setor petroquímico com o primeiro-ministro José Luis Rodriguez Zapatero.

17:06
Anónimo disse...
A polícia do Zimbábue anunciou neste sábado que acusa de traição Roy Bennett, dirigente do até agora opositor Movimento para a Mudança Democrática (MDC), detido na sexta-feira, em Harare, poucas horas antes da cerimônia de posse dos membros do novo gabinete.

"A Polícia nos informou que vão apresentar acusações de traição", disse à agência EFE o advogado de defesa de Bennett, Trust Maanda.

"Tentam relacionar Roy com o caso de Mike Hitschmann, que foi detido em 2006 em relação à descoberta de um carregamento de armas, apesar de que Hitschmann não tenha sido declarado culpado das acusações de traição apresentadas contra ele, mas de um crime menor de descumprimento de leis", disse Maanda.

O político opositor, designado por seu partido como vice-ministro de Agricultura no Governo de união nacional, esteve no exílio na vizinha África do Sul desde 2006 e retornou ao Zimbábue há duas semanas.

Segundo a Polícia, que deteve Bennett ontem no aeroporto de Harare quando pretendia ir à África do Sul para visitar sua família, as armas apreendidas em 2006 seriam utilizadas em um golpe de Estado para derrubar o presidente do Zimbábue, Robert Mugabe.

Depois da detenção, Bennet foi levado a Mutar, onde vários simpatizantes do MDC se concentraram em frente à delegacia na qual estava detido, diante do que a Polícia respondeu com tiros para o alto para dispersar os manifestantes.

17:07
Anónimo disse...
Austrália: 14 mil se candidatam a 'emprego dos sonhos'

A secretaria de Turismo de Queensland, na Austrália, informou que até esta segunda-feira já recebeu cerca de 14 mil inscrições para o "o melhor emprego do mundo". O Estado australiano promove pela internet seleção para vaga de "zelador" da ilha Hamilton, por seis meses com um salário de R$ 40 mil.

Muitos candidatos tiveram problemas durante a inscrição por conta dos acessos simultâneos ao site. A secretaria aconselha enviar os vídeos de 60s explicando porque deve ser escolhido em horários alternativos do dia, além de recomendar tamanho em torno de 40MB.

As inscrições começaram em 12 de janeiro e vão até o próximo dia 22 e podem ser feitas pelo site www.islandreefjob.com. O governo australiano escolherá 50 candidatos para a próxima fase da seleção, que terá votos do público para eleger um dos 11 finalistas.

A última fase terá entrevistas e desafios físicos, no próprio local de trabalho: as ilhas da Grande Barreira Coralina - o maior recife de coral do mundo. A secretaria de Turismo anunciará o vencedor no dia 6 de maio.

17:09
Anónimo disse...
Mercado elogia governo na crise, mas pede maior queda no juro

Peter Fussy
Direto de São Paulo

Desde as primeiras medidas anunciadas para combater os efeitos da crise, o governo brasileiro avisou que a estratégia não contemplaria um pacote. Seriam doses pontuais, de acordo com a necessidade da economia diante do agravamento das turbulências. Da primeira liberação dos depósitos compulsórios em setembro até a ampliação do seguro-desemprego na última quarta-feira, o governo passou por redução de impostos, ampliação de crédito e incentivos à exportação. Quase 150 dias após a primeira medida, o Terra conversou com líderes do setor público e privado, representantes dos trabalhadores, acadêmicos e com o próprio governo para saber quais destas ações foram mais eficazes, quais foram mais ineficientes e o que mais pode ser feito pelo Estado brasileiro contra a crise.

Os maiores elogios foram direcionados à atitude de reduzir o Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) para a indústria automobilística, anunciada em dezembro e que fez com que os emplacamentos de carros novos subissem 1,9% no primeiro mês do ano em relação a dezembro de 2008. Já as maiores críticas foram para a lentidão no corte da taxa básica de juro do País.

Para o presidente do conselho administrativo do Grupo Pão de Açúcar, Abílio Diniz, o Estado não é responsável pela crise e mesmo assim está agindo "com extrema serenidade e muito acerto". "O governo está atento, fazendo a sua parte. É preciso coragem de baixar firmemente a taxa de juros. É uma arma que temos a nosso favor, já que não há clima para inflação, nem possibilidade de danos para a macroeconomia", afirmou Diniz.

Na última reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), em janeiro, a taxa Selic foi reduzida em um ponto percentual, de 13,75% para 12,75% ao ano. Porém, o professor de economia da Universidade de Brasília (UnB) José Luiz Oreiro lembra que este corte representa uma redução de apenas 0,25 ponto percentual com relação à taxa de setembro do ano passado, quando a crise se agravou.

"Pouco antes da eclosão da crise, o Banco Central aumentou a taxa em 0,75 ponto. Foram cinco meses de demora para reduzir em termos líquidos apenas 0,25 ponto", afirmou o economista, que também sugeriu redução do intervalo de cerca de 90 dias entre as reuniões do Copom e o corte de pelo menos um 1 ponto percentual em cada reunião.

Mesmo com o corte de janeiro, a taxa de juros real continua sendo a maior do mundo, lembrou o secretário-geral da Força Sindical, João Carlos Gonçalves, o Juruna. "A redução da taxa de juro ainda é pequena, porque ela continua uma das mais altas do mundo. Falta ousadia para baixar os juros e ajudar o cidadão. A permanência da taxa de juro alta é negativa para o País em meio a crise", afirmou Juruna.

Embora aprove as ações do governo, o senador Aloízio Mercadante (PT-SP) também acredita que o patamar da Selic está muito alto. "Sempre fomos os primeiros a entrar em qualquer crise, o que não aconteceu agora. A taxa Selic ainda é muito alta, mas o governo têm tomado medidas acertadas, como o aumento do salário mínimo, mesmo com um cenário de crise. Isso ajuda a movimentar o consumo. O governo está se esforçando para manter os investimentos e o crescimento", disse.

Tributos
De acordo com o economista Fabio Pina, da Fecomercio-SP, as ações mais positivas estão relacionadas à redução de tributos para alguns segmentos, como a indústria automobilística, que recuperou parte da queda nas vendas em janeiro com a isenção do IPI para carros 1.0 l e o corte para demais motorizações. A medida vale até o final de março.

"Essas medidas não só reduziram o preço, mas anteciparam o consumo daqueles que iriam comprar no futuro, dando um prêmio por conta da insegurança. Mexe diretamente com o principal problema que é a confiança do consumidor", afirmou. Juruna destacou que um bom ritmo de vendas é garantia de emprego. "É importante porque cada emprego na montadora significa 19 na cadeia produtiva", comentou o representante da Força Sindical.

Também em dezembro, o governo decidiu cortar pela metade a alíquota do Imposto de Renda para contribuintes que ganham entre R$ 1.434 e R$ 2.150 mensais. "O salário aumentava e a tabela não se modificava. As pessoas ganhavam mais e pagavam mais impostos", apontou Juruna. Outra redução de tributos do governo foi com relação ao Imposto sobre Operações Financeiras (IOF), que caiu de 3% ao ano para 1,5%.

Crédito
Na segunda metade de 2008, o colapso de bancos nos Estados Unidos por conta da crise do subprime provocou uma forte restrição de crédito no mundo inteiro. Uma das primeiras medidas anticrise do governo teve como objetivo restabelecer a oferta, com mudanças no recolhimento dos depósitos compulsórios por parte dos bancos. Segundo o presidente do Banco Central, Henrique Meirelles, as diversas modificações liberaram US$ 99,2 bilhões aos bancos até o final de janeiro.

Além disso, o governo concedeu R$ 36 bilhões das reservas internacionais para empresas brasileiras com dívidas no exterior e uma medida provisória autorizou o Banco do Brasil e a Caixa Econômica Federal a comprar carteiras de crédito de bancos privados. Para o diretor do Departamento de Pesquisas e Estudos Econômicos da Fiesp, Paulo Francini, estas medidas foram essenciais para combater os efeitos da crise.

"A crise se desenvolve no mundo em torno do tema crédito. E o crédito reduziu-se barbaridade no mundo. Então o governo lança mão de compulsório, lança mão de reservas, de medidas que permitem aos bancos comprar carteiras de bancos. Você vai tomando várias medidas para atender às demandas e o epicentro disso é crédito", afirmou.

No entanto, Oreiro, da UnB, adverte que a liberação dos compulsórios seria mais eficiente acompanhada de redução mais agressiva da taxa básica de juro. "Uma parte do crédito voltou, depois da forte retração em outubro e novembro. O que deveria ter sido feito junto à liberação do compulsório era uma redução mais drástica da taxa de juro. Sem isso, os bancos pegam as reservas e acabam comprando títulos públicos", explicou o economista.

Na opinião de Pina, as ações de distribuição de crédito via redução do compulsório e a disposição de capital de giro para empresas foram tomadas sem um cuidado maior na operação e não tiveram muito efeito. "O BNDES tem linhas que ficam paradas quase todo o ano, agora é pior ainda. Existem os recursos, mas as empresas e os bancos estão desconfiados. É preciso fazer com que os bancos tenham interesse em emprestar", afirmou o economista da Fecomercio-SP.

Futuro
Mesmo com todas essas medidas, a crise financeira ainda gera incertezas nos setores produtivos do País. Nos últimos meses, o medo do desemprego fez os consumidores adiarem compras. Por sua vez, a queda nas vendas pode obrigar as indústrias a cortarem a produção e demitir funcionários. Contra isso, empresários sugerem redução de jornada e de salários.

"Isto está previsto em lei. A Fiesp simplesmente manteve conversações com entidades sindicais quanto à aplicação daquilo que já está previsto em lei", afirmou Francini.

Segundo a ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff, uma das medidas que assegura um nível de emprego é a manutenção de investimentos no Programa de Aceleração do Crescimento (PAC). "Estamos esperando que a dificuldade ocorra em janeiro, fevereiro e março. Estamos certos que vamos manter o nível de investimento. É isso que funciona, é isso que significa investimento público. Ele funciona como um colchão. Por isso, nós colocamos R$ 100 bilhões no BNDES e a Petrobras ampliou o seu investimento em R$ 120 bilhões", afirmou.

Na mesma linha, Pina explica que a antecipação de gastos do governo substitui parte da demanda retraída do setor privado. "Ele dá o seguinte recado: não vou estourar as contas públicas, mas concentrar em um momento em que a demanda privada está pequena. Mas o governo não tem fôlego suficiente para fazer o papel de toda demanda", ressaltou. O economista da Fecomercio lembrou que a entidade já pleiteou junto ao governo isenções para transferência de imóveis e de automóveis, além de retirar o IPVA para veículos novos.

Já Oreiro foca suas propostas na capitalização do Banco do Brasil e da Caixa Econômica Federal pelo Tesouro para atender a demanda de crédito para capital de giro e reduzir o spread. "Aumentando o empréstimo e reduzindo as taxas, os dois vão forçar os bancos privados a acompanhar o movimento, até para não perderem participação no mercado", explicou o economista da UnB.

Até o Carnaval, o governou prometeu detalhar um pacote de incentivos para a construção de até um milhão de casas populares, direcionado a famílias com renda de até dez salários mínimos. "Estamos atentos a tudo o que está acontecendo e novas medidas serão tomadas caso haja uma avaliação de que sejam necessárias", disse o ministro da Fazenda, Guido Mantega, na última sexta-feira.

17:11
Anónimo disse...
Ex-ministro critica extensão do seguro-desemprego

Atualizada às 09h03

O ex-ministro do Trabalho Almir Pazzianotto criticou a decisão do governo federal de conceder o seguro-desemprego estendido a apenas alguns setores. "É certamente odioso e provavelmente inconstitucional", disse Pazzianotto, de acordo com o jornal O Estado de S. Paulo.

Na última qurta, dia do anúncio da medida, centrais sindicais elogiaram a atitude do governo. A Força Sindical divulgou nota dizendo que "o aumento ajudará a aquecer parte da economia, já que irá gerar mais consumo, produção e conseqüentemente, a criação de novos postos de trabalho". A União Geral dos Trabalhadores (UGT) afirmou que a medida "contribuirá para minimizar o drama dos trabalhadores que perderem seu emprego por conta da crise".

O ex-ministro, que instituiu o seguro-desemprego no País no governo de José Sarney, destacou a necessidade de as centrais sindicais se manifestarem contra a determinação. Para ele, as mudanças devem ser aplicadas a todas as categorias profissionais e a distinção é contrária ao artigo 3º da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT).

Pazzianotto atribui a medida a um possível temor do governo de que a crise econômica seja longa e não haja dinheiro para atender a todas as necessidades. Ainda assim, ele se mostra contrário ao método de concessão. "O seguro-desemprego ajuda a sanar necessidades básicas. Estendê-lo é paliativo, não a solução", disse ao jornal.

De acordo com o presidente do Conselho Deliberativo do Fundo de Amparo ao Trabalhador (Codefat) e conselheiro da Força Sindical, Luiz Fernando Emediato, a determinação já estava prevista na lei 8.900/94, que trata do seguro-desemprego.

O presidente da Comissão de Trabalho da Câmara, Pedro Fernandes (PTB-MA) vai além na crítica à concessão do seguro para apenas alguns setores. Ele acredita que a ampliação do benefício estimula o desemprego.

Quintino Severo, secretário geral da Central Única dos Trabalhadores (CUT), lembra que a ampliação do benefício sem critério e identificação pode incentivar demissões em outros setores.

17:13
Anónimo disse...
Empresas
TAM faz promoção para destinos internacionais

A companhia aérea TAM anunciou nesta sexta-feira tarifas promocionais para trechos internacionais. Os preços valem para bilhetes comprados entre 6h deste sábado e 23h59 deste domingo e são válidos para classe econômica. As tarifas, para ida e volta, serão vendidas a partir de US$ 99, mais taxas.

Segundo a aérea, a promoção vale para viagens feitas no período de 14 de fevereiro a 18 de junho de 2009. Para destinos na América do Sul, a permanência mínima é de dois dias; para bilhetes com destino nos Estados Unidos, cinco dias; e Europa, sete dias. A permanência máxima para as passagens para América do Sul e EUA é de dois meses e para Europa, três meses.

Entre os exemplos de tarifas promocionais, a TAM oferece São Paulo-Lima por US$ 99. Bilhetes para a rota São Paulo-Santiago serão vendidos a partir de US$ 199 e São Paulo-Nova York, US$ 799.

A emissão dos bilhetes deve ser feita obrigatoriamente no ato da reserva, obedecendo às regras estipuladas pela companhia. A compra está sujeita à disponibilidade de assentos nas classes tarifárias determinadas, trechos, horários e datas. A TAM afirmou que também há tarifas promocionais para a classe executiva.

Mais informações podem ser encontradas no site promocional (www.ofertastam.com.br), no site da empresa (www.tam.com.br) ou pelos telefones 4002-5700 ou 0800 5705700.

17:13
Anónimo disse...
Empresas
Consultoria negocia compra do parque temático Hopi Hari

A consultoria especializada em reestruturação de empresas Íntegra Associados informou nesta sexta-feira ter um acordo para comprar o parque de diversões Hopi Hari, localizado no interior de São Paulo. A empresa estaria disposta a investir R$ 10 milhões no parque, que tem dívida estimada em R$ 800 milhões. As informações são da edição deste sábado do jornal Folha de S. Paulo.

De acordo com o jornal, a transação ainda depende da negociação entre o Hopi Hari e seus credores, o que já estaria em andamento.

A consultoria paulista já atuou junto à Parmalat, durante 30 meses, quando reorganizou a gestão da empresa italiana.

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17:14
Anónimo disse...
Empresas
Disney de Tóquio contratará mais 2 mil apesar da crise


A Oriental Land, o operador da Disneylândia Tóquio e DisneySea, organizou neste domingo entrevistas para contratar cerca de 2 mil trabalhadores em tempo parcial, em um momento de grandes demissões deste tipo de empregados no Japão.

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O operador deste parque temático, situado em Urayasu, na província de Chiba (leste de Tóquio), está em pleno processo de seleção de empregados para 20 tipos de postos trabalhistas diferentes.

Segundo a companhia, citada pela agência local de notícias Kyodo, o parque contratará novos trabalhadores para as atrações, para os restaurantes e guardas de segurança entre outros. Os novos contratados começarão a trabalhar a partir de fevereiro.

O processo de seleção acontece em um momento em que a maioria das grandes companhias japonesas começaram a se ver obrigadas a despedir uma elevada percentagem de seus trabalhadores temporários e a tempo parcial.

Algumas inclusive anunciaram demissões de seus trabalhadores fixos, uma medida muito pouco comum nas companhias japonesas, perante os efeitos piores que o esperado pela crise econômica global.

Cerca de uma centena de pessoas esperavam desde a primeira hora desta manhã a abertura do centro de conferências Tokyo International Forum, onde as entrevistas estão sendo feitas, para ser os primeiros a solicitar os postos de trabalho.


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17:15
Anónimo disse...
Economia Internacional
Senado dos EUA aprova plano de estímulo à economia

O Senado dos Estados Unidos aprovou com 60 votos a favor e 38 contra o plano de estímulo à economia de US$ 787 bilhões na madrugada deste sábado. Agora, ele segue para sanção ou veto do presidente Barack Obama, que espera colocar a lei em prática até o dia 16 de fevereiro.

O plano prevê a criação de três milhões de empregos, inclui cortes de impostos às famílias, fundos para programas sociais e obras públicas, além de ajuda aos governos estaduais, estudantes e desempregados.

A cláusula Buy American - que exige o uso de ferro, aço e produtos manufaturados dos Estados Unidos em obras realizadas com recursos do pacote - ficou de lado. Segundo o texto definitivo, a cláusula será aplicada sem violar as normas do comércio internacional.

Ontem à tarde, a Câmara de Representantes (deputados) havia aprovado, por 246 votos a favor e 183 contra, a versão final do plano. Todos os republicanos foram contrários ao pacote.

Pelo acordo de quarta-feira entre Câmara e Senado, em vez de custar US$ 819 bilhões, como queriam os deputados, ou US$ 838 bilhões como pretendiam os senadores, o pacote ficou em cerca de US$ 787 bilhões, com 65% desse total destinado a gastos do governo federal e 35%, a créditos tributários.

17:16
Anónimo disse...
Economia nacional
Na era Lula, aposentadoria sobe 54% menos que salário mínimo

Thatiane Faria
Especial para o Terra
Direto de São Paulo

Os índices de reajustes concedidos pelo governo em 2009 para aposentados e pensionistas e para o salário mínimo repetiram uma diferença que, só durante o governo de Luiz Inácio Lula da Silva, já chega a 54%. Enquanto o mínimo foi majorado em 12% este ano, as pensões e aposentadorias tiveram aumento de 5,92%. Aposentados que têm o benefício do governo como única fonte de renda reclamam que perdem poder de compra e que sua cesta de compras é composta por itens que aumentam mais em relação à inflação oficial.

Um exemplo prático pode ser entendido a partir da comparação entre um aposentado que ganhava R$ 600 em janeiro de 2003. Na época, o benefício era três vezes, ou 200%, maior que o valor do mínimo em vigência, que era de R$ 200. Aplicando-se os índices de reajuste para aposentadorias e para o mínimo durante os últimos seis anos, o mesmo aposentado estaria recebendo hoje R$ 938,47, comparado a um salário mínimo de R$ 465. A diferença entre os dois valores caiu para pouco mais de 100%.

Enquanto o índice acumulado de reajuste para a aposentadoria durante o governo Lula foi de 60%, para o salário mínimo está em 132%.

O diretor do Sindicato Nacional dos Aposentados, João Inocentini, reclama que os valores dos benefícios para aposentadorias não mantêm o poder de compra do grupo, principalmente dos aposentados que recebem menos que dez salários mínimos.

Nem mesmo o fato de o índice de reajuste das aposentadorias ter ficado acima da inflação acumulada no mesmo período (o IPCA entre janeiro de 2003 e janeiro de 2009 foi de 39,7%) serve de argumento, segundo os aposentados.

"Os idosos, principalmente, têm gastos além das contas gerais como gás, telefone e aluguel. Para eles o custo com remédios, e outros itens da área saúde costuma ser maior", afirmou Inocentini.

O presidente do sindicato afirmou que o grupo realiza um estudo com 100 itens de necessidade de um idoso para comparar o aumento dos produtos com o índice de reajuste do benefício recebido pelos aposentados.

"Daqui dois meses vamos abrir um processo na Justiça e levar essa pesquisa como prova. Segundo a lei, o governo é obrigado a manter o poder de compra com a aposentadoria", disse Inocentini.

Alternativas
O consultor financeiro Cláudio Boriola diz que os aposentados, especialmente nesse momento de crise econômica, devem evitar compras parceladas, pesquisar preços, negociar e fazer bom planejamento financeiro.

Segundo Boriola, alguns aposentados ganham um valor mensal muitas vezes insuficiente para o pagamento das contas e acabam pedindo crédito ou realizando pagamentos a prazo e são obrigados a pagar juros altos.

Na opinião do consultor, pagar uma previdência privada é uma alternativa indicada para quem ainda trabalha, considerando a característica de perda de poder de compra da aposentadoria.

"Na prática, infelizmente os valores encontram-se em um patamar que está deteriorando o poder de aquisição da população brasileira", completou Boriola.

De acordo com o diretor da Confederação Brasileira de Aposentados e Pensionistas (Cobap), Vicente Fernandes Barbosa, representantes dos aposentados tentarão um encontro com o presidente da Câmara, deputado Michel Temer (PMDB-SP), para discutir projetos que minimizem a perda dos aposentados

17:17
Anónimo disse...
Previdência
Previdência prorroga isenção de tarifas no benefício

O atual sistema de pagamento aos 26 milhões de aposentados e pensionistas do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) será mantido até o final deste ano. O acordo, que permite realizar a operação sem nenhum custo aos beneficiários, foi renovado nesta sexta-feira, entre o governo federal e 21 instituições financeiras.

Por meio desse acordo, vigente desde setembro de 2007, nem os segurados, nem os bancos e nem o governo arcam com o pagamento de tarifas, conforme explicou o ministro da Previdência Social, José Pimentel. A prorrogação vale até dezembro, data máxima para que a Previdência defina as regras para um novo contrato.

Ao assinar o termo de renovação, na sede da Federação Brasileira dos Bancos (Febraban), o ministro disse que a intenção do governo é mudar o atual modelo de gestão visando a reduzir os custos dessas operações em torno da folha mensal, que atinge R$ 15,8 bilhões. No entanto, qualquer alteração, conforme explicou, passará antes por audiências públicas a serem realizadas a partir do segundo semestre deste ano, atendendo a determinação do Tribunal de Contas da União (TCU).

De acordo com Pimentel, com um redesenho do mecanismo de repasse dos recursos aos bancos em torno da folha de pagamento dos segurados o que se busca é um aumento da participação de instituições financeiras. Ele informou que, desde 2007, cada benefício custa em média R$ 1,07 ao governo. "Quanto mais instituições financeiras estiverem prestando serviços à sociedade, maior é a competitividade, a agilidade no atendimento", justificou.

O ministro observou, ainda, que, para permitir uma redução para algo em torno de meia hora no tempo de atendimento para a concessão dos direitos previdenciários, o governo investiu R$ 280 milhões.

Questionado sobre o descontentamento dos segurados que ganham acima de um salário mínimo terem obtido apenas a correção com base na variação do Índice de Preços ao Consumidor (INPC) , ficando abaixo do reajuste dado a quem recebe apenas o mínimo, Pimentel argumentou que o governo seguiu o que determina a lei e descartou a possibilidade de uma revisão

17:17
Anónimo disse...
Empresas
Caterpillar oferece aposentadoria antecipada a 2 mil


A companhia americana Caterpillar ofereceu a cerca de dois mil funcionários incentivos para que se aposentem de forma voluntária antes do previsto, pela perspectiva de uma queda "significativa" da atividade industrial, informou nesta quarta-feira a empresa.

A iniciativa, destinada aos trabalhadores de diversas fábricas em Illinois, Colorado, Tennessee e Pensilvânia, se soma aos cortes de empregos anunciados em janeiro, explicou em comunicado de imprensa.

A empresa, a maior fabricante mundial de maquinaria pesada para a construção e a mineração, acrescentou que, "em função das condições de negócio, podem ser necessárias mais reduções de elenco voluntárias e involuntárias à medida que o ano avança".

O vice-presidente da companhia, Sid Banwart, explicou que a empresa prevê "demissões significativas em todas as regiões geográficas e na maioria dos setores devido às dificuldades da economia mundial".

17:18
Anónimo disse...
Comércio
Comércio exterior da OCDE caiu no 3º trimestre de 2008


As exportações e as importações dos países da Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Econômico (OCDE) caíram 1,6% e 0,2%, respectivamente, no terceiro trimestre de 2008, em relação aos três meses anteriores.

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Trata-se da primeira queda destas atividades desde o terceiro trimestre de 2006, segundo o último relatório trimestral sobre fluxos comerciais divulgado pela OCDE.

As exportações e as importações em dólares dos 30 Estados-membros caíram 15,6% e 17%, respectivamente, na comparação anualizada.

Por sua vez, o comércio dos sete países mais ricos do mundo (G7) teve um pequeno crescimento no terceiro trimestre de 2008 com uma queda das exportações de mercadorias de 0,2% em relação ao trimestre anterior e um aumento de 0,4% das importações.

Em termos anualizados, as importações do G7 caíram 1,4% entre julho e setembro do ano passado, seu primeiro retrocesso desde o terceiro trimestre de 2006, enquanto as exportações aumentaram 1,9%, seu crescimento mais baixo no mesmo tempo.

Por países, a Alemanha aumentou suas importações em 3,4% - valor mais alto do G7 -, enquanto suas exportações caíram 2,9% do segundo para o terceiro trimestre de 2008.

Pelo contrário, as exportações americanas aumentaram 1,8% entre julho e setembro de 2008, enquanto as importações caíram 0,7% em relação ao trimestre anterior. No Japão, tanto as importações quanto as exportações caíram em torno de 1% no mesmo período.

17:19
Anónimo disse...
Economia Nacional
Lula: juros de crédito consignado a aposentados são altos

Atualizada às 17h29

O presidente Luis Inácio Lula da Silva afirmou nesta terça-feira, em São Paulo, que está lutando para reduzir as taxas de juros cobradas de aposentados em crédito consignado. A Previdência Social estabelece uma taxa máxima de 2,5% para empréstimo e de 3,5% para cartão. Para Lula, os valores são altos.

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"Acho que o juro que os aposentados estão pagando hoje com o crédito consignado é alto para o padrão brasileiro", disse o presidente durante a cerimônia de comemoração dos 86 anos do INSS.

A Previdência anunciou nesta terça-feira que aposentados e trabalhadoras com licença-maternidade poderão receber seus benefícios em 30 minutos. De acordo com Lula, em junho, a aposentadoria do trabalhador rural também será conseguida em meia hora.

Além disso, o presidente anunciou que, também em junho, os trabalhadores que alcançarem o direito à aposentadoria passarão a receber em suas casas um comunicado da Previdência informando o fato e o valor do salário que têm direito a receber. "É um comprometimento público que estou fazendo com os companheiros da Previdência Social", disse.

"Estamos retribuindo ao contribuinte da Previdência Social aquilo que é a cidadania que ele tem direito", afirmou Lula. "Se para cobrar nós somos tão precisos, para devolver o dinheiro, temos que chegar próximo à perfeição", completou.

17:20
Anónimo disse...
Economia Nacional
Salário maternidade sairá em 30 minutos, diz ministro

Toda trabalhadora autônoma que tiver contribuído pelo menos 10 meses com o Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) - ou as que possuírem carteira assinada - poderão receber em 30 minutos o salário maternidade a partir desta terça-feira. Da mesma forma, as mulheres com 30 anos de contribuição e os homens com 35 anos também terão direito ao benefício de forma mais rápida. A informação é do ministro da Previdência Social, José Pimentel.

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Para requerer o salário maternidade, é preciso que as autônomas levem a carteira de identidade e o carnê de contribuição. As demais trabalhadoras devem apresentar a identificação e a carteira de trabalho. Desde o início do mês, a nova forma de análise para a concessão de benefícios foi adotada para a aposentadoria por idade do trabalhador urbano e agora foi estendida para o salário maternidade e por tempo de contribuição.

O ministro disse que a qualificação do serviço da previdência social é o reconhecimento do direito dos trabalhadores e da afirmação da cidadania.

"Até pouco tempo na cabeça do cidadão o serviço devia ser de péssima qualidade. Agora não, nós modificamos toda a legislação no mês de dezembro numa ação conjunta do Congresso Nacional com o governo federal. Estamos implantando e concedendo os benefícios em até 30 minutos", afirmou.

O ministro destacou que para conseguir se aposentar ou ter acesso à licença maternidade em 30 minutos, em primeiro lugar, é necessário que o cidadão esteja vinculado à Previdência, o que inclui 65% da população acima de 16 anos de idade.

"Depois bastar marcar pelo sistema 135 o dia e a hora do atendimento e levar a documentação. Se todos os dados necessários estiverem corretos o contribuinte será atendido em até 30 minutos, como vem sendo feito com as aposentadorias por idade desde o dia cinco de janeiro", explicou.

Pimentel disse ainda que em 90% das agências da previdência social o atendimento é marcado em até 48 horas. Nos grandes centros, entretanto existe um volume maior o que torna mais lento o processo.

"Estamos criando mais 715 agências até 2010, em todo o território nacional, para descentralizar o atendimento. Em 2008, atendemos 295 mil benefícios e aposentadorias por idade. Temos 4 mil pessoas por dia procurando e se aposentando por idade no território nacional. Este serviço será agilizado", concluiu.
17:27
Anónimo disse...
Giuseppe Englaro, pai de Eluana, a italiana que morreu na segunda-feira passada por desidratação, recusou uma grande soma de dinheiro de um conhecido fotógrafo italiano que queria retratar a filha em estado de coma, disse neste sábado o neurologista que atendia a mulher desde 1996, Carlo Defanti.

O neurologista, que participou hoje de uma conferência sobre eutanásia, disse que Englaro respeitou a vontade da filha, que, antes do acidente, tinha pedido que, se lhe ocorresse qualquer coisa irreversível, apresentasse sua imagem de quando estava em boas condições.

Antes de sofrer o acidente de trânsito, em 1992, Eluana viveu o coma de um amigo, Alessandro, o que causou forte impacto na italiana e a levou a fazer o pai prometer que não a deixasse viver em estado vegetativo, disse o próprio Giuseppe Englaro.

Defanti, que dissera que Eluana poderia viver de dez a 12 dias depois da suspensão da alimentação e da hidratação, disse que, como médico, tinha que reprovar esta afirmação.

"Não se pode sobreviver após três ou quatro dias sem líquido e, em particular, água em um corpo. Sabemos bem que, quando há um terremoto, após quatro dias é difícil encontrar sobreviventes".

Defanti ressaltou que Eluana "não falava, não se comunicava com o exterior" e que, após vários exames, "nos deparamos com uma moça que tinha perdido a consciência", porque estava com o córtex cerebral prejudicado.

Eluana foi enterrada na quinta-feira passada no túmulo da família na localidade de Paluzza, em Udine, após um funeral que não contou com a presença dos pais.

16:53
Anónimo disse...
Os bombeiros combatem neste sábado os incêndios na Austrália favorecidos pelo bom tempo, enquanto os deslocados encotram em seu retorno casas derruídas, carros queimados nas ruas e destruição.

Depois de sete dias desde que começaram os incêndios no Estado de Victoria, a lista de mortos chega a 181, os desaparecidos somam 50, os edifícios destruídos totalizam 1,834 mil e o terreno arrasado, principalmente florestas, ocupa uma área de 4,13 mil quilômetros quadrados.

As equipes de bombeiros, formadas por 4 mil profissionais de Victoria, de outras partes da Austrália e de países amigos, combateram hoje 12 focos fora de controle e nenhum representava uma ameaça direta para a população.

O subdiretor do Serviço de Bombeiros, Geoff Conway, disse que este tempo favorável, que se prolongará durante o domingo, permite consolidar as linhas de contenção e avançar na extinção das chamas.

Cinzas apareceram arrastadas por ventos do nordeste sobre Melbourne, onde habitam 3,8 milhões de pessoas, e as autoridades alertaram aos cidadãos do risco para a saúde de idosos, crianças e pessoas com problemas respiratórios.

O número de pessoas deslocadas - a Cruz Vermelha chegou a receber 7 mil - começou a cair com a abertura de algumas localidades atingidas.

Os incêndios, alguns criminosos, começaram em 7 de fevereiro, quando a região sul da Austrália estava há duas semanas sob uma onda de calor sem precedentes.

Na sexta-feira passada, a polícia acusou uma pessoa de ter provocado o incêndio que atingiu a localidade de Churchill e matou 21 pessoas.

16:55
Anónimo disse...
A primeira chuva em seis dias reduziu a ameaça de incêndios no Estado de Victoria, ao sul da Austrália. As autoridades, porém, advertiram que ainda existem 12 focos, mas que nenhum deles ameaça áreas povoadas.

Mais de quatro mil bombeiros, mil provenientes de outras partes do país e de outras nações, trabalham contra o fogo. Cerca de 600 veículos e 28 helicópteros e pequenos aviões estão sendo usados.


Eles conseguiram construir linhas de contenção para evitar os incêndios de Yarra e Maroondah se juntassem. Também foram controlados os incêndios abertos de Yea e Murrindindi, que ameaçavam as comunidades de Connellys Creek, Crystal Creek, Scrubby Creek e Native Dog Creek.

O número de mortos chegou a 181, mas as autoridades acreditam que as vítimas devem passar de 200, já que ainda há muitos desaparecidos.

16:55
Anónimo disse...
Aqui nesta coluna, na semana passada, tive a oportunidade de comentar sobre a recente visita do professor brasileiro Pedrinho Guareschi à Austrália. Não dei, porém, os fatos, pois semana passada o assunto era outro.

Hoje, porém, vamos a eles.

No último dia 4 de fevereiro, aconteceu o Seminário "Paulo Freire: Education and Liberation", organizado pelo centro de estudos latino-americanos da Universidade Nacional da Austrália, ou ANU, como é mais conhecida por aqui.

A ANU, para quem não sabe, está entre as 20 melhores universidades do mundo! E tem sede aqui em Camberra, capital da Austrália.

Na abertura do evento, o professor John Minns, diretor do centro latino-americano, ao dar boas-vindas ao público presente, lembrou ser aquele o primeiro seminário exclusivamente dedicado a Paulo Freire na Austrália.

Em seguida, convidou Pedrinho Guareschi, palestrante principal do Seminário, a fazer sua apresentação.

A plateia pode então conhecer, pelas palavras de Pedrinho, um pouco da obra e da vida de Freire, esse brasileiro de fé e valor, que sempre acreditou na educação, sobretudo dos menos favorecidos, analfabetos, como força libertadora.

Como não podia deixar de ser, os conceitos e ideias revolucionários de Paulo Freire, expostos com clareza por Pedrinho, despertaram o interesse e a curiosidade de plateia. A qual, deve-se notar, era na maioria de estudantes, mas de várias nacionalidades, sobretudo australianos e asiáticos.

Na continuação do programa do seminário, que se estendeu por dois dias, outros professores fizeram palestras sobre temas ligados à obra de Paulo Freire.

Interessante, por exemplo, saber que a professora Anne Hickling-Hudson, jamaicana que mora na Austrália há muitos anos (é professora da ANU), conheceu e trabalhou com Freire num workshop educacional durante a revolução na Ilha de Granada, em 1980, antes da invasão dos Estados Unidos...

Ou, então, a palestra da Professora Gerda Roelvink, da Nova Zelândia, que participou do Fórum Social de Porto Alegre em 2005. E essa participação transformou-se em tema de doutorado.

No dia 10, terça-feira passada, o padre Pedrinho Guareschi voltou a falar ao público australiano em grande auditório localizado no belíssimo campus da ANU. Desta vez, sobre a Teologia da Libertação.

Depois da palestra, John Minns mostrou o filme mexicano "O Crime do Padre Amaro", no qual um dos personagens é um padre católico praticante da Teologia da Libertação.

Mais uma vez, foi grande o intersse da platéia, que pode aprender e conhecer um pouco como se desenvolveu aquele importante movimento católico na América Latina.

Fica, assim, ao Pedrinho, bem como a outros brasileiros estudiosos e de bom coração que saem pelo mundo a divulgar aspectos importantes da cultura brasileira, o respeito e a homenagem desta coluna. E... aquele abraço!

16:57
Anónimo disse...
Amanda Kitts perdeu o braço esquerdo em um acidente de automóvel acontecido três anos atrás, mas hoje em dia ela joga futebol americano com seu filho de 12 anos de idade, troca fraldas e abraça as crianças nas três creches Kiddie Cottage que opera em Knoxville, Tennessee. Kitts, 40 anos, faz tudo isso com a ajuda de um novo tipo de braço artificial que se movimenta com mais facilidade do que outros aparelhos e que ela pode controlar utilizando apenas seus pensamentos.

"Eu sou capaz de mexer a mão, o pulso e o cotovelo ao mesmo tempo", diz. "Você pensa e os músculos se movem em seguida".

A recuperação que ela conseguiu resulta de um novo procedimento que vem atraindo crescente atenção porque permite que pessoas movam braços protéticos de forma mais automática do que faziam no passado, simplesmente utilizando nervos reaproveitados em seus cérebros.

A técnica, conhecida como "renervação muscular dirigida", envolve utilizar os nervos que restam depois da amputação de um braço e conectá-los a outro músculo do corpo, em geral no peito. Eletrodos são instalados sobre os músculos do peito, e operam como se fossem antenas. Quando a pessoa deseja mover o braço, o cérebro envia sinais que primeiro resultam em contração dos músculos do peito, os quais enviam um sinal ao braço protético, instruindo-se a se movimentar. O processo não requer mais esforços consciente do que a pessoa teria de exercitar caso ainda tivesse seu braço natural.

Na terça-feira, pesquisadores reportaram em estudo publicado pela versão online do Journal of the American Medical Association que haviam levado a técnica ainda mais à frente, tornando possível a execução de 10 movimentos de mão, pulso e cotovelo diferentes, o que representa uma substancial melhora com relação ao típico repertório protético, que em geral envolve apenas dobrar o cotovelo, girar o pulso e abrir a mão.

"Os novos métodos tiveram impacto dramático em nosso campo de trabalho", disse Stuart Harshbarger, engenheiro biomédico na Universidade Johns Hopkins e diretor do programa de pesquisa sobre próteses, financiado pelas forças armadas, que inclui o trabalho com essa técnica. "O método já está em uso por médicos e cirurgiões comuns em todo o país. A capacidade de controlar um membro protético bastante robusto que ele confere surpreendeu a todos pela qualidade".

Tipicamente, uma pessoa que tenha um braço protético só é capaz de executar alguns poucos movimentos, e muitas vezes com tamanha lentidão que isso só permite a ela atividades limitadas.

Há um motor separado para cada movimento, diz Gerald Loeb, professor de engenharia biomédica na Universidade do Sul da Califórnia, "e esses motores precisam ser controlados de maneira explícita", usualmente por um esforço consciente da pessoa para contrair músculos nas costas ou no bíceps.

"Essencialmente, até agora os pacientes controlavam apenas um motor de cada vez", diz Loeb, "e precisavam pensar cuidadosamente sobre que motor desejavam controlar e como fazê-lo operar, em lugar de simplesmente pensarem em mover o braço e poderem fazê-lo sem delongas".

Antes que Kitts passasse pelo procedimento de renervação, em outubro de 2007, por exemplo, ela precisava movimentar os músculos de suas costas de determinada maneira para fazer com que seu pulso girasse, e flexionar seu bíceps e tríceps para fazer com que o cotovelo se movesse para cima e para baixo. "Era muito trabalho", ela conta. "E não me ajudava muito".

O procedimento de renervação é parte de uma recente explosão de idéias novas e técnicas inovadoras que estão sendo exploradas enquanto os cientistas se esforçam por ajudar as pessoas a compensar melhor a perda de membros ou problemas de paralisia. O esforço vem sendo alimentado pelo aumento no número de amputações causado por diabetes e por ferimentos sofridos pelos militares, e ao mesmo tempo pelos avanços na tecnologia médica.

Os braços se tornaram um dos focos essenciais desse tipo de trabalho. A ciência há muito vem obtendo sucessos no desenvolvimento de próteses de perna, mas é muito mais difícil imitar a complexidade e a destreza das mãos e dos braços.

Os esforços em curso incluem o desenvolvimento de projetos de pele e braços mais sensíveis e mais flexíveis, e o uso de dispositivos acionados por controles sem fio implantado nos braços protéticos, que permitiriam movimentos mais naturais.

Os pesquisadores também vêm usando sensores implantados nos cérebros de cobaias para permitir que dois macacos controlem um braço mecânico, e um teste com um homem paralítico permitiu, com esse método, que ele movimentasse um cursor em uma tela de computador.

Alguns desses métodos, caso venham a ser aperfeiçoados plenamente e consigam aprovação das autoridades regulatórias da saúde, podem no futuro se tornar mais viáveis para os pacientes de amputações.

E embora a técnica da renervação não requeira aprovação das autoridades regulatórias porque é executada por meios cirúrgicos e emprega aparelhos já existentes, ela apresenta limitações que até mesmo seus criadores reconhecem, entre as quais o fato de que não se pode utilizá-la para todos os pacientes, o seu alto custo e o prazo de meses requerido para que os nervos reconectados cresçam e se tornem efetivos.

Ainda assim, os especialistas dizem que é o mais avançado sistema em uso hoje para pacientes reais que permite que o sistema nervoso controle diretamente o movimento de um braço artificial.

Desde sua introdução por Todd Kuiken, médico fisioterapeuta e engenheiro biomédico do Instituto de Reabilitação de Chicago, o método foi empregado em cerca de 30 pacientes nos Estados Unidos, Canadá e Europa, entre os quais oito soldados feridos no Iraque e no Afeganistão.

Muitos dos pacientes, entre os quais o primeiro, Jesse Sullivan, um operário do setor elétrico no Tennessee que perdeu os dois braços quando foi eletrocutado por um cabo, conseguem não apenas manipular seus braços protéticos mas sentir a presença das mãos que já não têm quando alguém toca em seus peitos.

Sullivan, 62 anos, e Kitts, estavam entre os cinco pacientes que participaram do estudo reportado na terça-feira. Em companhia de cinco outras pessoas que não passaram por amputações, eles receberam os eletrodos e foram instruídos a usar pensamentos para fazer com que um braço virtual na tela reproduzisse 10 movimentos diferentes, entre os quais três formas diferentes de aperto de mão.

Os pacientes apresentaram desempenho bastante respeitável, apenas um pouco mais lento e menos preciso do que os dos participantes que não tinham amputações.

"As velocidades de movimento que encontramos em nossos pacientes foram realmente encorajadoras", disse Kuiken. "Eles conseguiram completar a tarefa. É claro que não foram tão competentes quanto as pessoas dotadas de plena capacidade física, mas foram bons o bastante".

Um braço virtual foi usado porque a maioria das próteses existentes não era capaz de acomodar todos aqueles movimentos, no momento da pesquisa, ainda que Sullivan, Kitts e uma terceira paciente, Claudia Mitchell, tenham experimentado dois novos protótipos mais versáteis de braços artificiais, executando tarefas complexas com bolas de tênis e outros objetos.

O trabalho de renervação em soldados apresenta outros desafios, diz Kuiken, porque os ferimentos militares muitas vezes "causam danos muitos extensos" a nervos, músculos ou ossos.

Daniel Acosta, 25 anos, um aviador ferido pela detonação de uma bomba em uma estrada do Iraque em 2005, passou pelo procedimento no ano passado e diz que seu braço esquerdo protético agora se movimenta "muito mais rápido" e de maneira muito mais natural.

"A diferença é que agora não preciso mais pensar para mover o braço", ele diz. "Ele simplesmente se mexe".

Ainda assim, Acosta, de San Antonio, diz que "o processo foi bastante longo" e que os eletrodos precisam ser ajustados para receber os sinais à medida que os nervos crescem ou mudam de posição.

E embora elogiem o método, os especialistas afirmam que a ciência das próteses de braço ainda tem muito por avançar.

"Trata-se de uma parte crucial, mas ainda assim apenas uma parte, das muitas coisas que compreendem a função normal de um braço", disse Loeb, que escreveu um editorial que acompanha o artigo no Journal of the American Medical Association.

"No momento estamos a meio do caminho entre o braço de 'Dr. Fantástico', que fazia involuntariamente a saudação nazista, e o braço de Luke Skywalker em 'Guerra nas Estrelas', que funciona sem nenhum problema assim que é conectado. Creio que precisaremos ainda de muitos anos para conectar todas as peças necessárias a produzir um braço capaz de funcionar normalmente".

17:04
Anónimo disse...
A Espanha disse neste sábado que está preparando uma reclamação oficial contra a decisão da Venezuela de expulsar um membro do Parlamento Europeu que criticou o conselho eleitoral venezuelano.
Luis Herrero, membro do partido conservador espanhol PP, foi deportado na sexta-feira depois que o Conselho Nacional Eleitoral (CNE) o acusou de questionar a imparcialidade da instituição antes de um referendo que pode permitir ao presidente Hugo Chávez permanecer no cargo indefinidamente.

Herrero estava na Venezuela como observador do referendo. Ele acusou Chávez de ter "comportamentos típicos de um ditador" por pedir a contenção de manifestações da oposição.

O governo da Espanha convocou um encontro com o embaixador da Venezuela em Madri para expressar a desaprovação sobre a expulsão de Herrero, disse um representante do Ministério das Relações Exteriores espanhol.

As relações da Venezuela com a Espanha tiveram seu ponto crítico em 2007, quando Chávez ameaçou rever acordos diplomáticos e comerciais depois de ouvir um "cala a boca" do rei espanhol Juan Carlos durante uma cúpula.

A fenda foi oficialmente reparada em 2008, com uma visita oficial de Chávez à Espanha, onde ele cumprimentou o rei e discutiu acordos para investimento no setor petroquímico com o primeiro-ministro José Luis Rodriguez Zapatero.

17:06
Anónimo disse...
A polícia do Zimbábue anunciou neste sábado que acusa de traição Roy Bennett, dirigente do até agora opositor Movimento para a Mudança Democrática (MDC), detido na sexta-feira, em Harare, poucas horas antes da cerimônia de posse dos membros do novo gabinete.

"A Polícia nos informou que vão apresentar acusações de traição", disse à agência EFE o advogado de defesa de Bennett, Trust Maanda.

"Tentam relacionar Roy com o caso de Mike Hitschmann, que foi detido em 2006 em relação à descoberta de um carregamento de armas, apesar de que Hitschmann não tenha sido declarado culpado das acusações de traição apresentadas contra ele, mas de um crime menor de descumprimento de leis", disse Maanda.

O político opositor, designado por seu partido como vice-ministro de Agricultura no Governo de união nacional, esteve no exílio na vizinha África do Sul desde 2006 e retornou ao Zimbábue há duas semanas.

Segundo a Polícia, que deteve Bennett ontem no aeroporto de Harare quando pretendia ir à África do Sul para visitar sua família, as armas apreendidas em 2006 seriam utilizadas em um golpe de Estado para derrubar o presidente do Zimbábue, Robert Mugabe.

Depois da detenção, Bennet foi levado a Mutar, onde vários simpatizantes do MDC se concentraram em frente à delegacia na qual estava detido, diante do que a Polícia respondeu com tiros para o alto para dispersar os manifestantes.

17:07
Anónimo disse...
Austrália: 14 mil se candidatam a 'emprego dos sonhos'

A secretaria de Turismo de Queensland, na Austrália, informou que até esta segunda-feira já recebeu cerca de 14 mil inscrições para o "o melhor emprego do mundo". O Estado australiano promove pela internet seleção para vaga de "zelador" da ilha Hamilton, por seis meses com um salário de R$ 40 mil.

Muitos candidatos tiveram problemas durante a inscrição por conta dos acessos simultâneos ao site. A secretaria aconselha enviar os vídeos de 60s explicando porque deve ser escolhido em horários alternativos do dia, além de recomendar tamanho em torno de 40MB.

As inscrições começaram em 12 de janeiro e vão até o próximo dia 22 e podem ser feitas pelo site www.islandreefjob.com. O governo australiano escolherá 50 candidatos para a próxima fase da seleção, que terá votos do público para eleger um dos 11 finalistas.

A última fase terá entrevistas e desafios físicos, no próprio local de trabalho: as ilhas da Grande Barreira Coralina - o maior recife de coral do mundo. A secretaria de Turismo anunciará o vencedor no dia 6 de maio.

17:09
Anónimo disse...
Mercado elogia governo na crise, mas pede maior queda no juro

Peter Fussy
Direto de São Paulo

Desde as primeiras medidas anunciadas para combater os efeitos da crise, o governo brasileiro avisou que a estratégia não contemplaria um pacote. Seriam doses pontuais, de acordo com a necessidade da economia diante do agravamento das turbulências. Da primeira liberação dos depósitos compulsórios em setembro até a ampliação do seguro-desemprego na última quarta-feira, o governo passou por redução de impostos, ampliação de crédito e incentivos à exportação. Quase 150 dias após a primeira medida, o Terra conversou com líderes do setor público e privado, representantes dos trabalhadores, acadêmicos e com o próprio governo para saber quais destas ações foram mais eficazes, quais foram mais ineficientes e o que mais pode ser feito pelo Estado brasileiro contra a crise.

Os maiores elogios foram direcionados à atitude de reduzir o Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) para a indústria automobilística, anunciada em dezembro e que fez com que os emplacamentos de carros novos subissem 1,9% no primeiro mês do ano em relação a dezembro de 2008. Já as maiores críticas foram para a lentidão no corte da taxa básica de juro do País.

Para o presidente do conselho administrativo do Grupo Pão de Açúcar, Abílio Diniz, o Estado não é responsável pela crise e mesmo assim está agindo "com extrema serenidade e muito acerto". "O governo está atento, fazendo a sua parte. É preciso coragem de baixar firmemente a taxa de juros. É uma arma que temos a nosso favor, já que não há clima para inflação, nem possibilidade de danos para a macroeconomia", afirmou Diniz.

Na última reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), em janeiro, a taxa Selic foi reduzida em um ponto percentual, de 13,75% para 12,75% ao ano. Porém, o professor de economia da Universidade de Brasília (UnB) José Luiz Oreiro lembra que este corte representa uma redução de apenas 0,25 ponto percentual com relação à taxa de setembro do ano passado, quando a crise se agravou.

"Pouco antes da eclosão da crise, o Banco Central aumentou a taxa em 0,75 ponto. Foram cinco meses de demora para reduzir em termos líquidos apenas 0,25 ponto", afirmou o economista, que também sugeriu redução do intervalo de cerca de 90 dias entre as reuniões do Copom e o corte de pelo menos um 1 ponto percentual em cada reunião.

Mesmo com o corte de janeiro, a taxa de juros real continua sendo a maior do mundo, lembrou o secretário-geral da Força Sindical, João Carlos Gonçalves, o Juruna. "A redução da taxa de juro ainda é pequena, porque ela continua uma das mais altas do mundo. Falta ousadia para baixar os juros e ajudar o cidadão. A permanência da taxa de juro alta é negativa para o País em meio a crise", afirmou Juruna.

Embora aprove as ações do governo, o senador Aloízio Mercadante (PT-SP) também acredita que o patamar da Selic está muito alto. "Sempre fomos os primeiros a entrar em qualquer crise, o que não aconteceu agora. A taxa Selic ainda é muito alta, mas o governo têm tomado medidas acertadas, como o aumento do salário mínimo, mesmo com um cenário de crise. Isso ajuda a movimentar o consumo. O governo está se esforçando para manter os investimentos e o crescimento", disse.

Tributos
De acordo com o economista Fabio Pina, da Fecomercio-SP, as ações mais positivas estão relacionadas à redução de tributos para alguns segmentos, como a indústria automobilística, que recuperou parte da queda nas vendas em janeiro com a isenção do IPI para carros 1.0 l e o corte para demais motorizações. A medida vale até o final de março.

"Essas medidas não só reduziram o preço, mas anteciparam o consumo daqueles que iriam comprar no futuro, dando um prêmio por conta da insegurança. Mexe diretamente com o principal problema que é a confiança do consumidor", afirmou. Juruna destacou que um bom ritmo de vendas é garantia de emprego. "É importante porque cada emprego na montadora significa 19 na cadeia produtiva", comentou o representante da Força Sindical.

Também em dezembro, o governo decidiu cortar pela metade a alíquota do Imposto de Renda para contribuintes que ganham entre R$ 1.434 e R$ 2.150 mensais. "O salário aumentava e a tabela não se modificava. As pessoas ganhavam mais e pagavam mais impostos", apontou Juruna. Outra redução de tributos do governo foi com relação ao Imposto sobre Operações Financeiras (IOF), que caiu de 3% ao ano para 1,5%.

Crédito
Na segunda metade de 2008, o colapso de bancos nos Estados Unidos por conta da crise do subprime provocou uma forte restrição de crédito no mundo inteiro. Uma das primeiras medidas anticrise do governo teve como objetivo restabelecer a oferta, com mudanças no recolhimento dos depósitos compulsórios por parte dos bancos. Segundo o presidente do Banco Central, Henrique Meirelles, as diversas modificações liberaram US$ 99,2 bilhões aos bancos até o final de janeiro.

Além disso, o governo concedeu R$ 36 bilhões das reservas internacionais para empresas brasileiras com dívidas no exterior e uma medida provisória autorizou o Banco do Brasil e a Caixa Econômica Federal a comprar carteiras de crédito de bancos privados. Para o diretor do Departamento de Pesquisas e Estudos Econômicos da Fiesp, Paulo Francini, estas medidas foram essenciais para combater os efeitos da crise.

"A crise se desenvolve no mundo em torno do tema crédito. E o crédito reduziu-se barbaridade no mundo. Então o governo lança mão de compulsório, lança mão de reservas, de medidas que permitem aos bancos comprar carteiras de bancos. Você vai tomando várias medidas para atender às demandas e o epicentro disso é crédito", afirmou.

No entanto, Oreiro, da UnB, adverte que a liberação dos compulsórios seria mais eficiente acompanhada de redução mais agressiva da taxa básica de juro. "Uma parte do crédito voltou, depois da forte retração em outubro e novembro. O que deveria ter sido feito junto à liberação do compulsório era uma redução mais drástica da taxa de juro. Sem isso, os bancos pegam as reservas e acabam comprando títulos públicos", explicou o economista.

Na opinião de Pina, as ações de distribuição de crédito via redução do compulsório e a disposição de capital de giro para empresas foram tomadas sem um cuidado maior na operação e não tiveram muito efeito. "O BNDES tem linhas que ficam paradas quase todo o ano, agora é pior ainda. Existem os recursos, mas as empresas e os bancos estão desconfiados. É preciso fazer com que os bancos tenham interesse em emprestar", afirmou o economista da Fecomercio-SP.

Futuro
Mesmo com todas essas medidas, a crise financeira ainda gera incertezas nos setores produtivos do País. Nos últimos meses, o medo do desemprego fez os consumidores adiarem compras. Por sua vez, a queda nas vendas pode obrigar as indústrias a cortarem a produção e demitir funcionários. Contra isso, empresários sugerem redução de jornada e de salários.

"Isto está previsto em lei. A Fiesp simplesmente manteve conversações com entidades sindicais quanto à aplicação daquilo que já está previsto em lei", afirmou Francini.

Segundo a ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff, uma das medidas que assegura um nível de emprego é a manutenção de investimentos no Programa de Aceleração do Crescimento (PAC). "Estamos esperando que a dificuldade ocorra em janeiro, fevereiro e março. Estamos certos que vamos manter o nível de investimento. É isso que funciona, é isso que significa investimento público. Ele funciona como um colchão. Por isso, nós colocamos R$ 100 bilhões no BNDES e a Petrobras ampliou o seu investimento em R$ 120 bilhões", afirmou.

Na mesma linha, Pina explica que a antecipação de gastos do governo substitui parte da demanda retraída do setor privado. "Ele dá o seguinte recado: não vou estourar as contas públicas, mas concentrar em um momento em que a demanda privada está pequena. Mas o governo não tem fôlego suficiente para fazer o papel de toda demanda", ressaltou. O economista da Fecomercio lembrou que a entidade já pleiteou junto ao governo isenções para transferência de imóveis e de automóveis, além de retirar o IPVA para veículos novos.

Já Oreiro foca suas propostas na capitalização do Banco do Brasil e da Caixa Econômica Federal pelo Tesouro para atender a demanda de crédito para capital de giro e reduzir o spread. "Aumentando o empréstimo e reduzindo as taxas, os dois vão forçar os bancos privados a acompanhar o movimento, até para não perderem participação no mercado", explicou o economista da UnB.

Até o Carnaval, o governou prometeu detalhar um pacote de incentivos para a construção de até um milhão de casas populares, direcionado a famílias com renda de até dez salários mínimos. "Estamos atentos a tudo o que está acontecendo e novas medidas serão tomadas caso haja uma avaliação de que sejam necessárias", disse o ministro da Fazenda, Guido Mantega, na última sexta-feira.

17:11
Anónimo disse...
Ex-ministro critica extensão do seguro-desemprego

Atualizada às 09h03

O ex-ministro do Trabalho Almir Pazzianotto criticou a decisão do governo federal de conceder o seguro-desemprego estendido a apenas alguns setores. "É certamente odioso e provavelmente inconstitucional", disse Pazzianotto, de acordo com o jornal O Estado de S. Paulo.

Na última qurta, dia do anúncio da medida, centrais sindicais elogiaram a atitude do governo. A Força Sindical divulgou nota dizendo que "o aumento ajudará a aquecer parte da economia, já que irá gerar mais consumo, produção e conseqüentemente, a criação de novos postos de trabalho". A União Geral dos Trabalhadores (UGT) afirmou que a medida "contribuirá para minimizar o drama dos trabalhadores que perderem seu emprego por conta da crise".

O ex-ministro, que instituiu o seguro-desemprego no País no governo de José Sarney, destacou a necessidade de as centrais sindicais se manifestarem contra a determinação. Para ele, as mudanças devem ser aplicadas a todas as categorias profissionais e a distinção é contrária ao artigo 3º da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT).

Pazzianotto atribui a medida a um possível temor do governo de que a crise econômica seja longa e não haja dinheiro para atender a todas as necessidades. Ainda assim, ele se mostra contrário ao método de concessão. "O seguro-desemprego ajuda a sanar necessidades básicas. Estendê-lo é paliativo, não a solução", disse ao jornal.

De acordo com o presidente do Conselho Deliberativo do Fundo de Amparo ao Trabalhador (Codefat) e conselheiro da Força Sindical, Luiz Fernando Emediato, a determinação já estava prevista na lei 8.900/94, que trata do seguro-desemprego.

O presidente da Comissão de Trabalho da Câmara, Pedro Fernandes (PTB-MA) vai além na crítica à concessão do seguro para apenas alguns setores. Ele acredita que a ampliação do benefício estimula o desemprego.

Quintino Severo, secretário geral da Central Única dos Trabalhadores (CUT), lembra que a ampliação do benefício sem critério e identificação pode incentivar demissões em outros setores.

17:13
Anónimo disse...
Empresas
TAM faz promoção para destinos internacionais

A companhia aérea TAM anunciou nesta sexta-feira tarifas promocionais para trechos internacionais. Os preços valem para bilhetes comprados entre 6h deste sábado e 23h59 deste domingo e são válidos para classe econômica. As tarifas, para ida e volta, serão vendidas a partir de US$ 99, mais taxas.

Segundo a aérea, a promoção vale para viagens feitas no período de 14 de fevereiro a 18 de junho de 2009. Para destinos na América do Sul, a permanência mínima é de dois dias; para bilhetes com destino nos Estados Unidos, cinco dias; e Europa, sete dias. A permanência máxima para as passagens para América do Sul e EUA é de dois meses e para Europa, três meses.

Entre os exemplos de tarifas promocionais, a TAM oferece São Paulo-Lima por US$ 99. Bilhetes para a rota São Paulo-Santiago serão vendidos a partir de US$ 199 e São Paulo-Nova York, US$ 799.

A emissão dos bilhetes deve ser feita obrigatoriamente no ato da reserva, obedecendo às regras estipuladas pela companhia. A compra está sujeita à disponibilidade de assentos nas classes tarifárias determinadas, trechos, horários e datas. A TAM afirmou que também há tarifas promocionais para a classe executiva.

Mais informações podem ser encontradas no site promocional (www.ofertastam.com.br), no site da empresa (www.tam.com.br) ou pelos telefones 4002-5700 ou 0800 5705700.

17:13
Anónimo disse...
Empresas
Consultoria negocia compra do parque temático Hopi Hari

A consultoria especializada em reestruturação de empresas Íntegra Associados informou nesta sexta-feira ter um acordo para comprar o parque de diversões Hopi Hari, localizado no interior de São Paulo. A empresa estaria disposta a investir R$ 10 milhões no parque, que tem dívida estimada em R$ 800 milhões. As informações são da edição deste sábado do jornal Folha de S. Paulo.

De acordo com o jornal, a transação ainda depende da negociação entre o Hopi Hari e seus credores, o que já estaria em andamento.

A consultoria paulista já atuou junto à Parmalat, durante 30 meses, quando reorganizou a gestão da empresa italiana.

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17:14
Anónimo disse...
Empresas
Disney de Tóquio contratará mais 2 mil apesar da crise


A Oriental Land, o operador da Disneylândia Tóquio e DisneySea, organizou neste domingo entrevistas para contratar cerca de 2 mil trabalhadores em tempo parcial, em um momento de grandes demissões deste tipo de empregados no Japão.

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O operador deste parque temático, situado em Urayasu, na província de Chiba (leste de Tóquio), está em pleno processo de seleção de empregados para 20 tipos de postos trabalhistas diferentes.

Segundo a companhia, citada pela agência local de notícias Kyodo, o parque contratará novos trabalhadores para as atrações, para os restaurantes e guardas de segurança entre outros. Os novos contratados começarão a trabalhar a partir de fevereiro.

O processo de seleção acontece em um momento em que a maioria das grandes companhias japonesas começaram a se ver obrigadas a despedir uma elevada percentagem de seus trabalhadores temporários e a tempo parcial.

Algumas inclusive anunciaram demissões de seus trabalhadores fixos, uma medida muito pouco comum nas companhias japonesas, perante os efeitos piores que o esperado pela crise econômica global.

Cerca de uma centena de pessoas esperavam desde a primeira hora desta manhã a abertura do centro de conferências Tokyo International Forum, onde as entrevistas estão sendo feitas, para ser os primeiros a solicitar os postos de trabalho.


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17:15
Anónimo disse...
Economia Internacional
Senado dos EUA aprova plano de estímulo à economia

O Senado dos Estados Unidos aprovou com 60 votos a favor e 38 contra o plano de estímulo à economia de US$ 787 bilhões na madrugada deste sábado. Agora, ele segue para sanção ou veto do presidente Barack Obama, que espera colocar a lei em prática até o dia 16 de fevereiro.

O plano prevê a criação de três milhões de empregos, inclui cortes de impostos às famílias, fundos para programas sociais e obras públicas, além de ajuda aos governos estaduais, estudantes e desempregados.

A cláusula Buy American - que exige o uso de ferro, aço e produtos manufaturados dos Estados Unidos em obras realizadas com recursos do pacote - ficou de lado. Segundo o texto definitivo, a cláusula será aplicada sem violar as normas do comércio internacional.

Ontem à tarde, a Câmara de Representantes (deputados) havia aprovado, por 246 votos a favor e 183 contra, a versão final do plano. Todos os republicanos foram contrários ao pacote.

Pelo acordo de quarta-feira entre Câmara e Senado, em vez de custar US$ 819 bilhões, como queriam os deputados, ou US$ 838 bilhões como pretendiam os senadores, o pacote ficou em cerca de US$ 787 bilhões, com 65% desse total destinado a gastos do governo federal e 35%, a créditos tributários.

17:16
Anónimo disse...
Economia nacional
Na era Lula, aposentadoria sobe 54% menos que salário mínimo

Thatiane Faria
Especial para o Terra
Direto de São Paulo

Os índices de reajustes concedidos pelo governo em 2009 para aposentados e pensionistas e para o salário mínimo repetiram uma diferença que, só durante o governo de Luiz Inácio Lula da Silva, já chega a 54%. Enquanto o mínimo foi majorado em 12% este ano, as pensões e aposentadorias tiveram aumento de 5,92%. Aposentados que têm o benefício do governo como única fonte de renda reclamam que perdem poder de compra e que sua cesta de compras é composta por itens que aumentam mais em relação à inflação oficial.

Um exemplo prático pode ser entendido a partir da comparação entre um aposentado que ganhava R$ 600 em janeiro de 2003. Na época, o benefício era três vezes, ou 200%, maior que o valor do mínimo em vigência, que era de R$ 200. Aplicando-se os índices de reajuste para aposentadorias e para o mínimo durante os últimos seis anos, o mesmo aposentado estaria recebendo hoje R$ 938,47, comparado a um salário mínimo de R$ 465. A diferença entre os dois valores caiu para pouco mais de 100%.

Enquanto o índice acumulado de reajuste para a aposentadoria durante o governo Lula foi de 60%, para o salário mínimo está em 132%.

O diretor do Sindicato Nacional dos Aposentados, João Inocentini, reclama que os valores dos benefícios para aposentadorias não mantêm o poder de compra do grupo, principalmente dos aposentados que recebem menos que dez salários mínimos.

Nem mesmo o fato de o índice de reajuste das aposentadorias ter ficado acima da inflação acumulada no mesmo período (o IPCA entre janeiro de 2003 e janeiro de 2009 foi de 39,7%) serve de argumento, segundo os aposentados.

"Os idosos, principalmente, têm gastos além das contas gerais como gás, telefone e aluguel. Para eles o custo com remédios, e outros itens da área saúde costuma ser maior", afirmou Inocentini.

O presidente do sindicato afirmou que o grupo realiza um estudo com 100 itens de necessidade de um idoso para comparar o aumento dos produtos com o índice de reajuste do benefício recebido pelos aposentados.

"Daqui dois meses vamos abrir um processo na Justiça e levar essa pesquisa como prova. Segundo a lei, o governo é obrigado a manter o poder de compra com a aposentadoria", disse Inocentini.

Alternativas
O consultor financeiro Cláudio Boriola diz que os aposentados, especialmente nesse momento de crise econômica, devem evitar compras parceladas, pesquisar preços, negociar e fazer bom planejamento financeiro.

Segundo Boriola, alguns aposentados ganham um valor mensal muitas vezes insuficiente para o pagamento das contas e acabam pedindo crédito ou realizando pagamentos a prazo e são obrigados a pagar juros altos.

Na opinião do consultor, pagar uma previdência privada é uma alternativa indicada para quem ainda trabalha, considerando a característica de perda de poder de compra da aposentadoria.

"Na prática, infelizmente os valores encontram-se em um patamar que está deteriorando o poder de aquisição da população brasileira", completou Boriola.

De acordo com o diretor da Confederação Brasileira de Aposentados e Pensionistas (Cobap), Vicente Fernandes Barbosa, representantes dos aposentados tentarão um encontro com o presidente da Câmara, deputado Michel Temer (PMDB-SP), para discutir projetos que minimizem a perda dos aposentados

17:17
Anónimo disse...
Previdência
Previdência prorroga isenção de tarifas no benefício

O atual sistema de pagamento aos 26 milhões de aposentados e pensionistas do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) será mantido até o final deste ano. O acordo, que permite realizar a operação sem nenhum custo aos beneficiários, foi renovado nesta sexta-feira, entre o governo federal e 21 instituições financeiras.

Por meio desse acordo, vigente desde setembro de 2007, nem os segurados, nem os bancos e nem o governo arcam com o pagamento de tarifas, conforme explicou o ministro da Previdência Social, José Pimentel. A prorrogação vale até dezembro, data máxima para que a Previdência defina as regras para um novo contrato.

Ao assinar o termo de renovação, na sede da Federação Brasileira dos Bancos (Febraban), o ministro disse que a intenção do governo é mudar o atual modelo de gestão visando a reduzir os custos dessas operações em torno da folha mensal, que atinge R$ 15,8 bilhões. No entanto, qualquer alteração, conforme explicou, passará antes por audiências públicas a serem realizadas a partir do segundo semestre deste ano, atendendo a determinação do Tribunal de Contas da União (TCU).

De acordo com Pimentel, com um redesenho do mecanismo de repasse dos recursos aos bancos em torno da folha de pagamento dos segurados o que se busca é um aumento da participação de instituições financeiras. Ele informou que, desde 2007, cada benefício custa em média R$ 1,07 ao governo. "Quanto mais instituições financeiras estiverem prestando serviços à sociedade, maior é a competitividade, a agilidade no atendimento", justificou.

O ministro observou, ainda, que, para permitir uma redução para algo em torno de meia hora no tempo de atendimento para a concessão dos direitos previdenciários, o governo investiu R$ 280 milhões.

Questionado sobre o descontentamento dos segurados que ganham acima de um salário mínimo terem obtido apenas a correção com base na variação do Índice de Preços ao Consumidor (INPC) , ficando abaixo do reajuste dado a quem recebe apenas o mínimo, Pimentel argumentou que o governo seguiu o que determina a lei e descartou a possibilidade de uma revisão

17:17
Anónimo disse...
Empresas
Caterpillar oferece aposentadoria antecipada a 2 mil


A companhia americana Caterpillar ofereceu a cerca de dois mil funcionários incentivos para que se aposentem de forma voluntária antes do previsto, pela perspectiva de uma queda "significativa" da atividade industrial, informou nesta quarta-feira a empresa.

A iniciativa, destinada aos trabalhadores de diversas fábricas em Illinois, Colorado, Tennessee e Pensilvânia, se soma aos cortes de empregos anunciados em janeiro, explicou em comunicado de imprensa.

A empresa, a maior fabricante mundial de maquinaria pesada para a construção e a mineração, acrescentou que, "em função das condições de negócio, podem ser necessárias mais reduções de elenco voluntárias e involuntárias à medida que o ano avança".

O vice-presidente da companhia, Sid Banwart, explicou que a empresa prevê "demissões significativas em todas as regiões geográficas e na maioria dos setores devido às dificuldades da economia mundial".

17:18
Anónimo disse...
Comércio
Comércio exterior da OCDE caiu no 3º trimestre de 2008


As exportações e as importações dos países da Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Econômico (OCDE) caíram 1,6% e 0,2%, respectivamente, no terceiro trimestre de 2008, em relação aos três meses anteriores.

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Trata-se da primeira queda destas atividades desde o terceiro trimestre de 2006, segundo o último relatório trimestral sobre fluxos comerciais divulgado pela OCDE.

As exportações e as importações em dólares dos 30 Estados-membros caíram 15,6% e 17%, respectivamente, na comparação anualizada.

Por sua vez, o comércio dos sete países mais ricos do mundo (G7) teve um pequeno crescimento no terceiro trimestre de 2008 com uma queda das exportações de mercadorias de 0,2% em relação ao trimestre anterior e um aumento de 0,4% das importações.

Em termos anualizados, as importações do G7 caíram 1,4% entre julho e setembro do ano passado, seu primeiro retrocesso desde o terceiro trimestre de 2006, enquanto as exportações aumentaram 1,9%, seu crescimento mais baixo no mesmo tempo.

Por países, a Alemanha aumentou suas importações em 3,4% - valor mais alto do G7 -, enquanto suas exportações caíram 2,9% do segundo para o terceiro trimestre de 2008.

Pelo contrário, as exportações americanas aumentaram 1,8% entre julho e setembro de 2008, enquanto as importações caíram 0,7% em relação ao trimestre anterior. No Japão, tanto as importações quanto as exportações caíram em torno de 1% no mesmo período.

17:19
Anónimo disse...
Economia Nacional
Lula: juros de crédito consignado a aposentados são altos

Atualizada às 17h29

O presidente Luis Inácio Lula da Silva afirmou nesta terça-feira, em São Paulo, que está lutando para reduzir as taxas de juros cobradas de aposentados em crédito consignado. A Previdência Social estabelece uma taxa máxima de 2,5% para empréstimo e de 3,5% para cartão. Para Lula, os valores são altos.

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"Acho que o juro que os aposentados estão pagando hoje com o crédito consignado é alto para o padrão brasileiro", disse o presidente durante a cerimônia de comemoração dos 86 anos do INSS.

A Previdência anunciou nesta terça-feira que aposentados e trabalhadoras com licença-maternidade poderão receber seus benefícios em 30 minutos. De acordo com Lula, em junho, a aposentadoria do trabalhador rural também será conseguida em meia hora.

Além disso, o presidente anunciou que, também em junho, os trabalhadores que alcançarem o direito à aposentadoria passarão a receber em suas casas um comunicado da Previdência informando o fato e o valor do salário que têm direito a receber. "É um comprometimento público que estou fazendo com os companheiros da Previdência Social", disse.

"Estamos retribuindo ao contribuinte da Previdência Social aquilo que é a cidadania que ele tem direito", afirmou Lula. "Se para cobrar nós somos tão precisos, para devolver o dinheiro, temos que chegar próximo à perfeição", completou.

17:20
Anónimo disse...
Economia Nacional
Salário maternidade sairá em 30 minutos, diz ministro

Toda trabalhadora autônoma que tiver contribuído pelo menos 10 meses com o Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) - ou as que possuírem carteira assinada - poderão receber em 30 minutos o salário maternidade a partir desta terça-feira. Da mesma forma, as mulheres com 30 anos de contribuição e os homens com 35 anos também terão direito ao benefício de forma mais rápida. A informação é do ministro da Previdência Social, José Pimentel.

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Para requerer o salário maternidade, é preciso que as autônomas levem a carteira de identidade e o carnê de contribuição. As demais trabalhadoras devem apresentar a identificação e a carteira de trabalho. Desde o início do mês, a nova forma de análise para a concessão de benefícios foi adotada para a aposentadoria por idade do trabalhador urbano e agora foi estendida para o salário maternidade e por tempo de contribuição.

O ministro disse que a qualificação do serviço da previdência social é o reconhecimento do direito dos trabalhadores e da afirmação da cidadania.

"Até pouco tempo na cabeça do cidadão o serviço devia ser de péssima qualidade. Agora não, nós modificamos toda a legislação no mês de dezembro numa ação conjunta do Congresso Nacional com o governo federal. Estamos implantando e concedendo os benefícios em até 30 minutos", afirmou.

O ministro destacou que para conseguir se aposentar ou ter acesso à licença maternidade em 30 minutos, em primeiro lugar, é necessário que o cidadão esteja vinculado à Previdência, o que inclui 65% da população acima de 16 anos de idade.

"Depois bastar marcar pelo sistema 135 o dia e a hora do atendimento e levar a documentação. Se todos os dados necessários estiverem corretos o contribuinte será atendido em até 30 minutos, como vem sendo feito com as aposentadorias por idade desde o dia cinco de janeiro", explicou.

Pimentel disse ainda que em 90% das agências da previdência social o atendimento é marcado em até 48 horas. Nos grandes centros, entretanto existe um volume maior o que torna mais lento o processo.

"Estamos criando mais 715 agências até 2010, em todo o território nacional, para descentralizar o atendimento. Em 2008, atendemos 295 mil benefícios e aposentadorias por idade. Temos 4 mil pessoas por dia procurando e se aposentando por idade no território nacional. Este serviço será agilizado", concluiu.
17:27
Anónimo disse...
Giuseppe Englaro, pai de Eluana, a italiana que morreu na segunda-feira passada por desidratação, recusou uma grande soma de dinheiro de um conhecido fotógrafo italiano que queria retratar a filha em estado de coma, disse neste sábado o neurologista que atendia a mulher desde 1996, Carlo Defanti.

O neurologista, que participou hoje de uma conferência sobre eutanásia, disse que Englaro respeitou a vontade da filha, que, antes do acidente, tinha pedido que, se lhe ocorresse qualquer coisa irreversível, apresentasse sua imagem de quando estava em boas condições.

Antes de sofrer o acidente de trânsito, em 1992, Eluana viveu o coma de um amigo, Alessandro, o que causou forte impacto na italiana e a levou a fazer o pai prometer que não a deixasse viver em estado vegetativo, disse o próprio Giuseppe Englaro.

Defanti, que dissera que Eluana poderia viver de dez a 12 dias depois da suspensão da alimentação e da hidratação, disse que, como médico, tinha que reprovar esta afirmação.

"Não se pode sobreviver após três ou quatro dias sem líquido e, em particular, água em um corpo. Sabemos bem que, quando há um terremoto, após quatro dias é difícil encontrar sobreviventes".

Defanti ressaltou que Eluana "não falava, não se comunicava com o exterior" e que, após vários exames, "nos deparamos com uma moça que tinha perdido a consciência", porque estava com o córtex cerebral prejudicado.

Eluana foi enterrada na quinta-feira passada no túmulo da família na localidade de Paluzza, em Udine, após um funeral que não contou com a presença dos pais.

16:53
Anónimo disse...
Os bombeiros combatem neste sábado os incêndios na Austrália favorecidos pelo bom tempo, enquanto os deslocados encotram em seu retorno casas derruídas, carros queimados nas ruas e destruição.

Depois de sete dias desde que começaram os incêndios no Estado de Victoria, a lista de mortos chega a 181, os desaparecidos somam 50, os edifícios destruídos totalizam 1,834 mil e o terreno arrasado, principalmente florestas, ocupa uma área de 4,13 mil quilômetros quadrados.

As equipes de bombeiros, formadas por 4 mil profissionais de Victoria, de outras partes da Austrália e de países amigos, combateram hoje 12 focos fora de controle e nenhum representava uma ameaça direta para a população.

O subdiretor do Serviço de Bombeiros, Geoff Conway, disse que este tempo favorável, que se prolongará durante o domingo, permite consolidar as linhas de contenção e avançar na extinção das chamas.

Cinzas apareceram arrastadas por ventos do nordeste sobre Melbourne, onde habitam 3,8 milhões de pessoas, e as autoridades alertaram aos cidadãos do risco para a saúde de idosos, crianças e pessoas com problemas respiratórios.

O número de pessoas deslocadas - a Cruz Vermelha chegou a receber 7 mil - começou a cair com a abertura de algumas localidades atingidas.

Os incêndios, alguns criminosos, começaram em 7 de fevereiro, quando a região sul da Austrália estava há duas semanas sob uma onda de calor sem precedentes.

Na sexta-feira passada, a polícia acusou uma pessoa de ter provocado o incêndio que atingiu a localidade de Churchill e matou 21 pessoas.

16:55
Anónimo disse...
A primeira chuva em seis dias reduziu a ameaça de incêndios no Estado de Victoria, ao sul da Austrália. As autoridades, porém, advertiram que ainda existem 12 focos, mas que nenhum deles ameaça áreas povoadas.

Mais de quatro mil bombeiros, mil provenientes de outras partes do país e de outras nações, trabalham contra o fogo. Cerca de 600 veículos e 28 helicópteros e pequenos aviões estão sendo usados.


Eles conseguiram construir linhas de contenção para evitar os incêndios de Yarra e Maroondah se juntassem. Também foram controlados os incêndios abertos de Yea e Murrindindi, que ameaçavam as comunidades de Connellys Creek, Crystal Creek, Scrubby Creek e Native Dog Creek.

O número de mortos chegou a 181, mas as autoridades acreditam que as vítimas devem passar de 200, já que ainda há muitos desaparecidos.

16:55
Anónimo disse...
Aqui nesta coluna, na semana passada, tive a oportunidade de comentar sobre a recente visita do professor brasileiro Pedrinho Guareschi à Austrália. Não dei, porém, os fatos, pois semana passada o assunto era outro.

Hoje, porém, vamos a eles.

No último dia 4 de fevereiro, aconteceu o Seminário "Paulo Freire: Education and Liberation", organizado pelo centro de estudos latino-americanos da Universidade Nacional da Austrália, ou ANU, como é mais conhecida por aqui.

A ANU, para quem não sabe, está entre as 20 melhores universidades do mundo! E tem sede aqui em Camberra, capital da Austrália.

Na abertura do evento, o professor John Minns, diretor do centro latino-americano, ao dar boas-vindas ao público presente, lembrou ser aquele o primeiro seminário exclusivamente dedicado a Paulo Freire na Austrália.

Em seguida, convidou Pedrinho Guareschi, palestrante principal do Seminário, a fazer sua apresentação.

A plateia pode então conhecer, pelas palavras de Pedrinho, um pouco da obra e da vida de Freire, esse brasileiro de fé e valor, que sempre acreditou na educação, sobretudo dos menos favorecidos, analfabetos, como força libertadora.

Como não podia deixar de ser, os conceitos e ideias revolucionários de Paulo Freire, expostos com clareza por Pedrinho, despertaram o interesse e a curiosidade de plateia. A qual, deve-se notar, era na maioria de estudantes, mas de várias nacionalidades, sobretudo australianos e asiáticos.

Na continuação do programa do seminário, que se estendeu por dois dias, outros professores fizeram palestras sobre temas ligados à obra de Paulo Freire.

Interessante, por exemplo, saber que a professora Anne Hickling-Hudson, jamaicana que mora na Austrália há muitos anos (é professora da ANU), conheceu e trabalhou com Freire num workshop educacional durante a revolução na Ilha de Granada, em 1980, antes da invasão dos Estados Unidos...

Ou, então, a palestra da Professora Gerda Roelvink, da Nova Zelândia, que participou do Fórum Social de Porto Alegre em 2005. E essa participação transformou-se em tema de doutorado.

No dia 10, terça-feira passada, o padre Pedrinho Guareschi voltou a falar ao público australiano em grande auditório localizado no belíssimo campus da ANU. Desta vez, sobre a Teologia da Libertação.

Depois da palestra, John Minns mostrou o filme mexicano "O Crime do Padre Amaro", no qual um dos personagens é um padre católico praticante da Teologia da Libertação.

Mais uma vez, foi grande o intersse da platéia, que pode aprender e conhecer um pouco como se desenvolveu aquele importante movimento católico na América Latina.

Fica, assim, ao Pedrinho, bem como a outros brasileiros estudiosos e de bom coração que saem pelo mundo a divulgar aspectos importantes da cultura brasileira, o respeito e a homenagem desta coluna. E... aquele abraço!

16:57
Anónimo disse...
Amanda Kitts perdeu o braço esquerdo em um acidente de automóvel acontecido três anos atrás, mas hoje em dia ela joga futebol americano com seu filho de 12 anos de idade, troca fraldas e abraça as crianças nas três creches Kiddie Cottage que opera em Knoxville, Tennessee. Kitts, 40 anos, faz tudo isso com a ajuda de um novo tipo de braço artificial que se movimenta com mais facilidade do que outros aparelhos e que ela pode controlar utilizando apenas seus pensamentos.

"Eu sou capaz de mexer a mão, o pulso e o cotovelo ao mesmo tempo", diz. "Você pensa e os músculos se movem em seguida".

A recuperação que ela conseguiu resulta de um novo procedimento que vem atraindo crescente atenção porque permite que pessoas movam braços protéticos de forma mais automática do que faziam no passado, simplesmente utilizando nervos reaproveitados em seus cérebros.

A técnica, conhecida como "renervação muscular dirigida", envolve utilizar os nervos que restam depois da amputação de um braço e conectá-los a outro músculo do corpo, em geral no peito. Eletrodos são instalados sobre os músculos do peito, e operam como se fossem antenas. Quando a pessoa deseja mover o braço, o cérebro envia sinais que primeiro resultam em contração dos músculos do peito, os quais enviam um sinal ao braço protético, instruindo-se a se movimentar. O processo não requer mais esforços consciente do que a pessoa teria de exercitar caso ainda tivesse seu braço natural.

Na terça-feira, pesquisadores reportaram em estudo publicado pela versão online do Journal of the American Medical Association que haviam levado a técnica ainda mais à frente, tornando possível a execução de 10 movimentos de mão, pulso e cotovelo diferentes, o que representa uma substancial melhora com relação ao típico repertório protético, que em geral envolve apenas dobrar o cotovelo, girar o pulso e abrir a mão.

"Os novos métodos tiveram impacto dramático em nosso campo de trabalho", disse Stuart Harshbarger, engenheiro biomédico na Universidade Johns Hopkins e diretor do programa de pesquisa sobre próteses, financiado pelas forças armadas, que inclui o trabalho com essa técnica. "O método já está em uso por médicos e cirurgiões comuns em todo o país. A capacidade de controlar um membro protético bastante robusto que ele confere surpreendeu a todos pela qualidade".

Tipicamente, uma pessoa que tenha um braço protético só é capaz de executar alguns poucos movimentos, e muitas vezes com tamanha lentidão que isso só permite a ela atividades limitadas.

Há um motor separado para cada movimento, diz Gerald Loeb, professor de engenharia biomédica na Universidade do Sul da Califórnia, "e esses motores precisam ser controlados de maneira explícita", usualmente por um esforço consciente da pessoa para contrair músculos nas costas ou no bíceps.

"Essencialmente, até agora os pacientes controlavam apenas um motor de cada vez", diz Loeb, "e precisavam pensar cuidadosamente sobre que motor desejavam controlar e como fazê-lo operar, em lugar de simplesmente pensarem em mover o braço e poderem fazê-lo sem delongas".

Antes que Kitts passasse pelo procedimento de renervação, em outubro de 2007, por exemplo, ela precisava movimentar os músculos de suas costas de determinada maneira para fazer com que seu pulso girasse, e flexionar seu bíceps e tríceps para fazer com que o cotovelo se movesse para cima e para baixo. "Era muito trabalho", ela conta. "E não me ajudava muito".

O procedimento de renervação é parte de uma recente explosão de idéias novas e técnicas inovadoras que estão sendo exploradas enquanto os cientistas se esforçam por ajudar as pessoas a compensar melhor a perda de membros ou problemas de paralisia. O esforço vem sendo alimentado pelo aumento no número de amputações causado por diabetes e por ferimentos sofridos pelos militares, e ao mesmo tempo pelos avanços na tecnologia médica.

Os braços se tornaram um dos focos essenciais desse tipo de trabalho. A ciência há muito vem obtendo sucessos no desenvolvimento de próteses de perna, mas é muito mais difícil imitar a complexidade e a destreza das mãos e dos braços.

Os esforços em curso incluem o desenvolvimento de projetos de pele e braços mais sensíveis e mais flexíveis, e o uso de dispositivos acionados por controles sem fio implantado nos braços protéticos, que permitiriam movimentos mais naturais.

Os pesquisadores também vêm usando sensores implantados nos cérebros de cobaias para permitir que dois macacos controlem um braço mecânico, e um teste com um homem paralítico permitiu, com esse método, que ele movimentasse um cursor em uma tela de computador.

Alguns desses métodos, caso venham a ser aperfeiçoados plenamente e consigam aprovação das autoridades regulatórias da saúde, podem no futuro se tornar mais viáveis para os pacientes de amputações.

E embora a técnica da renervação não requeira aprovação das autoridades regulatórias porque é executada por meios cirúrgicos e emprega aparelhos já existentes, ela apresenta limitações que até mesmo seus criadores reconhecem, entre as quais o fato de que não se pode utilizá-la para todos os pacientes, o seu alto custo e o prazo de meses requerido para que os nervos reconectados cresçam e se tornem efetivos.

Ainda assim, os especialistas dizem que é o mais avançado sistema em uso hoje para pacientes reais que permite que o sistema nervoso controle diretamente o movimento de um braço artificial.

Desde sua introdução por Todd Kuiken, médico fisioterapeuta e engenheiro biomédico do Instituto de Reabilitação de Chicago, o método foi empregado em cerca de 30 pacientes nos Estados Unidos, Canadá e Europa, entre os quais oito soldados feridos no Iraque e no Afeganistão.

Muitos dos pacientes, entre os quais o primeiro, Jesse Sullivan, um operário do setor elétrico no Tennessee que perdeu os dois braços quando foi eletrocutado por um cabo, conseguem não apenas manipular seus braços protéticos mas sentir a presença das mãos que já não têm quando alguém toca em seus peitos.

Sullivan, 62 anos, e Kitts, estavam entre os cinco pacientes que participaram do estudo reportado na terça-feira. Em companhia de cinco outras pessoas que não passaram por amputações, eles receberam os eletrodos e foram instruídos a usar pensamentos para fazer com que um braço virtual na tela reproduzisse 10 movimentos diferentes, entre os quais três formas diferentes de aperto de mão.

Os pacientes apresentaram desempenho bastante respeitável, apenas um pouco mais lento e menos preciso do que os dos participantes que não tinham amputações.

"As velocidades de movimento que encontramos em nossos pacientes foram realmente encorajadoras", disse Kuiken. "Eles conseguiram completar a tarefa. É claro que não foram tão competentes quanto as pessoas dotadas de plena capacidade física, mas foram bons o bastante".

Um braço virtual foi usado porque a maioria das próteses existentes não era capaz de acomodar todos aqueles movimentos, no momento da pesquisa, ainda que Sullivan, Kitts e uma terceira paciente, Claudia Mitchell, tenham experimentado dois novos protótipos mais versáteis de braços artificiais, executando tarefas complexas com bolas de tênis e outros objetos.

O trabalho de renervação em soldados apresenta outros desafios, diz Kuiken, porque os ferimentos militares muitas vezes "causam danos muitos extensos" a nervos, músculos ou ossos.

Daniel Acosta, 25 anos, um aviador ferido pela detonação de uma bomba em uma estrada do Iraque em 2005, passou pelo procedimento no ano passado e diz que seu braço esquerdo protético agora se movimenta "muito mais rápido" e de maneira muito mais natural.

"A diferença é que agora não preciso mais pensar para mover o braço", ele diz. "Ele simplesmente se mexe".

Ainda assim, Acosta, de San Antonio, diz que "o processo foi bastante longo" e que os eletrodos precisam ser ajustados para receber os sinais à medida que os nervos crescem ou mudam de posição.

E embora elogiem o método, os especialistas afirmam que a ciência das próteses de braço ainda tem muito por avançar.

"Trata-se de uma parte crucial, mas ainda assim apenas uma parte, das muitas coisas que compreendem a função normal de um braço", disse Loeb, que escreveu um editorial que acompanha o artigo no Journal of the American Medical Association.

"No momento estamos a meio do caminho entre o braço de 'Dr. Fantástico', que fazia involuntariamente a saudação nazista, e o braço de Luke Skywalker em 'Guerra nas Estrelas', que funciona sem nenhum problema assim que é conectado. Creio que precisaremos ainda de muitos anos para conectar todas as peças necessárias a produzir um braço capaz de funcionar normalmente".

17:04
Anónimo disse...
A Espanha disse neste sábado que está preparando uma reclamação oficial contra a decisão da Venezuela de expulsar um membro do Parlamento Europeu que criticou o conselho eleitoral venezuelano.
Luis Herrero, membro do partido conservador espanhol PP, foi deportado na sexta-feira depois que o Conselho Nacional Eleitoral (CNE) o acusou de questionar a imparcialidade da instituição antes de um referendo que pode permitir ao presidente Hugo Chávez permanecer no cargo indefinidamente.

Herrero estava na Venezuela como observador do referendo. Ele acusou Chávez de ter "comportamentos típicos de um ditador" por pedir a contenção de manifestações da oposição.

O governo da Espanha convocou um encontro com o embaixador da Venezuela em Madri para expressar a desaprovação sobre a expulsão de Herrero, disse um representante do Ministério das Relações Exteriores espanhol.

As relações da Venezuela com a Espanha tiveram seu ponto crítico em 2007, quando Chávez ameaçou rever acordos diplomáticos e comerciais depois de ouvir um "cala a boca" do rei espanhol Juan Carlos durante uma cúpula.

A fenda foi oficialmente reparada em 2008, com uma visita oficial de Chávez à Espanha, onde ele cumprimentou o rei e discutiu acordos para investimento no setor petroquímico com o primeiro-ministro José Luis Rodriguez Zapatero.

17:06
Anónimo disse...
A polícia do Zimbábue anunciou neste sábado que acusa de traição Roy Bennett, dirigente do até agora opositor Movimento para a Mudança Democrática (MDC), detido na sexta-feira, em Harare, poucas horas antes da cerimônia de posse dos membros do novo gabinete.

"A Polícia nos informou que vão apresentar acusações de traição", disse à agência EFE o advogado de defesa de Bennett, Trust Maanda.

"Tentam relacionar Roy com o caso de Mike Hitschmann, que foi detido em 2006 em relação à descoberta de um carregamento de armas, apesar de que Hitschmann não tenha sido declarado culpado das acusações de traição apresentadas contra ele, mas de um crime menor de descumprimento de leis", disse Maanda.

O político opositor, designado por seu partido como vice-ministro de Agricultura no Governo de união nacional, esteve no exílio na vizinha África do Sul desde 2006 e retornou ao Zimbábue há duas semanas.

Segundo a Polícia, que deteve Bennett ontem no aeroporto de Harare quando pretendia ir à África do Sul para visitar sua família, as armas apreendidas em 2006 seriam utilizadas em um golpe de Estado para derrubar o presidente do Zimbábue, Robert Mugabe.

Depois da detenção, Bennet foi levado a Mutar, onde vários simpatizantes do MDC se concentraram em frente à delegacia na qual estava detido, diante do que a Polícia respondeu com tiros para o alto para dispersar os manifestantes.

17:07
Anónimo disse...
Austrália: 14 mil se candidatam a 'emprego dos sonhos'

A secretaria de Turismo de Queensland, na Austrália, informou que até esta segunda-feira já recebeu cerca de 14 mil inscrições para o "o melhor emprego do mundo". O Estado australiano promove pela internet seleção para vaga de "zelador" da ilha Hamilton, por seis meses com um salário de R$ 40 mil.

Muitos candidatos tiveram problemas durante a inscrição por conta dos acessos simultâneos ao site. A secretaria aconselha enviar os vídeos de 60s explicando porque deve ser escolhido em horários alternativos do dia, além de recomendar tamanho em torno de 40MB.

As inscrições começaram em 12 de janeiro e vão até o próximo dia 22 e podem ser feitas pelo site www.islandreefjob.com. O governo australiano escolherá 50 candidatos para a próxima fase da seleção, que terá votos do público para eleger um dos 11 finalistas.

A última fase terá entrevistas e desafios físicos, no próprio local de trabalho: as ilhas da Grande Barreira Coralina - o maior recife de coral do mundo. A secretaria de Turismo anunciará o vencedor no dia 6 de maio.

17:09
Anónimo disse...
Mercado elogia governo na crise, mas pede maior queda no juro

Peter Fussy
Direto de São Paulo

Desde as primeiras medidas anunciadas para combater os efeitos da crise, o governo brasileiro avisou que a estratégia não contemplaria um pacote. Seriam doses pontuais, de acordo com a necessidade da economia diante do agravamento das turbulências. Da primeira liberação dos depósitos compulsórios em setembro até a ampliação do seguro-desemprego na última quarta-feira, o governo passou por redução de impostos, ampliação de crédito e incentivos à exportação. Quase 150 dias após a primeira medida, o Terra conversou com líderes do setor público e privado, representantes dos trabalhadores, acadêmicos e com o próprio governo para saber quais destas ações foram mais eficazes, quais foram mais ineficientes e o que mais pode ser feito pelo Estado brasileiro contra a crise.

Os maiores elogios foram direcionados à atitude de reduzir o Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) para a indústria automobilística, anunciada em dezembro e que fez com que os emplacamentos de carros novos subissem 1,9% no primeiro mês do ano em relação a dezembro de 2008. Já as maiores críticas foram para a lentidão no corte da taxa básica de juro do País.

Para o presidente do conselho administrativo do Grupo Pão de Açúcar, Abílio Diniz, o Estado não é responsável pela crise e mesmo assim está agindo "com extrema serenidade e muito acerto". "O governo está atento, fazendo a sua parte. É preciso coragem de baixar firmemente a taxa de juros. É uma arma que temos a nosso favor, já que não há clima para inflação, nem possibilidade de danos para a macroeconomia", afirmou Diniz.

Na última reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), em janeiro, a taxa Selic foi reduzida em um ponto percentual, de 13,75% para 12,75% ao ano. Porém, o professor de economia da Universidade de Brasília (UnB) José Luiz Oreiro lembra que este corte representa uma redução de apenas 0,25 ponto percentual com relação à taxa de setembro do ano passado, quando a crise se agravou.

"Pouco antes da eclosão da crise, o Banco Central aumentou a taxa em 0,75 ponto. Foram cinco meses de demora para reduzir em termos líquidos apenas 0,25 ponto", afirmou o economista, que também sugeriu redução do intervalo de cerca de 90 dias entre as reuniões do Copom e o corte de pelo menos um 1 ponto percentual em cada reunião.

Mesmo com o corte de janeiro, a taxa de juros real continua sendo a maior do mundo, lembrou o secretário-geral da Força Sindical, João Carlos Gonçalves, o Juruna. "A redução da taxa de juro ainda é pequena, porque ela continua uma das mais altas do mundo. Falta ousadia para baixar os juros e ajudar o cidadão. A permanência da taxa de juro alta é negativa para o País em meio a crise", afirmou Juruna.

Embora aprove as ações do governo, o senador Aloízio Mercadante (PT-SP) também acredita que o patamar da Selic está muito alto. "Sempre fomos os primeiros a entrar em qualquer crise, o que não aconteceu agora. A taxa Selic ainda é muito alta, mas o governo têm tomado medidas acertadas, como o aumento do salário mínimo, mesmo com um cenário de crise. Isso ajuda a movimentar o consumo. O governo está se esforçando para manter os investimentos e o crescimento", disse.

Tributos
De acordo com o economista Fabio Pina, da Fecomercio-SP, as ações mais positivas estão relacionadas à redução de tributos para alguns segmentos, como a indústria automobilística, que recuperou parte da queda nas vendas em janeiro com a isenção do IPI para carros 1.0 l e o corte para demais motorizações. A medida vale até o final de março.

"Essas medidas não só reduziram o preço, mas anteciparam o consumo daqueles que iriam comprar no futuro, dando um prêmio por conta da insegurança. Mexe diretamente com o principal problema que é a confiança do consumidor", afirmou. Juruna destacou que um bom ritmo de vendas é garantia de emprego. "É importante porque cada emprego na montadora significa 19 na cadeia produtiva", comentou o representante da Força Sindical.

Também em dezembro, o governo decidiu cortar pela metade a alíquota do Imposto de Renda para contribuintes que ganham entre R$ 1.434 e R$ 2.150 mensais. "O salário aumentava e a tabela não se modificava. As pessoas ganhavam mais e pagavam mais impostos", apontou Juruna. Outra redução de tributos do governo foi com relação ao Imposto sobre Operações Financeiras (IOF), que caiu de 3% ao ano para 1,5%.

Crédito
Na segunda metade de 2008, o colapso de bancos nos Estados Unidos por conta da crise do subprime provocou uma forte restrição de crédito no mundo inteiro. Uma das primeiras medidas anticrise do governo teve como objetivo restabelecer a oferta, com mudanças no recolhimento dos depósitos compulsórios por parte dos bancos. Segundo o presidente do Banco Central, Henrique Meirelles, as diversas modificações liberaram US$ 99,2 bilhões aos bancos até o final de janeiro.

Além disso, o governo concedeu R$ 36 bilhões das reservas internacionais para empresas brasileiras com dívidas no exterior e uma medida provisória autorizou o Banco do Brasil e a Caixa Econômica Federal a comprar carteiras de crédito de bancos privados. Para o diretor do Departamento de Pesquisas e Estudos Econômicos da Fiesp, Paulo Francini, estas medidas foram essenciais para combater os efeitos da crise.

"A crise se desenvolve no mundo em torno do tema crédito. E o crédito reduziu-se barbaridade no mundo. Então o governo lança mão de compulsório, lança mão de reservas, de medidas que permitem aos bancos comprar carteiras de bancos. Você vai tomando várias medidas para atender às demandas e o epicentro disso é crédito", afirmou.

No entanto, Oreiro, da UnB, adverte que a liberação dos compulsórios seria mais eficiente acompanhada de redução mais agressiva da taxa básica de juro. "Uma parte do crédito voltou, depois da forte retração em outubro e novembro. O que deveria ter sido feito junto à liberação do compulsório era uma redução mais drástica da taxa de juro. Sem isso, os bancos pegam as reservas e acabam comprando títulos públicos", explicou o economista.

Na opinião de Pina, as ações de distribuição de crédito via redução do compulsório e a disposição de capital de giro para empresas foram tomadas sem um cuidado maior na operação e não tiveram muito efeito. "O BNDES tem linhas que ficam paradas quase todo o ano, agora é pior ainda. Existem os recursos, mas as empresas e os bancos estão desconfiados. É preciso fazer com que os bancos tenham interesse em emprestar", afirmou o economista da Fecomercio-SP.

Futuro
Mesmo com todas essas medidas, a crise financeira ainda gera incertezas nos setores produtivos do País. Nos últimos meses, o medo do desemprego fez os consumidores adiarem compras. Por sua vez, a queda nas vendas pode obrigar as indústrias a cortarem a produção e demitir funcionários. Contra isso, empresários sugerem redução de jornada e de salários.

"Isto está previsto em lei. A Fiesp simplesmente manteve conversações com entidades sindicais quanto à aplicação daquilo que já está previsto em lei", afirmou Francini.

Segundo a ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff, uma das medidas que assegura um nível de emprego é a manutenção de investimentos no Programa de Aceleração do Crescimento (PAC). "Estamos esperando que a dificuldade ocorra em janeiro, fevereiro e março. Estamos certos que vamos manter o nível de investimento. É isso que funciona, é isso que significa investimento público. Ele funciona como um colchão. Por isso, nós colocamos R$ 100 bilhões no BNDES e a Petrobras ampliou o seu investimento em R$ 120 bilhões", afirmou.

Na mesma linha, Pina explica que a antecipação de gastos do governo substitui parte da demanda retraída do setor privado. "Ele dá o seguinte recado: não vou estourar as contas públicas, mas concentrar em um momento em que a demanda privada está pequena. Mas o governo não tem fôlego suficiente para fazer o papel de toda demanda", ressaltou. O economista da Fecomercio lembrou que a entidade já pleiteou junto ao governo isenções para transferência de imóveis e de automóveis, além de retirar o IPVA para veículos novos.

Já Oreiro foca suas propostas na capitalização do Banco do Brasil e da Caixa Econômica Federal pelo Tesouro para atender a demanda de crédito para capital de giro e reduzir o spread. "Aumentando o empréstimo e reduzindo as taxas, os dois vão forçar os bancos privados a acompanhar o movimento, até para não perderem participação no mercado", explicou o economista da UnB.

Até o Carnaval, o governou prometeu detalhar um pacote de incentivos para a construção de até um milhão de casas populares, direcionado a famílias com renda de até dez salários mínimos. "Estamos atentos a tudo o que está acontecendo e novas medidas serão tomadas caso haja uma avaliação de que sejam necessárias", disse o ministro da Fazenda, Guido Mantega, na última sexta-feira.

17:11
Anónimo disse...
Ex-ministro critica extensão do seguro-desemprego

Atualizada às 09h03

O ex-ministro do Trabalho Almir Pazzianotto criticou a decisão do governo federal de conceder o seguro-desemprego estendido a apenas alguns setores. "É certamente odioso e provavelmente inconstitucional", disse Pazzianotto, de acordo com o jornal O Estado de S. Paulo.

Na última qurta, dia do anúncio da medida, centrais sindicais elogiaram a atitude do governo. A Força Sindical divulgou nota dizendo que "o aumento ajudará a aquecer parte da economia, já que irá gerar mais consumo, produção e conseqüentemente, a criação de novos postos de trabalho". A União Geral dos Trabalhadores (UGT) afirmou que a medida "contribuirá para minimizar o drama dos trabalhadores que perderem seu emprego por conta da crise".

O ex-ministro, que instituiu o seguro-desemprego no País no governo de José Sarney, destacou a necessidade de as centrais sindicais se manifestarem contra a determinação. Para ele, as mudanças devem ser aplicadas a todas as categorias profissionais e a distinção é contrária ao artigo 3º da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT).

Pazzianotto atribui a medida a um possível temor do governo de que a crise econômica seja longa e não haja dinheiro para atender a todas as necessidades. Ainda assim, ele se mostra contrário ao método de concessão. "O seguro-desemprego ajuda a sanar necessidades básicas. Estendê-lo é paliativo, não a solução", disse ao jornal.

De acordo com o presidente do Conselho Deliberativo do Fundo de Amparo ao Trabalhador (Codefat) e conselheiro da Força Sindical, Luiz Fernando Emediato, a determinação já estava prevista na lei 8.900/94, que trata do seguro-desemprego.

O presidente da Comissão de Trabalho da Câmara, Pedro Fernandes (PTB-MA) vai além na crítica à concessão do seguro para apenas alguns setores. Ele acredita que a ampliação do benefício estimula o desemprego.

Quintino Severo, secretário geral da Central Única dos Trabalhadores (CUT), lembra que a ampliação do benefício sem critério e identificação pode incentivar demissões em outros setores.

17:13
Anónimo disse...
Empresas
TAM faz promoção para destinos internacionais

A companhia aérea TAM anunciou nesta sexta-feira tarifas promocionais para trechos internacionais. Os preços valem para bilhetes comprados entre 6h deste sábado e 23h59 deste domingo e são válidos para classe econômica. As tarifas, para ida e volta, serão vendidas a partir de US$ 99, mais taxas.

Segundo a aérea, a promoção vale para viagens feitas no período de 14 de fevereiro a 18 de junho de 2009. Para destinos na América do Sul, a permanência mínima é de dois dias; para bilhetes com destino nos Estados Unidos, cinco dias; e Europa, sete dias. A permanência máxima para as passagens para América do Sul e EUA é de dois meses e para Europa, três meses.

Entre os exemplos de tarifas promocionais, a TAM oferece São Paulo-Lima por US$ 99. Bilhetes para a rota São Paulo-Santiago serão vendidos a partir de US$ 199 e São Paulo-Nova York, US$ 799.

A emissão dos bilhetes deve ser feita obrigatoriamente no ato da reserva, obedecendo às regras estipuladas pela companhia. A compra está sujeita à disponibilidade de assentos nas classes tarifárias determinadas, trechos, horários e datas. A TAM afirmou que também há tarifas promocionais para a classe executiva.

Mais informações podem ser encontradas no site promocional (www.ofertastam.com.br), no site da empresa (www.tam.com.br) ou pelos telefones 4002-5700 ou 0800 5705700.

17:13
Anónimo disse...
Empresas
Consultoria negocia compra do parque temático Hopi Hari

A consultoria especializada em reestruturação de empresas Íntegra Associados informou nesta sexta-feira ter um acordo para comprar o parque de diversões Hopi Hari, localizado no interior de São Paulo. A empresa estaria disposta a investir R$ 10 milhões no parque, que tem dívida estimada em R$ 800 milhões. As informações são da edição deste sábado do jornal Folha de S. Paulo.

De acordo com o jornal, a transação ainda depende da negociação entre o Hopi Hari e seus credores, o que já estaria em andamento.

A consultoria paulista já atuou junto à Parmalat, durante 30 meses, quando reorganizou a gestão da empresa italiana.

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17:14
Anónimo disse...
Empresas
Disney de Tóquio contratará mais 2 mil apesar da crise


A Oriental Land, o operador da Disneylândia Tóquio e DisneySea, organizou neste domingo entrevistas para contratar cerca de 2 mil trabalhadores em tempo parcial, em um momento de grandes demissões deste tipo de empregados no Japão.

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O operador deste parque temático, situado em Urayasu, na província de Chiba (leste de Tóquio), está em pleno processo de seleção de empregados para 20 tipos de postos trabalhistas diferentes.

Segundo a companhia, citada pela agência local de notícias Kyodo, o parque contratará novos trabalhadores para as atrações, para os restaurantes e guardas de segurança entre outros. Os novos contratados começarão a trabalhar a partir de fevereiro.

O processo de seleção acontece em um momento em que a maioria das grandes companhias japonesas começaram a se ver obrigadas a despedir uma elevada percentagem de seus trabalhadores temporários e a tempo parcial.

Algumas inclusive anunciaram demissões de seus trabalhadores fixos, uma medida muito pouco comum nas companhias japonesas, perante os efeitos piores que o esperado pela crise econômica global.

Cerca de uma centena de pessoas esperavam desde a primeira hora desta manhã a abertura do centro de conferências Tokyo International Forum, onde as entrevistas estão sendo feitas, para ser os primeiros a solicitar os postos de trabalho.


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17:15
Anónimo disse...
Economia Internacional
Senado dos EUA aprova plano de estímulo à economia

O Senado dos Estados Unidos aprovou com 60 votos a favor e 38 contra o plano de estímulo à economia de US$ 787 bilhões na madrugada deste sábado. Agora, ele segue para sanção ou veto do presidente Barack Obama, que espera colocar a lei em prática até o dia 16 de fevereiro.

O plano prevê a criação de três milhões de empregos, inclui cortes de impostos às famílias, fundos para programas sociais e obras públicas, além de ajuda aos governos estaduais, estudantes e desempregados.

A cláusula Buy American - que exige o uso de ferro, aço e produtos manufaturados dos Estados Unidos em obras realizadas com recursos do pacote - ficou de lado. Segundo o texto definitivo, a cláusula será aplicada sem violar as normas do comércio internacional.

Ontem à tarde, a Câmara de Representantes (deputados) havia aprovado, por 246 votos a favor e 183 contra, a versão final do plano. Todos os republicanos foram contrários ao pacote.

Pelo acordo de quarta-feira entre Câmara e Senado, em vez de custar US$ 819 bilhões, como queriam os deputados, ou US$ 838 bilhões como pretendiam os senadores, o pacote ficou em cerca de US$ 787 bilhões, com 65% desse total destinado a gastos do governo federal e 35%, a créditos tributários.

17:16
Anónimo disse...
Economia nacional
Na era Lula, aposentadoria sobe 54% menos que salário mínimo

Thatiane Faria
Especial para o Terra
Direto de São Paulo

Os índices de reajustes concedidos pelo governo em 2009 para aposentados e pensionistas e para o salário mínimo repetiram uma diferença que, só durante o governo de Luiz Inácio Lula da Silva, já chega a 54%. Enquanto o mínimo foi majorado em 12% este ano, as pensões e aposentadorias tiveram aumento de 5,92%. Aposentados que têm o benefício do governo como única fonte de renda reclamam que perdem poder de compra e que sua cesta de compras é composta por itens que aumentam mais em relação à inflação oficial.

Um exemplo prático pode ser entendido a partir da comparação entre um aposentado que ganhava R$ 600 em janeiro de 2003. Na época, o benefício era três vezes, ou 200%, maior que o valor do mínimo em vigência, que era de R$ 200. Aplicando-se os índices de reajuste para aposentadorias e para o mínimo durante os últimos seis anos, o mesmo aposentado estaria recebendo hoje R$ 938,47, comparado a um salário mínimo de R$ 465. A diferença entre os dois valores caiu para pouco mais de 100%.

Enquanto o índice acumulado de reajuste para a aposentadoria durante o governo Lula foi de 60%, para o salário mínimo está em 132%.

O diretor do Sindicato Nacional dos Aposentados, João Inocentini, reclama que os valores dos benefícios para aposentadorias não mantêm o poder de compra do grupo, principalmente dos aposentados que recebem menos que dez salários mínimos.

Nem mesmo o fato de o índice de reajuste das aposentadorias ter ficado acima da inflação acumulada no mesmo período (o IPCA entre janeiro de 2003 e janeiro de 2009 foi de 39,7%) serve de argumento, segundo os aposentados.

"Os idosos, principalmente, têm gastos além das contas gerais como gás, telefone e aluguel. Para eles o custo com remédios, e outros itens da área saúde costuma ser maior", afirmou Inocentini.

O presidente do sindicato afirmou que o grupo realiza um estudo com 100 itens de necessidade de um idoso para comparar o aumento dos produtos com o índice de reajuste do benefício recebido pelos aposentados.

"Daqui dois meses vamos abrir um processo na Justiça e levar essa pesquisa como prova. Segundo a lei, o governo é obrigado a manter o poder de compra com a aposentadoria", disse Inocentini.

Alternativas
O consultor financeiro Cláudio Boriola diz que os aposentados, especialmente nesse momento de crise econômica, devem evitar compras parceladas, pesquisar preços, negociar e fazer bom planejamento financeiro.

Segundo Boriola, alguns aposentados ganham um valor mensal muitas vezes insuficiente para o pagamento das contas e acabam pedindo crédito ou realizando pagamentos a prazo e são obrigados a pagar juros altos.

Na opinião do consultor, pagar uma previdência privada é uma alternativa indicada para quem ainda trabalha, considerando a característica de perda de poder de compra da aposentadoria.

"Na prática, infelizmente os valores encontram-se em um patamar que está deteriorando o poder de aquisição da população brasileira", completou Boriola.

De acordo com o diretor da Confederação Brasileira de Aposentados e Pensionistas (Cobap), Vicente Fernandes Barbosa, representantes dos aposentados tentarão um encontro com o presidente da Câmara, deputado Michel Temer (PMDB-SP), para discutir projetos que minimizem a perda dos aposentados

17:17
Anónimo disse...
Previdência
Previdência prorroga isenção de tarifas no benefício

O atual sistema de pagamento aos 26 milhões de aposentados e pensionistas do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) será mantido até o final deste ano. O acordo, que permite realizar a operação sem nenhum custo aos beneficiários, foi renovado nesta sexta-feira, entre o governo federal e 21 instituições financeiras.

Por meio desse acordo, vigente desde setembro de 2007, nem os segurados, nem os bancos e nem o governo arcam com o pagamento de tarifas, conforme explicou o ministro da Previdência Social, José Pimentel. A prorrogação vale até dezembro, data máxima para que a Previdência defina as regras para um novo contrato.

Ao assinar o termo de renovação, na sede da Federação Brasileira dos Bancos (Febraban), o ministro disse que a intenção do governo é mudar o atual modelo de gestão visando a reduzir os custos dessas operações em torno da folha mensal, que atinge R$ 15,8 bilhões. No entanto, qualquer alteração, conforme explicou, passará antes por audiências públicas a serem realizadas a partir do segundo semestre deste ano, atendendo a determinação do Tribunal de Contas da União (TCU).

De acordo com Pimentel, com um redesenho do mecanismo de repasse dos recursos aos bancos em torno da folha de pagamento dos segurados o que se busca é um aumento da participação de instituições financeiras. Ele informou que, desde 2007, cada benefício custa em média R$ 1,07 ao governo. "Quanto mais instituições financeiras estiverem prestando serviços à sociedade, maior é a competitividade, a agilidade no atendimento", justificou.

O ministro observou, ainda, que, para permitir uma redução para algo em torno de meia hora no tempo de atendimento para a concessão dos direitos previdenciários, o governo investiu R$ 280 milhões.

Questionado sobre o descontentamento dos segurados que ganham acima de um salário mínimo terem obtido apenas a correção com base na variação do Índice de Preços ao Consumidor (INPC) , ficando abaixo do reajuste dado a quem recebe apenas o mínimo, Pimentel argumentou que o governo seguiu o que determina a lei e descartou a possibilidade de uma revisão

17:17
Anónimo disse...
Empresas
Caterpillar oferece aposentadoria antecipada a 2 mil


A companhia americana Caterpillar ofereceu a cerca de dois mil funcionários incentivos para que se aposentem de forma voluntária antes do previsto, pela perspectiva de uma queda "significativa" da atividade industrial, informou nesta quarta-feira a empresa.

A iniciativa, destinada aos trabalhadores de diversas fábricas em Illinois, Colorado, Tennessee e Pensilvânia, se soma aos cortes de empregos anunciados em janeiro, explicou em comunicado de imprensa.

A empresa, a maior fabricante mundial de maquinaria pesada para a construção e a mineração, acrescentou que, "em função das condições de negócio, podem ser necessárias mais reduções de elenco voluntárias e involuntárias à medida que o ano avança".

O vice-presidente da companhia, Sid Banwart, explicou que a empresa prevê "demissões significativas em todas as regiões geográficas e na maioria dos setores devido às dificuldades da economia mundial".

17:18
Anónimo disse...
Comércio
Comércio exterior da OCDE caiu no 3º trimestre de 2008


As exportações e as importações dos países da Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Econômico (OCDE) caíram 1,6% e 0,2%, respectivamente, no terceiro trimestre de 2008, em relação aos três meses anteriores.

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Trata-se da primeira queda destas atividades desde o terceiro trimestre de 2006, segundo o último relatório trimestral sobre fluxos comerciais divulgado pela OCDE.

As exportações e as importações em dólares dos 30 Estados-membros caíram 15,6% e 17%, respectivamente, na comparação anualizada.

Por sua vez, o comércio dos sete países mais ricos do mundo (G7) teve um pequeno crescimento no terceiro trimestre de 2008 com uma queda das exportações de mercadorias de 0,2% em relação ao trimestre anterior e um aumento de 0,4% das importações.

Em termos anualizados, as importações do G7 caíram 1,4% entre julho e setembro do ano passado, seu primeiro retrocesso desde o terceiro trimestre de 2006, enquanto as exportações aumentaram 1,9%, seu crescimento mais baixo no mesmo tempo.

Por países, a Alemanha aumentou suas importações em 3,4% - valor mais alto do G7 -, enquanto suas exportações caíram 2,9% do segundo para o terceiro trimestre de 2008.

Pelo contrário, as exportações americanas aumentaram 1,8% entre julho e setembro de 2008, enquanto as importações caíram 0,7% em relação ao trimestre anterior. No Japão, tanto as importações quanto as exportações caíram em torno de 1% no mesmo período.

17:19
Anónimo disse...
Economia Nacional
Lula: juros de crédito consignado a aposentados são altos

Atualizada às 17h29

O presidente Luis Inácio Lula da Silva afirmou nesta terça-feira, em São Paulo, que está lutando para reduzir as taxas de juros cobradas de aposentados em crédito consignado. A Previdência Social estabelece uma taxa máxima de 2,5% para empréstimo e de 3,5% para cartão. Para Lula, os valores são altos.

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"Acho que o juro que os aposentados estão pagando hoje com o crédito consignado é alto para o padrão brasileiro", disse o presidente durante a cerimônia de comemoração dos 86 anos do INSS.

A Previdência anunciou nesta terça-feira que aposentados e trabalhadoras com licença-maternidade poderão receber seus benefícios em 30 minutos. De acordo com Lula, em junho, a aposentadoria do trabalhador rural também será conseguida em meia hora.

Além disso, o presidente anunciou que, também em junho, os trabalhadores que alcançarem o direito à aposentadoria passarão a receber em suas casas um comunicado da Previdência informando o fato e o valor do salário que têm direito a receber. "É um comprometimento público que estou fazendo com os companheiros da Previdência Social", disse.

"Estamos retribuindo ao contribuinte da Previdência Social aquilo que é a cidadania que ele tem direito", afirmou Lula. "Se para cobrar nós somos tão precisos, para devolver o dinheiro, temos que chegar próximo à perfeição", completou.

17:20
Anónimo disse...
Economia Nacional
Salário maternidade sairá em 30 minutos, diz ministro

Toda trabalhadora autônoma que tiver contribuído pelo menos 10 meses com o Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) - ou as que possuírem carteira assinada - poderão receber em 30 minutos o salário maternidade a partir desta terça-feira. Da mesma forma, as mulheres com 30 anos de contribuição e os homens com 35 anos também terão direito ao benefício de forma mais rápida. A informação é do ministro da Previdência Social, José Pimentel.

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Para requerer o salário maternidade, é preciso que as autônomas levem a carteira de identidade e o carnê de contribuição. As demais trabalhadoras devem apresentar a identificação e a carteira de trabalho. Desde o início do mês, a nova forma de análise para a concessão de benefícios foi adotada para a aposentadoria por idade do trabalhador urbano e agora foi estendida para o salário maternidade e por tempo de contribuição.

O ministro disse que a qualificação do serviço da previdência social é o reconhecimento do direito dos trabalhadores e da afirmação da cidadania.

"Até pouco tempo na cabeça do cidadão o serviço devia ser de péssima qualidade. Agora não, nós modificamos toda a legislação no mês de dezembro numa ação conjunta do Congresso Nacional com o governo federal. Estamos implantando e concedendo os benefícios em até 30 minutos", afirmou.

O ministro destacou que para conseguir se aposentar ou ter acesso à licença maternidade em 30 minutos, em primeiro lugar, é necessário que o cidadão esteja vinculado à Previdência, o que inclui 65% da população acima de 16 anos de idade.

"Depois bastar marcar pelo sistema 135 o dia e a hora do atendimento e levar a documentação. Se todos os dados necessários estiverem corretos o contribuinte será atendido em até 30 minutos, como vem sendo feito com as aposentadorias por idade desde o dia cinco de janeiro", explicou.

Pimentel disse ainda que em 90% das agências da previdência social o atendimento é marcado em até 48 horas. Nos grandes centros, entretanto existe um volume maior o que torna mais lento o processo.

"Estamos criando mais 715 agências até 2010, em todo o território nacional, para descentralizar o atendimento. Em 2008, atendemos 295 mil benefícios e aposentadorias por idade. Temos 4 mil pessoas por dia procurando e se aposentando por idade no território nacional. Este serviço será agilizado", concluiu.
17:27
Anónimo disse...
Giuseppe Englaro, pai de Eluana, a italiana que morreu na segunda-feira passada por desidratação, recusou uma grande soma de dinheiro de um conhecido fotógrafo italiano que queria retratar a filha em estado de coma, disse neste sábado o neurologista que atendia a mulher desde 1996, Carlo Defanti.

O neurologista, que participou hoje de uma conferência sobre eutanásia, disse que Englaro respeitou a vontade da filha, que, antes do acidente, tinha pedido que, se lhe ocorresse qualquer coisa irreversível, apresentasse sua imagem de quando estava em boas condições.

Antes de sofrer o acidente de trânsito, em 1992, Eluana viveu o coma de um amigo, Alessandro, o que causou forte impacto na italiana e a levou a fazer o pai prometer que não a deixasse viver em estado vegetativo, disse o próprio Giuseppe Englaro.

Defanti, que dissera que Eluana poderia viver de dez a 12 dias depois da suspensão da alimentação e da hidratação, disse que, como médico, tinha que reprovar esta afirmação.

"Não se pode sobreviver após três ou quatro dias sem líquido e, em particular, água em um corpo. Sabemos bem que, quando há um terremoto, após quatro dias é difícil encontrar sobreviventes".

Defanti ressaltou que Eluana "não falava, não se comunicava com o exterior" e que, após vários exames, "nos deparamos com uma moça que tinha perdido a consciência", porque estava com o córtex cerebral prejudicado.

Eluana foi enterrada na quinta-feira passada no túmulo da família na localidade de Paluzza, em Udine, após um funeral que não contou com a presença dos pais.

16:53
Anónimo disse...
Os bombeiros combatem neste sábado os incêndios na Austrália favorecidos pelo bom tempo, enquanto os deslocados encotram em seu retorno casas derruídas, carros queimados nas ruas e destruição.

Depois de sete dias desde que começaram os incêndios no Estado de Victoria, a lista de mortos chega a 181, os desaparecidos somam 50, os edifícios destruídos totalizam 1,834 mil e o terreno arrasado, principalmente florestas, ocupa uma área de 4,13 mil quilômetros quadrados.

As equipes de bombeiros, formadas por 4 mil profissionais de Victoria, de outras partes da Austrália e de países amigos, combateram hoje 12 focos fora de controle e nenhum representava uma ameaça direta para a população.

O subdiretor do Serviço de Bombeiros, Geoff Conway, disse que este tempo favorável, que se prolongará durante o domingo, permite consolidar as linhas de contenção e avançar na extinção das chamas.

Cinzas apareceram arrastadas por ventos do nordeste sobre Melbourne, onde habitam 3,8 milhões de pessoas, e as autoridades alertaram aos cidadãos do risco para a saúde de idosos, crianças e pessoas com problemas respiratórios.

O número de pessoas deslocadas - a Cruz Vermelha chegou a receber 7 mil - começou a cair com a abertura de algumas localidades atingidas.

Os incêndios, alguns criminosos, começaram em 7 de fevereiro, quando a região sul da Austrália estava há duas semanas sob uma onda de calor sem precedentes.

Na sexta-feira passada, a polícia acusou uma pessoa de ter provocado o incêndio que atingiu a localidade de Churchill e matou 21 pessoas.

16:55
Anónimo disse...
A primeira chuva em seis dias reduziu a ameaça de incêndios no Estado de Victoria, ao sul da Austrália. As autoridades, porém, advertiram que ainda existem 12 focos, mas que nenhum deles ameaça áreas povoadas.

Mais de quatro mil bombeiros, mil provenientes de outras partes do país e de outras nações, trabalham contra o fogo. Cerca de 600 veículos e 28 helicópteros e pequenos aviões estão sendo usados.


Eles conseguiram construir linhas de contenção para evitar os incêndios de Yarra e Maroondah se juntassem. Também foram controlados os incêndios abertos de Yea e Murrindindi, que ameaçavam as comunidades de Connellys Creek, Crystal Creek, Scrubby Creek e Native Dog Creek.

O número de mortos chegou a 181, mas as autoridades acreditam que as vítimas devem passar de 200, já que ainda há muitos desaparecidos.

16:55
Anónimo disse...
Aqui nesta coluna, na semana passada, tive a oportunidade de comentar sobre a recente visita do professor brasileiro Pedrinho Guareschi à Austrália. Não dei, porém, os fatos, pois semana passada o assunto era outro.

Hoje, porém, vamos a eles.

No último dia 4 de fevereiro, aconteceu o Seminário "Paulo Freire: Education and Liberation", organizado pelo centro de estudos latino-americanos da Universidade Nacional da Austrália, ou ANU, como é mais conhecida por aqui.

A ANU, para quem não sabe, está entre as 20 melhores universidades do mundo! E tem sede aqui em Camberra, capital da Austrália.

Na abertura do evento, o professor John Minns, diretor do centro latino-americano, ao dar boas-vindas ao público presente, lembrou ser aquele o primeiro seminário exclusivamente dedicado a Paulo Freire na Austrália.

Em seguida, convidou Pedrinho Guareschi, palestrante principal do Seminário, a fazer sua apresentação.

A plateia pode então conhecer, pelas palavras de Pedrinho, um pouco da obra e da vida de Freire, esse brasileiro de fé e valor, que sempre acreditou na educação, sobretudo dos menos favorecidos, analfabetos, como força libertadora.

Como não podia deixar de ser, os conceitos e ideias revolucionários de Paulo Freire, expostos com clareza por Pedrinho, despertaram o interesse e a curiosidade de plateia. A qual, deve-se notar, era na maioria de estudantes, mas de várias nacionalidades, sobretudo australianos e asiáticos.

Na continuação do programa do seminário, que se estendeu por dois dias, outros professores fizeram palestras sobre temas ligados à obra de Paulo Freire.

Interessante, por exemplo, saber que a professora Anne Hickling-Hudson, jamaicana que mora na Austrália há muitos anos (é professora da ANU), conheceu e trabalhou com Freire num workshop educacional durante a revolução na Ilha de Granada, em 1980, antes da invasão dos Estados Unidos...

Ou, então, a palestra da Professora Gerda Roelvink, da Nova Zelândia, que participou do Fórum Social de Porto Alegre em 2005. E essa participação transformou-se em tema de doutorado.

No dia 10, terça-feira passada, o padre Pedrinho Guareschi voltou a falar ao público australiano em grande auditório localizado no belíssimo campus da ANU. Desta vez, sobre a Teologia da Libertação.

Depois da palestra, John Minns mostrou o filme mexicano "O Crime do Padre Amaro", no qual um dos personagens é um padre católico praticante da Teologia da Libertação.

Mais uma vez, foi grande o intersse da platéia, que pode aprender e conhecer um pouco como se desenvolveu aquele importante movimento católico na América Latina.

Fica, assim, ao Pedrinho, bem como a outros brasileiros estudiosos e de bom coração que saem pelo mundo a divulgar aspectos importantes da cultura brasileira, o respeito e a homenagem desta coluna. E... aquele abraço!

16:57
Anónimo disse...
Amanda Kitts perdeu o braço esquerdo em um acidente de automóvel acontecido três anos atrás, mas hoje em dia ela joga futebol americano com seu filho de 12 anos de idade, troca fraldas e abraça as crianças nas três creches Kiddie Cottage que opera em Knoxville, Tennessee. Kitts, 40 anos, faz tudo isso com a ajuda de um novo tipo de braço artificial que se movimenta com mais facilidade do que outros aparelhos e que ela pode controlar utilizando apenas seus pensamentos.

"Eu sou capaz de mexer a mão, o pulso e o cotovelo ao mesmo tempo", diz. "Você pensa e os músculos se movem em seguida".

A recuperação que ela conseguiu resulta de um novo procedimento que vem atraindo crescente atenção porque permite que pessoas movam braços protéticos de forma mais automática do que faziam no passado, simplesmente utilizando nervos reaproveitados em seus cérebros.

A técnica, conhecida como "renervação muscular dirigida", envolve utilizar os nervos que restam depois da amputação de um braço e conectá-los a outro músculo do corpo, em geral no peito. Eletrodos são instalados sobre os músculos do peito, e operam como se fossem antenas. Quando a pessoa deseja mover o braço, o cérebro envia sinais que primeiro resultam em contração dos músculos do peito, os quais enviam um sinal ao braço protético, instruindo-se a se movimentar. O processo não requer mais esforços consciente do que a pessoa teria de exercitar caso ainda tivesse seu braço natural.

Na terça-feira, pesquisadores reportaram em estudo publicado pela versão online do Journal of the American Medical Association que haviam levado a técnica ainda mais à frente, tornando possível a execução de 10 movimentos de mão, pulso e cotovelo diferentes, o que representa uma substancial melhora com relação ao típico repertório protético, que em geral envolve apenas dobrar o cotovelo, girar o pulso e abrir a mão.

"Os novos métodos tiveram impacto dramático em nosso campo de trabalho", disse Stuart Harshbarger, engenheiro biomédico na Universidade Johns Hopkins e diretor do programa de pesquisa sobre próteses, financiado pelas forças armadas, que inclui o trabalho com essa técnica. "O método já está em uso por médicos e cirurgiões comuns em todo o país. A capacidade de controlar um membro protético bastante robusto que ele confere surpreendeu a todos pela qualidade".

Tipicamente, uma pessoa que tenha um braço protético só é capaz de executar alguns poucos movimentos, e muitas vezes com tamanha lentidão que isso só permite a ela atividades limitadas.

Há um motor separado para cada movimento, diz Gerald Loeb, professor de engenharia biomédica na Universidade do Sul da Califórnia, "e esses motores precisam ser controlados de maneira explícita", usualmente por um esforço consciente da pessoa para contrair músculos nas costas ou no bíceps.

"Essencialmente, até agora os pacientes controlavam apenas um motor de cada vez", diz Loeb, "e precisavam pensar cuidadosamente sobre que motor desejavam controlar e como fazê-lo operar, em lugar de simplesmente pensarem em mover o braço e poderem fazê-lo sem delongas".

Antes que Kitts passasse pelo procedimento de renervação, em outubro de 2007, por exemplo, ela precisava movimentar os músculos de suas costas de determinada maneira para fazer com que seu pulso girasse, e flexionar seu bíceps e tríceps para fazer com que o cotovelo se movesse para cima e para baixo. "Era muito trabalho", ela conta. "E não me ajudava muito".

O procedimento de renervação é parte de uma recente explosão de idéias novas e técnicas inovadoras que estão sendo exploradas enquanto os cientistas se esforçam por ajudar as pessoas a compensar melhor a perda de membros ou problemas de paralisia. O esforço vem sendo alimentado pelo aumento no número de amputações causado por diabetes e por ferimentos sofridos pelos militares, e ao mesmo tempo pelos avanços na tecnologia médica.

Os braços se tornaram um dos focos essenciais desse tipo de trabalho. A ciência há muito vem obtendo sucessos no desenvolvimento de próteses de perna, mas é muito mais difícil imitar a complexidade e a destreza das mãos e dos braços.

Os esforços em curso incluem o desenvolvimento de projetos de pele e braços mais sensíveis e mais flexíveis, e o uso de dispositivos acionados por controles sem fio implantado nos braços protéticos, que permitiriam movimentos mais naturais.

Os pesquisadores também vêm usando sensores implantados nos cérebros de cobaias para permitir que dois macacos controlem um braço mecânico, e um teste com um homem paralítico permitiu, com esse método, que ele movimentasse um cursor em uma tela de computador.

Alguns desses métodos, caso venham a ser aperfeiçoados plenamente e consigam aprovação das autoridades regulatórias da saúde, podem no futuro se tornar mais viáveis para os pacientes de amputações.

E embora a técnica da renervação não requeira aprovação das autoridades regulatórias porque é executada por meios cirúrgicos e emprega aparelhos já existentes, ela apresenta limitações que até mesmo seus criadores reconhecem, entre as quais o fato de que não se pode utilizá-la para todos os pacientes, o seu alto custo e o prazo de meses requerido para que os nervos reconectados cresçam e se tornem efetivos.

Ainda assim, os especialistas dizem que é o mais avançado sistema em uso hoje para pacientes reais que permite que o sistema nervoso controle diretamente o movimento de um braço artificial.

Desde sua introdução por Todd Kuiken, médico fisioterapeuta e engenheiro biomédico do Instituto de Reabilitação de Chicago, o método foi empregado em cerca de 30 pacientes nos Estados Unidos, Canadá e Europa, entre os quais oito soldados feridos no Iraque e no Afeganistão.

Muitos dos pacientes, entre os quais o primeiro, Jesse Sullivan, um operário do setor elétrico no Tennessee que perdeu os dois braços quando foi eletrocutado por um cabo, conseguem não apenas manipular seus braços protéticos mas sentir a presença das mãos que já não têm quando alguém toca em seus peitos.

Sullivan, 62 anos, e Kitts, estavam entre os cinco pacientes que participaram do estudo reportado na terça-feira. Em companhia de cinco outras pessoas que não passaram por amputações, eles receberam os eletrodos e foram instruídos a usar pensamentos para fazer com que um braço virtual na tela reproduzisse 10 movimentos diferentes, entre os quais três formas diferentes de aperto de mão.

Os pacientes apresentaram desempenho bastante respeitável, apenas um pouco mais lento e menos preciso do que os dos participantes que não tinham amputações.

"As velocidades de movimento que encontramos em nossos pacientes foram realmente encorajadoras", disse Kuiken. "Eles conseguiram completar a tarefa. É claro que não foram tão competentes quanto as pessoas dotadas de plena capacidade física, mas foram bons o bastante".

Um braço virtual foi usado porque a maioria das próteses existentes não era capaz de acomodar todos aqueles movimentos, no momento da pesquisa, ainda que Sullivan, Kitts e uma terceira paciente, Claudia Mitchell, tenham experimentado dois novos protótipos mais versáteis de braços artificiais, executando tarefas complexas com bolas de tênis e outros objetos.

O trabalho de renervação em soldados apresenta outros desafios, diz Kuiken, porque os ferimentos militares muitas vezes "causam danos muitos extensos" a nervos, músculos ou ossos.

Daniel Acosta, 25 anos, um aviador ferido pela detonação de uma bomba em uma estrada do Iraque em 2005, passou pelo procedimento no ano passado e diz que seu braço esquerdo protético agora se movimenta "muito mais rápido" e de maneira muito mais natural.

"A diferença é que agora não preciso mais pensar para mover o braço", ele diz. "Ele simplesmente se mexe".

Ainda assim, Acosta, de San Antonio, diz que "o processo foi bastante longo" e que os eletrodos precisam ser ajustados para receber os sinais à medida que os nervos crescem ou mudam de posição.

E embora elogiem o método, os especialistas afirmam que a ciência das próteses de braço ainda tem muito por avançar.

"Trata-se de uma parte crucial, mas ainda assim apenas uma parte, das muitas coisas que compreendem a função normal de um braço", disse Loeb, que escreveu um editorial que acompanha o artigo no Journal of the American Medical Association.

"No momento estamos a meio do caminho entre o braço de 'Dr. Fantástico', que fazia involuntariamente a saudação nazista, e o braço de Luke Skywalker em 'Guerra nas Estrelas', que funciona sem nenhum problema assim que é conectado. Creio que precisaremos ainda de muitos anos para conectar todas as peças necessárias a produzir um braço capaz de funcionar normalmente".

17:04
Anónimo disse...
A Espanha disse neste sábado que está preparando uma reclamação oficial contra a decisão da Venezuela de expulsar um membro do Parlamento Europeu que criticou o conselho eleitoral venezuelano.
Luis Herrero, membro do partido conservador espanhol PP, foi deportado na sexta-feira depois que o Conselho Nacional Eleitoral (CNE) o acusou de questionar a imparcialidade da instituição antes de um referendo que pode permitir ao presidente Hugo Chávez permanecer no cargo indefinidamente.

Herrero estava na Venezuela como observador do referendo. Ele acusou Chávez de ter "comportamentos típicos de um ditador" por pedir a contenção de manifestações da oposição.

O governo da Espanha convocou um encontro com o embaixador da Venezuela em Madri para expressar a desaprovação sobre a expulsão de Herrero, disse um representante do Ministério das Relações Exteriores espanhol.

As relações da Venezuela com a Espanha tiveram seu ponto crítico em 2007, quando Chávez ameaçou rever acordos diplomáticos e comerciais depois de ouvir um "cala a boca" do rei espanhol Juan Carlos durante uma cúpula.

A fenda foi oficialmente reparada em 2008, com uma visita oficial de Chávez à Espanha, onde ele cumprimentou o rei e discutiu acordos para investimento no setor petroquímico com o primeiro-ministro José Luis Rodriguez Zapatero.

17:06
Anónimo disse...
A polícia do Zimbábue anunciou neste sábado que acusa de traição Roy Bennett, dirigente do até agora opositor Movimento para a Mudança Democrática (MDC), detido na sexta-feira, em Harare, poucas horas antes da cerimônia de posse dos membros do novo gabinete.

"A Polícia nos informou que vão apresentar acusações de traição", disse à agência EFE o advogado de defesa de Bennett, Trust Maanda.

"Tentam relacionar Roy com o caso de Mike Hitschmann, que foi detido em 2006 em relação à descoberta de um carregamento de armas, apesar de que Hitschmann não tenha sido declarado culpado das acusações de traição apresentadas contra ele, mas de um crime menor de descumprimento de leis", disse Maanda.

O político opositor, designado por seu partido como vice-ministro de Agricultura no Governo de união nacional, esteve no exílio na vizinha África do Sul desde 2006 e retornou ao Zimbábue há duas semanas.

Segundo a Polícia, que deteve Bennett ontem no aeroporto de Harare quando pretendia ir à África do Sul para visitar sua família, as armas apreendidas em 2006 seriam utilizadas em um golpe de Estado para derrubar o presidente do Zimbábue, Robert Mugabe.

Depois da detenção, Bennet foi levado a Mutar, onde vários simpatizantes do MDC se concentraram em frente à delegacia na qual estava detido, diante do que a Polícia respondeu com tiros para o alto para dispersar os manifestantes.

17:07
Anónimo disse...
Austrália: 14 mil se candidatam a 'emprego dos sonhos'

A secretaria de Turismo de Queensland, na Austrália, informou que até esta segunda-feira já recebeu cerca de 14 mil inscrições para o "o melhor emprego do mundo". O Estado australiano promove pela internet seleção para vaga de "zelador" da ilha Hamilton, por seis meses com um salário de R$ 40 mil.

Muitos candidatos tiveram problemas durante a inscrição por conta dos acessos simultâneos ao site. A secretaria aconselha enviar os vídeos de 60s explicando porque deve ser escolhido em horários alternativos do dia, além de recomendar tamanho em torno de 40MB.

As inscrições começaram em 12 de janeiro e vão até o próximo dia 22 e podem ser feitas pelo site www.islandreefjob.com. O governo australiano escolherá 50 candidatos para a próxima fase da seleção, que terá votos do público para eleger um dos 11 finalistas.

A última fase terá entrevistas e desafios físicos, no próprio local de trabalho: as ilhas da Grande Barreira Coralina - o maior recife de coral do mundo. A secretaria de Turismo anunciará o vencedor no dia 6 de maio.

17:09
Anónimo disse...
Mercado elogia governo na crise, mas pede maior queda no juro

Peter Fussy
Direto de São Paulo

Desde as primeiras medidas anunciadas para combater os efeitos da crise, o governo brasileiro avisou que a estratégia não contemplaria um pacote. Seriam doses pontuais, de acordo com a necessidade da economia diante do agravamento das turbulências. Da primeira liberação dos depósitos compulsórios em setembro até a ampliação do seguro-desemprego na última quarta-feira, o governo passou por redução de impostos, ampliação de crédito e incentivos à exportação. Quase 150 dias após a primeira medida, o Terra conversou com líderes do setor público e privado, representantes dos trabalhadores, acadêmicos e com o próprio governo para saber quais destas ações foram mais eficazes, quais foram mais ineficientes e o que mais pode ser feito pelo Estado brasileiro contra a crise.

Os maiores elogios foram direcionados à atitude de reduzir o Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) para a indústria automobilística, anunciada em dezembro e que fez com que os emplacamentos de carros novos subissem 1,9% no primeiro mês do ano em relação a dezembro de 2008. Já as maiores críticas foram para a lentidão no corte da taxa básica de juro do País.

Para o presidente do conselho administrativo do Grupo Pão de Açúcar, Abílio Diniz, o Estado não é responsável pela crise e mesmo assim está agindo "com extrema serenidade e muito acerto". "O governo está atento, fazendo a sua parte. É preciso coragem de baixar firmemente a taxa de juros. É uma arma que temos a nosso favor, já que não há clima para inflação, nem possibilidade de danos para a macroeconomia", afirmou Diniz.

Na última reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), em janeiro, a taxa Selic foi reduzida em um ponto percentual, de 13,75% para 12,75% ao ano. Porém, o professor de economia da Universidade de Brasília (UnB) José Luiz Oreiro lembra que este corte representa uma redução de apenas 0,25 ponto percentual com relação à taxa de setembro do ano passado, quando a crise se agravou.

"Pouco antes da eclosão da crise, o Banco Central aumentou a taxa em 0,75 ponto. Foram cinco meses de demora para reduzir em termos líquidos apenas 0,25 ponto", afirmou o economista, que também sugeriu redução do intervalo de cerca de 90 dias entre as reuniões do Copom e o corte de pelo menos um 1 ponto percentual em cada reunião.

Mesmo com o corte de janeiro, a taxa de juros real continua sendo a maior do mundo, lembrou o secretário-geral da Força Sindical, João Carlos Gonçalves, o Juruna. "A redução da taxa de juro ainda é pequena, porque ela continua uma das mais altas do mundo. Falta ousadia para baixar os juros e ajudar o cidadão. A permanência da taxa de juro alta é negativa para o País em meio a crise", afirmou Juruna.

Embora aprove as ações do governo, o senador Aloízio Mercadante (PT-SP) também acredita que o patamar da Selic está muito alto. "Sempre fomos os primeiros a entrar em qualquer crise, o que não aconteceu agora. A taxa Selic ainda é muito alta, mas o governo têm tomado medidas acertadas, como o aumento do salário mínimo, mesmo com um cenário de crise. Isso ajuda a movimentar o consumo. O governo está se esforçando para manter os investimentos e o crescimento", disse.

Tributos
De acordo com o economista Fabio Pina, da Fecomercio-SP, as ações mais positivas estão relacionadas à redução de tributos para alguns segmentos, como a indústria automobilística, que recuperou parte da queda nas vendas em janeiro com a isenção do IPI para carros 1.0 l e o corte para demais motorizações. A medida vale até o final de março.

"Essas medidas não só reduziram o preço, mas anteciparam o consumo daqueles que iriam comprar no futuro, dando um prêmio por conta da insegurança. Mexe diretamente com o principal problema que é a confiança do consumidor", afirmou. Juruna destacou que um bom ritmo de vendas é garantia de emprego. "É importante porque cada emprego na montadora significa 19 na cadeia produtiva", comentou o representante da Força Sindical.

Também em dezembro, o governo decidiu cortar pela metade a alíquota do Imposto de Renda para contribuintes que ganham entre R$ 1.434 e R$ 2.150 mensais. "O salário aumentava e a tabela não se modificava. As pessoas ganhavam mais e pagavam mais impostos", apontou Juruna. Outra redução de tributos do governo foi com relação ao Imposto sobre Operações Financeiras (IOF), que caiu de 3% ao ano para 1,5%.

Crédito
Na segunda metade de 2008, o colapso de bancos nos Estados Unidos por conta da crise do subprime provocou uma forte restrição de crédito no mundo inteiro. Uma das primeiras medidas anticrise do governo teve como objetivo restabelecer a oferta, com mudanças no recolhimento dos depósitos compulsórios por parte dos bancos. Segundo o presidente do Banco Central, Henrique Meirelles, as diversas modificações liberaram US$ 99,2 bilhões aos bancos até o final de janeiro.

Além disso, o governo concedeu R$ 36 bilhões das reservas internacionais para empresas brasileiras com dívidas no exterior e uma medida provisória autorizou o Banco do Brasil e a Caixa Econômica Federal a comprar carteiras de crédito de bancos privados. Para o diretor do Departamento de Pesquisas e Estudos Econômicos da Fiesp, Paulo Francini, estas medidas foram essenciais para combater os efeitos da crise.

"A crise se desenvolve no mundo em torno do tema crédito. E o crédito reduziu-se barbaridade no mundo. Então o governo lança mão de compulsório, lança mão de reservas, de medidas que permitem aos bancos comprar carteiras de bancos. Você vai tomando várias medidas para atender às demandas e o epicentro disso é crédito", afirmou.

No entanto, Oreiro, da UnB, adverte que a liberação dos compulsórios seria mais eficiente acompanhada de redução mais agressiva da taxa básica de juro. "Uma parte do crédito voltou, depois da forte retração em outubro e novembro. O que deveria ter sido feito junto à liberação do compulsório era uma redução mais drástica da taxa de juro. Sem isso, os bancos pegam as reservas e acabam comprando títulos públicos", explicou o economista.

Na opinião de Pina, as ações de distribuição de crédito via redução do compulsório e a disposição de capital de giro para empresas foram tomadas sem um cuidado maior na operação e não tiveram muito efeito. "O BNDES tem linhas que ficam paradas quase todo o ano, agora é pior ainda. Existem os recursos, mas as empresas e os bancos estão desconfiados. É preciso fazer com que os bancos tenham interesse em emprestar", afirmou o economista da Fecomercio-SP.

Futuro
Mesmo com todas essas medidas, a crise financeira ainda gera incertezas nos setores produtivos do País. Nos últimos meses, o medo do desemprego fez os consumidores adiarem compras. Por sua vez, a queda nas vendas pode obrigar as indústrias a cortarem a produção e demitir funcionários. Contra isso, empresários sugerem redução de jornada e de salários.

"Isto está previsto em lei. A Fiesp simplesmente manteve conversações com entidades sindicais quanto à aplicação daquilo que já está previsto em lei", afirmou Francini.

Segundo a ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff, uma das medidas que assegura um nível de emprego é a manutenção de investimentos no Programa de Aceleração do Crescimento (PAC). "Estamos esperando que a dificuldade ocorra em janeiro, fevereiro e março. Estamos certos que vamos manter o nível de investimento. É isso que funciona, é isso que significa investimento público. Ele funciona como um colchão. Por isso, nós colocamos R$ 100 bilhões no BNDES e a Petrobras ampliou o seu investimento em R$ 120 bilhões", afirmou.

Na mesma linha, Pina explica que a antecipação de gastos do governo substitui parte da demanda retraída do setor privado. "Ele dá o seguinte recado: não vou estourar as contas públicas, mas concentrar em um momento em que a demanda privada está pequena. Mas o governo não tem fôlego suficiente para fazer o papel de toda demanda", ressaltou. O economista da Fecomercio lembrou que a entidade já pleiteou junto ao governo isenções para transferência de imóveis e de automóveis, além de retirar o IPVA para veículos novos.

Já Oreiro foca suas propostas na capitalização do Banco do Brasil e da Caixa Econômica Federal pelo Tesouro para atender a demanda de crédito para capital de giro e reduzir o spread. "Aumentando o empréstimo e reduzindo as taxas, os dois vão forçar os bancos privados a acompanhar o movimento, até para não perderem participação no mercado", explicou o economista da UnB.

Até o Carnaval, o governou prometeu detalhar um pacote de incentivos para a construção de até um milhão de casas populares, direcionado a famílias com renda de até dez salários mínimos. "Estamos atentos a tudo o que está acontecendo e novas medidas serão tomadas caso haja uma avaliação de que sejam necessárias", disse o ministro da Fazenda, Guido Mantega, na última sexta-feira.

17:11
Anónimo disse...
Ex-ministro critica extensão do seguro-desemprego

Atualizada às 09h03

O ex-ministro do Trabalho Almir Pazzianotto criticou a decisão do governo federal de conceder o seguro-desemprego estendido a apenas alguns setores. "É certamente odioso e provavelmente inconstitucional", disse Pazzianotto, de acordo com o jornal O Estado de S. Paulo.

Na última qurta, dia do anúncio da medida, centrais sindicais elogiaram a atitude do governo. A Força Sindical divulgou nota dizendo que "o aumento ajudará a aquecer parte da economia, já que irá gerar mais consumo, produção e conseqüentemente, a criação de novos postos de trabalho". A União Geral dos Trabalhadores (UGT) afirmou que a medida "contribuirá para minimizar o drama dos trabalhadores que perderem seu emprego por conta da crise".

O ex-ministro, que instituiu o seguro-desemprego no País no governo de José Sarney, destacou a necessidade de as centrais sindicais se manifestarem contra a determinação. Para ele, as mudanças devem ser aplicadas a todas as categorias profissionais e a distinção é contrária ao artigo 3º da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT).

Pazzianotto atribui a medida a um possível temor do governo de que a crise econômica seja longa e não haja dinheiro para atender a todas as necessidades. Ainda assim, ele se mostra contrário ao método de concessão. "O seguro-desemprego ajuda a sanar necessidades básicas. Estendê-lo é paliativo, não a solução", disse ao jornal.

De acordo com o presidente do Conselho Deliberativo do Fundo de Amparo ao Trabalhador (Codefat) e conselheiro da Força Sindical, Luiz Fernando Emediato, a determinação já estava prevista na lei 8.900/94, que trata do seguro-desemprego.

O presidente da Comissão de Trabalho da Câmara, Pedro Fernandes (PTB-MA) vai além na crítica à concessão do seguro para apenas alguns setores. Ele acredita que a ampliação do benefício estimula o desemprego.

Quintino Severo, secretário geral da Central Única dos Trabalhadores (CUT), lembra que a ampliação do benefício sem critério e identificação pode incentivar demissões em outros setores.

17:13
Anónimo disse...
Empresas
TAM faz promoção para destinos internacionais

A companhia aérea TAM anunciou nesta sexta-feira tarifas promocionais para trechos internacionais. Os preços valem para bilhetes comprados entre 6h deste sábado e 23h59 deste domingo e são válidos para classe econômica. As tarifas, para ida e volta, serão vendidas a partir de US$ 99, mais taxas.

Segundo a aérea, a promoção vale para viagens feitas no período de 14 de fevereiro a 18 de junho de 2009. Para destinos na América do Sul, a permanência mínima é de dois dias; para bilhetes com destino nos Estados Unidos, cinco dias; e Europa, sete dias. A permanência máxima para as passagens para América do Sul e EUA é de dois meses e para Europa, três meses.

Entre os exemplos de tarifas promocionais, a TAM oferece São Paulo-Lima por US$ 99. Bilhetes para a rota São Paulo-Santiago serão vendidos a partir de US$ 199 e São Paulo-Nova York, US$ 799.

A emissão dos bilhetes deve ser feita obrigatoriamente no ato da reserva, obedecendo às regras estipuladas pela companhia. A compra está sujeita à disponibilidade de assentos nas classes tarifárias determinadas, trechos, horários e datas. A TAM afirmou que também há tarifas promocionais para a classe executiva.

Mais informações podem ser encontradas no site promocional (www.ofertastam.com.br), no site da empresa (www.tam.com.br) ou pelos telefones 4002-5700 ou 0800 5705700.

17:13
Anónimo disse...
Empresas
Consultoria negocia compra do parque temático Hopi Hari

A consultoria especializada em reestruturação de empresas Íntegra Associados informou nesta sexta-feira ter um acordo para comprar o parque de diversões Hopi Hari, localizado no interior de São Paulo. A empresa estaria disposta a investir R$ 10 milhões no parque, que tem dívida estimada em R$ 800 milhões. As informações são da edição deste sábado do jornal Folha de S. Paulo.

De acordo com o jornal, a transação ainda depende da negociação entre o Hopi Hari e seus credores, o que já estaria em andamento.

A consultoria paulista já atuou junto à Parmalat, durante 30 meses, quando reorganizou a gestão da empresa italiana.

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17:14
Anónimo disse...
Empresas
Disney de Tóquio contratará mais 2 mil apesar da crise


A Oriental Land, o operador da Disneylândia Tóquio e DisneySea, organizou neste domingo entrevistas para contratar cerca de 2 mil trabalhadores em tempo parcial, em um momento de grandes demissões deste tipo de empregados no Japão.

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O operador deste parque temático, situado em Urayasu, na província de Chiba (leste de Tóquio), está em pleno processo de seleção de empregados para 20 tipos de postos trabalhistas diferentes.

Segundo a companhia, citada pela agência local de notícias Kyodo, o parque contratará novos trabalhadores para as atrações, para os restaurantes e guardas de segurança entre outros. Os novos contratados começarão a trabalhar a partir de fevereiro.

O processo de seleção acontece em um momento em que a maioria das grandes companhias japonesas começaram a se ver obrigadas a despedir uma elevada percentagem de seus trabalhadores temporários e a tempo parcial.

Algumas inclusive anunciaram demissões de seus trabalhadores fixos, uma medida muito pouco comum nas companhias japonesas, perante os efeitos piores que o esperado pela crise econômica global.

Cerca de uma centena de pessoas esperavam desde a primeira hora desta manhã a abertura do centro de conferências Tokyo International Forum, onde as entrevistas estão sendo feitas, para ser os primeiros a solicitar os postos de trabalho.


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17:15
Anónimo disse...
Economia Internacional
Senado dos EUA aprova plano de estímulo à economia

O Senado dos Estados Unidos aprovou com 60 votos a favor e 38 contra o plano de estímulo à economia de US$ 787 bilhões na madrugada deste sábado. Agora, ele segue para sanção ou veto do presidente Barack Obama, que espera colocar a lei em prática até o dia 16 de fevereiro.

O plano prevê a criação de três milhões de empregos, inclui cortes de impostos às famílias, fundos para programas sociais e obras públicas, além de ajuda aos governos estaduais, estudantes e desempregados.

A cláusula Buy American - que exige o uso de ferro, aço e produtos manufaturados dos Estados Unidos em obras realizadas com recursos do pacote - ficou de lado. Segundo o texto definitivo, a cláusula será aplicada sem violar as normas do comércio internacional.

Ontem à tarde, a Câmara de Representantes (deputados) havia aprovado, por 246 votos a favor e 183 contra, a versão final do plano. Todos os republicanos foram contrários ao pacote.

Pelo acordo de quarta-feira entre Câmara e Senado, em vez de custar US$ 819 bilhões, como queriam os deputados, ou US$ 838 bilhões como pretendiam os senadores, o pacote ficou em cerca de US$ 787 bilhões, com 65% desse total destinado a gastos do governo federal e 35%, a créditos tributários.

17:16
Anónimo disse...
Economia nacional
Na era Lula, aposentadoria sobe 54% menos que salário mínimo

Thatiane Faria
Especial para o Terra
Direto de São Paulo

Os índices de reajustes concedidos pelo governo em 2009 para aposentados e pensionistas e para o salário mínimo repetiram uma diferença que, só durante o governo de Luiz Inácio Lula da Silva, já chega a 54%. Enquanto o mínimo foi majorado em 12% este ano, as pensões e aposentadorias tiveram aumento de 5,92%. Aposentados que têm o benefício do governo como única fonte de renda reclamam que perdem poder de compra e que sua cesta de compras é composta por itens que aumentam mais em relação à inflação oficial.

Um exemplo prático pode ser entendido a partir da comparação entre um aposentado que ganhava R$ 600 em janeiro de 2003. Na época, o benefício era três vezes, ou 200%, maior que o valor do mínimo em vigência, que era de R$ 200. Aplicando-se os índices de reajuste para aposentadorias e para o mínimo durante os últimos seis anos, o mesmo aposentado estaria recebendo hoje R$ 938,47, comparado a um salário mínimo de R$ 465. A diferença entre os dois valores caiu para pouco mais de 100%.

Enquanto o índice acumulado de reajuste para a aposentadoria durante o governo Lula foi de 60%, para o salário mínimo está em 132%.

O diretor do Sindicato Nacional dos Aposentados, João Inocentini, reclama que os valores dos benefícios para aposentadorias não mantêm o poder de compra do grupo, principalmente dos aposentados que recebem menos que dez salários mínimos.

Nem mesmo o fato de o índice de reajuste das aposentadorias ter ficado acima da inflação acumulada no mesmo período (o IPCA entre janeiro de 2003 e janeiro de 2009 foi de 39,7%) serve de argumento, segundo os aposentados.

"Os idosos, principalmente, têm gastos além das contas gerais como gás, telefone e aluguel. Para eles o custo com remédios, e outros itens da área saúde costuma ser maior", afirmou Inocentini.

O presidente do sindicato afirmou que o grupo realiza um estudo com 100 itens de necessidade de um idoso para comparar o aumento dos produtos com o índice de reajuste do benefício recebido pelos aposentados.

"Daqui dois meses vamos abrir um processo na Justiça e levar essa pesquisa como prova. Segundo a lei, o governo é obrigado a manter o poder de compra com a aposentadoria", disse Inocentini.

Alternativas
O consultor financeiro Cláudio Boriola diz que os aposentados, especialmente nesse momento de crise econômica, devem evitar compras parceladas, pesquisar preços, negociar e fazer bom planejamento financeiro.

Segundo Boriola, alguns aposentados ganham um valor mensal muitas vezes insuficiente para o pagamento das contas e acabam pedindo crédito ou realizando pagamentos a prazo e são obrigados a pagar juros altos.

Na opinião do consultor, pagar uma previdência privada é uma alternativa indicada para quem ainda trabalha, considerando a característica de perda de poder de compra da aposentadoria.

"Na prática, infelizmente os valores encontram-se em um patamar que está deteriorando o poder de aquisição da população brasileira", completou Boriola.

De acordo com o diretor da Confederação Brasileira de Aposentados e Pensionistas (Cobap), Vicente Fernandes Barbosa, representantes dos aposentados tentarão um encontro com o presidente da Câmara, deputado Michel Temer (PMDB-SP), para discutir projetos que minimizem a perda dos aposentados

17:17
Anónimo disse...
Previdência
Previdência prorroga isenção de tarifas no benefício

O atual sistema de pagamento aos 26 milhões de aposentados e pensionistas do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) será mantido até o final deste ano. O acordo, que permite realizar a operação sem nenhum custo aos beneficiários, foi renovado nesta sexta-feira, entre o governo federal e 21 instituições financeiras.

Por meio desse acordo, vigente desde setembro de 2007, nem os segurados, nem os bancos e nem o governo arcam com o pagamento de tarifas, conforme explicou o ministro da Previdência Social, José Pimentel. A prorrogação vale até dezembro, data máxima para que a Previdência defina as regras para um novo contrato.

Ao assinar o termo de renovação, na sede da Federação Brasileira dos Bancos (Febraban), o ministro disse que a intenção do governo é mudar o atual modelo de gestão visando a reduzir os custos dessas operações em torno da folha mensal, que atinge R$ 15,8 bilhões. No entanto, qualquer alteração, conforme explicou, passará antes por audiências públicas a serem realizadas a partir do segundo semestre deste ano, atendendo a determinação do Tribunal de Contas da União (TCU).

De acordo com Pimentel, com um redesenho do mecanismo de repasse dos recursos aos bancos em torno da folha de pagamento dos segurados o que se busca é um aumento da participação de instituições financeiras. Ele informou que, desde 2007, cada benefício custa em média R$ 1,07 ao governo. "Quanto mais instituições financeiras estiverem prestando serviços à sociedade, maior é a competitividade, a agilidade no atendimento", justificou.

O ministro observou, ainda, que, para permitir uma redução para algo em torno de meia hora no tempo de atendimento para a concessão dos direitos previdenciários, o governo investiu R$ 280 milhões.

Questionado sobre o descontentamento dos segurados que ganham acima de um salário mínimo terem obtido apenas a correção com base na variação do Índice de Preços ao Consumidor (INPC) , ficando abaixo do reajuste dado a quem recebe apenas o mínimo, Pimentel argumentou que o governo seguiu o que determina a lei e descartou a possibilidade de uma revisão

17:17
Anónimo disse...
Empresas
Caterpillar oferece aposentadoria antecipada a 2 mil


A companhia americana Caterpillar ofereceu a cerca de dois mil funcionários incentivos para que se aposentem de forma voluntária antes do previsto, pela perspectiva de uma queda "significativa" da atividade industrial, informou nesta quarta-feira a empresa.

A iniciativa, destinada aos trabalhadores de diversas fábricas em Illinois, Colorado, Tennessee e Pensilvânia, se soma aos cortes de empregos anunciados em janeiro, explicou em comunicado de imprensa.

A empresa, a maior fabricante mundial de maquinaria pesada para a construção e a mineração, acrescentou que, "em função das condições de negócio, podem ser necessárias mais reduções de elenco voluntárias e involuntárias à medida que o ano avança".

O vice-presidente da companhia, Sid Banwart, explicou que a empresa prevê "demissões significativas em todas as regiões geográficas e na maioria dos setores devido às dificuldades da economia mundial".

17:18
Anónimo disse...
Comércio
Comércio exterior da OCDE caiu no 3º trimestre de 2008


As exportações e as importações dos países da Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Econômico (OCDE) caíram 1,6% e 0,2%, respectivamente, no terceiro trimestre de 2008, em relação aos três meses anteriores.

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Trata-se da primeira queda destas atividades desde o terceiro trimestre de 2006, segundo o último relatório trimestral sobre fluxos comerciais divulgado pela OCDE.

As exportações e as importações em dólares dos 30 Estados-membros caíram 15,6% e 17%, respectivamente, na comparação anualizada.

Por sua vez, o comércio dos sete países mais ricos do mundo (G7) teve um pequeno crescimento no terceiro trimestre de 2008 com uma queda das exportações de mercadorias de 0,2% em relação ao trimestre anterior e um aumento de 0,4% das importações.

Em termos anualizados, as importações do G7 caíram 1,4% entre julho e setembro do ano passado, seu primeiro retrocesso desde o terceiro trimestre de 2006, enquanto as exportações aumentaram 1,9%, seu crescimento mais baixo no mesmo tempo.

Por países, a Alemanha aumentou suas importações em 3,4% - valor mais alto do G7 -, enquanto suas exportações caíram 2,9% do segundo para o terceiro trimestre de 2008.

Pelo contrário, as exportações americanas aumentaram 1,8% entre julho e setembro de 2008, enquanto as importações caíram 0,7% em relação ao trimestre anterior. No Japão, tanto as importações quanto as exportações caíram em torno de 1% no mesmo período.

17:19
Anónimo disse...
Economia Nacional
Lula: juros de crédito consignado a aposentados são altos

Atualizada às 17h29

O presidente Luis Inácio Lula da Silva afirmou nesta terça-feira, em São Paulo, que está lutando para reduzir as taxas de juros cobradas de aposentados em crédito consignado. A Previdência Social estabelece uma taxa máxima de 2,5% para empréstimo e de 3,5% para cartão. Para Lula, os valores são altos.

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"Acho que o juro que os aposentados estão pagando hoje com o crédito consignado é alto para o padrão brasileiro", disse o presidente durante a cerimônia de comemoração dos 86 anos do INSS.

A Previdência anunciou nesta terça-feira que aposentados e trabalhadoras com licença-maternidade poderão receber seus benefícios em 30 minutos. De acordo com Lula, em junho, a aposentadoria do trabalhador rural também será conseguida em meia hora.

Além disso, o presidente anunciou que, também em junho, os trabalhadores que alcançarem o direito à aposentadoria passarão a receber em suas casas um comunicado da Previdência informando o fato e o valor do salário que têm direito a receber. "É um comprometimento público que estou fazendo com os companheiros da Previdência Social", disse.

"Estamos retribuindo ao contribuinte da Previdência Social aquilo que é a cidadania que ele tem direito", afirmou Lula. "Se para cobrar nós somos tão precisos, para devolver o dinheiro, temos que chegar próximo à perfeição", completou.

17:20
Anónimo disse...
Economia Nacional
Salário maternidade sairá em 30 minutos, diz ministro

Toda trabalhadora autônoma que tiver contribuído pelo menos 10 meses com o Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) - ou as que possuírem carteira assinada - poderão receber em 30 minutos o salário maternidade a partir desta terça-feira. Da mesma forma, as mulheres com 30 anos de contribuição e os homens com 35 anos também terão direito ao benefício de forma mais rápida. A informação é do ministro da Previdência Social, José Pimentel.

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Para requerer o salário maternidade, é preciso que as autônomas levem a carteira de identidade e o carnê de contribuição. As demais trabalhadoras devem apresentar a identificação e a carteira de trabalho. Desde o início do mês, a nova forma de análise para a concessão de benefícios foi adotada para a aposentadoria por idade do trabalhador urbano e agora foi estendida para o salário maternidade e por tempo de contribuição.

O ministro disse que a qualificação do serviço da previdência social é o reconhecimento do direito dos trabalhadores e da afirmação da cidadania.

"Até pouco tempo na cabeça do cidadão o serviço devia ser de péssima qualidade. Agora não, nós modificamos toda a legislação no mês de dezembro numa ação conjunta do Congresso Nacional com o governo federal. Estamos implantando e concedendo os benefícios em até 30 minutos", afirmou.

O ministro destacou que para conseguir se aposentar ou ter acesso à licença maternidade em 30 minutos, em primeiro lugar, é necessário que o cidadão esteja vinculado à Previdência, o que inclui 65% da população acima de 16 anos de idade.

"Depois bastar marcar pelo sistema 135 o dia e a hora do atendimento e levar a documentação. Se todos os dados necessários estiverem corretos o contribuinte será atendido em até 30 minutos, como vem sendo feito com as aposentadorias por idade desde o dia cinco de janeiro", explicou.

Pimentel disse ainda que em 90% das agências da previdência social o atendimento é marcado em até 48 horas. Nos grandes centros, entretanto existe um volume maior o que torna mais lento o processo.

"Estamos criando mais 715 agências até 2010, em todo o território nacional, para descentralizar o atendimento. Em 2008, atendemos 295 mil benefícios e aposentadorias por idade. Temos 4 mil pessoas por dia procurando e se aposentando por idade no território nacional. Este serviço será agilizado", concluiu.
17:27
Anónimo disse...
Giuseppe Englaro, pai de Eluana, a italiana que morreu na segunda-feira passada por desidratação, recusou uma grande soma de dinheiro de um conhecido fotógrafo italiano que queria retratar a filha em estado de coma, disse neste sábado o neurologista que atendia a mulher desde 1996, Carlo Defanti.

O neurologista, que participou hoje de uma conferência sobre eutanásia, disse que Englaro respeitou a vontade da filha, que, antes do acidente, tinha pedido que, se lhe ocorresse qualquer coisa irreversível, apresentasse sua imagem de quando estava em boas condições.

Antes de sofrer o acidente de trânsito, em 1992, Eluana viveu o coma de um amigo, Alessandro, o que causou forte impacto na italiana e a levou a fazer o pai prometer que não a deixasse viver em estado vegetativo, disse o próprio Giuseppe Englaro.

Defanti, que dissera que Eluana poderia viver de dez a 12 dias depois da suspensão da alimentação e da hidratação, disse que, como médico, tinha que reprovar esta afirmação.

"Não se pode sobreviver após três ou quatro dias sem líquido e, em particular, água em um corpo. Sabemos bem que, quando há um terremoto, após quatro dias é difícil encontrar sobreviventes".

Defanti ressaltou que Eluana "não falava, não se comunicava com o exterior" e que, após vários exames, "nos deparamos com uma moça que tinha perdido a consciência", porque estava com o córtex cerebral prejudicado.

Eluana foi enterrada na quinta-feira passada no túmulo da família na localidade de Paluzza, em Udine, após um funeral que não contou com a presença dos pais.

16:53
Anónimo disse...
Os bombeiros combatem neste sábado os incêndios na Austrália favorecidos pelo bom tempo, enquanto os deslocados encotram em seu retorno casas derruídas, carros queimados nas ruas e destruição.

Depois de sete dias desde que começaram os incêndios no Estado de Victoria, a lista de mortos chega a 181, os desaparecidos somam 50, os edifícios destruídos totalizam 1,834 mil e o terreno arrasado, principalmente florestas, ocupa uma área de 4,13 mil quilômetros quadrados.

As equipes de bombeiros, formadas por 4 mil profissionais de Victoria, de outras partes da Austrália e de países amigos, combateram hoje 12 focos fora de controle e nenhum representava uma ameaça direta para a população.

O subdiretor do Serviço de Bombeiros, Geoff Conway, disse que este tempo favorável, que se prolongará durante o domingo, permite consolidar as linhas de contenção e avançar na extinção das chamas.

Cinzas apareceram arrastadas por ventos do nordeste sobre Melbourne, onde habitam 3,8 milhões de pessoas, e as autoridades alertaram aos cidadãos do risco para a saúde de idosos, crianças e pessoas com problemas respiratórios.

O número de pessoas deslocadas - a Cruz Vermelha chegou a receber 7 mil - começou a cair com a abertura de algumas localidades atingidas.

Os incêndios, alguns criminosos, começaram em 7 de fevereiro, quando a região sul da Austrália estava há duas semanas sob uma onda de calor sem precedentes.

Na sexta-feira passada, a polícia acusou uma pessoa de ter provocado o incêndio que atingiu a localidade de Churchill e matou 21 pessoas.

16:55
Anónimo disse...
A primeira chuva em seis dias reduziu a ameaça de incêndios no Estado de Victoria, ao sul da Austrália. As autoridades, porém, advertiram que ainda existem 12 focos, mas que nenhum deles ameaça áreas povoadas.

Mais de quatro mil bombeiros, mil provenientes de outras partes do país e de outras nações, trabalham contra o fogo. Cerca de 600 veículos e 28 helicópteros e pequenos aviões estão sendo usados.


Eles conseguiram construir linhas de contenção para evitar os incêndios de Yarra e Maroondah se juntassem. Também foram controlados os incêndios abertos de Yea e Murrindindi, que ameaçavam as comunidades de Connellys Creek, Crystal Creek, Scrubby Creek e Native Dog Creek.

O número de mortos chegou a 181, mas as autoridades acreditam que as vítimas devem passar de 200, já que ainda há muitos desaparecidos.

16:55
Anónimo disse...
Aqui nesta coluna, na semana passada, tive a oportunidade de comentar sobre a recente visita do professor brasileiro Pedrinho Guareschi à Austrália. Não dei, porém, os fatos, pois semana passada o assunto era outro.

Hoje, porém, vamos a eles.

No último dia 4 de fevereiro, aconteceu o Seminário "Paulo Freire: Education and Liberation", organizado pelo centro de estudos latino-americanos da Universidade Nacional da Austrália, ou ANU, como é mais conhecida por aqui.

A ANU, para quem não sabe, está entre as 20 melhores universidades do mundo! E tem sede aqui em Camberra, capital da Austrália.

Na abertura do evento, o professor John Minns, diretor do centro latino-americano, ao dar boas-vindas ao público presente, lembrou ser aquele o primeiro seminário exclusivamente dedicado a Paulo Freire na Austrália.

Em seguida, convidou Pedrinho Guareschi, palestrante principal do Seminário, a fazer sua apresentação.

A plateia pode então conhecer, pelas palavras de Pedrinho, um pouco da obra e da vida de Freire, esse brasileiro de fé e valor, que sempre acreditou na educação, sobretudo dos menos favorecidos, analfabetos, como força libertadora.

Como não podia deixar de ser, os conceitos e ideias revolucionários de Paulo Freire, expostos com clareza por Pedrinho, despertaram o interesse e a curiosidade de plateia. A qual, deve-se notar, era na maioria de estudantes, mas de várias nacionalidades, sobretudo australianos e asiáticos.

Na continuação do programa do seminário, que se estendeu por dois dias, outros professores fizeram palestras sobre temas ligados à obra de Paulo Freire.

Interessante, por exemplo, saber que a professora Anne Hickling-Hudson, jamaicana que mora na Austrália há muitos anos (é professora da ANU), conheceu e trabalhou com Freire num workshop educacional durante a revolução na Ilha de Granada, em 1980, antes da invasão dos Estados Unidos...

Ou, então, a palestra da Professora Gerda Roelvink, da Nova Zelândia, que participou do Fórum Social de Porto Alegre em 2005. E essa participação transformou-se em tema de doutorado.

No dia 10, terça-feira passada, o padre Pedrinho Guareschi voltou a falar ao público australiano em grande auditório localizado no belíssimo campus da ANU. Desta vez, sobre a Teologia da Libertação.

Depois da palestra, John Minns mostrou o filme mexicano "O Crime do Padre Amaro", no qual um dos personagens é um padre católico praticante da Teologia da Libertação.

Mais uma vez, foi grande o intersse da platéia, que pode aprender e conhecer um pouco como se desenvolveu aquele importante movimento católico na América Latina.

Fica, assim, ao Pedrinho, bem como a outros brasileiros estudiosos e de bom coração que saem pelo mundo a divulgar aspectos importantes da cultura brasileira, o respeito e a homenagem desta coluna. E... aquele abraço!

16:57
Anónimo disse...
Amanda Kitts perdeu o braço esquerdo em um acidente de automóvel acontecido três anos atrás, mas hoje em dia ela joga futebol americano com seu filho de 12 anos de idade, troca fraldas e abraça as crianças nas três creches Kiddie Cottage que opera em Knoxville, Tennessee. Kitts, 40 anos, faz tudo isso com a ajuda de um novo tipo de braço artificial que se movimenta com mais facilidade do que outros aparelhos e que ela pode controlar utilizando apenas seus pensamentos.

"Eu sou capaz de mexer a mão, o pulso e o cotovelo ao mesmo tempo", diz. "Você pensa e os músculos se movem em seguida".

A recuperação que ela conseguiu resulta de um novo procedimento que vem atraindo crescente atenção porque permite que pessoas movam braços protéticos de forma mais automática do que faziam no passado, simplesmente utilizando nervos reaproveitados em seus cérebros.

A técnica, conhecida como "renervação muscular dirigida", envolve utilizar os nervos que restam depois da amputação de um braço e conectá-los a outro músculo do corpo, em geral no peito. Eletrodos são instalados sobre os músculos do peito, e operam como se fossem antenas. Quando a pessoa deseja mover o braço, o cérebro envia sinais que primeiro resultam em contração dos músculos do peito, os quais enviam um sinal ao braço protético, instruindo-se a se movimentar. O processo não requer mais esforços consciente do que a pessoa teria de exercitar caso ainda tivesse seu braço natural.

Na terça-feira, pesquisadores reportaram em estudo publicado pela versão online do Journal of the American Medical Association que haviam levado a técnica ainda mais à frente, tornando possível a execução de 10 movimentos de mão, pulso e cotovelo diferentes, o que representa uma substancial melhora com relação ao típico repertório protético, que em geral envolve apenas dobrar o cotovelo, girar o pulso e abrir a mão.

"Os novos métodos tiveram impacto dramático em nosso campo de trabalho", disse Stuart Harshbarger, engenheiro biomédico na Universidade Johns Hopkins e diretor do programa de pesquisa sobre próteses, financiado pelas forças armadas, que inclui o trabalho com essa técnica. "O método já está em uso por médicos e cirurgiões comuns em todo o país. A capacidade de controlar um membro protético bastante robusto que ele confere surpreendeu a todos pela qualidade".

Tipicamente, uma pessoa que tenha um braço protético só é capaz de executar alguns poucos movimentos, e muitas vezes com tamanha lentidão que isso só permite a ela atividades limitadas.

Há um motor separado para cada movimento, diz Gerald Loeb, professor de engenharia biomédica na Universidade do Sul da Califórnia, "e esses motores precisam ser controlados de maneira explícita", usualmente por um esforço consciente da pessoa para contrair músculos nas costas ou no bíceps.

"Essencialmente, até agora os pacientes controlavam apenas um motor de cada vez", diz Loeb, "e precisavam pensar cuidadosamente sobre que motor desejavam controlar e como fazê-lo operar, em lugar de simplesmente pensarem em mover o braço e poderem fazê-lo sem delongas".

Antes que Kitts passasse pelo procedimento de renervação, em outubro de 2007, por exemplo, ela precisava movimentar os músculos de suas costas de determinada maneira para fazer com que seu pulso girasse, e flexionar seu bíceps e tríceps para fazer com que o cotovelo se movesse para cima e para baixo. "Era muito trabalho", ela conta. "E não me ajudava muito".

O procedimento de renervação é parte de uma recente explosão de idéias novas e técnicas inovadoras que estão sendo exploradas enquanto os cientistas se esforçam por ajudar as pessoas a compensar melhor a perda de membros ou problemas de paralisia. O esforço vem sendo alimentado pelo aumento no número de amputações causado por diabetes e por ferimentos sofridos pelos militares, e ao mesmo tempo pelos avanços na tecnologia médica.

Os braços se tornaram um dos focos essenciais desse tipo de trabalho. A ciência há muito vem obtendo sucessos no desenvolvimento de próteses de perna, mas é muito mais difícil imitar a complexidade e a destreza das mãos e dos braços.

Os esforços em curso incluem o desenvolvimento de projetos de pele e braços mais sensíveis e mais flexíveis, e o uso de dispositivos acionados por controles sem fio implantado nos braços protéticos, que permitiriam movimentos mais naturais.

Os pesquisadores também vêm usando sensores implantados nos cérebros de cobaias para permitir que dois macacos controlem um braço mecânico, e um teste com um homem paralítico permitiu, com esse método, que ele movimentasse um cursor em uma tela de computador.

Alguns desses métodos, caso venham a ser aperfeiçoados plenamente e consigam aprovação das autoridades regulatórias da saúde, podem no futuro se tornar mais viáveis para os pacientes de amputações.

E embora a técnica da renervação não requeira aprovação das autoridades regulatórias porque é executada por meios cirúrgicos e emprega aparelhos já existentes, ela apresenta limitações que até mesmo seus criadores reconhecem, entre as quais o fato de que não se pode utilizá-la para todos os pacientes, o seu alto custo e o prazo de meses requerido para que os nervos reconectados cresçam e se tornem efetivos.

Ainda assim, os especialistas dizem que é o mais avançado sistema em uso hoje para pacientes reais que permite que o sistema nervoso controle diretamente o movimento de um braço artificial.

Desde sua introdução por Todd Kuiken, médico fisioterapeuta e engenheiro biomédico do Instituto de Reabilitação de Chicago, o método foi empregado em cerca de 30 pacientes nos Estados Unidos, Canadá e Europa, entre os quais oito soldados feridos no Iraque e no Afeganistão.

Muitos dos pacientes, entre os quais o primeiro, Jesse Sullivan, um operário do setor elétrico no Tennessee que perdeu os dois braços quando foi eletrocutado por um cabo, conseguem não apenas manipular seus braços protéticos mas sentir a presença das mãos que já não têm quando alguém toca em seus peitos.

Sullivan, 62 anos, e Kitts, estavam entre os cinco pacientes que participaram do estudo reportado na terça-feira. Em companhia de cinco outras pessoas que não passaram por amputações, eles receberam os eletrodos e foram instruídos a usar pensamentos para fazer com que um braço virtual na tela reproduzisse 10 movimentos diferentes, entre os quais três formas diferentes de aperto de mão.

Os pacientes apresentaram desempenho bastante respeitável, apenas um pouco mais lento e menos preciso do que os dos participantes que não tinham amputações.

"As velocidades de movimento que encontramos em nossos pacientes foram realmente encorajadoras", disse Kuiken. "Eles conseguiram completar a tarefa. É claro que não foram tão competentes quanto as pessoas dotadas de plena capacidade física, mas foram bons o bastante".

Um braço virtual foi usado porque a maioria das próteses existentes não era capaz de acomodar todos aqueles movimentos, no momento da pesquisa, ainda que Sullivan, Kitts e uma terceira paciente, Claudia Mitchell, tenham experimentado dois novos protótipos mais versáteis de braços artificiais, executando tarefas complexas com bolas de tênis e outros objetos.

O trabalho de renervação em soldados apresenta outros desafios, diz Kuiken, porque os ferimentos militares muitas vezes "causam danos muitos extensos" a nervos, músculos ou ossos.

Daniel Acosta, 25 anos, um aviador ferido pela detonação de uma bomba em uma estrada do Iraque em 2005, passou pelo procedimento no ano passado e diz que seu braço esquerdo protético agora se movimenta "muito mais rápido" e de maneira muito mais natural.

"A diferença é que agora não preciso mais pensar para mover o braço", ele diz. "Ele simplesmente se mexe".

Ainda assim, Acosta, de San Antonio, diz que "o processo foi bastante longo" e que os eletrodos precisam ser ajustados para receber os sinais à medida que os nervos crescem ou mudam de posição.

E embora elogiem o método, os especialistas afirmam que a ciência das próteses de braço ainda tem muito por avançar.

"Trata-se de uma parte crucial, mas ainda assim apenas uma parte, das muitas coisas que compreendem a função normal de um braço", disse Loeb, que escreveu um editorial que acompanha o artigo no Journal of the American Medical Association.

"No momento estamos a meio do caminho entre o braço de 'Dr. Fantástico', que fazia involuntariamente a saudação nazista, e o braço de Luke Skywalker em 'Guerra nas Estrelas', que funciona sem nenhum problema assim que é conectado. Creio que precisaremos ainda de muitos anos para conectar todas as peças necessárias a produzir um braço capaz de funcionar normalmente".

17:04
Anónimo disse...
A Espanha disse neste sábado que está preparando uma reclamação oficial contra a decisão da Venezuela de expulsar um membro do Parlamento Europeu que criticou o conselho eleitoral venezuelano.
Luis Herrero, membro do partido conservador espanhol PP, foi deportado na sexta-feira depois que o Conselho Nacional Eleitoral (CNE) o acusou de questionar a imparcialidade da instituição antes de um referendo que pode permitir ao presidente Hugo Chávez permanecer no cargo indefinidamente.

Herrero estava na Venezuela como observador do referendo. Ele acusou Chávez de ter "comportamentos típicos de um ditador" por pedir a contenção de manifestações da oposição.

O governo da Espanha convocou um encontro com o embaixador da Venezuela em Madri para expressar a desaprovação sobre a expulsão de Herrero, disse um representante do Ministério das Relações Exteriores espanhol.

As relações da Venezuela com a Espanha tiveram seu ponto crítico em 2007, quando Chávez ameaçou rever acordos diplomáticos e comerciais depois de ouvir um "cala a boca" do rei espanhol Juan Carlos durante uma cúpula.

A fenda foi oficialmente reparada em 2008, com uma visita oficial de Chávez à Espanha, onde ele cumprimentou o rei e discutiu acordos para investimento no setor petroquímico com o primeiro-ministro José Luis Rodriguez Zapatero.

17:06
Anónimo disse...
A polícia do Zimbábue anunciou neste sábado que acusa de traição Roy Bennett, dirigente do até agora opositor Movimento para a Mudança Democrática (MDC), detido na sexta-feira, em Harare, poucas horas antes da cerimônia de posse dos membros do novo gabinete.

"A Polícia nos informou que vão apresentar acusações de traição", disse à agência EFE o advogado de defesa de Bennett, Trust Maanda.

"Tentam relacionar Roy com o caso de Mike Hitschmann, que foi detido em 2006 em relação à descoberta de um carregamento de armas, apesar de que Hitschmann não tenha sido declarado culpado das acusações de traição apresentadas contra ele, mas de um crime menor de descumprimento de leis", disse Maanda.

O político opositor, designado por seu partido como vice-ministro de Agricultura no Governo de união nacional, esteve no exílio na vizinha África do Sul desde 2006 e retornou ao Zimbábue há duas semanas.

Segundo a Polícia, que deteve Bennett ontem no aeroporto de Harare quando pretendia ir à África do Sul para visitar sua família, as armas apreendidas em 2006 seriam utilizadas em um golpe de Estado para derrubar o presidente do Zimbábue, Robert Mugabe.

Depois da detenção, Bennet foi levado a Mutar, onde vários simpatizantes do MDC se concentraram em frente à delegacia na qual estava detido, diante do que a Polícia respondeu com tiros para o alto para dispersar os manifestantes.

17:07
Anónimo disse...
Austrália: 14 mil se candidatam a 'emprego dos sonhos'

A secretaria de Turismo de Queensland, na Austrália, informou que até esta segunda-feira já recebeu cerca de 14 mil inscrições para o "o melhor emprego do mundo". O Estado australiano promove pela internet seleção para vaga de "zelador" da ilha Hamilton, por seis meses com um salário de R$ 40 mil.

Muitos candidatos tiveram problemas durante a inscrição por conta dos acessos simultâneos ao site. A secretaria aconselha enviar os vídeos de 60s explicando porque deve ser escolhido em horários alternativos do dia, além de recomendar tamanho em torno de 40MB.

As inscrições começaram em 12 de janeiro e vão até o próximo dia 22 e podem ser feitas pelo site www.islandreefjob.com. O governo australiano escolherá 50 candidatos para a próxima fase da seleção, que terá votos do público para eleger um dos 11 finalistas.

A última fase terá entrevistas e desafios físicos, no próprio local de trabalho: as ilhas da Grande Barreira Coralina - o maior recife de coral do mundo. A secretaria de Turismo anunciará o vencedor no dia 6 de maio.

17:09
Anónimo disse...
Mercado elogia governo na crise, mas pede maior queda no juro

Peter Fussy
Direto de São Paulo

Desde as primeiras medidas anunciadas para combater os efeitos da crise, o governo brasileiro avisou que a estratégia não contemplaria um pacote. Seriam doses pontuais, de acordo com a necessidade da economia diante do agravamento das turbulências. Da primeira liberação dos depósitos compulsórios em setembro até a ampliação do seguro-desemprego na última quarta-feira, o governo passou por redução de impostos, ampliação de crédito e incentivos à exportação. Quase 150 dias após a primeira medida, o Terra conversou com líderes do setor público e privado, representantes dos trabalhadores, acadêmicos e com o próprio governo para saber quais destas ações foram mais eficazes, quais foram mais ineficientes e o que mais pode ser feito pelo Estado brasileiro contra a crise.

Os maiores elogios foram direcionados à atitude de reduzir o Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) para a indústria automobilística, anunciada em dezembro e que fez com que os emplacamentos de carros novos subissem 1,9% no primeiro mês do ano em relação a dezembro de 2008. Já as maiores críticas foram para a lentidão no corte da taxa básica de juro do País.

Para o presidente do conselho administrativo do Grupo Pão de Açúcar, Abílio Diniz, o Estado não é responsável pela crise e mesmo assim está agindo "com extrema serenidade e muito acerto". "O governo está atento, fazendo a sua parte. É preciso coragem de baixar firmemente a taxa de juros. É uma arma que temos a nosso favor, já que não há clima para inflação, nem possibilidade de danos para a macroeconomia", afirmou Diniz.

Na última reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), em janeiro, a taxa Selic foi reduzida em um ponto percentual, de 13,75% para 12,75% ao ano. Porém, o professor de economia da Universidade de Brasília (UnB) José Luiz Oreiro lembra que este corte representa uma redução de apenas 0,25 ponto percentual com relação à taxa de setembro do ano passado, quando a crise se agravou.

"Pouco antes da eclosão da crise, o Banco Central aumentou a taxa em 0,75 ponto. Foram cinco meses de demora para reduzir em termos líquidos apenas 0,25 ponto", afirmou o economista, que também sugeriu redução do intervalo de cerca de 90 dias entre as reuniões do Copom e o corte de pelo menos um 1 ponto percentual em cada reunião.

Mesmo com o corte de janeiro, a taxa de juros real continua sendo a maior do mundo, lembrou o secretário-geral da Força Sindical, João Carlos Gonçalves, o Juruna. "A redução da taxa de juro ainda é pequena, porque ela continua uma das mais altas do mundo. Falta ousadia para baixar os juros e ajudar o cidadão. A permanência da taxa de juro alta é negativa para o País em meio a crise", afirmou Juruna.

Embora aprove as ações do governo, o senador Aloízio Mercadante (PT-SP) também acredita que o patamar da Selic está muito alto. "Sempre fomos os primeiros a entrar em qualquer crise, o que não aconteceu agora. A taxa Selic ainda é muito alta, mas o governo têm tomado medidas acertadas, como o aumento do salário mínimo, mesmo com um cenário de crise. Isso ajuda a movimentar o consumo. O governo está se esforçando para manter os investimentos e o crescimento", disse.

Tributos
De acordo com o economista Fabio Pina, da Fecomercio-SP, as ações mais positivas estão relacionadas à redução de tributos para alguns segmentos, como a indústria automobilística, que recuperou parte da queda nas vendas em janeiro com a isenção do IPI para carros 1.0 l e o corte para demais motorizações. A medida vale até o final de março.

"Essas medidas não só reduziram o preço, mas anteciparam o consumo daqueles que iriam comprar no futuro, dando um prêmio por conta da insegurança. Mexe diretamente com o principal problema que é a confiança do consumidor", afirmou. Juruna destacou que um bom ritmo de vendas é garantia de emprego. "É importante porque cada emprego na montadora significa 19 na cadeia produtiva", comentou o representante da Força Sindical.

Também em dezembro, o governo decidiu cortar pela metade a alíquota do Imposto de Renda para contribuintes que ganham entre R$ 1.434 e R$ 2.150 mensais. "O salário aumentava e a tabela não se modificava. As pessoas ganhavam mais e pagavam mais impostos", apontou Juruna. Outra redução de tributos do governo foi com relação ao Imposto sobre Operações Financeiras (IOF), que caiu de 3% ao ano para 1,5%.

Crédito
Na segunda metade de 2008, o colapso de bancos nos Estados Unidos por conta da crise do subprime provocou uma forte restrição de crédito no mundo inteiro. Uma das primeiras medidas anticrise do governo teve como objetivo restabelecer a oferta, com mudanças no recolhimento dos depósitos compulsórios por parte dos bancos. Segundo o presidente do Banco Central, Henrique Meirelles, as diversas modificações liberaram US$ 99,2 bilhões aos bancos até o final de janeiro.

Além disso, o governo concedeu R$ 36 bilhões das reservas internacionais para empresas brasileiras com dívidas no exterior e uma medida provisória autorizou o Banco do Brasil e a Caixa Econômica Federal a comprar carteiras de crédito de bancos privados. Para o diretor do Departamento de Pesquisas e Estudos Econômicos da Fiesp, Paulo Francini, estas medidas foram essenciais para combater os efeitos da crise.

"A crise se desenvolve no mundo em torno do tema crédito. E o crédito reduziu-se barbaridade no mundo. Então o governo lança mão de compulsório, lança mão de reservas, de medidas que permitem aos bancos comprar carteiras de bancos. Você vai tomando várias medidas para atender às demandas e o epicentro disso é crédito", afirmou.

No entanto, Oreiro, da UnB, adverte que a liberação dos compulsórios seria mais eficiente acompanhada de redução mais agressiva da taxa básica de juro. "Uma parte do crédito voltou, depois da forte retração em outubro e novembro. O que deveria ter sido feito junto à liberação do compulsório era uma redução mais drástica da taxa de juro. Sem isso, os bancos pegam as reservas e acabam comprando títulos públicos", explicou o economista.

Na opinião de Pina, as ações de distribuição de crédito via redução do compulsório e a disposição de capital de giro para empresas foram tomadas sem um cuidado maior na operação e não tiveram muito efeito. "O BNDES tem linhas que ficam paradas quase todo o ano, agora é pior ainda. Existem os recursos, mas as empresas e os bancos estão desconfiados. É preciso fazer com que os bancos tenham interesse em emprestar", afirmou o economista da Fecomercio-SP.

Futuro
Mesmo com todas essas medidas, a crise financeira ainda gera incertezas nos setores produtivos do País. Nos últimos meses, o medo do desemprego fez os consumidores adiarem compras. Por sua vez, a queda nas vendas pode obrigar as indústrias a cortarem a produção e demitir funcionários. Contra isso, empresários sugerem redução de jornada e de salários.

"Isto está previsto em lei. A Fiesp simplesmente manteve conversações com entidades sindicais quanto à aplicação daquilo que já está previsto em lei", afirmou Francini.

Segundo a ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff, uma das medidas que assegura um nível de emprego é a manutenção de investimentos no Programa de Aceleração do Crescimento (PAC). "Estamos esperando que a dificuldade ocorra em janeiro, fevereiro e março. Estamos certos que vamos manter o nível de investimento. É isso que funciona, é isso que significa investimento público. Ele funciona como um colchão. Por isso, nós colocamos R$ 100 bilhões no BNDES e a Petrobras ampliou o seu investimento em R$ 120 bilhões", afirmou.

Na mesma linha, Pina explica que a antecipação de gastos do governo substitui parte da demanda retraída do setor privado. "Ele dá o seguinte recado: não vou estourar as contas públicas, mas concentrar em um momento em que a demanda privada está pequena. Mas o governo não tem fôlego suficiente para fazer o papel de toda demanda", ressaltou. O economista da Fecomercio lembrou que a entidade já pleiteou junto ao governo isenções para transferência de imóveis e de automóveis, além de retirar o IPVA para veículos novos.

Já Oreiro foca suas propostas na capitalização do Banco do Brasil e da Caixa Econômica Federal pelo Tesouro para atender a demanda de crédito para capital de giro e reduzir o spread. "Aumentando o empréstimo e reduzindo as taxas, os dois vão forçar os bancos privados a acompanhar o movimento, até para não perderem participação no mercado", explicou o economista da UnB.

Até o Carnaval, o governou prometeu detalhar um pacote de incentivos para a construção de até um milhão de casas populares, direcionado a famílias com renda de até dez salários mínimos. "Estamos atentos a tudo o que está acontecendo e novas medidas serão tomadas caso haja uma avaliação de que sejam necessárias", disse o ministro da Fazenda, Guido Mantega, na última sexta-feira.

17:11
Anónimo disse...
Ex-ministro critica extensão do seguro-desemprego

Atualizada às 09h03

O ex-ministro do Trabalho Almir Pazzianotto criticou a decisão do governo federal de conceder o seguro-desemprego estendido a apenas alguns setores. "É certamente odioso e provavelmente inconstitucional", disse Pazzianotto, de acordo com o jornal O Estado de S. Paulo.

Na última qurta, dia do anúncio da medida, centrais sindicais elogiaram a atitude do governo. A Força Sindical divulgou nota dizendo que "o aumento ajudará a aquecer parte da economia, já que irá gerar mais consumo, produção e conseqüentemente, a criação de novos postos de trabalho". A União Geral dos Trabalhadores (UGT) afirmou que a medida "contribuirá para minimizar o drama dos trabalhadores que perderem seu emprego por conta da crise".

O ex-ministro, que instituiu o seguro-desemprego no País no governo de José Sarney, destacou a necessidade de as centrais sindicais se manifestarem contra a determinação. Para ele, as mudanças devem ser aplicadas a todas as categorias profissionais e a distinção é contrária ao artigo 3º da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT).

Pazzianotto atribui a medida a um possível temor do governo de que a crise econômica seja longa e não haja dinheiro para atender a todas as necessidades. Ainda assim, ele se mostra contrário ao método de concessão. "O seguro-desemprego ajuda a sanar necessidades básicas. Estendê-lo é paliativo, não a solução", disse ao jornal.

De acordo com o presidente do Conselho Deliberativo do Fundo de Amparo ao Trabalhador (Codefat) e conselheiro da Força Sindical, Luiz Fernando Emediato, a determinação já estava prevista na lei 8.900/94, que trata do seguro-desemprego.

O presidente da Comissão de Trabalho da Câmara, Pedro Fernandes (PTB-MA) vai além na crítica à concessão do seguro para apenas alguns setores. Ele acredita que a ampliação do benefício estimula o desemprego.

Quintino Severo, secretário geral da Central Única dos Trabalhadores (CUT), lembra que a ampliação do benefício sem critério e identificação pode incentivar demissões em outros setores.

17:13
Anónimo disse...
Empresas
TAM faz promoção para destinos internacionais

A companhia aérea TAM anunciou nesta sexta-feira tarifas promocionais para trechos internacionais. Os preços valem para bilhetes comprados entre 6h deste sábado e 23h59 deste domingo e são válidos para classe econômica. As tarifas, para ida e volta, serão vendidas a partir de US$ 99, mais taxas.

Segundo a aérea, a promoção vale para viagens feitas no período de 14 de fevereiro a 18 de junho de 2009. Para destinos na América do Sul, a permanência mínima é de dois dias; para bilhetes com destino nos Estados Unidos, cinco dias; e Europa, sete dias. A permanência máxima para as passagens para América do Sul e EUA é de dois meses e para Europa, três meses.

Entre os exemplos de tarifas promocionais, a TAM oferece São Paulo-Lima por US$ 99. Bilhetes para a rota São Paulo-Santiago serão vendidos a partir de US$ 199 e São Paulo-Nova York, US$ 799.

A emissão dos bilhetes deve ser feita obrigatoriamente no ato da reserva, obedecendo às regras estipuladas pela companhia. A compra está sujeita à disponibilidade de assentos nas classes tarifárias determinadas, trechos, horários e datas. A TAM afirmou que também há tarifas promocionais para a classe executiva.

Mais informações podem ser encontradas no site promocional (www.ofertastam.com.br), no site da empresa (www.tam.com.br) ou pelos telefones 4002-5700 ou 0800 5705700.

17:13
Anónimo disse...
Empresas
Consultoria negocia compra do parque temático Hopi Hari

A consultoria especializada em reestruturação de empresas Íntegra Associados informou nesta sexta-feira ter um acordo para comprar o parque de diversões Hopi Hari, localizado no interior de São Paulo. A empresa estaria disposta a investir R$ 10 milhões no parque, que tem dívida estimada em R$ 800 milhões. As informações são da edição deste sábado do jornal Folha de S. Paulo.

De acordo com o jornal, a transação ainda depende da negociação entre o Hopi Hari e seus credores, o que já estaria em andamento.

A consultoria paulista já atuou junto à Parmalat, durante 30 meses, quando reorganizou a gestão da empresa italiana.

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17:14
Anónimo disse...
Empresas
Disney de Tóquio contratará mais 2 mil apesar da crise


A Oriental Land, o operador da Disneylândia Tóquio e DisneySea, organizou neste domingo entrevistas para contratar cerca de 2 mil trabalhadores em tempo parcial, em um momento de grandes demissões deste tipo de empregados no Japão.

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O operador deste parque temático, situado em Urayasu, na província de Chiba (leste de Tóquio), está em pleno processo de seleção de empregados para 20 tipos de postos trabalhistas diferentes.

Segundo a companhia, citada pela agência local de notícias Kyodo, o parque contratará novos trabalhadores para as atrações, para os restaurantes e guardas de segurança entre outros. Os novos contratados começarão a trabalhar a partir de fevereiro.

O processo de seleção acontece em um momento em que a maioria das grandes companhias japonesas começaram a se ver obrigadas a despedir uma elevada percentagem de seus trabalhadores temporários e a tempo parcial.

Algumas inclusive anunciaram demissões de seus trabalhadores fixos, uma medida muito pouco comum nas companhias japonesas, perante os efeitos piores que o esperado pela crise econômica global.

Cerca de uma centena de pessoas esperavam desde a primeira hora desta manhã a abertura do centro de conferências Tokyo International Forum, onde as entrevistas estão sendo feitas, para ser os primeiros a solicitar os postos de trabalho.


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17:15
Anónimo disse...
Economia Internacional
Senado dos EUA aprova plano de estímulo à economia

O Senado dos Estados Unidos aprovou com 60 votos a favor e 38 contra o plano de estímulo à economia de US$ 787 bilhões na madrugada deste sábado. Agora, ele segue para sanção ou veto do presidente Barack Obama, que espera colocar a lei em prática até o dia 16 de fevereiro.

O plano prevê a criação de três milhões de empregos, inclui cortes de impostos às famílias, fundos para programas sociais e obras públicas, além de ajuda aos governos estaduais, estudantes e desempregados.

A cláusula Buy American - que exige o uso de ferro, aço e produtos manufaturados dos Estados Unidos em obras realizadas com recursos do pacote - ficou de lado. Segundo o texto definitivo, a cláusula será aplicada sem violar as normas do comércio internacional.

Ontem à tarde, a Câmara de Representantes (deputados) havia aprovado, por 246 votos a favor e 183 contra, a versão final do plano. Todos os republicanos foram contrários ao pacote.

Pelo acordo de quarta-feira entre Câmara e Senado, em vez de custar US$ 819 bilhões, como queriam os deputados, ou US$ 838 bilhões como pretendiam os senadores, o pacote ficou em cerca de US$ 787 bilhões, com 65% desse total destinado a gastos do governo federal e 35%, a créditos tributários.

17:16
Anónimo disse...
Economia nacional
Na era Lula, aposentadoria sobe 54% menos que salário mínimo

Thatiane Faria
Especial para o Terra
Direto de São Paulo

Os índices de reajustes concedidos pelo governo em 2009 para aposentados e pensionistas e para o salário mínimo repetiram uma diferença que, só durante o governo de Luiz Inácio Lula da Silva, já chega a 54%. Enquanto o mínimo foi majorado em 12% este ano, as pensões e aposentadorias tiveram aumento de 5,92%. Aposentados que têm o benefício do governo como única fonte de renda reclamam que perdem poder de compra e que sua cesta de compras é composta por itens que aumentam mais em relação à inflação oficial.

Um exemplo prático pode ser entendido a partir da comparação entre um aposentado que ganhava R$ 600 em janeiro de 2003. Na época, o benefício era três vezes, ou 200%, maior que o valor do mínimo em vigência, que era de R$ 200. Aplicando-se os índices de reajuste para aposentadorias e para o mínimo durante os últimos seis anos, o mesmo aposentado estaria recebendo hoje R$ 938,47, comparado a um salário mínimo de R$ 465. A diferença entre os dois valores caiu para pouco mais de 100%.

Enquanto o índice acumulado de reajuste para a aposentadoria durante o governo Lula foi de 60%, para o salário mínimo está em 132%.

O diretor do Sindicato Nacional dos Aposentados, João Inocentini, reclama que os valores dos benefícios para aposentadorias não mantêm o poder de compra do grupo, principalmente dos aposentados que recebem menos que dez salários mínimos.

Nem mesmo o fato de o índice de reajuste das aposentadorias ter ficado acima da inflação acumulada no mesmo período (o IPCA entre janeiro de 2003 e janeiro de 2009 foi de 39,7%) serve de argumento, segundo os aposentados.

"Os idosos, principalmente, têm gastos além das contas gerais como gás, telefone e aluguel. Para eles o custo com remédios, e outros itens da área saúde costuma ser maior", afirmou Inocentini.

O presidente do sindicato afirmou que o grupo realiza um estudo com 100 itens de necessidade de um idoso para comparar o aumento dos produtos com o índice de reajuste do benefício recebido pelos aposentados.

"Daqui dois meses vamos abrir um processo na Justiça e levar essa pesquisa como prova. Segundo a lei, o governo é obrigado a manter o poder de compra com a aposentadoria", disse Inocentini.

Alternativas
O consultor financeiro Cláudio Boriola diz que os aposentados, especialmente nesse momento de crise econômica, devem evitar compras parceladas, pesquisar preços, negociar e fazer bom planejamento financeiro.

Segundo Boriola, alguns aposentados ganham um valor mensal muitas vezes insuficiente para o pagamento das contas e acabam pedindo crédito ou realizando pagamentos a prazo e são obrigados a pagar juros altos.

Na opinião do consultor, pagar uma previdência privada é uma alternativa indicada para quem ainda trabalha, considerando a característica de perda de poder de compra da aposentadoria.

"Na prática, infelizmente os valores encontram-se em um patamar que está deteriorando o poder de aquisição da população brasileira", completou Boriola.

De acordo com o diretor da Confederação Brasileira de Aposentados e Pensionistas (Cobap), Vicente Fernandes Barbosa, representantes dos aposentados tentarão um encontro com o presidente da Câmara, deputado Michel Temer (PMDB-SP), para discutir projetos que minimizem a perda dos aposentados

17:17
Anónimo disse...
Previdência
Previdência prorroga isenção de tarifas no benefício

O atual sistema de pagamento aos 26 milhões de aposentados e pensionistas do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) será mantido até o final deste ano. O acordo, que permite realizar a operação sem nenhum custo aos beneficiários, foi renovado nesta sexta-feira, entre o governo federal e 21 instituições financeiras.

Por meio desse acordo, vigente desde setembro de 2007, nem os segurados, nem os bancos e nem o governo arcam com o pagamento de tarifas, conforme explicou o ministro da Previdência Social, José Pimentel. A prorrogação vale até dezembro, data máxima para que a Previdência defina as regras para um novo contrato.

Ao assinar o termo de renovação, na sede da Federação Brasileira dos Bancos (Febraban), o ministro disse que a intenção do governo é mudar o atual modelo de gestão visando a reduzir os custos dessas operações em torno da folha mensal, que atinge R$ 15,8 bilhões. No entanto, qualquer alteração, conforme explicou, passará antes por audiências públicas a serem realizadas a partir do segundo semestre deste ano, atendendo a determinação do Tribunal de Contas da União (TCU).

De acordo com Pimentel, com um redesenho do mecanismo de repasse dos recursos aos bancos em torno da folha de pagamento dos segurados o que se busca é um aumento da participação de instituições financeiras. Ele informou que, desde 2007, cada benefício custa em média R$ 1,07 ao governo. "Quanto mais instituições financeiras estiverem prestando serviços à sociedade, maior é a competitividade, a agilidade no atendimento", justificou.

O ministro observou, ainda, que, para permitir uma redução para algo em torno de meia hora no tempo de atendimento para a concessão dos direitos previdenciários, o governo investiu R$ 280 milhões.

Questionado sobre o descontentamento dos segurados que ganham acima de um salário mínimo terem obtido apenas a correção com base na variação do Índice de Preços ao Consumidor (INPC) , ficando abaixo do reajuste dado a quem recebe apenas o mínimo, Pimentel argumentou que o governo seguiu o que determina a lei e descartou a possibilidade de uma revisão

17:17
Anónimo disse...
Empresas
Caterpillar oferece aposentadoria antecipada a 2 mil


A companhia americana Caterpillar ofereceu a cerca de dois mil funcionários incentivos para que se aposentem de forma voluntária antes do previsto, pela perspectiva de uma queda "significativa" da atividade industrial, informou nesta quarta-feira a empresa.

A iniciativa, destinada aos trabalhadores de diversas fábricas em Illinois, Colorado, Tennessee e Pensilvânia, se soma aos cortes de empregos anunciados em janeiro, explicou em comunicado de imprensa.

A empresa, a maior fabricante mundial de maquinaria pesada para a construção e a mineração, acrescentou que, "em função das condições de negócio, podem ser necessárias mais reduções de elenco voluntárias e involuntárias à medida que o ano avança".

O vice-presidente da companhia, Sid Banwart, explicou que a empresa prevê "demissões significativas em todas as regiões geográficas e na maioria dos setores devido às dificuldades da economia mundial".

17:18
Anónimo disse...
Comércio
Comércio exterior da OCDE caiu no 3º trimestre de 2008


As exportações e as importações dos países da Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Econômico (OCDE) caíram 1,6% e 0,2%, respectivamente, no terceiro trimestre de 2008, em relação aos três meses anteriores.

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Trata-se da primeira queda destas atividades desde o terceiro trimestre de 2006, segundo o último relatório trimestral sobre fluxos comerciais divulgado pela OCDE.

As exportações e as importações em dólares dos 30 Estados-membros caíram 15,6% e 17%, respectivamente, na comparação anualizada.

Por sua vez, o comércio dos sete países mais ricos do mundo (G7) teve um pequeno crescimento no terceiro trimestre de 2008 com uma queda das exportações de mercadorias de 0,2% em relação ao trimestre anterior e um aumento de 0,4% das importações.

Em termos anualizados, as importações do G7 caíram 1,4% entre julho e setembro do ano passado, seu primeiro retrocesso desde o terceiro trimestre de 2006, enquanto as exportações aumentaram 1,9%, seu crescimento mais baixo no mesmo tempo.

Por países, a Alemanha aumentou suas importações em 3,4% - valor mais alto do G7 -, enquanto suas exportações caíram 2,9% do segundo para o terceiro trimestre de 2008.

Pelo contrário, as exportações americanas aumentaram 1,8% entre julho e setembro de 2008, enquanto as importações caíram 0,7% em relação ao trimestre anterior. No Japão, tanto as importações quanto as exportações caíram em torno de 1% no mesmo período.

Anónimo disse...

17:19
Anónimo disse...
Economia Nacional
Lula: juros de crédito consignado a aposentados são altos

Atualizada às 17h29

O presidente Luis Inácio Lula da Silva afirmou nesta terça-feira, em São Paulo, que está lutando para reduzir as taxas de juros cobradas de aposentados em crédito consignado. A Previdência Social estabelece uma taxa máxima de 2,5% para empréstimo e de 3,5% para cartão. Para Lula, os valores são altos.

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"Acho que o juro que os aposentados estão pagando hoje com o crédito consignado é alto para o padrão brasileiro", disse o presidente durante a cerimônia de comemoração dos 86 anos do INSS.

A Previdência anunciou nesta terça-feira que aposentados e trabalhadoras com licença-maternidade poderão receber seus benefícios em 30 minutos. De acordo com Lula, em junho, a aposentadoria do trabalhador rural também será conseguida em meia hora.

Além disso, o presidente anunciou que, também em junho, os trabalhadores que alcançarem o direito à aposentadoria passarão a receber em suas casas um comunicado da Previdência informando o fato e o valor do salário que têm direito a receber. "É um comprometimento público que estou fazendo com os companheiros da Previdência Social", disse.

"Estamos retribuindo ao contribuinte da Previdência Social aquilo que é a cidadania que ele tem direito", afirmou Lula. "Se para cobrar nós somos tão precisos, para devolver o dinheiro, temos que chegar próximo à perfeição", completou.

17:20
Anónimo disse...
Economia Nacional
Salário maternidade sairá em 30 minutos, diz ministro

Toda trabalhadora autônoma que tiver contribuído pelo menos 10 meses com o Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) - ou as que possuírem carteira assinada - poderão receber em 30 minutos o salário maternidade a partir desta terça-feira. Da mesma forma, as mulheres com 30 anos de contribuição e os homens com 35 anos também terão direito ao benefício de forma mais rápida. A informação é do ministro da Previdência Social, José Pimentel.

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Para requerer o salário maternidade, é preciso que as autônomas levem a carteira de identidade e o carnê de contribuição. As demais trabalhadoras devem apresentar a identificação e a carteira de trabalho. Desde o início do mês, a nova forma de análise para a concessão de benefícios foi adotada para a aposentadoria por idade do trabalhador urbano e agora foi estendida para o salário maternidade e por tempo de contribuição.

O ministro disse que a qualificação do serviço da previdência social é o reconhecimento do direito dos trabalhadores e da afirmação da cidadania.

"Até pouco tempo na cabeça do cidadão o serviço devia ser de péssima qualidade. Agora não, nós modificamos toda a legislação no mês de dezembro numa ação conjunta do Congresso Nacional com o governo federal. Estamos implantando e concedendo os benefícios em até 30 minutos", afirmou.

O ministro destacou que para conseguir se aposentar ou ter acesso à licença maternidade em 30 minutos, em primeiro lugar, é necessário que o cidadão esteja vinculado à Previdência, o que inclui 65% da população acima de 16 anos de idade.

"Depois bastar marcar pelo sistema 135 o dia e a hora do atendimento e levar a documentação. Se todos os dados necessários estiverem corretos o contribuinte será atendido em até 30 minutos, como vem sendo feito com as aposentadorias por idade desde o dia cinco de janeiro", explicou.

Pimentel disse ainda que em 90% das agências da previdência social o atendimento é marcado em até 48 horas. Nos grandes centros, entretanto existe um volume maior o que torna mais lento o processo.

"Estamos criando mais 715 agências até 2010, em todo o território nacional, para descentralizar o atendimento. Em 2008, atendemos 295 mil benefícios e aposentadorias por idade. Temos 4 mil pessoas por dia procurando e se aposentando por idade no território nacional. Este serviço será agilizado", concluiu.
17:28
Anónimo disse...
Giuseppe Englaro, pai de Eluana, a italiana que morreu na segunda-feira passada por desidratação, recusou uma grande soma de dinheiro de um conhecido fotógrafo italiano que queria retratar a filha em estado de coma, disse neste sábado o neurologista que atendia a mulher desde 1996, Carlo Defanti.

O neurologista, que participou hoje de uma conferência sobre eutanásia, disse que Englaro respeitou a vontade da filha, que, antes do acidente, tinha pedido que, se lhe ocorresse qualquer coisa irreversível, apresentasse sua imagem de quando estava em boas condições.

Antes de sofrer o acidente de trânsito, em 1992, Eluana viveu o coma de um amigo, Alessandro, o que causou forte impacto na italiana e a levou a fazer o pai prometer que não a deixasse viver em estado vegetativo, disse o próprio Giuseppe Englaro.

Defanti, que dissera que Eluana poderia viver de dez a 12 dias depois da suspensão da alimentação e da hidratação, disse que, como médico, tinha que reprovar esta afirmação.

"Não se pode sobreviver após três ou quatro dias sem líquido e, em particular, água em um corpo. Sabemos bem que, quando há um terremoto, após quatro dias é difícil encontrar sobreviventes".

Defanti ressaltou que Eluana "não falava, não se comunicava com o exterior" e que, após vários exames, "nos deparamos com uma moça que tinha perdido a consciência", porque estava com o córtex cerebral prejudicado.

Eluana foi enterrada na quinta-feira passada no túmulo da família na localidade de Paluzza, em Udine, após um funeral que não contou com a presença dos pais.

16:53
Anónimo disse...
Os bombeiros combatem neste sábado os incêndios na Austrália favorecidos pelo bom tempo, enquanto os deslocados encotram em seu retorno casas derruídas, carros queimados nas ruas e destruição.

Depois de sete dias desde que começaram os incêndios no Estado de Victoria, a lista de mortos chega a 181, os desaparecidos somam 50, os edifícios destruídos totalizam 1,834 mil e o terreno arrasado, principalmente florestas, ocupa uma área de 4,13 mil quilômetros quadrados.

As equipes de bombeiros, formadas por 4 mil profissionais de Victoria, de outras partes da Austrália e de países amigos, combateram hoje 12 focos fora de controle e nenhum representava uma ameaça direta para a população.

O subdiretor do Serviço de Bombeiros, Geoff Conway, disse que este tempo favorável, que se prolongará durante o domingo, permite consolidar as linhas de contenção e avançar na extinção das chamas.

Cinzas apareceram arrastadas por ventos do nordeste sobre Melbourne, onde habitam 3,8 milhões de pessoas, e as autoridades alertaram aos cidadãos do risco para a saúde de idosos, crianças e pessoas com problemas respiratórios.

O número de pessoas deslocadas - a Cruz Vermelha chegou a receber 7 mil - começou a cair com a abertura de algumas localidades atingidas.

Os incêndios, alguns criminosos, começaram em 7 de fevereiro, quando a região sul da Austrália estava há duas semanas sob uma onda de calor sem precedentes.

Na sexta-feira passada, a polícia acusou uma pessoa de ter provocado o incêndio que atingiu a localidade de Churchill e matou 21 pessoas.

16:55
Anónimo disse...
A primeira chuva em seis dias reduziu a ameaça de incêndios no Estado de Victoria, ao sul da Austrália. As autoridades, porém, advertiram que ainda existem 12 focos, mas que nenhum deles ameaça áreas povoadas.

Mais de quatro mil bombeiros, mil provenientes de outras partes do país e de outras nações, trabalham contra o fogo. Cerca de 600 veículos e 28 helicópteros e pequenos aviões estão sendo usados.


Eles conseguiram construir linhas de contenção para evitar os incêndios de Yarra e Maroondah se juntassem. Também foram controlados os incêndios abertos de Yea e Murrindindi, que ameaçavam as comunidades de Connellys Creek, Crystal Creek, Scrubby Creek e Native Dog Creek.

O número de mortos chegou a 181, mas as autoridades acreditam que as vítimas devem passar de 200, já que ainda há muitos desaparecidos.

16:55
Anónimo disse...
Aqui nesta coluna, na semana passada, tive a oportunidade de comentar sobre a recente visita do professor brasileiro Pedrinho Guareschi à Austrália. Não dei, porém, os fatos, pois semana passada o assunto era outro.

Hoje, porém, vamos a eles.

No último dia 4 de fevereiro, aconteceu o Seminário "Paulo Freire: Education and Liberation", organizado pelo centro de estudos latino-americanos da Universidade Nacional da Austrália, ou ANU, como é mais conhecida por aqui.

A ANU, para quem não sabe, está entre as 20 melhores universidades do mundo! E tem sede aqui em Camberra, capital da Austrália.

Na abertura do evento, o professor John Minns, diretor do centro latino-americano, ao dar boas-vindas ao público presente, lembrou ser aquele o primeiro seminário exclusivamente dedicado a Paulo Freire na Austrália.

Em seguida, convidou Pedrinho Guareschi, palestrante principal do Seminário, a fazer sua apresentação.

A plateia pode então conhecer, pelas palavras de Pedrinho, um pouco da obra e da vida de Freire, esse brasileiro de fé e valor, que sempre acreditou na educação, sobretudo dos menos favorecidos, analfabetos, como força libertadora.

Como não podia deixar de ser, os conceitos e ideias revolucionários de Paulo Freire, expostos com clareza por Pedrinho, despertaram o interesse e a curiosidade de plateia. A qual, deve-se notar, era na maioria de estudantes, mas de várias nacionalidades, sobretudo australianos e asiáticos.

Na continuação do programa do seminário, que se estendeu por dois dias, outros professores fizeram palestras sobre temas ligados à obra de Paulo Freire.

Interessante, por exemplo, saber que a professora Anne Hickling-Hudson, jamaicana que mora na Austrália há muitos anos (é professora da ANU), conheceu e trabalhou com Freire num workshop educacional durante a revolução na Ilha de Granada, em 1980, antes da invasão dos Estados Unidos...

Ou, então, a palestra da Professora Gerda Roelvink, da Nova Zelândia, que participou do Fórum Social de Porto Alegre em 2005. E essa participação transformou-se em tema de doutorado.

No dia 10, terça-feira passada, o padre Pedrinho Guareschi voltou a falar ao público australiano em grande auditório localizado no belíssimo campus da ANU. Desta vez, sobre a Teologia da Libertação.

Depois da palestra, John Minns mostrou o filme mexicano "O Crime do Padre Amaro", no qual um dos personagens é um padre católico praticante da Teologia da Libertação.

Mais uma vez, foi grande o intersse da platéia, que pode aprender e conhecer um pouco como se desenvolveu aquele importante movimento católico na América Latina.

Fica, assim, ao Pedrinho, bem como a outros brasileiros estudiosos e de bom coração que saem pelo mundo a divulgar aspectos importantes da cultura brasileira, o respeito e a homenagem desta coluna. E... aquele abraço!

16:57
Anónimo disse...
Amanda Kitts perdeu o braço esquerdo em um acidente de automóvel acontecido três anos atrás, mas hoje em dia ela joga futebol americano com seu filho de 12 anos de idade, troca fraldas e abraça as crianças nas três creches Kiddie Cottage que opera em Knoxville, Tennessee. Kitts, 40 anos, faz tudo isso com a ajuda de um novo tipo de braço artificial que se movimenta com mais facilidade do que outros aparelhos e que ela pode controlar utilizando apenas seus pensamentos.

"Eu sou capaz de mexer a mão, o pulso e o cotovelo ao mesmo tempo", diz. "Você pensa e os músculos se movem em seguida".

A recuperação que ela conseguiu resulta de um novo procedimento que vem atraindo crescente atenção porque permite que pessoas movam braços protéticos de forma mais automática do que faziam no passado, simplesmente utilizando nervos reaproveitados em seus cérebros.

A técnica, conhecida como "renervação muscular dirigida", envolve utilizar os nervos que restam depois da amputação de um braço e conectá-los a outro músculo do corpo, em geral no peito. Eletrodos são instalados sobre os músculos do peito, e operam como se fossem antenas. Quando a pessoa deseja mover o braço, o cérebro envia sinais que primeiro resultam em contração dos músculos do peito, os quais enviam um sinal ao braço protético, instruindo-se a se movimentar. O processo não requer mais esforços consciente do que a pessoa teria de exercitar caso ainda tivesse seu braço natural.

Na terça-feira, pesquisadores reportaram em estudo publicado pela versão online do Journal of the American Medical Association que haviam levado a técnica ainda mais à frente, tornando possível a execução de 10 movimentos de mão, pulso e cotovelo diferentes, o que representa uma substancial melhora com relação ao típico repertório protético, que em geral envolve apenas dobrar o cotovelo, girar o pulso e abrir a mão.

"Os novos métodos tiveram impacto dramático em nosso campo de trabalho", disse Stuart Harshbarger, engenheiro biomédico na Universidade Johns Hopkins e diretor do programa de pesquisa sobre próteses, financiado pelas forças armadas, que inclui o trabalho com essa técnica. "O método já está em uso por médicos e cirurgiões comuns em todo o país. A capacidade de controlar um membro protético bastante robusto que ele confere surpreendeu a todos pela qualidade".

Tipicamente, uma pessoa que tenha um braço protético só é capaz de executar alguns poucos movimentos, e muitas vezes com tamanha lentidão que isso só permite a ela atividades limitadas.

Há um motor separado para cada movimento, diz Gerald Loeb, professor de engenharia biomédica na Universidade do Sul da Califórnia, "e esses motores precisam ser controlados de maneira explícita", usualmente por um esforço consciente da pessoa para contrair músculos nas costas ou no bíceps.

"Essencialmente, até agora os pacientes controlavam apenas um motor de cada vez", diz Loeb, "e precisavam pensar cuidadosamente sobre que motor desejavam controlar e como fazê-lo operar, em lugar de simplesmente pensarem em mover o braço e poderem fazê-lo sem delongas".

Antes que Kitts passasse pelo procedimento de renervação, em outubro de 2007, por exemplo, ela precisava movimentar os músculos de suas costas de determinada maneira para fazer com que seu pulso girasse, e flexionar seu bíceps e tríceps para fazer com que o cotovelo se movesse para cima e para baixo. "Era muito trabalho", ela conta. "E não me ajudava muito".

O procedimento de renervação é parte de uma recente explosão de idéias novas e técnicas inovadoras que estão sendo exploradas enquanto os cientistas se esforçam por ajudar as pessoas a compensar melhor a perda de membros ou problemas de paralisia. O esforço vem sendo alimentado pelo aumento no número de amputações causado por diabetes e por ferimentos sofridos pelos militares, e ao mesmo tempo pelos avanços na tecnologia médica.

Os braços se tornaram um dos focos essenciais desse tipo de trabalho. A ciência há muito vem obtendo sucessos no desenvolvimento de próteses de perna, mas é muito mais difícil imitar a complexidade e a destreza das mãos e dos braços.

Os esforços em curso incluem o desenvolvimento de projetos de pele e braços mais sensíveis e mais flexíveis, e o uso de dispositivos acionados por controles sem fio implantado nos braços protéticos, que permitiriam movimentos mais naturais.

Os pesquisadores também vêm usando sensores implantados nos cérebros de cobaias para permitir que dois macacos controlem um braço mecânico, e um teste com um homem paralítico permitiu, com esse método, que ele movimentasse um cursor em uma tela de computador.

Alguns desses métodos, caso venham a ser aperfeiçoados plenamente e consigam aprovação das autoridades regulatórias da saúde, podem no futuro se tornar mais viáveis para os pacientes de amputações.

E embora a técnica da renervação não requeira aprovação das autoridades regulatórias porque é executada por meios cirúrgicos e emprega aparelhos já existentes, ela apresenta limitações que até mesmo seus criadores reconhecem, entre as quais o fato de que não se pode utilizá-la para todos os pacientes, o seu alto custo e o prazo de meses requerido para que os nervos reconectados cresçam e se tornem efetivos.

Ainda assim, os especialistas dizem que é o mais avançado sistema em uso hoje para pacientes reais que permite que o sistema nervoso controle diretamente o movimento de um braço artificial.

Desde sua introdução por Todd Kuiken, médico fisioterapeuta e engenheiro biomédico do Instituto de Reabilitação de Chicago, o método foi empregado em cerca de 30 pacientes nos Estados Unidos, Canadá e Europa, entre os quais oito soldados feridos no Iraque e no Afeganistão.

Muitos dos pacientes, entre os quais o primeiro, Jesse Sullivan, um operário do setor elétrico no Tennessee que perdeu os dois braços quando foi eletrocutado por um cabo, conseguem não apenas manipular seus braços protéticos mas sentir a presença das mãos que já não têm quando alguém toca em seus peitos.

Sullivan, 62 anos, e Kitts, estavam entre os cinco pacientes que participaram do estudo reportado na terça-feira. Em companhia de cinco outras pessoas que não passaram por amputações, eles receberam os eletrodos e foram instruídos a usar pensamentos para fazer com que um braço virtual na tela reproduzisse 10 movimentos diferentes, entre os quais três formas diferentes de aperto de mão.

Os pacientes apresentaram desempenho bastante respeitável, apenas um pouco mais lento e menos preciso do que os dos participantes que não tinham amputações.

"As velocidades de movimento que encontramos em nossos pacientes foram realmente encorajadoras", disse Kuiken. "Eles conseguiram completar a tarefa. É claro que não foram tão competentes quanto as pessoas dotadas de plena capacidade física, mas foram bons o bastante".

Um braço virtual foi usado porque a maioria das próteses existentes não era capaz de acomodar todos aqueles movimentos, no momento da pesquisa, ainda que Sullivan, Kitts e uma terceira paciente, Claudia Mitchell, tenham experimentado dois novos protótipos mais versáteis de braços artificiais, executando tarefas complexas com bolas de tênis e outros objetos.

O trabalho de renervação em soldados apresenta outros desafios, diz Kuiken, porque os ferimentos militares muitas vezes "causam danos muitos extensos" a nervos, músculos ou ossos.

Daniel Acosta, 25 anos, um aviador ferido pela detonação de uma bomba em uma estrada do Iraque em 2005, passou pelo procedimento no ano passado e diz que seu braço esquerdo protético agora se movimenta "muito mais rápido" e de maneira muito mais natural.

"A diferença é que agora não preciso mais pensar para mover o braço", ele diz. "Ele simplesmente se mexe".

Ainda assim, Acosta, de San Antonio, diz que "o processo foi bastante longo" e que os eletrodos precisam ser ajustados para receber os sinais à medida que os nervos crescem ou mudam de posição.

E embora elogiem o método, os especialistas afirmam que a ciência das próteses de braço ainda tem muito por avançar.

"Trata-se de uma parte crucial, mas ainda assim apenas uma parte, das muitas coisas que compreendem a função normal de um braço", disse Loeb, que escreveu um editorial que acompanha o artigo no Journal of the American Medical Association.

"No momento estamos a meio do caminho entre o braço de 'Dr. Fantástico', que fazia involuntariamente a saudação nazista, e o braço de Luke Skywalker em 'Guerra nas Estrelas', que funciona sem nenhum problema assim que é conectado. Creio que precisaremos ainda de muitos anos para conectar todas as peças necessárias a produzir um braço capaz de funcionar normalmente".

17:04
Anónimo disse...
A Espanha disse neste sábado que está preparando uma reclamação oficial contra a decisão da Venezuela de expulsar um membro do Parlamento Europeu que criticou o conselho eleitoral venezuelano.
Luis Herrero, membro do partido conservador espanhol PP, foi deportado na sexta-feira depois que o Conselho Nacional Eleitoral (CNE) o acusou de questionar a imparcialidade da instituição antes de um referendo que pode permitir ao presidente Hugo Chávez permanecer no cargo indefinidamente.

Herrero estava na Venezuela como observador do referendo. Ele acusou Chávez de ter "comportamentos típicos de um ditador" por pedir a contenção de manifestações da oposição.

O governo da Espanha convocou um encontro com o embaixador da Venezuela em Madri para expressar a desaprovação sobre a expulsão de Herrero, disse um representante do Ministério das Relações Exteriores espanhol.

As relações da Venezuela com a Espanha tiveram seu ponto crítico em 2007, quando Chávez ameaçou rever acordos diplomáticos e comerciais depois de ouvir um "cala a boca" do rei espanhol Juan Carlos durante uma cúpula.

A fenda foi oficialmente reparada em 2008, com uma visita oficial de Chávez à Espanha, onde ele cumprimentou o rei e discutiu acordos para investimento no setor petroquímico com o primeiro-ministro José Luis Rodriguez Zapatero.

17:06
Anónimo disse...
A polícia do Zimbábue anunciou neste sábado que acusa de traição Roy Bennett, dirigente do até agora opositor Movimento para a Mudança Democrática (MDC), detido na sexta-feira, em Harare, poucas horas antes da cerimônia de posse dos membros do novo gabinete.

"A Polícia nos informou que vão apresentar acusações de traição", disse à agência EFE o advogado de defesa de Bennett, Trust Maanda.

"Tentam relacionar Roy com o caso de Mike Hitschmann, que foi detido em 2006 em relação à descoberta de um carregamento de armas, apesar de que Hitschmann não tenha sido declarado culpado das acusações de traição apresentadas contra ele, mas de um crime menor de descumprimento de leis", disse Maanda.

O político opositor, designado por seu partido como vice-ministro de Agricultura no Governo de união nacional, esteve no exílio na vizinha África do Sul desde 2006 e retornou ao Zimbábue há duas semanas.

Segundo a Polícia, que deteve Bennett ontem no aeroporto de Harare quando pretendia ir à África do Sul para visitar sua família, as armas apreendidas em 2006 seriam utilizadas em um golpe de Estado para derrubar o presidente do Zimbábue, Robert Mugabe.

Depois da detenção, Bennet foi levado a Mutar, onde vários simpatizantes do MDC se concentraram em frente à delegacia na qual estava detido, diante do que a Polícia respondeu com tiros para o alto para dispersar os manifestantes.

17:07
Anónimo disse...
Austrália: 14 mil se candidatam a 'emprego dos sonhos'

A secretaria de Turismo de Queensland, na Austrália, informou que até esta segunda-feira já recebeu cerca de 14 mil inscrições para o "o melhor emprego do mundo". O Estado australiano promove pela internet seleção para vaga de "zelador" da ilha Hamilton, por seis meses com um salário de R$ 40 mil.

Muitos candidatos tiveram problemas durante a inscrição por conta dos acessos simultâneos ao site. A secretaria aconselha enviar os vídeos de 60s explicando porque deve ser escolhido em horários alternativos do dia, além de recomendar tamanho em torno de 40MB.

As inscrições começaram em 12 de janeiro e vão até o próximo dia 22 e podem ser feitas pelo site www.islandreefjob.com. O governo australiano escolherá 50 candidatos para a próxima fase da seleção, que terá votos do público para eleger um dos 11 finalistas.

A última fase terá entrevistas e desafios físicos, no próprio local de trabalho: as ilhas da Grande Barreira Coralina - o maior recife de coral do mundo. A secretaria de Turismo anunciará o vencedor no dia 6 de maio.

17:09
Anónimo disse...
Mercado elogia governo na crise, mas pede maior queda no juro

Peter Fussy
Direto de São Paulo

Desde as primeiras medidas anunciadas para combater os efeitos da crise, o governo brasileiro avisou que a estratégia não contemplaria um pacote. Seriam doses pontuais, de acordo com a necessidade da economia diante do agravamento das turbulências. Da primeira liberação dos depósitos compulsórios em setembro até a ampliação do seguro-desemprego na última quarta-feira, o governo passou por redução de impostos, ampliação de crédito e incentivos à exportação. Quase 150 dias após a primeira medida, o Terra conversou com líderes do setor público e privado, representantes dos trabalhadores, acadêmicos e com o próprio governo para saber quais destas ações foram mais eficazes, quais foram mais ineficientes e o que mais pode ser feito pelo Estado brasileiro contra a crise.

Os maiores elogios foram direcionados à atitude de reduzir o Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) para a indústria automobilística, anunciada em dezembro e que fez com que os emplacamentos de carros novos subissem 1,9% no primeiro mês do ano em relação a dezembro de 2008. Já as maiores críticas foram para a lentidão no corte da taxa básica de juro do País.

Para o presidente do conselho administrativo do Grupo Pão de Açúcar, Abílio Diniz, o Estado não é responsável pela crise e mesmo assim está agindo "com extrema serenidade e muito acerto". "O governo está atento, fazendo a sua parte. É preciso coragem de baixar firmemente a taxa de juros. É uma arma que temos a nosso favor, já que não há clima para inflação, nem possibilidade de danos para a macroeconomia", afirmou Diniz.

Na última reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), em janeiro, a taxa Selic foi reduzida em um ponto percentual, de 13,75% para 12,75% ao ano. Porém, o professor de economia da Universidade de Brasília (UnB) José Luiz Oreiro lembra que este corte representa uma redução de apenas 0,25 ponto percentual com relação à taxa de setembro do ano passado, quando a crise se agravou.

"Pouco antes da eclosão da crise, o Banco Central aumentou a taxa em 0,75 ponto. Foram cinco meses de demora para reduzir em termos líquidos apenas 0,25 ponto", afirmou o economista, que também sugeriu redução do intervalo de cerca de 90 dias entre as reuniões do Copom e o corte de pelo menos um 1 ponto percentual em cada reunião.

Mesmo com o corte de janeiro, a taxa de juros real continua sendo a maior do mundo, lembrou o secretário-geral da Força Sindical, João Carlos Gonçalves, o Juruna. "A redução da taxa de juro ainda é pequena, porque ela continua uma das mais altas do mundo. Falta ousadia para baixar os juros e ajudar o cidadão. A permanência da taxa de juro alta é negativa para o País em meio a crise", afirmou Juruna.

Embora aprove as ações do governo, o senador Aloízio Mercadante (PT-SP) também acredita que o patamar da Selic está muito alto. "Sempre fomos os primeiros a entrar em qualquer crise, o que não aconteceu agora. A taxa Selic ainda é muito alta, mas o governo têm tomado medidas acertadas, como o aumento do salário mínimo, mesmo com um cenário de crise. Isso ajuda a movimentar o consumo. O governo está se esforçando para manter os investimentos e o crescimento", disse.

Tributos
De acordo com o economista Fabio Pina, da Fecomercio-SP, as ações mais positivas estão relacionadas à redução de tributos para alguns segmentos, como a indústria automobilística, que recuperou parte da queda nas vendas em janeiro com a isenção do IPI para carros 1.0 l e o corte para demais motorizações. A medida vale até o final de março.

"Essas medidas não só reduziram o preço, mas anteciparam o consumo daqueles que iriam comprar no futuro, dando um prêmio por conta da insegurança. Mexe diretamente com o principal problema que é a confiança do consumidor", afirmou. Juruna destacou que um bom ritmo de vendas é garantia de emprego. "É importante porque cada emprego na montadora significa 19 na cadeia produtiva", comentou o representante da Força Sindical.

Também em dezembro, o governo decidiu cortar pela metade a alíquota do Imposto de Renda para contribuintes que ganham entre R$ 1.434 e R$ 2.150 mensais. "O salário aumentava e a tabela não se modificava. As pessoas ganhavam mais e pagavam mais impostos", apontou Juruna. Outra redução de tributos do governo foi com relação ao Imposto sobre Operações Financeiras (IOF), que caiu de 3% ao ano para 1,5%.

Crédito
Na segunda metade de 2008, o colapso de bancos nos Estados Unidos por conta da crise do subprime provocou uma forte restrição de crédito no mundo inteiro. Uma das primeiras medidas anticrise do governo teve como objetivo restabelecer a oferta, com mudanças no recolhimento dos depósitos compulsórios por parte dos bancos. Segundo o presidente do Banco Central, Henrique Meirelles, as diversas modificações liberaram US$ 99,2 bilhões aos bancos até o final de janeiro.

Além disso, o governo concedeu R$ 36 bilhões das reservas internacionais para empresas brasileiras com dívidas no exterior e uma medida provisória autorizou o Banco do Brasil e a Caixa Econômica Federal a comprar carteiras de crédito de bancos privados. Para o diretor do Departamento de Pesquisas e Estudos Econômicos da Fiesp, Paulo Francini, estas medidas foram essenciais para combater os efeitos da crise.

"A crise se desenvolve no mundo em torno do tema crédito. E o crédito reduziu-se barbaridade no mundo. Então o governo lança mão de compulsório, lança mão de reservas, de medidas que permitem aos bancos comprar carteiras de bancos. Você vai tomando várias medidas para atender às demandas e o epicentro disso é crédito", afirmou.

No entanto, Oreiro, da UnB, adverte que a liberação dos compulsórios seria mais eficiente acompanhada de redução mais agressiva da taxa básica de juro. "Uma parte do crédito voltou, depois da forte retração em outubro e novembro. O que deveria ter sido feito junto à liberação do compulsório era uma redução mais drástica da taxa de juro. Sem isso, os bancos pegam as reservas e acabam comprando títulos públicos", explicou o economista.

Na opinião de Pina, as ações de distribuição de crédito via redução do compulsório e a disposição de capital de giro para empresas foram tomadas sem um cuidado maior na operação e não tiveram muito efeito. "O BNDES tem linhas que ficam paradas quase todo o ano, agora é pior ainda. Existem os recursos, mas as empresas e os bancos estão desconfiados. É preciso fazer com que os bancos tenham interesse em emprestar", afirmou o economista da Fecomercio-SP.

Futuro
Mesmo com todas essas medidas, a crise financeira ainda gera incertezas nos setores produtivos do País. Nos últimos meses, o medo do desemprego fez os consumidores adiarem compras. Por sua vez, a queda nas vendas pode obrigar as indústrias a cortarem a produção e demitir funcionários. Contra isso, empresários sugerem redução de jornada e de salários.

"Isto está previsto em lei. A Fiesp simplesmente manteve conversações com entidades sindicais quanto à aplicação daquilo que já está previsto em lei", afirmou Francini.

Segundo a ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff, uma das medidas que assegura um nível de emprego é a manutenção de investimentos no Programa de Aceleração do Crescimento (PAC). "Estamos esperando que a dificuldade ocorra em janeiro, fevereiro e março. Estamos certos que vamos manter o nível de investimento. É isso que funciona, é isso que significa investimento público. Ele funciona como um colchão. Por isso, nós colocamos R$ 100 bilhões no BNDES e a Petrobras ampliou o seu investimento em R$ 120 bilhões", afirmou.

Na mesma linha, Pina explica que a antecipação de gastos do governo substitui parte da demanda retraída do setor privado. "Ele dá o seguinte recado: não vou estourar as contas públicas, mas concentrar em um momento em que a demanda privada está pequena. Mas o governo não tem fôlego suficiente para fazer o papel de toda demanda", ressaltou. O economista da Fecomercio lembrou que a entidade já pleiteou junto ao governo isenções para transferência de imóveis e de automóveis, além de retirar o IPVA para veículos novos.

Já Oreiro foca suas propostas na capitalização do Banco do Brasil e da Caixa Econômica Federal pelo Tesouro para atender a demanda de crédito para capital de giro e reduzir o spread. "Aumentando o empréstimo e reduzindo as taxas, os dois vão forçar os bancos privados a acompanhar o movimento, até para não perderem participação no mercado", explicou o economista da UnB.

Até o Carnaval, o governou prometeu detalhar um pacote de incentivos para a construção de até um milhão de casas populares, direcionado a famílias com renda de até dez salários mínimos. "Estamos atentos a tudo o que está acontecendo e novas medidas serão tomadas caso haja uma avaliação de que sejam necessárias", disse o ministro da Fazenda, Guido Mantega, na última sexta-feira.

17:11
Anónimo disse...
Ex-ministro critica extensão do seguro-desemprego

Atualizada às 09h03

O ex-ministro do Trabalho Almir Pazzianotto criticou a decisão do governo federal de conceder o seguro-desemprego estendido a apenas alguns setores. "É certamente odioso e provavelmente inconstitucional", disse Pazzianotto, de acordo com o jornal O Estado de S. Paulo.

Na última qurta, dia do anúncio da medida, centrais sindicais elogiaram a atitude do governo. A Força Sindical divulgou nota dizendo que "o aumento ajudará a aquecer parte da economia, já que irá gerar mais consumo, produção e conseqüentemente, a criação de novos postos de trabalho". A União Geral dos Trabalhadores (UGT) afirmou que a medida "contribuirá para minimizar o drama dos trabalhadores que perderem seu emprego por conta da crise".

O ex-ministro, que instituiu o seguro-desemprego no País no governo de José Sarney, destacou a necessidade de as centrais sindicais se manifestarem contra a determinação. Para ele, as mudanças devem ser aplicadas a todas as categorias profissionais e a distinção é contrária ao artigo 3º da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT).

Pazzianotto atribui a medida a um possível temor do governo de que a crise econômica seja longa e não haja dinheiro para atender a todas as necessidades. Ainda assim, ele se mostra contrário ao método de concessão. "O seguro-desemprego ajuda a sanar necessidades básicas. Estendê-lo é paliativo, não a solução", disse ao jornal.

De acordo com o presidente do Conselho Deliberativo do Fundo de Amparo ao Trabalhador (Codefat) e conselheiro da Força Sindical, Luiz Fernando Emediato, a determinação já estava prevista na lei 8.900/94, que trata do seguro-desemprego.

O presidente da Comissão de Trabalho da Câmara, Pedro Fernandes (PTB-MA) vai além na crítica à concessão do seguro para apenas alguns setores. Ele acredita que a ampliação do benefício estimula o desemprego.

Quintino Severo, secretário geral da Central Única dos Trabalhadores (CUT), lembra que a ampliação do benefício sem critério e identificação pode incentivar demissões em outros setores.

17:13
Anónimo disse...
Empresas
TAM faz promoção para destinos internacionais

A companhia aérea TAM anunciou nesta sexta-feira tarifas promocionais para trechos internacionais. Os preços valem para bilhetes comprados entre 6h deste sábado e 23h59 deste domingo e são válidos para classe econômica. As tarifas, para ida e volta, serão vendidas a partir de US$ 99, mais taxas.

Segundo a aérea, a promoção vale para viagens feitas no período de 14 de fevereiro a 18 de junho de 2009. Para destinos na América do Sul, a permanência mínima é de dois dias; para bilhetes com destino nos Estados Unidos, cinco dias; e Europa, sete dias. A permanência máxima para as passagens para América do Sul e EUA é de dois meses e para Europa, três meses.

Entre os exemplos de tarifas promocionais, a TAM oferece São Paulo-Lima por US$ 99. Bilhetes para a rota São Paulo-Santiago serão vendidos a partir de US$ 199 e São Paulo-Nova York, US$ 799.

A emissão dos bilhetes deve ser feita obrigatoriamente no ato da reserva, obedecendo às regras estipuladas pela companhia. A compra está sujeita à disponibilidade de assentos nas classes tarifárias determinadas, trechos, horários e datas. A TAM afirmou que também há tarifas promocionais para a classe executiva.

Mais informações podem ser encontradas no site promocional (www.ofertastam.com.br), no site da empresa (www.tam.com.br) ou pelos telefones 4002-5700 ou 0800 5705700.

17:13
Anónimo disse...
Empresas
Consultoria negocia compra do parque temático Hopi Hari

A consultoria especializada em reestruturação de empresas Íntegra Associados informou nesta sexta-feira ter um acordo para comprar o parque de diversões Hopi Hari, localizado no interior de São Paulo. A empresa estaria disposta a investir R$ 10 milhões no parque, que tem dívida estimada em R$ 800 milhões. As informações são da edição deste sábado do jornal Folha de S. Paulo.

De acordo com o jornal, a transação ainda depende da negociação entre o Hopi Hari e seus credores, o que já estaria em andamento.

A consultoria paulista já atuou junto à Parmalat, durante 30 meses, quando reorganizou a gestão da empresa italiana.

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17:14
Anónimo disse...
Empresas
Disney de Tóquio contratará mais 2 mil apesar da crise


A Oriental Land, o operador da Disneylândia Tóquio e DisneySea, organizou neste domingo entrevistas para contratar cerca de 2 mil trabalhadores em tempo parcial, em um momento de grandes demissões deste tipo de empregados no Japão.

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O operador deste parque temático, situado em Urayasu, na província de Chiba (leste de Tóquio), está em pleno processo de seleção de empregados para 20 tipos de postos trabalhistas diferentes.

Segundo a companhia, citada pela agência local de notícias Kyodo, o parque contratará novos trabalhadores para as atrações, para os restaurantes e guardas de segurança entre outros. Os novos contratados começarão a trabalhar a partir de fevereiro.

O processo de seleção acontece em um momento em que a maioria das grandes companhias japonesas começaram a se ver obrigadas a despedir uma elevada percentagem de seus trabalhadores temporários e a tempo parcial.

Algumas inclusive anunciaram demissões de seus trabalhadores fixos, uma medida muito pouco comum nas companhias japonesas, perante os efeitos piores que o esperado pela crise econômica global.

Cerca de uma centena de pessoas esperavam desde a primeira hora desta manhã a abertura do centro de conferências Tokyo International Forum, onde as entrevistas estão sendo feitas, para ser os primeiros a solicitar os postos de trabalho.


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17:15
Anónimo disse...
Economia Internacional
Senado dos EUA aprova plano de estímulo à economia

O Senado dos Estados Unidos aprovou com 60 votos a favor e 38 contra o plano de estímulo à economia de US$ 787 bilhões na madrugada deste sábado. Agora, ele segue para sanção ou veto do presidente Barack Obama, que espera colocar a lei em prática até o dia 16 de fevereiro.

O plano prevê a criação de três milhões de empregos, inclui cortes de impostos às famílias, fundos para programas sociais e obras públicas, além de ajuda aos governos estaduais, estudantes e desempregados.

A cláusula Buy American - que exige o uso de ferro, aço e produtos manufaturados dos Estados Unidos em obras realizadas com recursos do pacote - ficou de lado. Segundo o texto definitivo, a cláusula será aplicada sem violar as normas do comércio internacional.

Ontem à tarde, a Câmara de Representantes (deputados) havia aprovado, por 246 votos a favor e 183 contra, a versão final do plano. Todos os republicanos foram contrários ao pacote.

Pelo acordo de quarta-feira entre Câmara e Senado, em vez de custar US$ 819 bilhões, como queriam os deputados, ou US$ 838 bilhões como pretendiam os senadores, o pacote ficou em cerca de US$ 787 bilhões, com 65% desse total destinado a gastos do governo federal e 35%, a créditos tributários.

17:16
Anónimo disse...
Economia nacional
Na era Lula, aposentadoria sobe 54% menos que salário mínimo

Thatiane Faria
Especial para o Terra
Direto de São Paulo

Os índices de reajustes concedidos pelo governo em 2009 para aposentados e pensionistas e para o salário mínimo repetiram uma diferença que, só durante o governo de Luiz Inácio Lula da Silva, já chega a 54%. Enquanto o mínimo foi majorado em 12% este ano, as pensões e aposentadorias tiveram aumento de 5,92%. Aposentados que têm o benefício do governo como única fonte de renda reclamam que perdem poder de compra e que sua cesta de compras é composta por itens que aumentam mais em relação à inflação oficial.

Um exemplo prático pode ser entendido a partir da comparação entre um aposentado que ganhava R$ 600 em janeiro de 2003. Na época, o benefício era três vezes, ou 200%, maior que o valor do mínimo em vigência, que era de R$ 200. Aplicando-se os índices de reajuste para aposentadorias e para o mínimo durante os últimos seis anos, o mesmo aposentado estaria recebendo hoje R$ 938,47, comparado a um salário mínimo de R$ 465. A diferença entre os dois valores caiu para pouco mais de 100%.

Enquanto o índice acumulado de reajuste para a aposentadoria durante o governo Lula foi de 60%, para o salário mínimo está em 132%.

O diretor do Sindicato Nacional dos Aposentados, João Inocentini, reclama que os valores dos benefícios para aposentadorias não mantêm o poder de compra do grupo, principalmente dos aposentados que recebem menos que dez salários mínimos.

Nem mesmo o fato de o índice de reajuste das aposentadorias ter ficado acima da inflação acumulada no mesmo período (o IPCA entre janeiro de 2003 e janeiro de 2009 foi de 39,7%) serve de argumento, segundo os aposentados.

"Os idosos, principalmente, têm gastos além das contas gerais como gás, telefone e aluguel. Para eles o custo com remédios, e outros itens da área saúde costuma ser maior", afirmou Inocentini.

O presidente do sindicato afirmou que o grupo realiza um estudo com 100 itens de necessidade de um idoso para comparar o aumento dos produtos com o índice de reajuste do benefício recebido pelos aposentados.

"Daqui dois meses vamos abrir um processo na Justiça e levar essa pesquisa como prova. Segundo a lei, o governo é obrigado a manter o poder de compra com a aposentadoria", disse Inocentini.

Alternativas
O consultor financeiro Cláudio Boriola diz que os aposentados, especialmente nesse momento de crise econômica, devem evitar compras parceladas, pesquisar preços, negociar e fazer bom planejamento financeiro.

Segundo Boriola, alguns aposentados ganham um valor mensal muitas vezes insuficiente para o pagamento das contas e acabam pedindo crédito ou realizando pagamentos a prazo e são obrigados a pagar juros altos.

Na opinião do consultor, pagar uma previdência privada é uma alternativa indicada para quem ainda trabalha, considerando a característica de perda de poder de compra da aposentadoria.

"Na prática, infelizmente os valores encontram-se em um patamar que está deteriorando o poder de aquisição da população brasileira", completou Boriola.

De acordo com o diretor da Confederação Brasileira de Aposentados e Pensionistas (Cobap), Vicente Fernandes Barbosa, representantes dos aposentados tentarão um encontro com o presidente da Câmara, deputado Michel Temer (PMDB-SP), para discutir projetos que minimizem a perda dos aposentados

17:17
Anónimo disse...
Previdência
Previdência prorroga isenção de tarifas no benefício

O atual sistema de pagamento aos 26 milhões de aposentados e pensionistas do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) será mantido até o final deste ano. O acordo, que permite realizar a operação sem nenhum custo aos beneficiários, foi renovado nesta sexta-feira, entre o governo federal e 21 instituições financeiras.

Por meio desse acordo, vigente desde setembro de 2007, nem os segurados, nem os bancos e nem o governo arcam com o pagamento de tarifas, conforme explicou o ministro da Previdência Social, José Pimentel. A prorrogação vale até dezembro, data máxima para que a Previdência defina as regras para um novo contrato.

Ao assinar o termo de renovação, na sede da Federação Brasileira dos Bancos (Febraban), o ministro disse que a intenção do governo é mudar o atual modelo de gestão visando a reduzir os custos dessas operações em torno da folha mensal, que atinge R$ 15,8 bilhões. No entanto, qualquer alteração, conforme explicou, passará antes por audiências públicas a serem realizadas a partir do segundo semestre deste ano, atendendo a determinação do Tribunal de Contas da União (TCU).

De acordo com Pimentel, com um redesenho do mecanismo de repasse dos recursos aos bancos em torno da folha de pagamento dos segurados o que se busca é um aumento da participação de instituições financeiras. Ele informou que, desde 2007, cada benefício custa em média R$ 1,07 ao governo. "Quanto mais instituições financeiras estiverem prestando serviços à sociedade, maior é a competitividade, a agilidade no atendimento", justificou.

O ministro observou, ainda, que, para permitir uma redução para algo em torno de meia hora no tempo de atendimento para a concessão dos direitos previdenciários, o governo investiu R$ 280 milhões.

Questionado sobre o descontentamento dos segurados que ganham acima de um salário mínimo terem obtido apenas a correção com base na variação do Índice de Preços ao Consumidor (INPC) , ficando abaixo do reajuste dado a quem recebe apenas o mínimo, Pimentel argumentou que o governo seguiu o que determina a lei e descartou a possibilidade de uma revisão

17:17
Anónimo disse...
Empresas
Caterpillar oferece aposentadoria antecipada a 2 mil


A companhia americana Caterpillar ofereceu a cerca de dois mil funcionários incentivos para que se aposentem de forma voluntária antes do previsto, pela perspectiva de uma queda "significativa" da atividade industrial, informou nesta quarta-feira a empresa.

A iniciativa, destinada aos trabalhadores de diversas fábricas em Illinois, Colorado, Tennessee e Pensilvânia, se soma aos cortes de empregos anunciados em janeiro, explicou em comunicado de imprensa.

A empresa, a maior fabricante mundial de maquinaria pesada para a construção e a mineração, acrescentou que, "em função das condições de negócio, podem ser necessárias mais reduções de elenco voluntárias e involuntárias à medida que o ano avança".

O vice-presidente da companhia, Sid Banwart, explicou que a empresa prevê "demissões significativas em todas as regiões geográficas e na maioria dos setores devido às dificuldades da economia mundial".

17:18
Anónimo disse...
Comércio
Comércio exterior da OCDE caiu no 3º trimestre de 2008


As exportações e as importações dos países da Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Econômico (OCDE) caíram 1,6% e 0,2%, respectivamente, no terceiro trimestre de 2008, em relação aos três meses anteriores.

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Trata-se da primeira queda destas atividades desde o terceiro trimestre de 2006, segundo o último relatório trimestral sobre fluxos comerciais divulgado pela OCDE.

As exportações e as importações em dólares dos 30 Estados-membros caíram 15,6% e 17%, respectivamente, na comparação anualizada.

Por sua vez, o comércio dos sete países mais ricos do mundo (G7) teve um pequeno crescimento no terceiro trimestre de 2008 com uma queda das exportações de mercadorias de 0,2% em relação ao trimestre anterior e um aumento de 0,4% das importações.

Em termos anualizados, as importações do G7 caíram 1,4% entre julho e setembro do ano passado, seu primeiro retrocesso desde o terceiro trimestre de 2006, enquanto as exportações aumentaram 1,9%, seu crescimento mais baixo no mesmo tempo.

Por países, a Alemanha aumentou suas importações em 3,4% - valor mais alto do G7 -, enquanto suas exportações caíram 2,9% do segundo para o terceiro trimestre de 2008.

Pelo contrário, as exportações americanas aumentaram 1,8% entre julho e setembro de 2008, enquanto as importações caíram 0,7% em relação ao trimestre anterior. No Japão, tanto as importações quanto as exportações caíram em torno de 1% no mesmo período.

17:19
Anónimo disse...
Economia Nacional
Lula: juros de crédito consignado a aposentados são altos

Atualizada às 17h29

O presidente Luis Inácio Lula da Silva afirmou nesta terça-feira, em São Paulo, que está lutando para reduzir as taxas de juros cobradas de aposentados em crédito consignado. A Previdência Social estabelece uma taxa máxima de 2,5% para empréstimo e de 3,5% para cartão. Para Lula, os valores são altos.

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"Acho que o juro que os aposentados estão pagando hoje com o crédito consignado é alto para o padrão brasileiro", disse o presidente durante a cerimônia de comemoração dos 86 anos do INSS.

A Previdência anunciou nesta terça-feira que aposentados e trabalhadoras com licença-maternidade poderão receber seus benefícios em 30 minutos. De acordo com Lula, em junho, a aposentadoria do trabalhador rural também será conseguida em meia hora.

Além disso, o presidente anunciou que, também em junho, os trabalhadores que alcançarem o direito à aposentadoria passarão a receber em suas casas um comunicado da Previdência informando o fato e o valor do salário que têm direito a receber. "É um comprometimento público que estou fazendo com os companheiros da Previdência Social", disse.

"Estamos retribuindo ao contribuinte da Previdência Social aquilo que é a cidadania que ele tem direito", afirmou Lula. "Se para cobrar nós somos tão precisos, para devolver o dinheiro, temos que chegar próximo à perfeição", completou.

17:20
Anónimo disse...
Economia Nacional
Salário maternidade sairá em 30 minutos, diz ministro

Toda trabalhadora autônoma que tiver contribuído pelo menos 10 meses com o Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) - ou as que possuírem carteira assinada - poderão receber em 30 minutos o salário maternidade a partir desta terça-feira. Da mesma forma, as mulheres com 30 anos de contribuição e os homens com 35 anos também terão direito ao benefício de forma mais rápida. A informação é do ministro da Previdência Social, José Pimentel.

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Para requerer o salário maternidade, é preciso que as autônomas levem a carteira de identidade e o carnê de contribuição. As demais trabalhadoras devem apresentar a identificação e a carteira de trabalho. Desde o início do mês, a nova forma de análise para a concessão de benefícios foi adotada para a aposentadoria por idade do trabalhador urbano e agora foi estendida para o salário maternidade e por tempo de contribuição.

O ministro disse que a qualificação do serviço da previdência social é o reconhecimento do direito dos trabalhadores e da afirmação da cidadania.

"Até pouco tempo na cabeça do cidadão o serviço devia ser de péssima qualidade. Agora não, nós modificamos toda a legislação no mês de dezembro numa ação conjunta do Congresso Nacional com o governo federal. Estamos implantando e concedendo os benefícios em até 30 minutos", afirmou.

O ministro destacou que para conseguir se aposentar ou ter acesso à licença maternidade em 30 minutos, em primeiro lugar, é necessário que o cidadão esteja vinculado à Previdência, o que inclui 65% da população acima de 16 anos de idade.

"Depois bastar marcar pelo sistema 135 o dia e a hora do atendimento e levar a documentação. Se todos os dados necessários estiverem corretos o contribuinte será atendido em até 30 minutos, como vem sendo feito com as aposentadorias por idade desde o dia cinco de janeiro", explicou.

Pimentel disse ainda que em 90% das agências da previdência social o atendimento é marcado em até 48 horas. Nos grandes centros, entretanto existe um volume maior o que torna mais lento o processo.

"Estamos criando mais 715 agências até 2010, em todo o território nacional, para descentralizar o atendimento. Em 2008, atendemos 295 mil benefícios e aposentadorias por idade. Temos 4 mil pessoas por dia procurando e se aposentando por idade no território nacional. Este serviço será agilizado", concluiu.
17:28
Anónimo disse...
Giuseppe Englaro, pai de Eluana, a italiana que morreu na segunda-feira passada por desidratação, recusou uma grande soma de dinheiro de um conhecido fotógrafo italiano que queria retratar a filha em estado de coma, disse neste sábado o neurologista que atendia a mulher desde 1996, Carlo Defanti.

O neurologista, que participou hoje de uma conferência sobre eutanásia, disse que Englaro respeitou a vontade da filha, que, antes do acidente, tinha pedido que, se lhe ocorresse qualquer coisa irreversível, apresentasse sua imagem de quando estava em boas condições.

Antes de sofrer o acidente de trânsito, em 1992, Eluana viveu o coma de um amigo, Alessandro, o que causou forte impacto na italiana e a levou a fazer o pai prometer que não a deixasse viver em estado vegetativo, disse o próprio Giuseppe Englaro.

Defanti, que dissera que Eluana poderia viver de dez a 12 dias depois da suspensão da alimentação e da hidratação, disse que, como médico, tinha que reprovar esta afirmação.

"Não se pode sobreviver após três ou quatro dias sem líquido e, em particular, água em um corpo. Sabemos bem que, quando há um terremoto, após quatro dias é difícil encontrar sobreviventes".

Defanti ressaltou que Eluana "não falava, não se comunicava com o exterior" e que, após vários exames, "nos deparamos com uma moça que tinha perdido a consciência", porque estava com o córtex cerebral prejudicado.

Eluana foi enterrada na quinta-feira passada no túmulo da família na localidade de Paluzza, em Udine, após um funeral que não contou com a presença dos pais.

16:53
Anónimo disse...
Os bombeiros combatem neste sábado os incêndios na Austrália favorecidos pelo bom tempo, enquanto os deslocados encotram em seu retorno casas derruídas, carros queimados nas ruas e destruição.

Depois de sete dias desde que começaram os incêndios no Estado de Victoria, a lista de mortos chega a 181, os desaparecidos somam 50, os edifícios destruídos totalizam 1,834 mil e o terreno arrasado, principalmente florestas, ocupa uma área de 4,13 mil quilômetros quadrados.

As equipes de bombeiros, formadas por 4 mil profissionais de Victoria, de outras partes da Austrália e de países amigos, combateram hoje 12 focos fora de controle e nenhum representava uma ameaça direta para a população.

O subdiretor do Serviço de Bombeiros, Geoff Conway, disse que este tempo favorável, que se prolongará durante o domingo, permite consolidar as linhas de contenção e avançar na extinção das chamas.

Cinzas apareceram arrastadas por ventos do nordeste sobre Melbourne, onde habitam 3,8 milhões de pessoas, e as autoridades alertaram aos cidadãos do risco para a saúde de idosos, crianças e pessoas com problemas respiratórios.

O número de pessoas deslocadas - a Cruz Vermelha chegou a receber 7 mil - começou a cair com a abertura de algumas localidades atingidas.

Os incêndios, alguns criminosos, começaram em 7 de fevereiro, quando a região sul da Austrália estava há duas semanas sob uma onda de calor sem precedentes.

Na sexta-feira passada, a polícia acusou uma pessoa de ter provocado o incêndio que atingiu a localidade de Churchill e matou 21 pessoas.

16:55
Anónimo disse...
A primeira chuva em seis dias reduziu a ameaça de incêndios no Estado de Victoria, ao sul da Austrália. As autoridades, porém, advertiram que ainda existem 12 focos, mas que nenhum deles ameaça áreas povoadas.

Mais de quatro mil bombeiros, mil provenientes de outras partes do país e de outras nações, trabalham contra o fogo. Cerca de 600 veículos e 28 helicópteros e pequenos aviões estão sendo usados.


Eles conseguiram construir linhas de contenção para evitar os incêndios de Yarra e Maroondah se juntassem. Também foram controlados os incêndios abertos de Yea e Murrindindi, que ameaçavam as comunidades de Connellys Creek, Crystal Creek, Scrubby Creek e Native Dog Creek.

O número de mortos chegou a 181, mas as autoridades acreditam que as vítimas devem passar de 200, já que ainda há muitos desaparecidos.

16:55
Anónimo disse...
Aqui nesta coluna, na semana passada, tive a oportunidade de comentar sobre a recente visita do professor brasileiro Pedrinho Guareschi à Austrália. Não dei, porém, os fatos, pois semana passada o assunto era outro.

Hoje, porém, vamos a eles.

No último dia 4 de fevereiro, aconteceu o Seminário "Paulo Freire: Education and Liberation", organizado pelo centro de estudos latino-americanos da Universidade Nacional da Austrália, ou ANU, como é mais conhecida por aqui.

A ANU, para quem não sabe, está entre as 20 melhores universidades do mundo! E tem sede aqui em Camberra, capital da Austrália.

Na abertura do evento, o professor John Minns, diretor do centro latino-americano, ao dar boas-vindas ao público presente, lembrou ser aquele o primeiro seminário exclusivamente dedicado a Paulo Freire na Austrália.

Em seguida, convidou Pedrinho Guareschi, palestrante principal do Seminário, a fazer sua apresentação.

A plateia pode então conhecer, pelas palavras de Pedrinho, um pouco da obra e da vida de Freire, esse brasileiro de fé e valor, que sempre acreditou na educação, sobretudo dos menos favorecidos, analfabetos, como força libertadora.

Como não podia deixar de ser, os conceitos e ideias revolucionários de Paulo Freire, expostos com clareza por Pedrinho, despertaram o interesse e a curiosidade de plateia. A qual, deve-se notar, era na maioria de estudantes, mas de várias nacionalidades, sobretudo australianos e asiáticos.

Na continuação do programa do seminário, que se estendeu por dois dias, outros professores fizeram palestras sobre temas ligados à obra de Paulo Freire.

Interessante, por exemplo, saber que a professora Anne Hickling-Hudson, jamaicana que mora na Austrália há muitos anos (é professora da ANU), conheceu e trabalhou com Freire num workshop educacional durante a revolução na Ilha de Granada, em 1980, antes da invasão dos Estados Unidos...

Ou, então, a palestra da Professora Gerda Roelvink, da Nova Zelândia, que participou do Fórum Social de Porto Alegre em 2005. E essa participação transformou-se em tema de doutorado.

No dia 10, terça-feira passada, o padre Pedrinho Guareschi voltou a falar ao público australiano em grande auditório localizado no belíssimo campus da ANU. Desta vez, sobre a Teologia da Libertação.

Depois da palestra, John Minns mostrou o filme mexicano "O Crime do Padre Amaro", no qual um dos personagens é um padre católico praticante da Teologia da Libertação.

Mais uma vez, foi grande o intersse da platéia, que pode aprender e conhecer um pouco como se desenvolveu aquele importante movimento católico na América Latina.

Fica, assim, ao Pedrinho, bem como a outros brasileiros estudiosos e de bom coração que saem pelo mundo a divulgar aspectos importantes da cultura brasileira, o respeito e a homenagem desta coluna. E... aquele abraço!

16:57
Anónimo disse...
Amanda Kitts perdeu o braço esquerdo em um acidente de automóvel acontecido três anos atrás, mas hoje em dia ela joga futebol americano com seu filho de 12 anos de idade, troca fraldas e abraça as crianças nas três creches Kiddie Cottage que opera em Knoxville, Tennessee. Kitts, 40 anos, faz tudo isso com a ajuda de um novo tipo de braço artificial que se movimenta com mais facilidade do que outros aparelhos e que ela pode controlar utilizando apenas seus pensamentos.

"Eu sou capaz de mexer a mão, o pulso e o cotovelo ao mesmo tempo", diz. "Você pensa e os músculos se movem em seguida".

A recuperação que ela conseguiu resulta de um novo procedimento que vem atraindo crescente atenção porque permite que pessoas movam braços protéticos de forma mais automática do que faziam no passado, simplesmente utilizando nervos reaproveitados em seus cérebros.

A técnica, conhecida como "renervação muscular dirigida", envolve utilizar os nervos que restam depois da amputação de um braço e conectá-los a outro músculo do corpo, em geral no peito. Eletrodos são instalados sobre os músculos do peito, e operam como se fossem antenas. Quando a pessoa deseja mover o braço, o cérebro envia sinais que primeiro resultam em contração dos músculos do peito, os quais enviam um sinal ao braço protético, instruindo-se a se movimentar. O processo não requer mais esforços consciente do que a pessoa teria de exercitar caso ainda tivesse seu braço natural.

Na terça-feira, pesquisadores reportaram em estudo publicado pela versão online do Journal of the American Medical Association que haviam levado a técnica ainda mais à frente, tornando possível a execução de 10 movimentos de mão, pulso e cotovelo diferentes, o que representa uma substancial melhora com relação ao típico repertório protético, que em geral envolve apenas dobrar o cotovelo, girar o pulso e abrir a mão.

"Os novos métodos tiveram impacto dramático em nosso campo de trabalho", disse Stuart Harshbarger, engenheiro biomédico na Universidade Johns Hopkins e diretor do programa de pesquisa sobre próteses, financiado pelas forças armadas, que inclui o trabalho com essa técnica. "O método já está em uso por médicos e cirurgiões comuns em todo o país. A capacidade de controlar um membro protético bastante robusto que ele confere surpreendeu a todos pela qualidade".

Tipicamente, uma pessoa que tenha um braço protético só é capaz de executar alguns poucos movimentos, e muitas vezes com tamanha lentidão que isso só permite a ela atividades limitadas.

Há um motor separado para cada movimento, diz Gerald Loeb, professor de engenharia biomédica na Universidade do Sul da Califórnia, "e esses motores precisam ser controlados de maneira explícita", usualmente por um esforço consciente da pessoa para contrair músculos nas costas ou no bíceps.

"Essencialmente, até agora os pacientes controlavam apenas um motor de cada vez", diz Loeb, "e precisavam pensar cuidadosamente sobre que motor desejavam controlar e como fazê-lo operar, em lugar de simplesmente pensarem em mover o braço e poderem fazê-lo sem delongas".

Antes que Kitts passasse pelo procedimento de renervação, em outubro de 2007, por exemplo, ela precisava movimentar os músculos de suas costas de determinada maneira para fazer com que seu pulso girasse, e flexionar seu bíceps e tríceps para fazer com que o cotovelo se movesse para cima e para baixo. "Era muito trabalho", ela conta. "E não me ajudava muito".

O procedimento de renervação é parte de uma recente explosão de idéias novas e técnicas inovadoras que estão sendo exploradas enquanto os cientistas se esforçam por ajudar as pessoas a compensar melhor a perda de membros ou problemas de paralisia. O esforço vem sendo alimentado pelo aumento no número de amputações causado por diabetes e por ferimentos sofridos pelos militares, e ao mesmo tempo pelos avanços na tecnologia médica.

Os braços se tornaram um dos focos essenciais desse tipo de trabalho. A ciência há muito vem obtendo sucessos no desenvolvimento de próteses de perna, mas é muito mais difícil imitar a complexidade e a destreza das mãos e dos braços.

Os esforços em curso incluem o desenvolvimento de projetos de pele e braços mais sensíveis e mais flexíveis, e o uso de dispositivos acionados por controles sem fio implantado nos braços protéticos, que permitiriam movimentos mais naturais.

Os pesquisadores também vêm usando sensores implantados nos cérebros de cobaias para permitir que dois macacos controlem um braço mecânico, e um teste com um homem paralítico permitiu, com esse método, que ele movimentasse um cursor em uma tela de computador.

Alguns desses métodos, caso venham a ser aperfeiçoados plenamente e consigam aprovação das autoridades regulatórias da saúde, podem no futuro se tornar mais viáveis para os pacientes de amputações.

E embora a técnica da renervação não requeira aprovação das autoridades regulatórias porque é executada por meios cirúrgicos e emprega aparelhos já existentes, ela apresenta limitações que até mesmo seus criadores reconhecem, entre as quais o fato de que não se pode utilizá-la para todos os pacientes, o seu alto custo e o prazo de meses requerido para que os nervos reconectados cresçam e se tornem efetivos.

Ainda assim, os especialistas dizem que é o mais avançado sistema em uso hoje para pacientes reais que permite que o sistema nervoso controle diretamente o movimento de um braço artificial.

Desde sua introdução por Todd Kuiken, médico fisioterapeuta e engenheiro biomédico do Instituto de Reabilitação de Chicago, o método foi empregado em cerca de 30 pacientes nos Estados Unidos, Canadá e Europa, entre os quais oito soldados feridos no Iraque e no Afeganistão.

Muitos dos pacientes, entre os quais o primeiro, Jesse Sullivan, um operário do setor elétrico no Tennessee que perdeu os dois braços quando foi eletrocutado por um cabo, conseguem não apenas manipular seus braços protéticos mas sentir a presença das mãos que já não têm quando alguém toca em seus peitos.

Sullivan, 62 anos, e Kitts, estavam entre os cinco pacientes que participaram do estudo reportado na terça-feira. Em companhia de cinco outras pessoas que não passaram por amputações, eles receberam os eletrodos e foram instruídos a usar pensamentos para fazer com que um braço virtual na tela reproduzisse 10 movimentos diferentes, entre os quais três formas diferentes de aperto de mão.

Os pacientes apresentaram desempenho bastante respeitável, apenas um pouco mais lento e menos preciso do que os dos participantes que não tinham amputações.

"As velocidades de movimento que encontramos em nossos pacientes foram realmente encorajadoras", disse Kuiken. "Eles conseguiram completar a tarefa. É claro que não foram tão competentes quanto as pessoas dotadas de plena capacidade física, mas foram bons o bastante".

Um braço virtual foi usado porque a maioria das próteses existentes não era capaz de acomodar todos aqueles movimentos, no momento da pesquisa, ainda que Sullivan, Kitts e uma terceira paciente, Claudia Mitchell, tenham experimentado dois novos protótipos mais versáteis de braços artificiais, executando tarefas complexas com bolas de tênis e outros objetos.

O trabalho de renervação em soldados apresenta outros desafios, diz Kuiken, porque os ferimentos militares muitas vezes "causam danos muitos extensos" a nervos, músculos ou ossos.

Daniel Acosta, 25 anos, um aviador ferido pela detonação de uma bomba em uma estrada do Iraque em 2005, passou pelo procedimento no ano passado e diz que seu braço esquerdo protético agora se movimenta "muito mais rápido" e de maneira muito mais natural.

"A diferença é que agora não preciso mais pensar para mover o braço", ele diz. "Ele simplesmente se mexe".

Ainda assim, Acosta, de San Antonio, diz que "o processo foi bastante longo" e que os eletrodos precisam ser ajustados para receber os sinais à medida que os nervos crescem ou mudam de posição.

E embora elogiem o método, os especialistas afirmam que a ciência das próteses de braço ainda tem muito por avançar.

"Trata-se de uma parte crucial, mas ainda assim apenas uma parte, das muitas coisas que compreendem a função normal de um braço", disse Loeb, que escreveu um editorial que acompanha o artigo no Journal of the American Medical Association.

"No momento estamos a meio do caminho entre o braço de 'Dr. Fantástico', que fazia involuntariamente a saudação nazista, e o braço de Luke Skywalker em 'Guerra nas Estrelas', que funciona sem nenhum problema assim que é conectado. Creio que precisaremos ainda de muitos anos para conectar todas as peças necessárias a produzir um braço capaz de funcionar normalmente".

17:04
Anónimo disse...
A Espanha disse neste sábado que está preparando uma reclamação oficial contra a decisão da Venezuela de expulsar um membro do Parlamento Europeu que criticou o conselho eleitoral venezuelano.
Luis Herrero, membro do partido conservador espanhol PP, foi deportado na sexta-feira depois que o Conselho Nacional Eleitoral (CNE) o acusou de questionar a imparcialidade da instituição antes de um referendo que pode permitir ao presidente Hugo Chávez permanecer no cargo indefinidamente.

Herrero estava na Venezuela como observador do referendo. Ele acusou Chávez de ter "comportamentos típicos de um ditador" por pedir a contenção de manifestações da oposição.

O governo da Espanha convocou um encontro com o embaixador da Venezuela em Madri para expressar a desaprovação sobre a expulsão de Herrero, disse um representante do Ministério das Relações Exteriores espanhol.

As relações da Venezuela com a Espanha tiveram seu ponto crítico em 2007, quando Chávez ameaçou rever acordos diplomáticos e comerciais depois de ouvir um "cala a boca" do rei espanhol Juan Carlos durante uma cúpula.

A fenda foi oficialmente reparada em 2008, com uma visita oficial de Chávez à Espanha, onde ele cumprimentou o rei e discutiu acordos para investimento no setor petroquímico com o primeiro-ministro José Luis Rodriguez Zapatero.

17:06
Anónimo disse...
A polícia do Zimbábue anunciou neste sábado que acusa de traição Roy Bennett, dirigente do até agora opositor Movimento para a Mudança Democrática (MDC), detido na sexta-feira, em Harare, poucas horas antes da cerimônia de posse dos membros do novo gabinete.

"A Polícia nos informou que vão apresentar acusações de traição", disse à agência EFE o advogado de defesa de Bennett, Trust Maanda.

"Tentam relacionar Roy com o caso de Mike Hitschmann, que foi detido em 2006 em relação à descoberta de um carregamento de armas, apesar de que Hitschmann não tenha sido declarado culpado das acusações de traição apresentadas contra ele, mas de um crime menor de descumprimento de leis", disse Maanda.

O político opositor, designado por seu partido como vice-ministro de Agricultura no Governo de união nacional, esteve no exílio na vizinha África do Sul desde 2006 e retornou ao Zimbábue há duas semanas.

Segundo a Polícia, que deteve Bennett ontem no aeroporto de Harare quando pretendia ir à África do Sul para visitar sua família, as armas apreendidas em 2006 seriam utilizadas em um golpe de Estado para derrubar o presidente do Zimbábue, Robert Mugabe.

Depois da detenção, Bennet foi levado a Mutar, onde vários simpatizantes do MDC se concentraram em frente à delegacia na qual estava detido, diante do que a Polícia respondeu com tiros para o alto para dispersar os manifestantes.

17:07
Anónimo disse...
Austrália: 14 mil se candidatam a 'emprego dos sonhos'

A secretaria de Turismo de Queensland, na Austrália, informou que até esta segunda-feira já recebeu cerca de 14 mil inscrições para o "o melhor emprego do mundo". O Estado australiano promove pela internet seleção para vaga de "zelador" da ilha Hamilton, por seis meses com um salário de R$ 40 mil.

Muitos candidatos tiveram problemas durante a inscrição por conta dos acessos simultâneos ao site. A secretaria aconselha enviar os vídeos de 60s explicando porque deve ser escolhido em horários alternativos do dia, além de recomendar tamanho em torno de 40MB.

As inscrições começaram em 12 de janeiro e vão até o próximo dia 22 e podem ser feitas pelo site www.islandreefjob.com. O governo australiano escolherá 50 candidatos para a próxima fase da seleção, que terá votos do público para eleger um dos 11 finalistas.

A última fase terá entrevistas e desafios físicos, no próprio local de trabalho: as ilhas da Grande Barreira Coralina - o maior recife de coral do mundo. A secretaria de Turismo anunciará o vencedor no dia 6 de maio.

17:09
Anónimo disse...
Mercado elogia governo na crise, mas pede maior queda no juro

Peter Fussy
Direto de São Paulo

Desde as primeiras medidas anunciadas para combater os efeitos da crise, o governo brasileiro avisou que a estratégia não contemplaria um pacote. Seriam doses pontuais, de acordo com a necessidade da economia diante do agravamento das turbulências. Da primeira liberação dos depósitos compulsórios em setembro até a ampliação do seguro-desemprego na última quarta-feira, o governo passou por redução de impostos, ampliação de crédito e incentivos à exportação. Quase 150 dias após a primeira medida, o Terra conversou com líderes do setor público e privado, representantes dos trabalhadores, acadêmicos e com o próprio governo para saber quais destas ações foram mais eficazes, quais foram mais ineficientes e o que mais pode ser feito pelo Estado brasileiro contra a crise.

Os maiores elogios foram direcionados à atitude de reduzir o Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) para a indústria automobilística, anunciada em dezembro e que fez com que os emplacamentos de carros novos subissem 1,9% no primeiro mês do ano em relação a dezembro de 2008. Já as maiores críticas foram para a lentidão no corte da taxa básica de juro do País.

Para o presidente do conselho administrativo do Grupo Pão de Açúcar, Abílio Diniz, o Estado não é responsável pela crise e mesmo assim está agindo "com extrema serenidade e muito acerto". "O governo está atento, fazendo a sua parte. É preciso coragem de baixar firmemente a taxa de juros. É uma arma que temos a nosso favor, já que não há clima para inflação, nem possibilidade de danos para a macroeconomia", afirmou Diniz.

Na última reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), em janeiro, a taxa Selic foi reduzida em um ponto percentual, de 13,75% para 12,75% ao ano. Porém, o professor de economia da Universidade de Brasília (UnB) José Luiz Oreiro lembra que este corte representa uma redução de apenas 0,25 ponto percentual com relação à taxa de setembro do ano passado, quando a crise se agravou.

"Pouco antes da eclosão da crise, o Banco Central aumentou a taxa em 0,75 ponto. Foram cinco meses de demora para reduzir em termos líquidos apenas 0,25 ponto", afirmou o economista, que também sugeriu redução do intervalo de cerca de 90 dias entre as reuniões do Copom e o corte de pelo menos um 1 ponto percentual em cada reunião.

Mesmo com o corte de janeiro, a taxa de juros real continua sendo a maior do mundo, lembrou o secretário-geral da Força Sindical, João Carlos Gonçalves, o Juruna. "A redução da taxa de juro ainda é pequena, porque ela continua uma das mais altas do mundo. Falta ousadia para baixar os juros e ajudar o cidadão. A permanência da taxa de juro alta é negativa para o País em meio a crise", afirmou Juruna.

Embora aprove as ações do governo, o senador Aloízio Mercadante (PT-SP) também acredita que o patamar da Selic está muito alto. "Sempre fomos os primeiros a entrar em qualquer crise, o que não aconteceu agora. A taxa Selic ainda é muito alta, mas o governo têm tomado medidas acertadas, como o aumento do salário mínimo, mesmo com um cenário de crise. Isso ajuda a movimentar o consumo. O governo está se esforçando para manter os investimentos e o crescimento", disse.

Tributos
De acordo com o economista Fabio Pina, da Fecomercio-SP, as ações mais positivas estão relacionadas à redução de tributos para alguns segmentos, como a indústria automobilística, que recuperou parte da queda nas vendas em janeiro com a isenção do IPI para carros 1.0 l e o corte para demais motorizações. A medida vale até o final de março.

"Essas medidas não só reduziram o preço, mas anteciparam o consumo daqueles que iriam comprar no futuro, dando um prêmio por conta da insegurança. Mexe diretamente com o principal problema que é a confiança do consumidor", afirmou. Juruna destacou que um bom ritmo de vendas é garantia de emprego. "É importante porque cada emprego na montadora significa 19 na cadeia produtiva", comentou o representante da Força Sindical.

Também em dezembro, o governo decidiu cortar pela metade a alíquota do Imposto de Renda para contribuintes que ganham entre R$ 1.434 e R$ 2.150 mensais. "O salário aumentava e a tabela não se modificava. As pessoas ganhavam mais e pagavam mais impostos", apontou Juruna. Outra redução de tributos do governo foi com relação ao Imposto sobre Operações Financeiras (IOF), que caiu de 3% ao ano para 1,5%.

Crédito
Na segunda metade de 2008, o colapso de bancos nos Estados Unidos por conta da crise do subprime provocou uma forte restrição de crédito no mundo inteiro. Uma das primeiras medidas anticrise do governo teve como objetivo restabelecer a oferta, com mudanças no recolhimento dos depósitos compulsórios por parte dos bancos. Segundo o presidente do Banco Central, Henrique Meirelles, as diversas modificações liberaram US$ 99,2 bilhões aos bancos até o final de janeiro.

Além disso, o governo concedeu R$ 36 bilhões das reservas internacionais para empresas brasileiras com dívidas no exterior e uma medida provisória autorizou o Banco do Brasil e a Caixa Econômica Federal a comprar carteiras de crédito de bancos privados. Para o diretor do Departamento de Pesquisas e Estudos Econômicos da Fiesp, Paulo Francini, estas medidas foram essenciais para combater os efeitos da crise.

"A crise se desenvolve no mundo em torno do tema crédito. E o crédito reduziu-se barbaridade no mundo. Então o governo lança mão de compulsório, lança mão de reservas, de medidas que permitem aos bancos comprar carteiras de bancos. Você vai tomando várias medidas para atender às demandas e o epicentro disso é crédito", afirmou.

No entanto, Oreiro, da UnB, adverte que a liberação dos compulsórios seria mais eficiente acompanhada de redução mais agressiva da taxa básica de juro. "Uma parte do crédito voltou, depois da forte retração em outubro e novembro. O que deveria ter sido feito junto à liberação do compulsório era uma redução mais drástica da taxa de juro. Sem isso, os bancos pegam as reservas e acabam comprando títulos públicos", explicou o economista.

Na opinião de Pina, as ações de distribuição de crédito via redução do compulsório e a disposição de capital de giro para empresas foram tomadas sem um cuidado maior na operação e não tiveram muito efeito. "O BNDES tem linhas que ficam paradas quase todo o ano, agora é pior ainda. Existem os recursos, mas as empresas e os bancos estão desconfiados. É preciso fazer com que os bancos tenham interesse em emprestar", afirmou o economista da Fecomercio-SP.

Futuro
Mesmo com todas essas medidas, a crise financeira ainda gera incertezas nos setores produtivos do País. Nos últimos meses, o medo do desemprego fez os consumidores adiarem compras. Por sua vez, a queda nas vendas pode obrigar as indústrias a cortarem a produção e demitir funcionários. Contra isso, empresários sugerem redução de jornada e de salários.

"Isto está previsto em lei. A Fiesp simplesmente manteve conversações com entidades sindicais quanto à aplicação daquilo que já está previsto em lei", afirmou Francini.

Segundo a ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff, uma das medidas que assegura um nível de emprego é a manutenção de investimentos no Programa de Aceleração do Crescimento (PAC). "Estamos esperando que a dificuldade ocorra em janeiro, fevereiro e março. Estamos certos que vamos manter o nível de investimento. É isso que funciona, é isso que significa investimento público. Ele funciona como um colchão. Por isso, nós colocamos R$ 100 bilhões no BNDES e a Petrobras ampliou o seu investimento em R$ 120 bilhões", afirmou.

Na mesma linha, Pina explica que a antecipação de gastos do governo substitui parte da demanda retraída do setor privado. "Ele dá o seguinte recado: não vou estourar as contas públicas, mas concentrar em um momento em que a demanda privada está pequena. Mas o governo não tem fôlego suficiente para fazer o papel de toda demanda", ressaltou. O economista da Fecomercio lembrou que a entidade já pleiteou junto ao governo isenções para transferência de imóveis e de automóveis, além de retirar o IPVA para veículos novos.

Já Oreiro foca suas propostas na capitalização do Banco do Brasil e da Caixa Econômica Federal pelo Tesouro para atender a demanda de crédito para capital de giro e reduzir o spread. "Aumentando o empréstimo e reduzindo as taxas, os dois vão forçar os bancos privados a acompanhar o movimento, até para não perderem participação no mercado", explicou o economista da UnB.

Até o Carnaval, o governou prometeu detalhar um pacote de incentivos para a construção de até um milhão de casas populares, direcionado a famílias com renda de até dez salários mínimos. "Estamos atentos a tudo o que está acontecendo e novas medidas serão tomadas caso haja uma avaliação de que sejam necessárias", disse o ministro da Fazenda, Guido Mantega, na última sexta-feira.

17:11
Anónimo disse...
Ex-ministro critica extensão do seguro-desemprego

Atualizada às 09h03

O ex-ministro do Trabalho Almir Pazzianotto criticou a decisão do governo federal de conceder o seguro-desemprego estendido a apenas alguns setores. "É certamente odioso e provavelmente inconstitucional", disse Pazzianotto, de acordo com o jornal O Estado de S. Paulo.

Na última qurta, dia do anúncio da medida, centrais sindicais elogiaram a atitude do governo. A Força Sindical divulgou nota dizendo que "o aumento ajudará a aquecer parte da economia, já que irá gerar mais consumo, produção e conseqüentemente, a criação de novos postos de trabalho". A União Geral dos Trabalhadores (UGT) afirmou que a medida "contribuirá para minimizar o drama dos trabalhadores que perderem seu emprego por conta da crise".

O ex-ministro, que instituiu o seguro-desemprego no País no governo de José Sarney, destacou a necessidade de as centrais sindicais se manifestarem contra a determinação. Para ele, as mudanças devem ser aplicadas a todas as categorias profissionais e a distinção é contrária ao artigo 3º da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT).

Pazzianotto atribui a medida a um possível temor do governo de que a crise econômica seja longa e não haja dinheiro para atender a todas as necessidades. Ainda assim, ele se mostra contrário ao método de concessão. "O seguro-desemprego ajuda a sanar necessidades básicas. Estendê-lo é paliativo, não a solução", disse ao jornal.

De acordo com o presidente do Conselho Deliberativo do Fundo de Amparo ao Trabalhador (Codefat) e conselheiro da Força Sindical, Luiz Fernando Emediato, a determinação já estava prevista na lei 8.900/94, que trata do seguro-desemprego.

O presidente da Comissão de Trabalho da Câmara, Pedro Fernandes (PTB-MA) vai além na crítica à concessão do seguro para apenas alguns setores. Ele acredita que a ampliação do benefício estimula o desemprego.

Quintino Severo, secretário geral da Central Única dos Trabalhadores (CUT), lembra que a ampliação do benefício sem critério e identificação pode incentivar demissões em outros setores.

17:13
Anónimo disse...
Empresas
TAM faz promoção para destinos internacionais

A companhia aérea TAM anunciou nesta sexta-feira tarifas promocionais para trechos internacionais. Os preços valem para bilhetes comprados entre 6h deste sábado e 23h59 deste domingo e são válidos para classe econômica. As tarifas, para ida e volta, serão vendidas a partir de US$ 99, mais taxas.

Segundo a aérea, a promoção vale para viagens feitas no período de 14 de fevereiro a 18 de junho de 2009. Para destinos na América do Sul, a permanência mínima é de dois dias; para bilhetes com destino nos Estados Unidos, cinco dias; e Europa, sete dias. A permanência máxima para as passagens para América do Sul e EUA é de dois meses e para Europa, três meses.

Entre os exemplos de tarifas promocionais, a TAM oferece São Paulo-Lima por US$ 99. Bilhetes para a rota São Paulo-Santiago serão vendidos a partir de US$ 199 e São Paulo-Nova York, US$ 799.

A emissão dos bilhetes deve ser feita obrigatoriamente no ato da reserva, obedecendo às regras estipuladas pela companhia. A compra está sujeita à disponibilidade de assentos nas classes tarifárias determinadas, trechos, horários e datas. A TAM afirmou que também há tarifas promocionais para a classe executiva.

Mais informações podem ser encontradas no site promocional (www.ofertastam.com.br), no site da empresa (www.tam.com.br) ou pelos telefones 4002-5700 ou 0800 5705700.

17:13
Anónimo disse...
Empresas
Consultoria negocia compra do parque temático Hopi Hari

A consultoria especializada em reestruturação de empresas Íntegra Associados informou nesta sexta-feira ter um acordo para comprar o parque de diversões Hopi Hari, localizado no interior de São Paulo. A empresa estaria disposta a investir R$ 10 milhões no parque, que tem dívida estimada em R$ 800 milhões. As informações são da edição deste sábado do jornal Folha de S. Paulo.

De acordo com o jornal, a transação ainda depende da negociação entre o Hopi Hari e seus credores, o que já estaria em andamento.

A consultoria paulista já atuou junto à Parmalat, durante 30 meses, quando reorganizou a gestão da empresa italiana.

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17:14
Anónimo disse...
Empresas
Disney de Tóquio contratará mais 2 mil apesar da crise


A Oriental Land, o operador da Disneylândia Tóquio e DisneySea, organizou neste domingo entrevistas para contratar cerca de 2 mil trabalhadores em tempo parcial, em um momento de grandes demissões deste tipo de empregados no Japão.

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O operador deste parque temático, situado em Urayasu, na província de Chiba (leste de Tóquio), está em pleno processo de seleção de empregados para 20 tipos de postos trabalhistas diferentes.

Segundo a companhia, citada pela agência local de notícias Kyodo, o parque contratará novos trabalhadores para as atrações, para os restaurantes e guardas de segurança entre outros. Os novos contratados começarão a trabalhar a partir de fevereiro.

O processo de seleção acontece em um momento em que a maioria das grandes companhias japonesas começaram a se ver obrigadas a despedir uma elevada percentagem de seus trabalhadores temporários e a tempo parcial.

Algumas inclusive anunciaram demissões de seus trabalhadores fixos, uma medida muito pouco comum nas companhias japonesas, perante os efeitos piores que o esperado pela crise econômica global.

Cerca de uma centena de pessoas esperavam desde a primeira hora desta manhã a abertura do centro de conferências Tokyo International Forum, onde as entrevistas estão sendo feitas, para ser os primeiros a solicitar os postos de trabalho.


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17:15
Anónimo disse...
Economia Internacional
Senado dos EUA aprova plano de estímulo à economia

O Senado dos Estados Unidos aprovou com 60 votos a favor e 38 contra o plano de estímulo à economia de US$ 787 bilhões na madrugada deste sábado. Agora, ele segue para sanção ou veto do presidente Barack Obama, que espera colocar a lei em prática até o dia 16 de fevereiro.

O plano prevê a criação de três milhões de empregos, inclui cortes de impostos às famílias, fundos para programas sociais e obras públicas, além de ajuda aos governos estaduais, estudantes e desempregados.

A cláusula Buy American - que exige o uso de ferro, aço e produtos manufaturados dos Estados Unidos em obras realizadas com recursos do pacote - ficou de lado. Segundo o texto definitivo, a cláusula será aplicada sem violar as normas do comércio internacional.

Ontem à tarde, a Câmara de Representantes (deputados) havia aprovado, por 246 votos a favor e 183 contra, a versão final do plano. Todos os republicanos foram contrários ao pacote.

Pelo acordo de quarta-feira entre Câmara e Senado, em vez de custar US$ 819 bilhões, como queriam os deputados, ou US$ 838 bilhões como pretendiam os senadores, o pacote ficou em cerca de US$ 787 bilhões, com 65% desse total destinado a gastos do governo federal e 35%, a créditos tributários.

17:16
Anónimo disse...
Economia nacional
Na era Lula, aposentadoria sobe 54% menos que salário mínimo

Thatiane Faria
Especial para o Terra
Direto de São Paulo

Os índices de reajustes concedidos pelo governo em 2009 para aposentados e pensionistas e para o salário mínimo repetiram uma diferença que, só durante o governo de Luiz Inácio Lula da Silva, já chega a 54%. Enquanto o mínimo foi majorado em 12% este ano, as pensões e aposentadorias tiveram aumento de 5,92%. Aposentados que têm o benefício do governo como única fonte de renda reclamam que perdem poder de compra e que sua cesta de compras é composta por itens que aumentam mais em relação à inflação oficial.

Um exemplo prático pode ser entendido a partir da comparação entre um aposentado que ganhava R$ 600 em janeiro de 2003. Na época, o benefício era três vezes, ou 200%, maior que o valor do mínimo em vigência, que era de R$ 200. Aplicando-se os índices de reajuste para aposentadorias e para o mínimo durante os últimos seis anos, o mesmo aposentado estaria recebendo hoje R$ 938,47, comparado a um salário mínimo de R$ 465. A diferença entre os dois valores caiu para pouco mais de 100%.

Enquanto o índice acumulado de reajuste para a aposentadoria durante o governo Lula foi de 60%, para o salário mínimo está em 132%.

O diretor do Sindicato Nacional dos Aposentados, João Inocentini, reclama que os valores dos benefícios para aposentadorias não mantêm o poder de compra do grupo, principalmente dos aposentados que recebem menos que dez salários mínimos.

Nem mesmo o fato de o índice de reajuste das aposentadorias ter ficado acima da inflação acumulada no mesmo período (o IPCA entre janeiro de 2003 e janeiro de 2009 foi de 39,7%) serve de argumento, segundo os aposentados.

"Os idosos, principalmente, têm gastos além das contas gerais como gás, telefone e aluguel. Para eles o custo com remédios, e outros itens da área saúde costuma ser maior", afirmou Inocentini.

O presidente do sindicato afirmou que o grupo realiza um estudo com 100 itens de necessidade de um idoso para comparar o aumento dos produtos com o índice de reajuste do benefício recebido pelos aposentados.

"Daqui dois meses vamos abrir um processo na Justiça e levar essa pesquisa como prova. Segundo a lei, o governo é obrigado a manter o poder de compra com a aposentadoria", disse Inocentini.

Alternativas
O consultor financeiro Cláudio Boriola diz que os aposentados, especialmente nesse momento de crise econômica, devem evitar compras parceladas, pesquisar preços, negociar e fazer bom planejamento financeiro.

Segundo Boriola, alguns aposentados ganham um valor mensal muitas vezes insuficiente para o pagamento das contas e acabam pedindo crédito ou realizando pagamentos a prazo e são obrigados a pagar juros altos.

Na opinião do consultor, pagar uma previdência privada é uma alternativa indicada para quem ainda trabalha, considerando a característica de perda de poder de compra da aposentadoria.

"Na prática, infelizmente os valores encontram-se em um patamar que está deteriorando o poder de aquisição da população brasileira", completou Boriola.

De acordo com o diretor da Confederação Brasileira de Aposentados e Pensionistas (Cobap), Vicente Fernandes Barbosa, representantes dos aposentados tentarão um encontro com o presidente da Câmara, deputado Michel Temer (PMDB-SP), para discutir projetos que minimizem a perda dos aposentados

17:17
Anónimo disse...
Previdência
Previdência prorroga isenção de tarifas no benefício

O atual sistema de pagamento aos 26 milhões de aposentados e pensionistas do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) será mantido até o final deste ano. O acordo, que permite realizar a operação sem nenhum custo aos beneficiários, foi renovado nesta sexta-feira, entre o governo federal e 21 instituições financeiras.

Por meio desse acordo, vigente desde setembro de 2007, nem os segurados, nem os bancos e nem o governo arcam com o pagamento de tarifas, conforme explicou o ministro da Previdência Social, José Pimentel. A prorrogação vale até dezembro, data máxima para que a Previdência defina as regras para um novo contrato.

Ao assinar o termo de renovação, na sede da Federação Brasileira dos Bancos (Febraban), o ministro disse que a intenção do governo é mudar o atual modelo de gestão visando a reduzir os custos dessas operações em torno da folha mensal, que atinge R$ 15,8 bilhões. No entanto, qualquer alteração, conforme explicou, passará antes por audiências públicas a serem realizadas a partir do segundo semestre deste ano, atendendo a determinação do Tribunal de Contas da União (TCU).

De acordo com Pimentel, com um redesenho do mecanismo de repasse dos recursos aos bancos em torno da folha de pagamento dos segurados o que se busca é um aumento da participação de instituições financeiras. Ele informou que, desde 2007, cada benefício custa em média R$ 1,07 ao governo. "Quanto mais instituições financeiras estiverem prestando serviços à sociedade, maior é a competitividade, a agilidade no atendimento", justificou.

O ministro observou, ainda, que, para permitir uma redução para algo em torno de meia hora no tempo de atendimento para a concessão dos direitos previdenciários, o governo investiu R$ 280 milhões.

Questionado sobre o descontentamento dos segurados que ganham acima de um salário mínimo terem obtido apenas a correção com base na variação do Índice de Preços ao Consumidor (INPC) , ficando abaixo do reajuste dado a quem recebe apenas o mínimo, Pimentel argumentou que o governo seguiu o que determina a lei e descartou a possibilidade de uma revisão

17:17
Anónimo disse...
Empresas
Caterpillar oferece aposentadoria antecipada a 2 mil


A companhia americana Caterpillar ofereceu a cerca de dois mil funcionários incentivos para que se aposentem de forma voluntária antes do previsto, pela perspectiva de uma queda "significativa" da atividade industrial, informou nesta quarta-feira a empresa.

A iniciativa, destinada aos trabalhadores de diversas fábricas em Illinois, Colorado, Tennessee e Pensilvânia, se soma aos cortes de empregos anunciados em janeiro, explicou em comunicado de imprensa.

A empresa, a maior fabricante mundial de maquinaria pesada para a construção e a mineração, acrescentou que, "em função das condições de negócio, podem ser necessárias mais reduções de elenco voluntárias e involuntárias à medida que o ano avança".

O vice-presidente da companhia, Sid Banwart, explicou que a empresa prevê "demissões significativas em todas as regiões geográficas e na maioria dos setores devido às dificuldades da economia mundial".

17:18
Anónimo disse...
Comércio
Comércio exterior da OCDE caiu no 3º trimestre de 2008


As exportações e as importações dos países da Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Econômico (OCDE) caíram 1,6% e 0,2%, respectivamente, no terceiro trimestre de 2008, em relação aos três meses anteriores.

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Trata-se da primeira queda destas atividades desde o terceiro trimestre de 2006, segundo o último relatório trimestral sobre fluxos comerciais divulgado pela OCDE.

As exportações e as importações em dólares dos 30 Estados-membros caíram 15,6% e 17%, respectivamente, na comparação anualizada.

Por sua vez, o comércio dos sete países mais ricos do mundo (G7) teve um pequeno crescimento no terceiro trimestre de 2008 com uma queda das exportações de mercadorias de 0,2% em relação ao trimestre anterior e um aumento de 0,4% das importações.

Em termos anualizados, as importações do G7 caíram 1,4% entre julho e setembro do ano passado, seu primeiro retrocesso desde o terceiro trimestre de 2006, enquanto as exportações aumentaram 1,9%, seu crescimento mais baixo no mesmo tempo.

Por países, a Alemanha aumentou suas importações em 3,4% - valor mais alto do G7 -, enquanto suas exportações caíram 2,9% do segundo para o terceiro trimestre de 2008.

Pelo contrário, as exportações americanas aumentaram 1,8% entre julho e setembro de 2008, enquanto as importações caíram 0,7% em relação ao trimestre anterior. No Japão, tanto as importações quanto as exportações caíram em torno de 1% no mesmo período.

17:19
Anónimo disse...
Economia Nacional
Lula: juros de crédito consignado a aposentados são altos

Atualizada às 17h29

O presidente Luis Inácio Lula da Silva afirmou nesta terça-feira, em São Paulo, que está lutando para reduzir as taxas de juros cobradas de aposentados em crédito consignado. A Previdência Social estabelece uma taxa máxima de 2,5% para empréstimo e de 3,5% para cartão. Para Lula, os valores são altos.

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"Acho que o juro que os aposentados estão pagando hoje com o crédito consignado é alto para o padrão brasileiro", disse o presidente durante a cerimônia de comemoração dos 86 anos do INSS.

A Previdência anunciou nesta terça-feira que aposentados e trabalhadoras com licença-maternidade poderão receber seus benefícios em 30 minutos. De acordo com Lula, em junho, a aposentadoria do trabalhador rural também será conseguida em meia hora.

Além disso, o presidente anunciou que, também em junho, os trabalhadores que alcançarem o direito à aposentadoria passarão a receber em suas casas um comunicado da Previdência informando o fato e o valor do salário que têm direito a receber. "É um comprometimento público que estou fazendo com os companheiros da Previdência Social", disse.

"Estamos retribuindo ao contribuinte da Previdência Social aquilo que é a cidadania que ele tem direito", afirmou Lula. "Se para cobrar nós somos tão precisos, para devolver o dinheiro, temos que chegar próximo à perfeição", completou.

17:20
Anónimo disse...
Economia Nacional
Salário maternidade sairá em 30 minutos, diz ministro

Toda trabalhadora autônoma que tiver contribuído pelo menos 10 meses com o Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) - ou as que possuírem carteira assinada - poderão receber em 30 minutos o salário maternidade a partir desta terça-feira. Da mesma forma, as mulheres com 30 anos de contribuição e os homens com 35 anos também terão direito ao benefício de forma mais rápida. A informação é do ministro da Previdência Social, José Pimentel.

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Para requerer o salário maternidade, é preciso que as autônomas levem a carteira de identidade e o carnê de contribuição. As demais trabalhadoras devem apresentar a identificação e a carteira de trabalho. Desde o início do mês, a nova forma de análise para a concessão de benefícios foi adotada para a aposentadoria por idade do trabalhador urbano e agora foi estendida para o salário maternidade e por tempo de contribuição.

O ministro disse que a qualificação do serviço da previdência social é o reconhecimento do direito dos trabalhadores e da afirmação da cidadania.

"Até pouco tempo na cabeça do cidadão o serviço devia ser de péssima qualidade. Agora não, nós modificamos toda a legislação no mês de dezembro numa ação conjunta do Congresso Nacional com o governo federal. Estamos implantando e concedendo os benefícios em até 30 minutos", afirmou.

O ministro destacou que para conseguir se aposentar ou ter acesso à licença maternidade em 30 minutos, em primeiro lugar, é necessário que o cidadão esteja vinculado à Previdência, o que inclui 65% da população acima de 16 anos de idade.

"Depois bastar marcar pelo sistema 135 o dia e a hora do atendimento e levar a documentação. Se todos os dados necessários estiverem corretos o contribuinte será atendido em até 30 minutos, como vem sendo feito com as aposentadorias por idade desde o dia cinco de janeiro", explicou.

Pimentel disse ainda que em 90% das agências da previdência social o atendimento é marcado em até 48 horas. Nos grandes centros, entretanto existe um volume maior o que torna mais lento o processo.

"Estamos criando mais 715 agências até 2010, em todo o território nacional, para descentralizar o atendimento. Em 2008, atendemos 295 mil benefícios e aposentadorias por idade. Temos 4 mil pessoas por dia procurando e se aposentando por idade no território nacional. Este serviço será agilizado", concluiu.
17:28
Anónimo disse...
Giuseppe Englaro, pai de Eluana, a italiana que morreu na segunda-feira passada por desidratação, recusou uma grande soma de dinheiro de um conhecido fotógrafo italiano que queria retratar a filha em estado de coma, disse neste sábado o neurologista que atendia a mulher desde 1996, Carlo Defanti.

O neurologista, que participou hoje de uma conferência sobre eutanásia, disse que Englaro respeitou a vontade da filha, que, antes do acidente, tinha pedido que, se lhe ocorresse qualquer coisa irreversível, apresentasse sua imagem de quando estava em boas condições.

Antes de sofrer o acidente de trânsito, em 1992, Eluana viveu o coma de um amigo, Alessandro, o que causou forte impacto na italiana e a levou a fazer o pai prometer que não a deixasse viver em estado vegetativo, disse o próprio Giuseppe Englaro.

Defanti, que dissera que Eluana poderia viver de dez a 12 dias depois da suspensão da alimentação e da hidratação, disse que, como médico, tinha que reprovar esta afirmação.

"Não se pode sobreviver após três ou quatro dias sem líquido e, em particular, água em um corpo. Sabemos bem que, quando há um terremoto, após quatro dias é difícil encontrar sobreviventes".

Defanti ressaltou que Eluana "não falava, não se comunicava com o exterior" e que, após vários exames, "nos deparamos com uma moça que tinha perdido a consciência", porque estava com o córtex cerebral prejudicado.

Eluana foi enterrada na quinta-feira passada no túmulo da família na localidade de Paluzza, em Udine, após um funeral que não contou com a presença dos pais.

16:53
Anónimo disse...
Os bombeiros combatem neste sábado os incêndios na Austrália favorecidos pelo bom tempo, enquanto os deslocados encotram em seu retorno casas derruídas, carros queimados nas ruas e destruição.

Depois de sete dias desde que começaram os incêndios no Estado de Victoria, a lista de mortos chega a 181, os desaparecidos somam 50, os edifícios destruídos totalizam 1,834 mil e o terreno arrasado, principalmente florestas, ocupa uma área de 4,13 mil quilômetros quadrados.

As equipes de bombeiros, formadas por 4 mil profissionais de Victoria, de outras partes da Austrália e de países amigos, combateram hoje 12 focos fora de controle e nenhum representava uma ameaça direta para a população.

O subdiretor do Serviço de Bombeiros, Geoff Conway, disse que este tempo favorável, que se prolongará durante o domingo, permite consolidar as linhas de contenção e avançar na extinção das chamas.

Cinzas apareceram arrastadas por ventos do nordeste sobre Melbourne, onde habitam 3,8 milhões de pessoas, e as autoridades alertaram aos cidadãos do risco para a saúde de idosos, crianças e pessoas com problemas respiratórios.

O número de pessoas deslocadas - a Cruz Vermelha chegou a receber 7 mil - começou a cair com a abertura de algumas localidades atingidas.

Os incêndios, alguns criminosos, começaram em 7 de fevereiro, quando a região sul da Austrália estava há duas semanas sob uma onda de calor sem precedentes.

Na sexta-feira passada, a polícia acusou uma pessoa de ter provocado o incêndio que atingiu a localidade de Churchill e matou 21 pessoas.

16:55
Anónimo disse...
A primeira chuva em seis dias reduziu a ameaça de incêndios no Estado de Victoria, ao sul da Austrália. As autoridades, porém, advertiram que ainda existem 12 focos, mas que nenhum deles ameaça áreas povoadas.

Mais de quatro mil bombeiros, mil provenientes de outras partes do país e de outras nações, trabalham contra o fogo. Cerca de 600 veículos e 28 helicópteros e pequenos aviões estão sendo usados.


Eles conseguiram construir linhas de contenção para evitar os incêndios de Yarra e Maroondah se juntassem. Também foram controlados os incêndios abertos de Yea e Murrindindi, que ameaçavam as comunidades de Connellys Creek, Crystal Creek, Scrubby Creek e Native Dog Creek.

O número de mortos chegou a 181, mas as autoridades acreditam que as vítimas devem passar de 200, já que ainda há muitos desaparecidos.

16:55
Anónimo disse...
Aqui nesta coluna, na semana passada, tive a oportunidade de comentar sobre a recente visita do professor brasileiro Pedrinho Guareschi à Austrália. Não dei, porém, os fatos, pois semana passada o assunto era outro.

Hoje, porém, vamos a eles.

No último dia 4 de fevereiro, aconteceu o Seminário "Paulo Freire: Education and Liberation", organizado pelo centro de estudos latino-americanos da Universidade Nacional da Austrália, ou ANU, como é mais conhecida por aqui.

A ANU, para quem não sabe, está entre as 20 melhores universidades do mundo! E tem sede aqui em Camberra, capital da Austrália.

Na abertura do evento, o professor John Minns, diretor do centro latino-americano, ao dar boas-vindas ao público presente, lembrou ser aquele o primeiro seminário exclusivamente dedicado a Paulo Freire na Austrália.

Em seguida, convidou Pedrinho Guareschi, palestrante principal do Seminário, a fazer sua apresentação.

A plateia pode então conhecer, pelas palavras de Pedrinho, um pouco da obra e da vida de Freire, esse brasileiro de fé e valor, que sempre acreditou na educação, sobretudo dos menos favorecidos, analfabetos, como força libertadora.

Como não podia deixar de ser, os conceitos e ideias revolucionários de Paulo Freire, expostos com clareza por Pedrinho, despertaram o interesse e a curiosidade de plateia. A qual, deve-se notar, era na maioria de estudantes, mas de várias nacionalidades, sobretudo australianos e asiáticos.

Na continuação do programa do seminário, que se estendeu por dois dias, outros professores fizeram palestras sobre temas ligados à obra de Paulo Freire.

Interessante, por exemplo, saber que a professora Anne Hickling-Hudson, jamaicana que mora na Austrália há muitos anos (é professora da ANU), conheceu e trabalhou com Freire num workshop educacional durante a revolução na Ilha de Granada, em 1980, antes da invasão dos Estados Unidos...

Ou, então, a palestra da Professora Gerda Roelvink, da Nova Zelândia, que participou do Fórum Social de Porto Alegre em 2005. E essa participação transformou-se em tema de doutorado.

No dia 10, terça-feira passada, o padre Pedrinho Guareschi voltou a falar ao público australiano em grande auditório localizado no belíssimo campus da ANU. Desta vez, sobre a Teologia da Libertação.

Depois da palestra, John Minns mostrou o filme mexicano "O Crime do Padre Amaro", no qual um dos personagens é um padre católico praticante da Teologia da Libertação.

Mais uma vez, foi grande o intersse da platéia, que pode aprender e conhecer um pouco como se desenvolveu aquele importante movimento católico na América Latina.

Fica, assim, ao Pedrinho, bem como a outros brasileiros estudiosos e de bom coração que saem pelo mundo a divulgar aspectos importantes da cultura brasileira, o respeito e a homenagem desta coluna. E... aquele abraço!

16:57
Anónimo disse...
Amanda Kitts perdeu o braço esquerdo em um acidente de automóvel acontecido três anos atrás, mas hoje em dia ela joga futebol americano com seu filho de 12 anos de idade, troca fraldas e abraça as crianças nas três creches Kiddie Cottage que opera em Knoxville, Tennessee. Kitts, 40 anos, faz tudo isso com a ajuda de um novo tipo de braço artificial que se movimenta com mais facilidade do que outros aparelhos e que ela pode controlar utilizando apenas seus pensamentos.

"Eu sou capaz de mexer a mão, o pulso e o cotovelo ao mesmo tempo", diz. "Você pensa e os músculos se movem em seguida".

A recuperação que ela conseguiu resulta de um novo procedimento que vem atraindo crescente atenção porque permite que pessoas movam braços protéticos de forma mais automática do que faziam no passado, simplesmente utilizando nervos reaproveitados em seus cérebros.

A técnica, conhecida como "renervação muscular dirigida", envolve utilizar os nervos que restam depois da amputação de um braço e conectá-los a outro músculo do corpo, em geral no peito. Eletrodos são instalados sobre os músculos do peito, e operam como se fossem antenas. Quando a pessoa deseja mover o braço, o cérebro envia sinais que primeiro resultam em contração dos músculos do peito, os quais enviam um sinal ao braço protético, instruindo-se a se movimentar. O processo não requer mais esforços consciente do que a pessoa teria de exercitar caso ainda tivesse seu braço natural.

Na terça-feira, pesquisadores reportaram em estudo publicado pela versão online do Journal of the American Medical Association que haviam levado a técnica ainda mais à frente, tornando possível a execução de 10 movimentos de mão, pulso e cotovelo diferentes, o que representa uma substancial melhora com relação ao típico repertório protético, que em geral envolve apenas dobrar o cotovelo, girar o pulso e abrir a mão.

"Os novos métodos tiveram impacto dramático em nosso campo de trabalho", disse Stuart Harshbarger, engenheiro biomédico na Universidade Johns Hopkins e diretor do programa de pesquisa sobre próteses, financiado pelas forças armadas, que inclui o trabalho com essa técnica. "O método já está em uso por médicos e cirurgiões comuns em todo o país. A capacidade de controlar um membro protético bastante robusto que ele confere surpreendeu a todos pela qualidade".

Tipicamente, uma pessoa que tenha um braço protético só é capaz de executar alguns poucos movimentos, e muitas vezes com tamanha lentidão que isso só permite a ela atividades limitadas.

Há um motor separado para cada movimento, diz Gerald Loeb, professor de engenharia biomédica na Universidade do Sul da Califórnia, "e esses motores precisam ser controlados de maneira explícita", usualmente por um esforço consciente da pessoa para contrair músculos nas costas ou no bíceps.

"Essencialmente, até agora os pacientes controlavam apenas um motor de cada vez", diz Loeb, "e precisavam pensar cuidadosamente sobre que motor desejavam controlar e como fazê-lo operar, em lugar de simplesmente pensarem em mover o braço e poderem fazê-lo sem delongas".

Antes que Kitts passasse pelo procedimento de renervação, em outubro de 2007, por exemplo, ela precisava movimentar os músculos de suas costas de determinada maneira para fazer com que seu pulso girasse, e flexionar seu bíceps e tríceps para fazer com que o cotovelo se movesse para cima e para baixo. "Era muito trabalho", ela conta. "E não me ajudava muito".

O procedimento de renervação é parte de uma recente explosão de idéias novas e técnicas inovadoras que estão sendo exploradas enquanto os cientistas se esforçam por ajudar as pessoas a compensar melhor a perda de membros ou problemas de paralisia. O esforço vem sendo alimentado pelo aumento no número de amputações causado por diabetes e por ferimentos sofridos pelos militares, e ao mesmo tempo pelos avanços na tecnologia médica.

Os braços se tornaram um dos focos essenciais desse tipo de trabalho. A ciência há muito vem obtendo sucessos no desenvolvimento de próteses de perna, mas é muito mais difícil imitar a complexidade e a destreza das mãos e dos braços.

Os esforços em curso incluem o desenvolvimento de projetos de pele e braços mais sensíveis e mais flexíveis, e o uso de dispositivos acionados por controles sem fio implantado nos braços protéticos, que permitiriam movimentos mais naturais.

Os pesquisadores também vêm usando sensores implantados nos cérebros de cobaias para permitir que dois macacos controlem um braço mecânico, e um teste com um homem paralítico permitiu, com esse método, que ele movimentasse um cursor em uma tela de computador.

Alguns desses métodos, caso venham a ser aperfeiçoados plenamente e consigam aprovação das autoridades regulatórias da saúde, podem no futuro se tornar mais viáveis para os pacientes de amputações.

E embora a técnica da renervação não requeira aprovação das autoridades regulatórias porque é executada por meios cirúrgicos e emprega aparelhos já existentes, ela apresenta limitações que até mesmo seus criadores reconhecem, entre as quais o fato de que não se pode utilizá-la para todos os pacientes, o seu alto custo e o prazo de meses requerido para que os nervos reconectados cresçam e se tornem efetivos.

Ainda assim, os especialistas dizem que é o mais avançado sistema em uso hoje para pacientes reais que permite que o sistema nervoso controle diretamente o movimento de um braço artificial.

Desde sua introdução por Todd Kuiken, médico fisioterapeuta e engenheiro biomédico do Instituto de Reabilitação de Chicago, o método foi empregado em cerca de 30 pacientes nos Estados Unidos, Canadá e Europa, entre os quais oito soldados feridos no Iraque e no Afeganistão.

Muitos dos pacientes, entre os quais o primeiro, Jesse Sullivan, um operário do setor elétrico no Tennessee que perdeu os dois braços quando foi eletrocutado por um cabo, conseguem não apenas manipular seus braços protéticos mas sentir a presença das mãos que já não têm quando alguém toca em seus peitos.

Sullivan, 62 anos, e Kitts, estavam entre os cinco pacientes que participaram do estudo reportado na terça-feira. Em companhia de cinco outras pessoas que não passaram por amputações, eles receberam os eletrodos e foram instruídos a usar pensamentos para fazer com que um braço virtual na tela reproduzisse 10 movimentos diferentes, entre os quais três formas diferentes de aperto de mão.

Os pacientes apresentaram desempenho bastante respeitável, apenas um pouco mais lento e menos preciso do que os dos participantes que não tinham amputações.

"As velocidades de movimento que encontramos em nossos pacientes foram realmente encorajadoras", disse Kuiken. "Eles conseguiram completar a tarefa. É claro que não foram tão competentes quanto as pessoas dotadas de plena capacidade física, mas foram bons o bastante".

Um braço virtual foi usado porque a maioria das próteses existentes não era capaz de acomodar todos aqueles movimentos, no momento da pesquisa, ainda que Sullivan, Kitts e uma terceira paciente, Claudia Mitchell, tenham experimentado dois novos protótipos mais versáteis de braços artificiais, executando tarefas complexas com bolas de tênis e outros objetos.

O trabalho de renervação em soldados apresenta outros desafios, diz Kuiken, porque os ferimentos militares muitas vezes "causam danos muitos extensos" a nervos, músculos ou ossos.

Daniel Acosta, 25 anos, um aviador ferido pela detonação de uma bomba em uma estrada do Iraque em 2005, passou pelo procedimento no ano passado e diz que seu braço esquerdo protético agora se movimenta "muito mais rápido" e de maneira muito mais natural.

"A diferença é que agora não preciso mais pensar para mover o braço", ele diz. "Ele simplesmente se mexe".

Ainda assim, Acosta, de San Antonio, diz que "o processo foi bastante longo" e que os eletrodos precisam ser ajustados para receber os sinais à medida que os nervos crescem ou mudam de posição.

E embora elogiem o método, os especialistas afirmam que a ciência das próteses de braço ainda tem muito por avançar.

"Trata-se de uma parte crucial, mas ainda assim apenas uma parte, das muitas coisas que compreendem a função normal de um braço", disse Loeb, que escreveu um editorial que acompanha o artigo no Journal of the American Medical Association.

"No momento estamos a meio do caminho entre o braço de 'Dr. Fantástico', que fazia involuntariamente a saudação nazista, e o braço de Luke Skywalker em 'Guerra nas Estrelas', que funciona sem nenhum problema assim que é conectado. Creio que precisaremos ainda de muitos anos para conectar todas as peças necessárias a produzir um braço capaz de funcionar normalmente".

17:04
Anónimo disse...
A Espanha disse neste sábado que está preparando uma reclamação oficial contra a decisão da Venezuela de expulsar um membro do Parlamento Europeu que criticou o conselho eleitoral venezuelano.
Luis Herrero, membro do partido conservador espanhol PP, foi deportado na sexta-feira depois que o Conselho Nacional Eleitoral (CNE) o acusou de questionar a imparcialidade da instituição antes de um referendo que pode permitir ao presidente Hugo Chávez permanecer no cargo indefinidamente.

Herrero estava na Venezuela como observador do referendo. Ele acusou Chávez de ter "comportamentos típicos de um ditador" por pedir a contenção de manifestações da oposição.

O governo da Espanha convocou um encontro com o embaixador da Venezuela em Madri para expressar a desaprovação sobre a expulsão de Herrero, disse um representante do Ministério das Relações Exteriores espanhol.

As relações da Venezuela com a Espanha tiveram seu ponto crítico em 2007, quando Chávez ameaçou rever acordos diplomáticos e comerciais depois de ouvir um "cala a boca" do rei espanhol Juan Carlos durante uma cúpula.

A fenda foi oficialmente reparada em 2008, com uma visita oficial de Chávez à Espanha, onde ele cumprimentou o rei e discutiu acordos para investimento no setor petroquímico com o primeiro-ministro José Luis Rodriguez Zapatero.

17:06
Anónimo disse...
A polícia do Zimbábue anunciou neste sábado que acusa de traição Roy Bennett, dirigente do até agora opositor Movimento para a Mudança Democrática (MDC), detido na sexta-feira, em Harare, poucas horas antes da cerimônia de posse dos membros do novo gabinete.

"A Polícia nos informou que vão apresentar acusações de traição", disse à agência EFE o advogado de defesa de Bennett, Trust Maanda.

"Tentam relacionar Roy com o caso de Mike Hitschmann, que foi detido em 2006 em relação à descoberta de um carregamento de armas, apesar de que Hitschmann não tenha sido declarado culpado das acusações de traição apresentadas contra ele, mas de um crime menor de descumprimento de leis", disse Maanda.

O político opositor, designado por seu partido como vice-ministro de Agricultura no Governo de união nacional, esteve no exílio na vizinha África do Sul desde 2006 e retornou ao Zimbábue há duas semanas.

Segundo a Polícia, que deteve Bennett ontem no aeroporto de Harare quando pretendia ir à África do Sul para visitar sua família, as armas apreendidas em 2006 seriam utilizadas em um golpe de Estado para derrubar o presidente do Zimbábue, Robert Mugabe.

Depois da detenção, Bennet foi levado a Mutar, onde vários simpatizantes do MDC se concentraram em frente à delegacia na qual estava detido, diante do que a Polícia respondeu com tiros para o alto para dispersar os manifestantes.

17:07
Anónimo disse...
Austrália: 14 mil se candidatam a 'emprego dos sonhos'

A secretaria de Turismo de Queensland, na Austrália, informou que até esta segunda-feira já recebeu cerca de 14 mil inscrições para o "o melhor emprego do mundo". O Estado australiano promove pela internet seleção para vaga de "zelador" da ilha Hamilton, por seis meses com um salário de R$ 40 mil.

Muitos candidatos tiveram problemas durante a inscrição por conta dos acessos simultâneos ao site. A secretaria aconselha enviar os vídeos de 60s explicando porque deve ser escolhido em horários alternativos do dia, além de recomendar tamanho em torno de 40MB.

As inscrições começaram em 12 de janeiro e vão até o próximo dia 22 e podem ser feitas pelo site www.islandreefjob.com. O governo australiano escolherá 50 candidatos para a próxima fase da seleção, que terá votos do público para eleger um dos 11 finalistas.

A última fase terá entrevistas e desafios físicos, no próprio local de trabalho: as ilhas da Grande Barreira Coralina - o maior recife de coral do mundo. A secretaria de Turismo anunciará o vencedor no dia 6 de maio.

17:09
Anónimo disse...
Mercado elogia governo na crise, mas pede maior queda no juro

Peter Fussy
Direto de São Paulo

Desde as primeiras medidas anunciadas para combater os efeitos da crise, o governo brasileiro avisou que a estratégia não contemplaria um pacote. Seriam doses pontuais, de acordo com a necessidade da economia diante do agravamento das turbulências. Da primeira liberação dos depósitos compulsórios em setembro até a ampliação do seguro-desemprego na última quarta-feira, o governo passou por redução de impostos, ampliação de crédito e incentivos à exportação. Quase 150 dias após a primeira medida, o Terra conversou com líderes do setor público e privado, representantes dos trabalhadores, acadêmicos e com o próprio governo para saber quais destas ações foram mais eficazes, quais foram mais ineficientes e o que mais pode ser feito pelo Estado brasileiro contra a crise.

Os maiores elogios foram direcionados à atitude de reduzir o Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) para a indústria automobilística, anunciada em dezembro e que fez com que os emplacamentos de carros novos subissem 1,9% no primeiro mês do ano em relação a dezembro de 2008. Já as maiores críticas foram para a lentidão no corte da taxa básica de juro do País.

Para o presidente do conselho administrativo do Grupo Pão de Açúcar, Abílio Diniz, o Estado não é responsável pela crise e mesmo assim está agindo "com extrema serenidade e muito acerto". "O governo está atento, fazendo a sua parte. É preciso coragem de baixar firmemente a taxa de juros. É uma arma que temos a nosso favor, já que não há clima para inflação, nem possibilidade de danos para a macroeconomia", afirmou Diniz.

Na última reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), em janeiro, a taxa Selic foi reduzida em um ponto percentual, de 13,75% para 12,75% ao ano. Porém, o professor de economia da Universidade de Brasília (UnB) José Luiz Oreiro lembra que este corte representa uma redução de apenas 0,25 ponto percentual com relação à taxa de setembro do ano passado, quando a crise se agravou.

"Pouco antes da eclosão da crise, o Banco Central aumentou a taxa em 0,75 ponto. Foram cinco meses de demora para reduzir em termos líquidos apenas 0,25 ponto", afirmou o economista, que também sugeriu redução do intervalo de cerca de 90 dias entre as reuniões do Copom e o corte de pelo menos um 1 ponto percentual em cada reunião.

Mesmo com o corte de janeiro, a taxa de juros real continua sendo a maior do mundo, lembrou o secretário-geral da Força Sindical, João Carlos Gonçalves, o Juruna. "A redução da taxa de juro ainda é pequena, porque ela continua uma das mais altas do mundo. Falta ousadia para baixar os juros e ajudar o cidadão. A permanência da taxa de juro alta é negativa para o País em meio a crise", afirmou Juruna.

Embora aprove as ações do governo, o senador Aloízio Mercadante (PT-SP) também acredita que o patamar da Selic está muito alto. "Sempre fomos os primeiros a entrar em qualquer crise, o que não aconteceu agora. A taxa Selic ainda é muito alta, mas o governo têm tomado medidas acertadas, como o aumento do salário mínimo, mesmo com um cenário de crise. Isso ajuda a movimentar o consumo. O governo está se esforçando para manter os investimentos e o crescimento", disse.

Tributos
De acordo com o economista Fabio Pina, da Fecomercio-SP, as ações mais positivas estão relacionadas à redução de tributos para alguns segmentos, como a indústria automobilística, que recuperou parte da queda nas vendas em janeiro com a isenção do IPI para carros 1.0 l e o corte para demais motorizações. A medida vale até o final de março.

"Essas medidas não só reduziram o preço, mas anteciparam o consumo daqueles que iriam comprar no futuro, dando um prêmio por conta da insegurança. Mexe diretamente com o principal problema que é a confiança do consumidor", afirmou. Juruna destacou que um bom ritmo de vendas é garantia de emprego. "É importante porque cada emprego na montadora significa 19 na cadeia produtiva", comentou o representante da Força Sindical.

Também em dezembro, o governo decidiu cortar pela metade a alíquota do Imposto de Renda para contribuintes que ganham entre R$ 1.434 e R$ 2.150 mensais. "O salário aumentava e a tabela não se modificava. As pessoas ganhavam mais e pagavam mais impostos", apontou Juruna. Outra redução de tributos do governo foi com relação ao Imposto sobre Operações Financeiras (IOF), que caiu de 3% ao ano para 1,5%.

Crédito
Na segunda metade de 2008, o colapso de bancos nos Estados Unidos por conta da crise do subprime provocou uma forte restrição de crédito no mundo inteiro. Uma das primeiras medidas anticrise do governo teve como objetivo restabelecer a oferta, com mudanças no recolhimento dos depósitos compulsórios por parte dos bancos. Segundo o presidente do Banco Central, Henrique Meirelles, as diversas modificações liberaram US$ 99,2 bilhões aos bancos até o final de janeiro.

Além disso, o governo concedeu R$ 36 bilhões das reservas internacionais para empresas brasileiras com dívidas no exterior e uma medida provisória autorizou o Banco do Brasil e a Caixa Econômica Federal a comprar carteiras de crédito de bancos privados. Para o diretor do Departamento de Pesquisas e Estudos Econômicos da Fiesp, Paulo Francini, estas medidas foram essenciais para combater os efeitos da crise.

"A crise se desenvolve no mundo em torno do tema crédito. E o crédito reduziu-se barbaridade no mundo. Então o governo lança mão de compulsório, lança mão de reservas, de medidas que permitem aos bancos comprar carteiras de bancos. Você vai tomando várias medidas para atender às demandas e o epicentro disso é crédito", afirmou.

No entanto, Oreiro, da UnB, adverte que a liberação dos compulsórios seria mais eficiente acompanhada de redução mais agressiva da taxa básica de juro. "Uma parte do crédito voltou, depois da forte retração em outubro e novembro. O que deveria ter sido feito junto à liberação do compulsório era uma redução mais drástica da taxa de juro. Sem isso, os bancos pegam as reservas e acabam comprando títulos públicos", explicou o economista.

Na opinião de Pina, as ações de distribuição de crédito via redução do compulsório e a disposição de capital de giro para empresas foram tomadas sem um cuidado maior na operação e não tiveram muito efeito. "O BNDES tem linhas que ficam paradas quase todo o ano, agora é pior ainda. Existem os recursos, mas as empresas e os bancos estão desconfiados. É preciso fazer com que os bancos tenham interesse em emprestar", afirmou o economista da Fecomercio-SP.

Futuro
Mesmo com todas essas medidas, a crise financeira ainda gera incertezas nos setores produtivos do País. Nos últimos meses, o medo do desemprego fez os consumidores adiarem compras. Por sua vez, a queda nas vendas pode obrigar as indústrias a cortarem a produção e demitir funcionários. Contra isso, empresários sugerem redução de jornada e de salários.

"Isto está previsto em lei. A Fiesp simplesmente manteve conversações com entidades sindicais quanto à aplicação daquilo que já está previsto em lei", afirmou Francini.

Segundo a ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff, uma das medidas que assegura um nível de emprego é a manutenção de investimentos no Programa de Aceleração do Crescimento (PAC). "Estamos esperando que a dificuldade ocorra em janeiro, fevereiro e março. Estamos certos que vamos manter o nível de investimento. É isso que funciona, é isso que significa investimento público. Ele funciona como um colchão. Por isso, nós colocamos R$ 100 bilhões no BNDES e a Petrobras ampliou o seu investimento em R$ 120 bilhões", afirmou.

Na mesma linha, Pina explica que a antecipação de gastos do governo substitui parte da demanda retraída do setor privado. "Ele dá o seguinte recado: não vou estourar as contas públicas, mas concentrar em um momento em que a demanda privada está pequena. Mas o governo não tem fôlego suficiente para fazer o papel de toda demanda", ressaltou. O economista da Fecomercio lembrou que a entidade já pleiteou junto ao governo isenções para transferência de imóveis e de automóveis, além de retirar o IPVA para veículos novos.

Já Oreiro foca suas propostas na capitalização do Banco do Brasil e da Caixa Econômica Federal pelo Tesouro para atender a demanda de crédito para capital de giro e reduzir o spread. "Aumentando o empréstimo e reduzindo as taxas, os dois vão forçar os bancos privados a acompanhar o movimento, até para não perderem participação no mercado", explicou o economista da UnB.

Até o Carnaval, o governou prometeu detalhar um pacote de incentivos para a construção de até um milhão de casas populares, direcionado a famílias com renda de até dez salários mínimos. "Estamos atentos a tudo o que está acontecendo e novas medidas serão tomadas caso haja uma avaliação de que sejam necessárias", disse o ministro da Fazenda, Guido Mantega, na última sexta-feira.

17:11
Anónimo disse...
Ex-ministro critica extensão do seguro-desemprego

Atualizada às 09h03

O ex-ministro do Trabalho Almir Pazzianotto criticou a decisão do governo federal de conceder o seguro-desemprego estendido a apenas alguns setores. "É certamente odioso e provavelmente inconstitucional", disse Pazzianotto, de acordo com o jornal O Estado de S. Paulo.

Na última qurta, dia do anúncio da medida, centrais sindicais elogiaram a atitude do governo. A Força Sindical divulgou nota dizendo que "o aumento ajudará a aquecer parte da economia, já que irá gerar mais consumo, produção e conseqüentemente, a criação de novos postos de trabalho". A União Geral dos Trabalhadores (UGT) afirmou que a medida "contribuirá para minimizar o drama dos trabalhadores que perderem seu emprego por conta da crise".

O ex-ministro, que instituiu o seguro-desemprego no País no governo de José Sarney, destacou a necessidade de as centrais sindicais se manifestarem contra a determinação. Para ele, as mudanças devem ser aplicadas a todas as categorias profissionais e a distinção é contrária ao artigo 3º da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT).

Pazzianotto atribui a medida a um possível temor do governo de que a crise econômica seja longa e não haja dinheiro para atender a todas as necessidades. Ainda assim, ele se mostra contrário ao método de concessão. "O seguro-desemprego ajuda a sanar necessidades básicas. Estendê-lo é paliativo, não a solução", disse ao jornal.

De acordo com o presidente do Conselho Deliberativo do Fundo de Amparo ao Trabalhador (Codefat) e conselheiro da Força Sindical, Luiz Fernando Emediato, a determinação já estava prevista na lei 8.900/94, que trata do seguro-desemprego.

O presidente da Comissão de Trabalho da Câmara, Pedro Fernandes (PTB-MA) vai além na crítica à concessão do seguro para apenas alguns setores. Ele acredita que a ampliação do benefício estimula o desemprego.

Quintino Severo, secretário geral da Central Única dos Trabalhadores (CUT), lembra que a ampliação do benefício sem critério e identificação pode incentivar demissões em outros setores.

17:13
Anónimo disse...
Empresas
TAM faz promoção para destinos internacionais

A companhia aérea TAM anunciou nesta sexta-feira tarifas promocionais para trechos internacionais. Os preços valem para bilhetes comprados entre 6h deste sábado e 23h59 deste domingo e são válidos para classe econômica. As tarifas, para ida e volta, serão vendidas a partir de US$ 99, mais taxas.

Segundo a aérea, a promoção vale para viagens feitas no período de 14 de fevereiro a 18 de junho de 2009. Para destinos na América do Sul, a permanência mínima é de dois dias; para bilhetes com destino nos Estados Unidos, cinco dias; e Europa, sete dias. A permanência máxima para as passagens para América do Sul e EUA é de dois meses e para Europa, três meses.

Entre os exemplos de tarifas promocionais, a TAM oferece São Paulo-Lima por US$ 99. Bilhetes para a rota São Paulo-Santiago serão vendidos a partir de US$ 199 e São Paulo-Nova York, US$ 799.

A emissão dos bilhetes deve ser feita obrigatoriamente no ato da reserva, obedecendo às regras estipuladas pela companhia. A compra está sujeita à disponibilidade de assentos nas classes tarifárias determinadas, trechos, horários e datas. A TAM afirmou que também há tarifas promocionais para a classe executiva.

Mais informações podem ser encontradas no site promocional (www.ofertastam.com.br), no site da empresa (www.tam.com.br) ou pelos telefones 4002-5700 ou 0800 5705700.

17:13
Anónimo disse...
Empresas
Consultoria negocia compra do parque temático Hopi Hari

A consultoria especializada em reestruturação de empresas Íntegra Associados informou nesta sexta-feira ter um acordo para comprar o parque de diversões Hopi Hari, localizado no interior de São Paulo. A empresa estaria disposta a investir R$ 10 milhões no parque, que tem dívida estimada em R$ 800 milhões. As informações são da edição deste sábado do jornal Folha de S. Paulo.

De acordo com o jornal, a transação ainda depende da negociação entre o Hopi Hari e seus credores, o que já estaria em andamento.

A consultoria paulista já atuou junto à Parmalat, durante 30 meses, quando reorganizou a gestão da empresa italiana.

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17:14
Anónimo disse...
Empresas
Disney de Tóquio contratará mais 2 mil apesar da crise


A Oriental Land, o operador da Disneylândia Tóquio e DisneySea, organizou neste domingo entrevistas para contratar cerca de 2 mil trabalhadores em tempo parcial, em um momento de grandes demissões deste tipo de empregados no Japão.

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O operador deste parque temático, situado em Urayasu, na província de Chiba (leste de Tóquio), está em pleno processo de seleção de empregados para 20 tipos de postos trabalhistas diferentes.

Segundo a companhia, citada pela agência local de notícias Kyodo, o parque contratará novos trabalhadores para as atrações, para os restaurantes e guardas de segurança entre outros. Os novos contratados começarão a trabalhar a partir de fevereiro.

O processo de seleção acontece em um momento em que a maioria das grandes companhias japonesas começaram a se ver obrigadas a despedir uma elevada percentagem de seus trabalhadores temporários e a tempo parcial.

Algumas inclusive anunciaram demissões de seus trabalhadores fixos, uma medida muito pouco comum nas companhias japonesas, perante os efeitos piores que o esperado pela crise econômica global.

Cerca de uma centena de pessoas esperavam desde a primeira hora desta manhã a abertura do centro de conferências Tokyo International Forum, onde as entrevistas estão sendo feitas, para ser os primeiros a solicitar os postos de trabalho.


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17:15
Anónimo disse...
Economia Internacional
Senado dos EUA aprova plano de estímulo à economia

O Senado dos Estados Unidos aprovou com 60 votos a favor e 38 contra o plano de estímulo à economia de US$ 787 bilhões na madrugada deste sábado. Agora, ele segue para sanção ou veto do presidente Barack Obama, que espera colocar a lei em prática até o dia 16 de fevereiro.

O plano prevê a criação de três milhões de empregos, inclui cortes de impostos às famílias, fundos para programas sociais e obras públicas, além de ajuda aos governos estaduais, estudantes e desempregados.

A cláusula Buy American - que exige o uso de ferro, aço e produtos manufaturados dos Estados Unidos em obras realizadas com recursos do pacote - ficou de lado. Segundo o texto definitivo, a cláusula será aplicada sem violar as normas do comércio internacional.

Ontem à tarde, a Câmara de Representantes (deputados) havia aprovado, por 246 votos a favor e 183 contra, a versão final do plano. Todos os republicanos foram contrários ao pacote.

Pelo acordo de quarta-feira entre Câmara e Senado, em vez de custar US$ 819 bilhões, como queriam os deputados, ou US$ 838 bilhões como pretendiam os senadores, o pacote ficou em cerca de US$ 787 bilhões, com 65% desse total destinado a gastos do governo federal e 35%, a créditos tributários.

17:16
Anónimo disse...
Economia nacional
Na era Lula, aposentadoria sobe 54% menos que salário mínimo

Thatiane Faria
Especial para o Terra
Direto de São Paulo

Os índices de reajustes concedidos pelo governo em 2009 para aposentados e pensionistas e para o salário mínimo repetiram uma diferença que, só durante o governo de Luiz Inácio Lula da Silva, já chega a 54%. Enquanto o mínimo foi majorado em 12% este ano, as pensões e aposentadorias tiveram aumento de 5,92%. Aposentados que têm o benefício do governo como única fonte de renda reclamam que perdem poder de compra e que sua cesta de compras é composta por itens que aumentam mais em relação à inflação oficial.

Um exemplo prático pode ser entendido a partir da comparação entre um aposentado que ganhava R$ 600 em janeiro de 2003. Na época, o benefício era três vezes, ou 200%, maior que o valor do mínimo em vigência, que era de R$ 200. Aplicando-se os índices de reajuste para aposentadorias e para o mínimo durante os últimos seis anos, o mesmo aposentado estaria recebendo hoje R$ 938,47, comparado a um salário mínimo de R$ 465. A diferença entre os dois valores caiu para pouco mais de 100%.

Enquanto o índice acumulado de reajuste para a aposentadoria durante o governo Lula foi de 60%, para o salário mínimo está em 132%.

O diretor do Sindicato Nacional dos Aposentados, João Inocentini, reclama que os valores dos benefícios para aposentadorias não mantêm o poder de compra do grupo, principalmente dos aposentados que recebem menos que dez salários mínimos.

Nem mesmo o fato de o índice de reajuste das aposentadorias ter ficado acima da inflação acumulada no mesmo período (o IPCA entre janeiro de 2003 e janeiro de 2009 foi de 39,7%) serve de argumento, segundo os aposentados.

"Os idosos, principalmente, têm gastos além das contas gerais como gás, telefone e aluguel. Para eles o custo com remédios, e outros itens da área saúde costuma ser maior", afirmou Inocentini.

O presidente do sindicato afirmou que o grupo realiza um estudo com 100 itens de necessidade de um idoso para comparar o aumento dos produtos com o índice de reajuste do benefício recebido pelos aposentados.

"Daqui dois meses vamos abrir um processo na Justiça e levar essa pesquisa como prova. Segundo a lei, o governo é obrigado a manter o poder de compra com a aposentadoria", disse Inocentini.

Alternativas
O consultor financeiro Cláudio Boriola diz que os aposentados, especialmente nesse momento de crise econômica, devem evitar compras parceladas, pesquisar preços, negociar e fazer bom planejamento financeiro.

Segundo Boriola, alguns aposentados ganham um valor mensal muitas vezes insuficiente para o pagamento das contas e acabam pedindo crédito ou realizando pagamentos a prazo e são obrigados a pagar juros altos.

Na opinião do consultor, pagar uma previdência privada é uma alternativa indicada para quem ainda trabalha, considerando a característica de perda de poder de compra da aposentadoria.

"Na prática, infelizmente os valores encontram-se em um patamar que está deteriorando o poder de aquisição da população brasileira", completou Boriola.

De acordo com o diretor da Confederação Brasileira de Aposentados e Pensionistas (Cobap), Vicente Fernandes Barbosa, representantes dos aposentados tentarão um encontro com o presidente da Câmara, deputado Michel Temer (PMDB-SP), para discutir projetos que minimizem a perda dos aposentados

17:17
Anónimo disse...
Previdência
Previdência prorroga isenção de tarifas no benefício

O atual sistema de pagamento aos 26 milhões de aposentados e pensionistas do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) será mantido até o final deste ano. O acordo, que permite realizar a operação sem nenhum custo aos beneficiários, foi renovado nesta sexta-feira, entre o governo federal e 21 instituições financeiras.

Por meio desse acordo, vigente desde setembro de 2007, nem os segurados, nem os bancos e nem o governo arcam com o pagamento de tarifas, conforme explicou o ministro da Previdência Social, José Pimentel. A prorrogação vale até dezembro, data máxima para que a Previdência defina as regras para um novo contrato.

Ao assinar o termo de renovação, na sede da Federação Brasileira dos Bancos (Febraban), o ministro disse que a intenção do governo é mudar o atual modelo de gestão visando a reduzir os custos dessas operações em torno da folha mensal, que atinge R$ 15,8 bilhões. No entanto, qualquer alteração, conforme explicou, passará antes por audiências públicas a serem realizadas a partir do segundo semestre deste ano, atendendo a determinação do Tribunal de Contas da União (TCU).

De acordo com Pimentel, com um redesenho do mecanismo de repasse dos recursos aos bancos em torno da folha de pagamento dos segurados o que se busca é um aumento da participação de instituições financeiras. Ele informou que, desde 2007, cada benefício custa em média R$ 1,07 ao governo. "Quanto mais instituições financeiras estiverem prestando serviços à sociedade, maior é a competitividade, a agilidade no atendimento", justificou.

O ministro observou, ainda, que, para permitir uma redução para algo em torno de meia hora no tempo de atendimento para a concessão dos direitos previdenciários, o governo investiu R$ 280 milhões.

Questionado sobre o descontentamento dos segurados que ganham acima de um salário mínimo terem obtido apenas a correção com base na variação do Índice de Preços ao Consumidor (INPC) , ficando abaixo do reajuste dado a quem recebe apenas o mínimo, Pimentel argumentou que o governo seguiu o que determina a lei e descartou a possibilidade de uma revisão

17:17
Anónimo disse...
Empresas
Caterpillar oferece aposentadoria antecipada a 2 mil


A companhia americana Caterpillar ofereceu a cerca de dois mil funcionários incentivos para que se aposentem de forma voluntária antes do previsto, pela perspectiva de uma queda "significativa" da atividade industrial, informou nesta quarta-feira a empresa.

A iniciativa, destinada aos trabalhadores de diversas fábricas em Illinois, Colorado, Tennessee e Pensilvânia, se soma aos cortes de empregos anunciados em janeiro, explicou em comunicado de imprensa.

A empresa, a maior fabricante mundial de maquinaria pesada para a construção e a mineração, acrescentou que, "em função das condições de negócio, podem ser necessárias mais reduções de elenco voluntárias e involuntárias à medida que o ano avança".

O vice-presidente da companhia, Sid Banwart, explicou que a empresa prevê "demissões significativas em todas as regiões geográficas e na maioria dos setores devido às dificuldades da economia mundial".

17:18
Anónimo disse...
Comércio
Comércio exterior da OCDE caiu no 3º trimestre de 2008


As exportações e as importações dos países da Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Econômico (OCDE) caíram 1,6% e 0,2%, respectivamente, no terceiro trimestre de 2008, em relação aos três meses anteriores.

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Trata-se da primeira queda destas atividades desde o terceiro trimestre de 2006, segundo o último relatório trimestral sobre fluxos comerciais divulgado pela OCDE.

As exportações e as importações em dólares dos 30 Estados-membros caíram 15,6% e 17%, respectivamente, na comparação anualizada.

Por sua vez, o comércio dos sete países mais ricos do mundo (G7) teve um pequeno crescimento no terceiro trimestre de 2008 com uma queda das exportações de mercadorias de 0,2% em relação ao trimestre anterior e um aumento de 0,4% das importações.

Em termos anualizados, as importações do G7 caíram 1,4% entre julho e setembro do ano passado, seu primeiro retrocesso desde o terceiro trimestre de 2006, enquanto as exportações aumentaram 1,9%, seu crescimento mais baixo no mesmo tempo.

Por países, a Alemanha aumentou suas importações em 3,4% - valor mais alto do G7 -, enquanto suas exportações caíram 2,9% do segundo para o terceiro trimestre de 2008.

Pelo contrário, as exportações americanas aumentaram 1,8% entre julho e setembro de 2008, enquanto as importações caíram 0,7% em relação ao trimestre anterior. No Japão, tanto as importações quanto as exportações caíram em torno de 1% no mesmo período.

17:19
Anónimo disse...
Economia Nacional
Lula: juros de crédito consignado a aposentados são altos

Atualizada às 17h29

O presidente Luis Inácio Lula da Silva afirmou nesta terça-feira, em São Paulo, que está lutando para reduzir as taxas de juros cobradas de aposentados em crédito consignado. A Previdência Social estabelece uma taxa máxima de 2,5% para empréstimo e de 3,5% para cartão. Para Lula, os valores são altos.

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"Acho que o juro que os aposentados estão pagando hoje com o crédito consignado é alto para o padrão brasileiro", disse o presidente durante a cerimônia de comemoração dos 86 anos do INSS.

A Previdência anunciou nesta terça-feira que aposentados e trabalhadoras com licença-maternidade poderão receber seus benefícios em 30 minutos. De acordo com Lula, em junho, a aposentadoria do trabalhador rural também será conseguida em meia hora.

Além disso, o presidente anunciou que, também em junho, os trabalhadores que alcançarem o direito à aposentadoria passarão a receber em suas casas um comunicado da Previdência informando o fato e o valor do salário que têm direito a receber. "É um comprometimento público que estou fazendo com os companheiros da Previdência Social", disse.

"Estamos retribuindo ao contribuinte da Previdência Social aquilo que é a cidadania que ele tem direito", afirmou Lula. "Se para cobrar nós somos tão precisos, para devolver o dinheiro, temos que chegar próximo à perfeição", completou.

17:20
Anónimo disse...
Economia Nacional
Salário maternidade sairá em 30 minutos, diz ministro

Toda trabalhadora autônoma que tiver contribuído pelo menos 10 meses com o Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) - ou as que possuírem carteira assinada - poderão receber em 30 minutos o salário maternidade a partir desta terça-feira. Da mesma forma, as mulheres com 30 anos de contribuição e os homens com 35 anos também terão direito ao benefício de forma mais rápida. A informação é do ministro da Previdência Social, José Pimentel.

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Para requerer o salário maternidade, é preciso que as autônomas levem a carteira de identidade e o carnê de contribuição. As demais trabalhadoras devem apresentar a identificação e a carteira de trabalho. Desde o início do mês, a nova forma de análise para a concessão de benefícios foi adotada para a aposentadoria por idade do trabalhador urbano e agora foi estendida para o salário maternidade e por tempo de contribuição.

O ministro disse que a qualificação do serviço da previdência social é o reconhecimento do direito dos trabalhadores e da afirmação da cidadania.

"Até pouco tempo na cabeça do cidadão o serviço devia ser de péssima qualidade. Agora não, nós modificamos toda a legislação no mês de dezembro numa ação conjunta do Congresso Nacional com o governo federal. Estamos implantando e concedendo os benefícios em até 30 minutos", afirmou.

O ministro destacou que para conseguir se aposentar ou ter acesso à licença maternidade em 30 minutos, em primeiro lugar, é necessário que o cidadão esteja vinculado à Previdência, o que inclui 65% da população acima de 16 anos de idade.

"Depois bastar marcar pelo sistema 135 o dia e a hora do atendimento e levar a documentação. Se todos os dados necessários estiverem corretos o contribuinte será atendido em até 30 minutos, como vem sendo feito com as aposentadorias por idade desde o dia cinco de janeiro", explicou.

Pimentel disse ainda que em 90% das agências da previdência social o atendimento é marcado em até 48 horas. Nos grandes centros, entretanto existe um volume maior o que torna mais lento o processo.

"Estamos criando mais 715 agências até 2010, em todo o território nacional, para descentralizar o atendimento. Em 2008, atendemos 295 mil benefícios e aposentadorias por idade. Temos 4 mil pessoas por dia procurando e se aposentando por idade no território nacional

Os bombeiros combatem neste sábado os incêndios na Austrália favorecidos pelo bom tempo, enquanto os deslocados encotram em seu retorno casas derruídas, carros queimados nas ruas e destruição.

Depois de sete dias desde que começaram os incêndios no Estado de Victoria, a lista de mortos chega a 181, os desaparecidos somam 50, os edifícios destruídos totalizam 1,834 mil e o terreno arrasado, principalmente florestas, ocupa uma área de 4,13 mil quilômetros quadrados.

As equipes de bombeiros, formadas por 4 mil profissionais de Victoria, de outras partes da Austrália e de países amigos, combateram hoje 12 focos fora de controle e nenhum representava uma ameaça direta para a população.

O subdiretor do Serviço de Bombeiros, Geoff Conway, disse que este tempo favorável, que se prolongará durante o domingo, permite consolidar as linhas de contenção e avançar na extinção das chamas.

Cinzas apareceram arrastadas por ventos do nordeste sobre Melbourne, onde habitam 3,8 milhões de pessoas, e as autoridades alertaram aos cidadãos do risco para a saúde de idosos, crianças e pessoas com problemas respiratórios.

O número de pessoas deslocadas - a Cruz Vermelha chegou a receber 7 mil - começou a cair com a abertura de algumas localidades atingidas.

Os incêndios, alguns criminosos, começaram em 7 de fevereiro, quando a região sul da Austrália estava há duas semanas sob uma onda de calor sem precedentes.

Na sexta-feira passada, a polícia acusou uma pessoa de ter provocado o incêndio que atingiu a localidade de Churchill e matou 21 pessoas.
16:55
Anónimo disse...
A primeira chuva em seis dias reduziu a ameaça de incêndios no Estado de Victoria, ao sul da Austrália. As autoridades, porém, advertiram que ainda existem 12 focos, mas que nenhum deles ameaça áreas povoadas.

Mais de quatro mil bombeiros, mil provenientes de outras partes do país e de outras nações, trabalham contra o fogo. Cerca de 600 veículos e 28 helicópteros e pequenos aviões estão sendo usados.


Eles conseguiram construir linhas de contenção para evitar os incêndios de Yarra e Maroondah se juntassem. Também foram controlados os incêndios abertos de Yea e Murrindindi, que ameaçavam as comunidades de Connellys Creek, Crystal Creek, Scrubby Creek e Native Dog Creek.

O número de mortos chegou a 181, mas as autoridades acreditam que as vítimas devem passar de 200, já que ainda há muitos desaparecidos.
16:55
Anónimo disse...
Aqui nesta coluna, na semana passada, tive a oportunidade de comentar sobre a recente visita do professor brasileiro Pedrinho Guareschi à Austrália. Não dei, porém, os fatos, pois semana passada o assunto era outro.

Hoje, porém, vamos a eles.

No último dia 4 de fevereiro, aconteceu o Seminário "Paulo Freire: Education and Liberation", organizado pelo centro de estudos latino-americanos da Universidade Nacional da Austrália, ou ANU, como é mais conhecida por aqui.

A ANU, para quem não sabe, está entre as 20 melhores universidades do mundo! E tem sede aqui em Camberra, capital da Austrália.

Na abertura do evento, o professor John Minns, diretor do centro latino-americano, ao dar boas-vindas ao público presente, lembrou ser aquele o primeiro seminário exclusivamente dedicado a Paulo Freire na Austrália.

Em seguida, convidou Pedrinho Guareschi, palestrante principal do Seminário, a fazer sua apresentação.

A plateia pode então conhecer, pelas palavras de Pedrinho, um pouco da obra e da vida de Freire, esse brasileiro de fé e valor, que sempre acreditou na educação, sobretudo dos menos favorecidos, analfabetos, como força libertadora.

Como não podia deixar de ser, os conceitos e ideias revolucionários de Paulo Freire, expostos com clareza por Pedrinho, despertaram o interesse e a curiosidade de plateia. A qual, deve-se notar, era na maioria de estudantes, mas de várias nacionalidades, sobretudo australianos e asiáticos.

Na continuação do programa do seminário, que se estendeu por dois dias, outros professores fizeram palestras sobre temas ligados à obra de Paulo Freire.

Interessante, por exemplo, saber que a professora Anne Hickling-Hudson, jamaicana que mora na Austrália há muitos anos (é professora da ANU), conheceu e trabalhou com Freire num workshop educacional durante a revolução na Ilha de Granada, em 1980, antes da invasão dos Estados Unidos...

Ou, então, a palestra da Professora Gerda Roelvink, da Nova Zelândia, que participou do Fórum Social de Porto Alegre em 2005. E essa participação transformou-se em tema de doutorado.

No dia 10, terça-feira passada, o padre Pedrinho Guareschi voltou a falar ao público australiano em grande auditório localizado no belíssimo campus da ANU. Desta vez, sobre a Teologia da Libertação.

Depois da palestra, John Minns mostrou o filme mexicano "O Crime do Padre Amaro", no qual um dos personagens é um padre católico praticante da Teologia da Libertação.

Mais uma vez, foi grande o intersse da platéia, que pode aprender e conhecer um pouco como se desenvolveu aquele importante movimento católico na América Latina.

Fica, assim, ao Pedrinho, bem como a outros brasileiros estudiosos e de bom coração que saem pelo mundo a divulgar aspectos importantes da cultura brasileira, o respeito e a homenagem desta coluna. E... aquele abraço!
16:57
Anónimo disse...
Amanda Kitts perdeu o braço esquerdo em um acidente de automóvel acontecido três anos atrás, mas hoje em dia ela joga futebol americano com seu filho de 12 anos de idade, troca fraldas e abraça as crianças nas três creches Kiddie Cottage que opera em Knoxville, Tennessee. Kitts, 40 anos, faz tudo isso com a ajuda de um novo tipo de braço artificial que se movimenta com mais facilidade do que outros aparelhos e que ela pode controlar utilizando apenas seus pensamentos.

"Eu sou capaz de mexer a mão, o pulso e o cotovelo ao mesmo tempo", diz. "Você pensa e os músculos se movem em seguida".

A recuperação que ela conseguiu resulta de um novo procedimento que vem atraindo crescente atenção porque permite que pessoas movam braços protéticos de forma mais automática do que faziam no passado, simplesmente utilizando nervos reaproveitados em seus cérebros.

A técnica, conhecida como "renervação muscular dirigida", envolve utilizar os nervos que restam depois da amputação de um braço e conectá-los a outro músculo do corpo, em geral no peito. Eletrodos são instalados sobre os músculos do peito, e operam como se fossem antenas. Quando a pessoa deseja mover o braço, o cérebro envia sinais que primeiro resultam em contração dos músculos do peito, os quais enviam um sinal ao braço protético, instruindo-se a se movimentar. O processo não requer mais esforços consciente do que a pessoa teria de exercitar caso ainda tivesse seu braço natural.

Na terça-feira, pesquisadores reportaram em estudo publicado pela versão online do Journal of the American Medical Association que haviam levado a técnica ainda mais à frente, tornando possível a execução de 10 movimentos de mão, pulso e cotovelo diferentes, o que representa uma substancial melhora com relação ao típico repertório protético, que em geral envolve apenas dobrar o cotovelo, girar o pulso e abrir a mão.

"Os novos métodos tiveram impacto dramático em nosso campo de trabalho", disse Stuart Harshbarger, engenheiro biomédico na Universidade Johns Hopkins e diretor do programa de pesquisa sobre próteses, financiado pelas forças armadas, que inclui o trabalho com essa técnica. "O método já está em uso por médicos e cirurgiões comuns em todo o país. A capacidade de controlar um membro protético bastante robusto que ele confere surpreendeu a todos pela qualidade".

Tipicamente, uma pessoa que tenha um braço protético só é capaz de executar alguns poucos movimentos, e muitas vezes com tamanha lentidão que isso só permite a ela atividades limitadas.

Há um motor separado para cada movimento, diz Gerald Loeb, professor de engenharia biomédica na Universidade do Sul da Califórnia, "e esses motores precisam ser controlados de maneira explícita", usualmente por um esforço consciente da pessoa para contrair músculos nas costas ou no bíceps.

"Essencialmente, até agora os pacientes controlavam apenas um motor de cada vez", diz Loeb, "e precisavam pensar cuidadosamente sobre que motor desejavam controlar e como fazê-lo operar, em lugar de simplesmente pensarem em mover o braço e poderem fazê-lo sem delongas".

Antes que Kitts passasse pelo procedimento de renervação, em outubro de 2007, por exemplo, ela precisava movimentar os músculos de suas costas de determinada maneira para fazer com que seu pulso girasse, e flexionar seu bíceps e tríceps para fazer com que o cotovelo se movesse para cima e para baixo. "Era muito trabalho", ela conta. "E não me ajudava muito".

O procedimento de renervação é parte de uma recente explosão de idéias novas e técnicas inovadoras que estão sendo exploradas enquanto os cientistas se esforçam por ajudar as pessoas a compensar melhor a perda de membros ou problemas de paralisia. O esforço vem sendo alimentado pelo aumento no número de amputações causado por diabetes e por ferimentos sofridos pelos militares, e ao mesmo tempo pelos avanços na tecnologia médica.

Os braços se tornaram um dos focos essenciais desse tipo de trabalho. A ciência há muito vem obtendo sucessos no desenvolvimento de próteses de perna, mas é muito mais difícil imitar a complexidade e a destreza das mãos e dos braços.

Os esforços em curso incluem o desenvolvimento de projetos de pele e braços mais sensíveis e mais flexíveis, e o uso de dispositivos acionados por controles sem fio implantado nos braços protéticos, que permitiriam movimentos mais naturais.

Os pesquisadores também vêm usando sensores implantados nos cérebros de cobaias para permitir que dois macacos controlem um braço mecânico, e um teste com um homem paralítico permitiu, com esse método, que ele movimentasse um cursor em uma tela de computador.

Alguns desses métodos, caso venham a ser aperfeiçoados plenamente e consigam aprovação das autoridades regulatórias da saúde, podem no futuro se tornar mais viáveis para os pacientes de amputações.

E embora a técnica da renervação não requeira aprovação das autoridades regulatórias porque é executada por meios cirúrgicos e emprega aparelhos já existentes, ela apresenta limitações que até mesmo seus criadores reconhecem, entre as quais o fato de que não se pode utilizá-la para todos os pacientes, o seu alto custo e o prazo de meses requerido para que os nervos reconectados cresçam e se tornem efetivos.

Ainda assim, os especialistas dizem que é o mais avançado sistema em uso hoje para pacientes reais que permite que o sistema nervoso controle diretamente o movimento de um braço artificial.

Desde sua introdução por Todd Kuiken, médico fisioterapeuta e engenheiro biomédico do Instituto de Reabilitação de Chicago, o método foi empregado em cerca de 30 pacientes nos Estados Unidos, Canadá e Europa, entre os quais oito soldados feridos no Iraque e no Afeganistão.

Muitos dos pacientes, entre os quais o primeiro, Jesse Sullivan, um operário do setor elétrico no Tennessee que perdeu os dois braços quando foi eletrocutado por um cabo, conseguem não apenas manipular seus braços protéticos mas sentir a presença das mãos que já não têm quando alguém toca em seus peitos.

Sullivan, 62 anos, e Kitts, estavam entre os cinco pacientes que participaram do estudo reportado na terça-feira. Em companhia de cinco outras pessoas que não passaram por amputações, eles receberam os eletrodos e foram instruídos a usar pensamentos para fazer com que um braço virtual na tela reproduzisse 10 movimentos diferentes, entre os quais três formas diferentes de aperto de mão.

Os pacientes apresentaram desempenho bastante respeitável, apenas um pouco mais lento e menos preciso do que os dos participantes que não tinham amputações.

"As velocidades de movimento que encontramos em nossos pacientes foram realmente encorajadoras", disse Kuiken. "Eles conseguiram completar a tarefa. É claro que não foram tão competentes quanto as pessoas dotadas de plena capacidade física, mas foram bons o bastante".

Um braço virtual foi usado porque a maioria das próteses existentes não era capaz de acomodar todos aqueles movimentos, no momento da pesquisa, ainda que Sullivan, Kitts e uma terceira paciente, Claudia Mitchell, tenham experimentado dois novos protótipos mais versáteis de braços artificiais, executando tarefas complexas com bolas de tênis e outros objetos.

O trabalho de renervação em soldados apresenta outros desafios, diz Kuiken, porque os ferimentos militares muitas vezes "causam danos muitos extensos" a nervos, músculos ou ossos.

Daniel Acosta, 25 anos, um aviador ferido pela detonação de uma bomba em uma estrada do Iraque em 2005, passou pelo procedimento no ano passado e diz que seu braço esquerdo protético agora se movimenta "muito mais rápido" e de maneira muito mais natural.

"A diferença é que agora não preciso mais pensar para mover o braço", ele diz. "Ele simplesmente se mexe".

Ainda assim, Acosta, de San Antonio, diz que "o processo foi bastante longo" e que os eletrodos precisam ser ajustados para receber os sinais à medida que os nervos crescem ou mudam de posição.

E embora elogiem o método, os especialistas afirmam que a ciência das próteses de braço ainda tem muito por avançar.

"Trata-se de uma parte crucial, mas ainda assim apenas uma parte, das muitas coisas que compreendem a função normal de um braço", disse Loeb, que escreveu um editorial que acompanha o artigo no Journal of the American Medical Association.

"No momento estamos a meio do caminho entre o braço de 'Dr. Fantástico', que fazia involuntariamente a saudação nazista, e o braço de Luke Skywalker em 'Guerra nas Estrelas', que funciona sem nenhum problema assim que é conectado. Creio que precisaremos ainda de muitos anos para conectar todas as peças necessárias a produzir um braço capaz de funcionar normalmente".
17:04
Anónimo disse...
A Espanha disse neste sábado que está preparando uma reclamação oficial contra a decisão da Venezuela de expulsar um membro do Parlamento Europeu que criticou o conselho eleitoral venezuelano.
Luis Herrero, membro do partido conservador espanhol PP, foi deportado na sexta-feira depois que o Conselho Nacional Eleitoral (CNE) o acusou de questionar a imparcialidade da instituição antes de um referendo que pode permitir ao presidente Hugo Chávez permanecer no cargo indefinidamente.

Herrero estava na Venezuela como observador do referendo. Ele acusou Chávez de ter "comportamentos típicos de um ditador" por pedir a contenção de manifestações da oposição.

O governo da Espanha convocou um encontro com o embaixador da Venezuela em Madri para expressar a desaprovação sobre a expulsão de Herrero, disse um representante do Ministério das Relações Exteriores espanhol.

As relações da Venezuela com a Espanha tiveram seu ponto crítico em 2007, quando Chávez ameaçou rever acordos diplomáticos e comerciais depois de ouvir um "cala a boca" do rei espanhol Juan Carlos durante uma cúpula.

A fenda foi oficialmente reparada em 2008, com uma visita oficial de Chávez à Espanha, onde ele cumprimentou o rei e discutiu acordos para investimento no setor petroquímico com o primeiro-ministro José Luis Rodriguez Zapatero.
17:06
Anónimo disse...
A polícia do Zimbábue anunciou neste sábado que acusa de traição Roy Bennett, dirigente do até agora opositor Movimento para a Mudança Democrática (MDC), detido na sexta-feira, em Harare, poucas horas antes da cerimônia de posse dos membros do novo gabinete.

"A Polícia nos informou que vão apresentar acusações de traição", disse à agência EFE o advogado de defesa de Bennett, Trust Maanda.

"Tentam relacionar Roy com o caso de Mike Hitschmann, que foi detido em 2006 em relação à descoberta de um carregamento de armas, apesar de que Hitschmann não tenha sido declarado culpado das acusações de traição apresentadas contra ele, mas de um crime menor de descumprimento de leis", disse Maanda.

O político opositor, designado por seu partido como vice-ministro de Agricultura no Governo de união nacional, esteve no exílio na vizinha África do Sul desde 2006 e retornou ao Zimbábue há duas semanas.

Segundo a Polícia, que deteve Bennett ontem no aeroporto de Harare quando pretendia ir à África do Sul para visitar sua família, as armas apreendidas em 2006 seriam utilizadas em um golpe de Estado para derrubar o presidente do Zimbábue, Robert Mugabe.

Depois da detenção, Bennet foi levado a Mutar, onde vários simpatizantes do MDC se concentraram em frente à delegacia na qual estava detido, diante do que a Polícia respondeu com tiros para o alto para dispersar os manifestantes.
17:07
Anónimo disse...
Austrália: 14 mil se candidatam a 'emprego dos sonhos'

A secretaria de Turismo de Queensland, na Austrália, informou que até esta segunda-feira já recebeu cerca de 14 mil inscrições para o "o melhor emprego do mundo". O Estado australiano promove pela internet seleção para vaga de "zelador" da ilha Hamilton, por seis meses com um salário de R$ 40 mil.

Muitos candidatos tiveram problemas durante a inscrição por conta dos acessos simultâneos ao site. A secretaria aconselha enviar os vídeos de 60s explicando porque deve ser escolhido em horários alternativos do dia, além de recomendar tamanho em torno de 40MB.

As inscrições começaram em 12 de janeiro e vão até o próximo dia 22 e podem ser feitas pelo site www.islandreefjob.com. O governo australiano escolherá 50 candidatos para a próxima fase da seleção, que terá votos do público para eleger um dos 11 finalistas.

A última fase terá entrevistas e desafios físicos, no próprio local de trabalho: as ilhas da Grande Barreira Coralina - o maior recife de coral do mundo. A secretaria de Turismo anunciará o vencedor no dia 6 de maio.
17:09
Anónimo disse...
Mercado elogia governo na crise, mas pede maior queda no juro

Peter Fussy
Direto de São Paulo

Desde as primeiras medidas anunciadas para combater os efeitos da crise, o governo brasileiro avisou que a estratégia não contemplaria um pacote. Seriam doses pontuais, de acordo com a necessidade da economia diante do agravamento das turbulências. Da primeira liberação dos depósitos compulsórios em setembro até a ampliação do seguro-desemprego na última quarta-feira, o governo passou por redução de impostos, ampliação de crédito e incentivos à exportação. Quase 150 dias após a primeira medida, o Terra conversou com líderes do setor público e privado, representantes dos trabalhadores, acadêmicos e com o próprio governo para saber quais destas ações foram mais eficazes, quais foram mais ineficientes e o que mais pode ser feito pelo Estado brasileiro contra a crise.

Os maiores elogios foram direcionados à atitude de reduzir o Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) para a indústria automobilística, anunciada em dezembro e que fez com que os emplacamentos de carros novos subissem 1,9% no primeiro mês do ano em relação a dezembro de 2008. Já as maiores críticas foram para a lentidão no corte da taxa básica de juro do País.

Para o presidente do conselho administrativo do Grupo Pão de Açúcar, Abílio Diniz, o Estado não é responsável pela crise e mesmo assim está agindo "com extrema serenidade e muito acerto". "O governo está atento, fazendo a sua parte. É preciso coragem de baixar firmemente a taxa de juros. É uma arma que temos a nosso favor, já que não há clima para inflação, nem possibilidade de danos para a macroeconomia", afirmou Diniz.

Na última reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), em janeiro, a taxa Selic foi reduzida em um ponto percentual, de 13,75% para 12,75% ao ano. Porém, o professor de economia da Universidade de Brasília (UnB) José Luiz Oreiro lembra que este corte representa uma redução de apenas 0,25 ponto percentual com relação à taxa de setembro do ano passado, quando a crise se agravou.

"Pouco antes da eclosão da crise, o Banco Central aumentou a taxa em 0,75 ponto. Foram cinco meses de demora para reduzir em termos líquidos apenas 0,25 ponto", afirmou o economista, que também sugeriu redução do intervalo de cerca de 90 dias entre as reuniões do Copom e o corte de pelo menos um 1 ponto percentual em cada reunião.

Mesmo com o corte de janeiro, a taxa de juros real continua sendo a maior do mundo, lembrou o secretário-geral da Força Sindical, João Carlos Gonçalves, o Juruna. "A redução da taxa de juro ainda é pequena, porque ela continua uma das mais altas do mundo. Falta ousadia para baixar os juros e ajudar o cidadão. A permanência da taxa de juro alta é negativa para o País em meio a crise", afirmou Juruna.

Embora aprove as ações do governo, o senador Aloízio Mercadante (PT-SP) também acredita que o patamar da Selic está muito alto. "Sempre fomos os primeiros a entrar em qualquer crise, o que não aconteceu agora. A taxa Selic ainda é muito alta, mas o governo têm tomado medidas acertadas, como o aumento do salário mínimo, mesmo com um cenário de crise. Isso ajuda a movimentar o consumo. O governo está se esforçando para manter os investimentos e o crescimento", disse.

Tributos
De acordo com o economista Fabio Pina, da Fecomercio-SP, as ações mais positivas estão relacionadas à redução de tributos para alguns segmentos, como a indústria automobilística, que recuperou parte da queda nas vendas em janeiro com a isenção do IPI para carros 1.0 l e o corte para demais motorizações. A medida vale até o final de março.

"Essas medidas não só reduziram o preço, mas anteciparam o consumo daqueles que iriam comprar no futuro, dando um prêmio por conta da insegurança. Mexe diretamente com o principal problema que é a confiança do consumidor", afirmou. Juruna destacou que um bom ritmo de vendas é garantia de emprego. "É importante porque cada emprego na montadora significa 19 na cadeia produtiva", comentou o representante da Força Sindical.

Também em dezembro, o governo decidiu cortar pela metade a alíquota do Imposto de Renda para contribuintes que ganham entre R$ 1.434 e R$ 2.150 mensais. "O salário aumentava e a tabela não se modificava. As pessoas ganhavam mais e pagavam mais impostos", apontou Juruna. Outra redução de tributos do governo foi com relação ao Imposto sobre Operações Financeiras (IOF), que caiu de 3% ao ano para 1,5%.

Crédito
Na segunda metade de 2008, o colapso de bancos nos Estados Unidos por conta da crise do subprime provocou uma forte restrição de crédito no mundo inteiro. Uma das primeiras medidas anticrise do governo teve como objetivo restabelecer a oferta, com mudanças no recolhimento dos depósitos compulsórios por parte dos bancos. Segundo o presidente do Banco Central, Henrique Meirelles, as diversas modificações liberaram US$ 99,2 bilhões aos bancos até o final de janeiro.

Além disso, o governo concedeu R$ 36 bilhões das reservas internacionais para empresas brasileiras com dívidas no exterior e uma medida provisória autorizou o Banco do Brasil e a Caixa Econômica Federal a comprar carteiras de crédito de bancos privados. Para o diretor do Departamento de Pesquisas e Estudos Econômicos da Fiesp, Paulo Francini, estas medidas foram essenciais para combater os efeitos da crise.

"A crise se desenvolve no mundo em torno do tema crédito. E o crédito reduziu-se barbaridade no mundo. Então o governo lança mão de compulsório, lança mão de reservas, de medidas que permitem aos bancos comprar carteiras de bancos. Você vai tomando várias medidas para atender às demandas e o epicentro disso é crédito", afirmou.

No entanto, Oreiro, da UnB, adverte que a liberação dos compulsórios seria mais eficiente acompanhada de redução mais agressiva da taxa básica de juro. "Uma parte do crédito voltou, depois da forte retração em outubro e novembro. O que deveria ter sido feito junto à liberação do compulsório era uma redução mais drástica da taxa de juro. Sem isso, os bancos pegam as reservas e acabam comprando títulos públicos", explicou o economista.

Na opinião de Pina, as ações de distribuição de crédito via redução do compulsório e a disposição de capital de giro para empresas foram tomadas sem um cuidado maior na operação e não tiveram muito efeito. "O BNDES tem linhas que ficam paradas quase todo o ano, agora é pior ainda. Existem os recursos, mas as empresas e os bancos estão desconfiados. É preciso fazer com que os bancos tenham interesse em emprestar", afirmou o economista da Fecomercio-SP.

Futuro
Mesmo com todas essas medidas, a crise financeira ainda gera incertezas nos setores produtivos do País. Nos últimos meses, o medo do desemprego fez os consumidores adiarem compras. Por sua vez, a queda nas vendas pode obrigar as indústrias a cortarem a produção e demitir funcionários. Contra isso, empresários sugerem redução de jornada e de salários.

"Isto está previsto em lei. A Fiesp simplesmente manteve conversações com entidades sindicais quanto à aplicação daquilo que já está previsto em lei", afirmou Francini.

Segundo a ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff, uma das medidas que assegura um nível de emprego é a manutenção de investimentos no Programa de Aceleração do Crescimento (PAC). "Estamos esperando que a dificuldade ocorra em janeiro, fevereiro e março. Estamos certos que vamos manter o nível de investimento. É isso que funciona, é isso que significa investimento público. Ele funciona como um colchão. Por isso, nós colocamos R$ 100 bilhões no BNDES e a Petrobras ampliou o seu investimento em R$ 120 bilhões", afirmou.

Na mesma linha, Pina explica que a antecipação de gastos do governo substitui parte da demanda retraída do setor privado. "Ele dá o seguinte recado: não vou estourar as contas públicas, mas concentrar em um momento em que a demanda privada está pequena. Mas o governo não tem fôlego suficiente para fazer o papel de toda demanda", ressaltou. O economista da Fecomercio lembrou que a entidade já pleiteou junto ao governo isenções para transferência de imóveis e de automóveis, além de retirar o IPVA para veículos novos.

Já Oreiro foca suas propostas na capitalização do Banco do Brasil e da Caixa Econômica Federal pelo Tesouro para atender a demanda de crédito para capital de giro e reduzir o spread. "Aumentando o empréstimo e reduzindo as taxas, os dois vão forçar os bancos privados a acompanhar o movimento, até para não perderem participação no mercado", explicou o economista da UnB.

Até o Carnaval, o governou prometeu detalhar um pacote de incentivos para a construção de até um milhão de casas populares, direcionado a famílias com renda de até dez salários mínimos. "Estamos atentos a tudo o que está acontecendo e novas medidas serão tomadas caso haja uma avaliação de que sejam necessárias", disse o ministro da Fazenda, Guido Mantega, na última sexta-feira.
17:11
Anónimo disse...
Ex-ministro critica extensão do seguro-desemprego

Atualizada às 09h03

O ex-ministro do Trabalho Almir Pazzianotto criticou a decisão do governo federal de conceder o seguro-desemprego estendido a apenas alguns setores. "É certamente odioso e provavelmente inconstitucional", disse Pazzianotto, de acordo com o jornal O Estado de S. Paulo.

Na última qurta, dia do anúncio da medida, centrais sindicais elogiaram a atitude do governo. A Força Sindical divulgou nota dizendo que "o aumento ajudará a aquecer parte da economia, já que irá gerar mais consumo, produção e conseqüentemente, a criação de novos postos de trabalho". A União Geral dos Trabalhadores (UGT) afirmou que a medida "contribuirá para minimizar o drama dos trabalhadores que perderem seu emprego por conta da crise".

O ex-ministro, que instituiu o seguro-desemprego no País no governo de José Sarney, destacou a necessidade de as centrais sindicais se manifestarem contra a determinação. Para ele, as mudanças devem ser aplicadas a todas as categorias profissionais e a distinção é contrária ao artigo 3º da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT).

Pazzianotto atribui a medida a um possível temor do governo de que a crise econômica seja longa e não haja dinheiro para atender a todas as necessidades. Ainda assim, ele se mostra contrário ao método de concessão. "O seguro-desemprego ajuda a sanar necessidades básicas. Estendê-lo é paliativo, não a solução", disse ao jornal.

De acordo com o presidente do Conselho Deliberativo do Fundo de Amparo ao Trabalhador (Codefat) e conselheiro da Força Sindical, Luiz Fernando Emediato, a determinação já estava prevista na lei 8.900/94, que trata do seguro-desemprego.

O presidente da Comissão de Trabalho da Câmara, Pedro Fernandes (PTB-MA) vai além na crítica à concessão do seguro para apenas alguns setores. Ele acredita que a ampliação do benefício estimula o desemprego.

Quintino Severo, secretário geral da Central Única dos Trabalhadores (CUT), lembra que a ampliação do benefício sem critério e identificação pode incentivar demissões em outros setores.
17:13
Anónimo disse...
Empresas
TAM faz promoção para destinos internacionais

A companhia aérea TAM anunciou nesta sexta-feira tarifas promocionais para trechos internacionais. Os preços valem para bilhetes comprados entre 6h deste sábado e 23h59 deste domingo e são válidos para classe econômica. As tarifas, para ida e volta, serão vendidas a partir de US$ 99, mais taxas.

Segundo a aérea, a promoção vale para viagens feitas no período de 14 de fevereiro a 18 de junho de 2009. Para destinos na América do Sul, a permanência mínima é de dois dias; para bilhetes com destino nos Estados Unidos, cinco dias; e Europa, sete dias. A permanência máxima para as passagens para América do Sul e EUA é de dois meses e para Europa, três meses.

Entre os exemplos de tarifas promocionais, a TAM oferece São Paulo-Lima por US$ 99. Bilhetes para a rota São Paulo-Santiago serão vendidos a partir de US$ 199 e São Paulo-Nova York, US$ 799.

A emissão dos bilhetes deve ser feita obrigatoriamente no ato da reserva, obedecendo às regras estipuladas pela companhia. A compra está sujeita à disponibilidade de assentos nas classes tarifárias determinadas, trechos, horários e datas. A TAM afirmou que também há tarifas promocionais para a classe executiva.

Mais informações podem ser encontradas no site promocional (www.ofertastam.com.br), no site da empresa (www.tam.com.br) ou pelos telefones 4002-5700 ou 0800 5705700.
17:13
Anónimo disse...
Empresas
Consultoria negocia compra do parque temático Hopi Hari

A consultoria especializada em reestruturação de empresas Íntegra Associados informou nesta sexta-feira ter um acordo para comprar o parque de diversões Hopi Hari, localizado no interior de São Paulo. A empresa estaria disposta a investir R$ 10 milhões no parque, que tem dívida estimada em R$ 800 milhões. As informações são da edição deste sábado do jornal Folha de S. Paulo.

De acordo com o jornal, a transação ainda depende da negociação entre o Hopi Hari e seus credores, o que já estaria em andamento.

A consultoria paulista já atuou junto à Parmalat, durante 30 meses, quando reorganizou a gestão da empresa italiana.

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17:14
Anónimo disse...
Empresas
Disney de Tóquio contratará mais 2 mil apesar da crise


A Oriental Land, o operador da Disneylândia Tóquio e DisneySea, organizou neste domingo entrevistas para contratar cerca de 2 mil trabalhadores em tempo parcial, em um momento de grandes demissões deste tipo de empregados no Japão.

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O operador deste parque temático, situado em Urayasu, na província de Chiba (leste de Tóquio), está em pleno processo de seleção de empregados para 20 tipos de postos trabalhistas diferentes.

Segundo a companhia, citada pela agência local de notícias Kyodo, o parque contratará novos trabalhadores para as atrações, para os restaurantes e guardas de segurança entre outros. Os novos contratados começarão a trabalhar a partir de fevereiro.

O processo de seleção acontece em um momento em que a maioria das grandes companhias japonesas começaram a se ver obrigadas a despedir uma elevada percentagem de seus trabalhadores temporários e a tempo parcial.

Algumas inclusive anunciaram demissões de seus trabalhadores fixos, uma medida muito pouco comum nas companhias japonesas, perante os efeitos piores que o esperado pela crise econômica global.

Cerca de uma centena de pessoas esperavam desde a primeira hora desta manhã a abertura do centro de conferências Tokyo International Forum, onde as entrevistas estão sendo feitas, para ser os primeiros a solicitar os postos de trabalho.


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17:15
Anónimo disse...
Economia Internacional
Senado dos EUA aprova plano de estímulo à economia

O Senado dos Estados Unidos aprovou com 60 votos a favor e 38 contra o plano de estímulo à economia de US$ 787 bilhões na madrugada deste sábado. Agora, ele segue para sanção ou veto do presidente Barack Obama, que espera colocar a lei em prática até o dia 16 de fevereiro.

O plano prevê a criação de três milhões de empregos, inclui cortes de impostos às famílias, fundos para programas sociais e obras públicas, além de ajuda aos governos estaduais, estudantes e desempregados.

A cláusula Buy American - que exige o uso de ferro, aço e produtos manufaturados dos Estados Unidos em obras realizadas com recursos do pacote - ficou de lado. Segundo o texto definitivo, a cláusula será aplicada sem violar as normas do comércio internacional.

Ontem à tarde, a Câmara de Representantes (deputados) havia aprovado, por 246 votos a favor e 183 contra, a versão final do plano. Todos os republicanos foram contrários ao pacote.

Pelo acordo de quarta-feira entre Câmara e Senado, em vez de custar US$ 819 bilhões, como queriam os deputados, ou US$ 838 bilhões como pretendiam os senadores, o pacote ficou em cerca de US$ 787 bilhões, com 65% desse total destinado a gastos do governo federal e 35%, a créditos tributários.
17:16
Anónimo disse...
Economia nacional
Na era Lula, aposentadoria sobe 54% menos que salário mínimo

Thatiane Faria
Especial para o Terra
Direto de São Paulo

Os índices de reajustes concedidos pelo governo em 2009 para aposentados e pensionistas e para o salário mínimo repetiram uma diferença que, só durante o governo de Luiz Inácio Lula da Silva, já chega a 54%. Enquanto o mínimo foi majorado em 12% este ano, as pensões e aposentadorias tiveram aumento de 5,92%. Aposentados que têm o benefício do governo como única fonte de renda reclamam que perdem poder de compra e que sua cesta de compras é composta por itens que aumentam mais em relação à inflação oficial.

Um exemplo prático pode ser entendido a partir da comparação entre um aposentado que ganhava R$ 600 em janeiro de 2003. Na época, o benefício era três vezes, ou 200%, maior que o valor do mínimo em vigência, que era de R$ 200. Aplicando-se os índices de reajuste para aposentadorias e para o mínimo durante os últimos seis anos, o mesmo aposentado estaria recebendo hoje R$ 938,47, comparado a um salário mínimo de R$ 465. A diferença entre os dois valores caiu para pouco mais de 100%.

Enquanto o índice acumulado de reajuste para a aposentadoria durante o governo Lula foi de 60%, para o salário mínimo está em 132%.

O diretor do Sindicato Nacional dos Aposentados, João Inocentini, reclama que os valores dos benefícios para aposentadorias não mantêm o poder de compra do grupo, principalmente dos aposentados que recebem menos que dez salários mínimos.

Nem mesmo o fato de o índice de reajuste das aposentadorias ter ficado acima da inflação acumulada no mesmo período (o IPCA entre janeiro de 2003 e janeiro de 2009 foi de 39,7%) serve de argumento, segundo os aposentados.

"Os idosos, principalmente, têm gastos além das contas gerais como gás, telefone e aluguel. Para eles o custo com remédios, e outros itens da área saúde costuma ser maior", afirmou Inocentini.

O presidente do sindicato afirmou que o grupo realiza um estudo com 100 itens de necessidade de um idoso para comparar o aumento dos produtos com o índice de reajuste do benefício recebido pelos aposentados.

"Daqui dois meses vamos abrir um processo na Justiça e levar essa pesquisa como prova. Segundo a lei, o governo é obrigado a manter o poder de compra com a aposentadoria", disse Inocentini.

Alternativas
O consultor financeiro Cláudio Boriola diz que os aposentados, especialmente nesse momento de crise econômica, devem evitar compras parceladas, pesquisar preços, negociar e fazer bom planejamento financeiro.

Segundo Boriola, alguns aposentados ganham um valor mensal muitas vezes insuficiente para o pagamento das contas e acabam pedindo crédito ou realizando pagamentos a prazo e são obrigados a pagar juros altos.

Na opinião do consultor, pagar uma previdência privada é uma alternativa indicada para quem ainda trabalha, considerando a característica de perda de poder de compra da aposentadoria.

"Na prática, infelizmente os valores encontram-se em um patamar que está deteriorando o poder de aquisição da população brasileira", completou Boriola.

De acordo com o diretor da Confederação Brasileira de Aposentados e Pensionistas (Cobap), Vicente Fernandes Barbosa, representantes dos aposentados tentarão um encontro com o presidente da Câmara, deputado Michel Temer (PMDB-SP), para discutir projetos que minimizem a perda dos aposentados
17:17
Anónimo disse...
Previdência
Previdência prorroga isenção de tarifas no benefício

O atual sistema de pagamento aos 26 milhões de aposentados e pensionistas do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) será mantido até o final deste ano. O acordo, que permite realizar a operação sem nenhum custo aos beneficiários, foi renovado nesta sexta-feira, entre o governo federal e 21 instituições financeiras.

Por meio desse acordo, vigente desde setembro de 2007, nem os segurados, nem os bancos e nem o governo arcam com o pagamento de tarifas, conforme explicou o ministro da Previdência Social, José Pimentel. A prorrogação vale até dezembro, data máxima para que a Previdência defina as regras para um novo contrato.

Ao assinar o termo de renovação, na sede da Federação Brasileira dos Bancos (Febraban), o ministro disse que a intenção do governo é mudar o atual modelo de gestão visando a reduzir os custos dessas operações em torno da folha mensal, que atinge R$ 15,8 bilhões. No entanto, qualquer alteração, conforme explicou, passará antes por audiências públicas a serem realizadas a partir do segundo semestre deste ano, atendendo a determinação do Tribunal de Contas da União (TCU).

De acordo com Pimentel, com um redesenho do mecanismo de repasse dos recursos aos bancos em torno da folha de pagamento dos segurados o que se busca é um aumento da participação de instituições financeiras. Ele informou que, desde 2007, cada benefício custa em média R$ 1,07 ao governo. "Quanto mais instituições financeiras estiverem prestando serviços à sociedade, maior é a competitividade, a agilidade no atendimento", justificou.

O ministro observou, ainda, que, para permitir uma redução para algo em torno de meia hora no tempo de atendimento para a concessão dos direitos previdenciários, o governo investiu R$ 280 milhões.

Questionado sobre o descontentamento dos segurados que ganham acima de um salário mínimo terem obtido apenas a correção com base na variação do Índice de Preços ao Consumidor (INPC) , ficando abaixo do reajuste dado a quem recebe apenas o mínimo, Pimentel argumentou que o governo seguiu o que determina a lei e descartou a possibilidade de uma revisão
17:17
Anónimo disse...
Empresas
Caterpillar oferece aposentadoria antecipada a 2 mil


A companhia americana Caterpillar ofereceu a cerca de dois mil funcionários incentivos para que se aposentem de forma voluntária antes do previsto, pela perspectiva de uma queda "significativa" da atividade industrial, informou nesta quarta-feira a empresa.

A iniciativa, destinada aos trabalhadores de diversas fábricas em Illinois, Colorado, Tennessee e Pensilvânia, se soma aos cortes de empregos anunciados em janeiro, explicou em comunicado de imprensa.

A empresa, a maior fabricante mundial de maquinaria pesada para a construção e a mineração, acrescentou que, "em função das condições de negócio, podem ser necessárias mais reduções de elenco voluntárias e involuntárias à medida que o ano avança".

O vice-presidente da companhia, Sid Banwart, explicou que a empresa prevê "demissões significativas em todas as regiões geográficas e na maioria dos setores devido às dificuldades da economia mundial".
17:18
Anónimo disse...
Comércio
Comércio exterior da OCDE caiu no 3º trimestre de 2008


As exportações e as importações dos países da Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Econômico (OCDE) caíram 1,6% e 0,2%, respectivamente, no terceiro trimestre de 2008, em relação aos três meses anteriores.

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Trata-se da primeira queda destas atividades desde o terceiro trimestre de 2006, segundo o último relatório trimestral sobre fluxos comerciais divulgado pela OCDE.

As exportações e as importações em dólares dos 30 Estados-membros caíram 15,6% e 17%, respectivamente, na comparação anualizada.

Por sua vez, o comércio dos sete países mais ricos do mundo (G7) teve um pequeno crescimento no terceiro trimestre de 2008 com uma queda das exportações de mercadorias de 0,2% em relação ao trimestre anterior e um aumento de 0,4% das importações.

Em termos anualizados, as importações do G7 caíram 1,4% entre julho e setembro do ano passado, seu primeiro retrocesso desde o terceiro trimestre de 2006, enquanto as exportações aumentaram 1,9%, seu crescimento mais baixo no mesmo tempo.

Por países, a Alemanha aumentou suas importações em 3,4% - valor mais alto do G7 -, enquanto suas exportações caíram 2,9% do segundo para o terceiro trimestre de 2008.

Pelo contrário, as exportações americanas aumentaram 1,8% entre julho e setembro de 2008, enquanto as importações caíram 0,7% em relação ao trimestre anterior. No Japão, tanto as importações quanto as exportações caíram em torno de 1% no mesmo período.
17:19
Anónimo disse...
Economia Nacional
Lula: juros de crédito consignado a aposentados são altos

Atualizada às 17h29

O presidente Luis Inácio Lula da Silva afirmou nesta terça-feira, em São Paulo, que está lutando para reduzir as taxas de juros cobradas de aposentados em crédito consignado. A Previdência Social estabelece uma taxa máxima de 2,5% para empréstimo e de 3,5% para cartão. Para Lula, os valores são altos.

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"Acho que o juro que os aposentados estão pagando hoje com o crédito consignado é alto para o padrão brasileiro", disse o presidente durante a cerimônia de comemoração dos 86 anos do INSS.

A Previdência anunciou nesta terça-feira que aposentados e trabalhadoras com licença-maternidade poderão receber seus benefícios em 30 minutos. De acordo com Lula, em junho, a aposentadoria do trabalhador rural também será conseguida em meia hora.

Além disso, o presidente anunciou que, também em junho, os trabalhadores que alcançarem o direito à aposentadoria passarão a receber em suas casas um comunicado da Previdência informando o fato e o valor do salário que têm direito a receber. "É um comprometimento público que estou fazendo com os companheiros da Previdência Social", disse.

"Estamos retribuindo ao contribuinte da Previdência Social aquilo que é a cidadania que ele tem direito", afirmou Lula. "Se para cobrar nós somos tão precisos, para devolver o dinheiro, temos que chegar próximo à perfeição", completou.
17:20
Anónimo disse...
Economia Nacional
Salário maternidade sairá em 30 minutos, diz ministro

Toda trabalhadora autônoma que tiver contribuído pelo menos 10 meses com o Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) - ou as que possuírem carteira assinada - poderão receber em 30 minutos o salário maternidade a partir desta terça-feira. Da mesma forma, as mulheres com 30 anos de contribuição e os homens com 35 anos também terão direito ao benefício de forma mais rápida. A informação é do ministro da Previdência Social, José Pimentel.

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Para requerer o salário maternidade, é preciso que as autônomas levem a carteira de identidade e o carnê de contribuição. As demais trabalhadoras devem apresentar a identificação e a carteira de trabalho. Desde o início do mês, a nova forma de análise para a concessão de benefícios foi adotada para a aposentadoria por idade do trabalhador urbano e agora foi estendida para o salário maternidade e por tempo de contribuição.

O ministro disse que a qualificação do serviço da previdência social é o reconhecimento do direito dos trabalhadores e da afirmação da cidadania.

"Até pouco tempo na cabeça do cidadão o serviço devia ser de péssima qualidade. Agora não, nós modificamos toda a legislação no mês de dezembro numa ação conjunta do Congresso Nacional com o governo federal. Estamos implantando e concedendo os benefícios em até 30 minutos", afirmou.

O ministro destacou que para conseguir se aposentar ou ter acesso à licença maternidade em 30 minutos, em primeiro lugar, é necessário que o cidadão esteja vinculado à Previdência, o que inclui 65% da população acima de 16 anos de idade.

"Depois bastar marcar pelo sistema 135 o dia e a hora do atendimento e levar a documentação. Se todos os dados necessários estiverem corretos o contribuinte será atendido em até 30 minutos, como vem sendo feito com as aposentadorias por idade desde o dia cinco de janeiro", explicou.

Pimentel disse ainda que em 90% das agências da previdência social o atendimento é marcado em até 48 horas. Nos grandes centros, entretanto existe um volume maior o que torna mais lento o processo.

"Estamos criando mais 715 agências até 2010, em todo o território nacional, para descentralizar o atendimento. Em 2008, atendemos 295 mil benefícios e aposentadorias por idade. Temos 4 mil pessoas por dia procurando e se aposentando por idade no território nacional. Este serviço será agilizado", concluiu.
17:21
Anónimo disse...
Giuseppe Englaro, pai de Eluana, a italiana que morreu na segunda-feira passada por desidratação, recusou uma grande soma de dinheiro de um conhecido fotógrafo italiano que queria retratar a filha em estado de coma, disse neste sábado o neurologista que atendia a mulher desde 1996, Carlo Defanti.

O neurologista, que participou hoje de uma conferência sobre eutanásia, disse que Englaro respeitou a vontade da filha, que, antes do acidente, tinha pedido que, se lhe ocorresse qualquer coisa irreversível, apresentasse sua imagem de quando estava em boas condições.

Antes de sofrer o acidente de trânsito, em 1992, Eluana viveu o coma de um amigo, Alessandro, o que causou forte impacto na italiana e a levou a fazer o pai prometer que não a deixasse viver em estado vegetativo, disse o próprio Giuseppe Englaro.

Defanti, que dissera que Eluana poderia viver de dez a 12 dias depois da suspensão da alimentação e da hidratação, disse que, como médico, tinha que reprovar esta afirmação.

"Não se pode sobreviver após três ou quatro dias sem líquido e, em particular, água em um corpo. Sabemos bem que, quando há um terremoto, após quatro dias é difícil encontrar sobreviventes".

Defanti ressaltou que Eluana "não falava, não se comunicava com o exterior" e que, após vários exames, "nos deparamos com uma moça que tinha perdido a consciência", porque estava com o córtex cerebral prejudicado.

Eluana foi enterrada na quinta-feira passada no túmulo da família na localidade de Paluzza, em Udine, após um funeral que não contou com a presença dos pais.

16:53
Anónimo disse...
Os bombeiros combatem neste sábado os incêndios na Austrália favorecidos pelo bom tempo, enquanto os deslocados encotram em seu retorno casas derruídas, carros queimados nas ruas e destruição.

Depois de sete dias desde que começaram os incêndios no Estado de Victoria, a lista de mortos chega a 181, os desaparecidos somam 50, os edifícios destruídos totalizam 1,834 mil e o terreno arrasado, principalmente florestas, ocupa uma área de 4,13 mil quilômetros quadrados.

As equipes de bombeiros, formadas por 4 mil profissionais de Victoria, de outras partes da Austrália e de países amigos, combateram hoje 12 focos fora de controle e nenhum representava uma ameaça direta para a população.

O subdiretor do Serviço de Bombeiros, Geoff Conway, disse que este tempo favorável, que se prolongará durante o domingo, permite consolidar as linhas de contenção e avançar na extinção das chamas.

Cinzas apareceram arrastadas por ventos do nordeste sobre Melbourne, onde habitam 3,8 milhões de pessoas, e as autoridades alertaram aos cidadãos do risco para a saúde de idosos, crianças e pessoas com problemas respiratórios.

O número de pessoas deslocadas - a Cruz Vermelha chegou a receber 7 mil - começou a cair com a abertura de algumas localidades atingidas.

Os incêndios, alguns criminosos, começaram em 7 de fevereiro, quando a região sul da Austrália estava há duas semanas sob uma onda de calor sem precedentes.

Na sexta-feira passada, a polícia acusou uma pessoa de ter provocado o incêndio que atingiu a localidade de Churchill e matou 21 pessoas.

16:55
Anónimo disse...
A primeira chuva em seis dias reduziu a ameaça de incêndios no Estado de Victoria, ao sul da Austrália. As autoridades, porém, advertiram que ainda existem 12 focos, mas que nenhum deles ameaça áreas povoadas.

Mais de quatro mil bombeiros, mil provenientes de outras partes do país e de outras nações, trabalham contra o fogo. Cerca de 600 veículos e 28 helicópteros e pequenos aviões estão sendo usados.


Eles conseguiram construir linhas de contenção para evitar os incêndios de Yarra e Maroondah se juntassem. Também foram controlados os incêndios abertos de Yea e Murrindindi, que ameaçavam as comunidades de Connellys Creek, Crystal Creek, Scrubby Creek e Native Dog Creek.

O número de mortos chegou a 181, mas as autoridades acreditam que as vítimas devem passar de 200, já que ainda há muitos desaparecidos.

16:55
Anónimo disse...
Aqui nesta coluna, na semana passada, tive a oportunidade de comentar sobre a recente visita do professor brasileiro Pedrinho Guareschi à Austrália. Não dei, porém, os fatos, pois semana passada o assunto era outro.

Hoje, porém, vamos a eles.

No último dia 4 de fevereiro, aconteceu o Seminário "Paulo Freire: Education and Liberation", organizado pelo centro de estudos latino-americanos da Universidade Nacional da Austrália, ou ANU, como é mais conhecida por aqui.

A ANU, para quem não sabe, está entre as 20 melhores universidades do mundo! E tem sede aqui em Camberra, capital da Austrália.

Na abertura do evento, o professor John Minns, diretor do centro latino-americano, ao dar boas-vindas ao público presente, lembrou ser aquele o primeiro seminário exclusivamente dedicado a Paulo Freire na Austrália.

Em seguida, convidou Pedrinho Guareschi, palestrante principal do Seminário, a fazer sua apresentação.

A plateia pode então conhecer, pelas palavras de Pedrinho, um pouco da obra e da vida de Freire, esse brasileiro de fé e valor, que sempre acreditou na educação, sobretudo dos menos favorecidos, analfabetos, como força libertadora.

Como não podia deixar de ser, os conceitos e ideias revolucionários de Paulo Freire, expostos com clareza por Pedrinho, despertaram o interesse e a curiosidade de plateia. A qual, deve-se notar, era na maioria de estudantes, mas de várias nacionalidades, sobretudo australianos e asiáticos.

Na continuação do programa do seminário, que se estendeu por dois dias, outros professores fizeram palestras sobre temas ligados à obra de Paulo Freire.

Interessante, por exemplo, saber que a professora Anne Hickling-Hudson, jamaicana que mora na Austrália há muitos anos (é professora da ANU), conheceu e trabalhou com Freire num workshop educacional durante a revolução na Ilha de Granada, em 1980, antes da invasão dos Estados Unidos...

Ou, então, a palestra da Professora Gerda Roelvink, da Nova Zelândia, que participou do Fórum Social de Porto Alegre em 2005. E essa participação transformou-se em tema de doutorado.

No dia 10, terça-feira passada, o padre Pedrinho Guareschi voltou a falar ao público australiano em grande auditório localizado no belíssimo campus da ANU. Desta vez, sobre a Teologia da Libertação.

Depois da palestra, John Minns mostrou o filme mexicano "O Crime do Padre Amaro", no qual um dos personagens é um padre católico praticante da Teologia da Libertação.

Mais uma vez, foi grande o intersse da platéia, que pode aprender e conhecer um pouco como se desenvolveu aquele importante movimento católico na América Latina.

Fica, assim, ao Pedrinho, bem como a outros brasileiros estudiosos e de bom coração que saem pelo mundo a divulgar aspectos importantes da cultura brasileira, o respeito e a homenagem desta coluna. E... aquele abraço!

16:57
Anónimo disse...
Amanda Kitts perdeu o braço esquerdo em um acidente de automóvel acontecido três anos atrás, mas hoje em dia ela joga futebol americano com seu filho de 12 anos de idade, troca fraldas e abraça as crianças nas três creches Kiddie Cottage que opera em Knoxville, Tennessee. Kitts, 40 anos, faz tudo isso com a ajuda de um novo tipo de braço artificial que se movimenta com mais facilidade do que outros aparelhos e que ela pode controlar utilizando apenas seus pensamentos.

"Eu sou capaz de mexer a mão, o pulso e o cotovelo ao mesmo tempo", diz. "Você pensa e os músculos se movem em seguida".

A recuperação que ela conseguiu resulta de um novo procedimento que vem atraindo crescente atenção porque permite que pessoas movam braços protéticos de forma mais automática do que faziam no passado, simplesmente utilizando nervos reaproveitados em seus cérebros.

A técnica, conhecida como "renervação muscular dirigida", envolve utilizar os nervos que restam depois da amputação de um braço e conectá-los a outro músculo do corpo, em geral no peito. Eletrodos são instalados sobre os músculos do peito, e operam como se fossem antenas. Quando a pessoa deseja mover o braço, o cérebro envia sinais que primeiro resultam em contração dos músculos do peito, os quais enviam um sinal ao braço protético, instruindo-se a se movimentar. O processo não requer mais esforços consciente do que a pessoa teria de exercitar caso ainda tivesse seu braço natural.

Na terça-feira, pesquisadores reportaram em estudo publicado pela versão online do Journal of the American Medical Association que haviam levado a técnica ainda mais à frente, tornando possível a execução de 10 movimentos de mão, pulso e cotovelo diferentes, o que representa uma substancial melhora com relação ao típico repertório protético, que em geral envolve apenas dobrar o cotovelo, girar o pulso e abrir a mão.

"Os novos métodos tiveram impacto dramático em nosso campo de trabalho", disse Stuart Harshbarger, engenheiro biomédico na Universidade Johns Hopkins e diretor do programa de pesquisa sobre próteses, financiado pelas forças armadas, que inclui o trabalho com essa técnica. "O método já está em uso por médicos e cirurgiões comuns em todo o país. A capacidade de controlar um membro protético bastante robusto que ele confere surpreendeu a todos pela qualidade".

Tipicamente, uma pessoa que tenha um braço protético só é capaz de executar alguns poucos movimentos, e muitas vezes com tamanha lentidão que isso só permite a ela atividades limitadas.

Há um motor separado para cada movimento, diz Gerald Loeb, professor de engenharia biomédica na Universidade do Sul da Califórnia, "e esses motores precisam ser controlados de maneira explícita", usualmente por um esforço consciente da pessoa para contrair músculos nas costas ou no bíceps.

"Essencialmente, até agora os pacientes controlavam apenas um motor de cada vez", diz Loeb, "e precisavam pensar cuidadosamente sobre que motor desejavam controlar e como fazê-lo operar, em lugar de simplesmente pensarem em mover o braço e poderem fazê-lo sem delongas".

Antes que Kitts passasse pelo procedimento de renervação, em outubro de 2007, por exemplo, ela precisava movimentar os músculos de suas costas de determinada maneira para fazer com que seu pulso girasse, e flexionar seu bíceps e tríceps para fazer com que o cotovelo se movesse para cima e para baixo. "Era muito trabalho", ela conta. "E não me ajudava muito".

O procedimento de renervação é parte de uma recente explosão de idéias novas e técnicas inovadoras que estão sendo exploradas enquanto os cientistas se esforçam por ajudar as pessoas a compensar melhor a perda de membros ou problemas de paralisia. O esforço vem sendo alimentado pelo aumento no número de amputações causado por diabetes e por ferimentos sofridos pelos militares, e ao mesmo tempo pelos avanços na tecnologia médica.

Os braços se tornaram um dos focos essenciais desse tipo de trabalho. A ciência há muito vem obtendo sucessos no desenvolvimento de próteses de perna, mas é muito mais difícil imitar a complexidade e a destreza das mãos e dos braços.

Os esforços em curso incluem o desenvolvimento de projetos de pele e braços mais sensíveis e mais flexíveis, e o uso de dispositivos acionados por controles sem fio implantado nos braços protéticos, que permitiriam movimentos mais naturais.

Os pesquisadores também vêm usando sensores implantados nos cérebros de cobaias para permitir que dois macacos controlem um braço mecânico, e um teste com um homem paralítico permitiu, com esse método, que ele movimentasse um cursor em uma tela de computador.

Alguns desses métodos, caso venham a ser aperfeiçoados plenamente e consigam aprovação das autoridades regulatórias da saúde, podem no futuro se tornar mais viáveis para os pacientes de amputações.

E embora a técnica da renervação não requeira aprovação das autoridades regulatórias porque é executada por meios cirúrgicos e emprega aparelhos já existentes, ela apresenta limitações que até mesmo seus criadores reconhecem, entre as quais o fato de que não se pode utilizá-la para todos os pacientes, o seu alto custo e o prazo de meses requerido para que os nervos reconectados cresçam e se tornem efetivos.

Ainda assim, os especialistas dizem que é o mais avançado sistema em uso hoje para pacientes reais que permite que o sistema nervoso controle diretamente o movimento de um braço artificial.

Desde sua introdução por Todd Kuiken, médico fisioterapeuta e engenheiro biomédico do Instituto de Reabilitação de Chicago, o método foi empregado em cerca de 30 pacientes nos Estados Unidos, Canadá e Europa, entre os quais oito soldados feridos no Iraque e no Afeganistão.

Muitos dos pacientes, entre os quais o primeiro, Jesse Sullivan, um operário do setor elétrico no Tennessee que perdeu os dois braços quando foi eletrocutado por um cabo, conseguem não apenas manipular seus braços protéticos mas sentir a presença das mãos que já não têm quando alguém toca em seus peitos.

Sullivan, 62 anos, e Kitts, estavam entre os cinco pacientes que participaram do estudo reportado na terça-feira. Em companhia de cinco outras pessoas que não passaram por amputações, eles receberam os eletrodos e foram instruídos a usar pensamentos para fazer com que um braço virtual na tela reproduzisse 10 movimentos diferentes, entre os quais três formas diferentes de aperto de mão.

Os pacientes apresentaram desempenho bastante respeitável, apenas um pouco mais lento e menos preciso do que os dos participantes que não tinham amputações.

"As velocidades de movimento que encontramos em nossos pacientes foram realmente encorajadoras", disse Kuiken. "Eles conseguiram completar a tarefa. É claro que não foram tão competentes quanto as pessoas dotadas de plena capacidade física, mas foram bons o bastante".

Um braço virtual foi usado porque a maioria das próteses existentes não era capaz de acomodar todos aqueles movimentos, no momento da pesquisa, ainda que Sullivan, Kitts e uma terceira paciente, Claudia Mitchell, tenham experimentado dois novos protótipos mais versáteis de braços artificiais, executando tarefas complexas com bolas de tênis e outros objetos.

O trabalho de renervação em soldados apresenta outros desafios, diz Kuiken, porque os ferimentos militares muitas vezes "causam danos muitos extensos" a nervos, músculos ou ossos.

Daniel Acosta, 25 anos, um aviador ferido pela detonação de uma bomba em uma estrada do Iraque em 2005, passou pelo procedimento no ano passado e diz que seu braço esquerdo protético agora se movimenta "muito mais rápido" e de maneira muito mais natural.

"A diferença é que agora não preciso mais pensar para mover o braço", ele diz. "Ele simplesmente se mexe".

Ainda assim, Acosta, de San Antonio, diz que "o processo foi bastante longo" e que os eletrodos precisam ser ajustados para receber os sinais à medida que os nervos crescem ou mudam de posição.

E embora elogiem o método, os especialistas afirmam que a ciência das próteses de braço ainda tem muito por avançar.

"Trata-se de uma parte crucial, mas ainda assim apenas uma parte, das muitas coisas que compreendem a função normal de um braço", disse Loeb, que escreveu um editorial que acompanha o artigo no Journal of the American Medical Association.

"No momento estamos a meio do caminho entre o braço de 'Dr. Fantástico', que fazia involuntariamente a saudação nazista, e o braço de Luke Skywalker em 'Guerra nas Estrelas', que funciona sem nenhum problema assim que é conectado. Creio que precisaremos ainda de muitos anos para conectar todas as peças necessárias a produzir um braço capaz de funcionar normalmente".

17:04
Anónimo disse...
A Espanha disse neste sábado que está preparando uma reclamação oficial contra a decisão da Venezuela de expulsar um membro do Parlamento Europeu que criticou o conselho eleitoral venezuelano.
Luis Herrero, membro do partido conservador espanhol PP, foi deportado na sexta-feira depois que o Conselho Nacional Eleitoral (CNE) o acusou de questionar a imparcialidade da instituição antes de um referendo que pode permitir ao presidente Hugo Chávez permanecer no cargo indefinidamente.

Herrero estava na Venezuela como observador do referendo. Ele acusou Chávez de ter "comportamentos típicos de um ditador" por pedir a contenção de manifestações da oposição.

O governo da Espanha convocou um encontro com o embaixador da Venezuela em Madri para expressar a desaprovação sobre a expulsão de Herrero, disse um representante do Ministério das Relações Exteriores espanhol.

As relações da Venezuela com a Espanha tiveram seu ponto crítico em 2007, quando Chávez ameaçou rever acordos diplomáticos e comerciais depois de ouvir um "cala a boca" do rei espanhol Juan Carlos durante uma cúpula.

A fenda foi oficialmente reparada em 2008, com uma visita oficial de Chávez à Espanha, onde ele cumprimentou o rei e discutiu acordos para investimento no setor petroquímico com o primeiro-ministro José Luis Rodriguez Zapatero.

17:06
Anónimo disse...
A polícia do Zimbábue anunciou neste sábado que acusa de traição Roy Bennett, dirigente do até agora opositor Movimento para a Mudança Democrática (MDC), detido na sexta-feira, em Harare, poucas horas antes da cerimônia de posse dos membros do novo gabinete.

"A Polícia nos informou que vão apresentar acusações de traição", disse à agência EFE o advogado de defesa de Bennett, Trust Maanda.

"Tentam relacionar Roy com o caso de Mike Hitschmann, que foi detido em 2006 em relação à descoberta de um carregamento de armas, apesar de que Hitschmann não tenha sido declarado culpado das acusações de traição apresentadas contra ele, mas de um crime menor de descumprimento de leis", disse Maanda.

O político opositor, designado por seu partido como vice-ministro de Agricultura no Governo de união nacional, esteve no exílio na vizinha África do Sul desde 2006 e retornou ao Zimbábue há duas semanas.

Segundo a Polícia, que deteve Bennett ontem no aeroporto de Harare quando pretendia ir à África do Sul para visitar sua família, as armas apreendidas em 2006 seriam utilizadas em um golpe de Estado para derrubar o presidente do Zimbábue, Robert Mugabe.

Depois da detenção, Bennet foi levado a Mutar, onde vários simpatizantes do MDC se concentraram em frente à delegacia na qual estava detido, diante do que a Polícia respondeu com tiros para o alto para dispersar os manifestantes.

17:07
Anónimo disse...
Austrália: 14 mil se candidatam a 'emprego dos sonhos'

A secretaria de Turismo de Queensland, na Austrália, informou que até esta segunda-feira já recebeu cerca de 14 mil inscrições para o "o melhor emprego do mundo". O Estado australiano promove pela internet seleção para vaga de "zelador" da ilha Hamilton, por seis meses com um salário de R$ 40 mil.

Muitos candidatos tiveram problemas durante a inscrição por conta dos acessos simultâneos ao site. A secretaria aconselha enviar os vídeos de 60s explicando porque deve ser escolhido em horários alternativos do dia, além de recomendar tamanho em torno de 40MB.

As inscrições começaram em 12 de janeiro e vão até o próximo dia 22 e podem ser feitas pelo site www.islandreefjob.com. O governo australiano escolherá 50 candidatos para a próxima fase da seleção, que terá votos do público para eleger um dos 11 finalistas.

A última fase terá entrevistas e desafios físicos, no próprio local de trabalho: as ilhas da Grande Barreira Coralina - o maior recife de coral do mundo. A secretaria de Turismo anunciará o vencedor no dia 6 de maio.

17:09
Anónimo disse...
Mercado elogia governo na crise, mas pede maior queda no juro

Peter Fussy
Direto de São Paulo

Desde as primeiras medidas anunciadas para combater os efeitos da crise, o governo brasileiro avisou que a estratégia não contemplaria um pacote. Seriam doses pontuais, de acordo com a necessidade da economia diante do agravamento das turbulências. Da primeira liberação dos depósitos compulsórios em setembro até a ampliação do seguro-desemprego na última quarta-feira, o governo passou por redução de impostos, ampliação de crédito e incentivos à exportação. Quase 150 dias após a primeira medida, o Terra conversou com líderes do setor público e privado, representantes dos trabalhadores, acadêmicos e com o próprio governo para saber quais destas ações foram mais eficazes, quais foram mais ineficientes e o que mais pode ser feito pelo Estado brasileiro contra a crise.

Os maiores elogios foram direcionados à atitude de reduzir o Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) para a indústria automobilística, anunciada em dezembro e que fez com que os emplacamentos de carros novos subissem 1,9% no primeiro mês do ano em relação a dezembro de 2008. Já as maiores críticas foram para a lentidão no corte da taxa básica de juro do País.

Para o presidente do conselho administrativo do Grupo Pão de Açúcar, Abílio Diniz, o Estado não é responsável pela crise e mesmo assim está agindo "com extrema serenidade e muito acerto". "O governo está atento, fazendo a sua parte. É preciso coragem de baixar firmemente a taxa de juros. É uma arma que temos a nosso favor, já que não há clima para inflação, nem possibilidade de danos para a macroeconomia", afirmou Diniz.

Na última reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), em janeiro, a taxa Selic foi reduzida em um ponto percentual, de 13,75% para 12,75% ao ano. Porém, o professor de economia da Universidade de Brasília (UnB) José Luiz Oreiro lembra que este corte representa uma redução de apenas 0,25 ponto percentual com relação à taxa de setembro do ano passado, quando a crise se agravou.

"Pouco antes da eclosão da crise, o Banco Central aumentou a taxa em 0,75 ponto. Foram cinco meses de demora para reduzir em termos líquidos apenas 0,25 ponto", afirmou o economista, que também sugeriu redução do intervalo de cerca de 90 dias entre as reuniões do Copom e o corte de pelo menos um 1 ponto percentual em cada reunião.

Mesmo com o corte de janeiro, a taxa de juros real continua sendo a maior do mundo, lembrou o secretário-geral da Força Sindical, João Carlos Gonçalves, o Juruna. "A redução da taxa de juro ainda é pequena, porque ela continua uma das mais altas do mundo. Falta ousadia para baixar os juros e ajudar o cidadão. A permanência da taxa de juro alta é negativa para o País em meio a crise", afirmou Juruna.

Embora aprove as ações do governo, o senador Aloízio Mercadante (PT-SP) também acredita que o patamar da Selic está muito alto. "Sempre fomos os primeiros a entrar em qualquer crise, o que não aconteceu agora. A taxa Selic ainda é muito alta, mas o governo têm tomado medidas acertadas, como o aumento do salário mínimo, mesmo com um cenário de crise. Isso ajuda a movimentar o consumo. O governo está se esforçando para manter os investimentos e o crescimento", disse.

Tributos
De acordo com o economista Fabio Pina, da Fecomercio-SP, as ações mais positivas estão relacionadas à redução de tributos para alguns segmentos, como a indústria automobilística, que recuperou parte da queda nas vendas em janeiro com a isenção do IPI para carros 1.0 l e o corte para demais motorizações. A medida vale até o final de março.

"Essas medidas não só reduziram o preço, mas anteciparam o consumo daqueles que iriam comprar no futuro, dando um prêmio por conta da insegurança. Mexe diretamente com o principal problema que é a confiança do consumidor", afirmou. Juruna destacou que um bom ritmo de vendas é garantia de emprego. "É importante porque cada emprego na montadora significa 19 na cadeia produtiva", comentou o representante da Força Sindical.

Também em dezembro, o governo decidiu cortar pela metade a alíquota do Imposto de Renda para contribuintes que ganham entre R$ 1.434 e R$ 2.150 mensais. "O salário aumentava e a tabela não se modificava. As pessoas ganhavam mais e pagavam mais impostos", apontou Juruna. Outra redução de tributos do governo foi com relação ao Imposto sobre Operações Financeiras (IOF), que caiu de 3% ao ano para 1,5%.

Crédito
Na segunda metade de 2008, o colapso de bancos nos Estados Unidos por conta da crise do subprime provocou uma forte restrição de crédito no mundo inteiro. Uma das primeiras medidas anticrise do governo teve como objetivo restabelecer a oferta, com mudanças no recolhimento dos depósitos compulsórios por parte dos bancos. Segundo o presidente do Banco Central, Henrique Meirelles, as diversas modificações liberaram US$ 99,2 bilhões aos bancos até o final de janeiro.

Além disso, o governo concedeu R$ 36 bilhões das reservas internacionais para empresas brasileiras com dívidas no exterior e uma medida provisória autorizou o Banco do Brasil e a Caixa Econômica Federal a comprar carteiras de crédito de bancos privados. Para o diretor do Departamento de Pesquisas e Estudos Econômicos da Fiesp, Paulo Francini, estas medidas foram essenciais para combater os efeitos da crise.

"A crise se desenvolve no mundo em torno do tema crédito. E o crédito reduziu-se barbaridade no mundo. Então o governo lança mão de compulsório, lança mão de reservas, de medidas que permitem aos bancos comprar carteiras de bancos. Você vai tomando várias medidas para atender às demandas e o epicentro disso é crédito", afirmou.

No entanto, Oreiro, da UnB, adverte que a liberação dos compulsórios seria mais eficiente acompanhada de redução mais agressiva da taxa básica de juro. "Uma parte do crédito voltou, depois da forte retração em outubro e novembro. O que deveria ter sido feito junto à liberação do compulsório era uma redução mais drástica da taxa de juro. Sem isso, os bancos pegam as reservas e acabam comprando títulos públicos", explicou o economista.

Na opinião de Pina, as ações de distribuição de crédito via redução do compulsório e a disposição de capital de giro para empresas foram tomadas sem um cuidado maior na operação e não tiveram muito efeito. "O BNDES tem linhas que ficam paradas quase todo o ano, agora é pior ainda. Existem os recursos, mas as empresas e os bancos estão desconfiados. É preciso fazer com que os bancos tenham interesse em emprestar", afirmou o economista da Fecomercio-SP.

Futuro
Mesmo com todas essas medidas, a crise financeira ainda gera incertezas nos setores produtivos do País. Nos últimos meses, o medo do desemprego fez os consumidores adiarem compras. Por sua vez, a queda nas vendas pode obrigar as indústrias a cortarem a produção e demitir funcionários. Contra isso, empresários sugerem redução de jornada e de salários.

"Isto está previsto em lei. A Fiesp simplesmente manteve conversações com entidades sindicais quanto à aplicação daquilo que já está previsto em lei", afirmou Francini.

Segundo a ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff, uma das medidas que assegura um nível de emprego é a manutenção de investimentos no Programa de Aceleração do Crescimento (PAC). "Estamos esperando que a dificuldade ocorra em janeiro, fevereiro e março. Estamos certos que vamos manter o nível de investimento. É isso que funciona, é isso que significa investimento público. Ele funciona como um colchão. Por isso, nós colocamos R$ 100 bilhões no BNDES e a Petrobras ampliou o seu investimento em R$ 120 bilhões", afirmou.

Na mesma linha, Pina explica que a antecipação de gastos do governo substitui parte da demanda retraída do setor privado. "Ele dá o seguinte recado: não vou estourar as contas públicas, mas concentrar em um momento em que a demanda privada está pequena. Mas o governo não tem fôlego suficiente para fazer o papel de toda demanda", ressaltou. O economista da Fecomercio lembrou que a entidade já pleiteou junto ao governo isenções para transferência de imóveis e de automóveis, além de retirar o IPVA para veículos novos.

Já Oreiro foca suas propostas na capitalização do Banco do Brasil e da Caixa Econômica Federal pelo Tesouro para atender a demanda de crédito para capital de giro e reduzir o spread. "Aumentando o empréstimo e reduzindo as taxas, os dois vão forçar os bancos privados a acompanhar o movimento, até para não perderem participação no mercado", explicou o economista da UnB.

Até o Carnaval, o governou prometeu detalhar um pacote de incentivos para a construção de até um milhão de casas populares, direcionado a famílias com renda de até dez salários mínimos. "Estamos atentos a tudo o que está acontecendo e novas medidas serão tomadas caso haja uma avaliação de que sejam necessárias", disse o ministro da Fazenda, Guido Mantega, na última sexta-feira.

17:11
Anónimo disse...
Ex-ministro critica extensão do seguro-desemprego

Atualizada às 09h03

O ex-ministro do Trabalho Almir Pazzianotto criticou a decisão do governo federal de conceder o seguro-desemprego estendido a apenas alguns setores. "É certamente odioso e provavelmente inconstitucional", disse Pazzianotto, de acordo com o jornal O Estado de S. Paulo.

Na última qurta, dia do anúncio da medida, centrais sindicais elogiaram a atitude do governo. A Força Sindical divulgou nota dizendo que "o aumento ajudará a aquecer parte da economia, já que irá gerar mais consumo, produção e conseqüentemente, a criação de novos postos de trabalho". A União Geral dos Trabalhadores (UGT) afirmou que a medida "contribuirá para minimizar o drama dos trabalhadores que perderem seu emprego por conta da crise".

O ex-ministro, que instituiu o seguro-desemprego no País no governo de José Sarney, destacou a necessidade de as centrais sindicais se manifestarem contra a determinação. Para ele, as mudanças devem ser aplicadas a todas as categorias profissionais e a distinção é contrária ao artigo 3º da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT).

Pazzianotto atribui a medida a um possível temor do governo de que a crise econômica seja longa e não haja dinheiro para atender a todas as necessidades. Ainda assim, ele se mostra contrário ao método de concessão. "O seguro-desemprego ajuda a sanar necessidades básicas. Estendê-lo é paliativo, não a solução", disse ao jornal.

De acordo com o presidente do Conselho Deliberativo do Fundo de Amparo ao Trabalhador (Codefat) e conselheiro da Força Sindical, Luiz Fernando Emediato, a determinação já estava prevista na lei 8.900/94, que trata do seguro-desemprego.

O presidente da Comissão de Trabalho da Câmara, Pedro Fernandes (PTB-MA) vai além na crítica à concessão do seguro para apenas alguns setores. Ele acredita que a ampliação do benefício estimula o desemprego.

Quintino Severo, secretário geral da Central Única dos Trabalhadores (CUT), lembra que a ampliação do benefício sem critério e identificação pode incentivar demissões em outros setores.

17:13
Anónimo disse...
Empresas
TAM faz promoção para destinos internacionais

A companhia aérea TAM anunciou nesta sexta-feira tarifas promocionais para trechos internacionais. Os preços valem para bilhetes comprados entre 6h deste sábado e 23h59 deste domingo e são válidos para classe econômica. As tarifas, para ida e volta, serão vendidas a partir de US$ 99, mais taxas.

Segundo a aérea, a promoção vale para viagens feitas no período de 14 de fevereiro a 18 de junho de 2009. Para destinos na América do Sul, a permanência mínima é de dois dias; para bilhetes com destino nos Estados Unidos, cinco dias; e Europa, sete dias. A permanência máxima para as passagens para América do Sul e EUA é de dois meses e para Europa, três meses.

Entre os exemplos de tarifas promocionais, a TAM oferece São Paulo-Lima por US$ 99. Bilhetes para a rota São Paulo-Santiago serão vendidos a partir de US$ 199 e São Paulo-Nova York, US$ 799.

A emissão dos bilhetes deve ser feita obrigatoriamente no ato da reserva, obedecendo às regras estipuladas pela companhia. A compra está sujeita à disponibilidade de assentos nas classes tarifárias determinadas, trechos, horários e datas. A TAM afirmou que também há tarifas promocionais para a classe executiva.

Mais informações podem ser encontradas no site promocional (www.ofertastam.com.br), no site da empresa (www.tam.com.br) ou pelos telefones 4002-5700 ou 0800 5705700.

17:13
Anónimo disse...
Empresas
Consultoria negocia compra do parque temático Hopi Hari

A consultoria especializada em reestruturação de empresas Íntegra Associados informou nesta sexta-feira ter um acordo para comprar o parque de diversões Hopi Hari, localizado no interior de São Paulo. A empresa estaria disposta a investir R$ 10 milhões no parque, que tem dívida estimada em R$ 800 milhões. As informações são da edição deste sábado do jornal Folha de S. Paulo.

De acordo com o jornal, a transação ainda depende da negociação entre o Hopi Hari e seus credores, o que já estaria em andamento.

A consultoria paulista já atuou junto à Parmalat, durante 30 meses, quando reorganizou a gestão da empresa italiana.

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17:14
Anónimo disse...
Empresas
Disney de Tóquio contratará mais 2 mil apesar da crise


A Oriental Land, o operador da Disneylândia Tóquio e DisneySea, organizou neste domingo entrevistas para contratar cerca de 2 mil trabalhadores em tempo parcial, em um momento de grandes demissões deste tipo de empregados no Japão.

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O operador deste parque temático, situado em Urayasu, na província de Chiba (leste de Tóquio), está em pleno processo de seleção de empregados para 20 tipos de postos trabalhistas diferentes.

Segundo a companhia, citada pela agência local de notícias Kyodo, o parque contratará novos trabalhadores para as atrações, para os restaurantes e guardas de segurança entre outros. Os novos contratados começarão a trabalhar a partir de fevereiro.

O processo de seleção acontece em um momento em que a maioria das grandes companhias japonesas começaram a se ver obrigadas a despedir uma elevada percentagem de seus trabalhadores temporários e a tempo parcial.

Algumas inclusive anunciaram demissões de seus trabalhadores fixos, uma medida muito pouco comum nas companhias japonesas, perante os efeitos piores que o esperado pela crise econômica global.

Cerca de uma centena de pessoas esperavam desde a primeira hora desta manhã a abertura do centro de conferências Tokyo International Forum, onde as entrevistas estão sendo feitas, para ser os primeiros a solicitar os postos de trabalho.


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17:15
Anónimo disse...
Economia Internacional
Senado dos EUA aprova plano de estímulo à economia

O Senado dos Estados Unidos aprovou com 60 votos a favor e 38 contra o plano de estímulo à economia de US$ 787 bilhões na madrugada deste sábado. Agora, ele segue para sanção ou veto do presidente Barack Obama, que espera colocar a lei em prática até o dia 16 de fevereiro.

O plano prevê a criação de três milhões de empregos, inclui cortes de impostos às famílias, fundos para programas sociais e obras públicas, além de ajuda aos governos estaduais, estudantes e desempregados.

A cláusula Buy American - que exige o uso de ferro, aço e produtos manufaturados dos Estados Unidos em obras realizadas com recursos do pacote - ficou de lado. Segundo o texto definitivo, a cláusula será aplicada sem violar as normas do comércio internacional.

Ontem à tarde, a Câmara de Representantes (deputados) havia aprovado, por 246 votos a favor e 183 contra, a versão final do plano. Todos os republicanos foram contrários ao pacote.

Pelo acordo de quarta-feira entre Câmara e Senado, em vez de custar US$ 819 bilhões, como queriam os deputados, ou US$ 838 bilhões como pretendiam os senadores, o pacote ficou em cerca de US$ 787 bilhões, com 65% desse total destinado a gastos do governo federal e 35%, a créditos tributários.

17:16
Anónimo disse...
Economia nacional
Na era Lula, aposentadoria sobe 54% menos que salário mínimo

Thatiane Faria
Especial para o Terra
Direto de São Paulo

Os índices de reajustes concedidos pelo governo em 2009 para aposentados e pensionistas e para o salário mínimo repetiram uma diferença que, só durante o governo de Luiz Inácio Lula da Silva, já chega a 54%. Enquanto o mínimo foi majorado em 12% este ano, as pensões e aposentadorias tiveram aumento de 5,92%. Aposentados que têm o benefício do governo como única fonte de renda reclamam que perdem poder de compra e que sua cesta de compras é composta por itens que aumentam mais em relação à inflação oficial.

Um exemplo prático pode ser entendido a partir da comparação entre um aposentado que ganhava R$ 600 em janeiro de 2003. Na época, o benefício era três vezes, ou 200%, maior que o valor do mínimo em vigência, que era de R$ 200. Aplicando-se os índices de reajuste para aposentadorias e para o mínimo durante os últimos seis anos, o mesmo aposentado estaria recebendo hoje R$ 938,47, comparado a um salário mínimo de R$ 465. A diferença entre os dois valores caiu para pouco mais de 100%.

Enquanto o índice acumulado de reajuste para a aposentadoria durante o governo Lula foi de 60%, para o salário mínimo está em 132%.

O diretor do Sindicato Nacional dos Aposentados, João Inocentini, reclama que os valores dos benefícios para aposentadorias não mantêm o poder de compra do grupo, principalmente dos aposentados que recebem menos que dez salários mínimos.

Nem mesmo o fato de o índice de reajuste das aposentadorias ter ficado acima da inflação acumulada no mesmo período (o IPCA entre janeiro de 2003 e janeiro de 2009 foi de 39,7%) serve de argumento, segundo os aposentados.

"Os idosos, principalmente, têm gastos além das contas gerais como gás, telefone e aluguel. Para eles o custo com remédios, e outros itens da área saúde costuma ser maior", afirmou Inocentini.

O presidente do sindicato afirmou que o grupo realiza um estudo com 100 itens de necessidade de um idoso para comparar o aumento dos produtos com o índice de reajuste do benefício recebido pelos aposentados.

"Daqui dois meses vamos abrir um processo na Justiça e levar essa pesquisa como prova. Segundo a lei, o governo é obrigado a manter o poder de compra com a aposentadoria", disse Inocentini.

Alternativas
O consultor financeiro Cláudio Boriola diz que os aposentados, especialmente nesse momento de crise econômica, devem evitar compras parceladas, pesquisar preços, negociar e fazer bom planejamento financeiro.

Segundo Boriola, alguns aposentados ganham um valor mensal muitas vezes insuficiente para o pagamento das contas e acabam pedindo crédito ou realizando pagamentos a prazo e são obrigados a pagar juros altos.

Na opinião do consultor, pagar uma previdência privada é uma alternativa indicada para quem ainda trabalha, considerando a característica de perda de poder de compra da aposentadoria.

"Na prática, infelizmente os valores encontram-se em um patamar que está deteriorando o poder de aquisição da população brasileira", completou Boriola.

De acordo com o diretor da Confederação Brasileira de Aposentados e Pensionistas (Cobap), Vicente Fernandes Barbosa, representantes dos aposentados tentarão um encontro com o presidente da Câmara, deputado Michel Temer (PMDB-SP), para discutir projetos que minimizem a perda dos aposentados

17:17
Anónimo disse...
Previdência
Previdência prorroga isenção de tarifas no benefício

O atual sistema de pagamento aos 26 milhões de aposentados e pensionistas do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) será mantido até o final deste ano. O acordo, que permite realizar a operação sem nenhum custo aos beneficiários, foi renovado nesta sexta-feira, entre o governo federal e 21 instituições financeiras.

Por meio desse acordo, vigente desde setembro de 2007, nem os segurados, nem os bancos e nem o governo arcam com o pagamento de tarifas, conforme explicou o ministro da Previdência Social, José Pimentel. A prorrogação vale até dezembro, data máxima para que a Previdência defina as regras para um novo contrato.

Ao assinar o termo de renovação, na sede da Federação Brasileira dos Bancos (Febraban), o ministro disse que a intenção do governo é mudar o atual modelo de gestão visando a reduzir os custos dessas operações em torno da folha mensal, que atinge R$ 15,8 bilhões. No entanto, qualquer alteração, conforme explicou, passará antes por audiências públicas a serem realizadas a partir do segundo semestre deste ano, atendendo a determinação do Tribunal de Contas da União (TCU).

De acordo com Pimentel, com um redesenho do mecanismo de repasse dos recursos aos bancos em torno da folha de pagamento dos segurados o que se busca é um aumento da participação de instituições financeiras. Ele informou que, desde 2007, cada benefício custa em média R$ 1,07 ao governo. "Quanto mais instituições financeiras estiverem prestando serviços à sociedade, maior é a competitividade, a agilidade no atendimento", justificou.

O ministro observou, ainda, que, para permitir uma redução para algo em torno de meia hora no tempo de atendimento para a concessão dos direitos previdenciários, o governo investiu R$ 280 milhões.

Questionado sobre o descontentamento dos segurados que ganham acima de um salário mínimo terem obtido apenas a correção com base na variação do Índice de Preços ao Consumidor (INPC) , ficando abaixo do reajuste dado a quem recebe apenas o mínimo, Pimentel argumentou que o governo seguiu o que determina a lei e descartou a possibilidade de uma revisão

17:17
Anónimo disse...
Empresas
Caterpillar oferece aposentadoria antecipada a 2 mil


A companhia americana Caterpillar ofereceu a cerca de dois mil funcionários incentivos para que se aposentem de forma voluntária antes do previsto, pela perspectiva de uma queda "significativa" da atividade industrial, informou nesta quarta-feira a empresa.

A iniciativa, destinada aos trabalhadores de diversas fábricas em Illinois, Colorado, Tennessee e Pensilvânia, se soma aos cortes de empregos anunciados em janeiro, explicou em comunicado de imprensa.

A empresa, a maior fabricante mundial de maquinaria pesada para a construção e a mineração, acrescentou que, "em função das condições de negócio, podem ser necessárias mais reduções de elenco voluntárias e involuntárias à medida que o ano avança".

O vice-presidente da companhia, Sid Banwart, explicou que a empresa prevê "demissões significativas em todas as regiões geográficas e na maioria dos setores devido às dificuldades da economia mundial".

17:18
Anónimo disse...
Comércio
Comércio exterior da OCDE caiu no 3º trimestre de 2008


As exportações e as importações dos países da Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Econômico (OCDE) caíram 1,6% e 0,2%, respectivamente, no terceiro trimestre de 2008, em relação aos três meses anteriores.

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Trata-se da primeira queda destas atividades desde o terceiro trimestre de 2006, segundo o último relatório trimestral sobre fluxos comerciais divulgado pela OCDE.

As exportações e as importações em dólares dos 30 Estados-membros caíram 15,6% e 17%, respectivamente, na comparação anualizada.

Por sua vez, o comércio dos sete países mais ricos do mundo (G7) teve um pequeno crescimento no terceiro trimestre de 2008 com uma queda das exportações de mercadorias de 0,2% em relação ao trimestre anterior e um aumento de 0,4% das importações.

Em termos anualizados, as importações do G7 caíram 1,4% entre julho e setembro do ano passado, seu primeiro retrocesso desde o terceiro trimestre de 2006, enquanto as exportações aumentaram 1,9%, seu crescimento mais baixo no mesmo tempo.

Por países, a Alemanha aumentou suas importações em 3,4% - valor mais alto do G7 -, enquanto suas exportações caíram 2,9% do segundo para o terceiro trimestre de 2008.

Pelo contrário, as exportações americanas aumentaram 1,8% entre julho e setembro de 2008, enquanto as importações caíram 0,7% em relação ao trimestre anterior. No Japão, tanto as importações quanto as exportações caíram em torno de 1% no mesmo período.

17:19
Anónimo disse...
Economia Nacional
Lula: juros de crédito consignado a aposentados são altos

Atualizada às 17h29

O presidente Luis Inácio Lula da Silva afirmou nesta terça-feira, em São Paulo, que está lutando para reduzir as taxas de juros cobradas de aposentados em crédito consignado. A Previdência Social estabelece uma taxa máxima de 2,5% para empréstimo e de 3,5% para cartão. Para Lula, os valores são altos.

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"Acho que o juro que os aposentados estão pagando hoje com o crédito consignado é alto para o padrão brasileiro", disse o presidente durante a cerimônia de comemoração dos 86 anos do INSS.

A Previdência anunciou nesta terça-feira que aposentados e trabalhadoras com licença-maternidade poderão receber seus benefícios em 30 minutos. De acordo com Lula, em junho, a aposentadoria do trabalhador rural também será conseguida em meia hora.

Além disso, o presidente anunciou que, também em junho, os trabalhadores que alcançarem o direito à aposentadoria passarão a receber em suas casas um comunicado da Previdência informando o fato e o valor do salário que têm direito a receber. "É um comprometimento público que estou fazendo com os companheiros da Previdência Social", disse.

"Estamos retribuindo ao contribuinte da Previdência Social aquilo que é a cidadania que ele tem direito", afirmou Lula. "Se para cobrar nós somos tão precisos, para devolver o dinheiro, temos que chegar próximo à perfeição", completou.

17:20
Anónimo disse...
Economia Nacional
Salário maternidade sairá em 30 minutos, diz ministro

Toda trabalhadora autônoma que tiver contribuído pelo menos 10 meses com o Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) - ou as que possuírem carteira assinada - poderão receber em 30 minutos o salário maternidade a partir desta terça-feira. Da mesma forma, as mulheres com 30 anos de contribuição e os homens com 35 anos também terão direito ao benefício de forma mais rápida. A informação é do ministro da Previdência Social, José Pimentel.

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Para requerer o salário maternidade, é preciso que as autônomas levem a carteira de identidade e o carnê de contribuição. As demais trabalhadoras devem apresentar a identificação e a carteira de trabalho. Desde o início do mês, a nova forma de análise para a concessão de benefícios foi adotada para a aposentadoria por idade do trabalhador urbano e agora foi estendida para o salário maternidade e por tempo de contribuição.

O ministro disse que a qualificação do serviço da previdência social é o reconhecimento do direito dos trabalhadores e da afirmação da cidadania.

"Até pouco tempo na cabeça do cidadão o serviço devia ser de péssima qualidade. Agora não, nós modificamos toda a legislação no mês de dezembro numa ação conjunta do Congresso Nacional com o governo federal. Estamos implantando e concedendo os benefícios em até 30 minutos", afirmou.

O ministro destacou que para conseguir se aposentar ou ter acesso à licença maternidade em 30 minutos, em primeiro lugar, é necessário que o cidadão esteja vinculado à Previdência, o que inclui 65% da população acima de 16 anos de idade.

"Depois bastar marcar pelo sistema 135 o dia e a hora do atendimento e levar a documentação. Se todos os dados necessários estiverem corretos o contribuinte será atendido em até 30 minutos, como vem sendo feito com as aposentadorias por idade desde o dia cinco de janeiro", explicou.

Pimentel disse ainda que em 90% das agências da previdência social o atendimento é marcado em até 48 horas. Nos grandes centros, entretanto existe um volume maior o que torna mais lento o processo.

"Estamos criando mais 715 agências até 2010, em todo o território nacional, para descentralizar o atendimento. Em 2008, atendemos 295 mil benefícios e aposentadorias por idade. Temos 4 mil pessoas por dia procurando e se aposentando por idade no território nacional. Este serviço será agilizado", concluiu.
17:25
Anónimo disse...
Giuseppe Englaro, pai de Eluana, a italiana que morreu na segunda-feira passada por desidratação, recusou uma grande soma de dinheiro de um conhecido fotógrafo italiano que queria retratar a filha em estado de coma, disse neste sábado o neurologista que atendia a mulher desde 1996, Carlo Defanti.

O neurologista, que participou hoje de uma conferência sobre eutanásia, disse que Englaro respeitou a vontade da filha, que, antes do acidente, tinha pedido que, se lhe ocorresse qualquer coisa irreversível, apresentasse sua imagem de quando estava em boas condições.

Antes de sofrer o acidente de trânsito, em 1992, Eluana viveu o coma de um amigo, Alessandro, o que causou forte impacto na italiana e a levou a fazer o pai prometer que não a deixasse viver em estado vegetativo, disse o próprio Giuseppe Englaro.

Defanti, que dissera que Eluana poderia viver de dez a 12 dias depois da suspensão da alimentação e da hidratação, disse que, como médico, tinha que reprovar esta afirmação.

"Não se pode sobreviver após três ou quatro dias sem líquido e, em particular, água em um corpo. Sabemos bem que, quando há um terremoto, após quatro dias é difícil encontrar sobreviventes".

Defanti ressaltou que Eluana "não falava, não se comunicava com o exterior" e que, após vários exames, "nos deparamos com uma moça que tinha perdido a consciência", porque estava com o córtex cerebral prejudicado.

Eluana foi enterrada na quinta-feira passada no túmulo da família na localidade de Paluzza, em Udine, após um funeral que não contou com a presença dos pais.

16:53
Anónimo disse...
Os bombeiros combatem neste sábado os incêndios na Austrália favorecidos pelo bom tempo, enquanto os deslocados encotram em seu retorno casas derruídas, carros queimados nas ruas e destruição.

Depois de sete dias desde que começaram os incêndios no Estado de Victoria, a lista de mortos chega a 181, os desaparecidos somam 50, os edifícios destruídos totalizam 1,834 mil e o terreno arrasado, principalmente florestas, ocupa uma área de 4,13 mil quilômetros quadrados.

As equipes de bombeiros, formadas por 4 mil profissionais de Victoria, de outras partes da Austrália e de países amigos, combateram hoje 12 focos fora de controle e nenhum representava uma ameaça direta para a população.

O subdiretor do Serviço de Bombeiros, Geoff Conway, disse que este tempo favorável, que se prolongará durante o domingo, permite consolidar as linhas de contenção e avançar na extinção das chamas.

Cinzas apareceram arrastadas por ventos do nordeste sobre Melbourne, onde habitam 3,8 milhões de pessoas, e as autoridades alertaram aos cidadãos do risco para a saúde de idosos, crianças e pessoas com problemas respiratórios.

O número de pessoas deslocadas - a Cruz Vermelha chegou a receber 7 mil - começou a cair com a abertura de algumas localidades atingidas.

Os incêndios, alguns criminosos, começaram em 7 de fevereiro, quando a região sul da Austrália estava há duas semanas sob uma onda de calor sem precedentes.

Na sexta-feira passada, a polícia acusou uma pessoa de ter provocado o incêndio que atingiu a localidade de Churchill e matou 21 pessoas.

16:55
Anónimo disse...
A primeira chuva em seis dias reduziu a ameaça de incêndios no Estado de Victoria, ao sul da Austrália. As autoridades, porém, advertiram que ainda existem 12 focos, mas que nenhum deles ameaça áreas povoadas.

Mais de quatro mil bombeiros, mil provenientes de outras partes do país e de outras nações, trabalham contra o fogo. Cerca de 600 veículos e 28 helicópteros e pequenos aviões estão sendo usados.


Eles conseguiram construir linhas de contenção para evitar os incêndios de Yarra e Maroondah se juntassem. Também foram controlados os incêndios abertos de Yea e Murrindindi, que ameaçavam as comunidades de Connellys Creek, Crystal Creek, Scrubby Creek e Native Dog Creek.

O número de mortos chegou a 181, mas as autoridades acreditam que as vítimas devem passar de 200, já que ainda há muitos desaparecidos.

16:55
Anónimo disse...
Aqui nesta coluna, na semana passada, tive a oportunidade de comentar sobre a recente visita do professor brasileiro Pedrinho Guareschi à Austrália. Não dei, porém, os fatos, pois semana passada o assunto era outro.

Hoje, porém, vamos a eles.

No último dia 4 de fevereiro, aconteceu o Seminário "Paulo Freire: Education and Liberation", organizado pelo centro de estudos latino-americanos da Universidade Nacional da Austrália, ou ANU, como é mais conhecida por aqui.

A ANU, para quem não sabe, está entre as 20 melhores universidades do mundo! E tem sede aqui em Camberra, capital da Austrália.

Na abertura do evento, o professor John Minns, diretor do centro latino-americano, ao dar boas-vindas ao público presente, lembrou ser aquele o primeiro seminário exclusivamente dedicado a Paulo Freire na Austrália.

Em seguida, convidou Pedrinho Guareschi, palestrante principal do Seminário, a fazer sua apresentação.

A plateia pode então conhecer, pelas palavras de Pedrinho, um pouco da obra e da vida de Freire, esse brasileiro de fé e valor, que sempre acreditou na educação, sobretudo dos menos favorecidos, analfabetos, como força libertadora.

Como não podia deixar de ser, os conceitos e ideias revolucionários de Paulo Freire, expostos com clareza por Pedrinho, despertaram o interesse e a curiosidade de plateia. A qual, deve-se notar, era na maioria de estudantes, mas de várias nacionalidades, sobretudo australianos e asiáticos.

Na continuação do programa do seminário, que se estendeu por dois dias, outros professores fizeram palestras sobre temas ligados à obra de Paulo Freire.

Interessante, por exemplo, saber que a professora Anne Hickling-Hudson, jamaicana que mora na Austrália há muitos anos (é professora da ANU), conheceu e trabalhou com Freire num workshop educacional durante a revolução na Ilha de Granada, em 1980, antes da invasão dos Estados Unidos...

Ou, então, a palestra da Professora Gerda Roelvink, da Nova Zelândia, que participou do Fórum Social de Porto Alegre em 2005. E essa participação transformou-se em tema de doutorado.

No dia 10, terça-feira passada, o padre Pedrinho Guareschi voltou a falar ao público australiano em grande auditório localizado no belíssimo campus da ANU. Desta vez, sobre a Teologia da Libertação.

Depois da palestra, John Minns mostrou o filme mexicano "O Crime do Padre Amaro", no qual um dos personagens é um padre católico praticante da Teologia da Libertação.

Mais uma vez, foi grande o intersse da platéia, que pode aprender e conhecer um pouco como se desenvolveu aquele importante movimento católico na América Latina.

Fica, assim, ao Pedrinho, bem como a outros brasileiros estudiosos e de bom coração que saem pelo mundo a divulgar aspectos importantes da cultura brasileira, o respeito e a homenagem desta coluna. E... aquele abraço!

16:57
Anónimo disse...
Amanda Kitts perdeu o braço esquerdo em um acidente de automóvel acontecido três anos atrás, mas hoje em dia ela joga futebol americano com seu filho de 12 anos de idade, troca fraldas e abraça as crianças nas três creches Kiddie Cottage que opera em Knoxville, Tennessee. Kitts, 40 anos, faz tudo isso com a ajuda de um novo tipo de braço artificial que se movimenta com mais facilidade do que outros aparelhos e que ela pode controlar utilizando apenas seus pensamentos.

"Eu sou capaz de mexer a mão, o pulso e o cotovelo ao mesmo tempo", diz. "Você pensa e os músculos se movem em seguida".

A recuperação que ela conseguiu resulta de um novo procedimento que vem atraindo crescente atenção porque permite que pessoas movam braços protéticos de forma mais automática do que faziam no passado, simplesmente utilizando nervos reaproveitados em seus cérebros.

A técnica, conhecida como "renervação muscular dirigida", envolve utilizar os nervos que restam depois da amputação de um braço e conectá-los a outro músculo do corpo, em geral no peito. Eletrodos são instalados sobre os músculos do peito, e operam como se fossem antenas. Quando a pessoa deseja mover o braço, o cérebro envia sinais que primeiro resultam em contração dos músculos do peito, os quais enviam um sinal ao braço protético, instruindo-se a se movimentar. O processo não requer mais esforços consciente do que a pessoa teria de exercitar caso ainda tivesse seu braço natural.

Na terça-feira, pesquisadores reportaram em estudo publicado pela versão online do Journal of the American Medical Association que haviam levado a técnica ainda mais à frente, tornando possível a execução de 10 movimentos de mão, pulso e cotovelo diferentes, o que representa uma substancial melhora com relação ao típico repertório protético, que em geral envolve apenas dobrar o cotovelo, girar o pulso e abrir a mão.

"Os novos métodos tiveram impacto dramático em nosso campo de trabalho", disse Stuart Harshbarger, engenheiro biomédico na Universidade Johns Hopkins e diretor do programa de pesquisa sobre próteses, financiado pelas forças armadas, que inclui o trabalho com essa técnica. "O método já está em uso por médicos e cirurgiões comuns em todo o país. A capacidade de controlar um membro protético bastante robusto que ele confere surpreendeu a todos pela qualidade".

Tipicamente, uma pessoa que tenha um braço protético só é capaz de executar alguns poucos movimentos, e muitas vezes com tamanha lentidão que isso só permite a ela atividades limitadas.

Há um motor separado para cada movimento, diz Gerald Loeb, professor de engenharia biomédica na Universidade do Sul da Califórnia, "e esses motores precisam ser controlados de maneira explícita", usualmente por um esforço consciente da pessoa para contrair músculos nas costas ou no bíceps.

"Essencialmente, até agora os pacientes controlavam apenas um motor de cada vez", diz Loeb, "e precisavam pensar cuidadosamente sobre que motor desejavam controlar e como fazê-lo operar, em lugar de simplesmente pensarem em mover o braço e poderem fazê-lo sem delongas".

Antes que Kitts passasse pelo procedimento de renervação, em outubro de 2007, por exemplo, ela precisava movimentar os músculos de suas costas de determinada maneira para fazer com que seu pulso girasse, e flexionar seu bíceps e tríceps para fazer com que o cotovelo se movesse para cima e para baixo. "Era muito trabalho", ela conta. "E não me ajudava muito".

O procedimento de renervação é parte de uma recente explosão de idéias novas e técnicas inovadoras que estão sendo exploradas enquanto os cientistas se esforçam por ajudar as pessoas a compensar melhor a perda de membros ou problemas de paralisia. O esforço vem sendo alimentado pelo aumento no número de amputações causado por diabetes e por ferimentos sofridos pelos militares, e ao mesmo tempo pelos avanços na tecnologia médica.

Os braços se tornaram um dos focos essenciais desse tipo de trabalho. A ciência há muito vem obtendo sucessos no desenvolvimento de próteses de perna, mas é muito mais difícil imitar a complexidade e a destreza das mãos e dos braços.

Os esforços em curso incluem o desenvolvimento de projetos de pele e braços mais sensíveis e mais flexíveis, e o uso de dispositivos acionados por controles sem fio implantado nos braços protéticos, que permitiriam movimentos mais naturais.

Os pesquisadores também vêm usando sensores implantados nos cérebros de cobaias para permitir que dois macacos controlem um braço mecânico, e um teste com um homem paralítico permitiu, com esse método, que ele movimentasse um cursor em uma tela de computador.

Alguns desses métodos, caso venham a ser aperfeiçoados plenamente e consigam aprovação das autoridades regulatórias da saúde, podem no futuro se tornar mais viáveis para os pacientes de amputações.

E embora a técnica da renervação não requeira aprovação das autoridades regulatórias porque é executada por meios cirúrgicos e emprega aparelhos já existentes, ela apresenta limitações que até mesmo seus criadores reconhecem, entre as quais o fato de que não se pode utilizá-la para todos os pacientes, o seu alto custo e o prazo de meses requerido para que os nervos reconectados cresçam e se tornem efetivos.

Ainda assim, os especialistas dizem que é o mais avançado sistema em uso hoje para pacientes reais que permite que o sistema nervoso controle diretamente o movimento de um braço artificial.

Desde sua introdução por Todd Kuiken, médico fisioterapeuta e engenheiro biomédico do Instituto de Reabilitação de Chicago, o método foi empregado em cerca de 30 pacientes nos Estados Unidos, Canadá e Europa, entre os quais oito soldados feridos no Iraque e no Afeganistão.

Muitos dos pacientes, entre os quais o primeiro, Jesse Sullivan, um operário do setor elétrico no Tennessee que perdeu os dois braços quando foi eletrocutado por um cabo, conseguem não apenas manipular seus braços protéticos mas sentir a presença das mãos que já não têm quando alguém toca em seus peitos.

Sullivan, 62 anos, e Kitts, estavam entre os cinco pacientes que participaram do estudo reportado na terça-feira. Em companhia de cinco outras pessoas que não passaram por amputações, eles receberam os eletrodos e foram instruídos a usar pensamentos para fazer com que um braço virtual na tela reproduzisse 10 movimentos diferentes, entre os quais três formas diferentes de aperto de mão.

Os pacientes apresentaram desempenho bastante respeitável, apenas um pouco mais lento e menos preciso do que os dos participantes que não tinham amputações.

"As velocidades de movimento que encontramos em nossos pacientes foram realmente encorajadoras", disse Kuiken. "Eles conseguiram completar a tarefa. É claro que não foram tão competentes quanto as pessoas dotadas de plena capacidade física, mas foram bons o bastante".

Um braço virtual foi usado porque a maioria das próteses existentes não era capaz de acomodar todos aqueles movimentos, no momento da pesquisa, ainda que Sullivan, Kitts e uma terceira paciente, Claudia Mitchell, tenham experimentado dois novos protótipos mais versáteis de braços artificiais, executando tarefas complexas com bolas de tênis e outros objetos.

O trabalho de renervação em soldados apresenta outros desafios, diz Kuiken, porque os ferimentos militares muitas vezes "causam danos muitos extensos" a nervos, músculos ou ossos.

Daniel Acosta, 25 anos, um aviador ferido pela detonação de uma bomba em uma estrada do Iraque em 2005, passou pelo procedimento no ano passado e diz que seu braço esquerdo protético agora se movimenta "muito mais rápido" e de maneira muito mais natural.

"A diferença é que agora não preciso mais pensar para mover o braço", ele diz. "Ele simplesmente se mexe".

Ainda assim, Acosta, de San Antonio, diz que "o processo foi bastante longo" e que os eletrodos precisam ser ajustados para receber os sinais à medida que os nervos crescem ou mudam de posição.

E embora elogiem o método, os especialistas afirmam que a ciência das próteses de braço ainda tem muito por avançar.

"Trata-se de uma parte crucial, mas ainda assim apenas uma parte, das muitas coisas que compreendem a função normal de um braço", disse Loeb, que escreveu um editorial que acompanha o artigo no Journal of the American Medical Association.

"No momento estamos a meio do caminho entre o braço de 'Dr. Fantástico', que fazia involuntariamente a saudação nazista, e o braço de Luke Skywalker em 'Guerra nas Estrelas', que funciona sem nenhum problema assim que é conectado. Creio que precisaremos ainda de muitos anos para conectar todas as peças necessárias a produzir um braço capaz de funcionar normalmente".

17:04
Anónimo disse...
A Espanha disse neste sábado que está preparando uma reclamação oficial contra a decisão da Venezuela de expulsar um membro do Parlamento Europeu que criticou o conselho eleitoral venezuelano.
Luis Herrero, membro do partido conservador espanhol PP, foi deportado na sexta-feira depois que o Conselho Nacional Eleitoral (CNE) o acusou de questionar a imparcialidade da instituição antes de um referendo que pode permitir ao presidente Hugo Chávez permanecer no cargo indefinidamente.

Herrero estava na Venezuela como observador do referendo. Ele acusou Chávez de ter "comportamentos típicos de um ditador" por pedir a contenção de manifestações da oposição.

O governo da Espanha convocou um encontro com o embaixador da Venezuela em Madri para expressar a desaprovação sobre a expulsão de Herrero, disse um representante do Ministério das Relações Exteriores espanhol.

As relações da Venezuela com a Espanha tiveram seu ponto crítico em 2007, quando Chávez ameaçou rever acordos diplomáticos e comerciais depois de ouvir um "cala a boca" do rei espanhol Juan Carlos durante uma cúpula.

A fenda foi oficialmente reparada em 2008, com uma visita oficial de Chávez à Espanha, onde ele cumprimentou o rei e discutiu acordos para investimento no setor petroquímico com o primeiro-ministro José Luis Rodriguez Zapatero.

17:06
Anónimo disse...
A polícia do Zimbábue anunciou neste sábado que acusa de traição Roy Bennett, dirigente do até agora opositor Movimento para a Mudança Democrática (MDC), detido na sexta-feira, em Harare, poucas horas antes da cerimônia de posse dos membros do novo gabinete.

"A Polícia nos informou que vão apresentar acusações de traição", disse à agência EFE o advogado de defesa de Bennett, Trust Maanda.

"Tentam relacionar Roy com o caso de Mike Hitschmann, que foi detido em 2006 em relação à descoberta de um carregamento de armas, apesar de que Hitschmann não tenha sido declarado culpado das acusações de traição apresentadas contra ele, mas de um crime menor de descumprimento de leis", disse Maanda.

O político opositor, designado por seu partido como vice-ministro de Agricultura no Governo de união nacional, esteve no exílio na vizinha África do Sul desde 2006 e retornou ao Zimbábue há duas semanas.

Segundo a Polícia, que deteve Bennett ontem no aeroporto de Harare quando pretendia ir à África do Sul para visitar sua família, as armas apreendidas em 2006 seriam utilizadas em um golpe de Estado para derrubar o presidente do Zimbábue, Robert Mugabe.

Depois da detenção, Bennet foi levado a Mutar, onde vários simpatizantes do MDC se concentraram em frente à delegacia na qual estava detido, diante do que a Polícia respondeu com tiros para o alto para dispersar os manifestantes.

17:07
Anónimo disse...
Austrália: 14 mil se candidatam a 'emprego dos sonhos'

A secretaria de Turismo de Queensland, na Austrália, informou que até esta segunda-feira já recebeu cerca de 14 mil inscrições para o "o melhor emprego do mundo". O Estado australiano promove pela internet seleção para vaga de "zelador" da ilha Hamilton, por seis meses com um salário de R$ 40 mil.

Muitos candidatos tiveram problemas durante a inscrição por conta dos acessos simultâneos ao site. A secretaria aconselha enviar os vídeos de 60s explicando porque deve ser escolhido em horários alternativos do dia, além de recomendar tamanho em torno de 40MB.

As inscrições começaram em 12 de janeiro e vão até o próximo dia 22 e podem ser feitas pelo site www.islandreefjob.com. O governo australiano escolherá 50 candidatos para a próxima fase da seleção, que terá votos do público para eleger um dos 11 finalistas.

A última fase terá entrevistas e desafios físicos, no próprio local de trabalho: as ilhas da Grande Barreira Coralina - o maior recife de coral do mundo. A secretaria de Turismo anunciará o vencedor no dia 6 de maio.

17:09
Anónimo disse...
Mercado elogia governo na crise, mas pede maior queda no juro

Peter Fussy
Direto de São Paulo

Desde as primeiras medidas anunciadas para combater os efeitos da crise, o governo brasileiro avisou que a estratégia não contemplaria um pacote. Seriam doses pontuais, de acordo com a necessidade da economia diante do agravamento das turbulências. Da primeira liberação dos depósitos compulsórios em setembro até a ampliação do seguro-desemprego na última quarta-feira, o governo passou por redução de impostos, ampliação de crédito e incentivos à exportação. Quase 150 dias após a primeira medida, o Terra conversou com líderes do setor público e privado, representantes dos trabalhadores, acadêmicos e com o próprio governo para saber quais destas ações foram mais eficazes, quais foram mais ineficientes e o que mais pode ser feito pelo Estado brasileiro contra a crise.

Os maiores elogios foram direcionados à atitude de reduzir o Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) para a indústria automobilística, anunciada em dezembro e que fez com que os emplacamentos de carros novos subissem 1,9% no primeiro mês do ano em relação a dezembro de 2008. Já as maiores críticas foram para a lentidão no corte da taxa básica de juro do País.

Para o presidente do conselho administrativo do Grupo Pão de Açúcar, Abílio Diniz, o Estado não é responsável pela crise e mesmo assim está agindo "com extrema serenidade e muito acerto". "O governo está atento, fazendo a sua parte. É preciso coragem de baixar firmemente a taxa de juros. É uma arma que temos a nosso favor, já que não há clima para inflação, nem possibilidade de danos para a macroeconomia", afirmou Diniz.

Na última reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), em janeiro, a taxa Selic foi reduzida em um ponto percentual, de 13,75% para 12,75% ao ano. Porém, o professor de economia da Universidade de Brasília (UnB) José Luiz Oreiro lembra que este corte representa uma redução de apenas 0,25 ponto percentual com relação à taxa de setembro do ano passado, quando a crise se agravou.

"Pouco antes da eclosão da crise, o Banco Central aumentou a taxa em 0,75 ponto. Foram cinco meses de demora para reduzir em termos líquidos apenas 0,25 ponto", afirmou o economista, que também sugeriu redução do intervalo de cerca de 90 dias entre as reuniões do Copom e o corte de pelo menos um 1 ponto percentual em cada reunião.

Mesmo com o corte de janeiro, a taxa de juros real continua sendo a maior do mundo, lembrou o secretário-geral da Força Sindical, João Carlos Gonçalves, o Juruna. "A redução da taxa de juro ainda é pequena, porque ela continua uma das mais altas do mundo. Falta ousadia para baixar os juros e ajudar o cidadão. A permanência da taxa de juro alta é negativa para o País em meio a crise", afirmou Juruna.

Embora aprove as ações do governo, o senador Aloízio Mercadante (PT-SP) também acredita que o patamar da Selic está muito alto. "Sempre fomos os primeiros a entrar em qualquer crise, o que não aconteceu agora. A taxa Selic ainda é muito alta, mas o governo têm tomado medidas acertadas, como o aumento do salário mínimo, mesmo com um cenário de crise. Isso ajuda a movimentar o consumo. O governo está se esforçando para manter os investimentos e o crescimento", disse.

Tributos
De acordo com o economista Fabio Pina, da Fecomercio-SP, as ações mais positivas estão relacionadas à redução de tributos para alguns segmentos, como a indústria automobilística, que recuperou parte da queda nas vendas em janeiro com a isenção do IPI para carros 1.0 l e o corte para demais motorizações. A medida vale até o final de março.

"Essas medidas não só reduziram o preço, mas anteciparam o consumo daqueles que iriam comprar no futuro, dando um prêmio por conta da insegurança. Mexe diretamente com o principal problema que é a confiança do consumidor", afirmou. Juruna destacou que um bom ritmo de vendas é garantia de emprego. "É importante porque cada emprego na montadora significa 19 na cadeia produtiva", comentou o representante da Força Sindical.

Também em dezembro, o governo decidiu cortar pela metade a alíquota do Imposto de Renda para contribuintes que ganham entre R$ 1.434 e R$ 2.150 mensais. "O salário aumentava e a tabela não se modificava. As pessoas ganhavam mais e pagavam mais impostos", apontou Juruna. Outra redução de tributos do governo foi com relação ao Imposto sobre Operações Financeiras (IOF), que caiu de 3% ao ano para 1,5%.

Crédito
Na segunda metade de 2008, o colapso de bancos nos Estados Unidos por conta da crise do subprime provocou uma forte restrição de crédito no mundo inteiro. Uma das primeiras medidas anticrise do governo teve como objetivo restabelecer a oferta, com mudanças no recolhimento dos depósitos compulsórios por parte dos bancos. Segundo o presidente do Banco Central, Henrique Meirelles, as diversas modificações liberaram US$ 99,2 bilhões aos bancos até o final de janeiro.

Além disso, o governo concedeu R$ 36 bilhões das reservas internacionais para empresas brasileiras com dívidas no exterior e uma medida provisória autorizou o Banco do Brasil e a Caixa Econômica Federal a comprar carteiras de crédito de bancos privados. Para o diretor do Departamento de Pesquisas e Estudos Econômicos da Fiesp, Paulo Francini, estas medidas foram essenciais para combater os efeitos da crise.

"A crise se desenvolve no mundo em torno do tema crédito. E o crédito reduziu-se barbaridade no mundo. Então o governo lança mão de compulsório, lança mão de reservas, de medidas que permitem aos bancos comprar carteiras de bancos. Você vai tomando várias medidas para atender às demandas e o epicentro disso é crédito", afirmou.

No entanto, Oreiro, da UnB, adverte que a liberação dos compulsórios seria mais eficiente acompanhada de redução mais agressiva da taxa básica de juro. "Uma parte do crédito voltou, depois da forte retração em outubro e novembro. O que deveria ter sido feito junto à liberação do compulsório era uma redução mais drástica da taxa de juro. Sem isso, os bancos pegam as reservas e acabam comprando títulos públicos", explicou o economista.

Na opinião de Pina, as ações de distribuição de crédito via redução do compulsório e a disposição de capital de giro para empresas foram tomadas sem um cuidado maior na operação e não tiveram muito efeito. "O BNDES tem linhas que ficam paradas quase todo o ano, agora é pior ainda. Existem os recursos, mas as empresas e os bancos estão desconfiados. É preciso fazer com que os bancos tenham interesse em emprestar", afirmou o economista da Fecomercio-SP.

Futuro
Mesmo com todas essas medidas, a crise financeira ainda gera incertezas nos setores produtivos do País. Nos últimos meses, o medo do desemprego fez os consumidores adiarem compras. Por sua vez, a queda nas vendas pode obrigar as indústrias a cortarem a produção e demitir funcionários. Contra isso, empresários sugerem redução de jornada e de salários.

"Isto está previsto em lei. A Fiesp simplesmente manteve conversações com entidades sindicais quanto à aplicação daquilo que já está previsto em lei", afirmou Francini.

Segundo a ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff, uma das medidas que assegura um nível de emprego é a manutenção de investimentos no Programa de Aceleração do Crescimento (PAC). "Estamos esperando que a dificuldade ocorra em janeiro, fevereiro e março. Estamos certos que vamos manter o nível de investimento. É isso que funciona, é isso que significa investimento público. Ele funciona como um colchão. Por isso, nós colocamos R$ 100 bilhões no BNDES e a Petrobras ampliou o seu investimento em R$ 120 bilhões", afirmou.

Na mesma linha, Pina explica que a antecipação de gastos do governo substitui parte da demanda retraída do setor privado. "Ele dá o seguinte recado: não vou estourar as contas públicas, mas concentrar em um momento em que a demanda privada está pequena. Mas o governo não tem fôlego suficiente para fazer o papel de toda demanda", ressaltou. O economista da Fecomercio lembrou que a entidade já pleiteou junto ao governo isenções para transferência de imóveis e de automóveis, além de retirar o IPVA para veículos novos.

Já Oreiro foca suas propostas na capitalização do Banco do Brasil e da Caixa Econômica Federal pelo Tesouro para atender a demanda de crédito para capital de giro e reduzir o spread. "Aumentando o empréstimo e reduzindo as taxas, os dois vão forçar os bancos privados a acompanhar o movimento, até para não perderem participação no mercado", explicou o economista da UnB.

Até o Carnaval, o governou prometeu detalhar um pacote de incentivos para a construção de até um milhão de casas populares, direcionado a famílias com renda de até dez salários mínimos. "Estamos atentos a tudo o que está acontecendo e novas medidas serão tomadas caso haja uma avaliação de que sejam necessárias", disse o ministro da Fazenda, Guido Mantega, na última sexta-feira.

17:11
Anónimo disse...
Ex-ministro critica extensão do seguro-desemprego

Atualizada às 09h03

O ex-ministro do Trabalho Almir Pazzianotto criticou a decisão do governo federal de conceder o seguro-desemprego estendido a apenas alguns setores. "É certamente odioso e provavelmente inconstitucional", disse Pazzianotto, de acordo com o jornal O Estado de S. Paulo.

Na última qurta, dia do anúncio da medida, centrais sindicais elogiaram a atitude do governo. A Força Sindical divulgou nota dizendo que "o aumento ajudará a aquecer parte da economia, já que irá gerar mais consumo, produção e conseqüentemente, a criação de novos postos de trabalho". A União Geral dos Trabalhadores (UGT) afirmou que a medida "contribuirá para minimizar o drama dos trabalhadores que perderem seu emprego por conta da crise".

O ex-ministro, que instituiu o seguro-desemprego no País no governo de José Sarney, destacou a necessidade de as centrais sindicais se manifestarem contra a determinação. Para ele, as mudanças devem ser aplicadas a todas as categorias profissionais e a distinção é contrária ao artigo 3º da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT).

Pazzianotto atribui a medida a um possível temor do governo de que a crise econômica seja longa e não haja dinheiro para atender a todas as necessidades. Ainda assim, ele se mostra contrário ao método de concessão. "O seguro-desemprego ajuda a sanar necessidades básicas. Estendê-lo é paliativo, não a solução", disse ao jornal.

De acordo com o presidente do Conselho Deliberativo do Fundo de Amparo ao Trabalhador (Codefat) e conselheiro da Força Sindical, Luiz Fernando Emediato, a determinação já estava prevista na lei 8.900/94, que trata do seguro-desemprego.

O presidente da Comissão de Trabalho da Câmara, Pedro Fernandes (PTB-MA) vai além na crítica à concessão do seguro para apenas alguns setores. Ele acredita que a ampliação do benefício estimula o desemprego.

Quintino Severo, secretário geral da Central Única dos Trabalhadores (CUT), lembra que a ampliação do benefício sem critério e identificação pode incentivar demissões em outros setores.

17:13
Anónimo disse...
Empresas
TAM faz promoção para destinos internacionais

A companhia aérea TAM anunciou nesta sexta-feira tarifas promocionais para trechos internacionais. Os preços valem para bilhetes comprados entre 6h deste sábado e 23h59 deste domingo e são válidos para classe econômica. As tarifas, para ida e volta, serão vendidas a partir de US$ 99, mais taxas.

Segundo a aérea, a promoção vale para viagens feitas no período de 14 de fevereiro a 18 de junho de 2009. Para destinos na América do Sul, a permanência mínima é de dois dias; para bilhetes com destino nos Estados Unidos, cinco dias; e Europa, sete dias. A permanência máxima para as passagens para América do Sul e EUA é de dois meses e para Europa, três meses.

Entre os exemplos de tarifas promocionais, a TAM oferece São Paulo-Lima por US$ 99. Bilhetes para a rota São Paulo-Santiago serão vendidos a partir de US$ 199 e São Paulo-Nova York, US$ 799.

A emissão dos bilhetes deve ser feita obrigatoriamente no ato da reserva, obedecendo às regras estipuladas pela companhia. A compra está sujeita à disponibilidade de assentos nas classes tarifárias determinadas, trechos, horários e datas. A TAM afirmou que também há tarifas promocionais para a classe executiva.

Mais informações podem ser encontradas no site promocional (www.ofertastam.com.br), no site da empresa (www.tam.com.br) ou pelos telefones 4002-5700 ou 0800 5705700.

17:13
Anónimo disse...
Empresas
Consultoria negocia compra do parque temático Hopi Hari

A consultoria especializada em reestruturação de empresas Íntegra Associados informou nesta sexta-feira ter um acordo para comprar o parque de diversões Hopi Hari, localizado no interior de São Paulo. A empresa estaria disposta a investir R$ 10 milhões no parque, que tem dívida estimada em R$ 800 milhões. As informações são da edição deste sábado do jornal Folha de S. Paulo.

De acordo com o jornal, a transação ainda depende da negociação entre o Hopi Hari e seus credores, o que já estaria em andamento.

A consultoria paulista já atuou junto à Parmalat, durante 30 meses, quando reorganizou a gestão da empresa italiana.

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17:14
Anónimo disse...
Empresas
Disney de Tóquio contratará mais 2 mil apesar da crise


A Oriental Land, o operador da Disneylândia Tóquio e DisneySea, organizou neste domingo entrevistas para contratar cerca de 2 mil trabalhadores em tempo parcial, em um momento de grandes demissões deste tipo de empregados no Japão.

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O operador deste parque temático, situado em Urayasu, na província de Chiba (leste de Tóquio), está em pleno processo de seleção de empregados para 20 tipos de postos trabalhistas diferentes.

Segundo a companhia, citada pela agência local de notícias Kyodo, o parque contratará novos trabalhadores para as atrações, para os restaurantes e guardas de segurança entre outros. Os novos contratados começarão a trabalhar a partir de fevereiro.

O processo de seleção acontece em um momento em que a maioria das grandes companhias japonesas começaram a se ver obrigadas a despedir uma elevada percentagem de seus trabalhadores temporários e a tempo parcial.

Algumas inclusive anunciaram demissões de seus trabalhadores fixos, uma medida muito pouco comum nas companhias japonesas, perante os efeitos piores que o esperado pela crise econômica global.

Cerca de uma centena de pessoas esperavam desde a primeira hora desta manhã a abertura do centro de conferências Tokyo International Forum, onde as entrevistas estão sendo feitas, para ser os primeiros a solicitar os postos de trabalho.


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17:15
Anónimo disse...
Economia Internacional
Senado dos EUA aprova plano de estímulo à economia

O Senado dos Estados Unidos aprovou com 60 votos a favor e 38 contra o plano de estímulo à economia de US$ 787 bilhões na madrugada deste sábado. Agora, ele segue para sanção ou veto do presidente Barack Obama, que espera colocar a lei em prática até o dia 16 de fevereiro.

O plano prevê a criação de três milhões de empregos, inclui cortes de impostos às famílias, fundos para programas sociais e obras públicas, além de ajuda aos governos estaduais, estudantes e desempregados.

A cláusula Buy American - que exige o uso de ferro, aço e produtos manufaturados dos Estados Unidos em obras realizadas com recursos do pacote - ficou de lado. Segundo o texto definitivo, a cláusula será aplicada sem violar as normas do comércio internacional.

Ontem à tarde, a Câmara de Representantes (deputados) havia aprovado, por 246 votos a favor e 183 contra, a versão final do plano. Todos os republicanos foram contrários ao pacote.

Pelo acordo de quarta-feira entre Câmara e Senado, em vez de custar US$ 819 bilhões, como queriam os deputados, ou US$ 838 bilhões como pretendiam os senadores, o pacote ficou em cerca de US$ 787 bilhões, com 65% desse total destinado a gastos do governo federal e 35%, a créditos tributários.

17:16
Anónimo disse...
Economia nacional
Na era Lula, aposentadoria sobe 54% menos que salário mínimo

Thatiane Faria
Especial para o Terra
Direto de São Paulo

Os índices de reajustes concedidos pelo governo em 2009 para aposentados e pensionistas e para o salário mínimo repetiram uma diferença que, só durante o governo de Luiz Inácio Lula da Silva, já chega a 54%. Enquanto o mínimo foi majorado em 12% este ano, as pensões e aposentadorias tiveram aumento de 5,92%. Aposentados que têm o benefício do governo como única fonte de renda reclamam que perdem poder de compra e que sua cesta de compras é composta por itens que aumentam mais em relação à inflação oficial.

Um exemplo prático pode ser entendido a partir da comparação entre um aposentado que ganhava R$ 600 em janeiro de 2003. Na época, o benefício era três vezes, ou 200%, maior que o valor do mínimo em vigência, que era de R$ 200. Aplicando-se os índices de reajuste para aposentadorias e para o mínimo durante os últimos seis anos, o mesmo aposentado estaria recebendo hoje R$ 938,47, comparado a um salário mínimo de R$ 465. A diferença entre os dois valores caiu para pouco mais de 100%.

Enquanto o índice acumulado de reajuste para a aposentadoria durante o governo Lula foi de 60%, para o salário mínimo está em 132%.

O diretor do Sindicato Nacional dos Aposentados, João Inocentini, reclama que os valores dos benefícios para aposentadorias não mantêm o poder de compra do grupo, principalmente dos aposentados que recebem menos que dez salários mínimos.

Nem mesmo o fato de o índice de reajuste das aposentadorias ter ficado acima da inflação acumulada no mesmo período (o IPCA entre janeiro de 2003 e janeiro de 2009 foi de 39,7%) serve de argumento, segundo os aposentados.

"Os idosos, principalmente, têm gastos além das contas gerais como gás, telefone e aluguel. Para eles o custo com remédios, e outros itens da área saúde costuma ser maior", afirmou Inocentini.

O presidente do sindicato afirmou que o grupo realiza um estudo com 100 itens de necessidade de um idoso para comparar o aumento dos produtos com o índice de reajuste do benefício recebido pelos aposentados.

"Daqui dois meses vamos abrir um processo na Justiça e levar essa pesquisa como prova. Segundo a lei, o governo é obrigado a manter o poder de compra com a aposentadoria", disse Inocentini.

Alternativas
O consultor financeiro Cláudio Boriola diz que os aposentados, especialmente nesse momento de crise econômica, devem evitar compras parceladas, pesquisar preços, negociar e fazer bom planejamento financeiro.

Segundo Boriola, alguns aposentados ganham um valor mensal muitas vezes insuficiente para o pagamento das contas e acabam pedindo crédito ou realizando pagamentos a prazo e são obrigados a pagar juros altos.

Na opinião do consultor, pagar uma previdência privada é uma alternativa indicada para quem ainda trabalha, considerando a característica de perda de poder de compra da aposentadoria.

"Na prática, infelizmente os valores encontram-se em um patamar que está deteriorando o poder de aquisição da população brasileira", completou Boriola.

De acordo com o diretor da Confederação Brasileira de Aposentados e Pensionistas (Cobap), Vicente Fernandes Barbosa, representantes dos aposentados tentarão um encontro com o presidente da Câmara, deputado Michel Temer (PMDB-SP), para discutir projetos que minimizem a perda dos aposentados

17:17
Anónimo disse...
Previdência
Previdência prorroga isenção de tarifas no benefício

O atual sistema de pagamento aos 26 milhões de aposentados e pensionistas do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) será mantido até o final deste ano. O acordo, que permite realizar a operação sem nenhum custo aos beneficiários, foi renovado nesta sexta-feira, entre o governo federal e 21 instituições financeiras.

Por meio desse acordo, vigente desde setembro de 2007, nem os segurados, nem os bancos e nem o governo arcam com o pagamento de tarifas, conforme explicou o ministro da Previdência Social, José Pimentel. A prorrogação vale até dezembro, data máxima para que a Previdência defina as regras para um novo contrato.

Ao assinar o termo de renovação, na sede da Federação Brasileira dos Bancos (Febraban), o ministro disse que a intenção do governo é mudar o atual modelo de gestão visando a reduzir os custos dessas operações em torno da folha mensal, que atinge R$ 15,8 bilhões. No entanto, qualquer alteração, conforme explicou, passará antes por audiências públicas a serem realizadas a partir do segundo semestre deste ano, atendendo a determinação do Tribunal de Contas da União (TCU).

De acordo com Pimentel, com um redesenho do mecanismo de repasse dos recursos aos bancos em torno da folha de pagamento dos segurados o que se busca é um aumento da participação de instituições financeiras. Ele informou que, desde 2007, cada benefício custa em média R$ 1,07 ao governo. "Quanto mais instituições financeiras estiverem prestando serviços à sociedade, maior é a competitividade, a agilidade no atendimento", justificou.

O ministro observou, ainda, que, para permitir uma redução para algo em torno de meia hora no tempo de atendimento para a concessão dos direitos previdenciários, o governo investiu R$ 280 milhões.

Questionado sobre o descontentamento dos segurados que ganham acima de um salário mínimo terem obtido apenas a correção com base na variação do Índice de Preços ao Consumidor (INPC) , ficando abaixo do reajuste dado a quem recebe apenas o mínimo, Pimentel argumentou que o governo seguiu o que determina a lei e descartou a possibilidade de uma revisão

17:17
Anónimo disse...
Empresas
Caterpillar oferece aposentadoria antecipada a 2 mil


A companhia americana Caterpillar ofereceu a cerca de dois mil funcionários incentivos para que se aposentem de forma voluntária antes do previsto, pela perspectiva de uma queda "significativa" da atividade industrial, informou nesta quarta-feira a empresa.

A iniciativa, destinada aos trabalhadores de diversas fábricas em Illinois, Colorado, Tennessee e Pensilvânia, se soma aos cortes de empregos anunciados em janeiro, explicou em comunicado de imprensa.

A empresa, a maior fabricante mundial de maquinaria pesada para a construção e a mineração, acrescentou que, "em função das condições de negócio, podem ser necessárias mais reduções de elenco voluntárias e involuntárias à medida que o ano avança".

O vice-presidente da companhia, Sid Banwart, explicou que a empresa prevê "demissões significativas em todas as regiões geográficas e na maioria dos setores devido às dificuldades da economia mundial".

17:18
Anónimo disse...
Comércio
Comércio exterior da OCDE caiu no 3º trimestre de 2008


As exportações e as importações dos países da Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Econômico (OCDE) caíram 1,6% e 0,2%, respectivamente, no terceiro trimestre de 2008, em relação aos três meses anteriores.

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Trata-se da primeira queda destas atividades desde o terceiro trimestre de 2006, segundo o último relatório trimestral sobre fluxos comerciais divulgado pela OCDE.

As exportações e as importações em dólares dos 30 Estados-membros caíram 15,6% e 17%, respectivamente, na comparação anualizada.

Por sua vez, o comércio dos sete países mais ricos do mundo (G7) teve um pequeno crescimento no terceiro trimestre de 2008 com uma queda das exportações de mercadorias de 0,2% em relação ao trimestre anterior e um aumento de 0,4% das importações.

Em termos anualizados, as importações do G7 caíram 1,4% entre julho e setembro do ano passado, seu primeiro retrocesso desde o terceiro trimestre de 2006, enquanto as exportações aumentaram 1,9%, seu crescimento mais baixo no mesmo tempo.

Por países, a Alemanha aumentou suas importações em 3,4% - valor mais alto do G7 -, enquanto suas exportações caíram 2,9% do segundo para o terceiro trimestre de 2008.

Pelo contrário, as exportações americanas aumentaram 1,8% entre julho e setembro de 2008, enquanto as importações caíram 0,7% em relação ao trimestre anterior. No Japão, tanto as importações quanto as exportações caíram em torno de 1% no mesmo período.

17:19
Anónimo disse...
Economia Nacional
Lula: juros de crédito consignado a aposentados são altos

Atualizada às 17h29

O presidente Luis Inácio Lula da Silva afirmou nesta terça-feira, em São Paulo, que está lutando para reduzir as taxas de juros cobradas de aposentados em crédito consignado. A Previdência Social estabelece uma taxa máxima de 2,5% para empréstimo e de 3,5% para cartão. Para Lula, os valores são altos.

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"Acho que o juro que os aposentados estão pagando hoje com o crédito consignado é alto para o padrão brasileiro", disse o presidente durante a cerimônia de comemoração dos 86 anos do INSS.

A Previdência anunciou nesta terça-feira que aposentados e trabalhadoras com licença-maternidade poderão receber seus benefícios em 30 minutos. De acordo com Lula, em junho, a aposentadoria do trabalhador rural também será conseguida em meia hora.

Além disso, o presidente anunciou que, também em junho, os trabalhadores que alcançarem o direito à aposentadoria passarão a receber em suas casas um comunicado da Previdência informando o fato e o valor do salário que têm direito a receber. "É um comprometimento público que estou fazendo com os companheiros da Previdência Social", disse.

"Estamos retribuindo ao contribuinte da Previdência Social aquilo que é a cidadania que ele tem direito", afirmou Lula. "Se para cobrar nós somos tão precisos, para devolver o dinheiro, temos que chegar próximo à perfeição", completou.

17:20
Anónimo disse...
Economia Nacional
Salário maternidade sairá em 30 minutos, diz ministro

Toda trabalhadora autônoma que tiver contribuído pelo menos 10 meses com o Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) - ou as que possuírem carteira assinada - poderão receber em 30 minutos o salário maternidade a partir desta terça-feira. Da mesma forma, as mulheres com 30 anos de contribuição e os homens com 35 anos também terão direito ao benefício de forma mais rápida. A informação é do ministro da Previdência Social, José Pimentel.

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Para requerer o salário maternidade, é preciso que as autônomas levem a carteira de identidade e o carnê de contribuição. As demais trabalhadoras devem apresentar a identificação e a carteira de trabalho. Desde o início do mês, a nova forma de análise para a concessão de benefícios foi adotada para a aposentadoria por idade do trabalhador urbano e agora foi estendida para o salário maternidade e por tempo de contribuição.

O ministro disse que a qualificação do serviço da previdência social é o reconhecimento do direito dos trabalhadores e da afirmação da cidadania.

"Até pouco tempo na cabeça do cidadão o serviço devia ser de péssima qualidade. Agora não, nós modificamos toda a legislação no mês de dezembro numa ação conjunta do Congresso Nacional com o governo federal. Estamos implantando e concedendo os benefícios em até 30 minutos", afirmou.

O ministro destacou que para conseguir se aposentar ou ter acesso à licença maternidade em 30 minutos, em primeiro lugar, é necessário que o cidadão esteja vinculado à Previdência, o que inclui 65% da população acima de 16 anos de idade.

"Depois bastar marcar pelo sistema 135 o dia e a hora do atendimento e levar a documentação. Se todos os dados necessários estiverem corretos o contribuinte será atendido em até 30 minutos, como vem sendo feito com as aposentadorias por idade desde o dia cinco de janeiro", explicou.

Pimentel disse ainda que em 90% das agências da previdência social o atendimento é marcado em até 48 horas. Nos grandes centros, entretanto existe um volume maior o que torna mais lento o processo.

"Estamos criando mais 715 agências até 2010, em todo o território nacional, para descentralizar o atendimento. Em 2008, atendemos 295 mil benefícios e aposentadorias por idade. Temos 4 mil pessoas por dia procurando e se aposentando por idade no território nacional. Este serviço será agilizado", concluiu.
17:25
Anónimo disse...
Giuseppe Englaro, pai de Eluana, a italiana que morreu na segunda-feira passada por desidratação, recusou uma grande soma de dinheiro de um conhecido fotógrafo italiano que queria retratar a filha em estado de coma, disse neste sábado o neurologista que atendia a mulher desde 1996, Carlo Defanti.

O neurologista, que participou hoje de uma conferência sobre eutanásia, disse que Englaro respeitou a vontade da filha, que, antes do acidente, tinha pedido que, se lhe ocorresse qualquer coisa irreversível, apresentasse sua imagem de quando estava em boas condições.

Antes de sofrer o acidente de trânsito, em 1992, Eluana viveu o coma de um amigo, Alessandro, o que causou forte impacto na italiana e a levou a fazer o pai prometer que não a deixasse viver em estado vegetativo, disse o próprio Giuseppe Englaro.

Defanti, que dissera que Eluana poderia viver de dez a 12 dias depois da suspensão da alimentação e da hidratação, disse que, como médico, tinha que reprovar esta afirmação.

"Não se pode sobreviver após três ou quatro dias sem líquido e, em particular, água em um corpo. Sabemos bem que, quando há um terremoto, após quatro dias é difícil encontrar sobreviventes".

Defanti ressaltou que Eluana "não falava, não se comunicava com o exterior" e que, após vários exames, "nos deparamos com uma moça que tinha perdido a consciência", porque estava com o córtex cerebral prejudicado.

Eluana foi enterrada na quinta-feira passada no túmulo da família na localidade de Paluzza, em Udine, após um funeral que não contou com a presença dos pais.

16:53
Anónimo disse...
Os bombeiros combatem neste sábado os incêndios na Austrália favorecidos pelo bom tempo, enquanto os deslocados encotram em seu retorno casas derruídas, carros queimados nas ruas e destruição.

Depois de sete dias desde que começaram os incêndios no Estado de Victoria, a lista de mortos chega a 181, os desaparecidos somam 50, os edifícios destruídos totalizam 1,834 mil e o terreno arrasado, principalmente florestas, ocupa uma área de 4,13 mil quilômetros quadrados.

As equipes de bombeiros, formadas por 4 mil profissionais de Victoria, de outras partes da Austrália e de países amigos, combateram hoje 12 focos fora de controle e nenhum representava uma ameaça direta para a população.

O subdiretor do Serviço de Bombeiros, Geoff Conway, disse que este tempo favorável, que se prolongará durante o domingo, permite consolidar as linhas de contenção e avançar na extinção das chamas.

Cinzas apareceram arrastadas por ventos do nordeste sobre Melbourne, onde habitam 3,8 milhões de pessoas, e as autoridades alertaram aos cidadãos do risco para a saúde de idosos, crianças e pessoas com problemas respiratórios.

O número de pessoas deslocadas - a Cruz Vermelha chegou a receber 7 mil - começou a cair com a abertura de algumas localidades atingidas.

Os incêndios, alguns criminosos, começaram em 7 de fevereiro, quando a região sul da Austrália estava há duas semanas sob uma onda de calor sem precedentes.

Na sexta-feira passada, a polícia acusou uma pessoa de ter provocado o incêndio que atingiu a localidade de Churchill e matou 21 pessoas.

16:55
Anónimo disse...
A primeira chuva em seis dias reduziu a ameaça de incêndios no Estado de Victoria, ao sul da Austrália. As autoridades, porém, advertiram que ainda existem 12 focos, mas que nenhum deles ameaça áreas povoadas.

Mais de quatro mil bombeiros, mil provenientes de outras partes do país e de outras nações, trabalham contra o fogo. Cerca de 600 veículos e 28 helicópteros e pequenos aviões estão sendo usados.


Eles conseguiram construir linhas de contenção para evitar os incêndios de Yarra e Maroondah se juntassem. Também foram controlados os incêndios abertos de Yea e Murrindindi, que ameaçavam as comunidades de Connellys Creek, Crystal Creek, Scrubby Creek e Native Dog Creek.

O número de mortos chegou a 181, mas as autoridades acreditam que as vítimas devem passar de 200, já que ainda há muitos desaparecidos.

16:55
Anónimo disse...
Aqui nesta coluna, na semana passada, tive a oportunidade de comentar sobre a recente visita do professor brasileiro Pedrinho Guareschi à Austrália. Não dei, porém, os fatos, pois semana passada o assunto era outro.

Hoje, porém, vamos a eles.

No último dia 4 de fevereiro, aconteceu o Seminário "Paulo Freire: Education and Liberation", organizado pelo centro de estudos latino-americanos da Universidade Nacional da Austrália, ou ANU, como é mais conhecida por aqui.

A ANU, para quem não sabe, está entre as 20 melhores universidades do mundo! E tem sede aqui em Camberra, capital da Austrália.

Na abertura do evento, o professor John Minns, diretor do centro latino-americano, ao dar boas-vindas ao público presente, lembrou ser aquele o primeiro seminário exclusivamente dedicado a Paulo Freire na Austrália.

Em seguida, convidou Pedrinho Guareschi, palestrante principal do Seminário, a fazer sua apresentação.

A plateia pode então conhecer, pelas palavras de Pedrinho, um pouco da obra e da vida de Freire, esse brasileiro de fé e valor, que sempre acreditou na educação, sobretudo dos menos favorecidos, analfabetos, como força libertadora.

Como não podia deixar de ser, os conceitos e ideias revolucionários de Paulo Freire, expostos com clareza por Pedrinho, despertaram o interesse e a curiosidade de plateia. A qual, deve-se notar, era na maioria de estudantes, mas de várias nacionalidades, sobretudo australianos e asiáticos.

Na continuação do programa do seminário, que se estendeu por dois dias, outros professores fizeram palestras sobre temas ligados à obra de Paulo Freire.

Interessante, por exemplo, saber que a professora Anne Hickling-Hudson, jamaicana que mora na Austrália há muitos anos (é professora da ANU), conheceu e trabalhou com Freire num workshop educacional durante a revolução na Ilha de Granada, em 1980, antes da invasão dos Estados Unidos...

Ou, então, a palestra da Professora Gerda Roelvink, da Nova Zelândia, que participou do Fórum Social de Porto Alegre em 2005. E essa participação transformou-se em tema de doutorado.

No dia 10, terça-feira passada, o padre Pedrinho Guareschi voltou a falar ao público australiano em grande auditório localizado no belíssimo campus da ANU. Desta vez, sobre a Teologia da Libertação.

Depois da palestra, John Minns mostrou o filme mexicano "O Crime do Padre Amaro", no qual um dos personagens é um padre católico praticante da Teologia da Libertação.

Mais uma vez, foi grande o intersse da platéia, que pode aprender e conhecer um pouco como se desenvolveu aquele importante movimento católico na América Latina.

Fica, assim, ao Pedrinho, bem como a outros brasileiros estudiosos e de bom coração que saem pelo mundo a divulgar aspectos importantes da cultura brasileira, o respeito e a homenagem desta coluna. E... aquele abraço!

16:57
Anónimo disse...
Amanda Kitts perdeu o braço esquerdo em um acidente de automóvel acontecido três anos atrás, mas hoje em dia ela joga futebol americano com seu filho de 12 anos de idade, troca fraldas e abraça as crianças nas três creches Kiddie Cottage que opera em Knoxville, Tennessee. Kitts, 40 anos, faz tudo isso com a ajuda de um novo tipo de braço artificial que se movimenta com mais facilidade do que outros aparelhos e que ela pode controlar utilizando apenas seus pensamentos.

"Eu sou capaz de mexer a mão, o pulso e o cotovelo ao mesmo tempo", diz. "Você pensa e os músculos se movem em seguida".

A recuperação que ela conseguiu resulta de um novo procedimento que vem atraindo crescente atenção porque permite que pessoas movam braços protéticos de forma mais automática do que faziam no passado, simplesmente utilizando nervos reaproveitados em seus cérebros.

A técnica, conhecida como "renervação muscular dirigida", envolve utilizar os nervos que restam depois da amputação de um braço e conectá-los a outro músculo do corpo, em geral no peito. Eletrodos são instalados sobre os músculos do peito, e operam como se fossem antenas. Quando a pessoa deseja mover o braço, o cérebro envia sinais que primeiro resultam em contração dos músculos do peito, os quais enviam um sinal ao braço protético, instruindo-se a se movimentar. O processo não requer mais esforços consciente do que a pessoa teria de exercitar caso ainda tivesse seu braço natural.

Na terça-feira, pesquisadores reportaram em estudo publicado pela versão online do Journal of the American Medical Association que haviam levado a técnica ainda mais à frente, tornando possível a execução de 10 movimentos de mão, pulso e cotovelo diferentes, o que representa uma substancial melhora com relação ao típico repertório protético, que em geral envolve apenas dobrar o cotovelo, girar o pulso e abrir a mão.

"Os novos métodos tiveram impacto dramático em nosso campo de trabalho", disse Stuart Harshbarger, engenheiro biomédico na Universidade Johns Hopkins e diretor do programa de pesquisa sobre próteses, financiado pelas forças armadas, que inclui o trabalho com essa técnica. "O método já está em uso por médicos e cirurgiões comuns em todo o país. A capacidade de controlar um membro protético bastante robusto que ele confere surpreendeu a todos pela qualidade".

Tipicamente, uma pessoa que tenha um braço protético só é capaz de executar alguns poucos movimentos, e muitas vezes com tamanha lentidão que isso só permite a ela atividades limitadas.

Há um motor separado para cada movimento, diz Gerald Loeb, professor de engenharia biomédica na Universidade do Sul da Califórnia, "e esses motores precisam ser controlados de maneira explícita", usualmente por um esforço consciente da pessoa para contrair músculos nas costas ou no bíceps.

"Essencialmente, até agora os pacientes controlavam apenas um motor de cada vez", diz Loeb, "e precisavam pensar cuidadosamente sobre que motor desejavam controlar e como fazê-lo operar, em lugar de simplesmente pensarem em mover o braço e poderem fazê-lo sem delongas".

Antes que Kitts passasse pelo procedimento de renervação, em outubro de 2007, por exemplo, ela precisava movimentar os músculos de suas costas de determinada maneira para fazer com que seu pulso girasse, e flexionar seu bíceps e tríceps para fazer com que o cotovelo se movesse para cima e para baixo. "Era muito trabalho", ela conta. "E não me ajudava muito".

O procedimento de renervação é parte de uma recente explosão de idéias novas e técnicas inovadoras que estão sendo exploradas enquanto os cientistas se esforçam por ajudar as pessoas a compensar melhor a perda de membros ou problemas de paralisia. O esforço vem sendo alimentado pelo aumento no número de amputações causado por diabetes e por ferimentos sofridos pelos militares, e ao mesmo tempo pelos avanços na tecnologia médica.

Os braços se tornaram um dos focos essenciais desse tipo de trabalho. A ciência há muito vem obtendo sucessos no desenvolvimento de próteses de perna, mas é muito mais difícil imitar a complexidade e a destreza das mãos e dos braços.

Os esforços em curso incluem o desenvolvimento de projetos de pele e braços mais sensíveis e mais flexíveis, e o uso de dispositivos acionados por controles sem fio implantado nos braços protéticos, que permitiriam movimentos mais naturais.

Os pesquisadores também vêm usando sensores implantados nos cérebros de cobaias para permitir que dois macacos controlem um braço mecânico, e um teste com um homem paralítico permitiu, com esse método, que ele movimentasse um cursor em uma tela de computador.

Alguns desses métodos, caso venham a ser aperfeiçoados plenamente e consigam aprovação das autoridades regulatórias da saúde, podem no futuro se tornar mais viáveis para os pacientes de amputações.

E embora a técnica da renervação não requeira aprovação das autoridades regulatórias porque é executada por meios cirúrgicos e emprega aparelhos já existentes, ela apresenta limitações que até mesmo seus criadores reconhecem, entre as quais o fato de que não se pode utilizá-la para todos os pacientes, o seu alto custo e o prazo de meses requerido para que os nervos reconectados cresçam e se tornem efetivos.

Ainda assim, os especialistas dizem que é o mais avançado sistema em uso hoje para pacientes reais que permite que o sistema nervoso controle diretamente o movimento de um braço artificial.

Desde sua introdução por Todd Kuiken, médico fisioterapeuta e engenheiro biomédico do Instituto de Reabilitação de Chicago, o método foi empregado em cerca de 30 pacientes nos Estados Unidos, Canadá e Europa, entre os quais oito soldados feridos no Iraque e no Afeganistão.

Muitos dos pacientes, entre os quais o primeiro, Jesse Sullivan, um operário do setor elétrico no Tennessee que perdeu os dois braços quando foi eletrocutado por um cabo, conseguem não apenas manipular seus braços protéticos mas sentir a presença das mãos que já não têm quando alguém toca em seus peitos.

Sullivan, 62 anos, e Kitts, estavam entre os cinco pacientes que participaram do estudo reportado na terça-feira. Em companhia de cinco outras pessoas que não passaram por amputações, eles receberam os eletrodos e foram instruídos a usar pensamentos para fazer com que um braço virtual na tela reproduzisse 10 movimentos diferentes, entre os quais três formas diferentes de aperto de mão.

Os pacientes apresentaram desempenho bastante respeitável, apenas um pouco mais lento e menos preciso do que os dos participantes que não tinham amputações.

"As velocidades de movimento que encontramos em nossos pacientes foram realmente encorajadoras", disse Kuiken. "Eles conseguiram completar a tarefa. É claro que não foram tão competentes quanto as pessoas dotadas de plena capacidade física, mas foram bons o bastante".

Um braço virtual foi usado porque a maioria das próteses existentes não era capaz de acomodar todos aqueles movimentos, no momento da pesquisa, ainda que Sullivan, Kitts e uma terceira paciente, Claudia Mitchell, tenham experimentado dois novos protótipos mais versáteis de braços artificiais, executando tarefas complexas com bolas de tênis e outros objetos.

O trabalho de renervação em soldados apresenta outros desafios, diz Kuiken, porque os ferimentos militares muitas vezes "causam danos muitos extensos" a nervos, músculos ou ossos.

Daniel Acosta, 25 anos, um aviador ferido pela detonação de uma bomba em uma estrada do Iraque em 2005, passou pelo procedimento no ano passado e diz que seu braço esquerdo protético agora se movimenta "muito mais rápido" e de maneira muito mais natural.

"A diferença é que agora não preciso mais pensar para mover o braço", ele diz. "Ele simplesmente se mexe".

Ainda assim, Acosta, de San Antonio, diz que "o processo foi bastante longo" e que os eletrodos precisam ser ajustados para receber os sinais à medida que os nervos crescem ou mudam de posição.

E embora elogiem o método, os especialistas afirmam que a ciência das próteses de braço ainda tem muito por avançar.

"Trata-se de uma parte crucial, mas ainda assim apenas uma parte, das muitas coisas que compreendem a função normal de um braço", disse Loeb, que escreveu um editorial que acompanha o artigo no Journal of the American Medical Association.

"No momento estamos a meio do caminho entre o braço de 'Dr. Fantástico', que fazia involuntariamente a saudação nazista, e o braço de Luke Skywalker em 'Guerra nas Estrelas', que funciona sem nenhum problema assim que é conectado. Creio que precisaremos ainda de muitos anos para conectar todas as peças necessárias a produzir um braço capaz de funcionar normalmente".

17:04
Anónimo disse...
A Espanha disse neste sábado que está preparando uma reclamação oficial contra a decisão da Venezuela de expulsar um membro do Parlamento Europeu que criticou o conselho eleitoral venezuelano.
Luis Herrero, membro do partido conservador espanhol PP, foi deportado na sexta-feira depois que o Conselho Nacional Eleitoral (CNE) o acusou de questionar a imparcialidade da instituição antes de um referendo que pode permitir ao presidente Hugo Chávez permanecer no cargo indefinidamente.

Herrero estava na Venezuela como observador do referendo. Ele acusou Chávez de ter "comportamentos típicos de um ditador" por pedir a contenção de manifestações da oposição.

O governo da Espanha convocou um encontro com o embaixador da Venezuela em Madri para expressar a desaprovação sobre a expulsão de Herrero, disse um representante do Ministério das Relações Exteriores espanhol.

As relações da Venezuela com a Espanha tiveram seu ponto crítico em 2007, quando Chávez ameaçou rever acordos diplomáticos e comerciais depois de ouvir um "cala a boca" do rei espanhol Juan Carlos durante uma cúpula.

A fenda foi oficialmente reparada em 2008, com uma visita oficial de Chávez à Espanha, onde ele cumprimentou o rei e discutiu acordos para investimento no setor petroquímico com o primeiro-ministro José Luis Rodriguez Zapatero.

17:06
Anónimo disse...
A polícia do Zimbábue anunciou neste sábado que acusa de traição Roy Bennett, dirigente do até agora opositor Movimento para a Mudança Democrática (MDC), detido na sexta-feira, em Harare, poucas horas antes da cerimônia de posse dos membros do novo gabinete.

"A Polícia nos informou que vão apresentar acusações de traição", disse à agência EFE o advogado de defesa de Bennett, Trust Maanda.

"Tentam relacionar Roy com o caso de Mike Hitschmann, que foi detido em 2006 em relação à descoberta de um carregamento de armas, apesar de que Hitschmann não tenha sido declarado culpado das acusações de traição apresentadas contra ele, mas de um crime menor de descumprimento de leis", disse Maanda.

O político opositor, designado por seu partido como vice-ministro de Agricultura no Governo de união nacional, esteve no exílio na vizinha África do Sul desde 2006 e retornou ao Zimbábue há duas semanas.

Segundo a Polícia, que deteve Bennett ontem no aeroporto de Harare quando pretendia ir à África do Sul para visitar sua família, as armas apreendidas em 2006 seriam utilizadas em um golpe de Estado para derrubar o presidente do Zimbábue, Robert Mugabe.

Depois da detenção, Bennet foi levado a Mutar, onde vários simpatizantes do MDC se concentraram em frente à delegacia na qual estava detido, diante do que a Polícia respondeu com tiros para o alto para dispersar os manifestantes.

17:07
Anónimo disse...
Austrália: 14 mil se candidatam a 'emprego dos sonhos'

A secretaria de Turismo de Queensland, na Austrália, informou que até esta segunda-feira já recebeu cerca de 14 mil inscrições para o "o melhor emprego do mundo". O Estado australiano promove pela internet seleção para vaga de "zelador" da ilha Hamilton, por seis meses com um salário de R$ 40 mil.

Muitos candidatos tiveram problemas durante a inscrição por conta dos acessos simultâneos ao site. A secretaria aconselha enviar os vídeos de 60s explicando porque deve ser escolhido em horários alternativos do dia, além de recomendar tamanho em torno de 40MB.

As inscrições começaram em 12 de janeiro e vão até o próximo dia 22 e podem ser feitas pelo site www.islandreefjob.com. O governo australiano escolherá 50 candidatos para a próxima fase da seleção, que terá votos do público para eleger um dos 11 finalistas.

A última fase terá entrevistas e desafios físicos, no próprio local de trabalho: as ilhas da Grande Barreira Coralina - o maior recife de coral do mundo. A secretaria de Turismo anunciará o vencedor no dia 6 de maio.

17:09
Anónimo disse...
Mercado elogia governo na crise, mas pede maior queda no juro

Peter Fussy
Direto de São Paulo

Desde as primeiras medidas anunciadas para combater os efeitos da crise, o governo brasileiro avisou que a estratégia não contemplaria um pacote. Seriam doses pontuais, de acordo com a necessidade da economia diante do agravamento das turbulências. Da primeira liberação dos depósitos compulsórios em setembro até a ampliação do seguro-desemprego na última quarta-feira, o governo passou por redução de impostos, ampliação de crédito e incentivos à exportação. Quase 150 dias após a primeira medida, o Terra conversou com líderes do setor público e privado, representantes dos trabalhadores, acadêmicos e com o próprio governo para saber quais destas ações foram mais eficazes, quais foram mais ineficientes e o que mais pode ser feito pelo Estado brasileiro contra a crise.

Os maiores elogios foram direcionados à atitude de reduzir o Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) para a indústria automobilística, anunciada em dezembro e que fez com que os emplacamentos de carros novos subissem 1,9% no primeiro mês do ano em relação a dezembro de 2008. Já as maiores críticas foram para a lentidão no corte da taxa básica de juro do País.

Para o presidente do conselho administrativo do Grupo Pão de Açúcar, Abílio Diniz, o Estado não é responsável pela crise e mesmo assim está agindo "com extrema serenidade e muito acerto". "O governo está atento, fazendo a sua parte. É preciso coragem de baixar firmemente a taxa de juros. É uma arma que temos a nosso favor, já que não há clima para inflação, nem possibilidade de danos para a macroeconomia", afirmou Diniz.

Na última reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), em janeiro, a taxa Selic foi reduzida em um ponto percentual, de 13,75% para 12,75% ao ano. Porém, o professor de economia da Universidade de Brasília (UnB) José Luiz Oreiro lembra que este corte representa uma redução de apenas 0,25 ponto percentual com relação à taxa de setembro do ano passado, quando a crise se agravou.

"Pouco antes da eclosão da crise, o Banco Central aumentou a taxa em 0,75 ponto. Foram cinco meses de demora para reduzir em termos líquidos apenas 0,25 ponto", afirmou o economista, que também sugeriu redução do intervalo de cerca de 90 dias entre as reuniões do Copom e o corte de pelo menos um 1 ponto percentual em cada reunião.

Mesmo com o corte de janeiro, a taxa de juros real continua sendo a maior do mundo, lembrou o secretário-geral da Força Sindical, João Carlos Gonçalves, o Juruna. "A redução da taxa de juro ainda é pequena, porque ela continua uma das mais altas do mundo. Falta ousadia para baixar os juros e ajudar o cidadão. A permanência da taxa de juro alta é negativa para o País em meio a crise", afirmou Juruna.

Embora aprove as ações do governo, o senador Aloízio Mercadante (PT-SP) também acredita que o patamar da Selic está muito alto. "Sempre fomos os primeiros a entrar em qualquer crise, o que não aconteceu agora. A taxa Selic ainda é muito alta, mas o governo têm tomado medidas acertadas, como o aumento do salário mínimo, mesmo com um cenário de crise. Isso ajuda a movimentar o consumo. O governo está se esforçando para manter os investimentos e o crescimento", disse.

Tributos
De acordo com o economista Fabio Pina, da Fecomercio-SP, as ações mais positivas estão relacionadas à redução de tributos para alguns segmentos, como a indústria automobilística, que recuperou parte da queda nas vendas em janeiro com a isenção do IPI para carros 1.0 l e o corte para demais motorizações. A medida vale até o final de março.

"Essas medidas não só reduziram o preço, mas anteciparam o consumo daqueles que iriam comprar no futuro, dando um prêmio por conta da insegurança. Mexe diretamente com o principal problema que é a confiança do consumidor", afirmou. Juruna destacou que um bom ritmo de vendas é garantia de emprego. "É importante porque cada emprego na montadora significa 19 na cadeia produtiva", comentou o representante da Força Sindical.

Também em dezembro, o governo decidiu cortar pela metade a alíquota do Imposto de Renda para contribuintes que ganham entre R$ 1.434 e R$ 2.150 mensais. "O salário aumentava e a tabela não se modificava. As pessoas ganhavam mais e pagavam mais impostos", apontou Juruna. Outra redução de tributos do governo foi com relação ao Imposto sobre Operações Financeiras (IOF), que caiu de 3% ao ano para 1,5%.

Crédito
Na segunda metade de 2008, o colapso de bancos nos Estados Unidos por conta da crise do subprime provocou uma forte restrição de crédito no mundo inteiro. Uma das primeiras medidas anticrise do governo teve como objetivo restabelecer a oferta, com mudanças no recolhimento dos depósitos compulsórios por parte dos bancos. Segundo o presidente do Banco Central, Henrique Meirelles, as diversas modificações liberaram US$ 99,2 bilhões aos bancos até o final de janeiro.

Além disso, o governo concedeu R$ 36 bilhões das reservas internacionais para empresas brasileiras com dívidas no exterior e uma medida provisória autorizou o Banco do Brasil e a Caixa Econômica Federal a comprar carteiras de crédito de bancos privados. Para o diretor do Departamento de Pesquisas e Estudos Econômicos da Fiesp, Paulo Francini, estas medidas foram essenciais para combater os efeitos da crise.

"A crise se desenvolve no mundo em torno do tema crédito. E o crédito reduziu-se barbaridade no mundo. Então o governo lança mão de compulsório, lança mão de reservas, de medidas que permitem aos bancos comprar carteiras de bancos. Você vai tomando várias medidas para atender às demandas e o epicentro disso é crédito", afirmou.

No entanto, Oreiro, da UnB, adverte que a liberação dos compulsórios seria mais eficiente acompanhada de redução mais agressiva da taxa básica de juro. "Uma parte do crédito voltou, depois da forte retração em outubro e novembro. O que deveria ter sido feito junto à liberação do compulsório era uma redução mais drástica da taxa de juro. Sem isso, os bancos pegam as reservas e acabam comprando títulos públicos", explicou o economista.

Na opinião de Pina, as ações de distribuição de crédito via redução do compulsório e a disposição de capital de giro para empresas foram tomadas sem um cuidado maior na operação e não tiveram muito efeito. "O BNDES tem linhas que ficam paradas quase todo o ano, agora é pior ainda. Existem os recursos, mas as empresas e os bancos estão desconfiados. É preciso fazer com que os bancos tenham interesse em emprestar", afirmou o economista da Fecomercio-SP.

Futuro
Mesmo com todas essas medidas, a crise financeira ainda gera incertezas nos setores produtivos do País. Nos últimos meses, o medo do desemprego fez os consumidores adiarem compras. Por sua vez, a queda nas vendas pode obrigar as indústrias a cortarem a produção e demitir funcionários. Contra isso, empresários sugerem redução de jornada e de salários.

"Isto está previsto em lei. A Fiesp simplesmente manteve conversações com entidades sindicais quanto à aplicação daquilo que já está previsto em lei", afirmou Francini.

Segundo a ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff, uma das medidas que assegura um nível de emprego é a manutenção de investimentos no Programa de Aceleração do Crescimento (PAC). "Estamos esperando que a dificuldade ocorra em janeiro, fevereiro e março. Estamos certos que vamos manter o nível de investimento. É isso que funciona, é isso que significa investimento público. Ele funciona como um colchão. Por isso, nós colocamos R$ 100 bilhões no BNDES e a Petrobras ampliou o seu investimento em R$ 120 bilhões", afirmou.

Na mesma linha, Pina explica que a antecipação de gastos do governo substitui parte da demanda retraída do setor privado. "Ele dá o seguinte recado: não vou estourar as contas públicas, mas concentrar em um momento em que a demanda privada está pequena. Mas o governo não tem fôlego suficiente para fazer o papel de toda demanda", ressaltou. O economista da Fecomercio lembrou que a entidade já pleiteou junto ao governo isenções para transferência de imóveis e de automóveis, além de retirar o IPVA para veículos novos.

Já Oreiro foca suas propostas na capitalização do Banco do Brasil e da Caixa Econômica Federal pelo Tesouro para atender a demanda de crédito para capital de giro e reduzir o spread. "Aumentando o empréstimo e reduzindo as taxas, os dois vão forçar os bancos privados a acompanhar o movimento, até para não perderem participação no mercado", explicou o economista da UnB.

Até o Carnaval, o governou prometeu detalhar um pacote de incentivos para a construção de até um milhão de casas populares, direcionado a famílias com renda de até dez salários mínimos. "Estamos atentos a tudo o que está acontecendo e novas medidas serão tomadas caso haja uma avaliação de que sejam necessárias", disse o ministro da Fazenda, Guido Mantega, na última sexta-feira.

17:11
Anónimo disse...
Ex-ministro critica extensão do seguro-desemprego

Atualizada às 09h03

O ex-ministro do Trabalho Almir Pazzianotto criticou a decisão do governo federal de conceder o seguro-desemprego estendido a apenas alguns setores. "É certamente odioso e provavelmente inconstitucional", disse Pazzianotto, de acordo com o jornal O Estado de S. Paulo.

Na última qurta, dia do anúncio da medida, centrais sindicais elogiaram a atitude do governo. A Força Sindical divulgou nota dizendo que "o aumento ajudará a aquecer parte da economia, já que irá gerar mais consumo, produção e conseqüentemente, a criação de novos postos de trabalho". A União Geral dos Trabalhadores (UGT) afirmou que a medida "contribuirá para minimizar o drama dos trabalhadores que perderem seu emprego por conta da crise".

O ex-ministro, que instituiu o seguro-desemprego no País no governo de José Sarney, destacou a necessidade de as centrais sindicais se manifestarem contra a determinação. Para ele, as mudanças devem ser aplicadas a todas as categorias profissionais e a distinção é contrária ao artigo 3º da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT).

Pazzianotto atribui a medida a um possível temor do governo de que a crise econômica seja longa e não haja dinheiro para atender a todas as necessidades. Ainda assim, ele se mostra contrário ao método de concessão. "O seguro-desemprego ajuda a sanar necessidades básicas. Estendê-lo é paliativo, não a solução", disse ao jornal.

De acordo com o presidente do Conselho Deliberativo do Fundo de Amparo ao Trabalhador (Codefat) e conselheiro da Força Sindical, Luiz Fernando Emediato, a determinação já estava prevista na lei 8.900/94, que trata do seguro-desemprego.

O presidente da Comissão de Trabalho da Câmara, Pedro Fernandes (PTB-MA) vai além na crítica à concessão do seguro para apenas alguns setores. Ele acredita que a ampliação do benefício estimula o desemprego.

Quintino Severo, secretário geral da Central Única dos Trabalhadores (CUT), lembra que a ampliação do benefício sem critério e identificação pode incentivar demissões em outros setores.

17:13
Anónimo disse...
Empresas
TAM faz promoção para destinos internacionais

A companhia aérea TAM anunciou nesta sexta-feira tarifas promocionais para trechos internacionais. Os preços valem para bilhetes comprados entre 6h deste sábado e 23h59 deste domingo e são válidos para classe econômica. As tarifas, para ida e volta, serão vendidas a partir de US$ 99, mais taxas.

Segundo a aérea, a promoção vale para viagens feitas no período de 14 de fevereiro a 18 de junho de 2009. Para destinos na América do Sul, a permanência mínima é de dois dias; para bilhetes com destino nos Estados Unidos, cinco dias; e Europa, sete dias. A permanência máxima para as passagens para América do Sul e EUA é de dois meses e para Europa, três meses.

Entre os exemplos de tarifas promocionais, a TAM oferece São Paulo-Lima por US$ 99. Bilhetes para a rota São Paulo-Santiago serão vendidos a partir de US$ 199 e São Paulo-Nova York, US$ 799.

A emissão dos bilhetes deve ser feita obrigatoriamente no ato da reserva, obedecendo às regras estipuladas pela companhia. A compra está sujeita à disponibilidade de assentos nas classes tarifárias determinadas, trechos, horários e datas. A TAM afirmou que também há tarifas promocionais para a classe executiva.

Mais informações podem ser encontradas no site promocional (www.ofertastam.com.br), no site da empresa (www.tam.com.br) ou pelos telefones 4002-5700 ou 0800 5705700.

17:13
Anónimo disse...
Empresas
Consultoria negocia compra do parque temático Hopi Hari

A consultoria especializada em reestruturação de empresas Íntegra Associados informou nesta sexta-feira ter um acordo para comprar o parque de diversões Hopi Hari, localizado no interior de São Paulo. A empresa estaria disposta a investir R$ 10 milhões no parque, que tem dívida estimada em R$ 800 milhões. As informações são da edição deste sábado do jornal Folha de S. Paulo.

De acordo com o jornal, a transação ainda depende da negociação entre o Hopi Hari e seus credores, o que já estaria em andamento.

A consultoria paulista já atuou junto à Parmalat, durante 30 meses, quando reorganizou a gestão da empresa italiana.

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17:14
Anónimo disse...
Empresas
Disney de Tóquio contratará mais 2 mil apesar da crise


A Oriental Land, o operador da Disneylândia Tóquio e DisneySea, organizou neste domingo entrevistas para contratar cerca de 2 mil trabalhadores em tempo parcial, em um momento de grandes demissões deste tipo de empregados no Japão.

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O operador deste parque temático, situado em Urayasu, na província de Chiba (leste de Tóquio), está em pleno processo de seleção de empregados para 20 tipos de postos trabalhistas diferentes.

Segundo a companhia, citada pela agência local de notícias Kyodo, o parque contratará novos trabalhadores para as atrações, para os restaurantes e guardas de segurança entre outros. Os novos contratados começarão a trabalhar a partir de fevereiro.

O processo de seleção acontece em um momento em que a maioria das grandes companhias japonesas começaram a se ver obrigadas a despedir uma elevada percentagem de seus trabalhadores temporários e a tempo parcial.

Algumas inclusive anunciaram demissões de seus trabalhadores fixos, uma medida muito pouco comum nas companhias japonesas, perante os efeitos piores que o esperado pela crise econômica global.

Cerca de uma centena de pessoas esperavam desde a primeira hora desta manhã a abertura do centro de conferências Tokyo International Forum, onde as entrevistas estão sendo feitas, para ser os primeiros a solicitar os postos de trabalho.


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17:15
Anónimo disse...
Economia Internacional
Senado dos EUA aprova plano de estímulo à economia

O Senado dos Estados Unidos aprovou com 60 votos a favor e 38 contra o plano de estímulo à economia de US$ 787 bilhões na madrugada deste sábado. Agora, ele segue para sanção ou veto do presidente Barack Obama, que espera colocar a lei em prática até o dia 16 de fevereiro.

O plano prevê a criação de três milhões de empregos, inclui cortes de impostos às famílias, fundos para programas sociais e obras públicas, além de ajuda aos governos estaduais, estudantes e desempregados.

A cláusula Buy American - que exige o uso de ferro, aço e produtos manufaturados dos Estados Unidos em obras realizadas com recursos do pacote - ficou de lado. Segundo o texto definitivo, a cláusula será aplicada sem violar as normas do comércio internacional.

Ontem à tarde, a Câmara de Representantes (deputados) havia aprovado, por 246 votos a favor e 183 contra, a versão final do plano. Todos os republicanos foram contrários ao pacote.

Pelo acordo de quarta-feira entre Câmara e Senado, em vez de custar US$ 819 bilhões, como queriam os deputados, ou US$ 838 bilhões como pretendiam os senadores, o pacote ficou em cerca de US$ 787 bilhões, com 65% desse total destinado a gastos do governo federal e 35%, a créditos tributários.

17:16
Anónimo disse...
Economia nacional
Na era Lula, aposentadoria sobe 54% menos que salário mínimo

Thatiane Faria
Especial para o Terra
Direto de São Paulo

Os índices de reajustes concedidos pelo governo em 2009 para aposentados e pensionistas e para o salário mínimo repetiram uma diferença que, só durante o governo de Luiz Inácio Lula da Silva, já chega a 54%. Enquanto o mínimo foi majorado em 12% este ano, as pensões e aposentadorias tiveram aumento de 5,92%. Aposentados que têm o benefício do governo como única fonte de renda reclamam que perdem poder de compra e que sua cesta de compras é composta por itens que aumentam mais em relação à inflação oficial.

Um exemplo prático pode ser entendido a partir da comparação entre um aposentado que ganhava R$ 600 em janeiro de 2003. Na época, o benefício era três vezes, ou 200%, maior que o valor do mínimo em vigência, que era de R$ 200. Aplicando-se os índices de reajuste para aposentadorias e para o mínimo durante os últimos seis anos, o mesmo aposentado estaria recebendo hoje R$ 938,47, comparado a um salário mínimo de R$ 465. A diferença entre os dois valores caiu para pouco mais de 100%.

Enquanto o índice acumulado de reajuste para a aposentadoria durante o governo Lula foi de 60%, para o salário mínimo está em 132%.

O diretor do Sindicato Nacional dos Aposentados, João Inocentini, reclama que os valores dos benefícios para aposentadorias não mantêm o poder de compra do grupo, principalmente dos aposentados que recebem menos que dez salários mínimos.

Nem mesmo o fato de o índice de reajuste das aposentadorias ter ficado acima da inflação acumulada no mesmo período (o IPCA entre janeiro de 2003 e janeiro de 2009 foi de 39,7%) serve de argumento, segundo os aposentados.

"Os idosos, principalmente, têm gastos além das contas gerais como gás, telefone e aluguel. Para eles o custo com remédios, e outros itens da área saúde costuma ser maior", afirmou Inocentini.

O presidente do sindicato afirmou que o grupo realiza um estudo com 100 itens de necessidade de um idoso para comparar o aumento dos produtos com o índice de reajuste do benefício recebido pelos aposentados.

"Daqui dois meses vamos abrir um processo na Justiça e levar essa pesquisa como prova. Segundo a lei, o governo é obrigado a manter o poder de compra com a aposentadoria", disse Inocentini.

Alternativas
O consultor financeiro Cláudio Boriola diz que os aposentados, especialmente nesse momento de crise econômica, devem evitar compras parceladas, pesquisar preços, negociar e fazer bom planejamento financeiro.

Segundo Boriola, alguns aposentados ganham um valor mensal muitas vezes insuficiente para o pagamento das contas e acabam pedindo crédito ou realizando pagamentos a prazo e são obrigados a pagar juros altos.

Na opinião do consultor, pagar uma previdência privada é uma alternativa indicada para quem ainda trabalha, considerando a característica de perda de poder de compra da aposentadoria.

"Na prática, infelizmente os valores encontram-se em um patamar que está deteriorando o poder de aquisição da população brasileira", completou Boriola.

De acordo com o diretor da Confederação Brasileira de Aposentados e Pensionistas (Cobap), Vicente Fernandes Barbosa, representantes dos aposentados tentarão um encontro com o presidente da Câmara, deputado Michel Temer (PMDB-SP), para discutir projetos que minimizem a perda dos aposentados

17:17
Anónimo disse...
Previdência
Previdência prorroga isenção de tarifas no benefício

O atual sistema de pagamento aos 26 milhões de aposentados e pensionistas do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) será mantido até o final deste ano. O acordo, que permite realizar a operação sem nenhum custo aos beneficiários, foi renovado nesta sexta-feira, entre o governo federal e 21 instituições financeiras.

Por meio desse acordo, vigente desde setembro de 2007, nem os segurados, nem os bancos e nem o governo arcam com o pagamento de tarifas, conforme explicou o ministro da Previdência Social, José Pimentel. A prorrogação vale até dezembro, data máxima para que a Previdência defina as regras para um novo contrato.

Ao assinar o termo de renovação, na sede da Federação Brasileira dos Bancos (Febraban), o ministro disse que a intenção do governo é mudar o atual modelo de gestão visando a reduzir os custos dessas operações em torno da folha mensal, que atinge R$ 15,8 bilhões. No entanto, qualquer alteração, conforme explicou, passará antes por audiências públicas a serem realizadas a partir do segundo semestre deste ano, atendendo a determinação do Tribunal de Contas da União (TCU).

De acordo com Pimentel, com um redesenho do mecanismo de repasse dos recursos aos bancos em torno da folha de pagamento dos segurados o que se busca é um aumento da participação de instituições financeiras. Ele informou que, desde 2007, cada benefício custa em média R$ 1,07 ao governo. "Quanto mais instituições financeiras estiverem prestando serviços à sociedade, maior é a competitividade, a agilidade no atendimento", justificou.

O ministro observou, ainda, que, para permitir uma redução para algo em torno de meia hora no tempo de atendimento para a concessão dos direitos previdenciários, o governo investiu R$ 280 milhões.

Questionado sobre o descontentamento dos segurados que ganham acima de um salário mínimo terem obtido apenas a correção com base na variação do Índice de Preços ao Consumidor (INPC) , ficando abaixo do reajuste dado a quem recebe apenas o mínimo, Pimentel argumentou que o governo seguiu o que determina a lei e descartou a possibilidade de uma revisão

17:17
Anónimo disse...
Empresas
Caterpillar oferece aposentadoria antecipada a 2 mil


A companhia americana Caterpillar ofereceu a cerca de dois mil funcionários incentivos para que se aposentem de forma voluntária antes do previsto, pela perspectiva de uma queda "significativa" da atividade industrial, informou nesta quarta-feira a empresa.

A iniciativa, destinada aos trabalhadores de diversas fábricas em Illinois, Colorado, Tennessee e Pensilvânia, se soma aos cortes de empregos anunciados em janeiro, explicou em comunicado de imprensa.

A empresa, a maior fabricante mundial de maquinaria pesada para a construção e a mineração, acrescentou que, "em função das condições de negócio, podem ser necessárias mais reduções de elenco voluntárias e involuntárias à medida que o ano avança".

O vice-presidente da companhia, Sid Banwart, explicou que a empresa prevê "demissões significativas em todas as regiões geográficas e na maioria dos setores devido às dificuldades da economia mundial".

17:18
Anónimo disse...
Comércio
Comércio exterior da OCDE caiu no 3º trimestre de 2008


As exportações e as importações dos países da Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Econômico (OCDE) caíram 1,6% e 0,2%, respectivamente, no terceiro trimestre de 2008, em relação aos três meses anteriores.

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Trata-se da primeira queda destas atividades desde o terceiro trimestre de 2006, segundo o último relatório trimestral sobre fluxos comerciais divulgado pela OCDE.

As exportações e as importações em dólares dos 30 Estados-membros caíram 15,6% e 17%, respectivamente, na comparação anualizada.

Por sua vez, o comércio dos sete países mais ricos do mundo (G7) teve um pequeno crescimento no terceiro trimestre de 2008 com uma queda das exportações de mercadorias de 0,2% em relação ao trimestre anterior e um aumento de 0,4% das importações.

Em termos anualizados, as importações do G7 caíram 1,4% entre julho e setembro do ano passado, seu primeiro retrocesso desde o terceiro trimestre de 2006, enquanto as exportações aumentaram 1,9%, seu crescimento mais baixo no mesmo tempo.

Por países, a Alemanha aumentou suas importações em 3,4% - valor mais alto do G7 -, enquanto suas exportações caíram 2,9% do segundo para o terceiro trimestre de 2008.

Pelo contrário, as exportações americanas aumentaram 1,8% entre julho e setembro de 2008, enquanto as importações caíram 0,7% em relação ao trimestre anterior. No Japão, tanto as importações quanto as exportações caíram em torno de 1% no mesmo período.

17:19
Anónimo disse...
Economia Nacional
Lula: juros de crédito consignado a aposentados são altos

Atualizada às 17h29

O presidente Luis Inácio Lula da Silva afirmou nesta terça-feira, em São Paulo, que está lutando para reduzir as taxas de juros cobradas de aposentados em crédito consignado. A Previdência Social estabelece uma taxa máxima de 2,5% para empréstimo e de 3,5% para cartão. Para Lula, os valores são altos.

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"Acho que o juro que os aposentados estão pagando hoje com o crédito consignado é alto para o padrão brasileiro", disse o presidente durante a cerimônia de comemoração dos 86 anos do INSS.

A Previdência anunciou nesta terça-feira que aposentados e trabalhadoras com licença-maternidade poderão receber seus benefícios em 30 minutos. De acordo com Lula, em junho, a aposentadoria do trabalhador rural também será conseguida em meia hora.

Além disso, o presidente anunciou que, também em junho, os trabalhadores que alcançarem o direito à aposentadoria passarão a receber em suas casas um comunicado da Previdência informando o fato e o valor do salário que têm direito a receber. "É um comprometimento público que estou fazendo com os companheiros da Previdência Social", disse.

"Estamos retribuindo ao contribuinte da Previdência Social aquilo que é a cidadania que ele tem direito", afirmou Lula. "Se para cobrar nós somos tão precisos, para devolver o dinheiro, temos que chegar próximo à perfeição", completou.

17:20
Anónimo disse...
Economia Nacional
Salário maternidade sairá em 30 minutos, diz ministro

Toda trabalhadora autônoma que tiver contribuído pelo menos 10 meses com o Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) - ou as que possuírem carteira assinada - poderão receber em 30 minutos o salário maternidade a partir desta terça-feira. Da mesma forma, as mulheres com 30 anos de contribuição e os homens com 35 anos também terão direito ao benefício de forma mais rápida. A informação é do ministro da Previdência Social, José Pimentel.

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Para requerer o salário maternidade, é preciso que as autônomas levem a carteira de identidade e o carnê de contribuição. As demais trabalhadoras devem apresentar a identificação e a carteira de trabalho. Desde o início do mês, a nova forma de análise para a concessão de benefícios foi adotada para a aposentadoria por idade do trabalhador urbano e agora foi estendida para o salário maternidade e por tempo de contribuição.

O ministro disse que a qualificação do serviço da previdência social é o reconhecimento do direito dos trabalhadores e da afirmação da cidadania.

"Até pouco tempo na cabeça do cidadão o serviço devia ser de péssima qualidade. Agora não, nós modificamos toda a legislação no mês de dezembro numa ação conjunta do Congresso Nacional com o governo federal. Estamos implantando e concedendo os benefícios em até 30 minutos", afirmou.

O ministro destacou que para conseguir se aposentar ou ter acesso à licença maternidade em 30 minutos, em primeiro lugar, é necessário que o cidadão esteja vinculado à Previdência, o que inclui 65% da população acima de 16 anos de idade.

"Depois bastar marcar pelo sistema 135 o dia e a hora do atendimento e levar a documentação. Se todos os dados necessários estiverem corretos o contribuinte será atendido em até 30 minutos, como vem sendo feito com as aposentadorias por idade desde o dia cinco de janeiro", explicou.

Pimentel disse ainda que em 90% das agências da previdência social o atendimento é marcado em até 48 horas. Nos grandes centros, entretanto existe um volume maior o que torna mais lento o processo.

"Estamos criando mais 715 agências até 2010, em todo o território nacional, para descentralizar o atendimento. Em 2008, atendemos 295 mil benefícios e aposentadorias por idade. Temos 4 mil pessoas por dia procurando e se aposentando por idade no território nacional. Este serviço será agilizado", concluiu.
17:25
Anónimo disse...
Giuseppe Englaro, pai de Eluana, a italiana que morreu na segunda-feira passada por desidratação, recusou uma grande soma de dinheiro de um conhecido fotógrafo italiano que queria retratar a filha em estado de coma, disse neste sábado o neurologista que atendia a mulher desde 1996, Carlo Defanti.

O neurologista, que participou hoje de uma conferência sobre eutanásia, disse que Englaro respeitou a vontade da filha, que, antes do acidente, tinha pedido que, se lhe ocorresse qualquer coisa irreversível, apresentasse sua imagem de quando estava em boas condições.

Antes de sofrer o acidente de trânsito, em 1992, Eluana viveu o coma de um amigo, Alessandro, o que causou forte impacto na italiana e a levou a fazer o pai prometer que não a deixasse viver em estado vegetativo, disse o próprio Giuseppe Englaro.

Defanti, que dissera que Eluana poderia viver de dez a 12 dias depois da suspensão da alimentação e da hidratação, disse que, como médico, tinha que reprovar esta afirmação.

"Não se pode sobreviver após três ou quatro dias sem líquido e, em particular, água em um corpo. Sabemos bem que, quando há um terremoto, após quatro dias é difícil encontrar sobreviventes".

Defanti ressaltou que Eluana "não falava, não se comunicava com o exterior" e que, após vários exames, "nos deparamos com uma moça que tinha perdido a consciência", porque estava com o córtex cerebral prejudicado.

Eluana foi enterrada na quinta-feira passada no túmulo da família na localidade de Paluzza, em Udine, após um funeral que não contou com a presença dos pais.

16:53
Anónimo disse...
Os bombeiros combatem neste sábado os incêndios na Austrália favorecidos pelo bom tempo, enquanto os deslocados encotram em seu retorno casas derruídas, carros queimados nas ruas e destruição.

Depois de sete dias desde que começaram os incêndios no Estado de Victoria, a lista de mortos chega a 181, os desaparecidos somam 50, os edifícios destruídos totalizam 1,834 mil e o terreno arrasado, principalmente florestas, ocupa uma área de 4,13 mil quilômetros quadrados.

As equipes de bombeiros, formadas por 4 mil profissionais de Victoria, de outras partes da Austrália e de países amigos, combateram hoje 12 focos fora de controle e nenhum representava uma ameaça direta para a população.

O subdiretor do Serviço de Bombeiros, Geoff Conway, disse que este tempo favorável, que se prolongará durante o domingo, permite consolidar as linhas de contenção e avançar na extinção das chamas.

Cinzas apareceram arrastadas por ventos do nordeste sobre Melbourne, onde habitam 3,8 milhões de pessoas, e as autoridades alertaram aos cidadãos do risco para a saúde de idosos, crianças e pessoas com problemas respiratórios.

O número de pessoas deslocadas - a Cruz Vermelha chegou a receber 7 mil - começou a cair com a abertura de algumas localidades atingidas.

Os incêndios, alguns criminosos, começaram em 7 de fevereiro, quando a região sul da Austrália estava há duas semanas sob uma onda de calor sem precedentes.

Na sexta-feira passada, a polícia acusou uma pessoa de ter provocado o incêndio que atingiu a localidade de Churchill e matou 21 pessoas.

16:55
Anónimo disse...
A primeira chuva em seis dias reduziu a ameaça de incêndios no Estado de Victoria, ao sul da Austrália. As autoridades, porém, advertiram que ainda existem 12 focos, mas que nenhum deles ameaça áreas povoadas.

Mais de quatro mil bombeiros, mil provenientes de outras partes do país e de outras nações, trabalham contra o fogo. Cerca de 600 veículos e 28 helicópteros e pequenos aviões estão sendo usados.


Eles conseguiram construir linhas de contenção para evitar os incêndios de Yarra e Maroondah se juntassem. Também foram controlados os incêndios abertos de Yea e Murrindindi, que ameaçavam as comunidades de Connellys Creek, Crystal Creek, Scrubby Creek e Native Dog Creek.

O número de mortos chegou a 181, mas as autoridades acreditam que as vítimas devem passar de 200, já que ainda há muitos desaparecidos.

16:55
Anónimo disse...
Aqui nesta coluna, na semana passada, tive a oportunidade de comentar sobre a recente visita do professor brasileiro Pedrinho Guareschi à Austrália. Não dei, porém, os fatos, pois semana passada o assunto era outro.

Hoje, porém, vamos a eles.

No último dia 4 de fevereiro, aconteceu o Seminário "Paulo Freire: Education and Liberation", organizado pelo centro de estudos latino-americanos da Universidade Nacional da Austrália, ou ANU, como é mais conhecida por aqui.

A ANU, para quem não sabe, está entre as 20 melhores universidades do mundo! E tem sede aqui em Camberra, capital da Austrália.

Na abertura do evento, o professor John Minns, diretor do centro latino-americano, ao dar boas-vindas ao público presente, lembrou ser aquele o primeiro seminário exclusivamente dedicado a Paulo Freire na Austrália.

Em seguida, convidou Pedrinho Guareschi, palestrante principal do Seminário, a fazer sua apresentação.

A plateia pode então conhecer, pelas palavras de Pedrinho, um pouco da obra e da vida de Freire, esse brasileiro de fé e valor, que sempre acreditou na educação, sobretudo dos menos favorecidos, analfabetos, como força libertadora.

Como não podia deixar de ser, os conceitos e ideias revolucionários de Paulo Freire, expostos com clareza por Pedrinho, despertaram o interesse e a curiosidade de plateia. A qual, deve-se notar, era na maioria de estudantes, mas de várias nacionalidades, sobretudo australianos e asiáticos.

Na continuação do programa do seminário, que se estendeu por dois dias, outros professores fizeram palestras sobre temas ligados à obra de Paulo Freire.

Interessante, por exemplo, saber que a professora Anne Hickling-Hudson, jamaicana que mora na Austrália há muitos anos (é professora da ANU), conheceu e trabalhou com Freire num workshop educacional durante a revolução na Ilha de Granada, em 1980, antes da invasão dos Estados Unidos...

Ou, então, a palestra da Professora Gerda Roelvink, da Nova Zelândia, que participou do Fórum Social de Porto Alegre em 2005. E essa participação transformou-se em tema de doutorado.

No dia 10, terça-feira passada, o padre Pedrinho Guareschi voltou a falar ao público australiano em grande auditório localizado no belíssimo campus da ANU. Desta vez, sobre a Teologia da Libertação.

Depois da palestra, John Minns mostrou o filme mexicano "O Crime do Padre Amaro", no qual um dos personagens é um padre católico praticante da Teologia da Libertação.

Mais uma vez, foi grande o intersse da platéia, que pode aprender e conhecer um pouco como se desenvolveu aquele importante movimento católico na América Latina.

Fica, assim, ao Pedrinho, bem como a outros brasileiros estudiosos e de bom coração que saem pelo mundo a divulgar aspectos importantes da cultura brasileira, o respeito e a homenagem desta coluna. E... aquele abraço!

16:57
Anónimo disse...
Amanda Kitts perdeu o braço esquerdo em um acidente de automóvel acontecido três anos atrás, mas hoje em dia ela joga futebol americano com seu filho de 12 anos de idade, troca fraldas e abraça as crianças nas três creches Kiddie Cottage que opera em Knoxville, Tennessee. Kitts, 40 anos, faz tudo isso com a ajuda de um novo tipo de braço artificial que se movimenta com mais facilidade do que outros aparelhos e que ela pode controlar utilizando apenas seus pensamentos.

"Eu sou capaz de mexer a mão, o pulso e o cotovelo ao mesmo tempo", diz. "Você pensa e os músculos se movem em seguida".

A recuperação que ela conseguiu resulta de um novo procedimento que vem atraindo crescente atenção porque permite que pessoas movam braços protéticos de forma mais automática do que faziam no passado, simplesmente utilizando nervos reaproveitados em seus cérebros.

A técnica, conhecida como "renervação muscular dirigida", envolve utilizar os nervos que restam depois da amputação de um braço e conectá-los a outro músculo do corpo, em geral no peito. Eletrodos são instalados sobre os músculos do peito, e operam como se fossem antenas. Quando a pessoa deseja mover o braço, o cérebro envia sinais que primeiro resultam em contração dos músculos do peito, os quais enviam um sinal ao braço protético, instruindo-se a se movimentar. O processo não requer mais esforços consciente do que a pessoa teria de exercitar caso ainda tivesse seu braço natural.

Na terça-feira, pesquisadores reportaram em estudo publicado pela versão online do Journal of the American Medical Association que haviam levado a técnica ainda mais à frente, tornando possível a execução de 10 movimentos de mão, pulso e cotovelo diferentes, o que representa uma substancial melhora com relação ao típico repertório protético, que em geral envolve apenas dobrar o cotovelo, girar o pulso e abrir a mão.

"Os novos métodos tiveram impacto dramático em nosso campo de trabalho", disse Stuart Harshbarger, engenheiro biomédico na Universidade Johns Hopkins e diretor do programa de pesquisa sobre próteses, financiado pelas forças armadas, que inclui o trabalho com essa técnica. "O método já está em uso por médicos e cirurgiões comuns em todo o país. A capacidade de controlar um membro protético bastante robusto que ele confere surpreendeu a todos pela qualidade".

Tipicamente, uma pessoa que tenha um braço protético só é capaz de executar alguns poucos movimentos, e muitas vezes com tamanha lentidão que isso só permite a ela atividades limitadas.

Há um motor separado para cada movimento, diz Gerald Loeb, professor de engenharia biomédica na Universidade do Sul da Califórnia, "e esses motores precisam ser controlados de maneira explícita", usualmente por um esforço consciente da pessoa para contrair músculos nas costas ou no bíceps.

"Essencialmente, até agora os pacientes controlavam apenas um motor de cada vez", diz Loeb, "e precisavam pensar cuidadosamente sobre que motor desejavam controlar e como fazê-lo operar, em lugar de simplesmente pensarem em mover o braço e poderem fazê-lo sem delongas".

Antes que Kitts passasse pelo procedimento de renervação, em outubro de 2007, por exemplo, ela precisava movimentar os músculos de suas costas de determinada maneira para fazer com que seu pulso girasse, e flexionar seu bíceps e tríceps para fazer com que o cotovelo se movesse para cima e para baixo. "Era muito trabalho", ela conta. "E não me ajudava muito".

O procedimento de renervação é parte de uma recente explosão de idéias novas e técnicas inovadoras que estão sendo exploradas enquanto os cientistas se esforçam por ajudar as pessoas a compensar melhor a perda de membros ou problemas de paralisia. O esforço vem sendo alimentado pelo aumento no número de amputações causado por diabetes e por ferimentos sofridos pelos militares, e ao mesmo tempo pelos avanços na tecnologia médica.

Os braços se tornaram um dos focos essenciais desse tipo de trabalho. A ciência há muito vem obtendo sucessos no desenvolvimento de próteses de perna, mas é muito mais difícil imitar a complexidade e a destreza das mãos e dos braços.

Os esforços em curso incluem o desenvolvimento de projetos de pele e braços mais sensíveis e mais flexíveis, e o uso de dispositivos acionados por controles sem fio implantado nos braços protéticos, que permitiriam movimentos mais naturais.

Os pesquisadores também vêm usando sensores implantados nos cérebros de cobaias para permitir que dois macacos controlem um braço mecânico, e um teste com um homem paralítico permitiu, com esse método, que ele movimentasse um cursor em uma tela de computador.

Alguns desses métodos, caso venham a ser aperfeiçoados plenamente e consigam aprovação das autoridades regulatórias da saúde, podem no futuro se tornar mais viáveis para os pacientes de amputações.

E embora a técnica da renervação não requeira aprovação das autoridades regulatórias porque é executada por meios cirúrgicos e emprega aparelhos já existentes, ela apresenta limitações que até mesmo seus criadores reconhecem, entre as quais o fato de que não se pode utilizá-la para todos os pacientes, o seu alto custo e o prazo de meses requerido para que os nervos reconectados cresçam e se tornem efetivos.

Ainda assim, os especialistas dizem que é o mais avançado sistema em uso hoje para pacientes reais que permite que o sistema nervoso controle diretamente o movimento de um braço artificial.

Desde sua introdução por Todd Kuiken, médico fisioterapeuta e engenheiro biomédico do Instituto de Reabilitação de Chicago, o método foi empregado em cerca de 30 pacientes nos Estados Unidos, Canadá e Europa, entre os quais oito soldados feridos no Iraque e no Afeganistão.

Muitos dos pacientes, entre os quais o primeiro, Jesse Sullivan, um operário do setor elétrico no Tennessee que perdeu os dois braços quando foi eletrocutado por um cabo, conseguem não apenas manipular seus braços protéticos mas sentir a presença das mãos que já não têm quando alguém toca em seus peitos.

Sullivan, 62 anos, e Kitts, estavam entre os cinco pacientes que participaram do estudo reportado na terça-feira. Em companhia de cinco outras pessoas que não passaram por amputações, eles receberam os eletrodos e foram instruídos a usar pensamentos para fazer com que um braço virtual na tela reproduzisse 10 movimentos diferentes, entre os quais três formas diferentes de aperto de mão.

Os pacientes apresentaram desempenho bastante respeitável, apenas um pouco mais lento e menos preciso do que os dos participantes que não tinham amputações.

"As velocidades de movimento que encontramos em nossos pacientes foram realmente encorajadoras", disse Kuiken. "Eles conseguiram completar a tarefa. É claro que não foram tão competentes quanto as pessoas dotadas de plena capacidade física, mas foram bons o bastante".

Um braço virtual foi usado porque a maioria das próteses existentes não era capaz de acomodar todos aqueles movimentos, no momento da pesquisa, ainda que Sullivan, Kitts e uma terceira paciente, Claudia Mitchell, tenham experimentado dois novos protótipos mais versáteis de braços artificiais, executando tarefas complexas com bolas de tênis e outros objetos.

O trabalho de renervação em soldados apresenta outros desafios, diz Kuiken, porque os ferimentos militares muitas vezes "causam danos muitos extensos" a nervos, músculos ou ossos.

Daniel Acosta, 25 anos, um aviador ferido pela detonação de uma bomba em uma estrada do Iraque em 2005, passou pelo procedimento no ano passado e diz que seu braço esquerdo protético agora se movimenta "muito mais rápido" e de maneira muito mais natural.

"A diferença é que agora não preciso mais pensar para mover o braço", ele diz. "Ele simplesmente se mexe".

Ainda assim, Acosta, de San Antonio, diz que "o processo foi bastante longo" e que os eletrodos precisam ser ajustados para receber os sinais à medida que os nervos crescem ou mudam de posição.

E embora elogiem o método, os especialistas afirmam que a ciência das próteses de braço ainda tem muito por avançar.

"Trata-se de uma parte crucial, mas ainda assim apenas uma parte, das muitas coisas que compreendem a função normal de um braço", disse Loeb, que escreveu um editorial que acompanha o artigo no Journal of the American Medical Association.

"No momento estamos a meio do caminho entre o braço de 'Dr. Fantástico', que fazia involuntariamente a saudação nazista, e o braço de Luke Skywalker em 'Guerra nas Estrelas', que funciona sem nenhum problema assim que é conectado. Creio que precisaremos ainda de muitos anos para conectar todas as peças necessárias a produzir um braço capaz de funcionar normalmente".

17:04
Anónimo disse...
A Espanha disse neste sábado que está preparando uma reclamação oficial contra a decisão da Venezuela de expulsar um membro do Parlamento Europeu que criticou o conselho eleitoral venezuelano.
Luis Herrero, membro do partido conservador espanhol PP, foi deportado na sexta-feira depois que o Conselho Nacional Eleitoral (CNE) o acusou de questionar a imparcialidade da instituição antes de um referendo que pode permitir ao presidente Hugo Chávez permanecer no cargo indefinidamente.

Herrero estava na Venezuela como observador do referendo. Ele acusou Chávez de ter "comportamentos típicos de um ditador" por pedir a contenção de manifestações da oposição.

O governo da Espanha convocou um encontro com o embaixador da Venezuela em Madri para expressar a desaprovação sobre a expulsão de Herrero, disse um representante do Ministério das Relações Exteriores espanhol.

As relações da Venezuela com a Espanha tiveram seu ponto crítico em 2007, quando Chávez ameaçou rever acordos diplomáticos e comerciais depois de ouvir um "cala a boca" do rei espanhol Juan Carlos durante uma cúpula.

A fenda foi oficialmente reparada em 2008, com uma visita oficial de Chávez à Espanha, onde ele cumprimentou o rei e discutiu acordos para investimento no setor petroquímico com o primeiro-ministro José Luis Rodriguez Zapatero.

17:06
Anónimo disse...
A polícia do Zimbábue anunciou neste sábado que acusa de traição Roy Bennett, dirigente do até agora opositor Movimento para a Mudança Democrática (MDC), detido na sexta-feira, em Harare, poucas horas antes da cerimônia de posse dos membros do novo gabinete.

"A Polícia nos informou que vão apresentar acusações de traição", disse à agência EFE o advogado de defesa de Bennett, Trust Maanda.

"Tentam relacionar Roy com o caso de Mike Hitschmann, que foi detido em 2006 em relação à descoberta de um carregamento de armas, apesar de que Hitschmann não tenha sido declarado culpado das acusações de traição apresentadas contra ele, mas de um crime menor de descumprimento de leis", disse Maanda.

O político opositor, designado por seu partido como vice-ministro de Agricultura no Governo de união nacional, esteve no exílio na vizinha África do Sul desde 2006 e retornou ao Zimbábue há duas semanas.

Segundo a Polícia, que deteve Bennett ontem no aeroporto de Harare quando pretendia ir à África do Sul para visitar sua família, as armas apreendidas em 2006 seriam utilizadas em um golpe de Estado para derrubar o presidente do Zimbábue, Robert Mugabe.

Depois da detenção, Bennet foi levado a Mutar, onde vários simpatizantes do MDC se concentraram em frente à delegacia na qual estava detido, diante do que a Polícia respondeu com tiros para o alto para dispersar os manifestantes.

17:07
Anónimo disse...
Austrália: 14 mil se candidatam a 'emprego dos sonhos'

A secretaria de Turismo de Queensland, na Austrália, informou que até esta segunda-feira já recebeu cerca de 14 mil inscrições para o "o melhor emprego do mundo". O Estado australiano promove pela internet seleção para vaga de "zelador" da ilha Hamilton, por seis meses com um salário de R$ 40 mil.

Muitos candidatos tiveram problemas durante a inscrição por conta dos acessos simultâneos ao site. A secretaria aconselha enviar os vídeos de 60s explicando porque deve ser escolhido em horários alternativos do dia, além de recomendar tamanho em torno de 40MB.

As inscrições começaram em 12 de janeiro e vão até o próximo dia 22 e podem ser feitas pelo site www.islandreefjob.com. O governo australiano escolherá 50 candidatos para a próxima fase da seleção, que terá votos do público para eleger um dos 11 finalistas.

A última fase terá entrevistas e desafios físicos, no próprio local de trabalho: as ilhas da Grande Barreira Coralina - o maior recife de coral do mundo. A secretaria de Turismo anunciará o vencedor no dia 6 de maio.

17:09
Anónimo disse...
Mercado elogia governo na crise, mas pede maior queda no juro

Peter Fussy
Direto de São Paulo

Desde as primeiras medidas anunciadas para combater os efeitos da crise, o governo brasileiro avisou que a estratégia não contemplaria um pacote. Seriam doses pontuais, de acordo com a necessidade da economia diante do agravamento das turbulências. Da primeira liberação dos depósitos compulsórios em setembro até a ampliação do seguro-desemprego na última quarta-feira, o governo passou por redução de impostos, ampliação de crédito e incentivos à exportação. Quase 150 dias após a primeira medida, o Terra conversou com líderes do setor público e privado, representantes dos trabalhadores, acadêmicos e com o próprio governo para saber quais destas ações foram mais eficazes, quais foram mais ineficientes e o que mais pode ser feito pelo Estado brasileiro contra a crise.

Os maiores elogios foram direcionados à atitude de reduzir o Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) para a indústria automobilística, anunciada em dezembro e que fez com que os emplacamentos de carros novos subissem 1,9% no primeiro mês do ano em relação a dezembro de 2008. Já as maiores críticas foram para a lentidão no corte da taxa básica de juro do País.

Para o presidente do conselho administrativo do Grupo Pão de Açúcar, Abílio Diniz, o Estado não é responsável pela crise e mesmo assim está agindo "com extrema serenidade e muito acerto". "O governo está atento, fazendo a sua parte. É preciso coragem de baixar firmemente a taxa de juros. É uma arma que temos a nosso favor, já que não há clima para inflação, nem possibilidade de danos para a macroeconomia", afirmou Diniz.

Na última reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), em janeiro, a taxa Selic foi reduzida em um ponto percentual, de 13,75% para 12,75% ao ano. Porém, o professor de economia da Universidade de Brasília (UnB) José Luiz Oreiro lembra que este corte representa uma redução de apenas 0,25 ponto percentual com relação à taxa de setembro do ano passado, quando a crise se agravou.

"Pouco antes da eclosão da crise, o Banco Central aumentou a taxa em 0,75 ponto. Foram cinco meses de demora para reduzir em termos líquidos apenas 0,25 ponto", afirmou o economista, que também sugeriu redução do intervalo de cerca de 90 dias entre as reuniões do Copom e o corte de pelo menos um 1 ponto percentual em cada reunião.

Mesmo com o corte de janeiro, a taxa de juros real continua sendo a maior do mundo, lembrou o secretário-geral da Força Sindical, João Carlos Gonçalves, o Juruna. "A redução da taxa de juro ainda é pequena, porque ela continua uma das mais altas do mundo. Falta ousadia para baixar os juros e ajudar o cidadão. A permanência da taxa de juro alta é negativa para o País em meio a crise", afirmou Juruna.

Embora aprove as ações do governo, o senador Aloízio Mercadante (PT-SP) também acredita que o patamar da Selic está muito alto. "Sempre fomos os primeiros a entrar em qualquer crise, o que não aconteceu agora. A taxa Selic ainda é muito alta, mas o governo têm tomado medidas acertadas, como o aumento do salário mínimo, mesmo com um cenário de crise. Isso ajuda a movimentar o consumo. O governo está se esforçando para manter os investimentos e o crescimento", disse.

Tributos
De acordo com o economista Fabio Pina, da Fecomercio-SP, as ações mais positivas estão relacionadas à redução de tributos para alguns segmentos, como a indústria automobilística, que recuperou parte da queda nas vendas em janeiro com a isenção do IPI para carros 1.0 l e o corte para demais motorizações. A medida vale até o final de março.

"Essas medidas não só reduziram o preço, mas anteciparam o consumo daqueles que iriam comprar no futuro, dando um prêmio por conta da insegurança. Mexe diretamente com o principal problema que é a confiança do consumidor", afirmou. Juruna destacou que um bom ritmo de vendas é garantia de emprego. "É importante porque cada emprego na montadora significa 19 na cadeia produtiva", comentou o representante da Força Sindical.

Também em dezembro, o governo decidiu cortar pela metade a alíquota do Imposto de Renda para contribuintes que ganham entre R$ 1.434 e R$ 2.150 mensais. "O salário aumentava e a tabela não se modificava. As pessoas ganhavam mais e pagavam mais impostos", apontou Juruna. Outra redução de tributos do governo foi com relação ao Imposto sobre Operações Financeiras (IOF), que caiu de 3% ao ano para 1,5%.

Crédito
Na segunda metade de 2008, o colapso de bancos nos Estados Unidos por conta da crise do subprime provocou uma forte restrição de crédito no mundo inteiro. Uma das primeiras medidas anticrise do governo teve como objetivo restabelecer a oferta, com mudanças no recolhimento dos depósitos compulsórios por parte dos bancos. Segundo o presidente do Banco Central, Henrique Meirelles, as diversas modificações liberaram US$ 99,2 bilhões aos bancos até o final de janeiro.

Além disso, o governo concedeu R$ 36 bilhões das reservas internacionais para empresas brasileiras com dívidas no exterior e uma medida provisória autorizou o Banco do Brasil e a Caixa Econômica Federal a comprar carteiras de crédito de bancos privados. Para o diretor do Departamento de Pesquisas e Estudos Econômicos da Fiesp, Paulo Francini, estas medidas foram essenciais para combater os efeitos da crise.

"A crise se desenvolve no mundo em torno do tema crédito. E o crédito reduziu-se barbaridade no mundo. Então o governo lança mão de compulsório, lança mão de reservas, de medidas que permitem aos bancos comprar carteiras de bancos. Você vai tomando várias medidas para atender às demandas e o epicentro disso é crédito", afirmou.

No entanto, Oreiro, da UnB, adverte que a liberação dos compulsórios seria mais eficiente acompanhada de redução mais agressiva da taxa básica de juro. "Uma parte do crédito voltou, depois da forte retração em outubro e novembro. O que deveria ter sido feito junto à liberação do compulsório era uma redução mais drástica da taxa de juro. Sem isso, os bancos pegam as reservas e acabam comprando títulos públicos", explicou o economista.

Na opinião de Pina, as ações de distribuição de crédito via redução do compulsório e a disposição de capital de giro para empresas foram tomadas sem um cuidado maior na operação e não tiveram muito efeito. "O BNDES tem linhas que ficam paradas quase todo o ano, agora é pior ainda. Existem os recursos, mas as empresas e os bancos estão desconfiados. É preciso fazer com que os bancos tenham interesse em emprestar", afirmou o economista da Fecomercio-SP.

Futuro
Mesmo com todas essas medidas, a crise financeira ainda gera incertezas nos setores produtivos do País. Nos últimos meses, o medo do desemprego fez os consumidores adiarem compras. Por sua vez, a queda nas vendas pode obrigar as indústrias a cortarem a produção e demitir funcionários. Contra isso, empresários sugerem redução de jornada e de salários.

"Isto está previsto em lei. A Fiesp simplesmente manteve conversações com entidades sindicais quanto à aplicação daquilo que já está previsto em lei", afirmou Francini.

Segundo a ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff, uma das medidas que assegura um nível de emprego é a manutenção de investimentos no Programa de Aceleração do Crescimento (PAC). "Estamos esperando que a dificuldade ocorra em janeiro, fevereiro e março. Estamos certos que vamos manter o nível de investimento. É isso que funciona, é isso que significa investimento público. Ele funciona como um colchão. Por isso, nós colocamos R$ 100 bilhões no BNDES e a Petrobras ampliou o seu investimento em R$ 120 bilhões", afirmou.

Na mesma linha, Pina explica que a antecipação de gastos do governo substitui parte da demanda retraída do setor privado. "Ele dá o seguinte recado: não vou estourar as contas públicas, mas concentrar em um momento em que a demanda privada está pequena. Mas o governo não tem fôlego suficiente para fazer o papel de toda demanda", ressaltou. O economista da Fecomercio lembrou que a entidade já pleiteou junto ao governo isenções para transferência de imóveis e de automóveis, além de retirar o IPVA para veículos novos.

Já Oreiro foca suas propostas na capitalização do Banco do Brasil e da Caixa Econômica Federal pelo Tesouro para atender a demanda de crédito para capital de giro e reduzir o spread. "Aumentando o empréstimo e reduzindo as taxas, os dois vão forçar os bancos privados a acompanhar o movimento, até para não perderem participação no mercado", explicou o economista da UnB.

Até o Carnaval, o governou prometeu detalhar um pacote de incentivos para a construção de até um milhão de casas populares, direcionado a famílias com renda de até dez salários mínimos. "Estamos atentos a tudo o que está acontecendo e novas medidas serão tomadas caso haja uma avaliação de que sejam necessárias", disse o ministro da Fazenda, Guido Mantega, na última sexta-feira.

17:11
Anónimo disse...
Ex-ministro critica extensão do seguro-desemprego

Atualizada às 09h03

O ex-ministro do Trabalho Almir Pazzianotto criticou a decisão do governo federal de conceder o seguro-desemprego estendido a apenas alguns setores. "É certamente odioso e provavelmente inconstitucional", disse Pazzianotto, de acordo com o jornal O Estado de S. Paulo.

Na última qurta, dia do anúncio da medida, centrais sindicais elogiaram a atitude do governo. A Força Sindical divulgou nota dizendo que "o aumento ajudará a aquecer parte da economia, já que irá gerar mais consumo, produção e conseqüentemente, a criação de novos postos de trabalho". A União Geral dos Trabalhadores (UGT) afirmou que a medida "contribuirá para minimizar o drama dos trabalhadores que perderem seu emprego por conta da crise".

O ex-ministro, que instituiu o seguro-desemprego no País no governo de José Sarney, destacou a necessidade de as centrais sindicais se manifestarem contra a determinação. Para ele, as mudanças devem ser aplicadas a todas as categorias profissionais e a distinção é contrária ao artigo 3º da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT).

Pazzianotto atribui a medida a um possível temor do governo de que a crise econômica seja longa e não haja dinheiro para atender a todas as necessidades. Ainda assim, ele se mostra contrário ao método de concessão. "O seguro-desemprego ajuda a sanar necessidades básicas. Estendê-lo é paliativo, não a solução", disse ao jornal.

De acordo com o presidente do Conselho Deliberativo do Fundo de Amparo ao Trabalhador (Codefat) e conselheiro da Força Sindical, Luiz Fernando Emediato, a determinação já estava prevista na lei 8.900/94, que trata do seguro-desemprego.

O presidente da Comissão de Trabalho da Câmara, Pedro Fernandes (PTB-MA) vai além na crítica à concessão do seguro para apenas alguns setores. Ele acredita que a ampliação do benefício estimula o desemprego.

Quintino Severo, secretário geral da Central Única dos Trabalhadores (CUT), lembra que a ampliação do benefício sem critério e identificação pode incentivar demissões em outros setores.

17:13
Anónimo disse...
Empresas
TAM faz promoção para destinos internacionais

A companhia aérea TAM anunciou nesta sexta-feira tarifas promocionais para trechos internacionais. Os preços valem para bilhetes comprados entre 6h deste sábado e 23h59 deste domingo e são válidos para classe econômica. As tarifas, para ida e volta, serão vendidas a partir de US$ 99, mais taxas.

Segundo a aérea, a promoção vale para viagens feitas no período de 14 de fevereiro a 18 de junho de 2009. Para destinos na América do Sul, a permanência mínima é de dois dias; para bilhetes com destino nos Estados Unidos, cinco dias; e Europa, sete dias. A permanência máxima para as passagens para América do Sul e EUA é de dois meses e para Europa, três meses.

Entre os exemplos de tarifas promocionais, a TAM oferece São Paulo-Lima por US$ 99. Bilhetes para a rota São Paulo-Santiago serão vendidos a partir de US$ 199 e São Paulo-Nova York, US$ 799.

A emissão dos bilhetes deve ser feita obrigatoriamente no ato da reserva, obedecendo às regras estipuladas pela companhia. A compra está sujeita à disponibilidade de assentos nas classes tarifárias determinadas, trechos, horários e datas. A TAM afirmou que também há tarifas promocionais para a classe executiva.

Mais informações podem ser encontradas no site promocional (www.ofertastam.com.br), no site da empresa (www.tam.com.br) ou pelos telefones 4002-5700 ou 0800 5705700.

17:13
Anónimo disse...
Empresas
Consultoria negocia compra do parque temático Hopi Hari

A consultoria especializada em reestruturação de empresas Íntegra Associados informou nesta sexta-feira ter um acordo para comprar o parque de diversões Hopi Hari, localizado no interior de São Paulo. A empresa estaria disposta a investir R$ 10 milhões no parque, que tem dívida estimada em R$ 800 milhões. As informações são da edição deste sábado do jornal Folha de S. Paulo.

De acordo com o jornal, a transação ainda depende da negociação entre o Hopi Hari e seus credores, o que já estaria em andamento.

A consultoria paulista já atuou junto à Parmalat, durante 30 meses, quando reorganizou a gestão da empresa italiana.

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17:14
Anónimo disse...
Empresas
Disney de Tóquio contratará mais 2 mil apesar da crise


A Oriental Land, o operador da Disneylândia Tóquio e DisneySea, organizou neste domingo entrevistas para contratar cerca de 2 mil trabalhadores em tempo parcial, em um momento de grandes demissões deste tipo de empregados no Japão.

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O operador deste parque temático, situado em Urayasu, na província de Chiba (leste de Tóquio), está em pleno processo de seleção de empregados para 20 tipos de postos trabalhistas diferentes.

Segundo a companhia, citada pela agência local de notícias Kyodo, o parque contratará novos trabalhadores para as atrações, para os restaurantes e guardas de segurança entre outros. Os novos contratados começarão a trabalhar a partir de fevereiro.

O processo de seleção acontece em um momento em que a maioria das grandes companhias japonesas começaram a se ver obrigadas a despedir uma elevada percentagem de seus trabalhadores temporários e a tempo parcial.

Algumas inclusive anunciaram demissões de seus trabalhadores fixos, uma medida muito pouco comum nas companhias japonesas, perante os efeitos piores que o esperado pela crise econômica global.

Cerca de uma centena de pessoas esperavam desde a primeira hora desta manhã a abertura do centro de conferências Tokyo International Forum, onde as entrevistas estão sendo feitas, para ser os primeiros a solicitar os postos de trabalho.


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17:15
Anónimo disse...
Economia Internacional
Senado dos EUA aprova plano de estímulo à economia

O Senado dos Estados Unidos aprovou com 60 votos a favor e 38 contra o plano de estímulo à economia de US$ 787 bilhões na madrugada deste sábado. Agora, ele segue para sanção ou veto do presidente Barack Obama, que espera colocar a lei em prática até o dia 16 de fevereiro.

O plano prevê a criação de três milhões de empregos, inclui cortes de impostos às famílias, fundos para programas sociais e obras públicas, além de ajuda aos governos estaduais, estudantes e desempregados.

A cláusula Buy American - que exige o uso de ferro, aço e produtos manufaturados dos Estados Unidos em obras realizadas com recursos do pacote - ficou de lado. Segundo o texto definitivo, a cláusula será aplicada sem violar as normas do comércio internacional.

Ontem à tarde, a Câmara de Representantes (deputados) havia aprovado, por 246 votos a favor e 183 contra, a versão final do plano. Todos os republicanos foram contrários ao pacote.

Pelo acordo de quarta-feira entre Câmara e Senado, em vez de custar US$ 819 bilhões, como queriam os deputados, ou US$ 838 bilhões como pretendiam os senadores, o pacote ficou em cerca de US$ 787 bilhões, com 65% desse total destinado a gastos do governo federal e 35%, a créditos tributários.

17:16
Anónimo disse...
Economia nacional
Na era Lula, aposentadoria sobe 54% menos que salário mínimo

Thatiane Faria
Especial para o Terra
Direto de São Paulo

Os índices de reajustes concedidos pelo governo em 2009 para aposentados e pensionistas e para o salário mínimo repetiram uma diferença que, só durante o governo de Luiz Inácio Lula da Silva, já chega a 54%. Enquanto o mínimo foi majorado em 12% este ano, as pensões e aposentadorias tiveram aumento de 5,92%. Aposentados que têm o benefício do governo como única fonte de renda reclamam que perdem poder de compra e que sua cesta de compras é composta por itens que aumentam mais em relação à inflação oficial.

Um exemplo prático pode ser entendido a partir da comparação entre um aposentado que ganhava R$ 600 em janeiro de 2003. Na época, o benefício era três vezes, ou 200%, maior que o valor do mínimo em vigência, que era de R$ 200. Aplicando-se os índices de reajuste para aposentadorias e para o mínimo durante os últimos seis anos, o mesmo aposentado estaria recebendo hoje R$ 938,47, comparado a um salário mínimo de R$ 465. A diferença entre os dois valores caiu para pouco mais de 100%.

Enquanto o índice acumulado de reajuste para a aposentadoria durante o governo Lula foi de 60%, para o salário mínimo está em 132%.

O diretor do Sindicato Nacional dos Aposentados, João Inocentini, reclama que os valores dos benefícios para aposentadorias não mantêm o poder de compra do grupo, principalmente dos aposentados que recebem menos que dez salários mínimos.

Nem mesmo o fato de o índice de reajuste das aposentadorias ter ficado acima da inflação acumulada no mesmo período (o IPCA entre janeiro de 2003 e janeiro de 2009 foi de 39,7%) serve de argumento, segundo os aposentados.

"Os idosos, principalmente, têm gastos além das contas gerais como gás, telefone e aluguel. Para eles o custo com remédios, e outros itens da área saúde costuma ser maior", afirmou Inocentini.

O presidente do sindicato afirmou que o grupo realiza um estudo com 100 itens de necessidade de um idoso para comparar o aumento dos produtos com o índice de reajuste do benefício recebido pelos aposentados.

"Daqui dois meses vamos abrir um processo na Justiça e levar essa pesquisa como prova. Segundo a lei, o governo é obrigado a manter o poder de compra com a aposentadoria", disse Inocentini.

Alternativas
O consultor financeiro Cláudio Boriola diz que os aposentados, especialmente nesse momento de crise econômica, devem evitar compras parceladas, pesquisar preços, negociar e fazer bom planejamento financeiro.

Segundo Boriola, alguns aposentados ganham um valor mensal muitas vezes insuficiente para o pagamento das contas e acabam pedindo crédito ou realizando pagamentos a prazo e são obrigados a pagar juros altos.

Na opinião do consultor, pagar uma previdência privada é uma alternativa indicada para quem ainda trabalha, considerando a característica de perda de poder de compra da aposentadoria.

"Na prática, infelizmente os valores encontram-se em um patamar que está deteriorando o poder de aquisição da população brasileira", completou Boriola.

De acordo com o diretor da Confederação Brasileira de Aposentados e Pensionistas (Cobap), Vicente Fernandes Barbosa, representantes dos aposentados tentarão um encontro com o presidente da Câmara, deputado Michel Temer (PMDB-SP), para discutir projetos que minimizem a perda dos aposentados

17:17
Anónimo disse...
Previdência
Previdência prorroga isenção de tarifas no benefício

O atual sistema de pagamento aos 26 milhões de aposentados e pensionistas do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) será mantido até o final deste ano. O acordo, que permite realizar a operação sem nenhum custo aos beneficiários, foi renovado nesta sexta-feira, entre o governo federal e 21 instituições financeiras.

Por meio desse acordo, vigente desde setembro de 2007, nem os segurados, nem os bancos e nem o governo arcam com o pagamento de tarifas, conforme explicou o ministro da Previdência Social, José Pimentel. A prorrogação vale até dezembro, data máxima para que a Previdência defina as regras para um novo contrato.

Ao assinar o termo de renovação, na sede da Federação Brasileira dos Bancos (Febraban), o ministro disse que a intenção do governo é mudar o atual modelo de gestão visando a reduzir os custos dessas operações em torno da folha mensal, que atinge R$ 15,8 bilhões. No entanto, qualquer alteração, conforme explicou, passará antes por audiências públicas a serem realizadas a partir do segundo semestre deste ano, atendendo a determinação do Tribunal de Contas da União (TCU).

De acordo com Pimentel, com um redesenho do mecanismo de repasse dos recursos aos bancos em torno da folha de pagamento dos segurados o que se busca é um aumento da participação de instituições financeiras. Ele informou que, desde 2007, cada benefício custa em média R$ 1,07 ao governo. "Quanto mais instituições financeiras estiverem prestando serviços à sociedade, maior é a competitividade, a agilidade no atendimento", justificou.

O ministro observou, ainda, que, para permitir uma redução para algo em torno de meia hora no tempo de atendimento para a concessão dos direitos previdenciários, o governo investiu R$ 280 milhões.

Questionado sobre o descontentamento dos segurados que ganham acima de um salário mínimo terem obtido apenas a correção com base na variação do Índice de Preços ao Consumidor (INPC) , ficando abaixo do reajuste dado a quem recebe apenas o mínimo, Pimentel argumentou que o governo seguiu o que determina a lei e descartou a possibilidade de uma revisão

17:17
Anónimo disse...
Empresas
Caterpillar oferece aposentadoria antecipada a 2 mil


A companhia americana Caterpillar ofereceu a cerca de dois mil funcionários incentivos para que se aposentem de forma voluntária antes do previsto, pela perspectiva de uma queda "significativa" da atividade industrial, informou nesta quarta-feira a empresa.

A iniciativa, destinada aos trabalhadores de diversas fábricas em Illinois, Colorado, Tennessee e Pensilvânia, se soma aos cortes de empregos anunciados em janeiro, explicou em comunicado de imprensa.

A empresa, a maior fabricante mundial de maquinaria pesada para a construção e a mineração, acrescentou que, "em função das condições de negócio, podem ser necessárias mais reduções de elenco voluntárias e involuntárias à medida que o ano avança".

O vice-presidente da companhia, Sid Banwart, explicou que a empresa prevê "demissões significativas em todas as regiões geográficas e na maioria dos setores devido às dificuldades da economia mundial".

17:18
Anónimo disse...
Comércio
Comércio exterior da OCDE caiu no 3º trimestre de 2008


As exportações e as importações dos países da Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Econômico (OCDE) caíram 1,6% e 0,2%, respectivamente, no terceiro trimestre de 2008, em relação aos três meses anteriores.

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Trata-se da primeira queda destas atividades desde o terceiro trimestre de 2006, segundo o último relatório trimestral sobre fluxos comerciais divulgado pela OCDE.

As exportações e as importações em dólares dos 30 Estados-membros caíram 15,6% e 17%, respectivamente, na comparação anualizada.

Por sua vez, o comércio dos sete países mais ricos do mundo (G7) teve um pequeno crescimento no terceiro trimestre de 2008 com uma queda das exportações de mercadorias de 0,2% em relação ao trimestre anterior e um aumento de 0,4% das importações.

Em termos anualizados, as importações do G7 caíram 1,4% entre julho e setembro do ano passado, seu primeiro retrocesso desde o terceiro trimestre de 2006, enquanto as exportações aumentaram 1,9%, seu crescimento mais baixo no mesmo tempo.

Por países, a Alemanha aumentou suas importações em 3,4% - valor mais alto do G7 -, enquanto suas exportações caíram 2,9% do segundo para o terceiro trimestre de 2008.

Pelo contrário, as exportações americanas aumentaram 1,8% entre julho e setembro de 2008, enquanto as importações caíram 0,7% em relação ao trimestre anterior. No Japão, tanto as importações quanto as exportações caíram em torno de 1% no mesmo período.

17:19
Anónimo disse...
Economia Nacional
Lula: juros de crédito consignado a aposentados são altos

Atualizada às 17h29

O presidente Luis Inácio Lula da Silva afirmou nesta terça-feira, em São Paulo, que está lutando para reduzir as taxas de juros cobradas de aposentados em crédito consignado. A Previdência Social estabelece uma taxa máxima de 2,5% para empréstimo e de 3,5% para cartão. Para Lula, os valores são altos.

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"Acho que o juro que os aposentados estão pagando hoje com o crédito consignado é alto para o padrão brasileiro", disse o presidente durante a cerimônia de comemoração dos 86 anos do INSS.

A Previdência anunciou nesta terça-feira que aposentados e trabalhadoras com licença-maternidade poderão receber seus benefícios em 30 minutos. De acordo com Lula, em junho, a aposentadoria do trabalhador rural também será conseguida em meia hora.

Além disso, o presidente anunciou que, também em junho, os trabalhadores que alcançarem o direito à aposentadoria passarão a receber em suas casas um comunicado da Previdência informando o fato e o valor do salário que têm direito a receber. "É um comprometimento público que estou fazendo com os companheiros da Previdência Social", disse.

"Estamos retribuindo ao contribuinte da Previdência Social aquilo que é a cidadania que ele tem direito", afirmou Lula. "Se para cobrar nós somos tão precisos, para devolver o dinheiro, temos que chegar próximo à perfeição", completou.

17:20
Anónimo disse...
Economia Nacional
Salário maternidade sairá em 30 minutos, diz ministro

Toda trabalhadora autônoma que tiver contribuído pelo menos 10 meses com o Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) - ou as que possuírem carteira assinada - poderão receber em 30 minutos o salário maternidade a partir desta terça-feira. Da mesma forma, as mulheres com 30 anos de contribuição e os homens com 35 anos também terão direito ao benefício de forma mais rápida. A informação é do ministro da Previdência Social, José Pimentel.

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Para requerer o salário maternidade, é preciso que as autônomas levem a carteira de identidade e o carnê de contribuição. As demais trabalhadoras devem apresentar a identificação e a carteira de trabalho. Desde o início do mês, a nova forma de análise para a concessão de benefícios foi adotada para a aposentadoria por idade do trabalhador urbano e agora foi estendida para o salário maternidade e por tempo de contribuição.

O ministro disse que a qualificação do serviço da previdência social é o reconhecimento do direito dos trabalhadores e da afirmação da cidadania.

"Até pouco tempo na cabeça do cidadão o serviço devia ser de péssima qualidade. Agora não, nós modificamos toda a legislação no mês de dezembro numa ação conjunta do Congresso Nacional com o governo federal. Estamos implantando e concedendo os benefícios em até 30 minutos", afirmou.

O ministro destacou que para conseguir se aposentar ou ter acesso à licença maternidade em 30 minutos, em primeiro lugar, é necessário que o cidadão esteja vinculado à Previdência, o que inclui 65% da população acima de 16 anos de idade.

"Depois bastar marcar pelo sistema 135 o dia e a hora do atendimento e levar a documentação. Se todos os dados necessários estiverem corretos o contribuinte será atendido em até 30 minutos, como vem sendo feito com as aposentadorias por idade desde o dia cinco de janeiro", explicou.

Pimentel disse ainda que em 90% das agências da previdência social o atendimento é marcado em até 48 horas. Nos grandes centros, entretanto existe um volume maior o que torna mais lento o processo.

"Estamos criando mais 715 agências até 2010, em todo o território nacional, para descentralizar o atendimento. Em 2008, atendemos 295 mil benefícios e aposentadorias por idade. Temos 4 mil pessoas por dia procurando e se aposentando por idade no território nacional. Este serviço será agilizado", concluiu.
17:26
Anónimo disse...
Giuseppe Englaro, pai de Eluana, a italiana que morreu na segunda-feira passada por desidratação, recusou uma grande soma de dinheiro de um conhecido fotógrafo italiano que queria retratar a filha em estado de coma, disse neste sábado o neurologista que atendia a mulher desde 1996, Carlo Defanti.

O neurologista, que participou hoje de uma conferência sobre eutanásia, disse que Englaro respeitou a vontade da filha, que, antes do acidente, tinha pedido que, se lhe ocorresse qualquer coisa irreversível, apresentasse sua imagem de quando estava em boas condições.

Antes de sofrer o acidente de trânsito, em 1992, Eluana viveu o coma de um amigo, Alessandro, o que causou forte impacto na italiana e a levou a fazer o pai prometer que não a deixasse viver em estado vegetativo, disse o próprio Giuseppe Englaro.

Defanti, que dissera que Eluana poderia viver de dez a 12 dias depois da suspensão da alimentação e da hidratação, disse que, como médico, tinha que reprovar esta afirmação.

"Não se pode sobreviver após três ou quatro dias sem líquido e, em particular, água em um corpo. Sabemos bem que, quando há um terremoto, após quatro dias é difícil encontrar sobreviventes".

Defanti ressaltou que Eluana "não falava, não se comunicava com o exterior" e que, após vários exames, "nos deparamos com uma moça que tinha perdido a consciência", porque estava com o córtex cerebral prejudicado.

Eluana foi enterrada na quinta-feira passada no túmulo da família na localidade de Paluzza, em Udine, após um funeral que não contou com a presença dos pais.

16:53
Anónimo disse...
Os bombeiros combatem neste sábado os incêndios na Austrália favorecidos pelo bom tempo, enquanto os deslocados encotram em seu retorno casas derruídas, carros queimados nas ruas e destruição.

Depois de sete dias desde que começaram os incêndios no Estado de Victoria, a lista de mortos chega a 181, os desaparecidos somam 50, os edifícios destruídos totalizam 1,834 mil e o terreno arrasado, principalmente florestas, ocupa uma área de 4,13 mil quilômetros quadrados.

As equipes de bombeiros, formadas por 4 mil profissionais de Victoria, de outras partes da Austrália e de países amigos, combateram hoje 12 focos fora de controle e nenhum representava uma ameaça direta para a população.

O subdiretor do Serviço de Bombeiros, Geoff Conway, disse que este tempo favorável, que se prolongará durante o domingo, permite consolidar as linhas de contenção e avançar na extinção das chamas.

Cinzas apareceram arrastadas por ventos do nordeste sobre Melbourne, onde habitam 3,8 milhões de pessoas, e as autoridades alertaram aos cidadãos do risco para a saúde de idosos, crianças e pessoas com problemas respiratórios.

O número de pessoas deslocadas - a Cruz Vermelha chegou a receber 7 mil - começou a cair com a abertura de algumas localidades atingidas.

Os incêndios, alguns criminosos, começaram em 7 de fevereiro, quando a região sul da Austrália estava há duas semanas sob uma onda de calor sem precedentes.

Na sexta-feira passada, a polícia acusou uma pessoa de ter provocado o incêndio que atingiu a localidade de Churchill e matou 21 pessoas.

16:55
Anónimo disse...
A primeira chuva em seis dias reduziu a ameaça de incêndios no Estado de Victoria, ao sul da Austrália. As autoridades, porém, advertiram que ainda existem 12 focos, mas que nenhum deles ameaça áreas povoadas.

Mais de quatro mil bombeiros, mil provenientes de outras partes do país e de outras nações, trabalham contra o fogo. Cerca de 600 veículos e 28 helicópteros e pequenos aviões estão sendo usados.


Eles conseguiram construir linhas de contenção para evitar os incêndios de Yarra e Maroondah se juntassem. Também foram controlados os incêndios abertos de Yea e Murrindindi, que ameaçavam as comunidades de Connellys Creek, Crystal Creek, Scrubby Creek e Native Dog Creek.

O número de mortos chegou a 181, mas as autoridades acreditam que as vítimas devem passar de 200, já que ainda há muitos desaparecidos.

16:55
Anónimo disse...
Aqui nesta coluna, na semana passada, tive a oportunidade de comentar sobre a recente visita do professor brasileiro Pedrinho Guareschi à Austrália. Não dei, porém, os fatos, pois semana passada o assunto era outro.

Hoje, porém, vamos a eles.

No último dia 4 de fevereiro, aconteceu o Seminário "Paulo Freire: Education and Liberation", organizado pelo centro de estudos latino-americanos da Universidade Nacional da Austrália, ou ANU, como é mais conhecida por aqui.

A ANU, para quem não sabe, está entre as 20 melhores universidades do mundo! E tem sede aqui em Camberra, capital da Austrália.

Na abertura do evento, o professor John Minns, diretor do centro latino-americano, ao dar boas-vindas ao público presente, lembrou ser aquele o primeiro seminário exclusivamente dedicado a Paulo Freire na Austrália.

Em seguida, convidou Pedrinho Guareschi, palestrante principal do Seminário, a fazer sua apresentação.

A plateia pode então conhecer, pelas palavras de Pedrinho, um pouco da obra e da vida de Freire, esse brasileiro de fé e valor, que sempre acreditou na educação, sobretudo dos menos favorecidos, analfabetos, como força libertadora.

Como não podia deixar de ser, os conceitos e ideias revolucionários de Paulo Freire, expostos com clareza por Pedrinho, despertaram o interesse e a curiosidade de plateia. A qual, deve-se notar, era na maioria de estudantes, mas de várias nacionalidades, sobretudo australianos e asiáticos.

Na continuação do programa do seminário, que se estendeu por dois dias, outros professores fizeram palestras sobre temas ligados à obra de Paulo Freire.

Interessante, por exemplo, saber que a professora Anne Hickling-Hudson, jamaicana que mora na Austrália há muitos anos (é professora da ANU), conheceu e trabalhou com Freire num workshop educacional durante a revolução na Ilha de Granada, em 1980, antes da invasão dos Estados Unidos...

Ou, então, a palestra da Professora Gerda Roelvink, da Nova Zelândia, que participou do Fórum Social de Porto Alegre em 2005. E essa participação transformou-se em tema de doutorado.

No dia 10, terça-feira passada, o padre Pedrinho Guareschi voltou a falar ao público australiano em grande auditório localizado no belíssimo campus da ANU. Desta vez, sobre a Teologia da Libertação.

Depois da palestra, John Minns mostrou o filme mexicano "O Crime do Padre Amaro", no qual um dos personagens é um padre católico praticante da Teologia da Libertação.

Mais uma vez, foi grande o intersse da platéia, que pode aprender e conhecer um pouco como se desenvolveu aquele importante movimento católico na América Latina.

Fica, assim, ao Pedrinho, bem como a outros brasileiros estudiosos e de bom coração que saem pelo mundo a divulgar aspectos importantes da cultura brasileira, o respeito e a homenagem desta coluna. E... aquele abraço!

16:57
Anónimo disse...
Amanda Kitts perdeu o braço esquerdo em um acidente de automóvel acontecido três anos atrás, mas hoje em dia ela joga futebol americano com seu filho de 12 anos de idade, troca fraldas e abraça as crianças nas três creches Kiddie Cottage que opera em Knoxville, Tennessee. Kitts, 40 anos, faz tudo isso com a ajuda de um novo tipo de braço artificial que se movimenta com mais facilidade do que outros aparelhos e que ela pode controlar utilizando apenas seus pensamentos.

"Eu sou capaz de mexer a mão, o pulso e o cotovelo ao mesmo tempo", diz. "Você pensa e os músculos se movem em seguida".

A recuperação que ela conseguiu resulta de um novo procedimento que vem atraindo crescente atenção porque permite que pessoas movam braços protéticos de forma mais automática do que faziam no passado, simplesmente utilizando nervos reaproveitados em seus cérebros.

A técnica, conhecida como "renervação muscular dirigida", envolve utilizar os nervos que restam depois da amputação de um braço e conectá-los a outro músculo do corpo, em geral no peito. Eletrodos são instalados sobre os músculos do peito, e operam como se fossem antenas. Quando a pessoa deseja mover o braço, o cérebro envia sinais que primeiro resultam em contração dos músculos do peito, os quais enviam um sinal ao braço protético, instruindo-se a se movimentar. O processo não requer mais esforços consciente do que a pessoa teria de exercitar caso ainda tivesse seu braço natural.

Na terça-feira, pesquisadores reportaram em estudo publicado pela versão online do Journal of the American Medical Association que haviam levado a técnica ainda mais à frente, tornando possível a execução de 10 movimentos de mão, pulso e cotovelo diferentes, o que representa uma substancial melhora com relação ao típico repertório protético, que em geral envolve apenas dobrar o cotovelo, girar o pulso e abrir a mão.

"Os novos métodos tiveram impacto dramático em nosso campo de trabalho", disse Stuart Harshbarger, engenheiro biomédico na Universidade Johns Hopkins e diretor do programa de pesquisa sobre próteses, financiado pelas forças armadas, que inclui o trabalho com essa técnica. "O método já está em uso por médicos e cirurgiões comuns em todo o país. A capacidade de controlar um membro protético bastante robusto que ele confere surpreendeu a todos pela qualidade".

Tipicamente, uma pessoa que tenha um braço protético só é capaz de executar alguns poucos movimentos, e muitas vezes com tamanha lentidão que isso só permite a ela atividades limitadas.

Há um motor separado para cada movimento, diz Gerald Loeb, professor de engenharia biomédica na Universidade do Sul da Califórnia, "e esses motores precisam ser controlados de maneira explícita", usualmente por um esforço consciente da pessoa para contrair músculos nas costas ou no bíceps.

"Essencialmente, até agora os pacientes controlavam apenas um motor de cada vez", diz Loeb, "e precisavam pensar cuidadosamente sobre que motor desejavam controlar e como fazê-lo operar, em lugar de simplesmente pensarem em mover o braço e poderem fazê-lo sem delongas".

Antes que Kitts passasse pelo procedimento de renervação, em outubro de 2007, por exemplo, ela precisava movimentar os músculos de suas costas de determinada maneira para fazer com que seu pulso girasse, e flexionar seu bíceps e tríceps para fazer com que o cotovelo se movesse para cima e para baixo. "Era muito trabalho", ela conta. "E não me ajudava muito".

O procedimento de renervação é parte de uma recente explosão de idéias novas e técnicas inovadoras que estão sendo exploradas enquanto os cientistas se esforçam por ajudar as pessoas a compensar melhor a perda de membros ou problemas de paralisia. O esforço vem sendo alimentado pelo aumento no número de amputações causado por diabetes e por ferimentos sofridos pelos militares, e ao mesmo tempo pelos avanços na tecnologia médica.

Os braços se tornaram um dos focos essenciais desse tipo de trabalho. A ciência há muito vem obtendo sucessos no desenvolvimento de próteses de perna, mas é muito mais difícil imitar a complexidade e a destreza das mãos e dos braços.

Os esforços em curso incluem o desenvolvimento de projetos de pele e braços mais sensíveis e mais flexíveis, e o uso de dispositivos acionados por controles sem fio implantado nos braços protéticos, que permitiriam movimentos mais naturais.

Os pesquisadores também vêm usando sensores implantados nos cérebros de cobaias para permitir que dois macacos controlem um braço mecânico, e um teste com um homem paralítico permitiu, com esse método, que ele movimentasse um cursor em uma tela de computador.

Alguns desses métodos, caso venham a ser aperfeiçoados plenamente e consigam aprovação das autoridades regulatórias da saúde, podem no futuro se tornar mais viáveis para os pacientes de amputações.

E embora a técnica da renervação não requeira aprovação das autoridades regulatórias porque é executada por meios cirúrgicos e emprega aparelhos já existentes, ela apresenta limitações que até mesmo seus criadores reconhecem, entre as quais o fato de que não se pode utilizá-la para todos os pacientes, o seu alto custo e o prazo de meses requerido para que os nervos reconectados cresçam e se tornem efetivos.

Ainda assim, os especialistas dizem que é o mais avançado sistema em uso hoje para pacientes reais que permite que o sistema nervoso controle diretamente o movimento de um braço artificial.

Desde sua introdução por Todd Kuiken, médico fisioterapeuta e engenheiro biomédico do Instituto de Reabilitação de Chicago, o método foi empregado em cerca de 30 pacientes nos Estados Unidos, Canadá e Europa, entre os quais oito soldados feridos no Iraque e no Afeganistão.

Muitos dos pacientes, entre os quais o primeiro, Jesse Sullivan, um operário do setor elétrico no Tennessee que perdeu os dois braços quando foi eletrocutado por um cabo, conseguem não apenas manipular seus braços protéticos mas sentir a presença das mãos que já não têm quando alguém toca em seus peitos.

Sullivan, 62 anos, e Kitts, estavam entre os cinco pacientes que participaram do estudo reportado na terça-feira. Em companhia de cinco outras pessoas que não passaram por amputações, eles receberam os eletrodos e foram instruídos a usar pensamentos para fazer com que um braço virtual na tela reproduzisse 10 movimentos diferentes, entre os quais três formas diferentes de aperto de mão.

Os pacientes apresentaram desempenho bastante respeitável, apenas um pouco mais lento e menos preciso do que os dos participantes que não tinham amputações.

"As velocidades de movimento que encontramos em nossos pacientes foram realmente encorajadoras", disse Kuiken. "Eles conseguiram completar a tarefa. É claro que não foram tão competentes quanto as pessoas dotadas de plena capacidade física, mas foram bons o bastante".

Um braço virtual foi usado porque a maioria das próteses existentes não era capaz de acomodar todos aqueles movimentos, no momento da pesquisa, ainda que Sullivan, Kitts e uma terceira paciente, Claudia Mitchell, tenham experimentado dois novos protótipos mais versáteis de braços artificiais, executando tarefas complexas com bolas de tênis e outros objetos.

O trabalho de renervação em soldados apresenta outros desafios, diz Kuiken, porque os ferimentos militares muitas vezes "causam danos muitos extensos" a nervos, músculos ou ossos.

Daniel Acosta, 25 anos, um aviador ferido pela detonação de uma bomba em uma estrada do Iraque em 2005, passou pelo procedimento no ano passado e diz que seu braço esquerdo protético agora se movimenta "muito mais rápido" e de maneira muito mais natural.

"A diferença é que agora não preciso mais pensar para mover o braço", ele diz. "Ele simplesmente se mexe".

Ainda assim, Acosta, de San Antonio, diz que "o processo foi bastante longo" e que os eletrodos precisam ser ajustados para receber os sinais à medida que os nervos crescem ou mudam de posição.

E embora elogiem o método, os especialistas afirmam que a ciência das próteses de braço ainda tem muito por avançar.

"Trata-se de uma parte crucial, mas ainda assim apenas uma parte, das muitas coisas que compreendem a função normal de um braço", disse Loeb, que escreveu um editorial que acompanha o artigo no Journal of the American Medical Association.

"No momento estamos a meio do caminho entre o braço de 'Dr. Fantástico', que fazia involuntariamente a saudação nazista, e o braço de Luke Skywalker em 'Guerra nas Estrelas', que funciona sem nenhum problema assim que é conectado. Creio que precisaremos ainda de muitos anos para conectar todas as peças necessárias a produzir um braço capaz de funcionar normalmente".

17:04
Anónimo disse...
A Espanha disse neste sábado que está preparando uma reclamação oficial contra a decisão da Venezuela de expulsar um membro do Parlamento Europeu que criticou o conselho eleitoral venezuelano.
Luis Herrero, membro do partido conservador espanhol PP, foi deportado na sexta-feira depois que o Conselho Nacional Eleitoral (CNE) o acusou de questionar a imparcialidade da instituição antes de um referendo que pode permitir ao presidente Hugo Chávez permanecer no cargo indefinidamente.

Herrero estava na Venezuela como observador do referendo. Ele acusou Chávez de ter "comportamentos típicos de um ditador" por pedir a contenção de manifestações da oposição.

O governo da Espanha convocou um encontro com o embaixador da Venezuela em Madri para expressar a desaprovação sobre a expulsão de Herrero, disse um representante do Ministério das Relações Exteriores espanhol.

As relações da Venezuela com a Espanha tiveram seu ponto crítico em 2007, quando Chávez ameaçou rever acordos diplomáticos e comerciais depois de ouvir um "cala a boca" do rei espanhol Juan Carlos durante uma cúpula.

A fenda foi oficialmente reparada em 2008, com uma visita oficial de Chávez à Espanha, onde ele cumprimentou o rei e discutiu acordos para investimento no setor petroquímico com o primeiro-ministro José Luis Rodriguez Zapatero.

17:06
Anónimo disse...
A polícia do Zimbábue anunciou neste sábado que acusa de traição Roy Bennett, dirigente do até agora opositor Movimento para a Mudança Democrática (MDC), detido na sexta-feira, em Harare, poucas horas antes da cerimônia de posse dos membros do novo gabinete.

"A Polícia nos informou que vão apresentar acusações de traição", disse à agência EFE o advogado de defesa de Bennett, Trust Maanda.

"Tentam relacionar Roy com o caso de Mike Hitschmann, que foi detido em 2006 em relação à descoberta de um carregamento de armas, apesar de que Hitschmann não tenha sido declarado culpado das acusações de traição apresentadas contra ele, mas de um crime menor de descumprimento de leis", disse Maanda.

O político opositor, designado por seu partido como vice-ministro de Agricultura no Governo de união nacional, esteve no exílio na vizinha África do Sul desde 2006 e retornou ao Zimbábue há duas semanas.

Segundo a Polícia, que deteve Bennett ontem no aeroporto de Harare quando pretendia ir à África do Sul para visitar sua família, as armas apreendidas em 2006 seriam utilizadas em um golpe de Estado para derrubar o presidente do Zimbábue, Robert Mugabe.

Depois da detenção, Bennet foi levado a Mutar, onde vários simpatizantes do MDC se concentraram em frente à delegacia na qual estava detido, diante do que a Polícia respondeu com tiros para o alto para dispersar os manifestantes.

17:07
Anónimo disse...
Austrália: 14 mil se candidatam a 'emprego dos sonhos'

A secretaria de Turismo de Queensland, na Austrália, informou que até esta segunda-feira já recebeu cerca de 14 mil inscrições para o "o melhor emprego do mundo". O Estado australiano promove pela internet seleção para vaga de "zelador" da ilha Hamilton, por seis meses com um salário de R$ 40 mil.

Muitos candidatos tiveram problemas durante a inscrição por conta dos acessos simultâneos ao site. A secretaria aconselha enviar os vídeos de 60s explicando porque deve ser escolhido em horários alternativos do dia, além de recomendar tamanho em torno de 40MB.

As inscrições começaram em 12 de janeiro e vão até o próximo dia 22 e podem ser feitas pelo site www.islandreefjob.com. O governo australiano escolherá 50 candidatos para a próxima fase da seleção, que terá votos do público para eleger um dos 11 finalistas.

A última fase terá entrevistas e desafios físicos, no próprio local de trabalho: as ilhas da Grande Barreira Coralina - o maior recife de coral do mundo. A secretaria de Turismo anunciará o vencedor no dia 6 de maio.

17:09
Anónimo disse...
Mercado elogia governo na crise, mas pede maior queda no juro

Peter Fussy
Direto de São Paulo

Desde as primeiras medidas anunciadas para combater os efeitos da crise, o governo brasileiro avisou que a estratégia não contemplaria um pacote. Seriam doses pontuais, de acordo com a necessidade da economia diante do agravamento das turbulências. Da primeira liberação dos depósitos compulsórios em setembro até a ampliação do seguro-desemprego na última quarta-feira, o governo passou por redução de impostos, ampliação de crédito e incentivos à exportação. Quase 150 dias após a primeira medida, o Terra conversou com líderes do setor público e privado, representantes dos trabalhadores, acadêmicos e com o próprio governo para saber quais destas ações foram mais eficazes, quais foram mais ineficientes e o que mais pode ser feito pelo Estado brasileiro contra a crise.

Os maiores elogios foram direcionados à atitude de reduzir o Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) para a indústria automobilística, anunciada em dezembro e que fez com que os emplacamentos de carros novos subissem 1,9% no primeiro mês do ano em relação a dezembro de 2008. Já as maiores críticas foram para a lentidão no corte da taxa básica de juro do País.

Para o presidente do conselho administrativo do Grupo Pão de Açúcar, Abílio Diniz, o Estado não é responsável pela crise e mesmo assim está agindo "com extrema serenidade e muito acerto". "O governo está atento, fazendo a sua parte. É preciso coragem de baixar firmemente a taxa de juros. É uma arma que temos a nosso favor, já que não há clima para inflação, nem possibilidade de danos para a macroeconomia", afirmou Diniz.

Na última reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), em janeiro, a taxa Selic foi reduzida em um ponto percentual, de 13,75% para 12,75% ao ano. Porém, o professor de economia da Universidade de Brasília (UnB) José Luiz Oreiro lembra que este corte representa uma redução de apenas 0,25 ponto percentual com relação à taxa de setembro do ano passado, quando a crise se agravou.

"Pouco antes da eclosão da crise, o Banco Central aumentou a taxa em 0,75 ponto. Foram cinco meses de demora para reduzir em termos líquidos apenas 0,25 ponto", afirmou o economista, que também sugeriu redução do intervalo de cerca de 90 dias entre as reuniões do Copom e o corte de pelo menos um 1 ponto percentual em cada reunião.

Mesmo com o corte de janeiro, a taxa de juros real continua sendo a maior do mundo, lembrou o secretário-geral da Força Sindical, João Carlos Gonçalves, o Juruna. "A redução da taxa de juro ainda é pequena, porque ela continua uma das mais altas do mundo. Falta ousadia para baixar os juros e ajudar o cidadão. A permanência da taxa de juro alta é negativa para o País em meio a crise", afirmou Juruna.

Embora aprove as ações do governo, o senador Aloízio Mercadante (PT-SP) também acredita que o patamar da Selic está muito alto. "Sempre fomos os primeiros a entrar em qualquer crise, o que não aconteceu agora. A taxa Selic ainda é muito alta, mas o governo têm tomado medidas acertadas, como o aumento do salário mínimo, mesmo com um cenário de crise. Isso ajuda a movimentar o consumo. O governo está se esforçando para manter os investimentos e o crescimento", disse.

Tributos
De acordo com o economista Fabio Pina, da Fecomercio-SP, as ações mais positivas estão relacionadas à redução de tributos para alguns segmentos, como a indústria automobilística, que recuperou parte da queda nas vendas em janeiro com a isenção do IPI para carros 1.0 l e o corte para demais motorizações. A medida vale até o final de março.

"Essas medidas não só reduziram o preço, mas anteciparam o consumo daqueles que iriam comprar no futuro, dando um prêmio por conta da insegurança. Mexe diretamente com o principal problema que é a confiança do consumidor", afirmou. Juruna destacou que um bom ritmo de vendas é garantia de emprego. "É importante porque cada emprego na montadora significa 19 na cadeia produtiva", comentou o representante da Força Sindical.

Também em dezembro, o governo decidiu cortar pela metade a alíquota do Imposto de Renda para contribuintes que ganham entre R$ 1.434 e R$ 2.150 mensais. "O salário aumentava e a tabela não se modificava. As pessoas ganhavam mais e pagavam mais impostos", apontou Juruna. Outra redução de tributos do governo foi com relação ao Imposto sobre Operações Financeiras (IOF), que caiu de 3% ao ano para 1,5%.

Crédito
Na segunda metade de 2008, o colapso de bancos nos Estados Unidos por conta da crise do subprime provocou uma forte restrição de crédito no mundo inteiro. Uma das primeiras medidas anticrise do governo teve como objetivo restabelecer a oferta, com mudanças no recolhimento dos depósitos compulsórios por parte dos bancos. Segundo o presidente do Banco Central, Henrique Meirelles, as diversas modificações liberaram US$ 99,2 bilhões aos bancos até o final de janeiro.

Além disso, o governo concedeu R$ 36 bilhões das reservas internacionais para empresas brasileiras com dívidas no exterior e uma medida provisória autorizou o Banco do Brasil e a Caixa Econômica Federal a comprar carteiras de crédito de bancos privados. Para o diretor do Departamento de Pesquisas e Estudos Econômicos da Fiesp, Paulo Francini, estas medidas foram essenciais para combater os efeitos da crise.

"A crise se desenvolve no mundo em torno do tema crédito. E o crédito reduziu-se barbaridade no mundo. Então o governo lança mão de compulsório, lança mão de reservas, de medidas que permitem aos bancos comprar carteiras de bancos. Você vai tomando várias medidas para atender às demandas e o epicentro disso é crédito", afirmou.

No entanto, Oreiro, da UnB, adverte que a liberação dos compulsórios seria mais eficiente acompanhada de redução mais agressiva da taxa básica de juro. "Uma parte do crédito voltou, depois da forte retração em outubro e novembro. O que deveria ter sido feito junto à liberação do compulsório era uma redução mais drástica da taxa de juro. Sem isso, os bancos pegam as reservas e acabam comprando títulos públicos", explicou o economista.

Na opinião de Pina, as ações de distribuição de crédito via redução do compulsório e a disposição de capital de giro para empresas foram tomadas sem um cuidado maior na operação e não tiveram muito efeito. "O BNDES tem linhas que ficam paradas quase todo o ano, agora é pior ainda. Existem os recursos, mas as empresas e os bancos estão desconfiados. É preciso fazer com que os bancos tenham interesse em emprestar", afirmou o economista da Fecomercio-SP.

Futuro
Mesmo com todas essas medidas, a crise financeira ainda gera incertezas nos setores produtivos do País. Nos últimos meses, o medo do desemprego fez os consumidores adiarem compras. Por sua vez, a queda nas vendas pode obrigar as indústrias a cortarem a produção e demitir funcionários. Contra isso, empresários sugerem redução de jornada e de salários.

"Isto está previsto em lei. A Fiesp simplesmente manteve conversações com entidades sindicais quanto à aplicação daquilo que já está previsto em lei", afirmou Francini.

Segundo a ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff, uma das medidas que assegura um nível de emprego é a manutenção de investimentos no Programa de Aceleração do Crescimento (PAC). "Estamos esperando que a dificuldade ocorra em janeiro, fevereiro e março. Estamos certos que vamos manter o nível de investimento. É isso que funciona, é isso que significa investimento público. Ele funciona como um colchão. Por isso, nós colocamos R$ 100 bilhões no BNDES e a Petrobras ampliou o seu investimento em R$ 120 bilhões", afirmou.

Na mesma linha, Pina explica que a antecipação de gastos do governo substitui parte da demanda retraída do setor privado. "Ele dá o seguinte recado: não vou estourar as contas públicas, mas concentrar em um momento em que a demanda privada está pequena. Mas o governo não tem fôlego suficiente para fazer o papel de toda demanda", ressaltou. O economista da Fecomercio lembrou que a entidade já pleiteou junto ao governo isenções para transferência de imóveis e de automóveis, além de retirar o IPVA para veículos novos.

Já Oreiro foca suas propostas na capitalização do Banco do Brasil e da Caixa Econômica Federal pelo Tesouro para atender a demanda de crédito para capital de giro e reduzir o spread. "Aumentando o empréstimo e reduzindo as taxas, os dois vão forçar os bancos privados a acompanhar o movimento, até para não perderem participação no mercado", explicou o economista da UnB.

Até o Carnaval, o governou prometeu detalhar um pacote de incentivos para a construção de até um milhão de casas populares, direcionado a famílias com renda de até dez salários mínimos. "Estamos atentos a tudo o que está acontecendo e novas medidas serão tomadas caso haja uma avaliação de que sejam necessárias", disse o ministro da Fazenda, Guido Mantega, na última sexta-feira.

17:11
Anónimo disse...
Ex-ministro critica extensão do seguro-desemprego

Atualizada às 09h03

O ex-ministro do Trabalho Almir Pazzianotto criticou a decisão do governo federal de conceder o seguro-desemprego estendido a apenas alguns setores. "É certamente odioso e provavelmente inconstitucional", disse Pazzianotto, de acordo com o jornal O Estado de S. Paulo.

Na última qurta, dia do anúncio da medida, centrais sindicais elogiaram a atitude do governo. A Força Sindical divulgou nota dizendo que "o aumento ajudará a aquecer parte da economia, já que irá gerar mais consumo, produção e conseqüentemente, a criação de novos postos de trabalho". A União Geral dos Trabalhadores (UGT) afirmou que a medida "contribuirá para minimizar o drama dos trabalhadores que perderem seu emprego por conta da crise".

O ex-ministro, que instituiu o seguro-desemprego no País no governo de José Sarney, destacou a necessidade de as centrais sindicais se manifestarem contra a determinação. Para ele, as mudanças devem ser aplicadas a todas as categorias profissionais e a distinção é contrária ao artigo 3º da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT).

Pazzianotto atribui a medida a um possível temor do governo de que a crise econômica seja longa e não haja dinheiro para atender a todas as necessidades. Ainda assim, ele se mostra contrário ao método de concessão. "O seguro-desemprego ajuda a sanar necessidades básicas. Estendê-lo é paliativo, não a solução", disse ao jornal.

De acordo com o presidente do Conselho Deliberativo do Fundo de Amparo ao Trabalhador (Codefat) e conselheiro da Força Sindical, Luiz Fernando Emediato, a determinação já estava prevista na lei 8.900/94, que trata do seguro-desemprego.

O presidente da Comissão de Trabalho da Câmara, Pedro Fernandes (PTB-MA) vai além na crítica à concessão do seguro para apenas alguns setores. Ele acredita que a ampliação do benefício estimula o desemprego.

Quintino Severo, secretário geral da Central Única dos Trabalhadores (CUT), lembra que a ampliação do benefício sem critério e identificação pode incentivar demissões em outros setores.

17:13
Anónimo disse...
Empresas
TAM faz promoção para destinos internacionais

A companhia aérea TAM anunciou nesta sexta-feira tarifas promocionais para trechos internacionais. Os preços valem para bilhetes comprados entre 6h deste sábado e 23h59 deste domingo e são válidos para classe econômica. As tarifas, para ida e volta, serão vendidas a partir de US$ 99, mais taxas.

Segundo a aérea, a promoção vale para viagens feitas no período de 14 de fevereiro a 18 de junho de 2009. Para destinos na América do Sul, a permanência mínima é de dois dias; para bilhetes com destino nos Estados Unidos, cinco dias; e Europa, sete dias. A permanência máxima para as passagens para América do Sul e EUA é de dois meses e para Europa, três meses.

Entre os exemplos de tarifas promocionais, a TAM oferece São Paulo-Lima por US$ 99. Bilhetes para a rota São Paulo-Santiago serão vendidos a partir de US$ 199 e São Paulo-Nova York, US$ 799.

A emissão dos bilhetes deve ser feita obrigatoriamente no ato da reserva, obedecendo às regras estipuladas pela companhia. A compra está sujeita à disponibilidade de assentos nas classes tarifárias determinadas, trechos, horários e datas. A TAM afirmou que também há tarifas promocionais para a classe executiva.

Mais informações podem ser encontradas no site promocional (www.ofertastam.com.br), no site da empresa (www.tam.com.br) ou pelos telefones 4002-5700 ou 0800 5705700.

17:13
Anónimo disse...
Empresas
Consultoria negocia compra do parque temático Hopi Hari

A consultoria especializada em reestruturação de empresas Íntegra Associados informou nesta sexta-feira ter um acordo para comprar o parque de diversões Hopi Hari, localizado no interior de São Paulo. A empresa estaria disposta a investir R$ 10 milhões no parque, que tem dívida estimada em R$ 800 milhões. As informações são da edição deste sábado do jornal Folha de S. Paulo.

De acordo com o jornal, a transação ainda depende da negociação entre o Hopi Hari e seus credores, o que já estaria em andamento.

A consultoria paulista já atuou junto à Parmalat, durante 30 meses, quando reorganizou a gestão da empresa italiana.

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17:14
Anónimo disse...
Empresas
Disney de Tóquio contratará mais 2 mil apesar da crise


A Oriental Land, o operador da Disneylândia Tóquio e DisneySea, organizou neste domingo entrevistas para contratar cerca de 2 mil trabalhadores em tempo parcial, em um momento de grandes demissões deste tipo de empregados no Japão.

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O operador deste parque temático, situado em Urayasu, na província de Chiba (leste de Tóquio), está em pleno processo de seleção de empregados para 20 tipos de postos trabalhistas diferentes.

Segundo a companhia, citada pela agência local de notícias Kyodo, o parque contratará novos trabalhadores para as atrações, para os restaurantes e guardas de segurança entre outros. Os novos contratados começarão a trabalhar a partir de fevereiro.

O processo de seleção acontece em um momento em que a maioria das grandes companhias japonesas começaram a se ver obrigadas a despedir uma elevada percentagem de seus trabalhadores temporários e a tempo parcial.

Algumas inclusive anunciaram demissões de seus trabalhadores fixos, uma medida muito pouco comum nas companhias japonesas, perante os efeitos piores que o esperado pela crise econômica global.

Cerca de uma centena de pessoas esperavam desde a primeira hora desta manhã a abertura do centro de conferências Tokyo International Forum, onde as entrevistas estão sendo feitas, para ser os primeiros a solicitar os postos de trabalho.


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17:15
Anónimo disse...
Economia Internacional
Senado dos EUA aprova plano de estímulo à economia

O Senado dos Estados Unidos aprovou com 60 votos a favor e 38 contra o plano de estímulo à economia de US$ 787 bilhões na madrugada deste sábado. Agora, ele segue para sanção ou veto do presidente Barack Obama, que espera colocar a lei em prática até o dia 16 de fevereiro.

O plano prevê a criação de três milhões de empregos, inclui cortes de impostos às famílias, fundos para programas sociais e obras públicas, além de ajuda aos governos estaduais, estudantes e desempregados.

A cláusula Buy American - que exige o uso de ferro, aço e produtos manufaturados dos Estados Unidos em obras realizadas com recursos do pacote - ficou de lado. Segundo o texto definitivo, a cláusula será aplicada sem violar as normas do comércio internacional.

Ontem à tarde, a Câmara de Representantes (deputados) havia aprovado, por 246 votos a favor e 183 contra, a versão final do plano. Todos os republicanos foram contrários ao pacote.

Pelo acordo de quarta-feira entre Câmara e Senado, em vez de custar US$ 819 bilhões, como queriam os deputados, ou US$ 838 bilhões como pretendiam os senadores, o pacote ficou em cerca de US$ 787 bilhões, com 65% desse total destinado a gastos do governo federal e 35%, a créditos tributários.

17:16
Anónimo disse...
Economia nacional
Na era Lula, aposentadoria sobe 54% menos que salário mínimo

Thatiane Faria
Especial para o Terra
Direto de São Paulo

Os índices de reajustes concedidos pelo governo em 2009 para aposentados e pensionistas e para o salário mínimo repetiram uma diferença que, só durante o governo de Luiz Inácio Lula da Silva, já chega a 54%. Enquanto o mínimo foi majorado em 12% este ano, as pensões e aposentadorias tiveram aumento de 5,92%. Aposentados que têm o benefício do governo como única fonte de renda reclamam que perdem poder de compra e que sua cesta de compras é composta por itens que aumentam mais em relação à inflação oficial.

Um exemplo prático pode ser entendido a partir da comparação entre um aposentado que ganhava R$ 600 em janeiro de 2003. Na época, o benefício era três vezes, ou 200%, maior que o valor do mínimo em vigência, que era de R$ 200. Aplicando-se os índices de reajuste para aposentadorias e para o mínimo durante os últimos seis anos, o mesmo aposentado estaria recebendo hoje R$ 938,47, comparado a um salário mínimo de R$ 465. A diferença entre os dois valores caiu para pouco mais de 100%.

Enquanto o índice acumulado de reajuste para a aposentadoria durante o governo Lula foi de 60%, para o salário mínimo está em 132%.

O diretor do Sindicato Nacional dos Aposentados, João Inocentini, reclama que os valores dos benefícios para aposentadorias não mantêm o poder de compra do grupo, principalmente dos aposentados que recebem menos que dez salários mínimos.

Nem mesmo o fato de o índice de reajuste das aposentadorias ter ficado acima da inflação acumulada no mesmo período (o IPCA entre janeiro de 2003 e janeiro de 2009 foi de 39,7%) serve de argumento, segundo os aposentados.

"Os idosos, principalmente, têm gastos além das contas gerais como gás, telefone e aluguel. Para eles o custo com remédios, e outros itens da área saúde costuma ser maior", afirmou Inocentini.

O presidente do sindicato afirmou que o grupo realiza um estudo com 100 itens de necessidade de um idoso para comparar o aumento dos produtos com o índice de reajuste do benefício recebido pelos aposentados.

"Daqui dois meses vamos abrir um processo na Justiça e levar essa pesquisa como prova. Segundo a lei, o governo é obrigado a manter o poder de compra com a aposentadoria", disse Inocentini.

Alternativas
O consultor financeiro Cláudio Boriola diz que os aposentados, especialmente nesse momento de crise econômica, devem evitar compras parceladas, pesquisar preços, negociar e fazer bom planejamento financeiro.

Segundo Boriola, alguns aposentados ganham um valor mensal muitas vezes insuficiente para o pagamento das contas e acabam pedindo crédito ou realizando pagamentos a prazo e são obrigados a pagar juros altos.

Na opinião do consultor, pagar uma previdência privada é uma alternativa indicada para quem ainda trabalha, considerando a característica de perda de poder de compra da aposentadoria.

"Na prática, infelizmente os valores encontram-se em um patamar que está deteriorando o poder de aquisição da população brasileira", completou Boriola.

De acordo com o diretor da Confederação Brasileira de Aposentados e Pensionistas (Cobap), Vicente Fernandes Barbosa, representantes dos aposentados tentarão um encontro com o presidente da Câmara, deputado Michel Temer (PMDB-SP), para discutir projetos que minimizem a perda dos aposentados

17:17
Anónimo disse...
Previdência
Previdência prorroga isenção de tarifas no benefício

O atual sistema de pagamento aos 26 milhões de aposentados e pensionistas do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) será mantido até o final deste ano. O acordo, que permite realizar a operação sem nenhum custo aos beneficiários, foi renovado nesta sexta-feira, entre o governo federal e 21 instituições financeiras.

Por meio desse acordo, vigente desde setembro de 2007, nem os segurados, nem os bancos e nem o governo arcam com o pagamento de tarifas, conforme explicou o ministro da Previdência Social, José Pimentel. A prorrogação vale até dezembro, data máxima para que a Previdência defina as regras para um novo contrato.

Ao assinar o termo de renovação, na sede da Federação Brasileira dos Bancos (Febraban), o ministro disse que a intenção do governo é mudar o atual modelo de gestão visando a reduzir os custos dessas operações em torno da folha mensal, que atinge R$ 15,8 bilhões. No entanto, qualquer alteração, conforme explicou, passará antes por audiências públicas a serem realizadas a partir do segundo semestre deste ano, atendendo a determinação do Tribunal de Contas da União (TCU).

De acordo com Pimentel, com um redesenho do mecanismo de repasse dos recursos aos bancos em torno da folha de pagamento dos segurados o que se busca é um aumento da participação de instituições financeiras. Ele informou que, desde 2007, cada benefício custa em média R$ 1,07 ao governo. "Quanto mais instituições financeiras estiverem prestando serviços à sociedade, maior é a competitividade, a agilidade no atendimento", justificou.

O ministro observou, ainda, que, para permitir uma redução para algo em torno de meia hora no tempo de atendimento para a concessão dos direitos previdenciários, o governo investiu R$ 280 milhões.

Questionado sobre o descontentamento dos segurados que ganham acima de um salário mínimo terem obtido apenas a correção com base na variação do Índice de Preços ao Consumidor (INPC) , ficando abaixo do reajuste dado a quem recebe apenas o mínimo, Pimentel argumentou que o governo seguiu o que determina a lei e descartou a possibilidade de uma revisão

17:17
Anónimo disse...
Empresas
Caterpillar oferece aposentadoria antecipada a 2 mil


A companhia americana Caterpillar ofereceu a cerca de dois mil funcionários incentivos para que se aposentem de forma voluntária antes do previsto, pela perspectiva de uma queda "significativa" da atividade industrial, informou nesta quarta-feira a empresa.

A iniciativa, destinada aos trabalhadores de diversas fábricas em Illinois, Colorado, Tennessee e Pensilvânia, se soma aos cortes de empregos anunciados em janeiro, explicou em comunicado de imprensa.

A empresa, a maior fabricante mundial de maquinaria pesada para a construção e a mineração, acrescentou que, "em função das condições de negócio, podem ser necessárias mais reduções de elenco voluntárias e involuntárias à medida que o ano avança".

O vice-presidente da companhia, Sid Banwart, explicou que a empresa prevê "demissões significativas em todas as regiões geográficas e na maioria dos setores devido às dificuldades da economia mundial".

17:18
Anónimo disse...
Comércio
Comércio exterior da OCDE caiu no 3º trimestre de 2008


As exportações e as importações dos países da Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Econômico (OCDE) caíram 1,6% e 0,2%, respectivamente, no terceiro trimestre de 2008, em relação aos três meses anteriores.

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Trata-se da primeira queda destas atividades desde o terceiro trimestre de 2006, segundo o último relatório trimestral sobre fluxos comerciais divulgado pela OCDE.

As exportações e as importações em dólares dos 30 Estados-membros caíram 15,6% e 17%, respectivamente, na comparação anualizada.

Por sua vez, o comércio dos sete países mais ricos do mundo (G7) teve um pequeno crescimento no terceiro trimestre de 2008 com uma queda das exportações de mercadorias de 0,2% em relação ao trimestre anterior e um aumento de 0,4% das importações.

Em termos anualizados, as importações do G7 caíram 1,4% entre julho e setembro do ano passado, seu primeiro retrocesso desde o terceiro trimestre de 2006, enquanto as exportações aumentaram 1,9%, seu crescimento mais baixo no mesmo tempo.

Por países, a Alemanha aumentou suas importações em 3,4% - valor mais alto do G7 -, enquanto suas exportações caíram 2,9% do segundo para o terceiro trimestre de 2008.

Pelo contrário, as exportações americanas aumentaram 1,8% entre julho e setembro de 2008, enquanto as importações caíram 0,7% em relação ao trimestre anterior. No Japão, tanto as importações quanto as exportações caíram em torno de 1% no mesmo período.

17:19
Anónimo disse...
Economia Nacional
Lula: juros de crédito consignado a aposentados são altos

Atualizada às 17h29

O presidente Luis Inácio Lula da Silva afirmou nesta terça-feira, em São Paulo, que está lutando para reduzir as taxas de juros cobradas de aposentados em crédito consignado. A Previdência Social estabelece uma taxa máxima de 2,5% para empréstimo e de 3,5% para cartão. Para Lula, os valores são altos.

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"Acho que o juro que os aposentados estão pagando hoje com o crédito consignado é alto para o padrão brasileiro", disse o presidente durante a cerimônia de comemoração dos 86 anos do INSS.

A Previdência anunciou nesta terça-feira que aposentados e trabalhadoras com licença-maternidade poderão receber seus benefícios em 30 minutos. De acordo com Lula, em junho, a aposentadoria do trabalhador rural também será conseguida em meia hora.

Além disso, o presidente anunciou que, também em junho, os trabalhadores que alcançarem o direito à aposentadoria passarão a receber em suas casas um comunicado da Previdência informando o fato e o valor do salário que têm direito a receber. "É um comprometimento público que estou fazendo com os companheiros da Previdência Social", disse.

"Estamos retribuindo ao contribuinte da Previdência Social aquilo que é a cidadania que ele tem direito", afirmou Lula. "Se para cobrar nós somos tão precisos, para devolver o dinheiro, temos que chegar próximo à perfeição", completou.

17:20
Anónimo disse...
Economia Nacional
Salário maternidade sairá em 30 minutos, diz ministro

Toda trabalhadora autônoma que tiver contribuído pelo menos 10 meses com o Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) - ou as que possuírem carteira assinada - poderão receber em 30 minutos o salário maternidade a partir desta terça-feira. Da mesma forma, as mulheres com 30 anos de contribuição e os homens com 35 anos também terão direito ao benefício de forma mais rápida. A informação é do ministro da Previdência Social, José Pimentel.

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Para requerer o salário maternidade, é preciso que as autônomas levem a carteira de identidade e o carnê de contribuição. As demais trabalhadoras devem apresentar a identificação e a carteira de trabalho. Desde o início do mês, a nova forma de análise para a concessão de benefícios foi adotada para a aposentadoria por idade do trabalhador urbano e agora foi estendida para o salário maternidade e por tempo de contribuição.

O ministro disse que a qualificação do serviço da previdência social é o reconhecimento do direito dos trabalhadores e da afirmação da cidadania.

"Até pouco tempo na cabeça do cidadão o serviço devia ser de péssima qualidade. Agora não, nós modificamos toda a legislação no mês de dezembro numa ação conjunta do Congresso Nacional com o governo federal. Estamos implantando e concedendo os benefícios em até 30 minutos", afirmou.

O ministro destacou que para conseguir se aposentar ou ter acesso à licença maternidade em 30 minutos, em primeiro lugar, é necessário que o cidadão esteja vinculado à Previdência, o que inclui 65% da população acima de 16 anos de idade.

"Depois bastar marcar pelo sistema 135 o dia e a hora do atendimento e levar a documentação. Se todos os dados necessários estiverem corretos o contribuinte será atendido em até 30 minutos, como vem sendo feito com as aposentadorias por idade desde o dia cinco de janeiro", explicou.

Pimentel disse ainda que em 90% das agências da previdência social o atendimento é marcado em até 48 horas. Nos grandes centros, entretanto existe um volume maior o que torna mais lento o processo.

"Estamos criando mais 715 agências até 2010, em todo o território nacional, para descentralizar o atendimento. Em 2008, atendemos 295 mil benefícios e aposentadorias por idade. Temos 4 mil pessoas por dia procurando e se aposentando por idade no território nacional. Este serviço será agilizado", concluiu.
17:26
Anónimo disse...
Giuseppe Englaro, pai de Eluana, a italiana que morreu na segunda-feira passada por desidratação, recusou uma grande soma de dinheiro de um conhecido fotógrafo italiano que queria retratar a filha em estado de coma, disse neste sábado o neurologista que atendia a mulher desde 1996, Carlo Defanti.

O neurologista, que participou hoje de uma conferência sobre eutanásia, disse que Englaro respeitou a vontade da filha, que, antes do acidente, tinha pedido que, se lhe ocorresse qualquer coisa irreversível, apresentasse sua imagem de quando estava em boas condições.

Antes de sofrer o acidente de trânsito, em 1992, Eluana viveu o coma de um amigo, Alessandro, o que causou forte impacto na italiana e a levou a fazer o pai prometer que não a deixasse viver em estado vegetativo, disse o próprio Giuseppe Englaro.

Defanti, que dissera que Eluana poderia viver de dez a 12 dias depois da suspensão da alimentação e da hidratação, disse que, como médico, tinha que reprovar esta afirmação.

"Não se pode sobreviver após três ou quatro dias sem líquido e, em particular, água em um corpo. Sabemos bem que, quando há um terremoto, após quatro dias é difícil encontrar sobreviventes".

Defanti ressaltou que Eluana "não falava, não se comunicava com o exterior" e que, após vários exames, "nos deparamos com uma moça que tinha perdido a consciência", porque estava com o córtex cerebral prejudicado.

Eluana foi enterrada na quinta-feira passada no túmulo da família na localidade de Paluzza, em Udine, após um funeral que não contou com a presença dos pais.

16:53
Anónimo disse...
Os bombeiros combatem neste sábado os incêndios na Austrália favorecidos pelo bom tempo, enquanto os deslocados encotram em seu retorno casas derruídas, carros queimados nas ruas e destruição.

Depois de sete dias desde que começaram os incêndios no Estado de Victoria, a lista de mortos chega a 181, os desaparecidos somam 50, os edifícios destruídos totalizam 1,834 mil e o terreno arrasado, principalmente florestas, ocupa uma área de 4,13 mil quilômetros quadrados.

As equipes de bombeiros, formadas por 4 mil profissionais de Victoria, de outras partes da Austrália e de países amigos, combateram hoje 12 focos fora de controle e nenhum representava uma ameaça direta para a população.

O subdiretor do Serviço de Bombeiros, Geoff Conway, disse que este tempo favorável, que se prolongará durante o domingo, permite consolidar as linhas de contenção e avançar na extinção das chamas.

Cinzas apareceram arrastadas por ventos do nordeste sobre Melbourne, onde habitam 3,8 milhões de pessoas, e as autoridades alertaram aos cidadãos do risco para a saúde de idosos, crianças e pessoas com problemas respiratórios.

O número de pessoas deslocadas - a Cruz Vermelha chegou a receber 7 mil - começou a cair com a abertura de algumas localidades atingidas.

Os incêndios, alguns criminosos, começaram em 7 de fevereiro, quando a região sul da Austrália estava há duas semanas sob uma onda de calor sem precedentes.

Na sexta-feira passada, a polícia acusou uma pessoa de ter provocado o incêndio que atingiu a localidade de Churchill e matou 21 pessoas.

16:55
Anónimo disse...
A primeira chuva em seis dias reduziu a ameaça de incêndios no Estado de Victoria, ao sul da Austrália. As autoridades, porém, advertiram que ainda existem 12 focos, mas que nenhum deles ameaça áreas povoadas.

Mais de quatro mil bombeiros, mil provenientes de outras partes do país e de outras nações, trabalham contra o fogo. Cerca de 600 veículos e 28 helicópteros e pequenos aviões estão sendo usados.


Eles conseguiram construir linhas de contenção para evitar os incêndios de Yarra e Maroondah se juntassem. Também foram controlados os incêndios abertos de Yea e Murrindindi, que ameaçavam as comunidades de Connellys Creek, Crystal Creek, Scrubby Creek e Native Dog Creek.

O número de mortos chegou a 181, mas as autoridades acreditam que as vítimas devem passar de 200, já que ainda há muitos desaparecidos.

16:55
Anónimo disse...
Aqui nesta coluna, na semana passada, tive a oportunidade de comentar sobre a recente visita do professor brasileiro Pedrinho Guareschi à Austrália. Não dei, porém, os fatos, pois semana passada o assunto era outro.

Hoje, porém, vamos a eles.

No último dia 4 de fevereiro, aconteceu o Seminário "Paulo Freire: Education and Liberation", organizado pelo centro de estudos latino-americanos da Universidade Nacional da Austrália, ou ANU, como é mais conhecida por aqui.

A ANU, para quem não sabe, está entre as 20 melhores universidades do mundo! E tem sede aqui em Camberra, capital da Austrália.

Na abertura do evento, o professor John Minns, diretor do centro latino-americano, ao dar boas-vindas ao público presente, lembrou ser aquele o primeiro seminário exclusivamente dedicado a Paulo Freire na Austrália.

Em seguida, convidou Pedrinho Guareschi, palestrante principal do Seminário, a fazer sua apresentação.

A plateia pode então conhecer, pelas palavras de Pedrinho, um pouco da obra e da vida de Freire, esse brasileiro de fé e valor, que sempre acreditou na educação, sobretudo dos menos favorecidos, analfabetos, como força libertadora.

Como não podia deixar de ser, os conceitos e ideias revolucionários de Paulo Freire, expostos com clareza por Pedrinho, despertaram o interesse e a curiosidade de plateia. A qual, deve-se notar, era na maioria de estudantes, mas de várias nacionalidades, sobretudo australianos e asiáticos.

Na continuação do programa do seminário, que se estendeu por dois dias, outros professores fizeram palestras sobre temas ligados à obra de Paulo Freire.

Interessante, por exemplo, saber que a professora Anne Hickling-Hudson, jamaicana que mora na Austrália há muitos anos (é professora da ANU), conheceu e trabalhou com Freire num workshop educacional durante a revolução na Ilha de Granada, em 1980, antes da invasão dos Estados Unidos...

Ou, então, a palestra da Professora Gerda Roelvink, da Nova Zelândia, que participou do Fórum Social de Porto Alegre em 2005. E essa participação transformou-se em tema de doutorado.

No dia 10, terça-feira passada, o padre Pedrinho Guareschi voltou a falar ao público australiano em grande auditório localizado no belíssimo campus da ANU. Desta vez, sobre a Teologia da Libertação.

Depois da palestra, John Minns mostrou o filme mexicano "O Crime do Padre Amaro", no qual um dos personagens é um padre católico praticante da Teologia da Libertação.

Mais uma vez, foi grande o intersse da platéia, que pode aprender e conhecer um pouco como se desenvolveu aquele importante movimento católico na América Latina.

Fica, assim, ao Pedrinho, bem como a outros brasileiros estudiosos e de bom coração que saem pelo mundo a divulgar aspectos importantes da cultura brasileira, o respeito e a homenagem desta coluna. E... aquele abraço!

16:57
Anónimo disse...
Amanda Kitts perdeu o braço esquerdo em um acidente de automóvel acontecido três anos atrás, mas hoje em dia ela joga futebol americano com seu filho de 12 anos de idade, troca fraldas e abraça as crianças nas três creches Kiddie Cottage que opera em Knoxville, Tennessee. Kitts, 40 anos, faz tudo isso com a ajuda de um novo tipo de braço artificial que se movimenta com mais facilidade do que outros aparelhos e que ela pode controlar utilizando apenas seus pensamentos.

"Eu sou capaz de mexer a mão, o pulso e o cotovelo ao mesmo tempo", diz. "Você pensa e os músculos se movem em seguida".

A recuperação que ela conseguiu resulta de um novo procedimento que vem atraindo crescente atenção porque permite que pessoas movam braços protéticos de forma mais automática do que faziam no passado, simplesmente utilizando nervos reaproveitados em seus cérebros.

A técnica, conhecida como "renervação muscular dirigida", envolve utilizar os nervos que restam depois da amputação de um braço e conectá-los a outro músculo do corpo, em geral no peito. Eletrodos são instalados sobre os músculos do peito, e operam como se fossem antenas. Quando a pessoa deseja mover o braço, o cérebro envia sinais que primeiro resultam em contração dos músculos do peito, os quais enviam um sinal ao braço protético, instruindo-se a se movimentar. O processo não requer mais esforços consciente do que a pessoa teria de exercitar caso ainda tivesse seu braço natural.

Na terça-feira, pesquisadores reportaram em estudo publicado pela versão online do Journal of the American Medical Association que haviam levado a técnica ainda mais à frente, tornando possível a execução de 10 movimentos de mão, pulso e cotovelo diferentes, o que representa uma substancial melhora com relação ao típico repertório protético, que em geral envolve apenas dobrar o cotovelo, girar o pulso e abrir a mão.

"Os novos métodos tiveram impacto dramático em nosso campo de trabalho", disse Stuart Harshbarger, engenheiro biomédico na Universidade Johns Hopkins e diretor do programa de pesquisa sobre próteses, financiado pelas forças armadas, que inclui o trabalho com essa técnica. "O método já está em uso por médicos e cirurgiões comuns em todo o país. A capacidade de controlar um membro protético bastante robusto que ele confere surpreendeu a todos pela qualidade".

Tipicamente, uma pessoa que tenha um braço protético só é capaz de executar alguns poucos movimentos, e muitas vezes com tamanha lentidão que isso só permite a ela atividades limitadas.

Há um motor separado para cada movimento, diz Gerald Loeb, professor de engenharia biomédica na Universidade do Sul da Califórnia, "e esses motores precisam ser controlados de maneira explícita", usualmente por um esforço consciente da pessoa para contrair músculos nas costas ou no bíceps.

"Essencialmente, até agora os pacientes controlavam apenas um motor de cada vez", diz Loeb, "e precisavam pensar cuidadosamente sobre que motor desejavam controlar e como fazê-lo operar, em lugar de simplesmente pensarem em mover o braço e poderem fazê-lo sem delongas".

Antes que Kitts passasse pelo procedimento de renervação, em outubro de 2007, por exemplo, ela precisava movimentar os músculos de suas costas de determinada maneira para fazer com que seu pulso girasse, e flexionar seu bíceps e tríceps para fazer com que o cotovelo se movesse para cima e para baixo. "Era muito trabalho", ela conta. "E não me ajudava muito".

O procedimento de renervação é parte de uma recente explosão de idéias novas e técnicas inovadoras que estão sendo exploradas enquanto os cientistas se esforçam por ajudar as pessoas a compensar melhor a perda de membros ou problemas de paralisia. O esforço vem sendo alimentado pelo aumento no número de amputações causado por diabetes e por ferimentos sofridos pelos militares, e ao mesmo tempo pelos avanços na tecnologia médica.

Os braços se tornaram um dos focos essenciais desse tipo de trabalho. A ciência há muito vem obtendo sucessos no desenvolvimento de próteses de perna, mas é muito mais difícil imitar a complexidade e a destreza das mãos e dos braços.

Os esforços em curso incluem o desenvolvimento de projetos de pele e braços mais sensíveis e mais flexíveis, e o uso de dispositivos acionados por controles sem fio implantado nos braços protéticos, que permitiriam movimentos mais naturais.

Os pesquisadores também vêm usando sensores implantados nos cérebros de cobaias para permitir que dois macacos controlem um braço mecânico, e um teste com um homem paralítico permitiu, com esse método, que ele movimentasse um cursor em uma tela de computador.

Alguns desses métodos, caso venham a ser aperfeiçoados plenamente e consigam aprovação das autoridades regulatórias da saúde, podem no futuro se tornar mais viáveis para os pacientes de amputações.

E embora a técnica da renervação não requeira aprovação das autoridades regulatórias porque é executada por meios cirúrgicos e emprega aparelhos já existentes, ela apresenta limitações que até mesmo seus criadores reconhecem, entre as quais o fato de que não se pode utilizá-la para todos os pacientes, o seu alto custo e o prazo de meses requerido para que os nervos reconectados cresçam e se tornem efetivos.

Ainda assim, os especialistas dizem que é o mais avançado sistema em uso hoje para pacientes reais que permite que o sistema nervoso controle diretamente o movimento de um braço artificial.

Desde sua introdução por Todd Kuiken, médico fisioterapeuta e engenheiro biomédico do Instituto de Reabilitação de Chicago, o método foi empregado em cerca de 30 pacientes nos Estados Unidos, Canadá e Europa, entre os quais oito soldados feridos no Iraque e no Afeganistão.

Muitos dos pacientes, entre os quais o primeiro, Jesse Sullivan, um operário do setor elétrico no Tennessee que perdeu os dois braços quando foi eletrocutado por um cabo, conseguem não apenas manipular seus braços protéticos mas sentir a presença das mãos que já não têm quando alguém toca em seus peitos.

Sullivan, 62 anos, e Kitts, estavam entre os cinco pacientes que participaram do estudo reportado na terça-feira. Em companhia de cinco outras pessoas que não passaram por amputações, eles receberam os eletrodos e foram instruídos a usar pensamentos para fazer com que um braço virtual na tela reproduzisse 10 movimentos diferentes, entre os quais três formas diferentes de aperto de mão.

Os pacientes apresentaram desempenho bastante respeitável, apenas um pouco mais lento e menos preciso do que os dos participantes que não tinham amputações.

"As velocidades de movimento que encontramos em nossos pacientes foram realmente encorajadoras", disse Kuiken. "Eles conseguiram completar a tarefa. É claro que não foram tão competentes quanto as pessoas dotadas de plena capacidade física, mas foram bons o bastante".

Um braço virtual foi usado porque a maioria das próteses existentes não era capaz de acomodar todos aqueles movimentos, no momento da pesquisa, ainda que Sullivan, Kitts e uma terceira paciente, Claudia Mitchell, tenham experimentado dois novos protótipos mais versáteis de braços artificiais, executando tarefas complexas com bolas de tênis e outros objetos.

O trabalho de renervação em soldados apresenta outros desafios, diz Kuiken, porque os ferimentos militares muitas vezes "causam danos muitos extensos" a nervos, músculos ou ossos.

Daniel Acosta, 25 anos, um aviador ferido pela detonação de uma bomba em uma estrada do Iraque em 2005, passou pelo procedimento no ano passado e diz que seu braço esquerdo protético agora se movimenta "muito mais rápido" e de maneira muito mais natural.

"A diferença é que agora não preciso mais pensar para mover o braço", ele diz. "Ele simplesmente se mexe".

Ainda assim, Acosta, de San Antonio, diz que "o processo foi bastante longo" e que os eletrodos precisam ser ajustados para receber os sinais à medida que os nervos crescem ou mudam de posição.

E embora elogiem o método, os especialistas afirmam que a ciência das próteses de braço ainda tem muito por avançar.

"Trata-se de uma parte crucial, mas ainda assim apenas uma parte, das muitas coisas que compreendem a função normal de um braço", disse Loeb, que escreveu um editorial que acompanha o artigo no Journal of the American Medical Association.

"No momento estamos a meio do caminho entre o braço de 'Dr. Fantástico', que fazia involuntariamente a saudação nazista, e o braço de Luke Skywalker em 'Guerra nas Estrelas', que funciona sem nenhum problema assim que é conectado. Creio que precisaremos ainda de muitos anos para conectar todas as peças necessárias a produzir um braço capaz de funcionar normalmente".

17:04
Anónimo disse...
A Espanha disse neste sábado que está preparando uma reclamação oficial contra a decisão da Venezuela de expulsar um membro do Parlamento Europeu que criticou o conselho eleitoral venezuelano.
Luis Herrero, membro do partido conservador espanhol PP, foi deportado na sexta-feira depois que o Conselho Nacional Eleitoral (CNE) o acusou de questionar a imparcialidade da instituição antes de um referendo que pode permitir ao presidente Hugo Chávez permanecer no cargo indefinidamente.

Herrero estava na Venezuela como observador do referendo. Ele acusou Chávez de ter "comportamentos típicos de um ditador" por pedir a contenção de manifestações da oposição.

O governo da Espanha convocou um encontro com o embaixador da Venezuela em Madri para expressar a desaprovação sobre a expulsão de Herrero, disse um representante do Ministério das Relações Exteriores espanhol.

As relações da Venezuela com a Espanha tiveram seu ponto crítico em 2007, quando Chávez ameaçou rever acordos diplomáticos e comerciais depois de ouvir um "cala a boca" do rei espanhol Juan Carlos durante uma cúpula.

A fenda foi oficialmente reparada em 2008, com uma visita oficial de Chávez à Espanha, onde ele cumprimentou o rei e discutiu acordos para investimento no setor petroquímico com o primeiro-ministro José Luis Rodriguez Zapatero.

17:06
Anónimo disse...
A polícia do Zimbábue anunciou neste sábado que acusa de traição Roy Bennett, dirigente do até agora opositor Movimento para a Mudança Democrática (MDC), detido na sexta-feira, em Harare, poucas horas antes da cerimônia de posse dos membros do novo gabinete.

"A Polícia nos informou que vão apresentar acusações de traição", disse à agência EFE o advogado de defesa de Bennett, Trust Maanda.

"Tentam relacionar Roy com o caso de Mike Hitschmann, que foi detido em 2006 em relação à descoberta de um carregamento de armas, apesar de que Hitschmann não tenha sido declarado culpado das acusações de traição apresentadas contra ele, mas de um crime menor de descumprimento de leis", disse Maanda.

O político opositor, designado por seu partido como vice-ministro de Agricultura no Governo de união nacional, esteve no exílio na vizinha África do Sul desde 2006 e retornou ao Zimbábue há duas semanas.

Segundo a Polícia, que deteve Bennett ontem no aeroporto de Harare quando pretendia ir à África do Sul para visitar sua família, as armas apreendidas em 2006 seriam utilizadas em um golpe de Estado para derrubar o presidente do Zimbábue, Robert Mugabe.

Depois da detenção, Bennet foi levado a Mutar, onde vários simpatizantes do MDC se concentraram em frente à delegacia na qual estava detido, diante do que a Polícia respondeu com tiros para o alto para dispersar os manifestantes.

17:07
Anónimo disse...
Austrália: 14 mil se candidatam a 'emprego dos sonhos'

A secretaria de Turismo de Queensland, na Austrália, informou que até esta segunda-feira já recebeu cerca de 14 mil inscrições para o "o melhor emprego do mundo". O Estado australiano promove pela internet seleção para vaga de "zelador" da ilha Hamilton, por seis meses com um salário de R$ 40 mil.

Muitos candidatos tiveram problemas durante a inscrição por conta dos acessos simultâneos ao site. A secretaria aconselha enviar os vídeos de 60s explicando porque deve ser escolhido em horários alternativos do dia, além de recomendar tamanho em torno de 40MB.

As inscrições começaram em 12 de janeiro e vão até o próximo dia 22 e podem ser feitas pelo site www.islandreefjob.com. O governo australiano escolherá 50 candidatos para a próxima fase da seleção, que terá votos do público para eleger um dos 11 finalistas.

A última fase terá entrevistas e desafios físicos, no próprio local de trabalho: as ilhas da Grande Barreira Coralina - o maior recife de coral do mundo. A secretaria de Turismo anunciará o vencedor no dia 6 de maio.

17:09
Anónimo disse...
Mercado elogia governo na crise, mas pede maior queda no juro

Peter Fussy
Direto de São Paulo

Desde as primeiras medidas anunciadas para combater os efeitos da crise, o governo brasileiro avisou que a estratégia não contemplaria um pacote. Seriam doses pontuais, de acordo com a necessidade da economia diante do agravamento das turbulências. Da primeira liberação dos depósitos compulsórios em setembro até a ampliação do seguro-desemprego na última quarta-feira, o governo passou por redução de impostos, ampliação de crédito e incentivos à exportação. Quase 150 dias após a primeira medida, o Terra conversou com líderes do setor público e privado, representantes dos trabalhadores, acadêmicos e com o próprio governo para saber quais destas ações foram mais eficazes, quais foram mais ineficientes e o que mais pode ser feito pelo Estado brasileiro contra a crise.

Os maiores elogios foram direcionados à atitude de reduzir o Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) para a indústria automobilística, anunciada em dezembro e que fez com que os emplacamentos de carros novos subissem 1,9% no primeiro mês do ano em relação a dezembro de 2008. Já as maiores críticas foram para a lentidão no corte da taxa básica de juro do País.

Para o presidente do conselho administrativo do Grupo Pão de Açúcar, Abílio Diniz, o Estado não é responsável pela crise e mesmo assim está agindo "com extrema serenidade e muito acerto". "O governo está atento, fazendo a sua parte. É preciso coragem de baixar firmemente a taxa de juros. É uma arma que temos a nosso favor, já que não há clima para inflação, nem possibilidade de danos para a macroeconomia", afirmou Diniz.

Na última reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), em janeiro, a taxa Selic foi reduzida em um ponto percentual, de 13,75% para 12,75% ao ano. Porém, o professor de economia da Universidade de Brasília (UnB) José Luiz Oreiro lembra que este corte representa uma redução de apenas 0,25 ponto percentual com relação à taxa de setembro do ano passado, quando a crise se agravou.

"Pouco antes da eclosão da crise, o Banco Central aumentou a taxa em 0,75 ponto. Foram cinco meses de demora para reduzir em termos líquidos apenas 0,25 ponto", afirmou o economista, que também sugeriu redução do intervalo de cerca de 90 dias entre as reuniões do Copom e o corte de pelo menos um 1 ponto percentual em cada reunião.

Mesmo com o corte de janeiro, a taxa de juros real continua sendo a maior do mundo, lembrou o secretário-geral da Força Sindical, João Carlos Gonçalves, o Juruna. "A redução da taxa de juro ainda é pequena, porque ela continua uma das mais altas do mundo. Falta ousadia para baixar os juros e ajudar o cidadão. A permanência da taxa de juro alta é negativa para o País em meio a crise", afirmou Juruna.

Embora aprove as ações do governo, o senador Aloízio Mercadante (PT-SP) também acredita que o patamar da Selic está muito alto. "Sempre fomos os primeiros a entrar em qualquer crise, o que não aconteceu agora. A taxa Selic ainda é muito alta, mas o governo têm tomado medidas acertadas, como o aumento do salário mínimo, mesmo com um cenário de crise. Isso ajuda a movimentar o consumo. O governo está se esforçando para manter os investimentos e o crescimento", disse.

Tributos
De acordo com o economista Fabio Pina, da Fecomercio-SP, as ações mais positivas estão relacionadas à redução de tributos para alguns segmentos, como a indústria automobilística, que recuperou parte da queda nas vendas em janeiro com a isenção do IPI para carros 1.0 l e o corte para demais motorizações. A medida vale até o final de março.

"Essas medidas não só reduziram o preço, mas anteciparam o consumo daqueles que iriam comprar no futuro, dando um prêmio por conta da insegurança. Mexe diretamente com o principal problema que é a confiança do consumidor", afirmou. Juruna destacou que um bom ritmo de vendas é garantia de emprego. "É importante porque cada emprego na montadora significa 19 na cadeia produtiva", comentou o representante da Força Sindical.

Também em dezembro, o governo decidiu cortar pela metade a alíquota do Imposto de Renda para contribuintes que ganham entre R$ 1.434 e R$ 2.150 mensais. "O salário aumentava e a tabela não se modificava. As pessoas ganhavam mais e pagavam mais impostos", apontou Juruna. Outra redução de tributos do governo foi com relação ao Imposto sobre Operações Financeiras (IOF), que caiu de 3% ao ano para 1,5%.

Crédito
Na segunda metade de 2008, o colapso de bancos nos Estados Unidos por conta da crise do subprime provocou uma forte restrição de crédito no mundo inteiro. Uma das primeiras medidas anticrise do governo teve como objetivo restabelecer a oferta, com mudanças no recolhimento dos depósitos compulsórios por parte dos bancos. Segundo o presidente do Banco Central, Henrique Meirelles, as diversas modificações liberaram US$ 99,2 bilhões aos bancos até o final de janeiro.

Além disso, o governo concedeu R$ 36 bilhões das reservas internacionais para empresas brasileiras com dívidas no exterior e uma medida provisória autorizou o Banco do Brasil e a Caixa Econômica Federal a comprar carteiras de crédito de bancos privados. Para o diretor do Departamento de Pesquisas e Estudos Econômicos da Fiesp, Paulo Francini, estas medidas foram essenciais para combater os efeitos da crise.

"A crise se desenvolve no mundo em torno do tema crédito. E o crédito reduziu-se barbaridade no mundo. Então o governo lança mão de compulsório, lança mão de reservas, de medidas que permitem aos bancos comprar carteiras de bancos. Você vai tomando várias medidas para atender às demandas e o epicentro disso é crédito", afirmou.

No entanto, Oreiro, da UnB, adverte que a liberação dos compulsórios seria mais eficiente acompanhada de redução mais agressiva da taxa básica de juro. "Uma parte do crédito voltou, depois da forte retração em outubro e novembro. O que deveria ter sido feito junto à liberação do compulsório era uma redução mais drástica da taxa de juro. Sem isso, os bancos pegam as reservas e acabam comprando títulos públicos", explicou o economista.

Na opinião de Pina, as ações de distribuição de crédito via redução do compulsório e a disposição de capital de giro para empresas foram tomadas sem um cuidado maior na operação e não tiveram muito efeito. "O BNDES tem linhas que ficam paradas quase todo o ano, agora é pior ainda. Existem os recursos, mas as empresas e os bancos estão desconfiados. É preciso fazer com que os bancos tenham interesse em emprestar", afirmou o economista da Fecomercio-SP.

Futuro
Mesmo com todas essas medidas, a crise financeira ainda gera incertezas nos setores produtivos do País. Nos últimos meses, o medo do desemprego fez os consumidores adiarem compras. Por sua vez, a queda nas vendas pode obrigar as indústrias a cortarem a produção e demitir funcionários. Contra isso, empresários sugerem redução de jornada e de salários.

"Isto está previsto em lei. A Fiesp simplesmente manteve conversações com entidades sindicais quanto à aplicação daquilo que já está previsto em lei", afirmou Francini.

Segundo a ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff, uma das medidas que assegura um nível de emprego é a manutenção de investimentos no Programa de Aceleração do Crescimento (PAC). "Estamos esperando que a dificuldade ocorra em janeiro, fevereiro e março. Estamos certos que vamos manter o nível de investimento. É isso que funciona, é isso que significa investimento público. Ele funciona como um colchão. Por isso, nós colocamos R$ 100 bilhões no BNDES e a Petrobras ampliou o seu investimento em R$ 120 bilhões", afirmou.

Na mesma linha, Pina explica que a antecipação de gastos do governo substitui parte da demanda retraída do setor privado. "Ele dá o seguinte recado: não vou estourar as contas públicas, mas concentrar em um momento em que a demanda privada está pequena. Mas o governo não tem fôlego suficiente para fazer o papel de toda demanda", ressaltou. O economista da Fecomercio lembrou que a entidade já pleiteou junto ao governo isenções para transferência de imóveis e de automóveis, além de retirar o IPVA para veículos novos.

Já Oreiro foca suas propostas na capitalização do Banco do Brasil e da Caixa Econômica Federal pelo Tesouro para atender a demanda de crédito para capital de giro e reduzir o spread. "Aumentando o empréstimo e reduzindo as taxas, os dois vão forçar os bancos privados a acompanhar o movimento, até para não perderem participação no mercado", explicou o economista da UnB.

Até o Carnaval, o governou prometeu detalhar um pacote de incentivos para a construção de até um milhão de casas populares, direcionado a famílias com renda de até dez salários mínimos. "Estamos atentos a tudo o que está acontecendo e novas medidas serão tomadas caso haja uma avaliação de que sejam necessárias", disse o ministro da Fazenda, Guido Mantega, na última sexta-feira.

17:11
Anónimo disse...
Ex-ministro critica extensão do seguro-desemprego

Atualizada às 09h03

O ex-ministro do Trabalho Almir Pazzianotto criticou a decisão do governo federal de conceder o seguro-desemprego estendido a apenas alguns setores. "É certamente odioso e provavelmente inconstitucional", disse Pazzianotto, de acordo com o jornal O Estado de S. Paulo.

Na última qurta, dia do anúncio da medida, centrais sindicais elogiaram a atitude do governo. A Força Sindical divulgou nota dizendo que "o aumento ajudará a aquecer parte da economia, já que irá gerar mais consumo, produção e conseqüentemente, a criação de novos postos de trabalho". A União Geral dos Trabalhadores (UGT) afirmou que a medida "contribuirá para minimizar o drama dos trabalhadores que perderem seu emprego por conta da crise".

O ex-ministro, que instituiu o seguro-desemprego no País no governo de José Sarney, destacou a necessidade de as centrais sindicais se manifestarem contra a determinação. Para ele, as mudanças devem ser aplicadas a todas as categorias profissionais e a distinção é contrária ao artigo 3º da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT).

Pazzianotto atribui a medida a um possível temor do governo de que a crise econômica seja longa e não haja dinheiro para atender a todas as necessidades. Ainda assim, ele se mostra contrário ao método de concessão. "O seguro-desemprego ajuda a sanar necessidades básicas. Estendê-lo é paliativo, não a solução", disse ao jornal.

De acordo com o presidente do Conselho Deliberativo do Fundo de Amparo ao Trabalhador (Codefat) e conselheiro da Força Sindical, Luiz Fernando Emediato, a determinação já estava prevista na lei 8.900/94, que trata do seguro-desemprego.

O presidente da Comissão de Trabalho da Câmara, Pedro Fernandes (PTB-MA) vai além na crítica à concessão do seguro para apenas alguns setores. Ele acredita que a ampliação do benefício estimula o desemprego.

Quintino Severo, secretário geral da Central Única dos Trabalhadores (CUT), lembra que a ampliação do benefício sem critério e identificação pode incentivar demissões em outros setores.

17:13
Anónimo disse...
Empresas
TAM faz promoção para destinos internacionais

A companhia aérea TAM anunciou nesta sexta-feira tarifas promocionais para trechos internacionais. Os preços valem para bilhetes comprados entre 6h deste sábado e 23h59 deste domingo e são válidos para classe econômica. As tarifas, para ida e volta, serão vendidas a partir de US$ 99, mais taxas.

Segundo a aérea, a promoção vale para viagens feitas no período de 14 de fevereiro a 18 de junho de 2009. Para destinos na América do Sul, a permanência mínima é de dois dias; para bilhetes com destino nos Estados Unidos, cinco dias; e Europa, sete dias. A permanência máxima para as passagens para América do Sul e EUA é de dois meses e para Europa, três meses.

Entre os exemplos de tarifas promocionais, a TAM oferece São Paulo-Lima por US$ 99. Bilhetes para a rota São Paulo-Santiago serão vendidos a partir de US$ 199 e São Paulo-Nova York, US$ 799.

A emissão dos bilhetes deve ser feita obrigatoriamente no ato da reserva, obedecendo às regras estipuladas pela companhia. A compra está sujeita à disponibilidade de assentos nas classes tarifárias determinadas, trechos, horários e datas. A TAM afirmou que também há tarifas promocionais para a classe executiva.

Mais informações podem ser encontradas no site promocional (www.ofertastam.com.br), no site da empresa (www.tam.com.br) ou pelos telefones 4002-5700 ou 0800 5705700.

17:13
Anónimo disse...
Empresas
Consultoria negocia compra do parque temático Hopi Hari

A consultoria especializada em reestruturação de empresas Íntegra Associados informou nesta sexta-feira ter um acordo para comprar o parque de diversões Hopi Hari, localizado no interior de São Paulo. A empresa estaria disposta a investir R$ 10 milhões no parque, que tem dívida estimada em R$ 800 milhões. As informações são da edição deste sábado do jornal Folha de S. Paulo.

De acordo com o jornal, a transação ainda depende da negociação entre o Hopi Hari e seus credores, o que já estaria em andamento.

A consultoria paulista já atuou junto à Parmalat, durante 30 meses, quando reorganizou a gestão da empresa italiana.

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17:14
Anónimo disse...
Empresas
Disney de Tóquio contratará mais 2 mil apesar da crise


A Oriental Land, o operador da Disneylândia Tóquio e DisneySea, organizou neste domingo entrevistas para contratar cerca de 2 mil trabalhadores em tempo parcial, em um momento de grandes demissões deste tipo de empregados no Japão.

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O operador deste parque temático, situado em Urayasu, na província de Chiba (leste de Tóquio), está em pleno processo de seleção de empregados para 20 tipos de postos trabalhistas diferentes.

Segundo a companhia, citada pela agência local de notícias Kyodo, o parque contratará novos trabalhadores para as atrações, para os restaurantes e guardas de segurança entre outros. Os novos contratados começarão a trabalhar a partir de fevereiro.

O processo de seleção acontece em um momento em que a maioria das grandes companhias japonesas começaram a se ver obrigadas a despedir uma elevada percentagem de seus trabalhadores temporários e a tempo parcial.

Algumas inclusive anunciaram demissões de seus trabalhadores fixos, uma medida muito pouco comum nas companhias japonesas, perante os efeitos piores que o esperado pela crise econômica global.

Cerca de uma centena de pessoas esperavam desde a primeira hora desta manhã a abertura do centro de conferências Tokyo International Forum, onde as entrevistas estão sendo feitas, para ser os primeiros a solicitar os postos de trabalho.


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17:15
Anónimo disse...
Economia Internacional
Senado dos EUA aprova plano de estímulo à economia

O Senado dos Estados Unidos aprovou com 60 votos a favor e 38 contra o plano de estímulo à economia de US$ 787 bilhões na madrugada deste sábado. Agora, ele segue para sanção ou veto do presidente Barack Obama, que espera colocar a lei em prática até o dia 16 de fevereiro.

O plano prevê a criação de três milhões de empregos, inclui cortes de impostos às famílias, fundos para programas sociais e obras públicas, além de ajuda aos governos estaduais, estudantes e desempregados.

A cláusula Buy American - que exige o uso de ferro, aço e produtos manufaturados dos Estados Unidos em obras realizadas com recursos do pacote - ficou de lado. Segundo o texto definitivo, a cláusula será aplicada sem violar as normas do comércio internacional.

Ontem à tarde, a Câmara de Representantes (deputados) havia aprovado, por 246 votos a favor e 183 contra, a versão final do plano. Todos os republicanos foram contrários ao pacote.

Pelo acordo de quarta-feira entre Câmara e Senado, em vez de custar US$ 819 bilhões, como queriam os deputados, ou US$ 838 bilhões como pretendiam os senadores, o pacote ficou em cerca de US$ 787 bilhões, com 65% desse total destinado a gastos do governo federal e 35%, a créditos tributários.

17:16
Anónimo disse...
Economia nacional
Na era Lula, aposentadoria sobe 54% menos que salário mínimo

Thatiane Faria
Especial para o Terra
Direto de São Paulo

Os índices de reajustes concedidos pelo governo em 2009 para aposentados e pensionistas e para o salário mínimo repetiram uma diferença que, só durante o governo de Luiz Inácio Lula da Silva, já chega a 54%. Enquanto o mínimo foi majorado em 12% este ano, as pensões e aposentadorias tiveram aumento de 5,92%. Aposentados que têm o benefício do governo como única fonte de renda reclamam que perdem poder de compra e que sua cesta de compras é composta por itens que aumentam mais em relação à inflação oficial.

Um exemplo prático pode ser entendido a partir da comparação entre um aposentado que ganhava R$ 600 em janeiro de 2003. Na época, o benefício era três vezes, ou 200%, maior que o valor do mínimo em vigência, que era de R$ 200. Aplicando-se os índices de reajuste para aposentadorias e para o mínimo durante os últimos seis anos, o mesmo aposentado estaria recebendo hoje R$ 938,47, comparado a um salário mínimo de R$ 465. A diferença entre os dois valores caiu para pouco mais de 100%.

Enquanto o índice acumulado de reajuste para a aposentadoria durante o governo Lula foi de 60%, para o salário mínimo está em 132%.

O diretor do Sindicato Nacional dos Aposentados, João Inocentini, reclama que os valores dos benefícios para aposentadorias não mantêm o poder de compra do grupo, principalmente dos aposentados que recebem menos que dez salários mínimos.

Nem mesmo o fato de o índice de reajuste das aposentadorias ter ficado acima da inflação acumulada no mesmo período (o IPCA entre janeiro de 2003 e janeiro de 2009 foi de 39,7%) serve de argumento, segundo os aposentados.

"Os idosos, principalmente, têm gastos além das contas gerais como gás, telefone e aluguel. Para eles o custo com remédios, e outros itens da área saúde costuma ser maior", afirmou Inocentini.

O presidente do sindicato afirmou que o grupo realiza um estudo com 100 itens de necessidade de um idoso para comparar o aumento dos produtos com o índice de reajuste do benefício recebido pelos aposentados.

"Daqui dois meses vamos abrir um processo na Justiça e levar essa pesquisa como prova. Segundo a lei, o governo é obrigado a manter o poder de compra com a aposentadoria", disse Inocentini.

Alternativas
O consultor financeiro Cláudio Boriola diz que os aposentados, especialmente nesse momento de crise econômica, devem evitar compras parceladas, pesquisar preços, negociar e fazer bom planejamento financeiro.

Segundo Boriola, alguns aposentados ganham um valor mensal muitas vezes insuficiente para o pagamento das contas e acabam pedindo crédito ou realizando pagamentos a prazo e são obrigados a pagar juros altos.

Na opinião do consultor, pagar uma previdência privada é uma alternativa indicada para quem ainda trabalha, considerando a característica de perda de poder de compra da aposentadoria.

"Na prática, infelizmente os valores encontram-se em um patamar que está deteriorando o poder de aquisição da população brasileira", completou Boriola.

De acordo com o diretor da Confederação Brasileira de Aposentados e Pensionistas (Cobap), Vicente Fernandes Barbosa, representantes dos aposentados tentarão um encontro com o presidente da Câmara, deputado Michel Temer (PMDB-SP), para discutir projetos que minimizem a perda dos aposentados

17:17
Anónimo disse...
Previdência
Previdência prorroga isenção de tarifas no benefício

O atual sistema de pagamento aos 26 milhões de aposentados e pensionistas do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) será mantido até o final deste ano. O acordo, que permite realizar a operação sem nenhum custo aos beneficiários, foi renovado nesta sexta-feira, entre o governo federal e 21 instituições financeiras.

Por meio desse acordo, vigente desde setembro de 2007, nem os segurados, nem os bancos e nem o governo arcam com o pagamento de tarifas, conforme explicou o ministro da Previdência Social, José Pimentel. A prorrogação vale até dezembro, data máxima para que a Previdência defina as regras para um novo contrato.

Ao assinar o termo de renovação, na sede da Federação Brasileira dos Bancos (Febraban), o ministro disse que a intenção do governo é mudar o atual modelo de gestão visando a reduzir os custos dessas operações em torno da folha mensal, que atinge R$ 15,8 bilhões. No entanto, qualquer alteração, conforme explicou, passará antes por audiências públicas a serem realizadas a partir do segundo semestre deste ano, atendendo a determinação do Tribunal de Contas da União (TCU).

De acordo com Pimentel, com um redesenho do mecanismo de repasse dos recursos aos bancos em torno da folha de pagamento dos segurados o que se busca é um aumento da participação de instituições financeiras. Ele informou que, desde 2007, cada benefício custa em média R$ 1,07 ao governo. "Quanto mais instituições financeiras estiverem prestando serviços à sociedade, maior é a competitividade, a agilidade no atendimento", justificou.

O ministro observou, ainda, que, para permitir uma redução para algo em torno de meia hora no tempo de atendimento para a concessão dos direitos previdenciários, o governo investiu R$ 280 milhões.

Questionado sobre o descontentamento dos segurados que ganham acima de um salário mínimo terem obtido apenas a correção com base na variação do Índice de Preços ao Consumidor (INPC) , ficando abaixo do reajuste dado a quem recebe apenas o mínimo, Pimentel argumentou que o governo seguiu o que determina a lei e descartou a possibilidade de uma revisão

17:17
Anónimo disse...
Empresas
Caterpillar oferece aposentadoria antecipada a 2 mil


A companhia americana Caterpillar ofereceu a cerca de dois mil funcionários incentivos para que se aposentem de forma voluntária antes do previsto, pela perspectiva de uma queda "significativa" da atividade industrial, informou nesta quarta-feira a empresa.

A iniciativa, destinada aos trabalhadores de diversas fábricas em Illinois, Colorado, Tennessee e Pensilvânia, se soma aos cortes de empregos anunciados em janeiro, explicou em comunicado de imprensa.

A empresa, a maior fabricante mundial de maquinaria pesada para a construção e a mineração, acrescentou que, "em função das condições de negócio, podem ser necessárias mais reduções de elenco voluntárias e involuntárias à medida que o ano avança".

O vice-presidente da companhia, Sid Banwart, explicou que a empresa prevê "demissões significativas em todas as regiões geográficas e na maioria dos setores devido às dificuldades da economia mundial".

17:18
Anónimo disse...
Comércio
Comércio exterior da OCDE caiu no 3º trimestre de 2008


As exportações e as importações dos países da Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Econômico (OCDE) caíram 1,6% e 0,2%, respectivamente, no terceiro trimestre de 2008, em relação aos três meses anteriores.

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Trata-se da primeira queda destas atividades desde o terceiro trimestre de 2006, segundo o último relatório trimestral sobre fluxos comerciais divulgado pela OCDE.

As exportações e as importações em dólares dos 30 Estados-membros caíram 15,6% e 17%, respectivamente, na comparação anualizada.

Por sua vez, o comércio dos sete países mais ricos do mundo (G7) teve um pequeno crescimento no terceiro trimestre de 2008 com uma queda das exportações de mercadorias de 0,2% em relação ao trimestre anterior e um aumento de 0,4% das importações.

Em termos anualizados, as importações do G7 caíram 1,4% entre julho e setembro do ano passado, seu primeiro retrocesso desde o terceiro trimestre de 2006, enquanto as exportações aumentaram 1,9%, seu crescimento mais baixo no mesmo tempo.

Por países, a Alemanha aumentou suas importações em 3,4% - valor mais alto do G7 -, enquanto suas exportações caíram 2,9% do segundo para o terceiro trimestre de 2008.

Pelo contrário, as exportações americanas aumentaram 1,8% entre julho e setembro de 2008, enquanto as importações caíram 0,7% em relação ao trimestre anterior. No Japão, tanto as importações quanto as exportações caíram em torno de 1% no mesmo período.

17:19
Anónimo disse...
Economia Nacional
Lula: juros de crédito consignado a aposentados são altos

Atualizada às 17h29

O presidente Luis Inácio Lula da Silva afirmou nesta terça-feira, em São Paulo, que está lutando para reduzir as taxas de juros cobradas de aposentados em crédito consignado. A Previdência Social estabelece uma taxa máxima de 2,5% para empréstimo e de 3,5% para cartão. Para Lula, os valores são altos.

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"Acho que o juro que os aposentados estão pagando hoje com o crédito consignado é alto para o padrão brasileiro", disse o presidente durante a cerimônia de comemoração dos 86 anos do INSS.

A Previdência anunciou nesta terça-feira que aposentados e trabalhadoras com licença-maternidade poderão receber seus benefícios em 30 minutos. De acordo com Lula, em junho, a aposentadoria do trabalhador rural também será conseguida em meia hora.

Além disso, o presidente anunciou que, também em junho, os trabalhadores que alcançarem o direito à aposentadoria passarão a receber em suas casas um comunicado da Previdência informando o fato e o valor do salário que têm direito a receber. "É um comprometimento público que estou fazendo com os companheiros da Previdência Social", disse.

"Estamos retribuindo ao contribuinte da Previdência Social aquilo que é a cidadania que ele tem direito", afirmou Lula. "Se para cobrar nós somos tão precisos, para devolver o dinheiro, temos que chegar próximo à perfeição", completou.

17:20
Anónimo disse...
Economia Nacional
Salário maternidade sairá em 30 minutos, diz ministro

Toda trabalhadora autônoma que tiver contribuído pelo menos 10 meses com o Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) - ou as que possuírem carteira assinada - poderão receber em 30 minutos o salário maternidade a partir desta terça-feira. Da mesma forma, as mulheres com 30 anos de contribuição e os homens com 35 anos também terão direito ao benefício de forma mais rápida. A informação é do ministro da Previdência Social, José Pimentel.

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Para requerer o salário maternidade, é preciso que as autônomas levem a carteira de identidade e o carnê de contribuição. As demais trabalhadoras devem apresentar a identificação e a carteira de trabalho. Desde o início do mês, a nova forma de análise para a concessão de benefícios foi adotada para a aposentadoria por idade do trabalhador urbano e agora foi estendida para o salário maternidade e por tempo de contribuição.

O ministro disse que a qualificação do serviço da previdência social é o reconhecimento do direito dos trabalhadores e da afirmação da cidadania.

"Até pouco tempo na cabeça do cidadão o serviço devia ser de péssima qualidade. Agora não, nós modificamos toda a legislação no mês de dezembro numa ação conjunta do Congresso Nacional com o governo federal. Estamos implantando e concedendo os benefícios em até 30 minutos", afirmou.

O ministro destacou que para conseguir se aposentar ou ter acesso à licença maternidade em 30 minutos, em primeiro lugar, é necessário que o cidadão esteja vinculado à Previdência, o que inclui 65% da população acima de 16 anos de idade.

"Depois bastar marcar pelo sistema 135 o dia e a hora do atendimento e levar a documentação. Se todos os dados necessários estiverem corretos o contribuinte será atendido em até 30 minutos, como vem sendo feito com as aposentadorias por idade desde o dia cinco de janeiro", explicou.

Pimentel disse ainda que em 90% das agências da previdência social o atendimento é marcado em até 48 horas. Nos grandes centros, entretanto existe um volume maior o que torna mais lento o processo.

"Estamos criando mais 715 agências até 2010, em todo o território nacional, para descentralizar o atendimento. Em 2008, atendemos 295 mil benefícios e aposentadorias por idade. Temos 4 mil pessoas por dia procurando e se aposentando por idade no território nacional. Este serviço será agilizado", concluiu.
17:26
Anónimo disse...
Giuseppe Englaro, pai de Eluana, a italiana que morreu na segunda-feira passada por desidratação, recusou uma grande soma de dinheiro de um conhecido fotógrafo italiano que queria retratar a filha em estado de coma, disse neste sábado o neurologista que atendia a mulher desde 1996, Carlo Defanti.

O neurologista, que participou hoje de uma conferência sobre eutanásia, disse que Englaro respeitou a vontade da filha, que, antes do acidente, tinha pedido que, se lhe ocorresse qualquer coisa irreversível, apresentasse sua imagem de quando estava em boas condições.

Antes de sofrer o acidente de trânsito, em 1992, Eluana viveu o coma de um amigo, Alessandro, o que causou forte impacto na italiana e a levou a fazer o pai prometer que não a deixasse viver em estado vegetativo, disse o próprio Giuseppe Englaro.

Defanti, que dissera que Eluana poderia viver de dez a 12 dias depois da suspensão da alimentação e da hidratação, disse que, como médico, tinha que reprovar esta afirmação.

"Não se pode sobreviver após três ou quatro dias sem líquido e, em particular, água em um corpo. Sabemos bem que, quando há um terremoto, após quatro dias é difícil encontrar sobreviventes".

Defanti ressaltou que Eluana "não falava, não se comunicava com o exterior" e que, após vários exames, "nos deparamos com uma moça que tinha perdido a consciência", porque estava com o córtex cerebral prejudicado.

Eluana foi enterrada na quinta-feira passada no túmulo da família na localidade de Paluzza, em Udine, após um funeral que não contou com a presença dos pais.

16:53
Anónimo disse...
Os bombeiros combatem neste sábado os incêndios na Austrália favorecidos pelo bom tempo, enquanto os deslocados encotram em seu retorno casas derruídas, carros queimados nas ruas e destruição.

Depois de sete dias desde que começaram os incêndios no Estado de Victoria, a lista de mortos chega a 181, os desaparecidos somam 50, os edifícios destruídos totalizam 1,834 mil e o terreno arrasado, principalmente florestas, ocupa uma área de 4,13 mil quilômetros quadrados.

As equipes de bombeiros, formadas por 4 mil profissionais de Victoria, de outras partes da Austrália e de países amigos, combateram hoje 12 focos fora de controle e nenhum representava uma ameaça direta para a população.

O subdiretor do Serviço de Bombeiros, Geoff Conway, disse que este tempo favorável, que se prolongará durante o domingo, permite consolidar as linhas de contenção e avançar na extinção das chamas.

Cinzas apareceram arrastadas por ventos do nordeste sobre Melbourne, onde habitam 3,8 milhões de pessoas, e as autoridades alertaram aos cidadãos do risco para a saúde de idosos, crianças e pessoas com problemas respiratórios.

O número de pessoas deslocadas - a Cruz Vermelha chegou a receber 7 mil - começou a cair com a abertura de algumas localidades atingidas.

Os incêndios, alguns criminosos, começaram em 7 de fevereiro, quando a região sul da Austrália estava há duas semanas sob uma onda de calor sem precedentes.

Na sexta-feira passada, a polícia acusou uma pessoa de ter provocado o incêndio que atingiu a localidade de Churchill e matou 21 pessoas.

16:55
Anónimo disse...
A primeira chuva em seis dias reduziu a ameaça de incêndios no Estado de Victoria, ao sul da Austrália. As autoridades, porém, advertiram que ainda existem 12 focos, mas que nenhum deles ameaça áreas povoadas.

Mais de quatro mil bombeiros, mil provenientes de outras partes do país e de outras nações, trabalham contra o fogo. Cerca de 600 veículos e 28 helicópteros e pequenos aviões estão sendo usados.


Eles conseguiram construir linhas de contenção para evitar os incêndios de Yarra e Maroondah se juntassem. Também foram controlados os incêndios abertos de Yea e Murrindindi, que ameaçavam as comunidades de Connellys Creek, Crystal Creek, Scrubby Creek e Native Dog Creek.

O número de mortos chegou a 181, mas as autoridades acreditam que as vítimas devem passar de 200, já que ainda há muitos desaparecidos.

16:55
Anónimo disse...
Aqui nesta coluna, na semana passada, tive a oportunidade de comentar sobre a recente visita do professor brasileiro Pedrinho Guareschi à Austrália. Não dei, porém, os fatos, pois semana passada o assunto era outro.

Hoje, porém, vamos a eles.

No último dia 4 de fevereiro, aconteceu o Seminário "Paulo Freire: Education and Liberation", organizado pelo centro de estudos latino-americanos da Universidade Nacional da Austrália, ou ANU, como é mais conhecida por aqui.

A ANU, para quem não sabe, está entre as 20 melhores universidades do mundo! E tem sede aqui em Camberra, capital da Austrália.

Na abertura do evento, o professor John Minns, diretor do centro latino-americano, ao dar boas-vindas ao público presente, lembrou ser aquele o primeiro seminário exclusivamente dedicado a Paulo Freire na Austrália.

Em seguida, convidou Pedrinho Guareschi, palestrante principal do Seminário, a fazer sua apresentação.

A plateia pode então conhecer, pelas palavras de Pedrinho, um pouco da obra e da vida de Freire, esse brasileiro de fé e valor, que sempre acreditou na educação, sobretudo dos menos favorecidos, analfabetos, como força libertadora.

Como não podia deixar de ser, os conceitos e ideias revolucionários de Paulo Freire, expostos com clareza por Pedrinho, despertaram o interesse e a curiosidade de plateia. A qual, deve-se notar, era na maioria de estudantes, mas de várias nacionalidades, sobretudo australianos e asiáticos.

Na continuação do programa do seminário, que se estendeu por dois dias, outros professores fizeram palestras sobre temas ligados à obra de Paulo Freire.

Interessante, por exemplo, saber que a professora Anne Hickling-Hudson, jamaicana que mora na Austrália há muitos anos (é professora da ANU), conheceu e trabalhou com Freire num workshop educacional durante a revolução na Ilha de Granada, em 1980, antes da invasão dos Estados Unidos...

Ou, então, a palestra da Professora Gerda Roelvink, da Nova Zelândia, que participou do Fórum Social de Porto Alegre em 2005. E essa participação transformou-se em tema de doutorado.

No dia 10, terça-feira passada, o padre Pedrinho Guareschi voltou a falar ao público australiano em grande auditório localizado no belíssimo campus da ANU. Desta vez, sobre a Teologia da Libertação.

Depois da palestra, John Minns mostrou o filme mexicano "O Crime do Padre Amaro", no qual um dos personagens é um padre católico praticante da Teologia da Libertação.

Mais uma vez, foi grande o intersse da platéia, que pode aprender e conhecer um pouco como se desenvolveu aquele importante movimento católico na América Latina.

Fica, assim, ao Pedrinho, bem como a outros brasileiros estudiosos e de bom coração que saem pelo mundo a divulgar aspectos importantes da cultura brasileira, o respeito e a homenagem desta coluna. E... aquele abraço!

16:57
Anónimo disse...
Amanda Kitts perdeu o braço esquerdo em um acidente de automóvel acontecido três anos atrás, mas hoje em dia ela joga futebol americano com seu filho de 12 anos de idade, troca fraldas e abraça as crianças nas três creches Kiddie Cottage que opera em Knoxville, Tennessee. Kitts, 40 anos, faz tudo isso com a ajuda de um novo tipo de braço artificial que se movimenta com mais facilidade do que outros aparelhos e que ela pode controlar utilizando apenas seus pensamentos.

"Eu sou capaz de mexer a mão, o pulso e o cotovelo ao mesmo tempo", diz. "Você pensa e os músculos se movem em seguida".

A recuperação que ela conseguiu resulta de um novo procedimento que vem atraindo crescente atenção porque permite que pessoas movam braços protéticos de forma mais automática do que faziam no passado, simplesmente utilizando nervos reaproveitados em seus cérebros.

A técnica, conhecida como "renervação muscular dirigida", envolve utilizar os nervos que restam depois da amputação de um braço e conectá-los a outro músculo do corpo, em geral no peito. Eletrodos são instalados sobre os músculos do peito, e operam como se fossem antenas. Quando a pessoa deseja mover o braço, o cérebro envia sinais que primeiro resultam em contração dos músculos do peito, os quais enviam um sinal ao braço protético, instruindo-se a se movimentar. O processo não requer mais esforços consciente do que a pessoa teria de exercitar caso ainda tivesse seu braço natural.

Na terça-feira, pesquisadores reportaram em estudo publicado pela versão online do Journal of the American Medical Association que haviam levado a técnica ainda mais à frente, tornando possível a execução de 10 movimentos de mão, pulso e cotovelo diferentes, o que representa uma substancial melhora com relação ao típico repertório protético, que em geral envolve apenas dobrar o cotovelo, girar o pulso e abrir a mão.

"Os novos métodos tiveram impacto dramático em nosso campo de trabalho", disse Stuart Harshbarger, engenheiro biomédico na Universidade Johns Hopkins e diretor do programa de pesquisa sobre próteses, financiado pelas forças armadas, que inclui o trabalho com essa técnica. "O método já está em uso por médicos e cirurgiões comuns em todo o país. A capacidade de controlar um membro protético bastante robusto que ele confere surpreendeu a todos pela qualidade".

Tipicamente, uma pessoa que tenha um braço protético só é capaz de executar alguns poucos movimentos, e muitas vezes com tamanha lentidão que isso só permite a ela atividades limitadas.

Há um motor separado para cada movimento, diz Gerald Loeb, professor de engenharia biomédica na Universidade do Sul da Califórnia, "e esses motores precisam ser controlados de maneira explícita", usualmente por um esforço consciente da pessoa para contrair músculos nas costas ou no bíceps.

"Essencialmente, até agora os pacientes controlavam apenas um motor de cada vez", diz Loeb, "e precisavam pensar cuidadosamente sobre que motor desejavam controlar e como fazê-lo operar, em lugar de simplesmente pensarem em mover o braço e poderem fazê-lo sem delongas".

Antes que Kitts passasse pelo procedimento de renervação, em outubro de 2007, por exemplo, ela precisava movimentar os músculos de suas costas de determinada maneira para fazer com que seu pulso girasse, e flexionar seu bíceps e tríceps para fazer com que o cotovelo se movesse para cima e para baixo. "Era muito trabalho", ela conta. "E não me ajudava muito".

O procedimento de renervação é parte de uma recente explosão de idéias novas e técnicas inovadoras que estão sendo exploradas enquanto os cientistas se esforçam por ajudar as pessoas a compensar melhor a perda de membros ou problemas de paralisia. O esforço vem sendo alimentado pelo aumento no número de amputações causado por diabetes e por ferimentos sofridos pelos militares, e ao mesmo tempo pelos avanços na tecnologia médica.

Os braços se tornaram um dos focos essenciais desse tipo de trabalho. A ciência há muito vem obtendo sucessos no desenvolvimento de próteses de perna, mas é muito mais difícil imitar a complexidade e a destreza das mãos e dos braços.

Os esforços em curso incluem o desenvolvimento de projetos de pele e braços mais sensíveis e mais flexíveis, e o uso de dispositivos acionados por controles sem fio implantado nos braços protéticos, que permitiriam movimentos mais naturais.

Os pesquisadores também vêm usando sensores implantados nos cérebros de cobaias para permitir que dois macacos controlem um braço mecânico, e um teste com um homem paralítico permitiu, com esse método, que ele movimentasse um cursor em uma tela de computador.

Alguns desses métodos, caso venham a ser aperfeiçoados plenamente e consigam aprovação das autoridades regulatórias da saúde, podem no futuro se tornar mais viáveis para os pacientes de amputações.

E embora a técnica da renervação não requeira aprovação das autoridades regulatórias porque é executada por meios cirúrgicos e emprega aparelhos já existentes, ela apresenta limitações que até mesmo seus criadores reconhecem, entre as quais o fato de que não se pode utilizá-la para todos os pacientes, o seu alto custo e o prazo de meses requerido para que os nervos reconectados cresçam e se tornem efetivos.

Ainda assim, os especialistas dizem que é o mais avançado sistema em uso hoje para pacientes reais que permite que o sistema nervoso controle diretamente o movimento de um braço artificial.

Desde sua introdução por Todd Kuiken, médico fisioterapeuta e engenheiro biomédico do Instituto de Reabilitação de Chicago, o método foi empregado em cerca de 30 pacientes nos Estados Unidos, Canadá e Europa, entre os quais oito soldados feridos no Iraque e no Afeganistão.

Muitos dos pacientes, entre os quais o primeiro, Jesse Sullivan, um operário do setor elétrico no Tennessee que perdeu os dois braços quando foi eletrocutado por um cabo, conseguem não apenas manipular seus braços protéticos mas sentir a presença das mãos que já não têm quando alguém toca em seus peitos.

Sullivan, 62 anos, e Kitts, estavam entre os cinco pacientes que participaram do estudo reportado na terça-feira. Em companhia de cinco outras pessoas que não passaram por amputações, eles receberam os eletrodos e foram instruídos a usar pensamentos para fazer com que um braço virtual na tela reproduzisse 10 movimentos diferentes, entre os quais três formas diferentes de aperto de mão.

Os pacientes apresentaram desempenho bastante respeitável, apenas um pouco mais lento e menos preciso do que os dos participantes que não tinham amputações.

"As velocidades de movimento que encontramos em nossos pacientes foram realmente encorajadoras", disse Kuiken. "Eles conseguiram completar a tarefa. É claro que não foram tão competentes quanto as pessoas dotadas de plena capacidade física, mas foram bons o bastante".

Um braço virtual foi usado porque a maioria das próteses existentes não era capaz de acomodar todos aqueles movimentos, no momento da pesquisa, ainda que Sullivan, Kitts e uma terceira paciente, Claudia Mitchell, tenham experimentado dois novos protótipos mais versáteis de braços artificiais, executando tarefas complexas com bolas de tênis e outros objetos.

O trabalho de renervação em soldados apresenta outros desafios, diz Kuiken, porque os ferimentos militares muitas vezes "causam danos muitos extensos" a nervos, músculos ou ossos.

Daniel Acosta, 25 anos, um aviador ferido pela detonação de uma bomba em uma estrada do Iraque em 2005, passou pelo procedimento no ano passado e diz que seu braço esquerdo protético agora se movimenta "muito mais rápido" e de maneira muito mais natural.

"A diferença é que agora não preciso mais pensar para mover o braço", ele diz. "Ele simplesmente se mexe".

Ainda assim, Acosta, de San Antonio, diz que "o processo foi bastante longo" e que os eletrodos precisam ser ajustados para receber os sinais à medida que os nervos crescem ou mudam de posição.

E embora elogiem o método, os especialistas afirmam que a ciência das próteses de braço ainda tem muito por avançar.

"Trata-se de uma parte crucial, mas ainda assim apenas uma parte, das muitas coisas que compreendem a função normal de um braço", disse Loeb, que escreveu um editorial que acompanha o artigo no Journal of the American Medical Association.

"No momento estamos a meio do caminho entre o braço de 'Dr. Fantástico', que fazia involuntariamente a saudação nazista, e o braço de Luke Skywalker em 'Guerra nas Estrelas', que funciona sem nenhum problema assim que é conectado. Creio que precisaremos ainda de muitos anos para conectar todas as peças necessárias a produzir um braço capaz de funcionar normalmente".

17:04
Anónimo disse...
A Espanha disse neste sábado que está preparando uma reclamação oficial contra a decisão da Venezuela de expulsar um membro do Parlamento Europeu que criticou o conselho eleitoral venezuelano.
Luis Herrero, membro do partido conservador espanhol PP, foi deportado na sexta-feira depois que o Conselho Nacional Eleitoral (CNE) o acusou de questionar a imparcialidade da instituição antes de um referendo que pode permitir ao presidente Hugo Chávez permanecer no cargo indefinidamente.

Herrero estava na Venezuela como observador do referendo. Ele acusou Chávez de ter "comportamentos típicos de um ditador" por pedir a contenção de manifestações da oposição.

O governo da Espanha convocou um encontro com o embaixador da Venezuela em Madri para expressar a desaprovação sobre a expulsão de Herrero, disse um representante do Ministério das Relações Exteriores espanhol.

As relações da Venezuela com a Espanha tiveram seu ponto crítico em 2007, quando Chávez ameaçou rever acordos diplomáticos e comerciais depois de ouvir um "cala a boca" do rei espanhol Juan Carlos durante uma cúpula.

A fenda foi oficialmente reparada em 2008, com uma visita oficial de Chávez à Espanha, onde ele cumprimentou o rei e discutiu acordos para investimento no setor petroquímico com o primeiro-ministro José Luis Rodriguez Zapatero.

17:06
Anónimo disse...
A polícia do Zimbábue anunciou neste sábado que acusa de traição Roy Bennett, dirigente do até agora opositor Movimento para a Mudança Democrática (MDC), detido na sexta-feira, em Harare, poucas horas antes da cerimônia de posse dos membros do novo gabinete.

"A Polícia nos informou que vão apresentar acusações de traição", disse à agência EFE o advogado de defesa de Bennett, Trust Maanda.

"Tentam relacionar Roy com o caso de Mike Hitschmann, que foi detido em 2006 em relação à descoberta de um carregamento de armas, apesar de que Hitschmann não tenha sido declarado culpado das acusações de traição apresentadas contra ele, mas de um crime menor de descumprimento de leis", disse Maanda.

O político opositor, designado por seu partido como vice-ministro de Agricultura no Governo de união nacional, esteve no exílio na vizinha África do Sul desde 2006 e retornou ao Zimbábue há duas semanas.

Segundo a Polícia, que deteve Bennett ontem no aeroporto de Harare quando pretendia ir à África do Sul para visitar sua família, as armas apreendidas em 2006 seriam utilizadas em um golpe de Estado para derrubar o presidente do Zimbábue, Robert Mugabe.

Depois da detenção, Bennet foi levado a Mutar, onde vários simpatizantes do MDC se concentraram em frente à delegacia na qual estava detido, diante do que a Polícia respondeu com tiros para o alto para dispersar os manifestantes.

17:07
Anónimo disse...
Austrália: 14 mil se candidatam a 'emprego dos sonhos'

A secretaria de Turismo de Queensland, na Austrália, informou que até esta segunda-feira já recebeu cerca de 14 mil inscrições para o "o melhor emprego do mundo". O Estado australiano promove pela internet seleção para vaga de "zelador" da ilha Hamilton, por seis meses com um salário de R$ 40 mil.

Muitos candidatos tiveram problemas durante a inscrição por conta dos acessos simultâneos ao site. A secretaria aconselha enviar os vídeos de 60s explicando porque deve ser escolhido em horários alternativos do dia, além de recomendar tamanho em torno de 40MB.

As inscrições começaram em 12 de janeiro e vão até o próximo dia 22 e podem ser feitas pelo site www.islandreefjob.com. O governo australiano escolherá 50 candidatos para a próxima fase da seleção, que terá votos do público para eleger um dos 11 finalistas.

A última fase terá entrevistas e desafios físicos, no próprio local de trabalho: as ilhas da Grande Barreira Coralina - o maior recife de coral do mundo. A secretaria de Turismo anunciará o vencedor no dia 6 de maio.

17:09
Anónimo disse...
Mercado elogia governo na crise, mas pede maior queda no juro

Peter Fussy
Direto de São Paulo

Desde as primeiras medidas anunciadas para combater os efeitos da crise, o governo brasileiro avisou que a estratégia não contemplaria um pacote. Seriam doses pontuais, de acordo com a necessidade da economia diante do agravamento das turbulências. Da primeira liberação dos depósitos compulsórios em setembro até a ampliação do seguro-desemprego na última quarta-feira, o governo passou por redução de impostos, ampliação de crédito e incentivos à exportação. Quase 150 dias após a primeira medida, o Terra conversou com líderes do setor público e privado, representantes dos trabalhadores, acadêmicos e com o próprio governo para saber quais destas ações foram mais eficazes, quais foram mais ineficientes e o que mais pode ser feito pelo Estado brasileiro contra a crise.

Os maiores elogios foram direcionados à atitude de reduzir o Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) para a indústria automobilística, anunciada em dezembro e que fez com que os emplacamentos de carros novos subissem 1,9% no primeiro mês do ano em relação a dezembro de 2008. Já as maiores críticas foram para a lentidão no corte da taxa básica de juro do País.

Para o presidente do conselho administrativo do Grupo Pão de Açúcar, Abílio Diniz, o Estado não é responsável pela crise e mesmo assim está agindo "com extrema serenidade e muito acerto". "O governo está atento, fazendo a sua parte. É preciso coragem de baixar firmemente a taxa de juros. É uma arma que temos a nosso favor, já que não há clima para inflação, nem possibilidade de danos para a macroeconomia", afirmou Diniz.

Na última reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), em janeiro, a taxa Selic foi reduzida em um ponto percentual, de 13,75% para 12,75% ao ano. Porém, o professor de economia da Universidade de Brasília (UnB) José Luiz Oreiro lembra que este corte representa uma redução de apenas 0,25 ponto percentual com relação à taxa de setembro do ano passado, quando a crise se agravou.

"Pouco antes da eclosão da crise, o Banco Central aumentou a taxa em 0,75 ponto. Foram cinco meses de demora para reduzir em termos líquidos apenas 0,25 ponto", afirmou o economista, que também sugeriu redução do intervalo de cerca de 90 dias entre as reuniões do Copom e o corte de pelo menos um 1 ponto percentual em cada reunião.

Mesmo com o corte de janeiro, a taxa de juros real continua sendo a maior do mundo, lembrou o secretário-geral da Força Sindical, João Carlos Gonçalves, o Juruna. "A redução da taxa de juro ainda é pequena, porque ela continua uma das mais altas do mundo. Falta ousadia para baixar os juros e ajudar o cidadão. A permanência da taxa de juro alta é negativa para o País em meio a crise", afirmou Juruna.

Embora aprove as ações do governo, o senador Aloízio Mercadante (PT-SP) também acredita que o patamar da Selic está muito alto. "Sempre fomos os primeiros a entrar em qualquer crise, o que não aconteceu agora. A taxa Selic ainda é muito alta, mas o governo têm tomado medidas acertadas, como o aumento do salário mínimo, mesmo com um cenário de crise. Isso ajuda a movimentar o consumo. O governo está se esforçando para manter os investimentos e o crescimento", disse.

Tributos
De acordo com o economista Fabio Pina, da Fecomercio-SP, as ações mais positivas estão relacionadas à redução de tributos para alguns segmentos, como a indústria automobilística, que recuperou parte da queda nas vendas em janeiro com a isenção do IPI para carros 1.0 l e o corte para demais motorizações. A medida vale até o final de março.

"Essas medidas não só reduziram o preço, mas anteciparam o consumo daqueles que iriam comprar no futuro, dando um prêmio por conta da insegurança. Mexe diretamente com o principal problema que é a confiança do consumidor", afirmou. Juruna destacou que um bom ritmo de vendas é garantia de emprego. "É importante porque cada emprego na montadora significa 19 na cadeia produtiva", comentou o representante da Força Sindical.

Também em dezembro, o governo decidiu cortar pela metade a alíquota do Imposto de Renda para contribuintes que ganham entre R$ 1.434 e R$ 2.150 mensais. "O salário aumentava e a tabela não se modificava. As pessoas ganhavam mais e pagavam mais impostos", apontou Juruna. Outra redução de tributos do governo foi com relação ao Imposto sobre Operações Financeiras (IOF), que caiu de 3% ao ano para 1,5%.

Crédito
Na segunda metade de 2008, o colapso de bancos nos Estados Unidos por conta da crise do subprime provocou uma forte restrição de crédito no mundo inteiro. Uma das primeiras medidas anticrise do governo teve como objetivo restabelecer a oferta, com mudanças no recolhimento dos depósitos compulsórios por parte dos bancos. Segundo o presidente do Banco Central, Henrique Meirelles, as diversas modificações liberaram US$ 99,2 bilhões aos bancos até o final de janeiro.

Além disso, o governo concedeu R$ 36 bilhões das reservas internacionais para empresas brasileiras com dívidas no exterior e uma medida provisória autorizou o Banco do Brasil e a Caixa Econômica Federal a comprar carteiras de crédito de bancos privados. Para o diretor do Departamento de Pesquisas e Estudos Econômicos da Fiesp, Paulo Francini, estas medidas foram essenciais para combater os efeitos da crise.

"A crise se desenvolve no mundo em torno do tema crédito. E o crédito reduziu-se barbaridade no mundo. Então o governo lança mão de compulsório, lança mão de reservas, de medidas que permitem aos bancos comprar carteiras de bancos. Você vai tomando várias medidas para atender às demandas e o epicentro disso é crédito", afirmou.

No entanto, Oreiro, da UnB, adverte que a liberação dos compulsórios seria mais eficiente acompanhada de redução mais agressiva da taxa básica de juro. "Uma parte do crédito voltou, depois da forte retração em outubro e novembro. O que deveria ter sido feito junto à liberação do compulsório era uma redução mais drástica da taxa de juro. Sem isso, os bancos pegam as reservas e acabam comprando títulos públicos", explicou o economista.

Na opinião de Pina, as ações de distribuição de crédito via redução do compulsório e a disposição de capital de giro para empresas foram tomadas sem um cuidado maior na operação e não tiveram muito efeito. "O BNDES tem linhas que ficam paradas quase todo o ano, agora é pior ainda. Existem os recursos, mas as empresas e os bancos estão desconfiados. É preciso fazer com que os bancos tenham interesse em emprestar", afirmou o economista da Fecomercio-SP.

Futuro
Mesmo com todas essas medidas, a crise financeira ainda gera incertezas nos setores produtivos do País. Nos últimos meses, o medo do desemprego fez os consumidores adiarem compras. Por sua vez, a queda nas vendas pode obrigar as indústrias a cortarem a produção e demitir funcionários. Contra isso, empresários sugerem redução de jornada e de salários.

"Isto está previsto em lei. A Fiesp simplesmente manteve conversações com entidades sindicais quanto à aplicação daquilo que já está previsto em lei", afirmou Francini.

Segundo a ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff, uma das medidas que assegura um nível de emprego é a manutenção de investimentos no Programa de Aceleração do Crescimento (PAC). "Estamos esperando que a dificuldade ocorra em janeiro, fevereiro e março. Estamos certos que vamos manter o nível de investimento. É isso que funciona, é isso que significa investimento público. Ele funciona como um colchão. Por isso, nós colocamos R$ 100 bilhões no BNDES e a Petrobras ampliou o seu investimento em R$ 120 bilhões", afirmou.

Na mesma linha, Pina explica que a antecipação de gastos do governo substitui parte da demanda retraída do setor privado. "Ele dá o seguinte recado: não vou estourar as contas públicas, mas concentrar em um momento em que a demanda privada está pequena. Mas o governo não tem fôlego suficiente para fazer o papel de toda demanda", ressaltou. O economista da Fecomercio lembrou que a entidade já pleiteou junto ao governo isenções para transferência de imóveis e de automóveis, além de retirar o IPVA para veículos novos.

Já Oreiro foca suas propostas na capitalização do Banco do Brasil e da Caixa Econômica Federal pelo Tesouro para atender a demanda de crédito para capital de giro e reduzir o spread. "Aumentando o empréstimo e reduzindo as taxas, os dois vão forçar os bancos privados a acompanhar o movimento, até para não perderem participação no mercado", explicou o economista da UnB.

Até o Carnaval, o governou prometeu detalhar um pacote de incentivos para a construção de até um milhão de casas populares, direcionado a famílias com renda de até dez salários mínimos. "Estamos atentos a tudo o que está acontecendo e novas medidas serão tomadas caso haja uma avaliação de que sejam necessárias", disse o ministro da Fazenda, Guido Mantega, na última sexta-feira.

17:11
Anónimo disse...
Ex-ministro critica extensão do seguro-desemprego

Atualizada às 09h03

O ex-ministro do Trabalho Almir Pazzianotto criticou a decisão do governo federal de conceder o seguro-desemprego estendido a apenas alguns setores. "É certamente odioso e provavelmente inconstitucional", disse Pazzianotto, de acordo com o jornal O Estado de S. Paulo.

Na última qurta, dia do anúncio da medida, centrais sindicais elogiaram a atitude do governo. A Força Sindical divulgou nota dizendo que "o aumento ajudará a aquecer parte da economia, já que irá gerar mais consumo, produção e conseqüentemente, a criação de novos postos de trabalho". A União Geral dos Trabalhadores (UGT) afirmou que a medida "contribuirá para minimizar o drama dos trabalhadores que perderem seu emprego por conta da crise".

O ex-ministro, que instituiu o seguro-desemprego no País no governo de José Sarney, destacou a necessidade de as centrais sindicais se manifestarem contra a determinação. Para ele, as mudanças devem ser aplicadas a todas as categorias profissionais e a distinção é contrária ao artigo 3º da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT).

Pazzianotto atribui a medida a um possível temor do governo de que a crise econômica seja longa e não haja dinheiro para atender a todas as necessidades. Ainda assim, ele se mostra contrário ao método de concessão. "O seguro-desemprego ajuda a sanar necessidades básicas. Estendê-lo é paliativo, não a solução", disse ao jornal.

De acordo com o presidente do Conselho Deliberativo do Fundo de Amparo ao Trabalhador (Codefat) e conselheiro da Força Sindical, Luiz Fernando Emediato, a determinação já estava prevista na lei 8.900/94, que trata do seguro-desemprego.

O presidente da Comissão de Trabalho da Câmara, Pedro Fernandes (PTB-MA) vai além na crítica à concessão do seguro para apenas alguns setores. Ele acredita que a ampliação do benefício estimula o desemprego.

Quintino Severo, secretário geral da Central Única dos Trabalhadores (CUT), lembra que a ampliação do benefício sem critério e identificação pode incentivar demissões em outros setores.

17:13
Anónimo disse...
Empresas
TAM faz promoção para destinos internacionais

A companhia aérea TAM anunciou nesta sexta-feira tarifas promocionais para trechos internacionais. Os preços valem para bilhetes comprados entre 6h deste sábado e 23h59 deste domingo e são válidos para classe econômica. As tarifas, para ida e volta, serão vendidas a partir de US$ 99, mais taxas.

Segundo a aérea, a promoção vale para viagens feitas no período de 14 de fevereiro a 18 de junho de 2009. Para destinos na América do Sul, a permanência mínima é de dois dias; para bilhetes com destino nos Estados Unidos, cinco dias; e Europa, sete dias. A permanência máxima para as passagens para América do Sul e EUA é de dois meses e para Europa, três meses.

Entre os exemplos de tarifas promocionais, a TAM oferece São Paulo-Lima por US$ 99. Bilhetes para a rota São Paulo-Santiago serão vendidos a partir de US$ 199 e São Paulo-Nova York, US$ 799.

A emissão dos bilhetes deve ser feita obrigatoriamente no ato da reserva, obedecendo às regras estipuladas pela companhia. A compra está sujeita à disponibilidade de assentos nas classes tarifárias determinadas, trechos, horários e datas. A TAM afirmou que também há tarifas promocionais para a classe executiva.

Mais informações podem ser encontradas no site promocional (www.ofertastam.com.br), no site da empresa (www.tam.com.br) ou pelos telefones 4002-5700 ou 0800 5705700.

17:13
Anónimo disse...
Empresas
Consultoria negocia compra do parque temático Hopi Hari

A consultoria especializada em reestruturação de empresas Íntegra Associados informou nesta sexta-feira ter um acordo para comprar o parque de diversões Hopi Hari, localizado no interior de São Paulo. A empresa estaria disposta a investir R$ 10 milhões no parque, que tem dívida estimada em R$ 800 milhões. As informações são da edição deste sábado do jornal Folha de S. Paulo.

De acordo com o jornal, a transação ainda depende da negociação entre o Hopi Hari e seus credores, o que já estaria em andamento.

A consultoria paulista já atuou junto à Parmalat, durante 30 meses, quando reorganizou a gestão da empresa italiana.

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17:14
Anónimo disse...
Empresas
Disney de Tóquio contratará mais 2 mil apesar da crise


A Oriental Land, o operador da Disneylândia Tóquio e DisneySea, organizou neste domingo entrevistas para contratar cerca de 2 mil trabalhadores em tempo parcial, em um momento de grandes demissões deste tipo de empregados no Japão.

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O operador deste parque temático, situado em Urayasu, na província de Chiba (leste de Tóquio), está em pleno processo de seleção de empregados para 20 tipos de postos trabalhistas diferentes.

Segundo a companhia, citada pela agência local de notícias Kyodo, o parque contratará novos trabalhadores para as atrações, para os restaurantes e guardas de segurança entre outros. Os novos contratados começarão a trabalhar a partir de fevereiro.

O processo de seleção acontece em um momento em que a maioria das grandes companhias japonesas começaram a se ver obrigadas a despedir uma elevada percentagem de seus trabalhadores temporários e a tempo parcial.

Algumas inclusive anunciaram demissões de seus trabalhadores fixos, uma medida muito pouco comum nas companhias japonesas, perante os efeitos piores que o esperado pela crise econômica global.

Cerca de uma centena de pessoas esperavam desde a primeira hora desta manhã a abertura do centro de conferências Tokyo International Forum, onde as entrevistas estão sendo feitas, para ser os primeiros a solicitar os postos de trabalho.


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17:15
Anónimo disse...
Economia Internacional
Senado dos EUA aprova plano de estímulo à economia

O Senado dos Estados Unidos aprovou com 60 votos a favor e 38 contra o plano de estímulo à economia de US$ 787 bilhões na madrugada deste sábado. Agora, ele segue para sanção ou veto do presidente Barack Obama, que espera colocar a lei em prática até o dia 16 de fevereiro.

O plano prevê a criação de três milhões de empregos, inclui cortes de impostos às famílias, fundos para programas sociais e obras públicas, além de ajuda aos governos estaduais, estudantes e desempregados.

A cláusula Buy American - que exige o uso de ferro, aço e produtos manufaturados dos Estados Unidos em obras realizadas com recursos do pacote - ficou de lado. Segundo o texto definitivo, a cláusula será aplicada sem violar as normas do comércio internacional.

Ontem à tarde, a Câmara de Representantes (deputados) havia aprovado, por 246 votos a favor e 183 contra, a versão final do plano. Todos os republicanos foram contrários ao pacote.

Pelo acordo de quarta-feira entre Câmara e Senado, em vez de custar US$ 819 bilhões, como queriam os deputados, ou US$ 838 bilhões como pretendiam os senadores, o pacote ficou em cerca de US$ 787 bilhões, com 65% desse total destinado a gastos do governo federal e 35%, a créditos tributários.

17:16
Anónimo disse...
Economia nacional
Na era Lula, aposentadoria sobe 54% menos que salário mínimo

Thatiane Faria
Especial para o Terra
Direto de São Paulo

Os índices de reajustes concedidos pelo governo em 2009 para aposentados e pensionistas e para o salário mínimo repetiram uma diferença que, só durante o governo de Luiz Inácio Lula da Silva, já chega a 54%. Enquanto o mínimo foi majorado em 12% este ano, as pensões e aposentadorias tiveram aumento de 5,92%. Aposentados que têm o benefício do governo como única fonte de renda reclamam que perdem poder de compra e que sua cesta de compras é composta por itens que aumentam mais em relação à inflação oficial.

Um exemplo prático pode ser entendido a partir da comparação entre um aposentado que ganhava R$ 600 em janeiro de 2003. Na época, o benefício era três vezes, ou 200%, maior que o valor do mínimo em vigência, que era de R$ 200. Aplicando-se os índices de reajuste para aposentadorias e para o mínimo durante os últimos seis anos, o mesmo aposentado estaria recebendo hoje R$ 938,47, comparado a um salário mínimo de R$ 465. A diferença entre os dois valores caiu para pouco mais de 100%.

Enquanto o índice acumulado de reajuste para a aposentadoria durante o governo Lula foi de 60%, para o salário mínimo está em 132%.

O diretor do Sindicato Nacional dos Aposentados, João Inocentini, reclama que os valores dos benefícios para aposentadorias não mantêm o poder de compra do grupo, principalmente dos aposentados que recebem menos que dez salários mínimos.

Nem mesmo o fato de o índice de reajuste das aposentadorias ter ficado acima da inflação acumulada no mesmo período (o IPCA entre janeiro de 2003 e janeiro de 2009 foi de 39,7%) serve de argumento, segundo os aposentados.

"Os idosos, principalmente, têm gastos além das contas gerais como gás, telefone e aluguel. Para eles o custo com remédios, e outros itens da área saúde costuma ser maior", afirmou Inocentini.

O presidente do sindicato afirmou que o grupo realiza um estudo com 100 itens de necessidade de um idoso para comparar o aumento dos produtos com o índice de reajuste do benefício recebido pelos aposentados.

"Daqui dois meses vamos abrir um processo na Justiça e levar essa pesquisa como prova. Segundo a lei, o governo é obrigado a manter o poder de compra com a aposentadoria", disse Inocentini.

Alternativas
O consultor financeiro Cláudio Boriola diz que os aposentados, especialmente nesse momento de crise econômica, devem evitar compras parceladas, pesquisar preços, negociar e fazer bom planejamento financeiro.

Segundo Boriola, alguns aposentados ganham um valor mensal muitas vezes insuficiente para o pagamento das contas e acabam pedindo crédito ou realizando pagamentos a prazo e são obrigados a pagar juros altos.

Na opinião do consultor, pagar uma previdência privada é uma alternativa indicada para quem ainda trabalha, considerando a característica de perda de poder de compra da aposentadoria.

"Na prática, infelizmente os valores encontram-se em um patamar que está deteriorando o poder de aquisição da população brasileira", completou Boriola.

De acordo com o diretor da Confederação Brasileira de Aposentados e Pensionistas (Cobap), Vicente Fernandes Barbosa, representantes dos aposentados tentarão um encontro com o presidente da Câmara, deputado Michel Temer (PMDB-SP), para discutir projetos que minimizem a perda dos aposentados

17:17
Anónimo disse...
Previdência
Previdência prorroga isenção de tarifas no benefício

O atual sistema de pagamento aos 26 milhões de aposentados e pensionistas do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) será mantido até o final deste ano. O acordo, que permite realizar a operação sem nenhum custo aos beneficiários, foi renovado nesta sexta-feira, entre o governo federal e 21 instituições financeiras.

Por meio desse acordo, vigente desde setembro de 2007, nem os segurados, nem os bancos e nem o governo arcam com o pagamento de tarifas, conforme explicou o ministro da Previdência Social, José Pimentel. A prorrogação vale até dezembro, data máxima para que a Previdência defina as regras para um novo contrato.

Ao assinar o termo de renovação, na sede da Federação Brasileira dos Bancos (Febraban), o ministro disse que a intenção do governo é mudar o atual modelo de gestão visando a reduzir os custos dessas operações em torno da folha mensal, que atinge R$ 15,8 bilhões. No entanto, qualquer alteração, conforme explicou, passará antes por audiências públicas a serem realizadas a partir do segundo semestre deste ano, atendendo a determinação do Tribunal de Contas da União (TCU).

De acordo com Pimentel, com um redesenho do mecanismo de repasse dos recursos aos bancos em torno da folha de pagamento dos segurados o que se busca é um aumento da participação de instituições financeiras. Ele informou que, desde 2007, cada benefício custa em média R$ 1,07 ao governo. "Quanto mais instituições financeiras estiverem prestando serviços à sociedade, maior é a competitividade, a agilidade no atendimento", justificou.

O ministro observou, ainda, que, para permitir uma redução para algo em torno de meia hora no tempo de atendimento para a concessão dos direitos previdenciários, o governo investiu R$ 280 milhões.

Questionado sobre o descontentamento dos segurados que ganham acima de um salário mínimo terem obtido apenas a correção com base na variação do Índice de Preços ao Consumidor (INPC) , ficando abaixo do reajuste dado a quem recebe apenas o mínimo, Pimentel argumentou que o governo seguiu o que determina a lei e descartou a possibilidade de uma revisão

17:17
Anónimo disse...
Empresas
Caterpillar oferece aposentadoria antecipada a 2 mil


A companhia americana Caterpillar ofereceu a cerca de dois mil funcionários incentivos para que se aposentem de forma voluntária antes do previsto, pela perspectiva de uma queda "significativa" da atividade industrial, informou nesta quarta-feira a empresa.

A iniciativa, destinada aos trabalhadores de diversas fábricas em Illinois, Colorado, Tennessee e Pensilvânia, se soma aos cortes de empregos anunciados em janeiro, explicou em comunicado de imprensa.

A empresa, a maior fabricante mundial de maquinaria pesada para a construção e a mineração, acrescentou que, "em função das condições de negócio, podem ser necessárias mais reduções de elenco voluntárias e involuntárias à medida que o ano avança".

O vice-presidente da companhia, Sid Banwart, explicou que a empresa prevê "demissões significativas em todas as regiões geográficas e na maioria dos setores devido às dificuldades da economia mundial".

17:18
Anónimo disse...
Comércio
Comércio exterior da OCDE caiu no 3º trimestre de 2008


As exportações e as importações dos países da Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Econômico (OCDE) caíram 1,6% e 0,2%, respectivamente, no terceiro trimestre de 2008, em relação aos três meses anteriores.

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Trata-se da primeira queda destas atividades desde o terceiro trimestre de 2006, segundo o último relatório trimestral sobre fluxos comerciais divulgado pela OCDE.

As exportações e as importações em dólares dos 30 Estados-membros caíram 15,6% e 17%, respectivamente, na comparação anualizada.

Por sua vez, o comércio dos sete países mais ricos do mundo (G7) teve um pequeno crescimento no terceiro trimestre de 2008 com uma queda das exportações de mercadorias de 0,2% em relação ao trimestre anterior e um aumento de 0,4% das importações.

Em termos anualizados, as importações do G7 caíram 1,4% entre julho e setembro do ano passado, seu primeiro retrocesso desde o terceiro trimestre de 2006, enquanto as exportações aumentaram 1,9%, seu crescimento mais baixo no mesmo tempo.

Por países, a Alemanha aumentou suas importações em 3,4% - valor mais alto do G7 -, enquanto suas exportações caíram 2,9% do segundo para o terceiro trimestre de 2008.

Pelo contrário, as exportações americanas aumentaram 1,8% entre julho e setembro de 2008, enquanto as importações caíram 0,7% em relação ao trimestre anterior. No Japão, tanto as importações quanto as exportações caíram em torno de 1% no mesmo período.

17:19
Anónimo disse...
Economia Nacional
Lula: juros de crédito consignado a aposentados são altos

Atualizada às 17h29

O presidente Luis Inácio Lula da Silva afirmou nesta terça-feira, em São Paulo, que está lutando para reduzir as taxas de juros cobradas de aposentados em crédito consignado. A Previdência Social estabelece uma taxa máxima de 2,5% para empréstimo e de 3,5% para cartão. Para Lula, os valores são altos.

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"Acho que o juro que os aposentados estão pagando hoje com o crédito consignado é alto para o padrão brasileiro", disse o presidente durante a cerimônia de comemoração dos 86 anos do INSS.

A Previdência anunciou nesta terça-feira que aposentados e trabalhadoras com licença-maternidade poderão receber seus benefícios em 30 minutos. De acordo com Lula, em junho, a aposentadoria do trabalhador rural também será conseguida em meia hora.

Além disso, o presidente anunciou que, também em junho, os trabalhadores que alcançarem o direito à aposentadoria passarão a receber em suas casas um comunicado da Previdência informando o fato e o valor do salário que têm direito a receber. "É um comprometimento público que estou fazendo com os companheiros da Previdência Social", disse.

"Estamos retribuindo ao contribuinte da Previdência Social aquilo que é a cidadania que ele tem direito", afirmou Lula. "Se para cobrar nós somos tão precisos, para devolver o dinheiro, temos que chegar próximo à perfeição", completou.

17:20
Anónimo disse...
Economia Nacional
Salário maternidade sairá em 30 minutos, diz ministro

Toda trabalhadora autônoma que tiver contribuído pelo menos 10 meses com o Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) - ou as que possuírem carteira assinada - poderão receber em 30 minutos o salário maternidade a partir desta terça-feira. Da mesma forma, as mulheres com 30 anos de contribuição e os homens com 35 anos também terão direito ao benefício de forma mais rápida. A informação é do ministro da Previdência Social, José Pimentel.

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Para requerer o salário maternidade, é preciso que as autônomas levem a carteira de identidade e o carnê de contribuição. As demais trabalhadoras devem apresentar a identificação e a carteira de trabalho. Desde o início do mês, a nova forma de análise para a concessão de benefícios foi adotada para a aposentadoria por idade do trabalhador urbano e agora foi estendida para o salário maternidade e por tempo de contribuição.

O ministro disse que a qualificação do serviço da previdência social é o reconhecimento do direito dos trabalhadores e da afirmação da cidadania.

"Até pouco tempo na cabeça do cidadão o serviço devia ser de péssima qualidade. Agora não, nós modificamos toda a legislação no mês de dezembro numa ação conjunta do Congresso Nacional com o governo federal. Estamos implantando e concedendo os benefícios em até 30 minutos", afirmou.

O ministro destacou que para conseguir se aposentar ou ter acesso à licença maternidade em 30 minutos, em primeiro lugar, é necessário que o cidadão esteja vinculado à Previdência, o que inclui 65% da população acima de 16 anos de idade.

"Depois bastar marcar pelo sistema 135 o dia e a hora do atendimento e levar a documentação. Se todos os dados necessários estiverem corretos o contribuinte será atendido em até 30 minutos, como vem sendo feito com as aposentadorias por idade desde o dia cinco de janeiro", explicou.

Pimentel disse ainda que em 90% das agências da previdência social o atendimento é marcado em até 48 horas. Nos grandes centros, entretanto existe um volume maior o que torna mais lento o processo.

"Estamos criando mais 715 agências até 2010, em todo o território nacional, para descentralizar o atendimento. Em 2008, atendemos 295 mil benefícios e aposentadorias por idade. Temos 4 mil pessoas por dia procurando e se aposentando por idade no território nacional. Este serviço será agilizado", concluiu.
17:26
Anónimo disse...
Giuseppe Englaro, pai de Eluana, a italiana que morreu na segunda-feira passada por desidratação, recusou uma grande soma de dinheiro de um conhecido fotógrafo italiano que queria retratar a filha em estado de coma, disse neste sábado o neurologista que atendia a mulher desde 1996, Carlo Defanti.

O neurologista, que participou hoje de uma conferência sobre eutanásia, disse que Englaro respeitou a vontade da filha, que, antes do acidente, tinha pedido que, se lhe ocorresse qualquer coisa irreversível, apresentasse sua imagem de quando estava em boas condições.

Antes de sofrer o acidente de trânsito, em 1992, Eluana viveu o coma de um amigo, Alessandro, o que causou forte impacto na italiana e a levou a fazer o pai prometer que não a deixasse viver em estado vegetativo, disse o próprio Giuseppe Englaro.

Defanti, que dissera que Eluana poderia viver de dez a 12 dias depois da suspensão da alimentação e da hidratação, disse que, como médico, tinha que reprovar esta afirmação.

"Não se pode sobreviver após três ou quatro dias sem líquido e, em particular, água em um corpo. Sabemos bem que, quando há um terremoto, após quatro dias é difícil encontrar sobreviventes".

Defanti ressaltou que Eluana "não falava, não se comunicava com o exterior" e que, após vários exames, "nos deparamos com uma moça que tinha perdido a consciência", porque estava com o córtex cerebral prejudicado.

Eluana foi enterrada na quinta-feira passada no túmulo da família na localidade de Paluzza, em Udine, após um funeral que não contou com a presença dos pais.

16:53
Anónimo disse...
Os bombeiros combatem neste sábado os incêndios na Austrália favorecidos pelo bom tempo, enquanto os deslocados encotram em seu retorno casas derruídas, carros queimados nas ruas e destruição.

Depois de sete dias desde que começaram os incêndios no Estado de Victoria, a lista de mortos chega a 181, os desaparecidos somam 50, os edifícios destruídos totalizam 1,834 mil e o terreno arrasado, principalmente florestas, ocupa uma área de 4,13 mil quilômetros quadrados.

As equipes de bombeiros, formadas por 4 mil profissionais de Victoria, de outras partes da Austrália e de países amigos, combateram hoje 12 focos fora de controle e nenhum representava uma ameaça direta para a população.

O subdiretor do Serviço de Bombeiros, Geoff Conway, disse que este tempo favorável, que se prolongará durante o domingo, permite consolidar as linhas de contenção e avançar na extinção das chamas.

Cinzas apareceram arrastadas por ventos do nordeste sobre Melbourne, onde habitam 3,8 milhões de pessoas, e as autoridades alertaram aos cidadãos do risco para a saúde de idosos, crianças e pessoas com problemas respiratórios.

O número de pessoas deslocadas - a Cruz Vermelha chegou a receber 7 mil - começou a cair com a abertura de algumas localidades atingidas.

Os incêndios, alguns criminosos, começaram em 7 de fevereiro, quando a região sul da Austrália estava há duas semanas sob uma onda de calor sem precedentes.

Na sexta-feira passada, a polícia acusou uma pessoa de ter provocado o incêndio que atingiu a localidade de Churchill e matou 21 pessoas.

Anónimo disse...

16:55
Anónimo disse...
A primeira chuva em seis dias reduziu a ameaça de incêndios no Estado de Victoria, ao sul da Austrália. As autoridades, porém, advertiram que ainda existem 12 focos, mas que nenhum deles ameaça áreas povoadas.

Mais de quatro mil bombeiros, mil provenientes de outras partes do país e de outras nações, trabalham contra o fogo. Cerca de 600 veículos e 28 helicópteros e pequenos aviões estão sendo usados.


Eles conseguiram construir linhas de contenção para evitar os incêndios de Yarra e Maroondah se juntassem. Também foram controlados os incêndios abertos de Yea e Murrindindi, que ameaçavam as comunidades de Connellys Creek, Crystal Creek, Scrubby Creek e Native Dog Creek.

O número de mortos chegou a 181, mas as autoridades acreditam que as vítimas devem passar de 200, já que ainda há muitos desaparecidos.

16:55
Anónimo disse...
Aqui nesta coluna, na semana passada, tive a oportunidade de comentar sobre a recente visita do professor brasileiro Pedrinho Guareschi à Austrália. Não dei, porém, os fatos, pois semana passada o assunto era outro.

Hoje, porém, vamos a eles.

No último dia 4 de fevereiro, aconteceu o Seminário "Paulo Freire: Education and Liberation", organizado pelo centro de estudos latino-americanos da Universidade Nacional da Austrália, ou ANU, como é mais conhecida por aqui.

A ANU, para quem não sabe, está entre as 20 melhores universidades do mundo! E tem sede aqui em Camberra, capital da Austrália.

Na abertura do evento, o professor John Minns, diretor do centro latino-americano, ao dar boas-vindas ao público presente, lembrou ser aquele o primeiro seminário exclusivamente dedicado a Paulo Freire na Austrália.

Em seguida, convidou Pedrinho Guareschi, palestrante principal do Seminário, a fazer sua apresentação.

A plateia pode então conhecer, pelas palavras de Pedrinho, um pouco da obra e da vida de Freire, esse brasileiro de fé e valor, que sempre acreditou na educação, sobretudo dos menos favorecidos, analfabetos, como força libertadora.

Como não podia deixar de ser, os conceitos e ideias revolucionários de Paulo Freire, expostos com clareza por Pedrinho, despertaram o interesse e a curiosidade de plateia. A qual, deve-se notar, era na maioria de estudantes, mas de várias nacionalidades, sobretudo australianos e asiáticos.

Na continuação do programa do seminário, que se estendeu por dois dias, outros professores fizeram palestras sobre temas ligados à obra de Paulo Freire.

Interessante, por exemplo, saber que a professora Anne Hickling-Hudson, jamaicana que mora na Austrália há muitos anos (é professora da ANU), conheceu e trabalhou com Freire num workshop educacional durante a revolução na Ilha de Granada, em 1980, antes da invasão dos Estados Unidos...

Ou, então, a palestra da Professora Gerda Roelvink, da Nova Zelândia, que participou do Fórum Social de Porto Alegre em 2005. E essa participação transformou-se em tema de doutorado.

No dia 10, terça-feira passada, o padre Pedrinho Guareschi voltou a falar ao público australiano em grande auditório localizado no belíssimo campus da ANU. Desta vez, sobre a Teologia da Libertação.

Depois da palestra, John Minns mostrou o filme mexicano "O Crime do Padre Amaro", no qual um dos personagens é um padre católico praticante da Teologia da Libertação.

Mais uma vez, foi grande o intersse da platéia, que pode aprender e conhecer um pouco como se desenvolveu aquele importante movimento católico na América Latina.

Fica, assim, ao Pedrinho, bem como a outros brasileiros estudiosos e de bom coração que saem pelo mundo a divulgar aspectos importantes da cultura brasileira, o respeito e a homenagem desta coluna. E... aquele abraço!

16:57
Anónimo disse...
Amanda Kitts perdeu o braço esquerdo em um acidente de automóvel acontecido três anos atrás, mas hoje em dia ela joga futebol americano com seu filho de 12 anos de idade, troca fraldas e abraça as crianças nas três creches Kiddie Cottage que opera em Knoxville, Tennessee. Kitts, 40 anos, faz tudo isso com a ajuda de um novo tipo de braço artificial que se movimenta com mais facilidade do que outros aparelhos e que ela pode controlar utilizando apenas seus pensamentos.

"Eu sou capaz de mexer a mão, o pulso e o cotovelo ao mesmo tempo", diz. "Você pensa e os músculos se movem em seguida".

A recuperação que ela conseguiu resulta de um novo procedimento que vem atraindo crescente atenção porque permite que pessoas movam braços protéticos de forma mais automática do que faziam no passado, simplesmente utilizando nervos reaproveitados em seus cérebros.

A técnica, conhecida como "renervação muscular dirigida", envolve utilizar os nervos que restam depois da amputação de um braço e conectá-los a outro músculo do corpo, em geral no peito. Eletrodos são instalados sobre os músculos do peito, e operam como se fossem antenas. Quando a pessoa deseja mover o braço, o cérebro envia sinais que primeiro resultam em contração dos músculos do peito, os quais enviam um sinal ao braço protético, instruindo-se a se movimentar. O processo não requer mais esforços consciente do que a pessoa teria de exercitar caso ainda tivesse seu braço natural.

Na terça-feira, pesquisadores reportaram em estudo publicado pela versão online do Journal of the American Medical Association que haviam levado a técnica ainda mais à frente, tornando possível a execução de 10 movimentos de mão, pulso e cotovelo diferentes, o que representa uma substancial melhora com relação ao típico repertório protético, que em geral envolve apenas dobrar o cotovelo, girar o pulso e abrir a mão.

"Os novos métodos tiveram impacto dramático em nosso campo de trabalho", disse Stuart Harshbarger, engenheiro biomédico na Universidade Johns Hopkins e diretor do programa de pesquisa sobre próteses, financiado pelas forças armadas, que inclui o trabalho com essa técnica. "O método já está em uso por médicos e cirurgiões comuns em todo o país. A capacidade de controlar um membro protético bastante robusto que ele confere surpreendeu a todos pela qualidade".

Tipicamente, uma pessoa que tenha um braço protético só é capaz de executar alguns poucos movimentos, e muitas vezes com tamanha lentidão que isso só permite a ela atividades limitadas.

Há um motor separado para cada movimento, diz Gerald Loeb, professor de engenharia biomédica na Universidade do Sul da Califórnia, "e esses motores precisam ser controlados de maneira explícita", usualmente por um esforço consciente da pessoa para contrair músculos nas costas ou no bíceps.

"Essencialmente, até agora os pacientes controlavam apenas um motor de cada vez", diz Loeb, "e precisavam pensar cuidadosamente sobre que motor desejavam controlar e como fazê-lo operar, em lugar de simplesmente pensarem em mover o braço e poderem fazê-lo sem delongas".

Antes que Kitts passasse pelo procedimento de renervação, em outubro de 2007, por exemplo, ela precisava movimentar os músculos de suas costas de determinada maneira para fazer com que seu pulso girasse, e flexionar seu bíceps e tríceps para fazer com que o cotovelo se movesse para cima e para baixo. "Era muito trabalho", ela conta. "E não me ajudava muito".

O procedimento de renervação é parte de uma recente explosão de idéias novas e técnicas inovadoras que estão sendo exploradas enquanto os cientistas se esforçam por ajudar as pessoas a compensar melhor a perda de membros ou problemas de paralisia. O esforço vem sendo alimentado pelo aumento no número de amputações causado por diabetes e por ferimentos sofridos pelos militares, e ao mesmo tempo pelos avanços na tecnologia médica.

Os braços se tornaram um dos focos essenciais desse tipo de trabalho. A ciência há muito vem obtendo sucessos no desenvolvimento de próteses de perna, mas é muito mais difícil imitar a complexidade e a destreza das mãos e dos braços.

Os esforços em curso incluem o desenvolvimento de projetos de pele e braços mais sensíveis e mais flexíveis, e o uso de dispositivos acionados por controles sem fio implantado nos braços protéticos, que permitiriam movimentos mais naturais.

Os pesquisadores também vêm usando sensores implantados nos cérebros de cobaias para permitir que dois macacos controlem um braço mecânico, e um teste com um homem paralítico permitiu, com esse método, que ele movimentasse um cursor em uma tela de computador.

Alguns desses métodos, caso venham a ser aperfeiçoados plenamente e consigam aprovação das autoridades regulatórias da saúde, podem no futuro se tornar mais viáveis para os pacientes de amputações.

E embora a técnica da renervação não requeira aprovação das autoridades regulatórias porque é executada por meios cirúrgicos e emprega aparelhos já existentes, ela apresenta limitações que até mesmo seus criadores reconhecem, entre as quais o fato de que não se pode utilizá-la para todos os pacientes, o seu alto custo e o prazo de meses requerido para que os nervos reconectados cresçam e se tornem efetivos.

Ainda assim, os especialistas dizem que é o mais avançado sistema em uso hoje para pacientes reais que permite que o sistema nervoso controle diretamente o movimento de um braço artificial.

Desde sua introdução por Todd Kuiken, médico fisioterapeuta e engenheiro biomédico do Instituto de Reabilitação de Chicago, o método foi empregado em cerca de 30 pacientes nos Estados Unidos, Canadá e Europa, entre os quais oito soldados feridos no Iraque e no Afeganistão.

Muitos dos pacientes, entre os quais o primeiro, Jesse Sullivan, um operário do setor elétrico no Tennessee que perdeu os dois braços quando foi eletrocutado por um cabo, conseguem não apenas manipular seus braços protéticos mas sentir a presença das mãos que já não têm quando alguém toca em seus peitos.

Sullivan, 62 anos, e Kitts, estavam entre os cinco pacientes que participaram do estudo reportado na terça-feira. Em companhia de cinco outras pessoas que não passaram por amputações, eles receberam os eletrodos e foram instruídos a usar pensamentos para fazer com que um braço virtual na tela reproduzisse 10 movimentos diferentes, entre os quais três formas diferentes de aperto de mão.

Os pacientes apresentaram desempenho bastante respeitável, apenas um pouco mais lento e menos preciso do que os dos participantes que não tinham amputações.

"As velocidades de movimento que encontramos em nossos pacientes foram realmente encorajadoras", disse Kuiken. "Eles conseguiram completar a tarefa. É claro que não foram tão competentes quanto as pessoas dotadas de plena capacidade física, mas foram bons o bastante".

Um braço virtual foi usado porque a maioria das próteses existentes não era capaz de acomodar todos aqueles movimentos, no momento da pesquisa, ainda que Sullivan, Kitts e uma terceira paciente, Claudia Mitchell, tenham experimentado dois novos protótipos mais versáteis de braços artificiais, executando tarefas complexas com bolas de tênis e outros objetos.

O trabalho de renervação em soldados apresenta outros desafios, diz Kuiken, porque os ferimentos militares muitas vezes "causam danos muitos extensos" a nervos, músculos ou ossos.

Daniel Acosta, 25 anos, um aviador ferido pela detonação de uma bomba em uma estrada do Iraque em 2005, passou pelo procedimento no ano passado e diz que seu braço esquerdo protético agora se movimenta "muito mais rápido" e de maneira muito mais natural.

"A diferença é que agora não preciso mais pensar para mover o braço", ele diz. "Ele simplesmente se mexe".

Ainda assim, Acosta, de San Antonio, diz que "o processo foi bastante longo" e que os eletrodos precisam ser ajustados para receber os sinais à medida que os nervos crescem ou mudam de posição.

E embora elogiem o método, os especialistas afirmam que a ciência das próteses de braço ainda tem muito por avançar.

"Trata-se de uma parte crucial, mas ainda assim apenas uma parte, das muitas coisas que compreendem a função normal de um braço", disse Loeb, que escreveu um editorial que acompanha o artigo no Journal of the American Medical Association.

"No momento estamos a meio do caminho entre o braço de 'Dr. Fantástico', que fazia involuntariamente a saudação nazista, e o braço de Luke Skywalker em 'Guerra nas Estrelas', que funciona sem nenhum problema assim que é conectado. Creio que precisaremos ainda de muitos anos para conectar todas as peças necessárias a produzir um braço capaz de funcionar normalmente".

17:04
Anónimo disse...
A Espanha disse neste sábado que está preparando uma reclamação oficial contra a decisão da Venezuela de expulsar um membro do Parlamento Europeu que criticou o conselho eleitoral venezuelano.
Luis Herrero, membro do partido conservador espanhol PP, foi deportado na sexta-feira depois que o Conselho Nacional Eleitoral (CNE) o acusou de questionar a imparcialidade da instituição antes de um referendo que pode permitir ao presidente Hugo Chávez permanecer no cargo indefinidamente.

Herrero estava na Venezuela como observador do referendo. Ele acusou Chávez de ter "comportamentos típicos de um ditador" por pedir a contenção de manifestações da oposição.

O governo da Espanha convocou um encontro com o embaixador da Venezuela em Madri para expressar a desaprovação sobre a expulsão de Herrero, disse um representante do Ministério das Relações Exteriores espanhol.

As relações da Venezuela com a Espanha tiveram seu ponto crítico em 2007, quando Chávez ameaçou rever acordos diplomáticos e comerciais depois de ouvir um "cala a boca" do rei espanhol Juan Carlos durante uma cúpula.

A fenda foi oficialmente reparada em 2008, com uma visita oficial de Chávez à Espanha, onde ele cumprimentou o rei e discutiu acordos para investimento no setor petroquímico com o primeiro-ministro José Luis Rodriguez Zapatero.

17:06
Anónimo disse...
A polícia do Zimbábue anunciou neste sábado que acusa de traição Roy Bennett, dirigente do até agora opositor Movimento para a Mudança Democrática (MDC), detido na sexta-feira, em Harare, poucas horas antes da cerimônia de posse dos membros do novo gabinete.

"A Polícia nos informou que vão apresentar acusações de traição", disse à agência EFE o advogado de defesa de Bennett, Trust Maanda.

"Tentam relacionar Roy com o caso de Mike Hitschmann, que foi detido em 2006 em relação à descoberta de um carregamento de armas, apesar de que Hitschmann não tenha sido declarado culpado das acusações de traição apresentadas contra ele, mas de um crime menor de descumprimento de leis", disse Maanda.

O político opositor, designado por seu partido como vice-ministro de Agricultura no Governo de união nacional, esteve no exílio na vizinha África do Sul desde 2006 e retornou ao Zimbábue há duas semanas.

Segundo a Polícia, que deteve Bennett ontem no aeroporto de Harare quando pretendia ir à África do Sul para visitar sua família, as armas apreendidas em 2006 seriam utilizadas em um golpe de Estado para derrubar o presidente do Zimbábue, Robert Mugabe.

Depois da detenção, Bennet foi levado a Mutar, onde vários simpatizantes do MDC se concentraram em frente à delegacia na qual estava detido, diante do que a Polícia respondeu com tiros para o alto para dispersar os manifestantes.

17:07
Anónimo disse...
Austrália: 14 mil se candidatam a 'emprego dos sonhos'

A secretaria de Turismo de Queensland, na Austrália, informou que até esta segunda-feira já recebeu cerca de 14 mil inscrições para o "o melhor emprego do mundo". O Estado australiano promove pela internet seleção para vaga de "zelador" da ilha Hamilton, por seis meses com um salário de R$ 40 mil.

Muitos candidatos tiveram problemas durante a inscrição por conta dos acessos simultâneos ao site. A secretaria aconselha enviar os vídeos de 60s explicando porque deve ser escolhido em horários alternativos do dia, além de recomendar tamanho em torno de 40MB.

As inscrições começaram em 12 de janeiro e vão até o próximo dia 22 e podem ser feitas pelo site www.islandreefjob.com. O governo australiano escolherá 50 candidatos para a próxima fase da seleção, que terá votos do público para eleger um dos 11 finalistas.

A última fase terá entrevistas e desafios físicos, no próprio local de trabalho: as ilhas da Grande Barreira Coralina - o maior recife de coral do mundo. A secretaria de Turismo anunciará o vencedor no dia 6 de maio.

17:09
Anónimo disse...
Mercado elogia governo na crise, mas pede maior queda no juro

Peter Fussy
Direto de São Paulo

Desde as primeiras medidas anunciadas para combater os efeitos da crise, o governo brasileiro avisou que a estratégia não contemplaria um pacote. Seriam doses pontuais, de acordo com a necessidade da economia diante do agravamento das turbulências. Da primeira liberação dos depósitos compulsórios em setembro até a ampliação do seguro-desemprego na última quarta-feira, o governo passou por redução de impostos, ampliação de crédito e incentivos à exportação. Quase 150 dias após a primeira medida, o Terra conversou com líderes do setor público e privado, representantes dos trabalhadores, acadêmicos e com o próprio governo para saber quais destas ações foram mais eficazes, quais foram mais ineficientes e o que mais pode ser feito pelo Estado brasileiro contra a crise.

Os maiores elogios foram direcionados à atitude de reduzir o Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) para a indústria automobilística, anunciada em dezembro e que fez com que os emplacamentos de carros novos subissem 1,9% no primeiro mês do ano em relação a dezembro de 2008. Já as maiores críticas foram para a lentidão no corte da taxa básica de juro do País.

Para o presidente do conselho administrativo do Grupo Pão de Açúcar, Abílio Diniz, o Estado não é responsável pela crise e mesmo assim está agindo "com extrema serenidade e muito acerto". "O governo está atento, fazendo a sua parte. É preciso coragem de baixar firmemente a taxa de juros. É uma arma que temos a nosso favor, já que não há clima para inflação, nem possibilidade de danos para a macroeconomia", afirmou Diniz.

Na última reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), em janeiro, a taxa Selic foi reduzida em um ponto percentual, de 13,75% para 12,75% ao ano. Porém, o professor de economia da Universidade de Brasília (UnB) José Luiz Oreiro lembra que este corte representa uma redução de apenas 0,25 ponto percentual com relação à taxa de setembro do ano passado, quando a crise se agravou.

"Pouco antes da eclosão da crise, o Banco Central aumentou a taxa em 0,75 ponto. Foram cinco meses de demora para reduzir em termos líquidos apenas 0,25 ponto", afirmou o economista, que também sugeriu redução do intervalo de cerca de 90 dias entre as reuniões do Copom e o corte de pelo menos um 1 ponto percentual em cada reunião.

Mesmo com o corte de janeiro, a taxa de juros real continua sendo a maior do mundo, lembrou o secretário-geral da Força Sindical, João Carlos Gonçalves, o Juruna. "A redução da taxa de juro ainda é pequena, porque ela continua uma das mais altas do mundo. Falta ousadia para baixar os juros e ajudar o cidadão. A permanência da taxa de juro alta é negativa para o País em meio a crise", afirmou Juruna.

Embora aprove as ações do governo, o senador Aloízio Mercadante (PT-SP) também acredita que o patamar da Selic está muito alto. "Sempre fomos os primeiros a entrar em qualquer crise, o que não aconteceu agora. A taxa Selic ainda é muito alta, mas o governo têm tomado medidas acertadas, como o aumento do salário mínimo, mesmo com um cenário de crise. Isso ajuda a movimentar o consumo. O governo está se esforçando para manter os investimentos e o crescimento", disse.

Tributos
De acordo com o economista Fabio Pina, da Fecomercio-SP, as ações mais positivas estão relacionadas à redução de tributos para alguns segmentos, como a indústria automobilística, que recuperou parte da queda nas vendas em janeiro com a isenção do IPI para carros 1.0 l e o corte para demais motorizações. A medida vale até o final de março.

"Essas medidas não só reduziram o preço, mas anteciparam o consumo daqueles que iriam comprar no futuro, dando um prêmio por conta da insegurança. Mexe diretamente com o principal problema que é a confiança do consumidor", afirmou. Juruna destacou que um bom ritmo de vendas é garantia de emprego. "É importante porque cada emprego na montadora significa 19 na cadeia produtiva", comentou o representante da Força Sindical.

Também em dezembro, o governo decidiu cortar pela metade a alíquota do Imposto de Renda para contribuintes que ganham entre R$ 1.434 e R$ 2.150 mensais. "O salário aumentava e a tabela não se modificava. As pessoas ganhavam mais e pagavam mais impostos", apontou Juruna. Outra redução de tributos do governo foi com relação ao Imposto sobre Operações Financeiras (IOF), que caiu de 3% ao ano para 1,5%.

Crédito
Na segunda metade de 2008, o colapso de bancos nos Estados Unidos por conta da crise do subprime provocou uma forte restrição de crédito no mundo inteiro. Uma das primeiras medidas anticrise do governo teve como objetivo restabelecer a oferta, com mudanças no recolhimento dos depósitos compulsórios por parte dos bancos. Segundo o presidente do Banco Central, Henrique Meirelles, as diversas modificações liberaram US$ 99,2 bilhões aos bancos até o final de janeiro.

Além disso, o governo concedeu R$ 36 bilhões das reservas internacionais para empresas brasileiras com dívidas no exterior e uma medida provisória autorizou o Banco do Brasil e a Caixa Econômica Federal a comprar carteiras de crédito de bancos privados. Para o diretor do Departamento de Pesquisas e Estudos Econômicos da Fiesp, Paulo Francini, estas medidas foram essenciais para combater os efeitos da crise.

"A crise se desenvolve no mundo em torno do tema crédito. E o crédito reduziu-se barbaridade no mundo. Então o governo lança mão de compulsório, lança mão de reservas, de medidas que permitem aos bancos comprar carteiras de bancos. Você vai tomando várias medidas para atender às demandas e o epicentro disso é crédito", afirmou.

No entanto, Oreiro, da UnB, adverte que a liberação dos compulsórios seria mais eficiente acompanhada de redução mais agressiva da taxa básica de juro. "Uma parte do crédito voltou, depois da forte retração em outubro e novembro. O que deveria ter sido feito junto à liberação do compulsório era uma redução mais drástica da taxa de juro. Sem isso, os bancos pegam as reservas e acabam comprando títulos públicos", explicou o economista.

Na opinião de Pina, as ações de distribuição de crédito via redução do compulsório e a disposição de capital de giro para empresas foram tomadas sem um cuidado maior na operação e não tiveram muito efeito. "O BNDES tem linhas que ficam paradas quase todo o ano, agora é pior ainda. Existem os recursos, mas as empresas e os bancos estão desconfiados. É preciso fazer com que os bancos tenham interesse em emprestar", afirmou o economista da Fecomercio-SP.

Futuro
Mesmo com todas essas medidas, a crise financeira ainda gera incertezas nos setores produtivos do País. Nos últimos meses, o medo do desemprego fez os consumidores adiarem compras. Por sua vez, a queda nas vendas pode obrigar as indústrias a cortarem a produção e demitir funcionários. Contra isso, empresários sugerem redução de jornada e de salários.

"Isto está previsto em lei. A Fiesp simplesmente manteve conversações com entidades sindicais quanto à aplicação daquilo que já está previsto em lei", afirmou Francini.

Segundo a ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff, uma das medidas que assegura um nível de emprego é a manutenção de investimentos no Programa de Aceleração do Crescimento (PAC). "Estamos esperando que a dificuldade ocorra em janeiro, fevereiro e março. Estamos certos que vamos manter o nível de investimento. É isso que funciona, é isso que significa investimento público. Ele funciona como um colchão. Por isso, nós colocamos R$ 100 bilhões no BNDES e a Petrobras ampliou o seu investimento em R$ 120 bilhões", afirmou.

Na mesma linha, Pina explica que a antecipação de gastos do governo substitui parte da demanda retraída do setor privado. "Ele dá o seguinte recado: não vou estourar as contas públicas, mas concentrar em um momento em que a demanda privada está pequena. Mas o governo não tem fôlego suficiente para fazer o papel de toda demanda", ressaltou. O economista da Fecomercio lembrou que a entidade já pleiteou junto ao governo isenções para transferência de imóveis e de automóveis, além de retirar o IPVA para veículos novos.

Já Oreiro foca suas propostas na capitalização do Banco do Brasil e da Caixa Econômica Federal pelo Tesouro para atender a demanda de crédito para capital de giro e reduzir o spread. "Aumentando o empréstimo e reduzindo as taxas, os dois vão forçar os bancos privados a acompanhar o movimento, até para não perderem participação no mercado", explicou o economista da UnB.

Até o Carnaval, o governou prometeu detalhar um pacote de incentivos para a construção de até um milhão de casas populares, direcionado a famílias com renda de até dez salários mínimos. "Estamos atentos a tudo o que está acontecendo e novas medidas serão tomadas caso haja uma avaliação de que sejam necessárias", disse o ministro da Fazenda, Guido Mantega, na última sexta-feira.

17:11
Anónimo disse...
Ex-ministro critica extensão do seguro-desemprego

Atualizada às 09h03

O ex-ministro do Trabalho Almir Pazzianotto criticou a decisão do governo federal de conceder o seguro-desemprego estendido a apenas alguns setores. "É certamente odioso e provavelmente inconstitucional", disse Pazzianotto, de acordo com o jornal O Estado de S. Paulo.

Na última qurta, dia do anúncio da medida, centrais sindicais elogiaram a atitude do governo. A Força Sindical divulgou nota dizendo que "o aumento ajudará a aquecer parte da economia, já que irá gerar mais consumo, produção e conseqüentemente, a criação de novos postos de trabalho". A União Geral dos Trabalhadores (UGT) afirmou que a medida "contribuirá para minimizar o drama dos trabalhadores que perderem seu emprego por conta da crise".

O ex-ministro, que instituiu o seguro-desemprego no País no governo de José Sarney, destacou a necessidade de as centrais sindicais se manifestarem contra a determinação. Para ele, as mudanças devem ser aplicadas a todas as categorias profissionais e a distinção é contrária ao artigo 3º da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT).

Pazzianotto atribui a medida a um possível temor do governo de que a crise econômica seja longa e não haja dinheiro para atender a todas as necessidades. Ainda assim, ele se mostra contrário ao método de concessão. "O seguro-desemprego ajuda a sanar necessidades básicas. Estendê-lo é paliativo, não a solução", disse ao jornal.

De acordo com o presidente do Conselho Deliberativo do Fundo de Amparo ao Trabalhador (Codefat) e conselheiro da Força Sindical, Luiz Fernando Emediato, a determinação já estava prevista na lei 8.900/94, que trata do seguro-desemprego.

O presidente da Comissão de Trabalho da Câmara, Pedro Fernandes (PTB-MA) vai além na crítica à concessão do seguro para apenas alguns setores. Ele acredita que a ampliação do benefício estimula o desemprego.

Quintino Severo, secretário geral da Central Única dos Trabalhadores (CUT), lembra que a ampliação do benefício sem critério e identificação pode incentivar demissões em outros setores.

17:13
Anónimo disse...
Empresas
TAM faz promoção para destinos internacionais

A companhia aérea TAM anunciou nesta sexta-feira tarifas promocionais para trechos internacionais. Os preços valem para bilhetes comprados entre 6h deste sábado e 23h59 deste domingo e são válidos para classe econômica. As tarifas, para ida e volta, serão vendidas a partir de US$ 99, mais taxas.

Segundo a aérea, a promoção vale para viagens feitas no período de 14 de fevereiro a 18 de junho de 2009. Para destinos na América do Sul, a permanência mínima é de dois dias; para bilhetes com destino nos Estados Unidos, cinco dias; e Europa, sete dias. A permanência máxima para as passagens para América do Sul e EUA é de dois meses e para Europa, três meses.

Entre os exemplos de tarifas promocionais, a TAM oferece São Paulo-Lima por US$ 99. Bilhetes para a rota São Paulo-Santiago serão vendidos a partir de US$ 199 e São Paulo-Nova York, US$ 799.

A emissão dos bilhetes deve ser feita obrigatoriamente no ato da reserva, obedecendo às regras estipuladas pela companhia. A compra está sujeita à disponibilidade de assentos nas classes tarifárias determinadas, trechos, horários e datas. A TAM afirmou que também há tarifas promocionais para a classe executiva.

Mais informações podem ser encontradas no site promocional (www.ofertastam.com.br), no site da empresa (www.tam.com.br) ou pelos telefones 4002-5700 ou 0800 5705700.

17:13
Anónimo disse...
Empresas
Consultoria negocia compra do parque temático Hopi Hari

A consultoria especializada em reestruturação de empresas Íntegra Associados informou nesta sexta-feira ter um acordo para comprar o parque de diversões Hopi Hari, localizado no interior de São Paulo. A empresa estaria disposta a investir R$ 10 milhões no parque, que tem dívida estimada em R$ 800 milhões. As informações são da edição deste sábado do jornal Folha de S. Paulo.

De acordo com o jornal, a transação ainda depende da negociação entre o Hopi Hari e seus credores, o que já estaria em andamento.

A consultoria paulista já atuou junto à Parmalat, durante 30 meses, quando reorganizou a gestão da empresa italiana.

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17:14
Anónimo disse...
Empresas
Disney de Tóquio contratará mais 2 mil apesar da crise


A Oriental Land, o operador da Disneylândia Tóquio e DisneySea, organizou neste domingo entrevistas para contratar cerca de 2 mil trabalhadores em tempo parcial, em um momento de grandes demissões deste tipo de empregados no Japão.

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O operador deste parque temático, situado em Urayasu, na província de Chiba (leste de Tóquio), está em pleno processo de seleção de empregados para 20 tipos de postos trabalhistas diferentes.

Segundo a companhia, citada pela agência local de notícias Kyodo, o parque contratará novos trabalhadores para as atrações, para os restaurantes e guardas de segurança entre outros. Os novos contratados começarão a trabalhar a partir de fevereiro.

O processo de seleção acontece em um momento em que a maioria das grandes companhias japonesas começaram a se ver obrigadas a despedir uma elevada percentagem de seus trabalhadores temporários e a tempo parcial.

Algumas inclusive anunciaram demissões de seus trabalhadores fixos, uma medida muito pouco comum nas companhias japonesas, perante os efeitos piores que o esperado pela crise econômica global.

Cerca de uma centena de pessoas esperavam desde a primeira hora desta manhã a abertura do centro de conferências Tokyo International Forum, onde as entrevistas estão sendo feitas, para ser os primeiros a solicitar os postos de trabalho.


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17:15
Anónimo disse...
Economia Internacional
Senado dos EUA aprova plano de estímulo à economia

O Senado dos Estados Unidos aprovou com 60 votos a favor e 38 contra o plano de estímulo à economia de US$ 787 bilhões na madrugada deste sábado. Agora, ele segue para sanção ou veto do presidente Barack Obama, que espera colocar a lei em prática até o dia 16 de fevereiro.

O plano prevê a criação de três milhões de empregos, inclui cortes de impostos às famílias, fundos para programas sociais e obras públicas, além de ajuda aos governos estaduais, estudantes e desempregados.

A cláusula Buy American - que exige o uso de ferro, aço e produtos manufaturados dos Estados Unidos em obras realizadas com recursos do pacote - ficou de lado. Segundo o texto definitivo, a cláusula será aplicada sem violar as normas do comércio internacional.

Ontem à tarde, a Câmara de Representantes (deputados) havia aprovado, por 246 votos a favor e 183 contra, a versão final do plano. Todos os republicanos foram contrários ao pacote.

Pelo acordo de quarta-feira entre Câmara e Senado, em vez de custar US$ 819 bilhões, como queriam os deputados, ou US$ 838 bilhões como pretendiam os senadores, o pacote ficou em cerca de US$ 787 bilhões, com 65% desse total destinado a gastos do governo federal e 35%, a créditos tributários.

17:16
Anónimo disse...
Economia nacional
Na era Lula, aposentadoria sobe 54% menos que salário mínimo

Thatiane Faria
Especial para o Terra
Direto de São Paulo

Os índices de reajustes concedidos pelo governo em 2009 para aposentados e pensionistas e para o salário mínimo repetiram uma diferença que, só durante o governo de Luiz Inácio Lula da Silva, já chega a 54%. Enquanto o mínimo foi majorado em 12% este ano, as pensões e aposentadorias tiveram aumento de 5,92%. Aposentados que têm o benefício do governo como única fonte de renda reclamam que perdem poder de compra e que sua cesta de compras é composta por itens que aumentam mais em relação à inflação oficial.

Um exemplo prático pode ser entendido a partir da comparação entre um aposentado que ganhava R$ 600 em janeiro de 2003. Na época, o benefício era três vezes, ou 200%, maior que o valor do mínimo em vigência, que era de R$ 200. Aplicando-se os índices de reajuste para aposentadorias e para o mínimo durante os últimos seis anos, o mesmo aposentado estaria recebendo hoje R$ 938,47, comparado a um salário mínimo de R$ 465. A diferença entre os dois valores caiu para pouco mais de 100%.

Enquanto o índice acumulado de reajuste para a aposentadoria durante o governo Lula foi de 60%, para o salário mínimo está em 132%.

O diretor do Sindicato Nacional dos Aposentados, João Inocentini, reclama que os valores dos benefícios para aposentadorias não mantêm o poder de compra do grupo, principalmente dos aposentados que recebem menos que dez salários mínimos.

Nem mesmo o fato de o índice de reajuste das aposentadorias ter ficado acima da inflação acumulada no mesmo período (o IPCA entre janeiro de 2003 e janeiro de 2009 foi de 39,7%) serve de argumento, segundo os aposentados.

"Os idosos, principalmente, têm gastos além das contas gerais como gás, telefone e aluguel. Para eles o custo com remédios, e outros itens da área saúde costuma ser maior", afirmou Inocentini.

O presidente do sindicato afirmou que o grupo realiza um estudo com 100 itens de necessidade de um idoso para comparar o aumento dos produtos com o índice de reajuste do benefício recebido pelos aposentados.

"Daqui dois meses vamos abrir um processo na Justiça e levar essa pesquisa como prova. Segundo a lei, o governo é obrigado a manter o poder de compra com a aposentadoria", disse Inocentini.

Alternativas
O consultor financeiro Cláudio Boriola diz que os aposentados, especialmente nesse momento de crise econômica, devem evitar compras parceladas, pesquisar preços, negociar e fazer bom planejamento financeiro.

Segundo Boriola, alguns aposentados ganham um valor mensal muitas vezes insuficiente para o pagamento das contas e acabam pedindo crédito ou realizando pagamentos a prazo e são obrigados a pagar juros altos.

Na opinião do consultor, pagar uma previdência privada é uma alternativa indicada para quem ainda trabalha, considerando a característica de perda de poder de compra da aposentadoria.

"Na prática, infelizmente os valores encontram-se em um patamar que está deteriorando o poder de aquisição da população brasileira", completou Boriola.

De acordo com o diretor da Confederação Brasileira de Aposentados e Pensionistas (Cobap), Vicente Fernandes Barbosa, representantes dos aposentados tentarão um encontro com o presidente da Câmara, deputado Michel Temer (PMDB-SP), para discutir projetos que minimizem a perda dos aposentados

17:17
Anónimo disse...
Previdência
Previdência prorroga isenção de tarifas no benefício

O atual sistema de pagamento aos 26 milhões de aposentados e pensionistas do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) será mantido até o final deste ano. O acordo, que permite realizar a operação sem nenhum custo aos beneficiários, foi renovado nesta sexta-feira, entre o governo federal e 21 instituições financeiras.

Por meio desse acordo, vigente desde setembro de 2007, nem os segurados, nem os bancos e nem o governo arcam com o pagamento de tarifas, conforme explicou o ministro da Previdência Social, José Pimentel. A prorrogação vale até dezembro, data máxima para que a Previdência defina as regras para um novo contrato.

Ao assinar o termo de renovação, na sede da Federação Brasileira dos Bancos (Febraban), o ministro disse que a intenção do governo é mudar o atual modelo de gestão visando a reduzir os custos dessas operações em torno da folha mensal, que atinge R$ 15,8 bilhões. No entanto, qualquer alteração, conforme explicou, passará antes por audiências públicas a serem realizadas a partir do segundo semestre deste ano, atendendo a determinação do Tribunal de Contas da União (TCU).

De acordo com Pimentel, com um redesenho do mecanismo de repasse dos recursos aos bancos em torno da folha de pagamento dos segurados o que se busca é um aumento da participação de instituições financeiras. Ele informou que, desde 2007, cada benefício custa em média R$ 1,07 ao governo. "Quanto mais instituições financeiras estiverem prestando serviços à sociedade, maior é a competitividade, a agilidade no atendimento", justificou.

O ministro observou, ainda, que, para permitir uma redução para algo em torno de meia hora no tempo de atendimento para a concessão dos direitos previdenciários, o governo investiu R$ 280 milhões.

Questionado sobre o descontentamento dos segurados que ganham acima de um salário mínimo terem obtido apenas a correção com base na variação do Índice de Preços ao Consumidor (INPC) , ficando abaixo do reajuste dado a quem recebe apenas o mínimo, Pimentel argumentou que o governo seguiu o que determina a lei e descartou a possibilidade de uma revisão

17:17
Anónimo disse...
Empresas
Caterpillar oferece aposentadoria antecipada a 2 mil


A companhia americana Caterpillar ofereceu a cerca de dois mil funcionários incentivos para que se aposentem de forma voluntária antes do previsto, pela perspectiva de uma queda "significativa" da atividade industrial, informou nesta quarta-feira a empresa.

A iniciativa, destinada aos trabalhadores de diversas fábricas em Illinois, Colorado, Tennessee e Pensilvânia, se soma aos cortes de empregos anunciados em janeiro, explicou em comunicado de imprensa.

A empresa, a maior fabricante mundial de maquinaria pesada para a construção e a mineração, acrescentou que, "em função das condições de negócio, podem ser necessárias mais reduções de elenco voluntárias e involuntárias à medida que o ano avança".

O vice-presidente da companhia, Sid Banwart, explicou que a empresa prevê "demissões significativas em todas as regiões geográficas e na maioria dos setores devido às dificuldades da economia mundial".

17:18
Anónimo disse...
Comércio
Comércio exterior da OCDE caiu no 3º trimestre de 2008


As exportações e as importações dos países da Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Econômico (OCDE) caíram 1,6% e 0,2%, respectivamente, no terceiro trimestre de 2008, em relação aos três meses anteriores.

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Trata-se da primeira queda destas atividades desde o terceiro trimestre de 2006, segundo o último relatório trimestral sobre fluxos comerciais divulgado pela OCDE.

As exportações e as importações em dólares dos 30 Estados-membros caíram 15,6% e 17%, respectivamente, na comparação anualizada.

Por sua vez, o comércio dos sete países mais ricos do mundo (G7) teve um pequeno crescimento no terceiro trimestre de 2008 com uma queda das exportações de mercadorias de 0,2% em relação ao trimestre anterior e um aumento de 0,4% das importações.

Em termos anualizados, as importações do G7 caíram 1,4% entre julho e setembro do ano passado, seu primeiro retrocesso desde o terceiro trimestre de 2006, enquanto as exportações aumentaram 1,9%, seu crescimento mais baixo no mesmo tempo.

Por países, a Alemanha aumentou suas importações em 3,4% - valor mais alto do G7 -, enquanto suas exportações caíram 2,9% do segundo para o terceiro trimestre de 2008.

Pelo contrário, as exportações americanas aumentaram 1,8% entre julho e setembro de 2008, enquanto as importações caíram 0,7% em relação ao trimestre anterior. No Japão, tanto as importações quanto as exportações caíram em torno de 1% no mesmo período.

17:19
Anónimo disse...
Economia Nacional
Lula: juros de crédito consignado a aposentados são altos

Atualizada às 17h29

O presidente Luis Inácio Lula da Silva afirmou nesta terça-feira, em São Paulo, que está lutando para reduzir as taxas de juros cobradas de aposentados em crédito consignado. A Previdência Social estabelece uma taxa máxima de 2,5% para empréstimo e de 3,5% para cartão. Para Lula, os valores são altos.

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"Acho que o juro que os aposentados estão pagando hoje com o crédito consignado é alto para o padrão brasileiro", disse o presidente durante a cerimônia de comemoração dos 86 anos do INSS.

A Previdência anunciou nesta terça-feira que aposentados e trabalhadoras com licença-maternidade poderão receber seus benefícios em 30 minutos. De acordo com Lula, em junho, a aposentadoria do trabalhador rural também será conseguida em meia hora.

Além disso, o presidente anunciou que, também em junho, os trabalhadores que alcançarem o direito à aposentadoria passarão a receber em suas casas um comunicado da Previdência informando o fato e o valor do salário que têm direito a receber. "É um comprometimento público que estou fazendo com os companheiros da Previdência Social", disse.

"Estamos retribuindo ao contribuinte da Previdência Social aquilo que é a cidadania que ele tem direito", afirmou Lula. "Se para cobrar nós somos tão precisos, para devolver o dinheiro, temos que chegar próximo à perfeição", completou.

17:20
Anónimo disse...
Economia Nacional
Salário maternidade sairá em 30 minutos, diz ministro

Toda trabalhadora autônoma que tiver contribuído pelo menos 10 meses com o Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) - ou as que possuírem carteira assinada - poderão receber em 30 minutos o salário maternidade a partir desta terça-feira. Da mesma forma, as mulheres com 30 anos de contribuição e os homens com 35 anos também terão direito ao benefício de forma mais rápida. A informação é do ministro da Previdência Social, José Pimentel.

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Para requerer o salário maternidade, é preciso que as autônomas levem a carteira de identidade e o carnê de contribuição. As demais trabalhadoras devem apresentar a identificação e a carteira de trabalho. Desde o início do mês, a nova forma de análise para a concessão de benefícios foi adotada para a aposentadoria por idade do trabalhador urbano e agora foi estendida para o salário maternidade e por tempo de contribuição.

O ministro disse que a qualificação do serviço da previdência social é o reconhecimento do direito dos trabalhadores e da afirmação da cidadania.

"Até pouco tempo na cabeça do cidadão o serviço devia ser de péssima qualidade. Agora não, nós modificamos toda a legislação no mês de dezembro numa ação conjunta do Congresso Nacional com o governo federal. Estamos implantando e concedendo os benefícios em até 30 minutos", afirmou.

O ministro destacou que para conseguir se aposentar ou ter acesso à licença maternidade em 30 minutos, em primeiro lugar, é necessário que o cidadão esteja vinculado à Previdência, o que inclui 65% da população acima de 16 anos de idade.

"Depois bastar marcar pelo sistema 135 o dia e a hora do atendimento e levar a documentação. Se todos os dados necessários estiverem corretos o contribuinte será atendido em até 30 minutos, como vem sendo feito com as aposentadorias por idade desde o dia cinco de janeiro", explicou.

Pimentel disse ainda que em 90% das agências da previdência social o atendimento é marcado em até 48 horas. Nos grandes centros, entretanto existe um volume maior o que torna mais lento o processo.

"Estamos criando mais 715 agências até 2010, em todo o território nacional, para descentralizar o atendimento. Em 2008, atendemos 295 mil benefícios e aposentadorias por idade. Temos 4 mil pessoas por dia procurando e se aposentando por idade no território nacional. Este serviço será agilizado", concluiu.
17:27
Anónimo disse...
Giuseppe Englaro, pai de Eluana, a italiana que morreu na segunda-feira passada por desidratação, recusou uma grande soma de dinheiro de um conhecido fotógrafo italiano que queria retratar a filha em estado de coma, disse neste sábado o neurologista que atendia a mulher desde 1996, Carlo Defanti.

O neurologista, que participou hoje de uma conferência sobre eutanásia, disse que Englaro respeitou a vontade da filha, que, antes do acidente, tinha pedido que, se lhe ocorresse qualquer coisa irreversível, apresentasse sua imagem de quando estava em boas condições.

Antes de sofrer o acidente de trânsito, em 1992, Eluana viveu o coma de um amigo, Alessandro, o que causou forte impacto na italiana e a levou a fazer o pai prometer que não a deixasse viver em estado vegetativo, disse o próprio Giuseppe Englaro.

Defanti, que dissera que Eluana poderia viver de dez a 12 dias depois da suspensão da alimentação e da hidratação, disse que, como médico, tinha que reprovar esta afirmação.

"Não se pode sobreviver após três ou quatro dias sem líquido e, em particular, água em um corpo. Sabemos bem que, quando há um terremoto, após quatro dias é difícil encontrar sobreviventes".

Defanti ressaltou que Eluana "não falava, não se comunicava com o exterior" e que, após vários exames, "nos deparamos com uma moça que tinha perdido a consciência", porque estava com o córtex cerebral prejudicado.

Eluana foi enterrada na quinta-feira passada no túmulo da família na localidade de Paluzza, em Udine, após um funeral que não contou com a presença dos pais.

16:53
Anónimo disse...
Os bombeiros combatem neste sábado os incêndios na Austrália favorecidos pelo bom tempo, enquanto os deslocados encotram em seu retorno casas derruídas, carros queimados nas ruas e destruição.

Depois de sete dias desde que começaram os incêndios no Estado de Victoria, a lista de mortos chega a 181, os desaparecidos somam 50, os edifícios destruídos totalizam 1,834 mil e o terreno arrasado, principalmente florestas, ocupa uma área de 4,13 mil quilômetros quadrados.

As equipes de bombeiros, formadas por 4 mil profissionais de Victoria, de outras partes da Austrália e de países amigos, combateram hoje 12 focos fora de controle e nenhum representava uma ameaça direta para a população.

O subdiretor do Serviço de Bombeiros, Geoff Conway, disse que este tempo favorável, que se prolongará durante o domingo, permite consolidar as linhas de contenção e avançar na extinção das chamas.

Cinzas apareceram arrastadas por ventos do nordeste sobre Melbourne, onde habitam 3,8 milhões de pessoas, e as autoridades alertaram aos cidadãos do risco para a saúde de idosos, crianças e pessoas com problemas respiratórios.

O número de pessoas deslocadas - a Cruz Vermelha chegou a receber 7 mil - começou a cair com a abertura de algumas localidades atingidas.

Os incêndios, alguns criminosos, começaram em 7 de fevereiro, quando a região sul da Austrália estava há duas semanas sob uma onda de calor sem precedentes.

Na sexta-feira passada, a polícia acusou uma pessoa de ter provocado o incêndio que atingiu a localidade de Churchill e matou 21 pessoas.

16:55
Anónimo disse...
A primeira chuva em seis dias reduziu a ameaça de incêndios no Estado de Victoria, ao sul da Austrália. As autoridades, porém, advertiram que ainda existem 12 focos, mas que nenhum deles ameaça áreas povoadas.

Mais de quatro mil bombeiros, mil provenientes de outras partes do país e de outras nações, trabalham contra o fogo. Cerca de 600 veículos e 28 helicópteros e pequenos aviões estão sendo usados.


Eles conseguiram construir linhas de contenção para evitar os incêndios de Yarra e Maroondah se juntassem. Também foram controlados os incêndios abertos de Yea e Murrindindi, que ameaçavam as comunidades de Connellys Creek, Crystal Creek, Scrubby Creek e Native Dog Creek.

O número de mortos chegou a 181, mas as autoridades acreditam que as vítimas devem passar de 200, já que ainda há muitos desaparecidos.

16:55
Anónimo disse...
Aqui nesta coluna, na semana passada, tive a oportunidade de comentar sobre a recente visita do professor brasileiro Pedrinho Guareschi à Austrália. Não dei, porém, os fatos, pois semana passada o assunto era outro.

Hoje, porém, vamos a eles.

No último dia 4 de fevereiro, aconteceu o Seminário "Paulo Freire: Education and Liberation", organizado pelo centro de estudos latino-americanos da Universidade Nacional da Austrália, ou ANU, como é mais conhecida por aqui.

A ANU, para quem não sabe, está entre as 20 melhores universidades do mundo! E tem sede aqui em Camberra, capital da Austrália.

Na abertura do evento, o professor John Minns, diretor do centro latino-americano, ao dar boas-vindas ao público presente, lembrou ser aquele o primeiro seminário exclusivamente dedicado a Paulo Freire na Austrália.

Em seguida, convidou Pedrinho Guareschi, palestrante principal do Seminário, a fazer sua apresentação.

A plateia pode então conhecer, pelas palavras de Pedrinho, um pouco da obra e da vida de Freire, esse brasileiro de fé e valor, que sempre acreditou na educação, sobretudo dos menos favorecidos, analfabetos, como força libertadora.

Como não podia deixar de ser, os conceitos e ideias revolucionários de Paulo Freire, expostos com clareza por Pedrinho, despertaram o interesse e a curiosidade de plateia. A qual, deve-se notar, era na maioria de estudantes, mas de várias nacionalidades, sobretudo australianos e asiáticos.

Na continuação do programa do seminário, que se estendeu por dois dias, outros professores fizeram palestras sobre temas ligados à obra de Paulo Freire.

Interessante, por exemplo, saber que a professora Anne Hickling-Hudson, jamaicana que mora na Austrália há muitos anos (é professora da ANU), conheceu e trabalhou com Freire num workshop educacional durante a revolução na Ilha de Granada, em 1980, antes da invasão dos Estados Unidos...

Ou, então, a palestra da Professora Gerda Roelvink, da Nova Zelândia, que participou do Fórum Social de Porto Alegre em 2005. E essa participação transformou-se em tema de doutorado.

No dia 10, terça-feira passada, o padre Pedrinho Guareschi voltou a falar ao público australiano em grande auditório localizado no belíssimo campus da ANU. Desta vez, sobre a Teologia da Libertação.

Depois da palestra, John Minns mostrou o filme mexicano "O Crime do Padre Amaro", no qual um dos personagens é um padre católico praticante da Teologia da Libertação.

Mais uma vez, foi grande o intersse da platéia, que pode aprender e conhecer um pouco como se desenvolveu aquele importante movimento católico na América Latina.

Fica, assim, ao Pedrinho, bem como a outros brasileiros estudiosos e de bom coração que saem pelo mundo a divulgar aspectos importantes da cultura brasileira, o respeito e a homenagem desta coluna. E... aquele abraço!

16:57
Anónimo disse...
Amanda Kitts perdeu o braço esquerdo em um acidente de automóvel acontecido três anos atrás, mas hoje em dia ela joga futebol americano com seu filho de 12 anos de idade, troca fraldas e abraça as crianças nas três creches Kiddie Cottage que opera em Knoxville, Tennessee. Kitts, 40 anos, faz tudo isso com a ajuda de um novo tipo de braço artificial que se movimenta com mais facilidade do que outros aparelhos e que ela pode controlar utilizando apenas seus pensamentos.

"Eu sou capaz de mexer a mão, o pulso e o cotovelo ao mesmo tempo", diz. "Você pensa e os músculos se movem em seguida".

A recuperação que ela conseguiu resulta de um novo procedimento que vem atraindo crescente atenção porque permite que pessoas movam braços protéticos de forma mais automática do que faziam no passado, simplesmente utilizando nervos reaproveitados em seus cérebros.

A técnica, conhecida como "renervação muscular dirigida", envolve utilizar os nervos que restam depois da amputação de um braço e conectá-los a outro músculo do corpo, em geral no peito. Eletrodos são instalados sobre os músculos do peito, e operam como se fossem antenas. Quando a pessoa deseja mover o braço, o cérebro envia sinais que primeiro resultam em contração dos músculos do peito, os quais enviam um sinal ao braço protético, instruindo-se a se movimentar. O processo não requer mais esforços consciente do que a pessoa teria de exercitar caso ainda tivesse seu braço natural.

Na terça-feira, pesquisadores reportaram em estudo publicado pela versão online do Journal of the American Medical Association que haviam levado a técnica ainda mais à frente, tornando possível a execução de 10 movimentos de mão, pulso e cotovelo diferentes, o que representa uma substancial melhora com relação ao típico repertório protético, que em geral envolve apenas dobrar o cotovelo, girar o pulso e abrir a mão.

"Os novos métodos tiveram impacto dramático em nosso campo de trabalho", disse Stuart Harshbarger, engenheiro biomédico na Universidade Johns Hopkins e diretor do programa de pesquisa sobre próteses, financiado pelas forças armadas, que inclui o trabalho com essa técnica. "O método já está em uso por médicos e cirurgiões comuns em todo o país. A capacidade de controlar um membro protético bastante robusto que ele confere surpreendeu a todos pela qualidade".

Tipicamente, uma pessoa que tenha um braço protético só é capaz de executar alguns poucos movimentos, e muitas vezes com tamanha lentidão que isso só permite a ela atividades limitadas.

Há um motor separado para cada movimento, diz Gerald Loeb, professor de engenharia biomédica na Universidade do Sul da Califórnia, "e esses motores precisam ser controlados de maneira explícita", usualmente por um esforço consciente da pessoa para contrair músculos nas costas ou no bíceps.

"Essencialmente, até agora os pacientes controlavam apenas um motor de cada vez", diz Loeb, "e precisavam pensar cuidadosamente sobre que motor desejavam controlar e como fazê-lo operar, em lugar de simplesmente pensarem em mover o braço e poderem fazê-lo sem delongas".

Antes que Kitts passasse pelo procedimento de renervação, em outubro de 2007, por exemplo, ela precisava movimentar os músculos de suas costas de determinada maneira para fazer com que seu pulso girasse, e flexionar seu bíceps e tríceps para fazer com que o cotovelo se movesse para cima e para baixo. "Era muito trabalho", ela conta. "E não me ajudava muito".

O procedimento de renervação é parte de uma recente explosão de idéias novas e técnicas inovadoras que estão sendo exploradas enquanto os cientistas se esforçam por ajudar as pessoas a compensar melhor a perda de membros ou problemas de paralisia. O esforço vem sendo alimentado pelo aumento no número de amputações causado por diabetes e por ferimentos sofridos pelos militares, e ao mesmo tempo pelos avanços na tecnologia médica.

Os braços se tornaram um dos focos essenciais desse tipo de trabalho. A ciência há muito vem obtendo sucessos no desenvolvimento de próteses de perna, mas é muito mais difícil imitar a complexidade e a destreza das mãos e dos braços.

Os esforços em curso incluem o desenvolvimento de projetos de pele e braços mais sensíveis e mais flexíveis, e o uso de dispositivos acionados por controles sem fio implantado nos braços protéticos, que permitiriam movimentos mais naturais.

Os pesquisadores também vêm usando sensores implantados nos cérebros de cobaias para permitir que dois macacos controlem um braço mecânico, e um teste com um homem paralítico permitiu, com esse método, que ele movimentasse um cursor em uma tela de computador.

Alguns desses métodos, caso venham a ser aperfeiçoados plenamente e consigam aprovação das autoridades regulatórias da saúde, podem no futuro se tornar mais viáveis para os pacientes de amputações.

E embora a técnica da renervação não requeira aprovação das autoridades regulatórias porque é executada por meios cirúrgicos e emprega aparelhos já existentes, ela apresenta limitações que até mesmo seus criadores reconhecem, entre as quais o fato de que não se pode utilizá-la para todos os pacientes, o seu alto custo e o prazo de meses requerido para que os nervos reconectados cresçam e se tornem efetivos.

Ainda assim, os especialistas dizem que é o mais avançado sistema em uso hoje para pacientes reais que permite que o sistema nervoso controle diretamente o movimento de um braço artificial.

Desde sua introdução por Todd Kuiken, médico fisioterapeuta e engenheiro biomédico do Instituto de Reabilitação de Chicago, o método foi empregado em cerca de 30 pacientes nos Estados Unidos, Canadá e Europa, entre os quais oito soldados feridos no Iraque e no Afeganistão.

Muitos dos pacientes, entre os quais o primeiro, Jesse Sullivan, um operário do setor elétrico no Tennessee que perdeu os dois braços quando foi eletrocutado por um cabo, conseguem não apenas manipular seus braços protéticos mas sentir a presença das mãos que já não têm quando alguém toca em seus peitos.

Sullivan, 62 anos, e Kitts, estavam entre os cinco pacientes que participaram do estudo reportado na terça-feira. Em companhia de cinco outras pessoas que não passaram por amputações, eles receberam os eletrodos e foram instruídos a usar pensamentos para fazer com que um braço virtual na tela reproduzisse 10 movimentos diferentes, entre os quais três formas diferentes de aperto de mão.

Os pacientes apresentaram desempenho bastante respeitável, apenas um pouco mais lento e menos preciso do que os dos participantes que não tinham amputações.

"As velocidades de movimento que encontramos em nossos pacientes foram realmente encorajadoras", disse Kuiken. "Eles conseguiram completar a tarefa. É claro que não foram tão competentes quanto as pessoas dotadas de plena capacidade física, mas foram bons o bastante".

Um braço virtual foi usado porque a maioria das próteses existentes não era capaz de acomodar todos aqueles movimentos, no momento da pesquisa, ainda que Sullivan, Kitts e uma terceira paciente, Claudia Mitchell, tenham experimentado dois novos protótipos mais versáteis de braços artificiais, executando tarefas complexas com bolas de tênis e outros objetos.

O trabalho de renervação em soldados apresenta outros desafios, diz Kuiken, porque os ferimentos militares muitas vezes "causam danos muitos extensos" a nervos, músculos ou ossos.

Daniel Acosta, 25 anos, um aviador ferido pela detonação de uma bomba em uma estrada do Iraque em 2005, passou pelo procedimento no ano passado e diz que seu braço esquerdo protético agora se movimenta "muito mais rápido" e de maneira muito mais natural.

"A diferença é que agora não preciso mais pensar para mover o braço", ele diz. "Ele simplesmente se mexe".

Ainda assim, Acosta, de San Antonio, diz que "o processo foi bastante longo" e que os eletrodos precisam ser ajustados para receber os sinais à medida que os nervos crescem ou mudam de posição.

E embora elogiem o método, os especialistas afirmam que a ciência das próteses de braço ainda tem muito por avançar.

"Trata-se de uma parte crucial, mas ainda assim apenas uma parte, das muitas coisas que compreendem a função normal de um braço", disse Loeb, que escreveu um editorial que acompanha o artigo no Journal of the American Medical Association.

"No momento estamos a meio do caminho entre o braço de 'Dr. Fantástico', que fazia involuntariamente a saudação nazista, e o braço de Luke Skywalker em 'Guerra nas Estrelas', que funciona sem nenhum problema assim que é conectado. Creio que precisaremos ainda de muitos anos para conectar todas as peças necessárias a produzir um braço capaz de funcionar normalmente".

17:04
Anónimo disse...
A Espanha disse neste sábado que está preparando uma reclamação oficial contra a decisão da Venezuela de expulsar um membro do Parlamento Europeu que criticou o conselho eleitoral venezuelano.
Luis Herrero, membro do partido conservador espanhol PP, foi deportado na sexta-feira depois que o Conselho Nacional Eleitoral (CNE) o acusou de questionar a imparcialidade da instituição antes de um referendo que pode permitir ao presidente Hugo Chávez permanecer no cargo indefinidamente.

Herrero estava na Venezuela como observador do referendo. Ele acusou Chávez de ter "comportamentos típicos de um ditador" por pedir a contenção de manifestações da oposição.

O governo da Espanha convocou um encontro com o embaixador da Venezuela em Madri para expressar a desaprovação sobre a expulsão de Herrero, disse um representante do Ministério das Relações Exteriores espanhol.

As relações da Venezuela com a Espanha tiveram seu ponto crítico em 2007, quando Chávez ameaçou rever acordos diplomáticos e comerciais depois de ouvir um "cala a boca" do rei espanhol Juan Carlos durante uma cúpula.

A fenda foi oficialmente reparada em 2008, com uma visita oficial de Chávez à Espanha, onde ele cumprimentou o rei e discutiu acordos para investimento no setor petroquímico com o primeiro-ministro José Luis Rodriguez Zapatero.

17:06
Anónimo disse...
A polícia do Zimbábue anunciou neste sábado que acusa de traição Roy Bennett, dirigente do até agora opositor Movimento para a Mudança Democrática (MDC), detido na sexta-feira, em Harare, poucas horas antes da cerimônia de posse dos membros do novo gabinete.

"A Polícia nos informou que vão apresentar acusações de traição", disse à agência EFE o advogado de defesa de Bennett, Trust Maanda.

"Tentam relacionar Roy com o caso de Mike Hitschmann, que foi detido em 2006 em relação à descoberta de um carregamento de armas, apesar de que Hitschmann não tenha sido declarado culpado das acusações de traição apresentadas contra ele, mas de um crime menor de descumprimento de leis", disse Maanda.

O político opositor, designado por seu partido como vice-ministro de Agricultura no Governo de união nacional, esteve no exílio na vizinha África do Sul desde 2006 e retornou ao Zimbábue há duas semanas.

Segundo a Polícia, que deteve Bennett ontem no aeroporto de Harare quando pretendia ir à África do Sul para visitar sua família, as armas apreendidas em 2006 seriam utilizadas em um golpe de Estado para derrubar o presidente do Zimbábue, Robert Mugabe.

Depois da detenção, Bennet foi levado a Mutar, onde vários simpatizantes do MDC se concentraram em frente à delegacia na qual estava detido, diante do que a Polícia respondeu com tiros para o alto para dispersar os manifestantes.

17:07
Anónimo disse...
Austrália: 14 mil se candidatam a 'emprego dos sonhos'

A secretaria de Turismo de Queensland, na Austrália, informou que até esta segunda-feira já recebeu cerca de 14 mil inscrições para o "o melhor emprego do mundo". O Estado australiano promove pela internet seleção para vaga de "zelador" da ilha Hamilton, por seis meses com um salário de R$ 40 mil.

Muitos candidatos tiveram problemas durante a inscrição por conta dos acessos simultâneos ao site. A secretaria aconselha enviar os vídeos de 60s explicando porque deve ser escolhido em horários alternativos do dia, além de recomendar tamanho em torno de 40MB.

As inscrições começaram em 12 de janeiro e vão até o próximo dia 22 e podem ser feitas pelo site www.islandreefjob.com. O governo australiano escolherá 50 candidatos para a próxima fase da seleção, que terá votos do público para eleger um dos 11 finalistas.

A última fase terá entrevistas e desafios físicos, no próprio local de trabalho: as ilhas da Grande Barreira Coralina - o maior recife de coral do mundo. A secretaria de Turismo anunciará o vencedor no dia 6 de maio.

17:09
Anónimo disse...
Mercado elogia governo na crise, mas pede maior queda no juro

Peter Fussy
Direto de São Paulo

Desde as primeiras medidas anunciadas para combater os efeitos da crise, o governo brasileiro avisou que a estratégia não contemplaria um pacote. Seriam doses pontuais, de acordo com a necessidade da economia diante do agravamento das turbulências. Da primeira liberação dos depósitos compulsórios em setembro até a ampliação do seguro-desemprego na última quarta-feira, o governo passou por redução de impostos, ampliação de crédito e incentivos à exportação. Quase 150 dias após a primeira medida, o Terra conversou com líderes do setor público e privado, representantes dos trabalhadores, acadêmicos e com o próprio governo para saber quais destas ações foram mais eficazes, quais foram mais ineficientes e o que mais pode ser feito pelo Estado brasileiro contra a crise.

Os maiores elogios foram direcionados à atitude de reduzir o Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) para a indústria automobilística, anunciada em dezembro e que fez com que os emplacamentos de carros novos subissem 1,9% no primeiro mês do ano em relação a dezembro de 2008. Já as maiores críticas foram para a lentidão no corte da taxa básica de juro do País.

Para o presidente do conselho administrativo do Grupo Pão de Açúcar, Abílio Diniz, o Estado não é responsável pela crise e mesmo assim está agindo "com extrema serenidade e muito acerto". "O governo está atento, fazendo a sua parte. É preciso coragem de baixar firmemente a taxa de juros. É uma arma que temos a nosso favor, já que não há clima para inflação, nem possibilidade de danos para a macroeconomia", afirmou Diniz.

Na última reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), em janeiro, a taxa Selic foi reduzida em um ponto percentual, de 13,75% para 12,75% ao ano. Porém, o professor de economia da Universidade de Brasília (UnB) José Luiz Oreiro lembra que este corte representa uma redução de apenas 0,25 ponto percentual com relação à taxa de setembro do ano passado, quando a crise se agravou.

"Pouco antes da eclosão da crise, o Banco Central aumentou a taxa em 0,75 ponto. Foram cinco meses de demora para reduzir em termos líquidos apenas 0,25 ponto", afirmou o economista, que também sugeriu redução do intervalo de cerca de 90 dias entre as reuniões do Copom e o corte de pelo menos um 1 ponto percentual em cada reunião.

Mesmo com o corte de janeiro, a taxa de juros real continua sendo a maior do mundo, lembrou o secretário-geral da Força Sindical, João Carlos Gonçalves, o Juruna. "A redução da taxa de juro ainda é pequena, porque ela continua uma das mais altas do mundo. Falta ousadia para baixar os juros e ajudar o cidadão. A permanência da taxa de juro alta é negativa para o País em meio a crise", afirmou Juruna.

Embora aprove as ações do governo, o senador Aloízio Mercadante (PT-SP) também acredita que o patamar da Selic está muito alto. "Sempre fomos os primeiros a entrar em qualquer crise, o que não aconteceu agora. A taxa Selic ainda é muito alta, mas o governo têm tomado medidas acertadas, como o aumento do salário mínimo, mesmo com um cenário de crise. Isso ajuda a movimentar o consumo. O governo está se esforçando para manter os investimentos e o crescimento", disse.

Tributos
De acordo com o economista Fabio Pina, da Fecomercio-SP, as ações mais positivas estão relacionadas à redução de tributos para alguns segmentos, como a indústria automobilística, que recuperou parte da queda nas vendas em janeiro com a isenção do IPI para carros 1.0 l e o corte para demais motorizações. A medida vale até o final de março.

"Essas medidas não só reduziram o preço, mas anteciparam o consumo daqueles que iriam comprar no futuro, dando um prêmio por conta da insegurança. Mexe diretamente com o principal problema que é a confiança do consumidor", afirmou. Juruna destacou que um bom ritmo de vendas é garantia de emprego. "É importante porque cada emprego na montadora significa 19 na cadeia produtiva", comentou o representante da Força Sindical.

Também em dezembro, o governo decidiu cortar pela metade a alíquota do Imposto de Renda para contribuintes que ganham entre R$ 1.434 e R$ 2.150 mensais. "O salário aumentava e a tabela não se modificava. As pessoas ganhavam mais e pagavam mais impostos", apontou Juruna. Outra redução de tributos do governo foi com relação ao Imposto sobre Operações Financeiras (IOF), que caiu de 3% ao ano para 1,5%.

Crédito
Na segunda metade de 2008, o colapso de bancos nos Estados Unidos por conta da crise do subprime provocou uma forte restrição de crédito no mundo inteiro. Uma das primeiras medidas anticrise do governo teve como objetivo restabelecer a oferta, com mudanças no recolhimento dos depósitos compulsórios por parte dos bancos. Segundo o presidente do Banco Central, Henrique Meirelles, as diversas modificações liberaram US$ 99,2 bilhões aos bancos até o final de janeiro.

Além disso, o governo concedeu R$ 36 bilhões das reservas internacionais para empresas brasileiras com dívidas no exterior e uma medida provisória autorizou o Banco do Brasil e a Caixa Econômica Federal a comprar carteiras de crédito de bancos privados. Para o diretor do Departamento de Pesquisas e Estudos Econômicos da Fiesp, Paulo Francini, estas medidas foram essenciais para combater os efeitos da crise.

"A crise se desenvolve no mundo em torno do tema crédito. E o crédito reduziu-se barbaridade no mundo. Então o governo lança mão de compulsório, lança mão de reservas, de medidas que permitem aos bancos comprar carteiras de bancos. Você vai tomando várias medidas para atender às demandas e o epicentro disso é crédito", afirmou.

No entanto, Oreiro, da UnB, adverte que a liberação dos compulsórios seria mais eficiente acompanhada de redução mais agressiva da taxa básica de juro. "Uma parte do crédito voltou, depois da forte retração em outubro e novembro. O que deveria ter sido feito junto à liberação do compulsório era uma redução mais drástica da taxa de juro. Sem isso, os bancos pegam as reservas e acabam comprando títulos públicos", explicou o economista.

Na opinião de Pina, as ações de distribuição de crédito via redução do compulsório e a disposição de capital de giro para empresas foram tomadas sem um cuidado maior na operação e não tiveram muito efeito. "O BNDES tem linhas que ficam paradas quase todo o ano, agora é pior ainda. Existem os recursos, mas as empresas e os bancos estão desconfiados. É preciso fazer com que os bancos tenham interesse em emprestar", afirmou o economista da Fecomercio-SP.

Futuro
Mesmo com todas essas medidas, a crise financeira ainda gera incertezas nos setores produtivos do País. Nos últimos meses, o medo do desemprego fez os consumidores adiarem compras. Por sua vez, a queda nas vendas pode obrigar as indústrias a cortarem a produção e demitir funcionários. Contra isso, empresários sugerem redução de jornada e de salários.

"Isto está previsto em lei. A Fiesp simplesmente manteve conversações com entidades sindicais quanto à aplicação daquilo que já está previsto em lei", afirmou Francini.

Segundo a ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff, uma das medidas que assegura um nível de emprego é a manutenção de investimentos no Programa de Aceleração do Crescimento (PAC). "Estamos esperando que a dificuldade ocorra em janeiro, fevereiro e março. Estamos certos que vamos manter o nível de investimento. É isso que funciona, é isso que significa investimento público. Ele funciona como um colchão. Por isso, nós colocamos R$ 100 bilhões no BNDES e a Petrobras ampliou o seu investimento em R$ 120 bilhões", afirmou.

Na mesma linha, Pina explica que a antecipação de gastos do governo substitui parte da demanda retraída do setor privado. "Ele dá o seguinte recado: não vou estourar as contas públicas, mas concentrar em um momento em que a demanda privada está pequena. Mas o governo não tem fôlego suficiente para fazer o papel de toda demanda", ressaltou. O economista da Fecomercio lembrou que a entidade já pleiteou junto ao governo isenções para transferência de imóveis e de automóveis, além de retirar o IPVA para veículos novos.

Já Oreiro foca suas propostas na capitalização do Banco do Brasil e da Caixa Econômica Federal pelo Tesouro para atender a demanda de crédito para capital de giro e reduzir o spread. "Aumentando o empréstimo e reduzindo as taxas, os dois vão forçar os bancos privados a acompanhar o movimento, até para não perderem participação no mercado", explicou o economista da UnB.

Até o Carnaval, o governou prometeu detalhar um pacote de incentivos para a construção de até um milhão de casas populares, direcionado a famílias com renda de até dez salários mínimos. "Estamos atentos a tudo o que está acontecendo e novas medidas serão tomadas caso haja uma avaliação de que sejam necessárias", disse o ministro da Fazenda, Guido Mantega, na última sexta-feira.

17:11
Anónimo disse...
Ex-ministro critica extensão do seguro-desemprego

Atualizada às 09h03

O ex-ministro do Trabalho Almir Pazzianotto criticou a decisão do governo federal de conceder o seguro-desemprego estendido a apenas alguns setores. "É certamente odioso e provavelmente inconstitucional", disse Pazzianotto, de acordo com o jornal O Estado de S. Paulo.

Na última qurta, dia do anúncio da medida, centrais sindicais elogiaram a atitude do governo. A Força Sindical divulgou nota dizendo que "o aumento ajudará a aquecer parte da economia, já que irá gerar mais consumo, produção e conseqüentemente, a criação de novos postos de trabalho". A União Geral dos Trabalhadores (UGT) afirmou que a medida "contribuirá para minimizar o drama dos trabalhadores que perderem seu emprego por conta da crise".

O ex-ministro, que instituiu o seguro-desemprego no País no governo de José Sarney, destacou a necessidade de as centrais sindicais se manifestarem contra a determinação. Para ele, as mudanças devem ser aplicadas a todas as categorias profissionais e a distinção é contrária ao artigo 3º da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT).

Pazzianotto atribui a medida a um possível temor do governo de que a crise econômica seja longa e não haja dinheiro para atender a todas as necessidades. Ainda assim, ele se mostra contrário ao método de concessão. "O seguro-desemprego ajuda a sanar necessidades básicas. Estendê-lo é paliativo, não a solução", disse ao jornal.

De acordo com o presidente do Conselho Deliberativo do Fundo de Amparo ao Trabalhador (Codefat) e conselheiro da Força Sindical, Luiz Fernando Emediato, a determinação já estava prevista na lei 8.900/94, que trata do seguro-desemprego.

O presidente da Comissão de Trabalho da Câmara, Pedro Fernandes (PTB-MA) vai além na crítica à concessão do seguro para apenas alguns setores. Ele acredita que a ampliação do benefício estimula o desemprego.

Quintino Severo, secretário geral da Central Única dos Trabalhadores (CUT), lembra que a ampliação do benefício sem critério e identificação pode incentivar demissões em outros setores.

17:13
Anónimo disse...
Empresas
TAM faz promoção para destinos internacionais

A companhia aérea TAM anunciou nesta sexta-feira tarifas promocionais para trechos internacionais. Os preços valem para bilhetes comprados entre 6h deste sábado e 23h59 deste domingo e são válidos para classe econômica. As tarifas, para ida e volta, serão vendidas a partir de US$ 99, mais taxas.

Segundo a aérea, a promoção vale para viagens feitas no período de 14 de fevereiro a 18 de junho de 2009. Para destinos na América do Sul, a permanência mínima é de dois dias; para bilhetes com destino nos Estados Unidos, cinco dias; e Europa, sete dias. A permanência máxima para as passagens para América do Sul e EUA é de dois meses e para Europa, três meses.

Entre os exemplos de tarifas promocionais, a TAM oferece São Paulo-Lima por US$ 99. Bilhetes para a rota São Paulo-Santiago serão vendidos a partir de US$ 199 e São Paulo-Nova York, US$ 799.

A emissão dos bilhetes deve ser feita obrigatoriamente no ato da reserva, obedecendo às regras estipuladas pela companhia. A compra está sujeita à disponibilidade de assentos nas classes tarifárias determinadas, trechos, horários e datas. A TAM afirmou que também há tarifas promocionais para a classe executiva.

Mais informações podem ser encontradas no site promocional (www.ofertastam.com.br), no site da empresa (www.tam.com.br) ou pelos telefones 4002-5700 ou 0800 5705700.

17:13
Anónimo disse...
Empresas
Consultoria negocia compra do parque temático Hopi Hari

A consultoria especializada em reestruturação de empresas Íntegra Associados informou nesta sexta-feira ter um acordo para comprar o parque de diversões Hopi Hari, localizado no interior de São Paulo. A empresa estaria disposta a investir R$ 10 milhões no parque, que tem dívida estimada em R$ 800 milhões. As informações são da edição deste sábado do jornal Folha de S. Paulo.

De acordo com o jornal, a transação ainda depende da negociação entre o Hopi Hari e seus credores, o que já estaria em andamento.

A consultoria paulista já atuou junto à Parmalat, durante 30 meses, quando reorganizou a gestão da empresa italiana.

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17:14
Anónimo disse...
Empresas
Disney de Tóquio contratará mais 2 mil apesar da crise


A Oriental Land, o operador da Disneylândia Tóquio e DisneySea, organizou neste domingo entrevistas para contratar cerca de 2 mil trabalhadores em tempo parcial, em um momento de grandes demissões deste tipo de empregados no Japão.

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O operador deste parque temático, situado em Urayasu, na província de Chiba (leste de Tóquio), está em pleno processo de seleção de empregados para 20 tipos de postos trabalhistas diferentes.

Segundo a companhia, citada pela agência local de notícias Kyodo, o parque contratará novos trabalhadores para as atrações, para os restaurantes e guardas de segurança entre outros. Os novos contratados começarão a trabalhar a partir de fevereiro.

O processo de seleção acontece em um momento em que a maioria das grandes companhias japonesas começaram a se ver obrigadas a despedir uma elevada percentagem de seus trabalhadores temporários e a tempo parcial.

Algumas inclusive anunciaram demissões de seus trabalhadores fixos, uma medida muito pouco comum nas companhias japonesas, perante os efeitos piores que o esperado pela crise econômica global.

Cerca de uma centena de pessoas esperavam desde a primeira hora desta manhã a abertura do centro de conferências Tokyo International Forum, onde as entrevistas estão sendo feitas, para ser os primeiros a solicitar os postos de trabalho.


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17:15
Anónimo disse...
Economia Internacional
Senado dos EUA aprova plano de estímulo à economia

O Senado dos Estados Unidos aprovou com 60 votos a favor e 38 contra o plano de estímulo à economia de US$ 787 bilhões na madrugada deste sábado. Agora, ele segue para sanção ou veto do presidente Barack Obama, que espera colocar a lei em prática até o dia 16 de fevereiro.

O plano prevê a criação de três milhões de empregos, inclui cortes de impostos às famílias, fundos para programas sociais e obras públicas, além de ajuda aos governos estaduais, estudantes e desempregados.

A cláusula Buy American - que exige o uso de ferro, aço e produtos manufaturados dos Estados Unidos em obras realizadas com recursos do pacote - ficou de lado. Segundo o texto definitivo, a cláusula será aplicada sem violar as normas do comércio internacional.

Ontem à tarde, a Câmara de Representantes (deputados) havia aprovado, por 246 votos a favor e 183 contra, a versão final do plano. Todos os republicanos foram contrários ao pacote.

Pelo acordo de quarta-feira entre Câmara e Senado, em vez de custar US$ 819 bilhões, como queriam os deputados, ou US$ 838 bilhões como pretendiam os senadores, o pacote ficou em cerca de US$ 787 bilhões, com 65% desse total destinado a gastos do governo federal e 35%, a créditos tributários.

17:16
Anónimo disse...
Economia nacional
Na era Lula, aposentadoria sobe 54% menos que salário mínimo

Thatiane Faria
Especial para o Terra
Direto de São Paulo

Os índices de reajustes concedidos pelo governo em 2009 para aposentados e pensionistas e para o salário mínimo repetiram uma diferença que, só durante o governo de Luiz Inácio Lula da Silva, já chega a 54%. Enquanto o mínimo foi majorado em 12% este ano, as pensões e aposentadorias tiveram aumento de 5,92%. Aposentados que têm o benefício do governo como única fonte de renda reclamam que perdem poder de compra e que sua cesta de compras é composta por itens que aumentam mais em relação à inflação oficial.

Um exemplo prático pode ser entendido a partir da comparação entre um aposentado que ganhava R$ 600 em janeiro de 2003. Na época, o benefício era três vezes, ou 200%, maior que o valor do mínimo em vigência, que era de R$ 200. Aplicando-se os índices de reajuste para aposentadorias e para o mínimo durante os últimos seis anos, o mesmo aposentado estaria recebendo hoje R$ 938,47, comparado a um salário mínimo de R$ 465. A diferença entre os dois valores caiu para pouco mais de 100%.

Enquanto o índice acumulado de reajuste para a aposentadoria durante o governo Lula foi de 60%, para o salário mínimo está em 132%.

O diretor do Sindicato Nacional dos Aposentados, João Inocentini, reclama que os valores dos benefícios para aposentadorias não mantêm o poder de compra do grupo, principalmente dos aposentados que recebem menos que dez salários mínimos.

Nem mesmo o fato de o índice de reajuste das aposentadorias ter ficado acima da inflação acumulada no mesmo período (o IPCA entre janeiro de 2003 e janeiro de 2009 foi de 39,7%) serve de argumento, segundo os aposentados.

"Os idosos, principalmente, têm gastos além das contas gerais como gás, telefone e aluguel. Para eles o custo com remédios, e outros itens da área saúde costuma ser maior", afirmou Inocentini.

O presidente do sindicato afirmou que o grupo realiza um estudo com 100 itens de necessidade de um idoso para comparar o aumento dos produtos com o índice de reajuste do benefício recebido pelos aposentados.

"Daqui dois meses vamos abrir um processo na Justiça e levar essa pesquisa como prova. Segundo a lei, o governo é obrigado a manter o poder de compra com a aposentadoria", disse Inocentini.

Alternativas
O consultor financeiro Cláudio Boriola diz que os aposentados, especialmente nesse momento de crise econômica, devem evitar compras parceladas, pesquisar preços, negociar e fazer bom planejamento financeiro.

Segundo Boriola, alguns aposentados ganham um valor mensal muitas vezes insuficiente para o pagamento das contas e acabam pedindo crédito ou realizando pagamentos a prazo e são obrigados a pagar juros altos.

Na opinião do consultor, pagar uma previdência privada é uma alternativa indicada para quem ainda trabalha, considerando a característica de perda de poder de compra da aposentadoria.

"Na prática, infelizmente os valores encontram-se em um patamar que está deteriorando o poder de aquisição da população brasileira", completou Boriola.

De acordo com o diretor da Confederação Brasileira de Aposentados e Pensionistas (Cobap), Vicente Fernandes Barbosa, representantes dos aposentados tentarão um encontro com o presidente da Câmara, deputado Michel Temer (PMDB-SP), para discutir projetos que minimizem a perda dos aposentados

17:17
Anónimo disse...
Previdência
Previdência prorroga isenção de tarifas no benefício

O atual sistema de pagamento aos 26 milhões de aposentados e pensionistas do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) será mantido até o final deste ano. O acordo, que permite realizar a operação sem nenhum custo aos beneficiários, foi renovado nesta sexta-feira, entre o governo federal e 21 instituições financeiras.

Por meio desse acordo, vigente desde setembro de 2007, nem os segurados, nem os bancos e nem o governo arcam com o pagamento de tarifas, conforme explicou o ministro da Previdência Social, José Pimentel. A prorrogação vale até dezembro, data máxima para que a Previdência defina as regras para um novo contrato.

Ao assinar o termo de renovação, na sede da Federação Brasileira dos Bancos (Febraban), o ministro disse que a intenção do governo é mudar o atual modelo de gestão visando a reduzir os custos dessas operações em torno da folha mensal, que atinge R$ 15,8 bilhões. No entanto, qualquer alteração, conforme explicou, passará antes por audiências públicas a serem realizadas a partir do segundo semestre deste ano, atendendo a determinação do Tribunal de Contas da União (TCU).

De acordo com Pimentel, com um redesenho do mecanismo de repasse dos recursos aos bancos em torno da folha de pagamento dos segurados o que se busca é um aumento da participação de instituições financeiras. Ele informou que, desde 2007, cada benefício custa em média R$ 1,07 ao governo. "Quanto mais instituições financeiras estiverem prestando serviços à sociedade, maior é a competitividade, a agilidade no atendimento", justificou.

O ministro observou, ainda, que, para permitir uma redução para algo em torno de meia hora no tempo de atendimento para a concessão dos direitos previdenciários, o governo investiu R$ 280 milhões.

Questionado sobre o descontentamento dos segurados que ganham acima de um salário mínimo terem obtido apenas a correção com base na variação do Índice de Preços ao Consumidor (INPC) , ficando abaixo do reajuste dado a quem recebe apenas o mínimo, Pimentel argumentou que o governo seguiu o que determina a lei e descartou a possibilidade de uma revisão

17:17
Anónimo disse...
Empresas
Caterpillar oferece aposentadoria antecipada a 2 mil


A companhia americana Caterpillar ofereceu a cerca de dois mil funcionários incentivos para que se aposentem de forma voluntária antes do previsto, pela perspectiva de uma queda "significativa" da atividade industrial, informou nesta quarta-feira a empresa.

A iniciativa, destinada aos trabalhadores de diversas fábricas em Illinois, Colorado, Tennessee e Pensilvânia, se soma aos cortes de empregos anunciados em janeiro, explicou em comunicado de imprensa.

A empresa, a maior fabricante mundial de maquinaria pesada para a construção e a mineração, acrescentou que, "em função das condições de negócio, podem ser necessárias mais reduções de elenco voluntárias e involuntárias à medida que o ano avança".

O vice-presidente da companhia, Sid Banwart, explicou que a empresa prevê "demissões significativas em todas as regiões geográficas e na maioria dos setores devido às dificuldades da economia mundial".

17:18
Anónimo disse...
Comércio
Comércio exterior da OCDE caiu no 3º trimestre de 2008


As exportações e as importações dos países da Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Econômico (OCDE) caíram 1,6% e 0,2%, respectivamente, no terceiro trimestre de 2008, em relação aos três meses anteriores.

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Trata-se da primeira queda destas atividades desde o terceiro trimestre de 2006, segundo o último relatório trimestral sobre fluxos comerciais divulgado pela OCDE.

As exportações e as importações em dólares dos 30 Estados-membros caíram 15,6% e 17%, respectivamente, na comparação anualizada.

Por sua vez, o comércio dos sete países mais ricos do mundo (G7) teve um pequeno crescimento no terceiro trimestre de 2008 com uma queda das exportações de mercadorias de 0,2% em relação ao trimestre anterior e um aumento de 0,4% das importações.

Em termos anualizados, as importações do G7 caíram 1,4% entre julho e setembro do ano passado, seu primeiro retrocesso desde o terceiro trimestre de 2006, enquanto as exportações aumentaram 1,9%, seu crescimento mais baixo no mesmo tempo.

Por países, a Alemanha aumentou suas importações em 3,4% - valor mais alto do G7 -, enquanto suas exportações caíram 2,9% do segundo para o terceiro trimestre de 2008.

Pelo contrário, as exportações americanas aumentaram 1,8% entre julho e setembro de 2008, enquanto as importações caíram 0,7% em relação ao trimestre anterior. No Japão, tanto as importações quanto as exportações caíram em torno de 1% no mesmo período.

17:19
Anónimo disse...
Economia Nacional
Lula: juros de crédito consignado a aposentados são altos

Atualizada às 17h29

O presidente Luis Inácio Lula da Silva afirmou nesta terça-feira, em São Paulo, que está lutando para reduzir as taxas de juros cobradas de aposentados em crédito consignado. A Previdência Social estabelece uma taxa máxima de 2,5% para empréstimo e de 3,5% para cartão. Para Lula, os valores são altos.

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"Acho que o juro que os aposentados estão pagando hoje com o crédito consignado é alto para o padrão brasileiro", disse o presidente durante a cerimônia de comemoração dos 86 anos do INSS.

A Previdência anunciou nesta terça-feira que aposentados e trabalhadoras com licença-maternidade poderão receber seus benefícios em 30 minutos. De acordo com Lula, em junho, a aposentadoria do trabalhador rural também será conseguida em meia hora.

Além disso, o presidente anunciou que, também em junho, os trabalhadores que alcançarem o direito à aposentadoria passarão a receber em suas casas um comunicado da Previdência informando o fato e o valor do salário que têm direito a receber. "É um comprometimento público que estou fazendo com os companheiros da Previdência Social", disse.

"Estamos retribuindo ao contribuinte da Previdência Social aquilo que é a cidadania que ele tem direito", afirmou Lula. "Se para cobrar nós somos tão precisos, para devolver o dinheiro, temos que chegar próximo à perfeição", completou.

17:20
Anónimo disse...
Economia Nacional
Salário maternidade sairá em 30 minutos, diz ministro

Toda trabalhadora autônoma que tiver contribuído pelo menos 10 meses com o Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) - ou as que possuírem carteira assinada - poderão receber em 30 minutos o salário maternidade a partir desta terça-feira. Da mesma forma, as mulheres com 30 anos de contribuição e os homens com 35 anos também terão direito ao benefício de forma mais rápida. A informação é do ministro da Previdência Social, José Pimentel.

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Para requerer o salário maternidade, é preciso que as autônomas levem a carteira de identidade e o carnê de contribuição. As demais trabalhadoras devem apresentar a identificação e a carteira de trabalho. Desde o início do mês, a nova forma de análise para a concessão de benefícios foi adotada para a aposentadoria por idade do trabalhador urbano e agora foi estendida para o salário maternidade e por tempo de contribuição.

O ministro disse que a qualificação do serviço da previdência social é o reconhecimento do direito dos trabalhadores e da afirmação da cidadania.

"Até pouco tempo na cabeça do cidadão o serviço devia ser de péssima qualidade. Agora não, nós modificamos toda a legislação no mês de dezembro numa ação conjunta do Congresso Nacional com o governo federal. Estamos implantando e concedendo os benefícios em até 30 minutos", afirmou.

O ministro destacou que para conseguir se aposentar ou ter acesso à licença maternidade em 30 minutos, em primeiro lugar, é necessário que o cidadão esteja vinculado à Previdência, o que inclui 65% da população acima de 16 anos de idade.

"Depois bastar marcar pelo sistema 135 o dia e a hora do atendimento e levar a documentação. Se todos os dados necessários estiverem corretos o contribuinte será atendido em até 30 minutos, como vem sendo feito com as aposentadorias por idade desde o dia cinco de janeiro", explicou.

Pimentel disse ainda que em 90% das agências da previdência social o atendimento é marcado em até 48 horas. Nos grandes centros, entretanto existe um volume maior o que torna mais lento o processo.

"Estamos criando mais 715 agências até 2010, em todo o território nacional, para descentralizar o atendimento. Em 2008, atendemos 295 mil benefícios e aposentadorias por idade. Temos 4 mil pessoas por dia procurando e se aposentando por idade no território nacional. Este serviço será agilizado", concluiu.
17:27
Anónimo disse...
Giuseppe Englaro, pai de Eluana, a italiana que morreu na segunda-feira passada por desidratação, recusou uma grande soma de dinheiro de um conhecido fotógrafo italiano que queria retratar a filha em estado de coma, disse neste sábado o neurologista que atendia a mulher desde 1996, Carlo Defanti.

O neurologista, que participou hoje de uma conferência sobre eutanásia, disse que Englaro respeitou a vontade da filha, que, antes do acidente, tinha pedido que, se lhe ocorresse qualquer coisa irreversível, apresentasse sua imagem de quando estava em boas condições.

Antes de sofrer o acidente de trânsito, em 1992, Eluana viveu o coma de um amigo, Alessandro, o que causou forte impacto na italiana e a levou a fazer o pai prometer que não a deixasse viver em estado vegetativo, disse o próprio Giuseppe Englaro.

Defanti, que dissera que Eluana poderia viver de dez a 12 dias depois da suspensão da alimentação e da hidratação, disse que, como médico, tinha que reprovar esta afirmação.

"Não se pode sobreviver após três ou quatro dias sem líquido e, em particular, água em um corpo. Sabemos bem que, quando há um terremoto, após quatro dias é difícil encontrar sobreviventes".

Defanti ressaltou que Eluana "não falava, não se comunicava com o exterior" e que, após vários exames, "nos deparamos com uma moça que tinha perdido a consciência", porque estava com o córtex cerebral prejudicado.

Eluana foi enterrada na quinta-feira passada no túmulo da família na localidade de Paluzza, em Udine, após um funeral que não contou com a presença dos pais.

16:53
Anónimo disse...
Os bombeiros combatem neste sábado os incêndios na Austrália favorecidos pelo bom tempo, enquanto os deslocados encotram em seu retorno casas derruídas, carros queimados nas ruas e destruição.

Depois de sete dias desde que começaram os incêndios no Estado de Victoria, a lista de mortos chega a 181, os desaparecidos somam 50, os edifícios destruídos totalizam 1,834 mil e o terreno arrasado, principalmente florestas, ocupa uma área de 4,13 mil quilômetros quadrados.

As equipes de bombeiros, formadas por 4 mil profissionais de Victoria, de outras partes da Austrália e de países amigos, combateram hoje 12 focos fora de controle e nenhum representava uma ameaça direta para a população.

O subdiretor do Serviço de Bombeiros, Geoff Conway, disse que este tempo favorável, que se prolongará durante o domingo, permite consolidar as linhas de contenção e avançar na extinção das chamas.

Cinzas apareceram arrastadas por ventos do nordeste sobre Melbourne, onde habitam 3,8 milhões de pessoas, e as autoridades alertaram aos cidadãos do risco para a saúde de idosos, crianças e pessoas com problemas respiratórios.

O número de pessoas deslocadas - a Cruz Vermelha chegou a receber 7 mil - começou a cair com a abertura de algumas localidades atingidas.

Os incêndios, alguns criminosos, começaram em 7 de fevereiro, quando a região sul da Austrália estava há duas semanas sob uma onda de calor sem precedentes.

Na sexta-feira passada, a polícia acusou uma pessoa de ter provocado o incêndio que atingiu a localidade de Churchill e matou 21 pessoas.

16:55
Anónimo disse...
A primeira chuva em seis dias reduziu a ameaça de incêndios no Estado de Victoria, ao sul da Austrália. As autoridades, porém, advertiram que ainda existem 12 focos, mas que nenhum deles ameaça áreas povoadas.

Mais de quatro mil bombeiros, mil provenientes de outras partes do país e de outras nações, trabalham contra o fogo. Cerca de 600 veículos e 28 helicópteros e pequenos aviões estão sendo usados.


Eles conseguiram construir linhas de contenção para evitar os incêndios de Yarra e Maroondah se juntassem. Também foram controlados os incêndios abertos de Yea e Murrindindi, que ameaçavam as comunidades de Connellys Creek, Crystal Creek, Scrubby Creek e Native Dog Creek.

O número de mortos chegou a 181, mas as autoridades acreditam que as vítimas devem passar de 200, já que ainda há muitos desaparecidos.

16:55
Anónimo disse...
Aqui nesta coluna, na semana passada, tive a oportunidade de comentar sobre a recente visita do professor brasileiro Pedrinho Guareschi à Austrália. Não dei, porém, os fatos, pois semana passada o assunto era outro.

Hoje, porém, vamos a eles.

No último dia 4 de fevereiro, aconteceu o Seminário "Paulo Freire: Education and Liberation", organizado pelo centro de estudos latino-americanos da Universidade Nacional da Austrália, ou ANU, como é mais conhecida por aqui.

A ANU, para quem não sabe, está entre as 20 melhores universidades do mundo! E tem sede aqui em Camberra, capital da Austrália.

Na abertura do evento, o professor John Minns, diretor do centro latino-americano, ao dar boas-vindas ao público presente, lembrou ser aquele o primeiro seminário exclusivamente dedicado a Paulo Freire na Austrália.

Em seguida, convidou Pedrinho Guareschi, palestrante principal do Seminário, a fazer sua apresentação.

A plateia pode então conhecer, pelas palavras de Pedrinho, um pouco da obra e da vida de Freire, esse brasileiro de fé e valor, que sempre acreditou na educação, sobretudo dos menos favorecidos, analfabetos, como força libertadora.

Como não podia deixar de ser, os conceitos e ideias revolucionários de Paulo Freire, expostos com clareza por Pedrinho, despertaram o interesse e a curiosidade de plateia. A qual, deve-se notar, era na maioria de estudantes, mas de várias nacionalidades, sobretudo australianos e asiáticos.

Na continuação do programa do seminário, que se estendeu por dois dias, outros professores fizeram palestras sobre temas ligados à obra de Paulo Freire.

Interessante, por exemplo, saber que a professora Anne Hickling-Hudson, jamaicana que mora na Austrália há muitos anos (é professora da ANU), conheceu e trabalhou com Freire num workshop educacional durante a revolução na Ilha de Granada, em 1980, antes da invasão dos Estados Unidos...

Ou, então, a palestra da Professora Gerda Roelvink, da Nova Zelândia, que participou do Fórum Social de Porto Alegre em 2005. E essa participação transformou-se em tema de doutorado.

No dia 10, terça-feira passada, o padre Pedrinho Guareschi voltou a falar ao público australiano em grande auditório localizado no belíssimo campus da ANU. Desta vez, sobre a Teologia da Libertação.

Depois da palestra, John Minns mostrou o filme mexicano "O Crime do Padre Amaro", no qual um dos personagens é um padre católico praticante da Teologia da Libertação.

Mais uma vez, foi grande o intersse da platéia, que pode aprender e conhecer um pouco como se desenvolveu aquele importante movimento católico na América Latina.

Fica, assim, ao Pedrinho, bem como a outros brasileiros estudiosos e de bom coração que saem pelo mundo a divulgar aspectos importantes da cultura brasileira, o respeito e a homenagem desta coluna. E... aquele abraço!

16:57
Anónimo disse...
Amanda Kitts perdeu o braço esquerdo em um acidente de automóvel acontecido três anos atrás, mas hoje em dia ela joga futebol americano com seu filho de 12 anos de idade, troca fraldas e abraça as crianças nas três creches Kiddie Cottage que opera em Knoxville, Tennessee. Kitts, 40 anos, faz tudo isso com a ajuda de um novo tipo de braço artificial que se movimenta com mais facilidade do que outros aparelhos e que ela pode controlar utilizando apenas seus pensamentos.

"Eu sou capaz de mexer a mão, o pulso e o cotovelo ao mesmo tempo", diz. "Você pensa e os músculos se movem em seguida".

A recuperação que ela conseguiu resulta de um novo procedimento que vem atraindo crescente atenção porque permite que pessoas movam braços protéticos de forma mais automática do que faziam no passado, simplesmente utilizando nervos reaproveitados em seus cérebros.

A técnica, conhecida como "renervação muscular dirigida", envolve utilizar os nervos que restam depois da amputação de um braço e conectá-los a outro músculo do corpo, em geral no peito. Eletrodos são instalados sobre os músculos do peito, e operam como se fossem antenas. Quando a pessoa deseja mover o braço, o cérebro envia sinais que primeiro resultam em contração dos músculos do peito, os quais enviam um sinal ao braço protético, instruindo-se a se movimentar. O processo não requer mais esforços consciente do que a pessoa teria de exercitar caso ainda tivesse seu braço natural.

Na terça-feira, pesquisadores reportaram em estudo publicado pela versão online do Journal of the American Medical Association que haviam levado a técnica ainda mais à frente, tornando possível a execução de 10 movimentos de mão, pulso e cotovelo diferentes, o que representa uma substancial melhora com relação ao típico repertório protético, que em geral envolve apenas dobrar o cotovelo, girar o pulso e abrir a mão.

"Os novos métodos tiveram impacto dramático em nosso campo de trabalho", disse Stuart Harshbarger, engenheiro biomédico na Universidade Johns Hopkins e diretor do programa de pesquisa sobre próteses, financiado pelas forças armadas, que inclui o trabalho com essa técnica. "O método já está em uso por médicos e cirurgiões comuns em todo o país. A capacidade de controlar um membro protético bastante robusto que ele confere surpreendeu a todos pela qualidade".

Tipicamente, uma pessoa que tenha um braço protético só é capaz de executar alguns poucos movimentos, e muitas vezes com tamanha lentidão que isso só permite a ela atividades limitadas.

Há um motor separado para cada movimento, diz Gerald Loeb, professor de engenharia biomédica na Universidade do Sul da Califórnia, "e esses motores precisam ser controlados de maneira explícita", usualmente por um esforço consciente da pessoa para contrair músculos nas costas ou no bíceps.

"Essencialmente, até agora os pacientes controlavam apenas um motor de cada vez", diz Loeb, "e precisavam pensar cuidadosamente sobre que motor desejavam controlar e como fazê-lo operar, em lugar de simplesmente pensarem em mover o braço e poderem fazê-lo sem delongas".

Antes que Kitts passasse pelo procedimento de renervação, em outubro de 2007, por exemplo, ela precisava movimentar os músculos de suas costas de determinada maneira para fazer com que seu pulso girasse, e flexionar seu bíceps e tríceps para fazer com que o cotovelo se movesse para cima e para baixo. "Era muito trabalho", ela conta. "E não me ajudava muito".

O procedimento de renervação é parte de uma recente explosão de idéias novas e técnicas inovadoras que estão sendo exploradas enquanto os cientistas se esforçam por ajudar as pessoas a compensar melhor a perda de membros ou problemas de paralisia. O esforço vem sendo alimentado pelo aumento no número de amputações causado por diabetes e por ferimentos sofridos pelos militares, e ao mesmo tempo pelos avanços na tecnologia médica.

Os braços se tornaram um dos focos essenciais desse tipo de trabalho. A ciência há muito vem obtendo sucessos no desenvolvimento de próteses de perna, mas é muito mais difícil imitar a complexidade e a destreza das mãos e dos braços.

Os esforços em curso incluem o desenvolvimento de projetos de pele e braços mais sensíveis e mais flexíveis, e o uso de dispositivos acionados por controles sem fio implantado nos braços protéticos, que permitiriam movimentos mais naturais.

Os pesquisadores também vêm usando sensores implantados nos cérebros de cobaias para permitir que dois macacos controlem um braço mecânico, e um teste com um homem paralítico permitiu, com esse método, que ele movimentasse um cursor em uma tela de computador.

Alguns desses métodos, caso venham a ser aperfeiçoados plenamente e consigam aprovação das autoridades regulatórias da saúde, podem no futuro se tornar mais viáveis para os pacientes de amputações.

E embora a técnica da renervação não requeira aprovação das autoridades regulatórias porque é executada por meios cirúrgicos e emprega aparelhos já existentes, ela apresenta limitações que até mesmo seus criadores reconhecem, entre as quais o fato de que não se pode utilizá-la para todos os pacientes, o seu alto custo e o prazo de meses requerido para que os nervos reconectados cresçam e se tornem efetivos.

Ainda assim, os especialistas dizem que é o mais avançado sistema em uso hoje para pacientes reais que permite que o sistema nervoso controle diretamente o movimento de um braço artificial.

Desde sua introdução por Todd Kuiken, médico fisioterapeuta e engenheiro biomédico do Instituto de Reabilitação de Chicago, o método foi empregado em cerca de 30 pacientes nos Estados Unidos, Canadá e Europa, entre os quais oito soldados feridos no Iraque e no Afeganistão.

Muitos dos pacientes, entre os quais o primeiro, Jesse Sullivan, um operário do setor elétrico no Tennessee que perdeu os dois braços quando foi eletrocutado por um cabo, conseguem não apenas manipular seus braços protéticos mas sentir a presença das mãos que já não têm quando alguém toca em seus peitos.

Sullivan, 62 anos, e Kitts, estavam entre os cinco pacientes que participaram do estudo reportado na terça-feira. Em companhia de cinco outras pessoas que não passaram por amputações, eles receberam os eletrodos e foram instruídos a usar pensamentos para fazer com que um braço virtual na tela reproduzisse 10 movimentos diferentes, entre os quais três formas diferentes de aperto de mão.

Os pacientes apresentaram desempenho bastante respeitável, apenas um pouco mais lento e menos preciso do que os dos participantes que não tinham amputações.

"As velocidades de movimento que encontramos em nossos pacientes foram realmente encorajadoras", disse Kuiken. "Eles conseguiram completar a tarefa. É claro que não foram tão competentes quanto as pessoas dotadas de plena capacidade física, mas foram bons o bastante".

Um braço virtual foi usado porque a maioria das próteses existentes não era capaz de acomodar todos aqueles movimentos, no momento da pesquisa, ainda que Sullivan, Kitts e uma terceira paciente, Claudia Mitchell, tenham experimentado dois novos protótipos mais versáteis de braços artificiais, executando tarefas complexas com bolas de tênis e outros objetos.

O trabalho de renervação em soldados apresenta outros desafios, diz Kuiken, porque os ferimentos militares muitas vezes "causam danos muitos extensos" a nervos, músculos ou ossos.

Daniel Acosta, 25 anos, um aviador ferido pela detonação de uma bomba em uma estrada do Iraque em 2005, passou pelo procedimento no ano passado e diz que seu braço esquerdo protético agora se movimenta "muito mais rápido" e de maneira muito mais natural.

"A diferença é que agora não preciso mais pensar para mover o braço", ele diz. "Ele simplesmente se mexe".

Ainda assim, Acosta, de San Antonio, diz que "o processo foi bastante longo" e que os eletrodos precisam ser ajustados para receber os sinais à medida que os nervos crescem ou mudam de posição.

E embora elogiem o método, os especialistas afirmam que a ciência das próteses de braço ainda tem muito por avançar.

"Trata-se de uma parte crucial, mas ainda assim apenas uma parte, das muitas coisas que compreendem a função normal de um braço", disse Loeb, que escreveu um editorial que acompanha o artigo no Journal of the American Medical Association.

"No momento estamos a meio do caminho entre o braço de 'Dr. Fantástico', que fazia involuntariamente a saudação nazista, e o braço de Luke Skywalker em 'Guerra nas Estrelas', que funciona sem nenhum problema assim que é conectado. Creio que precisaremos ainda de muitos anos para conectar todas as peças necessárias a produzir um braço capaz de funcionar normalmente".

17:04
Anónimo disse...
A Espanha disse neste sábado que está preparando uma reclamação oficial contra a decisão da Venezuela de expulsar um membro do Parlamento Europeu que criticou o conselho eleitoral venezuelano.
Luis Herrero, membro do partido conservador espanhol PP, foi deportado na sexta-feira depois que o Conselho Nacional Eleitoral (CNE) o acusou de questionar a imparcialidade da instituição antes de um referendo que pode permitir ao presidente Hugo Chávez permanecer no cargo indefinidamente.

Herrero estava na Venezuela como observador do referendo. Ele acusou Chávez de ter "comportamentos típicos de um ditador" por pedir a contenção de manifestações da oposição.

O governo da Espanha convocou um encontro com o embaixador da Venezuela em Madri para expressar a desaprovação sobre a expulsão de Herrero, disse um representante do Ministério das Relações Exteriores espanhol.

As relações da Venezuela com a Espanha tiveram seu ponto crítico em 2007, quando Chávez ameaçou rever acordos diplomáticos e comerciais depois de ouvir um "cala a boca" do rei espanhol Juan Carlos durante uma cúpula.

A fenda foi oficialmente reparada em 2008, com uma visita oficial de Chávez à Espanha, onde ele cumprimentou o rei e discutiu acordos para investimento no setor petroquímico com o primeiro-ministro José Luis Rodriguez Zapatero.

17:06
Anónimo disse...
A polícia do Zimbábue anunciou neste sábado que acusa de traição Roy Bennett, dirigente do até agora opositor Movimento para a Mudança Democrática (MDC), detido na sexta-feira, em Harare, poucas horas antes da cerimônia de posse dos membros do novo gabinete.

"A Polícia nos informou que vão apresentar acusações de traição", disse à agência EFE o advogado de defesa de Bennett, Trust Maanda.

"Tentam relacionar Roy com o caso de Mike Hitschmann, que foi detido em 2006 em relação à descoberta de um carregamento de armas, apesar de que Hitschmann não tenha sido declarado culpado das acusações de traição apresentadas contra ele, mas de um crime menor de descumprimento de leis", disse Maanda.

O político opositor, designado por seu partido como vice-ministro de Agricultura no Governo de união nacional, esteve no exílio na vizinha África do Sul desde 2006 e retornou ao Zimbábue há duas semanas.

Segundo a Polícia, que deteve Bennett ontem no aeroporto de Harare quando pretendia ir à África do Sul para visitar sua família, as armas apreendidas em 2006 seriam utilizadas em um golpe de Estado para derrubar o presidente do Zimbábue, Robert Mugabe.

Depois da detenção, Bennet foi levado a Mutar, onde vários simpatizantes do MDC se concentraram em frente à delegacia na qual estava detido, diante do que a Polícia respondeu com tiros para o alto para dispersar os manifestantes.

17:07
Anónimo disse...
Austrália: 14 mil se candidatam a 'emprego dos sonhos'

A secretaria de Turismo de Queensland, na Austrália, informou que até esta segunda-feira já recebeu cerca de 14 mil inscrições para o "o melhor emprego do mundo". O Estado australiano promove pela internet seleção para vaga de "zelador" da ilha Hamilton, por seis meses com um salário de R$ 40 mil.

Muitos candidatos tiveram problemas durante a inscrição por conta dos acessos simultâneos ao site. A secretaria aconselha enviar os vídeos de 60s explicando porque deve ser escolhido em horários alternativos do dia, além de recomendar tamanho em torno de 40MB.

As inscrições começaram em 12 de janeiro e vão até o próximo dia 22 e podem ser feitas pelo site www.islandreefjob.com. O governo australiano escolherá 50 candidatos para a próxima fase da seleção, que terá votos do público para eleger um dos 11 finalistas.

A última fase terá entrevistas e desafios físicos, no próprio local de trabalho: as ilhas da Grande Barreira Coralina - o maior recife de coral do mundo. A secretaria de Turismo anunciará o vencedor no dia 6 de maio.

17:09
Anónimo disse...
Mercado elogia governo na crise, mas pede maior queda no juro

Peter Fussy
Direto de São Paulo

Desde as primeiras medidas anunciadas para combater os efeitos da crise, o governo brasileiro avisou que a estratégia não contemplaria um pacote. Seriam doses pontuais, de acordo com a necessidade da economia diante do agravamento das turbulências. Da primeira liberação dos depósitos compulsórios em setembro até a ampliação do seguro-desemprego na última quarta-feira, o governo passou por redução de impostos, ampliação de crédito e incentivos à exportação. Quase 150 dias após a primeira medida, o Terra conversou com líderes do setor público e privado, representantes dos trabalhadores, acadêmicos e com o próprio governo para saber quais destas ações foram mais eficazes, quais foram mais ineficientes e o que mais pode ser feito pelo Estado brasileiro contra a crise.

Os maiores elogios foram direcionados à atitude de reduzir o Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) para a indústria automobilística, anunciada em dezembro e que fez com que os emplacamentos de carros novos subissem 1,9% no primeiro mês do ano em relação a dezembro de 2008. Já as maiores críticas foram para a lentidão no corte da taxa básica de juro do País.

Para o presidente do conselho administrativo do Grupo Pão de Açúcar, Abílio Diniz, o Estado não é responsável pela crise e mesmo assim está agindo "com extrema serenidade e muito acerto". "O governo está atento, fazendo a sua parte. É preciso coragem de baixar firmemente a taxa de juros. É uma arma que temos a nosso favor, já que não há clima para inflação, nem possibilidade de danos para a macroeconomia", afirmou Diniz.

Na última reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), em janeiro, a taxa Selic foi reduzida em um ponto percentual, de 13,75% para 12,75% ao ano. Porém, o professor de economia da Universidade de Brasília (UnB) José Luiz Oreiro lembra que este corte representa uma redução de apenas 0,25 ponto percentual com relação à taxa de setembro do ano passado, quando a crise se agravou.

"Pouco antes da eclosão da crise, o Banco Central aumentou a taxa em 0,75 ponto. Foram cinco meses de demora para reduzir em termos líquidos apenas 0,25 ponto", afirmou o economista, que também sugeriu redução do intervalo de cerca de 90 dias entre as reuniões do Copom e o corte de pelo menos um 1 ponto percentual em cada reunião.

Mesmo com o corte de janeiro, a taxa de juros real continua sendo a maior do mundo, lembrou o secretário-geral da Força Sindical, João Carlos Gonçalves, o Juruna. "A redução da taxa de juro ainda é pequena, porque ela continua uma das mais altas do mundo. Falta ousadia para baixar os juros e ajudar o cidadão. A permanência da taxa de juro alta é negativa para o País em meio a crise", afirmou Juruna.

Embora aprove as ações do governo, o senador Aloízio Mercadante (PT-SP) também acredita que o patamar da Selic está muito alto. "Sempre fomos os primeiros a entrar em qualquer crise, o que não aconteceu agora. A taxa Selic ainda é muito alta, mas o governo têm tomado medidas acertadas, como o aumento do salário mínimo, mesmo com um cenário de crise. Isso ajuda a movimentar o consumo. O governo está se esforçando para manter os investimentos e o crescimento", disse.

Tributos
De acordo com o economista Fabio Pina, da Fecomercio-SP, as ações mais positivas estão relacionadas à redução de tributos para alguns segmentos, como a indústria automobilística, que recuperou parte da queda nas vendas em janeiro com a isenção do IPI para carros 1.0 l e o corte para demais motorizações. A medida vale até o final de março.

"Essas medidas não só reduziram o preço, mas anteciparam o consumo daqueles que iriam comprar no futuro, dando um prêmio por conta da insegurança. Mexe diretamente com o principal problema que é a confiança do consumidor", afirmou. Juruna destacou que um bom ritmo de vendas é garantia de emprego. "É importante porque cada emprego na montadora significa 19 na cadeia produtiva", comentou o representante da Força Sindical.

Também em dezembro, o governo decidiu cortar pela metade a alíquota do Imposto de Renda para contribuintes que ganham entre R$ 1.434 e R$ 2.150 mensais. "O salário aumentava e a tabela não se modificava. As pessoas ganhavam mais e pagavam mais impostos", apontou Juruna. Outra redução de tributos do governo foi com relação ao Imposto sobre Operações Financeiras (IOF), que caiu de 3% ao ano para 1,5%.

Crédito
Na segunda metade de 2008, o colapso de bancos nos Estados Unidos por conta da crise do subprime provocou uma forte restrição de crédito no mundo inteiro. Uma das primeiras medidas anticrise do governo teve como objetivo restabelecer a oferta, com mudanças no recolhimento dos depósitos compulsórios por parte dos bancos. Segundo o presidente do Banco Central, Henrique Meirelles, as diversas modificações liberaram US$ 99,2 bilhões aos bancos até o final de janeiro.

Além disso, o governo concedeu R$ 36 bilhões das reservas internacionais para empresas brasileiras com dívidas no exterior e uma medida provisória autorizou o Banco do Brasil e a Caixa Econômica Federal a comprar carteiras de crédito de bancos privados. Para o diretor do Departamento de Pesquisas e Estudos Econômicos da Fiesp, Paulo Francini, estas medidas foram essenciais para combater os efeitos da crise.

"A crise se desenvolve no mundo em torno do tema crédito. E o crédito reduziu-se barbaridade no mundo. Então o governo lança mão de compulsório, lança mão de reservas, de medidas que permitem aos bancos comprar carteiras de bancos. Você vai tomando várias medidas para atender às demandas e o epicentro disso é crédito", afirmou.

No entanto, Oreiro, da UnB, adverte que a liberação dos compulsórios seria mais eficiente acompanhada de redução mais agressiva da taxa básica de juro. "Uma parte do crédito voltou, depois da forte retração em outubro e novembro. O que deveria ter sido feito junto à liberação do compulsório era uma redução mais drástica da taxa de juro. Sem isso, os bancos pegam as reservas e acabam comprando títulos públicos", explicou o economista.

Na opinião de Pina, as ações de distribuição de crédito via redução do compulsório e a disposição de capital de giro para empresas foram tomadas sem um cuidado maior na operação e não tiveram muito efeito. "O BNDES tem linhas que ficam paradas quase todo o ano, agora é pior ainda. Existem os recursos, mas as empresas e os bancos estão desconfiados. É preciso fazer com que os bancos tenham interesse em emprestar", afirmou o economista da Fecomercio-SP.

Futuro
Mesmo com todas essas medidas, a crise financeira ainda gera incertezas nos setores produtivos do País. Nos últimos meses, o medo do desemprego fez os consumidores adiarem compras. Por sua vez, a queda nas vendas pode obrigar as indústrias a cortarem a produção e demitir funcionários. Contra isso, empresários sugerem redução de jornada e de salários.

"Isto está previsto em lei. A Fiesp simplesmente manteve conversações com entidades sindicais quanto à aplicação daquilo que já está previsto em lei", afirmou Francini.

Segundo a ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff, uma das medidas que assegura um nível de emprego é a manutenção de investimentos no Programa de Aceleração do Crescimento (PAC). "Estamos esperando que a dificuldade ocorra em janeiro, fevereiro e março. Estamos certos que vamos manter o nível de investimento. É isso que funciona, é isso que significa investimento público. Ele funciona como um colchão. Por isso, nós colocamos R$ 100 bilhões no BNDES e a Petrobras ampliou o seu investimento em R$ 120 bilhões", afirmou.

Na mesma linha, Pina explica que a antecipação de gastos do governo substitui parte da demanda retraída do setor privado. "Ele dá o seguinte recado: não vou estourar as contas públicas, mas concentrar em um momento em que a demanda privada está pequena. Mas o governo não tem fôlego suficiente para fazer o papel de toda demanda", ressaltou. O economista da Fecomercio lembrou que a entidade já pleiteou junto ao governo isenções para transferência de imóveis e de automóveis, além de retirar o IPVA para veículos novos.

Já Oreiro foca suas propostas na capitalização do Banco do Brasil e da Caixa Econômica Federal pelo Tesouro para atender a demanda de crédito para capital de giro e reduzir o spread. "Aumentando o empréstimo e reduzindo as taxas, os dois vão forçar os bancos privados a acompanhar o movimento, até para não perderem participação no mercado", explicou o economista da UnB.

Até o Carnaval, o governou prometeu detalhar um pacote de incentivos para a construção de até um milhão de casas populares, direcionado a famílias com renda de até dez salários mínimos. "Estamos atentos a tudo o que está acontecendo e novas medidas serão tomadas caso haja uma avaliação de que sejam necessárias", disse o ministro da Fazenda, Guido Mantega, na última sexta-feira.

17:11
Anónimo disse...
Ex-ministro critica extensão do seguro-desemprego

Atualizada às 09h03

O ex-ministro do Trabalho Almir Pazzianotto criticou a decisão do governo federal de conceder o seguro-desemprego estendido a apenas alguns setores. "É certamente odioso e provavelmente inconstitucional", disse Pazzianotto, de acordo com o jornal O Estado de S. Paulo.

Na última qurta, dia do anúncio da medida, centrais sindicais elogiaram a atitude do governo. A Força Sindical divulgou nota dizendo que "o aumento ajudará a aquecer parte da economia, já que irá gerar mais consumo, produção e conseqüentemente, a criação de novos postos de trabalho". A União Geral dos Trabalhadores (UGT) afirmou que a medida "contribuirá para minimizar o drama dos trabalhadores que perderem seu emprego por conta da crise".

O ex-ministro, que instituiu o seguro-desemprego no País no governo de José Sarney, destacou a necessidade de as centrais sindicais se manifestarem contra a determinação. Para ele, as mudanças devem ser aplicadas a todas as categorias profissionais e a distinção é contrária ao artigo 3º da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT).

Pazzianotto atribui a medida a um possível temor do governo de que a crise econômica seja longa e não haja dinheiro para atender a todas as necessidades. Ainda assim, ele se mostra contrário ao método de concessão. "O seguro-desemprego ajuda a sanar necessidades básicas. Estendê-lo é paliativo, não a solução", disse ao jornal.

De acordo com o presidente do Conselho Deliberativo do Fundo de Amparo ao Trabalhador (Codefat) e conselheiro da Força Sindical, Luiz Fernando Emediato, a determinação já estava prevista na lei 8.900/94, que trata do seguro-desemprego.

O presidente da Comissão de Trabalho da Câmara, Pedro Fernandes (PTB-MA) vai além na crítica à concessão do seguro para apenas alguns setores. Ele acredita que a ampliação do benefício estimula o desemprego.

Quintino Severo, secretário geral da Central Única dos Trabalhadores (CUT), lembra que a ampliação do benefício sem critério e identificação pode incentivar demissões em outros setores.

17:13
Anónimo disse...
Empresas
TAM faz promoção para destinos internacionais

A companhia aérea TAM anunciou nesta sexta-feira tarifas promocionais para trechos internacionais. Os preços valem para bilhetes comprados entre 6h deste sábado e 23h59 deste domingo e são válidos para classe econômica. As tarifas, para ida e volta, serão vendidas a partir de US$ 99, mais taxas.

Segundo a aérea, a promoção vale para viagens feitas no período de 14 de fevereiro a 18 de junho de 2009. Para destinos na América do Sul, a permanência mínima é de dois dias; para bilhetes com destino nos Estados Unidos, cinco dias; e Europa, sete dias. A permanência máxima para as passagens para América do Sul e EUA é de dois meses e para Europa, três meses.

Entre os exemplos de tarifas promocionais, a TAM oferece São Paulo-Lima por US$ 99. Bilhetes para a rota São Paulo-Santiago serão vendidos a partir de US$ 199 e São Paulo-Nova York, US$ 799.

A emissão dos bilhetes deve ser feita obrigatoriamente no ato da reserva, obedecendo às regras estipuladas pela companhia. A compra está sujeita à disponibilidade de assentos nas classes tarifárias determinadas, trechos, horários e datas. A TAM afirmou que também há tarifas promocionais para a classe executiva.

Mais informações podem ser encontradas no site promocional (www.ofertastam.com.br), no site da empresa (www.tam.com.br) ou pelos telefones 4002-5700 ou 0800 5705700.

17:13
Anónimo disse...
Empresas
Consultoria negocia compra do parque temático Hopi Hari

A consultoria especializada em reestruturação de empresas Íntegra Associados informou nesta sexta-feira ter um acordo para comprar o parque de diversões Hopi Hari, localizado no interior de São Paulo. A empresa estaria disposta a investir R$ 10 milhões no parque, que tem dívida estimada em R$ 800 milhões. As informações são da edição deste sábado do jornal Folha de S. Paulo.

De acordo com o jornal, a transação ainda depende da negociação entre o Hopi Hari e seus credores, o que já estaria em andamento.

A consultoria paulista já atuou junto à Parmalat, durante 30 meses, quando reorganizou a gestão da empresa italiana.

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17:14
Anónimo disse...
Empresas
Disney de Tóquio contratará mais 2 mil apesar da crise


A Oriental Land, o operador da Disneylândia Tóquio e DisneySea, organizou neste domingo entrevistas para contratar cerca de 2 mil trabalhadores em tempo parcial, em um momento de grandes demissões deste tipo de empregados no Japão.

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O operador deste parque temático, situado em Urayasu, na província de Chiba (leste de Tóquio), está em pleno processo de seleção de empregados para 20 tipos de postos trabalhistas diferentes.

Segundo a companhia, citada pela agência local de notícias Kyodo, o parque contratará novos trabalhadores para as atrações, para os restaurantes e guardas de segurança entre outros. Os novos contratados começarão a trabalhar a partir de fevereiro.

O processo de seleção acontece em um momento em que a maioria das grandes companhias japonesas começaram a se ver obrigadas a despedir uma elevada percentagem de seus trabalhadores temporários e a tempo parcial.

Algumas inclusive anunciaram demissões de seus trabalhadores fixos, uma medida muito pouco comum nas companhias japonesas, perante os efeitos piores que o esperado pela crise econômica global.

Cerca de uma centena de pessoas esperavam desde a primeira hora desta manhã a abertura do centro de conferências Tokyo International Forum, onde as entrevistas estão sendo feitas, para ser os primeiros a solicitar os postos de trabalho.


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17:15
Anónimo disse...
Economia Internacional
Senado dos EUA aprova plano de estímulo à economia

O Senado dos Estados Unidos aprovou com 60 votos a favor e 38 contra o plano de estímulo à economia de US$ 787 bilhões na madrugada deste sábado. Agora, ele segue para sanção ou veto do presidente Barack Obama, que espera colocar a lei em prática até o dia 16 de fevereiro.

O plano prevê a criação de três milhões de empregos, inclui cortes de impostos às famílias, fundos para programas sociais e obras públicas, além de ajuda aos governos estaduais, estudantes e desempregados.

A cláusula Buy American - que exige o uso de ferro, aço e produtos manufaturados dos Estados Unidos em obras realizadas com recursos do pacote - ficou de lado. Segundo o texto definitivo, a cláusula será aplicada sem violar as normas do comércio internacional.

Ontem à tarde, a Câmara de Representantes (deputados) havia aprovado, por 246 votos a favor e 183 contra, a versão final do plano. Todos os republicanos foram contrários ao pacote.

Pelo acordo de quarta-feira entre Câmara e Senado, em vez de custar US$ 819 bilhões, como queriam os deputados, ou US$ 838 bilhões como pretendiam os senadores, o pacote ficou em cerca de US$ 787 bilhões, com 65% desse total destinado a gastos do governo federal e 35%, a créditos tributários.

17:16
Anónimo disse...
Economia nacional
Na era Lula, aposentadoria sobe 54% menos que salário mínimo

Thatiane Faria
Especial para o Terra
Direto de São Paulo

Os índices de reajustes concedidos pelo governo em 2009 para aposentados e pensionistas e para o salário mínimo repetiram uma diferença que, só durante o governo de Luiz Inácio Lula da Silva, já chega a 54%. Enquanto o mínimo foi majorado em 12% este ano, as pensões e aposentadorias tiveram aumento de 5,92%. Aposentados que têm o benefício do governo como única fonte de renda reclamam que perdem poder de compra e que sua cesta de compras é composta por itens que aumentam mais em relação à inflação oficial.

Um exemplo prático pode ser entendido a partir da comparação entre um aposentado que ganhava R$ 600 em janeiro de 2003. Na época, o benefício era três vezes, ou 200%, maior que o valor do mínimo em vigência, que era de R$ 200. Aplicando-se os índices de reajuste para aposentadorias e para o mínimo durante os últimos seis anos, o mesmo aposentado estaria recebendo hoje R$ 938,47, comparado a um salário mínimo de R$ 465. A diferença entre os dois valores caiu para pouco mais de 100%.

Enquanto o índice acumulado de reajuste para a aposentadoria durante o governo Lula foi de 60%, para o salário mínimo está em 132%.

O diretor do Sindicato Nacional dos Aposentados, João Inocentini, reclama que os valores dos benefícios para aposentadorias não mantêm o poder de compra do grupo, principalmente dos aposentados que recebem menos que dez salários mínimos.

Nem mesmo o fato de o índice de reajuste das aposentadorias ter ficado acima da inflação acumulada no mesmo período (o IPCA entre janeiro de 2003 e janeiro de 2009 foi de 39,7%) serve de argumento, segundo os aposentados.

"Os idosos, principalmente, têm gastos além das contas gerais como gás, telefone e aluguel. Para eles o custo com remédios, e outros itens da área saúde costuma ser maior", afirmou Inocentini.

O presidente do sindicato afirmou que o grupo realiza um estudo com 100 itens de necessidade de um idoso para comparar o aumento dos produtos com o índice de reajuste do benefício recebido pelos aposentados.

"Daqui dois meses vamos abrir um processo na Justiça e levar essa pesquisa como prova. Segundo a lei, o governo é obrigado a manter o poder de compra com a aposentadoria", disse Inocentini.

Alternativas
O consultor financeiro Cláudio Boriola diz que os aposentados, especialmente nesse momento de crise econômica, devem evitar compras parceladas, pesquisar preços, negociar e fazer bom planejamento financeiro.

Segundo Boriola, alguns aposentados ganham um valor mensal muitas vezes insuficiente para o pagamento das contas e acabam pedindo crédito ou realizando pagamentos a prazo e são obrigados a pagar juros altos.

Na opinião do consultor, pagar uma previdência privada é uma alternativa indicada para quem ainda trabalha, considerando a característica de perda de poder de compra da aposentadoria.

"Na prática, infelizmente os valores encontram-se em um patamar que está deteriorando o poder de aquisição da população brasileira", completou Boriola.

De acordo com o diretor da Confederação Brasileira de Aposentados e Pensionistas (Cobap), Vicente Fernandes Barbosa, representantes dos aposentados tentarão um encontro com o presidente da Câmara, deputado Michel Temer (PMDB-SP), para discutir projetos que minimizem a perda dos aposentados

17:17
Anónimo disse...
Previdência
Previdência prorroga isenção de tarifas no benefício

O atual sistema de pagamento aos 26 milhões de aposentados e pensionistas do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) será mantido até o final deste ano. O acordo, que permite realizar a operação sem nenhum custo aos beneficiários, foi renovado nesta sexta-feira, entre o governo federal e 21 instituições financeiras.

Por meio desse acordo, vigente desde setembro de 2007, nem os segurados, nem os bancos e nem o governo arcam com o pagamento de tarifas, conforme explicou o ministro da Previdência Social, José Pimentel. A prorrogação vale até dezembro, data máxima para que a Previdência defina as regras para um novo contrato.

Ao assinar o termo de renovação, na sede da Federação Brasileira dos Bancos (Febraban), o ministro disse que a intenção do governo é mudar o atual modelo de gestão visando a reduzir os custos dessas operações em torno da folha mensal, que atinge R$ 15,8 bilhões. No entanto, qualquer alteração, conforme explicou, passará antes por audiências públicas a serem realizadas a partir do segundo semestre deste ano, atendendo a determinação do Tribunal de Contas da União (TCU).

De acordo com Pimentel, com um redesenho do mecanismo de repasse dos recursos aos bancos em torno da folha de pagamento dos segurados o que se busca é um aumento da participação de instituições financeiras. Ele informou que, desde 2007, cada benefício custa em média R$ 1,07 ao governo. "Quanto mais instituições financeiras estiverem prestando serviços à sociedade, maior é a competitividade, a agilidade no atendimento", justificou.

O ministro observou, ainda, que, para permitir uma redução para algo em torno de meia hora no tempo de atendimento para a concessão dos direitos previdenciários, o governo investiu R$ 280 milhões.

Questionado sobre o descontentamento dos segurados que ganham acima de um salário mínimo terem obtido apenas a correção com base na variação do Índice de Preços ao Consumidor (INPC) , ficando abaixo do reajuste dado a quem recebe apenas o mínimo, Pimentel argumentou que o governo seguiu o que determina a lei e descartou a possibilidade de uma revisão

17:17
Anónimo disse...
Empresas
Caterpillar oferece aposentadoria antecipada a 2 mil


A companhia americana Caterpillar ofereceu a cerca de dois mil funcionários incentivos para que se aposentem de forma voluntária antes do previsto, pela perspectiva de uma queda "significativa" da atividade industrial, informou nesta quarta-feira a empresa.

A iniciativa, destinada aos trabalhadores de diversas fábricas em Illinois, Colorado, Tennessee e Pensilvânia, se soma aos cortes de empregos anunciados em janeiro, explicou em comunicado de imprensa.

A empresa, a maior fabricante mundial de maquinaria pesada para a construção e a mineração, acrescentou que, "em função das condições de negócio, podem ser necessárias mais reduções de elenco voluntárias e involuntárias à medida que o ano avança".

O vice-presidente da companhia, Sid Banwart, explicou que a empresa prevê "demissões significativas em todas as regiões geográficas e na maioria dos setores devido às dificuldades da economia mundial".

17:18
Anónimo disse...
Comércio
Comércio exterior da OCDE caiu no 3º trimestre de 2008


As exportações e as importações dos países da Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Econômico (OCDE) caíram 1,6% e 0,2%, respectivamente, no terceiro trimestre de 2008, em relação aos três meses anteriores.

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Trata-se da primeira queda destas atividades desde o terceiro trimestre de 2006, segundo o último relatório trimestral sobre fluxos comerciais divulgado pela OCDE.

As exportações e as importações em dólares dos 30 Estados-membros caíram 15,6% e 17%, respectivamente, na comparação anualizada.

Por sua vez, o comércio dos sete países mais ricos do mundo (G7) teve um pequeno crescimento no terceiro trimestre de 2008 com uma queda das exportações de mercadorias de 0,2% em relação ao trimestre anterior e um aumento de 0,4% das importações.

Em termos anualizados, as importações do G7 caíram 1,4% entre julho e setembro do ano passado, seu primeiro retrocesso desde o terceiro trimestre de 2006, enquanto as exportações aumentaram 1,9%, seu crescimento mais baixo no mesmo tempo.

Por países, a Alemanha aumentou suas importações em 3,4% - valor mais alto do G7 -, enquanto suas exportações caíram 2,9% do segundo para o terceiro trimestre de 2008.

Pelo contrário, as exportações americanas aumentaram 1,8% entre julho e setembro de 2008, enquanto as importações caíram 0,7% em relação ao trimestre anterior. No Japão, tanto as importações quanto as exportações caíram em torno de 1% no mesmo período.

17:19
Anónimo disse...
Economia Nacional
Lula: juros de crédito consignado a aposentados são altos

Atualizada às 17h29

O presidente Luis Inácio Lula da Silva afirmou nesta terça-feira, em São Paulo, que está lutando para reduzir as taxas de juros cobradas de aposentados em crédito consignado. A Previdência Social estabelece uma taxa máxima de 2,5% para empréstimo e de 3,5% para cartão. Para Lula, os valores são altos.

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"Acho que o juro que os aposentados estão pagando hoje com o crédito consignado é alto para o padrão brasileiro", disse o presidente durante a cerimônia de comemoração dos 86 anos do INSS.

A Previdência anunciou nesta terça-feira que aposentados e trabalhadoras com licença-maternidade poderão receber seus benefícios em 30 minutos. De acordo com Lula, em junho, a aposentadoria do trabalhador rural também será conseguida em meia hora.

Além disso, o presidente anunciou que, também em junho, os trabalhadores que alcançarem o direito à aposentadoria passarão a receber em suas casas um comunicado da Previdência informando o fato e o valor do salário que têm direito a receber. "É um comprometimento público que estou fazendo com os companheiros da Previdência Social", disse.

"Estamos retribuindo ao contribuinte da Previdência Social aquilo que é a cidadania que ele tem direito", afirmou Lula. "Se para cobrar nós somos tão precisos, para devolver o dinheiro, temos que chegar próximo à perfeição", completou.

17:20
Anónimo disse...
Economia Nacional
Salário maternidade sairá em 30 minutos, diz ministro

Toda trabalhadora autônoma que tiver contribuído pelo menos 10 meses com o Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) - ou as que possuírem carteira assinada - poderão receber em 30 minutos o salário maternidade a partir desta terça-feira. Da mesma forma, as mulheres com 30 anos de contribuição e os homens com 35 anos também terão direito ao benefício de forma mais rápida. A informação é do ministro da Previdência Social, José Pimentel.

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Para requerer o salário maternidade, é preciso que as autônomas levem a carteira de identidade e o carnê de contribuição. As demais trabalhadoras devem apresentar a identificação e a carteira de trabalho. Desde o início do mês, a nova forma de análise para a concessão de benefícios foi adotada para a aposentadoria por idade do trabalhador urbano e agora foi estendida para o salário maternidade e por tempo de contribuição.

O ministro disse que a qualificação do serviço da previdência social é o reconhecimento do direito dos trabalhadores e da afirmação da cidadania.

"Até pouco tempo na cabeça do cidadão o serviço devia ser de péssima qualidade. Agora não, nós modificamos toda a legislação no mês de dezembro numa ação conjunta do Congresso Nacional com o governo federal. Estamos implantando e concedendo os benefícios em até 30 minutos", afirmou.

O ministro destacou que para conseguir se aposentar ou ter acesso à licença maternidade em 30 minutos, em primeiro lugar, é necessário que o cidadão esteja vinculado à Previdência, o que inclui 65% da população acima de 16 anos de idade.

"Depois bastar marcar pelo sistema 135 o dia e a hora do atendimento e levar a documentação. Se todos os dados necessários estiverem corretos o contribuinte será atendido em até 30 minutos, como vem sendo feito com as aposentadorias por idade desde o dia cinco de janeiro", explicou.

Pimentel disse ainda que em 90% das agências da previdência social o atendimento é marcado em até 48 horas. Nos grandes centros, entretanto existe um volume maior o que torna mais lento o processo.

"Estamos criando mais 715 agências até 2010, em todo o território nacional, para descentralizar o atendimento. Em 2008, atendemos 295 mil benefícios e aposentadorias por idade. Temos 4 mil pessoas por dia procurando e se aposentando por idade no território nacional. Este serviço será agilizado", concluiu.
17:27
Anónimo disse...
Giuseppe Englaro, pai de Eluana, a italiana que morreu na segunda-feira passada por desidratação, recusou uma grande soma de dinheiro de um conhecido fotógrafo italiano que queria retratar a filha em estado de coma, disse neste sábado o neurologista que atendia a mulher desde 1996, Carlo Defanti.

O neurologista, que participou hoje de uma conferência sobre eutanásia, disse que Englaro respeitou a vontade da filha, que, antes do acidente, tinha pedido que, se lhe ocorresse qualquer coisa irreversível, apresentasse sua imagem de quando estava em boas condições.

Antes de sofrer o acidente de trânsito, em 1992, Eluana viveu o coma de um amigo, Alessandro, o que causou forte impacto na italiana e a levou a fazer o pai prometer que não a deixasse viver em estado vegetativo, disse o próprio Giuseppe Englaro.

Defanti, que dissera que Eluana poderia viver de dez a 12 dias depois da suspensão da alimentação e da hidratação, disse que, como médico, tinha que reprovar esta afirmação.

"Não se pode sobreviver após três ou quatro dias sem líquido e, em particular, água em um corpo. Sabemos bem que, quando há um terremoto, após quatro dias é difícil encontrar sobreviventes".

Defanti ressaltou que Eluana "não falava, não se comunicava com o exterior" e que, após vários exames, "nos deparamos com uma moça que tinha perdido a consciência", porque estava com o córtex cerebral prejudicado.

Eluana foi enterrada na quinta-feira passada no túmulo da família na localidade de Paluzza, em Udine, após um funeral que não contou com a presença dos pais.

16:53
Anónimo disse...
Os bombeiros combatem neste sábado os incêndios na Austrália favorecidos pelo bom tempo, enquanto os deslocados encotram em seu retorno casas derruídas, carros queimados nas ruas e destruição.

Depois de sete dias desde que começaram os incêndios no Estado de Victoria, a lista de mortos chega a 181, os desaparecidos somam 50, os edifícios destruídos totalizam 1,834 mil e o terreno arrasado, principalmente florestas, ocupa uma área de 4,13 mil quilômetros quadrados.

As equipes de bombeiros, formadas por 4 mil profissionais de Victoria, de outras partes da Austrália e de países amigos, combateram hoje 12 focos fora de controle e nenhum representava uma ameaça direta para a população.

O subdiretor do Serviço de Bombeiros, Geoff Conway, disse que este tempo favorável, que se prolongará durante o domingo, permite consolidar as linhas de contenção e avançar na extinção das chamas.

Cinzas apareceram arrastadas por ventos do nordeste sobre Melbourne, onde habitam 3,8 milhões de pessoas, e as autoridades alertaram aos cidadãos do risco para a saúde de idosos, crianças e pessoas com problemas respiratórios.

O número de pessoas deslocadas - a Cruz Vermelha chegou a receber 7 mil - começou a cair com a abertura de algumas localidades atingidas.

Os incêndios, alguns criminosos, começaram em 7 de fevereiro, quando a região sul da Austrália estava há duas semanas sob uma onda de calor sem precedentes.

Na sexta-feira passada, a polícia acusou uma pessoa de ter provocado o incêndio que atingiu a localidade de Churchill e matou 21 pessoas.

16:55
Anónimo disse...
A primeira chuva em seis dias reduziu a ameaça de incêndios no Estado de Victoria, ao sul da Austrália. As autoridades, porém, advertiram que ainda existem 12 focos, mas que nenhum deles ameaça áreas povoadas.

Mais de quatro mil bombeiros, mil provenientes de outras partes do país e de outras nações, trabalham contra o fogo. Cerca de 600 veículos e 28 helicópteros e pequenos aviões estão sendo usados.


Eles conseguiram construir linhas de contenção para evitar os incêndios de Yarra e Maroondah se juntassem. Também foram controlados os incêndios abertos de Yea e Murrindindi, que ameaçavam as comunidades de Connellys Creek, Crystal Creek, Scrubby Creek e Native Dog Creek.

O número de mortos chegou a 181, mas as autoridades acreditam que as vítimas devem passar de 200, já que ainda há muitos desaparecidos.

16:55
Anónimo disse...
Aqui nesta coluna, na semana passada, tive a oportunidade de comentar sobre a recente visita do professor brasileiro Pedrinho Guareschi à Austrália. Não dei, porém, os fatos, pois semana passada o assunto era outro.

Hoje, porém, vamos a eles.

No último dia 4 de fevereiro, aconteceu o Seminário "Paulo Freire: Education and Liberation", organizado pelo centro de estudos latino-americanos da Universidade Nacional da Austrália, ou ANU, como é mais conhecida por aqui.

A ANU, para quem não sabe, está entre as 20 melhores universidades do mundo! E tem sede aqui em Camberra, capital da Austrália.

Na abertura do evento, o professor John Minns, diretor do centro latino-americano, ao dar boas-vindas ao público presente, lembrou ser aquele o primeiro seminário exclusivamente dedicado a Paulo Freire na Austrália.

Em seguida, convidou Pedrinho Guareschi, palestrante principal do Seminário, a fazer sua apresentação.

A plateia pode então conhecer, pelas palavras de Pedrinho, um pouco da obra e da vida de Freire, esse brasileiro de fé e valor, que sempre acreditou na educação, sobretudo dos menos favorecidos, analfabetos, como força libertadora.

Como não podia deixar de ser, os conceitos e ideias revolucionários de Paulo Freire, expostos com clareza por Pedrinho, despertaram o interesse e a curiosidade de plateia. A qual, deve-se notar, era na maioria de estudantes, mas de várias nacionalidades, sobretudo australianos e asiáticos.

Na continuação do programa do seminário, que se estendeu por dois dias, outros professores fizeram palestras sobre temas ligados à obra de Paulo Freire.

Interessante, por exemplo, saber que a professora Anne Hickling-Hudson, jamaicana que mora na Austrália há muitos anos (é professora da ANU), conheceu e trabalhou com Freire num workshop educacional durante a revolução na Ilha de Granada, em 1980, antes da invasão dos Estados Unidos...

Ou, então, a palestra da Professora Gerda Roelvink, da Nova Zelândia, que participou do Fórum Social de Porto Alegre em 2005. E essa participação transformou-se em tema de doutorado.

No dia 10, terça-feira passada, o padre Pedrinho Guareschi voltou a falar ao público australiano em grande auditório localizado no belíssimo campus da ANU. Desta vez, sobre a Teologia da Libertação.

Depois da palestra, John Minns mostrou o filme mexicano "O Crime do Padre Amaro", no qual um dos personagens é um padre católico praticante da Teologia da Libertação.

Mais uma vez, foi grande o intersse da platéia, que pode aprender e conhecer um pouco como se desenvolveu aquele importante movimento católico na América Latina.

Fica, assim, ao Pedrinho, bem como a outros brasileiros estudiosos e de bom coração que saem pelo mundo a divulgar aspectos importantes da cultura brasileira, o respeito e a homenagem desta coluna. E... aquele abraço!

16:57
Anónimo disse...
Amanda Kitts perdeu o braço esquerdo em um acidente de automóvel acontecido três anos atrás, mas hoje em dia ela joga futebol americano com seu filho de 12 anos de idade, troca fraldas e abraça as crianças nas três creches Kiddie Cottage que opera em Knoxville, Tennessee. Kitts, 40 anos, faz tudo isso com a ajuda de um novo tipo de braço artificial que se movimenta com mais facilidade do que outros aparelhos e que ela pode controlar utilizando apenas seus pensamentos.

"Eu sou capaz de mexer a mão, o pulso e o cotovelo ao mesmo tempo", diz. "Você pensa e os músculos se movem em seguida".

A recuperação que ela conseguiu resulta de um novo procedimento que vem atraindo crescente atenção porque permite que pessoas movam braços protéticos de forma mais automática do que faziam no passado, simplesmente utilizando nervos reaproveitados em seus cérebros.

A técnica, conhecida como "renervação muscular dirigida", envolve utilizar os nervos que restam depois da amputação de um braço e conectá-los a outro músculo do corpo, em geral no peito. Eletrodos são instalados sobre os músculos do peito, e operam como se fossem antenas. Quando a pessoa deseja mover o braço, o cérebro envia sinais que primeiro resultam em contração dos músculos do peito, os quais enviam um sinal ao braço protético, instruindo-se a se movimentar. O processo não requer mais esforços consciente do que a pessoa teria de exercitar caso ainda tivesse seu braço natural.

Na terça-feira, pesquisadores reportaram em estudo publicado pela versão online do Journal of the American Medical Association que haviam levado a técnica ainda mais à frente, tornando possível a execução de 10 movimentos de mão, pulso e cotovelo diferentes, o que representa uma substancial melhora com relação ao típico repertório protético, que em geral envolve apenas dobrar o cotovelo, girar o pulso e abrir a mão.

"Os novos métodos tiveram impacto dramático em nosso campo de trabalho", disse Stuart Harshbarger, engenheiro biomédico na Universidade Johns Hopkins e diretor do programa de pesquisa sobre próteses, financiado pelas forças armadas, que inclui o trabalho com essa técnica. "O método já está em uso por médicos e cirurgiões comuns em todo o país. A capacidade de controlar um membro protético bastante robusto que ele confere surpreendeu a todos pela qualidade".

Tipicamente, uma pessoa que tenha um braço protético só é capaz de executar alguns poucos movimentos, e muitas vezes com tamanha lentidão que isso só permite a ela atividades limitadas.

Há um motor separado para cada movimento, diz Gerald Loeb, professor de engenharia biomédica na Universidade do Sul da Califórnia, "e esses motores precisam ser controlados de maneira explícita", usualmente por um esforço consciente da pessoa para contrair músculos nas costas ou no bíceps.

"Essencialmente, até agora os pacientes controlavam apenas um motor de cada vez", diz Loeb, "e precisavam pensar cuidadosamente sobre que motor desejavam controlar e como fazê-lo operar, em lugar de simplesmente pensarem em mover o braço e poderem fazê-lo sem delongas".

Antes que Kitts passasse pelo procedimento de renervação, em outubro de 2007, por exemplo, ela precisava movimentar os músculos de suas costas de determinada maneira para fazer com que seu pulso girasse, e flexionar seu bíceps e tríceps para fazer com que o cotovelo se movesse para cima e para baixo. "Era muito trabalho", ela conta. "E não me ajudava muito".

O procedimento de renervação é parte de uma recente explosão de idéias novas e técnicas inovadoras que estão sendo exploradas enquanto os cientistas se esforçam por ajudar as pessoas a compensar melhor a perda de membros ou problemas de paralisia. O esforço vem sendo alimentado pelo aumento no número de amputações causado por diabetes e por ferimentos sofridos pelos militares, e ao mesmo tempo pelos avanços na tecnologia médica.

Os braços se tornaram um dos focos essenciais desse tipo de trabalho. A ciência há muito vem obtendo sucessos no desenvolvimento de próteses de perna, mas é muito mais difícil imitar a complexidade e a destreza das mãos e dos braços.

Os esforços em curso incluem o desenvolvimento de projetos de pele e braços mais sensíveis e mais flexíveis, e o uso de dispositivos acionados por controles sem fio implantado nos braços protéticos, que permitiriam movimentos mais naturais.

Os pesquisadores também vêm usando sensores implantados nos cérebros de cobaias para permitir que dois macacos controlem um braço mecânico, e um teste com um homem paralítico permitiu, com esse método, que ele movimentasse um cursor em uma tela de computador.

Alguns desses métodos, caso venham a ser aperfeiçoados plenamente e consigam aprovação das autoridades regulatórias da saúde, podem no futuro se tornar mais viáveis para os pacientes de amputações.

E embora a técnica da renervação não requeira aprovação das autoridades regulatórias porque é executada por meios cirúrgicos e emprega aparelhos já existentes, ela apresenta limitações que até mesmo seus criadores reconhecem, entre as quais o fato de que não se pode utilizá-la para todos os pacientes, o seu alto custo e o prazo de meses requerido para que os nervos reconectados cresçam e se tornem efetivos.

Ainda assim, os especialistas dizem que é o mais avançado sistema em uso hoje para pacientes reais que permite que o sistema nervoso controle diretamente o movimento de um braço artificial.

Desde sua introdução por Todd Kuiken, médico fisioterapeuta e engenheiro biomédico do Instituto de Reabilitação de Chicago, o método foi empregado em cerca de 30 pacientes nos Estados Unidos, Canadá e Europa, entre os quais oito soldados feridos no Iraque e no Afeganistão.

Muitos dos pacientes, entre os quais o primeiro, Jesse Sullivan, um operário do setor elétrico no Tennessee que perdeu os dois braços quando foi eletrocutado por um cabo, conseguem não apenas manipular seus braços protéticos mas sentir a presença das mãos que já não têm quando alguém toca em seus peitos.

Sullivan, 62 anos, e Kitts, estavam entre os cinco pacientes que participaram do estudo reportado na terça-feira. Em companhia de cinco outras pessoas que não passaram por amputações, eles receberam os eletrodos e foram instruídos a usar pensamentos para fazer com que um braço virtual na tela reproduzisse 10 movimentos diferentes, entre os quais três formas diferentes de aperto de mão.

Os pacientes apresentaram desempenho bastante respeitável, apenas um pouco mais lento e menos preciso do que os dos participantes que não tinham amputações.

"As velocidades de movimento que encontramos em nossos pacientes foram realmente encorajadoras", disse Kuiken. "Eles conseguiram completar a tarefa. É claro que não foram tão competentes quanto as pessoas dotadas de plena capacidade física, mas foram bons o bastante".

Um braço virtual foi usado porque a maioria das próteses existentes não era capaz de acomodar todos aqueles movimentos, no momento da pesquisa, ainda que Sullivan, Kitts e uma terceira paciente, Claudia Mitchell, tenham experimentado dois novos protótipos mais versáteis de braços artificiais, executando tarefas complexas com bolas de tênis e outros objetos.

O trabalho de renervação em soldados apresenta outros desafios, diz Kuiken, porque os ferimentos militares muitas vezes "causam danos muitos extensos" a nervos, músculos ou ossos.

Daniel Acosta, 25 anos, um aviador ferido pela detonação de uma bomba em uma estrada do Iraque em 2005, passou pelo procedimento no ano passado e diz que seu braço esquerdo protético agora se movimenta "muito mais rápido" e de maneira muito mais natural.

"A diferença é que agora não preciso mais pensar para mover o braço", ele diz. "Ele simplesmente se mexe".

Ainda assim, Acosta, de San Antonio, diz que "o processo foi bastante longo" e que os eletrodos precisam ser ajustados para receber os sinais à medida que os nervos crescem ou mudam de posição.

E embora elogiem o método, os especialistas afirmam que a ciência das próteses de braço ainda tem muito por avançar.

"Trata-se de uma parte crucial, mas ainda assim apenas uma parte, das muitas coisas que compreendem a função normal de um braço", disse Loeb, que escreveu um editorial que acompanha o artigo no Journal of the American Medical Association.

"No momento estamos a meio do caminho entre o braço de 'Dr. Fantástico', que fazia involuntariamente a saudação nazista, e o braço de Luke Skywalker em 'Guerra nas Estrelas', que funciona sem nenhum problema assim que é conectado. Creio que precisaremos ainda de muitos anos para conectar todas as peças necessárias a produzir um braço capaz de funcionar normalmente".

17:04
Anónimo disse...
A Espanha disse neste sábado que está preparando uma reclamação oficial contra a decisão da Venezuela de expulsar um membro do Parlamento Europeu que criticou o conselho eleitoral venezuelano.
Luis Herrero, membro do partido conservador espanhol PP, foi deportado na sexta-feira depois que o Conselho Nacional Eleitoral (CNE) o acusou de questionar a imparcialidade da instituição antes de um referendo que pode permitir ao presidente Hugo Chávez permanecer no cargo indefinidamente.

Herrero estava na Venezuela como observador do referendo. Ele acusou Chávez de ter "comportamentos típicos de um ditador" por pedir a contenção de manifestações da oposição.

O governo da Espanha convocou um encontro com o embaixador da Venezuela em Madri para expressar a desaprovação sobre a expulsão de Herrero, disse um representante do Ministério das Relações Exteriores espanhol.

As relações da Venezuela com a Espanha tiveram seu ponto crítico em 2007, quando Chávez ameaçou rever acordos diplomáticos e comerciais depois de ouvir um "cala a boca" do rei espanhol Juan Carlos durante uma cúpula.

A fenda foi oficialmente reparada em 2008, com uma visita oficial de Chávez à Espanha, onde ele cumprimentou o rei e discutiu acordos para investimento no setor petroquímico com o primeiro-ministro José Luis Rodriguez Zapatero.

17:06
Anónimo disse...
A polícia do Zimbábue anunciou neste sábado que acusa de traição Roy Bennett, dirigente do até agora opositor Movimento para a Mudança Democrática (MDC), detido na sexta-feira, em Harare, poucas horas antes da cerimônia de posse dos membros do novo gabinete.

"A Polícia nos informou que vão apresentar acusações de traição", disse à agência EFE o advogado de defesa de Bennett, Trust Maanda.

"Tentam relacionar Roy com o caso de Mike Hitschmann, que foi detido em 2006 em relação à descoberta de um carregamento de armas, apesar de que Hitschmann não tenha sido declarado culpado das acusações de traição apresentadas contra ele, mas de um crime menor de descumprimento de leis", disse Maanda.

O político opositor, designado por seu partido como vice-ministro de Agricultura no Governo de união nacional, esteve no exílio na vizinha África do Sul desde 2006 e retornou ao Zimbábue há duas semanas.

Segundo a Polícia, que deteve Bennett ontem no aeroporto de Harare quando pretendia ir à África do Sul para visitar sua família, as armas apreendidas em 2006 seriam utilizadas em um golpe de Estado para derrubar o presidente do Zimbábue, Robert Mugabe.

Depois da detenção, Bennet foi levado a Mutar, onde vários simpatizantes do MDC se concentraram em frente à delegacia na qual estava detido, diante do que a Polícia respondeu com tiros para o alto para dispersar os manifestantes.

17:07
Anónimo disse...
Austrália: 14 mil se candidatam a 'emprego dos sonhos'

A secretaria de Turismo de Queensland, na Austrália, informou que até esta segunda-feira já recebeu cerca de 14 mil inscrições para o "o melhor emprego do mundo". O Estado australiano promove pela internet seleção para vaga de "zelador" da ilha Hamilton, por seis meses com um salário de R$ 40 mil.

Muitos candidatos tiveram problemas durante a inscrição por conta dos acessos simultâneos ao site. A secretaria aconselha enviar os vídeos de 60s explicando porque deve ser escolhido em horários alternativos do dia, além de recomendar tamanho em torno de 40MB.

As inscrições começaram em 12 de janeiro e vão até o próximo dia 22 e podem ser feitas pelo site www.islandreefjob.com. O governo australiano escolherá 50 candidatos para a próxima fase da seleção, que terá votos do público para eleger um dos 11 finalistas.

A última fase terá entrevistas e desafios físicos, no próprio local de trabalho: as ilhas da Grande Barreira Coralina - o maior recife de coral do mundo. A secretaria de Turismo anunciará o vencedor no dia 6 de maio.

17:09
Anónimo disse...
Mercado elogia governo na crise, mas pede maior queda no juro

Peter Fussy
Direto de São Paulo

Desde as primeiras medidas anunciadas para combater os efeitos da crise, o governo brasileiro avisou que a estratégia não contemplaria um pacote. Seriam doses pontuais, de acordo com a necessidade da economia diante do agravamento das turbulências. Da primeira liberação dos depósitos compulsórios em setembro até a ampliação do seguro-desemprego na última quarta-feira, o governo passou por redução de impostos, ampliação de crédito e incentivos à exportação. Quase 150 dias após a primeira medida, o Terra conversou com líderes do setor público e privado, representantes dos trabalhadores, acadêmicos e com o próprio governo para saber quais destas ações foram mais eficazes, quais foram mais ineficientes e o que mais pode ser feito pelo Estado brasileiro contra a crise.

Os maiores elogios foram direcionados à atitude de reduzir o Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) para a indústria automobilística, anunciada em dezembro e que fez com que os emplacamentos de carros novos subissem 1,9% no primeiro mês do ano em relação a dezembro de 2008. Já as maiores críticas foram para a lentidão no corte da taxa básica de juro do País.

Para o presidente do conselho administrativo do Grupo Pão de Açúcar, Abílio Diniz, o Estado não é responsável pela crise e mesmo assim está agindo "com extrema serenidade e muito acerto". "O governo está atento, fazendo a sua parte. É preciso coragem de baixar firmemente a taxa de juros. É uma arma que temos a nosso favor, já que não há clima para inflação, nem possibilidade de danos para a macroeconomia", afirmou Diniz.

Na última reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), em janeiro, a taxa Selic foi reduzida em um ponto percentual, de 13,75% para 12,75% ao ano. Porém, o professor de economia da Universidade de Brasília (UnB) José Luiz Oreiro lembra que este corte representa uma redução de apenas 0,25 ponto percentual com relação à taxa de setembro do ano passado, quando a crise se agravou.

"Pouco antes da eclosão da crise, o Banco Central aumentou a taxa em 0,75 ponto. Foram cinco meses de demora para reduzir em termos líquidos apenas 0,25 ponto", afirmou o economista, que também sugeriu redução do intervalo de cerca de 90 dias entre as reuniões do Copom e o corte de pelo menos um 1 ponto percentual em cada reunião.

Mesmo com o corte de janeiro, a taxa de juros real continua sendo a maior do mundo, lembrou o secretário-geral da Força Sindical, João Carlos Gonçalves, o Juruna. "A redução da taxa de juro ainda é pequena, porque ela continua uma das mais altas do mundo. Falta ousadia para baixar os juros e ajudar o cidadão. A permanência da taxa de juro alta é negativa para o País em meio a crise", afirmou Juruna.

Embora aprove as ações do governo, o senador Aloízio Mercadante (PT-SP) também acredita que o patamar da Selic está muito alto. "Sempre fomos os primeiros a entrar em qualquer crise, o que não aconteceu agora. A taxa Selic ainda é muito alta, mas o governo têm tomado medidas acertadas, como o aumento do salário mínimo, mesmo com um cenário de crise. Isso ajuda a movimentar o consumo. O governo está se esforçando para manter os investimentos e o crescimento", disse.

Tributos
De acordo com o economista Fabio Pina, da Fecomercio-SP, as ações mais positivas estão relacionadas à redução de tributos para alguns segmentos, como a indústria automobilística, que recuperou parte da queda nas vendas em janeiro com a isenção do IPI para carros 1.0 l e o corte para demais motorizações. A medida vale até o final de março.

"Essas medidas não só reduziram o preço, mas anteciparam o consumo daqueles que iriam comprar no futuro, dando um prêmio por conta da insegurança. Mexe diretamente com o principal problema que é a confiança do consumidor", afirmou. Juruna destacou que um bom ritmo de vendas é garantia de emprego. "É importante porque cada emprego na montadora significa 19 na cadeia produtiva", comentou o representante da Força Sindical.

Também em dezembro, o governo decidiu cortar pela metade a alíquota do Imposto de Renda para contribuintes que ganham entre R$ 1.434 e R$ 2.150 mensais. "O salário aumentava e a tabela não se modificava. As pessoas ganhavam mais e pagavam mais impostos", apontou Juruna. Outra redução de tributos do governo foi com relação ao Imposto sobre Operações Financeiras (IOF), que caiu de 3% ao ano para 1,5%.

Crédito
Na segunda metade de 2008, o colapso de bancos nos Estados Unidos por conta da crise do subprime provocou uma forte restrição de crédito no mundo inteiro. Uma das primeiras medidas anticrise do governo teve como objetivo restabelecer a oferta, com mudanças no recolhimento dos depósitos compulsórios por parte dos bancos. Segundo o presidente do Banco Central, Henrique Meirelles, as diversas modificações liberaram US$ 99,2 bilhões aos bancos até o final de janeiro.

Além disso, o governo concedeu R$ 36 bilhões das reservas internacionais para empresas brasileiras com dívidas no exterior e uma medida provisória autorizou o Banco do Brasil e a Caixa Econômica Federal a comprar carteiras de crédito de bancos privados. Para o diretor do Departamento de Pesquisas e Estudos Econômicos da Fiesp, Paulo Francini, estas medidas foram essenciais para combater os efeitos da crise.

"A crise se desenvolve no mundo em torno do tema crédito. E o crédito reduziu-se barbaridade no mundo. Então o governo lança mão de compulsório, lança mão de reservas, de medidas que permitem aos bancos comprar carteiras de bancos. Você vai tomando várias medidas para atender às demandas e o epicentro disso é crédito", afirmou.

No entanto, Oreiro, da UnB, adverte que a liberação dos compulsórios seria mais eficiente acompanhada de redução mais agressiva da taxa básica de juro. "Uma parte do crédito voltou, depois da forte retração em outubro e novembro. O que deveria ter sido feito junto à liberação do compulsório era uma redução mais drástica da taxa de juro. Sem isso, os bancos pegam as reservas e acabam comprando títulos públicos", explicou o economista.

Na opinião de Pina, as ações de distribuição de crédito via redução do compulsório e a disposição de capital de giro para empresas foram tomadas sem um cuidado maior na operação e não tiveram muito efeito. "O BNDES tem linhas que ficam paradas quase todo o ano, agora é pior ainda. Existem os recursos, mas as empresas e os bancos estão desconfiados. É preciso fazer com que os bancos tenham interesse em emprestar", afirmou o economista da Fecomercio-SP.

Futuro
Mesmo com todas essas medidas, a crise financeira ainda gera incertezas nos setores produtivos do País. Nos últimos meses, o medo do desemprego fez os consumidores adiarem compras. Por sua vez, a queda nas vendas pode obrigar as indústrias a cortarem a produção e demitir funcionários. Contra isso, empresários sugerem redução de jornada e de salários.

"Isto está previsto em lei. A Fiesp simplesmente manteve conversações com entidades sindicais quanto à aplicação daquilo que já está previsto em lei", afirmou Francini.

Segundo a ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff, uma das medidas que assegura um nível de emprego é a manutenção de investimentos no Programa de Aceleração do Crescimento (PAC). "Estamos esperando que a dificuldade ocorra em janeiro, fevereiro e março. Estamos certos que vamos manter o nível de investimento. É isso que funciona, é isso que significa investimento público. Ele funciona como um colchão. Por isso, nós colocamos R$ 100 bilhões no BNDES e a Petrobras ampliou o seu investimento em R$ 120 bilhões", afirmou.

Na mesma linha, Pina explica que a antecipação de gastos do governo substitui parte da demanda retraída do setor privado. "Ele dá o seguinte recado: não vou estourar as contas públicas, mas concentrar em um momento em que a demanda privada está pequena. Mas o governo não tem fôlego suficiente para fazer o papel de toda demanda", ressaltou. O economista da Fecomercio lembrou que a entidade já pleiteou junto ao governo isenções para transferência de imóveis e de automóveis, além de retirar o IPVA para veículos novos.

Já Oreiro foca suas propostas na capitalização do Banco do Brasil e da Caixa Econômica Federal pelo Tesouro para atender a demanda de crédito para capital de giro e reduzir o spread. "Aumentando o empréstimo e reduzindo as taxas, os dois vão forçar os bancos privados a acompanhar o movimento, até para não perderem participação no mercado", explicou o economista da UnB.

Até o Carnaval, o governou prometeu detalhar um pacote de incentivos para a construção de até um milhão de casas populares, direcionado a famílias com renda de até dez salários mínimos. "Estamos atentos a tudo o que está acontecendo e novas medidas serão tomadas caso haja uma avaliação de que sejam necessárias", disse o ministro da Fazenda, Guido Mantega, na última sexta-feira.

17:11
Anónimo disse...
Ex-ministro critica extensão do seguro-desemprego

Atualizada às 09h03

O ex-ministro do Trabalho Almir Pazzianotto criticou a decisão do governo federal de conceder o seguro-desemprego estendido a apenas alguns setores. "É certamente odioso e provavelmente inconstitucional", disse Pazzianotto, de acordo com o jornal O Estado de S. Paulo.

Na última qurta, dia do anúncio da medida, centrais sindicais elogiaram a atitude do governo. A Força Sindical divulgou nota dizendo que "o aumento ajudará a aquecer parte da economia, já que irá gerar mais consumo, produção e conseqüentemente, a criação de novos postos de trabalho". A União Geral dos Trabalhadores (UGT) afirmou que a medida "contribuirá para minimizar o drama dos trabalhadores que perderem seu emprego por conta da crise".

O ex-ministro, que instituiu o seguro-desemprego no País no governo de José Sarney, destacou a necessidade de as centrais sindicais se manifestarem contra a determinação. Para ele, as mudanças devem ser aplicadas a todas as categorias profissionais e a distinção é contrária ao artigo 3º da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT).

Pazzianotto atribui a medida a um possível temor do governo de que a crise econômica seja longa e não haja dinheiro para atender a todas as necessidades. Ainda assim, ele se mostra contrário ao método de concessão. "O seguro-desemprego ajuda a sanar necessidades básicas. Estendê-lo é paliativo, não a solução", disse ao jornal.

De acordo com o presidente do Conselho Deliberativo do Fundo de Amparo ao Trabalhador (Codefat) e conselheiro da Força Sindical, Luiz Fernando Emediato, a determinação já estava prevista na lei 8.900/94, que trata do seguro-desemprego.

O presidente da Comissão de Trabalho da Câmara, Pedro Fernandes (PTB-MA) vai além na crítica à concessão do seguro para apenas alguns setores. Ele acredita que a ampliação do benefício estimula o desemprego.

Quintino Severo, secretário geral da Central Única dos Trabalhadores (CUT), lembra que a ampliação do benefício sem critério e identificação pode incentivar demissões em outros setores.

17:13
Anónimo disse...
Empresas
TAM faz promoção para destinos internacionais

A companhia aérea TAM anunciou nesta sexta-feira tarifas promocionais para trechos internacionais. Os preços valem para bilhetes comprados entre 6h deste sábado e 23h59 deste domingo e são válidos para classe econômica. As tarifas, para ida e volta, serão vendidas a partir de US$ 99, mais taxas.

Segundo a aérea, a promoção vale para viagens feitas no período de 14 de fevereiro a 18 de junho de 2009. Para destinos na América do Sul, a permanência mínima é de dois dias; para bilhetes com destino nos Estados Unidos, cinco dias; e Europa, sete dias. A permanência máxima para as passagens para América do Sul e EUA é de dois meses e para Europa, três meses.

Entre os exemplos de tarifas promocionais, a TAM oferece São Paulo-Lima por US$ 99. Bilhetes para a rota São Paulo-Santiago serão vendidos a partir de US$ 199 e São Paulo-Nova York, US$ 799.

A emissão dos bilhetes deve ser feita obrigatoriamente no ato da reserva, obedecendo às regras estipuladas pela companhia. A compra está sujeita à disponibilidade de assentos nas classes tarifárias determinadas, trechos, horários e datas. A TAM afirmou que também há tarifas promocionais para a classe executiva.

Mais informações podem ser encontradas no site promocional (www.ofertastam.com.br), no site da empresa (www.tam.com.br) ou pelos telefones 4002-5700 ou 0800 5705700.

17:13
Anónimo disse...
Empresas
Consultoria negocia compra do parque temático Hopi Hari

A consultoria especializada em reestruturação de empresas Íntegra Associados informou nesta sexta-feira ter um acordo para comprar o parque de diversões Hopi Hari, localizado no interior de São Paulo. A empresa estaria disposta a investir R$ 10 milhões no parque, que tem dívida estimada em R$ 800 milhões. As informações são da edição deste sábado do jornal Folha de S. Paulo.

De acordo com o jornal, a transação ainda depende da negociação entre o Hopi Hari e seus credores, o que já estaria em andamento.

A consultoria paulista já atuou junto à Parmalat, durante 30 meses, quando reorganizou a gestão da empresa italiana.

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17:14
Anónimo disse...
Empresas
Disney de Tóquio contratará mais 2 mil apesar da crise


A Oriental Land, o operador da Disneylândia Tóquio e DisneySea, organizou neste domingo entrevistas para contratar cerca de 2 mil trabalhadores em tempo parcial, em um momento de grandes demissões deste tipo de empregados no Japão.

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O operador deste parque temático, situado em Urayasu, na província de Chiba (leste de Tóquio), está em pleno processo de seleção de empregados para 20 tipos de postos trabalhistas diferentes.

Segundo a companhia, citada pela agência local de notícias Kyodo, o parque contratará novos trabalhadores para as atrações, para os restaurantes e guardas de segurança entre outros. Os novos contratados começarão a trabalhar a partir de fevereiro.

O processo de seleção acontece em um momento em que a maioria das grandes companhias japonesas começaram a se ver obrigadas a despedir uma elevada percentagem de seus trabalhadores temporários e a tempo parcial.

Algumas inclusive anunciaram demissões de seus trabalhadores fixos, uma medida muito pouco comum nas companhias japonesas, perante os efeitos piores que o esperado pela crise econômica global.

Cerca de uma centena de pessoas esperavam desde a primeira hora desta manhã a abertura do centro de conferências Tokyo International Forum, onde as entrevistas estão sendo feitas, para ser os primeiros a solicitar os postos de trabalho.


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17:15
Anónimo disse...
Economia Internacional
Senado dos EUA aprova plano de estímulo à economia

O Senado dos Estados Unidos aprovou com 60 votos a favor e 38 contra o plano de estímulo à economia de US$ 787 bilhões na madrugada deste sábado. Agora, ele segue para sanção ou veto do presidente Barack Obama, que espera colocar a lei em prática até o dia 16 de fevereiro.

O plano prevê a criação de três milhões de empregos, inclui cortes de impostos às famílias, fundos para programas sociais e obras públicas, além de ajuda aos governos estaduais, estudantes e desempregados.

A cláusula Buy American - que exige o uso de ferro, aço e produtos manufaturados dos Estados Unidos em obras realizadas com recursos do pacote - ficou de lado. Segundo o texto definitivo, a cláusula será aplicada sem violar as normas do comércio internacional.

Ontem à tarde, a Câmara de Representantes (deputados) havia aprovado, por 246 votos a favor e 183 contra, a versão final do plano. Todos os republicanos foram contrários ao pacote.

Pelo acordo de quarta-feira entre Câmara e Senado, em vez de custar US$ 819 bilhões, como queriam os deputados, ou US$ 838 bilhões como pretendiam os senadores, o pacote ficou em cerca de US$ 787 bilhões, com 65% desse total destinado a gastos do governo federal e 35%, a créditos tributários.

17:16
Anónimo disse...
Economia nacional
Na era Lula, aposentadoria sobe 54% menos que salário mínimo

Thatiane Faria
Especial para o Terra
Direto de São Paulo

Os índices de reajustes concedidos pelo governo em 2009 para aposentados e pensionistas e para o salário mínimo repetiram uma diferença que, só durante o governo de Luiz Inácio Lula da Silva, já chega a 54%. Enquanto o mínimo foi majorado em 12% este ano, as pensões e aposentadorias tiveram aumento de 5,92%. Aposentados que têm o benefício do governo como única fonte de renda reclamam que perdem poder de compra e que sua cesta de compras é composta por itens que aumentam mais em relação à inflação oficial.

Um exemplo prático pode ser entendido a partir da comparação entre um aposentado que ganhava R$ 600 em janeiro de 2003. Na época, o benefício era três vezes, ou 200%, maior que o valor do mínimo em vigência, que era de R$ 200. Aplicando-se os índices de reajuste para aposentadorias e para o mínimo durante os últimos seis anos, o mesmo aposentado estaria recebendo hoje R$ 938,47, comparado a um salário mínimo de R$ 465. A diferença entre os dois valores caiu para pouco mais de 100%.

Enquanto o índice acumulado de reajuste para a aposentadoria durante o governo Lula foi de 60%, para o salário mínimo está em 132%.

O diretor do Sindicato Nacional dos Aposentados, João Inocentini, reclama que os valores dos benefícios para aposentadorias não mantêm o poder de compra do grupo, principalmente dos aposentados que recebem menos que dez salários mínimos.

Nem mesmo o fato de o índice de reajuste das aposentadorias ter ficado acima da inflação acumulada no mesmo período (o IPCA entre janeiro de 2003 e janeiro de 2009 foi de 39,7%) serve de argumento, segundo os aposentados.

"Os idosos, principalmente, têm gastos além das contas gerais como gás, telefone e aluguel. Para eles o custo com remédios, e outros itens da área saúde costuma ser maior", afirmou Inocentini.

O presidente do sindicato afirmou que o grupo realiza um estudo com 100 itens de necessidade de um idoso para comparar o aumento dos produtos com o índice de reajuste do benefício recebido pelos aposentados.

"Daqui dois meses vamos abrir um processo na Justiça e levar essa pesquisa como prova. Segundo a lei, o governo é obrigado a manter o poder de compra com a aposentadoria", disse Inocentini.

Alternativas
O consultor financeiro Cláudio Boriola diz que os aposentados, especialmente nesse momento de crise econômica, devem evitar compras parceladas, pesquisar preços, negociar e fazer bom planejamento financeiro.

Segundo Boriola, alguns aposentados ganham um valor mensal muitas vezes insuficiente para o pagamento das contas e acabam pedindo crédito ou realizando pagamentos a prazo e são obrigados a pagar juros altos.

Na opinião do consultor, pagar uma previdência privada é uma alternativa indicada para quem ainda trabalha, considerando a característica de perda de poder de compra da aposentadoria.

"Na prática, infelizmente os valores encontram-se em um patamar que está deteriorando o poder de aquisição da população brasileira", completou Boriola.

De acordo com o diretor da Confederação Brasileira de Aposentados e Pensionistas (Cobap), Vicente Fernandes Barbosa, representantes dos aposentados tentarão um encontro com o presidente da Câmara, deputado Michel Temer (PMDB-SP), para discutir projetos que minimizem a perda dos aposentados

17:17
Anónimo disse...
Previdência
Previdência prorroga isenção de tarifas no benefício

O atual sistema de pagamento aos 26 milhões de aposentados e pensionistas do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) será mantido até o final deste ano. O acordo, que permite realizar a operação sem nenhum custo aos beneficiários, foi renovado nesta sexta-feira, entre o governo federal e 21 instituições financeiras.

Por meio desse acordo, vigente desde setembro de 2007, nem os segurados, nem os bancos e nem o governo arcam com o pagamento de tarifas, conforme explicou o ministro da Previdência Social, José Pimentel. A prorrogação vale até dezembro, data máxima para que a Previdência defina as regras para um novo contrato.

Ao assinar o termo de renovação, na sede da Federação Brasileira dos Bancos (Febraban), o ministro disse que a intenção do governo é mudar o atual modelo de gestão visando a reduzir os custos dessas operações em torno da folha mensal, que atinge R$ 15,8 bilhões. No entanto, qualquer alteração, conforme explicou, passará antes por audiências públicas a serem realizadas a partir do segundo semestre deste ano, atendendo a determinação do Tribunal de Contas da União (TCU).

De acordo com Pimentel, com um redesenho do mecanismo de repasse dos recursos aos bancos em torno da folha de pagamento dos segurados o que se busca é um aumento da participação de instituições financeiras. Ele informou que, desde 2007, cada benefício custa em média R$ 1,07 ao governo. "Quanto mais instituições financeiras estiverem prestando serviços à sociedade, maior é a competitividade, a agilidade no atendimento", justificou.

O ministro observou, ainda, que, para permitir uma redução para algo em torno de meia hora no tempo de atendimento para a concessão dos direitos previdenciários, o governo investiu R$ 280 milhões.

Questionado sobre o descontentamento dos segurados que ganham acima de um salário mínimo terem obtido apenas a correção com base na variação do Índice de Preços ao Consumidor (INPC) , ficando abaixo do reajuste dado a quem recebe apenas o mínimo, Pimentel argumentou que o governo seguiu o que determina a lei e descartou a possibilidade de uma revisão

17:17
Anónimo disse...
Empresas
Caterpillar oferece aposentadoria antecipada a 2 mil


A companhia americana Caterpillar ofereceu a cerca de dois mil funcionários incentivos para que se aposentem de forma voluntária antes do previsto, pela perspectiva de uma queda "significativa" da atividade industrial, informou nesta quarta-feira a empresa.

A iniciativa, destinada aos trabalhadores de diversas fábricas em Illinois, Colorado, Tennessee e Pensilvânia, se soma aos cortes de empregos anunciados em janeiro, explicou em comunicado de imprensa.

A empresa, a maior fabricante mundial de maquinaria pesada para a construção e a mineração, acrescentou que, "em função das condições de negócio, podem ser necessárias mais reduções de elenco voluntárias e involuntárias à medida que o ano avança".

O vice-presidente da companhia, Sid Banwart, explicou que a empresa prevê "demissões significativas em todas as regiões geográficas e na maioria dos setores devido às dificuldades da economia mundial".

17:18
Anónimo disse...
Comércio
Comércio exterior da OCDE caiu no 3º trimestre de 2008


As exportações e as importações dos países da Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Econômico (OCDE) caíram 1,6% e 0,2%, respectivamente, no terceiro trimestre de 2008, em relação aos três meses anteriores.

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Trata-se da primeira queda destas atividades desde o terceiro trimestre de 2006, segundo o último relatório trimestral sobre fluxos comerciais divulgado pela OCDE.

As exportações e as importações em dólares dos 30 Estados-membros caíram 15,6% e 17%, respectivamente, na comparação anualizada.

Por sua vez, o comércio dos sete países mais ricos do mundo (G7) teve um pequeno crescimento no terceiro trimestre de 2008 com uma queda das exportações de mercadorias de 0,2% em relação ao trimestre anterior e um aumento de 0,4% das importações.

Em termos anualizados, as importações do G7 caíram 1,4% entre julho e setembro do ano passado, seu primeiro retrocesso desde o terceiro trimestre de 2006, enquanto as exportações aumentaram 1,9%, seu crescimento mais baixo no mesmo tempo.

Por países, a Alemanha aumentou suas importações em 3,4% - valor mais alto do G7 -, enquanto suas exportações caíram 2,9% do segundo para o terceiro trimestre de 2008.

Pelo contrário, as exportações americanas aumentaram 1,8% entre julho e setembro de 2008, enquanto as importações caíram 0,7% em relação ao trimestre anterior. No Japão, tanto as importações quanto as exportações caíram em torno de 1% no mesmo período.

17:19
Anónimo disse...
Economia Nacional
Lula: juros de crédito consignado a aposentados são altos

Atualizada às 17h29

O presidente Luis Inácio Lula da Silva afirmou nesta terça-feira, em São Paulo, que está lutando para reduzir as taxas de juros cobradas de aposentados em crédito consignado. A Previdência Social estabelece uma taxa máxima de 2,5% para empréstimo e de 3,5% para cartão. Para Lula, os valores são altos.

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"Acho que o juro que os aposentados estão pagando hoje com o crédito consignado é alto para o padrão brasileiro", disse o presidente durante a cerimônia de comemoração dos 86 anos do INSS.

A Previdência anunciou nesta terça-feira que aposentados e trabalhadoras com licença-maternidade poderão receber seus benefícios em 30 minutos. De acordo com Lula, em junho, a aposentadoria do trabalhador rural também será conseguida em meia hora.

Além disso, o presidente anunciou que, também em junho, os trabalhadores que alcançarem o direito à aposentadoria passarão a receber em suas casas um comunicado da Previdência informando o fato e o valor do salário que têm direito a receber. "É um comprometimento público que estou fazendo com os companheiros da Previdência Social", disse.

"Estamos retribuindo ao contribuinte da Previdência Social aquilo que é a cidadania que ele tem direito", afirmou Lula. "Se para cobrar nós somos tão precisos, para devolver o dinheiro, temos que chegar próximo à perfeição", completou.

17:20
Anónimo disse...
Economia Nacional
Salário maternidade sairá em 30 minutos, diz ministro

Toda trabalhadora autônoma que tiver contribuído pelo menos 10 meses com o Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) - ou as que possuírem carteira assinada - poderão receber em 30 minutos o salário maternidade a partir desta terça-feira. Da mesma forma, as mulheres com 30 anos de contribuição e os homens com 35 anos também terão direito ao benefício de forma mais rápida. A informação é do ministro da Previdência Social, José Pimentel.

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Para requerer o salário maternidade, é preciso que as autônomas levem a carteira de identidade e o carnê de contribuição. As demais trabalhadoras devem apresentar a identificação e a carteira de trabalho. Desde o início do mês, a nova forma de análise para a concessão de benefícios foi adotada para a aposentadoria por idade do trabalhador urbano e agora foi estendida para o salário maternidade e por tempo de contribuição.

O ministro disse que a qualificação do serviço da previdência social é o reconhecimento do direito dos trabalhadores e da afirmação da cidadania.

"Até pouco tempo na cabeça do cidadão o serviço devia ser de péssima qualidade. Agora não, nós modificamos toda a legislação no mês de dezembro numa ação conjunta do Congresso Nacional com o governo federal. Estamos implantando e concedendo os benefícios em até 30 minutos", afirmou.

O ministro destacou que para conseguir se aposentar ou ter acesso à licença maternidade em 30 minutos, em primeiro lugar, é necessário que o cidadão esteja vinculado à Previdência, o que inclui 65% da população acima de 16 anos de idade.

"Depois bastar marcar pelo sistema 135 o dia e a hora do atendimento e levar a documentação. Se todos os dados necessários estiverem corretos o contribuinte será atendido em até 30 minutos, como vem sendo feito com as aposentadorias por idade desde o dia cinco de janeiro", explicou.

Pimentel disse ainda que em 90% das agências da previdência social o atendimento é marcado em até 48 horas. Nos grandes centros, entretanto existe um volume maior o que torna mais lento o processo.

"Estamos criando mais 715 agências até 2010, em todo o território nacional, para descentralizar o atendimento. Em 2008, atendemos 295 mil benefícios e aposentadorias por idade. Temos 4 mil pessoas por dia procurando e se aposentando por idade no território nacional. Este serviço será agilizado", concluiu.
17:27
Anónimo disse...
Giuseppe Englaro, pai de Eluana, a italiana que morreu na segunda-feira passada por desidratação, recusou uma grande soma de dinheiro de um conhecido fotógrafo italiano que queria retratar a filha em estado de coma, disse neste sábado o neurologista que atendia a mulher desde 1996, Carlo Defanti.

O neurologista, que participou hoje de uma conferência sobre eutanásia, disse que Englaro respeitou a vontade da filha, que, antes do acidente, tinha pedido que, se lhe ocorresse qualquer coisa irreversível, apresentasse sua imagem de quando estava em boas condições.

Antes de sofrer o acidente de trânsito, em 1992, Eluana viveu o coma de um amigo, Alessandro, o que causou forte impacto na italiana e a levou a fazer o pai prometer que não a deixasse viver em estado vegetativo, disse o próprio Giuseppe Englaro.

Defanti, que dissera que Eluana poderia viver de dez a 12 dias depois da suspensão da alimentação e da hidratação, disse que, como médico, tinha que reprovar esta afirmação.

"Não se pode sobreviver após três ou quatro dias sem líquido e, em particular, água em um corpo. Sabemos bem que, quando há um terremoto, após quatro dias é difícil encontrar sobreviventes".

Defanti ressaltou que Eluana "não falava, não se comunicava com o exterior" e que, após vários exames, "nos deparamos com uma moça que tinha perdido a consciência", porque estava com o córtex cerebral prejudicado.

Eluana foi enterrada na quinta-feira passada no túmulo da família na localidade de Paluzza, em Udine, após um funeral que não contou com a presença dos pais.

16:53
Anónimo disse...
Os bombeiros combatem neste sábado os incêndios na Austrália favorecidos pelo bom tempo, enquanto os deslocados encotram em seu retorno casas derruídas, carros queimados nas ruas e destruição.

Depois de sete dias desde que começaram os incêndios no Estado de Victoria, a lista de mortos chega a 181, os desaparecidos somam 50, os edifícios destruídos totalizam 1,834 mil e o terreno arrasado, principalmente florestas, ocupa uma área de 4,13 mil quilômetros quadrados.

As equipes de bombeiros, formadas por 4 mil profissionais de Victoria, de outras partes da Austrália e de países amigos, combateram hoje 12 focos fora de controle e nenhum representava uma ameaça direta para a população.

O subdiretor do Serviço de Bombeiros, Geoff Conway, disse que este tempo favorável, que se prolongará durante o domingo, permite consolidar as linhas de contenção e avançar na extinção das chamas.

Cinzas apareceram arrastadas por ventos do nordeste sobre Melbourne, onde habitam 3,8 milhões de pessoas, e as autoridades alertaram aos cidadãos do risco para a saúde de idosos, crianças e pessoas com problemas respiratórios.

O número de pessoas deslocadas - a Cruz Vermelha chegou a receber 7 mil - começou a cair com a abertura de algumas localidades atingidas.

Os incêndios, alguns criminosos, começaram em 7 de fevereiro, quando a região sul da Austrália estava há duas semanas sob uma onda de calor sem precedentes.

Na sexta-feira passada, a polícia acusou uma pessoa de ter provocado o incêndio que atingiu a localidade de Churchill e matou 21 pessoas.

16:55
Anónimo disse...
A primeira chuva em seis dias reduziu a ameaça de incêndios no Estado de Victoria, ao sul da Austrália. As autoridades, porém, advertiram que ainda existem 12 focos, mas que nenhum deles ameaça áreas povoadas.

Mais de quatro mil bombeiros, mil provenientes de outras partes do país e de outras nações, trabalham contra o fogo. Cerca de 600 veículos e 28 helicópteros e pequenos aviões estão sendo usados.


Eles conseguiram construir linhas de contenção para evitar os incêndios de Yarra e Maroondah se juntassem. Também foram controlados os incêndios abertos de Yea e Murrindindi, que ameaçavam as comunidades de Connellys Creek, Crystal Creek, Scrubby Creek e Native Dog Creek.

O número de mortos chegou a 181, mas as autoridades acreditam que as vítimas devem passar de 200, já que ainda há muitos desaparecidos.

16:55
Anónimo disse...
Aqui nesta coluna, na semana passada, tive a oportunidade de comentar sobre a recente visita do professor brasileiro Pedrinho Guareschi à Austrália. Não dei, porém, os fatos, pois semana passada o assunto era outro.

Hoje, porém, vamos a eles.

No último dia 4 de fevereiro, aconteceu o Seminário "Paulo Freire: Education and Liberation", organizado pelo centro de estudos latino-americanos da Universidade Nacional da Austrália, ou ANU, como é mais conhecida por aqui.

A ANU, para quem não sabe, está entre as 20 melhores universidades do mundo! E tem sede aqui em Camberra, capital da Austrália.

Na abertura do evento, o professor John Minns, diretor do centro latino-americano, ao dar boas-vindas ao público presente, lembrou ser aquele o primeiro seminário exclusivamente dedicado a Paulo Freire na Austrália.

Em seguida, convidou Pedrinho Guareschi, palestrante principal do Seminário, a fazer sua apresentação.

A plateia pode então conhecer, pelas palavras de Pedrinho, um pouco da obra e da vida de Freire, esse brasileiro de fé e valor, que sempre acreditou na educação, sobretudo dos menos favorecidos, analfabetos, como força libertadora.

Como não podia deixar de ser, os conceitos e ideias revolucionários de Paulo Freire, expostos com clareza por Pedrinho, despertaram o interesse e a curiosidade de plateia. A qual, deve-se notar, era na maioria de estudantes, mas de várias nacionalidades, sobretudo australianos e asiáticos.

Na continuação do programa do seminário, que se estendeu por dois dias, outros professores fizeram palestras sobre temas ligados à obra de Paulo Freire.

Interessante, por exemplo, saber que a professora Anne Hickling-Hudson, jamaicana que mora na Austrália há muitos anos (é professora da ANU), conheceu e trabalhou com Freire num workshop educacional durante a revolução na Ilha de Granada, em 1980, antes da invasão dos Estados Unidos...

Ou, então, a palestra da Professora Gerda Roelvink, da Nova Zelândia, que participou do Fórum Social de Porto Alegre em 2005. E essa participação transformou-se em tema de doutorado.

No dia 10, terça-feira passada, o padre Pedrinho Guareschi voltou a falar ao público australiano em grande auditório localizado no belíssimo campus da ANU. Desta vez, sobre a Teologia da Libertação.

Depois da palestra, John Minns mostrou o filme mexicano "O Crime do Padre Amaro", no qual um dos personagens é um padre católico praticante da Teologia da Libertação.

Mais uma vez, foi grande o intersse da platéia, que pode aprender e conhecer um pouco como se desenvolveu aquele importante movimento católico na América Latina.

Fica, assim, ao Pedrinho, bem como a outros brasileiros estudiosos e de bom coração que saem pelo mundo a divulgar aspectos importantes da cultura brasileira, o respeito e a homenagem desta coluna. E... aquele abraço!

16:57
Anónimo disse...
Amanda Kitts perdeu o braço esquerdo em um acidente de automóvel acontecido três anos atrás, mas hoje em dia ela joga futebol americano com seu filho de 12 anos de idade, troca fraldas e abraça as crianças nas três creches Kiddie Cottage que opera em Knoxville, Tennessee. Kitts, 40 anos, faz tudo isso com a ajuda de um novo tipo de braço artificial que se movimenta com mais facilidade do que outros aparelhos e que ela pode controlar utilizando apenas seus pensamentos.

"Eu sou capaz de mexer a mão, o pulso e o cotovelo ao mesmo tempo", diz. "Você pensa e os músculos se movem em seguida".

A recuperação que ela conseguiu resulta de um novo procedimento que vem atraindo crescente atenção porque permite que pessoas movam braços protéticos de forma mais automática do que faziam no passado, simplesmente utilizando nervos reaproveitados em seus cérebros.

A técnica, conhecida como "renervação muscular dirigida", envolve utilizar os nervos que restam depois da amputação de um braço e conectá-los a outro músculo do corpo, em geral no peito. Eletrodos são instalados sobre os músculos do peito, e operam como se fossem antenas. Quando a pessoa deseja mover o braço, o cérebro envia sinais que primeiro resultam em contração dos músculos do peito, os quais enviam um sinal ao braço protético, instruindo-se a se movimentar. O processo não requer mais esforços consciente do que a pessoa teria de exercitar caso ainda tivesse seu braço natural.

Na terça-feira, pesquisadores reportaram em estudo publicado pela versão online do Journal of the American Medical Association que haviam levado a técnica ainda mais à frente, tornando possível a execução de 10 movimentos de mão, pulso e cotovelo diferentes, o que representa uma substancial melhora com relação ao típico repertório protético, que em geral envolve apenas dobrar o cotovelo, girar o pulso e abrir a mão.

"Os novos métodos tiveram impacto dramático em nosso campo de trabalho", disse Stuart Harshbarger, engenheiro biomédico na Universidade Johns Hopkins e diretor do programa de pesquisa sobre próteses, financiado pelas forças armadas, que inclui o trabalho com essa técnica. "O método já está em uso por médicos e cirurgiões comuns em todo o país. A capacidade de controlar um membro protético bastante robusto que ele confere surpreendeu a todos pela qualidade".

Tipicamente, uma pessoa que tenha um braço protético só é capaz de executar alguns poucos movimentos, e muitas vezes com tamanha lentidão que isso só permite a ela atividades limitadas.

Há um motor separado para cada movimento, diz Gerald Loeb, professor de engenharia biomédica na Universidade do Sul da Califórnia, "e esses motores precisam ser controlados de maneira explícita", usualmente por um esforço consciente da pessoa para contrair músculos nas costas ou no bíceps.

"Essencialmente, até agora os pacientes controlavam apenas um motor de cada vez", diz Loeb, "e precisavam pensar cuidadosamente sobre que motor desejavam controlar e como fazê-lo operar, em lugar de simplesmente pensarem em mover o braço e poderem fazê-lo sem delongas".

Antes que Kitts passasse pelo procedimento de renervação, em outubro de 2007, por exemplo, ela precisava movimentar os músculos de suas costas de determinada maneira para fazer com que seu pulso girasse, e flexionar seu bíceps e tríceps para fazer com que o cotovelo se movesse para cima e para baixo. "Era muito trabalho", ela conta. "E não me ajudava muito".

O procedimento de renervação é parte de uma recente explosão de idéias novas e técnicas inovadoras que estão sendo exploradas enquanto os cientistas se esforçam por ajudar as pessoas a compensar melhor a perda de membros ou problemas de paralisia. O esforço vem sendo alimentado pelo aumento no número de amputações causado por diabetes e por ferimentos sofridos pelos militares, e ao mesmo tempo pelos avanços na tecnologia médica.

Os braços se tornaram um dos focos essenciais desse tipo de trabalho. A ciência há muito vem obtendo sucessos no desenvolvimento de próteses de perna, mas é muito mais difícil imitar a complexidade e a destreza das mãos e dos braços.

Os esforços em curso incluem o desenvolvimento de projetos de pele e braços mais sensíveis e mais flexíveis, e o uso de dispositivos acionados por controles sem fio implantado nos braços protéticos, que permitiriam movimentos mais naturais.

Os pesquisadores também vêm usando sensores implantados nos cérebros de cobaias para permitir que dois macacos controlem um braço mecânico, e um teste com um homem paralítico permitiu, com esse método, que ele movimentasse um cursor em uma tela de computador.

Alguns desses métodos, caso venham a ser aperfeiçoados plenamente e consigam aprovação das autoridades regulatórias da saúde, podem no futuro se tornar mais viáveis para os pacientes de amputações.

E embora a técnica da renervação não requeira aprovação das autoridades regulatórias porque é executada por meios cirúrgicos e emprega aparelhos já existentes, ela apresenta limitações que até mesmo seus criadores reconhecem, entre as quais o fato de que não se pode utilizá-la para todos os pacientes, o seu alto custo e o prazo de meses requerido para que os nervos reconectados cresçam e se tornem efetivos.

Ainda assim, os especialistas dizem que é o mais avançado sistema em uso hoje para pacientes reais que permite que o sistema nervoso controle diretamente o movimento de um braço artificial.

Desde sua introdução por Todd Kuiken, médico fisioterapeuta e engenheiro biomédico do Instituto de Reabilitação de Chicago, o método foi empregado em cerca de 30 pacientes nos Estados Unidos, Canadá e Europa, entre os quais oito soldados feridos no Iraque e no Afeganistão.

Muitos dos pacientes, entre os quais o primeiro, Jesse Sullivan, um operário do setor elétrico no Tennessee que perdeu os dois braços quando foi eletrocutado por um cabo, conseguem não apenas manipular seus braços protéticos mas sentir a presença das mãos que já não têm quando alguém toca em seus peitos.

Sullivan, 62 anos, e Kitts, estavam entre os cinco pacientes que participaram do estudo reportado na terça-feira. Em companhia de cinco outras pessoas que não passaram por amputações, eles receberam os eletrodos e foram instruídos a usar pensamentos para fazer com que um braço virtual na tela reproduzisse 10 movimentos diferentes, entre os quais três formas diferentes de aperto de mão.

Os pacientes apresentaram desempenho bastante respeitável, apenas um pouco mais lento e menos preciso do que os dos participantes que não tinham amputações.

"As velocidades de movimento que encontramos em nossos pacientes foram realmente encorajadoras", disse Kuiken. "Eles conseguiram completar a tarefa. É claro que não foram tão competentes quanto as pessoas dotadas de plena capacidade física, mas foram bons o bastante".

Um braço virtual foi usado porque a maioria das próteses existentes não era capaz de acomodar todos aqueles movimentos, no momento da pesquisa, ainda que Sullivan, Kitts e uma terceira paciente, Claudia Mitchell, tenham experimentado dois novos protótipos mais versáteis de braços artificiais, executando tarefas complexas com bolas de tênis e outros objetos.

O trabalho de renervação em soldados apresenta outros desafios, diz Kuiken, porque os ferimentos militares muitas vezes "causam danos muitos extensos" a nervos, músculos ou ossos.

Daniel Acosta, 25 anos, um aviador ferido pela detonação de uma bomba em uma estrada do Iraque em 2005, passou pelo procedimento no ano passado e diz que seu braço esquerdo protético agora se movimenta "muito mais rápido" e de maneira muito mais natural.

"A diferença é que agora não preciso mais pensar para mover o braço", ele diz. "Ele simplesmente se mexe".

Ainda assim, Acosta, de San Antonio, diz que "o processo foi bastante longo" e que os eletrodos precisam ser ajustados para receber os sinais à medida que os nervos crescem ou mudam de posição.

E embora elogiem o método, os especialistas afirmam que a ciência das próteses de braço ainda tem muito por avançar.

"Trata-se de uma parte crucial, mas ainda assim apenas uma parte, das muitas coisas que compreendem a função normal de um braço", disse Loeb, que escreveu um editorial que acompanha o artigo no Journal of the American Medical Association.

"No momento estamos a meio do caminho entre o braço de 'Dr. Fantástico', que fazia involuntariamente a saudação nazista, e o braço de Luke Skywalker em 'Guerra nas Estrelas', que funciona sem nenhum problema assim que é conectado. Creio que precisaremos ainda de muitos anos para conectar todas as peças necessárias a produzir um braço capaz de funcionar normalmente".

17:04
Anónimo disse...
A Espanha disse neste sábado que está preparando uma reclamação oficial contra a decisão da Venezuela de expulsar um membro do Parlamento Europeu que criticou o conselho eleitoral venezuelano.
Luis Herrero, membro do partido conservador espanhol PP, foi deportado na sexta-feira depois que o Conselho Nacional Eleitoral (CNE) o acusou de questionar a imparcialidade da instituição antes de um referendo que pode permitir ao presidente Hugo Chávez permanecer no cargo indefinidamente.

Herrero estava na Venezuela como observador do referendo. Ele acusou Chávez de ter "comportamentos típicos de um ditador" por pedir a contenção de manifestações da oposição.

O governo da Espanha convocou um encontro com o embaixador da Venezuela em Madri para expressar a desaprovação sobre a expulsão de Herrero, disse um representante do Ministério das Relações Exteriores espanhol.

As relações da Venezuela com a Espanha tiveram seu ponto crítico em 2007, quando Chávez ameaçou rever acordos diplomáticos e comerciais depois de ouvir um "cala a boca" do rei espanhol Juan Carlos durante uma cúpula.

A fenda foi oficialmente reparada em 2008, com uma visita oficial de Chávez à Espanha, onde ele cumprimentou o rei e discutiu acordos para investimento no setor petroquímico com o primeiro-ministro José Luis Rodriguez Zapatero.

17:06
Anónimo disse...
A polícia do Zimbábue anunciou neste sábado que acusa de traição Roy Bennett, dirigente do até agora opositor Movimento para a Mudança Democrática (MDC), detido na sexta-feira, em Harare, poucas horas antes da cerimônia de posse dos membros do novo gabinete.

"A Polícia nos informou que vão apresentar acusações de traição", disse à agência EFE o advogado de defesa de Bennett, Trust Maanda.

"Tentam relacionar Roy com o caso de Mike Hitschmann, que foi detido em 2006 em relação à descoberta de um carregamento de armas, apesar de que Hitschmann não tenha sido declarado culpado das acusações de traição apresentadas contra ele, mas de um crime menor de descumprimento de leis", disse Maanda.

O político opositor, designado por seu partido como vice-ministro de Agricultura no Governo de união nacional, esteve no exílio na vizinha África do Sul desde 2006 e retornou ao Zimbábue há duas semanas.

Segundo a Polícia, que deteve Bennett ontem no aeroporto de Harare quando pretendia ir à África do Sul para visitar sua família, as armas apreendidas em 2006 seriam utilizadas em um golpe de Estado para derrubar o presidente do Zimbábue, Robert Mugabe.

Depois da detenção, Bennet foi levado a Mutar, onde vários simpatizantes do MDC se concentraram em frente à delegacia na qual estava detido, diante do que a Polícia respondeu com tiros para o alto para dispersar os manifestantes.

17:07
Anónimo disse...
Austrália: 14 mil se candidatam a 'emprego dos sonhos'

A secretaria de Turismo de Queensland, na Austrália, informou que até esta segunda-feira já recebeu cerca de 14 mil inscrições para o "o melhor emprego do mundo". O Estado australiano promove pela internet seleção para vaga de "zelador" da ilha Hamilton, por seis meses com um salário de R$ 40 mil.

Muitos candidatos tiveram problemas durante a inscrição por conta dos acessos simultâneos ao site. A secretaria aconselha enviar os vídeos de 60s explicando porque deve ser escolhido em horários alternativos do dia, além de recomendar tamanho em torno de 40MB.

As inscrições começaram em 12 de janeiro e vão até o próximo dia 22 e podem ser feitas pelo site www.islandreefjob.com. O governo australiano escolherá 50 candidatos para a próxima fase da seleção, que terá votos do público para eleger um dos 11 finalistas.

A última fase terá entrevistas e desafios físicos, no próprio local de trabalho: as ilhas da Grande Barreira Coralina - o maior recife de coral do mundo. A secretaria de Turismo anunciará o vencedor no dia 6 de maio.

17:09
Anónimo disse...
Mercado elogia governo na crise, mas pede maior queda no juro

Peter Fussy
Direto de São Paulo

Desde as primeiras medidas anunciadas para combater os efeitos da crise, o governo brasileiro avisou que a estratégia não contemplaria um pacote. Seriam doses pontuais, de acordo com a necessidade da economia diante do agravamento das turbulências. Da primeira liberação dos depósitos compulsórios em setembro até a ampliação do seguro-desemprego na última quarta-feira, o governo passou por redução de impostos, ampliação de crédito e incentivos à exportação. Quase 150 dias após a primeira medida, o Terra conversou com líderes do setor público e privado, representantes dos trabalhadores, acadêmicos e com o próprio governo para saber quais destas ações foram mais eficazes, quais foram mais ineficientes e o que mais pode ser feito pelo Estado brasileiro contra a crise.

Os maiores elogios foram direcionados à atitude de reduzir o Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) para a indústria automobilística, anunciada em dezembro e que fez com que os emplacamentos de carros novos subissem 1,9% no primeiro mês do ano em relação a dezembro de 2008. Já as maiores críticas foram para a lentidão no corte da taxa básica de juro do País.

Para o presidente do conselho administrativo do Grupo Pão de Açúcar, Abílio Diniz, o Estado não é responsável pela crise e mesmo assim está agindo "com extrema serenidade e muito acerto". "O governo está atento, fazendo a sua parte. É preciso coragem de baixar firmemente a taxa de juros. É uma arma que temos a nosso favor, já que não há clima para inflação, nem possibilidade de danos para a macroeconomia", afirmou Diniz.

Na última reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), em janeiro, a taxa Selic foi reduzida em um ponto percentual, de 13,75% para 12,75% ao ano. Porém, o professor de economia da Universidade de Brasília (UnB) José Luiz Oreiro lembra que este corte representa uma redução de apenas 0,25 ponto percentual com relação à taxa de setembro do ano passado, quando a crise se agravou.

"Pouco antes da eclosão da crise, o Banco Central aumentou a taxa em 0,75 ponto. Foram cinco meses de demora para reduzir em termos líquidos apenas 0,25 ponto", afirmou o economista, que também sugeriu redução do intervalo de cerca de 90 dias entre as reuniões do Copom e o corte de pelo menos um 1 ponto percentual em cada reunião.

Mesmo com o corte de janeiro, a taxa de juros real continua sendo a maior do mundo, lembrou o secretário-geral da Força Sindical, João Carlos Gonçalves, o Juruna. "A redução da taxa de juro ainda é pequena, porque ela continua uma das mais altas do mundo. Falta ousadia para baixar os juros e ajudar o cidadão. A permanência da taxa de juro alta é negativa para o País em meio a crise", afirmou Juruna.

Embora aprove as ações do governo, o senador Aloízio Mercadante (PT-SP) também acredita que o patamar da Selic está muito alto. "Sempre fomos os primeiros a entrar em qualquer crise, o que não aconteceu agora. A taxa Selic ainda é muito alta, mas o governo têm tomado medidas acertadas, como o aumento do salário mínimo, mesmo com um cenário de crise. Isso ajuda a movimentar o consumo. O governo está se esforçando para manter os investimentos e o crescimento", disse.

Tributos
De acordo com o economista Fabio Pina, da Fecomercio-SP, as ações mais positivas estão relacionadas à redução de tributos para alguns segmentos, como a indústria automobilística, que recuperou parte da queda nas vendas em janeiro com a isenção do IPI para carros 1.0 l e o corte para demais motorizações. A medida vale até o final de março.

"Essas medidas não só reduziram o preço, mas anteciparam o consumo daqueles que iriam comprar no futuro, dando um prêmio por conta da insegurança. Mexe diretamente com o principal problema que é a confiança do consumidor", afirmou. Juruna destacou que um bom ritmo de vendas é garantia de emprego. "É importante porque cada emprego na montadora significa 19 na cadeia produtiva", comentou o representante da Força Sindical.

Também em dezembro, o governo decidiu cortar pela metade a alíquota do Imposto de Renda para contribuintes que ganham entre R$ 1.434 e R$ 2.150 mensais. "O salário aumentava e a tabela não se modificava. As pessoas ganhavam mais e pagavam mais impostos", apontou Juruna. Outra redução de tributos do governo foi com relação ao Imposto sobre Operações Financeiras (IOF), que caiu de 3% ao ano para 1,5%.

Crédito
Na segunda metade de 2008, o colapso de bancos nos Estados Unidos por conta da crise do subprime provocou uma forte restrição de crédito no mundo inteiro. Uma das primeiras medidas anticrise do governo teve como objetivo restabelecer a oferta, com mudanças no recolhimento dos depósitos compulsórios por parte dos bancos. Segundo o presidente do Banco Central, Henrique Meirelles, as diversas modificações liberaram US$ 99,2 bilhões aos bancos até o final de janeiro.

Além disso, o governo concedeu R$ 36 bilhões das reservas internacionais para empresas brasileiras com dívidas no exterior e uma medida provisória autorizou o Banco do Brasil e a Caixa Econômica Federal a comprar carteiras de crédito de bancos privados. Para o diretor do Departamento de Pesquisas e Estudos Econômicos da Fiesp, Paulo Francini, estas medidas foram essenciais para combater os efeitos da crise.

"A crise se desenvolve no mundo em torno do tema crédito. E o crédito reduziu-se barbaridade no mundo. Então o governo lança mão de compulsório, lança mão de reservas, de medidas que permitem aos bancos comprar carteiras de bancos. Você vai tomando várias medidas para atender às demandas e o epicentro disso é crédito", afirmou.

No entanto, Oreiro, da UnB, adverte que a liberação dos compulsórios seria mais eficiente acompanhada de redução mais agressiva da taxa básica de juro. "Uma parte do crédito voltou, depois da forte retração em outubro e novembro. O que deveria ter sido feito junto à liberação do compulsório era uma redução mais drástica da taxa de juro. Sem isso, os bancos pegam as reservas e acabam comprando títulos públicos", explicou o economista.

Na opinião de Pina, as ações de distribuição de crédito via redução do compulsório e a disposição de capital de giro para empresas foram tomadas sem um cuidado maior na operação e não tiveram muito efeito. "O BNDES tem linhas que ficam paradas quase todo o ano, agora é pior ainda. Existem os recursos, mas as empresas e os bancos estão desconfiados. É preciso fazer com que os bancos tenham interesse em emprestar", afirmou o economista da Fecomercio-SP.

Futuro
Mesmo com todas essas medidas, a crise financeira ainda gera incertezas nos setores produtivos do País. Nos últimos meses, o medo do desemprego fez os consumidores adiarem compras. Por sua vez, a queda nas vendas pode obrigar as indústrias a cortarem a produção e demitir funcionários. Contra isso, empresários sugerem redução de jornada e de salários.

"Isto está previsto em lei. A Fiesp simplesmente manteve conversações com entidades sindicais quanto à aplicação daquilo que já está previsto em lei", afirmou Francini.

Segundo a ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff, uma das medidas que assegura um nível de emprego é a manutenção de investimentos no Programa de Aceleração do Crescimento (PAC). "Estamos esperando que a dificuldade ocorra em janeiro, fevereiro e março. Estamos certos que vamos manter o nível de investimento. É isso que funciona, é isso que significa investimento público. Ele funciona como um colchão. Por isso, nós colocamos R$ 100 bilhões no BNDES e a Petrobras ampliou o seu investimento em R$ 120 bilhões", afirmou.

Na mesma linha, Pina explica que a antecipação de gastos do governo substitui parte da demanda retraída do setor privado. "Ele dá o seguinte recado: não vou estourar as contas públicas, mas concentrar em um momento em que a demanda privada está pequena. Mas o governo não tem fôlego suficiente para fazer o papel de toda demanda", ressaltou. O economista da Fecomercio lembrou que a entidade já pleiteou junto ao governo isenções para transferência de imóveis e de automóveis, além de retirar o IPVA para veículos novos.

Já Oreiro foca suas propostas na capitalização do Banco do Brasil e da Caixa Econômica Federal pelo Tesouro para atender a demanda de crédito para capital de giro e reduzir o spread. "Aumentando o empréstimo e reduzindo as taxas, os dois vão forçar os bancos privados a acompanhar o movimento, até para não perderem participação no mercado", explicou o economista da UnB.

Até o Carnaval, o governou prometeu detalhar um pacote de incentivos para a construção de até um milhão de casas populares, direcionado a famílias com renda de até dez salários mínimos. "Estamos atentos a tudo o que está acontecendo e novas medidas serão tomadas caso haja uma avaliação de que sejam necessárias", disse o ministro da Fazenda, Guido Mantega, na última sexta-feira.

17:11
Anónimo disse...
Ex-ministro critica extensão do seguro-desemprego

Atualizada às 09h03

O ex-ministro do Trabalho Almir Pazzianotto criticou a decisão do governo federal de conceder o seguro-desemprego estendido a apenas alguns setores. "É certamente odioso e provavelmente inconstitucional", disse Pazzianotto, de acordo com o jornal O Estado de S. Paulo.

Na última qurta, dia do anúncio da medida, centrais sindicais elogiaram a atitude do governo. A Força Sindical divulgou nota dizendo que "o aumento ajudará a aquecer parte da economia, já que irá gerar mais consumo, produção e conseqüentemente, a criação de novos postos de trabalho". A União Geral dos Trabalhadores (UGT) afirmou que a medida "contribuirá para minimizar o drama dos trabalhadores que perderem seu emprego por conta da crise".

O ex-ministro, que instituiu o seguro-desemprego no País no governo de José Sarney, destacou a necessidade de as centrais sindicais se manifestarem contra a determinação. Para ele, as mudanças devem ser aplicadas a todas as categorias profissionais e a distinção é contrária ao artigo 3º da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT).

Pazzianotto atribui a medida a um possível temor do governo de que a crise econômica seja longa e não haja dinheiro para atender a todas as necessidades. Ainda assim, ele se mostra contrário ao método de concessão. "O seguro-desemprego ajuda a sanar necessidades básicas. Estendê-lo é paliativo, não a solução", disse ao jornal.

De acordo com o presidente do Conselho Deliberativo do Fundo de Amparo ao Trabalhador (Codefat) e conselheiro da Força Sindical, Luiz Fernando Emediato, a determinação já estava prevista na lei 8.900/94, que trata do seguro-desemprego.

O presidente da Comissão de Trabalho da Câmara, Pedro Fernandes (PTB-MA) vai além na crítica à concessão do seguro para apenas alguns setores. Ele acredita que a ampliação do benefício estimula o desemprego.

Quintino Severo, secretário geral da Central Única dos Trabalhadores (CUT), lembra que a ampliação do benefício sem critério e identificação pode incentivar demissões em outros setores.

17:13
Anónimo disse...
Empresas
TAM faz promoção para destinos internacionais

A companhia aérea TAM anunciou nesta sexta-feira tarifas promocionais para trechos internacionais. Os preços valem para bilhetes comprados entre 6h deste sábado e 23h59 deste domingo e são válidos para classe econômica. As tarifas, para ida e volta, serão vendidas a partir de US$ 99, mais taxas.

Segundo a aérea, a promoção vale para viagens feitas no período de 14 de fevereiro a 18 de junho de 2009. Para destinos na América do Sul, a permanência mínima é de dois dias; para bilhetes com destino nos Estados Unidos, cinco dias; e Europa, sete dias. A permanência máxima para as passagens para América do Sul e EUA é de dois meses e para Europa, três meses.

Entre os exemplos de tarifas promocionais, a TAM oferece São Paulo-Lima por US$ 99. Bilhetes para a rota São Paulo-Santiago serão vendidos a partir de US$ 199 e São Paulo-Nova York, US$ 799.

A emissão dos bilhetes deve ser feita obrigatoriamente no ato da reserva, obedecendo às regras estipuladas pela companhia. A compra está sujeita à disponibilidade de assentos nas classes tarifárias determinadas, trechos, horários e datas. A TAM afirmou que também há tarifas promocionais para a classe executiva.

Mais informações podem ser encontradas no site promocional (www.ofertastam.com.br), no site da empresa (www.tam.com.br) ou pelos telefones 4002-5700 ou 0800 5705700.

17:13
Anónimo disse...
Empresas
Consultoria negocia compra do parque temático Hopi Hari

A consultoria especializada em reestruturação de empresas Íntegra Associados informou nesta sexta-feira ter um acordo para comprar o parque de diversões Hopi Hari, localizado no interior de São Paulo. A empresa estaria disposta a investir R$ 10 milhões no parque, que tem dívida estimada em R$ 800 milhões. As informações são da edição deste sábado do jornal Folha de S. Paulo.

De acordo com o jornal, a transação ainda depende da negociação entre o Hopi Hari e seus credores, o que já estaria em andamento.

A consultoria paulista já atuou junto à Parmalat, durante 30 meses, quando reorganizou a gestão da empresa italiana.

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17:14
Anónimo disse...
Empresas
Disney de Tóquio contratará mais 2 mil apesar da crise


A Oriental Land, o operador da Disneylândia Tóquio e DisneySea, organizou neste domingo entrevistas para contratar cerca de 2 mil trabalhadores em tempo parcial, em um momento de grandes demissões deste tipo de empregados no Japão.

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O operador deste parque temático, situado em Urayasu, na província de Chiba (leste de Tóquio), está em pleno processo de seleção de empregados para 20 tipos de postos trabalhistas diferentes.

Segundo a companhia, citada pela agência local de notícias Kyodo, o parque contratará novos trabalhadores para as atrações, para os restaurantes e guardas de segurança entre outros. Os novos contratados começarão a trabalhar a partir de fevereiro.

O processo de seleção acontece em um momento em que a maioria das grandes companhias japonesas começaram a se ver obrigadas a despedir uma elevada percentagem de seus trabalhadores temporários e a tempo parcial.

Algumas inclusive anunciaram demissões de seus trabalhadores fixos, uma medida muito pouco comum nas companhias japonesas, perante os efeitos piores que o esperado pela crise econômica global.

Cerca de uma centena de pessoas esperavam desde a primeira hora desta manhã a abertura do centro de conferências Tokyo International Forum, onde as entrevistas estão sendo feitas, para ser os primeiros a solicitar os postos de trabalho.


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17:15
Anónimo disse...
Economia Internacional
Senado dos EUA aprova plano de estímulo à economia

O Senado dos Estados Unidos aprovou com 60 votos a favor e 38 contra o plano de estímulo à economia de US$ 787 bilhões na madrugada deste sábado. Agora, ele segue para sanção ou veto do presidente Barack Obama, que espera colocar a lei em prática até o dia 16 de fevereiro.

O plano prevê a criação de três milhões de empregos, inclui cortes de impostos às famílias, fundos para programas sociais e obras públicas, além de ajuda aos governos estaduais, estudantes e desempregados.

A cláusula Buy American - que exige o uso de ferro, aço e produtos manufaturados dos Estados Unidos em obras realizadas com recursos do pacote - ficou de lado. Segundo o texto definitivo, a cláusula será aplicada sem violar as normas do comércio internacional.

Ontem à tarde, a Câmara de Representantes (deputados) havia aprovado, por 246 votos a favor e 183 contra, a versão final do plano. Todos os republicanos foram contrários ao pacote.

Pelo acordo de quarta-feira entre Câmara e Senado, em vez de custar US$ 819 bilhões, como queriam os deputados, ou US$ 838 bilhões como pretendiam os senadores, o pacote ficou em cerca de US$ 787 bilhões, com 65% desse total destinado a gastos do governo federal e 35%, a créditos tributários.

17:16
Anónimo disse...
Economia nacional
Na era Lula, aposentadoria sobe 54% menos que salário mínimo

Thatiane Faria
Especial para o Terra
Direto de São Paulo

Os índices de reajustes concedidos pelo governo em 2009 para aposentados e pensionistas e para o salário mínimo repetiram uma diferença que, só durante o governo de Luiz Inácio Lula da Silva, já chega a 54%. Enquanto o mínimo foi majorado em 12% este ano, as pensões e aposentadorias tiveram aumento de 5,92%. Aposentados que têm o benefício do governo como única fonte de renda reclamam que perdem poder de compra e que sua cesta de compras é composta por itens que aumentam mais em relação à inflação oficial.

Um exemplo prático pode ser entendido a partir da comparação entre um aposentado que ganhava R$ 600 em janeiro de 2003. Na época, o benefício era três vezes, ou 200%, maior que o valor do mínimo em vigência, que era de R$ 200. Aplicando-se os índices de reajuste para aposentadorias e para o mínimo durante os últimos seis anos, o mesmo aposentado estaria recebendo hoje R$ 938,47, comparado a um salário mínimo de R$ 465. A diferença entre os dois valores caiu para pouco mais de 100%.

Enquanto o índice acumulado de reajuste para a aposentadoria durante o governo Lula foi de 60%, para o salário mínimo está em 132%.

O diretor do Sindicato Nacional dos Aposentados, João Inocentini, reclama que os valores dos benefícios para aposentadorias não mantêm o poder de compra do grupo, principalmente dos aposentados que recebem menos que dez salários mínimos.

Nem mesmo o fato de o índice de reajuste das aposentadorias ter ficado acima da inflação acumulada no mesmo período (o IPCA entre janeiro de 2003 e janeiro de 2009 foi de 39,7%) serve de argumento, segundo os aposentados.

"Os idosos, principalmente, têm gastos além das contas gerais como gás, telefone e aluguel. Para eles o custo com remédios, e outros itens da área saúde costuma ser maior", afirmou Inocentini.

O presidente do sindicato afirmou que o grupo realiza um estudo com 100 itens de necessidade de um idoso para comparar o aumento dos produtos com o índice de reajuste do benefício recebido pelos aposentados.

"Daqui dois meses vamos abrir um processo na Justiça e levar essa pesquisa como prova. Segundo a lei, o governo é obrigado a manter o poder de compra com a aposentadoria", disse Inocentini.

Alternativas
O consultor financeiro Cláudio Boriola diz que os aposentados, especialmente nesse momento de crise econômica, devem evitar compras parceladas, pesquisar preços, negociar e fazer bom planejamento financeiro.

Segundo Boriola, alguns aposentados ganham um valor mensal muitas vezes insuficiente para o pagamento das contas e acabam pedindo crédito ou realizando pagamentos a prazo e são obrigados a pagar juros altos.

Na opinião do consultor, pagar uma previdência privada é uma alternativa indicada para quem ainda trabalha, considerando a característica de perda de poder de compra da aposentadoria.

"Na prática, infelizmente os valores encontram-se em um patamar que está deteriorando o poder de aquisição da população brasileira", completou Boriola.

De acordo com o diretor da Confederação Brasileira de Aposentados e Pensionistas (Cobap), Vicente Fernandes Barbosa, representantes dos aposentados tentarão um encontro com o presidente da Câmara, deputado Michel Temer (PMDB-SP), para discutir projetos que minimizem a perda dos aposentados

17:17
Anónimo disse...
Previdência
Previdência prorroga isenção de tarifas no benefício

O atual sistema de pagamento aos 26 milhões de aposentados e pensionistas do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) será mantido até o final deste ano. O acordo, que permite realizar a operação sem nenhum custo aos beneficiários, foi renovado nesta sexta-feira, entre o governo federal e 21 instituições financeiras.

Por meio desse acordo, vigente desde setembro de 2007, nem os segurados, nem os bancos e nem o governo arcam com o pagamento de tarifas, conforme explicou o ministro da Previdência Social, José Pimentel. A prorrogação vale até dezembro, data máxima para que a Previdência defina as regras para um novo contrato.

Ao assinar o termo de renovação, na sede da Federação Brasileira dos Bancos (Febraban), o ministro disse que a intenção do governo é mudar o atual modelo de gestão visando a reduzir os custos dessas operações em torno da folha mensal, que atinge R$ 15,8 bilhões. No entanto, qualquer alteração, conforme explicou, passará antes por audiências públicas a serem realizadas a partir do segundo semestre deste ano, atendendo a determinação do Tribunal de Contas da União (TCU).

De acordo com Pimentel, com um redesenho do mecanismo de repasse dos recursos aos bancos em torno da folha de pagamento dos segurados o que se busca é um aumento da participação de instituições financeiras. Ele informou que, desde 2007, cada benefício custa em média R$ 1,07 ao governo. "Quanto mais instituições financeiras estiverem prestando serviços à sociedade, maior é a competitividade, a agilidade no atendimento", justificou.

O ministro observou, ainda, que, para permitir uma redução para algo em torno de meia hora no tempo de atendimento para a concessão dos direitos previdenciários, o governo investiu R$ 280 milhões.

Questionado sobre o descontentamento dos segurados que ganham acima de um salário mínimo terem obtido apenas a correção com base na variação do Índice de Preços ao Consumidor (INPC) , ficando abaixo do reajuste dado a quem recebe apenas o mínimo, Pimentel argumentou que o governo seguiu o que determina a lei e descartou a possibilidade de uma revisão

17:17
Anónimo disse...
Empresas
Caterpillar oferece aposentadoria antecipada a 2 mil


A companhia americana Caterpillar ofereceu a cerca de dois mil funcionários incentivos para que se aposentem de forma voluntária antes do previsto, pela perspectiva de uma queda "significativa" da atividade industrial, informou nesta quarta-feira a empresa.

A iniciativa, destinada aos trabalhadores de diversas fábricas em Illinois, Colorado, Tennessee e Pensilvânia, se soma aos cortes de empregos anunciados em janeiro, explicou em comunicado de imprensa.

A empresa, a maior fabricante mundial de maquinaria pesada para a construção e a mineração, acrescentou que, "em função das condições de negócio, podem ser necessárias mais reduções de elenco voluntárias e involuntárias à medida que o ano avança".

O vice-presidente da companhia, Sid Banwart, explicou que a empresa prevê "demissões significativas em todas as regiões geográficas e na maioria dos setores devido às dificuldades da economia mundial".

17:18
Anónimo disse...
Comércio
Comércio exterior da OCDE caiu no 3º trimestre de 2008


As exportações e as importações dos países da Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Econômico (OCDE) caíram 1,6% e 0,2%, respectivamente, no terceiro trimestre de 2008, em relação aos três meses anteriores.

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Trata-se da primeira queda destas atividades desde o terceiro trimestre de 2006, segundo o último relatório trimestral sobre fluxos comerciais divulgado pela OCDE.

As exportações e as importações em dólares dos 30 Estados-membros caíram 15,6% e 17%, respectivamente, na comparação anualizada.

Por sua vez, o comércio dos sete países mais ricos do mundo (G7) teve um pequeno crescimento no terceiro trimestre de 2008 com uma queda das exportações de mercadorias de 0,2% em relação ao trimestre anterior e um aumento de 0,4% das importações.

Em termos anualizados, as importações do G7 caíram 1,4% entre julho e setembro do ano passado, seu primeiro retrocesso desde o terceiro trimestre de 2006, enquanto as exportações aumentaram 1,9%, seu crescimento mais baixo no mesmo tempo.

Por países, a Alemanha aumentou suas importações em 3,4% - valor mais alto do G7 -, enquanto suas exportações caíram 2,9% do segundo para o terceiro trimestre de 2008.

Pelo contrário, as exportações americanas aumentaram 1,8% entre julho e setembro de 2008, enquanto as importações caíram 0,7% em relação ao trimestre anterior. No Japão, tanto as importações quanto as exportações caíram em torno de 1% no mesmo período.

17:19
Anónimo disse...
Economia Nacional
Lula: juros de crédito consignado a aposentados são altos

Atualizada às 17h29

O presidente Luis Inácio Lula da Silva afirmou nesta terça-feira, em São Paulo, que está lutando para reduzir as taxas de juros cobradas de aposentados em crédito consignado. A Previdência Social estabelece uma taxa máxima de 2,5% para empréstimo e de 3,5% para cartão. Para Lula, os valores são altos.

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"Acho que o juro que os aposentados estão pagando hoje com o crédito consignado é alto para o padrão brasileiro", disse o presidente durante a cerimônia de comemoração dos 86 anos do INSS.

A Previdência anunciou nesta terça-feira que aposentados e trabalhadoras com licença-maternidade poderão receber seus benefícios em 30 minutos. De acordo com Lula, em junho, a aposentadoria do trabalhador rural também será conseguida em meia hora.

Além disso, o presidente anunciou que, também em junho, os trabalhadores que alcançarem o direito à aposentadoria passarão a receber em suas casas um comunicado da Previdência informando o fato e o valor do salário que têm direito a receber. "É um comprometimento público que estou fazendo com os companheiros da Previdência Social", disse.

"Estamos retribuindo ao contribuinte da Previdência Social aquilo que é a cidadania que ele tem direito", afirmou Lula. "Se para cobrar nós somos tão precisos, para devolver o dinheiro, temos que chegar próximo à perfeição", completou.

17:20
Anónimo disse...
Economia Nacional
Salário maternidade sairá em 30 minutos, diz ministro

Toda trabalhadora autônoma que tiver contribuído pelo menos 10 meses com o Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) - ou as que possuírem carteira assinada - poderão receber em 30 minutos o salário maternidade a partir desta terça-feira. Da mesma forma, as mulheres com 30 anos de contribuição e os homens com 35 anos também terão direito ao benefício de forma mais rápida. A informação é do ministro da Previdência Social, José Pimentel.

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Para requerer o salário maternidade, é preciso que as autônomas levem a carteira de identidade e o carnê de contribuição. As demais trabalhadoras devem apresentar a identificação e a carteira de trabalho. Desde o início do mês, a nova forma de análise para a concessão de benefícios foi adotada para a aposentadoria por idade do trabalhador urbano e agora foi estendida para o salário maternidade e por tempo de contribuição.

O ministro disse que a qualificação do serviço da previdência social é o reconhecimento do direito dos trabalhadores e da afirmação da cidadania.

"Até pouco tempo na cabeça do cidadão o serviço devia ser de péssima qualidade. Agora não, nós modificamos toda a legislação no mês de dezembro numa ação conjunta do Congresso Nacional com o governo federal. Estamos implantando e concedendo os benefícios em até 30 minutos", afirmou.

O ministro destacou que para conseguir se aposentar ou ter acesso à licença maternidade em 30 minutos, em primeiro lugar, é necessário que o cidadão esteja vinculado à Previdência, o que inclui 65% da população acima de 16 anos de idade.

"Depois bastar marcar pelo sistema 135 o dia e a hora do atendimento e levar a documentação. Se todos os dados necessários estiverem corretos o contribuinte será atendido em até 30 minutos, como vem sendo feito com as aposentadorias por idade desde o dia cinco de janeiro", explicou.

Pimentel disse ainda que em 90% das agências da previdência social o atendimento é marcado em até 48 horas. Nos grandes centros, entretanto existe um volume maior o que torna mais lento o processo.

"Estamos criando mais 715 agências até 2010, em todo o território nacional, para descentralizar o atendimento. Em 2008, atendemos 295 mil benefícios e aposentadorias por idade. Temos 4 mil pessoas por dia procurando e se aposentando por idade no território nacional. Este serviço será agilizado", concluiu.
17:28
Anónimo disse...
Giuseppe Englaro, pai de Eluana, a italiana que morreu na segunda-feira passada por desidratação, recusou uma grande soma de dinheiro de um conhecido fotógrafo italiano que queria retratar a filha em estado de coma, disse neste sábado o neurologista que atendia a mulher desde 1996, Carlo Defanti.

O neurologista, que participou hoje de uma conferência sobre eutanásia, disse que Englaro respeitou a vontade da filha, que, antes do acidente, tinha pedido que, se lhe ocorresse qualquer coisa irreversível, apresentasse sua imagem de quando estava em boas condições.

Antes de sofrer o acidente de trânsito, em 1992, Eluana viveu o coma de um amigo, Alessandro, o que causou forte impacto na italiana e a levou a fazer o pai prometer que não a deixasse viver em estado vegetativo, disse o próprio Giuseppe Englaro.

Defanti, que dissera que Eluana poderia viver de dez a 12 dias depois da suspensão da alimentação e da hidratação, disse que, como médico, tinha que reprovar esta afirmação.

"Não se pode sobreviver após três ou quatro dias sem líquido e, em particular, água em um corpo. Sabemos bem que, quando há um terremoto, após quatro dias é difícil encontrar sobreviventes".

Defanti ressaltou que Eluana "não falava, não se comunicava com o exterior" e que, após vários exames, "nos deparamos com uma moça que tinha perdido a consciência", porque estava com o córtex cerebral prejudicado.

Eluana foi enterrada na quinta-feira passada no túmulo da família na localidade de Paluzza, em Udine, após um funeral que não contou com a presença dos pais.

16:53
Anónimo disse...
Os bombeiros combatem neste sábado os incêndios na Austrália favorecidos pelo bom tempo, enquanto os deslocados encotram em seu retorno casas derruídas, carros queimados nas ruas e destruição.

Depois de sete dias desde que começaram os incêndios no Estado de Victoria, a lista de mortos chega a 181, os desaparecidos somam 50, os edifícios destruídos totalizam 1,834 mil e o terreno arrasado, principalmente florestas, ocupa uma área de 4,13 mil quilômetros quadrados.

As equipes de bombeiros, formadas por 4 mil profissionais de Victoria, de outras partes da Austrália e de países amigos, combateram hoje 12 focos fora de controle e nenhum representava uma ameaça direta para a população.

O subdiretor do Serviço de Bombeiros, Geoff Conway, disse que este tempo favorável, que se prolongará durante o domingo, permite consolidar as linhas de contenção e avançar na extinção das chamas.

Cinzas apareceram arrastadas por ventos do nordeste sobre Melbourne, onde habitam 3,8 milhões de pessoas, e as autoridades alertaram aos cidadãos do risco para a saúde de idosos, crianças e pessoas com problemas respiratórios.

O número de pessoas deslocadas - a Cruz Vermelha chegou a receber 7 mil - começou a cair com a abertura de algumas localidades atingidas.

Os incêndios, alguns criminosos, começaram em 7 de fevereiro, quando a região sul da Austrália estava há duas semanas sob uma onda de calor sem precedentes.

Na sexta-feira passada, a polícia acusou uma pessoa de ter provocado o incêndio que atingiu a localidade de Churchill e matou 21 pessoas.

16:55
Anónimo disse...
A primeira chuva em seis dias reduziu a ameaça de incêndios no Estado de Victoria, ao sul da Austrália. As autoridades, porém, advertiram que ainda existem 12 focos, mas que nenhum deles ameaça áreas povoadas.

Mais de quatro mil bombeiros, mil provenientes de outras partes do país e de outras nações, trabalham contra o fogo. Cerca de 600 veículos e 28 helicópteros e pequenos aviões estão sendo usados.


Eles conseguiram construir linhas de contenção para evitar os incêndios de Yarra e Maroondah se juntassem. Também foram controlados os incêndios abertos de Yea e Murrindindi, que ameaçavam as comunidades de Connellys Creek, Crystal Creek, Scrubby Creek e Native Dog Creek.

O número de mortos chegou a 181, mas as autoridades acreditam que as vítimas devem passar de 200, já que ainda há muitos desaparecidos.

16:55
Anónimo disse...
Aqui nesta coluna, na semana passada, tive a oportunidade de comentar sobre a recente visita do professor brasileiro Pedrinho Guareschi à Austrália. Não dei, porém, os fatos, pois semana passada o assunto era outro.

Hoje, porém, vamos a eles.

No último dia 4 de fevereiro, aconteceu o Seminário "Paulo Freire: Education and Liberation", organizado pelo centro de estudos latino-americanos da Universidade Nacional da Austrália, ou ANU, como é mais conhecida por aqui.

A ANU, para quem não sabe, está entre as 20 melhores universidades do mundo! E tem sede aqui em Camberra, capital da Austrália.

Na abertura do evento, o professor John Minns, diretor do centro latino-americano, ao dar boas-vindas ao público presente, lembrou ser aquele o primeiro seminário exclusivamente dedicado a Paulo Freire na Austrália.

Em seguida, convidou Pedrinho Guareschi, palestrante principal do Seminário, a fazer sua apresentação.

A plateia pode então conhecer, pelas palavras de Pedrinho, um pouco da obra e da vida de Freire, esse brasileiro de fé e valor, que sempre acreditou na educação, sobretudo dos menos favorecidos, analfabetos, como força libertadora.

Como não podia deixar de ser, os conceitos e ideias revolucionários de Paulo Freire, expostos com clareza por Pedrinho, despertaram o interesse e a curiosidade de plateia. A qual, deve-se notar, era na maioria de estudantes, mas de várias nacionalidades, sobretudo australianos e asiáticos.

Na continuação do programa do seminário, que se estendeu por dois dias, outros professores fizeram palestras sobre temas ligados à obra de Paulo Freire.

Interessante, por exemplo, saber que a professora Anne Hickling-Hudson, jamaicana que mora na Austrália há muitos anos (é professora da ANU), conheceu e trabalhou com Freire num workshop educacional durante a revolução na Ilha de Granada, em 1980, antes da invasão dos Estados Unidos...

Ou, então, a palestra da Professora Gerda Roelvink, da Nova Zelândia, que participou do Fórum Social de Porto Alegre em 2005. E essa participação transformou-se em tema de doutorado.

No dia 10, terça-feira passada, o padre Pedrinho Guareschi voltou a falar ao público australiano em grande auditório localizado no belíssimo campus da ANU. Desta vez, sobre a Teologia da Libertação.

Depois da palestra, John Minns mostrou o filme mexicano "O Crime do Padre Amaro", no qual um dos personagens é um padre católico praticante da Teologia da Libertação.

Mais uma vez, foi grande o intersse da platéia, que pode aprender e conhecer um pouco como se desenvolveu aquele importante movimento católico na América Latina.

Fica, assim, ao Pedrinho, bem como a outros brasileiros estudiosos e de bom coração que saem pelo mundo a divulgar aspectos importantes da cultura brasileira, o respeito e a homenagem desta coluna. E... aquele abraço!

16:57
Anónimo disse...
Amanda Kitts perdeu o braço esquerdo em um acidente de automóvel acontecido três anos atrás, mas hoje em dia ela joga futebol americano com seu filho de 12 anos de idade, troca fraldas e abraça as crianças nas três creches Kiddie Cottage que opera em Knoxville, Tennessee. Kitts, 40 anos, faz tudo isso com a ajuda de um novo tipo de braço artificial que se movimenta com mais facilidade do que outros aparelhos e que ela pode controlar utilizando apenas seus pensamentos.

"Eu sou capaz de mexer a mão, o pulso e o cotovelo ao mesmo tempo", diz. "Você pensa e os músculos se movem em seguida".

A recuperação que ela conseguiu resulta de um novo procedimento que vem atraindo crescente atenção porque permite que pessoas movam braços protéticos de forma mais automática do que faziam no passado, simplesmente utilizando nervos reaproveitados em seus cérebros.

A técnica, conhecida como "renervação muscular dirigida", envolve utilizar os nervos que restam depois da amputação de um braço e conectá-los a outro músculo do corpo, em geral no peito. Eletrodos são instalados sobre os músculos do peito, e operam como se fossem antenas. Quando a pessoa deseja mover o braço, o cérebro envia sinais que primeiro resultam em contração dos músculos do peito, os quais enviam um sinal ao braço protético, instruindo-se a se movimentar. O processo não requer mais esforços consciente do que a pessoa teria de exercitar caso ainda tivesse seu braço natural.

Na terça-feira, pesquisadores reportaram em estudo publicado pela versão online do Journal of the American Medical Association que haviam levado a técnica ainda mais à frente, tornando possível a execução de 10 movimentos de mão, pulso e cotovelo diferentes, o que representa uma substancial melhora com relação ao típico repertório protético, que em geral envolve apenas dobrar o cotovelo, girar o pulso e abrir a mão.

"Os novos métodos tiveram impacto dramático em nosso campo de trabalho", disse Stuart Harshbarger, engenheiro biomédico na Universidade Johns Hopkins e diretor do programa de pesquisa sobre próteses, financiado pelas forças armadas, que inclui o trabalho com essa técnica. "O método já está em uso por médicos e cirurgiões comuns em todo o país. A capacidade de controlar um membro protético bastante robusto que ele confere surpreendeu a todos pela qualidade".

Tipicamente, uma pessoa que tenha um braço protético só é capaz de executar alguns poucos movimentos, e muitas vezes com tamanha lentidão que isso só permite a ela atividades limitadas.

Há um motor separado para cada movimento, diz Gerald Loeb, professor de engenharia biomédica na Universidade do Sul da Califórnia, "e esses motores precisam ser controlados de maneira explícita", usualmente por um esforço consciente da pessoa para contrair músculos nas costas ou no bíceps.

"Essencialmente, até agora os pacientes controlavam apenas um motor de cada vez", diz Loeb, "e precisavam pensar cuidadosamente sobre que motor desejavam controlar e como fazê-lo operar, em lugar de simplesmente pensarem em mover o braço e poderem fazê-lo sem delongas".

Antes que Kitts passasse pelo procedimento de renervação, em outubro de 2007, por exemplo, ela precisava movimentar os músculos de suas costas de determinada maneira para fazer com que seu pulso girasse, e flexionar seu bíceps e tríceps para fazer com que o cotovelo se movesse para cima e para baixo. "Era muito trabalho", ela conta. "E não me ajudava muito".

O procedimento de renervação é parte de uma recente explosão de idéias novas e técnicas inovadoras que estão sendo exploradas enquanto os cientistas se esforçam por ajudar as pessoas a compensar melhor a perda de membros ou problemas de paralisia. O esforço vem sendo alimentado pelo aumento no número de amputações causado por diabetes e por ferimentos sofridos pelos militares, e ao mesmo tempo pelos avanços na tecnologia médica.

Os braços se tornaram um dos focos essenciais desse tipo de trabalho. A ciência há muito vem obtendo sucessos no desenvolvimento de próteses de perna, mas é muito mais difícil imitar a complexidade e a destreza das mãos e dos braços.

Os esforços em curso incluem o desenvolvimento de projetos de pele e braços mais sensíveis e mais flexíveis, e o uso de dispositivos acionados por controles sem fio implantado nos braços protéticos, que permitiriam movimentos mais naturais.

Os pesquisadores também vêm usando sensores implantados nos cérebros de cobaias para permitir que dois macacos controlem um braço mecânico, e um teste com um homem paralítico permitiu, com esse método, que ele movimentasse um cursor em uma tela de computador.

Alguns desses métodos, caso venham a ser aperfeiçoados plenamente e consigam aprovação das autoridades regulatórias da saúde, podem no futuro se tornar mais viáveis para os pacientes de amputações.

E embora a técnica da renervação não requeira aprovação das autoridades regulatórias porque é executada por meios cirúrgicos e emprega aparelhos já existentes, ela apresenta limitações que até mesmo seus criadores reconhecem, entre as quais o fato de que não se pode utilizá-la para todos os pacientes, o seu alto custo e o prazo de meses requerido para que os nervos reconectados cresçam e se tornem efetivos.

Ainda assim, os especialistas dizem que é o mais avançado sistema em uso hoje para pacientes reais que permite que o sistema nervoso controle diretamente o movimento de um braço artificial.

Desde sua introdução por Todd Kuiken, médico fisioterapeuta e engenheiro biomédico do Instituto de Reabilitação de Chicago, o método foi empregado em cerca de 30 pacientes nos Estados Unidos, Canadá e Europa, entre os quais oito soldados feridos no Iraque e no Afeganistão.

Muitos dos pacientes, entre os quais o primeiro, Jesse Sullivan, um operário do setor elétrico no Tennessee que perdeu os dois braços quando foi eletrocutado por um cabo, conseguem não apenas manipular seus braços protéticos mas sentir a presença das mãos que já não têm quando alguém toca em seus peitos.

Sullivan, 62 anos, e Kitts, estavam entre os cinco pacientes que participaram do estudo reportado na terça-feira. Em companhia de cinco outras pessoas que não passaram por amputações, eles receberam os eletrodos e foram instruídos a usar pensamentos para fazer com que um braço virtual na tela reproduzisse 10 movimentos diferentes, entre os quais três formas diferentes de aperto de mão.

Os pacientes apresentaram desempenho bastante respeitável, apenas um pouco mais lento e menos preciso do que os dos participantes que não tinham amputações.

"As velocidades de movimento que encontramos em nossos pacientes foram realmente encorajadoras", disse Kuiken. "Eles conseguiram completar a tarefa. É claro que não foram tão competentes quanto as pessoas dotadas de plena capacidade física, mas foram bons o bastante".

Um braço virtual foi usado porque a maioria das próteses existentes não era capaz de acomodar todos aqueles movimentos, no momento da pesquisa, ainda que Sullivan, Kitts e uma terceira paciente, Claudia Mitchell, tenham experimentado dois novos protótipos mais versáteis de braços artificiais, executando tarefas complexas com bolas de tênis e outros objetos.

O trabalho de renervação em soldados apresenta outros desafios, diz Kuiken, porque os ferimentos militares muitas vezes "causam danos muitos extensos" a nervos, músculos ou ossos.

Daniel Acosta, 25 anos, um aviador ferido pela detonação de uma bomba em uma estrada do Iraque em 2005, passou pelo procedimento no ano passado e diz que seu braço esquerdo protético agora se movimenta "muito mais rápido" e de maneira muito mais natural.

"A diferença é que agora não preciso mais pensar para mover o braço", ele diz. "Ele simplesmente se mexe".

Ainda assim, Acosta, de San Antonio, diz que "o processo foi bastante longo" e que os eletrodos precisam ser ajustados para receber os sinais à medida que os nervos crescem ou mudam de posição.

E embora elogiem o método, os especialistas afirmam que a ciência das próteses de braço ainda tem muito por avançar.

"Trata-se de uma parte crucial, mas ainda assim apenas uma parte, das muitas coisas que compreendem a função normal de um braço", disse Loeb, que escreveu um editorial que acompanha o artigo no Journal of the American Medical Association.

"No momento estamos a meio do caminho entre o braço de 'Dr. Fantástico', que fazia involuntariamente a saudação nazista, e o braço de Luke Skywalker em 'Guerra nas Estrelas', que funciona sem nenhum problema assim que é conectado. Creio que precisaremos ainda de muitos anos para conectar todas as peças necessárias a produzir um braço capaz de funcionar normalmente".

17:04
Anónimo disse...
A Espanha disse neste sábado que está preparando uma reclamação oficial contra a decisão da Venezuela de expulsar um membro do Parlamento Europeu que criticou o conselho eleitoral venezuelano.
Luis Herrero, membro do partido conservador espanhol PP, foi deportado na sexta-feira depois que o Conselho Nacional Eleitoral (CNE) o acusou de questionar a imparcialidade da instituição antes de um referendo que pode permitir ao presidente Hugo Chávez permanecer no cargo indefinidamente.

Herrero estava na Venezuela como observador do referendo. Ele acusou Chávez de ter "comportamentos típicos de um ditador" por pedir a contenção de manifestações da oposição.

O governo da Espanha convocou um encontro com o embaixador da Venezuela em Madri para expressar a desaprovação sobre a expulsão de Herrero, disse um representante do Ministério das Relações Exteriores espanhol.

As relações da Venezuela com a Espanha tiveram seu ponto crítico em 2007, quando Chávez ameaçou rever acordos diplomáticos e comerciais depois de ouvir um "cala a boca" do rei espanhol Juan Carlos durante uma cúpula.

A fenda foi oficialmente reparada em 2008, com uma visita oficial de Chávez à Espanha, onde ele cumprimentou o rei e discutiu acordos para investimento no setor petroquímico com o primeiro-ministro José Luis Rodriguez Zapatero.

17:06
Anónimo disse...
A polícia do Zimbábue anunciou neste sábado que acusa de traição Roy Bennett, dirigente do até agora opositor Movimento para a Mudança Democrática (MDC), detido na sexta-feira, em Harare, poucas horas antes da cerimônia de posse dos membros do novo gabinete.

"A Polícia nos informou que vão apresentar acusações de traição", disse à agência EFE o advogado de defesa de Bennett, Trust Maanda.

"Tentam relacionar Roy com o caso de Mike Hitschmann, que foi detido em 2006 em relação à descoberta de um carregamento de armas, apesar de que Hitschmann não tenha sido declarado culpado das acusações de traição apresentadas contra ele, mas de um crime menor de descumprimento de leis", disse Maanda.

O político opositor, designado por seu partido como vice-ministro de Agricultura no Governo de união nacional, esteve no exílio na vizinha África do Sul desde 2006 e retornou ao Zimbábue há duas semanas.

Segundo a Polícia, que deteve Bennett ontem no aeroporto de Harare quando pretendia ir à África do Sul para visitar sua família, as armas apreendidas em 2006 seriam utilizadas em um golpe de Estado para derrubar o presidente do Zimbábue, Robert Mugabe.

Depois da detenção, Bennet foi levado a Mutar, onde vários simpatizantes do MDC se concentraram em frente à delegacia na qual estava detido, diante do que a Polícia respondeu com tiros para o alto para dispersar os manifestantes.

17:07
Anónimo disse...
Austrália: 14 mil se candidatam a 'emprego dos sonhos'

A secretaria de Turismo de Queensland, na Austrália, informou que até esta segunda-feira já recebeu cerca de 14 mil inscrições para o "o melhor emprego do mundo". O Estado australiano promove pela internet seleção para vaga de "zelador" da ilha Hamilton, por seis meses com um salário de R$ 40 mil.

Muitos candidatos tiveram problemas durante a inscrição por conta dos acessos simultâneos ao site. A secretaria aconselha enviar os vídeos de 60s explicando porque deve ser escolhido em horários alternativos do dia, além de recomendar tamanho em torno de 40MB.

As inscrições começaram em 12 de janeiro e vão até o próximo dia 22 e podem ser feitas pelo site www.islandreefjob.com. O governo australiano escolherá 50 candidatos para a próxima fase da seleção, que terá votos do público para eleger um dos 11 finalistas.

A última fase terá entrevistas e desafios físicos, no próprio local de trabalho: as ilhas da Grande Barreira Coralina - o maior recife de coral do mundo. A secretaria de Turismo anunciará o vencedor no dia 6 de maio.

17:09
Anónimo disse...
Mercado elogia governo na crise, mas pede maior queda no juro

Peter Fussy
Direto de São Paulo

Desde as primeiras medidas anunciadas para combater os efeitos da crise, o governo brasileiro avisou que a estratégia não contemplaria um pacote. Seriam doses pontuais, de acordo com a necessidade da economia diante do agravamento das turbulências. Da primeira liberação dos depósitos compulsórios em setembro até a ampliação do seguro-desemprego na última quarta-feira, o governo passou por redução de impostos, ampliação de crédito e incentivos à exportação. Quase 150 dias após a primeira medida, o Terra conversou com líderes do setor público e privado, representantes dos trabalhadores, acadêmicos e com o próprio governo para saber quais destas ações foram mais eficazes, quais foram mais ineficientes e o que mais pode ser feito pelo Estado brasileiro contra a crise.

Os maiores elogios foram direcionados à atitude de reduzir o Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) para a indústria automobilística, anunciada em dezembro e que fez com que os emplacamentos de carros novos subissem 1,9% no primeiro mês do ano em relação a dezembro de 2008. Já as maiores críticas foram para a lentidão no corte da taxa básica de juro do País.

Para o presidente do conselho administrativo do Grupo Pão de Açúcar, Abílio Diniz, o Estado não é responsável pela crise e mesmo assim está agindo "com extrema serenidade e muito acerto". "O governo está atento, fazendo a sua parte. É preciso coragem de baixar firmemente a taxa de juros. É uma arma que temos a nosso favor, já que não há clima para inflação, nem possibilidade de danos para a macroeconomia", afirmou Diniz.

Na última reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), em janeiro, a taxa Selic foi reduzida em um ponto percentual, de 13,75% para 12,75% ao ano. Porém, o professor de economia da Universidade de Brasília (UnB) José Luiz Oreiro lembra que este corte representa uma redução de apenas 0,25 ponto percentual com relação à taxa de setembro do ano passado, quando a crise se agravou.

"Pouco antes da eclosão da crise, o Banco Central aumentou a taxa em 0,75 ponto. Foram cinco meses de demora para reduzir em termos líquidos apenas 0,25 ponto", afirmou o economista, que também sugeriu redução do intervalo de cerca de 90 dias entre as reuniões do Copom e o corte de pelo menos um 1 ponto percentual em cada reunião.

Mesmo com o corte de janeiro, a taxa de juros real continua sendo a maior do mundo, lembrou o secretário-geral da Força Sindical, João Carlos Gonçalves, o Juruna. "A redução da taxa de juro ainda é pequena, porque ela continua uma das mais altas do mundo. Falta ousadia para baixar os juros e ajudar o cidadão. A permanência da taxa de juro alta é negativa para o País em meio a crise", afirmou Juruna.

Embora aprove as ações do governo, o senador Aloízio Mercadante (PT-SP) também acredita que o patamar da Selic está muito alto. "Sempre fomos os primeiros a entrar em qualquer crise, o que não aconteceu agora. A taxa Selic ainda é muito alta, mas o governo têm tomado medidas acertadas, como o aumento do salário mínimo, mesmo com um cenário de crise. Isso ajuda a movimentar o consumo. O governo está se esforçando para manter os investimentos e o crescimento", disse.

Tributos
De acordo com o economista Fabio Pina, da Fecomercio-SP, as ações mais positivas estão relacionadas à redução de tributos para alguns segmentos, como a indústria automobilística, que recuperou parte da queda nas vendas em janeiro com a isenção do IPI para carros 1.0 l e o corte para demais motorizações. A medida vale até o final de março.

"Essas medidas não só reduziram o preço, mas anteciparam o consumo daqueles que iriam comprar no futuro, dando um prêmio por conta da insegurança. Mexe diretamente com o principal problema que é a confiança do consumidor", afirmou. Juruna destacou que um bom ritmo de vendas é garantia de emprego. "É importante porque cada emprego na montadora significa 19 na cadeia produtiva", comentou o representante da Força Sindical.

Também em dezembro, o governo decidiu cortar pela metade a alíquota do Imposto de Renda para contribuintes que ganham entre R$ 1.434 e R$ 2.150 mensais. "O salário aumentava e a tabela não se modificava. As pessoas ganhavam mais e pagavam mais impostos", apontou Juruna. Outra redução de tributos do governo foi com relação ao Imposto sobre Operações Financeiras (IOF), que caiu de 3% ao ano para 1,5%.

Crédito
Na segunda metade de 2008, o colapso de bancos nos Estados Unidos por conta da crise do subprime provocou uma forte restrição de crédito no mundo inteiro. Uma das primeiras medidas anticrise do governo teve como objetivo restabelecer a oferta, com mudanças no recolhimento dos depósitos compulsórios por parte dos bancos. Segundo o presidente do Banco Central, Henrique Meirelles, as diversas modificações liberaram US$ 99,2 bilhões aos bancos até o final de janeiro.

Além disso, o governo concedeu R$ 36 bilhões das reservas internacionais para empresas brasileiras com dívidas no exterior e uma medida provisória autorizou o Banco do Brasil e a Caixa Econômica Federal a comprar carteiras de crédito de bancos privados. Para o diretor do Departamento de Pesquisas e Estudos Econômicos da Fiesp, Paulo Francini, estas medidas foram essenciais para combater os efeitos da crise.

"A crise se desenvolve no mundo em torno do tema crédito. E o crédito reduziu-se barbaridade no mundo. Então o governo lança mão de compulsório, lança mão de reservas, de medidas que permitem aos bancos comprar carteiras de bancos. Você vai tomando várias medidas para atender às demandas e o epicentro disso é crédito", afirmou.

No entanto, Oreiro, da UnB, adverte que a liberação dos compulsórios seria mais eficiente acompanhada de redução mais agressiva da taxa básica de juro. "Uma parte do crédito voltou, depois da forte retração em outubro e novembro. O que deveria ter sido feito junto à liberação do compulsório era uma redução mais drástica da taxa de juro. Sem isso, os bancos pegam as reservas e acabam comprando títulos públicos", explicou o economista.

Na opinião de Pina, as ações de distribuição de crédito via redução do compulsório e a disposição de capital de giro para empresas foram tomadas sem um cuidado maior na operação e não tiveram muito efeito. "O BNDES tem linhas que ficam paradas quase todo o ano, agora é pior ainda. Existem os recursos, mas as empresas e os bancos estão desconfiados. É preciso fazer com que os bancos tenham interesse em emprestar", afirmou o economista da Fecomercio-SP.

Futuro
Mesmo com todas essas medidas, a crise financeira ainda gera incertezas nos setores produtivos do País. Nos últimos meses, o medo do desemprego fez os consumidores adiarem compras. Por sua vez, a queda nas vendas pode obrigar as indústrias a cortarem a produção e demitir funcionários. Contra isso, empresários sugerem redução de jornada e de salários.

"Isto está previsto em lei. A Fiesp simplesmente manteve conversações com entidades sindicais quanto à aplicação daquilo que já está previsto em lei", afirmou Francini.

Segundo a ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff, uma das medidas que assegura um nível de emprego é a manutenção de investimentos no Programa de Aceleração do Crescimento (PAC). "Estamos esperando que a dificuldade ocorra em janeiro, fevereiro e março. Estamos certos que vamos manter o nível de investimento. É isso que funciona, é isso que significa investimento público. Ele funciona como um colchão. Por isso, nós colocamos R$ 100 bilhões no BNDES e a Petrobras ampliou o seu investimento em R$ 120 bilhões", afirmou.

Na mesma linha, Pina explica que a antecipação de gastos do governo substitui parte da demanda retraída do setor privado. "Ele dá o seguinte recado: não vou estourar as contas públicas, mas concentrar em um momento em que a demanda privada está pequena. Mas o governo não tem fôlego suficiente para fazer o papel de toda demanda", ressaltou. O economista da Fecomercio lembrou que a entidade já pleiteou junto ao governo isenções para transferência de imóveis e de automóveis, além de retirar o IPVA para veículos novos.

Já Oreiro foca suas propostas na capitalização do Banco do Brasil e da Caixa Econômica Federal pelo Tesouro para atender a demanda de crédito para capital de giro e reduzir o spread. "Aumentando o empréstimo e reduzindo as taxas, os dois vão forçar os bancos privados a acompanhar o movimento, até para não perderem participação no mercado", explicou o economista da UnB.

Até o Carnaval, o governou prometeu detalhar um pacote de incentivos para a construção de até um milhão de casas populares, direcionado a famílias com renda de até dez salários mínimos. "Estamos atentos a tudo o que está acontecendo e novas medidas serão tomadas caso haja uma avaliação de que sejam necessárias", disse o ministro da Fazenda, Guido Mantega, na última sexta-feira.

17:11
Anónimo disse...
Ex-ministro critica extensão do seguro-desemprego

Atualizada às 09h03

O ex-ministro do Trabalho Almir Pazzianotto criticou a decisão do governo federal de conceder o seguro-desemprego estendido a apenas alguns setores. "É certamente odioso e provavelmente inconstitucional", disse Pazzianotto, de acordo com o jornal O Estado de S. Paulo.

Na última qurta, dia do anúncio da medida, centrais sindicais elogiaram a atitude do governo. A Força Sindical divulgou nota dizendo que "o aumento ajudará a aquecer parte da economia, já que irá gerar mais consumo, produção e conseqüentemente, a criação de novos postos de trabalho". A União Geral dos Trabalhadores (UGT) afirmou que a medida "contribuirá para minimizar o drama dos trabalhadores que perderem seu emprego por conta da crise".

O ex-ministro, que instituiu o seguro-desemprego no País no governo de José Sarney, destacou a necessidade de as centrais sindicais se manifestarem contra a determinação. Para ele, as mudanças devem ser aplicadas a todas as categorias profissionais e a distinção é contrária ao artigo 3º da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT).

Pazzianotto atribui a medida a um possível temor do governo de que a crise econômica seja longa e não haja dinheiro para atender a todas as necessidades. Ainda assim, ele se mostra contrário ao método de concessão. "O seguro-desemprego ajuda a sanar necessidades básicas. Estendê-lo é paliativo, não a solução", disse ao jornal.

De acordo com o presidente do Conselho Deliberativo do Fundo de Amparo ao Trabalhador (Codefat) e conselheiro da Força Sindical, Luiz Fernando Emediato, a determinação já estava prevista na lei 8.900/94, que trata do seguro-desemprego.

O presidente da Comissão de Trabalho da Câmara, Pedro Fernandes (PTB-MA) vai além na crítica à concessão do seguro para apenas alguns setores. Ele acredita que a ampliação do benefício estimula o desemprego.

Quintino Severo, secretário geral da Central Única dos Trabalhadores (CUT), lembra que a ampliação do benefício sem critério e identificação pode incentivar demissões em outros setores.

17:13
Anónimo disse...
Empresas
TAM faz promoção para destinos internacionais

A companhia aérea TAM anunciou nesta sexta-feira tarifas promocionais para trechos internacionais. Os preços valem para bilhetes comprados entre 6h deste sábado e 23h59 deste domingo e são válidos para classe econômica. As tarifas, para ida e volta, serão vendidas a partir de US$ 99, mais taxas.

Segundo a aérea, a promoção vale para viagens feitas no período de 14 de fevereiro a 18 de junho de 2009. Para destinos na América do Sul, a permanência mínima é de dois dias; para bilhetes com destino nos Estados Unidos, cinco dias; e Europa, sete dias. A permanência máxima para as passagens para América do Sul e EUA é de dois meses e para Europa, três meses.

Entre os exemplos de tarifas promocionais, a TAM oferece São Paulo-Lima por US$ 99. Bilhetes para a rota São Paulo-Santiago serão vendidos a partir de US$ 199 e São Paulo-Nova York, US$ 799.

A emissão dos bilhetes deve ser feita obrigatoriamente no ato da reserva, obedecendo às regras estipuladas pela companhia. A compra está sujeita à disponibilidade de assentos nas classes tarifárias determinadas, trechos, horários e datas. A TAM afirmou que também há tarifas promocionais para a classe executiva.

Mais informações podem ser encontradas no site promocional (www.ofertastam.com.br), no site da empresa (www.tam.com.br) ou pelos telefones 4002-5700 ou 0800 5705700.

17:13
Anónimo disse...
Empresas
Consultoria negocia compra do parque temático Hopi Hari

A consultoria especializada em reestruturação de empresas Íntegra Associados informou nesta sexta-feira ter um acordo para comprar o parque de diversões Hopi Hari, localizado no interior de São Paulo. A empresa estaria disposta a investir R$ 10 milhões no parque, que tem dívida estimada em R$ 800 milhões. As informações são da edição deste sábado do jornal Folha de S. Paulo.

De acordo com o jornal, a transação ainda depende da negociação entre o Hopi Hari e seus credores, o que já estaria em andamento.

A consultoria paulista já atuou junto à Parmalat, durante 30 meses, quando reorganizou a gestão da empresa italiana.

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17:14
Anónimo disse...
Empresas
Disney de Tóquio contratará mais 2 mil apesar da crise


A Oriental Land, o operador da Disneylândia Tóquio e DisneySea, organizou neste domingo entrevistas para contratar cerca de 2 mil trabalhadores em tempo parcial, em um momento de grandes demissões deste tipo de empregados no Japão.

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O operador deste parque temático, situado em Urayasu, na província de Chiba (leste de Tóquio), está em pleno processo de seleção de empregados para 20 tipos de postos trabalhistas diferentes.

Segundo a companhia, citada pela agência local de notícias Kyodo, o parque contratará novos trabalhadores para as atrações, para os restaurantes e guardas de segurança entre outros. Os novos contratados começarão a trabalhar a partir de fevereiro.

O processo de seleção acontece em um momento em que a maioria das grandes companhias japonesas começaram a se ver obrigadas a despedir uma elevada percentagem de seus trabalhadores temporários e a tempo parcial.

Algumas inclusive anunciaram demissões de seus trabalhadores fixos, uma medida muito pouco comum nas companhias japonesas, perante os efeitos piores que o esperado pela crise econômica global.

Cerca de uma centena de pessoas esperavam desde a primeira hora desta manhã a abertura do centro de conferências Tokyo International Forum, onde as entrevistas estão sendo feitas, para ser os primeiros a solicitar os postos de trabalho.


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17:15
Anónimo disse...
Economia Internacional
Senado dos EUA aprova plano de estímulo à economia

O Senado dos Estados Unidos aprovou com 60 votos a favor e 38 contra o plano de estímulo à economia de US$ 787 bilhões na madrugada deste sábado. Agora, ele segue para sanção ou veto do presidente Barack Obama, que espera colocar a lei em prática até o dia 16 de fevereiro.

O plano prevê a criação de três milhões de empregos, inclui cortes de impostos às famílias, fundos para programas sociais e obras públicas, além de ajuda aos governos estaduais, estudantes e desempregados.

A cláusula Buy American - que exige o uso de ferro, aço e produtos manufaturados dos Estados Unidos em obras realizadas com recursos do pacote - ficou de lado. Segundo o texto definitivo, a cláusula será aplicada sem violar as normas do comércio internacional.

Ontem à tarde, a Câmara de Representantes (deputados) havia aprovado, por 246 votos a favor e 183 contra, a versão final do plano. Todos os republicanos foram contrários ao pacote.

Pelo acordo de quarta-feira entre Câmara e Senado, em vez de custar US$ 819 bilhões, como queriam os deputados, ou US$ 838 bilhões como pretendiam os senadores, o pacote ficou em cerca de US$ 787 bilhões, com 65% desse total destinado a gastos do governo federal e 35%, a créditos tributários.

17:16
Anónimo disse...
Economia nacional
Na era Lula, aposentadoria sobe 54% menos que salário mínimo

Thatiane Faria
Especial para o Terra
Direto de São Paulo

Os índices de reajustes concedidos pelo governo em 2009 para aposentados e pensionistas e para o salário mínimo repetiram uma diferença que, só durante o governo de Luiz Inácio Lula da Silva, já chega a 54%. Enquanto o mínimo foi majorado em 12% este ano, as pensões e aposentadorias tiveram aumento de 5,92%. Aposentados que têm o benefício do governo como única fonte de renda reclamam que perdem poder de compra e que sua cesta de compras é composta por itens que aumentam mais em relação à inflação oficial.

Um exemplo prático pode ser entendido a partir da comparação entre um aposentado que ganhava R$ 600 em janeiro de 2003. Na época, o benefício era três vezes, ou 200%, maior que o valor do mínimo em vigência, que era de R$ 200. Aplicando-se os índices de reajuste para aposentadorias e para o mínimo durante os últimos seis anos, o mesmo aposentado estaria recebendo hoje R$ 938,47, comparado a um salário mínimo de R$ 465. A diferença entre os dois valores caiu para pouco mais de 100%.

Enquanto o índice acumulado de reajuste para a aposentadoria durante o governo Lula foi de 60%, para o salário mínimo está em 132%.

O diretor do Sindicato Nacional dos Aposentados, João Inocentini, reclama que os valores dos benefícios para aposentadorias não mantêm o poder de compra do grupo, principalmente dos aposentados que recebem menos que dez salários mínimos.

Nem mesmo o fato de o índice de reajuste das aposentadorias ter ficado acima da inflação acumulada no mesmo período (o IPCA entre janeiro de 2003 e janeiro de 2009 foi de 39,7%) serve de argumento, segundo os aposentados.

"Os idosos, principalmente, têm gastos além das contas gerais como gás, telefone e aluguel. Para eles o custo com remédios, e outros itens da área saúde costuma ser maior", afirmou Inocentini.

O presidente do sindicato afirmou que o grupo realiza um estudo com 100 itens de necessidade de um idoso para comparar o aumento dos produtos com o índice de reajuste do benefício recebido pelos aposentados.

"Daqui dois meses vamos abrir um processo na Justiça e levar essa pesquisa como prova. Segundo a lei, o governo é obrigado a manter o poder de compra com a aposentadoria", disse Inocentini.

Alternativas
O consultor financeiro Cláudio Boriola diz que os aposentados, especialmente nesse momento de crise econômica, devem evitar compras parceladas, pesquisar preços, negociar e fazer bom planejamento financeiro.

Segundo Boriola, alguns aposentados ganham um valor mensal muitas vezes insuficiente para o pagamento das contas e acabam pedindo crédito ou realizando pagamentos a prazo e são obrigados a pagar juros altos.

Na opinião do consultor, pagar uma previdência privada é uma alternativa indicada para quem ainda trabalha, considerando a característica de perda de poder de compra da aposentadoria.

"Na prática, infelizmente os valores encontram-se em um patamar que está deteriorando o poder de aquisição da população brasileira", completou Boriola.

De acordo com o diretor da Confederação Brasileira de Aposentados e Pensionistas (Cobap), Vicente Fernandes Barbosa, representantes dos aposentados tentarão um encontro com o presidente da Câmara, deputado Michel Temer (PMDB-SP), para discutir projetos que minimizem a perda dos aposentados

17:17
Anónimo disse...
Previdência
Previdência prorroga isenção de tarifas no benefício

O atual sistema de pagamento aos 26 milhões de aposentados e pensionistas do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) será mantido até o final deste ano. O acordo, que permite realizar a operação sem nenhum custo aos beneficiários, foi renovado nesta sexta-feira, entre o governo federal e 21 instituições financeiras.

Por meio desse acordo, vigente desde setembro de 2007, nem os segurados, nem os bancos e nem o governo arcam com o pagamento de tarifas, conforme explicou o ministro da Previdência Social, José Pimentel. A prorrogação vale até dezembro, data máxima para que a Previdência defina as regras para um novo contrato.

Ao assinar o termo de renovação, na sede da Federação Brasileira dos Bancos (Febraban), o ministro disse que a intenção do governo é mudar o atual modelo de gestão visando a reduzir os custos dessas operações em torno da folha mensal, que atinge R$ 15,8 bilhões. No entanto, qualquer alteração, conforme explicou, passará antes por audiências públicas a serem realizadas a partir do segundo semestre deste ano, atendendo a determinação do Tribunal de Contas da União (TCU).

De acordo com Pimentel, com um redesenho do mecanismo de repasse dos recursos aos bancos em torno da folha de pagamento dos segurados o que se busca é um aumento da participação de instituições financeiras. Ele informou que, desde 2007, cada benefício custa em média R$ 1,07 ao governo. "Quanto mais instituições financeiras estiverem prestando serviços à sociedade, maior é a competitividade, a agilidade no atendimento", justificou.

O ministro observou, ainda, que, para permitir uma redução para algo em torno de meia hora no tempo de atendimento para a concessão dos direitos previdenciários, o governo investiu R$ 280 milhões.

Questionado sobre o descontentamento dos segurados que ganham acima de um salário mínimo terem obtido apenas a correção com base na variação do Índice de Preços ao Consumidor (INPC) , ficando abaixo do reajuste dado a quem recebe apenas o mínimo, Pimentel argumentou que o governo seguiu o que determina a lei e descartou a possibilidade de uma revisão

17:17
Anónimo disse...
Empresas
Caterpillar oferece aposentadoria antecipada a 2 mil


A companhia americana Caterpillar ofereceu a cerca de dois mil funcionários incentivos para que se aposentem de forma voluntária antes do previsto, pela perspectiva de uma queda "significativa" da atividade industrial, informou nesta quarta-feira a empresa.

A iniciativa, destinada aos trabalhadores de diversas fábricas em Illinois, Colorado, Tennessee e Pensilvânia, se soma aos cortes de empregos anunciados em janeiro, explicou em comunicado de imprensa.

A empresa, a maior fabricante mundial de maquinaria pesada para a construção e a mineração, acrescentou que, "em função das condições de negócio, podem ser necessárias mais reduções de elenco voluntárias e involuntárias à medida que o ano avança".

O vice-presidente da companhia, Sid Banwart, explicou que a empresa prevê "demissões significativas em todas as regiões geográficas e na maioria dos setores devido às dificuldades da economia mundial".

17:18
Anónimo disse...
Comércio
Comércio exterior da OCDE caiu no 3º trimestre de 2008


As exportações e as importações dos países da Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Econômico (OCDE) caíram 1,6% e 0,2%, respectivamente, no terceiro trimestre de 2008, em relação aos três meses anteriores.

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Trata-se da primeira queda destas atividades desde o terceiro trimestre de 2006, segundo o último relatório trimestral sobre fluxos comerciais divulgado pela OCDE.

As exportações e as importações em dólares dos 30 Estados-membros caíram 15,6% e 17%, respectivamente, na comparação anualizada.

Por sua vez, o comércio dos sete países mais ricos do mundo (G7) teve um pequeno crescimento no terceiro trimestre de 2008 com uma queda das exportações de mercadorias de 0,2% em relação ao trimestre anterior e um aumento de 0,4% das importações.

Em termos anualizados, as importações do G7 caíram 1,4% entre julho e setembro do ano passado, seu primeiro retrocesso desde o terceiro trimestre de 2006, enquanto as exportações aumentaram 1,9%, seu crescimento mais baixo no mesmo tempo.

Por países, a Alemanha aumentou suas importações em 3,4% - valor mais alto do G7 -, enquanto suas exportações caíram 2,9% do segundo para o terceiro trimestre de 2008.

Pelo contrário, as exportações americanas aumentaram 1,8% entre julho e setembro de 2008, enquanto as importações caíram 0,7% em relação ao trimestre anterior. No Japão, tanto as importações quanto as exportações caíram em torno de 1% no mesmo período.

17:19
Anónimo disse...
Economia Nacional
Lula: juros de crédito consignado a aposentados são altos

Atualizada às 17h29

O presidente Luis Inácio Lula da Silva afirmou nesta terça-feira, em São Paulo, que está lutando para reduzir as taxas de juros cobradas de aposentados em crédito consignado. A Previdência Social estabelece uma taxa máxima de 2,5% para empréstimo e de 3,5% para cartão. Para Lula, os valores são altos.

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"Acho que o juro que os aposentados estão pagando hoje com o crédito consignado é alto para o padrão brasileiro", disse o presidente durante a cerimônia de comemoração dos 86 anos do INSS.

A Previdência anunciou nesta terça-feira que aposentados e trabalhadoras com licença-maternidade poderão receber seus benefícios em 30 minutos. De acordo com Lula, em junho, a aposentadoria do trabalhador rural também será conseguida em meia hora.

Além disso, o presidente anunciou que, também em junho, os trabalhadores que alcançarem o direito à aposentadoria passarão a receber em suas casas um comunicado da Previdência informando o fato e o valor do salário que têm direito a receber. "É um comprometimento público que estou fazendo com os companheiros da Previdência Social", disse.

"Estamos retribuindo ao contribuinte da Previdência Social aquilo que é a cidadania que ele tem direito", afirmou Lula. "Se para cobrar nós somos tão precisos, para devolver o dinheiro, temos que chegar próximo à perfeição", completou.

17:20
Anónimo disse...
Economia Nacional
Salário maternidade sairá em 30 minutos, diz ministro

Toda trabalhadora autônoma que tiver contribuído pelo menos 10 meses com o Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) - ou as que possuírem carteira assinada - poderão receber em 30 minutos o salário maternidade a partir desta terça-feira. Da mesma forma, as mulheres com 30 anos de contribuição e os homens com 35 anos também terão direito ao benefício de forma mais rápida. A informação é do ministro da Previdência Social, José Pimentel.

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Para requerer o salário maternidade, é preciso que as autônomas levem a carteira de identidade e o carnê de contribuição. As demais trabalhadoras devem apresentar a identificação e a carteira de trabalho. Desde o início do mês, a nova forma de análise para a concessão de benefícios foi adotada para a aposentadoria por idade do trabalhador urbano e agora foi estendida para o salário maternidade e por tempo de contribuição.

O ministro disse que a qualificação do serviço da previdência social é o reconhecimento do direito dos trabalhadores e da afirmação da cidadania.

"Até pouco tempo na cabeça do cidadão o serviço devia ser de péssima qualidade. Agora não, nós modificamos toda a legislação no mês de dezembro numa ação conjunta do Congresso Nacional com o governo federal. Estamos implantando e concedendo os benefícios em até 30 minutos", afirmou.

O ministro destacou que para conseguir se aposentar ou ter acesso à licença maternidade em 30 minutos, em primeiro lugar, é necessário que o cidadão esteja vinculado à Previdência, o que inclui 65% da população acima de 16 anos de idade.

"Depois bastar marcar pelo sistema 135 o dia e a hora do atendimento e levar a documentação. Se todos os dados necessários estiverem corretos o contribuinte será atendido em até 30 minutos, como vem sendo feito com as aposentadorias por idade desde o dia cinco de janeiro", explicou.

Pimentel disse ainda que em 90% das agências da previdência social o atendimento é marcado em até 48 horas. Nos grandes centros, entretanto existe um volume maior o que torna mais lento o processo.

"Estamos criando mais 715 agências até 2010, em todo o território nacional, para descentralizar o atendimento. Em 2008, atendemos 295 mil benefícios e aposentadorias por idade. Temos 4 mil pessoas por dia procurando e se aposentando por idade no território nacional. Este serviço será agilizado", concluiu.
17:28
Anónimo disse...
Giuseppe Englaro, pai de Eluana, a italiana que morreu na segunda-feira passada por desidratação, recusou uma grande soma de dinheiro de um conhecido fotógrafo italiano que queria retratar a filha em estado de coma, disse neste sábado o neurologista que atendia a mulher desde 1996, Carlo Defanti.

O neurologista, que participou hoje de uma conferência sobre eutanásia, disse que Englaro respeitou a vontade da filha, que, antes do acidente, tinha pedido que, se lhe ocorresse qualquer coisa irreversível, apresentasse sua imagem de quando estava em boas condições.

Antes de sofrer o acidente de trânsito, em 1992, Eluana viveu o coma de um amigo, Alessandro, o que causou forte impacto na italiana e a levou a fazer o pai prometer que não a deixasse viver em estado vegetativo, disse o próprio Giuseppe Englaro.

Defanti, que dissera que Eluana poderia viver de dez a 12 dias depois da suspensão da alimentação e da hidratação, disse que, como médico, tinha que reprovar esta afirmação.

"Não se pode sobreviver após três ou quatro dias sem líquido e, em particular, água em um corpo. Sabemos bem que, quando há um terremoto, após quatro dias é difícil encontrar sobreviventes".

Defanti ressaltou que Eluana "não falava, não se comunicava com o exterior" e que, após vários exames, "nos deparamos com uma moça que tinha perdido a consciência", porque estava com o córtex cerebral prejudicado.

Eluana foi enterrada na quinta-feira passada no túmulo da família na localidade de Paluzza, em Udine, após um funeral que não contou com a presença dos pais.

16:53
Anónimo disse...
Os bombeiros combatem neste sábado os incêndios na Austrália favorecidos pelo bom tempo, enquanto os deslocados encotram em seu retorno casas derruídas, carros queimados nas ruas e destruição.

Depois de sete dias desde que começaram os incêndios no Estado de Victoria, a lista de mortos chega a 181, os desaparecidos somam 50, os edifícios destruídos totalizam 1,834 mil e o terreno arrasado, principalmente florestas, ocupa uma área de 4,13 mil quilômetros quadrados.

As equipes de bombeiros, formadas por 4 mil profissionais de Victoria, de outras partes da Austrália e de países amigos, combateram hoje 12 focos fora de controle e nenhum representava uma ameaça direta para a população.

O subdiretor do Serviço de Bombeiros, Geoff Conway, disse que este tempo favorável, que se prolongará durante o domingo, permite consolidar as linhas de contenção e avançar na extinção das chamas.

Cinzas apareceram arrastadas por ventos do nordeste sobre Melbourne, onde habitam 3,8 milhões de pessoas, e as autoridades alertaram aos cidadãos do risco para a saúde de idosos, crianças e pessoas com problemas respiratórios.

O número de pessoas deslocadas - a Cruz Vermelha chegou a receber 7 mil - começou a cair com a abertura de algumas localidades atingidas.

Os incêndios, alguns criminosos, começaram em 7 de fevereiro, quando a região sul da Austrália estava há duas semanas sob uma onda de calor sem precedentes.

Na sexta-feira passada, a polícia acusou uma pessoa de ter provocado o incêndio que atingiu a localidade de Churchill e matou 21 pessoas.

16:55
Anónimo disse...
A primeira chuva em seis dias reduziu a ameaça de incêndios no Estado de Victoria, ao sul da Austrália. As autoridades, porém, advertiram que ainda existem 12 focos, mas que nenhum deles ameaça áreas povoadas.

Mais de quatro mil bombeiros, mil provenientes de outras partes do país e de outras nações, trabalham contra o fogo. Cerca de 600 veículos e 28 helicópteros e pequenos aviões estão sendo usados.


Eles conseguiram construir linhas de contenção para evitar os incêndios de Yarra e Maroondah se juntassem. Também foram controlados os incêndios abertos de Yea e Murrindindi, que ameaçavam as comunidades de Connellys Creek, Crystal Creek, Scrubby Creek e Native Dog Creek.

O número de mortos chegou a 181, mas as autoridades acreditam que as vítimas devem passar de 200, já que ainda há muitos desaparecidos.

16:55
Anónimo disse...
Aqui nesta coluna, na semana passada, tive a oportunidade de comentar sobre a recente visita do professor brasileiro Pedrinho Guareschi à Austrália. Não dei, porém, os fatos, pois semana passada o assunto era outro.

Hoje, porém, vamos a eles.

No último dia 4 de fevereiro, aconteceu o Seminário "Paulo Freire: Education and Liberation", organizado pelo centro de estudos latino-americanos da Universidade Nacional da Austrália, ou ANU, como é mais conhecida por aqui.

A ANU, para quem não sabe, está entre as 20 melhores universidades do mundo! E tem sede aqui em Camberra, capital da Austrália.

Na abertura do evento, o professor John Minns, diretor do centro latino-americano, ao dar boas-vindas ao público presente, lembrou ser aquele o primeiro seminário exclusivamente dedicado a Paulo Freire na Austrália.

Em seguida, convidou Pedrinho Guareschi, palestrante principal do Seminário, a fazer sua apresentação.

A plateia pode então conhecer, pelas palavras de Pedrinho, um pouco da obra e da vida de Freire, esse brasileiro de fé e valor, que sempre acreditou na educação, sobretudo dos menos favorecidos, analfabetos, como força libertadora.

Como não podia deixar de ser, os conceitos e ideias revolucionários de Paulo Freire, expostos com clareza por Pedrinho, despertaram o interesse e a curiosidade de plateia. A qual, deve-se notar, era na maioria de estudantes, mas de várias nacionalidades, sobretudo australianos e asiáticos.

Na continuação do programa do seminário, que se estendeu por dois dias, outros professores fizeram palestras sobre temas ligados à obra de Paulo Freire.

Interessante, por exemplo, saber que a professora Anne Hickling-Hudson, jamaicana que mora na Austrália há muitos anos (é professora da ANU), conheceu e trabalhou com Freire num workshop educacional durante a revolução na Ilha de Granada, em 1980, antes da invasão dos Estados Unidos...

Ou, então, a palestra da Professora Gerda Roelvink, da Nova Zelândia, que participou do Fórum Social de Porto Alegre em 2005. E essa participação transformou-se em tema de doutorado.

No dia 10, terça-feira passada, o padre Pedrinho Guareschi voltou a falar ao público australiano em grande auditório localizado no belíssimo campus da ANU. Desta vez, sobre a Teologia da Libertação.

Depois da palestra, John Minns mostrou o filme mexicano "O Crime do Padre Amaro", no qual um dos personagens é um padre católico praticante da Teologia da Libertação.

Mais uma vez, foi grande o intersse da platéia, que pode aprender e conhecer um pouco como se desenvolveu aquele importante movimento católico na América Latina.

Fica, assim, ao Pedrinho, bem como a outros brasileiros estudiosos e de bom coração que saem pelo mundo a divulgar aspectos importantes da cultura brasileira, o respeito e a homenagem desta coluna. E... aquele abraço!

16:57
Anónimo disse...
Amanda Kitts perdeu o braço esquerdo em um acidente de automóvel acontecido três anos atrás, mas hoje em dia ela joga futebol americano com seu filho de 12 anos de idade, troca fraldas e abraça as crianças nas três creches Kiddie Cottage que opera em Knoxville, Tennessee. Kitts, 40 anos, faz tudo isso com a ajuda de um novo tipo de braço artificial que se movimenta com mais facilidade do que outros aparelhos e que ela pode controlar utilizando apenas seus pensamentos.

"Eu sou capaz de mexer a mão, o pulso e o cotovelo ao mesmo tempo", diz. "Você pensa e os músculos se movem em seguida".

A recuperação que ela conseguiu resulta de um novo procedimento que vem atraindo crescente atenção porque permite que pessoas movam braços protéticos de forma mais automática do que faziam no passado, simplesmente utilizando nervos reaproveitados em seus cérebros.

A técnica, conhecida como "renervação muscular dirigida", envolve utilizar os nervos que restam depois da amputação de um braço e conectá-los a outro músculo do corpo, em geral no peito. Eletrodos são instalados sobre os músculos do peito, e operam como se fossem antenas. Quando a pessoa deseja mover o braço, o cérebro envia sinais que primeiro resultam em contração dos músculos do peito, os quais enviam um sinal ao braço protético, instruindo-se a se movimentar. O processo não requer mais esforços consciente do que a pessoa teria de exercitar caso ainda tivesse seu braço natural.

Na terça-feira, pesquisadores reportaram em estudo publicado pela versão online do Journal of the American Medical Association que haviam levado a técnica ainda mais à frente, tornando possível a execução de 10 movimentos de mão, pulso e cotovelo diferentes, o que representa uma substancial melhora com relação ao típico repertório protético, que em geral envolve apenas dobrar o cotovelo, girar o pulso e abrir a mão.

"Os novos métodos tiveram impacto dramático em nosso campo de trabalho", disse Stuart Harshbarger, engenheiro biomédico na Universidade Johns Hopkins e diretor do programa de pesquisa sobre próteses, financiado pelas forças armadas, que inclui o trabalho com essa técnica. "O método já está em uso por médicos e cirurgiões comuns em todo o país. A capacidade de controlar um membro protético bastante robusto que ele confere surpreendeu a todos pela qualidade".

Tipicamente, uma pessoa que tenha um braço protético só é capaz de executar alguns poucos movimentos, e muitas vezes com tamanha lentidão que isso só permite a ela atividades limitadas.

Há um motor separado para cada movimento, diz Gerald Loeb, professor de engenharia biomédica na Universidade do Sul da Califórnia, "e esses motores precisam ser controlados de maneira explícita", usualmente por um esforço consciente da pessoa para contrair músculos nas costas ou no bíceps.

"Essencialmente, até agora os pacientes controlavam apenas um motor de cada vez", diz Loeb, "e precisavam pensar cuidadosamente sobre que motor desejavam controlar e como fazê-lo operar, em lugar de simplesmente pensarem em mover o braço e poderem fazê-lo sem delongas".

Antes que Kitts passasse pelo procedimento de renervação, em outubro de 2007, por exemplo, ela precisava movimentar os músculos de suas costas de determinada maneira para fazer com que seu pulso girasse, e flexionar seu bíceps e tríceps para fazer com que o cotovelo se movesse para cima e para baixo. "Era muito trabalho", ela conta. "E não me ajudava muito".

O procedimento de renervação é parte de uma recente explosão de idéias novas e técnicas inovadoras que estão sendo exploradas enquanto os cientistas se esforçam por ajudar as pessoas a compensar melhor a perda de membros ou problemas de paralisia. O esforço vem sendo alimentado pelo aumento no número de amputações causado por diabetes e por ferimentos sofridos pelos militares, e ao mesmo tempo pelos avanços na tecnologia médica.

Os braços se tornaram um dos focos essenciais desse tipo de trabalho. A ciência há muito vem obtendo sucessos no desenvolvimento de próteses de perna, mas é muito mais difícil imitar a complexidade e a destreza das mãos e dos braços.

Os esforços em curso incluem o desenvolvimento de projetos de pele e braços mais sensíveis e mais flexíveis, e o uso de dispositivos acionados por controles sem fio implantado nos braços protéticos, que permitiriam movimentos mais naturais.

Os pesquisadores também vêm usando sensores implantados nos cérebros de cobaias para permitir que dois macacos controlem um braço mecânico, e um teste com um homem paralítico permitiu, com esse método, que ele movimentasse um cursor em uma tela de computador.

Alguns desses métodos, caso venham a ser aperfeiçoados plenamente e consigam aprovação das autoridades regulatórias da saúde, podem no futuro se tornar mais viáveis para os pacientes de amputações.

E embora a técnica da renervação não requeira aprovação das autoridades regulatórias porque é executada por meios cirúrgicos e emprega aparelhos já existentes, ela apresenta limitações que até mesmo seus criadores reconhecem, entre as quais o fato de que não se pode utilizá-la para todos os pacientes, o seu alto custo e o prazo de meses requerido para que os nervos reconectados cresçam e se tornem efetivos.

Ainda assim, os especialistas dizem que é o mais avançado sistema em uso hoje para pacientes reais que permite que o sistema nervoso controle diretamente o movimento de um braço artificial.

Desde sua introdução por Todd Kuiken, médico fisioterapeuta e engenheiro biomédico do Instituto de Reabilitação de Chicago, o método foi empregado em cerca de 30 pacientes nos Estados Unidos, Canadá e Europa, entre os quais oito soldados feridos no Iraque e no Afeganistão.

Muitos dos pacientes, entre os quais o primeiro, Jesse Sullivan, um operário do setor elétrico no Tennessee que perdeu os dois braços quando foi eletrocutado por um cabo, conseguem não apenas manipular seus braços protéticos mas sentir a presença das mãos que já não têm quando alguém toca em seus peitos.

Sullivan, 62 anos, e Kitts, estavam entre os cinco pacientes que participaram do estudo reportado na terça-feira. Em companhia de cinco outras pessoas que não passaram por amputações, eles receberam os eletrodos e foram instruídos a usar pensamentos para fazer com que um braço virtual na tela reproduzisse 10 movimentos diferentes, entre os quais três formas diferentes de aperto de mão.

Os pacientes apresentaram desempenho bastante respeitável, apenas um pouco mais lento e menos preciso do que os dos participantes que não tinham amputações.

"As velocidades de movimento que encontramos em nossos pacientes foram realmente encorajadoras", disse Kuiken. "Eles conseguiram completar a tarefa. É claro que não foram tão competentes quanto as pessoas dotadas de plena capacidade física, mas foram bons o bastante".

Um braço virtual foi usado porque a maioria das próteses existentes não era capaz de acomodar todos aqueles movimentos, no momento da pesquisa, ainda que Sullivan, Kitts e uma terceira paciente, Claudia Mitchell, tenham experimentado dois novos protótipos mais versáteis de braços artificiais, executando tarefas complexas com bolas de tênis e outros objetos.

O trabalho de renervação em soldados apresenta outros desafios, diz Kuiken, porque os ferimentos militares muitas vezes "causam danos muitos extensos" a nervos, músculos ou ossos.

Daniel Acosta, 25 anos, um aviador ferido pela detonação de uma bomba em uma estrada do Iraque em 2005, passou pelo procedimento no ano passado e diz que seu braço esquerdo protético agora se movimenta "muito mais rápido" e de maneira muito mais natural.

"A diferença é que agora não preciso mais pensar para mover o braço", ele diz. "Ele simplesmente se mexe".

Ainda assim, Acosta, de San Antonio, diz que "o processo foi bastante longo" e que os eletrodos precisam ser ajustados para receber os sinais à medida que os nervos crescem ou mudam de posição.

E embora elogiem o método, os especialistas afirmam que a ciência das próteses de braço ainda tem muito por avançar.

"Trata-se de uma parte crucial, mas ainda assim apenas uma parte, das muitas coisas que compreendem a função normal de um braço", disse Loeb, que escreveu um editorial que acompanha o artigo no Journal of the American Medical Association.

"No momento estamos a meio do caminho entre o braço de 'Dr. Fantástico', que fazia involuntariamente a saudação nazista, e o braço de Luke Skywalker em 'Guerra nas Estrelas', que funciona sem nenhum problema assim que é conectado. Creio que precisaremos ainda de muitos anos para conectar todas as peças necessárias a produzir um braço capaz de funcionar normalmente".

17:04
Anónimo disse...
A Espanha disse neste sábado que está preparando uma reclamação oficial contra a decisão da Venezuela de expulsar um membro do Parlamento Europeu que criticou o conselho eleitoral venezuelano.
Luis Herrero, membro do partido conservador espanhol PP, foi deportado na sexta-feira depois que o Conselho Nacional Eleitoral (CNE) o acusou de questionar a imparcialidade da instituição antes de um referendo que pode permitir ao presidente Hugo Chávez permanecer no cargo indefinidamente.

Herrero estava na Venezuela como observador do referendo. Ele acusou Chávez de ter "comportamentos típicos de um ditador" por pedir a contenção de manifestações da oposição.

O governo da Espanha convocou um encontro com o embaixador da Venezuela em Madri para expressar a desaprovação sobre a expulsão de Herrero, disse um representante do Ministério das Relações Exteriores espanhol.

As relações da Venezuela com a Espanha tiveram seu ponto crítico em 2007, quando Chávez ameaçou rever acordos diplomáticos e comerciais depois de ouvir um "cala a boca" do rei espanhol Juan Carlos durante uma cúpula.

A fenda foi oficialmente reparada em 2008, com uma visita oficial de Chávez à Espanha, onde ele cumprimentou o rei e discutiu acordos para investimento no setor petroquímico com o primeiro-ministro José Luis Rodriguez Zapatero.

17:06
Anónimo disse...
A polícia do Zimbábue anunciou neste sábado que acusa de traição Roy Bennett, dirigente do até agora opositor Movimento para a Mudança Democrática (MDC), detido na sexta-feira, em Harare, poucas horas antes da cerimônia de posse dos membros do novo gabinete.

"A Polícia nos informou que vão apresentar acusações de traição", disse à agência EFE o advogado de defesa de Bennett, Trust Maanda.

"Tentam relacionar Roy com o caso de Mike Hitschmann, que foi detido em 2006 em relação à descoberta de um carregamento de armas, apesar de que Hitschmann não tenha sido declarado culpado das acusações de traição apresentadas contra ele, mas de um crime menor de descumprimento de leis", disse Maanda.

O político opositor, designado por seu partido como vice-ministro de Agricultura no Governo de união nacional, esteve no exílio na vizinha África do Sul desde 2006 e retornou ao Zimbábue há duas semanas.

Segundo a Polícia, que deteve Bennett ontem no aeroporto de Harare quando pretendia ir à África do Sul para visitar sua família, as armas apreendidas em 2006 seriam utilizadas em um golpe de Estado para derrubar o presidente do Zimbábue, Robert Mugabe.

Depois da detenção, Bennet foi levado a Mutar, onde vários simpatizantes do MDC se concentraram em frente à delegacia na qual estava detido, diante do que a Polícia respondeu com tiros para o alto para dispersar os manifestantes.

17:07
Anónimo disse...
Austrália: 14 mil se candidatam a 'emprego dos sonhos'

A secretaria de Turismo de Queensland, na Austrália, informou que até esta segunda-feira já recebeu cerca de 14 mil inscrições para o "o melhor emprego do mundo". O Estado australiano promove pela internet seleção para vaga de "zelador" da ilha Hamilton, por seis meses com um salário de R$ 40 mil.

Muitos candidatos tiveram problemas durante a inscrição por conta dos acessos simultâneos ao site. A secretaria aconselha enviar os vídeos de 60s explicando porque deve ser escolhido em horários alternativos do dia, além de recomendar tamanho em torno de 40MB.

As inscrições começaram em 12 de janeiro e vão até o próximo dia 22 e podem ser feitas pelo site www.islandreefjob.com. O governo australiano escolherá 50 candidatos para a próxima fase da seleção, que terá votos do público para eleger um dos 11 finalistas.

A última fase terá entrevistas e desafios físicos, no próprio local de trabalho: as ilhas da Grande Barreira Coralina - o maior recife de coral do mundo. A secretaria de Turismo anunciará o vencedor no dia 6 de maio.

17:09
Anónimo disse...
Mercado elogia governo na crise, mas pede maior queda no juro

Peter Fussy
Direto de São Paulo

Desde as primeiras medidas anunciadas para combater os efeitos da crise, o governo brasileiro avisou que a estratégia não contemplaria um pacote. Seriam doses pontuais, de acordo com a necessidade da economia diante do agravamento das turbulências. Da primeira liberação dos depósitos compulsórios em setembro até a ampliação do seguro-desemprego na última quarta-feira, o governo passou por redução de impostos, ampliação de crédito e incentivos à exportação. Quase 150 dias após a primeira medida, o Terra conversou com líderes do setor público e privado, representantes dos trabalhadores, acadêmicos e com o próprio governo para saber quais destas ações foram mais eficazes, quais foram mais ineficientes e o que mais pode ser feito pelo Estado brasileiro contra a crise.

Os maiores elogios foram direcionados à atitude de reduzir o Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) para a indústria automobilística, anunciada em dezembro e que fez com que os emplacamentos de carros novos subissem 1,9% no primeiro mês do ano em relação a dezembro de 2008. Já as maiores críticas foram para a lentidão no corte da taxa básica de juro do País.

Para o presidente do conselho administrativo do Grupo Pão de Açúcar, Abílio Diniz, o Estado não é responsável pela crise e mesmo assim está agindo "com extrema serenidade e muito acerto". "O governo está atento, fazendo a sua parte. É preciso coragem de baixar firmemente a taxa de juros. É uma arma que temos a nosso favor, já que não há clima para inflação, nem possibilidade de danos para a macroeconomia", afirmou Diniz.

Na última reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), em janeiro, a taxa Selic foi reduzida em um ponto percentual, de 13,75% para 12,75% ao ano. Porém, o professor de economia da Universidade de Brasília (UnB) José Luiz Oreiro lembra que este corte representa uma redução de apenas 0,25 ponto percentual com relação à taxa de setembro do ano passado, quando a crise se agravou.

"Pouco antes da eclosão da crise, o Banco Central aumentou a taxa em 0,75 ponto. Foram cinco meses de demora para reduzir em termos líquidos apenas 0,25 ponto", afirmou o economista, que também sugeriu redução do intervalo de cerca de 90 dias entre as reuniões do Copom e o corte de pelo menos um 1 ponto percentual em cada reunião.

Mesmo com o corte de janeiro, a taxa de juros real continua sendo a maior do mundo, lembrou o secretário-geral da Força Sindical, João Carlos Gonçalves, o Juruna. "A redução da taxa de juro ainda é pequena, porque ela continua uma das mais altas do mundo. Falta ousadia para baixar os juros e ajudar o cidadão. A permanência da taxa de juro alta é negativa para o País em meio a crise", afirmou Juruna.

Embora aprove as ações do governo, o senador Aloízio Mercadante (PT-SP) também acredita que o patamar da Selic está muito alto. "Sempre fomos os primeiros a entrar em qualquer crise, o que não aconteceu agora. A taxa Selic ainda é muito alta, mas o governo têm tomado medidas acertadas, como o aumento do salário mínimo, mesmo com um cenário de crise. Isso ajuda a movimentar o consumo. O governo está se esforçando para manter os investimentos e o crescimento", disse.

Tributos
De acordo com o economista Fabio Pina, da Fecomercio-SP, as ações mais positivas estão relacionadas à redução de tributos para alguns segmentos, como a indústria automobilística, que recuperou parte da queda nas vendas em janeiro com a isenção do IPI para carros 1.0 l e o corte para demais motorizações. A medida vale até o final de março.

"Essas medidas não só reduziram o preço, mas anteciparam o consumo daqueles que iriam comprar no futuro, dando um prêmio por conta da insegurança. Mexe diretamente com o principal problema que é a confiança do consumidor", afirmou. Juruna destacou que um bom ritmo de vendas é garantia de emprego. "É importante porque cada emprego na montadora significa 19 na cadeia produtiva", comentou o representante da Força Sindical.

Também em dezembro, o governo decidiu cortar pela metade a alíquota do Imposto de Renda para contribuintes que ganham entre R$ 1.434 e R$ 2.150 mensais. "O salário aumentava e a tabela não se modificava. As pessoas ganhavam mais e pagavam mais impostos", apontou Juruna. Outra redução de tributos do governo foi com relação ao Imposto sobre Operações Financeiras (IOF), que caiu de 3% ao ano para 1,5%.

Crédito
Na segunda metade de 2008, o colapso de bancos nos Estados Unidos por conta da crise do subprime provocou uma forte restrição de crédito no mundo inteiro. Uma das primeiras medidas anticrise do governo teve como objetivo restabelecer a oferta, com mudanças no recolhimento dos depósitos compulsórios por parte dos bancos. Segundo o presidente do Banco Central, Henrique Meirelles, as diversas modificações liberaram US$ 99,2 bilhões aos bancos até o final de janeiro.

Além disso, o governo concedeu R$ 36 bilhões das reservas internacionais para empresas brasileiras com dívidas no exterior e uma medida provisória autorizou o Banco do Brasil e a Caixa Econômica Federal a comprar carteiras de crédito de bancos privados. Para o diretor do Departamento de Pesquisas e Estudos Econômicos da Fiesp, Paulo Francini, estas medidas foram essenciais para combater os efeitos da crise.

"A crise se desenvolve no mundo em torno do tema crédito. E o crédito reduziu-se barbaridade no mundo. Então o governo lança mão de compulsório, lança mão de reservas, de medidas que permitem aos bancos comprar carteiras de bancos. Você vai tomando várias medidas para atender às demandas e o epicentro disso é crédito", afirmou.

No entanto, Oreiro, da UnB, adverte que a liberação dos compulsórios seria mais eficiente acompanhada de redução mais agressiva da taxa básica de juro. "Uma parte do crédito voltou, depois da forte retração em outubro e novembro. O que deveria ter sido feito junto à liberação do compulsório era uma redução mais drástica da taxa de juro. Sem isso, os bancos pegam as reservas e acabam comprando títulos públicos", explicou o economista.

Na opinião de Pina, as ações de distribuição de crédito via redução do compulsório e a disposição de capital de giro para empresas foram tomadas sem um cuidado maior na operação e não tiveram muito efeito. "O BNDES tem linhas que ficam paradas quase todo o ano, agora é pior ainda. Existem os recursos, mas as empresas e os bancos estão desconfiados. É preciso fazer com que os bancos tenham interesse em emprestar", afirmou o economista da Fecomercio-SP.

Futuro
Mesmo com todas essas medidas, a crise financeira ainda gera incertezas nos setores produtivos do País. Nos últimos meses, o medo do desemprego fez os consumidores adiarem compras. Por sua vez, a queda nas vendas pode obrigar as indústrias a cortarem a produção e demitir funcionários. Contra isso, empresários sugerem redução de jornada e de salários.

"Isto está previsto em lei. A Fiesp simplesmente manteve conversações com entidades sindicais quanto à aplicação daquilo que já está previsto em lei", afirmou Francini.

Segundo a ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff, uma das medidas que assegura um nível de emprego é a manutenção de investimentos no Programa de Aceleração do Crescimento (PAC). "Estamos esperando que a dificuldade ocorra em janeiro, fevereiro e março. Estamos certos que vamos manter o nível de investimento. É isso que funciona, é isso que significa investimento público. Ele funciona como um colchão. Por isso, nós colocamos R$ 100 bilhões no BNDES e a Petrobras ampliou o seu investimento em R$ 120 bilhões", afirmou.

Na mesma linha, Pina explica que a antecipação de gastos do governo substitui parte da demanda retraída do setor privado. "Ele dá o seguinte recado: não vou estourar as contas públicas, mas concentrar em um momento em que a demanda privada está pequena. Mas o governo não tem fôlego suficiente para fazer o papel de toda demanda", ressaltou. O economista da Fecomercio lembrou que a entidade já pleiteou junto ao governo isenções para transferência de imóveis e de automóveis, além de retirar o IPVA para veículos novos.

Já Oreiro foca suas propostas na capitalização do Banco do Brasil e da Caixa Econômica Federal pelo Tesouro para atender a demanda de crédito para capital de giro e reduzir o spread. "Aumentando o empréstimo e reduzindo as taxas, os dois vão forçar os bancos privados a acompanhar o movimento, até para não perderem participação no mercado", explicou o economista da UnB.

Até o Carnaval, o governou prometeu detalhar um pacote de incentivos para a construção de até um milhão de casas populares, direcionado a famílias com renda de até dez salários mínimos. "Estamos atentos a tudo o que está acontecendo e novas medidas serão tomadas caso haja uma avaliação de que sejam necessárias", disse o ministro da Fazenda, Guido Mantega, na última sexta-feira.

17:11
Anónimo disse...
Ex-ministro critica extensão do seguro-desemprego

Atualizada às 09h03

O ex-ministro do Trabalho Almir Pazzianotto criticou a decisão do governo federal de conceder o seguro-desemprego estendido a apenas alguns setores. "É certamente odioso e provavelmente inconstitucional", disse Pazzianotto, de acordo com o jornal O Estado de S. Paulo.

Na última qurta, dia do anúncio da medida, centrais sindicais elogiaram a atitude do governo. A Força Sindical divulgou nota dizendo que "o aumento ajudará a aquecer parte da economia, já que irá gerar mais consumo, produção e conseqüentemente, a criação de novos postos de trabalho". A União Geral dos Trabalhadores (UGT) afirmou que a medida "contribuirá para minimizar o drama dos trabalhadores que perderem seu emprego por conta da crise".

O ex-ministro, que instituiu o seguro-desemprego no País no governo de José Sarney, destacou a necessidade de as centrais sindicais se manifestarem contra a determinação. Para ele, as mudanças devem ser aplicadas a todas as categorias profissionais e a distinção é contrária ao artigo 3º da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT).

Pazzianotto atribui a medida a um possível temor do governo de que a crise econômica seja longa e não haja dinheiro para atender a todas as necessidades. Ainda assim, ele se mostra contrário ao método de concessão. "O seguro-desemprego ajuda a sanar necessidades básicas. Estendê-lo é paliativo, não a solução", disse ao jornal.

De acordo com o presidente do Conselho Deliberativo do Fundo de Amparo ao Trabalhador (Codefat) e conselheiro da Força Sindical, Luiz Fernando Emediato, a determinação já estava prevista na lei 8.900/94, que trata do seguro-desemprego.

O presidente da Comissão de Trabalho da Câmara, Pedro Fernandes (PTB-MA) vai além na crítica à concessão do seguro para apenas alguns setores. Ele acredita que a ampliação do benefício estimula o desemprego.

Quintino Severo, secretário geral da Central Única dos Trabalhadores (CUT), lembra que a ampliação do benefício sem critério e identificação pode incentivar demissões em outros setores.

17:13
Anónimo disse...
Empresas
TAM faz promoção para destinos internacionais

A companhia aérea TAM anunciou nesta sexta-feira tarifas promocionais para trechos internacionais. Os preços valem para bilhetes comprados entre 6h deste sábado e 23h59 deste domingo e são válidos para classe econômica. As tarifas, para ida e volta, serão vendidas a partir de US$ 99, mais taxas.

Segundo a aérea, a promoção vale para viagens feitas no período de 14 de fevereiro a 18 de junho de 2009. Para destinos na América do Sul, a permanência mínima é de dois dias; para bilhetes com destino nos Estados Unidos, cinco dias; e Europa, sete dias. A permanência máxima para as passagens para América do Sul e EUA é de dois meses e para Europa, três meses.

Entre os exemplos de tarifas promocionais, a TAM oferece São Paulo-Lima por US$ 99. Bilhetes para a rota São Paulo-Santiago serão vendidos a partir de US$ 199 e São Paulo-Nova York, US$ 799.

A emissão dos bilhetes deve ser feita obrigatoriamente no ato da reserva, obedecendo às regras estipuladas pela companhia. A compra está sujeita à disponibilidade de assentos nas classes tarifárias determinadas, trechos, horários e datas. A TAM afirmou que também há tarifas promocionais para a classe executiva.

Mais informações podem ser encontradas no site promocional (www.ofertastam.com.br), no site da empresa (www.tam.com.br) ou pelos telefones 4002-5700 ou 0800 5705700.

17:13
Anónimo disse...
Empresas
Consultoria negocia compra do parque temático Hopi Hari

A consultoria especializada em reestruturação de empresas Íntegra Associados informou nesta sexta-feira ter um acordo para comprar o parque de diversões Hopi Hari, localizado no interior de São Paulo. A empresa estaria disposta a investir R$ 10 milhões no parque, que tem dívida estimada em R$ 800 milhões. As informações são da edição deste sábado do jornal Folha de S. Paulo.

De acordo com o jornal, a transação ainda depende da negociação entre o Hopi Hari e seus credores, o que já estaria em andamento.

A consultoria paulista já atuou junto à Parmalat, durante 30 meses, quando reorganizou a gestão da empresa italiana.

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17:14
Anónimo disse...
Empresas
Disney de Tóquio contratará mais 2 mil apesar da crise


A Oriental Land, o operador da Disneylândia Tóquio e DisneySea, organizou neste domingo entrevistas para contratar cerca de 2 mil trabalhadores em tempo parcial, em um momento de grandes demissões deste tipo de empregados no Japão.

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O operador deste parque temático, situado em Urayasu, na província de Chiba (leste de Tóquio), está em pleno processo de seleção de empregados para 20 tipos de postos trabalhistas diferentes.

Segundo a companhia, citada pela agência local de notícias Kyodo, o parque contratará novos trabalhadores para as atrações, para os restaurantes e guardas de segurança entre outros. Os novos contratados começarão a trabalhar a partir de fevereiro.

O processo de seleção acontece em um momento em que a maioria das grandes companhias japonesas começaram a se ver obrigadas a despedir uma elevada percentagem de seus trabalhadores temporários e a tempo parcial.

Algumas inclusive anunciaram demissões de seus trabalhadores fixos, uma medida muito pouco comum nas companhias japonesas, perante os efeitos piores que o esperado pela crise econômica global.

Cerca de uma centena de pessoas esperavam desde a primeira hora desta manhã a abertura do centro de conferências Tokyo International Forum, onde as entrevistas estão sendo feitas, para ser os primeiros a solicitar os postos de trabalho.


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17:15
Anónimo disse...
Economia Internacional
Senado dos EUA aprova plano de estímulo à economia

O Senado dos Estados Unidos aprovou com 60 votos a favor e 38 contra o plano de estímulo à economia de US$ 787 bilhões na madrugada deste sábado. Agora, ele segue para sanção ou veto do presidente Barack Obama, que espera colocar a lei em prática até o dia 16 de fevereiro.

O plano prevê a criação de três milhões de empregos, inclui cortes de impostos às famílias, fundos para programas sociais e obras públicas, além de ajuda aos governos estaduais, estudantes e desempregados.

A cláusula Buy American - que exige o uso de ferro, aço e produtos manufaturados dos Estados Unidos em obras realizadas com recursos do pacote - ficou de lado. Segundo o texto definitivo, a cláusula será aplicada sem violar as normas do comércio internacional.

Ontem à tarde, a Câmara de Representantes (deputados) havia aprovado, por 246 votos a favor e 183 contra, a versão final do plano. Todos os republicanos foram contrários ao pacote.

Pelo acordo de quarta-feira entre Câmara e Senado, em vez de custar US$ 819 bilhões, como queriam os deputados, ou US$ 838 bilhões como pretendiam os senadores, o pacote ficou em cerca de US$ 787 bilhões, com 65% desse total destinado a gastos do governo federal e 35%, a créditos tributários.

17:16
Anónimo disse...
Economia nacional
Na era Lula, aposentadoria sobe 54% menos que salário mínimo

Thatiane Faria
Especial para o Terra
Direto de São Paulo

Os índices de reajustes concedidos pelo governo em 2009 para aposentados e pensionistas e para o salário mínimo repetiram uma diferença que, só durante o governo de Luiz Inácio Lula da Silva, já chega a 54%. Enquanto o mínimo foi majorado em 12% este ano, as pensões e aposentadorias tiveram aumento de 5,92%. Aposentados que têm o benefício do governo como única fonte de renda reclamam que perdem poder de compra e que sua cesta de compras é composta por itens que aumentam mais em relação à inflação oficial.

Um exemplo prático pode ser entendido a partir da comparação entre um aposentado que ganhava R$ 600 em janeiro de 2003. Na época, o benefício era três vezes, ou 200%, maior que o valor do mínimo em vigência, que era de R$ 200. Aplicando-se os índices de reajuste para aposentadorias e para o mínimo durante os últimos seis anos, o mesmo aposentado estaria recebendo hoje R$ 938,47, comparado a um salário mínimo de R$ 465. A diferença entre os dois valores caiu para pouco mais de 100%.

Enquanto o índice acumulado de reajuste para a aposentadoria durante o governo Lula foi de 60%, para o salário mínimo está em 132%.

O diretor do Sindicato Nacional dos Aposentados, João Inocentini, reclama que os valores dos benefícios para aposentadorias não mantêm o poder de compra do grupo, principalmente dos aposentados que recebem menos que dez salários mínimos.

Nem mesmo o fato de o índice de reajuste das aposentadorias ter ficado acima da inflação acumulada no mesmo período (o IPCA entre janeiro de 2003 e janeiro de 2009 foi de 39,7%) serve de argumento, segundo os aposentados.

"Os idosos, principalmente, têm gastos além das contas gerais como gás, telefone e aluguel. Para eles o custo com remédios, e outros itens da área saúde costuma ser maior", afirmou Inocentini.

O presidente do sindicato afirmou que o grupo realiza um estudo com 100 itens de necessidade de um idoso para comparar o aumento dos produtos com o índice de reajuste do benefício recebido pelos aposentados.

"Daqui dois meses vamos abrir um processo na Justiça e levar essa pesquisa como prova. Segundo a lei, o governo é obrigado a manter o poder de compra com a aposentadoria", disse Inocentini.

Alternativas
O consultor financeiro Cláudio Boriola diz que os aposentados, especialmente nesse momento de crise econômica, devem evitar compras parceladas, pesquisar preços, negociar e fazer bom planejamento financeiro.

Segundo Boriola, alguns aposentados ganham um valor mensal muitas vezes insuficiente para o pagamento das contas e acabam pedindo crédito ou realizando pagamentos a prazo e são obrigados a pagar juros altos.

Na opinião do consultor, pagar uma previdência privada é uma alternativa indicada para quem ainda trabalha, considerando a característica de perda de poder de compra da aposentadoria.

"Na prática, infelizmente os valores encontram-se em um patamar que está deteriorando o poder de aquisição da população brasileira", completou Boriola.

De acordo com o diretor da Confederação Brasileira de Aposentados e Pensionistas (Cobap), Vicente Fernandes Barbosa, representantes dos aposentados tentarão um encontro com o presidente da Câmara, deputado Michel Temer (PMDB-SP), para discutir projetos que minimizem a perda dos aposentados

17:17
Anónimo disse...
Previdência
Previdência prorroga isenção de tarifas no benefício

O atual sistema de pagamento aos 26 milhões de aposentados e pensionistas do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) será mantido até o final deste ano. O acordo, que permite realizar a operação sem nenhum custo aos beneficiários, foi renovado nesta sexta-feira, entre o governo federal e 21 instituições financeiras.

Por meio desse acordo, vigente desde setembro de 2007, nem os segurados, nem os bancos e nem o governo arcam com o pagamento de tarifas, conforme explicou o ministro da Previdência Social, José Pimentel. A prorrogação vale até dezembro, data máxima para que a Previdência defina as regras para um novo contrato.

Ao assinar o termo de renovação, na sede da Federação Brasileira dos Bancos (Febraban), o ministro disse que a intenção do governo é mudar o atual modelo de gestão visando a reduzir os custos dessas operações em torno da folha mensal, que atinge R$ 15,8 bilhões. No entanto, qualquer alteração, conforme explicou, passará antes por audiências públicas a serem realizadas a partir do segundo semestre deste ano, atendendo a determinação do Tribunal de Contas da União (TCU).

De acordo com Pimentel, com um redesenho do mecanismo de repasse dos recursos aos bancos em torno da folha de pagamento dos segurados o que se busca é um aumento da participação de instituições financeiras. Ele informou que, desde 2007, cada benefício custa em média R$ 1,07 ao governo. "Quanto mais instituições financeiras estiverem prestando serviços à sociedade, maior é a competitividade, a agilidade no atendimento", justificou.

O ministro observou, ainda, que, para permitir uma redução para algo em torno de meia hora no tempo de atendimento para a concessão dos direitos previdenciários, o governo investiu R$ 280 milhões.

Questionado sobre o descontentamento dos segurados que ganham acima de um salário mínimo terem obtido apenas a correção com base na variação do Índice de Preços ao Consumidor (INPC) , ficando abaixo do reajuste dado a quem recebe apenas o mínimo, Pimentel argumentou que o governo seguiu o que determina a lei e descartou a possibilidade de uma revisão

17:17
Anónimo disse...
Empresas
Caterpillar oferece aposentadoria antecipada a 2 mil


A companhia americana Caterpillar ofereceu a cerca de dois mil funcionários incentivos para que se aposentem de forma voluntária antes do previsto, pela perspectiva de uma queda "significativa" da atividade industrial, informou nesta quarta-feira a empresa.

A iniciativa, destinada aos trabalhadores de diversas fábricas em Illinois, Colorado, Tennessee e Pensilvânia, se soma aos cortes de empregos anunciados em janeiro, explicou em comunicado de imprensa.

A empresa, a maior fabricante mundial de maquinaria pesada para a construção e a mineração, acrescentou que, "em função das condições de negócio, podem ser necessárias mais reduções de elenco voluntárias e involuntárias à medida que o ano avança".

O vice-presidente da companhia, Sid Banwart, explicou que a empresa prevê "demissões significativas em todas as regiões geográficas e na maioria dos setores devido às dificuldades da economia mundial".

17:18
Anónimo disse...
Comércio
Comércio exterior da OCDE caiu no 3º trimestre de 2008


As exportações e as importações dos países da Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Econômico (OCDE) caíram 1,6% e 0,2%, respectivamente, no terceiro trimestre de 2008, em relação aos três meses anteriores.

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Trata-se da primeira queda destas atividades desde o terceiro trimestre de 2006, segundo o último relatório trimestral sobre fluxos comerciais divulgado pela OCDE.

As exportações e as importações em dólares dos 30 Estados-membros caíram 15,6% e 17%, respectivamente, na comparação anualizada.

Por sua vez, o comércio dos sete países mais ricos do mundo (G7) teve um pequeno crescimento no terceiro trimestre de 2008 com uma queda das exportações de mercadorias de 0,2% em relação ao trimestre anterior e um aumento de 0,4% das importações.

Em termos anualizados, as importações do G7 caíram 1,4% entre julho e setembro do ano passado, seu primeiro retrocesso desde o terceiro trimestre de 2006, enquanto as exportações aumentaram 1,9%, seu crescimento mais baixo no mesmo tempo.

Por países, a Alemanha aumentou suas importações em 3,4% - valor mais alto do G7 -, enquanto suas exportações caíram 2,9% do segundo para o terceiro trimestre de 2008.

Pelo contrário, as exportações americanas aumentaram 1,8% entre julho e setembro de 2008, enquanto as importações caíram 0,7% em relação ao trimestre anterior. No Japão, tanto as importações quanto as exportações caíram em torno de 1% no mesmo período.

17:19
Anónimo disse...
Economia Nacional
Lula: juros de crédito consignado a aposentados são altos

Atualizada às 17h29

O presidente Luis Inácio Lula da Silva afirmou nesta terça-feira, em São Paulo, que está lutando para reduzir as taxas de juros cobradas de aposentados em crédito consignado. A Previdência Social estabelece uma taxa máxima de 2,5% para empréstimo e de 3,5% para cartão. Para Lula, os valores são altos.

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"Acho que o juro que os aposentados estão pagando hoje com o crédito consignado é alto para o padrão brasileiro", disse o presidente durante a cerimônia de comemoração dos 86 anos do INSS.

A Previdência anunciou nesta terça-feira que aposentados e trabalhadoras com licença-maternidade poderão receber seus benefícios em 30 minutos. De acordo com Lula, em junho, a aposentadoria do trabalhador rural também será conseguida em meia hora.

Além disso, o presidente anunciou que, também em junho, os trabalhadores que alcançarem o direito à aposentadoria passarão a receber em suas casas um comunicado da Previdência informando o fato e o valor do salário que têm direito a receber. "É um comprometimento público que estou fazendo com os companheiros da Previdência Social", disse.

"Estamos retribuindo ao contribuinte da Previdência Social aquilo que é a cidadania que ele tem direito", afirmou Lula. "Se para cobrar nós somos tão precisos, para devolver o dinheiro, temos que chegar próximo à perfeição", completou.

17:20
Anónimo disse...
Economia Nacional
Salário maternidade sairá em 30 minutos, diz ministro

Toda trabalhadora autônoma que tiver contribuído pelo menos 10 meses com o Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) - ou as que possuírem carteira assinada - poderão receber em 30 minutos o salário maternidade a partir desta terça-feira. Da mesma forma, as mulheres com 30 anos de contribuição e os homens com 35 anos também terão direito ao benefício de forma mais rápida. A informação é do ministro da Previdência Social, José Pimentel.

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Para requerer o salário maternidade, é preciso que as autônomas levem a carteira de identidade e o carnê de contribuição. As demais trabalhadoras devem apresentar a identificação e a carteira de trabalho. Desde o início do mês, a nova forma de análise para a concessão de benefícios foi adotada para a aposentadoria por idade do trabalhador urbano e agora foi estendida para o salário maternidade e por tempo de contribuição.

O ministro disse que a qualificação do serviço da previdência social é o reconhecimento do direito dos trabalhadores e da afirmação da cidadania.

"Até pouco tempo na cabeça do cidadão o serviço devia ser de péssima qualidade. Agora não, nós modificamos toda a legislação no mês de dezembro numa ação conjunta do Congresso Nacional com o governo federal. Estamos implantando e concedendo os benefícios em até 30 minutos", afirmou.

O ministro destacou que para conseguir se aposentar ou ter acesso à licença maternidade em 30 minutos, em primeiro lugar, é necessário que o cidadão esteja vinculado à Previdência, o que inclui 65% da população acima de 16 anos de idade.

"Depois bastar marcar pelo sistema 135 o dia e a hora do atendimento e levar a documentação. Se todos os dados necessários estiverem corretos o contribuinte será atendido em até 30 minutos, como vem sendo feito com as aposentadorias por idade desde o dia cinco de janeiro", explicou.

Pimentel disse ainda que em 90% das agências da previdência social o atendimento é marcado em até 48 horas. Nos grandes centros, entretanto existe um volume maior o que torna mais lento o processo.

"Estamos criando mais 715 agências até 2010, em todo o território nacional, para descentralizar o atendimento. Em 2008, atendemos 295 mil benefícios e aposentadorias por idade. Temos 4 mil pessoas por dia procurando e se aposentando por idade no território nacional. Este serviço será agilizado", concluiu.
17:28
Anónimo disse...
Giuseppe Englaro, pai de Eluana, a italiana que morreu na segunda-feira passada por desidratação, recusou uma grande soma de dinheiro de um conhecido fotógrafo italiano que queria retratar a filha em estado de coma, disse neste sábado o neurologista que atendia a mulher desde 1996, Carlo Defanti.

O neurologista, que participou hoje de uma conferência sobre eutanásia, disse que Englaro respeitou a vontade da filha, que, antes do acidente, tinha pedido que, se lhe ocorresse qualquer coisa irreversível, apresentasse sua imagem de quando estava em boas condições.

Antes de sofrer o acidente de trânsito, em 1992, Eluana viveu o coma de um amigo, Alessandro, o que causou forte impacto na italiana e a levou a fazer o pai prometer que não a deixasse viver em estado vegetativo, disse o próprio Giuseppe Englaro.

Defanti, que dissera que Eluana poderia viver de dez a 12 dias depois da suspensão da alimentação e da hidratação, disse que, como médico, tinha que reprovar esta afirmação.

"Não se pode sobreviver após três ou quatro dias sem líquido e, em particular, água em um corpo. Sabemos bem que, quando há um terremoto, após quatro dias é difícil encontrar sobreviventes".

Defanti ressaltou que Eluana "não falava, não se comunicava com o exterior" e que, após vários exames, "nos deparamos com uma moça que tinha perdido a consciência", porque estava com o córtex cerebral prejudicado.

Eluana foi enterrada na quinta-feira passada no túmulo da família na localidade de Paluzza, em Udine, após um funeral que não contou com a presença dos pais.

16:53
Anónimo disse...
Os bombeiros combatem neste sábado os incêndios na Austrália favorecidos pelo bom tempo, enquanto os deslocados encotram em seu retorno casas derruídas, carros queimados nas ruas e destruição.

Depois de sete dias desde que começaram os incêndios no Estado de Victoria, a lista de mortos chega a 181, os desaparecidos somam 50, os edifícios destruídos totalizam 1,834 mil e o terreno arrasado, principalmente florestas, ocupa uma área de 4,13 mil quilômetros quadrados.

As equipes de bombeiros, formadas por 4 mil profissionais de Victoria, de outras partes da Austrália e de países amigos, combateram hoje 12 focos fora de controle e nenhum representava uma ameaça direta para a população.

O subdiretor do Serviço de Bombeiros, Geoff Conway, disse que este tempo favorável, que se prolongará durante o domingo, permite consolidar as linhas de contenção e avançar na extinção das chamas.

Cinzas apareceram arrastadas por ventos do nordeste sobre Melbourne, onde habitam 3,8 milhões de pessoas, e as autoridades alertaram aos cidadãos do risco para a saúde de idosos, crianças e pessoas com problemas respiratórios.

O número de pessoas deslocadas - a Cruz Vermelha chegou a receber 7 mil - começou a cair com a abertura de algumas localidades atingidas.

Os incêndios, alguns criminosos, começaram em 7 de fevereiro, quando a região sul da Austrália estava há duas semanas sob uma onda de calor sem precedentes.

Na sexta-feira passada, a polícia acusou uma pessoa de ter provocado o incêndio que atingiu a localidade de Churchill e matou 21 pessoas.

16:55
Anónimo disse...
A primeira chuva em seis dias reduziu a ameaça de incêndios no Estado de Victoria, ao sul da Austrália. As autoridades, porém, advertiram que ainda existem 12 focos, mas que nenhum deles ameaça áreas povoadas.

Mais de quatro mil bombeiros, mil provenientes de outras partes do país e de outras nações, trabalham contra o fogo. Cerca de 600 veículos e 28 helicópteros e pequenos aviões estão sendo usados.


Eles conseguiram construir linhas de contenção para evitar os incêndios de Yarra e Maroondah se juntassem. Também foram controlados os incêndios abertos de Yea e Murrindindi, que ameaçavam as comunidades de Connellys Creek, Crystal Creek, Scrubby Creek e Native Dog Creek.

O número de mortos chegou a 181, mas as autoridades acreditam que as vítimas devem passar de 200, já que ainda há muitos desaparecidos.

16:55
Anónimo disse...
Aqui nesta coluna, na semana passada, tive a oportunidade de comentar sobre a recente visita do professor brasileiro Pedrinho Guareschi à Austrália. Não dei, porém, os fatos, pois semana passada o assunto era outro.

Hoje, porém, vamos a eles.

No último dia 4 de fevereiro, aconteceu o Seminário "Paulo Freire: Education and Liberation", organizado pelo centro de estudos latino-americanos da Universidade Nacional da Austrália, ou ANU, como é mais conhecida por aqui.

A ANU, para quem não sabe, está entre as 20 melhores universidades do mundo! E tem sede aqui em Camberra, capital da Austrália.

Na abertura do evento, o professor John Minns, diretor do centro latino-americano, ao dar boas-vindas ao público presente, lembrou ser aquele o primeiro seminário exclusivamente dedicado a Paulo Freire na Austrália.

Em seguida, convidou Pedrinho Guareschi, palestrante principal do Seminário, a fazer sua apresentação.

A plateia pode então conhecer, pelas palavras de Pedrinho, um pouco da obra e da vida de Freire, esse brasileiro de fé e valor, que sempre acreditou na educação, sobretudo dos menos favorecidos, analfabetos, como força libertadora.

Como não podia deixar de ser, os conceitos e ideias revolucionários de Paulo Freire, expostos com clareza por Pedrinho, despertaram o interesse e a curiosidade de plateia. A qual, deve-se notar, era na maioria de estudantes, mas de várias nacionalidades, sobretudo australianos e asiáticos.

Na continuação do programa do seminário, que se estendeu por dois dias, outros professores fizeram palestras sobre temas ligados à obra de Paulo Freire.

Interessante, por exemplo, saber que a professora Anne Hickling-Hudson, jamaicana que mora na Austrália há muitos anos (é professora da ANU), conheceu e trabalhou com Freire num workshop educacional durante a revolução na Ilha de Granada, em 1980, antes da invasão dos Estados Unidos...

Ou, então, a palestra da Professora Gerda Roelvink, da Nova Zelândia, que participou do Fórum Social de Porto Alegre em 2005. E essa participação transformou-se em tema de doutorado.

No dia 10, terça-feira passada, o padre Pedrinho Guareschi voltou a falar ao público australiano em grande auditório localizado no belíssimo campus da ANU. Desta vez, sobre a Teologia da Libertação.

Depois da palestra, John Minns mostrou o filme mexicano "O Crime do Padre Amaro", no qual um dos personagens é um padre católico praticante da Teologia da Libertação.

Mais uma vez, foi grande o intersse da platéia, que pode aprender e conhecer um pouco como se desenvolveu aquele importante movimento católico na América Latina.

Fica, assim, ao Pedrinho, bem como a outros brasileiros estudiosos e de bom coração que saem pelo mundo a divulgar aspectos importantes da cultura brasileira, o respeito e a homenagem desta coluna. E... aquele abraço!

16:57
Anónimo disse...
Amanda Kitts perdeu o braço esquerdo em um acidente de automóvel acontecido três anos atrás, mas hoje em dia ela joga futebol americano com seu filho de 12 anos de idade, troca fraldas e abraça as crianças nas três creches Kiddie Cottage que opera em Knoxville, Tennessee. Kitts, 40 anos, faz tudo isso com a ajuda de um novo tipo de braço artificial que se movimenta com mais facilidade do que outros aparelhos e que ela pode controlar utilizando apenas seus pensamentos.

"Eu sou capaz de mexer a mão, o pulso e o cotovelo ao mesmo tempo", diz. "Você pensa e os músculos se movem em seguida".

A recuperação que ela conseguiu resulta de um novo procedimento que vem atraindo crescente atenção porque permite que pessoas movam braços protéticos de forma mais automática do que faziam no passado, simplesmente utilizando nervos reaproveitados em seus cérebros.

A técnica, conhecida como "renervação muscular dirigida", envolve utilizar os nervos que restam depois da amputação de um braço e conectá-los a outro músculo do corpo, em geral no peito. Eletrodos são instalados sobre os músculos do peito, e operam como se fossem antenas. Quando a pessoa deseja mover o braço, o cérebro envia sinais que primeiro resultam em contração dos músculos do peito, os quais enviam um sinal ao braço protético, instruindo-se a se movimentar. O processo não requer mais esforços consciente do que a pessoa teria de exercitar caso ainda tivesse seu braço natural.

Na terça-feira, pesquisadores reportaram em estudo publicado pela versão online do Journal of the American Medical Association que haviam levado a técnica ainda mais à frente, tornando possível a execução de 10 movimentos de mão, pulso e cotovelo diferentes, o que representa uma substancial melhora com relação ao típico repertório protético, que em geral envolve apenas dobrar o cotovelo, girar o pulso e abrir a mão.

"Os novos métodos tiveram impacto dramático em nosso campo de trabalho", disse Stuart Harshbarger, engenheiro biomédico na Universidade Johns Hopkins e diretor do programa de pesquisa sobre próteses, financiado pelas forças armadas, que inclui o trabalho com essa técnica. "O método já está em uso por médicos e cirurgiões comuns em todo o país. A capacidade de controlar um membro protético bastante robusto que ele confere surpreendeu a todos pela qualidade".

Tipicamente, uma pessoa que tenha um braço protético só é capaz de executar alguns poucos movimentos, e muitas vezes com tamanha lentidão que isso só permite a ela atividades limitadas.

Há um motor separado para cada movimento, diz Gerald Loeb, professor de engenharia biomédica na Universidade do Sul da Califórnia, "e esses motores precisam ser controlados de maneira explícita", usualmente por um esforço consciente da pessoa para contrair músculos nas costas ou no bíceps.

"Essencialmente, até agora os pacientes controlavam apenas um motor de cada vez", diz Loeb, "e precisavam pensar cuidadosamente sobre que motor desejavam controlar e como fazê-lo operar, em lugar de simplesmente pensarem em mover o braço e poderem fazê-lo sem delongas".

Antes que Kitts passasse pelo procedimento de renervação, em outubro de 2007, por exemplo, ela precisava movimentar os músculos de suas costas de determinada maneira para fazer com que seu pulso girasse, e flexionar seu bíceps e tríceps para fazer com que o cotovelo se movesse para cima e para baixo. "Era muito trabalho", ela conta. "E não me ajudava muito".

O procedimento de renervação é parte de uma recente explosão de idéias novas e técnicas inovadoras que estão sendo exploradas enquanto os cientistas se esforçam por ajudar as pessoas a compensar melhor a perda de membros ou problemas de paralisia. O esforço vem sendo alimentado pelo aumento no número de amputações causado por diabetes e por ferimentos sofridos pelos militares, e ao mesmo tempo pelos avanços na tecnologia médica.

Os braços se tornaram um dos focos essenciais desse tipo de trabalho. A ciência há muito vem obtendo sucessos no desenvolvimento de próteses de perna, mas é muito mais difícil imitar a complexidade e a destreza das mãos e dos braços.

Os esforços em curso incluem o desenvolvimento de projetos de pele e braços mais sensíveis e mais flexíveis, e o uso de dispositivos acionados por controles sem fio implantado nos braços protéticos, que permitiriam movimentos mais naturais.

Os pesquisadores também vêm usando sensores implantados nos cérebros de cobaias para permitir que dois macacos controlem um braço mecânico, e um teste com um homem paralítico permitiu, com esse método, que ele movimentasse um cursor em uma tela de computador.

Alguns desses métodos, caso venham a ser aperfeiçoados plenamente e consigam aprovação das autoridades regulatórias da saúde, podem no futuro se tornar mais viáveis para os pacientes de amputações.

E embora a técnica da renervação não requeira aprovação das autoridades regulatórias porque é executada por meios cirúrgicos e emprega aparelhos já existentes, ela apresenta limitações que até mesmo seus criadores reconhecem, entre as quais o fato de que não se pode utilizá-la para todos os pacientes, o seu alto custo e o prazo de meses requerido para que os nervos reconectados cresçam e se tornem efetivos.

Ainda assim, os especialistas dizem que é o mais avançado sistema em uso hoje para pacientes reais que permite que o sistema nervoso controle diretamente o movimento de um braço artificial.

Desde sua introdução por Todd Kuiken, médico fisioterapeuta e engenheiro biomédico do Instituto de Reabilitação de Chicago, o método foi empregado em cerca de 30 pacientes nos Estados Unidos, Canadá e Europa, entre os quais oito soldados feridos no Iraque e no Afeganistão.

Muitos dos pacientes, entre os quais o primeiro, Jesse Sullivan, um operário do setor elétrico no Tennessee que perdeu os dois braços quando foi eletrocutado por um cabo, conseguem não apenas manipular seus braços protéticos mas sentir a presença das mãos que já não têm quando alguém toca em seus peitos.

Sullivan, 62 anos, e Kitts, estavam entre os cinco pacientes que participaram do estudo reportado na terça-feira. Em companhia de cinco outras pessoas que não passaram por amputações, eles receberam os eletrodos e foram instruídos a usar pensamentos para fazer com que um braço virtual na tela reproduzisse 10 movimentos diferentes, entre os quais três formas diferentes de aperto de mão.

Os pacientes apresentaram desempenho bastante respeitável, apenas um pouco mais lento e menos preciso do que os dos participantes que não tinham amputações.

"As velocidades de movimento que encontramos em nossos pacientes foram realmente encorajadoras", disse Kuiken. "Eles conseguiram completar a tarefa. É claro que não foram tão competentes quanto as pessoas dotadas de plena capacidade física, mas foram bons o bastante".

Um braço virtual foi usado porque a maioria das próteses existentes não era capaz de acomodar todos aqueles movimentos, no momento da pesquisa, ainda que Sullivan, Kitts e uma terceira paciente, Claudia Mitchell, tenham experimentado dois novos protótipos mais versáteis de braços artificiais, executando tarefas complexas com bolas de tênis e outros objetos.

O trabalho de renervação em soldados apresenta outros desafios, diz Kuiken, porque os ferimentos militares muitas vezes "causam danos muitos extensos" a nervos, músculos ou ossos.

Daniel Acosta, 25 anos, um aviador ferido pela detonação de uma bomba em uma estrada do Iraque em 2005, passou pelo procedimento no ano passado e diz que seu braço esquerdo protético agora se movimenta "muito mais rápido" e de maneira muito mais natural.

"A diferença é que agora não preciso mais pensar para mover o braço", ele diz. "Ele simplesmente se mexe".

Ainda assim, Acosta, de San Antonio, diz que "o processo foi bastante longo" e que os eletrodos precisam ser ajustados para receber os sinais à medida que os nervos crescem ou mudam de posição.

E embora elogiem o método, os especialistas afirmam que a ciência das próteses de braço ainda tem muito por avançar.

"Trata-se de uma parte crucial, mas ainda assim apenas uma parte, das muitas coisas que compreendem a função normal de um braço", disse Loeb, que escreveu um editorial que acompanha o artigo no Journal of the American Medical Association.

"No momento estamos a meio do caminho entre o braço de 'Dr. Fantástico', que fazia involuntariamente a saudação nazista, e o braço de Luke Skywalker em 'Guerra nas Estrelas', que funciona sem nenhum problema assim que é conectado. Creio que precisaremos ainda de muitos anos para conectar todas as peças necessárias a produzir um braço capaz de funcionar normalmente".

17:04
Anónimo disse...
A Espanha disse neste sábado que está preparando uma reclamação oficial contra a decisão da Venezuela de expulsar um membro do Parlamento Europeu que criticou o conselho eleitoral venezuelano.
Luis Herrero, membro do partido conservador espanhol PP, foi deportado na sexta-feira depois que o Conselho Nacional Eleitoral (CNE) o acusou de questionar a imparcialidade da instituição antes de um referendo que pode permitir ao presidente Hugo Chávez permanecer no cargo indefinidamente.

Herrero estava na Venezuela como observador do referendo. Ele acusou Chávez de ter "comportamentos típicos de um ditador" por pedir a contenção de manifestações da oposição.

O governo da Espanha convocou um encontro com o embaixador da Venezuela em Madri para expressar a desaprovação sobre a expulsão de Herrero, disse um representante do Ministério das Relações Exteriores espanhol.

As relações da Venezuela com a Espanha tiveram seu ponto crítico em 2007, quando Chávez ameaçou rever acordos diplomáticos e comerciais depois de ouvir um "cala a boca" do rei espanhol Juan Carlos durante uma cúpula.

A fenda foi oficialmente reparada em 2008, com uma visita oficial de Chávez à Espanha, onde ele cumprimentou o rei e discutiu acordos para investimento no setor petroquímico com o primeiro-ministro José Luis Rodriguez Zapatero.

17:06
Anónimo disse...
A polícia do Zimbábue anunciou neste sábado que acusa de traição Roy Bennett, dirigente do até agora opositor Movimento para a Mudança Democrática (MDC), detido na sexta-feira, em Harare, poucas horas antes da cerimônia de posse dos membros do novo gabinete.

"A Polícia nos informou que vão apresentar acusações de traição", disse à agência EFE o advogado de defesa de Bennett, Trust Maanda.

"Tentam relacionar Roy com o caso de Mike Hitschmann, que foi detido em 2006 em relação à descoberta de um carregamento de armas, apesar de que Hitschmann não tenha sido declarado culpado das acusações de traição apresentadas contra ele, mas de um crime menor de descumprimento de leis", disse Maanda.

O político opositor, designado por seu partido como vice-ministro de Agricultura no Governo de união nacional, esteve no exílio na vizinha África do Sul desde 2006 e retornou ao Zimbábue há duas semanas.

Segundo a Polícia, que deteve Bennett ontem no aeroporto de Harare quando pretendia ir à África do Sul para visitar sua família, as armas apreendidas em 2006 seriam utilizadas em um golpe de Estado para derrubar o presidente do Zimbábue, Robert Mugabe.

Depois da detenção, Bennet foi levado a Mutar, onde vários simpatizantes do MDC se concentraram em frente à delegacia na qual estava detido, diante do que a Polícia respondeu com tiros para o alto para dispersar os manifestantes.

17:07
Anónimo disse...
Austrália: 14 mil se candidatam a 'emprego dos sonhos'

A secretaria de Turismo de Queensland, na Austrália, informou que até esta segunda-feira já recebeu cerca de 14 mil inscrições para o "o melhor emprego do mundo". O Estado australiano promove pela internet seleção para vaga de "zelador" da ilha Hamilton, por seis meses com um salário de R$ 40 mil.

Muitos candidatos tiveram problemas durante a inscrição por conta dos acessos simultâneos ao site. A secretaria aconselha enviar os vídeos de 60s explicando porque deve ser escolhido em horários alternativos do dia, além de recomendar tamanho em torno de 40MB.

As inscrições começaram em 12 de janeiro e vão até o próximo dia 22 e podem ser feitas pelo site www.islandreefjob.com. O governo australiano escolherá 50 candidatos para a próxima fase da seleção, que terá votos do público para eleger um dos 11 finalistas.

A última fase terá entrevistas e desafios físicos, no próprio local de trabalho: as ilhas da Grande Barreira Coralina - o maior recife de coral do mundo. A secretaria de Turismo anunciará o vencedor no dia 6 de maio.

17:09
Anónimo disse...
Mercado elogia governo na crise, mas pede maior queda no juro

Peter Fussy
Direto de São Paulo

Desde as primeiras medidas anunciadas para combater os efeitos da crise, o governo brasileiro avisou que a estratégia não contemplaria um pacote. Seriam doses pontuais, de acordo com a necessidade da economia diante do agravamento das turbulências. Da primeira liberação dos depósitos compulsórios em setembro até a ampliação do seguro-desemprego na última quarta-feira, o governo passou por redução de impostos, ampliação de crédito e incentivos à exportação. Quase 150 dias após a primeira medida, o Terra conversou com líderes do setor público e privado, representantes dos trabalhadores, acadêmicos e com o próprio governo para saber quais destas ações foram mais eficazes, quais foram mais ineficientes e o que mais pode ser feito pelo Estado brasileiro contra a crise.

Os maiores elogios foram direcionados à atitude de reduzir o Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) para a indústria automobilística, anunciada em dezembro e que fez com que os emplacamentos de carros novos subissem 1,9% no primeiro mês do ano em relação a dezembro de 2008. Já as maiores críticas foram para a lentidão no corte da taxa básica de juro do País.

Para o presidente do conselho administrativo do Grupo Pão de Açúcar, Abílio Diniz, o Estado não é responsável pela crise e mesmo assim está agindo "com extrema serenidade e muito acerto". "O governo está atento, fazendo a sua parte. É preciso coragem de baixar firmemente a taxa de juros. É uma arma que temos a nosso favor, já que não há clima para inflação, nem possibilidade de danos para a macroeconomia", afirmou Diniz.

Na última reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), em janeiro, a taxa Selic foi reduzida em um ponto percentual, de 13,75% para 12,75% ao ano. Porém, o professor de economia da Universidade de Brasília (UnB) José Luiz Oreiro lembra que este corte representa uma redução de apenas 0,25 ponto percentual com relação à taxa de setembro do ano passado, quando a crise se agravou.

"Pouco antes da eclosão da crise, o Banco Central aumentou a taxa em 0,75 ponto. Foram cinco meses de demora para reduzir em termos líquidos apenas 0,25 ponto", afirmou o economista, que também sugeriu redução do intervalo de cerca de 90 dias entre as reuniões do Copom e o corte de pelo menos um 1 ponto percentual em cada reunião.

Mesmo com o corte de janeiro, a taxa de juros real continua sendo a maior do mundo, lembrou o secretário-geral da Força Sindical, João Carlos Gonçalves, o Juruna. "A redução da taxa de juro ainda é pequena, porque ela continua uma das mais altas do mundo. Falta ousadia para baixar os juros e ajudar o cidadão. A permanência da taxa de juro alta é negativa para o País em meio a crise", afirmou Juruna.

Embora aprove as ações do governo, o senador Aloízio Mercadante (PT-SP) também acredita que o patamar da Selic está muito alto. "Sempre fomos os primeiros a entrar em qualquer crise, o que não aconteceu agora. A taxa Selic ainda é muito alta, mas o governo têm tomado medidas acertadas, como o aumento do salário mínimo, mesmo com um cenário de crise. Isso ajuda a movimentar o consumo. O governo está se esforçando para manter os investimentos e o crescimento", disse.

Tributos
De acordo com o economista Fabio Pina, da Fecomercio-SP, as ações mais positivas estão relacionadas à redução de tributos para alguns segmentos, como a indústria automobilística, que recuperou parte da queda nas vendas em janeiro com a isenção do IPI para carros 1.0 l e o corte para demais motorizações. A medida vale até o final de março.

"Essas medidas não só reduziram o preço, mas anteciparam o consumo daqueles que iriam comprar no futuro, dando um prêmio por conta da insegurança. Mexe diretamente com o principal problema que é a confiança do consumidor", afirmou. Juruna destacou que um bom ritmo de vendas é garantia de emprego. "É importante porque cada emprego na montadora significa 19 na cadeia produtiva", comentou o representante da Força Sindical.

Também em dezembro, o governo decidiu cortar pela metade a alíquota do Imposto de Renda para contribuintes que ganham entre R$ 1.434 e R$ 2.150 mensais. "O salário aumentava e a tabela não se modificava. As pessoas ganhavam mais e pagavam mais impostos", apontou Juruna. Outra redução de tributos do governo foi com relação ao Imposto sobre Operações Financeiras (IOF), que caiu de 3% ao ano para 1,5%.

Crédito
Na segunda metade de 2008, o colapso de bancos nos Estados Unidos por conta da crise do subprime provocou uma forte restrição de crédito no mundo inteiro. Uma das primeiras medidas anticrise do governo teve como objetivo restabelecer a oferta, com mudanças no recolhimento dos depósitos compulsórios por parte dos bancos. Segundo o presidente do Banco Central, Henrique Meirelles, as diversas modificações liberaram US$ 99,2 bilhões aos bancos até o final de janeiro.

Além disso, o governo concedeu R$ 36 bilhões das reservas internacionais para empresas brasileiras com dívidas no exterior e uma medida provisória autorizou o Banco do Brasil e a Caixa Econômica Federal a comprar carteiras de crédito de bancos privados. Para o diretor do Departamento de Pesquisas e Estudos Econômicos da Fiesp, Paulo Francini, estas medidas foram essenciais para combater os efeitos da crise.

"A crise se desenvolve no mundo em torno do tema crédito. E o crédito reduziu-se barbaridade no mundo. Então o governo lança mão de compulsório, lança mão de reservas, de medidas que permitem aos bancos comprar carteiras de bancos. Você vai tomando várias medidas para atender às demandas e o epicentro disso é crédito", afirmou.

No entanto, Oreiro, da UnB, adverte que a liberação dos compulsórios seria mais eficiente acompanhada de redução mais agressiva da taxa básica de juro. "Uma parte do crédito voltou, depois da forte retração em outubro e novembro. O que deveria ter sido feito junto à liberação do compulsório era uma redução mais drástica da taxa de juro. Sem isso, os bancos pegam as reservas e acabam comprando títulos públicos", explicou o economista.

Na opinião de Pina, as ações de distribuição de crédito via redução do compulsório e a disposição de capital de giro para empresas foram tomadas sem um cuidado maior na operação e não tiveram muito efeito. "O BNDES tem linhas que ficam paradas quase todo o ano, agora é pior ainda. Existem os recursos, mas as empresas e os bancos estão desconfiados. É preciso fazer com que os bancos tenham interesse em emprestar", afirmou o economista da Fecomercio-SP.

Futuro
Mesmo com todas essas medidas, a crise financeira ainda gera incertezas nos setores produtivos do País. Nos últimos meses, o medo do desemprego fez os consumidores adiarem compras. Por sua vez, a queda nas vendas pode obrigar as indústrias a cortarem a produção e demitir funcionários. Contra isso, empresários sugerem redução de jornada e de salários.

"Isto está previsto em lei. A Fiesp simplesmente manteve conversações com entidades sindicais quanto à aplicação daquilo que já está previsto em lei", afirmou Francini.

Segundo a ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff, uma das medidas que assegura um nível de emprego é a manutenção de investimentos no Programa de Aceleração do Crescimento (PAC). "Estamos esperando que a dificuldade ocorra em janeiro, fevereiro e março. Estamos certos que vamos manter o nível de investimento. É isso que funciona, é isso que significa investimento público. Ele funciona como um colchão. Por isso, nós colocamos R$ 100 bilhões no BNDES e a Petrobras ampliou o seu investimento em R$ 120 bilhões", afirmou.

Na mesma linha, Pina explica que a antecipação de gastos do governo substitui parte da demanda retraída do setor privado. "Ele dá o seguinte recado: não vou estourar as contas públicas, mas concentrar em um momento em que a demanda privada está pequena. Mas o governo não tem fôlego suficiente para fazer o papel de toda demanda", ressaltou. O economista da Fecomercio lembrou que a entidade já pleiteou junto ao governo isenções para transferência de imóveis e de automóveis, além de retirar o IPVA para veículos novos.

Já Oreiro foca suas propostas na capitalização do Banco do Brasil e da Caixa Econômica Federal pelo Tesouro para atender a demanda de crédito para capital de giro e reduzir o spread. "Aumentando o empréstimo e reduzindo as taxas, os dois vão forçar os bancos privados a acompanhar o movimento, até para não perderem participação no mercado", explicou o economista da UnB.

Até o Carnaval, o governou prometeu detalhar um pacote de incentivos para a construção de até um milhão de casas populares, direcionado a famílias com renda de até dez salários mínimos. "Estamos atentos a tudo o que está acontecendo e novas medidas serão tomadas caso haja uma avaliação de que sejam necessárias", disse o ministro da Fazenda, Guido Mantega, na última sexta-feira.

17:11
Anónimo disse...
Ex-ministro critica extensão do seguro-desemprego

Atualizada às 09h03

O ex-ministro do Trabalho Almir Pazzianotto criticou a decisão do governo federal de conceder o seguro-desemprego estendido a apenas alguns setores. "É certamente odioso e provavelmente inconstitucional", disse Pazzianotto, de acordo com o jornal O Estado de S. Paulo.

Na última qurta, dia do anúncio da medida, centrais sindicais elogiaram a atitude do governo. A Força Sindical divulgou nota dizendo que "o aumento ajudará a aquecer parte da economia, já que irá gerar mais consumo, produção e conseqüentemente, a criação de novos postos de trabalho". A União Geral dos Trabalhadores (UGT) afirmou que a medida "contribuirá para minimizar o drama dos trabalhadores que perderem seu emprego por conta da crise".

O ex-ministro, que instituiu o seguro-desemprego no País no governo de José Sarney, destacou a necessidade de as centrais sindicais se manifestarem contra a determinação. Para ele, as mudanças devem ser aplicadas a todas as categorias profissionais e a distinção é contrária ao artigo 3º da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT).

Pazzianotto atribui a medida a um possível temor do governo de que a crise econômica seja longa e não haja dinheiro para atender a todas as necessidades. Ainda assim, ele se mostra contrário ao método de concessão. "O seguro-desemprego ajuda a sanar necessidades básicas. Estendê-lo é paliativo, não a solução", disse ao jornal.

De acordo com o presidente do Conselho Deliberativo do Fundo de Amparo ao Trabalhador (Codefat) e conselheiro da Força Sindical, Luiz Fernando Emediato, a determinação já estava prevista na lei 8.900/94, que trata do seguro-desemprego.

O presidente da Comissão de Trabalho da Câmara, Pedro Fernandes (PTB-MA) vai além na crítica à concessão do seguro para apenas alguns setores. Ele acredita que a ampliação do benefício estimula o desemprego.

Quintino Severo, secretário geral da Central Única dos Trabalhadores (CUT), lembra que a ampliação do benefício sem critério e identificação pode incentivar demissões em outros setores.

17:13
Anónimo disse...
Empresas
TAM faz promoção para destinos internacionais

A companhia aérea TAM anunciou nesta sexta-feira tarifas promocionais para trechos internacionais. Os preços valem para bilhetes comprados entre 6h deste sábado e 23h59 deste domingo e são válidos para classe econômica. As tarifas, para ida e volta, serão vendidas a partir de US$ 99, mais taxas.

Segundo a aérea, a promoção vale para viagens feitas no período de 14 de fevereiro a 18 de junho de 2009. Para destinos na América do Sul, a permanência mínima é de dois dias; para bilhetes com destino nos Estados Unidos, cinco dias; e Europa, sete dias. A permanência máxima para as passagens para América do Sul e EUA é de dois meses e para Europa, três meses.

Entre os exemplos de tarifas promocionais, a TAM oferece São Paulo-Lima por US$ 99. Bilhetes para a rota São Paulo-Santiago serão vendidos a partir de US$ 199 e São Paulo-Nova York, US$ 799.

A emissão dos bilhetes deve ser feita obrigatoriamente no ato da reserva, obedecendo às regras estipuladas pela companhia. A compra está sujeita à disponibilidade de assentos nas classes tarifárias determinadas, trechos, horários e datas. A TAM afirmou que também há tarifas promocionais para a classe executiva.

Mais informações podem ser encontradas no site promocional (www.ofertastam.com.br), no site da empresa (www.tam.com.br) ou pelos telefones 4002-5700 ou 0800 5705700.

17:13
Anónimo disse...
Empresas
Consultoria negocia compra do parque temático Hopi Hari

A consultoria especializada em reestruturação de empresas Íntegra Associados informou nesta sexta-feira ter um acordo para comprar o parque de diversões Hopi Hari, localizado no interior de São Paulo. A empresa estaria disposta a investir R$ 10 milhões no parque, que tem dívida estimada em R$ 800 milhões. As informações são da edição deste sábado do jornal Folha de S. Paulo.

De acordo com o jornal, a transação ainda depende da negociação entre o Hopi Hari e seus credores, o que já estaria em andamento.

A consultoria paulista já atuou junto à Parmalat, durante 30 meses, quando reorganizou a gestão da empresa italiana.

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17:14
Anónimo disse...
Empresas
Disney de Tóquio contratará mais 2 mil apesar da crise


A Oriental Land, o operador da Disneylândia Tóquio e DisneySea, organizou neste domingo entrevistas para contratar cerca de 2 mil trabalhadores em tempo parcial, em um momento de grandes demissões deste tipo de empregados no Japão.

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O operador deste parque temático, situado em Urayasu, na província de Chiba (leste de Tóquio), está em pleno processo de seleção de empregados para 20 tipos de postos trabalhistas diferentes.

Segundo a companhia, citada pela agência local de notícias Kyodo, o parque contratará novos trabalhadores para as atrações, para os restaurantes e guardas de segurança entre outros. Os novos contratados começarão a trabalhar a partir de fevereiro.

O processo de seleção acontece em um momento em que a maioria das grandes companhias japonesas começaram a se ver obrigadas a despedir uma elevada percentagem de seus trabalhadores temporários e a tempo parcial.

Algumas inclusive anunciaram demissões de seus trabalhadores fixos, uma medida muito pouco comum nas companhias japonesas, perante os efeitos piores que o esperado pela crise econômica global.

Cerca de uma centena de pessoas esperavam desde a primeira hora desta manhã a abertura do centro de conferências Tokyo International Forum, onde as entrevistas estão sendo feitas, para ser os primeiros a solicitar os postos de trabalho.


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17:15
Anónimo disse...
Economia Internacional
Senado dos EUA aprova plano de estímulo à economia

O Senado dos Estados Unidos aprovou com 60 votos a favor e 38 contra o plano de estímulo à economia de US$ 787 bilhões na madrugada deste sábado. Agora, ele segue para sanção ou veto do presidente Barack Obama, que espera colocar a lei em prática até o dia 16 de fevereiro.

O plano prevê a criação de três milhões de empregos, inclui cortes de impostos às famílias, fundos para programas sociais e obras públicas, além de ajuda aos governos estaduais, estudantes e desempregados.

A cláusula Buy American - que exige o uso de ferro, aço e produtos manufaturados dos Estados Unidos em obras realizadas com recursos do pacote - ficou de lado. Segundo o texto definitivo, a cláusula será aplicada sem violar as normas do comércio internacional.

Ontem à tarde, a Câmara de Representantes (deputados) havia aprovado, por 246 votos a favor e 183 contra, a versão final do plano. Todos os republicanos foram contrários ao pacote.

Pelo acordo de quarta-feira entre Câmara e Senado, em vez de custar US$ 819 bilhões, como queriam os deputados, ou US$ 838 bilhões como pretendiam os senadores, o pacote ficou em cerca de US$ 787 bilhões, com 65% desse total destinado a gastos do governo federal e 35%, a créditos tributários.

17:16
Anónimo disse...
Economia nacional
Na era Lula, aposentadoria sobe 54% menos que salário mínimo

Thatiane Faria
Especial para o Terra
Direto de São Paulo

Os índices de reajustes concedidos pelo governo em 2009 para aposentados e pensionistas e para o salário mínimo repetiram uma diferença que, só durante o governo de Luiz Inácio Lula da Silva, já chega a 54%. Enquanto o mínimo foi majorado em 12% este ano, as pensões e aposentadorias tiveram aumento de 5,92%. Aposentados que têm o benefício do governo como única fonte de renda reclamam que perdem poder de compra e que sua cesta de compras é composta por itens que aumentam mais em relação à inflação oficial.

Um exemplo prático pode ser entendido a partir da comparação entre um aposentado que ganhava R$ 600 em janeiro de 2003. Na época, o benefício era três vezes, ou 200%, maior que o valor do mínimo em vigência, que era de R$ 200. Aplicando-se os índices de reajuste para aposentadorias e para o mínimo durante os últimos seis anos, o mesmo aposentado estaria recebendo hoje R$ 938,47, comparado a um salário mínimo de R$ 465. A diferença entre os dois valores caiu para pouco mais de 100%.

Enquanto o índice acumulado de reajuste para a aposentadoria durante o governo Lula foi de 60%, para o salário mínimo está em 132%.

O diretor do Sindicato Nacional dos Aposentados, João Inocentini, reclama que os valores dos benefícios para aposentadorias não mantêm o poder de compra do grupo, principalmente dos aposentados que recebem menos que dez salários mínimos.

Nem mesmo o fato de o índice de reajuste das aposentadorias ter ficado acima da inflação acumulada no mesmo período (o IPCA entre janeiro de 2003 e janeiro de 2009 foi de 39,7%) serve de argumento, segundo os aposentados.

"Os idosos, principalmente, têm gastos além das contas gerais como gás, telefone e aluguel. Para eles o custo com remédios, e outros itens da área saúde costuma ser maior", afirmou Inocentini.

O presidente do sindicato afirmou que o grupo realiza um estudo com 100 itens de necessidade de um idoso para comparar o aumento dos produtos com o índice de reajuste do benefício recebido pelos aposentados.

"Daqui dois meses vamos abrir um processo na Justiça e levar essa pesquisa como prova. Segundo a lei, o governo é obrigado a manter o poder de compra com a aposentadoria", disse Inocentini.

Alternativas
O consultor financeiro Cláudio Boriola diz que os aposentados, especialmente nesse momento de crise econômica, devem evitar compras parceladas, pesquisar preços, negociar e fazer bom planejamento financeiro.

Segundo Boriola, alguns aposentados ganham um valor mensal muitas vezes insuficiente para o pagamento das contas e acabam pedindo crédito ou realizando pagamentos a prazo e são obrigados a pagar juros altos.

Na opinião do consultor, pagar uma previdência privada é uma alternativa indicada para quem ainda trabalha, considerando a característica de perda de poder de compra da aposentadoria.

"Na prática, infelizmente os valores encontram-se em um patamar que está deteriorando o poder de aquisição da população brasileira", completou Boriola.

De acordo com o diretor da Confederação Brasileira de Aposentados e Pensionistas (Cobap), Vicente Fernandes Barbosa, representantes dos aposentados tentarão um encontro com o presidente da Câmara, deputado Michel Temer (PMDB-SP), para discutir projetos que minimizem a perda dos aposentados

17:17
Anónimo disse...
Previdência
Previdência prorroga isenção de tarifas no benefício

O atual sistema de pagamento aos 26 milhões de aposentados e pensionistas do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) será mantido até o final deste ano. O acordo, que permite realizar a operação sem nenhum custo aos beneficiários, foi renovado nesta sexta-feira, entre o governo federal e 21 instituições financeiras.

Por meio desse acordo, vigente desde setembro de 2007, nem os segurados, nem os bancos e nem o governo arcam com o pagamento de tarifas, conforme explicou o ministro da Previdência Social, José Pimentel. A prorrogação vale até dezembro, data máxima para que a Previdência defina as regras para um novo contrato.

Ao assinar o termo de renovação, na sede da Federação Brasileira dos Bancos (Febraban), o ministro disse que a intenção do governo é mudar o atual modelo de gestão visando a reduzir os custos dessas operações em torno da folha mensal, que atinge R$ 15,8 bilhões. No entanto, qualquer alteração, conforme explicou, passará antes por audiências públicas a serem realizadas a partir do segundo semestre deste ano, atendendo a determinação do Tribunal de Contas da União (TCU).

De acordo com Pimentel, com um redesenho do mecanismo de repasse dos recursos aos bancos em torno da folha de pagamento dos segurados o que se busca é um aumento da participação de instituições financeiras. Ele informou que, desde 2007, cada benefício custa em média R$ 1,07 ao governo. "Quanto mais instituições financeiras estiverem prestando serviços à sociedade, maior é a competitividade, a agilidade no atendimento", justificou.

O ministro observou, ainda, que, para permitir uma redução para algo em torno de meia hora no tempo de atendimento para a concessão dos direitos previdenciários, o governo investiu R$ 280 milhões.

Questionado sobre o descontentamento dos segurados que ganham acima de um salário mínimo terem obtido apenas a correção com base na variação do Índice de Preços ao Consumidor (INPC) , ficando abaixo do reajuste dado a quem recebe apenas o mínimo, Pimentel argumentou que o governo seguiu o que determina a lei e descartou a possibilidade de uma revisão

17:17
Anónimo disse...
Empresas
Caterpillar oferece aposentadoria antecipada a 2 mil


A companhia americana Caterpillar ofereceu a cerca de dois mil funcionários incentivos para que se aposentem de forma voluntária antes do previsto, pela perspectiva de uma queda "significativa" da atividade industrial, informou nesta quarta-feira a empresa.

A iniciativa, destinada aos trabalhadores de diversas fábricas em Illinois, Colorado, Tennessee e Pensilvânia, se soma aos cortes de empregos anunciados em janeiro, explicou em comunicado de imprensa.

A empresa, a maior fabricante mundial de maquinaria pesada para a construção e a mineração, acrescentou que, "em função das condições de negócio, podem ser necessárias mais reduções de elenco voluntárias e involuntárias à medida que o ano avança".

O vice-presidente da companhia, Sid Banwart, explicou que a empresa prevê "demissões significativas em todas as regiões geográficas e na maioria dos setores devido às dificuldades da economia mundial".

17:18
Anónimo disse...
Comércio
Comércio exterior da OCDE caiu no 3º trimestre de 2008


As exportações e as importações dos países da Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Econômico (OCDE) caíram 1,6% e 0,2%, respectivamente, no terceiro trimestre de 2008, em relação aos três meses anteriores.

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Trata-se da primeira queda destas atividades desde o terceiro trimestre de 2006, segundo o último relatório trimestral sobre fluxos comerciais divulgado pela OCDE.

As exportações e as importações em dólares dos 30 Estados-membros caíram 15,6% e 17%, respectivamente, na comparação anualizada.

Por sua vez, o comércio dos sete países mais ricos do mundo (G7) teve um pequeno crescimento no terceiro trimestre de 2008 com uma queda das exportações de mercadorias de 0,2% em relação ao trimestre anterior e um aumento de 0,4% das importações.

Em termos anualizados, as importações do G7 caíram 1,4% entre julho e setembro do ano passado, seu primeiro retrocesso desde o terceiro trimestre de 2006, enquanto as exportações aumentaram 1,9%, seu crescimento mais baixo no mesmo tempo.

Por países, a Alemanha aumentou suas importações em 3,4% - valor mais alto do G7 -, enquanto suas exportações caíram 2,9% do segundo para o terceiro trimestre de 2008.

Pelo contrário, as exportações americanas aumentaram 1,8% entre julho e setembro de 2008, enquanto as importações caíram 0,7% em relação ao trimestre anterior. No Japão, tanto as importações quanto as exportações caíram em torno de 1% no mesmo período.

17:19
Anónimo disse...
Economia Nacional
Lula: juros de crédito consignado a aposentados são altos

Atualizada às 17h29

O presidente Luis Inácio Lula da Silva afirmou nesta terça-feira, em São Paulo, que está lutando para reduzir as taxas de juros cobradas de aposentados em crédito consignado. A Previdência Social estabelece uma taxa máxima de 2,5% para empréstimo e de 3,5% para cartão. Para Lula, os valores são altos.

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"Acho que o juro que os aposentados estão pagando hoje com o crédito consignado é alto para o padrão brasileiro", disse o presidente durante a cerimônia de comemoração dos 86 anos do INSS.

A Previdência anunciou nesta terça-feira que aposentados e trabalhadoras com licença-maternidade poderão receber seus benefícios em 30 minutos. De acordo com Lula, em junho, a aposentadoria do trabalhador rural também será conseguida em meia hora.

Além disso, o presidente anunciou que, também em junho, os trabalhadores que alcançarem o direito à aposentadoria passarão a receber em suas casas um comunicado da Previdência informando o fato e o valor do salário que têm direito a receber. "É um comprometimento público que estou fazendo com os companheiros da Previdência Social", disse.

"Estamos retribuindo ao contribuinte da Previdência Social aquilo que é a cidadania que ele tem direito", afirmou Lula. "Se para cobrar nós somos tão precisos, para devolver o dinheiro, temos que chegar próximo à perfeição", completou.

17:20
Anónimo disse...
Economia Nacional
Salário maternidade sairá em 30 minutos, diz ministro

Toda trabalhadora autônoma que tiver contribuído pelo menos 10 meses com o Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) - ou as que possuírem carteira assinada - poderão receber em 30 minutos o salário maternidade a partir desta terça-feira. Da mesma forma, as mulheres com 30 anos de contribuição e os homens com 35 anos também terão direito ao benefício de forma mais rápida. A informação é do ministro da Previdência Social, José Pimentel.

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Para requerer o salário maternidade, é preciso que as autônomas levem a carteira de identidade e o carnê de contribuição. As demais trabalhadoras devem apresentar a identificação e a carteira de trabalho. Desde o início do mês, a nova forma de análise para a concessão de benefícios foi adotada para a aposentadoria por idade do trabalhador urbano e agora foi estendida para o salário maternidade e por tempo de contribuição.

O ministro disse que a qualificação do serviço da previdência social é o reconhecimento do direito dos trabalhadores e da afirmação da cidadania.

"Até pouco tempo na cabeça do cidadão o serviço devia ser de péssima qualidade. Agora não, nós modificamos toda a legislação no mês de dezembro numa ação conjunta do Congresso Nacional com o governo federal. Estamos implantando e concedendo os benefícios em até 30 minutos", afirmou.

O ministro destacou que para conseguir se aposentar ou ter acesso à licença maternidade em 30 minutos, em primeiro lugar, é necessário que o cidadão esteja vinculado à Previdência, o que inclui 65% da população acima de 16 anos de idade.

"Depois bastar marcar pelo sistema 135 o dia e a hora do atendimento e levar a documentação. Se todos os dados necessários estiverem corretos o contribuinte será atendido em até 30 minutos, como vem sendo feito com as aposentadorias por idade desde o dia cinco de janeiro", explicou.

Pimentel disse ainda que em 90% das agências da previdência social o atendimento é marcado em até 48 horas. Nos grandes centros, entretanto existe um volume maior o que torna mais lento o processo.

"Estamos criando mais 715 agências até 2010, em todo o território nacional, para descentralizar o atendimento. Em 2008, atendemos 295 mil benefícios e aposentadorias por idade. Temos 4 mil pessoas por dia procurando e se aposentando por idade no território nacional

Anónimo disse...

Angola, PJ, Diamantes e Cândida Vilar

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«Raul dos Santos Diniz capturado», 24 Horas, 25 Novembro 2008

Raul dos Santos Diniz, o homem que dizia ser irmão do Presidente angolano José Eduardo dos Santos, está preso no Brasil, para onde fugiu há 7 anos, tornando-se pastor evangélico. Agora espera na cadeia a extradição para Portugal por crimes de falsificação e burlas em solo luso, apurou o 24 Horas.
Segundo informações recolhidas pelo nosso jornal, Raul usava o nome de José Eduardo dos Santos para enganar empresários em Portugal.
Actualmente com 55 anos, o angolado Raul Diniz, foi preso em Abril pela Polícia Militar, em Araranguá, no Sul do estado de Santa Catarina, e entregue à Polícia Federal em Florianópolis. Na altura da sua detenção estava a chegar a casa ao volante de um jipe Grand Cherokee, preto, com matrícula do Rio de Janeiro.
Desde então que aguarda extradição para Portugal, tendo visto há dias negada a liberdade provisória pelo Supremo Tribunal Federal brasileiro, de acordo com o despacho que o 24 Horas teve acesso.

Guerra na PJ

Em Portugal, Raul dos Santos Diniz tornou-se mediático no final do verão de 2000, quando fez estoirar uma guerra na PJ.
Contra ele pendia um mandado internacional de captura, emitido por Luanda, via Interpol, que o então director da Direcção Central do Combate à Corrupção, Fraudes e Infracções Económico-Financeiras da PJ, o procurador Rosário Teixeira, ignorou, invocando "aguardar melhor esclarecimentos".
O angolano era procurado por falsificação e burla em negócios de diamantes de três milhões de dólares, mas em Portugal também tinha crimes pendentes.
A bronca estoirou quando a procuradora Cândida Vilar, do DIAP, questionou Vítor Chaves de Almeida, então director da Interpol em Lisboa, sobre o destino do foragido Raul dos Santos Diniz.
A situação acabou por ser resolvida pelo coordenador superior, entretanto aposentado, Sousa Martins - ex-director em Faro e na altura à frente da Área Económica na Polícia Judiciária de Lisboa - que acabou por prender efectivamente Raul dos Santos Diniz em casa, na Rua Bernardo Santareno, em Santarém.
O angolano esteve dois anos em prisão preventiva mas acabou por ser libertado e fugiu para o Brasil.
O escândalo, na altura, foi tão grande que Luís Bonina, então director nacional da Polícia Judiciária mandou instaurar um inquérito interno, cujas conclusões nunca foram conhecidas.

Texto Valdemar Pinheiro: valdemar.pinheiro@24horas.com.pt

Anónimo disse...

Presidentes do G20 devem definir aportes a FMI, diz Meirelles

Líderes do G20, grupo que reúne grandes economias desenvolvidas e em desenvolvimento, decidirão em seu encontro em abril o valor de novos aportes que serão repassados ao FMI, disse o presidente do Banco Central, Henrique Meirelles, neste sábado.

Meirelles disse que os valores específicos necessários para reforçar o Fundo Monetário Internacional não foram discutidos durante a reunião de ministros de Finanças do G20 na Inglaterra neste sábado, mas houve consenso de que isso precisa ser feito.

"Nós não chegamos a números aqui", disse Meirelles durante o encontro. "Agora, evidentemente as decisões específicas sobre números serão tomadas no encontro dos chefes de Estado".

Anónimo disse...

O ex-presidente americano Dick Cheney disse em entrevista a rede de TV CNN neste domingo que o governo de Barack Obama está deixando os americanos sob ameaça e abrindo o país para possíveis ataques terroristas ao mudar a política adotada por seu antecessor, George W. Bush.

Cheney afirmou que as técnicas "duras" de interrogatório, praticadas no governo, anterior eram "absolutamente necessárias" para evitar novos ataques como os que ocorreram em 11 de setembro de 2001, em Nova York e Washington.

"O presidente Obama fez campanha contra isto (política antiterrorismo de Bush) em todo o país e agora está fazendo algumas escolhas que, na minha opinião, vão, na verdade, aumentar o risco para o povo americano de um novo ataque", disse Cheney.

Desde que tomou posse, em janeiro, Obama anunciou planos de fechar a prisão de Guantánamo, em Cuba, a fim de impedir julgamentos militares de suspeitos de terrorismo e ordenou que os agentes da CIA seguissem as regras do manual do exército em interrogatórios.

O ex-vice-presidente aproveitou ainda para defender as decisões no que sdiz respeito à economia tomadas no governo Bush. Cheney afirmou que o governo do qual fez parte administrou múltiplas crises econômicas da melhor maneira possível.

A ocupação do Iraque também foi abordada por Cheney. O ex-vice-presidente defendeu a medida, tomada em 2003. "Conseguimos quase tudo o que nos propusemos a fazer", afirmou o republicano

Anónimo disse...

O ex-presidente americano Dick Cheney disse em entrevista a rede de TV CNN neste domingo que o governo de Barack Obama está deixando os americanos sob ameaça e abrindo o país para possíveis ataques terroristas ao mudar a política adotada por seu antecessor, George W. Bush.

Cheney afirmou que as técnicas "duras" de interrogatório, praticadas no governo, anterior eram "absolutamente necessárias" para evitar novos ataques como os que ocorreram em 11 de setembro de 2001, em Nova York e Washington.

"O presidente Obama fez campanha contra isto (política antiterrorismo de Bush) em todo o país e agora está fazendo algumas escolhas que, na minha opinião, vão, na verdade, aumentar o risco para o povo americano de um novo ataque", disse Cheney.

Desde que tomou posse, em janeiro, Obama anunciou planos de fechar a prisão de Guantánamo, em Cuba, a fim de impedir julgamentos militares de suspeitos de terrorismo e ordenou que os agentes da CIA seguissem as regras do manual do exército em interrogatórios.

O ex-vice-presidente aproveitou ainda para defender as decisões no que sdiz respeito à economia tomadas no governo Bush. Cheney afirmou que o governo do qual fez parte administrou múltiplas crises econômicas da melhor maneira possível.

A ocupação do Iraque também foi abordada por Cheney. O ex-vice-presidente defendeu a medida, tomada em 2003. "Conseguimos quase tudo o que nos propusemos a fazer", afirmou o republicano

Anónimo disse...

O ex-presidente americano Dick Cheney disse em entrevista a rede de TV CNN neste domingo que o governo de Barack Obama está deixando os americanos sob ameaça e abrindo o país para possíveis ataques terroristas ao mudar a política adotada por seu antecessor, George W. Bush.

Cheney afirmou que as técnicas "duras" de interrogatório, praticadas no governo, anterior eram "absolutamente necessárias" para evitar novos ataques como os que ocorreram em 11 de setembro de 2001, em Nova York e Washington.

"O presidente Obama fez campanha contra isto (política antiterrorismo de Bush) em todo o país e agora está fazendo algumas escolhas que, na minha opinião, vão, na verdade, aumentar o risco para o povo americano de um novo ataque", disse Cheney.

Desde que tomou posse, em janeiro, Obama anunciou planos de fechar a prisão de Guantánamo, em Cuba, a fim de impedir julgamentos militares de suspeitos de terrorismo e ordenou que os agentes da CIA seguissem as regras do manual do exército em interrogatórios.

O ex-vice-presidente aproveitou ainda para defender as decisões no que sdiz respeito à economia tomadas no governo Bush. Cheney afirmou que o governo do qual fez parte administrou múltiplas crises econômicas da melhor maneira possível.

A ocupação do Iraque também foi abordada por Cheney. O ex-vice-presidente defendeu a medida, tomada em 2003. "Conseguimos quase tudo o que nos propusemos a fazer", afirmou o republicano

Anónimo disse...

Fabiano Klostermann

Direto de São Paulo
Apesar de ser um processo considerado seguro por especialistas, a declaração do Imposto de Renda (IR) deve ser cercada de cuidados, principalmente com o computador a ser usado, para que o contribuinte não corra o risco de ter seus dados "roubados".

Segundo Patrícia Peck Pinheiro, advogada especializada em Direito Digital, para reduzir ao mínimo o risco de possível vazamento de informações na declaração do IR, o contribuinte deve evitar usar um computador sobre o qual desconheça o nível de segurança.

Caso seja inevitável utilizar uma lan house ou enviar a declaração do trabalho, ela recomenda perguntar se o antivírus do computador está atualizado e remover todos os arquivos resultantes do processo da máquina, salvando-os em um dispositivo portátil como uma pen-drive, por exemplo. De acordo com ela, o contribuinte deve desconfiar caso o equipamento utilizado esteja muito lento, um indicativo de que ele está contaminado por programas maliciosos.

Mesmo com a preocupação com o computador, o professor do Centro de Estudos e Formação de Patrimônio Calil & Calil Osvaldo Nascimento destaca que os programas disponibilizados pela Receita Federal e o site do órgão são seguros. Segundo ele, o perigo está nos sites "espelho" criados pelos golpistas, que podem levar o contribuinte a informar seus dados pensando fazê-lo de forma correta, já que "imitam" a aparência e campos dos endereços originais na web.

"O site é seguro, eu não conheço nenhum caso em que tenha havido roubo de informações por meio do portal da Receita ou na transmissão da declaração pelo Receitanet", diz ele.

No entanto, mesmo a declaração feita do computador de casa precisa de cuidados para ser segura. Segundo Patrícia Peck Pinheiro, os programas necessários para reforçar a segurança do micro caseiro são firewall, antivírus e anti-spyware.

Conseqüências do roubo de dados
Para a advogada, o maior risco que o contribuinte corre quando não dá a devida atenção à segurança é de ter sua "identidade roubada".

"O maior risco é o de vazamento de informação confidencial-pessoal. A declaração de Imposto de Renda possui todas as informações para gerar um furto de identidade. Há dados completos pessoais, profissionais, financeiros. Além disso, a informação pode ser usada para eventual seqüestro", explica.

Já para o professor, o roubo de informações pode até gerar extorsão e ameaças ao contribuinte. "De posse dos dados, os criminosos podem até ligar para a pessoa exigindo dinheiro para não vender as informações a pessoas com menos escrúpulos", aponta.

Phishing
Outra prática comum de golpistas na época do Imposto de Renda é o envio de e-mails com comunicações falsas, conhecidas como phising, que se fazem passar como da Receita Federal. Neste caso, segundo Patrícia Peck, os golpes mais comuns são os que dizem que houve erro no envio da declaração e aquele que diz que o contribuinte caiu na malha fina. Em ambos os casos a orientação dada por ela é a mesma: apagar o e-mail sem clicar em nada.

O professor Osvaldo Nascimento aconselha que, em caso de dúvida diante do golpe, o contribuinte deve acessar diretamente o site da Receita, procurando a informação mencionada no e-mail.

Em todo caso, a Receita Federal deixa claro que não envia e-mails para os contribuintes e que dúvidas devem ser resolvidas pelo Receitafone, pelo número 146.

Nº de recibo e certificação digital
A exigência de informar o número do recibo de entrega da declaração do ano anterior foi extinta, mas colocar esse dado pode evitar que alguém envie as informações se fazendo passar pelo contribuinte.

"(Informar o recibo) protege uma pessoa ser vítima de alguém, conhecido dela ou não, de brincadeira ou de propósito, fazer a declaração antes dela, com informações falsas, e na hora dela fazer não conseguir, por já estar bloqueado o envio pelo CPF", explica Patrícia Peck.

Outra forma de aumentar a segurança na hora de prestar contas ao fisco é por meio da certificação digital, mais conhecida como e-CPF. A advogada explica que esse sistema usa criptografia assimétrica (duas chaves ¿ uma pública e uma privada), que é seguro desde que o contribuinte não compartilhe seu certificado com outras pessoas.

Apesar das vantagens, o sistema ainda não é largamente utilizado no País. No ano passado, das 23,9 milhões de declarações, pouco mais de 15 mil foram enviadas por meio do e-CPF. Na autoridade certificadora do Serpro, uma certificação digital da pessoa física com validade de um ano custa R$ 95.

Anónimo disse...

Fabiano Klostermann

Direto de São Paulo
Apesar de ser um processo considerado seguro por especialistas, a declaração do Imposto de Renda (IR) deve ser cercada de cuidados, principalmente com o computador a ser usado, para que o contribuinte não corra o risco de ter seus dados "roubados".

Segundo Patrícia Peck Pinheiro, advogada especializada em Direito Digital, para reduzir ao mínimo o risco de possível vazamento de informações na declaração do IR, o contribuinte deve evitar usar um computador sobre o qual desconheça o nível de segurança.

Caso seja inevitável utilizar uma lan house ou enviar a declaração do trabalho, ela recomenda perguntar se o antivírus do computador está atualizado e remover todos os arquivos resultantes do processo da máquina, salvando-os em um dispositivo portátil como uma pen-drive, por exemplo. De acordo com ela, o contribuinte deve desconfiar caso o equipamento utilizado esteja muito lento, um indicativo de que ele está contaminado por programas maliciosos.

Mesmo com a preocupação com o computador, o professor do Centro de Estudos e Formação de Patrimônio Calil & Calil Osvaldo Nascimento destaca que os programas disponibilizados pela Receita Federal e o site do órgão são seguros. Segundo ele, o perigo está nos sites "espelho" criados pelos golpistas, que podem levar o contribuinte a informar seus dados pensando fazê-lo de forma correta, já que "imitam" a aparência e campos dos endereços originais na web.

"O site é seguro, eu não conheço nenhum caso em que tenha havido roubo de informações por meio do portal da Receita ou na transmissão da declaração pelo Receitanet", diz ele.

No entanto, mesmo a declaração feita do computador de casa precisa de cuidados para ser segura. Segundo Patrícia Peck Pinheiro, os programas necessários para reforçar a segurança do micro caseiro são firewall, antivírus e anti-spyware.

Conseqüências do roubo de dados
Para a advogada, o maior risco que o contribuinte corre quando não dá a devida atenção à segurança é de ter sua "identidade roubada".

"O maior risco é o de vazamento de informação confidencial-pessoal. A declaração de Imposto de Renda possui todas as informações para gerar um furto de identidade. Há dados completos pessoais, profissionais, financeiros. Além disso, a informação pode ser usada para eventual seqüestro", explica.

Já para o professor, o roubo de informações pode até gerar extorsão e ameaças ao contribuinte. "De posse dos dados, os criminosos podem até ligar para a pessoa exigindo dinheiro para não vender as informações a pessoas com menos escrúpulos", aponta.

Phishing
Outra prática comum de golpistas na época do Imposto de Renda é o envio de e-mails com comunicações falsas, conhecidas como phising, que se fazem passar como da Receita Federal. Neste caso, segundo Patrícia Peck, os golpes mais comuns são os que dizem que houve erro no envio da declaração e aquele que diz que o contribuinte caiu na malha fina. Em ambos os casos a orientação dada por ela é a mesma: apagar o e-mail sem clicar em nada.

O professor Osvaldo Nascimento aconselha que, em caso de dúvida diante do golpe, o contribuinte deve acessar diretamente o site da Receita, procurando a informação mencionada no e-mail.

Em todo caso, a Receita Federal deixa claro que não envia e-mails para os contribuintes e que dúvidas devem ser resolvidas pelo Receitafone, pelo número 146.

Nº de recibo e certificação digital
A exigência de informar o número do recibo de entrega da declaração do ano anterior foi extinta, mas colocar esse dado pode evitar que alguém envie as informações se fazendo passar pelo contribuinte.

"(Informar o recibo) protege uma pessoa ser vítima de alguém, conhecido dela ou não, de brincadeira ou de propósito, fazer a declaração antes dela, com informações falsas, e na hora dela fazer não conseguir, por já estar bloqueado o envio pelo CPF", explica Patrícia Peck.

Outra forma de aumentar a segurança na hora de prestar contas ao fisco é por meio da certificação digital, mais conhecida como e-CPF. A advogada explica que esse sistema usa criptografia assimétrica (duas chaves ¿ uma pública e uma privada), que é seguro desde que o contribuinte não compartilhe seu certificado com outras pessoas.

Apesar das vantagens, o sistema ainda não é largamente utilizado no País. No ano passado, das 23,9 milhões de declarações, pouco mais de 15 mil foram enviadas por meio do e-CPF. Na autoridade certificadora do Serpro, uma certificação digital da pessoa física com validade de um ano custa R$ 95.

Anónimo disse...

Fabiano Klostermann

Direto de São Paulo
Apesar de ser um processo considerado seguro por especialistas, a declaração do Imposto de Renda (IR) deve ser cercada de cuidados, principalmente com o computador a ser usado, para que o contribuinte não corra o risco de ter seus dados "roubados".

Segundo Patrícia Peck Pinheiro, advogada especializada em Direito Digital, para reduzir ao mínimo o risco de possível vazamento de informações na declaração do IR, o contribuinte deve evitar usar um computador sobre o qual desconheça o nível de segurança.

Caso seja inevitável utilizar uma lan house ou enviar a declaração do trabalho, ela recomenda perguntar se o antivírus do computador está atualizado e remover todos os arquivos resultantes do processo da máquina, salvando-os em um dispositivo portátil como uma pen-drive, por exemplo. De acordo com ela, o contribuinte deve desconfiar caso o equipamento utilizado esteja muito lento, um indicativo de que ele está contaminado por programas maliciosos.

Mesmo com a preocupação com o computador, o professor do Centro de Estudos e Formação de Patrimônio Calil & Calil Osvaldo Nascimento destaca que os programas disponibilizados pela Receita Federal e o site do órgão são seguros. Segundo ele, o perigo está nos sites "espelho" criados pelos golpistas, que podem levar o contribuinte a informar seus dados pensando fazê-lo de forma correta, já que "imitam" a aparência e campos dos endereços originais na web.

"O site é seguro, eu não conheço nenhum caso em que tenha havido roubo de informações por meio do portal da Receita ou na transmissão da declaração pelo Receitanet", diz ele.

No entanto, mesmo a declaração feita do computador de casa precisa de cuidados para ser segura. Segundo Patrícia Peck Pinheiro, os programas necessários para reforçar a segurança do micro caseiro são firewall, antivírus e anti-spyware.

Conseqüências do roubo de dados
Para a advogada, o maior risco que o contribuinte corre quando não dá a devida atenção à segurança é de ter sua "identidade roubada".

"O maior risco é o de vazamento de informação confidencial-pessoal. A declaração de Imposto de Renda possui todas as informações para gerar um furto de identidade. Há dados completos pessoais, profissionais, financeiros. Além disso, a informação pode ser usada para eventual seqüestro", explica.

Já para o professor, o roubo de informações pode até gerar extorsão e ameaças ao contribuinte. "De posse dos dados, os criminosos podem até ligar para a pessoa exigindo dinheiro para não vender as informações a pessoas com menos escrúpulos", aponta.

Phishing
Outra prática comum de golpistas na época do Imposto de Renda é o envio de e-mails com comunicações falsas, conhecidas como phising, que se fazem passar como da Receita Federal. Neste caso, segundo Patrícia Peck, os golpes mais comuns são os que dizem que houve erro no envio da declaração e aquele que diz que o contribuinte caiu na malha fina. Em ambos os casos a orientação dada por ela é a mesma: apagar o e-mail sem clicar em nada.

O professor Osvaldo Nascimento aconselha que, em caso de dúvida diante do golpe, o contribuinte deve acessar diretamente o site da Receita, procurando a informação mencionada no e-mail.

Em todo caso, a Receita Federal deixa claro que não envia e-mails para os contribuintes e que dúvidas devem ser resolvidas pelo Receitafone, pelo número 146.

Nº de recibo e certificação digital
A exigência de informar o número do recibo de entrega da declaração do ano anterior foi extinta, mas colocar esse dado pode evitar que alguém envie as informações se fazendo passar pelo contribuinte.

"(Informar o recibo) protege uma pessoa ser vítima de alguém, conhecido dela ou não, de brincadeira ou de propósito, fazer a declaração antes dela, com informações falsas, e na hora dela fazer não conseguir, por já estar bloqueado o envio pelo CPF", explica Patrícia Peck.

Outra forma de aumentar a segurança na hora de prestar contas ao fisco é por meio da certificação digital, mais conhecida como e-CPF. A advogada explica que esse sistema usa criptografia assimétrica (duas chaves ¿ uma pública e uma privada), que é seguro desde que o contribuinte não compartilhe seu certificado com outras pessoas.

Apesar das vantagens, o sistema ainda não é largamente utilizado no País. No ano passado, das 23,9 milhões de declarações, pouco mais de 15 mil foram enviadas por meio do e-CPF. Na autoridade certificadora do Serpro, uma certificação digital da pessoa física com validade de um ano custa R$ 95.

Anónimo disse...

Fabiano Klostermann

Direto de São Paulo
Apesar de ser um processo considerado seguro por especialistas, a declaração do Imposto de Renda (IR) deve ser cercada de cuidados, principalmente com o computador a ser usado, para que o contribuinte não corra o risco de ter seus dados "roubados".

Segundo Patrícia Peck Pinheiro, advogada especializada em Direito Digital, para reduzir ao mínimo o risco de possível vazamento de informações na declaração do IR, o contribuinte deve evitar usar um computador sobre o qual desconheça o nível de segurança.

Caso seja inevitável utilizar uma lan house ou enviar a declaração do trabalho, ela recomenda perguntar se o antivírus do computador está atualizado e remover todos os arquivos resultantes do processo da máquina, salvando-os em um dispositivo portátil como uma pen-drive, por exemplo. De acordo com ela, o contribuinte deve desconfiar caso o equipamento utilizado esteja muito lento, um indicativo de que ele está contaminado por programas maliciosos.

Mesmo com a preocupação com o computador, o professor do Centro de Estudos e Formação de Patrimônio Calil & Calil Osvaldo Nascimento destaca que os programas disponibilizados pela Receita Federal e o site do órgão são seguros. Segundo ele, o perigo está nos sites "espelho" criados pelos golpistas, que podem levar o contribuinte a informar seus dados pensando fazê-lo de forma correta, já que "imitam" a aparência e campos dos endereços originais na web.

"O site é seguro, eu não conheço nenhum caso em que tenha havido roubo de informações por meio do portal da Receita ou na transmissão da declaração pelo Receitanet", diz ele.

No entanto, mesmo a declaração feita do computador de casa precisa de cuidados para ser segura. Segundo Patrícia Peck Pinheiro, os programas necessários para reforçar a segurança do micro caseiro são firewall, antivírus e anti-spyware.

Conseqüências do roubo de dados
Para a advogada, o maior risco que o contribuinte corre quando não dá a devida atenção à segurança é de ter sua "identidade roubada".

"O maior risco é o de vazamento de informação confidencial-pessoal. A declaração de Imposto de Renda possui todas as informações para gerar um furto de identidade. Há dados completos pessoais, profissionais, financeiros. Além disso, a informação pode ser usada para eventual seqüestro", explica.

Já para o professor, o roubo de informações pode até gerar extorsão e ameaças ao contribuinte. "De posse dos dados, os criminosos podem até ligar para a pessoa exigindo dinheiro para não vender as informações a pessoas com menos escrúpulos", aponta.

Phishing
Outra prática comum de golpistas na época do Imposto de Renda é o envio de e-mails com comunicações falsas, conhecidas como phising, que se fazem passar como da Receita Federal. Neste caso, segundo Patrícia Peck, os golpes mais comuns são os que dizem que houve erro no envio da declaração e aquele que diz que o contribuinte caiu na malha fina. Em ambos os casos a orientação dada por ela é a mesma: apagar o e-mail sem clicar em nada.

O professor Osvaldo Nascimento aconselha que, em caso de dúvida diante do golpe, o contribuinte deve acessar diretamente o site da Receita, procurando a informação mencionada no e-mail.

Em todo caso, a Receita Federal deixa claro que não envia e-mails para os contribuintes e que dúvidas devem ser resolvidas pelo Receitafone, pelo número 146.

Nº de recibo e certificação digital
A exigência de informar o número do recibo de entrega da declaração do ano anterior foi extinta, mas colocar esse dado pode evitar que alguém envie as informações se fazendo passar pelo contribuinte.

"(Informar o recibo) protege uma pessoa ser vítima de alguém, conhecido dela ou não, de brincadeira ou de propósito, fazer a declaração antes dela, com informações falsas, e na hora dela fazer não conseguir, por já estar bloqueado o envio pelo CPF", explica Patrícia Peck.

Outra forma de aumentar a segurança na hora de prestar contas ao fisco é por meio da certificação digital, mais conhecida como e-CPF. A advogada explica que esse sistema usa criptografia assimétrica (duas chaves ¿ uma pública e uma privada), que é seguro desde que o contribuinte não compartilhe seu certificado com outras pessoas.

Apesar das vantagens, o sistema ainda não é largamente utilizado no País. No ano passado, das 23,9 milhões de declarações, pouco mais de 15 mil foram enviadas por meio do e-CPF. Na autoridade certificadora do Serpro, uma certificação digital da pessoa física com validade de um ano custa R$ 95.

Anónimo disse...

Fabiano Klostermann

Direto de São Paulo
Apesar de ser um processo considerado seguro por especialistas, a declaração do Imposto de Renda (IR) deve ser cercada de cuidados, principalmente com o computador a ser usado, para que o contribuinte não corra o risco de ter seus dados "roubados".

Segundo Patrícia Peck Pinheiro, advogada especializada em Direito Digital, para reduzir ao mínimo o risco de possível vazamento de informações na declaração do IR, o contribuinte deve evitar usar um computador sobre o qual desconheça o nível de segurança.

Caso seja inevitável utilizar uma lan house ou enviar a declaração do trabalho, ela recomenda perguntar se o antivírus do computador está atualizado e remover todos os arquivos resultantes do processo da máquina, salvando-os em um dispositivo portátil como uma pen-drive, por exemplo. De acordo com ela, o contribuinte deve desconfiar caso o equipamento utilizado esteja muito lento, um indicativo de que ele está contaminado por programas maliciosos.

Mesmo com a preocupação com o computador, o professor do Centro de Estudos e Formação de Patrimônio Calil & Calil Osvaldo Nascimento destaca que os programas disponibilizados pela Receita Federal e o site do órgão são seguros. Segundo ele, o perigo está nos sites "espelho" criados pelos golpistas, que podem levar o contribuinte a informar seus dados pensando fazê-lo de forma correta, já que "imitam" a aparência e campos dos endereços originais na web.

"O site é seguro, eu não conheço nenhum caso em que tenha havido roubo de informações por meio do portal da Receita ou na transmissão da declaração pelo Receitanet", diz ele.

No entanto, mesmo a declaração feita do computador de casa precisa de cuidados para ser segura. Segundo Patrícia Peck Pinheiro, os programas necessários para reforçar a segurança do micro caseiro são firewall, antivírus e anti-spyware.

Conseqüências do roubo de dados
Para a advogada, o maior risco que o contribuinte corre quando não dá a devida atenção à segurança é de ter sua "identidade roubada".

"O maior risco é o de vazamento de informação confidencial-pessoal. A declaração de Imposto de Renda possui todas as informações para gerar um furto de identidade. Há dados completos pessoais, profissionais, financeiros. Além disso, a informação pode ser usada para eventual seqüestro", explica.

Já para o professor, o roubo de informações pode até gerar extorsão e ameaças ao contribuinte. "De posse dos dados, os criminosos podem até ligar para a pessoa exigindo dinheiro para não vender as informações a pessoas com menos escrúpulos", aponta.

Phishing
Outra prática comum de golpistas na época do Imposto de Renda é o envio de e-mails com comunicações falsas, conhecidas como phising, que se fazem passar como da Receita Federal. Neste caso, segundo Patrícia Peck, os golpes mais comuns são os que dizem que houve erro no envio da declaração e aquele que diz que o contribuinte caiu na malha fina. Em ambos os casos a orientação dada por ela é a mesma: apagar o e-mail sem clicar em nada.

O professor Osvaldo Nascimento aconselha que, em caso de dúvida diante do golpe, o contribuinte deve acessar diretamente o site da Receita, procurando a informação mencionada no e-mail.

Em todo caso, a Receita Federal deixa claro que não envia e-mails para os contribuintes e que dúvidas devem ser resolvidas pelo Receitafone, pelo número 146.

Nº de recibo e certificação digital
A exigência de informar o número do recibo de entrega da declaração do ano anterior foi extinta, mas colocar esse dado pode evitar que alguém envie as informações se fazendo passar pelo contribuinte.

"(Informar o recibo) protege uma pessoa ser vítima de alguém, conhecido dela ou não, de brincadeira ou de propósito, fazer a declaração antes dela, com informações falsas, e na hora dela fazer não conseguir, por já estar bloqueado o envio pelo CPF", explica Patrícia Peck.

Outra forma de aumentar a segurança na hora de prestar contas ao fisco é por meio da certificação digital, mais conhecida como e-CPF. A advogada explica que esse sistema usa criptografia assimétrica (duas chaves ¿ uma pública e uma privada), que é seguro desde que o contribuinte não compartilhe seu certificado com outras pessoas.

Apesar das vantagens, o sistema ainda não é largamente utilizado no País. No ano passado, das 23,9 milhões de declarações, pouco mais de 15 mil foram enviadas por meio do e-CPF. Na autoridade certificadora do Serpro, uma certificação digital da pessoa física com validade de um ano custa R$ 95.

Anónimo disse...

Fabiano Klostermann

Direto de São Paulo
Apesar de ser um processo considerado seguro por especialistas, a declaração do Imposto de Renda (IR) deve ser cercada de cuidados, principalmente com o computador a ser usado, para que o contribuinte não corra o risco de ter seus dados "roubados".

Segundo Patrícia Peck Pinheiro, advogada especializada em Direito Digital, para reduzir ao mínimo o risco de possível vazamento de informações na declaração do IR, o contribuinte deve evitar usar um computador sobre o qual desconheça o nível de segurança.

Caso seja inevitável utilizar uma lan house ou enviar a declaração do trabalho, ela recomenda perguntar se o antivírus do computador está atualizado e remover todos os arquivos resultantes do processo da máquina, salvando-os em um dispositivo portátil como uma pen-drive, por exemplo. De acordo com ela, o contribuinte deve desconfiar caso o equipamento utilizado esteja muito lento, um indicativo de que ele está contaminado por programas maliciosos.

Mesmo com a preocupação com o computador, o professor do Centro de Estudos e Formação de Patrimônio Calil & Calil Osvaldo Nascimento destaca que os programas disponibilizados pela Receita Federal e o site do órgão são seguros. Segundo ele, o perigo está nos sites "espelho" criados pelos golpistas, que podem levar o contribuinte a informar seus dados pensando fazê-lo de forma correta, já que "imitam" a aparência e campos dos endereços originais na web.

"O site é seguro, eu não conheço nenhum caso em que tenha havido roubo de informações por meio do portal da Receita ou na transmissão da declaração pelo Receitanet", diz ele.

No entanto, mesmo a declaração feita do computador de casa precisa de cuidados para ser segura. Segundo Patrícia Peck Pinheiro, os programas necessários para reforçar a segurança do micro caseiro são firewall, antivírus e anti-spyware.

Conseqüências do roubo de dados
Para a advogada, o maior risco que o contribuinte corre quando não dá a devida atenção à segurança é de ter sua "identidade roubada".

"O maior risco é o de vazamento de informação confidencial-pessoal. A declaração de Imposto de Renda possui todas as informações para gerar um furto de identidade. Há dados completos pessoais, profissionais, financeiros. Além disso, a informação pode ser usada para eventual seqüestro", explica.

Já para o professor, o roubo de informações pode até gerar extorsão e ameaças ao contribuinte. "De posse dos dados, os criminosos podem até ligar para a pessoa exigindo dinheiro para não vender as informações a pessoas com menos escrúpulos", aponta.

Phishing
Outra prática comum de golpistas na época do Imposto de Renda é o envio de e-mails com comunicações falsas, conhecidas como phising, que se fazem passar como da Receita Federal. Neste caso, segundo Patrícia Peck, os golpes mais comuns são os que dizem que houve erro no envio da declaração e aquele que diz que o contribuinte caiu na malha fina. Em ambos os casos a orientação dada por ela é a mesma: apagar o e-mail sem clicar em nada.

O professor Osvaldo Nascimento aconselha que, em caso de dúvida diante do golpe, o contribuinte deve acessar diretamente o site da Receita, procurando a informação mencionada no e-mail.

Em todo caso, a Receita Federal deixa claro que não envia e-mails para os contribuintes e que dúvidas devem ser resolvidas pelo Receitafone, pelo número 146.

Nº de recibo e certificação digital
A exigência de informar o número do recibo de entrega da declaração do ano anterior foi extinta, mas colocar esse dado pode evitar que alguém envie as informações se fazendo passar pelo contribuinte.

"(Informar o recibo) protege uma pessoa ser vítima de alguém, conhecido dela ou não, de brincadeira ou de propósito, fazer a declaração antes dela, com informações falsas, e na hora dela fazer não conseguir, por já estar bloqueado o envio pelo CPF", explica Patrícia Peck.

Outra forma de aumentar a segurança na hora de prestar contas ao fisco é por meio da certificação digital, mais conhecida como e-CPF. A advogada explica que esse sistema usa criptografia assimétrica (duas chaves ¿ uma pública e uma privada), que é seguro desde que o contribuinte não compartilhe seu certificado com outras pessoas.

Apesar das vantagens, o sistema ainda não é largamente utilizado no País. No ano passado, das 23,9 milhões de declarações, pouco mais de 15 mil foram enviadas por meio do e-CPF. Na autoridade certificadora do Serpro, uma certificação digital da pessoa física com validade de um ano custa R$ 95.

Anónimo disse...

Empresas
Com crise, número de fusões e aquisições cai 42% no País

A crise internacional afetou a realização de fusões e aquisições de empresas no Brasil neste início de ano, de acordo com relatório da consultoria PricewaterhouseCoopers, divulgado esta semana. Nos dois primeiros meses de 2009, foram efetuadas 62 transações, mostrando queda de 42% em comparação ao mesmo período do ano passado (105 negócios).

O sócio da Price, Alexandre Pierantoni, disse nesta sexta-feira que, além da crise externa, a queda reflete transações que foram paralisadas ou mesmo canceladas desde outubro do ano passado e que estão sendo percebidas agora. "O último trimestre já foi bastante inferior ao que tinha sido em 2007, mas esse efeito maior está vindo agora no começo deste ano", disse.

Pierantoni afirmou que o volume de operações de fusões e aquisições no Brasil deverá retornar aos níveis de 2006, quando foram fechadas 573 transações. De maneira geral, ele acredita que os primeiros seis meses do ano deverão ter um movimento mais fraco, com crescimento no segundo semestre e "um número de negócios que deve ficar no patamar de 500 a 600 transações, muito próximo, inclusive, do que acabou sendo o ano de 2008".

O sócio da Price analisou que o movimento de fusões e aquisições passou a ser uma ferramenta de negócio. "As empresas usam isso no seu dia-a-dia como uma forma de implementar estratégia". Pierantoni destacou que em 2009, já se está percebendo que essa ferramenta está sendo utilizada também para sustentar as empresas e deixá-las mais fortes.

O movimento de aquisições e fusões no Brasil entre 2002 a 2005 tinha média em torno de 384 transações anuais. "Foi um período bastante estável em termos de volume de transações", disse. A partir de 2006, houve uma evolução, chegando-se à média de 644 negócios por ano. "E nós achamos que continua nesse patamar em 2009, já incorporando fusões e aquisições como uma ferramenta de negócios, como está ocorrendo no mundo. Então, o volume de negócios está voltando", afirmou.

Segundo Pierantoni, deve haver, contudo, nenhuma "explosão". O mercado brasileiro continua atrativo, porém cauteloso, afirmou. As transações mais afetadas pela crise no bimestre janeiro/fevereiro de 2009 são as que envolvem participações controladoras.

Elas representam 60% do total das transações e tiveram queda de 43% em relação a igual período de 2008. As operações para fortalecimento das empresas, por meio de fusões e joint-ventures (parcerias), cresceram 15%. O setor de serviços públicos foi o destaque no período analisado, com um total de 13% das transações.

Anónimo disse...

Empresas
Com crise, número de fusões e aquisições cai 42% no País

A crise internacional afetou a realização de fusões e aquisições de empresas no Brasil neste início de ano, de acordo com relatório da consultoria PricewaterhouseCoopers, divulgado esta semana. Nos dois primeiros meses de 2009, foram efetuadas 62 transações, mostrando queda de 42% em comparação ao mesmo período do ano passado (105 negócios).

O sócio da Price, Alexandre Pierantoni, disse nesta sexta-feira que, além da crise externa, a queda reflete transações que foram paralisadas ou mesmo canceladas desde outubro do ano passado e que estão sendo percebidas agora. "O último trimestre já foi bastante inferior ao que tinha sido em 2007, mas esse efeito maior está vindo agora no começo deste ano", disse.

Pierantoni afirmou que o volume de operações de fusões e aquisições no Brasil deverá retornar aos níveis de 2006, quando foram fechadas 573 transações. De maneira geral, ele acredita que os primeiros seis meses do ano deverão ter um movimento mais fraco, com crescimento no segundo semestre e "um número de negócios que deve ficar no patamar de 500 a 600 transações, muito próximo, inclusive, do que acabou sendo o ano de 2008".

O sócio da Price analisou que o movimento de fusões e aquisições passou a ser uma ferramenta de negócio. "As empresas usam isso no seu dia-a-dia como uma forma de implementar estratégia". Pierantoni destacou que em 2009, já se está percebendo que essa ferramenta está sendo utilizada também para sustentar as empresas e deixá-las mais fortes.

O movimento de aquisições e fusões no Brasil entre 2002 a 2005 tinha média em torno de 384 transações anuais. "Foi um período bastante estável em termos de volume de transações", disse. A partir de 2006, houve uma evolução, chegando-se à média de 644 negócios por ano. "E nós achamos que continua nesse patamar em 2009, já incorporando fusões e aquisições como uma ferramenta de negócios, como está ocorrendo no mundo. Então, o volume de negócios está voltando", afirmou.

Segundo Pierantoni, deve haver, contudo, nenhuma "explosão". O mercado brasileiro continua atrativo, porém cauteloso, afirmou. As transações mais afetadas pela crise no bimestre janeiro/fevereiro de 2009 são as que envolvem participações controladoras.

Elas representam 60% do total das transações e tiveram queda de 43% em relação a igual período de 2008. As operações para fortalecimento das empresas, por meio de fusões e joint-ventures (parcerias), cresceram 15%. O setor de serviços públicos foi o destaque no período analisado, com um total de 13% das transações.

Anónimo disse...

Economia internacional
FED vê recuperação dos EUA começando em 2010

O presidente do Federal Reserve (FED, o banco central americano), Ben Bernanke, sugeriu em uma entrevista no domingo que a recessão dos Estados Unidos pode durar todo este ano e que a recuperação deve começar em 2010. Ele disse que o maior risco é a possibilidade das medidas necessárias para consertar o sistema financeiro estarem atrasadas.

"Esse declínio (econômico) começará a moderar e começaremos a ver uma nivelação", afirmou ele ao programa 60 Minutos, da CBS, quando questionado sobre se vê a recessão acabando neste ano.

"Não voltaremos ao pleno emprego, mas iremos, espero, ver o fim desses declínios que foram tão fortes em pelo menos alguns trimestres."

Bernanke disse ao Congresso em janeiro que o FED acreditava haver uma perspectiva razoável de que a recessão acabe em 2009 e que 2010 seja um ano de recuperação.

Na entrevista de domingo, ele manteve essa visão, embora sugerindo que os desenvolvimentos recentes ofuscaram um pouco esse cenário.

"Veremos a recessão chegando ao fim provavelmente neste ano. Veremos uma recuperação começando no próximo ano."

Bernanke acrescentou que sua principal preocupação é que os líderes políticos e o público retirem o apoio aos esforços que visam estabilizar o sistema bancário.

"O maior risco é que, você sabe, não temos a vontade política", disse ele. "Não temos o compromisso de resolver esse problema... Nesse caso, não podemos contar com uma recuperação."

» Entenda a crise do crédito
» Opine sobre a crise nos mercados financeiros



Para presidente do FED, possibilidade das medidas anticrise estarem atrasadas é um risco

Anónimo disse...

Economia internacional
FED vê recuperação dos EUA começando em 2010

O presidente do Federal Reserve (FED, o banco central americano), Ben Bernanke, sugeriu em uma entrevista no domingo que a recessão dos Estados Unidos pode durar todo este ano e que a recuperação deve começar em 2010. Ele disse que o maior risco é a possibilidade das medidas necessárias para consertar o sistema financeiro estarem atrasadas.

"Esse declínio (econômico) começará a moderar e começaremos a ver uma nivelação", afirmou ele ao programa 60 Minutos, da CBS, quando questionado sobre se vê a recessão acabando neste ano.

"Não voltaremos ao pleno emprego, mas iremos, espero, ver o fim desses declínios que foram tão fortes em pelo menos alguns trimestres."

Bernanke disse ao Congresso em janeiro que o FED acreditava haver uma perspectiva razoável de que a recessão acabe em 2009 e que 2010 seja um ano de recuperação.

Na entrevista de domingo, ele manteve essa visão, embora sugerindo que os desenvolvimentos recentes ofuscaram um pouco esse cenário.

"Veremos a recessão chegando ao fim provavelmente neste ano. Veremos uma recuperação começando no próximo ano."

Bernanke acrescentou que sua principal preocupação é que os líderes políticos e o público retirem o apoio aos esforços que visam estabilizar o sistema bancário.

"O maior risco é que, você sabe, não temos a vontade política", disse ele. "Não temos o compromisso de resolver esse problema... Nesse caso, não podemos contar com uma recuperação."

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Para presidente do FED, possibilidade das medidas anticrise estarem atrasadas é um risco

Anónimo disse...

Economia internacional
FED vê recuperação dos EUA começando em 2010

O presidente do Federal Reserve (FED, o banco central americano), Ben Bernanke, sugeriu em uma entrevista no domingo que a recessão dos Estados Unidos pode durar todo este ano e que a recuperação deve começar em 2010. Ele disse que o maior risco é a possibilidade das medidas necessárias para consertar o sistema financeiro estarem atrasadas.

"Esse declínio (econômico) começará a moderar e começaremos a ver uma nivelação", afirmou ele ao programa 60 Minutos, da CBS, quando questionado sobre se vê a recessão acabando neste ano.

"Não voltaremos ao pleno emprego, mas iremos, espero, ver o fim desses declínios que foram tão fortes em pelo menos alguns trimestres."

Bernanke disse ao Congresso em janeiro que o FED acreditava haver uma perspectiva razoável de que a recessão acabe em 2009 e que 2010 seja um ano de recuperação.

Na entrevista de domingo, ele manteve essa visão, embora sugerindo que os desenvolvimentos recentes ofuscaram um pouco esse cenário.

"Veremos a recessão chegando ao fim provavelmente neste ano. Veremos uma recuperação começando no próximo ano."

Bernanke acrescentou que sua principal preocupação é que os líderes políticos e o público retirem o apoio aos esforços que visam estabilizar o sistema bancário.

"O maior risco é que, você sabe, não temos a vontade política", disse ele. "Não temos o compromisso de resolver esse problema... Nesse caso, não podemos contar com uma recuperação."

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Para presidente do FED, possibilidade das medidas anticrise estarem atrasadas é um risco

Anónimo disse...

Economia Internacional
EUA anunciam plano de US$ 15 bi a pequenas e médias empresas

O governo dos Estados Unidos anunciou nesta segunda-feira um plano para abrir o mercado de crédito para as pequenas e médias empresas (PME), cujo dinamismo é considerado vital para a economia americana. O Tesouro destinará até US$ 15 bilhões para a compra de títulos atrelados a empréstimos concedidos às PME.

A medida vai permitir que os emissores destes papéis possam conceder novos créditos a empresas que estejam em condições de reembolsá-los, indicou a Casa Branca em comunicado.

O presidente Barack Obama disse que a medida foi adotada em resposta a uma situação na qual os "proprietários de pequenas empresas enfrentam graves dificuldades, embora dirijam negócios rentáveis, pois suas linhas de crédito estão fechadas".

"Este será somente o primeiro passo de um esforço contínuo para garantir que as pessoas vão obter o crédito de que precisam", disse.

Com esta iniciativa, o Tesouro complementa as medidas adotadas pelo Federal Reserve para que as entidades de crédito possam se refinanciar com mais facilidade, reduzindo suas restrições às PME, muitas das quais estão sufocadas pela crise do crédito.

Geithner pedirá, além disso, aos bancos que se comprometam mais com as PME, segundo funcionários do Tesouro.

Ele também deve impor aos 21 principais bancos que tenham recebido ajuda estatal a publicação de uma prestação de contas mensal de suas atividades de empréstimos, e pedirá o mesmo, mas trimestralmente, a todos os demais bancos, segundo as mesmas fontes.

Anónimo disse...

'Forbes': confira as bilionárias mais admiradas do mundo

Entre as 73 bilionárias que entraram na lista da revista Forbes neste ano, sete mereceram destaque da publicação por suas trajetórias de sucesso e ações sociais, enquanto outras apareceram no noticiário depois de escândalos amorosos e brigas familiares.

A mais conhecida das bilionárias admiráveis da Forbes é a apresentadora de televisão americana Oprah Winfrey, que por vezes causa polêmica com sua luta contra a balança, mas tem influência considerável sobre os cidadãos americanos.

Segundo estudo da Universidade de Maryland, a dona de US$ 2,7 bilhões foi responsável por angariar cerca de um milhão de votos em sua campanha para eleger o atual presidente dos Estados Unidos, Barack Obama. Além disso, seus projetos filantrópicos já construíram 55 escolas em 12 países.

Com fortuna estimada em US$ 1,1 bilhão, a empresária Margaret Whitman, que liderou o eBay durante anos, também teve papel influente na última eleição americana ao participar da campanha do senador John McCain. Mesmo após a derrota do seu candidato, Whitman já lançou seu comitê para concorrer ao cargo de governadora da Califórnia em 2010.

Entre as bilionárias mais admiradas não poderia faltar a escritora J.K Rowling. Depois de vender cerca de 400 milhões de livros da série Harry Potter, Rowling levantou no ano passado US$ 6,5 milhões para caridade com seu novo livro, além de depor contra um editor que queria publicar uma enciclopédia sobre seu personagem mais famoso.

A mulher mais rica de Israel também é uma das mais admiradas pela Forbes. Com fortuna que soma US$ 2,7 bilhões, Shari Arison dirige o maior banco do país, o Hapoalim. No último ano, ela fundou uma empresa determinada a preservar água consertando vazamentos de canos e anunciou planos de construir uma estação de energia solar no deserto do Negev.

A chinesa Zhang Xin e o marido, Pan Shiyi, são os responsáveis por redefinir o desenho dos céus de Pequim com arranha-céus construídos pela Soho China, que geraram riquezas em torno de US$ 1,6 bilhão a ela. Sua fundação beneficente concentra atividades em educação.

Com fortuna avaliada em US$ 1,5 bilhão, Chu Lam Yiu, de Hong Kong, foi uma das poucas pessoas da lista da Forbes que viu sua riqueza aumentar em 2008. Há cerca de dez anos, ela fundou a Huabao International, empresa que produz fragrância e aromatizantes para cigarros, detergentes, bebidas e cosméticos.

A espanhola Rosalia Mera, que ajudou o ex-marido Amancio Ortega a iniciar uma confecção de roupas e lingeries em casa, a Inditex (dona da Zara), ganhou a atenção da revista por fundar uma entidade que cuida de deficientes físicos e mentais, além de investir em um instituto de biotecnologia que busca remédios contra o câncer no fundo do mar.

Segunda mulher do editor Water Annenberg, Leonore Annenberg herdou metade da fortuna de US$ 4 bilhões do ex-marido, mas ficou conhecida por suas doações. Curadora do Metropolitan Museum of Art, Leonore foi chefe de cerimônias de Ronald Reagan e fez doações ao Eisenhower Medical Center em 2007 e ao museu do Jornalismo em Washington.

Uma das irmãs que criou o Benetton Group, em 1965, Giuliana Benetton já garantiu cerca de US$ 1,5 bilhão com as vendas das marcas United Colors of Benetton, Sisley, Playlife e Killer Loop, que podem ser encontradas em aproximadamente cinco mil lojas de 120 países. Ela começou os negócios tricotando suéteres.

Com fortuna estimada de US$ 1 bilhão, a turca Filiz Sahenk encerra a lista das sete bilionárias mais admiradas pela Forbes. Ela herdou grande parte da riqueza do pai, Ayhan, e construiu relações com marcas de luxo como Tod e Armani, além de defender os direitos femininos na Turquia. Também preside a fundação de caridade da família.

Anónimo disse...

'Forbes': confira as bilionárias mais admiradas do mundo

Entre as 73 bilionárias que entraram na lista da revista Forbes neste ano, sete mereceram destaque da publicação por suas trajetórias de sucesso e ações sociais, enquanto outras apareceram no noticiário depois de escândalos amorosos e brigas familiares.

A mais conhecida das bilionárias admiráveis da Forbes é a apresentadora de televisão americana Oprah Winfrey, que por vezes causa polêmica com sua luta contra a balança, mas tem influência considerável sobre os cidadãos americanos.

Segundo estudo da Universidade de Maryland, a dona de US$ 2,7 bilhões foi responsável por angariar cerca de um milhão de votos em sua campanha para eleger o atual presidente dos Estados Unidos, Barack Obama. Além disso, seus projetos filantrópicos já construíram 55 escolas em 12 países.

Com fortuna estimada em US$ 1,1 bilhão, a empresária Margaret Whitman, que liderou o eBay durante anos, também teve papel influente na última eleição americana ao participar da campanha do senador John McCain. Mesmo após a derrota do seu candidato, Whitman já lançou seu comitê para concorrer ao cargo de governadora da Califórnia em 2010.

Entre as bilionárias mais admiradas não poderia faltar a escritora J.K Rowling. Depois de vender cerca de 400 milhões de livros da série Harry Potter, Rowling levantou no ano passado US$ 6,5 milhões para caridade com seu novo livro, além de depor contra um editor que queria publicar uma enciclopédia sobre seu personagem mais famoso.

A mulher mais rica de Israel também é uma das mais admiradas pela Forbes. Com fortuna que soma US$ 2,7 bilhões, Shari Arison dirige o maior banco do país, o Hapoalim. No último ano, ela fundou uma empresa determinada a preservar água consertando vazamentos de canos e anunciou planos de construir uma estação de energia solar no deserto do Negev.

A chinesa Zhang Xin e o marido, Pan Shiyi, são os responsáveis por redefinir o desenho dos céus de Pequim com arranha-céus construídos pela Soho China, que geraram riquezas em torno de US$ 1,6 bilhão a ela. Sua fundação beneficente concentra atividades em educação.

Com fortuna avaliada em US$ 1,5 bilhão, Chu Lam Yiu, de Hong Kong, foi uma das poucas pessoas da lista da Forbes que viu sua riqueza aumentar em 2008. Há cerca de dez anos, ela fundou a Huabao International, empresa que produz fragrância e aromatizantes para cigarros, detergentes, bebidas e cosméticos.

A espanhola Rosalia Mera, que ajudou o ex-marido Amancio Ortega a iniciar uma confecção de roupas e lingeries em casa, a Inditex (dona da Zara), ganhou a atenção da revista por fundar uma entidade que cuida de deficientes físicos e mentais, além de investir em um instituto de biotecnologia que busca remédios contra o câncer no fundo do mar.

Segunda mulher do editor Water Annenberg, Leonore Annenberg herdou metade da fortuna de US$ 4 bilhões do ex-marido, mas ficou conhecida por suas doações. Curadora do Metropolitan Museum of Art, Leonore foi chefe de cerimônias de Ronald Reagan e fez doações ao Eisenhower Medical Center em 2007 e ao museu do Jornalismo em Washington.

Uma das irmãs que criou o Benetton Group, em 1965, Giuliana Benetton já garantiu cerca de US$ 1,5 bilhão com as vendas das marcas United Colors of Benetton, Sisley, Playlife e Killer Loop, que podem ser encontradas em aproximadamente cinco mil lojas de 120 países. Ela começou os negócios tricotando suéteres.

Com fortuna estimada de US$ 1 bilhão, a turca Filiz Sahenk encerra a lista das sete bilionárias mais admiradas pela Forbes. Ela herdou grande parte da riqueza do pai, Ayhan, e construiu relações com marcas de luxo como Tod e Armani, além de defender os direitos femininos na Turquia. Também preside a fundação de caridade da família.

Anónimo disse...

FED mantém juro e comprará US$ 300 bi em bônus do Tesouro

Atualizada às 15h44

O Federal Reserve (FED, o banco central americano) anunciou nesta quarta-feira que decidiu manter sua taxa básica de juros em uma margem de flutuação entre zero e 0,25%, em vigor desde dezembro. O FED também anunciou nesta planos para comprar até US$ 300 bilhões em bônus do Tesouro a longo prazo, "para ajudar a melhorar as condições nos mercados privados de crédito".

Segundo declaração do comitê de política monetária do FED, dados mostraram que a economia dos Estados Unidos segue em contração, com a perda de empregos e restrição de crédito, que pesam sobre a confiança e os gastos do consumidor.

"Nessas circunstâncias, o Federal Reserve vai empregar todas as ferramentas disponíveis para promover a recuperação econômica e preservar a estabilidade de preços", afirmou o FED.

Com a taxa de juro em nível praticamente zero, o banco central americano voltou seu foco para a injeção de dinheiro nos mercados de crédito, na esperança de impulsionar os empréstimos e reanimar a economia.

"Este é um movimento bem dramático. Eles estão tentando reduzir todas as taxas ao consumidor", avaliou James Caron, chefe de pesquisa do Morgan Stanley, em Nova York.

Além da compra títulos do governo, o FED disse que vai expandir um programa já existente para comprar dívida e ativos emitidos por agências de hipotecas apoiadas pelo governo. Essas compras serão expandidas em até US$ 750 bilhões, para um total de US$ 1,25 trilhão neste ano.

A autoridade monetária americana anunciou ainda que aumentará em US$ 100 bilhões, para US$ 200 bilhões, as compras de dívida garantida pelas gigantes imobiliárias Freddie Mac e Fannie Mae.

"Apesar da previsão de que a economia continuará frágil a curto prazo, o comitê antecipa que as medidas para estabilizar os mercados e as entidades financeiras, junto com o estímulo fiscal e monetário, contribuirão para a gradual retomada do crescimento econômico sustentável", disse o FED em comunicado.

Anónimo disse...

FED mantém juro e comprará US$ 300 bi em bônus do Tesouro

Atualizada às 15h44

O Federal Reserve (FED, o banco central americano) anunciou nesta quarta-feira que decidiu manter sua taxa básica de juros em uma margem de flutuação entre zero e 0,25%, em vigor desde dezembro. O FED também anunciou nesta planos para comprar até US$ 300 bilhões em bônus do Tesouro a longo prazo, "para ajudar a melhorar as condições nos mercados privados de crédito".

Segundo declaração do comitê de política monetária do FED, dados mostraram que a economia dos Estados Unidos segue em contração, com a perda de empregos e restrição de crédito, que pesam sobre a confiança e os gastos do consumidor.

"Nessas circunstâncias, o Federal Reserve vai empregar todas as ferramentas disponíveis para promover a recuperação econômica e preservar a estabilidade de preços", afirmou o FED.

Com a taxa de juro em nível praticamente zero, o banco central americano voltou seu foco para a injeção de dinheiro nos mercados de crédito, na esperança de impulsionar os empréstimos e reanimar a economia.

"Este é um movimento bem dramático. Eles estão tentando reduzir todas as taxas ao consumidor", avaliou James Caron, chefe de pesquisa do Morgan Stanley, em Nova York.

Além da compra títulos do governo, o FED disse que vai expandir um programa já existente para comprar dívida e ativos emitidos por agências de hipotecas apoiadas pelo governo. Essas compras serão expandidas em até US$ 750 bilhões, para um total de US$ 1,25 trilhão neste ano.

A autoridade monetária americana anunciou ainda que aumentará em US$ 100 bilhões, para US$ 200 bilhões, as compras de dívida garantida pelas gigantes imobiliárias Freddie Mac e Fannie Mae.

"Apesar da previsão de que a economia continuará frágil a curto prazo, o comitê antecipa que as medidas para estabilizar os mercados e as entidades financeiras, junto com o estímulo fiscal e monetário, contribuirão para a gradual retomada do crescimento econômico sustentável", disse o FED em comunicado.

Anónimo disse...

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Laryssa Borges

Direto de Brasília



O presidente nacional da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), Cezar Britto, informou nesta segunda-feira que o Supremo Tribunal Federal (STF) pode desconsiderar por completo uma eventual delação do empresário Marcos Valério se entender que as acusações feitas pelo homem apontado como o "operador do mensalão" têm o objetivo único de livrá-lo das punições da Justiça.

Reportagem do jornal Folha de S. Paulo desta segunda-feira aponta que o empresário Marcos Valério estaria negociando com o Ministério Público o benefício da delação premiada para conseguir reduzir uma eventual pena no processo que envolve o esquema do mensalão. O procurador-geral da República, Antonio Fernando de Souza, e o advogado Marcelo Leonardo, que defende Valério, negaram a negociação.

Previsto na Justiça brasileira, o instrumento da delação garante que o suspeito possa ter, por exemplo, redução de eventual sua pena ou até a isenção completa de sanções pelos delitos. O acordo é feito junto ao Ministério Público, mas o Poder Judiciário não está obrigado a "acreditar" nas declarações do delator ou a atenuar as eventuais penas do réu.

"Nesse caso (do Marcos Valério), o julgador é o STF. (O Tribunal) pode valorar como não importante a delação premiada, pode não valorar a prova (apresentada pelo delator), dizendo que ela não é válida ou importante para o caso", declarou Britto.

"A delação premiada é um instrumento no combate ao crime, mas a validade do depoimento tem que ser analisada em cada caso concreto. Não pode funcionar como um artifício para a auto-absolvição, para a transferência da culpa para terceiros", ressaltou o presidente da OAB, destacando que não fazia essa análise diante do caso específico de Marcos Valério.

"É preciso analisar em cada caso concreto sua eficácia (da delação premiada) (...) para que não seja um instrumento de transferência de culpabilidade. Se for usada para esse fim, não é válida. É preciso cuidado para que a delação premiada não signifique fugir da culpabilidade quando foi o próprio delator o causador do crime", declarou.
Redação Terra

Anónimo disse...

Se tivesse medo de crise, nem teria nascido, diz Lula

Atualizada às 15h52

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva manteve seu otimismo em relação à posição do Brasil na crise financeira mundial. Em discurso na inauguração da expansão do metrô de Recife, ele afirmou, nesta segunda-feira, que "se fosse um homem que tivesse medo da crise, nem teria nascido", lembrando de sua infância pobre no Nordeste.

"Não nasci com medo de cara feia", afirmou o presidente. "Essa crise não me assusta. Essa crise nós vamos derrotar fazendo investimentos, fazendo obras nas cidades".

Lula voltou a dizer que o Plano de Habitação, que prevê a construção de um milhão de casas populares para a população com renda entre zero e dez salários mínimos, será lançado oficialmente na quarta-feira. Ele disse, porém, que não sabe se os governadores, prefeitos e empresas então preparados para o plano.

Mais cedo, o presidente afirmou, em discurso na inauguração da primeira fábrica do Nordeste da Sadia, em Vitória do Santo Antão (PE), que a atual crise econômica global não requer a contenção de despesas e sim investimentos.

"Essa não é uma crise que nós temos que fazer contenção de despesas. Essa é uma crise que nós precisamos fazer mais investimentos, nós precisamos gastar dinheiro com coisas que gerem infra-estrutura, que gerem emprego", disse ele.

As afirmações do presidente ocorrem após o anúncio, na semana passada, de que o Ministério do Planejamento vai bloquear R$ 21,6 bilhões do Orçamento do governo federal para 2009. A redução se deve principalmente à revisão da perspectiva de crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) deste ano, que passou de 3,5% para 2%.

Anónimo disse...

Os bombeiros combatem neste sábado os incêndios na Austrália favorecidos pelo bom tempo, enquanto os deslocados encotram em seu retorno casas derruídas, carros queimados nas ruas e destruição.

Depois de sete dias desde que começaram os incêndios no Estado de Victoria, a lista de mortos chega a 181, os desaparecidos somam 50, os edifícios destruídos totalizam 1,834 mil e o terreno arrasado, principalmente florestas, ocupa uma área de 4,13 mil quilômetros quadrados.

As equipes de bombeiros, formadas por 4 mil profissionais de Victoria, de outras partes da Austrália e de países amigos, combateram hoje 12 focos fora de controle e nenhum representava uma ameaça direta para a população.

O subdiretor do Serviço de Bombeiros, Geoff Conway, disse que este tempo favorável, que se prolongará durante o domingo, permite consolidar as linhas de contenção e avançar na extinção das chamas.

Cinzas apareceram arrastadas por ventos do nordeste sobre Melbourne, onde habitam 3,8 milhões de pessoas, e as autoridades alertaram aos cidadãos do risco para a saúde de idosos, crianças e pessoas com problemas respiratórios.

O número de pessoas deslocadas - a Cruz Vermelha chegou a receber 7 mil - começou a cair com a abertura de algumas localidades atingidas.

Os incêndios, alguns criminosos, começaram em 7 de fevereiro, quando a região sul da Austrália estava há duas semanas sob uma onda de calor sem precedentes.

Na sexta-feira passada, a polícia acusou uma pessoa de ter provocado o incêndio que atingiu a localidade de Churchill e matou 21 pessoas.
16:55
Anónimo disse...
A primeira chuva em seis dias reduziu a ameaça de incêndios no Estado de Victoria, ao sul da Austrália. As autoridades, porém, advertiram que ainda existem 12 focos, mas que nenhum deles ameaça áreas povoadas.

Mais de quatro mil bombeiros, mil provenientes de outras partes do país e de outras nações, trabalham contra o fogo. Cerca de 600 veículos e 28 helicópteros e pequenos aviões estão sendo usados.


Eles conseguiram construir linhas de contenção para evitar os incêndios de Yarra e Maroondah se juntassem. Também foram controlados os incêndios abertos de Yea e Murrindindi, que ameaçavam as comunidades de Connellys Creek, Crystal Creek, Scrubby Creek e Native Dog Creek.

O número de mortos chegou a 181, mas as autoridades acreditam que as vítimas devem passar de 200, já que ainda há muitos desaparecidos.
16:55
Anónimo disse...
Aqui nesta coluna, na semana passada, tive a oportunidade de comentar sobre a recente visita do professor brasileiro Pedrinho Guareschi à Austrália. Não dei, porém, os fatos, pois semana passada o assunto era outro.

Hoje, porém, vamos a eles.

No último dia 4 de fevereiro, aconteceu o Seminário "Paulo Freire: Education and Liberation", organizado pelo centro de estudos latino-americanos da Universidade Nacional da Austrália, ou ANU, como é mais conhecida por aqui.

A ANU, para quem não sabe, está entre as 20 melhores universidades do mundo! E tem sede aqui em Camberra, capital da Austrália.

Na abertura do evento, o professor John Minns, diretor do centro latino-americano, ao dar boas-vindas ao público presente, lembrou ser aquele o primeiro seminário exclusivamente dedicado a Paulo Freire na Austrália.

Em seguida, convidou Pedrinho Guareschi, palestrante principal do Seminário, a fazer sua apresentação.

A plateia pode então conhecer, pelas palavras de Pedrinho, um pouco da obra e da vida de Freire, esse brasileiro de fé e valor, que sempre acreditou na educação, sobretudo dos menos favorecidos, analfabetos, como força libertadora.

Como não podia deixar de ser, os conceitos e ideias revolucionários de Paulo Freire, expostos com clareza por Pedrinho, despertaram o interesse e a curiosidade de plateia. A qual, deve-se notar, era na maioria de estudantes, mas de várias nacionalidades, sobretudo australianos e asiáticos.

Na continuação do programa do seminário, que se estendeu por dois dias, outros professores fizeram palestras sobre temas ligados à obra de Paulo Freire.

Interessante, por exemplo, saber que a professora Anne Hickling-Hudson, jamaicana que mora na Austrália há muitos anos (é professora da ANU), conheceu e trabalhou com Freire num workshop educacional durante a revolução na Ilha de Granada, em 1980, antes da invasão dos Estados Unidos...

Ou, então, a palestra da Professora Gerda Roelvink, da Nova Zelândia, que participou do Fórum Social de Porto Alegre em 2005. E essa participação transformou-se em tema de doutorado.

No dia 10, terça-feira passada, o padre Pedrinho Guareschi voltou a falar ao público australiano em grande auditório localizado no belíssimo campus da ANU. Desta vez, sobre a Teologia da Libertação.

Depois da palestra, John Minns mostrou o filme mexicano "O Crime do Padre Amaro", no qual um dos personagens é um padre católico praticante da Teologia da Libertação.

Mais uma vez, foi grande o intersse da platéia, que pode aprender e conhecer um pouco como se desenvolveu aquele importante movimento católico na América Latina.

Fica, assim, ao Pedrinho, bem como a outros brasileiros estudiosos e de bom coração que saem pelo mundo a divulgar aspectos importantes da cultura brasileira, o respeito e a homenagem desta coluna. E... aquele abraço!
16:57
Anónimo disse...
Amanda Kitts perdeu o braço esquerdo em um acidente de automóvel acontecido três anos atrás, mas hoje em dia ela joga futebol americano com seu filho de 12 anos de idade, troca fraldas e abraça as crianças nas três creches Kiddie Cottage que opera em Knoxville, Tennessee. Kitts, 40 anos, faz tudo isso com a ajuda de um novo tipo de braço artificial que se movimenta com mais facilidade do que outros aparelhos e que ela pode controlar utilizando apenas seus pensamentos.

"Eu sou capaz de mexer a mão, o pulso e o cotovelo ao mesmo tempo", diz. "Você pensa e os músculos se movem em seguida".

A recuperação que ela conseguiu resulta de um novo procedimento que vem atraindo crescente atenção porque permite que pessoas movam braços protéticos de forma mais automática do que faziam no passado, simplesmente utilizando nervos reaproveitados em seus cérebros.

A técnica, conhecida como "renervação muscular dirigida", envolve utilizar os nervos que restam depois da amputação de um braço e conectá-los a outro músculo do corpo, em geral no peito. Eletrodos são instalados sobre os músculos do peito, e operam como se fossem antenas. Quando a pessoa deseja mover o braço, o cérebro envia sinais que primeiro resultam em contração dos músculos do peito, os quais enviam um sinal ao braço protético, instruindo-se a se movimentar. O processo não requer mais esforços consciente do que a pessoa teria de exercitar caso ainda tivesse seu braço natural.

Na terça-feira, pesquisadores reportaram em estudo publicado pela versão online do Journal of the American Medical Association que haviam levado a técnica ainda mais à frente, tornando possível a execução de 10 movimentos de mão, pulso e cotovelo diferentes, o que representa uma substancial melhora com relação ao típico repertório protético, que em geral envolve apenas dobrar o cotovelo, girar o pulso e abrir a mão.

"Os novos métodos tiveram impacto dramático em nosso campo de trabalho", disse Stuart Harshbarger, engenheiro biomédico na Universidade Johns Hopkins e diretor do programa de pesquisa sobre próteses, financiado pelas forças armadas, que inclui o trabalho com essa técnica. "O método já está em uso por médicos e cirurgiões comuns em todo o país. A capacidade de controlar um membro protético bastante robusto que ele confere surpreendeu a todos pela qualidade".

Tipicamente, uma pessoa que tenha um braço protético só é capaz de executar alguns poucos movimentos, e muitas vezes com tamanha lentidão que isso só permite a ela atividades limitadas.

Há um motor separado para cada movimento, diz Gerald Loeb, professor de engenharia biomédica na Universidade do Sul da Califórnia, "e esses motores precisam ser controlados de maneira explícita", usualmente por um esforço consciente da pessoa para contrair músculos nas costas ou no bíceps.

"Essencialmente, até agora os pacientes controlavam apenas um motor de cada vez", diz Loeb, "e precisavam pensar cuidadosamente sobre que motor desejavam controlar e como fazê-lo operar, em lugar de simplesmente pensarem em mover o braço e poderem fazê-lo sem delongas".

Antes que Kitts passasse pelo procedimento de renervação, em outubro de 2007, por exemplo, ela precisava movimentar os músculos de suas costas de determinada maneira para fazer com que seu pulso girasse, e flexionar seu bíceps e tríceps para fazer com que o cotovelo se movesse para cima e para baixo. "Era muito trabalho", ela conta. "E não me ajudava muito".

O procedimento de renervação é parte de uma recente explosão de idéias novas e técnicas inovadoras que estão sendo exploradas enquanto os cientistas se esforçam por ajudar as pessoas a compensar melhor a perda de membros ou problemas de paralisia. O esforço vem sendo alimentado pelo aumento no número de amputações causado por diabetes e por ferimentos sofridos pelos militares, e ao mesmo tempo pelos avanços na tecnologia médica.

Os braços se tornaram um dos focos essenciais desse tipo de trabalho. A ciência há muito vem obtendo sucessos no desenvolvimento de próteses de perna, mas é muito mais difícil imitar a complexidade e a destreza das mãos e dos braços.

Os esforços em curso incluem o desenvolvimento de projetos de pele e braços mais sensíveis e mais flexíveis, e o uso de dispositivos acionados por controles sem fio implantado nos braços protéticos, que permitiriam movimentos mais naturais.

Os pesquisadores também vêm usando sensores implantados nos cérebros de cobaias para permitir que dois macacos controlem um braço mecânico, e um teste com um homem paralítico permitiu, com esse método, que ele movimentasse um cursor em uma tela de computador.

Alguns desses métodos, caso venham a ser aperfeiçoados plenamente e consigam aprovação das autoridades regulatórias da saúde, podem no futuro se tornar mais viáveis para os pacientes de amputações.

E embora a técnica da renervação não requeira aprovação das autoridades regulatórias porque é executada por meios cirúrgicos e emprega aparelhos já existentes, ela apresenta limitações que até mesmo seus criadores reconhecem, entre as quais o fato de que não se pode utilizá-la para todos os pacientes, o seu alto custo e o prazo de meses requerido para que os nervos reconectados cresçam e se tornem efetivos.

Ainda assim, os especialistas dizem que é o mais avançado sistema em uso hoje para pacientes reais que permite que o sistema nervoso controle diretamente o movimento de um braço artificial.

Desde sua introdução por Todd Kuiken, médico fisioterapeuta e engenheiro biomédico do Instituto de Reabilitação de Chicago, o método foi empregado em cerca de 30 pacientes nos Estados Unidos, Canadá e Europa, entre os quais oito soldados feridos no Iraque e no Afeganistão.

Muitos dos pacientes, entre os quais o primeiro, Jesse Sullivan, um operário do setor elétrico no Tennessee que perdeu os dois braços quando foi eletrocutado por um cabo, conseguem não apenas manipular seus braços protéticos mas sentir a presença das mãos que já não têm quando alguém toca em seus peitos.

Sullivan, 62 anos, e Kitts, estavam entre os cinco pacientes que participaram do estudo reportado na terça-feira. Em companhia de cinco outras pessoas que não passaram por amputações, eles receberam os eletrodos e foram instruídos a usar pensamentos para fazer com que um braço virtual na tela reproduzisse 10 movimentos diferentes, entre os quais três formas diferentes de aperto de mão.

Os pacientes apresentaram desempenho bastante respeitável, apenas um pouco mais lento e menos preciso do que os dos participantes que não tinham amputações.

"As velocidades de movimento que encontramos em nossos pacientes foram realmente encorajadoras", disse Kuiken. "Eles conseguiram completar a tarefa. É claro que não foram tão competentes quanto as pessoas dotadas de plena capacidade física, mas foram bons o bastante".

Um braço virtual foi usado porque a maioria das próteses existentes não era capaz de acomodar todos aqueles movimentos, no momento da pesquisa, ainda que Sullivan, Kitts e uma terceira paciente, Claudia Mitchell, tenham experimentado dois novos protótipos mais versáteis de braços artificiais, executando tarefas complexas com bolas de tênis e outros objetos.

O trabalho de renervação em soldados apresenta outros desafios, diz Kuiken, porque os ferimentos militares muitas vezes "causam danos muitos extensos" a nervos, músculos ou ossos.

Daniel Acosta, 25 anos, um aviador ferido pela detonação de uma bomba em uma estrada do Iraque em 2005, passou pelo procedimento no ano passado e diz que seu braço esquerdo protético agora se movimenta "muito mais rápido" e de maneira muito mais natural.

"A diferença é que agora não preciso mais pensar para mover o braço", ele diz. "Ele simplesmente se mexe".

Ainda assim, Acosta, de San Antonio, diz que "o processo foi bastante longo" e que os eletrodos precisam ser ajustados para receber os sinais à medida que os nervos crescem ou mudam de posição.

E embora elogiem o método, os especialistas afirmam que a ciência das próteses de braço ainda tem muito por avançar.

"Trata-se de uma parte crucial, mas ainda assim apenas uma parte, das muitas coisas que compreendem a função normal de um braço", disse Loeb, que escreveu um editorial que acompanha o artigo no Journal of the American Medical Association.

"No momento estamos a meio do caminho entre o braço de 'Dr. Fantástico', que fazia involuntariamente a saudação nazista, e o braço de Luke Skywalker em 'Guerra nas Estrelas', que funciona sem nenhum problema assim que é conectado. Creio que precisaremos ainda de muitos anos para conectar todas as peças necessárias a produzir um braço capaz de funcionar normalmente".
17:04
Anónimo disse...
A Espanha disse neste sábado que está preparando uma reclamação oficial contra a decisão da Venezuela de expulsar um membro do Parlamento Europeu que criticou o conselho eleitoral venezuelano.
Luis Herrero, membro do partido conservador espanhol PP, foi deportado na sexta-feira depois que o Conselho Nacional Eleitoral (CNE) o acusou de questionar a imparcialidade da instituição antes de um referendo que pode permitir ao presidente Hugo Chávez permanecer no cargo indefinidamente.

Herrero estava na Venezuela como observador do referendo. Ele acusou Chávez de ter "comportamentos típicos de um ditador" por pedir a contenção de manifestações da oposição.

O governo da Espanha convocou um encontro com o embaixador da Venezuela em Madri para expressar a desaprovação sobre a expulsão de Herrero, disse um representante do Ministério das Relações Exteriores espanhol.

As relações da Venezuela com a Espanha tiveram seu ponto crítico em 2007, quando Chávez ameaçou rever acordos diplomáticos e comerciais depois de ouvir um "cala a boca" do rei espanhol Juan Carlos durante uma cúpula.

A fenda foi oficialmente reparada em 2008, com uma visita oficial de Chávez à Espanha, onde ele cumprimentou o rei e discutiu acordos para investimento no setor petroquímico com o primeiro-ministro José Luis Rodriguez Zapatero.
17:06
Anónimo disse...
A polícia do Zimbábue anunciou neste sábado que acusa de traição Roy Bennett, dirigente do até agora opositor Movimento para a Mudança Democrática (MDC), detido na sexta-feira, em Harare, poucas horas antes da cerimônia de posse dos membros do novo gabinete.

"A Polícia nos informou que vão apresentar acusações de traição", disse à agência EFE o advogado de defesa de Bennett, Trust Maanda.

"Tentam relacionar Roy com o caso de Mike Hitschmann, que foi detido em 2006 em relação à descoberta de um carregamento de armas, apesar de que Hitschmann não tenha sido declarado culpado das acusações de traição apresentadas contra ele, mas de um crime menor de descumprimento de leis", disse Maanda.

O político opositor, designado por seu partido como vice-ministro de Agricultura no Governo de união nacional, esteve no exílio na vizinha África do Sul desde 2006 e retornou ao Zimbábue há duas semanas.

Segundo a Polícia, que deteve Bennett ontem no aeroporto de Harare quando pretendia ir à África do Sul para visitar sua família, as armas apreendidas em 2006 seriam utilizadas em um golpe de Estado para derrubar o presidente do Zimbábue, Robert Mugabe.

Depois da detenção, Bennet foi levado a Mutar, onde vários simpatizantes do MDC se concentraram em frente à delegacia na qual estava detido, diante do que a Polícia respondeu com tiros para o alto para dispersar os manifestantes.
17:07
Anónimo disse...
Austrália: 14 mil se candidatam a 'emprego dos sonhos'

A secretaria de Turismo de Queensland, na Austrália, informou que até esta segunda-feira já recebeu cerca de 14 mil inscrições para o "o melhor emprego do mundo". O Estado australiano promove pela internet seleção para vaga de "zelador" da ilha Hamilton, por seis meses com um salário de R$ 40 mil.

Muitos candidatos tiveram problemas durante a inscrição por conta dos acessos simultâneos ao site. A secretaria aconselha enviar os vídeos de 60s explicando porque deve ser escolhido em horários alternativos do dia, além de recomendar tamanho em torno de 40MB.

As inscrições começaram em 12 de janeiro e vão até o próximo dia 22 e podem ser feitas pelo site www.islandreefjob.com. O governo australiano escolherá 50 candidatos para a próxima fase da seleção, que terá votos do público para eleger um dos 11 finalistas.

A última fase terá entrevistas e desafios físicos, no próprio local de trabalho: as ilhas da Grande Barreira Coralina - o maior recife de coral do mundo. A secretaria de Turismo anunciará o vencedor no dia 6 de maio.
17:09
Anónimo disse...
Mercado elogia governo na crise, mas pede maior queda no juro

Peter Fussy
Direto de São Paulo

Desde as primeiras medidas anunciadas para combater os efeitos da crise, o governo brasileiro avisou que a estratégia não contemplaria um pacote. Seriam doses pontuais, de acordo com a necessidade da economia diante do agravamento das turbulências. Da primeira liberação dos depósitos compulsórios em setembro até a ampliação do seguro-desemprego na última quarta-feira, o governo passou por redução de impostos, ampliação de crédito e incentivos à exportação. Quase 150 dias após a primeira medida, o Terra conversou com líderes do setor público e privado, representantes dos trabalhadores, acadêmicos e com o próprio governo para saber quais destas ações foram mais eficazes, quais foram mais ineficientes e o que mais pode ser feito pelo Estado brasileiro contra a crise.

Os maiores elogios foram direcionados à atitude de reduzir o Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) para a indústria automobilística, anunciada em dezembro e que fez com que os emplacamentos de carros novos subissem 1,9% no primeiro mês do ano em relação a dezembro de 2008. Já as maiores críticas foram para a lentidão no corte da taxa básica de juro do País.

Para o presidente do conselho administrativo do Grupo Pão de Açúcar, Abílio Diniz, o Estado não é responsável pela crise e mesmo assim está agindo "com extrema serenidade e muito acerto". "O governo está atento, fazendo a sua parte. É preciso coragem de baixar firmemente a taxa de juros. É uma arma que temos a nosso favor, já que não há clima para inflação, nem possibilidade de danos para a macroeconomia", afirmou Diniz.

Na última reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), em janeiro, a taxa Selic foi reduzida em um ponto percentual, de 13,75% para 12,75% ao ano. Porém, o professor de economia da Universidade de Brasília (UnB) José Luiz Oreiro lembra que este corte representa uma redução de apenas 0,25 ponto percentual com relação à taxa de setembro do ano passado, quando a crise se agravou.

"Pouco antes da eclosão da crise, o Banco Central aumentou a taxa em 0,75 ponto. Foram cinco meses de demora para reduzir em termos líquidos apenas 0,25 ponto", afirmou o economista, que também sugeriu redução do intervalo de cerca de 90 dias entre as reuniões do Copom e o corte de pelo menos um 1 ponto percentual em cada reunião.

Mesmo com o corte de janeiro, a taxa de juros real continua sendo a maior do mundo, lembrou o secretário-geral da Força Sindical, João Carlos Gonçalves, o Juruna. "A redução da taxa de juro ainda é pequena, porque ela continua uma das mais altas do mundo. Falta ousadia para baixar os juros e ajudar o cidadão. A permanência da taxa de juro alta é negativa para o País em meio a crise", afirmou Juruna.

Embora aprove as ações do governo, o senador Aloízio Mercadante (PT-SP) também acredita que o patamar da Selic está muito alto. "Sempre fomos os primeiros a entrar em qualquer crise, o que não aconteceu agora. A taxa Selic ainda é muito alta, mas o governo têm tomado medidas acertadas, como o aumento do salário mínimo, mesmo com um cenário de crise. Isso ajuda a movimentar o consumo. O governo está se esforçando para manter os investimentos e o crescimento", disse.

Tributos
De acordo com o economista Fabio Pina, da Fecomercio-SP, as ações mais positivas estão relacionadas à redução de tributos para alguns segmentos, como a indústria automobilística, que recuperou parte da queda nas vendas em janeiro com a isenção do IPI para carros 1.0 l e o corte para demais motorizações. A medida vale até o final de março.

"Essas medidas não só reduziram o preço, mas anteciparam o consumo daqueles que iriam comprar no futuro, dando um prêmio por conta da insegurança. Mexe diretamente com o principal problema que é a confiança do consumidor", afirmou. Juruna destacou que um bom ritmo de vendas é garantia de emprego. "É importante porque cada emprego na montadora significa 19 na cadeia produtiva", comentou o representante da Força Sindical.

Também em dezembro, o governo decidiu cortar pela metade a alíquota do Imposto de Renda para contribuintes que ganham entre R$ 1.434 e R$ 2.150 mensais. "O salário aumentava e a tabela não se modificava. As pessoas ganhavam mais e pagavam mais impostos", apontou Juruna. Outra redução de tributos do governo foi com relação ao Imposto sobre Operações Financeiras (IOF), que caiu de 3% ao ano para 1,5%.

Crédito
Na segunda metade de 2008, o colapso de bancos nos Estados Unidos por conta da crise do subprime provocou uma forte restrição de crédito no mundo inteiro. Uma das primeiras medidas anticrise do governo teve como objetivo restabelecer a oferta, com mudanças no recolhimento dos depósitos compulsórios por parte dos bancos. Segundo o presidente do Banco Central, Henrique Meirelles, as diversas modificações liberaram US$ 99,2 bilhões aos bancos até o final de janeiro.

Além disso, o governo concedeu R$ 36 bilhões das reservas internacionais para empresas brasileiras com dívidas no exterior e uma medida provisória autorizou o Banco do Brasil e a Caixa Econômica Federal a comprar carteiras de crédito de bancos privados. Para o diretor do Departamento de Pesquisas e Estudos Econômicos da Fiesp, Paulo Francini, estas medidas foram essenciais para combater os efeitos da crise.

"A crise se desenvolve no mundo em torno do tema crédito. E o crédito reduziu-se barbaridade no mundo. Então o governo lança mão de compulsório, lança mão de reservas, de medidas que permitem aos bancos comprar carteiras de bancos. Você vai tomando várias medidas para atender às demandas e o epicentro disso é crédito", afirmou.

No entanto, Oreiro, da UnB, adverte que a liberação dos compulsórios seria mais eficiente acompanhada de redução mais agressiva da taxa básica de juro. "Uma parte do crédito voltou, depois da forte retração em outubro e novembro. O que deveria ter sido feito junto à liberação do compulsório era uma redução mais drástica da taxa de juro. Sem isso, os bancos pegam as reservas e acabam comprando títulos públicos", explicou o economista.

Na opinião de Pina, as ações de distribuição de crédito via redução do compulsório e a disposição de capital de giro para empresas foram tomadas sem um cuidado maior na operação e não tiveram muito efeito. "O BNDES tem linhas que ficam paradas quase todo o ano, agora é pior ainda. Existem os recursos, mas as empresas e os bancos estão desconfiados. É preciso fazer com que os bancos tenham interesse em emprestar", afirmou o economista da Fecomercio-SP.

Futuro
Mesmo com todas essas medidas, a crise financeira ainda gera incertezas nos setores produtivos do País. Nos últimos meses, o medo do desemprego fez os consumidores adiarem compras. Por sua vez, a queda nas vendas pode obrigar as indústrias a cortarem a produção e demitir funcionários. Contra isso, empresários sugerem redução de jornada e de salários.

"Isto está previsto em lei. A Fiesp simplesmente manteve conversações com entidades sindicais quanto à aplicação daquilo que já está previsto em lei", afirmou Francini.

Segundo a ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff, uma das medidas que assegura um nível de emprego é a manutenção de investimentos no Programa de Aceleração do Crescimento (PAC). "Estamos esperando que a dificuldade ocorra em janeiro, fevereiro e março. Estamos certos que vamos manter o nível de investimento. É isso que funciona, é isso que significa investimento público. Ele funciona como um colchão. Por isso, nós colocamos R$ 100 bilhões no BNDES e a Petrobras ampliou o seu investimento em R$ 120 bilhões", afirmou.

Na mesma linha, Pina explica que a antecipação de gastos do governo substitui parte da demanda retraída do setor privado. "Ele dá o seguinte recado: não vou estourar as contas públicas, mas concentrar em um momento em que a demanda privada está pequena. Mas o governo não tem fôlego suficiente para fazer o papel de toda demanda", ressaltou. O economista da Fecomercio lembrou que a entidade já pleiteou junto ao governo isenções para transferência de imóveis e de automóveis, além de retirar o IPVA para veículos novos.

Já Oreiro foca suas propostas na capitalização do Banco do Brasil e da Caixa Econômica Federal pelo Tesouro para atender a demanda de crédito para capital de giro e reduzir o spread. "Aumentando o empréstimo e reduzindo as taxas, os dois vão forçar os bancos privados a acompanhar o movimento, até para não perderem participação no mercado", explicou o economista da UnB.

Até o Carnaval, o governou prometeu detalhar um pacote de incentivos para a construção de até um milhão de casas populares, direcionado a famílias com renda de até dez salários mínimos. "Estamos atentos a tudo o que está acontecendo e novas medidas serão tomadas caso haja uma avaliação de que sejam necessárias", disse o ministro da Fazenda, Guido Mantega, na última sexta-feira.

Anónimo disse...

Os bombeiros combatem neste sábado os incêndios na Austrália favorecidos pelo bom tempo, enquanto os deslocados encotram em seu retorno casas derruídas, carros queimados nas ruas e destruição.

Depois de sete dias desde que começaram os incêndios no Estado de Victoria, a lista de mortos chega a 181, os desaparecidos somam 50, os edifícios destruídos totalizam 1,834 mil e o terreno arrasado, principalmente florestas, ocupa uma área de 4,13 mil quilômetros quadrados.

As equipes de bombeiros, formadas por 4 mil profissionais de Victoria, de outras partes da Austrália e de países amigos, combateram hoje 12 focos fora de controle e nenhum representava uma ameaça direta para a população.

O subdiretor do Serviço de Bombeiros, Geoff Conway, disse que este tempo favorável, que se prolongará durante o domingo, permite consolidar as linhas de contenção e avançar na extinção das chamas.

Cinzas apareceram arrastadas por ventos do nordeste sobre Melbourne, onde habitam 3,8 milhões de pessoas, e as autoridades alertaram aos cidadãos do risco para a saúde de idosos, crianças e pessoas com problemas respiratórios.

O número de pessoas deslocadas - a Cruz Vermelha chegou a receber 7 mil - começou a cair com a abertura de algumas localidades atingidas.

Os incêndios, alguns criminosos, começaram em 7 de fevereiro, quando a região sul da Austrália estava há duas semanas sob uma onda de calor sem precedentes.

Na sexta-feira passada, a polícia acusou uma pessoa de ter provocado o incêndio que atingiu a localidade de Churchill e matou 21 pessoas.
16:55
Anónimo disse...
A primeira chuva em seis dias reduziu a ameaça de incêndios no Estado de Victoria, ao sul da Austrália. As autoridades, porém, advertiram que ainda existem 12 focos, mas que nenhum deles ameaça áreas povoadas.

Mais de quatro mil bombeiros, mil provenientes de outras partes do país e de outras nações, trabalham contra o fogo. Cerca de 600 veículos e 28 helicópteros e pequenos aviões estão sendo usados.


Eles conseguiram construir linhas de contenção para evitar os incêndios de Yarra e Maroondah se juntassem. Também foram controlados os incêndios abertos de Yea e Murrindindi, que ameaçavam as comunidades de Connellys Creek, Crystal Creek, Scrubby Creek e Native Dog Creek.

O número de mortos chegou a 181, mas as autoridades acreditam que as vítimas devem passar de 200, já que ainda há muitos desaparecidos.
16:55
Anónimo disse...
Aqui nesta coluna, na semana passada, tive a oportunidade de comentar sobre a recente visita do professor brasileiro Pedrinho Guareschi à Austrália. Não dei, porém, os fatos, pois semana passada o assunto era outro.

Hoje, porém, vamos a eles.

No último dia 4 de fevereiro, aconteceu o Seminário "Paulo Freire: Education and Liberation", organizado pelo centro de estudos latino-americanos da Universidade Nacional da Austrália, ou ANU, como é mais conhecida por aqui.

A ANU, para quem não sabe, está entre as 20 melhores universidades do mundo! E tem sede aqui em Camberra, capital da Austrália.

Na abertura do evento, o professor John Minns, diretor do centro latino-americano, ao dar boas-vindas ao público presente, lembrou ser aquele o primeiro seminário exclusivamente dedicado a Paulo Freire na Austrália.

Em seguida, convidou Pedrinho Guareschi, palestrante principal do Seminário, a fazer sua apresentação.

A plateia pode então conhecer, pelas palavras de Pedrinho, um pouco da obra e da vida de Freire, esse brasileiro de fé e valor, que sempre acreditou na educação, sobretudo dos menos favorecidos, analfabetos, como força libertadora.

Como não podia deixar de ser, os conceitos e ideias revolucionários de Paulo Freire, expostos com clareza por Pedrinho, despertaram o interesse e a curiosidade de plateia. A qual, deve-se notar, era na maioria de estudantes, mas de várias nacionalidades, sobretudo australianos e asiáticos.

Na continuação do programa do seminário, que se estendeu por dois dias, outros professores fizeram palestras sobre temas ligados à obra de Paulo Freire.

Interessante, por exemplo, saber que a professora Anne Hickling-Hudson, jamaicana que mora na Austrália há muitos anos (é professora da ANU), conheceu e trabalhou com Freire num workshop educacional durante a revolução na Ilha de Granada, em 1980, antes da invasão dos Estados Unidos...

Ou, então, a palestra da Professora Gerda Roelvink, da Nova Zelândia, que participou do Fórum Social de Porto Alegre em 2005. E essa participação transformou-se em tema de doutorado.

No dia 10, terça-feira passada, o padre Pedrinho Guareschi voltou a falar ao público australiano em grande auditório localizado no belíssimo campus da ANU. Desta vez, sobre a Teologia da Libertação.

Depois da palestra, John Minns mostrou o filme mexicano "O Crime do Padre Amaro", no qual um dos personagens é um padre católico praticante da Teologia da Libertação.

Mais uma vez, foi grande o intersse da platéia, que pode aprender e conhecer um pouco como se desenvolveu aquele importante movimento católico na América Latina.

Fica, assim, ao Pedrinho, bem como a outros brasileiros estudiosos e de bom coração que saem pelo mundo a divulgar aspectos importantes da cultura brasileira, o respeito e a homenagem desta coluna. E... aquele abraço!
16:57
Anónimo disse...
Amanda Kitts perdeu o braço esquerdo em um acidente de automóvel acontecido três anos atrás, mas hoje em dia ela joga futebol americano com seu filho de 12 anos de idade, troca fraldas e abraça as crianças nas três creches Kiddie Cottage que opera em Knoxville, Tennessee. Kitts, 40 anos, faz tudo isso com a ajuda de um novo tipo de braço artificial que se movimenta com mais facilidade do que outros aparelhos e que ela pode controlar utilizando apenas seus pensamentos.

"Eu sou capaz de mexer a mão, o pulso e o cotovelo ao mesmo tempo", diz. "Você pensa e os músculos se movem em seguida".

A recuperação que ela conseguiu resulta de um novo procedimento que vem atraindo crescente atenção porque permite que pessoas movam braços protéticos de forma mais automática do que faziam no passado, simplesmente utilizando nervos reaproveitados em seus cérebros.

A técnica, conhecida como "renervação muscular dirigida", envolve utilizar os nervos que restam depois da amputação de um braço e conectá-los a outro músculo do corpo, em geral no peito. Eletrodos são instalados sobre os músculos do peito, e operam como se fossem antenas. Quando a pessoa deseja mover o braço, o cérebro envia sinais que primeiro resultam em contração dos músculos do peito, os quais enviam um sinal ao braço protético, instruindo-se a se movimentar. O processo não requer mais esforços consciente do que a pessoa teria de exercitar caso ainda tivesse seu braço natural.

Na terça-feira, pesquisadores reportaram em estudo publicado pela versão online do Journal of the American Medical Association que haviam levado a técnica ainda mais à frente, tornando possível a execução de 10 movimentos de mão, pulso e cotovelo diferentes, o que representa uma substancial melhora com relação ao típico repertório protético, que em geral envolve apenas dobrar o cotovelo, girar o pulso e abrir a mão.

"Os novos métodos tiveram impacto dramático em nosso campo de trabalho", disse Stuart Harshbarger, engenheiro biomédico na Universidade Johns Hopkins e diretor do programa de pesquisa sobre próteses, financiado pelas forças armadas, que inclui o trabalho com essa técnica. "O método já está em uso por médicos e cirurgiões comuns em todo o país. A capacidade de controlar um membro protético bastante robusto que ele confere surpreendeu a todos pela qualidade".

Tipicamente, uma pessoa que tenha um braço protético só é capaz de executar alguns poucos movimentos, e muitas vezes com tamanha lentidão que isso só permite a ela atividades limitadas.

Há um motor separado para cada movimento, diz Gerald Loeb, professor de engenharia biomédica na Universidade do Sul da Califórnia, "e esses motores precisam ser controlados de maneira explícita", usualmente por um esforço consciente da pessoa para contrair músculos nas costas ou no bíceps.

"Essencialmente, até agora os pacientes controlavam apenas um motor de cada vez", diz Loeb, "e precisavam pensar cuidadosamente sobre que motor desejavam controlar e como fazê-lo operar, em lugar de simplesmente pensarem em mover o braço e poderem fazê-lo sem delongas".

Antes que Kitts passasse pelo procedimento de renervação, em outubro de 2007, por exemplo, ela precisava movimentar os músculos de suas costas de determinada maneira para fazer com que seu pulso girasse, e flexionar seu bíceps e tríceps para fazer com que o cotovelo se movesse para cima e para baixo. "Era muito trabalho", ela conta. "E não me ajudava muito".

O procedimento de renervação é parte de uma recente explosão de idéias novas e técnicas inovadoras que estão sendo exploradas enquanto os cientistas se esforçam por ajudar as pessoas a compensar melhor a perda de membros ou problemas de paralisia. O esforço vem sendo alimentado pelo aumento no número de amputações causado por diabetes e por ferimentos sofridos pelos militares, e ao mesmo tempo pelos avanços na tecnologia médica.

Os braços se tornaram um dos focos essenciais desse tipo de trabalho. A ciência há muito vem obtendo sucessos no desenvolvimento de próteses de perna, mas é muito mais difícil imitar a complexidade e a destreza das mãos e dos braços.

Os esforços em curso incluem o desenvolvimento de projetos de pele e braços mais sensíveis e mais flexíveis, e o uso de dispositivos acionados por controles sem fio implantado nos braços protéticos, que permitiriam movimentos mais naturais.

Os pesquisadores também vêm usando sensores implantados nos cérebros de cobaias para permitir que dois macacos controlem um braço mecânico, e um teste com um homem paralítico permitiu, com esse método, que ele movimentasse um cursor em uma tela de computador.

Alguns desses métodos, caso venham a ser aperfeiçoados plenamente e consigam aprovação das autoridades regulatórias da saúde, podem no futuro se tornar mais viáveis para os pacientes de amputações.

E embora a técnica da renervação não requeira aprovação das autoridades regulatórias porque é executada por meios cirúrgicos e emprega aparelhos já existentes, ela apresenta limitações que até mesmo seus criadores reconhecem, entre as quais o fato de que não se pode utilizá-la para todos os pacientes, o seu alto custo e o prazo de meses requerido para que os nervos reconectados cresçam e se tornem efetivos.

Ainda assim, os especialistas dizem que é o mais avançado sistema em uso hoje para pacientes reais que permite que o sistema nervoso controle diretamente o movimento de um braço artificial.

Desde sua introdução por Todd Kuiken, médico fisioterapeuta e engenheiro biomédico do Instituto de Reabilitação de Chicago, o método foi empregado em cerca de 30 pacientes nos Estados Unidos, Canadá e Europa, entre os quais oito soldados feridos no Iraque e no Afeganistão.

Muitos dos pacientes, entre os quais o primeiro, Jesse Sullivan, um operário do setor elétrico no Tennessee que perdeu os dois braços quando foi eletrocutado por um cabo, conseguem não apenas manipular seus braços protéticos mas sentir a presença das mãos que já não têm quando alguém toca em seus peitos.

Sullivan, 62 anos, e Kitts, estavam entre os cinco pacientes que participaram do estudo reportado na terça-feira. Em companhia de cinco outras pessoas que não passaram por amputações, eles receberam os eletrodos e foram instruídos a usar pensamentos para fazer com que um braço virtual na tela reproduzisse 10 movimentos diferentes, entre os quais três formas diferentes de aperto de mão.

Os pacientes apresentaram desempenho bastante respeitável, apenas um pouco mais lento e menos preciso do que os dos participantes que não tinham amputações.

"As velocidades de movimento que encontramos em nossos pacientes foram realmente encorajadoras", disse Kuiken. "Eles conseguiram completar a tarefa. É claro que não foram tão competentes quanto as pessoas dotadas de plena capacidade física, mas foram bons o bastante".

Um braço virtual foi usado porque a maioria das próteses existentes não era capaz de acomodar todos aqueles movimentos, no momento da pesquisa, ainda que Sullivan, Kitts e uma terceira paciente, Claudia Mitchell, tenham experimentado dois novos protótipos mais versáteis de braços artificiais, executando tarefas complexas com bolas de tênis e outros objetos.

O trabalho de renervação em soldados apresenta outros desafios, diz Kuiken, porque os ferimentos militares muitas vezes "causam danos muitos extensos" a nervos, músculos ou ossos.

Daniel Acosta, 25 anos, um aviador ferido pela detonação de uma bomba em uma estrada do Iraque em 2005, passou pelo procedimento no ano passado e diz que seu braço esquerdo protético agora se movimenta "muito mais rápido" e de maneira muito mais natural.

"A diferença é que agora não preciso mais pensar para mover o braço", ele diz. "Ele simplesmente se mexe".

Ainda assim, Acosta, de San Antonio, diz que "o processo foi bastante longo" e que os eletrodos precisam ser ajustados para receber os sinais à medida que os nervos crescem ou mudam de posição.

E embora elogiem o método, os especialistas afirmam que a ciência das próteses de braço ainda tem muito por avançar.

"Trata-se de uma parte crucial, mas ainda assim apenas uma parte, das muitas coisas que compreendem a função normal de um braço", disse Loeb, que escreveu um editorial que acompanha o artigo no Journal of the American Medical Association.

"No momento estamos a meio do caminho entre o braço de 'Dr. Fantástico', que fazia involuntariamente a saudação nazista, e o braço de Luke Skywalker em 'Guerra nas Estrelas', que funciona sem nenhum problema assim que é conectado. Creio que precisaremos ainda de muitos anos para conectar todas as peças necessárias a produzir um braço capaz de funcionar normalmente".
17:04
Anónimo disse...
A Espanha disse neste sábado que está preparando uma reclamação oficial contra a decisão da Venezuela de expulsar um membro do Parlamento Europeu que criticou o conselho eleitoral venezuelano.
Luis Herrero, membro do partido conservador espanhol PP, foi deportado na sexta-feira depois que o Conselho Nacional Eleitoral (CNE) o acusou de questionar a imparcialidade da instituição antes de um referendo que pode permitir ao presidente Hugo Chávez permanecer no cargo indefinidamente.

Herrero estava na Venezuela como observador do referendo. Ele acusou Chávez de ter "comportamentos típicos de um ditador" por pedir a contenção de manifestações da oposição.

O governo da Espanha convocou um encontro com o embaixador da Venezuela em Madri para expressar a desaprovação sobre a expulsão de Herrero, disse um representante do Ministério das Relações Exteriores espanhol.

As relações da Venezuela com a Espanha tiveram seu ponto crítico em 2007, quando Chávez ameaçou rever acordos diplomáticos e comerciais depois de ouvir um "cala a boca" do rei espanhol Juan Carlos durante uma cúpula.

A fenda foi oficialmente reparada em 2008, com uma visita oficial de Chávez à Espanha, onde ele cumprimentou o rei e discutiu acordos para investimento no setor petroquímico com o primeiro-ministro José Luis Rodriguez Zapatero.
17:06
Anónimo disse...
A polícia do Zimbábue anunciou neste sábado que acusa de traição Roy Bennett, dirigente do até agora opositor Movimento para a Mudança Democrática (MDC), detido na sexta-feira, em Harare, poucas horas antes da cerimônia de posse dos membros do novo gabinete.

"A Polícia nos informou que vão apresentar acusações de traição", disse à agência EFE o advogado de defesa de Bennett, Trust Maanda.

"Tentam relacionar Roy com o caso de Mike Hitschmann, que foi detido em 2006 em relação à descoberta de um carregamento de armas, apesar de que Hitschmann não tenha sido declarado culpado das acusações de traição apresentadas contra ele, mas de um crime menor de descumprimento de leis", disse Maanda.

O político opositor, designado por seu partido como vice-ministro de Agricultura no Governo de união nacional, esteve no exílio na vizinha África do Sul desde 2006 e retornou ao Zimbábue há duas semanas.

Segundo a Polícia, que deteve Bennett ontem no aeroporto de Harare quando pretendia ir à África do Sul para visitar sua família, as armas apreendidas em 2006 seriam utilizadas em um golpe de Estado para derrubar o presidente do Zimbábue, Robert Mugabe.

Depois da detenção, Bennet foi levado a Mutar, onde vários simpatizantes do MDC se concentraram em frente à delegacia na qual estava detido, diante do que a Polícia respondeu com tiros para o alto para dispersar os manifestantes.
17:07
Anónimo disse...
Austrália: 14 mil se candidatam a 'emprego dos sonhos'

A secretaria de Turismo de Queensland, na Austrália, informou que até esta segunda-feira já recebeu cerca de 14 mil inscrições para o "o melhor emprego do mundo". O Estado australiano promove pela internet seleção para vaga de "zelador" da ilha Hamilton, por seis meses com um salário de R$ 40 mil.

Muitos candidatos tiveram problemas durante a inscrição por conta dos acessos simultâneos ao site. A secretaria aconselha enviar os vídeos de 60s explicando porque deve ser escolhido em horários alternativos do dia, além de recomendar tamanho em torno de 40MB.

As inscrições começaram em 12 de janeiro e vão até o próximo dia 22 e podem ser feitas pelo site www.islandreefjob.com. O governo australiano escolherá 50 candidatos para a próxima fase da seleção, que terá votos do público para eleger um dos 11 finalistas.

A última fase terá entrevistas e desafios físicos, no próprio local de trabalho: as ilhas da Grande Barreira Coralina - o maior recife de coral do mundo. A secretaria de Turismo anunciará o vencedor no dia 6 de maio.
17:09
Anónimo disse...
Mercado elogia governo na crise, mas pede maior queda no juro

Peter Fussy
Direto de São Paulo

Desde as primeiras medidas anunciadas para combater os efeitos da crise, o governo brasileiro avisou que a estratégia não contemplaria um pacote. Seriam doses pontuais, de acordo com a necessidade da economia diante do agravamento das turbulências. Da primeira liberação dos depósitos compulsórios em setembro até a ampliação do seguro-desemprego na última quarta-feira, o governo passou por redução de impostos, ampliação de crédito e incentivos à exportação. Quase 150 dias após a primeira medida, o Terra conversou com líderes do setor público e privado, representantes dos trabalhadores, acadêmicos e com o próprio governo para saber quais destas ações foram mais eficazes, quais foram mais ineficientes e o que mais pode ser feito pelo Estado brasileiro contra a crise.

Os maiores elogios foram direcionados à atitude de reduzir o Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) para a indústria automobilística, anunciada em dezembro e que fez com que os emplacamentos de carros novos subissem 1,9% no primeiro mês do ano em relação a dezembro de 2008. Já as maiores críticas foram para a lentidão no corte da taxa básica de juro do País.

Para o presidente do conselho administrativo do Grupo Pão de Açúcar, Abílio Diniz, o Estado não é responsável pela crise e mesmo assim está agindo "com extrema serenidade e muito acerto". "O governo está atento, fazendo a sua parte. É preciso coragem de baixar firmemente a taxa de juros. É uma arma que temos a nosso favor, já que não há clima para inflação, nem possibilidade de danos para a macroeconomia", afirmou Diniz.

Na última reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), em janeiro, a taxa Selic foi reduzida em um ponto percentual, de 13,75% para 12,75% ao ano. Porém, o professor de economia da Universidade de Brasília (UnB) José Luiz Oreiro lembra que este corte representa uma redução de apenas 0,25 ponto percentual com relação à taxa de setembro do ano passado, quando a crise se agravou.

"Pouco antes da eclosão da crise, o Banco Central aumentou a taxa em 0,75 ponto. Foram cinco meses de demora para reduzir em termos líquidos apenas 0,25 ponto", afirmou o economista, que também sugeriu redução do intervalo de cerca de 90 dias entre as reuniões do Copom e o corte de pelo menos um 1 ponto percentual em cada reunião.

Mesmo com o corte de janeiro, a taxa de juros real continua sendo a maior do mundo, lembrou o secretário-geral da Força Sindical, João Carlos Gonçalves, o Juruna. "A redução da taxa de juro ainda é pequena, porque ela continua uma das mais altas do mundo. Falta ousadia para baixar os juros e ajudar o cidadão. A permanência da taxa de juro alta é negativa para o País em meio a crise", afirmou Juruna.

Embora aprove as ações do governo, o senador Aloízio Mercadante (PT-SP) também acredita que o patamar da Selic está muito alto. "Sempre fomos os primeiros a entrar em qualquer crise, o que não aconteceu agora. A taxa Selic ainda é muito alta, mas o governo têm tomado medidas acertadas, como o aumento do salário mínimo, mesmo com um cenário de crise. Isso ajuda a movimentar o consumo. O governo está se esforçando para manter os investimentos e o crescimento", disse.

Tributos
De acordo com o economista Fabio Pina, da Fecomercio-SP, as ações mais positivas estão relacionadas à redução de tributos para alguns segmentos, como a indústria automobilística, que recuperou parte da queda nas vendas em janeiro com a isenção do IPI para carros 1.0 l e o corte para demais motorizações. A medida vale até o final de março.

"Essas medidas não só reduziram o preço, mas anteciparam o consumo daqueles que iriam comprar no futuro, dando um prêmio por conta da insegurança. Mexe diretamente com o principal problema que é a confiança do consumidor", afirmou. Juruna destacou que um bom ritmo de vendas é garantia de emprego. "É importante porque cada emprego na montadora significa 19 na cadeia produtiva", comentou o representante da Força Sindical.

Também em dezembro, o governo decidiu cortar pela metade a alíquota do Imposto de Renda para contribuintes que ganham entre R$ 1.434 e R$ 2.150 mensais. "O salário aumentava e a tabela não se modificava. As pessoas ganhavam mais e pagavam mais impostos", apontou Juruna. Outra redução de tributos do governo foi com relação ao Imposto sobre Operações Financeiras (IOF), que caiu de 3% ao ano para 1,5%.

Crédito
Na segunda metade de 2008, o colapso de bancos nos Estados Unidos por conta da crise do subprime provocou uma forte restrição de crédito no mundo inteiro. Uma das primeiras medidas anticrise do governo teve como objetivo restabelecer a oferta, com mudanças no recolhimento dos depósitos compulsórios por parte dos bancos. Segundo o presidente do Banco Central, Henrique Meirelles, as diversas modificações liberaram US$ 99,2 bilhões aos bancos até o final de janeiro.

Além disso, o governo concedeu R$ 36 bilhões das reservas internacionais para empresas brasileiras com dívidas no exterior e uma medida provisória autorizou o Banco do Brasil e a Caixa Econômica Federal a comprar carteiras de crédito de bancos privados. Para o diretor do Departamento de Pesquisas e Estudos Econômicos da Fiesp, Paulo Francini, estas medidas foram essenciais para combater os efeitos da crise.

"A crise se desenvolve no mundo em torno do tema crédito. E o crédito reduziu-se barbaridade no mundo. Então o governo lança mão de compulsório, lança mão de reservas, de medidas que permitem aos bancos comprar carteiras de bancos. Você vai tomando várias medidas para atender às demandas e o epicentro disso é crédito", afirmou.

No entanto, Oreiro, da UnB, adverte que a liberação dos compulsórios seria mais eficiente acompanhada de redução mais agressiva da taxa básica de juro. "Uma parte do crédito voltou, depois da forte retração em outubro e novembro. O que deveria ter sido feito junto à liberação do compulsório era uma redução mais drástica da taxa de juro. Sem isso, os bancos pegam as reservas e acabam comprando títulos públicos", explicou o economista.

Na opinião de Pina, as ações de distribuição de crédito via redução do compulsório e a disposição de capital de giro para empresas foram tomadas sem um cuidado maior na operação e não tiveram muito efeito. "O BNDES tem linhas que ficam paradas quase todo o ano, agora é pior ainda. Existem os recursos, mas as empresas e os bancos estão desconfiados. É preciso fazer com que os bancos tenham interesse em emprestar", afirmou o economista da Fecomercio-SP.

Futuro
Mesmo com todas essas medidas, a crise financeira ainda gera incertezas nos setores produtivos do País. Nos últimos meses, o medo do desemprego fez os consumidores adiarem compras. Por sua vez, a queda nas vendas pode obrigar as indústrias a cortarem a produção e demitir funcionários. Contra isso, empresários sugerem redução de jornada e de salários.

"Isto está previsto em lei. A Fiesp simplesmente manteve conversações com entidades sindicais quanto à aplicação daquilo que já está previsto em lei", afirmou Francini.

Segundo a ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff, uma das medidas que assegura um nível de emprego é a manutenção de investimentos no Programa de Aceleração do Crescimento (PAC). "Estamos esperando que a dificuldade ocorra em janeiro, fevereiro e março. Estamos certos que vamos manter o nível de investimento. É isso que funciona, é isso que significa investimento público. Ele funciona como um colchão. Por isso, nós colocamos R$ 100 bilhões no BNDES e a Petrobras ampliou o seu investimento em R$ 120 bilhões", afirmou.

Na mesma linha, Pina explica que a antecipação de gastos do governo substitui parte da demanda retraída do setor privado. "Ele dá o seguinte recado: não vou estourar as contas públicas, mas concentrar em um momento em que a demanda privada está pequena. Mas o governo não tem fôlego suficiente para fazer o papel de toda demanda", ressaltou. O economista da Fecomercio lembrou que a entidade já pleiteou junto ao governo isenções para transferência de imóveis e de automóveis, além de retirar o IPVA para veículos novos.

Já Oreiro foca suas propostas na capitalização do Banco do Brasil e da Caixa Econômica Federal pelo Tesouro para atender a demanda de crédito para capital de giro e reduzir o spread. "Aumentando o empréstimo e reduzindo as taxas, os dois vão forçar os bancos privados a acompanhar o movimento, até para não perderem participação no mercado", explicou o economista da UnB.

Até o Carnaval, o governou prometeu detalhar um pacote de incentivos para a construção de até um milhão de casas populares, direcionado a famílias com renda de até dez salários mínimos. "Estamos atentos a tudo o que está acontecendo e novas medidas serão tomadas caso haja uma avaliação de que sejam necessárias", disse o ministro da Fazenda, Guido Mantega, na última sexta-feira.
17:11
Anónimo disse...
Ex-ministro critica extensão do seguro-desemprego

Atualizada às 09h03

O ex-ministro do Trabalho Almir Pazzianotto criticou a decisão do governo federal de conceder o seguro-desemprego estendido a apenas alguns setores. "É certamente odioso e provavelmente inconstitucional", disse Pazzianotto, de acordo com o jornal O Estado de S. Paulo.

Na última qurta, dia do anúncio da medida, centrais sindicais elogiaram a atitude do governo. A Força Sindical divulgou nota dizendo que "o aumento ajudará a aquecer parte da economia, já que irá gerar mais consumo, produção e conseqüentemente, a criação de novos postos de trabalho". A União Geral dos Trabalhadores (UGT) afirmou que a medida "contribuirá para minimizar o drama dos trabalhadores que perderem seu emprego por conta da crise".

O ex-ministro, que instituiu o seguro-desemprego no País no governo de José Sarney, destacou a necessidade de as centrais sindicais se manifestarem contra a determinação. Para ele, as mudanças devem ser aplicadas a todas as categorias profissionais e a distinção é contrária ao artigo 3º da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT).

Pazzianotto atribui a medida a um possível temor do governo de que a crise econômica seja longa e não haja dinheiro para atender a todas as necessidades. Ainda assim, ele se mostra contrário ao método de concessão. "O seguro-desemprego ajuda a sanar necessidades básicas. Estendê-lo é paliativo, não a solução", disse ao jornal.

De acordo com o presidente do Conselho Deliberativo do Fundo de Amparo ao Trabalhador (Codefat) e conselheiro da Força Sindical, Luiz Fernando Emediato, a determinação já estava prevista na lei 8.900/94, que trata do seguro-desemprego.

O presidente da Comissão de Trabalho da Câmara, Pedro Fernandes (PTB-MA) vai além na crítica à concessão do seguro para apenas alguns setores. Ele acredita que a ampliação do benefício estimula o desemprego.

Quintino Severo, secretário geral da Central Única dos Trabalhadores (CUT), lembra que a ampliação do benefício sem critério e identificação pode incentivar demissões em outros setores.
17:13
Anónimo disse...
Empresas
TAM faz promoção para destinos internacionais

A companhia aérea TAM anunciou nesta sexta-feira tarifas promocionais para trechos internacionais. Os preços valem para bilhetes comprados entre 6h deste sábado e 23h59 deste domingo e são válidos para classe econômica. As tarifas, para ida e volta, serão vendidas a partir de US$ 99, mais taxas.

Segundo a aérea, a promoção vale para viagens feitas no período de 14 de fevereiro a 18 de junho de 2009. Para destinos na América do Sul, a permanência mínima é de dois dias; para bilhetes com destino nos Estados Unidos, cinco dias; e Europa, sete dias. A permanência máxima para as passagens para América do Sul e EUA é de dois meses e para Europa, três meses.

Entre os exemplos de tarifas promocionais, a TAM oferece São Paulo-Lima por US$ 99. Bilhetes para a rota São Paulo-Santiago serão vendidos a partir de US$ 199 e São Paulo-Nova York, US$ 799.

A emissão dos bilhetes deve ser feita obrigatoriamente no ato da reserva, obedecendo às regras estipuladas pela companhia. A compra está sujeita à disponibilidade de assentos nas classes tarifárias determinadas, trechos, horários e datas. A TAM afirmou que também há tarifas promocionais para a classe executiva.

Mais informações podem ser encontradas no site promocional (www.ofertastam.com.br), no site da empresa (www.tam.com.br) ou pelos telefones 4002-5700 ou 0800 5705700.
17:13
Anónimo disse...
Empresas
Consultoria negocia compra do parque temático Hopi Hari

A consultoria especializada em reestruturação de empresas Íntegra Associados informou nesta sexta-feira ter um acordo para comprar o parque de diversões Hopi Hari, localizado no interior de São Paulo. A empresa estaria disposta a investir R$ 10 milhões no parque, que tem dívida estimada em R$ 800 milhões. As informações são da edição deste sábado do jornal Folha de S. Paulo.

De acordo com o jornal, a transação ainda depende da negociação entre o Hopi Hari e seus credores, o que já estaria em andamento.

A consultoria paulista já atuou junto à Parmalat, durante 30 meses, quando reorganizou a gestão da empresa italiana.

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17:14
Anónimo disse...
Empresas
Disney de Tóquio contratará mais 2 mil apesar da crise


A Oriental Land, o operador da Disneylândia Tóquio e DisneySea, organizou neste domingo entrevistas para contratar cerca de 2 mil trabalhadores em tempo parcial, em um momento de grandes demissões deste tipo de empregados no Japão.

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O operador deste parque temático, situado em Urayasu, na província de Chiba (leste de Tóquio), está em pleno processo de seleção de empregados para 20 tipos de postos trabalhistas diferentes.

Segundo a companhia, citada pela agência local de notícias Kyodo, o parque contratará novos trabalhadores para as atrações, para os restaurantes e guardas de segurança entre outros. Os novos contratados começarão a trabalhar a partir de fevereiro.

O processo de seleção acontece em um momento em que a maioria das grandes companhias japonesas começaram a se ver obrigadas a despedir uma elevada percentagem de seus trabalhadores temporários e a tempo parcial.

Algumas inclusive anunciaram demissões de seus trabalhadores fixos, uma medida muito pouco comum nas companhias japonesas, perante os efeitos piores que o esperado pela crise econômica global.

Cerca de uma centena de pessoas esperavam desde a primeira hora desta manhã a abertura do centro de conferências Tokyo International Forum, onde as entrevistas estão sendo feitas, para ser os primeiros a solicitar os postos de trabalho.


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17:15
Anónimo disse...
Economia Internacional
Senado dos EUA aprova plano de estímulo à economia

O Senado dos Estados Unidos aprovou com 60 votos a favor e 38 contra o plano de estímulo à economia de US$ 787 bilhões na madrugada deste sábado. Agora, ele segue para sanção ou veto do presidente Barack Obama, que espera colocar a lei em prática até o dia 16 de fevereiro.

O plano prevê a criação de três milhões de empregos, inclui cortes de impostos às famílias, fundos para programas sociais e obras públicas, além de ajuda aos governos estaduais, estudantes e desempregados.

A cláusula Buy American - que exige o uso de ferro, aço e produtos manufaturados dos Estados Unidos em obras realizadas com recursos do pacote - ficou de lado. Segundo o texto definitivo, a cláusula será aplicada sem violar as normas do comércio internacional.

Ontem à tarde, a Câmara de Representantes (deputados) havia aprovado, por 246 votos a favor e 183 contra, a versão final do plano. Todos os republicanos foram contrários ao pacote.

Pelo acordo de quarta-feira entre Câmara e Senado, em vez de custar US$ 819 bilhões, como queriam os deputados, ou US$ 838 bilhões como pretendiam os senadores, o pacote ficou em cerca de US$ 787 bilhões, com 65% desse total destinado a gastos do governo federal e 35%, a créditos tributários.
17:16
Anónimo disse...
Economia nacional
Na era Lula, aposentadoria sobe 54% menos que salário mínimo

Thatiane Faria
Especial para o Terra
Direto de São Paulo

Os índices de reajustes concedidos pelo governo em 2009 para aposentados e pensionistas e para o salário mínimo repetiram uma diferença que, só durante o governo de Luiz Inácio Lula da Silva, já chega a 54%. Enquanto o mínimo foi majorado em 12% este ano, as pensões e aposentadorias tiveram aumento de 5,92%. Aposentados que têm o benefício do governo como única fonte de renda reclamam que perdem poder de compra e que sua cesta de compras é composta por itens que aumentam mais em relação à inflação oficial.

Um exemplo prático pode ser entendido a partir da comparação entre um aposentado que ganhava R$ 600 em janeiro de 2003. Na época, o benefício era três vezes, ou 200%, maior que o valor do mínimo em vigência, que era de R$ 200. Aplicando-se os índices de reajuste para aposentadorias e para o mínimo durante os últimos seis anos, o mesmo aposentado estaria recebendo hoje R$ 938,47, comparado a um salário mínimo de R$ 465. A diferença entre os dois valores caiu para pouco mais de 100%.

Enquanto o índice acumulado de reajuste para a aposentadoria durante o governo Lula foi de 60%, para o salário mínimo está em 132%.

O diretor do Sindicato Nacional dos Aposentados, João Inocentini, reclama que os valores dos benefícios para aposentadorias não mantêm o poder de compra do grupo, principalmente dos aposentados que recebem menos que dez salários mínimos.

Nem mesmo o fato de o índice de reajuste das aposentadorias ter ficado acima da inflação acumulada no mesmo período (o IPCA entre janeiro de 2003 e janeiro de 2009 foi de 39,7%) serve de argumento, segundo os aposentados.

"Os idosos, principalmente, têm gastos além das contas gerais como gás, telefone e aluguel. Para eles o custo com remédios, e outros itens da área saúde costuma ser maior", afirmou Inocentini.

O presidente do sindicato afirmou que o grupo realiza um estudo com 100 itens de necessidade de um idoso para comparar o aumento dos produtos com o índice de reajuste do benefício recebido pelos aposentados.

"Daqui dois meses vamos abrir um processo na Justiça e levar essa pesquisa como prova. Segundo a lei, o governo é obrigado a manter o poder de compra com a aposentadoria", disse Inocentini.

Alternativas
O consultor financeiro Cláudio Boriola diz que os aposentados, especialmente nesse momento de crise econômica, devem evitar compras parceladas, pesquisar preços, negociar e fazer bom planejamento financeiro.

Segundo Boriola, alguns aposentados ganham um valor mensal muitas vezes insuficiente para o pagamento das contas e acabam pedindo crédito ou realizando pagamentos a prazo e são obrigados a pagar juros altos.

Na opinião do consultor, pagar uma previdência privada é uma alternativa indicada para quem ainda trabalha, considerando a característica de perda de poder de compra da aposentadoria.

"Na prática, infelizmente os valores encontram-se em um patamar que está deteriorando o poder de aquisição da população brasileira", completou Boriola.

De acordo com o diretor da Confederação Brasileira de Aposentados e Pensionistas (Cobap), Vicente Fernandes Barbosa, representantes dos aposentados tentarão um encontro com o presidente da Câmara, deputado Michel Temer (PMDB-SP), para discutir projetos que minimizem a perda dos aposentados
17:17
Anónimo disse...
Previdência
Previdência prorroga isenção de tarifas no benefício

O atual sistema de pagamento aos 26 milhões de aposentados e pensionistas do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) será mantido até o final deste ano. O acordo, que permite realizar a operação sem nenhum custo aos beneficiários, foi renovado nesta sexta-feira, entre o governo federal e 21 instituições financeiras.

Por meio desse acordo, vigente desde setembro de 2007, nem os segurados, nem os bancos e nem o governo arcam com o pagamento de tarifas, conforme explicou o ministro da Previdência Social, José Pimentel. A prorrogação vale até dezembro, data máxima para que a Previdência defina as regras para um novo contrato.

Ao assinar o termo de renovação, na sede da Federação Brasileira dos Bancos (Febraban), o ministro disse que a intenção do governo é mudar o atual modelo de gestão visando a reduzir os custos dessas operações em torno da folha mensal, que atinge R$ 15,8 bilhões. No entanto, qualquer alteração, conforme explicou, passará antes por audiências públicas a serem realizadas a partir do segundo semestre deste ano, atendendo a determinação do Tribunal de Contas da União (TCU).

De acordo com Pimentel, com um redesenho do mecanismo de repasse dos recursos aos bancos em torno da folha de pagamento dos segurados o que se busca é um aumento da participação de instituições financeiras. Ele informou que, desde 2007, cada benefício custa em média R$ 1,07 ao governo. "Quanto mais instituições financeiras estiverem prestando serviços à sociedade, maior é a competitividade, a agilidade no atendimento", justificou.

O ministro observou, ainda, que, para permitir uma redução para algo em torno de meia hora no tempo de atendimento para a concessão dos direitos previdenciários, o governo investiu R$ 280 milhões.

Questionado sobre o descontentamento dos segurados que ganham acima de um salário mínimo terem obtido apenas a correção com base na variação do Índice de Preços ao Consumidor (INPC) , ficando abaixo do reajuste dado a quem recebe apenas o mínimo, Pimentel argumentou que o governo seguiu o que determina a lei e descartou a possibilidade de uma revisão

Anónimo disse...

Os bombeiros combatem neste sábado os incêndios na Austrália favorecidos pelo bom tempo, enquanto os deslocados encotram em seu retorno casas derruídas, carros queimados nas ruas e destruição.

Depois de sete dias desde que começaram os incêndios no Estado de Victoria, a lista de mortos chega a 181, os desaparecidos somam 50, os edifícios destruídos totalizam 1,834 mil e o terreno arrasado, principalmente florestas, ocupa uma área de 4,13 mil quilômetros quadrados.

As equipes de bombeiros, formadas por 4 mil profissionais de Victoria, de outras partes da Austrália e de países amigos, combateram hoje 12 focos fora de controle e nenhum representava uma ameaça direta para a população.

O subdiretor do Serviço de Bombeiros, Geoff Conway, disse que este tempo favorável, que se prolongará durante o domingo, permite consolidar as linhas de contenção e avançar na extinção das chamas.

Cinzas apareceram arrastadas por ventos do nordeste sobre Melbourne, onde habitam 3,8 milhões de pessoas, e as autoridades alertaram aos cidadãos do risco para a saúde de idosos, crianças e pessoas com problemas respiratórios.

O número de pessoas deslocadas - a Cruz Vermelha chegou a receber 7 mil - começou a cair com a abertura de algumas localidades atingidas.

Os incêndios, alguns criminosos, começaram em 7 de fevereiro, quando a região sul da Austrália estava há duas semanas sob uma onda de calor sem precedentes.

Na sexta-feira passada, a polícia acusou uma pessoa de ter provocado o incêndio que atingiu a localidade de Churchill e matou 21 pessoas.
16:55
Anónimo disse...
A primeira chuva em seis dias reduziu a ameaça de incêndios no Estado de Victoria, ao sul da Austrália. As autoridades, porém, advertiram que ainda existem 12 focos, mas que nenhum deles ameaça áreas povoadas.

Mais de quatro mil bombeiros, mil provenientes de outras partes do país e de outras nações, trabalham contra o fogo. Cerca de 600 veículos e 28 helicópteros e pequenos aviões estão sendo usados.


Eles conseguiram construir linhas de contenção para evitar os incêndios de Yarra e Maroondah se juntassem. Também foram controlados os incêndios abertos de Yea e Murrindindi, que ameaçavam as comunidades de Connellys Creek, Crystal Creek, Scrubby Creek e Native Dog Creek.

O número de mortos chegou a 181, mas as autoridades acreditam que as vítimas devem passar de 200, já que ainda há muitos desaparecidos.
16:55
Anónimo disse...
Aqui nesta coluna, na semana passada, tive a oportunidade de comentar sobre a recente visita do professor brasileiro Pedrinho Guareschi à Austrália. Não dei, porém, os fatos, pois semana passada o assunto era outro.

Hoje, porém, vamos a eles.

No último dia 4 de fevereiro, aconteceu o Seminário "Paulo Freire: Education and Liberation", organizado pelo centro de estudos latino-americanos da Universidade Nacional da Austrália, ou ANU, como é mais conhecida por aqui.

A ANU, para quem não sabe, está entre as 20 melhores universidades do mundo! E tem sede aqui em Camberra, capital da Austrália.

Na abertura do evento, o professor John Minns, diretor do centro latino-americano, ao dar boas-vindas ao público presente, lembrou ser aquele o primeiro seminário exclusivamente dedicado a Paulo Freire na Austrália.

Em seguida, convidou Pedrinho Guareschi, palestrante principal do Seminário, a fazer sua apresentação.

A plateia pode então conhecer, pelas palavras de Pedrinho, um pouco da obra e da vida de Freire, esse brasileiro de fé e valor, que sempre acreditou na educação, sobretudo dos menos favorecidos, analfabetos, como força libertadora.

Como não podia deixar de ser, os conceitos e ideias revolucionários de Paulo Freire, expostos com clareza por Pedrinho, despertaram o interesse e a curiosidade de plateia. A qual, deve-se notar, era na maioria de estudantes, mas de várias nacionalidades, sobretudo australianos e asiáticos.

Na continuação do programa do seminário, que se estendeu por dois dias, outros professores fizeram palestras sobre temas ligados à obra de Paulo Freire.

Interessante, por exemplo, saber que a professora Anne Hickling-Hudson, jamaicana que mora na Austrália há muitos anos (é professora da ANU), conheceu e trabalhou com Freire num workshop educacional durante a revolução na Ilha de Granada, em 1980, antes da invasão dos Estados Unidos...

Ou, então, a palestra da Professora Gerda Roelvink, da Nova Zelândia, que participou do Fórum Social de Porto Alegre em 2005. E essa participação transformou-se em tema de doutorado.

No dia 10, terça-feira passada, o padre Pedrinho Guareschi voltou a falar ao público australiano em grande auditório localizado no belíssimo campus da ANU. Desta vez, sobre a Teologia da Libertação.

Depois da palestra, John Minns mostrou o filme mexicano "O Crime do Padre Amaro", no qual um dos personagens é um padre católico praticante da Teologia da Libertação.

Mais uma vez, foi grande o intersse da platéia, que pode aprender e conhecer um pouco como se desenvolveu aquele importante movimento católico na América Latina.

Fica, assim, ao Pedrinho, bem como a outros brasileiros estudiosos e de bom coração que saem pelo mundo a divulgar aspectos importantes da cultura brasileira, o respeito e a homenagem desta coluna. E... aquele abraço!
16:57
Anónimo disse...
Amanda Kitts perdeu o braço esquerdo em um acidente de automóvel acontecido três anos atrás, mas hoje em dia ela joga futebol americano com seu filho de 12 anos de idade, troca fraldas e abraça as crianças nas três creches Kiddie Cottage que opera em Knoxville, Tennessee. Kitts, 40 anos, faz tudo isso com a ajuda de um novo tipo de braço artificial que se movimenta com mais facilidade do que outros aparelhos e que ela pode controlar utilizando apenas seus pensamentos.

"Eu sou capaz de mexer a mão, o pulso e o cotovelo ao mesmo tempo", diz. "Você pensa e os músculos se movem em seguida".

A recuperação que ela conseguiu resulta de um novo procedimento que vem atraindo crescente atenção porque permite que pessoas movam braços protéticos de forma mais automática do que faziam no passado, simplesmente utilizando nervos reaproveitados em seus cérebros.

A técnica, conhecida como "renervação muscular dirigida", envolve utilizar os nervos que restam depois da amputação de um braço e conectá-los a outro músculo do corpo, em geral no peito. Eletrodos são instalados sobre os músculos do peito, e operam como se fossem antenas. Quando a pessoa deseja mover o braço, o cérebro envia sinais que primeiro resultam em contração dos músculos do peito, os quais enviam um sinal ao braço protético, instruindo-se a se movimentar. O processo não requer mais esforços consciente do que a pessoa teria de exercitar caso ainda tivesse seu braço natural.

Na terça-feira, pesquisadores reportaram em estudo publicado pela versão online do Journal of the American Medical Association que haviam levado a técnica ainda mais à frente, tornando possível a execução de 10 movimentos de mão, pulso e cotovelo diferentes, o que representa uma substancial melhora com relação ao típico repertório protético, que em geral envolve apenas dobrar o cotovelo, girar o pulso e abrir a mão.

"Os novos métodos tiveram impacto dramático em nosso campo de trabalho", disse Stuart Harshbarger, engenheiro biomédico na Universidade Johns Hopkins e diretor do programa de pesquisa sobre próteses, financiado pelas forças armadas, que inclui o trabalho com essa técnica. "O método já está em uso por médicos e cirurgiões comuns em todo o país. A capacidade de controlar um membro protético bastante robusto que ele confere surpreendeu a todos pela qualidade".

Tipicamente, uma pessoa que tenha um braço protético só é capaz de executar alguns poucos movimentos, e muitas vezes com tamanha lentidão que isso só permite a ela atividades limitadas.

Há um motor separado para cada movimento, diz Gerald Loeb, professor de engenharia biomédica na Universidade do Sul da Califórnia, "e esses motores precisam ser controlados de maneira explícita", usualmente por um esforço consciente da pessoa para contrair músculos nas costas ou no bíceps.

"Essencialmente, até agora os pacientes controlavam apenas um motor de cada vez", diz Loeb, "e precisavam pensar cuidadosamente sobre que motor desejavam controlar e como fazê-lo operar, em lugar de simplesmente pensarem em mover o braço e poderem fazê-lo sem delongas".

Antes que Kitts passasse pelo procedimento de renervação, em outubro de 2007, por exemplo, ela precisava movimentar os músculos de suas costas de determinada maneira para fazer com que seu pulso girasse, e flexionar seu bíceps e tríceps para fazer com que o cotovelo se movesse para cima e para baixo. "Era muito trabalho", ela conta. "E não me ajudava muito".

O procedimento de renervação é parte de uma recente explosão de idéias novas e técnicas inovadoras que estão sendo exploradas enquanto os cientistas se esforçam por ajudar as pessoas a compensar melhor a perda de membros ou problemas de paralisia. O esforço vem sendo alimentado pelo aumento no número de amputações causado por diabetes e por ferimentos sofridos pelos militares, e ao mesmo tempo pelos avanços na tecnologia médica.

Os braços se tornaram um dos focos essenciais desse tipo de trabalho. A ciência há muito vem obtendo sucessos no desenvolvimento de próteses de perna, mas é muito mais difícil imitar a complexidade e a destreza das mãos e dos braços.

Os esforços em curso incluem o desenvolvimento de projetos de pele e braços mais sensíveis e mais flexíveis, e o uso de dispositivos acionados por controles sem fio implantado nos braços protéticos, que permitiriam movimentos mais naturais.

Os pesquisadores também vêm usando sensores implantados nos cérebros de cobaias para permitir que dois macacos controlem um braço mecânico, e um teste com um homem paralítico permitiu, com esse método, que ele movimentasse um cursor em uma tela de computador.

Alguns desses métodos, caso venham a ser aperfeiçoados plenamente e consigam aprovação das autoridades regulatórias da saúde, podem no futuro se tornar mais viáveis para os pacientes de amputações.

E embora a técnica da renervação não requeira aprovação das autoridades regulatórias porque é executada por meios cirúrgicos e emprega aparelhos já existentes, ela apresenta limitações que até mesmo seus criadores reconhecem, entre as quais o fato de que não se pode utilizá-la para todos os pacientes, o seu alto custo e o prazo de meses requerido para que os nervos reconectados cresçam e se tornem efetivos.

Ainda assim, os especialistas dizem que é o mais avançado sistema em uso hoje para pacientes reais que permite que o sistema nervoso controle diretamente o movimento de um braço artificial.

Desde sua introdução por Todd Kuiken, médico fisioterapeuta e engenheiro biomédico do Instituto de Reabilitação de Chicago, o método foi empregado em cerca de 30 pacientes nos Estados Unidos, Canadá e Europa, entre os quais oito soldados feridos no Iraque e no Afeganistão.

Muitos dos pacientes, entre os quais o primeiro, Jesse Sullivan, um operário do setor elétrico no Tennessee que perdeu os dois braços quando foi eletrocutado por um cabo, conseguem não apenas manipular seus braços protéticos mas sentir a presença das mãos que já não têm quando alguém toca em seus peitos.

Sullivan, 62 anos, e Kitts, estavam entre os cinco pacientes que participaram do estudo reportado na terça-feira. Em companhia de cinco outras pessoas que não passaram por amputações, eles receberam os eletrodos e foram instruídos a usar pensamentos para fazer com que um braço virtual na tela reproduzisse 10 movimentos diferentes, entre os quais três formas diferentes de aperto de mão.

Os pacientes apresentaram desempenho bastante respeitável, apenas um pouco mais lento e menos preciso do que os dos participantes que não tinham amputações.

"As velocidades de movimento que encontramos em nossos pacientes foram realmente encorajadoras", disse Kuiken. "Eles conseguiram completar a tarefa. É claro que não foram tão competentes quanto as pessoas dotadas de plena capacidade física, mas foram bons o bastante".

Um braço virtual foi usado porque a maioria das próteses existentes não era capaz de acomodar todos aqueles movimentos, no momento da pesquisa, ainda que Sullivan, Kitts e uma terceira paciente, Claudia Mitchell, tenham experimentado dois novos protótipos mais versáteis de braços artificiais, executando tarefas complexas com bolas de tênis e outros objetos.

O trabalho de renervação em soldados apresenta outros desafios, diz Kuiken, porque os ferimentos militares muitas vezes "causam danos muitos extensos" a nervos, músculos ou ossos.

Daniel Acosta, 25 anos, um aviador ferido pela detonação de uma bomba em uma estrada do Iraque em 2005, passou pelo procedimento no ano passado e diz que seu braço esquerdo protético agora se movimenta "muito mais rápido" e de maneira muito mais natural.

"A diferença é que agora não preciso mais pensar para mover o braço", ele diz. "Ele simplesmente se mexe".

Ainda assim, Acosta, de San Antonio, diz que "o processo foi bastante longo" e que os eletrodos precisam ser ajustados para receber os sinais à medida que os nervos crescem ou mudam de posição.

E embora elogiem o método, os especialistas afirmam que a ciência das próteses de braço ainda tem muito por avançar.

"Trata-se de uma parte crucial, mas ainda assim apenas uma parte, das muitas coisas que compreendem a função normal de um braço", disse Loeb, que escreveu um editorial que acompanha o artigo no Journal of the American Medical Association.

"No momento estamos a meio do caminho entre o braço de 'Dr. Fantástico', que fazia involuntariamente a saudação nazista, e o braço de Luke Skywalker em 'Guerra nas Estrelas', que funciona sem nenhum problema assim que é conectado. Creio que precisaremos ainda de muitos anos para conectar todas as peças necessárias a produzir um braço capaz de funcionar normalmente".
17:04
Anónimo disse...
A Espanha disse neste sábado que está preparando uma reclamação oficial contra a decisão da Venezuela de expulsar um membro do Parlamento Europeu que criticou o conselho eleitoral venezuelano.
Luis Herrero, membro do partido conservador espanhol PP, foi deportado na sexta-feira depois que o Conselho Nacional Eleitoral (CNE) o acusou de questionar a imparcialidade da instituição antes de um referendo que pode permitir ao presidente Hugo Chávez permanecer no cargo indefinidamente.

Herrero estava na Venezuela como observador do referendo. Ele acusou Chávez de ter "comportamentos típicos de um ditador" por pedir a contenção de manifestações da oposição.

O governo da Espanha convocou um encontro com o embaixador da Venezuela em Madri para expressar a desaprovação sobre a expulsão de Herrero, disse um representante do Ministério das Relações Exteriores espanhol.

As relações da Venezuela com a Espanha tiveram seu ponto crítico em 2007, quando Chávez ameaçou rever acordos diplomáticos e comerciais depois de ouvir um "cala a boca" do rei espanhol Juan Carlos durante uma cúpula.

A fenda foi oficialmente reparada em 2008, com uma visita oficial de Chávez à Espanha, onde ele cumprimentou o rei e discutiu acordos para investimento no setor petroquímico com o primeiro-ministro José Luis Rodriguez Zapatero.
17:06
Anónimo disse...
A polícia do Zimbábue anunciou neste sábado que acusa de traição Roy Bennett, dirigente do até agora opositor Movimento para a Mudança Democrática (MDC), detido na sexta-feira, em Harare, poucas horas antes da cerimônia de posse dos membros do novo gabinete.

"A Polícia nos informou que vão apresentar acusações de traição", disse à agência EFE o advogado de defesa de Bennett, Trust Maanda.

"Tentam relacionar Roy com o caso de Mike Hitschmann, que foi detido em 2006 em relação à descoberta de um carregamento de armas, apesar de que Hitschmann não tenha sido declarado culpado das acusações de traição apresentadas contra ele, mas de um crime menor de descumprimento de leis", disse Maanda.

O político opositor, designado por seu partido como vice-ministro de Agricultura no Governo de união nacional, esteve no exílio na vizinha África do Sul desde 2006 e retornou ao Zimbábue há duas semanas.

Segundo a Polícia, que deteve Bennett ontem no aeroporto de Harare quando pretendia ir à África do Sul para visitar sua família, as armas apreendidas em 2006 seriam utilizadas em um golpe de Estado para derrubar o presidente do Zimbábue, Robert Mugabe.

Depois da detenção, Bennet foi levado a Mutar, onde vários simpatizantes do MDC se concentraram em frente à delegacia na qual estava detido, diante do que a Polícia respondeu com tiros para o alto para dispersar os manifestantes.
17:07
Anónimo disse...
Austrália: 14 mil se candidatam a 'emprego dos sonhos'

A secretaria de Turismo de Queensland, na Austrália, informou que até esta segunda-feira já recebeu cerca de 14 mil inscrições para o "o melhor emprego do mundo". O Estado australiano promove pela internet seleção para vaga de "zelador" da ilha Hamilton, por seis meses com um salário de R$ 40 mil.

Muitos candidatos tiveram problemas durante a inscrição por conta dos acessos simultâneos ao site. A secretaria aconselha enviar os vídeos de 60s explicando porque deve ser escolhido em horários alternativos do dia, além de recomendar tamanho em torno de 40MB.

As inscrições começaram em 12 de janeiro e vão até o próximo dia 22 e podem ser feitas pelo site www.islandreefjob.com. O governo australiano escolherá 50 candidatos para a próxima fase da seleção, que terá votos do público para eleger um dos 11 finalistas.

A última fase terá entrevistas e desafios físicos, no próprio local de trabalho: as ilhas da Grande Barreira Coralina - o maior recife de coral do mundo. A secretaria de Turismo anunciará o vencedor no dia 6 de maio.
17:09
Anónimo disse...
Mercado elogia governo na crise, mas pede maior queda no juro

Peter Fussy
Direto de São Paulo

Desde as primeiras medidas anunciadas para combater os efeitos da crise, o governo brasileiro avisou que a estratégia não contemplaria um pacote. Seriam doses pontuais, de acordo com a necessidade da economia diante do agravamento das turbulências. Da primeira liberação dos depósitos compulsórios em setembro até a ampliação do seguro-desemprego na última quarta-feira, o governo passou por redução de impostos, ampliação de crédito e incentivos à exportação. Quase 150 dias após a primeira medida, o Terra conversou com líderes do setor público e privado, representantes dos trabalhadores, acadêmicos e com o próprio governo para saber quais destas ações foram mais eficazes, quais foram mais ineficientes e o que mais pode ser feito pelo Estado brasileiro contra a crise.

Os maiores elogios foram direcionados à atitude de reduzir o Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) para a indústria automobilística, anunciada em dezembro e que fez com que os emplacamentos de carros novos subissem 1,9% no primeiro mês do ano em relação a dezembro de 2008. Já as maiores críticas foram para a lentidão no corte da taxa básica de juro do País.

Para o presidente do conselho administrativo do Grupo Pão de Açúcar, Abílio Diniz, o Estado não é responsável pela crise e mesmo assim está agindo "com extrema serenidade e muito acerto". "O governo está atento, fazendo a sua parte. É preciso coragem de baixar firmemente a taxa de juros. É uma arma que temos a nosso favor, já que não há clima para inflação, nem possibilidade de danos para a macroeconomia", afirmou Diniz.

Na última reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), em janeiro, a taxa Selic foi reduzida em um ponto percentual, de 13,75% para 12,75% ao ano. Porém, o professor de economia da Universidade de Brasília (UnB) José Luiz Oreiro lembra que este corte representa uma redução de apenas 0,25 ponto percentual com relação à taxa de setembro do ano passado, quando a crise se agravou.

"Pouco antes da eclosão da crise, o Banco Central aumentou a taxa em 0,75 ponto. Foram cinco meses de demora para reduzir em termos líquidos apenas 0,25 ponto", afirmou o economista, que também sugeriu redução do intervalo de cerca de 90 dias entre as reuniões do Copom e o corte de pelo menos um 1 ponto percentual em cada reunião.

Mesmo com o corte de janeiro, a taxa de juros real continua sendo a maior do mundo, lembrou o secretário-geral da Força Sindical, João Carlos Gonçalves, o Juruna. "A redução da taxa de juro ainda é pequena, porque ela continua uma das mais altas do mundo. Falta ousadia para baixar os juros e ajudar o cidadão. A permanência da taxa de juro alta é negativa para o País em meio a crise", afirmou Juruna.

Embora aprove as ações do governo, o senador Aloízio Mercadante (PT-SP) também acredita que o patamar da Selic está muito alto. "Sempre fomos os primeiros a entrar em qualquer crise, o que não aconteceu agora. A taxa Selic ainda é muito alta, mas o governo têm tomado medidas acertadas, como o aumento do salário mínimo, mesmo com um cenário de crise. Isso ajuda a movimentar o consumo. O governo está se esforçando para manter os investimentos e o crescimento", disse.

Tributos
De acordo com o economista Fabio Pina, da Fecomercio-SP, as ações mais positivas estão relacionadas à redução de tributos para alguns segmentos, como a indústria automobilística, que recuperou parte da queda nas vendas em janeiro com a isenção do IPI para carros 1.0 l e o corte para demais motorizações. A medida vale até o final de março.

"Essas medidas não só reduziram o preço, mas anteciparam o consumo daqueles que iriam comprar no futuro, dando um prêmio por conta da insegurança. Mexe diretamente com o principal problema que é a confiança do consumidor", afirmou. Juruna destacou que um bom ritmo de vendas é garantia de emprego. "É importante porque cada emprego na montadora significa 19 na cadeia produtiva", comentou o representante da Força Sindical.

Também em dezembro, o governo decidiu cortar pela metade a alíquota do Imposto de Renda para contribuintes que ganham entre R$ 1.434 e R$ 2.150 mensais. "O salário aumentava e a tabela não se modificava. As pessoas ganhavam mais e pagavam mais impostos", apontou Juruna. Outra redução de tributos do governo foi com relação ao Imposto sobre Operações Financeiras (IOF), que caiu de 3% ao ano para 1,5%.

Crédito
Na segunda metade de 2008, o colapso de bancos nos Estados Unidos por conta da crise do subprime provocou uma forte restrição de crédito no mundo inteiro. Uma das primeiras medidas anticrise do governo teve como objetivo restabelecer a oferta, com mudanças no recolhimento dos depósitos compulsórios por parte dos bancos. Segundo o presidente do Banco Central, Henrique Meirelles, as diversas modificações liberaram US$ 99,2 bilhões aos bancos até o final de janeiro.

Além disso, o governo concedeu R$ 36 bilhões das reservas internacionais para empresas brasileiras com dívidas no exterior e uma medida provisória autorizou o Banco do Brasil e a Caixa Econômica Federal a comprar carteiras de crédito de bancos privados. Para o diretor do Departamento de Pesquisas e Estudos Econômicos da Fiesp, Paulo Francini, estas medidas foram essenciais para combater os efeitos da crise.

"A crise se desenvolve no mundo em torno do tema crédito. E o crédito reduziu-se barbaridade no mundo. Então o governo lança mão de compulsório, lança mão de reservas, de medidas que permitem aos bancos comprar carteiras de bancos. Você vai tomando várias medidas para atender às demandas e o epicentro disso é crédito", afirmou.

No entanto, Oreiro, da UnB, adverte que a liberação dos compulsórios seria mais eficiente acompanhada de redução mais agressiva da taxa básica de juro. "Uma parte do crédito voltou, depois da forte retração em outubro e novembro. O que deveria ter sido feito junto à liberação do compulsório era uma redução mais drástica da taxa de juro. Sem isso, os bancos pegam as reservas e acabam comprando títulos públicos", explicou o economista.

Na opinião de Pina, as ações de distribuição de crédito via redução do compulsório e a disposição de capital de giro para empresas foram tomadas sem um cuidado maior na operação e não tiveram muito efeito. "O BNDES tem linhas que ficam paradas quase todo o ano, agora é pior ainda. Existem os recursos, mas as empresas e os bancos estão desconfiados. É preciso fazer com que os bancos tenham interesse em emprestar", afirmou o economista da Fecomercio-SP.

Futuro
Mesmo com todas essas medidas, a crise financeira ainda gera incertezas nos setores produtivos do País. Nos últimos meses, o medo do desemprego fez os consumidores adiarem compras. Por sua vez, a queda nas vendas pode obrigar as indústrias a cortarem a produção e demitir funcionários. Contra isso, empresários sugerem redução de jornada e de salários.

"Isto está previsto em lei. A Fiesp simplesmente manteve conversações com entidades sindicais quanto à aplicação daquilo que já está previsto em lei", afirmou Francini.

Segundo a ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff, uma das medidas que assegura um nível de emprego é a manutenção de investimentos no Programa de Aceleração do Crescimento (PAC). "Estamos esperando que a dificuldade ocorra em janeiro, fevereiro e março. Estamos certos que vamos manter o nível de investimento. É isso que funciona, é isso que significa investimento público. Ele funciona como um colchão. Por isso, nós colocamos R$ 100 bilhões no BNDES e a Petrobras ampliou o seu investimento em R$ 120 bilhões", afirmou.

Na mesma linha, Pina explica que a antecipação de gastos do governo substitui parte da demanda retraída do setor privado. "Ele dá o seguinte recado: não vou estourar as contas públicas, mas concentrar em um momento em que a demanda privada está pequena. Mas o governo não tem fôlego suficiente para fazer o papel de toda demanda", ressaltou. O economista da Fecomercio lembrou que a entidade já pleiteou junto ao governo isenções para transferência de imóveis e de automóveis, além de retirar o IPVA para veículos novos.

Já Oreiro foca suas propostas na capitalização do Banco do Brasil e da Caixa Econômica Federal pelo Tesouro para atender a demanda de crédito para capital de giro e reduzir o spread. "Aumentando o empréstimo e reduzindo as taxas, os dois vão forçar os bancos privados a acompanhar o movimento, até para não perderem participação no mercado", explicou o economista da UnB.

Até o Carnaval, o governou prometeu detalhar um pacote de incentivos para a construção de até um milhão de casas populares, direcionado a famílias com renda de até dez salários mínimos. "Estamos atentos a tudo o que está acontecendo e novas medidas serão tomadas caso haja uma avaliação de que sejam necessárias", disse o ministro da Fazenda, Guido Mantega, na última sexta-feira.
17:11
Anónimo disse...
Ex-ministro critica extensão do seguro-desemprego

Atualizada às 09h03

O ex-ministro do Trabalho Almir Pazzianotto criticou a decisão do governo federal de conceder o seguro-desemprego estendido a apenas alguns setores. "É certamente odioso e provavelmente inconstitucional", disse Pazzianotto, de acordo com o jornal O Estado de S. Paulo.

Na última qurta, dia do anúncio da medida, centrais sindicais elogiaram a atitude do governo. A Força Sindical divulgou nota dizendo que "o aumento ajudará a aquecer parte da economia, já que irá gerar mais consumo, produção e conseqüentemente, a criação de novos postos de trabalho". A União Geral dos Trabalhadores (UGT) afirmou que a medida "contribuirá para minimizar o drama dos trabalhadores que perderem seu emprego por conta da crise".

O ex-ministro, que instituiu o seguro-desemprego no País no governo de José Sarney, destacou a necessidade de as centrais sindicais se manifestarem contra a determinação. Para ele, as mudanças devem ser aplicadas a todas as categorias profissionais e a distinção é contrária ao artigo 3º da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT).

Pazzianotto atribui a medida a um possível temor do governo de que a crise econômica seja longa e não haja dinheiro para atender a todas as necessidades. Ainda assim, ele se mostra contrário ao método de concessão. "O seguro-desemprego ajuda a sanar necessidades básicas. Estendê-lo é paliativo, não a solução", disse ao jornal.

De acordo com o presidente do Conselho Deliberativo do Fundo de Amparo ao Trabalhador (Codefat) e conselheiro da Força Sindical, Luiz Fernando Emediato, a determinação já estava prevista na lei 8.900/94, que trata do seguro-desemprego.

O presidente da Comissão de Trabalho da Câmara, Pedro Fernandes (PTB-MA) vai além na crítica à concessão do seguro para apenas alguns setores. Ele acredita que a ampliação do benefício estimula o desemprego.

Quintino Severo, secretário geral da Central Única dos Trabalhadores (CUT), lembra que a ampliação do benefício sem critério e identificação pode incentivar demissões em outros setores.
17:13
Anónimo disse...
Empresas
TAM faz promoção para destinos internacionais

A companhia aérea TAM anunciou nesta sexta-feira tarifas promocionais para trechos internacionais. Os preços valem para bilhetes comprados entre 6h deste sábado e 23h59 deste domingo e são válidos para classe econômica. As tarifas, para ida e volta, serão vendidas a partir de US$ 99, mais taxas.

Segundo a aérea, a promoção vale para viagens feitas no período de 14 de fevereiro a 18 de junho de 2009. Para destinos na América do Sul, a permanência mínima é de dois dias; para bilhetes com destino nos Estados Unidos, cinco dias; e Europa, sete dias. A permanência máxima para as passagens para América do Sul e EUA é de dois meses e para Europa, três meses.

Entre os exemplos de tarifas promocionais, a TAM oferece São Paulo-Lima por US$ 99. Bilhetes para a rota São Paulo-Santiago serão vendidos a partir de US$ 199 e São Paulo-Nova York, US$ 799.

A emissão dos bilhetes deve ser feita obrigatoriamente no ato da reserva, obedecendo às regras estipuladas pela companhia. A compra está sujeita à disponibilidade de assentos nas classes tarifárias determinadas, trechos, horários e datas. A TAM afirmou que também há tarifas promocionais para a classe executiva.

Mais informações podem ser encontradas no site promocional (www.ofertastam.com.br), no site da empresa (www.tam.com.br) ou pelos telefones 4002-5700 ou 0800 5705700.
17:13
Anónimo disse...
Empresas
Consultoria negocia compra do parque temático Hopi Hari

A consultoria especializada em reestruturação de empresas Íntegra Associados informou nesta sexta-feira ter um acordo para comprar o parque de diversões Hopi Hari, localizado no interior de São Paulo. A empresa estaria disposta a investir R$ 10 milhões no parque, que tem dívida estimada em R$ 800 milhões. As informações são da edição deste sábado do jornal Folha de S. Paulo.

De acordo com o jornal, a transação ainda depende da negociação entre o Hopi Hari e seus credores, o que já estaria em andamento.

A consultoria paulista já atuou junto à Parmalat, durante 30 meses, quando reorganizou a gestão da empresa italiana.

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17:14
Anónimo disse...
Empresas
Disney de Tóquio contratará mais 2 mil apesar da crise


A Oriental Land, o operador da Disneylândia Tóquio e DisneySea, organizou neste domingo entrevistas para contratar cerca de 2 mil trabalhadores em tempo parcial, em um momento de grandes demissões deste tipo de empregados no Japão.

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O operador deste parque temático, situado em Urayasu, na província de Chiba (leste de Tóquio), está em pleno processo de seleção de empregados para 20 tipos de postos trabalhistas diferentes.

Segundo a companhia, citada pela agência local de notícias Kyodo, o parque contratará novos trabalhadores para as atrações, para os restaurantes e guardas de segurança entre outros. Os novos contratados começarão a trabalhar a partir de fevereiro.

O processo de seleção acontece em um momento em que a maioria das grandes companhias japonesas começaram a se ver obrigadas a despedir uma elevada percentagem de seus trabalhadores temporários e a tempo parcial.

Algumas inclusive anunciaram demissões de seus trabalhadores fixos, uma medida muito pouco comum nas companhias japonesas, perante os efeitos piores que o esperado pela crise econômica global.

Cerca de uma centena de pessoas esperavam desde a primeira hora desta manhã a abertura do centro de conferências Tokyo International Forum, onde as entrevistas estão sendo feitas, para ser os primeiros a solicitar os postos de trabalho.


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17:15
Anónimo disse...
Economia Internacional
Senado dos EUA aprova plano de estímulo à economia

O Senado dos Estados Unidos aprovou com 60 votos a favor e 38 contra o plano de estímulo à economia de US$ 787 bilhões na madrugada deste sábado. Agora, ele segue para sanção ou veto do presidente Barack Obama, que espera colocar a lei em prática até o dia 16 de fevereiro.

O plano prevê a criação de três milhões de empregos, inclui cortes de impostos às famílias, fundos para programas sociais e obras públicas, além de ajuda aos governos estaduais, estudantes e desempregados.

A cláusula Buy American - que exige o uso de ferro, aço e produtos manufaturados dos Estados Unidos em obras realizadas com recursos do pacote - ficou de lado. Segundo o texto definitivo, a cláusula será aplicada sem violar as normas do comércio internacional.

Ontem à tarde, a Câmara de Representantes (deputados) havia aprovado, por 246 votos a favor e 183 contra, a versão final do plano. Todos os republicanos foram contrários ao pacote.

Pelo acordo de quarta-feira entre Câmara e Senado, em vez de custar US$ 819 bilhões, como queriam os deputados, ou US$ 838 bilhões como pretendiam os senadores, o pacote ficou em cerca de US$ 787 bilhões, com 65% desse total destinado a gastos do governo federal e 35%, a créditos tributários.
17:16
Anónimo disse...
Economia nacional
Na era Lula, aposentadoria sobe 54% menos que salário mínimo

Thatiane Faria
Especial para o Terra
Direto de São Paulo

Os índices de reajustes concedidos pelo governo em 2009 para aposentados e pensionistas e para o salário mínimo repetiram uma diferença que, só durante o governo de Luiz Inácio Lula da Silva, já chega a 54%. Enquanto o mínimo foi majorado em 12% este ano, as pensões e aposentadorias tiveram aumento de 5,92%. Aposentados que têm o benefício do governo como única fonte de renda reclamam que perdem poder de compra e que sua cesta de compras é composta por itens que aumentam mais em relação à inflação oficial.

Um exemplo prático pode ser entendido a partir da comparação entre um aposentado que ganhava R$ 600 em janeiro de 2003. Na época, o benefício era três vezes, ou 200%, maior que o valor do mínimo em vigência, que era de R$ 200. Aplicando-se os índices de reajuste para aposentadorias e para o mínimo durante os últimos seis anos, o mesmo aposentado estaria recebendo hoje R$ 938,47, comparado a um salário mínimo de R$ 465. A diferença entre os dois valores caiu para pouco mais de 100%.

Enquanto o índice acumulado de reajuste para a aposentadoria durante o governo Lula foi de 60%, para o salário mínimo está em 132%.

O diretor do Sindicato Nacional dos Aposentados, João Inocentini, reclama que os valores dos benefícios para aposentadorias não mantêm o poder de compra do grupo, principalmente dos aposentados que recebem menos que dez salários mínimos.

Nem mesmo o fato de o índice de reajuste das aposentadorias ter ficado acima da inflação acumulada no mesmo período (o IPCA entre janeiro de 2003 e janeiro de 2009 foi de 39,7%) serve de argumento, segundo os aposentados.

"Os idosos, principalmente, têm gastos além das contas gerais como gás, telefone e aluguel. Para eles o custo com remédios, e outros itens da área saúde costuma ser maior", afirmou Inocentini.

O presidente do sindicato afirmou que o grupo realiza um estudo com 100 itens de necessidade de um idoso para comparar o aumento dos produtos com o índice de reajuste do benefício recebido pelos aposentados.

"Daqui dois meses vamos abrir um processo na Justiça e levar essa pesquisa como prova. Segundo a lei, o governo é obrigado a manter o poder de compra com a aposentadoria", disse Inocentini.

Alternativas
O consultor financeiro Cláudio Boriola diz que os aposentados, especialmente nesse momento de crise econômica, devem evitar compras parceladas, pesquisar preços, negociar e fazer bom planejamento financeiro.

Segundo Boriola, alguns aposentados ganham um valor mensal muitas vezes insuficiente para o pagamento das contas e acabam pedindo crédito ou realizando pagamentos a prazo e são obrigados a pagar juros altos.

Na opinião do consultor, pagar uma previdência privada é uma alternativa indicada para quem ainda trabalha, considerando a característica de perda de poder de compra da aposentadoria.

"Na prática, infelizmente os valores encontram-se em um patamar que está deteriorando o poder de aquisição da população brasileira", completou Boriola.

De acordo com o diretor da Confederação Brasileira de Aposentados e Pensionistas (Cobap), Vicente Fernandes Barbosa, representantes dos aposentados tentarão um encontro com o presidente da Câmara, deputado Michel Temer (PMDB-SP), para discutir projetos que minimizem a perda dos aposentados
17:17
Anónimo disse...
Previdência
Previdência prorroga isenção de tarifas no benefício

O atual sistema de pagamento aos 26 milhões de aposentados e pensionistas do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) será mantido até o final deste ano. O acordo, que permite realizar a operação sem nenhum custo aos beneficiários, foi renovado nesta sexta-feira, entre o governo federal e 21 instituições financeiras.

Por meio desse acordo, vigente desde setembro de 2007, nem os segurados, nem os bancos e nem o governo arcam com o pagamento de tarifas, conforme explicou o ministro da Previdência Social, José Pimentel. A prorrogação vale até dezembro, data máxima para que a Previdência defina as regras para um novo contrato.

Ao assinar o termo de renovação, na sede da Federação Brasileira dos Bancos (Febraban), o ministro disse que a intenção do governo é mudar o atual modelo de gestão visando a reduzir os custos dessas operações em torno da folha mensal, que atinge R$ 15,8 bilhões. No entanto, qualquer alteração, conforme explicou, passará antes por audiências públicas a serem realizadas a partir do segundo semestre deste ano, atendendo a determinação do Tribunal de Contas da União (TCU).

De acordo com Pimentel, com um redesenho do mecanismo de repasse dos recursos aos bancos em torno da folha de pagamento dos segurados o que se busca é um aumento da participação de instituições financeiras. Ele informou que, desde 2007, cada benefício custa em média R$ 1,07 ao governo. "Quanto mais instituições financeiras estiverem prestando serviços à sociedade, maior é a competitividade, a agilidade no atendimento", justificou.

O ministro observou, ainda, que, para permitir uma redução para algo em torno de meia hora no tempo de atendimento para a concessão dos direitos previdenciários, o governo investiu R$ 280 milhões.

Questionado sobre o descontentamento dos segurados que ganham acima de um salário mínimo terem obtido apenas a correção com base na variação do Índice de Preços ao Consumidor (INPC) , ficando abaixo do reajuste dado a quem recebe apenas o mínimo, Pimentel argumentou que o governo seguiu o que determina a lei e descartou a possibilidade de uma revisão
17:17
Anónimo disse...
Empresas
Caterpillar oferece aposentadoria antecipada a 2 mil


A companhia americana Caterpillar ofereceu a cerca de dois mil funcionários incentivos para que se aposentem de forma voluntária antes do previsto, pela perspectiva de uma queda "significativa" da atividade industrial, informou nesta quarta-feira a empresa.

A iniciativa, destinada aos trabalhadores de diversas fábricas em Illinois, Colorado, Tennessee e Pensilvânia, se soma aos cortes de empregos anunciados em janeiro, explicou em comunicado de imprensa.

A empresa, a maior fabricante mundial de maquinaria pesada para a construção e a mineração, acrescentou que, "em função das condições de negócio, podem ser necessárias mais reduções de elenco voluntárias e involuntárias à medida que o ano avança".

O vice-presidente da companhia, Sid Banwart, explicou que a empresa prevê "demissões significativas em todas as regiões geográficas e na maioria dos setores devido às dificuldades da economia mundial".
17:18
Anónimo disse...
Comércio
Comércio exterior da OCDE caiu no 3º trimestre de 2008


As exportações e as importações dos países da Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Econômico (OCDE) caíram 1,6% e 0,2%, respectivamente, no terceiro trimestre de 2008, em relação aos três meses anteriores.

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Trata-se da primeira queda destas atividades desde o terceiro trimestre de 2006, segundo o último relatório trimestral sobre fluxos comerciais divulgado pela OCDE.

As exportações e as importações em dólares dos 30 Estados-membros caíram 15,6% e 17%, respectivamente, na comparação anualizada.

Por sua vez, o comércio dos sete países mais ricos do mundo (G7) teve um pequeno crescimento no terceiro trimestre de 2008 com uma queda das exportações de mercadorias de 0,2% em relação ao trimestre anterior e um aumento de 0,4% das importações.

Em termos anualizados, as importações do G7 caíram 1,4% entre julho e setembro do ano passado, seu primeiro retrocesso desde o terceiro trimestre de 2006, enquanto as exportações aumentaram 1,9%, seu crescimento mais baixo no mesmo tempo.

Por países, a Alemanha aumentou suas importações em 3,4% - valor mais alto do G7 -, enquanto suas exportações caíram 2,9% do segundo para o terceiro trimestre de 2008.

Pelo contrário, as exportações americanas aumentaram 1,8% entre julho e setembro de 2008, enquanto as importações caíram 0,7% em relação ao trimestre anterior. No Japão, tanto as importações quanto as exportações caíram em torno de 1% no mesmo período.
17:19
Anónimo disse...
Economia Nacional
Lula: juros de crédito consignado a aposentados são altos

Atualizada às 17h29

O presidente Luis Inácio Lula da Silva afirmou nesta terça-feira, em São Paulo, que está lutando para reduzir as taxas de juros cobradas de aposentados em crédito consignado. A Previdência Social estabelece uma taxa máxima de 2,5% para empréstimo e de 3,5% para cartão. Para Lula, os valores são altos.

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"Acho que o juro que os aposentados estão pagando hoje com o crédito consignado é alto para o padrão brasileiro", disse o presidente durante a cerimônia de comemoração dos 86 anos do INSS.

A Previdência anunciou nesta terça-feira que aposentados e trabalhadoras com licença-maternidade poderão receber seus benefícios em 30 minutos. De acordo com Lula, em junho, a aposentadoria do trabalhador rural também será conseguida em meia hora.

Além disso, o presidente anunciou que, também em junho, os trabalhadores que alcançarem o direito à aposentadoria passarão a receber em suas casas um comunicado da Previdência informando o fato e o valor do salário que têm direito a receber. "É um comprometimento público que estou fazendo com os companheiros da Previdência Social", disse.

"Estamos retribuindo ao contribuinte da Previdência Social aquilo que é a cidadania que ele tem direito", afirmou Lula. "Se para cobrar nós somos tão precisos, para devolver o dinheiro, temos que chegar próximo à perfeição", completou.
17:20
Anónimo disse...
Economia Nacional
Salário maternidade sairá em 30 minutos, diz ministro

Toda trabalhadora autônoma que tiver contribuído pelo menos 10 meses com o Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) - ou as que possuírem carteira assinada - poderão receber em 30 minutos o salário maternidade a partir desta terça-feira. Da mesma forma, as mulheres com 30 anos de contribuição e os homens com 35 anos também terão direito ao benefício de forma mais rápida. A informação é do ministro da Previdência Social, José Pimentel.

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Para requerer o salário maternidade, é preciso que as autônomas levem a carteira de identidade e o carnê de contribuição. As demais trabalhadoras devem apresentar a identificação e a carteira de trabalho. Desde o início do mês, a nova forma de análise para a concessão de benefícios foi adotada para a aposentadoria por idade do trabalhador urbano e agora foi estendida para o salário maternidade e por tempo de contribuição.

O ministro disse que a qualificação do serviço da previdência social é o reconhecimento do direito dos trabalhadores e da afirmação da cidadania.

"Até pouco tempo na cabeça do cidadão o serviço devia ser de péssima qualidade. Agora não, nós modificamos toda a legislação no mês de dezembro numa ação conjunta do Congresso Nacional com o governo federal. Estamos implantando e concedendo os benefícios em até 30 minutos", afirmou.

O ministro destacou que para conseguir se aposentar ou ter acesso à licença maternidade em 30 minutos, em primeiro lugar, é necessário que o cidadão esteja vinculado à Previdência, o que inclui 65% da população acima de 16 anos de idade.

"Depois bastar marcar pelo sistema 135 o dia e a hora do atendimento e levar a documentação. Se todos os dados necessários estiverem corretos o contribuinte será atendido em até 30 minutos, como vem sendo feito com as aposentadorias por idade desde o dia cinco de janeiro", explicou.

Pimentel disse ainda que em 90% das agências da previdência social o atendimento é marcado em até 48 horas. Nos grandes centros, entretanto existe um volume maior o que torna mais lento o processo.

"Estamos criando mais 715 agências até 2010, em todo o território nacional, para descentralizar o atendimento. Em 2008, atendemos 295 mil benefícios e aposentadorias por idade. Temos 4 mil pessoas por dia procurando e se aposentando por idade no território nacional. Este serviço será agilizado", concluiu.
17:21
Anónimo disse...
Giuseppe Englaro, pai de Eluana, a italiana que morreu na segunda-feira passada por desidratação, recusou uma grande soma de dinheiro de um conhecido fotógrafo italiano que queria retratar a filha em estado de coma, disse neste sábado o neurologista que atendia a mulher desde 1996, Carlo Defanti.

O neurologista, que participou hoje de uma conferência sobre eutanásia, disse que Englaro respeitou a vontade da filha, que, antes do acidente, tinha pedido que, se lhe ocorresse qualquer coisa irreversível, apresentasse sua imagem de quando estava em boas condições.

Antes de sofrer o acidente de trânsito, em 1992, Eluana viveu o coma de um amigo, Alessandro, o que causou forte impacto na italiana e a levou a fazer o pai prometer que não a deixasse viver em estado vegetativo, disse o próprio Giuseppe Englaro.

Defanti, que dissera que Eluana poderia viver de dez a 12 dias depois da suspensão da alimentação e da hidratação, disse que, como médico, tinha que reprovar esta afirmação.

"Não se pode sobreviver após três ou quatro dias sem líquido e, em particular, água em um corpo. Sabemos bem que, quando há um terremoto, após quatro dias é difícil encontrar sobreviventes".

Defanti ressaltou que Eluana "não falava, não se comunicava com o exterior" e que, após vários exames, "nos deparamos com uma moça que tinha perdido a consciência", porque estava com o córtex cerebral prejudicado.

Eluana foi enterrada na quinta-feira passada no túmulo da família na localidade de Paluzza, em Udine, após um funeral que não contou com a presença dos pais.

16:53
Anónimo disse...
Os bombeiros combatem neste sábado os incêndios na Austrália favorecidos pelo bom tempo, enquanto os deslocados encotram em seu retorno casas derruídas, carros queimados nas ruas e destruição.

Depois de sete dias desde que começaram os incêndios no Estado de Victoria, a lista de mortos chega a 181, os desaparecidos somam 50, os edifícios destruídos totalizam 1,834 mil e o terreno arrasado, principalmente florestas, ocupa uma área de 4,13 mil quilômetros quadrados.

As equipes de bombeiros, formadas por 4 mil profissionais de Victoria, de outras partes da Austrália e de países amigos, combateram hoje 12 focos fora de controle e nenhum representava uma ameaça direta para a população.

O subdiretor do Serviço de Bombeiros, Geoff Conway, disse que este tempo favorável, que se prolongará durante o domingo, permite consolidar as linhas de contenção e avançar na extinção das chamas.

Cinzas apareceram arrastadas por ventos do nordeste sobre Melbourne, onde habitam 3,8 milhões de pessoas, e as autoridades alertaram aos cidadãos do risco para a saúde de idosos, crianças e pessoas com problemas respiratórios.

O número de pessoas deslocadas - a Cruz Vermelha chegou a receber 7 mil - começou a cair com a abertura de algumas localidades atingidas.

Os incêndios, alguns criminosos, começaram em 7 de fevereiro, quando a região sul da Austrália estava há duas semanas sob uma onda de calor sem precedentes.

Na sexta-feira passada, a polícia acusou uma pessoa de ter provocado o incêndio que atingiu a localidade de Churchill e matou 21 pessoas.

16:55
Anónimo disse...
A primeira chuva em seis dias reduziu a ameaça de incêndios no Estado de Victoria, ao sul da Austrália. As autoridades, porém, advertiram que ainda existem 12 focos, mas que nenhum deles ameaça áreas povoadas.

Mais de quatro mil bombeiros, mil provenientes de outras partes do país e de outras nações, trabalham contra o fogo. Cerca de 600 veículos e 28 helicópteros e pequenos aviões estão sendo usados.


Eles conseguiram construir linhas de contenção para evitar os incêndios de Yarra e Maroondah se juntassem. Também foram controlados os incêndios abertos de Yea e Murrindindi, que ameaçavam as comunidades de Connellys Creek, Crystal Creek, Scrubby Creek e Native Dog Creek.

O número de mortos chegou a 181, mas as autoridades acreditam que as vítimas devem passar de 200, já que ainda há muitos desaparecidos.

16:55
Anónimo disse...
Aqui nesta coluna, na semana passada, tive a oportunidade de comentar sobre a recente visita do professor brasileiro Pedrinho Guareschi à Austrália. Não dei, porém, os fatos, pois semana passada o assunto era outro.

Hoje, porém, vamos a eles.

No último dia 4 de fevereiro, aconteceu o Seminário "Paulo Freire: Education and Liberation", organizado pelo centro de estudos latino-americanos da Universidade Nacional da Austrália, ou ANU, como é mais conhecida por aqui.

A ANU, para quem não sabe, está entre as 20 melhores universidades do mundo! E tem sede aqui em Camberra, capital da Austrália.

Na abertura do evento, o professor John Minns, diretor do centro latino-americano, ao dar boas-vindas ao público presente, lembrou ser aquele o primeiro seminário exclusivamente dedicado a Paulo Freire na Austrália.

Em seguida, convidou Pedrinho Guareschi, palestrante principal do Seminário, a fazer sua apresentação.

A plateia pode então conhecer, pelas palavras de Pedrinho, um pouco da obra e da vida de Freire, esse brasileiro de fé e valor, que sempre acreditou na educação, sobretudo dos menos favorecidos, analfabetos, como força libertadora.

Como não podia deixar de ser, os conceitos e ideias revolucionários de Paulo Freire, expostos com clareza por Pedrinho, despertaram o interesse e a curiosidade de plateia. A qual, deve-se notar, era na maioria de estudantes, mas de várias nacionalidades, sobretudo australianos e asiáticos.

Na continuação do programa do seminário, que se estendeu por dois dias, outros professores fizeram palestras sobre temas ligados à obra de Paulo Freire.

Interessante, por exemplo, saber que a professora Anne Hickling-Hudson, jamaicana que mora na Austrália há muitos anos (é professora da ANU), conheceu e trabalhou com Freire num workshop educacional durante a revolução na Ilha de Granada, em 1980, antes da invasão dos Estados Unidos...

Ou, então, a palestra da Professora Gerda Roelvink, da Nova Zelândia, que participou do Fórum Social de Porto Alegre em 2005. E essa participação transformou-se em tema de doutorado.

No dia 10, terça-feira passada, o padre Pedrinho Guareschi voltou a falar ao público australiano em grande auditório localizado no belíssimo campus da ANU. Desta vez, sobre a Teologia da Libertação.

Depois da palestra, John Minns mostrou o filme mexicano "O Crime do Padre Amaro", no qual um dos personagens é um padre católico praticante da Teologia da Libertação.

Mais uma vez, foi grande o intersse da platéia, que pode aprender e conhecer um pouco como se desenvolveu aquele importante movimento católico na América Latina.

Fica, assim, ao Pedrinho, bem como a outros brasileiros estudiosos e de bom coração que saem pelo mundo a divulgar aspectos importantes da cultura brasileira, o respeito e a homenagem desta coluna. E... aquele abraço!

16:57
Anónimo disse...
Amanda Kitts perdeu o braço esquerdo em um acidente de automóvel acontecido três anos atrás, mas hoje em dia ela joga futebol americano com seu filho de 12 anos de idade, troca fraldas e abraça as crianças nas três creches Kiddie Cottage que opera em Knoxville, Tennessee. Kitts, 40 anos, faz tudo isso com a ajuda de um novo tipo de braço artificial que se movimenta com mais facilidade do que outros aparelhos e que ela pode controlar utilizando apenas seus pensamentos.

"Eu sou capaz de mexer a mão, o pulso e o cotovelo ao mesmo tempo", diz. "Você pensa e os músculos se movem em seguida".

A recuperação que ela conseguiu resulta de um novo procedimento que vem atraindo crescente atenção porque permite que pessoas movam braços protéticos de forma mais automática do que faziam no passado, simplesmente utilizando nervos reaproveitados em seus cérebros.

A técnica, conhecida como "renervação muscular dirigida", envolve utilizar os nervos que restam depois da amputação de um braço e conectá-los a outro músculo do corpo, em geral no peito. Eletrodos são instalados sobre os músculos do peito, e operam como se fossem antenas. Quando a pessoa deseja mover o braço, o cérebro envia sinais que primeiro resultam em contração dos músculos do peito, os quais enviam um sinal ao braço protético, instruindo-se a se movimentar. O processo não requer mais esforços consciente do que a pessoa teria de exercitar caso ainda tivesse seu braço natural.

Na terça-feira, pesquisadores reportaram em estudo publicado pela versão online do Journal of the American Medical Association que haviam levado a técnica ainda mais à frente, tornando possível a execução de 10 movimentos de mão, pulso e cotovelo diferentes, o que representa uma substancial melhora com relação ao típico repertório protético, que em geral envolve apenas dobrar o cotovelo, girar o pulso e abrir a mão.

"Os novos métodos tiveram impacto dramático em nosso campo de trabalho", disse Stuart Harshbarger, engenheiro biomédico na Universidade Johns Hopkins e diretor do programa de pesquisa sobre próteses, financiado pelas forças armadas, que inclui o trabalho com essa técnica. "O método já está em uso por médicos e cirurgiões comuns em todo o país. A capacidade de controlar um membro protético bastante robusto que ele confere surpreendeu a todos pela qualidade".

Tipicamente, uma pessoa que tenha um braço protético só é capaz de executar alguns poucos movimentos, e muitas vezes com tamanha lentidão que isso só permite a ela atividades limitadas.

Há um motor separado para cada movimento, diz Gerald Loeb, professor de engenharia biomédica na Universidade do Sul da Califórnia, "e esses motores precisam ser controlados de maneira explícita", usualmente por um esforço consciente da pessoa para contrair músculos nas costas ou no bíceps.

"Essencialmente, até agora os pacientes controlavam apenas um motor de cada vez", diz Loeb, "e precisavam pensar cuidadosamente sobre que motor desejavam controlar e como fazê-lo operar, em lugar de simplesmente pensarem em mover o braço e poderem fazê-lo sem delongas".

Antes que Kitts passasse pelo procedimento de renervação, em outubro de 2007, por exemplo, ela precisava movimentar os músculos de suas costas de determinada maneira para fazer com que seu pulso girasse, e flexionar seu bíceps e tríceps para fazer com que o cotovelo se movesse para cima e para baixo. "Era muito trabalho", ela conta. "E não me ajudava muito".

O procedimento de renervação é parte de uma recente explosão de idéias novas e técnicas inovadoras que estão sendo exploradas enquanto os cientistas se esforçam por ajudar as pessoas a compensar melhor a perda de membros ou problemas de paralisia. O esforço vem sendo alimentado pelo aumento no número de amputações causado por diabetes e por ferimentos sofridos pelos militares, e ao mesmo tempo pelos avanços na tecnologia médica.

Os braços se tornaram um dos focos essenciais desse tipo de trabalho. A ciência há muito vem obtendo sucessos no desenvolvimento de próteses de perna, mas é muito mais difícil imitar a complexidade e a destreza das mãos e dos braços.

Os esforços em curso incluem o desenvolvimento de projetos de pele e braços mais sensíveis e mais flexíveis, e o uso de dispositivos acionados por controles sem fio implantado nos braços protéticos, que permitiriam movimentos mais naturais.

Os pesquisadores também vêm usando sensores implantados nos cérebros de cobaias para permitir que dois macacos controlem um braço mecânico, e um teste com um homem paralítico permitiu, com esse método, que ele movimentasse um cursor em uma tela de computador.

Alguns desses métodos, caso venham a ser aperfeiçoados plenamente e consigam aprovação das autoridades regulatórias da saúde, podem no futuro se tornar mais viáveis para os pacientes de amputações.

E embora a técnica da renervação não requeira aprovação das autoridades regulatórias porque é executada por meios cirúrgicos e emprega aparelhos já existentes, ela apresenta limitações que até mesmo seus criadores reconhecem, entre as quais o fato de que não se pode utilizá-la para todos os pacientes, o seu alto custo e o prazo de meses requerido para que os nervos reconectados cresçam e se tornem efetivos.

Ainda assim, os especialistas dizem que é o mais avançado sistema em uso hoje para pacientes reais que permite que o sistema nervoso controle diretamente o movimento de um braço artificial.

Desde sua introdução por Todd Kuiken, médico fisioterapeuta e engenheiro biomédico do Instituto de Reabilitação de Chicago, o método foi empregado em cerca de 30 pacientes nos Estados Unidos, Canadá e Europa, entre os quais oito soldados feridos no Iraque e no Afeganistão.

Muitos dos pacientes, entre os quais o primeiro, Jesse Sullivan, um operário do setor elétrico no Tennessee que perdeu os dois braços quando foi eletrocutado por um cabo, conseguem não apenas manipular seus braços protéticos mas sentir a presença das mãos que já não têm quando alguém toca em seus peitos.

Sullivan, 62 anos, e Kitts, estavam entre os cinco pacientes que participaram do estudo reportado na terça-feira. Em companhia de cinco outras pessoas que não passaram por amputações, eles receberam os eletrodos e foram instruídos a usar pensamentos para fazer com que um braço virtual na tela reproduzisse 10 movimentos diferentes, entre os quais três formas diferentes de aperto de mão.

Os pacientes apresentaram desempenho bastante respeitável, apenas um pouco mais lento e menos preciso do que os dos participantes que não tinham amputações.

"As velocidades de movimento que encontramos em nossos pacientes foram realmente encorajadoras", disse Kuiken. "Eles conseguiram completar a tarefa. É claro que não foram tão competentes quanto as pessoas dotadas de plena capacidade física, mas foram bons o bastante".

Um braço virtual foi usado porque a maioria das próteses existentes não era capaz de acomodar todos aqueles movimentos, no momento da pesquisa, ainda que Sullivan, Kitts e uma terceira paciente, Claudia Mitchell, tenham experimentado dois novos protótipos mais versáteis de braços artificiais, executando tarefas complexas com bolas de tênis e outros objetos.

O trabalho de renervação em soldados apresenta outros desafios, diz Kuiken, porque os ferimentos militares muitas vezes "causam danos muitos extensos" a nervos, músculos ou ossos.

Daniel Acosta, 25 anos, um aviador ferido pela detonação de uma bomba em uma estrada do Iraque em 2005, passou pelo procedimento no ano passado e diz que seu braço esquerdo protético agora se movimenta "muito mais rápido" e de maneira muito mais natural.

"A diferença é que agora não preciso mais pensar para mover o braço", ele diz. "Ele simplesmente se mexe".

Ainda assim, Acosta, de San Antonio, diz que "o processo foi bastante longo" e que os eletrodos precisam ser ajustados para receber os sinais à medida que os nervos crescem ou mudam de posição.

E embora elogiem o método, os especialistas afirmam que a ciência das próteses de braço ainda tem muito por avançar.

"Trata-se de uma parte crucial, mas ainda assim apenas uma parte, das muitas coisas que compreendem a função normal de um braço", disse Loeb, que escreveu um editorial que acompanha o artigo no Journal of the American Medical Association.

"No momento estamos a meio do caminho entre o braço de 'Dr. Fantástico', que fazia involuntariamente a saudação nazista, e o braço de Luke Skywalker em 'Guerra nas Estrelas', que funciona sem nenhum problema assim que é conectado. Creio que precisaremos ainda de muitos anos para conectar todas as peças necessárias a produzir um braço capaz de funcionar normalmente".

17:04
Anónimo disse...
A Espanha disse neste sábado que está preparando uma reclamação oficial contra a decisão da Venezuela de expulsar um membro do Parlamento Europeu que criticou o conselho eleitoral venezuelano.
Luis Herrero, membro do partido conservador espanhol PP, foi deportado na sexta-feira depois que o Conselho Nacional Eleitoral (CNE) o acusou de questionar a imparcialidade da instituição antes de um referendo que pode permitir ao presidente Hugo Chávez permanecer no cargo indefinidamente.

Herrero estava na Venezuela como observador do referendo. Ele acusou Chávez de ter "comportamentos típicos de um ditador" por pedir a contenção de manifestações da oposição.

O governo da Espanha convocou um encontro com o embaixador da Venezuela em Madri para expressar a desaprovação sobre a expulsão de Herrero, disse um representante do Ministério das Relações Exteriores espanhol.

As relações da Venezuela com a Espanha tiveram seu ponto crítico em 2007, quando Chávez ameaçou rever acordos diplomáticos e comerciais depois de ouvir um "cala a boca" do rei espanhol Juan Carlos durante uma cúpula.

A fenda foi oficialmente reparada em 2008, com uma visita oficial de Chávez à Espanha, onde ele cumprimentou o rei e discutiu acordos para investimento no setor petroquímico com o primeiro-ministro José Luis Rodriguez Zapatero.

17:06
Anónimo disse...
A polícia do Zimbábue anunciou neste sábado que acusa de traição Roy Bennett, dirigente do até agora opositor Movimento para a Mudança Democrática (MDC), detido na sexta-feira, em Harare, poucas horas antes da cerimônia de posse dos membros do novo gabinete.

"A Polícia nos informou que vão apresentar acusações de traição", disse à agência EFE o advogado de defesa de Bennett, Trust Maanda.

"Tentam relacionar Roy com o caso de Mike Hitschmann, que foi detido em 2006 em relação à descoberta de um carregamento de armas, apesar de que Hitschmann não tenha sido declarado culpado das acusações de traição apresentadas contra ele, mas de um crime menor de descumprimento de leis", disse Maanda.

O político opositor, designado por seu partido como vice-ministro de Agricultura no Governo de união nacional, esteve no exílio na vizinha África do Sul desde 2006 e retornou ao Zimbábue há duas semanas.

Segundo a Polícia, que deteve Bennett ontem no aeroporto de Harare quando pretendia ir à África do Sul para visitar sua família, as armas apreendidas em 2006 seriam utilizadas em um golpe de Estado para derrubar o presidente do Zimbábue, Robert Mugabe.

Depois da detenção, Bennet foi levado a Mutar, onde vários simpatizantes do MDC se concentraram em frente à delegacia na qual estava detido, diante do que a Polícia respondeu com tiros para o alto para dispersar os manifestantes.

17:07
Anónimo disse...
Austrália: 14 mil se candidatam a 'emprego dos sonhos'

A secretaria de Turismo de Queensland, na Austrália, informou que até esta segunda-feira já recebeu cerca de 14 mil inscrições para o "o melhor emprego do mundo". O Estado australiano promove pela internet seleção para vaga de "zelador" da ilha Hamilton, por seis meses com um salário de R$ 40 mil.

Muitos candidatos tiveram problemas durante a inscrição por conta dos acessos simultâneos ao site. A secretaria aconselha enviar os vídeos de 60s explicando porque deve ser escolhido em horários alternativos do dia, além de recomendar tamanho em torno de 40MB.

As inscrições começaram em 12 de janeiro e vão até o próximo dia 22 e podem ser feitas pelo site www.islandreefjob.com. O governo australiano escolherá 50 candidatos para a próxima fase da seleção, que terá votos do público para eleger um dos 11 finalistas.

A última fase terá entrevistas e desafios físicos, no próprio local de trabalho: as ilhas da Grande Barreira Coralina - o maior recife de coral do mundo. A secretaria de Turismo anunciará o vencedor no dia 6 de maio.

Anónimo disse...

Os bombeiros combatem neste sábado os incêndios na Austrália favorecidos pelo bom tempo, enquanto os deslocados encotram em seu retorno casas derruídas, carros queimados nas ruas e destruição.

Depois de sete dias desde que começaram os incêndios no Estado de Victoria, a lista de mortos chega a 181, os desaparecidos somam 50, os edifícios destruídos totalizam 1,834 mil e o terreno arrasado, principalmente florestas, ocupa uma área de 4,13 mil quilômetros quadrados.

As equipes de bombeiros, formadas por 4 mil profissionais de Victoria, de outras partes da Austrália e de países amigos, combateram hoje 12 focos fora de controle e nenhum representava uma ameaça direta para a população.

O subdiretor do Serviço de Bombeiros, Geoff Conway, disse que este tempo favorável, que se prolongará durante o domingo, permite consolidar as linhas de contenção e avançar na extinção das chamas.

Cinzas apareceram arrastadas por ventos do nordeste sobre Melbourne, onde habitam 3,8 milhões de pessoas, e as autoridades alertaram aos cidadãos do risco para a saúde de idosos, crianças e pessoas com problemas respiratórios.

O número de pessoas deslocadas - a Cruz Vermelha chegou a receber 7 mil - começou a cair com a abertura de algumas localidades atingidas.

Os incêndios, alguns criminosos, começaram em 7 de fevereiro, quando a região sul da Austrália estava há duas semanas sob uma onda de calor sem precedentes.

Na sexta-feira passada, a polícia acusou uma pessoa de ter provocado o incêndio que atingiu a localidade de Churchill e matou 21 pessoas.
16:55
Anónimo disse...
A primeira chuva em seis dias reduziu a ameaça de incêndios no Estado de Victoria, ao sul da Austrália. As autoridades, porém, advertiram que ainda existem 12 focos, mas que nenhum deles ameaça áreas povoadas.

Mais de quatro mil bombeiros, mil provenientes de outras partes do país e de outras nações, trabalham contra o fogo. Cerca de 600 veículos e 28 helicópteros e pequenos aviões estão sendo usados.


Eles conseguiram construir linhas de contenção para evitar os incêndios de Yarra e Maroondah se juntassem. Também foram controlados os incêndios abertos de Yea e Murrindindi, que ameaçavam as comunidades de Connellys Creek, Crystal Creek, Scrubby Creek e Native Dog Creek.

O número de mortos chegou a 181, mas as autoridades acreditam que as vítimas devem passar de 200, já que ainda há muitos desaparecidos.
16:55
Anónimo disse...
Aqui nesta coluna, na semana passada, tive a oportunidade de comentar sobre a recente visita do professor brasileiro Pedrinho Guareschi à Austrália. Não dei, porém, os fatos, pois semana passada o assunto era outro.

Hoje, porém, vamos a eles.

No último dia 4 de fevereiro, aconteceu o Seminário "Paulo Freire: Education and Liberation", organizado pelo centro de estudos latino-americanos da Universidade Nacional da Austrália, ou ANU, como é mais conhecida por aqui.

A ANU, para quem não sabe, está entre as 20 melhores universidades do mundo! E tem sede aqui em Camberra, capital da Austrália.

Na abertura do evento, o professor John Minns, diretor do centro latino-americano, ao dar boas-vindas ao público presente, lembrou ser aquele o primeiro seminário exclusivamente dedicado a Paulo Freire na Austrália.

Em seguida, convidou Pedrinho Guareschi, palestrante principal do Seminário, a fazer sua apresentação.

A plateia pode então conhecer, pelas palavras de Pedrinho, um pouco da obra e da vida de Freire, esse brasileiro de fé e valor, que sempre acreditou na educação, sobretudo dos menos favorecidos, analfabetos, como força libertadora.

Como não podia deixar de ser, os conceitos e ideias revolucionários de Paulo Freire, expostos com clareza por Pedrinho, despertaram o interesse e a curiosidade de plateia. A qual, deve-se notar, era na maioria de estudantes, mas de várias nacionalidades, sobretudo australianos e asiáticos.

Na continuação do programa do seminário, que se estendeu por dois dias, outros professores fizeram palestras sobre temas ligados à obra de Paulo Freire.

Interessante, por exemplo, saber que a professora Anne Hickling-Hudson, jamaicana que mora na Austrália há muitos anos (é professora da ANU), conheceu e trabalhou com Freire num workshop educacional durante a revolução na Ilha de Granada, em 1980, antes da invasão dos Estados Unidos...

Ou, então, a palestra da Professora Gerda Roelvink, da Nova Zelândia, que participou do Fórum Social de Porto Alegre em 2005. E essa participação transformou-se em tema de doutorado.

No dia 10, terça-feira passada, o padre Pedrinho Guareschi voltou a falar ao público australiano em grande auditório localizado no belíssimo campus da ANU. Desta vez, sobre a Teologia da Libertação.

Depois da palestra, John Minns mostrou o filme mexicano "O Crime do Padre Amaro", no qual um dos personagens é um padre católico praticante da Teologia da Libertação.

Mais uma vez, foi grande o intersse da platéia, que pode aprender e conhecer um pouco como se desenvolveu aquele importante movimento católico na América Latina.

Fica, assim, ao Pedrinho, bem como a outros brasileiros estudiosos e de bom coração que saem pelo mundo a divulgar aspectos importantes da cultura brasileira, o respeito e a homenagem desta coluna. E... aquele abraço!
16:57
Anónimo disse...
Amanda Kitts perdeu o braço esquerdo em um acidente de automóvel acontecido três anos atrás, mas hoje em dia ela joga futebol americano com seu filho de 12 anos de idade, troca fraldas e abraça as crianças nas três creches Kiddie Cottage que opera em Knoxville, Tennessee. Kitts, 40 anos, faz tudo isso com a ajuda de um novo tipo de braço artificial que se movimenta com mais facilidade do que outros aparelhos e que ela pode controlar utilizando apenas seus pensamentos.

"Eu sou capaz de mexer a mão, o pulso e o cotovelo ao mesmo tempo", diz. "Você pensa e os músculos se movem em seguida".

A recuperação que ela conseguiu resulta de um novo procedimento que vem atraindo crescente atenção porque permite que pessoas movam braços protéticos de forma mais automática do que faziam no passado, simplesmente utilizando nervos reaproveitados em seus cérebros.

A técnica, conhecida como "renervação muscular dirigida", envolve utilizar os nervos que restam depois da amputação de um braço e conectá-los a outro músculo do corpo, em geral no peito. Eletrodos são instalados sobre os músculos do peito, e operam como se fossem antenas. Quando a pessoa deseja mover o braço, o cérebro envia sinais que primeiro resultam em contração dos músculos do peito, os quais enviam um sinal ao braço protético, instruindo-se a se movimentar. O processo não requer mais esforços consciente do que a pessoa teria de exercitar caso ainda tivesse seu braço natural.

Na terça-feira, pesquisadores reportaram em estudo publicado pela versão online do Journal of the American Medical Association que haviam levado a técnica ainda mais à frente, tornando possível a execução de 10 movimentos de mão, pulso e cotovelo diferentes, o que representa uma substancial melhora com relação ao típico repertório protético, que em geral envolve apenas dobrar o cotovelo, girar o pulso e abrir a mão.

"Os novos métodos tiveram impacto dramático em nosso campo de trabalho", disse Stuart Harshbarger, engenheiro biomédico na Universidade Johns Hopkins e diretor do programa de pesquisa sobre próteses, financiado pelas forças armadas, que inclui o trabalho com essa técnica. "O método já está em uso por médicos e cirurgiões comuns em todo o país. A capacidade de controlar um membro protético bastante robusto que ele confere surpreendeu a todos pela qualidade".

Tipicamente, uma pessoa que tenha um braço protético só é capaz de executar alguns poucos movimentos, e muitas vezes com tamanha lentidão que isso só permite a ela atividades limitadas.

Há um motor separado para cada movimento, diz Gerald Loeb, professor de engenharia biomédica na Universidade do Sul da Califórnia, "e esses motores precisam ser controlados de maneira explícita", usualmente por um esforço consciente da pessoa para contrair músculos nas costas ou no bíceps.

"Essencialmente, até agora os pacientes controlavam apenas um motor de cada vez", diz Loeb, "e precisavam pensar cuidadosamente sobre que motor desejavam controlar e como fazê-lo operar, em lugar de simplesmente pensarem em mover o braço e poderem fazê-lo sem delongas".

Antes que Kitts passasse pelo procedimento de renervação, em outubro de 2007, por exemplo, ela precisava movimentar os músculos de suas costas de determinada maneira para fazer com que seu pulso girasse, e flexionar seu bíceps e tríceps para fazer com que o cotovelo se movesse para cima e para baixo. "Era muito trabalho", ela conta. "E não me ajudava muito".

O procedimento de renervação é parte de uma recente explosão de idéias novas e técnicas inovadoras que estão sendo exploradas enquanto os cientistas se esforçam por ajudar as pessoas a compensar melhor a perda de membros ou problemas de paralisia. O esforço vem sendo alimentado pelo aumento no número de amputações causado por diabetes e por ferimentos sofridos pelos militares, e ao mesmo tempo pelos avanços na tecnologia médica.

Os braços se tornaram um dos focos essenciais desse tipo de trabalho. A ciência há muito vem obtendo sucessos no desenvolvimento de próteses de perna, mas é muito mais difícil imitar a complexidade e a destreza das mãos e dos braços.

Os esforços em curso incluem o desenvolvimento de projetos de pele e braços mais sensíveis e mais flexíveis, e o uso de dispositivos acionados por controles sem fio implantado nos braços protéticos, que permitiriam movimentos mais naturais.

Os pesquisadores também vêm usando sensores implantados nos cérebros de cobaias para permitir que dois macacos controlem um braço mecânico, e um teste com um homem paralítico permitiu, com esse método, que ele movimentasse um cursor em uma tela de computador.

Alguns desses métodos, caso venham a ser aperfeiçoados plenamente e consigam aprovação das autoridades regulatórias da saúde, podem no futuro se tornar mais viáveis para os pacientes de amputações.

E embora a técnica da renervação não requeira aprovação das autoridades regulatórias porque é executada por meios cirúrgicos e emprega aparelhos já existentes, ela apresenta limitações que até mesmo seus criadores reconhecem, entre as quais o fato de que não se pode utilizá-la para todos os pacientes, o seu alto custo e o prazo de meses requerido para que os nervos reconectados cresçam e se tornem efetivos.

Ainda assim, os especialistas dizem que é o mais avançado sistema em uso hoje para pacientes reais que permite que o sistema nervoso controle diretamente o movimento de um braço artificial.

Desde sua introdução por Todd Kuiken, médico fisioterapeuta e engenheiro biomédico do Instituto de Reabilitação de Chicago, o método foi empregado em cerca de 30 pacientes nos Estados Unidos, Canadá e Europa, entre os quais oito soldados feridos no Iraque e no Afeganistão.

Muitos dos pacientes, entre os quais o primeiro, Jesse Sullivan, um operário do setor elétrico no Tennessee que perdeu os dois braços quando foi eletrocutado por um cabo, conseguem não apenas manipular seus braços protéticos mas sentir a presença das mãos que já não têm quando alguém toca em seus peitos.

Sullivan, 62 anos, e Kitts, estavam entre os cinco pacientes que participaram do estudo reportado na terça-feira. Em companhia de cinco outras pessoas que não passaram por amputações, eles receberam os eletrodos e foram instruídos a usar pensamentos para fazer com que um braço virtual na tela reproduzisse 10 movimentos diferentes, entre os quais três formas diferentes de aperto de mão.

Os pacientes apresentaram desempenho bastante respeitável, apenas um pouco mais lento e menos preciso do que os dos participantes que não tinham amputações.

"As velocidades de movimento que encontramos em nossos pacientes foram realmente encorajadoras", disse Kuiken. "Eles conseguiram completar a tarefa. É claro que não foram tão competentes quanto as pessoas dotadas de plena capacidade física, mas foram bons o bastante".

Um braço virtual foi usado porque a maioria das próteses existentes não era capaz de acomodar todos aqueles movimentos, no momento da pesquisa, ainda que Sullivan, Kitts e uma terceira paciente, Claudia Mitchell, tenham experimentado dois novos protótipos mais versáteis de braços artificiais, executando tarefas complexas com bolas de tênis e outros objetos.

O trabalho de renervação em soldados apresenta outros desafios, diz Kuiken, porque os ferimentos militares muitas vezes "causam danos muitos extensos" a nervos, músculos ou ossos.

Daniel Acosta, 25 anos, um aviador ferido pela detonação de uma bomba em uma estrada do Iraque em 2005, passou pelo procedimento no ano passado e diz que seu braço esquerdo protético agora se movimenta "muito mais rápido" e de maneira muito mais natural.

"A diferença é que agora não preciso mais pensar para mover o braço", ele diz. "Ele simplesmente se mexe".

Ainda assim, Acosta, de San Antonio, diz que "o processo foi bastante longo" e que os eletrodos precisam ser ajustados para receber os sinais à medida que os nervos crescem ou mudam de posição.

E embora elogiem o método, os especialistas afirmam que a ciência das próteses de braço ainda tem muito por avançar.

"Trata-se de uma parte crucial, mas ainda assim apenas uma parte, das muitas coisas que compreendem a função normal de um braço", disse Loeb, que escreveu um editorial que acompanha o artigo no Journal of the American Medical Association.

"No momento estamos a meio do caminho entre o braço de 'Dr. Fantástico', que fazia involuntariamente a saudação nazista, e o braço de Luke Skywalker em 'Guerra nas Estrelas', que funciona sem nenhum problema assim que é conectado. Creio que precisaremos ainda de muitos anos para conectar todas as peças necessárias a produzir um braço capaz de funcionar normalmente".
17:04
Anónimo disse...
A Espanha disse neste sábado que está preparando uma reclamação oficial contra a decisão da Venezuela de expulsar um membro do Parlamento Europeu que criticou o conselho eleitoral venezuelano.
Luis Herrero, membro do partido conservador espanhol PP, foi deportado na sexta-feira depois que o Conselho Nacional Eleitoral (CNE) o acusou de questionar a imparcialidade da instituição antes de um referendo que pode permitir ao presidente Hugo Chávez permanecer no cargo indefinidamente.

Herrero estava na Venezuela como observador do referendo. Ele acusou Chávez de ter "comportamentos típicos de um ditador" por pedir a contenção de manifestações da oposição.

O governo da Espanha convocou um encontro com o embaixador da Venezuela em Madri para expressar a desaprovação sobre a expulsão de Herrero, disse um representante do Ministério das Relações Exteriores espanhol.

As relações da Venezuela com a Espanha tiveram seu ponto crítico em 2007, quando Chávez ameaçou rever acordos diplomáticos e comerciais depois de ouvir um "cala a boca" do rei espanhol Juan Carlos durante uma cúpula.

A fenda foi oficialmente reparada em 2008, com uma visita oficial de Chávez à Espanha, onde ele cumprimentou o rei e discutiu acordos para investimento no setor petroquímico com o primeiro-ministro José Luis Rodriguez Zapatero.
17:06
Anónimo disse...
A polícia do Zimbábue anunciou neste sábado que acusa de traição Roy Bennett, dirigente do até agora opositor Movimento para a Mudança Democrática (MDC), detido na sexta-feira, em Harare, poucas horas antes da cerimônia de posse dos membros do novo gabinete.

"A Polícia nos informou que vão apresentar acusações de traição", disse à agência EFE o advogado de defesa de Bennett, Trust Maanda.

"Tentam relacionar Roy com o caso de Mike Hitschmann, que foi detido em 2006 em relação à descoberta de um carregamento de armas, apesar de que Hitschmann não tenha sido declarado culpado das acusações de traição apresentadas contra ele, mas de um crime menor de descumprimento de leis", disse Maanda.

O político opositor, designado por seu partido como vice-ministro de Agricultura no Governo de união nacional, esteve no exílio na vizinha África do Sul desde 2006 e retornou ao Zimbábue há duas semanas.

Segundo a Polícia, que deteve Bennett ontem no aeroporto de Harare quando pretendia ir à África do Sul para visitar sua família, as armas apreendidas em 2006 seriam utilizadas em um golpe de Estado para derrubar o presidente do Zimbábue, Robert Mugabe.

Depois da detenção, Bennet foi levado a Mutar, onde vários simpatizantes do MDC se concentraram em frente à delegacia na qual estava detido, diante do que a Polícia respondeu com tiros para o alto para dispersar os manifestantes.
17:07
Anónimo disse...
Austrália: 14 mil se candidatam a 'emprego dos sonhos'

A secretaria de Turismo de Queensland, na Austrália, informou que até esta segunda-feira já recebeu cerca de 14 mil inscrições para o "o melhor emprego do mundo". O Estado australiano promove pela internet seleção para vaga de "zelador" da ilha Hamilton, por seis meses com um salário de R$ 40 mil.

Muitos candidatos tiveram problemas durante a inscrição por conta dos acessos simultâneos ao site. A secretaria aconselha enviar os vídeos de 60s explicando porque deve ser escolhido em horários alternativos do dia, além de recomendar tamanho em torno de 40MB.

As inscrições começaram em 12 de janeiro e vão até o próximo dia 22 e podem ser feitas pelo site www.islandreefjob.com. O governo australiano escolherá 50 candidatos para a próxima fase da seleção, que terá votos do público para eleger um dos 11 finalistas.

A última fase terá entrevistas e desafios físicos, no próprio local de trabalho: as ilhas da Grande Barreira Coralina - o maior recife de coral do mundo. A secretaria de Turismo anunciará o vencedor no dia 6 de maio.
17:09
Anónimo disse...
Mercado elogia governo na crise, mas pede maior queda no juro

Peter Fussy
Direto de São Paulo

Desde as primeiras medidas anunciadas para combater os efeitos da crise, o governo brasileiro avisou que a estratégia não contemplaria um pacote. Seriam doses pontuais, de acordo com a necessidade da economia diante do agravamento das turbulências. Da primeira liberação dos depósitos compulsórios em setembro até a ampliação do seguro-desemprego na última quarta-feira, o governo passou por redução de impostos, ampliação de crédito e incentivos à exportação. Quase 150 dias após a primeira medida, o Terra conversou com líderes do setor público e privado, representantes dos trabalhadores, acadêmicos e com o próprio governo para saber quais destas ações foram mais eficazes, quais foram mais ineficientes e o que mais pode ser feito pelo Estado brasileiro contra a crise.

Os maiores elogios foram direcionados à atitude de reduzir o Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) para a indústria automobilística, anunciada em dezembro e que fez com que os emplacamentos de carros novos subissem 1,9% no primeiro mês do ano em relação a dezembro de 2008. Já as maiores críticas foram para a lentidão no corte da taxa básica de juro do País.

Para o presidente do conselho administrativo do Grupo Pão de Açúcar, Abílio Diniz, o Estado não é responsável pela crise e mesmo assim está agindo "com extrema serenidade e muito acerto". "O governo está atento, fazendo a sua parte. É preciso coragem de baixar firmemente a taxa de juros. É uma arma que temos a nosso favor, já que não há clima para inflação, nem possibilidade de danos para a macroeconomia", afirmou Diniz.

Na última reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), em janeiro, a taxa Selic foi reduzida em um ponto percentual, de 13,75% para 12,75% ao ano. Porém, o professor de economia da Universidade de Brasília (UnB) José Luiz Oreiro lembra que este corte representa uma redução de apenas 0,25 ponto percentual com relação à taxa de setembro do ano passado, quando a crise se agravou.

"Pouco antes da eclosão da crise, o Banco Central aumentou a taxa em 0,75 ponto. Foram cinco meses de demora para reduzir em termos líquidos apenas 0,25 ponto", afirmou o economista, que também sugeriu redução do intervalo de cerca de 90 dias entre as reuniões do Copom e o corte de pelo menos um 1 ponto percentual em cada reunião.

Mesmo com o corte de janeiro, a taxa de juros real continua sendo a maior do mundo, lembrou o secretário-geral da Força Sindical, João Carlos Gonçalves, o Juruna. "A redução da taxa de juro ainda é pequena, porque ela continua uma das mais altas do mundo. Falta ousadia para baixar os juros e ajudar o cidadão. A permanência da taxa de juro alta é negativa para o País em meio a crise", afirmou Juruna.

Embora aprove as ações do governo, o senador Aloízio Mercadante (PT-SP) também acredita que o patamar da Selic está muito alto. "Sempre fomos os primeiros a entrar em qualquer crise, o que não aconteceu agora. A taxa Selic ainda é muito alta, mas o governo têm tomado medidas acertadas, como o aumento do salário mínimo, mesmo com um cenário de crise. Isso ajuda a movimentar o consumo. O governo está se esforçando para manter os investimentos e o crescimento", disse.

Tributos
De acordo com o economista Fabio Pina, da Fecomercio-SP, as ações mais positivas estão relacionadas à redução de tributos para alguns segmentos, como a indústria automobilística, que recuperou parte da queda nas vendas em janeiro com a isenção do IPI para carros 1.0 l e o corte para demais motorizações. A medida vale até o final de março.

"Essas medidas não só reduziram o preço, mas anteciparam o consumo daqueles que iriam comprar no futuro, dando um prêmio por conta da insegurança. Mexe diretamente com o principal problema que é a confiança do consumidor", afirmou. Juruna destacou que um bom ritmo de vendas é garantia de emprego. "É importante porque cada emprego na montadora significa 19 na cadeia produtiva", comentou o representante da Força Sindical.

Também em dezembro, o governo decidiu cortar pela metade a alíquota do Imposto de Renda para contribuintes que ganham entre R$ 1.434 e R$ 2.150 mensais. "O salário aumentava e a tabela não se modificava. As pessoas ganhavam mais e pagavam mais impostos", apontou Juruna. Outra redução de tributos do governo foi com relação ao Imposto sobre Operações Financeiras (IOF), que caiu de 3% ao ano para 1,5%.

Crédito
Na segunda metade de 2008, o colapso de bancos nos Estados Unidos por conta da crise do subprime provocou uma forte restrição de crédito no mundo inteiro. Uma das primeiras medidas anticrise do governo teve como objetivo restabelecer a oferta, com mudanças no recolhimento dos depósitos compulsórios por parte dos bancos. Segundo o presidente do Banco Central, Henrique Meirelles, as diversas modificações liberaram US$ 99,2 bilhões aos bancos até o final de janeiro.

Além disso, o governo concedeu R$ 36 bilhões das reservas internacionais para empresas brasileiras com dívidas no exterior e uma medida provisória autorizou o Banco do Brasil e a Caixa Econômica Federal a comprar carteiras de crédito de bancos privados. Para o diretor do Departamento de Pesquisas e Estudos Econômicos da Fiesp, Paulo Francini, estas medidas foram essenciais para combater os efeitos da crise.

"A crise se desenvolve no mundo em torno do tema crédito. E o crédito reduziu-se barbaridade no mundo. Então o governo lança mão de compulsório, lança mão de reservas, de medidas que permitem aos bancos comprar carteiras de bancos. Você vai tomando várias medidas para atender às demandas e o epicentro disso é crédito", afirmou.

No entanto, Oreiro, da UnB, adverte que a liberação dos compulsórios seria mais eficiente acompanhada de redução mais agressiva da taxa básica de juro. "Uma parte do crédito voltou, depois da forte retração em outubro e novembro. O que deveria ter sido feito junto à liberação do compulsório era uma redução mais drástica da taxa de juro. Sem isso, os bancos pegam as reservas e acabam comprando títulos públicos", explicou o economista.

Na opinião de Pina, as ações de distribuição de crédito via redução do compulsório e a disposição de capital de giro para empresas foram tomadas sem um cuidado maior na operação e não tiveram muito efeito. "O BNDES tem linhas que ficam paradas quase todo o ano, agora é pior ainda. Existem os recursos, mas as empresas e os bancos estão desconfiados. É preciso fazer com que os bancos tenham interesse em emprestar", afirmou o economista da Fecomercio-SP.

Futuro
Mesmo com todas essas medidas, a crise financeira ainda gera incertezas nos setores produtivos do País. Nos últimos meses, o medo do desemprego fez os consumidores adiarem compras. Por sua vez, a queda nas vendas pode obrigar as indústrias a cortarem a produção e demitir funcionários. Contra isso, empresários sugerem redução de jornada e de salários.

"Isto está previsto em lei. A Fiesp simplesmente manteve conversações com entidades sindicais quanto à aplicação daquilo que já está previsto em lei", afirmou Francini.

Segundo a ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff, uma das medidas que assegura um nível de emprego é a manutenção de investimentos no Programa de Aceleração do Crescimento (PAC). "Estamos esperando que a dificuldade ocorra em janeiro, fevereiro e março. Estamos certos que vamos manter o nível de investimento. É isso que funciona, é isso que significa investimento público. Ele funciona como um colchão. Por isso, nós colocamos R$ 100 bilhões no BNDES e a Petrobras ampliou o seu investimento em R$ 120 bilhões", afirmou.

Na mesma linha, Pina explica que a antecipação de gastos do governo substitui parte da demanda retraída do setor privado. "Ele dá o seguinte recado: não vou estourar as contas públicas, mas concentrar em um momento em que a demanda privada está pequena. Mas o governo não tem fôlego suficiente para fazer o papel de toda demanda", ressaltou. O economista da Fecomercio lembrou que a entidade já pleiteou junto ao governo isenções para transferência de imóveis e de automóveis, além de retirar o IPVA para veículos novos.

Já Oreiro foca suas propostas na capitalização do Banco do Brasil e da Caixa Econômica Federal pelo Tesouro para atender a demanda de crédito para capital de giro e reduzir o spread. "Aumentando o empréstimo e reduzindo as taxas, os dois vão forçar os bancos privados a acompanhar o movimento, até para não perderem participação no mercado", explicou o economista da UnB.

Até o Carnaval, o governou prometeu detalhar um pacote de incentivos para a construção de até um milhão de casas populares, direcionado a famílias com renda de até dez salários mínimos. "Estamos atentos a tudo o que está acontecendo e novas medidas serão tomadas caso haja uma avaliação de que sejam necessárias", disse o ministro da Fazenda, Guido Mantega, na última sexta-feira.
17:11
Anónimo disse...
Ex-ministro critica extensão do seguro-desemprego

Atualizada às 09h03

O ex-ministro do Trabalho Almir Pazzianotto criticou a decisão do governo federal de conceder o seguro-desemprego estendido a apenas alguns setores. "É certamente odioso e provavelmente inconstitucional", disse Pazzianotto, de acordo com o jornal O Estado de S. Paulo.

Na última qurta, dia do anúncio da medida, centrais sindicais elogiaram a atitude do governo. A Força Sindical divulgou nota dizendo que "o aumento ajudará a aquecer parte da economia, já que irá gerar mais consumo, produção e conseqüentemente, a criação de novos postos de trabalho". A União Geral dos Trabalhadores (UGT) afirmou que a medida "contribuirá para minimizar o drama dos trabalhadores que perderem seu emprego por conta da crise".

O ex-ministro, que instituiu o seguro-desemprego no País no governo de José Sarney, destacou a necessidade de as centrais sindicais se manifestarem contra a determinação. Para ele, as mudanças devem ser aplicadas a todas as categorias profissionais e a distinção é contrária ao artigo 3º da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT).

Pazzianotto atribui a medida a um possível temor do governo de que a crise econômica seja longa e não haja dinheiro para atender a todas as necessidades. Ainda assim, ele se mostra contrário ao método de concessão. "O seguro-desemprego ajuda a sanar necessidades básicas. Estendê-lo é paliativo, não a solução", disse ao jornal.

De acordo com o presidente do Conselho Deliberativo do Fundo de Amparo ao Trabalhador (Codefat) e conselheiro da Força Sindical, Luiz Fernando Emediato, a determinação já estava prevista na lei 8.900/94, que trata do seguro-desemprego.

O presidente da Comissão de Trabalho da Câmara, Pedro Fernandes (PTB-MA) vai além na crítica à concessão do seguro para apenas alguns setores. Ele acredita que a ampliação do benefício estimula o desemprego.

Quintino Severo, secretário geral da Central Única dos Trabalhadores (CUT), lembra que a ampliação do benefício sem critério e identificação pode incentivar demissões em outros setores.
17:13
Anónimo disse...
Empresas
TAM faz promoção para destinos internacionais

A companhia aérea TAM anunciou nesta sexta-feira tarifas promocionais para trechos internacionais. Os preços valem para bilhetes comprados entre 6h deste sábado e 23h59 deste domingo e são válidos para classe econômica. As tarifas, para ida e volta, serão vendidas a partir de US$ 99, mais taxas.

Segundo a aérea, a promoção vale para viagens feitas no período de 14 de fevereiro a 18 de junho de 2009. Para destinos na América do Sul, a permanência mínima é de dois dias; para bilhetes com destino nos Estados Unidos, cinco dias; e Europa, sete dias. A permanência máxima para as passagens para América do Sul e EUA é de dois meses e para Europa, três meses.

Entre os exemplos de tarifas promocionais, a TAM oferece São Paulo-Lima por US$ 99. Bilhetes para a rota São Paulo-Santiago serão vendidos a partir de US$ 199 e São Paulo-Nova York, US$ 799.

A emissão dos bilhetes deve ser feita obrigatoriamente no ato da reserva, obedecendo às regras estipuladas pela companhia. A compra está sujeita à disponibilidade de assentos nas classes tarifárias determinadas, trechos, horários e datas. A TAM afirmou que também há tarifas promocionais para a classe executiva.

Mais informações podem ser encontradas no site promocional (www.ofertastam.com.br), no site da empresa (www.tam.com.br) ou pelos telefones 4002-5700 ou 0800 5705700.
17:13
Anónimo disse...
Empresas
Consultoria negocia compra do parque temático Hopi Hari

A consultoria especializada em reestruturação de empresas Íntegra Associados informou nesta sexta-feira ter um acordo para comprar o parque de diversões Hopi Hari, localizado no interior de São Paulo. A empresa estaria disposta a investir R$ 10 milhões no parque, que tem dívida estimada em R$ 800 milhões. As informações são da edição deste sábado do jornal Folha de S. Paulo.

De acordo com o jornal, a transação ainda depende da negociação entre o Hopi Hari e seus credores, o que já estaria em andamento.

A consultoria paulista já atuou junto à Parmalat, durante 30 meses, quando reorganizou a gestão da empresa italiana.

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17:14
Anónimo disse...
Empresas
Disney de Tóquio contratará mais 2 mil apesar da crise


A Oriental Land, o operador da Disneylândia Tóquio e DisneySea, organizou neste domingo entrevistas para contratar cerca de 2 mil trabalhadores em tempo parcial, em um momento de grandes demissões deste tipo de empregados no Japão.

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O operador deste parque temático, situado em Urayasu, na província de Chiba (leste de Tóquio), está em pleno processo de seleção de empregados para 20 tipos de postos trabalhistas diferentes.

Segundo a companhia, citada pela agência local de notícias Kyodo, o parque contratará novos trabalhadores para as atrações, para os restaurantes e guardas de segurança entre outros. Os novos contratados começarão a trabalhar a partir de fevereiro.

O processo de seleção acontece em um momento em que a maioria das grandes companhias japonesas começaram a se ver obrigadas a despedir uma elevada percentagem de seus trabalhadores temporários e a tempo parcial.

Algumas inclusive anunciaram demissões de seus trabalhadores fixos, uma medida muito pouco comum nas companhias japonesas, perante os efeitos piores que o esperado pela crise econômica global.

Cerca de uma centena de pessoas esperavam desde a primeira hora desta manhã a abertura do centro de conferências Tokyo International Forum, onde as entrevistas estão sendo feitas, para ser os primeiros a solicitar os postos de trabalho.


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17:15
Anónimo disse...
Economia Internacional
Senado dos EUA aprova plano de estímulo à economia

O Senado dos Estados Unidos aprovou com 60 votos a favor e 38 contra o plano de estímulo à economia de US$ 787 bilhões na madrugada deste sábado. Agora, ele segue para sanção ou veto do presidente Barack Obama, que espera colocar a lei em prática até o dia 16 de fevereiro.

O plano prevê a criação de três milhões de empregos, inclui cortes de impostos às famílias, fundos para programas sociais e obras públicas, além de ajuda aos governos estaduais, estudantes e desempregados.

A cláusula Buy American - que exige o uso de ferro, aço e produtos manufaturados dos Estados Unidos em obras realizadas com recursos do pacote - ficou de lado. Segundo o texto definitivo, a cláusula será aplicada sem violar as normas do comércio internacional.

Ontem à tarde, a Câmara de Representantes (deputados) havia aprovado, por 246 votos a favor e 183 contra, a versão final do plano. Todos os republicanos foram contrários ao pacote.

Pelo acordo de quarta-feira entre Câmara e Senado, em vez de custar US$ 819 bilhões, como queriam os deputados, ou US$ 838 bilhões como pretendiam os senadores, o pacote ficou em cerca de US$ 787 bilhões, com 65% desse total destinado a gastos do governo federal e 35%, a créditos tributários.
17:16
Anónimo disse...
Economia nacional
Na era Lula, aposentadoria sobe 54% menos que salário mínimo

Thatiane Faria
Especial para o Terra
Direto de São Paulo

Os índices de reajustes concedidos pelo governo em 2009 para aposentados e pensionistas e para o salário mínimo repetiram uma diferença que, só durante o governo de Luiz Inácio Lula da Silva, já chega a 54%. Enquanto o mínimo foi majorado em 12% este ano, as pensões e aposentadorias tiveram aumento de 5,92%. Aposentados que têm o benefício do governo como única fonte de renda reclamam que perdem poder de compra e que sua cesta de compras é composta por itens que aumentam mais em relação à inflação oficial.

Um exemplo prático pode ser entendido a partir da comparação entre um aposentado que ganhava R$ 600 em janeiro de 2003. Na época, o benefício era três vezes, ou 200%, maior que o valor do mínimo em vigência, que era de R$ 200. Aplicando-se os índices de reajuste para aposentadorias e para o mínimo durante os últimos seis anos, o mesmo aposentado estaria recebendo hoje R$ 938,47, comparado a um salário mínimo de R$ 465. A diferença entre os dois valores caiu para pouco mais de 100%.

Enquanto o índice acumulado de reajuste para a aposentadoria durante o governo Lula foi de 60%, para o salário mínimo está em 132%.

O diretor do Sindicato Nacional dos Aposentados, João Inocentini, reclama que os valores dos benefícios para aposentadorias não mantêm o poder de compra do grupo, principalmente dos aposentados que recebem menos que dez salários mínimos.

Nem mesmo o fato de o índice de reajuste das aposentadorias ter ficado acima da inflação acumulada no mesmo período (o IPCA entre janeiro de 2003 e janeiro de 2009 foi de 39,7%) serve de argumento, segundo os aposentados.

"Os idosos, principalmente, têm gastos além das contas gerais como gás, telefone e aluguel. Para eles o custo com remédios, e outros itens da área saúde costuma ser maior", afirmou Inocentini.

O presidente do sindicato afirmou que o grupo realiza um estudo com 100 itens de necessidade de um idoso para comparar o aumento dos produtos com o índice de reajuste do benefício recebido pelos aposentados.

"Daqui dois meses vamos abrir um processo na Justiça e levar essa pesquisa como prova. Segundo a lei, o governo é obrigado a manter o poder de compra com a aposentadoria", disse Inocentini.

Alternativas
O consultor financeiro Cláudio Boriola diz que os aposentados, especialmente nesse momento de crise econômica, devem evitar compras parceladas, pesquisar preços, negociar e fazer bom planejamento financeiro.

Segundo Boriola, alguns aposentados ganham um valor mensal muitas vezes insuficiente para o pagamento das contas e acabam pedindo crédito ou realizando pagamentos a prazo e são obrigados a pagar juros altos.

Na opinião do consultor, pagar uma previdência privada é uma alternativa indicada para quem ainda trabalha, considerando a característica de perda de poder de compra da aposentadoria.

"Na prática, infelizmente os valores encontram-se em um patamar que está deteriorando o poder de aquisição da população brasileira", completou Boriola.

De acordo com o diretor da Confederação Brasileira de Aposentados e Pensionistas (Cobap), Vicente Fernandes Barbosa, representantes dos aposentados tentarão um encontro com o presidente da Câmara, deputado Michel Temer (PMDB-SP), para discutir projetos que minimizem a perda dos aposentados
17:17
Anónimo disse...
Previdência
Previdência prorroga isenção de tarifas no benefício

O atual sistema de pagamento aos 26 milhões de aposentados e pensionistas do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) será mantido até o final deste ano. O acordo, que permite realizar a operação sem nenhum custo aos beneficiários, foi renovado nesta sexta-feira, entre o governo federal e 21 instituições financeiras.

Por meio desse acordo, vigente desde setembro de 2007, nem os segurados, nem os bancos e nem o governo arcam com o pagamento de tarifas, conforme explicou o ministro da Previdência Social, José Pimentel. A prorrogação vale até dezembro, data máxima para que a Previdência defina as regras para um novo contrato.

Ao assinar o termo de renovação, na sede da Federação Brasileira dos Bancos (Febraban), o ministro disse que a intenção do governo é mudar o atual modelo de gestão visando a reduzir os custos dessas operações em torno da folha mensal, que atinge R$ 15,8 bilhões. No entanto, qualquer alteração, conforme explicou, passará antes por audiências públicas a serem realizadas a partir do segundo semestre deste ano, atendendo a determinação do Tribunal de Contas da União (TCU).

De acordo com Pimentel, com um redesenho do mecanismo de repasse dos recursos aos bancos em torno da folha de pagamento dos segurados o que se busca é um aumento da participação de instituições financeiras. Ele informou que, desde 2007, cada benefício custa em média R$ 1,07 ao governo. "Quanto mais instituições financeiras estiverem prestando serviços à sociedade, maior é a competitividade, a agilidade no atendimento", justificou.

O ministro observou, ainda, que, para permitir uma redução para algo em torno de meia hora no tempo de atendimento para a concessão dos direitos previdenciários, o governo investiu R$ 280 milhões.

Questionado sobre o descontentamento dos segurados que ganham acima de um salário mínimo terem obtido apenas a correção com base na variação do Índice de Preços ao Consumidor (INPC) , ficando abaixo do reajuste dado a quem recebe apenas o mínimo, Pimentel argumentou que o governo seguiu o que determina a lei e descartou a possibilidade de uma revisão
17:17
Anónimo disse...
Empresas
Caterpillar oferece aposentadoria antecipada a 2 mil


A companhia americana Caterpillar ofereceu a cerca de dois mil funcionários incentivos para que se aposentem de forma voluntária antes do previsto, pela perspectiva de uma queda "significativa" da atividade industrial, informou nesta quarta-feira a empresa.

A iniciativa, destinada aos trabalhadores de diversas fábricas em Illinois, Colorado, Tennessee e Pensilvânia, se soma aos cortes de empregos anunciados em janeiro, explicou em comunicado de imprensa.

A empresa, a maior fabricante mundial de maquinaria pesada para a construção e a mineração, acrescentou que, "em função das condições de negócio, podem ser necessárias mais reduções de elenco voluntárias e involuntárias à medida que o ano avança".

O vice-presidente da companhia, Sid Banwart, explicou que a empresa prevê "demissões significativas em todas as regiões geográficas e na maioria dos setores devido às dificuldades da economia mundial".
17:18
Anónimo disse...
Comércio
Comércio exterior da OCDE caiu no 3º trimestre de 2008


As exportações e as importações dos países da Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Econômico (OCDE) caíram 1,6% e 0,2%, respectivamente, no terceiro trimestre de 2008, em relação aos três meses anteriores.

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Trata-se da primeira queda destas atividades desde o terceiro trimestre de 2006, segundo o último relatório trimestral sobre fluxos comerciais divulgado pela OCDE.

As exportações e as importações em dólares dos 30 Estados-membros caíram 15,6% e 17%, respectivamente, na comparação anualizada.

Por sua vez, o comércio dos sete países mais ricos do mundo (G7) teve um pequeno crescimento no terceiro trimestre de 2008 com uma queda das exportações de mercadorias de 0,2% em relação ao trimestre anterior e um aumento de 0,4% das importações.

Em termos anualizados, as importações do G7 caíram 1,4% entre julho e setembro do ano passado, seu primeiro retrocesso desde o terceiro trimestre de 2006, enquanto as exportações aumentaram 1,9%, seu crescimento mais baixo no mesmo tempo.

Por países, a Alemanha aumentou suas importações em 3,4% - valor mais alto do G7 -, enquanto suas exportações caíram 2,9% do segundo para o terceiro trimestre de 2008.

Pelo contrário, as exportações americanas aumentaram 1,8% entre julho e setembro de 2008, enquanto as importações caíram 0,7% em relação ao trimestre anterior. No Japão, tanto as importações quanto as exportações caíram em torno de 1% no mesmo período.
17:19
Anónimo disse...
Economia Nacional
Lula: juros de crédito consignado a aposentados são altos

Atualizada às 17h29

O presidente Luis Inácio Lula da Silva afirmou nesta terça-feira, em São Paulo, que está lutando para reduzir as taxas de juros cobradas de aposentados em crédito consignado. A Previdência Social estabelece uma taxa máxima de 2,5% para empréstimo e de 3,5% para cartão. Para Lula, os valores são altos.

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"Acho que o juro que os aposentados estão pagando hoje com o crédito consignado é alto para o padrão brasileiro", disse o presidente durante a cerimônia de comemoração dos 86 anos do INSS.

A Previdência anunciou nesta terça-feira que aposentados e trabalhadoras com licença-maternidade poderão receber seus benefícios em 30 minutos. De acordo com Lula, em junho, a aposentadoria do trabalhador rural também será conseguida em meia hora.

Além disso, o presidente anunciou que, também em junho, os trabalhadores que alcançarem o direito à aposentadoria passarão a receber em suas casas um comunicado da Previdência informando o fato e o valor do salário que têm direito a receber. "É um comprometimento público que estou fazendo com os companheiros da Previdência Social", disse.

"Estamos retribuindo ao contribuinte da Previdência Social aquilo que é a cidadania que ele tem direito", afirmou Lula. "Se para cobrar nós somos tão precisos, para devolver o dinheiro, temos que chegar próximo à perfeição", completou.
17:20
Anónimo disse...
Economia Nacional
Salário maternidade sairá em 30 minutos, diz ministro

Toda trabalhadora autônoma que tiver contribuído pelo menos 10 meses com o Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) - ou as que possuírem carteira assinada - poderão receber em 30 minutos o salário maternidade a partir desta terça-feira. Da mesma forma, as mulheres com 30 anos de contribuição e os homens com 35 anos também terão direito ao benefício de forma mais rápida. A informação é do ministro da Previdência Social, José Pimentel.

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Para requerer o salário maternidade, é preciso que as autônomas levem a carteira de identidade e o carnê de contribuição. As demais trabalhadoras devem apresentar a identificação e a carteira de trabalho. Desde o início do mês, a nova forma de análise para a concessão de benefícios foi adotada para a aposentadoria por idade do trabalhador urbano e agora foi estendida para o salário maternidade e por tempo de contribuição.

O ministro disse que a qualificação do serviço da previdência social é o reconhecimento do direito dos trabalhadores e da afirmação da cidadania.

"Até pouco tempo na cabeça do cidadão o serviço devia ser de péssima qualidade. Agora não, nós modificamos toda a legislação no mês de dezembro numa ação conjunta do Congresso Nacional com o governo federal. Estamos implantando e concedendo os benefícios em até 30 minutos", afirmou.

O ministro destacou que para conseguir se aposentar ou ter acesso à licença maternidade em 30 minutos, em primeiro lugar, é necessário que o cidadão esteja vinculado à Previdência, o que inclui 65% da população acima de 16 anos de idade.

"Depois bastar marcar pelo sistema 135 o dia e a hora do atendimento e levar a documentação. Se todos os dados necessários estiverem corretos o contribuinte será atendido em até 30 minutos, como vem sendo feito com as aposentadorias por idade desde o dia cinco de janeiro", explicou.

Pimentel disse ainda que em 90% das agências da previdência social o atendimento é marcado em até 48 horas. Nos grandes centros, entretanto existe um volume maior o que torna mais lento o processo.

"Estamos criando mais 715 agências até 2010, em todo o território nacional, para descentralizar o atendimento. Em 2008, atendemos 295 mil benefícios e aposentadorias por idade. Temos 4 mil pessoas por dia procurando e se aposentando por idade no território nacional. Este serviço será agilizado", concluiu.
17:21
Anónimo disse...
Giuseppe Englaro, pai de Eluana, a italiana que morreu na segunda-feira passada por desidratação, recusou uma grande soma de dinheiro de um conhecido fotógrafo italiano que queria retratar a filha em estado de coma, disse neste sábado o neurologista que atendia a mulher desde 1996, Carlo Defanti.

O neurologista, que participou hoje de uma conferência sobre eutanásia, disse que Englaro respeitou a vontade da filha, que, antes do acidente, tinha pedido que, se lhe ocorresse qualquer coisa irreversível, apresentasse sua imagem de quando estava em boas condições.

Antes de sofrer o acidente de trânsito, em 1992, Eluana viveu o coma de um amigo, Alessandro, o que causou forte impacto na italiana e a levou a fazer o pai prometer que não a deixasse viver em estado vegetativo, disse o próprio Giuseppe Englaro.

Defanti, que dissera que Eluana poderia viver de dez a 12 dias depois da suspensão da alimentação e da hidratação, disse que, como médico, tinha que reprovar esta afirmação.

"Não se pode sobreviver após três ou quatro dias sem líquido e, em particular, água em um corpo. Sabemos bem que, quando há um terremoto, após quatro dias é difícil encontrar sobreviventes".

Defanti ressaltou que Eluana "não falava, não se comunicava com o exterior" e que, após vários exames, "nos deparamos com uma moça que tinha perdido a consciência", porque estava com o córtex cerebral prejudicado.

Eluana foi enterrada na quinta-feira passada no túmulo da família na localidade de Paluzza, em Udine, após um funeral que não contou com a presença dos pais.

16:53
Anónimo disse...
Os bombeiros combatem neste sábado os incêndios na Austrália favorecidos pelo bom tempo, enquanto os deslocados encotram em seu retorno casas derruídas, carros queimados nas ruas e destruição.

Depois de sete dias desde que começaram os incêndios no Estado de Victoria, a lista de mortos chega a 181, os desaparecidos somam 50, os edifícios destruídos totalizam 1,834 mil e o terreno arrasado, principalmente florestas, ocupa uma área de 4,13 mil quilômetros quadrados.

As equipes de bombeiros, formadas por 4 mil profissionais de Victoria, de outras partes da Austrália e de países amigos, combateram hoje 12 focos fora de controle e nenhum representava uma ameaça direta para a população.

O subdiretor do Serviço de Bombeiros, Geoff Conway, disse que este tempo favorável, que se prolongará durante o domingo, permite consolidar as linhas de contenção e avançar na extinção das chamas.

Cinzas apareceram arrastadas por ventos do nordeste sobre Melbourne, onde habitam 3,8 milhões de pessoas, e as autoridades alertaram aos cidadãos do risco para a saúde de idosos, crianças e pessoas com problemas respiratórios.

O número de pessoas deslocadas - a Cruz Vermelha chegou a receber 7 mil - começou a cair com a abertura de algumas localidades atingidas.

Os incêndios, alguns criminosos, começaram em 7 de fevereiro, quando a região sul da Austrália estava há duas semanas sob uma onda de calor sem precedentes.

Na sexta-feira passada, a polícia acusou uma pessoa de ter provocado o incêndio que atingiu a localidade de Churchill e matou 21 pessoas.

16:55
Anónimo disse...
A primeira chuva em seis dias reduziu a ameaça de incêndios no Estado de Victoria, ao sul da Austrália. As autoridades, porém, advertiram que ainda existem 12 focos, mas que nenhum deles ameaça áreas povoadas.

Mais de quatro mil bombeiros, mil provenientes de outras partes do país e de outras nações, trabalham contra o fogo. Cerca de 600 veículos e 28 helicópteros e pequenos aviões estão sendo usados.


Eles conseguiram construir linhas de contenção para evitar os incêndios de Yarra e Maroondah se juntassem. Também foram controlados os incêndios abertos de Yea e Murrindindi, que ameaçavam as comunidades de Connellys Creek, Crystal Creek, Scrubby Creek e Native Dog Creek.

O número de mortos chegou a 181, mas as autoridades acreditam que as vítimas devem passar de 200, já que ainda há muitos desaparecidos.

16:55
Anónimo disse...
Aqui nesta coluna, na semana passada, tive a oportunidade de comentar sobre a recente visita do professor brasileiro Pedrinho Guareschi à Austrália. Não dei, porém, os fatos, pois semana passada o assunto era outro.

Hoje, porém, vamos a eles.

No último dia 4 de fevereiro, aconteceu o Seminário "Paulo Freire: Education and Liberation", organizado pelo centro de estudos latino-americanos da Universidade Nacional da Austrália, ou ANU, como é mais conhecida por aqui.

A ANU, para quem não sabe, está entre as 20 melhores universidades do mundo! E tem sede aqui em Camberra, capital da Austrália.

Na abertura do evento, o professor John Minns, diretor do centro latino-americano, ao dar boas-vindas ao público presente, lembrou ser aquele o primeiro seminário exclusivamente dedicado a Paulo Freire na Austrália.

Em seguida, convidou Pedrinho Guareschi, palestrante principal do Seminário, a fazer sua apresentação.

A plateia pode então conhecer, pelas palavras de Pedrinho, um pouco da obra e da vida de Freire, esse brasileiro de fé e valor, que sempre acreditou na educação, sobretudo dos menos favorecidos, analfabetos, como força libertadora.

Como não podia deixar de ser, os conceitos e ideias revolucionários de Paulo Freire, expostos com clareza por Pedrinho, despertaram o interesse e a curiosidade de plateia. A qual, deve-se notar, era na maioria de estudantes, mas de várias nacionalidades, sobretudo australianos e asiáticos.

Na continuação do programa do seminário, que se estendeu por dois dias, outros professores fizeram palestras sobre temas ligados à obra de Paulo Freire.

Interessante, por exemplo, saber que a professora Anne Hickling-Hudson, jamaicana que mora na Austrália há muitos anos (é professora da ANU), conheceu e trabalhou com Freire num workshop educacional durante a revolução na Ilha de Granada, em 1980, antes da invasão dos Estados Unidos...

Ou, então, a palestra da Professora Gerda Roelvink, da Nova Zelândia, que participou do Fórum Social de Porto Alegre em 2005. E essa participação transformou-se em tema de doutorado.

No dia 10, terça-feira passada, o padre Pedrinho Guareschi voltou a falar ao público australiano em grande auditório localizado no belíssimo campus da ANU. Desta vez, sobre a Teologia da Libertação.

Depois da palestra, John Minns mostrou o filme mexicano "O Crime do Padre Amaro", no qual um dos personagens é um padre católico praticante da Teologia da Libertação.

Mais uma vez, foi grande o intersse da platéia, que pode aprender e conhecer um pouco como se desenvolveu aquele importante movimento católico na América Latina.

Fica, assim, ao Pedrinho, bem como a outros brasileiros estudiosos e de bom coração que saem pelo mundo a divulgar aspectos importantes da cultura brasileira, o respeito e a homenagem desta coluna. E... aquele abraço!

16:57
Anónimo disse...
Amanda Kitts perdeu o braço esquerdo em um acidente de automóvel acontecido três anos atrás, mas hoje em dia ela joga futebol americano com seu filho de 12 anos de idade, troca fraldas e abraça as crianças nas três creches Kiddie Cottage que opera em Knoxville, Tennessee. Kitts, 40 anos, faz tudo isso com a ajuda de um novo tipo de braço artificial que se movimenta com mais facilidade do que outros aparelhos e que ela pode controlar utilizando apenas seus pensamentos.

"Eu sou capaz de mexer a mão, o pulso e o cotovelo ao mesmo tempo", diz. "Você pensa e os músculos se movem em seguida".

A recuperação que ela conseguiu resulta de um novo procedimento que vem atraindo crescente atenção porque permite que pessoas movam braços protéticos de forma mais automática do que faziam no passado, simplesmente utilizando nervos reaproveitados em seus cérebros.

A técnica, conhecida como "renervação muscular dirigida", envolve utilizar os nervos que restam depois da amputação de um braço e conectá-los a outro músculo do corpo, em geral no peito. Eletrodos são instalados sobre os músculos do peito, e operam como se fossem antenas. Quando a pessoa deseja mover o braço, o cérebro envia sinais que primeiro resultam em contração dos músculos do peito, os quais enviam um sinal ao braço protético, instruindo-se a se movimentar. O processo não requer mais esforços consciente do que a pessoa teria de exercitar caso ainda tivesse seu braço natural.

Na terça-feira, pesquisadores reportaram em estudo publicado pela versão online do Journal of the American Medical Association que haviam levado a técnica ainda mais à frente, tornando possível a execução de 10 movimentos de mão, pulso e cotovelo diferentes, o que representa uma substancial melhora com relação ao típico repertório protético, que em geral envolve apenas dobrar o cotovelo, girar o pulso e abrir a mão.

"Os novos métodos tiveram impacto dramático em nosso campo de trabalho", disse Stuart Harshbarger, engenheiro biomédico na Universidade Johns Hopkins e diretor do programa de pesquisa sobre próteses, financiado pelas forças armadas, que inclui o trabalho com essa técnica. "O método já está em uso por médicos e cirurgiões comuns em todo o país. A capacidade de controlar um membro protético bastante robusto que ele confere surpreendeu a todos pela qualidade".

Tipicamente, uma pessoa que tenha um braço protético só é capaz de executar alguns poucos movimentos, e muitas vezes com tamanha lentidão que isso só permite a ela atividades limitadas.

Há um motor separado para cada movimento, diz Gerald Loeb, professor de engenharia biomédica na Universidade do Sul da Califórnia, "e esses motores precisam ser controlados de maneira explícita", usualmente por um esforço consciente da pessoa para contrair músculos nas costas ou no bíceps.

"Essencialmente, até agora os pacientes controlavam apenas um motor de cada vez", diz Loeb, "e precisavam pensar cuidadosamente sobre que motor desejavam controlar e como fazê-lo operar, em lugar de simplesmente pensarem em mover o braço e poderem fazê-lo sem delongas".

Antes que Kitts passasse pelo procedimento de renervação, em outubro de 2007, por exemplo, ela precisava movimentar os músculos de suas costas de determinada maneira para fazer com que seu pulso girasse, e flexionar seu bíceps e tríceps para fazer com que o cotovelo se movesse para cima e para baixo. "Era muito trabalho", ela conta. "E não me ajudava muito".

O procedimento de renervação é parte de uma recente explosão de idéias novas e técnicas inovadoras que estão sendo exploradas enquanto os cientistas se esforçam por ajudar as pessoas a compensar melhor a perda de membros ou problemas de paralisia. O esforço vem sendo alimentado pelo aumento no número de amputações causado por diabetes e por ferimentos sofridos pelos militares, e ao mesmo tempo pelos avanços na tecnologia médica.

Os braços se tornaram um dos focos essenciais desse tipo de trabalho. A ciência há muito vem obtendo sucessos no desenvolvimento de próteses de perna, mas é muito mais difícil imitar a complexidade e a destreza das mãos e dos braços.

Os esforços em curso incluem o desenvolvimento de projetos de pele e braços mais sensíveis e mais flexíveis, e o uso de dispositivos acionados por controles sem fio implantado nos braços protéticos, que permitiriam movimentos mais naturais.

Os pesquisadores também vêm usando sensores implantados nos cérebros de cobaias para permitir que dois macacos controlem um braço mecânico, e um teste com um homem paralítico permitiu, com esse método, que ele movimentasse um cursor em uma tela de computador.

Alguns desses métodos, caso venham a ser aperfeiçoados plenamente e consigam aprovação das autoridades regulatórias da saúde, podem no futuro se tornar mais viáveis para os pacientes de amputações.

E embora a técnica da renervação não requeira aprovação das autoridades regulatórias porque é executada por meios cirúrgicos e emprega aparelhos já existentes, ela apresenta limitações que até mesmo seus criadores reconhecem, entre as quais o fato de que não se pode utilizá-la para todos os pacientes, o seu alto custo e o prazo de meses requerido para que os nervos reconectados cresçam e se tornem efetivos.

Ainda assim, os especialistas dizem que é o mais avançado sistema em uso hoje para pacientes reais que permite que o sistema nervoso controle diretamente o movimento de um braço artificial.

Desde sua introdução por Todd Kuiken, médico fisioterapeuta e engenheiro biomédico do Instituto de Reabilitação de Chicago, o método foi empregado em cerca de 30 pacientes nos Estados Unidos, Canadá e Europa, entre os quais oito soldados feridos no Iraque e no Afeganistão.

Muitos dos pacientes, entre os quais o primeiro, Jesse Sullivan, um operário do setor elétrico no Tennessee que perdeu os dois braços quando foi eletrocutado por um cabo, conseguem não apenas manipular seus braços protéticos mas sentir a presença das mãos que já não têm quando alguém toca em seus peitos.

Sullivan, 62 anos, e Kitts, estavam entre os cinco pacientes que participaram do estudo reportado na terça-feira. Em companhia de cinco outras pessoas que não passaram por amputações, eles receberam os eletrodos e foram instruídos a usar pensamentos para fazer com que um braço virtual na tela reproduzisse 10 movimentos diferentes, entre os quais três formas diferentes de aperto de mão.

Os pacientes apresentaram desempenho bastante respeitável, apenas um pouco mais lento e menos preciso do que os dos participantes que não tinham amputações.

"As velocidades de movimento que encontramos em nossos pacientes foram realmente encorajadoras", disse Kuiken. "Eles conseguiram completar a tarefa. É claro que não foram tão competentes quanto as pessoas dotadas de plena capacidade física, mas foram bons o bastante".

Um braço virtual foi usado porque a maioria das próteses existentes não era capaz de acomodar todos aqueles movimentos, no momento da pesquisa, ainda que Sullivan, Kitts e uma terceira paciente, Claudia Mitchell, tenham experimentado dois novos protótipos mais versáteis de braços artificiais, executando tarefas complexas com bolas de tênis e outros objetos.

O trabalho de renervação em soldados apresenta outros desafios, diz Kuiken, porque os ferimentos militares muitas vezes "causam danos muitos extensos" a nervos, músculos ou ossos.

Daniel Acosta, 25 anos, um aviador ferido pela detonação de uma bomba em uma estrada do Iraque em 2005, passou pelo procedimento no ano passado e diz que seu braço esquerdo protético agora se movimenta "muito mais rápido" e de maneira muito mais natural.

"A diferença é que agora não preciso mais pensar para mover o braço", ele diz. "Ele simplesmente se mexe".

Ainda assim, Acosta, de San Antonio, diz que "o processo foi bastante longo" e que os eletrodos precisam ser ajustados para receber os sinais à medida que os nervos crescem ou mudam de posição.

E embora elogiem o método, os especialistas afirmam que a ciência das próteses de braço ainda tem muito por avançar.

"Trata-se de uma parte crucial, mas ainda assim apenas uma parte, das muitas coisas que compreendem a função normal de um braço", disse Loeb, que escreveu um editorial que acompanha o artigo no Journal of the American Medical Association.

"No momento estamos a meio do caminho entre o braço de 'Dr. Fantástico', que fazia involuntariamente a saudação nazista, e o braço de Luke Skywalker em 'Guerra nas Estrelas', que funciona sem nenhum problema assim que é conectado. Creio que precisaremos ainda de muitos anos para conectar todas as peças necessárias a produzir um braço capaz de funcionar normalmente".

17:04
Anónimo disse...
A Espanha disse neste sábado que está preparando uma reclamação oficial contra a decisão da Venezuela de expulsar um membro do Parlamento Europeu que criticou o conselho eleitoral venezuelano.
Luis Herrero, membro do partido conservador espanhol PP, foi deportado na sexta-feira depois que o Conselho Nacional Eleitoral (CNE) o acusou de questionar a imparcialidade da instituição antes de um referendo que pode permitir ao presidente Hugo Chávez permanecer no cargo indefinidamente.

Herrero estava na Venezuela como observador do referendo. Ele acusou Chávez de ter "comportamentos típicos de um ditador" por pedir a contenção de manifestações da oposição.

O governo da Espanha convocou um encontro com o embaixador da Venezuela em Madri para expressar a desaprovação sobre a expulsão de Herrero, disse um representante do Ministério das Relações Exteriores espanhol.

As relações da Venezuela com a Espanha tiveram seu ponto crítico em 2007, quando Chávez ameaçou rever acordos diplomáticos e comerciais depois de ouvir um "cala a boca" do rei espanhol Juan Carlos durante uma cúpula.

A fenda foi oficialmente reparada em 2008, com uma visita oficial de Chávez à Espanha, onde ele cumprimentou o rei e discutiu acordos para investimento no setor petroquímico com o primeiro-ministro José Luis Rodriguez Zapatero.

17:06
Anónimo disse...
A polícia do Zimbábue anunciou neste sábado que acusa de traição Roy Bennett, dirigente do até agora opositor Movimento para a Mudança Democrática (MDC), detido na sexta-feira, em Harare, poucas horas antes da cerimônia de posse dos membros do novo gabinete.

"A Polícia nos informou que vão apresentar acusações de traição", disse à agência EFE o advogado de defesa de Bennett, Trust Maanda.

"Tentam relacionar Roy com o caso de Mike Hitschmann, que foi detido em 2006 em relação à descoberta de um carregamento de armas, apesar de que Hitschmann não tenha sido declarado culpado das acusações de traição apresentadas contra ele, mas de um crime menor de descumprimento de leis", disse Maanda.

O político opositor, designado por seu partido como vice-ministro de Agricultura no Governo de união nacional, esteve no exílio na vizinha África do Sul desde 2006 e retornou ao Zimbábue há duas semanas.

Segundo a Polícia, que deteve Bennett ontem no aeroporto de Harare quando pretendia ir à África do Sul para visitar sua família, as armas apreendidas em 2006 seriam utilizadas em um golpe de Estado para derrubar o presidente do Zimbábue, Robert Mugabe.

Depois da detenção, Bennet foi levado a Mutar, onde vários simpatizantes do MDC se concentraram em frente à delegacia na qual estava detido, diante do que a Polícia respondeu com tiros para o alto para dispersar os manifestantes.

17:07
Anónimo disse...
Austrália: 14 mil se candidatam a 'emprego dos sonhos'

A secretaria de Turismo de Queensland, na Austrália, informou que até esta segunda-feira já recebeu cerca de 14 mil inscrições para o "o melhor emprego do mundo". O Estado australiano promove pela internet seleção para vaga de "zelador" da ilha Hamilton, por seis meses com um salário de R$ 40 mil.

Muitos candidatos tiveram problemas durante a inscrição por conta dos acessos simultâneos ao site. A secretaria aconselha enviar os vídeos de 60s explicando porque deve ser escolhido em horários alternativos do dia, além de recomendar tamanho em torno de 40MB.

As inscrições começaram em 12 de janeiro e vão até o próximo dia 22 e podem ser feitas pelo site www.islandreefjob.com. O governo australiano escolherá 50 candidatos para a próxima fase da seleção, que terá votos do público para eleger um dos 11 finalistas.

A última fase terá entrevistas e desafios físicos, no próprio local de trabalho: as ilhas da Grande Barreira Coralina - o maior recife de coral do mundo. A secretaria de Turismo anunciará o vencedor no dia 6 de maio.

17:09
Anónimo disse...
Mercado elogia governo na crise, mas pede maior queda no juro

Peter Fussy
Direto de São Paulo

Desde as primeiras medidas anunciadas para combater os efeitos da crise, o governo brasileiro avisou que a estratégia não contemplaria um pacote. Seriam doses pontuais, de acordo com a necessidade da economia diante do agravamento das turbulências. Da primeira liberação dos depósitos compulsórios em setembro até a ampliação do seguro-desemprego na última quarta-feira, o governo passou por redução de impostos, ampliação de crédito e incentivos à exportação. Quase 150 dias após a primeira medida, o Terra conversou com líderes do setor público e privado, representantes dos trabalhadores, acadêmicos e com o próprio governo para saber quais destas ações foram mais eficazes, quais foram mais ineficientes e o que mais pode ser feito pelo Estado brasileiro contra a crise.

Os maiores elogios foram direcionados à atitude de reduzir o Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) para a indústria automobilística, anunciada em dezembro e que fez com que os emplacamentos de carros novos subissem 1,9% no primeiro mês do ano em relação a dezembro de 2008. Já as maiores críticas foram para a lentidão no corte da taxa básica de juro do País.

Para o presidente do conselho administrativo do Grupo Pão de Açúcar, Abílio Diniz, o Estado não é responsável pela crise e mesmo assim está agindo "com extrema serenidade e muito acerto". "O governo está atento, fazendo a sua parte. É preciso coragem de baixar firmemente a taxa de juros. É uma arma que temos a nosso favor, já que não há clima para inflação, nem possibilidade de danos para a macroeconomia", afirmou Diniz.

Na última reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), em janeiro, a taxa Selic foi reduzida em um ponto percentual, de 13,75% para 12,75% ao ano. Porém, o professor de economia da Universidade de Brasília (UnB) José Luiz Oreiro lembra que este corte representa uma redução de apenas 0,25 ponto percentual com relação à taxa de setembro do ano passado, quando a crise se agravou.

"Pouco antes da eclosão da crise, o Banco Central aumentou a taxa em 0,75 ponto. Foram cinco meses de demora para reduzir em termos líquidos apenas 0,25 ponto", afirmou o economista, que também sugeriu redução do intervalo de cerca de 90 dias entre as reuniões do Copom e o corte de pelo menos um 1 ponto percentual em cada reunião.

Mesmo com o corte de janeiro, a taxa de juros real continua sendo a maior do mundo, lembrou o secretário-geral da Força Sindical, João Carlos Gonçalves, o Juruna. "A redução da taxa de juro ainda é pequena, porque ela continua uma das mais altas do mundo. Falta ousadia para baixar os juros e ajudar o cidadão. A permanência da taxa de juro alta é negativa para o País em meio a crise", afirmou Juruna.

Embora aprove as ações do governo, o senador Aloízio Mercadante (PT-SP) também acredita que o patamar da Selic está muito alto. "Sempre fomos os primeiros a entrar em qualquer crise, o que não aconteceu agora. A taxa Selic ainda é muito alta, mas o governo têm tomado medidas acertadas, como o aumento do salário mínimo, mesmo com um cenário de crise. Isso ajuda a movimentar o consumo. O governo está se esforçando para manter os investimentos e o crescimento", disse.

Tributos
De acordo com o economista Fabio Pina, da Fecomercio-SP, as ações mais positivas estão relacionadas à redução de tributos para alguns segmentos, como a indústria automobilística, que recuperou parte da queda nas vendas em janeiro com a isenção do IPI para carros 1.0 l e o corte para demais motorizações. A medida vale até o final de março.

"Essas medidas não só reduziram o preço, mas anteciparam o consumo daqueles que iriam comprar no futuro, dando um prêmio por conta da insegurança. Mexe diretamente com o principal problema que é a confiança do consumidor", afirmou. Juruna destacou que um bom ritmo de vendas é garantia de emprego. "É importante porque cada emprego na montadora significa 19 na cadeia produtiva", comentou o representante da Força Sindical.

Também em dezembro, o governo decidiu cortar pela metade a alíquota do Imposto de Renda para contribuintes que ganham entre R$ 1.434 e R$ 2.150 mensais. "O salário aumentava e a tabela não se modificava. As pessoas ganhavam mais e pagavam mais impostos", apontou Juruna. Outra redução de tributos do governo foi com relação ao Imposto sobre Operações Financeiras (IOF), que caiu de 3% ao ano para 1,5%.

Crédito
Na segunda metade de 2008, o colapso de bancos nos Estados Unidos por conta da crise do subprime provocou uma forte restrição de crédito no mundo inteiro. Uma das primeiras medidas anticrise do governo teve como objetivo restabelecer a oferta, com mudanças no recolhimento dos depósitos compulsórios por parte dos bancos. Segundo o presidente do Banco Central, Henrique Meirelles, as diversas modificações liberaram US$ 99,2 bilhões aos bancos até o final de janeiro.

Além disso, o governo concedeu R$ 36 bilhões das reservas internacionais para empresas brasileiras com dívidas no exterior e uma medida provisória autorizou o Banco do Brasil e a Caixa Econômica Federal a comprar carteiras de crédito de bancos privados. Para o diretor do Departamento de Pesquisas e Estudos Econômicos da Fiesp, Paulo Francini, estas medidas foram essenciais para combater os efeitos da crise.

"A crise se desenvolve no mundo em torno do tema crédito. E o crédito reduziu-se barbaridade no mundo. Então o governo lança mão de compulsório, lança mão de reservas, de medidas que permitem aos bancos comprar carteiras de bancos. Você vai tomando várias medidas para atender às demandas e o epicentro disso é crédito", afirmou.

No entanto, Oreiro, da UnB, adverte que a liberação dos compulsórios seria mais eficiente acompanhada de redução mais agressiva da taxa básica de juro. "Uma parte do crédito voltou, depois da forte retração em outubro e novembro. O que deveria ter sido feito junto à liberação do compulsório era uma redução mais drástica da taxa de juro. Sem isso, os bancos pegam as reservas e acabam comprando títulos públicos", explicou o economista.

Na opinião de Pina, as ações de distribuição de crédito via redução do compulsório e a disposição de capital de giro para empresas foram tomadas sem um cuidado maior na operação e não tiveram muito efeito. "O BNDES tem linhas que ficam paradas quase todo o ano, agora é pior ainda. Existem os recursos, mas as empresas e os bancos estão desconfiados. É preciso fazer com que os bancos tenham interesse em emprestar", afirmou o economista da Fecomercio-SP.

Futuro
Mesmo com todas essas medidas, a crise financeira ainda gera incertezas nos setores produtivos do País. Nos últimos meses, o medo do desemprego fez os consumidores adiarem compras. Por sua vez, a queda nas vendas pode obrigar as indústrias a cortarem a produção e demitir funcionários. Contra isso, empresários sugerem redução de jornada e de salários.

"Isto está previsto em lei. A Fiesp simplesmente manteve conversações com entidades sindicais quanto à aplicação daquilo que já está previsto em lei", afirmou Francini.

Segundo a ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff, uma das medidas que assegura um nível de emprego é a manutenção de investimentos no Programa de Aceleração do Crescimento (PAC). "Estamos esperando que a dificuldade ocorra em janeiro, fevereiro e março. Estamos certos que vamos manter o nível de investimento. É isso que funciona, é isso que significa investimento público. Ele funciona como um colchão. Por isso, nós colocamos R$ 100 bilhões no BNDES e a Petrobras ampliou o seu investimento em R$ 120 bilhões", afirmou.

Na mesma linha, Pina explica que a antecipação de gastos do governo substitui parte da demanda retraída do setor privado. "Ele dá o seguinte recado: não vou estourar as contas públicas, mas concentrar em um momento em que a demanda privada está pequena. Mas o governo não tem fôlego suficiente para fazer o papel de toda demanda", ressaltou. O economista da Fecomercio lembrou que a entidade já pleiteou junto ao governo isenções para transferência de imóveis e de automóveis, além de retirar o IPVA para veículos novos.

Já Oreiro foca suas propostas na capitalização do Banco do Brasil e da Caixa Econômica Federal pelo Tesouro para atender a demanda de crédito para capital de giro e reduzir o spread. "Aumentando o empréstimo e reduzindo as taxas, os dois vão forçar os bancos privados a acompanhar o movimento, até para não perderem participação no mercado", explicou o economista da UnB.

Até o Carnaval, o governou prometeu detalhar um pacote de incentivos para a construção de até um milhão de casas populares, direcionado a famílias com renda de até dez salários mínimos. "Estamos atentos a tudo o que está acontecendo e novas medidas serão tomadas caso haja uma avaliação de que sejam necessárias", disse o ministro da Fazenda, Guido Mantega, na última sexta-feira.

17:11
Anónimo disse...
Ex-ministro critica extensão do seguro-desemprego

Atualizada às 09h03

O ex-ministro do Trabalho Almir Pazzianotto criticou a decisão do governo federal de conceder o seguro-desemprego estendido a apenas alguns setores. "É certamente odioso e provavelmente inconstitucional", disse Pazzianotto, de acordo com o jornal O Estado de S. Paulo.

Na última qurta, dia do anúncio da medida, centrais sindicais elogiaram a atitude do governo. A Força Sindical divulgou nota dizendo que "o aumento ajudará a aquecer parte da economia, já que irá gerar mais consumo, produção e conseqüentemente, a criação de novos postos de trabalho". A União Geral dos Trabalhadores (UGT) afirmou que a medida "contribuirá para minimizar o drama dos trabalhadores que perderem seu emprego por conta da crise".

O ex-ministro, que instituiu o seguro-desemprego no País no governo de José Sarney, destacou a necessidade de as centrais sindicais se manifestarem contra a determinação. Para ele, as mudanças devem ser aplicadas a todas as categorias profissionais e a distinção é contrária ao artigo 3º da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT).

Pazzianotto atribui a medida a um possível temor do governo de que a crise econômica seja longa e não haja dinheiro para atender a todas as necessidades. Ainda assim, ele se mostra contrário ao método de concessão. "O seguro-desemprego ajuda a sanar necessidades básicas. Estendê-lo é paliativo, não a solução", disse ao jornal.

De acordo com o presidente do Conselho Deliberativo do Fundo de Amparo ao Trabalhador (Codefat) e conselheiro da Força Sindical, Luiz Fernando Emediato, a determinação já estava prevista na lei 8.900/94, que trata do seguro-desemprego.

O presidente da Comissão de Trabalho da Câmara, Pedro Fernandes (PTB-MA) vai além na crítica à concessão do seguro para apenas alguns setores. Ele acredita que a ampliação do benefício estimula o desemprego.

Quintino Severo, secretário geral da Central Única dos Trabalhadores (CUT), lembra que a ampliação do benefício sem critério e identificação pode incentivar demissões em outros setores.

17:13
Anónimo disse...
Empresas
TAM faz promoção para destinos internacionais

A companhia aérea TAM anunciou nesta sexta-feira tarifas promocionais para trechos internacionais. Os preços valem para bilhetes comprados entre 6h deste sábado e 23h59 deste domingo e são válidos para classe econômica. As tarifas, para ida e volta, serão vendidas a partir de US$ 99, mais taxas.

Segundo a aérea, a promoção vale para viagens feitas no período de 14 de fevereiro a 18 de junho de 2009. Para destinos na América do Sul, a permanência mínima é de dois dias; para bilhetes com destino nos Estados Unidos, cinco dias; e Europa, sete dias. A permanência máxima para as passagens para América do Sul e EUA é de dois meses e para Europa, três meses.

Entre os exemplos de tarifas promocionais, a TAM oferece São Paulo-Lima por US$ 99. Bilhetes para a rota São Paulo-Santiago serão vendidos a partir de US$ 199 e São Paulo-Nova York, US$ 799.

A emissão dos bilhetes deve ser feita obrigatoriamente no ato da reserva, obedecendo às regras estipuladas pela companhia. A compra está sujeita à disponibilidade de assentos nas classes tarifárias determinadas, trechos, horários e datas. A TAM afirmou que também há tarifas promocionais para a classe executiva.

Mais informações podem ser encontradas no site promocional (www.ofertastam.com.br), no site da empresa (www.tam.com.br) ou pelos telefones 4002-5700 ou 0800 5705700.

17:13
Anónimo disse...
Empresas
Consultoria negocia compra do parque temático Hopi Hari

A consultoria especializada em reestruturação de empresas Íntegra Associados informou nesta sexta-feira ter um acordo para comprar o parque de diversões Hopi Hari, localizado no interior de São Paulo. A empresa estaria disposta a investir R$ 10 milhões no parque, que tem dívida estimada em R$ 800 milhões. As informações são da edição deste sábado do jornal Folha de S. Paulo.

De acordo com o jornal, a transação ainda depende da negociação entre o Hopi Hari e seus credores, o que já estaria em andamento.

A consultoria paulista já atuou junto à Parmalat, durante 30 meses, quando reorganizou a gestão da empresa italiana.

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17:14
Anónimo disse...
Empresas
Disney de Tóquio contratará mais 2 mil apesar da crise


A Oriental Land, o operador da Disneylândia Tóquio e DisneySea, organizou neste domingo entrevistas para contratar cerca de 2 mil trabalhadores em tempo parcial, em um momento de grandes demissões deste tipo de empregados no Japão.

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O operador deste parque temático, situado em Urayasu, na província de Chiba (leste de Tóquio), está em pleno processo de seleção de empregados para 20 tipos de postos trabalhistas diferentes.

Segundo a companhia, citada pela agência local de notícias Kyodo, o parque contratará novos trabalhadores para as atrações, para os restaurantes e guardas de segurança entre outros. Os novos contratados começarão a trabalhar a partir de fevereiro.

O processo de seleção acontece em um momento em que a maioria das grandes companhias japonesas começaram a se ver obrigadas a despedir uma elevada percentagem de seus trabalhadores temporários e a tempo parcial.

Algumas inclusive anunciaram demissões de seus trabalhadores fixos, uma medida muito pouco comum nas companhias japonesas, perante os efeitos piores que o esperado pela crise econômica global.

Cerca de uma centena de pessoas esperavam desde a primeira hora desta manhã a abertura do centro de conferências Tokyo International Forum, onde as entrevistas estão sendo feitas, para ser os primeiros a solicitar os postos de trabalho.


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17:15
Anónimo disse...
Economia Internacional
Senado dos EUA aprova plano de estímulo à economia

O Senado dos Estados Unidos aprovou com 60 votos a favor e 38 contra o plano de estímulo à economia de US$ 787 bilhões na madrugada deste sábado. Agora, ele segue para sanção ou veto do presidente Barack Obama, que espera colocar a lei em prática até o dia 16 de fevereiro.

O plano prevê a criação de três milhões de empregos, inclui cortes de impostos às famílias, fundos para programas sociais e obras públicas, além de ajuda aos governos estaduais, estudantes e desempregados.

A cláusula Buy American - que exige o uso de ferro, aço e produtos manufaturados dos Estados Unidos em obras realizadas com recursos do pacote - ficou de lado. Segundo o texto definitivo, a cláusula será aplicada sem violar as normas do comércio internacional.

Ontem à tarde, a Câmara de Representantes (deputados) havia aprovado, por 246 votos a favor e 183 contra, a versão final do plano. Todos os republicanos foram contrários ao pacote.

Pelo acordo de quarta-feira entre Câmara e Senado, em vez de custar US$ 819 bilhões, como queriam os deputados, ou US$ 838 bilhões como pretendiam os senadores, o pacote ficou em cerca de US$ 787 bilhões, com 65% desse total destinado a gastos do governo federal e 35%, a créditos tributários.

17:16
Anónimo disse...
Economia nacional
Na era Lula, aposentadoria sobe 54% menos que salário mínimo

Thatiane Faria
Especial para o Terra
Direto de São Paulo

Os índices de reajustes concedidos pelo governo em 2009 para aposentados e pensionistas e para o salário mínimo repetiram uma diferença que, só durante o governo de Luiz Inácio Lula da Silva, já chega a 54%. Enquanto o mínimo foi majorado em 12% este ano, as pensões e aposentadorias tiveram aumento de 5,92%. Aposentados que têm o benefício do governo como única fonte de renda reclamam que perdem poder de compra e que sua cesta de compras é composta por itens que aumentam mais em relação à inflação oficial.

Um exemplo prático pode ser entendido a partir da comparação entre um aposentado que ganhava R$ 600 em janeiro de 2003. Na época, o benefício era três vezes, ou 200%, maior que o valor do mínimo em vigência, que era de R$ 200. Aplicando-se os índices de reajuste para aposentadorias e para o mínimo durante os últimos seis anos, o mesmo aposentado estaria recebendo hoje R$ 938,47, comparado a um salário mínimo de R$ 465. A diferença entre os dois valores caiu para pouco mais de 100%.

Enquanto o índice acumulado de reajuste para a aposentadoria durante o governo Lula foi de 60%, para o salário mínimo está em 132%.

O diretor do Sindicato Nacional dos Aposentados, João Inocentini, reclama que os valores dos benefícios para aposentadorias não mantêm o poder de compra do grupo, principalmente dos aposentados que recebem menos que dez salários mínimos.

Nem mesmo o fato de o índice de reajuste das aposentadorias ter ficado acima da inflação acumulada no mesmo período (o IPCA entre janeiro de 2003 e janeiro de 2009 foi de 39,7%) serve de argumento, segundo os aposentados.

"Os idosos, principalmente, têm gastos além das contas gerais como gás, telefone e aluguel. Para eles o custo com remédios, e outros itens da área saúde costuma ser maior", afirmou Inocentini.

O presidente do sindicato afirmou que o grupo realiza um estudo com 100 itens de necessidade de um idoso para comparar o aumento dos produtos com o índice de reajuste do benefício recebido pelos aposentados.

"Daqui dois meses vamos abrir um processo na Justiça e levar essa pesquisa como prova. Segundo a lei, o governo é obrigado a manter o poder de compra com a aposentadoria", disse Inocentini.

Alternativas
O consultor financeiro Cláudio Boriola diz que os aposentados, especialmente nesse momento de crise econômica, devem evitar compras parceladas, pesquisar preços, negociar e fazer bom planejamento financeiro.

Segundo Boriola, alguns aposentados ganham um valor mensal muitas vezes insuficiente para o pagamento das contas e acabam pedindo crédito ou realizando pagamentos a prazo e são obrigados a pagar juros altos.

Na opinião do consultor, pagar uma previdência privada é uma alternativa indicada para quem ainda trabalha, considerando a característica de perda de poder de compra da aposentadoria.

"Na prática, infelizmente os valores encontram-se em um patamar que está deteriorando o poder de aquisição da população brasileira", completou Boriola.

De acordo com o diretor da Confederação Brasileira de Aposentados e Pensionistas (Cobap), Vicente Fernandes Barbosa, representantes dos aposentados tentarão um encontro com o presidente da Câmara, deputado Michel Temer (PMDB-SP), para discutir projetos que minimizem a perda dos aposentados

17:17
Anónimo disse...
Previdência
Previdência prorroga isenção de tarifas no benefício

O atual sistema de pagamento aos 26 milhões de aposentados e pensionistas do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) será mantido até o final deste ano. O acordo, que permite realizar a operação sem nenhum custo aos beneficiários, foi renovado nesta sexta-feira, entre o governo federal e 21 instituições financeiras.

Por meio desse acordo, vigente desde setembro de 2007, nem os segurados, nem os bancos e nem o governo arcam com o pagamento de tarifas, conforme explicou o ministro da Previdência Social, José Pimentel. A prorrogação vale até dezembro, data máxima para que a Previdência defina as regras para um novo contrato.

Ao assinar o termo de renovação, na sede da Federação Brasileira dos Bancos (Febraban), o ministro disse que a intenção do governo é mudar o atual modelo de gestão visando a reduzir os custos dessas operações em torno da folha mensal, que atinge R$ 15,8 bilhões. No entanto, qualquer alteração, conforme explicou, passará antes por audiências públicas a serem realizadas a partir do segundo semestre deste ano, atendendo a determinação do Tribunal de Contas da União (TCU).

De acordo com Pimentel, com um redesenho do mecanismo de repasse dos recursos aos bancos em torno da folha de pagamento dos segurados o que se busca é um aumento da participação de instituições financeiras. Ele informou que, desde 2007, cada benefício custa em média R$ 1,07 ao governo. "Quanto mais instituições financeiras estiverem prestando serviços à sociedade, maior é a competitividade, a agilidade no atendimento", justificou.

O ministro observou, ainda, que, para permitir uma redução para algo em torno de meia hora no tempo de atendimento para a concessão dos direitos previdenciários, o governo investiu R$ 280 milhões.

Questionado sobre o descontentamento dos segurados que ganham acima de um salário mínimo terem obtido apenas a correção com base na variação do Índice de Preços ao Consumidor (INPC) , ficando abaixo do reajuste dado a quem recebe apenas o mínimo, Pimentel argumentou que o governo seguiu o que determina a lei e descartou a possibilidade de uma revisão

17:17
Anónimo disse...
Empresas
Caterpillar oferece aposentadoria antecipada a 2 mil


A companhia americana Caterpillar ofereceu a cerca de dois mil funcionários incentivos para que se aposentem de forma voluntária antes do previsto, pela perspectiva de uma queda "significativa" da atividade industrial, informou nesta quarta-feira a empresa.

A iniciativa, destinada aos trabalhadores de diversas fábricas em Illinois, Colorado, Tennessee e Pensilvânia, se soma aos cortes de empregos anunciados em janeiro, explicou em comunicado de imprensa.

A empresa, a maior fabricante mundial de maquinaria pesada para a construção e a mineração, acrescentou que, "em função das condições de negócio, podem ser necessárias mais reduções de elenco voluntárias e involuntárias à medida que o ano avança".

O vice-presidente da companhia, Sid Banwart, explicou que a empresa prevê "demissões significativas em todas as regiões geográficas e na maioria dos setores devido às dificuldades da economia mundial".

17:18
Anónimo disse...
Comércio
Comércio exterior da OCDE caiu no 3º trimestre de 2008


As exportações e as importações dos países da Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Econômico (OCDE) caíram 1,6% e 0,2%, respectivamente, no terceiro trimestre de 2008, em relação aos três meses anteriores.

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Trata-se da primeira queda destas atividades desde o terceiro trimestre de 2006, segundo o último relatório trimestral sobre fluxos comerciais divulgado pela OCDE.

As exportações e as importações em dólares dos 30 Estados-membros caíram 15,6% e 17%, respectivamente, na comparação anualizada.

Por sua vez, o comércio dos sete países mais ricos do mundo (G7) teve um pequeno crescimento no terceiro trimestre de 2008 com uma queda das exportações de mercadorias de 0,2% em relação ao trimestre anterior e um aumento de 0,4% das importações.

Em termos anualizados, as importações do G7 caíram 1,4% entre julho e setembro do ano passado, seu primeiro retrocesso desde o terceiro trimestre de 2006, enquanto as exportações aumentaram 1,9%, seu crescimento mais baixo no mesmo tempo.

Por países, a Alemanha aumentou suas importações em 3,4% - valor mais alto do G7 -, enquanto suas exportações caíram 2,9% do segundo para o terceiro trimestre de 2008.

Pelo contrário, as exportações americanas aumentaram 1,8% entre julho e setembro de 2008, enquanto as importações caíram 0,7% em relação ao trimestre anterior. No Japão, tanto as importações quanto as exportações caíram em torno de 1% no mesmo período.

17:19
Anónimo disse...
Economia Nacional
Lula: juros de crédito consignado a aposentados são altos

Atualizada às 17h29

O presidente Luis Inácio Lula da Silva afirmou nesta terça-feira, em São Paulo, que está lutando para reduzir as taxas de juros cobradas de aposentados em crédito consignado. A Previdência Social estabelece uma taxa máxima de 2,5% para empréstimo e de 3,5% para cartão. Para Lula, os valores são altos.

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"Acho que o juro que os aposentados estão pagando hoje com o crédito consignado é alto para o padrão brasileiro", disse o presidente durante a cerimônia de comemoração dos 86 anos do INSS.

A Previdência anunciou nesta terça-feira que aposentados e trabalhadoras com licença-maternidade poderão receber seus benefícios em 30 minutos. De acordo com Lula, em junho, a aposentadoria do trabalhador rural também será conseguida em meia hora.

Além disso, o presidente anunciou que, também em junho, os trabalhadores que alcançarem o direito à aposentadoria passarão a receber em suas casas um comunicado da Previdência informando o fato e o valor do salário que têm direito a receber. "É um comprometimento público que estou fazendo com os companheiros da Previdência Social", disse.

"Estamos retribuindo ao contribuinte da Previdência Social aquilo que é a cidadania que ele tem direito", afirmou Lula. "Se para cobrar nós somos tão precisos, para devolver o dinheiro, temos que chegar próximo à perfeição", completou.

17:20
Anónimo disse...
Economia Nacional
Salário maternidade sairá em 30 minutos, diz ministro

Toda trabalhadora autônoma que tiver contribuído pelo menos 10 meses com o Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) - ou as que possuírem carteira assinada - poderão receber em 30 minutos o salário maternidade a partir desta terça-feira. Da mesma forma, as mulheres com 30 anos de contribuição e os homens com 35 anos também terão direito ao benefício de forma mais rápida. A informação é do ministro da Previdência Social, José Pimentel.

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Para requerer o salário maternidade, é preciso que as autônomas levem a carteira de identidade e o carnê de contribuição. As demais trabalhadoras devem apresentar a identificação e a carteira de trabalho. Desde o início do mês, a nova forma de análise para a concessão de benefícios foi adotada para a aposentadoria por idade do trabalhador urbano e agora foi estendida para o salário maternidade e por tempo de contribuição.

O ministro disse que a qualificação do serviço da previdência social é o reconhecimento do direito dos trabalhadores e da afirmação da cidadania.

"Até pouco tempo na cabeça do cidadão o serviço devia ser de péssima qualidade. Agora não, nós modificamos toda a legislação no mês de dezembro numa ação conjunta do Congresso Nacional com o governo federal. Estamos implantando e concedendo os benefícios em até 30 minutos", afirmou.

O ministro destacou que para conseguir se aposentar ou ter acesso à licença maternidade em 30 minutos, em primeiro lugar, é necessário que o cidadão esteja vinculado à Previdência, o que inclui 65% da população acima de 16 anos de idade.

"Depois bastar marcar pelo sistema 135 o dia e a hora do atendimento e levar a documentação. Se todos os dados necessários estiverem corretos o contribuinte será atendido em até 30 minutos, como vem sendo feito com as aposentadorias por idade desde o dia cinco de janeiro", explicou.

Pimentel disse ainda que em 90% das agências da previdência social o atendimento é marcado em até 48 horas. Nos grandes centros, entretanto existe um volume maior o que torna mais lento o processo.

"Estamos criando mais 715 agências até 2010, em todo o território nacional, para descentralizar o atendimento. Em 2008, atendemos 295 mil benefícios e aposentadorias por idade. Temos 4 mil pessoas por dia procurando e se aposentando por idade no território nacional. Este serviço será agilizado", concluiu.
17:25
Anónimo disse...
Giuseppe Englaro, pai de Eluana, a italiana que morreu na segunda-feira passada por desidratação, recusou uma grande soma de dinheiro de um conhecido fotógrafo italiano que queria retratar a filha em estado de coma, disse neste sábado o neurologista que atendia a mulher desde 1996, Carlo Defanti.

O neurologista, que participou hoje de uma conferência sobre eutanásia, disse que Englaro respeitou a vontade da filha, que, antes do acidente, tinha pedido que, se lhe ocorresse qualquer coisa irreversível, apresentasse sua imagem de quando estava em boas condições.

Antes de sofrer o acidente de trânsito, em 1992, Eluana viveu o coma de um amigo, Alessandro, o que causou forte impacto na italiana e a levou a fazer o pai prometer que não a deixasse viver em estado vegetativo, disse o próprio Giuseppe Englaro.

Defanti, que dissera que Eluana poderia viver de dez a 12 dias depois da suspensão da alimentação e da hidratação, disse que, como médico, tinha que reprovar esta afirmação.

"Não se pode sobreviver após três ou quatro dias sem líquido e, em particular, água em um corpo. Sabemos bem que, quando há um terremoto, após quatro dias é difícil encontrar sobreviventes".

Defanti ressaltou que Eluana "não falava, não se comunicava com o exterior" e que, após vários exames, "nos deparamos com uma moça que tinha perdido a consciência", porque estava com o córtex cerebral prejudicado.

Eluana foi enterrada na quinta-feira passada no túmulo da família na localidade de Paluzza, em Udine, após um funeral que não contou com a presença dos pais.

16:53
Anónimo disse...
Os bombeiros combatem neste sábado os incêndios na Austrália favorecidos pelo bom tempo, enquanto os deslocados encotram em seu retorno casas derruídas, carros queimados nas ruas e destruição.

Depois de sete dias desde que começaram os incêndios no Estado de Victoria, a lista de mortos chega a 181, os desaparecidos somam 50, os edifícios destruídos totalizam 1,834 mil e o terreno arrasado, principalmente florestas, ocupa uma área de 4,13 mil quilômetros quadrados.

As equipes de bombeiros, formadas por 4 mil profissionais de Victoria, de outras partes da Austrália e de países amigos, combateram hoje 12 focos fora de controle e nenhum representava uma ameaça direta para a população.

O subdiretor do Serviço de Bombeiros, Geoff Conway, disse que este tempo favorável, que se prolongará durante o domingo, permite consolidar as linhas de contenção e avançar na extinção das chamas.

Cinzas apareceram arrastadas por ventos do nordeste sobre Melbourne, onde habitam 3,8 milhões de pessoas, e as autoridades alertaram aos cidadãos do risco para a saúde de idosos, crianças e pessoas com problemas respiratórios.

O número de pessoas deslocadas - a Cruz Vermelha chegou a receber 7 mil - começou a cair com a abertura de algumas localidades atingidas.

Os incêndios, alguns criminosos, começaram em 7 de fevereiro, quando a região sul da Austrália estava há duas semanas sob uma onda de calor sem precedentes.

Na sexta-feira passada, a polícia acusou uma pessoa de ter provocado o incêndio que atingiu a localidade de Churchill e matou 21 pessoas.

16:55
Anónimo disse...
A primeira chuva em seis dias reduziu a ameaça de incêndios no Estado de Victoria, ao sul da Austrália. As autoridades, porém, advertiram que ainda existem 12 focos, mas que nenhum deles ameaça áreas povoadas.

Mais de quatro mil bombeiros, mil provenientes de outras partes do país e de outras nações, trabalham contra o fogo. Cerca de 600 veículos e 28 helicópteros e pequenos aviões estão sendo usados.


Eles conseguiram construir linhas de contenção para evitar os incêndios de Yarra e Maroondah se juntassem. Também foram controlados os incêndios abertos de Yea e Murrindindi, que ameaçavam as comunidades de Connellys Creek, Crystal Creek, Scrubby Creek e Native Dog Creek.

O número de mortos chegou a 181, mas as autoridades acreditam que as vítimas devem passar de 200, já que ainda há muitos desaparecidos.

Anónimo disse...

Economia internacional
Brasil vira credor do FMI e repassará até R$ 4,5 bi a instituição

Atualizada às 17h32

O ministro da Fazenda, Guido Mantega, confirmou nesta quinta-feira o convite para que o Brasil faça parte do grupo de financiamento regular do Fundo Monetário Internacional (FMI). Caso seja solicitado, o País aportará até US$ 4,5 bilhões na instituição, valor que é o limite de sua cota no fundo.

No entanto, o ministro destacou que "muito dificilmente" o aporte chegará a esse montante. Mantega destacou que o repasse dos valores não vai afetar o nível das reservas brasileiras. "Eles darão em troca Direitos Especiais de Saque. Então na verdade a gente coloca um dinheiro, digamos que eles solicitem 1 bilhão, 2 bilhões, a gente coloca no fundo e eles nos dão Direitos Especiais de Saque que é uma reserva de valor", apontou. "(É) trocar um título por outro título", completou.

O ministro destacou ainda que o País foi convidado pelo FMI para se tornar parte do grupo de 47 países, dos 185 membros, que atualmente são chamados para contribuir com a instituição. "Então eu estou aceitando este convite do fundo, pra nós é importante porque nós estaremos do lado daqueles que vão contribuir no caso em que o fundo precise de recursos para financiar outros países", destacou.

De acordo com Mantega, a medida é importante por um lado pois é um reconhecimento de que o Brasil é um país sólido, mas também porque os aportes vão ajudar a viabilizar crédito para os países emergentes que estão em dificultades. "Portanto ajuda a ativar a economia mundial", afirmou.

O ministro também ressaltou que esta não é a primeira vez que o País se torna credor do FMI. "Não é a primeira vez, no passado nós já fomos, até 1982", respondeu quanto questionado sobre o assunto.

Aportes anunciados no G20
Mantega explicou ainda que as outras contribuições a serem dadas pelo País ao FMI, que foram anunciadas na reunião do G20 em Londres, ainda necessitam de um instrumento adequado para manter o nível das reservas intacto.

"O fundo monetário está preparando um título especial, um bond, que ele vai disponibilizar para os países que querem fazer aporte no fundo monetário. Há países que já se dispuseram a fazer isso, os Estados Unidos querem fazer aporte, a China quer fazer aporte, o Canadá já declarou que quer fazer aporte, o Brasil também fará um aporte. Mas como o fundo monetário não tinha essa modalidade ele está criando o título", disse.

"Eu falei com o diretor gerente do fundo monetário, o Dominique Strauss-Kahn, e ele me disse que nas próximas duas ou três semanas eles estarão terminando a elaboração deste título de modo que aí o Brasil decidirá quanto dinheiro nos vamos aportar. É outra coisa, não tem nada a ver com o que nós falamos agora. Também serão reservas, será como se fosse a aplicação de um título, em um bônus que corresponde a reservas", completou o ministro brasileiro.

» País poderá dar contribuição inédita, diz Mantega
» Lula quer ser 1º presidente a emprestar ao FMI
Economia internacional
Brasil vira credor do FMI e repassará até R$ 4,5 bi a instituição

Atualizada às 17h32

O ministro da Fazenda, Guido Mantega, confirmou nesta quinta-feira o convite para que o Brasil faça parte do grupo de financiamento regular do Fundo Monetário Internacional (FMI). Caso seja solicitado, o País aportará até US$ 4,5 bilhões na instituição, valor que é o limite de sua cota no fundo.

No entanto, o ministro destacou que "muito dificilmente" o aporte chegará a esse montante. Mantega destacou que o repasse dos valores não vai afetar o nível das reservas brasileiras. "Eles darão em troca Direitos Especiais de Saque. Então na verdade a gente coloca um dinheiro, digamos que eles solicitem 1 bilhão, 2 bilhões, a gente coloca no fundo e eles nos dão Direitos Especiais de Saque que é uma reserva de valor", apontou. "(É) trocar um título por outro título", completou.

O ministro destacou ainda que o País foi convidado pelo FMI para se tornar parte do grupo de 47 países, dos 185 membros, que atualmente são chamados para contribuir com a instituição. "Então eu estou aceitando este convite do fundo, pra nós é importante porque nós estaremos do lado daqueles que vão contribuir no caso em que o fundo precise de recursos para financiar outros países", destacou.

De acordo com Mantega, a medida é importante por um lado pois é um reconhecimento de que o Brasil é um país sólido, mas também porque os aportes vão ajudar a viabilizar crédito para os países emergentes que estão em dificultades. "Portanto ajuda a ativar a economia mundial", afirmou.

O ministro também ressaltou que esta não é a primeira vez que o País se torna credor do FMI. "Não é a primeira vez, no passado nós já fomos, até 1982", respondeu quanto questionado sobre o assunto.

Aportes anunciados no G20
Mantega explicou ainda que as outras contribuições a serem dadas pelo País ao FMI, que foram anunciadas na reunião do G20 em Londres, ainda necessitam de um instrumento adequado para manter o nível das reservas intacto.

"O fundo monetário está preparando um título especial, um bond, que ele vai disponibilizar para os países que querem fazer aporte no fundo monetário. Há países que já se dispuseram a fazer isso, os Estados Unidos querem fazer aporte, a China quer fazer aporte, o Canadá já declarou que quer fazer aporte, o Brasil também fará um aporte. Mas como o fundo monetário não tinha essa modalidade ele está criando o título", disse.

"Eu falei com o diretor gerente do fundo monetário, o Dominique Strauss-Kahn, e ele me disse que nas próximas duas ou três semanas eles estarão terminando a elaboração deste título de modo que aí o Brasil decidirá quanto dinheiro nos vamos aportar. É outra coisa, não tem nada a ver com o que nós falamos agora. Também serão reservas, será como se fosse a aplicação de um título, em um bônus que corresponde a reservas", completou o ministro brasileiro.

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O ministro da Fazenda, Guido Mantega, confirmou nesta quinta-feira o convite para que o Brasil faça parte do grupo de financiamento regular do Fundo Monetário Internacional (FMI). Caso seja solicitado, o País aportará até US$ 4,5 bilhões na instituição, valor que é o limite de sua cota no fundo.

No entanto, o ministro destacou que "muito dificilmente" o aporte chegará a esse montante. Mantega destacou que o repasse dos valores não vai afetar o nível das reservas brasileiras. "Eles darão em troca Direitos Especiais de Saque. Então na verdade a gente coloca um dinheiro, digamos que eles solicitem 1 bilhão, 2 bilhões, a gente coloca no fundo e eles nos dão Direitos Especiais de Saque que é uma reserva de valor", apontou. "(É) trocar um título por outro título", completou.

O ministro destacou ainda que o País foi convidado pelo FMI para se tornar parte do grupo de 47 países, dos 185 membros, que atualmente são chamados para contribuir com a instituição. "Então eu estou aceitando este convite do fundo, pra nós é importante porque nós estaremos do lado daqueles que vão contribuir no caso em que o fundo precise de recursos para financiar outros países", destacou.

De acordo com Mantega, a medida é importante por um lado pois é um reconhecimento de que o Brasil é um país sólido, mas também porque os aportes vão ajudar a viabilizar crédito para os países emergentes que estão em dificultades. "Portanto ajuda a ativar a economia mundial", afirmou.

O ministro também ressaltou que esta não é a primeira vez que o País se torna credor do FMI. "Não é a primeira vez, no passado nós já fomos, até 1982", respondeu quanto questionado sobre o assunto.

Aportes anunciados no G20
Mantega explicou ainda que as outras contribuições a serem dadas pelo País ao FMI, que foram anunciadas na reunião do G20 em Londres, ainda necessitam de um instrumento adequado para manter o nível das reservas intacto.

"O fundo monetário está preparando um título especial, um bond, que ele vai disponibilizar para os países que querem fazer aporte no fundo monetário. Há países que já se dispuseram a fazer isso, os Estados Unidos querem fazer aporte, a China quer fazer aporte, o Canadá já declarou que quer fazer aporte, o Brasil também fará um aporte. Mas como o fundo monetário não tinha essa modalidade ele está criando o título", disse.

"Eu falei com o diretor gerente do fundo monetário, o Dominique Strauss-Kahn, e ele me disse que nas próximas duas ou três semanas eles estarão terminando a elaboração deste título de modo que aí o Brasil decidirá quanto dinheiro nos vamos aportar. É outra coisa, não tem nada a ver com o que nós falamos agora. Também serão reservas, será como se fosse a aplicação de um título, em um bônus que corresponde a reservas", completou o ministro brasileiro.

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O ministro da Fazenda, Guido Mantega, confirmou nesta quinta-feira o convite para que o Brasil faça parte do grupo de financiamento regular do Fundo Monetário Internacional (FMI). Caso seja solicitado, o País aportará até US$ 4,5 bilhões na instituição, valor que é o limite de sua cota no fundo.

No entanto, o ministro destacou que "muito dificilmente" o aporte chegará a esse montante. Mantega destacou que o repasse dos valores não vai afetar o nível das reservas brasileiras. "Eles darão em troca Direitos Especiais de Saque. Então na verdade a gente coloca um dinheiro, digamos que eles solicitem 1 bilhão, 2 bilhões, a gente coloca no fundo e eles nos dão Direitos Especiais de Saque que é uma reserva de valor", apontou. "(É) trocar um título por outro título", completou.

O ministro destacou ainda que o País foi convidado pelo FMI para se tornar parte do grupo de 47 países, dos 185 membros, que atualmente são chamados para contribuir com a instituição. "Então eu estou aceitando este convite do fundo, pra nós é importante porque nós estaremos do lado daqueles que vão contribuir no caso em que o fundo precise de recursos para financiar outros países", destacou.

De acordo com Mantega, a medida é importante por um lado pois é um reconhecimento de que o Brasil é um país sólido, mas também porque os aportes vão ajudar a viabilizar crédito para os países emergentes que estão em dificultades. "Portanto ajuda a ativar a economia mundial", afirmou.

O ministro também ressaltou que esta não é a primeira vez que o País se torna credor do FMI. "Não é a primeira vez, no passado nós já fomos, até 1982", respondeu quanto questionado sobre o assunto.

Aportes anunciados no G20
Mantega explicou ainda que as outras contribuições a serem dadas pelo País ao FMI, que foram anunciadas na reunião do G20 em Londres, ainda necessitam de um instrumento adequado para manter o nível das reservas intacto.

"O fundo monetário está preparando um título especial, um bond, que ele vai disponibilizar para os países que querem fazer aporte no fundo monetário. Há países que já se dispuseram a fazer isso, os Estados Unidos querem fazer aporte, a China quer fazer aporte, o Canadá já declarou que quer fazer aporte, o Brasil também fará um aporte. Mas como o fundo monetário não tinha essa modalidade ele está criando o título", disse.

"Eu falei com o diretor gerente do fundo monetário, o Dominique Strauss-Kahn, e ele me disse que nas próximas duas ou três semanas eles estarão terminando a elaboração deste título de modo que aí o Brasil decidirá quanto dinheiro nos vamos aportar. É outra coisa, não tem nada a ver com o que nós falamos agora. Também serão reservas, será como se fosse a aplicação de um título, em um bônus que corresponde a reservas", completou o ministro brasileiro.

» País poderá dar contribuição inédita, diz Mantega
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Economia internacional
Brasil vira credor do FMI e repassará até R$ 4,5 bi a instituição

Atualizada às 17h32

O ministro da Fazenda, Guido Mantega, confirmou nesta quinta-feira o convite para que o Brasil faça parte do grupo de financiamento regular do Fundo Monetário Internacional (FMI). Caso seja solicitado, o País aportará até US$ 4,5 bilhões na instituição, valor que é o limite de sua cota no fundo.

No entanto, o ministro destacou que "muito dificilmente" o aporte chegará a esse montante. Mantega destacou que o repasse dos valores não vai afetar o nível das reservas brasileiras. "Eles darão em troca Direitos Especiais de Saque. Então na verdade a gente coloca um dinheiro, digamos que eles solicitem 1 bilhão, 2 bilhões, a gente coloca no fundo e eles nos dão Direitos Especiais de Saque que é uma reserva de valor", apontou. "(É) trocar um título por outro título", completou.

O ministro destacou ainda que o País foi convidado pelo FMI para se tornar parte do grupo de 47 países, dos 185 membros, que atualmente são chamados para contribuir com a instituição. "Então eu estou aceitando este convite do fundo, pra nós é importante porque nós estaremos do lado daqueles que vão contribuir no caso em que o fundo precise de recursos para financiar outros países", destacou.

De acordo com Mantega, a medida é importante por um lado pois é um reconhecimento de que o Brasil é um país sólido, mas também porque os aportes vão ajudar a viabilizar crédito para os países emergentes que estão em dificultades. "Portanto ajuda a ativar a economia mundial", afirmou.

O ministro também ressaltou que esta não é a primeira vez que o País se torna credor do FMI. "Não é a primeira vez, no passado nós já fomos, até 1982", respondeu quanto questionado sobre o assunto.

Aportes anunciados no G20
Mantega explicou ainda que as outras contribuições a serem dadas pelo País ao FMI, que foram anunciadas na reunião do G20 em Londres, ainda necessitam de um instrumento adequado para manter o nível das reservas intacto.

"O fundo monetário está preparando um título especial, um bond, que ele vai disponibilizar para os países que querem fazer aporte no fundo monetário. Há países que já se dispuseram a fazer isso, os Estados Unidos querem fazer aporte, a China quer fazer aporte, o Canadá já declarou que quer fazer aporte, o Brasil também fará um aporte. Mas como o fundo monetário não tinha essa modalidade ele está criando o título", disse.

"Eu falei com o diretor gerente do fundo monetário, o Dominique Strauss-Kahn, e ele me disse que nas próximas duas ou três semanas eles estarão terminando a elaboração deste título de modo que aí o Brasil decidirá quanto dinheiro nos vamos aportar. É outra coisa, não tem nada a ver com o que nós falamos agora. Também serão reservas, será como se fosse a aplicação de um título, em um bônus que corresponde a reservas", completou o ministro brasileiro.

» País poderá dar contribuição inédita, diz Mantega
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Economia internacional
Brasil vira credor do FMI e repassará até R$ 4,5 bi a instituição

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O ministro da Fazenda, Guido Mantega, confirmou nesta quinta-feira o convite para que o Brasil faça parte do grupo de financiamento regular do Fundo Monetário Internacional (FMI). Caso seja solicitado, o País aportará até US$ 4,5 bilhões na instituição, valor que é o limite de sua cota no fundo.

No entanto, o ministro destacou que "muito dificilmente" o aporte chegará a esse montante. Mantega destacou que o repasse dos valores não vai afetar o nível das reservas brasileiras. "Eles darão em troca Direitos Especiais de Saque. Então na verdade a gente coloca um dinheiro, digamos que eles solicitem 1 bilhão, 2 bilhões, a gente coloca no fundo e eles nos dão Direitos Especiais de Saque que é uma reserva de valor", apontou. "(É) trocar um título por outro título", completou.

O ministro destacou ainda que o País foi convidado pelo FMI para se tornar parte do grupo de 47 países, dos 185 membros, que atualmente são chamados para contribuir com a instituição. "Então eu estou aceitando este convite do fundo, pra nós é importante porque nós estaremos do lado daqueles que vão contribuir no caso em que o fundo precise de recursos para financiar outros países", destacou.

De acordo com Mantega, a medida é importante por um lado pois é um reconhecimento de que o Brasil é um país sólido, mas também porque os aportes vão ajudar a viabilizar crédito para os países emergentes que estão em dificultades. "Portanto ajuda a ativar a economia mundial", afirmou.

O ministro também ressaltou que esta não é a primeira vez que o País se torna credor do FMI. "Não é a primeira vez, no passado nós já fomos, até 1982", respondeu quanto questionado sobre o assunto.

Aportes anunciados no G20
Mantega explicou ainda que as outras contribuições a serem dadas pelo País ao FMI, que foram anunciadas na reunião do G20 em Londres, ainda necessitam de um instrumento adequado para manter o nível das reservas intacto.

"O fundo monetário está preparando um título especial, um bond, que ele vai disponibilizar para os países que querem fazer aporte no fundo monetário. Há países que já se dispuseram a fazer isso, os Estados Unidos querem fazer aporte, a China quer fazer aporte, o Canadá já declarou que quer fazer aporte, o Brasil também fará um aporte. Mas como o fundo monetário não tinha essa modalidade ele está criando o título", disse.

"Eu falei com o diretor gerente do fundo monetário, o Dominique Strauss-Kahn, e ele me disse que nas próximas duas ou três semanas eles estarão terminando a elaboração deste título de modo que aí o Brasil decidirá quanto dinheiro nos vamos aportar. É outra coisa, não tem nada a ver com o que nós falamos agora. Também serão reservas, será como se fosse a aplicação de um título, em um bônus que corresponde a reservas", completou o ministro brasileiro.

» País poderá dar contribuição inédita, diz Mantega
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Economia internacional
Brasil vira credor do FMI e repassará até R$ 4,5 bi a instituição

Atualizada às 17h32

O ministro da Fazenda, Guido Mantega, confirmou nesta quinta-feira o convite para que o Brasil faça parte do grupo de financiamento regular do Fundo Monetário Internacional (FMI). Caso seja solicitado, o País aportará até US$ 4,5 bilhões na instituição, valor que é o limite de sua cota no fundo.

No entanto, o ministro destacou que "muito dificilmente" o aporte chegará a esse montante. Mantega destacou que o repasse dos valores não vai afetar o nível das reservas brasileiras. "Eles darão em troca Direitos Especiais de Saque. Então na verdade a gente coloca um dinheiro, digamos que eles solicitem 1 bilhão, 2 bilhões, a gente coloca no fundo e eles nos dão Direitos Especiais de Saque que é uma reserva de valor", apontou. "(É) trocar um título por outro título", completou.

O ministro destacou ainda que o País foi convidado pelo FMI para se tornar parte do grupo de 47 países, dos 185 membros, que atualmente são chamados para contribuir com a instituição. "Então eu estou aceitando este convite do fundo, pra nós é importante porque nós estaremos do lado daqueles que vão contribuir no caso em que o fundo precise de recursos para financiar outros países", destacou.

De acordo com Mantega, a medida é importante por um lado pois é um reconhecimento de que o Brasil é um país sólido, mas também porque os aportes vão ajudar a viabilizar crédito para os países emergentes que estão em dificultades. "Portanto ajuda a ativar a economia mundial", afirmou.

O ministro também ressaltou que esta não é a primeira vez que o País se torna credor do FMI. "Não é a primeira vez, no passado nós já fomos, até 1982", respondeu quanto questionado sobre o assunto.

Aportes anunciados no G20
Mantega explicou ainda que as outras contribuições a serem dadas pelo País ao FMI, que foram anunciadas na reunião do G20 em Londres, ainda necessitam de um instrumento adequado para manter o nível das reservas intacto.

"O fundo monetário está preparando um título especial, um bond, que ele vai disponibilizar para os países que querem fazer aporte no fundo monetário. Há países que já se dispuseram a fazer isso, os Estados Unidos querem fazer aporte, a China quer fazer aporte, o Canadá já declarou que quer fazer aporte, o Brasil também fará um aporte. Mas como o fundo monetário não tinha essa modalidade ele está criando o título", disse.

"Eu falei com o diretor gerente do fundo monetário, o Dominique Strauss-Kahn, e ele me disse que nas próximas duas ou três semanas eles estarão terminando a elaboração deste título de modo que aí o Brasil decidirá quanto dinheiro nos vamos aportar. É outra coisa, não tem nada a ver com o que nós falamos agora. Também serão reservas, será como se fosse a aplicação de um título, em um bônus que corresponde a reservas", completou o ministro brasileiro.

» País poderá dar contribuição inédita, diz Mantega
» Lula quer ser 1º presidente a emprestar ao FMI


Economia internacional
Brasil vira credor do FMI e repassará até R$ 4,5 bi a instituição

Atualizada às 17h32

O ministro da Fazenda, Guido Mantega, confirmou nesta quinta-feira o convite para que o Brasil faça parte do grupo de financiamento regular do Fundo Monetário Internacional (FMI). Caso seja solicitado, o País aportará até US$ 4,5 bilhões na instituição, valor que é o limite de sua cota no fundo.

No entanto, o ministro destacou que "muito dificilmente" o aporte chegará a esse montante. Mantega destacou que o repasse dos valores não vai afetar o nível das reservas brasileiras. "Eles darão em troca Direitos Especiais de Saque. Então na verdade a gente coloca um dinheiro, digamos que eles solicitem 1 bilhão, 2 bilhões, a gente coloca no fundo e eles nos dão Direitos Especiais de Saque que é uma reserva de valor", apontou. "(É) trocar um título por outro título", completou.

O ministro destacou ainda que o País foi convidado pelo FMI para se tornar parte do grupo de 47 países, dos 185 membros, que atualmente são chamados para contribuir com a instituição. "Então eu estou aceitando este convite do fundo, pra nós é importante porque nós estaremos do lado daqueles que vão contribuir no caso em que o fundo precise de recursos para financiar outros países", destacou.

De acordo com Mantega, a medida é importante por um lado pois é um reconhecimento de que o Brasil é um país sólido, mas também porque os aportes vão ajudar a viabilizar crédito para os países emergentes que estão em dificultades. "Portanto ajuda a ativar a economia mundial", afirmou.

O ministro também ressaltou que esta não é a primeira vez que o País se torna credor do FMI. "Não é a primeira vez, no passado nós já fomos, até 1982", respondeu quanto questionado sobre o assunto.

Aportes anunciados no G20
Mantega explicou ainda que as outras contribuições a serem dadas pelo País ao FMI, que foram anunciadas na reunião do G20 em Londres, ainda necessitam de um instrumento adequado para manter o nível das reservas intacto.

"O fundo monetário está preparando um título especial, um bond, que ele vai disponibilizar para os países que querem fazer aporte no fundo monetário. Há países que já se dispuseram a fazer isso, os Estados Unidos querem fazer aporte, a China quer fazer aporte, o Canadá já declarou que quer fazer aporte, o Brasil também fará um aporte. Mas como o fundo monetário não tinha essa modalidade ele está criando o título", disse.

"Eu falei com o diretor gerente do fundo monetário, o Dominique Strauss-Kahn, e ele me disse que nas próximas duas ou três semanas eles estarão terminando a elaboração deste título de modo que aí o Brasil decidirá quanto dinheiro nos vamos aportar. É outra coisa, não tem nada a ver com o que nós falamos agora. Também serão reservas, será como se fosse a aplicação de um título, em um bônus que corresponde a reservas", completou o ministro brasileiro.

» País poderá dar contribuição inédita, diz Mantega
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Economia internacional
Brasil vira credor do FMI e repassará até R$ 4,5 bi a instituição

Atualizada às 17h32

O ministro da Fazenda, Guido Mantega, confirmou nesta quinta-feira o convite para que o Brasil faça parte do grupo de financiamento regular do Fundo Monetário Internacional (FMI). Caso seja solicitado, o País aportará até US$ 4,5 bilhões na instituição, valor que é o limite de sua cota no fundo.

No entanto, o ministro destacou que "muito dificilmente" o aporte chegará a esse montante. Mantega destacou que o repasse dos valores não vai afetar o nível das reservas brasileiras. "Eles darão em troca Direitos Especiais de Saque. Então na verdade a gente coloca um dinheiro, digamos que eles solicitem 1 bilhão, 2 bilhões, a gente coloca no fundo e eles nos dão Direitos Especiais de Saque que é uma reserva de valor", apontou. "(É) trocar um título por outro título", completou.

O ministro destacou ainda que o País foi convidado pelo FMI para se tornar parte do grupo de 47 países, dos 185 membros, que atualmente são chamados para contribuir com a instituição. "Então eu estou aceitando este convite do fundo, pra nós é importante porque nós estaremos do lado daqueles que vão contribuir no caso em que o fundo precise de recursos para financiar outros países", destacou.

De acordo com Mantega, a medida é importante por um lado pois é um reconhecimento de que o Brasil é um país sólido, mas também porque os aportes vão ajudar a viabilizar crédito para os países emergentes que estão em dificultades. "Portanto ajuda a ativar a economia mundial", afirmou.

O ministro também ressaltou que esta não é a primeira vez que o País se torna credor do FMI. "Não é a primeira vez, no passado nós já fomos, até 1982", respondeu quanto questionado sobre o assunto.

Aportes anunciados no G20
Mantega explicou ainda que as outras contribuições a serem dadas pelo País ao FMI, que foram anunciadas na reunião do G20 em Londres, ainda necessitam de um instrumento adequado para manter o nível das reservas intacto.

"O fundo monetário está preparando um título especial, um bond, que ele vai disponibilizar para os países que querem fazer aporte no fundo monetário. Há países que já se dispuseram a fazer isso, os Estados Unidos querem fazer aporte, a China quer fazer aporte, o Canadá já declarou que quer fazer aporte, o Brasil também fará um aporte. Mas como o fundo monetário não tinha essa modalidade ele está criando o título", disse.

"Eu falei com o diretor gerente do fundo monetário, o Dominique Strauss-Kahn, e ele me disse que nas próximas duas ou três semanas eles estarão terminando a elaboração deste título de modo que aí o Brasil decidirá quanto dinheiro nos vamos aportar. É outra coisa, não tem nada a ver com o que nós falamos agora. Também serão reservas, será como se fosse a aplicação de um título, em um bônus que corresponde a reservas", completou o ministro brasileiro.

» País poderá dar contribuição inédita, diz Mantega
» Lula quer ser 1º presidente a emprestar ao FMI


Economia internacional
Brasil vira credor do FMI e repassará até R$ 4,5 bi a instituição

Atualizada às 17h32

O ministro da Fazenda, Guido Mantega, confirmou nesta quinta-feira o convite para que o Brasil faça parte do grupo de financiamento regular do Fundo Monetário Internacional (FMI). Caso seja solicitado, o País aportará até US$ 4,5 bilhões na instituição, valor que é o limite de sua cota no fundo.

No entanto, o ministro destacou que "muito dificilmente" o aporte chegará a esse montante. Mantega destacou que o repasse dos valores não vai afetar o nível das reservas brasileiras. "Eles darão em troca Direitos Especiais de Saque. Então na verdade a gente coloca um dinheiro, digamos que eles solicitem 1 bilhão, 2 bilhões, a gente coloca no fundo e eles nos dão Direitos Especiais de Saque que é uma reserva de valor", apontou. "(É) trocar um título por outro título", completou.

O ministro destacou ainda que o País foi convidado pelo FMI para se tornar parte do grupo de 47 países, dos 185 membros, que atualmente são chamados para contribuir com a instituição. "Então eu estou aceitando este convite do fundo, pra nós é importante porque nós estaremos do lado daqueles que vão contribuir no caso em que o fundo precise de recursos para financiar outros países", destacou.

De acordo com Mantega, a medida é importante por um lado pois é um reconhecimento de que o Brasil é um país sólido, mas também porque os aportes vão ajudar a viabilizar crédito para os países emergentes que estão em dificultades. "Portanto ajuda a ativar a economia mundial", afirmou.

O ministro também ressaltou que esta não é a primeira vez que o País se torna credor do FMI. "Não é a primeira vez, no passado nós já fomos, até 1982", respondeu quanto questionado sobre o assunto.

Aportes anunciados no G20
Mantega explicou ainda que as outras contribuições a serem dadas pelo País ao FMI, que foram anunciadas na reunião do G20 em Londres, ainda necessitam de um instrumento adequado para manter o nível das reservas intacto.

"O fundo monetário está preparando um título especial, um bond, que ele vai disponibilizar para os países que querem fazer aporte no fundo monetário. Há países que já se dispuseram a fazer isso, os Estados Unidos querem fazer aporte, a China quer fazer aporte, o Canadá já declarou que quer fazer aporte, o Brasil também fará um aporte. Mas como o fundo monetário não tinha essa modalidade ele está criando o título", disse.

"Eu falei com o diretor gerente do fundo monetário, o Dominique Strauss-Kahn, e ele me disse que nas próximas duas ou três semanas eles estarão terminando a elaboração deste título de modo que aí o Brasil decidirá quanto dinheiro nos vamos aportar. É outra coisa, não tem nada a ver com o que nós falamos agora. Também serão reservas, será como se fosse a aplicação de um título, em um bônus que corresponde a reservas", completou o ministro brasileiro.

» País poderá dar contribuição inédita, diz Mantega
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O ministro da Fazenda, Guido Mantega, confirmou nesta quinta-feira o convite para que o Brasil faça parte do grupo de financiamento regular do Fundo Monetário Internacional (FMI). Caso seja solicitado, o País aportará até US$ 4,5 bilhões na instituição, valor que é o limite de sua cota no fundo.

No entanto, o ministro destacou que "muito dificilmente" o aporte chegará a esse montante. Mantega destacou que o repasse dos valores não vai afetar o nível das reservas brasileiras. "Eles darão em troca Direitos Especiais de Saque. Então na verdade a gente coloca um dinheiro, digamos que eles solicitem 1 bilhão, 2 bilhões, a gente coloca no fundo e eles nos dão Direitos Especiais de Saque que é uma reserva de valor", apontou. "(É) trocar um título por outro título", completou.

O ministro destacou ainda que o País foi convidado pelo FMI para se tornar parte do grupo de 47 países, dos 185 membros, que atualmente são chamados para contribuir com a instituição. "Então eu estou aceitando este convite do fundo, pra nós é importante porque nós estaremos do lado daqueles que vão contribuir no caso em que o fundo precise de recursos para financiar outros países", destacou.

De acordo com Mantega, a medida é importante por um lado pois é um reconhecimento de que o Brasil é um país sólido, mas também porque os aportes vão ajudar a viabilizar crédito para os países emergentes que estão em dificultades. "Portanto ajuda a ativar a economia mundial", afirmou.

O ministro também ressaltou que esta não é a primeira vez que o País se torna credor do FMI. "Não é a primeira vez, no passado nós já fomos, até 1982", respondeu quanto questionado sobre o assunto.

Aportes anunciados no G20
Mantega explicou ainda que as outras contribuições a serem dadas pelo País ao FMI, que foram anunciadas na reunião do G20 em Londres, ainda necessitam de um instrumento adequado para manter o nível das reservas intacto.

"O fundo monetário está preparando um título especial, um bond, que ele vai disponibilizar para os países que querem fazer aporte no fundo monetário. Há países que já se dispuseram a fazer isso, os Estados Unidos querem fazer aporte, a China quer fazer aporte, o Canadá já declarou que quer fazer aporte, o Brasil também fará um aporte. Mas como o fundo monetário não tinha essa modalidade ele está criando o título", disse.

"Eu falei com o diretor gerente do fundo monetário, o Dominique Strauss-Kahn, e ele me disse que nas próximas duas ou três semanas eles estarão terminando a elaboração deste título de modo que aí o Brasil decidirá quanto dinheiro nos vamos aportar. É outra coisa, não tem nada a ver com o que nós falamos agora. Também serão reservas, será como se fosse a aplicação de um título, em um bônus que corresponde a reservas", completou o ministro brasileiro.

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Economia internacional
Brasil vira credor do FMI e repassará até R$ 4,5 bi a instituição

Atualizada às 17h32

O ministro da Fazenda, Guido Mantega, confirmou nesta quinta-feira o convite para que o Brasil faça parte do grupo de financiamento regular do Fundo Monetário Internacional (FMI). Caso seja solicitado, o País aportará até US$ 4,5 bilhões na instituição, valor que é o limite de sua cota no fundo.

No entanto, o ministro destacou que "muito dificilmente" o aporte chegará a esse montante. Mantega destacou que o repasse dos valores não vai afetar o nível das reservas brasileiras. "Eles darão em troca Direitos Especiais de Saque. Então na verdade a gente coloca um dinheiro, digamos que eles solicitem 1 bilhão, 2 bilhões, a gente coloca no fundo e eles nos dão Direitos Especiais de Saque que é uma reserva de valor", apontou. "(É) trocar um título por outro título", completou.

O ministro destacou ainda que o País foi convidado pelo FMI para se tornar parte do grupo de 47 países, dos 185 membros, que atualmente são chamados para contribuir com a instituição. "Então eu estou aceitando este convite do fundo, pra nós é importante porque nós estaremos do lado daqueles que vão contribuir no caso em que o fundo precise de recursos para financiar outros países", destacou.

De acordo com Mantega, a medida é importante por um lado pois é um reconhecimento de que o Brasil é um país sólido, mas também porque os aportes vão ajudar a viabilizar crédito para os países emergentes que estão em dificultades. "Portanto ajuda a ativar a economia mundial", afirmou.

O ministro também ressaltou que esta não é a primeira vez que o País se torna credor do FMI. "Não é a primeira vez, no passado nós já fomos, até 1982", respondeu quanto questionado sobre o assunto.

Aportes anunciados no G20
Mantega explicou ainda que as outras contribuições a serem dadas pelo País ao FMI, que foram anunciadas na reunião do G20 em Londres, ainda necessitam de um instrumento adequado para manter o nível das reservas intacto.

"O fundo monetário está preparando um título especial, um bond, que ele vai disponibilizar para os países que querem fazer aporte no fundo monetário. Há países que já se dispuseram a fazer isso, os Estados Unidos querem fazer aporte, a China quer fazer aporte, o Canadá já declarou que quer fazer aporte, o Brasil também fará um aporte. Mas como o fundo monetário não tinha essa modalidade ele está criando o título", disse.

"Eu falei com o diretor gerente do fundo monetário, o Dominique Strauss-Kahn, e ele me disse que nas próximas duas ou três semanas eles estarão terminando a elaboração deste título de modo que aí o Brasil decidirá quanto dinheiro nos vamos aportar. É outra coisa, não tem nada a ver com o que nós falamos agora. Também serão reservas, será como se fosse a aplicação de um título, em um bônus que corresponde a reservas", completou o ministro brasileiro.

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Economia internacional
Brasil vira credor do FMI e repassará até R$ 4,5 bi a instituição

Atualizada às 17h32

O ministro da Fazenda, Guido Mantega, confirmou nesta quinta-feira o convite para que o Brasil faça parte do grupo de financiamento regular do Fundo Monetário Internacional (FMI). Caso seja solicitado, o País aportará até US$ 4,5 bilhões na instituição, valor que é o limite de sua cota no fundo.

No entanto, o ministro destacou que "muito dificilmente" o aporte chegará a esse montante. Mantega destacou que o repasse dos valores não vai afetar o nível das reservas brasileiras. "Eles darão em troca Direitos Especiais de Saque. Então na verdade a gente coloca um dinheiro, digamos que eles solicitem 1 bilhão, 2 bilhões, a gente coloca no fundo e eles nos dão Direitos Especiais de Saque que é uma reserva de valor", apontou. "(É) trocar um título por outro título", completou.

O ministro destacou ainda que o País foi convidado pelo FMI para se tornar parte do grupo de 47 países, dos 185 membros, que atualmente são chamados para contribuir com a instituição. "Então eu estou aceitando este convite do fundo, pra nós é importante porque nós estaremos do lado daqueles que vão contribuir no caso em que o fundo precise de recursos para financiar outros países", destacou.

De acordo com Mantega, a medida é importante por um lado pois é um reconhecimento de que o Brasil é um país sólido, mas também porque os aportes vão ajudar a viabilizar crédito para os países emergentes que estão em dificultades. "Portanto ajuda a ativar a economia mundial", afirmou.

O ministro também ressaltou que esta não é a primeira vez que o País se torna credor do FMI. "Não é a primeira vez, no passado nós já fomos, até 1982", respondeu quanto questionado sobre o assunto.

Aportes anunciados no G20
Mantega explicou ainda que as outras contribuições a serem dadas pelo País ao FMI, que foram anunciadas na reunião do G20 em Londres, ainda necessitam de um instrumento adequado para manter o nível das reservas intacto.

"O fundo monetário está preparando um título especial, um bond, que ele vai disponibilizar para os países que querem fazer aporte no fundo monetário. Há países que já se dispuseram a fazer isso, os Estados Unidos querem fazer aporte, a China quer fazer aporte, o Canadá já declarou que quer fazer aporte, o Brasil também fará um aporte. Mas como o fundo monetário não tinha essa modalidade ele está criando o título", disse.

"Eu falei com o diretor gerente do fundo monetário, o Dominique Strauss-Kahn, e ele me disse que nas próximas duas ou três semanas eles estarão terminando a elaboração deste título de modo que aí o Brasil decidirá quanto dinheiro nos vamos aportar. É outra coisa, não tem nada a ver com o que nós falamos agora. Também serão reservas, será como se fosse a aplicação de um título, em um bônus que corresponde a reservas", completou o ministro brasileiro.

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Economia internacional
Brasil vira credor do FMI e repassará até R$ 4,5 bi a instituição

Atualizada às 17h32

O ministro da Fazenda, Guido Mantega, confirmou nesta quinta-feira o convite para que o Brasil faça parte do grupo de financiamento regular do Fundo Monetário Internacional (FMI). Caso seja solicitado, o País aportará até US$ 4,5 bilhões na instituição, valor que é o limite de sua cota no fundo.

No entanto, o ministro destacou que "muito dificilmente" o aporte chegará a esse montante. Mantega destacou que o repasse dos valores não vai afetar o nível das reservas brasileiras. "Eles darão em troca Direitos Especiais de Saque. Então na verdade a gente coloca um dinheiro, digamos que eles solicitem 1 bilhão, 2 bilhões, a gente coloca no fundo e eles nos dão Direitos Especiais de Saque que é uma reserva de valor", apontou. "(É) trocar um título por outro título", completou.

O ministro destacou ainda que o País foi convidado pelo FMI para se tornar parte do grupo de 47 países, dos 185 membros, que atualmente são chamados para contribuir com a instituição. "Então eu estou aceitando este convite do fundo, pra nós é importante porque nós estaremos do lado daqueles que vão contribuir no caso em que o fundo precise de recursos para financiar outros países", destacou.

De acordo com Mantega, a medida é importante por um lado pois é um reconhecimento de que o Brasil é um país sólido, mas também porque os aportes vão ajudar a viabilizar crédito para os países emergentes que estão em dificultades. "Portanto ajuda a ativar a economia mundial", afirmou.

O ministro também ressaltou que esta não é a primeira vez que o País se torna credor do FMI. "Não é a primeira vez, no passado nós já fomos, até 1982", respondeu quanto questionado sobre o assunto.

Aportes anunciados no G20
Mantega explicou ainda que as outras contribuições a serem dadas pelo País ao FMI, que foram anunciadas na reunião do G20 em Londres, ainda necessitam de um instrumento adequado para manter o nível das reservas intacto.

"O fundo monetário está preparando um título especial, um bond, que ele vai disponibilizar para os países que querem fazer aporte no fundo monetário. Há países que já se dispuseram a fazer isso, os Estados Unidos querem fazer aporte, a China quer fazer aporte, o Canadá já declarou que quer fazer aporte, o Brasil também fará um aporte. Mas como o fundo monetário não tinha essa modalidade ele está criando o título", disse.

"Eu falei com o diretor gerente do fundo monetário, o Dominique Strauss-Kahn, e ele me disse que nas próximas duas ou três semanas eles estarão terminando a elaboração deste título de modo que aí o Brasil decidirá quanto dinheiro nos vamos aportar. É outra coisa, não tem nada a ver com o que nós falamos agora. Também serão reservas, será como se fosse a aplicação de um título, em um bônus que corresponde a reservas", completou o ministro brasileiro.

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Economia internacional
Brasil vira credor do FMI e repassará até R$ 4,5 bi a instituição

Atualizada às 17h32

O ministro da Fazenda, Guido Mantega, confirmou nesta quinta-feira o convite para que o Brasil faça parte do grupo de financiamento regular do Fundo Monetário Internacional (FMI). Caso seja solicitado, o País aportará até US$ 4,5 bilhões na instituição, valor que é o limite de sua cota no fundo.

No entanto, o ministro destacou que "muito dificilmente" o aporte chegará a esse montante. Mantega destacou que o repasse dos valores não vai afetar o nível das reservas brasileiras. "Eles darão em troca Direitos Especiais de Saque. Então na verdade a gente coloca um dinheiro, digamos que eles solicitem 1 bilhão, 2 bilhões, a gente coloca no fundo e eles nos dão Direitos Especiais de Saque que é uma reserva de valor", apontou. "(É) trocar um título por outro título", completou.

O ministro destacou ainda que o País foi convidado pelo FMI para se tornar parte do grupo de 47 países, dos 185 membros, que atualmente são chamados para contribuir com a instituição. "Então eu estou aceitando este convite do fundo, pra nós é importante porque nós estaremos do lado daqueles que vão contribuir no caso em que o fundo precise de recursos para financiar outros países", destacou.

De acordo com Mantega, a medida é importante por um lado pois é um reconhecimento de que o Brasil é um país sólido, mas também porque os aportes vão ajudar a viabilizar crédito para os países emergentes que estão em dificultades. "Portanto ajuda a ativar a economia mundial", afirmou.

O ministro também ressaltou que esta não é a primeira vez que o País se torna credor do FMI. "Não é a primeira vez, no passado nós já fomos, até 1982", respondeu quanto questionado sobre o assunto.

Aportes anunciados no G20
Mantega explicou ainda que as outras contribuições a serem dadas pelo País ao FMI, que foram anunciadas na reunião do G20 em Londres, ainda necessitam de um instrumento adequado para manter o nível das reservas intacto.

"O fundo monetário está preparando um título especial, um bond, que ele vai disponibilizar para os países que querem fazer aporte no fundo monetário. Há países que já se dispuseram a fazer isso, os Estados Unidos querem fazer aporte, a China quer fazer aporte, o Canadá já declarou que quer fazer aporte, o Brasil também fará um aporte. Mas como o fundo monetário não tinha essa modalidade ele está criando o título", disse.

"Eu falei com o diretor gerente do fundo monetário, o Dominique Strauss-Kahn, e ele me disse que nas próximas duas ou três semanas eles estarão terminando a elaboração deste título de modo que aí o Brasil decidirá quanto dinheiro nos vamos aportar. É outra coisa, não tem nada a ver com o que nós falamos agora. Também serão reservas, será como se fosse a aplicação de um título, em um bônus que corresponde a reservas", completou o ministro brasileiro.

» País poderá dar contribuição inédita, diz Mantega
» Lula quer ser 1º presidente a emprestar ao FMI











Economia internacional
Brasil vira credor do FMI e repassará até R$ 4,5 bi a instituição

Atualizada às 17h32

O ministro da Fazenda, Guido Mantega, confirmou nesta quinta-feira o convite para que o Brasil faça parte do grupo de financiamento regular do Fundo Monetário Internacional (FMI). Caso seja solicitado, o País aportará até US$ 4,5 bilhões na instituição, valor que é o limite de sua cota no fundo.

No entanto, o ministro destacou que "muito dificilmente" o aporte chegará a esse montante. Mantega destacou que o repasse dos valores não vai afetar o nível das reservas brasileiras. "Eles darão em troca Direitos Especiais de Saque. Então na verdade a gente coloca um dinheiro, digamos que eles solicitem 1 bilhão, 2 bilhões, a gente coloca no fundo e eles nos dão Direitos Especiais de Saque que é uma reserva de valor", apontou. "(É) trocar um título por outro título", completou.

O ministro destacou ainda que o País foi convidado pelo FMI para se tornar parte do grupo de 47 países, dos 185 membros, que atualmente são chamados para contribuir com a instituição. "Então eu estou aceitando este convite do fundo, pra nós é importante porque nós estaremos do lado daqueles que vão contribuir no caso em que o fundo precise de recursos para financiar outros países", destacou.

De acordo com Mantega, a medida é importante por um lado pois é um reconhecimento de que o Brasil é um país sólido, mas também porque os aportes vão ajudar a viabilizar crédito para os países emergentes que estão em dificultades. "Portanto ajuda a ativar a economia mundial", afirmou.

O ministro também ressaltou que esta não é a primeira vez que o País se torna credor do FMI. "Não é a primeira vez, no passado nós já fomos, até 1982", respondeu quanto questionado sobre o assunto.

Aportes anunciados no G20
Mantega explicou ainda que as outras contribuições a serem dadas pelo País ao FMI, que foram anunciadas na reunião do G20 em Londres, ainda necessitam de um instrumento adequado para manter o nível das reservas intacto.

"O fundo monetário está preparando um título especial, um bond, que ele vai disponibilizar para os países que querem fazer aporte no fundo monetário. Há países que já se dispuseram a fazer isso, os Estados Unidos querem fazer aporte, a China quer fazer aporte, o Canadá já declarou que quer fazer aporte, o Brasil também fará um aporte. Mas como o fundo monetário não tinha essa modalidade ele está criando o título", disse.

"Eu falei com o diretor gerente do fundo monetário, o Dominique Strauss-Kahn, e ele me disse que nas próximas duas ou três semanas eles estarão terminando a elaboração deste título de modo que aí o Brasil decidirá quanto dinheiro nos vamos aportar. É outra coisa, não tem nada a ver com o que nós falamos agora. Também serão reservas, será como se fosse a aplicação de um título, em um bônus que corresponde a reservas", completou o ministro brasileiro.

» País poderá dar contribuição inédita, diz Mantega
» Lula quer ser 1º presidente a emprestar ao FMI










Economia internacional
Brasil vira credor do FMI e repassará até R$ 4,5 bi a instituição

Atualizada às 17h32

O ministro da Fazenda, Guido Mantega, confirmou nesta quinta-feira o convite para que o Brasil faça parte do grupo de financiamento regular do Fundo Monetário Internacional (FMI). Caso seja solicitado, o País aportará até US$ 4,5 bilhões na instituição, valor que é o limite de sua cota no fundo.

No entanto, o ministro destacou que "muito dificilmente" o aporte chegará a esse montante. Mantega destacou que o repasse dos valores não vai afetar o nível das reservas brasileiras. "Eles darão em troca Direitos Especiais de Saque. Então na verdade a gente coloca um dinheiro, digamos que eles solicitem 1 bilhão, 2 bilhões, a gente coloca no fundo e eles nos dão Direitos Especiais de Saque que é uma reserva de valor", apontou. "(É) trocar um título por outro título", completou.

O ministro destacou ainda que o País foi convidado pelo FMI para se tornar parte do grupo de 47 países, dos 185 membros, que atualmente são chamados para contribuir com a instituição. "Então eu estou aceitando este convite do fundo, pra nós é importante porque nós estaremos do lado daqueles que vão contribuir no caso em que o fundo precise de recursos para financiar outros países", destacou.

De acordo com Mantega, a medida é importante por um lado pois é um reconhecimento de que o Brasil é um país sólido, mas também porque os aportes vão ajudar a viabilizar crédito para os países emergentes que estão em dificultades. "Portanto ajuda a ativar a economia mundial", afirmou.

O ministro também ressaltou que esta não é a primeira vez que o País se torna credor do FMI. "Não é a primeira vez, no passado nós já fomos, até 1982", respondeu quanto questionado sobre o assunto.

Aportes anunciados no G20
Mantega explicou ainda que as outras contribuições a serem dadas pelo País ao FMI, que foram anunciadas na reunião do G20 em Londres, ainda necessitam de um instrumento adequado para manter o nível das reservas intacto.

"O fundo monetário está preparando um título especial, um bond, que ele vai disponibilizar para os países que querem fazer aporte no fundo monetário. Há países que já se dispuseram a fazer isso, os Estados Unidos querem fazer aporte, a China quer fazer aporte, o Canadá já declarou que quer fazer aporte, o Brasil também fará um aporte. Mas como o fundo monetário não tinha essa modalidade ele está criando o título", disse.

"Eu falei com o diretor gerente do fundo monetário, o Dominique Strauss-Kahn, e ele me disse que nas próximas duas ou três semanas eles estarão terminando a elaboração deste título de modo que aí o Brasil decidirá quanto dinheiro nos vamos aportar. É outra coisa, não tem nada a ver com o que nós falamos agora. Também serão reservas, será como se fosse a aplicação de um título, em um bônus que corresponde a reservas", completou o ministro brasileiro.

» País poderá dar contribuição inédita, diz Mantega
» Lula quer ser 1º presidente a emprestar ao FMI













Economia internacional
Brasil vira credor do FMI e repassará até R$ 4,5 bi a instituição

Atualizada às 17h32

O ministro da Fazenda, Guido Mantega, confirmou nesta quinta-feira o convite para que o Brasil faça parte do grupo de financiamento regular do Fundo Monetário Internacional (FMI). Caso seja solicitado, o País aportará até US$ 4,5 bilhões na instituição, valor que é o limite de sua cota no fundo.

No entanto, o ministro destacou que "muito dificilmente" o aporte chegará a esse montante. Mantega destacou que o repasse dos valores não vai afetar o nível das reservas brasileiras. "Eles darão em troca Direitos Especiais de Saque. Então na verdade a gente coloca um dinheiro, digamos que eles solicitem 1 bilhão, 2 bilhões, a gente coloca no fundo e eles nos dão Direitos Especiais de Saque que é uma reserva de valor", apontou. "(É) trocar um título por outro título", completou.

O ministro destacou ainda que o País foi convidado pelo FMI para se tornar parte do grupo de 47 países, dos 185 membros, que atualmente são chamados para contribuir com a instituição. "Então eu estou aceitando este convite do fundo, pra nós é importante porque nós estaremos do lado daqueles que vão contribuir no caso em que o fundo precise de recursos para financiar outros países", destacou.

De acordo com Mantega, a medida é importante por um lado pois é um reconhecimento de que o Brasil é um país sólido, mas também porque os aportes vão ajudar a viabilizar crédito para os países emergentes que estão em dificultades. "Portanto ajuda a ativar a economia mundial", afirmou.

O ministro também ressaltou que esta não é a primeira vez que o País se torna credor do FMI. "Não é a primeira vez, no passado nós já fomos, até 1982", respondeu quanto questionado sobre o assunto.

Aportes anunciados no G20
Mantega explicou ainda que as outras contribuições a serem dadas pelo País ao FMI, que foram anunciadas na reunião do G20 em Londres, ainda necessitam de um instrumento adequado para manter o nível das reservas intacto.

"O fundo monetário está preparando um título especial, um bond, que ele vai disponibilizar para os países que querem fazer aporte no fundo monetário. Há países que já se dispuseram a fazer isso, os Estados Unidos querem fazer aporte, a China quer fazer aporte, o Canadá já declarou que quer fazer aporte, o Brasil também fará um aporte. Mas como o fundo monetário não tinha essa modalidade ele está criando o título", disse.

"Eu falei com o diretor gerente do fundo monetário, o Dominique Strauss-Kahn, e ele me disse que nas próximas duas ou três semanas eles estarão terminando a elaboração deste título de modo que aí o Brasil decidirá quanto dinheiro nos vamos aportar. É outra coisa, não tem nada a ver com o que nós falamos agora. Também serão reservas, será como se fosse a aplicação de um título, em um bônus que corresponde a reservas", completou o ministro brasileiro.

» País poderá dar contribuição inédita, diz Mantega
» Lula quer ser 1º presidente a emprestar ao FMI

















Economia internacional
Brasil vira credor do FMI e repassará até R$ 4,5 bi a instituição

Atualizada às 17h32

O ministro da Fazenda, Guido Mantega, confirmou nesta quinta-feira o convite para que o Brasil faça parte do grupo de financiamento regular do Fundo Monetário Internacional (FMI). Caso seja solicitado, o País aportará até US$ 4,5 bilhões na instituição, valor que é o limite de sua cota no fundo.

No entanto, o ministro destacou que "muito dificilmente" o aporte chegará a esse montante. Mantega destacou que o repasse dos valores não vai afetar o nível das reservas brasileiras. "Eles darão em troca Direitos Especiais de Saque. Então na verdade a gente coloca um dinheiro, digamos que eles solicitem 1 bilhão, 2 bilhões, a gente coloca no fundo e eles nos dão Direitos Especiais de Saque que é uma reserva de valor", apontou. "(É) trocar um título por outro título", completou.

O ministro destacou ainda que o País foi convidado pelo FMI para se tornar parte do grupo de 47 países, dos 185 membros, que atualmente são chamados para contribuir com a instituição. "Então eu estou aceitando este convite do fundo, pra nós é importante porque nós estaremos do lado daqueles que vão contribuir no caso em que o fundo precise de recursos para financiar outros países", destacou.

De acordo com Mantega, a medida é importante por um lado pois é um reconhecimento de que o Brasil é um país sólido, mas também porque os aportes vão ajudar a viabilizar crédito para os países emergentes que estão em dificultades. "Portanto ajuda a ativar a economia mundial", afirmou.

O ministro também ressaltou que esta não é a primeira vez que o País se torna credor do FMI. "Não é a primeira vez, no passado nós já fomos, até 1982", respondeu quanto questionado sobre o assunto.

Aportes anunciados no G20
Mantega explicou ainda que as outras contribuições a serem dadas pelo País ao FMI, que foram anunciadas na reunião do G20 em Londres, ainda necessitam de um instrumento adequado para manter o nível das reservas intacto.

"O fundo monetário está preparando um título especial, um bond, que ele vai disponibilizar para os países que querem fazer aporte no fundo monetário. Há países que já se dispuseram a fazer isso, os Estados Unidos querem fazer aporte, a China quer fazer aporte, o Canadá já declarou que quer fazer aporte, o Brasil também fará um aporte. Mas como o fundo monetário não tinha essa modalidade ele está criando o título", disse.

"Eu falei com o diretor gerente do fundo monetário, o Dominique Strauss-Kahn, e ele me disse que nas próximas duas ou três semanas eles estarão terminando a elaboração deste título de modo que aí o Brasil decidirá quanto dinheiro nos vamos aportar. É outra coisa, não tem nada a ver com o que nós falamos agora. Também serão reservas, será como se fosse a aplicação de um título, em um bônus que corresponde a reservas", completou o ministro brasileiro.

» País poderá dar contribuição inédita, diz Mantega
» Lula quer ser 1º presidente a emprestar ao FMI














Economia internacional
Brasil vira credor do FMI e repassará até R$ 4,5 bi a instituição

Atualizada às 17h32

O ministro da Fazenda, Guido Mantega, confirmou nesta quinta-feira o convite para que o Brasil faça parte do grupo de financiamento regular do Fundo Monetário Internacional (FMI). Caso seja solicitado, o País aportará até US$ 4,5 bilhões na instituição, valor que é o limite de sua cota no fundo.

No entanto, o ministro destacou que "muito dificilmente" o aporte chegará a esse montante. Mantega destacou que o repasse dos valores não vai afetar o nível das reservas brasileiras. "Eles darão em troca Direitos Especiais de Saque. Então na verdade a gente coloca um dinheiro, digamos que eles solicitem 1 bilhão, 2 bilhões, a gente coloca no fundo e eles nos dão Direitos Especiais de Saque que é uma reserva de valor", apontou. "(É) trocar um título por outro título", completou.

O ministro destacou ainda que o País foi convidado pelo FMI para se tornar parte do grupo de 47 países, dos 185 membros, que atualmente são chamados para contribuir com a instituição. "Então eu estou aceitando este convite do fundo, pra nós é importante porque nós estaremos do lado daqueles que vão contribuir no caso em que o fundo precise de recursos para financiar outros países", destacou.

De acordo com Mantega, a medida é importante por um lado pois é um reconhecimento de que o Brasil é um país sólido, mas também porque os aportes vão ajudar a viabilizar crédito para os países emergentes que estão em dificultades. "Portanto ajuda a ativar a economia mundial", afirmou.

O ministro também ressaltou que esta não é a primeira vez que o País se torna credor do FMI. "Não é a primeira vez, no passado nós já fomos, até 1982", respondeu quanto questionado sobre o assunto.

Aportes anunciados no G20
Mantega explicou ainda que as outras contribuições a serem dadas pelo País ao FMI, que foram anunciadas na reunião do G20 em Londres, ainda necessitam de um instrumento adequado para manter o nível das reservas intacto.

"O fundo monetário está preparando um título especial, um bond, que ele vai disponibilizar para os países que querem fazer aporte no fundo monetário. Há países que já se dispuseram a fazer isso, os Estados Unidos querem fazer aporte, a China quer fazer aporte, o Canadá já declarou que quer fazer aporte, o Brasil também fará um aporte. Mas como o fundo monetário não tinha essa modalidade ele está criando o título", disse.

"Eu falei com o diretor gerente do fundo monetário, o Dominique Strauss-Kahn, e ele me disse que nas próximas duas ou três semanas eles estarão terminando a elaboração deste título de modo que aí o Brasil decidirá quanto dinheiro nos vamos aportar. É outra coisa, não tem nada a ver com o que nós falamos agora. Também serão reservas, será como se fosse a aplicação de um título, em um bônus que corresponde a reservas", completou o ministro brasileiro.

» País poderá dar contribuição inédita, diz Mantega
» Lula quer ser 1º presidente a emprestar ao FMI

















Economia internacional
Brasil vira credor do FMI e repassará até R$ 4,5 bi a instituição

Atualizada às 17h32

O ministro da Fazenda, Guido Mantega, confirmou nesta quinta-feira o convite para que o Brasil faça parte do grupo de financiamento regular do Fundo Monetário Internacional (FMI). Caso seja solicitado, o País aportará até US$ 4,5 bilhões na instituição, valor que é o limite de sua cota no fundo.

No entanto, o ministro destacou que "muito dificilmente" o aporte chegará a esse montante. Mantega destacou que o repasse dos valores não vai afetar o nível das reservas brasileiras. "Eles darão em troca Direitos Especiais de Saque. Então na verdade a gente coloca um dinheiro, digamos que eles solicitem 1 bilhão, 2 bilhões, a gente coloca no fundo e eles nos dão Direitos Especiais de Saque que é uma reserva de valor", apontou. "(É) trocar um título por outro título", completou.

O ministro destacou ainda que o País foi convidado pelo FMI para se tornar parte do grupo de 47 países, dos 185 membros, que atualmente são chamados para contribuir com a instituição. "Então eu estou aceitando este convite do fundo, pra nós é importante porque nós estaremos do lado daqueles que vão contribuir no caso em que o fundo precise de recursos para financiar outros países", destacou.

De acordo com Mantega, a medida é importante por um lado pois é um reconhecimento de que o Brasil é um país sólido, mas também porque os aportes vão ajudar a viabilizar crédito para os países emergentes que estão em dificultades. "Portanto ajuda a ativar a economia mundial", afirmou.

O ministro também ressaltou que esta não é a primeira vez que o País se torna credor do FMI. "Não é a primeira vez, no passado nós já fomos, até 1982", respondeu quanto questionado sobre o assunto.

Aportes anunciados no G20
Mantega explicou ainda que as outras contribuições a serem dadas pelo País ao FMI, que foram anunciadas na reunião do G20 em Londres, ainda necessitam de um instrumento adequado para manter o nível das reservas intacto.

"O fundo monetário está preparando um título especial, um bond, que ele vai disponibilizar para os países que querem fazer aporte no fundo monetário. Há países que já se dispuseram a fazer isso, os Estados Unidos querem fazer aporte, a China quer fazer aporte, o Canadá já declarou que quer fazer aporte, o Brasil também fará um aporte. Mas como o fundo monetário não tinha essa modalidade ele está criando o título", disse.

"Eu falei com o diretor gerente do fundo monetário, o Dominique Strauss-Kahn, e ele me disse que nas próximas duas ou três semanas eles estarão terminando a elaboração deste título de modo que aí o Brasil decidirá quanto dinheiro nos vamos aportar. É outra coisa, não tem nada a ver com o que nós falamos agora. Também serão reservas, será como se fosse a aplicação de um título, em um bônus que corresponde a reservas", completou o ministro brasileiro.

» País poderá dar contribuição inédita, diz Mantega
» Lula quer ser 1º presidente a emprestar ao FMI















Economia internacional
Brasil vira credor do FMI e repassará até R$ 4,5 bi a instituição

Atualizada às 17h32

O ministro da Fazenda, Guido Mantega, confirmou nesta quinta-feira o convite para que o Brasil faça parte do grupo de financiamento regular do Fundo Monetário Internacional (FMI). Caso seja solicitado, o País aportará até US$ 4,5 bilhões na instituição, valor que é o limite de sua cota no fundo.

No entanto, o ministro destacou que "muito dificilmente" o aporte chegará a esse montante. Mantega destacou que o repasse dos valores não vai afetar o nível das reservas brasileiras. "Eles darão em troca Direitos Especiais de Saque. Então na verdade a gente coloca um dinheiro, digamos que eles solicitem 1 bilhão, 2 bilhões, a gente coloca no fundo e eles nos dão Direitos Especiais de Saque que é uma reserva de valor", apontou. "(É) trocar um título por outro título", completou.

O ministro destacou ainda que o País foi convidado pelo FMI para se tornar parte do grupo de 47 países, dos 185 membros, que atualmente são chamados para contribuir com a instituição. "Então eu estou aceitando este convite do fundo, pra nós é importante porque nós estaremos do lado daqueles que vão contribuir no caso em que o fundo precise de recursos para financiar outros países", destacou.

De acordo com Mantega, a medida é importante por um lado pois é um reconhecimento de que o Brasil é um país sólido, mas também porque os aportes vão ajudar a viabilizar crédito para os países emergentes que estão em dificultades. "Portanto ajuda a ativar a economia mundial", afirmou.

O ministro também ressaltou que esta não é a primeira vez que o País se torna credor do FMI. "Não é a primeira vez, no passado nós já fomos, até 1982", respondeu quanto questionado sobre o assunto.

Aportes anunciados no G20
Mantega explicou ainda que as outras contribuições a serem dadas pelo País ao FMI, que foram anunciadas na reunião do G20 em Londres, ainda necessitam de um instrumento adequado para manter o nível das reservas intacto.

"O fundo monetário está preparando um título especial, um bond, que ele vai disponibilizar para os países que querem fazer aporte no fundo monetário. Há países que já se dispuseram a fazer isso, os Estados Unidos querem fazer aporte, a China quer fazer aporte, o Canadá já declarou que quer fazer aporte, o Brasil também fará um aporte. Mas como o fundo monetário não tinha essa modalidade ele está criando o título", disse.

"Eu falei com o diretor gerente do fundo monetário, o Dominique Strauss-Kahn, e ele me disse que nas próximas duas ou três semanas eles estarão terminando a elaboração deste título de modo que aí o Brasil decidirá quanto dinheiro nos vamos aportar. É outra coisa, não tem nada a ver com o que nós falamos agora. Também serão reservas, será como se fosse a aplicação de um título, em um bônus que corresponde a reservas", completou o ministro brasileiro.

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Economia internacional
Brasil vira credor do FMI e repassará até R$ 4,5 bi a instituição

Atualizada às 17h32

O ministro da Fazenda, Guido Mantega, confirmou nesta quinta-feira o convite para que o Brasil faça parte do grupo de financiamento regular do Fundo Monetário Internacional (FMI). Caso seja solicitado, o País aportará até US$ 4,5 bilhões na instituição, valor que é o limite de sua cota no fundo.

No entanto, o ministro destacou que "muito dificilmente" o aporte chegará a esse montante. Mantega destacou que o repasse dos valores não vai afetar o nível das reservas brasileiras. "Eles darão em troca Direitos Especiais de Saque. Então na verdade a gente coloca um dinheiro, digamos que eles solicitem 1 bilhão, 2 bilhões, a gente coloca no fundo e eles nos dão Direitos Especiais de Saque que é uma reserva de valor", apontou. "(É) trocar um título por outro título", completou.

O ministro destacou ainda que o País foi convidado pelo FMI para se tornar parte do grupo de 47 países, dos 185 membros, que atualmente são chamados para contribuir com a instituição. "Então eu estou aceitando este convite do fundo, pra nós é importante porque nós estaremos do lado daqueles que vão contribuir no caso em que o fundo precise de recursos para financiar outros países", destacou.

De acordo com Mantega, a medida é importante por um lado pois é um reconhecimento de que o Brasil é um país sólido, mas também porque os aportes vão ajudar a viabilizar crédito para os países emergentes que estão em dificultades. "Portanto ajuda a ativar a economia mundial", afirmou.

O ministro também ressaltou que esta não é a primeira vez que o País se torna credor do FMI. "Não é a primeira vez, no passado nós já fomos, até 1982", respondeu quanto questionado sobre o assunto.

Aportes anunciados no G20
Mantega explicou ainda que as outras contribuições a serem dadas pelo País ao FMI, que foram anunciadas na reunião do G20 em Londres, ainda necessitam de um instrumento adequado para manter o nível das reservas intacto.

"O fundo monetário está preparando um título especial, um bond, que ele vai disponibilizar para os países que querem fazer aporte no fundo monetário. Há países que já se dispuseram a fazer isso, os Estados Unidos querem fazer aporte, a China quer fazer aporte, o Canadá já declarou que quer fazer aporte, o Brasil também fará um aporte. Mas como o fundo monetário não tinha essa modalidade ele está criando o título", disse.

"Eu falei com o diretor gerente do fundo monetário, o Dominique Strauss-Kahn, e ele me disse que nas próximas duas ou três semanas eles estarão terminando a elaboração deste título de modo que aí o Brasil decidirá quanto dinheiro nos vamos aportar. É outra coisa, não tem nada a ver com o que nós falamos agora. Também serão reservas, será como se fosse a aplicação de um título, em um bônus que corresponde a reservas", completou o ministro brasileiro.

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Economia internacional
Brasil vira credor do FMI e repassará até R$ 4,5 bi a instituição

Atualizada às 17h32

O ministro da Fazenda, Guido Mantega, confirmou nesta quinta-feira o convite para que o Brasil faça parte do grupo de financiamento regular do Fundo Monetário Internacional (FMI). Caso seja solicitado, o País aportará até US$ 4,5 bilhões na instituição, valor que é o limite de sua cota no fundo.

No entanto, o ministro destacou que "muito dificilmente" o aporte chegará a esse montante. Mantega destacou que o repasse dos valores não vai afetar o nível das reservas brasileiras. "Eles darão em troca Direitos Especiais de Saque. Então na verdade a gente coloca um dinheiro, digamos que eles solicitem 1 bilhão, 2 bilhões, a gente coloca no fundo e eles nos dão Direitos Especiais de Saque que é uma reserva de valor", apontou. "(É) trocar um título por outro título", completou.

O ministro destacou ainda que o País foi convidado pelo FMI para se tornar parte do grupo de 47 países, dos 185 membros, que atualmente são chamados para contribuir com a instituição. "Então eu estou aceitando este convite do fundo, pra nós é importante porque nós estaremos do lado daqueles que vão contribuir no caso em que o fundo precise de recursos para financiar outros países", destacou.

De acordo com Mantega, a medida é importante por um lado pois é um reconhecimento de que o Brasil é um país sólido, mas também porque os aportes vão ajudar a viabilizar crédito para os países emergentes que estão em dificultades. "Portanto ajuda a ativar a economia mundial", afirmou.

O ministro também ressaltou que esta não é a primeira vez que o País se torna credor do FMI. "Não é a primeira vez, no passado nós já fomos, até 1982", respondeu quanto questionado sobre o assunto.

Aportes anunciados no G20
Mantega explicou ainda que as outras contribuições a serem dadas pelo País ao FMI, que foram anunciadas na reunião do G20 em Londres, ainda necessitam de um instrumento adequado para manter o nível das reservas intacto.

"O fundo monetário está preparando um título especial, um bond, que ele vai disponibilizar para os países que querem fazer aporte no fundo monetário. Há países que já se dispuseram a fazer isso, os Estados Unidos querem fazer aporte, a China quer fazer aporte, o Canadá já declarou que quer fazer aporte, o Brasil também fará um aporte. Mas como o fundo monetário não tinha essa modalidade ele está criando o título", disse.

"Eu falei com o diretor gerente do fundo monetário, o Dominique Strauss-Kahn, e ele me disse que nas próximas duas ou três semanas eles estarão terminando a elaboração deste título de modo que aí o Brasil decidirá quanto dinheiro nos vamos aportar. É outra coisa, não tem nada a ver com o que nós falamos agora. Também serão reservas, será como se fosse a aplicação de um título, em um bônus que corresponde a reservas", completou o ministro brasileiro.

» País poderá dar contribuição inédita, diz Mantega
» Lula quer ser 1º presidente a emprestar ao FMI
Economia internacional
Brasil vira credor do FMI e repassará até R$ 4,5 bi a instituição

Atualizada às 17h32

O ministro da Fazenda, Guido Mantega, confirmou nesta quinta-feira o convite para que o Brasil faça parte do grupo de financiamento regular do Fundo Monetário Internacional (FMI). Caso seja solicitado, o País aportará até US$ 4,5 bilhões na instituição, valor que é o limite de sua cota no fundo.

No entanto, o ministro destacou que "muito dificilmente" o aporte chegará a esse montante. Mantega destacou que o repasse dos valores não vai afetar o nível das reservas brasileiras. "Eles darão em troca Direitos Especiais de Saque. Então na verdade a gente coloca um dinheiro, digamos que eles solicitem 1 bilhão, 2 bilhões, a gente coloca no fundo e eles nos dão Direitos Especiais de Saque que é uma reserva de valor", apontou. "(É) trocar um título por outro título", completou.

O ministro destacou ainda que o País foi convidado pelo FMI para se tornar parte do grupo de 47 países, dos 185 membros, que atualmente são chamados para contribuir com a instituição. "Então eu estou aceitando este convite do fundo, pra nós é importante porque nós estaremos do lado daqueles que vão contribuir no caso em que o fundo precise de recursos para financiar outros países", destacou.

De acordo com Mantega, a medida é importante por um lado pois é um reconhecimento de que o Brasil é um país sólido, mas também porque os aportes vão ajudar a viabilizar crédito para os países emergentes que estão em dificultades. "Portanto ajuda a ativar a economia mundial", afirmou.

O ministro também ressaltou que esta não é a primeira vez que o País se torna credor do FMI. "Não é a primeira vez, no passado nós já fomos, até 1982", respondeu quanto questionado sobre o assunto.

Aportes anunciados no G20
Mantega explicou ainda que as outras contribuições a serem dadas pelo País ao FMI, que foram anunciadas na reunião do G20 em Londres, ainda necessitam de um instrumento adequado para manter o nível das reservas intacto.

"O fundo monetário está preparando um título especial, um bond, que ele vai disponibilizar para os países que querem fazer aporte no fundo monetário. Há países que já se dispuseram a fazer isso, os Estados Unidos querem fazer aporte, a China quer fazer aporte, o Canadá já declarou que quer fazer aporte, o Brasil também fará um aporte. Mas como o fundo monetário não tinha essa modalidade ele está criando o título", disse.

"Eu falei com o diretor gerente do fundo monetário, o Dominique Strauss-Kahn, e ele me disse que nas próximas duas ou três semanas eles estarão terminando a elaboração deste título de modo que aí o Brasil decidirá quanto dinheiro nos vamos aportar. É outra coisa, não tem nada a ver com o que nós falamos agora. Também serão reservas, será como se fosse a aplicação de um título, em um bônus que corresponde a reservas", completou o ministro brasileiro.

» País poderá dar contribuição inédita, diz Mantega
» Lula quer ser 1º presidente a emprestar ao FMI
Economia internacional
Brasil vira credor do FMI e repassará até R$ 4,5 bi a instituição

Atualizada às 17h32

O ministro da Fazenda, Guido Mantega, confirmou nesta quinta-feira o convite para que o Brasil faça parte do grupo de financiamento regular do Fundo Monetário Internacional (FMI). Caso seja solicitado, o País aportará até US$ 4,5 bilhões na instituição, valor que é o limite de sua cota no fundo.

No entanto, o ministro destacou que "muito dificilmente" o aporte chegará a esse montante. Mantega destacou que o repasse dos valores não vai afetar o nível das reservas brasileiras. "Eles darão em troca Direitos Especiais de Saque. Então na verdade a gente coloca um dinheiro, digamos que eles solicitem 1 bilhão, 2 bilhões, a gente coloca no fundo e eles nos dão Direitos Especiais de Saque que é uma reserva de valor", apontou. "(É) trocar um título por outro título", completou.

O ministro destacou ainda que o País foi convidado pelo FMI para se tornar parte do grupo de 47 países, dos 185 membros, que atualmente são chamados para contribuir com a instituição. "Então eu estou aceitando este convite do fundo, pra nós é importante porque nós estaremos do lado daqueles que vão contribuir no caso em que o fundo precise de recursos para financiar outros países", destacou.

De acordo com Mantega, a medida é importante por um lado pois é um reconhecimento de que o Brasil é um país sólido, mas também porque os aportes vão ajudar a viabilizar crédito para os países emergentes que estão em dificultades. "Portanto ajuda a ativar a economia mundial", afirmou.

O ministro também ressaltou que esta não é a primeira vez que o País se torna credor do FMI. "Não é a primeira vez, no passado nós já fomos, até 1982", respondeu quanto questionado sobre o assunto.

Aportes anunciados no G20
Mantega explicou ainda que as outras contribuições a serem dadas pelo País ao FMI, que foram anunciadas na reunião do G20 em Londres, ainda necessitam de um instrumento adequado para manter o nível das reservas intacto.

"O fundo monetário está preparando um título especial, um bond, que ele vai disponibilizar para os países que querem fazer aporte no fundo monetário. Há países que já se dispuseram a fazer isso, os Estados Unidos querem fazer aporte, a China quer fazer aporte, o Canadá já declarou que quer fazer aporte, o Brasil também fará um aporte. Mas como o fundo monetário não tinha essa modalidade ele está criando o título", disse.

"Eu falei com o diretor gerente do fundo monetário, o Dominique Strauss-Kahn, e ele me disse que nas próximas duas ou três semanas eles estarão terminando a elaboração deste título de modo que aí o Brasil decidirá quanto dinheiro nos vamos aportar. É outra coisa, não tem nada a ver com o que nós falamos agora. Também serão reservas, será como se fosse a aplicação de um título, em um bônus que corresponde a reservas", completou o ministro brasileiro.

» País poderá dar contribuição inédita, diz Mantega
» Lula quer ser 1º presidente a emprestar ao FMI
Economia internacional
Brasil vira credor do FMI e repassará até R$ 4,5 bi a instituição

Atualizada às 17h32

O ministro da Fazenda, Guido Mantega, confirmou nesta quinta-feira o convite para que o Brasil faça parte do grupo de financiamento regular do Fundo Monetário Internacional (FMI). Caso seja solicitado, o País aportará até US$ 4,5 bilhões na instituição, valor que é o limite de sua cota no fundo.

No entanto, o ministro destacou que "muito dificilmente" o aporte chegará a esse montante. Mantega destacou que o repasse dos valores não vai afetar o nível das reservas brasileiras. "Eles darão em troca Direitos Especiais de Saque. Então na verdade a gente coloca um dinheiro, digamos que eles solicitem 1 bilhão, 2 bilhões, a gente coloca no fundo e eles nos dão Direitos Especiais de Saque que é uma reserva de valor", apontou. "(É) trocar um título por outro título", completou.

O ministro destacou ainda que o País foi convidado pelo FMI para se tornar parte do grupo de 47 países, dos 185 membros, que atualmente são chamados para contribuir com a instituição. "Então eu estou aceitando este convite do fundo, pra nós é importante porque nós estaremos do lado daqueles que vão contribuir no caso em que o fundo precise de recursos para financiar outros países", destacou.

De acordo com Mantega, a medida é importante por um lado pois é um reconhecimento de que o Brasil é um país sólido, mas também porque os aportes vão ajudar a viabilizar crédito para os países emergentes que estão em dificultades. "Portanto ajuda a ativar a economia mundial", afirmou.

O ministro também ressaltou que esta não é a primeira vez que o País se torna credor do FMI. "Não é a primeira vez, no passado nós já fomos, até 1982", respondeu quanto questionado sobre o assunto.

Aportes anunciados no G20
Mantega explicou ainda que as outras contribuições a serem dadas pelo País ao FMI, que foram anunciadas na reunião do G20 em Londres, ainda necessitam de um instrumento adequado para manter o nível das reservas intacto.

"O fundo monetário está preparando um título especial, um bond, que ele vai disponibilizar para os países que querem fazer aporte no fundo monetário. Há países que já se dispuseram a fazer isso, os Estados Unidos querem fazer aporte, a China quer fazer aporte, o Canadá já declarou que quer fazer aporte, o Brasil também fará um aporte. Mas como o fundo monetário não tinha essa modalidade ele está criando o título", disse.

"Eu falei com o diretor gerente do fundo monetário, o Dominique Strauss-Kahn, e ele me disse que nas próximas duas ou três semanas eles estarão terminando a elaboração deste título de modo que aí o Brasil decidirá quanto dinheiro nos vamos aportar. É outra coisa, não tem nada a ver com o que nós falamos agora. Também serão reservas, será como se fosse a aplicação de um título, em um bônus que corresponde a reservas", completou o ministro brasileiro.

» País poderá dar contribuição inédita, diz Mantega
» Lula quer ser 1º presidente a emprestar ao FMI

Economia internacional
Brasil vira credor do FMI e repassará até R$ 4,5 bi a instituição

Atualizada às 17h32

O ministro da Fazenda, Guido Mantega, confirmou nesta quinta-feira o convite para que o Brasil faça parte do grupo de financiamento regular do Fundo Monetário Internacional (FMI). Caso seja solicitado, o País aportará até US$ 4,5 bilhões na instituição, valor que é o limite de sua cota no fundo.

No entanto, o ministro destacou que "muito dificilmente" o aporte chegará a esse montante. Mantega destacou que o repasse dos valores não vai afetar o nível das reservas brasileiras. "Eles darão em troca Direitos Especiais de Saque. Então na verdade a gente coloca um dinheiro, digamos que eles solicitem 1 bilhão, 2 bilhões, a gente coloca no fundo e eles nos dão Direitos Especiais de Saque que é uma reserva de valor", apontou. "(É) trocar um título por outro título", completou.

O ministro destacou ainda que o País foi convidado pelo FMI para se tornar parte do grupo de 47 países, dos 185 membros, que atualmente são chamados para contribuir com a instituição. "Então eu estou aceitando este convite do fundo, pra nós é importante porque nós estaremos do lado daqueles que vão contribuir no caso em que o fundo precise de recursos para financiar outros países", destacou.

De acordo com Mantega, a medida é importante por um lado pois é um reconhecimento de que o Brasil é um país sólido, mas também porque os aportes vão ajudar a viabilizar crédito para os países emergentes que estão em dificultades. "Portanto ajuda a ativar a economia mundial", afirmou.

O ministro também ressaltou que esta não é a primeira vez que o País se torna credor do FMI. "Não é a primeira vez, no passado nós já fomos, até 1982", respondeu quanto questionado sobre o assunto.

Aportes anunciados no G20
Mantega explicou ainda que as outras contribuições a serem dadas pelo País ao FMI, que foram anunciadas na reunião do G20 em Londres, ainda necessitam de um instrumento adequado para manter o nível das reservas intacto.

"O fundo monetário está preparando um título especial, um bond, que ele vai disponibilizar para os países que querem fazer aporte no fundo monetário. Há países que já se dispuseram a fazer isso, os Estados Unidos querem fazer aporte, a China quer fazer aporte, o Canadá já declarou que quer fazer aporte, o Brasil também fará um aporte. Mas como o fundo monetário não tinha essa modalidade ele está criando o título", disse.

"Eu falei com o diretor gerente do fundo monetário, o Dominique Strauss-Kahn, e ele me disse que nas próximas duas ou três semanas eles estarão terminando a elaboração deste título de modo que aí o Brasil decidirá quanto dinheiro nos vamos aportar. É outra coisa, não tem nada a ver com o que nós falamos agora. Também serão reservas, será como se fosse a aplicação de um título, em um bônus que corresponde a reservas", completou o ministro brasileiro.

» País poderá dar contribuição inédita, diz Mantega
» Lula quer ser 1º presidente a emprestar ao FMI

Economia internacional
Brasil vira credor do FMI e repassará até R$ 4,5 bi a instituição

Atualizada às 17h32

O ministro da Fazenda, Guido Mantega, confirmou nesta quinta-feira o convite para que o Brasil faça parte do grupo de financiamento regular do Fundo Monetário Internacional (FMI). Caso seja solicitado, o País aportará até US$ 4,5 bilhões na instituição, valor que é o limite de sua cota no fundo.

No entanto, o ministro destacou que "muito dificilmente" o aporte chegará a esse montante. Mantega destacou que o repasse dos valores não vai afetar o nível das reservas brasileiras. "Eles darão em troca Direitos Especiais de Saque. Então na verdade a gente coloca um dinheiro, digamos que eles solicitem 1 bilhão, 2 bilhões, a gente coloca no fundo e eles nos dão Direitos Especiais de Saque que é uma reserva de valor", apontou. "(É) trocar um título por outro título", completou.

O ministro destacou ainda que o País foi convidado pelo FMI para se tornar parte do grupo de 47 países, dos 185 membros, que atualmente são chamados para contribuir com a instituição. "Então eu estou aceitando este convite do fundo, pra nós é importante porque nós estaremos do lado daqueles que vão contribuir no caso em que o fundo precise de recursos para financiar outros países", destacou.

De acordo com Mantega, a medida é importante por um lado pois é um reconhecimento de que o Brasil é um país sólido, mas também porque os aportes vão ajudar a viabilizar crédito para os países emergentes que estão em dificultades. "Portanto ajuda a ativar a economia mundial", afirmou.

O ministro também ressaltou que esta não é a primeira vez que o País se torna credor do FMI. "Não é a primeira vez, no passado nós já fomos, até 1982", respondeu quanto questionado sobre o assunto.

Aportes anunciados no G20
Mantega explicou ainda que as outras contribuições a serem dadas pelo País ao FMI, que foram anunciadas na reunião do G20 em Londres, ainda necessitam de um instrumento adequado para manter o nível das reservas intacto.

"O fundo monetário está preparando um título especial, um bond, que ele vai disponibilizar para os países que querem fazer aporte no fundo monetário. Há países que já se dispuseram a fazer isso, os Estados Unidos querem fazer aporte, a China quer fazer aporte, o Canadá já declarou que quer fazer aporte, o Brasil também fará um aporte. Mas como o fundo monetário não tinha essa modalidade ele está criando o título", disse.

"Eu falei com o diretor gerente do fundo monetário, o Dominique Strauss-Kahn, e ele me disse que nas próximas duas ou três semanas eles estarão terminando a elaboração deste título de modo que aí o Brasil decidirá quanto dinheiro nos vamos aportar. É outra coisa, não tem nada a ver com o que nós falamos agora. Também serão reservas, será como se fosse a aplicação de um título, em um bônus que corresponde a reservas", completou o ministro brasileiro.

» País poderá dar contribuição inédita, diz Mantega
» Lula quer ser 1º presidente a emprestar ao FMI

Economia internacional
Brasil vira credor do FMI e repassará até R$ 4,5 bi a instituição

Atualizada às 17h32

O ministro da Fazenda, Guido Mantega, confirmou nesta quinta-feira o convite para que o Brasil faça parte do grupo de financiamento regular do Fundo Monetário Internacional (FMI). Caso seja solicitado, o País aportará até US$ 4,5 bilhões na instituição, valor que é o limite de sua cota no fundo.

No entanto, o ministro destacou que "muito dificilmente" o aporte chegará a esse montante. Mantega destacou que o repasse dos valores não vai afetar o nível das reservas brasileiras. "Eles darão em troca Direitos Especiais de Saque. Então na verdade a gente coloca um dinheiro, digamos que eles solicitem 1 bilhão, 2 bilhões, a gente coloca no fundo e eles nos dão Direitos Especiais de Saque que é uma reserva de valor", apontou. "(É) trocar um título por outro título", completou.

O ministro destacou ainda que o País foi convidado pelo FMI para se tornar parte do grupo de 47 países, dos 185 membros, que atualmente são chamados para contribuir com a instituição. "Então eu estou aceitando este convite do fundo, pra nós é importante porque nós estaremos do lado daqueles que vão contribuir no caso em que o fundo precise de recursos para financiar outros países", destacou.

De acordo com Mantega, a medida é importante por um lado pois é um reconhecimento de que o Brasil é um país sólido, mas também porque os aportes vão ajudar a viabilizar crédito para os países emergentes que estão em dificultades. "Portanto ajuda a ativar a economia mundial", afirmou.

O ministro também ressaltou que esta não é a primeira vez que o País se torna credor do FMI. "Não é a primeira vez, no passado nós já fomos, até 1982", respondeu quanto questionado sobre o assunto.

Aportes anunciados no G20
Mantega explicou ainda que as outras contribuições a serem dadas pelo País ao FMI, que foram anunciadas na reunião do G20 em Londres, ainda necessitam de um instrumento adequado para manter o nível das reservas intacto.

"O fundo monetário está preparando um título especial, um bond, que ele vai disponibilizar para os países que querem fazer aporte no fundo monetário. Há países que já se dispuseram a fazer isso, os Estados Unidos querem fazer aporte, a China quer fazer aporte, o Canadá já declarou que quer fazer aporte, o Brasil também fará um aporte. Mas como o fundo monetário não tinha essa modalidade ele está criando o título", disse.

"Eu falei com o diretor gerente do fundo monetário, o Dominique Strauss-Kahn, e ele me disse que nas próximas duas ou três semanas eles estarão terminando a elaboração deste título de modo que aí o Brasil decidirá quanto dinheiro nos vamos aportar. É outra coisa, não tem nada a ver com o que nós falamos agora. Também serão reservas, será como se fosse a aplicação de um título, em um bônus que corresponde a reservas", completou o ministro brasileiro.

» País poderá dar contribuição inédita, diz Mantega
» Lula quer ser 1º presidente a emprestar ao FMI


Economia internacional
Brasil vira credor do FMI e repassará até R$ 4,5 bi a instituição

Atualizada às 17h32

O ministro da Fazenda, Guido Mantega, confirmou nesta quinta-feira o convite para que o Brasil faça parte do grupo de financiamento regular do Fundo Monetário Internacional (FMI). Caso seja solicitado, o País aportará até US$ 4,5 bilhões na instituição, valor que é o limite de sua cota no fundo.

No entanto, o ministro destacou que "muito dificilmente" o aporte chegará a esse montante. Mantega destacou que o repasse dos valores não vai afetar o nível das reservas brasileiras. "Eles darão em troca Direitos Especiais de Saque. Então na verdade a gente coloca um dinheiro, digamos que eles solicitem 1 bilhão, 2 bilhões, a gente coloca no fundo e eles nos dão Direitos Especiais de Saque que é uma reserva de valor", apontou. "(É) trocar um título por outro título", completou.

O ministro destacou ainda que o País foi convidado pelo FMI para se tornar parte do grupo de 47 países, dos 185 membros, que atualmente são chamados para contribuir com a instituição. "Então eu estou aceitando este convite do fundo, pra nós é importante porque nós estaremos do lado daqueles que vão contribuir no caso em que o fundo precise de recursos para financiar outros países", destacou.

De acordo com Mantega, a medida é importante por um lado pois é um reconhecimento de que o Brasil é um país sólido, mas também porque os aportes vão ajudar a viabilizar crédito para os países emergentes que estão em dificultades. "Portanto ajuda a ativar a economia mundial", afirmou.

O ministro também ressaltou que esta não é a primeira vez que o País se torna credor do FMI. "Não é a primeira vez, no passado nós já fomos, até 1982", respondeu quanto questionado sobre o assunto.

Aportes anunciados no G20
Mantega explicou ainda que as outras contribuições a serem dadas pelo País ao FMI, que foram anunciadas na reunião do G20 em Londres, ainda necessitam de um instrumento adequado para manter o nível das reservas intacto.

"O fundo monetário está preparando um título especial, um bond, que ele vai disponibilizar para os países que querem fazer aporte no fundo monetário. Há países que já se dispuseram a fazer isso, os Estados Unidos querem fazer aporte, a China quer fazer aporte, o Canadá já declarou que quer fazer aporte, o Brasil também fará um aporte. Mas como o fundo monetário não tinha essa modalidade ele está criando o título", disse.

"Eu falei com o diretor gerente do fundo monetário, o Dominique Strauss-Kahn, e ele me disse que nas próximas duas ou três semanas eles estarão terminando a elaboração deste título de modo que aí o Brasil decidirá quanto dinheiro nos vamos aportar. É outra coisa, não tem nada a ver com o que nós falamos agora. Também serão reservas, será como se fosse a aplicação de um título, em um bônus que corresponde a reservas", completou o ministro brasileiro.

» País poderá dar contribuição inédita, diz Mantega
» Lula quer ser 1º presidente a emprestar ao FMI

Economia internacional
Brasil vira credor do FMI e repassará até R$ 4,5 bi a instituição

Atualizada às 17h32

O ministro da Fazenda, Guido Mantega, confirmou nesta quinta-feira o convite para que o Brasil faça parte do grupo de financiamento regular do Fundo Monetário Internacional (FMI). Caso seja solicitado, o País aportará até US$ 4,5 bilhões na instituição, valor que é o limite de sua cota no fundo.

No entanto, o ministro destacou que "muito dificilmente" o aporte chegará a esse montante. Mantega destacou que o repasse dos valores não vai afetar o nível das reservas brasileiras. "Eles darão em troca Direitos Especiais de Saque. Então na verdade a gente coloca um dinheiro, digamos que eles solicitem 1 bilhão, 2 bilhões, a gente coloca no fundo e eles nos dão Direitos Especiais de Saque que é uma reserva de valor", apontou. "(É) trocar um título por outro título", completou.

O ministro destacou ainda que o País foi convidado pelo FMI para se tornar parte do grupo de 47 países, dos 185 membros, que atualmente são chamados para contribuir com a instituição. "Então eu estou aceitando este convite do fundo, pra nós é importante porque nós estaremos do lado daqueles que vão contribuir no caso em que o fundo precise de recursos para financiar outros países", destacou.

De acordo com Mantega, a medida é importante por um lado pois é um reconhecimento de que o Brasil é um país sólido, mas também porque os aportes vão ajudar a viabilizar crédito para os países emergentes que estão em dificultades. "Portanto ajuda a ativar a economia mundial", afirmou.

O ministro também ressaltou que esta não é a primeira vez que o País se torna credor do FMI. "Não é a primeira vez, no passado nós já fomos, até 1982", respondeu quanto questionado sobre o assunto.

Aportes anunciados no G20
Mantega explicou ainda que as outras contribuições a serem dadas pelo País ao FMI, que foram anunciadas na reunião do G20 em Londres, ainda necessitam de um instrumento adequado para manter o nível das reservas intacto.

"O fundo monetário está preparando um título especial, um bond, que ele vai disponibilizar para os países que querem fazer aporte no fundo monetário. Há países que já se dispuseram a fazer isso, os Estados Unidos querem fazer aporte, a China quer fazer aporte, o Canadá já declarou que quer fazer aporte, o Brasil também fará um aporte. Mas como o fundo monetário não tinha essa modalidade ele está criando o título", disse.

"Eu falei com o diretor gerente do fundo monetário, o Dominique Strauss-Kahn, e ele me disse que nas próximas duas ou três semanas eles estarão terminando a elaboração deste título de modo que aí o Brasil decidirá quanto dinheiro nos vamos aportar. É outra coisa, não tem nada a ver com o que nós falamos agora. Também serão reservas, será como se fosse a aplicação de um título, em um bônus que corresponde a reservas", completou o ministro brasileiro.

» País poderá dar contribuição inédita, diz Mantega
» Lula quer ser 1º presidente a emprestar ao FMI


Economia internacional
Brasil vira credor do FMI e repassará até R$ 4,5 bi a instituição

Atualizada às 17h32

O ministro da Fazenda, Guido Mantega, confirmou nesta quinta-feira o convite para que o Brasil faça parte do grupo de financiamento regular do Fundo Monetário Internacional (FMI). Caso seja solicitado, o País aportará até US$ 4,5 bilhões na instituição, valor que é o limite de sua cota no fundo.

No entanto, o ministro destacou que "muito dificilmente" o aporte chegará a esse montante. Mantega destacou que o repasse dos valores não vai afetar o nível das reservas brasileiras. "Eles darão em troca Direitos Especiais de Saque. Então na verdade a gente coloca um dinheiro, digamos que eles solicitem 1 bilhão, 2 bilhões, a gente coloca no fundo e eles nos dão Direitos Especiais de Saque que é uma reserva de valor", apontou. "(É) trocar um título por outro título", completou.

O ministro destacou ainda que o País foi convidado pelo FMI para se tornar parte do grupo de 47 países, dos 185 membros, que atualmente são chamados para contribuir com a instituição. "Então eu estou aceitando este convite do fundo, pra nós é importante porque nós estaremos do lado daqueles que vão contribuir no caso em que o fundo precise de recursos para financiar outros países", destacou.

De acordo com Mantega, a medida é importante por um lado pois é um reconhecimento de que o Brasil é um país sólido, mas também porque os aportes vão ajudar a viabilizar crédito para os países emergentes que estão em dificultades. "Portanto ajuda a ativar a economia mundial", afirmou.

O ministro também ressaltou que esta não é a primeira vez que o País se torna credor do FMI. "Não é a primeira vez, no passado nós já fomos, até 1982", respondeu quanto questionado sobre o assunto.

Aportes anunciados no G20
Mantega explicou ainda que as outras contribuições a serem dadas pelo País ao FMI, que foram anunciadas na reunião do G20 em Londres, ainda necessitam de um instrumento adequado para manter o nível das reservas intacto.

"O fundo monetário está preparando um título especial, um bond, que ele vai disponibilizar para os países que querem fazer aporte no fundo monetário. Há países que já se dispuseram a fazer isso, os Estados Unidos querem fazer aporte, a China quer fazer aporte, o Canadá já declarou que quer fazer aporte, o Brasil também fará um aporte. Mas como o fundo monetário não tinha essa modalidade ele está criando o título", disse.

"Eu falei com o diretor gerente do fundo monetário, o Dominique Strauss-Kahn, e ele me disse que nas próximas duas ou três semanas eles estarão terminando a elaboração deste título de modo que aí o Brasil decidirá quanto dinheiro nos vamos aportar. É outra coisa, não tem nada a ver com o que nós falamos agora. Também serão reservas, será como se fosse a aplicação de um título, em um bônus que corresponde a reservas", completou o ministro brasileiro.

» País poderá dar contribuição inédita, diz Mantega
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Economia internacional
Brasil vira credor do FMI e repassará até R$ 4,5 bi a instituição

Atualizada às 17h32

O ministro da Fazenda, Guido Mantega, confirmou nesta quinta-feira o convite para que o Brasil faça parte do grupo de financiamento regular do Fundo Monetário Internacional (FMI). Caso seja solicitado, o País aportará até US$ 4,5 bilhões na instituição, valor que é o limite de sua cota no fundo.

No entanto, o ministro destacou que "muito dificilmente" o aporte chegará a esse montante. Mantega destacou que o repasse dos valores não vai afetar o nível das reservas brasileiras. "Eles darão em troca Direitos Especiais de Saque. Então na verdade a gente coloca um dinheiro, digamos que eles solicitem 1 bilhão, 2 bilhões, a gente coloca no fundo e eles nos dão Direitos Especiais de Saque que é uma reserva de valor", apontou. "(É) trocar um título por outro título", completou.

O ministro destacou ainda que o País foi convidado pelo FMI para se tornar parte do grupo de 47 países, dos 185 membros, que atualmente são chamados para contribuir com a instituição. "Então eu estou aceitando este convite do fundo, pra nós é importante porque nós estaremos do lado daqueles que vão contribuir no caso em que o fundo precise de recursos para financiar outros países", destacou.

De acordo com Mantega, a medida é importante por um lado pois é um reconhecimento de que o Brasil é um país sólido, mas também porque os aportes vão ajudar a viabilizar crédito para os países emergentes que estão em dificultades. "Portanto ajuda a ativar a economia mundial", afirmou.

O ministro também ressaltou que esta não é a primeira vez que o País se torna credor do FMI. "Não é a primeira vez, no passado nós já fomos, até 1982", respondeu quanto questionado sobre o assunto.

Aportes anunciados no G20
Mantega explicou ainda que as outras contribuições a serem dadas pelo País ao FMI, que foram anunciadas na reunião do G20 em Londres, ainda necessitam de um instrumento adequado para manter o nível das reservas intacto.

"O fundo monetário está preparando um título especial, um bond, que ele vai disponibilizar para os países que querem fazer aporte no fundo monetário. Há países que já se dispuseram a fazer isso, os Estados Unidos querem fazer aporte, a China quer fazer aporte, o Canadá já declarou que quer fazer aporte, o Brasil também fará um aporte. Mas como o fundo monetário não tinha essa modalidade ele está criando o título", disse.

"Eu falei com o diretor gerente do fundo monetário, o Dominique Strauss-Kahn, e ele me disse que nas próximas duas ou três semanas eles estarão terminando a elaboração deste título de modo que aí o Brasil decidirá quanto dinheiro nos vamos aportar. É outra coisa, não tem nada a ver com o que nós falamos agora. Também serão reservas, será como se fosse a aplicação de um título, em um bônus que corresponde a reservas", completou o ministro brasileiro.

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Economia internacional
Brasil vira credor do FMI e repassará até R$ 4,5 bi a instituição

Atualizada às 17h32

O ministro da Fazenda, Guido Mantega, confirmou nesta quinta-feira o convite para que o Brasil faça parte do grupo de financiamento regular do Fundo Monetário Internacional (FMI). Caso seja solicitado, o País aportará até US$ 4,5 bilhões na instituição, valor que é o limite de sua cota no fundo.

No entanto, o ministro destacou que "muito dificilmente" o aporte chegará a esse montante. Mantega destacou que o repasse dos valores não vai afetar o nível das reservas brasileiras. "Eles darão em troca Direitos Especiais de Saque. Então na verdade a gente coloca um dinheiro, digamos que eles solicitem 1 bilhão, 2 bilhões, a gente coloca no fundo e eles nos dão Direitos Especiais de Saque que é uma reserva de valor", apontou. "(É) trocar um título por outro título", completou.

O ministro destacou ainda que o País foi convidado pelo FMI para se tornar parte do grupo de 47 países, dos 185 membros, que atualmente são chamados para contribuir com a instituição. "Então eu estou aceitando este convite do fundo, pra nós é importante porque nós estaremos do lado daqueles que vão contribuir no caso em que o fundo precise de recursos para financiar outros países", destacou.

De acordo com Mantega, a medida é importante por um lado pois é um reconhecimento de que o Brasil é um país sólido, mas também porque os aportes vão ajudar a viabilizar crédito para os países emergentes que estão em dificultades. "Portanto ajuda a ativar a economia mundial", afirmou.

O ministro também ressaltou que esta não é a primeira vez que o País se torna credor do FMI. "Não é a primeira vez, no passado nós já fomos, até 1982", respondeu quanto questionado sobre o assunto.

Aportes anunciados no G20
Mantega explicou ainda que as outras contribuições a serem dadas pelo País ao FMI, que foram anunciadas na reunião do G20 em Londres, ainda necessitam de um instrumento adequado para manter o nível das reservas intacto.

"O fundo monetário está preparando um título especial, um bond, que ele vai disponibilizar para os países que querem fazer aporte no fundo monetário. Há países que já se dispuseram a fazer isso, os Estados Unidos querem fazer aporte, a China quer fazer aporte, o Canadá já declarou que quer fazer aporte, o Brasil também fará um aporte. Mas como o fundo monetário não tinha essa modalidade ele está criando o título", disse.

"Eu falei com o diretor gerente do fundo monetário, o Dominique Strauss-Kahn, e ele me disse que nas próximas duas ou três semanas eles estarão terminando a elaboração deste título de modo que aí o Brasil decidirá quanto dinheiro nos vamos aportar. É outra coisa, não tem nada a ver com o que nós falamos agora. Também serão reservas, será como se fosse a aplicação de um título, em um bônus que corresponde a reservas", completou o ministro brasileiro.

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Brasil vira credor do FMI e repassará até R$ 4,5 bi a instituição

Atualizada às 17h32

O ministro da Fazenda, Guido Mantega, confirmou nesta quinta-feira o convite para que o Brasil faça parte do grupo de financiamento regular do Fundo Monetário Internacional (FMI). Caso seja solicitado, o País aportará até US$ 4,5 bilhões na instituição, valor que é o limite de sua cota no fundo.

No entanto, o ministro destacou que "muito dificilmente" o aporte chegará a esse montante. Mantega destacou que o repasse dos valores não vai afetar o nível das reservas brasileiras. "Eles darão em troca Direitos Especiais de Saque. Então na verdade a gente coloca um dinheiro, digamos que eles solicitem 1 bilhão, 2 bilhões, a gente coloca no fundo e eles nos dão Direitos Especiais de Saque que é uma reserva de valor", apontou. "(É) trocar um título por outro título", completou.

O ministro destacou ainda que o País foi convidado pelo FMI para se tornar parte do grupo de 47 países, dos 185 membros, que atualmente são chamados para contribuir com a instituição. "Então eu estou aceitando este convite do fundo, pra nós é importante porque nós estaremos do lado daqueles que vão contribuir no caso em que o fundo precise de recursos para financiar outros países", destacou.

De acordo com Mantega, a medida é importante por um lado pois é um reconhecimento de que o Brasil é um país sólido, mas também porque os aportes vão ajudar a viabilizar crédito para os países emergentes que estão em dificultades. "Portanto ajuda a ativar a economia mundial", afirmou.

O ministro também ressaltou que esta não é a primeira vez que o País se torna credor do FMI. "Não é a primeira vez, no passado nós já fomos, até 1982", respondeu quanto questionado sobre o assunto.

Aportes anunciados no G20
Mantega explicou ainda que as outras contribuições a serem dadas pelo País ao FMI, que foram anunciadas na reunião do G20 em Londres, ainda necessitam de um instrumento adequado para manter o nível das reservas intacto.

"O fundo monetário está preparando um título especial, um bond, que ele vai disponibilizar para os países que querem fazer aporte no fundo monetário. Há países que já se dispuseram a fazer isso, os Estados Unidos querem fazer aporte, a China quer fazer aporte, o Canadá já declarou que quer fazer aporte, o Brasil também fará um aporte. Mas como o fundo monetário não tinha essa modalidade ele está criando o título", disse.

"Eu falei com o diretor gerente do fundo monetário, o Dominique Strauss-Kahn, e ele me disse que nas próximas duas ou três semanas eles estarão terminando a elaboração deste título de modo que aí o Brasil decidirá quanto dinheiro nos vamos aportar. É outra coisa, não tem nada a ver com o que nós falamos agora. Também serão reservas, será como se fosse a aplicação de um título, em um bônus que corresponde a reservas", completou o ministro brasileiro.

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Economia internacional
Brasil vira credor do FMI e repassará até R$ 4,5 bi a instituição

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O ministro da Fazenda, Guido Mantega, confirmou nesta quinta-feira o convite para que o Brasil faça parte do grupo de financiamento regular do Fundo Monetário Internacional (FMI). Caso seja solicitado, o País aportará até US$ 4,5 bilhões na instituição, valor que é o limite de sua cota no fundo.

No entanto, o ministro destacou que "muito dificilmente" o aporte chegará a esse montante. Mantega destacou que o repasse dos valores não vai afetar o nível das reservas brasileiras. "Eles darão em troca Direitos Especiais de Saque. Então na verdade a gente coloca um dinheiro, digamos que eles solicitem 1 bilhão, 2 bilhões, a gente coloca no fundo e eles nos dão Direitos Especiais de Saque que é uma reserva de valor", apontou. "(É) trocar um título por outro título", completou.

O ministro destacou ainda que o País foi convidado pelo FMI para se tornar parte do grupo de 47 países, dos 185 membros, que atualmente são chamados para contribuir com a instituição. "Então eu estou aceitando este convite do fundo, pra nós é importante porque nós estaremos do lado daqueles que vão contribuir no caso em que o fundo precise de recursos para financiar outros países", destacou.

De acordo com Mantega, a medida é importante por um lado pois é um reconhecimento de que o Brasil é um país sólido, mas também porque os aportes vão ajudar a viabilizar crédito para os países emergentes que estão em dificultades. "Portanto ajuda a ativar a economia mundial", afirmou.

O ministro também ressaltou que esta não é a primeira vez que o País se torna credor do FMI. "Não é a primeira vez, no passado nós já fomos, até 1982", respondeu quanto questionado sobre o assunto.

Aportes anunciados no G20
Mantega explicou ainda que as outras contribuições a serem dadas pelo País ao FMI, que foram anunciadas na reunião do G20 em Londres, ainda necessitam de um instrumento adequado para manter o nível das reservas intacto.

"O fundo monetário está preparando um título especial, um bond, que ele vai disponibilizar para os países que querem fazer aporte no fundo monetário. Há países que já se dispuseram a fazer isso, os Estados Unidos querem fazer aporte, a China quer fazer aporte, o Canadá já declarou que quer fazer aporte, o Brasil também fará um aporte. Mas como o fundo monetário não tinha essa modalidade ele está criando o título", disse.

"Eu falei com o diretor gerente do fundo monetário, o Dominique Strauss-Kahn, e ele me disse que nas próximas duas ou três semanas eles estarão terminando a elaboração deste título de modo que aí o Brasil decidirá quanto dinheiro nos vamos aportar. É outra coisa, não tem nada a ver com o que nós falamos agora. Também serão reservas, será como se fosse a aplicação de um título, em um bônus que corresponde a reservas", completou o ministro brasileiro.

» País poderá dar contribuição inédita, diz Mantega
» Lula quer ser 1º presidente a emprestar ao FMI





Economia internacional
Brasil vira credor do FMI e repassará até R$ 4,5 bi a instituição

Atualizada às 17h32

O ministro da Fazenda, Guido Mantega, confirmou nesta quinta-feira o convite para que o Brasil faça parte do grupo de financiamento regular do Fundo Monetário Internacional (FMI). Caso seja solicitado, o País aportará até US$ 4,5 bilhões na instituição, valor que é o limite de sua cota no fundo.

No entanto, o ministro destacou que "muito dificilmente" o aporte chegará a esse montante. Mantega destacou que o repasse dos valores não vai afetar o nível das reservas brasileiras. "Eles darão em troca Direitos Especiais de Saque. Então na verdade a gente coloca um dinheiro, digamos que eles solicitem 1 bilhão, 2 bilhões, a gente coloca no fundo e eles nos dão Direitos Especiais de Saque que é uma reserva de valor", apontou. "(É) trocar um título por outro título", completou.

O ministro destacou ainda que o País foi convidado pelo FMI para se tornar parte do grupo de 47 países, dos 185 membros, que atualmente são chamados para contribuir com a instituição. "Então eu estou aceitando este convite do fundo, pra nós é importante porque nós estaremos do lado daqueles que vão contribuir no caso em que o fundo precise de recursos para financiar outros países", destacou.

De acordo com Mantega, a medida é importante por um lado pois é um reconhecimento de que o Brasil é um país sólido, mas também porque os aportes vão ajudar a viabilizar crédito para os países emergentes que estão em dificultades. "Portanto ajuda a ativar a economia mundial", afirmou.

O ministro também ressaltou que esta não é a primeira vez que o País se torna credor do FMI. "Não é a primeira vez, no passado nós já fomos, até 1982", respondeu quanto questionado sobre o assunto.

Aportes anunciados no G20
Mantega explicou ainda que as outras contribuições a serem dadas pelo País ao FMI, que foram anunciadas na reunião do G20 em Londres, ainda necessitam de um instrumento adequado para manter o nível das reservas intacto.

"O fundo monetário está preparando um título especial, um bond, que ele vai disponibilizar para os países que querem fazer aporte no fundo monetário. Há países que já se dispuseram a fazer isso, os Estados Unidos querem fazer aporte, a China quer fazer aporte, o Canadá já declarou que quer fazer aporte, o Brasil também fará um aporte. Mas como o fundo monetário não tinha essa modalidade ele está criando o título", disse.

"Eu falei com o diretor gerente do fundo monetário, o Dominique Strauss-Kahn, e ele me disse que nas próximas duas ou três semanas eles estarão terminando a elaboração deste título de modo que aí o Brasil decidirá quanto dinheiro nos vamos aportar. É outra coisa, não tem nada a ver com o que nós falamos agora. Também serão reservas, será como se fosse a aplicação de um título, em um bônus que corresponde a reservas", completou o ministro brasileiro.

» País poderá dar contribuição inédita, diz Mantega
» Lula quer ser 1º presidente a emprestar ao FMI











Economia internacional
Brasil vira credor do FMI e repassará até R$ 4,5 bi a instituição

Atualizada às 17h32

O ministro da Fazenda, Guido Mantega, confirmou nesta quinta-feira o convite para que o Brasil faça parte do grupo de financiamento regular do Fundo Monetário Internacional (FMI). Caso seja solicitado, o País aportará até US$ 4,5 bilhões na instituição, valor que é o limite de sua cota no fundo.

No entanto, o ministro destacou que "muito dificilmente" o aporte chegará a esse montante. Mantega destacou que o repasse dos valores não vai afetar o nível das reservas brasileiras. "Eles darão em troca Direitos Especiais de Saque. Então na verdade a gente coloca um dinheiro, digamos que eles solicitem 1 bilhão, 2 bilhões, a gente coloca no fundo e eles nos dão Direitos Especiais de Saque que é uma reserva de valor", apontou. "(É) trocar um título por outro título", completou.

O ministro destacou ainda que o País foi convidado pelo FMI para se tornar parte do grupo de 47 países, dos 185 membros, que atualmente são chamados para contribuir com a instituição. "Então eu estou aceitando este convite do fundo, pra nós é importante porque nós estaremos do lado daqueles que vão contribuir no caso em que o fundo precise de recursos para financiar outros países", destacou.

De acordo com Mantega, a medida é importante por um lado pois é um reconhecimento de que o Brasil é um país sólido, mas também porque os aportes vão ajudar a viabilizar crédito para os países emergentes que estão em dificultades. "Portanto ajuda a ativar a economia mundial", afirmou.

O ministro também ressaltou que esta não é a primeira vez que o País se torna credor do FMI. "Não é a primeira vez, no passado nós já fomos, até 1982", respondeu quanto questionado sobre o assunto.

Aportes anunciados no G20
Mantega explicou ainda que as outras contribuições a serem dadas pelo País ao FMI, que foram anunciadas na reunião do G20 em Londres, ainda necessitam de um instrumento adequado para manter o nível das reservas intacto.

"O fundo monetário está preparando um título especial, um bond, que ele vai disponibilizar para os países que querem fazer aporte no fundo monetário. Há países que já se dispuseram a fazer isso, os Estados Unidos querem fazer aporte, a China quer fazer aporte, o Canadá já declarou que quer fazer aporte, o Brasil também fará um aporte. Mas como o fundo monetário não tinha essa modalidade ele está criando o título", disse.

"Eu falei com o diretor gerente do fundo monetário, o Dominique Strauss-Kahn, e ele me disse que nas próximas duas ou três semanas eles estarão terminando a elaboração deste título de modo que aí o Brasil decidirá quanto dinheiro nos vamos aportar. É outra coisa, não tem nada a ver com o que nós falamos agora. Também serão reservas, será como se fosse a aplicação de um título, em um bônus que corresponde a reservas", completou o ministro brasileiro.

» País poderá dar contribuição inédita, diz Mantega
» Lula quer ser 1º presidente a emprestar ao FMI










Economia internacional
Brasil vira credor do FMI e repassará até R$ 4,5 bi a instituição

Atualizada às 17h32

O ministro da Fazenda, Guido Mantega, confirmou nesta quinta-feira o convite para que o Brasil faça parte do grupo de financiamento regular do Fundo Monetário Internacional (FMI). Caso seja solicitado, o País aportará até US$ 4,5 bilhões na instituição, valor que é o limite de sua cota no fundo.

No entanto, o ministro destacou que "muito dificilmente" o aporte chegará a esse montante. Mantega destacou que o repasse dos valores não vai afetar o nível das reservas brasileiras. "Eles darão em troca Direitos Especiais de Saque. Então na verdade a gente coloca um dinheiro, digamos que eles solicitem 1 bilhão, 2 bilhões, a gente coloca no fundo e eles nos dão Direitos Especiais de Saque que é uma reserva de valor", apontou. "(É) trocar um título por outro título", completou.

O ministro destacou ainda que o País foi convidado pelo FMI para se tornar parte do grupo de 47 países, dos 185 membros, que atualmente são chamados para contribuir com a instituição. "Então eu estou aceitando este convite do fundo, pra nós é importante porque nós estaremos do lado daqueles que vão contribuir no caso em que o fundo precise de recursos para financiar outros países", destacou.

De acordo com Mantega, a medida é importante por um lado pois é um reconhecimento de que o Brasil é um país sólido, mas também porque os aportes vão ajudar a viabilizar crédito para os países emergentes que estão em dificultades. "Portanto ajuda a ativar a economia mundial", afirmou.

O ministro também ressaltou que esta não é a primeira vez que o País se torna credor do FMI. "Não é a primeira vez, no passado nós já fomos, até 1982", respondeu quanto questionado sobre o assunto.

Aportes anunciados no G20
Mantega explicou ainda que as outras contribuições a serem dadas pelo País ao FMI, que foram anunciadas na reunião do G20 em Londres, ainda necessitam de um instrumento adequado para manter o nível das reservas intacto.

"O fundo monetário está preparando um título especial, um bond, que ele vai disponibilizar para os países que querem fazer aporte no fundo monetário. Há países que já se dispuseram a fazer isso, os Estados Unidos querem fazer aporte, a China quer fazer aporte, o Canadá já declarou que quer fazer aporte, o Brasil também fará um aporte. Mas como o fundo monetário não tinha essa modalidade ele está criando o título", disse.

"Eu falei com o diretor gerente do fundo monetário, o Dominique Strauss-Kahn, e ele me disse que nas próximas duas ou três semanas eles estarão terminando a elaboração deste título de modo que aí o Brasil decidirá quanto dinheiro nos vamos aportar. É outra coisa, não tem nada a ver com o que nós falamos agora. Também serão reservas, será como se fosse a aplicação de um título, em um bônus que corresponde a reservas", completou o ministro brasileiro.

» País poderá dar contribuição inédita, diz Mantega
» Lula quer ser 1º presidente a emprestar ao FMI













Economia internacional
Brasil vira credor do FMI e repassará até R$ 4,5 bi a instituição

Atualizada às 17h32

O ministro da Fazenda, Guido Mantega, confirmou nesta quinta-feira o convite para que o Brasil faça parte do grupo de financiamento regular do Fundo Monetário Internacional (FMI). Caso seja solicitado, o País aportará até US$ 4,5 bilhões na instituição, valor que é o limite de sua cota no fundo.

No entanto, o ministro destacou que "muito dificilmente" o aporte chegará a esse montante. Mantega destacou que o repasse dos valores não vai afetar o nível das reservas brasileiras. "Eles darão em troca Direitos Especiais de Saque. Então na verdade a gente coloca um dinheiro, digamos que eles solicitem 1 bilhão, 2 bilhões, a gente coloca no fundo e eles nos dão Direitos Especiais de Saque que é uma reserva de valor", apontou. "(É) trocar um título por outro título", completou.

O ministro destacou ainda que o País foi convidado pelo FMI para se tornar parte do grupo de 47 países, dos 185 membros, que atualmente são chamados para contribuir com a instituição. "Então eu estou aceitando este convite do fundo, pra nós é importante porque nós estaremos do lado daqueles que vão contribuir no caso em que o fundo precise de recursos para financiar outros países", destacou.

De acordo com Mantega, a medida é importante por um lado pois é um reconhecimento de que o Brasil é um país sólido, mas também porque os aportes vão ajudar a viabilizar crédito para os países emergentes que estão em dificultades. "Portanto ajuda a ativar a economia mundial", afirmou.

O ministro também ressaltou que esta não é a primeira vez que o País se torna credor do FMI. "Não é a primeira vez, no passado nós já fomos, até 1982", respondeu quanto questionado sobre o assunto.

Aportes anunciados no G20
Mantega explicou ainda que as outras contribuições a serem dadas pelo País ao FMI, que foram anunciadas na reunião do G20 em Londres, ainda necessitam de um instrumento adequado para manter o nível das reservas intacto.

"O fundo monetário está preparando um título especial, um bond, que ele vai disponibilizar para os países que querem fazer aporte no fundo monetário. Há países que já se dispuseram a fazer isso, os Estados Unidos querem fazer aporte, a China quer fazer aporte, o Canadá já declarou que quer fazer aporte, o Brasil também fará um aporte. Mas como o fundo monetário não tinha essa modalidade ele está criando o título", disse.

"Eu falei com o diretor gerente do fundo monetário, o Dominique Strauss-Kahn, e ele me disse que nas próximas duas ou três semanas eles estarão terminando a elaboração deste título de modo que aí o Brasil decidirá quanto dinheiro nos vamos aportar. É outra coisa, não tem nada a ver com o que nós falamos agora. Também serão reservas, será como se fosse a aplicação de um título, em um bônus que corresponde a reservas", completou o ministro brasileiro.

» País poderá dar contribuição inédita, diz Mantega
» Lula quer ser 1º presidente a emprestar ao FMI

















Economia internacional
Brasil vira credor do FMI e repassará até R$ 4,5 bi a instituição

Atualizada às 17h32

O ministro da Fazenda, Guido Mantega, confirmou nesta quinta-feira o convite para que o Brasil faça parte do grupo de financiamento regular do Fundo Monetário Internacional (FMI). Caso seja solicitado, o País aportará até US$ 4,5 bilhões na instituição, valor que é o limite de sua cota no fundo.

No entanto, o ministro destacou que "muito dificilmente" o aporte chegará a esse montante. Mantega destacou que o repasse dos valores não vai afetar o nível das reservas brasileiras. "Eles darão em troca Direitos Especiais de Saque. Então na verdade a gente coloca um dinheiro, digamos que eles solicitem 1 bilhão, 2 bilhões, a gente coloca no fundo e eles nos dão Direitos Especiais de Saque que é uma reserva de valor", apontou. "(É) trocar um título por outro título", completou.

O ministro destacou ainda que o País foi convidado pelo FMI para se tornar parte do grupo de 47 países, dos 185 membros, que atualmente são chamados para contribuir com a instituição. "Então eu estou aceitando este convite do fundo, pra nós é importante porque nós estaremos do lado daqueles que vão contribuir no caso em que o fundo precise de recursos para financiar outros países", destacou.

De acordo com Mantega, a medida é importante por um lado pois é um reconhecimento de que o Brasil é um país sólido, mas também porque os aportes vão ajudar a viabilizar crédito para os países emergentes que estão em dificultades. "Portanto ajuda a ativar a economia mundial", afirmou.

O ministro também ressaltou que esta não é a primeira vez que o País se torna credor do FMI. "Não é a primeira vez, no passado nós já fomos, até 1982", respondeu quanto questionado sobre o assunto.

Aportes anunciados no G20
Mantega explicou ainda que as outras contribuições a serem dadas pelo País ao FMI, que foram anunciadas na reunião do G20 em Londres, ainda necessitam de um instrumento adequado para manter o nível das reservas intacto.

"O fundo monetário está preparando um título especial, um bond, que ele vai disponibilizar para os países que querem fazer aporte no fundo monetário. Há países que já se dispuseram a fazer isso, os Estados Unidos querem fazer aporte, a China quer fazer aporte, o Canadá já declarou que quer fazer aporte, o Brasil também fará um aporte. Mas como o fundo monetário não tinha essa modalidade ele está criando o título", disse.

"Eu falei com o diretor gerente do fundo monetário, o Dominique Strauss-Kahn, e ele me disse que nas próximas duas ou três semanas eles estarão terminando a elaboração deste título de modo que aí o Brasil decidirá quanto dinheiro nos vamos aportar. É outra coisa, não tem nada a ver com o que nós falamos agora. Também serão reservas, será como se fosse a aplicação de um título, em um bônus que corresponde a reservas", completou o ministro brasileiro.

» País poderá dar contribuição inédita, diz Mantega
» Lula quer ser 1º presidente a emprestar ao FMI














Economia internacional
Brasil vira credor do FMI e repassará até R$ 4,5 bi a instituição

Atualizada às 17h32

O ministro da Fazenda, Guido Mantega, confirmou nesta quinta-feira o convite para que o Brasil faça parte do grupo de financiamento regular do Fundo Monetário Internacional (FMI). Caso seja solicitado, o País aportará até US$ 4,5 bilhões na instituição, valor que é o limite de sua cota no fundo.

No entanto, o ministro destacou que "muito dificilmente" o aporte chegará a esse montante. Mantega destacou que o repasse dos valores não vai afetar o nível das reservas brasileiras. "Eles darão em troca Direitos Especiais de Saque. Então na verdade a gente coloca um dinheiro, digamos que eles solicitem 1 bilhão, 2 bilhões, a gente coloca no fundo e eles nos dão Direitos Especiais de Saque que é uma reserva de valor", apontou. "(É) trocar um título por outro título", completou.

O ministro destacou ainda que o País foi convidado pelo FMI para se tornar parte do grupo de 47 países, dos 185 membros, que atualmente são chamados para contribuir com a instituição. "Então eu estou aceitando este convite do fundo, pra nós é importante porque nós estaremos do lado daqueles que vão contribuir no caso em que o fundo precise de recursos para financiar outros países", destacou.

De acordo com Mantega, a medida é importante por um lado pois é um reconhecimento de que o Brasil é um país sólido, mas também porque os aportes vão ajudar a viabilizar crédito para os países emergentes que estão em dificultades. "Portanto ajuda a ativar a economia mundial", afirmou.

O ministro também ressaltou que esta não é a primeira vez que o País se torna credor do FMI. "Não é a primeira vez, no passado nós já fomos, até 1982", respondeu quanto questionado sobre o assunto.

Aportes anunciados no G20
Mantega explicou ainda que as outras contribuições a serem dadas pelo País ao FMI, que foram anunciadas na reunião do G20 em Londres, ainda necessitam de um instrumento adequado para manter o nível das reservas intacto.

"O fundo monetário está preparando um título especial, um bond, que ele vai disponibilizar para os países que querem fazer aporte no fundo monetário. Há países que já se dispuseram a fazer isso, os Estados Unidos querem fazer aporte, a China quer fazer aporte, o Canadá já declarou que quer fazer aporte, o Brasil também fará um aporte. Mas como o fundo monetário não tinha essa modalidade ele está criando o título", disse.

"Eu falei com o diretor gerente do fundo monetário, o Dominique Strauss-Kahn, e ele me disse que nas próximas duas ou três semanas eles estarão terminando a elaboração deste título de modo que aí o Brasil decidirá quanto dinheiro nos vamos aportar. É outra coisa, não tem nada a ver com o que nós falamos agora. Também serão reservas, será como se fosse a aplicação de um título, em um bônus que corresponde a reservas", completou o ministro brasileiro.

» País poderá dar contribuição inédita, diz Mantega
» Lula quer ser 1º presidente a emprestar ao FMI

















Economia internacional
Brasil vira credor do FMI e repassará até R$ 4,5 bi a instituição

Atualizada às 17h32

O ministro da Fazenda, Guido Mantega, confirmou nesta quinta-feira o convite para que o Brasil faça parte do grupo de financiamento regular do Fundo Monetário Internacional (FMI). Caso seja solicitado, o País aportará até US$ 4,5 bilhões na instituição, valor que é o limite de sua cota no fundo.

No entanto, o ministro destacou que "muito dificilmente" o aporte chegará a esse montante. Mantega destacou que o repasse dos valores não vai afetar o nível das reservas brasileiras. "Eles darão em troca Direitos Especiais de Saque. Então na verdade a gente coloca um dinheiro, digamos que eles solicitem 1 bilhão, 2 bilhões, a gente coloca no fundo e eles nos dão Direitos Especiais de Saque que é uma reserva de valor", apontou. "(É) trocar um título por outro título", completou.

O ministro destacou ainda que o País foi convidado pelo FMI para se tornar parte do grupo de 47 países, dos 185 membros, que atualmente são chamados para contribuir com a instituição. "Então eu estou aceitando este convite do fundo, pra nós é importante porque nós estaremos do lado daqueles que vão contribuir no caso em que o fundo precise de recursos para financiar outros países", destacou.

De acordo com Mantega, a medida é importante por um lado pois é um reconhecimento de que o Brasil é um país sólido, mas também porque os aportes vão ajudar a viabilizar crédito para os países emergentes que estão em dificultades. "Portanto ajuda a ativar a economia mundial", afirmou.

O ministro também ressaltou que esta não é a primeira vez que o País se torna credor do FMI. "Não é a primeira vez, no passado nós já fomos, até 1982", respondeu quanto questionado sobre o assunto.

Aportes anunciados no G20
Mantega explicou ainda que as outras contribuições a serem dadas pelo País ao FMI, que foram anunciadas na reunião do G20 em Londres, ainda necessitam de um instrumento adequado para manter o nível das reservas intacto.

"O fundo monetário está preparando um título especial, um bond, que ele vai disponibilizar para os países que querem fazer aporte no fundo monetário. Há países que já se dispuseram a fazer isso, os Estados Unidos querem fazer aporte, a China quer fazer aporte, o Canadá já declarou que quer fazer aporte, o Brasil também fará um aporte. Mas como o fundo monetário não tinha essa modalidade ele está criando o título", disse.

"Eu falei com o diretor gerente do fundo monetário, o Dominique Strauss-Kahn, e ele me disse que nas próximas duas ou três semanas eles estarão terminando a elaboração deste título de modo que aí o Brasil decidirá quanto dinheiro nos vamos aportar. É outra coisa, não tem nada a ver com o que nós falamos agora. Também serão reservas, será como se fosse a aplicação de um título, em um bônus que corresponde a reservas", completou o ministro brasileiro.

» País poderá dar contribuição inédita, diz Mantega
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Economia internacional
Brasil vira credor do FMI e repassará até R$ 4,5 bi a instituição

Atualizada às 17h32

O ministro da Fazenda, Guido Mantega, confirmou nesta quinta-feira o convite para que o Brasil faça parte do grupo de financiamento regular do Fundo Monetário Internacional (FMI). Caso seja solicitado, o País aportará até US$ 4,5 bilhões na instituição, valor que é o limite de sua cota no fundo.

No entanto, o ministro destacou que "muito dificilmente" o aporte chegará a esse montante. Mantega destacou que o repasse dos valores não vai afetar o nível das reservas brasileiras. "Eles darão em troca Direitos Especiais de Saque. Então na verdade a gente coloca um dinheiro, digamos que eles solicitem 1 bilhão, 2 bilhões, a gente coloca no fundo e eles nos dão Direitos Especiais de Saque que é uma reserva de valor", apontou. "(É) trocar um título por outro título", completou.

O ministro destacou ainda que o País foi convidado pelo FMI para se tornar parte do grupo de 47 países, dos 185 membros, que atualmente são chamados para contribuir com a instituição. "Então eu estou aceitando este convite do fundo, pra nós é importante porque nós estaremos do lado daqueles que vão contribuir no caso em que o fundo precise de recursos para financiar outros países", destacou.

De acordo com Mantega, a medida é importante por um lado pois é um reconhecimento de que o Brasil é um país sólido, mas também porque os aportes vão ajudar a viabilizar crédito para os países emergentes que estão em dificultades. "Portanto ajuda a ativar a economia mundial", afirmou.

O ministro também ressaltou que esta não é a primeira vez que o País se torna credor do FMI. "Não é a primeira vez, no passado nós já fomos, até 1982", respondeu quanto questionado sobre o assunto.

Aportes anunciados no G20
Mantega explicou ainda que as outras contribuições a serem dadas pelo País ao FMI, que foram anunciadas na reunião do G20 em Londres, ainda necessitam de um instrumento adequado para manter o nível das reservas intacto.

"O fundo monetário está preparando um título especial, um bond, que ele vai disponibilizar para os países que querem fazer aporte no fundo monetário. Há países que já se dispuseram a fazer isso, os Estados Unidos querem fazer aporte, a China quer fazer aporte, o Canadá já declarou que quer fazer aporte, o Brasil também fará um aporte. Mas como o fundo monetário não tinha essa modalidade ele está criando o título", disse.

"Eu falei com o diretor gerente do fundo monetário, o Dominique Strauss-Kahn, e ele me disse que nas próximas duas ou três semanas eles estarão terminando a elaboração deste título de modo que aí o Brasil decidirá quanto dinheiro nos vamos aportar. É outra coisa, não tem nada a ver com o que nós falamos agora. Também serão reservas, será como se fosse a aplicação de um título, em um bônus que corresponde a reservas", completou o ministro brasileiro.

» País poderá dar contribuição inédita, diz Mantega
» Lula quer ser 1º presidente a emprestar ao FMI




















Economia internacional
Brasil vira credor do FMI e repassará até R$ 4,5 bi a instituição

Atualizada às 17h32

O ministro da Fazenda, Guido Mantega, confirmou nesta quinta-feira o convite para que o Brasil faça parte do grupo de financiamento regular do Fundo Monetário Internacional (FMI). Caso seja solicitado, o País aportará até US$ 4,5 bilhões na instituição, valor que é o limite de sua cota no fundo.

No entanto, o ministro destacou que "muito dificilmente" o aporte chegará a esse montante. Mantega destacou que o repasse dos valores não vai afetar o nível das reservas brasileiras. "Eles darão em troca Direitos Especiais de Saque. Então na verdade a gente coloca um dinheiro, digamos que eles solicitem 1 bilhão, 2 bilhões, a gente coloca no fundo e eles nos dão Direitos Especiais de Saque que é uma reserva de valor", apontou. "(É) trocar um título por outro título", completou.

O ministro destacou ainda que o País foi convidado pelo FMI para se tornar parte do grupo de 47 países, dos 185 membros, que atualmente são chamados para contribuir com a instituição. "Então eu estou aceitando este convite do fundo, pra nós é importante porque nós estaremos do lado daqueles que vão contribuir no caso em que o fundo precise de recursos para financiar outros países", destacou.

De acordo com Mantega, a medida é importante por um lado pois é um reconhecimento de que o Brasil é um país sólido, mas também porque os aportes vão ajudar a viabilizar crédito para os países emergentes que estão em dificultades. "Portanto ajuda a ativar a economia mundial", afirmou.

O ministro também ressaltou que esta não é a primeira vez que o País se torna credor do FMI. "Não é a primeira vez, no passado nós já fomos, até 1982", respondeu quanto questionado sobre o assunto.

Aportes anunciados no G20
Mantega explicou ainda que as outras contribuições a serem dadas pelo País ao FMI, que foram anunciadas na reunião do G20 em Londres, ainda necessitam de um instrumento adequado para manter o nível das reservas intacto.

"O fundo monetário está preparando um título especial, um bond, que ele vai disponibilizar para os países que querem fazer aporte no fundo monetário. Há países que já se dispuseram a fazer isso, os Estados Unidos querem fazer aporte, a China quer fazer aporte, o Canadá já declarou que quer fazer aporte, o Brasil também fará um aporte. Mas como o fundo monetário não tinha essa modalidade ele está criando o título", disse.

"Eu falei com o diretor gerente do fundo monetário, o Dominique Strauss-Kahn, e ele me disse que nas próximas duas ou três semanas eles estarão terminando a elaboração deste título de modo que aí o Brasil decidirá quanto dinheiro nos vamos aportar. É outra coisa, não tem nada a ver com o que nós falamos agora. Também serão reservas, será como se fosse a aplicação de um título, em um bônus que corresponde a reservas", completou o ministro brasileiro.

» País poderá dar contribuição inédita, diz Mantega
» Lula quer ser 1º presidente a emprestar ao FMI







Economia internacional
Brasil vira credor do FMI e repassará até R$ 4,5 bi a instituição

Atualizada às 17h32

O ministro da Fazenda, Guido Mantega, confirmou nesta quinta-feira o convite para que o Brasil faça parte do grupo de financiamento regular do Fundo Monetário Internacional (FMI). Caso seja solicitado, o País aportará até US$ 4,5 bilhões na instituição, valor que é o limite de sua cota no fundo.

No entanto, o ministro destacou que "muito dificilmente" o aporte chegará a esse montante. Mantega destacou que o repasse dos valores não vai afetar o nível das reservas brasileiras. "Eles darão em troca Direitos Especiais de Saque. Então na verdade a gente coloca um dinheiro, digamos que eles solicitem 1 bilhão, 2 bilhões, a gente coloca no fundo e eles nos dão Direitos Especiais de Saque que é uma reserva de valor", apontou. "(É) trocar um título por outro título", completou.

O ministro destacou ainda que o País foi convidado pelo FMI para se tornar parte do grupo de 47 países, dos 185 membros, que atualmente são chamados para contribuir com a instituição. "Então eu estou aceitando este convite do fundo, pra nós é importante porque nós estaremos do lado daqueles que vão contribuir no caso em que o fundo precise de recursos para financiar outros países", destacou.

De acordo com Mantega, a medida é importante por um lado pois é um reconhecimento de que o Brasil é um país sólido, mas também porque os aportes vão ajudar a viabilizar crédito para os países emergentes que estão em dificultades. "Portanto ajuda a ativar a economia mundial", afirmou.

O ministro também ressaltou que esta não é a primeira vez que o País se torna credor do FMI. "Não é a primeira vez, no passado nós já fomos, até 1982", respondeu quanto questionado sobre o assunto.

Aportes anunciados no G20
Mantega explicou ainda que as outras contribuições a serem dadas pelo País ao FMI, que foram anunciadas na reunião do G20 em Londres, ainda necessitam de um instrumento adequado para manter o nível das reservas intacto.

"O fundo monetário está preparando um título especial, um bond, que ele vai disponibilizar para os países que querem fazer aporte no fundo monetário. Há países que já se dispuseram a fazer isso, os Estados Unidos querem fazer aporte, a China quer fazer aporte, o Canadá já declarou que quer fazer aporte, o Brasil também fará um aporte. Mas como o fundo monetário não tinha essa modalidade ele está criando o título", disse.

"Eu falei com o diretor gerente do fundo monetário, o Dominique Strauss-Kahn, e ele me disse que nas próximas duas ou três semanas eles estarão terminando a elaboração deste título de modo que aí o Brasil decidirá quanto dinheiro nos vamos aportar. É outra coisa, não tem nada a ver com o que nós falamos agora. Também serão reservas, será como se fosse a aplicação de um título, em um bônus que corresponde a reservas", completou o ministro brasileiro.

» País poderá dar contribuição inédita, diz Mantega
» Lula quer ser 1º presidente a emprestar ao FMI
Economia internacional
Brasil vira credor do FMI e repassará até R$ 4,5 bi a instituição

Atualizada às 17h32

O ministro da Fazenda, Guido Mantega, confirmou nesta quinta-feira o convite para que o Brasil faça parte do grupo de financiamento regular do Fundo Monetário Internacional (FMI). Caso seja solicitado, o País aportará até US$ 4,5 bilhões na instituição, valor que é o limite de sua cota no fundo.

No entanto, o ministro destacou que "muito dificilmente" o aporte chegará a esse montante. Mantega destacou que o repasse dos valores não vai afetar o nível das reservas brasileiras. "Eles darão em troca Direitos Especiais de Saque. Então na verdade a gente coloca um dinheiro, digamos que eles solicitem 1 bilhão, 2 bilhões, a gente coloca no fundo e eles nos dão Direitos Especiais de Saque que é uma reserva de valor", apontou. "(É) trocar um título por outro título", completou.

O ministro destacou ainda que o País foi convidado pelo FMI para se tornar parte do grupo de 47 países, dos 185 membros, que atualmente são chamados para contribuir com a instituição. "Então eu estou aceitando este convite do fundo, pra nós é importante porque nós estaremos do lado daqueles que vão contribuir no caso em que o fundo precise de recursos para financiar outros países", destacou.

De acordo com Mantega, a medida é importante por um lado pois é um reconhecimento de que o Brasil é um país sólido, mas também porque os aportes vão ajudar a viabilizar crédito para os países emergentes que estão em dificultades. "Portanto ajuda a ativar a economia mundial", afirmou.

O ministro também ressaltou que esta não é a primeira vez que o País se torna credor do FMI. "Não é a primeira vez, no passado nós já fomos, até 1982", respondeu quanto questionado sobre o assunto.

Aportes anunciados no G20
Mantega explicou ainda que as outras contribuições a serem dadas pelo País ao FMI, que foram anunciadas na reunião do G20 em Londres, ainda necessitam de um instrumento adequado para manter o nível das reservas intacto.

"O fundo monetário está preparando um título especial, um bond, que ele vai disponibilizar para os países que querem fazer aporte no fundo monetário. Há países que já se dispuseram a fazer isso, os Estados Unidos querem fazer aporte, a China quer fazer aporte, o Canadá já declarou que quer fazer aporte, o Brasil também fará um aporte. Mas como o fundo monetário não tinha essa modalidade ele está criando o título", disse.

"Eu falei com o diretor gerente do fundo monetário, o Dominique Strauss-Kahn, e ele me disse que nas próximas duas ou três semanas eles estarão terminando a elaboração deste título de modo que aí o Brasil decidirá quanto dinheiro nos vamos aportar. É outra coisa, não tem nada a ver com o que nós falamos agora. Também serão reservas, será como se fosse a aplicação de um título, em um bônus que corresponde a reservas", completou o ministro brasileiro.

» País poderá dar contribuição inédita, diz Mantega
» Lula quer ser 1º presidente a emprestar ao FMI
Economia internacional
Brasil vira credor do FMI e repassará até R$ 4,5 bi a instituição

Atualizada às 17h32

O ministro da Fazenda, Guido Mantega, confirmou nesta quinta-feira o convite para que o Brasil faça parte do grupo de financiamento regular do Fundo Monetário Internacional (FMI). Caso seja solicitado, o País aportará até US$ 4,5 bilhões na instituição, valor que é o limite de sua cota no fundo.

No entanto, o ministro destacou que "muito dificilmente" o aporte chegará a esse montante. Mantega destacou que o repasse dos valores não vai afetar o nível das reservas brasileiras. "Eles darão em troca Direitos Especiais de Saque. Então na verdade a gente coloca um dinheiro, digamos que eles solicitem 1 bilhão, 2 bilhões, a gente coloca no fundo e eles nos dão Direitos Especiais de Saque que é uma reserva de valor", apontou. "(É) trocar um título por outro título", completou.

O ministro destacou ainda que o País foi convidado pelo FMI para se tornar parte do grupo de 47 países, dos 185 membros, que atualmente são chamados para contribuir com a instituição. "Então eu estou aceitando este convite do fundo, pra nós é importante porque nós estaremos do lado daqueles que vão contribuir no caso em que o fundo precise de recursos para financiar outros países", destacou.

De acordo com Mantega, a medida é importante por um lado pois é um reconhecimento de que o Brasil é um país sólido, mas também porque os aportes vão ajudar a viabilizar crédito para os países emergentes que estão em dificultades. "Portanto ajuda a ativar a economia mundial", afirmou.

O ministro também ressaltou que esta não é a primeira vez que o País se torna credor do FMI. "Não é a primeira vez, no passado nós já fomos, até 1982", respondeu quanto questionado sobre o assunto.

Aportes anunciados no G20
Mantega explicou ainda que as outras contribuições a serem dadas pelo País ao FMI, que foram anunciadas na reunião do G20 em Londres, ainda necessitam de um instrumento adequado para manter o nível das reservas intacto.

"O fundo monetário está preparando um título especial, um bond, que ele vai disponibilizar para os países que querem fazer aporte no fundo monetário. Há países que já se dispuseram a fazer isso, os Estados Unidos querem fazer aporte, a China quer fazer aporte, o Canadá já declarou que quer fazer aporte, o Brasil também fará um aporte. Mas como o fundo monetário não tinha essa modalidade ele está criando o título", disse.

"Eu falei com o diretor gerente do fundo monetário, o Dominique Strauss-Kahn, e ele me disse que nas próximas duas ou três semanas eles estarão terminando a elaboração deste título de modo que aí o Brasil decidirá quanto dinheiro nos vamos aportar. É outra coisa, não tem nada a ver com o que nós falamos agora. Também serão reservas, será como se fosse a aplicação de um título, em um bônus que corresponde a reservas", completou o ministro brasileiro.

» País poderá dar contribuição inédita, diz Mantega
» Lula quer ser 1º presidente a emprestar ao FMI
Economia internacional
Brasil vira credor do FMI e repassará até R$ 4,5 bi a instituição

Atualizada às 17h32

O ministro da Fazenda, Guido Mantega, confirmou nesta quinta-feira o convite para que o Brasil faça parte do grupo de financiamento regular do Fundo Monetário Internacional (FMI). Caso seja solicitado, o País aportará até US$ 4,5 bilhões na instituição, valor que é o limite de sua cota no fundo.

No entanto, o ministro destacou que "muito dificilmente" o aporte chegará a esse montante. Mantega destacou que o repasse dos valores não vai afetar o nível das reservas brasileiras. "Eles darão em troca Direitos Especiais de Saque. Então na verdade a gente coloca um dinheiro, digamos que eles solicitem 1 bilhão, 2 bilhões, a gente coloca no fundo e eles nos dão Direitos Especiais de Saque que é uma reserva de valor", apontou. "(É) trocar um título por outro título", completou.

O ministro destacou ainda que o País foi convidado pelo FMI para se tornar parte do grupo de 47 países, dos 185 membros, que atualmente são chamados para contribuir com a instituição. "Então eu estou aceitando este convite do fundo, pra nós é importante porque nós estaremos do lado daqueles que vão contribuir no caso em que o fundo precise de recursos para financiar outros países", destacou.

De acordo com Mantega, a medida é importante por um lado pois é um reconhecimento de que o Brasil é um país sólido, mas também porque os aportes vão ajudar a viabilizar crédito para os países emergentes que estão em dificultades. "Portanto ajuda a ativar a economia mundial", afirmou.

O ministro também ressaltou que esta não é a primeira vez que o País se torna credor do FMI. "Não é a primeira vez, no passado nós já fomos, até 1982", respondeu quanto questionado sobre o assunto.

Aportes anunciados no G20
Mantega explicou ainda que as outras contribuições a serem dadas pelo País ao FMI, que foram anunciadas na reunião do G20 em Londres, ainda necessitam de um instrumento adequado para manter o nível das reservas intacto.

"O fundo monetário está preparando um título especial, um bond, que ele vai disponibilizar para os países que querem fazer aporte no fundo monetário. Há países que já se dispuseram a fazer isso, os Estados Unidos querem fazer aporte, a China quer fazer aporte, o Canadá já declarou que quer fazer aporte, o Brasil também fará um aporte. Mas como o fundo monetário não tinha essa modalidade ele está criando o título", disse.

"Eu falei com o diretor gerente do fundo monetário, o Dominique Strauss-Kahn, e ele me disse que nas próximas duas ou três semanas eles estarão terminando a elaboração deste título de modo que aí o Brasil decidirá quanto dinheiro nos vamos aportar. É outra coisa, não tem nada a ver com o que nós falamos agora. Também serão reservas, será como se fosse a aplicação de um título, em um bônus que corresponde a reservas", completou o ministro brasileiro.

» País poderá dar contribuição inédita, diz Mantega
» Lula quer ser 1º presidente a emprestar ao FMI

Economia internacional
Brasil vira credor do FMI e repassará até R$ 4,5 bi a instituição

Atualizada às 17h32

O ministro da Fazenda, Guido Mantega, confirmou nesta quinta-feira o convite para que o Brasil faça parte do grupo de financiamento regular do Fundo Monetário Internacional (FMI). Caso seja solicitado, o País aportará até US$ 4,5 bilhões na instituição, valor que é o limite de sua cota no fundo.

No entanto, o ministro destacou que "muito dificilmente" o aporte chegará a esse montante. Mantega destacou que o repasse dos valores não vai afetar o nível das reservas brasileiras. "Eles darão em troca Direitos Especiais de Saque. Então na verdade a gente coloca um dinheiro, digamos que eles solicitem 1 bilhão, 2 bilhões, a gente coloca no fundo e eles nos dão Direitos Especiais de Saque que é uma reserva de valor", apontou. "(É) trocar um título por outro título", completou.

O ministro destacou ainda que o País foi convidado pelo FMI para se tornar parte do grupo de 47 países, dos 185 membros, que atualmente são chamados para contribuir com a instituição. "Então eu estou aceitando este convite do fundo, pra nós é importante porque nós estaremos do lado daqueles que vão contribuir no caso em que o fundo precise de recursos para financiar outros países", destacou.

De acordo com Mantega, a medida é importante por um lado pois é um reconhecimento de que o Brasil é um país sólido, mas também porque os aportes vão ajudar a viabilizar crédito para os países emergentes que estão em dificultades. "Portanto ajuda a ativar a economia mundial", afirmou.

O ministro também ressaltou que esta não é a primeira vez que o País se torna credor do FMI. "Não é a primeira vez, no passado nós já fomos, até 1982", respondeu quanto questionado sobre o assunto.

Aportes anunciados no G20
Mantega explicou ainda que as outras contribuições a serem dadas pelo País ao FMI, que foram anunciadas na reunião do G20 em Londres, ainda necessitam de um instrumento adequado para manter o nível das reservas intacto.

"O fundo monetário está preparando um título especial, um bond, que ele vai disponibilizar para os países que querem fazer aporte no fundo monetário. Há países que já se dispuseram a fazer isso, os Estados Unidos querem fazer aporte, a China quer fazer aporte, o Canadá já declarou que quer fazer aporte, o Brasil também fará um aporte. Mas como o fundo monetário não tinha essa modalidade ele está criando o título", disse.

"Eu falei com o diretor gerente do fundo monetário, o Dominique Strauss-Kahn, e ele me disse que nas próximas duas ou três semanas eles estarão terminando a elaboração deste título de modo que aí o Brasil decidirá quanto dinheiro nos vamos aportar. É outra coisa, não tem nada a ver com o que nós falamos agora. Também serão reservas, será como se fosse a aplicação de um título, em um bônus que corresponde a reservas", completou o ministro brasileiro.

» País poderá dar contribuição inédita, diz Mantega
» Lula quer ser 1º presidente a emprestar ao FMI

Economia internacional
Brasil vira credor do FMI e repassará até R$ 4,5 bi a instituição

Atualizada às 17h32

O ministro da Fazenda, Guido Mantega, confirmou nesta quinta-feira o convite para que o Brasil faça parte do grupo de financiamento regular do Fundo Monetário Internacional (FMI). Caso seja solicitado, o País aportará até US$ 4,5 bilhões na instituição, valor que é o limite de sua cota no fundo.

No entanto, o ministro destacou que "muito dificilmente" o aporte chegará a esse montante. Mantega destacou que o repasse dos valores não vai afetar o nível das reservas brasileiras. "Eles darão em troca Direitos Especiais de Saque. Então na verdade a gente coloca um dinheiro, digamos que eles solicitem 1 bilhão, 2 bilhões, a gente coloca no fundo e eles nos dão Direitos Especiais de Saque que é uma reserva de valor", apontou. "(É) trocar um título por outro título", completou.

O ministro destacou ainda que o País foi convidado pelo FMI para se tornar parte do grupo de 47 países, dos 185 membros, que atualmente são chamados para contribuir com a instituição. "Então eu estou aceitando este convite do fundo, pra nós é importante porque nós estaremos do lado daqueles que vão contribuir no caso em que o fundo precise de recursos para financiar outros países", destacou.

De acordo com Mantega, a medida é importante por um lado pois é um reconhecimento de que o Brasil é um país sólido, mas também porque os aportes vão ajudar a viabilizar crédito para os países emergentes que estão em dificultades. "Portanto ajuda a ativar a economia mundial", afirmou.

O ministro também ressaltou que esta não é a primeira vez que o País se torna credor do FMI. "Não é a primeira vez, no passado nós já fomos, até 1982", respondeu quanto questionado sobre o assunto.

Aportes anunciados no G20
Mantega explicou ainda que as outras contribuições a serem dadas pelo País ao FMI, que foram anunciadas na reunião do G20 em Londres, ainda necessitam de um instrumento adequado para manter o nível das reservas intacto.

"O fundo monetário está preparando um título especial, um bond, que ele vai disponibilizar para os países que querem fazer aporte no fundo monetário. Há países que já se dispuseram a fazer isso, os Estados Unidos querem fazer aporte, a China quer fazer aporte, o Canadá já declarou que quer fazer aporte, o Brasil também fará um aporte. Mas como o fundo monetário não tinha essa modalidade ele está criando o título", disse.

"Eu falei com o diretor gerente do fundo monetário, o Dominique Strauss-Kahn, e ele me disse que nas próximas duas ou três semanas eles estarão terminando a elaboração deste título de modo que aí o Brasil decidirá quanto dinheiro nos vamos aportar. É outra coisa, não tem nada a ver com o que nós falamos agora. Também serão reservas, será como se fosse a aplicação de um título, em um bônus que corresponde a reservas", completou o ministro brasileiro.

» País poderá dar contribuição inédita, diz Mantega
» Lula quer ser 1º presidente a emprestar ao FMI

Economia internacional
Brasil vira credor do FMI e repassará até R$ 4,5 bi a instituição

Atualizada às 17h32

O ministro da Fazenda, Guido Mantega, confirmou nesta quinta-feira o convite para que o Brasil faça parte do grupo de financiamento regular do Fundo Monetário Internacional (FMI). Caso seja solicitado, o País aportará até US$ 4,5 bilhões na instituição, valor que é o limite de sua cota no fundo.

No entanto, o ministro destacou que "muito dificilmente" o aporte chegará a esse montante. Mantega destacou que o repasse dos valores não vai afetar o nível das reservas brasileiras. "Eles darão em troca Direitos Especiais de Saque. Então na verdade a gente coloca um dinheiro, digamos que eles solicitem 1 bilhão, 2 bilhões, a gente coloca no fundo e eles nos dão Direitos Especiais de Saque que é uma reserva de valor", apontou. "(É) trocar um título por outro título", completou.

O ministro destacou ainda que o País foi convidado pelo FMI para se tornar parte do grupo de 47 países, dos 185 membros, que atualmente são chamados para contribuir com a instituição. "Então eu estou aceitando este convite do fundo, pra nós é importante porque nós estaremos do lado daqueles que vão contribuir no caso em que o fundo precise de recursos para financiar outros países", destacou.

De acordo com Mantega, a medida é importante por um lado pois é um reconhecimento de que o Brasil é um país sólido, mas também porque os aportes vão ajudar a viabilizar crédito para os países emergentes que estão em dificultades. "Portanto ajuda a ativar a economia mundial", afirmou.

O ministro também ressaltou que esta não é a primeira vez que o País se torna credor do FMI. "Não é a primeira vez, no passado nós já fomos, até 1982", respondeu quanto questionado sobre o assunto.

Aportes anunciados no G20
Mantega explicou ainda que as outras contribuições a serem dadas pelo País ao FMI, que foram anunciadas na reunião do G20 em Londres, ainda necessitam de um instrumento adequado para manter o nível das reservas intacto.

"O fundo monetário está preparando um título especial, um bond, que ele vai disponibilizar para os países que querem fazer aporte no fundo monetário. Há países que já se dispuseram a fazer isso, os Estados Unidos querem fazer aporte, a China quer fazer aporte, o Canadá já declarou que quer fazer aporte, o Brasil também fará um aporte. Mas como o fundo monetário não tinha essa modalidade ele está criando o título", disse.

"Eu falei com o diretor gerente do fundo monetário, o Dominique Strauss-Kahn, e ele me disse que nas próximas duas ou três semanas eles estarão terminando a elaboração deste título de modo que aí o Brasil decidirá quanto dinheiro nos vamos aportar. É outra coisa, não tem nada a ver com o que nós falamos agora. Também serão reservas, será como se fosse a aplicação de um título, em um bônus que corresponde a reservas", completou o ministro brasileiro.

» País poderá dar contribuição inédita, diz Mantega
» Lula quer ser 1º presidente a emprestar ao FMI


Economia internacional
Brasil vira credor do FMI e repassará até R$ 4,5 bi a instituição

Atualizada às 17h32

O ministro da Fazenda, Guido Mantega, confirmou nesta quinta-feira o convite para que o Brasil faça parte do grupo de financiamento regular do Fundo Monetário Internacional (FMI). Caso seja solicitado, o País aportará até US$ 4,5 bilhões na instituição, valor que é o limite de sua cota no fundo.

No entanto, o ministro destacou que "muito dificilmente" o aporte chegará a esse montante. Mantega destacou que o repasse dos valores não vai afetar o nível das reservas brasileiras. "Eles darão em troca Direitos Especiais de Saque. Então na verdade a gente coloca um dinheiro, digamos que eles solicitem 1 bilhão, 2 bilhões, a gente coloca no fundo e eles nos dão Direitos Especiais de Saque que é uma reserva de valor", apontou. "(É) trocar um título por outro título", completou.

O ministro destacou ainda que o País foi convidado pelo FMI para se tornar parte do grupo de 47 países, dos 185 membros, que atualmente são chamados para contribuir com a instituição. "Então eu estou aceitando este convite do fundo, pra nós é importante porque nós estaremos do lado daqueles que vão contribuir no caso em que o fundo precise de recursos para financiar outros países", destacou.

De acordo com Mantega, a medida é importante por um lado pois é um reconhecimento de que o Brasil é um país sólido, mas também porque os aportes vão ajudar a viabilizar crédito para os países emergentes que estão em dificultades. "Portanto ajuda a ativar a economia mundial", afirmou.

O ministro também ressaltou que esta não é a primeira vez que o País se torna credor do FMI. "Não é a primeira vez, no passado nós já fomos, até 1982", respondeu quanto questionado sobre o assunto.

Aportes anunciados no G20
Mantega explicou ainda que as outras contribuições a serem dadas pelo País ao FMI, que foram anunciadas na reunião do G20 em Londres, ainda necessitam de um instrumento adequado para manter o nível das reservas intacto.

"O fundo monetário está preparando um título especial, um bond, que ele vai disponibilizar para os países que querem fazer aporte no fundo monetário. Há países que já se dispuseram a fazer isso, os Estados Unidos querem fazer aporte, a China quer fazer aporte, o Canadá já declarou que quer fazer aporte, o Brasil também fará um aporte. Mas como o fundo monetário não tinha essa modalidade ele está criando o título", disse.

"Eu falei com o diretor gerente do fundo monetário, o Dominique Strauss-Kahn, e ele me disse que nas próximas duas ou três semanas eles estarão terminando a elaboração deste título de modo que aí o Brasil decidirá quanto dinheiro nos vamos aportar. É outra coisa, não tem nada a ver com o que nós falamos agora. Também serão reservas, será como se fosse a aplicação de um título, em um bônus que corresponde a reservas", completou o ministro brasileiro.

» País poderá dar contribuição inédita, diz Mantega
» Lula quer ser 1º presidente a emprestar ao FMI

Economia internacional
Brasil vira credor do FMI e repassará até R$ 4,5 bi a instituição

Atualizada às 17h32

O ministro da Fazenda, Guido Mantega, confirmou nesta quinta-feira o convite para que o Brasil faça parte do grupo de financiamento regular do Fundo Monetário Internacional (FMI). Caso seja solicitado, o País aportará até US$ 4,5 bilhões na instituição, valor que é o limite de sua cota no fundo.

No entanto, o ministro destacou que "muito dificilmente" o aporte chegará a esse montante. Mantega destacou que o repasse dos valores não vai afetar o nível das reservas brasileiras. "Eles darão em troca Direitos Especiais de Saque. Então na verdade a gente coloca um dinheiro, digamos que eles solicitem 1 bilhão, 2 bilhões, a gente coloca no fundo e eles nos dão Direitos Especiais de Saque que é uma reserva de valor", apontou. "(É) trocar um título por outro título", completou.

O ministro destacou ainda que o País foi convidado pelo FMI para se tornar parte do grupo de 47 países, dos 185 membros, que atualmente são chamados para contribuir com a instituição. "Então eu estou aceitando este convite do fundo, pra nós é importante porque nós estaremos do lado daqueles que vão contribuir no caso em que o fundo precise de recursos para financiar outros países", destacou.

De acordo com Mantega, a medida é importante por um lado pois é um reconhecimento de que o Brasil é um país sólido, mas também porque os aportes vão ajudar a viabilizar crédito para os países emergentes que estão em dificultades. "Portanto ajuda a ativar a economia mundial", afirmou.

O ministro também ressaltou que esta não é a primeira vez que o País se torna credor do FMI. "Não é a primeira vez, no passado nós já fomos, até 1982", respondeu quanto questionado sobre o assunto.

Aportes anunciados no G20
Mantega explicou ainda que as outras contribuições a serem dadas pelo País ao FMI, que foram anunciadas na reunião do G20 em Londres, ainda necessitam de um instrumento adequado para manter o nível das reservas intacto.

"O fundo monetário está preparando um título especial, um bond, que ele vai disponibilizar para os países que querem fazer aporte no fundo monetário. Há países que já se dispuseram a fazer isso, os Estados Unidos querem fazer aporte, a China quer fazer aporte, o Canadá já declarou que quer fazer aporte, o Brasil também fará um aporte. Mas como o fundo monetário não tinha essa modalidade ele está criando o título", disse.

"Eu falei com o diretor gerente do fundo monetário, o Dominique Strauss-Kahn, e ele me disse que nas próximas duas ou três semanas eles estarão terminando a elaboração deste título de modo que aí o Brasil decidirá quanto dinheiro nos vamos aportar. É outra coisa, não tem nada a ver com o que nós falamos agora. Também serão reservas, será como se fosse a aplicação de um título, em um bônus que corresponde a reservas", completou o ministro brasileiro.

» País poderá dar contribuição inédita, diz Mantega
» Lula quer ser 1º presidente a emprestar ao FMI


Economia internacional
Brasil vira credor do FMI e repassará até R$ 4,5 bi a instituição

Atualizada às 17h32

O ministro da Fazenda, Guido Mantega, confirmou nesta quinta-feira o convite para que o Brasil faça parte do grupo de financiamento regular do Fundo Monetário Internacional (FMI). Caso seja solicitado, o País aportará até US$ 4,5 bilhões na instituição, valor que é o limite de sua cota no fundo.

No entanto, o ministro destacou que "muito dificilmente" o aporte chegará a esse montante. Mantega destacou que o repasse dos valores não vai afetar o nível das reservas brasileiras. "Eles darão em troca Direitos Especiais de Saque. Então na verdade a gente coloca um dinheiro, digamos que eles solicitem 1 bilhão, 2 bilhões, a gente coloca no fundo e eles nos dão Direitos Especiais de Saque que é uma reserva de valor", apontou. "(É) trocar um título por outro título", completou.

O ministro destacou ainda que o País foi convidado pelo FMI para se tornar parte do grupo de 47 países, dos 185 membros, que atualmente são chamados para contribuir com a instituição. "Então eu estou aceitando este convite do fundo, pra nós é importante porque nós estaremos do lado daqueles que vão contribuir no caso em que o fundo precise de recursos para financiar outros países", destacou.

De acordo com Mantega, a medida é importante por um lado pois é um reconhecimento de que o Brasil é um país sólido, mas também porque os aportes vão ajudar a viabilizar crédito para os países emergentes que estão em dificultades. "Portanto ajuda a ativar a economia mundial", afirmou.

O ministro também ressaltou que esta não é a primeira vez que o País se torna credor do FMI. "Não é a primeira vez, no passado nós já fomos, até 1982", respondeu quanto questionado sobre o assunto.

Aportes anunciados no G20
Mantega explicou ainda que as outras contribuições a serem dadas pelo País ao FMI, que foram anunciadas na reunião do G20 em Londres, ainda necessitam de um instrumento adequado para manter o nível das reservas intacto.

"O fundo monetário está preparando um título especial, um bond, que ele vai disponibilizar para os países que querem fazer aporte no fundo monetário. Há países que já se dispuseram a fazer isso, os Estados Unidos querem fazer aporte, a China quer fazer aporte, o Canadá já declarou que quer fazer aporte, o Brasil também fará um aporte. Mas como o fundo monetário não tinha essa modalidade ele está criando o título", disse.

"Eu falei com o diretor gerente do fundo monetário, o Dominique Strauss-Kahn, e ele me disse que nas próximas duas ou três semanas eles estarão terminando a elaboração deste título de modo que aí o Brasil decidirá quanto dinheiro nos vamos aportar. É outra coisa, não tem nada a ver com o que nós falamos agora. Também serão reservas, será como se fosse a aplicação de um título, em um bônus que corresponde a reservas", completou o ministro brasileiro.

» País poderá dar contribuição inédita, diz Mantega
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Brasil vira credor do FMI e repassará até R$ 4,5 bi a instituição

Atualizada às 17h32

O ministro da Fazenda, Guido Mantega, confirmou nesta quinta-feira o convite para que o Brasil faça parte do grupo de financiamento regular do Fundo Monetário Internacional (FMI). Caso seja solicitado, o País aportará até US$ 4,5 bilhões na instituição, valor que é o limite de sua cota no fundo.

No entanto, o ministro destacou que "muito dificilmente" o aporte chegará a esse montante. Mantega destacou que o repasse dos valores não vai afetar o nível das reservas brasileiras. "Eles darão em troca Direitos Especiais de Saque. Então na verdade a gente coloca um dinheiro, digamos que eles solicitem 1 bilhão, 2 bilhões, a gente coloca no fundo e eles nos dão Direitos Especiais de Saque que é uma reserva de valor", apontou. "(É) trocar um título por outro título", completou.

O ministro destacou ainda que o País foi convidado pelo FMI para se tornar parte do grupo de 47 países, dos 185 membros, que atualmente são chamados para contribuir com a instituição. "Então eu estou aceitando este convite do fundo, pra nós é importante porque nós estaremos do lado daqueles que vão contribuir no caso em que o fundo precise de recursos para financiar outros países", destacou.

De acordo com Mantega, a medida é importante por um lado pois é um reconhecimento de que o Brasil é um país sólido, mas também porque os aportes vão ajudar a viabilizar crédito para os países emergentes que estão em dificultades. "Portanto ajuda a ativar a economia mundial", afirmou.

O ministro também ressaltou que esta não é a primeira vez que o País se torna credor do FMI. "Não é a primeira vez, no passado nós já fomos, até 1982", respondeu quanto questionado sobre o assunto.

Aportes anunciados no G20
Mantega explicou ainda que as outras contribuições a serem dadas pelo País ao FMI, que foram anunciadas na reunião do G20 em Londres, ainda necessitam de um instrumento adequado para manter o nível das reservas intacto.

"O fundo monetário está preparando um título especial, um bond, que ele vai disponibilizar para os países que querem fazer aporte no fundo monetário. Há países que já se dispuseram a fazer isso, os Estados Unidos querem fazer aporte, a China quer fazer aporte, o Canadá já declarou que quer fazer aporte, o Brasil também fará um aporte. Mas como o fundo monetário não tinha essa modalidade ele está criando o título", disse.

"Eu falei com o diretor gerente do fundo monetário, o Dominique Strauss-Kahn, e ele me disse que nas próximas duas ou três semanas eles estarão terminando a elaboração deste título de modo que aí o Brasil decidirá quanto dinheiro nos vamos aportar. É outra coisa, não tem nada a ver com o que nós falamos agora. Também serão reservas, será como se fosse a aplicação de um título, em um bônus que corresponde a reservas", completou o ministro brasileiro.

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Brasil vira credor do FMI e repassará até R$ 4,5 bi a instituição

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O ministro da Fazenda, Guido Mantega, confirmou nesta quinta-feira o convite para que o Brasil faça parte do grupo de financiamento regular do Fundo Monetário Internacional (FMI). Caso seja solicitado, o País aportará até US$ 4,5 bilhões na instituição, valor que é o limite de sua cota no fundo.

No entanto, o ministro destacou que "muito dificilmente" o aporte chegará a esse montante. Mantega destacou que o repasse dos valores não vai afetar o nível das reservas brasileiras. "Eles darão em troca Direitos Especiais de Saque. Então na verdade a gente coloca um dinheiro, digamos que eles solicitem 1 bilhão, 2 bilhões, a gente coloca no fundo e eles nos dão Direitos Especiais de Saque que é uma reserva de valor", apontou. "(É) trocar um título por outro título", completou.

O ministro destacou ainda que o País foi convidado pelo FMI para se tornar parte do grupo de 47 países, dos 185 membros, que atualmente são chamados para contribuir com a instituição. "Então eu estou aceitando este convite do fundo, pra nós é importante porque nós estaremos do lado daqueles que vão contribuir no caso em que o fundo precise de recursos para financiar outros países", destacou.

De acordo com Mantega, a medida é importante por um lado pois é um reconhecimento de que o Brasil é um país sólido, mas também porque os aportes vão ajudar a viabilizar crédito para os países emergentes que estão em dificultades. "Portanto ajuda a ativar a economia mundial", afirmou.

O ministro também ressaltou que esta não é a primeira vez que o País se torna credor do FMI. "Não é a primeira vez, no passado nós já fomos, até 1982", respondeu quanto questionado sobre o assunto.

Aportes anunciados no G20
Mantega explicou ainda que as outras contribuições a serem dadas pelo País ao FMI, que foram anunciadas na reunião do G20 em Londres, ainda necessitam de um instrumento adequado para manter o nível das reservas intacto.

"O fundo monetário está preparando um título especial, um bond, que ele vai disponibilizar para os países que querem fazer aporte no fundo monetário. Há países que já se dispuseram a fazer isso, os Estados Unidos querem fazer aporte, a China quer fazer aporte, o Canadá já declarou que quer fazer aporte, o Brasil também fará um aporte. Mas como o fundo monetário não tinha essa modalidade ele está criando o título", disse.

"Eu falei com o diretor gerente do fundo monetário, o Dominique Strauss-Kahn, e ele me disse que nas próximas duas ou três semanas eles estarão terminando a elaboração deste título de modo que aí o Brasil decidirá quanto dinheiro nos vamos aportar. É outra coisa, não tem nada a ver com o que nós falamos agora. Também serão reservas, será como se fosse a aplicação de um título, em um bônus que corresponde a reservas", completou o ministro brasileiro.

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Brasil vira credor do FMI e repassará até R$ 4,5 bi a instituição

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O ministro da Fazenda, Guido Mantega, confirmou nesta quinta-feira o convite para que o Brasil faça parte do grupo de financiamento regular do Fundo Monetário Internacional (FMI). Caso seja solicitado, o País aportará até US$ 4,5 bilhões na instituição, valor que é o limite de sua cota no fundo.

No entanto, o ministro destacou que "muito dificilmente" o aporte chegará a esse montante. Mantega destacou que o repasse dos valores não vai afetar o nível das reservas brasileiras. "Eles darão em troca Direitos Especiais de Saque. Então na verdade a gente coloca um dinheiro, digamos que eles solicitem 1 bilhão, 2 bilhões, a gente coloca no fundo e eles nos dão Direitos Especiais de Saque que é uma reserva de valor", apontou. "(É) trocar um título por outro título", completou.

O ministro destacou ainda que o País foi convidado pelo FMI para se tornar parte do grupo de 47 países, dos 185 membros, que atualmente são chamados para contribuir com a instituição. "Então eu estou aceitando este convite do fundo, pra nós é importante porque nós estaremos do lado daqueles que vão contribuir no caso em que o fundo precise de recursos para financiar outros países", destacou.

De acordo com Mantega, a medida é importante por um lado pois é um reconhecimento de que o Brasil é um país sólido, mas também porque os aportes vão ajudar a viabilizar crédito para os países emergentes que estão em dificultades. "Portanto ajuda a ativar a economia mundial", afirmou.

O ministro também ressaltou que esta não é a primeira vez que o País se torna credor do FMI. "Não é a primeira vez, no passado nós já fomos, até 1982", respondeu quanto questionado sobre o assunto.

Aportes anunciados no G20
Mantega explicou ainda que as outras contribuições a serem dadas pelo País ao FMI, que foram anunciadas na reunião do G20 em Londres, ainda necessitam de um instrumento adequado para manter o nível das reservas intacto.

"O fundo monetário está preparando um título especial, um bond, que ele vai disponibilizar para os países que querem fazer aporte no fundo monetário. Há países que já se dispuseram a fazer isso, os Estados Unidos querem fazer aporte, a China quer fazer aporte, o Canadá já declarou que quer fazer aporte, o Brasil também fará um aporte. Mas como o fundo monetário não tinha essa modalidade ele está criando o título", disse.

"Eu falei com o diretor gerente do fundo monetário, o Dominique Strauss-Kahn, e ele me disse que nas próximas duas ou três semanas eles estarão terminando a elaboração deste título de modo que aí o Brasil decidirá quanto dinheiro nos vamos aportar. É outra coisa, não tem nada a ver com o que nós falamos agora. Também serão reservas, será como se fosse a aplicação de um título, em um bônus que corresponde a reservas", completou o ministro brasileiro.

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» Lula quer ser 1º presidente a emprestar ao FMI




Economia internacional
Brasil vira credor do FMI e repassará até R$ 4,5 bi a instituição

Atualizada às 17h32

O ministro da Fazenda, Guido Mantega, confirmou nesta quinta-feira o convite para que o Brasil faça parte do grupo de financiamento regular do Fundo Monetário Internacional (FMI). Caso seja solicitado, o País aportará até US$ 4,5 bilhões na instituição, valor que é o limite de sua cota no fundo.

No entanto, o ministro destacou que "muito dificilmente" o aporte chegará a esse montante. Mantega destacou que o repasse dos valores não vai afetar o nível das reservas brasileiras. "Eles darão em troca Direitos Especiais de Saque. Então na verdade a gente coloca um dinheiro, digamos que eles solicitem 1 bilhão, 2 bilhões, a gente coloca no fundo e eles nos dão Direitos Especiais de Saque que é uma reserva de valor", apontou. "(É) trocar um título por outro título", completou.

O ministro destacou ainda que o País foi convidado pelo FMI para se tornar parte do grupo de 47 países, dos 185 membros, que atualmente são chamados para contribuir com a instituição. "Então eu estou aceitando este convite do fundo, pra nós é importante porque nós estaremos do lado daqueles que vão contribuir no caso em que o fundo precise de recursos para financiar outros países", destacou.

De acordo com Mantega, a medida é importante por um lado pois é um reconhecimento de que o Brasil é um país sólido, mas também porque os aportes vão ajudar a viabilizar crédito para os países emergentes que estão em dificultades. "Portanto ajuda a ativar a economia mundial", afirmou.

O ministro também ressaltou que esta não é a primeira vez que o País se torna credor do FMI. "Não é a primeira vez, no passado nós já fomos, até 1982", respondeu quanto questionado sobre o assunto.

Aportes anunciados no G20
Mantega explicou ainda que as outras contribuições a serem dadas pelo País ao FMI, que foram anunciadas na reunião do G20 em Londres, ainda necessitam de um instrumento adequado para manter o nível das reservas intacto.

"O fundo monetário está preparando um título especial, um bond, que ele vai disponibilizar para os países que querem fazer aporte no fundo monetário. Há países que já se dispuseram a fazer isso, os Estados Unidos querem fazer aporte, a China quer fazer aporte, o Canadá já declarou que quer fazer aporte, o Brasil também fará um aporte. Mas como o fundo monetário não tinha essa modalidade ele está criando o título", disse.

"Eu falei com o diretor gerente do fundo monetário, o Dominique Strauss-Kahn, e ele me disse que nas próximas duas ou três semanas eles estarão terminando a elaboração deste título de modo que aí o Brasil decidirá quanto dinheiro nos vamos aportar. É outra coisa, não tem nada a ver com o que nós falamos agora. Também serão reservas, será como se fosse a aplicação de um título, em um bônus que corresponde a reservas", completou o ministro brasileiro.

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Brasil vira credor do FMI e repassará até R$ 4,5 bi a instituição

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O ministro da Fazenda, Guido Mantega, confirmou nesta quinta-feira o convite para que o Brasil faça parte do grupo de financiamento regular do Fundo Monetário Internacional (FMI). Caso seja solicitado, o País aportará até US$ 4,5 bilhões na instituição, valor que é o limite de sua cota no fundo.

No entanto, o ministro destacou que "muito dificilmente" o aporte chegará a esse montante. Mantega destacou que o repasse dos valores não vai afetar o nível das reservas brasileiras. "Eles darão em troca Direitos Especiais de Saque. Então na verdade a gente coloca um dinheiro, digamos que eles solicitem 1 bilhão, 2 bilhões, a gente coloca no fundo e eles nos dão Direitos Especiais de Saque que é uma reserva de valor", apontou. "(É) trocar um título por outro título", completou.

O ministro destacou ainda que o País foi convidado pelo FMI para se tornar parte do grupo de 47 países, dos 185 membros, que atualmente são chamados para contribuir com a instituição. "Então eu estou aceitando este convite do fundo, pra nós é importante porque nós estaremos do lado daqueles que vão contribuir no caso em que o fundo precise de recursos para financiar outros países", destacou.

De acordo com Mantega, a medida é importante por um lado pois é um reconhecimento de que o Brasil é um país sólido, mas também porque os aportes vão ajudar a viabilizar crédito para os países emergentes que estão em dificultades. "Portanto ajuda a ativar a economia mundial", afirmou.

O ministro também ressaltou que esta não é a primeira vez que o País se torna credor do FMI. "Não é a primeira vez, no passado nós já fomos, até 1982", respondeu quanto questionado sobre o assunto.

Aportes anunciados no G20
Mantega explicou ainda que as outras contribuições a serem dadas pelo País ao FMI, que foram anunciadas na reunião do G20 em Londres, ainda necessitam de um instrumento adequado para manter o nível das reservas intacto.

"O fundo monetário está preparando um título especial, um bond, que ele vai disponibilizar para os países que querem fazer aporte no fundo monetário. Há países que já se dispuseram a fazer isso, os Estados Unidos querem fazer aporte, a China quer fazer aporte, o Canadá já declarou que quer fazer aporte, o Brasil também fará um aporte. Mas como o fundo monetário não tinha essa modalidade ele está criando o título", disse.

"Eu falei com o diretor gerente do fundo monetário, o Dominique Strauss-Kahn, e ele me disse que nas próximas duas ou três semanas eles estarão terminando a elaboração deste título de modo que aí o Brasil decidirá quanto dinheiro nos vamos aportar. É outra coisa, não tem nada a ver com o que nós falamos agora. Também serão reservas, será como se fosse a aplicação de um título, em um bônus que corresponde a reservas", completou o ministro brasileiro.

» País poderá dar contribuição inédita, diz Mantega
» Lula quer ser 1º presidente a emprestar ao FMI











Economia internacional
Brasil vira credor do FMI e repassará até R$ 4,5 bi a instituição

Atualizada às 17h32

O ministro da Fazenda, Guido Mantega, confirmou nesta quinta-feira o convite para que o Brasil faça parte do grupo de financiamento regular do Fundo Monetário Internacional (FMI). Caso seja solicitado, o País aportará até US$ 4,5 bilhões na instituição, valor que é o limite de sua cota no fundo.

No entanto, o ministro destacou que "muito dificilmente" o aporte chegará a esse montante. Mantega destacou que o repasse dos valores não vai afetar o nível das reservas brasileiras. "Eles darão em troca Direitos Especiais de Saque. Então na verdade a gente coloca um dinheiro, digamos que eles solicitem 1 bilhão, 2 bilhões, a gente coloca no fundo e eles nos dão Direitos Especiais de Saque que é uma reserva de valor", apontou. "(É) trocar um título por outro título", completou.

O ministro destacou ainda que o País foi convidado pelo FMI para se tornar parte do grupo de 47 países, dos 185 membros, que atualmente são chamados para contribuir com a instituição. "Então eu estou aceitando este convite do fundo, pra nós é importante porque nós estaremos do lado daqueles que vão contribuir no caso em que o fundo precise de recursos para financiar outros países", destacou.

De acordo com Mantega, a medida é importante por um lado pois é um reconhecimento de que o Brasil é um país sólido, mas também porque os aportes vão ajudar a viabilizar crédito para os países emergentes que estão em dificultades. "Portanto ajuda a ativar a economia mundial", afirmou.

O ministro também ressaltou que esta não é a primeira vez que o País se torna credor do FMI. "Não é a primeira vez, no passado nós já fomos, até 1982", respondeu quanto questionado sobre o assunto.

Aportes anunciados no G20
Mantega explicou ainda que as outras contribuições a serem dadas pelo País ao FMI, que foram anunciadas na reunião do G20 em Londres, ainda necessitam de um instrumento adequado para manter o nível das reservas intacto.

"O fundo monetário está preparando um título especial, um bond, que ele vai disponibilizar para os países que querem fazer aporte no fundo monetário. Há países que já se dispuseram a fazer isso, os Estados Unidos querem fazer aporte, a China quer fazer aporte, o Canadá já declarou que quer fazer aporte, o Brasil também fará um aporte. Mas como o fundo monetário não tinha essa modalidade ele está criando o título", disse.

"Eu falei com o diretor gerente do fundo monetário, o Dominique Strauss-Kahn, e ele me disse que nas próximas duas ou três semanas eles estarão terminando a elaboração deste título de modo que aí o Brasil decidirá quanto dinheiro nos vamos aportar. É outra coisa, não tem nada a ver com o que nós falamos agora. Também serão reservas, será como se fosse a aplicação de um título, em um bônus que corresponde a reservas", completou o ministro brasileiro.

» País poderá dar contribuição inédita, diz Mantega
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Economia internacional
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O ministro da Fazenda, Guido Mantega, confirmou nesta quinta-feira o convite para que o Brasil faça parte do grupo de financiamento regular do Fundo Monetário Internacional (FMI). Caso seja solicitado, o País aportará até US$ 4,5 bilhões na instituição, valor que é o limite de sua cota no fundo.

No entanto, o ministro destacou que "muito dificilmente" o aporte chegará a esse montante. Mantega destacou que o repasse dos valores não vai afetar o nível das reservas brasileiras. "Eles darão em troca Direitos Especiais de Saque. Então na verdade a gente coloca um dinheiro, digamos que eles solicitem 1 bilhão, 2 bilhões, a gente coloca no fundo e eles nos dão Direitos Especiais de Saque que é uma reserva de valor", apontou. "(É) trocar um título por outro título", completou.

O ministro destacou ainda que o País foi convidado pelo FMI para se tornar parte do grupo de 47 países, dos 185 membros, que atualmente são chamados para contribuir com a instituição. "Então eu estou aceitando este convite do fundo, pra nós é importante porque nós estaremos do lado daqueles que vão contribuir no caso em que o fundo precise de recursos para financiar outros países", destacou.

De acordo com Mantega, a medida é importante por um lado pois é um reconhecimento de que o Brasil é um país sólido, mas também porque os aportes vão ajudar a viabilizar crédito para os países emergentes que estão em dificultades. "Portanto ajuda a ativar a economia mundial", afirmou.

O ministro também ressaltou que esta não é a primeira vez que o País se torna credor do FMI. "Não é a primeira vez, no passado nós já fomos, até 1982", respondeu quanto questionado sobre o assunto.

Aportes anunciados no G20
Mantega explicou ainda que as outras contribuições a serem dadas pelo País ao FMI, que foram anunciadas na reunião do G20 em Londres, ainda necessitam de um instrumento adequado para manter o nível das reservas intacto.

"O fundo monetário está preparando um título especial, um bond, que ele vai disponibilizar para os países que querem fazer aporte no fundo monetário. Há países que já se dispuseram a fazer isso, os Estados Unidos querem fazer aporte, a China quer fazer aporte, o Canadá já declarou que quer fazer aporte, o Brasil também fará um aporte. Mas como o fundo monetário não tinha essa modalidade ele está criando o título", disse.

"Eu falei com o diretor gerente do fundo monetário, o Dominique Strauss-Kahn, e ele me disse que nas próximas duas ou três semanas eles estarão terminando a elaboração deste título de modo que aí o Brasil decidirá quanto dinheiro nos vamos aportar. É outra coisa, não tem nada a ver com o que nós falamos agora. Também serão reservas, será como se fosse a aplicação de um título, em um bônus que corresponde a reservas", completou o ministro brasileiro.

» País poderá dar contribuição inédita, diz Mantega
» Lula quer ser 1º presidente a emprestar ao FMI













Economia internacional
Brasil vira credor do FMI e repassará até R$ 4,5 bi a instituição

Atualizada às 17h32

O ministro da Fazenda, Guido Mantega, confirmou nesta quinta-feira o convite para que o Brasil faça parte do grupo de financiamento regular do Fundo Monetário Internacional (FMI). Caso seja solicitado, o País aportará até US$ 4,5 bilhões na instituição, valor que é o limite de sua cota no fundo.

No entanto, o ministro destacou que "muito dificilmente" o aporte chegará a esse montante. Mantega destacou que o repasse dos valores não vai afetar o nível das reservas brasileiras. "Eles darão em troca Direitos Especiais de Saque. Então na verdade a gente coloca um dinheiro, digamos que eles solicitem 1 bilhão, 2 bilhões, a gente coloca no fundo e eles nos dão Direitos Especiais de Saque que é uma reserva de valor", apontou. "(É) trocar um título por outro título", completou.

O ministro destacou ainda que o País foi convidado pelo FMI para se tornar parte do grupo de 47 países, dos 185 membros, que atualmente são chamados para contribuir com a instituição. "Então eu estou aceitando este convite do fundo, pra nós é importante porque nós estaremos do lado daqueles que vão contribuir no caso em que o fundo precise de recursos para financiar outros países", destacou.

De acordo com Mantega, a medida é importante por um lado pois é um reconhecimento de que o Brasil é um país sólido, mas também porque os aportes vão ajudar a viabilizar crédito para os países emergentes que estão em dificultades. "Portanto ajuda a ativar a economia mundial", afirmou.

O ministro também ressaltou que esta não é a primeira vez que o País se torna credor do FMI. "Não é a primeira vez, no passado nós já fomos, até 1982", respondeu quanto questionado sobre o assunto.

Aportes anunciados no G20
Mantega explicou ainda que as outras contribuições a serem dadas pelo País ao FMI, que foram anunciadas na reunião do G20 em Londres, ainda necessitam de um instrumento adequado para manter o nível das reservas intacto.

"O fundo monetário está preparando um título especial, um bond, que ele vai disponibilizar para os países que querem fazer aporte no fundo monetário. Há países que já se dispuseram a fazer isso, os Estados Unidos querem fazer aporte, a China quer fazer aporte, o Canadá já declarou que quer fazer aporte, o Brasil também fará um aporte. Mas como o fundo monetário não tinha essa modalidade ele está criando o título", disse.

"Eu falei com o diretor gerente do fundo monetário, o Dominique Strauss-Kahn, e ele me disse que nas próximas duas ou três semanas eles estarão terminando a elaboração deste título de modo que aí o Brasil decidirá quanto dinheiro nos vamos aportar. É outra coisa, não tem nada a ver com o que nós falamos agora. Também serão reservas, será como se fosse a aplicação de um título, em um bônus que corresponde a reservas", completou o ministro brasileiro.

» País poderá dar contribuição inédita, diz Mantega
» Lula quer ser 1º presidente a emprestar ao FMI

















Economia internacional
Brasil vira credor do FMI e repassará até R$ 4,5 bi a instituição

Atualizada às 17h32

O ministro da Fazenda, Guido Mantega, confirmou nesta quinta-feira o convite para que o Brasil faça parte do grupo de financiamento regular do Fundo Monetário Internacional (FMI). Caso seja solicitado, o País aportará até US$ 4,5 bilhões na instituição, valor que é o limite de sua cota no fundo.

No entanto, o ministro destacou que "muito dificilmente" o aporte chegará a esse montante. Mantega destacou que o repasse dos valores não vai afetar o nível das reservas brasileiras. "Eles darão em troca Direitos Especiais de Saque. Então na verdade a gente coloca um dinheiro, digamos que eles solicitem 1 bilhão, 2 bilhões, a gente coloca no fundo e eles nos dão Direitos Especiais de Saque que é uma reserva de valor", apontou. "(É) trocar um título por outro título", completou.

O ministro destacou ainda que o País foi convidado pelo FMI para se tornar parte do grupo de 47 países, dos 185 membros, que atualmente são chamados para contribuir com a instituição. "Então eu estou aceitando este convite do fundo, pra nós é importante porque nós estaremos do lado daqueles que vão contribuir no caso em que o fundo precise de recursos para financiar outros países", destacou.

De acordo com Mantega, a medida é importante por um lado pois é um reconhecimento de que o Brasil é um país sólido, mas também porque os aportes vão ajudar a viabilizar crédito para os países emergentes que estão em dificultades. "Portanto ajuda a ativar a economia mundial", afirmou.

O ministro também ressaltou que esta não é a primeira vez que o País se torna credor do FMI. "Não é a primeira vez, no passado nós já fomos, até 1982", respondeu quanto questionado sobre o assunto.

Aportes anunciados no G20
Mantega explicou ainda que as outras contribuições a serem dadas pelo País ao FMI, que foram anunciadas na reunião do G20 em Londres, ainda necessitam de um instrumento adequado para manter o nível das reservas intacto.

"O fundo monetário está preparando um título especial, um bond, que ele vai disponibilizar para os países que querem fazer aporte no fundo monetário. Há países que já se dispuseram a fazer isso, os Estados Unidos querem fazer aporte, a China quer fazer aporte, o Canadá já declarou que quer fazer aporte, o Brasil também fará um aporte. Mas como o fundo monetário não tinha essa modalidade ele está criando o título", disse.

"Eu falei com o diretor gerente do fundo monetário, o Dominique Strauss-Kahn, e ele me disse que nas próximas duas ou três semanas eles estarão terminando a elaboração deste título de modo que aí o Brasil decidirá quanto dinheiro nos vamos aportar. É outra coisa, não tem nada a ver com o que nós falamos agora. Também serão reservas, será como se fosse a aplicação de um título, em um bônus que corresponde a reservas", completou o ministro brasileiro.

» País poderá dar contribuição inédita, diz Mantega
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Economia internacional
Brasil vira credor do FMI e repassará até R$ 4,5 bi a instituição

Atualizada às 17h32

O ministro da Fazenda, Guido Mantega, confirmou nesta quinta-feira o convite para que o Brasil faça parte do grupo de financiamento regular do Fundo Monetário Internacional (FMI). Caso seja solicitado, o País aportará até US$ 4,5 bilhões na instituição, valor que é o limite de sua cota no fundo.

No entanto, o ministro destacou que "muito dificilmente" o aporte chegará a esse montante. Mantega destacou que o repasse dos valores não vai afetar o nível das reservas brasileiras. "Eles darão em troca Direitos Especiais de Saque. Então na verdade a gente coloca um dinheiro, digamos que eles solicitem 1 bilhão, 2 bilhões, a gente coloca no fundo e eles nos dão Direitos Especiais de Saque que é uma reserva de valor", apontou. "(É) trocar um título por outro título", completou.

O ministro destacou ainda que o País foi convidado pelo FMI para se tornar parte do grupo de 47 países, dos 185 membros, que atualmente são chamados para contribuir com a instituição. "Então eu estou aceitando este convite do fundo, pra nós é importante porque nós estaremos do lado daqueles que vão contribuir no caso em que o fundo precise de recursos para financiar outros países", destacou.

De acordo com Mantega, a medida é importante por um lado pois é um reconhecimento de que o Brasil é um país sólido, mas também porque os aportes vão ajudar a viabilizar crédito para os países emergentes que estão em dificultades. "Portanto ajuda a ativar a economia mundial", afirmou.

O ministro também ressaltou que esta não é a primeira vez que o País se torna credor do FMI. "Não é a primeira vez, no passado nós já fomos, até 1982", respondeu quanto questionado sobre o assunto.

Aportes anunciados no G20
Mantega explicou ainda que as outras contribuições a serem dadas pelo País ao FMI, que foram anunciadas na reunião do G20 em Londres, ainda necessitam de um instrumento adequado para manter o nível das reservas intacto.

"O fundo monetário está preparando um título especial, um bond, que ele vai disponibilizar para os países que querem fazer aporte no fundo monetário. Há países que já se dispuseram a fazer isso, os Estados Unidos querem fazer aporte, a China quer fazer aporte, o Canadá já declarou que quer fazer aporte, o Brasil também fará um aporte. Mas como o fundo monetário não tinha essa modalidade ele está criando o título", disse.

"Eu falei com o diretor gerente do fundo monetário, o Dominique Strauss-Kahn, e ele me disse que nas próximas duas ou três semanas eles estarão terminando a elaboração deste título de modo que aí o Brasil decidirá quanto dinheiro nos vamos aportar. É outra coisa, não tem nada a ver com o que nós falamos agora. Também serão reservas, será como se fosse a aplicação de um título, em um bônus que corresponde a reservas", completou o ministro brasileiro.

» País poderá dar contribuição inédita, diz Mantega
» Lula quer ser 1º presidente a emprestar ao FMI

















Economia internacional
Brasil vira credor do FMI e repassará até R$ 4,5 bi a instituição

Atualizada às 17h32

O ministro da Fazenda, Guido Mantega, confirmou nesta quinta-feira o convite para que o Brasil faça parte do grupo de financiamento regular do Fundo Monetário Internacional (FMI). Caso seja solicitado, o País aportará até US$ 4,5 bilhões na instituição, valor que é o limite de sua cota no fundo.

No entanto, o ministro destacou que "muito dificilmente" o aporte chegará a esse montante. Mantega destacou que o repasse dos valores não vai afetar o nível das reservas brasileiras. "Eles darão em troca Direitos Especiais de Saque. Então na verdade a gente coloca um dinheiro, digamos que eles solicitem 1 bilhão, 2 bilhões, a gente coloca no fundo e eles nos dão Direitos Especiais de Saque que é uma reserva de valor", apontou. "(É) trocar um título por outro título", completou.

O ministro destacou ainda que o País foi convidado pelo FMI para se tornar parte do grupo de 47 países, dos 185 membros, que atualmente são chamados para contribuir com a instituição. "Então eu estou aceitando este convite do fundo, pra nós é importante porque nós estaremos do lado daqueles que vão contribuir no caso em que o fundo precise de recursos para financiar outros países", destacou.

De acordo com Mantega, a medida é importante por um lado pois é um reconhecimento de que o Brasil é um país sólido, mas também porque os aportes vão ajudar a viabilizar crédito para os países emergentes que estão em dificultades. "Portanto ajuda a ativar a economia mundial", afirmou.

O ministro também ressaltou que esta não é a primeira vez que o País se torna credor do FMI. "Não é a primeira vez, no passado nós já fomos, até 1982", respondeu quanto questionado sobre o assunto.

Aportes anunciados no G20
Mantega explicou ainda que as outras contribuições a serem dadas pelo País ao FMI, que foram anunciadas na reunião do G20 em Londres, ainda necessitam de um instrumento adequado para manter o nível das reservas intacto.

"O fundo monetário está preparando um título especial, um bond, que ele vai disponibilizar para os países que querem fazer aporte no fundo monetário. Há países que já se dispuseram a fazer isso, os Estados Unidos querem fazer aporte, a China quer fazer aporte, o Canadá já declarou que quer fazer aporte, o Brasil também fará um aporte. Mas como o fundo monetário não tinha essa modalidade ele está criando o título", disse.

"Eu falei com o diretor gerente do fundo monetário, o Dominique Strauss-Kahn, e ele me disse que nas próximas duas ou três semanas eles estarão terminando a elaboração deste título de modo que aí o Brasil decidirá quanto dinheiro nos vamos aportar. É outra coisa, não tem nada a ver com o que nós falamos agora. Também serão reservas, será como se fosse a aplicação de um título, em um bônus que corresponde a reservas", completou o ministro brasileiro.

» País poderá dar contribuição inédita, diz Mantega
» Lula quer ser 1º presidente a emprestar ao FMI















Economia internacional
Brasil vira credor do FMI e repassará até R$ 4,5 bi a instituição

Atualizada às 17h32

O ministro da Fazenda, Guido Mantega, confirmou nesta quinta-feira o convite para que o Brasil faça parte do grupo de financiamento regular do Fundo Monetário Internacional (FMI). Caso seja solicitado, o País aportará até US$ 4,5 bilhões na instituição, valor que é o limite de sua cota no fundo.

No entanto, o ministro destacou que "muito dificilmente" o aporte chegará a esse montante. Mantega destacou que o repasse dos valores não vai afetar o nível das reservas brasileiras. "Eles darão em troca Direitos Especiais de Saque. Então na verdade a gente coloca um dinheiro, digamos que eles solicitem 1 bilhão, 2 bilhões, a gente coloca no fundo e eles nos dão Direitos Especiais de Saque que é uma reserva de valor", apontou. "(É) trocar um título por outro título", completou.

O ministro destacou ainda que o País foi convidado pelo FMI para se tornar parte do grupo de 47 países, dos 185 membros, que atualmente são chamados para contribuir com a instituição. "Então eu estou aceitando este convite do fundo, pra nós é importante porque nós estaremos do lado daqueles que vão contribuir no caso em que o fundo precise de recursos para financiar outros países", destacou.

De acordo com Mantega, a medida é importante por um lado pois é um reconhecimento de que o Brasil é um país sólido, mas também porque os aportes vão ajudar a viabilizar crédito para os países emergentes que estão em dificultades. "Portanto ajuda a ativar a economia mundial", afirmou.

O ministro também ressaltou que esta não é a primeira vez que o País se torna credor do FMI. "Não é a primeira vez, no passado nós já fomos, até 1982", respondeu quanto questionado sobre o assunto.

Aportes anunciados no G20
Mantega explicou ainda que as outras contribuições a serem dadas pelo País ao FMI, que foram anunciadas na reunião do G20 em Londres, ainda necessitam de um instrumento adequado para manter o nível das reservas intacto.

"O fundo monetário está preparando um título especial, um bond, que ele vai disponibilizar para os países que querem fazer aporte no fundo monetário. Há países que já se dispuseram a fazer isso, os Estados Unidos querem fazer aporte, a China quer fazer aporte, o Canadá já declarou que quer fazer aporte, o Brasil também fará um aporte. Mas como o fundo monetário não tinha essa modalidade ele está criando o título", disse.

"Eu falei com o diretor gerente do fundo monetário, o Dominique Strauss-Kahn, e ele me disse que nas próximas duas ou três semanas eles estarão terminando a elaboração deste título de modo que aí o Brasil decidirá quanto dinheiro nos vamos aportar. É outra coisa, não tem nada a ver com o que nós falamos agora. Também serão reservas, será como se fosse a aplicação de um título, em um bônus que corresponde a reservas", completou o ministro brasileiro.

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Brasil vira credor do FMI e repassará até R$ 4,5 bi a instituição

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O ministro da Fazenda, Guido Mantega, confirmou nesta quinta-feira o convite para que o Brasil faça parte do grupo de financiamento regular do Fundo Monetário Internacional (FMI). Caso seja solicitado, o País aportará até US$ 4,5 bilhões na instituição, valor que é o limite de sua cota no fundo.

No entanto, o ministro destacou que "muito dificilmente" o aporte chegará a esse montante. Mantega destacou que o repasse dos valores não vai afetar o nível das reservas brasileiras. "Eles darão em troca Direitos Especiais de Saque. Então na verdade a gente coloca um dinheiro, digamos que eles solicitem 1 bilhão, 2 bilhões, a gente coloca no fundo e eles nos dão Direitos Especiais de Saque que é uma reserva de valor", apontou. "(É) trocar um título por outro título", completou.

O ministro destacou ainda que o País foi convidado pelo FMI para se tornar parte do grupo de 47 países, dos 185 membros, que atualmente são chamados para contribuir com a instituição. "Então eu estou aceitando este convite do fundo, pra nós é importante porque nós estaremos do lado daqueles que vão contribuir no caso em que o fundo precise de recursos para financiar outros países", destacou.

De acordo com Mantega, a medida é importante por um lado pois é um reconhecimento de que o Brasil é um país sólido, mas também porque os aportes vão ajudar a viabilizar crédito para os países emergentes que estão em dificultades. "Portanto ajuda a ativar a economia mundial", afirmou.

O ministro também ressaltou que esta não é a primeira vez que o País se torna credor do FMI. "Não é a primeira vez, no passado nós já fomos, até 1982", respondeu quanto questionado sobre o assunto.

Aportes anunciados no G20
Mantega explicou ainda que as outras contribuições a serem dadas pelo País ao FMI, que foram anunciadas na reunião do G20 em Londres, ainda necessitam de um instrumento adequado para manter o nível das reservas intacto.

"O fundo monetário está preparando um título especial, um bond, que ele vai disponibilizar para os países que querem fazer aporte no fundo monetário. Há países que já se dispuseram a fazer isso, os Estados Unidos querem fazer aporte, a China quer fazer aporte, o Canadá já declarou que quer fazer aporte, o Brasil também fará um aporte. Mas como o fundo monetário não tinha essa modalidade ele está criando o título", disse.

"Eu falei com o diretor gerente do fundo monetário, o Dominique Strauss-Kahn, e ele me disse que nas próximas duas ou três semanas eles estarão terminando a elaboração deste título de modo que aí o Brasil decidirá quanto dinheiro nos vamos aportar. É outra coisa, não tem nada a ver com o que nós falamos agora. Também serão reservas, será como se fosse a aplicação de um título, em um bônus que corresponde a reservas", completou o ministro brasileiro.

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Economia internacional
Brasil vira credor do FMI e repassará até R$ 4,5 bi a instituição

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O ministro da Fazenda, Guido Mantega, confirmou nesta quinta-feira o convite para que o Brasil faça parte do grupo de financiamento regular do Fundo Monetário Internacional (FMI). Caso seja solicitado, o País aportará até US$ 4,5 bilhões na instituição, valor que é o limite de sua cota no fundo.

No entanto, o ministro destacou que "muito dificilmente" o aporte chegará a esse montante. Mantega destacou que o repasse dos valores não vai afetar o nível das reservas brasileiras. "Eles darão em troca Direitos Especiais de Saque. Então na verdade a gente coloca um dinheiro, digamos que eles solicitem 1 bilhão, 2 bilhões, a gente coloca no fundo e eles nos dão Direitos Especiais de Saque que é uma reserva de valor", apontou. "(É) trocar um título por outro título", completou.

O ministro destacou ainda que o País foi convidado pelo FMI para se tornar parte do grupo de 47 países, dos 185 membros, que atualmente são chamados para contribuir com a instituição. "Então eu estou aceitando este convite do fundo, pra nós é importante porque nós estaremos do lado daqueles que vão contribuir no caso em que o fundo precise de recursos para financiar outros países", destacou.

De acordo com Mantega, a medida é importante por um lado pois é um reconhecimento de que o Brasil é um país sólido, mas também porque os aportes vão ajudar a viabilizar crédito para os países emergentes que estão em dificultades. "Portanto ajuda a ativar a economia mundial", afirmou.

O ministro também ressaltou que esta não é a primeira vez que o País se torna credor do FMI. "Não é a primeira vez, no passado nós já fomos, até 1982", respondeu quanto questionado sobre o assunto.

Aportes anunciados no G20
Mantega explicou ainda que as outras contribuições a serem dadas pelo País ao FMI, que foram anunciadas na reunião do G20 em Londres, ainda necessitam de um instrumento adequado para manter o nível das reservas intacto.

"O fundo monetário está preparando um título especial, um bond, que ele vai disponibilizar para os países que querem fazer aporte no fundo monetário. Há países que já se dispuseram a fazer isso, os Estados Unidos querem fazer aporte, a China quer fazer aporte, o Canadá já declarou que quer fazer aporte, o Brasil também fará um aporte. Mas como o fundo monetário não tinha essa modalidade ele está criando o título", disse.

"Eu falei com o diretor gerente do fundo monetário, o Dominique Strauss-Kahn, e ele me disse que nas próximas duas ou três semanas eles estarão terminando a elaboração deste título de modo que aí o Brasil decidirá quanto dinheiro nos vamos aportar. É outra coisa, não tem nada a ver com o que nós falamos agora. Também serão reservas, será como se fosse a aplicação de um título, em um bônus que corresponde a reservas", completou o ministro brasileiro.

» País poderá dar contribuição inédita, diz Mantega
» Lula quer ser 1º presidente a emprestar ao FMI
Economia internacional
Brasil vira credor do FMI e repassará até R$ 4,5 bi a instituição

Atualizada às 17h32

O ministro da Fazenda, Guido Mantega, confirmou nesta quinta-feira o convite para que o Brasil faça parte do grupo de financiamento regular do Fundo Monetário Internacional (FMI). Caso seja solicitado, o País aportará até US$ 4,5 bilhões na instituição, valor que é o limite de sua cota no fundo.

No entanto, o ministro destacou que "muito dificilmente" o aporte chegará a esse montante. Mantega destacou que o repasse dos valores não vai afetar o nível das reservas brasileiras. "Eles darão em troca Direitos Especiais de Saque. Então na verdade a gente coloca um dinheiro, digamos que eles solicitem 1 bilhão, 2 bilhões, a gente coloca no fundo e eles nos dão Direitos Especiais de Saque que é uma reserva de valor", apontou. "(É) trocar um título por outro título", completou.

O ministro destacou ainda que o País foi convidado pelo FMI para se tornar parte do grupo de 47 países, dos 185 membros, que atualmente são chamados para contribuir com a instituição. "Então eu estou aceitando este convite do fundo, pra nós é importante porque nós estaremos do lado daqueles que vão contribuir no caso em que o fundo precise de recursos para financiar outros países", destacou.

De acordo com Mantega, a medida é importante por um lado pois é um reconhecimento de que o Brasil é um país sólido, mas também porque os aportes vão ajudar a viabilizar crédito para os países emergentes que estão em dificultades. "Portanto ajuda a ativar a economia mundial", afirmou.

O ministro também ressaltou que esta não é a primeira vez que o País se torna credor do FMI. "Não é a primeira vez, no passado nós já fomos, até 1982", respondeu quanto questionado sobre o assunto.

Aportes anunciados no G20
Mantega explicou ainda que as outras contribuições a serem dadas pelo País ao FMI, que foram anunciadas na reunião do G20 em Londres, ainda necessitam de um instrumento adequado para manter o nível das reservas intacto.

"O fundo monetário está preparando um título especial, um bond, que ele vai disponibilizar para os países que querem fazer aporte no fundo monetário. Há países que já se dispuseram a fazer isso, os Estados Unidos querem fazer aporte, a China quer fazer aporte, o Canadá já declarou que quer fazer aporte, o Brasil também fará um aporte. Mas como o fundo monetário não tinha essa modalidade ele está criando o título", disse.

"Eu falei com o diretor gerente do fundo monetário, o Dominique Strauss-Kahn, e ele me disse que nas próximas duas ou três semanas eles estarão terminando a elaboração deste título de modo que aí o Brasil decidirá quanto dinheiro nos vamos aportar. É outra coisa, não tem nada a ver com o que nós falamos agora. Também serão reservas, será como se fosse a aplicação de um título, em um bônus que corresponde a reservas", completou o ministro brasileiro.

» País poderá dar contribuição inédita, diz Mantega
» Lula quer ser 1º presidente a emprestar ao FMI
Economia internacional
Brasil vira credor do FMI e repassará até R$ 4,5 bi a instituição

Atualizada às 17h32

O ministro da Fazenda, Guido Mantega, confirmou nesta quinta-feira o convite para que o Brasil faça parte do grupo de financiamento regular do Fundo Monetário Internacional (FMI). Caso seja solicitado, o País aportará até US$ 4,5 bilhões na instituição, valor que é o limite de sua cota no fundo.

No entanto, o ministro destacou que "muito dificilmente" o aporte chegará a esse montante. Mantega destacou que o repasse dos valores não vai afetar o nível das reservas brasileiras. "Eles darão em troca Direitos Especiais de Saque. Então na verdade a gente coloca um dinheiro, digamos que eles solicitem 1 bilhão, 2 bilhões, a gente coloca no fundo e eles nos dão Direitos Especiais de Saque que é uma reserva de valor", apontou. "(É) trocar um título por outro título", completou.

O ministro destacou ainda que o País foi convidado pelo FMI para se tornar parte do grupo de 47 países, dos 185 membros, que atualmente são chamados para contribuir com a instituição. "Então eu estou aceitando este convite do fundo, pra nós é importante porque nós estaremos do lado daqueles que vão contribuir no caso em que o fundo precise de recursos para financiar outros países", destacou.

De acordo com Mantega, a medida é importante por um lado pois é um reconhecimento de que o Brasil é um país sólido, mas também porque os aportes vão ajudar a viabilizar crédito para os países emergentes que estão em dificultades. "Portanto ajuda a ativar a economia mundial", afirmou.

O ministro também ressaltou que esta não é a primeira vez que o País se torna credor do FMI. "Não é a primeira vez, no passado nós já fomos, até 1982", respondeu quanto questionado sobre o assunto.

Aportes anunciados no G20
Mantega explicou ainda que as outras contribuições a serem dadas pelo País ao FMI, que foram anunciadas na reunião do G20 em Londres, ainda necessitam de um instrumento adequado para manter o nível das reservas intacto.

"O fundo monetário está preparando um título especial, um bond, que ele vai disponibilizar para os países que querem fazer aporte no fundo monetário. Há países que já se dispuseram a fazer isso, os Estados Unidos querem fazer aporte, a China quer fazer aporte, o Canadá já declarou que quer fazer aporte, o Brasil também fará um aporte. Mas como o fundo monetário não tinha essa modalidade ele está criando o título", disse.

"Eu falei com o diretor gerente do fundo monetário, o Dominique Strauss-Kahn, e ele me disse que nas próximas duas ou três semanas eles estarão terminando a elaboração deste título de modo que aí o Brasil decidirá quanto dinheiro nos vamos aportar. É outra coisa, não tem nada a ver com o que nós falamos agora. Também serão reservas, será como se fosse a aplicação de um título, em um bônus que corresponde a reservas", completou o ministro brasileiro.

» País poderá dar contribuição inédita, diz Mantega
» Lula quer ser 1º presidente a emprestar ao FMI
Economia internacional
Brasil vira credor do FMI e repassará até R$ 4,5 bi a instituição

Atualizada às 17h32

O ministro da Fazenda, Guido Mantega, confirmou nesta quinta-feira o convite para que o Brasil faça parte do grupo de financiamento regular do Fundo Monetário Internacional (FMI). Caso seja solicitado, o País aportará até US$ 4,5 bilhões na instituição, valor que é o limite de sua cota no fundo.

No entanto, o ministro destacou que "muito dificilmente" o aporte chegará a esse montante. Mantega destacou que o repasse dos valores não vai afetar o nível das reservas brasileiras. "Eles darão em troca Direitos Especiais de Saque. Então na verdade a gente coloca um dinheiro, digamos que eles solicitem 1 bilhão, 2 bilhões, a gente coloca no fundo e eles nos dão Direitos Especiais de Saque que é uma reserva de valor", apontou. "(É) trocar um título por outro título", completou.

O ministro destacou ainda que o País foi convidado pelo FMI para se tornar parte do grupo de 47 países, dos 185 membros, que atualmente são chamados para contribuir com a instituição. "Então eu estou aceitando este convite do fundo, pra nós é importante porque nós estaremos do lado daqueles que vão contribuir no caso em que o fundo precise de recursos para financiar outros países", destacou.

De acordo com Mantega, a medida é importante por um lado pois é um reconhecimento de que o Brasil é um país sólido, mas também porque os aportes vão ajudar a viabilizar crédito para os países emergentes que estão em dificultades. "Portanto ajuda a ativar a economia mundial", afirmou.

O ministro também ressaltou que esta não é a primeira vez que o País se torna credor do FMI. "Não é a primeira vez, no passado nós já fomos, até 1982", respondeu quanto questionado sobre o assunto.

Aportes anunciados no G20
Mantega explicou ainda que as outras contribuições a serem dadas pelo País ao FMI, que foram anunciadas na reunião do G20 em Londres, ainda necessitam de um instrumento adequado para manter o nível das reservas intacto.

"O fundo monetário está preparando um título especial, um bond, que ele vai disponibilizar para os países que querem fazer aporte no fundo monetário. Há países que já se dispuseram a fazer isso, os Estados Unidos querem fazer aporte, a China quer fazer aporte, o Canadá já declarou que quer fazer aporte, o Brasil também fará um aporte. Mas como o fundo monetário não tinha essa modalidade ele está criando o título", disse.

"Eu falei com o diretor gerente do fundo monetário, o Dominique Strauss-Kahn, e ele me disse que nas próximas duas ou três semanas eles estarão terminando a elaboração deste título de modo que aí o Brasil decidirá quanto dinheiro nos vamos aportar. É outra coisa, não tem nada a ver com o que nós falamos agora. Também serão reservas, será como se fosse a aplicação de um título, em um bônus que corresponde a reservas", completou o ministro brasileiro.

» País poderá dar contribuição inédita, diz Mantega
» Lula quer ser 1º presidente a emprestar ao FMI

Economia internacional
Brasil vira credor do FMI e repassará até R$ 4,5 bi a instituição

Atualizada às 17h32

O ministro da Fazenda, Guido Mantega, confirmou nesta quinta-feira o convite para que o Brasil faça parte do grupo de financiamento regular do Fundo Monetário Internacional (FMI). Caso seja solicitado, o País aportará até US$ 4,5 bilhões na instituição, valor que é o limite de sua cota no fundo.

No entanto, o ministro destacou que "muito dificilmente" o aporte chegará a esse montante. Mantega destacou que o repasse dos valores não vai afetar o nível das reservas brasileiras. "Eles darão em troca Direitos Especiais de Saque. Então na verdade a gente coloca um dinheiro, digamos que eles solicitem 1 bilhão, 2 bilhões, a gente coloca no fundo e eles nos dão Direitos Especiais de Saque que é uma reserva de valor", apontou. "(É) trocar um título por outro título", completou.

O ministro destacou ainda que o País foi convidado pelo FMI para se tornar parte do grupo de 47 países, dos 185 membros, que atualmente são chamados para contribuir com a instituição. "Então eu estou aceitando este convite do fundo, pra nós é importante porque nós estaremos do lado daqueles que vão contribuir no caso em que o fundo precise de recursos para financiar outros países", destacou.

De acordo com Mantega, a medida é importante por um lado pois é um reconhecimento de que o Brasil é um país sólido, mas também porque os aportes vão ajudar a viabilizar crédito para os países emergentes que estão em dificultades. "Portanto ajuda a ativar a economia mundial", afirmou.

O ministro também ressaltou que esta não é a primeira vez que o País se torna credor do FMI. "Não é a primeira vez, no passado nós já fomos, até 1982", respondeu quanto questionado sobre o assunto.

Aportes anunciados no G20
Mantega explicou ainda que as outras contribuições a serem dadas pelo País ao FMI, que foram anunciadas na reunião do G20 em Londres, ainda necessitam de um instrumento adequado para manter o nível das reservas intacto.

"O fundo monetário está preparando um título especial, um bond, que ele vai disponibilizar para os países que querem fazer aporte no fundo monetário. Há países que já se dispuseram a fazer isso, os Estados Unidos querem fazer aporte, a China quer fazer aporte, o Canadá já declarou que quer fazer aporte, o Brasil também fará um aporte. Mas como o fundo monetário não tinha essa modalidade ele está criando o título", disse.

"Eu falei com o diretor gerente do fundo monetário, o Dominique Strauss-Kahn, e ele me disse que nas próximas duas ou três semanas eles estarão terminando a elaboração deste título de modo que aí o Brasil decidirá quanto dinheiro nos vamos aportar. É outra coisa, não tem nada a ver com o que nós falamos agora. Também serão reservas, será como se fosse a aplicação de um título, em um bônus que corresponde a reservas", completou o ministro brasileiro.

» País poderá dar contribuição inédita, diz Mantega
» Lula quer ser 1º presidente a emprestar ao FMI

Economia internacional
Brasil vira credor do FMI e repassará até R$ 4,5 bi a instituição

Atualizada às 17h32

O ministro da Fazenda, Guido Mantega, confirmou nesta quinta-feira o convite para que o Brasil faça parte do grupo de financiamento regular do Fundo Monetário Internacional (FMI). Caso seja solicitado, o País aportará até US$ 4,5 bilhões na instituição, valor que é o limite de sua cota no fundo.

No entanto, o ministro destacou que "muito dificilmente" o aporte chegará a esse montante. Mantega destacou que o repasse dos valores não vai afetar o nível das reservas brasileiras. "Eles darão em troca Direitos Especiais de Saque. Então na verdade a gente coloca um dinheiro, digamos que eles solicitem 1 bilhão, 2 bilhões, a gente coloca no fundo e eles nos dão Direitos Especiais de Saque que é uma reserva de valor", apontou. "(É) trocar um título por outro título", completou.

O ministro destacou ainda que o País foi convidado pelo FMI para se tornar parte do grupo de 47 países, dos 185 membros, que atualmente são chamados para contribuir com a instituição. "Então eu estou aceitando este convite do fundo, pra nós é importante porque nós estaremos do lado daqueles que vão contribuir no caso em que o fundo precise de recursos para financiar outros países", destacou.

De acordo com Mantega, a medida é importante por um lado pois é um reconhecimento de que o Brasil é um país sólido, mas também porque os aportes vão ajudar a viabilizar crédito para os países emergentes que estão em dificultades. "Portanto ajuda a ativar a economia mundial", afirmou.

O ministro também ressaltou que esta não é a primeira vez que o País se torna credor do FMI. "Não é a primeira vez, no passado nós já fomos, até 1982", respondeu quanto questionado sobre o assunto.

Aportes anunciados no G20
Mantega explicou ainda que as outras contribuições a serem dadas pelo País ao FMI, que foram anunciadas na reunião do G20 em Londres, ainda necessitam de um instrumento adequado para manter o nível das reservas intacto.

"O fundo monetário está preparando um título especial, um bond, que ele vai disponibilizar para os países que querem fazer aporte no fundo monetário. Há países que já se dispuseram a fazer isso, os Estados Unidos querem fazer aporte, a China quer fazer aporte, o Canadá já declarou que quer fazer aporte, o Brasil também fará um aporte. Mas como o fundo monetário não tinha essa modalidade ele está criando o título", disse.

"Eu falei com o diretor gerente do fundo monetário, o Dominique Strauss-Kahn, e ele me disse que nas próximas duas ou três semanas eles estarão terminando a elaboração deste título de modo que aí o Brasil decidirá quanto dinheiro nos vamos aportar. É outra coisa, não tem nada a ver com o que nós falamos agora. Também serão reservas, será como se fosse a aplicação de um título, em um bônus que corresponde a reservas", completou o ministro brasileiro.

» País poderá dar contribuição inédita, diz Mantega
» Lula quer ser 1º presidente a emprestar ao FMI

Economia internacional
Brasil vira credor do FMI e repassará até R$ 4,5 bi a instituição

Atualizada às 17h32

O ministro da Fazenda, Guido Mantega, confirmou nesta quinta-feira o convite para que o Brasil faça parte do grupo de financiamento regular do Fundo Monetário Internacional (FMI). Caso seja solicitado, o País aportará até US$ 4,5 bilhões na instituição, valor que é o limite de sua cota no fundo.

No entanto, o ministro destacou que "muito dificilmente" o aporte chegará a esse montante. Mantega destacou que o repasse dos valores não vai afetar o nível das reservas brasileiras. "Eles darão em troca Direitos Especiais de Saque. Então na verdade a gente coloca um dinheiro, digamos que eles solicitem 1 bilhão, 2 bilhões, a gente coloca no fundo e eles nos dão Direitos Especiais de Saque que é uma reserva de valor", apontou. "(É) trocar um título por outro título", completou.

O ministro destacou ainda que o País foi convidado pelo FMI para se tornar parte do grupo de 47 países, dos 185 membros, que atualmente são chamados para contribuir com a instituição. "Então eu estou aceitando este convite do fundo, pra nós é importante porque nós estaremos do lado daqueles que vão contribuir no caso em que o fundo precise de recursos para financiar outros países", destacou.

De acordo com Mantega, a medida é importante por um lado pois é um reconhecimento de que o Brasil é um país sólido, mas também porque os aportes vão ajudar a viabilizar crédito para os países emergentes que estão em dificultades. "Portanto ajuda a ativar a economia mundial", afirmou.

O ministro também ressaltou que esta não é a primeira vez que o País se torna credor do FMI. "Não é a primeira vez, no passado nós já fomos, até 1982", respondeu quanto questionado sobre o assunto.

Aportes anunciados no G20
Mantega explicou ainda que as outras contribuições a serem dadas pelo País ao FMI, que foram anunciadas na reunião do G20 em Londres, ainda necessitam de um instrumento adequado para manter o nível das reservas intacto.

"O fundo monetário está preparando um título especial, um bond, que ele vai disponibilizar para os países que querem fazer aporte no fundo monetário. Há países que já se dispuseram a fazer isso, os Estados Unidos querem fazer aporte, a China quer fazer aporte, o Canadá já declarou que quer fazer aporte, o Brasil também fará um aporte. Mas como o fundo monetário não tinha essa modalidade ele está criando o título", disse.

"Eu falei com o diretor gerente do fundo monetário, o Dominique Strauss-Kahn, e ele me disse que nas próximas duas ou três semanas eles estarão terminando a elaboração deste título de modo que aí o Brasil decidirá quanto dinheiro nos vamos aportar. É outra coisa, não tem nada a ver com o que nós falamos agora. Também serão reservas, será como se fosse a aplicação de um título, em um bônus que corresponde a reservas", completou o ministro brasileiro.

» País poderá dar contribuição inédita, diz Mantega
» Lula quer ser 1º presidente a emprestar ao FMI


Economia internacional
Brasil vira credor do FMI e repassará até R$ 4,5 bi a instituição

Atualizada às 17h32

O ministro da Fazenda, Guido Mantega, confirmou nesta quinta-feira o convite para que o Brasil faça parte do grupo de financiamento regular do Fundo Monetário Internacional (FMI). Caso seja solicitado, o País aportará até US$ 4,5 bilhões na instituição, valor que é o limite de sua cota no fundo.

No entanto, o ministro destacou que "muito dificilmente" o aporte chegará a esse montante. Mantega destacou que o repasse dos valores não vai afetar o nível das reservas brasileiras. "Eles darão em troca Direitos Especiais de Saque. Então na verdade a gente coloca um dinheiro, digamos que eles solicitem 1 bilhão, 2 bilhões, a gente coloca no fundo e eles nos dão Direitos Especiais de Saque que é uma reserva de valor", apontou. "(É) trocar um título por outro título", completou.

O ministro destacou ainda que o País foi convidado pelo FMI para se tornar parte do grupo de 47 países, dos 185 membros, que atualmente são chamados para contribuir com a instituição. "Então eu estou aceitando este convite do fundo, pra nós é importante porque nós estaremos do lado daqueles que vão contribuir no caso em que o fundo precise de recursos para financiar outros países", destacou.

De acordo com Mantega, a medida é importante por um lado pois é um reconhecimento de que o Brasil é um país sólido, mas também porque os aportes vão ajudar a viabilizar crédito para os países emergentes que estão em dificultades. "Portanto ajuda a ativar a economia mundial", afirmou.

O ministro também ressaltou que esta não é a primeira vez que o País se torna credor do FMI. "Não é a primeira vez, no passado nós já fomos, até 1982", respondeu quanto questionado sobre o assunto.

Aportes anunciados no G20
Mantega explicou ainda que as outras contribuições a serem dadas pelo País ao FMI, que foram anunciadas na reunião do G20 em Londres, ainda necessitam de um instrumento adequado para manter o nível das reservas intacto.

"O fundo monetário está preparando um título especial, um bond, que ele vai disponibilizar para os países que querem fazer aporte no fundo monetário. Há países que já se dispuseram a fazer isso, os Estados Unidos querem fazer aporte, a China quer fazer aporte, o Canadá já declarou que quer fazer aporte, o Brasil também fará um aporte. Mas como o fundo monetário não tinha essa modalidade ele está criando o título", disse.

"Eu falei com o diretor gerente do fundo monetário, o Dominique Strauss-Kahn, e ele me disse que nas próximas duas ou três semanas eles estarão terminando a elaboração deste título de modo que aí o Brasil decidirá quanto dinheiro nos vamos aportar. É outra coisa, não tem nada a ver com o que nós falamos agora. Também serão reservas, será como se fosse a aplicação de um título, em um bônus que corresponde a reservas", completou o ministro brasileiro.

» País poderá dar contribuição inédita, diz Mantega
» Lula quer ser 1º presidente a emprestar ao FMI

Economia internacional
Brasil vira credor do FMI e repassará até R$ 4,5 bi a instituição

Atualizada às 17h32

O ministro da Fazenda, Guido Mantega, confirmou nesta quinta-feira o convite para que o Brasil faça parte do grupo de financiamento regular do Fundo Monetário Internacional (FMI). Caso seja solicitado, o País aportará até US$ 4,5 bilhões na instituição, valor que é o limite de sua cota no fundo.

No entanto, o ministro destacou que "muito dificilmente" o aporte chegará a esse montante. Mantega destacou que o repasse dos valores não vai afetar o nível das reservas brasileiras. "Eles darão em troca Direitos Especiais de Saque. Então na verdade a gente coloca um dinheiro, digamos que eles solicitem 1 bilhão, 2 bilhões, a gente coloca no fundo e eles nos dão Direitos Especiais de Saque que é uma reserva de valor", apontou. "(É) trocar um título por outro título", completou.

O ministro destacou ainda que o País foi convidado pelo FMI para se tornar parte do grupo de 47 países, dos 185 membros, que atualmente são chamados para contribuir com a instituição. "Então eu estou aceitando este convite do fundo, pra nós é importante porque nós estaremos do lado daqueles que vão contribuir no caso em que o fundo precise de recursos para financiar outros países", destacou.

De acordo com Mantega, a medida é importante por um lado pois é um reconhecimento de que o Brasil é um país sólido, mas também porque os aportes vão ajudar a viabilizar crédito para os países emergentes que estão em dificultades. "Portanto ajuda a ativar a economia mundial", afirmou.

O ministro também ressaltou que esta não é a primeira vez que o País se torna credor do FMI. "Não é a primeira vez, no passado nós já fomos, até 1982", respondeu quanto questionado sobre o assunto.

Aportes anunciados no G20
Mantega explicou ainda que as outras contribuições a serem dadas pelo País ao FMI, que foram anunciadas na reunião do G20 em Londres, ainda necessitam de um instrumento adequado para manter o nível das reservas intacto.

"O fundo monetário está preparando um título especial, um bond, que ele vai disponibilizar para os países que querem fazer aporte no fundo monetário. Há países que já se dispuseram a fazer isso, os Estados Unidos querem fazer aporte, a China quer fazer aporte, o Canadá já declarou que quer fazer aporte, o Brasil também fará um aporte. Mas como o fundo monetário não tinha essa modalidade ele está criando o título", disse.

"Eu falei com o diretor gerente do fundo monetário, o Dominique Strauss-Kahn, e ele me disse que nas próximas duas ou três semanas eles estarão terminando a elaboração deste título de modo que aí o Brasil decidirá quanto dinheiro nos vamos aportar. É outra coisa, não tem nada a ver com o que nós falamos agora. Também serão reservas, será como se fosse a aplicação de um título, em um bônus que corresponde a reservas", completou o ministro brasileiro.

» País poderá dar contribuição inédita, diz Mantega
» Lula quer ser 1º presidente a emprestar ao FMI


Economia internacional
Brasil vira credor do FMI e repassará até R$ 4,5 bi a instituição

Atualizada às 17h32

O ministro da Fazenda, Guido Mantega, confirmou nesta quinta-feira o convite para que o Brasil faça parte do grupo de financiamento regular do Fundo Monetário Internacional (FMI). Caso seja solicitado, o País aportará até US$ 4,5 bilhões na instituição, valor que é o limite de sua cota no fundo.

No entanto, o ministro destacou que "muito dificilmente" o aporte chegará a esse montante. Mantega destacou que o repasse dos valores não vai afetar o nível das reservas brasileiras. "Eles darão em troca Direitos Especiais de Saque. Então na verdade a gente coloca um dinheiro, digamos que eles solicitem 1 bilhão, 2 bilhões, a gente coloca no fundo e eles nos dão Direitos Especiais de Saque que é uma reserva de valor", apontou. "(É) trocar um título por outro título", completou.

O ministro destacou ainda que o País foi convidado pelo FMI para se tornar parte do grupo de 47 países, dos 185 membros, que atualmente são chamados para contribuir com a instituição. "Então eu estou aceitando este convite do fundo, pra nós é importante porque nós estaremos do lado daqueles que vão contribuir no caso em que o fundo precise de recursos para financiar outros países", destacou.

De acordo com Mantega, a medida é importante por um lado pois é um reconhecimento de que o Brasil é um país sólido, mas também porque os aportes vão ajudar a viabilizar crédito para os países emergentes que estão em dificultades. "Portanto ajuda a ativar a economia mundial", afirmou.

O ministro também ressaltou que esta não é a primeira vez que o País se torna credor do FMI. "Não é a primeira vez, no passado nós já fomos, até 1982", respondeu quanto questionado sobre o assunto.

Aportes anunciados no G20
Mantega explicou ainda que as outras contribuições a serem dadas pelo País ao FMI, que foram anunciadas na reunião do G20 em Londres, ainda necessitam de um instrumento adequado para manter o nível das reservas intacto.

"O fundo monetário está preparando um título especial, um bond, que ele vai disponibilizar para os países que querem fazer aporte no fundo monetário. Há países que já se dispuseram a fazer isso, os Estados Unidos querem fazer aporte, a China quer fazer aporte, o Canadá já declarou que quer fazer aporte, o Brasil também fará um aporte. Mas como o fundo monetário não tinha essa modalidade ele está criando o título", disse.

"Eu falei com o diretor gerente do fundo monetário, o Dominique Strauss-Kahn, e ele me disse que nas próximas duas ou três semanas eles estarão terminando a elaboração deste título de modo que aí o Brasil decidirá quanto dinheiro nos vamos aportar. É outra coisa, não tem nada a ver com o que nós falamos agora. Também serão reservas, será como se fosse a aplicação de um título, em um bônus que corresponde a reservas", completou o ministro brasileiro.

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Brasil vira credor do FMI e repassará até R$ 4,5 bi a instituição

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O ministro da Fazenda, Guido Mantega, confirmou nesta quinta-feira o convite para que o Brasil faça parte do grupo de financiamento regular do Fundo Monetário Internacional (FMI). Caso seja solicitado, o País aportará até US$ 4,5 bilhões na instituição, valor que é o limite de sua cota no fundo.

No entanto, o ministro destacou que "muito dificilmente" o aporte chegará a esse montante. Mantega destacou que o repasse dos valores não vai afetar o nível das reservas brasileiras. "Eles darão em troca Direitos Especiais de Saque. Então na verdade a gente coloca um dinheiro, digamos que eles solicitem 1 bilhão, 2 bilhões, a gente coloca no fundo e eles nos dão Direitos Especiais de Saque que é uma reserva de valor", apontou. "(É) trocar um título por outro título", completou.

O ministro destacou ainda que o País foi convidado pelo FMI para se tornar parte do grupo de 47 países, dos 185 membros, que atualmente são chamados para contribuir com a instituição. "Então eu estou aceitando este convite do fundo, pra nós é importante porque nós estaremos do lado daqueles que vão contribuir no caso em que o fundo precise de recursos para financiar outros países", destacou.

De acordo com Mantega, a medida é importante por um lado pois é um reconhecimento de que o Brasil é um país sólido, mas também porque os aportes vão ajudar a viabilizar crédito para os países emergentes que estão em dificultades. "Portanto ajuda a ativar a economia mundial", afirmou.

O ministro também ressaltou que esta não é a primeira vez que o País se torna credor do FMI. "Não é a primeira vez, no passado nós já fomos, até 1982", respondeu quanto questionado sobre o assunto.

Aportes anunciados no G20
Mantega explicou ainda que as outras contribuições a serem dadas pelo País ao FMI, que foram anunciadas na reunião do G20 em Londres, ainda necessitam de um instrumento adequado para manter o nível das reservas intacto.

"O fundo monetário está preparando um título especial, um bond, que ele vai disponibilizar para os países que querem fazer aporte no fundo monetário. Há países que já se dispuseram a fazer isso, os Estados Unidos querem fazer aporte, a China quer fazer aporte, o Canadá já declarou que quer fazer aporte, o Brasil também fará um aporte. Mas como o fundo monetário não tinha essa modalidade ele está criando o título", disse.

"Eu falei com o diretor gerente do fundo monetário, o Dominique Strauss-Kahn, e ele me disse que nas próximas duas ou três semanas eles estarão terminando a elaboração deste título de modo que aí o Brasil decidirá quanto dinheiro nos vamos aportar. É outra coisa, não tem nada a ver com o que nós falamos agora. Também serão reservas, será como se fosse a aplicação de um título, em um bônus que corresponde a reservas", completou o ministro brasileiro.

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Brasil vira credor do FMI e repassará até R$ 4,5 bi a instituição

Atualizada às 17h32

O ministro da Fazenda, Guido Mantega, confirmou nesta quinta-feira o convite para que o Brasil faça parte do grupo de financiamento regular do Fundo Monetário Internacional (FMI). Caso seja solicitado, o País aportará até US$ 4,5 bilhões na instituição, valor que é o limite de sua cota no fundo.

No entanto, o ministro destacou que "muito dificilmente" o aporte chegará a esse montante. Mantega destacou que o repasse dos valores não vai afetar o nível das reservas brasileiras. "Eles darão em troca Direitos Especiais de Saque. Então na verdade a gente coloca um dinheiro, digamos que eles solicitem 1 bilhão, 2 bilhões, a gente coloca no fundo e eles nos dão Direitos Especiais de Saque que é uma reserva de valor", apontou. "(É) trocar um título por outro título", completou.

O ministro destacou ainda que o País foi convidado pelo FMI para se tornar parte do grupo de 47 países, dos 185 membros, que atualmente são chamados para contribuir com a instituição. "Então eu estou aceitando este convite do fundo, pra nós é importante porque nós estaremos do lado daqueles que vão contribuir no caso em que o fundo precise de recursos para financiar outros países", destacou.

De acordo com Mantega, a medida é importante por um lado pois é um reconhecimento de que o Brasil é um país sólido, mas também porque os aportes vão ajudar a viabilizar crédito para os países emergentes que estão em dificultades. "Portanto ajuda a ativar a economia mundial", afirmou.

O ministro também ressaltou que esta não é a primeira vez que o País se torna credor do FMI. "Não é a primeira vez, no passado nós já fomos, até 1982", respondeu quanto questionado sobre o assunto.

Aportes anunciados no G20
Mantega explicou ainda que as outras contribuições a serem dadas pelo País ao FMI, que foram anunciadas na reunião do G20 em Londres, ainda necessitam de um instrumento adequado para manter o nível das reservas intacto.

"O fundo monetário está preparando um título especial, um bond, que ele vai disponibilizar para os países que querem fazer aporte no fundo monetário. Há países que já se dispuseram a fazer isso, os Estados Unidos querem fazer aporte, a China quer fazer aporte, o Canadá já declarou que quer fazer aporte, o Brasil também fará um aporte. Mas como o fundo monetário não tinha essa modalidade ele está criando o título", disse.

"Eu falei com o diretor gerente do fundo monetário, o Dominique Strauss-Kahn, e ele me disse que nas próximas duas ou três semanas eles estarão terminando a elaboração deste título de modo que aí o Brasil decidirá quanto dinheiro nos vamos aportar. É outra coisa, não tem nada a ver com o que nós falamos agora. Também serão reservas, será como se fosse a aplicação de um título, em um bônus que corresponde a reservas", completou o ministro brasileiro.

» País poderá dar contribuição inédita, diz Mantega
» Lula quer ser 1º presidente a emprestar ao FMI



Economia internacional
Brasil vira credor do FMI e repassará até R$ 4,5 bi a instituição

Atualizada às 17h32

O ministro da Fazenda, Guido Mantega, confirmou nesta quinta-feira o convite para que o Brasil faça parte do grupo de financiamento regular do Fundo Monetário Internacional (FMI). Caso seja solicitado, o País aportará até US$ 4,5 bilhões na instituição, valor que é o limite de sua cota no fundo.

No entanto, o ministro destacou que "muito dificilmente" o aporte chegará a esse montante. Mantega destacou que o repasse dos valores não vai afetar o nível das reservas brasileiras. "Eles darão em troca Direitos Especiais de Saque. Então na verdade a gente coloca um dinheiro, digamos que eles solicitem 1 bilhão, 2 bilhões, a gente coloca no fundo e eles nos dão Direitos Especiais de Saque que é uma reserva de valor", apontou. "(É) trocar um título por outro título", completou.

O ministro destacou ainda que o País foi convidado pelo FMI para se tornar parte do grupo de 47 países, dos 185 membros, que atualmente são chamados para contribuir com a instituição. "Então eu estou aceitando este convite do fundo, pra nós é importante porque nós estaremos do lado daqueles que vão contribuir no caso em que o fundo precise de recursos para financiar outros países", destacou.

De acordo com Mantega, a medida é importante por um lado pois é um reconhecimento de que o Brasil é um país sólido, mas também porque os aportes vão ajudar a viabilizar crédito para os países emergentes que estão em dificultades. "Portanto ajuda a ativar a economia mundial", afirmou.

O ministro também ressaltou que esta não é a primeira vez que o País se torna credor do FMI. "Não é a primeira vez, no passado nós já fomos, até 1982", respondeu quanto questionado sobre o assunto.

Aportes anunciados no G20
Mantega explicou ainda que as outras contribuições a serem dadas pelo País ao FMI, que foram anunciadas na reunião do G20 em Londres, ainda necessitam de um instrumento adequado para manter o nível das reservas intacto.

"O fundo monetário está preparando um título especial, um bond, que ele vai disponibilizar para os países que querem fazer aporte no fundo monetário. Há países que já se dispuseram a fazer isso, os Estados Unidos querem fazer aporte, a China quer fazer aporte, o Canadá já declarou que quer fazer aporte, o Brasil também fará um aporte. Mas como o fundo monetário não tinha essa modalidade ele está criando o título", disse.

"Eu falei com o diretor gerente do fundo monetário, o Dominique Strauss-Kahn, e ele me disse que nas próximas duas ou três semanas eles estarão terminando a elaboração deste título de modo que aí o Brasil decidirá quanto dinheiro nos vamos aportar. É outra coisa, não tem nada a ver com o que nós falamos agora. Também serão reservas, será como se fosse a aplicação de um título, em um bônus que corresponde a reservas", completou o ministro brasileiro.

» País poderá dar contribuição inédita, diz Mantega
» Lula quer ser 1º presidente a emprestar ao FMI




Economia internacional
Brasil vira credor do FMI e repassará até R$ 4,5 bi a instituição

Atualizada às 17h32

O ministro da Fazenda, Guido Mantega, confirmou nesta quinta-feira o convite para que o Brasil faça parte do grupo de financiamento regular do Fundo Monetário Internacional (FMI). Caso seja solicitado, o País aportará até US$ 4,5 bilhões na instituição, valor que é o limite de sua cota no fundo.

No entanto, o ministro destacou que "muito dificilmente" o aporte chegará a esse montante. Mantega destacou que o repasse dos valores não vai afetar o nível das reservas brasileiras. "Eles darão em troca Direitos Especiais de Saque. Então na verdade a gente coloca um dinheiro, digamos que eles solicitem 1 bilhão, 2 bilhões, a gente coloca no fundo e eles nos dão Direitos Especiais de Saque que é uma reserva de valor", apontou. "(É) trocar um título por outro título", completou.

O ministro destacou ainda que o País foi convidado pelo FMI para se tornar parte do grupo de 47 países, dos 185 membros, que atualmente são chamados para contribuir com a instituição. "Então eu estou aceitando este convite do fundo, pra nós é importante porque nós estaremos do lado daqueles que vão contribuir no caso em que o fundo precise de recursos para financiar outros países", destacou.

De acordo com Mantega, a medida é importante por um lado pois é um reconhecimento de que o Brasil é um país sólido, mas também porque os aportes vão ajudar a viabilizar crédito para os países emergentes que estão em dificultades. "Portanto ajuda a ativar a economia mundial", afirmou.

O ministro também ressaltou que esta não é a primeira vez que o País se torna credor do FMI. "Não é a primeira vez, no passado nós já fomos, até 1982", respondeu quanto questionado sobre o assunto.

Aportes anunciados no G20
Mantega explicou ainda que as outras contribuições a serem dadas pelo País ao FMI, que foram anunciadas na reunião do G20 em Londres, ainda necessitam de um instrumento adequado para manter o nível das reservas intacto.

"O fundo monetário está preparando um título especial, um bond, que ele vai disponibilizar para os países que querem fazer aporte no fundo monetário. Há países que já se dispuseram a fazer isso, os Estados Unidos querem fazer aporte, a China quer fazer aporte, o Canadá já declarou que quer fazer aporte, o Brasil também fará um aporte. Mas como o fundo monetário não tinha essa modalidade ele está criando o título", disse.

"Eu falei com o diretor gerente do fundo monetário, o Dominique Strauss-Kahn, e ele me disse que nas próximas duas ou três semanas eles estarão terminando a elaboração deste título de modo que aí o Brasil decidirá quanto dinheiro nos vamos aportar. É outra coisa, não tem nada a ver com o que nós falamos agora. Também serão reservas, será como se fosse a aplicação de um título, em um bônus que corresponde a reservas", completou o ministro brasileiro.

» País poderá dar contribuição inédita, diz Mantega
» Lula quer ser 1º presidente a emprestar ao FMI





Economia internacional
Brasil vira credor do FMI e repassará até R$ 4,5 bi a instituição

Atualizada às 17h32

O ministro da Fazenda, Guido Mantega, confirmou nesta quinta-feira o convite para que o Brasil faça parte do grupo de financiamento regular do Fundo Monetário Internacional (FMI). Caso seja solicitado, o País aportará até US$ 4,5 bilhões na instituição, valor que é o limite de sua cota no fundo.

No entanto, o ministro destacou que "muito dificilmente" o aporte chegará a esse montante. Mantega destacou que o repasse dos valores não vai afetar o nível das reservas brasileiras. "Eles darão em troca Direitos Especiais de Saque. Então na verdade a gente coloca um dinheiro, digamos que eles solicitem 1 bilhão, 2 bilhões, a gente coloca no fundo e eles nos dão Direitos Especiais de Saque que é uma reserva de valor", apontou. "(É) trocar um título por outro título", completou.

O ministro destacou ainda que o País foi convidado pelo FMI para se tornar parte do grupo de 47 países, dos 185 membros, que atualmente são chamados para contribuir com a instituição. "Então eu estou aceitando este convite do fundo, pra nós é importante porque nós estaremos do lado daqueles que vão contribuir no caso em que o fundo precise de recursos para financiar outros países", destacou.

De acordo com Mantega, a medida é importante por um lado pois é um reconhecimento de que o Brasil é um país sólido, mas também porque os aportes vão ajudar a viabilizar crédito para os países emergentes que estão em dificultades. "Portanto ajuda a ativar a economia mundial", afirmou.

O ministro também ressaltou que esta não é a primeira vez que o País se torna credor do FMI. "Não é a primeira vez, no passado nós já fomos, até 1982", respondeu quanto questionado sobre o assunto.

Aportes anunciados no G20
Mantega explicou ainda que as outras contribuições a serem dadas pelo País ao FMI, que foram anunciadas na reunião do G20 em Londres, ainda necessitam de um instrumento adequado para manter o nível das reservas intacto.

"O fundo monetário está preparando um título especial, um bond, que ele vai disponibilizar para os países que querem fazer aporte no fundo monetário. Há países que já se dispuseram a fazer isso, os Estados Unidos querem fazer aporte, a China quer fazer aporte, o Canadá já declarou que quer fazer aporte, o Brasil também fará um aporte. Mas como o fundo monetário não tinha essa modalidade ele está criando o título", disse.

"Eu falei com o diretor gerente do fundo monetário, o Dominique Strauss-Kahn, e ele me disse que nas próximas duas ou três semanas eles estarão terminando a elaboração deste título de modo que aí o Brasil decidirá quanto dinheiro nos vamos aportar. É outra coisa, não tem nada a ver com o que nós falamos agora. Também serão reservas, será como se fosse a aplicação de um título, em um bônus que corresponde a reservas", completou o ministro brasileiro.

» País poderá dar contribuição inédita, diz Mantega
» Lula quer ser 1º presidente a emprestar ao FMI











Economia internacional
Brasil vira credor do FMI e repassará até R$ 4,5 bi a instituição

Atualizada às 17h32

O ministro da Fazenda, Guido Mantega, confirmou nesta quinta-feira o convite para que o Brasil faça parte do grupo de financiamento regular do Fundo Monetário Internacional (FMI). Caso seja solicitado, o País aportará até US$ 4,5 bilhões na instituição, valor que é o limite de sua cota no fundo.

No entanto, o ministro destacou que "muito dificilmente" o aporte chegará a esse montante. Mantega destacou que o repasse dos valores não vai afetar o nível das reservas brasileiras. "Eles darão em troca Direitos Especiais de Saque. Então na verdade a gente coloca um dinheiro, digamos que eles solicitem 1 bilhão, 2 bilhões, a gente coloca no fundo e eles nos dão Direitos Especiais de Saque que é uma reserva de valor", apontou. "(É) trocar um título por outro título", completou.

O ministro destacou ainda que o País foi convidado pelo FMI para se tornar parte do grupo de 47 países, dos 185 membros, que atualmente são chamados para contribuir com a instituição. "Então eu estou aceitando este convite do fundo, pra nós é importante porque nós estaremos do lado daqueles que vão contribuir no caso em que o fundo precise de recursos para financiar outros países", destacou.

De acordo com Mantega, a medida é importante por um lado pois é um reconhecimento de que o Brasil é um país sólido, mas também porque os aportes vão ajudar a viabilizar crédito para os países emergentes que estão em dificultades. "Portanto ajuda a ativar a economia mundial", afirmou.

O ministro também ressaltou que esta não é a primeira vez que o País se torna credor do FMI. "Não é a primeira vez, no passado nós já fomos, até 1982", respondeu quanto questionado sobre o assunto.

Aportes anunciados no G20
Mantega explicou ainda que as outras contribuições a serem dadas pelo País ao FMI, que foram anunciadas na reunião do G20 em Londres, ainda necessitam de um instrumento adequado para manter o nível das reservas intacto.

"O fundo monetário está preparando um título especial, um bond, que ele vai disponibilizar para os países que querem fazer aporte no fundo monetário. Há países que já se dispuseram a fazer isso, os Estados Unidos querem fazer aporte, a China quer fazer aporte, o Canadá já declarou que quer fazer aporte, o Brasil também fará um aporte. Mas como o fundo monetário não tinha essa modalidade ele está criando o título", disse.

"Eu falei com o diretor gerente do fundo monetário, o Dominique Strauss-Kahn, e ele me disse que nas próximas duas ou três semanas eles estarão terminando a elaboração deste título de modo que aí o Brasil decidirá quanto dinheiro nos vamos aportar. É outra coisa, não tem nada a ver com o que nós falamos agora. Também serão reservas, será como se fosse a aplicação de um título, em um bônus que corresponde a reservas", completou o ministro brasileiro.

» País poderá dar contribuição inédita, diz Mantega
» Lula quer ser 1º presidente a emprestar ao FMI










Economia internacional
Brasil vira credor do FMI e repassará até R$ 4,5 bi a instituição

Atualizada às 17h32

O ministro da Fazenda, Guido Mantega, confirmou nesta quinta-feira o convite para que o Brasil faça parte do grupo de financiamento regular do Fundo Monetário Internacional (FMI). Caso seja solicitado, o País aportará até US$ 4,5 bilhões na instituição, valor que é o limite de sua cota no fundo.

No entanto, o ministro destacou que "muito dificilmente" o aporte chegará a esse montante. Mantega destacou que o repasse dos valores não vai afetar o nível das reservas brasileiras. "Eles darão em troca Direitos Especiais de Saque. Então na verdade a gente coloca um dinheiro, digamos que eles solicitem 1 bilhão, 2 bilhões, a gente coloca no fundo e eles nos dão Direitos Especiais de Saque que é uma reserva de valor", apontou. "(É) trocar um título por outro título", completou.

O ministro destacou ainda que o País foi convidado pelo FMI para se tornar parte do grupo de 47 países, dos 185 membros, que atualmente são chamados para contribuir com a instituição. "Então eu estou aceitando este convite do fundo, pra nós é importante porque nós estaremos do lado daqueles que vão contribuir no caso em que o fundo precise de recursos para financiar outros países", destacou.

De acordo com Mantega, a medida é importante por um lado pois é um reconhecimento de que o Brasil é um país sólido, mas também porque os aportes vão ajudar a viabilizar crédito para os países emergentes que estão em dificultades. "Portanto ajuda a ativar a economia mundial", afirmou.

O ministro também ressaltou que esta não é a primeira vez que o País se torna credor do FMI. "Não é a primeira vez, no passado nós já fomos, até 1982", respondeu quanto questionado sobre o assunto.

Aportes anunciados no G20
Mantega explicou ainda que as outras contribuições a serem dadas pelo País ao FMI, que foram anunciadas na reunião do G20 em Londres, ainda necessitam de um instrumento adequado para manter o nível das reservas intacto.

"O fundo monetário está preparando um título especial, um bond, que ele vai disponibilizar para os países que querem fazer aporte no fundo monetário. Há países que já se dispuseram a fazer isso, os Estados Unidos querem fazer aporte, a China quer fazer aporte, o Canadá já declarou que quer fazer aporte, o Brasil também fará um aporte. Mas como o fundo monetário não tinha essa modalidade ele está criando o título", disse.

"Eu falei com o diretor gerente do fundo monetário, o Dominique Strauss-Kahn, e ele me disse que nas próximas duas ou três semanas eles estarão terminando a elaboração deste título de modo que aí o Brasil decidirá quanto dinheiro nos vamos aportar. É outra coisa, não tem nada a ver com o que nós falamos agora. Também serão reservas, será como se fosse a aplicação de um título, em um bônus que corresponde a reservas", completou o ministro brasileiro.

» País poderá dar contribuição inédita, diz Mantega
» Lula quer ser 1º presidente a emprestar ao FMI













Economia internacional
Brasil vira credor do FMI e repassará até R$ 4,5 bi a instituição

Atualizada às 17h32

O ministro da Fazenda, Guido Mantega, confirmou nesta quinta-feira o convite para que o Brasil faça parte do grupo de financiamento regular do Fundo Monetário Internacional (FMI). Caso seja solicitado, o País aportará até US$ 4,5 bilhões na instituição, valor que é o limite de sua cota no fundo.

No entanto, o ministro destacou que "muito dificilmente" o aporte chegará a esse montante. Mantega destacou que o repasse dos valores não vai afetar o nível das reservas brasileiras. "Eles darão em troca Direitos Especiais de Saque. Então na verdade a gente coloca um dinheiro, digamos que eles solicitem 1 bilhão, 2 bilhões, a gente coloca no fundo e eles nos dão Direitos Especiais de Saque que é uma reserva de valor", apontou. "(É) trocar um título por outro título", completou.

O ministro destacou ainda que o País foi convidado pelo FMI para se tornar parte do grupo de 47 países, dos 185 membros, que atualmente são chamados para contribuir com a instituição. "Então eu estou aceitando este convite do fundo, pra nós é importante porque nós estaremos do lado daqueles que vão contribuir no caso em que o fundo precise de recursos para financiar outros países", destacou.

De acordo com Mantega, a medida é importante por um lado pois é um reconhecimento de que o Brasil é um país sólido, mas também porque os aportes vão ajudar a viabilizar crédito para os países emergentes que estão em dificultades. "Portanto ajuda a ativar a economia mundial", afirmou.

O ministro também ressaltou que esta não é a primeira vez que o País se torna credor do FMI. "Não é a primeira vez, no passado nós já fomos, até 1982", respondeu quanto questionado sobre o assunto.

Aportes anunciados no G20
Mantega explicou ainda que as outras contribuições a serem dadas pelo País ao FMI, que foram anunciadas na reunião do G20 em Londres, ainda necessitam de um instrumento adequado para manter o nível das reservas intacto.

"O fundo monetário está preparando um título especial, um bond, que ele vai disponibilizar para os países que querem fazer aporte no fundo monetário. Há países que já se dispuseram a fazer isso, os Estados Unidos querem fazer aporte, a China quer fazer aporte, o Canadá já declarou que quer fazer aporte, o Brasil também fará um aporte. Mas como o fundo monetário não tinha essa modalidade ele está criando o título", disse.

"Eu falei com o diretor gerente do fundo monetário, o Dominique Strauss-Kahn, e ele me disse que nas próximas duas ou três semanas eles estarão terminando a elaboração deste título de modo que aí o Brasil decidirá quanto dinheiro nos vamos aportar. É outra coisa, não tem nada a ver com o que nós falamos agora. Também serão reservas, será como se fosse a aplicação de um título, em um bônus que corresponde a reservas", completou o ministro brasileiro.

» País poderá dar contribuição inédita, diz Mantega
» Lula quer ser 1º presidente a emprestar ao FMI

















Economia internacional
Brasil vira credor do FMI e repassará até R$ 4,5 bi a instituição

Atualizada às 17h32

O ministro da Fazenda, Guido Mantega, confirmou nesta quinta-feira o convite para que o Brasil faça parte do grupo de financiamento regular do Fundo Monetário Internacional (FMI). Caso seja solicitado, o País aportará até US$ 4,5 bilhões na instituição, valor que é o limite de sua cota no fundo.

No entanto, o ministro destacou que "muito dificilmente" o aporte chegará a esse montante. Mantega destacou que o repasse dos valores não vai afetar o nível das reservas brasileiras. "Eles darão em troca Direitos Especiais de Saque. Então na verdade a gente coloca um dinheiro, digamos que eles solicitem 1 bilhão, 2 bilhões, a gente coloca no fundo e eles nos dão Direitos Especiais de Saque que é uma reserva de valor", apontou. "(É) trocar um título por outro título", completou.

O ministro destacou ainda que o País foi convidado pelo FMI para se tornar parte do grupo de 47 países, dos 185 membros, que atualmente são chamados para contribuir com a instituição. "Então eu estou aceitando este convite do fundo, pra nós é importante porque nós estaremos do lado daqueles que vão contribuir no caso em que o fundo precise de recursos para financiar outros países", destacou.

De acordo com Mantega, a medida é importante por um lado pois é um reconhecimento de que o Brasil é um país sólido, mas também porque os aportes vão ajudar a viabilizar crédito para os países emergentes que estão em dificultades. "Portanto ajuda a ativar a economia mundial", afirmou.

O ministro também ressaltou que esta não é a primeira vez que o País se torna credor do FMI. "Não é a primeira vez, no passado nós já fomos, até 1982", respondeu quanto questionado sobre o assunto.

Aportes anunciados no G20
Mantega explicou ainda que as outras contribuições a serem dadas pelo País ao FMI, que foram anunciadas na reunião do G20 em Londres, ainda necessitam de um instrumento adequado para manter o nível das reservas intacto.

"O fundo monetário está preparando um título especial, um bond, que ele vai disponibilizar para os países que querem fazer aporte no fundo monetário. Há países que já se dispuseram a fazer isso, os Estados Unidos querem fazer aporte, a China quer fazer aporte, o Canadá já declarou que quer fazer aporte, o Brasil também fará um aporte. Mas como o fundo monetário não tinha essa modalidade ele está criando o título", disse.

"Eu falei com o diretor gerente do fundo monetário, o Dominique Strauss-Kahn, e ele me disse que nas próximas duas ou três semanas eles estarão terminando a elaboração deste título de modo que aí o Brasil decidirá quanto dinheiro nos vamos aportar. É outra coisa, não tem nada a ver com o que nós falamos agora. Também serão reservas, será como se fosse a aplicação de um título, em um bônus que corresponde a reservas", completou o ministro brasileiro.

» País poderá dar contribuição inédita, diz Mantega
» Lula quer ser 1º presidente a emprestar ao FMI














Economia internacional
Brasil vira credor do FMI e repassará até R$ 4,5 bi a instituição

Atualizada às 17h32

O ministro da Fazenda, Guido Mantega, confirmou nesta quinta-feira o convite para que o Brasil faça parte do grupo de financiamento regular do Fundo Monetário Internacional (FMI). Caso seja solicitado, o País aportará até US$ 4,5 bilhões na instituição, valor que é o limite de sua cota no fundo.

No entanto, o ministro destacou que "muito dificilmente" o aporte chegará a esse montante. Mantega destacou que o repasse dos valores não vai afetar o nível das reservas brasileiras. "Eles darão em troca Direitos Especiais de Saque. Então na verdade a gente coloca um dinheiro, digamos que eles solicitem 1 bilhão, 2 bilhões, a gente coloca no fundo e eles nos dão Direitos Especiais de Saque que é uma reserva de valor", apontou. "(É) trocar um título por outro título", completou.

O ministro destacou ainda que o País foi convidado pelo FMI para se tornar parte do grupo de 47 países, dos 185 membros, que atualmente são chamados para contribuir com a instituição. "Então eu estou aceitando este convite do fundo, pra nós é importante porque nós estaremos do lado daqueles que vão contribuir no caso em que o fundo precise de recursos para financiar outros países", destacou.

De acordo com Mantega, a medida é importante por um lado pois é um reconhecimento de que o Brasil é um país sólido, mas também porque os aportes vão ajudar a viabilizar crédito para os países emergentes que estão em dificultades. "Portanto ajuda a ativar a economia mundial", afirmou.

O ministro também ressaltou que esta não é a primeira vez que o País se torna credor do FMI. "Não é a primeira vez, no passado nós já fomos, até 1982", respondeu quanto questionado sobre o assunto.

Aportes anunciados no G20
Mantega explicou ainda que as outras contribuições a serem dadas pelo País ao FMI, que foram anunciadas na reunião do G20 em Londres, ainda necessitam de um instrumento adequado para manter o nível das reservas intacto.

"O fundo monetário está preparando um título especial, um bond, que ele vai disponibilizar para os países que querem fazer aporte no fundo monetário. Há países que já se dispuseram a fazer isso, os Estados Unidos querem fazer aporte, a China quer fazer aporte, o Canadá já declarou que quer fazer aporte, o Brasil também fará um aporte. Mas como o fundo monetário não tinha essa modalidade ele está criando o título", disse.

"Eu falei com o diretor gerente do fundo monetário, o Dominique Strauss-Kahn, e ele me disse que nas próximas duas ou três semanas eles estarão terminando a elaboração deste título de modo que aí o Brasil decidirá quanto dinheiro nos vamos aportar. É outra coisa, não tem nada a ver com o que nós falamos agora. Também serão reservas, será como se fosse a aplicação de um título, em um bônus que corresponde a reservas", completou o ministro brasileiro.

» País poderá dar contribuição inédita, diz Mantega
» Lula quer ser 1º presidente a emprestar ao FMI

















Economia internacional
Brasil vira credor do FMI e repassará até R$ 4,5 bi a instituição

Atualizada às 17h32

O ministro da Fazenda, Guido Mantega, confirmou nesta quinta-feira o convite para que o Brasil faça parte do grupo de financiamento regular do Fundo Monetário Internacional (FMI). Caso seja solicitado, o País aportará até US$ 4,5 bilhões na instituição, valor que é o limite de sua cota no fundo.

No entanto, o ministro destacou que "muito dificilmente" o aporte chegará a esse montante. Mantega destacou que o repasse dos valores não vai afetar o nível das reservas brasileiras. "Eles darão em troca Direitos Especiais de Saque. Então na verdade a gente coloca um dinheiro, digamos que eles solicitem 1 bilhão, 2 bilhões, a gente coloca no fundo e eles nos dão Direitos Especiais de Saque que é uma reserva de valor", apontou. "(É) trocar um título por outro título", completou.

O ministro destacou ainda que o País foi convidado pelo FMI para se tornar parte do grupo de 47 países, dos 185 membros, que atualmente são chamados para contribuir com a instituição. "Então eu estou aceitando este convite do fundo, pra nós é importante porque nós estaremos do lado daqueles que vão contribuir no caso em que o fundo precise de recursos para financiar outros países", destacou.

De acordo com Mantega, a medida é importante por um lado pois é um reconhecimento de que o Brasil é um país sólido, mas também porque os aportes vão ajudar a viabilizar crédito para os países emergentes que estão em dificultades. "Portanto ajuda a ativar a economia mundial", afirmou.

O ministro também ressaltou que esta não é a primeira vez que o País se torna credor do FMI. "Não é a primeira vez, no passado nós já fomos, até 1982", respondeu quanto questionado sobre o assunto.

Aportes anunciados no G20
Mantega explicou ainda que as outras contribuições a serem dadas pelo País ao FMI, que foram anunciadas na reunião do G20 em Londres, ainda necessitam de um instrumento adequado para manter o nível das reservas intacto.

"O fundo monetário está preparando um título especial, um bond, que ele vai disponibilizar para os países que querem fazer aporte no fundo monetário. Há países que já se dispuseram a fazer isso, os Estados Unidos querem fazer aporte, a China quer fazer aporte, o Canadá já declarou que quer fazer aporte, o Brasil também fará um aporte. Mas como o fundo monetário não tinha essa modalidade ele está criando o título", disse.

"Eu falei com o diretor gerente do fundo monetário, o Dominique Strauss-Kahn, e ele me disse que nas próximas duas ou três semanas eles estarão terminando a elaboração deste título de modo que aí o Brasil decidirá quanto dinheiro nos vamos aportar. É outra coisa, não tem nada a ver com o que nós falamos agora. Também serão reservas, será como se fosse a aplicação de um título, em um bônus que corresponde a reservas", completou o ministro brasileiro.

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Brasil vira credor do FMI e repassará até R$ 4,5 bi a instituição

Atualizada às 17h32

O ministro da Fazenda, Guido Mantega, confirmou nesta quinta-feira o convite para que o Brasil faça parte do grupo de financiamento regular do Fundo Monetário Internacional (FMI). Caso seja solicitado, o País aportará até US$ 4,5 bilhões na instituição, valor que é o limite de sua cota no fundo.

No entanto, o ministro destacou que "muito dificilmente" o aporte chegará a esse montante. Mantega destacou que o repasse dos valores não vai afetar o nível das reservas brasileiras. "Eles darão em troca Direitos Especiais de Saque. Então na verdade a gente coloca um dinheiro, digamos que eles solicitem 1 bilhão, 2 bilhões, a gente coloca no fundo e eles nos dão Direitos Especiais de Saque que é uma reserva de valor", apontou. "(É) trocar um título por outro título", completou.

O ministro destacou ainda que o País foi convidado pelo FMI para se tornar parte do grupo de 47 países, dos 185 membros, que atualmente são chamados para contribuir com a instituição. "Então eu estou aceitando este convite do fundo, pra nós é importante porque nós estaremos do lado daqueles que vão contribuir no caso em que o fundo precise de recursos para financiar outros países", destacou.

De acordo com Mantega, a medida é importante por um lado pois é um reconhecimento de que o Brasil é um país sólido, mas também porque os aportes vão ajudar a viabilizar crédito para os países emergentes que estão em dificultades. "Portanto ajuda a ativar a economia mundial", afirmou.

O ministro também ressaltou que esta não é a primeira vez que o País se torna credor do FMI. "Não é a primeira vez, no passado nós já fomos, até 1982", respondeu quanto questionado sobre o assunto.

Aportes anunciados no G20
Mantega explicou ainda que as outras contribuições a serem dadas pelo País ao FMI, que foram anunciadas na reunião do G20 em Londres, ainda necessitam de um instrumento adequado para manter o nível das reservas intacto.

"O fundo monetário está preparando um título especial, um bond, que ele vai disponibilizar para os países que querem fazer aporte no fundo monetário. Há países que já se dispuseram a fazer isso, os Estados Unidos querem fazer aporte, a China quer fazer aporte, o Canadá já declarou que quer fazer aporte, o Brasil também fará um aporte. Mas como o fundo monetário não tinha essa modalidade ele está criando o título", disse.

"Eu falei com o diretor gerente do fundo monetário, o Dominique Strauss-Kahn, e ele me disse que nas próximas duas ou três semanas eles estarão terminando a elaboração deste título de modo que aí o Brasil decidirá quanto dinheiro nos vamos aportar. É outra coisa, não tem nada a ver com o que nós falamos agora. Também serão reservas, será como se fosse a aplicação de um título, em um bônus que corresponde a reservas", completou o ministro brasileiro.

» País poderá dar contribuição inédita, diz Mantega
» Lula quer ser 1º presidente a emprestar ao FMI




















Economia internacional
Brasil vira credor do FMI e repassará até R$ 4,5 bi a instituição

Atualizada às 17h32

O ministro da Fazenda, Guido Mantega, confirmou nesta quinta-feira o convite para que o Brasil faça parte do grupo de financiamento regular do Fundo Monetário Internacional (FMI). Caso seja solicitado, o País aportará até US$ 4,5 bilhões na instituição, valor que é o limite de sua cota no fundo.

No entanto, o ministro destacou que "muito dificilmente" o aporte chegará a esse montante. Mantega destacou que o repasse dos valores não vai afetar o nível das reservas brasileiras. "Eles darão em troca Direitos Especiais de Saque. Então na verdade a gente coloca um dinheiro, digamos que eles solicitem 1 bilhão, 2 bilhões, a gente coloca no fundo e eles nos dão Direitos Especiais de Saque que é uma reserva de valor", apontou. "(É) trocar um título por outro título", completou.

O ministro destacou ainda que o País foi convidado pelo FMI para se tornar parte do grupo de 47 países, dos 185 membros, que atualmente são chamados para contribuir com a instituição. "Então eu estou aceitando este convite do fundo, pra nós é importante porque nós estaremos do lado daqueles que vão contribuir no caso em que o fundo precise de recursos para financiar outros países", destacou.

De acordo com Mantega, a medida é importante por um lado pois é um reconhecimento de que o Brasil é um país sólido, mas também porque os aportes vão ajudar a viabilizar crédito para os países emergentes que estão em dificultades. "Portanto ajuda a ativar a economia mundial", afirmou.

O ministro também ressaltou que esta não é a primeira vez que o País se torna credor do FMI. "Não é a primeira vez, no passado nós já fomos, até 1982", respondeu quanto questionado sobre o assunto.

Aportes anunciados no G20
Mantega explicou ainda que as outras contribuições a serem dadas pelo País ao FMI, que foram anunciadas na reunião do G20 em Londres, ainda necessitam de um instrumento adequado para manter o nível das reservas intacto.

"O fundo monetário está preparando um título especial, um bond, que ele vai disponibilizar para os países que querem fazer aporte no fundo monetário. Há países que já se dispuseram a fazer isso, os Estados Unidos querem fazer aporte, a China quer fazer aporte, o Canadá já declarou que quer fazer aporte, o Brasil também fará um aporte. Mas como o fundo monetário não tinha essa modalidade ele está criando o título", disse.

"Eu falei com o diretor gerente do fundo monetário, o Dominique Strauss-Kahn, e ele me disse que nas próximas duas ou três semanas eles estarão terminando a elaboração deste título de modo que aí o Brasil decidirá quanto dinheiro nos vamos aportar. É outra coisa, não tem nada a ver com o que nós falamos agora. Também serão reservas, será como se fosse a aplicação de um título, em um bônus que corresponde a reservas", completou o ministro brasileiro.

» País poderá dar contribuição inédita, diz Mantega
» Lula quer ser 1º presidente a emprestar ao FMI



Economia internacional
Brasil vira credor do FMI e repassará até R$ 4,5 bi a instituição

Atualizada às 17h32

O ministro da Fazenda, Guido Mantega, confirmou nesta quinta-feira o convite para que o Brasil faça parte do grupo de financiamento regular do Fundo Monetário Internacional (FMI). Caso seja solicitado, o País aportará até US$ 4,5 bilhões na instituição, valor que é o limite de sua cota no fundo.

No entanto, o ministro destacou que "muito dificilmente" o aporte chegará a esse montante. Mantega destacou que o repasse dos valores não vai afetar o nível das reservas brasileiras. "Eles darão em troca Direitos Especiais de Saque. Então na verdade a gente coloca um dinheiro, digamos que eles solicitem 1 bilhão, 2 bilhões, a gente coloca no fundo e eles nos dão Direitos Especiais de Saque que é uma reserva de valor", apontou. "(É) trocar um título por outro título", completou.

O ministro destacou ainda que o País foi convidado pelo FMI para se tornar parte do grupo de 47 países, dos 185 membros, que atualmente são chamados para contribuir com a instituição. "Então eu estou aceitando este convite do fundo, pra nós é importante porque nós estaremos do lado daqueles que vão contribuir no caso em que o fundo precise de recursos para financiar outros países", destacou.

De acordo com Mantega, a medida é importante por um lado pois é um reconhecimento de que o Brasil é um país sólido, mas também porque os aportes vão ajudar a viabilizar crédito para os países emergentes que estão em dificultades. "Portanto ajuda a ativar a economia mundial", afirmou.

O ministro também ressaltou que esta não é a primeira vez que o País se torna credor do FMI. "Não é a primeira vez, no passado nós já fomos, até 1982", respondeu quanto questionado sobre o assunto.

Aportes anunciados no G20
Mantega explicou ainda que as outras contribuições a serem dadas pelo País ao FMI, que foram anunciadas na reunião do G20 em Londres, ainda necessitam de um instrumento adequado para manter o nível das reservas intacto.

"O fundo monetário está preparando um título especial, um bond, que ele vai disponibilizar para os países que querem fazer aporte no fundo monetário. Há países que já se dispuseram a fazer isso, os Estados Unidos querem fazer aporte, a China quer fazer aporte, o Canadá já declarou que quer fazer aporte, o Brasil também fará um aporte. Mas como o fundo monetário não tinha essa modalidade ele está criando o título", disse.

"Eu falei com o diretor gerente do fundo monetário, o Dominique Strauss-Kahn, e ele me disse que nas próximas duas ou três semanas eles estarão terminando a elaboração deste título de modo que aí o Brasil decidirá quanto dinheiro nos vamos aportar. É outra coisa, não tem nada a ver com o que nós falamos agora. Também serão reservas, será como se fosse a aplicação de um título, em um bônus que corresponde a reservas", completou o ministro brasileiro.

» País poderá dar contribuição inédita, diz Mantega
» Lula quer ser 1º presidente a emprestar ao FMI
Economia internacional
Brasil vira credor do FMI e repassará até R$ 4,5 bi a instituição

Atualizada às 17h32

O ministro da Fazenda, Guido Mantega, confirmou nesta quinta-feira o convite para que o Brasil faça parte do grupo de financiamento regular do Fundo Monetário Internacional (FMI). Caso seja solicitado, o País aportará até US$ 4,5 bilhões na instituição, valor que é o limite de sua cota no fundo.

No entanto, o ministro destacou que "muito dificilmente" o aporte chegará a esse montante. Mantega destacou que o repasse dos valores não vai afetar o nível das reservas brasileiras. "Eles darão em troca Direitos Especiais de Saque. Então na verdade a gente coloca um dinheiro, digamos que eles solicitem 1 bilhão, 2 bilhões, a gente coloca no fundo e eles nos dão Direitos Especiais de Saque que é uma reserva de valor", apontou. "(É) trocar um título por outro título", completou.

O ministro destacou ainda que o País foi convidado pelo FMI para se tornar parte do grupo de 47 países, dos 185 membros, que atualmente são chamados para contribuir com a instituição. "Então eu estou aceitando este convite do fundo, pra nós é importante porque nós estaremos do lado daqueles que vão contribuir no caso em que o fundo precise de recursos para financiar outros países", destacou.

De acordo com Mantega, a medida é importante por um lado pois é um reconhecimento de que o Brasil é um país sólido, mas também porque os aportes vão ajudar a viabilizar crédito para os países emergentes que estão em dificultades. "Portanto ajuda a ativar a economia mundial", afirmou.

O ministro também ressaltou que esta não é a primeira vez que o País se torna credor do FMI. "Não é a primeira vez, no passado nós já fomos, até 1982", respondeu quanto questionado sobre o assunto.

Aportes anunciados no G20
Mantega explicou ainda que as outras contribuições a serem dadas pelo País ao FMI, que foram anunciadas na reunião do G20 em Londres, ainda necessitam de um instrumento adequado para manter o nível das reservas intacto.

"O fundo monetário está preparando um título especial, um bond, que ele vai disponibilizar para os países que querem fazer aporte no fundo monetário. Há países que já se dispuseram a fazer isso, os Estados Unidos querem fazer aporte, a China quer fazer aporte, o Canadá já declarou que quer fazer aporte, o Brasil também fará um aporte. Mas como o fundo monetário não tinha essa modalidade ele está criando o título", disse.

"Eu falei com o diretor gerente do fundo monetário, o Dominique Strauss-Kahn, e ele me disse que nas próximas duas ou três semanas eles estarão terminando a elaboração deste título de modo que aí o Brasil decidirá quanto dinheiro nos vamos aportar. É outra coisa, não tem nada a ver com o que nós falamos agora. Também serão reservas, será como se fosse a aplicação de um título, em um bônus que corresponde a reservas", completou o ministro brasileiro.

» País poderá dar contribuição inédita, diz Mantega
» Lula quer ser 1º presidente a emprestar ao FMI
Economia internacional
Brasil vira credor do FMI e repassará até R$ 4,5 bi a instituição

Atualizada às 17h32

O ministro da Fazenda, Guido Mantega, confirmou nesta quinta-feira o convite para que o Brasil faça parte do grupo de financiamento regular do Fundo Monetário Internacional (FMI). Caso seja solicitado, o País aportará até US$ 4,5 bilhões na instituição, valor que é o limite de sua cota no fundo.

No entanto, o ministro destacou que "muito dificilmente" o aporte chegará a esse montante. Mantega destacou que o repasse dos valores não vai afetar o nível das reservas brasileiras. "Eles darão em troca Direitos Especiais de Saque. Então na verdade a gente coloca um dinheiro, digamos que eles solicitem 1 bilhão, 2 bilhões, a gente coloca no fundo e eles nos dão Direitos Especiais de Saque que é uma reserva de valor", apontou. "(É) trocar um título por outro título", completou.

O ministro destacou ainda que o País foi convidado pelo FMI para se tornar parte do grupo de 47 países, dos 185 membros, que atualmente são chamados para contribuir com a instituição. "Então eu estou aceitando este convite do fundo, pra nós é importante porque nós estaremos do lado daqueles que vão contribuir no caso em que o fundo precise de recursos para financiar outros países", destacou.

De acordo com Mantega, a medida é importante por um lado pois é um reconhecimento de que o Brasil é um país sólido, mas também porque os aportes vão ajudar a viabilizar crédito para os países emergentes que estão em dificultades. "Portanto ajuda a ativar a economia mundial", afirmou.

O ministro também ressaltou que esta não é a primeira vez que o País se torna credor do FMI. "Não é a primeira vez, no passado nós já fomos, até 1982", respondeu quanto questionado sobre o assunto.

Aportes anunciados no G20
Mantega explicou ainda que as outras contribuições a serem dadas pelo País ao FMI, que foram anunciadas na reunião do G20 em Londres, ainda necessitam de um instrumento adequado para manter o nível das reservas intacto.

"O fundo monetário está preparando um título especial, um bond, que ele vai disponibilizar para os países que querem fazer aporte no fundo monetário. Há países que já se dispuseram a fazer isso, os Estados Unidos querem fazer aporte, a China quer fazer aporte, o Canadá já declarou que quer fazer aporte, o Brasil também fará um aporte. Mas como o fundo monetário não tinha essa modalidade ele está criando o título", disse.

"Eu falei com o diretor gerente do fundo monetário, o Dominique Strauss-Kahn, e ele me disse que nas próximas duas ou três semanas eles estarão terminando a elaboração deste título de modo que aí o Brasil decidirá quanto dinheiro nos vamos aportar. É outra coisa, não tem nada a ver com o que nós falamos agora. Também serão reservas, será como se fosse a aplicação de um título, em um bônus que corresponde a reservas", completou o ministro brasileiro.

» País poderá dar contribuição inédita, diz Mantega
» Lula quer ser 1º presidente a emprestar ao FMI
Economia internacional
Brasil vira credor do FMI e repassará até R$ 4,5 bi a instituição

Atualizada às 17h32

O ministro da Fazenda, Guido Mantega, confirmou nesta quinta-feira o convite para que o Brasil faça parte do grupo de financiamento regular do Fundo Monetário Internacional (FMI). Caso seja solicitado, o País aportará até US$ 4,5 bilhões na instituição, valor que é o limite de sua cota no fundo.

No entanto, o ministro destacou que "muito dificilmente" o aporte chegará a esse montante. Mantega destacou que o repasse dos valores não vai afetar o nível das reservas brasileiras. "Eles darão em troca Direitos Especiais de Saque. Então na verdade a gente coloca um dinheiro, digamos que eles solicitem 1 bilhão, 2 bilhões, a gente coloca no fundo e eles nos dão Direitos Especiais de Saque que é uma reserva de valor", apontou. "(É) trocar um título por outro título", completou.

O ministro destacou ainda que o País foi convidado pelo FMI para se tornar parte do grupo de 47 países, dos 185 membros, que atualmente são chamados para contribuir com a instituição. "Então eu estou aceitando este convite do fundo, pra nós é importante porque nós estaremos do lado daqueles que vão contribuir no caso em que o fundo precise de recursos para financiar outros países", destacou.

De acordo com Mantega, a medida é importante por um lado pois é um reconhecimento de que o Brasil é um país sólido, mas também porque os aportes vão ajudar a viabilizar crédito para os países emergentes que estão em dificultades. "Portanto ajuda a ativar a economia mundial", afirmou.

O ministro também ressaltou que esta não é a primeira vez que o País se torna credor do FMI. "Não é a primeira vez, no passado nós já fomos, até 1982", respondeu quanto questionado sobre o assunto.

Aportes anunciados no G20
Mantega explicou ainda que as outras contribuições a serem dadas pelo País ao FMI, que foram anunciadas na reunião do G20 em Londres, ainda necessitam de um instrumento adequado para manter o nível das reservas intacto.

"O fundo monetário está preparando um título especial, um bond, que ele vai disponibilizar para os países que querem fazer aporte no fundo monetário. Há países que já se dispuseram a fazer isso, os Estados Unidos querem fazer aporte, a China quer fazer aporte, o Canadá já declarou que quer fazer aporte, o Brasil também fará um aporte. Mas como o fundo monetário não tinha essa modalidade ele está criando o título", disse.

"Eu falei com o diretor gerente do fundo monetário, o Dominique Strauss-Kahn, e ele me disse que nas próximas duas ou três semanas eles estarão terminando a elaboração deste título de modo que aí o Brasil decidirá quanto dinheiro nos vamos aportar. É outra coisa, não tem nada a ver com o que nós falamos agora. Também serão reservas, será como se fosse a aplicação de um título, em um bônus que corresponde a reservas", completou o ministro brasileiro.

» País poderá dar contribuição inédita, diz Mantega
» Lula quer ser 1º presidente a emprestar ao FMI

Economia internacional
Brasil vira credor do FMI e repassará até R$ 4,5 bi a instituição

Atualizada às 17h32

O ministro da Fazenda, Guido Mantega, confirmou nesta quinta-feira o convite para que o Brasil faça parte do grupo de financiamento regular do Fundo Monetário Internacional (FMI). Caso seja solicitado, o País aportará até US$ 4,5 bilhões na instituição, valor que é o limite de sua cota no fundo.

No entanto, o ministro destacou que "muito dificilmente" o aporte chegará a esse montante. Mantega destacou que o repasse dos valores não vai afetar o nível das reservas brasileiras. "Eles darão em troca Direitos Especiais de Saque. Então na verdade a gente coloca um dinheiro, digamos que eles solicitem 1 bilhão, 2 bilhões, a gente coloca no fundo e eles nos dão Direitos Especiais de Saque que é uma reserva de valor", apontou. "(É) trocar um título por outro título", completou.

O ministro destacou ainda que o País foi convidado pelo FMI para se tornar parte do grupo de 47 países, dos 185 membros, que atualmente são chamados para contribuir com a instituição. "Então eu estou aceitando este convite do fundo, pra nós é importante porque nós estaremos do lado daqueles que vão contribuir no caso em que o fundo precise de recursos para financiar outros países", destacou.

De acordo com Mantega, a medida é importante por um lado pois é um reconhecimento de que o Brasil é um país sólido, mas também porque os aportes vão ajudar a viabilizar crédito para os países emergentes que estão em dificultades. "Portanto ajuda a ativar a economia mundial", afirmou.

O ministro também ressaltou que esta não é a primeira vez que o País se torna credor do FMI. "Não é a primeira vez, no passado nós já fomos, até 1982", respondeu quanto questionado sobre o assunto.

Aportes anunciados no G20
Mantega explicou ainda que as outras contribuições a serem dadas pelo País ao FMI, que foram anunciadas na reunião do G20 em Londres, ainda necessitam de um instrumento adequado para manter o nível das reservas intacto.

"O fundo monetário está preparando um título especial, um bond, que ele vai disponibilizar para os países que querem fazer aporte no fundo monetário. Há países que já se dispuseram a fazer isso, os Estados Unidos querem fazer aporte, a China quer fazer aporte, o Canadá já declarou que quer fazer aporte, o Brasil também fará um aporte. Mas como o fundo monetário não tinha essa modalidade ele está criando o título", disse.

"Eu falei com o diretor gerente do fundo monetário, o Dominique Strauss-Kahn, e ele me disse que nas próximas duas ou três semanas eles estarão terminando a elaboração deste título de modo que aí o Brasil decidirá quanto dinheiro nos vamos aportar. É outra coisa, não tem nada a ver com o que nós falamos agora. Também serão reservas, será como se fosse a aplicação de um título, em um bônus que corresponde a reservas", completou o ministro brasileiro.

» País poderá dar contribuição inédita, diz Mantega
» Lula quer ser 1º presidente a emprestar ao FMI

Economia internacional
Brasil vira credor do FMI e repassará até R$ 4,5 bi a instituição

Atualizada às 17h32

O ministro da Fazenda, Guido Mantega, confirmou nesta quinta-feira o convite para que o Brasil faça parte do grupo de financiamento regular do Fundo Monetário Internacional (FMI). Caso seja solicitado, o País aportará até US$ 4,5 bilhões na instituição, valor que é o limite de sua cota no fundo.

No entanto, o ministro destacou que "muito dificilmente" o aporte chegará a esse montante. Mantega destacou que o repasse dos valores não vai afetar o nível das reservas brasileiras. "Eles darão em troca Direitos Especiais de Saque. Então na verdade a gente coloca um dinheiro, digamos que eles solicitem 1 bilhão, 2 bilhões, a gente coloca no fundo e eles nos dão Direitos Especiais de Saque que é uma reserva de valor", apontou. "(É) trocar um título por outro título", completou.

O ministro destacou ainda que o País foi convidado pelo FMI para se tornar parte do grupo de 47 países, dos 185 membros, que atualmente são chamados para contribuir com a instituição. "Então eu estou aceitando este convite do fundo, pra nós é importante porque nós estaremos do lado daqueles que vão contribuir no caso em que o fundo precise de recursos para financiar outros países", destacou.

De acordo com Mantega, a medida é importante por um lado pois é um reconhecimento de que o Brasil é um país sólido, mas também porque os aportes vão ajudar a viabilizar crédito para os países emergentes que estão em dificultades. "Portanto ajuda a ativar a economia mundial", afirmou.

O ministro também ressaltou que esta não é a primeira vez que o País se torna credor do FMI. "Não é a primeira vez, no passado nós já fomos, até 1982", respondeu quanto questionado sobre o assunto.

Aportes anunciados no G20
Mantega explicou ainda que as outras contribuições a serem dadas pelo País ao FMI, que foram anunciadas na reunião do G20 em Londres, ainda necessitam de um instrumento adequado para manter o nível das reservas intacto.

"O fundo monetário está preparando um título especial, um bond, que ele vai disponibilizar para os países que querem fazer aporte no fundo monetário. Há países que já se dispuseram a fazer isso, os Estados Unidos querem fazer aporte, a China quer fazer aporte, o Canadá já declarou que quer fazer aporte, o Brasil também fará um aporte. Mas como o fundo monetário não tinha essa modalidade ele está criando o título", disse.

"Eu falei com o diretor gerente do fundo monetário, o Dominique Strauss-Kahn, e ele me disse que nas próximas duas ou três semanas eles estarão terminando a elaboração deste título de modo que aí o Brasil decidirá quanto dinheiro nos vamos aportar. É outra coisa, não tem nada a ver com o que nós falamos agora. Também serão reservas, será como se fosse a aplicação de um título, em um bônus que corresponde a reservas", completou o ministro brasileiro.

» País poderá dar contribuição inédita, diz Mantega
» Lula quer ser 1º presidente a emprestar ao FMI

Economia internacional
Brasil vira credor do FMI e repassará até R$ 4,5 bi a instituição

Atualizada às 17h32

O ministro da Fazenda, Guido Mantega, confirmou nesta quinta-feira o convite para que o Brasil faça parte do grupo de financiamento regular do Fundo Monetário Internacional (FMI). Caso seja solicitado, o País aportará até US$ 4,5 bilhões na instituição, valor que é o limite de sua cota no fundo.

No entanto, o ministro destacou que "muito dificilmente" o aporte chegará a esse montante. Mantega destacou que o repasse dos valores não vai afetar o nível das reservas brasileiras. "Eles darão em troca Direitos Especiais de Saque. Então na verdade a gente coloca um dinheiro, digamos que eles solicitem 1 bilhão, 2 bilhões, a gente coloca no fundo e eles nos dão Direitos Especiais de Saque que é uma reserva de valor", apontou. "(É) trocar um título por outro título", completou.

O ministro destacou ainda que o País foi convidado pelo FMI para se tornar parte do grupo de 47 países, dos 185 membros, que atualmente são chamados para contribuir com a instituição. "Então eu estou aceitando este convite do fundo, pra nós é importante porque nós estaremos do lado daqueles que vão contribuir no caso em que o fundo precise de recursos para financiar outros países", destacou.

De acordo com Mantega, a medida é importante por um lado pois é um reconhecimento de que o Brasil é um país sólido, mas também porque os aportes vão ajudar a viabilizar crédito para os países emergentes que estão em dificultades. "Portanto ajuda a ativar a economia mundial", afirmou.

O ministro também ressaltou que esta não é a primeira vez que o País se torna credor do FMI. "Não é a primeira vez, no passado nós já fomos, até 1982", respondeu quanto questionado sobre o assunto.

Aportes anunciados no G20
Mantega explicou ainda que as outras contribuições a serem dadas pelo País ao FMI, que foram anunciadas na reunião do G20 em Londres, ainda necessitam de um instrumento adequado para manter o nível das reservas intacto.

"O fundo monetário está preparando um título especial, um bond, que ele vai disponibilizar para os países que querem fazer aporte no fundo monetário. Há países que já se dispuseram a fazer isso, os Estados Unidos querem fazer aporte, a China quer fazer aporte, o Canadá já declarou que quer fazer aporte, o Brasil também fará um aporte. Mas como o fundo monetário não tinha essa modalidade ele está criando o título", disse.

"Eu falei com o diretor gerente do fundo monetário, o Dominique Strauss-Kahn, e ele me disse que nas próximas duas ou três semanas eles estarão terminando a elaboração deste título de modo que aí o Brasil decidirá quanto dinheiro nos vamos aportar. É outra coisa, não tem nada a ver com o que nós falamos agora. Também serão reservas, será como se fosse a aplicação de um título, em um bônus que corresponde a reservas", completou o ministro brasileiro.

» País poderá dar contribuição inédita, diz Mantega
» Lula quer ser 1º presidente a emprestar ao FMI


Economia internacional
Brasil vira credor do FMI e repassará até R$ 4,5 bi a instituição

Atualizada às 17h32

O ministro da Fazenda, Guido Mantega, confirmou nesta quinta-feira o convite para que o Brasil faça parte do grupo de financiamento regular do Fundo Monetário Internacional (FMI). Caso seja solicitado, o País aportará até US$ 4,5 bilhões na instituição, valor que é o limite de sua cota no fundo.

No entanto, o ministro destacou que "muito dificilmente" o aporte chegará a esse montante. Mantega destacou que o repasse dos valores não vai afetar o nível das reservas brasileiras. "Eles darão em troca Direitos Especiais de Saque. Então na verdade a gente coloca um dinheiro, digamos que eles solicitem 1 bilhão, 2 bilhões, a gente coloca no fundo e eles nos dão Direitos Especiais de Saque que é uma reserva de valor", apontou. "(É) trocar um título por outro título", completou.

O ministro destacou ainda que o País foi convidado pelo FMI para se tornar parte do grupo de 47 países, dos 185 membros, que atualmente são chamados para contribuir com a instituição. "Então eu estou aceitando este convite do fundo, pra nós é importante porque nós estaremos do lado daqueles que vão contribuir no caso em que o fundo precise de recursos para financiar outros países", destacou.

De acordo com Mantega, a medida é importante por um lado pois é um reconhecimento de que o Brasil é um país sólido, mas também porque os aportes vão ajudar a viabilizar crédito para os países emergentes que estão em dificultades. "Portanto ajuda a ativar a economia mundial", afirmou.

O ministro também ressaltou que esta não é a primeira vez que o País se torna credor do FMI. "Não é a primeira vez, no passado nós já fomos, até 1982", respondeu quanto questionado sobre o assunto.

Aportes anunciados no G20
Mantega explicou ainda que as outras contribuições a serem dadas pelo País ao FMI, que foram anunciadas na reunião do G20 em Londres, ainda necessitam de um instrumento adequado para manter o nível das reservas intacto.

"O fundo monetário está preparando um título especial, um bond, que ele vai disponibilizar para os países que querem fazer aporte no fundo monetário. Há países que já se dispuseram a fazer isso, os Estados Unidos querem fazer aporte, a China quer fazer aporte, o Canadá já declarou que quer fazer aporte, o Brasil também fará um aporte. Mas como o fundo monetário não tinha essa modalidade ele está criando o título", disse.

"Eu falei com o diretor gerente do fundo monetário, o Dominique Strauss-Kahn, e ele me disse que nas próximas duas ou três semanas eles estarão terminando a elaboração deste título de modo que aí o Brasil decidirá quanto dinheiro nos vamos aportar. É outra coisa, não tem nada a ver com o que nós falamos agora. Também serão reservas, será como se fosse a aplicação de um título, em um bônus que corresponde a reservas", completou o ministro brasileiro.

» País poderá dar contribuição inédita, diz Mantega
» Lula quer ser 1º presidente a emprestar ao FMI

Economia internacional
Brasil vira credor do FMI e repassará até R$ 4,5 bi a instituição

Atualizada às 17h32

O ministro da Fazenda, Guido Mantega, confirmou nesta quinta-feira o convite para que o Brasil faça parte do grupo de financiamento regular do Fundo Monetário Internacional (FMI). Caso seja solicitado, o País aportará até US$ 4,5 bilhões na instituição, valor que é o limite de sua cota no fundo.

No entanto, o ministro destacou que "muito dificilmente" o aporte chegará a esse montante. Mantega destacou que o repasse dos valores não vai afetar o nível das reservas brasileiras. "Eles darão em troca Direitos Especiais de Saque. Então na verdade a gente coloca um dinheiro, digamos que eles solicitem 1 bilhão, 2 bilhões, a gente coloca no fundo e eles nos dão Direitos Especiais de Saque que é uma reserva de valor", apontou. "(É) trocar um título por outro título", completou.

O ministro destacou ainda que o País foi convidado pelo FMI para se tornar parte do grupo de 47 países, dos 185 membros, que atualmente são chamados para contribuir com a instituição. "Então eu estou aceitando este convite do fundo, pra nós é importante porque nós estaremos do lado daqueles que vão contribuir no caso em que o fundo precise de recursos para financiar outros países", destacou.

De acordo com Mantega, a medida é importante por um lado pois é um reconhecimento de que o Brasil é um país sólido, mas também porque os aportes vão ajudar a viabilizar crédito para os países emergentes que estão em dificultades. "Portanto ajuda a ativar a economia mundial", afirmou.

O ministro também ressaltou que esta não é a primeira vez que o País se torna credor do FMI. "Não é a primeira vez, no passado nós já fomos, até 1982", respondeu quanto questionado sobre o assunto.

Aportes anunciados no G20
Mantega explicou ainda que as outras contribuições a serem dadas pelo País ao FMI, que foram anunciadas na reunião do G20 em Londres, ainda necessitam de um instrumento adequado para manter o nível das reservas intacto.

"O fundo monetário está preparando um título especial, um bond, que ele vai disponibilizar para os países que querem fazer aporte no fundo monetário. Há países que já se dispuseram a fazer isso, os Estados Unidos querem fazer aporte, a China quer fazer aporte, o Canadá já declarou que quer fazer aporte, o Brasil também fará um aporte. Mas como o fundo monetário não tinha essa modalidade ele está criando o título", disse.

"Eu falei com o diretor gerente do fundo monetário, o Dominique Strauss-Kahn, e ele me disse que nas próximas duas ou três semanas eles estarão terminando a elaboração deste título de modo que aí o Brasil decidirá quanto dinheiro nos vamos aportar. É outra coisa, não tem nada a ver com o que nós falamos agora. Também serão reservas, será como se fosse a aplicação de um título, em um bônus que corresponde a reservas", completou o ministro brasileiro.

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Brasil vira credor do FMI e repassará até R$ 4,5 bi a instituição

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O ministro da Fazenda, Guido Mantega, confirmou nesta quinta-feira o convite para que o Brasil faça parte do grupo de financiamento regular do Fundo Monetário Internacional (FMI). Caso seja solicitado, o País aportará até US$ 4,5 bilhões na instituição, valor que é o limite de sua cota no fundo.

No entanto, o ministro destacou que "muito dificilmente" o aporte chegará a esse montante. Mantega destacou que o repasse dos valores não vai afetar o nível das reservas brasileiras. "Eles darão em troca Direitos Especiais de Saque. Então na verdade a gente coloca um dinheiro, digamos que eles solicitem 1 bilhão, 2 bilhões, a gente coloca no fundo e eles nos dão Direitos Especiais de Saque que é uma reserva de valor", apontou. "(É) trocar um título por outro título", completou.

O ministro destacou ainda que o País foi convidado pelo FMI para se tornar parte do grupo de 47 países, dos 185 membros, que atualmente são chamados para contribuir com a instituição. "Então eu estou aceitando este convite do fundo, pra nós é importante porque nós estaremos do lado daqueles que vão contribuir no caso em que o fundo precise de recursos para financiar outros países", destacou.

De acordo com Mantega, a medida é importante por um lado pois é um reconhecimento de que o Brasil é um país sólido, mas também porque os aportes vão ajudar a viabilizar crédito para os países emergentes que estão em dificultades. "Portanto ajuda a ativar a economia mundial", afirmou.

O ministro também ressaltou que esta não é a primeira vez que o País se torna credor do FMI. "Não é a primeira vez, no passado nós já fomos, até 1982", respondeu quanto questionado sobre o assunto.

Aportes anunciados no G20
Mantega explicou ainda que as outras contribuições a serem dadas pelo País ao FMI, que foram anunciadas na reunião do G20 em Londres, ainda necessitam de um instrumento adequado para manter o nível das reservas intacto.

"O fundo monetário está preparando um título especial, um bond, que ele vai disponibilizar para os países que querem fazer aporte no fundo monetário. Há países que já se dispuseram a fazer isso, os Estados Unidos querem fazer aporte, a China quer fazer aporte, o Canadá já declarou que quer fazer aporte, o Brasil também fará um aporte. Mas como o fundo monetário não tinha essa modalidade ele está criando o título", disse.

"Eu falei com o diretor gerente do fundo monetário, o Dominique Strauss-Kahn, e ele me disse que nas próximas duas ou três semanas eles estarão terminando a elaboração deste título de modo que aí o Brasil decidirá quanto dinheiro nos vamos aportar. É outra coisa, não tem nada a ver com o que nós falamos agora. Também serão reservas, será como se fosse a aplicação de um título, em um bônus que corresponde a reservas", completou o ministro brasileiro.

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Brasil vira credor do FMI e repassará até R$ 4,5 bi a instituição

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O ministro da Fazenda, Guido Mantega, confirmou nesta quinta-feira o convite para que o Brasil faça parte do grupo de financiamento regular do Fundo Monetário Internacional (FMI). Caso seja solicitado, o País aportará até US$ 4,5 bilhões na instituição, valor que é o limite de sua cota no fundo.

No entanto, o ministro destacou que "muito dificilmente" o aporte chegará a esse montante. Mantega destacou que o repasse dos valores não vai afetar o nível das reservas brasileiras. "Eles darão em troca Direitos Especiais de Saque. Então na verdade a gente coloca um dinheiro, digamos que eles solicitem 1 bilhão, 2 bilhões, a gente coloca no fundo e eles nos dão Direitos Especiais de Saque que é uma reserva de valor", apontou. "(É) trocar um título por outro título", completou.

O ministro destacou ainda que o País foi convidado pelo FMI para se tornar parte do grupo de 47 países, dos 185 membros, que atualmente são chamados para contribuir com a instituição. "Então eu estou aceitando este convite do fundo, pra nós é importante porque nós estaremos do lado daqueles que vão contribuir no caso em que o fundo precise de recursos para financiar outros países", destacou.

De acordo com Mantega, a medida é importante por um lado pois é um reconhecimento de que o Brasil é um país sólido, mas também porque os aportes vão ajudar a viabilizar crédito para os países emergentes que estão em dificultades. "Portanto ajuda a ativar a economia mundial", afirmou.

O ministro também ressaltou que esta não é a primeira vez que o País se torna credor do FMI. "Não é a primeira vez, no passado nós já fomos, até 1982", respondeu quanto questionado sobre o assunto.

Aportes anunciados no G20
Mantega explicou ainda que as outras contribuições a serem dadas pelo País ao FMI, que foram anunciadas na reunião do G20 em Londres, ainda necessitam de um instrumento adequado para manter o nível das reservas intacto.

"O fundo monetário está preparando um título especial, um bond, que ele vai disponibilizar para os países que querem fazer aporte no fundo monetário. Há países que já se dispuseram a fazer isso, os Estados Unidos querem fazer aporte, a China quer fazer aporte, o Canadá já declarou que quer fazer aporte, o Brasil também fará um aporte. Mas como o fundo monetário não tinha essa modalidade ele está criando o título", disse.

"Eu falei com o diretor gerente do fundo monetário, o Dominique Strauss-Kahn, e ele me disse que nas próximas duas ou três semanas eles estarão terminando a elaboração deste título de modo que aí o Brasil decidirá quanto dinheiro nos vamos aportar. É outra coisa, não tem nada a ver com o que nós falamos agora. Também serão reservas, será como se fosse a aplicação de um título, em um bônus que corresponde a reservas", completou o ministro brasileiro.

» País poderá dar contribuição inédita, diz Mantega
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Economia internacional
Brasil vira credor do FMI e repassará até R$ 4,5 bi a instituição

Atualizada às 17h32

O ministro da Fazenda, Guido Mantega, confirmou nesta quinta-feira o convite para que o Brasil faça parte do grupo de financiamento regular do Fundo Monetário Internacional (FMI). Caso seja solicitado, o País aportará até US$ 4,5 bilhões na instituição, valor que é o limite de sua cota no fundo.

No entanto, o ministro destacou que "muito dificilmente" o aporte chegará a esse montante. Mantega destacou que o repasse dos valores não vai afetar o nível das reservas brasileiras. "Eles darão em troca Direitos Especiais de Saque. Então na verdade a gente coloca um dinheiro, digamos que eles solicitem 1 bilhão, 2 bilhões, a gente coloca no fundo e eles nos dão Direitos Especiais de Saque que é uma reserva de valor", apontou. "(É) trocar um título por outro título", completou.

O ministro destacou ainda que o País foi convidado pelo FMI para se tornar parte do grupo de 47 países, dos 185 membros, que atualmente são chamados para contribuir com a instituição. "Então eu estou aceitando este convite do fundo, pra nós é importante porque nós estaremos do lado daqueles que vão contribuir no caso em que o fundo precise de recursos para financiar outros países", destacou.

De acordo com Mantega, a medida é importante por um lado pois é um reconhecimento de que o Brasil é um país sólido, mas também porque os aportes vão ajudar a viabilizar crédito para os países emergentes que estão em dificultades. "Portanto ajuda a ativar a economia mundial", afirmou.

O ministro também ressaltou que esta não é a primeira vez que o País se torna credor do FMI. "Não é a primeira vez, no passado nós já fomos, até 1982", respondeu quanto questionado sobre o assunto.

Aportes anunciados no G20
Mantega explicou ainda que as outras contribuições a serem dadas pelo País ao FMI, que foram anunciadas na reunião do G20 em Londres, ainda necessitam de um instrumento adequado para manter o nível das reservas intacto.

"O fundo monetário está preparando um título especial, um bond, que ele vai disponibilizar para os países que querem fazer aporte no fundo monetário. Há países que já se dispuseram a fazer isso, os Estados Unidos querem fazer aporte, a China quer fazer aporte, o Canadá já declarou que quer fazer aporte, o Brasil também fará um aporte. Mas como o fundo monetário não tinha essa modalidade ele está criando o título", disse.

"Eu falei com o diretor gerente do fundo monetário, o Dominique Strauss-Kahn, e ele me disse que nas próximas duas ou três semanas eles estarão terminando a elaboração deste título de modo que aí o Brasil decidirá quanto dinheiro nos vamos aportar. É outra coisa, não tem nada a ver com o que nós falamos agora. Também serão reservas, será como se fosse a aplicação de um título, em um bônus que corresponde a reservas", completou o ministro brasileiro.

» País poderá dar contribuição inédita, diz Mantega
» Lula quer ser 1º presidente a emprestar ao FMI



Economia internacional
Brasil vira credor do FMI e repassará até R$ 4,5 bi a instituição

Atualizada às 17h32

O ministro da Fazenda, Guido Mantega, confirmou nesta quinta-feira o convite para que o Brasil faça parte do grupo de financiamento regular do Fundo Monetário Internacional (FMI). Caso seja solicitado, o País aportará até US$ 4,5 bilhões na instituição, valor que é o limite de sua cota no fundo.

No entanto, o ministro destacou que "muito dificilmente" o aporte chegará a esse montante. Mantega destacou que o repasse dos valores não vai afetar o nível das reservas brasileiras. "Eles darão em troca Direitos Especiais de Saque. Então na verdade a gente coloca um dinheiro, digamos que eles solicitem 1 bilhão, 2 bilhões, a gente coloca no fundo e eles nos dão Direitos Especiais de Saque que é uma reserva de valor", apontou. "(É) trocar um título por outro título", completou.

O ministro destacou ainda que o País foi convidado pelo FMI para se tornar parte do grupo de 47 países, dos 185 membros, que atualmente são chamados para contribuir com a instituição. "Então eu estou aceitando este convite do fundo, pra nós é importante porque nós estaremos do lado daqueles que vão contribuir no caso em que o fundo precise de recursos para financiar outros países", destacou.

De acordo com Mantega, a medida é importante por um lado pois é um reconhecimento de que o Brasil é um país sólido, mas também porque os aportes vão ajudar a viabilizar crédito para os países emergentes que estão em dificultades. "Portanto ajuda a ativar a economia mundial", afirmou.

O ministro também ressaltou que esta não é a primeira vez que o País se torna credor do FMI. "Não é a primeira vez, no passado nós já fomos, até 1982", respondeu quanto questionado sobre o assunto.

Aportes anunciados no G20
Mantega explicou ainda que as outras contribuições a serem dadas pelo País ao FMI, que foram anunciadas na reunião do G20 em Londres, ainda necessitam de um instrumento adequado para manter o nível das reservas intacto.

"O fundo monetário está preparando um título especial, um bond, que ele vai disponibilizar para os países que querem fazer aporte no fundo monetário. Há países que já se dispuseram a fazer isso, os Estados Unidos querem fazer aporte, a China quer fazer aporte, o Canadá já declarou que quer fazer aporte, o Brasil também fará um aporte. Mas como o fundo monetário não tinha essa modalidade ele está criando o título", disse.

"Eu falei com o diretor gerente do fundo monetário, o Dominique Strauss-Kahn, e ele me disse que nas próximas duas ou três semanas eles estarão terminando a elaboração deste título de modo que aí o Brasil decidirá quanto dinheiro nos vamos aportar. É outra coisa, não tem nada a ver com o que nós falamos agora. Também serão reservas, será como se fosse a aplicação de um título, em um bônus que corresponde a reservas", completou o ministro brasileiro.

» País poderá dar contribuição inédita, diz Mantega
» Lula quer ser 1º presidente a emprestar ao FMI




Economia internacional
Brasil vira credor do FMI e repassará até R$ 4,5 bi a instituição

Atualizada às 17h32

O ministro da Fazenda, Guido Mantega, confirmou nesta quinta-feira o convite para que o Brasil faça parte do grupo de financiamento regular do Fundo Monetário Internacional (FMI). Caso seja solicitado, o País aportará até US$ 4,5 bilhões na instituição, valor que é o limite de sua cota no fundo.

No entanto, o ministro destacou que "muito dificilmente" o aporte chegará a esse montante. Mantega destacou que o repasse dos valores não vai afetar o nível das reservas brasileiras. "Eles darão em troca Direitos Especiais de Saque. Então na verdade a gente coloca um dinheiro, digamos que eles solicitem 1 bilhão, 2 bilhões, a gente coloca no fundo e eles nos dão Direitos Especiais de Saque que é uma reserva de valor", apontou. "(É) trocar um título por outro título", completou.

O ministro destacou ainda que o País foi convidado pelo FMI para se tornar parte do grupo de 47 países, dos 185 membros, que atualmente são chamados para contribuir com a instituição. "Então eu estou aceitando este convite do fundo, pra nós é importante porque nós estaremos do lado daqueles que vão contribuir no caso em que o fundo precise de recursos para financiar outros países", destacou.

De acordo com Mantega, a medida é importante por um lado pois é um reconhecimento de que o Brasil é um país sólido, mas também porque os aportes vão ajudar a viabilizar crédito para os países emergentes que estão em dificultades. "Portanto ajuda a ativar a economia mundial", afirmou.

O ministro também ressaltou que esta não é a primeira vez que o País se torna credor do FMI. "Não é a primeira vez, no passado nós já fomos, até 1982", respondeu quanto questionado sobre o assunto.

Aportes anunciados no G20
Mantega explicou ainda que as outras contribuições a serem dadas pelo País ao FMI, que foram anunciadas na reunião do G20 em Londres, ainda necessitam de um instrumento adequado para manter o nível das reservas intacto.

"O fundo monetário está preparando um título especial, um bond, que ele vai disponibilizar para os países que querem fazer aporte no fundo monetário. Há países que já se dispuseram a fazer isso, os Estados Unidos querem fazer aporte, a China quer fazer aporte, o Canadá já declarou que quer fazer aporte, o Brasil também fará um aporte. Mas como o fundo monetário não tinha essa modalidade ele está criando o título", disse.

"Eu falei com o diretor gerente do fundo monetário, o Dominique Strauss-Kahn, e ele me disse que nas próximas duas ou três semanas eles estarão terminando a elaboração deste título de modo que aí o Brasil decidirá quanto dinheiro nos vamos aportar. É outra coisa, não tem nada a ver com o que nós falamos agora. Também serão reservas, será como se fosse a aplicação de um título, em um bônus que corresponde a reservas", completou o ministro brasileiro.

» País poderá dar contribuição inédita, diz Mantega
» Lula quer ser 1º presidente a emprestar ao FMI





Economia internacional
Brasil vira credor do FMI e repassará até R$ 4,5 bi a instituição

Atualizada às 17h32

O ministro da Fazenda, Guido Mantega, confirmou nesta quinta-feira o convite para que o Brasil faça parte do grupo de financiamento regular do Fundo Monetário Internacional (FMI). Caso seja solicitado, o País aportará até US$ 4,5 bilhões na instituição, valor que é o limite de sua cota no fundo.

No entanto, o ministro destacou que "muito dificilmente" o aporte chegará a esse montante. Mantega destacou que o repasse dos valores não vai afetar o nível das reservas brasileiras. "Eles darão em troca Direitos Especiais de Saque. Então na verdade a gente coloca um dinheiro, digamos que eles solicitem 1 bilhão, 2 bilhões, a gente coloca no fundo e eles nos dão Direitos Especiais de Saque que é uma reserva de valor", apontou. "(É) trocar um título por outro título", completou.

O ministro destacou ainda que o País foi convidado pelo FMI para se tornar parte do grupo de 47 países, dos 185 membros, que atualmente são chamados para contribuir com a instituição. "Então eu estou aceitando este convite do fundo, pra nós é importante porque nós estaremos do lado daqueles que vão contribuir no caso em que o fundo precise de recursos para financiar outros países", destacou.

De acordo com Mantega, a medida é importante por um lado pois é um reconhecimento de que o Brasil é um país sólido, mas também porque os aportes vão ajudar a viabilizar crédito para os países emergentes que estão em dificultades. "Portanto ajuda a ativar a economia mundial", afirmou.

O ministro também ressaltou que esta não é a primeira vez que o País se torna credor do FMI. "Não é a primeira vez, no passado nós já fomos, até 1982", respondeu quanto questionado sobre o assunto.

Aportes anunciados no G20
Mantega explicou ainda que as outras contribuições a serem dadas pelo País ao FMI, que foram anunciadas na reunião do G20 em Londres, ainda necessitam de um instrumento adequado para manter o nível das reservas intacto.

"O fundo monetário está preparando um título especial, um bond, que ele vai disponibilizar para os países que querem fazer aporte no fundo monetário. Há países que já se dispuseram a fazer isso, os Estados Unidos querem fazer aporte, a China quer fazer aporte, o Canadá já declarou que quer fazer aporte, o Brasil também fará um aporte. Mas como o fundo monetário não tinha essa modalidade ele está criando o título", disse.

"Eu falei com o diretor gerente do fundo monetário, o Dominique Strauss-Kahn, e ele me disse que nas próximas duas ou três semanas eles estarão terminando a elaboração deste título de modo que aí o Brasil decidirá quanto dinheiro nos vamos aportar. É outra coisa, não tem nada a ver com o que nós falamos agora. Também serão reservas, será como se fosse a aplicação de um título, em um bônus que corresponde a reservas", completou o ministro brasileiro.

» País poderá dar contribuição inédita, diz Mantega
» Lula quer ser 1º presidente a emprestar ao FMI











Economia internacional
Brasil vira credor do FMI e repassará até R$ 4,5 bi a instituição

Atualizada às 17h32

O ministro da Fazenda, Guido Mantega, confirmou nesta quinta-feira o convite para que o Brasil faça parte do grupo de financiamento regular do Fundo Monetário Internacional (FMI). Caso seja solicitado, o País aportará até US$ 4,5 bilhões na instituição, valor que é o limite de sua cota no fundo.

No entanto, o ministro destacou que "muito dificilmente" o aporte chegará a esse montante. Mantega destacou que o repasse dos valores não vai afetar o nível das reservas brasileiras. "Eles darão em troca Direitos Especiais de Saque. Então na verdade a gente coloca um dinheiro, digamos que eles solicitem 1 bilhão, 2 bilhões, a gente coloca no fundo e eles nos dão Direitos Especiais de Saque que é uma reserva de valor", apontou. "(É) trocar um título por outro título", completou.

O ministro destacou ainda que o País foi convidado pelo FMI para se tornar parte do grupo de 47 países, dos 185 membros, que atualmente são chamados para contribuir com a instituição. "Então eu estou aceitando este convite do fundo, pra nós é importante porque nós estaremos do lado daqueles que vão contribuir no caso em que o fundo precise de recursos para financiar outros países", destacou.

De acordo com Mantega, a medida é importante por um lado pois é um reconhecimento de que o Brasil é um país sólido, mas também porque os aportes vão ajudar a viabilizar crédito para os países emergentes que estão em dificultades. "Portanto ajuda a ativar a economia mundial", afirmou.

O ministro também ressaltou que esta não é a primeira vez que o País se torna credor do FMI. "Não é a primeira vez, no passado nós já fomos, até 1982", respondeu quanto questionado sobre o assunto.

Aportes anunciados no G20
Mantega explicou ainda que as outras contribuições a serem dadas pelo País ao FMI, que foram anunciadas na reunião do G20 em Londres, ainda necessitam de um instrumento adequado para manter o nível das reservas intacto.

"O fundo monetário está preparando um título especial, um bond, que ele vai disponibilizar para os países que querem fazer aporte no fundo monetário. Há países que já se dispuseram a fazer isso, os Estados Unidos querem fazer aporte, a China quer fazer aporte, o Canadá já declarou que quer fazer aporte, o Brasil também fará um aporte. Mas como o fundo monetário não tinha essa modalidade ele está criando o título", disse.

"Eu falei com o diretor gerente do fundo monetário, o Dominique Strauss-Kahn, e ele me disse que nas próximas duas ou três semanas eles estarão terminando a elaboração deste título de modo que aí o Brasil decidirá quanto dinheiro nos vamos aportar. É outra coisa, não tem nada a ver com o que nós falamos agora. Também serão reservas, será como se fosse a aplicação de um título, em um bônus que corresponde a reservas", completou o ministro brasileiro.

» País poderá dar contribuição inédita, diz Mantega
» Lula quer ser 1º presidente a emprestar ao FMI










Economia internacional
Brasil vira credor do FMI e repassará até R$ 4,5 bi a instituição

Atualizada às 17h32

O ministro da Fazenda, Guido Mantega, confirmou nesta quinta-feira o convite para que o Brasil faça parte do grupo de financiamento regular do Fundo Monetário Internacional (FMI). Caso seja solicitado, o País aportará até US$ 4,5 bilhões na instituição, valor que é o limite de sua cota no fundo.

No entanto, o ministro destacou que "muito dificilmente" o aporte chegará a esse montante. Mantega destacou que o repasse dos valores não vai afetar o nível das reservas brasileiras. "Eles darão em troca Direitos Especiais de Saque. Então na verdade a gente coloca um dinheiro, digamos que eles solicitem 1 bilhão, 2 bilhões, a gente coloca no fundo e eles nos dão Direitos Especiais de Saque que é uma reserva de valor", apontou. "(É) trocar um título por outro título", completou.

O ministro destacou ainda que o País foi convidado pelo FMI para se tornar parte do grupo de 47 países, dos 185 membros, que atualmente são chamados para contribuir com a instituição. "Então eu estou aceitando este convite do fundo, pra nós é importante porque nós estaremos do lado daqueles que vão contribuir no caso em que o fundo precise de recursos para financiar outros países", destacou.

De acordo com Mantega, a medida é importante por um lado pois é um reconhecimento de que o Brasil é um país sólido, mas também porque os aportes vão ajudar a viabilizar crédito para os países emergentes que estão em dificultades. "Portanto ajuda a ativar a economia mundial", afirmou.

O ministro também ressaltou que esta não é a primeira vez que o País se torna credor do FMI. "Não é a primeira vez, no passado nós já fomos, até 1982", respondeu quanto questionado sobre o assunto.

Aportes anunciados no G20
Mantega explicou ainda que as outras contribuições a serem dadas pelo País ao FMI, que foram anunciadas na reunião do G20 em Londres, ainda necessitam de um instrumento adequado para manter o nível das reservas intacto.

"O fundo monetário está preparando um título especial, um bond, que ele vai disponibilizar para os países que querem fazer aporte no fundo monetário. Há países que já se dispuseram a fazer isso, os Estados Unidos querem fazer aporte, a China quer fazer aporte, o Canadá já declarou que quer fazer aporte, o Brasil também fará um aporte. Mas como o fundo monetário não tinha essa modalidade ele está criando o título", disse.

"Eu falei com o diretor gerente do fundo monetário, o Dominique Strauss-Kahn, e ele me disse que nas próximas duas ou três semanas eles estarão terminando a elaboração deste título de modo que aí o Brasil decidirá quanto dinheiro nos vamos aportar. É outra coisa, não tem nada a ver com o que nós falamos agora. Também serão reservas, será como se fosse a aplicação de um título, em um bônus que corresponde a reservas", completou o ministro brasileiro.

» País poderá dar contribuição inédita, diz Mantega
» Lula quer ser 1º presidente a emprestar ao FMI













Economia internacional
Brasil vira credor do FMI e repassará até R$ 4,5 bi a instituição

Atualizada às 17h32

O ministro da Fazenda, Guido Mantega, confirmou nesta quinta-feira o convite para que o Brasil faça parte do grupo de financiamento regular do Fundo Monetário Internacional (FMI). Caso seja solicitado, o País aportará até US$ 4,5 bilhões na instituição, valor que é o limite de sua cota no fundo.

No entanto, o ministro destacou que "muito dificilmente" o aporte chegará a esse montante. Mantega destacou que o repasse dos valores não vai afetar o nível das reservas brasileiras. "Eles darão em troca Direitos Especiais de Saque. Então na verdade a gente coloca um dinheiro, digamos que eles solicitem 1 bilhão, 2 bilhões, a gente coloca no fundo e eles nos dão Direitos Especiais de Saque que é uma reserva de valor", apontou. "(É) trocar um título por outro título", completou.

O ministro destacou ainda que o País foi convidado pelo FMI para se tornar parte do grupo de 47 países, dos 185 membros, que atualmente são chamados para contribuir com a instituição. "Então eu estou aceitando este convite do fundo, pra nós é importante porque nós estaremos do lado daqueles que vão contribuir no caso em que o fundo precise de recursos para financiar outros países", destacou.

De acordo com Mantega, a medida é importante por um lado pois é um reconhecimento de que o Brasil é um país sólido, mas também porque os aportes vão ajudar a viabilizar crédito para os países emergentes que estão em dificultades. "Portanto ajuda a ativar a economia mundial", afirmou.

O ministro também ressaltou que esta não é a primeira vez que o País se torna credor do FMI. "Não é a primeira vez, no passado nós já fomos, até 1982", respondeu quanto questionado sobre o assunto.

Aportes anunciados no G20
Mantega explicou ainda que as outras contribuições a serem dadas pelo País ao FMI, que foram anunciadas na reunião do G20 em Londres, ainda necessitam de um instrumento adequado para manter o nível das reservas intacto.

"O fundo monetário está preparando um título especial, um bond, que ele vai disponibilizar para os países que querem fazer aporte no fundo monetário. Há países que já se dispuseram a fazer isso, os Estados Unidos querem fazer aporte, a China quer fazer aporte, o Canadá já declarou que quer fazer aporte, o Brasil também fará um aporte. Mas como o fundo monetário não tinha essa modalidade ele está criando o título", disse.

"Eu falei com o diretor gerente do fundo monetário, o Dominique Strauss-Kahn, e ele me disse que nas próximas duas ou três semanas eles estarão terminando a elaboração deste título de modo que aí o Brasil decidirá quanto dinheiro nos vamos aportar. É outra coisa, não tem nada a ver com o que nós falamos agora. Também serão reservas, será como se fosse a aplicação de um título, em um bônus que corresponde a reservas", completou o ministro brasileiro.

» País poderá dar contribuição inédita, diz Mantega
» Lula quer ser 1º presidente a emprestar ao FMI

















Economia internacional
Brasil vira credor do FMI e repassará até R$ 4,5 bi a instituição

Atualizada às 17h32

O ministro da Fazenda, Guido Mantega, confirmou nesta quinta-feira o convite para que o Brasil faça parte do grupo de financiamento regular do Fundo Monetário Internacional (FMI). Caso seja solicitado, o País aportará até US$ 4,5 bilhões na instituição, valor que é o limite de sua cota no fundo.

No entanto, o ministro destacou que "muito dificilmente" o aporte chegará a esse montante. Mantega destacou que o repasse dos valores não vai afetar o nível das reservas brasileiras. "Eles darão em troca Direitos Especiais de Saque. Então na verdade a gente coloca um dinheiro, digamos que eles solicitem 1 bilhão, 2 bilhões, a gente coloca no fundo e eles nos dão Direitos Especiais de Saque que é uma reserva de valor", apontou. "(É) trocar um título por outro título", completou.

O ministro destacou ainda que o País foi convidado pelo FMI para se tornar parte do grupo de 47 países, dos 185 membros, que atualmente são chamados para contribuir com a instituição. "Então eu estou aceitando este convite do fundo, pra nós é importante porque nós estaremos do lado daqueles que vão contribuir no caso em que o fundo precise de recursos para financiar outros países", destacou.

De acordo com Mantega, a medida é importante por um lado pois é um reconhecimento de que o Brasil é um país sólido, mas também porque os aportes vão ajudar a viabilizar crédito para os países emergentes que estão em dificultades. "Portanto ajuda a ativar a economia mundial", afirmou.

O ministro também ressaltou que esta não é a primeira vez que o País se torna credor do FMI. "Não é a primeira vez, no passado nós já fomos, até 1982", respondeu quanto questionado sobre o assunto.

Aportes anunciados no G20
Mantega explicou ainda que as outras contribuições a serem dadas pelo País ao FMI, que foram anunciadas na reunião do G20 em Londres, ainda necessitam de um instrumento adequado para manter o nível das reservas intacto.

"O fundo monetário está preparando um título especial, um bond, que ele vai disponibilizar para os países que querem fazer aporte no fundo monetário. Há países que já se dispuseram a fazer isso, os Estados Unidos querem fazer aporte, a China quer fazer aporte, o Canadá já declarou que quer fazer aporte, o Brasil também fará um aporte. Mas como o fundo monetário não tinha essa modalidade ele está criando o título", disse.

"Eu falei com o diretor gerente do fundo monetário, o Dominique Strauss-Kahn, e ele me disse que nas próximas duas ou três semanas eles estarão terminando a elaboração deste título de modo que aí o Brasil decidirá quanto dinheiro nos vamos aportar. É outra coisa, não tem nada a ver com o que nós falamos agora. Também serão reservas, será como se fosse a aplicação de um título, em um bônus que corresponde a reservas", completou o ministro brasileiro.

» País poderá dar contribuição inédita, diz Mantega
» Lula quer ser 1º presidente a emprestar ao FMI














Economia internacional
Brasil vira credor do FMI e repassará até R$ 4,5 bi a instituição

Atualizada às 17h32

O ministro da Fazenda, Guido Mantega, confirmou nesta quinta-feira o convite para que o Brasil faça parte do grupo de financiamento regular do Fundo Monetário Internacional (FMI). Caso seja solicitado, o País aportará até US$ 4,5 bilhões na instituição, valor que é o limite de sua cota no fundo.

No entanto, o ministro destacou que "muito dificilmente" o aporte chegará a esse montante. Mantega destacou que o repasse dos valores não vai afetar o nível das reservas brasileiras. "Eles darão em troca Direitos Especiais de Saque. Então na verdade a gente coloca um dinheiro, digamos que eles solicitem 1 bilhão, 2 bilhões, a gente coloca no fundo e eles nos dão Direitos Especiais de Saque que é uma reserva de valor", apontou. "(É) trocar um título por outro título", completou.

O ministro destacou ainda que o País foi convidado pelo FMI para se tornar parte do grupo de 47 países, dos 185 membros, que atualmente são chamados para contribuir com a instituição. "Então eu estou aceitando este convite do fundo, pra nós é importante porque nós estaremos do lado daqueles que vão contribuir no caso em que o fundo precise de recursos para financiar outros países", destacou.

De acordo com Mantega, a medida é importante por um lado pois é um reconhecimento de que o Brasil é um país sólido, mas também porque os aportes vão ajudar a viabilizar crédito para os países emergentes que estão em dificultades. "Portanto ajuda a ativar a economia mundial", afirmou.

O ministro também ressaltou que esta não é a primeira vez que o País se torna credor do FMI. "Não é a primeira vez, no passado nós já fomos, até 1982", respondeu quanto questionado sobre o assunto.

Aportes anunciados no G20
Mantega explicou ainda que as outras contribuições a serem dadas pelo País ao FMI, que foram anunciadas na reunião do G20 em Londres, ainda necessitam de um instrumento adequado para manter o nível das reservas intacto.

"O fundo monetário está preparando um título especial, um bond, que ele vai disponibilizar para os países que querem fazer aporte no fundo monetário. Há países que já se dispuseram a fazer isso, os Estados Unidos querem fazer aporte, a China quer fazer aporte, o Canadá já declarou que quer fazer aporte, o Brasil também fará um aporte. Mas como o fundo monetário não tinha essa modalidade ele está criando o título", disse.

"Eu falei com o diretor gerente do fundo monetário, o Dominique Strauss-Kahn, e ele me disse que nas próximas duas ou três semanas eles estarão terminando a elaboração deste título de modo que aí o Brasil decidirá quanto dinheiro nos vamos aportar. É outra coisa, não tem nada a ver com o que nós falamos agora. Também serão reservas, será como se fosse a aplicação de um título, em um bônus que corresponde a reservas", completou o ministro brasileiro.

» País poderá dar contribuição inédita, diz Mantega
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Economia internacional
Brasil vira credor do FMI e repassará até R$ 4,5 bi a instituição

Atualizada às 17h32

O ministro da Fazenda, Guido Mantega, confirmou nesta quinta-feira o convite para que o Brasil faça parte do grupo de financiamento regular do Fundo Monetário Internacional (FMI). Caso seja solicitado, o País aportará até US$ 4,5 bilhões na instituição, valor que é o limite de sua cota no fundo.

No entanto, o ministro destacou que "muito dificilmente" o aporte chegará a esse montante. Mantega destacou que o repasse dos valores não vai afetar o nível das reservas brasileiras. "Eles darão em troca Direitos Especiais de Saque. Então na verdade a gente coloca um dinheiro, digamos que eles solicitem 1 bilhão, 2 bilhões, a gente coloca no fundo e eles nos dão Direitos Especiais de Saque que é uma reserva de valor", apontou. "(É) trocar um título por outro título", completou.

O ministro destacou ainda que o País foi convidado pelo FMI para se tornar parte do grupo de 47 países, dos 185 membros, que atualmente são chamados para contribuir com a instituição. "Então eu estou aceitando este convite do fundo, pra nós é importante porque nós estaremos do lado daqueles que vão contribuir no caso em que o fundo precise de recursos para financiar outros países", destacou.

De acordo com Mantega, a medida é importante por um lado pois é um reconhecimento de que o Brasil é um país sólido, mas também porque os aportes vão ajudar a viabilizar crédito para os países emergentes que estão em dificultades. "Portanto ajuda a ativar a economia mundial", afirmou.

O ministro também ressaltou que esta não é a primeira vez que o País se torna credor do FMI. "Não é a primeira vez, no passado nós já fomos, até 1982", respondeu quanto questionado sobre o assunto.

Aportes anunciados no G20
Mantega explicou ainda que as outras contribuições a serem dadas pelo País ao FMI, que foram anunciadas na reunião do G20 em Londres, ainda necessitam de um instrumento adequado para manter o nível das reservas intacto.

"O fundo monetário está preparando um título especial, um bond, que ele vai disponibilizar para os países que querem fazer aporte no fundo monetário. Há países que já se dispuseram a fazer isso, os Estados Unidos querem fazer aporte, a China quer fazer aporte, o Canadá já declarou que quer fazer aporte, o Brasil também fará um aporte. Mas como o fundo monetário não tinha essa modalidade ele está criando o título", disse.

"Eu falei com o diretor gerente do fundo monetário, o Dominique Strauss-Kahn, e ele me disse que nas próximas duas ou três semanas eles estarão terminando a elaboração deste título de modo que aí o Brasil decidirá quanto dinheiro nos vamos aportar. É outra coisa, não tem nada a ver com o que nós falamos agora. Também serão reservas, será como se fosse a aplicação de um título, em um bônus que corresponde a reservas", completou o ministro brasileiro.

» País poderá dar contribuição inédita, diz Mantega
» Lula quer ser 1º presidente a emprestar ao FMI















Economia internacional
Brasil vira credor do FMI e repassará até R$ 4,5 bi a instituição

Atualizada às 17h32

O ministro da Fazenda, Guido Mantega, confirmou nesta quinta-feira o convite para que o Brasil faça parte do grupo de financiamento regular do Fundo Monetário Internacional (FMI). Caso seja solicitado, o País aportará até US$ 4,5 bilhões na instituição, valor que é o limite de sua cota no fundo.

No entanto, o ministro destacou que "muito dificilmente" o aporte chegará a esse montante. Mantega destacou que o repasse dos valores não vai afetar o nível das reservas brasileiras. "Eles darão em troca Direitos Especiais de Saque. Então na verdade a gente coloca um dinheiro, digamos que eles solicitem 1 bilhão, 2 bilhões, a gente coloca no fundo e eles nos dão Direitos Especiais de Saque que é uma reserva de valor", apontou. "(É) trocar um título por outro título", completou.

O ministro destacou ainda que o País foi convidado pelo FMI para se tornar parte do grupo de 47 países, dos 185 membros, que atualmente são chamados para contribuir com a instituição. "Então eu estou aceitando este convite do fundo, pra nós é importante porque nós estaremos do lado daqueles que vão contribuir no caso em que o fundo precise de recursos para financiar outros países", destacou.

De acordo com Mantega, a medida é importante por um lado pois é um reconhecimento de que o Brasil é um país sólido, mas também porque os aportes vão ajudar a viabilizar crédito para os países emergentes que estão em dificultades. "Portanto ajuda a ativar a economia mundial", afirmou.

O ministro também ressaltou que esta não é a primeira vez que o País se torna credor do FMI. "Não é a primeira vez, no passado nós já fomos, até 1982", respondeu quanto questionado sobre o assunto.

Aportes anunciados no G20
Mantega explicou ainda que as outras contribuições a serem dadas pelo País ao FMI, que foram anunciadas na reunião do G20 em Londres, ainda necessitam de um instrumento adequado para manter o nível das reservas intacto.

"O fundo monetário está preparando um título especial, um bond, que ele vai disponibilizar para os países que querem fazer aporte no fundo monetário. Há países que já se dispuseram a fazer isso, os Estados Unidos querem fazer aporte, a China quer fazer aporte, o Canadá já declarou que quer fazer aporte, o Brasil também fará um aporte. Mas como o fundo monetário não tinha essa modalidade ele está criando o título", disse.

"Eu falei com o diretor gerente do fundo monetário, o Dominique Strauss-Kahn, e ele me disse que nas próximas duas ou três semanas eles estarão terminando a elaboração deste título de modo que aí o Brasil decidirá quanto dinheiro nos vamos aportar. É outra coisa, não tem nada a ver com o que nós falamos agora. Também serão reservas, será como se fosse a aplicação de um título, em um bônus que corresponde a reservas", completou o ministro brasileiro.

» País poderá dar contribuição inédita, diz Mantega
» Lula quer ser 1º presidente a emprestar ao FMI




















Economia internacional
Brasil vira credor do FMI e repassará até R$ 4,5 bi a instituição

Atualizada às 17h32

O ministro da Fazenda, Guido Mantega, confirmou nesta quinta-feira o convite para que o Brasil faça parte do grupo de financiamento regular do Fundo Monetário Internacional (FMI). Caso seja solicitado, o País aportará até US$ 4,5 bilhões na instituição, valor que é o limite de sua cota no fundo.

No entanto, o ministro destacou que "muito dificilmente" o aporte chegará a esse montante. Mantega destacou que o repasse dos valores não vai afetar o nível das reservas brasileiras. "Eles darão em troca Direitos Especiais de Saque. Então na verdade a gente coloca um dinheiro, digamos que eles solicitem 1 bilhão, 2 bilhões, a gente coloca no fundo e eles nos dão Direitos Especiais de Saque que é uma reserva de valor", apontou. "(É) trocar um título por outro título", completou.

O ministro destacou ainda que o País foi convidado pelo FMI para se tornar parte do grupo de 47 países, dos 185 membros, que atualmente são chamados para contribuir com a instituição. "Então eu estou aceitando este convite do fundo, pra nós é importante porque nós estaremos do lado daqueles que vão contribuir no caso em que o fundo precise de recursos para financiar outros países", destacou.

De acordo com Mantega, a medida é importante por um lado pois é um reconhecimento de que o Brasil é um país sólido, mas também porque os aportes vão ajudar a viabilizar crédito para os países emergentes que estão em dificultades. "Portanto ajuda a ativar a economia mundial", afirmou.

O ministro também ressaltou que esta não é a primeira vez que o País se torna credor do FMI. "Não é a primeira vez, no passado nós já fomos, até 1982", respondeu quanto questionado sobre o assunto.

Aportes anunciados no G20
Mantega explicou ainda que as outras contribuições a serem dadas pelo País ao FMI, que foram anunciadas na reunião do G20 em Londres, ainda necessitam de um instrumento adequado para manter o nível das reservas intacto.

"O fundo monetário está preparando um título especial, um bond, que ele vai disponibilizar para os países que querem fazer aporte no fundo monetário. Há países que já se dispuseram a fazer isso, os Estados Unidos querem fazer aporte, a China quer fazer aporte, o Canadá já declarou que quer fazer aporte, o Brasil também fará um aporte. Mas como o fundo monetário não tinha essa modalidade ele está criando o título", disse.

"Eu falei com o diretor gerente do fundo monetário, o Dominique Strauss-Kahn, e ele me disse que nas próximas duas ou três semanas eles estarão terminando a elaboração deste título de modo que aí o Brasil decidirá quanto dinheiro nos vamos aportar. É outra coisa, não tem nada a ver com o que nós falamos agora. Também serão reservas, será como se fosse a aplicação de um título, em um bônus que corresponde a reservas", completou o ministro brasileiro.

» País poderá dar contribuição inédita, diz Mantega
» Lula quer ser 1º presidente a emprestar ao FMI

Anónimo disse...

Este dignissimo senhor RD, esta bem humildizinho e decente no facebook.parece um anjo, homem serio casado e avô.acho que se redimiu de seus pecados, só que para sorte da mulherada carente brasileira, ele ta la bem longe em portugal!!!!!

Anónimo disse...

16:57
Anónimo disse...
Amanda Kitts perdeu o braço esquerdo em um acidente de automóvel acontecido três anos atrás, mas hoje em dia ela joga futebol americano com seu filho de 12 anos de idade, troca fraldas e abraça as crianças nas três creches Kiddie Cottage que opera em Knoxville, Tennessee. Kitts, 40 anos, faz tudo isso com a ajuda de um novo tipo de braço artificial que se movimenta com mais facilidade do que outros aparelhos e que ela pode controlar utilizando apenas seus pensamentos.

"Eu sou capaz de mexer a mão, o pulso e o cotovelo ao mesmo tempo", diz. "Você pensa e os músculos se movem em seguida".

A recuperação que ela conseguiu resulta de um novo procedimento que vem atraindo crescente atenção porque permite que pessoas movam braços protéticos de forma mais automática do que faziam no passado, simplesmente utilizando nervos reaproveitados em seus cérebros.

A técnica, conhecida como "renervação muscular dirigida", envolve utilizar os nervos que restam depois da amputação de um braço e conectá-los a outro músculo do corpo, em geral no peito. Eletrodos são instalados sobre os músculos do peito, e operam como se fossem antenas. Quando a pessoa deseja mover o braço, o cérebro envia sinais que primeiro resultam em contração dos músculos do peito, os quais enviam um sinal ao braço protético, instruindo-se a se movimentar. O processo não requer mais esforços consciente do que a pessoa teria de exercitar caso ainda tivesse seu braço natural.

Anónimo disse...

16:57
Anónimo disse...
Amanda Kitts perdeu o braço esquerdo em um acidente de automóvel acontecido três anos atrás, mas hoje em dia ela joga futebol americano com seu filho de 12 anos de idade, troca fraldas e abraça as crianças nas três creches Kiddie Cottage que opera em Knoxville, Tennessee. Kitts, 40 anos, faz tudo isso com a ajuda de um novo tipo de braço artificial que se movimenta com mais facilidade do que outros aparelhos e que ela pode controlar utilizando apenas seus pensamentos.

"Eu sou capaz de mexer a mão, o pulso e o cotovelo ao mesmo tempo", diz. "Você pensa e os músculos se movem em seguida".

A recuperação que ela conseguiu resulta de um novo procedimento que vem atraindo crescente atenção porque permite que pessoas movam braços protéticos de forma mais automática do que faziam no passado, simplesmente utilizando nervos reaproveitados em seus cérebros.

A técnica, conhecida como "renervação muscular dirigida", envolve utilizar os nervos que restam depois da amputação de um braço e conectá-los a outro músculo do corpo, em geral no peito. Eletrodos são instalados sobre os músculos do peito, e operam como se fossem antenas. Quando a pessoa deseja mover o braço, o cérebro envia sinais que primeiro resultam em contração dos músculos do peito, os quais enviam um sinal ao braço protético, instruindo-se a se movimentar. O processo não requer mais esforços consciente do que a pessoa teria de exercitar caso ainda tivesse seu braço natural.

Anónimo disse...

16:57
Anónimo disse...
Amanda Kitts perdeu o braço esquerdo em um acidente de automóvel acontecido três anos atrás, mas hoje em dia ela joga futebol americano com seu filho de 12 anos de idade, troca fraldas e abraça as crianças nas três creches Kiddie Cottage que opera em Knoxville, Tennessee. Kitts, 40 anos, faz tudo isso com a ajuda de um novo tipo de braço artificial que se movimenta com mais facilidade do que outros aparelhos e que ela pode controlar utilizando apenas seus pensamentos.

"Eu sou capaz de mexer a mão, o pulso e o cotovelo ao mesmo tempo", diz. "Você pensa e os músculos se movem em seguida".

A recuperação que ela conseguiu resulta de um novo procedimento que vem atraindo crescente atenção porque permite que pessoas movam braços protéticos de forma mais automática do que faziam no passado, simplesmente utilizando nervos reaproveitados em seus cérebros.

A técnica, conhecida como "renervação muscular dirigida", envolve utilizar os nervos que restam depois da amputação de um braço e conectá-los a outro músculo do corpo, em geral no peito. Eletrodos são instalados sobre os músculos do peito, e operam como se fossem antenas. Quando a pessoa deseja mover o braço, o cérebro envia sinais que primeiro resultam em contração dos músculos do peito, os quais enviam um sinal ao braço protético, instruindo-se a se movimentar. O processo não requer mais esforços consciente do que a pessoa teria de exercitar caso ainda tivesse seu braço natural.

Anónimo disse...

16:57
Anónimo disse...
Amanda Kitts perdeu o braço esquerdo em um acidente de automóvel acontecido três anos atrás, mas hoje em dia ela joga futebol americano com seu filho de 12 anos de idade, troca fraldas e abraça as crianças nas três creches Kiddie Cottage que opera em Knoxville, Tennessee. Kitts, 40 anos, faz tudo isso com a ajuda de um novo tipo de braço artificial que se movimenta com mais facilidade do que outros aparelhos e que ela pode controlar utilizando apenas seus pensamentos.

"Eu sou capaz de mexer a mão, o pulso e o cotovelo ao mesmo tempo", diz. "Você pensa e os músculos se movem em seguida".

A recuperação que ela conseguiu resulta de um novo procedimento que vem atraindo crescente atenção porque permite que pessoas movam braços protéticos de forma mais automática do que faziam no passado, simplesmente utilizando nervos reaproveitados em seus cérebros.

A técnica, conhecida como "renervação muscular dirigida", envolve utilizar os nervos que restam depois da amputação de um braço e conectá-los a outro músculo do corpo, em geral no peito. Eletrodos são instalados sobre os músculos do peito, e operam como se fossem antenas. Quando a pessoa deseja mover o braço, o cérebro envia sinais que primeiro resultam em contração dos músculos do peito, os quais enviam um sinal ao braço protético, instruindo-se a se movimentar. O processo não requer mais esforços consciente do que a pessoa teria de exercitar caso ainda tivesse seu braço natural.

Anónimo disse...

16:57
Anónimo disse...
Amanda Kitts perdeu o braço esquerdo em um acidente de automóvel acontecido três anos atrás, mas hoje em dia ela joga futebol americano com seu filho de 12 anos de idade, troca fraldas e abraça as crianças nas três creches Kiddie Cottage que opera em Knoxville, Tennessee. Kitts, 40 anos, faz tudo isso com a ajuda de um novo tipo de braço artificial que se movimenta com mais facilidade do que outros aparelhos e que ela pode controlar utilizando apenas seus pensamentos.

"Eu sou capaz de mexer a mão, o pulso e o cotovelo ao mesmo tempo", diz. "Você pensa e os músculos se movem em seguida".

A recuperação que ela conseguiu resulta de um novo procedimento que vem atraindo crescente atenção porque permite que pessoas movam braços protéticos de forma mais automática do que faziam no passado, simplesmente utilizando nervos reaproveitados em seus cérebros.

A técnica, conhecida como "renervação muscular dirigida", envolve utilizar os nervos que restam depois da amputação de um braço e conectá-los a outro músculo do corpo, em geral no peito. Eletrodos são instalados sobre os músculos do peito, e operam como se fossem antenas. Quando a pessoa deseja mover o braço, o cérebro envia sinais que primeiro resultam em contração dos músculos do peito, os quais enviam um sinal ao braço protético, instruindo-se a se movimentar. O processo não requer mais esforços consciente do que a pessoa teria de exercitar caso ainda tivesse seu braço natural.

Anónimo disse...

16:57
Anónimo disse...
Amanda Kitts perdeu o braço esquerdo em um acidente de automóvel acontecido três anos atrás, mas hoje em dia ela joga futebol americano com seu filho de 12 anos de idade, troca fraldas e abraça as crianças nas três creches Kiddie Cottage que opera em Knoxville, Tennessee. Kitts, 40 anos, faz tudo isso com a ajuda de um novo tipo de braço artificial que se movimenta com mais facilidade do que outros aparelhos e que ela pode controlar utilizando apenas seus pensamentos.

"Eu sou capaz de mexer a mão, o pulso e o cotovelo ao mesmo tempo", diz. "Você pensa e os músculos se movem em seguida".

A recuperação que ela conseguiu resulta de um novo procedimento que vem atraindo crescente atenção porque permite que pessoas movam braços protéticos de forma mais automática do que faziam no passado, simplesmente utilizando nervos reaproveitados em seus cérebros.

A técnica, conhecida como "renervação muscular dirigida", envolve utilizar os nervos que restam depois da amputação de um braço e conectá-los a outro músculo do corpo, em geral no peito. Eletrodos são instalados sobre os músculos do peito, e operam como se fossem antenas. Quando a pessoa deseja mover o braço, o cérebro envia sinais que primeiro resultam em contração dos músculos do peito, os quais enviam um sinal ao braço protético, instruindo-se a se movimentar. O processo não requer mais esforços consciente do que a pessoa teria de exercitar caso ainda tivesse seu braço natural.

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Amanda Kitts perdeu o braço esquerdo em um acidente de automóvel acontecido três anos atrás, mas hoje em dia ela joga futebol americano com seu filho de 12 anos de idade, troca fraldas e abraça as crianças nas três creches Kiddie Cottage que opera em Knoxville, Tennessee. Kitts, 40 anos, faz tudo isso com a ajuda de um novo tipo de braço artificial que se movimenta com mais facilidade do que outros aparelhos e que ela pode controlar utilizando apenas seus pensamentos.

"Eu sou capaz de mexer a mão, o pulso e o cotovelo ao mesmo tempo", diz. "Você pensa e os músculos se movem em seguida".

A recuperação que ela conseguiu resulta de um novo procedimento que vem atraindo crescente atenção porque permite que pessoas movam braços protéticos de forma mais automática do que faziam no passado, simplesmente utilizando nervos reaproveitados em seus cérebros.

A técnica, conhecida como "renervação muscular dirigida", envolve utilizar os nervos que restam depois da amputação de um braço e conectá-los a outro músculo do corpo, em geral no peito. Eletrodos são instalados sobre os músculos do peito, e operam como se fossem antenas. Quando a pessoa deseja mover o braço, o cérebro envia sinais que primeiro resultam em contração dos músculos do peito, os quais enviam um sinal ao braço protético, instruindo-se a se movimentar. O processo não requer mais esforços consciente do que a pessoa teria de exercitar caso ainda tivesse seu braço natural.

Anónimo disse...

16:57
Anónimo disse...
Amanda Kitts perdeu o braço esquerdo em um acidente de automóvel acontecido três anos atrás, mas hoje em dia ela joga futebol americano com seu filho de 12 anos de idade, troca fraldas e abraça as crianças nas três creches Kiddie Cottage que opera em Knoxville, Tennessee. Kitts, 40 anos, faz tudo isso com a ajuda de um novo tipo de braço artificial que se movimenta com mais facilidade do que outros aparelhos e que ela pode controlar utilizando apenas seus pensamentos.

"Eu sou capaz de mexer a mão, o pulso e o cotovelo ao mesmo tempo", diz. "Você pensa e os músculos se movem em seguida".

A recuperação que ela conseguiu resulta de um novo procedimento que vem atraindo crescente atenção porque permite que pessoas movam braços protéticos de forma mais automática do que faziam no passado, simplesmente utilizando nervos reaproveitados em seus cérebros.

A técnica, conhecida como "renervação muscular dirigida", envolve utilizar os nervos que restam depois da amputação de um braço e conectá-los a outro músculo do corpo, em geral no peito. Eletrodos são instalados sobre os músculos do peito, e operam como se fossem antenas. Quando a pessoa deseja mover o braço, o cérebro envia sinais que primeiro resultam em contração dos músculos do peito, os quais enviam um sinal ao braço protético, instruindo-se a se movimentar. O processo não requer mais esforços consciente do que a pessoa teria de exercitar caso ainda tivesse seu braço natural.

Anónimo disse...

16:57
Anónimo disse...
Amanda Kitts perdeu o braço esquerdo em um acidente de automóvel acontecido três anos atrás, mas hoje em dia ela joga futebol americano com seu filho de 12 anos de idade, troca fraldas e abraça as crianças nas três creches Kiddie Cottage que opera em Knoxville, Tennessee. Kitts, 40 anos, faz tudo isso com a ajuda de um novo tipo de braço artificial que se movimenta com mais facilidade do que outros aparelhos e que ela pode controlar utilizando apenas seus pensamentos.

"Eu sou capaz de mexer a mão, o pulso e o cotovelo ao mesmo tempo", diz. "Você pensa e os músculos se movem em seguida".

A recuperação que ela conseguiu resulta de um novo procedimento que vem atraindo crescente atenção porque permite que pessoas movam braços protéticos de forma mais automática do que faziam no passado, simplesmente utilizando nervos reaproveitados em seus cérebros.

A técnica, conhecida como "renervação muscular dirigida", envolve utilizar os nervos que restam depois da amputação de um braço e conectá-los a outro músculo do corpo, em geral no peito. Eletrodos são instalados sobre os músculos do peito, e operam como se fossem antenas. Quando a pessoa deseja mover o braço, o cérebro envia sinais que primeiro resultam em contração dos músculos do peito, os quais enviam um sinal ao braço protético, instruindo-se a se movimentar. O processo não requer mais esforços consciente do que a pessoa teria de exercitar caso ainda tivesse seu braço natural.

Anónimo disse...

16:57
Anónimo disse...
Amanda Kitts perdeu o braço esquerdo em um acidente de automóvel acontecido três anos atrás, mas hoje em dia ela joga futebol americano com seu filho de 12 anos de idade, troca fraldas e abraça as crianças nas três creches Kiddie Cottage que opera em Knoxville, Tennessee. Kitts, 40 anos, faz tudo isso com a ajuda de um novo tipo de braço artificial que se movimenta com mais facilidade do que outros aparelhos e que ela pode controlar utilizando apenas seus pensamentos.

"Eu sou capaz de mexer a mão, o pulso e o cotovelo ao mesmo tempo", diz. "Você pensa e os músculos se movem em seguida".

A recuperação que ela conseguiu resulta de um novo procedimento que vem atraindo crescente atenção porque permite que pessoas movam braços protéticos de forma mais automática do que faziam no passado, simplesmente utilizando nervos reaproveitados em seus cérebros.

A técnica, conhecida como "renervação muscular dirigida", envolve utilizar os nervos que restam depois da amputação de um braço e conectá-los a outro músculo do corpo, em geral no peito. Eletrodos são instalados sobre os músculos do peito, e operam como se fossem antenas. Quando a pessoa deseja mover o braço, o cérebro envia sinais que primeiro resultam em contração dos músculos do peito, os quais enviam um sinal ao braço protético, instruindo-se a se movimentar. O processo não requer mais esforços consciente do que a pessoa teria de exercitar caso ainda tivesse seu braço natural.

Anónimo disse...

16:57
Anónimo disse...
Amanda Kitts perdeu o braço esquerdo em um acidente de automóvel acontecido três anos atrás, mas hoje em dia ela joga futebol americano com seu filho de 12 anos de idade, troca fraldas e abraça as crianças nas três creches Kiddie Cottage que opera em Knoxville, Tennessee. Kitts, 40 anos, faz tudo isso com a ajuda de um novo tipo de braço artificial que se movimenta com mais facilidade do que outros aparelhos e que ela pode controlar utilizando apenas seus pensamentos.

"Eu sou capaz de mexer a mão, o pulso e o cotovelo ao mesmo tempo", diz. "Você pensa e os músculos se movem em seguida".

A recuperação que ela conseguiu resulta de um novo procedimento que vem atraindo crescente atenção porque permite que pessoas movam braços protéticos de forma mais automática do que faziam no passado, simplesmente utilizando nervos reaproveitados em seus cérebros.

A técnica, conhecida como "renervação muscular dirigida", envolve utilizar os nervos que restam depois da amputação de um braço e conectá-los a outro músculo do corpo, em geral no peito. Eletrodos são instalados sobre os músculos do peito, e operam como se fossem antenas. Quando a pessoa deseja mover o braço, o cérebro envia sinais que primeiro resultam em contração dos músculos do peito, os quais enviam um sinal ao braço protético, instruindo-se a se movimentar. O processo não requer mais esforços consciente do que a pessoa teria de exercitar caso ainda tivesse seu braço natural.

Anónimo disse...

16:57
Anónimo disse...
Amanda Kitts perdeu o braço esquerdo em um acidente de automóvel acontecido três anos atrás, mas hoje em dia ela joga futebol americano com seu filho de 12 anos de idade, troca fraldas e abraça as crianças nas três creches Kiddie Cottage que opera em Knoxville, Tennessee. Kitts, 40 anos, faz tudo isso com a ajuda de um novo tipo de braço artificial que se movimenta com mais facilidade do que outros aparelhos e que ela pode controlar utilizando apenas seus pensamentos.

"Eu sou capaz de mexer a mão, o pulso e o cotovelo ao mesmo tempo", diz. "Você pensa e os músculos se movem em seguida".

A recuperação que ela conseguiu resulta de um novo procedimento que vem atraindo crescente atenção porque permite que pessoas movam braços protéticos de forma mais automática do que faziam no passado, simplesmente utilizando nervos reaproveitados em seus cérebros.

A técnica, conhecida como "renervação muscular dirigida", envolve utilizar os nervos que restam depois da amputação de um braço e conectá-los a outro músculo do corpo, em geral no peito. Eletrodos são instalados sobre os músculos do peito, e operam como se fossem antenas. Quando a pessoa deseja mover o braço, o cérebro envia sinais que primeiro resultam em contração dos músculos do peito, os quais enviam um sinal ao braço protético, instruindo-se a se movimentar. O processo não requer mais esforços consciente do que a pessoa teria de exercitar caso ainda tivesse seu braço natural.

Anónimo disse...

16:57
Anónimo disse...
Amanda Kitts perdeu o braço esquerdo em um acidente de automóvel acontecido três anos atrás, mas hoje em dia ela joga futebol americano com seu filho de 12 anos de idade, troca fraldas e abraça as crianças nas três creches Kiddie Cottage que opera em Knoxville, Tennessee. Kitts, 40 anos, faz tudo isso com a ajuda de um novo tipo de braço artificial que se movimenta com mais facilidade do que outros aparelhos e que ela pode controlar utilizando apenas seus pensamentos.

"Eu sou capaz de mexer a mão, o pulso e o cotovelo ao mesmo tempo", diz. "Você pensa e os músculos se movem em seguida".

A recuperação que ela conseguiu resulta de um novo procedimento que vem atraindo crescente atenção porque permite que pessoas movam braços protéticos de forma mais automática do que faziam no passado, simplesmente utilizando nervos reaproveitados em seus cérebros.

A técnica, conhecida como "renervação muscular dirigida", envolve utilizar os nervos que restam depois da amputação de um braço e conectá-los a outro músculo do corpo, em geral no peito. Eletrodos são instalados sobre os músculos do peito, e operam como se fossem antenas. Quando a pessoa deseja mover o braço, o cérebro envia sinais que primeiro resultam em contração dos músculos do peito, os quais enviam um sinal ao braço protético, instruindo-se a se movimentar. O processo não requer mais esforços consciente do que a pessoa teria de exercitar caso ainda tivesse seu braço natural.

Anónimo disse...

16:57
Anónimo disse...
Amanda Kitts perdeu o braço esquerdo em um acidente de automóvel acontecido três anos atrás, mas hoje em dia ela joga futebol americano com seu filho de 12 anos de idade, troca fraldas e abraça as crianças nas três creches Kiddie Cottage que opera em Knoxville, Tennessee. Kitts, 40 anos, faz tudo isso com a ajuda de um novo tipo de braço artificial que se movimenta com mais facilidade do que outros aparelhos e que ela pode controlar utilizando apenas seus pensamentos.

"Eu sou capaz de mexer a mão, o pulso e o cotovelo ao mesmo tempo", diz. "Você pensa e os músculos se movem em seguida".

A recuperação que ela conseguiu resulta de um novo procedimento que vem atraindo crescente atenção porque permite que pessoas movam braços protéticos de forma mais automática do que faziam no passado, simplesmente utilizando nervos reaproveitados em seus cérebros.

A técnica, conhecida como "renervação muscular dirigida", envolve utilizar os nervos que restam depois da amputação de um braço e conectá-los a outro músculo do corpo, em geral no peito. Eletrodos são instalados sobre os músculos do peito, e operam como se fossem antenas. Quando a pessoa deseja mover o braço, o cérebro envia sinais que primeiro resultam em contração dos músculos do peito, os quais enviam um sinal ao braço protético, instruindo-se a se movimentar. O processo não requer mais esforços consciente do que a pessoa teria de exercitar caso ainda tivesse seu braço natural.

Anónimo disse...

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Amanda Kitts perdeu o braço esquerdo em um acidente de automóvel acontecido três anos atrás, mas hoje em dia ela joga futebol americano com seu filho de 12 anos de idade, troca fraldas e abraça as crianças nas três creches Kiddie Cottage que opera em Knoxville, Tennessee. Kitts, 40 anos, faz tudo isso com a ajuda de um novo tipo de braço artificial que se movimenta com mais facilidade do que outros aparelhos e que ela pode controlar utilizando apenas seus pensamentos.

"Eu sou capaz de mexer a mão, o pulso e o cotovelo ao mesmo tempo", diz. "Você pensa e os músculos se movem em seguida".

A recuperação que ela conseguiu resulta de um novo procedimento que vem atraindo crescente atenção porque permite que pessoas movam braços protéticos de forma mais automática do que faziam no passado, simplesmente utilizando nervos reaproveitados em seus cérebros.

A técnica, conhecida como "renervação muscular dirigida", envolve utilizar os nervos que restam depois da amputação de um braço e conectá-los a outro músculo do corpo, em geral no peito. Eletrodos são instalados sobre os músculos do peito, e operam como se fossem antenas. Quando a pessoa deseja mover o braço, o cérebro envia sinais que primeiro resultam em contração dos músculos do peito, os quais enviam um sinal ao braço protético, instruindo-se a se movimentar. O processo não requer mais esforços consciente do que a pessoa teria de exercitar caso ainda tivesse seu braço natural.

Anónimo disse...

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Amanda Kitts perdeu o braço esquerdo em um acidente de automóvel acontecido três anos atrás, mas hoje em dia ela joga futebol americano com seu filho de 12 anos de idade, troca fraldas e abraça as crianças nas três creches Kiddie Cottage que opera em Knoxville, Tennessee. Kitts, 40 anos, faz tudo isso com a ajuda de um novo tipo de braço artificial que se movimenta com mais facilidade do que outros aparelhos e que ela pode controlar utilizando apenas seus pensamentos.

"Eu sou capaz de mexer a mão, o pulso e o cotovelo ao mesmo tempo", diz. "Você pensa e os músculos se movem em seguida".

A recuperação que ela conseguiu resulta de um novo procedimento que vem atraindo crescente atenção porque permite que pessoas movam braços protéticos de forma mais automática do que faziam no passado, simplesmente utilizando nervos reaproveitados em seus cérebros.

A técnica, conhecida como "renervação muscular dirigida", envolve utilizar os nervos que restam depois da amputação de um braço e conectá-los a outro músculo do corpo, em geral no peito. Eletrodos são instalados sobre os músculos do peito, e operam como se fossem antenas. Quando a pessoa deseja mover o braço, o cérebro envia sinais que primeiro resultam em contração dos músculos do peito, os quais enviam um sinal ao braço protético, instruindo-se a se movimentar. O processo não requer mais esforços consciente do que a pessoa teria de exercitar caso ainda tivesse seu braço natural.

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Amanda Kitts perdeu o braço esquerdo em um acidente de automóvel acontecido três anos atrás, mas hoje em dia ela joga futebol americano com seu filho de 12 anos de idade, troca fraldas e abraça as crianças nas três creches Kiddie Cottage que opera em Knoxville, Tennessee. Kitts, 40 anos, faz tudo isso com a ajuda de um novo tipo de braço artificial que se movimenta com mais facilidade do que outros aparelhos e que ela pode controlar utilizando apenas seus pensamentos.

"Eu sou capaz de mexer a mão, o pulso e o cotovelo ao mesmo tempo", diz. "Você pensa e os músculos se movem em seguida".

A recuperação que ela conseguiu resulta de um novo procedimento que vem atraindo crescente atenção porque permite que pessoas movam braços protéticos de forma mais automática do que faziam no passado, simplesmente utilizando nervos reaproveitados em seus cérebros.

A técnica, conhecida como "renervação muscular dirigida", envolve utilizar os nervos que restam depois da amputação de um braço e conectá-los a outro músculo do corpo, em geral no peito. Eletrodos são instalados sobre os músculos do peito, e operam como se fossem antenas. Quando a pessoa deseja mover o braço, o cérebro envia sinais que primeiro resultam em contração dos músculos do peito, os quais enviam um sinal ao braço protético, instruindo-se a se movimentar. O processo não requer mais esforços consciente do que a pessoa teria de exercitar caso ainda tivesse seu braço natural.

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Amanda Kitts perdeu o braço esquerdo em um acidente de automóvel acontecido três anos atrás, mas hoje em dia ela joga futebol americano com seu filho de 12 anos de idade, troca fraldas e abraça as crianças nas três creches Kiddie Cottage que opera em Knoxville, Tennessee. Kitts, 40 anos, faz tudo isso com a ajuda de um novo tipo de braço artificial que se movimenta com mais facilidade do que outros aparelhos e que ela pode controlar utilizando apenas seus pensamentos.

"Eu sou capaz de mexer a mão, o pulso e o cotovelo ao mesmo tempo", diz. "Você pensa e os músculos se movem em seguida".

A recuperação que ela conseguiu resulta de um novo procedimento que vem atraindo crescente atenção porque permite que pessoas movam braços protéticos de forma mais automática do que faziam no passado, simplesmente utilizando nervos reaproveitados em seus cérebros.

A técnica, conhecida como "renervação muscular dirigida", envolve utilizar os nervos que restam depois da amputação de um braço e conectá-los a outro músculo do corpo, em geral no peito. Eletrodos são instalados sobre os músculos do peito, e operam como se fossem antenas. Quando a pessoa deseja mover o braço, o cérebro envia sinais que primeiro resultam em contração dos músculos do peito, os quais enviam um sinal ao braço protético, instruindo-se a se movimentar. O processo não requer mais esforços consciente do que a pessoa teria de exercitar caso ainda tivesse seu braço natural.

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Amanda Kitts perdeu o braço esquerdo em um acidente de automóvel acontecido três anos atrás, mas hoje em dia ela joga futebol americano com seu filho de 12 anos de idade, troca fraldas e abraça as crianças nas três creches Kiddie Cottage que opera em Knoxville, Tennessee. Kitts, 40 anos, faz tudo isso com a ajuda de um novo tipo de braço artificial que se movimenta com mais facilidade do que outros aparelhos e que ela pode controlar utilizando apenas seus pensamentos.

"Eu sou capaz de mexer a mão, o pulso e o cotovelo ao mesmo tempo", diz. "Você pensa e os músculos se movem em seguida".

A recuperação que ela conseguiu resulta de um novo procedimento que vem atraindo crescente atenção porque permite que pessoas movam braços protéticos de forma mais automática do que faziam no passado, simplesmente utilizando nervos reaproveitados em seus cérebros.

A técnica, conhecida como "renervação muscular dirigida", envolve utilizar os nervos que restam depois da amputação de um braço e conectá-los a outro músculo do corpo, em geral no peito. Eletrodos são instalados sobre os músculos do peito, e operam como se fossem antenas. Quando a pessoa deseja mover o braço, o cérebro envia sinais que primeiro resultam em contração dos músculos do peito, os quais enviam um sinal ao braço protético, instruindo-se a se movimentar. O processo não requer mais esforços consciente do que a pessoa teria de exercitar caso ainda tivesse seu braço natural.

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Amanda Kitts perdeu o braço esquerdo em um acidente de automóvel acontecido três anos atrás, mas hoje em dia ela joga futebol americano com seu filho de 12 anos de idade, troca fraldas e abraça as crianças nas três creches Kiddie Cottage que opera em Knoxville, Tennessee. Kitts, 40 anos, faz tudo isso com a ajuda de um novo tipo de braço artificial que se movimenta com mais facilidade do que outros aparelhos e que ela pode controlar utilizando apenas seus pensamentos.

"Eu sou capaz de mexer a mão, o pulso e o cotovelo ao mesmo tempo", diz. "Você pensa e os músculos se movem em seguida".

A recuperação que ela conseguiu resulta de um novo procedimento que vem atraindo crescente atenção porque permite que pessoas movam braços protéticos de forma mais automática do que faziam no passado, simplesmente utilizando nervos reaproveitados em seus cérebros.

A técnica, conhecida como "renervação muscular dirigida", envolve utilizar os nervos que restam depois da amputação de um braço e conectá-los a outro músculo do corpo, em geral no peito. Eletrodos são instalados sobre os músculos do peito, e operam como se fossem antenas. Quando a pessoa deseja mover o braço, o cérebro envia sinais que primeiro resultam em contração dos músculos do peito, os quais enviam um sinal ao braço protético, instruindo-se a se movimentar. O processo não requer mais esforços consciente do que a pessoa teria de exercitar caso ainda tivesse seu braço natural.

Anónimo disse...

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